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#04 • SÁBADO, 26 MARÇO 2016 • SUPLEMENTO COMERCIAL Suplemento comercial do jornal Público. Não pode ser vendido separadamente.

Mais conteúdo disponivel em publico.pt/desporto/golfe foto: DR

foto: DR

Política prejudica império golfístico de Donald Trump PAG 03

JOSÉ PEDRO ALMEIDA

GARIA

Preparação física no golfe é com ele

Carros para o golfe, estrada e cidade

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PAG 06 foto: DR

RICARDO MELO GOUVEIA

Da sua primeira incursão no PGA Tour PAG 07

CRÓNICAS MIGUEL F. SOUSA

HUGO RIBEIRO

Não podemos correr o risco de voltar à estaca zero

Golfe masculino e feminino devem unir-se

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foto: JOHN DAVID MERCER/REUTERS


02 | GOLFE | SÁB, 26 MAR 2016

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foto: DAVID MOIR /REUTERS

EDITORIAL RODRIGO CORDOEIRO

Tenham medo, muito medo

O golfe é como um espelho da vida, e nada como uma volta de 18 buracos para se ficar a conhecer o carácter dos nossos parceiros de jogo. Donald Trump, além de ser um dos maiores investidores na modalidade, com um total de 17 resorts que englobam 22 campos de golfe, é um bom jogador amador, com 2, 8 de handicap, mas tem sido acusado de ser batoteiro no campo, por gente insuspeita que com ele jogou, inclusivamente por figuras públicas dos Estados Unidos. Michael Bamberger, Senior Writer da Sports Illustrated, já jogou muitas vezes com ele, não o acusa de ser batoteiro, mas diz: “Quando estamos a jogar golfe com Donald Trump, não estamos bem a jogar golfe, estamos a jogar outro tipo de desporto, não sei o que lhe chamar, mas é a versão de golfe de Trump, é jogado com apostas altas e as regras são situacionais. Quando entramos num campo de golfe com Trump jogamos da forma que ele deseja jogar, e penso que ele deixaria o país [caso fosse eleito presidente dos EUA] num estado semelhante, para o bem ou para o mal.” Mentiroso, também. O famoso actor Samuel J. Jackson teve recentemente uma polémica pública com Trump. Sem nada lhe dizer, Trump fez de Jackson um membro pagante de um dos seus clubes de golfe – e mandou-lhe a conta. Jackson pediu explicações a Trump e este negou tudo, dizendo que nem sequer conhecia o actor e que não era seu fã. Jackson publicou nas redes sociais a factura que lhe havia sido enviada e provou, com testemunhas, que os dois já tinham jogado golfe juntos. Também recentemente, uma investigação da CNBC denunciou que Trump sobrestimou em centenas de milhões de euros o valor das suas propriedades de golfe. Estima-se que o valor de um campo de golfe seja uma vez e meia acima da sua facturação anual, Trump fez essa estimativa calculando quatro, cinco vezes acima desse cálculo. Apontava para um valor de 550 milhões de dólares, quando na verdade será de 160 milhões. Só cá faltava um egocêntrico sem integridade na Casa Branca. ¬

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Tiago Cruz, bicampeão nacional de profissionais, foi o vencedor na ordem de mérito do Algarve Pro Golf Tour, época 2015-16

CRÓNICA MIGUEL FRANCO DE SOUSA

E agora? O Golfe Nacional enfrenta, em 2016, mais um grande desafio. Depois de 16 anos à frente dos destinos do golfe português, Manuel Agrellos deixará a presidência da Federação Portuguesa de Golfe. Ao longo destes anos muito foi realizado, mas talvez mais importante tenham sido os alicerces que permitirão levar o golfe para o futuro. Esta preocupação pode parecer um cliché, mas a verdade é que hoje, mais do que nunca, o golfe precisa de se reinventar para poder atrair e reter mais jogadores. Se os ditos alicerces de que falei não forem aproveitados, tal como o relacionamento com as entidades internacionais que financiam os diversos projectos da FPG, o apoio a jovens profissionais e projectos de desen-

Secretário-geral da Federação Portuguesa de Golfe

CRÓNICA HUGO RIBEIRO

FICHA TÉCNICA Editor Rodrigo Cordoeiro Conteúdos GolfTattoo Produção Público Suplemento comercial do jornal Público. Não pode ser vendido separadamente.

Mulheres e homens “casam-se” no golfe Vidago passará para a história como a primeira vez que se disputou o Patsy Hankins Trophy mas, talvez mais importante do que haver uma versão feminina do Michael Bonallack Trophy, porque isso era inevitável, era uma questão de tempo, foi o facto de as provas terem sido organizadas em simultâneo pela Associação Europeia de Golfe (EGA). A tradição dita circuitos separados e é rara uma coincidência destas. Falo, obviamente, à escala internacional, porque a nível mais modesto há eventos mistos, como, por exemplo, no PGA Portugal Tour e no Circuito da FPG. Que eu saiba, em 2016, algo de semelhante a Vidago só irá repetir-se nos Jogos Olímpicos do Rio de

Comentador de ténis e golfe no Eurosport

volvimento juvenil, correremos o risco de voltar à estaca zero e demorar outros 16 anos até que possamos dar início a um desenvolvimento sustentado do golfe em Portugal, algo a que não nos podemos dar ao luxo de fazer. O futuro obriga a um compromisso claro por parte de todos, onde a FPG terá um papel fundamental como uma instituição moderadora, congregadora, reguladora, motivadora, incentivadora e, acima de tudo, responsável e totalmente dedicada à causa do golfe. A fórmula com que o golfe tem trabalhado, um pouco por todo o mundo, não tem sido eficaz, pois, se por um lado temos sido capazes de atrair um elevado número de praticantes, por outro, a taxa de abandono é, no mínimo, equivalente às taxas de adesão. Temos por isso de perceber por que razão as pessoas não permanecem na modalidade. Muito se tem dito e escrito acerca desta matéria, sendo que o tempo

de jogo (demorado), o custo (elevado) e a dificuldade (elevada) do golfe são apontados como as principais causas. Acredito que estes três factores são influenciadores do estado do golfe, mas há muito mais. Mas, ao mesmo tempo, estou convencido de que se encontrarmos formas para combater esses três factores, iremos melhorar significativamente as taxas de participação na modalidade. Este é o grande desafio que temos pela frente. A FPG deve promover a inovação e uma abordagem arrojada para poder contrariar a tendência de estagnação da evolução do golfe. Os próximos anos não são um obstáculo, mas antes um desafio que, quando ultrapassado, permitirá promover não só o aumento do número de praticantes de golfe em Portugal como a própria modalidade, em todas as suas vertentes. Uma modalidade com elevados níveis de participação a todos irá beneficiar. ¬

Janeiro e em Marrocos, com a Lalla Meryem Cup do Ladies European Tour a decorrer no Blue Course, ao mesmo tempo que o Trophée Hassan II, do European Tour, se desenrola no Red Course, dois campos do Royal Golf Dar Es Salam, em Rabat. Serão experiências importantíssimas pela visibilidade que espoletam e desejo que venham a conhecer o mesmo sucesso de Vidago, êxito corroborado pelos três capitães que interpelei sobre o tema: “Foi ótimo para o golfe feminino ter sido exposto a este ambiente”, disse a neo-zelandesa Libby Steele, da Ásia/ Pacífico; “As coisas conjugaram-se tão bem com os homens”, frisou a inglesa Elaine Ratcliffe, da Europa; “O facto de o torneio ser misto proporcionou um ótimo ambiente entre todos os e foi muito agradável”, declarou o francês Alexis Godillot, da Europa. Godillot é uma enorme figura do golfe amador francês, 11 vezes internacional do seu país em Campeonatos do Mundo (Eisenhower Tro-

phy), mas convenhamos que uma declaração destas por parte de uma estrela profissional nos Jogos Olímpicos terá outro impacto mediático. Começa a haver, lentamente, uma convergência entre homens e mulheres no golfe mundial e em 2016 houve dois anúncios relevantes. Em Fevereiro, o R&A e a LGU (Ladies Golf Union) divulgaram uma fusão que entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2017, fazendo com que a mesma entidade detenha competições como os British Opens feminino e masculino, a Walker Cup e a Curtis Cup, entre muitas outras. Em Março, o PGA Tour e o LPGA Tour difundiram um comunicado conjunto que estabelece uma “aliança estratégica para a promoção e crescimento do golfe”. Para já fala-se de ações conjuntas de marketing mas os dois comissários, Tim Finchem e Mike Whan, admitiram que se iniciaram conversações no sentido de criar um primeiro torneio combinado (misto). Eu sou a favor e o leitor? ¬

POR TOMÁS MORENO

Circuitos de golfe fogem do “furacão político” Tiradas racistas e sexistas de Donald Trump têm sido inaceitáveis para uma modalidade que procura ser cada vez mais democrática

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onald Trump fez fortuna no imobiliário, criou uma marca internacional, tornou-se estrela de reality TV e ao adquirir vários campos de golfe passou a ser incontornável no mundo da bolinha branca. Mas é indubitável que a sua incursão na política, como candidato à nomeação republicana para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, está a acfetar os seus negócios. A sua candidatura continua a demonstrar um vigor surpreendente dada a sua inexperiência, as tiradas politicamente incorretas e a ignorância e insensibilidade demonstradas à medida que foi analisando a actualidade. Apesar de liderar nas sondagens para as primárias republicanas muitos acreditam que a probabilidade de Trump ganhar as presidenciais é reduzida. A questão que se coloca é que feridas serão entretanto abertas e quanto tardarão a sarar. Trump desvaloriza o impacto da campanha nos seus negócios mas já sofreu uma série de embates. O império Trump é eclético mas centra-se imobiliário e nesse sentido fez uma grande aposta em campos de golfe de topo. Mas nem esta indústria, conservadora por natureza, conseguiu manter-se à margem do furacão politico que é Trump. Num primeiro momento, quando Trump disse numa entrevista que a indústria do golfe “sabe que eu estou certo”, a PGA of America, o LPGA Tour, o PGA Tour e a USGA viram-se obrigados a emitir um comunicado sem precedentes, que dizia: "Sentimo-nos obrigados a esclarecer que os comentários [de Trump] não refletem os pontos de vista das nossas organizações […] e são inconsistentes com o nosso forte compromisso com um ambiente inclusivo e de boas-vindas no golfe.” Pouco tempo depois foi cancelado o PGA Grand Slam of Golf, agenda-

do para Outubro de 2015 no Trump National Golf Club em Los Angeles. Muito embora a PGA tenha citado outras razões para o cancelamento, este não deixou de ser visto como um significativo distanciamento do candidato presidencial. Entretanto, o PGA Tour indicou que após a conclusão do já contratualizado WGC-Cadillac Championship 2016, no Trump National Doral, irão considerar outros locais para realizar o torneio. Uma vez mais as razões não foram concretizadas mas a decisão não será dispicienda uma vez que se trata de romper uma relação iniciada em 2007 com um campo importante para o PGA Tour. Deste lado do Atlântico as tomadas de posição também não se fizeram esperar. O Trump International Golf Links em Aberdeen estava na calha para receber o Scottish Open e o Trump Turnberry o icónico British Open. Mas parece que o European Tour e o R&A não vão dar a Trump a oportunidade de entregar o Claret Jug e de cimentar o seu nome na história do jogo. Pelo menos não nos tempos que se avizinham. Numa indústria que há muito é conotada com elitismo, sexismo e outros “ismos”, a batalha para mudar a opinião pública tem sido longa. A democratização da modalidade é um assumido objetivo da indústria e a abertura de St. Andrews e de Augusta National a senhoras virou uma importante página na história da modalidade. Sendo assim, é natural que estes se queiram distanciar das posições de Trump e é provável que o distanciamento continue a causar mossa no seu império golfístico e a afastar os tours de importantes campos detidos pelo magnata. Resta saber se estas posições se manteriam firmes com uma improvável, mas possível, vitória de Trump em Novembro. ¬

O PORTEFÓLIO DE DONALD TRUMP NO GOLFE Estados Unidos da América // Trump National Jupiter, Jupiter, Florida // Trump International Golf Club, Palm Beach County, Florida · Championship Course · The Trump New Nine // Trump National Doral , Miami, Florida: · Blue Monster · Golden Palm · Red Tiger · Silver Fox // Trump Golf Links, Ferry Point, Nova Iorque // Trump National Golf Club, Husdon Valley, Nova Iorque // Trump National Golf Club, Westchester, Nova Iorque // Trump National Golf Club, Charlotte, Carolina do Norte // Trump National Golf Club, Los Angeles, Califórnia // Trump National Golf Club, Colts Neck, Nova Jérsia // Trump National Golf Club, Bedminster, Nova Jérsia: · Old Course · New Course

// Trump National Golf Club, Filadelfia, Nova Jérsia // Trump National Golf Club, Washington, DC: · Championship Course · Riverview Course

Europa // Trump International Golf Links, Aberdeen, Escócia // Trump Turnberry Resort, Ayrshire, Escócia: · The Ailsa · The Kintyre · The Arran // Trump International Golf Links & Hotel, Doonbeg, Irlanda

Outros // Trump International Golf Club, Dubai, E.A.U. (em construção) // Trump World Golf Club, Dubai, E.A.U. (em projeto)


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José Pedro Almeida (ao centro) supervisiona o treino de Tomás Silva (à direita) e de Tiago Cruz, bicampeões nacionais de amadores e de profissionais, respectivamente

AXIS GOLFE Ponte de Lima 1ª Etapa

Axis Golfe

Guardian Bom Sucesso Óbidos

P ó v o a d e Va r z i m

16 abr.

7 mai.

4 jun.

Vidago Palace Golfe

Beloura Pestana Golfe

Clube Golfe Terceira

2 jul.

24 set.

15 out. Final

Ponte de Lima

Estela Golfe

foto: FILIPE GUERRA/GOLFTATTOO

ENTREVISTA

Quem trata do “cabedal” dos nossos golfistas José Pedro Almeida, do ZPPT Performance Center, é o fisiologista das selecções nacionais de golfe

A

pós a sua saída da Faculdade de Motricidade Humana, onde foi docente durante 13 anos, José Pedro Almeida criou o ZPPT Performance Center, que se dedica essencialmente à melhoria do rendimento desportivo em diferentes modalidades. O golfe assume um papel importante, ou não fosse este viseense de 46 anos certificado como Golf Fitness Instructor e Junior Coach pelo Titleist Performance Institute e como Golf Performance Specialist pela Nike. Os bicampeões nacionais de amadores e de profissionais, respectivamente Tomás Silva e Tiago Cruz, trabalham com ele.

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Foi em 2009 que iniciou a sua colaboração com a Federação Portuguesa de Golfe, a qual tem vindo a ser aprofundada ao longo dos anos. Será que se pode dizer que, no golfe amador de alta competição, em termos de preparação física, há um antes e um depois de José Pedro Almeida? Na minha modesta opinião, penso que sim. Foi um percurso de duas fases, iniciado com o meu amigo e colega Marco Rios em 2009, quando fizemos explodir a componente da condição física no golfe português. Certificados em Golf Fitness internacionalmente, trouxemos um aporte de informação nova ao nível da me1

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todologia de treino específica. Nesta segunda fase, já sozinho na equipa de Nuno Campino [seleccionador nacional] foram consolidadas e desenvolvidas metodologias actualizadas, quem têm acompanhado os últimos resultados históricos no golfe português. O que faz um fisiologista do exercício, normalmente apelidado de preparador físico, numa equipa técnica de golfe? O fisiologista vai para além da tradicional “preparação física”, a sua formação dá-lhe a possibilidade de ser mais abrangente na preparação do golfista. Passando pela criação de rotinas pré-aquecimento e prepara-

ção para o movimento, auxiliando na gestão eficiente do gasto energético, até à criação de meios para uma eficiente recuperação física. Mas não se fica por aqui, neste momento do conhecimento temos ao nosso dispôr diferentes ferramentas para fazer uma avaliação completa ao golfista, no sentido de dar o maior número de informações sobre o atleta ao seu instrutor profissional. Num artigo recente no site golftattoo.com, manifesta-se contra a especialização precoce no golfe… É verdade, sabemos que é uma realidade em Portugal. Esta especialização precoce leva a uma limitação do potencial atlético. Os especialistas associam esta busca precoce de resultados à falta de formação específica dos responsáveis pelos processos de formação dos jovens atletas. Como exemplo concreto, temos atletas de entre os 10 e os 14 anos diagnosticados com lesões de esforço, habituais em jogadores adultos. Qual é a sua ligação à Nike? Sou o único em Portugal certificado pela Nike Golf, através do programa NG360, habilitado a usar o método inovador da Nike que tantos resultados tem dado a esta modali-

dade. Objetivamente, conseguimos avaliar o golfista numa perspetiva tridimensional, que é complementada com uma avaliação biomecânica através da plataforma de pressão BodiTrak. Em Portugal, tenho o apoio do representante da marca, a Norgolfe, do Rui Coelho, que me patrocina e apoia. Gostava de saber a sua opinião sobre Tiger Woods, que foi o primeiro verdadeiro atleta do golfe e que, no entanto, aos 40 anos, tem o corpo afectado por sucessivas lesões, que o deixam incapaz de continuar a competir… Apesar de não estarmos habituados a ouvir falar de grandes lesões no golfe, gostava que ficasse claro que estas existem e que também só acontecem a quem é sujeito a um grande volume de treino. Na minha opinião, por ter sido o primeiro, as metodologias de treino específicas não estavam tão desenvolvidas como estão agora. Em 20 anos, esta área cresceu exponencialmente e temos atletas como Jason Day e Rory McIlroy com volumes de treino mais elevados do que Tiger Woods tinha e essas lesões não estão presentes. ¬

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Eia a versão Mansory Currus da Garia em modo Roadster (descapotável). O topo de gama da marca dinamarquesa ascende aos €60 mil foto: DR

MOTOR

SOCIAL

DIÁRIO DE RICARDO MELO GOUVEIA

Isto não é um buggie, é um golf car

Rentrée em Oitavos com sol, chuva e granizo

A minha primeira vez no PGA Tour dos Estados Unidos

Marca dinamarquesa Garia não tem concorrência a fabricar e comercializar carros de golfe de luxo

O

s buggies de golfe andam a uma velocidade máxima de 15km/h, agora experimente fazê-lo num que dá 45km/h. Foi o que fiz na última semana, no campo do Lisbon Sports Club (o segundo mais antigo clube de golfe do país, em Belas, Sintra), a convite da Wonder Roll, empresa que representa em Portugal a marca dinamarquesa Garia, de carros de golfe eléctricos de luxo, sem concorrência a nível mundial. E digo que, carregando no botão do modo desportivo, parece que vamos a 200km/h. Experimentei a versão Monaco, homologada para poder circular também nas estradas e cidade, com matrícula, bancos em pele, cintos de segurança, espelhos retrovisores, luzes exteriores, travões de disco e regenerativos e suspensão independente à frente, idêntica em termos de design a um Fórmula 1, em triângulos sobrepostos, sistema McPherson, o chassis em duro alumínio, com tratamento especial para ser resistente inclusivamente aos químicos que se utilizam nos campos de golfe. Com kit de performance os Monaco chegam ao 60km/h.

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foto: DR

Outros factor de distinção, mais ao nível golfístico, é a posição em que os sacos de golfe assentam nas traseira do carro, de forma inclinada e não na vertical, o que facilita a tarefa aos jogadores na hora de escolher os tacos e pegar neles. Também gostei do frigorifico no tabelier, no Verão deve dar um jeitão. Não foi por acaso que no primeiro parágrafo falei em “carro de golfe”, na Garia não gostam do termo "buggie", consideram-se acima disso e não o contesto – basta dizer que a assistência aos Garia em Portugal é dada pela GolfeJardim, no Algarve, representante no país da Club Car, um dos três maiores fabricantes mundiais de buggies de golfe e, por cá, líder de mercado. “O buggie habitual de golfe não é comparável, nem em termos de especificações, nem em termos de preço, nem em termos de imagem; aos Garia preferimos designá-los como golf cars”, sublinha João Catita, um dos dois sócios da Wonder Roll, um executivo sénior na área dos automóveis e também golfista, como golfista é o seu partner no negócio, Mário Costa Macedo. “Há muita gen-

te que os utiliza não só para jogar golfe, mas para ir ao supermercado, para ir à praia, para dar as suas voltas em resorts. As versões 2+2, com quatro lugares, já permite levar, por exemplo, os filhos”, acrescenta. A versão mais básica, designada Golf Car, com velocidade máxima de entre 20 e 30km/h, custa aproximadamente 20 mil euros, já com IVA incluído. Se falarmos na versão Monaco, serão mais €4000. E se falarmos em baterias de lítio, acrescente-lhes mais €5000, mas estas

Tive a sensação de conduzir a 40km/h no golfe como a 200km/h na estrada

dispensam manutenção e têm uma garantia de 10 anos, sendo vivamente aconselhadas pela Wonder Roll. “É só vantagens, é uma coisa perfeitamente limpa, sem ácidos, o carro fica mais leve, com mais força e com mais autonomia, nomeadamente de 60 quilómetros”, justifica Costa Macedo, que se habituou a utilizar o seu Monaco para se deslocar de sua casa em Paço de Arcos para Lisboa e até para o Lisbon Sports Club, o seu clube de sempre. Existem ainda, além de todos os acessórios facultativos, as versões Roadster (descapotável) e Mansory (topo de gama). Esta última, com o nome do fornecedor de transformadores para os Ferrari, Lamborghini e Bugatti, Rolls Royce, Porsche, entre outras marcas de luxo, custa até 60 mil euros. O norte-americano Bubba Watson, duas vezes vencedor do Masters de Augusta National (em 2012 e 2014) e actual n.º 4 mundial no ranking mundial, tem um, tal como o veterano espanhol Miguel Angel Jiménez, com 21 vitórias no European Tour. ¬ POR RODRIGO CORDOEIRO

Oitavos Classic é um torneio que assinala a rentrée da nova época de golfe no resort de Oitavos Dunes, em Cascais, marcado também pela reabertura do hotel após o fecho durante o Inverno. Este ano jogou-se a 5.ª edição, que contou com a presença de 74 jogadores. Na sua maioria os participantes são jogadores estrangeiros que adquirem um pacote especial criado para o evento, cuja adesão tem crescido de ano para ano. Os sócios do clube, convidados e imprensa completam o field. Este ano o tempo veio dificultar a prova, num misto de sol, chuva e granizo ao longo dos dois dias, mas não impediu que dois terços dos participantes terminassem os 36 buracos embora apenas o segundo dia tenha contado para a classificação final, com vitórias do irlandês Mark Anglim (38 pontos na modalidade de stableford) em homens e de Mariana Trussart (28 pontos) em senhoras. ¬ fotos: FILIPE GUERRA

O melhor português, 83.º no ranking mundial, conta como foi participar no Arnold Palmer Invitational foto: DR

11 de Março, sexta-feira Estou na Tailândia a jogar o True Thailand Classic, do European Tour. Acordo de manhã com a notícia de que se confirma o convite para o Arnold Palmer Invitational (API) da próxima semana, tenho cerca de 150 mensagens no meu WhatsApp. Será o meu primeiro torneio no PGA Tour, e é em Orlando, Florida, onde passei os meus últimos três anos de universidade, na UCF. 12 de Março, sábado Tinha os voos marcados para o torneio da próxima semana em Nova Deli, Índia, para o caso de não conseguir o convite para Orlando. Depois de ontem ter falhado o cut no True Thailand Classic, tive de comprar um voo novo de Banguecoque para Orlando, com escala no Dubai. Saí da Tailândia às 20h30 locais. 13 de Março, domingo Chego a Orlando às 11h40 locais, no fundo foi uma viagem de 24 horas desde Banguecoque. À minha espera no aeroporto tenho o “Pepito” [José Maria Jóia], meu companheiro não só no CG Vilamoura, como nos quatro anos de universidade na América. Fomos almoçar ao Chipotle, um restaurante mexicano. Fico em casa dele 14 de Março, segunda-feira Jogo o primeiro pro-am do API. O meu caddie Nick Mumford só chega hoje à

noite, pelo que foi “Pepito” a levar o meu saco. É a primeira vez que jogo no campo do Bay Hill Club & Lounge, o palco do torneio. 15 de Março, terça-feira Faço uma volta de treino com o italiano Edoardo Molinari. Vejo que jogarei as duas primeiras volta do API num grupo com os americanos Bill Hurley e Bryson DeChambeau. Os meus pais chegam de noite vindos de Portugal. 16 de Março, quarta-feira Véspera do início do torneio. Treino no driving range, apenas. 17 de Março, quinta-feira Joguei muito bem nos primeiros 9 buracos e menos bem nos segundos 9, com 3 bogeys nos últimos 4 buracos. Fiz 73 pancadas, 1 acima do par. De noite, houve grelhada em casa do "Pepito" com a “turma” portuguesa. 18 de Março, sexta-feira Volta de 74, total de 147 (+3). Por três pancadas não consegui o acesso ao fim de semana aqui em Orlando. Bati muito bem na bola mas o putter esteve uns furos abaixo do esperado. Mas foi uma primeira experiência inacreditável. 19 de Março, sábado Fui ver o golfe de manhã e depois almoçar com os meus pais. De noite viajei para Londres, onde resido.


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