Jornal JÁ Bom Fim - Novembro de 2014

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HPS

Fim das obras somente em 2015 Foto: Ricardo Azeredo/PMPA

Prometida para este fim de ano, a conclusão das obras está mais uma vez adiada. A direção não fala.

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anos

Demolição interdita restaurante Pág. 6

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O Santander é o mais provável locatário das salas do térreo do Novo Baltimore, para uma segunda agência no Bom Fim. O velho Baltimore nos anos da contracultura tinha quatro cinemas ali. rometi

Secretário Casartelli (de jaleco aberto) em visita ao HPS no início de novembro

redenção As imagens divulgadas não renderam qualquer informação sobre o bando

Esculturas estão de volta ao parque

Mayer, com o busto de Hahnemann

Já estão no lugar quatro, das 12 obras do parque da Redenção que estão sendo restauradas com patrocínio privado. Das esculturas foram feitas réplicas em resina, para dissuadir os ladrões. O escultor Luiz Henrique Mayer teve que recriar o busto do criador da homeopatia, do qual não restou vestígio

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NOVO BALTIMORE

No lugar dos cinemas, um banco

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Nota do Editor

afé do Lago - Continua sem solução. O C contrato com o permissionário foi rompido e uma nova licitação ainda não tem data. Um espaço importante do parque que continua abandonado, se deteriorando.

Um passo à frente Diz a voz corrente na mídia que o país saiu dividido das eleições de outubro. É possível, mas isso ainda tem que ser provado. Uma eleição, por mais intensa que seja, é pouco para provar uma tese como essa. É mais bordão, para ser usado em propaganda. Não é bem verdade, mas interessa, vai espalhando. A luta política não dá trégua. Não dá para esperar para entender o que aconteceu com a eleição. É preciso ter um slogan no dia seguinte: o país saiu dividido, como se a estatística pudesse substituir a realidade. O país não está dividido. A democracia brasileira saiu triunfante desta eleição. Independente de quem ganhou ou perdeu, foi um passo à frente.

O Jornal Já Bom Fim é uma publicação de Jornal Já Editora Editor: Elmar Bones Reportagem: Elmar Bones e Patrícia Marini

A loja de artigos infantis Zero Kids dá lugar a mais uma lancheria na Osvaldo Aranha. As instalações já estão prontas, mas ainda não tem a placa.

empre no segundo sábado do mês, o Brick S de desapegos atrai centenas de pessoas ao

Contatos: (51) 3330-7272

Diagramação: Cabeças Fumegantes DG

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lancheria do parque

BOM

Edição fechada às 14h do dia 11/11/2014

Fotografia: Dora Giuliani, Arquivo Jornal JÁ, PMPA, CMPA.

FIM

URGENTE Núcleo de Estudos da Canção recebe o O grupo POETs para uma audição comentada,

Redação: Av. Borges de Medeiros, 915, conj. 203, Centro Histórico CEP 90020-025 - Porto Alegre / RS

BOM FIM

17. Sob regência de Tiago Flores, a orquestra da Ulbra vai tocar com a banda porto-alegrense de rock Cachorro Grande.

inal de que o Natal está chegando na OsS valdo Aranha: as lojas ostentam cartazes em busca de vendedores.

Expediente

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Bar Ocidente, das 12h às 20h. Na calçada da rua João Telles, entrada lateral do bar, o Balaio Free anuncia o agito. São roupas para escolher e levar... de graça! Lá dentro, dezenas de expositores oferecem peças femininas que vão do clássico ao artesanal, a preços de brechó. A temporada 2014 do projeto Concertos Populares com Orquestra termina no dia 22 de novembro, às 21h, no Salão de Atos da UFRGS. Ingressos à venda a partir do dia

na 2ª-feira, dia 17 de novembro, às 19h, na Sala II do Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110). Os POETs percorrem o país com shows há mais de dez anos: Ricardo Silvestrin, Ronald Augusto e Alexandre Brito. Mediação do poeta e professor de Literatura Brasileira da UFRGS, Paulo Seben. E streia no dia 14 de novembro, Fassbinder – O Pior Tirano É o Amor, dirigido por Clovis Massa, com dramaturgia de Diones Camargo. A montagem inédita é baseada na biografia de um dos maiores e mais polêmicos cineastas da história, Rainer Werner Fassbinder. A peça estará em cartaz nas sextas, sábados e domingos, às 20h, até o dia 30. Na Sala Álvaro Moreyra, Centro Municipal de Cultura (Erico Verissimo, 307). Ingressos a R$ 20. (Estudantes, idosos e classe artística: R$ 10). or Tudo... Gracias mescla canções, milonP gas, candombes e chacareras, num diálogo musical e cênico, com composições latino-americanas de Paulo Renato, autor do projeto, e outros consagrados compositores, e a dança de Renata Vasconcelos. Única apresentação em Porto Alegre dia 21/11, às 20h, no espaço Frater: Vicente da Fontoura, 1015/201.

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Os chafarizes do Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público, estão servindo para refrescar pessoas que passam o dia no centro, sob um calor de 38 graus. Se a moda pegua, vai virar atração turística.


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LEIA MAIS

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em

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FEIRA DO LIVRO

Invasão “chapa branca”

Alfeu de Alcântara Monteiro

DITADURA

Coronel foi a primeira vítima

Eduino de Matos

O fotógrafo e ativista social Eduí�no de Matos, lançou um olhar crí�tico sobre a ocupação dos espaços na Feira do Livro que há 60 anos se realiza na Praça da Alfândega de Porto Alegre, na primeira quinOs estandes oficiais ocupam espaços nobres zena de novembro. As fotos que fez revelam o avanço inexorável das empresas, órgãos públicos, entidades oficiais sobre os espaços mais nobres da feira, relegando os livros ao segundo plano, aos corredores onde mal se consegue andar. Confira em http://goo.gl/FV6Wsd

Corre na Justiça Federal, em Canoas, uma ação civil pública para que o tenente-coronel Alfeu de Alcântara Monteiro seja reconhecido como ví�tima do golpe militar em 1964. A ação é do Ministério Público, contra a União. O tenente-coronel Alfeu de Alcântara Monteiro foi morto a tiros no dia 4 de abril de 1964 na sala de comando da Base Aérea de Canoas. O inquérito na época concluiu que foi “legí�tima defesa”: Alfeu teria puxado a arma primeiro. Segundo o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, que fez a denúncia, Alfeu Monteiro foi a primeira ví�tima fatal da ditadura militar no Rio Grande do Sul.

LANÇAMENTO

DEMOCRACIA

Os perdedores que venceram

Donos da mídia no Congresso

Fe c h a n d o o ano de muitos lançamentos por conta dos 50 anos do golpe militar de 1964, o jornalista Ayrton Centeno lança Os Vencedores. São 856 páginas sobre a trajetória dos derrotados de 1964 e 1968, que hoje estão no poder - Lula, Dilma etc. Livraria Saraiva do Moinhos Shopping, em Porto Alegre, dia 18/11, 19 horas.

A Constituição proí�be, mas chega a 271 o número de deputados e senadores que são sócios ou diretores de 324 veí�culos de comunicação. É� o que aponta um levantamento feito pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). O artigo 54 da Constituição não poderia ser mais claro: é proibido a todo e qualquer ocupante de cargo eletivo ser diretor ou proprietário de canais de comunicação, como jornais impressos, rádios e TV. E o artigo 55 pune com a perda do mandato quem descumprir o artigo anterior. Ninguém foi punido até hoje.

Lei das Antenas

JORNADA

Nova lei ignorou os moradores

Passeio psicanalítico

Uma das novidades da nova Lei das Antenas em Porto Alegre foi a exclusão do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do processo de licenciamento para as ERBs. Pelas novas regras, as operadoras de telefonia não são obrigadas a apresentar o EVU-Estudo de Viabilidade Urbaní�stica (e Ambiental) ao Conselho do Plano Diretor. O conselho era veí�culo de muitas reclamações sobre a proliferação de ERBs em situação irregular por toda a cidade.

A Sociedade Sul Brasileira de Psicanálise está convidando para “um passeio pelos campos da psicanálise”. É� sábado, 22 de novembro, na 10ª Jornada Psicanalí�tica, na Escola Superior do Ministério Público ( rua Cel. Genuí�no, 421), centro de Porto Alegre / RS. A abertura será às 9 horas e o encerramento às 17 horas. Para marcar os 10 anos da entidade, também será lançado o livro Ensaios Psicanalí�ticos.

Tarso Genro

ELEIÇÕES

Tarso pensou no longo prazo Na contramão do resultado nacional, que reelegeu Dilma Rousseff para a Presidência, o eleitor gaúcho manteve a escrita e pela oitava eleição consecutiva desde a redemocratização, trocou o governador. Tarso Genro, candidato à reeleição, mesmo com uma boa avaliação de seu governo, foi derrotado por uma diferença de 1,5 milhão de votos pelo o ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori. Tarso, ao contrário da maioria dos governos anteriores, pensou a longo prazo, certo de que se reelegeria. Deixou projetos que darão frutos ao seu vencedor. Talvez com isso Sartori possa quebrar a regra e convencer o eleitor da continuidade.

K I T   A N T I D I TA D U R A O que saber para não querer que se repita Três edições especiais da revista JÁ reconstituem os fatos que marcaram a ditadura militar no Brasil de 1964 a 1989.

Assim começou o golpe. Da Legalidade, passando pela conspiração, até o golpe deflagrado pelo telefone.

Derrubado A ditadura mostra sua cara. almam emp s o governo, os generai civis. res líde os tam afas e er o pod as em surg s, Cassações, expurgo urece. end me regi O . ões reaç s primeira

A tortura chega aos quartéis. Grupos armados desafiam o regime. Para esmagá-los, a ditadura desce aos porões e, com isso, perde o que ainda resta de apoio da sociedade ao movimento de 1964.

As duas primeiras edições já foram lançadas. A terceira está em edição para circular dia 5 de dezembro. Tiragem limitada. Reserve seu exemplar.


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Esculturas a voltar ao Cristine Rochol/PMPA

Monumento a Giusepe Garibaldi e Anita passa por limpeza antes da restauração

“Busto de Licínio Cardoso”, de 1952, também de autoria de André Arjonas, homenagem ao introdutor da Homeopatia no Rio Grande do Sul

“Os Lusíadas”, de 1972, monumento em homenagem do quarto centenário do poema épico de Luís de Camões

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rês esculturas (dois bustos e um rosto), formam o primeiro conjunto já concluí�do. Elas homenageiam médicos ilustres da cidade, tinham sido todas roubadas. Já estão recolocadas na lateral do parque junto à avenida João Pessoa. Ao todo, serão recuperadas 12 obras, entre monumentos, estátuas e bustos, danificadas ou roubadas. O projeto marca os 65 anos do Sinduscon e é coordenado pela arquiteta e restauradora Verônica Di Benedetti. Para evitar os ladrões, o bronze das peças originais será substituí�do por uma resina à qual é misturado pó de bronze, para obter o mesmo efeito e textura. É� um recurso que já foi usado em parques de São Paulo e Belo Horizonte. Na Redenção, a primeira a ir para o lugar foi a cabeça

As primeiras obras de ar parque da Redenção, res com patrocínio privado, c a voltar aos seus lugare (herma) do médico Heitor Annes Dias (1884/1943). Nascido em Cruz Alta, catedrático da Faculdade de Medicina, ele trabalhou também no Rio de Janeiro e alcançou reconhecimento internacional como clí�nico. A peça esculpida em bronze, para homenageá-lo, foi furtada há anos. Agora ganhou uma réplica, feita pelo artista plástico Luiz Henrique Mayer. Ex- aluno de Vasco Prado, Mayer é o responsável pela reprodução das esculturas em resina isoftálica. Algumas, como o busto do criador da homeopatia, Samuel Hahnemann, ele teve que recriar porque não encontrou nenhuma referência

da obra desaparecida há um ano. Era um busto de Hahnemann jovem, feito pelo escultor espanhol Andres Arjonas. O escultor fez uma pesquisa, mas as melhores referências que encontrou foi de um Hahnemann já idoso. Então, a partir delas fez uma "releitura", envelhecendo o busto. A cabeça do professor Annes Dias foi encontrada depois de uma pesquisa do escultor, que descobriu registros sobre uma réplica pedida pela Faculdade de Medicina. Dela foi feito um molde para a cópia em resina. “Consegui autorização da direção da faculdade para fazer o molde em borracha de silicone com capa de gesso, misturado


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s começam o parque

rtes do stauradas começam es. com fibra de vidro”, conta o escultor. Semelhante foi o caso do busto do médico Licí�nio Cardoso. Quando foi instalado no parque, o busto em homenagem ao grande homeopata, a prefeitura de Lavras do Sul, sua terra, encomendou uma réplica, para instalar na cidade. Agora, ela serviu de modelo para a reprodução. Além das esculturas, na terça-feira será entregue também o monumento “Os Lusí�adas”, que foi limpo e restaurado, com recolocação da placa de bronze, danificada pelas tentativas de roupo. A limpeza do Monumento ao Expedicionário, prevista para o final de novembro, é a ultima etapa do projeto.

“Busto de Samuel Hahnemann”, de 1943, homenagem da Liga Homeopática do Rio Grande do Sul, ao fundador da Homeopatia. Como o original, de autoria do arquiteto e escultor Andres Arjonas, foi furtado e não havia uma réplica, uma nova versão teve que ser modelada. Nas fotos, as três etapas do trabalho Luiz Henrique Mayer: a modelagem em argila, uma cópia em gesso e, finalmente, a réplica em resina isoftálica.

“Cabeça de Annes Dias”, de 1949, homenagem ao grande médico nos cinco anos de sua morte

O artista plástico Luiz Henrique Mayer e a arquiteta Verônica Di Benedetti

Resgate do Patrimônio histórico As ações de resgate de 12 obras do patrimônio histórico no parque da Redenção contam com o patrocí�nio do NEX Gruop e da Cyrela Goldsztein. O parque tem mais de 30 peças escultóricas ao ar livre, segundo a coordenadora do projeto, arquiteta e restauradora Verônica Di Benedetti. “É� um acervo que conta a história da sociedade porto-alegrense”, diz a arquiteta. Os 12 monumentos selecionados para este primeiro projeto de parceria entre Sinduscon e Prefeitura foram os seguintes:

Cabeça de Beethoven, Cabeça de Chopin, Monumento a Carlos Gomes,Homenagem a Beethoven, Busto de Annes Dias, Busto de Licí�nio Cardoso, Busto de Samuel Hahnemann, Os Lusí�adas, Homenagem aos Mortos em Combate ao Comunismo, Coluna Brasileira, Obelisco da Comunidade Sí�rio-libanesa, Obelisco da Comunidade Israelita e Monumento ao Expedicionário. Os critérios para sua seleção foram a visibilidade junto à comunidade, material constituinte (predominantemente rochas) e representatividade dentro do seu estilo e época.

Chwartzmann e Sessegolo, do Sinduscon, com o secretário municipal da Cultura, Roque Jacoby, e Luiz Antonio Custódio, do Patrimônio Histórico

“É uma prestação de contas” "É� um prestação de contas do trabalho que vem sendo realizado pelo Sinduscon", disse o coordenador do projeto e vice-presidente da entidade, Zalmir Chwartzmann, ao lado do presidente Ricardo Sessegolo. “A ideia é outras empre-

sas se interessem em colaborar”. A entrega oficial das primeiras quatro obras foi na manhã do dia 11 de novembro> Foram entregues: "Os Lusí�adas", “Busto de Annes Dias", "Busto de Licí�nio Cardoso" e "Busto de Samuel Hahnemann".

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NOVO BALTIMORE

Um banco no lugar do cinema O térreo será ocupado por uma agência bancária

Dores de uma demolição

Um restaurante interditado e vizinhos inundados

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empresa não fala, mas o mercado dá como certo: o Novo Baltimore, a torre de 18 andares que muda a paisagem do Bom Fim, vai ter o térreo ocupado por uma grande agência bancária. O candidato mais forte é o Santander. O velho Baltimore nos anos da contracultura chegou a ter quatro cinemas ali. Além do prédio cor-de-rosa, que marcou gerações, a nova construção engoliu um dos mais tradicionais redutos do Bom Fim boêmio: o bar João. O prédio onde funcionava o bar foi abalado pelas obras e acabou incorporado ao terreno. O Novo Baltimore, em fase de acabamento, ocupa um terreno de 5 mil metros quadrados, com 50 metros de frente para a avenida Osvaldo Aranha. Dois salões de 500 metros quadrados cada um, com pé direito de dois andares, abrem-se para a avenida. Eles pertencem aos proprietários do terreno, são parte do pagamento. Acima, quatro andares de garagem e 11 andares com

Estacas sustentam a parede do restautante, onde o chão afundou.

A demolição de um prédio antigo na avenida Osvaldo Aranha levou à interdição do restaurante Gourmet da Redenção. Com as escavações, o piso do restaurante, no térreo do prédio vizinho, afundou. Segundo o engenheiro Cristiano Sarmento, responsável técnico pela obra, o dano foi reconhecido, o seguro da obra vai cobrir os prejuí�zos. Vai ser feito um reforço estrutural no prédio abalado e restaurado o piso. Provavelmente haverá indenização por lucro cessante ao restaurante, que serve em torno de 300 refeições diárias. Quanto aos supostos danos

causados no prédio do outro lado, onde funciona a loja Ao Crochet, a mais antiga do bairro, o engenheiro diz que não foram verificados danos. Ele acredita que, se houve inundação, como alegam as proprietárias, as causas não têm a ver com a demolição. Regina Katz, uma das proprietárias, disse ao JÁ� que tem tudo documentado e vai tomar as providências cabí�veis. No lugar do prédio demolido, uma estreita faixa de terreno de 6 por x 40 metros, vai ser construí�do um prédio de 2 andares, com fins comerciais. A obra está suspensa, aguardando a liberação do seguro.

Prédio está quase pronto na avenida Osvaldo Aranha

18 salas cada um, num total de 198 salas. Cada sala tem um box na garagem, mais 124 vagas rotativas. A sala comercial padrão, com trinta e poucos metros quadrados, está na casa dos R$ 300 mil. Se for alugada, ga-

rantem os corretores, rende no mí�nimo R$ 2 mil por mês. Mais de 80% das salas estão vendidas, segundo os corretores. Advogados, arquitetos, psicólogos, médicos são maioria entre os compradores.

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As ofertas, as novidades e as expectativas do comércio para o fim do ano

Está à venda o prédio do Cine Avenida, inaugurado em 1929 na avenida Redenção (atual João Pessoa), na esquina com a Venâncio Aires. Depois que suas duas salas de cinema fecharam, em 1996, ali funcionou um bingo. Hoje está bastante deteriorado.

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Informe Publicitário

A PREFEITURA CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO PARA PLANEJAR UMA PORTO ALEGRE CADA VEZ MELHOR. Na média, os imóveis no bairro já estão estão mais caros do que os localizados no Moinhos de Vento

Bom Fim com cara de Moinhos Os prédios pequenos e os velhos sobrados foram, pouco a pouco, dando lugar aos novos espigões

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preço do metro quadrado de imóveis para alugar no Bom Fim já supera o do Moinhos de Vento, na média. A informação é de uma pesquisa de um sindicato do setor imobiliário de Porto Alegre feita nesse semestre. Ela evidencia uma mudança de perfil do bairro. O espaço que já foi reduto de punks, da magrinhagem e do pessoal alternativo da cidade está se homogeneizando. A diversidade no perfil dos habitantes e frequentadores agora só é vista na Lancheria do Parque, na Redenção e nas suas feiras. Porque o quadrilátero formado por Osvaldo Aranha e Independência, Ramiro Barcelos e Túnel da Conceição, tornou-se uma das áreas mais nobres e caras da cidade. Parte dessa mudança - ou resultado dela - é a cara das

novas residências e do comércio que se instalou no Bom Fim nas últimas duas décadas. Os prédios pequenos, geminados, próximos da calçada, e os sobrados foram dando lugar, pouco a pouco, a espigões. Posso lembrar agora, de memória, de meia dúzia deles (um na Ramiro com a Cabral, outro na Felipe perto da Bento Figueiredo, um terceiro na Fernandes a poucos metros da Osvaldo, tem também um na Vasco da Gama, outros dois na João Telles...). Todos eles com uma caracterí�stica distinta da ambiência tradicional bomfiniana: são espigões, gradeados, com recuo, cheios de garagens e vendidos como de alto padrão. Além da mudança na paisagem, mais carros e menos gente na rua, há um novo perfil de morador que, pela lógica, deve ter um alto poder aquisitivo.

Já começou o Recadastra POA, a maior ação de recadastramento imobiliário

No comércio, as lojas de bairro foram perdendo espaço para novas unidades de grandes redes. E os bares, fechados nos anos 1990. O Bar João, por exemplo, foi demolido junto com o Cine Baltimore para a construção de um centro profissional de quase 20 andares. Com mais gente trabalhando em escritórios e novos moradores mais bem aquinhoados, a gastronomia passou a ser a mola propulsora dos negócios do bairro, com um sem número de buffets e estabelecimentos de comidas especiais - cachorro quente gourmet, hamburguer gourmet, lancheria especializada em churros, pubs de cervejas artesanais, cafés-livrarias, padarias diferenciadas. Até os mercadinhos entraram na onda dos produtos com valor agregado. As vantagens e desvantagens dessa transformação nesses 20 anos são discutí�veis, mas o fato é que o Bom Fim de hoje mais se parece ao Moinhos de Vento do que ao bairro de duas ou três décadas atrás. Guilherme Kolling

especial para o JÁ Bom Fim

dos últimos 30 anos na cidade. Esta iniciativa conta com agentes a serviço da Prefeitura que estão visitando imóveis para coletar informações. Se o seu imóvel foi selecionado, verifique se os agentes estão com uniforme e crachá de identificação e os receba bem.

PARTICIPE: A SUA COOPERAÇÃO É MUITO IMPORTANTE PARA MELHORAR NOSSA CIDADE. EM CASO DE DÚVIDAS, LIGUE 156, OPÇÃO 4.

Editado pelo Gabinete de Comunicação Social da Prefeitura de Porto Alegre www.portoalegre.rs.gov.br • twitter: @nossa_poa


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Pronto Socorro Obras só terminam em 2015 Secretaria da Saúde anunciou para dezembro o fim da reforma. Tudo indica, porém, que as obras vão invadir o próximo ano

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o fim de setembro, a Secretaria Municipal da Saúde informou que “as obras do Hospital de Pronto Socorro, iniciadas em 2011, serão entregues até o final deste ano”. O bloco cirúrgico seria entregue em novembro e a emergência, em dezembro. Pela previsão anterior, o bloco cirúrgico deveria ter sido concluí�do em setembro passado. A emergência, em obras há três anos, tinha o fim previsto para o final deste mês. Agora, a previsão corrente no HPS é de que só nos primeiros meses de 2015 as novas instalações, com novos equipamentos, entrarão em uso. A direção se limita a referir as dificuldades de reformar um prédio antigo, tombado pelo patrimônio público, sem fazer novas previsões . A parte principal da reforma - ampliação e modernização da emergência - vai custar R$ 13,3 milhões. São mais de 30% acima do orçamento original, de R$ 8,9 milhões. No iní�cio, informou-se que o grosso dos recursos viria do programa QualiSus, do Ministério da Saúde. Agora a Secretaria informa que dois terços do valor serão desembolsados pela prefeitura, o restante pelo Ministério da Saúde.

As obras do novo bloco cirúrgico, que já estariam 90% concluí�das, vão custar outros R$ 3,6 milhões, com a Prefeitura bancando 80% e o Ministério da Saúde 20%. A assessoria informou que obras complementares estão prontas, como a nova sala de recuperação e a sala para coleta e transfusão de sangue. “Também foi adquirido um tomógrafo, que exigiu um ambiente especial. Já está funcionando”. A emergência, que ocupa o primeiro pavimento e parte do segundo, manteve as atividades mesmo com as obras em andamento. Por ser a principal unidade para atendimento a trauma na cidade, seria risco para a população o seu fechamento, ainda que temporário. As obras em conclusão agora são apenas uma etapa de um projeto de modernização do HPS, que deverá estar concluí�do só em 2018, com investimento de R$ 57 milhões, o maior de sua história.

Dois anos sem banco de sangue

Antes de começar a reforma, o HPS ganhou uma nova caixa de força, que custou R$ 1,5 milhão, entregue em 24 de novembro de 2010. No fim daquele mês, o banco de sangue foi fechado. Fun-

Há três anos em obras, o HPS ainda não tem data para retornar à normalidade

cionários diziam que era por falta de pessoal. A direção disse que era devido à reforma, que começaria em março, mas só começou em agosto. O posto de coleta de sangue ficou desativado até 2012.

que é “a maior de sua história”. Mas parece que não há motivos para comemorações.

“Retrocesso em todas as áreas”

Sinais inquietantes

Referência nacional em atendimento de emergência, o HPS emite sinais inquietantes ao final de uma reforma que se arrasta há quatro anos e sobre a qual não se tem muitas informações. Numa lista do Sindicato Médico com os cinco principais problemas da saúde pública em Porto Alegre, o HPS está no topo. A lista foi publicada na edição de agosto da revista do Sindicato. Aponta: fechamento da UTI clí�nica, reforma precária e atrasada, exames de imagem interrompidos sem aviso. Para o presidente do Simers, Paulo de Argolo Mendes, o HPS passa por uma "reforma que mais parece uma

Argolo, presidente do Simers

comédia de erros. Desde o iní�cio, é atrapalhada, anárquica, desordenada, patética”. No iní�cio de novembro, médicos e enfermeiros, “cansados de pedir providências”, denunciaram à imprensa que as UTI estavam há seis meses sem ar climatizado, exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Surpreendido pela notí�cia, o secretário municipal de saúde, Carlos Henrique Casartelli, reconheceu que não sabia do problema. O hospital completou 70 anos em abril de 2014 e está na metade de uma reforma,

Um dos mais contundentes crí�ticos da gestão da saúde no âmbito municipal é o Sindicado Médico do Rio Grande do Sul, o Simers. Seu presidente, Paulo Argolo Mendes, diz na última edição da revista do sindicato que a situação da saúde no municí�pio, sob o governo José Fortunati “é a pior dos últimos mandatos”. “O prefeito conseguiu retroceder no que outros tinham avançado. O que se vê é um verdadeiro desmonte da saúde na capital, onde 35%dos leitos do SUS foram fechados nos últimos anos”, afirma Argolo. A CPI da Saúde está empacada na Câmara. A condução da saúde em Porto Alegre precisa ser passada a limpo”. Leia mais em www.jornalja.com.br


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