Consilcar Magazine #08

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ANO 1 | NÚMERO 8 | OUTUBRO-DEZEMBRO 2019 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

mag. PORSCHE

CAYENNE V6 E-HYBRID ENTREVISTA Pedro Lamy Uma vida nas corridas

REPORTAGEM Salão de Frankfurt Aposta nos eléctricos

ESPECIAL Esquecidos na gaveta

DESTAQUE... Temos uma trotineta para si... à borla! Pág.55



editorial

E

stamos a chegar até si com a Consilcar Magazine #08, a última publicação do ano de 2019, quando estamos de novo a chegar ao fim de mais um ano, edição na qual, e em resumo, trazemos perante vós as novidades, tendências, êxitos e até preocupações do mundo automóvel.

Tentamos a todo o momento que esteja a par do futuro, que já não é tão longínquo como parecia há umas décadas, num momento em que as realidades antes futuras acontecem hoje a um ritmo tão eleva-

do que passam a conviver connosco muito rapidamente. De tal forma assim é que vos podemos dizer que o futuro é já amanhã. Nao acredita!?!? Então podemos olhar para realidades como o 5G, electrificação e condução autónoma, entre outras, que faziam parte do falado futuro, como são hoje já realidades experimentadas e ao alcance de muitos. Pode no entanto estar em falta um mundo de pormenores, como legislação adequada, criação de redes de oferta e a consistência das mesmas, ou a habituação do consumidor, mas na realidade já convivem connosco. Esta presente realidade, e a nossa capacidade de habituação aos desafios que nos vão sendo impostos, cria ao ser humano a vontade de ir mais além e ao mesmo tempo a necessidade de reflectir sobre qual o caminho a seguir. É esta dinâmica e a vontade de ir mais além que nos faz evoluir e estar mais próximo de si, seja pelas publicações que trimestralmente lhe fazemos chegar, seja pelas novidades que diariamente lhe apresentamos no nosso site, ou pelas inovações que, de uma forma ou de outra, tambem nós lhe trazemos até si. Assim, para que possa ler, visualizar ou experimentar, estamos focados em trazer-lhe muitas novidades para o início do ano de 2020 que brevemente serão apresentadas no novo canal do youtube (ConsilcarTV) que já se encontra em desenvolvimento e testes. A nossa capa tem a viatura de lançamento do canal, e aqui poderá ler todas as caracteristicas desta espectacular viatura e todas as tecnologias que a mesma detém, mas ao mesmo tempo partilhamos consigo as magníficas imagens que conseguimos filmar com a mesma para que possa sentir e visualizar os pormenores e os locais que temos para lhe mostrar. O futuro será construído pela nossa vontade, e o céu é o limite, seja este percorrido ao volante, ou sentado no seu sofá com a nossa Consilcar Magazine nas suas mãos! De uma forma ou de outra... contamos consigo! Nuno Silva

Director: Nuno Silva; Editor: Jorge Reis; Colaboradores: Carlos Rodrigues, Diogo Reis e José Manuel Costa; Arte: Luís Martins/workpoint; Propriedade e Distribuição: Consilcar, Comércio de Automóveis, Lda.; Morada: Rua D. Maria Ana de Áustria, 185 – 2605-663 Belas; Edição: LusoSaber, Informação e Comunicação Lda.; Impressão: Ligação Visual, Comunicação Gráfica – 2665-608 Venda do Pinheiro; Depósito Legal: 439082/18; Tiragem: 7.500 exemplares; Distribuição Gratuita. Redes Sociais: www.facebook.com/consilcarmagazine Edição Online: www.consilcar.pt/revista Estatuto Editorial: A revista Consilcar Magazine (Mag) mantém uma periodicidade trimestral abordando como temática principal o automóvel, podendo conter conteúdos com temáticas directa ou indirectamente relacionados com o mercado automóvel, a indústria do mesmo, e outros que com o automóvel se cruzam com maior ou menos intensidade no dia a dia, ou que não se cruzem de todo mas que se entendam como enriquecedores da publicação. Em todos, fica o compromisso por parte dos responsáveis da Mag pelo respeito dos valores deontológicos e ética profissional a que a Imprensa os obriga, tendo como privilégio sempre a melhor informação. 3 OUTUBRO | NOVEMBRO


MERCADO CONSILCAR

Sรณ a qualidade vence a burocracia!

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Em Portugal, que muitos dizem ser “o país do Simplex”, o negócio do automóvel usado continua a ser marcado por um peso burocrático por vezes excessivo, mas também por regras difíceis de serem cumpridas. Ainda assim, há uma forma de vencer a burocracia neste negócio. texto: Jorge Reis fotos Carlos Rodrigues

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MERCADO CONSILCAR

A necessidade da profissionalização dos stands é inegável e deve acontecer de um modo transversal a todo o mercado, porque isso leva os operadores neste mercado a terem que cumprir regras.

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uem esteve atento às notícias na Imprensa ao longo do último mês de Setembro ficou a saber que “mais de metade dos intermediários de crédito bancário registados actualmente são stands de automóveis e outras empresas desta área de actividade”, algo que resulta das directivas do Banco de Portugal (BdP) que, tendo aspectos positivos, tem outros mais penalizantes. A necessidade da profissionalização dos stands é inegável e deve acontecer de um modo transversal a todo o mercado, porque isso leva os operadores neste mercado a terem que cumprir regras, o que é positivo, mas há o lado menos positivo de todo este processo, que resulta de algumas regras mal dimensionadas. À conversa com Nuno Silva, um dos responsáveis máximos da Consilcar, ficamos a saber que esta empresa cumpre, naturalmente, as regras da intermediação de crédito autorizadas pelo Banco de Portugal, e passa a responder a esta entidade. Porém, como refere o nosso interlocutor, “não é fácil responder a regras de uma entidade como o BdP que não esteve nem está no mercado para ver como funciona”. “A título de exemplo, no momento em que somos visitados por um cliente e este nos questiona sobre financiamento, o stand tem que fornecer um prospecto que explica o que é o financiamento e quais as regras para essa operação, esquecendo o BdP que os stands não têm logística para produzir e entregar prospectos.” Apesar de tudo, as

“Há muito mercado paralelo que devia ser combatido e as entidades oficiais deveriam começar por aí. Todos somos tão sacrificados pelos impostos e há milhões de euros a passar ao lado do Estado...”

vantagens de serem os stands a permitirem o arranque dos processos de financiamento são evidentes: “Um stand, no espaço de 24 horas, tem o processo de financiamento quase concluído, enquanto que, se o cliente for ao balcão de um qualquer banco, se calhar daqui a duas semanas ainda estamos a falar da mesma coisa e daqui a um mês ainda estamos sem conseguir entregar o carro.” Enquanto as regras são cada vez mais apertadas para o comércio de usados, a verdade é que continuam a ser movimentados milhões no mercado paralelo como nos recorda Nuno Silva: “Há muito mercado paralelo que devia ser combatido e as entidades oficiais deveriam começar por aí. Todos somos tão sacrificados pelos impostos e há milhões de euros a passar ao lado do Estado, com

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inúmeros indivíduos a importar carros para vender ao amigo, sem pagarem IVA e outros impostos, e é aí que está a injustiça do mercado. Nós cumprimos, pagamos até multas que resultam do mau funcionamento das instituições, e temos que continuar assim sem nada podermos fazer.” “A título de exemplo, quando a legalização de um carro tem que ser feita através do IMT de Lisboa, porque este demora mais de 90 dias a lançar aquela viatura no sistema, há logo a obrigação de pagar o IUC com mais 25 euros de multa. Mais grave do que isso, se os stands, no meio deste processo, quiserem uma declaração de inexistência de dívidas, são informados de uma dívida fiscal que não contraíram, por culpa do IMT, e ninguém consegue resolver esta questão.” Contra todas as burocracias, o negócio continua ainda assim a correr em velocidade cruzeiro, suportado na qualidade das empresas e nas boas propostas em stand como acontece com a Consilcar. Nuno Silva não hesita por isso em deixar um alerta: “As pessoas têm que ter atenção relativamente ao local onde compram o seu automóvel, até porque o negócio fácil traz sempre problemas.” Estamos assim no comércio de usados perante um negócio particularmente burocrático: “O mais simples é mesmo a compra e a venda do automóvel. Em tudo o resto, as pessoas não imaginam as confusões burocráticas. Não imaginam a questão dos IUC, não imaginam porque demoram os documentos a chegar... Se um processo for parar à Conservatória de Lisboa, o DUA (Documento Único Automóvel) pode de-

A Consilcar aposta na qualidade do seu serviço para lutar contra todos os problemas burocráticos, garantindo que o cliente possa ser atendido do melhor modo e no mais curto espaço de tempo.

As pessoas têm que ter atenção relativamente ao local onde compram o seu automóvel, até porque o negócio fácil traz sempre problemas.

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morar mês e meio a chegar, enquanto que um carro vendido na mesma altura e cuja documentação chegue de outra Conservatória pode chegar em duas semanas, e as pessoas não percebem esta diferença que não deveria acontecer.” Contra todos estes problemas, que o mesmo é dizer “contra ventos e marés”, a Consilcar aposta na qualidade do seu serviço para lutar contra todos os problemas burocráticos, garantindo que o cliente possa ser atendido do melhor modo e no mais curto espaço de tempo, acreditando Nuno Silva que “se calhar é isto que faz a diferença para melhor na Consilcar!”


A NOSSA EQUIPA

NUNO LUZ “A Consilcar é um modo de vida!” Há cerca de um ano integrado na equipa de trabalho da Consilcar, Nuno Luz chegou com o conhecimento de quem veio desta mesma área de actividade, mas disponível para o desafio de implementar um novo serviço na empresa, apostando hoje na excelência depois de anos a apostar em números! texto Jorge Reis fotografia Carlos Rodrigues

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trabalhar numa área de actividade que garante estar sempre “em constante mutação”, que obriga a uma necessidade de adaptação muito rápida perante as alterações no mercado, as tendências, condicionantes ou até pelas necessidades impostas por esse mesmo mercado, Nuno Luz aceitou ainda assim há um ano o desafio de ingressar na Consilcar para aqui implementar um novo serviço. Hoje, define esta empresa como “um modo de vida, um sítio fantástico para se trabalhar!” “A Consilcar é uma empresa familiar, com valores intrínsecos, uma empresa leal com quem nela trabalha, mas também leal com os seus clientes. Sem dúvida que é um sítio fantástico para se trabalhar”, afirma Nuno Luz para quem esta empresa acaba por ter características próprias, tornando-a única num ramo de actividade que já conhecia anteriormente. “A facilidade com que se resolvem problemas, até a facilidade de adaptação da administração aos diversos problemas e à resolução dos mesmos, e acima de tudo a união de todos, que permite que as tendên-

cias do mercado sejam analisadas rapidamente e se reaja com uma maior celeridade, são características próprias desta empresa que facilitam o trabalho desenvolvido.” Já em relação ao cliente da Consilcar, Nuno Luz não hesita em afirmar que é de algum modo diferente daquilo a que estava habituado: “Todos os clientes que entram aqui merecem e obrigam que olhemos para eles com maior atenção. Sobre o cliente da Consilcar não estamos perante um cliente de compra em volume mas sim em qualidade, sendo certo que, sem dúvida, é diferente trabalhar para números do que para excelência. Antes de aqui chegar eu trabalhava para números!” Sobre a sua missão na Consilcar, Nuno Luz explica aquilo que veio fazer nesta empresa: “Vim colmatar uma lacuna, permitindo o serviço ao cliente de aluguer de viaturas, de veículos de cortesia, uma estrutura de trabalho que montei do zero para aumentar a capacidade de serviço da Consilcar ao cliente. No fundo, o cliente tem aqui uma outra forma de encontrar o seu automóvel e nunca sai daqui sem um automóvel, nem que seja alugado.” Todavia, apesar de falar em aluguer, Nuno Luz

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A Consilcar é uma empresa familiar, com valores intrínsecos, uma empresa leal com quem nela trabalha, mas também leal com os seus clientes.


Com a nossa estrutura é muito fácil decidir, tomar decisões não demora tempo e não temos as cadeias de comando que apresentam outras estruturas muito grandes. OUTUBRO | DEZEMBRO 9

faz questão de deixar claro que não transforma com este serviço a Consilcar numa empresa de rent-a-car dito clássico, porque “nem é esse o objectivo”. “Estamos a falar de alugueres bem feitos, com clientes da casa, acima de tudo alugueres com serviço. Não estamos perante o aluguer básico de um automóvel para turismo. É um projecto que ainda está embrionário, trabalhamos apenas com os nossos clientes, numa fase em que ainda estamos a tentar perceber como vai o nosso cliente vai reagir ao facto de poder ter mais esse serviço no seio da Consilcar.” Sendo esta área de actividade algo novo no trabalho da empresa, a verdade é que esta se adaptou bem às necessidades da mesma, uma adaptação facilitada, de acordo com Nuno Luz, pelo tipo de estrutura que a Consilcar possui. “Com a nossa estrutura é muito fácil decidir, tomar decisões não demora tempo e não temos as cadeias de comando que apresentam outras estruturas muito grandes, o que ajuda a tornar tudo mais fácil. É fácil chegar à fala com quem decide e é fácil chegar a uma conclusão, algo que normalmente se consegue ao mesmo tempo.” Curiosamente, trabalhando com automóveis, a verdade é que Nuno Luz também possui a paixão das motos, integrando mesmo a Federação Portuguesa de Motociclismo. E se a Consilcar não lhe permite uma área de trabalho directo com os veículos de duas rodas, assume que possui agora mais tempo para essa paixão. “Dá-me tempo para desenvolver uma actividade nessa área. Já criámos bastantes sinergias de apoios e isso deixa-me feliz porque volto a estar numa área de que gosto muito”, acrescenta. As motos, porém, não permitem, como acontece com os automóveis, um verdadeiro negócio de usados, realidade que Nuno Luz explica: “O negócio das motos é algo diferente até porque só mesmo quando não se consegue vender uma moto é que se vai dar a mesma à retoma. Circula muita moto de particular para particular, não sendo por isso o negócio de usados nas motos um caminho a seguir, até porque tem que se ter uma estrutura de suporte técnico e é difícil a sua criação e manutenção.” Em jeito de conclusão, e mantendo as motos no patamar do ‘hobby’, Nuno Luz não hesita em querer continuar nos automóveis: “Sem dúvida que sim, sempre! É o que eu gosto! Os hobbies ficam para outra altura!”


DISCURSO DIRECTO

PEDRO LAMY

UMA VIDA NAS

CORRIDAS! “Tranquilo, tímido, talvez reservado e porventura algo inseguro em certas coisas relacionadas com a maneira de viver”, é o retrato que faz de si mesmo fora das pistas. Na rua ainda é conhecido mas já foi muito mais, algo que não o incomoda. “Se as pessoas nos reconhecem é sinal que tivemos êxito no que fizemos e isso é gratificante!” entrevista: Jorge Reis

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os 47 anos, Pedro Lamy tem a sua vida construída em redor das corridas, um dos poucos portugueses que chegou à Fórmula 1, a categoria rainha do desporto automóvel. Em quatro anos, de 1993 a 1996, Lamy foi um dos pilotos de elite das pistas mundiais, tendo rodado ao serviço da Lotus e da Minardi, numa carreira que começou muito antes e em duas rodas: “Comecei no mini motocrosse com seis anos de idade, ali colocado pelo meu pai que mais tarde me colocou nos karts, quando eu já tinha 13 anos.” “Ia passar de categoria no mini motocrosse mas o filho do meu mecânico, que também corria, teve um acidente que o deixou paralítico, e isso levou o meu pai a retirar-me das motos para os karts. A família achou que era melhor eu parar com o motocrosse e o rumo foi mesmo os karts. Na primeira corrida, mesmo sem grande experiência, fiz logo a pole, as coisas correram bem, andei sempre a lutar pelos lugares da frente nos karts e cheguei a ser campeão.” Pedro Lamy acabaria por avançar para a fórmula Ford, onde pôde correr ainda com 17 anos, tendo sido campeão nacional logo no primeiro ano, um tí-

tulo que abriu outros caminhos com diferentes patrocínios e apoios: “O Diogo Castro Santos já corria no campeonato europeu da Fórmula Opel Lotus e eu procurei seguir o mesmo percurso.” “Naquela altura estava na escola, à beira dos 18 anos, não era propriamente um brilhante aluno mas havia a perspectiva de tirar um curso, e acabou por surgir a necessidade de fazer uma opção difícil. Aos 18 anos acabei o 12º ano de escolaridade e decidi avançar para o campeonato da Europa da Fórmula Opel, acabando a faculdade por ficar em ‘stand-by’.”

O meu pai arriscou na aposta no automobilismo Pedro Lamy optou pelo automobilismo sem nunca imaginar que fosse possível vir a ser profissional. “Arriscámos, principalmente o meu pai arriscou, porque é um risco colocar um jovem nos automóveis retirando-o do rumo dito normal da sua formação estudantil.” Com uma irmã mais velha que por essa altura já estava na faculdade, Pedro Lamy apostou tudo no automobilismo sempre com o apoio do seu pai. Logo após ter entrado numa equipa pouco competitiva, houve que proceder a mudanças,

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Lamy mudou de equipa e os resultados começaram a aparecer: “Na época seguinte, em 1991, cheguei mesmo a uma das melhores equipas desse campeonato, o europeu de Fórmula Opel, por onde já tinham passado outros pilotos como o Hakkinen ou o Barrichello, e venci.” Pedro Lamy avançou então para a Fórmula 3 na Alemanha, aconselhado por Domingos Piedade, então com o manager de Michael Schumacher, que era o dono da equipa, e venceu o campeonato alemão. Nas corridas internacionais ficou em segundo em Macau, venceu o Marlboro Masters em Zandvoort e acabou por vencer o campeonato no seu primeiro ano de Fórmula 3. O topo estava mesmo à sua frente. Foi já com 21 anos, completados no mês de Março, depois de ter brilhado também na Fórmula 3000, que Pedro Lamy aproveitou a possibilidade surgida, ingressando nesse mesmo ano na Fórmula 1, o corolário daquilo que o próprio piloto assume ter sido “uma carreira bastante rápida”. Chegar à Fórmula 1 com 21 anos, e vindo de Portugal, era claramente difícil, mas Pedro Lamy lembra que o difícil mesmo é vencer corridas: “Hoje em dia é porventura mais difícil conseguir


“Comecei no mini motocrosse com seis anos de idade, ali colocado pelo meu pai que mais tarde me colocou nos karts, quando eu já tinha 13 anos.”


DISCURSO DIRECTO

“Para os pilotos portugueses nos dias de hoje, se eles tiverem, com a idade que eu tinha nessa altura, os resultados que eu tive, acredito que a Fórmula 1 dá hoje mais oportunidades do que dava então...” os apoios e tem que haver interesse das equipas grandes para permitir as oportunidades. Ainda assim, mesmo para os pilotos portugueses nos dias de hoje, se eles tiverem, com a idade que eu tinha nessa altura, os resultados que eu tive, acredito que a Fórmula 1 dá hoje mais oportunidades do que dava então, estando mais atenta aos talentos.” Já sobre a luta pelos patrocínios, Lamy considera que o facto de sermos um país pequeno resulta na grande dificuldade – “Com dez milhões de habitantes não é fácil ter uma marca que nos apoie e nos leve para uma carreira internacional, e isso é a grande dificuldade...” –, mas ainda assim assume que teve a sorte de ter apoios: “Se não tivesse os apoios que tive era impossível eu ter chegado tão longe!”

Ayrton Senna gostava muito de Portugal Pedro Lamy chegou à Fórmula 1 ainda com 21 anos, em 1993, na Lotus, uma equipa que transportava um nome com história, mas já nessa altura “em decadência”: “Era um nome muito forte mas em decadência total. Naquela altura foi a oportunidade que tive, tivemos até o apoio do Ayrton Senna que procurou saber quais as intenções da Honda em querer voltar para a Fórmula 1, o que fez com a Lotus.” A referência a Ayrton Senna obriga a

um novo tema, o cruzamento de caminhos entre Lamy e Senna, iniciado por força da amizade do campeão brasileiro com Domingos Piedade, mas também pelo gosto do piloto brasileiro por Portugal: “O facto de eu ser um jovem, de algum modo uma promessa enquanto piloto português, e porque o Ayrton gostava muito de Portugal, permitiu a oportunidade de ser ajudado pelo Ayrton e ter estado próximo dele até à sua partida.” O acidente de Imola, de que resultou a “partida” de Ayrton Senna, aconteceu em 1994, quando Lamy ainda se encontrava ao serviço da Lotus, umas semanas antes do acidente que tam-

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bém Lamy viria a sofrer na Fórmula 1, dois golpes que afectaram a sua carreira mas não a sua confiança, como nos explica: “Foram dois golpes que me afectaram mais em termos de carreira, de oportunidades, mas não de confiança, senão não teria chegado onde cheguei até hoje.” Pedro Lamy ainda conseguiu pontuar posteriormente na F1, ao serviço da Minardi, numa carreira que lhe deixou a felicidade de ter chegado onde chegou mesmo sem ter tido um carro verdadeiramente competitivo. Da Fórmula 1, Lamy saltou para as 24 Horas de Le Mans – “Cheguei lá em 1997 e percebi que afinal havia mais corridas para além da Fórmula 1. Le Mans era realmente espectacular e fiquei de boca aberta com a dimensão daquela corrida.” – e veio a ser Campeão do Mundo de GT2. Ainda assim, Pedro Lamy não fala em realização no automobilismo, explicando que “um piloto quer sempre mais!” Nos últimos anos, nas provas de Resistência, Pedro Lamy voltou a estar no topo: “Depois de ter feito várias categorias, tive a grande oportunidade, em 2007, de entrar na Peugeot Sport, uma equipa totalmente profissional, uma estrutura com 200 pessoas, um projecto enorme, algo que não tive na Fórmula 1, e foi realmente a grande experiência na minha carreira. Venci o campeonato com a Peugeot, vence-

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comunidade em que vivemos. Ter proporcionado isso para ela foi uma realização muito pessoal e Cascais fica marcado para mim por conta desse evento.

Nissan Leaf 3.Zero e+

mos muitas corridas, mais tarde venci as 24 Horas de Le Mans nos GTs e já depois disso tenho tido grandes resultados, venci o Campeonato do Mundo de GT-AM, em 2017, consegui sempre grandes e sin- da NisEsta nova versão do resultados modelo elétrico to-me feliz por tudo isso!” san recebe um motor mais potente com 217

Mais potência e autonomia

Leia aqui este ‘QR Code’ e veja a entrevista na íntegra a Seu Jorge

A bateria é de 62 kWh

que, debaixo dos testes “É difícil pendurar Quem é a “Burguesinha”, sempre um tema WLTP reclama uma forte junto do público? o capacete.autonomia Aliás,deé385 km.um Porém, só 5com mil Em certa uma ocasião,perspectiva quando fiz disco que unidades deste Leaf e+ a Ana Carolina, música foi um sucesso, CV e um binário de 338,9 Nm, aumentando meessa assusta irão porque chegar ao mercado dia menos com passagem constante na rádio. aMais velocidade máxima para os 150 km/h, paseuropeu. estamos a falar deSurgiu dia terei que com parar debateria correrde 62 kWh então o disco América Brasil (2007) em que eu quis sando a contar uma algo que eu não seicomuo Daqui em diante, Pedro Lamy connicar com as pessoas e para o qual criámos algumas persoque, debaixo dos testes WLTP, reclama uma que é. Se calhar vou fessa que as expectativas já comenagens. A burguesinha era isso mesmo, uma personagem, autonomia de 385 km. Porém, só 5 mil uniparar sem dar por çam a diminuir. “Continuar a correr é como apareceram por essa altura outras... a “Amiga da minha dades irão chegar ao mercado europeu. isso... sempre difícil, mais com uma fase em mulher” surgiu por aí, a “Velha”, a “Doida”... personagens que A bateria utilizada no Leaf 3.Zero e+ Limited que as oportunidades vão diminuir e até poderiam estar na trama de uma novela. Edition, tem 288 células (a bateria de 40 kWh coisas boas não vão aparecer mui- qual parar é coisa que eu não sei o não sei o que é. Se calhar vou parar tem 192), oferecendo 24% mais de densidatas. Tenho 47 anos e devo pensar que que é. Vou ter que descobrir ainda. sem dar por isso, até porque a deciPara onde caminha o Seu Jorge? de de energia e 55% mais de armazenamenmais dia menos dia terei que parar de De uma forma ou de outra deverei são de parar... vou deixando correr, Em busca da beleza, da inspiração. Através da inspiração e to que a bateria de 40 kWh. No interior, esta correr. Aliás, no automobilismo não continuar nos automóveis. Afinal, de acordo com as oportunidades”, da criação, busco elementos que me inspirem, motivem, esversão oferece um novo ecrã de 8 polegahá muitas coisas que eu ainda queira desde os meus 18 anos que fiz sem- acrescenta Pedro Lamy numa altutimulem, e que me tragam energia para continuar a fazer a das para o sistema de info entretenimento, conseguir, principalmente porque o pre muitas corridas, muitas viagens, e ra em que ainda não sabe o que irá música e ter energia para viajar pelo mundo levando essa prometendo a Nissan que terá mais serviços que eu tinha a fazer já fiz.” o ‘parar’ é estranho... é uma transição fazer em 2020: “Espero fazer as 24 música. Pessoalmente, caminho para esse lugar, em busca de conectividade. Paralelemente a este Leaf “No automobilismo, um piloto, quan- esquisita.” Horas de Daytona, e fazer mais algupela paz de espírito e a beleza, seja a beleza no trabalho, na 3.Zero e+ Limited Edition, a Nissan lançou o do começa a ficar mais velho, a úni- “É difícil pendurar o capacete. Aliás, é mas corridas, mas será sempre algo forma, na música, na poesia ou no gesto. Leaf 3.Zero que, mantendo a mesma bateria ca coisa que quer continuar a fazer é uma perspectiva que me assusta por- a pensar caso a caso pois não está Obrigado Seu Jorge! de 40 kWh, recebe melhorias no habitáculo aquilo que sempre fez, motivo pelo que estamos a falar de algo que eu nada definido.” mas também no exterior.

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REPORTAGEM

SALÃO AUTOMÓVEL DE FRANKFURT 2019

O presente é eléctrico! A edição de 2019 do Salão Automóvel de Frankfurt – Internationale Automobil-Ausstellung (IAA) –, no passado mês de Setembro, pôde confirmar a electrificação não como uma tendência, mas como o caminho já hoje seguido por quase todos rumo ao futuro...

14 JULHO | SETEMBRO


JULHO | SETEMBRO 15


REPORTAGEM

SALÃO AUTOMÓVEL DE FRANKFURT 2019

A

importância deste tipo de certames, pelo menos no Velho Continente, já não é a que era num passado recente, acabando estes Salões do Automóvel por ver a sua importância reduzida face à quantidade crescente das marcas que abdicam de estar presentes. Só nesta edição do Salão Automóvel de Frankfurt (IAA), que se realiza nos primeiros dias de Setembro de cada ano ímpar, foram mais de 20 os construtores ausentes, como a Aston Martin, Chevrolet, Fiat, Jeep, Ferrari, Bentley, Peugeot, Citroën, Volvo, Rolls-Royce, Toyota, Subaru, Nissan e Mitsubishi, entre outros, mas apesar disso o IAA continua a merecer uma atenção particular daqueles que acompanham a evolução do mundo automóvel. Este ano, para resumir a realidade do IAA, encontramos duas palavras: electrificação e mobilidade. O verde foi a cor dominante dos discursos e a necessidade de combater as alterações climáticas fica evidente na preocupação dos construtores em apresentarem modelos cada vez mais amigos do ambiente.

Para resumir a realidade do IAA, encontramos duas palavras: electrificação e mobilidade.

A jogarem em casa, as marcas alemãs compareceram em peso no Salão de Frankfurt com modelos de facto importantes, como o I.D 3 da Volkswagen, o primeiro cem por cento eléctrico deste construtor de que lhe falamos em particular na página 49, ou o Mercedes-Benz EQS, o Classe S do futuro, a destacar-se num construtor que já nos habituou a trazer a Frankfurt todo o seu line-up de propostas. A BMW revelou a nova geração do M3, ou o protótipo Concept 4, que adianta o design dos futuros desportivos da marca, enquanto que a também alemã Porsche chamou a si as maiores atenções com o eléctrico Taycan, de que também lhe falamos com maior detalhe mais à frente na página 48. Referência ainda para outros players deste certame, como a Land Rover, que finalmente revelou a nova geração do Defender, ou a Lamborghini, que levou até Frankfurt o Sian, um modelo capaz de debitar uma potência de 819 cv com um motor híbrido, o primeiro híbrido da história da marca. Depois, também a estrear-se nos eléctricos, encontramos a Honda, que revelou o Honda e, um pequeno citadino com autonomia de 220 quilómetros, sem dúvida destinado ao tráfego urbano.

16 OUTUBRO | DEZEMBRO


Nissan vai plantar 180 mil árvores

automaticamente as configurações para tirar maior partido das 15 horas de bateria disponíveis em FHD. Já em relação ao Yoga A940, a Lenovo garante tratar-se do mais criativo e poderoso, dotado de uma poderosa tela criativa touchscreen 4K IPS com Dolby Vision, que dá vida ao entretenimento através de uma qualidade de imagem extremamente nítida. No monitor, que permite ao utilizador, de modo flexível e confortável, desfrutar de uma sensação idêntica à de desenhar no papel, é possível desenhar ou fazer anotações Afirmando através de uma preocupação caneta digital.ambiental e vontade deequipamento apoiar a reflorestação do Pinhal O novo da Lenovo oferece aindade o controlador Lenovo Leiria, na sequência dos incêndios de 2017, a nos designers, Precision Dial, desenvolvido especialmente a pensar Desde 1898, ano da primeira edição do Nissan Portugal assinou umpermite protocolo com e ajustar com precisão fotógrafos e videomakers, Salão de Paris, este certameque ganhou um selecionar estatuto ímpar, afirmando-se até aos oos Instituto dasem Conservação daadias Naturezadae caneta digital. Para conteúdos, ser necessário utilização de hoje como o (ICNF) principal evento em redor oaYoga das Florestas que irá permitir plan-A940 possui ainda um além dos altifalantes frontais integrados, do automóvel a nível mundial. tação de conjunto cerca de 180 milgiratória, árvoresgarantindo naquela um som poderoso, segundo sob a tela região Centro dedesenho. Portugal.Por fim, sobre o Yoga C730, surge mesmodo em modo de Para isto possível, a eNissan colocou tas equipado a tornar 2 decom Outubro altifalantes paraJBL jornalistas Dolby Atmos, que oferecem um áudio em marcha um programa aeque deu o nome eimersivo. visitantes profissionais, depois Apesar de emitir uma quantidade reduzida de luz azul, o novo de “Leaf4Trees”, que irá em duplicar o impacto no diaconvertível 4 para o público laptop da Lenovo degeral. 15 polegadas conta com um display 4K ambiental dos clientes nacionais EAmoled, se Paris éoferece apontada como a caquepositivo um enorme grau de clareza de cor e de contraste, dos automóveis cem por cento eléctricos pital da moda e do glamour, estes promovendo assim uma experiência visual notável resultante de uma da marca, de nomeadamente oautomóNissan Leaf e o valores aplicados ao Para resolução alta qualidade. todos estes equipamentos, a Lenovo e-NV200. número total decom árvores planvel têmtambém deO igual modo na capital propõe o Yoga Mouse LaseraPresenter, o resultado da tar irá agora ser apurado com base CO2um design fino e francesa o de seu berço, motivo pelo conjugação dois equipamentos numno só, com total poupado pelos de automóveis Nissan de superfície touch qual estee um “Mondial l’Automobielegante sistema wireless, possuidor de uma Zero Emissões entre 1 de Abril deadicional 2017 e para 30 apresentações e le”, que actualmente se realiza de adaptável que possibilita o controlo de Junho de 2018. dois em dois anos alternando entretenimento e precisão de 1.600com DPI.. J.R.

o Salão de Frankfurt, mantém um Motivos de interesse não faltanívelram de importância paragero assim neste ímpar certame mercado automóvel, mesmo ainda nos mânico, onde foi possível anosencontrar em que várias resolvárias marcas propostas de vemconstrutores primar pela ausência. chineses, eles que Desde ano da edição aos1898, poucos, tal primeira como acontece de que conta o cartaz producomlheadá electrificação, vão conzidoquistando para a suaespaço divulgação, o Salão no mercado de Paris ganhou estatuto ímpar, europeu comumpropostas que à afirmando-se até até aospodem dias de hoje primeira vista parecer como o principal evento autojá conhecidas. A título do de exemmóvel nível mundial, se plo,a veja-se o caso mesmo do concept algumas dasS9, marcas mais significaHongqi modelo que muitos tivasapelidaram como a Fordjáoude a Volkswagen “o McLaren resolvem de fora, ou quando Sennaficar chinês”. outros construtores escolhem diQuanto às propostas de outras ferentes cenários para revelar as marcas, como os Cupra, também respectivas O certo da é os novosnovidades. Seat, as propostas que,Opel apesar mudança verificada ou da Skoda, só para referir em mais de um século, o glamour algumas, rapidamente deverão do chegar certameaosparisiense continua circuitos comerciais bemeuropeus, presente, tendo evidente aqui nesta a última palaevocação da história doa automóvel, vra relativamente todos eles que o Salão Paris ajudou clientedeeuropeu, que aéconsafinal truir você no últimos 120 anos. Jorge Reis mesmo!

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AS NOSSAS ESCOLHAS

VOLKSWAGEN PASSAT VARIANT 2.0 TDI Carro do Ano em 2015, exactamente o ano de matrícula desta proposta da Consilcar, o Volkswagen Passat Variant, aqui na oitava geração, garantiu um assinalável sucesso junto do público português que lhe reconhece uma qualidade que se tem mantido inatacável ao longo dos anos. texto Jorge Reis fotos Carlos Rodrigues

Assente sobre a inovadora e flexível plataforma MQB, o Passat afirmou-se no mercado por um conjunto de outros atributos, de entre os quais se destacou desde logo o seu elevado nível de qualidade geral.

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oitava geração do Volkswagen Passat chegou ao mercado nacional nos finais de 2014 prosseguindo para 2015, aqui o ano de matrícula desta unidade proposta pela Consilcar, lançado pelo construtor germânico com o objectivo de vencer e convencer. Assente sobre a inovadora e flexível plataforma MQB, que passou a servir os diversos modelos do grupo Volkswagen independentemente do tamanho e da categoria, afirmou-se no mercado por um conjunto

de outros atributos, de entre os quais se destacou desde logo o seu elevado nível de qualidade geral, que coloca este modelo até hoje bem mais próximo dos melhores do segmento, nomeadamente os chamados “premium”. Um alto grau de tecnologia e motores mais económicos e eficientes, nomeadamente este bloco 2.0 diesel capaz de debitar 150cv de potência, são argumentos que convencem ainda hoje quem encontra este modelo enquanto usado, um automóvel que assume maior protagonismo pelo design que quatro anos depois

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FICHA TÉCNICA VOLKSWAGEN PASSAT VARIANT 2.0 TDI CONFORTLINE Cilindrada | 1968cc Matrícula | Julho/2015 Quilómetros | 100.815 Gasóleo Garantia de 1 Ano Preço | € 19.480

se apresenta sem dúvida actual, fruto da sua imagem elegante, para o que contribui uma frente muito característica em que a grelha se funde com os grupos ópticos. Curiosamente, foi no interior que este modelo veio trazer as grandes novidades, pelo conforto permitido para o qual o espaço se revelou determinante, isto porque a distância entre os eixos aumentou e permitiu melhorar a habitabilidade no seu todo, com destaque para os lugares traseiros, onde os passageiros ganharam alguma folga para as pernas e cabeça. Depois, salta à vista o lado tecnológico, com um quadro de instrumentos digital, definido por ecrã de alta definição, onde se simulam o velocímetro, o conta-rotações e respectivos ponteiros. Menos pesado do que o seu antecessor em cerca de 85 quilos, graças à utilização de materiais mais leves, este Volkswagen

Um alto grau de tecnologia e motores mais económicos e eficientes, nomeadamente este bloco 2.0 diesel de 150cv, são argumentos que convencem ainda hoje quem encontra este modelo.

OUTUBRO | DEZEMBRO 19

Passat ganhou maior rigidez da carroçaria e passou a apresentar motores mais eficientes, com economias de combustível da ordem dos 15% e reduções de cerca de 20% nas emissões de CO2. Como resultado, o construtor germânico tornou possível uma carrinha ligeira que ainda hoje surge como um veículo procurado, uma procura que se justifica pela sua qualidade e capacidade de resposta, seja para uma qualquer família ou um profissional que precisa de um automóvel versátil, com espaço e pleno de conforto.


BMW 320D SPORT PACK NAVIGATOR A história da Série 3 da BMW é longa e já oferece modelos ao universo dos clássicos, sendo este 320d uma espécie de clássico moderno tal foi a adesão dos portugueses à berlina alemã com motor a gasóleo.

Informações sobre este modelo estão online no sítio da Consilcar acessível neste QRcode

texto José Manuel Costa fotos Carlos Rodrigues

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s surpresas que um 320d nos pode oferecer são nulas: qualidade de construção e materiais, refinamento, motor diesel forte e agradável de utilizar com consumos reduzidos. E se a proposta que lhe fazemos não é de um carro da sétima geração do Série 3, faz parte daquela que é considerada uma das gerações da berlina da BMW, a F30, mais económica e refinada, pertencendo já á renovação de meio de ciclo que refinou, ainda mais, alguns detalhes. Para lá do estilo mais refinado e elegante, o 320d tem tração traseira e o eterno motor turbodiesel – curiosamente, esta renovação da sexta geração do Série 3, foi a primeira a estar equipada somente com motores sobrealimentados – com quatro cilindros e 2.0 litros, aqui na versão de 190 CV e 400 Nm de binário. A mais valia está, também, na caixa automática de 8 velocidades, suave, bem escalonada e capaz de ter duas almas: a dis-

FICHA TÉCNICA Cilindrada | 1995cc Matrícula | Setembro/2015 Quilómetros | 94.828 Gasóleo Garantia de 1 ano Preço | € 23.980

creta, económica e ecológica, e a desportiva, mais viril e veloz, tudo dependendo dos modos de condução que utilizamos, com escolha entre o Comfort, Eco e Sport. Contas feitas a tudo isto, o 320d consome entre 4,8 a 5,2 l/100 km, com emissões de CO2 de 105 a 116 gr/km. Este excelente comportamento no lado da eficiência, não corrompe o ADN da BMW e do Série 3, pois chega dos 0-100 km7h em 7,2 segundos com uma velocidade máxima de 230 km/h. O comportamento é, como seria de esperar de um BMW, competente e seguro. A unidade que lhe propomos tem uma etiqueta de preço de 23.980 euros, um equipamento absolutamente completo e uma quilometragem inferior a cem mil quilómetros.

20 OUTUBRO | DEZEMBRO


OPEL MOKKA X 1.4T INNOVATION Num segmento de importância crescente como é o dos SUV compactos e Crossovers, ao Opel Mokka só faltava para uma total afirmação ser taxado em Classe 1 nas portagens, algo que conseguiu com a nova legislação. entrevista: Jorge Reis fotografia: Carlos Rodrigues

FICHA TÉCNICA OPEL MOKKA X 1.4T INNOVATION Cilindrada | 1400cc Matrícula | Março/2018 Quilómetros | 53.607 Gasolina Garantia de Fábrica Preço | € 17.980

No canal de Youtube da Consilcar, o Opel Corsa é apresentado em video por Nuno Silva.

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presentado ao mundo em Março de 2016 no Salão de Genebra, o Opel Mokka X foi lançado em Portugal em Outubro desse ano mas a verdade é que “desapareceu”, penalizado pela legislação que então determinava a classificação do Mokka nas portagens das nossas auto-estradas como um veículo de Classe 2, o que atirava este pequeno SUV germânico, tido por muitos como um Opel Corsa mais musculado, para fora das opções do mercado. Foi assim preciso esperar pela entrada em vigor da nova legislação que permite aos modelos até 1,30m à vertical do eixo dianteiro serem taxados como Classe 1 (desde que possuidores do identificador de Via Verde) para que a Opel relançasse este modelo, sem dúvida merecedor das melhores atenções. Com a nova lei, o Mokka X pode agora ter o seu espaço próprio no segmento SUV-B, com tudo para vingar e garantir uma boa

Ao volante deste Opel Mokka facilmente nos damos conta de um agradável comportamento dinâmico, tal como agradável é o design robusto, ousado e refinado.

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afirmação no mercado. Possuidor de um design exterior atraente e com um habitáculo refinado, o Opel Mokka X, embora pequeno em comprimento (apenas 4,28 metros), assenta numa base de enorme popularidade, surgindo com a capacidade de abrir caminho para a série X da Opel onde surgem os irmãos maiores, o Crossland e o Grandland. Ao volante deste Opel Mokka facilmente nos damos conta de um agradável comportamento dinâmico, tal como agradável é o design robusto, ousado e refinado. A grelha dianteira horizontal em formato de “asa” e a assinatura marcante de “asa dupla”, assumida pelas luzes diurnas, alinham pela identidade de imagem da marca, dando conta da solidez de um carro em que o motor a gasolina de 1400cc, nesta proposta da Consilcar, capaz de uns generosos 140cv de potência, responde às necessidades dos dias mais agitados no tráfego urbano, mas também de uma qualquer viagem tranquila em estrada.


AS NOSSAS ESCOLHAS

MINI COUNTRYMAN COOPER S HYBRID PLUG IN Se há alguns largos atrás alguém nos dissesse que a Mini iria ter no seu portefólio uma carrinha iríamos porventura achar ridículo e impensável mas a marca alemã construiu o seu próprio caminho e hoje esta Clubman é normal... e apetecível! texto José Manuel Costa fotos Carlos Rodrigues

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Countryman não é um Mini na verdadeira acessão da palavra, pois as suas dimensões atiram-no para os braços do segmento SUV Compacto, com sucesso comercial desde o seu lançamento em 2010. O Countryman espantou o mundo com as linhas inspiradas no Mini, mas com uma robustez impressio-

nante e músculo acentuado. Vejam lá que o carro até chegou a ser homologado para o Mundial de Ralis. Mas essa é uma história que não vale a pena recordar. A segunda geração do Countryman mudou muito, não só no que toca ao estilo, mais técnico e rebuscado, mas também no que concerne a tecnologia, tendo sido apresentada em 2017. A grande novidade foi a intro-


FICHA TÉCNICA MINI COUNTRYMAN COOPER S HYBRID PLUG IN Cilindrada | 1499cc Matrícula | Dezembro/2017 Quilómetros | 31.997 Híbrido/Gasolina Garantia de fábrica Preço | € 31.980

dução de uma versão híbrida Plug In (carregamento exterior), a primeira na gama Mini. A escolha do Countryman não foi inocente, pois era o modelo de maiores dimensões e o que mais emissões libertava. A base do Countryman Cooper S Hybrid Plug In é a mesma dos restantes, ou seja, a plataforma UKL2 da BMW, mas equipada com um motor turbo a gasolina de 3 cilindros e 1.5 litros a debitar 136 CV e 220 Nm. Acoplado está um motor elétrico com 88 CV e 165 Nm, alimentado por uma bateria de 76 kWh, ambos posicionados debaixo do banco traseiro. Contas feitas, a potencia combinada é de 224 CV e 385 Nm. Tudo isto permite que os consumos homologados entre 2,1 e 2,3 l/100 km com emissões entre 49 e 52 gr/km de CO2. A autonomia em modo totalmente elétrico é de 40 km

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com uma velocidade máxima de 126 km/h. Carregar a bateria numa tomada de 240 volts demora 3 horas e 15 minutos. A outra face da moeda, confirma que o Countryman híbrido consegue excelentes desempenhos acelera dos 0-100 km/h em 6,8 segundos com uma velocidade máxima de 198 km/h. Propomos-lhe ter um Mini carregado de tecnologia, económico e defensor do meio ambiente – recordamos, 2,3 l/100 km e 49 gr/km de CO2 – mas capaz de o deixar de sorriso nos lábios pela rapidez (0-100 km/h em 6,8 seg.) e pelo excelente comportamento, através desta imaculada unidade nascida no final de 2017 e com apenas 31 997 km. Carregado de equipamento, o modelo que a Consilcar lhe oferece está pintado de preto e em excelente condição.


FORD FOCUS 1.0 TITANIUM

Toda a informação sobre este Ford Focus pode ser encontrada online no sítio da Consilcar, aqui acessível através deste QRcode

O tão premiado motor 1.0 a gasolina desenvolvido pela Ford e aqui aplicado no Ford Focus, é desde logo um argumento de qualidade inegável que justifica o destaque permitido a esta unidade proposta pela Consilcar. texto Jorge Reis fotos Carlos Rodrigues

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em qualquer dúvida um ‘best-seller’ da Ford, o Focus, aqui com matrícula de 2017 e equipado com o tão premiado motor 1.0 a gasolina, capaz de debitar uma potência de 125cv, permite-nos passear com estilo e prazer, num automóvel que tem vindo a ser consensual ao longo dos anos, quer pelo seu design, quer também pelas prestações bem como pela qualidade perceptível. Com a grelha em formato trapezoidal, sem dúvida plena de personalidade, este Ford Focus transporta o peso de ser um dos modelos com maior sucesso na gama de propostas do construtor da Oval, tendo no seu currículo a impressionante marca de mais de 6637

FICHA TÉCNICA FORD FOCUS 1.0 TITANIUM Cilindrada | 1000cc Matrícula | Março/2017 Quilómetros | 20.975 Gasolina Garantia de 1 Ano Preço | € 14.980

milhões de unidades vendidas até 2016, só no mercado Europeu. Lançada esta terceira geração do modelo em 2010, foi a mesma renovada quatro anos depois, recebendo por essa altura a já referida grelha trapezoidal que permite uma associação deste modelo a um Aston Martin, com os faróis rasgados nas extremidades. No habitáculo, a qualidade dos materiais usados é elevada, tendo sido por aqui que a Ford deu início a uma reorganização da consola central, que abandonou a parafernália de botões utilizados na versão anterior para uma solução mais dependente do sistema de infoentretenimento, com um ecrã táctil de 8 polegadas que suporta a navegação com instruções de múltiplo toque, permitindo efectuar zoom com dois dedos, sendo igualmente possível o fácil emparelhamento com os dispositivos móveis. E porque a pérola deste modelo é transportada sob o capô dianteiro, não poderíamos deixar de falar no motor 1.0, o brilhante bloco que veio revolucionar o mercado dos pequenos motores a gasolina sobrealimentada, permitindo consumos particularmente reduzidos, níveis de emissões igualmente baixos, e tudo isso sem que seja afectada a respectiva prestação.

24 OUTUBRO | DEZEMBRO


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Toyota Auris foi, em 2010, o primeiro modelo do segmento C a oferecer três motorizações com a adição de uma proposta híbrida, hoje disponível em toda a gama, num modelo automóvel que ao longo dos anos vingou no design, na qualidade percepcionada, na disponibilidade da versão híbrida e, por tudo isto, na aceitação por parte do público. Capaz de permitir conforto num automóvel em que as quotas de habitabilidade se apresentam eficientes face ao segmento, este Auris propõe uma bagageira com capacidade de 360 litros que, não sendo um recorde de volumetria, permite carregar as compras do mês de uma família convencional sem problemas. Ao volante, guiar um híbrido é sempre uma experiência diferente

TOYOTA AURIS HYBRID BUSINESS

A Toyota é pioneira no rumo da electrificação e este Auris é mais uma proposta nesse caminho

A história do Auris no seio da Toyota começou em 2010 quando este nome surgiu no lugar do até então conhecido Corolla, entretanto já recuperado pelo construtor e que não apaga, ainda assim, o sucesso conseguido pelo Auris. texto Jorge Reis fotos Carlos Rodrigues e é bom que nos vamos habituando a ela, porque o futuro passa por este tipo de veículos. Quanto mais levantar o pé do acelerador e com mais força atacar o pedal do travão, maior distância cumprirá sem emissões, poupando na fatura de combustível. Com três modos possíveis, “EV Mode” (totalmente elétrico), “Eco Mode” (elétrico e térmico) e “Pwr Mode” (térmico), a gestão acaba por não depender apenas do utilizador, uma vez que terminada a carga elétrica o sistema de propulsão toma as suas próprias decisões, passando automaticamente para o modo em que combina a propulsão elétrica com o motor de combustão interna. A potência combinada é de 136 cavalos, preenchendo esta versão híbrida do Auris os requisitos para viagens descansadas e confortáveis, para um resultado final que continua a justificar a notável carreira comercial do Toyota Auris.

FICHA TÉCNICA TOYOTA AURIS HYBRID BUSINESS Cilindrada | 1798cc Matrícula | Março/2014 Quilómetros | 79.915 Gasolina/Eléctrico Garantia de 1 Ano Preço | € 15.980


AS NOSSAS ESCOLHAS

RANGE ROVER VOGUE 4x4 TDV8

Juntar luxo, requinte e um pacote completo de equipamento, com um automóvel pronto para a aventura e ousadia, eis o que a Land Rover conseguiu ao colocar no mercado este Range Rover Vogue capaz de uns impressionantes 313cv. texto Jorge Reis fotos Carlos Rodrigues

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embra-se daquele tempo em que era miúdo e pedia aos seus pais para ir brincar para a chuva, mesmo correndo o risco de se molhar e encher de lama? Se os seus pais lhe permitiam essa liberdade, os primeiros metros na rua eram percorridos com cuidado, olhando para trás com o receio de uma reprovação. Porém, quando via nos seus pais um sorriso perante as suas traquinices, rapidamente esquecia todas as regras e terminava a brincadeira cheio de lama. Conduzir este Range Rover Vogue é como voltar a ser criança, vestir a melhor e mais cara roupa e avançar

sem medos para a lama. Poderá pensar que ninguém no seu perfeito juízo coloca um modelo como este Range Rover com o ADN da Vogue em trilhos de lama e pouco recomendáveis, mas depois de ver como ele se comporta irá perceber que a adrenalina de uma condução aventureira é viciante. Além disso, avançar para o percurso mais aventureiro ao volante deste veículo é o mesmo que fazer

26 OUTUBRO | DEZEMBRO


Conduzir este Range Rover Vogue é como voltar a ser criança, vestir a melhor e mais cara roupa e avançar sem medos para a lama.

o mais duro trilho de TT consigo vestido de smoking, tal é o conforto e a capacidade de sair no final sem um grão de lama na roupa. Bancos de couro, acabamentos aveludados, aplicações em madeira, tudo ajuda a permitir a este Range Rover Vogue uma imagem justificadamente requintada, num todo-o-terreno eficiente, espaçoso e refinado. Com a aplicação de alumínio ao invés do aço em várias partes fulcrais, nomeadamente no chassis, a equipa de engenharia da Land Rover conseguiu emagrecer o produto final retirando-lhe algumas centenas (!!!) de quilos mas sem perder capacidades... antes pelo contrário! A estrutura em alumínio usada neste modelo foi apresentada pela primeira vez pela

FICHA TÉCNICA RANGE ROVER VOGUE 4X4 TDV8 Cilindrada | 4367cc Matrícula | Novembro/2011 Quilómetros | 115.838 Gasóleo Garantia de 1 ano Preço | € 39.980

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marca no sempre importante Salão de Genebra, em Março de 2013, e desde então só tem sido aprimorada. Afinal, a cada 100 kg retirados da massa, ganha-se 2% em economia de combustível, e se pensarmos que isso permite reduções consideráveis de emissões de poluentes, não será difícil perceber o ganho nesta aposta no alumínio. Para quem gosta de todo-o-terreno será necessário dizer que os ângulos de ataque e saída são bons, assim como a distância em relação ao solo, havendo depois mimos para os passageiros como o espaço amplo em qualquer lugar que se ocupe, o conforto, a elegância e a potência neste modelo britânico produzido pela indiana Tata e actualmente entre as várias propostas da Consilcar.


AS NOSSAS ESCOLHAS

VOLVO V40 CROSS COUNTRY D2

Com a Volvo a viver uma profunda fase de renovação, esta V40 Cross Country, mesmo com matrícula de 2015, continua a ser uma agradável proposta, familiar mas também aventureira, apta a escapadelas por asfaltos menos recomendáveis. texto Jorge Reis fotos Carlos Rodrigues

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lhando para este Volvo V40 Cross Country facilmente nos apercebemos da presença de alguns elementos capazes de identificar desde logo a imagem da marca sueca, nomeadamente o conjunto óptico traseiro. Contudo, o que distingue mesmo este modelo é a imagem aventureira de uma carrinha capaz de se atrever por caminhos menos recomendados. Sendo certo que não estamos de modo nenhum perante um modelo trialeiro, a altura ao solo mais elevada, mesmo que ligeiramente, e algumas aplicações em plástico à frente e atrás, impõem a imagem aventureira que justifica a denominação de “Cross Country”. Atrás os passageiros de estatura mais elevada perdem um pouco do espaço para as pernas, mas nem por isso este modelo perde a capacidade de transportar com conforto quem a ele recorre. O motor D2, um bloco 1.6 diesel capaz de debitar 115cv, é suficientemente generoso e capaz de um comportamento dinâmico interessante.

Aceda ao sítio online da Consilcar e saiba mais sobre esta V40

FICHA TÉCNICA VOLVO V40 CROSS COUNTRY D2 Cilindrada | 1600cc Matrícula | Abril/2015 Quilómetros | 90.724 Gasóleo Garantia de 1 ano Preço | € 15.980

Dotado de diversas tecnologias de segurança, ou não estivéssemos a falar de um Volvo, este V40 Cross Country não terá uma habitabilidade de referência, mas compensa com um design sem dúvida atraente e um motor particularmente responsivo, bem como as apetências para a aventura num modelo que não passa despercebido na estrada!

26 OUTUBRO | DEZEMBRO



O NOSSO DESTAQUE

PORSCHE CAYENNE V6 E-HYBRID

QUADRATURA do CIRCULO 30 OUTUBRO | DEZEMBRO


Anda à procura de um SUV familiar que seja um carro luxuoso, desportivo e ao mesmo tempo amigo do ambiente? Parece impossível, talvez a quadratura do círculo, mas este Cayenne V6 E-Hybrid que a Consilcar lhe propõe consegue esse “milagre” tendo atrás de si um nome mágico: Porsche! texto José Manuel Costa fotografia Carlos Rodrigues

OUTUBRO | DEZEMBRO 31


O NOSSO DESTAQUE

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universo automóvel ia sofrendo um colapso quando a Porsche decidiu entrar no mercado dos SUV com um modelo que fazia jus aos pergaminhos da marca. O Cayenne foi lançado em Jerez de la Frontera no já longínquo ano de 2002, fazendo os tradicionalistas rasgar as ventes e clamar a plenos pulmões que Wendelin Weideking, na época o CEO da Porsche, era um vendilhão do templo, um herege que iria mergulhar a casa de Zuffenhausen num abismo sem fundo de onde não haveria volta. Como sucede nas parábolas bíblicas, os profetas da desgraça, os Adamastores e Velhos do Restelo, estavam redondamente enganados e rapidamente o Cayenne foi adotado pelos amantes da marca que, finalmente, não tinha de escolher entre a esposa e a sogra, entre a amiga e o filho ou dividir salomonicamente o par de filhos, dentro do 911. Ainda por cima o carro tinha um V8 e uma versão sobrealimentada carregada de potência. E mais tarde, a Porsche amachucou mais um pouquinho os tradicionalistas ao colocar um motor turbodiesel da Volkswagen no Cayenne. O sucesso foi imediato, o Cayenne transformou-se no carro mais vendido da Porsche – mais uma bofetada nos tradicionalistas que endeusavam o 911 – e o carro já vai na terceira geração. E porque as preocupações ambientais podem rimar com performance e luxo, a Porsche anunciou no Salão de Frankfurt de 2005 que iria lançar, num espaço de cinco anos, um Cayenne híbrido. Mais umas bocas se abriram de espanto, alguns sobrolhos se ergueram e mais umas vestes foram rasgadas, mas em 2007, uma vez mais em Frankfurt, a Porsche mostrou um Cayenne híbrido com um motor V6 3.0 litros a gasolina, ligado a um motor elétrico. O sistema incluía uma bomba de vácuo e uma bomba hidráulica para assistir a direção, sistemas que permitiam desligar o motor e manter o carro em andamento. Uma bateria de hidretos de níquel com 288 volts estava no lugar onde habitualmente estava o pneu suplente. Em 2014, chegou a vez do sistema hibrido Plug In, que oferecia uma autonomia em modo elétrico entre 18 e 36 km. O Cayenne E-Hybrid foi o primeiro híbrido “Plug In” do segmento SUV Premium.

EQUIPAMENTO ABS; Bluetooth; Computador de bordo; Cruise control; Direcção assistida; GPS; ISOFIX; Livro de revisões completo; Sensores de estacionamento; Ar condicionado automático; Full led; Ajuda ao parqueamento; Assistente de manutenção em faixa de rodagem; ESP; Imobilizador; Kit de pneus; Sistema de ajuda ao arranque em inclinação; Sistema de chave inteligente; Start and Stop; Apoio de braço; Bancos desportivos, dianteiros aquecidos com memória, com regulação eléctrica e apoio lombar; Câmaras laterais; Ecrã na consola central; Encostos de cabeça nos bancos traseiros; Entrada USB; Fecho automático das portas em andamento; Fecho centralizado com comando à distância; Leitor MP3; Patilhas de velocidade no volante; Travão de mão eléctrico; Volante desportivo em pele com sistema multifunções, regulável em altura e profundidade; Oito airbags; Estofos em pele; Vidros dianteiros e traseiros eléctricos; Acabamentos em alumínio; Câmara de marcha atrás; Faróis direccionais reguláveis em altura; Faróis diurnos; Função luzes ‘Coming & Leaving Home’; Jantes de liga leve; Luzes traseiras LED; Porta automática da bagageira; Retrovisor anti-encadeamento, aquecidos com regulação eléctrica e rebatíveis; Sensores de chuva; Sensores de luzes; Sistema de controle de pressão dos pneus; Vidros escurecidos.

32 OUTUBRO | DEZEMBRO


UM HÍBRIDO COMPETENTE

FICHA TÉCNICA PORSCHE CAYENNE V6 E-HYBRID Cilindrada | 2995 cc Matrícula | Agosto/2018 Quilómetros | 14.181 Híbrido/Gasolina Plug In Garantia de fábrica Preço | € 107.980

Com a resumida história do Cayenne contada, chegamos, assim, ao “nosso” Cayenne E-Hybrid, uma unidade nascida há pouco mais um ano (agosto de 2018) e que pertence á derradeira geração do SUV da casa de Estugarda. Isso quer dizer que além de ter pouquíssimos quilómetros (14 181) está equipado com o sistema híbrido Plug In da Porsche. Para lhe abrir o apetite, digo-lhe que o sistema debita 462 CV e um binário de 700 Nm! O motor de combustão interna é um V6 com 3.0 litros com injeção direta que debita 340 CV e 450 Nm, tendo acoplado à caixa de velocidades automática de 8 velocidades e á tração integral permanente, um motor elétrico com 136 CV e 400 Nm. Tudo isto embrulhado por uma carroçaria com um estilo bem mais agradável que as gerações anteriores, com rodas de tamanho generoso e performances incríveis: 0-100 km/h em meros 5,0 segundos e velocidade máxima de 253 km/h. Mas ainda mais impressionantes são as cifras de consumo: 3,2 l/100 km e 20,6 kWh/100 km, de consumo elétrico. A bateria tem 14,1 kWh de capacidade (e uma garantia de 8 anos ou 160 mil quilómetros, pelo que pode estar descansado) e uma autonomia em modo totalmente elétrico de 44 km. As emissões de CO2 ficam-se pelas 78 gr/km. Arrancando, sempre, em modo elétrico, o Cayenne E-Hybrid é suave e fácil de conduzir e como sempre sucede com o SUV da casa alemã, o comportamento é excelente e apesar do peso extra das baterias, parece sempre ágil. Impressiona a forma como o Cayenne curva, bem apoiado por uma suspensão multibraços nos dois eixos e numa travagem de excelência. OI seja, já lhe provei que este Cayenne E-Hybrid é um carro tecnologicamente avançado, muito económico e amigo do ambiente, capaz de ser desportivo. Falta-me, apenas, provar que é um carro luxuoso. Mas isso acaba por não ser preciso, pois o habitáculo é igual ao de um comum Cayenne, residindo a diferença nas informações oferecidas nos ecrãs do painel de instrumentos e do sistema de info entretenimento. O resto é um universo de pele e alcantara, materiais de grande qualidade e uma montagem acima de qualquer suspeita. Como já lhe disse, se anda à procura de um SUV familiar, que seja um carro luxuoso, desportivo e ao mesmo tempo amigo do ambiente, a resposta chama-se Cayenne E-Hybrid e a Consilcar tem esta unidade em estado absolutamente imaculado, com um equipamento mais que completo por oferecer vários extras, por um valor justíssimo, 107.980 euros. Do que é que está á espera?!

OUTUBRO | DEZEMBRO 33



DO SSI ER

AUTOMÓVEIS QUE NUNCA CHEGARAM À PRODUÇÃO O investimento que os construtores automóveis fazem num automóvel novo é verdadeiramente colossal, porém, isso não impede que vez por outra, as marcas tenham de arrepiar caminho, engolir o orgulho, calar o diretor financeiro e arrumar esse veículo na prateleira das recordações. Razões para deitar pela janela um projeto? São muitas e variadas: acabase o dinheiro para conseguir coloca-lo em produção, o mercado conhece cambiante inesperada durante o período de gestação do modelo, o departamento de marketing treme e receia uma má reação do mercado, enfim, o segmento “morreu” nos dois anos de gestação e deixa de fazer sentido comercial e financeiramente, produzir o modelo. Algures entre estas razões encontraremos a justificação mais justa para guilhotinar um modelo. Os exemplos são muitos e seria impossível contar-lhe tudo sobre os automóveis que nunca chegaram à produção ao longo de mais de um século de história. Mas decidimos oferecer-lhe um pedacito dessa história com alguns modelos que provavelmente nem conhece. texto José Manuel Costa


Poucos conseguirão imaginar uma “Shooting Brake” para o Mustang, da Ford, mas a verdade é que projecto existiu.

FORD MUSTANG SHOOTING BRAKE

Este é um caso muito interessante entre os automóveis que não passaram do projecto. O que poderá acontecer quando se juntam um “account” de uma agência de publicidade (Barney Clark da agência da Ford, a J. Walter Thompson), um designer (Robert Cumberford), um maluco por automóveis (Jim Licata) e uma empresa italiana de construção de carroçarias? Claro! um Ford Mustang Shooting Brake! A Construzione Automobili Intermeccanica fez o carro, com porta traseira com dobradiça inferior, bocal de abastecimento reposicionado, vidro traseiro e banco traseiro rebatíveis, mas fê-lo á revelia da Ford. A ideia final era vender o projecto à Ford, mas a casa da oval azul rejeitou liminarmente, pois já tinha pensado nisso quando mudou o Mustang e não queria projetos bastardos. Assim o Intermeccanica Mustang Shooting Brake ficou órfão. Sem investidores o único carro feito desapareceu no meio da poeira do tempo.

O estilo avançado para a época em que foi pensado impediu que o Rover P8 chegasse à produção, mas o modelo era interessante.

ROVER P8 A vida da Rover pode ser descrita com a frase “é a política, estúpido!” pois a política sempre influenciou a marca. O sucesso do P6 permitiu rejuvenescer a marca e chegada a hora da substituição, a equipa de estrelas da Rover coçou muito a cabeça e antes de dar á luz o SD1 em 1976, que teve uma longa carreira de 13 anos, surgiu um carro denominado P8, uma berlina de quatro portas de generosas dimensões e generosamente motorizado. O estilo era avançado para a época. Infelizmente, Sir Williams Lyons entendeu que o carro iria canibalizar o Jaguar XJ6 e para piorar a situação, um dos seis protótipos produzidos, dizem algumas fontes, destruiu-se, literalmente, ao fazer os testes de resistência à colisão, o que levou a Rover a abandonar o projeto, deitando para o lixo três anos de trabalho. Abandono que foi anunciado de forma sui-generis: no dia 10 de março de 1971 no jornal The Times. 36 OUTUBRO | DEZEMBRO


O Porsche 989 era inspirado pelo icónico 911 mas nem assim conseguiu chegar à produção, tendo a Porsche arrumado o projecto em 1992

PORSCHE 989 (1989) O PRIMEIRO QUATRO PORTAS

O Panamera, nascido já neste milénio, não foi o primeiro Porsche de quatro portas, embora tenha sido o segundo que chegou á produção, depois do lançamento do SUV Cayenne. Então, qual foi o primeiro Porsche com quatro portas? Chamava-se 989 e foi imaginado e concretizado por Ulrich Bez – o homem que depois saiu para ser o CEO da Aston Martin – que recebeu ordem da direção da Porsche, entusiasmada pelas vendas do 928. A ideia era simples: se o coupé com motor V8 vendia bem, porque não fazer um carro maior, mais familiar, mas com a mesma raça do 928? E, já agora, porque não com quatro portas, servindo uma opção mais familiar lado a lado com o 928? Bez deitou mãos à obra e desenhou uma plataforma com motor dianteiro e tração traseira, com uma distância entre eixos de 2826 mm, e motor V8 a 80 graus com 300 CV. A cilindrada nunca foi conhecida, mas seria entre os 3.6 e 4.2 litros. O estilo foi assinado por Harm Lagaay, um “designer” holandês que saltou da Simca para a Porsche e assumiu a liderança do projeto 924. Seguiu carreira na Ford e posteriormente na BMW, onde desenhou o Z1. Regressou á Porsche em 1989 como patrão do estilo e esteve nos Boxster, Cayenne, 911 996 e Carrera GT. Retirou-se em 2004, cedendo o lugar a Michael Maurer. O desenho do 989 bebia influência no 911, apesar da diferença de localização do motor e das duas portas extra. O carro foi sendo refinado, recebeu muitas alterações técnicas e estéticas, estas para o aproximar ainda mais do 911, mas a saída de Ulrich Bez em 1991 desacelerou o projeto e com as vendas do 928 a caírem a pique, os responsáveis da Porsche olharam de soslaio para o 989. Os péssimos resultados financeiros da Porsche entre 1989 e 1991, não ajudaram e não durou muito até o diretor financeiro da Porsche pegar no lápis azul, censurando o carro. Justificação: o orçamento de produção estava subavaliado e seria um risco comercial e financeiro entrar na aventura de um Porsche com quatro portas. Janeiro de 1992 foi a data que assinalou o fim do projeto. A Porsche decidiu suportar a narrativa da destruição do único protótipo feito, mas foi admitido que ele repousa bem guardado no depósito do Museu Porsche em Zuffenhausen. Assim, o Panamera é o sucessor do projeto 989.

OUTUBRO | DEZEMBRO 37

Muitos puristas da Porsche ainda hoje não vêem com bons olhos as ideias da marca de Estugarda para modelos de quatro portas, e se propostas do construtor como o Panamera ou o Cayenne conseguiram vingar, outros projectos houve que ficaram na gaveta como este Porsche 989.


O Nissan MID4 era alimentado por um motor central traseiro, tinha tração integral e algumas tecnologias inovadoras para o seu tempo.

NISSAN MID4 O protótipo aterrou no Salão de Frankfurt de 1985 discreto mas cheio de tecnologia. O protótipo exibido na Alemanha mostrava uma ideia de um desportivo que pudesse competir com os Ferrari e os Porsche, tendo surgido um carro com motor central traseiro, tração ás quatro rodas e um conjunto de tecnologias que acabariam por chegar mais tarde aos veículos de produção em série da Nissan. O motor V6 de 3.0 litros, as quatro rodas motrizes e direcionais e um peso contido, permitia que o MID4 atingisse a velocidade de 249 km/h. Desenhado por Shinichiro Sakurai na primavera de 1984, o estilo do MID4 era agradável, embora com uma traseira sem piada. Ainda nasceu uma segunda versão do MID4, com o V6 a receber dois turbos (passou a ser VG30DETT) que levavam a potência para os 330 CV. O estilo do MID4II viria a ser aproveitado para o 300 ZX, mas nenhum dos MID4 chegou à produção.

O motor V6 de 3.0 litros, as quatro rodas motrizes e direcionais e um peso contido, permitia que o MID4 atingisse a velocidade máxima de 249 km/h

O BMW M8 até tinha um design agradável e sedutor, mas o construtor não se deixou convencer.

BMW M8 Durante décadas ficou fechado num armazém como sucede aos fantoches e bonecos que fazem da Área 51 algo enigmático. Foi sendo rejeitado sucessivamente, com a BMW a dizer que nunca existiu. Foram mais de duas décadas de isolamento e de rejeição. Mas o dia chegou quando alguém fotografou o carro e o mostrou. Aí, a BMW teve de recuar e, finalmente, a casa bávara mostrou o espetacular protótipo do M8 que nunca saiu dessa fase. Pintado de vermelho, com um V12 de 6,1 litros com 557 CV, o M8 tinha todas as características de um desportivo, como os travões de competição, a caixa de velocidades manual de seis velocidades, a tração às rodas traseira, a carroçaria musculada com alargamentos que rimavam perfeitamente com as formas equilibradas do Série 8. O carro só tinha dois lugares, com dois bancos de competição. A recessão dos anos 90 e as preocupações ambientais negaram a possibilidade do M8 ver a luz do dia.

Este M8 da BMW, de dois lugares, equipava um bloco V12 de 6,1 litros e uma impressionante potência de 557 cv

38 ABRIL | JUNHO


O protótipo Cala, apresentado pela Lamborghini, era funcional, tinha um motor V10 com 4 litros e um estilo arrojado.

LAMBORGHINI CALA (1995) O ENJEITADO Diz-se que quem nasceu para tostão, nunca chega ao milhão, e o Lamborghini Cala era, literalmente, um carro de tostões. Quando a Chrysler percebeu que os italianos tinham acabado com o Jalpa em 1988 sem que tivessem programado um sucessor, a relação entre a Lamborghini e a Chrysler azedou e o vómito surgiu quando a empresa fundada por Ferruccio Lamborghini mudou de mãos, caindo no colo da desconhecida Megatech. Que quase a deixou cair no ralo tal a falta de dinheiro que existia. Numa fraternidade italiana, Giugiaro e a sua Italdesign desenharam o Italdesign Cala, apresentaram-no no Salão de Genebra de 1995 e ofereceram-no à casa italiana. O protótipo apresentado era funcional, tinha um motor V10 com 4 litros e um estilo arrojado. O entusiasmo da Megatech foi muito, mas dinheiro era curto e rapidamente se percebeu que a empresa registada nas Bermudas queria mesmo era despachar rapidamente a Lamborghini. Assim, ao invés de investir no Cala, a Megatech transformou os 40 milhões de dólares pagos à Chrysler (uma pechincha) em 110 milhões, o preço que o Grupo Volkswagen pagou pela marca italiana. Assim que a Lamborghini aterrou no portfólio do grupo VW, o Cala foi imediatamente atirado para a prateleira e nunca o único protótipo feito viu a luz do dia. Os alemães decidiram seguir outro caminho e o Jalpa conheceu, finalmente, sucessor em 2003 quando surgiu o Gallardo. Curiosamente, o Cala não tinha o nome de um a raça de touros espanhola como sucede com todos os modelos da casa fundada pelo italiano Ferrucio Lamborghini na povoação de Sant’Agata Bolognese. O carro devia o seu nome a uma palavra de um dialeto da região de Piemonte (Turim): Cala significa “olha, está ali!”.

OUTUBRO | DEZEMBRO 39


A marca Studebaker tem as suas raízes primárias em 1852, mas só produziu o seu primeiro carro em 1902.

PORSCHE STUDEBAKER TYPE 542 Quem poderia dizer que a Porsche teria ligação a uma marca americana sem grande sucesso ou uma vida longa? Mas foi exatamente isso que sucedeu. A marca Studebaker tem as suas raízes primárias em 1852, mas só produziu o seu primeiro carro em 1902 tendo em 1954 avançado para a fusão com a Packard. Se a Studebaker teve um início periclitante e nunca foi muito sólida na sua curta vida a solo, esta fusão com um gigante americano, só piorou as coisas e á beira do fim o desespero fez os executivos virarem-se para o lado da Porsche, chamada para ajudar com o desenvolvimento de uma berlina de quatro portas com motor V6. A Porsche não era o que é hoje e o responsável da engenharia na Studebaker, John Z. DeLorean (conhecem?) entendeu que o carro era pouco refinado e dinamicamente fraco. O Type 542 não passou da fase de protótipo e a Studebaker acabava pouco depois em 1963.

O Lancia Fulvia tinha tudo para vingar, com custos mínimos de produção e a possibilidade de recuperar a marca italiana.

LANCIA FULVIA (2003) Foi rainha nos ralis, tem uma história muito longa no livro das recordações da industria automóvel mundial, mas hoje a Lancia quase desapareceu, estando confinada a Itália onde vende, apenas, um modelo, o Ypsilon. Em 2003, porém, quando o grupo Fiat vendia carros da Chrysler com nome Lancia e vice-versa, surgiu o Fulvietta, uma reinterpretação do Fulvia, protótipo que surgiu no Salão de Frankfurt e que apanhou a onda do revivalismo: a Mini tinha acabado de aparecer, o Carocha também, e o Trepiuno (o protótipo que deu origem ao 500) estava a caminho. E a verdade é que o Fulvia tinha tudo para vingar, com custos mínimos de produção e a possibilidade de recuperar a marca. O chassis já existia, o motor também, portanto tinha tudo para ser um sucesso. Uma oportunidade perdida!

40 OUTUBRO | DEZEMBRO


O Toyota GT86 Cabrio tinha capota eléctrica com óculo traseiro em vidro, e a tampa da mala era feita em material compósito.

TOYOTA GT86 CABRIO (2013)

IRIA SER TÃO BOM

Quando a Toyota se lembrou de homenagear o passado com a criação de um desportivo feito em colaboração com a Subaru, o mundo ficou a salivar de desejo. Conhecido como projeto 086A, este 2+2 recebeu o nome “Hachi-Roku” (86 em japonês) a que se juntou o prefixo GT, fazendo uma referência aos modelos históricos da Toyota com motor dianteiro e tração traseira: o 2000GT (1967) e o adorado Corolla AE86 (1983 a 1987), além do Sport 800, um mini coupé desportivo apresentado no Salão de Tóquio de 1962, que tal como o GT86, tinha motor boxer. E como curiosidade, muita coisa no GT86 tinha o número 86. Por exemplo, o diâmetro e o curso dos pistões têm 86 mm, a saída de escape tem 86 mm de diâmetro. Baseado no protótipo FT-86, o GT86 foi concebido por Tetsuya Tada, um homem que tudo fez para dar ao GT-86 um sabor desportivo que andava arredio das produções da Toyota desde o Corolla AE86, nos anos 80 do século passado. Porém, a Toyota falhou com o objetivo ao não oferecer sobrealimentação ao motor boxer da Subaru, ficando o carro com 200 CV. A utilização dos pneus do Prius para oferecer um comportamento mais radical, falhou e a verdade é que apesar do sucesso do carro, o objetivo ficou um pouco aquém do

que se pretendia, especialmente olhando para a herança pesada. Ciente disso, a Toyota decidiu apelar à emoção e no Salão de Genebra de 2013 apareceu com um protótipo prontinho para ser produzido. Tinha uma capota com comando elétrico, com óculo traseiro em vidro, tampa da mala e ilhargas traseiras feitas em material compósito (para manter o peso para lá dos reforços necessários), carroçaria pintada de branco com a capota em azul, para choques redesenhados, janelas em policarbonato. Mecanicamente igual ao GT86 coupé, o cabriolet tinha um belíssimo aspeto e oferecia uma série de estras que o deixavam ainda mais desejável. Ainda esteve no Salão de Tóquio de 2013. Quando todos já salivavam pela sua chegada ao mercado, pouco meses depois, sem justificações, a Toyota confirmou que o GT86 Cabriolet era um nado morto. Mas, porquê? A resposta veio muito tempo depois, quando Yasuyuki Yoshinaga, o engenheiro chefe da Subaru, confessou que um GT86 Cabriolet era impossível pois obrigaria a um redesenhar completo para que cumprisse os requisitos de segurança, algo impensável.

Só muito mais tarde depois de ter sido revelado este GT86 Cabrio foi explicado pela Toyota que a sua produção teria que obrigar ao redesenhar completo do modelo para que este cumprisse os requisitos de segurança.


Com produção inicialmente apontada para as 999 unidades, este Range Rover equipava um motor V8 de 5,0 litros.

RANGE ROVER SV COUPÉ (2018) CORDEIRO SACRIFICIAL O Land Rover Range Rover tem uma longa história atrás de si, iniciada em 1970 quando a British Leyland – conglomerado industrial formado em 1968 no Reino Unido como British Leyland Motor Corporation – quis entrar no mercado de luxo com um todo o terreno que se afastasse do mais rústico Land Rover. Perdeu ao longo do tempo a referência à marca para ficar conhecido apenas como Range Rover e hoje é um dos nomes grandes quando se fala de SUV de luxo, estando as pessoas (cada vez menos) dispostas a pagar mais por um carro com o autocolante a dizer Range Rover. A marca evoluiu, muito, e o Range Rover acabou mesmo por desaguar numa gama completa que contempla o Evoque, o Sport e o belo Velar. Com as constantes reviravoltas do mercado e o apertar da malha contra os motores diesel depois do Dieselgate, a Land Rover encontrou-se em terra de ninguém, dependente dos motores diesel que agora ninguém quer e com uma gama que necessitava de alguma coisa que fizesse falar nela. Por isso e porque começaram a ser cada vez menos os “doidos” que faziam fila para pagar mais por uma marca, alguma coisa teria de ser feita. Ralf Speth, o CEO da Jaguar Land Rover, olhou para todas as possibilidades e lembrou-se de fazer um “halo car”, um automóvel que chamasse a atenção e recordasse a todos que a Range Rover ainda faz parte dos melhores SUV do Mundo. Pegou num grupo de engenheiros e passou a ideia: fazer um Range Rover Coupé. Claro que muitos dos engenheiros levantaram o sobrolho, mas lá fizeram um carro que seria produzido em apenas 999 unidades, com motor V8 de 5.0 litros superalimentado e um preço a condizer, mais de 250 mil euros. Mas as dúvidas continuaram e facilmente se chegou à conclusão que gastar tempo, recursos e dinheiro a desenvolver um carro sem margem de lucro. As margens de lucro foram encolhendo a um ritmo assustador, o mercado chinês a virar as costas e os prejuízos agachados ao virar da esquina, rapidamente devoraram a aura de sucesso da marca e do grupo Jaguar Land Rover. Ralf Speth percebeu que deveria concentrar esforços e recursos a tentar salvar o grupo ao invés de lançar carros de imagem.

42 OUTUBRO | DEZEMBRO


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APRESENTAÇÃO

A chegada efectiva deste primeiro modelo eléctrico da Honda ao mercado europeu deverá acontecer ao longodo ano de 2020.

Honda e... ELÉCTRICO AO GOSTO CITADINO! Quando os construtores automóveis procuram os melhores caminhos para a redução de emissões, este pequeno modelo surge para a Honda como um cartão de visita que aponta o rumo que a marca japonesa quer seguir.

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ma das novidades para o mundo do automóvel mais badalada nos últimos meses, o nipónico Honda e, chega como o primeiro veículo eléctrico alimentado por bateria lançado pela Honda na Europa, dando indicações claras sobre o caminho que o construtor nipónico pretende seguir em direção à sua visão eléctrica. Até 2025, a Honda pretende que 100% das suas vendas na Europa sejam eletrificadas. Como curiosidade, os preços do Honda e, para o mercado alemão, deverão começar nos 29 mil euros para a versão de 100kW, passando para os 32.470 euros na versão “Advance” em que a potência do motor é aumentada para os 113kW. Não se pense, porém, que estamos perante um automóvel particularmente requintado, isto porque a Honda desenvolveu este modelo eléctrico com o foco na simplicidade, design e na utilização prática em qualquer grande cidade, um veículo que deverá atender às necessidades dos estilos de vida urbanos moder-

No habitáculo, um painel digital de cinco telas de última geração e um sistema de infotainment conectado surgem incorporados num espaço moderno.

nos, através da utilização de tecnologias conectadas e uma capacidade dinâmica de condução assinalável. Com um design exterior simples em que se destacam as câmaras compactas utilizadas no lugar nos espelhos laterais convencionais, o Honda e retira vantagens desta inovação no capítulo da segurança, aerodinâmica e estilo. Já no habitáculo, um painel digital de cinco telas de última geração e um sistema de infotainment conectado surgem incorporados num espaço moderno para uma utilização intuitiva e simples. Equipado com um motor eléctrico disponível com dois níveis de potência, de 100 kW (134cv) ou 113kW (151cv), e um impressionante binário de 315Nm, o Honda e surge equipado com uma bateria de 35,5 kWh que promete ser capaz de uma autonomia de até 220 km, suficiente para quem aposta neste modelo automóvel para deslocações urbanas. Para esta bateria, e através do carregamento rápido, será possível recarregar até 80% da capacidade em 30 minutos..

44 OUTUBRO | DEZEMBRO


NISSAN JUKE... PARA RENOVAR “O” CROSSOVER

Quase uma década depois de estabelecer o conceito de “Crossover compacto”, a segunda geração do Nissan Juke promete ter capacidade de reinventar o segmento. texto Jorge Reis

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inhas esguias inspiradas num coupé e uma postura atlética, associadas a um maior espaço habitável e a um interior moderno, definem o novo estilo do Nissan Juke, modelo que a Nissan Portugal apresentou em pleno coração da actual Lisboa cosmopolita e turística, o sempre típico bairro de Alfama. Dotado de um amplo leque de tecnologia que inclui o Nissan ProPILOT e o sistema de infoentretenimento NissanConnect com In-Car Wi-Fi, este Nissan Juke impressiona pela imagem, correndo a Nissan o risco de estar a lançar um adversário de peso ao também seu e sempre popular Qashqai, mesmo sabendo que este Juke, para além de ser de segmento diferente, transporta um único motor, o bloco 1.0 litros de três cilindros com turbocompressor. Com um milhão de unidades nas estradas europeias, das quais 14 mil rodam em Portugal, a primeira geração do Juke conheceu um enorme sucesso graças ao seu estilo distinto, prometendo agora, com a tecnologia Nissan ProPILOT e mais elevados patamares de conectividade, levar a Mobilidade Inteligente da Nissan – a visão da empresa sobre como os automóveis são conduzidos e integrados na sociedade – chegar um passo mais longe.

A imagem jovem e porventura ousada deste crossover que já antes inventara um segmento deverá continuar a ser o trunfo do novo Juke.

O Juke não é um SUV mas é sim “O” crossover, e isso faz toda a diferença!

OUTUBRO | DEZEMBRO 45

Dimensões maiores e uma postura atlética, jantes de liga leve de 19 polegadas e um característico “tejadilho flutuante” estilo coupé são alguns dos pormenores que marcam a imagem deste novo Juke, equipado com tecnologia LED de série para uma assinatura visual particularmente sedutora. Com um comprimento total agora de 4.210mm (+7,5cm), distância entre eixos de 2.636mm (+10,5cm), altura de 1.595mm (+3cm) e largura de 1.800mm (+3,5cm), o espaço interior foi melhorado, permitindo maior liberdade para as pernas a quem viajar nos bancos traseiros, num carro em que, pela nova plataforma mais rígida e leve, o peso total baixa 23kg. Estão assim conjugados diversos elementos, e isto num automóvel que pretenderá renovar o segmento que ele próprio criou.


ENTREVISTA

ANTONIO MELICA, DIRECTOR GERAL DA NISSAN PORTUGAL

“A missão da Nissan É MELHORAR A VIDA DAS PESSOAS!” Italiano, natural de Roma, de 47 anos, casado e pai de dois filhos ainda pequenos, de cinco e nove anos, o actual Director Geral da Nissan em Portugal deu conta para a Consilcar Magazine da realidade da marca nipónica em Portugal, onde em 2018 bateu vários recordes nas vendas e no volume de mercado. texto Jorge Reis fotografia Carlos Rodrigues

C A Aliança com a Renault permite que a Nissan seja uma marca japonesa mas com muitos aspectos europeus, até pelas muitas sinergias na produção e no desenvolvimento de tecnologias.

om um percurso profissional de 21 anos sempre feito ao serviço da Nissan, em diferentes cargos, mas também em diferentes países e mercados, António Melica passou pelas filiais europeias da marca, em França e na Suíça, encontrando-se agora à frente da Nissan em Portugal já há dois anos, transportando um conhecimento da realidade da marca construído afinal ao longo de todos estes anos. A Nissan promove a rotação dos seus quadros com alguma frequência e de forma diversificada e António Melica, também por força dessa realidade, teve a oportunidade de tomar contacto com as áreas das vendas e do marketing em todos os seus aspectos nas funções que desempenhou em Itália, ainda em Espanha, também na primeira vez que esteve em Portugal, então como responsável para a área do marketing, e na Suíça, onde foi director de produto para os produtos mais importantes da Nissan na Europa

como o Qashqai e o X-Trail. Esteve ainda um ano enquanto director de vendas regional na Europa, com responsabilidades sobre mercados importantes como a Alemanha, Rússia e mesmo o mercado ibérico. Em cima desta experiência acumulada, António Melica tem uma visão alargada sobre a realidade a marca possuidora de um ADN muito próprio: “A Nissan é a quarta marca a nível mundial no volume de vendas. É uma marca japonesa, mas na realidade é uma marca muito internacional, até porque tem como mercado principal a América do Norte, mas também a América Central e a China, sem esquecer naturalmente o Japão e a Europa.” “O facto de trabalhar numa Aliança com a Renault permite que sejamos uma marca japonesa mas com muitos aspectos europeus, até porque temos muitas sinergias na produção e no desenvolvimento de tecnologias, que resultam em uma internacionalização muito forte da Nissan”, acrescenta António Melica, para quem essas sinergias funcio-

46 OUTUBRO | DEZEMBRO


“Em 2018 fomos a sexta marca no volume de vendas em Portugal, com uma quota de 5,8%, valor ainda mais alto se pensarmos só nos veículos de passageiros”

nam igualmente em Portugal mas permitindo uma completa independência comercial: “A nível comercial, e este é um dos pontos fortes da Aliança, as marcas tem estratégias comerciais diferenciadas, com clientes distintos e redes de distribuição igualmente diferenciadas na Nissan, Renault e Mitsubishi.” “Em Portugal somos completamente autónomos, ainda que estejamos a desenvolver projectos conjuntos, nomeadamente a criação de um centro de formação técnica para a Renault e Nissan, para a criação de sinergias e a maximização da nossa força”, acrescenta. As questões internacionais que se passaram ao nível da estrutura da Aliança Renault Nissan, e que levaram por exemplo à queda de Carlos Goshn da liderança da Renault, não se reflectiram na operação das marcas em Portugal como explica António Melica: “Aqui não tivemos quaisquer consequências de impacto directo, e a Aliança continua a funcionar normalmente, prosseguindo na direcção do desenvolvimento de áreas como a

“A Nissan é a quarta marca a nível mundial no volume de vendas. É uma marca japonesa, mas na realidade é uma marca muito internacional.”

OUTUBRO | DEZEMBRO 47

condução autónoma ou a electrificação.” A propósito da realidade da Nissan em Portugal, António Melica não hesita em classificar o percurso da marca como “fantástico”. “O ano de 2018 ficou marcado em Portugal por uma série de recordes para a Nissan em termos de vendas, em termos de volume de mercado, também no negocio da pós-venda ou na qualidade que conseguimos entregar aos nossos clientes. No ano passado fomos a sexta marca no volume de vendas em Portugal, com uma quota de 5,8 por cento, valor ainda mais alto se pensarmos só nos veículos de passageiros onde fomos a quarta marca em Portugal.” No futuro imediato, as apostas da Nissan passam pela mobilidade cem por cento eléctrica... “Vamos introduzir no mercado, antes de 2022, um novo crossover cem por cento eléctrico. Também já falámos na electrificação total da gama actual, e isso significa a presença de motorizações tradicionais a par de versões cem por cento eléctricas, mas também todas as possibilidades de tecnologias que combinem as duas opções extremas. Teremos motorizações híbridas, plug-in hybrid, e ainda e-power, dentro de uma estratégia alargada já em curso.” Recentemente, a Nissan apostou na reflorestação da zona centro do país, nomeadamente no pinhal de Leiria, uma preocupação social da marca que procura estar presente na sociedade de forma positiva: “A missão da Nissan é melhorar a vida das pessoas e para fazer isso temos a visão da mobilidade inteligente Nissan, surgindo aqui o tema da preservação do ambiente ou o tema da utilização de energias limpas, não só na mobilidade mas também no ecossistema eléctrico Nissan. Temos por isso uma preocupação muito forte na ecologia e no ambiente.” Quanto ao futuro, António Melica entende que a Nissan vai continuar a ser uma marca mais tecnológica, apostando na energia inteligente e na electrificação, na condução assistida e na criação de um ecossistema sempre mais limpo bem como na conectividade. Já em Portugal, o futuro imediato deverá continuar a sorrir para a Nissan: “Com a introdução do novo Juke acredito que o ano fiscal de 2020 será de enorme crescimento para a Nissan. A rede está estabilizada e isso é uma das nossas forças, podendo os portugueses continuar a manter a relação próxima com a Nissan!”. .


REPORTAGEM APRESENTAÇÃO

PORSCHE MERCEDES TAYCAN SLS

Porsche Taycan... o anti-Tesla O construtor de Estugarda apresentou no Salão Automóvel de Frankfurt a primeira aposta para o universo dos automóveis cem por cento eléctricos, com autonomia superior aos 450 quilómetros e performances dignas, afinal, de um Porsche. texto Jorge Reis

C

om todos os construtores a apresentarem as suas propostas para o “reino” dos eléctricos, também a Porsche acaba de lançar um modelo cem por cento eléctrico, com toda a potencialidade que caracteriza a marca, mas também a ambição de ascender ao trono. Falamos do Porsche Taycan, a primeira aposta do construtor germânico nos cem por cento elétricos, apresentado no Salão Automóvel de Frankfurt. Com duas versões reveladas (e já disponíveis para encomenda) – Turbo e Turbo S –, encontramos autonomias a partir dos 450 quilómetros num automóvel que, a fazer jus à marca que lhe dá origem, consegue uma potência de 680cv para o Taycan Turbo, que aumenta para os 761cv na variante Turbo S. Por tudo isto, o Porsche Taycan acabou por ser uma das principais estrelas em Frankfurt, abrindo caminho a uma nova era para a marca de Estugarda e permitindo, afinal, um verdadeiro rival para Tesla, a marca de Elon

A Porsche não irá mexer no motor deste Taycan para obter o ruído de um “normal” motor de combustão, preferindo mantê-lo... silencioso!

Musk que até aqui dava cartas a seu belo prazer no reino dos eléctricos. Neste Taycan, com dois motores eléctricos, um para cada eixo, as impressionantes potências debitadas permitem prestações bem ao jeito de um Porsche, com acelerações dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,2 segundos para o Porsche Taycan Turbo, ou de 2,8 segundos se tivermos em conta o Taycan Turbo S. Já a velocidade máxima surge limitada aos 260 km/h. Detalhe importante para quem ponderar a aquisição de um automóvel eléctrico, acabará sempre por ser o tempo de carregamento da bateria, que no Taycan com 93,4 kWh de capacidade, pode ser carregada entre os 5 e os 80 por cento em 22,5 minutos, isto com uma potência de carregamento de 270 kW. Resta saber a eficácia e as consequências que as elevadas performances do Taycan poderão ter na autonomia, ficando para já por saber se será possível ter sol na eira... e chuva no nabal.

48 OUTUBRO | DEZEMBRO


APRESENTAÇÃO

VOLKSWAGEN ID.3...

Volkswagen ID.3... o Beetle do século XXI

Se na década de quarenta do século passado a Volkswagen apostou no Beetle como o carro do povo, hoje, porque a realidade da eletrificação automóvel é incontornável, a aposta do construtor alemão é encontrar neste ID.3 o eléctrico do povo. texto Jorge Reis

A

“jogar em casa” durante a sua apresentação ao público no Salão Automóvel de Frankfurt, o novo Volkswagen ID.3 foi revelado como o primeiro eléctrico do construtor germânico para ser comercializado na Europa com um preço abaixo dos 30 mil euros, valor que lhe permitirá ser visto como o eléctrico do povo. Com a electrificação a surgir como um caminho a ser percorrido por todos os construtores automóveis, a Volkswagen não poderia ficar de fora desta tendência, aparecendo assim no certame de Frankfurt um modelo que estará disponível em três variantes de autonomia, entre 330 e 550 quilómetros, sendo que a versão com a capacidade para 330 quilómetros custará “abaixo dos 30 mil euros”, devendo chegar equipado com uma bateria de 45kWh, não sendo conhecidos valores para a comercialização das outras duas variantes de maior autonomia. De acordo com informações da imprensa alemã, este ID.3, na sua versão mais básica só carregará até 50kW, sendo necessário pagar mais para que esteja preparado para um carregamento mais rápido (até 100kW), devendo a bateria ser proposta com uma garantia de oito anos ou de 160 mil quilómetros.

O novo ID.3 terá um painel touchscreen de dez polegadas e outros botões “touch” espalhados no seu habitáculo.

Tudo o que diz respeito ao Mundo

A aposta da Volkswagen no mercado dos veículos eléctricos é elevada, devendo justificar um enorme investimento, algo que explica o cuidado com que foi desenvolvido este ID.3, o primeiro ID de vários, ao jeito de uma caixa de Pandora que depois de aberta não poderá mais ser encerrada. Para que possa vingar, este Volkswagen ID.3 terá que possuir argumentos que lhe garantam empatia com o público, nomeadamente o preço, o espaço interior generoso e o avanço tecnológico perceptível. Resta saber se este ID.3 terá neste século a capacidade de abrir caminho para um novo rumo para a Volkswagen, tal como o Beetle o fez no coração do século XX.

Motorizado!

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REPORTAGEM

KIA TEM NOVAS PROPOSTAS AMIGAS DO AMBIENTE

Electrificados já valem 13 por cento nas vendas da Kia Jorge Gonçalves, Gestor de Produto da Kia Portugal, apresentou recentemente à Imprensa duas novas propostas de modelos automóveis electrificados, nomeadamente o novo Sportage ecohybrid e ainda o Niro electric, inseridos num caminho que a marca sul-coreana promete continuar a trilhar com vista à redução crescente das emissões. reportagem Jorge Reis

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rocurando prosseguir a passos largos e de forma consistente o caminho para a electrificação da gama actualmente em comercialização no mercado português, a Kia apresentou recentemente entre nós os novos Kia Sportage eco-hybrid e Kia Niro electric, duas propostas sobre as quais nos falou Jorge Gonçalves, Gestor de Produto da Kia Portugal. “O Sportage é já um modelo com uma enorme tradição na marca, sendo o Niro uma proposta mais recente, entre nós desde 2016. Aliás, sobre o Niro, estamos aqui perante um automóvel cem por cento electrificado, conjuntamente com o qual quisemos, nesta apresentação, dar conta também da versão híbrido/diesel do Sportage, mais uma oferta naquela que vai ser a tendência do futuro imediato no que diz respeito à introdução de novas tecnologias híbridas e

O Sportage é um modelo com enorme tradição na marca, sendo o Niro uma proposta mais recente.

mais ‘eco-friendly’ que privilegiem a redução de emissões e consumos”, começou por nos explicar este responsável. Segundo Jorge Gonçalves, “o caminho da electrificação é também o caminho da Kia, marca na qual os modelos electrificados representam actualmente quase 13 por cento das vendas, devendo em 2020 representar cerca de 30 por cento”. Perante esta realidade, é de prever um enorme crescimento da importância daqueles modelos no volume de vendas da Kia que, explica o nosso interlocutor, acredita a Kia que “o futuro vai passar por este tipo de novas tecnologias.” Já numa perspectiva global, Jorge Gonçalves garante que a Kia, “à semelhança do que se passa com as demais marcas, está a procurar acompanhar e dar resposta àquilo que a legislação vai obrigando, sobretudo pela União Europeia no sentido de ser possível reduzir emissões.”

50 OUTUBRO | DEZEMBRO


O mix de vendas da Kia está a concentrarse nas tecnologias híbridas bem como nas motorizações a gasolina, e a pouco e pouco o diesel tem vindo a perder importância.

“Como é sabido – acrescenta –, no próximo ano haverá um limite nas 95 gramas de poluentes que tem que ser cumprido, e as marcas estão, a todo o custo, a criar tecnologias que permitam manter e assegurar esse nível médio de emissões dentro dos limites, para que não haja a necessidade do pagamento de multas exorbitantes.”

O caminho da electrificação programado para a Kia deverá permitir que em 2020 as vendas da marca sul-coreana em Portugal incluam 30 por cento de veículos com motorizações electrificadas.

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O esforço realizado pela Kia na afirmação dos seus produtos neste rumo mais amigo do ambiente tem sido reconhecido pelo cliente português, permitindo à marca um crescimento que Jorge Gonçalves garante estar “dentro das expectativas”. “Há uma percepção do mercado para as novas tecnologias, o nosso mix de vendas está a concentrar-se nas tecnologias híbridas bem como nas motorizações a gasolina, e a pouco e pouco o diesel tem vindo a perder importância, sendo esse um sinal claro que o consumidor também está a optar por essas novas motorizações.” Deste modo, e olhando para a frente, este responsável da Kia Portugal garante que a marca sul-coreana pretende continuar entre nós a querer ser vista “como uma marca generalista que faz bons automóveis, com um design cada vez mais apelativo e uma consciência ambiental muito grande.”


AS NOSSAS ESCOLHAS

Kia XCeed... CROSSOVER PLENO DE AMBIÇÃO! Chega neste último trimestre de 2019 ao mercado o novo crossover da Kia, o XCeed, modelo que completa a gama Ceed proposto com 4 motorizações e 2 níveis de equipamento.

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Kia Portugal acaba de lançar no mercado nacional o XCeed, o seu crossover utility vehicle (CUV) que combina o carácter prático de um SUV compacto com a arquitetura desportiva e a condução envolvente de um hatchback. A gama portuguesa é constituída por quatro motorizações e dois níveis de equipamento, para um crossover concebido como um projeto autónomo dentro da gama Ceed. A carroçaria estilo coupé foi desenvolvida de raiz e, em termos de painéis, apenas as portas dianteiras são herdadas das versões hatchback e SW, ao mesmo tempo que a distância ao solo, de 184 mm, o coloca ao nível de muitos SUV e lhe confere real ver-

A Kia Portugal criou uma gama com dois níveis de equipamento, Drive e Tech, com faróis full led, jantes de 18”, estofos em tecido e pele e equipamentos de ajuda à condução.

satilidade. A bagageira, de 426 litros, é maior que a do hatchback de cinco portas, o que reforça a singularidade e o carácter prático do XCeed enquanto crossover, um automóvel que, segundo explicou João Seabra, director-geral da Kia Portugal, “chega com uma oferta única em preço, conceito e posicionamento”, apresentando-se como “uma verdadeira proposta crossover, pensada e desenvolvida de raiz para esse fim, um projeto levado muito a sério pela Kia desde o momento zero que irá despertar o interesse da marca junto de públicos que até agora não contemplavam a Kia nas suas primeiras opções”. Proposto com níveis de equipamento, Drive e Tech, o XCeed transporta de série um conjunto de equipamentos de ajuda à condução, tais como alerta de colisão frontal ou o lane keeping assist. Em termos de motorizações, a gama nacional do XCeed arranca com a motorização a gasolina 1.0 de 120 cv, seguindo-se o 1.4 de 140 cv. A oferta diesel é composta por duas versões do 1.6 CRDi, de 115 cv e 136 cv. No início de 2020, será lançada uma motorização híbrida plug-in, combinando um motor elétrico de 44,5 kW com o bloco GDI de quatro cilindros ‘Kappa’ de 1,6 litros, devendo o Kia XCeed Plug-in Hybrid proporcionar uma autonomia elétrica de 60 quilómetros.

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HYUNDAI KAUAI HYBRID O TERCEIRO VÉRTICE!

O SUV compacto da Hyundai, bem sucedido com motores de combustão mas também como veículo cem por cento eléctrico, tem agora uma versão híbrida como um terceiro vértice de um triângulo de sucesso. texto Jorge Reis

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té aqui disponível com motorizações de combustão convencionais mas também numa versão 100% eléctrica, eis que chega ao mercado o novo Hyundai Kauai Hybrid que fomos conhecer na apresentação internacional proposta pelo construtor em Amesterdão, Holanda. Num modelo dotado de um design expressivo e “juvenil” que tem sido bem aceite pelos mercados e nomeadamente na Europa, onde a carroçaria SUV e uma motorização ecológica têm sido duas tendências que, juntas, têm permitido receitas de sucesso, a chegada de uma proposta híbrida aumenta a gama Kauai com mais uma opção para os clientes do construtor sul-coreano. Lançado em 2017 inicialmente com motores convencionais, o Hyundai Kauai recebeu já no ano passado a variante com motorização 100% eléctrica, permitindo um bom resultado nas vendas de um modelo que, desde que chegou ao mercado, vendeu cerca de

No mesmo dia em que revelou o Kauai Hybrid, a Hyundai apresentou ainda o nova geração do Ioniq eléctrico, dois elementos da estratégia de electrificação há muito assumida.

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120.000 unidades na Europa. Agora, com o lançamento do Kauai Hybrid, o construtor procura oferecer um SUV ecológico dotado de um motor de combustão Kappa 1.6 GDI, de quatro cilindros a gasolina e injecção directa que fornece uma potência máxima de 105 cavalos e 147 Nm de binário, acoplado a um motor eléctrico com 43 cavalos (32 kW) e binário máximo de 170 Nm, tudo junto para uma potência combinada de 104 kW (141 CV). A par da motorização híbrida, este modelo oferece melhorias tecnológicas, nomeadamente através do sistema Bluelink, bem como do sistema opcional de Navegação de Áudio e Vídeo (AVN), que apresenta uma variedade de informações úteis no ecrã táctil de 10,25”, havendo a destacar ainda o Head-up display, que projeta as informações mais relevantes directamente para a linha de visão do condutor, num modelo que mantém os argumentos para continuar a merecer uma boa aceitação por parte do público europeu em geral, e dos portugueses em particular.


APRESENTAÇÃO

LAND ROVER DEFENDER 110

CAPACIDADE E RESISTÊNCIA Transportando um nome pleno de tradição, a nova geração do Defender chegou em Setembro, no Salão Automóvel de Frankfurt, onde reclamou para si o estatuto de todoo-terreno mais resistente e com melhor desempenho da Land Rover.

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urante sete décadas de inovação, os Land Rover conquistaram um lugar especial junto dos exploradores, das organizações humanitárias e das famílias aventureiras, tendo esse espírito permitido desenvolver este novo Defender 110, modelo que completa a dinastia da Land Rover junto do luxo e do requinte da família Range Rover e do elevado desempenho dos versáteis SUV Discovery. A paixão e o respeito que desperta e a originalidade que transporta são a base do novo Defender, com capacidades inovadoras e, garante o construtor, “as mais avançadas tecnologias todo-o-terreno para redefinir as aventuras no século XXI, sem perder o espírito pioneiro da Land Rover construído em 71 anos.” Uma silhueta inconfundível mas ainda as-

O novo Defender foi testado nos locais mais agrestes ao longo de 1,2 milhões de quilõmetros em todo o mundo.

sim totalmente nova, com ângulos de ataque e de saída de referência, deixa clara a capacidade e resistência do novo Defender, membro de uma linhagem de aventureiros que ganha um novo elemento, surgindo o 110 no início da família dos 4x4 mais capazes e duráveis do ​​ mundo. A colocação do selector de velocidades no painel permite um terceiro lugar à frente, ao jeito dos primeiros Land Rover, dotando o Defender 110 de diversas configurações de assentos, para cinco, seis ou 5+2 lugares. Já a escolha dos motores a gasolina, diesel e híbridos (Mild Hybrid Vehicle) foi feita para permitir potência, controle e eficiência em qualquer ambiente, devendo o novo Land Rover Defender receber ao longo do próximo ano uma versão Plug-in Hybrid Electric Vehicle (PHEV).

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LIFESTYLE

RELÓGIOS

BELL & ROSS REVELA COLEÇÃO BR05 A Bell & Ross, marca que se tornou líder no mercado de relógios para aviação com o seu icónico modelo quadrado BR03 concebido para profissionais em ambientes extremos, aposta agora também na nova colecção BR05. Fiel às palavras de ordem da marca – legibilidade, funcionalidade, fiabilidade e precisão – eis que chega o novo modelo da Bell & Ross, o BR05, instrumento de medição do tempo destinado aos exploradores urbanos. A caixa combina linhas redondas e quadradas, afinal as formas geométricas básicas que fazem parte da identidade da Bell & Ross, enquanto que a construção do BR05 mostra ser capaz de superar o rigor do quadrado e transcende a perfeição do círculo para definir o seu próprio caráter individual. O seu estilo confiante domina a energia da cidade, o seu ritmo, a sua riqueza, pertencendo o BR05 à família de relógios com caixa integrada: a bracelete funde-se com a caixa, para criar uma peça uniforme. A sua caixa de 40 mm é angular, as superfícies acetinadas são perfeitamente lisas, os aros polidos enfatizam e realçam os volumes, permitindo superfícies que alternam acabamentos acetinados e polidos. Foi dada uma atenção especial ao arco da curva, permitindo que todos os componentes fiquem alinhados, assegurando desta forma que a bracelete se adapta na perfeição a qualquer pulso. A nova coleção também está disponível com uma bracelete em borracha estriada, uma alternativa verdadeiramente elegante. O mostrador do BR05, radiante com um subtil acabamento de efeito “soleillé”, permite uma legibilidade perfeita. Está

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disponível em cinzento prateado, azul marinho ou preto intenso. Refira-se em jeito de conclusão que a gama BR05 está equipada com um mecanismo BR-CAL.321, com corda através de um peso oscilante de 360°, num trabalho em aberto para permitir que o movimento seja admirado na sua totalidade. Uma versão da caixa em ouro rosa de 18 quilates completa o primeiro capítulo desta nova história de um relógio que é, afinal, a mais recente joia de masculinidade da Bell & Ross, escultural e cativante, ideal para o homem citadino, ansioso por enfrentar os desafios da vida moderna e que domina o tempo e o seu próprio destino. J.R.

Tudo o que é notícia passa por aqui! www.lusonoticias.com


LIFESTYLE

TECNOLOGIA

ASUS ZENBOOK PRO DUO com ScreenPad Plus revolucionário Já está no mercado aquele que é o primeiro computador do mundo com ScreenPad Plus, o ecrã 4K tátil de 14” de largura total que interage perfeitamente com o ecrã principal, melhorando o desempenho no processo criativo. A convite da ASUS, fomos conhecer aquele que se apresenta como o novo topo de gama da marca no que diz respeito a computadores portáteis, e no primeiro contacto com este ASUS ZenBook ProDuo ficámos sem dúvida convencidos pelas suas capacidades – desenvolvido para criatividade sem esforço, está equipado com um CPU Intel Core i9, GPU da série de gaming GeForce RTX 2060 e Wi-Fi 6 –, mas também pelos seu visual, um portátil que surge dotado de um ecrã principal OLED 4K HDR NanoEdge sem molduras, para uma qualidade de imagem impressionante, mas também um ScreenPad Plus, um revolucionário touchscreen de 14 polegadas de largura total que expande e aprimora os recursos interativos oferecidos pelo ScreenPad original. Em termos práticos, o ScreenPad Plus oferece infinitas possibilidades criativas para os criadores de conteúdos, permitindo fluxos de trabalho que aumentam a produtividade e facilidade de multitasking. Integra-se perfeitamente com o ecrã principal e o seu software ScreenXpert inclui uma ampla seleção de aplicações, ferramentas e serviços que permitem aos utilizadores aproveitar facilmente os benefícios do aumento de eficiência do ScreenPad Plus.

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O excelente desempenho para a criatividade sem esforço é fornecido pelos processadores Intel Core de 9ª geração, combinando com 32GB de RAM e uma placa gráfica GPU NVIDIA GeForce RTX 2060 e um armazenamento ultrarrápido disponibilizado pelo disco SSD PCIe 3.0 x4 de 1TB. Tudo isto pretende permitir a máxima produtividade ao seu utilizador que, graças aos dois monitores LCD num único dispositivo portátil, para um maior espaço de trabalho visual num portátil que preserva a forma padrão de um laptop. O ScreenPad Plus pode ser usado como um segundo monitor do Windows para exibir conteúdo visual ou pode ser usado pelos utilizadores para tirar proveito de muitos recursos e funções que economizam tempo e simplificam o multiscreen e a gestão de aplicações. Inclui controlos rápidos como a App Switcher, ViewMax e App Navigator, que permitem interações intuitivas e um cross-screen entre o ecrã principal e o ScreenPad Plus. O grupo de tarefas permite bloquear instantaneamente no modo de trabalho, abrindo várias tarefas com um único toque. E quanto a preços, o ASUS ZenBook Pro Duo (UX581) e o ZenBook Duo (UX481) estão disponíveis em Portugal com valores de venda recomendados a partir e 2.999€ e 1.699€ respectivamente. A julgar pelo que vimos, valores perfeitamente justificados. Jorge Reis


LIFESTYLE

JOGOS

PlayStation5 vai chegar no Natal... de 2020 A quinta geração da popular consola de videojogos vai chegar no coração da época natalícia do próximo ano com um comando capaz de uma experiência de jogo mais imersiva. A Sony Interactive Entertainment já confirmou a chegada da quinta geração da consola PlayStation para a época natalícia mas do próximo ano, devendo esta PlayStation5 ser equipada com um comando que trará duas novas funcionalidades, devendo ser capaz de proporcionar uma experiência de jogo mais imersiva. No Natal de 2020, a PS5 irá transportar um comando Dualshock que deverá utilizar uma tecnologia háptica, que fará com que os jogadores consigam sentir de uma forma mais profunda uma resposta às suas ações. Em termos práticos, com a tecnologia de que fala agora a Sony, a sensação de bater numa parede com um carro de corrida, deverá ser muito diferente da sensação que se tem quando se faz um corte de bola em “carrinho” num campo de futebol. Ao mesmo tempo, e ainda por força desta nova tecno-

logia, os jogadores serão ainda capazes de sentir uma grande variedade de texturas quando correm através de campos ou quando se movimentam pela lama. Sem serem ainda conhecidas muitas características desta nova consola, sabe-se ainda assim que o comando da PlayStation5 deverá contar com “gatilhos adaptáveis”, que estarão incorporados nos botões L2 e R2, e cuja resistência poderá ser programada pelos criadores de forma a que se consiga ter a sensação táctil de disparar uma flecha com um arco ou de acelerar com um veículo num terreno acidentado. Estas sensações, aliadas à tecnologia háptica que irá ser integrada no comando da nova consola, deverá proporcionar uma experiência de jogo bem mais potente, capaz de simular acções de uma forma muito mais real.

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Veja aqui o trailer de mais esta aventura com o Iron Man da Marvel

Marvel’s Iron Man VR vem aí para a PS4 Desenvolvido em exclusivo para o PlayStation VR, o videojogo Marvel’s Iron Man vai estar à venda a partir do próximo dia 28 de Fevereiro, sendo possível desde já reservar a sua aquisição nos pontos de venda habituais e na PlayStation Store. O jogo, desenvolvido pelo estúdio Camouflaj, dá a oportunidade aos jogadores de vestirem a pele de Tony Stark, um génio multimilionário que, quando veste a sua poderosa armadura, se transforma no Iron Man, um dos heróis da Marvel mais carismáticos de sempre. Em Marvel’s Iron Man VR, depois de vários anos a lutar contra o crime, Tony é atacado por Ghost, um pirata informático e activista que reutiliza armas antigas da Stark Industries para derrubar o império de Tony, atacando instalações Stark por todo o mundo. Os jogadores terão de ajudar Tony Stark na sua luta contra o Ghost e usar os comandos de movimento PlayStation Move para ativar os jactos repulsores do Iron Man e lançar-se aos céus com um arsenal de armas de alta tecnologia na ponta dos dedos. Para além de contarem com toda a tecnologia da Stark Industries, os jogadores poderão ainda personalizar a armadura do Iron Man e melhorar as suas capacidades. O jogo esforça-se por criar uma história real do Iron Man, tendo o próprio Christos Gage, lendário guionista da Marvel, colaborado directamente na narrativa. Para jogar Marvel’s Iron Man VR, são necessários dois comandos de movimento PlayStation Move. Diogo Reis


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DESPORTO

TEAM CONSILCAR – BAJA TT IDANHA-A-NOVA

Estreia do Mokka à chuva coroada com oitavo lugar Na penúltima prova do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno de 2019, a Baja TT Idanha-a-Nova, o Team Consilcar assinou a melhor prestação na presente temporada com um tempo no top 5 garantido no Prólogo, um sétimo lugar no derradeiro sector do evento e um oitavo lugar final à geral.

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época de adaptação ao Opel Mokka prosseguiu em Setembro para o Team Consilcar com um brilhante oitavo lugar à geral em Idanha-a-Nova, numa prova que Edgar Condenso resumiu como “uma boa prova, sem quaisquer problemas, com um ritmo certo e consistente”. O piloto do Team Consilcar era, aliás, no final da prova, alguém particularmente feliz pelo resultado na prova, mas também por ser aquele o dia do seu aniversário: “Estar aqui, com a minha família e amigos a competir é a melhor forma de celebrar este aniversário. Correu tudo bem, estou muito feliz e não podia pedir mais.” Igualmente satisfeito com esta prova beirã ficou Nuno Silva: “Idanha foi uma prova divertida. Desde logo, antes de começar a prova, fomos brindados com uma chuva torrencial. O terreno ficou completamente diferente e foi preciso ajustar as notas que tirei quando percorri todo o Prólogo a pé – o Edgar andou lá de bicicleta. Certo é que as notas ficaram modificadas por força da chuva e houve dois topos que eram para fazer a fundo e eu, com algum receio, dei outra indicação que nos levou a perder alguns segundos. Ainda assim terminámos em quinto no Prólogo o que foi brutal.” Logo depois, no primeiro sector, o Team Consilcar sofreu um furo ao quilómetro 50 onde quase todo o pelotão furou – “Era uma armadilha que lá estava num salto para a direita, com uma pedra que nasceu ali.” –, e outro pneu perto do quilómetro 140.

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“À velocidade que está a marcar estes campeonatos, uma roda é suficiente para perdermos uma corrida. Mas, azar dos azares, a chuva tornou-se mais intensa e ao quilómetro 140, dentro do último controlo de tempo, chegámos com um furo lento que nos obrigou a nova paragem e nova mudança de rodas. Perdemos muito tempo e acabámos o dia no 14º lugar.” Piloto e navegador do Opel Mokka não baixaram os braços, acreditaram, e no segundo dia da Baja garantiram a subida de seis lugares até ao oitavo ligar final: “Nunca tínhamos corrido com este carro com chuva e a adaptação foi muito boa, numa prova em que já tínhamos corrido com chuva ao volante da Isuzu e terminámos en-

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tão no segundo lugar. Desta vez, logo que começou a chover ainda brincámos a dizer que íamos buscar a Isuzu, e a verdade é que conseguimos ainda assim um excelente resultado.” A cereja no topo do bolo, depois do oitavo lugar, foi a surpresa feita a Edgar Condenso que, à chegada ao pódio, foi brindado com todo o público a cantar-lhe os parabéns pelo aniversário. Agora, é tempo de olhar para Portalegre, uma prova que Nuno Silva acredita que irá ser brutal, até pela lista de inscritos recheada de grandes valores e para a qual Edgar Condenso, com um sorriso, avança com um palpite: “Vamos ficar nos trinta primeiros!”


ANTEVISÃO

SERÁ DOS QUE COMEÇAM A LER PELO FIM? Se chegou até aqui, e se não é daqueles leitores que lêem uma publicação a partir da última página, porque sabemos que há muitos que são assim, já tomou contacto com os conteúdos do oitavo número da Consilcar Magazine, a nossa e também vossa Mag, como continuamos a chamar-lhe, e que a cada número tem permitido elevar sempre a fasquia em termos de expectativas para a edição seguinte. A análise à realidade do mercado de usados, feita sobre a experiência de uma empresa como a Consilcar, que também ela supera as expectativas a cada ano que passa, permite sempre o ponto de partida para cada edição, tendo nesta Mag#08 sido possível dialogar logo de seguida com Pedro Lamy, ele que tem dedicado a sua vida aos automóveis enquanto piloto. Pelo meio, uma rápida viagem até Frankfurt, na Alemanha, permitiu a reportagem sobre um dos mais importantes Salões do Automóvel do Velho Continente, antes de voltarmos a casa para lhe mostrarmos as nossas propostas, os usados que são a razão de ser da nossa Mag. Mas porque nem só de usados vive a Mag, e porque também nós gostamos de conhecer as novidades, procurámos dar conta de alguns dos lançamentos mais recentes no mercado automóvel, alguns feitos mesmo em Portugal e outros, porque não, no Salão de Frankfurt de que falámos atrás. Marcas como a Nissan ou a Kia permitiram uma visão na primeira pessoa e no final, depois de alguns temas para relaxar, como os relógios, as tecnologias ou os videojogos, houve ainda tempo para olhar para a recente Baja de Idanhaa-Nova e a prestação ali conseguida pelo Team Consilcar. Terá assim conhecido mais uma edição da Mag, neste caso a que assinala o final do seu segundo ano de existência, dois anos que nos deram muito gozo pelo trabalho desenvolvido, mas que nos deixaram claro que muito mais há a fazer, para si. Porém, se é mesmo daqueles leitores que começa a leitura nas últimas páginas, acaba de saber o que pode esperar desta Mag#08 mesmo antes de a ler, o que nos permite fazermos um voto: esperamos que goste!

ABARTH

Com a chegada de 2020, mais do que esmiuçar um tema em dossiê, a Consilcar Magazine irá começar a apresentar algumas marcas automóveis por ordem alfabética. Começaremos assim pelo A, com a Abarth a ser uma das marcas em destaque, com espaço para a sua história, os produtos que tem no mercado, ou até possíveis propostas da marca no stock da Consilcar.

ALFA ROMEO

Outra marca cujo o nome começa pela primeira letra do alfabeto é a Alfa Romeo, curiosamente da mesma “família” da igualmente italiana Abarth, mas com uma gama bem mais alargada e uma história porventura mais recheada de modelos e triunfos, uma marca que integra o Grupo Fiat, hoje o FCA Group, desde 1987.

AUDI

Tem o seu nome começado por A mas pouco ou nada tem a ver com a realidade das duas marcas anteriores, a começar pelo país de origem que é bem distinto. Estamos assim perante a germânica Audi, marca nascida em 1909 a partir da fusão de várias marcas e do trabalho de August Horch, o seu fundador cujo o nome permitiu o nome para própria marca... em latim.

Jorge Reis 66 OUTUBRO | DEZEMBRO


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