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Seus irmãos e irmãs

tário, involuntária e corretamente, como o coração deve fazer em cada caso. Aqueles que não são pais irão tirar as próprias conclusões dos apelos da humanidade e filantropia: esses, iluminados pela razão e pela revelação, também não se enganam.

SUA INSTRUÇÃO RELIGIOSA

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Isabella e Peter, o irmão mais novo, permaneceram com os pais, como propriedade legal de Charles Ardinburgh até que ele falecesse, o que aconteceu quando Isabella tinha aproximadamente nove anos.

Após esse acontecimento, ela sempre se surpreendia ao encontrar a mãe em lágrimas; e quando perguntava na sua ingenuidade: ‘Mau-mau, por que chora?”, ela respondia: “ah, minha filha, estou pensando nos seus irmãos e irmãs que foram vendidos para longe de mim.” E ela continuava a contar muitas histórias sobre eles. Mas Isabella há muito tempo concluiu que aquele choro se devia ao destino iminente dos únicos filhos remanescentes, que sua mãe muito bem compreendia, embora evocasse aquelas memórias do passado, que voltavam a mortificar seu coração como se fossem novas.

Às noites, quando o trabalho de sua mãe estava terminado, ela se sentava sob o firmamento resplen-

dente e, chamando pelos filhos, conversava com eles sobre o único Ser que poderia realmente ajudá-los e protegê-los. Seus ensinamentos eram transmitidos em baixo holandês, a única língua que conhecia, e, traduzidos para o inglês, seriam quase como o que se segue: — Meus filhos, existe um Deus que escuta e vê vocês. — Um Deus, Mau-mau! Onde Ele vive? — perguntavam as crianças. — Ele vive no céu — ela respondia, — quando você é espancado, ou cruelmente maltratado, ou tem algum problema, você precisa pedir ajuda a Ele, e Ele irá sempre escutá-los e ajudá-los.

Ela os ensinou a ajoelhar e dizer a oração do Senhor. Pediu que se abstivessem de mentir e roubar, e se esforçassem para obedecer aos seus senhores.

Às vezes, um gemido lhe escapava, e ela costumava desabafar na língua dos salmistas2 — Até quando, Senhor?

E, em resposta à pergunta de Isabella, “o que te aflige, Mau-mau?”, sua única resposta foi: — Ah, muitas coisas me afligem. Muitas coisas.

Então, mais uma vez, ela apontava para as estrelas, e dizia, na linguagem que lhe era peculiar:

2 Salmo 13: “Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?”

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