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A fuga
by EdLab Press
recebida e hospedada pela excelente mãe dele, até o retorno de seus filhos. Quando eles chegaram, ela lhes contou o seu caso. Eles ouviram a história dela, assegurando-lhe que nunca recusavam os necessitados e de bom grado lhe deram emprego.
Não fazia muito tempo que ela estava lá quando seu antigo senhor, Dumont, apareceu, como ela havia previsto; pois quando ela saiu “à francesa”, resolveu não se afastar muito dele, e não lhe criou muitos obstáculos para procurá-la — porque tinha certeza que assim ele o faria —, como foi com Tom e Jack quando fugiram dele, não muito tempo atrás. Isso foi muita consideração da parte dela, para dizer o mínimo, e uma prova de que “gentileza gera gentileza”. Ele muitas vezes tinha consideração pelos sentimentos dela, embora nem sempre, e ela retribuía igualmente.
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Quando o senhor a viu, ele disse: — Bem, Bell, então você fugiu de mim. — Não, não fugi; fui embora à luz do dia, e tudo porque o senhor me prometeu um ano para mim.
Sua resposta foi: — você tem que voltar comigo.
A resposta decidida dela foi: — não, eu não voltarei com o senhor.
Ele disse: — bem, eu vou levar a criança.
Isso também foi firmemente negado.
O senhor Isaac S. Van Wagener então interpôs-se, dizendo que nunca havia praticado a compra e venda de escravos; ele não acreditava na escravidão; mas, em vez de Isabella ser levada de volta à força,
ele compraria seus serviços pelo que restava de saldo no ano — pelo qual seu senhor cobrou vinte dólares, e mais cinco pela criança. A quantia foi paga e seu senhor Dumont partiu; mas não até ele ouvir o senhor Van Wagener dizer a ela para não chamá-lo de senhor — acrescentando: “há apenas um Senhor; e o seu Senhor é meu Senhor.” Isabella perguntou como ela deveria chamá-lo. Ele respondeu: “me chame de Isaac Van Wagener, e minha esposa é Maria Van Wagener,” Isabella não conseguia entender isso, e considerava uma mudança poderosa, pois vinha de um senhor cuja palavra era lei, para um simples Isaac S. Van Wagener, que não era senhor de ninguém. Com essas nobres pessoas, que ainda que não fossem senhores de escravos, eram sem dúvida uma parte da nobreza de Deus, ela residiu um ano, e deles ela incorporou o sobrenome Van Wagener; já que perante a lei ele foi-lhe seu último, e o sobrenome de um escravo é sempre o mesmo que o do seu senhor; isto é, se a ele for permitido ter outro nome que não seja Tom, Jack ou Gu n. Os escravos têm sido algumas vezes gravemente punidos por acrescentar o sobrenome de seu senhor. Mas ainda que não tenham um direito específico, esse não é um delito particular.
A VENDA ILEGAL DE SEU FILHO
Um pouco antes de Isabella deixar seu antigo senhor, ele havia vendido o filho dela, um menino de cinco anos, a um doutor Gedney, que o levou com ele até a cidade de Nova York, a caminho da Inglaterra; contudo, achando o garoto pequeno demais para trabalhar para ele, enviou-o de volta a seu irmão, Salomon Gedney. Este homem o enviou para o marido de sua irmã, um rico plantador, com o nome de Fowler, que o levou para sua casa no Alabama.
Essa transação ilegal e fraudulenta havia sido perpetrada alguns meses antes que Isabella soubesse, pois agora morava com o senhor Van Wagener. A lei proibia expressamente a venda de qualquer escravo para fora do estado e decretava que todos os menores tornar-se-iam livres aos 21 anos de idade; e o senhor Dumont havia vendido Peter com o entendimento expresso de que ele logo retornaria ao estado de
Nova York e seria emancipado cumprido o prazo previsto em lei.
Quando Isabella soube que seu filho havia sido vendido para o sul, ela imediatamente partiu a pé e sozinha para encontrar o homem que ousara, na cara da lei, dos homens e de Deus, vender seu filho para fora do Estado; e, se possível, levá-lo a prestar contas do feito.
Chegando a New Paltz, ela foi diretamente para sua antiga senhora, Dumont, reclamando amargamente do afastamento de seu filho. Sua senhora a ouviu, e então respondeu: — Hum! Tanto alvoroço por causa de um negrinho! Você não tem outros como ele para cuidar e se preocupar, não? Uma pena, os negros não estarem todos na Guiné! Fazendo tanto tumulto na vizinhança… e tudo por um negro desprezível!
Isabella ouviu-a, e após um momento de hesitação, respondeu, em tom de profunda determinação — Vou ter meu filho de volta. — Ter seu filho de volta! — repetiu a senhora, seu tom cheio de desprezo e zombando da ideia absurda de tê-lo de volta. — E como vai consegui-lo? E com o que você iria sustentá-lo, se conseguir? Você tem algum dinheiro? — Não — respondeu Bell —, não tenho dinheiro, mas Deus tem o suficiente, ou o que for melhor! E terei meu filho novamente.
Essas palavras foram pronunciadas da maneira mais lenta, solene e determinada. E por falar nisso,