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Promessas do proprietário de escravos

colheita, ele poderia ir ver sua esposa, que morava a umas vinte ou trinta milhas. Então Ned trabalhou dia e noite e, assim que a colheita foi totalmente concluída, ele reivindicou o benefício prometido. Seu senhor disse que ele apenas lhe dissera que veria se poderia ir quando a colheita terminasse; mas agora ele viu que não poderia ir. Mas Ned, que ainda acreditava na promessa, e na qual confiava plenamente, foi limpar seus sapatos. Seu senhor perguntou se ele pretendia ir e, ao ouvi-lo responder ‘sim’, pegou um pedaço de pau que estava perto dele e lhe deu um golpe tão forte na cabeça que quebrou seu crânio, matando-o na hora. Todos os pobres homens de cor sentiram-se atingidos pelo golpe”. Ah!, e bem podem ter sentido. No entanto foi apenas uma de uma longa série de golpes sangrentos, e outros de mais efeitos, contra a liberdade e a vida deles9. Mas retornemos de nossa digressão:

Isabella deveria ter sido libertada em 4 de julho de 1827, mas ela continuou com seu senhor até que a lã fosse fiada, e o mais pesado dos “trabalhos do outono” se fechou, quando ela decidiu tomar sua liberdade pelas próprias mãos e procurar seu destino em outro lugar.

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9 Nenhuma notificação oficial foi feita sobre esse assassinato mais do que brutal. [NO]

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A FUGA

Apergunta em sua mente, e que não era fácil de resolver, agora era: “como posso fugir?” Assim, como era seu costume, ela “disse a Deus que tinha medo de ir à noite e durante o dia todo mundo a veria”. Por fim, ela pensou que poderia sair um pouco antes do dia amanhecer e sair da vizinhança onde era conhecida antes que as pessoas estivessem acordadas. “Sim”, disse ela fervorosamente, “esse é um bom pensamento! Obrigada, Deus, por esse pensamento!”. Então, recebendo-o como vindo direto de Deus, ela agiu assim, e em uma bela manhã, um pouco antes do alvorecer, poderia ter sido vista se afastando furtivamente da parte de trás da casa do senhor Dumont, seu bebê em um braço e as roupas em outro; cujos volume e peso provavelmente nunca achou tão conveniente quanto naquela ocasião, uma trouxa de algodão contendo suas roupas e seus mantimentos.

Quando ela alcançou o cume de uma alta colina, a uma distância considerável de seu senhor, o sol a ofuscou ao despontar com todo o seu imaculado esplendor. Ela pensou que nunca estivera tão claro antes; de fato, ela achou claro demais. Parou para olhar e se certificar se seus seguidores já estavam à vista. Ninguém apareceu e, pela primeira vez, surgiu a questão sobre onde se instalar: “para onde e a quem devo ir?” Em todos os seus pensamentos de fuga, ela nunca se perguntou para onde deveria dirigir seus passos. Ela se sentou, alimentou seu bebê e, novamente, voltando seus pensamentos para Deus, seu único auxílio, ela rezou para que Ele a direcionasse para algum abrigo seguro. E logo ocorreu-lhe que havia um homem morando em algum lugar na direção que ela seguia, com o nome de Levi Rowe, a quem ela conhecera e quem, ela pensava, seria provavelmente amigável com ela. Ela assim seguiu pelo caminho até a casa dele, onde o encontrou pronto para acolhê-la e ajudá-la, embora ele estivesse então no seu leito de morte.

Ele pediu que ela desfrutasse da hospitalidade de sua casa, disse que conhecia dois bons lugares onde ela poderia ficar e pediu à esposa que lhe mostrasse onde seriam. Assim que avistou a primeira casa, ela se lembrou de ter visto a cidade e seus habitantes antes, e imediatamente exclamou: “esse é o lugar para mim; eu vou parar por lá.”. Ela foi e descobriu que as boas pessoas da casa, o senhor e a senhora Van Wagener, estavam ausentes, mas foi gentilmente

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