2 minute read

Isabella como mãe

corda a cada alça e suspendendo a cesta a um galho de uma árvore, enquanto outra criança pequena a balançava. Era, portanto, seguro contra répteis e mesmo uma criança jovem demais para outros trabalhos conseguia administrar e acalentar até dormir. Fiquei bastante impressionada com a engenhosidade desse acalentador de bebê, como também com a rede de balanço que a mãe nativa prepara para o bebê doente — aparentemente muito mais fácil do que tudo o que temos em nossos lares mais civilizados; mais fácil para a criança, porque ela faz o movimento sem o menor esforço; e mais fácil para a cuidadora, porque a rede é tão alta que substitui a necessidade de se inclinar.

PROMESSAS DO PROPRIETÁRIO DE ESCRAVOS

Advertisement

Depois que a emancipação foi decretada pelo Estado, alguns anos antes do prazo fixado para que entrasse em vigor,8 o senhor de Isabella disse-lhe que, se ela agisse direito, e lhe fosse fiel, daria a ela “papéis de liberdade”, um ano antes de ela ser legalmente emancipada. No ano de 1826, Isabella tinha uma das mãos gravemente enferma, o que diminuía muito sua utilidade; mas na chegada de 4 de julho de 1827, a data definida para receber seus “papéis de liberdade”, ela reivindicou o cumprimento da promessa de seu senhor; mas ele se recusou a conceder por conta (como alegou) do prejuízo que sofrera com a mão dela. Ela contestou, afirmando haver traba-

8 A lei, de 1817, estabeleceu que os escravizados seriam libertos em 1828.

lhado o tempo todo e que fez muitas coisas que não era totalmente capaz de fazer, embora soubesse que estava sendo menos útil que antes; mas seu senhor permaneceu inflexível. Sua grande fidelidade provavelmente operava contra ela agora, e ele achou menos fácil do que pensava abrir mão dos lucros de sua fiel Bell, que há tanto tempo lhe prestara um serviço eficiente.

Mas Isabella determinou em seu íntimo que só permaneceria como propriedade dele até terminar de fiar a lã que ele lhe dera — cerca de cinquenta quilos. Depois ela o deixaria, ficando com o resto do tempo para si mesma.

“Ah!”, ela diz, com uma ênfase que não pode ser escrita, “os donos de escravos são TERRÍVEIS por prometerem conceder a você isso ou aquilo, ou tal e tal privilégio, se você fizer isso e aquilo; e quando chega a hora do cumprimento, e se reivindica a promessa, eles, olha só, não se lembram de nada disso: e você é acusada de ser uma MENTIROSA; ou, na melhor das hipóteses, o escravo é acusado de não ter cumprido sua parte ou condição do contrato”. “Ah!”, disse ela, “algumas vezes eu sinto como se não pudesse aguentar mais. Pense em nós!, tão ansiosos por nossos prazeres, e tolos a ponto de nos enchermos de ilusões de que vamos conseguir o que foi justamente prometido; e quando achamos que está quase em nossas mãos, nos vemos completamente negados! Pense! Como poderíamos suportar isso? Charles Brodhead havia prometido a seu escravo Ned que, ao acabar a

This article is from: