CATÁLOGO • 4º CINEMA NA CALÇADA
GOIÂNIA • SETEMBRO • 2016
Mais uma vez e para todos os públicos, a calçada de pontos históricos de Goiânia é palco da diversidade regional e brasileira com a exibição de curtas no passeio público. A 4ª edição do Cinema na Calçada quer mostrar a produção audiovisual contemporânea a fim de abrir diálogo entre quem assiste ao filme e quem o faz. Todos podem ser tocados pela experiência cinematográfica. A calçada é o espaço comum para o deslocamento de pessoas diversas e a tela do Cinema na Calçada funciona acessível assim, recebendo a projeção de visões de mundo diferentes, vários modos de vida e ideias, tudo sob a promessa otimista de deslocar também o olhar de quem vê. A calçada deve servir ao espectador como passagem para uma realidade mais rica e complexa. O cinema está na calçada e, por isso, se movimenta.
Somos a Panaceia Filmes, uma produtora audiovisual de Goiânia, e desde 2010 realizamos projetos de produção, formação e reflexão na área audiovisual. Já produzimos: sete curtas-metragens e um longa, Hotel Mundial (em finalização); quatro edições da mostra Cinema na Calçada; um seminário para produtoras e produtores independentes (SAPPI); a primeira revista de cinema de Goiás, ]Janela[; e o programa televisivo Doce Brasil (em produção), para o canal fechado Cine Brasil TV.
PicniK Goiânia (Jardim Botânico)
Por Fabrício Cordeiro Como você se coloca no espaço e na cidade? Como você é deslocado por novas ações daquele lugar que outrora parecia ser tão mais seu, mas que agora se impõe de outra maneira? Como não sumir diante do progresso cujas ordens podem ou devem ser questionadas, diante da síndrome de Ícaro de nossos litorais, das praças e parques que choram lembranças e cartões postais, do urbano cada vez mais desumano, até que reste apenas o som da destruição e do desaparecimento? Ironicamente, a #MostraSeuLugar é também uma Mostra do não-lugar, e o 4º Cinema na Calçada começa não numa calçada, mas num jardim, num gramado, um alento privilegiado. Considerem um convite para olhar e escutar ao redor, e assim tentemos, neste e nos próximos encontros, através de outros sons e outras imagens, entender melhor quais são os nossos lugares.
Desterro
Baleia Magic Park
(BA) - 2012 - Documentário - 14 min. -
(PE) - 2015 - Documentário - 12 min. -
Classificação Livre
Classificação Livre
Direção: Marília Hughes, Cláudio Marques
Direção: Mariana Lacerda
Sinopse: As memórias de Dona Pequenita e Thereza Batalha sobre uma das mais fortes intervenções do Estado brasileiro.
Sinopse: Praia de Costinha, PB. Juarez e os três tempos de uma estação baleeira.
E (SP) - 2014 - Documentário - 17 min. Classificação Livre
Praça Walt Disney (PE) - 2011 - Documentário - 21 min. Classificação Livre
Direção: Renata Pinheiro, Sergio Oliveira Sinopse: Praça Walt Disney é um documentário reflexivo sobre uma praça, um bairro, uma cidade, um país. Uma “quase música” sobre uma cultura de ocupação urbana que reflete a sociedade brasileira e mundial. O documentário envereda por uma visão subjetiva, não disciplinada, da realidade de um bairro, de um mundo. Praça Walt Disney privilegia a acuidade sensorial que o audiovisual propicia para a percepção/construção de uma realidade que se passa à nossa frente, que muitas vezes não é percebida.
Direção: Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti, Miguel Antunes Ramos Sinopse: Estacionamento. Es-tacio-na-men-to. Do latim, statio. Ficar de pé, ficar parado.
Gaza (GO) - 2015 - Experimental - 2 min. Classificação Livre
Direção: Pedro Henrique Gomes Sinopse: Representação alegórica dos conflitos que ocorrem na faixa de Gaza.
Por Fabrício Cordeiro “Que cara?”, podemos nos perguntar. As caras pintadas, por exemplo, já não parecem ser as mesmas. E se até os deuses têm várias caras, por que as pessoas não teriam? Porque “somos todos brasileiros”? Somos, mas não nos deixemos enganar pelo nacionalismo de Nike no peito: não somos os mesmos brasileiros, não viemos de um mesmo lugar, não estivemos do mesmo lado de uma história milenar, e, talvez mais importante, não lutamos por um mesmo Brasil, este país aparentemente incapaz de ser de todos. Esqueçam sua bandeira, pois ela se tornou, de fato, uma mera logomarca. Não por acaso, a #MostraSuaCara é exibida num museu, lugar que, sabemos de letra, vê o futuro repetir o passado.
Salomão
Em Trânsito
(SP) - 2013 - Documentário - 4 min. -
(PE) - 2013 - Ficção - 18 min. - Classificação
Classificação Livre
Livre
Direção: Alexandre Wahrhaftig, Miguel Antunes Ramos
Direção: Marcelo Pedroso
Sinopse: O nome Salomão ou Shlomô deriva da palavra shalom, que significa “paz” e tem o significado de “pacífico”. Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, também conhecido como o Templo de Salomão.
Sinopse: Elias em trânsito.
Barulho Feio (SP) - 2016 - Documentário - 10 min. Classificação Livre
Direção: Miguel Antunes Ramos Sinopse: Olha um ódio novo. Ouve um ódio novo.
Zahy - Uma fábula do Maracanã (RJ) - 2012 - Documentário / Experimental 5 min. - Classificação Livre
Direção: Felipe Bragança Sinopse: Zahy vive ao lado do monstro que quer devorar sua casa.
A Eleição é uma Festa (SE) - 2015 - Documentário - 15 min. Classificação Livre
Direção: Fábio Rogério Sinopse: Eleições municipais de 2012. Batman e Robin tentam uma vaga na Câmara Municipal de Aracaju.
1989 (GO) - 2015 - Documentário - 12 min. Classificação Livre
Direção: Rei Souza Sinopse: O documentário constrói uma breve narrativa sobre o dia 03 de outubro de 2014, quando se realizou o primeiro turno das eleições para presidente, ao mesmo tempo em que faz um paralelo-reflexivo com as eleições de 1989, ano da reabertura democrática.
Por Ludielma Laurentino Uma mostra sobre a diversidade em um país tão diverso e com tantas produções não foi fácil. Tentamos aqui reunir curtas que, de certa forma, levantam bandeira contra a intolerância. A imposição de um costume, de um jeito de ser, gera violências a números exorbitantes diariamente no Brasil. Entender que o outro é diferente de você e respeitar é um passo básico para uma sociedade mais justa e menos violenta. O cenário tem mudado, estamos discutindo mais a respeito das diferenças, mas o processo é lento e ainda nos deparamos com notícias tristes de mortes devido à vítima ser quem ela é. Aqui, no 4º Cinema na Calçada, criamos um espaço totalmente livre onde você será aceito como é: idoso, jovem, gay, hétero, cis, trans, evangélico, umbanda, negro, branco, mulher, homem... é só chegar.
O Clube (RJ) - 2014 - Ficção - 17 min. - Classificação Livre
Rapsódia Para o Homem Negro (MG) - 2015 - Ficção - 24 min. - 12 anos
Direção: Allan Ribeiro
Direção: Gabriel Martins
Sinopse: A turma Ok comemora 53 anos.
Sinopse: Odé é um homem negro. Seu irmão, Luiz, foi espancado até a morte durante um conflito em uma ocupação em Belo Horizonte. O filme utiliza alegorias e simbolismos para contextualizar as relações políticas, raciais, de ancestralidade e urbanização no mais recente cenário social brasileiro.
A Moça que Dançou com o Diabo (SP) - 2016 - Ficção - 14 min. - 12 anos
Direção: João Paulo Miranda Maria Sinopse: Numa sociedade conservadora e religiosa, uma garota vive sua rotina tentando encontrar o seu paraíso na terra.
Mademoiselle do Rap (GO) - 2016 - Documentário - 19 min. Classificação Livre
Direção: Raphael Gustavo da Silva Sinopse: Um pouco da vida e trajetória de Lulu Monamour, primeira rapper gay do Brasil.
Por Ludielma Laurentino Tem gente que chama de mimimi, outros de problematização, mas estamos vivendo um momento em que todas as opiniões podem ser expostas e questionadas. Os conteúdos podem ser produzidos por todos. Mesmo que tenhamos um governo que insiste em repercurtir uma só voz (branca, masculina, retrógrada), os espaços para emitir uma outra visão de mundo só cresce e a 4ª edição do Cinema na Calçada comprova isso. A #MostraSuaVoz destaca um assunto necessário: a posição da mulher em nossa sociedade. Os filmes tratam desde um processo histórico de formação do que é a mulher pela mídia, com exemplos de propagandas do século passado em Diagrama do Útero, mostrando que pouco mudou nos exemplos atuais trazidos por Quem matou Eloá?. Por sua vez, Meio Fio nos traz a relação de uma mulher com a sociedade, seu cotidiano e trabalho, enquanto Entre Nós revela os conflitos internos em busca de uma identidade, ambos usando da forma sensível do cinema para se colocarem no mundo. Todas questões sobre o feminino levantadas através de pontos de vistas femininos. Mulheres mostrando a sua voz através dos curtas.
Diagrama do Útero (SP) - 2014 - Documentário - 7min. - 12 anos
Meio Fio (DF) - 2014 - Ficção - 20 min. - 10 anos
Direção: Bianca Rêgo.
Direção: Denise Sales Vieira
Sinopse: Diagrama do Útero é um documentário poético constituído de imagens de arquivo que propõe reflexões sobre nossa sociedade, sobre a própria mulher e suas indecisões, sobre como se encaixar ou se desvencilhar desses rótulos que nos perseguem desde o “É uma menina”, disse o doutor.
Sinopse: Relatos de uma mulher varada no amor.
Entre nós (GO) - 2014 – Documentário / Experimental 10 min. - Classificação Livre
Direção: Patrícia Guedes
Quem Matou Eloá? (SP) - 2015 - Documentário - 24 min. - 12 anos
Direção: Lívia Perez Sinopse: Em 2009, Lindemberg Alves, de 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Pimentel, de 15 anos, armado, mantendo-a refém por cinco dias. O crime foi amplamente difundido pelos canais de TV. “Quem matou Eloá?” traz uma análise crítica sobre a espetacularização da violência e a abordagem da mídia televisiva nos casos de violência contra a mulher, revelando um dos motivos pelo qual o Brasil é o quinto num ranking de países que mais matam mulheres.
Sinopse: Incertezas, vazios, descobertas... Entre nós, uma certa identidade.
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A visita guiada propõe resgate da cultura da capital, compreendendo o estilo arquitetônico predominante (art déco) que marcou época, além de ligar esse passado de referência ao presente: nossa contribuição para um futuro mais generoso com sua história, sem deixar de fazer um alerta à importância da qualidade de vida nas cidades. Pensando nela, pedalar é tão preciso para o corpo como o cinema o é para a expansão do olhar. Equipe passeio ciclístico
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O Cinema na Calçada vai mais longe nesta 4ª edição. Unindo memória e sustentabilidade, um passeio ciclístico foi programado para percorrer pontos históricos do centro de Goiânia.
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Na 4ª Edição do Cinema na Calçada, o Coletivo Goiânia em Fotos* ensina estudantes do Colégio Lyceu a criarem câmeras pinholes (máquinas fotográficas sem lentes) e, depois, leva o grupo para uma deriva fotográfica pelos pontos art déco do centro da cidade a fim de contribuir para a sensibilização do olhar sobre o espaço e a arquitetura. Já o Media Lab** oferece à comunidade em geral oficina com a técnica de mapeamento de vídeo, que consiste na projeção em objetos ou superfícies irregulares, como fachadas de edifícios. As atividades são gratuitas. *O Coletivo Goiânia em Fotos nasceu em abril de 2014 com o nome de Goiânia em Fotos, um projeto de cultura e extensão da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e, a partir de 2015, tornou-se um coletivo. **Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Mídias Interativas da Universidade Federal de Goiás (UFG)
08/10, das 9h às 13h e das 15h às 18h, Local: Espaço Sonhus (Colégio Lyceu) Carga horária: 7 horas
14/10, das 19h às 22h 15/10, das 9h às 12h e das 13h às 19h Local: Grande Hotel (Rua 3 com Av. Goiás, Centro) Carga horária: 12 horas Número de vagas: 15
Coordenação Geral: Larissa Fernandes Produção Executiva: Lidiana Reis E Ludielma Laurentino
Assistente De Projeto Cenográfico: Suliana Reis Fotógrafo: Thiago Carvalho
Produção: Michely Ascari E Camila Nunes
Making Of: Ricardo Alves
Assistente De Produção: Paulo Fernando
Design: Victor L. Pontes E Polli Di Castro
Tráfego E Captação De Filmes / Coordenação De Comunicação: Rafael Simões
Site: Onest.work
Assessor De Comunicação: Luís Gustavo Rocha Assessor De Imprensa: Clenon Ferreira Projeto Cenográfico: Benedito Ferreira
Feirinha Da Rua: Casulo Moda Coletiva Passa O Rodo: Jotapê Estúdio Gráfico Passeio Ciclístico: Gutto Lemes E Gabriela Silveira
PATROCÍNIO
COLABORADORES
REALIZAÇÃO
INCENTIVO
APOIO INSTITUCIONAL