TEMPO DE ACREDITAR E FORTALECER Há dezessete anos, a Goiânia Mostra Curtas era criada com um desafio vocacionado de provocar e estimular o audiovisual no coração do País. Em um terreno ainda árido, lançou-se como uma semente ambiciosa que visava à difusão, a formação, a circulação e a produção audiovisual em Goiás e no Brasil. Hoje, olhar para sua história faz perceber o florescimento desta semente. Nos últimos anos, o Brasil deu passos largos para o fortalecimento de sua produção audiovisual, oxigenado por estratégicas políticas públicas, mobilizações eficazes dos agentes culturais, além dos novos ares trazidos pelas múltiplas plataformas e tecnologias recentes. O audiovisual brasileiro ganhou maior visibilidade e respeito no cenário internacional. Ganhou, também, maior diversificação e descentralização de sua produção. Essa consolidação de nosso cinema e, sobretudo, a inserção de Goiás na rota audiovisual do País foi acompanhada, de mãos dadas, pela Goiânia Mostra Curtas. Ao destacar e incentivar principalmente o formato de curtas-metragens, o festival tem sido uma bússola permanente do que se produz no Brasil. A ampla programação da 17ª Goiânia Mostra Curtas espelha essa vocação e magnetiza distintas imagens e sons do Brasil com a exibição de mais de 90 obras da mais recente safra nacional, espalhadas por cinco mostras, além da Mostra Especial. E a programação é enriquecida por atividades paralelas que incluem debates, oficinas, cursos, palestras, mesas-redondas e lançamentos literários. Mover as engrenagens da cultura no Brasil é e sempre foi um desafio. Em meio a uma névoa de inconstâncias políticas e econô-
micas, a missão parece mais turva. Mas o tempo deve ser de olhar para os frutos destes anos de sucesso, e buscar que se multipliquem. Tempo de olhar para dentro, organizar a casa, valorizar e estimular o que temos de mais forte. Nesta perspectiva, a Curta Mostra Especial segue esse olhar interior, voltando-se a uma das maiores forças de nossa nação. Com o eixo temático “Os Índios e o Cinema”, constrói-se um urgente recorte da produção audiovisual indígena do Brasil. Se a realização no campo cultural soa desafiadora, a realização de projetos de continuidade denota um percurso de redobrados percalços. E, nesse sentido, a própria realização desta edição da Goiânia Mostra Curtas é mais um símbolo de força. A certeza de seu impacto e a convicção de seu papel fundamental foram os combustíveis necessários para manter de pé este festival. Em seu momento mais crítico de viabilização e com sua ocorrência diversas vezes ameaçada, a 17ª Goiânia Mostra Curtas soma a união de esforços imensuráveis e uma articulação laboriosa de distintas parcerias, apoios e incentivos, sem os quais não seria possível. Que a 17ª Goiânia Mostra Curtas seja um convite a lembrar da força que temos juntos de resistir, criar e recriar.
Maria Abdalla Diretora Geral
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CINE TEATRO GOIÂNIA Após aquela solenidade, o espaço prosseguiu fechado até outubro de 2011, quando a Goiânia Mostra Curtas retornou ao local, ainda em reforma. O Instituto de Cultura e Meio Ambiente, realizador do evento, possibilitou que milhares de pessoas pudessem (re)visitar o espaço há tanto tempo sem funcionamento. O Icumam, com o apoio de seus parceiros, orgulha-se em realizar a 17ª Goiânia Mostra Curtas no Teatro Goiânia demonstrando, assim, o respeito às obras audiovisuais de todo o Brasil, por meio de uma exibição de qualidade, e a deferência à sociedade goiana e brasileira, merecedora dessa joia incrustada no centro de nossa Capital.
Fredox Carvalho
Projetado pelo arquiteto Jorge Félix em estilo art déco, o Cine Teatro Goiânia integra o conjunto arquitetônico do início da História da capital. Começou a ser construído em 1940 e foi inaugurado pelo então interventor federal em Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, em 1942. O Cine Teatro foi palco do Batismo Cultural de Goiânia, no mesmo ano de sua inauguração. A estreia da casa se deu com a exibição do filme Divino Tormento, com Jeannette Mcdonald e Nelson Eddy. Na mesma semana, a Companhia Eva Todor inaugurou o palco com a obra Colégio Interno, Ladislaw Todor. No início, o espaço foi predominantemente utilizado como sala de cinema, contando com aparelhagem cinematográfica e programação de filmes nacionais e estrangeiros em sintonia com o eixo Rio-São Paulo. Em 1976, foi fechado para reforma – realizada pelos engenheiros Aldo Calvo e Igor Iresnewsky – e, em 1987, reaberto com a apresentação do Corpo de Baile da Associação de Ballet do Rio de Janeiro. Foi tombado pelo Estado em 18 de novembro de 1982. Em 1989, a Lei nº 10.759 criou a Fundação Cultural Pedro Ludovico, antecessora da Agência Goiana de Cultura a qual hoje o teatro pertence, e deu às unidades culturais do Estado nomes de pessoas que fazem parte da história goiana. O Cine Teatro Goiânia recebeu então o nome de Centro Cultural Bennio, em homenagem ao pioneiro do cinema goiano, administrador da casa de 1982 a 1984. A segunda reforma veio em 1998, quando foi fechado por 10 meses e depois reaberto com o espetáculo Registro, da Quasar Companhia de Dança. O espaço foi interditado novamente para nova reforma em 2009, sendo reinaugurado em dezembro de 2010, com um concerto da Orquestra de Câmara Goyazes reservado a convidados.
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PROGRAMAÇÃO
PROGRAMAÇÃO
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PROGRAMAÇÃO
IMPORTANTE Em cumprimento à Portaria nº 368/2014 do Ministério da Justiça, a 17ª Goiânia Mostra Curtas orienta o público do festival a estar atento à faixa recomendada para cada filme exibido. Nesta programação, a Classificação Indicativa estará informada da seguinte maneira:
L
Livre para todas as idades
10
Indicado a partir dos 10 anos
12
Indicado a partir dos 12 anos
14
Indicado a partir dos 14 anos
16
Indicado a partir dos 16 anos
18
Indicado a partir dos 18 anos
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PROGRAMAÇÃO
3 out (ter) 20h
Abertura Homenagem: Dira Paes – atriz Pela sua contribuição ao audiovisual brasileiro Exibição do filme: Matinta (PA) – 2010 – fic – 20 min. Direção: Fernando Segtowick
14h30 Oficina: Direção para cinema e série de TV Instrutor: Fernando Coimbra – diretor e roteirista Local: Centro Cultural UFG - Sala de Ação Educativa 14h30 Oficina: Cinema invisível: assistência de direção Instrutora: Marcela Lordy – diretora e roteirista Local: Espaço Culturama 15h
Pocket show:
Local: Teatro Goiânia Intervenção (GO) – 2017 – fic – 17 min. Direção: Isaac Brum Souza Algo do Que Fica (GO) – 2017 – fic – 23 min. Direção: Benedito Ferreira Silêncio Não se Escuta (GO) – 2016 – exp – 10 min. Direção: Rochane Torres Intocável (GO) – 2017 – fic – 17 min. Direção: Matheus Medeiros Havia Cinzas Dentro de Mim (GO) – 2017 – fic – 20 min. Direção: Daniel Calil Leblon Marista (GO) – 2016 – doc – 10 min. Direção: Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista O Fim da História (GO) – 2016 – fic – 10 min. Direção: Richardson Leão
Ava Rocha – Ava Patrya Yndia Yracema Com Marcos Campello – guitarrista Local: Teatro Goiânia
4 out (qua) 9h
16ª Mostrinha Público: alunos da Rede Pública de Educação do Estado de Goiás e Rede Pública de Educação Municipal de Inhumas Local: Teatro Goiânia O Fim da Fila (RJ) – 2016 – ani – 3 min. Direção: William Côgo Caleidoscópio (CE) – 2016 – fic – 18 min. Direção: Natal Portela O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min. Direção: Wesley Rodrigues Pai aos 15 (PR) – 2016 – fic – 16 min. Direção: Danilo Custódio Garoto VHS (SC) – 2016 – fic – 19 min. Direção: Carlos Daniel Reichel
12 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Curta Mostra Goiás
19h
Curta Mostra Brasil Local: Teatro Goiânia Flecha Dourada (SC) – 2017 – doc – 15 min. Direção: Cíntia Domit Bittar Estás Vendo Coisas (PE) – 2017 – doc – 18 min. Direção: Bárbara Wagner e Benjamin de Burca Valentina (RJ) – 2016 – fic – 17 min. Direção: Estevão Me-
PROGRAMAÇÃO neguzzo e André Félix Intervenção (GO) – 2017 – fic – 17 min. Direção: Isaac Brum Souza Demônia – Melodrama em 3 Atos (SP) – 2016 – fic – 17 min. Direção: Cainan Baladez e Fernanda Chicolet
Custódio Garoto VHS (SC) – 2016 – fic – 19 min. Direção: Carlos Daniel Reichel 9h30 Mesa-redonda: A importância da internacionaliza-
Intervalo – 15 minutos
ção
Obra Autorizada (BA) – 2016 – doc – 16min. Direção: Iago Cordeiro Ribeiro Território do Desprazer (ES) – 2017 – doc – 18 min. Direção: Maira Tristão e Mirela Marin Vando Vulgo Vedita (CE) – 2017 – fic – 20 min. Direção: Andreia Pires e Leonardo Mouramateus Baunilha (PE) – 2017 – doc – 13 min. Direção: Leo Tabosa Quarto Para Alugar (PE) – 2016 – fic – 20 min. Direção: Enock Carvalho e Matheus Farias
Participantes: Ana Júlia Cury - assessora internacional da Ancine Leila Bourdoukan - gerente executiva do Cinema do Brasil Fernando Coimbra - diretor e roteirista Mediador: Ivan Melo - produtor audiovisual Local: Hotel Papillon (Sala Anhanguera II)
5 out (qui) 9h
16ª Mostrinha Público: alunos da Rede Pública Municipal de Educação de Goiânia Local: Teatro Goiânia O Fim da Fila (RJ) – 2016 – ani – 3 min. Direção: William Côgo Caleidoscópio (CE) – 2016 – fic – 18 min. Direção: Natal Portela O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min. Direção: Wesley Rodrigues Pai aos 15 (PR) – 2016 – fic – 16 min. Direção: Danilo
As parcerias estrangeiras vão muito além da facilidade de um financiamento imediato para os filmes. Se bem-feitas, representam maior visibilidade, maiores possibilidades de distribuição em festivais e em territórios ainda pouco explorados pelo cinema brasileiro, além da aproximação de culturas por meio do compartilhamento de conhecimentos.
10h
12º Curso de Formação Profissional – Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais – Etapa 2 Consultorias: Ficção: Chico Mattoso – roteirista Documentário: Di Moretti – roteirista Animação: César Cabral – animador e roteirista Série de TV (Drama): Chico Mattoso, Di Moretti e Denis Nielsen – roteiristas Série de TV (Humor): Denis Nielsen – roteirista Local: Hotel Papillon
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PROGRAMAÇÃO
14h30 Oficina: Direção para cinema e série de TV Instrutor: Fernando Coimbra – diretor e roteirista
17h
19h
Curta Mostra Brasil
direção
Instrutora: Marcela Lordy – diretora e roteirista Local: Espaço Culturama 15h
Curta Mostra Goiás Local: Teatro Goiânia Meu Nome é Coraci (GO) – 2017 – doc – 11 min. Direção: Adan Sousa João de Barro (GO) – 2017 – fic – 23 min. Direção: Absair Weston Passagem (GO) – 2016 – fic – 25 min. Direção: Thomaz Magalhães e Ernesto Rheinboldt Real Conquista (GO) – 2017 – doc – 14 min. Direção: Fabiana Assis Um Garoto Chamado Suzy (GO) – 2017 – fic – 22 min. Direção: Gabriel Newton e Felipe Sousa Netuno (GO) – 2017 – fic – 17 min. Direção: Daniel Nolasco
15h
12º Curso de Formação Profissional – Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais – Etapa 2 Consultorias: Ficção: Chico Mattoso – roteirista Documentário: Di Moretti – roteirista Animação: César Cabral – animador e roteirista Série de TV (Drama): Chico Mattoso, Di Moretti e Denis Nielsen – roteiristas
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Encontro de realizadores de filmes
Momento destinado à troca de experiências entre realizadores audiovisuais de todo o Brasil. Coordenação: Pedro Maciel Guimarães – curador e professor Local: Teatro Goiânia (café)
Local: Centro Cultural UFG - Sala de Ação Educativa
14h30 Oficina: Cinema invisível: assistência de
Série de TV (Humor): Denis Nielsen – roteirista
Local: Teatro Goiânia Balança Brasil (MG) – 2017 – doc – 25 min. Direção: Carlos Segundo Casca de Baobá (RJ) – 2017 – fic – 12 min. Direção: Mariana Luiza Em Busca da Terra Sem Males (RJ) – 2017 – doc – 15 min. Direção: Anna Azevedo Meu Nome é Coraci (GO) – 2017 – doc – 11 min. Direção: Adan Sousa Kappa Crucis (MG) – 2016 – doc – 22 min. Direção: João Borges Intervalo – 15 minutos O Estacionamento (PR) – 2016 – fic – 16 min. Direção: William Biagioli Deusa (SP) – 2016 – fic – 18 min. Direção: Bruna Callegari Vaca Profana (SP) – 2017 – fic – 16 min. Direção: René Guerra Aquela Estrada (AM) – 2016 – fic – 15 min. Direção: Rafael Ramos Stanley (PB) – 2016 – fic – 19 min. Direção: Paulo Roberto
PROGRAMAÇÃO
6 out – sexta 9h
16ª Mostrinha
10h
Debate: A produção audiovisual nas diversas plataformas digitais
O que ainda vai mudar no sistema de produção, circulação e consumo? As salas de cinema têm como acompanhar essas mudanças? Qual o verdadeiro impacto de um filme lançado diretamente em plataformas VOD? Participantes: Margot Brandão – gerente de aquisições e vendas da O2 Play Luiz Bannitz – diretor de bussiness affair do Looke Luana Lobo – sócia e diretora de distribuição híbrida da Maria Farinha Filmes Priscila Santos – coordenadora de distribuição nacional da Pandora Filmes Flávia Guerra (mediadora) – documentarista e jornalista Local: Hotel Papillon (Sala Anhanguera II)
Público: alunos da Rede Pública Municipal de Educação de Goiânia Local: Teatro Goiânia O Fim da Fila (RJ) – 2016 – ani – 3 min. Direção: William Côgo Caleidoscópio (CE) – 2016 – fic – 18 min. Direção: Natal Portela O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min. Direção: Wesley Rodrigues Pai aos 15 (PR) – 2016 – fic – 16 min. Direção: Danilo Custódio Garoto VHS (SC) – 2016 – fic – 19 min. Direção: Carlos Daniel Reichel 9h
Oficina: O cinema colaborativo como compromisso de vida Instrutor: Vincent Carelli – cineasta e indigenista Local: Centro Cultural UFG - Sala de Ação Educativa
10h
12º Curso de Formação Profissional – Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais – Etapa 2 Consultorias: Ficção: Chico Mattoso – roteirista Documentário: Di Moretti – roteirista Animação: César Cabral – animador e roteirista Série de TV (Drama): Chico Mattoso, Di Moretti e Denis Nielsen – roteiristas Série de TV (Humor): Denis Nielsen – roteirista
14h30 Oficina: Direção para cinema e série de TV Instrutor: Fernando Coimbra – diretor e roteirista Local: Centro Cultural UFG - Sala de Ação Educativa 14h30 Oficina: Cinema invisível: assistência de direção Instrutora: Marcela Lordy – diretora e roteirista Local: Espaço Culturama 15h
Curta Mostra Animação Local: Teatro Goiânia Reanimando o Kaiser (RJ) – 2013 – ani – 3 min. Direção: Eduardo Calvet (exibição não competitiva em comemoração ao centenário da animação brasileira)
Oceano (SP) – 2016 – ani – 15 min. Direção: Renato Duque O Mal (PR) – 2016 – ani – 2 min. Direção: Carlon Hardt
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 15
PROGRAMAÇÃO O Projeto do Meu Pai (ES) – 2016 – ani – 6 min. Direção: Rosaria O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min. Direção: Wesley Rodrigues O Ex-Mágico (PE) – 2016 – ani – 11 min. Direção: Olímpio Costa e Maurício Nunes Quando Os Dias Eram Eternos (SP) – 2016 – ani – 13 min. Direção: Marcus Vinícius Vasconcelos A Noiva do Coelhinho (GO) – 2016 – ani – 11 min. Direção: Rafael Franco Fome (GO) – 2017 – ani – 2 min. Direção: Rildo Farias de Sousa Mãos (SP) – 2017 – ani – 1 min. Direção: Ivanildo Soares Pulsões (SC) – 2017 – ani – 6 min. Direção: Yannet Briggiler O Último Engolervilha II (RJ) – 2016 – ani – 13 min. Direção: Marão, Jackson Abacatu, Wesley Rodrigues, Luah Garcia, Pamella Araújo, Camila Kauling, Guto BR, Rüsben, Ianah Maia, Giovanna Guimarães, Jirair Garabedian, Yurii Custodio, Rosana Urbes e Maurício Castaño Tango (PR) – 2016 – ani – 12 min. Direção: Francisco Gusso e Pedro Giongo Plantae (RJ) – 2017 – ani – 10 min. Direção: Guilherme Gehr Metempsicoses (AC) – 2017 – ani – 2 min. Direção: Ítalo Rocha e Marcelo Zuza Vênus – Filó a Fadinha Lésbica (MG) – 2017 – ani – 6 min. Direção: Sávio Leite 15h
Animação: César Cabral – animador e roteirista Série de TV (Drama): Chico Mattoso, Di Moretti e Denis Nielsen – roteiristas Série de TV (Humor): Denis Nielsen – roteirista 17h
Encontro com a animação (Aberto ao público interessado) Encontro informal dos produtores de animação do país para discussão e apresentação de informações sobre a participação do Brasil no festival de Annecy 2018, que traz o país como tema, Sobre o novo momento das políticas públicas voltadas para a animação e, celebração do centenário da animação brasileira. Com a gerente executiva do Cinema do Brasil, Leila Bourdoukan, o animador e roteirista César Cabral, dentre outros. Participantes: Leila Bourdoukan - gerente executiva – Cinema do Brasil César Cabral – animador e roteirista Local: Teatro Goiânia (hall)
17h30 Lançamentos literários Livros: Trajetória do cinema de animação no Brasil Autora: Ana Flavia Marcheti
12º Curso de Formação Profissional – Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais – Etapa 2
Afetos, relações e encontros com filmes brasileiros contemporâneos Autor: Denilson Lopes
Consultorias: Ficção: Chico Mattoso – roteirista Documentário: Di Moretti – roteirista
Local: Teatro Goiânia (hall)
16 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
PROGRAMAÇÃO 19h
Curta Mostra Brasil Local: Teatro Goiânia Quando Os Dias Eram Eternos (SP) – 2016 – ani – 13 min. Direção: Marcus Vinícius Vasconcelos A Canção do Asfalto (PR) – 2017 – fic – 16 min. Direção: Pedro Giongo O Quebra Cabeça de Sara (RJ) – 2017 – doc – 10 min. Direção: Allan Ribeiro As Melhores Noites de Veroni (AL) – 2017 – fic – 16 min. Direção: Ulisses Arthur Minha Única Terra é Na Lua (SP) – 2017 – fic – 19 min. Direção: Sérgio Silva Intervalo – 15 minutos O Olho do Cão (RJ) – 2017 – fic – 20 min. Direção: Samuel Lôbo Filhos da Lua na Terra do Sol (MT) – 2016 – doc – 15 min. Direção: Danielle Bertolini Vênus – Filó a Fadinha Lésbica (MG) – 2017 – ani – 6 min. Direção: Sávio Leite O Porteiro do Dia (PE) – 2016 – fic – 25 min. Direção: Fábio Leal Demônios de Virgínia (RS) – 2017 – fic – 20 min. Direção: Gabriela Richter Lamas
7 out (sab) 9h
Oficina: O cinema colaborativo como compromisso de vida Instrutor: Vincent Carelli – cineasta e indigenista Local: Centro Cultural UFG - Sala de Ação Educativa
10h
Pitching: 12º Curso de Formação Profissional – Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais – Etapa 2 Participantes: Chico Mattoso – roteirista e consultor dos módulos de Ficção e Série de TV (Drama) Di Moretti – roteirista e consultor dos módulos de Documentário e Série de TV (Drama) César Cabral – animador, roteirista e consultor do módulo de Animação Denis Nielsen – roteirista e consultor dos módulos de Série de TV (Humor) e Série de TV (Drama) Produtor Convidado: Ivan Melo – produtor audiovisual Projetos Ficção: Coma – Kaco Olímpio Fabíola – Natal Portela Memória de Elefante – Severino Neto Documentário: Reversos – Juliana Imítria Marreta – Vanessa Amaral Maestro do Cerrado – João Luiz Neiva
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 17
PROGRAMAÇÃO Animação: Witchcraft – Fred Reis O Mini Mundo de Clarice – Iuri Moreno Menino que Sonhava Bola – Ricardo Edilberto Série de TV (Drama): De Volta à Estrela do Sul – Angela de Oliveira Sara Silva – Diego D’Ascheri Bus Story – Cenas do Cotidiano – Paulo Henrique Fernandes Série de TV (Humor): Call Center – Otavio Chamorro Astral – Victor Vinicius Os Irmãos Silva – Gabriel Newton Local: Hotel Papillon (Sala Tocantins) 10h
Encontro: Início, meio e fins para o audiovisual brasileiro (parceria com a GOFilmes)
Este encontro promovido pela 17ª Goiânia Mostra Curtas em parceria com a GOFilmes (Associação das Produtoras Independentes de Cinema e TV do Estado de Goiás) tem a intenção de reunir produtores independentes de audiovisual, projetos de apoio e entidades para uma conversa informal sobre os rumos das produções brasileiras. Um panorama de nossas produções, onde e por quem elas estão sendo feitas, onde elas estão sendo exibidas, que formas de apoio possuímos, como fortalecer cada vez mais a classe, a profissionalização, e como unir cada vez mais os agentes deste setor: projetos, festivais, emissoras, produtoras, associações e governo.
18 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Público dentes
alvo:
produtoras
e
produtores
indepen-
Participantes: Cinema do Brasil, Maria Farinha Filmes, Pandora Filmes, Looke, Elo Company, CineBrasil TV, SescTV Coordenação: Pedro Novaes – presidente da GoFilmes Local: Papillon Hotel (Sala Anhanguera II) 14h
Oficina: Cinema verde e meio ambiente
Apoio: Saneago Instrutora: Ariene Ferreira – produtora audiovisual e cultural Local: Coletivo Centopeia
14h
Curta Mostra Especial – Os Índios e o Cinema Homenagens: Pela contribuição ao audiovisual brasileiro Coletivo Mbya-Guarani de Cinema coletivo indígena de realizadores audiovisuais Isael e Suely Maxakali realizadores indígenas Local: Teatro Goiânia Programa 1 – Brincadeiras e Lutas No Caminho com Mário (PE) – 2014 – doc – 21 min – Direção: Coletivo Mbya-Guarani de Cinema (filme homenagem Coletivo Mbya) A História do Monstro Khatpy (MT) – 2009 – fic – 4 min – Direção: Coletivo Kisêdjê de Cinema No Tempo do Verão (AC) – 2012 – doc – 22 min – Direção: Wewito Piyâko Cordilheira de Amora II (MS) – 2015 – doc – 12 min – Direção: Jamille Fortunato
PROGRAMAÇÃO Prîara Jõ, Depois do Ovo, a Guerra (PE) – 2008 – doc – 15 min – Direção: Komoi Panará Yvy Katu – Terra Sagrada (MS) – 2007 – doc – 20 min – Direção: Eduardo Duwe 16h
Debate: Modos de fazer e pensar um Cinema Indígena Muitas são as maneiras de se pensar e fazer um cinema indígena. Nesse encontro, teremos a oportunidade de ouvir o que têm a dizer sobre o assunto pessoas com diferentes experiências e fazeres: realizadores indígenas independentes; o representante de um coletivo criado a partir de sua vivência com um trabalho de formação continuado; um realizador e curador não indígena que pauta sua produção no tema e parceria com os índios; e o cineasta e idealizador do Vídeo nas Aldeias, trabalho pioneiro na formação de cineastas indígenas. Este evento sintetiza desta maneira a proposta da mostra, além de aprofundar a discussão sobre esse cinema e nos colocar em contato com diferentes agentes dele. Participantes: Isael Maxakali – realizador indígena Suely Maxakali – realizadora indígena Ralf Ortega – integrante do Coletivo Mbya-Guarani de Cinema Rodrigo Arajeju – cineasta e curador Vincent Carelli – cineasta e indigenista Mediadora: Rita Carelli – atriz, diretora, escritora Local: Teatro Goiânia
19h
Local: Teatro Goiânia Meninas Formicida (SP) – 2017 – fic – 12 min. Direção: João Paulo Miranda Maria A Passagem do Cometa (SP) – 2017 – fic – 20 min. Direção: Juliana Rojas Inocentes (RJ) – 2017 – exp – 18 min. Direção: Douglas Soares Filme-Catástrofe (SP) – 2017 – fic – 18 min. Direção: Gustavo Vinagre De Tanto Olhar o Céu Gastei Meus Olhos (MS) – 2017 – fic – 25 min. Direção: Nathália Tereza Intervalo – 15 minutos Nunca É Noite no Mapa (PE) – 2016 – doc – 7 min. Direção: Ernesto de Carvalho Tekoha – Som da Terra (DF) – 2017 – doc – 20 min. Direção: Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron (Xamiri Nhupoty) O Peixe (PE) – 2016 – doc – 23 min. Direção: Jonathas de Andrade Festejo Muito Pessoal (SP) – 2016 – exp – 9 min. Direção: Carlos Adriano Balada Para os Mortos (MA) – 2016 – fic – 22 min. Direção: Lucas Sá
Curta Mostra Brasil
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 19
PROGRAMAÇÃO
8 out (dom) 9h
Oficina: O cinema colaborativo como compromisso de vida
15h
Local: Teatro Goiânia Programa 2 – Os Poderes Xupapoynãg (MG) – 2012 – doc – 15 min – Direção: Isael Maxacali (filme homenagem a Isael e Suely Maxakali) Huni Meka, os Cantos do Cipó (AC) – 2006 – doc – 25 min – Direção: Josias Maná Kaxinawá e Tadeu Siã Kaxinawá Zahy – Uma Fábula do Maracanã (RJ) – 2012 – exp – 5 min – Direção: Felipe Bragança Porcos Raivosos (PE) – 2012 – fic – 10 min – Direção: Isabel Penoni e Leonardo Sette Índios no Poder (DF) – 2015 – doc – 21 min – Direção: Rodrigo Arajeju Konãgxeka: O Dilúvio Maxacali (MG) – 2016 – ani – 13 min – Direção: Charles Bicalho e Isael Maxacali
Instrutor: Vincent Carelli – cineasta e indigenista Local: Centro Cultural UFG - Sala de Ação Educativa 10h
Encontro de realizadores de filmes
Momento destinado à troca de experiências entre realizadores audiovisuais de todo o Brasil. Coordenação: Pedro Maciel Guimarães – curador e professor Local: Papillon Hotel (Sala Anhanguera II)
10h30 16ª Mostrinha Aberta ao público infantil Local: Teatro Goiânia O Fim da Fila (RJ) – 2016 – ani – 3 min. Direção: William Côgo Caleidoscópio (CE) – 2016 – fic – 18 min. Direção: Natal Portela O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min. Direção: Wesley Rodrigues Pai aos 15 (PR) – 2016 – fic – 16 min. Direção: Danilo Custódio Garoto VHS (SC) – 2016 – fic – 19 min. Direção: Carlos Daniel Reichel 11h
Palestra: Overview do Fundo Setorial do Audiovisual Palestrante: Mariana Brasil – consultora audiovisual Local: Hotel Papillon (Sala Tocantins)
20 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Curta Mostra Especial – Os Índios e o Cinema
20h
Encerramento Homenagem:
Vincent Carelli
cineasta e indigenista Pela sua contribuição ao audiovisual brasileiro Exibição do filme:
O Espírito da TV (MT) – 1990 – doc – 18 min. Direção: Vincent Carelli
Premiação
Local: Teatro Goiânia
PROGRAMAÇÃO
Novembro
Locais dos Eventos
Curta Mostra Cinema nos Bairros (exibição de curtas-metragens em praça pública)
Centro Cultural UFG - Sala de Ação Educativa
Programação: Nimbus, o Caçador de Nuvens (MG) – 2016 – ani – 16 min. Direção: Marco Nick Garoto VHS (SC) – fic - 19 min. Direção: Carlos Daniel Reichel O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – Ani – 7 min. Direção: Wesley Rodrigues A Piscina de Caíque (GO) – 2017 – fic - 15 min. Direção: Raphael Gustavo da Silva Em Busca da Terra Sem Males (RJ) – 2017 – doc – 15 min. Direção: Anna Azevedo Caleidoscópio (CE) – 2016 – fic – 18 min. Direção: Natal Portela Tailor (RJ) – 2017 – doc – 10 min. Direção: Calí dos Anjos
Av. Cora Coralina, 140, Setor Sul
Av. Universitária, 1533, Setor Leste Universitário
Coletivo Centopeia
Espaço Culturama
Av. T-8, 324, Setor Bueno
Papillon Hotel
Avenida República do Líbano, 1.824, Setor Oeste
Teatro Goiânia
Avenida Anhanguera com Avenida Tocantins, Setor Central
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 21
ABERTURA
ABERTURA
ABERTURA
Homenagem
Exibição do filme
Dira Paes – atriz Com 32 anos de carreira e 41 filmes no currículo, somando-se curtas e longas, dentre eles o recordista de bilheteria no Brasil depois da retomada, 2 Filhos de Francisco (Breno Silveira) e o recente Redemoinho (José Vilamarim), Dira Paes é homenageada da 17ª Goiânia Mostra Curtas, pela sua contribuição ao audiovisual brasileiro, sendo uma das atrizes mais premiadas e respeitadas de sua geração. No teatro, foram oitos espetáculos dirigidos por nomes consagrados como Amir Haddad em O Avarento, de Molière. Na televisão, somam-se 17 trabalhos, entre eles, a novela de grande sucesso de audiência e crítica Velho Chico, com a direção de Luiz Fernando Carvalho. Neste semestre, Dira está nas telas dos cinemas com a animação brasileira, dublando uma personagem do longa de animação Lino.
Matinta (PA) – 2010 – fic – 20 min. Direção: Fernando Segtowick. Elenco: Dira Paes, Adriano Barroso e Astrea Lucena. Contato: fseg23@gmail.com Quem é daqui do mato, tem que ter muito cuidado com o encantado, quem quer ter paz na vida não se mete com Matinta.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 25
ABERTURA
POCKET SHOW
Ava Patrya Yndia Yracema Ava Rocha apresenta um show que tem repertório fundamentado no seu primeiro álbum solo, Ava Patrya Yndia Yracema, que mistura MPB com grooves afros, amazônicos, poesia, distorções, suavidade e improvisos. A voz rara, doce e poderosa é aditivada pela guitarra de um dos principais músicos da nova cena carioca, Marcos Campello. Nesse show, os dois recriam para os palcos o disco lançado em março de 2015. Além das canções do disco, o repertório inclui outras músicas, como Iracema, de Adoniram Barbosa, e Canoa, Canoa, De Milton Nascimento e Fernando Brandt.
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Set List Beijo no Asfalto - Ava Rocha Transeunte Coração - Ava Rocha Você Não Vai Passar - Negro Leo Auto das Bacantes - Negro Leo Olorozui - Ava Rocha/Canção de Protesto - Negro Leo e Ricardo Pitta/Eu canto, a bala canta - Ava Rocha e Pedro Paulo Rocha Iracema - Adoniran Barbosa Mar ao Fundo - Ava Rocha e Negro Leo Uma - Ava Rocha Fragmento Perseguição - Glauber Rocha e Sérgio Ricardo Boca do Céu - Ava Rocha O Jardim - Jonas Sá Hermética - Negro Leo e Luis Augusto Tão Tão - Ava Rocha Spring - Luis Augusto Doce É o Amor - Bruno di Lullo e Domenico Lancellotti Canoa, Canoa - Nelson Ângelo e Fernando Brant Oceanos - Marcelo Callado
ABERTURA
Ava Rocha Cantora, compositora e cineasta, Ava Rocha lançou dois discos: Diurno (Warner, 2011) e Ava Patrya Yndia Yracema (Maravilha8/ Circus 2015). Gravou e se apresentou com artistas como Jards Macalé, Negro Leo, Gustavo Galo, Péricles Cavalcanti e Gilberto Gil. Com seu último disco, recebeu os Prêmios Multishow 2015 de “Melhor Hit” e “Artista Revelação” e o Prêmio APCA 2015 de “ Artista Revelação “. O disco também constou em inúmeras publicações nacionais e estrangeiras, entre os melhores do ano, com destaque para a lista de Ben Ratliff do New York Times e a revista Rolling Stones Brasil.
Marcos Campelo Marcos Campello é guitarrista e compositor. É um dos integrantes do trio de free-noise-rock Chinese Cookie Poets, com o qual lançou quatro álbuns e já tocou em vários países da América Latina e Europa, como Escócia, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Áustria, Bélgica, Suíça e Dinamarca. Dedica-se também a outros projetos como o duo de free-samba-jazz Lofisofia (com o baterista Daniel Fernandes) que tem dois álbuns lançados, o trio com a saxofonista austríaca Franziska Schroeder e o baterista Renato Godoy, que tem o álbum ‘Barely Cool’ lançado pelo selo europeu Mentum, além de seu trabalho de guitarra solo, com o álbum ‘Bamsa’, pelo selo Polyvox. Tem se apresentado ainda ao lado de artistas da nova cena carioca como Ava Rocha, Negro Leo, Fernando Temporão, Bruno Cosentino e Lila.
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ENCERRAMENTO
ENCERRAMENTO
ENCERRAMENTO
Homenagem
Exibição do filme
Vincent Carelli – cineasta e indigenista Cineasta e indigenista, Vincent Carelli fundou, em 1986, o Vídeo nas Aldeias, projeto que apoia as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais por meio de recursos audiovisuais. Desde então, produziu uma série de 16 documentários sobre os métodos e resultados deste trabalho, que têm sido exibidos por televisões públicas em todo o mundo. A Arca dos Zo’é (1993), um de seus primeiros filmes, foi premiado em diversos festivais, entre eles o 16º Tokyo Video Festival e o Cinéma du Réel. Em 2009, Carelli lança Corumbiara, grande vencedor do 37º Festival de Gramado, sobre o massacre de índios isolados em Rondônia, primeiro filme de uma trilogia em desenvolvimento que traz seu testemunho de casos emblemáticos vividos em 40 anos de indigenismo no Brasil. Martírio é o segundo filme desta série que se encerra com a realização do longa-metragem Adeus Capitão, trabalho em fase de desenvolvimento.
O Espírito da TV (MT) – 1990 – doc – 18 min Direção: Vincent Carelli. Edição: Tutu Nunes. Som e Finalização: Cleiton Capellossi. Contato: videonasaldeias@videonasaldeias.org.br As emoções e reflexões dos índios Waiãpi ao verem, pela primeira vez, a sua própria imagem e a de outros grupos indígenas num aparelho de televisão. Os índios refletem sobre a força da imagem, a diversidade dos povos e a semelhança de suas estratégias de sobrevivência frente aos não índios.
Cerimônia de Premiação
Entrega do Troféu Icumam aos vencedores 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 31
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C U RTA MOSTRA
BRASIL Panorama atual da produção nacional em curta-metragem. Vitrine da diversidade cultural brasileira registrada na linguagem audiovisual. Júris oficial e popular.
CURTA MOSTRA BRASIL
DA JANELA, OS BRASIS DE HOJE Desenhar um panorama recente da produção audiovisual brasileira em curta-metragem é praticamente um sacerdócio, considerando a respeitabilidade conquistada pela Goiânia Mostra Curtas no circuito de festivais de cinema do país ao longo de dezesseis anos. A cada edição, buscamos contemplar e atualizar, da forma mais democrática e qualificada possível, as múltiplas e complexas nuances das diferentes regiões do Brasil. Deste trabalho intenso e apaixonante, que ocorre concomitante à produção do próprio festival, 40 produções de 18 estados foram escolhidas, entre as mais de 1.200 inscritas, para compor a Curta Mostra Brasil, sobretudo pela diversidade cultural, atualidade e inventividade da linguagem cinematográfica apresentadas, são 22 curtas de ficção, 14 documentários, dois experimentais e dois de animação. E nossa grande janela fica pequena diante do gande número de bons filmes preparados para encontrar seu público. Apesar da limitação física e de tempo, nessas quatro noites de projeção, porém, provamos os motivos que fazem do Festival um dos mais consolidados dentre a comunidade audiovisual nacional. Que o público possa, mais uma vez, se apaixonar, inquietar, discutir e se deixar transformar por filmes de diferentes temas, origens, gêneros e formatos, exibidos em uma mesma tela grande, no coração do Brasil.
Maria Abdalla Curadora
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CURTA MOSTRA BRASIL
A Canção do Asfalto (PR) – 2017 – fic – 16 min.
A Passagem do Cometa (SP) – 2017 – fic – 20 min.
Aquela Estrada (AM) – 2016 – fic – 15 min.
As Melhores Noites de Veroni (AL) – 2017 – fic – 16 min.
Direção e Roteiro: Pedro Giongo. Produção executiva: Lígia Teixeira e Pedro Giongo. Direção de fotografia: Renato Ogata. Montagem: Nathália Tereza e Pedro Giongo. Som direto: Lucas Maffini. Edição de som: Marcos Lopes e Tiago Bello. Elenco: Mengran Zhang, Su Guochi, Yuki Yeah, Kika Chen e Lucas Lee Contato: pedrogiongo @gmail.com
Direção e Roteiro: Juliana Rojas. Produtor executivo: Maria Ionescu. Direção de fotografia: Alice Andrade Drummond. Montagem: Beatriz Pomar. Som direto: Tide Borges e Lia Camargo. Edição de som: Miriam Biderman e Ricardo Chuí. Direção de arte: Fernando Zuccolotto. Elenco: Gilda Nomacce, Ivy Souza, Mariza Junqueira, Nana Yazbek e Helena Albergaria. Contato: jujurojas@gmail.com
Direção e Roteiro: Rafael Ramos. Produção executiva, direção de fotografia e montagem: César Nogueira. Trilha: Ediel Castro. Som direto: Elionai Dias. Edição de som: Moyses Alencar. Direção de arte: Hamyle Nobre. Elenco: Danilo Reis, Jéssica Amorim, Rafael César,Victor Kaleb e Ana Paula Costa. Contato: sofiawick@hotmail.com
Direção e roteiro: Ulisses Arthur. Produção executiva: Thamires Vieira. Direção de fotografia: Liz Riscado. Montagem: Rudyally Kony e Ulisses Arthur. Trilha: Lais Lira e Ulisses Arthur. Som direto: Érica Sansil. Edição de som: Emanuel Miranda. Direção de arte: Lucas Cardoso. Elenco: Lais Lira, Jorge Adriani, Sofia Bomfim e Fátima Menezes. Contato: ulisses.arthur@ gmail.com
De noite, quando as ruas estão vazias, o asfalto ecoa a música do silêncio.
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1986. Na sala de espera de uma clínica, a recepcionista, uma paciente e uma acompanhante aguardam a passagem do cometa Halley, enquanto a médica enfrenta dificuldades com um dos procedimentos.
Omar desiste de ir a uma entrevista de emprego em Manaus e resolve embarcar numa viagem pela estrada com pessoas desconhecidas. Num dia em que tudo soa tedioso e pragmático, parece ser a estrada o único caminho a Omar para buscar ânimo e respostas para uma vida na cidade que não o satisfaz mais.
Enquanto seu marido passa os dias na estrada, Veroni encontra nas noites uma forma de transcender e responder seus dilemas amorosos.
CURTA MOSTRA BRASIL
Balada Para os Mortos (MA) – 2016 – fic – 22 min.
Balança Brasil (MG) – 2017 – doc – 25 min.
Baunilha (PE) – 2017 – doc – 13 min.
Casca de Baobá (RJ) – 2017 – fic – 12 min.
Direção, roteiro, montagem, direção de fotografia e edição de som: Lucas Sá. Produção executiva: Fernando Machado e Guilherme Dacosta. Som direto: Nathália Gotardo e Mariana Pouey. Elenco: Lucas Sá, Nathália Gotardo e Guilherme Dacosta. Contato: lucassaaraujo @yahoo.com.br
Direção, montagem e produção executiva: Carlos Segundo. Roteiro e direção de arte: Carlos Segundo e Cristiano Barbosa. Direção de fotografia: Roberto Chacur. Som direto: Cristiano Barbosa. Edição de som: Pier Valencise. Elenco: Gregory e Stylo. Contato: dir.carlossegundo @gmail.com
Direção, roteiro e montagem: Leo Tabosa. Produção executiva: Arthur Leite. Direção de fotografia: Alex Costa e Paulo Maia. Trilha, som direto e edição de som: Nicolau Domingues. Contato: leo.tabosa@ hotmail.com
Direção e roteiro: Mariana Luiza. Produção executiva: Ethel Oliveira. Direção de fotografia: Miguel Vassy. Montagem: Rodrigo Savastano. Trilha: Alexis Graterol. Som direto: Gil Neves. Edição de som: Fabian Carneiro Leão. Direção de arte: Nanda Scarambone. Elenco: Heloisa Jorge e Marilia Coelho. Contato: mariana.luiza@globo.com
A cidade onde eu vivo é a cidade onde eu morro.
O porto, um descobrimento, dois corpos em movimento.
Olhe a sua volta. Tudo que você vê e toda pode ter o gosto de baunilha.
Maria, uma jovem negra nascida em um quilombo no interior do estado, é cotista na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua mãe, Francisca, leva a vida cortando cana nas proximidades do quilombo. As duas trocam mensagens para matar a saudade e refletir sobre o fim de uma era econômica-social.
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CURTA MOSTRA BRASIL
De Tanto Olhar o Céu Gastei Meus Olhos (MS) – 2017 – fic – 25 min.
Demônia – Melodrama em 3 Atos (SP) – 2016 – fic – 17 min.
Demônios de Virgínia (RS) – 2017 – fic – 20 min.
Deusa (SP) – 2016 – fic – 18 min.
Direção, roteiro e montagem: Nathália Tereza. Produção executiva: Dora Amorim e Thaís Vidal. Direção de fotografia: Eduardo Azevedo. Som direto: Lucas Maffini. Edição de som: Tiago Bello. Direção de arte: Maíra Espíndola. Elenco: Edilson Silva e Maria Eny. Contato: nathaliatereza@gmail.com
Direção: Cainan Baladez e Fernanda Chicolet. Roteiro: Fernanda Chicolet. Produção executiva: Roney Freitas. Direção de fotografia: André Luiz de Luiz. Montagem: Allan Ribeiro e Thiago Ricarte. Trilha: Thiago Ricarte e Filipe Junqueira. Som direto: Eric Ribeiro. Edição de som: Damião Lopes. Direção de arte: Dicezar Leandro. Elenco: Fernanda Chicolet, Vinicius de Oliveira, Henrique Schafer, Angelo Defanti e Julia Araújo. Contato: cainanbaladez@yahoo.com.br
Direção: Gabriela Richter Lamas. Roteiro: Gabriela Richter Lamas e Maurílio Almeida. Produção executiva: Bruna Giuliatti. Direção de fotografia: Pedro Gossler. Montagem: Lucas Sá e Gabriela Richter Lamas. Trilha: Maurílio Almeida. Som direto: Tomaz Borges. Edição de som: Effects Films, Lucas Sá e Maurílio Almeida. Direção de arte: Ana Júlia Fortes. Elenco: Martha Grill, Arlete Cunha e Kaya Rodrigues. Contato: gabirlamas@ gmail.com
Direção e roteiro: Bruna Callegari. Produção executiva: Rafael Buosi. Direção de fotografia: Pedro Loes. Montagem: André Bomfim. Som direto: Luis Rovai Edição de som: Edson Secco. Direção de arte: Camila Vieira. Elenco: Fernanda Chicolet. Contato: contato@ espacoliquido.com.br
Demônia é um ser endiabrado. Ou uma mulher má.
Virgínia pensa em voltar, mas todos estão sofrendo.
O pai de Luana e Wagner envia uma carta após anos de abandono. Wagner acredita que o pai pode ter mudado. Luana não.
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Deusa trabalha como arrecadadora no pedágio da ilha em que vive. Acostumada a ver o deslocamento dos viajantes, nunca havia pensado no próprio destino. Quando uma baleia encalha na praia, Deusa se sente diferente.
CURTA MOSTRA BRASIL
Em Busca da Terra Sem Males (RJ) – 2017 – doc – 15 min.
Estás Vendo Coisas (PE) – 2017 – doc – 18 min.
Festejo Muito Pessoal (SP) – 2016 – exp – 9 min.
Filhos da Lua na Terra do Sol (MT) – 2016 – doc – 15 min.
Roteiro, direção e produção executiva: Anna Azevedo. Direção de fotografia: Vinicius Brum. Montagem: Nina Galanternick. Trilha: Bro MCs. Som direto e edição de som: Rodrigo Maia. Contato: annaazevedo1@ gmail.com
Direção: Bárbara Wagner e Benjamin de Burca. Roteiro: Bárbara Wagner, Benjamin de Burca e Pedro Sotero. Produção executiva: Carol Vergolino. Direção de fotografia: Pedro Sotero. Edição de som: Daniel Turini e Fernando Henna. Contato: alumia.conteudo@gmail.com
Direção, roteiro, direção de fotografia, montagem, trilha, edição de som e direção de arte: Carlos Adriano. Produção executiva: Cinemateca Brasileira / Ministério da Cultura. Elenco: Paulo Emílio Salles Gomes, Giuseppe Ungaretti, Eva Nil, Dita Parlo e Michel Simon. Contato: adriano.carlos.ca@gmail.com
Direção e roteiro: Danielle Bertolini. Produção executiva: Edilene Jortez. Direção de fotografia: João Bertoli. Montagem: Dener Gonçalves. Trilha: Sidnei Duarte. Som direto: Yuri Kopcak. Edição de som: Flavio Pereira. Contato: dani.bertolini@ gmail.com
Na mitologia Guarani, Terra sem males é o lugar onde os índios, enfim, encontram a paz.
Brega é um termo informal usado para definir várias formas de música popular de massa produzidas no Brasil desde os anos 70 e fortemente associadas a uma noção de mau-gosto. Enraizado em contextos socio-econômicos mais amplos, hoje o Brega incorporou métodos de produção e distribuição sofisticados.
O último artigo de Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977) trata de suas relações com o cinema brasileiro e a urgência de sua preservação. Montagem poética de trechos de filmes (19241931) e de músicas recolhidas por Mário de Andrade (1938).
A poética da relação entre pessoas albinas e o sol de Cuiabá, considerada uma das cidades mais quentes do Brasil.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 39
CURTA MOSTRA BRASIL
Filme-Catástrofe (SP) – 2017 – fic – 18 min.
Flecha Dourada (SC) – 2017 – doc – 15 min.
Inocentes (RJ) – 2017 – exp – 18 min.
Intervenção (GO) – 2017 – fic – 17 min.
Direção e roteiro: Gustavo Vinagre. Produção executiva: Sara Silveira. Direção de fotografia: Wilssa Esser. Montagem: Rodrigo Carneiro. Som direto: Jonathan Macías. Edição de som: Miriam Biderman. Direção de arte: Diogo Hayashi Elenco: Julia Katharine, Majeca Angelucci e Gilda Nomacce. Contato: gustavovinagre@ gmail.com
Direção, montagem e direção de arte: Cíntia Domit Bittar. Roteiro: Maria Augusta V. Nunes, Cíntia Domit Bittar. Produção executiva: Ana Paula Mendes e Carol Gesser. Direção de fotografia: Marx Vamerlatti. Som direto e edição de som: Gustavo de Souza. Contato: cintia@ novelofilmes.com.br
Direção e roteiro: Douglas Soares. Produção executiva: Allan Ribeiro. Direção de fotografia: Guilherme Tostes. Montagem: Karen Black. Som direto e edição de som: Matheus Tiengo. Direção de arte: Luciano Carneiro. Elenco: Marcos Caruso, Julio Fernandes, Bruno Krause, Matheus Martins, Ed Saldanha, William Manfroi, Felipe Herzog e Iann Pastor. Contato: doug.p.soares@gmail.com
Direção, roteiro e montagem: Isaac Brum Souza. Produção executiva: Raphael Gustavo da Silva. Direção de fotografia: Marcos Tomazetti e Léo Rocha. Som direto: Vasconcelos Neto. Edição de som: Vasconcelos Neto e Julian Ludwig. Direção de arte: Rochelle Silva. Elenco: Venâncio Cruz, Rodrigo Cunha, Rodrigo Cruz, Eliana Santos, Duca Rodrigues. Contato: isaac_brum@yahoo.com.br
“Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram. Mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem.” O percurso voyerístico na obra homoerótica de Alair Gomes.
Um dia na vida de um jovem motoboy da periferia de uma metrópole brasileira devastada pela guerra contra as drogas.
Angélica quer trocar sua fechadura.
40 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Entre socos e paneladas, os lutadores do grupo Golden Flecha voltam ao ringue depois de 50 anos para reviver a era gloriosa do catch catarinense.
CURTA MOSTRA BRASIL
Kappa Crucis (MG) – 2016 – doc – 22 min.
Meninas Formicida (SP) – 2017 – fic – 12 min.
Meu Nome é Coraci (GO) – 2017 – doc – 11 min.
Minha Única Terra é Na Lua (SP) – 2017 – fic – 19 min.
Direção, roteiro e direção de arte: João Borges. Produção executiva: Marcela Jacques. Direção de fotografia: Lucas Barbi. Montagem: Fabian Remy. Trilha: Henryk Górecki. Som direto: Célio Dutra. Edição de som: Lucas Oscilloid. Elenco: Bernardo Riedel. Contato: emailparajoao@gmail.com
Direção e roteiro: João Paulo Miranda Maria. Produção executiva: Fernanda Tosini. Direção de fotografia: Thiago Ribeiro Pereira. Montagem: Jérôme Bréau. Som direto e edição de som: Léo Bortolin. Direção de arte: Marina Palmero Butolo. Elenco: Amanda Araújo. Contato: jpmiranda82@yahoo.com
Direção, roteiro e direção de fotografia: Adan Sousa. Produção executiva: Adan Sousa e Cristian Randolfo. Montagem: Adan Sousa e Érico José. Som direto: Cristian Randolfo. Edição de som: Érico José. Elenco: Delcides Assis. Contato: erico. hipnose@gmail.com
Entre o cotidiano e a imensidão do universo, o documentário entra na órbita do professor Bernardo Riedel, uma lenda viva da astronomia brasileira.
Numa cidade do interior, uma adolescente trabalha todos os dias numa floresta de eucalipto matando formigas com pesticidas. No entanto, sua verdadeira batalha é algo interior.
Direção e roteiro: Sergio Silva. Produção executiva: Julia Alves e Felipe Santo. Direção de fotografia: Rui Poças. Montagem: Marco Dutra. Som direto: João Cândido Zacharias. Edição de som: Henrique Chiurciu e Sérgio Abdalla. Direção de arte: Silvia Dias. Elenco: Gilda Nomacce, Igor Mo, Sergio Silva, Flora Dias e Bruno Risas. Contato: sergiosilva.ie@gmail.com
Uma mulher lidando com lixos.
Sergio responde a 36 perguntas para fazer Gabriel se apaixonar. Você sabia que Glauber era pisciano?
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 41
CURTA MOSTRA BRASIL
Nunca É Noite no Mapa (PE) – 2016 – doc – 7 min.
O Estacionamento (PR) – 2016 – fic – 16 min.
O Olho do Cão (RJ) – 2017 – fic – 20 min.
O Peixe (PE) – 2016 – doc – 23 min.
Direção, roteiro e montagem: Ernesto de Carvalho. Trilha: Ravi Shankar. Contato: ernestodecarvalho@gmail.com
Direção e roteiro: William Biagioli. Produção executiva: Antônio Junior. Direção de fotografia: Renato Ogata. Montagem: Ricardo Farias e William Biagioli. Som direto: Thiago Barbosa. Edição de som: Bruno Ito e Alenxadre Rogoski. Direção de arte: Gabrielle Paiva. Elenco: Daniel Felice, Edison Mercuri, Bruno Lops, Marcus Gennari e Domingos Silva Souza. Contato: contato@grafoaudiovisual.com
Direção e roteiro: Samuel Lobo. Direção de fotografia: Alexandre Kubrusly e Mariana Moraes. Montagem: Rodrigo de Janeiro e Samuel Lobo. Trilha: Negro Leo e As Mercenárias. Som direto: Artur Seidel e Igor Leite. Edição de som: Miguel Mermelstein. Direção de arte: Janaína Castro Alves. Elenco: André Lemos, Edmur Abramides, Guiomar Ramos, Livia Abreu, Lorran Dias, Luciana Guedes, Rodrigo de Janeiro, Rodrigo Mello e Vitor Emanuel. Contato: samuelllobo@gmail.com
Direção e roteiro: Jonathas de Andrade. Produção executiva: Rachel Ellis. Direção de fotografia: Pedro Urano. Montagem: Tita Andrade e Ricardo Pretti Edição de som: Mauricio d’Orey. Contato: luizaramosh@ gmail.com
Eu estou dentro do mapa. Todos são iguais perante a lei, todos são iguais perante o mapa. Nunca é noite no mapa.
Jean é um imigrante haitiano que vem para o Brasil. Para sobreviver, ele arruma emprego em um estacionamento de carros e passa a viver lá. Jean descobrirá que essa rotina pode ser enlouquecedora.
42 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
É domingo no Rio de Janeiro, Buck Jones sai para um passeio.
Uma vila de pescadores tem o ritual de abraçar os peixes na hora de pescar, logo após a pesca. O gesto afetuoso que acompanha a passagem para a morte atesta uma relação entre espécies pautada na força, violência e dominação.
CURTA MOSTRA BRASIL
O Porteiro do Dia (PE) – 2016 – fic – 25 min.
O Quebra Cabeça de Sara (RJ) – 2017 – doc – 10 min.
Obra Autorizada (BA) – 2016 – doc – 16 min.
Quando Os Dias Eram Eternos (SP) – 2016 – ani – 13 min.
Direção e roteiro: Fábio Leal. Produção: Ponte Produções. Produção executiva: Dora Amorim e Thais Vidal. Direção de fotografia: Tiago Calazans. Montagem: André Valença. Som direto: Lucas Caminha. Edição de som: Nicolau Domingues. Direção de arte: Thales Junqueira. Elenco: Carlos Eduardo Ferraz, Edilson Silva e Fábio Leal. Contato: fabioleal@gmail.com
Direção, roteiro, direção de fotografia, som e montagem: Allan Ribeiro. Mixagem: Rodrigo Maia. Produção executiva: Fausto Júnior e Allan Ribeiro / Acalante Filmes. Com: Sara Neves. Contato: acalantefilmes@ gmail.com
Direção, roteiro, produção, produção executiva, direção de fotografia, montagem, som direto, edição de som e direção de arte: Iago Cordeiro Ribeiro. Elenco: Iago Cordeiro Ribeiro, Reifra, José, Ratinho e Prof. Raimundo. Contato: iagocordeiroribeiro @gmail.com
Direção, roteiro e direção de arte: Marcus Vinícius Vasconcelos. Produção executiva: Nádia Mangolini. Montagem: Marcio Miranda Perez. Trilha: Dudu Tsuda. Edição de som: Ricardo Reis. Animação: Maurício Nunes e Diego Akel. Contato: contato @estudioteremim.com.br
Marcelo decide ir além com Márcio, o porteiro do seu prédio.
Em mais um dia de trabalho, Sara junta as peças de seus preconceitos.
Cachoeira, Cidade Monumento Nacional. Os destroços de um muro que caiu interrompem o cotidiano de um beco, a velha casa agora ganha olhares atentos, perguntas e teorias; os tijolos no chão evocam políticos corruptos, a crise politica, alienígenas, Estado Islâmico e o que houver na cabeça de quem passa.
Filho retorna à casa para cuidar da mãe em seus últimos dias de vida.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 43
CURTA MOSTRA BRASIL
Quarto Para Alugar (PE) – 2016 – fic – 20 min.
Stanley (PB) – 2016 – fic – 19 min.
Tekoha – Som da Terra (DF) – 2017 – doc – 20 min.
Território do Desprazer (ES) – 2017 – doc – 18 min.
Direção e roteiro: Enock Carvalho e Matheus Farias. Produção executiva: Enock Carvalho. Direção de fotografia: Rafael de Almeida. Montagem: Matheus Farias. Trilha, som direto e edição de som: Nicolau Domingues. Direção de arte: Joana Claude Migeon. Elenco: Joana Gatis, Clebia Sousa e Stella Maris Saldanha. Contato: fariassmelo @gmail.com
Direção e roteiro: Paulo Roberto. Produção executiva: Cybele Soares. Direção de fotografia: Luis Barbosa. Montagem: Diego Benevides. Som direto: Gian Orsini. Edição de som: Rafael Borges. Direção de arte: Diógenes Mendonça. Elenco: Laís Lacerda, Rafael Guedes e Aelson Felinto. Contato: cinenazarethclube @gmail.com
Direção e roteiro: Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron (Xamiri Nhupoty). Produção executiva: Isadora Stepanski e Rodrigo Arajeju. Direção de fotografia: Alan Schvarsberg. Montagem: Sergio Azevedo. Trilha: Magda Pucci. Som direto: Camila Machado. Edição de som: Mauricio Fonteles. Contato: rodrigo@ 7gdocumenta.com.br
Direção e roteiro: Maíra Tristão e Mirela Marin. Produção executiva: Vitor Graize. Direção de fotografia: Carol Covre. Montagem: Gabriele Stein, Maíra Tristão e Carol Covre. Trilha: Gabriela Deptulski. Som direto: Joceles Bicalho. Edição de som: Gil Mello. Direção de arte: Joyce Castello e Jéssika Claudino. Contato: piquebandeirafilmes @gmail.com
Letícia mora sozinha. Após conhecer Gabriela numa festa e trazê-la para casa, estranhas movimentações passam a se desenvolver em seu antigo apartamento.
44 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Quando eu tinha sete, oito anos… vi meu pai conversando com um amigo. Não entendia muito bem o que eles estavam falando… o que eu mais lembro era dos lábios mexendo. Fiquei com vontade de beijar a boca do amigo do meu pai!
Nossas mães lideram a retomada do Tekoha Takuara pelo nosso modo de ser e viver – nhande reko. O agronegócio avança sobre corpos-terras indígenas no Mato Grosso do Sul. A luta para recuperar as terras sagradas, a essência da vida na nossa cosmovisão. O luto pelo genocídio Kaiowa e Guarani no Brasil.
História das memórias de quatro mulheres que viveram e trabalharam em São Sebastião, antiga região de meretrício da Grande Vitória (ES), entre as décadas de 1960 e 1980.
CURTA MOSTRA BRASIL
Vaca Profana (SP) – 2017 – fic – 16 min.
Valentina (RJ) – 2016 – fic – 17 min.
Vando Vulgo Vedita (CE) – 2017 – fic – 20 min.
Vênus – Filó a Fadinha Lésbica (MG) – 2017 – ani – 6 min.
Direção: René Guerra. Roteiro: Gabriela Amaral Almeida. Produção executiva: Juliana Vicente. Direção de fotografia: Matheus Rocha. Montagem: Eva Randolph. Trilha: Felipe Puperi. Som direto: Marina Bruno. Edição de som: Tiago Bello. Direção de arte: Maíra Mesquita. Elenco: Roberta Gretchen Coppola e Maeve Jinkings. Contato: contato @pretaportefilmes.com.br
Direção: Estevão Meneguzzo e André Felix. Roteiro: Juliana Ludolf, Estevão Meneguzzo e André Felix. Produção executiva: Tiago Marinho e Estevão Meneguzzo. Direção de fotografia: João Atala. Montagem: Juliana Ludolf, Estevão Meneguzzo e Diego Quinderé. Som direto: Marcio Bertoni. Edição de som: Jonas Louzada e Bernardo Adeodato. Direção de arte: Constaza de Cordova. Elenco: Gabriella Fabbriani. Contato: estevao.mabilia@gmail.com
Direção: Andréia Pires e Leonardo Mouramateus. Produção executiva: Leonardo Mouramateus, Andréia Pires e Clara Bastos. Direção de fotografia: Victor de Melo. Montagem: Tomás Von Der Osten. Elenco: Bruna Pessoa, Dann Campos, Bira Felipe, Ellen Gabriele, Gabriel Farias, Getúlio Cavalcante, Jacqueline Peixoto, Leonardo William, Lucas Galvino, Lucas Kahlo, Macakin Das Galáxia, Mateus Mesmo, Milton Sobreira, Sara Síntique e Veronik Violencia. Contato: lmouramateus @gmail.com
Direção: Sávio Leite. Roteiro: Sávio Leite e Cesar Mauricio. Produção executiva: Alexandre Pimenta. Direção de fotografia e direção de arte: Denis Leroy. Montagem: Lucas Campolina. Trilha e edição de som: Fabiano Fonseca e Sérgio Scliar. Elenco: Helena Ignez. Contato: leitefilmes @gmail.com
Nádia é uma travesti que quer ser mãe. Ela será mãe. Ela é mãe.
Valentina precisa tomar uma importante decisão em sua vida enquanto trabalha com preservação de filmes na cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Vando (vulgo Vedita) não é visto faz um tempo nas ruas da Barra.
Da espuma do mar, fecundada pelo sangue do céu, nasceu Vênus, deusa encantadora. No conto de fadas animado Filó, uma fadinha lésbica com dedos ágeis, seduz as mulheres de dia, vestida como menino. Mas à noite algo estranho acontece e logo metade da população da Vila do Troço está ansiosamente em fila. 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 45
C U RTA MOSTRA
ANIMAÇÃO A mostra vem como uma resposta ao aquecimento da produção audiovisual de animação no território nacional e busca exibir um recorte amplo de animações de todas as regiões do país. Júris oficial e popular.
CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO
REAFIRMANDO A VOCAÇÃO DA ANIMAÇÃO BRASILEIRA Em 2017, comemoramos o centenário da animação. Nosso marco é o filme O Kaiser, realizado por Alvaro Marins, mais conhecido como Seth, ilustrador e caricaturista no começo do século XX. Pouca coisa resta do filme, uma imagem e uma notícia da estreia no Cine Pathé, em 22 de janeiro de 1917. De lá pra cá, muita coisa mudou, mas os últimos 15 anos revelam um momento especial para a animação brasileira. Nunca fomos tão plurais e reconhecidos mundo afora. Por dois anos seguidos, o Brasil conquistou o maior prêmio em Annecy, o mais importante festival de animação do mundo, além da indicação ao Oscar de melhor filme de animação para O Menino e o Mundo, de Alê Abreu. Cada vez mais, nos apresentamos com uma produção autoral, e não poderia ser diferente a seleção dos curtas nessa Mostra. São 15 filmes de oito estados, que mostram um panorama do que estamos produzindo. Filmes com diferentes técnicas, temáticas e linguagens. Filmes realizado quase que por uma pessoa e filmes feitos a muitas mãos. Filmes que, quando vistos em conjunto, nos mostram que a animação brasileira inicia um novo século em sintonia com o seu tempo e consistente na sua vocação.
César Cabral Curador
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 49
CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO
Reanimando o Kaiser (RJ) – 2013 – ani – 3 min. Exibição não competitiva em comemoraçãoao centenário da animação brasileira Direção: Eduardo Calvet. Animação e roteiro: Marcelo Marão, Zé Brandão, Pedro Luá, Stil, Rosana Urbes, Diego Akel, Marcos Magalhães, Fabio Yamaji. Montagem: Christiani Buffoni. Edição de Som: Renato Alencar. Contato: educalvet@gmail.com O Kaiser é o marco zero da animação brasileira. Realizado em 1917 pelo caricaturista fluminense Álvaro Marins, a charge animada era uma alusão clara ao contexto geopolítico internacional daquela época, às sombras de uma guerra mundial. Por falta de preservação adequada o filme foi perdido, e tudo o que sobrou foi uma imagem de referência da obra. Oito grandes nomes da animação brasileira foram convidados para recriar essa obra pioneira em um trabalho coletivo que mistura diversas técnicas de animação. O resultado é um trabalho denso, reflexivo e metalinguístico único, que reflete bem a diversidade da animação feita no Brasil.
50 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO
A Noiva do Coelhinho (GO) – 2016 – ani – 11 min.
Fome (GO) – 2017 – ani – 2 min.
Mãos (SP) – 2017 – ani – 1 min.
Metempsicoses (AC) – 2017 – ani – 2 min.
Direção e roteiro: Rafael Franco. Direção de fotografia: Emerson Rodrigues. Montagem: Rildo Farias. Trilha: Dênio de Paula. Edição de som: Thiago Camargo. Direção de arte: Emerson Rodrigues. Elenco: Sandro Freitas, Maria Theresa de Paula, Letícia de Paula. Contato: escolagoianadedesenhoanimado@ gmail.com
Direção, roteiro, montagem, trilha e edição de som: Rildo Farias de Sousa. Contato: animatrizstudio@gmail.com
Direção, roteiro e montagem: Ivanildo Soares. Trilha: Ivanildo Soares e Rodrigo Eba. Contato: nil.animation@gmail.com
“Eu vi o mundo em que andei desde o meu nascimento e entendi como era frágil, que a realidade era uma camada fina de glacê em um grande bolo escuro de aniversário se contorcendo com comida, pesadelo e fome.” Neil Gaiman, O Oceano no Fim do Caminho (2013)
Uma experimentação de mãos animadas em diversas situações.
Direção e roteiro: Ítalo Rocha e Marcelos Zuza. Direção de fotografia e montagem: Ítalo Rocha. Trilha e edição e som: Rodrigo Oliveira. Direção de arte: Marcelo Zuza. Contato: a rtriobrasil@gmail.com
Um Coelhinho na horta, repleto de segundas intenções. Adaptação do conto homônimo dos Irmãos Grimm.
Em mundo devastado pelas mãos do homem, o guardião usa de seus encantamentos para manter a última fonte de vida no mundo.
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CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO
O Ex-Mágico (PE) – 2016 – ani – 11 min.
O Mal (PR) – 2016 – ani – 2 min.
O Projeto do Meu Pai (ES) – 2016 – ani – 6 min.
O Último Engolervilha II (RJ) – 2016 – ani – 13 min.
Direção e roteiro: Olimpio Costa e Mauricio Nunes. Produção executiva: Olimpio Costa. Direção de fotografia e direção de arte: Mauricio Nunes e Ricardo Cavani. Montagem: Mauricio Nunes e Eduardo Serrano. Trilha: Claudio N. Edição de som: Jeff Mandú. Elenco: Paulo Laurindo. Contato: mnunes00@ gmail.com
Direção, roteiro, montagem e direção de arte: Carlon Hardt. Trilha: Juliana Cortes. Contato: festivais@ciadecanalhas.com.br
Direção, roteiro, montagem e direção de arte: Rosaria. Edição de som e trilha: Lenina Z. Contato: rosaria@fasfavor.com.br
Videoclipe de O Mal, música de Dante Ozetti e Arrigo Barnabé, interpretada por Juliana Cortes. “Assim quem jamais pensou no mal / Se viu em natureza criminal” – o filme retrata, através de stopmotion realizado com recortes e colagens, o surreal na perda da inocência e na sedução pelo proibido.
Eu tenho um amigo que diz que a gente tem que desenhar a mesma coisa mil vezes, até ela ficar do jeito que a gente acha que é.
Direção e roteiro: Marão, Jackson Abacatu, Wesley Rodrigues, Luah Garcia, Pamella Araújo, Camila Kauling, Guto BR, Rüsben, Ianah Maia, Giovanna Guimarães, Jirair Garabedian, Yurii Custodio, Rosana Urbes e Maurício Castaño. Montagem: Guto BR. Trilha: Samuel Ferrari, Felipe Junqueira e Daniel Guimarães. Contato: marao@ maraofilmes.com.br
Com misteriosos poderes, um homem, aparentemente sem passado, está em busca de se libertar das angústias que o mundo e seus dons mágicos lhe causaram.
52 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Engolervilha é uma série de animação para adultos de mau gosto que existe desde 2003. Há alguns anos fizemos O Último Engolervilha. Este é O Último Engolervilha Dois.
CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO
O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min.
Oceano (SP) – 2016 – ani - 15 min.
Plantae (RJ) – 2017 – ani – 10 min.
Pulsões (SC) – 2017 – ani – 6 min.
Direção, roteiro, animação e edição: Wesley Rodrigues. Trilha: Dênio de Paula. Desenho de som: Daniel de Paula. Vozes: Éverson Candido. Contato: guerreirodepano@gmail.com
Direção: Renato Duque. Roteiro: Felipe Santo e Renato Duque. Produção executiva e edição de som: Mariana Vieira. Direção de fotografia: Vanessa Negrini. Montagem: Felipe Santo. Trilha: Regis Alves. Som direto: Ana Julia Travia. Direção de arte: Iris Libanio. Elenco: Marilia Fabbro, Bernardo Fonseca Machado, Patrícia Bispo, Marina Merlino e Juliana Prado. Contato: reduquec@gmail.com
Direção, roteiro, direção de fotografia e montagem: Guilherme Gehr. Produção executiva: Fernando Gehr. Trilha: Ludovico Einaudi e Alexandra Stréliski. Edição de som: Breno Furtado. Contato: guilhermegehr@ yahoo.com.br
Direção, roteiro, produção executiva e montagem: Yannet Briggiler. Trilha, som direto e edição de som: Rogelio Serrano. Contato: yannetbriggiler@ gmail.com
O Violeiro fantasma, com o som de sua viola, apresenta um sertão mágico e psicodélico através da poesia de cordel.
Ao cortar uma grande árvore no interior da Floresta Amazônica, um madeireiro contempla uma inesperada reação da natureza.
Pulsões apresenta, em elipses narrativas, representações de movimentos do inconsciente. Personagens fragmentados tornam-se incompletos para suas funções e objetos inanimados ganham vida em paisagens desertas.
Luna vê alguém se afogando no mar, e desde então passa a se questionar: deveria usar seus poderes e tornar-se uma super-heroína?
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CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO
Quando Os Dias Eram Eternos (SP) – 2016 – ani – 13 min.
Tango (PR) – 2016 – ani – 12 min.
Vênus – Filó a Fadinha Lésbica (MG) – 2017 – ani – 6 min.
Direção, roteiro e direção de arte: Marcus Vinícius Vasconcelos. Produção executiva: Nádia Mangolini. Montagem: Marcio Miranda Perez. Trilha: Dudu Tsuda. Edição de som: Ricardo Reis. Animação: Maurício Nunes e Diego Akel. Contato: contato@estudioteremim.com. br
Direção, roteiro e trilha: Francisco Gusso e Pedro Giongo. Produção executiva: Antonio Jr. e Lígia Teixeira. Montagem: Pedro Giongo. Edição de som: Ale Rogoski e Pedro Giongo. Direção de arte: Francisco Gusso, Jéssica Luz e Pedro Giongo. Elenco: William Biagioli, Francisco Gusso, Jéssica Luz, Nathália Tereza e Pedro Giongo. Contato: pedrogiongo@gmail.com
Direção: Sávio Leite. Roteiro: Sávio Leite e Cesar Mauricio. Produção executiva: Alexandre Pimenta. Direção de fotografia e direção de arte: Denis Leroy. Montagem: Lucas Campolina. Trilha e edição de som: Fabiano Fonseca e Sérgio Scliar. Elenco: Helena Ignez. Contato: leitefilmes@gmail.com
Filho retorna à casa para cuidar da mãe em seus últimos dias de vida.
54 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Após anos de seca, uma batata mística brota nas distantes nascentes do Rio Aiatak. Em breve, tudo estará preparado para o grande ritual de Tango. Para o povo, este é o início de uma nova era.
Da espuma do mar, fecundada pelo sangue do céu, nasceu Vênus, deusa encantadora. No conto de fadas animado Filó, uma fadinha lésbica com dedos ágeis, seduz as mulheres de dia, vestida como menino. Mas à noite algo estranho acontece e logo metade da população da Vila do Troço está ansiosamente em fila.
C U RTA M OSTRA
GOIÁS
Filmes que representam uma produção em franco crescimento, em busca de profissionalização e reconhecimento Brasil e mundo afora. Júris oficial e popular.
CURTA MOSTRA GOIÁS
O CURTA GOIANO EXPÕE SUA COMPLEXIDADE Realizar uma seleção de filmes tendo como base o critério geográfico impõe procurar a diversidade num ambiente estético e em esquemas de produção que privilegiam a padronização. Meu desafio, como curador convidado desta mostra, foi, ao mesmo tempo, tentar entender mais a fundo uma produção que já conhecia, superficialmente, de outras curadorias, e tentar apontar vetores comuns dessa imensidade de filmes inscritos – mais de 120. O trabalho do curador é sempre esse: escolhendo os filmes mais representativos, estética e tematicamente, de uma determinada safra, sem comprometimento da qualidade mas levando em conta as dificuldades simbólicas e práticas de produção. A seleção dos filmes goianos deste ano mescla inquietações do espírito do seu tempo (volta de vozes ultraconversadoras e ditatoriais, estados de ocupação urbana, retorno a uma ferida exposta no passado de Goiânia) com reflexões atemporais (expressão da sexualidade, mergulhos em ficções sobre violência e solidão urbanas). São filmes que experimentam em suas formas ou dialogam com aquelas já consolidadas no panorama de curtas brasileiros: montagem crítica em torno de fenômeno social; concessão de possibilidade de autofabulação a personagem banal a quem a forma do documentário de observação concede nobreza; ficção com tons de experimental político; comédia de humor negro; a pessoalidade do cineasta como motor de ficção reencenada, etc.
Pedro Maciel Guimarães Curador
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 57
CURTA MOSTRA GOIÁS
Algo do Que Fica (GO) – 2017 – fic – 23 min.
Havia Cinzas Dentro de Mim (GO) – 2017 – fic – 20 min.
Intervenção (GO) – 2017 – fic – 17 min.
Intocável (GO) – 2017 – fic – 17 min.
Direção, roteiro e trilha: Benedito Ferreira. Produção executiva: Lidiana Reis. Direção de fotografia: Larrry Sullivan. Montagem: Maurélio Toscano. Som direto e edição de som: Thiago Camargo. Direção de arte e figurino: Wilma Morais. Elenco: Maria Sisterolli, Larissa Sisterolli, Oldom Bonfim, Cleonice Souza. Contato: distribuidora@ estratosfilmes.com
Direção, roteiro e montagem: Daniel Calil. Produção executiva: Ludmilla Rodrigues. Direção de fotografia: Renato Ogata. Trilha: Thiago Camargo e Marília Mendonça. Som direto e edição de som: Thiago Camargo. Direção de arte: Benedito Ferreira. Elenco: Luiza Maldonado, Caco Rodrigues e Larissa Sisterolli. Contato: danielcalilcancado@ gmail.com
Direção e roteiro: Matheus Medeiros. Produção executiva: Micael Bispo. Direção de fotografia: Antônio H. Queiroz. Montagem: Thomaz Magalhães. Trilha: Thiago Gobet. Som: Thiago Camargo. Direção de arte: Débora Corrêa. Elenco: Leopoldo Rodriguez, Marcus Gouveia, Thaise Monteiro, Caco Rodrigues. Contato: distribuidora@ estratosfilmes.com
Avó e neta estão de mudança da casa onde vivem no centro de Goiânia, ao lado do lote do acidente do Césio 137. Em breve a casa será demolida para a construção de um museu. Enquanto isso, uma estranha presença orbita pela casa.
Maria não quer receber a mãe, mas parece querer se aproximar de amigos. A solidão de uma garota tentando se reencontrar.
Direção, roteiro e montagem: Isaac Brum Souza. Produção executiva: Raphael Gustavo da Silva. Direção de fotografia: Marcos Tomazetti e Léo Rocha. Som direto: Vasconcelos Neto. Edição de som: Vasconcelos Neto e Julian Ludwig. Direção de arte: Rochelle Silva. Elenco: Venâncio Cruz, Rodrigo Cunha, Rodrigo Cruz, Eliana Santos, Duca Rodrigues. Contato: isaac_brum@ yahoo.com.br
58 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Um dia na vida de um jovem motoboy da periferia de uma metrópole brasileira devastada pela guerra contra as drogas.
Sem ter em quem confiar, um antigo criminoso decide se arriscar pela última vez, e quando tudo desmorona na sua frente, não tem mais nada a perder. Torna-se implacável na busca pela vingança de quem causou o seu desastre.
CURTA MOSTRA GOIÁS
João de Barro (GO) – 2017 – fic – 23 min.
Leblon Marista (GO) – 2016 – doc – 10 min.
Meu Nome é Coraci (GO) – 2017 – doc – 11 min.
Netuno (GO) - 2017 – fic – 17 min.
Direção, roteiro, direção de fotografia e direção de arte: Absair Weston. Produção executiva: Priscila Weston. Montagem: Matheus Leandro, Janiffer Vieira. Trilha: Banda Iluminari. Som direto: Sonia Santos. Edição de som: Matheus Leandro. Elenco: Pedro Stach. Contato: westonfilmes@ hotmail.com
Direção, roteiro, direção de arte e montagem: Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista. Direção de fotografia: Luciano Evangelista. Som direto: Fabrício Cordeiro. Edição de som: Vasconcelos Neto. Contato: fabridoss@ yahoo.com.br
Direção, roteiro e direção de fotografia: Adan Sousa. Produção executiva: Adan Sousa e Cristian Randolfo. Montagem: Adan Sousa e Érico José. Som direto: Cristian Randolfo. Edição de som: Érico José. Elenco: Delcides Assis. Contato: erico.hipnose@gmail.com
Direção e roteiro: Daniel Nolasco. Produção executiva, som direto e edição de som: Thiago Yamachita. Direção de fotografia: Larry Sullivan. Montagem: Daniel Abib. Direção de arte: Aline Mazzarella. Elenco: Norval Berbari, Leandro José, Marcos Vinícius, Wylker Rodrigues e Tothi Cardoso. Contato: 1kubrick5@gmail.com
Ao retornar da olaria onde trabalha, João de Barro encontra um homem morto e, do seu lado, uma bolsa com muito dinheiro. Sem pensar nas consequências, ele resolve levar a bolsa, o que poderá mudar a sua vida, traçar novas linhas e interferir no que é comum.
Leblon é um bairro nobre da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Marista é um bairro nobre da cidade de Goiânia, no Brasil.
Uma mulher lidando com lixos.
O vento seco e a baixa umidade do ar ressecam a pele dos moradores de Catalão. Às quartas-feiras, Sandro nada na única piscina da cidade. Foi à beira da piscina que conheceu Maicon. Sandro deseja Maicon, mas seus olhares nunca se cruzaram.
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CURTA MOSTRA GOIÁS
O Fim da História (GO) – 2016 – fic – 10 min.
Passagem (GO) – 2016 – fic – 25 min.
Real Conquista (GO) – 2017 – doc – 14 min.
Silêncio Não se Escuta (GO) – 2016 – exp – 10 min.
Direção: Richardson Leão e Kim Costta. Roteiro: Ernesto Restrepo, Richardson Leão e Kim Costta. Produção e montagem: Richardson Leão. Direção de fotografia: Kim Costta e Erik Vilheim. Contato: richardson.leao@neuro.ufrn.br
Direção: Thomaz Magalhães e Ernesto Rheinboldt. Roteiro: Jô Levy. Produção executiva: Ana Kamila Caetano. Direção de fotografia: Ernesto Rheinboldt. Montagem e trilha: Thomaz Magalhães. Som direto e edição e som: Vasconcelos Neto. Direção de arte: Yasmin Lopes. Elenco: Márcia Gomes, Marcus Gouveia, João Dias Rosa, Júnior Daya, Larissa Freitas, Diego D’Ascheri e Gisela Maria. Contato: distribuidora@ estratosfilmes.com
Direção, roteiro e produção executiva: Fabiana Assis. Direção de fotografia: Leonardo Feliciano. Montagem: Rafael de Almeida. Som direto: Guile Martins. Contato: contato@ violetafilmes.com
Direção, roteiro, montagem, produção executiva e direção de fotografia: Rochane Torres. Trilha, som direto e edição de som: Paulo Gonçalves. Contato: rochanearte@yahoo.com.br
Uma tragédia após uma disputa trabalhista faz com que nosso protagonista descubra que a liberdade está dentro da cabeça.
Uma família. Uma relação peculiar. No fim, só lhes restam passagens sem despedidas.
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Em Goiânia, no bairro Real Conquista, uma mulher, marcada por um forte passado de violência, luta por melhores condições de vida.
Vozes ditatoriais ressoam no tempo.
CURTA MOSTRA GOIÁS
Um Garoto Chamado Suzy (GO) – 2017 – fic – 22 min. Direção: Gabriel Newton e Felipe Sousa. Roteiro: Gabriel Newton, Wilma Morais, Jéssica Gregório e Felipe Sousa. Produção executiva: Micael Bispo. Direção de fotografia: Antônio H. Queiroz. Montagem: Thomaz Magalhães. Som direto: Nara Sodré. Edição de som: Guilherme Nogueira. Direção de arte: Wilma Morais. Elenco: Allan Santana, Liomar Veloso, Rita Alves, Boanerges Filho, Letícia Lyns, Nivia Neves, Rodrigo Jubé, Rubens Lázaro, Camila Borges e Elinaldo Afonso. Contato: ericojs@live.com Suzy é um cara durão, mas precisa encontrar o cara que lhe deu esse nome.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 61
C U R TA M OSTRA
ESPECIAL
O s Índio s e o Ci ne ma
Um apanhado de produções, com ênfase na última década, mesclando filmes feitos por realizadoras, realizadores e coletivos indígenas, filmes nascidos de parcerias entre indígenas e não indígenas, filmes fruto de oficinas de formação audiovisual e filmes feito por não indígenas.
CURTA MOSTRA ESPECIAL
OS ÍNDIOS E O CINEMA A mostra especial da 17ª Goiânia Mostra Curtas é dedicada ao que poderia ser chamado de cinema indígena, mas é sempre delicado classificar um cinema dito “de minoria”. Cinema indígena... o que seria isso? Um cinema feito exclusivamente por realizadores indígenas? Um cinema que se debruça sobre temáticas e questões indígenas? Um cinema feito, de uma certa maneira, com regras próprias, uma lógica particular “indígena”? Não, não parece existir um modo de fazer específico para o cinema indígena. Para além disso, as realidades indígenas são tão diversas como a vida, as temáticas são infinitas e muitos são os caminhos trilhados pelos realizadores e realizadoras, seu contato com o cinema (ou, em sentido inverso, de realizadores com o universo indígena) sua forma de apropriação dos recursos audiovisuais e suas finalidades. A própria noção de identidade indígena está muito além dos estereótipos desenhados. Essa mostra faz, então, um apanhado de produções, com ênfase na última década, mesclando filmes feitos por realizadoras, realizadores e coletivos indígenas, filmes nascidos de parcerias entre indígenas e não indígenas, filmes fruto de oficinas de formação audiovisual – como as do programa Vídeo nas Aldeias, cuja relevância nesse campo é incontornável – e filmes feito por não indígenas que abraçaram suas lutas ou tiveram encontros significativos com indivíduos indígenas ou suas comunidades. Durante a programação, dividida em duas sessões de aproximadamente uma hora e meia, veremos filmes de luta, festas e rituais, cenas do cotidiano e brincadeiras, filmes-denúncia. Vamos passear por aldeias xinguanas, acreanas, guaranis, maxacalis, por aldeias urbanas, iremos participar de acampamentos de pesca, despejos e retomadas, da saga de uma liderança indígena para se tornar vereador... Veremos mitos contados ou encenados, uma animação. Trata-se de um desafio e uma honra curar uma mostra complexa e instigante como esta. Temos consciência de que, nestas sessões complementares “Brincadeiras e Lutas” e “Os Poderes”, muito mais extensa é a quantidade de filmes, grupos e questões que ficam de fora do que as que integram este pequeno panorama, mas acreditamos que ele possa, ao menos, despertar a curiosidade do público para a diversidade, riqueza e dilemas desses povos, bem como para a latência e inventividade deste cinema – que são tantos – e que urge.
Rita Carelli Curadora
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 65
CURTA MOSTRA ESPECIAL
A História do Monstro Khatpy (MT) – 2009 – fic – 5 min.
Cordilheira de Amora II (MS) – 2015 – doc – 12 min.
Huni Meka, os Cantos do Cipó (AC) – 2006 – doc – 25 min.
Índios no Poder (DF) – 2015 – doc – 21 min.
Direção: Coletivo Kisêdjê de Cinema. Roteiro e direção de fotografia: Kokoyamaratxi Suya. Contato: videonasaldeias@ videonasaldeias.org.br
Direção e Montagem: Jamille Fortunato. Produção: Lia Mattos. Fotografia: Alexandre Basso e Jamille Fortunato. Contato: tenda.cine@gmail.com
Direção: Josias Maná Kaxinawá e Tadeu Siã Kaxinawá. Edição: Leonardo Sette. Contato: videonasaldeias@videonasaldeias.org.br
Direção e Roteiro: Rodrigo Arajeju. Direção de fotografia: André Carvalheira. Montagem: Sergio Azevedo. Edição de som: Mauricio Fonteles. Contato: rodrigo @7gdocumenta.com.br
Em Khátpy Ro Sujareni (A história do monstro Khátpy), os índios Kisêdjê, da Aldeia Ngôjwêrê, no Mato Grosso, encenam e filmam a lenda do índio feio que ameaça os caçadores na mata.
Uma índia Guarani Kaiowá, Cariane Martines, de nove anos, transforma seu quintal num experimento do mundo. Ela cria histórias e personagens que alargam sua solidão em brincadeiras, sonhos e projetos. Cordilheira de Amora II é um documentário espontâneo, filmado com celular na Aldeia Amambai, no Mato Grosso do Sul, fronteira do Brasil com o Paraguai.
Uma conversa sobre cipó (aiauasca), “miração” e cantos. A partir de uma pesquisa do professor Isaias Sales Ibã sobre os cantos do povo Hunikui, os índios resolvem reunir os mais velhos para gravar um CD e publicar um livro.
66 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Mario Juruna, único índio parlamentar na história do país, não consegue se reeleger para a Constituinte (1987/88). Sem representante no Congresso Nacional desde a redemocratização, as nações indígenas sofrem golpes da bancada ruralista aos seus direitos constitucionais. O cacique Ládio Veron lança candidatura a deputado federal nas eleições de 2014, sob ameaças do agronegócio com o slogan de campanha: “terra, vida, justiça e demarcação”.
CURTA MOSTRA ESPECIAL
Konãgxeka: O Dilúvio Maxakali (MG) – 2016 – ani – 13 min.
No Caminho com Mário (PE) – 2014 – doc – 21 min.
No Tempo do Verão (AC) – 2012 – doc – 22 min.
Porcos Raivosos (PE) – 2012 – fic – 10 min.
Direção e roteiro: Isael Maxacali e Charles Bicalho. Fotografia: Jackson Abacatu. Montagem: Charles Bicalho, Isael Maxacali, Jackson Abacatu e Marcos Henrique Coelho. Contato: charlesbicalho@gmail.com
Direção: Coletivo Mbya-Guarani de Cinema. Contato: videonasaldeias@videonasaldeias.org.br
Direção e fotografia: Wewito Piyâko. Roteiro: Vincent Carelli. Edição: Fabio Costa Menezes. Contato: videonasaldeias@ videonasaldeias.org.br
Direção: Isabel Penoni e Leonardo Sette. Roteiro: Isabel Penoni e elenco. Produção executiva: Carlos Faust, Takumã Kuikuro. Fotografia e montagem: Leonardo Sette. Trilha Sonora: elenco. Contato: isabelpenoni @gmail.com
Konãgxeka na língua indígena maxakali quer dizer “água grande”. Trata-se da versão maxakali da história do dilúvio. Como um castigo, por causa do egoísmo e da ganância dos homens, os espíritos yãmîy enviam a “grande água”. As ilustrações para o filme foram feitas por indígenas Maxakali durante oficina realizada na Aldeia Verde Maxakali, no município de Ladainha, Minas Gerais.
Na aldeia Koenju, no Rio Grande do Sul, o jovem Mario e sua gangue tiram onda com os desafios da realidade Mbya-Guarani de hoje.
É fim de semana e as crianças Ashaninka deixam a escola e partem, rio acima, para acampar com os pais e aprender a vida no rio e na mata.
Um grupo de mulheres decide fugir ao descobrir que seus maridos se transformaram misteriosamente em porcos furiosos.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 67
CURTA MOSTRA ESPECIAL
Prîara Jõ, Depois do Ovo, a Guerra (PE) – 2008 – doc – 15 min.
Xupapoynãg
Yvy Katu – Terra Sagrada
(MG) – 2012 – doc – 15 min.
(MS) – 2007 – doc – 20 min.
Zahy – Uma Fábula do Maracanã (RJ) – 2012 – exp – 5 min.
Direção: Komoi Panará. Edição: Daniel Bandeira. Contato: videonasaldeias@videonasaldeias.org.br
Direção e roteiro: Isael Maxakali. Edição: Charles Bicalho. Contato: pajefilmes@gmail.com
Direção: Eduardo Duwe. Direção de fotografia: Eduardo Duwe e Tom Gibb. Edição: Eduardo Duwe e Luis Duva. Som direto: Ariel Peña e Tomas Klotzel. Contato: edduwe@gmail.com
Direção, som e montagem: Felipe Bragança. Roteiro: Felipe Bragança e Zahy Guajajara. Trilha: Lucas Marcier. Contato: felipe_braganca@yahoo.com. br
Relato da luta dos índios Kaiowá Guarani pela demarcação de seu território em Ivy Katu (MS), lugar que registra uma história pontuada de tragédias e conflitos contra colonizadores, jesuítas, bandeirantes e pistoleiros.
Zahy Guajajara, 23 anos, é umas das líderes indígenas de uma aldeia criada ao lado do Maracanã, no antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, ameaçado de demolição. Nesse vídeo criado a quatro mãos com Felipe Bragança, Zahy, pajé e contadora de histórias de sua aldeia, lança um novo olhar sobre o local onde viveu e resistiu.
As crianças Panará apresentam seu universo em dia de brincadeira na aldeia. O tempo da guerra acabou, mas ainda continua vivo no imaginário das crianças.
68 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
As lontras invadem a aldeia para vingar a exploração e morte de seus parentes, caçados e devorados pelos humanos. Cabe às mulheres travar uma batalha para expulsar os invasores.
CURTA MOSTRA ESPECIAL
DEBATE MODOS DE FAZER E PENSAR UM CINEMA INDÍGENA
Muitas são as maneiras de se pensar e fazer um cinema indígena. Nesse encontro, teremos a oportunidade de ouvir o que têm a dizer sobre o assunto pessoas com diferentes experiências e fazeres: realizadores indígenas independentes; o representante de um coletivo criado a partir de sua vivência com um trabalho de formação continuado; um realizador e curador não indígena que pauta sua produção no tema e parceria com os índios; e o cineasta e idealizador do Vídeo nas Aldeias, trabalho pioneiro na formação de cineastas indígenas. O encontro sintetiza, desta maneira, a proposta da mostra, além de aprofundar a discussão sobre esse cinema e nos colocar em contato com diferentes agentes dele.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 69
CURTA MOSTRA ESPECIAL
Rita Carelli – mediadora Atriz premiada, diretora, escritora formada pela Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq, em Paris, onde foi protagonista, ao lado de Irandhir Santos, do longa-metragem Permanência, de Leonardo Lacca. É autora, ao lado de Ana Carvalho e Vincent Carelli, do livro Cineastas Indígenas para Jovens e Crianças, patrocinado pela UNESCO, e coordenadora da coleção de livros e filmes Um Dia na Aldeia, feito em parceria com a ONG Vídeo nas Aldeias, cujos trabalhos acompanha desde a sua fundação. Além de vários curtas em que atuou, seus trabalhos em cinema mais recentes são o longa Abaixo a Gravidade, de Edgard Navarro, e a minissérie Diários da Floresta, de Luiz Arnaldo, ambos em fase de fase de finalização. Também para a TV foi personagem da série Índios no Brasil, realizada pelo Vídeo nas Aldeias. Dirigiu o premiado curta Hospedeira. Foi júri dos longa-metragens nacionais na edição do 43º Festival de Cinema de Gramado, na 16ª Goiânia Mostra Curtas e no FICA 2017.
70 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Isael Maxakali – realizador indígena Representante do povo indígena Maxakali, uma comunidade de aproximadamente 1.500 pessoas que vivem em quatro reservas do estado de Minas Gerais. Os Maxakali falam sua língua ancestral, o Maxakali, daí os filmes de Isael serem normalmente legendados em português, espanhol e inglês. Graduado em Licenciatura Indígena pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Isael é professor e videomaker. Em seus filmes, ele nos revela aspectos da cultura tradicional dos Maxakali: suas histórias, cantos, cerimônias e rituais, bem como as escolhas que esse povo vem fazendo para viver em um mundo moderno. Isael é sempre assessorado por sua esposa, Suely Maxakali, em suas produções.
Suely Maxakali – realizadora indígena Fotógrafa e videomaker, desempenha as funções de assistente de direção e fotógrafa still nas produções com o companheiro, Isael Maxakali. Juntos, e com a ajuda e conselho dos mais velhos e pajés de sua aldeia, eles realizam o registro audiovisual de muitos aspectos de sua cultura e ajudam a preservar e divulgar os valores do modo de vida e visão de mundo dos Maxakali.
CURTA MOSTRA ESPECIAL
Ralf Ortega – integrante do Coletivo Mbya-Guarani de Cinema Representante dos Mbya-Guarani, Ralf vive com seu povo na região sul do Brasil e norte da Argentina. Desde cedo, produz arte Mbya-Guarani, fazendo trabalhos em madeira, como esculturas de animais, arcos e cachimbos. Como integrante do Coletivo Mbya-Guarani de Cinema, realizou alguns filmes. Recentemente, integrou a produção de No caminho com Mário, que recebeu o prêmio de Melhor Curta no Cachoeira Doc 2015. Também faz trabalhos de fotografia e práticas da cultura Guarani Mbya.
Rodrigo Arajeju – cineasta e curador Realiza projetos de comunicação por direitos indígenas na produtora independente 7G Documenta. É roteirista e diretor dos premiados Índio cidadão? e Índios no poder. Caminha com o Povo Kaiowa no Mato Grosso do Sul, desde 2014, produzindo registros documentais e filmes sobre as lutas e os lutos nas retomadas de terra. No novo curta, Tekoha - som da terra, compartilhou a autoria de roteiro e direção com Valdelice Veron Kaiowa, membro do Conselho Continental da Nação Guarani. Produto de processo intercultural compartilhado com as nhandesys – matriarcas e guias espirituais – que lideraram a retomada do Povo Kaiowa no Tekoha Takuara, o curta é resultado de pesquisa-intervenção defendida pelo autor no Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (MESPT) na Universidade Nacional de Brasília (UnB).
Vincent Carelli – cineasta e indigenista Cineasta e indigenista, Vincent Carelli fundou, em 1986, o Vídeo nas Aldeias, projeto que apoia as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais por meio de recursos audiovisuais. Desde então, produziu uma série de 16 documentários sobre os métodos e resultados deste trabalho, que têm sido exibidos por televisões públicas em todo o mundo. A Arca dos Zo’é (1993), um de seus primeiros filmes, foi premiado em diversos festivais, entre eles o 16º Tokyo Video Festival e o Cinéma du Réel. Em 2009, Carelli lança Corumbiara, grande vencedor do 37º Festival de Gramado, sobre o massacre de índios isolados em Rondônia, primeiro filme de uma trilogia em desenvolvimento que traz seu testemunho de casos emblemáticos vividos em 40 anos de indigenismo no Brasil. Martírio é o segundo filme desta série que se encerra com a realização do longa-metragem Adeus Capitão, trabalho em fase de desenvolvimento. 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 71
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HOMENAGENS C U R TA M O ST R A ESPECI AL O s Í n d i o s e o Ci n ema
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CURTA MOSTRA ESPECIAL
COLETIVO MBYA-GUARANI DE CINEMA
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CURTA MOSTRA ESPECIAL
O Coletivo Mbya-Guarani, composto por realizadores Mbya, é fruto de anos de oficinas de formação do Vídeo nas Aldeias entre os Guarani Mbya, no Rio Grande de Sul. São jovens indígenas que abraçaram a linguagem audiovisual como forma de expressão artística e política, conjugando-as de forma poética e potente em uma intensa e continuada produção. O belo Mokõi Tekoa Peteī Jeguata - Duas aldeias, uma caminhada (2008), dirigido por Germano Beñites, Ariel Ortega e Jorge Ramos Morinico, ganhador do prêmio de Melhor Filme do ForumDoc em Belo Horizonte, 2008, é o início dessa estrada profícua. Na sequência, veio Nós e a Cidade (2009), pequeno filme de seis minutos de Ariel Ortega, sobre o mesmo material, seguido pelo fabuloso média-metragem Bicicletas de Nhanderu (2011), dirigido por Patrícia Ferreira e Ariel Ortega e fotografado por Jorge Morinoco, vencedor dos prêmios Cora Coralina – XIII FICA, Festival Internacional de Cinema Ambiental, Prêmio Melhor longa/média do III CachoeiraDoc e Menção Honrosa na Mostra Competitiva Nacional do Forumdoc.bh, em 2011. Mbya Mirim (2013) é também uma remontagem
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do material das Bicicletas de Nhanderu, centrado agora nos personagens de Palermo e Neneco, dois meninos que nos apresentam seu cotidiano na aldeia, para a coleção infantil de livros-filme Um Dia na Aldeia, feita em parceria entre o Vídeo nas Aldeias e a editora Cosac Naify. Ainda em 2011, Patrícia Ferreira e Ariel Ortega realizaram Desterro Guarani (Menção Honrosa no FICA) e em 2012 Tava, a casa de pedra, em parceria com Ernesto Ignacio de Carvalho e Vincent Carelli. Quase dez anos depois do primeiro filme desta produção, podemos ver a singularidade nesta maneira coletiva e profundamente implicada de produzir. Seus filmes equilibram de maneira própria a elaboração da espiritualidade, a história e a experiência cotidiana dos Guarani. É com alegria que apresentamos nessa Mostra Especial da 17ª Goiânia Mostra Curtas o último filme do Coletivo Mbya de Cinema – e o primeiro assinado coletivamente – Mario Reve Jeguata, No Caminho com Mario (2014).
Filmografia
Mokõi Tekoa Peteī Jeguata - Duas aldeias, uma caminhada (Germano Beñites, Ariel Ortega e Jorge Ramos Morinico, 2008) Nós e a Cidade (Ariel Ortega, 2009) Bicicletas de Nhanderu (Patrícia Ferreira e Ariel Ortega, 2011) Desterro Guarani (Patrícia Ferreira e Ariel Ortega, 2011) Tava, a casa de pedra (Patrícia Ferreira, Ariel Ortega, Ernesto de Carvalho, Vincent Carelli, 2012) Mbya Mirim (Patrícia Ferreira e Ariel Ortega, 2013) Mario Reve Jeguata, No Caminho com Mario (Coletivo Mbya-Guarani de Cinema, 2014)
CURTA MOSTRA ESPECIAL
ISAEL E SUELY MAXAKALI
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CURTA MOSTRA ESPECIAL
Isael e Suely Maxacali são uma dupla muito especial na produção de cinema indígena. Tendo sido o pontapé inicial de sua formação dado pela oficina ministrada pelo cineasta indígena Divino Tserewahú e produzida pela Associação Filmes de Quintal, (também responsável pelo Festival do Filme Documentário e Etnográfico ForumDoc.bh), eles mantém hoje uma das produções mais independentes e originais do país. Graduado em Licenciatura Indígena pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Isael é professor e videomaker. Em seus filmes, nos revela aspectos da cultura tradicional dos Maxakali: suas histórias, cantos, cerimônias e rituais, bem como as escolhas que seu povo vem fazendo para viver em um mundo moderno. Sua esposa, Suely Maxakali, costuma desempenhar as funções de produtora, assistente de direção e fotógrafa still nas filmagens. Eles fazem parte do coletivo Pajé Filmes, iniciativa que reúne os povos indígenas de Minas Gerais Pataxó, Maxakali, Xacriabá e os Xucuru-Cariri da Bahia. É deles filmes como Tatakox (2007, Prêmio Glauber Rocha do Forumdoc.bh 2008), Xokxop pet (2009), Yiax Kaax – Fim do Resguardo (2010), Kotkuphi (2011, Menção Honrosa no III Festival do Filme Etnográfico do Recife), Yãmîy (2011), Mî-
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mãnãm (2011), Quando os yãmîy vêm cantar conosco (2012); e o intrigante Xupapoynãg (2011), que integra esta mostra e homenagem. Neste cinema, a fronteira entre o real e o transe se distende na medida em que a câmera procura pelos espíritos dos mortos e por seres sobrenaturais, em um esforço de revelação do sobrenatural, do invisível aos olhos. Seus filmes também conjugam a observação, a captura do acaso, do imprevisível de situações irrepetíveis, com a crença na intervenção, na atuação teatral, na repetição para aproximar-se de um ideal de representação. Também integra a Curta Mostra Especial sua produção mais recente: Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali (2016), uma bela animação dirigida por Isael em parceria com Charles Bicalho sobre o mito da água grande, feita com desenhos dos Maxakali da Aldeia Verde. (Menção Especial do Júri no Festival Iberoamericano de Cortometrajes ABC, Espanha, 2017, Menção Honrosa na Mostra SESC de Cinema, Belo Horizonte, 2017; Melhor filme de animação no VI Cinecipó, Belo Horizonte, 2016, Melhor filme no Festival Cine Memória, Belo Horizonte, 2016, Melhor Curta no Shortcutz Rio de Janeiro, 2016; Prêmio Povos Indígenas de Rondônia: Melhor Trilha Sonora, XIV Cineamazônia, 2016.) E que venham mais!
Filmografia Tatakox (doc, 2007)
Xokxop pet (Pajé Filmes, doc, 2009) Yiax Kaax – Fim do Resguardo ( Pajé Filmes, doc, 2010) Dia do índio na Aldeia Verde (Pajé Filmes, doc, 2010) Dia do índio na Aldeia Verde (Pajé Filmes, doc, 2011) Xupapoynãg (Pajé Filmes, doc, 2011) Kotkuphi (Pajé Filmes, doc, 2011) Yãmîy (Pajé Filmes, doc, 2011) Mîmãnãm (Pajé Filmes, doc, 2011) Dia do índio na Aldeia Verde (Pajé Filmes, doc, 2014) Quando os yãmîy vêm cantar conosco (2012) Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali (Pajé Filmes, 2016)
CURTA MOSTRA ESPECIAL
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 79
16ª
Diversão e educação na sala de cinema, com uma programação especial para o público infantil. Júri popular infantil.
16ª MOSTRINHA
SOBRE MEMÓRIAS, PERDAS E A INFÂNCIA MEDIADA O mundo das crianças de hoje é bem diferente daquele vivido por seus pais: a estimulante imersão no instante fugidio das imagens visuais e sonoras é ininterrupta e acontece em telas e espaços cada vez menores, numa velocidade extrema, gravada em suportes cada vez mais frágeis. Onde está a memória? Há espaço para a materialidade dos álbuns de fotografias, das gravações em fitas magnéticas, das pinturas de civilizações antigas nas paredes rochosas? Há lugar para a ausência daquilo que se deteriora? Como lidar com a inocência perdida, a rapidez das novidades e o luto pelas partidas, e com as descobertas de si mesmo? O que fazer com tantas imagens, expectativas e ansiedades contidas em intermináveis segundos em que um vídeo termina de carregar? Os filmes da 16ª Mostrinha nos lembram da complexidade do mundo que desafia e atualiza a infância das crianças que habitam dentro e fora de nós.
Geórgia Cynara Curadora
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 83
16ª MOSTRINHA
Caleidoscópio (CE) – 2016 – fic – 18 min.
Garoto VHS (SC) – 2016 – fic – 19 min.
O Fim da Fila (RJ) – 2016 – ani – 3 min.
O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min.
Direção, roteiro, produção, montagem, edição de som e direção de arte: Natal Portela. Direção de fotografia: Natal Portela e Roney Souza. Trilha: Curumim. Som direto: Carlos Souza. Elenco: Marcos Vinicius de Mesquita, Vitor Batista e Natal Portela. Contato: natalportela@gmail.com
Direção: Carlos Daniel Reichel. Roteiro: Carlos Daniel Reichel e Rodrigo Batista. Produção executiva: Verena Prujanski Netto. Direção de fotografia: Guilherme Meneghelli. Montagem: André Gevaerd. Trilha: Pedro Santiago. Som direto: Gustavo Souza. Edição de som: Pedro Noizyman. Direção de arte: Dicezar Leandro. Elenco: Adriano Magalhães e Maria Júlia Kumm Pontes. Contato: cdreichel@gmail.com
Direção: William Côgo. Roteiro e produção executiva: Marcelo Pimentel. Trilha: Pierre Jatobá. Edição de som: Omar Cezar. Contato: marcpimrj@gmail.com
Direção, roteiro, animação e edição: Wesley Rodrigues. Trilha: Dênio de Paula. Desenho de som: Daniel de Paula. Vozes: Éverson Candido. Contato: guerreirodepano@gmail.com
Vinicius não quer voltar a morar na cidade.
Um garoto que no lugar da cabeça possui uma câmera VHS com a qual registra seu cotidiano decide revisitar seus registros para presentear Roberta com uma memória que parecia para sempre perdida.
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Vários animais brasileiros em fila, dia após dia. Com o tempo, surgem novos motivos para que sigam em frente, sempre enfileirados. Afinal, o que tem no fim da fila? Baseado na arte indígena.
O Violeiro fantasma, com o som de sua viola, apresenta um sertão mágico e psicodélico através da poesia de cordel.
16ª MOSTRINHA
Pai aos 15 (PR) – 2016 – fic – 16 min. Direção, roteiro e trilha: Danilo Custódio. Produção executiva: Cássia Hauari e Thaíse Hauari. Direção de fotografia: Hellen Braga. Montagem: Lucas Hinça e Danilo Custódio. Som direto: Bruno Ito. Edição de som: Alexandre Rogoski. Direção de arte: Cássia Hauari. Elenco: Jean Vinícius Faria Kuss, Gustavo Franklin Moreira, Marrara Mara, Murilo Lazarin e Gabi Borba. Contato: contato@ narealcultural.com.br Gerson é um adolescente de 15 anos que vive a responsabilidade de cuidar de seu irmão mais novo, Léo.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 85
C URTA M OS TRA
CINEMA NOS BAIRROS O cinema vai à comunidade. Exibição itinerante de filmes da programação do festival. Ação pela democratização audiovisual e formação de plateia para o cinema brasileiro. Júri popular.
CURTA MOSTRA CINEMA NOS BAIRROS
O MÁGICO ENCONTRO ENTRE O CINEMA E SEU PÚBLICO A Curta Mostra Cinema nos Bairros é quando a Goiânia Mostra Curtas sai a passeio pelas ruas da capital goiana, levando ao público dos bairros mais distantes toda a diversidade cultural brasileira revelada no cinema em curta-metragem. O acesso restrito ao cinema brasileiro ou às salas de cinema tradicionais é substituído, mesmo que momentaneamente, pela vibração de se ver escancarada, em plena praça, uma grande tela de cinema. Diante dela, famílias inteiras e pessoas de todas as idades se emocionam em contato com um filme, muitos pela primeira vez. Da urgência da discussão de gênero às peripécias infantis, passando pela relação de comunidades indígenas com suas mitologias, pela nostalgia de antigos suportes e pela inventividade colorida dos filmes de animação, os filmes curados para esta edição convidam espectadores muito especiais a se apaixonarem irreversivelmente pelo cinema. Em 16 anos de história, mais de 50 bairros puderam se encantar com os filmes da Goiânia Mostra Curtas. Maria Abdalla Curadora
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 89
CURTA MOSTRA CINEMA NOS BAIRROS
A Piscina de Caíque (GO) – 2017 – fic - 15 min.
Caleidoscópio (CE) – 2016 – fic – 18 min.
Em Busca da Terra Sem Males (RJ) – 2017 – doc – 15 min.
Garoto VHS (SC) – 2016 – fic – 19 min.
Direção e roteiro: Raphael Gustavo da Silva. Direção de fotografia e montagem: Marcelo Kamenach. Trilha, som direto e edição de som: Thiago Camargo. Direção de arte: Rochelle Silva. Elenco: Lucas Orsida, Guilherme Augusto Silva, Eliana Santos e Antônio Pitanga. Contato: empirica.raphael @gmail.com
Direção, roteiro, produção, montagem, edição de som e direção de arte: Natal Portela. Direção de fotografia: Natal Portela e Roney Souza. Trilha: Curumim. Som direto: Carlos Souza. Elenco: Marcos Vinicius de Mesquita, Vitor Batista e Natal Portela. Contato: natalportela @gmail.com
Roteiro, direção e produção executiva: Anna Azevedo. Direção de fotografia: Vinicius Brum. Montagem: Nina Galanternick. Trilha: Bro MCs. Som direto e edição de som: Rodrigo Maia. Contato: annaazevedo1@ gmail.com
Direção: Carlos Daniel Reichel. Roteiro: Carlos Daniel Reichel e Rodrigo Batista. Produção executiva: Verena Prujanski Netto. Direção de fotografia: Guilherme Meneghelli. Montagem: André Gevaerd. Trilha: Pedro Santiago. Som direto: Gustavo Souza. Edição de som: Pedro Noizyman. Direção de arte: Dicezar Leandro. Elenco: Adriano Magalhães e Maria Júlia Kumm Pontes. Contato: cdreichel@gmail.com
Sonhando em ter uma piscina, Caíque e seu amigo inseparável se divertem escorregando no chão molhado e ensaboado da área de serviço. Por causa do desperdício de água, Caíque acaba criando problemas com sua mãe.
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Vinicius não quer voltar a morar na cidade.
Na mitologia Guarani, Terra sem males é o lugar onde os índios, enfim, encontram a paz.
Um garoto que no lugar da cabeça possui uma câmera VHS com a qual registra seu cotidiano decide revisitar seus registros para presentear Roberta com uma memória que parecia para sempre perdida.
CURTA MOSTRA CINEMA NOS BAIRROS
Nimbus, o Caçador de Nuvens (MG) – 2016 – ani – 16 min.
O Violeiro Fantasma (GO) – 2017 – ani – 7 min.
Tailor (RJ) – 2017 – doc – 10 min.
Direção e montagem: Marco Nick. Roteiro: Alessandra Veloso, Marco Nick e Thiago Taves Sobreiro. Produção executiva: Matheus Antunes. Trilha: Lucas Filipe de Oliveira e Luiza Rozza. Edição de som: Lucas Filipe de Oliveira e Matheus Antunes.
Direção, roteiro, animação e edição: Wesley Rodrigues. Trilha: Dênio de Paula. Desenho de som: Daniel de Paula. Vozes: Éverson Candido. Contato: guerreirodepano@gmail.com
Direção: Calí dos Anjos. Roteiro: Debora Guimarães e Calí dos Anjos. Produção executiva: Bia Medeiros. Direção de fotografia: Bia Marques. Montagem: Vinicius Nascimento. Trilha: Natalia Carrera. Som direto e edição de som: Gustavo Ruggeri. Direção de arte: Raissa Laban. Elenco: Orlando Tailor, Tertuliana Lustosa, Bernardo Gomes e Miro Spinelli. Contato: info@sumafilmes.com.br
Contato: matheus@centoeoito.com
Numa pequena vila rodeada por uma densa floresta, há um pequeno habitante conhecido como Nimbus, o Caçador de Nuvens, um garotinho esforçado que é capaz de materializar seus sonhos em belos balões que flutuam todo o tempo.
O Violeiro fantasma, com o som de sua viola, apresenta um sertão mágico e psicodélico através da poesia de cordel.
Tailor é um cartunista transgênero que compartilha em sua página na internet experiências de outras pessoas trans e seus desafios dentro da sociedade. Um documentário animado sobre pessoas trans, feito por pessoas trans.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 91
CURADORIA
CURADORIA
CURTA MOSTRA BRASIL Maria Abdalla É produtora cultural e audiovisual, presidente do Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam) e diretora do Icumam Cultural. Com experiência em curadoria, júri e produção de filmes e eventos cinematográficos desde os anos de 1990, é idealizadora e diretora geral da Goiânia Mostra Curtas, sendo sua principal curadora; idealizadora e coordenadora geral do Cinema Popular, projeto de exibição itinerante de filmes nacionais no interior de Goiás, Tocantins e Mato Grosso; do Curso de Formação Profissional para Cinema; e das 4 edições do Icumam Lab – Laboratório de Fomento à Produção Audiovisual no Centro-Oeste. Coordenadora, em Goiás, da 4ª a 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos (2009 a 2017), realizada pelo Ministério dos Direitos Humanos do Governo Federal. Em 2017, realizou o 4º Icumam Lab – Laboratório de Fomento à produção Audiovisual no Centro Oeste. Coordena o 12º Curso de Formação Profissional – Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais – Etapas 1 e 2.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 95
CURADORIA
CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO César Cabral Formado em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Atua desde 2002 como diretor, produtor e animador em projetos para Cinema e Televisão. Em 2008, realizou o curta-metragem em animação stop motion “Dossiê Rê Bordosa”, que conquistou mais de 70 prêmios em festivais nacionais e internacionais, com destaque para Melhor Roteiro e Melhor Montagem no Festival de Gramado, Melhor Filme no Festival Animamundi SP e RJ, Melhor Animação Internacional no Festival de Viña Del Mar, Havana e Huesca. Em 2010, dirigiu “Tempestade”, curta-metragem vencedor do Melhor Filme, Fotografia e Direção de Arte no Cine-PE e vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2011 na categoria Melhor Curta de Animação. “Tempestade” participou, entre outros, dos festivais de Annecy, Havana, Hiroshima e do Sundance Film Festival. Em abril de 2017, a série Angeli The Killer estreou no Canal Brasil e atualmente produz seu primeiro longa-metragem e coordena o Núcleo Criativo Coala Filmes.
96 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
CURADORIA
CURTA MOSTRA GOIÁS Pedro Maciel Guimarães Pedro Maciel Guimarães é professor do Departamento de Cinema e do Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Colabora como curador da Mostra de Cinema de Tiradentes dede 2011.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 97
CURADORIA
CURTA MOSTRA ESPECIAL – OS ÍNDIOS E O CINEMA Rita Carelli Atriz, diretora, escritora formada pela Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq, em Paris, onde foi protagonista, ao lado de Irandhir Santos, do longa-metragem Permanência, de Leonardo Lacca, filme que lhe rendeu os prêmios de melhor atriz no 19º Cine PE e no 9º Festival de Cinema de Triunfo. Atuou e assinou a preparação de elenco no longa amazonense Antes o Tempo não Acabava, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo. Seus trabalhos em cinema mais recentes são o longa Abaixo a Gravidade, de Edgard Navarro, e a minissérie Diários da Floresta, de Luiz Arnaldo, ambos em fase de fase de finalização. Também para a TV foi personagem da série Índios no Brasil, realizada pelo Vídeo nas Aldeias. Atuou em curtas como Décimo Segundo, de Leonardo Lacca, com o qual foi contemplada com o prêmio de melhor atriz no XV Vitória Cine Vídeo; Playing Tennis with J. L. Godard, de Fernando Coimbra, vencedor do Olympic Short Film Contest; Sob a Pele, de Daniel Bandeira e Pedro Sotero; e Au Revoir, de Milena Times, que lhe rendeu os prêmios de melhor atriz no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no Festival Primeiro Plano de Juiz de Fora e Mercocidades 2013, no 9º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões e no 10º Amazonas Film Festival. Dirigiu o curta Hospedeira, ganhador do prêmio estímulo ao curta-metragem do estado de São Paulo e contemplado com os prêmios Melhor Filme pelo Júri Jovem e Melhor Concepção Sonora no Festival Primeiro Plano. Foi júri dos longa-metragens nacionais na edição do 43º Festival de Cinema de Gramado, na 16ª Goiânia Mostra Curtas (Curta Mostra Goiás e Curta Mostra Municípios) e na Mostra ABD Cine Goiás do FICA 2017. É autora, ao lado de Ana Carvalho e Vincent Carelli, do livro Cineastas Indígenas para Jovens e Crianças, patrocinado pela UNESCO, e coordenadora da coleção de livros e filmes Um Dia na Aldeia, feito em parceria com a ONG Vídeo nas Aldeias, cujos trabalhos acompanha desde a sua fundação.
98 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
CURADORIA
16ª MOSTRINHA Georgia Cynara Doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com pesquisa sobre a música no cinema brasileiro contemporâneo. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Goiás (UFG), especialista em Cinema e Educação pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás, graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela UFG. Atua nas áreas de Comunicação, Música, Audiovisual, Cinema e Educação. É violinista e compositora das trilhas musicais dos curtas-metragens goianos Sexodrama (Alyne Fratari, Goiânia, 2006), 14 BIS e Escadaria (Guilherme Mendonça, Goiânia, 2006), AnoniMATO (Orlando Lemos, Goiânia, 2006) e A câmera de João (Aristótelis Cardoso, 2017 – em parceria com o compositor Rogério Sobreira); técnica de som direto do curta Marcas D’água (Thaís Oliveira, Goiânia, 2010); editora de som e compositora da música do média-metragem documental Minha avó era Palhaço (Mariana Gabriel e Ana Minehira, São Paulo, 2015). Como curadora, já participou de festivais como Mostra da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas – Seção Goiás (2006), Goiânia Mostra Curtas (2016) e Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (2011, 2012 e 2017). É docente efetiva nos cursos de Bacharelado em Cinema e Audiovisual e da Pós-Graduação Lato Sensu em Cinema e Audiovisual: Linguagens e Processos de Realização, ambos da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 99
PREMIAÇÃO
Fredox Carvalho
PREMIAÇÃO Recebem o Troféu Icumam os vencedores das mostras:
CURTA MOSTRA BRASIL CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO CURTA MOSTRA GOIÁS 16ª MOSTRINHA CURTA MOSTRA CINEMA NOS BAIRROS
Troféu Icumam
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 103
PREMIAÇÃO
CURTA MOSTRA BRASIL JÚRI OFICIAL Melhor Filme Cia Rio: locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria no valor de R$ 6.000,00, com a empresa Naymar; * C/as4tro: 2 horas de consultoria em produção executiva via Skype; *
Melhor Direção CiaRio: locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria no valor de R$ 6.000,00, com a empresa Naymar; * AIC - Academia Internacional de Cinema: R$ 2 mil em vouchers para serem usados em qualquer curso da escola; ***
JÚRI POPULAR Melhor Filme Troféu Icumam
JÚRI SESCTV Melhor Filme Prêmio Aquisição SescTV:Prêmio no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Contrato de exibição por dois anos na programação do SescTV (O filme premiado deverá ter CPB)**
Dot: 02 Diárias de Scratch para correção de cor – 2k; 02 Diárias de finalização – 2k; 1 cópia em DCP;
Troféu Icumam
O2 Pós: 1 Máster DCP;
Prêmio Especial Do Júri
CTAV/SAv/MinC: empréstimo de equipamentos (Câmera SI-2K e acessórios) pelo período de 2 semanas ou serviço de mixagem de 20 horas;
Cinecolor Digital:R$6.000,00 em serviços de pós-produção;
JÚRI ELO COMPANY Melhor Filme
CTAV/SAv/MinC: serviço de mixagem de 20 horas;
Prêmio Aquisição Elo Company: Representação comercial do filme, com contrato de exclusividade por um ano.
Effects: Execução da edição de som; Gravação de folleys; Gravação de dublagens em curta-metragem de até 25 minutos;
Mistika: 1 encode de DCP + 5 cópias Troféu Icumam
Sierra: Consultoria de pós-produção e mixagem de som (curta-metragem); Troféu Icumam
104 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
PREMIAÇÃO
CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO JÚRI OFICIAL Melhor Filme C/as4tro: 2 horas de consultoria em produção executiva via Skype; * O2 Pós: 1 Máster DCP Ultrassom Music Ideas: 8 horas de estúdio para mixagem em 5.1 de um curta-metragem (inclui serviços técnicos) Link Digital: Correção de cor em Resolve e encode DCP de curtas até 15 minutos de duração; Material deve vir em pro res HQ 422 a 24p;
Prêmio Especial Do Júri Cinecolor Digital:R$6.000,00 em serviços de pós-produção; CTAV/SAv/MinC: Empréstimo de equipamentos (Câmera SI-2K e acessórios) pelo período de 2 semanas ou seviço de mixagem de 20 horas. Troféu Icumam
JÚRI POPULAR Melhor Filme Troféu Icumam
Troféu Icumam
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 105
PREMIAÇÃO
CURTA MOSTRA GOIÁS JÚRI OFICIAL Melhor Filme Link Digital: Correção de cor em Resolve e encode DCP de curtas até 15 minutos de duração; Material deve vir em pro res HQ 422 a 24p; C/as4tro: 2 horas de consultoria em produção executiva via Skype; * TNL Rental: R$4.000,00 em locação de equipamentos (maquinaria e luz) ou três diárias de maquinaria ou elétrica; O2 Pós:1 máster DCP Sierra: Consultoria de pós-produção e correção de cor (curta-metragem); Troféu Icumam
Melhor Direção AIC - Academia Internacional de Cinema: R$ 2 mil em vouchers para serem usados em qualquer curso da escola; *** TNL Rental: R$4.000,00 em locação de equipamentos (maquinaria e luz) ou três diárias de maquinaria ou elétrica;
Prêmio Aquisição CineBrasilTV:Prêmio no valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais). Contrato de exibição por dois anos na programação do CineBrasilTV (O filme premiado deverá ter CPB)**
Troféu Icumam
JÚRI POPULAR Melhor Filme
Prêmio Especial Do Júri
Troféu Icumam
Cinecolor Digital:R$6.000,00 em serviços de pós-produção; CiaRio:R$6.000 em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria; com a empresa Moviecenter; * Mistika: 1 encode de DCP + 5 cópias Troféu Icumam
106 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
JÚRI CINE BRASIL TV Melhor Filme
PREMIAÇÃO
16ª MOSTRINHA JÚRI POPULAR Melhor Filme Troféu Icumam
CURTA MOSTRA CINEMA NOS BAIRROS JÚRI POPULAR Melhor Filme Troféu Icumam
IMPORTANTE * O prêmio terá validade de um ano a partir da data de entrega. ** Para receber os Prêmios Aquisição para TVs, o curta-metragem selecionado não deve ter contrato de exibição com outras emissoras de televisão. A produção entrará em contato com os realizadores dos filmes selecionados. *** Pode ser usado em qualquer curso das unidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O prêmio pode ser transferível para qualquer membro da equipe e terá duração de um ano a partir da data de entrega. **** Para receber os Prêmios de Aquisição Elo Company, o curta-metragem selecionado não deve ter contrato com outras distribuidoras. A produção entrará em contato com os realizadores dos filmes selecionados.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 107
JÚRI OFICIAL
JÚRI OFICIAL
CURTA MOSTRA BRASIL Denilson Lopes – professor e pesquisador Denilson Lopes é professor associado da Escola de Comunicação da UFRJ, desde 2007, onde foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura e superintendente de Difusão Cultural do Fórum de Ciência e Cultura. É pesquisador do CNPq. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) e da Associação Brasileira de Estudos de Homocultura (ABEH) bem como professor da Escola de Comunicação da Universidade de Brasília (1997/2007), onde também coordenou o Programa de Pós-Graduação em Comunicação. É autor de No Coração do Mundo: Paisagens Transculturais (Rio de Janeiro: Rocco, 2012), A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens ( Brasília: EdUnB, 2007), O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002), Nós os Mortos: Melancolia e Neo-Barroco (Rio de Janeiro: 7Letras, 1999), organizador de O Cinema dos Anos 90 (Chapecó: Argos, 2005), co-organizador de Silviano Santiago y los Estudios Latinoamericanos (Pittsburgh: Iberoamericana, 2015) e Cinema, Globalização e Interculturalidade (Chapecó: Argos, 2010).
Patrícia Mourão – curadora e professora Patrícia Mourão é doutora em cinema pela Universidade de São Paulo, com bolsa sanduíche na Columbia University. Atua também como curadora e professora. Foi curadora de diversas retrospectivas de autor e de mostras de filmes experimentais e de artistas em centros culturais brasileiros. Recentemente foi a curadora da retrospectiva Andrea Tonacci apresentada no Cinéma du Réel, em Paris. Também programa uma sessão de filmes de artistas na Semana dos Realizadores.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 111
JÚRI OFICIAL
Rafael de Almeida – realizador e pesquisador Rafael de Almeida é realizador e pesquisador de cinema e audiovisual. Professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás - UEG. Doutor em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, com pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás - UFG. Dirigiu alguns filmes de curta-metragem, entre os quais: “Para não esquecer”, “Carrossel”, “A saudade é um filme sem fim” e “Impej”. Seus interesses artísticos e científicos estão centrados hoje nos diálogos entre o cinema documentário, o filme-ensaio e o filme de família.
112 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
JÚRI OFICIAL
CURTA MOSTRA GOIÁS E CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO Beth Formaggini – documentarista e historiadora Documentarista e historiadora pela Universidade Federal Fluminense. Dirigiu Pastor Claudio estreando em 2017 na Premiere Brasil do Festival do Rio, Uma Família Ilustre (2015) 11 prêmios em festivais; Xingu Cariri Caruaru Carioca (2015) 6 prêmios; Angeli 24h (2010) 16 prêmios ; Cidades Invisíveis (2009); Coutinho.doc – Apto 608 (2008); Memória para uso diário (2007), Melhor Filme eleito pelo Júri Popular do Festival do Rio 2007; Nobreza Popular (2003); Walter.doc - O Tempo é sempre Presente (2000) - com Luís Felipe Sá. Como pesquisadora, produtora-executiva ou diretora de produção colaborou com Mário Carneiro, Saraceni, Vincent Carelli, Geraldo Sarno, Ricardo Miranda, Lirio Ferreira, Hilton Lacerda, Lula Buarque e com Eduardo Coutinho em Peões, Edifício Master, Babilônia 2000, A família de Elizabeth Teixeira e Sobreviventes de Galiléia. Fundou a produtora 4Ventos.
Iberê Carvalho – diretor e produtor Seu primeiro longa, O Último Cine Drive-in, recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival Internaciona de Punta Del Este e conquistou 4 prêmios no Festival de Gramado, incluindo o de Melhor Filme pela crítica cinematográfica, além de ter sido exibido nos festivais de Chicago, Moscou, Beijing, Marseille e Zanzibar. Atualmente o filme conta com distribuição global pela Netflix. Dentre as premiações de sua carreira, destacam-se o Coral de Melhor curta-metragem no 31º Festival Internacional de Cinema de Havana-Cuba, com o filme Para Pedir Perdão e o prêmio Cartoon Network/ComKids de melhor filme no importante Festival Prix Jeunesse Iberoamericano, com Procura-se. Em 2012 escreveu e dirigiu o episódio Maria Lenk, a essência do espírito olímpico da série Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, exibido nos canais ESPN e ESPN Brasil. Como diretor publicitário, ganhou em 2011 o prêmio de melhor campanha no 33º Profissionais do Ano da Rede Globo e o prêmio máximo do 19º Congresso Mundial de SST da OIT na Turquia, com o filme Com Prevenção é que se Faz, estrelado pelo rapper MV Bill. O filme concorreu com outros 155 filmes de 30 países. É formado em Antropologia e Jornalismo e sócio da produtora brasiliense Pavirada Filmes. 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 113
JÚRI OFICIAL
Júlia Alves – produtora Graduada pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, tem trabalhado em projetos independentes para TV e cinema desde 2009. Começou produzindo projetos de diretores renomados, como Bruno Barreto, Cao Hamburguer e Eliane Caffé. Criou a Punta Colorada de Cinema em 2014, pela qual coproduziu o primeiro longa de Ricardo Alves Jr., ELON NÃO ACREDITA NA MORTE (Rotterdam 2017), o novo longa-metragem de Adirley Queirós, ERA UMA VEZ BRASÍLIA (Locarno 2017 - Menção Especial do Júri); o longa LOS TERRITORIOS (Rotterdam 2017), de Ivan Granovsky; INVISIBLE, de Pablo Giorgelli (Orizzonti, Veneza 2017), além de ser produtora associada de ZAMA de Lucrécia Martel (Veneza 2017).
114 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
OFICINAS
OFICINAS
OFICINA: DIREÇÃO PARA CINEMA E SÉRIE DE TV Fernando Coimbra
Instrutor: Fernando Coimbra – diretor e roteirista
Escreveu e dirigiu nove curtas-metragens que ganharam inúmeros prêmios no circuito mundial de festivais; entre eles, Trópico das Cabras (2007) e Magnífica Desolação (2010). Seu primeiro longa-metragem, O Lobo Atrás da Porta, estrelado por Leandra Leal e Milhem Cortaz, estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto, tendo uma expressiva carreira internacional e nacional. O filme ganhou o Prêmio Horizontes Latinos no Festival de San Sebastian (Espanha), além de prêmios em Havana, Guadalajara, Marseille, entre outros. Levou sete troféus no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e foi indicado a melhor diretor estreante no DGA Awards (Sindicato dos Diretores Americanos) em 2015. Coimbra recentemente dirigiu vários episódios da série de sucesso da Netflix Narcos e um episódio de Outcast, de Robert Kirkman, para a Cinemax/Fox. Seu primeiro filme americano estreou mundialmente na Netflix em abril deste ano. Sand Castle (Castelo de Areia) se passa na guerra do Iraque em 2003 e tem no seu elenco Nicholas Hoult, Henry Cavill e Logan Marshall Green. Ementa Baseada em sua experiência como diretor de curtas e longas-metragens para cinema e de episódios de séries de TV, o diretor apresenta as diferenças e semelhanças no processos de produção desses três formatos e também do processo de produção no Brasil e no exterior.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 117
OFICINAS
OFICINA: CINEMA INVISÍVEL: ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO Marcela Lordy
Instrutora: Marcela Lordy – diretora e roteirista
Marcela Lordy é realizadora e roteirista. Graduada em cinema na FAAP, foi assistente de direção de Walter Salles, Daniela Thomas, Hector Babenco, Murilo Salles, Jose Eduardo Belmonte e Carlos Nader. Entre o cinema, a televisão e as artes visuais seus filmes Sonhos de Lulu (2009), A Musa Impassível (2010), Aluga-se (2012) e Ouvir o Rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles (2012) foram programados em festivais como Toulouse, Rio, Havana, Shangai, Huesca, Bafici e exibidos a convite na 31ª Bienal de Arte de SP, Museu da Língua Portuguesa, 11ª Flip e Brazilian Endowment for the Arts, em Nova Iorque. Seus filmes questionam a interface entre o homem e o meio em que vive e exploram as relações afetivas contemporâneas em suas mais diversas formas. Foi júri e parte da comissão de seleção de diversos festivais e editais e coordenou o curso de documentário da Academia Internacional de Cinema de 2014 a 2017. Na televisão, dirigiu episódios da série infanto-juvenil Julie e os Fantasmas, indicada ao Internacional Emmy Awards 2012, e da série Passionais, veiculada na Globosat. Atualmente prepara seu primeiro longa-metragem de ficção, O Livro dos Prazeres, uma livre adaptação de uma obra de Clarice Lispector. Site: www.marcelalordy.com. Ementa O dia-a-dia do departamento de direção, compreendendo a distribuição das funções e papéis do 1º, 2º e 3º assistente dentro da equipe. Serão destacadas as habilidades fundamentais para o assistente de direção, como liderança, organização e problemáticas de questões como o que é imposto pela produção e seus limites de orçamento versus o que precisa ser dito no filme pelo diretor; como visualizar e elaborar o cronograma geral de um filme, as prioridades de cada departamento numa contagem regressiva até o início das filmagens; a importância do roteiro como o primeiro documento e da análise técnica a partir da leitura e visão do diretor, assim como o momento de leitura com elenco e sua preparação. A oficina também analisa a função do plano de filmagem, pelo qual se prioriza a cronologia na dramaturgia e se equaciona obstáculos como: datas de locação, limite de luz dia, horários, equipe, dressing arte, agenda de elenco e particularidades de cada filme. Serão apresentadas entrevistas com profissionais do mercado mostrando a visão de cada departamento sobre a relação com o assistente de direção ao longo de um filme.
118 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
OFICINAS
OFICINA: DOCUMENTÁRIO: O CINEMA COLABORATIVO COMO COMPROMISSO DE VIDA Vincent Carelli
Instrutor: Vincent Carelli – cineasta e indigenista
Cineasta e indigenista, Vincent Carelli fundou, em 1986, o Vídeo nas Aldeias, projeto que apoia as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais por meio de recursos audiovisuais. Desde então, produziu uma série de 16 documentários sobre os métodos e resultados deste trabalho, que têm sido exibidos por televisões públicas em todo o mundo. A Arca dos Zo’é (1993), um de seus primeiros filmes, foi premiado em diversos festivais, entre eles o 16º Tokyo Video Festival e o Cinéma du Réel. Em 2009, Carelli lançou Corumbiara, grande vencedor do 37º Festival de Gramado, sobre o massacre de índios isolados em Rondônia, primeiro filme de uma trilogia em desenvolvimento que traz seu testemunho de casos emblemáticos vividos em 40 anos de indigenismo no Brasil. Martírio é o segundo filme desta série que se encerra com a realização do longa-metragem Adeus Capitão, trabalho em fase de desenvolvimento. Ementa A trajetória pelo documentário do indigenista militante Vincent Carelli, fundador do Vídeo nas Aldeias trinta anos atrás. Os momentos importantes e as dimensões de um cinema colaborativo com os índios.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 119
OFICINAS
OFICINA: CINEMA VERDE E MEIO AMBIENTE Ariene Ferreira
Instrutora: Ariene Ferreira – produtora audiovisual e cultural
Produtora audiovisual e cultural há 26 anos, participou em projetos de longa-metragem de ficção e documentários, séries e documentários para televisão, curtas e dvd’s em diversas produtoras como Buriti Filmes, Gullane Filmes, Bossa Nova Films, HB Filmes, Coração da Selva, MMTV e Elástica Filmes. No Amazonas Film Festival, foi curadora para a competição internacional de longa-metragens de ficção ao longo de três anos. Em 2012, criou a Cinema Verde, com o objetivo de colaborar para a realização de produções mais responsáveis com o objetivo de reduzir os impactos ambientais e sociais de projetos audivisuais e culturais, bem como. Realiza consultoria para projetos de parceiros como Bossa Nova Filmes, Marca D’Água, Canal Futura e Ler É Uma Viagem. Desde 2016 participa, juntamente com Daniela Aun, Mari Brasil e Mylena Mandolesi, da c/As4atro, um coletivo de quatro produtoras executivas com diferentes e complementares áreas de atuação que tem como objetivo a orientação, produção e análises de materiais de projetos em desenvolvimento, bem como a realização de obras audiovisuais. Ementa A oficina tem como objetivo difundir a necessidade e importância das práticas sustentáveis nas produções audiovisuais, desmistificar as dificuldades em implementar ações que possam gerar menos impacto no planeta. Os conteúdos serão intercalados com exercícios e práticas que resultarão em um plano de ação que poderá ser aplicado nas produções.
120 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais - Etapa 2
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL - ETAPA 2
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO DE ROTEIROS AUDIOVISUAIS – ETAPA 2 CONSULTORES
Ficção – Chico Mattoso É escritor, tradutor e roteirista. Formado em Letras pela USP, é mestre em escrita dramática pela Northwestern University (EUA), onde também atuou como professor. Foi editor da revista literária Ácaro e é autor dos romances Longe de Ramiro (Ed. 34, 2007) e Nunca vai embora (Companhia das Letras, 2011). Em 2012 foi eleito pela revista britânica Granta um dos vinte “melhores jovens escritores brasileiros”. Iniciou a carreira de roteirista integrando a equipe de colaboradores da novela Bang-Bang (2006), da TV Globo. Desde então já trabalhou para produtoras como Gullane, Pródigo e O2 Filmes. No último ano colaborou no roteiro do novo filme de Laís Bodanzky, uma cinebiografia de D. Pedro I. Atualmente trabalha, como roteirista-chefe, no desenvolvimento de uma nova série de ficção para a HBO. Roteiros selecionados: Coma – Kaco Olímpio Fabíola – Natal Portela Memória de Elefante – Severino Neto
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 123
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL - ETAPA 2
Documentário – Di Moretti É formado em Rádio/TV (FAAP) e jornalismo (PUC-SP), tendo iniciado sua carreira como redator de programas de rádio e televisão, passando logo para os vídeos institucionais. Desde o inicio dos anos 1990, consolidou sua trajetória profissional como roteirista de cinema, professor (Sesc, Escola São Paulo, Espaço Unibanco, FAAP, Festival de Brasília, Mostra Tiradentes…), e consultor de roteiro (Sundance Institute, Laboratório Sesc de Roteiros…). Roteirizou longas-metragens premiados, como: Latitude Zero, Tropicália(doc), Dominguinhos (doc), e, em pré-produção, O Pai da Rita. Para a TV, além de documentários históricos, esportivos e de natureza; roteirizou especiais e séries. Atualmente desenvolve o longa de ficção O resto de seus dias, projeto premiado pelo Fundo Setorial do Audiovisual. Roteiros selecionados: Reversos – Juliana Imítria Marreta – Vanessa Amaral Maestro do Cerrado – João Luiz Neiva
124 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL - ETAPA 2
Animação – César Cabral Formado em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Atua desde 2002 como diretor, produtor e animador em projetos para Cinema e Televisão. Em 2008, realizou o curta-metragem em animação stop motion “Dossiê Rê Bordosa”, que conquistou mais de 70 prêmios em festivais nacionais e internacionais, destaque para, Melhor Roteiro e Melhor Montagem no Festival de Gramado, Melhor Filme no Festival Animamundi SP e RJ, Melhor Animação Internacional no Festival de Viña Del Mar, Havana e Huesca. Em 2010 dirigiu “Tempestade”, curta-metragem vencedor do Melhor Filme, Fotografia e Direção de Arte no Cine-PE e vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2011 na categoria Melhor Curta de Animação. “Tempestade” participou, entre outros, dos festivais de Annecy, Havana, Hiroshima e do Sundance Film Festival. Em abril de 2017, a série Angeli The Killer, estreou Canal Brasil e atualmente produz seu primeiro longa-metragem e coordena o Núcleo Criativo Coala Filmes. Roteiros selecionados: Witchcraft – Fred Reis O Mini Mundo de Clarice – Iuri Moreno Menino que Sonhava Bola – Ricardo Edilberto
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 125
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL - ETAPA 2
Série de TV (Humor) – Denis Nielsen Denis Nielsen se formou em Audiovisual pela ECA-USP em 2008, e em 2010 foi para Los Angeles, cursar um Mestrado MFA em roteiro na Loyola Marymount University (LMU), contemplado pela bolsa CAPES/Fulbright.Desde que voltou ao Brasil, em 2013, ele vem trabalhando com roteiros de cinema e televisão, tendo atuado em séries como 3% (Netflix), Historietas Assombradas (Para Crianças Malcriadas) (Cartoon Network), Oswaldo (Cartoon/Cultura), Vida de Estagiário (Warner) e Santo Forte (AXN). Atualmente, ele escreve o longa-metragem de comédia Cabras Da Peste (Glaz - 2018) e a série O Doutrinador (Space/Turner), além de finalizar o longa documentário The Sailing Band Project, filmado em Antigua, no Caribe, em 2015. Roteiros selecionados: Call Center – Otavio Chamorro Astral – Victor Vinicius Os Irmãos Silva – Gabriel Newton
126 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL - ETAPA 2
Série de TV (Drama) – Thiago Dottori É roteirista e consultor de roteiros. Presidente da associação Autores de Cinema. Escreveu os longa-metragens “Trago Comigo” (dir. Tata Amaral), Prêmio de público X Festival Latino Americano de São Paulo, 2015, “Vips” (dir. Toniko Melo), Melhor Filme no FestRio 2010, e “Os 3”, (dir. Nando Olival). É um dos criadores - além de roteirista e supervisor de roteiro - da série “Pedro e Bianca” (TV Cultura), Melhor Série Infanto Juvenil no Emmy Kids International e Prix Jeneusse. Escreveu todos os episódios da primeira e segunda temporadas da série Psi (HBO), com Contardo Calligaris, exibidos em 2014 e 2015. É roteirista das séries “Destino: São Paulo” (HBO), episódio “O banquete do avô”; “Desencontros” (Sony) e “Entre o Céu e a Terra” (TV Brasil). É criador e roteirista da pequena série “Dicionário de Emília”, exibida no Fantástico, da TV Globo. Também escreveu o roteiro dos documentários “Ouvir o Rio” e “13 Minutos”. Roteiros selecionados: De Volta à Estrela do Sul – Angela de Oliveira Sara Silva – Diego D’Ascheri Bus Story – Cenas do Cotidiano – Paulo Henrique Fernandes
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 127
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL - ETAPA 2
CONVIDADO - PITCHING
Ivan Melo - Produtor Audiovisual Ivan Melo atua há 20 anos no Mercado nacional e internacional de cinema. Tem experiência em diversas áreas do audiovisual como produção e programação de festivais, distribuição, produção e financiamento de longas metragens. Foi contratado pela Prefeitura Municipal de Paulínia para criar o Festival Paulínia de Cinema e para desenvolver o edital de produção do Polo Cinematográfico de Paulínia que participou da produção de aproximadamente 40 longas metragens. No ano de 2016 se tornou sócio da empresa Africa Filmes. Está associado também a produtora Uacari Filmes, criada pelos cineastas Juliano Ribeiro Salgado e Ivi Roberg. Participou da comissão de seleção de alguns dos mais importantes editais de produção do país como PETROBRAS, BNDES, SPCINE, PROAC entre outros. É coprodutor do longa-metragem Corpo Elétrico de Marcelo Caetano e produtor do longa Alvorada, de Anna Muylaert, Cesar Charlone e Lo Politi.
128 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
MESA REDONDA
MESA REDONDA
MESA-REDONDA A IMPORTÂNCIA DA INTERNACIONALIZAÇÃO As parcerias estrangeiras vão muito além da facilidade de um financiamento imediato para os filmes. Se bem-feitas, representam maior visibilidade, aproximam culturas através do compartilhamento de conhecimentos e maiores possibilidades de distribuição em festivais e em territórios ainda pouco explorados pelo cinema brasileiro.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 131
MESA REDONDA
Ana Júlia Cury – assessora internacional da Ancine Ana Julia Cury de Brito Cabral é assessora internacional da Agência Nacional de Cinema, onde é servidora desde 2010. Graduada em Comunicação Social pela Escola de Comunicação da UFRJ, com habilitação em Radialismo e Televisão, é mestre e doutora em Comunicação e Cultura pela mesma instituição. Em sua tese de doutorado, desenvolveu pesquisa comparada sobre as políticas públicas e os mercados dos cinemas brasileiro e argentino nos anos 1990.
132 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
MESA REDONDA
Leila Bourdoukan – gerente executiva – Cinema do Brasil A produtora cultural e jornalista Leila Bourdoukan é gerente executiva do projeto Cinema do Brasil, realizado pelo Siaesp com apoio da Apex-Brasil, para a promoção do filme brasileiro no exterior, desde maio de 2017. De 1999 a 2016, trabalhou para o grupo Espaço de Cinema, criando, desenvolvendo e produzindo projetos culturais de difusão por meio da exibição, como Clube do Professor, Ações Culturais, Curta às Seis, Curta no Cinema, além de mostras e festivais pontuais. Supervisionou projetos de infraestrutura técnica de cinemas dos circuitos Cinespaço, Cine10, Cinemas Unibanco e Unibanco IMAX (atuais Espaço Itaú de Cinema). De 2011 a 2016, coordenou a distribuidora Espaço Filmes, sendo responsável por contato, negociação, produção e gerenciamento de mais de 50 filmes, dentre brasileiros e estrangeiros. Na Ciranda de Filmes, de 2014 a 2016, foi responsável pela pesquisa e convite a todos os filmes (brasileiros e estrangeiros) e também encarregada pela exibição e tráfego durante quatro edições. Na Mostra Internacional de Cinema São Paulo, fez pré-seleção de filmes durante três anos. Já foi júri de curtas no Festival de Paulinia; integrou comissões de seleção de curtas em outros festivais no Brasil (Brasília, dentre eles); e participa esporadicamente de comissões de seleção de projetos de fomento.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 133
MESA REDONDA
Fernando Coimbra – diretor e roteirista Fernando Coimbra escreveu e dirigiu nove curtas-metragens que ganharam inúmeros prêmios no circuito mundial de festivais; entre eles, Trópico das Cabras (2007) e Magnífica Desolação (2010). Seu primeiro longa-metragem, O Lobo Atrás da Porta, estrelado por Leandra Leal e Milhem Cortaz, estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto, tendo uma expressiva carreira internacional e nacional. O filme ganhou o Prêmio Horizontes Latinos no Festival de San Sebastian (Espanha), além de prêmios em Havana, Guadalajara, Marseille, entre outros. Levou sete troféus no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e foi indicado a melhor diretor estreante no DGA Awards (Sindicato dos Diretores Americanos) em 2015. Coimbra recentemente dirigiu vários episódios da série de sucesso da Netflix Narcos e um episódio de Outcast, de Robert Kirkman, para a Cinemax/ Fox. Seu primeiro filme americano estreou mundialmente na Netflix em abril deste ano. Sand Castle (Castelo de Areia) se passa na guerra do Iraque em 2003 e tem no seu elenco Nicholas Hoult, Henry Cavill e Logan Marshall Green.
134 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
MESA REDONDA
Ivan Melo (mediador) – produtor audiovisual Ivan Melo atua há 20 anos no mercado nacional e internacional de cinema. Tem experiência em diversas áreas do audiovisual, como produção e programação de festivais, distribuição, produção e financiamento de longas-metragens. Foi contratado pela Prefeitura Municipal de Paulínia para criar o Festival Paulínia de Cinema e para desenvolver o edital de produção do Polo Cinematográfico de Paulínia, que participou da produção de aproximadamente 40 longas-metragens. É sócio, desde 2016, da empresa Africa Filmes. Está associado também à produtora Uacari Filmes, criada pelos cineastas Juliano Ribeiro Salgado e Ivi Roberg. Participou da comissão de seleção de alguns dos mais importantes editais de produção do país, como Petrobras, BNDES, SPCINE, PROAC, entre outros. É co-produtor do longa-metragem Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano, e produtor do longa Alvorada, de Anna Muylaert, Cesar Charlone e Lo Politi.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 135
DEBATE
DEBATE
DEBATE A PRODUÇÃO AUDIOVISUAL NAS DIVERSAS PLATAFORMAS DIGITAIS O que ainda vai mudar no sistema de produção, circulação e consumo? As salas de cinema tem como acompanhar essas mudanças? Qual o verdadeiro impacto de um filme lançado diretamente em plataformas VOD?
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 139
DEBATE
Margot Brandão
Gerente de aquisições e vendas Margot Brandão possui formação em cinema pela FAAP e Pós-gradução em marketing pelo Insper. Tem experiência há mais de sete anos no mercado de audiovisual, com vertentes que vão desde distribuição de filmes, séries e curtas até due diligence em projetos na fase de produção. Atualmente, gerencia o Departamento de Vendas e Aquisições da O2 Play, braço de distribuição da O2 Filmes.
140 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
O2 Play Distribuidora e distribuidora digital, a O2 Play é dirigida por Igor Kupstas sob a tutela de Paulo Morelli, sócio da O2 Filmes, e faz parte do grupo O2. Em atividade desde 2013, a O2 Play lançou em cinema filmes como Cidade Cinza, da Sala 12, com os grafiteiros Os Gêmeos; Latitudes, com Alice Braga e Daniel de Oliveira; Junho – o mês que abalou o Brasil, da Folha de S.Paulo; A lei da água, de André D’Elia, com produção de Fernando Meirelles; A bruta flor do querer, vencedor de dois prêmios em Gramado; Uma noite em Sampa, de Ugo Giorgetti; Travessia, com Caio Castro; Comeback, com Nelson Xavier; Sepultura Endurance, documentário da banda Sepultura; e Entre nós, A noite da virada e Zoom, estes de produção da O2 Filmes em co-distribuição com a Paris Filmes. A O2 Play é um agregador de iTunes, Google Play, Netflix, Now, Vivo Play e outras plataformas de VOD, e realiza a distribuição digital e encoding para dezenas de títulos e séries, além de vendas para TV e mercado internacional. A O2 Play teve seis longas escolhidos pela Apple como “Os Melhores Filmes do Ano” entre 2014 e 2015. Em abril de 2016, Fernando Meirelles se tornou o primeiro curador do iTunes do mundo, confira em itunes.com/fmeirelles.
DEBATE
Luiz Bannitz
Diretor de Business Affair Formado em direito, economia e administração de empresas, trabalhou em empresas como HBO Brasil, GEO Eventos, EMI Music. Atua como assessor de conteúdo e desenvolvimento de negócios, bem como diretor de conteúdo e de negócios do Looke. Participa como palestrante em eventos de tecnologia, distribuição digital e audiovisual.
Looke O Looke é um serviço de streaming de vídeos on demand. A plataforma permite compra, locação ou assinatura, e apresenta mais de 12 mil títulos de todos os gêneros, incluindo produções recém-saídas dos cinemas, clássicos, documentários, lançamentos, animações, shows musicais e conteúdo infantil. O serviço encontra-se disponível pelo site www.looke.com.br, nos principais sistemas operacionais dos smartphones e tablets (Android, IOS e Windows 10), nas Smart TVs LG Samsung, Philips e Sony, e também nos consoles Xbox. Em breve na Playstation Store e Apple TV2.
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 141
DEBATE
Luana Lobo
Sócia e diretora de distribuição híbrida Sócia e diretora de distribuição híbrida da Maria Farinha Filmes, Luana Lobo lança todos os filmes como film movements, aumentando a consciência para causas sociais e juntando 15 milhões de pessoas todo ano em volta de seus filmes. Além da MFF, é cocriadora do VIDEOCAMP, 2020 e dirige a Fundação Terezinha Mendes.
142 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Maria Farinha Filmes A Maria Farinha Filmes acredita que uma história bem contada pode realmente fazer a diferença na forma como as pessoas veem o mundo. Quer se trate de um longa-metragem, televisão ou outra forma de mídia, a produtora e distribuidora existe para contar convincentes e emocionantes histórias que também criam a conscientização sobre problemas reais que moldam a vida de todos. Explorando diferentes temas como infância, meio-ambiente e empoderamento jovem, nossos longas são Nunca Me Sonharam (2017), O Começo da Vida (2016), Território do Brincar (2015), Tarja Branca (2014) e Muito Além do Peso (2012).
DEBATE
PRISCILA SANTOS
Coordenadora de distribuição nacional Priscila Santos é formada em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo. Trabalha há quatro anos no mercado audiovisual, com experiência no desenvolvimento de projetos de difusão cultural. Trabalha atualmente na Pandora Filmes, onde é responsável pelos Lançamentos Nacionais da distribuidora.
Pandora Filmes A Pandora Filmes é uma distribuidora de filmes de arte, ativa no Brasil desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição de filmes de arte no Brasil com relançamentos de clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder, e revelações de nomes outrora desconhecidos no país, como Wong Kar-Wai, Atom Egoyan e Agnés Jaoui. Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora Filmes sempre mantém em seu catálogo anual o lançamento de importantes filmes brasileiros, sucessos de crítica, de diretores como Fernando Meirelles, Beto Brant, entre outros. Dentro desse segmento, destaca-se o recente “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert, um grande sucesso nacional, visto no cinema por mais de 500 mil espectadores firmando a Pandora como uma das mais importantes distribuidoras de filmes de arte no Brasil.
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DEBATE
Flávia Guerra (mediadora) Documentarista e jornalista
Flavia Guerra é documentarista e jornalista. É editora do TelaTela (www.telatela.cartacapital.com.br). É colunista do canal Arte 1 e comentarista de cinema do Café com Jornal, da TV Bandeirantes, e da Band News TV. Integra o corpo docente do Centro Cultural B_arco, onde ministra o curso Documentário para Cinema e TV. Formada em Jornalismo na ECA/USP, tem mestrado em direção de documentários (Screen Documentary - MA) pela Goldsmiths – University of London. Por mais de uma década, foi repórter de cultura (com ênfase em cinema e moda) do jornal O Estado de S. Paulo, onde atuou em mídias impressa e online. Foi co-produtora e assistente de direção de curtas como O Caminhão do Meu Pai (ficção pré-finalista ao Oscar 2015, dirigido por Maurício Osaki), dirigiu Karl Max Way (premiado no Festival É Tudo Verdade 2010), foi pesquisadora, roteirista, assistente de direção e narrou a série documental Brasil Visto do Céu (co-produção Brasil-França). Atualmente filma, como diretora assistente e coprodutora a série documental Poemaria (www.poemaria.com.br), além de outros projetos.
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ENCONTROS
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ENCONTROS
ENCONTRO DE REALIZADORES DE FILMES Momento destinado à troca de experiências entre realizadores audiovisuais de todo o Brasil.
Coordenador
Pedro Maciel Guimarães – curador e professor Pedro Maciel Guimarães é professor do Departamento de Cinema e do Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Colabora como curador da Mostra de Cinema de Tiradentes dede 2011.
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ENCONTROS
ENCONTRO COM A ANIMAÇÃO Encontro informal dos produtores de animação do país para discutir e apresentar informações sobre a participação do Brasil no festival de Annecy 2018, que traz o País como tema, e pensar sobre o novo momento das políticas públicas voltadas para a animação, além de selebrar o centenário da animação brasileira. Com a gerente executiva do Cinema do Brasil, Leila Bourdoukan, e o animador e roteirista César Cabral, dentre outros.
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ENCONTROS
ENCONTRO INÍCIO, MEIO E FINS PARA O AUDIOVISUAL BRASILEIRO Este encontro promovido pela 17ª Goiânia Mostra Curtas em parceria com a GO Filmes (Associação das Produtoras Independentes de Cinema e TV do Estado de Goiás) tem a intenção de reunir produtores independentes de audiovisual, projetos de apoio e entidades para uma conversa informal sobre os rumos das produções brasileiras. Um panorama de nossas produções, onde e por quem elas estão sendo feitas, onde elas estão sendo exibidas, que formas de apoio possuímos, como fortalecer cada vez mais a classe, a profissionalização, e como unir cada vez mais os agentes deste setor: projetos, festivais, emissoras, produtoras, associações, governo. Nesta conversa teremos como parceiros Cinema do Brasil, Maria Farinha Filmes, Pandora Filmes, Looke, Elo Company, CineBrasil TV, SescTV, dentre outros. Coordenador
Pedro Novaes – presidente da GoFilmes Pedro Novaes, 43, é diretor e produtor. Exerce hoje também a função de presidente do Conselho Executivo da GoFilmes, a Associação das Produtoras Independentes de Cinema e TV de Goiás. Seu primeiro longa-metragem, Cartas do Kuluene, é um relato, a meio caminho entre documentário e ficção, sobre o encontro com os índios brasileiros. Na TV, foi um dos produtores da série Xingu – A Terra Ameaçada, em 16 episódios, exibida pela TV Cultura e pela TV Brasil. É também co-produtor do documentário The Grammar of Happiness para a ABC Austrália e para o Smithsonian Channel. Seus filmes mais recentes são o curta documental Nostalgia (2014), o curta de ficção A Militante (2016) e os longas de ficção Bem pra Lá do Fim do Mundo e Hotel Mundial (do qual é um dos roteiristas), ambos em fase de montagem. Pedro trabalha agora na pré-produção de Alaska, seu próximo longa, e como um dos roteiristas e diretores da série documental Doce Brasil, para o canal CineBrasilTV.
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ENCONTROS
GoFilmes
Associação das Produtoras Independentes de Cinema e TV de Goiás
Criada em fevereiro de 2016, a GoFilmes, Associação das Produtoras Independentes de Cinema e TV de Goiás, congrega 25 das mais atuantes empresas audiovisuais do estado e tem como missão liderar a estruturação e fortalecimento de uma indústria audiovisual em Goiás, discutindo políticas públicas e trabalhando pelo fortalecimento do mercado e de suas associadas.
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LANÇAMENTOS LITERÁRIOS
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LANÇAMENTOS LITERÁRIOS
TRAJETÓRIA DO CINEMA DE ANIMAÇÃO NO BRASIL Trajetória do Cinema de Animação no Brasil é um livro que celebra os 100 anos dessa arte no Brasil. Trazendo um recorte da animação brasileira e entrevistas com alguns dos artistas que marcaram as produções nacionais, o livro é o primeiro que foca no processo criativo de animadores brasileiros em formato de artbook. O intuito é valorizar a animação nacional e incluí-la no repertório de estudo de nossos artistas e produções.
Ana Flávia Marcheti autora
Graduada em design pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, começou a estudar animação quando estava na metade do curso (época em que descobriu sua paixão por animação). Trabalhou por três anos em uma editora como coordenadora de diagramação. Hoje é storyboarder e continua explorando todas as áreas oferecidas pela animação.
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LANÇAMENTOS LITERÁRIOS
AFETOS, RELAÇÕES E ENCONTROS COM FILMES BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS
Afetos, Relações e Encontros com Filmes Brasileiros Contemporâneos, de Denilson Lopes (ed. Hucitec), procura preencher uma lacuna na bibliografia de estudos sobre o cinema brasileiro após o chamado Cinema da Retomada, que se preocupou em conciliar qualidade e alcance comercial na busca de um público perdido desde o fim dos anos 80. No novo momento, já de meados dos anos 2000 em diante, uma grande parte da produção mais ousada voltou-se para um formato independente das grandes produtoras e seus modelos. Buscando entender esta mudança, o livro discute os trabalhos de jovens realizadores que chegaram entre 2009 e 2016 ao seu primeiro longa-metragem. Sua emergência coincide com a proliferação do digital, de processos colaborativos e coletivos, bem como a consolidação da Mostra de Tiradentes como a principal vitrine para esta geração. O livro propõe uma leitura crítica que, é ao mesmo tempo, aposta e reflexão sobre o que é ser um jovem artista hoje em dia, pressionado pela indústria cultural e pelo aumento de custo de vida, que busca pela arte outras formas de criar e de viver em conjunto. Para tanto, os filmes são lidos a partir dos estudos contemporâneos sobre os afetos aqui, na sua articulação com sugestões vindas de Deluze & Guattari, dos estudos queer, dos estudos voltados à encenação, entre outros. A presente coletânea de ensaios é destinada não só a estudantes, professores e pesquisadores de cinema, mas a um público mais amplo, interessado nos debates sobre estética, arte e cultura. Este livro é o número 16 da Coleção Pensamento Político-Social que tem a direção de Elide Rugai Bastos, André Botelho e Gabriela Nunes Ferreira.
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LANÇAMENTOS LITERÁRIOS
Denilson Lopes autor
Denilson Lopes é professor associado da Escola de Comunicação da UFRJ, desde 2007, onde foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura e superintendente de Difusão Cultural do Fórum de Ciência e Cultura. É pesquisador do CNPq e foi presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) e da Associação Brasileira de Estudos de Homocultura (ABEH), bem como professor da Escola de Comunicação da Universidade de Brasília (1997/2007), onde também coordenou o Programa de Pós-Graduação em Comunicação. É autor de No Coração do Mundo: Paisagens Transculturais (Rio de Janeiro: Rocco, 2012), A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens (Brasília: EdUnB, 2007), O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002), Nós os Mortos: Melancolia e Neo-Barroco (Rio de Janeiro: 7Letras, 1999), organizador de O Cinema dos Anos 90 (Chapecó: Argos, 2005), co-organizador de Silviano Santiago y los Estudios Latinoamericanos (Pittsburgh: Iberoamericana, 2015) e Cinema, Globalização e Interculturalidade (Chapecó: Argos, 2010).
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HOMENAGENS 17ª Go iânia Mos tra Curta s
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HOMENAGENS
DIRA PAES atriz
Com 32 anos de carreira e 41 filmes no currículo, somando-se curtas e longas, dentre eles o recordista de bilheteria no Brasil depois da retomada, 2 Filhos de Francisco (Breno Silveira) e o recente Redemoinho (José Vilamarim), Dira Paes é homenageada da 17ª Goiânia Mostra Curtas, pela sua contribuição ao audiovisual brasileiro, sendo uma das atrizes mais premiadas e respeitadas de sua geração. No teatro, foram oitos espetáculos dirigidos por nomes consagrados como Amir Haddad em O Avarento, de Molière. Na televisão, somam-se 17 trabalhos, entre eles, a novela de grande sucesso de audiência e crítica Velho Chico, com a direção de Luiz Fernando Carvalho. Descendente de índios, negros e portugueses e nascida em Abaetetuba, no interior do Pará, Dira teve uma infância bem simples ao lado de sete irmãos, em Belém. O sonho de atuar, maior que todos desafios impostos pela falta de recursos e pela distância dos grandes centros artísticos brasileiros, a levou à ideia de se inscrever em uma seleção para uma produção norte-americana dirigida pelo produtor John Boorman, que selecionava jovens brasileiras para atuar, independentemente da formação na área. Dira conseguiu passar em todas as fases: beleza, biotipo específico, teste de gravação de textos e atuação improvisada. Com seu talento e persistência, conquistou o primeiro lugar na seleção, entre 500 candidatas, viajou para os Estados Unidos sozinha e atuou no filme A Floresta das Esmeraldas (The emeral forest, John Boorman, 1985). De volta ao Brasil, sua carreira no cinema nacional deslanchou. Em 1987, aos 18 anos, saiu de Belém rumo ao Rio de Janeiro, onde se graduou em Filosofia e Artes Cênicas pela UNIRIO. O cinema
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brasileiro conheceu, por meio da atuação de Dira, personagens fortes e marcantes em filmes como Ele o boto (Walter Lima Jr., 1987), Cronicamente inviável (Sérgio Bianchi, 2000), Amarelo manga (Cláudio Assis, 2002), Dois filhos de Francisco (Breno Silveira, 2004), A festa da menina morta (Matheus Nachtergaele, 2007), Estamos juntos (Toni Venturi, 2009), entre vários outros. O sucesso nas telas de cinema levou à estreia em telenovelas em 1990 (Araponga), contratada pela TV Globo. Desde então, interpretou papéis memoráveis também nas telinhas, como Solineuza, em A Diarista (2004); Norminha, em Caminho das Índias (2009); e Beatriz, em Velho Chico (2016). Neste semestre, Dira está nas telas dos cinemas com a animação brasileira, dublando uma personagem do longa de animação Lino (2017). Contudo, o mais admirável na trajetória da atriz seja o fato de que ela não desvincula seu vasto trabalho no cinema, televisão e teatro de sua militância no Movimento dos Direitos Humanos. Ela dirige a ONG Movimento Humanos Direitos, criada por artistas para defender causas sociais e ambientais. Com ênfase no combate ao trabalho escravo e à exploração sexual infantil e na defesa da demarcação de terras indígenas e quilombolas, a organização explora o que os artistas têm de mais valioso: sua imagem pública. Seus ativistas sabem que, quando celebridades se envolvem em uma causa, atraem luz sobre situações que muitos prefeririam manter nas sombras. Por ser uma das atrizes mais respeitadas e lembradas de sua época, no teatro, na TV e no cinema, e por aliar seu vasto legado no audiovisual brasileiro à militância social, política e cultural, a 17ª Goiânia Mostra Curtas concede a Dira Paes esta homenagem.
HOMENAGENS
Filmografia
Redemoinho (Jose Luiz Villamarim – a ser lançado)
Estamos juntos (Toni Venturi, 2009)
Meu tio matou um cara (Jorge Furtado, 2004)
Sudoeste (Eduardo Nunes, 2009)
Dois filhos de Francisco (Breno Silveira, 2004)
Mulheres no poder (Gustavo Acioli, 2015)
Matinta (Fernando Segtowick, 2009, curta-metragem)
Noite de São João (Sérgio Silva, 2003)
Saias (Gustavo Acioli, 2014)
Esse homem vai morrer (Emilio Gallo, 2008)
Os amigos (Lina Chamie, 2012)
Amazônia Caruana (Tizuka Yamasaki, 2008 – em finalização)
Órfãos do Eldorado (Guilherme Coelho, 2015)
O segredo dos diamantes (Helvécio Ratton, 2012) E aí... Comeu? (Felipe Joffily, 2012) Até a vista (Jorge Furtado, 2011, curtametragem)
A festa da menina morta (Matheus Nachtergaele, 2007) A Grande Família – O Filme (Maurício Farias, 2006)
Amarelo manga (Cláudio Assis, 2002) Lua Cambará (Rosemberg Cariry, 2002) Vida e obra de Ramiro Rodrigues (Alvarina Sousa Silva, 2002) Celeste & Estrela (Betse de Paula, 2002)
Ó Paí Ó (Monique Gardenberg, 2006)
Maria Moura (Leilany Fernandes – em finalização)
A beira do caminho (Breno Silveira, 2010)
Baixio das bestas (Cláudio Assis, 2005)
O casamento de Louise (Betse de Paula, 2001)
Ribeirinhos do asfalto (Jorane Castro, 2010, curtametragem)
Incuráveis (Gustavo Acioli, 2005)
Cronicamente inviável (Sérgio Bianchi, 2000)
Mulheres do Brasil (Malu de Martino, 2004)
Lendas amazônicas (Ronaldo Passarinho Filho e Moisés Magalhães, 1999) Castro Alves – Retrato falado do poeta (Silvio Tendler, 1998) Anahy de las Misiones (Sérgio Silva, 1997) Corisco e Dadá (Rosemberg Cariry, 1996) Obra do destino (Alvarina Souza Silva, 1994) Corpo em delito (Nuno César de Abreu, 1990) Land (David Wheatley, 1988 – BBC London) Au bout du rouleau (Gilles Béhart, 1988 – TV Francesa) Ele o boto (Walter Lima Jr., 1987) The emeral forest (John Boorman, 1985)
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HOMENAGENS
ENTREVISTA COM DIRA PAES Existe algo que defina o cinema brasileiro pra você? O que define o cinema brasileiro pra mim seria a palavra diversidade que é um pouco a palavra que define o Brasil na minha opinião, e eu acho que o cinema brasileiro é um reflexo da nossa diversidade, e acho que ele faz isso com louvor, embora claro, que quanto mais políticas de incentivos culturais forem praticadas melhor vai ser para a qualidade do cinema brasileiro. Em sua trajetória há algo muito marcante que é o lançarse ao novo, ao desconhecido. Quais os maiores desafios enfrentados por você ao longo de toda a carreira? Eu acho que cada personagem é desse universo que se abre, que se expande, que você permite que ele aconteça, e você quase projeta ele na sua interpretação como uma verdade absoluta. Esse é o grande desafio, você praticamente ser naquele momento o personagem, é um estado que passa pela tua real existência, você dá passagem para que aquilo aconteça, para que aquele personagem aconteça. E acho que o grande desafio é você morrer para esse personagem que você cria com todo carinho, você elabora e depois você tem que mata-lo porque vai nascer outro personagem. E o desafio também de ganhar uma paleta de possibilidades dentre os tipos que você interpreta, então acho que esse é o desafio diário da minha carreira, manter o frescor. Que filmes de sua trajetória como atriz mais te transformaram enquanto cidadã consciente e ativista social, ambiental e cultural? Os filmes que me alimentaram muito ao longo da carreira, sem dúvida nenhuma, foram os documentários do Silvio Tendler, que
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sempre foram sessões muito emocionantes, muito eloquentes, e os filmes do Carlos Reichenbach, muito debatido. Eu poderia enumerar vários, mas isso sem falar das ficções, daí a gente teria que abrir um grande leque. Mas sem dúvida nenhuma esses são dois exemplos que me emocionam só de lembrar das sessões. Os debates dos festivais sempre me acrescentaram muito. Você acredita que sua presença nas telas contribui para uma visão da mulher no cinema e na TV? Como? Eu acho que a presença e a proposta dos personagens contribuem muito, eu tento contribuir na vida também porque não basta ser só através dos seus personagens, a demanda é grande então temos que ter consciência que somos nós os agentes transformadores, então precisamos ter atitudes transformadoras. Eu acho que entro na perspectiva de uma mulher contemporânea que quer estar a par dos seus direitos e deveres, e acho que essa é uma via de mão dupla, tanto eu contribuo quanto tudo o que está ao meu redor contribui para o que eu levo para as cenas. Quais as maiores conquistas resultantes de seu notável engajamento social, ambiental e cultural no Brasil? Eu não diria as maiores conquistas, porque são tantas batalhas que nós vamos vencendo em grupo, unidos, por exemplo, através do movimento “Humanos Direitos”, que é um movimento em prol de dar visibilidade para causas relacionas aos Direitos Humanos no que diz respeito ao trabalho escravo, questão ambiental, proteção dos direitos da criança e do adolescente, dos índios e quilombolas. Procuramos lançar luz a essas questões que são esquecidas porque geralmente falamos de assuntos de campo. Po-
HOMENAGENS
demos utilizar a visibilidade que temos como artistas para ressaltar, comentar, e se solidarizar com essas causas tão importantes. Para maiores informações sobre o movimento, acessem através do site: www.humanosdireitos.org/. Como você vê o papel da Goiânia Mostra Curtas no contexto nacional de festivais de cinema? O Goiânia Mostra Curtas é um Festival que é um berçário de talentos que se reúne. Quando a gente fala berçário é porque geralmente é através dos Curtas que a gente percebe a linguagem de um diretor, a tendência de um diretor, quando um ator pode mostrar o seu trabalho, quando um fotógrafo pode fazer um experimento único. O Curta tem liberdade, então ele é muito necessário para alimentar a faísca dos bons roteiros, dos bons filmes. E quando você tem um Festival que prestigia o começo de tudo, é um Festival consciente, e quando ele perdura é porque ele é um Festival necessário, então me sinto extremamente honrada de receber essa homenagem, não só pela admiração que eu tenho pela equipe do Festival Goiânia Mostra Curtas, mas pela identidade. Eu sei que são pessoas que amam cinema e se depender deles acho que Goiás vai ter uma cena audiovisual cada vez mais solidificada, mais integrada no cenário brasileiro.
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HOMENAGENS
VINCENT CARELLI Cineasta e Indigenista
Cineasta, antropólogo e indigenista, Vincent Carelli fundou, em 1986, o Vídeo nas Aldeias, projeto que apoia as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais por meio da formação em audiovisual. Desde então, produziu uma série de 16 documentários sobre os métodos e resultados deste trabalho, que têm sido exibidos por televisões públicas em todo o mundo. Filho de pai brasileiro e mãe francesa, Carelli nasceu em Paris, em 1953, e mudou-se para São Paulo aos cinco anos. Graduou-se em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo e desde 1973 está envolvido com projetos de apoio a grupos indígenas no Brasil. Foi indigenista da Fundação Nacional do Índio; jornalista e repórter fotográfico free-lancer das revistas Isto é, Repórter Três e do jornal Movimento. Também atuou como editor fotográfico e pesquisador do projeto Povos Indígenas no Brasil do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI, sucedido pelo Instituto Socioambiental). No fim de 1979, fundou, com um grupo de antropólogos, o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), uma organização independente, sem fins lucrativos, destinada a apoiar projetos voltados aos indígenas. Foi Diretor do Programa de Índio da TV Universidade, em uma co-produção do CTI com a Universidade Federal do Mato Grosso. Toda essa bagagem se reflete na profundidade e relevância das pesquisas reveladas em sua filmografia. A Arca dos Zo’é (1993), um de seus primeiros filmes, foi premiado em diversos festivais, entre eles o 16º Tokyo Video Festival e o Cinéma du Réel. Em 2009, Carelli lança Corumbiara, grande vencedor do 37º Festival de Gramado (entre outros prêmios), sobre o massacre de índios isolados em Rondônia, primeiro filme de uma trilogia em desenvolvimento que traz seu testemunho de casos emblemáticos vividos em 40 anos de indigenismo no Brasil. Mar-
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tírio, filme consagrado que revela os percalços da luta pela demarcação das terras habitadas pelos Guarani-Kaiowá, é o segundo filme desta série, que se encerra com a realização do longa-metragem Adeus Capitão, trabalho em fase de desenvolvimento que narra a história do povo Gavião Parkatejê, que recuperou a autonomia política sobre seus territórios após quase serem extintos com a construção da hidrelétrica de Tucuruí e do complexo de minério de Carajás. Com sua mulher, a antropóloga paulista Virgínia Valadão (1952 - 1998), iniciou o projeto Vídeo nas Aldeias, em 1986. Criado no âmbito do CTI, o projeto promoveu, ao longo de mais de vinte anos, o encontro dos indígenas com suas imagens, transformando o audiovisual em uma poderosa arma de expressão de suas identidades, perpetuação de suas memórias e culturas, além de um fundamental instrumento de denúncia. Além de formar e equipar diversas comunidades indígenas para o audiovisual, o Vídeo nas Aldeias estimulou a troca de informações e de imagens entre as nações, que discutiam juntas as maneiras de apresentar suas realidades para o mundo. A trajetória de Vincent Carelli reflete a dedicação de toda uma vida ao audiovisual e às lutas indígenas no Brasil. Décadas de pesquisa, formação e aproximação com o Outro. Nas palavras de Jean-Claude Bernardet, “a filosofia da alteridade só começa quando o sujeito que emprega a palavra ‘outro’ aceita ser ele mesmo um ‘outro’ se o centro se deslocar, aceita ser um ‘outro’ para o ‘outro’. Carelli não só aceitou esse deslocamento com respeito e humildade, como se permitiu, tanto na esfera documental do cinema brasileiro e quanto na esfera pessoal do contato com diferentes nações indígenas, sair do centro (homem, branco, europeu) para que o Outro se tornasse o protagonista de sua própria história.
HOMENAGENS
Filmografia A festa da moça (diretor e diretor de fotografia, 18 min, 1987)
Boca livre no Sararé (diretor e diretor de fotografia, 27 min, 1992)
Segredos da mata (diretor e diretor de fotografia, 37 min, 1998)
Pemp (diretor, roteirista e diretor de fotografia, 27 min, 1988)
A arca dos Zo’é (co-diretor com Dominique Gallois e diretor de fotografia, 22 min, 1993)
Ou vai ou racha (diretor e diretor de fotografia, 31 min, 1998)
Vídeo nas aldeias (diretor, roteirista e diretor de fotografia, 9 min, 1989) O espírito da TV (diretor e diretor de fotografia, 18 min, 1990) Qual é o jeito Zé? (co-diretor com Murilo Santos, diretor de fotografia e editor, 15 min, 1990) Ninguém come carvão (co-diretor com Murilo Santos, diretor de fotografia e editor, 15 min, 1990) Antonio Carelli (diretor e diretor de fotografia, 10 min, 1991) Mieko e Kimiko (diretor e diretor de fotografia, 14 min, 1991)
Eu já fui seu irmão (diretor e diretor de fotografia, 32 min, 1993) Antropofagia visual (diretor e diretor de fotografia, 17 min, 1994) Yãkwa, o banquete dos espíritos (diretor de fotografia, 54 min, 1996) Programa de índio, 1, 2, 3 e 4 (diretor e diretor de fotografia, série, 4 episódios, 26 min. cada, 1995/1996) Placa não fala (diretor e diretor de fotografia, 26 min, 1996)
Índio na tevê (diretor e diretor de fotografia, 5 min, 2000 – série, dez episódios) Vídeo nas aldeias se apresenta (co-diretor com Mari Corrêa e diretor de fotografia, 33 min, 2002) Agenda 31 (co-diretor com Mari Corrêa e diretor de fotografia, 49 min, 2003) Jota Borges (diretor e diretor de fotografia, 12 min, 2004) Iauaretê, a cachoeira das onças (diretor e diretor de fotografia, 48 min, 2006)
De volta à terra boa (diretor, 21 min, 2008) Filmando Manã Bai (diretor, 18 min, 2008) Uma escola Hunikui (co-diretor com Zezinho Yube, Ernesto de Carvalho e Mari Corrêa 3 min, 2008) Corumbiara (diretor e diretor de fotografia, 118 min, 2009) Cineastas indígenas (diretor 30 min, 2010) Peixe pequeno (diretor 3 min, 2010) Tava, a casa de pedra (co-diretor com Ariel Ortega, Patrícia Ferreira e Ernesto de Carvalho, 78 min, 2012) O mestre e o divino (produtor, 78 min, 2013) Martírio (diretor, roteirista, som direto, imagens, 162 min, 2016)
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HOMENAGENS
ENTREVISTA COM VINCENT CARELLI A negociação entre quem filma e quem é filmado sintetiza a delicadeza e o fascínio do cinema documentário. Como a relação entre você e seus personagens se desenvolveu, ao longo do tempo? Quais os seus limites como documentarista? Creio que a principal marca do meu cinema é o fato dele ser um cinema compartilhado, traz uma proposição de interação, e muitas vezes de longo prazo. Sempre foi uma câmera aberta às proposições e sonhos dos povos com os quais ele interage, convoca a um protagonismo atuante, participativo. Vida e cinema andam juntos e misturados. Quando comecei a filmar, ou melhor, quando comecei o experimento do Vídeo nas Aldeias, procurei povos com os quais eu já tinha convivido, trabalhado, e depois ao longo dos anos fomos nos associando à pessoas que também gozavam de longa relação de confiança com os povos com os quais passamos a trabalhar. Portanto o cinema era mais uma forma de estar juntos, seja na celebração da vida, seja na luta por direitos. O meu limite? Eu descubro ele justamente quando eu vejo o trabalho das ou dos jovens cineastas indígenas, que revelam um olhar de uma perspectiva e uma intimidade (com as pessoas, com a língua, com os acontecimentos) que eu não posso ter, alem de encontrarem soluções narrativas originais que decorrem do próprio pertencimento a estes mundos. Em sua filmografia, percebe-se, além da vasta experiência de vida, uma profunda pesquisa. Quais são as principais marcas do seu cinema? Fazer cinema documentário é fazer pesquisa filmando, às vezes a narrativa do filme é o próprio ato da descoberta ao fazer o docu-
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mentário. Agora eu trabalho no universo dos povos nativos, que é um universo que eu conheço de vivência pessoal, e quando você vai para a pesquisa escrita você sabe do que é que está se falando. É possível desconstruir nosso olhar colonizante em relação aos índios? Quais as lições aprendidas por você em todos esses anos de dedicação ao desenvolvimento dos cinemas indígenas? O mínimo que a gente pode fazer para descolonizar o nosso cinema em relação aos índios é desenvolver um cinema de diálogo, feito de muita indagação e escuta, que lhes reserve um espaço de direção e fala em suas próprias línguas. Por isso a produção compartilhada. Da minha parte, não vejo sentido propor um filme que saia da minha cabeça, as idéias são gestadas no movimento da aldeia, mas histórias que fazem sentido para eles. Os cinemas indígenas feitos no Brasil, na sua opinião como formador, guardam diferenças e/ou semelhanças com os outros cinemas produzidos no país, para além das temáticas abordadas? Caso sim, quais são elas? Os cinemas indígenas trazem olhares próprios sobre as suas realidades que a gente desconhece tanto. A intimidade deste olhar já nos surpreende, acostumados que estamos de olhar para estas realidades com um olhar externo. O fato deles não trazerem uma cultura cinematográfica talvez lhes dê uma liberdade de desenvolverem estilos narrativos originais. Vejam por exemplo “Bicicletas de Nhanderu”, de Ariel Ortega e Patrícia Ferreira e coletivo, “Ava Yvy Vera, A terra do povo do raio”, de Genito Gomes e coletivo, ou a filmografia do povo Maxacali.
HOMENAGENS Qual o papel do audiovisual na perpetuação da memória de diferentes povos e culturas e no combate ao etnocídio? E o que você espera dos espectadores dos seus filmes? Sem dúvida, o grande interesse que os povos indígenas mostraram ao se apropriarem da sua própria imagem está ligada à questão da memória do seu patrimônio cultural. Em todos os casos, os recursos audiovisuais ensejam re-vivências e consultas aos mais velhos sobre conhecimentos e histórias mais diversas e pouco transmitidas, num quadro de mudanças culturais rápidas e profundas. Ao mesmo tempo que o cinema lhes proporciona um movimento de autoconhecimento, ele abre uma janela para serem reconhecidos, não como “índio”, esta categoria genérica, mas como um povo específico. E ser reconhecido, faz parte do processo de afirmação de identidade. Toda a produção do Vídeo nas Aldeias, seja minha, da equipe ou dos cineastas indígenas, tem na sua perspectiva o público indígena, entre outros. Irradiar experiências positivas no meio indígena. Para o público em geral um trabalho de sensibilização e entendimento mais profundo da história e da condição dos povos indígenas. O que falta ao nosso país para que os indígenas sejam tratados como cidadãos brasileiros em suas diferenças? Falta dar aos povos nativos um estatuto político que represente um pacto definitivo com o estado brasileiro, e não serem tratados como povos a serem controlados e subjugados e a quem se “concede ou retira direitos” ao sabor dos ventos e dos tempos. Enquanto permanecer a ditadura do capital, esta idéia subdesenvolvida de desenvolvimento, não há a menor chance disto acontecer e enfrentaremos tempos cada vez mais sombrios.
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17 Edições
10 Edições
12 Edições
4 Edições
Mostra nacional de cinema em cur-
Cinema Itinerante
Curso de formação e
Laboratório de fomento à pro-
capacitação
dução audiovisual no centro-oeste
Ação de qualificação profissional para o mercado do audiovisual em Goiás. Desde 2006, atua de forma complementar às atividades acadêmicas, com cursos ministrados em módulos conduzidos por profissionais atuantes no mercado audiovisual. Desde 2014, o projeto ganhou aprofundamento construindo o Núcleo de Desenvolvimento de Roteiros Audiovisuais.
Assessoria e consultoria para desenvolvimento de projetos originados na Região Centro-Oeste. Atividade de imersão, com atendimento coletivo e individual, em busca de aprimoramento no campo artístico e criativo, bem como no território da gestão e viabilidade econômica do produto audiovisual, para cinema e TV.
ta-metragem - Difusão e Circulação
Goiânia Mostra Curtas, festival de curta-metragem nacional, soma 17 anos contribuindo para a difusão, formação, circulação, produção e intercâmbio no audiovisual brasileiro. O festival destaca, anualmente, em suas diferentes mostras, as principais obras de curta-metragem a fim de apresentar a diversidade regional brasileira. Na programação, há, ainda, uma série de atividades paralelas como: palestras, debates, mesas-redondas, oficinas, cursos, lançamentos literários.
Estratégia de circulação e difusão alternativa de longas-metragens nacionais e curta-metragens. Exibido na telona, em praça pública, o filme chega até comunidades do interior de Goiás, que têm acesso restrito ou sem acesso às salas de cinema. Ação democratizante com o intuito de formar público de todas as faixas etárias, realizada pelo Icumam desde 2004.
Realização
www.icumam.com.br Fone: 62 3218 3779
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EQUIPE
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174 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
EQUIPE
EQUIPE Diretora: Maria Abdalla Diretora de Produção: Maria Abdalla Coordenação Técnica e Operacional - Teatro: Maurício Cruz Assistente Técnico e Operacional - Teatro: Maurício Filho Produção: Deivid Mendonça, Kassio Pires e Maria Abdalla Assistente de Produção: Mazé Alves Assistente de Produção Executiva: Deivid Mendonça Coordenação de logística: Alsscor Turismo Coordenação de Secretaria: Michely Ascari Credenciamento: Ana Paula Akino e Camila Borges Produção – Logística do Teatro: Fábio Teixeira Assistente de Produção – Logística do Teatro: Lyzza Cássia Assistente de Produção – Jantares: Douglas Vaz Assistente de Produção - Júri: Vitória Melo Assistente de Produção – Oficinas: Rodrigo Ungarelli Captação e Tráfego de Filmes: Luís Fernando de Sousa Coordenação de Projeção: Luís Fernando de Sousa Programação: Maria Abdalla Assessoria de Comunicação: Geovane Gomes, Lilian Cury e Luciana Nunes Design gráfico e Diagramação: Gabriel Godinho Website: Gabriel Godinho Stylist (apresentadoras): Mileide Lopes Assistente de stylist: Áureo Rosa e Rodolfo Brasil Hair e Make-up (apresentadoras): Jader Magalhães Registro Fotográfico: João Paulo Cardoso Fotógrafos: Diovanely Abreu e Carlito Fernandes Registro Audiovisual: Plural Imagem e Som Edição e finalização de making-of: Kam Filmes
Arte: Wes Gama Troféu Icumam: Gilvan Cabral VT e Vinheta: Paulo Caetano e João Pedro Caetano Música-tema: João Pedro Caetano Melodia original: Fausto Noleto Apresentadoras Curta Mostra Brasil: Andrea Cals Curta Mostra Goiás: Luciana Caetano Curta Mostra Animação: Ana Flávia Marcheti Curta Mostra Especial – Os Índios e o Cinema: Rita Carelli 16ª Mostrinha: Adriana Brito Curadoria Curta Mostra Brasil: Maria Abdalla Curta Mostra Especial – Os Índios e o Cinema: Rita Carelli Curta Mostra Animação: César Cabral Curta Mostra Goiás: Pedro Maciel Guimarães 16ª Mostrinha: Geórgia Cynara Curta Mostra Cinema nos Bairros: Maria Abdalla Agradecimentos: aos meus pais José Abdala e Luzia Azevedo (in memoriam) e à Fifi Cunha (in memoriam) Realização: Icumam
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176 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS Adriana Brito Alberto Nascimento Alexandre Jardim Ana Cláudia Sousa Ana Flavia Marcheti Ana Júlia Cury Cabral Andrea Cals Angélica Martins Antônio Almeida Antônio Leal Ariadne Mazzetti Ariene Ferreira Assunção Hernandes Ava Rocha Bárbara Sturm Belaine Claro Belém de Oliveira Beth Formaggini Beth Sá Freire Breno Alvares de Faria Pereira Caio Jardim Carlos Melo Carlos Roberto Pereira Carlos Wanderley Carol Terra Catherine Abdalla Cassiano Rodrigues César Cabral Chico Mattoso Cláudia Reis Claudio Avino Clévia Ferreira
Cristiana Gullo Dani Fiuza Daniela Haich Danilo Kamenach Débora Ivanov Delma Costa Denis Nielsen Denise Miller Di Moretti Dira Paes Edina Fujji Eduardo Meirinhos Eleonara Hsiung Eliane Pinho Elizabeth Cristina da Costa Elizabeth da Costa Eloá Souto Emerson Maia Erika Marques Fabrícia Ramos Freire Fernanda Hallak Fernando Coimbra Fernando Melo Flávia Guerra Flávia Torres Fred Siqueira Frederico Galvão Gerson Santos Gilvan Cabral Gilvana Bahia Glauciane Almeida Gustavo Condeixa
Helena Ribeiro Hermes Leal Igor Montenegro Isadora Soares de Melo Isael Maxakali Ivan Melo Ivo Cezar Vilela Jakelline Batista Jalles Fontoura Jeane Ramos Jefferson Rocha Joana Nogueira João Batista Silva João Henrique de Almeida Souza João Pedro Caetano José Arruda Júnior José Eduardo Siqueira Morais Joseph Andrade Julia Alves Kamilla Fernandes Karoline Otaviano Kleber Adorno Kleber Damaso Leandro Marcel Leila Bourdoukan Leo Wohlgemuth Lobo Letícia Gabriela Liana Bathomarco Correa Lidiane Ferreira Panazzolo Luana Lobo Luciana Adão Luiz Bannitz
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AGRADECIMENTOS Luiz Novo Magali Wistefelt Maísa Souza Mara Roberta Marcela Lordy Marco Schroeder Marconi Perillo Marcos Campello Marcos Torres Margot Brandão Maria Abadia Haich Mariana Brasil Mariana Mantovani Mariana Ribas Marici Vila Marisete Naves Milleide Lopes Miriam Birdeman Mylena Mandolesi Nasr Chaul Olívio Costa Orlando Afonso Vale do Amaral Patrícia Mercês Patrícia Oliveira Patrícia Teles Paulo Caetano Pedro Maciel Guimarães Pedro Novaes Priscila Santos Ralf Ortega Raquel Hallak Raquel Teixeira
180 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
Reinaldo Nogueira Orlando Afonso Valle do Amaral Renan Ribeiro Renata Naves Rita Carelli Rodolfo Brasil Rodrigo Arajeju Rodrigo Roriz Rozaura Romano Ruth de Souza Sabrina Del Bianco Sara Andrade Sérgio Pato Sergio Sá Leitão Sidênia Freire Sílvia Cristina Garcia Suely Maxakali Suzani Sousa Thiago Dottori Valter Sales Filho Vera Naves Vereadora Cristina Lopes Afonso Vicent Carelli Victor Cadillac Wadih Elkadi Wes Gama Zita Carvalhosa
AGRADECIMENTOS
Índice
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 181
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
3
CINE TEATRO GOIÂNIA
5
PROGRAMAÇÃO
7
ABERTURA
21
ENCERRAMENTO
27
CURTA MOSTRA BRASIL
31
CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO
45
CURTA MOSTRA GOIÁS
53
CURTA MOSTRA ESPECIAL
61
HOMENAGENS DA CURTA MOSTRA ESPECIAL - OS ÍNDIOS E O CINEMA
71
16ª MOSTRINHA
79
CURTA MOSTRA CINEMA NOS BAIRROS
85
CURADORIA
91
PREMIAÇÃO
99
JÚRI OFICIAL
107
OFICINAS
113
12º CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL – ETAPA 2
119
MESA
127
DEBATE
135
ENCONTROS
143
LANÇAMENTOS LITERÁRIOS
149
HOMENAGEM DA 17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS
155
EQUIPE
171
AGRADECIMENTOS
175
17ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS 183
parceiros
APOIO LOCAL
APOIO GASTRONÔMICO
REALIZAÇÃO
PATROCÍNIO
Colaboradores
REALIZAÇÃO
Incentivo
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