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Há sete anos, por muitas mãos Há sete anos, por muitas mãos
Por Por Sérgio Papagaio
No dia 5 de novembro de 2015, houve uma grande transformação, rebentou uma barragem, credo em cruz, que levou 19 vidas acesas, impediu uma de vir à luz. Pra contar estas verdades, de gente, peixe, rio, bicho e mato sem esconder nenhum fato, criou-se o Jornal A SIRENE, pra lembrar que a barragem estourou sem o menor pudor, e a sirene não tocou.
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O jornal A SIRENE, criado pela população, foi feito a muitas mãos, Um Minuto de Sirene, junto da Nitro, com apoio da Arquidiocese de Mariana e da UFOP, juntou os atingidos numa grande constelação, pra contar a história triste que começou seu conto verídico desde a ocasião, que já dura sete anos de dor e insatisfação.
Uma história diferente de muitas outras, pois é escrita e contada pela população afetada, que, de tanto ser sofrida, não aceita esta denominação, e se autodenomina comunidade atingida. É tanta dor no coração, pois esperam há mais de sete anos pela tal reparação, que contempla uma meia dúzia, deixando insatisfeita pra mais de um milhão, pois o crime se repete a cada dia que passa, sempre adicionando um aumento nesta massa.
Descobrindo através dos dias que vêm, nova gente atingida neste trem, fazendo um jornal quase sem recurso, com apenas alguns vinténs. Inverso do jornal da Renova que, além da plagiação, conta com uma grande quantidade de milhão sem o menor compromisso com a verdade e nem com a reparação.
E o Jornal A SIRENE, que é a voz que o povo tem, nos fala que por essas beiras de rios que trouxeram a lama, meu bem, num ficou ninguém sem ser atingido e nem atingida também. E afirma, sem fazer consternação, que, se ficar apenas uma pessoa atingida sem passar pela reparação, o ato não terá dado certo, pois a grande nação de atingidos e atingidas tá tudo no mesmo balaio e, por essa igualdade, qualquer um ou uma que ficar de fora será, pra nós, uma grande maldade. E a reparação, pra ser certa, não terá a menor possibilidade.