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Loteamentos e condomínios fechados se espalham pelo interior de São Paulo
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O 2º Festival Literário de Catanduva (Flica) tem atividades gratuitas no Sesc, de 25 a 28 de agosto
no 31 | Agosto de 2015 Basquete
Projeto conduzido por jovens atletas amadores da cidade concilia esporte com ações sociais
Mobilização contra a tarifa Ação movida por 12 sindicatos pede a revogação do reajuste nas passagens de ônibus, que subiram de R$ 2,50 para R$ 3,00, e o cancelamento do contrato entre a Prefeitura e a concessionária do transporte público
2 Editorial
Democracia, um bem maior Vivemos tempos sombrios na política brasileira. A confusão que ocorre entre manifestação de pensamento e oportunismo pela derrocada da democracia é de deixar qualquer pessoa com um mínimo de lucidez preocupada com as notícias do Planalto. Não é o melhor momento da nossa economia após uma década frutífera para todos, com valorização do salário mínimo, ampla oferta de empregos, programas sociais de distribuição de renda aquecendo o mercado, para ficar apenas no que sempre foi mais aparente e sensível. Agora, os efeitos da crise econômica mundial chegaram ao país. O que fora chamado de “marolinha” pelo ex-presidente Lula veio como um tsunami para o colo da presidenta Dilma. É difícil assimilar como a sua equipe econômica trabalha para retomar o crescimento do PIB, sobretudo pelo peso que jogam nas costas dos que estão no andar de baixo, mas não é por este motivo que iremos confundir alhos com bugalhos. É compreensível o descontentamento de muitos brasileiros que, desiludidos ou carentes de experiência política, participam
desse novo formato de manifestação política, realizada aos domingos, com todos vestindo roupas verdes e amarelas (mais próxima a uma festa do que a um protesto). Ainda que seja importante discutir quem financia os grupos organizadores supostamente apartidários, que marcham lado a lado com defensores do golpe militar, e têm lideranças com boas relações com Eduardo Cunha (PMDB), Aécio Neves (PSDB), Jair Bolsonaro (PP) e outros políticos tarimbados. O que não é possível admitir, porém, é qualquer afronta ao regime democrático. O nosso modelo representativo tem se mostrado falho, mas a sua essência é o que nos permite a livre organização e as manifestações de rua. É preciso respeitar as regras deste jogo. Saber perder faz parte da democracia. Reivindicar melhorias, também. Mas é leviano quem pede o impeachment de Dilma porque discorda de sua política, tentando associá-la sem provas ao caso da Petrobras. Isso é, no mínimo, um golpe branco! E já não há mais espaço para golpes no Brasil. É preciso combater o bom combate, respeitando o regime democrático e o voto popular.
EXPEDIENTE REDE BRASIL ATUAL – CATANDUVA Editora Gráfica Atitude Ltda. Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo e Guilherme Gandini Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa – Guilherme Gandini Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100 Tiragem 12 mil exemplares Distribuição Gratuita
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Em casa, no carro, no ônibus: sintonize a rádio que fala a sua língua.
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Catanduva Mobilidade urbana
Em ação, sindicatos rechaçam aumento na tarifa e exigem melhorias no transporte público municipal 12 entidades condenam a qualidade do serviço e afirmam que aumento de R$ 2,50 para R$ 3,00 inviabiliza o uso pelos trabalhadores
Guilherme Gandini
O
aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,50 para R$ 3,00 incomodou os trabalhadores catanduvenses. A empresa Jundiá Transportadora decidiu alterar os valores após audiência de conciliação com a Prefeitura, alegando que o preço anterior não era capaz de cobrir as despesas da companhia. O aumento de 20% nas passagens municipais fez com que 12 sindicatos unissem forças para ajuizarem uma ação civil pública. Nela, destacaram a precariedade do sistema de transporte coletivo, solicitando o cancelamento do reajuste e a rescisão do contrato entre o município e a concessionária Jundiá Transportadora. De acordo com o advogado dos sindicatos, Wilton Luís de Carvalho, o acordo entre as partes não é legal. “O reajuste na tarifa do transporte público só pode ser autorizado mediante apresentação de planilha orçamentária que justifique tal situação, e assim determine a alteração de valor. Nunca por um simples acordo”, afirmou. O não cumprimento de cláusulas contratuais é outro argumento da ação movida pelos sindicatos. Alguns dos itens apontados no documento têm base em investigação feita pela Comissão Especial de Vereadores (CEV), instituída pela Câmara Municipal para apurar eventuais irregularidades no transporte coletivo. “Pelo contrato, os ônibus deveriam ter menos de cinco anos de uso, mas não é essa a realidade. O texto ainda estabelece número específico de veículos, linhas atendidas e total acessibilidade, porém, não há essa frota em operação na cidade”, revelou Paulo Franco, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região (uma das entidades que assinaram a ação).
Além da questionável qualidade do serviço, o novo valor da tarifa inviabiliza o uso diário dos ônibus pelos trabalhadores. O argumento é da sindicalista Maria Amélia Pereira de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos. “Com o novo valor, o transporte público consome 17% do salário de quem ganha um salário mínimo, tornando-se inviável”, pontuou. Promessa de campanha do prefeito Geraldo Vinholi (PSDB) – até agora não cumprida – , a tarifa subsidiada é defendida por Reginaldo Borges, o Alemão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Catanduva e Região (Sintramcat). “Muitos trabalhadores não têm mais condições de usar ônibus e estão sendo forçados a ir a pé para o emprego. A Prefeitura deveria subsidiar pelo menos R$ 0,50 de cada passagem”, propõe.
Sol e chuva no ponto da USF do bairro Pedro Nechar No ponto de parada da Unidade de Saúde da Família (USF) Dra. Gesabel Clemente de La Habla, no bairro Pedro Nechar, os usuários enfrentam as intempéries climáticas, pois apenas uma placa identifica o local. A educadora Jaqueline Ferreira reside em frente ao ponto e relata que vê muitos idosos e pessoas com necessidades especiais embaixo do sol e da chuva aguardando o transporte público. “Abrimos o portão da garagem para que eles possam se proteger”, revelou. Para ela, além da instalação de uma cobertura, o tempo de espera dos ônibus, de 40 a 45 minutos, deve ser reduzido. “É um absurdo pagar R$ 3 no transporte que temos. Aumentou, mas não houve melhorias. Trabalho em escola e gasto R$ 180 com ônibus ao mês, algo difícil de tirar do salário”, criticou.
Sindicatos
Assinam a ação civil pública o Sindicato dos Bancários, Sintramcat, Simcat, Sindicato dos Trabalhadores Domésticos, Sincomerciários, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Empregados da Saúde, Sindicato da Alimentação, Apeoesp, Associação dos Aposentados e Pensionistas do Setor de Alimentação e a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Catanduva.
4 Urbanismo
Condomínios fechados se espalham pelo interior de SP
Com medo da violência, moradores buscam segurança privada e conforto; especialistas comentam causas e miram soluções para evitar avanço desenfreado dos loteamentos
O
s condomínios ou loteamentos fechados tornaram-se verdadeiros redutos de proteção e exclusividade para as classes média e alta no Brasil. Em São Paulo, moradores apontam esse estilo de vida como a solução diante da violência, que teria migrado da capital para as pequenas e médias cidades do interior.
Por Giovanni Giocondo Esses espaços proliferam de forma veloz e são quase sempre dotados de infraestrutura de lazer, entretenimento, segurança e até mesmo serviços. Para especialistas, tal aparato desestimula as pessoas a deixarem o local para realizar outras atividades ou as força a utilizarem veículo particular para qualquer deslocamento além dos muros.
A blindagem e a desigualdade O contador Wilson Morelli, de 48 anos, é síndico da associação que administra o loteamento Jardim dos Flamboyants, em Jaú, desde o início de 2015. O condomínio tem 364 lotes, 60% deles ocupados por casas. Há três anos, ele trocou uma residência na região central da cidade em busca de mais segurança, privacidade e qualidade de vida para sua família. “Nós temos portaria 24 horas, ronda noturna, vigilantes próprios. Eu acredito que seja uma tendência as pessoas irem viver em condomínios fechados por conta da segurança, já que os índices de criminalidade têm crescido muito em nossa região”, esclarece Wilson. A justificativa é a mesma da jornalista Lidiane de Oliveira, 30, e de seu marido, o radialista Anselmo Man-
zano, 40. O casal mora no Residencial Flamboyants, um condomínio fechado na área urbana de Bauru, onde vivem cerca de 1.000 pessoas. “Eu fui assaltada no apartamento onde morava e por isso resolvemos vir para cá. Imaginei que viver em um espaço mais isolado pudesse me dar, ao menos, maior sensação de segurança”, ressalta. Anselmo acredita que essa tendência favorece uma espécie de “feudalização moderna” e colabora para evidenciar desigualdades sociais. “Em Bauru existe um loteamento de alto luxo ao lado de uma favela. As mansões despejam todo o esgoto e lixo que produzem nessa comunidade. Isso é uma afronta à vulnerabilidade de pessoas que já vivem em condições subumanas”, critica.
os condomínios fechados têm grandes efeitos na vida de seus habitantes, especialmente nas crianças, que costumam criar uma divisão muito forte entre quem é ‘de dentro’ e os ‘de fora’
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Catanduva
Adriano Kitani
Em busca do sonho de consumo
O analista de e-commerce Bruno Santana, 32, vive em uma casa em Guarulhos, na Grande São Paulo, mas gostaria de se mudar para um loteamento fechado no interior, pensando na criação dos filhos. “Aqui, quase nenhuma rua te dá tranquilidade de deixar as crianças brincarem como a
minha geração brincava”, lamenta. Para ele, as áreas comuns de lazer de um loteamento facilitam a convivência entre os mais novos. “Eu acho que as crianças ficariam mais à vontade em um lugar como esses [loteamentos fechados], sem o risco de serem atropeladas, por exemplo.”
O mal-estar, o sofrimento e o sintoma De acordo com a geógrafa argentina Sonia Roitman, citada pela socióloga Caroline de Quadros em sua dissertação de mestrado, “os condomínios fechados têm grandes efeitos na vida de seus habitantes, especialmente nas crianças, que costumam criar uma divisão muito forte entre quem é ‘de dentro’ e os ‘de fora’ (...) e podem desenvolver agorafobia [medo de lugares abertos]”. O psicanalista Cristian Dunker tratou do tema em seu livro Mal-Estar, So-
frimento e Sintoma: Uma Psicopatologia do Brasil entre Muros, lançado em 2015. Na obra, Dunker revela que as pequenas diferenças se amplificam no loteamento fechado, gerando uma guerra de “todos contra todos entre iguais”. O psicanalista atesta que a lógica do condomínio na sociedade brasileira “organiza as maneiras de as pessoas sofrerem” e “inventa uma forma de vida comum sem a existência de uma verdadeira comunidade”.
O avanço desenfreado dessa forma de moradia e as táticas para interrupção
Em Bauru existe um loteamento de alto luxo ao lado de uma favela. As mansões despejam todo o esgoto e lixo que produzem nessa comunidade.
Somente em 2014, o Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Grapohab) aceitou 514 solicitações para a construção de loteamentos fechados no Estado de São Paulo, em um total de 148.221 lotes. Os dados são da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo (Aelo). Segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), entre 2009 e 2011 surgiu um condomínio a cada cinco dias em municípios da Grande São Paulo. A urbanista Paula Santoro, em sua pesquisa de mestrado, verificou que 28 em 100 municípios paulistas, entre 2001 e 2008, aprovaram leis que permitiam a existência de “loteamentos fechados”, mesmo sem a existência dessa figura jurídica.
“Os condomínios afetam negativamente a democratização do espaço urbano, privatizando áreas públicas e restringindo seu acesso. A cidade perde seus espaços de encontro, de tolerância e de diversidade em prol de um ‘consenso’ equivocado, de que ‘fechar-se é desenvolver-se’”, explica. Uma das propostas da urbanista para impedir o avanço dos condomínios pelo interior é introduzir instrumentos que limitem o tamanho desses espaços nas leis de zoneamento, similares ao projeto que vem tramitando em São Paulo, ou mesmo exigir dos loteamentos a construção de habitações de interesse social nas proximidades, exemplo que faz parte da revisão do Plano Diretor de Curitiba, no Estado do Paraná.
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antena atual
o que acontece no mundo você confere aqui
Em 13 de agosto, a presidenta Dilma Rousseff (PT) se encontrou com representantes de movimentos sociais, que reafirmaram seu compromisso com a democracia, mas contestaram as consequências do ajuste fiscal nos programas sociais e nos direitos trabalhistas.
Flica inunda Catanduva com cultura no fim do mês O 2º Festival Literário de Catanduva (Flica) terá contação de histórias, bate-papo sobre autores brasileiros, releituras de contos, exposição, palestra, teatro e danças típicas, oficinas literárias, cordel, trovadores e cinema. As atividades ocorrem de 25 a 28 de agosto, no Sesc Catanduva, com entrada franca.
Internautas compartilharam nas redes sociais algumas imagens das manifestações contra o governo federal, ocorridas no dia 16 de agosto, destacando erros ortográficos na redação das faixas. Acima, observa-se o equívoco na palavra “foje”, que deve ser grafada com a letra “g”, e no acento agudo na letra “a”, que requer o uso da crase.
sem ruídos
“A televisão no Brasil se dedicou a construir uma espécie de país que não é verdadeiro. O ‘Fantástico’ trata dos assuntos com uma falsa verdade, na minha opinião. Até quando diz que uma coisa é verdade, parece entretenimento, uma coisa bobinha, engraçadinha”, disse o ator Pedro Cardoso em entrevista ao jornalista Mauricio Stycer, do portal de notícias UOL.
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© Revistas COQUETEL
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Local que oferece serviços como Sentimenmanicure, pedicure, limpeza de to ausente pele, depilação e tra- Enconno tamento para celulite carrasco trada Sucesso de Ivete Sangalo (2009)
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Por Enio Lourenço Detalhe sensual de blusas em V Região administrativa do DF
"(?) Today", jornal dos EUA
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Érika Palomino, jornalista brasileira
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Acreditar
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feito da capital paulista, o petista Fernando Haddad, tem acertado e errado nas ações de mobilidade urbana. Errou quando não foi a fundo para desbaratar a máfia do transporte público após a auditoria dos contratos, aceitando a margem de lucro das empresas que controlam e determinam as linhas e os giros das catracas. Por outro lado, tem acertado na ampliação das faixas exclusivas de ônibus, na implementação das ciclovias, e agora na redução da velocidade dos automóveis nas marginais do Rio Tietê e do Rio Pinheiros, visando maior segurança na cidade, que registrou três acidentes a cada hora em 2014, segundo dados da CET. Muitos gostam de dizer que na Europa tudo funciona ou que os europeus são mais civilizados. Alguns ainda lembram que no Velho Mundo as diversas classes sociais usufruem juntas do transporte público, das ciclovias e possuem maior qualidade de vida. Mas aqui, talvez esses mesmos sejam incapazes de perder três ou quatro minutos a mais dentro de uma lata de uma tonelada, que geralmente transporta uma única pessoa. Ações cidadãs deveriam estar para além do vermelho versus azul. Viver em sociedade é complexo, exige tolerância, debate, respeito. Ninguém disse que é fácil. Mas precisamos saber aonde queremos chegar (e com qual meio de transporte).
Os 22 cm entre o polegar e o mindinho
3/eco — usa. 4/éreo — riot. 5/scene. 10/cadê dalila — taguatinga.
Vivemos um momento de partidarização da vida no Brasil. Dependendo do que você falar, logo poderá ser taxativamente chamado de petista ou tucano, mesmo não concordando com todas as políticas do PT ou do PSDB. Não estou falando de criticar diretamente a política econômica do governo federal, que tem onerado os trabalhadores com a �lexibilização de direitos trabalhistas – uma proposta, por sinal, semelhante à do candidato derrotado no segundo turno da eleição presidencial em 2014 –, enquanto os mais ricos passam imunes à crise (já não se fala mais em taxar heranças e fortunas). Tampouco o foco aqui é sobre a lógica perversa do governo do Estado, que sucateia sistematicamente a educação pública em São Paulo; que tem feito com que milhares de paulistas enfrentem um racionamento velado de água desde o ano passado; ou ainda do sistema de segurança pública repressivo, bárbaro aos mais pobres das periferias. Esses são debates políticos e essencialmente ideológicos. O ponto em questão são as agendas positivas, aquelas que deveriam ser vistas como suprapartidárias, para um convívio social mais harmonioso e cidadão. Propositalmente, parte da opinião pública mina a ideia de consenso em gestão pública, acirrando essa dualidade a níveis que remetem a uma paródia da Guerra Fria. O trânsito na cidade de São Paulo é sintomático para esta re�lexão. O pre-
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8 Basquete
Time amador marca “cesta de solidariedade” Atletas de Catanduva formaram o Saturday Hoopz Brothers, equipe que mescla atividade esportiva com ações assistenciais
Guilherme Gandini
Superação em família
E
Por Guilherme Gandini
m janeiro de 2014, jovens de Catanduva fundaram o Saturday Hoopz Brothers, a equipe que junta basquete com ações assistenciais. Com cerca de 40 jogadores amadores que estavam afastados do esporte, o “Hoopz” (apelido dado ao basquete pelos jovens norte-americanos) treina três vezes por semana e realiza jogos amistosos contra outras equipes da região. “Começamos a procurar um espaço para jogar basquete e descobrimos que não é fácil achar locais adequados. Depois de algum tempo, graças à nossa atuação no setor social, a gente conseguiu a liberação da quadra de esportes do bairro Gaviolli”, relembra Júlio de Faris, idealizador do projeto. Cada participante da equipe contribui com R$ 10 mensais para manter as atividades do grupo e cobrir pequenos gastos. “O foco é jogar bas-
quete e participar das ações. Quem pode contribui com mais e vamos cumprindo o nosso papel”, diz Júlio. A instituição da mensalidade possibilitou que o grupo realizasse doações a entidades e projetos assistenciais. No final do ano passado, a creche Irmã Sheila, que atende cerca de 90 crianças, foi beneficiada pelo Hoopz com a distribuição de brinquedos e partidas de basquete entre os mais novos e os “grandões”. “Nosso intuito é divulgar o basquete e atrair outras pessoas. A gente aproveitou a energia dos atletas para fazer ações sociais. Quando olharem pra gente e pensarem ‘que molecada bacana, fazem tudo isso e ainda jogam basquete’, talvez queiram conhecer o esporte”, conta o idealizador. O próximo objetivo do Hoopz é selecionar adolescentes de 12 a 17 anos para montar uma categoria de base que disputará torneios federados.
Revelação do Hoopz
Uma luz começou a brilhar no elenco do Hoopz. Ela vem do ala Lucas Oliveira de Souza, 17, que deseja se tornar jogador profissional. “Além dos treinos, eu estudo bastante e vasculho a Internet para me aprimorar no esporte”, conta. O jovem concilia estudo, trabalho e esporte, mas pretende conseguir uma bolsa-atleta para se dedicar mais ao basquete.
A história de Leandro de Carvalho, 33, traduz a força do projeto esportivo e social do Hoopz. Portador de uma doença considerada idiopática (de origem ainda desconhecida pela medicina), que eleva sua pressão intracraniana e deixa sequelas a cada crise, ele tem no grupo o apoio para contrariar prognósticos. “Se você perguntar para qualquer um daqui, ele vai falar que o Hoopz é uma família, porque vai para fora das quadras. É uma estrutura social diferenciada, que tem transparência, ética, moralidade e outros tantos valores”, avaliou Leandro. Ele chegou a passar nove meses em uma cadeira de rodas após uma hemiplegia na perna esquerda. Nessa época, os colegas de time passaram a visitá-lo no hospital e, depois, entraram de vez em sua vida, levando-o para consultas médicas, fisioterapia, faculdade, festas. “Eles não são amigos, são irmãos. Eu quase desisti, cheguei a passar todo um projeto para eles tocarem no Hoopz, caso eu morresse”, lembrou. A recuperação se deu em uma clínica para atletas lesionados em Rio Verde (GO), quando voltou a andar após 45 dias de tratamento. “Os médicos não sabem como”, afirma. O passo seguinte veio com os tratamentos alternativos, sempre estimulado – e transportado – pelos amigos. “Eles me mantiveram vivo e com esperança. Os apoios da minha esposa e dessas pessoas me dão força para continuar lutando, mesmo sem os médicos terem identificado as causas, e eu tendo que fazer punções lombares extremamente doloridas, que me deixam sem andar durante dias”, conta. Leandro resume a sua relação com o Hoopz: “É muito amor, muita energia boa e positiva envolvida”.