distribuição gratuita
Itariri
/jornalbrasilatual
Imigração
Novos povos que chegam ao país são tratados com preconceito por antigos colonos
@jorbrasilatual
(11) 7757-7331
no 27 | Setembro de 2015
Habitação
Coordenador do MTST critica avanço da especulação imobiliária e propõe alternativas
Dinamérico
inelegível Ex-prefeito teve contas do exercício do ano de 2012 reprovadas pela Câmara Municipal, e agora não pode se candidatar nos próximos oito anos
Esporte
Jovens skatistas pleiteiam espaço adequado para a prática esportiva, além do respeito da população
2 Editorial
Congresso irresponsável sabotou o país no primeiro semestre Depois de um primeiro semestre tumultuado no cenário político nacional, muitas conclusões acerca da incapacidade do governo federal em lidar com as crises (política e econômica) foram bradadas aos quatro cantos do país. A composição de um ministério pouco harmonioso, que abriga lideranças ruralista, do mercado financeiro, de grupos fundamentalistas religiosos, era o prenúncio dos conflitos de interesses que a presidenta Dilma teria de administrar, sobretudo após seu apelo popular para se eleger no segundo turno da eleição, sem aventar uma caminhada ao lado desses setores. A debilidade foi tamanha nessa primeira metade do ano, que o vice-presidente Michel Temer também ganhou espaço, tornando-se o articulador político na tentativa permanente de acalmar os ânimos acirrados presentes na Câmara e no Senado (ambos presididos por seus correligionários do PMDB). Este é o cerne da discussão: são desmedidas as críticas ao governo quando comparadas ao pouco que se fala sobre a sabotagem do Congresso Nacional fisiológico, que funciona na base da barganha e do clientelismo, misturando o público com o privado. O deputado Eduardo Cunha e o senador
Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, decidiram como bem entenderam as pautas “importantes para o Brasil” que seriam votadas. É o caso do PLC 30/2015, que tramita no Senado e pode acabar com a CLT, possibilitando a terceirização de toda e qualquer atividade trabalhista. É importante recordar que o Congresso Nacional é composto por vários parlamentares empresários e ruralistas; lá, quase não há mulheres, negros, indígenas ou jovens. Um contraste gritante com o que é a sociedade de fato. E é este modelo excludente que gira a engrenagem da corrupção, a inimiga nacional combatida aos domingos, uma vez que o modelo de financiamento das campanhas eleitorais permite doações milionárias de empresas, as patrocinadoras que depois cobram os juros do empréstimo. Se o governo federal tem sido pouco hábil em gerir as crises, as duas Casas do Povo, até então, somente aprofundaram o momento delicado do país. Porém, dizem que é nessas horas que a criatividade aflora. Reinventar a nossa democracia representativa, de forma que ela amplie a participação popular direta, pode ser a maior vitória desses anos difíceis.
Expediente Rede Brasil Atual – Itariri Editora Gráfica Atitude Ltda. Diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo Editor de Arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa Giovanni Giocondo Telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEP 01011-100 Tiragem 5 mil exemplares Distribuição Gratuita
Além da edição impressa, acompanhe também o Brasil Atual no Facebook
www.facebook.com/jornalbrasilatual
3
Itariri Imigração
Estrangeiros nem sempre encontram recepção amistosa em nosso país Moldado por imigrantes, Brasil ainda se encontra despreparado para receber outros povos
C
Por Giovanni Giocondo
onstruído com a ajuda de imigrantes de diversas nacionalidades, o Brasil vem recebendo a cada dia um novo fluxo de estrangeiros, que fogem das guerras e da miséria de todo o mundo, em busca de trabalho digno. Nas últimas semanas, o continente europeu ficou em evidência por muitos de seus países ainda resistirem a abrigar refugiados do norte da África e do Oriente Médio. Por aqui, de meados do século XIX até o início do século XX, os municípios do interior de São Paulo foram destacados pontos de acolhida aos imigrantes, sobretudo de procedência europeia, e seguem, ainda, sendo o destino de muitos cidadãos de todo o mundo.
Peruanos, bolivianos, haitianos, sírios e africanos de diversas nacionalidades representam algumas das novas imigrações que chegam ao Brasil. Segundo Tania Rocio Illes, artista plástica peruana e coordenadora executiva do Comitê de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHCI), esses imigrantes “têm muito potencial e capacidade para colaborar com o desenvolvimento do país”. A recepção aos novos imigrantes dada pelos brasileiros herdeiros dos refugiados de ontem, no entanto, nem sempre é amistosa. Agressões verbais, físicas e casos de racismo são comuns. “Acredito que tem a ver com o fato de que, naquela época, os europeus brancos eram bem-vindos, enquanto negros e indígenas são discriminados
por serem considerados ‘diferentes’ e ‘inferiores’”, constatou Tania. Esse fluxo imigratório tende a aumentar em meio à turbulenta conjuntura europeia. A resistência e a violência com que alguns governos tratam os refugiados emergem de maneira contraditória. A Hungria, que tem negado veementemente a entrada de estrangeiros em seu território, teve 100 mil refugiados migrando para o Brasil após a dissolução do Império Austro-Húngaro, no fim da 1ª Guerra Mundial, em 1918. Já o governo brasileiro tem se mostrado mais solidário à causa. Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 10 de setembro, a presidenta Dilma Rousseff (PT) disse que o país está “de braços abertos
para acolher os refugiados e oferecer-lhes esperança”. Nesse sentido, tramita na Câmara dos Deputados a nova Lei da Imigração, de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB). O PL 2615/2015 é considerado “progressista” por garantir mais direitos sociais e regularizar a situação dos estrangeiros, em contraponto ao Estatuto do Imigrante, de 1980. Para Tania Illes, que trabalha no Brasil há 12 anos, “a legislação é fruto de muitos anos de luta dos imigrantes”. “O Brasil ainda precisa avançar nas políticas públicas que auxiliem os estrangeiros com o idioma, a assistência social e desburocratizem a política migratória, que é o principal empecilho para que eles permaneçam aqui”, salientou.
Imigração em Itariri Os japoneses começaram a chegar à cidade em 1913, após a construção da Ferrovia Santos-Juquiá. Cerca de 20 famílias se instalaram nos distritos de Ana Dias e Cedro, e passaram a cultivar banana e a exercer a pesca. Os herdeiros dos orientais possuem uma comunidade ativa no Vale do Ribeira, que organiza uma feira anual de folclore.
Fotos: Arquivo Memorial do Imigrante, Laura Daudén e Fabio Arantes
Solidariedade e “confronto de gerações”
4 Habitação
Líder do MTST critica especulação imobiliária, que avança por todo o país
Em seminário, Guilherme Boulos propôs ações para conter déficit habitacional e reverter lógica atual sistência da população mais pobre, “que não aceita ser excluída”. Organizados de forma espontânea ou via movimentos sociais, esses trabalhadores, segundo ele, lutam contra a “lógica da expulsão e da segregação” para as periferias. Esses embates foram a tônica do seminário ministrado pelo líder dos sem-teto no curso “A cidade do capital e o direito à cidade”, realizado na última semana de agosto pelo Instituto Pólis em parceria com o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Ceseep).
Do centro para a periferia das cidades de médio porte O coordenador do MTST lembrou que, nas últimas décadas, aumentou o número de bairros carentes e mais distantes dos centros das cidades de médio porte do interior (além das metrópoles) sem que houvesse a expansão de serviços públicos básicos para essas novas regiões. “Simultaneamente, casas e prédios antigos das regiões centrais são abandonados pelos proprietários, nos moldes idênticos aos das capitais. É um formato de crescimento das cidades que parece natural, mas que, na verdade, reproduz interesses econômicos e sociais das elites, despejando os mais pobres para as periferias em loteamentos sem infraestrutura”, apontou Boulos. Segundo ele, os proprietários utilizam os espaços vazios disponíveis entre as periferias e o centros
para obter a supervalorização dos imóveis. Uma das alternativas para conter a “especulação imobiliária” seria adotar o IPTU progressivo, instrumento previsto no Estatuto das Cidades, que garante a desapropriação de espaços que não cumprem com sua função social. “Também é preciso requalificar esses locais para a moradia popular, garantindo o uso dos imóveis para a locação social, além de fazer uma nova lei do inquilinato. O aluguel é um tema de interesse público”, destacou Boulos. Segundo dados do Ministério das Cidades, coletados em parceria com a Fundação João Pinheiro, o Brasil tinha 5,4 milhões de famílias sem lugar para morar em 2012. Em 2010, o IBGE registrou mais de 6 milhões de imóveis ociosos no país.
É um formato de crescimento das cidades que parece natural, mas que, na verdade, reproduz interesses econômicos e sociais das elites, despejando os mais pobres para as periferias em loteamentos sem infraestrutura
Ben Taverner
A
moradia digna é um direito social do ser humano e, no Brasil, uma garantia constitucional. Na opinião de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a moradia sempre foi tratada no país como mercadoria pelo poder público e pelo capital imobiliário (construtoras e incorporadoras), que controlam a gestão do tecido urbano. Para Boulos, esse direito jamais foi negado sem que houvesse re-
Prós e contras do programa Minha Casa, Minha Vida Lançado em abril de 2009 pelo governo federal, o programa Minha Casa, Minha Vida já entregou mais de 2,3 milhões de moradias, subsidiadas pela Caixa Econômica Federal, para atender às demandas da população de baixa renda. Boulos concorda com a importância do programa para os mais pobres, mas pensa que ele apenas “enxuga gelo”, pois não cobre o déficit habitacional e atende aos interesses
das grandes construtoras, que recebem valores fixos para erguer residências de baixa qualidade em terrenos desvalorizados nas periferias. “Defendemos o fortalecimento da gestão direta pelos moradores, como acontece no Minha Casa, Minha Vida Entidades. Com os mesmos recursos, eles [beneficiários] fazem projetos melhores do que os das construtoras, porém representam apenas 2% de todo este programa”, explicou.
5
Itariri Política
Ex-prefeito Dinamérico tem contas reprovadas e fica inelegível por 8 anos Após sessão tumultuada, Câmara decide contra tucano, que não poderá se candidatar a cargos do Executivo e do Legislativo
A sessão
Mais de 150 pessoas lotaram a Câmara na sessão que definiu a inelegibilidade de Dinamérico. A audiência foi marcada pelo acirramento dos ânimos de parte dos vereadores e pela participação ativa do público – boa parte formada por apoiadores do ex-prefeito. Em sua defesa, o tucano assumiu a responsabilidade pelo déficit nas contas públicas, mas disse que esses gastos surgiram de um trabalho “em prol do povo”. “Orgulho-me do déficit, mas ele foi justo com as pessoas. Faria de novo se fosse preciso para beneficiar a população com saúde e educação de excelência”, disse o ex--prefeito.
Giovanni Giocondo
A
Câmara Municipal reprovou as contas do ex-prefeito de Itariri, Dinamérico Gonçalves Peroni (PSDB), em sessão realizada no último dia 16. A decisão sobre o exercício orçamentário de 2012 torna Dinamérico inelegível pelos próximos oito anos para qualquer cargo do Executivo ou do Legislativo nacional. Não há mais instâncias para recorrer. O parecer do legislativo segue para o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP). Foram 7 vereadores que votaram pela aprovação de suas contas contra 4 (Dinamérico precisava de 8 votos). Esses últimos seguiram parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), que, em agosto de 2014, recomendou a reprovação com base no descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal no déficit orçamentário acima de 10% da arrecadação do município, o equivalente a R$ 2,6 milhões, entre outras irregularidades.
Quem gasta sem pensar, lá na frente vai arcar com o seu desmando. É importante ressaltar que qualquer que seja o administrador essa deve ser a nossa decisão. Se, porventura, a atual prefeita fizer a mesma coisa, eu vou reprovar também Vereador Josimar Teixeira
A análise das contas teve parecer desfavorável da Comissão de Economia da Casa, formada pelos vereadores Josimar da Silva Teixeira (PT) e Elias Daniel (PTB). No relatório, a Comissão ressaltou que as ações do ex-prefeito causaram desequilíbrio nas contas públicas graças às medidas como o depósito insuficiente de precatórios, benefícios fiscais para contribuintes inadimplentes e falta de controle de gastos com combustível. Segundo o vereador Josimar, presidente da Comissão, as leis precisam ser respeitadas. “Quem gasta sem pensar, lá na frente vai arcar com o seu desmando. É importante ressaltar que qualquer que seja o administrador essa deve ser a nossa decisão. Se, porventura, a atual prefeita fizer a mesma coisa, eu vou reprovar também”, explicou. Além dos dois membros da comissão, os vereadores Arlindo Leite (DEM), que fez forte discurso contra Dinamérico na tribuna, e Airton França (PR) votaram pela reprovação das contas. O presidente da Casa, vereador José Tenório dos Santos (PV), liderou a votação pela aprovação das contas de Dinamérico. Segundo ele, “Itariri perdeu muito com a decisão da Câmara”, e prometeu questionar “em breve” gastos de cerca de R$ 500 mil reais que a atual prefeita, Rejane Silva (PP), teria despendido na compra de material, que não está sendo utilizado. Os vereadores Elcio Pereira (DEM), Beatris do Nascimento (PMDB), Luiz Antonio Alixandria, o Luinho (PDT), Mauricio Ferreira (PV), Sérgio Kian (DEM) e Sinval Oliveira Silva (PP) também votaram a favor da aprovação das contas do tucano.
6
antena atual
o que acontece no mundo você confere aqui
sem ruídos
“ No Brasil, ainda é normal homem pisar em mulher, branco em preto e rico em pobre. Os cineastas estão no cinema para isso e é ótimo que estes filmes estejam dando certo, porque fazem o mundo pensar e repensar estas atitudes.”, disse a cineasta Anna Muylaert, diretora do premiado filme Que Horas Ela Volta, que trata sobre a relação entre patrões e empregadas domésticas, em entrevista ao jornal Brasil de Fato.
viralizou
No dia 20 de setembro, o Papa Francisco realizou uma missa campal na Praça da Revolução, em Havana (Cuba). O pontífice argentino teve papel destacado na retomada da diplomacia da Ilha com os EUA, oficialmente celebrada em julho.
Ponte Pênsil volta a funcionar no Igrejinha
Fale conosco
leia, opine, critique, sugira, curta, compartilhe jornal brasil atual
@jorbrasilatual
www.redebrasilatual.com.br/jornais
(11) 7757-7331
A Ponte Pênsil do bairro Igrejinha foi, enfim, recuperada pela Prefeitura de Itariri. A estrutura havia caído após as fortes chuvas que atingiram a cidade em fevereiro de 2014, mas as obras só foram concluídas em agosto deste ano. Os custos da reconstrução da ponte foram divididos entre o município e o Ministério das Cidades, do governo federal.
Fotos: divulgação/Real Madrid, Ismael Francisco, Giovanni Giocondo e reprodução YouTube
Gol de Cristiano Ronaldo! Em 19 de setembro, no jogo entre Real Madrid e Granada pelo Campeonato Espanhol, o atacante português entrou em campo com Zaid Abdul Mohsen, de 7 anos, refugiado sírio que, junto com seu pai, foi agredido por uma cinegrafista húngara quando chegavam à Europa.
Itariri
7
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Entrelinhas
www.coquetel.com.br
Enquanto o rock segue doente, o rap esbanja vitalidade Por Enio Lourenço
© Revistas COQUETEL
Gênero de Rubem (?) virtuais: malwares, Cobra Braga (Lit.) spywares e vírus constritora Chá, Garante o seguro- que pode chegar aos desemprego (sigla) 9m de comprimento em inglês
Medica- Brasileiro mento ca- cofundaseiro para dor do furúnculos Facebook "Agnus (?)", cântico "(?) Nada", sucesso musical de Zeca Baleiro
A mobilização para a vacinação contra o HPV, por sua repercussão
Cidade colonial do Equador Cachaça (bras.) Assassino de Abel Ao (?): sem cobertura Depor; largar
(?)vermelha, ave amazônica
Capítulo (abrev.) 1.052, em romanos Monograma de "Alan" Também, em inglês
Na (?):
sem PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS esforço
www.coquetel.com.br
© Revistas (bras.) COQUETEL
(?) virtuais: malwares,
Medica- Brasileiro
spywares e vírus Medida mento ca- cofundaseiro para dor do Garante o segurousada no furúnculos Facebook desemprego (sigla) preparo "Agnus (?)", do drinque cântico Nada", Termo que Dois "(?) sucesso Cidade indica novo colonial títulos musical Zeca do abaixo do de Baleiro Equador O "guia" do papa cozinheiro
Coulomb (símbolo) "High", em HDTV
País da autobahn, autoestrada que não possui limite País da de autobahn, autoestrada que não velocidade possui limite de velocidade
3/dei — ela — err — ran — tea. 4/also. 6/cuenca. 9/emplastro. 14/eduardo saverin. Errar, em inglês Vogais de "siri"
País da autobahn, autoestrada que não possui limite de velocidade
Solução
Filme de Kurosawa (1985) Por fim Fase agitada do sono (sigla) óvel com rateleiras o armário odulado
ANCO
Coulomb (símbolo) "High", em HDTV
Rede sem (?): wireless (Inform.)
S U C U R I
Sufixo que indica a função álcool (Quím.)
A M E A Ç A S
Acionar o breque
S U C U R I
O
C T RO E N CA A I M C P A M A L A N I L HA I S PO O L E E N FI M O I C A N H A
R
Barco das praias de St. Tropez (FRA)
A M E A Ç A S
D
E D Q U A A R
B A T E R I A
(?) Ravache, atriz de "Passione"
O
P L A I C S E L E R A E M N E O D A L E E R Z I A A R E R O N E L E M
Para nglês (?): diz-se da lei que só existe no papel
D
E D Q U A A R
R E C E I T A
Cenário de "Lost" Ala da escola de samba
C
A
S C A V E F R I N
C
Termo que indica novo O "guia" do cozinheiro
S C A V E F R I N
C T RO E N CA A I M C A P M A L A N I L HA I S PO O L E E N FI M O I R C A N H A
Time de futebol de Silvio Berlusconi
A
B A T E R I A
Monograma de "Alan" Também, em inglês
P L A I C S E L E R A E M N E O D L E A E R Z I A A R E R O N E L E M
Na (?): sem esforço (bras.)
Solução
R E C E I T A
Solução
S U C U R I
Medida usada no preparo o drinque Dois títulos abaixo do papa
1
1
1
BANCO
3/dei — ela — err — ran — tea. 4/also. 6/cuenca. 9/emplastro. 14/eduardo saverin.
BANCO
A M E A Ç A S
Ao (?): sem cobertura Depor; largar
Filme de Kurosawa (1985)
O
(?)ermelha, ave amazônica
Coulomb (símbolo) "High", em HDTV
da do sono (sigla)
Errar, em inglês Vogais de "siri"
Móvel com prateleiras do armário modulado
D
Cachaça (bras.) Assassino de Abel
Filme de Kurosawa (1985)
C T RO E N CA A I M C P A M A L A N I L HA I S PO O L E E N FI M O I C A N H A
Cidade colonial do Equador
Rede sem (?): wireless (Inform.)
Barco das praias de St. Tropez (FRA)
R
Capítulo (abrev.) 1.052, em romanos
Errar, em inglês Vogais de Por fim "siri" Fase agita-
Móvel com prateleiras Acionar o do armário breque modulado
Por fim Fase agitaSufixo que da do indica a sofunção álno (sigla) cool (Quím.)
E D Q U A A R
A mobilização para a vacinação contra o HPV, por sua repercussão
(?) Ravache, atriz de "Passione"
Para inglês (?): diz-se da lei que só existe no papel
Rede sem (?): wireless (Inform.)
Cenário de "Lost" Ala da escola de samba
B A T E R I A
© Revistas COQUETEL
Termo que indica novo O "guia" do cozinheiro
títulos abaixo do papa
P L A I C S E L E R A E M N E O D A L E E R Z I A A R E R O N E L E M
Gênero de Rubem (?) virtuais: malwares, Cobra Braga (Lit.) spywares e vírus constritora Chá, Garante o seguro- que pode chegar aos desemprego (sigla) 9m de comprimento em inglês
Time de futebol de Silvio
Berlusconi Barco das praias de St. Tropez (FRA)
Sufixo que indica a função álcool (Quím.)
R E C E I T A
Medica- Brasileiro ento ca- cofundaeiro para dor do urúnculos Facebook "Agnus (?)", cântico (?) Nada", sucesso musical de Zeca Baleiro
Monograma de "Alan" Também, em inglês
(?) Ravache, atriz de "Passione"
Na (?): sem esforço (bras.)
Para inglês (?): diz-se da Medida lei que só usada no existe no dopreparo drinque papel Dois
S C A V E F R I N
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Capítulo (abrev.) 1.052, em romanos
A
ww.coquetel.com.br
Cachaça (bras.) Assassino de Abel
Ao (?): sem cobertura Depor; largar
(?)vermelha, ave amazônica
Acionar o breque
Cenário de "Lost" Ala da escola de samba
C
(basicamente, os famosos), porque no cenário independente as bandas de punk rock e hardcore jamais deixaram de cantar a revolta contra os opressores, é o que fazem os capixabas do Dead Fish há mais de 20 anos. Enquanto a Rede Globo tenta forjar novas bandas de rock (leia-se produtos) através do seu programa “Superstar” para preencher essa lacuna, a turma do hip-hop vai conquistando cada vez mais os corações e mentes dos nascidos neste milênio. Os rappers Emicida e Criolo são as principais referências do momento. Ambos conseguiram absorver “o dedo na ferida” das denúncias sociais dos Racionais Mc’s – os maiores ícones do rap nacional –, cantando em alto e bom som o cotidiano e as nossas mazelas, e também experimentando a mescla com influências das músicas africanas e latinas, do samba, do funk, do reggae e de tantos outros estilos, como bases do próprio rock. É, meu caro rock, lamento muito seu estado atual. Você tornou-se banal e passou a fazer parte daquele sistema que tanto criticávamos juntos. Não sei se você vai resistir, mas saiba que sempre nos lembraremos do seu auge. Agora, fica tranquilo e deixa por conta do rap, que com suas rimas e improvisos tem cantado muito bem a metáfora de nossas vidas.
A mobilização para a vacinação contra o HPV, por sua repercussão
Time de futebol de Silvio Berlusconi
3/dei — ela — err — ran — tea. 4/also. 6/cuenca. 9/emplastro. 14/eduardo saverin.
O rock and roll respira através de aparelhos. A simplicidade de uma guitarra, um baixo e uma bateria, com canções irreverentes e/ ou politizadas, é quase um álbum de fotografias amareladas que olhamos com nostalgia. O estilo musical que marcou a cultura do século XX por promover debates sobre o comportamento de uma juventude inquieta hoje vive como um cordeirinho adestrado da indústria fonográfica. No Brasil, ao se falar de rock é obrigatório falar dos pioneiros Raul Seixas e Os Mutantes, ou da moçada dos anos 1980, como o Legião Urbana, o Barão Vermelho e os Titãs (estes ainda em atividade), que despontaram na cena musical dando um chute na bunda daquela velha e carcomida ditadura militar, censora da cultura brasileira por mais de duas décadas. Viramos o século e o pouco que sobrou daquela geração aderiu ao conservadorismo político de outrora. Os casos mais emblemáticos são os dos músicos Lobão e Roger, do Ultraje a Rigor, que aparecem nos holofotes mais pelas bandeiras retrógradas, preconceituosas e elitistas que atualmente defendem, do que propriamente pela arte que produzem. Claro que todos os exemplos citados compõem o chamado mainstream
Gênero de Rubem Cobra Braga (Lit.) constritora que pode chegar aos Chá, 9m de comprimento em inglês
8 Esporte
Skatistas saltam obstáculos nas ruas e na vida Garotos buscam espaço adequado para a prática esportiva na cidade e querem dialogar com a população para serem respeitados
Muita gente acha que o skate é coisa de gente drogada, que não tem o que fazer. Mas a gente estuda, trabalha e gosta de andar. Só queremos respeito como qualquer um.
Giovanni Giocondo
S
ão 18h30 quando um barulho diferente para uma terça-feira toma o Centro da cidade. O rolar das rodinhas no cimento zune alto. Logo, cerca de 20 meninos (dentre eles, uma menina) sobre seus skates estão reunidos arriscando manobras em bancos e meios-fios. O desejo por um espaço adequado ao lazer é uma ansiedade constante dessa moçada. Na Praça José de Almeida Siqueira, andar de skate é proibido, o que obriga a turma a ir para a Rua do Comércio, onde eles dividem espaço com os carros e às vezes travam as rodinhas nos buracos (“chokitos”, dizem). Nos cantos da via, bancos de madeira e cavaletes de ferro são posicionados para os ollies (saltos com o skate colado aos pés), flips (manobra em que o skate gira em torno de si e volta ao controle do skatista) e slides e grinds (deslizes com a parte de madeira ou com o eixo metálico). Um dos líderes do grupo é Maaycon Santiago, de 19 anos, atendente em uma loja de materiais de construção. Em sua opinião, faltam incentivos para que crianças e adolescentes conheçam melhor o mundo do skate. “Você vê a quantidade de gente que pratica. Imagina se houvesse um lugar mais interessante para andarmos de skate”, comenta. O caçula da galera é Joaquim Felisbino, de 11 anos, que pratica o esporte desde os 6. “Uma vez fui com a minha mãe na padaria e vi a molecada andando. Fiquei com vontade, pedi e felizmente ganhei um skate.” O garoto é fã de Luan de Oliveira, brasileiro vice-campeão dos X-Games de Austin, nos EUA, em 2014. “Ele anda muito”, diz Joaquim, que recentemente quase perdeu o precioso skate sob as rodas de um carro.
Pista “oficial” é cheia de falhas
Ao lado do prédio da Prefeitura existe um halfpipe – estrutura de concreto em forma de “U” destinada à prática do skate, dos patins e da bicicleta BMX – que não caiu no gosto da meninada, porque foi construído de forma irregular. “Quando chove, enche de água. Faltam um ralo central e canaletas”, reclama Maaycon, que também critica o fato de o velório municipal ser instalado no terreno vizinho. “Quando alguém é velado, a gente não anda de skate lá por respeito. Fica complicado.” Uma das ideias do grupo era utilizar a área de um prédio abando-
nado na mesma rua para manter a atividade. Mas um novo projeto da Prefeitura impediu a iniciativa. Outra hipótese era a de se deslocarem para um terreno particular próximo da Igreja de Nossa Senhora de Mont Serrat, logo descartada por eles.
Competição e luta contra o preconceito
Até para chamar a atenção da cidade, os skatistas resolveram organizar um campeonato para o dia 4 de outubro, na Rua do Comércio, com novos obstáculos. A inscrição para o evento, que conta com o apoio da recém-criada Associação de Melhoramentos dos
Bairros de Itariri (Amabi), custa a taxa de R$ 20. Porém, mais do que um lugar para praticar o esporte, os jovens skatistas querem o fim do preconceito contra eles. O peso de ser um esporte radical e alternativo é grande. João Guilherme França, de 15 anos, vai ao ponto central do debate. “Muita gente acha que o skate é coisa de gente drogada, que não tem o que fazer. Mas a gente estuda, trabalha e gosta de andar. Só queremos respeito como qualquer um. Para diminuir essa resistência das pessoas, é importante mostrarmos o quanto o skate faz parte da nossa vida. Não conseguimos ficar sem ele”, ratifica.