Jornal Brasília Capital 552

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Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 5 a 11 de fevereiro de 2022 - bsbcapital.com.br

Arrudiando Marido da ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, deputada licenciada Flávia Arruda (PL), o ex-governador José Roberto Arruda (PL) nunca deixou de circular nos bastidores da política local. E, ultimamente, por intermédio da esposa, da nacional. CARDÁPIO – Na quinta-feira (3), ele almoçou com três amigos no restaurante Fazenda

Churrascada, na Vila Planalto. A conversa foi interrompida duas vezes por populares que o abordaram. O clima era amistoso, mas o cardápio o mesmo de sempre: política. ATROPELAMENTO – Há quem aposte que Flávia concorrerá ao Buriti, passando por cima do aliado Ibaneis Rocha (MDB), para montar o palanque de Bolsonaro no DF. Os arrudeios estão em curso...

Compreendendo o Incompreensível Por que 25% dos entrevistados das pesquisas continuam aprovando Bolsonaro? J. B. Pontes (*) DIVULGAÇÃO

SILVIO ABDON/CLDF

Passaporte da vacina A nova situação da pandemia gerada pela variante ômicrom fez aumentar o número de infectados e exige mais leitos de UTI para tratar casos graves de covid-19. Na sessão de quarta-feira (2), os deputados distritais defenderam a vacinação. “Os negacionistas estão lotando as UTIs”, afirmou Arlete Sampaio (PT), uma das líderes do bloco que defende a adoção imediata do passaporte da vacina no DF. PLANEJAMENTO – Para Chico Vigilante, faltou planejamento ao GDF para lidar com a terceira onda, que já vinha sendo prevista por especialistas. Ele foi o primeiro a sugerir medidas na própria CLDF, como a volta da medição de tem-

peratura nas entradas da Casa e a exigência do passaporte de vacina para adentrar o prédio. CONGRESSO – Fábio Felix (Psol) relatou visita ao Congresso Nacional, onde o passe vacinal é obrigatório. “Fui a uma reunião lá e só fui admitido após comprovar a imunização”. Ele criticou os que “espalham mentiras sobre a vacina”. GASTOS – Leandro Grass (Rede) avaliou que “coisas estranhas estão acontecendo em relação à gestão da pandemia no DF”. “Parece decisão pensada deixar os leitos de UTI sobrecarregados”, o que seria, segundo ele, “motivo para justificar mais gastos e contratações de empresas”.

Te n t e mos compreender porque, afinal, Bolsonaro continua a ter aprovação de 25% dos entrevistados na maioria das pesquisas. Concluiremos que qualquer um que fizesse o que ele fez alcançaria essa aprovação: - Retirar direitos dos trabalhadores e das camadas mais carentes da população para aumentar o lucro dos empresários; - Isentar de multa os empresários que agridem o meio ambiente e cometem outras irregularidades, reduzindo ou impedindo a ação fiscalizadora dos órgãos públicos competentes, em todos os setores. - Governar para os empresários, sempre em detrimento dos pobres e dos empregados, em especial para o grande capital internacional. - Entregar, a “preço de banana”, ao controle do capital internacional, os últimos patrimônios valiosos do País, a exemplo do pré-sal, de setores da Petrobrás (gasodutos, Petrobrás distribuidora etc). - Conceder aumentos salariais e outros benefícios aos militares, a juízes e membros do Poder Legislativo, os quais foram poupados das reformas impopu-

lares e desumanas que ele aprovou comprando votos de parlamentares. - Liberar recursos das emendas de relator (RP9) e conceder outras benesses – indicação de apadrinhados para cargos públicos, por exemplo - aos parlamentares em troca de apoio para aprovação de leis que retiram direitos das camadas menos favorecidas da sociedade. - Gastar recursos públicos com objetivo específico de construir uma imagem pessoal fictícia, beneficiando setores da mídia – para silenciarem sobre as barbaridades que comete - e os blogs integrantes do “escritório do ódio” para a divulgação de fake news, atacando todos que não concordam com ele. - Distribuir recursos públicos e outras benesses às igrejas neopentecostais para obter o apoio de todos os pseudos líderes religiosos, que se dizem representantes de Deus na Terra. - Prometer às polícias e militares a normatização que lhes favoreçam, a exemplo da “excludente de ilicitude” - licença para que possam atuar livremente, sem serem responsabilizados pelos ilícitos e assassinatos que cometerem - e outros benefícios patrimoniais (programa de moradia exclusivamente para eles). Infelizmente, ao conceder todas essas vantagens, conseguiu que parte das nossas instituições seja mais fiel a ele do que à Nação Brasileira. E tem ainda uma multidão de pobres idiotas que continuam apoiando e dando a vida por ele, desconhecendo que um dos seus principais compromissos é livrar os próprios familiares e amigos de serem julgados e condenados pelos crimes que cometeram. (*) Geólogo, advogado e escritor


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