JornalCana 355 (Fevereiro/Março 2025)

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MERCADO

O etanol registra recorde de vendas em 2024 6 ESPECIAL

O que 2025 reserva para o setor de bioenergia

Jacyr da Costa Filho: o ano apresenta oportunidades promissoras 7

Maurílio Biagi Filho: “temos condições de liderar a era da energia limpa” 8

Miguel Ivan de Lacerda: “com a COP, o país tem como se posicionar ainda mais como líder em energias renováveis” 10

Leonardo Cintra: “desenvolvimento do canavial está em sua plenitude” 12 Zilmar Souza: bioeletricidade deve avançar em potência instalada 14 Newton Duarte: “cogeração pode ser instrumento eficaz para solucionar cenário desafiador no sistema elétrico” 15

Marcos Fava Neves: clima melhora perspectivas de moagem 16 Rosana Amadeu: “Brasil desponta com potencial para liderar a economia de baixo carbono” 17 Jaime Finguerut: “mudanças geopolíticas provocam impacto significativo no cenário global e local e da bioenergia” 18 e 19

REPORTAGEM DE CAPA

Com tecnologia de ponta, Santa Adélia inaugura fábrica de açúcar na USA Pereira Barreto (UPB) 20 e 21

AGRÍCOLA

Setor sucroenergético brasileiro tem particularidades locais, impostas pela topografia e pelo clima destaca Fred Polizello

Seca impacta oferta de cana nas regiões Norte e Nordeste

INDÚSTRIA

Usina Alcoeste aposta em tecnologia e anuncia implantação do S-PAA

“Fabricação de açúcar: como atingir alta performance?”, por Eduardo Calichman

AMÉRICA LATINA

México aposta no desenvolvimento de combustível de aviação

Grupo Pantaleon se integra a programa sustentável na Guatemala

Colheita de cana-de-açúcar na Nicarágua registra recorde

GERAL

Mobilidade de baixo carbono: porque o álcool ainda é a melhor resposta

Tecnologia que permite carro elétrico abastecido com etanol pode acelerar a transição energética

Série de eventos do GERHAI prossegue até novembro

GENTE

Henrique de Azevedo assume como CEO na E-Machine

Alepe homenageia Gerson Carneiro Leão pela conquista do MasterCana 42 Geovane Consul assume como VP de Etanol Açúcar e Bioenergia da Raízen

“e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões Isso é o que Deus quer de vocês por estarem unidos com Cristo Jesus ” 1Ts 5:18 NTLH

ISSN1807-0264

Ribeirão Preto | SP | Brasil atendimento@procana.com.br

NOSSA MISSÃO

“ Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis"

car ta ao leitor

Delcy Mac Cruz - redacao@procana com br

A voz das lideranças

Que 2025 será um ano de desafios para o setor de bioenerg ia, isso não é nenhuma novidade

Depois de seca extrema e queimadas – em par te da reg ião Centro Sul , mais as chuvas tor renciais do fim do ano, só mesmo com muita resiliência o ecossistema da cana de açúcar entra em campo para a safra 2025 26

Em linha com as projeções de dificuldade em função dos f atores climáticos, o setor – incluindo aí usinas e for necedores – tem pela frente um país cuja economia vivencia alta de juros que não tem sinalização de ser reduzida, o que encarece os custos de produção

Fora a questão inter na, tem a exter na, também nebulosa Há, sim, demanda pelo açúcar brasileiro, o que garante a produção açucareira, mesmo com margem de dúvidas ante os preços dessa commodity

N o c a s o d o e t a n o l , a s ve n d a s , a e xe m p l o d e 2 0

a í é o u t r a q u e s t ã o

E tem a energ ia elétr ica produzida pela biomassa de cana Muitas plantas encer raram os contratos de venda em leilões e, assim, resta comercializar os excedentes por ‘moedas’ como PLD, cujo valor médio mais desestimula do que estimula

Diante de tantas questões, o Jor nalCana, nesta sua pr imeira edição impressa do ano, convidou lideranças e especialistas do setor para par ticiparem com ar tigos e análises sobre o tema ‘Per spectivas para a bioenerg ia em 2025 ”

Os par ticipantes esbanjam vigor Confira alguns deles e um pequeno resumo de suas avaliações

Jacyr Costa Filho, Presidente do Conselho Super ior do Ag ronegócio da Fiesp/Cosag e Sócio na Ag roadvice, atesta: “2025 apresenta opor tunidades promissoras especialmente para o etanol, com a per spectiva de aumento da competitividade do etanol hidratado em relação à gasolina ”

“Mais do que atender às demandas energéticas, a bioenerg ia é solução concreta para os desafios ambientais e sociais que enfrentamos”, destaca Maurílio Biag i Filho, empresár io, presidente do Conselho de Administração da Maubisa e membro do Cosag/Fiesp

Para Miguel Ivan de Oliveira, o ‘pai’ do RenovaBio, “ com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP) no Brasil, o país tem a opor tunidade de se posicionar ainda mais como líder em energ ias renováveis ” É com os ar tigos e análises dessas per sonalidades que o Jor nalCana busca infor mar ao leitor com conteúdos precisos e de quem entende de bioenerg ia

Boa leitura!

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Etanol entra 2025 com demanda interna aquecida

Entre abril de 2024 a até 1º de fevereiro último, comercialização do biocombustível cresceu 10,73% ante mesmo período; consumo pode avançar com ampliação de anidro à gasolina

As vendas de etanol no mercado inter no seguem aquecidas

No acumulado desde o início da safra 2024/2025, em abr il do ano pas sado, a até 1º de fevereiro último, a comercialização de etanol pelas uni dades do Centro Sul somou 29,83 bilhões de litros

Trata se de um crescimento de 10,73% ante igual período da safra an ter ior, segundo a Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA)

O mercado aquecido deverá avançar durante o ano, pr incipalmen te se entrar em vigor a adição de 30% de etanol anidro à gasolina – hoje a mistura do biocombustível é de 27%

Esse aumento de adição integ ra a Lei Combustível do Futuro e está em

análise pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)

Ano começou aquecido em vendas

Em janeiro, as vendas de etanol pelas unidades do Centro Sul totali zaram 3,06 bilhões de litros, o que re presenta uma var iação positiva de 2,07% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024

Os dados integ ram boletim da UNICA

O diretor de Inteligência Setor ial da UNICA, Luciano Rodr igues, des

taca que “ na segunda quinzena de ja neiro, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro Sul no mercado inter no sur preendeu, superando 1 bilhão de litros pela pr i meira vez nessa safra e sendo o maior valor reg istrado desde a 2ª quinzena de julho da safra 2019/2020”

O volume acumulado de etanol hi dratado totalizou 19,21 bilhões de litros (+18,18%), enquanto o de anidro al cançou 10,62 bilhões de litros ( 0,60%)

“A despeito da retração na moa gem, a ofer ta de etanol cresceu devi do ao aumento na produção de etanol a par tir do milho, ao mix de produção

mais alcooleiro nas usinas de cana, ao estoque de passagem mais elevado no início do ciclo 2024/2025 e a redu ção nas expor tações do biocombustí vel, per mitindo um avanço significa tivo nas vendas no mercado inter no ” , explicou Rodr igues

Aumento de mistura ajuda a balança

O aumento da adição de atuais 27% para 30% de etanol anidro na ga solina pode também ajudar na balan ça comercial brasileira

“Segundo nossas estimativas, com o avanço da mistura de etanol à gaso lina para 30% (E30), o Brasil pode deixar de depender da impor tação de gasolina”, disse Pietro Mendes, secre tár io Nacional de Petróleo, Gás Na tural e Biocombustíveis do Ministér io de Minas e Energ ia (MME)

A declaração foi durante sua par ticipação em seminár io promovido pela Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados em 11 de fevereiro

O seminár io foi coordenado pelo deputado federal Ar naldo Jardim, re lator do projeto da Lei Combustível do Futuro, que estipula a mistura de 30% de anidro à gasolina

Inpasa responde por quase 50% do etanol de milho produzido no Brasil

q

e n t a a p

i m a d a m e n t e 4 8 % d e t o d o o e t a n o l d e m i l h o p ro d u z i d o n o p a í s

Esse desempenho reforça a lide rança da empresa no setor e acompa nha o crescimento expressivo da pro dução nacional

Em 2024, ano marcado pela ex pansão na ofer ta de etanol, a Inpasa conquistou o MasterCana Brasil & Award, na categor ia “Produção de Etanol – Perfor mance ”

Segundo a União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenergia (UNI CA), 2024 foi o ano de maior oferta de etanol da histór ia do Brasil, com 36,83 bilhões de litros produzidos, um au mento de 4,4% em relação a 2023

D e s t e t o t a l , 7 , 7 b i l h õ e s d e l i t ro s v

O Brasil segue consolidado como o segundo maior produtor mundial de etanol de milho, atrás apenas dos Es tados Unidos

Além do crescimento expressivo na produção de etanol, a Inpasa tam bém reg istrou 1,9 milhão de tonela das de DDGS (f arelo proteico utiliza do na nutr ição animal) e cerca de 195 mil toneladas de óleo vegetal em 2024, consolidando sua presença no merca

do de coprodutos ag roindustr iais

Pa r a a c o m p

A unidade terá capacidade para processar 1 milhão de toneladas de g rãos por ano, resultando na produção anual de 460 milhões de litros de eta nol, 230 mil toneladas de DDGS, 23 mil toneladas de óleo vegetal e 200 GWh de energ ia elétr ica

No lançamento da pedra funda

outubro do ano passado, o vice

O que 2025 reserva para o setor de bioenergia?

JornalCana publica ar tigos de especialistas do setor sobre projeções e avaliações a respeito de SAF, mercado, etanol, diesel verde e biometano

Combustível sustentável de avia ção (SAF), etanol com mais adição à gasolina em linha com a lei Combus tível do Futuro, diesel verde, biome tano Este são alguns dos temas que deverão despontar no setor de bio energ ia no Brasil ao longo deste ano Para avaliar e projetar tendências para o setor, Jor nalCana convidou al guns especialistas do setor para uma sér ie de ar tigos que começa nesta pá g ina e segue nas demais

Boas perspectivas para o etanol em 2025

O ano de 2025 apresenta opor tu nidades promissoras para o setor de bioenerg ia, especialmente para o eta nol, com a per spectiva de aumento da competitividade do etanol hidratado em relação à gasolina

A elevação do ICMS sobre a ga solina, prevista para fevereiro, e a re dução do PIS/Cofins para o etanol hidratado deverão f avorecer o consu mo do biocombustível

Também esperamos a implemen tação do E30, que vai elevar a mistu ra de etanol anidro na gasolina de 27,5% para 30%, o que deverá incre mentar a demanda em cerca de 1,2 bilhão de litros

O setor prevê uma produção de cana de açúcar menor este ano, de vido ao impacto da La Niña no su deste do País, além da expectativa de uma safra mais açucareira, motivada pelos altos preços do açúcar, e que pode reduzir a produção de etanol em aproximadamente 2 bilhões de litros

E m c o n t r a p a r t i d a , e s p e r a s e a u m e n t o d a p ro d u ç ã o d e e t a n o l d e m i l h o, e s t i m a d o e m m a i s d e 1 b i l h ã o d e l i t ro s

N o e n t a n t o, a l g u n s d e s a f i o s p e r m a n e c e m

A d e f a s a g e m d o s p re ç o s d a g a s o l i n a e d o d i e s e l p r a t i c a d o s p e l a Pe t ro b r a s e m r e l a ç ã o a o m e r c a d o i n t e r n a c i o n a l p re j u d i c a a c o m p e t i

t iv i d a d e d o e t a n o l

A l é m d i s s o, h á u m r i s c o d e o

n ovo g ove r n o d o s E UA p r e s s i o n a r p a r a u m a re d u ç ã o d a t a r i f a d e i m p o r t a ç ã o d o e t a n o l b r a s i l e i ro, o q u e

e x i g e a t e n ç ã o e p o s i c i o n a m e n t o e s

t r a t é g i c o p o r p a r

dessas incer tezas, o cenár io

para 2025 é de otimismo O for talecimento das políticas públicas para energ ias renováveis, co mo a Lei do Combustível do Futuro e recente sanção do Paten Prog rama de Aceleração da Transição Energéti ca, e o avanço da transição energética consolidam o papel do etanol como

um pilar da sustentabilidade e da ma tr iz energética brasileira Precisamos trabalhar pela rápida regulamentação destes prog ramas!

*Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp/Cosag e Sócio na Agroadvice

Brasil tem todas as condições de liderar era da energia limpa

2025 será um ano crucial para consolidar avanços tecnológicos, ampliar a competitividade e for talecer o papel do Brasil como líder global neste setor

O setor de bioenerg ia está no centro das transfor mações globais que visam combater as mudanças climáti cas, reduzir as emissões de gases de efeito estuf a e promover a transição para uma economia de baixo carbono

Como empresár io e entusiasta da inovação no ag ronegócio e na bio energ ia, enxergo 2025 como um ano cr ucial para consolidar mos avanços tecnológ icos, ampliar a competitivi dade e for talecer o papel do Brasil co mo líder global neste setor

A expansão dos Biocombustíveis é nítida e intensa O RenovaBio, política nacional de biocombustíveis, tem se mostrado uma alavanca poderosa para o crescimento do setor Em 2025, espe ra se que os CBIOs (Créditos de Des carbonização) continuem a estimular investimentos em eficiência energética e sustentabilidade ambiental

A demanda por etanol, tanto no mercado inter no quanto exter no, tende a crescer, impulsionada por acordos inter nacionais que pr ior izam combustíveis limpos

O biodiesel e o avanço do diesel verde também despontam como pro tagonistas

A incor poração crescente desses combustíveis na matr iz energética está alinhada à busca por soluções mais sus tentáveis no transpor te e na indústr ia

Ademais, a produção de biogás e biometano, a par tir de resíduos ag roindustr iais e urbanos, ganha espa ço significativo, transfor mando desa fios ambientais em opor tunidades econômicas

No estado de São Paulo, já foram divulgados investimentos de vár ias usinas em plantas para produção de biometano a par tir dos resíduos de cana de açúcar

No final do ano passado, Scania e Necta (distr ibuidora de gás natural na

reg ião do noroeste paulista) se uniram para apresentar ao mercado um plano integ rado para descarbonização de frotas pesadas

O objetivo foi conectar represen tantes do ag ronegócio, distr ibuidoras de gás, rede de postos, embarcadores de cargas e transpor tadoras para que esses diferentes elos da cadeia do transpor te possam atuar juntos para substituir combustíveis fósseis a fim de ter um setor cada vez mais limpo Isso mostra o potencial de crescimento dessa fonte de energ ia

Aliado a isso, não podemos esque cer que a integ ração da tecnolog ia di g ital no setor de bioenerg ia é um f a tor essencial para a sua competitivida de e vem crescendo nesse mercado

Em 2025, com certeza, veremos maior adoção de soluções baseadas em Inteligência Artificial, Inter net das Coi sas (IoT) e Big Data Estas tecnolog ias per mitem monitoramento em tempo real, otimização de processos e aumento da produtividade nas usinas e lavouras

A biomassa, recur so fundamental para a geração de bioenerg ia, também s e b e n e

c

d e ava

, c o m o o m e l h o r a m e n t o g e n é t i c o d e var iedades de cana de açúcar e ou t r a s c

e n ova s e s t r a t é g i a s d e re a p rove i t a mento de resíduos completam o ce nár io de inovações

Isso revela que a sustentabilidade deixa de ser uma obr igação regulató r ia e se consolida como uma vantagem competitiva

Empresas que investem em eco nomia circular, redução de emissões e manejo ambiental eficiente conquis tam mercados e atraem investidores

O que só deve crescer este ano, já que a rastreabilidade será um diferen cial no mercado inter nacional Inclu sive as própr ias usinas sucroenergética já estão cada vez mais estr uturadas pa ra reduzir o uso de energ ias fósseis em seus processos produtivos e logísticos

O Brasil tem uma posição única e pr ivileg iada nesse contexto Somos um dos poucos países capazes de expandir a produção de bioenerg ia sem compro meter a segurança alimentar ou causar desmatamento Esse é um tr unfo que precisa ser valor izado e comunicado de for ma mais eficaz ao mundo

A l i á s a c o mu n i c a ç ã o s e r á u m f a t o r d e c i s ivo p a r a e s s e c e n á r i o s e confir mar Lembro o tanto que a f al t a d e c o mu n i c a ç ã o d o s e t o r n a “ c r i

s e d e d e s a b a s t e c i m e n t o d o e t a n o l n o

f i n

i

m m ov i d o s à á l c o o l

Na verdade, havia estoques de ál cool nas usinas Só na reg ião de Ri beirão Preto, quase 300 milhões de li tros estavam estocados Eu denunciei que essa escassez foi provocada com ampla cober tura da imprensa à época

Assim, o prog rama se desestabili zou e o car ro a álcool em poucos anos praticamente sumiu do mercado Isso custou atraso de dezenas de anos para o setor sucroenergético O cenár io só começou a rever ter quando, em 2003, foi lançado o car ro flex

Temos que ter muito cuidado pa ra não cometer mos esse er ro histór i co de novo, e investir mos em comu nicação unificada e eficiente do setor

Esse panorama mostra que, embo ra as per spectivas sejam muito otimis tas, não podemos ignorar os desafios

A comunicação é só um deles A volatilidade dos preços de mercado, a concor rência com combustíveis fós seis subsidiados em alguns países e a necessidade de regulações claras e previsíveis também são questões que exigem atenção constante

Por outro lado, as opor tunidades estão em nossa capacidade de inovar e diver sificar

A inserção da bioenerg ia no mer cado de créditos de carbono global, por exemplo, pode trazer uma nova fonte de receita para o setor Além disso, o for talecimento de parcer ias entre gover nos, indústr ia e instituições de pesquisa é fundamental para cr iar um ecossistema propício à inovação

O ano de 2025 promete ser um marco para a bioenerg ia

Com planejamento estratég ico, investimento em tecnolog ia e com promisso com a sustentabilidade, te mos potencial de transfor mar o setor em um dos pr incipais propulsores da economia brasileira

Mais do que atender às demandas energéticas, a bioenerg ia é solução concreta para os desafios ambientais e sociais que enfrentamos

Como empresár io, reafir mo sem pre meu compromisso com a inova ção e a sustentabilidade

O futuro é agora, e o Brasil tem todas as condições de liderar esta no va era da energ ia limpa

*Empresário, presidente do Conselho de Administração da Maubisa e mem bro do Cosag/Fiesp

Consolidação e ajuste para o setor de bioenergia

Depois de um 2024 marcado por condições climáticas adversas, as lavouras de cana

entram em 2025 marcadas pelos efeitos desse estresse hídrico

O ano de 2025 se desenha como um período de consolidação e ajustes profundos para o setor de bioenerg ia no Brasil e no mundo

Depois de um 2024 marcado por condições climáticas adver sas verão ir regular, outono e inver no secos, além de temperaturas acima dos 35 °C por meses e incêndios intensos as la vouras de cana sentirão os efeitos des se estresse hídr ico, impactando tanto a produtividade quanto a qualidade da matér ia pr ima destinada à produção de açúcar e etanol

Em paralelo, o cenár io inter na cional segue atento às movimentações do Brasil, maior expor tador de açúcar e referência em energ ia limpa e reno vável, bem como aos avanços de paí ses como Índia e Tailândia

As secas prolongadas e os incên dios de 2024 deixaram marcas expres sivas na produção brasileira

Cerca de 450 mil hectares de ca na foram afetados pelo fogo, resultan do em f alhas de brotação, atraso no desenvolvimento fisiológ ico e maior infestação de er vas daninhas.

Par te dessas áreas estava em está g ios iniciais de rebrota, o que obr igou usinas a promover limpezas forçadas dos canaviais para tentar estimular no vo crescimento

Essa conjuntura, somada ao vera nico e às altas temperaturas, reduziu a pureza e o teor de sacarose (br ix e pol) da cana, além de f avorecer o surg i mento de patolog ias

A chamada “síndrome da murcha do colmo” aumentou a infecção por bactér ias, encur tando a longevidade dos canaviais

Com o início da safra 2024/2025, obser vou se uma “ilusão de safra g rande”: a rapidez de moagem e as expor tações mensais de açúcar foram impressionantes, mas, no último terço, a produtividade ag rícola entrou em queda livre

A escassez de chuvas até a segunda quinzena de outubro prejudicou ainda mais o desenvolvimento das plantas

O setor espera, por tanto, que a sa fra 2025/2026 sinta esses efeitos ne gativos, com provável atraso no início da moagem dificilmente as usinas anteciparão o início para março de 2025, pois a cana recém brotada ne cessita de mais tempo para se recupe rar do estresse hídr ico e ating ir o g rau ideal de maturação, apesar do intenso ânimo das chuvas de verão ao final de 2024 e início de 2025

Por tanto, apesar de um bom verão em ter mos de precipitação, teremos uma recuperação parcial nas lavouras de cana de açúcar, porém ainda sob os efeitos e cicatr izes da safra 2024/2025

Em âmbito global, a demanda por açúcar segue em ascensão, crescendo em tor no de 1,8 a 2,0 milhões de to neladas ao ano Nesse contexto, o Brasil continuará exercendo papel de protagonista, mas um menor volume de cana planta e a necessidade de re novação de áreas poderão limitar a ofer ta de açúcar branco e br uto no pr imeiro semestre

A Índia, por sua vez, pode retomar par te das expor tações somente no fi nal de 2025, dependendo do sucesso

metas individuais a cr imes ambientais, p o r e xe m p l o – e a p o s s i b i l i d a d e d e e l eva ç ã o d a m i s t u r a n a g a s o l i n a p a r a E30 em 2025 apontam para um mer cado aquecido

A produção de etanol de milho também tende a crescer, estimando se um acréscimo de 2 bilhões de litros

Nesse cenár io, o Brasil mantém a vantagem de produzir um biocom bustível com baixa intensidade de carbono, cer tificado individualmente, o que reforça sua posição de destaque nas expor tações e na transição ener gética global

Olhando para 2025, um dos focos do setor será a recuperação de áreas e a renovação de canaviais

As usinas devem se concentrar em replantar áreas deg radadas e expandir a parcela de cana de 18 meses, bus cando compensar perdas na área de colheita e aumentar a produtividade no futuro Mesmo assim, o setor de bioenerg ia brasileiro se mostra resi liente, com capacidade de ajustamen to às oscilações climáticas e às deman das de mercado inter nacional

Assim, 2025 reúne tanto desafios quanto opor tunidades para o comple xo sucroenergético

S e, p o r u m l a d o, a i r re g u l a r i d a d e c l i m á t i

cente busca global por energ ia reno v á ve l e o

de sua monção e de políticas que equilibrem a produção de açúcar e o crescente prog rama de etanol (com a meta de 20% de mistura até 2026)

J á a Ta i l â n d i a , i n c e n t iva d a p o r p re ç o s f avo r á ve i s , p o d e a m p l i a r o

p l a n t i o d e c a n a e m d e t r i m e n t o d e outras culturas

Pa r a o e t a n o l , o ava n ç o d e p ro g ramas como o RenovaBio – consi

d e r a n d o a d e f i n i ç ã o a re c e n t e e q u i

va l ê n c i a d o n ã o c u m p r i m e n t o d a s

e açúcar reforçam a impor tância estra t é g i c a d o B r a s i l Mantendo investimentos em tec nolog ia, renovação de canaviais e prá ticas de manejo mais sustentáveis, o país seguirá como referência mundial na produção de bioenerg ia, contr i buindo para a segurança energética e alimentícia em meio aos desafios que o clima e o mercado apresentam

*Economista e sócio diretor do PE CEGE Consultoria e Projetos

Desafios e oportunidades que precisam ser analisados

Com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP) no Brasil, o país tem a opor tunidade de se posicionar ainda mais como líder em energ ias renová veis No entanto, o aumento da pro dução de petróleo pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Tr ump, traz desafios e opor tunidades que precisam ser analisados

A realização da COP no Brasil coloca o país no centro das discussões globais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade Esse evento é uma platafor ma cr ucial para promover po líticas e iniciativas que incentivem o uso de energ ias renováveis, incluindo a bioenerg ia

A presença de líderes mundiais e especialistas no Brasil pode atrair in vestimentos e parcer ias inter nacionais, for talecendo o setor de bioenerg ia

Além disso, a COP no Brasil po de impulsionar a implementação de políticas públicas voltadas para a sus tentabilidade, como compensações fiscais e parafiscais para produtores de bioenerg ia (vão precisar com os juros altos projetados para o ano), subsídios para pesquisa e desenvolvimento, e prog ramas de educação e conscienti zação sobre a impor tância das energ ias renováveis

Essas medidas podem aumentar a competitividade do setor e estimular a inovação tecnológ ica

Po r o u t ro l a d o, o a u m e n t o d a p ro d u ç ã o d e p e t r ó l e o n o s E s t a d o s U n i d o s , i m p u l s i o n a d o p e l o p re s i

d e n t e D o n a l d Tr u m p a p re s e n t a u m c e n á r i o d e s a f i a d o r p a r a o s e t o r d e b i o e n e r g i a

A maior ofer ta de petróleo pode levar a uma redução nos preços glo bais do combustível fóssil, tor nando as energ ias renováveis menos competi tivas em ter mos de custo

Daí a impor tância de mecanismos que f açam essa compensação de pre ços como o RenovaBio

Assim, essa situação também pode ser vista como uma opor tunidade pa ra o Brasil reforçar seu compromisso com a sustentabilidade e a transição energética e com políticas como o RenovaBio

A dependência excessiva de com bustíveis fósseis é insustentável a lon

g o p r a z o, e o B r a s i l p o d e s e d e s t a c a r

a o i nve s t i r e m a l t e r n a t iva s l i m p a s e renováveis

A bioenerg ia, especialmente a par tir da cana de açúcar e do etanol, já é uma realidade consolidada no país e pode ser expandida para atender à demanda inter na e exter na

Para continuidade de políticas de Estado como o RenovaBio, a Agên cia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desempe nha um papel cr ucial na fiscalização e punição de ir regular idades no setor

A atuação r igorosa da ANP é fun damental para assegurar a qualidade dos biocombustíveis e a confor mida de com as nor mas ambientais, garan tindo a credibilidade do mercado

O u t ro a s p e c t o i m p o r t a n t e p a r a o f u t u ro d o s e t o r d e b i o e n e r g i a n o

C o m b u s t í ve l d o F u t u ro, q u e v i s a i n c e n t i va r o d e s e nvo l v i m e n t o e a

u t i l i z a ç ã o d e c o m b u s t í ve i s m a i s

l i m p o s e e f i c i e n t e s

A implementação desta lei pode impulsionar a inovação tecnológ ica e a diver sificação da matr iz energética, for talecendo a posição do Brasil como líder em energ ias renováveis

Paralelamente, o novo mercado de carbono, que estabelece mecanismos de precificação das emissões de gases de efeito estuf a, pode cr iar opor tuni dades para o setor de bioenerg ia

A comercialização de créditos de carbono pode gerar receitas adicionais

p a r a o s p ro d u t o re s d e b i o c o m bu s t í

veis, incentivando práticas mais sus tentáveis e contr ibuindo para a redu ção das emissões

Viveremos em novo mundo com per spectivas diferentes para Bioener g ia e além de lidar com crescimento de júr is inter nos (vai reduzir os retor nos financeiros dos agentes do setor), mudanças tr ibutár ias que ainda não estão claras em seu impacto para o se tor, teremos que lidar com a Agenda COP com a Agenda Amer icana

*Servidor de carreira da Embrapa, é Mestre em Agronegócios, produtor rural e foi o responsável pela criação da Política Nacional de Biocombus tíveis (RenovaBio)

Reflexões e preparativos para a safra 2025/26 no setor sucroenergético

Desenvolvimento do canavial está em sua plenitude para a 2025/26, mas não se pode esquecer dos desafios enfrentados na safra anterior

O d e s e nvo l v i m e n t o d o c a n av i a l

p a r a a s a f r a 2 0 2 5 / 2 6 e s t á e m s u a

p l e n i t u d e d i a n t e d e c o n d i ç õ e s c l i

m á t i c a s f avo r á ve i s , p o r é m , n ã o p o

d e m o s e s q u e c e r d o s d e s a f i o s e n f re n

t a d o s n a s a f r a 2 0 2 4 / 2 5 , e s p e c i a l m e n t e p a r a a re g i ã o p ro d u t o r a d o

C e n t ro s u l d o B r a s i l

I n c ê n d i o s c r i m i n o s o s a s s o l a r a m

o s c a n av i a i s , c o m p ro f u n d o s i m p a c

t o s n o p l a n e j a m e n t o d e c o l h e i t a d a s

u s i n a s , c o m p ro m e t e n d o a q u a l i d a d e da matér ia pr ima, o mix de produ ção, a produtividade ag rícola da safra cor rente e da safra seguinte, o desen vo l v i m e n t o d e s o q u e i r a s , a l é m d o s danos ambientais e a terceiros

Esses eventos sublinham a neces sidade urgente de estratég ia s eficazes de prevenção e controle

Outro desafio crítico foi o au mento das doenças da cultura, como o complexo do Murchamento da Cana, causado por patógenos como Colle totr ichum, Pleocyta e Fusar ium, on de, estas causaram severos danos à produção ag roindustr ial (produtivida

de e qualidade da cana), exig indo atenção redobrada das equipes ag ro nômicas quanto a prevenção e timing de controle

Paralelamente, os danos causados

pelo Sphenophor us levis foram evi denciados e catalisados pelo cenár io de déficit hídr ico em g rande par te da re g ião produtora, destacando a necessi dade de acompanhamento contínuo, e de “controles associados” cada vez mais eficazes

Diante desse cenár io, é funda mental refletir sobre as ações que de vemos efetivar para mitigar os efeitos dessas adver sidades

No caso dos incêndios cr imino s o s , o s e t o r t e m s e e m p e n h a d o e m adotar tecnolog ias de monitoramen t o, c o m a u t i l i z a ç ã o d e i m a g e n s d e s a t é l i t e s e / o u c â m e r a s d e l o n g o a l cance, instala ção de salas de monit o r a m e n t o, a l é m d e i nve s t i m e n t o s e m treinamentos de equipes e estr uturas

a d i c i o n a i s p a r a

r urais, e práticas que inibem a propa gação do fogo

Quanto a revitalização do canavial para a safra 2025/26, deveríamos ela borar um plano de aplicação de pro dutos fitossanitár ios específicos no pós seca do canavial (com aplicações após o retor no das chuvas) para revi talizar o canavial estressado pela con dição climática atípica e/ou provoca da pelos incêndios cr iminosos

Será que essa estratég ia ag ronô mica foi realizada, considerando as condições de cada área de produção?

O controle complementar do Sphenophor us foi realizado adequa damente, especialmente nas áreas afe tadas por incêndios, e, após a condição de seca prolongada que o canavial foi submetido?

E quanto ao manejo de doenças fúng icas e bacter ianas que compro metem as folhas e o colmo da cana, afetando severamente a área fotossin tética da planta, as ações têm sido efi cazes, quanto aos ing redientes ativos, manejo e timing?

Essas questões são cr uciais para a preparação e for mação da próxima safra, e, nos reflete ao aprendizado e melhor ia contínua de nossos proces sos produtivos

É necessár io cada vez mais ag ir com proatividade e ag ilidade, imple mentando soluções tecnológ icas e ag ronômicas que garantam a susten tabilidade e a produtividade do setor

*COO – Diretor de Operações na Usina Santa Terezinha

Grupo Farias investe em capacitação profissional

Através do Plano Anual de Desenvolvimento de Colaboradores o g r upo busca consolidar sua posição no setor bioenergético

O Gr upo Far ias, um dos líderes brasileiros em bioenerg ia, etanol e açúcar, está reforçando seu compromisso com o desenvolvimento inter no por meio de investimentos na qualificação de seus co laboradores Com unidades localizadas nas reg iões Nordeste, Sudeste e Centro Oeste, o g r upo am plia suas iniciativas de capacitação técnica e geren cial, alinhadas à diretr iz do Diretor Presidente, Dr Eduardo Far ias, que pr ior iza o capital humano, tendo a capacitação profissional como pilar para o crescimento sustentável

De acordo com Mauro Marques, Super inten dente de RH do Gr upo Far ias, o Plano Anual de Desenvolvimento de Colaboradores está sendo implementado, com foco em capacitação técnica e apr imoramento de habilidades inter pessoais Em parcer ia com SENAI, SENAC, SENAR, e outras Instituições renomadas no mercado, serão ofereci dos ainda nesta entressafra 15 cur sos de qualifica ção para cada unidade produtora, abrangendo ope rações industr iais, gestão de pessoas, 5S(metodolo g ia de organização), atendimento ao cliente e se gurança no trabalho, com o objetivo de preparar profissionais capazes de atuar com excelência em qualquer área da empresa

N a U s i n a Va l e Ve rd e, l o c a l i z a d a e m I t a p a c i (GO), um dos destaques do Projeto foi a car reta de for mação do SENAI, já instalada nas depen dências da unidade O espaço móvel está equipa do com tecnolog ia de ponta e preparado para ca pacitar em áreas cr uciais, como soldagem e apr i

m o r a m e n t o t é c n i c o “ E s s a é u m a c h a n c e ú n i c a p a r a c re s c e r p ro f i s s i o n a l m e n t e s e m s a i r d a n o s s a c i d a d e O G r u p o F a r i a s e s t á f a z e n d o a d i f e re n ç a na vida de cada um de nós”, relatou um colabo rador par ticipante

Investimento em tecnolog ia e sustentabilidade O Gr upo Far ias, que há décadas impulsiona o setor sucroenergético, alia a capacitação de seu ti me ao uso de tecnolog ias em suas unidades. A me ta é ating ir a capacidade máxima de produção de cada fábr ica, garantindo competitividade e retor no empresar ial, sem abr ir mão do respeito ao meio ambiente e da responsabilidade social

Impacto regional e visão de futuro

Além de for talecer a cadeia produtiva, as ini ciativas do Gr upo Far ias têm impacto social rele vante Ao oferecer cur sos g ratuitos em parcer ia com instituições de ensino, a empresa abre por tas para profissionais locais, elevando o padrão técni co das reg iões onde atua “Isso gera um ciclo vir tuoso: colaboradores mais qualificados, processos mais eficientes e comunidades mais desenvolvidas”, explicou Mauro Marques

A e s t r a t é g ia t a m b é m e s t á a l i n h a d a à s d e m a n d a s g l o b a i s p o r e n e r g i a l i m p a C o m o l í d e r e m b i o c o m b u s t í ve i s , o g r u p o d e s t a c a q u e o e t a n o l b r a s i l e i ro, p ro d u z i d o a p a r t i r d a c a n a d e

a ç ú c a r, é u m d o s m a i s s u s t e n t á ve i s d o m u n d o,

c o m e m i s s õ e s d e c a r b o n o a t é 9 0 % m e n o re s q u e o s c o m bu s t í ve i s f ó s s e i s

Bioeletricidade deve avançar em potência instalada

Previsão é que biomassa em geral instale 793 MW novos à matriz elétrica neste ano, 8,1% do total de acréscimo de potência por todas as fontes de geração

Em 2024, com quase 18 mil me gawatts (MW), a fonte biomassa per maneceu ocupando a 4ª posição na matr iz energética, atrás das fontes hí dr ica, eólica e gás natural, em ter mos de potência outorgada pela Agência Nacional de Energ ia Elétr ica (Aneel), sem incluir a Micro e Mini Geração Distr ibuída

No ano passado, a biomassa insta lou 586 MW novos na matr iz elétr i ca brasileira

Para 2025, a previsão é que bio massa em geral instale 793 MW no vo s à m a t r i z e l é t r i c a , re p re s e n t a n d o 8,1% do total de acréscimo de potên cia instalada no país por todas as fon t e s d e g e r a ç ã o ( 9 7 5 1 M W ) , u m a c r é s c i m o a c i m a d a m é d i a a nu a l d a fonte biomassa obser vando se os úl t i m o s 2 0 a n o s , q u e f o i d e 6 7 2 M W entre 2005 e 2024

Serão 14 novas unidades ter melé tr icas novas usando a biomassa como combustível pr incipal em sete estados diferentes: 3 unidades no Mato Gros so do Sul, 3 em Goiás, 2 no Rio de Janeiro, 1 na Bahia, 2 no Maranhão, 2 no Mato Grosso e 1 em São Paulo

A Reg ião Centro Oeste liderará, então, a expansão da biomassa (8 usi nas totalizando 625 MW), seguida da Reg ião Nordeste (3 usinas somando em tor no de 59 MW) e, fechando o pódio, a Reg ião Sudeste com 3 usinas (108 MW novos)

Em relação à biomassa empregada, as ter melétr icas que têm os resíduos florestais como combustível pr incipal liderarão a expansão da bioeletr icida de em 2025: serão 541,55 MW novos em sete usinas (36,93 MW em 2 uni dades no Maranhão, 456,62 MW em 3 usinas no Mato Grosso do Sul e 48 MW em 2 unidades no Mato Grosso)

Do total de 793 MW que a bio massa deve instalar em 2025, 75 MW já foram realizados em janeiro agora, em uma usina sucroenergética paulista De fevereiro a dezembro deste

ano, o setor sucroenergético espera ag regar mais 167,5 MW representados em cinco unidades ter melétr icas su croenergéticas (22,5 MW na Bahia, 120 MW em Goiás, e 25 MW no Rio de Janeiro) Ao todo, o setor sucroenergético terá instalado 242,5 MW (31% do to tal a instalar pela biomassa em 2025)

Por fim, o ano deve fechar com mais uma usina a instalar no Estado do Rio de Janeiro, utilizando resíduos ur banos para geração de 8,46 MW de bioeletr icidade

D a s 1 4 u s i n a s , a p e n a s t r ê s u n i d a d e s t ê m c o m p ro m i s s o s d e ve n d a

o p ç ã o “ f o r a d o A m b i e n t e d e C o n

i c

b r a s i l e i ro, e m b o r a a i n d a o b s e r ve m o s o i n t e re s s e d

A expansão em 2025, de quase 800 MW, ainda está distante do recor de de expansão pela biomassa, que ocor reu em 2010, com 1 750 MW, menos da metade daquele ano Por outro lado, isto mostra que o setor de biomassa pode crescer muito mais do que expandido anualmente, uma boa notícia para um país que precisa de desenvolvimento econômi co, com responsabilidade ambiental, climática e social, qualidades que a bioeletr icidade ag rega à matr iz elétr i ca brasileira

*Pesquisador do Instituto Energia Sustentável (E SUST) e gerente de bioeletricidade na União da Indústria de Cana de Açúcar e Bioenergia (UNICA)

Cogeração pode ser instrumento eficaz para solucionar cenário desafiador no sistema elétrico

Destaque é o setor sucroenergético, com capacidade instalada de 12,88 GW, o que corresponde a 60,6% de toda a cogeração existente no Brasil

A indústr ia de cogeração de ener g ia segue prestando uma valiosa con tr ibuição para o País

O destaque é o setor sucroenergé tico, com capacidade instalada de 12,88 GW, o que cor responde a 60,6% de toda a cogeração existente no Brasil

Os dados são compilados pela Cogen a par tir de dados da Agência Nacional de Energ ia Elétr ica (Aneel)

Entendemos que essa contr ibui ção possa ser ainda mais expressiva Para isso, temos advogado que as usi nas tenham mais liberdade para nego ciar os excedentes da cogeração tam bém no mercado livre

Atualmente, a por tar ia 564 de 2014 limita a venda no mercado livre até o teto da garantia física e obr iga que os excedentes sejam liquidados ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que está em tor no de R$ 60/MWH – um valor que não remu nera nem mesmo o bagaço de cana de açúcar processado.

Nosso pleito é claro: que não se cerceie o direito de comercialização no Ambiente de Contratação Livre

Outro tema impor tante: acredita mos que as possibilidades de cresci

mento do setor sucroenergético te nham relação direta com o bom uso dos atr ibutos dessa cogeração, visando supr ir a carência de potência do siste ma elétr ico brasileiro, situação ag rava da com a expansão das novas fontes renováveis, que são inter mitentes

Hoje em dia, no final de tarde, o Brasil deixa de contar com mais de 30 GW gerados por fontes fotovoltaicas, o que demanda que o sistema com pense essa lacuna em pouco menos de uma hora, justamente quando há de manda simultânea de energ ia elétr ica em indústr ias, estabelecimentos públi

cos, comércios e residências

Essa dificuldade vem sendo obje to de atenção da Aneel e pr incipal mente do Operador Nacional do Sis tema (ONS)

Um cenár io ag ravado no período seco, entre abr il e setembro, quando os reser vatór ios das hidrelétr icas rotinei ramente ficam deplecionados, redu zindo a capacidade de recor rer à hi droeletr icidade para supr ir a f alta de potência, com consequências para o atendimento do Sistema Interligado Nacional (SIN)

É essa questão que temos debati

do com autor idades do setor elétr ico, posto que a cogeração é uma energ ia fir me, não inter mitente, distr ibuída, gerada em usinas próximas dos pon tos de consumo, e que já vem tendo um papel fundamental para o equilí br io do sistema elétr ico

Na nossa visão, o setor sucroener gético e o de outras biomassas pode rão ser g randes aliados para ajudar a mitigar essa questão operativa, por contarem com momento g irante, ra zoável despachabilidade, além de se rem renováveis e com baixa ou emis são nula de gases de efeito estuf a

Por fim, outra fronteira de cresci mento para o setor sucroenergético é o aproveitamento da vinhaça para a produção de biogás e biometano

Com o biogás, a indústr ia pode produzir par te de energ ia elétr ica e aproveitar o calor para desenvolver uma maior eficiência do ciclo Ranki ne, apr imorando a condição de pro dução de vapor com menos bagaço, e, desse modo, economizando o insumo, com maior eficiência

Já o biometano, resultado do pro cessamento do biogás, pode se con ver ter em uma fer ramenta de econo mia e descarbonização para as usinas, intensificando o aumento dos cer tifi cados do Renovabio, cr iando uma renda adicional

Em 2025, nossa expectativa é evi denciar, cada vez mais, todo o poten cial do setor sucroenergético para prover segurança energética e desen volvimento do País, de modo que es sa contr ibuição tenha o devido reco nhecimento

*Presidente executivo da Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen)

Clima melhora perspectivas de moagem

A safra 2025/26 de cana de açúcar deverá ser marcada por menor moagem, estimada entre 581 milhões e 620 milhões de toneladas na reg ião Centro Sul, em consequência do cli ma adver so e dos incêndios ocor r idos em 2024

O B r a

No cenár io doméstico, a possibi lidade de arbitragem com o mercado global e um crescimento econômico moderado sustentam valores em pata mares elevados

Além da fronteira, a for te deman da de países emergentes (como Pa quistão e Indonésia), a redução dos es toques mundiais e a manutenção do câmbio em nível f avorável impulsio nam as expor tações brasileiras, com preços podendo superar 18 centavos de dólar por libra peso na ICE Futures

Além disso, tensões comerciais entre g randes potências podem abr ir mais opor tunidades de negócios para o Brasil, tanto em açúcar quanto em etanol, reforçando a posição do país como protagonista no setor

Os preços globais do açúcar reg is traram nova queda mensal nos pr in cipais pontos de negociação

Em Nova York, o contrato para mar/25 estava cotado em 18,22 cen tavos de dólar por libra peso; era de 19,8 cents/lbp em dezembro

Já os contratos para mai/25, jul/25 e out/25 fecharam em 17,08 cents/lbp, 16,80 cents/lbp e 16,93 cents/lbp, respectivamente Em Lon dres, o contrato mais próximo, de março, fechou em US$ 481,50/t Já no mercado inter no, segundo dados do Cepea/Esalq, o Açúcar Cr istal Branco ficou em R$ 153,41/sc (50 kg), que da mensal de 4,9%

No etanol, a produção acumulada do biocombustível alcançou 32,4 bi lhões de litros, um crescimento de 3,1% frente ao ciclo anter ior Deste total, 20,6 bilhões de litros foram de etanol hidratado (+9,8%) e 11,8 bi lhões de litros de anidro ( 6,9%)

O etanol a par tir do milho mos trou for te desempenho, com produ ção acumulada alcançando 6,0 bilhões de litros, um avanço de 30,8% Na se gunda metade de dezembro, 82,7% do etanol total produzido foi or iundo do milho, somando 402,1 mi de litros

(+43,9% na comparação anual) O etanol de milho segue crescen do de for ma expressiva no país Esti mativas recentes da Unem (União Nacional do Etanol de Milho) indi cam uma produção de 8,2 bilhões de litros até o final de 2024/25, 200 mi de litros acima da previsão inicial

Este volume é 30% super ior ao da safra 2023/24, quando foram produ zidos 6,4 bilhões de litros

Para concluir, os cinco pr incipais f atos para acompanhar em fevereiro na cadeia da cana:

Estimativas para a safra 2025/26, especialmente em vista das atualizações recentes com o clima As chuvas no final de 2024 e início des se ano, trouxeram uma visão otimista do setor e algumas consultor ias já f a lam em 620 a 630 mi de t moídas, acima das 600 previstas anter ior men te (Safras & Mercado)

Avaliar se as vendas do etanol seguem aquecidas, especialmente com a tendência de queda nos preços do petróleo Dezembro foi mais um mês de alta para o anidro e o hidratado; e na safra atual, acumulamos alta de 12% nas vendas do biocombustível

Por fim, no açúcar, obser var os preços com as estimativas que virão do Brasil e dos outros g randes produto res Se a atual def asagem dos preços dos combustíveis for cor r ig ida no Brasil, é um f ator de alta

*Professor Titular (em tempo parcial) da Faculdade de Administração da USP (Ribeirão Preto SP) e da Har ven Agribusiness School (Ribeirão Preto – SP) Sócio da Markestrat Group É especialista em Planejamen to Estratégico do Agronegócio

O FUTURO É VERDE

Em um contexto global que exige urgência na transição para fontes de energia sustentáveis, o Brasil desponta com potencial para liderar a economia de baixo carbono

O futuro é verde, e as per spectivas para o setor de bioenerg ia em 2025 são robustas e promissoras Em um contexto global que exige urgência na transição para fontes de energ ia sus tentáveis, o Brasil desponta com po tencial para liderar a economia de baixo carbono

Essa liderança se reflete no papel central que os biocombustíveis de sempenham na matr iz energética na cional e nos avanços projetados para a próxima década

De acordo com nota técnica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministér io de Minas e Energ ia (MME), o setor de biocombustíveis no Brasil deverá mo vimentar cerca de R$ 1 tr ilhão aproximadamente R$ 99,8 bilhões em investimentos e R$ 924,4 bilhões em custos operacionais , no período de 2025 a 2034.

O etanol será o car ro chefe nes se avanço, recebendo cerca de 60%, R$ 62,1 bilhões, dos investimentos previstos para constr ução de novas plantas, moder nização de usinas e am pliação dos canaviais

No caso do etanol de cana de açúcar de pr imeira geração, uma f atia de R$ 5,4 bilhões será dividida entre expansão (cerca de R$ 3,9 bilhões) e implementação de novas unidades Além disso, o etanol de milho e o de segunda geração (E2G) deverão cap tar apor tes de R$ 17 bilhões e R$ 14,4 bilhões, nessa ordem

No estudo, estima se, ainda, que, até 2034, a produção de etanol no Brasil alcançará 48,5 bilhões de litros, sendo 14,3 bilhões/milho e 1,1 bilhão de litros/E2G

O biodiesel também se destaca como um vetor essencial da transição energética brasileira

Desde o início de sua implementa

ção, há 20 anos, a produção acumulada de biodiesel no Brasil alcançou 77 bi lhões de litros, gerando uma economia de US$ 38 bilhões em importações de diesel e evitando a emissão de 240 mi lhões de toneladas de CO , segundo o Ministér io de Minas e Energ ia No ano passado, o país reg istrou a marca histó r ia de 9 bilhões de litros produzidos No contexto do CEISE Br, a Ca deia Produtiva Local (CPL) Bioener g ia emerge como um pilar funda mental para a estr uturação da cadeia produtiva de bioenerg ia Por meio do Prog rama SP Produz, da Secretar ia do Desenvolvimento Econômico do Es tado de São Paulo, a entidade e a CPL liderarão iniciativas de pesquisa, ma peamento de empresas e capacitação em áreas chave, como ESG, tecnolo g ias de ponta e gestão de pessoas Essas ações visam não apenas for talecer o setor, mas também preparar as indústr ias para atender à crescente demanda por inovações sustentáveis no mercado global

*Presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br)

Impactos das mudanças geopolíticas nos EUA e na Europa

Mudanças geopolíticas

provocam impacto significativo no cenário global e local e da bioenergia

As mudanças geopolíticas nos Estados Unidos e na Europa, especialmente no que diz respeito à energ ia, têm um impacto significativo no cenár io global e local da bioenerg ia

Para compreender as per spectivas de 2025, é preciso analisar alguns f atores chave:

Fatores que moldam o cenário:

Po lít i ca E n ne e r rg g é ét ic a dos E UA: As políticas energéticas dos EUA, incluindo incentivos fiscais, regulamentações e investimentos em pesquisa e de senvolvimento, exercem um papel cr ucial na dire ção do setor global de bioenerg ia A pr ior ização de fontes renováveis, como os biocombustíveis, pode r ia impulsionar a demanda global No entanto o no vo gover no amer icano, recém emposs ado, declara não ter mais nenhum interesse em substituir as fon tes fósseis, o que tem for te efeito local e global

G ue r r a n a U cr r â ân ia a e cr i se e n ne r géét i caa: : A guer ra na Ucrânia e a consequente cr ise energética global com as restr ições de acesso ao gás natural r us so, tem intensificado a busca por fontes de energ ia alter nativas e mais seguras.

A bioenerg ia, como fonte renovável e diver sifi cada, ganha destaque nesse contexto, porém a Eu ropa encontra se numa sér ia cr ise política e eco nômica, o que tor na as suas políticas de incentivo de resultados muito duvidosos

Inf lação e cust o os de produççãoo: : A alta infla ção global e o aumento dos custos de produção po dem afetar a competitividade da bioenerg ia em re lação a outras fontes de energ ia

É sabido que as energ ias renováveis no mundo todo têm dependido de subsídios e incentivos fiscais e a nova conjuntura pode levar à sua redução drás tica ou a sua eliminação Também maiores incenti vos às energ ias fósseis podem ocor rer nos EEUU

Avanços t tecnnológ icoss: A contínua evolução tecnológ ica no setor de bioenerg ia, como o desen volvimento de novas culturas energéticas e proces sos de conver são mais eficientes, pode reduzir cus tos e aumentar a atratividade da bioenerg ia

Aqui no Brassil, j á temmos um a m maatr iz z e eléttr i ica a e ener gét ica li mpa, porém não temos tido investi

mentos significativos em pesquisa, desenvolvimento e inovação locais (com raras exceções como com o desenvolvimento de novas matér ias pr imas como a Macaúba e o Agave e novos processos como o E2G) para que nos mantenhamos na liderança e tor nar mos nossas soluções de impacto inter nacional

Até m esmo n no e taannol ceelullósicco (E2G) te mos alguns retrocessos nos planos da sua implanta ção em escala, por motivos financeiros

Mudanças c climát icas e m et as de de s sccaar r bo niza çã o: A crescente preocupação com as mudanças climáticas e as metas de descarbonização estabeleci das por diver sos países impulsionam a demanda por fontes de energ ia renováveis, como a bioenerg ia

No entanto o novo gover no amer icano já tomou atitudes que revelam o pouco interesse em investi mentos para a mitigação dos seus seríssimos efeitos

Vár ios fundos de investimento, líderes no “ g reen deal” já se mostram reticentes em promover o real ating imento de metas de redução ou eliminação de emissões dos seus investidos

Perspectivas para 2025:

Crescim m ento do m merrca do de biocoommbbuustí í veeis: : Espera se um crescimento contínuo do mer cado de biocom bustíveis, impulsionado pela de manda crescente por combustíveis renováveis e pe las políticas de apoio à bioenerg ia em diver sos paí ses, par ticular mente no Brasil

Por aqui há f atos novos auspi ciosos, como a consolidação de outra fonte sustentável de etanol, o milho segunda safra, que estabiliza preços e per mi te planejar aumentos de produção, cor respondentes aos aumentos de demanda viabilizados pela regula mentação de novas leis de incentivos à descarboni zação da mobilidade

Diver sificação de fontes s de b biiomassa: A bus ca por fontes de biomassa mais sustentáveis e com menor impacto ambiental deve impulsionar a diver sificação das matér ias pr imas utilizadas na produ ção de bioenerg ia

Embora estas novas fontes só sejam realmente viáveis e competitivas com o aumento de escala (Cur va de Aprendizagem) o que pode demorar uma década ou mais, isso é algo digno de nota

Inovação t ecnolóógiicaa: A inovação tecnoló g ica será fundamental para aumentar a eficiência e a competitividade da bioenerg ia, com foco em novas tecnolog ias de conver são e no aumento de produ tividade e desenvolvimento de culturas energéticas

mais produtivas, incluindo inovações disr uptivas na produtividade da cana Por exemplo, é f ato que existe uma demanda enor me pelos novos biocombustíveis de aviação e temos aqui no país talvez as melhores con dições para vir a atender esta deman da, caso tenhamos acesso a financia mentos e polít icas de supor te par a tecnolog ias ainda não maduras, como tivemos no Proálcool

De sa f io s na a ca a de ia d e s uppr r i me ntos: A percepção (pr incipalmente na Europa) de que temos uma escas

sez mundial de ter ras cultiváveis e a pretensa competição com a produção de alimentos podem representar de safios para a expansão da produção de bioenerg ia, com restr ições a financia mentos baratos

Aqui no Brasil, por outro lado te mos como expandir nossa fronteira de produção bioenergética com poucos impactos e ainda viável economica mente, porém este f ato precisa ser co nhecido e respeitado inter nacional mente, usando fer ramentas aceitas in ter nacionalmente, como a Análise do Ciclo de Vida

I n t te e g r a çã o d a b io en er g ia em si i ste ma a s e ene e rgét icos: A integ ração da bioenerg ia em sistemas energéticos mais complexos, como a produção de biogás e a cogeração, até mesmo a in teg ração de biocombustíveis com captação solar (ag r ivoltaics) pode au mentar sua eficiência e ver satilidade.

A integ ração de matér ias pr imas como milho e cana na mesma planta, também atua sinerg icamente para au mentar a produção e reduzir custos e reduzir ou eliminar a sazonalidade no uso dos ativos

Trransferência de tecnollog ia: A cooperação entre os EUA, o Brasil e outros países na área de bioenerg ia poder ia f acilitar a transferência de tecnolog ia e o desenvolvimento de capacidades locais

N o e nt a nt o o n ovo gove r n o a m mer i icano o parece ter metas absoluta mente de cur to prazo e protecionis tas o que pode inviabilizar o investi mento e o escalonamento de novas tecnolog ias por aqui

Em resumo, as per spectivas para o setor de bioenerg ia em 2025 são pro missoras, pela crescente demanda por fontes de energ ia renováveis, apesar

das dificuldades geopolíticas induzidas pelo novo gover nos imediatista e pro tecionista nos EEUU e pela persisten te cr ise europeia A China terá de en frentar também as possíveis conse quências destas mudanças no comér cio e no modelo de produção globa lizada, o que poderá (ou não) f avore cer o “Sul Global”

O sucesso da bioenerg ia depen derá da capacidade de superar desafios como a competitividade com outras fontes de energ ia, a expansão no uso

de ter ras ag r icultáveis e a necessidade de desenvolver tecnolog ias mais efi cientes e sustentáveis

Aqui no Brasil já estamos implan tando e escalonando tecnolog ias de s e nvo l v i d a s l o c a l m e n t e d e s e n s o r i a mento e tratamento massivo de dados que pode representar uma nova era de re d u ç ã o d e c u s t o s e a u m e n t o s n a produção

*Engenheiro Químico, diretor do Ins tituto de Tecnologia Canavieira (ITC)

Com tecnologia de ponta, Santa Adélia inaugurará fábrica de açúcar na USA Pereira Barreto (UPB)

Planta entra em operação a par tir de abril próximo com capacidade de produzir 18 mil sacas por dia

Produtora de eta nol desde a sua implantação, em 2007, a Usina Santa Adélia Pereira Bar reto (UPB) estreia na produção de açúcar a par tir de abr il, quando terá início a safra 2025/26 Com capacidade de produção de 18 mil sacas diár ias, a planta é um so nho dos controladores da Usina Santa Adélia, que, além da USA Pereira Bar reto, têm a usina matr iz em Jaboticabal, também no inter ior paulista Esse sonho ganhou destaque com a aprovação do projeto pelo Conselho de Administração da companhia em 2023 De lá para cá, o time de engenhei ros e técnicos da empresa se debr uça ram para dar vida à fábr ica de açúcar “Esse projeto está alinhado com o DNA da Companhia, que é focado em tecnolog ia e excelência operacional”, destaca Helton Oliveira, diretor In dustr ial e Engenhar ia da Santa Adélia

Para a Tr initon Equipamentos, responsável pelos equipamentos de evaporação e de cozimento, além da interligação de processos e o modelo 3D, a conclusão da fábr ica de açúcar da UPB é um exemplo emblemático de como a inovação, a sustentabilidade e a visão de futuro podem se unir para cr iar projetos que transcendem o âm bito industr ial “A g ran diosidade do projeto da nova fábr ica de açúcar que a Tr initon está concluindo é um mar co significativo não apenas para as empresas, mas para toda a indústr ia sucroenergética”, destaca Marco Ge r is, diretor da empresa

Time da empresa fez a gestão do projeto

Em entrevista ao Jor nalCana, Hel ton Oliveira explica detalhes da fábr i ca de açúcar da USA Pereira Bar reto

Como surg iu a iddeeia da fábr ica ?

A USA PB, empreendimento g reenfield inaugurado em 2007, já previa, em seu plano diretor, a implan tação de uma fábr ica de açúcar

Em 2023, com o cenár io de cres cimento da demanda global de açú car, a Companhia decidiu investir no projeto

O mercado mundial de açúcar tem um crescimento natural de consumo de 1,2% por ano e a oferta não acompanha esse r itmo E o Brasil é um dos poucos países que pode atender a esse consumo com aumento da sua produção

O projeto da fábr ica de açúcar foi aprovado pelo Conselho de Adminis

tração da Usina Santa Adélia em ju nho de 2023, c om cronog rama de implantação em 20 meses

A produção será de açúcar VHP

Com m o f oi a g gesst t ã ão o d do o proj eto?

O gerenciamento geral do proje to foi realizado pela equipe inter na, a cargo de profissionais como Juciano de Souza Fer rai, gerente cor porativo de engenhar ia e qualidade, e de Luiz Fer nando Cremonez, gerente de pro

cessos industr iais da UPB

Essa equipe contratou parceiros para o empreendimento, como a Tr i niton, responsável pelo for necimento completo da evaporação e da fábr ica de acúcar, incluindo projeto, equipamen tos, processos e modelagem 3D, a qual per mite a gestão online do projeto

Tecnologia embarcada

Como foi a impla ntaçãão?

Foram aproveitados ativos da Unidade Pioneiros, de Sud Mennuc ci (SP), desativada em 2020, cujos equipamentos passaram por retrofit

O uso de tecnolog ia mais moder na trouxe ganho de capacidade para a nova fábr ica na USA PB

Com tecnologia embarcada, o pro jeto da fábr ica tem, como característica, ter eficiência energética (em uso de va por) e, g raças a tecnolog ia, será planta enxuta em ter mos de mão de obra

Para se ter ideia, a operação de car regamento, depósito e expedição do ar mazém, que tem capacidade pa ra 110 mil toneladas, será feita por três operadores por tur no

A fáábr icca de açúcar entra em ope ra çãão no começo de a br il?

Sim Deveremos ter 15 dias de testes até a operação nor mal

O projeto considera que os cana viais da UPB estão em recuperação e, assim, a fábr ica deverá alcançar 120 mil toneladas de açúcar na safra 2025/26

Já para a safra 2026/27 a proposta é chegar à plenitude de 18 mil s acas diár ias, ou 170 mil toneladas no ciclo

Juciano e Luiz, os comandantes do projeto

O engenheiro eletr icista Juciano de Souza Fer rai e o engenheiro me cânico Luiz Fer nando Cremonez res piram a implantação da fábr ica de açúcar 24 horas por dia

D e s d e j u n h o d e 2 0 2 3 , q u a n d o o p ro j e t o f o i a p rova d o, o s d o i s s e d e b r u ç a r a m n a p e s q u i s a e i m p l a n t a ç ã o do projeto Depois assumiram a im p l a n t a ç ã o d o s p ro c e s s o s , i n i c i a dos em outubro

As obras civis tiveram início em 2024, com Juciano e Luiz à frente Geralmente no período de e n tressafra entre fim de dezembro a março ficam na usina as equipes de apoio em refor mas No caso da UPB, além dessas equipes há pelo menos 200 operár ios que passaram a trabalhar na área destinada à fábr ica

“Tenho orgulho de par ticipar dessa implantação”, afir ma Juciano “A fábr ica já f az par te da histór ia da Usi na Santa Adélia”, emenda Luiz Juciano, que completará 25 anos na empresa em junho próximo, co meçou no almoxar if ado Já Luiz, que está há 15 anos na empresa, iniciou como estag iár io Ter tempo de casa, aliás, é comum na Companhia

“A Santa Adélia investe fir me no desenvolvimento de pessoas, o último gerente industr ial contratado foi em 2015”, lembra Juciano “Depois disso, todos são profissionais de car reira, até o diretor ”

“Hoje, na área industr ial, 100% dos gerentes e 99% dos super visores são de car reira desenvolvida na própr ia em presa ” Em entrevista ao Jor nalCana, Ju ciano e Luiz detalham mais sobre o

empreendimento:

Quuaiis a as s caracter íst icas tecnológ g i cas d da a fá b br r ica de açúcar r ?

Tr a t a s e d e u m a f á b r i c a a c é u a b e r t o e m u m c o n c e i t o n ovo n o s e t o r, e c o m pro d uç ã o f o c a d a e m a ç ú c a r V H P

Desde a concepção do projeto, trabalhamos com gêmeo dig ital (mo delo vir tual de um objeto físico) No caso, houve desdobramento para es pecificações e compras

Esse modelo dig ital ajuda no de senvolvimento do projeto, nas inter

ferências, detalha o que comprar Ele per mite apresentar até leito de elétr i ca e as interligações, o que evita retra balho na obra

Tem também o fluxog rama, com links para os processos, o que f acilita as estratég icas, balanço e a gestão

Com isso tudo, o g rau de asser ti vidade é bem elevado, otimizando re cur sos, tempo e, sem dúvida, custos

Outro d desstaaque da fáábbr r ica é a eva porraçção 5 e ef eittoos

Sim. Ela prevê alta eficiência

energética 5 efeitos é a concepção de reaproveitamento de vapores ao lon go do processo, com baixo consumo, flexibilidade operacional e mais sobra de vapor para cogeração

Tem o aum ento da capa ciidade d de e evapora çã o

Sim Durante o desenvolvimento do projeto, veio a proposta de apro veitar as caixas, que foi opor tunidade de aumentar a capacidade da evapo ração e deixá la preparada para cres cer com baixo custo em caso de no vos equipamentos

Foi uma reengenhar ia de projeto conceitual, com ganhos empregando os mesmos equipamentos

H á p pllanos de am pliar a ca p paacida de da fá á br ica de açúcar ?

Sim O projeto da fábr ica, conce bido em 3D, prevê dobrar a capacida de para 36 mil sacas por dia no futuro

Já há modelos com equipamentos necessár ios para se chegar a essa ca pacidade

Como a UPB f a ará para ter ca na d e a çúc a ar pa r a a t en de r a o d do o bro da capaciidade da fá á br ica?

A Companhia tem um projeto inovador em Pereira Bar reto, que é implantar ir r igação por gotejamento Começou se com 1 076 hectares e tem uma cur va de crescimento ao longo dos próximos anos

Com isso, a moagem da USA PB será expandida Hoje, a capacidade é de 3,5 milhões de toneladas de cana Isso será possível porque o canavial terá crescimento ver tical g raças à ir r igação e ao plano diretor ag rícola.

2025 reserva muitas oportunidades para o setor de bioenergia

Acredita-se que o setor esteja na terceira onda de crescimento, em que a primeira aconteceu nos anos subsequentes ao PROALCOOL com os investimentos em destilarias de produção de etanol

O ano de 2025 reser va muitas opor tunidades para o setor de bioenerg ia

Acredita se que o setor esteja na terceira onda de crescimento, em que a pr imeira aconteceu nos anos subsequentes ao PROALCOOL com os inves timentos em destilar ias para a produção do etanol carburante

A s e g u n d a c o m o l a n ç a m e n t o d o s c a r ro s f l e x

f u e l , a m i s t u r a d e b i o d i e s e l n o d i e s e l e a i n t ro d u

ç ã o d e c a l d e i r a s d e a l t a p re s s ã o A t e rc e i r a o n d a , a

q u a l v ive m o s , é i n d u z i d a p e l a t r a n s i ç ã o e n e r g é t i

c a , p e l a va l o r i z a ç ã o d a p re s t a ç ã o d e s e r v i ç o a m

b i e n t a l e a s u b s t i t u i ç ã o d o s f ó s s e i s p e l o s p ro d u t o s

d a s b i o re f i n a r i a s

A Política Nacional de Biocombustíveis deu mater ialidade a terceira onda precificando as exter nalidades positivas dos biocombustíveis

O RenovaBio gera cerca de 4,5 bilhões de reais em transações do crédito de descarbonização e pro move o ganho de eficiência no setor produtivo Pa ra 2025, é aguardada a operacionalidade do merca do de der ivativos de CBIOs

O der ivativo possibilita que as duas partes de um contrato estabeleçam a compra e a venda do CBIO a ser liquidado em data futura preestabelecida por um preço previamente combinado

O reg istro do contrato para entrega futura per mite a redução do r isco de oscilação no preço do CBIO para o distr ibuidor e, ainda, per mite um me lhor provisionamento dos custos

O produtor de biocombustíveis percebe a ven da para entrega futura como uma operação de fi nanciamento em que poderá precificar os CBIOs a uma taxa mais atrativa que o seu CAPM (Capital Asset Pr icing Model)

Esse novo for mato de negociação abre opor tu nidades para a troca de insumos ou produtos ag rí colas por CBIOs a serem entregues numa data fu tura e por um preço predeter minado entre as par tes Ou seja, um produtor de biocombustíveis po der ia comprar defensivos ag rícolas para a sua lavou ra utilizando CBIOs a serem entregues a um preço remunerador para ambas as par tes

O ano também será marcado pelo aumento dos in vestimentos na produção e movimentação de biome tano devido a entrada em operação da política de des carbonização do setor de gás natural no ano seguinte

Os agentes do setor de gás natural que pr imei ro entenderem como o novo mercado irá funcionar, os impactos no pre ço, como o a tr ibuto ambiental será transacionado, o compor tamento do consumi dor livre e como mitigar r iscos sairão na frente

Acredita se que os produtores, distr ibuidores e comercializadores passarão pela mesma cur va de aprendizado dos participantes do RenovaBio

O ano será de adaptações, tanto para os a gen tes pr ivados, quanto para os age ntes públicos, liga dos ao setor de gás natural O processo de cer tifi c a ç ã o, e m i s s ã o d o c e r t i f i c a d o d e o r i g e m , re g i s t ro, negociação, aposentador ia e comprovação da meta da Política de Descarbonização terá que ser regu l a m e n t a d o, t e s t a d o e a c e i t o p o r t o d o s o s p a r t i c i pantes desse mercado dentro desse ano

Tudo isso em meio a agenda regulatór ia dos Es tados, com a revisão tar ifár ia das distr ibuidoras de gás canalizado e a regulamentação do mercado livre

O ano também será de preparação para o bio combustível de avião (SAF) e o diesel verde que pas sarão por estudos de viabilidade econômica mais de talhados e anúncios de impacto A descarbonização do setor de avião nacional levará dois anos para se ma ter ializar

Os operadores domésticos do transpor te aero viár io terão de reduzir as emissões em 1% ao ano a par tir de 2027 até 2037

Até lá está dado o desafio da regulamentação que será liderada pela Agência Nacional de Aviação Ci vil, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Ministér io de Minas e Energ ia e Ministér io de Por tos e Aeropor tos O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), por sua vez, estabelecerá, a cada ano (de 2027 a 2037), a mis tura mínima obr igatór ia de diesel verde no diesel, que será limitada a 3%

Os combustíveis maduros, etanol e biodiesel, passarão por estudos de viabilidade técnica em 2025 que per mitam o aumento da mistura obr igatór ia no combustível fóssil de 27% para 30%, podendo che gar a 35%, no caso do etanol E o biodiesel, a par tir desse ano, terá o aumento de um ponto percentual ao ano até chegar em 20% em 2030, também a de pender dos estudos

Todo esse movimento da bioenerg ia ganha tra ção num ano de Conferência das Par tes (COP30) no Brasil, cujo pr incipal tema será o financiamento cli mático e o início da regulamentação do mercado regulado de carbono no país

Ao mesmo tempo, a política exter na nor te amer icana hostil às mudanças climáticas, a f avor do protecionismo comercial e o consumo de combus tíveis fósseis podem reduzir as expectativas de alguns investidores Independente do pr isma de que o setor de bioenerg ia esteja sendo visto, o ano exige ações inovadoras e investimentos em descarbonização e na mitigação do r isco climático e regulatór io

*Foi membro da equipe de construção da Política Nacional de Biocombustíveis RenovaBio (Lei 13 576, 26 de dezembro de 2017) Liderou a articu lação com o setor financeiro no processo de emissão, negociação e aposentadoria dos Créditos de Descar bonização do RenovaBio negociados na B3 S A (ex BMF Bovespa) No INMET,Liderou a iniciativa de fi nanceirização do dado Meteorológico, o SIM IN MET , com os agentes do setor de gestão de risco pa ra o desenvolvimento do Seguro de Índice Paramé trico ÉCEO da House Of Carbon Startup que atua no mercado de carbono

Explorando o potencial do hidrogênio de baixo carbono a partir da reforma do etanol

Reforma do etanol

C a d a ve z m a i s , e n f r e n t a m o s

c o n d i ç õ e s c l i m á t i c a s a d ve r s a s , q u e

t r a z e m p r e o c u p a ç õ e s e i n c e r t e z a s

q u a n t o a o f u t u ro d o p l a n e t a S e n ã o

b u s c a r m o s u m a f o r m a e f i c a z d e re

d u z i r a s e m i s s õ e s d e g a s e s d e e f e i t o e s t u f a , e n f r e n t a r e m o s s i t u a ç õ e s

e m q u e o s e f e i t o s c l i m á t i c o s n a t u

r a i s s u p e r a r ã o n o s s a c a p a c i d a d e d e

m i t i g a ç ã o

O B r a s i l a s s u m i u u m c o m p ro

m i s s o d e s a f i a d o r n o A c o rd o d e Pa r i s : re d u z i r e m 3 7 % a s e m i s s õ e s e m

c o m p a r a ç ã o a o s n í ve i s d e 2 0 0 5 a t é

2 0 2 5 e e m 4 3 % a t é 2 0 3 0

O b s e r va s e u m m ov i m e n t o

mu n d i a l c re s c e n t e p e l a u t i l i z a ç ã o d o

h i d rog ê n i o d e b a i x o c a r b o n o c o m o

s u b s t i t u t o a o s c o m bu s t í ve i s f ó s s e i s ,

e s p e c i a l m e n t e a p a r t i r d a g u e r r a e n

t re R ú s s i a e U c r â n i a

A p ro d u ç ã o d e h i d rog ê n i o t o r

n o u s e p e ç a c h ave p a r a a t r a n s i ç ã o

energética, e o Brasil, com sua abun

d â n c i a d e re c u r s o s re n ov á ve i s , t e m

u m e n o r m e p o t e n c i a l n e s s e c a m p o

Embora a eletrólise da água seja uma rota conhecida para a produção de hidrogênio, outras alter nativas igualmente promissoras, como a refor ma do etanol, devem ser exploradas

O etanol, especialmente o produ zido a par tir da cana de açúcar, é uma matér ia pr ima renovável e abundante no Brasil

Somos o maior produtor de cana de açúcar do mundo e o segundo maior produtor do biocombustível, atrás dos Estados Unidos, que utilizam milho como matér ia pr ima

E s s e re c u r s o c o l o c a o p a í s e m uma posição pr ivileg iada para explo r a r a

l ve getal como for ma de produzir hidro gênio renovável

Esse processo envolve a conversão do etanol em hidrogênio e outros subpro dutos, utilizando catalisadores e calor

Um exemplo notável dessa tecno log ia é o projeto da Univer sidade de São Paulo (USP), em parcer ia com a Shell Brasil, Raízen, Hytron e Senai CETIQT Eles estão desenvolvendo uma estação exper imental para a pro

dução de hidrogênio a par tir do etanol.

O projeto é fundamental para va lidar o uso deste como matér ia pr i ma para hidrogênio renovável, de monstrando sua viabilidade econômi ca e ambiental no contexto brasileiro

Além disso, o etanol pode ser trans portado em sua for ma líquida, facilitan do a exportação e a conversão em hi drogênio renovável em outros países

Não podemos deixar de mencio nar que a produção de etanol de se gunda geração, utilizando resíduos como o bagaço de cana, exemplifica uma prática de economia circular

Este processo não só aumenta a eficiência da produção do biocom bustível, mas também gera biochar, um subproduto que pode ser aplicado ao solo para melhorar sua qualidade e sequestrar carbono

Ou seja, tanto a cana de açúcar quanto seus resíduos podem ser utili zados para geração de hidrogênio re novável e ainda beneficiar o solo

O Brasil já possui uma infraestr u tura robusta para a produção e distr i buição desse combustível renovável, o que reduz significativamente os custos

associados ao transpor te e ar mazena mento de hidrogênio

Com o desenvolvimento contínuo de tecnolog ias e a implementação de políticas de i ncentivo, a produção de hidrogênio via refor ma do etanol po de se tor nar uma opção competitiva e sustentável, contr ibuindo significati vamente para a descarbonização da matr iz energética do país

Por tanto, é essencial que o Brasil explore e invista nessas alter nativas, aproveitando nossa r iqueza em recur sos renováveis e infraestr utura exis tente, incluindo gasodutos

Isso não só ajudará a reduzir nossas emissões de carbono, mas também po sicionará o Brasil como um líder glo bal na produção de hidrogênio de bai xo carbono, promovendo uma transi ção energética sustentável e eficiente

*Graduada em Administração, com MBA em Gestão de Negócios e pós graduação em Formas Alternativas de Energia É Conselheira de Adminis tração na Associação Brasileira de Hi drogênio e Amônia Verdes (ABHAV) e CEO da ALV Consultoria

Diferenças entre as regiões Centro-Sul e Nordeste no setor sucroenergético brasileiro

Setor sucroenergético

brasileiro tem

par ticularidades locais, pela topografia e impostas pelo clima

O Brasil é tão g rande que, dentro de um mesmo País, temos par ticula r idades impostas no setor sucroener gético pelo clima (reg ime chuvas, temperatura), par ticular idades locais (classes solos, topog rafia, g rau meca nização), pelas diferenças culturais (costumes e crenças locais), que mos tram a amplidão do nosso setor gera dor de energ ia

Trabalhando há 33 anos no setor sucroenergético tive a opor tunidade de trabalhar nas reg iões Centro Sul (nos Estados PR SP MG MS) e Nordeste (nos Estados RN e PB), que me per mitiram refletir, compreender, e descrever um comparativo sobre a cronolog ia das operações de Plantio e Colheita das usinas destas reg iões

Breve comparativo entre Centro-Sul e NE

No plantio, considerando a estra t é g i a d e re a l i z a ç ã o d a o p e r a ç ã o n o m e n o r p e r í o d o p o s s í ve l – i n t e n s i f i cando o plantio de ano e me io, co mo tem sido objetivo de g rande par t e d a s u s i n a s n a re g i ã o C e n t ro S u l , t e m o s a c o m p a n h a d o p l a n e j a m e n t o s d e p l a n t i o s e n d o re a l i z a d o s e n t re 15JAN e 15MAI, sendo concluido o c o m p ro m i s s o a nu a l e m ap rox i m a d o s 120 dias totais de plantio No Nordeste, a operação de Plan tio nor malmente é realizada de 01ABR a 30OUT, podendo chegar a aproxi mados 214 dias totais de operação Vale ainda considerar que, devido ao deslocamento do período chuvoso, o posicionamento daquilo que cha mamos de cana de AMEI, INV e ANO, são deslocados em aproximados 90 a 120 dias para frente, na reg ião Nordeste – vide quadro nesta pág ina Com relação a operação de Co lheita – Safra – na reg ião Centro Sul, cada vez mais as empresas otimizam as suas plantas industr iais, efetuando sa fra com início em 15MAR, finalizado safra proximo a 20NOV de cada ano, totalizando aproximados 249 dias to

tais de colheita

Enquando isto, ver ificamos que na reg ião Nordeste, temos como prática as usinas iniciar safra em 01AGO e fi nalizando próximo a 28FEV do ano seguinte, totalizando aproximados 212 dias totais de colheita

A n a l i s a d a d e s t a f o r m a , ve r i f i c a

s e u m d e s l o c a m e n t o d a s a f r a d e

a p rox i m a m e n t e 1 3 5 d i a s p a r a s e u

i n í c i o n a re g i ã o N o rd e s t e – v i d e

q u a d ro n e s t a p á g i n a

Centro-Sul e Nordeste têm par ticularidades

Cer tamente haverá par ticular ida des e planejamentos diferentes entre empresas em função da concentração ou do deslocamento do período chu voso de cada reg ião

Gostar ia que profissionais da área ficassem livres para efetuarem seus co mentár ios, concordando, discordando ou simplesmente reportando a estraté g ia de trabalho praticada em seu g rupo

O objetivo aqui é dar aqueles que nunca refletiram sobre este assunto, a

possibilidade de analisar as par ticula r idades e diferenças adotadas no ma nejo de Plantio e Colheita de cada re g ião do País

Já dedicaram um tempo para ana lisar este tipo de infor mação?

Confira comparativo abaixo que pode ajudá los neste entendimento:

*Executivo Sênior com experiência de 33 anos na Gestão de Operações do Setor Sucroenergético, ocupando po sições de Gerência e Direção Agríco la Experiência nas operações de pro dução da cana de açúcar, envolven do: Plantio, Tratos Culturais, Colhei ta, Manutenção Automotiva, Planeja mento Agrícola e Originação de áreas e matéria prima e Produção de Grãos (soja, milho, trigo, café) e algodão Contato: fred polizello@gmail com

Broca provoca perdas elevadas às usinas, mas pode ser controlada

Variedade geneticamente

modificada, desenvolvida pelo CTC, entrega um canavial livre da praga

Dois estudos recentes reiteram as perdas elevadas provocadas pela broca da cana de açúcar (Diatraea saccha ralis) não apenas no campo como também no processamento industr ial Levantamento do Pecege Consul tor ia e Projetos, em parcer ia com o Centro de Tecnolog ia Canavieira (CTC), mostra que uma cana com in festação de broca de 8,5%, por exem plo, tem um custo de processamento do açúcar branco de R$ 231 por to nelada, 6% maior do que uma cana com zero infestação (R$ 218/ton)

Na produção de etanol, uma cana com infestação de 8,5% resultará em um custo de processamento de etanol de R$ 285, 18% maior a uma cana sem

broca (R$ 235/ton)

“Estes resultados reforçam a ne

c e s s i d a d e d e a s u s i n a s ava l i a re m o s danos causados pela praga e adotarem

m

Haroldo Tor res, do Pecege Os danos

g e r a d o s p o r i n f e s t a ç ã o d a b ro c a , s e

gundo os especialistas, chegam a R$ 8 bilhões por ano

A professora Márcia Mutton, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal SP, também avaliou o impacto econômico da broca

À cada 1% de infestação ocor re

uma redução da ordem de 0,96 a 2,06% no rendimento de etanol por hectare e de 0,43 a 1,97% na produ ção de açúcar por hectare, em função da var iedade avaliada, mostra o estudo, feito em parcer ia com o CTC

Os dados da Platafor ma Bench marking do CTC indicam que a In tensidade de Infestação Final da Broca – índice que mede a infestação residual da praga nos canaviais após o seu con trole químico e/ou biológ ico – per manece quase inalterada (veja quadro)

Isto demonstra a baixa eficiência

dos métodos tradicionais de controle, que dependem, entre outros fatores, das condições climáticas ideais e do mo mento cor reto da aplicação, para terem um funcionamento satisf atór io

Apesar de ter aumentado as apli cações nos últimos anos, os controles químico e biológ ico não se mostraram eficientes no combate à praga

O CTC tem em seu por tfólio va r iedades geneticamente modificadas (com o trait Bt para controle da bro ca), adaptadas às mais diver sas condi ções de clima e solo, per mitindo o controle da broca com uma eficácia super ior a 95%

“A biotecnolog ia é a solução mais eficaz para a mitigação desse problema, pois entrega uma cana livre de broca, resultado muito super ior aos métodos de controle convencionais, que usam inseticidas químicos ou biológ icos”, diz Luiz Antônio Dias Paes, diretor comercial do CTC

As canas Bt estão presentes em mais de 180 usuár ios entre usinas e for necedores, que, juntos, são respon sáveis por cerca de 60% da moagem nacional

Seca impacta oferta de cana no Norte e Nordeste

A produção do ciclo 2024/25, estimada em 62 milhões, foi revista para 57 milhões de toneladas

A safra de cana de açúcar nas reg iões Nor te e Nordeste do Brasil encer ra o ciclo 2024/2025 com uma revisão significativa: a produção estimada caiu de 62 milhões para 57 milhões de toneladas, con for me aler ta Renato Cunha, presidente executivo da NovaBio e do Sindaçúcar PE

A queda, atr ibuída à ir regular idade das chuvas, reflete os desafios climáticos que afetaram desde o desenvolvimento dos canaviais até a colheita

Dados da safra e impacto da estiagem

Até 31 de dezembro de 2024, 78% da safra (43 milhões de toneladas) já havia sido processada

No entanto, a f alta de chuvas bem distr ibuídas e o início tímido das precipitações em janeiro indicam que o volume final ficará abaixo do esperado

“Ainda há 22% a ser processado, mas o total não d eve r á p a s s a r d e 5 7 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s ” , ava l i a Cunha

As áreas costeiras, como Per nambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Nor te e Serg ipe, foram as mais afetadas

N a Pa r a í b a , a re d u ç ã o c h e g a a 2 0 % , c o m a p ro d u ç ã o c a i n d o d e 7 , 5 m i l h õ e s p a r a 7 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s

“A última chuva significativa foi em julho Sem ir r igação, os canaviais sofrem”, explicou José Inácio de Morais, presidente da Asplan

"Estamos enfrentando um cenár io muito desa fiador, mas essa é uma opor tunidade para buscar mos alter nativas como a ir r igação, que exige investimen to e acesso a crédito", destacou Morais

Contudo, produtores enfrentam dificuldades para obter financiamento, devido às elevadas taxas de juros

O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que segundo Morais apresenta ta xas menores, sofre com entraves burocráticos

Preocupação com a 2025/2026

A estiagem n ão só comprometeu a safra atual, como ameaça a próxima

O déficit hídr ico prejudicou a socar ia (brotação pós colheita), exig indo replantio em áreas secas

Na Usina Coaf (PE), que reg istrou aumento de 10% na moag em (880 mil toneladas), a seca entre setembro e dezembro matou par te dos canaviais

“A seca foi muito dura, e a chuva só chegou no final de dezembro Isso impactou a socar ia, e vamos precisar de mais investimentos para renovar os ca naviais”, afir mou Alexandre Andrade Lima, presi dente da Associação dos For necedores de Cana de

Per nambuco (AFCP) e diretor da Usina Coaf

Po sua vez, Cunha defendeu investimentos em ir r igação e ar mazenamento de água, além de cr iti car a f alta de apoio ao etanol

“A Petrobras pr ior iza a gasolina, ignorando o potencial do etanol na descarbonização”, afir mou

Ele também destacou a necessidade de integ rar o biocombustível a setores como transpor te aéreo e marítimo

Em meio às adver sidades, a sanção da Lei 15 082/24 trouxe alento ao garantir 60% das recei tas dos CBios aos produtores

“É uma vitór ia, mas precisamos de mais ações”, disse Morais, citando entraves burocráticos e juros altos para financiamento

Perspectivas e mobilização

E n q u a n t o a s a f r a 2 0

m o b i

A União Nordestina de Produtores de Cana (Unida) discute estratég ias para pressionar por apoio gover namental

“Precisamos de medidas estr uturais para garan tir competitividade frente às mu danças climáticas”, concluiu Cunha

Com produção estimada em 57 milhões de to

brem segurança hídr ica, inovação e transição ener gética no Nordeste

Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE
Alexandre Andrade Lima, diretor da Usina Coaf

O Alicerce do Canavial: Stand, Vigor

Inicial e o Papel de Soluções Biológicas

O p l a n t i o é a b a s e d e q u a l q u e r c u l t u r a a g r í c o

l a , e n o c a s o d a c a n a d e a ç ú c a r, q u e p o s s u i u m

c i c l o l o n g o, e s s a e t a p a i n i c i a l é a i n d a m a i s d e t e r

m i n a n t e Pa r a a l c a n ç a r a l t o s í n d i c e s d e p ro d u t iv i da de e garantir a longevidade do canavial, é ess en

c i a l a e s c o l h a d e va r i e d a d e s a d e q u a d a s a o a m b i e n

t e e o i nve s t i m e n t o e m t e c n o l og i a s q u e o t i m i z e m

a microbiota e a fer tilidade do solo Essas ações re sultam em um sta nd de plantas unifor me, com mí

n i m a o c o r r ê n c i a d e f a l h a s , a l é m d e m a i o r v i g o r

ve g e t a t ivo, p o r t e a d e q u a d o e i n c re m e n t o n o s i s t e

m a r a d i c u l a r, f u n d a m e n t a i s p a r a a p ro d u ç ã o d e

b i o m a s s a e a l t a c o n c e n t r a ç ã o d e a ç ú c a r

O u s o d e t e c n o l og i a s c o m o o A k ke r d e s e m

p e n h a u m p a p e l e s t r a t é g i c o n e s s e c o n t e x t o P ro

d u t o i n d i c a d o p a r a p o t e n c i a l i z a r o e n r a i z a m e n t o e a b ro t a ç ã o d o s c a n av i a i s , p ro m ove n d o u m a r r a n

q u e i n i c i a l ro bu s t o e u n i f o r m e

A s s o c i a r o A k ke r c o m m i c ro r g a n i s m o s c o m o

Tr i c h o d e r m a e B a c i l l u s a m p l i f i c a o s b e n e f í c i o s

p a r a o s o l o e a p l a n t a O Tr i c h o d e r m a é u m f u n

g o a m p l a m e n t e u t i l i z a d o n o c o n t ro l e b i o l ó g i c o,

a t u a n d o n a p ro t e ç ã o c o n t r a p r a g a s e p a t ó g e n o s ,

e n q u a n t o p ro m ove a s a ú d e d o s o l o s e m c o m p ro

m e t e r o e q u i l í b r i o e c o l ó g i c o

O s B a c i l l u s , p o r

s u a ve z , t ê m m ú l t i

p l a s f u n ç õ e s A l é m

d e c o n t r i bu í re m p a

ra o controle fitossa

n i t á r i o p o r m e i o d e

s u a a ç ã o a n t a g ô n i c a

c o n t r a o r g a n i s m o s n o c ivo s , e s s a s b a c t é r i a s s ã o c a

p a z e s d e p ro d u z i r á c i d o i n d o l a c é t i c o ( A I A ) , u m

c o m p o s t o b i o e s t i mu l a n t e q u e f avo re c e o c re s c i

m e n t o i n i c i a l d a c u l t u r a I s s o re s u l t a e m p l a n t a s

AFCP cobra mini barragens para aliviar impactos da seca

Projeto da associação pernambucana prevê o armazenamento da água no período chuvoso, evitando que ela escoe sem aproveitamento

A Associação dos For necedores de Cana de Per nambuco (AFCP) inten sificou as cobranças aos gover nos es tadual e federal para a implantação de um projeto que pode reduzir os im pactos da seca no setor canavieiro

Trata se do “Águas do Nor te”, um plano de constr ução de pequenas e micro bar ragens na Zona da Mata de Per nambuco

m a i s v i g o ro s a s e b e m e s t a b e l e c i d a s , c a p a z e s d e e x

p l o r a r m e l h o r o s re c u r s o s d o a m b i e n t e

O u t ro b e n e f í c i o d o u s o d e m i c ro r g a n i s m o s , c o m o o s f u n g o s e b a c t é r i a s c i t a d o s , é a c o n s t â n c i a

e d u r a b i l i d a d e n o c o n t ro l e b i o l ó g i c o, p

n a n d o u m e f

i t o re s i d u a l p

l o n g a d o q u e m

n t é m a s a n i d a d e d a c u l t u r a a o l o n g o d o t e m p o D e s s a for ma, esses aliados biológ icos garantem uma pro dução mais sustentável, reduzindo a necessidade de i n s u m o s q u í m i c o s I nve s t i r n o m a n e j o a d e q u a d o n o m o m e n t o d o p l a n t i o é g a r a n t i r o s u c e s s o d o c a n av i a l a l o n g o p r a z o Te c n o l o g i a s p r e s e n t e s n o p o r t f o l i o

K r a c h

i n t e g r a d a b e n e f i c i a t a n t o o p

d u t o r, c o

m a i o r e s r e n d i m e n t o s , q u a n t o o m e i o a m b i e n t e, a o p ro m ove r p r á t i c a s a g r í c o l a s m a i s e q u i l i b r a d a s e s u s t e n t á ve i s O p l a

* CTC da Kracht em MG

O objetivo é ar mazenar água no período chuvoso, evitando que ela es coe para os r ios e chegue ao mar sem aproveitamento

Essa reser va hídr ica poder ia ser utilizada nos meses secos, garantindo a umidade necessár ia para os canaviais e outras culturas ag rícolas

O presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, lamenta que o projeto já tenha sido entregue a diferentes instâncias gover namentais, mas até hoje não tenha sido implementado

“Já apresentamos essa proposta há anos O Gover no do Estado e o Go ver no Federal sabem da i mpor tância desse projeto, mas ele nunca sai do pa pel Enquanto isso, sofremos com es tiagens severas e depois com excesso de chuvas que, sem ar mazenamento adequado, acabam indo direto para o mar ” , destacou Lima

A seca prolongada na safra

2024/2025 reforçou a necessidade de soluções como essa Além do impacto na produtividade, os produtores acu mularam prejuízos com a mor te pre coce da socar ia, o que elevará os cus tos de replantio

AFCP: mobilização do setor canavieiro

A AFCP, junto com outras entida des do setor, par ticipa de mobilização com a União Nordestina de Produto res de Cana (Unida) para discutir es tratég ias de mobilização e buscar apoio gover namental

“A seca não afetou apenas Per nambuco, mas também Alagoas e Pa raíba Precisamos de ações concretas para evitar que os produtores conti nuem sofrendo com perdas sucessivas”, concluiu Lima

A expectativa é que o setor con siga sensibilizar as autor idades para a impor tância do projeto, garantindo mais segurança hídr ica e evitando prejuízos futuros aos produtores de cana do estado

Usina Fátima do Sul Agro-energética

inicia produção de açúcar

Companhia fez o seu primeiro embarque de cerca de 7 mil toneladas de açúcar para a Suíça e deve produzir cerca de 160 mil toneladas na safra 2025/2026

Produtora de etanol a par tir da cana de açúcar, a usina Fátima do Sul Ag ro energética deu início na produção de açúcar VHP, tipo produzido para expor tação

Com investimentos que somam R$ 130 milhões na área industr ial e ar mazém, a usina já fez o seu pr imeiro embarque de cerca de 7 mil toneladas pa ra Suíça e deve produzir cerca de 160 mil toneladas na próxima safra (2025/2026), relata, em nota, a As sociação dos Produtores de Bioenerg ia do Mato Grosso do Sul (BioSul)

Para marcar o início dessa nova f ase da usina, o empresár io e propr ietár io Daniel Gadotti recebeu na sexta feira, 14 de fevereiro, o gover nador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, acompanhado pela Ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e a Senadora Soraya Thronicke O presidente da Biosul, Amaur y Pekelman, par ticipou da recepção

Na ocasião, o Gover nador inaugurou o acesso de pavimentação asfáltica até a usina, que beneficia a logística e escoamento da produção

“Uma usina que cresceu e se desenvolveu ao longo do tempo e o Estado tem se posicionado ca da vez mais em segurança alimentar e transição energética Nesses dois temas que são globais, o se tor de açúcar, etanol e energ ia tem se atualizado e conquistado esse espaço mundo afora, seja com eta nol a par tir do milho, a par tir da cana, da biomassa e do gás, com biometano Parabéns às empresas de Bioenerg ia que tem acreditado no Estado Nós con tinuaremos investimentos sem trégua em infraestr u tura e competitividade”, afir mou

Com uma área de 28 500 hectares de cana no mu nicípio e reg ião, a empresa processou cerca de 2 mi lhões de toneladas da matér ia pr ima no último ciclo

kelman, o setor de Bioenerg ia já se consolidou no Estado e a expansão da usina f az par te desse mo mento de investimentos do setor na diver sifica ção de produtos

“Mesmo com um perfil de produção tradicio nalmente voltado para o etanol, a diver sificação de produtos no por tfólio das usinas de Bioenerg ia é uma tendência que tem trazido mais sustentabilida de aos negócios”, explica

“Se trata de um impor tante investimento para Fátima do Sul e reg ião, que conta com a capacida de da usina na geração de empregos e desenvolvi mento local, além de contr ibuir para que Mato Grosso do Sul per maneça no ranking nacional de produção de açúcar no país, configurando na lista de produtos com maior receita em expor tação para o Estado”, destaca o presidente da entidade

A entidade representa as 22 usinas produtoras de açúcar, etanol, bioeletr icidade a par tir da cana e do milho em Mato Grosso do Sul

Atualmente, a Fátima do Sul Ag ro energética é responsável por 600 empregos diretos

FABRICAÇÃO DE AÇÚCAR: como atingir alta performance?

A aplicação de boas práticas operacionais faz toda a diferença na fabricação de açúcar

Você sabia que as etapas de cr ista lização e cozimento são fundamentais para garantir a alta perfor mance na f a br icação de açúcar?

Esses processos não só influenciam a eficiência da operação, mas também são essenciais para obter um açúcar de boa qualidade, com ótima morfolog ia e g ranulometr ia

A aplicação de boas práticas ope racionais, aliada a uma automação efi caz e técnicas avançadas através de uso asser tivo de solubilidade e supersatura ção, é o que f az toda a diferença na f a br icação de açúcar

Com um projeto adequado e per

sonalizado dos tachos de cozimento e uma manutenção bem feita, é possível otimizar o processo e alcançar um de sempenho super ior nas indústr ias su croenergéticas

Monitoramentos de pureza, tem

p e r a

c r u c i a i s p a

ideais de super saturação sejam man

tidas Isso não só assegura a eficiência da esgotabilidade, mas também resul t a e m u m a ç ú c a r f in a l co m c a r a c te rísticas morfológ icas e g ranulométr i cas impecáveis, e com quedas de pu reza bem controladas

Mas não para por aí no processo de f abr icação de açúcar

A centr ifugação desempenha um

papel crítico na separação dos cr istais, e o monitoramento constante é a chave para um processo realmente eficiente

*Diretor da CALICHMAN

Consultoria em Processos e Projetos

Industriais LTDA e sócio e Consultor

Sênior Industrial na Datagro Alta

Performance

Nova fábrica de açúcar da Usina

Caeté deve ficar

Para a safra 2025-26, estimativa é de que sejam processadas 2,2 milhões de toneladas de cana na unidade, com uma produção de 16 mil sacas de açúcar/dia

A u n i d a d e Pa u l i c é i a d a U s i n a

C a e t é , l o c a l i z a d a n o mu n i c í p i o d e

Itaim Paulicéia, reg ião do oeste pau lista, deverá ter suas obras concluídas no mês de março

Com um investimento de R$ 200 m i l h õ e s , a n ova i n s t a l a ç ã o p ro d u z i r á açúcar VHP (Ver y High Polar ization), um produto com alta pureza destina do pr incipalmente à expor tação

C o m a f i n a l i z a ç ã o d a s o b r a s , e m f a s e ava n ç a d a , n o m ê s d e m a r ç o, a expectativa é que a inauguração ofi cial da fábr ica de açúcar da usina seja re a l i z a d a c o m a t r a d i c i o n a l m i s s a d e

pronta

em março

i n í c i o d e m o a g e m , m a rc a n d o o c o

meço da safra

A estimativa da usina para a pró

r intendente ag roindustr ial da Unida

que completará 15 anos de operação

x i m a s a f r a , é q u e s e j a m p ro c e s s a d a s

2 , 2 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s d e c a n a de açúcar, com uma produção de 16

Visita da equipe Copersucar à usina da Caeté

México aposta no desenvolvimento de combustível de aviação

A produção de bioetanol para o SAF representa uma opor tunidade de diversificar e aumentar a rentabilidade do setor de cana-deaçúcar

A Aeropor tos e Ser viços Auxilia re s ( A S A ) a nu n c i o u n o c o m e ç o d e janeiro a implementação de um pro jeto piloto para impulsionar a produ ç ã o d e c o m bu s t í ve i s s u s t e n t á ve i s d e aviação (SAF), utilizando etanol de r ivado da cana de açúcar como in sumo estratég ico

Segundo Javier Villazón Salem, di retor geral da ASA, o projeto será de senvolvido em parcer ia com o Cona desuca (Comitê Nacional para el De sar rollo Sustentable de La Caña de Azúcar), para produção e gestão de combustível de aviação

A iniciativa, que integ ra o setor

ag rícola e a indústr ia aeronáutica, visa transfor mar o México em referência na aviação sustentável

“Esse projeto de combustível de aviação não só reduz as emissões de carbono no transpor te aéreo, mas tam bém aproveita o potencial do setor su croenergético para constr uir um futu ro mais próspero e ecológ ico”, afir mou Villazón Salem

‘SAF representa opor tunidade de diversificação’

Luis Ramiro García Chávez, titular da Conadesuca, destacou que a produ ção de bioetanol para o SAF represen ta uma opor tunidade de diver sificar e aumentar a rentabilidade do setor de cana de açúcar

Ele também enfatizou o papel dessa iniciativa na mitigação dos impactos das

mudanças climáticas e no fortalecimen to da segurança energética nacional

Atualmente, o México cultiva mais de 800 mil hectares de cana, opera 49 usinas e emprega 500 mil pessoas dire tamente, com um impacto econômico que representa 12% do PIB ag rícola

A produção anual de 55 milhões de toneladas garante autossuficiência e expor tações para 21 países

Grupo Pantaleon se integra a programa sustentável na Guatemala

Na safra 2023/24 a unidade Monte Rosa do Grupo Pantaleon obteve produção histórica de 296,7 mil toneladas de açúcar

O Gr upo Pantaleon anunciou sua integ ração ao prog rama Guatecaña, uma iniciativa pioneira que reúne a ag roindústr ia canavieira da Guatemala em prol de um futuro sustentável

O prog rama está alinhado à Estra tég ia de Sustentabilidade 2023 2033, que visa transfor mar recur sos de for ma responsável e gerar impacto posi tivo para as comunidades locais

A estratég ia da Guatecaña se ba seia em três pilares fundamentais:

Com p ro m isss o A Am b i ie nt a l: O Gr upo Pantaleon se dedica à preser vação dos recursos naturais, pr ior izan do a proteção de 43 bacias hidrog rá ficas no Litoral Sul e a redução de 7%

na pegada de carbono até 2033

Coom prom isso Socia l: A em presa promove igualdade de opor tu nidades, com destaque para a inclusão de mulheres, e colabora para a redu ção da desnutr ição aguda por meio de prog ramas como o Better Families, que beneficiam colaboradores e co munidades vizinhas

Coomprom isso Ét ico: : Seguin do um r igoroso código de ética, o

Gr upo Pantaleon reforça a transpa rência em suas operações e adota uma política de tolerância zero ao trabalho inf antil, cumpr indo regulamentações nacionais e inter nacionais

Marcos históricos

A safra 2023 2024 foi um mar c o p a r a o G r u p o Pa n t a l e o n , q u e a l c a n ç o u re c o rd e s i m p re s s i o n a n

Monte Rosa, com uma produção

açúcar branco.

A u

O desempenho também foi reco nhecido pelo pr imeiro lugar no Pr ice Waterhouse Benchmarking de custos entre oito usinas na Amér ica Latina

Capacitação feminina

Reforçando seu compromisso com a equidade de gênero, o Gr upo Pantaleon lançou o prog rama de for mação “Mulheres ao Roda”, que ca pacita mulheres como operadoras de máquinas

A iniciativa busca for talecer a in clusão feminina no setor ag roindustr ial

C

Colheita de cana-de-açúcar na Nicarágua registra recorde

A safra na Nicarágua, iniciada em novembro de 2024, é feita em quatro usinas localizadas nos depar tamentos de Chinandega, Rivas e Manágua

A g r i c u l t u r a ( M AG ) , a p ro d u ç ã o e s t á d iv i d i d a e m 5 7 % d e a ç ú c a r b r u t o,

7 d e j a n e i ro

A s a f r a , q u e t eve i n í c i o e m 1 2 d e

n ove m b ro d e 2 0 2 4 , é p ro c e s s a d a e m

q u a t ro u s i n a s l o c a l i z a d a s n o s d e p a r

t a m e n t o s d e C h i n a n d e g a , R i va s e

M a n á g u a

D e a c o rd o c o m o M i n i s t é r i o d a

C U R I O S I D A D E

3 2 % d e a ç ú c a r s u l f i t o e 1 1 % d e a ç ú

c a r re f i n a d o, re f o r ç a n d o a p o s i ç ã o d a

c a n a d e a ç ú c a r c o m o o t e rc e i ro

p ro d u t o m a i s i m p o r t a n t e n a c a r t e i r a

d e e x p o r t a ç õ e s d o p a í s

A p ro d u ç ã o d e a ç ú c a r d e s e m p e

n h a u m p a p e l e s t r a t é g i c o n a e c o n o

Tonelada de cana produz entre 92 e 112 quilos de açúcar

Rendimento de açúcar depende do nível de sacarose, explica executivo do Grupo Siembra

U m a t o n e l a d a d e c a n a d e

a ç ú c a r p ro d u z e n t re 9 2 e 1 1 2 q u i l o s

d e a ç ú c a r, d e s t a c a Ju a n Jo s é d e Je s ú s

H e r n á n d e z R o d r í g u e z , g e re n t e d e e s t r a t é g i a d e c a m p o d o G r u p o Siembra, do México, em seu perfil no

L i n ke d I n

m i a n i c a r a g u e n s e, g e r a n d o e m p re g o

e re n d a t a n t o n o c a m p o q u a n t o n a

c i d a d e

A p ro d u ç ã o d e m e l a ç o, p o r

e xe m p l o, j á s o m a 5 5 2 9 4 t o n e l a d a s

nesta safra

Esse subproduto é ampla

m e n t e u t i l i z a d o c o m o i n s u m o n a

a l i m e n t a ç ã o d o g a d o, f o r n e c e n d o

e n e r g i a e m i n e r a i s q u e m e l h o r a m a

q u a l i d a d e d a c a r n e e d o l e i t e, f o r t a

l e c e n d o t a m b é m o s e t o r p e c u á r i o

D a d o s o f i c i a i s i n d i c a m q u e a

a g r o i n d ú s t r i a a ç u c a r e i r a d a N i c a

r á g u a i n c l u i m a i s d e 8 0 0 p ro d u t o

r e s p r i v a d o s d e c a n a d e a ç ú c a r e

g e r a m a i s d e 3 6 0 0 0 e m p r e g o s d i

r e t o s e m a i s d e 1 3 6 0 0 0 e m p r e g o s

i n d i r e t o s

Além do açúcar, a cana de açúcar produz outros subprodutos, como melaço e bagaço

“O melaço se tor na um subpro duto do açúcar”, resume “Já o bagaço de cana de açúcar pode ser utiliza do para a produção de energ ia elétr i ca e calór ica ”

Segundo o executivo, essa produ ção de açúcar por tonelada de cana depende do nível de sacarose na cana “A quantidade de açúcar obtida da cana depende do nível de sacarose que ela possui”, destaca Rodríguez A cana de açúcar, emenda, “é uma das pr incipais matér ias pr imas da indústr ia ag roalimentar inter nacional ”

Mobilidade de baixo carbono: o álcool ainda é a melhor resposta

Brasil está à frente do mercado mundial pois já construiu uma mobilidade terrestre eficiente do ponto de vista energético

Quando o tema é descarbonização da econo mia global, a mobilidade ter restre, pelo peso na di nâmica da atividade econômica, assume papel pre ponderante

E, nesse aspecto, o Brasil está à frente do merca do mundial não só para o futuro próximo, mas ago ra, pois já constr uiu uma mobilidade ter restre efi ciente do ponto de vista energético, ambiental e so cioeconômico

Muito antes das questões ambientais colocadas pelo desafio planetár io das mudanças climáticas, o Brasil já incentivava o desenvolvimento e o uso de biocombustíveis

Dada a necessidade energética e os impactos que os aumentos de preço e a dependência de impor ta ção do petróleo impuseram ainda na década de 1970, o país ousou e, com sucesso, transfor mou o etanol em uma solução real e expor tou essa tecnolog ia

Passados 50 anos, há hoje prog ramas como o Mover – Mobilidade Verde, estabelecido em 2024 por lei federal e que representa relevante avanço da política industr ial automotiva, com incentivos fiscais para produtos acessíveis e eficientes em relação a emissões de CO2

E estudos recentes comprovam que o etanol foi a melhor escolha para o país

Desenvolvido pelo Depar tamento de Energ ia dos Estados Unidos, o Co optima avaliou e classi ficou os energ éticos (combustíveis e elet r icidade) para motores

O resultado mostrou que o etanol é a opção mais vantajosa nos cur to e médio prazos para motores de concepção moder na como os que saem atual mente das montadoras: turbos de baixa cilindrada com injeção direta, que per mitem alto torque em baixas rotações, boa dir ig ibilidade, consumo redu zido e pouca emissão

A ideia é que, já em 2025, esses moder nos pro pulsores híbr idos apresentem uma operação otimi zada e alta eficiência tér mica, da ordem dos 50%, confor me testes realizados pela Nissan, o que mos tra que a tecnolog ia da combustão inter na não está no fim de vida, e ainda há muito potencial para sua evolução

Do lado das emissões, o etanol proporciona a re dução de poluentes, sempre que adicionado à mis tura Dependendo dos ajustes dos motores, misturas com mais etanol podem representar quedas de 40% nas emissões

Mas isso é só uma par te da vantagem ambiental do etanol Hoje, nossa leg islação pr ivileg ia a Análi se do Ciclo de Vida para medir emissões de CO2 na

matr iz de transpor tes, especialmente em veículos e comerciais leves

E aí reside o g rande destaque e inovação do Mover pr imeira leg islação no mundo que con sidera o ciclo de vida completo da mobilidade, o chamado “do berço ao túmulo”

A par tir de 2027, o país irá apurar emissões de gases de efeito estuf a no ciclo poço à roda e, a par tir de 2032, no ciclo completo, incluindo produção, montagem e descar te do veículo Não adianta olhar apenas uma par te da cadeia da mobilidade, como o insumo energético ou o uso do veículo

É p re c i s o p e n s a r o c i c l o c o m p l e t o p a r a q u e a s s o l u ç õ e s s e j a m e f i c i e n t e s e m re l a ç ã o à t e m á t i c a a m b i e n t a l Po r t a n t o, q u a n d o o t e m a é d e s c a r b o n i z a ç ã o e m m o b i l i d a d e, é i m p e r a t ivo c o n s i d e r a r p ro d u ç ã o, u s o e d e s t i n a ç ã o ( o u d e s c a r t e ) f i n a l d e u m ve í c u l o

Levando em conta esse cenár io e o ciclo poço à roda, o etanol apresenta se como a melhor solução em ter mos de eficiência energético ambiental, se gundo estudo do consultor Ricardo Simões de Abreu publicado no livro Da Bomba ao Plug

Entre diver sas combinações de tecnolog ias de propulsão veicular, motores flex híbr idos usando etanol encontram se na mesma f aixa dos veí culos elétr icos abastecidos com eletr icidade verde ca so ainda raro no mundo

Outro estudo, conduzido em 2023 pela VDI Society for Vehicle and Traffic Technology, uma as sociação de engenheiros alemães, concluiu que, du rante o ciclo completo de vida, híbr idos combinan do pequenas bater ias e combustíveis de baixo car bono podem acumular emissões de poluentes me nores que as de veículos elétr icos, que têm 70% de sua emissão total na etapa de produção, notadamen te na f abr icação da bater ia de lítio

Além de altamente poluente na f ase da extração do lítio, a tecnolog ia dessas bater ias não total

mente madura ainda apresenta problemas de se gurança, com g raves casos de incêndios praticamen te incontroláveis

Por conta disso, a cidade de São Paulo ainda não tem uma regulamentação para postos de carga, es pecialmente em condomínios

Como o etanol está no c entro do Move r, sua adoção por par te da administração pública ser ia um motivador para outros setores Dependendo da re ceptividade, o g r upo poderá oferecer os veículos a consumidores a par tir de 2025

Além de todas as vantagens, a disponibilidade de etanol satisf az perfeitamente o mercado nacional, garantindo a sustentabilidade da opção pelo bio combustível

Por sua histór ia e inovação, a tecnolog ia de mo tores a etanol é patr imônio nacional pouco valor i zado e reconhecido e que, em função de avanços le g islativos e regulatór ios como o Mover, é até hoje remodelado e moder nizado Ainda há muito o que f azer, como pr ivileg iar os híbr idos elétr icos e a eta nol em rodízios municipais e em tr ibutos, além de empregar o biocombustível como fonte comple mentar na matr iz energética nacional e na geração de hidrogênio

Por tudo isso, fica claro o compromisso e a po sição do Brasil como pioneiro no desenvolvimento de soluções de mobilidade mais limpas, respeitando dimensões econômicas e sociais, sem deixar de lado a segurança energética

É dessa for ma que o Brasil contr ibui com o de safio global da descarbonização, conquistando ainda mais relevância nos próximos anos

*Sócio e fundador da Del Chiaro Pereira Advoga dos e e ex Secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça

** Artigo publicado originalmente no jornal Cor reio Braziliense

Lei de bioinsumos: em vigor e promovendo mudanças positivas

Lei está conectada com as práticas produtivas vigentes porque foi desenhada exatamente para for talecer a segurança jurídica de práticas que já são realidades no Brasil

A caneta esferog ráfica tem uma r ica histór ia de invenção e aperfeiçoa mento que começou em 1888 Trata se de um excelente desenho tecnoló g ico de modelo de utilidade que per manece útil e onipresente nas socie dades do mundo

Uma lei também é um desenho tecnológ ico, que pode ser funcional para uma sociedade ou não Sendo bem desenhada uma le i per mite a constr ução de um sistema nor mativo que seguramente regulamentará bem um deter minado assunto e será valo r izada pela sociedade

A recente Lei de Bioinsumos – Lei n º 15 070, de 23 de dezembro de 2024 – possui um excelente desenho tec nológ ico, está absolutamente conec tada com as práticas produtivas que incor poram aspirações de vár ias so ciedades no mundo e tem fundamen tação constitucional sólida.

Decididamente conduzirá, de for ma segura, eficiente e justa o mercado de inovação, produção e uso de bioin sumos no Brasil pelas próximas décadas

A Lei de Bioinsumos está conec tada com as práticas produtivas vigen tes porque foi desenhada exatamente para for talecer a segurança jurídica de práticas que já são realidades no Bra sil, são elas: a produção de bioinsumos pelas indústr ias e pelos ag r icultores que fizeram a opção pela produção de bioinsumos para uso própr io

Tem fundamentação constitucio nal sólida porque possui sinerg ia com vár ios ar tigos da Constituição Federal – CF vigente

Está absolutamente em linha com o ar tigo 186 da CF que dispõe sobre a função social da propr iedade r ural e estabelece ser a utilização adequada dos recur sos naturais disponíveis e a preser vação do meio ambiente um dos requisitos para o cumpr imento da

função social

O uso de bioinsumos reduz a uti lização de insumos químicos, melhora a qualidade do solo, restaura e amplia a biodiver sidade nas áreas cultivadas, re duz poluentes nos cur sos d’água e são insumos amistosos aos polinizadores

Ta m b é m e s t á e m s i n t o n i a c o m o

a r t i g o 2 1 8 e s e g u i n t e s d a C F, q u e d i s p õ e m s o b re a c i ê n c i a , t e c n o l og i a e

i n ova ç ã o D e f i n i n d o i n c e n t ivo s d o

E s t a d o, i n f o r m a n d o s e r o m e rc a d o

i n t e r n o u m p a t r i m ô n i o n a c io n a l q u e

s e r á i n c e n t iva d o d e m o d o a v i a b i l i

z a r o d e s e nvo l v i m e n t o, o b e m e s t a r

d a p o p u l a ç ã o e a a u t o n o m i a t e c n o

l ó g i c a d o Pa í s

O uso de bioinsumos na ag rope cuár ia brasileira promove o bem es tar da população e a autonomia tec nológ ica do Brasil no campo dos in sumos ag rícolas, onde a dependência exter na de insumos químicos re ina por décadas

Tem ainda estreita har monia com o a ar tigo 225 da CF, que define ser o meio ambiente ecolog icamente equi librado um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, colocando como missão do Poder Público atuar para preser var e restaurar

os processos ecológ icos essenciais e preser var a diversidade e a integ r idade do patr imônio genético do País

A redução de ag rotóxicos e fer ti lizantes químicos promovida pelo uso de insumos biológ icos não propor ciona outra coisa senão o que é pre visto no ar tigo 225

Mesmo dispondo sobre práticas que já estavam em andamento no Brasil, a Lei n º 15 070, de 2024, pro moveu uma verdadeira revolução nos conceitos dos insumos ag rícolas

Os bioinsumos para uso ag rícola, pecuár io, aquícola e florestal, antes disciplinados por leis distintas, são agora uma categor ia própr ia, ag r upa da em uma Lei especial e bem defini dos tecnicamente

Por exemplo, os bioinsumos des tinados ao controle de pragas e doen ças eram, até a publicação da Lei de Bioinsumos, disciplinados pela Lei de Ag rotóxicos que incluía os insumos biológ icos no conceito de ag rotóxi cos Isso foi modificado

Além disso, com a nova Lei de Bioinsumos em vigor, a pavimentação nor mativa necessár ia ao florescimen to da ag r icultura regenerativa no Bra sil fica completa, pois a Lei de Culti

vares e a Lei dos Remineralizadores já estavam em vigor

Temos assim um cenár io nor ma tivo f avorável a ampliação do uso de bioinsumos, de remineralizadores e de plantas de cober tura, que for mam um tr ipé de insumos essenciais à ag r icul tura regenerativa

Impor tante ainda obser var que os mercados de bioinsumos e reminera lizadores têm for te vocação reg ional, o que per mite o deslocamento de in vestimentos e geração de empregos especializados para as vár ias reg iões do país E isso é muito positivo

Como foi visto a Lei de Bioinsu mos está em vigor, é constitucional e muito impor tante para o Brasil

O desafio agora é constr uir a re gulamentação dessa nova Lei com o cuidado necessár io para não dificultar a realização de práticas impor tantes com burocracias excessivas e supér fluas, e isso se f az com competência técnica, visão crítica e cuidados para não deixar que pretensões de algum lobby minor itár io e opor tunista atra palhe o processo

*Diretor executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (ABBINS)

Tecnologia que permite carro elétrico abastecido com etanol pode acelerar a transição energética

Pesquisadores

apontam os desafios a serem vencidos para aumentar o desempenho e a vida útil das células a combustível do tipo MS-SOFCs

Em ar tigo recém publicado no Jour nal of Energy Chemistry, pesquisa dores do Centro de Inovação em No vas Energ ias (CINE) e colaboradores f azem uma revisão detalhada das van tagens e desafios de uma promissora tecnolog ia de células a combustível, a das MS SOFCs (sigla em inglês para célula a combustível de óxidos sólidos supor tada em metais) De acordo com os autores, essa tecnolog ia, que tem despertado interesse no meio acadêmi co e na indústr ia nas últimas duas dé cadas, poder ia ajudar a acelerar a tran sição energética no setor automotivo

Isso pr incipalmente em países que contam com ampla produção e co mercialização de biocombustíveis, co mo Brasil, Estados Unidos, Tailândia, Índia e algumas nações afr icanas

“Nosso estudo destaca que as MS SOFCs representam uma solução pro missora para a descarbonização da mo bilidade, podendo ser uma alter nativa impactante para a eletr ificação desse setor”, diz Gustavo Doubek, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro do CINE – um Centro de Pesquisa em Engenhar ia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell

“Elas combinam alta eficiência, durabilidade e flexibilidade de com bustível, além de eliminarem as limi tações atuais da eletr ificação, c r iando um caminho sólido para a transição energética do setor automotivo, sem os altos custos do hidrogênio ou as limi tações das bater ias convencionais no tempo de recarga ” , completa

O ar tigo de revisão é fr uto de uma colaboração entre pesquisadores da Unicamp, do Instituto Mackenzie de Pesquisas em Grafeno e Nanotecno log ias (MackGraphe), da Univer sida de Federal do Espír ito Santo (Ufes) e

da King Abdullah Univer sity of Science and Technology (Kaust, da Arábia Saudita) A equipe contou com apoio da FAPESP por meio de quatro projetos (22/02235 4, 17/11958 1, 17/11986 5 e 14/02163 7)

A pesquisa f az par te de um esforço maior conduzido no âmbito do CINE, alinhado na busca por tecnolog ias viá veis para a descarbonização do setor de transpor tes, que inclui trabalhos sobre novos mater iais e arquiteturas para MS SOFCs, além de pesquisas sobre refor madores e biocombustíveis

“O diferencial do CINE não está apenas na pesquisa, mas também na busca pela conexão entre ciência e mercado”, explica Hudson Zanin, tam bém professor da Unicamp, pesquisador do CINE e coautor do artigo

“O centro trabalha para levar essas inovações do laboratór io para aplica ções reais, garantindo que as MS SOFCs sejam completamente des mistificadas e se tor nem uma solução prática e acessível na transição ener gética”, completa

Segundo os pesquisadores, a MS SOFC apresenta uma sér ie de vantagens quando comparada com outros sistemas de mobilidade Com relação aos car ros convencionais a etanol, aquele com MS SOFC tem maior eficiência ener gética Em outras palavras, a mesma quantidade de biocombustível rende mais quilômetros no veículo com cé lula a combustível do que no com mo tor de combustão Além disso, car ros elétr icos são mais silenciosos, dimi nuindo a poluição sonora, e mais con fortáveis para condutores e passageiros

C o m re l a ç ã o a o s c a r ro s e l é t r i c o s

c o m b a t e r i a , o ve í c u l o c o m c é l u l a a

c o m bu s t í ve l s e d e s t a c a p e l a r a p i d e z

n o a b a s t e c i m e n t o d o t a n q u e, c o m

p a r a d o c o m a re c a r g a d a b a t e r i a

O u t r a va n t a g e m é a d e n ã o s o b re

c a r re g a r a re d e e l é t r i c a

Além disso, as MS SOFCs são ca pazes de gerar eletr icidade a par tir de bioetanol, biogás, biometano, amônia verde e, até mesmo, combustíveis fósseis

Dessa for ma, na comparação com o car ro a hidrogênio, o veículo com MS SOFC ganha no quesito praticidade, já que pode ser abastecido com combus tíveis amplamente disponíveis e f acil mente transpor táveis, enquanto postos de hidrogênio ainda são muito escassos

Finalmente, robustez e baixo cus to da célula a combustível são o des taque quando a tecnolog ia se compa ra com outras SOFCs (células a com bustível de óxido sólido) que utilizam apenas cerâmicas, em vez de metais, no supor te do dispositivo

O c a r ro c o m M S S O F C s é abastecido com etanol, que passa pe l o re f o r m a d o r, o n d e o h i d rog ê n i o é extraído Este passa pela célula a com bustível, é oxidado e, juntamente com o oxigênio do ar que é reduzido, ge r a o s e l é t ro n s n e c e s s á r i o s p a r a d a r energ ia ao motor elétr ico (figura: Fá b i o C A n t u n e s e t a l / Jo u r n a l o f

Energy Chemistr y)

Etanol gera hidrogênio que gera eletricidade

Um car ro com MS SOFCs pode funcionar da seguinte for ma: o tanque

é abastecido com algum combustível renovável, como, por exemplo, o etanol produzido a par tir da cana de açúcar ; este passa pelo refor mador, componente responsável por “extrair”, por meio de reações químicas, o hi drogênio que está presente na compo sição do biocombustível O hidrogênio, por sua vez, passa pela célula a com bustível, na qual é oxidado e, junta mente com o oxigênio do ar que é re duzido, gera os elétrons necessár ios pa ra car regar as bater ias e supercapacito res e dar energ ia ao motor elétr ico

O processo gera, como resíduos, água, calor e um pouco de dióxido de carbono (CO2), que é c ompensado pelo CO2 que a cana de açúca r consome na fotossíntese, levando a emissão líquida de carbono a um ní vel próximo de zero

A tecnolog ia ainda não está pre sente em veículos à venda no merca do, mas já foi usada em um protótipo de car ro elétr ico a etanol da Nissan, o “ e Bio Fuel Cell”, lançado no Brasil em 2016

Todavia, as MS SOFCs ainda apresentam desafios à área de pesquisa e desenvolvimento para se tor narem co mercialmente viáveis do ponto de vista do seu desempenho, vida útil e custos Esses desafios, além do status atual de desenvolvimento da tecnologia, podem ser confer idos no estudo recém publi cado, que também foi financiado por Unicamp, Conselho Nacional de De senvolvimento Científico e Tecnológi co (CNPq) e Shell, com suporte estra tégico da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

a fome no

mundo

Agronegócio brasileiro é importante para o G20 reduzir

O País já contribui muito neste século para reduzir a fome, por meio do avanço do nosso agronegócio, que assumiu posição de destaque no cenário global

Será impor tante que avancem, já em 2025, as ações da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada na Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, no final de 2024

O encontro, sob a presidência do Brasil, ganhou significado ímpar na histór ia do g r upo, ao abordar um dos desafios mais críticos da humanidade: a segurança alimentar

A e x p e c t a t iva é d e q u e a i n i c i a t iva , p ro p o s t a p o r n o s s o p a í s , p ro t a

g o n i s t a g l o b a l d o a g ro, t e n h a ê x i t o, d e m o d o q u e s e j a p o s s í ve l ava n ç a r d e m o d o e x p r e s s i vo n e s s a a g e n d a a t é 2 0 3 0

Foi bastante promissor o engaja mento inicial de 80 nações ao proje to, visando enfrentar uma situação, já muito g rave, que vem piorando nesta década, em contraste com as metas es tabelecidas pelos Objetivos de Desen volvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidos

Trata se de uma inadiável pr ior i dade, pois, segundo dados da própr ia ONU, cerca de 828 milhões de pessoas enfrentaram a fome em 2023, um au mento preocupante em relação aos anos anter iores Além disso, aproxima damente 2,3 bilhões viviam em inse gurança alimentar moderada ou g rave

As ações propostas na Cúpula do G20 são consistentes para enfrentar esses desafios

D e n t re a s p r i n c i p a i s i n i c i a t iva s , e n t e n d o q u e a s m a i s re l eva n t e s s e j a m a t r a n s f e r ê n c i a d e re n d a p a r a 5 0 0

m i l hõ e s d e p e ss o a s e m p a í s e s d e b a i

x a re n d a a t é 2 0 3 0 , a e x p a n s ã o d e re

f e i ç õ e s e s c o l a re s d e a l t a q u a l i d a d e p a r a 1 5 0 m i l h õ e s d e c r i a n ç a s e m re

g i õ e s c o m a l t a t a x a d e p o b re z a i n

f a n t i l e a i m p l e m e n t a ç ã o d e p rog r a

m a s d e i n c l u s ã o s o c i o e c o n ô m i c a d e

1 0 0 m i l h õ e s d e p e s s o a s , c o m f o c o

e s p e c i a l n a s mu l h e re s

A or igem dos recur sos também está fundamentada de modo adequa do, com f inanciamento por par te de organismos multilaterais de fomento, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamer icano de Desenvol vimento (BID), que se mostraram dis postos a o ferecer crédito e doações para apoiar os prog ramas

Resta esperar que as medidas se jam cumpr idas em ter mos concretos, ao contrár io do que se ob ser va, por exemplo, no contexto do combate ao aquecimento global, no qual o Acor do de Par is segue patinando desde sua instituição, em 2015, sem que os paí ses r icos respeitem de modo pleno o compromisso assumido quanto ao apor te de recur sos

Enquanto a questão segue sendo discutida e causando controvér sias, como na 29ª Conferência das Nações

Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), no Azerbaijão, a elevação da temperatura da Ter ra vai se acen tuando, causando cada vez mais en chentes, tufões e secas prolongadas, dentre outros fenômenos

Além da proposta do Brasil ao G20, o País já vem contr ibuindo mui to neste século para reduzir a fome, por meio do avanço do nosso ag rone gócio, que assumiu posição de desta que no cenár io global

Cabe lembrar que somos uns dos maiores expor tadores de alimentos, for necendo comida para cerca de 1,5 bilhão de pessoas, com nossa produ ção de soja, milho, feijão, car ne bovi na, suína e de frango, dentre outros itens que brotam da ter ra

Tal eficiência resulta de algumas décadas de inovação e desenvolvi mento de tecnolog ias, possibilitando que tenhamos ag r icultura e pecuár ia sustentáveis Adoção do chamado plantio direto, rotação de culturas, uso de bioinsumos, aumento da produti vidade, per mitindo colher mais em áreas cada vez menores, desenvolvi mento dos créditos de carbono e Có digo Florestal r igoroso f azem do nos so ag ro uma referência mundial tam bém em ter mos ambientais Nesse as pecto, cabe destacar a impor tância do setor no processo de transição ener gética, como um dos maiores produ tores mundiais de etanol e outros bio combustíveis, f ator que se soma à cr iação da tecnolog ia dos motores flex e, mais recentemente, ao desenvolvi

mento dos car ros híbr idos

No entanto, o ag ronegócio brasi leiro ainda enfrenta alguns obstáculos que precisam ser superados para ga rantir seu avanço contínuo Dentre os pr incipais desafios estão a infraestr u tura logística precár ia, em especial de transpor tes, que pressiona os custos e provoca desperdícios de produtos, e a dificuldade de acesso a crédito para fi nanciamento das safras, pr incipalmen te para pequenos e médios produto res, que, aliás, são uns dos focos pr io r itár ios da proposta do Brasil ao G20 Também penso ser necessár io promo ver a capacitação dos produtores r u rais e ampliar cada vez mais o acesso do campo à inovação

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, se efetivada em ter mos prá ticos pelas nações signatár ias, pode re presentar um g rande passo na luta contra esses flagelos de nossa civiliza ção Com o apor te dos recur sos anunciados no Rio de Janeiro, a im plementação de políticas públicas efi cazes, investimentos em tecnolog ias sustentáveis e o for talecimento per manente do ag ronegócio, é possível vislumbrar, com responsável otimismo, um futuro no qual a insegurança ali mentar e a misér ia sejam er radicadas, garantindo uma vida digna para bi lhões de pessoas em todo o planeta

*Engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos EESC/USP), empre sário e membro da Academia Nacio nal de Agricultura (ANA)

Usinas de cana são contempladas em iniciativa BNDES/Finep para SAF e Navegação de baixo carbono

Iniciativa conjunta do Banco e da F inanciadora tem orçamento de R$ 6 bilhões para os projetos aprovados

O BNDES e a F inep divulgam a lista de companhias com projetos aprovados na Chama da BNDES/Finep para SAF e Navegação de bai xo carbono

O q quue e é Cham a ada BN DE S/F inep CHAMADA PÚBLICA é uma iniciativa conjunta do Banco Nacional de Desenvolvimen to Econômico e Social – BNDES e da Financia dora de Estudos e Projetos – FINEP, e tem por objetivo fomentar Planos de Ne gócio que contemplem investimentos na produ ção e desenvolvimento tecnológ ico de combus tíveis sustentáveis estratég icos, para aviação (Sus tainable Aviation Fuel – SAF) ou para navegação

Qual é o objet t ivo da Chaam ada?

Parcer ia entre BNDES e Finep, a chamada pública visa fomentar Planos de Negócios que contemplem investimentos na produção e no de senvolvimento tecnológ ico de combustíveis sus tentáveis estratég icos, para aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF) ou para navegação

O objetivo é incentivar a cooperação empre sar ial e for talecer os pr imeiros empreendimentos de SAF e de combustíveis sustentáveis para nave gação no Brasil

A iniciativa ocor re no âmbito da política No va Indústr ia Brasil, que busca promover a rein dustr ialização nacional por meio de seis missões pr ior itár ias, dentre as quais inclui se a Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição e se gurança energéticas para garantir os recur sos pa ra futuras gerações

Orçamento da Chammada B BNNDDES/ Finnep

A estimativa de recur sos a serem dir ig idos pa ra projetos or iundos da chamada pública é de até R$ 6 bilhões, sem implicação em comprometimento com a realização total dos recur sos

Result ado

A Chamada aprovou 76 propostas para o or çamento de R$ 6 bilhões No total, elas totalizam R$ 167 bilhões

“Do total recebido, 43 propostas têm como interesse pr incipal a produção de combustíveis de aviação e totalizam R$ 120 bilhões”, destaca Lais Thomaz, chefe de gabinete da Secretar ia Nacinal de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministér io de Minas e Energ ia (MME) em seu perfil no LinkedIn

“Já para combustíveis marítimos foram rece bidas 33 propostas que somam R$ 47 bilhões ”

“Além de aproveitar opor tunidades de ex por tações, os planos de negócio também buscar atender às metas de consumo local definidas com a aprovação da Lei Combustível do Futuro“, ates ta Lais

Quem sãão as usinas e companhias de bioner g ia c com proje tos aprovadoss?

Confira a seguir no resultado da Chamada:

Fundo libera até R$ 250 milhões para tecnologias de combustíveis sustentáveis

O apor te é do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em recursos não reembolsáveis

A Finep divulgou em fevereiro a rer ratificação de Seleção Pública de Subvenção Econômica à Ino vação MAIS INOVAÇÃO BRASIL – BIOECO NOMIA

Agora, a Seleção da Finep inclui uma nova linha temática:

“Desenvolvimento de tecnolog ias para a produ ção de combustíveis sustentáveis como, por exem plo, etanol, biodiesel, diesel verde, SAFs, combustí veis marítimos, combustíveis sintéticos, podendo in cluir processos de produção de coprodutos que au xiliem na viabilização técnico econômica, como também testes e ensaios com combustíveis susten táveis para aplicação no setor de transpor te rodoviá r io, fer roviár io, hidroviár io e aeroviár io, bem como em tratores e máquinas autopropulsadas ag rícolas Essa linha também abrange o desenvolvimento de insumos críticos para biocombustíveis, tais como catalisadores, membranas, reatores e gaseificadores, dentre outros ”

Serão apoiados projetos inovadores aderentes às

Linhas Temáticas abaixo:

Linha Te mát ica 1 – B i iomassa

Desenvolvimento de processos com biotecno log ia e/ou conver são química aplicada para geração e processamento de biomassa para biocombustíveis, incluindo engenhar ia genética de plantas com fi ns energéticos, desenvolvimento de novas platafor mas microbianas, de enzimas/coquetéis enzimáticos pa ra processos de bi ocombustíveis e de cultivares de plantas com maior potencial de produção dos bio combustíveis;

Linha Temáática 2 – Pllantas Piloto e Demonstr a tivas de Com bustívveis Sust entá veis

Desenvolvimento ou adaptação de plantas pilo to e/ou demonstrativas de processos de produção de combustíveis sustentáveis (incluindo o desenvolvi mento tecnológ ico nacional de equipamentos e/ou componentes críticos) como, por exemplo, biodie sel, diesel verde, SAFs, combustíveis marítimos, e combustíveis sintéticos, podendo incluir processos de produção de coprodutos que auxiliem na viabiliza ção técnico econômica, como também testes e en saios com combustíveis sustentáveis para apl icação no setor de transpor te rodoviár io, fer roviár io, hidro viár io e aeroviár io, bem como em tratores e máqui nas autopropulsadas ag rícolas

Os projetos deverão prever escala piloto (de 10 a 200 kg/dia) e/ou em escala de demonstração (de 200 a 2000 kg) do processo produtivo

Enzima transforma óleo de etanol de milho em combustível para aviação

Segundo a pesquisa do CNPEM publicada na Nature Communications, além de etanol de milho e SAF, o processo poderá produzir plásticos e cosméticos

Pesquisa realizada pelo Centro Nacional de Pes quisa em Energ ia e Mater iais (CNPEM) identificou uma enzima natural capaz de transfor mar o óleo de destilação do etanol de milho (DCO) em biocom bustíveis renováveis, como bioquerosene para aviação e diesel verde Essa descober ta pode revolucionar o aproveitamento do DCO, um subproduto atualmen te subvalor izado na indústr ia do etanol de milho O estudo, publicado na Nature Communications, detalhou a estr utura e o funcionamento da enzima, destacando sua alta eficiência e resistência a tempe raturas elevadas, características que per mitem sua aplicação direta no processamento do DCO Essa en zima realiza a descarboxilação dos ácidos g raxos pre sentes no DCO, conver tendo os em moléculas si milares às produzidas nas refinar ias de petróleo “O g rande desafio era encontrar uma enzima

que pudesse trabalhar diretamente com mater iais br utos e var iados, como subprodutos e/ou copro dutos industr iais Não só identificamos essa enzima, mas também elucidamos completamente seu modo de ação e entendemos que características a deixaram extremamente eficiente para atuar no DCO”, ex plica a pesquisadora Letícia Zanphorlin, do CNPEM, que liderou o estudo

Além dos com bustíveis, os compo stos obtidos

por meio desse processo podem ser utilizados na f a br icação de plásticos, cosméticos e outros produtos industr iais, ampliando o potencial de aplicação da tecnolog ia desenvolvida Essa ver satilidade abre no vas per spectivas para a economia circular e a susten tabilidade na cadeia produtiva do etanol de milho

Produção no Brasil é de 145 700 toneladas

No Brasil, a produção de DCO ating iu 145 700 toneladas em 2023, e a descober ta representa um passo impor tante para ag regar valor a esse subpro duto, que globalmente chega a cerca de 4,3 milhões de toneladas por ano O estudo utilizou técnicas avançadas, como a cr istalog rafia de proteínas, reali zada no acelerador de par tículas Sir ius, para revelar a estr utura atômica da enzima

Financiado por investimentos da Sinochen, PRIO e Embrapii, o projeto demonstra o potencial da inovação científica para impulsionar a sustenta bilidade industr ial Ao ag regar valor à cadeia do mi lho, a tecnolog ia pode aumentar o retor no econô mico da produção de etanol e for talecer a compe titividade da indústr ia brasileira, além de oferecer uma alter nativa mais sustentável para o setor de combustíveis e outros segmentos

Congresso UAPNE25: líderes debatem inovação e sustentabilidade em Recife

Evento é grande opor tunidade para conhecer investimentos em novas tecnologias que aprimoram a eficiência do processo produtivo

Nos dias 26 e 27 de março de 2025, a cidade de Recife se tor nará o epicen tro da bioenergia no Nordeste, ao sediar o Congresso Usinas de Alta Perfor man ce Nordeste – UAPNE25

Realizado no Grand Mercure Re cife Boa Viagem, o evento, promovido pela ProCana Brasil, reunirá as pr inci pais lideranças, executivos e especialistas do setor sucroenergético da região

Durante dois dias intensos, debates e workshops discutirão estratég ias e inovações voltadas para o apr imora mento da competitividade das usinas nordestinas, destacando a importância da transfor mação digital, da sustentabilida de e da eficiência operacional Programação robusta

A prog ramação robusta do UAP NE25 inclui painéis temáticos, works hops de Gestão Industr ial Inteligente, Cases de sucesso das usinas,Tendências e oportunidades de Mercado & Diversi ficação, como maximizar valor com es

tratég ias ESG/GRC, Excelência e se gurança operacional, Práticas de alta perfor mance em gestão e inovação,Tec nolog ias e manejos sustentáveis para otimização das áreas agrícolas, evoluções tecnológicas e inteligência digital

Josias Messias, CEO da ProCana Brasil, ressalta que o evento representa uma oportunidade ímpar para os pro fissionais do setor

“As usinas da região estão investin do em novas práticas e tecnologias para ganhar eficiência, e este cong resso é a platafor ma ideal para compartilhar ex per iências e alinhar estratégias sustentá veis”, afir ma Messias CEOs debatem sustentabilidade e inovação em painel estratégico

Um dos momentos mais aguarda

dos do Cong resso é o painel “CEO Meeting – A Visão de Empresár ios e Executivos do Setor”, que terá a mode ração de Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho Super ior do Agronegócio da Fiesp/Cosag e sócio na Agroadvice

Reconhecido por sua vasta expe r iência e liderança em projetos de de senvolvimento sustentável, Jacyr condu zirá o debate que reunirá quatro nomes de peso do setor sucroenergético

Entre os par ticipantes, destacam se Daniela Petr ibú Or iá, Diretora Pre sidente da Usina Petr ibu, que tem se destacado pela moder nização e pela integ ração de práticas sustentáveis em uma das usinas mais tradicionais do Nordeste; Eduardo de Queiroz Mon teiro, Presidente do Gr upo EQM, que impulsiona o crescimento do g r upo por meio de intensos investimentos em tecnolog ia e inovação; José Bolivar Melo Neto, Diretor do Gr upo Japun gu, cujo foco na eficiência operacio

nal tem for talecido a competitividade das usinas a nível nacional; e Már io Luiz Lorencatto, CEO da Usina Co r ur ipe, que vem transfor mando a em presa em um case de excelência ao combinar produtividade e responsabi lidade ambiental

O debate promete oferecer insights valiosos sobre como o setor pode se reinventar diante das demandas por inovação e respeito ao meio ambiente, fortalecendo a competitividade e a sus tentabilidade dos negócios

O UAPNE25, com sua programa ção diversificada e inovadora, reafir ma o compromisso do setor sucroenergético nordestino com a excelência operacio nal e a sustentabilidade

Ao promover a troca de exper iên cias e a discussão de soluções inteligen tes, o cong resso se consolida como um impor tante catalisador de mudanças que podem redefinir o futuro das usi nas da reg ião

Painel discute Responsabilidade Socioeconômica

Outra prog ramação do Cong res

s o é o Pa i n e l A R e s p o n s a b i l i d a d e

Socioeconômica da Cadeia Bioener gética no Nordeste, com a a apresen tação dos cases da COAF, Coopera tiva Pindorama e Coper vales

O Pa i n e l t e r á c o m o m o d e r a d o r

Pe d ro C a m p o s N e t o, P re s i d e n t e d a

Unida e da Câmara Setor ial do Açú car e do Álcool e Vice Presidente da

A s p l a n

Pa l e s t r a n t e s : A l e x a n d re A r a u jo d e M o r a i s A n d r a d e L i m a , p re s i d e n t e d a

Associação dos For necedores de C a

n a d e Pe r n a m bu c o ( A F C P ) e d a C OA F ; K l é c i o Jo s é d o s S a n t o s , P re

s i d en t e d a Co o p e r a tiva P i n d o r a m a; e Tu l i o Te n ó r i o, P re s i d e n t e d a Co p e r va l e s

UAPNE25 – CONGRESSO USINAS DE ALTA PERFORMANCE NORDESTE

26 E 27 DE MARÇO DE 2025

GRAND MERCURE RECIFE BOA VIAGEM, RECIFE (PE)

UAPNE.COM.BR

Daniela Petribú Oriá, Eduardo de Queiroz Monteiro, Jacyr Costa Filho, José Bolivar Melo Neto e Mário Luiz Lorencatto

Pró-Usinas lança Usina Digital para divulgar novas tecnologias

Produto recém-lançado destaca soluções como

AxiAgro e S-PAA em campanha multimídia

A Pró Usinas, líder em transfor mação dig ital para o setor sucroener

Usina Dig ital

O produto, que inclui uma sér ie de vídeos e repor tagens, visa destacar co mo suas tecnolog ias integ radas estão moldando a Indústr ia 4 0 no campo e nas usinas de bioenerg ia

A campanha multimídia contará com: Vídeos cur tos, cor tes para redes sociais e vinhetas personali zadas, com elementos que remetem à conectividade e à inovação

Tecnologia para a indústria

A Pró Usinas se destaca por integ rar pessoas, máquinas e processos, garantindo máxima perfor

Série de eventos do GERHAI prossegue até

Até o dia 07 de novembro, o Grupo de Estudos em Recursos

Humanos na Agroindústria realizará 12 eventos entre reuniões, simpósios, seminários e workshops

O Gr upo de Estudos em Recursos

Humanos na Ag roindústr ia (GERHAI) realizará 12 eventos até o próximo dia 07 de novembro, entre reuniões, semi nár ios, simpósios e workshops

Qual a impor tância estratég ica dos eventos do GERHAI, cr iado em ou tubro de 1986 e que cong rega 190 as sociados, profissionais e executivos de unidades produtoras de açúcar, etanol e energ ia do país?

“O ano de 2025 para os profissio nais de RH e suas respectivas empre sas será desafiador, de expectativa de crescimento na produção, necessidade

mance operacional.

Entre s suaas pr incippaais soluções essttããoo: : S PAA – Pr imeiro e único softwa re de Otimização em Tempo Real (RTO) para indústr ias de processos contínuos no mundo Baseado em En genhar ia e Inteligência Ar tificial, o S PAA atua diretamente na cogeração e na planta industr ial, garantindo ganhos operacionais com retor no financeiro infer ior a 90 dias

Otimização agrícola

AxiAg ro – Platafor ma de otimiza ção ag rícola que utiliza telemetr ia, apontamento e monitoramento em tempo real com Inteligência Ar tificial, integ rando todas as tecnolog ias nas operações de máquinas no campo Josias Messias, diretor da Pró Usinas, destaca: “Nossa missão é ser o catalisador da dig italização no setor, unindo fer ramentas para a indústr ia 4 0 como Inteligência Ar tificial e Transfor mação Dig ital, para cr iar usinas autônomas e lucrativas”

O s m a t e r i a i s j á e s t ã o s e n d o p ro d u z i d o s e e m breve estarão disponíveis nas platafor mas dig itais da Pró Usinas

novembro

de mão de obra qualificada e com muita dificuldade de encontrar mos para fechar nosso Head Count”, des taca José Darciso Rui, diretor execu

tivo e cofundador do GERHAI

Segundo Rui, será “ um ano de ampliação dos processos de gover nan ça para atender as demandas de mer

cado e , consequentemente, desenvol ver nossas lideranças nos conceitos de Gover nança e ESG, negociação sindi cal relevante em razão dos índices in flacionár ios e preços abusivos na cesta básica e alimentação ”

“Em razão disso, é que a programa ção do GERHAI está voltada para aten der todas as necessidades dos profissio nais e suas empresas, trabalhando muito:

• As questões de liderança,

• comunicação,

• Gover nança,

• Sindicalismo,

• leg islação trabalhista (NR’s, por exemplo),

• saúde do trabalhador,

• remuneração,

• além de outros temas de rele vância, que serão tratados em nossos eventos (reuniões, simpósios, works hop, seminár io e no 1º Fór um de saúde mental) ”

“Contamos com a contr ibuição, par ticipação e colaboração de nossos Gerhanianos, parceiros e patrocinado res, que sempre estão presentes ele vando o setor com de staque para o nosso g r upo ” , destaca Rui

Alepe homenageia Gerson Carneiro Leão pela conquista do MasterCana

Presidente do Sindicato dos Cultivadores de Cana-de-Açúcar de Pernambuco (Sindicape), executivo ganhou o troféu na categoria “Os Mais Influentes da História” no MasterCana Nor te/Nordeste

A Assembleia Leg islativa de Per nambuco (Alepe) aprovou, em sessão solene, o Voto de Cong ratulações des tinado ao empresár io Ger son Car nei ro Leão, Diretor Presidente do Sin dicato dos Cultivadores de Cana de Açúcar de Per nambuco (Sindicape), reconhecido na categor ia “Os Mais Influentes da Histór ia” durante o MasterCana Nor te/Nordeste 2024 No evento, realizado em 5 de de zembro, Ger son Car neiro Leão rece beu a homenagem por sua dedicação e quase quatro décadas de atuação no movimento sindical patronal e no for talecimento da cadeia sucroener gética de Per nambuco O re q u e r i m e n t o n º 2 9 2 9 / 2 0 2 4 ,

e a u t o r i a d o d e p u t a d o Ja r b a s F i l h

e s t a c o u a t r a j e t ó r i a e xe m p l a r d o e m p re s á r i o, q u e, a o l o n g o d e s u a c a r re i r a , e s t a b e l e c e u i n t e n s o s v í n c u

l o s c o m a c a d e i a p ro d u t iva d a c a n a d e a ç ú c a r S e g u n d o o p a r l a m e n t a r, a a t u a

m a s t a m b é

n t r i bu i s i g n i f i c a t iva m e n t e p a r a o d

f i c i a n d o t a n t o o s p ro d u t o re s q u a n t o a p o p u l a ç ã o l o c a l

Articulador da criação de política de uso do etanol na Índia assume COP 30

André Corrêa do Lago assume a presidência da COP 30, que será realizada em novembro em Belém (PA)

O e m b a i x a d o r A n d r é C o r r ê a d o

L a g o, S e c r e t á r i o d e C l i m a , E n e r g i a

e M e i o A m b i e n t e d o M i n i s t é r i o d a s R e l a ç õ e s E x t e r i o r e s , f o i a n u n

c i a d o p a r a o c a r g o d e p r e s i d e n t e d a

C O P 3 0 O evento acontece em Belém (PA), de 11 a 21 de novembro deste ano Quem é André Cor rêa do Lago Além de ser o responsável pelo sucesso da declaração do acordo dos ministros do G20 no Brasil no ano passado, como Embaixador do país na Índia entre os anos de 2018 e 2023, Cor rea do Lago “foi o pr incipal ar ti culador das negociações para que os indianos cr iassem a política de uso do etanol em veículos, a exemplo da ex

per iência brasileira”, destaca, em nota, a UNICA “ S

relacionados aos desafios das mudan

do empresar iado do país, a nomeação de André Cor rêa do Lago ampliará a c

r a ç ã o e n t re o s e t o r p ú bl i c o e pr ivado

“O reper tór io em negociações climáticas do embaixador André Cor rêa do Lago, e sua capacidade de ar ti cular interesses diver sos são habilida des essenciais para não só f acilitar as negociações durante a Conferência das Par tes da ONU no Brasil, como para posicionar o nosso país como protagonista na agenda global”, relata a entidade em nota

“ A o l o n g o d o s a n o s , a a t u a ç ã o d o

Gerson Carneiro Leão (com o troféu), ao lado de Josias Messias e de Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE

Geovane Consul assume como VP de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen

Ele ocupava até recentemente o cargo de CEO da bp bioenergy e assume a nova posição em 1º de abril

Geovane Dilkin Consul assumirá a Vice Presidência de Etanol, Açúcar e Bioenerg ia da Raízen a par tir de 1º de abr il

Ele assume em substituição a Francis Ver non Queen Neto, segundo Comunicado ao Mercado divulgado pela companhia em 14 de fevereiro

Geovane possui 35 anos de expe r iência profissional, major itar iamente no setor do ag ronegócio, tendo atua do como CEO d a BP Bunge B io energ ia e, mais recentemente, da bp bioenergy

Sob sua gestão, a empresa foi reco nhecida Sugar and Ethanol Group Of The Year no MasterCana Award 2024

Ele iniciou sua car reira na Samr ig, que veio a se tor nar DuPont e poste r ior mente IFF, como Gerente de Operações Industr iais e, ao longo de dez anos, chegou a posição de Chief

bp anuncia mudança

Operations Officer (COO) para Amér ica Latina e Áfr ica do Sul

Em 2006, ele ing ressou na Bunge para atuar como Gerente de Inovação e Tecnolog ia para o Brasil

na liderança da bp bioenergy

Andres Guevara de La Vega assume como CEO, acumulando a responsabilidade como presidente da bp no Brasil

Andres Guevara de la Vega, presi dente da bp no Brasil, assumiu em fe ve re i ro t a m b é m o c a r g o d e C E O d a bp bionergy

Ele entra no lugar de Geovane Consul, que assume como vice pre sidente de Etanol, Açúcar e Bioener g ia na Raízen (leia nesta pág ina) “É uma honra e aleg r ia assumir a liderança da bp no Brasil, um país mui to próximo a mim e um mercado com inúmeras oportunidades para o setor de energ ia O país desempenha um papel fundamental graças ao seu vasto poten cial em energ ias renováveis, especial mente no setor de bioenerg ia A com binação de recursos naturais abundan tes e uma matr iz energética diversifica

da certamente coloca o Brasil em uma posição pr ivileg iada para tor nar a bp uma empresa integ rada de energ ia”, afir mou o executivo na ocasião do anúncio de sua posição na bp do Brasil

Em setembro de 2024, Andres Guevara de la Vega foi anunciado co mo novo presidente da bp no Brasil e passou a ocupar o cargo de presidente do conselho da joint venture, além do cargo de diretor não executivo do conselho da Pan Amer ican Energy, uma das pr incipais empresas de ener

Ao longo de sua trajetór ia na companhia, ocupou o cargo de Chief Operations Offcer para o ag ronegó cio e foi responsável por todas as ope rações industr iais e de ar mazenagem da Bunge no país, assumindo respon sabilidade sobre as operações, finanças, logística e trading

Após seis anos nesta posição e vinte e quatro anos na Bunge, Geova ne foi convidado a assumir como Chief Executive Officer (CEO) da BP Bunge Bioenerg ia, uma Joint venture entre a nor te amer icana Bunge e a br itânica BP A par tir de outubro de 2024, com o fim da joint venture, ele passou a atuar como CEO da bp bio energy Além disso, Geovane foi membro do conselho do CTC Centro de Tecnolog ia Canavieira

O executivo é for mado em Enge nhar ia Química pela Univer sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), obteve MBA em Gestão Empresar ial pela mesma univer sidade e completou uma pós g raduação em Administração e Negócios pelo IMD Business School

g ia da Argentina, que inaugurou dez parques eólicos no Brasil

Ainda em 2024, a bp assumiu a par te da Bunge na joint venture de bioenerg ia que for maram em 2019

Andres Guevara da La Vega conta com uma larga exper iência inter na cional no setor, ao longo de mais de 20 anos de car reira, incluindo diver sas funções no segmento de Upstream, comercialização e, mais recentemente, energ ia de baixo carbono

Andres é for mado em engenhar ia

de produção pela Univer sidad Simón Bolívar, com MBA em finanças e eco nomia pela Univer sity of Chicago

Ao longo de quase duas décadas na bp, ocupou cargos de operação, plane jamento e gestão Foi presidente da bp Espanha, Diretor de Desenvolvimento de Negócios Gas Value Chains global, Gerente de Desenvolvimento de Ne gócios Upstream Amér ica do Sul ba seado no Brasil e Coordenador de Trading e Or ig inação de Petróleo Br uto na Amér ica Latina

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