JornalCana 350 (Abril/Maio 2024)

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PIONEIRISMO

Drul lança novas soluções durante a 2ª edição do Encontro Drul para o mercado da cana e bioenergia

Com visão audaciosa e vanguardista, a Drul reforça seu protagonismo no setor, oferecendo ao mercado um novo conceito em soluções

@canalProcanaBrasil www.axiagro.com.br A b r i l / M a i o 2 0 2 4 S é r i e 2 N ú m e r o 3 5 0

índice

“Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?”

Eclesiastes 7:16

car ta ao leitor

Andréia Vital - redacao@procana com br

Sustentabilidade é diversidade

Nos últimos anos, o fenômeno da polar ização, que inicialmente per meou o cenár io político e agora mig ra para as redes sociais, parece também alcançar a esfera da mobilidade durante esta transição energética

A eletr ificação emerge como uma solução abrangente para muitos, mas a sustentabilidade vai além: ela abraça a diver sidade, promovendo a união de múltiplas abordagens para conviver em har monia, respeitando as diferenças e visando uma sociedade mais equitativa

Nesta edição, exploramos o embate entre veículos híbr idos e elétr icos, destacando o prog rama nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), concebido pelo Ministér io do Desenvolvimento, Indústr ia, Comércio e Ser viços (MDIC), impulsionando a indústr ia automotiva brasileira em direção à descarbonização e eficiência energética, com um incentivo fiscal significativo de R$ 3,5 bilhões para 2024

Durante a apresentação das reg ras de adesão ao Mover, notamos uma clara divisão na indústr ia automotiva entre híbr idos e elétr icos Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétr ico (ABVE), ressalta o potencial do Brasil em aprender com líderes como a China, enquanto Márcio Lima, presidente da Associação Nacional das Fabr icantes de Veículos (Anf avea), destaca a diver sidade de caminhos para descarbonização, incluindo biocombustíveis e veículos elétr icos puros

Enquanto isso, autor idades gover namentais demonstraram uma inclinação para o desenvolvimento de car ros elétr icos, mas com pr ior idade para híbr idos, especialmente aqueles que combinam eletr icidade e combustão, como os motores flex da Toyota

Também trazemos uma matér ia que aponta um considerável aumento de veículos elétr icos em circulação no país, com 94 mil emplacamentos em 2023, um crescimento de 91% em relação ao ano anter ior Ainda que esse número pareça modesto diante dos veículos a combustão, que somaram 2,3 milhões no ano passado, as previsões indicam uma expansão dos veículos puramente elétr icos e eletr ificados (híbr idos)

Em uma entrevista exclusiva, Hudson Zanin, docente na Faculdade de Engenhar ia Elétr ica e Computação da Unicamp, especialista em transição energética e pesquisador em Manuf aturas de Bater ias, Supercapacitores e Células a Combustível, defende os veículos bioelétr icos como uma ponte cr ucial para a transição energética brasileira, destacando o potencial dos motores híbr idos alimentados por etanol

Falando em novas tecnolog ias, a matér ia de capa nesta edição, mostramos a visão audaciosa e vanguardista da Dr ul, que vem reforçando seu protagonismo no setor, oferecendo ao mercado um novo conceito em soluções E exploramos também a super safra 2023/24, marcada como a maior da histór ia, com a biomassa da cana de açúcar se destacando na geração de energ ia elétr ica Como também as iniciativas das usinas para garantir eficiência e rentabilidade em seus negócios

Esta edição oferece uma var iedade de conteúdos interessantes para a sua leitura Aproveite!

C A R TA A O L E I T O R Abril/Maio 2024 4
Duelo entre híbridos e elétricos: disputa por incentivos no Programa Mover 6 4 destaques negativos dos elétricos 7 É a hora e vez dos bioelétricos 8 Veículo elétrico foi criado em 1832 9 Alckmin e Fávaro prometem favorecer etanol 10 e 11 Autoridades e líderes empresariais unem esforços em prol da transição energética 12 Importância da transição energética e mudanças climáticas 12 Oportunidades para o setor de energias renováveis 12 Setor sucroenergético integra o mercado de biogás no desenvolvimento sustentável de Pernambuco 13 Comercializadora recebe o primeiro Selo Energia Verde da UNICA em 2024 14 Biomassa da cana se destaca na geração de energia em 2023 14 Safra 2023/24 termina como a maior da história 16 Produção de açúcar registra crescimento de 25,7% na safra 2023/24 16 Vendas de hidratado no mercado interno totalizaram 18 65 bilhões de litros 17 SCA Brasil vê com otimismo nova safra canavieira 18 TECNOLOGIA PIONEIRISMO - Drul lança novas soluções durante a 2ª edição do Encontro Drul para o mercado da cana e bioenergia 20 e 21 USINAS Zilor Implementa nova tecnologia para geração de energia em Lençóis Paulista 22 Usina Caeté inaugura novo ponto de abastecimento de vinhaça enriquecida 22 A mistura do diesel mudou! 23 Neutramol substitui a cal com ganhos operacionais e financeiros para as usinas 24 Tereos reduz o consumo e evita emissão de 9 mil toneladas de carbono 25 Raízen recebe nova certificação Bonsucro e se consolida como maior produtora de cana sustentável com o reconhecimento 26 Associados da Canaoeste recebem Certificação Bonsucro 26 Usina São José da Estiva celebra 60 anos 27 ROAD SHOW ROAD SHOW 28 a 32 Capuz S1 Rothobras garante mais durabilidade 32 USJ tem expectativa de moer 3,3 milhões na safra 2024/25 34
Sistemas de irrigação começam a se consolidar em São Paulo 36 Rumo e DP World anunciam acordo para construção de novo terminal de grãos e fertilizantes em Santos 37 Kracht: A busca por uma agricultura de alta performance 38 Estudo aponta perspectivas positivas para investimento em fertilizantes no setor agrícola 39 Avanços alcançados pela agricultura regenerativa é destacado em Dubai pela BP Bunge 40 Mercado de nematicidas para a cultura cresce quase 50% em cinco safras e passa a ser liderado por produtos biológicos 42
MERCADO
AGRÍCOLA

Duelo entre híbridos e elétricos: disputa por incentivos no Programa Mover

O incentivo fiscal para que as empresas invistam em descarbonização e se enquadrem nos requisitos obrigatórios do programa será de R$ 3,5 bilhões em 2024

O prog rama nacional de Mobili dade Verde e Inovação (Mover), idea lizado pelo Ministér io do Desenvol vimento, Indústr ia, Comércio e Ser viços (MDIC), está impulsionando a indústr ia automotiva brasileira em di reção à descarbonização e à eficiência energética Com um incentivo fiscal significativo de R$ 3,5 bilhões em 2024, o Mover visa promover investi mentos que atendam aos requisitos ambientais e cr iem um ambiente mais sustentável no setor

Durante a apresentação das pr i meiras reg ras de adesão ao Mover, fi cou evidente a divisão na indústr ia automotiva entre híbr idos e elétr icos Ricardo Bastos, presidente da Asso ciação Brasileira do Veículo Elétr ico (ABVE), destacou o potencial do Brasil em aproveitar lições de países como a China, líder mundial em pro dução e consumo de car ros elétr icos. Ele ressaltou a impor tância de buscar um salto tecnológ ico na indústr ia au tomotiva brasileira, aproveitando nos sa abundância de energ ia renovável Márcio Lima, presidente da Asso ciação Nacional das Fabr icantes de Veículos (Anf avea), enf atizou a diver sidade de rotas para a descarbonização no Brasil, incluindo biocombustíveis e veículos elétr icos puros Ele obser vou que as montadoras nos Estados Uni dos e na Europa estão focando no crescimento da produção de veículos elétr icos devido às menores emissões de gases de efeito estuf a Autor idades gover namentais de monstraram uma inclinação para o desenvolvimento de car ros elétr icos, mas com pr ior idade para híbr idos, es pecialmente aqueles que combinam eletr icidade e combustão, como os motores flex da Toyota

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, enf atizou a impor tância do

car ro híbr ido a etanol, ressaltando sua eficiência e autonomia Por sua vez, Moisés Selerges Júnior, do Sindicato dos Metalúrg icos do ABC, defendeu o híbr ido flex como a melhor opção

para o Brasil, destacando a complexi dade dos motores elétr icos em relação aos empregos no setor automotivo Essas discussões refletem a busca por soluções inovadoras e sustentáveis

no cenár io automotivo brasileiro, le vando em consideração as demandas do mercado e as condições infraestr u turais do país A indústr ia automotiva enfrenta o desafio de adaptar se às mudanças globais enquanto mantém a competitividade e a geração de em pregos no Brasil

Márcio Lima, da Anf avea, prevê que em dois anos haja mais unidades de produção de híbr idos flex no país “Algumas montadoras estão anteci pando, quem f az a escolha é o consu midor Ele tem chamado o mercado e as montadoras estão respondendo”, afir mou

“O elétr ico não é vilão de nada, ele só tem que se ajustar à realidade brasileira O Brasil ainda tem proble mas de infraestr utura, o preço ainda é muito super ior ao do car ro a com bustão O consumidor que tem mais recur sos e f az uso limitado e quer tec nolog ia nova está indo para o car ro elétr ico Aquele consumidor que pre cisa trocar de car ro e nem tem infra estr utura está indo para o híbr ido ou combustão flex”, disse

M E R C A D O Abril/Maio 2024 6

4 DESTAQUES NEGATIVOS DOS ELÉTRICOS

Um exemplo é o preço, que segue - e deve continuar - alto para a maioria dos brasileiros

Os emplacamentos de veículos elétr icos no Brasil fecharam em 2023 em 94 mil, alta de 91% sobre o ano anter ior

O número pode parecer pouco per to dos emplacamentos de mo d e l o s a c o m bu s t ã o, q u e s o m a r a m 2,3 milhões no ano passado, mas as p rev i s õ e s i n d i c a m q u e o s p u r a m e n t e e l é t r i c o s e o s e l e t r i f i c a d o s (híbr idos, movidos também a gaso lina ou etanol)

Mas nem tudo é motivo de ce lebração

Essas previsões de alta nas vendas par tem de representantes de entida des ligadas a montadoras, revendas, ou seja, do ecossistema do setor que vê o Brasil como consumidor em escala

E está aí um dos pontos que merecem atenção

Os preços dos modelos elétr icos, por exemplo, seguem na contramão da renda média dos brasileiros

Para se ter ideia, dos 51 modelos elétr icos à disposição em dezembro, o mercado oferecia modelo com pre ços ‘acessíveis’, a partir de R$ 113 mil

Se já parece caro para a maior ia dos bolsos brasileiros, a situação ficou pior a par tir de janeiro, quando o gover no retomou os impostos sobre impor tação

A par tir daí, já em fevereiro os preços médios do car ro elétr ico su biram em 19,7%, segundo levanta mento da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financia mento e Investimento (ACREFI)

Em comunicado, a diretor ia da entidade relata que a alta de preços de híbr idos e elétr icos decor re do retor no da cobrança do imposto de impor tação e da chegada de car ros elétr icos de luxo ao país

Mas não é só a questão dos pre ços que cr ia uma bar reira para o avanço dos modelos elétr icos e ele tr ificados no Brasil

Jor nalCana lista a seguir 4 des taques negativos desses veículos

PRREEÇOS S SEEGGUEM E EM A ALTTA

Os preços médios dos elétricos e eletrificados, que já subiram 19% em fevereiro, tendem a se manterem em alta por um bom motivo: a grande maioria desses veículos é importada

Exemplo: só a China exporta 51% dos modelos vendidos no Brasil em 2023

Diante da situação, vale indicar que os preços só deverão cair com produção local, o que deve ocorrer em escala a partir deste 2024, segundo estimativa das montadoras

POLUEM E SEGUIRÃO POLUENTES

Que os motores elétricos não emitem dióxido de carbono (CO2), disso todo mundo sabe, até porque a publicidade turbina essa informação o quanto pode.

O que também merece destaque é que a maioria das baterias desses veículos é produzida a partir do carvão mineral, que é um forte gerador de poluentes

Sendo assim, no balanço geral os veículos elétricos poluem bem mais que os modelos flex quando movidos a etanol

O pior é que essas emissões seguirão porque a maioria das baterias vem da Ásia, cuja principal fonte de produção é o poluente carvão

Mesmo na Europa, em que a fonte dos elétricos vem do gás natural e do óleo, só é pouco melhor em emissões do que a gasolina.

Em resumo: o Brasil, cuja matriz tem 85% de fontes renováveis, permite que os elétricos rodam sem emitir CO2, ao contrário da Europa, que segue precisando fazer sua lição de casa.

RECARGAS INSUFICIENTES

Os pontos ou estações de recargas para modelos que precisam ser recarregados somaram 3,2 mil no Brasil em 2023. A previsão da associação do setor de elétricos é que esse número salte para 10 mil até 2025

Mesmo que essa previsão seja cumprida, ela merece ser discutida Em primeiro lugar, porque o número segue irrisório para um país cujo território, de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o torna um dos maiores do planeta

Em segundo lugar, hoje, em média, um modelo eficiente de elétrico precisa ser recarregado a cada 400 km rodados Ou seja, são necessárias bem mais estações de recargas.

GERAÇÃO DE RENDA FICA LÁ

FORA

Tem mais: se a grande maioria dos veículos elétricos e eletrificados é importada, significa, também, que a geração de renda e de emprego fica lá fora

Em que pese a retomada dos impostos de importação em janeiro, e os ‘afagos’ que o programa Mover, em discussão, promete para quem investir em pesquisa e desenvolvimento, a geração de riquezas seguirá nos países asiáticos, que lideram a produção desses veículos

Tem também o caso das montadoras em instalação no Brasil: se elas seguirem importando parte dos equipamentos, a geração da maioria da renda dessa indústria ficará no exterior.

M E R C A D O 7 Abril/Maio 2024

É A HORA E VEZ DOS BIOELÉTRICOS

Eles geram eletricidade para baterias a par tir do etanol e consolidam a transição energética

Os bioelétr icos são a ‘ponte’ para o Brasil consolidar a transição energéti ca, segundo Hudson Zanin, docente na Faculdade de Engenhar ia Elétr ica e Computação da Unicamp

Especialista em transição energé tica e pesquisador na área de Manu f a t u r a s d e B a t e r i a s , S u p e rc a p a c i t o re s e Células a Combustível, el e detalha, em entrevista ao Jor nalCana, porque defende o bioe létr ico, que e mprega o e t a n o l c o m o i n d u t o r d o s m o t o re s híbr idos

Jor n na a l Can a Q Qu u al su a ava l ia ção sobbre e a t trannsição enerrggéética, quue c con sistte em passar r de umma m atr iz de f on t e de coombust í ívei s f ósse e is p ar a fon tes s re n noováveiiss?

Hudsoon Zanin n Temos que de senvolver tecnolog ias acessíveis, que a gente consiga pagar E temos que ter segurança energética

O Proálcool, por exemplo, nasceu com a insegurança energética da cr ise do petróleo na década de 70

Por isso temos que ter segurança e ela precisa ser limpa É o que chamo de tr ilema da segurança energética: tem que ser pagável, tem que gerar segurança e tem que ser sustentável.

Coom o o s hí br i dos s e nt r a m n es sa tr a ansiçã ã o o?

O s ve í c u l o s h í b r i d o s s ã o b e m c o m p l e x o s , b e m m a i s d o q u e o s a bater ia Os m ovidos a etanol, bio elé tr icos, por exemplo, têm dois moto res, têm cadeia local de produção de q u a s e t u d o, o u s e j a a p e g a d a s o c i a l impor tante

Ou seja, temos uma cadeia de va lor, temos indústr ia estabelecida no país, gera emprego e, com isso, conseguimos pagar pela compra dos veículos

Esse motor emite CO2, ao con trár io do elétr ico, que emite CO2 em outra ponta (na f abr icação da bater ia, por exemplo)

Entretanto, o bioelétr ico emite CO2 no escapamento, e, assim, quan do se analisa o ciclo de vida todo, es se CO2 emitido no meio ambiente será recapturado pela planta (cana de açúcar ou milho) no processo da

fotossíntese

Aí a pegada de CO2 fica muito reduzida

Os s elléétr icos irão s se connsolidar no B rassil?

Os elétr icos virão, mas mais para frente, com estr utura de recarga, tec nolog ias e produção local

Já os híbr idos, incluindo os bio elétr icos, consolidam a transição energética e ajudarão, e muito, na reindustr ialização do Brasil

So bre as ba t er i as d os el ét r ic os Commo e estão o as f ont es delas hoj e e pa r a ondde e irããoo?

Hoje temos uma sopa de letr inhas de fontes de mater iais como LFP, NMC, NCM, NCA que envolve ele mentos utilizados para produção das bater ias como lítio, níquel, óxido de cobalto, manganês, óxido de alumínio

A quer idinha do mercado é a LFP, no que se refere a densidade de ener g ia (quanto de energ ia possui por unidade de volume), densidade de potência, a segurança que o dispositi vo oferece, perfor mance, quantidade de vida que supor ta e custo

Temoos q que seguir r impor tanddo ba t e er i ia a s da C Chhina?

Da produção global de bater ias, em 2022 a China representou 77% de 1,2 mega g igawatt hora (GWh) Em 2027, a previsão é de que essa par tici pação alcance 67% de 8,9 mega GWh

Hoje, a maior produtora mundial de bater ias é a CATL, com 34% de mercado; enquanto a BYD produz 12% do total global; Se somar mos às produções da Coreia do Sul, Japão e China, 90% das bater ias produzidas globalmente vêm da Ásia

Co o m mo e st ão o s va lo re s e a a ut o noom ia a das s b bater r ias?

O valor da bater ia caiu 90% em 10

anos

Mas atende o platô de US$ 100 por kilowatt hora (kWh) por célula individual e 132 por pack (célula montada dentro do car ro)

Em ter mos de autonomia, temos ver sões de 250 a 400 km e com bate r ias de 40 a 60 kWh Um modelo de entrada custa R$ 160 mil, recarga em 1h para 80% da capacidade e vida útil de 10 anos ou 150 mil km

O B Br a s si i l deve s se e t o or r n na r p ro dut o r de b baater r i ia?

O país caminha para ter produção local de bater ias LFP Temos minér ios, temos matr iz energética a mais limpa,

No geral, as bater ias têm pegada de carbono muito elevada e o Brasil pode produzir as bater ias mais limpas do mundo

Extrai se o miné r io nas minas com caminhões pesados (movidos a diesel), daí leva pedras com minér ios em trens e de navios a té a China, sempre queimando diesel

Daí esse mater ial é refinado para produzir as bater ias a par tir da eletr i cidade gerada com a queima do car vão

A pr incipal pegada de carbono que tem é a queima necessár ia para secar eletrodos, secar o eletrólito que mesmo sendo orgânico tem um pouco de água, que acaba com sua vi da útil

Por isso é impor tante olhar a ma tr iz elétr ica brasileira ver sus a chinesa

Lá, 90% da produção de energ ia vem de or igem fóssil Por isso a pega da de carbono chinesa para produção

de bater ias é muito maior em relação à brasileira Isso nem levando em con ta o transpor te do minér io, mas a energ ia usada no processo produtivo da bater ia

Não basta trocar a China por ou tro país para produzir, porque, na mé dia, enquanto as fontes renováveis re presentam 85% da matr iz energética brasileira, lá fora essas fontes somam 28% da matr iz

Sendo assim, por isso temos que ter um ecossistema aqui: minér io, re fino do minér io, produzir as bater i as aqui para gerar empregos locais

M ui to s e f a l la sob b re o hi drogê nio renov ávve l: e le e é viiá vel o u só t em a d de e discussões?

O hidrogênio renovável hoje é escasso, e será produzido com energ ia limpa ou biocombustíveis

O papel pr incipal dele é descar bonizar o hidrogênio cinza

Hoje produzimos 94 megatonela das de hidrogênio e 99% é sujo por que emitem 830 milhões de megato neladas de CO2 Então pr imeiro o hidrogênio precisa se descarbonizar, para depois pensar em ser a solução

Ent ão ele não é soluçã o?

Por isso, ao invés de ser solução, o hidrogênio é um problema

Ele é um gás que não consegue compactar energ ia, porque embora tenha energ ia por molécula, é impos sível compactá lo com eficiência

Para ter ideia, o veículo a bater ia é muito mais eficiente e simples do que o elétr ico a hidrogênio

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Veículo elétrico foi criado em 1832

A or igem dos veículos elétr icos remonta ao século XIX Em 1832, o inventor escocês Rober t Ander son desenvolveu o pr imeiro protótipo de um veículo elétr ico, embora fosse bas tante pr imitivo

Durante as décadas seguintes, ino vações importantes, como a bater ia re car regável (inventada por Gaston

Planté em 1859) e o motor elétr ico eficiente (desenvolvido por Zenobe Gramme em 1873), pavimentaram o caminho para veículos elétr icos mais práticos

No final do século XIX e início do século XX, os veículos elétr icos co meçaram a ganhar popular idade, espe cialmente em cidades onde a poluição

sonora e a poluição do ar dos motores a combustão inter na eram preocupa ções crescentes Empresas como a De troit Electr ic e a Baker Electr ic pro duziram milhares de veículos elétr icos

No entanto, com o advento do mode lo Ford T, que era mais barato e mais fácil de produzir em massa, juntamen te com a descober ta de g randes reser

Origem das baterias de Lítio

A histór ia das bater ias começa no século XVIII Em 1780, o anatomista italiano Luig i Galvani descobr iu que o tecido muscular de uma rã se contrai quando entrava em contato com me tais diferentes, fenômeno que ele cha mou de "eletr icidade animal"

Inspirado por Galvani, em 1800, Alessandro Volta, um físico italiano, inventou a pr imeira bater ia verdadei ra, conhecida como coluna de Volta

Ele empilhou discos de zinco e co bre, separados por discos de papelão em bebidos em ácido ou em solução salina, cr iando uma corrente elétr ica estável

Esse invento marcou o início da era das bater ias, possibilitando o de senvolvimento da eletr icidade como uma fonte de energ ia prática para ex per imentos e, mais tarde, para aplica ções industr iais e domésticas

vas de petróleo, os veículos a gasolina dominaram o mercado

Os veículos elétr icos então entra ram em um longo período de obscu r idade, até o crescente interesse em sustentabilidade e tecnolog ia avançada de bater ias revitalizar sua popular ida de no final do século XX e início do século XXI

Avanços

No século XIX, outros avanços foram feitos, como a bater ia Daniell, inventada por John Freder ic D aniell em 1836, que era mais estável e segu ra do que a coluna de Volta

Em 1859, Gaston Planté desen volveu a pr imeira bater ia recar regável, a bater ia de chumbo ácido, que ain da é usada em automóveis

O final do século XIX e o século XX viram o desenvolvimento de muitos outros tipos de bater ias, in cluindo a bater ia de níquel cádmio (NiCd) em 1899, a bater ia de níquel fer ro (NiFe) por Thomas Edison em 1901, e a bater ia de níquel metal hi dreto (NiMH) e a bater ia de íon de lítio (Li ion) no final do século XX

Estas inovações per mitiram uma ampla var iedade de aplicações, desde o ar mazenamento de energ ia para ele trônicos por táteis até o uso em veícu los elétr icos

M E R C A D O 9 Abril/Maio 2024

Alckmin e Fávaro prometem favorecer etanol

Autoridades

par ticiparam de evento organizado pela ORPLANA em Brasília

O vice presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indús tr ia, Comércio e Ser viços, Geraldo Alckmin, reafir mou na aber tura do Cana Summit, realizado pela OR PLANA Organização de Associa ções de Produtores de Cana, em Bra sília – DF, nos dias 10 e 11 de abr il, que o Gover no quer estimular o eta nol e aumentar o teor do combustível na gasolina, elevando o percentual de 27,5% para 30%

Geraldo Alckmin defendeu a de soneração do setor visando alcançar par idade com a gasolina “Vamos tra balhar para garantir uma competitivi dade efetiva em relação à gasolina Propomos a retirada de todos os tr i butos para o retrofit das usinas e para viabilizar o transpor te do etanol por dutos Além disso, buscamos eliminar a carga tr ibutár ia sobre os dutos de eta nol, com o objetivo de reduzir custos e for talecer o setor”, afir mou o vice presidente

Alckmin também ressaltou a im por tância dos biocombustíveis, espe cialmente o SAF (Sustainable Aviation Fuel), afir mando: “Estamos cami nhando para substituir todo o quero sene de aviação do mundo por bio combustíveis Recentemente, um Boeing 787 decolou de Londres e pousou em Nova York utilizando 100% de biocombustível Essa viagem

exper imental de 8 horas destaca o po tencial desse setor Quem vai liderar essa produção? O Brasil Seremos os g randes protagonistas nesse cenár io”

Além de Alckmin, o evento tam bém contou com a presença do mi nistro da Ag r icultura, Pecuár ia e Abastecimento, Carlos Fávaro, do ex ministro Rober to Rodr igues, além de deputados e outras autor idades do se tor, reforçando a impor tância da pro dução canavieira do país

“Atualmente, representamos mais de 60 milhões de toneladas de cana, tor nando nos a pr incipal voz dos produtores de cana de açúcar em escala global Isso não apenas reflete nossa influência, mas também a res ponsabilidade que assumimos em as segurar que cada produtor tenha sua voz ouvida e seus interesses atendi dos”, afir mou Gustavo Rattes Castro, presidente da ORPLANA

“A cana de açúcar atua como uma máquina eficiente na remoção de CO2 da atmosfera Quem cultiva e é responsável por 40% dessa produção são vocês, os produtores r urais inde pendentes aqui presentes, que buscam apoio Embora o compar tilhamento justo de valor ao longo da cadeia pa reça uma necessidade óbvia, infeliz mente, isso ainda não se concretizou”, afir mou José Guilher me Nogueira, CEO da ORPLANA

Também se mostrando aber to às demandas do setor, o ministro da Ag r icultura, Carlos Fávaro, ress alta a impor tância vital das associações e cooperativas no enfrentamento dos desafios do setor ag rícola: “A melhor abordagem que descobr i para superar

esses desafios é através do associativis mo e do cooperativismo É por i sso que tenho orgulho do meu envolvi mento com o cooperativismo Além de ter sido presidente de uma coope rativa, também liderei uma entidade representativa de classe”, afi r mou o Ministro, se colocando ao lado dos produtores

“Precisamos desmistificar algumas questões e mostrar que o Brasil está na vanguarda dos biocombustíveis A on da agora é dos car ros elétr icos, mas f a remos a transição para o car ro movi do à hidrogênio, tendo por base o eta nol”, disse Fávaro

O ex ministro da Ag r icultura, Rober to Rodr igues destacou o po tencial energético da cana de açúcar “A cana de açúcar é uma fonte de energ ia constante Ao se aliar ao sol, ela se mistura com a ter ra e o ar, e é assim que contr ibuímos para for necer energ ia de for ma exemplar ao Brasil e ao mundo”, declarou

O avanço da tecnolog ia no setor foi mencionado pelo deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parla mentar da Ag ropecuár ia (FPA) “Du rante minha visita à usina Cocal, tes temunhei os avanços mais impressio nantes do setor A capacidade de gerar álcool, biometano e gás, integ rar esses recur sos na produção de energ ia da

usina e distr ibuir o excedente para Presidente Pr udente é um exemplo incrível do potencial do circuito fe chado na produção de energ ia a par tir da cana de açúcar Para mim, isso representa verdadeiramente o futuro da indústr ia”, afir mou o parlamentar Os discur sos dos anfitr iões e con vidados apontaram que além de reco nhecimento aos produtores, a propos ta do evento é a conquista de anseios como a melhor a na precificação da cana por par te do Consecana (Con selho de Produtores de Cana de Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo) e o repasse financeiro dos CBIOs (Créditos de Descarboniza ção), dentro do prog rama RenovaBio (Política Nacional de Biocombustí veis)

As demandas inclusive também foram reforçadas pelo vice presiden te da Confederação da Ag r icultura e Pecuár ia do Brasil (CNA), José Már io Schreiner e pelo deputado federal Ar naldo Jardim “O Consecana está ve lho e precisa ser refor mulado, já o re passe de CBIOs ao produtor, isso é fundamental Precisamos avançar para for malizar essa par ticipação”, declarou o cong ressista

Após dois dias de fór uns e painéis que discutiram o futuro da cana de açúcar no Brasil e no mundo, o Cana

M E R C A D O Abril/Maio 2024 10

Summit ter minou com o lançamento da Car ta de Brasília DF O docu mento elaborado pela ORPLANA aponta dire tr izes impo r tantes pa ra as autor idades políticas das três esferas –Federal, Estadual e Municipal – visan do o reconhecimento do produtor de cana e sua inclusão em políticas pú blicas do setor

Na car ta produzida pela OR PLANA, estão dez reivindicações do setor levantadas durante as discussões no evento, que vão desde o pedido de inclusão imediata dos produtores no RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), a par ticipação no repasse dos créditos outorgados de ICMS, o recebimento de incentivos fiscais e a equalização do preço da ga solina com o preço inter nacional de mercado

Car ta de Brasília

Age n da ao Set o r P úbblli co Fe de r al , Es t ad ua a l e M Municipal

1 Equalizar o preço da gasolina com o preço internacional de mercado.

2 Inclusão imediata dos produtores de cana no RenovaBio

3 Estímulo à Embrapa em programas específicos de cana de açúcar juntamente com outros institutos de pesquisas

4 Disseminação dos pagamentos por serviços ambientais já realizados e estímulo imediato à aplicação dentro das prefeituras

5 Ação conjunta de comunicação e marketing com os governos estaduais, incentivando o uso do etanol

6 Sensibilização aos governos estaduais com repasse dos créditos outorgados de ICMS ao produtor de cana

7 Manter e fortalecer a ligação entre cooperativas e associações na defesa e no desenvolvimento do produtor de cana

8 Buscar ser contemplado com incentivos e créditos fiscais repassados a unidades industriais que não têm alcançado os produtores

9 Incluir o produtor de matéria prima para Biocombustível em todas as políticas públicas voltadas ao setor

10 Lutar contra leis e ações que impedem e atrapalham o desenvolvimento sustentável da cadeia canavieira

M E R C A D O 11
Autoridades e líderes empresariais unem esforços em prol da transição

C o n f e r ê n c i a d e b a t e r e d u ç ã o d a s e m i s s õ e s d e g á s c a r b ô n i c o

A C o n f e r ê n c i a s o b r e Tr a n s i ç ã o E n e r g é t i c a e D e s e n v o l v i m e n t o, o r g a n i z a d a p e l o S i n d i c a t o d a I n d ú s t r i a d e F a b r i c a ç ã o d e E t a n o l d e

energética

G o i á s ( S I F A E G ) , n o d i a 1 2 d e a b r i l , d e b a t e u o s d e s a f i o s e o p o r t u n i d a d e s n a r e d u ç ã o d a s e m i s s õ e s d e d i ó x i d o d e c a r b o n o ( C O 2 ) D u r a n t e o e ve n t o, f o i c e l e b r a d a a a s s i n a t u r a d o c o n v ê n i o d a C a m p a n h a d e Va l o r i z a ç ã o d o E t a n o l e m G o i á s , u m a i n i c i a t i v a e n v o l v e n d o e n t i d a d e s p a r t i c i p a n t e s d o F ó r u m E m p r e s a r i a l ( F E E ) E s s a s o r g a n i z a ç õ e s s e c o m p r o m e t e r a m a u t i l i z a r e t a n o l e m s u a s f r o t a s d e v e í c u l o s l e v e s c o m o p a r t e d o M ov i d o p e l o A g r o E t a n o l O c o m p r o m i s s o t a m b é m s e r á e s t e n d i d o a t o d o s o s a s s o c i a d o s , f i l i a d o s e p a r c e i r o s d a F A E G , F C D L , A C I E G , F E C O M É R C I O, A D I A L , F A C I E G , O C B e F I E G , a l é m d o S e b r a e , q u e t a m b é m s e c o m p r o m e t e u a p a r t i c i p a r d o c o n v ê n i o O e v e n t o t e v e a c o l a b o r a ç ã o d a F e d e r a ç ã o d a s I n d ú s t r i a s d o E s t a d o d e G o i á s ( F I E G ) e o a p o i o d o S E B R A E , m a r c a n d o s i m b o l i c a m e n t e a a b e r t u r a d a s a f r a d e c a n a d e a ç ú c a r e m G o i á s U m d o s p o n t o s a l t o s d a c o n f e r ê n c i a f o i a a s s i n a t u r a d o p r o j e t o q u e c r i a a P o l í t i c a E s t a d u a l d e C o m b u s t í v e i s d e G o i á s p e l o

g o v e r n a d o r R o n a l d o C a i a d o , v i

s a n d o v a l o r i z a r

Importância da transição energética e mudanças climáticas Oportunidades para o setor de energias renováveis

As fontes de energ ia desempenham um papel cr ucial nas discussões sobre mudanças climáticas devido ao seu im pacto nas emissões de carbono, pr inci pal causa do aquecimento global A transição energética busca reduzir dras ticamente essas emissões, especialmen te as provenientes do uso de combus tíveis fósseis

Ao longo das últimas décadas, a so ciedade tem buscado conscientizar se sobre a impor tância da transição para fontes de energ ia mais limpas Eventos como a Conferência das Nações Uni das sobre Meio Ambiente e Desenvol vimento no Rio de Janeiro em 1992, seguida pelo Protocolo de Kyoto e o Acordo de Par is, têm impulsionado a agenda global de descarbonização

Segundo André Rocha, presiden te executivo do SIFAEG e vice pre sidente da FIEG, o verdadeiro desafio está em reduzir o consumo de carbono sem comprometer as necessidades energéticas e socioeconômicas de paí ses como China, Estados Unidos, Bra sil e Europa

“Nesse contexto, é impor tante compreender que o verdadeiro adver sár io das mudanças climáticas é o car bono, e não o motor a combustão A discussão atual concentra se em en

contrar rotas eficientes para reduzir o consumo de carbono, reconhecendo as particular idades e desafios específicos da matr iz energética e condições socioe conômicas de países como China, Es tados Unidos, Brasil e os países euro peus ” , explica Rocha

Már io Campos, presidente do Bio energ ia Brasil e da Associação da In dústr ia Sucroenergética de Minas Ge rais (SIAMIG), destaca o papel de lide rança do Brasil na utilização de bio combustíveis desde os anos 70, sendo um protagonista na transição energéti ca global

Goiás e o Brasil têm se destacado na descarbonização, com aproximadamen te 90% de sua energ ia proveniente de fontes alter nativas Sandro Mabel, pre sidente da FIEG, enfatiza que a transi ção energética vai além da eletr ificação dos veículos, considerando alter nativas como álcool anidro e biocombustíveis “Alter nativas como álcool anidro e biocombustíveis oferecem uma transi ção para combustíveis mais limpos, com emissões de carbono muito baixas ou nulas Essa abordagem híbr ida, combi nando biocombustíveis com eletr icida de, tem sido reconhecida como uma das melhores estratég ias para a transição energética”, elucida

Francis Vernon Queen Neto, vice presidente Executivo de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, destaca o potencial das energias renováveis como uma solução sustentável para atender às crescentes demandas por combustíveis e produtos químicos

André Rocha ressalta a importância da indústria sucroenergética para o desenvolvimento econômico de Goiás, gerando empregos e renda Ele destaca ainda o papel da FIEG e do SENAI na qualificação tecnológica do setor

O Brasil tem avançado com políticas como o RenovaBio e a regulamentação do mercado de carbono, impulsionando a transição para fontes de energia mais limpas O país também lidera iniciativas como o Programa de Combustível do Futuro, considerando o ciclo de vida completo de veículos e combustíveis

Goiás é o segundo maior produtor de biodiesel do Brasil e tem explorado novas tecnologias como biogás, biometano e bioquerosene A indústria sucroenergética contribui significativamente para a economia local, empregando cerca de 300 mil pessoas, em 37 usinas em operação

Edwal Portilho, presidente executivo da Associação Pró Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), destaca a importância de iniciativas como a Campanha de Valorização do Etanol, ressaltando o papel vital dos biocombustíveis na redução das emissões de carbono

A conferência refletiu o compromisso coletivo de autoridades e líderes empresariais em buscar soluções sustentáveis para enfrentar os desafios climáticos globais e promover o desenvolvimento econômico regional por meio da transição energética

M E R C A D O Abril/Maio 2024 12
a p r o d u ç ã o l o c a l d e b i o c o m b u s t í v e i s , f o r t a l e c e r a i n d ú s t r i a e s t a d u a l e f o m e n t a r o c r e s c i m e n t o e c o n ô m i c o r e g i o n a l O p r o j e t o a g o r a a g u a r d a a p r e c i a ç ã o p e l a A s s e m b l e i a L e g i s l a t i v a
Setor sucroenergético integra o mercado de biogás no desenvolvimento sustentável de Pernambuco

Reunião contou com par ticipação de representantes de entidades do Brasil e do exterior ligadas à produção de energias renováveis

O setor sucroenergético será ain da mais estratég ico para o desenvolvi mento socioeconômico e ambiental de Per nambuco, par ticular mente a par tir da atual transiç ão energética, com a cr iação de empregos e renda provenientes da produção de aç úcar, etanol, bioeletr icidade e também do biogás

Essa foi uma das conclusões, na opinião do presidente do Sindicato da Indústr ia do Açúcar e do Álcool no Estado de Per nambuco (Sindaçúcar –PE), Renato Cunha, do encontro com a gover nadora do Estado, Raquel Ly ra, que também teve a par ticipação de representantes de entidades do Brasil e do exter ior li gadas à p rodução de energ ias renováveis

Presidente da NovaBio/ Sindaçúcar-PE, Renato Cunha (4º da dir. p/ esq), durante encontro entre a governadora de Pernambuco com representantes da Shell, Copergás, Oncorp e Porto de Suape

Cunha, que também preside a As sociação dos Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenerg ia (NovaBio), enti dade que cong rega 35 usinas e desti lar ias de etanol em 11 estados do país, par ticipou do encontro, realizado na quar ta feira (3) no Palácio do Cam po das Pr incesas, com as presenças

também do senador Fer nando Duei re (MDB PE), do secretár io de De senvolvimento de Per nambuco, Gui lher me Cavalcanti, e executivos da Oncor p, Shell, Copergás e do Por to de Suape

“Para constr uir parcer ias e trazer novidades a Pe r nambuco, recebemos

representantes da Shell, uma das maiores empresas de energ ia do mun do”, afir mou a gover nadora no final da reunião

R e n a t o C u n h a a c re d i t a q u e a s i n e r g i a e n t re o b i og á s , q u e p o d e s e r g e r a d o n a s a s s o c i a d a s d o S i n d a ç ú c a r – P E , e o g á s n a t u r a l a s e r u t i l i z a d o n a u n i d a d e d e re g a s e i f i c a ç ã o e m S u a p e, a u m e n t a r á o f o r n e c i m e n t o d o b i o c o m b u s t í ve l p a r a o m e rc a d o re g i o n a l e m s e u s p o l o s d e d e s e nvo l v i m e n t o “Para atender à demanda por so luções de bai xo carbono, as usinas per nambucanas dispõem de matér ia pr ima e insumos orgânicos e biológ i cos, como o biogás, que garantem um supr imento de energ ia sustentável”, avaliou

Par ticiparam da reunião executi vos da Shell n o Brasil e no Reino Unido, o CEO da holding de energ ia Oncor p, João Mattos, cuja empresa já investe no ter minal de regaseificação de Suape, o di retor presidente da Companhia Per nambucana de Gás (Copergas), Felipe Valença, e o dire tor presidente do Por to de Suape, Marcio Guiot

M E R C A D O 13 Abril/Maio 2024

Comercializadora recebe o primeiro Selo Energia Verde da UNICA em 2024

Selo existe desde 2015 e promove a bioeletricidade no mercado livre

A Capitale Energ ia é a pr imeira comercializadora de energ ia elétr ica a conseguir o Selo Energ ia Verde, refe rente à Edição deste ano do Prog rama de Cer tificação da Bioeletr icidade O Selo é emitido pela União da Indús tr ia de Cana de Açúcar e Bioener g ia (UNICA) no âmbito do Prog ra ma cr iado pela Associação em parce r ia com a Câmara de Comercialização de Energ ia Elétr ica (CCEE), com o apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energ ia (ABRACEEL)

Desde 2015, o cer tificado é con cedido a usinas produtoras de bioele tr icidade que cumprem quesitos am bientais e d e eficiência energética, e para as comercializadoras e consumi dores de energ ia que adquirem bio

eletr icidade dessas usinas no mercado livre O Selo Energ ia Verde é a pr i meira cer tificação no mundo cr iado especificamente para a energ ia produ zida a par tir da biomassa da cana de açúcar

“A par tir do momento em que a comercializadora obtém o Selo Ener g ia Verde da UNICA, os consumido

Biomassa da cana se destaca na geração de energia em 2023

Produção de bioeletricidade para a rede, com o bagaço e a palha da cana, representaram quase 75% de toda a geração para a rede no país

Em 2023, a biomassa da cana de açúcar (bagaço e palha da cana) foi o pr incipal combustível para geração de bioeletr icidade na rede nacional, al cançando 20 973 GWh, um aumento de 14% em relação a 2022

Essa infor mação vem do relatór io “Bioeletr ici dade em números” da União da In dústr ia de Cana de Açúcar e Bio energ ia (UNICA)

A geração de energ ia a par tir da biomassa da cana c or respondeu a quase 75% de toda a bioeletr icidade produzida para a rede no país Isso equivale a evitar a emissão de 4,3 mi lhões de toneladas de CO2, o que

exig ir ia o cultivo de 30 milhões de ár vores nativas ao longo de 20 anos

A geração de energ ia com bagaço e palha da cana predomina durante o período seco do setor elétr ico brasi leiro Segundo o relatór io, essa gera ção é caracter izada como não inter mitente e acompanha pr incipalmente o período de colheita da cana de açúcar na Reg ião Centro Sul do país Essa coincidência temporal é es

tratég ica, uma vez que o período se co e crítico no setor elétr ico brasilei ro vai de maio a novembro a cada ano

Os cerca de 21 mil GWh ofer tados à rede pelo setor sucroenergético em 2023 representaram uma economia significativa de 14 pontos percentuais da capacidade total de energ ia ar ma zenada nos reser vatór ios das hidrelé tr icas do submercado Sudeste/Cen tro Oeste, devido à maior previsibi

Um total de 47 usinas sucroener géticas já detêm o Cer tificado Ener g ia Verde e a Capitale Energ ia passa a ser a pr imeira a obter o Selo Energ ia Verde De acordo com Souza, o mer cado livre de energ ia elétr ica, no qual consumidores compram energ ia dire tamente dos for necedores, represen tou 37% do consumo brasileiro de energ ia elétr ica em 2023 e tem per s pectiva de expansão para os próximos anos

Segundo Souza, ao longo de 2024, estima se que essas 47 usinas devam produzir quase 9 mil GWh, equivalentes a 30% da geração da Usi na Belo Monte em 2023 ou atender mais de 4 milhões de unidades con sumidoras residenciais no ano Além disso, essa geração deve evitar a emis são estimada de 1,8 milhão de tCO2, marca que somente ser ia ating ida com o cultivo de 13 milhões de ár vores nativas ao longo de 20 anos

res atendidos pela comercializadora também podem solicitar o Selo Ener g ia Verde, sem custo financeiro, desde que também se enquadrem nas dire tr izes do Prog rama Nós acreditamos que isto re presenta um diferencial competitivo e de sustentabilidade no mercado livre para as comercializado ras e para as usinas de bioeletr icidade que comercializam energ ia junto às comercializadoras”, comenta o geren te em bioeletr icidade da UNICA, Zilmar de Souza

lidade e disponibilidade da bioeletr i cidade nesse período

Em relação à sazonalidade, 86% da geração de bioeletr icidade para a rede ocor reu entre maio e novembro em 2023, chegando a 92% se considerar mos também o mês de abr il, o início da safra canavieira na Reg ião Centro Sul

No que diz respeito à distr ibuição geog ráfica, o Estado de São Paulo li derou a geração de bioeletr icidade sucroenergética em 2023, oferecendo 11 063 GWh, o que cor responde a 52,8% da produção nacional Essa quantidade de energ ia gerada em São Paulo foi eq uivalente a 14,7% do consumo residencial de energ ia na Reg ião Sudeste ou 38% da geração total da usina de Belo Monte no mes mo ano

A l é m d e c o n t r ibu i r p a ra a g e ra ção de energ ia elétr ica, a bioeletr ici d a d e s u c ro e n e r g é t i c a e m S ã o Pa u l o evitou a emissão estimada de 2,2 mi lhões de toneladas de CO2 em 2023, e q u iva l e n t e a o p l a n t i o d e q u a s e 1 6 m i l h õ e s d e á r vo re s n a t iva s a o l o n g o de 20 anos

M E R C A D O Abril/Maio 2024 14

SAFRA 2023/24 TERMINA COMO A MAIOR DA HISTÓRIA

O maior aumento na moagem foi obser vado em São Paulo, que registrou avanço de 23,24% em relação ao ciclo passado

As unidades produtoras da reg ião Centro Sul do Brasil encer raram a safra 2023/24 com um marco histó r ico, processando 654,43 milhões de toneladas de cana de açúcar, repre sentando um impressionante cresci mento de 19,29% em relação à tem porada anter ior, confor me revelado pela União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA)

Destacando os Estados da reg ião, São Paulo liderou o aumento na moagem, reg istrando um avanço de 23,24%, com 387,60 milhões de toneladas processadas na safra 2023/24 em comparação com 314,51 milhões de toneladas no ciclo an ter ior Estados como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também alcançaram recordes de processamento, com crescimento var iando

8,74% a 17,47%

Luciano Rodr igues, diretor de Inteligência Setor ial da UNICA, enf atizou que esta safra foi excepcio nal, reg istrando re cordes na moagem, f abr icação de etanol e produção de açúcar simultaneamente Os resultados finais supe raram as expectativas ciais, refletindo o empe

nho e a eficiência da indústr ia sucroe nergética

Produtividade Agrícola

Do ponto de vista ag ronômico, a safra 2023/24 testemunhou uma no tável recuperação na produtividade dos canaviais da reg ião Centro Sul As lavouras alcançaram um rendimento médio de 87,2 toneladas de cana por hectare colhido, representando um aumento de 19% em relação à safra anter ior, segundo dados do Centro de

Tecnolog ia Canavieira (CTC)

São Paulo, responsável por 60% da moagem na reg ião, reg istrou um cres cimento de 23,0% na produtividade, ating indo 90,7 toneladas por hectare, em comparação com 73,7 toneladas por hectare no ciclo anter ior Reg iões como Araçatuba, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto se destacaram com índices médios de 94,6 toneladas por hectare, representando aumentos sig nificativos

Luciano Rodr igues atr ibuiu esse resultado ao clima f avorável durante a pr imavera verão de 2022 e início de 2023, combinado com investimentos em tecnolog ia pela indústr ia sucroe nergética para otimizar os resultados nas lavouras

Matéria-Prima

Apesar da redução de 1,10% na qualidade da matér ia pr ima medida em kg de ATR por tonelada de cana, o índice de açúcares na planta foi me nos afetado do que o esperado, devi do às condições climáticas f avoráveis e ao período prolongado de moagem

Luciano Rodr igues destacou que a indústr ia continua a buscar apr imo ramentos tecnológ icos para garantir a eficiência e a sustentabilidade da pro dução, enfrentando desafios climáticos e mantendo o setor sucroenergético em constante evolução

Produção de açúcar registra crescimento de 25,7% na safra 2023/24

Fabricação de etanol no ciclo 2023/24

também registrou

recorde histórico de produção no Centro-Sul

Na safra 2023/24, a produção de açúcar na reg ião Centro Sul ating iu um patamar recorde de 42,42 milhões de toneladas, representando um au mento expressivo de 25,7% em relação ao ciclo anter ior Paralelamente, a fabr i cação de etanol também alcançou ní veis histór icos, impulsionada por avan ços na produção de biocombustíveis

Luciano Rodr igues, diretor de

Inteligência Setor ial da UNICA, des tacou que, apesar do aumento na pro dução de açúcar, apenas 48,83% da cana de açúcar foi direcionada para a f abr icação do adoçante A maior par te da cana moída foi utilizada na produção de etanol, evidenciando o crescente foco no biocombustível

“A produção de açúcar cresce u 8,67 milhões de toneladas, mas apenas 2,16 milhões ocor reram em função da mudança no mix de produção, os ou tros 6,51 milhões de toneladas foram resultado do avanço na moagem ” , ex plica Rodr igues

Na safra 2023/24, a produção de etanol ating iu um novo recorde no Centro Sul, totalizando 33,59 bilhões de litros Um destaque foi o impres sionante aumento de 1,83 bilhão de

litros de biocombustível produzidos a par tir do milho de segunda safra, con tr ibuindo significativamente para o volume total

Do volume total de etanol produ zido, 13,10 bilhões de litros foram de etanol anidro e 20,49 bilhões de litros foram de etanol hidratado A produ ção de etanol de milho reg istrou um crescimento notável de 41,39% em comparação com a safra anter ior, to talizando 6,26 bilhões de litros e re presentando 18,65% do total de bio combustível produzido na reg ião

Com isso, a produção de etanol realizada por destilar ias, de cana de açúcar e milho, representou 42,03% do total de biocombustível fabr icado pelas unidades do Centro Sul ante 40,29% no ciclo anter ior – 14,12 bilhões de li

tros na safra 2023/2024 ver sus 11,65 bilhões de litros na safra 2022/23

Na segunda metade de março de 2024, a moagem na reg ião Centro Sul alcançou 5,04 milhões de toneladas, com uma significativa parcela destinada à produção de açúcar e biocombustível O aumento na qualidade da matér ia pr ima colhida também contr ibuiu para a produtividade, com um aumento de 9,08% na quantidade de ATR por to nelada processada em comparação com o ciclo anter ior, atingindo 113,60 kg de ATR por tonelada nesta safra

A expectativa é de que um núme ro significativo de unidades produtoras reinicie as atividades ao longo de abr il, impulsionando ainda mais a produção de cana de açúcar e biocombustíveis na reg ião Centro Sul

M E R C A D O Abril/Maio 2024 16
Vendas de hidratado no mercado interno totalizaram 18,65 bilhões de litros

Volume representa variação positiva de 20,65% frente ao ciclo agrícola anterior

No ciclo ag rícola que se encer rou, as vendas de etanol hidratado no mer cado inter no ating iram um marco sig nificativo, totalizando 18,65 bilhões de litros, com um crescimento notável de 20,65% em relação ao ciclo anter ior Esse desempenho é atr ibuído à recu peração robusta da demanda pelo bio combustível, especialmente após julho de 2023, quando foram restabelecidos os diferenciais tr ibutár ios f avoráveis ao etanol em relação à gasolina

Em março de 2024, as vendas de etanol hidratado no mercado inter no alcançaram 1,83 bilhão de litros, re g istrando um impressionante aumen to de 59,25% em comparação com o mesmo período do ano anter ior Esse mês também marcou o recorde de vendas na safra 2023/24, contrar iando os padrões sazonais de demanda

De acordo com Luciano Rodr i gues, o menor custo por quilômetro percor r ido quando o preço do etanol hidratado é infer ior ao da gasolina ge rou uma economia expressiva de R$ 7 bilhões nos gastos dos consumidores brasileiros com combustíveis no ciclo 2023/24

Além do benefício econ ômico, a safra recorde de etanol também con tr ibuiu significativamente para a re dução das emissões de gases de efei

t o e s t u f a A e s t i m a t iva a p o n t a q u e a produção intensiva de biocombustí

ve i s ev i t o u a e m i s s ã o d e 4 4 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s d e C O 2 e q , e q u iva l e n t e

às emissões anuais de um país como o Equador

No contexto do RenovaBio, o mercado de Créditos de Descarboni zação (CBios) demonstrou um de sempenho robusto A meta compulsó r ia de descarbonização para 2023 foi cumpr ida com folga, com a ofer ta de CBios excedendo a necessidade das distr ibuidoras

Para 2024, a meta compulsór ia foi estabelecida em 38,78 milhões de CBios, e o setor de biocombustíveis já ofer tou mais de 50% dessa meta até abr il de 2024 No pr imeiro tr imestre deste ano, a emissão de CBios foi 25% super ior ao mesmo período de 2023, destacando o compromisso contínuo do setor com as metas de descarbonização

A t u a l m e n t e, 2 8 0 u n i d a d e s p ro dutoras de etanol, quatro de biome t a n o e 3 9 d e b i o d i e s e l e s t ã o c er t i f i c a d a s n o R e n ova B i o, re p re s e n t a n d o c e rc a d e 9 0 % d a p ro d u ç ã o n a c i o n a l d e b i o c o m bu s t í ve i s e re f l e t i n d o o c o m p ro m i s s o d o s e t or e m p ro m ove r a descarbonização e a sustentabilida de no Brasil

M E R C A D O 17 Abril/Maio 2024

SCA Brasil vê com otimismo nova safra canavieira

Isso devido ao volume projetado superar a média obser vada nos últimos anos

A SCA Brasil está otimista em re lação à nova safra canavieira, que teve início em abr il no Centro Sul, com projeções de ultrapassar 600 milhões de toneladas

Segundo Mar tinho Seiiti Ono, CEO da SCA Brasil, a safra 2024/25 promete resultados super iores à safra anter ior, considerando a precificação f avorável do etanol e do açúcar, além de menores custos de produção “O setor sucroenergético terá re sultados melhores do que na safra pas sada, considerando s e a precificação do etanol e açúcar Além disso, haverá menor custo de produção, visto que insumos ag rícolas e ag roindustr iais es tão com preços menores ante os últi mos 24 meses ” , explicou Ono

Ono destacou que a projeção aponta para a f abr icação de aproxima damente 32 bilhões de litros de etanol na nova safra Sobre a comercialização no mercado inter no, prevê se preços 10% super iores aos de 2023, impul

sionados pela ofer ta crescente de eta nol de milho “Com a maior alocação de sacarose da cana para a produção de açúcar, o milho vem cobr indo a ne cessidade de etanol carburante no mercado brasileiro”

O executivo infor mou que os in vestimentos no setor de milho conti nuam pujantes, envolvendo a constr u ção de 10 novas usinas nos próximos dois anos “No período 2024/25, a f a br icação de etanol de milho deverá alcançar aproximadamente oito mi lhões de litros, o que representa 24% da produção nacional do biocombus

tível”, ressaltou

Sobre a competitividade do etanol de milho ver sus etanol de cana, Mar tinho Ono fez algumas ponderações: “Embora, no campo, o milho tenha um custo de produção menor se comparado à cana, os gastos com a lo gística de distr ibuição do produto, considerando o transpor te do Cen tro Oeste até os centros de consumo, como São Paulo, são mais elevados”

Expectativa positiva

O fundo FG/A destaca uma no tável recuperação nos preços do açú

car e do etanol hidratado, impulsiona da por f atores promissores para a safra 2024/25, no relatór io gerencial de março, como a per spectiva de um ba lanço global ainda aper tado e uma projeção de menor safra de cana no Brasil para 2024/25

A valor ização do dólar também contr ibuiu para o aumento dos pre ços No que diz respeito ao etanol, obser vou se uma recuperação signi ficativa devido à menor disponibilida de durante a entressafra, aliada ao au mento no preço da gasolina, o que re sultou no crescimento do consumo, com vendas de etanol hidratado pelos produtores nas últimas cinco quinze nas aproximadamente 70% maiores em comparação com a safra anter ior Já a projeção para a temporada em cur so é de uma safra 2024/25 robus ta, com moagem em tor no de 620 milhões de toneladas Em març o, 40 unidades produtoras estavam em ope ração, um aumento significativo em comparação com as 23 unidades do mesmo período do ano anter ior Ape sar das precipitações abaixo da média em fevereiro e março na reg ião cen tro sul, o volume de chuvas apresen tou uma melhor ia em relação aos meses anter iores

M E R C A D O Abril/Maio 2024 18

PIONEIRISMO

Com visão audaciosa e vanguardista, a Drul reforça seu protagonismo no setor, oferecendo ao mercado um novo conceito em soluções

A Dr ul, empresa especializada em soluções ag roindustr iais e biotecnoló g icas com sede em Ser tãozinho, SP, segue sendo a protagonista no setor, investindo for temente em pesquisa, desenvolvimento e tecnolog ia Como resultado, tem constr uído parcer ias significativas com as pr incipais enti dades do setor, como evidenciado du rante o "2º Encontro Dr ul para o Mercado da Cana e Bioenerg ia"

Realizado na noite de 1º de mar ço, o evento recebeu o apoio institu cional da prefeitura de Ser tãozinho pelo segundo ano consecutivo, além de estabelecer colaborações com or ganizações como UNICA, UDOP, UNEM, KPMG, CEISE BR E In vestSP Essas parcer ias não apenas en dossaram o evento em ter mos institu cionais, mas também contr ibuíram para a troca de conhecimento entre os

Drul lança novas soluções durante a 2ª edição do Encontro Drul para o mercado da cana e bioenergia Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da Unica

mais de 200 profissionais do setor presentes Destacou se a par ticipação de Rodr igo Motta, diretor da FCAM – escr itór io associado à KPMG – que profer iu uma palestra sobre "Sucessão Familiar", e Luciano Rodr igues, dire tor da UNICA, que abordou o tema “Safra atual: a agenda estratég ica do setor sucroenergético no mundo da

energ ia de baixo carbono” O evento também contou com a contr ibuição de Davi Lopes, da In vestSP, que discor reu sobre "Transição Energética", um tema de crescente re levância no merc ado bioenergético

Além disso, a Dr ul promoveu um re conhecimento aos destaques de per for mance do setor, ressaltando a im por tância de seu trabalho para a sus tentabilidade do mercado

E m m e m ó r i a a o e m p re s á r i o Jo

s é Pe d ro A n d r a d e – s ó c i o f u n d a d o r

d a U s i n a C e r r a d ã o – a D r u l p ro

m ove u u m a h o m e n a g e m p ó s t u m a

e m r e c o n h e c i m e n t o d e s e u l e g a d o, e n t re g u e p o r A n t ô n i o E d u a rd o To

n i e l o F i l h o – re p re s e n t a n d o o G r u

p o V i r á l c o o l – à s m ã o s d e Pe d ro Fe

l i p e A n d r a d e, f i l h o d e Jo s é Pe d ro e

a t u a l P r e s i d e n t e d o C o n s e l h o d a

U s i n a C e r r a d ã o

Ainda durante a cer imônia, Gui lher me Moroço e Fábio Ramos, res pectivamente diretor presidente e di retor executivo da Dr ul, anunciaram ao mercado o lançamento de tecno log ias pioneiras que prometem revo lucionar a indústr ia bioenergética

Entre elas estão o SICI – Sistema In teg rado para o Controle de Insumos, o controle biológ ico por bacter ióf a gos, os sensores vir tuais e a mais re cente aquisição da Dr ul: a BioProcess,

que agora f az par te das empresas do Gr upo Dr ul

M&A: BioProcess

A Dr ul anunciou a M&A com a BioProcess, uma empresa focada em processos biotecnológ icos industr iais, localizada em Campinas, SP

C o m a a q u i s i ç ã o, a D r u l p a s s a a o f e re c e r e m s e u p o r t i f ó l i o d e s o l u ç õ e s , b i ot e c n o l og i a s nu n c a a p l i c a d a s ao mercado bioenergético: os senso res vir tuais e o controle biológ ico por bacter ióf agos

Sensores vir tuais

Com o tempo cur to para tomadas de decisão impor tantes, as dificuldades de controle e monitoramento de va r iáveis dos processos em tempo real e o custo elevado para monitoramento online dos mesmos, tor na se neces sár io o surg imento de fer ramentas que vão além do comum

Os sensores vir tuais são algor itmos utilizados para infer ir var iáveis de di fícil medida a par tir de medidas sim ples e de baixo custo Possibilitando a obtenção – através de uma rede neu ral baseada em inteligência ar tificial –e a inferência de dados precisos de um processo industr ial

Mais rápidos e efic ientes que as tecnolog ias disponíveis atualmente, os

T E C N O L O G I A Abril/Maio 2024 20

sensores vir tuais são mais robustos, tem rápido desenvolvimento, são de fácil implementação e baixo custo

Bacteriófagos

A busca por soluções não agressivas ao meio ambiente são um dos pilares da indústr ia 4 0 e seus anseios A utilização do controle microbiológico por bacte r iófagos – inimigos naturais das bactér ias – não produz metabólitos secundár ios e evita o desenvolvimento de superbacté r ias, sem necessidade de adicionar subs tâncias químicas, evitando resíduos e mantendo a produtividade do processo

SICI

A SICI promete ser uma revolução na indústr ia. Uma platafor ma que fun de as mais avançadas tecnolog ias do mercado com o objetivo de otimizar processos industr iais como nunca visto Apresentada como uma solução inovadora de controle integ rado de insumos, a solução vai além da aplica ção: incor porando tecnolog ias de úl tima geração, a SICI processa os dados em tempo real, com uma eficiência sem precedentes

Empregando algor itmos de Ma chine Lear ning e Inteligência Ar tifi cial, a platafor ma avalia e controla as dosagens de insumos de maneira in teligente e adaptativa, resultando nu ma redução significativa no consumo, aumentando a eficiência operacional e reduzindo consideravelmente os cus tos do processo

A SICI é, por tanto, mais que uma fer ramenta de controle de insumos Ela é uma platafor ma inteligente, que for nece – além de infraestr utura – se gurança operacional, consumo efi

ciente de insumos industr iais e geren ciamento, per mitindo ao COI (Cen tro de Operações Industr iais) a gestão integ ral dos dados referentes às apli cações e ao processo, tor nando os acessíveis em tempo real para todas as par tes interessadas, desde os operado res aos gerentes de processo

Divisão de grãos

A Dr ul tem alcançado prog ressos notáveis no desenvolvimento de solu ções para a ind ústr ia da cana d e açúcar e bioenerg ia, expandindo seu alcance por toda a Amér ica Latina e expor tando para países vizinhos e até mesmo para outros continentes

Em consonância com a crescente demanda por soluções sustentáveis, a Dr ul ampliou sua presença no merca do de etanol de milho, lançando uma nova divisão dedicada a esse segmen to: a Divisão de Grãos da Dr ul

“A cr iação desta divisão reforça um projeto de longa data voltado pa ra o desenvolvimento de tecnolog ias para esse mercado e demonstra que a Dr ul está atenta às demandas do se tor”, afir ma Marcus Zanardo, gerente da divisão de g rãos da Dr ul

Com uma linha completa de pro dutos para o setor, a divisão de g rãos conta com profissionais exper ientes no mercado de etanol de milho, além da parcer ia estabelecida com a IFF, em presa líder global em biociências, que integ ra o por tifólio Dr ul desde 2023

“O setor de etanol de g rãos tem enor me potencial no Brasil e, para atender à crescente demanda e entre gar benefícios aind a maiores para o mercado, contamos com a Dr ul para a distr ibuição de par te de nossa linha

para clientes estratég icos”, diz Mar io Cacho, Diretor de Vendas para a uni dade de negócios de Grain Processing na Amér ica latina da IFF

Em resumo, a Dr ul tem mostrado que seu pensamento estratég ico e sua gover nança evoluem de mãos dadas com o des envolvimento do setor e suas tecnolog ias

“Por isso reafir mamos, a todo momento, o nosso compromisso de trazer para o presente as soluções do futuro”, afir ma Guilher me Moroço

O "2º Encontro Dr ul para o Mer cado da Cana e Bioenerg ia" não ape nas reiterou o compromisso contínuo da Dr ul com a inovação e o prog resso tecnológ ico na indústr ia, mas também ressaltou a consolidação das parcer ias estratég icas e o reconhecimento das contr ibuições excepcionais das usinas e líderes do segmento Além disso, com os lançamentos da platafor ma SICI, a chegada da BioProcess e a expansão da divisão de g rãos, a Dr ul está pavimen tando o caminho para um futuro mais sustentável e eficiente na indústr ia bioenergética

DrulCast: uma ferramenta dedicada ao universo da bioenergia e da indústria

Em 2024, a Drul deu início a mais um novo projeto: o DrulCast Um podcast e videocast dedicado ao universo da bioenergia e da indústria, onde são promovidas discussões cruciais sobre temas essenciais para todo o setor

A primeira temporada, que está no ar desde fevereiro, tem como tema central os critérios ESG Ambientais, Sociais e de Governança Esses critérios são vitais na avaliação do desempenho de uma empresa em relação à sustentabilidade e à responsabilidade corporativa, sendo cada vez mais relevantes para investidores, stakeholders e consumidores

A estreia contou com a presença de Letícia Martinez, especialista em sustentabilidade e ESG, associada na Markestrat e Coordenadora de Conteúdo na Harven Agrobusiness School Durante sua participação, Martinez abordou desde a origem dos critérios ESG até a atualidade, destacando o momento disruptivo em que vivemos, no qual a sustentabilidade se configura como a próxima grande onda de inovação

O DrulCast está disponível para ouvir nas maiores plataformas de streaming Para assistir ao videocast, acesse a página da Drul no YouTube em www youtube com/@drulgroup

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Pedro Felipe Andrade, filho de José Pedro e atual Presidente do Conselho da Usina Cerradão - recebe homenagem póstuma à seu pai das mãos de Luciano Rodrigo, diretor da UNICA e Antônio Eduardo Tonielo

Zilor Implementa nova tecnologia para geração de energia em Lençóis Paulista

Testes de sopragem de vapor realizados pela companhia em março

A Zilor realizou em março testes essenciais de sopragem de vapor em sua nova caldeira de cogeração de energ ia na Usina Bar ra Grande, loca lizada em Lençóis Paulista – SP Os testes f azem par te do processo de lim peza e ajuste do equipamento para garantir sua operação eficiente

Ar tur Melo, diretor de Operações da Zilor, enf atizou a impor tância des ses procedimentos para garantir a se gurança e eficiência das operações fu turas da usina “A realização desses testes é obr igatór ia segundo a Nor ma Reguladora n º 13 (NR13), que esta belece padrões de segurança para operações com vasos de pressão e cal deiras”, explica

A empresa está investindo, nos úl timos dois anos, em projetos de ex pansão de energ ia que possibilitará o aumento a sua cogeração de energ ia elétr ica limpa e renovável em até 60%

Segundo a companhia, a iniciativa contr ibui com a diver sificação dos negócios e previsibilidade de geração de caixa além de impactar positiva mente o Meio Ambiente, ampliando a presença de fontes renováveis na ma tr iz energética nacional, a par tir da energ ia expor tada suficiente para ilu minar uma cidade com mais de 1 mi lhão de habitantes por um ano e di minuindo a emissão de gases do efei to estuf a

Os projetos ainda contr ibuem pa ra o desenvolvimento local, por meio

da geração de emprego e renda, en volvendo a contratação de mão de obra de aproximadamente 500 traba lhadores movimentando a economia da reg ião

O valor total do investimento é de cerca de R$ 550 milhões Até dezem bro de 2023 haviam sido direcionados

R$ 504 milhões Em abr il de 2023, a Zilor iniciou a operação de uma no va caldeira de cogeração na Usina São José, em Macatuba, para a produção de energ ia elétr ica limpa e renovável A nova caldeira da UTE da Usina Bar ra

Grande também f az par te do projeto de ampliação de energ ia da Zilor e está prevista para ser entregue em abr il de 2024

Em 30 de novemb ro de 2023, a Zilor recebeu da CETESB (Compa nhia Ambiental do Estado de São Paulo) a Licença de Operação para início das atividades de sua ter moelé tr ica na Usina Bar ra Grande, em Len çóis Paulista O documento emitido pela CETESB c er tifica o cumpr i mento da leg islação ambiental vigen te para a cogeração de energ ia elétr i ca a par tir da biomassa da cana de açúcar

“A Zilor é autossuficiente na pro dução de energ ia elétr ica e mantém o supr imento de 100% da necessidade energética das suas operações, com expor tação de energ ia excedente Em 2022 a potência instalada era de 200MW, com expor tação de 490 mil MWh/ano Com a ampliação, a par tir da expansão de cogeração, a Zilor te rá um aumento de até 60% na expor tação de energ ia, com capacidade de gerar aproximadamente 770mil MWh/ano”, explica a empresa

Usina Caeté inaugura novo ponto de abastecimento

Este é o segundo ponto de abastecimento de vinhaça enriquecida da empresa

A Usina Caeté, Matr iz inaugurou um novo ponto automatizado de abastecimento de vinhaça enr iqueci da no dia 18 de março O projeto, idealizado pelo coordenador ag rícola Marcelo Augusto Soares, busca otimi zar o circuito de aplicação localizada e reduzir os custos por hectare

“A g rande vantagem deste novo ponto é a redução do raio de aplica ção, tor nando o insumo mais eficien te O processo tor na se totalmente controlado e automatizado, reduzindo os efeitos da mão de obra e, pr inci palmente, evitando qualquer tipo de contaminação ao meio ambiente”, destacou o super visor ag rícola da Usi na Caeté, Carlos Humber to da Silva Este é o segundo ponto de abas

de vinhaça enriquecida

tecimento de vinhaça enr iquecida da empresa Além de beneficiar a quali d a d e d a o p e r a ç ã o, o n ovo p ro j e t o possibilita a utilização de outros nu

t r i e n t e s n a v i n h a ç a U m d i f e re n c i a l d e s t e p ro j e t o é a i n ova ç ã o d e u m a ponte volante, que elimina o proce dimento de dosagem com auxílio de

c a m i n h ã o mu n c k o u c a r re g a d e i r a , tor nando o proc edimento de car re gamento em algo mais rápido e segu ro C o m i s s o, e m e s t i m a t iva , t o d o o p ro c e d i m e n t o d e c a r re g a m e n t o d e um tanque com 30 mil litro s de vi n h a ç a e n r i q u e c i d a p a s s a a d u r a r n o máximo 10 minutos

“É motivo de muito orgulho di zer que foi um projeto com 100% de mão de obra da Caeté”, ressaltou Marcelo Soares, destacando ainda a par ticipação do super intendente ag roindustr ial Már io Sérg io Matias e a colaboração dos setores ag rícolas

“A Ir r igação ficou responsável pela montagem da m alha hidráulica, os Tratos Culturais deram supor te lo gístico e de gestão de insumos, a Constr ução Civil nos apoiou g rande mente com as áreas de vivências e o setor de Instr umentação realizou a automação dos processos A união desses esforços resultou em uma re dução de quatro vezes o custo estima do do projeto”, celebrou Marcelo Augusto Soares

U S I N A S Abril/Maio 2024 22

A MISTURA DO DIESEL MUDOU!

Nova Mistura do Diesel pede filtros de maior qualidade

O percentual da mistura de biodiesel no diesel, a partir de sexta feira (1º/03), aumentou de 12% para 14%, o B14 O biodiesel é produzido a partir de fontes renováveis como óleos vegetais e gordu ras animais, e é considerado uma alterna tiva aos combustíveis fósseis, contribuin do para transição energética O diesel é usado por veículos rodoviár io de cargas, como caminhões; transporte coletivo (ônibus), máquinas agrícolas como trato res e colhedoras e modelos off road, co mo picapes

Com a veiculação da notícia de que haveria aumento na mistura do diesel, os clientes da Duppai, comemoram escolha da empresa como for necedora, com a certeza de que o filtro irá suprir a deman da com a nova mistura, proporcionando assim melhor qualidade e maior durabi lidade aos componentes mecânicos Eli minando o maior vilão dos maquinár ios agrícolas que é a parada desprogramada da máquina para manutenção

O Ultra Filtro Duppai, foi projetado com auxílio da tecnologia e desenvolvido

para fazer o processo de filtragem com plexo em camadas, entregando o diesel com maior qualidade

Com combustível sofrendo alterações significativas na sua composição, o filtro se faz cada vez mais importante para preser vação de componentes mecânicos e para longevidade da máquina, que em sua grande maioria, possuem motores proje tados em confor midade a combustíveis usados a época de sua fabricação

A empresa, pensando no meio am biente, se certificou na ISO 14001 e de senvolveu uma carcaça com maior dura bilidade, apenas com a troca do elemen to filtrante que é capaz de filtrar o diesel em até 5 micras, entregando a máquina um combustível que lhe dá energetica mente mais força e autonomia

Com processo comercial bem defini do, seguindo parâmetros estabelecidos pela ISO 9001 cuja empresa possui certifica ção, proporciona ao cliente um período de testes, acompanhado de técnicos para ho

mologação do produto, permitindo que o cliente viva a experiência de utilizar o Ul tra Filtro Duppai, e assim podem juntos concluir o melhor custo benefício

O pós venda impressiona pelo su porte e pela capacidade do setor de de senvolvimento da empresa em atender as necessidades de cada cliente, apresentan do soluções e trazendo um atendimento personalizado e contínuo

A i n d a p re o c u p a d a c o m m e i o a m b i e n t e e t r a z e n d o m a i o r s o l u ç ã o para o mercado, seguindo os parâme tros ISO 14001 a Duppai possui uma logística rever sa funcional e capaz de atender a todos seus clientes, f azendo o descar te da for ma cor reta dos resí duos dos seus filtros

Neste período em que é anunciado o aumento gradativo do biodiesel na mis tura do diesel, e que esta mudança vem sendo efetivada, a Duppai se destaca por trazer uma solução ao mercado que ga rante a qualidade do combustível

U S I N A S 23 Abril/Maio 2024

Neutramol substitui a cal com ganhos operacionais e financeiros para as usinas

O produto elimina a etapa da preparação prévia, com características customizadas ao processo de cada usina, com menos contaminantes e alta reatividade

Uma solução desenvolvida pela Carmeuse como alternati va para a substituição da cal virgem e da cal hidratada, o Neutra mol vem ganhando espaço no mercado bioenergético A opor tunidade de redução nos custos operacionais, é uma das caracte rísticas que favorecem a utilização do produto

Trata se de uma suspensão aquosa de hidróxido de cálcio for mulada para atender a um amplo espectro de aplicações, desde reolog ia até concentração O produto possui menos contaminantes e alta reatividade o que possibilita melhora na produção e maior eficiência O Neutramol é utilizado para tra tar o caldo e lavar a cana e também pode ser utilizado no tra tamento de efluentes industr iais

O produto elimina a etapa da preparação prévia, per mi tindo que seja transfer ido diretamente do caminhão tanque para o reser vatór io da unidade industr ial Essa simplificação operacional tem se refletido em ganhos financeiros substanciais para as usinas, que optaram por substituir as fontes alcalinizan tes convencionais

De acordo com a especialista de atendimento ao cliente da Car meuse Brasil, Alaine Cardoso, os benefícios financeiros do Neutramol são expressivos “Temos economias médias em di versos aspectos, como infraestrutura, mão de obra, meio am biente, insumos e serviços, incluindo a limpeza de evaporado res Como mostra o g ráfico, é clara a redução percentual dos custos ao longo de uma safra, proporcionando uma visão cla ra do impacto financeiro positivo para as usinas”, explicou “Além dos benefícios financeiros diretos, o uso do Neu tramol traz uma sér ie de ganhos intangíveis para as usinas sucroalcooleiras Entre eles, destacam se a estabi lidade do processo, a melhor ia da qualidade ambiente de trabalho, a redução ou elimi nação dos r iscos ambientais e operacionais, e até mesmo a maior disponibilidade de espaço físico”, acrescenta Alaine Cardoso

A Car meuse, desenvolvedora do pro duto, tem seus processos certificados pela ISO 14 001, medalha Bronze do Ecovadis e o Selo Ouro, concedido pela Fundação Getúlio Vargas às organizações que alcançam o mais alto nível de qualificação e transpa rência para o inventár io de emissões de ga ses de efeito estufa (GEE)

U S I N A S Abril/Maio 2024 24
Alaine Cardoso

Tereos reduz o consumo e evita emissão de 9 mil toneladas de carbono

Resultado foi atingido por meio da adoção de iniciativas como renovação da frota e acompanhamento e calibração de equipamentos agrícolas

A Tereos reduziu o consumo de mais de 3,4 milhões de litros de diesel em sua frota ao longo de 2023 em re lação ao ano anter ior Com isso, a em presa deixou de emitir 9 mil toneladas de CO2* no período, contr ibuindo com a estratég ia de descarbonização da companhia por meio da redução de emissão de gases de efeito estuf a pro venientes dos veículos de sua frota

A economia expressiva foi obtida por uma sér ie de iniciativas adotadas pela Tereos ao longo da safra Entre elas, a companhia investiu na utilização de diesel aditivado em toda a sua frota e passou a utilizar o diesel S 10 em 100% de seus veículos e equipamentos

O combustível é menos poluente do que o diesel S 500 por possuir menos enxofre em sua composição, além de promover mais eficiência e melhorar o desempenho dos motores

A realização de treinamentos de motor istas e operadores de máquinas ag rícolas, assim como calibração e las tragem de tratores, foram outras ini ciativas que impactaram a redução do consumo de diesel O acompanha mento de equipamentos em tempo real feito pelo COA (Centro de Ope

rações Ag roindustr iais) per mitiu iden tificar, por meio da telemetr ia, moto res ociosos, otimizando a gestão dos veículos

“A sustentabilidade está no centro da nossa estratég ia de negócio Cada vez mais, investimos em projetos que reforçam esse compromisso e nos per mitem reduzir nosso impacto no meio ambiente O consumo de diesel é um dos maiores emissores de carbono em nossa operação e iniciativas como es sas contr ibuem de for ma fundamental

para nossa jor nada de descarboniza ção”, comenta Felipe Mendes, Diretor de Sustentabilidade, Relações Institu cionais e Novos Negócios da Tereos

“Por meio dessas ações, reforçamos nossos compromissos com a economia de baixo carbono sem deixar a lado a eficiência operacional Estamos sempre em busca de soluções voltadas para a descarbonização, como nosso investi mento na planta de biogás, que pode ser utilizado para obtenção do biometano, uma alternativa aos combustíveis fósseis”, complementa Everton Carpanezi, Dire tor de Operações Agroindustr iais

No último ciclo, a empresa tam bém investiu na renovação da frota que, confor me leg islação vigente, requer a utilização de Arla no combustível O reagente tem como função reduzir as emissões, transfor mando mater iais tó xicos em elementos não nocivos para o meio ambiente Para a safra 2024/2025, a Tereos está atualizando a frota de caminhões canavieiros com motor Euro 6 , que são mais eficientes, consomem menos combustível e, consequentemente, possuem menor emissão de carbono

U S I N A S 25 Abril/Maio 2024
Raízen recebe nova certificação Bonsucro e se consolida como maior produtora

de cana sustentável com o reconhecimento

Unidade de Leme -SP acaba de obter o selo que garante compromisso da companhia com as melhores práticas socioambientais

O Parque de Bioenerg ia de Leme – SP acaba de receber o selo Bonsu cro, ampliando para 25 o número de unidades da Ra ízen que possuem a cer tificação, dos 30 bioparques em operação

Esse reconhecimento reforça a posição da companhia como empresa do setor sucroenergético com maior número de unidades de processamen to de cana de açúcar operando sob um r igoroso padrão de sustentabilida de, reconhecido inter nacionalmente

Como par te de seus compromis sos públicos, a meta da companhia é ter todas as suas 30 unidades opera cionais reconhecidas até 2027

A cer tificação garante que a cana que chega aos bioparques foi produ zida confor me as melhores práticas ambientais, sociais e econômicas, além de todo o processo produtivo, pactua das por meio de uma estr utura de go ver nança da Bonsucro que envolve mais de 300 membros de mais de 50 países, atuantes em todos os elos da ca deia produtiva do açúcar e do etanol

Além disso, trata se de mai s um marco impor tante dessa tr ilha de pio neir ismo da Raízen na adesão ao pa drão Bonsucro, que teve início em 2011 com a pr imeira unidade cer tifi cada do mundo, em Maracaí – SP

“Este é mais um i mpor tante re sultado para nós e que chancela que estamos no caminho cer to ao adotar as melhores práticas do mercado em prol da sustentabilidade Estamos f alando de uma operação que, entre outros f a tores, é reconhecida por combinar eficiência na ag r icultura, respeito à biodiver sidade, gestão hídr ica e boas práticas de relacionamento com as comunidades ao seu redo r ” , afir ma a gerente cor porativa de Qualidade In teg rada da Raízen, Br una Tetzner

“Temos mostrado ao mercado uma eficiente combinação de produção sustentável e resultados consistentes Possuímos o maior volume de cana com cer tificação Bonsucro do mundo porque entendemos que isso tem que ser a prática comum, mas também é uma vantagem competitiva”

Cer tificação

Para obter o selo Bonsucro, a Raí zen submete seus bioparques a uma au ditor ia independente que analisa diver sos cr itér ios ambientais e sociais da ca deia da cana Com as revisões do pa drão Bonsucro, os cr itér ios de avaliação estão cada vez mais exigentes, pr inci palmente quanto à melhor ia na gestão dos r iscos e mecanismos de comunica

ção eficazes e acessíveis para mapea mento e acompanhamento das ações pelas par tes interessadas (stakeholder s): comunidades do entor no, associações setor iais, gover nos, entre outros Para is so, cada unidade cer tificada passa por auditor ias de manutenção anual e deve se recertificar a cada três anos

E s s e p ro c e s s o d e a n á l i s e s e d e s dobra para além de questões relacio nadas diretamente à maneira como a c a n a é c u l t iva d a e c o l h i d a , p a s s a n d o também por aspectos como a diver s i d a d e A B o n s u c ro re c o m e n d a q u e, no mínimo, 15% dos cargos de ges t ã o e q u a l i f i c a d o s n a s u s i n a s s e j a m dedicados às mulheres, estabelecendo uma meta para promover a equidade de gênero

Associados da Canaoeste recebem Cer tificação Bonsucro

Como resultado do Programa SEMEIA, a Canaoeste promove a entrega da Cer tificação Bonsucro a 12 associados

O p rog r a m a d e p r á t i c a s s u s t e n

t á ve i s d e s e nvo l v i d o p e l a C a n a o e s t e, o S E M E I A ( S u s t e n t a b i l i d a d e E c o n ô m i c a , M e i o A m b i e n t e, E f i c i ê n c i a e I n t e l i g ê n c i a A g ro n ô m i c a ) j á c o m e ç a a d a r f r u t o s A A s s o c i a ç ã o i r á p ro m ove r a e n t re g a d a C e r t i f i c a ç ã o

s o c i a d o s d a e n t i d a d e, a s s i s t i d o s p e l o p rog r a m a R e c o n h e c i d a e re s p e i t a d a i n t e r n a c i o n a l m e n t e, a C e r t i f i c a ç ã o B o n s u c ro a s s e g u r a u m p a d r ã o d e s u s t e n t a b i l i d a d e q u e, a l é m d a m e l h o r a d a i m a g e m , p e r m i t e a t i n g i r m e t a s d e

c o m p r a s s u s t e n t á ve i s e e s t a b e l e c e r p a rc e r i a s p a r a re s o l ve r q u e s t õ e s d e s u s t e n t a b i l i d a d e c o n j u n t a m e n t e Po r i n t e r m é d i o d o S E M E I A , a C a n a o e s t e ve m o r i e n t a n d o o s p ro

d u t o re s a s s o c i a d o s n o d e s e nvo l v i m e n t o e n a a p l i c a ç ã o d e p r á t i c a s s u s t e n t á ve i s e m s u a s p ro p r i e d a d e s Po r m e i o d e l e, a C a n a o e s t e o r i e n t a q u a n t o à p re p a r a ç ã o p a r a a u d i t o r i a

t re i n a m e n t o p a r a p ro c e s s o s , o p e r a ç õ e s e a t iv i d a d e s d e b o a s p r á t i c a s Pa r a o g e s t o r d a C a n a o e s t e, A l m i r To rc a t o, u m d o s b e n e f í c i o s , s e m d ú v i d a , é a b r i r a s p o r t a s a o s p ro d u t o re s p a r a a s p l a t a f o r m a s d e c e r t i f i c a ç õ e s , q u e, h o j e e m d i a , d i t a m a s re g r a s n o m e rc a d o d e c o n s u m o d o mu n d o s u s t e n t á ve l “ Fo i u m d e s a f i o p re p a r a r n o s s o s a s s o c i a d o s p a r a a c e r t i f i c a ç ã o d u r a n t e 3 a n o s d e t r a b a l h o A g o r a c o l h e m o s o f r u t o d o t r a b a l h o b e m f e i t o : a c e r t i f i c a ç ã o p a s s o u p e l o c r ivo d a

B o n s u c ro e ve m p a r a c h a n c e l a r a e x c e l ê n c i a d o s s e r v i ç o s re a l i z a d o s p e l a C a na o e s t e p a r a s e u s a s s o c i a d o s ” , a f i r m a F á b i o d e C a m a r g o S o l d e r a , g e re n t e d e S u s t e n t a b i l i d a d e N e s t a p r i m e i

o s , q u e re s p o n d e m p o r 2 6 p ro p r i e d a d e s , q u e t o t a l i z a m c e rc a d e 1 7 m i l h e c t a re s e s o m a m , a p rox i m a d a m e n t e, 1 1 0 0 0 0 0 t o n e l a d a s c e r t i f i c a d a s

U S I N A S Abril/Maio 2024 26
B o n s u c ro p a r a u m g r u p o d e 1 2 a s
d e c e r
o
t i f i c a ç ã
e
r a e t a p a , s e r ã o c o n t e m p l a d o s c o m a c e r t i f i c a ç ã o 1 2 p ro d u t o re s a s s o c i a d
s s o c i a ç ã o, Fe r n a n d o d o s R e i s F i l h o, t a m b é m c o m e m o r a a n ova f a s e d a C a n a o e s t e “ A c o n q u i s t a d e s s a s c e r t i f i c a ç õ e s c o m p rova a q u a l i f i c a ç ã o e o c o n h e c i m e n t o t é c n i c o d a e q u i p e d e p ro f i s s i o n a i s d a C a n a o e s t e, d a n d o c o n t i n u i d a d e a o n o s s o p r i n c í p i o d e s e m p re o f e re c e r o m e l h o r p a r a o s n o s s o s a s s o c i a d o s ” , re s s a l t a
O p re s i d e n t e d a A

Usina São José da Estiva celebra 60 anos

Companhia começou a safra 2024/25 no dia 3 de abril

A Usina São José da Estiva deu início às comemorações de seu sexa gésimo aniver sár io em um evento realizado no dia 2 de abr il, celebran do também o início da nova safra

A missa em ação de g raças foi conduzida pelo bispo diocesano Dom José Benedito Cardoso, contando com a presença de colaboradores, gerentes, super intendente e diretores da em presa A cer imônia destacou não ape nas as conquistas passadas, mas também delineou as per spectivas promissoras para o futuro da usina

O eve n t o f o i m a rc a d o p o r d i s c u r s o s e m o c i o n a d o s d o s d i re t o re s R o b e r t o B i a s i , D r a N a n c y M a c h a d o d e B i a s i e Jo r g e I s m a e l d e B i a s i F i l h o, q u e e x p re s s a r a m p ro f u n d a g r a t i d ã o a o s c o l a b o r a d o re s p e l a d e dicação e empenho ao longo das dé c a d a s D e s t a c a n d o a i m p o r t â n c i a d e c a d a i n d iv í d u o p a r a o s u c e s s o d a e m p re s a , o s d i re t o re s re s s a l t a r a m a u n i ã o e c o l a b o r a ç ã o c o m o p i l a re s f u n d a m e n t a i s p a r a o p rog re s s o c o n

t í nu o d a U s i n a S ã o Jo s é d a E s t iva A cer imônia também prestou ho menagem aos colaboradores que dei xaram sua marca ao longo dos 60 anos de histór ia da empresa Nomes como Otaviano Girotto; Antonio Dada; Francisco Alber to Navar ro; Alcides Zana; Zezete Tor res de Aguiar ; Adal ber to Sanches Valero; Maurílio Ange lo Roncoleta e Luiz Doro foram mencionados, reconhecendo suas contr ibuições significativas para o de senvolvimento e crescimento da Usi na São José da Estiva

Luiz Doro, que completou 81 anos de vida no mesmo dia, compar tilhou suas lembranças e ag radecimentos, de com 58 anos de trabalho, destacando a impor tância do trabalho coletivo e da dedicação de cada membro da equipe ao longo dos anos

Projeção para 2024/25

A expetativa de moagem da usina é de chegar a 3 9 milhões de tonela das de cana de açúcar até a segunda quinzena de novembro “A extensão da safra está associada à disponibilida

de de cana e às condiç ões climática s, pois quando chove, a moagem fica comprometida”, lembrou Marco An tônio Cardoso de Toledo, gerente de Divisão Industr ial

Para alcançar a meta de moagem, a Indústr ia conta com a eficiência das lavouras de cana Clézio Menandro, gerente de Divisão Ag rícola, conta que o setor está preparado para atender a demanda da indús tr ia e espe rançoso de superar novamente os quatro mi lhões de toneladas de cana colhida em 2023

Segundo Clézio, o planejamento deverá per mitir que a colheita fique em tor no de 85 toneladas de cana por hectare, com ATR médio de 135 qui los “Além desta questão, buscaremos o empenho e a dedicação, que sempre foram nossas pr incipais características Que a gente consiga ating ir e superar nossas metas de produção, qualidade e de segurança Uma ótima safra a todos, que tenhamos novos motivos para co memorar no final”, afir mou

Marco Antônio ainda destacou que a moagem deverá per mitir a pro dução de pelo menos 280 mil tonela das de açúcar, 140 milhões de litros de etanol e disponibilizar à rede 106 600 MWh de energ ia elétr ica

U S I N A S 27 Abril/Maio 2024

Clealco integra operações agrícolas e industriais em novo COA

Focada em ampliar a moagem mantendo o crescimento da eficiência operacional, a Clealco investiu na in teg ração entre as operações ag rícolas e industr iais com a implantação do no vo COA O Centro de Operações Ag roindustr iais fica na unidade Cle mentina, anexo ao escr itór io cor po rativo Márcio de Oliveira e Paulo Pongetti compõem a liderança do projeto

A empresa também está extendo a a t u a ç ã o d o s o f t wa re d e O t i m i z a ç ã o em Tempo Real, S PAA, para as áreas d e p ro c e s s o s n a U n i d a d e Q u e i ro z e d e e n e r g i a n a U n i d a d e C l e m e n t i n a N a o c a s i ã o, o v i c e p re s i d e n t e d e operações, Jonas Gutier res, infor mou q u e e s s a m e d i d a t e m o o b j e t ivo d e c o n t i nu a r c a p t u r a n d o p e rd a s e g a n h a n d o e f i c i ê n c i a n a p ro d u ç ã o d e a ç ú c a r, p r i n c i p a l m e n t e, e d e e t a n o l , a l é m d e ava n ç a r n a g e s t ã o i n t e g r a d a das duas plantas

Recepção

produtiva na Usina Cevasa

O time do Road Show foi recebido na Usina Cevasa pelos profissionais: Ra fael Martins, gerente de processo; Adão Gutier rez, gerente de manutenção;Wendell Clímaco, gerente de utilidades e extração; Lazaro Laureano, diretor industr ial; Gil berto Franco, gerente de projetos e Alberto Silva, gerente de divisão Em pauta, os avanços da Otimização em Tempo Real (RTO) na companhia

Bênção para a nova safra do Grupo Moreno

A direção do Gr upo Moreno e seus colaboradores realizaram um Culto Ecumênico de Ação de Graças para celebrar a aber tura da safra 2024 no Polo Nipoã Esta

celebração marcou um momento significativo de união e g ratidão entre todos os envolvidos, dando início ao ciclo produtivo com es perança e renovação

R O A D S H O W Abril/Maio 2024 28

Usina Araporã inicia a safra 2024 com gratidão e fé

A Araporã Bioenerg ia está empe nhada em aumentar sua produtivida d e p o r m e i o d o a p r i m o r a m e n t o c o n t í nu o d e s u a e f i c i ê n c i a , t a n t o n o s e t o r a g r í c o l a q u a n t o n o i n d u s t r i a l Antes de dar início à safra e de con c e n t r a r e s f o r ç o s n a o b t e n ç ã o d e re sultados, a di reção e os cola borado res da empresa pr ior izam momentos d e f é e g r a t i d ã o N a o c a s i ã o, Jo s i a s M e s s i a s , t a m b é m c o m p a r t i l h o u u m a m e n s a g e m d e p a z e e s p e r a n ç a p a r a todos os par ticipantes

Messias, também compartilhou uma mensagem de gratidão e fé a todos os participantes

R O A D S H O W 29 Abril/Maio 2024

Usina Santa Rosa: uma luta épica

pela atividade bioenergética

F u n d a d a e m 1 9 5 0 , m a s c o m u m a h i s t ó r i a q u e re m o n t a a 1 9 0 2 c o m a v i n d a d a f a m í l i a L a b ro n i c i p a r a o

B r a s i l , a U s i n a S a n t a R o s a , l o c a l i z a d a e m B o i t u va ( S P ) , é u m b o m e xe m p l o d a l u t a d o s p i o n e i ro s n a p ro d u ç ã o a g ro i n d u s t r i a l p a u l i s t a U m a t r a j e t ó r i a d e mu i t o t r a b a l h o d a f a m í l i a , q u e f iz e r a m a e m p re s a a l c a n ç a r u m a m o a g e m d e q u a s e 1 m i l h ã o d e t o n e l a d a s d e c a n a ( T C ) , p ro d u z i n d o u m a ç ú c a r b r a n c o d e q u a l i d a d e e e t a n o l c o m bu s t í ve l , c o m i n d i c a d o re s b e n c h m a r k i n g d e p ro d u t iv i d a d e e e f i c i ê n c i a A t é 2 0 0 5 , a S a n t a R o s a h av i a c o n q u i s t a d o u m a c o n f o r t á ve l c o m p e t i t iv i d a d e, q u a n d o o s s ó c i o s d e c i d i r a m s a i r d a C o p e r s u c a r e c u i d a r d i re t a m e n t e d a g e s t ã o c o m e rc i a l e f i n a n c e i r a d a e m p re s a N a s e q u ê n c i a d o s f a t o s , e m 2 0 1 4 , a e m p re s a e n f re n t o u u m a s e c a h i s t ó r i c a , a l é m d o c o n g e l a m e n t o g o ve r n a m e n t a l d o s p re ç o s d o e t a n o l q u e g e ro u c o n d i ç õ e s d e s f avo r á ve i s p a r a o s e t o r e m t o d o o p a í s e, e m re s p o s t a à d e s c a p i t a l i z a ç ã o e m s a f r a s s u b s e q u e n t e s , e m 2 0 1 9 a u s i n a i n g re s s o u c o m u m p e d i d o d e R e c u p e r a ç ã o Ju d i c i a l M e s m o c o m a h o mologação e prosseguime nto nor mal d a R J, e c o m c r é d i t o s o r i u n d o s d a d e c i s ã o j u d i c i a l c o n h e c i d a c o m o " p re c a t ó r i o s d o I A A " , e m s e t e m b ro d o a n o p a s s a d o a 1 ª C â m a r a R e s e r

Uma loucura tecnológica!

Conhecemos a Gr unner, empresa que transfor mou as operações de CTT com a introdução de máquinas de transbordo de cana ultratecnológ i cas Houve acesso a uma quantidade significativa de inovações em d esen volvimento e validação pela equipe da companhia Os ir mãos Henr ique Be lei e Mateus Belei, juntamente com Denis Ar royo Alves, CEO da Gr unner, foram os anfitr iões durante a visita

va d a d e D i re i t o E m p re s a r i a l d o Tr i

bu n a l d e Ju s t i ç a d e S ã o Pa u l o revo

g o u u m a d e c i s ã o q u e a l t e r ava o P l a

n o d e R e c u p e r a ç ã o Ju d i c i a l e d e

c re t o u a f a l ê n c i a d a s e m p re s a s d o G r u p o L a b ro n i c i S e r i a o f i m d a u s i n a , t e n d o s e u p a rq u e i n d u s t r i a l e d e m a i s a t ivo s l e i l o a d o s , c l a ro q u e n ã o p a r a c o n t i nu i d a d e d e s u a s a t iv i d a d e s O q u e, n a m i n h a o p i n i ã o, é o p i o r c e n á r i o p a r a a c o mu n i d a d e l o c a l Q u a n d o u m a u s i n a f e c h a , n ã o f e c h a m a p e n a s a s va g a s d e e m p re g o s

d i re t o s ( 7 0 0 n o c a s o d a S a n t a R o s a ) , f e c h a m o s e m p re g o s i n d i re t o s p e l a

c a d e i a l o c a l c o m é rc i o, s e r v i ç o s , i n f r a e s t r u t u r a , i m p o s t o s , e t c S e f e

c h a m t a m b é m o p o r t u n i d a d e d e

N ã o i m p o r t a q u a i s i n t e re s s e s f i

n a n c e i ro s e e s t r a t é g i c o s e m j og o, f e

c h a r u m a u s i n a é o p i o r c e n á r i o s o

c i a l , m e s m o d i a n t e d a o p ç ã o d a s

t e r r a s e c a n a s s e re m a b s o r v i d a s p o r

o u t r a s u s i n a s , q u e s e t o r n a o c e n á r i o

m e n o s p i o r, c l a ro

Ju s t i ç a s e j a f e i t a , c o m a revog a ç ã o

d a d e c l a r a ç ã o d e f a l ê n c i a , e m 1 2 d e

j a n e i ro d e 2 0 2 4 , o s L a b ro n i c i e a

S a n t a R o s a re c e b e r a m u m a ú l t i m a

c h a n c e d e s a l va r a s a t iv i d a d e s ! A g o

r a , e s t ã o f o c a d o s e m re c u p e r a r a s

p a rc e r i a s c o m o s f o r n e c e d o re s d e

c a n a s “ a f u g e n t a d o s ” n o p e r í o d o d a

f a l ê n c i a , e re t o m a r a m o a g e m d e

5 0 0 0 0 0 T C p a r a e s s a s a f r a , c o m u m

re n d i m e n t o m é d i o d e 2 , 3 0 s a c a s d e

5 0 k g d e a ç ú ca r / T C e d e 8 3 l i t ro s d e

e t a n o l / T C Pa r a i s s o e s t á n e g o c i a n d o o p e r a ç õ e s d e t o l l i n g , h a j a v i s t o

q u e p o s s u i f a c i l i d a d e d e d e s t i n a ç ã o

d o a ç ú c a r p a r a a s t r a d i c i o n a i s i n d ú s t r i a s c l i e n t e s d a p r ó p r i a re g i ã o e c o m

d i s t r i bu i d o r a s d e e t a n o l Pe n s a n d o

e m m i t i g a r n ovo s s u s t o s j u d i c i a i s , j á s o l i c i t o u o p a rc e l a m e n t o d o s d é b i t o s

c o m o I C M S, u m a d a s a l e g a ç õ e s p a

r a o p e d i d o d e f a l ê n c i a d a e m p re s a

S o b a l i d e r a n ç a d o s ó c i o d i re t o r

L u i s T i a g o L a b ro n i c i , a u s i n a e n f re n t a o s d e s a f i o s a t u a i s , re c o n h e

c e n d o s u a i m p o r t â n c i a p a r a a e c o

m e l h o r i a s à p r ó p r i a c a d e i a s e t o r i a l , p ro p o rc i o n a d a s p e l a d ive r s i d a d e e c o m p e t i t iv i d a d e

n o m i a e s o c i e d a d e l o c a l

Nem tudo são flores em Holambra. Tem cana também!

Sim, muitas técnicas e tecnolog ias desenvolvidas or ig inalmente na flor i cultura, vem se demonstrando alta mente viáveis quando expandidas pa ra a cana de açúcar

Passando por Holambra SP foi

p o s s í ve l c o n h e c e r a K r a c h t L a n d

b o u w We t e n s c h a p, c r i a d a e m 2 0 2 0

c o m a v i s ã o d e s e r re f e r ê n c i a n o

c o n c e i t o d e a g r i c u l t u r a d e a l t a p e r for mance, liderar o desenvolvimento de fer ramentas de fisiol og ia vegetal e

s e “ s o l i d i f i c a r ” c o m o

c a s e d e b o m

n e g ó c i o p a r a o p ro d u t o r e p a r a a

produtividade ag rícola

C o n t a n d o d e s d e a i n í c i o c o m a

p a r t i c i p a ç ã o d e u m t i m e e s p e c i a l i s t a e m

p

com Israel de Andrade Lyra Neto na

d i re t o r i a c o m e rc i a l , a K r a c h t o c u p a

h o j e u m a p o s i ç ã o d e l i d e r a n ç a e m

bioinsumos e tecnolog ias de fisiolo

g ia vegetal no s etor Na foto com Is r a e l Ly r a ; R og e r s P rog g e t , c o o rd e

nador de MKT; Jan Jaar t sveld, dire tor de operações e Juliano Balbino, dire tor de MKT

Muita sede em compartilhar experiência e também o milagre

P ro f i s s i o n a l c o m m a i s d e 3 0 a n o s d e e x p e r i ê n c i a n o S u p p l y C h a i n d o s e t o r e re c o n h e c i d o p e l o m e rc a d o c o m o c o n s u l t o r " m ã o n a m a s s a " , A m a d e u R o c h a , t eve s u a v i d a t r a n s f o r m a d a e m 2 0 2 0 N a é p o c a , e l e t e ve u m c â n c e r d o t a m a n h o d e u m a l a r a n j a n o p u l m ã o e, n o m e i o d o t r a t a m e n t o, f o i c u r a d o p o r u m m i l a g re d e D e u s ! D e s d e e n t ã o, p a s s o u a s e r m a i s g r a t o p e l a v i d a e t a m b é m p e l a o p o r t u n i d a d e d e c o m p a r t i l h a r s u a e x p e r t i s e e a j u d a r p e s s o a s n a á re a d e s u p r i m e n t o s N e s t e s e n t i d o, s u a e m p re s a C o n n e c t e s t á l a n ç a n d o u m a s é r i e d e t re i n a m e n t o s t é c n i c o s e m v í d e o s c u r t o s d e a t é 3 5 m i n u t o s U m a e x c e l e n t e i n i c i a t iva nu m a á re a q u e a p re s e n t a e n o r m e o p o r t u n i d a d e d e m e l h o r i a s e m re d u ç ã o d e c u s t o s e e m c o m p l i a n c e

Branco Peres investe em automação industrial

O Roadshow da Transfor mação Dig ital esteve na usina Branco Peres, com o ge rente industr ial Francisco Lupo A Branco Peres vem investindo em automação industr ial visando am pliar a estabilidade e eficiência da operação, conquistada por uma gestão bem treinada e alinhada

a ,

R O A D S H O W Abril/Maio 2024 30
e n t re g a r
e r f o r m a n c e e m c a n

Presenças marcantes no 8º SANTANDER DATAGRO Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol

No 8° SANTANDER DATA

GRO Aber tura de Safra Cana, Açúcar e Etanol realizado nos dias 6 e 7 de março, Plinio Nastar i teve uma aleg r ia dupla, não só de ver os filhos acele rando o êxito da DATAGRO e de seus eventos, mas também de ver os netos já sendo encaminhados nesse ambiente Parabéns à f amília Nastar i!

Além de apresentar insights inte ressantes sobre o compor tamento do mercado e produção da safra que se inicia, e avanços na sustentabilidade e de tecnolog ias para o setor, a confe rência realizada na semana passada em Ribeirão Preto também contou com presenças marcantes:

A conferência realizada no início de março em Ribeirão Preto, apre sentou insights interessantes sobre o compor tamento do mercado e pro dução da safra que se inicia, além de avanços na sustentabilidade e de tec nolog ias para o setor O evento tam bém gerou um ambiente interessante de networking para as empresas pro vedoras de tecnolog ia, como a DMB, Kracht e Phibro

Altamente qualificados para auxi liar clientes na avaliação, gestão e oti mização de operações ag rícolas e in dustr iais, os especialistas da DATA

GRO Alta Perfor mance par ticiparam da conferência na semana passada, pa lestrando ou mediando a maior ia dos painéis técnicos

3 décadas de excelência

O Prog rama Cana IAC comemorou 30 anos de atuação multidiciplinar, vi sando apoiar os produtores a plantar var iedades de cana IACSP Instituto Ag ro nômico mais adaptadas às adver sidades edafoclimáticas e fitossanitár ias de suas áreas, redundando em maior produtividade e lucratividade em suas lavouras Na ocasião, Josias Messias encontrou o amigo de tantas lutas Marcos Landell, coordenador do prog rama e diretor geral do IAC, cuja dedicação e visão foram fundamentais para o desenvolvimento e crescimento do prog rama, o qual atual mente alcança mais de 200 empresas distr ibuídas em 11 estados do Brasil Nes tes 30 anos o que não f altaram foram desafios, mas Landell e sua equipe vêm su perando a todos Como diz a Bíblia Sag rada: "Mas o nobre projeta coisas nobres e na sua nobreza per severará"

R O A D S H O W 31 Abril/Maio 2024

Forjados na Cachoeira do Meirim

Wi l s o n L u c e n a , d i re t o r i n d u s t r i a l na BP Bunge Bioenerg ia; Luiz Mag n o Te n ó r i o d e B r i t o, d i re t o r a g ro i n d u s t r i a l n o G r u p o C a r l o s / U s i n a C a e t é ; e A b e l U c ho a , d i re t o r g e r a l na S J C B i o e n e r g i a A d q u i r i d a p e l o G r u p o C a r l o s Ly r a e m 1 9 8 6 e ú n i c a e m p r e s a d o s e t o r s u c ro e n e r g é t i c o q u e e r a l o c a l i z a d a n o m u n i c í p i o d e M a c e i ó , a U s i n a C a c h o e i r a d o M e i r i m f e c h o u a s p o r t a s n o i n í c i o d e 2 0 1 8 , d e i x a n d o d e l a d o a a t iv i d a d e d a c a n a d e a ç ú c a r p a r a a e x p l o r a ç ã o d e e u c a l i p t o M a s a n t e s d i s s o, s e r v i u d e p a l c o p a r a f o r j a r p ro f i s s i o n a i s q u e h o j e s ã o

CIA Muller evoluí gestão

agroindustrial

O Road Show passou para ver de per to a evolução da gestão na Cia Muller / Caninha 51, que conta com Josias Ceara de Moraes à frente das operações ag roindustr iais, o Lucas Ti cianel Schrader na gestão ag rícola da unidade Lageado e o Luís

Ber tazo como CEO

r e f e r ê n c i a s n o s e t o r, c o m o W i l s o n

L u c e n a , d i r e t o r i n d u s t r i a l n a B P

B u n g e B i o e n e r g i a ; L u i z M a g n o Te

n ó r i o d e B r i t o, d i r e t o r a g ro i n d u s

t r i a l n o G r u p o C a r l o s / U s i n a C a e

t é ; e A b e l U c h o a , d i r e t o r g e r a l n a

S J C B i o e n e r g i a E l e s re p re s e n t a m b e m u m a s a f r a d e e xe c u t ivo s e p ro f i s s i o n a i s f o r j a d o s e m

ú c a r e E t a n o l

Capuz S1 Rothobras garante mais durabilidade

Fabricado com 135 quilos de polietileno de alta densidade o produto é o mais robusto do mercado

Com estr utura mais robusta e com distr ibuição de matér ia pr ima de for ma inteligente, o Capuz S1 Rothobras apresenta resultados 30% super iores aos capuzes convencionais no quesito durabilidade e é comp atível com as colhedoras de cana das pr incipais marcas do mercado A qualidade do produto se deve ao processo inovador implantado em sua f abr icação, que per mite depositar maior quantidade de polietileno nas áreas específicas de alto fluxo e de maior desgaste

f a b r i c a ç ã o, n o s p o n t o s d e m a i o r d e s g a s t e o c a p u z t e m m e n o r e s p e s s u r a e v i c e ve r s a I s s o l i m i t a s u a v i d a ú t i l , g e r a n d o a u m e n t o d e c u s t o s e o u t ro s p re j u í z o s c o m o m e n o r o p e r a c i o n a l i d a d e e d i s p o n i b i l i d a d e d o e q u i p a m e n t o

O sistema de moldes utilizados na Rothobras possibilita a f abr icação de um produto inteligente, controlando com exatidão os pontos específicos que necessitam de uma camada mais espessa de matér ia pr ima, ou seja, nas áreas de maior contato e maior des gaste Isso garante um capuz mais re sistente, sem r upturas e com uma su perfície homogênea e lisa

Produzido em polietileno de alta densidade, com proteção UV 16 e com aplicação de 135 quilos de ma tér ia pr ima, ou seja, 30% a mais que os capuzes convencionais, o Capuz S1 Rothobras é a evolução em ganho de perfor mance que o setor aguardava Além de oferecer meno r desgaste da estr utura, sua robustez entrega maior resistência aos impactos, uma vez que as áreas mais críticas de exaustão pos suem espessura maior

N o s c a p u z e s c o nve n c i o n a i s

p e s s u r a Po r é m , a s á re a s d o c a p u z

m a i s a f e t a d a s p e l a a ç ã o d a e x a u s t ã o d u r a n t e a l i m p e z a n a c o l h e d o r a s ã o totalmente distintas

o c o r re o i nve r s o p o rq u e, q u a n d o o p o l i e t i l e n o é d e p o s i t a d o n o m o l d e, ele se di ssipa de for ma homogênea e c o b re t o d a a á re a c o m a m e s m a e s

N o p ro c e s s o c o nve n c i o n

Há 15 anos, a Rothobras oferece soluções em rotomoldagem em po lietileno que atendem o ag ronegócio nos segmentos de cana, pecuár io e g rãos, e também os setores de indús tr ia, saneamento e constr ução, for ne cendo produtos ter moplásticos resis tentes, atóxicos e com excelente cus to benefício

O b t e n h a m a i s i n f o r m a ç õ e s p e l o site https://rothobras com br ou pe l o W h a t s A p p d a e m p re s a : 1

R O A D S H O W Abril/Maio 2024 32
u s i n a s d o N o rd e s t e, e e s p e c i a l m e n t e n o G r u p o C a r l o s Ly r a , q u e c o n s t r u í r a m c a r re i r a s b e m s u c e d i d a s t a m b é m n o C e n t ro / S u l N ã o p o d e r i a m o s d e i x a r d e re g i s t r a r o e n c o n t ro d o s t r ê s n o 8 º S A N TA N D E R DATAG RO A b e r t u r a d e S a f r a C a n a , A ç
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USJ tem expectativa de

moer

3,3 milhões na safra 2024/25

Usina investe em tecnologias e ampliação do mix

Na iminência da safra 2024/25, a Usina São João (USJ), de Araras – SP, está projetando uma moagem signifi cativa de 3,3 milhões de toneladas de cana, apesar das chuvas ligeiramente abaixo da média

João Ometto Neto, vice presi dente do Conselho Administrativo da usina, revelou ao Jor nalCana, alguns detalhes sobre a safra 2024/25, que iniciou noa segunda semana de abr il Entre eles, os planos de ampliar o mix, visando alcançar entre 63% e 64%, uma marca histór ica para a usina Isso impulsionar ia a prod ução de açúcar para 5 milhões de sacas, um leve au mento em relação à safra anter ior, que ating iu 4,9 milhões de sacas

Em relação aos preços e à renta bilidade, Ometto obser va que o eta nol enfrenta ce r ta pressão financ eira, “ mas o açúcar tem se mostrado com pensatór io” Ele ressalta a estratég ia de hedge adotada para garantir ao menos o custo da safra

A automação e moder nização da usina são destac adas, especialmente com a implementação de tecnolog ias como o piloto automático em todas as máquinas Ometto ressalta o esforço no trato cultural e sua cor relação di reta com o a umento da eficiência e produtividade

“Em ter mos de tecnolog ia, vai ser o pr imeiro ano que estaremos com to das as máquinas 100% piloto automá tico o que contr ibui com a diminuição do pisoteio Mas acho que o f ator pr incipal é que o pessoal dos tratos ca pr ichou muito nesses últimos 3 anos e a cana respondeu e isso está dando re sultado direto no bolso”, disse Sendo detentora de cer tificações como Bonsucro, RenovaBio, entre outras, Ometto expressa descontenta mento com o uso predominante de combustíveis fósseis na frota da usina

Ele enf atiza a necessidade de transição para o etanol, destacando os benefícios econômicos e ambientais

No entanto, a USJ opta por não investir, por enquanto, na produção de biogás e biometano, que poder ia ser usado como combustível para um a nova frota, prefer indo maximizar a eficiência na produção de açúcar, eta nol e energ ia elétr ica, apesar de ter feito o estudo para a implantação de

uma planta direcionada aos produtos, com o Custo Brasil, ainda não viram vantagem “Nós não temos uma escala para ter esse investimento”, explicou

Para alcançar maior eficiência operacional, a Usina São João deu iní cio à implementação do S PAA, uma fer ramenta de otimização em tempo real da Soteica do Brasil, alinhando se com os conceitos da indústr ia 4 0 e consolidando sua posição como líder em moder nização e inovação na in dústr ia sucroenergética

Josias Messias, diretor da ProCana Brasil, destaca que, aliada à tradição de quase um século no mercado sucroe nergético, a USJ está for talecendo sua competitividade e sustentabilidade, por meio de avanços tecnológ icos como o S PAA, que promove a excelência operacional com mais segurança e de senvolvimento humano na indústr ia

“A UJS segue fir me na jor nada da longevidade e sustentabilidade A tec nolog ia do S PAA, presente em cen tenas de usinas brasileiras e que tam bém vem rompendo fronteiras inter nacionais, se consolida com importan te avanço tecnológ ico para aqueles que, como a USJ, buscam produzir com mais eficiência, segurança, empodera mento das pessoas e valor ização dos recur sos ambientais”, ressaltou

R O A D S H O W Abril/Maio 2024 34

Sistemas de irrigação começam a se consolidar em São Paulo

Técnica implantada na Usina Alta Mogiana vem obtendo bons resultados

Estima se que atualmente, as áreas de ag r icultura ir r igada do país cor res pondam a menos de 20% da área to tal cultivada Essas áreas, no entanto, são responsáveis pela produção de mais de 40% dos alimentos, fibras e cultivos bioenergéticos

Com cerca de 6% de área produ tiva ir r igada, o Estado de São Paulo inicia uma caminhada para consolidar esse sistema Através de sua Secretar ia de Ag r icultura e Abastecimento, o go ver no estadual vem trabalhando na constr ução de um plan o estadual de ir r igação

O projeto piloto está sendo de senvolvido no Pontal de Paranapane ma, quando em janeiro deste ano, o secretár io de Ag r icultura visitou a As sociação do Sudoeste Paulista de Ir r i gação e Plantio na Palha (ASPIPP), em Campos de Holambra, onde foi dis cutido o atual cenár io da ag r icultura ir r igada de precisão e os desafios dos recur sos hídr icos no Estado Na oca sião, foi fir mada a cr iação de um g r u po de traba lho a fim de ampliar o percentual de áreas ir r igadas

Durante par ticipação na 1ª Reu nião do Gr upo Fitotécnico de Cana, promovid a pelo IAC, Alber to Amo r im, da Assessor ia Técnica da SAA/SP, mencionou que a Secretar ia está es tr uturando dois Fiag ros para captar recur sos e disponibilizá los para ini ciativas pr ivadas interessadas em in vestir nesse setor Empresas líderes na produção de equipamentos de ir r iga ção demonstraram interesse em dobrar a área ir r igada no estado

A meta ambiciosa da Secretar ia é ating ir 15% de área ir r igada até 2030

Para alcançar esse objetivo, o g r upo de trabalho encar regado da constr ução do plano de ir r igação está revisando regulamentações, resoluções e parâmetros para a conces são de outorgas, cons tr ução de bar ragens e preservação ambiental Essas medidas visam adaptar se às mu danças climáticas e garantir uma reser va hídr ica para enfrentar períodos de estiagem

No evento, Júlio César Naves Ba tista da Silveira, super visor de produ ção ag rícola da Usina Alta Mog i ana, destacou a crescente impor tância da ir r igação no estado nos últimos anos

Ele ressaltou que, apesar da cultura da cana de açúcar ter sido menos afe tada no passado, as condições climáti cas recentes evidenciam a necessidade de implementar sistemas de ir r igação

Ele lembrou que há alguns anos, segundo dados da ANA Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), a reg ião apontava um défici t de no máximo 200 mm, porém de 2014 a 2018, último levanta mento que realizado, mostrou um índice mais acentuado, apontando a ne

cessidade de se f alar em ir r igação

Silveira enf atizou a relevância da estabilidade na produção ag rícola pa ra evitar flutuações nos custos opera cionais das indústr ias ag roindustr iais

Ele compar tilhou os resultados posi tivos alcançados pela Usina Alta Mo g iana desde a implementação de um novo sistema de ge stão de ir r igação, incluindo um aumento significativo na produção, mesmo em períodos de precipitação reduzida

“Em 2018 tivemos uma mudança na gestão de ir r igação da usina que sur tiu resultados já na safra de 2019 e 2020 e mesmo com menores precipitações, alcançamos a marca de 102 toneladas por hectare Em 2021, devido a pior precipitação dos últimos 12 anos, caí mos para 89, mas à medida que as chu vas foram melhorando o crescimento voltou a ser exponencial e chegamos a

91 Nesse ano, maravilhoso para todos, conseguimos chegar a 114 toneladas por hectare, o que demonstra a impor tância da ir r igação”, infor mou

No entanto, Silveira ressaltou que a viabilidade de projetos de ir r igação depende de três pilares fundamentais: disponibilidade de água, energ ia e questões fundiár ias Ele explicou que muitas usinas precisam ar rendar ter ras devido à f alta de áreas própr ias próxi mas a recur sos hídr icos adequados

De acordo com Silveira, após um meticuloso trabalho de mapeamento, a Usina Alta Mog iana identificou cer ca de 50 mi l hectares de ter ras aptas para ir r igação Atualmente, a empresa já possui 11 000 hectares de áreas ir r igadas viabilizadas, demonstrando o potencial e a impor tância estratég ica da ir r igação para o aumento da pro dutividade ag rícola em São Paulo

A G R Í C O L A Abril/Maio 2024 36

Rumo e DP World anunciam acordo para construção de novo terminal de grãos e fertilizantes em Santos

Em linha com aumento de volume no sistema ferroviário, capacidade de movimentação será de 12,5 milhões de toneladas/ano, impulsionando a competitividade do agro no longo prazo

A Rumo assinou com a DP World, empresa de logística para a cadeia de supr imentos, um acordo para a cons tr ução de um novo ter minal por tuá r io para movimentação de g rãos e de fer tilizantes no Por to de Santos – SP

A infraestr utura será instalada na área do ter minal de uso pr ivado (TUP) da DP World, localizado na margem es querda do canal do Porto, e terá capa cidade para movimentação de até 12,5 milhões de toneladas anuais, sendo 9 milhões de toneladas de g rãos e 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes

O contrato entre as duas empresas prevê um prazo inicial de 30 anos de operação, com possibilidade de reno vação e sujeito aos ter mos da autor i zação por tuár ia da DP World O in vestimento estimado pela Rumo para a constr ução do ativo é de R 2,5 bi lhões, e há a possibilidade de poten ciais parcer ias estratég icas ao longo do cur so de implementação O período estimado para a constr ução será de 30 meses, contados do cumpr imento de deter minadas condições precedentes inerentes a esse tipo de transação,

dentre as quais as aprovações gover namentais per tinentes

“O modal fer roviár io é, estr utu ralmente, a solução logística mais efi caz, segura, competitiva e de baixo carbono para movimentar g randes volumes de commodities para a ex por tação, assim como para cargas im por tadas, com insumos que aumentam a potência produtiva do ag ronegócio brasileiro Combinado com a Fer rovia Estadual de Mato Grosso, que estamos constr uindo para ampliar o alcance dos tr ilhos no centro oeste, o novo

ter minal reforça o protagonismo do Por to de Santos como o pr incipal cor redor logístico para o ag ro, e con sequentemente uma alavanca de competitividade para a economia do país”, contextualiza Pedro Palma, CEO da Rumo

A DP World disponibilizará a área do seu ter minal para o projeto e fica rá responsável pelas operações por tuá r ias de movimentação das cargas, con solidando se como o pr incipal player multipropósito do país, com operações simultâneas de contêiner, celulose, g rãos e fer tilizantes

“Essa parcer ia é estratég ica para a DP World, uma vez que, ao dispor dessa infraestr utura, ampliaremos nos sa capacidade de multimodalidade Além disso, o projeto também contr i buirá para crescimento do ag ronegó cio no Brasil, otimizando o transpor te fer roviár io e atendendo às deman das de expor tação e impor tação de for ma eficiente Estamos comprome tidos com o desenvolvimento econô mico do país e for talecimento da nos sa posição no mercado”, destaca Fabio Siccher ino, CEO da DP World Brasil

A G R Í C O L A 37 Abril/Maio 2024

Kracht: A busca por uma agricultura de alta performance

Produtividade com sustentabilidade

Desde sua fundação em 2020, a Kracht Landbouw Wetenschap, com sede em Holambra SP, tem se desta cado como líder em soluções inteli gentes para aumentar a produtividade ag rícola, especialmente na cultura da cana de açúcar Com tecnolog ias di recionadas a otimizar os resultados das lavouras, a empresa mantém um com promisso com a eficiência e a rentabi lidade, otimizando o uso de insumos e preser vando os recur sos naturais

Em parcer ia com pesquisadores da Holanda país referência no desen volvimento de tecnolog ias para me lhor aproveitamento da água e fer tili zantes na ag r icultura a Kracht ofe rece aos produtores fer ramentas efica zes que complementam os métodos tradicionais da ag r icultura Através de bioinsumos e tecnolog ias própr ias, a empresa propõe um modelo de pro dução sustentável que garante a sani dade dos cultivos, aumenta a produti vidade e otimiza o uso da água

Os bioinsumos, produtos de or i gem biológ ica e bioestimulantes, à base de microrganismos, extratos ve getais, aminoácidos e outros compos tos naturais, assumem um papel fun damental na ag r icultura do futuro Pa ra controlar pragas e doenças de for ma natural, estimular o crescimento

das plantas, melhorar a absorção de nutr ientes e aumentar a resiliência das plantações frente a f atores climáticos adver sos

O setor sucroalcooleiro, em busca de uma produção eficiente e susten tável, encontra na Kracht um aliado estratég ico

Os resultados obtidos pela Kracht são chancelados por renomadas univer sidades e consultores do setor Suas so luções têm sido objeto de estudos e análises por parte de especialistas reco nhecidos, o que confere ainda mais cre dibilidade aos seus produtos e serviços

De acordo com Israel Lyra, diretor comercial da Kracht, os novos bioin sumos oferecem soluções para os de safios enfrentados pelo setor "A busca por alter nativas que impulsionem a produtividade é fundamental para a ag r icultura moder na As soluções ofe recidas pela Kracht não apenas au mentam a eficiência energética e pro porcionam ganhos em produtividade, mas também contr ibuem para a eco nomia e sustentabilidade do setor "

Segundo a bióloga PhD L idyane Freita, da Kracht: “É par te da cultura Kracht a busca por inovações que se jam efetivas e não onerem a cadeia produtiva”

Seguindo esse pr incípio a empre sa investe continuamente em pesqui sa e desenvolvimento para oferecer soluções para uma ag r icultura de alta perfor mance

A G R Í C O L A Abril/Maio 2024 38

Estudo aponta perspectivas positivas para investimento em fertilizantes no setor agrícola

Resultado reforça o potencial de crescimento contínuo no segmento

O Índice de Poder de Compra de Fer tilizantes (IPCF) de março de 2024 alcançou o valor de 1,02 Esse resulta do representa um crescimento de 5% em comparação com o mesmo perío do do ano anter ior e um aumento de 1% em relação ao mês anter ior, ainda sinalizando uma tendência positiva pa ra o poder de compra dos fer tilizantes e reforçando o potencial de cresci mento contínuo no setor ag rícola

A relação de troca dos pr incipais produtos ag rícolas per manece f avorá vel, demonstrando a resiliência e adaptabilidade do setor Ao longo do último ciclo, obser vou se uma dimi nuição de 0,6% na média de preços das commodities ag rícolas, enquanto a média de preços dos fer tilizantes re g istrou um mo desto aumento de 1,5% Esses ajustes nos preços refletem as dinâmicas de mercado e estão in cor porados no cálculo do índice Durante março os preços das commodities sofreram var iações A soja com destaque foi a que apresen tou recuperação, com um aumento de aproximadamente 2%, em resposta às projeções de redução na produção brasileira, confor me relatado tanto pela Companhia Nacional de Abasteci mento (CONAB) quanto pelo D e par tamento de Ag r icultura dos Esta

dos Unidos (USDA)

O milho reg istrou a maior queda, com uma diminuição de cerca de 3%, impulsionada pelo aumento da área plantada na safr inha, o que gerou per spectivas mais otimistas para a pro dução Adicionalmente, os sólidos nú meros de safra na Argentina influen ciaram essa pressão nos preços, embo ra as intens as chuvas no país te nham poster ior mente limitado as expectati vas positivas Também foi obser vada

uma diminuição de 1% no algodão e de 2% na cana de açúcar Quanto aos fer tilizantes, foi ver i ficado um aumento médio de preços de 1,5% e, ainda assim, o Brasil tem os menores preços do mundo Houve uma recuperação de ce rca de 6% no MOP, atrelado a for te demanda de mercado; um aumento de 1,5% no SSP, um aumento de 1% no MAP e queda significativa, de quase 5%, ape nas na ureia

O câmbio per maneceu estável em relação ao mês anter ior, refletindo uma reação mais positiva em meio a um cenár io global de menor r isco, apesar da continuidade dos conflitos geopo líticos Como resultado, houve uma leve var iação do dólar para baixo, mantendo se praticamente estável

Os investidores continuam atentos ao encer ramento do plantio da safr i nha no Brasil e às divulgações do US DA sobre os planos de plantio nos Es tados Unidos, que já estão influen ciando o mercado com previsões de uma safra de soja maior, em compa ração com o ano anter ior, e uma safra de milho menor

A G R Í C O L A 39 Abril/Maio 2024

Avanços alcançados pela agricultura regenerativa é destacado em Dubai pela BP Bunge

CEO da companhia, Geovane Consul, abordou cenário brasileiro e a experiência bemsucedida da companhia

“Redução nas emissões de carbo no, menor dependência de insumos ag rícolas expor tados, e aumento de produtividade, que deve avançar 20% até 2025” Esses foram alguns dos pr incipais resultados apontados pelo CEO da BP Bunge, Geovane Consul, após investimentos e adoção das prá ticas da ag r icultura regenerativa

Os dados foram apresentados du rante sua par ticipação na edição de 2024 da “The Dubai Sugar Confe rence 2024”, considerado o pr incipal evento mundial do setor açucareiro, que este ano aconteceu entre os dias 5 e 7 de março, em Dubai, nos Emira dos Árabes

No evento, Consul traçou algumas per spectivas sobre o mercado de açú car, no que diz respeito a volume, cli ma e logística, além de apresentar a evolução da companhia no desenvol vimento de uma ag r icultura sustentá vel e regenerativa

“Nos últimos quatro anos de ope ração investimos mais de R $ 300 milhões em iniciativa s relacion adas à ag r icultura regenerativa Com isso, te mos contabilizado inúmeros ganhos, como redução nas emissões de carbo no, menor dependência de insumos ag rícolas impor tados, além do au mento de produtividade, que deve avançar 20% até 2025”, disse

As iniciativas e resultados que tor naram a BP Bunge uma referência na prática da ag r icultura regenerativa no Brasil, como a disciplina na adoção dos fundamentos e capacidade de aplica ção em larga escala de bioinsumos a par tir de bactér ias e de matér ia orgâ nica, também foram apresentados pe lo executivo

Na safra 2022/23, por exemplo, a substituição de fer tilizantes nitrogena dos por biológ icos, já aconteceu em 100% da área de plantio a par tir do uso de bactér ia que atua na fixação de ni trogênio Já para as áreas de soqueira, a companhia utiliza bactér ias para au mentar a produtividade em até 10%, e já gerou redução de 50% das doses de nitrogênio

A empresa está se estr uturando para f avorecer a produção de fer tili zantes organominerais em suas 11 unidades instaladas em cinco estados brasileiros

“Estamos evoluindo na constr ução de pátios para produção desses bioin sumos em todas as nossas unidades, nos quais concentramos subprodutos pro venientes do processo industr ial de

processamento da cana, como a tor ta de filtro e as cinzas, e os enr iquecemos com outras matér ias orgânicas, como esterco animal e fosf atos naturais rea tivos Com este insumo, substituímos os fer tilizantes minerais comprados exter namente, gerando ganhos finan ceiros, de qualidade e produtividade”, explicou Consul A BP Bunge também foi repre

sentada na conferência por Ricardo Car valho, diretor comercial e de or i g inação, que f alou no painel Hakuna Matata – Brasil ao Resgate

A “The Dubai Sugar Conference” ocor re anualmente e reúne empresas e líderes do mercado de açúcar de todo o mundo Neste ano, a conferência teve como tema “Um tempo para o açúcar Um momento a ser aproveitado”

A G R Í C O L A Abril/Maio 2024 40
Mercado de nematicidas para a cultura cresce quase 50% em cinco safras e passa a ser liderado por produtos biológicos

Levantamento da Kynetec Brasil apura avanço expressivo na adoção de produtos para nematoides; defensivos em geral movimentaram R$ 9,2 bilhões

Terceira cultura em importância do setor de ag roquímicos, com movimen tação de R$ 9,2 bilhões em 2023 e alta de 7% ante 2022 (R$ 8,6 bilhões), a ca na de açúcar passou a ser altamente estratég ica para fabr icantes de nemati cidas, produtos essenciais ao manejo eficaz de nematoides Segundo o levan tamento Far mTrak, da Kynetec Brasil, no ano passado estes insumos g iraram R$ 403 milhões no país, cifra 47% aci ma de 2019 (R$ 273 milhões)

Confor me a pesquisa, o estado de São Paulo concentrou 59% das vendas de nematicidas para cana de açúcar (R$ 235,8 milhões), seguido pela so matór ia de reg iões de cultivo do Cen tro Oeste: 29% ou R$ 118,4 milhões De acordo com a Kynetec, das ven das totais de nematicidas em 2023, 64%, ou R$ 257 milhões, cor respondem a nematicidas biológ icos ou bionemati cidas Confor me o especialista da con sultor ia, Lucas Naves Montrasio, cinco anos atrás as transações envolvendo pro dutos do gênero representavam somen te 21% da categor ia (R$ 58 milhões)

“A pesquisa detecta, ano após ano, uma migração progressiva de produtores aos nematicidas biológicos”, ressalta Montrasio “Bionematicidas foram alvo de inovações e são eficazes para conter à pra ga ” , diz Nematoides, ele explica, com prometem o desenvolvimento radicular e reduzem a produtividade da cana Segundo o estudo, a área plantada com cana de açúcar no Brasil se mantém estável, na f aixa de 9 milhões de hectares ano O estado de SP detém mais de 50% dos cultivos (4,926 mi/ha), seguido pelo polo Centro Oeste, 23% (2,037 mi/ha) Para a consultor ia, 76% dos canaviais são de usinas e 24% de for necedores Da área total da cultura, diz a Kynetec, 15% (1,264 milhão/ha) hoje constituem cana planta (pr imei ro corte) e 85%, 7,441 milhões/ha, ca na soca (rebrota)

Taxas de adoção

Lucas Montrasio, especialista da Kynetec, fr isa que 15% ou 1,329 milhão de hectares cultivados com cana de açúcar no Brasil, em 2023, receberam aplicações de nematicidas O Centro Oeste e o estado de São Paulo, diz o executivo, detêm as maiores taxas de adoção: 21% e 16% das áreas plantadas, respectivamente

Nas áreas do país cultivadas com cana planta, prossegue o executivo, nematicidas cobr iram 863 mil hecta res em 2023, 68% do total, contra 42% de 2019 (638 mil hectares) Na média de cinco anos, acrescenta Montrasio, a adoção de nematicidas biológ icos ou bionematicidas em cana planta saltou 38 pontos, para 54% Já na cana soca os mesmos produtos alcançaram 5% da área no ano passado (348 mil hecta res), diante de apenas 1% reg istrado cinco safras antes

Ainda em cana planta, na análise da

Kynetec por reg ião, complementa Montrasio, o Centro Oeste lidera a adoção de nematicidas em geral, com aplicações em 81% dos cultivos no ano passado, indicador 48 pontos super ior ao de 2019 Já na fronteira paulista, a ta xa subiu 18 pontos, para 68% ]

Essa diferença no tocante ao nível de adoção entre um e outro tipo de ca na, explica Montrasio, se explica pelo fato de a cana planta exig ir mais aten ção e investimentos em tratamentos de contenção de nematoides “Trata se do início do ciclo de um canavial Nema toides atacam severamente às raízes das plantas Toda a produção futura depen derá, portanto, de uma boa implantação da cultura”, ele resume “ A a d o ç ã o d o s n e m a t i c i d a s n o C e n t ro O e s t e é m a i s re p re s e n t a t iva em vir tude das características de solo, que potencializam maior presença da p r a g a na q u el a re g i ã o ” , f i n a l i z a L u c a s Montrasio

CANABIO24 promete uma imersão no mundo da cana regenerativa

Direcionado para ag rônomos, técnicos e demais profissionais atuan tes na produção de cana, em usinas e empresas ag rícolas, o CANABIO24 será realizado nos dias 19 e 20 de ju nho, no Centro de Cana IAC, em Ri beirão Preto – SP

Proporcionar o compar tilhamen to de conhecimentos e benchmarking técnico sobre manejo biológ ico, or gânico e sustentável da cultura cana vieira, com foco na busca pela cana regenerativa são alguns dos objetivos desta edição do evento, sempre a par tir do compar tilhamento de quem vi ve a produção na prática

“CANABIO24 traz a busca pela cana regenerativa como enfoque cen tral, visando proporcionar o compar tilhamento de conhecimentos e bench mark ing técnico sobre manejo biológ ico, orgânico e sustentável da cana ” , explica Josias Messias, diretor da ProCana, realizadora do evento

Mais infor mações no site www jor nalcana com br

A G R Í C O L A Abril/Maio 2024 42

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