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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXIV | Edição 259 | Janeiro / Fevereiro de 2020
Câmara lança concurso de ideias • p.32
Centro cívico da Golpilheira aberto à requalificação
Futsal Júnior Feminino da Golpilheira vence Campeonato Distrital
Entrevista a Pedro Henriques, primeiro médico da terra
“Vale a pena investir na educação”
“Penta” já cá canta (5 seguidos pela 2.ª vez)
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• p. 10-11
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• p. 19
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
abertura
.editorial.
Luís Miguel Ferraz Director
Quaresma
O ano está a aquecer, deixando frio e chuva para trás, enchendo dias maiores de luz, a apontar à Primavera. O ritmo da vida atinge o seu auge de Páscoa e o frenesim das agendas assinalada renovadas esperanças e alegrias futuras. Ainda assim, há invernos que não passam e ensombram cada tentativa de ressurgir. São nações que se fecham, são doenças que ameaçam proliferar, são homens em busca de soluções de morte para a sua incapacidade de compreender a vida. No meio do turbilhão, cada um de nós é convidado a parar, a olhar de novo, a avançar com o coração cheio e a cabeça limpa. É isto, também, a Quaresma da existência: encontrar no deserto, no silêncio, na paz das brisas a força para acreditar que o amanhã é possível e que as tempestades passarão. E a todas as perguntas responder com rosto virado ao sol nascente e palavras brancas de amor. Até à Páscoa!
Calendários amassados Na passada edição, incluímos a habitual oferta de um calendário para o corrente ano de 2020. Apesar de vários avisos à produção para que fossem inseridos já dobrados dentro do jornal, a gráfica acabou por inseri-los abertos, sendo obviamente maiores do que o jornal dobrado. Obviamente, com o transporte nos correios, poucos terão sido os que chegaram ao destino em bom estado. Vimos alguns completamente inutilizados, com dobras e rasgos que os remeteram ao lixo. Infelizmente nada há a fazer. Apesar de não ser culpa nossa, pedimos desculpa. Quem o desejar, ainda poderá procurar alguns que tenham sobrado no bar do CRG, ou então num dos patrocinadores que ainda os possam ter: Celeiro do Móvel, Construções Cesário Batista, J. C. Ferraz Seguros, O Churrasco, Securcel, Zé Vagarinho.
. caderno mensal .
José Travaços Santos Etnógrafo e investigador DR
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Evocação de Santa Maria-a-Velha Foi aqui que me plantaram dando-me a primazia de ser o primeiro templo da povoação que nascia à sombra do monumento cuja invocação também me pertencia. Cumpri a piedosa missão de ser o panteão dos mestres maiores que então em Portugal havia. Só a ignomínia dos homens do século vinte desrespeitou a minha condição apagando, ao apagar a minha memória, um dos testemunhos irrepetíveis da nossa História. Com que nome hão-de ficar os que, sem honra nem glória, me mandaram arrasar? A fotografia acima, que creio ser dos anos vinte do século passado, foi-me oferecida há muitos anos pelo batalhense Joel do Céu Barros. Proporciona-nos a preciosa imagem da Procissão do Santíssimo, sendo muito provável que o sacerdote que transporte a Hóstia Consagrada seja o Rev.º Padre Dr. Joaquim Coelho Pereira, Prior da Batalha entre 1898 e 1929, falecendo aos 57 anos. Era natural da Golpilheira. Sacerdote culto, zeloso e duma extrema simpatia, foi muito considerado e estimado por toda a gente. À esquerda, vê-se a Igreja de Santa Maria-a-Velha, ainda completa. Incompreensivelmente, a sua nave foi destruída em 1931 e a capela-mor em meados dos anos 60. Além de primeiro templo da Batalha, mandado construir por D. João I, logo no início da obra do Mosteiro, para ser prestada assistência religiosa aos construtores do monumento e primeiros habitantes da povoação que se formava, veio a ser o panteão de vários mestres de nomeada, dos século XV e XVI, entre eles, comprovadamente, Huguet, Guilherme e Boitaca (Boytac). Das histórias sepulturas resta a pedra tumular de Boitaca, resguardada e exposta no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha.
Sobre a poesia hispano-árabe medieval É uma verdadeira tragédia que os Muçulmanos contemporâneos tenham
deixado dominar-se pelo extremismo e consequente incapacidade de dialogar, isto duma maneira geral, com o mundo que não professa o seu Credo religioso. Tragédia para eles e para todos os povos que sejam alvo da sua incontrolável ira e do seu despropositado fanatismo, tudo inconcebível neste século XXI. Sobre a Península Ibérica pende, como verifiquei, em tempo, em declarações de um dos seus caudilhos fundamentalistas, a ameaça duma segunda invasão, que se pretende basear numa aparente razão histórica, a da ocupação da nossa Península, por eles protagonizada entre o século VIII e o século XV. A verdade é que antes estes territórios já eram cristãos, mantendo-se o fundo populacional multi-secular ao longo da forçada presença muçulmana e ressurgindo em pleno depois da expulsão dos invasores. Não podemos conceber, hoje, em que as liberdades política, religiosa e social são bens adquiridos, sermos dominados por fundamentalismos de qualquer espécie e de qualquer quadrante. Muito menos de estrangeiros. Não obstante e porque a civilização medieval muçulmana se revestiu de relevantes aspectos culturais que deixaram marca indelével tanto no território português como no espanhol, esse período tem de ser evocado, competindo às nossas Universidades um papel decisivo e esclarecedor. Por agora, deixo aos prezados e amigos leitores do prestigioso “Jornal da Golpilheira” a evocação de dois dos muitos poetas muçulmanos que viveram e nasceram na Península Ibérica naquela época recuada. O primeiro a mencionar era natural de Silves, do nosso Algarve, e chamava-se Ibn As-Sidi. Viveu entre 1052 e 1127. Recorto o seu poema da obra “O Meu Coração é Árabe”, do notável arabista Dr. Adalberto Alves, edição de 1987: Vive para sempre o homem de saber Ainda quando, após a morte, Na terra em pó seu corpo se volver. O néscio, esse, é sempre um morto Que mesmo se segue caminhando Muito embora aparentando vida Não é senão um corpo vegetando. O outro poeta era natural de Múrcia, Espanha, onde morreu cerca de 1135. Chamava-se Ahmad ben Waddah e tinha a alcunha de Al-Bugaira. Recorto o seu interessante poema, adaptando-o do castelhano, da obra “Poemas Arabigoan-
daluces”, doutro notável arabista, Emílio Garcia Gomes, edição de 1949: O ARCO Surpreende-me a traição do arco, porque não é leal às pombas do bosque. Quando era ramo, foi seu amigo, e agora que é arco, persegue-as. Assim são as contingências / dos tempos! O arabista português Adalberto Alves usa o termo “ibn”, a intercalar os apelidos árabes, enquanto o arabista espanhol Garcia Gomez usa o termo “bem”. Creio que ambos querem dizer a mesma coisa: fulano “filho” de sicrano.
O povo português não é racista Cada vez acredito menos na existência de racismo no nosso Povo. Nas muitas pessoas que conheço, só os meus conterrâneos são centenas, nunca o detectei. Ainda bem que se desmitificou o “acto racista” do brutal assassínio dum jovem estudante cabo-verdiano em Bragança, o que já estava a ser maldosamente aproveitado por quem gosta de agitar as águas para as levar ao seu moinho. Tratou-se, sim, dum assassínio caldeado em certos ambientes nocturnos, infelizmente cada vez mais frequentes no nosso País, revelando falta de formação moral e falta de humanidade de quem o praticou. Educação que vise o respeito por todos os seres humanos, endurecimento do Código Penal e, de novo, o alerta sobre os filmes que as nossas Televisões passam frequentemente e que são aliciantes incentivos à prática das mais aberrantes violências contra pessoas, sobretudo as que menos se podem defender em função da idade, do sexo ou do físico debilitado.
Há e houve uma Cividade no Porto A Cividade (da Golpilheira) tem ou teve uma homónima no Porto. Quem o disse foi o distinto investigador Germano Silva, na sua excelente página na edição dominical do conceituado diário portuense “Jornal de Notícias”. Também pelo norte português e pela Galiza há vários topónimos com a mesma raiz latina da Golpilheira, aliás como latina é a raiz de Cividade.
actualidade • 3
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Homenagem póstuma a Maria Bento de Jesus
Uma comissão de familiares e amigos de Maria Bento de Jesus vai promover a homenagem póstuma a esta mulher que marcou indelevelmente a vida de muitos nossos conterrâneos, com o descerramento de uma placa evocativa da sua dedicação aos mais necessitados, como parteira reconhecida e sempre disponível para ajudar o seu próximo. A cerimónia decorrerá no Largo Lavadeiras do Lena, junto ao Restaurante Etnográfico da Golpilheira, no próximo dia 5 de Abril, domingo. Contará com a presença do presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista dos Santos, e outras entidades oficiais. Começará com a Missa, a iniciar às 09h15, na igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, por ser Domingo de Ramos. Pelas 11h00, na referida praça, será a recepção dos convidados, seguindo-se um “momento de ternura”, discursos, descerramento da placa e brinde.
DR
Memória da “parteira do povo”
Conhecida popularmente como “Maria do Sinal”, era também reconhecida como “a parteira do povo”, dada a função que desempenhava com mestria em tempos em que a maioria dos partos era em casa e os hospitais eram um bem escasso e de luxo. Joaquim Monteiro, seu neto, escreve o seguinte testemunho: «Foi uma mulher extraordi-
nária, pequena de estatura, mas grande nas suas acções. Era uma autodidacta por excelência. Como parteira, era o braço direito do Dr. Gens, a pessoa em que ele depositava toda a confiança, pois dizia muitas vezes: “Quando a Maria está presente, fico descansado, sei que vai correr tudo bem”. Com doze filhos, ainda tinha tempo para ajudar sempre quem a ela recorresse. Era a mulher dos sete ofícios, tinha sempre soluções paras dificuldades. Eu não a conheci, mas ouvi muitas histórias dela, não só na Golpilheira como também nas localidades vizinhas; como neto, sentia sempre orgulho quando as ouvia. Se disséssemos que éramos familiares da “Maria do sinal”, diziam: “grande mulher”. Vivemos num tempo em que os valores morais estão muito longe, então pensei que estava na altura de fazer alguma coisa e pensei na homenagem, não por si, mas pelos valores que ela simboliza e que tanta falta fazem hoje em dia.»
Folia na Batalha e na Golpilheira
O Carnaval são 3 dias
Os dias de Carnaval vão ser animados. O ditado diz que são 3 dias… a Batalha cumpre. Assim: • Na sexta-feira, dia 21, a manhã será para os mais novos, com desfile das escolas, a partir das 10h30, pela vila. Já a tarde será destinada aos mais velhos, com baile marcado para as 14h30, na tenda da zona desportiva. Além dos utentes das IPSS, são convidados todos os que queiram vir divertir-se. • O tradicional corso das associações, ATL e escolas do Concelho será no domingo, dia 23, a partir das 15h00, partindo da tenda da zona desportiva da vila. Alguns grupos convidados irão ajudar ao divertimento dos milhares de visitantes esperados. Como sempre a Golpilheira estará presente em peso no desfile, estando prevista a participação dos ATL das escolas e de quatro grupos associativos: CRG, comissões das duas igrejas e Associação de Pais. No regresso, deverá cumprir-se o ritual de uma volta à freguesia, pelo que quem estiver por casa poderá vir saudar a festa à rua. • A folia regressa na noite de segunda-feira, dia 24, na tenda da zona desportiva. Haverá música com os DJ Eurico Lisboa e Guy H., além da actuação do artista convidado, Saúl.
Baile na Golpilheira
Durante o fim-de-semana há vários convívios e bailes organizados por associações concelhias. Como é óbvio, destacamos o que acontecerá no CRG, ao final da tarde de domingo. Além de ponto de encontro de todos os que regressam do desfile da Batalha, outros se poderão juntar à festa, mascarados ou não. Haverá música, bem como sopa e bifanas para resolver o jantar.
.convocatória. Centro Recreativo da Golpilheira
Assembleia Geral Ordinária No dia 27 de Março de 2020, pelas 21h00, reúne-se a Assembleia Geral Ordinária, pelo que convoco todos os sócios a assistirem à reunião com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Relatório da Direcção, Contas do Exercício de 2019 e Parecer do Conselho Fiscal; 2. Autorização para reforço de financiamento; 3. Outros assuntos de interesse para a Colectividade. Nos termos dos estatutos, não comparecendo a maioria dos associados à hora marcada, será a reunião efectuada às 22h00 do mesmo dia, com qualquer número de sócios, não podendo os restantes discordar daquilo que foi deliberado. Dada a importância da reunião, agradecemos a comparência de V/ Ex.as.
O Presidente da Mesa da Assembleia, Carlos Agostinho Monteiro apoio/divulgação
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
actualidade
.agenda. 16/02, 11h00 – Passeio pedestre (almoço - sopa da pedra) 21/02, 10h30 – Desfile de Carnaval das escolas na Batalha 21/02, 14h30 – Baile de Carnaval Sénior na vila da Batalha 23/02, 15h00 – Desfile de Carnaval na Batalha 23/02, 18h00 – Baile de Carnaval no Centro Rec. Golpilheira 24/02, 21h30 – Baile de Carnaval na Vila da Batalha (tenda) 26/02 – Quarta-Feira de Cinzas (início da Quaresma) 29/02, 19h30 – Festival de Sopas do Rancho 01/03 – Dia de BP (Escuteiros da Diocese) 07/03 – ENDIAD (9.º e 10.º anos catequese da Diocese) 08/03, 13h00 – Almoço dos Amigos do CRG 14/03, 22h30 – Festa anos 80 - Nascidos em 80 20-21/03 – Oração: 24 horas para o Senhor 21/03, 19h30 – Festival de Sopas S. Bento - Festeiros 1970/2000 22/03, 11h00 – Passeio pedestre (almoço - frango assado) 27/03 – Assembleia Geral do Centro Recreativo da Golpilheira 28/03 – Encontro de Danças CRG 29/03 – Peregrinação Diocesana a Fátima 04/04, 22h00 – Baile da Pinhata no CRG 05/04, 09h15 – Missa de Ramos (inicia na igreja velha) 05/04, 11h00 – Homenagem “Maria do Sinal” (CRG) 12/04, 09h30 – Missa de Domingo de Páscoa 17/04 – 40.º aniv. de Nuno Mendes, com artistas convidados 19/04 – Visita Pascal na Golpilheira 25/04 – 18.º Passeio TT “Anjos sobre Rodas” 26/04, 19h00 – Festa do Tachadéu - Nascidos em 1980
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Novo equipamento em uso
Restaurante Etnográfico do CRG
Grelhados na ementa Com o objectivo de enriquecer e ementa do Restaurante Etnográfico da Golpilheira, atrair mais clientes e aumentar a sua rentabilidade, a direcção do Centro Recreativo decidiu investir em equipamentos que permitem o serviço de grelhados. Contratou, ainda, um colaborador a tempo parcial para esta função, alguém com uma larga experiência nestes cozinhados, mercê da sua colaboração nas festas da terra há dezenas de anos. Esta nova oferta permite incluir no menu o já famoso
“frango à Golpilheira”, considerado um dos melhores das festas da região, procurado por muita gente das redondezas. procura. Tem sido uma mais-valia, e continuará a ser, sendo servido às terças e quintas-feiras, tal como o bacalhau assado na brasa com batatas a murro. Também nestes dias, poderá ser pedido qualquer tipo de carnes grelhadas. Com esta decisão da direcção, a clientela tem aumentado, recuperando-se inclusivamente alguns antigos clientes. MCR
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Rede eléctrica “reconfigurada” No passado mês de Janeiro, registou-se na Golpilheira um número anormal de falhas no fornecimento de energia eléctrica, que motivou múltiplas queixas de consumidores aos seus fornecedores. O assunto foi também largamente comentado nas redes sociais, sobretudo no grupo de facebook “Golpilheira: centro do meu mundo!”, onde vários golpilheirenses e outros moradores de zonas limítrofes foram partilhando as suas queixas. Foi comum a descrição de uma falha por breves segundos, suficiente para fazer reiniciar os equipamentos eléctricos e electrónicos, o que, como sabemos, não é nada “saudável” para esses aparelhos, além do incómodo que causa nos utilizadores. Estas falhas foram registadas com um padrão diário, entre as 08h30 e as 09h30, mas também
noutros horários durante o dia. O Jornal da Golpilheira contactou a EDP Distribuição, por email, a 27 de Janeiro, pedindo algumas explicações para esta situação. A empresa informou que “teve conhecimento da situação, tendo iniciado, de imediato, os trabalhos de resolução do problema identificado”, embora sem especificar o número de reclamações recebidas, referindo terem sido “algumas”. A EDP Distribuição adiantou, ainda, que “dispõe de um sistema para gestão e registo de todas as anomalias que se verificam na rede nacional de distribuição de energia eléctrica” e que “adicionalmente, e para esta questão em concreto, a empresa procedeu à instalação de um mecanismo de identificação de defeitos que permite descobrir, com
maior celeridade, a origem do problema na rede eléctrica”. Perguntámos se foi, então, identificada a razão do problema e se estava encontrada a solução. A empresa respondeu que “foram identificadas algumas anomalias na rede eléctrica que alimenta a freguesia da Golpilheira” e que “procedeu a trabalhos de reconfiguração da rede eléctrica, tendo as anomalias registadas ao nível da rede de Média Tensão ficado resolvidas no dia 23 de Janeiro”. Segundo a EDP Distribuição, nas respostas enviadas também por email, “não registou mais ocorrências de falhas na zona em causa desde o dia 21 de Janeiro”. De facto, desde aproximadamente essa data, deixou de se registar a avaria. Vamos confiar que tenha sido solução definitiva. LMF
Saúde com gastronomia
Caminhadas domingueiras No início do ano, retomaram-se as caminhadas organizadas pelo CRG, que se realizarão ao ritmo de uma por mês. Como sempre, após a Missa, pelas 11h00, parte-se rumo aos campos da freguesia e, durante cerca de duas horas, queimam-se calorias pelas paisagens bonitas do nosso vale do Lena. À chegada, é servido o almoço aos que se inscreverem, alternando a ementa: um mês frango assado (7,5€), outro mês sopa da pedra (5€). A primeira foi no passado dia 19 de Janeiro, com algumas dezenas de caminheiros a comparecer e a conviver à volta de um belo frango de churrasco. A próxima será no dia 19 de Fevereiro, com a prometida sopa da pedra no fim. O frango volta a 22 de Março. As inscrições para almoço são até ao dia anterior, no bar do CRG. Para caminhar não é preciso inscrição, basta aparecer…
LMF
EDP esclarece falhas de energia na Golpilheira
Chegada ao destino
Jardim mostra tradição
Como a palavra indica, as Janeiras eram cantadas a partir do dia 1 de Janeiro de cada ano, até ao Dia de Reis (6), por grupos de porta em porta. Actualmente, em muitas das nossas aldeias ainda se mantém a tradição, por vezes por todo o mês de Janeiro, normalmente acompanhadas por instrumentos. No final, as pessoas visitadas entregam dinheiro ou géneros, para recompensar a visita.
MCR
Meninos a cantar as Janeiras
Em plena cantoria
Muito bem ensaiadas pelas educadoras, as crianças
do nosso Jardim-de-Infância foram cantá-las ao bar do C.
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R. da Golpilheira. Cantaram afinadas, com muita graciosi-
dade e alegria, silenciando as pessoas presentes, encantadas com o que estavam a ouvir. A primeira recompensa foi uma grande salva de palmas, que os colocou ainda mais felizes. No final, a Filomena entregou a cada um pequeno “miminho”, que muito apreciaram. É de louvar que as crianças a aprendam esta tradição de cantar as Janeiras, para que a tradição se mantenha. MCR
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
sociedade
Almoço na Golpilheira
LMF
Reis escutas Como tem sido habitual nos últimos anos, os escuteiros da paróquia da Batalha organizaram um Almoço de Reis no salão de festas da igreja da Golpilheira, no domingo 5 de Janeiro. Este ano foi todo o Agrupamento 124 envolvido na organização, sobretudo a Comissão de Pais, revertendo as receitas para as actividades deste movimento juvenil onde estão integrados mais de uma centena de jovens, alguns também da nossa comunidade.
Mais de 30 receitas
Festeiros nascidos em 1980
Cerca de 200 pessoas participaram neste convívio e degustaram uma boa refeição, com apoio de cozinha pela nossa comissão de igreja e outros voluntários. No final puderam assistir a representações teatrais das várias secções dos escuteiros, desde os Lobitos aos Caminheiros. Com o habitual humor juvenil, a mensagem do Natal esteve ainda muito presente, para nos recordar de que o Menino que nasceu continua bem presente nas nossas vidas.
apoio/divulgação
e a ninguém faltou a comida, à escolha entre cerca de 30 opções de sopas diferentes. Três tocadores da Escola de Concertinas do Rancho Rosas do Lena, da Rebolaria, ajudaram a animar o ambiente pela noite dentro, contribuindo para aquecer a noite fria em que o calor
humano foi mais forte. Os organizadores estão de parabéns pelo belo serão e pela mobilização que garantiu esta numerosa afluência. A próxima iniciativa deste grupo será uma festa dos anos 80, com os DJ “Usados com Garantia”, no CRG, no dia 14 de Março.
Teatro no final
Muitas dezenas em convívio
Natal dos Bombeiros A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha promoveu o seu habitual jantar de fim de ano no passado dia 11 de Janeiro. O salão do quartel da Batalha encheu-se por completo com as muitas dezenas de voluntários e seus familiares, bem como membros dos órgãos sociais e outros convidados. Embora já algo distante do Natal, o espírito da quadra esteve bem presente, identificando-se na entrega voluntária, no serviço aos outros, na amizade que a todos anima. O comandante e o presidente da direcção dirigiram a todos algumas palavras de agradecimento por mais um ano de dedicação a esta nobre causa de socorrer pessoas e bens “sem olhar a quem”. Frisando que “ser bombeiro voluntário é celebrar o Natal todos os dias”, os responsáveis apontaram a generosa entrega destas pessoas e
LMF
Foi uma verdadeira enchente a que se registou no passado dia 25 de Janeiro, no festival de sopas organizado pelos nascidos em 1980, festeiros deste ano do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. O salão da igreja estava a rebentar pelas costuras, mas no fim todos se “arrumaram”
LMF
Sopas com enchente
Salão encheu
o apoio essencial das suas famílias. E apontaram caminhos de futuro, que passam por garantias de mais e melhor formação e também de condições materiais cada vez mais adequadas à sua missão. Também o presidente do Município, Paulo Batista Santos, agradeceu o trabalho destes homens e mulheres que servem a “mais importante associação humanitária do Concelho”. Reconhecendo a importância da sua presença nos momentos mais difíceis para as populações, garantiu que a autarquia continuará a prestar todo o apoio necessário para que essa missão “continue a cumprir-se com o zelo e eficácia que até aqui sempre teve”. No final houve distribuição de lembranças e prendas também para as crianças presentes. LMF
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Jardim-de-Infância e 1.º Ciclo da Golpilheira
Realizou-se no dia 16 de Dezembro, no salão de festas do CRG, a habitual festa de Natal das escolas da Golpilheira, sempre muito ansiada especialmente pelas nossas crianças. À entrada, estavam expostos dezenas de presépios, construídos com materiais reciclados pelos alunos, com a ajuda dos pais. Todos eram bonitos, construídos com muita imaginação. Esta festa teve a participação de todos os alunos, com canções alusivas ao Natal, sob orientação dos professores. Os pais também participaram, com uma linda e original peça de Natal. Não faltou no palco, como é óbvio, um original presépio. O espectáculo foi magistralmente apresentado por dois alunos. As participações foram muito aplaudidas pelas
MCR
Escolas festejam o Natal
Actuação do Jardim-de-Infância
centenas de pessoas presentes, que encheram por completo o salão. Esta assistência era constituída pelos pais, outros familiares dos alunos, assim como alguns dos seus amigos. Para além dos professores, animadores e auxiliares. estiveram ainda representantes de entidades oficiais, nomeadamente: Luís Novais, presidente do Agrupamento de Escolas da Batalha, André Loureiro, vereador dos pelouros da Educação e do
Desporto do Município da Batalha, José Filipe, presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, Alice Ligeiro, da Loja Social da Batalha, e alguns directores do CRG. Aproveitando a presença de Alice Ligeiro, foram-lhe entregues os bens recolhidos na escola, no âmbito do projecto “Duendes da Golpilheira”. Não faltou também a presença do pai-natal, carregado de prendas, que distribuiu por todas
as crianças, com a ajuda dos pais e professores. Outra prenda foi o livro “A Visita do Marquês”, distribuído aos alunos do 1.ªº ciclo por Luís Novais e André Loureiro. Todos os representantes das entidades oficiais, elogiaram o trabalho que se desenvolve em ambos estabelecimentos de ensino da freguesia, fruto da simbiose existente entre pais, professores, animadores, auxiliares, alunos e entidades oficiais. É com toda esta
conjugação de esforços que se preparam os alunos para o exigente futuro que os espera. A Associação de Pais da Golpilheira entregou aos representantes das entidades oficiais, professores, animadores e auxiliares uma simbólica lembrança, de acordo
com a quadra natalícia. Foi desejado um Feliz Natal e um ano de 2020 carregado de saúde, paz e amor, e muito sucesso. À saída, esperavam-nos algumas iguarias, para um são convívio. Não faltaram as filhós e o saboroso café da avó. Manuel Rito/Sofia Ferraz
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Todos os alunos passaram pelo palco
Festa com homenagem ao professor David
Dança e teatro de Natal no CRG A tradicional festa de Natal organizada pelo Centro Recreativo da Golpilheira decorreu no passado dia 20 de Dezembro. Foi animada pelos alunos dos diversos níveis da nossa Escola de Dança e contou ainda com uma peça de teatro pelo nova secção de teatro da colectividade, alusiva à quadra Natalícia. A assistência foi numerosa, composta por muitas crianças, acompanhadas
dos seus familiares, já que a festa era para elas. Após a actuação dos alunos, estes fizeram uma sentida festa de homenagem ao professor David, um dos grandes propulsores e dinamizadores da Escola de Dança, que agora a vai deixar. A ela se dedicou mais de dez anos, ensinando com muito rigor e exigência todas as “turmas” que dirigiu. Ficou muito emocionado e sem palavras,
por esta singela, mas sentida homenagem, realizada pelos seus alunos. Esta saída é devida a novos compromissos profissionais. Estamos convencidos de que não foi até sempre, mas sim um até já, uma vez que tem uma ligação muito forte com todos os seus alunos. Estes gostam muito do seu trabalho e têm uma grande admiração por ele. No final da festa, to-
das as crianças gritaram em uníssono pela presença do pai-natal, para lhes entregar as prendas. Estas eram um dos motivos da sua presença nesta festa. Chegaram para todos e ainda sobraram para aqueles que não puderam vir. A terminar a noite, houve ainda um farto lanche partilhado, encerrado com filhós e o café da avó. MCR
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
eclesial
Obras de arte a aparecer
Encontro vicarial
Já temos dois vitrais Jovens rezam com o Bispo
LMF
Um dos dois vitrais
Presépios das igrejas Cumprindo com a tradição, as Comissões das Igreja da Golpilheira e de São Bento construíam, à entrada dos respectivos templos dois vistosos presépios. É o principal símbolo do Natal, que devemos continuar a preservar, pois ali se representa o nascimento do Menino Jesus. MCR
vendando o significado dos símbolos referidos, como o fogo dos olhos, a voz do caudal ruidoso e o abraço de Jesus ao colocar a mão direita sobre João. Das suas palavras, destacam-se 3 frases, que pediu para os jovens fixarem: “Não tenhas medo, eu estou contigo”; “Quando o coração não arde, os pés não andam”; e
Isabel Costa
Na noite de 7 de Fevereiro, realizou-se o encontro de oração dos jovens da vigararia da Batalha com o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, na igreja da Amieira. Estavam presentes cerca de 120 pessoas das várias paróquias da vigaria, sendo diversos dos escuteiros e de outros grupos de jovens organizados, bem como alguns adultos. Como disse o senhor bispo, foi “um bom serão”. O encontro começou com a análise a um quadro alusivo à passagem bíblica do Apocalipse em que Jesus conforta João e lhe diz para não ter medo. Depois foi lido esse texto e o senhor Bispo explicou-o, des-
Isabel Costa
Depois de um longo caminho de definição do programa iconográfico, de desenho artístico desse programa e de definição e execução das técnicas de suporte adequadas, já começa a ser visível na Igreja de Nossa Senhora de Fátima o resultado da fase final do processo, o trabalho dos vitralistas. E a obra de arte está a aparecer aos nossos olhos. Como se disse de início, não se pretendia colocar meros “vidros pintados” e nem um vitral comum nos satisfazia. Apostámos nos melhores, envolvendo peritos em história da arte, pintura, arquitectura, serralharia e, claro, vitralistas de topo. Tudo isso levou o seu tempo, mas importa-nos o resultado, o que ficará para a posteridade. Esperamos dentro de alguns meses concluir a empreitada e marcar a inauguração. A Comissão da Igreja da Golpilheira
“Pára, escuta, olha e avança”. Salientou ainda as próximas datas em que queria voltar a ver assim os jovens em grande número: a peregrinação a Fátima (28 e 29 de Março) e na festa da juventude em Porto de Mós (25 e 26 de Julho). No final, todos conviveram um pouco num pequeno lanche. Patrícia Ferraz
Convívio no final
Grupo em oração
Escutismo celebra Dia de BP A Junta Regional de Leiria-Fátima e o Agrupamento 127 Sé-Leiria, do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português, vão organizar mais uma celebração regional do Dia de BP (Baden-Powell, fundador do escutismo), que terão lugar a 1 de Março (domingo), no Estádio de Leiria.
Com o tema “São rosas B.P., são rosas...”, num dia cheio de actividades, será assinalado o nascimento do fundador, mas também os 60 anos do Agrupamento 127 Sé-Leiria. Começará com a Missa, às 10h00, presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.
São esperados mais de 2.500 escuteiros de toda a região e seus familiares, bem como dos presidentes dos municípios abrangidos pela região escutista de Leiria-Fátima: Alcanena, Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós.
eclesial • 9
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Comunidade Cristã da Golpilheira
Vamos a votos
Conselho Pastoral
Para constituir o Conselho Pastoral Paroquial, cada comunidade vai eleger um representante e coordenador dos diversos serviços localmente. Assim, no domingo 16 de Fevereiro, cada pessoa deverá trazer para a Missa um papel com a identificação “Golpilheira” e o nome da pessoa que acha indicada para essa função. No domingo seguinte será divulgada a lista de todos os nomes indicados e, em data a anunciar, será feita a votação (maiores de 16 anos).
Domingo da Sagrada Família
LMF
Universitários
LMF
Tem sido intensa a celebração da fé na Comunidade Cristã da Golpilheira. A cada domingo, um motivo diferente para rezar, cantar e fazer comunhão cristã entre todos e com Deus. Além da participação de cada grupo de catequese, algumas celebrações dão um colorido especial às nossas manhãs de domingo. O Natal é sempre especial e os dias seguintes ainda respiram desse ambiente. Logo no domingo seguinte, celebrou-se a Sagrada Família e foram as famílias a ter protagonismo e a consagrarem-se a Nossa Senhora, no final. O dia de ano novo, festa de Santa Maria Mãe de Deus é mais fraco… muitos estão para fora e outros a curar a noite anterior. Depois veio a Festa da Luz, na noite de quinta-feira 16 de Janeiro, enchendo a igreja com os meninos do 3.º ano, seus pais, padrinhos e amigos. Uma festa bonita, iniciado no escuro, com velas a romper a penumbra e depois com a explosão de luz de Cristo. No dia 26 de Janeiro, respondendo ao convite do Papa Francisco, celebrámos o Domingo da Palavra. A Bíblia esteve em destaque, sendo a leitura do Evangelho dignificada pelos meninos do 5.º ano que nesse dia estavam “ao serviço”. No dia 2 de Fevereiro, Festas da Apresentação do Senhor, foram os bebés e crianças mais pequenas que estiveram em destaque, com uma bênção especial para eles e seus pais e irmãos. É em família e na grande família cristã que se irão tornar cada vez mais conscientes da importância de Deus nas suas vidas. Outras festas virão… sendo as mais importantes a Primeira Comunhão, no dia 3 de Maio, e a Comunhão Solene, no dia 24 de Maio. Nestes dois dias, a Missa será às 09h00.
LMF
Fé vivida a cada domingo
“Missão País” está na Batalha
Festa da Luz
Este é o 3.º e último ano em que estão na paróquia cerca de 50 jovens universitários da “Missão País”. Assim, entre os dias 8 e 16 de Fevereiro, estarão a fazer serviço social, celebrações, visitas domiciliárias, etc., tendo como pano de fundo o testemunho da sua fé cristã. No sábado apresentarão uma peça de teatro no salão paroquial e no domingo haverá almoço partilhado de despedida no mesmo local.
Domingo da Palavra
Oração e reflexão
Não podemos esquecer os dias fortes que aí vêm, da Quaresma, em preparação para a festa maior de todas, a Páscoa. Na Quaresma, iniciada na Quarta-feira de Cinzas, dia 26 de Fevereiro, deveremos procurar aprofundar a fé, com oração, formação cristã e algum sacrifício para ajudar os irmãos que mais precisam. Uma das propostas será o retiro popular. É bom para meditar um pouco, ler a Bíblia, rezar… basta juntar alguns amigos, procurar os livros ou o guião na internet, e juntarem-se para fazer juntos essa leitura meditada da Palavra meia dúzia de serões. Teremos uma jornada de oração importante com a Adoração e celebrações das “24 horas para o Senhor”, de 20 para 21 de Março. Ainda não sabemos o programa, mas será anunciado na altura. Outro momento importante será a Peregrinação Diocesana a Fátima. Será
LMF
Quaresma e Páscoa
Encontro para casais
Bênção dos Bebés
dia 29 de Março. Costuma organizar-se um grupo para ir a pé, basta estar atento na altura aos avisos. Lembramos que, na Golpilheira, teremos Missa de Ramos, dia 5 de Abril, a começar às 09h15 com a bênção dos ramos, na “igreja velha” do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Todas as pessoas, especialmente as crianças, deverão trazer os seus ramos. Também as crianças serão especialmente convidadas para a Via-Sacra, na nossa igreja da Golpilheira, na Sexta-Feira Santa, dia 10 de Abril, pelas 10h00. O tríduo pascal terá programa semelhante aos anos anteriores, vividos sobretudo na paróquia, com Ceia do Senhor na
noite de Quinta-Feira Santa, Adoração da Cruz e Enterro do Senhor na tarde de Sexta-Feira Santa, e a desembocar na Vigília Pascal, a Missa mais importante do ano, na noite de Sábado. No Domingo de Páscoa celebraremos a Ressurreição em Comunidade na Missa da Golpilheira e, no domingo seguinte, 19 de Abril, abriremos as portas de casa para acolher o Ressuscitado nas nossas famílias, recebendo a Visita Pascal como habitual. Que estes tempos e celebrações sejam uma ajuda para sermos cada vez melhores cristãos e, antes de mais, melhores pessoas. LMF
O Serviço de Pastoral Familiar da Diocese vai realizar um encontro de reflexão e oração para casais, subordinado ao tema “No encontro com Cristo, encontro-me”, a decorrer no Seminário de Leiria, no dia 7 de Março, das 09h30 às 18h30. Tem um custo de 20 euros por casal, incluindo o almoço, devendo as inscrições ser feitas até 28 de Fevereiro (nomes, email, telemóvel, paróquia e data de nascimento), para o email pastoralfamiliar@leiria-fatima.pt ou para o telemóvel 919371149.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
entrevista
Pedro Carreira Henriques, primeiro médico natural da Golpilheira
“Vale a pena investir na educação e formação”
Entrevista de Manuel Carreira Rito
Sentiu logo na altura a vocação e o sonho de ser médico?
Não! Como estava no meio rural…. foi já no 6.º ano do Liceu, onde tinha de fazer a opção entre ciências e letras. Optei por ciência, para a qual tinha mais apetência. Mas… também fui sensibilizado pela minha mãe, que cuidou durante muitos anos de um tio que tinha um “nascido”, suponho que “cancro”. Ela dizia muitas vezes que lhe custava fazer aquele trabalho, mas que não havia mais ninguém que o fizesse.
Como foi o ensino secundário?
DR
Pedro Carreira Henriques, conhecido pelo nosso povo como “Pedro do Joaquim do Paço”, nasceu no dia 3 de Julho de 1947, na Golpilheira, então uma pequena, mas bonita, aldeia sobranceira ao vale do Lena, no concelho da Batalha. É o nono dos dez filhos de Joaquim Henriques e Júlia Carreira Soares, família pobre e humilde, mas séria e trabalhadora, como a maioria das famílias daquela época. Naquele tempo, era muito difícil os filhos das famílias pobres conseguirem chegar à universidade, quanto mais fazer o curso de medicina. O escritor brasileiro Augusto Cury aconselha “nunca desista dos seus sonhos”, pois, como bem canta Manuel Freire, “eles não sabem nem sonham que o sonho comanda a vida”. Assim fez o jovem Pedro e, com muito sacrifício, esforço, dedicação, inteligência, persistência e outros nobres adjectivos, conseguiu concretizar o seu sonho de ser vir a ser médico de clínica geral. De baixa estatura, mas com uma inteligência acima da média, demonstrou, como normalmente se diz, que “os homens não se medem aos palmos”. É casado há 34 anos com a enfermeira Maria Henriques e têm uma filha, Júlia, também ela médica, a concluir a especialidade de Patologia Clínica, no hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa. Vive em Castelo Branco há 35 anos, mas vem com frequência à sua Golpilheira”, nomeadamente, nas ocasiões festivas. Na verdade, nunca esqueceu a sua terra natal, onde construiu uma residência. Para conhecermos um pouco melhor a história deste ilustre golpilheirense, fomos entrevistá-lo.
Foram 30 anos de exercício médico
Nasceu numa família numerosa…
Sim, naquela altura, em finais da II Guerra Mundial, as famílias eram quase todas muito numerosas. Nasceram sete rapazes todos seguidos; eu sou o 9.º, fiquei no intervalo de duas raparigas.
Como recorda a sua infância?
Até ir para a escola, estive sempre em casa e apenas brincava com os vizinhos na rua. Não havia creche nem infantário como hoje. Sentia-me bem com o amor da minha mãe e o carinho dos meus irmãos. Eramos muitos lá em casa e todos unidos. Sentia-me protegido por todos. Ao atingir os 7 anos, entrei na Escola Primária e foi aí que comecei a ter mais convívio com colegas de outros lugares. Nas férias escolares, ajudava os meus pais na fazenda, porque havia trabalho para todos: ir à fruta, regar a horta, levar o jantar (almoço) na quinta do Sr. Pereira ao meu pai, ou aos meus irmãos à Cerâmica do Vale Gracioso. Havia coisas que gostava de fazer, outras não...
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Frequentou cá o ensino primário…
Sim. O ensino primário já era obrigatório até à 4.ª classe e era na “escola velha”: uma sala muito ampla que acolhia duas classes no mesmo turno. A escola não reunia condições de conforto e outras…. era o possível; apesar de tudo, tínhamos escola, professor e aprendíamos.
Os professores eram duros e exigentes... recorda alguma história?
O senhor professor Ferreira algumas vezes colocava os alunos mais velhos a ensinar os mais novos e a corrigir os trabalhos de casa. Um dia, fui eu encarregado de ir corrigir as contas de casa (TPC) no quadro aos alunos da 2.ª Classe. O colega estava a fazer tudo certinho e os restantes à volta do quadro a corrigir. Mas na conta de multiplicar, lá me distraí e o colega acabou por errar a conta. Conclusão, tive eu de fazer a conta e, no fim, a paga foi um par de reguadas. A distracção saiu-me dolorosa.
Foi feito no Colégio dos Maristas, em Leiria, onde hoje estão as instalações da Polícia Judiciária. Mas os exames de ciclo eram realizados no Liceu de Leiria. O 6.º e 7.º anos já foram em Lisboa, em Carcavelos, também no Colégio dos Maristas-Externato com Internamento. Eu era um aluno médio. Gostava de estudar e de saber mais e foi assim que cheguei a médico.
Mas não era normal um jovem ir para Lisboa, sobretudo de famílias pobres…
Poi não. Tive a sorte de o meu irmão José Casimiro se interessar por mim e pedir à tia Isabel, uma irmã do meu pai que vivia em Leiria, que me ajudasse nos estudos. A tia lá conseguiu que eu fosse para o Colégio dos Maristas e pagava a mensalidade. E foi assim que consegui sair da Golpilheira.
E depois qual foi a estratégia e preparação para entrar na universidade?
Após conclusão do 7.º ano liceal, alínea “F” da área de ciências, o passo a seguir era concorrer à Universidade; no meu caso, à Faculdade de Medicina de Lisboa, no Hospital de Santa Maria. Tinha de se fazer exame de admissão às disciplinas de Química Orgânica e Biologia. Fui admitido com dispensa de exame oral.
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entrevista • 11
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
E como conseguiu os fundos para custear uma licenciatura?
Depois de cumprir o serviço militar obrigatório em Leiria (Cruz da Areia), no Regimento de Infantaria N.º 7, tirei o Curso de Enfermagem Geral, à data, com apoio de uma bolsa de estudos, que incluía residência. Concluído este curso de enfermagem, comecei a trabalhar no Hospital de Santa Maria, onde também estudava Medicina ao mesmo tempo. Foi assim que cheguei ao fim do curso, com muito esforço e dedicação. Mas valeu a pena!
Ainda se recorda do sentimento na primeira aula da faculdade?
Recordo sim! Foi no anfiteatro de Anatomia Descritiva. Estava sentado no último anel, quando ouço o professor Armando Ferreira a tratar os alunos por colegas! “Oh! Já sou médico?” Depois, foi a quantidade de matéria que debitou numa hora sobre os ossos do crânio. “Eh pá, tenho de saber isto tudo?”. Aqui já me fez mais confusão. Mas com o tempo fez-se tudo.
Durante o curso, houve momentos de desânimo?
Momentos de desânimo não digo, porque em Medicina quem começa é raro desistir. Mas a sobrecarga de exames no 5.º ano foi muito grande. Foi o ano em que completei as cadeiras atrasadas mais as do próprio ano, que eram muitas.
Que situações recorda que mais o marcaram?
O que mais me marcou de início foi a primeira aula prática de Anatomia Descritiva em dissecar o músculo frontal (na cabeça/testa) numa senhora de cerca de 50 anos de idade que morreu afogada na Caparica e o corpo não foi resgatado pelos familiares. Ficou para estudo dos estudantes.
O que me deu depois mais satisfação foi ter feito a cadeira (disciplina) de Medicina II, que era bastante complicado de fazer logo à primeira. Era a cadeira que dava o curso na mão. Também recordo com estima um grupo de colegas amigos que me cediam apontamentos das aulas teóricas. Eles sabiam que eu trabalhava e estudava. Tinham apreço e admiração por mim, porque eles só estudavam.
ou cinco pessoas a quererem entrar ao mesmo tempo. Conclusão: as pessoas eram mais conhecidas pela alcunha e nem se davam pelo nome próprio. Depois, lá diziam uns para os outros: és tu! Assim os fui conhecendo pelo nome e pela alcunha. Por fim, já todos sabiam o nome próprio. Eu acabei por ficar a saber o nome próprio e a alcunha.
Qual foi a sensação quando terminou a sua Licenciatura?
Exerci a profissão durante 30 anos. Como disse, depois do Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco, fiquei colocado no concelho de Idanha-a-Nova, na freguesia de Monsanto (aldeia mais portuguesa de Portugal e agora também “Aldeia Histórica”). Era o médico residente de Monsanto e das freguesias de Medelim e Idanha-a-Velha (também “Aldeia Histórica”). Na sede do Concelho estava o Centro de Saúde instalado no antigo Hospital da Misericórdia, que sofreu adaptações. Ali, um dia por semana, exercia a actividade de medicina preventiva, nas consultas de saúde materna, infantil, planeamento familiar e vacinação. Na sede, havia Serviço de Atendimento Permanente Nocturno e, aos fins-de-semana, durante 24 horas. Anos mais tarde, com a reorganização do serviço, passei a dar cobertura de serviço a outras freguesias do Concelho, como Zebreira (onde era o médico residente), Toulões, Rosmaninhal, Cegonhas e Soalheiras.
Foi uma sensação de esforço conseguido. Foi dar a “boa nova” à minha mãe, que tanto desejava saber. A minha alegria foi transmitida através de uma carta... não havia telefone na nossa casa.
Onde começou a exercer a profissão?
Comecei por escolher o Hospital Distrital de Castelo Branco, hoje designado por Hospital Amato Lusitano (HAL), onde iniciei a formação do Internato Geral à época. Depois, por concurso, fui colocado no concelho de Idanha-a-Nova, a exercer Clínica Geral, hoje designada Medicina Geral e Familiar, onde desempenhei as funções de médico de família.
Lembra-se da sua primeira consulta?
A primeira consulta não… deve ter sido uma consulta simples, sem impacto. Do primeiro dia, sim! Quando cheguei, estava a sala repleta de pessoas idosas a aguardar a chegada do novo médico. Educadamente, dei os bons dias em voz alta e apresentei- me. Falei com a assistente administrativa e comecei as consultas. Chamei o primeiro doente, pelo nome próprio, à porta do gabinete (consultório), mas ninguém respondia. Repetia a chamada pelo mesmo nome. Nada. Ninguém se acusava. De repente, vinham quatro
Quantos anos exerceu e por que locais passou na sua profissão de médico?
Qual foi a situação que mais o marcou como médico?
Uma das situações que talvez tenha tido mais impacto foi, logo no início, uma senhora que foi ao meu encontro pedir por favor que fosse ver o marido a casa, porque se encontrava muito mal e que não conseguia sair de casa. Já na aldeia corria boato de que o homem ia morrer. Lá fui a casa no próprio dia e PUB
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Adelino Bastos
Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010 SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHA FILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRA TELS: 244 768 766 • 917 504 646
deparei-me com um homem deitado na cama, emagrecido, desidratado, com atrofia muscular acentuada, perda da sua autonomia/marcha. Tinha caído de uma oliveira e fez traumatismo da coluna. Tinha recorrido ao hospital na data da queda e veio para casa. Como ficou sem orientação e apoio médico, chegou a um estado de grande debilidade. A solução foi simples: ensinei como levantar o homem da cama e sentar-se num cadeirão, beber muitos líquidos (3 litros de água por dia), fazer 4 refeições por dia e, ao fim de 3 dias, começar a andar com apoio de outra pessoa. Recuperou e ainda hoje por lá anda. Aqui, o grande problema era ir ao encontro do desconhecido.
Após a aposentação, continua a dedicar-se a esta nobre missão da medicina? Como ocupa os seus dias?
Sim! Continuo a manter-me actualizado; faço consultas esporádicas e aconselhamento. Consultório não. A maior parte do tempo é dedicado a outras leituras que não foram possíveis antes, por falta de tempo.
Alguma mensagem especial para os nossos leitores e seus conterrâneos?
Sem querer ser moralista, digo que só com trabalho, esforço e dedicação se consegue alcançar os objectivos pretendidos. Muita persistência. Hoje em dia, existem ferramentas e suporte que ajudam muito os jovens e famílias a seguirem as suas pretensões. Reconheço que a comunidade da Golpilheira está muito desenvolvida, é dinâmica e sábia. Aprecio muito o envolvimento de todos os grupos etários nas várias actividades culturais e religiosas. Aos pais, deixo uma palavra de encorajamento para com os filhos e estarem sempre presentes. Vale a pena investir na educação e formação. Um dia, todos se sentirão realizados e satisfeitos.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
cultura
. museu de todos .
Festival internacional
Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
A robusta prensa de encadernação xava, apertando o papel, para assim poderem ser cosidos e ganharem forma. Este sistema é praticamente dispensado actualmente, pela propagação de maquinaria industrial que permite as rápidas encadernações de livros.
DR
Desde os finais do século XIX e durante todo o século XX que se assiste à simplificação dos mecanismos da escrita, à expansão da literatura e da imprensa nacional e local. O desenvolvimento dos media foi o passo essencial para o imparável mundo da comunicação dos dias de hoje. A peça que destacamos nesta edição data dos primeiros anos do século do século XX. O ferro, de que é feita, vem substituir as seculares prensas de madeira. A alteração do material traduziu-se numa maior eficácia do sistema de encadernação. Este objecto foi utilizado na Câmara Municipal da Batalha. Em cima deste suporte está uma prensa de ferro fundido utilizado para encadernação de livros. O aspecto pesado e robusto reforça a sua função. Ao rodar o manípulo, o eixo em forma de parafuso faz subir ou descer a prensa. As folhas dos livros eram colocadas entre a base e a prensa que bai-
Ver, hoje, uma lombada cosida com linha, traz-nos alguma nostalgia e também evoca o requinte e a delicadeza do trabalho detalhado da encadernação. Esta peça pode ser vista e manuseada no MCCB, na área dedicada ao tempo da comunicação e da cidadania. Esta, junto com objectos como o componedor topográfico, a câmara fotográfica ou o duplicador a álcool, evidenciam a importância da comunicação nas nossas vidas, apelando à reflexão sobre o rápido desenvolvimento da mesma. Recordamos que o museu pode ser visitado de quarta a domingo, da 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Aos primeiros domingos do mês, os munícipes e naturais do concelho da Batalha têm entrada gratuita. Mais informações poderão ser obtidas em www. museubatalha.com ou através do telefone 244 769 878.
Filme da Batalha ganha novo prémio Depois de ter recebido o 1.º prémio na categoria “Turismo Cultural” no conceituado “Amorgos Tourism Film Festival” (Grécia), o filme promocional do Município da Batalha “Cinco Sentidos”, apresentado publicamente em Agosto, voltou a ser premiado, desta feita no Festival Internacional “Stars of Wild Beauty”, realizado em Montenegro. Recordamos que o filme, com cerca de 2 minutos, apresenta o concelho da Batalha através de imagens de grande impacto visual e apelando aos cinco sentidos na fruição turística do território. Destaca-se a inovação da narrativa e dos planos de filmagem, bem como a mensagem virada para a inclusão e acessibilidade no acesso aos equipamentos culturais e de lazer. Poderá ser visto nos sítios de Facebook e Youtube do Município.
Com magia de Mário Daniel
Festa do associativismo A Festa do Associativismo do Concelho da Batalha, que se realiza no próximo dia 15 de Fevereiro, no Pavilhão da Arca, Alcaidaria, na freguesia do Reguengo do Fetal, vai contar com o espectáculo do conhecido ilusionista Mário Daniel. Autor do programa televisivo da SIC “Minutos Mágicos”, é um dos grandes nomes do meio artístico do nosso país. Esta iniciativa pretende homenagear todos os voluntários que desempenham funções nas associações concelhias, bem como proceder à assinatura dos protocolos de apoio municipal ao associativismo.
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E.N. 1 - N.º 67 Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 767 923 Fax 244 765 330 E-mail: geral@itvm.com.pt
Zelamos pela sua segurança!
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Município apoia candidatura do Reguengo do Fetal
“Procissão dos Caracóis” quer ser “Maravilha da Cultura Popular”
Para instalação de Arquivo Histórico
Câmara quer instalações da antiga Conservatória A Câmara Municipal da Batalha, em ofício dirigido aos ministros das Finanças, da Justiça e da Modernização do Estado e da Administração Pública, solicitou a gestão das antigas instalações da Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial da Batalha, na Rua dos Bombeiros, para localizar o Arquivo Histórico Municipal e dar apoio a instituições como o CEPAE – Centro do Património da Estremadura. Para o efeito, a autarquia apresentou ao Governo um projecto fundamentado sobre a futura utilização daquele património público actualmente sem qualquer uso, visando orientá-lo para criar melhores condições aos estudantes e investigadores que cada vez mais recorrem à consulta e estudo dos arquivos históricos do município. O pedido enquadra-se ainda no novo regime jurídico da transferência de competências da administração do Estado para os municípios, concretizando os princípios da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da descentralização. “Este é mais um projecto de aproximação dos serviços públicos aos cidadãos e que pretende, igualmente, evitar a degradação do património imobiliário do Estado que se encontra vago, fomentando a respectiva recuperação e reutilização para a fruição pública, o que contribui também para a sua valorização”, defende Paulo Batista Santos, presidente da autarquia batalhense.
de romeiros e curiosos. Com a iluminação pública desligada durante o percurso, o impacto desta brilhante manifestação religiosa e cultural torna-se ainda maior. O Município da Batalha já veio afirmar o seu apoio a esta candidatura, considerando-a “uma excelente oportunidade para projectar e valorizar uma festa religiosa única do nosso país, que combina a fé e a exuberância das imagens da luz dos caracóis”. O presidente, Paulo Batista Santos, refere que “depois de em 2007 o Mosteiro de Batalha ter ficado entre as ‘7 Maravilhas do Património Histórico’ em
Portugal, acredito nas potencialidades desta candidatura que representa a cultura e tradições enraizadas nesta região”. Mais informações em candidaturas.7maravi lhas.pt.
DR
nocturna realiza-se em dois fins-de-semana consecutivos, acompanhando a imagem da padroeira do seu santuário para a igreja matriz e o regresso, sendo esta última, sempre no primeiro sábado de Outubro, a mais concorrida. Na mesma altura, acendem-se por toda a aldeia, até às encostas que a circundam, interessantes desenhos, frases e outros motivos artísticos, também com o uso das mesmas lâmpadas de azeite em cascas de caracóis, calculadas em mais de 12.000. Nos últimos anos, tem sido cada vez mais cuidada, motivando a visita de vários milhares
“À Luz dos Caracóis” A exposição fotográfica “À Luz dos Caracóis”, inaugurada a 12 de Janeiro, na Galeria do Posto de Turismo da Batalha, apresenta os melhores trabalhos do 6.º Concurso Fotográfico no âmbito da realização da Festa de Nossa Senhora do Fetal, iniciativa realizada pela Freguesia local e que pretende dar a conhecer esta manifestação religiosa ímpar. A mostra ficará patente ao público até ao dia 29 de Março, podendo ser visitada diariamente das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Candeias artesanais
“Performance Awards” da American Academy of Ballet
Bailarinos batalhenses premiados A B.ballet tornou-se uma escola certificada da American Academy of Ballet o ano passado, e pelo segundo ano levou os seus alunos aos “Performance Awards” desta organização, no Entroncamento, no dia 11 de Janeiro. Os participantes tiveram a oportunidade de mostrar o que aprende-
DR
A Junta de Freguesia e a Comissão da Igreja Paroquial do Reguengo do Fetal estão a preparar uma candidatura da Festa de Nossa Senhora do Fetal, na categoria de “Procissões e Romarias”, ao concurso das “7 Maravilhas da Cultura Popular” que irá decorrer a partir de Março em Portugal. O momento mais emblemático desta festa é a famosa “Procissão dos Caracóis”, que percorre as ruas iluminadas e com ornamentações cénicas feitas com lamparinas construídas a partir de cascas de caracóis e alimentadas a azeite. Esta tradicional procissão
Exposição fotográfica no Turismo
ram e de ver o seu trabalho reconhecido e premiado por um júri internacional. O resultado foi excelente, com 1 medalha de ouro com distinção, 8 medalhas de ouro, 27 medalhas de prata e 7 bolsas de estudo em Nova York. “Todo este resultado se deve ao trabalho que a escola incute na formação dos seus alunos, afi-
O grupo participante da B.ballet
nando sistematicamente o seu plano curricular para que tenham a melhor prestação possível”, referem os promotores da B.ballet, confessando-se “bastante satisfeitos com os resultados obtidos” e ser “gratificante ver toda dedicação e trabalho reconhecidos”. Para além destes resultados, quatro alunos
– Inês Lourenço, Leonor Dias, Leonor Santos e Rafael Brígido – foram seleccionados para participar na Gala da American Academy of Ballet, no dia 19 de Janeiro, no teatro Sá da Bandeira, em Santarém, onde participaram os melhores alunos a nível nacional deste evento, demonstrando toda a sua técnica e brilho a dançar.
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
sociedade
Orçamento Participativo do Municípo da Batalha
DR
Até 29 de Fevereiro, todos os munícipes podem apresentar propostas, no âmbito de mais uma edição do Orçamento Participativo. O projecto vencedor tem garantida uma dotação financeira de 30 mil euros. O processo é simples e intuito, bastando aceder à plataforma op.cm-batalha.pt.
Verba municipal de 42 mil euros
Bolsas para 60 alunos
São 28 renovações e 32 novas bolsas as fixadas para o ano lectivo de 2019-2020 pelo Município da Batalha, destinadas a estudantes do ensino superior com comprovadas dificuldades financeiras. Uma verba a rondar os 42.000 euros irá suportar este apoio, numa média de 700 euros anuais por cada um. O esforço financeiro municipal tem aumentado nos últimos anos neste domínio, sendo cerca de 20% superior este ano em relação a 2018-2019, o que se justifica com a aposta em que a população jovem do Concelho “seja mais qualificada e detentora de ferramentas que a auxiliem a enfrentar o exigente mercado de trabalho”. Embora sem contrapartida directa, os jovens beneficiários são convidados à prestação de trabalho voluntário, a realizar no período das férias, em equipamentos culturais, municiais ou associativos.
Apoio a famílias carenciadas
Lenha e gás para aquecimento
O Município da Batalha alargou este Inverno o apoio às famílias que tem dificuldade em pagar meios de aquecimento do seu domicílio, distribuindo cerca de 20 toneladas de lenha e fornecendo gás a cerca de 30 agregados mais pobres do Concelho, sinalizados pelas juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social e serviços sociais da autarquia. Paralelamente, foram feitas acções de formação e alerta para os riscos das vagas de frio, em colaboração com a Autoridade Nacional de Protecção Civil e as Unidades de Saúde, nomeadamente junto dos idosos, crianças e pessoas com dificuldades. Num investimento a rondar os 15 mil euros, as medidas municipais para mitigação dos efeitos do frio incluíram ainda a prevenção da segurança rodoviária e dos equipamentos públicos, com limpeza e espalhamento de sal em troços de estrada com ensombramento permanente, de modo a evitar a formação de gelo.
Com eficiência energética e acessibilidade
Novos sanitários públicos Os milhares de turistas que visitam o Mosteiro da Batalha contam, desde o final do ano passado, com renovadas instalações sanitárias públicas, após uma obra com o investimento municipal a rondar os 150 mil euros. A eficiência energética, a sustentabilidade ambiental e a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida foram as principais preocupações na renovação deste equipamento público, localizado no Largo Afonso Mestre Domingues. Para tal, procurou-se a optimização da luz natural e das rotinas para as limpezas diárias, bem como o controlo da iluminação exterior e da fachada, com lâmpadas de led. Também a poupança de água foi uma preocupação, com uma gestão cuidada do sistema de rega, escolha de urinóis sem recurso a água, torneiras com sensores e uma rotina de verificação das torneiras, lavatórios, tubagens, contadores, para garantir que não há fugas. Ações de sensibilização ambiental junto dos utilizadores, uso de plantas naturais e a instalação de uma plataforma elevatória para garantir as melhores condições de acessibilidade são outros factores que marcam as novas instalações sanitá-
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Concurso aberto
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rias subterrâneas na zona do Mosteiro da Batalha. “A eficiência energética e este projecto em concreto representam parte do caminho da sustentabilidade ambiental do Município, que pretendemos evidenciar desde logo aos muitos turistas que visitam a Batalha”, refere o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos. O autarca lembra ainda que “grande parte
das instalações sanitárias existentes foram construídas numa época em que os desafios que se colocavam eram outros e que agora é necessário fazer um esforço para converter os equipamentos em espaços ambientalmente sustentáveis, acessíveis e, com isso, contribuir para reduzir a pegada ecológica e alcançar os objectivos da descarbonização e da inclusão”.
Apoio à natalidade e infância
200 famílias abrangidas O programa “Crescer Mais” – Programa Municipal de Educação e Desenvolvimento da Primeira Infância do Município da Batalha recebeu, até 15 de Janeiro, cerca de duas centenas de candidaturas, sendo 121 à comparticipação da mensalidade da creche e 79 de apoio directo à natalidade. Segundo nota da autarquia, “estas candidaturas representam uma estimativa de apoio financeiro, apenas no ano de 2020, no
montante de 140 mil euros”, estando o início dos pagamentos de mensalidades de creche dependente da adesão voluntária das entidades que prestam esses serviços. Segundo Paulo Santos, “a forte adesão das famílias a este programa confirma a nossa convicção da importância de garantir mais esta resposta social no Concelho, como estímulo aos jovens casais para que tenham a possibilidade de ter mais
filhos e como incentivo à ampliação de respostas de creche no Município”. O presidente defende que “a natalidade e a primeira infância terão de ser uma prioridade para a próxima década, pelo que está prevista, no curto prazo, a construção de uma creche pública de elevada qualidade na Batalha, para aumentar a capacidade de resposta às famílias com crianças até aos 3 anos”.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Batalha entre os melhores
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Desemprego concelhio baixa para os 2,3%
Lancis retirados
Investimento de 350 mil euros
Barreiras físicas eliminadas A Câmara da Batalha está a realizar investimentos na ordem dos 350 mil de euros para eliminar barreiras arquitectónicas por todo o Concelho, promovendo “condições de mobilidade e acessibilidade” e demonstrando uma “nova consciência” no planeamento urbanístico. Trata-se de “um plano de mobilidade sustentável e de valorização da utilização do espaço público pelos peões” que visa “criar condições para a utilização de novos
meios de mobilidade, como os modos suaves, as bicicletas, mas sobretudo centrado na acessibilidade de pessoas portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida”, refere a autarquia em comunicado. Assim, encontra-se em fase final a remodelação de passeios no centro histórico da vila da Batalha, eliminando degraus e demarcando as zonas pedonais com protecção e piso adaptado (37 mil euros). Seguir-se-á uma nova
empreitada para colocação de pavimento táctil e instalação de pilaretes de protecção aos peões na vila da Batalha (101 mil euros), bem como a requalificação do Largo da Praça da Fonte, no Reguengo do Fetal (210 mil euros). O presidente da autarquia, Paulo Santos, assegura que “o objectivo é alargar no futuro esta tipologia de intervenções para outros espaços”.
Nova aposta ambiental
“Batalha Recicla” para resíduos orgânicos
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O Município da Batalha já tem equipa a trabalhar na avaliação das condições ambientais, técnicas e económicas para implementar um serviço de recolha selectiva de bio-resíduos, isto é, sobras de alimentos e outros materiais orgânicos, tais como os que resultam do arranjo de jardins e parques verdes. O objectivo final será a sua reutilização em composto e fertilizante e a redução da quantidade actualmente enviada para os aterros.
Com o nome “Batalha Recicla”, este programa deverá ser apresentado numa candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), que tem 25 milhões de euros reservados a esta solução em Portugal. A nível nacional, pretende-se reduzir de 63% para 35% a deposição em aterro destes resíduos urbanos biodegradáveis e responder às directivas da União Europeia que obrigam à sua recolha selectiva a partir de 2023. O Município da Batalha está a preparar as condições para essa recolha, que poderá ser organizada a nível intermunicipal ou concessionada. Prevê-se a garantia de uma viatura para recolha hermética dos materiais e de lavagem de contentores, colocação de contentores na rua com controlo de acesso e identificador para despejo dos baldes domésticos.
apoio/divulgação
Segundo o último boletim estatístico mensal (Novembro) do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) em 2019, o desemprego no concelho da Batalha desceu 7% relativamente a igual mês de 2018. Situa-se agora numa taxa de 2,3% da população activa, menos de metade da média nacional (6,5%), o valor mais baixo da região de Leiria e um dos mais baixos do País. No Concelho da Batalha o total de desempregados registados é de apenas 231 pessoas. Reportando a finais de 2017, a baixa global de desempregados chega aos 28%, sendo de menos 40% nos jovens dos 25 aos 34 anos. Paulo Santos, presidente da autarquia comenta que “é uma excelente notícia para aqueles batalhenses que saíram de uma situação de desemprego ao longo dos dois últimos anos e é também um indicador da dinâmica empresarial e da capacidade de empregabilidade local, representando optimismo no futuro do Concelho”.
Desemprego no Concelho da Batalha por grupo etário Ano
Grupo Etário
Total
Taxa
82
322
3,2%
61
249
2,5%
85
67
231
2,3%
-40%
-32%
-18%
-28%
-28%
19%
-23%
10%
-7%
-7%
< 25
25 - 34
35 - 54
> 55
2017
53
62
125
2018
46
31
111
2019
42
37
2019/2017
-21%
2019/2018
-9%
Fonte: Estatísticas Mensais - IEFP/MTSSS – Novembro 2019
Nomeação do Conselho de Ministros
Presidente da Batalha no Comité das Regiões da União Europeia
O presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, foi designado pelo Conselho de Ministros para integrar a delegação portuguesa no Comité das Regiões da União Europeia (UE), para o período de 26 de Janeiro de 2020 a 25 de Janeiro de 2025. Trata-se do único representante do distrito e região de Leiria a integrar aquele órgão consultivo da União Europeia, composto por representantes eleitos de autoridades regionais e locais dos 28 países da UE. Este comité é um espaço de partilha de opiniões – e de consulta obrigatória pela Comissão e Parlamento Europeus – sobre a legislação com impacto directo nas regiões e nas cidades, garantindo os interesses e as necessidades das autoridades regionais e locais em matérias como emprego, política social, coesão económica e social, transportes, energia e mudanças climáticas. “A participação neste prestigiado órgão consultivo da União Europeia é uma enorme responsabilidade e um desafio na defesa das questões que preocupam os municípios portugueses”, refere Paulo Santos, um dos 13 representantes efectivos de Portugal, a que se juntam outros tantos suplentes “com igual participação dos efectivos, tendo em conta o elevado número de comissões especializadas e grupos de trabalho em funcionamento nos diversos órgãos da União Europeia”. apoio/divulgação
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
sociedade
Município fecha 2019 com saldo de 1,3 milhões
Batalha reforça obras este ano A Câmara Municipal da Batalha registou, em 2019, um montante superior a 15 milhões de euros de execução orçamental e termina o período com um saldo global transitado para 2020 de 1,35 milhões (mais 15,6% do que no ano passado). O resultado foi apresentado pela autarquia em comunicado, onde de esclarece que “esta componente da receita pode ser disponibilizada para o cálculo dos fundos disponíveis e utilizada pela Câmara para novos projectos em 2020,sendo desde já totalmente financiada a requalificação do antigo campo de futebol para “Parque de Eventos Santa Maria da Vitória”, uma empreitada que ascende a 1,2 milhões de euros e que irá reabilitar uma área bastante degradada junto ao Mosteiro”. Parte deste saldo será ainda usado para “garantir a participação municipal em novas candidaturas a fundos euroPUB
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peus, com destaque para os projectos de mobilidade suave (ecovia e ciclovia), para além da requalificação urbana no centro histórico do Reguengo do Fetal e a concretização do programa em parceria com o Politécnico de Leiria de adaptação de edifícios históricos para residências de estudantes”. O presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, considera que “o ano de 2020 começa com sinais positivos, quer nos indicadores de atracção económica, turismo e emprego, quer na saúde financeira da Câmara,
que lhe permite fazer face aos grandes desafios dos fundos comunitários do Portugal 2020”. Reconhecendo que “o objectivo de um Município não é gerar lucros”, o autarca frisa que “o valor do saldo apurado em 2019 encontra-se em linha com os anos anteriores, tendo em conta a opção assumida pelo executivo de redução da carga fiscal sobre os munícipes, através da diminuição dos impostos, tarifas e taxas municipais, bem assim assegurar o pagamento a tempo aos seus fornecedores”.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Balanço do ano de 2019
Belezas da natureza
“Aves da Batalha” pela natureza
As chuvas que caíram abundantemente no mês de Novembro colocaram mais visíveis várias belezas naturais da nossa região.
Última actividade do ano MCR
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nidades escolares, mas também de pessoas residentes fora do concelho. No total, conseguimos atingir a marca dos 300 participantes, o que nos deixa bastante orgulhosos e com a certeza de que o nosso trabalho está a ser bem recebido pela comunidade do concelho. Acima de tudo, o que pretendemos é conhecer, monitorizar e divulgar os valores naturais do concelho da Batalha, porque “só conhecendo é que se pode proteger”. Trabalhamos ainda para sensibilizar e consciencializar os batalhenses para os problemas e desafios ambientais que o mundo, e logicamente o concelho, enfrentam na actualidade. Quanto ao ano de 2020, fica a promessa de que o Aves da Batalha irá dar continuação ao bom trabalho desenvolvido em 2019, envolvendo sempre a comunidade e as diversas entidades locais.
João Tomás
Clínica Veterinária da Batalha
25 anos a cuidar dos animais No passado dia 27 de Janeiro, perfizeram-se 25 anos desde que abriu ao público a Clínica Veterinária da Batalha, fundada pelo proprietário e gerente José Eusébio, normalmente conhecido por “Dr. Eusébio”, natural da freguesia de São Mamede. Mantem-se ainda na sede onde sempre funcionou, na Batalha, Estrada de Fátima (frente à Galp). A propósito destas “bodas de prata”, conversámos um pouco com o proprietário. Ainda antes desta clínica, José Eusébio já havia fundado e mantido em funcionamento o Convefa – Consultório Veterinário de Fátima, na Cova da Iria (em frente à Masal), em
sociedade com um colega, e que funcionava todos os dias úteis, em horário pós-laboral, e também aos sábados de manhã. O “amor à profissão, a necessidade destes serviços e o reconhecimento pelos clientes” levou a que decidisse voltar-se para o seu Concelho e abrir a Clínica Veterinária da Batalha, em Janeiro de 1995, começou a funcionar com um horário diário mais alargado, das 17h00 às 23h00 e aos sábados das 10h00 às 13h00 e das 16h00 às 19h00, de maneira a poder satisfazer o melhor possível os seus clientes. Actualmente, após 25 anos de actividade ininterrupta com
o mesmo director técnico e seu proprietário, “a clínica continua a funcionar bem e a procurar respostas eficazes para as necessidades”. Os serviços fornecidos por esta unidade de saúde animal “centram-se na assistência e prestação de serviços a todos os animais, quer sejam pequenos ou grandes”. O actual horário de funcionamento é: nos dias úteis das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 20h00, e aos sábados das 10h00 às 13h00. Claro que, “fora destes horários, há sempre a possibilidade de contacto através do número de urgências, inclusive aos domingos e feriados”.
Nascente do Lis
Já tivemos a oportunidade de visitar as nascentes do Liz em várias ocasiões. No Verão, a nascente não seca, apenas se desloca para um ponto mais abaixo. Temos várias fotos onde esta situação está muito visível. Também verificámos, em vários Invernos, que a água que brotava tinha diversas colorações: tom esbranquiçado, cor de barro e mais ou menos transparente. Nesta estação, as águas nascem e descem em grande velocidade, formando inclusivamente pequenas ondas. Ao chegar perto da igreja, vão mais calmas, talvez para a contemplar.
MCR
raposa. Houve ainda tempo para visitar um antigo forno de produção de cal, comuns em algumas localidades do concelho, e para os participantes ficarem a conhecer uma das caixas-ninho que instalámos para corujas-das-torres. Foram, sem sombra de dúvidas, duas horas de passeio em excelente companhia. Apesar do frio, a actividade contou com 19 corajosos participantes, cheios de vontade de aprender e de conhecer os valores naturais dos Casais do Ledos. Esta actividade veio encerrar um grande ano para o Aves da Batalha, com um total de 13 actividades, entre saídas de campo para observação de fauna, sessões de recolha de lixo, construção e instalação de caixas-ninho para corujas-das-torres, e ainda uma exposição de fotografias. Estas actividades contaram essencialmente com a participação de batalhenses, entre os quais se destacam as comu-
Buraco Roto
O Buraco Roto, situado no Reguengo do Fetal, rebenta quando as chuvas são intensas e persistentes. Forma uma cascata, onde a água corre a grande velocidade, atravessando esta maravilhosa aldeia.
MCR
Para terminar o ano de 2019 da melhor maneira, decidimos realizar, no passado dia 28 de Dezembro, uma saída nocturna na localidade dos Casais dos Ledos, no concelho da Batalha. Esta saída teve como objectivo principal conhecer a fauna que prefere a escuridão da noite à luz do dia, e que nesta altura do ano se pode observar com maior facilidade, como as corujas, os mochos e algumas espécies de anfíbios. Logo no início da visita, ‘tropeçámos’ num pequeno charco cheio de pequenas larvas de salamandra-de-pintas-amarelas (“Salamandra salamandra”). Este serviu de bom exemplo para conversarmos um pouco sobre a importância dos pontos de água, como as charcas, para a conservação das diversas espécies de anfíbios. Ainda relativamente a esta espécie de salamandra, conseguimos também observar um indivíduo adulto da subespécie “gallaica”, que possui tons alaranjados associados às pintas amarelas e pode ser encontrada mais no centro e sul do País. Quanto às aves, conseguimos escutar 3 corujas-do-mato (“Strix aluco”) bastante activas e territoriais e ainda aprender as diferenças entre o canto dos machos e o chamamento das fêmeas. Enquanto que os machos emitem um ‘uhhhhhh-uouououou’, as fêmeas apenas respondem com um ‘quik-quik’. A restante caminhada reservou-nos ainda uma aranha-dos-troncos-grande (“Zoropsis spinimana”), algumas lesmas e algumas pegadas de
Nascentes do rio Liz, Buraco Roto e Fórnea
Fórnea
A Fórnea, situada perto de Alvados, concelho de Porto de Mós, é a principal nascente do nosso rio Lena. Forma também uma cascata com bastante altura e largura. A sua beleza vem à tona quando há muita chuva. Se esta pára, passados um ou dois dias, a sua intensidade esmorece rapidamente, não deixando de continuar bela. Manuel Carreira Rito
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
desporto
Futsal Sénior Masculino
1.º ano razoável
Esta nossa equipa está a fazer um campeonato razoável. Ao fim de 15 jornadas disputadas, encontra-se classificada mais ou menos a meio da tabela, num total de 14 equipas. A equipa técnica, comandada pelo treinador Pedro Marques, tem conseguido estruturar a equipa, conciliando muitos jovens saídos da nossa equipa de sub-20 da época passada, com outros atletas mais experientes. Com a força dos mais novos e a experiência dos mais “maduros”, os resultados estão à vista. Realçamos que esta é a primeira época da nossa equipa de sénior. Está a bater-se sempre com galhardia e entusiasmo com outras muito mais experientes. É com o trabalho e organização de Pedro Marques e seus colaboradores nos “bastidores” e, depois, na “quadra”, que esta equipa tem aprendido a ser cada vez mais competitiva e organizada. Esperamos que assim continuem. MCR
Veteranos do CRG
Uma alegre desta de Natal Realizou-se no dia 15 de Dezembro, no salão de festas do C. R. Golpilheira, o habitual convívio de Natal da equipa de Veteranos. Estiveram presentes também os familiares, patrocinadores e outros amigos, cerca de 150 pessoas. Na véspera, alguns elementos da direcção prepararam todo o salão para receber o evento. No domingo, à entrada, esperavam-nos algumas mesas com variados aperitivos e correspondentes bebidas. Após o primeiro embate nos aperitivos, seguiram-se as entradas, variadas e deliciosas. Estava feita a “cama” para receber a sopa, muito bem confeccionada, como é apanágio do nosso Restaurante Etnográfico. Entre cada colherada, seguiam-se animadas conversas. As bebidas eram variadas, ao gosto de cada um dos presentes. Depois da sopa, no sistema self-service, cada um escolheu a comida que constava na ementa, solicitada pela direcção dos Veteranos. Não faltou também uma mesa recheada de doces e fruta à discrição. Para finalizar o almoço, foi servido
MCR
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Não faltou bailarico
o café e digestivos. As horas passaram sem se dar por isso, tal foi o ambiente criado, ajudado também pela animação do DJ André Carvalho. Antes da distribuição das habituais prendas, um director, agradeceu a presença de todos, muito em especial aos patrocinadores. Este ano, a prenda para cada veterano foi um utensílio muito necessário nas futuras deslocações: uma mala de viagem. As esposas ficaram muito preocupadas com tal
prenda. Não vemos razão para tanta apreensão. Houve algumas que se apoderam delas, pois queriam ser as primeiras a utilizá-las. Tenham calma, pois um dia irá chegar a vossa vez. Também foi entregue uma prenda a cada esposa, namorada e filhos. Os patrocinadores, também não foram esquecidos, e levaram como lembrança um cachecol. A equipa da cozinha e serventes de mesa foram chamados ao palco, a quem foi entregue uma prenda.
No final realizou-se o sorteio do Cabaz de Natal. O feliz contemplado, foi um recém-veterano. Subiu ao palco e teve uma bonita acção: colocou o cabaz à venda, perguntando primeiro mais ou menos qual era o seu valor. A recita da venda reverteu para a “caixa” dos veteranos. Para terminar, um director desejou a todos um Feliz Natal e um ano 2020 carregado de muita saúde, paz, amor e uns euros. MCR
Cesário Santos realiza sonho em TT
Piloto da Golpilheira já rola no nacional De forma mais “profissional”, há 12 anos que integra uma equipa no TT 24 Horas de Fronteira, mas o sonho era mesmo vir a participar no campeonato nacional. Nos passados dias 7 a 9 de fevereiro, esse sonho realizou-se, ao participar no Baja TT Vindimas do Alentejo, em Beja, a primeira prova do Campeonato de Portugal de Todo o Terreno AM|48
2020. Com o navegador Alexandre Gomes, Cesário esteve ao volante de uma Nissan Navarra D21, com o número 523, na classe T8. A estreia foi auspiciosa, pois conseguiu um excelente 9.º lugar, o último que dá direito a pontuar, pelo que já soma os primeiros 4 pontos da sua carreira. Agora é continuar e “ver no que dá”, garante, indicando como primeira
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O bichinho do todo-o-terreno surgiu cedo no golpilheirense Cesário Santos, talvez desde criança, pois já lidava com máquinas e veículos da empresa do pai. Há anos que marca presença em encontros e convívios amadores da modalidade, fazendo parte do Núcleo de Desportos Motorizados do CRG, que organiza anualmente o TT “Anjos sobre Rodas”, na Golpilheira.
prioridade desfrutar desta aventura e ganhar experiência nestes ritmos mais competitivos. O regresso ao campeonato nacional será nos dias 6 a 8 de Março, na baja TT ACP, em Grândola, seguindo-se a Baja TT do Pinhal, nos dias 27 a 29 de Março. Ao todo, o campeonato é disputado em sete provas, sendo a última a Baja Portalegre 500, de 29 a 31 de Outubro.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
. equipas.CRG.
ÉPOCA DESPORTIVA 2019/2020 Veteranos Futebol 11
04-01 – Avelarense – 5/Golpilheira – 1 18-01 – Talaíde (Lisboa) – 3/Golpilheira – 1 08-02 – Os Idosos – 7/Golpilheira – 1 Próximos Jogos 07-03 – Mourisquense/Golpilheira 14-03 – Golpilheira/Odiáxere 28-03 – Golpilheira/Avelarense
Futsal Feminino Sénior
LMF
Campeonato Nacional - 1.ª fase/Sul
14-12 – Golpilheira – 1/Quinta dos Lombos – 2 21-12 – NS Pombal – 5/Golpilheira – 4 (Ap.pen.) Taça Portugal 04-01 – Leões Porto Salvo – 3/Golpilheira – 5 12-01 – Golpilheira – 2/Arneiros – 1 19-01 – Povoense – 2/Golpilheira – 5
Só falta vir a Taça
Futsal Júnior Feminino - Campeonato Distrital está ganho
O “penta” já cá canta (pela 2.ª vez) N.S. Pombal – 0 Golpilheira – 3
Este encontro decidia o campeonato distrital, apesar do jogo que ainda faltava disputar no dia seguinte com a Ribafria (que também vencemos por 6-1). Estiveram frente a frente as duas melhores equipas distritais. No primeiro encontro tinha-se registado um empate a duas bolas. O palco do jogo foi o Pavilhão Eduardo Gomes, em Pombal. A nossa treinadora, Teresa Jordão, transmitiu, e muito bem, às suas atletas o que deviam fazer: marcar o primeiro golo o mais rápido possível. A nossa equipa en-
trou de rompante. A direcção era única, a baliza, asfixiando por completo a equipa contrária. Após várias oportunidades de golo não aproveitadas, este iria acontecer a qualquer momento. Num bom movimento ofensivo das nossas jogadoras, Beatriz Santos apareceu isolada do lado direito e desferiu um excelente pontapé, cruzado, sem hipótese de defesa. Estava assim aberto o caminho para a vitória. Houve uma pequena reacção da equipa de Pombal, travada sempre pela raça das nossas jogadoras. Fomos para o intervalo a vencer pela margem mínima, escassa
por aquilo que a nossa equipa fez na primeira parte. No reatamento do jogo, em poucos minutos marcámos dois golos, um por Alexandra e o outro novamente pela Beatriz Santos. Com estes dois golos de rajada, “matámos” o jogo. Depois, foi controlá-lo até final. Vitória categórica e indiscutível da melhor equipa em campo. Após o último apito, muita alegria de toda a equipa, numa simbiose com os seus adeptos. Esta ganho o “penta”, o 5.º título distrital consecutivo! E esta já é a segunda vez que a Golpilheira consegue ganhar 5 campeonatos seguidos.
Uma nota final, para dizer que este jogo, dada a sua importância, merecia uma equipa de arbitragem mais madura. Quem a nomeou desconhecia a importância que este jogo tinha. Decidia-se ali um campeonato, uma época de trabalho. Situações como as que aconteceram em nada encorajam os jovens a prosseguir na arbitragem. Antes pelo contrário. A nossa equipa ainda tem outro objectivo: vencer a Taça Distrital. O jogo da meia-final, será na Golpilheira, dia 1 de Março, contra a Ribafria. Manuel Carreira Rito
Fase de manutenção/descida
01-02 – Golpilheira – 3/Venda da Luísa – 1 09-02 – Leões de Porto Salvo - 1/Golpilheira – 5 Próximos Jogos 22-02, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Povoense 01-03, 16h00 (Condeixa a Nova) – V. Luísa/Golpilheira 08-03, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Leões de Porto Salvo 22-03, 16h00 (Golpilheira) –Povoense/Golpilheira
Futsal Feminino Júnior
Campeonato Distrital - 1.ª fase
14-12 – Vidais – 2/Golpilheira – 8 20-12 – Golpilheira – 4/Ribafria – 0 28-12 – Golpilheira – 16/Vidais – 1 (Taça Distrital)
Campeonato Distrital - 2.ª fase
04-01 - Golpilheira – 2/N.S. Pombal – 2 11-01 - Casa Benfica Pombal – 0/Golpilheira – 7 17-01 – Ribafria – 1/Golpilheira – 3 01-02 – Golpilheira – 16/Casa do Benfica Pombal – 0 07-02 – N.S. Pombal – 0/Golpilheira – 3 08-02 – Golpilheira – 6/Ribafria – 1 Próximo Jogo - 1/2 Meia Final Taça Distrital 01-03, 17h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Ribafria
Futsal Masculino Sénior
Campeonato Distrital - 1.ª fase/Série B
13-12 – Ferrel – 4/Golpilheira – 1 21-12 – Golpilheira – 1/Benedita – 8 28-12 – Évora de Alcobaça – 5/Golpilheira – 1 04-01 – Golpilheira – 1/Ribafria – 0 19-01 – Vidais – 1/Golpilheira – 2 31-01 – Bufarda – 0/Golpilheira – 4 08-02 – Golpilheira - 1/Casa Benfica Caldas da Rainha – 2 Próximos Jogos 15-02, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Alvorninha 28-02, 21h30 (Pederneira) – Pederneirense/Golpilheira 07-03, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Estrada 15-03, 21h30 (Batalha) – São Mamede/Golpilheira 21-03, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Amarense “B” 27-03, 21h30 (Fonte do Oleiro) – D. Fuas/Golpilheira 18-04, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Ferrel
MCR
Equipa Futsal Sénior Feminino Faixa entregue
Homenagem a Isabel Valério A Isabel Valério, nossa conterrânea, foi a responsável pelo pavilhão desportivo da Golpilheira, durante mais de seis anos. Iniciou esta tarefa na época de ouro do CR Golpilheira, 2013/2014, na qual a nossa equipa de Futsal Sénior Feminino conquistou brilhantemente o Campeonato Nacional daquela modalidade. Vibrava com as nossas vitórias e ficava triste com as nossas derrotas. Desempe-
nhou sempre o seu trabalho com muita dedicação. Estava sempre disponível para colaborar. Se algum equipamento ficasse esquecido no balneário, não tinha problema em vir ao pavilhão, mesmo fora do seu horário de trabalho. Os jogos não se ganham apenas na “quadra”. Há muito trabalho de bastidores, cujas pessoas anónimas não têm visibilidade, mas são também importantes. A Isabel é uma
destas anónimas, que também contribuiu para os êxitos das nossas equipas. Como prova de amizade, respeito e admiração que todos temos por ela, foi-lhe entregue pelas capitãs da nossa Equipa de Futsal Júnior Feminino uma faixa de Campeão Distrital da época passada, assim como um cachecol. O Futsal do CR Golpilheira fica-lhe eternamente grato. MCR
Perto da manutenção Esta época não conseguimos atingir o primeiro objectivo, que era a passagem à segunda fase, para disputar o Campeão Nacional da presente época. Ficámos apenas a dois pontos. Trabalhámos para o atingir, mas em alguns jogos a “estrelinha” não quis nada connosco. Recordamos uma das situações. Perdemos um jogo em casa, a 6,8 segundos do fim. Estamos neste momento a disputar a segunda fase, para decidir a manutenção ou descida da divisão nacional, com mais outras três equipas da zona sul. Asseguram a permanência as duas primeiras equipas desta série. Cada uma parte para esta fase com metade dos pontos amealhados na primeira. Está tudo encaminhado para a manutenção no Campeonato Nacional da próxima época. Dois jogos disputados, com outras tantas vitórias. MCR
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
temas
.rumos&andanças.
.templosda nossaterra.
Márcio Lopes Docente do IPLeiria
José Eusébio Médico veterinário
Santa Catarina da Serra: Religião e Geografia tinha oito paróquias. A 22 de Maio de 1545, por influência directa e política do rei D. João III, o Papa Paulo III, pela Bula “Pro excellenti”, criou a Diocese de Leiria, desanexando-a, assim, dos Crúzios de Coimbra do mosteiro de Santa Cruz. O primeiro Bispo de Leiria, D. Fr. Brás de Barros, foi um humanista culto e politicamente arguto. E é aceitável que tenha sido o próprio D. Brás a sugerir ao monarca D. João III a criação da Diocese de Leiria. O facto é que apenas quatro anos após a criação da Diocese, em 1549, D. Brás criou a paróquia de Santa Catarina da Serra, e as suas intenções foram duas: o povoamento local, e poupar o sacrifício extremo àquela população serrana de ter de descer até Leiria (igreja de São Martinho) para receber os sacramentos cristãos. Em termos geográficos, a partir da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra existem três outras igrejas estrategicamente equidistantes em termos de abrangência territorial. A igreja da Loureira no extremo sudeste da freguesia criada no ano de 1610 com orago a Santa Marta e, no sentido oposto, a Norte, a igreja do Vale Sumo, também de 1610, de louvor a São Miguel. As duas igrejas foram criadas por visitação do Bispo D. Martim Afonso Mexia. No sentido Leste, no lugar de Pedrome, no ano de 1600, já havia uma ermida de muita romagem e de louvor a São Guilherme. Em 1892, a ermida foi destruída e ergueu-se um novo tempo na Magueigia. Portanto, após a criação da Diocese de Leiria, com um intervalo de apenas sessenta e cinco anos (1545/1610), o território de Santa Catarina da Serra apresentava uma
Igreja das Torrinhas Esta igreja foi construída cerca do ano de 1800, estando situada na freguesia do Reguengo do Fetal. Teve um acrescento em 1939 e, em 2002, foi-lhe anexada a torre. Os padroeiros desta igreja são Santa Maria Madalena e Santo António, que aqui se festejam no 2.º domingo de Agosto. Houve alguns anos em que a festa não se realizou nas Torrinhas, por falta de pessoas interessadas em organizar a mesma. Com a realização deste trabalho, dei-me conta de que há um número considerável de igrejas e lugares onde não se festeja o respectivo Santo Padroeiro, como a que relato aqui nas Torrinhas, por falta de pessoal que se disponha para tal. Acho que é uma pena deixar morrer assim a nossa cultura e as nossas tradições mais rurais, genuínas e puras das nossas gentes e que muitas vezes servem de reencontro e confraternização de pessoas de diferentes gerações, algumas que até residem noutras terras e mesmo no estrangeiro, mas com algo de comum, neste caso as suas origens. Acho que era salutar para estas terras e suas gentes que estas tradições se continuassem a manter, mas trabalhar em prol da comunidade por vezes é difícil e há pouco quem…
Igreja paroquial
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A área científica denominada por Geografia da Religião propriamente dita, enquanto ramo da Geografia Cultural, começou a adquirir um corpo teórico próprio a partir de meados do século XX com as obras de Paul Fickeler (1947), Pierre Deffontaines (1948) e David E. Sopher (1967). A Geografia como ciência estuda as variações das distribuições espaciais dos fenómenos da superfície da Terra, assim como as relações do meio natural com o Homem e a análise das regiões. No caso da Geografia da Religião, um dos seus objectos de estudo é a disseminação das religiões pelo espaço e o modo heurístico como enformam o território. Em Leiria, a freguesia de Santa Catarina da Serra – a freguesia mais a sudeste do concelho e na fronteira do Maciço Calcário Estremenho – é um exemplo patente de uma estratégia de povoamento e desenvolvimento local a partir da distribuição espacial das igrejas. Historicamente, mesmo antes de D. Afonso Henriques empreender o seu avanço pelo Condado Portucalense de norte para sul, o território lusitano foi um espaço de disseminação do cristianismo sobre o islão. Ao longo do território, o processo de conquista cristã esteve regularmente associado ao desenvolvimento local. Um dos exemplos inequívocos é o caso de Coimbra nos séculos XI e XII. Depois da sua conquista aos muçulmanos por Fernando Magno em 1064, Coimbra, que já era a cidade mais importante do Condado, experimentou uma fase de desenvolvimento contínuo em termos demográficos e económicos. Mais de um século depois da conquista, no ano de 1150, Coimbra já
Igreja do Vale Sumo
distribuição equidistante de três templos cristãos em três pontos cardeais, com a Igreja Paroquial no centro. Para o lado mais oeste, na Chainça, há documentação coeva que comprova a existência, em 1721, de um templo de devoção a Santa Teresa e, posteriormente, em 1863/4, com orago a
Santa Quitéria. O território que envolve hoje as freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, no extremo sudeste do concelho, é um exemplo nítido da relação entre a religião, a sua disseminação e o povoamento local.
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À mesa!
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020 Este é um espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, sejam elas receitas tradicionais, culturas diferentes e porque não novas combinações e práticas de comidas saudáveis. Envie as suas sugestões para: mesa@ jornaldagolpilheira.pt
.gastronomia.
Uma re cozinhar nfeição não é apena s in ão Uma refe é apenas confecc gerir alimentos, ionar uma ição será sempre qu u r e cozinha m momento de par efeição. r for um a t cto de am ilha or!
Romantismo
O dia mais romântico do ano está a chegar e com ele a vontade de acrescentar alguns excessos ao menu de São Valentim. Segue a sugestão de uma ementa para um jantar especial… rica em cor, sabor e amor!
Bon appétit, mes chers!
Sugestão de Ementa • Entrada: Espargos com presunto
• Sobremesa: Brownie de 3 chocolates, framboesas e pistácio
Espargos com presunto
Lave bem os espargos e seque-os. Corte a base dos espargos e deite fora. Corte as fatias de presunto na diagonal para conseguir obter fatias finas e compridas. Enrole o presunto à volta dos espargos e coloque-os num tabuleiro forrado com uma folha de papel vegetal e regue com um fio de azeite. Coloque o tabuleiro na parte superior do forno, deixe durante 20 a 25 minutos ou até o presunto ficar crocante, e sirva imediatamente com uma pitada de flor de sal e pimenta-preta moída na hora. Acompanhe com um vinho branco, levemente frutado mas bem fresco.
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Lombinhos de porco com mostarda e mel
Tempere 2 lombinhos de porco com sal e pimenta e reserve. Numa assadeira, misture 2 colheres de sopa de mel e 2 colheres de sopa de mostarda e 1 colher de alecrim picado. Envolva a carne neste preparado, regue com um fio de azeite e vinho branco, junte 2 folhas de louro, cebola cortada grossa e deixe repousar mais um pouco. Leve ao forno pré aquecido durante 30 minutos. Fatie e sirva, por exemplo, com legumes no forno (batata, abóbora…). Acompanhe com um vinho tinto de aromas a frutos vermelhos e ameixa.
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• Prato: Lombinhos de porco com mostarda e molho de mel
DR
No dia de São Valentim, ou em qualquer outra data especial para o casal, não pode faltar um bom jantar romântico para terminar o dia com a sua cara-metade. A ideia é preparar um menu fácil, mas especial. Numa noite romântica, o ideal seria não se preocupar com calorias, já que o objectivo principal é divertir-se. Ainda assim, durante o dia, mantenha uma alimentação leve e regular, coma de duas em duas horas, assim evita chegar à hora do jantar com muito apetite. O primeiro passo é tornar o menu de São Valentim o mais saudável possível, à excepção do chocolate que não pode faltar! É necessário equilibrar o menu em alguns pontos que deve ter em consideração: • Assegure-se de que há sempre alimentos proteicos como carne, aves, peixe, mariscos, acompanhados de vegetais; • Evite molhos com cremes ou muita gordura; • As porções devem ser razoáveis e aconselhamos não repetir; • Um copo de vinho durante a refeição e outro à sobremesa será suficiente; • Evite o pão, para que não aumente o valor calórico do prato. Lembre-se ainda que uma boa apresentação dos pratos, assim como a decoração da mesa, serão essenciais para alcançar um ambiente mais agradável. A música, velas, flores são alguns dos elementos a não esquecer.
DR
Cristina Agostinho
Brownie de 3 chocolates com framboesa e pistácio
Pré-aqueça o forno a 180 ° C. Unte e forre uma forma rectangular. Derreta em banho-maria metade do chocolate (35gr amargo e 25gr de leite) com 175gr de manteiga. Coloque a mistura derretida numa tigela grande e misture 400gr de açúcar mascavado. Adicione 3 ovos e uma colher de extracto de baunilha. Noutra tigela, misture 125gr de farinha de trigo, 100gr de cacau em pó e uma pitada de sal e adicione à mistura húmida. Adicione o chocolate picado restante (35gr amargo +25gr de leite) e misture bem antes de adicionar 200gr chocolate branco picado, 150gr pistácios picados e 250gr framboesas (deixando alguma desta mistura para colocar apenas por cima. Despeje na forma e leve ao forno por 25 minutos. Verifique com um palito o brownie deve estar crocante mas húmido no seu interior. Corte em quadrados coloque num prato bonito e polvilhe levemente com açúcar em pó. Acompanhe com um vinho copo de champanhe meio seco bem fresco. Termine com um bom café e muito romance.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
temas
.política.
.combatentes.
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
André Sousa Presidente da JSD Batalha
Economia é verde? Combater as alterações climáticas é o principal problema global que o mundo enfrenta actualmente. Mais do que nunca, é necessário criar um consenso internacional na implementação de medidas justas e equilibradas, num processo liderado pelos governos, mas também com responsabilidade nas empresas e na sociedade civil. Na era das “fake news”, esta temática tem igualmente sofrido pela desinformação, na promoção de ideias erradas e mesmo na defesa por parte de políticos de posições contrárias ao cientificamente comprovado. São públicas as várias posições que o presidente norte-americano Donald Trump tem assumido, na sua tentativa de denegrir os dados do aquecimento global e na minimização dos fenómenos climáticos extremos, como os incêndios, secas ou furacões. Por outro lado, é criada a ideia de que o capitalismo (ou economia de mercado) nunca será verde. O surgimento das energias renováveis, os carros eléctricos ou a reciclagem de resíduos surgem pela necessidade de implementar medidas, mas só prosperam pela sua rentabilidade enquanto negócio. Neste sentido, têm sido precisamente as economias mais prósperas aquelas que têm
apresentado um maior número de soluções para o combate às alterações climáticas, sobretudo pelas alternativas economicamente viáveis e lucrativas. Por último, é necessária uma maior consciencialização junto das populações, através da educação ambiental, mas também nas acções concretas de cada um de nós. Dados da Agência Portuguesa do Ambiente de 2018 demonstram que os portugueses produziram mais resíduos sólidos urbanos (lixo), tendência essa crescente nos últimos anos. Além disso, a taxa de reciclagem continua baixíssima, comparada com os restantes países europeus. A partir de 2023, os estados-membros da União Europeia serão obrigados a separar os bio-resíduos (restos alimentares) do restante lixo indiferenciado. O Município da Batalha irá antecipar essa obrigação e implementará no seu território contentores para esse efeito, permitindo assim aumentar a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos. Reciclar, mudar de hábitos de consumo, usar transportes públicos ou plantar uma árvore, todas são acções que individualmente podem parecer insignificantes, mas que quando realizadas por milhares de pessoas têm um impacto gigantesco.
OsParanossos tempos o nosso artigo deste transmudaram-se os caixeiros-
mês tínhamos vastos temas à escolha: o “coronavírus”, o “Luanda leaks”, o “hacker Rui Pinto” e a pretensa intenção de o silenciar, etc., etc., etc. Porém, chegou-nos ao conhecimento um texto da autoria de Helena Sacadura Cabral, economista, professora, jornalista e escritora, que consideramos excelente, pelo que nos diz sobre os pretensiosismos, snobismos e do “politicamente correcto” da sociedade actual. Com a devida vénia, transcrevemo-lo, porque entendemos que merece que todos meditemos sobre o seu conteúdo. Aqui vai ele: «- Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos “afro-americanos”, com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado! - As criadas dos anos 70 passaram a “empregadas domésticas” e preparam-se agora para receber a menção de “auxiliares de apoio doméstico”. - De igual modo, extinguiram-se nas escolas os “contínuos” que passaram, todos, a “auxiliares da acção educativa” e agora são “assistentes operacionais”. - Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por “delegados de informação médica”. - E pelo mesmo processo
-viajantes em “técnicos de vendas”. - O aborto eufemizou-se em “interrupção voluntária da gravidez”; - Os gangs étnicos são “grupos de jovens”; - Os operários fizeram-se de repente “colaboradores”; - As fábricas, essas, vistas de dentro são “unidades produtivas” e vistas da estranja são “centros de decisão nacionais”. - O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à “iliteracia” galopante. - Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria, continuam a cobrar-se preços distintos nas classes “Conforto” e “Turística”. - A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: “Sou mãe solteira...” ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: “Tenho uma família monoparental...” - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade implante. - Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e “terroristas”; diz-se modernamente que têm um “comportamento disfuncional hiperactivo”.
.impressões.
.JuntaInforma.
Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira
Caros amigos Golpilheirenses, A Junta de Freguesia informa que procedeu a trabalhos de limpeza/conservação na Fonte da Golpilheira, de forma a facilitar o escoamento de água que se acumulava nas escadas de acesso à mesma. Foram ainda efectuadas limpezas em alguns arruamentos da Freguesia e desentupida a tubagem junto à paragem de autocarro (Capela Sr. Bom Jesus dos Aflitos). A Junta de Freguesia convida os interessados para a formação “Prevenir, Reconhecer, Agir perante um AVC”, que se realizará no dia 13 de Março, pelas 20h30, na sede da Junta (formação gratuita). Esta formação é da responsabilidade da Associação Portuguesa de AVC. A Junta de Freguesia associou-se à campanha de recolha de tampinhas de plástico, iniciada com o propósito de angariar fundos para o financiamento de tratamentos do António Gabriel. A criança de 10 anos, do Alqueidão da Serra, foi diagnosticada com síndrome associado ao SATB2, uma doença rara. Deste modo, no passado dia 9 de Janeiro, a Junta de Freguesia entregou ao pai do menino as tampi-
- Do mesmo modo, e para felicidade dos “encarregados de educação”, os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, “crianças de desenvolvimento instável”. - Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado “invisual”. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o “politicamente correcto” marimba-se para as regras gramaticais...) - As pu…as passaram a ser “senhoras de alterne”. - Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em “implementações”, “posturas pró-activas”, “políticas fracturantes” e outros barbarismos da linguagem. - E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a “correcção política” e o novo-riquismo linguístico. Estamos “tramados” com este ‘novo português’; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma ‘politicamente correcta’. Hoje não se fala português... linguareja-se!»
Por Luísa M. Monteiro
nhas recolhidas e entregues pelos golpilheirenses. Os pais agradecem à população a generosa oferta. Fazemos votos para que tudo corra pelo melhor ao António e à sua família.
O Executivo da Junta de Freguesia
Sento-me na esplanada do centro comercial à espera que o meu filho termine as aulas de música. Não me importo de estar aqui, não venho para vir às lojas (detesto trapos, e dá-me a ideia de que a maior parte das lojas vende trapos): venho apenas para estar; para observar. Pouso o fabuloso Jakob von Gunten sobre a mesa e olho para baixo, a ver quem passa. Em vez de ir para um jardim, olhar as pessoas que circulam à minha frente, eis-me aqui, no alto (num ambiente condicionado e sem frio, que é o que mais me interessa agora), a olhá-las de cima. E parecem-me formigas, tal a azáfama. Passam, com sacos; sem sacos mas em busca de algo; passam. Parecem felizes, no centro comercial. Aquele homem de muita idade, como se orienta por aqui. Agora um grupo de quatro rapazes, todos iguais, devem comprar roupa no mesmo sítio, e à sua frente um de três raparigas, também elas iguais entre si; um casal vagueia de mão dada, outro caminha apressado; e o que ouvirá aquele rapaz pelos auscultadores?; uma mulher parada, a ler no telemóvel; um homem com um presente, para quem será?, e aquele com uma mochila da Glovo, coitado, esse que não vem em passeio e - consta - tão pouco haverá de ganhar por vir trazer o jantar a alguém.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
.agricultura.
.saúde.
Ana Maria Henriques Médica Interna
José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário
Como preparar uma consulta médica
Casta Tinta Miúda Como todas as castas, a Tinta Miúda também tem a sua história, a começar pela sua origem. Não se sabe de onde veio, mas, como casta ancestral, não haverá muitas dúvidas de que virá do tempo do Império Romano. É uma casta muito conhecida na nossa vizinha Espanha, na região de Rioja, País Basco, Navarra. Em Portugal, esta casta começa a ser solicitada. Para a próxima plantação 2020, já temos uns milhares de enxertos prontos reservados para o Alentejo. Existem muito poucas vinhas para a recolha do material/varas para enxertar, existe sobretudo na Estremadura portuguesa, nomeadamente Sobral de Monte Agraço. Na Argentina, Argélia, Califórnia e Austrália, esta casta também existe. A casta de Tinta Miúda é
conhecida em Espanha com o nome de Graciano e Tintilla (desavinha muito). O desavinho acontece devido à falta de fecundação das flores, que pode acontecer pelo excesso de frio ou excesso de calor. No sul de Espanha, tem o nome de Tinta do Padre António. Outros nomes: Cagnulari na Itália, Xerez na Califórnia, Morrastel na Austrália, Gros Nègrette em França e Minostello na Córsega. É uma casta que gosta de temperaturas quentes, com produções médias altas. Em Portugal, a qualidade do material vegetativo é policlonal, isto é, existem vários clones, na mesma vinha, portanto material vegetativo standard. Mas em Espanha, Rioja, seleccionaram-se alguns clones desta variedade (RJ-57, RJ-58, RJ-62, RJ-97, RJ-103 y RJ-117), tendo-se também começado a
Qualquer consulta com um médico deve ser preparada e planeada, para que esta decorra sem transtornos e que o assunto fique devidamente resolvido. Desta forma, dado que uma consulta pode ser difícil de marcar e tem um tempo definido, existe informações que devem estar bem explicitas e se possível escritas. Uma lista de assuntos por ordem de prioridade é algo que pode ajudar o utente a não se esquecer de algum assunto importante. Para garantir o bom funcionamento das consultas, o utente deve chegar sempre pelo menos 30 minutos antes da consulta marcada para ter tempo de a efectivar junto dos funcionários. Se chegar mais tarde, a consulta pode não começar a horas e como as agendas médicas estão quase sempre preenchidas, os atrasos perpetuam-se ao longo do dia. Durante uma consulta médica, existe sempre uma fase em que o médico pergunta de sofre de alguma doença, se toma alguma medicação, se tem alguma alergia e, se adequado, se existem doenças familiares importantes. Ter estas informações presentes, se possível por escrito, facilita em muito a consulta e deixa mais tempo ao médico para abordar outros assuntos importantes. Os programas informáticos actualmente têm alguma desta informação, mas pode não estar actualizada ou pode mesmo não estar acessível. Nas consultas de doença aguda/urgência, normalmente existe um problema que tem de ser resolvido. O médico vai explorar este problema com algumas perguntas muito específicas, sendo importante uma resposta concisa. Algumas perguntas podem parecer estranhas e repetitivas, mas no conjunto fornecem informações essenciais para ajudar o médico a fazer o correcto diagnóstico. As recomendações, exames e tratamentos prescritos decorrem das informações obtidas, quer com as perguntas quer com a
seleccionar clones em Navarra. Quanto a doenças, é resistente ao oídio e antracnose, mas sensível à podridão e míldio. Quantos às pragas, é atreita à Erinose, que é um ácaro/aranhiço amarelo. É uma casta de grande vigor vegetativo, porte erecto, com entre-nós médios, mas que desenvolvem muitas netas, que são os rebentos mais tardios após uma despampa. Produz melhor com poda feita em talão, visto que a poda em vara dá uma rebentação muito desigual. A fertilidade é razoável, que nos dá uma produtividade que pode ser elevada. O cacho é de tamanho a médio grande, e compacto, embora médio a pequeno, sendo muito sensível ao desbagoamento caso haja chuvas na altura da colheita. A película do bago é pouco espessa.
Gaivotas, ratazanas e saúde pública... Uma verdade “de La Palice”: as gentes de um país têm muito a ver com esse país. Lembrei-a ao pensar no título para este artigo, que tem a ver com o que tenho observado cá e fora do país. Estes animaizinhos, é claro, fazem parte do nosso ecossistema, por isso fazem muita falta. No entanto, também podem ser muito prejudiciais à saúde pública de todos nós. Aliás, até nós humanos podemos ser prejudiciais, e somos, se não cuidamos o suficiente o meio no qual nos movimentamos. Começando pelas gaivotas, é uma realidade que estão a invadir a “Capital do Norte” e arredores, convivendo muito de perto com a população local residente e população viajante, nomeadamente turistas. Tenho filmado algumas e quase que vêm à minha mão, no turbilhão de pessoas das ruas do Porto. Há dias, um turista a passear e a tragar uma sandes, foi abordado por uma gaivota que, sem pedir licença, lhe roubou o pão. Para além dos carros estacionados, que ficam com as fezes e riscados com as belas unhas das ditas. Têm coisas boas: o seu chilrear, o seu vôo característico e, claro como disse atrás, fazem parte do ecossistema. Acontece que a sua fre-
quência está a aumentar na bela cidade do Porto, à procura de comida, que alguns moradores fazem o favor de deitar na rua com o intuito de as alimentar, esquecendo-se que as mesmas também se vão alimentar a lixeiras, com todos os inconvenientes que isso acarreta , depois vão beber a fontanários e lavadouros, pois ainda há pessoas a utilizar estes bens públicos. Roubam as sandes aos turistas, por isso, podem transportar doença colocando em risco a saúde pública, ao conviverem muito perto de nós, como foi o caso do turista que ficou sem o seu lanche. O mesmo se passa com as ratazanas, nomeadamente, nas margens dos rios que embelezam as cidades por onde passam. Como é o caso da nossa pujante capital de distrito, cidade que está na moda e muito falada a quem nos visita, que é atravessada pelo nosso rio Lis. Leiria realmente tem sorte em ter como parceiro este caudal que nasce tão perto, na terra onde se realizaram as primeiras cortes onde o povo teve assento, no século XIII, no ano de 1251, na bela aldeia de Cortes, terra do nosso poeta Afonso Lopes Vieira e do Dr. João Soares. Acontece que, nos nossos
passeios pelas margens do rio Lis (rios são a minha predilecção, visto ter nascido a 50 metros das margens do seu afluente majestoso rio lena, no Casal de Mil Homens, por isso me considero um ribeirinho por excelência) é por demais evidente a falta cuidado dos vizinhos do rio, que quase indiscriminadamente colocam restos de comida e até ração para patos, gansos e outros animais que andam por ali, nomeadamente as ratazanas. Como sabemos a população de ratazanas e ratos tem de ser controlada, o que é difícil com esta atitude das pessoas, pois alimentam-se também em lixeiras, por isso, vectores de doenças. Ao visitarmos países do Norte da Europa, nomeadamente, a Alemanha, aproveitamos na maioria das situações passear nas margens dos rios que atravessam povoações. Os serviços sanitários colocam tabuletas com os dizeres “não dêem comidas aos patos, porque estão a alimentar as ratazanas”. Foi uma destas visitas que me inspirou a partilhar com o estimado leitor este assunto, para ficarem a saber que países existem que olham para esta situação com outros olhos, que não os latinos.
José Jordão Cruz
observação do doente. O facto de o vizinho ter algo parecido e ter sido prescrito um medicamento ou um exame não faz com que seja o mais adequado na situação em causa. O mesmo se aplica em relação a situações passadas, opiniões em grupos na internet ou recomendações de outras pessoas. O uso criterioso de exames complementares de diagnóstico e de medicamentos, nomeadamente de antibióticos, é fundamental para, por exemplo, a sobrevivência de um serviço nacional de saúde tendencialmente gratuito. Nas consultas de rotina, existem alguns rastreios que devem ser feitos consoante a idade, mas os ‘check-up’ gerais não estão recomendados. Fazer exames complementares de diagnóstico sem prescrição médica pode ser ineficaz e não garante que tenha “passado” no ‘check-up’. Todos os utentes devem recorrer ao médico de família no máximo de 3 em 3 anos para avaliar alguns parâmetros de forma a corrigirem atitudes que enfraquecem a saúde. Este intervalo varia consoante o sexo e a idade. Como foi referido no início, a consulta tem um tempo estipulado e o médico organiza-o consoante a lista de assuntos que o utente refere no início da consulta. Assim, acrescentar um novo assunto no final da consulta é quase sempre um erro. Sendo que o médico já não tem tempo para explorar o novo assunto, este fica mal resolvido, podendo o utente reter informações erradas. Se algum assunto ficou esquecido, deve ser abordado numa outra consulta. No final de uma consulta, o médico estabelece um plano, explicando ao utente o que recomenda fazer e para quando é aconselhada uma nova reavaliação médica. Neste ponto é importante esclarecer quaisquer dúvidas em relação a tratamentos e exames e saber onde recorrer se surgirem novas dúvidas ou alguns efeitos indesejados.
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Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
história
. história .
. curiosidades
dopassado.#20
Saul António Gomes Historiador
Lendas da Batalha - 4
Joaquim Santos Jornalista e investigador
Cidadão do Picoto «transfere» o celeiro do padre da paróquia de Barreira para sua casa
“Ocorrencias policiaes – Luiz d’Oliveira, do Picoto, freguezia da Batalha pretendeu transferir para sua casa o celeiro que o reverendo José Ferreira Frazão, parocho da Barreira, possue no mesmo logar. Conseguiu ainda effectuar a mudança de 70 alqueires de milho, 6 de feijão, 100 de trigo, cevada, aveia e tremoço. Ajudaram-no desinteressadamente nos trabalhos de transporte os amigos José Ferreira Bastos, da Catraia, freguezia da Batalha, e Izaias dos Santos da freguezia do Reguengo. A policia entendeu interromper os trabalhos do Guerra e dos seus 2 companheiros, incluindo o propheta e appreendeu-lhe 46.580 réis em dinheiro, 21 alqueires de milho, 18 d’aveia, 9 de cevada e 31 de trigo e pespegou com a trindade na presença de S. Francisco que lhe permitirá os bons serviços.” Autor desconhecido, (1897, 25 de Novembro, n.º146), Ocorrencias policiaes, Noticias de Leiria, p. 2 PUB
DR
O caso foi tratado na imprensa de Leiria com alguma ironia. Um cidadão que era residente no Picoto, juntamente com dois amigos, levaram grande parte do recheio do celeiro do padre que paroquiava na Barreira. O jornal «Correio de Leiria» brincou na notícia com o feito:
Recolhem-se na região, ainda hoje, outras lendas e histórias maravilhosas ligadas aos acontecimentos dessa tarde vitoriosa. Como o da lança arremessada pelo rei, a fim de se escolher o lugar para a construção do Mosteiro, ou os casos de maravilha ou já miraculosos, quiçá, envolvendo D. Nuno Álvares Pereira, alguns deles relatados no poema épico O Condestabre, de Francisco Rodrigues Lobo, fonte importante para o levantamento de tais notícias. Lenda era, ainda, a da água sempre disponível na capela de São Jorge, posto que agora já nem a bilha de água do ermitão se vislumbre na velha capela. E ainda no século passado, como o escreveu Jaime Cortesão, cuja vocação para historiador despertou numa visita que fez à Batalha, Mosteiro e Campo de São Jorge, se contavam e recontavam às crianças lendas de medo e pasmar como a que envolve o mistério do desaparecimento dos ossos das mãos e dos pés de todos os combatentes enterrados nas valas então abertas, no entorno da Capela de Santa Maria da Vitória, depois apenas de São Jorge, para sepultamento dos corpos de tantos e tão desconhecidos cavaleiros.
história • 25
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
. história . Miguel Portela Investigador
O mestre de obras de arquitetura Gaspar Ferreira e o Convento dos Dominicanos da Batalha Batalha e de Luísa Maria natural da freguesia de Santa Justa de Lisboa (A.N.T.T., Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, Habilitação de Gaspar Ferreira, mç. 8, doc. 184). No ano seguinte já se encontrava casado surgindo referenciado no batismo de Gaspar filho de João da Cruz e de Inácia Maria, como padrinhos, ficando registados da seguinte maneira: “Forão padrinhos Gaspar Ferreira, Architecto e sua molher Joaquina Luiza desta freguezia, tocou por ella Jozeph Ferreira, estudante, solteiro” (A.U.C., Livro de Batismos da Paróquia de Santa Cruz – Coimbra [1726-1764], Cota III-2.ª D, assento n.º 1, fl. 26). São inúmeras as empreitadas artísticas documentadas relativas à atividade de Gaspar Ferreira, muito em particular enquanto entalhador, mestre de obras, arquiteto, empreiteiro, ou mesmo riscador de retábulos e edifícios religiosos, públicos e particulares. Esta sua atividade estendeu-se até ao fim de sua vida que ocorreu na cidade de Coimbra em 20 de outubro de 1762 (doc. 5). Achámos que em abril de 1745, foi desembolsada a quantia de 35.000 réis pelos riscos que o mestre Gaspar Ferreira fez para o retábulo da capela-mor do Convento de Santa Maria da Vitória na Batalha (Livro II - Despesas e Receitas do Convento da Batalha [1740–1752] Livro II, fl. 96v, item 12 – Coleção particular). Em 6 de agosto de 1758, Gaspar Ferreira e sua mulher Joaquina Maria mandaram lavrar uma procuração a Manuel Correia da cidade de Lisboa, para que este, entre outras coisas, pudesse “vender, rematar e lançar em todos os bens que comprarem serem de seu sogro e pay Antonio Gomes do lugar da Rebolaria junto a Batalha, Comarqua de Laria [sic] e juntamente thomarem pose de todos os bens de rais que constarem serem de patrimonio de seu irmam e cunhado do Padre Joze Antonio Clerigo de Missa faleçido no Rio de Janeyro e vender e aremdar coaisquer bens que lhes pertesam pelos preços que lhe por serem convenientes” (doc. 4). Para além de sua segunda esposa Joaquina Maria ter raízes familiares na Rebolaria (c. Batalha) conforme comprovámos, Gaspar Ferreira ficará para sempre ligado à vila da Batalha e ao Convento de Santa Maria da Vitória para o qual riscou a obra do retábulo da sua capela-mor.
APÊNDICE DOCUMENTAL DOCUMENTO 1
1708, setembro, 17, Lisboa – Registo de casamento de Gaspar Ferreira com Violante Teixeira. A.N.T.T., Livro de Casamentos da Paróquia de Santa Justa – Lisboa [1700-1710], Livro C7, Caixa n.º 16, assento n.º 1, fl. 241. Aos dezasette dias do mez de setembro de mil settecentos e oito annos de tarde nesta parochial de Santa Justa em prezenza do Padre João Antunes, Cura nesta freguezia e sendo prezentes por testemunhas Luis Joseph de Souza e Tavares, e António de Andrade Rua, moradores na freguesia de Santa Catharina, e com Alvará do Provisor dos Cazamentos o Doutor Manoel de Freitas Faleiro se casarão por palavras de presente na forma do Sagrado Concilio Tridentino e Constituições deste Arcebispado Gaspar Ferreira com Violante Teixeira, solteiros, elle contrahente filho de Manoel Ferreira e de sua molher Anna Maria natural e baptizado nesta freguezia, e ella contrahente filha de Gaspar de Guimarães, e de Luisa da Costa natural e baptizada na freguezia de S. Martinho de Cramos [sic], termo de Guimarães, Arcebispado de Braga, ambos moradores nesta freguezia de que fis este termo que asignei com as dittas testemunhas. (a) O Prior João Freyre (a) Luiz Joseph de Souza e Tavares (a) António de Andrade Rua
DOCUMENTO 2
1732, Lisboa – Excerto da informação prestada por Luís Ferreira irmão de Gaspar Ferreira. A.N.T.T., Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, Gaspar (Diligência de Habilitação de Gaspar Ferreira), mç. 8, doc. 184. Manoel Ferreira, Emtalhador e morador que foi na Rua doa Alimos e já defunto e bautizado na ferguezia dos Cabesudos no Pixa de Baixo, tremo de Barcelos, Arsebispado de Barga e recebido na Miziricordia de Lixboa e deles davão emfromasão segundo me parese, Antonio Ferreira, Escultro morador a Bica do Artibello e de semana o axarão em Caza de Manoel Dias, Escultro que tambem davava [sic] mesma emfromasão, e Antonia Monteira viuva de Antonio João, Alfaiate, António Nogeira, Marsineiro, < e Bertolomeu Moreira, Marsineiro > e tambem seu sogro, o irmão Joze Coutinho e quando está nesta Corte asiste em sua cazas, e todos este morão na Rua dos Alimos, e Maria Andeza, viuva de Manoel de Andarde, Escultro, e talves dava noticia António João, Canteiro e moradores na Rua dos Vinagres, e João Gonsalvez, Emtalhador, morador na Calsadinha que vai para São Lourenço e tambem algumas destas pessoas darão noticia de Gaspar Ferreira e tambem de sua molher.
DOCUMENTO 3
1735, maio, 18, Coimbra – Registo de óbito de Violante Teixeira esposa de Gaspar Ferreira. A.U.C., Livro de Óbitos da Paróquia de Santa Cruz – Coimbra [1707-1795], Cota III-2.ª D, assento n.º 3, fl. 8v. Em dezouto de maio de mil e setesentos e trinta e sinco annos faleçeo com todos os Sacramentos Violante Teixeira, moradora em Montarroio, mulher de Gaspar Ferreira. Foi sepultada de noute nesta Igreja de Sam Joam em hum caixam por licença do Reverendo Padre Vigario Geral e por verdade asignei este termo. (a) O Padre Cura António Gomes de Carvalho
DOCUMENTO 4
1758, agosto, 6, Coimbra – Procuração que fez o mestre de obra de arquitetura Gaspar Ferreira e sua mulher Joaquina Luísa a Manuel Correia da cidade de Lisboa. A.U.C., Cartório Notarial de Coimbra, Livro de Notas n.º 22 [1772-1774], do notário Rodrigo de Andrade Pereira, Dep. V-1ªE-9-4-79, fls. 164-165v. Procuraçam que fazem Gaspar Ferreira e sua molher Joaquina Luiza desta çidade a Manoel Correia da çidade de Lixboa. Em nome de Deus Amem. Saibam quantos este publico instromento de em tudo bastante procurasam em forma virem que sendo no anno do Nassimento de Noso Senhor Jezus Christo de mil setesentos sincoenta e outo // [fl. 164v] e outo annos aos seis dias do mes de agosto do dito anno em esta çidade de Coimbra e moradas de Gaspar Ferreira Mestre de Obra de Arquitetura honde eu Tabaliam vim chamado por destrebuissam o cazo deste instromento ahonde elle ahi estava prezente a sua mulher Joaquina Luiza pesoas reconheçidas de mim Tabaliam e das testemunhas deste instromento de que dou feé serem os proprios aqui nomiadas e por eles me foi aprezentado o bilhete da destrebuisam seguinte: ¶ Procurasam que fazem Gaspar Ferreira e sua molher Joaquina Luiza a Manoel Correia da çidade de Lisboa destrebuida no Livro a folhas outenta e sete em sinquo de agosto de mil setesentos sincoenta e outo A. Pereira de Jezus e não se continha mais no dito bilhete de destrebuisam que fiqua em meu poder a que me reporto e logo por elles ditos Gaspar Ferreira e sua mulher Joaquina Luiza desta çidade me foi dito perante as testemunhas deste instromento ao diante
DR
Gaspar Ferreira filho do entalhador Manuel Ferreira e de Ana Maria contraiu matrimónio em Lisboa, na freguesia de Santa Justa, em 17 de setembro de 1708, com Violante Teixeira filha de Gaspar de Guimarães e de Luísa da Costa (doc. 1). Em 11 de setembro de 1732, o Comissário Manuel Mendes Soutto depois de ter feito as diligências que lhe haviam sido solicitadas sobre Gaspar Ferreira, no que respeita ao seu processo de habilitação ao Santo Ofício afirmou que este “foi Mestre Entalhador e dis ser Mestre de Obras por via de sua Mays, e Avós (…) casado com Violante Teyxeira e moradores na cidade de Coimbra, o qual hé natural, e baptisado na freguezia de Santa Justa de Lixboa Occidental, e nella forão primeiros moradores as portas de Santo Antão, e depois ao Posso do Borratem defronte da Bitegga [sic], antes de irem para a dita de Coimbra, filho legitimo de Manoel Ferreira Mestre Entalhador (…)” (A.N.T.T., Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, Habilitação de Gaspar Ferreira, mç. 8, doc. 184). Apesar de surgir no registo de casamento de Gaspar Ferreira que Violante Teixeira era filha de Gaspar de Guimarães, e de Luísa da Costa, o referido Comissário relata uma versão diferente, dizendo que “Violante Teyxeira veyo do seu natural para esta cidade de sette ou outo annos, e foi creada em casa de Manoel Teyxeira de Carvalho, Meirinho do Auditor Geral de Guerra, o qual hoje hé Procurador dos Orfãos, morador que então era ao Posso do Borratem, o qual me informou que a dita Violante Teyxeira a tinha por filha natural de seu primo irmão o Padre Fr. António da Crus, Religiozo de S. Domingos, morador neste Convento de Lixboa Occidental, e que por via do dito Padre viera a dita Violante Teixeyra para sua casa, e que elle a vestia e calsava emquanto esteve em sua casa, e que elle mesmo lhe fisera o casamento com o dito Gaspar Ferreira, e que a mesma Violante Teyxeira sendo rapariga dizia que elle era seu Pay” (Ibidem, mç 8, doc. 184). Gabriel Ferreira aprendeu o seu ofício na oficina de seu pai que era entalhador e trabalhava com vários mestres na cidade de Lisboa, sobretudo com os escultores António Ferreira, Manuel Dias, e Manuel Andrade e os marceneiros António Nogueira Machado e Bartolomeu Moreira (doc. 2). Chegou a Coimbra em 1710, pois pouco depois executava retábulos para várias ordens religiosas, sendo nomeado meirinho do isento de Santa Cruz. A sua vinda para esta cidade poderá estar relacionada com o pintor Manuel da Silva o qual morava na freguesia de Santa Justa de Lisboa e rumou para Coimbra nessa época, e com quem trabalhou (PORTELA, Miguel, Os Pereira Pegado: uma família de artistas nos séculos XVII e XVIII, Edição do autor, Figueiró dos Vinhos: Figueirótipo – Indústria Gráfica, Lda, 2018, pp. 1-6). Sabemos que do seu casamento com Violante Teixeira nasceram, entre outros, Mariana que foi batizada em 29 de outubro de 1714 (A.U.C., Livro de Batismos da Paróquia de Santa Cruz – Coimbra [17261764], Cota III-2.ª D, assento n.º 3, fl. 38v); José que foi batizado em 22 de novembro de 1716 ou qual foi padre (Ibidem, assento n.º 5, fl. 54-54v); João que foi batizado em 19 de março de 1721 (Ibidem, assento n.º 5, fls. 93v-94); António que foi batizado em 19 de outubro de 1722 (Ibidem, assento n.º 1, fl. 107); e Francisco Ferreira, o qual surge em 8 de junho de 1726 como padrinho no batismo de Antónia da Cruz e Maria, ambas enjeitadas (Ibidem, assento n.º 1, fl. 143). Sabemos também que sua esposa Violante Teixeira faleceu em 18 de maio de 1735 (doc. 3). Em 1738, Gaspar Ferreira achava-se ajustado para casar com Joaquina Luísa filha de António Gomes, conteiro, natural de Rebolaria, freguesia de Santa Cruz da vila da
Pormenor do interior da capela-mor do Convento de Santa Maria da Vitória na Batalha. Postal ilustrado do século XX. nomiadas e assignadas que elles faziam, ordenavam e constetuhiam por seu serto e em tudo bastante procurador com o poder de sustabeleçer esta com hum e muntos procuradores e revogalos paresendolhes ficandolhes esta sempre em sua força e vigor comvem a saber a Manoel Correia da çidade de Lisboa pera que elle dito procurador e seus sustabeleçidos de per si in solidum em nome dele outorgante posam procurar, requerer, alegar, defender todo o seu Direito e Justisa em todas suas cauzas, negoçios, demandas, siveis, crimes, movidas e por mover em que elles outorgantes forem partes autores ou reos e se tratem em quaisquer Juizos e Tribunais deste Reino assim Ecleziasticos como Seculares ahonde mais cumprirem estando em Juizo e fora dele a todos os termos e autos judiçiais e extrajudiçiais the ouvirem sentenças, dezembargos e os dados em seu favor, aseitarem e fazerem dar a sua devida execussam pelo prinçipal e custas e das contrarias e entreluctorias, aggravos que lhe sam e fazem feitos e appelarem, aggravarem, embargarem e tudo seguirem the mayor alçada e final despacho de appelasam e loggo sem desistirem e renunçiarem se lhes pareser, recuzarem de suspeitos a todos e quaisquer Menistros e Ofiçiais de Justisa que lhe forem e pareser ser como atras de novo se louvarem sem pera o cazo das suspeiçois como pera as prinçipais e avaliasois das conteúdas o que posam ser a mais anos deles outorgantes e coal // [fl. 165] Qualquer liçito juramento que por Direito lhe for demandado e nas almas das partes adeverças deixarem e fazerem dar se comprirem pera que posam cobrar e arecadar o que se lhe dever e contra seus devedores ofreçem libelos e suspeiçõis, reconvençõis contra elles outorgantes ofreçidas, contestarem, replicarem e treplicarem e a tudo darem provas de testemunhas as contrarias virem jurar contraditarem, nomiarem os bens dos condenados e pinhora e nelas louvarem com lisensa dos julgadores fazelas apregoar os dias dali e rematalos em si de tudo tirarem cartas de arematasam e porem tudo delas thomarem poses fazendo conthenuar os instromentos e autos dellas e asignar em os requererem incursoins, partilhas, louvaçõis, divizõis, demarquaçõis, louvar em si pera ellas e assigarem nos autos delas requerer em embargos, dezembargos, penhoras, sequestros, prezõis, e solturas e pera que posam vender, rematar e lançar em todos os bens que comprarem serem de seu sogro e pay Antonio Gomes do lugar da Rebolaria junto a
Batalha, Comarqua de Laria [sic] e juntamente thomarem pose de todos os bens de rais que constarem serem de patrimonio de seu irmam e cunhado do Padre Joze Antonio Clerigo de Missa faleçido no Rio de Janeyro e vender e aremdar coaisquer bens que lhes pertesam pelos preços que lhe por serem convenientes reçebendo tudo e de tudo pasarem quitasois em Juizo e fora dele como pedidas lhe forem remetendo de aver por bom firme e valiozo e pera sempre tudo o que pelo dito seu procurador e seus substabeleçidos for feito, dito, requerido e obrado, vendido, arrendado e asignado e o mais aqui declarado e de os relevar meo incargo e a satisfasam que o Direito outorga por seos bens que obrigavam em feé e testemunho de verdade asim o quizeram, outorgaram e rogaram a mim Tabaliam lhe fizeçe este instromento neste meu Livro de Notas em que assignaram e aqui conçederam hum deste thior e os mais que dele se cumprirem que aseitaram e eu Tabaliam como pesoa publica estepulante e aseitante o estipulei e aseitei tanto quanto em Direito devo e poso ao que tudo foram testemunhas prezentes Manoel Pereira Mouham, Estudante desta çidade e Manoel Nunes, Criado dos sobreditos e do lugar de Montessam do Campo que todos aqui asinaram e depois que este lhe foi lido por mim Rodrigo de Andrade Pereira // [fl. 165] Pereira publico Tabaliam de Notas que o escrevi. (a) Gaspar Ferreira (a) Joaquina Luiza (a) Manoel Pereira Manham (a) De Manoel + Nunes
DOCUMENTO 5
1762, outubro, 20, Coimbra – Registo de óbito de Gaspar Ferreira. A.U.C., Livro de Óbitos da Paróquia de Santa Cruz – Coimbra [1707-1795], Cota III-2.ª D, PT/AUC/PAR/CBR17/004/0002, assento n.º 3, fl. 53. Em vinte de outubro de mil setecentos secenta e dois faleceu com todos os Sacramentos Gaspar Ferreira, viuvo que ficou de Violante Teixeira, e agora cazado com Joaquina Luiza. Foi sepultado na Capella da Senhora da Conceição de S. Francisco da Ponte, para onde foi levado no esquife da Ordem 3.ª e amortalhado no habito de S. Francisco, teria de idade setenta e tres anos: fes testamento no qual deixou sua molher por testamenteira de que fis este termo que asignei, era ut supra. (a) O Cura Francisco da Cruz
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Do fundo dos nossos corações Cardeal Robert Sarah
Lucerna
No seguimento das diversas discussões que continua a suscitar dentro e fora da Igreja o tema do sacerdócio católico, e em concreto do celibato, são de especial relevância as reflexões e considerações que sobre ele faz neste livro o cardeal Robert Sarah. No texto introdutório, refere-se ao Papa Emérito Bento XVI: «nos últimos meses, enquanto o mundo fazia eco do ruído criado por um estranho sínodo dos meios de comunicação social que se sobrepunha ao sínodo real, encontrámo-nos. Trocámos as nossas ideias e preocupações. Rezámos e meditámos em silêncio. E cada um dos nossos encontros confortou-nos e apaziguou-nos mutuamente. As nossas reflexões, seguindo por caminhos diferentes, levaram-nos a trocar correspondência. A similaridade das nossas preocupações e a convergência das nossas conclusões decidiram-nos a colocar o fruto do nosso trabalho e da nossa amizade espiritual à disposição dos fiéis». É esse propósito de divulgação que este livro pretende cumprir. Entretanto, o Papa Emérito emitiu um comunicado em como não deseja ser associado à publicação. A discussão, essa, e sempre útil e válida.
São Tomás de Aquino e o Mercado - Para uma economia humana Mary L. Hirschfeld
Princípia
Os economistas e os teólogos costumam habitar diferentes mundos. Os primeiros estudam o funcionamento dos mercados e tendem a deixar os problemas éticos de lado. Os segundos, procurando encarar as questões levantadas pelas consequências do mercado, muitas vezes relegam a economia para segundo plano e perdem de vista a influência que os incentivos do mercado têm no comportamento individual. Mary Hirschfeld é economista e teóloga, pelo que, neste livro, se aventura no encontro da economia com o pensamento de São Tomás de Aquino, erguendo uma ponte entre estes dois campos do saber. Na sua opinião, uma economia enraizada no pensamento tomista abarca muitas das ideias dos economistas que possuem uma perspectiva mais abrangente da vida boa, e dá-nos um acesso crítico às limitações éticas do capitalismo moderno. A questão-chave é que a riqueza material é um bem instrumental que só tem valor na medida em que torna possível a realização humana. Assim, uma economia verdadeiramente humana não pode ter como fim último a procura da riqueza por si mesma.
Um Tiro na Bruma Manuel Cardoso
Sopa de Letras
Este é um grande romance histórico-policial que retrata a sociedade portuguesa no início do século XX, marcado por inúmeros acontecimentos que provocaram grandes transformações políticas e sociais: a Implantação da República, em 1910, golpes de Estado e contra-golpes, a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, as doenças que dizimaram famílias inteiras, ricos e pobres. É neste cenário conturbado, com base em factos e personagens reais, que se movimenta a figura central da história, Amadeu. Na qualidade de médico em Macedo de Cavaleiros, a sua vida espelha bem as dificuldades que então havia em ultrapassar a escassez de recursos que assinala este período. Em torno de Amadeu gravitam muitas outras personagens que ilustram primorosamente a sociedade portuguesa de então, e em particular a trasmontana, para o desenvolvimento da qual foi essencial a construção da Linha do Tua.
Quero, Quero, Quero Polly Dubar
LeYa / Caminho O menino está zangado. Quero, Quero, Quero! Tem as meias em baixo, as calças num remoinho… E quer, quer, QUER UM BOLINHO! Esperneia, grita e faz cara má. Quer bolos, e é… já, já, já! Felizmente, a mãe tem o antídoto perfeito para um dia mau e uma birra… primeiro o 1, depois o 2, a seguir o 3. E agora é a tua vez. Com ilustrações delicadas e um texto sensível, ambos de autoria de Polly Dunbar, este livro ajuda as crianças na arte de respirar perante uma situação de frustração. E será uma ajuda preciosa para a tarefas das mamãs e dos papás…
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Mulherzinhas e Boas Esposas (edição especial)
Novo Vocabulário Ortográfico
LeYa / Oficina do Livro
Guerra & Paz
Louisa May Alcott
Esta irresistível caixa contendo duas das mais emblemáticas obras de Louisa May Alcott chega às livrarias na mesma altura em que estreia no cinema o filme Mulherzinhas, com seis nomeações para os Óscares da Academia e com Emma Watson e Laura Dern no elenco! As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy conhecem algumas dificuldades depois da partida do seu pai para a guerra e dos problemas económicos que a família enfrenta. Mas o espírito lutador e de união que reina entre todas ajuda-as a seguir em frente. Juntas vivem histórias em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades que têm de enfrentar, mas quando a tragédia lhes bate à porta, descobrem que o melhor conforto é terem-se umas às outras e poderem estar juntas. Bem-vindos à história de vida da família March!
Star Wars – Guia do Explorador da Galáxia (com realidade aumentada)
LeYa / Dom Quixote
Acompanhando a estreia do filme Episódio IX – A Ascensão Skywalker, no passado mês de Dezembro, a D. Quixote lançou um livro que, à boa maneira Star Wars, nos propõe espectaculares experiências de realidade aumentada. Para embarcar nesta viagem basta descarregar a app gratuita Star Wars Holoscanner e combinar o Guia do Explorador da Galáxia com o smartphone ou tablet e serão revelados os segredos escondidos nas páginas deste livro. O leitor vai descobrir como seria fazer parte da Resistência, pilotar a Millennium Falcon, combater droides de guerra em Geonosis ou manobrar um AT-ST numa batalha, entre outras experiências. O Guia do Explorador da Galáxia é uma experiência de imersão noutro mundo, recorrendo a imagens espectaculares e a uma realidade aumentada topo de gama que permite uma exploração impressa e digital comparável ao da galáxia muito, muito distante.
Teresa, a condessa-rainha
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Temas e Debates
- Conciliador do Acordo de 1990 com a Norma de 1945
D’Silvas Filho
O Novo Vocabulário apresentado neste livro aproveita o que o AO90 tem de positivo e mantém o que da equilibrada Norma de 1945 pode ou deve conservar-se, tendo em consideração o Vocabulário Comum (VOC) que deveria ter sido previamente realizado. Procura ser conciliador; Considera fundamental que não se percam as virtualidades do idioma; Segue o critério do VOLP brasileiro de aceitar múltiplas duplas grafias legais, permitindo a escolha livre do falante; Regista as palavras com as consoantes não articuladas quando existiam sem variantes na língua antes de 1990 e recusa taxativamente palavras inventadas depois; Evita ambiguidades e incoerências e recupera a distinção entre compostos e locuções; Não se desvia, na generalidade, do texto do AO90 e da Nota Explicativa; Considera que, enquanto houver países da lusofonia fiéis à ortografia de 1945, esta não pode ser condenada em Portugal.
De Língua Afiada Michelle Dean
Quetzal Editores Há poucos instrumentos mais poderosos do que a palavra certa no momento exacto. Este livro reúne um improvável grupo de mulheres que, com brilhantismo e arrojo na forma como expuseram as suas opiniões e ideias, moldaram a história cultural e intelectual do século XX. Apesar dos homens que frequentemente as subestimavam ou rejeitavam o seu trabalho, Susan Sontag, Dorothy Parker, Hannah Arendt, Rebecca West, Joan Didion, Mary McCarthy, Pauline Kael, Renata Adler, Janet Malcom e Nora Ephron ousaram escrever e dar a sua opinião num tempo em que essa era uma característica reservada ao universo masculino. Embora com ideias e estilos tão diferentes que dificilmente aceitariam fazer parte deste grupo, o que a autora do livro pretende mostrar é que estas mulheres, cada uma à sua maneira, desbravaram um caminho para que outras pudessem continuar.
Filha do poderoso Afonso VI, rei de Leão e Castela, e de D. Ximena Moniz, e irmã da rainha D. Urraca, a infanta D. Teresa assistiu de muito perto e interveio, por vezes de forma enérgica, nas sucessivas e complexas conjunturas que moldaram o processo histórico peninsular, na passagem do século XI para o XII. Tendo ficado viúva de D. Henrique de Borgonha em 1112, D. Teresa assumiu as tarefas governativas do condado, procurando dar continuidade ao essencial das políticas do marido. Neste contexto, não deixou também de cultivar ambições régias, muito provavelmente relacionadas com uma eventual restauração do antigo reino da Galiza. A história posterior, em razão sobretudo da fundação da monarquia portuguesa, levou a que o seu governo fosse tradicionalmente interpretado como uma espécie de período intermédio entre dois tempos grandes, o de D. Henrique e, muito em particular, o de seu filho, D. Afonso Henriques. Esta biografia revela-nos D. Teresa, a condessa-rainha, como uma personagem política fascinante, dotada de características singulares, que viveu e influenciou os momentos mais decisivos da formação do reino de Portugal.
Da Troika à Geringonça
ABC da Tradução
Depois de visitar inúmeras escolas e de entrevistar personalidades da educação, da cultura e da política – de Adriano Moreira a António Sampaio da Nóvoa ou Marcelo Rebelo de Sousa–, o autor não tem dúvidas: o grande desafio da nova escola será tornar o aluno e as suas aprendizagens no centro do processo educativo, dando-lhe a possibilidade de construir o seu próprio conhecimento. E, para além dos conteúdos, é essencial preparar para a vida; e as capacidades de pesquisa, análise e comunicação, as atitudes, o comportamento, o trabalho em grupo, a criatividade e a liderança são fundamentais. Defende-se uma escola que leve a realidade do mundo actual para as salas de aula, que propicie trabalho colaborativo e uma abertura ao exterior através da tecnologia. São essenciais conteúdos mais práticos e pluridisciplinares, analisados numa lógica de projecto, horários mais flexíveis e aprendizagens baseadas na aquisição de competências em final de ciclo. Cada vez mais alunos, pais e professores querem uma escola que se reinvente em permanência, para responder aos constantes desafios com que é confrontada.
Marco Neves
Guerra & Paz Esta é uma obra essencial para desfazer ideias erradas sobre a tradução, descrevendo as ferramentas práticas dos tradutores, revelando armadilhas habituais da arte de traduzir e mostrando ao leitor os truques e técnicas de quem trabalha todos os dias a trazer o mundo para a língua portuguesa. Indispensável para profissionais da tradução e para todos os que gostam de saber mais sobre o português e a sua relação com as outras línguas, com respostas para perguntas como: O que faz um tradutor? E um gestor de projectos? Quais são as ferramentas dos tradutores? O que fazer ao «tu» espanhol? Como escolher o sexo do primeiro-ministro? Um português legenda, um espanhol dobra e um polaco faz o quê? Como traduzir para inglês o nome do Porto? Como rever as nossas próprias traduções?...
Luís Reis
Guerra & Paz Da Troika à Geringonça é um livro que conjuga a observação da realidade económica e política portuguesas, de 2012 a 2019, à luz de um pensamento político e económico liberal. Na verdade, confrontando-se com os Governos de Pedro Passos Coelho e de António Costa e com a acção de ministros das Finanças, de Vítor Gaspar a Mário Centeno, passando por Maria Luís Albuquerque, este livro faz um retrato claro e cristalino da realidade portuguesa e dos problemas essenciais que afligem a nossa sociedade e a nossa economia. Luís Reis, o seu autor, gestor de empresas, com passagem por organismos empresariais europeus e mundiais, escreveu um livro em que afirma, sem sectarismos, uma ideia de país e uma visão social e económica. Um livro cuja linguagem combina inteligência e prazer.
Uma Nova Escola para Portugal Prof. Jorge Rio Cardoso
Guerra & Paz
sugestões de leitura • 27
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
O Alfabeto Nojento Texto: David Machado Ilust.: David Pintor
Editorial Caminho
Uma forma divertida de aprender o alfabeto, com a ajuda do traquinas Henrique e das partidas nojentas que ele prega aos amigos e a toda a família. Um livro de um autor premiado que se destina a todos os que estejam a aprender a ler e para todas as crianças que apreciam as situações traquinas e nojentas retratadas nestas páginas através das letras do alfabeto.
Pão de Açúcar Afonso Reis Cabral
Círculo de Leitores
Em Fevereiro de 2006, os Bombeiros Sapadores do Porto resgataram do poço de um prédio abandonado um corpo com marcas de agressões e nu da cintura para baixo. A vítima, que estava doente e se refugiara naquela cave, fora espancada ao longo de vários dias por um grupo de adolescentes, alguns dos quais tinham apenas doze anos. Rafa encontrara o local numa das suas habituais investidas às «zonas sujas», e aquela espécie de barraca despertou-lhe imediatamente o interesse. Depois, dividido entre a atracção e a repulsa, perguntou-se se deveria guardar o segredo só para si ou partilhá-lo com os amigos. Mas que valor tem um tesouro que não pode ser mostrado? Romance vertiginoso sobre um caso verídico que abalou o País, fascinante incursão nas vidas de uma vítima e dos seus agressores, Pão de Açúcar é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginárias meticulosamente desenhadas, que vem confirmar o talento e a maturidade literária de Afonso Reis Cabral.
Águas de Tempestade Danielle Steel
Círculo de Leitores À medida que o furacão Ofélia se abate sobre Nova Iorque, milhões de pessoas são apanhadas pelas terríveis inundações que a tempestade desencadeia. Ellen Wharton, uma designer de interiores de sucesso, apanha um avião de Londres para Nova Iorque, descurando os avisos da aproximação de um furacão. Está decidida a visitar a mãe, Grace. Mas quando a tempestade atinge a cidade, as duas mulheres são forçadas a atravessar as águas geladas para alcançarem um barco da polícia, na rua. O britânico e banqueiro Charles Williams vai em viagem de negócios, mas também está ansioso por ver as filhas pequenas, que vivem com a sua lindíssima ex-mulher em Nova Iorque. À sua procura pelos abrigos onde milhares de pessoas se refugiaram, acaba por encontrar Ellen e a mãe. Enquanto isso, Juliette Dubois, uma dedicada médica do serviço de urgência, luta para salvar vidas quando os geradores do hospital entram em colapso. Aquele desastre natural de proporções épicas dilacera vidas, mas também revela os heróis – e é então que as verdadeiras mudanças começam, quando os sobreviventes encaram o seu futuro…
Porque fazemos aquilo que fazemos – psicologia em poucas palavras Joel Levy
Círculo de Leitores Abordando as questões-chave que intrigaram a humanidade ao longo dos séculos, este livro apresenta-nos os mais importantes estudos e teorias da psicologia de forma acessível e descontraída. Explica-nos quais são os princípios fundamentais da psicologia, as suas interrogações e os seus debates, apresenta-nos as figuras mais relevantes desta ciência, lança-nos perguntas que dão que pensar e oferece respostas surpreendentes. De onde veio a psicologia? A hipnose existe mesmo? O que nos faz felizes? Porque sonhamos? De onde vem a linguagem? Somos capazes de pensar nalguma coisa sem usar palavras? Por que razão nos esquecemos? Porque nos apaixonamos? Porque são os adolescentes tão resmungões? O QI é realmente importante? O que é mais determinante, a natureza ou a educação? A dor do luto é uma doença mental? Como se pode detectar um psicopata? O que é o normal? Uma obra para quem deseja descobrir como funciona a mente humana e como interagimos com o mundo que nos rodeia. Uma introdução fascinante ao estudo da nossa mente.
Património Natural do Mundo - Austrália, Nova Zelândia e Pacífico Círculo de Leitores
Austrália – terra de cangurus e coalas. Mas também terra de cascatas altíssimas, como no Parque Nacional de Springbrook, fascinantes rochedos como o célebre Uluru, e florestas tropicais sujeitas às monções, como no Parque Nacional de Litchfield. Podemos afirmar que é um continente repleto de espectáculos da natureza, parques nacionais e reservas da biosfera, muitos dos quais elevados a Património Mundial pela Unesco. Algo menor em área, mas não menos rico em flora e fauna, temos a Nova Zelândia, com conhecidas jóias como o Parque Abel Tasman ou o Parque Nacional Fiordland. Se fizermos mergulho a alguns quilómetros a norte da ilha, encontraremos um paraíso como mais nenhum outro na Terra. A Oceânia, com os seus muitos milhares de ilhas e ilhéus, é a quinta-essência das praias de areia branca, águas azul-turquesa e florestas profundamente verdes, bem como um mundo subaquático com recifes de coral, coloridos cardumes de peixes e enormíssimas tartarugas-marinhas. Este é o livro certo para apreciar toda esta beleza.
O Lado Negro da Mente Kerry Daynes
Bertrand Editora No quotidiano de uma psicóloga forense não há dois dias iguais nem pacientes previsíveis. O trabalho é muitas vezes perigoso e quase sempre inquietante. Kerry Daynes trabalha de perto com alguns dos criminosos mais violentos e desafiantes das prisões e hospitais psiquiátricos do Reino Unido – e também com as vítimas dos seus crimes. O seu dia é passado olhos nos olhos com o lado negro da mente humana, a tentar entender as acções brutais de homens e mulheres que foram condenados pelo sistema judicial e a ajudá-los a encetar o caminho para se tornarem cidadãos respeitadores da lei. Mas olhar para o abismo todos os dias tem os seus custos, e o testemunho lúcido e rico de Daynes mostra-nos os perigos pessoais e profissionais que ela incorre e as experiências e pessoas que mais a influenciaram como psicóloga forense. Esta é uma viagem inesquecível às causas do comportamento humano mais extremo e a um conjunto de sistemas mal adaptados para lidar com ele.
É Vegan, É Fácil Denise Smart
Arteplural Edições Se é dos que acham que uma dieta variada, nutritiva e saborosa sem alimentos de origem animal é algo muito complicado e caro, prepare-se para conhecer uma nova perspectiva. Este livro mostra como a cozinha vegan pode ser fácil, acessível e deliciosa. Reunindo 60 receitas para o dia-a-dia, cada uma com cinco ingredientes que facilmente se encontram no supermercado, a autora quer acabar com os mitos à volta da cozinha vegan e ajudar os que se começam a aventurar neste género de culinária. Dividido em três capítulos – Pequeno-almoço e brunch; Pratos principais; Pães, bolos e doces – e com receitas de fazer crescer água na boca, este livro é o melhor ajudante para confeccionar deliciosas refeições sem carne, peixe, ovos e lacticínios. Com uma introdução sobre os ingredientes básicos da cozinha vegan e a sua componente nutricional, é perfeito para vegans principiantes, vegetarianos curiosos e carnívoros gulosos!
Lisboa Reykjavík Yrsa Sigurdardóttir
Quetzal Editores
Inicialmente editado com o título O Silêncio do Mar (2016), este é considerado o melhor e mais assustador romance de Yrsa Sigurdardóttir, galardoado com o Prémio Petrona 2015, que distingue literatura policial islandesa, norueguesa e sueca. Despedindo-se das temperaturas agradáveis da capital portuguesa, a bordo de um iate de luxo seguem sete pessoas que enfrentarão o frio mar daquele Inverno, a caminho da Islândia. Porém, daí a alguns dias, quando o barco entra no porto de Reykjavík, ninguém é encontrado dentro dele. O que aconteceu à tripulação e família que seguia na embarcação? O que se teria passado em Lisboa, ou durante a viagem, que possa explicar o desaparecimento? Um cenário que marca o regresso da rainha do ‘noir’ nórdico, um mistério sobre a escuridão do oceano, Lisboa, a família, a fama, negócios obscuros e, como sempre, o mal e a conspiração do ódio.
O Jardim – Porque é que… os caracóis não têm patas?
Joséphine Sauvage
Na Quinta – Porque é que… as vacas dão leite?
Bertrand Editora
Na idade dos porquês, toda a ajuda é pouca. Nestes dois livros, encontram-se perguntas colocadas por crianças e respostas às questões que tanto as intrigam: porque é que as raposas não vivem nas quintas? Porque é que as rodas do tractor são pequeninas à frente e grandes atrás? Porque é que as urtigas picam? De onde saem as formigas, e porque andam sempre tão apressadas? Assim, as crianças poderão ver esclarecidas algumas das suas maiores dúvidas sobre o jardim e a quinta. Esta colecção de livros didácticos e interactivos são uma preciosa ajuda para pais, cuidadores e educadores de infância de crianças dos 3 aos 6 anos. Com abas e janelas que dão grande dinamismo e garantem interacção durante a leitura, estes livros despertarão a atenção dos mais pequenos de forma divertida e educativa.
Leão, o Africano Amin Maalouf
Quetzal Editores Esta é a primeira obra de ficção do autor franco-libanês vencedor do Prémio Gulbenkian 2019. Uma autobiografia, imaginária, de uma apaixonante figura histórica: o geógrafo Hassan al-Wazzan, que ficou conhecido como Jean-Léon de Médicis, ou Leão, o Africano. Em 1518, no regresso de uma peregrinação a Meca, o embaixador magrebino é capturado por piratas sicilianos que o oferecem de presente a Leão X, o grande papa da Renascença. A sua vida, feita de aventuras, paixões e perigos, é marcada por grandes acontecimentos do seu tempo: durante a Reconquista encontrava-se em Granada, de onde teve de fugir à Inquisição; estava no Egipto aquando da sua tomada pelos Otomanos; na África Negra, durante o apogeu de Askia Mohamed Turé; e em Roma, no período áureo do Renascimento e no momento do saque da cidade pelos soldados de Carlos V. Figura do Oriente e do Ocidente, Leão, o Africano, viveu em pleno o fascinante século XVI e é uma das grandes figuras da cultura do Mediterrâneo.
O Que Fazer dos Estúpidos Maxime Rovere
Quetzal Editores
É um problema tão urgente que este filósofo francês resolveu interromper os seus trabalhos universitários para se debruçar sobre ele. Os filósofos podem combater a estupidez e considerá-la um adversário – e até, pelo menos teoricamente, uma forma de inteligência. Isto pode esclarecer a natureza da estupidez e ajudar a combatê-la – mas o problema são os estúpidos. É essa a pergunta: e os estúpidos que encontramos no dia a dia, no emprego, nos transportes, na família, entre os nossos vizinhos, amigos e amantes? Os estúpidos são um problema delicado e muito mais importante do que a estupidez propriamente dita. A sua existência constitui um problema teórico e filosófico extremamente complexo. São obstinados, agressivos, oportunistas – e, às vezes, inteligentes. O que fazer com eles? (e como deixar de ser um deles?) Com humor, ironia e recurso à filosofia, Maxime Rovere explica como resistir-lhes, como escutá-los, como o Estado os protege, como nos ameaçam – e porque é que eles preferem destruir a construir, por que governam o mundo e ganham sempre.
Actas da Conferência da Imprensa Regional de Leiria Joaquim Santos (coord.)
Inforletra
Na apresentação do seu livro “Imprensa de Leiria na História”, em 2018, o investigador Joaquim Santos promoveu uma verdadeira jornada sobre o jornalismo regional. É o que se disse nesse dia que é agora disponibilizado ao público em forma de actas e com uma vasta ilustração fotográfica desse evento. O próprio livro é, agora, também um documento importante para a reflexão sobre o jornalismo de proximidade.
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sugestões de leitura
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Paulus Editora . Espiritualidade . Como encontrar Deus…e porque nem é preciso procurá-l’O Zacharias Heyes
Deus revela-Se constantemente, e o ambiente mais propício para encontrá-l’O é no quotidiano. Na presente obra, o padre Zacharias Heyes traz exemplos históricos de personagens que reencontraram Deus no quotidiano das suas vidas. O ápice da participação de Deus no quotidiano da vida é a Encarnação do Filho, que Se faz humano com os humanos. Num segundo momento, Heyes aborda aspectos da relação humana com o outro. A manifestação de Deus no quotidiano leva a um novo relacionamento com o outro, de forma a encontrar o Deus que se manifesta nele.
Os Primeiros Cristãos - As histórias, os monumentos, as figuras
A Igreja é comunhão - Guia de estudo e reflexão com S. João Paulo II, Bento XVI e Francisco Ricardo Figueiredo
«É da Trindade, com Ela e somente a partir dela, que podemos “fazer da Igreja uma rede de relações fraternas”, uma rede sólida, porque enraizada no amor de Deus, que transborda numa caridade verdadeiramente evangelizadora, credível e transformadora da realidade, verdadeiro fermento na massa da Humanidade fragmentada, desestruturada e dividida. Este livro é um excelente guia para aprofundar o mistério da Igreja como comunhão, que se concretiza na História, na Igreja localizada, que se faz presente e actuante nos diversos âmbitos do tecido social.» - Do Prefácio.
Fabrizio Bisconti
O Domingo da Palavra de Deus - Subsídio litúrgico-pastoral 2020
Silêncio, o mestre dos mestres - - Doze passos para um caminho de espiritualidade
“As comunidades encontrarão maneiras de viver neste domingo como um dia solene”. As palavras do Papa Francisco na carta Aperuit illis, com a qual ele estabelece o domingo da Palavra de Deus, ajudam a entender a importância dessa ajuda pastoral. É uma ajuda que queremos oferecer às comunidades paroquiais e aos que se reúnem para a celebração da Santa Eucaristia no domingo, porque este domingo é vivido intensamente. Precisamos fazer da celebração eucarística um verdadeiro momento de encontro, onde os crentes sabem que são convocados pelo Espírito para celebrar juntos o mistério da morte e ressurreição do Senhor Jesus. Ouvir a Palavra de Deus é bom se ilumina o caminho de nossa vida e nos permite nutrir-nos com a Palavra, Corpo e Sangue de Cristo, para dar apoio e força a nosso testemunho no mundo. Este subsídio pode atender a essas necessidades e, talvez, possa ajudar a tornar a celebração eucarística um momento solene para redescobrir a alegria de celebrar o mistério de nossa salvação como um povo crente.
Este livro, com prefácio do cardeal Gianfranco Ravasi, contém uma série de artigos sobre o início da civilização cristã, escritos por Fabrizio Bisconti, especialista em iconografia cristã, publicados no jornal do Vaticano L’Osservatore Romano entre 2007 e 2012. Dividido em três capítulos (histórias, monumentos e figuras), o autor dá um válido contributo, numa perspectiva interdisciplinar, com o propósito de dar a conhecer as primeiras formas evolutivas da Societas Christiana nas suas manifestações escritas, arquitectónicas e iconográficas, dando assim a conhecer protagonistas do Antigo e do Novo Testamento, dos Padres da Igreja, da primeira hierarquia eclesiástica, mas também dos monumentos e lugares de culto. O fio condutor desta obra é a documentação iconográfica, com numerosas fotografias a cores, através da qual o autor apresenta um valioso instrumento para quem deseja aprofundar o conhecimento da origem da civilização cristã.
Emiliano Antenucci
«O silêncio é indispensável a todos os homens, para o próprio equilíbrio da pessoa humana, habitada pela presença de Deus, a quem a reverência e o silêncio sagrado são adequados. Mas no mundo em que vivemos, o silêncio foi enviado para o exílio. Portanto, é urgente procurá-lo e colocá-lo de volta no centro das nossas vidas. Frei Emiliano Antenucci traz o silêncio para o nosso caminho de maneira prática e convincente. Revendo várias situações existenciais e citando textos sugestivos de autores espirituais antigos e contemporâneos, destaca doze etapas indispensáveis para um autêntico caminho de espiritualidade marcado pelo silêncio.» - Madre Anna Maria Cànopi, do prefácio.
Testemunho de duas vidas compartilhadas Eugénio José da Cruz Fonseca
Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, revela algumas das vivências, talvez pouco conhecidas até agora, que partilhou ao longo dos 42 anos de amizade e colaboração com o primeiro Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, personalidade emblemática da sociedade portuguesa contemporânea. «Senti que a história precisava delas, por já ter sido amputada, por não ser o próprio a escrevê-las, pois seriam mais completas e enriquecidas», sublinha o autor. No prefácio, o general Ramalho Eanes evoca a relação de Santa Madre Teresa de Calcutá com D. Manuel Martins, e recorda o seu papel, determinante, quando, na península de Setúbal, «a crise económica e a falta de resposta do poder político atropelaram a verdadeira liberdade de muitos, esmagaram, com o desemprego e os salários em atraso, a sua dignidade, fragilizaram a própria solidariedade». «Conseguiu, D. Manuel Martins, ter uma vida cheia, uma vida boa, porque constitui verdadeira referência inspiradora de todos quantos, genuinamente, se preocupam com a dignidade “de todos os homens e do Homem todo”». Esta é uma parte dessa extraordinária biografia.
Conselho Pontifício para a promoção da Nova Evangelização
Como ensinar as crianças a cuidarem da criação de Deus Mary Elizabeth Clark, ssj
É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas acções diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida. A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência directa e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano. - Laudato Si (211)
Gerar rasto na história do mundo
Luigi Giussani, Stefano Alberto, Javier Prades
Redescobrir o sentido profundo do Cristianismo como Acontecimento: o anúncio de que o Mistério Se fez homem num lugar e num tempo determinados. É este o foco da reflexão sobre a experiência humana desenvolvida por Luigi Giussani ao longo dos anos noventa, o fio condutor dos textos que o autor deste volume reuniu, juntamente com uma série de palavras chaves, para dar forma a um conjunto orgânico e a um percurso unitário. Um caminho que abre a razão do homem e resulta da certeza de uma Presença excepcional e, no entanto, integralmente humana. Um acontecimento que permanece no tempo através da Igreja, o corpo secular de Cristo, a companhia daqueles que Ele identifica a Si no Baptismo, o acto inaugural de um protagonista novo e de um povo novo que age na história até ao dia final da misericórdia.
A espiritualidade das crianças - O que é e para que serve Rebeca Nye
«A espiritualidade é como um pássaro: se o segurarmos com muita força, ele asfixia; se o segurarmos folgadamente, ele voa para longe. O fundamental para a espiritualidade é a ausência de força.» - Hugo Gryn. «Desde os nossos primeiros dias como bebés que necessitamos de adquirir um significado a partir da experiência. Este livro é para quem sente que a linguagem cristã tem uma contribuição distinta a oferecer à forma como damos sentido às coisas nas nossas vidas; é, em particular, para todos aqueles que exercem influência em situações que envolvem crianças. Destina-se a pais, clero, dirigentes com crianças a cargo, professores e muitos outros.» - Da Introdução.
A vida não nos é tirada, mas transformada Jorge Medina Estévez
A vida nesta terra não é a única nem a definitiva, mas é apenas uma etapa, a primeira e não a última, da nossa existência. Uma etapa provisória, que se deve viver responsavelmente, com seriedade, com respeito e com amor, mas recordando sempre a nossa condição de peregrinos a caminho do nosso destino final, que não se realiza plenamente nesta terra.
A missionária audaciosa
Ir. Maria do Rosário Silva
Ana Maria Javouhey é um convite vivo, um modelo de santificação pessoal para todas as idades e situações, porque pôs a render as suas qualidades humanas e espirituais, porque descobriu a presença de Deus numa busca constante de conhecer e fazer a sua Vontade porque, em situações por vezes proféticas, descobre na oração o querer divino, que a faz feliz e a leva a querer «estar em toda a parte onde houver bem a fazer e sofrimento a aliviar…» E esse bem encontra-o tanto em França, como nas montanhas dos Himalaias, nas pequenas aldeias peruanas, como nas ilhas do Pacífico, do Atlântico ou das Antilhas… para onde enviou as suas Irmãs; o bem espera-a no abominável tráfico dos africanos, nos alienados de Alençon, nos leprosos da Guiana, nos órfãos ou nos que são vítimas das várias revoluções da França do seu tempo.
Grafitos Medievais do Mosteiro da Batalha Jorge Estrela Hora de Ler
O Mosteiro da Batalha está cheio de tesouros à espera de serem vistos por um olhar mais atento. Foi o que fez Jorge Estrela durante anos. Uma das suas investigações levou-o à descoberta de dezenas de grafitos, desenhados ou levemente talhados na pedra, que documentou há cerca de uma década. Apesar de infelizmente já falecido, surge agora a obra que os revela ao público, coordenada por António Luís Ferreira e Carlota Simões, com a direcção científica de Vitor Serrão. É um património único em Portugal, garante Joaquim Ruivo, director do Mosteiro, que encontra nestes desenhos “os vestígios mais emocionantes e mais vívidos dos milhares de artesãos que por aqui passaram ao longo dos anos”. Vindos de todo o mundo, esses artistas deixaram grafadas, por vezes quase imperceptíveis, representações de naus, caravelas, castelos, homens, animais ou jogos de tabuleiro. Talvez rabiscos com que se entretinham nas horas vagas… ou uma mensagem que queriam deixar conscientemente aos vindouros. Podemos nós agora deliciar-nos apreciá-las em pormenor nesta obra.
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
infantil • 29
Jardim-de-Infância da Golpilheira
30 •
poesia/ /diversos
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020 apoio/divulgação
. Poesia . Existo...no teu xisto
O Rio Vens da terra e entre as rochas Eu vejo-te a escorrer Chamam-lhe o teu nascimento Porque ali te vêm descer.
Sangue que me corre Nas veias transmontanas Lembranças que emanas Como aqueles que choram Casa de Xisto E em som de uma cascata O tempo passou Existo Um regalo para os meus olhos Trás-os-montes O que eu sonhava Que a muitos a sede mata. Alto-Douro sem acreditar Meu tesouro esperei não sei o quê À tua volta cada verdura Pastor o tempo passou Que ao nariz vem o cheirinho Morcela mas depressa voltava E se choras em abundância Mirandela seria o vento! Quero lá meter o pézinho. Bragança Sem acreditar Vila Real continuo a sonhar Essa água tão bonita Chaves, meu segredo espero pelo que não se vê. que nenhuma alma viu a cor Macedo O tempo passou E entre campos e montanhas Cavaleiros ainda sonhava Vais deixando o teu amor. Rio Douro e suas pontes mas não voltou Trabalho o que eu esperava. Vai mas corre devagarinho Oleiros Agora sem acreditar Que todos, de ti, precisamos Frio o tempo passou E que ninguém te estrague a cor Inverno já não vale apena sonhar Igual à do dia em que te encontramos. Calor o tempo jamais voltou. Telmo Monteiro Inferno No pensamento voa Gente dura o sentimento do tempo Perdura é algo na alma que não perdoa Persiste que não tenha o seu tempo. Resiste O tempo passou Lutadora esperei pela realidade Vencedora e nada mais voltou Desse interior apenas saudade. Que me causa dor António José Carreira Santos Da lembrança De minha infância De ser menino No achego Do aconchego De minha avó AGRADECIMENTO Do seu carinho De uma mãe transmontana Que me lembra Relembra A minha felicidade Joaquim Carvalho No ensino de Sousa Saudade
apoio/divulgação
. obituário .
N. 11.009.1936 • F. 17.01.2020
Avó Ema da Assunção Ferreira, o teu neto te dedica este poema. Dedicado igualmente ao povo de Trásos-montes e Alto Douro. Vaz Pessoa
Sua Esposa, Filho, Nora, Neto e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado!
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Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
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a fechar • 31
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
. telefones úteis . 112
Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”
. Tintol & Traçadinho .
244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 101 244 765 497 244 764 080 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007
Saiu o Reino Unido da Europa...
.fotodestaque. MCR Desbaste ao carvalho junto do CRG
É uma árvore imponente, que parece estar a fazer uma vénia à entrada principal do C. R. da Golpilheira. É um pouco incómoda no Inverno, pelas muitas folhas que caiem suavemente das suas braças e ficam espalhadas pelo chão. Já no Verão, a sua sombra é preciosa para resguardar do calor, as pessoas que por ali passeiam, e também aos carros que transitam ou estacionam. Diversas braças estendiam-se por cima da estrada principal. Há tempos, com o vento, caiu uma, que felizmente não causou estragos. Para prevenir qualquer acidente que pudesse vir a acontecer, o dono decidiu mandar cortar aquelas que estavam por cima da estrada. Não está tão bonito, mas estão mais seguros os veículos e as pessoas que por ali passam.
Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede do proprietário e da redacção . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 965022333 / 910 280 820 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about
. recordar é viver . Início dos anos 50. Um jovem, natural da Golpilheira, na altura com cerca de vinte anos, rumou a Castelo Branco para o exército, na vertente de Cavalaria. Naquele tempo, não era fácil a deslocação da Golpilheira para Castelo Branco. Durante a recruta, deve ter vindo poucas vezes visitar a sua família. Este jovem, fardado a rigor, montado num imponente cavalo, era uma imagem de marca naquela época. Actualmente com mais de 90 anos, felizmente está entre nós. Chama-se Manuel Monteiro, conhecido na aldeia por Manuel “Fanha”. Observem, bem. As feições estão lá. E como o povo sabiamente diz: “tiro-o pela pinta”. | MCR
. ficha de assinatura .
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Há futuro na Europa?...
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Entrou o Coronavírus na Europa...
32 • actualidade
Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2020
Câmara lança concurso de ideias
A 3.ª edição do Prémio Municipal de Arquitectura “Mateus Fernandes” terá como alvo a freguesia da Golpilheira, nomeadamente, a requalificação do centro cívico do lugar, atribuindo um prémio de 5 mil euros ao projecto vencedor. Pretende-se a intervenção numa das zonas mais degradadas do lugar, entre a Rua Padre Doutor Joaquim Coelho Pereira e a Rua Principal, onde se incluem a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, as Escadinhas dos Mestres e os acessos às pracetas, largos e edifícios de cariz público que nela intervêm, como o Largo Afonso Maria Coelho Pereira, onde se encontra a Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, o Salão de Festas da Igreja, entre outros, onde se realizam algumas das principais actividades da freguesia. Recorde-se que este prémio de arquitectura se destina a premiar “projectos de PUB
edificações novas, conjuntos e espaços verdes de utilização colectiva, cuja concepção e qualidade arquitectónica sejam relevantes, assim como obras de recuperação e reabilitação cujo projecto mereça destaque pelo respeito do património edificado e/ou boas práticas sustentáveis”. Dividido nas categorias de edificações, espaços exteriores de uso público e boas práticas de sustentabilidade, o concurso premiou na última edição a reabilitação do espaço público junto à igreja matriz do Reguengo do Fetal, procurando a preservação da memória do lugar, das suas tradições e da necessidade de reposição de simbologia desaparecida, nomeadamente a grande palmeira que um vendaval levou. Na presente edição, propõe-se o mesmo modelo de operação na freguesia da Golpilheira, promovendo uma estratégia de desenvolvimento
MCR
Centro cívico da Golpilheira aberto à requalificação
Zona está bastante degradada
e reabilitação urbana equilibrada, ao nível do concelho. O prazo para apresentação de candidaturas decorre até final de Março, após o que, visando a participação da comunidade local, haverá um período de exposição pública dos trabalhos. Estes serão, por fim, apreciadas por um júri que integra técnicos qualificados e representantes da freguesia,
estimando-se que o processo seja concluído ainda no primeiro semestre deste ano. Concluído o concurso de ideias, serão desenvolvidos os projectos técnicos e aberto o concurso da empreitada para a sua execução. Será, ainda, constituída uma comissão de acompanhamento do projecto, constituída por representantes das principais intuições
da freguesia, como o Centro Recreativo, a Assembleia de Freguesia e a Comissão da Igreja, uma vez que a intervenção prevista irá envolver espaços que acolhem acções destas entidades. Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Batista Santos, “as preocupações com o ambiente urbano assumem grande prioridade, estando em curso investimentos importantes neste domínio de valorização da relação das pessoas com o espaço habitado, como novo paradigma de desenvolvimento”. Nessa linha, defende que “a requalificação urbana deve chegar às freguesias”, pelo que, depois de “projectos relevantes em São Mamede, vários na vila da Batalha e o que estamos a iniciar na Praça do Largo da Fonte no Reguengo do Fetal, seguir-se-á a freguesia da Golpilheira”. LMF