Jornal da Região da Amadora 41 de 11 a 24 de Janeiro de 2018

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AMADORA DIRECTOR INTERINO: João Carlos Sebastião | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 11 a 24 de Janeiro 2018 - Semanal - Série V Ano XXIII - N.º 41

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MUNICÍPIO TEM 90 MILHÕES DE ORÇAMENTO EM 2018

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ROSA MOTA “OS MEUS SEGREDOS SÃO A CORRIDA E A ALEGRIA” A antiga campeã tem duplo motivo para festejar em 2018: comemora 60 anos e três décadas sobre a vitória olímpica em Seul. Para Rosa Mota, não se sente o peso dos anos se a vida for encarada com alegria e privilegiar a prática desportiva, essencial para o bem-estar físico e mental.

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Reforçar a coesão social e territorial é um dos principais objectivos da estratégia do município, que conta com 90,8 milhões de euros para 2018. A erradicação do Bairro 6 de Maio está entre os projectos prioritários para o corrente ano.

CENTROS DE SAÚDE ALARGAM HORÁRIOS PARA RESPONDER AO PICO DE GRIPE

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DIRECTOR INTERINO: João Carlos Sebastião | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 11 a 24 de Janeiro 2018 - Semanal - Série V Ano XXIII - N.º 41

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opinião

O papel da PSP na prevenção e combate à violência no desporto

LUÍS ELIAS (Superintendente da PSP) Doutorado em Ciência Política e Licenciado em Ciências Policiais e Segurança Interna/Assessor de Segurança do Primeiro Ministro

A violência associada ao desporto tem tido cada vez maior atenção das organizações internacionais, dos governos, da comunicação social e da opinião pública. Assume uma dimensão e contornos preocupantes em muitos Estados, facto que tem levado a uma crescente cooperação internacional e interinstitucional, dado que esta fenomenologia criminal necessita de uma abordagem transdisciplinar das áreas da justiça, da segurança interna, do desporto, da educação, da segurança social, da saúde, bem como sinergias entre os sectores público e privado e entre os diferentes atores relevantes no ‘mundo do futebol’. O maior evento desportivo realizado em Portugal (Euro 2004) foi decisivo na evolução recente da segurança em grandes eventos. Motivou alterações legislativas profundas no nosso país, uma mudança da filosofia até então existente da gestão da segurança de espetáculos desportivos, tornando-se o Estado mais regulador e fiscalizador e menos executante, transferindo para os privados(1) a responsabilidade executiva de organização das competições, incluindo a segurança. Mais de treze anos após o torneio, as lições e influências resultantes da organização portuguesa do Euro 2004 encontram-se bem documentadas, fazendo deste evento uma referência para a qual o vetor da segurança (nas vertentes safety e security), o bom acolhimento e hospitalidade (service) nacional tiveram um contributo decisivo. Salomé Marivoet referiu que “o policiamento da PSP no Euro pautou-se por uma

ação civilista, procurando identificar os protagonistas dos atos, apostando também na informação pública através dos órgãos de comunicação como forma de diálogo e de transparência da sua ação (…)” (Marivoet, 2006: 115). O modelo da PSP de gestão da segurança em grandes eventos passou a obedecer a princípios de flexibilidade permanente, de forte visibilidade, de baixa ostensividade (sendo apenas elevado o grau de musculação e de ostensividade de meios e de recursos mediante uma avaliação rigorosa da ameaça e do risco). Passou ainda a apoiar-se em princípios de grande mobilidade, de elevados níveis de tolerância, de intervenção informada e seletiva, de graduação e adequação da intervenção policial à situação identificada e através da gestão da capacidade de reação a incidentes. Consiste ainda num modelo integrado entre as vertentes safety (diretores de segurança, proteção civil, emergência médica e segurança privada) e security (polícia), verificando-se hoje nos principais complexos desportivos em Portugal uma cooperação cada vez mais eficaz entre estas vertentes. A PSP tem um repositório de experiência adquirida em eventos de elevada complexidade (Expo 98, Euro 2004, final da Taça UEFA em 2005, Presidência Portuguesa da U.E. em 2007, Cimeira da NATO em 2010, Visita do Papa Bento XVI em 2010, Final da Liga dos Campeões em 2014, nos jogos das eliminatórias e fase de grupos da Liga dos Campeões e da Liga Europa da UEFA, na segurança da Web Summit em 2016 e 2017). A PSP assegura o Ponto Nacional de Informações de Futebol (PNIF), o qual, foi criado através da Decisão do Conselho 2002/348/JAI(2), de 25 de abril que estabelece a criação de pontos de contacto nacionais para intercâmbio de informações policiais sobre futebol (PNIF). A rede dos PNIF, atualmente existente, é composta pelos 28 Estados membros da UE, mas também por outros países que consideraram esta uma boa prática (3). Através des-

ta rede é trocada informação operacional entre as Polícias Europeias sobre deslocações de adeptos (e designadamente sobre os adeptos de risco) para a assistirem a jogos internacionais entre clubes e seleções. A criação das Unidades de Informações Desportivas (UID) (Spotters) na PSP tem sido também determinante na avaliação do fenómeno da violência no desporto e dos grupos organizados de adeptos, na pesquisa e análise de informações, no policiamento de proximidade junto dos adeptos e na reação a incidentes, em caso de necessidade, conferindo prioridade a uma atuação cirúrgica sobre os adeptos de risco. A articulação entre os Spotters, a Unidade Especial de Polícia, as unidades de trânsito, as equipas de intervenção rápida, as equipas de fiscalização da segurança privada é uma das receitas para o sucesso destas operações de segurança Nos jogos ou competições de risco mais elevado, a operação de segurança não se limita ao estádio e suas imediações, mas à segurança das chegadas e partidas dos aeroportos internacionais, dos hotéis, dos itinerários das comitivas e equipas, dos locais de treino ou estágio, das equipas de arbitragem, dos transportes públicos e principais interfaces, dos locais de diversão noturna e de toda a cidade onde decorre a competição. Um aspeto importante a considerar é que as cidades e os países não param durante a realização destes eventos complexos, que os restantes cidadãos têm igual direito à liberdade e segurança e que os recursos policiais não devem estar apenas afetos ao evento concreto em prejuízo da restante comunidade. De acordo com informação da Liga de Portugal referente à época 2016/2017, foram realizadas 34 jornadas na Liga NOS (9 jogos por jornada, num total de 306 jogos na época), sendo a competição composta por 18 equipas (13 com estádios localizados na área de responsabilidade da PSP). A PSP garantiu a segurança em 245 jogos na Liga NOS na época 2016/2017.

O SL Benfica, o Sporting CP e o FC Porto tiveram um acumulado respetivamente de 1.002.601 espetadores, 762.571 espetadores e 686.735 espetadores nos seus estádios, apenas na Liga NOS durante a época 2016/2017 e sem contabilizar a assistência noutros jogos das competições europeias (Liga dos Campeões e Liga Europa) e nacionais (Taça de Portugal e Taça da Liga). Fruto da atuação das Forças de Segurança e, em especial da PSP, desde a época de 2010/2011 até à época 2016/2017 foram aplicadas 155 medidas de interdição de entrada nos complexos desportivos e estádios aos adeptos por parte das autoridades judiciárias e 29 pela entidade administrativa competente (IPDJ I.P). A época em que foram aplicadas mais medidas de interdição foi a de 2016/2017 (38), de 2012/2013 (37) e de 2013/2014 (36). Até agosto de 2017 estavam ativas em Portugal medidas de interdição de entrada em recintos desportivos para 27 adeptos, todas aplicadas pelas autoridades judiciais. Defendemos que é crucial o trabalho conjunto, a troca de informações, a colaboração permanente e corresponsabilização entre parceiros – direções dos clubes/SAD, Forças de Segurança, diretores de segurança dos clubes, ARD, proteção civil, emergência médica, federações, ligas de clubes, comunicação social, e adeptos. É fundamental o compromisso dos dirigentes dos clubes nacionais para a aplicação de sanções disciplinares aos adeptos. Sublinhamos a diferença de comportamento dos adeptos portugueses nas competições nacionais e nas internacionais, mas também como se comportam em território nacional e nas deslocações ao estrangeiro. A estes factos não é alheio um certo sentimento de impunidade em função da falta de aplicação de sanções por parte do promotor e das autoridades administrativas e judiciais. Por outro lado, nas competições da UEFA (Liga dos Campeões e Liga Europa) os adeptos sabem que quaisquer atos violentos

ou por exemplo a utilização de pirotecnia podem fazer incorrer os clubes em sanções pesadas (pecuniárias, jogos à porta fechada ou exclusão das competições), situação muito pouco comum nas competições nacionais. As medidas de interdição aplicadas por via administrativa, aplicadas pelo IPDJ, I. P., estão a reduzir-se contrastando com as medidas de interdição de natureza judicial que estão a aumentar. É importante a aplicação mais constante de medidas de coação de privação do direito de aceder aos recintos desportivos, em termos processuais penais, como consequência da detenção em flagrante delito e a aplicação de medidas administrativas de privação do direito de aceder a recintos desportivos, nos termos da Lei n.º 39/2009 de 30 de julho, alterada pela Lei n.º 52/2013 de 25 de julho, na sequência de um processo de contraordenação. A Federação, a Liga e os clubes não podem ‘enfiar a cabeça na areia’ e advogar que todos os problemas de segurança deverão ser resolvidos pelo Estado e nomeadamente pelas Forças de Segurança. Podem e devem assumir as suas responsabilidades e, de acordo com a lei, interditar o acesso aos estádios dos associados que não cumpram os seus regulamentos de segurança, bem como penalizar os clubes e sociedades desportivas que não cumpram a lei. Os organizadores e promotores deverão adotar medidas que incentivem as famílias a frequentar os estádios num ambiente de festa (através do stewarding, das boas condições físicas, de medidas de segurança física no estádio, da qualidade do recinto, dos horários de realização dos jogos mais compatíveis para famílias, crianças, idosos). Os dirigentes desportivos deverão demitir-se da promoção de polémicas fratricidas e de apelos ao fanatismo acéfalo nos órgãos de comunicação social, facto tantas vezes potenciador de violência e de alterações de ordem pública entre adeptos de clubes diferentes. O apoio direto ou implícito à ação dos GOA ilegais ou violentos, o silêncio cúm-

plice e a inação, face à violência dos adeptos, sem serem responsabilizados pelos dirigentes dos clubes por atos ilícitos, alimenta a sua força e não pode continuar. A postura de desresponsabilização e de apontar de dedo às Forças de Segurança e aos Tribunais tem sido reiterada, contribuindo para a impunidade. As Forças e Serviços de Segurança e, em concreto a PSP, fazem parte da solução, mas não se podem constituir como o único remédio para o vírus da violência no desporto. A PSP atua com profissionalismo e competência, e em parceria com os principais atores contribui para que os espetáculos desportivos sejam seguros. Constitui um imperativo o reforço da autoridade administrativa competente (IPDJ I. P.), dotando-a de recursos humanos e materiais adequados, de modo a que haja uma maior e melhor fiscalização dos normativos em vigor e um sancionamento célere e eficaz. É crucial o aprofundamento das vertentes de proteção e de serviço no quadro das competições desportivas. Ao nível da proteção deverá ser sistematizada a realização de ações de formação, de sensibilização e de exercícios que envolvam os diversos atores safety e security, organizadores, clubes, etc., com vista a aprofundar as sinergias existentes e, ainda, a definição de padrões mínimos exigíveis aplicáveis a todos. Ao nível do serviço, os promotores deverão ser obrigados a adotar políticas de bom acolhimento, de convivialidade, de tolerância (reprimindo de forma implacável a violência, a xenofobia e o racismo), de conforto nos estádios, estimulando um clima de festa que torne os estádios mais atrativos, de forma a aumentar as audiências e as receitas. Sem prejuízo de alguns pequenos ajustes que possam ser equacionados, em Portugal não está em causa a adequabilidade da legislação em vigor para prevenir e reprimir a violência em contexto desportivo, mas sim a sua aplicação efetiva, uma maior cooperação entre os diversos atores e a assunção de responsabilidades por todos. A sociedade portuguesa tem que encarar esta realidade não com alarmismo, mas sim com pragmatismo, sob pena da intolerância, conflitualidade e violência assumirem proporções ainda mais graves e difíceis de controlar. 1 Liga de Clubes, Federação Portuguesa de Futebol, as Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) e os Clubes. 2 Alterada pela Decisão do Conselho de 12 de junho de 2007 (2007/412/ JAI). 3 Por exemplo: Noruega, Sérvia, Suíça, Turquia, Ucrânia e Rússia. Recentemente, o Qatar manifestou intenção de criar um PNIF, a respeito dos preparativos para o Mundial FIFA 2022.


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Orçamento Municipal de 90,8 milhões

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orçamento do município da Amadora para 2018 ascende a 90,8 milhões de euros, mais 4% do que em 2017, prosseguindo o reforço da coesão social e territorial e modernização da gestão camarária.

“A Amadora prepara-se para os novos desafios da competitividade, da inovação e da modernidade, no quadro de um desenvolvimento sustentável”, disse à Lusa a presidente da autarquia, Carla Tavares (PS). A Assembleia Municipal aprovou a proposta de orçamento para 2018, no valor de 90,8 milhões de euros, que supera os 87,2 milhões de euros do documento deste ano. “É vital concluir agora a erradicação do Bairro 6 de Maio, permitindo a concretização do Plano Estratégico da Falagueira-Venda Nova que já está em curso”, salientou a presidente da câmara. No início de 2018, acrescentou a autarca, “iniciar-se-ão um conjunto de intervenções que permitirão reabilitar e regenerar” a zona, “que reúne condições ímpares para ser um pólo empresarial de excelência, no contexto metropolitano e multiplicador de postos de trabalho qualificados”. Nesta área, de acordo com uma nota da autarquia, em 2018 serão financiados “programas habitacionais alternativos ao realojamento” para o Bairro 6 de Maio, com o

Cineteatro D. João V com programação variada A comédia ‘A Grande Ressaca’, protagonizada por Carlos Cunha, abre a programação do Cineteatro D. João V, na Damaia, sala que no ano passado apresentou 54 espectáculos, aos quais assistiram 12.000 espectadores. Os números foram revelados à Lusa pelo cineteatro, e mostram uma quebra de 2.000 espectadores relativamente a 2016, que foi acompanhada por uma diminuição dos espectáculos apresentados, 76 em 2016, contra os 54 no ano passado.

O Cineteatro D. João V reabriu a 5 de Setembro de 2015, após alguns anos encerrado, e depois de ter sido alvo de uma recuperação arquitectónica, desenvolvida pela Câmara Municipal da Amadora, sob a direcção de Raquel Reis, que “permitiu conciliar uma programação de teatro, dança, música e cinema”. A sala tem uma lotação de 350 lugares. A comédia ‘A Grande Ressaca’, protagonizada pelo actor Carlos Cunha, que também encena, sobe à cena no sába-

do, dia 13, às 21h30, e conta com os desempenhos de Érika Mota, Nuno Pires, Élia Gonzalez e Lígia Ferreira. Carlos Cunha desempenha o papel de Alberto, um empresário de mariscos congelados que há dez anos perdeu a mulher para Ramiro, um outro empresário com que vende mariscos vivos. Alberto vive angustiado com a perda e nunca deixou de acreditar no regresso da mulher a casa, segundo nota da produção. Também este mês, no dia 20, sobe à cena o bailado ‘O Que-

bra-Nozes’, pelo Royal Russian Ballet. No dia 26, sobem ao palco da Damaia, José Cid e a sua banda, para passar em revista cinco décadas de êxitos como ‘Lenda de El-Rei D. Sebastião’, ‘A Rosa que te Dei’, ‘A Cabana Junto à Praia’ ou ‘A Minha Música’. O filme ‘A Menina da Rádio’ (1944), de Arthur Duarte, inspirou o musical homónimo dirigido por Joana Mestre e Manu Teixeira, que chegará ao D. João V, no dia 28, às 15h30.

lançamento de um programa específico e de apoio para reabilitação de edifícios privados na zona da Venda Nova/Falagueira. Além do prosseguimento do reforço da coesão social e territorial da cidade, os investimentos assentam ainda na promoção da sustentabilidade ambiental e modernização do quadro de gestão municipal. A par da reabilitação do edificado privado, a prioridade vai para o Parque das Artes e do Desporto e a Fonte das Avencas. A presidente da autarquia destacou ainda a construção dos centros de saúde da Buraca e da Reboleira, que serão “uma realidade durante 2018”, e a elaboração do projecto de reabilitação do Palácio Condes da Lousã, imóvel de interesse público, “que será recuperado e devolvido à cidade”. “Uma cidade só conseguirá ser mais coesa quanto mais qualificada for, por isso, é determinante que se reforce o investimento numa rede de ensino profissional, articulada com as necessidades do tecido empresarial, assegurando o sucesso escolar e a empregabilidade de cidadãos qualificados”, frisou Carla Tavares.

No domínio social será mantido o Fundo de Coesão Municipal e desenvolvido o Plano Estratégico para o Envelhecimento Sustentável da Amadora 2018-2025, respondendo ao desafio do envelhecimento da população. No documento estão incluídas as propostas vencedoras do Orçamento Participativo, no total de 439.000 euros, para aquisição de um veículo de socorro e assistência especial para os Bombeiros Voluntários da Amadora e uma ambulância para a delegação da Cruz Vermelha Portuguesa. A autarquia decidiu ainda reduzir a carga fiscal para os munícipes, fixando a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,34%, em detrimento da taxa máxima de 0,45% permitida por lei, o que “representa ainda uma poupança média por família de 162 euros anuais”. A Câmara “prescinde de uma receita de 6,1 milhões de euros permitida por lei”, refere uma nota da autarquia, que vai devolver também 2,1 milhões de euros às famílias com a redução para 3,8% (num valor até 05%) a participação no IRS (Imposto sobre Rendimentos Singulares). “A redução do IMI e a manutenção da devolução de 1,2% da taxa de IRS permitem um desagravamento fiscal num contexto económico e financeiro já difícil”, sublinhou Carla Tavares. As propostas de Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2018 foram aprovadas na Assembleia Municipal, no passado dia 21 de Dezembro, com os votos a favor do PS, PAN e MIPA (Movimento Independente pela Amadora), abstenção do PSD e contra da CDU, CDS-PP e Bloco de Esquerda. Lusa


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Centros de saúde têm horário alargado

Unidades de Amadora, Brandoa e Buraca A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo alargou o horário de centros de saúde durante a semana e ao fim-de-semana, pelo menos até ao próximo dia 28 de Janeiro. Em horário alargado durante a semana, estão a funcionar 35 centros de saúde, ao sábado 47 e ao domingo 37, segundo o presidente da ARS, Luís Pisco, que, em declarações aos jornalistas, apresentou o “reforço dos centros de saúde”, tendo em conta o período de Inverno e o esperado pico da gripe. Segundo a lista divulgada pela ARS, estão abertos durante a semana, entre as 20h00 e as 22h00, as unidades de Amadora, Lumiar, Sete Rios, Paço de Arcos, Algés, Cascais, São João do Estoril, Parede, Alcabideche, S. Domingos de Rana, Póvoa de Stº Adrião, Moscavide, Póvoa de Santa Iria, Alverca, Almada, Seixal, Bombarral, Caldas da Rainha, Torres

Vedras, Abrantes, Alcanena, Mação, Torres Novas, Ourém, Cartaxo e Santarém. Ainda durante a semana estarão abertos das 20h00 às 24h00 os centros de Algueirão-Mem Martins, Monte Abraão, Agualva-Cacém e Nazaré. Nos sábados, estãoo abertos os seguintes centros de saúde: Amadora (10h00-20h00), Brandoa (9h0013h00), Buraca (9h00-13h00), Lumiar, Sete Rios, Lapa, Olivais, Paço de Arcos, Algés, Cascais, Parede, Algueirão-Mem Martins, Monte Abraão, Agualva-Cacém, Rio de Mouro, Sintra, Póvoa de St.º Adrião, Moscavide, Alverca, Alenquer, Azambuja, Arruda, Benavente, Almada, Seixal, Alcochete, Alhos Vedros, Barreiro, Sesimbra, Palmela, S. Sebastião, Nazaré, Bombarral, Caldas da Rainha, Mafra, Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval, Sobral de Monte Agraço, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Rio Maior e Santarém.

Os horários destes centros abertos ao sábado é diverso, mas a generalidade está aberta entre as 10h00 e as 18h00, havendo algumas unidades de saúde que funcionam até às 20h00 ou às 22h00. Aos domingos, estar a funcionar em Lisboa e Vale do Tejo os seguintes centros de saúde: Amadora (10h00-20h00), Sete Rios, Lapa, Paço de Arcos, Algés, Cascais, Parede, Monte Abraão, Póvoa de St.º Adrião, Moscavide, Alverca, Azambuja, Benavente, Almada, Seixal, Alcochete, Moita, Barreiro, Sesimbra, Palmela, S. Sebastião, Nazaré, Bombarral, Caldas da Rainha, Mafra, Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval, Sobral de Monte Agraço, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Rio Maior e Santarém. Também aos domingos há ligeiras diferenças nos horários consoante as unidades, mas a maioria está aberta até às 18h00 ou até às 20h00.

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BREVES ORÇAMENTO PARTICIPATIVO VIABILIZA DOIS PROJECTOS A 8.ª edição do Orçamento Participativo Amadora obteve uma votação de 2.575 votos, que resultaram em duas propostas vencedoras. Estas duas propostas totalizam um valor de investimento previsto de 439.000 euros, situando-se dentro do orçamento de 500 mil definido para executar em 2018 e 2019, e constam das Grandes Opções do Plano 2018. Os dois projectos vencedores do OP 2018 são Proposta 2 | Veículo de Socorro e Assistência Especial para os Bombeiros Voluntários da Amadora - 1041 votos; Proposta 40 | Ambulância de Socorro para a Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação da Amadora) - 706 votos.

actualidade

A Pedopsiquiatria ganha novo fôlego

entrada em funcionamento da Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Hospital Fernando Fonseca no novo Centro de Saúde de Queluz traduz-se em mais crianças e jovens acompanhados e melhores condições para o seu tratamento nesta área.

EXPOSIÇÕES NO MUSEU DE ARQUEOLOGIA ‘Antes da Amadora’ e ‘Amadora Rural’ são as duas exposições a inaugurar este sábado, dia 13 de Janeiro, pelas 16h00, no Núcleo Museográfico do Casal da Falagueira. Com entrada livre, estas duas mostras vão evidenciar as primeiras descobertas arqueológicas no actual território da Amadora, que tem sido alvo de inúmeras campanhas, e, por outro lado, a ruralidade que marcou o concelho, até à chegada do caminho-de-ferro em 1887.

ESPECTÁCULO NA ROQUE GAMEIRO A Casa Roque Gameiro vai receber no próximo dia 20 de Janeiro (sábado), a partir das 15h00, ‘A Lanterna Mágica de Damas e Varões Ilustres da Amadora’, que reconstitui um espectáculo apresentado, em 1914, no salão de festas dos Recreios Desportivos da Amadora. Esta iniciativa faz parte da programação da exposição patente naquele espaço museológico, até ao próximo dia 26 de Fevereiro, intitulada ‘Mão Inteligente: Raquel Roque Gameiro (1889-1970)’.

O número de crianças e jovens (dos 3 aos 18 anos) acompanhados por aquela unidade, segundo dados avançados pelos seus responsáveis aquando da inaugura-

ção do Centro de Saúde de Queluz (no passado dia 19 de Dezembro), ascendia a 500, mas já então se previa para breve uma significativa subida do volume de aten-

dimentos devido à recente articulação com o sistema de referenciação dos médicos de família. “Anteriormente, só recebíamos sinalizações a partir das reuniões comu-

nitárias que fazíamos (nomeadamente com psicólogos das escolas, CPCJ, centros de saúde…), mas desde há pouco tempo passamos a receber, também, directamente dos médicos de família, o que significa que vamos cobrir uma população maior”, explicou ao JR Catarina Pereira, responsável pelo grupo de nove técnicos que compõem aquela unidade de pedopsiquiatria. Um novo desafio encarado com serenidade porque “temos agora uma boa estrutura para dar resposta”. Na verdade, as instalações ocupadas no Centro de Saúde do Queluz, desde o início de Outubro passado, é o corolário de um processo cujo ponto de partida foi uma “equipa muito pequena (até 2015, apenas um médico e uma psicóloga) e que trabalhava, sobretudo, no Hospital Fernando Fonseca, embora já em articulação próxima com a comunidade”. Em

2015, graças à aprovação de um projecto de promoção de saúde mental, a equipa cresceu, mas, em contraponto, não cabia no espaço transitório entretanto atribuído, já fora do Hospital Amadora-Sintra (junto à PSP de Queluz). Até que a construção do Centro de Saúde de Queluz - um investimento superior a 1 milhão e 100 mil euros, repartido entre a Administração Central (70%) e a autarquia sintrense (30%) – permitiu dar, finalmente, uma resposta mais adequada às necessidades deste serviço, que passou a funcionar em várias salas no 1.º piso do edifício. “Aqui temos espaços diferenciados que permitem a cada profissional desenvolver a sua actividade, além de possibilitar, também, intervenções de grupo”, salienta Catarina Pereira. Jorge A. Ferreira

Resposta a 76 mil jovens Na sua totalidade, a população potencialmente alvo de apoio por parte desta unidade de pedopsiquiatria é composta por cerca de 76 mil crianças e jovens, do concelho da Amadora e de parte de Sintra. A crescente autonomização desta equipa multidisciplinar – com três pedopsiquiatras, dois psicólogos, uma assistente social, um enfermeiro, uma terapeuta ocupacional e uma psicomotricista – apresenta benefícios muito concretos. “Antigamente, estas crianças e jovens tinham que ir para Lisboa, para consulta no Hospital Dona Estefânia - e muitos deles não iam porque é longe, porque as pessoas não podiam faltar um dia inteiro ao trabalho, era complicado… Por outro lado, não era possível fazer este trabalho de resposta comunitária, de grande proximidade e em articulação com todas as estruturas”, enquadra a psiquiatra Teresa Maia, directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital Amadora-Sintra (o qual inclui a Unidade de Psiquiatria da Infância

e da Adolescência agora a funcionar em Queluz, mas também a Psiquiatria de Adultos), congratulando-se com a evolução realizada nesta área. Trata-se, de resto, do cumprimento da estratégia adoptada a nível nacional, como explicou ao JR Eunice Carrapiço, coordenadora da Equipa Regional de Apoio ao Desenvolvimento dos Cuidados de Saúde Primários da ARSLVT. “Esta proximidade entre os profissionais dos Cuidado de Saúde Primários e os serviços de pedopsiquiatria e de psiquiatria, nomeadamente através das unidades comunitárias de saúde mental, é extremamente interessante porque o conhecimento personalizado das pessoas a quem estes serviços são dirigidos e suas famílias, bem como a proximidade dos vários profissionais envolvidos, tudo isso permite um apoio verdadeiramente integrado e que faz muito mais sentido do que a centralização desse trabalho nos hospitais”, explicou aquela responsável.


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“Mexam-se pela vossa saúde e bem-estar” Rosa Mota tem duplo motivo para festejar em 2018: comemora 60 anos e três décadas sobre o título olímpico em Seul Rosa Mota tem bons motivos para festejar em 2018: comemora 60 anos, a 29 de Junho, e três décadas volvidas sobre o ouro conquistado nos Jogos Olímpicos de Seul. Nos últimos tempos, tem estado lesionada e afirma, meio a sério, meio a brincar, que a culpa é da São Silvestre da Amadora. Campeã olímpica (Seul-1987) e mundial (Roma-1988) da Maratona, Rosa Mota é um das figuras incontornáveis do Atletismo português, pelos feitos que conquistou e pela sua humildade, com uma personalidade simples que a todos cativa. Apesar do ponto final na carreira em 1992, não há quem não conheça a antiga campeã e isso viu-se, no final de 2016, quando participou na São Silvestre da Amadora. Rosa Mota foi incentivada pelo vasto público que assistia à corrida, a mais antiga do género em Portugal continental, e esforçou-se ao limite, completando os 10 km em 42’34 e na 15.ª posição.

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No final de 2017, Rosa Mota não correu na Amadora, por estar lesionada, como justificou na apresentação da 43.ª edição. A campeã é uma adepta ferrenha deste género de competições, como prova o seu palmarés na São Silvestre de São Paulo (Brasil), que venceu seis vezes consecutivas, a partir de 1981, obtendo o triunfo na Amadora em 1989. A ex-atleta salienta as virtudes de “entrar num novo ano a correr, a fazer exercício, a conviver”. A antiga campeã revelou que está lesionada e “a culpa foi da São Silvestre da Amadora do ano passado (2016)”. “Comecei a entrar numas provas por brincadeira”, recorda, com a participação na São Silvestre do Sado (Setúbal) e o Grande Prémio de Natal (Lisboa) a antecederem a corrida na cidade jovem. “O público foi espectacular, só visto, e fez-me lembrar quando corri aqui”, no final da década de 80, e decidiu começar a treinar para baixar do tempo efectuado na casa dos 42 minutos.

“Lesionei-me... Mas espero vir cá em 2018”, assegurou a campeã, que confidenciou que, nos treinos, “dia sim, dia não”, conseguiu correr os 10 quilómetros em 39 minutos, uma perfomance digna de realce para quem tem 59 anos e um recorde pessoal de 32’33” (Oslo-1985).

Campeões olímpicos Rosa Mota e Carlos Lopes foram embaixadores da São Silvestre da Amadora Apesar da lesão, que a impediu de participar em mais provas desde o passado dia 17 de Setembro, Rosa Mota elogia o “carinho” com que foi brindado pelo público nas ruas da Amadora, ao longo dos 10 km, que em muito contribuiu para o 15.º lugar e o tempo realizado no último dia do ano de 2016.

Em declarações ao JR, Rosa Mota realça que se entusiasmou naquela participação. “Não estava a contar com a adesão do público, que, em muitos casos, eram as pessoas que enchiam as ruas quando eu corri cá, há uns aninhos atrás, e aplaudiram-me, acarinharam-me, chamaram pelo meu nome...”, adiantou. Mas, fica admirada por ser tão popular, mesmo junto das novas gerações? “Não me admiro... mas, realmente, o incentivo veio até dos mais pequeninos”, salientou a campeã que, para além das inúmeras vitórias em provas de fundo (5.000 e 10.000 metros), disputou 21 maratonas e ganhou... 14. Afastada das corridas devido à lesão, a ex-atleta lança o apelo a que ninguém descure a boa forma: “Todos nós, devemos praticar actividade física, para o bem-estar, quer físico, quer mental, e, felizmente, cada vez temos mais condições, nas zonas onde moramos, para caminhar. É só preciso ter um bocadinho de força de vontade”.

Rosa Mota lamenta que o problema da obesidade infantil seja um flagelo significativo no nosso país e deixa uma mensagem: “Mexam-se pela vossa saúde e bem-estar, mas também pelo convívio, porque encontramos sempre alguém com quem podemos falar”. A comemorar 60 anos em 2018, o segredo da sua jovialidade, com um ar franzino que sempre a caracterizou, “é a corrida e a alegria”, revelou, acrescentando a receita: “Se formos alegres, a idade passa por nós e não parece”. No corrente ano, Rosa Mota tem duplo motivo para festejar: o número redondo na idade e os 30 anos sobre o título olímpico em Seul. O principal momento da sua carreira desportiva, que, quatro anos antes, teve o aperitivo da medalha de bronze em Los Angeles e contempla, além do triunfo no Mundial de Roma, três títulos do Velho Continente: Atenas-1982, Estugarda-1986 e Split-1990. João Carlos Sebastião


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Volta ao Mundo em Sintra

Cantares de Natal e de Reis

‘O Quebra-Nozes’ na Amadora O Royal Russian Ballet apresenta um espectáculo que constitui um ícone do bailado clássico mundial. Com história, imaginativas personagens e a música intemporal de Tchaikovsky, ‘O Quebra-Nozes’ tem a sua origem num texto de Alexandre Dumas. Este bailado é uma fábula que fala da perda da infância

e da trauma entre a realidade dos adultos e o mundo de sonho das crianças. Cineteatro D. João V, dia 20 de Janeiro, às 21h30. Bilhetes a 25 e 30 euros.

Algés recebe ‘A Bota Velha’ Depois da apresentação de ‘Viagem ao Centro da Terra’, a Byfurcação Teatro regressa com mais uma aventura de Júlio Verne: ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’. Com adaptação de Paulo Cintrão e Ricardo Karitsis, que também dão corpo às personagens juntamente com José Frutuoso, esta peça pretende dar a conhecer ao público infanto-juvenil uma das obras mais marcantes da literatura mundial, englobado

nas temáticas abordadas no espaço museológico em que é apresentado. Uma viagem em que Philleas Fogg vai dar a volta ao mundo em 80 dias, visitando os lugares mais exóticos do planeta, conhecendo novos povos e culturas. Mas, conseguirá concretizar o tempo de viagem?

Numa criação da Animateatro, a Companhia de Actores apresenta ‘A Bota Velha’, um espectáculo que parte da frase ‘Pode até não acontecer nada, pode até ser tudo uma brincadeira’ e que desperta o público para a dificuldade em discernir o real do fabricado, entre a ilustração e a fotografia

Museu de História Natural de Sintra, dias 13, 20 e 27 de Janeiro, às 16h00. Bilhetes a 5 euros.

Teatro Municipal Amélia Rey Colaço (Algés), dias 13, 19 e 20 de Janeiro, às 21.30. Bilhetes a 10 e 8 euros.

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Por iniciativa da Associação de Antigos Alunos e Amigos do Liceu Nacional de Oeiras / Escola Secundária Sebastião e Silva, vai-se realizar um concerto intitulado ‘Cantares de Natal e de Reis’, com a participação do Grupo Coral ViVa Voz (coro da Associação) e do Coral Vozes do Estoril. Igreja Paroquial de Carcavelos, dia 14 de Janeiro, às 16h30, com entrada livre.

Anita Guerreiro canta no Mercado Com 65 anos de carreira, Anita Guerreiro é a voz que abre a 3.º edição de ‘Os Sabores de Portugal’. A fadista actua a convite da anfitriã Ana Loureiro, num espectáculo que inclui ainda a participação de Miguel Ramos, Rita Ramos, Maria José Valério e António Proença, acompanhados por Luís Ribeiro e Ricardo Anastácio. O evento é acompanhado por artesãos, fotógrafos e artistas de todo

o país, para uma celebração ímpar das tradições e gastronomia portuguesa. Mercado de Algés, dia 14 de Janeiro, às 21h00.


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cultura

Julinho da Concertina lança álbum ‘Diabo Tocador’ com a faca com que tocava. “Passados cinco minutos de estar a tocar, a faca estava muito quente e afiada. Aproveitava o momento para a espetar em alguém com quem tinha problemas, que nem se apercebia porque a faca estava muito quente. Só passado um bocado é que caía e entretanto a faca já tinha sido limpa novamente no ferro”, refere. O funaná passou a ser apelidado de “música do diabo” e, sublinha ainda Wilson Vilares, teve a atenção do próprio regime ditatorial português, que decidiu proibir este género de música no território de Cabo Verde.

À conta disso, Julinho levava puxões de orelhas do padre da sua aldeia e tinha de se esconder e “ir para o monte para tocar gaita”. Para Wilson Vilares, o álbum que agora é editado “é um álbum de raiz”. “Como o Julinho, não há muitos tocadores de gaita, a maioria estão mortos”, salientou.

Apesar de uma gravação acústica e o “mais crua possível” – com todos os instrumentos gravados ao mesmo tempo –, na produção do álbum foram deixadas influências de ‘drum and bass’ e ‘breakbeat’ para “dar uma cara nova ao estilo musical”, referiu. O trabalho assume-se quase como um trabalho de etnografia - de registo de um estilo específico de funaná que vai desaparecendo. “Quando o Julinho morrer, não vai haver mais ninguém que toca gaita daquela maneira. Os discos que tenho dos grandes tocadores nota-se que não vivem tanto em ‘loops’. O Julinho sola com a gaita, mete a gaita a chorar, à antiga”, frisa Wilson Vilares. Lusa

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anos

A editora Celeste Mariposa vai lançar o álbum ‘Diabo Tocador’, de Julinho da Concertina, de 64 anos, mestre da gaita a viver na Amadora e símbolo de um funaná “que está a desaparecer”. O álbum, cujo concerto de lançamento está marcado para dia , na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, surgiu depois de a editora –focada na música dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – decidir gravar música de Cabo Verde, após ter lançado o angolano Chalo Correia, disse à Lusa o responsável da Celeste Mariposa, Wilson Vilares. “Queríamos o melhor e apaixonámo-nos pela arte e pelo mestre”, frisou. Julinho da Concertina, que acompanhou Cesária Évora na primeira fase da sua carreira, nasceu na ilha de Santiago, em Cabo Verde,

e, aos dez anos, já simulava uma gaita (conhecida em Portugal como concertina) com umas barbas de milho e um papel, conta Wilson Vilares. Aos quinze anos tem a sua primeira concertina, na troca “por uma vaca”. Segue-se uma carreira como músico, colaborando com Cesária Évora, Paulino Vieira e Pedrinho. Em Lisboa, trabalha numa mina, numa fábrica de conservas e edita um álbum do qual não recebeu “dinheiro nenhum” e, já na reforma, dedica-se à agricultura na sua horta, na Amadora, sem nunca parar de tocar gaita e de ensinar aos mais novos a arte daquele instrumento tão característico do funaná. Actualmente, Julinho da Concertina é dos últimos ‘mestres’ cabo-verdianos vivos a residir em Portugal

que ainda toca o funaná tradicional, assente na gaita e no ferro (pedaço de metal tocado com uma faca), ao invés dos ‘loops’ da concertina, de uma maior presença de teclas e de uma aparência “mais limpa e ocidentalizada” que marca hoje este estilo, explica ainda Wilson Vilares à agência Lusa. O álbum de Julinho da Concertina chama-se ‘Diabo Tocador’ e o nome está relacionado com o próprio contexto cultural, político e social em que o funaná surgiu, em Cabo Verde. De acordo com o responsável da editora Celeste Mariposa, nos anos 1960 e 70, à boleia do grogue (bebida alcoólica), havia “muitas mortes” associadas ao funaná - ‘música de boémios’ -, em que um tocador de ferro tratava de desavenças na aldeia, durante o baile,

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repórter JR

Bolo-Rei ‘cerca’ Mercado da Brandoa

Iniciativa comemora Dia de Reis Um bolo-rei em tamanho gigante foi servido à população, no Mercado da Brandoa, na passada sexta-feira (dia 5 de Janeiro), para comemorar o Dia de Reis e, também, para reforçar o dinamismo comercial daquelas instalações. Para o próximo ano, o objectivo está apontado ao livro Guinness de recordes. Uma deliciosa corrente com 121 metros e 263 quilos feitos de farinha, fruta cristalizada, frutos secos e sultanas, envolveu o edifício do Mercado da Brandoa, pelo quarto ano, atraindo miúdos e graúdos para saborear uma ou mais fatias da tradicional iguaria. A iniciativa, a cargo de um empresário que tem várias lojas naquele mercado e que conta com o apoio logístico da Junta de Freguesia Encosta do Sol, atraiu um número apreciável de populares, de várias idades, incluindo petizes de duas escolas da zona, apesar de o dia, chuvoso, não ter prestado a melhor colaboração ao monárquico bolo. “No ano passado esteve mais gente porque estava bom tempo, eram muitos

miúdos das escolas, um barulho enorme na altura de cortar o bolo-rei”, recordou o empresário Luís Monteiro, cujo objectivo, com esta iniciativa, é publicitar o seu negócio, ao mesmo tempo que reforça a atractividade do mercado, que há cerca de um ano reformulou o seu funcionamento, substituindo algumas bancas por esplanadas onde se servem variadas opções da comida tradicional portuguesa. “A nossa ideia para este ano era fazer um bolo ainda maior e subir esta rua aqui em frente ao mercado, mas a meteorologia não nos deixou”, explicou ao JR o empresário, de 46 anos. A iniciativa, baptizada ‘O maior bolo-rei da Amadora’, deu muita animação e sabor aos visitantes do mercado, alguns dos quais com o credo na boca (além do bolo-rei) por causa dos ‘abusos’ cometidos na ocasião. “Ele é diabético e teve um AVC há quatro anos…”, reprovava uma idosa, apontando para o marido, que segurava uma fatia de bolo-rei numa mão e um copo de espumante na outra… Perdoou-se o mal que faz pelo

bem que sabe, tanto mais que o esforço, concentrado num dia e numa noite, do pasteleiro Miguel Pereira, que teve a ideia deste evento, bem como do padeiro Manuel Pereira, ambos há muitos anos ao serviço daquela empresa, permitiu, igualmente, uma agradável manhã de convívio. Mesmo assim, a oferta superou em muito a procura, pelo que o bolo-rei sobejante foi, posteriormente, encaminhado para instituições como lares de idosos, escolas e igrejas. O presidente da Junta de Freguesia da Encosta do Sol congratulou-se com mais uma edição deste evento – no qual marcou presença, também, a presidente da Câmara Municipal, Carla Tavares. “Para o ano vamos candidatar-nos ao Guinness”, anunciou Armando Paulino, adiantando a intenção de “desafiar mais algum parceiro do concelho, algum empresário da área da pastelaria que se queira juntar a nós para que, com esse esforço conjunto, consigamos que a Amadora atinja o objectivo de, num ano, ter o maior bolo-rei registado no livro do Guinness”.

Gala sem preconceito a favor do hospital

Médico de Família Foto Paulo Sabino

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O Salão Preto e Prata do Casino Estoril vai receber, no próximo dia 15 de Janeiro, a 3.ª edição da ‘Gala Sem Preconceito’, uma iniciativa solidária cujas receitas revertem a favor da aquisição de material hospitalar para tratamento de doentes com cancro. Este ano, o valor recolhido será destinado à remodelação do Hospital de Dia do Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Muitos foram os artistas que aceitaram integrar este espectáculo, como Tony Carreira, Nuno Guerreiro, Rita Ribeiro, Ricardo Car-

riço, Susana Félix, Henrique Feist, FF e Flávio Gil. O elenco de apresentadoras vai incluir Jessica Athaide, Sofia Nicholson, Sofia Ribeiro, Isabel Guerreiro e Teresa Guilherme. A gala vai terminar com um desfile das 12 mulheres que têm ou já tiveram a doença, coordenado por Pedro Crispim e vestidas por Ana Sá, que fazem parte de um calendário produzido para o efeito. O mês de Fevereiro apresenta Simone Oliveira, que será alvo de uma homenagem especial durante o evento.

Pais são bem-vindos à KidZania Em 2018, a KidZania dá uma atenção especial aos pais, avós e tios, através do reforço da iniciativa ‘Pais Bem-Vindos’, que permite aos adultos, aos domingos, acompanhar os seus filhos e experimentarem em conjunto as 60 profissões disponíveis na Cidade das Crianças. Segundo os responsáveis deste parque temático existente no centro comercial Dolce Vita Tejo, ‘Pais Bem-Vindos’ representa uma oportunidade para criar momentos de diversão e aprendizagem em família, fortalecendo o vínculo afectivo.

Desta forma, também os adultos poderão experimentar as profissões presentes na KidZania, voltando a brincar como crianças e ajudando os mais novos a aprender, acompanhando-os. Cada domingo, o programa disponibiliza uma selecção de profissões diferentes para ir ao encontro do gosto de miúdos e graúdos de todas as famílias. Implementada desde 2012, uma vez por mês, a iniciativa teve tanto sucesso que a KidZania decidiu alargá-la, em 2018, a todos os domingos do ano.

Afluência aos centros de saúde Os centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo que abriram em horário adicional devido à actividade gripal realizaram 4.877 consultas no último fim-de-semana, anunciou a Administração Regional de Saúde (ARSLVT). “A procura indica que tem havido bom acolhimento às medidas destinadas a descongestionar as urgências hospitalares”, lê-se no comunicado da ARSLVT. De acordo com os dados da ARS, os ACES com maior procura nos dias 6 e 7 foram o da Arrábida, com um total de 621 atendimentos, do Oeste Sul, com 563 atendimentos, e o de Loures/Odivelas, com 449 atendimentos. O ACES de Sintra atendeu 325 pessoas, Amadora registou 147 atendimentos, Cascais atendeu 135 utentes e o ACES de Lisboa Ocidental e Oeiras ficou pelos 97. A ARSLVT indica que aos primeiros sintomas de gripe, como tosse, dores de cabeça, febre, mal-estar e dores musculares, deverá ser contactado o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24), através do número 808 24 24 24. Entretanto, em comunicado, o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) anunciou que abriu mais 71 camas para responder “à necessidade crescente de doentes que precisam de internamento”. “O serviço de urgência de adultos tem atendido cerca de 700 doentes por dia e a taxa de internamento é superior a 10%”, acrescenta o comunicado. Segundo o gabinete de imprensa, não há nenhum doente com alta clínica que se mantenha a ocupar uma cama nesta unidade, uma vez que houve “uma rápida resposta das famílias” e da segurança social, além de camas de retaguarda contratadas pelo hospital.

FICHA TÉCNICA | Director Interino: João Carlos Sebastião | Colaboradores: Jorge A. Ferreira | Design Gráfico: Rita Rodrigues | Departamento Comercial: Rosa Valente e Gonçalo Santos Secretariado: Paula Santos | Distribuição e Logística: António Oliveira | Informática: Joade Jinkings ERC: Registo n.º 119748 | Propriedade: Monde Visionnaire, Comunicação Social, S.A. | Sede: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Capital Social: 50.000 Euros | NRPC: 513 212 809 | Tiragem: 60.000 exemplares | Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, S.A. – Queluz de Baixo | Depósito Legal n.º 100139/96 Redacção e Departamento Comercial: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Tel.: 21 807 98 34 | E-mail Redacção: jr-editor@jornaldaregiao.pt | Comercial: comercial@jornaldaregiao.pt | Classificados: classificados@jornaldaregiao.pt Estatuto Editorial disponível em: www. jornaldaregiao.pt


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A comemorar a sua eleição em Portugal, pelo quinto ano consecutivo, como marca ‘Escolha do Consumidor’, a Peugeot não descura a vertente desportiva e as filiais ibéricas vão organizar, em 2018, um troféu de ralis: a Peugeot Rally Cup Ibérica.

Duelo ibérico

Troféu monomarca regressa aos ralis

Classificados

Esta nova prova pretende promover a competição automobilística e contribuir, por outro lado, para o surgimento de novos valores nas provas realizadas nas classificativas de Portugal e de Espanha, que vai ser disputada com recurso ao modelo 208 R2. Em parceria com a Peugeot Sport e o seu distribuidor oficial, Sports & You, a competição terá um calendário de seis provas, três em Espanha e três em Portugal, em jornadas de asfalto e de terra, num conjunto de datas que será anunciado em breve. A máquina escolhida é o Peugeot 208 R2, um modelo que se tem revelado, nos vários campeonatos e troféus em diferentes países, como uma das mais competitivas na categoria R2. O 208 R2

recorre, entre outras soluções, a um motor de 1.598 cc com uma potência máxima de 185 cv às 7800 rpm, caixa sequencial de 5 velocidades de comando mecânico e travões de disco ventilados. A nova prova prevê a distribuição de um montante superior a 100.000 euros, a atribuir no conjunto das seis etapas do calendário, acrescendo um prémio final. A Peugeot Rally Cup Ibérica assume-se, no nosso país, como herdeiro do Troféu Peugeot 206, que se realizou entre 2003 e 2006 e que consagrou, entre outros, nomes como José Sampaio, Bruno Magalhães e ‘Mex’ Machado dos Santos, pilotos que, entretanto, evoluíram para outros patamares a nível automobilístico. Com um vasto palmarés nos ralis internacionais, em terras lusas a marca de Sochaux (França) soma um total de sete títulos de pilotos e seis de marcas. Os primeiros foram alcançados em 1997, naquele que foi o segundo ano da estrutura oficial da Peugeot Portugal nos ralis, quando Adruzilo Lopes levou o 306 Maxi ao degrau mais alto

do pódio, proeza que repetiu em 1998. Seguiu-se um bi-campeonato em 2001 e 2002, primeiro com Lopes e depois com Miguel Campos, ambos aos comandos de Peugeot 206 WRC. Em 2003, a estrutura portuguesa levaria Miguel Campos e o seu 206 WRC a sagrarem-se vice-campeões europeus e, mais tarde, Bruno Magalhães alcançaria um tri nas temporadas de 2007 a 2009, aos comandos do Peugeot 207 S2000. O novo ano será, assim, tempo de regresso da Peugeot Portugal ao Campeonato Nacional de Ralis, de novo com a aposta num troféu monomarca, “com o objectivo de alavancar fortemente o aparecimento de grandes valores lusos na modalidade rainha das provas de estrada em Portugal: os ralis”, salienta a marca. Em Espanha, o destaque recaía no Desafio Peugeot, que, ao longo das suas 37 edições, evoluiu com modelos icónicos como o Simca 1000 Rallye Grupo Z e depois os Peugeot 205 GTi, 205 Rallye, 106 Rallye e 206 XS Grupo A.

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