Edição de Oeiras 117 do Jornal da Região

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MERCADO DE TERCENA GANHA NOVA VIDA

Um supermercado como loja-âncora e, ainda, uma clínica e um ginásio, constituem as principais novas valências do edifício que, num investimento privado de cerca de 2,3 milhões de euros, vai erguer-se dos escombros do Mercado Municipal de Tercena. O actual equipamento, nascido há quase 24 anos, está encerrado desde meados de Janeiro e é para ir abaixo nos planos da empresa Winnerules, que ganhou a concessão do espaço por duas décadas e projecta para ali um imóvel multiusos.

A actriz de 29 anos, que apresenta o programa ‘Câmara Exclusiva’ juntamente com Pimpinha e Mónica Jardim, revela ser uma pessoa fisicamente activa e preocupada em seguir uma alimentação saudável.

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RASTREIOS À DIABETES EM CURSO NO CENTRO DE SAÚDE DE LINDA-A-VELHA Ver página 13

Cerca de 15 mil diabéticos são alvo de atenção especial

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1 a 7 de Março de 2017

JORNAL DA REGIÃO

Quando o artesanato também gera emoções Rita Caleiro escreve ‘Palavras com Arte’

Jovem criativa desenha e produz peças personalizadas de artesanato em que as palavras são sempre emotivas

Vivia de afectos, traduzia a sua vida profissional nas palavras e encontrava, no artesanato, a paz de espírito que serenava o “modo workaholic” dos seus dias. Quis o destino que um simples sonho colocasse na vida de Ana Rita Caleiro uma ideia de negócio original: criar em Portugal um novo conceito de artesanato.

Um “artesanato de emoções” capaz de associar a utilidade

da peça à força inspiradora e emotiva das palavras nela colocadas. E porque o “sonho comanda a vida”, a jovem artesã e cantora deu forma à sua ideia e criou as ‘Palavras com Arte’, marca registada que este ano celebra o seu quinto aniversário.

Há quem duvide do destino, mas para Ana Rita Caleiro “nada acontece por acaso”.

As ‘Palavras com Arte’ são, para a jovem criativa “a pro-

va de que há ideias que estão destinadas a tornar-se verdadeiros projectos de vida”.

Licenciada em Comunicação Social, trabalhou no ensino superior como Técnica de Comunicação, durante nove anos. Em 2011, ficou desempregada no último dia do ano, noite na qual sonhou com a ideia de negócio que daria lugar às ‘Palavras com Arte’. Levantou-se e pôs em marcha o sonho.

Pelo caminho, realizou um estágio profissional no CECD Mira Sintra, uma das “experiências mais marcantes” da sua vida.

Terminado o mesmo, foi convidada a ficar. Impôs-se a escolha, mas o coração falou mais alto. Ganharam as ‘Palavras com Arte’, sobretudo depois da aparição televisiva no programa ‘Você na TV’, no qual conseguiu emocionar, em directo, o próprio apresentador Manuel Luís Goucha, ao oferecer-lhe uma peça personalizada.

“O que era uma ideia em fase de crescimento tornou-se o meu projecto de vida” Até então muito centrada na produção de peças exclusivas, realizadas por encomenda, Ana Rita Caleiro aventurou-se no mundo das feiras, com o objectivo de perceber a aceitação do produto no mercado.

No processo de integração deste novo desafio, tornou-se sócia do GAVE (Grupo de

Artistas Vale de Eureka), um ponto de apoio importante.

O tempo criou a necessidade de erguer uma estrutura “profissionalizada” que lhe permitisse viver do artesanato e, esse, foi “o maior desafio”, confessa. O ateliê tornou-se o seu espaço de produção e as feiras o principal ponto de distribuição.

Futuro reserva desafios “Sinto que 2017 vai ser um ano desafiante”, adianta.

“Para além das habituais feiras, quero segmentar, cada vez mais, os meus produtos por temas e públicos, criar maior diversidade e aumentar os meus pontos de distribuição, quer em termos de lojas revendedoras, quer de representantes de marca. Mas quero, sobretudo, estabelecer parcerias”.

Um dos mais arrojados desejos de Ana Rita Caleiro, para

este ano, reside em apresentar uma proposta de parceria à Parques de Sintra-Monte da Lua, responsável pela gestão do património histórico de Sintra. Ter as “Palavras com Arte” ao serviço de um marketing de emoções em Sintra seria uma concretização de topo, há muito ambicionada. Para tal, a jovem criativa conta com a ajuda da sua amiga Lúcia Almeida (projecto Lucy Mary), a quem lançou o desafio de ilustrar o património cultural de Sintra ilustrações exclusivas a utilizar nas peças, fazendo nascer um merchandising de emoções exclusivo em Sintra.

“Quero continuar a fazer gente feliz. O artesanato e a música são as minhas grandes paixões. Poder colocá-las ao serviço dos outros, potenciando emoções, significa fazer gente feliz, a minha maior realização”, conclui.

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JORNAL DA REGIÃO

BREVES FORUM OEIRAS SÉNIOR EM CARNAXIDE

AUTARQUIAS NO TEMPLO DA POESIA

Uma conversa informal com oradores de referência, seguida de discussão livre, é a estrutura das ‘Breakfast Session’, um conjunto de sessões promovido pelo Taguspark. O próximo encontro está marcado para dia 9 de Março e terá como convidados Manuel Laranja e Rita Pelica, professores no ISEG – Lisbon School of Economics & Management, onde coordenam um curso sobre ‘Soft Skills & Marketing Pessoal. Entre as 09h00 e as 10h30, oportunidade para reflectir e debater as mudanças ocorridas no mundo do trabalho e que têm levado os profissionais a (re)pensar as suas carreiras e a dar uma maior importância à sua maneira de estar e de comunicar, mesmo na sua esfera pessoal e social.

As preocupações e anseios da comunidade mais idosa do concelho vão estar em foco, mais uma vez, na terceira reunião do Forum Oeiras Sénior, marcada para esta quarta-feira (dia 1 de Março), pelas 14h30, no edifício da Associação dos Bombeiros Voluntários de Carnaxide (Rua Manuel Teixeira Gomes, n.º 31). Recorde-se que o Forum Oeiras Sénior é uma plataforma informal e de função consultiva aberta à participação voluntária de todos os interessados e que se constitui como um espaço de reflexão e de emanação de propostas que possam influenciar não só as politicas locais como a acção dos vários actores que directa ou indirectamente intervêm na área do envelhecimento da população.

“Ecologia Humana – Desafios e resultados a nível local” é o tema que estará em cima da mesa do próximo ‘Pequeno-Almoço com a Sustentabilidade’, uma iniciativa da Câmara de Oeiras dedicada à discussão e reflexão de vários assuntos com impacto na vida da sociedade e do município. No próximo dia 6 de Março, no auditório do Templo da Poesia (Parque dos Poetas), a sessão será inaugurada, às 09h30, pelo presidente da autarquia oeirense, Paulo Vistas. Segue-se um painel de oradores de onde se destaca a intervenção do presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, na sua qualidade de presidente da Rede de Autarquias Participativas.

ACTUALIDADE

DEBATE SOBRE MARKETING PESSOAL

Mercado dá lugar a edifício multiusos Equipamento em Tercena vai abaixo e espaço ganha novas funções

A lei da oferta e da procura vai deitar abaixo o Mercado de Tercena, 24 anos depois de ter sido inaugurado. O futuro edifício, cuja construção aguarda pelo desfecho de duas providências cautelares, traz como novidades um supermercado, um ginásio e uma clínica.

Do anterior ficam a florista, a cabeleireira, a tabacaria/ papelaria e o restaurante.

O investimento, privado, é de 2,35 milhões de euros e deverá criar 180 postos de trabalho.

O responsável da empresa a quem foi adjudicada a concessão da exploração do edifício do Mercado Municipal de Tercena (Barcarena) acredita que esta será uma aposta de sucesso. “A natureza do nosso projecto é ir ao encontro das necessidades da população, as quais são, hoje em dia, diferentes das que existiam há anos atrás”, justifica Luís Espinha, CEO da Winnerules, empresa vencedora do concurso, lançado no ano passado pela Câmara

Municipal de Oeiras. Uma perspectiva que vai ao encontro, também, da posição da autarquia, que considera o encerramento daquele espaço, consumado a 15 de Janeiro último, uma consequência da sua “baixa rentabilidade, apesar das sucessivas tentativas de redinamização do mesmo”.

O promotor assegura que o perfil de lojas a integrar o futuro edifício foi delineado tendo em conta estudos e inquéritos realizados previamente junto dos consumidores daquela área. A lista de serviços seleccionados inclui um supermercado “de proximidade”, um ginásio, uma “pequena clínica, com recolha de análises,

pequenas consultas, posto de enfermagem” (aproveitando a implantação do Centro de Saúde na forja ali perto, na Quinta das Lindas), mas também os pré-existentes salão de cabeleireira, florista, papelaria/tabacaria e restaurante, ocupando, no total, quase 4.000 metros quadrados de área.

“Nesses inquéritos não houve uma única resposta positiva à pergunta sobre se as pessoas estavam satisfeitas com o Mercado de Tercena tal como ele se encontrava a funcionar”, garante o responsável da Winnerules, criada há nove anos e que se dedica a desenvolver projectos no sector do retalho, com vários empreendimentos previstos ou em curso nos concelhos de Lisboa, Oeiras, Sintra, Cascais, Amadora… O Mercado de Tercena é o primeiro desafio do género em que a empresa se envolve enquanto promotora (mas também gestão de projecto, arquitectura e especialidades), embora haja participado em projectos nesta mesma área prestando serviços diversos a clientes.

Estacionamento subterrâneo O sucessor do Mercado de Tercena, que manterá o nome e terá estacionamento em cave (41 lugares) e à superfície (57), “ambiciona constituir-se

como um marco no aglomerado, quer pela qualidade arquitectónica que o edifício assume, quer pela revitalização urbana que irá promover no local, e que se espera possa ter capacidade para desencadear um processo de regeneração urbana no tecido envolvente”, lê-se na descrição feita pelos seus responsáveis, na qual se acrescenta: “Com dois pisos acima da cota de soleira e volumetria arrojada, o edifício foi projectado de forma a cumprir o programa e a respeitar as condicionantes urbanísticas em presença, nomeadamente a Reserva Ecológica que impende em toda a frente do edifício existente”.

Os trabalhos de projecto estão na sua fase final, mas o início da obra – que durará oito meses – está dependente de luz verde por parte da Câmara que, por seu turno, aguarda pelo desfecho das providências cautelares interpostas na Justiça por alguns dos comerciantes que ficaram de fora do Multiusos (ver caixa).

De acordo com o caderno de encargos do concurso, a Winnerules ficará a pagar 7000 euros mensais à Câmara de Oeiras (contrato por 20 anos), estando previsto que o projecto reserve uma sala com 300 m2 para utilização da Junta de Freguesia de Barcarena.

Jorge A. Ferreira

Seis comerciantes apresentam providências cautelares Os vendedores de peixe, carne, frutas e legumes e de uma série de outros artigos que se amontoavam em poucas bancas, além do proprietário de um café, constituem o grupo dos seis comerciantes do Mercado de Tercena que ficaram de fora do futuro Multiusos. Olhando os negócios em causa – concorrenciais com o supermercado – é fácil perceber a razão dessa exclusão.

Alguns estavam naquele mercado desde a sua abertura…

Não tendo chegado a acordo com a Câmara – que deixou em aberto a opção de serem transferidos para outro mercado municipal, o que não foi aceite – encetaram uma luta contra a “forma incorrecta” como alegam ter sido tratados pela autarquia, recorrendo mesmo a duas providências cautelares.

Na reunião de Câmara pública, realizada no passado dia 22 de Fevereiro, o advogado do grupo, Sérgio Oliveira,

aproveitou o período aberto ao público para sublinhar as principais queixas. Assim, lembrou que a mudança dos comerciantes para outro mercado municipal não é opção “pois a própria Câmara reconhece que todos estão a perder dinamismo”. Criticou o argumento de falta de rentabilidade do Mercado de Tercena, apesar das “sucessivas tentativas” de redinamização que a autarquia alega terem sido feitas, destacan-

do que “aos comerciantes nunca foi perguntado da sua rentabilidade para se concluir que há baixa rentabilidade”. E apontou, ainda, procedimentos legais executados fora dos prazos previstos por lei, ao ponto de haver vendedores que terão recebido cartas da Câmara com respostas relativas a assuntos pendentes do processo dois dias depois de o mercado ter sido encerrado. Por úl-

timo, lamentou a “falta de diálogo” do município.

Em resposta, o vice-presidente do município, Carlos Morgado, admitiu que “eventualmente, num ou noutro detalhe, pode ter havido alguma questão que não tenha corrido da melhor forma”, mas também sublinhou que da parte da autarquia “sempre houve abertura para tentar resolver os problemas e vai continuar a haver”.

Entretanto, o grupo excluído continua em negociações com a empresa que ganhou a concessão e a quem cabe pagar uma indemnização a cada um dos comerciantes, calculada a partir de uma fórmula prevista no caderno de encargos. Mas Luís Espinha, CEO da Winnerules, diz estar disposto a ir mais longe do que o montante obrigatório. “Entre o que está no concurso e o que iremos pagar há uma diferença para cima de 34%”, garantiu.

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JORNAL DA REGIÃO

“Sentimos todos que estamos no limite”

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Projecto ‘Desperta-te-Promove a tua saúde mental’ Na senda dos recentes alertas para a exaustão física e mental – o chamado ‘burnout’ – de grande parte dos trabalhadores portugueses, quatro entidades da Comissão Social da União de Freguesias de Oeiras, Paço de Arcos e Caxias estão a promover sessões destinadas a partilhar experiências e possíveis soluções para este problema.

Aprender a identificar, nos outros e em si mesmo, os sintomas de quem está na situação de potencial vítima de stress ocupacional (‘burnout’); conhecer os próprios limites e ganhar consciência de que pisar a linha vermelha do sacrifício físico e mental pode prejudicar não só o trabalhador, mas também as pessoas que dependem dos seus cuidados… Estas são algumas das matérias de reflexão

que a iniciativa ‘Desperta-te – Promove a tua saúde mental’ pretende aprofundar, na quarta-feira de cada mês (das 8h30 às 10h30), em sessões já calendarizadas até Junho e que decorrerão na AERLIS-Associação Empresarial da Região de Lisboa.

“Esta iniciativa pretende apoiar, especialmente, os trabalhadores de áreas como a Educação, a Saúde ou o Apoio Social, que lidam diariamente com pessoas que estão, muitas vezes, em situações-limite de carências a vários níveis. Nesses casos, o profissional tem um desgaste mais rápido, sobretudo quando faltam recursos humanos e materiais, e mais facilmente entra em stress ocupacional”, explica Marta Ferraz, psicóloga e directora técnica do Forum Sócio-Ocupacional (FSO) de Oeiras.

Para providenciar “um espaço de partilha” destas inquietações e de pistas para a sua ultrapassagem, esta entidade, pertencente à ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, juntou-se a outras três instituições: o Centro Nuno Belmar da Costa, a Associação Fénixis e a EMDIIP. “A ideia destes encontros é perceber como nos podemos ajudar uns aos outros para ultrapassarmos estas questões porque, às vezes, as pessoas estão em situação-limite no seu trabalho, mas não há muito que as chefias possam fazer para resolver o problema”, diz a responsável do FSO de Oeiras.

No fundo, trata-se de retirar pressão a uma panela que tem estado sob tensão há demasiado tempo, sobretudo nos anos da crise, em que “o trabalho aumentou e os

A realização de exercícios de relaxamento é uma das medidas preconizadas para evitar a exaustão

recursos foram os mesmos ou reduziram-se”. Porque, alerta a mesma técnica, “se não forem abordadas, estas situações são potencialmente graves, podendo levar a um alto absentismo ou à necessidade de tomar medicação…”.

Por isso, o ‘Desperta-te’ quer tentar diferentes hipóteses de solução ao longo das sessões já programadas. Por exemplo, através do yoga do riso,

da partilha de experiências, do relaxamento progressivo, das técnicas Snoezelen, da dança… “O objectivo é que, com estas actividades diversas possamos aumentar o nosso bem-estar e discutir algumas das nossas angústias profissionais e o que poderemos fazer para melhorar esta realidade”, sintetiza Marta Ferraz.

A apresentação da iniciativa contou com cerca de três de-

zenas de pessoas. “O horário das sessões é muito matinal para que os trabalhadores não percam toda a manhã de trabalho e, assim, mais facilmente as chefias permitam a sua participação”, admite a responsável do FSO de Oeiras, enfatizando que “todos têm a ganhar com o tratamento adequado destas questões”.

Jorge A. Ferreira

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VER & OUVIR

Sugestões JR CINEMA

Paco Bandeira em concerto na Amadora

Um dos nomes incontornáveis da música ligeira portuguesa vem até à Amadora para um concerto único. ‘O Povo é Sempre Bom’ é o mais recente trabalho discográfico de Paco Bandeira, autor de sucessos como ‘A Minha Cidade’, ‘Ceifeira Bonita’ ou a ‘Ternura dos Quarenta’.

Logan

Cineteatro D. João V (Damaia).

Dia 3 de Março, pelas 21h30.

No futuro, um exausto Logan, escondido na fronteira mexicana, cuida do adoentado Professor X. Mas as tentativas de se esconder do mundo e do seu próprio legado, acabam quando uma jovem mutante chega e é perseguida por forças obscuras. Realizado por James Mangold.

LIVRO

‘Envelhenescer’, de Pedro Chagas Freitas

‘Os Primeiros 35 Anos, - Ao Vivo’, GNR

Os ‘Serões Musicais no Palácio da Pena’ vão, durante os sábados do mês de Março, preencher aquele monumen-

to com sonoridades oitocentistas, inspirados na atmosfera dos saraus promovidos pelo rei-artista D. Fernando

Palácio da Pena, Salão Nobre. Dia 4 de Março, às 21h00.

Acompanhada por António Saiote, o grande mestre do clarinete, e com a direcção musical de Nicolay Lalov, a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras (OCCO) apresenta-se com o concerto para clarinete e orquestra de cordas, de Armando Mota, e

A mostra tem a missão de mostrar um lado pouco visto da cultura visual de rua, ao apresentar uma boutique de roupa com história de artistas de peso do graffiti, arte urbana e muralismo, com peças autênticas que nos falam de hábitos e personalidades, detalhes e histórias por detrás

o concerto in style jazz para clarinete e cordas, de A. Fraioli. A Sinfonia de Joseph Haydn vem completar o reportório.

Auditório Municipal Ruy de Carvalho (Carnaxide). Dia 4 de Março, Pelas 18h00.

de cada sessão de pintura. Cada artista tem uma t-shirt única com uma pintura original exposta e à venda.

Double Trouble Studio (Sassoeiros). Até dia 12 de Março, de segunda a sexta-feira, das 11h00 às 19h00, e aos sábados e domingos, das 15h00 às 20h00.

Exposição ‘Resiliência Artística’ na Amadora

‘Excuse Me’ é o disco de Centro Cultural Olga Cadaval, estreia de Salvador Sobral, Auditório Jorge Sampaio. Dia 3 de maioritariamente composto Março, às 22h00. por temas originais e da sua autoria. O álbum é o resultado das viagens e do tempo que morou nos Estados Unidos e em Barcelona, bem como das influências que recebeu das suas inspirações musicais que partem do jazz para o mundo e que chegam agora em concerto.

Este é o primeiro CD/ DVD e retrata um espectáculo marcante para os GNR que, perante um Campo Pequeno absolutamente esgotado, interpretaram 26 canções que já marcaram mais do que uma geração. O formato inclui ainda um excerto de 12 temas gravados no Estádio de Alvalade, em Novembro de 1992.

II. Vasco Dantas, premiado jovem pianista português, é o protagonista do concerto de abertura, no qual vão ecoar três peças que Franz Liszt escreveu para piano solo, inspiradas em sonetos extraídos das ‘Rimas de Petrarca’.

Exposição ‘Strite Boutique’ em Cascais

Em resultado do reencontro de Miguel Gameiro com a banda que fundou, os ‘Pólo Norte’, nasceu o disco ‘Miguel Gameiro & Pólo Norte – 20 anos’, em 2014, que levou a uma digressão nacional e que agora está a ser apresentado em formato acústico

MÙSICA

Franz Liszt abre serões musicais no Palácio da Pena

‘Serenada Concert’ em Oeiras

Grandes concertos em Sintra

O que aconteceria se o tempo começasse a andar ao contrário? E se as pessoas em vez de envelhecerem, rejuvenescessem?

‘Envelhenescer’ é uma viagem desconcertante até àquele que parece ser o grande desejo da Humanidade, mas estará esta pronta para ele?

JORNAL DA REGIÃO

Centro Cultural Olga Cadaval, Auditório Acácio Barreiros. Dia 4 de Março, às 21h30.

Esta exposição de pinturas e ilustrações resulta do desafio criativo lançado pelo Serviço Municipal de Protecção Civil da Amadora ao ateliê de pintura da Fundação AFID, com base em quatro temas abordados em acções de formação com os jo-

vens da fundação: prevenção de incêndios, segurança rodoviária, e procedimentos de emergência em caso de sismos e socorros básicos.

Centro Comercial Dolce Vita Tejo, Piso 1. Até 31 de Março.

Teatro de revista traz boa disposição a Cascais A revista ‘Pegou de Estaca’ baseia-se em ditos e provérbios populares e na interpretação da língua portuguesa, que, por vezes, nos trai e confunde, sendo composta por rábu-

las e quadras que exemplificam essas características. Um espectáculo cheio de boa disposição.

Grupo Desportivo do Zambujeiro. Dia 4 de Março, às 21h30, e dia 5, às 16h00.

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1 a 7 de Março de 2017

NA BERRA

JORNAL DA REGIÃO

“Sou bastante activa por natureza” Marta Andrino revelou-se como actriz, mas tem dado provas da sua versatilidade artística Oriunda de uma família de artistas, Marta Andrino não conseguiu fugir ao fado que lhe estava destinado e, apesar da licenciatura em Marketing, é no pequeno ecrã que soma e segue sucessos.

Filha da actriz Carla Andrino e do maestro Mário Rui, Marta Andrino confessa que em criança as suas brincadeiras preferidas eram cantar e dançar e, talvez por isso, tem dado provas de ser uma profissional versátil, para além da sua simpatia espontânea e evidente: primeiro como actriz, como apresentadora e, mais recentemente, como cantora, depois da marcante participação no programa da TVI, ‘A Tua Cara Não Me é Estranha’ – no qual deixou, na sua estreia, a família toda em lágrimas pela brilhante prestação. “Sempre tive o bichinho da música, sem-

pre cantei e fiz musicais e, nesse sentido, este programa foi ouro sobre azul para mim”, revela satisfeita. À frente do programa ‘Câmara Exclusiva’ – a par com Mónica e Pimpinha Jardim –, Marta Andrino dá graças por ter cruzado o seu caminho c o m

“Sempre tive o ‘bichinho’ da música” o da apresentação: “Não fazia parte dos meus planos estar à frente de um programa, mas é um projecto que me deixa, neste momento, muito feliz e completa”, confessa.

Realizada profissionalmente, Marta Andrino revela

ainda ser uma pessoa activa, apesar de nem sempre conseguir ter tempo para ir ao ginásio ou praticar alguma modalidade desportiva: “Se existir um elevador, eu prefiro ir pelas escadas... Tenho preferência sempre por caminhar e quando levo o carro tento estacionar um pouco mais longe para andar”, destaca, como alguns dos seus truques.

Também quanto à alimentação, a jovem actriz dá a conhecer alguns dos principais cuidados que tem: “Bebo sempre muita água, não consumo alimentos processados e, sempre que possível, confecciono a minha comida. Estas são as principais regras que sigo e que ponho em prática para mim e para o meu filho”.

Lembre-se que a actriz é mãe de Manuel, nascido em Setembro de 2015, fruto da relação que mantém com o actor Frederico Amaral.

Olha quem fala

“Não posso ficar sentada a assistir ao crescimento de um equívoco mediático que afirma, peremptoriamente, que estou numa situação de derrota, de desgaste e de desilusão com a minha carreira”.

FÁTIMA LOPES, sobre as notícias a propósito do programa ‘Let’s Dance’, no seu blogue.

“Podem crucificar-me à vontade. Estão a fazer muito barulho para nada.

Não sabia que chamar gay a um gay e preto a um preto era ofensivo”.

JOÃO BRAGA, responde a polémica, no Facebook.

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JORNAL DA REGIÃO

Guia de Recursos já está ‘online’

Respostas para pessoas com deficiência Centralizar e disponibilizar informação sobre os direitos, benefícios e recursos existentes em Oeiras e concelhos limítrofes para a população com necessidade de cuidados especiais é o objectivo do Guia de Recursos para a Deficiência, já disponível no site da autarquia.

Elaborado pela Divisão de Acção Social e Juventude da Câmara de Oeiras, com o contributo de diversos parceiros do concelho cuja intervenção incide, de forma directa ou indirecta, sobre a pessoa com deficiência, o documento agora disponibilizado em versão digital encontra-se dividido nos seguintes capítulos: recurso educativos, respostas sociais, respostas desportivas, protecção social, projectos municipais, legislação e outras respostas.

O documento, que virá a ter, igualmente, uma edição em papel num futuro próximo, pretende ser um instrumento orientador para o munícipe que procura informação sobre a área de apoio à deficiência.

Nele é possível, por exemplo, encontrar a morada e os contactos dos agrupamentos de escolas do concelho que têm unidades de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbação no espectro do autismo. Ou, por outro lado, da Equipa Local de Intervenção (ELI) de Oeiras, uma entidade com funcionamento transdisciplinar que tem “um serviço especializado e gratuito” destinado a crianças dos 0 aos 6 anos de idade com limitações no seu crescimento pessoal e social, bem como crianças com risco grave de atraso no desenvolvimento.

Também a CERCIOEIRAS, o Centro Nuno Belmar da Costa (Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa), a Associação de Assistência a Idosos e Deficientes de Oeiras (Caxias), a ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, a Casa de Betânia (Queijas), a delegação de Oeiras da Associação de Surdos da Linha de Cascais, a Academia Equestre João Cardiga, a Hípica de Oeiras, o Grupo Desportivo e Recreativo “A Joanita” (sedeada em Linda-a-Velha, instituição que promove o basquetebol adaptado), a Liga de Algés, o Movimento Pais em Rede ou o Instituto Nacional para a Reabilitação fazem parte, entre outros, desta lista de entidades, com sede em Oeiras ou sedeadas fora do concelho mas que acolhem munícipes oeirenses.

Projectos desenvolvidos, neste âmbito, pela Câmara de Oeiras têm direito, igualmente, a um capítulo nesta publicação, como sejam o Serviço de Teleassistência Domiciliária, o Balcão da Inclusão, os projectos ‘Praia Acessível’ e ‘Oeiras sem Barreiras’, a Ocupação de Tempos Livres de Crianças e Jovens. Fazendo uma breve apresentação desta nova ferramenta, a vereadora da Acção Social, Saúde e Cultura, Marlene Rodrigues, salientou que

se trata da concretização de uma das medidas do Plano de Desenvolvimento Social em vigor. A mesma responsável aproveitou para revelar que outro instrumento daquele Plano, a Carta Social, “está neste momento a ser actualizada e poderá, depois, dar respostas aos diversos órgãos sobre as vagas existentes nas diversas instituições”. Bons pretextos para que a vereadora sublinhasse, ainda, que a acção social em Oeiras “não

é meramente uma acção desconcertada ou fragmentada de quem quer fazer benzinho ou caridadezinha: há aqui um plano estratégico, decorrente de uma rede social, e que tem um diagnóstico por detrás, um Plano de Desenvolvimento Social que abrange 2014 a 2017 e que tem planos anuais de actividades dessa mesma rede social, constituída por 203 instituições”.

Jorge A. Ferreira

1 a 7 de Março de 2017

MOTORES

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E o prémio vai para...

Peugeot 3008 eleito como Carro do Ano em Portugal

O Peugeot 3008 venceu o prémio ‘Essilor Carro do Ano/Troféu Volante de Cristal’, merecendo a preferência da maior parte do júri e impondo-se entre o lote de 15 modelos de automóveis que concorreram à edição deste ano. A marca francesa apresentou a concurso uma das versões mais equipadas - a Allure 1.6 BlueHDi 120 com caixa automática, comercializada por 36550 euros.

O Volante de Cristal, prémio instituído pelo Expresso e pela SIC Notícias, distingue o melhor produto auto-

móvel lançado em Portugal em cada ano e foi entregue na passada semana em Lisboa.

Foram eleitos ainda outros modelos nas diversas classes do Carro do Ano. O Grupo PSA viu também o novo Citroën C3 ser eleito Citadino do Ano, enquanto outra marca francesa, a Renault, conquistou o prémio reservado ao Familiar do Ano, com o novo Renault Mégane.

Na classe Crossover do ano a vitória foi alcançada pela SEAT com o Ateca, que mereceu também a preferência do público numa votação online. Outra marca a levar dois prémios foi a Volvo, que venceu a classe Carrinha do Ano com a sua V90, conquistando ainda o Prémio Inovação e Tecnologia com o sistema Volvo Pilot Assist. Finalmente, a Hyundai foi distinguida na classe Ecológico do Ano com o seu híbrido Hyundai Ioniq.

Citadino do Ano: Citroën C3 Pure Tech 110 Shine

Familiar do Ano: Renault Megane Berlina 130 GT Line

SEAT Ateca 1.6 TDI CR Style S&S 115 CV foi eleito Crossover do Ano e ganhou o Prémio do Público

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

NEGÓCIOS

JORNAL DA REGIÃO

Tecnologia do Ano: Hyundai Ioniq Hybrid Tech

Carrinha do Ano: Volvo V90 D4 190 CV Geartronic

Cintramédica dispõe de novo equipamento de TAC de última geração

A Cintramédica, com sede na Portela de Sintra, adquiriu um novo equipamento de TAC de última geração. Um equipamento dotado da mais recente tecnologia e que permite, entre outras vantagens, reduzir até um terço a exposição do cliente à radiação, quando comparado com outros sistemas; Obter imagens de forma mais rápida e com melhor qualida-

de, e um diagnóstico mais correcto e eficaz.

Em termos técnicos, o novo equipamento é um TAC Aquilion Lightning da Toshiba, o primeiro a ser instalado na Península Ibérica, de última geração, com tecnologia de 80 cortes, que proporciona um diagnóstico mais preciso.

O seu design permite que todo o tipo de clientes se sintam mais

Silvino Nogueira Santo, Lda

confortáveis durante a realização do exame.

Segundo os responsáveis da Cintramédica, a aquisição deste novo equipamento reforça a preocupação em colocar à disposição dos seus clientes equipamentos de última geração, que respondem às exigências dos avanços da medicina e que integram as tecnologias mais inovadoras.

• Venda de gás • Equipamento de queima para material de campismo • Serviço de assistência técnica • Instalação de gás executado por empresas credenciadas pelo DGE

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S48-7-0508

1 a 7 de Março de 2017

REPÓRTER JR

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Retinopatia diabética tem novo ciclo de rastreios em Linda-a-Velha A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) iniciou, na semana passada, um novo ciclo de rastreios da retinopatia diabética, abrangendo cerca de 60 mil diabéticos inscritos em quatro Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da região. No concelho de Oeiras, a iniciativa decorre no Centro de Saúde de Linda-a-Velha.

A realização dos rastreios, que abarca, ainda, os ACES de Lisboa Norte, Lisboa

Central e Estuário do Tejo, será acompanhada de acções de sensibilização e educação dos utentes sobre a retinopatia diabética, que é a maior causa de cegueira evitável.

Em 2016, o rastreio realizado nestes quatro ACES permitiu encaminhar, precocemente, 3.511 pessoas para consulta de oftalmologia (15,6% da população rastreada), para investigação adicional e tratamento nos casos aplicáveis.

No total, esta acção de rastreio da retinopatia diabética abrange oito concelhos:

Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente, Lisboa, Loures, Oeiras, Vila Franca de Xira. Mas, no final do mês de Abril, será alargada aos restantes quatro ACES da ARSLVT (Sintra, Loures-Odivelas, Amadora e Cascais).

Em relação ao ACES de Lisboa Ocidental e Oeiras (onde estão inscritos cerca de 15 mil diabéticos) refira-se que o rastreio teve início na USF Descobertas e irá realizar-se em mais três locais – Centro de Saúde Linda-a-Velha, Centro de Saúde de Alcân-

tara e Centro de Saúde de Santo Condestável.

Quanto à metodologia envolvida neste processo, todos os diabéticos dos ACES em questão deverão receber em sua casa uma convocatória para realização de retinografia na respetiva unidade de saúde. A retinografia é um exame realizado por um ortoptista, que permite captar um conjunto de imagens do fundo ocular, as quais são posteriormente analisadas por uma equipa de médicos oftalmologistas do Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto. Se diagnosticada a retinopatia diabética, o utente é informado do resultado pelo seu centro de saúde e é encaminhado pelo médico de Medicina Geral e Familiar para consulta de oftalmologia no hospital, para investigação adicional e tratamento.

Cerca de 90% dos diabéticos tipo 1 e 50% dos diabéticos tipo 2 apresentam lesões na retina ao fim de 20 anos. A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira evitável na população entre os 20 e os 64 anos, sendo que a precocidade do diagnóstico que este rastreio introduz permite que se evitem terapêuticas agressivas, repetidas e onerosas, com resultados por vezes pouco eficazes.

Rotary Club de Oeiras desafia a correr contra a poliomielite A meta de erradicar a poliomielite (paralisia infantil) está cada vez mais próxima, mas ainda há países em que a degradação das condições de vida mínimas não permitiram, por enquanto, declarar o desaparecimento daquela doença da Terra. Para reforçar a resposta de vacinação em massa, o Rotary Club de Oeiras lança o desafio a todos quantos possam participar numa corrida/caminhada, a realizar no Jamor, no próximo dia 12 de Março.

A ‘Rotary Run pela Erradicação da Pólio’ irá iniciar-se pelas 10h00, no Estádio de Honra do Centro Desportivo do Jamor. A organização da prova destaca que vestir a camisola desta grande causa humanitária custa apenas 8 euros, o preço da inscrição, e “contribui com 12 vacinas, o que significa salvar 12 vidas”. E lembra que “se o vírus da pólio existir em qualquer parte do mundo, todas as crianças estão em risco”, pelo que “a nossa indiferença pode levar a que mais de 200 000 crianças pelo mundo possam sofrer de poliemielite todos os anos na próxima década”.

Carros ignoram proibição e invadem rua no Bairro da Medrosa Uma rua que não deveria ter trânsito para além de casos excepcionais, mas que se transforma em artéria muito frequentada por viaturas, sobretudo à hora de almoço. A queixa, endereçada ao nosso jornal pela leitora Lurdes Santos, diz respeito à Rua Afonso de Paiva, no Bairro da Medrosa, em Oeiras.

A moradora, que habita na vizinha Avenida D. João I, salienta que a artéria em questão é uma rua que atravessa um bairro residencial e passa junto de um parque infantil.

“Pois isso não tem qualquer

significado para os diversos condutores que estacionam diariamente nessa rua só para não pagar estacionamento na Avenida D. João I”, indigna-se. Pior ainda, “andam nela a velocidades impensáveis, podendo atropelar qualquer criança e dificultado a locomoção de idosos”.

Lurdes Santos sublinha o facto de existir, no início da Rua Afonso de Paiva, um sinal de trânsito proibindo a circulação geral, excepto a veículos da Câmara e para cargas e descargas. E dá conta que as viaturas para este último efeito nem sequer entram na rua em causa.

No entanto, pelos vistos, há muitos mais carros que lá entram e um dos motivos principais dirá respeito à vontade de levar o carro mesmo até à porta da restauração que existe naquele ponto e sem pagar parquímetro na avenida ali mesmo ao lado. “Param em frente aos restaurantes, entram e circulam sem qualquer respeito pelo sinal e peões, ainda por cima com perigo para as crianças que estão no parque infantil!”, revolta-se a munícipe, adiantando que esta situação vigora todo o dia, mas “então à hora do almoço é uma vergonha”…

Lurdes Santos assegura que já fez queixa à PSP “por diversas vezes”, no entanto “parece-me que esta situação só fica resolvida com uma

actuação diária desta entidade e colocando pilaretes a impedir a circulação, que só desceriam para cargas e descargas”.

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JORNAL DA REGIÃO

Médico de Família Doenças raras As doenças raras são na grande maioria graves, crónicas e debilitantes. Apesar de raras, muito mais comuns do que se imagina. Estima-se que entre 6 a 8 por cento da população padeça de uma doença rara, o que representa entre 24 e 36 milhões de pessoas na Comunidade Europeia.

Efectivamente, uma doença rara é aquela que afecta no máximo 1 em cada 2000 pessoas, mas há mais de 6000 doenças raras descritas. Devido à sua raridade e número elevado, não só muitas vezes os clínicos as desconhecem, como o diagnóstico é habitualmente difícil, podendo levar anos. Esta demora tem um grande impacto para o doente e sua família, e pode piorar o prognóstico e atrasar um tratamento adequado.

Após o diagnóstico, tratando-se de doença genética, a pessoa deve receber aconselhamento genético e pode recorrer às associações, que têm um papel fundamental ao apoiar os doentes e ao pô-los em contacto com outros, bem como representá-los junto das entidades oficiais.

Em termos gerais, as queixas mais frequentes dos doentes, para além da falta de informação, são as dificuldades no acesso ao cartão de doente raro e a sua utilização, no acompanhamento médico na transição da infância para a vida adulta, no acesso às ajudas técnicas, no acesso aos cuidados integrados. Outras ainda são a inexistência de tabelas de incapacidades que contemplem as das doenças raras e garantam equidade na atribuição dos graus de incapacidade e a necessidade de aceder a todas as consultas de que precisam (por exemplo, terapia da fala) no Sistema Nacional de Saúde (SNS), ao invés de ser a família a suportá-las por inteiro.

A existência de centros de referência/excelência formais virão porventura resolver parte significativa das dificuldades dos doentes, aumentando a investigação nesta área e facilitando a criação de um registo de pessoas com doenças raras em Portugal. Por sua vez, o registo permitirá melhorar o apoio aos doentes, classificar as doenças raras e ter uma maior consciência sobre a adequabilidade dos meios, ajudando na definição de medidas para diagnósticos mais céleres e melhoria da qualidade de vida dos doentes.

Marta Jacinto, presidente da Aliança Portuguesa de Associações de Doenças Raras

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