Edição de Oeiras 124 do Jornal da Região

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JORNAL DA REGIÃO Director: Paulo Parracho • 19 a 25 de Abril de 2017 Série IV • Edição N.º 124 • Ano XXII • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Luísa Sobral “Sentimos que acreditam na nossa canção”

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NOVOS RADARES APANHAM ACELERAS

Oeiras é dos municípios da região de Lisboa com maior concentração de radares inteligentes, instalados no âmbito do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO). Entre a A5 e a Marginal são sete os dispositivos com capacidade para autuar de forma automática todos os que excederem os limites. Porém, é preciso ter atenção às “armadilhas”, nomeadamente junto à Cidade do Futebol e na descida de Santo Amaro.

A compositora do tema ‘Amar Pelos Dois’, que venceu o Festival da Canção 2017, vai substituir o irmão e intérprete da canção, Salvador Sobral, nos primeiros ensaios da Eurovisão, já que aquele só segue para a Ucrânia dois dias antes da sua actuação devido a problemas de saúde.

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PORTO SALVO VAI CONTAR COM NOVO ESPAÇO DE SAÚDE MENTAL Ver anúncio página 6

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Unidade de Treino de Autonomia da responsabilidade da ARIA

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Novos radares ainda surpreendem

Aumenta cerco à região de Lisboa Criado em Julho do ano passado, com a instalação de um primeiro radar na auto-estrada que liga Cascais a Lisboa (A5), O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) já está a funcionar em pleno na região da Grande Lisboa.

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Nas principais vias de acesso à capital estão implantadas mais de 21 estruturas fixas (a juntar às já existentes na cidade e na CRIL), sendo que o sistema prevê uma rotatividade dos equipamentos pelos 50 pontos de medição e controlo de velocidade espalhados pelo país. Ou seja, nem sempre há controlo de velocidade nos locais assinalados, mas por via das dúvidas o melhor é cumprir os limites impostos em cada local para não ser surpreendido por coimas com valor mínimo de 120 euros e subtracção de pontos na carta de condução. Todavia, muitos automobilistas ainda não tomaram consciência do funcionamento pleno do SINCRO. Talvez por que a sinalização nem sempre está colocada de forma visível, “passam frequentemente em transgressão pelos pontos assinalados”, revelou ao JR fonte policial, admitindo que “as primeiras notificações já começaram a chegar a casa dos infractores”, sem contudo precisar números. Confrontada pelo JR, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) também não divulgou o número de autos já emitidos,

mas segundo o Ministério da Administração Interna, “a comunicação da informação dos radares é efectuada através da aplicação Sistema de Gestão de Eventos de Trânsito (SIGET), que faz o interface com o Sistema de Contraordenações de Trânsito (SCoT), para a emissão das notificações aos condutores”. Isto é, após a infracção, a notificação processa-se de modo automático. Numa abordagem a vários condutores nas áreas de serviço da A5 (Oeiras) e do IC19 (Cacém), foi fácil perceber que a maioria ainda desconhece o funcionamento do sistema, muito menos os locais onde estão instalados os equipamentos de controlo de velocidade. “Já ouvi falar que iam instalar radares no IC19, mas ainda não os vi”, confessa José Joaquim, habitual utilizador daquela via, nas suas deslocações da Amadora, onde reside, para o seu local de trabalho, em Sintra. “Nos túneis da CRIL já fui apanhado. Mas aí, apesar da minha distracção, os radares estão bem sinalizados....”, revela o automobilista surpreendido pelo mapa em que lhe mostramos os três radares implantados na via rápida mais movimentada do país: dois no sentido Sintra-Lisboa (no Cacém, ao km 10,250, e na descida de Queluz, km 5,350) e um no sentido contrário, na chamada curva do Palácio de Queluz (km 5,3). “Agora, já vou com mais cuidado”, prometeu José Joaquim.

Outro condutor, Manuel Thomaz, residente em Oeiras, também não sabia da existência dos novos radares no seu concelho, precisamente aquele que mais equipamentos tem prontos a funcionar: sete, em três estradas. “Se calhar já fui multado, mas ainda não recebi nada...”, admite, especialmente porque o radar mais traiçoeiro está instalado na Avenida Marginal (EN6, km 7,85), no sentido Lisboa-Cascais, precisamente na descida para Santo Amaro de Oeiras, onde nunca passa “a menos de 80 km/hora”.

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EN6-Marginal Sentido Lisboa- Cascais Quem regressa a Oeiras pela Marginal deve tomar atenção ao passar junto à praia de Santo Amaro, onde, ao km 7,875, está instalado um dispositivo que regista como infracção todas as velocidades acima de 50 km/h. Colocado após uma curva e com a sinalização respectiva parcialmente encoberta por vegetação, este é um dos pontos com maior registo de contraordenações.

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Reduzir acidentes ou caça à multa? Pois é, mas embora descolorado pelo sol e parcialmente encoberto pela vegetação, o sinal que limita a velocidade a 50 km/h faz com que aquele seja um dos principais pontos de infracção de toda a região. “Não faz sentido. Temos semáforos em toda a via e os carros param quando ultrapassam os limites. Ali, é apenas caça à multa”, diz indignado outro automobilista, morador no Estoril, ouvido pelo JR no posto de abastecimento de Santo Amaro. Aliás, no mesmo dia, a PSP realizava em simultâneo uma acção de fiscalização na mesma via, mas em sentido contrário, com um carro descaracterizado estacionado na berma da estrada. “Caíam que nem tordos....” gracejou um popular, que assistiu a toda a operação.

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A ligação da A5 e da CREL à Marginal pela EN6-3, junto ao Estádio Nacional, esconde outra “armadilha”: a placa que indica o limite máximo de 70 km/h está ocultada pela vedação da Cidade do Futebol e o radar é logo a seguir.

Em Oeiras, também a EN6-3, que liga a Marginal à CREL e à A5, junto ao Estádio Nacional, tem activo o sistema de controlo de velocidade nos dois sentidos (km 0,950 e 0,730), enquanto na A5 são mais três os equipamentos implantados: Na curva do Estádio (km 7,750) e na descida de Miraflores, após a saída n.º5 (km 4,965), no sentido Cascais-Lisboa; na descida que antecede a saída para o Estádio Nacional (km 6,825), no sentido contrário. Já em Lisboa, na descida da Pimenteira (km 1,1) está o primeiro dos 50 radares instalados em todo o país. Nestes quatro locais, a velocidade máxima é de 120 km/h.

120 A A5 tem quatro radares em locais estratégicos: junto ao Estádio, nos dois sentidos (km 6,825 e km 7,750), no acesso de Miraflores à CRIL (km 4,965) e já na entrada para Lisboa, na descida da Pimenteira, ao km 1,1. Todos com limite de 120 km/h.

O presidente do Automóvel Club de Portugal considera “positivo” o novo sistema de radares, mas defende que os dispositivos devem ser colocados onde há “pontos negros” e “não em locais onde sejam caça à multa”. Para Carlos Barbosa, os radares não devem ser colocados em “auto-estradas, só porque as pessoas passam depressa”, mas sim nas estradas nacionais, onde acontece o maior número de acidentes. São nestes locais que “devem haver bastantes radares, para que as pessoas tenham consciência de que não podem andar em velocidade excessi-

vas nas estradas nacionais”, defendeu. Sobre as vantagens do novo sistema, Carlos Barbosa apontou que “vai trazer, pelo menos, mais prevenção e mais consciência aos condutores, que efectivamente não podem abusar da velocidade permitida por lei”. O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), José Miguel Trigoso, também considera positivo o novo sistema, afirmando que “é um primeiro passo” para controlar a velocidade nas estradas e prevenir acidentes. Paulo Parracho


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Saúde mental ganha novas instalações

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Unidade de Treino e Autonomia em Porto Salvo Oeiras vai ter uma nova Unidade de Treino de Autonomia para ajudar jovens adultos com problemas de saúde mental a fazerem uma transição, o mais normal possível, para a comunidade. Para este efeito, a Câmara aprovou, recentemente, a cedência de um T4, no bairro municipal do Moinho das Rolas (Porto Salvo). O apartamento permitirá acolher seis pessoas, metade do que o projecto pretende abranger.

A Unidade de Treino de Autonomia foi um dos dois projectos-piloto com que a ARIA- Associação de Reabilitação e Integração Ajuda se candidatou à rede de cuidados continuados integrados de saúde mental, no âmbito da nova legislação sobre esta área - o outro projecto diz respeito a uma equipa móvel de apoio domiciliário (que poderá vir ou não para Oeiras). “Com base nas exigências da legislação, o que se pre-

Aprender a gerir a doença e capacidades diariamente A unidade de treino de autonomia da ARIA a criar no Bairro do Moinho das Rolas prevê um projecto individual para cada um dos utentes, que ali poderão ficar, no máximo, durante 12 meses. O objectivo é que, durante esse período, e sujeito a monitorização de técnicos habilitados, ali possa “treinar a sua autonomia para poder voltar a integrar-se na sua família ou para voltar ao seu domicílio, no caso de ter casa própria”. O treino inclui a gestão doméstica, a gestão da medicação, da sua doença, dos cuidados de saúde, “tudo o que se deve ter em conta para poder retomar a sua vida na comunidade da forma o mais autónoma possível depois de ter surgido um problema de saúde mental e, eventualmente, ter havido alguma interven-

ção, mais a nível de internamento”, explica Marta Ferraz. As actividades constam de um programa diário que pode ser desenvolvido na própria unidade ou noutras instalações, por exemplo, nos fóruns socio-ocupacionais. A directora técnica do FSO de Oeiras confirma, ainda, que os utentes da futura unidade de treino de autonomia são jovens adultos. “Hoje em dia consegue-se fazer um diagnóstico mais cedo do que acontecia noutras épocas”, justifica, verificando-se que “as pessoas têm mais potencialidades para fazerem a sua vida o mais normal possível, sendo que várias delas retomam a sua actividade profissional, não todas, mas uma percentagem muito maior do que antigamente”.

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Equipamentos sociais têm muita procura A ARIA-Associação de Reabilitação e Integração Ajuda é uma IPSS sem fins lucrativos, que trabalha com pessoas com problemas de saúde mental, em desvantagem psicossocial. Gere diversas estruturas que permitem a progressiva integração na comunidade através de um plano individual de reabilitação, adquirir competências ou aprender um ofício (recebendo apoio e orientação na procura de

distribuídos em Sintra, Cascais, Oeiras e Amadora cerca de

600.000 visitas no site do Jornal da Região todos os meses

25.000 assinaturas leitores que recebem as edições em formato digital

Novos conteúdos regionais e generalistas, aliados à estreia de colunas de opinião, reforçam a posição do Jornal da Região como o meio mais lido da Grande Lisboa. O acesso a toda a informação editorial e publicitária agora mais facilitado com modernas plataformas de navegação. A Região, Portugal e o Mundo cada vez mais perto de si.

emprego), assim como providenciar apoio residencial, complemento à reabilitação socio-profissional. Abrangendo, geograficamente, Lisboa Ocidental, Oeiras e Cascais, entre os diferentes serviços disponibilizados pela ARIA destacam-se fóruns socio-ocupacionais – no Restelo, em Oeiras (na Avenida dos Bombeiros Voluntários) e em Cascais – uma unidade residencial em Algés (um

apartamento com sete utentes) e outra no Restelo. Equipamentos para os quais a procura tem sido superior à oferta. “Nas unidades residenciais é muito difícil haver vagas e temos listas de espera, como acontece, de forma geral, em todo o país; já nos fóruns vai havendo algumas vagas porque é uma actividade que depende de outros factores”, indica Marta Ferraz.

Ainda assim, aquela responsável considera que a cedência do apartamento é uma “boa notícia” para a implementação do projecto: “Apesar dos condicionalismos, não quer dizer que não se possa começar já com uma unidade, é algo que teremos de negociar com a Administração Regional de Saúde””, justifica. Além disso, “estas respostas novas são pilotos e, como tal, têm margem para se adaptarem. Por isso, estamos na expectativa de que as coisas se resolvam da forma mais adequada”, conclui.

cada vez mais líder

60.000 exemplares

Ao Sábado distribuído com o

tendia eram duas unidades modulares para instalar seis pessoas em cada uma delas, tendo em vista o seu treino para a autonomia”, reconhece Marta Ferraz, directora técnica do Fórum Sócio-Ocupacional (FSO) de Oeiras, um dos equipamentos da ARIA. A mesma responsável garante ter mencionado esta necessidade específica aquando dos contactos com a Câmara de Oeiras, estranhando, de alguma forma, a proposta de um apartamento T4 para 12 indivíduos. Segundo explica, normalmente, o que se pretende neste tipo de serviço é quartos duplos e, se possível, que haja, ainda, um individual “porque nem sempre as pessoas estão capazes de partilhar um quarto com outros”. Por outro lado, “idealmente, os dois módulos distintos, de seis pessoas cada um, devem ficar no mesmo bairro porque será a mesma equipa a prestar apoio a uns e a outros”. Em relação ao T4 a ceder pela autarquia, será preciso, ainda, avaliar o apartamento em questão à luz das novas exigências da legislação nesta matéria. O que poderá ser complexo, uma vez que a portaria em causa “veio estabelecer regras mais exigentes, nomeadamente em termos de permilagem e áreas”, sendo necessário, também, cumprir outros requisitos como a existência de um gabinete para os técnicos, uma zona de enfermagem e outros… “Não podemos esquecer que não se trata apenas de uma resposta residencial, também é uma resposta social”, salienta Marta Ferraz.

Jorge A. Ferreira

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BREVES DEPUTADOS FISCALIZAM DESCARGAS

ÉTICA NA COMUNICAÇÃO EM DEBATE

A Atlântica University Higher Institution, localizada em Barcarena, vai ter as suas portas abertas a futuros estudantes, alunos do ensino secundário e à comunidade em geral, esta sexta-feira, dia 21 de Abril. O objectivo é dar a conhecer o campus universitário situado na Fábrica da Pólvora, a oferta formativa, os docentes e os laboratórios, num retrato completo que poderá ajudar na escolha de um curso superior. O Dia Aberto começa às 15h00, com uma sessão de boas-vindas, seguindo-se uma visita guiada às instalações, a apresentação das diversas licenciaturas (15h45) e a realização de “workshops” específicos para cada área, a partir das 16h15.

A descarga poluidora verificada, recentemente, na Praia da Torre, originou uma moção, aprovada na Assembleia Municipal de Oeiras (AMO), na sessão da passada segunda-feira, onde se reivindica que, “sem contemplações ou condescendências, as entidades públicas competentes devem identificar e punir os infractores”. O documento, apresentado pelo PS e que teve o voto contra do IOMAF e favorável das restantes bancadas, considera que este incidente “representou, mais do que um prejuízo para o bom nome desta praia e das praias de Oeiras, com implicações negativas no turismo e economia locais, um intolerável atentado ao ambiente”.

A nova edição das ‘Breakfast Sessions’ está marcada para esta quinta-feira, dia 20 de Abril, das 9h00 às 10h30, no novo restaurante Panorâmico by Marlene Vieira, situado no 4.º Piso do Núcleo Central do Taguspark. O convidado é António da Cunha Vaz, que acumula uma vasta experiência em gestão empresarial e de comunicação. ‘A Ética na Comunicação’ estará em cima da mesa, com café ao lado, claro. Recorde-se que António da Cunha Vaz é, também, autor de diversos livros e trabalhos técnicos sobre assuntos europeus, teve a autoria e a apresentação de vários programas de televisão, e escreve em diversos órgãos de comunicação social.

Violência doméstica ameaça direitos Dados da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de 2016

A violência doméstica continua em acentuada subida no total de processos trabalhados pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oeiras: de 7% em 2014, para 19% em 2015 e 24% em 2016. Outros dados preocupantes são o abandono e o absentismo escolar, bem como os maus-tratos físicos e psicológicos nesta mesma faixa etária.

Foto de Arquivo

ACTUALIDADE

DIA ABERTO NA ATLÂNTICA

Embora a negligência continue a ser a principal problemática sinalizada, a violência doméstica é aquela cuja evolução negativa mais se faz notar, correspondendo a cerca de um quarto dos 748 processos analisados pela CPCJ Oeiras em 2016. Um “crescimento exponencial” que preocupa Isabel Ranito, presidente daquela comissão, embora não seja totalmente claro que esta tendência corresponda, directamente, a um agravamento desta realidade no terreno. “Nós relacionamos esta subida com o facto de a violência doméstica ser um crime público (de participação obrigatória às autoridades), mas também queremos acreditar que decorre

Isabel Ranito está preocupada com os efeitos que a violência doméstica provoca nas crianças e jovens

muito das campanhas de sensibilização realizadas a nível nacional para a sinalização destas situações e de termos, por essa via, uma comunidade muito mais consciente do impacto negativo que produzem na dinâmica familiar e nas crianças”. No topo dos casos sinalizados mantém-se a negligência, que subiu ligeiramente, de 24% para 26%. “Preocupa-nos

especialmente quando ela ocorre nos primeiros anos de vida, pois a criança tem ainda pouca autonomia, o que agudiza a situação”, sublinha Isabel Ranito, explicando que nesta problemática cabem diferentes tipos de carências, desde a privação da vigilância médica na primeira infância à falta de outros cuidados básicos como a alimentação ou o vestuário…

O ano de 2016 também não trouxe boas notícias em relação à questão do abandono e do absentismo escolar. Embora tenha continuado a diminuir ligeiramente no seu conjunto, a análise separada dos processos novos, instaurados no ano passado, mostra “um aumento significativo” desta problemática no escalão 11 a 14 anos (43%), quando comparado com 2015 (29%) e

2014 (32%). “Também a começar a merecer um cuidado mais atento está o escalão dos 6 aos 10 anos, que voltou a registar uma ligeira subida nesta tipologia (de 5% para 7%)”, especifica o relatório da CPCJ. Já entre os 15 a 17 anos, em 2016 atingiu-se o valor percentual mais baixo dos três anos em análise (39%). A propósito, Isabel Ranito sublinhou a necessidade de se reflectir sobre o que se pode fazer para conter e inverter esta realidade. “Porque é aqui, na transição do 1.º para o 2.º Ciclo, que as crianças começam a dar passos importantes, com mudanças muito significativas no seu quotidiano escolar”, frisa, adiantando algumas pistas para reflexão: “Penso que a escola tem de se diversificar já que está muito formatada e responde igual para todos quando há situações muito diversas. Quem se encaixa na norma, muito bem, os outros logo se vê… Temos de encontrar novas respostas”. Na análise comparativa dos três últimos anos, destaque, ainda, para as tipologias maus-tratos físicos e psico-

lógicos (5%) e exposição a modelos de comportamentos desviante (2%) com uma tendência decrescente. A excepção é o escalão dos 11 aos 14 anos que, numa análise separada dos processos instaurados em 2016, mostra um “valor preocupante” na primeira daquelas duas tipologias de perigo, atingindo 55% dos processos novos quando havia sido de 27% em 2015. Em sentido inverso, o escalão dos 6 aos 10 anos registou uma significativa diminuição (de 20% para 27%) naquela mesma problemática. A análise geográfica dos processos trabalhados pela CPCJ, nos anos 2014, 2015 e 2016, chega às seguintes conclusões: Porto Salvo e a União de Carnaxide e Queijas continuam a ser aquelas onde se regista uma maior taxa de processos, com respectivamente 2,6 % (111 processos) e 2,2% (220 processos); a União das Freguesias de Oeiras, Paço Arcos e Caxias e a União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada/Dafundo, por seu turno, mantiveram a mesma taxa de sinalizações comparativamente a 2015, com 1,7% (226 processos) e 1,2% (131 processos), respectivamente. Já a freguesia de Barcarena regista uma taxa de 1,3% (47), “valor que face ao número de população jovem residente começa a ser preocupante”. Jorge A.Ferreira

Menos pressão processual liberta meios para avançar na prevenção A monitorização e avaliação das iniciativas e dos seus resultados práticos será um dos pilares da acção da CPCJ de Oeiras para os próximos anos, segundo revelou ao JR a sua responsável, Isabel Ranito, referindo-se ao plano estratégico da instituição para o período 20172019 (que será apresentado esta quinta-feira, dia 20 de Abril).

“Será menos importante o número de projectos do que a necessidade de cada um deles corresponder a uma mudança, a um impacto concreto na comunidade e nas próprias crianças”, explica a nossa interlocutora, que pretende firmar protocolos com instituições académicas para avaliar e dar ainda mais rigor ao trabalho desenvolvido.

Uma linha estratégica para avançar desde já com os novos projectos na forja e que só são possíveis graças ao aliviar da carga processual (748 processos trabalhados em 2016, contra 880 em 2015 e 988 em 2014). Uma realidade mais positiva que se fica a dever à entrada ao serviço da Comissão de alguns recursos humanos, destacados nomeadamente pela Câmara

Municipal de Oeiras, e por algumas alterações legislativas entretanto ocorridas. Com a “casa arrumada” e garantida (por agora) a “fundamental estabilidade” no corpo de técnicos, a CPCJ pode dedicar mais atenção a “uma vertente muito importante que é a prevenção”, diz Isabel Ranito. Nesse âmbito decorre a actual campanha “Só o Co-

ração Pode Bater”, mas há várias outras iniciativas no horizonte, entre as quais a intenção de organizar o 1.º encontro de professores do concelho de Oeiras, a apresentação do plano estratégico da CPCJ (2017-2019) e o início da sua operacionalização, o aprofundar das iniciativas do grupo’ Encontros com a Comunidade’, bem como um encontro sobre o

acolhimento familiar. “Por isso digo que os resultados do relatório de 2016 são positivos e, sobretudo, animadores: porque nos estão a permitir voar para outros projectos que são muito importantes para atingirmos o patamar de excelência na promoção da protecção das crianças. Estamos a caminhar para lá”, garante Isabel Ranito.


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6CM124-4-130719 a 25 de Abril de 2017

JORNAL DA REGIÃO

Inscrições Abertas 1º e 2º Ciclo 2017/ 2018

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19 a 25 de Abril de 2017

Exposição contra o machismo

por Maria João Ribeiro

Mostra assinala 1.º aniversário do NewsMuseum

O NewsMuseum, o Museu das Notícias em Sintra, inaugura a 25 de Abril, data que assinala o seu primeiro aniversário, a exposição temporária ‘Macho Media’, uma experiência multimédia interactiva em torno dos principais marcos e episódios mediáticos da luta contra o machismo e a emancipação feminina. Para a inauguração da exposição, que terá lugar pelas

15h30, foi convidado um leque de personalidades femininas com relevância em várias áreas da vida pública nacional. A ocasião servirá também para homenagear Manuela de Azevedo, a primeira jornalista a obter a carteira profissional em Portugal. Alguns dos principais conteúdos da exposição vão ser apresentados num filme exposto em 200.º, numa espécie de tablet gigante que

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13 Maio – Milagre anunciado?

reveste as paredes do Lounge do museu. Pelas restantes salas, o visitante é desafiado a interagir e confrontado com dados e perguntas que desafiam estereótipos, avaliando, até, o seu grau de machismo. “Poucas pessoas saberão que Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a votar em Portugal, em 1911, mas que foram precisos mais 63 anos para o voto se tornar universal, precisamente a partir de 25 de Abril de 1974. Pela lente dos media, o NewsMuseum passa em revista os marcos desta luta centenária, de forma totalmente inesperada e inovadora”, resume Rodrigo Moita de Deus, director do NewsMuseum. A exposição foi desenvolvida em parceria com a plataforma feminista Capazes e estará patente até ao final do ano.

Portugal prepara-se com entusiasmo para o próximo dia 13 de Maio! Confere-se a meteorologia, ainda imprevisível, dada a distância temporal. Há merchandising por produzir e outro já pronto a distribuir. Por todo o lado fazem-se pedidos e rezas. Em cada esquina lançam-se apostas. O dia tão aguardado dá já fortes dores de cabeça às autoridades e a segurança do evento está a ser delineada ao milímetro. Temem-se ataques. Definem-se limites e áreas de actuação. Espera-se um milagre! Nenhum pormenor pode escapar para garantir todas as condições à actuação do Salvador. Não, não nos referimos à “visita relâmpago” do Papa às comemorações do centenário das aparições de Fátima, mas sim da “participação trovão” de Salvador Sobral

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INICIATIVAS

JORNAL DA REGIÃO

no Festival da Eurovisão da Canção. O rapaz do vestuário descuidado e do cabelo desgrenhado é o mesmo da voz doce e da interpretação mais sentida que o Festival da Canção já escutou. Enquanto a sua música mexe com os nossos corações, Salvador, porém, luta com o seu e está na lista de espera para um transplante cardíaco. Enquanto escrevo, sabemos que o cantor não vai participar nos ensaios técnicos para o festival devido aos seus problemas cardíacos e será substituído pela irmã, a cantora Luísa Sobral, até ao início dos ensaios gerais. Alheio aos conflitos que opõem Kiev à Rússia e à própria organização do festival, Salvador vai somando vitórias e é o primeiro português a chegar ao top 5 das músicas preferidas e candidatas à vitória da Eurovisão - e o único, até hoje, a obter pontos nas votações das Organizações Gerais de Amantes da Eurovisão! Apesar do cantor referir que não é par-

ticularmente fã deste festival, tampouco das músicas suas adversárias, e de revelar que a sua actuação será muito simples – sem bailarinos e coreografias –, é quase certo que Salvador passará a semifinal do dia 9 de Maio. Quem sabe no próximo dia 13 de Maio, o dia da final, Portugal não vê ser revelado um já muito aguardado segredo e desfruta da aparição de ver Salvador no pódio do Festival da Eurovisão, sem qualquer “Oração” – a pior participação de sempre de Portugal na Eurovisão, cantada por António Calvário que não obteve um único ponto! Até lá, e porque o batimento cardíaco parece compassar o destino das boas participações portuguesas, contamos que o Salvador consiga mais do que o sexto e, até hoje, melhor lugar alcançado por Portugal com “o meu coração não tem cor” de Lúcia Moniz, em 1996, e faça o seu coração “amar pelos dois”: por ele e por nós! Força Salvador!


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O Canto de Hécate... por Ana Anes

A culpa é dos planetas Retrógados

Anda muita gente aflita, porque temos nesta altura, uns planetas retrógrados a mexerem com o nosso sistema. Quando alguma coisa está retrógrada, não quer dizer que a vida vá andar para trás. No Sir! Pode ser que reencontremos bens perdidos e pessoas que não víamos há muito tempo, reavaliemos situações, seja altura de fazer re-booth de situações e projectos que estavam parados. Já eu, renovo todo o meu stock de makeup de matte para os bronzers para ficar mais brilhante do que a Bond Girl que morreu pintada de ouro em cima da cama no Goldfinger. E como não posso dançar, ouço música. E como arranjo sempre espaço para agradecer a alguém nesta coluna (agora que sou bem comportada), desta vez, a grande vénia vai para o John Mayer que é um dos maiores poetas da nossa geração com umas mãos que fazem o que só ele sabe fazer: umas belissímas jam sessions. O JM lançou o álbum do ano que é uma autêntica carta de Amor, “The Search For Everything”, e canta, também, ao vivo a minha música preferida “Slow dancing in a burning Room”, que é uma ode à Paixão, ao

Desejo e ao Amor, e - por favor, ouçam - mas ouçam com alguém de quem gostem mesmo. Se há coisa que aprendi, é que há músicas que foram escritas para serem dançadas ou ouvidas com a tal pessoa. Já num registo mais pragmático, quero agradecer ao meu dentista. Obrigada. Agora, para além de uma dor de pé tenho uma dor de dentes, resultado de uma destartarização que faço sempre antes do meu aniversário. Tenho para mim que os dentistas são como as Finanças. Vamos lá com a melhor das boas intenções e descobrem sempre alguma coisa sobre o nosso passado e é sempre urgente. A mim, calhou-me uma desvitalização. Chapeau, também, para os Táxis de Cascais. Gosto muito que as senhoras telefonistas já saibam que eu precise do carro à porta e me perguntem se estou melhor. Estou. Mas a resposta é sempre a mesma: “ainda demora dois meses”. E depois, ouvir histórias, como a de uma velhinha de 80 anos que convidou um taxista para ir até casa com ele “apanhar ar, enquanto estava de cuecas e soutien no sofá”, perante o choque do rapaz, isto sim, vale a pena ouvir. Para já, eu acho que os homens não sejam tão púdicos assim (mas fiz-me de parva) e tenho cá para mim que a dita sénior andava a ouvir as guitarradas do John Mayer para justificar estes calores. Já eu, sei que os tenho quando o ouço. Mas ainda assim, não convido taxistas para minha casa. Talvez aos 90, quando for uma velhinha frisky e gostar de ouvir umas boas guitarradas na casa de repouso.

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VER & OUVIR

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Miguel Araújo em concerto em Sintra

Com o terceiro álbum de originais previsto para o final deste mês, Miguel Araújo apresenta neste espectáculo alguns temas do novo disco mas também os sucessos já conhecidos do público. Considerado um dos artistas mais completos da sua geração, o compositor, letrista, cantor e músico detém já uma eclética e multifacetada carreira.

Centro Cultural Olga Cadaval, Auditório Jorge Sampaio. Dia 21 de Abril, pelas 22h00

‘Stand up comedy’ com Herman José Aquele que é considerado por muitos o melhor humorista contemporâneo português, vem até Algés para arrancar muitas gargalhadas, como tem feito ao longo de mais de 40 anos de carreira. Um artista intemporal que cativou gerações e liderou programas que ficaram, irremediavelmente, na história do humor. Mercado de Algés. Dia 20 de Abril, a partir das 21h30.

JORNAL DA REGIÃO

Nilton apresenta-se na Amadora

‘Tem horas certas?’ é o nome do espectáculo que Nilton traz à Amadora. Conheça as dúvidas que Nilton coloca em quase duas horas de puro entretenimento, quando, entretanto, pelo meio aparece o Alcides, um dos muitos personagens que o comediante traz para o palco.

Cineteatro D. João V (Damaia). Dia 22 de Abril, a partir das 21h30.

Cascais comemora 25 de Abril As comemorações do 43.º aniversário do 25 de Abril contam com a presença de seis bandas filarmónicas do concelho e com a participação de alunos da Escola Profissional de Teatro de Cascais, bem como de outros

actores convidados, para representações relativas à data em comemoração. Baía de Cascais. Dia 25 de Abril, das 15h00 às 16h30.

Comédia de ‘Miguel 7 Estacas’ no Casino Estoril

‘D. Quixote de La Mancha’ regressa aos palcos

Na comemoração dos 400 anos da publicação da obra de Miguel Cervantes, Armando Caldas, do Intervalo Grupo de Teatro, baseou-se na versão de Orson Welles para trazer a cena a famosa história. A peça, que esteve em cena cerca de um ano, vai

voltar a ganhar vida com esta temporada de actuações. Auditório Municipal Lourdes Norberto (Linda-a-Velha). Em cena desde dia 21 de Abril até ao mês de Junho, às sextas e sábados, pelas 21h30, e aos domingos (em Abril e Maio), às 16h00.

Sugestões JR CINEMA

Velocidade Furiosa 8

Com a presença da actriz Charlize Theron, o filme marca o regresso de um enorme sucesso de bilheteira. A força de elite vai atravessar o mundo para impedir que um anarquista lance o caos, trazendo de volta a casa o homem que os tornou numa família.

LIVRO

Enquanto continua a enviar formulários para a Segurança Social, na tentativa de conseguir a pré-reforma, Miguel 7 Estacas traz a palco os seus icónicos personagens, criados

‘A Comida dos Miúdos Cá de Casa’, de Ágata Roquette

Mãe de dois rapazes, com sete e cinco anos, a nutricionista partilha neste manual conselhos e dicas simples e práticas para melhorar a alimentação das crianças, entre alimentos que devem ser consumidos ou evitados, e as necessidades nutricionais aquando da prática de desporto.

MÙSICA

ao longo de mais de 25 anos de carreira. Um espetáculo conduzido por Carlos Vidal. Auditório do Casino Estoril, de 21 a 24 de Abril, às 22h00.

‘Vintage’, Ala dos Namorados

O cancioneiro pop português de meados do século XX, que inclui músicas como ‘Olhos Castanhos’, ‘Ele e Ela’, ou ‘Cartas de Amor’, são trazidas para o universo musical da Ala dos Namorados. O disco inclui ainda quatro temas originais dentro desta harmonia vintage.


NA BERRA

“Escrevi a canção para o meu irmão”

‘Amar Pelos Dois’ é a música que saiu vitoriosa do Festival da Canção 2017, a 5 de Março. Mas desde que foi dada a conhecer ao público, na primeira semi-final, tornou-se amada por todos os portugueses, e não só, já que se encontra em quarto lugar entre as favoritas à vitória europeia, num total de 42 canções. “Quando a escrevi a letra, sinceramente, não esperava chegar tão longe, porque não representa a típica música de festival. Quando chegámos à semi-final é que comecei a perceber que o tema se tinha tornado num pseudo-fenómeno e achei que talvez tivéssemos hipóteses. Chegámos ao ponto dos próprios colegas que concorreram connosco dizerem que tinham votado em nós”, revela Luísa

Sobral, que compôs ‘Amar Pelos Dois’ a pensar especificamente na voz do irmão, o cantor Salvador Sobral, já que queria dar a conhecer o talento e o trabalho daquele, que na sua opinião, ainda não tinha tido a repercussão merecida. A simplicidade da letra e da melodia, a voz “incrível” de Salvador Sobral e o sentimento colocado na interpretação, têm sido apontadas como as características que tornaram o tema num fenómeno de popularidade, de forma praticamente consensual: “O meu irmão tem uma voz que toca o coração das pessoas. Tenho muito orgulho na canção que escrevi e na maneira como ele a canta”, afirma. O balanço que Luísa faz da participação é, inevitavelmente, positivo, para a carreira de ambos, embora

Luísa e Salvador Sobral rumam à Eurovisão no início de Maio

seja muito mais evidente na situação do Salvador, que deu um ‘salto’ a nível profissional: “No meu caso, o festival lembrou que também sou compositora e que adoro escrever para outras pessoas”, frisa Luísa Sobral. Com a final da Eurovisão em Kiev, na Ucrânia, a aproximar-se – com a primeira semi-final a acontecer a 9 de Maio e a grande final a 13 –, Luísa Sobral vai substituir o irmão nos primeiros ensaios, já que aquele só viaja dois dias antes de actuar devido aos seus problemas de saúde: “Ele vai estar presente nos ensaios essenciais, nos técnicos farei eu o ‘boneco’”. Apesar das expectativas, a cantora desvaloriza a pressão, referindo que ambos estão muito felizes pois sentem “que as pessoas acreditam nesta canção”.

Com o mais recente álbum ‘Luísa’, lançado em Novembro de 2016, Luísa Sobral encontra-se em concertos por Portugal e inicia a tournée no estrangeiro mais para o último trimestre deste ano. A cantora foi ainda mãe há dez meses.

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Organização/Secretariado


19 a 25 de Abril de 2017

INICIATIVAS

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Sintra recebe arte do improviso

6.º Espontâneo tem lugar de 20 a 23 de Abril Não tem espaço na sua casa ou empresa?

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Acesso 24h por dia

Mobília Arquivo Bicicletas Mercadorias

Particulares e empresas

Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Brasil, Colômbia e Estados Unidos são os principais países representados nesta sexta edição do Espontâneo.

Espaço 1

Espaço 4

Espaço 2

Espaço 5

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Espaço 3

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C112-5-1621

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O Festival Internacional de Teatro de Improviso está de regresso a Sintra, mais precisamente ao Centro Cultural Olga Cadaval, com quatro dias preenchidos com o que de melhor se faz na arte de improvisação teatral a nível nacional e internacional. Nascido em 2012, este é o único festival no nosso país dedicado exclusivamente ao improviso teatral e oferece espectáculos únicos com estreias absolutas, ‘workshops’ e inúmeros momentos de comédia improvisada. O Espontâneo tem vindo a afirmar-se cada vez mais neste meio ao trazer convidados de topo: “Já tivemos improvisadores de dezenas de países e temos vindo a alargar muito o espectro de artistas e este ano destaca-se, sobretudo, a qualidade dos convidados”, revela Marco Graça, do grupo organizador ‘Os Improváveis’. Entre os improvisadores internacionais convidados destacam-se Susan Messing, lendária norte-americana, e Gustavo Miranda (Colômbia) e André Giraldo (Brasil), do elenco do famoso espectáculo ‘Portátil’, do grupo de comédia brasileiro ‘Porta dos Fundos’, que actuam nos dias 21 e 22 de Abril, respectivamente, pelas 22h30. “A Susan Messing é uma lenda nesta área e é professora nas escolas que criaram a improvisação teatral. Ela vem à

Europa de propósito para o ‘Espontâneo’ e vai apresentar o espectáculo ‘Messing With a Friend’, que está sempre esgotado nos Estados Unidos. O Gustavo Miranda e o André Giraldo, juntamente com o também brasileiro César Gouvea – director de uma das maiores companhias de improvisação do Brasil –, apresentam ‘Passageiro’, uma peça estreada há 10 anos e que agora é feita em exclusivo para o festival. É uma apresentação mais poética e ligada ao ‘clown’”, explica Marco Graça. O primeiro dia do festival – a 20 de Abril – conta com a actuação de Maria Peters e Rhiannon Vivian, duas improvisadoras inglesas que chegam com ‘Warm Leggers’, um musical inspirado nas sonoridades dos anos 80. O francês Franck Buzz encerra o ‘Espontâneo 2017’ com ‘Improlight Box’, um espectáculo “completamente fora da caixa” que usa a projecção de vídeo e luzes cénicas como inspiração para os improvisadores, que vão ser todos os convidados: “Aqui há menos lugar à palavra e mais ao físico. Visualmente é um ‘show’ lindíssimo”, desvenda o organizador do festival. Para aproveitar a presença dos artistas convidados, vão ser apresentados ‘ensembles’ com o elenco internacional, que antecedem os espectáculos principais no sábado e no domingo: “Um deles só vamos saber como vai ser no próprio dia, porque convidámos o espanhol Javier Pastor, que é um génio a conceber formatos e

conceitos para o mundo da improvisação. Noutro, vamos fazer uma exibição ambientada na obra ‘Os Miseráveis’, para a qual vamos usar figurinos de época para transportar o público mais rapidamente para aquele ambiente”. Durante as manhãs e tardes do festival decorrem workshops de improvisação teatral, liderados pelos artistas presentes, com o objectivo de consolidar as técnicas neste domínio. O ‘Espontâneo 2017’ é um festival dirigido a toda a família, interactivo, vivo e imaginativo que expõe uma arte teatral que vai ganhar hábito e que mostra o que de melhor já se faz em Portugal e no estrangeiro: “Há quem associe a improvisação só à comédia, mas esta é uma arte muito mais abrangente e nós vamos demonstrar isso mesmo, com uma oferta muito variada. A improvisação em Portugal ainda é um recém nascido e, por isso, queremos convidar o público a descobrir um mundo desconhecido, pois é com esse espírito que temos o astronauta como mascote e símbolo do festival. Garanto que vão ser espectáculos fenomenais”, realça Marco Graça, destacando ainda uma curiosidade: “É engraçado quando as pessoas dão a entender que há guiões ou cenas combinadas... isso significa que há uma linguagem técnica tão forte que permite improvisar uma peça teatral de raiz ao ponto de parecer que é ensaiado, e é o que acontece aqui”. O Espontâneo é uma co-produção ‘Instantâneos’ e da Câmara Municipal de Sintra.


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MOTORES

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Carrinha do ano Design, qualidade de construção e equipamento justificam prémios conquistados pela Volvo V90

Merecedora de vários troféus internacionais, entre os quais o de Carrinha do Ano 2017 em Portugal, a Volvo V90 incorpora tecnologia de ponta e sistemas de assistência ao condutor, igualmente distinguidos. Pegámos na versão D5 AWD Inscription e percebemos a razão de tanto prémio... Basta contemplar a elegância e imponência desta carrinha para a classificar entre os melhores exemplares aqui apresenta-

dos. Faz parte de um programa de renovação da Volvo, a que se junta a berlina S90, tendo por base uma plataforma modúlavel de aço e alumínio também utilizada noutros modelos da marca sueca. Com distância entre-eixos considerável, esta é das maiores carrinhas do segmento premium (4963 mm), o que resulta, já se percebe, num interior com es-

paço para tudo, em especial nos confortáveis lugares traseiros, a que se junta uma bagageira de 560 litros. De resto, muito semelhante ao XC90, o interior roça o sublime, tanto no que toca ao design como na qualidade de materiais e, sobretudo, no nível de equipamento. O tablet invertido colocado ao centro e que serve para controlar quase todas as funções da V90 reforça a espectacularidade do desenho interior. A posição de condução é perfeita, tal como as poltronas dianteiras, onde quase podemos adormecer, sem perigo, em plena condução. O sentido é exagerado, mas serve para explicar que a V90 está muito próxima da condução autónoma. O sistema Pilot Assist eleva ao máximo os

níveis de segurança e previne qualquer desatenção do condutor. Consegue gerir, autonomamente, velocidade, distância para o veículo da frente e manutenção de faixa de rodagem em velocidades até 130 km/h e trava diante de um obstáculo inesperado na via. Acreditem que é um gozo sentir o carro a conduzir-se sem a nossa mão, alertando-nos após vinte segundos de que a brincadeira termina por ali. Quanto a motores, a versão testada pelo JR estava equipada com o D5 2.0, de 235 cv, com caixa auto de oito velocidades. Trata-se de um 4 cilindros, turbodiesel reforçado pelo sistema Power Pulse, que garante resposta para todas as situações. Os modos de condução disponíveis (Eco, Normal, Dynamic e Individual), adequam o funcionamento da caixa, motor, suspensão e direcção à performance pretendida.

Volvo V90 D5 AWD Motor: Turbodiesel, 4 cilindros, 1969 cc Potência: 235 cv/4000 rpm Binário máximo: 480 Nm/1750 rpm Velocidade máxima: 240 km/h Consumo/emissões: 4,9 l/100 km, 129 g/km Preço : 69.819 €

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INICIATIVAS

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COOLJAZZ regressa em 14.ª edição

O Parque dos Poetas e os Jardins do Marquês de Pombal são os palcos da 14.ª edição do EDPCOOLJAZZ. Nestes dois cenários naturais serão recebidos os concertos e as noites inesquecíveis, que prometem, desde já, os nomes que fazem parte do cartaz deste ano. O festival mais ‘cool’ está de volta a Oeiras com sete noites de boa música, entre 18 e 29 de Julho, que têm como principais aliados o património natural e um ambiente único. Os nomes nacionais e internacionais – de peso – já anunciados não passam ao lado. Para o arranque da 14.ª edição, no dia 18 de Julho, chega, aos Jardins do Marquês de Pombal, a dupla de guitarristas mexicana, Rodrigo y Gabriela, que têm marcado o mundo com actuações arrebatadoras, plenas de mestria técnica e emotividade, que viajam entre Jimi Hendrix, jazz fusão e flamenco. Logo no dia seguinte, a 19 de Julho, os icónicos, inconfundíveis e intemporais The Pretenders tomam conta do Parque dos Poetas, com grandes êxitos mundiais, de algumas das suas músicas que marcaram gerações, não esquecendo os temas do novo álbum, ‘Alone’. O cantor e saxofonista norte-americano, Maceo Parker, actua no dia 20 de Julho, nos Jardins do Marquês de Pombal. Com uma carreira de renome internacional de quase cinco décadas, Maceo Parker foi saxofonista do lendário James Brown, sendo reconhecido pela sua excepcional musicalidade e habilidade,

com marca inabalável na alma do funk e do jazz. Novamente nos Jardins do Marquês de Pombal, mas desta feita a 23 de Julho, tem lugar o concerto de Maria Gadú. A cantora brasileira vem apresentar ‘Guelã ao Vivo’, um espectáculo gravado em São Paulo e editado em 2016, para marcar o fim da longa digressão que se seguiu ao lançamento do disco de originais. Uma noite com músicas cheias de sentimento, que transmitem uma maturidade musical inegável, a que alia a sua voz rouca e ecléctica. Para 25 de Julho, Jorge Palma e Jake Bugg são os nomes que se juntam para dois concertos diferentes, nos Jardins do Marquês de Pombal. ‘Jorge Palma e um piano’ é o mote para uma noite onde o músico português apresenta o espectáculo ‘Só’, num concerto que conta com um trabalho de vídeo de André Tentúgal que potencializa temas como ‘Estrela do Mar’, ‘Bairro do Amor’, ‘Terra dos Sonhos’, ‘Deixa-me Rir’, ‘Só’ e ‘Frágil’. Já o cantor e compositor inglês, e talentoso ‘blues boy’, traz os temas mais emblemáticos, extraídos do álbum ‘The One’. Também o dia 26 de Julho conta com as confirmações da banda ‘Jamie Lidell & The Royal Pharaohs’ e de Luísa Sobral. Contando com toda a

sua mestria musical, Jamie Lidell, juntamente com os outros sete elementos da sua banda, vai reproduzir os melhores ‘hits’ do seu recente disco ‘Building a Beginning’, que é uma mistura de soul up e baladas reflexivas. Já a cantora portuguesa, uma das mais aclamadas da sua geração, traz, através da sua voz doce, canções em que entoam os estilos de blues e folk. O britânico Jamie Cullum encerra com chave de ouro o festival, no dia 29 de Julho no Parque dos Poetas, ele que foi o primeiro confirmado desta 14.ª edição. O carismático e versátil músico inglês, que redefiniu o jazz ao uni-lo a géneros como o pop rock, regressa ao EDPCOOLJAZZ, onde esteve em 2013, edição do 10.º aniversário. A abertura de portas tem lugar às 19h00, e todos os concertos iniciam-se pelas 21h30. Mais informações em www.edpcooljazz.com.

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Jamie Cullum, Luísa Sobral e The Pretenders são alguns artistas confirmados


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ACTUALIDADE

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Isaltino Morais confirma candidatura O antigo presidente da Câmara de Oeiras Isaltino Morais vai recandidatar-se à presidência do município nas eleições autárquicas de Outubro como independente, afirmou à Lusa. “Sou candidato à Câmara de Oeiras nas próximas eleições autárquicas e tomei esta decisão porque o povo de Oeiras, os eleitores, os cidadãos de Oeiras praticamente exigiram que eu fosse candidato”, disse. “Não quis tomar uma decisão mais cedo porque quanto mais tarde se entra no debate eleitoral mais estabilidade há no município. A partir do momento em que são anunciados todos os candidatos, não se vai dar

azo a ‘porquês’ de eu me candidatar”, justificou. Em Setembro de 2016, Isaltino Morais confirmou que foi convidado pelo PSD para integrar as listas do partido numa candidatura a Oeiras, mas recusou a proposta. “Tinha expectativa em relação ao PSD, por ser um partido liderante, mas curiosamente não parece arranjar candidatos às câmaras municipais. O PSD não tem mostrado vocações para as câmaras municipais”, considerou. Isaltino Morais prometeu devolver o “orgulho beirense”, dar voz aos munícipes e fazer com que Oeiras “volte a ser uma referência”. “É como se fosse o primeiro dia da minha vida como autarca. E tudo isto tem a

ver com afectos, com os sentimentos das pessoas. A minha maior qualidade talvez seja essa: gostar das pessoas e de as ouvir”, afirmou. O ex-autarca, eleito pela primeira vez em 1985 pelo PSD e que depois se tornou independente, abandonou o executivo quando foi detido, a 24 de Abril de 2013, para cumprir dois anos de pena de prisão, por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Um ano depois, a 24 de Junho de 2014, Isaltino Morais saiu em liberdade condicional para cumprir o resto da pena em casa e, em 2015, publicou um livro a contar a sua experiência na prisão, excluindo a possibilidade de regressar à vida política. Figura incontornável da história de Oeiras, Isaltino Morais vai agora defrontar, entre outros, o seu antigo número dois. Paulo Vistas assumiu a presidência após a

Ângelo Pereira é o candidato do PSD O presidente da concelhia do PSD de Oeiras, Ângelo Pereira, é o candidato dos sociais-democratas à presidência daquele município, actualmente liderado por Paulo Vistas. Já ultrapassada a data limite estabelecida pelo PSD para apresentar todos os seus candidatos nas próximas eleições autárquicas (31 de Março), o presidente da concelhia de Oeiras, Ângelo Pereira, disse à Lusa que será ele a candidatar-se pelo partido à Câmara de Oeiras. A escolha foi aprovada por unanimidade, em reunião de concelhia do PSD. Em declarações à Lusa, Ângelo Pereira referiu que a decisão “não foi nada fácil”,

mas resultou pelo “forte apelo” que tem vindo a receber dos munícipes. O também vereador do PSD na Câmara de Oeiras, responsável por várias pastas, disse ainda que enfrentar o actual presidente da câmara Paulo Vistas e três ex-presidentes de câmara, Joaquim Raposo (PS), Isaltino Morais e Daniel Branco (CDU) - será “desafio muito difícil”. “A qualidade dos candidatos em Oeiras é grande, mas, da minha parte, garanto uma competição saudável, uma candidatura pela positiva e só irei debater ideias e projectos, não irei debater pessoas”, assumiu. Depois de se ter falado de um apoio do PSD a Paulo Vistas e de ter sido o próprio a rejei-

tar, por fim, esse apoio, Ângelo Pereira rejeitou ser “candidato de recurso”. “Não me sinto nenhum candidato de recurso. Sinto-me o candidato mais desejado pelo PSD, sem dúvida”, afirmou o autarca.

detenção de Isaltino Morais e foi eleito, em 2013, pelo movimento criado pelo seu antecessor, Isaltino Oeiras Mais à Frente. O actual presidente da Câmara de Oeiras, que já anunciou a sua recandidatura, reconheceu, em Abril, que Isaltino Morais foi o melhor autarca que o concelho já teve, mas não deveria regressar à vida política. O corte de relações entre os dois ficou assumido no início de Março, quando Paulo Vistas, na apresentação oficial da sua candidatura, disse representar o movimento independente IOMAF, mas retirando o nome de Isaltino Morais da designação, substituindo o ‘i’ por “independentes”. Isaltino Morais considerou a situação “incompreensível e absurda” e acusou Paulo Vistas de “tentar confundir as pessoas”. Hoje, assume-se desiludido com a governação de Paulo Vistas: “É indiscutível que Oeiras deixou de ser falada. Se eu estivesse satisfeito [com a actual governação] não me candidatava, isso é evidente. Aquilo que verifico é um apelo extraordinário das pessoas para que me candidate”, sublinhou. Sobre o nome do movimento independente que irá encabeçar, disse que ainda não está escolhido: “Será um nome claro de que o que pretendo é devolver a identidade a Oeiras e tornar o concelho numa referência nacional”. Ângelo Pereira é vereador do PSD em Oeiras, com a tutela da Modernização Administrativa, Administração, Trânsito e Transportes, Turismo, Juventude, Emprego e Empreendedorismo, Controlo das Intervenções dos Concessionários de Serviços Públicos, Iluminação Pública e Licenciamentos Diversos e ‘Smart Cities’.

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Médico de Família Deteção precoce dos sintomas AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença que afeta os vasos sanguíneos que irrigam o sistema nervoso central, apresentando-se de forma súbita e manifestando-se por vários sintomas neurológicos consoante a zona afetada. Resulta quer da oclusão do vaso sanguíneo (AVC isquémico, enfarte, trombose ou embolia) quer da rotura do mesmo (AVC hemorrágico, hemorragia ou hematoma). Apesar de todos os esforços, continua a ser a principal causa de morte e de dependência no nosso país. Dentro das causas apontadas temos vários fatores de risco que aumentam a probabilidade da sua ocorrência. A idade é o principal fator de risco não modificável – o envelhecimento aumenta a probabilidade da sua ocorrência e é inevitável. No entanto existem vários fatores de risco que, por serem modificáveis com determinadas atitudes, têm impacto na redução da ocorrência do AVC como a hipertensão arterial, o tabagismo, a diabetes, o sedentarismo e a dieta inadequada. A Via Verde do AVC é uma rede nacional cujo objetivo é “colocar os doentes com AVC” de forma rápida no hospital com o tratamento mais adequado à situação. Dos tratamentos disponíveis para o AVC isquémico o mais eficaz apenas pode ser aplicado até às 4,5 a 6 horas após o último momento em que o doente foi visto bem. Ele diminui a probabilidade de dependência após o AVC e é tanto mais eficaz quanto mais cedo for administrado. Assim se percebe que quanto mais depressa os doentes chegarem ao hospital melhor poderá ser o

seu prognóstico. Apesar de disponível no nosso país há vários anos ainda é acessível a um pequeno número de doentes e isto deve-se à pouca informação da população para os sinais de alerta para o AVC e da falta de sensibilização para encarar estes sintomas como se tratando de uma emergência médica. Diagnosticar um AVC é fácil e poderá alterar o futuro destas pessoas. São definidos 3 sinais de alerta que são os 3 F’s: alteração da FALA, Assimetria da FACE (“Boca ao lado”) e diminuição da FORÇA (de um lado do corpo quer seja membro superior ou inferior). Perante qualquer um destes sintomas o próprio ou qualquer testemunha deverá de imediato ligar o 112 e descrever com precisão o que está a acontecer – é muito importante ter em atenção à hora em que os sintomas se iniciaram. Por exemplo: se um familiar saiu de casa às 10 horas e o doente estava bem, voltou às 11 horas e encontrou o doente com alteração da fala então devemos aceitar como hora de início dos sintomas as 10 horas (que foi a última hora em que foi visto bem) e não as 11 horas (pois as manifestações podem ter tido início às 10:05 horas). Apenas conhecendo esta emergência médica, sabendo a regra dos 3 F’s e ativando o 112 (não recorrendo pelos seus próprios meios ao centro de saúde ou ao hospital mais próximo) poderemos aplicar o tratamento a um maior número de doentes e diminuir a probabilidade de ficarem dependentes. Drª Cátia Carmona Neurologista Hospital de Cascais


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Nó do Estádio Nacional e ligação à CRIL vão ser melhorados

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Negociações entre Câmara e Brisa Propostas do município, negociadas, recentemente, com a Brisa, prometem melhorar as acessibilidades em vários pontos de intersecção da A5. Do conjunto de problemas rodoviários analisados entre a autarquia oeirense e aquela empresa, concessionária da A5, o destaque vai para as soluções apresentadas no sentido de melhorar a circulação na zona do nó rodoviário de Oeiras – de que demos conta na edição da semana passada –, mas outras obras, de menor dimensão, estão previstas (aguardando apenas a luz verde por parte do Instituto da Mobilidade e dos Transportes - IMT). É o caso do nó do Estádio Nacional, que tem implicações com a acessibilidade a Queijas e Caxias. Aqui a edilidade oeirense pretende que o troço viário entre a Prisão-Hospital, a Cidade do Futebol e Queijas – que tem tutela da empresa pública Infraestruturas de Por-

tugal (IP) – passe para a gestão municipal. O objectivo é fazer ali um passeio que sirva as deslocações, a pé e de bicicleta, dos munícipes que circulam entre Queijas, o Estádio Nacional, a Estação de Caxias, o Hospital-prisão ou a Cidade do Futebol. “A lei prevê que, sempre que uma via deixa de ter funções exclusivamente rodoviárias e de ligação entre a rede rodoviária nacional, como é o caso em apreço, as câmaras possam assumir a gestão dessa via, em determinadas condições”, esclarece a mesma fonte camarária, lembrando que “as vias da rede rodoviária nacional não têm passeios, são feitas exclusivamente para os carros e a questão urbana não é tida em conta em toda a sua dimensão”. O projecto da Câmara de Oeiras para aquela zona, que já teve parecer favorável da IP e da Brisa, deverá prosseguir agora com a execução de “uma rotunda à saída da A5

para Queijas de modo a definir fisicamente onde é o limite da rodovia nacional e onde começa a municipal”, podendo desenvolver-se a partir daí segundo os planos da autarquia para aquela zona, os quais passam pela construção de um depósito de água do SIMAS e pela compra de alguns terrenos, tendo em vista concretizar o há muito reivindicado aumento das acessibilidades.

Saída da A5 para CRIL reformulada Outro ponto para onde se esperam melhorias é a entrada no troço de acesso à CRIL para quem vem da A5 (sentido Cascais-Lisboa). Actualmente, a saída da auto-estrada nesse local faz-se através de uma via apenas, pois a ocorrência de sucessivos acidentes – uma vez que as duas faixas no início do troço passavam a só uma na entrada da CRIL – levaram a Brisa a colocar obstáculos no piso,

Câmara quer melhorar os acessos em torno do Estádio Nacional e da Cidade do Futebol

na saída da A5, para invalidar a faixa antes disponível. A proposta da Câmara Municipal de Oeiras, apresentada já há cerca de um ano, pretende que as actuais três faixas no sentido Algés-Buraca (tráfego que vem da Estrada Marginal e que acaba por ser diminuto) passem a duas, sacrificando a faixa da direita. O objectivo é que seja possível voltar a entrar em duas faixas no troço que liga a A5 à CRIL, assim continuando até desembocar nesta última via, onde haveria uma

terceira faixa adicional para acolher o renovado e mais rápido fluxo de tráfego. “Esta modificação, que não necessita de grandes obras, permitirá melhorar consideravelmente o desempenho da relação da A5 com o município de Oeiras”, destacou a nossa fonte, sobre uma intervenção que deverá estar para breve, uma vez que o projecto já está feito. Finalmente, uma obra ainda mais reduzida diz respeito à saída da A5 em Linda-a-Velha

(sentido Cascais-Lisboa). Neste caso, trata-se simplesmente de passar de uma para duas faixas o troço que vai da auto-estrada até ao cruzamento que possibilita virar para Linda-a-Velha ou para Carnaxide. No fundo, é o assumir de uma situação que já hoje se verifica, uma vez que a opção para Linda-a-Velha acaba por ter de se fazer aproveitando a berma, sem ter, portanto, um corredor próprio. Jorge A. Ferreira

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