Jornal da Região de Oeiras 136

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13 a 19 de Julho de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 136

ARTE URBANA REQUALIFICA ESTAÇÃO DE ALGÉS

MARCO HORÁCIO PORTUGAL TEM NOVO ‘CHEF’

O humorista, de 41 anos, volta à representação para interpretar Mário Valente na segunda temporada da série da RTP1 ‘Sim, Chef!’, onde revive as suas origens alemãs.

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PÁGINA 6 Reconhecendo que gastava ‘bastante dinheiro’ a remover os grafitos rabiscados à margem da lei nas estações de comboios, a Infraestruturas de Portugal (IP) espera agora “gastar muito menos preservando aquilo que de uma forma legal e coordenada” foi feito no domínio da conservação e manutenção daquele

tipo de espaços públicos. Uma constatação feita na apresentação do trabalho de requalificação da passagem inferior pedonal da Estação de Algés, que esteve a cargo de um punhado de artistas. Uma iniciativa conjunta da IP, Câmara de Oeiras e CP que poderá vir a replicar-se.

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por João Lacerda Tavares

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Um novo regime do arrendamento urbano foi recentemente aprovado pela Lei n.º 43/2017 de 14 de Junho procedendo à quarta alteração da Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro e à quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 157/2006, de 8 de Agosto.

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Em vigor desde 2012, o NRAU estabeleceu que as rendas anteriores a 1990 seriam actualizadas, permitindo aumentar as rendas mais antigas através de um processo de negociação entre senhorio e inquilino ou com base em 1/15 do valor patrimonial fiscal do imóvel. O novo diploma veio alterar este processo e trazer outras alterações: 1. Os inquilinos com rendas antigas e com idade superior a 65 anos ou deficiência igual ou superior a 60% e carência financeira, vão ter um período transitório de dez anos, contra os cinco que estabelecia a legislação. E os inquilinos com menos de 65 anos e que comprovem ter carências financeiras passam a ter um alargamento do período transitório que

Rua D. Nuno Álvares Pereira, 188 Matosinhos (Junto à Esc. Sec. Gonçalves Zarco) Telf.: 22 938 40 58 • Fax: 22 938 40 59 e-mail.: matosinhos@espacoparatudo.pt Parque Industrial Meramar III Av. Salgueiro Maia, 979 (Junto aos CTT) 2785-501 São Domingos de Rana Telf.: 211 348 158 e-mail.: aboboda@espacoparatudo.pt

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passa de cinco para oito anos em que se mantém o contrato de arrendamento. 2. Durante esse tempo a renda fica limitada de acordo com escalões de rendimento Alteram-se, no entanto, os escalões de rendimento que agora determina diferentes taxas de esforço: para rendimentos até €500,00 o tecto são 10% (€50,00), para rendimento entre €500,00 e €1.500 são 17% (€255,00) e para rendimento acima dos €1.500,00 são 25% (€812,00). A estes vão somar-se mais dois escalões: um de 15%, para rendimentos entre €1.000,00 e €750,00 (€150,00), e outro de 13%, para quem ganhe entre €500,00 e €570,00 mensais (€74,00). 3. O contrato de arrendamento urbano para habitação pode celebrar-se com prazo certo ou por duração indeterminada. No contrato com prazo certo pode convencionar-se que, após a primeira renovação, o arrendamento tenha duração indeterminada. No silêncio das partes, o contrato considera-se celebrado por prazo certo, pelo período de cinco anos, mais três que os anteriormente previstos. 4. Relativamente ao valor da indemnização no caso de denúncia do contrato, esta passa de um para dois anos de renda. 5. Em relação a obras de remodelação ou restauro, para definir o que são obras profundas para efeitos de denúncia do contrato, as empreitadas terão de ter um orçamento correspondente a pelo menos 25% do Valor Patrimonial Tributário (VPT) do imóvel. 6. E ainda, o aumento de dois para três meses do período de tolerância por falta de pagamento da renda, estipulando-se ser inexigível ao senhorio a manutenção do arrendamento em caso de mora igual ou superior a três meses no pagamento da renda, encargos ou despesas que corram por conta do arrendatário, mais um mês do que o regime que estava em vigor. João Lacerda Tavares Advogado da TLR&A Sociedade de Advogados

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Arte urbana embeleza estação de Algés

Parceria junta Câmara e Infraestruturas de Portugal A requalificação é encarada pela Infraestruturas de Portugal como um projecto-piloto e, caso tenha resultados positivos, poderá ser a primeira de outras acções do género. A arte dos grafitos oferece aos cerca de 14 mil passageiros que por ali passam diariamente – muitos mais em dias de festivais – imagens alusivas aos transportes e à música.

A passagem inferior pedonal da Estação de Algés, na Linha de Cascais, foi requalificada com obras de arte urbana executadas por um conjunto de artistas com linguagens “totalmente diferentes”, mas com um objectivo comum: assegurar que aquele espaço – uma das entradas do concelho de Oeiras – fica embelezado e livre dos rabiscos pelo mais

longo período de tempo possível. Esta empreitada, que incluiu, também, um pavimento novo e a substituição de algum mobiliário e iluminação, resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de Oeiras, a Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP-Comboios de Portugal. Se resultar, são de esperar mais iniciativas semelhantes.

“Vamos avaliar este projecto-piloto e depois com certeza que vamos poder integrar este tipo de acções no conjunto de iniciativas de manutenção que fazemos nas nossas estruturas”, indicou José Serrano Gordo, vice-presidente da IP, na apresentação pública do resultado da requalificação daquela estação de comboios, no dia 5.

Aquele mesmo responsável reconheceu, na ocasião, que a empresa já tinha tentado as pinturas tradicionais, mas que “havia sempre alguém que procurava retirar o que havia sido feito”. Daí a decisão de enveredar por esta “forma alternativa” de resolver o problema… “Gastávamos bastante dinheiro a retirar aquilo que de forma menos legal era feito; agora vamos gastar muito menos preservando aquilo que, de uma forma legal e coordenada, pôde ser feito”, concluiu o administrador da empresa IP, reiterando que “é nosso desejo que esta parceria que aqui começa possa ter continuidade”. Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras considerou que a obra inaugurada “apela à tolerância, ao diálogo, ao valor da diferença e, acima de tudo, que essa diferença seja uma mais-valia, uma forma de acrescentar valor ao território”. A propósito, Paulo Vistas lembrou alguns trabalhos semelhantes já existentes, também em Algés, e com bons resultados no que toca ao “combate aos rabiscos, aos tags, que não são arte, mas sim lixo urbano”. O edil salientou, ainda, que o município de Oeiras tem valorizado a arte urbana, adiantando o exemplo do Festival Iminente, realizado no ano passado. Quanto à requalificação operada na estação ferroviária de Algés – cuja componente artística ficou a cargo de Jorge Cordeiro, Pedro Esteves, “Nomen”, “2upla Brunogiao e Lucianosilvantes” – o edil oeirense considerou-a “um desafio ganho”, esperando que “seja o primeiro de muitos outros projectos”.

O conjunto de intervenções ali executadas explorou diferentes linguagens para evocar as vivências do espaço. Assim, na entrada há rostos humanos de várias origens e expressões de boas-vindas em diversas línguas. Na zona mais central foram feitas pinturas alusivas a um imaginário fabril com segmentos industriais, transportes públicos e ecologia. Já as rampas de saída para a faixa litoral ficaram por conta da “magia da música”, numa referência ao papel desta estação enquanto acesso a um dos maiores ‘palcos’ de eventos do país. Segundo explicou ao JR um dos autores, a ideia inicial de fazer algo mais calmo e paisagístico – para atenuar o bulício citadino próprio do loca – acabou por ser abandonada por razões pragmáticas… “Uma queda de água fica muito bonita, mas passado uma semana se calhar já está cheia de rabiscos porque dá mais azo a isso”, fez notar Pedro Esteves. Assim, “optámos por conciliar as duas coisas: os grafitos, as letras, o ilegal entre aspas, com o embelezamento feito com o cunho de cada um de nós”. A existência de “muito ruído e pouco espaço livre” nas paredes é, pois, propositada: para não dar pretexto a que surjam os temidos tags... Aquele autor revelou, ainda, que as rampas intermédias de acesso à plataforma de embarque foram reservadas para um estilo mais livre, englobando os artistas de rua que já tinham grafitos naquela estação e que foram convidados a participar, mas, também, uma homenagem a um jovem que pintava em Algés e que faleceu há um ano. Jorge A. Ferreira


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BREVES ‘EIXO VERDE E AZUL’ EM EXPOSIÇÃO NO OEIRAS PARQUE O projecto que liga, através das margens do Rio Jamor, os concelhos de Oeiras, Sintra e Amadora, estará em foco na exposição que vai ser inaugurada, esta quinta-feira, às 16h30, no Oeiras Parque e que estará patente ao público até ao dia 20 do corrente mês (no Piso 1). O ‘Eixo Verde e Azul’ visa requalificar a bacia hidrográfica do Jamor e a área circundante do Palácio de Queluz. A exposição permite conhecer em detalhe as várias fases do projecto, nomeadamente a requalificação do terreiro do Palácio Nacional, parque verde de Queluz, restauro e requalificação das principais linhas de água de Oeiras, passeio marítimo e corredores verdes.

COMPLEXO DO JAMOR ACOLHE JOGO SOLIDÁRIO No âmbito do 150.º aniversário do Comando Metropolitano, vai realizar-se, no domingo, pelas 17h30, no Complexo do Jamor, um jogo de futebol solidário entre a PSP e a Fundação Benfica. As equipas serão representadas em campo por elementos do Comando Metropolitano de Lisboa e pelas Glórias do Sport Lisboa e Benfica. Trata-se de um evento solidário com a única finalidade de recolha de alimentos não perecíveis que serão entregues à Misericórdia de Oeiras.

PROVA DE TRIATLO FECHA MARGINAL A 30.ª edição do Triatlo de Oeiras vai realizar-se no domingo (dia 16), sendo esperados mais de 700 atletas para duas provas: Hotel Real Oeiras Sprint e Sport Life Trichallenge. A partida acontecerá na Praia da Torre, onde decorrerá o segmento de natação. Na Marginal, terão lugar os segmentos de ciclismo e corrida. As provas decorrerão na parte da manhã e obrigarão ao encerramento da Avenida Marginal, entre as 8h30 e as 13h00, nos dois sentidos, entre Algés e Oeiras,

actualidade

“Temos soluções novas E para problemas novos”

legendo a abstenção como “único adversário”, Ângelo Pereira, vereador do PSD e candidato à presidência da autarquia oeirense (em coligação PSD, CDS-PP e PPM), considera que é preciso “fazer mais”. O combate ao desemprego e à exclusão social é o “eixo central” de um projecto no qual o empreendedorismo e a mobilidade têm um papel essencial.

Ângelo Pereira contou com o apoio dos militantes do PSD, CDS-PP e do PPM e com Pedro Passos Coelho

Oeiras “é um concelho que nos orgulha”, mas “hoje, temos de fazer mais”, pois há “novas perguntas à procura de resposta: o envelhecimento do concelho, a transformação digital, a participação cívica ou a mobilidade trazem novos desafios”, salientou Ângelo Pereira, no lançamento da sua candidatura apoiada pelo PSD, CDS-PP e PPM, realizada no passado dia 4, numa rua junto ao Mercado de Algés.

“Temos soluções novas para os problemas novos”, garantiu o candidato, assegurando que pretende exercer uma “governação aberta” à participação de todos. “Somos a mudança tranquila, sem demagogias, que aproveita os recursos que já temos, que corrige assimetrias e cria o futuro feliz”. Sem necessidade de “criticar os que vieram antes de nós ou aqueles que ainda lá estão” porque o “o nosso único adversário” é

a abstenção. “Vamos mobilizar os que já não acreditam na política” e “demonstrar através do exemplo que é possível fazer um caminho diferente”, frisou. O vereador da Mobilidade, Turismo, Juventude e várias outras pastas no actual executivo, liderado pelo independente Paulo Vistas, afirmou ter “um plano para os próximos 20 anos, que representa o contributo de centenas de pessoas”.

Um plano que inclui “ruas mais limpas, mais iluminadas e mais seguras”, uma Oeiras “mais acessível e melhor preparada para cuidar de todos, dos mais jovens e dos mais velhos”, com “maior ligação ao rio e ao mar, sem barreiras arquitectónicas e com um maior cuidado com o nosso património”. “É um plano que aposta nas indústrias criativas e, acima de tudo, que promove a coesão social, com políticas sociais adaptadas aos novos desafios”, destacou o candidato social-democrata, garantindo que o seu projecto “tem em conta quem sente as dificuldades e os desafios do nosso concelho”. “Eu próprio, como alguns o sabem, recorri durante anos ao sistema de transportes públicos. Sei o que é apanhar um autocarro em Carnaxide, para apanhar o comboio, para depois apanhar outro autocarro e por fim chegar ao trabalho. E, em cima disso, ter de apanhar um outro autocarro para a universidade. E, como se ainda não bastasse, ter de en-

frentar a angústia de não ter transportes fiáveis a partir das 23h00. Eu sei o que é isso”, realçou, certo de que colocará Oeiras “na vanguarda europeia da mobilidade”. No combate à pobreza e à exclusão social, o objectivo é ter “um concelho mais conectado e mais colaborativo, com uma rede social abrangente e de resposta rápida, que promova o empreendedorismo sustentado e inclusivo”. Mais uma vez, o trajecto do candidato como exemplo de quem conhece as dificuldades da vida… “Foi nos tempos de infância e juventude, quando vivia num bairro de barracas, mesmo aqui ao lado, em Miraflores, com toda a minha família”, lembrou, aproveitando para evocar e agradecer o esforço da sua progenitora, presente na cerimónia, no meio de largas dezenas de apoiantes. Uma afluência na qual Ângelo Pereira viu o “sinal de que Oeiras está mobilizada” para vir a ser “ainda mais feliz”. Jorge A. Ferreira

“Esta disputa não vai ser fácil” O lançamento da candidatura à Câmara de Oeiras que repete a coligação da Aliança Democrática juntou o ex-primeiro ministro Pedro Passos Coelho, o presidente do conselho nacional dos centristas, Telmo Correia, e a vice-presidente dos monárquicos, Aline Beuvink. O presidente dos sociais-democratas considerou Ângelo Pereira uma solução que “liberta Oeiras de um jogo político um bocadinho fechado e viciado nos últimos anos”.“Os partidos têm que estar muito abertos à sociedade, aos independentes”, mas, “muitas vezes tem-se confundido esse espaço de participação mais livre com o que são as dissidências partidárias”, alertou Passos Coelho. “Damos hoje aqui uma lição de humildade democrática, sabemos todos que esta disputa não vai ser fácil, mas é uma disputa sem reserva mental a pensar no melhor para Oeiras”, acrescentou o ex-primeiro-ministro. Falando antes de Passos Coelho, também o

dirigente do CDS-PP Telmo Correia criticou a cultura de “o que está fora dos partidos é que é bom”. O líder centrista manifestou, ainda, a convicção de que o contexto político nacional é hoje menos favorável a uma vitória dos partidos que suportam o Governo, devido aos episódios recentes na Administração Interna e na Defesa. “[O Governo] demonstrou uma enorme incompetência”, frisou Telmo Correia. E terminou perguntando se os eleitores quererão ter uma Oeiras como Cascais (onde governam PSD e CDS-PP) ou como a Amadora (PS). “Oeiras não vai ser a Amadora”, tratou logo de responder. A vice-presidente do PPM, Aline Beuvink, centrou a sua intervenção em Ângelo Pereira, destacando o papel do candidato no empreendedorismo ou na modernização administrativa (Espaços Cidadão) para considerar que “Oeiras não podia ter, neste momento, um candidato mais apto”.


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na berra

“Nada acontece por acaso” Marco Horácio regressa, aos 41 anos, à representação, após o seu último papel na novela ‘Rosa Fogo’, há cinco anos, desta vez para fazer de ‘chef ’ na 2.ª temporada da série ‘Sim, Chef!’, na RTP 1. A personagem que protagoniza é o ‘chef ’ Mário Valente, que se distingue das restantes por ser uma figura autoritária, obcecada com a pontualidade.

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“Existem certas características [da personagem] que têm muito a ver comigo, como o lado da pontualidade e do profissionalismo”, confessa. Apesar disso, também há coisas que o distanciam de Mário Valente: “Não sou autoritário e não gosto de gritar. Não sou muito obcecado com o trabalho, mas gosto de fazer o melhor possível”. Quando questionado sobre as diferenças entre este

Marco Horácio é ‘chef’ em horário nobre da RTP 1, às quartas-feiras

e os restantes papéis, Marco Horácio explica que esta é uma personagem que se caracteriza pela seriedade, forma introvertida de ser e dificuldade de comunicar. “Ele é muito ‘bicho do mato’. Não gosta de encarar as pessoas, mas é muito directo e honesto. O que tem a dizer diz, doa a quem doer, porque, para ele, a justiça está acima de tudo”, explica. Marco Horácio conta que já era espectador da série e que,

ao ver um dos episódios, deu por si a pensar que “esta era uma coisa que gostava de fazer”, sendo que, quando recebeu o convite da RTP, não hesitou em dar uma resposta positiva, até porque, como acentua, “não existem coincidências”. A par de brincadeiras e um brilhozinho no olhar, afirma que, entre o humor, a música, a representação e a apresentação, o que mais gosta é o papel de pai.

Ao Jornal da Região, o artista multifacetado afirma gostar de desafios, mas que, acima de tudo, o que lhe dá mais prazer é integrar “projectos que fazem a diferença na vida das pessoas”. Revela que, desde que fez um programa da SIC (‘Salve-se Quem Puder!’), o qual apresentava com Diana Chaves, gosta especialmente “de fazer programas que juntem a família à frente do televisor”, porque considera im-

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portante a união familiar. “São momentos cada vez mais raros. E nós, os apresentadores, actores, temos o dever de proporcionar esses momentos às pessoas lá em casa”, salienta. O humorista considera que as novas tecnologias estão a levar ao afastamento dos mais novos em relação ao resto da família. “Uns estão no tablet, outros no computador e cada um vê o que quer”, perdendo-se o convívio no seio familiar que, na sua opinião, é muito importante. Marco Horácio conta já com um vasto currículo: cerca de 20 papéis em novelas e séries nacionais; sete programas de televisão em que vestiu o papel de apresentador; três participações no cinema e algumas dobragens em filmes de animação. De todas as personagens que protagonizou, o Rouxinol Faduncho é a mais conhecida. “O Rouxinol continua a ter sempre casa cheia e levá-lo às pessoas é o meu serviço público. É um projecto divertido e musical. É um lavar de alma perceber que aquilo que faço chega ao público e fá-los descontrair e relaxar, que é algo que as pessoas precisam neste momento”, adianta. Sobre o facto de privilegiar uma das áreas, Marco revela que é como dizem os jogadores de futebol: “jogo a jogo”. Ou, no seu caso, “projecto a projecto”. Enquanto se sentir útil, se divertir e se sentir confortável, o artista diz que vai continuar a responder aos desafios para os quais for convidado. Contudo, adianta que não o faz “por mediatismo ou por dinheiro” e acredita que “ser actor é ter uma missão. Se for para fazer, então que seja para transmitir algo às pessoas”. Mais uma vez, revela que não acredita no acaso: “o que tiver de ser, será. Se tiver trabalho, trabalho, mas se tiver que estar parado, também estou”. A segunda temporada de ‘Sim, Chef!’ tem lugar marcado todas as quartas-feiras, pelas 21h30, na RTP1, e apresenta novos actores como São José Correia e Duarte Gomes.

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SUGESTÕES

‘Porta com Porta’ em estreia

CINEMA

‘Planeta dos Macacos: Guerra’

Em Guerra, no terceiro capítulo do aclamado ‘blockbuster’, César e seus companheiros são forçados a um conflito mortal com um exército de seres humanos liderados por um coronel implacável.

LIVRO

‘O Método de Mafalda’, de Mafalda Bandeira

Professora de ballet e dança há mais de 20 anos, pelo estúdio de Mafalda passaram centenas de mulheres. O método criado por Mafalda Sá da Bandeira é baseado em sete Princípios – Concentração, Respiração, Consciência, Força, Postura, Flexibilidade e Energia.

Numa produção do Dramax-Centro de Artes Dramáticas, Oeiras vai ter uma estreia esta semana: ‘Porta com Porta’. Esta é uma peça que retrata a história de uma mulher independente de 40 anos que, ao comprar um apartamento, se depara com... um vizinho incomodativo. ​É no meio desta relação conturbada que se desenvolve a acção da história. Trata-se de uma​comédia, que reúne a actriz Sofia Alves e João de Carvalho​num

guião e​ scrito por Lázaro Matheus​, e que estará em cena até ao dia 20 de Agosto. Auditório Municipal Eunice Muñoz (Oeiras), a partir de 12 de Julho. Bilhetes a partir de 7,50 €.

Sintra comemora 40 anos do movimento punk

MÙSICA

‘GRATEFUL’, DJ Khaled

Depois de meses de êxitos inegáveis, o artista multi-platinado e nomeado para os Grammy, produtor, empresário, autor e guru musical DJ Khaled lança finalmente o 10.º álbum de estúdio, ‘GRATEFUL’, que entrou directamente para o primeiro lugar do iTunes Portugal na semana de lançamento digital.

A partir desta quarta-feira, e durante três dias, comemora-se o 40.º aniversário do movimento punk em Portugal. Aquele que foi mais do que um simples movimento musical, assumindo, acima de tudo, um carácter estético e ideológico, servirá de mote para diversas actividades culturais no concelho de Sintra. Às 21h30 de quarta-feira, vai ser projectado o documentário ‘A um Passo da Loucura – Punk em Portugal 78-88 – A Primeira Vaga’. No dia

seguinte, à mesma hora, será apresentado um outro documentário que faz o seguimento do anterior: “Enterrado na Loucura – Punk em Portugal 78-88 – A Segunda Vaga”. No último dia de comemorações, serão recordados vários temas do punk rock português através das actuações dos Queers of Rock and Roll e Patrulha do Purgatório​. Casa de Teatro de Sintra, 12 a 14 de Julho.

Os Azeitonas em concerto no Casino O palco do Casino Estoril recebe Os Azeitonas, naquele que é o quarto espectáculo do ciclo de ‘Grandes Concertos do Casino’. Durante o espectáculo, a banda, que conta já com dez anos de existência, vai relembrar o público alguns dos seus sucessos discográficos​. ​‘​ Quem És Tu, Miúda?‘, ​Ray-Dee-Oh​‘​, Cinegirasol​‘​ e ​‘​Fundo da Garrafa​‘​. Casino Estoril, até 10 de Agosto,a partir das 23h00.

Sete Sóis e Sete Luas brilham em Oeiras O festival ​vai decorrer em 33 cidades de 13 países​(Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal, Tunísia e Roménia). O festival inspirou-se nas personagens do ‘Memorial do Convento’, de José Saramago, Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas, que sonham com um mundo melhor e diálogo e igualdade entre todos. Em Julho, são sete os artistas a actuar no concelho de Oeiras, cujas origens vão desde o Mediterrâneo, Itália, passando por Espanha, Cabo Verde e Marrocos. Esta sexta-feira,

actua a banda Agricantus, que nasceu em Palermo na década de ‘90, com o nome proveniente do latim e a significar ‘a canção do campo de trigo’: o seu género musical é ‘world music étnicoelectronica’. Fábrica da Pólvora de Barcarena. Até 18 de Agosto. Bilhetes a 2 euros.

Oriente visto através de vários sentidos ‘​Orientalism​‘​ é o nome do espectáculo que pretende mostrar o Oriente demográfico através dos sons e movimentos. O espectáculo, inspirado na obra do autor Edward Said, promete ao espectadores levá-los aos sítios mais exóticos, escondidos por detrás do sol​oriental que se põe, onde tudo é mistério. O obje​​ctivo do espectáculo é divulgar o enriquecimento cultural dos países orientais e proporcionar aos espectadores uma viagem improvável através das ondas sonoras e danças tradicionais. Recreios da Amadora, dia 15 de Julho, às 21h30. Bilhetes a partir de 4 euros.

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13 a 19 de Julho de 2017

actualidade

‘Histórias de Vida’ fortalecem comunidades Projecto municipal abre janela com vista para o passado colectivo de Oeiras

Como eram as principais localidades do concelho quando acolheram os munícipes que agora têm 60, 70 ou mais anos? De onde vieram as suas famílias? Como passaram infância e juventude? As respostas encontram-se em “Histórias de Vida”, um projecto das Bibliotecas Municipais que já deu origem a um livro, um original museu instantâneo e um site com dezenas de testemunhos. E que ajudou a construir comunidades mais unidas e orgulhosas do seu trajecto. António Bessone Basto conta a história da sua relação com o Algés e Dafundo, clube onde encontrou o apoio de treinadores e amigos para ultrapassar problemas físicos e psicológicos que o atormentavam enquanto menino, antes de se tornar um herói local e, depois, o atleta mais eclético e medalhado do país; Helena Abreu recorda que, em criança, morou no último prédio da Avenida dos Combatentes, quando aquela artéria central de Algés “começava num prado e acabava na praia” e onde, “lá no cimo, havia duas fileiras enormes de arame farpado que separavam o campo da cidade”; Manuela Carvalho dá por si a pensar na sorte que teve em viver na Quin-

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ta do Cadaval, em Pedrouços, vivenda em cujos jardins foram feitas muitas das montagens destinadas à Exposição do Mundo Português, realizada em Belém, em 1940, pelo simples facto de o seu pai ter sido o engenheiro-chefe daquele megaevento de exaltação nacionalista. Mas também há histórias contadas por crianças de hoje, recordando a vida dos avós. Na verdade, a iniciativa, que

começou informalmente na Biblioteca Municipal de Algés e seria apadrinhada pela Câmara de Oeiras, acabou por estender ramificações por entre diferentes classes etárias e sociais e associou-se a instituições como a Escola de São Bruno (Caxias), a Fábrica da Pólvora (Barcarena), a Associação de Antigos Alunos e Amigos do Liceu Nacional de Oeiras, o Café Memória (Associação Alzheimer, Algés), a Liga


dos Combatentes ou até um grupo de teatro amador... Cruzando experiências e pessoas, o projecto originou muitas reuniões entre técnicos e dezenas de seniores do concelho ao longo dos últimos anos. O entusiasmo suscitado pelo projecto e os seus resultados positivos foram de tal maneira marcantes que, ainda hoje, estando quase completa a 2.ª fase da iniciativa – esta semana deverá ser colocado no site http://historiasdevida. cm-oeiras.pt/um último lote de dez narrativa – muitos dos que nela participaram garantem que não vão parar este hábito de se juntarem para recordarem as suas vidas e a dos outros, bem como os lugares que todos valorizam… E tanto assim é que está já em preparação um colóquio para assinalar os 50 anos das cheias de 1967, a realizar, em princípio, em Novembro, e que se baseará sensivelmente nos mesmos moldes de levantamento da memória individual e colectiva sobre aquele tema. “É um exemplo das potencialidades deste projecto”, diz Helena Lopes, coordenadora na 2.ª fase do mesmo, quando se pretendeu ir mais além em termos de divulgação da iniciativa, apostando na digitalização dos conteúdos e na sua disponibilização online (o site foi criado em Maio de 2016 e renovado recentemente). “O balanço é muito positivo e pode crescer. O que importa é que as pessoas continuem a encontrar formas de trabalhar esta memória, a irem às suas raízes, e que isso ajude a criar mais comunidade e a partilhar essa noção de comunidade e de pertença a um território”, realça a responsável, que integrou o projecto através da empresa Media Shots (dedi-

cada a produzir histórias pessoais em formato digital). Por essa altura, já estava na forja um livro com os testemunhos de vários contadores, embora muito centrados em Algés. O movimento fora iniciado por Ana Santos, coordenadora da 1.ª fase do projecto (até ao final de 2016), técnica da Biblioteca de Algés, que no site do projecto recorda “uma experiência de trabalho muito intensa, rica e estimulante”, com acções que “potenciam o sentimento de pertença a

uma comunidade e o exercício activo e crítico da cidadania”, nomeadamente por parte da população sénior. Actualmente, o site inclui 38 contadores, que narram as suas ‘Histórias de Vida’ em cerca de 20 vídeos e 40 áudios. Sendo certo que neste acervo não estão todos os testemunhos ouvidos nem todas as pesquisas realizadas no âmbito do projecto. Que poderá, pois, vir a ter novos capítulos… Jorge A. Ferreira

“É fundamental reencontrarmo-nos com a memória”

Na 2.ª fase do projecto, além da digitalização, também foi reforçada a georreferenciação das histórias, isto é, a ligação, o mais possível, das narrativas ao concelho de Oeiras e a sua expansão para lá de Algés. “A fórmula usada foi trabalhar com algumas associações do concelho que já fizessem actividades relacionadas com a preservação da memória de gentes e lugares”, salienta Helena Lopes, enaltecendo o dinamismo dos munícipes nascidos antes de 1955 que já haviam sido protagonistas da 1.ª fase do projecto. “Foram incansáveis, contaram as suas histórias e ainda nos levaram a conhecer outras pessoas com outras histórias”. A Câmara de Oeiras, por seu lado, foi aumentando o seu nível de envolvimento no projecto. Sinal disso foi a incorporação do Museu Instantâneo nas Festas de Oeiras – o evento juntou contadores de histórias, no Palácio Anjos, a desfiarem as suas memórias a partir de objectos pessoais que levaram consigo. “Foi um grande sucesso”, recorda Helena Lopes. Na ocasião, a vereadora da Cultura e Acção Social da autarquia, Marlene Rodrigues, sublinhou a importância de “dar voz às pessoas mais maduras que têm uma experiência e um capital humano extraordinário”. Algo que, frisou, “contraria a tendência das nossas sociedades actuais que quase nos ditam o contrário, privilegiando a veneração do que é rápido, novo e descartável e deixando para trás a valorização da experiência, dos cabelos brancos, das rugas e da memória. Acreditamos que, neste tempo, é fundamental reencontrarmo-nos com a memória”.

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motores

Espírito SUV O Stelvio coloca-se ao nível da concorrência mais directa, rivalizando com propostas como o Porsche Macan ou o Jaguar F-Pace, com quem aparenta algumas semelhanças físicas. Isto a olho nu, porque num vislumbre mais certeiro percebemos que este é uma espécie de Giulia de pernas altas e que está ali vertido todo o ADN e espírito alfista. Para este primeiro contacto, a marca disponibilizou-nos a versão topo de gama, equipada com motor a gasolina 2.0 de 280 cv, caixa automática de oito relações e tracção integral AWD Q4. Um portento de carro capaz de atrair o olhar até dos mais distraídos. “Mas isso é mesmo um Alfa?” Claro que é: basta olhar para a frente

Alfa Romeo aposta forte num segmento em que nunca esteve presente

imponente para perceber a origem italiana do novo SUV, que alia a nota máxima na disciplina de design aos atributos, igualmente positivos, técnicos e de performance. Os 280 cavalos do motor de 4 cilindros são garante de diversão ‘q.b.’ ao volante, em estrada, mas a tracção integral promete segurança máxima em condições adversas, como chuva, neve, gelo ou lama. Não tivemos ocasião de testar o Stelvio em qualquer destas situa-

ções, mas a sua prestação e comportamento em estradões de terra batida comprovou as expectativas. Lá por dentro, o estilo italiano é bem patente, com acabamentos e materiais de qualidade, espaço mais do que suficiente para cinco pessoas, conforto a condizer e um nível de equipamento superior. A bagageira não é das maiores, mas os 525 litros de um espaço plano e dotado de portão eléctrico são suficientes para toda a bagagem. Como já é habitual na marca, o selector ADN permite escolher o

modo de condução pretendido, entre as opções Advanced Efficiency, Neutral e Dinâmico. Altera parâmetros como o binário, resposta do travão, relações de mudança de caixa e sistemas de segurança de controlo de estabilidade e tracção. Com tecnologias já conhecidas e cada vez mais indispensáveis, como a travagem automática de emergência, o aviso de perigo de colisão ou de saída de faixa de rodagem, o ecrã de 8,8’’ aliado a sistema multimédia, GPS e câmara de estacionamento fazem as delícias dos apreciadores de gadgets. Pior, só mesmo os consumos, nunca inferiores a 8,9 l/100 km. Mas, quem investe 65.000€ num carro como este não ficará preocupado por isso... Paulo Parracho

Alfa Romeo Stelvio Q4 Motor...............................Gasolina, 4 cilindros, 1995 cm3 Potência......................................................280 cv/5250 rpm Binário máximo ................................... 400 Nm/2250 rpm Velocidade máxima .............................................. 230 km/h Consumo/emissões .................. 7,0l/100 km, 161 g/km Preço ...............................................................................65.000 €

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repórter JR

‘Vamos Salvar o Jamor’ limpa praia da Cruz Quebrada

Associação defende uso balnear Na expectativa de uma futura classificação como zona balnear oficial do concelho de Oeiras, elementos daquela associação ambiental levaram a efeito mais uma acção contra o lixo e a degradação. O areal da Cruz Quebrada foi alvo, no passado dia 29 de Junho, de uma acção de limpeza por parte de membros da Associação Vamos Salvar o Jamor que, com o gesto, “para além de proporcionarem melhores condições aos utentes da praia, pretenderam chamar a atenção da população e das entidades autárquicas, para a falta de actuações concretas de reabilitação deste espaço”. “Recorda-se que, apesar das análises positivas da qualidade da água que se vêm registando desde 2008, não houve, durante todos estes anos, iniciativas concretas da Câmara de Oeiras que permitissem à Agência Portuguesa do Ambiente incluí-la no conjunto de águas balneares do concelho”, criticou, na ocasião, a direcção daquela Organização Não Governamental para o Ambiente (ONGA).

Na referida operação de limpeza “foi recolhido muito lixo de toda a natureza, mas também uma enorme quantidade de canas que se espalhavam por todo o areal”. Contudo, aquela associação chama a atenção, ainda, para a necessidade de se fazer mais pela desejada “reabilitação da praia”, nomeadamente medidas que contrariem “a proliferação desordenada de ‘grafittis’ nas paredes da estação ferroviária, a falta de acessos adequados e a falta de higiene resultante da utilização da praia por sem abrigo”. A resolução destes e de outros problemas “poderá criar condições para a instalação de estruturas

de apoio e salvaguarda da segurança dos banhistas”, reitera a direcção da AVSJ, que considera este objectivo concretizável “com muito pouco investimento”. Para tal bastaria, propõe, revitalizar as infra-estruturas existentes na estação da Cruz Quebrada (café e sanitários), bem como abrir ao público a passagem subterrânea situada entre o Centro Desportivo Nacional do Jamor e o novo troço do Passeio Marítimo contíguo à praia, “o que permitiria uma ligação directa entre estas duas centralidades da freguesia e um segundo acesso seguro à praia, sem atravessar a Marginal”.

Apenas 21 radares ao serviço

Médico de Família

Hiperatividade

Um ano depois da instalação do primeiro dos 30 radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), apenas estão a funcionar 21, revelou à Lusa a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). O primeiro dos 30 radares do SINCRO entrou em funcionamento a 6 de Julho de 2016 e foi instalado na autoestrada A5, que liga Lisboa e Cascais. Na altura, o Governo previa que este sistema estivesse a funcionar em pleno em Janeiro deste ano. O SINCRO é o sistema para detecção automática da infracção de excesso de velocidade, sendo composto por 30 radares móveis instalados em 50 locais considerados críticos. Numa resposta enviada à Lusa, a ANSR refere que actualmente todas as cabines (50) estão instaladas nos respectivos locais de controlo de velocidade, o mesmo acontecendo com os 30 radares. No entanto, adianta a ANSR, alguns destes locais de controlo de velocidade “estão ainda em fase de ligação à rede eléctrica de baixa tensão”. Segundo a Segurança Rodoviária, estão em estado operacional 21 locais de controlo de velocidade, sendo estes que estão equipados e em funcionamento. A ANSR não avançou o número de infracções registadas pelo sistema durante o primeiro ano de actividade. O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, afirmou aos jornalistas que o sistema deve estar a funcionar em pleno no final deste mês. No final da cerimónia que assinalou o 8.º aniversário da Unidade Nacional de Trânsito da GNR, Jorge Gomes adiantou que as 50 caixas estão instaladas, faltando “a instalação eléctrica” em algumas delas. Os 30 radares de controlo de velocidade não são fixos, funcionando num sistema rotativo previamente definido, nas 50 cabines, sendo a sua instalação aleatória e os condutores são informados da sua presença através de um sinal de trânsito. O primeiro radar foi instalado, em 2015, sete anos depois de ter sido anunciado o projecto.

A hiperatividade, corretamente designada de perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA), é uma perturbação do comportamento com base neurológica que afeta cerca de 5% da população em idade escolar e 2,5% de adolescentes e adultos. É um dos problemas de saúde mais investigados, pela sua frequência e impacto ao longo da vida. Carateriza-se por uma dificuldade em regular a atenção, controlar os impulsos e gerir conflitos bem como, em alguns casos, uma atividade motora excessiva em relação ao esperado para a idade. Na origem deste problema está uma incapacidade de ativar corretamente as funções cerebrais que permitem o planeamento e organização de tarefas, a gestão do tempo e a memória de trabalho. Ao contrário do mediatizado, não é a hiperatividade que mais limita a pessoa. É a desatenção, que ao manifestar-se nos diferentes contextos da vida (casa, escola, trabalho), prejudica de forma significativa o funcionamento académico, familiar, laboral e social. A irrequietude não é habitualmente problemática para o próprio, embora seja o lado mais visível e perturbador para quem convive com estas pessoas. O diagnóstico da PHDA é clínico, baseado na identificação dos sintomas presentes de forma mantida em diferentes situações e ambientes, e na dimensão do seu impacto na qualidade de vida. Não existe nenhum teste sanguíneo ou exame de imagem que seja útil no diagnóstico. É por isso crítico conhecer bem a história

de cada criança ou adolescente e do seu contexto envolvente. Neste processo, pode ser necessária uma avaliação psicológica ou psicopedagógica, com testes que avaliam, além da atenção, outras dificuldades que possam contribuir para as queixas. Podem ser utilizados questionários que registam comportamentos típicos (usualmente preenchidos pelos pais e professores). O tratamento da PHDA inclui sempre estratégias não farmacológicas definidas caso a caso (intervenção pedagógica, psicológica, apoio e treino parental). A medicação é essencial nas situações mais graves, com grande repercussão no desempenho e auto-estima, sobretudo a partir da idade escolar. O psicoestimulante metilfenidato é o fármaco de 1ª escolha no tratamento da PHDA, com ação positiva nas capacidades de atenção e cognitivas, e consequente redução dos sintomas de hiperatividade e impulsividade. É utilizado de forma regular há mais de meio século a nível internacional, é eficaz e seguro e não é, ao contrário do difundido, um calmante. A decisão de se iniciar medicação é tomada caso a caso e os pais são sempre envolvidos nessa decisão. As crianças e adolescentes medicados devem ser avaliados regularmente em consultas especializadas (Pedopsiquiatria, Neuropediatria, Pediatria do Desenvolvimento) porque a continuidade do tratamento depende dos ganhos obtidos e eventuais efeitos secundários. Drª Catarina Figueiredo Pediatra do Desenvolvimento, Departamento da Criança Hospital de Cascais


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