Jornal da Região de Oeiras de 28 de Setembro a 4 de Outubro de 2017

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CANDIDATOS À CÂMARA DE OEIRAS APRESENTAM PROPOSTAS PÁGINAS 4 E 5

28 Setembro a 4 Outubro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 145

CASA COM JOSÉ FIDALGO VISTA PARA UMA NOVA VIDA

“FIQUEI FASCINADO E A VONTADE DE VIAJAR CRESCEU” Na apresentação da sua plataforma, o actor contou-nos como surgiu esta ideia, falou do seu percurso e dos projectos ao nível da representação.

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Consolidar o grau de autonomia, seja a executar tarefas domésticas ou a gerir a toma de medicamentos, é o objectivo de quem entra nesta casa, igual a tantas outras no Bairro Moinho das Rolas, em Porto Salvo. Trata-se de um apartamento T4, cedido pela Câmara de Oeiras à ARIA - Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, que desde 1991 desenvolve variadas formas de apoio a pessoas com problemas de saúde mental. Um alojamento temporário para reforçar competências do dia-a-dia, com vista a permitir o regresso ao normal convívio na família e na comunidade.

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Eleições Autárquicas

São 13 os candidatos à Câmara de Oeiras nas eleições de 1 de Outubro. Durante o período de campanha eleitoral, que termina esta sexta-feira, apresentaram algumas das suas propostas. Uma campanha que foi acompanhada de perto pela agência Lusa. Fica um pequeno retrato das acções realizadas, com excepção de André Madaleno (PTP) e Alda Gameiro (PCTP-MRPP), que não divulgaram as suas iniciativas.

“Ordenar a frente ribeirinha”

Paulo Vistas (IOMAF)

O recandidato independente Paulo Vistas defendeu, em Algés, uma solução urbanística com o “maior consenso possível” para a foz do Jamor. “É bom que se perceba

também que, como está, não pode continuar. Estamos a falar de amianto, estamos a falar de algo que é prejudicial para a saúde pública, estamos a falar de uma zona degradada, que não é usufruída por ninguém”, afirmou. Paulo Vistas prometeu construir “uma passagem aérea” para o terrapleno, facilitando o acesso à zona ribeirinha. “É uma área que pode e deve cada vez mais ter um carácter, um

cariz de desporto, de lazer, em que as pessoas podem desfrutar da frente ribeirinha, e quer a Marginal, quer a linha férrea, são duas barreiras que não permitem um acesso cómodo para o lado de lá”, frisou. O candidato quer ainda “avançar com um plano de ordenamento” da frente ribeirinha, para que, além dos festivais de música, o espaço seja dotado de infra-estruturas desportivas e de lazer.

“Convicto da vitória” “O significado da caravana, além da festa, da alegria e animação, traduz a adesão de pessoas que participam na campanha. Não é por acaso que eu nem sequer falo nos milhões de investimento, nos projecIsaltino Morais (Inovar Oeiras de Volta) tos que se vão fazer, isso está no programa. Eu falo Uma caravana com mais de dos afectos, nas pessoas, 150 carros saiu, no domingo, no futuro e dos sonhos e da Serra de Carnaxide, em as pessoas sabem que aquiOeiras, para apoiar o candi- lo que eu prometo é para dato Isaltino Morais. cumprir”, acrescentou.

“Única alternativa credível”

Ângelo Pereira (PSD/CDS-PP/PPM)

O candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM, Ângelo Pereira, considera que Isaltino Morais e Paulo Vistas são “farinha do mesmo saco”.

Heloísa Apolónia (CDU)

A candidata da CDU defendeu que o próximo Orçamento do Estado deve incluir a requalificação da linha ferroviária de Cascais. “Nós reivindicamos esta requalificação da Linha

“As pessoas estão a perceber finalmente que a candidatura de Paulo Vistas e a candidatura de Isaltino Morais são duas faces da mesma moeda. Portanto, são pai e filho desavindos... Paulo Vistas foi eleito como continuidade de Isaltino e Isaltino quer ser a continuidade da sua continuidade e, portanto, no fundo, são farinha do mesmo saco”, disse.

Além disso, considerou que os dois principais candidatos de esquerda, PS (Joaquim Raposo) e CDU (Heloísa Apolónia), são “pára-quedistas, porque são de fora do concelho”. O candidato da coligação OeirasFeliz.com afirmou-se, por isso, como “única alternativa credível para os oeirenses”, pelo seu “projecto verdadeiramente alternativo e de mudança”.

Convicto de que vai ganhar no domingo, Isaltino assume que a sua expectativa é outra. “Aquilo que eu gostaria não é tanto o resultado da eleição, porque isso eu estou confiante, mas, sobretudo, era importante que as pessoas participassem neste acto eleitoral. Se conseguíssemos diminuir a abstenção para a ordem dos 45%, não tenho dúvida que conseguiria maioria absoluta”, afirmou.

“Prioridade às pessoas”

Joaquim Raposo (PS)

O candidato do PS assegurou que no seu programa eleitoral a prioridade são “sempre as pessoas” e que, além dos projectos para melhorar o concelho, dará atenção às questões sociais.

“A prioridade é sempre as pessoas porque eu acho que tudo o que se faz num concelho é para as pessoas”, afirmou Joaquim Raposo, Em relação ao financiamento dos projectos que apresenta, em termos de infra-estruturas rodoviárias e de reabilitação urbana, explicou que alguns “têm de ser financiadas pelo orçamento da câmara”, mas há outros que são executados com recurso às verbas do próximo quadro comunitário de apoio 2030.

No programa eleitoral do PS propõe-se a criação de uma rede de ‘Metrobus’, através de autocarros eléctricos rápidos de grande capacidade, em três linhas para servir os principais eixos de ligação no interior do concelho e com os municípios vizinhos. No documento prevê-se o acesso a Lisboa num corredor ‘bus’ na A5, novas ligações à CREL e à CRIL e desnivelamentos na Marginal, nas zonas de Santo Amaro de Oeiras e Caxias.

“Requalificação da Linha de Cascais”

“Atentado no antigo quartel”

de Cascais há muito tempo, (…) no próximo Orçamento do Estado será uma batalha de ‘Os Verdes’ também, de compromisso do Governo com a requalificação desta linha”, afirmou à agência Lusa Heloísa Apolónia. A deputada do PEV, que se candidata à Câmara Municipal de Oeiras na coligação também formada pelo PCP, acrescentou que se trata de um compromisso que assume “quer ao nível nacional, quer ao nível municipal”.

do espaço para uso da população. Miguel Pinto está contra a intenção de ali se construir mais um supermercado e um prédio de seis andares para habitação. “Querem fazer a destruição disto. Isto devia ser destinado para uso da população. A câmara nunca quis ter a opção de comprar o terreno, que acabou por ser comprado pela Sonae que quer construir mais um supermercado, quando já existem quatro na zona”, explicou.

“Nós consideramos que, relativamente à matéria dos transportes, e esta requalificação em concreto, não sendo da competência directa da câmara, nós não podemos aceitar que um presidente de câmara se possa desvincular da responsabilidade relativamente a esta matéria”, frisou. Para a candidata, o município tem a “responsabilidade de reivindicar junto de quem tem competência” para que a obra seja acelerada.

Miguel Pinto (BE)

O candidato do Bloco de Esquerda, Miguel Pinto, alertou para o “atentado” que se pretende fazer no antigo quartel militar de Linda-a-Velha e defendeu a transformação

“Criar uma cidade do desporto” Numa acção de campanha realizada no complexo desportivo de Oeiras, a candidata explicou que “há uma necessidade de aumentar o Jamor e reflorestá-lo”. “Isto só é possível se houver a garantia de que não vai haver construção que é o que Isaltino, PS, Isabel Sande e Castro (Nós, Cidadãos) PSD e IOMAF tem vindo a A candidata do partido ‘Nós, aprovar sucessivamente”, Cidadãos!’, Isabel Sande e Cas- acusou Isabel Sande e Castro, defendeu mais investimen- tro, referindo-se ao Plano de to no Jamor para criar uma Pormenor para a Margem Direita do Rio Jamor, Uma “cidade do desporto”.

das propostas da candidata é investir nas acessibilidades ao Jamor e “dar-lhe uma nova centralidade”. “Nós queremos é que não haja só uma Cidade do Futebol, mas que haja uma Cidade do Desporto. Além disso, queremos que toda a área que vai do Jamor até à praia da Cruz-Quebrada seja aumentada, que a praia seja estendida e que os desportos náuticos sejam uma realidade”, disse.

Embora o projecto ainda não tenha sido aprovado pela Câmara de Oeiras, o candidato bloquista considera que o que está previsto construir naquele terreno de dois hectares não tem razão nenhuma de ser, sobretudo “numa via já muito saturada que é de acesso à [autoestrada Lisboa-Cascais] A5”. Miguel Pinto propõe que o local seja comprado pela Câmara Municipal de Oeiras e seja colocado ao serviço da população.

“Aposta na Educação”

Sónia Gonçalves (Renascer Oeiras)

A candidata do movimento independente ‘Renascer Oeiras’, Sónia Gonçalves, prometeu apostar na área da Educação para dar condições aos alunos

do concelho para que continuem a ser os melhores do país. Numa acção em frente à Escola Amélia Rey Colaço, em Linda-a-Velha, Sónia Gonçalves referiu também que quer mostrar-se como “alternativa política para a gestão do concelho”. A aposta na Educação passa, segundo disse, pela oferta de vagas em jardim-de-infância e “preparar com cautela” o dinheiro recebido para gestão do parque escolar.

“Temos uma população muito envelhecida. Estar a apostar na construção de mais creches, não faz sentido. Queremos cobrir todas as crianças com oferta de jardim-de-infância porque é uma necessidade que os pais têm, mas não passa pela construção de novos equipamentos, passa por parcerias com entidades privadas que possam dar respostas que a câmara não tem”, acrescentou a candidata.


28 de Setembro a 4 de Outubro de 2017

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Pedro Torres (PAN)

O candidato do PAN, Pedro Torres, defendeu a existência de um provedor municipal no concelho e a criação de um hospital veterinário público. Depois de uma visita aos Bombeiros Voluntários do Dafundo, que têm uma ambulância de socorro animal e elementos com formação específica, Pedro Torres explicou que há mais a fazer nesta matéria. O candidato defendeu a existência de um provedor para o bem-estar

animal, com competências em todos os assuntos relacionados com a causa. “Actualmente, as questões dos animais estão incluídas na pasta do Ambiente e isso não faz sentido nenhum. O provedor teria também sob sua alçada o veterinário municipal”, acresce. Pedro Torres defendeu também que haja um reforço na Polícia Municipal, que não passa por mais agentes, mas sim por “agentes polivalentes, com competências no socorro animal”. Um hospital veterinário público ou um centro de atendimento permanentes são outras das medidas propostas pelo candidato. Por fim, Pedro Torres apontou a necessidade de um espaço numa praia em que seja permitida a presença de cães durante o Verão.

Pedro Perestrello (PNR)

O candidato do Partido Nacional Renovador (PNR) defendeu o regresso do serviço de transporte público Combus, que acabou por impossibilidade de renovação contratual, para resolver a falta de mobilidade no município. “O primeiro grande problema que se detecta no concelho é a falta de mobilidade, principalmente do interior para a costa, daí nós propormos o regresso do Combus,

não necessariamente com o mesmo formato”, afirmou à agência Lusa Pedro Perestrello. “Vamos encontrar rapidamente uma solução para existir um serviço circular de transporte público de baixo custo, de forma a dar acesso à população do interior do concelho aos serviços centrais”, acrescentou. “Em termos de segurança, nós pretendemos estabelecer um protocolo de serviços com a PSP, portanto contratar serviços à PSP, pedindo como contrapartida o aumento das patrulhas de rua em Oeiras”, avançou Pedro Perestrello, que estuda a “hipótese legal” de a câmara disponibilizar viaturas à polícia.

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Alerta contra “a ameaça urbanística”

Safaa Dib (Livre)

A candidata do Livre foi alertada para a “crescente ameaça” urbanística na serra de Carnaxide, na fronteira com a Amadora, numa deslocação com cidadãos e especialistas ao local. “Fomos acompanhados por alguns especialistas, que nos mostraram a delapidação da serra e nos alertaram para a crescente ameaça que a serra está a sofrer às mãos de interesses económicos privados”, explicou Safaa Dib. A candidata, que falava após visitar a serra com o candida-

to à Assembleia Municipal de Oeiras, Tomás Pereira, defendeu a aposta na reabilitação urbana e explicou que o partido vai procurar envolver os cidadãos. “Estamos a falar de uma faixa que vai desde o [rio] Jamor até à serra de Carnaxide e para toda esta faixa há um projeto urbanístico que está planeado”, salientou Safaa Dib, apontando os projectos Porto Cruz, Alto da Boa Viagem e ‘Skycity’, na serra de Carnaxide. Este último projecto prevê a construção de 37 moradias isoladas, 62 em banda e 255 apartamentos. Projectos que, na opinião da candidata de origem libanesa, juntamente com outros de menor dimensão, “vão destruir a natureza, o espaço verde, o pulmão verde do concelho”.

Desde 1978 a pensar o futuro

“Regresso do Combus é prioridade”

“Criação do provedor do animal”

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BREVES MARIA TERESA HORTA NO CICLO DE ‘LIVROS PROIBIDOS’ O tema da próxima sessão do ciclo de conversas ‘Livros Proibidos’ será a obra ‘Novas Cartas Portuguesas’, de Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. O encontro está marcado para o dia 4 de Outubro, às 21h30, na Biblioteca Municipal de Oeiras. Esta sessão, moderada por Nicolau Santos, conta com a participação de Maria Teresa Horta, uma das autoras deste livro paradigmático e que se tornou num símbolo de luta feminina. Uma obra que parte de um conjunto de cartas escritas por uma freira portuguesa, enclausurada no convento de Beja, no século XVII, a um oficial francês. O impacto que estas cartas tiveram no século XVII continua a fazer-se sentir ao longo dos séculos que se seguiram à primeira publicação.

actualidade

A Uma casa para treinar a autonomia

partamento cedido pela Câmara de Oeiras no Bairro Municipal Moinho das Rolas (Porto Salvo) permite ajudar jovens adultos com problemas de saúde mental a fazerem uma transição, o mais autónoma possível, para a comunidade. Equipamento é gerido pela ARIA - Associação de Reabilitação e Integração Ajuda.

INSOLVÊNCIA Beyond Home, S.A. Proceder-se-á à venda, no âmbito do processo de insolvência nº 1555/10.7TBPNF de Porto Este – Juízo de Comércio Amarante – Juiz 1, os bens imóveis que integram a massa insolvente: - Prédios Rústicos localizados na Quinta do Torneiro na freguesia de Paço de Arcos, concelho de Oeiras.; Parcelas destinadas a cultura arvense de sequeiro, com área total de 4,816000 hectares, Descritos na conservatória do Registo Predial de Oeiras sob o nº 2903, 3749, 3751, 3752, 3753 e 3754, e inscritos na matriz, respectivamente, sob os artigos rústicos 455º - secção 41; 379º - secção 40-41; 454º - secção 41; 381º - secção 40 (parte); 867º - secção 40-41 e 380º - secção 40-41 da freguesia de Paço de Arcos.

O Administrador da Insolvência, até 12 de Outubro de 2017, facultará os termos e condições da venda e a relação dos imóveis objecto da venda a quem o solicitar. Os imóveis poderão ser vistos, mediante marcação prévia até ao dia 06 de Outubro de 2017, junto do escritório do Administrador da Insolvência, nas condições estabelecidas no artigo 818º do Código do Processo Civil. Os termos e condições da venda estão disponíveis para consulta em http://www. nunooliveiradasilva.pt. Administrador da Insolvência: Contacto para informações: Dr. Nuno Oliveira da Silva Quinta do Agrelo Rua do Agrelo, 236

Telefone/Fax: 252 921 115

4770-831 Castelões VNF

http://www.nunooliveiradasilva.pt

E-mail: vendas@nunooliveiradasilva.pt

Local, dia e hora para a abertura das propostas: escritório do Administrador da Insolvência, sito na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, 236, Castelões, Vila Nova de Famalicão (4770-831), pelas 10 horas e 30 minutos do dia 13 de Outubro de 2017. S145-7-2139

Nesta casa, cada pessoa traz consigo uma história diferente, mas todos têm em comum condicionalismos impostos por doença mental que são a barreira a ultrapassar diariamente rumo à integração social e à realização pessoal e profissional. Um dos moradores que por estes dias vão conhecendo os cantos ao Apartamento de Suporte à Autonomia da ARIA contou, perante os participantes na inauguração, ocorrida no passado dia 12, que a sua progenitora tinha uma estratégia de superprotecção perante as suas dificuldades, o que fez com que, após o seu falecimento, sentisse que pouco ou nada sabia executar das tarefas práticas do quotidiano… Por isso, concluiu a mesma jovem inquilina, aquela casa é tão importante, entendida como mais um passo para ajudar pessoas na sua situação a ganharem a autonomia suficiente para poderem voltar para o meio familiar ou mesmo para domicílio próprio. “A ideia é que seja o mais próximo possível do ambiente familiar”, realçou ao JR Marta Ferraz, directora-técnica do Fórum Sócio-Ocupacional (FSO) de Oeiras, um dos vários equipamentos geridos pela ARIA. O treino ali efectuado “inclui as tarefas domésticas, mas também a gestão da medicação e dos cuidados de saúde relaciona-

dos com a sua doença, ou seja, tudo o que se deve ter em conta para a retoma da vida em comunidade, de forma o mais autónoma possível, depois de ter surgido um problema de saúde mental”, acrescenta aquela responsável. O Apartamento de Suporte à Autonomia agora inaugurado resulta de um protocolo assinado entre esta associação e a Câmara de Oeiras, em que a autarquia cede um T4 no Bairro Moinho das Rolas, em regime de comodato, para “criar uma resposta residencial para prestação do suporte psicossocial a jovem-adultos com doença mental cuja transição para a comunidade e a reinserção sociofamiliar, educacional e/ou laboral, ou seja, a transição para a vida autónoma, esteja comprometida pela ausência de alternativa residencial”. Segundo a Câmara, “de imediato serão apoiados entre oito a 12 utentes” através deste equipamento de apoio. Contudo, especifica Marta Ferraz, o T4 só dará para apoiar oito pessoas no máximo e ape-

nas no caso de o plano de treino de autonomia dessas pessoas não chegar aos 12 meses - o limite de tempo máximo que cada inquilino poderá ficar no imóvel. Isto porque “dos quatro quartos, dois são quartos-duplos, um foi convertido, necessariamente, em gabinete técnico e de saúde, e o outro destina-se a ser quarto para acolher outros doentes, durante períodos relativamente curtos de tempo, com o objectivo de permitir que os respectivos cuidadores possam descansar um pouco do trabalho e das preocupações próprias da sua condição”, explica a directora técnica do FSO de Oeiras, congratulando-se com o apoio prestado pela edilidade oeirense, ainda que insuficiente para as solicitações. “Temos uma considerável lista de espera de pessoas a precisarem deste tipo de unidades. Por isso, mantemos o nosso pedido, junto da Câmara de Oeiras, para a cedência de mais um apartamento”, reconhece Marta Ferraz. Jorge A. Ferreira

Diferentes respostas para uma progressiva integração Fundada em 1991, por um grupo de técnicos de saúde mental, a ARIA- Associação de Reabilitação e Integração Ajuda é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, que trabalha com pessoas com problemas de saúde mental, em desvantagem psicossocial. Gere diversas estruturas que permitem a progressiva integração na comunidade através de um plano individual de reabilitação, a aquisição de competências ou a aprendizagem de um ofício (recebendo apoio e orientação na procura de emprego), assim como na criação de soluções de apoio residencial como complemento à reabilitação socioprofissional. Entre os diferentes serviços disponibilizados pela ARIA (cujas instalações se localizavam, inicialmente, na Ajuda, em Lisboa, e cujo trabalho sempre esteve ligado ao Hospital São Francisco Xavier) destacam-se fóruns socio-ocupacionais – em Lisboa (Restelo e Avenida de Ceuta), em Oeiras (Avenida dos Bombeiros Voluntários) e em Cascais – uma unidade residencial em Algés (apartamento com sete utentes) e outra, também no Restelo, além da nova unidade agora inaugurada em Porto Salvo.


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Fotos JCS

Estátuas humanas dão vida a Sintra Trinta artistas surpreenderam residentes e turistas entre o MU.SA e o centro histórico A vila de Sintra voltou a receber o Festival de Estátuas Vivas, no passado fim-de-semana, num evento em que cerca de 30 artistas deram outro colorido ao percurso entre o MU.SA e o centro histórico. Num evento promovido pela Câmara de Sintra, o Festival de Estátuas Vivas, em quinta edição, voltou à Capital do Romantismo, nas tardes de sábado e domingo, proporcionando animação a residentes e turistas.

Num centro histórico repleto de visitantes, não faltou a recriação de um casal de turistas, nem tão pouco o ardina que anunciava o evento ou até a boa-nova: “Chegou o Outono”. O terreiro do Palácio da Vila, este ano, acolheu uma série de personagens, até para evitar a aglomeração de pessoas nos passeios da Volta do Duche. Em frente a um dos símbolos monumentais da vila de Sintra, foi possível apreciar um trovador medieval, D. João VI, D. João II e até a Rainha Santa Isabel.

Na Volta do Duche, destaque para os ‘Living Statues Dj’s’, que deram música aos transeuntes, mas também à figura em torno da Lenda de Santa Eufémia e à homenagem aos bombeiros, com a presença de um ‘Soldado da Paz’. No Chalet Saudade, nas imediações dos Paços do Concelho, uma tecedeira desenrolava o novelo da sua vida, enquanto na Estefânia, na zona pedonal da Avenida Heliodoro Salgado, um casal de motards se entregava à sua ‘paixão sem limites’ em duas rodas.

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Iniciativas

Festival volta a iluminar Cascais Lumina atrai milhares de pessoas

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Milhares de pessoas foram atraídas pela luz, ao longo de três noites, em mais uma edição do Lumina-Festival da Luz. A Natureza foi celebrada em forma de arte e luz, através de 20 obras artísticas que iluminaram a vila de Cascais, entre sexta-feira e domingo. Tal como aconteceu nos últimos anos, a maior dificuldade foi mesmo enfrentar as filas que se formavam para apreciar os espectáculos de luz e cor, projecções multimédia e instalações interactivas que se espalhavam por um percurso de três quilómetros. Criado e produzido pelo ateliê OCUBO, em parceria com o município, o Lumina deu outra cor a diferentes espaços emblemáticos do Bairro dos Museus, como a Casa das Histórias Paula Rego, o Museu do Mar ou a Casa Sommer. A Cidadela recebeu, mais uma vez, a principal criação do ateliê organizador, um video mapping imersivo 360º: o ‘Flower Power’.

O poder das flores, expresso nesse espectáculo, ficou patente ainda nas ninfas que passearam por Cascais, nomeadamente com o túnel do amor no horizonte: uma criação do artista belga Georges Cuvillier, em bambu, que encheu o fosso da muralha da fortaleza da Cidadela. O Parque Marechal Carmona assistiu a um outro momento muito apreciado: uma simulação de aurora boreal, utilizando máquinas de laser colorido, da autoria do português Telmo Ribeiro, complementado por um som ambiente que envolvia o público.

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Considerado um dos dez melhores festivais de luz do mundo, pelo The Guardian, o Lumina contou com obras de 40 artistas oriundos de Portugal, Alemanha, Bélgica, Eslovénia, França, Hungria, Israel, Nova Zelândia, Polónia e Reino Unido. Entre as obras em destaque, referência para a projecção na fachada do Centro Cultural de Cascais, que abordou os 17 objectivos subjacentes ao Programa OSD-Objectivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 da ONU, com uma mensagem muito clara: “Ninguém Fica Para Trás”.


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“Hoje em dia, todos somos guerreiros!” José Fidalgo apresenta plataforma ‘Crónicas do Fidalgo’ e fala sobre o novo desafio da sua vida: a mudança para o outro lado do Atlântico Na apresentação da sua plataforma, o actor explicou como surgiu esta ideia, falou do seu percurso e dos projectos futuros. Tudo começou “há cerca de oito anos quando tive a minha primeira moto. Assim que a tive na mão, senti logo necessidade de fazer uma viagem. Fui e conheci várias pessoas, a sua filosofia de vida, o que pensavam do mundo em que vivemos… Fiquei fascinado e a vontade de viajar cresceu. Passados poucos anos, achei que poderia partilhar essas histórias das pessoas e lugares que vou conhecendo”. Foi assim que nasceram as ‘Crónicas do Fidalgo’. Começou por ser uma página de Facebook e, alguns anos depois, “o Grupo Impresa achou interessante associar-se à página e transformá-la numa

plataforma”. As viagens que tem feito e que deram origem a esta plataforma não eram, até agora, programadas. Contudo, o actor admite essa possibilidade daqui em diante, ainda que continue a existir espaço para aventuras rumo ao desconhecido. José Fidalgo explica que “são dois estilos de viagens diferentes: a que não é programada permite uma abertura à experiência que o acaso pode proporcionar” e, por outro lado, “na viagem planeada isso pode acontecer, mas existe já um objectivo - falar com determinada pessoa num sítio específico e fazer certas actividades”. Ainda que haja a necessidade, com esta nova vertente na sua vida, de haver uma maior organização e planeamento, o actor revela que gosta bastante mais de “ir à descoberta” de novos mundos.

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O gosto pelas motorizadas surgiu cedo, mas como “os pais não deixavam”, acabou por pôr a ideia de lado. Apesar disso, “ficou sempre o bichinho” e influenciado por dois amigos, chegaria o dia em que deu o passo decisivo: “Comprei a primeira moto por volta dos 30 anos. Deixei-a na oficina de um amigo e disse ‘vamos transformar isto tudo’. Era uma moto de pau, porque quase não tinha amortecedor nenhum”. Quando questionado se o facto de ter agora um filho, e naturalmente outro sentido de responsabilidade, alteraram a forma como vê ‘a menina dos seus olhos’, José Fidalgo afirma: “não podemos deixar de fazer aquilo que queremos e que nós dá vida em prol de um filho ou de alguém que protegemos. Temos que ter essa noção. Temos que ter cuidado, mas tudo o que fazemos na vida vai passar a experiência à criança e isso é muito difícil de gerir”. Na verdade, admite que a possibilidade de o filho se entusiasmar com as motos o “assusta”, mas acredita que, se acontecer, deve ser “encarado da forma o mais natural possível”. Ainda a propósito do tema da segurança, o actor relatou a viagem mais perigosa e excitante que fez - Roma: “Sofremos intempéries que não lembram a ninguém. Fomos numa altura de monções, entre Junho e Julho. A dada altura, na auto-estrada, tínhamos água pelo joelho. Os carros, camionetas e camiões tinham os quatro piscas ligados, porque não se via nada. Passámos por várias áreas de serviço, onde estavam paradas milhares de motos e nós nunca parámos. Íamos a 20, 30 km/h. Sentimos aquela adrenalina e dizíamos ‘não, não vamos parar. Vamos devagarinho, mas não vamos parar’. Quando a viagem terminou sentimos uma enorme sensação de alívio. No final do dia, além do esforço físico, o esforço psicológico e a concentração foram tão grandes que caímos ‘mortos’ na cama”. Se pudesse viver destas suas aventuras, José Fidalgo afirma que não o faria, porque aprecia bastante a sua profissão. “Viajar é um complemento que me fascina imenso e que acaba por estar ligado à representação”. Sobre os novos projectos, o actor desvendou que foi con-

vidado por uma produtora brasileira para integrar o elenco de uma novela em horário nobre, motivo pelo qual parte, dentro de poucos dias, rumo ao país-irmão. Ser convidado para fazer parte do elenco de uma novela da Rede Globo é para o actor “um desafio enorme”, pelo qual tem trabalhado “há alguns anos”, visto sempre ter ambicionado uma carreira internacional. Para que tal se proporcionasse, José Fidalgo conta que foi a muitos ‘castings’, mostrou o seu trabalho, falou com muitas pessoas da área e explica que, “neste caso, a SIC acabou por contribuir um pouco”, devido à sua participação em ‘Dancin’ Days’, onde conheceu o realizador da novela que vai fazer. Se, por um lado, o português é a língua que aproxima os dois países, por outro “é um universo e uma maneira de trabalhar totalmente diferente da nossa”. Confessa que, nesta fase inicial, tudo o “assusta”. Contudo, diz tratar-se de um “susto bom” porque acarreta um nervoso miudinho, que “é sempre bom porque é o que dá vida”. Sobre a personagem que vai interpretar, José Fidalgo afirma pouco saber. Diz apenas que é um projecto de época e que é necessário deixar crescer o cabelo e a barba. O actor disse ainda que a instabilidade política e de segurança que se vive no Brasil “assusta qualquer pessoa, mas é algo que temos que encarar. Hoje em dia, nós, enquanto seres humanos e cidadãos do mundo, já estamos habituados a este tipo de conflitos. O terrorismo assim o obrigou, o que não quer dizer que, por ter havido um atentado, deixamos de visitar esse sítio, muito pelo contrário. Hoje em dia, todos nós somos guerreiros! Fomos forçados a isso, a ir contra uma guerra”. José Fidalgo invocou as cidades de Nova Iorque, Barcelona e Paris como exemplos do terrorismo que está cada vez mais presente nas nossas vidas. “As pessoas que lá vivem, que sofreram com esses ataques e que nesses locais continuam a viver, são muito mais guerreiras que nós. Portanto, a realidade brasileira é o que é e eu vou ter que, de alguma maneira, viver com ela e adaptar-me”.


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opinião

por ... Maria João Ribeiro Acho que descobri a “plataforma digital inovadora de armazenamento, protecção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media” que justificou o aumento do capital social da mediática startup tecnológica – que arrisca (ou não) em breve ser uma “endup”- para a singela quantia de 29 mil milhões de euros.

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Só quero saber quem paga Ao contrário do revisor oficial de contas que assumiu a “responsabilidade e a razoabilidade de avaliação do direito intangível em causa” não fiquei “maravilhada” com a descoberta. Enquanto Alves da Silva teve uma visão de uma “televisão revolucionária”, evocando boquiaberto a façanha de Steve Jobs, eu estava capaz de destruir os “algoritmos que a constituem” só para lhe pôr fim. Questiono, até, se irei a tempo de processar os meus pais por ter nascido – ou se o meu direito de acção terá já prescrito – e por estar a ser obrigada a testemunhar os episódios deprimentes que a novela desta sociedade civil me oferece diariamente? Já tentei desligar o aparelho para deixar de seguir este enredo, mas insistem em atirar-me com as cenas dos próximos capítulos sem que eu nada possa fazer. Tenho saudades da tecnologia antiga, já muito ultrapassada, em que uns “felinos fedorentos” me faziam rir com sketches que todos sabíamos ser de pura ficção. A realidade,

porém, andou mais depressa e aumentou-se sem que déssemos disso conta. Misturada com o virtual, a várias dimensões e com uma resolução de um sem número de K’s, atingiu níveis de ridículo de tal forma elevados, que devia ser antecedida por avisos a alertar para o perigo do excesso do seu consumo. Sinais como, “atenção: o que vai ver em seguida contém elevadas doses de estupidez que podem perturbar as pessoas mais sensatas”, deviam ser obrigatórios antes do anúncio de algumas iniciativas mediáticas, sociais e partidárias. Seria assim quando fosse divulgada a notícia de que o Papa está a ser acusado por outros teólogos de heresia por manifestar abertura aos católicos divorciados que voltaram a casar ou no momento em que o governo apregoasse a proibição de jogos de futebol em dias de eleições. Para episódios como o do Ministro da Defesa a falar do assalto (ou não assalto) de Tancos e para o lançamento do smartphone cuja grande inovação consiste

na possibilidade de enviarmos mensagens faladas com a nossa cara transformada em focinho de cabra, deviam ser colocados avisos com o seguinte teor “cuidado: as imagens que se seguem podem ser demasiado burlescas e ferir as expectativas dos espectadores”. O letreiro “Imagens chocantes. Perigo!” terá de ser colocado em adiantamento aos momentos em que se alvitre a possibilidade de os autocarros passarem a ter uma zona rosa, perfumada, com flores e pompons, delimitada e exclusiva para mulheres. Os avisos com cores fortes, luzes intermitentes e apitos sonoros, com a menção de “argumentos chocantes”, ficariam reservados para os casos em que pessoas com responsabilidades politicas avançassem com propostas para que crianças menores de 16 anos pudessem decidir sozinhas sobre a mudança de sexo com direito a processar os pais caso estes se opusessem a esta sua vontade. De notar que os alertas deveriam ser mais fortes à medida que

fossem avançados argumentos como “a patologização é promotora de estigmatização cruel e desnecessária” e que “é preciso deixar de considerar esta questão como problema médico”. Deixemos os pais e os médicos à margem desta que é “apenas” uma questão de “direito à autodeterminação de género como direito humano fundamental”, para vermos como o adolescente transsexual se “desenrasca” sozinho de toda esta situação. Onde irá a criança “emancipada” convalescer? Colocará o Estado um “cura-dor” à disposição da adolescente que apenas pode estar a sentir-se influenciada pela coleção da Zara Boy, ou vice-versa? Que acontecerá quando sair a nova colecção e a criança mudar de ideias? Continuará a valer a sua “autodeterminação”? Quem se determinará que pagará tanta determinação? Valerão os impostos dos que estão determinados a não determinarem esta determinação? A medida aponta também para que “não se toque nas crianças intersexo” antes

destas se decidirem por um ou por outro caderno da Porta Editora. Implicitamente, o que se pede aos pais é que façam ouvidos moucos ao bullying na escola e às questões colocadas entre lágrimas pelos menores, devendo responder-lhes com assertividade: não podemos fazer nada para te ajudar, é uma questão que tens de resolver sozinho pois para ela tens “direito à autodeterminação” e podes, inclusive, colocar-me na prisão se eu nela me intrometer! Atendendo aos subscritores desta proposta, preocupa-me que o meu gato decida transformar-se em cão e me exija uma mudança da ração que tenho investida na despensa…sem que eu, ou o veterinário, tenhamos uma palavra a dizer! Entendo a necessidade do respeito pelos direitos humanos, mas questiono-me sobre o que fazer quando este esbarra contra a sensatez humana.

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ver&ouvir

Dona Elvira: ‘Confissões de um Moleiro’ Depois da tourneé do ano passado, os ‘Dona Elvira’ regressam aos palcos para apresentar ‘Confissões de um Moleiro’. Vários serão os temas apresentados ainda antes mesmo de serem editados. Pode esperar um concerto com uma onda mais rock e muita emoção. A banda pretende, com este espectáculo, prestar homenagem à lín-

gua portuguesa e às tradições musicais nacionais. Centro Cultural Olga Cadaval, dia 30 de Setembro, às 21h30. Bilhetes a partir de 10 euros.

‘Uma Casa, Muitos Mundos’

Pode conhecer a história do Palácio através de um percurso pelas suas principais salas e alguns dos equipamentos relacionados com a produção da quinta, desenvolvida para a produção agrícola e para recreio.

Festival Internacional de Cultura No próximo fim-de-semana, chega ao fim a terceira edição do FIC. Contudo, como diz o ditado popular ‘há que queimar os últimos cartuchos’. Para os derradeiros dois dias destacamos a exposição de diários gráficos de Rui Paiva, exposição de pintura de Sérgio Pombo, exposições de fotografia, a peça de teatro ‘Auto D’El Rei Seleuco’ e o ro-

A visita inclui também uma ida à adega, com direito a uma prova do vinho ‘Villa Oeiras’.

teiro de arte urbana, através de uma visita guiada pela baía. Cascais, até dia 30 de Setembro.

You Can’t Win, Charlie Brown

Palácio Marquês de Pombal, dia 30 de Setembro, às 16h30. Bilhetes a 8 euros.

‘Paisagens’ em Algés António de Oliveira Salazar. Trata-se de uma exposição onde se concentram obras elaboradas entre 1931 e 2016, uma viagem que contempla artistas contemporâneos do séc. XX e XXI.

A banda criada em 2009 regressa aos palcos portugueses com o seu terceiro trabalho discográfico, ‘Marrow’. Os temas do novo álbum ganham uma nova roupagem, mais eléctrica e dan-

Centro de Arte Manuel de Brito, a partir de 29 de Setembro.

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‘Paisagens’ encerra um ciclo de exposições temáticas. Serão exibidas pinturas sobre Lisboa, Sintra, terras espanholas, painéis de temática japonesa, memórias pessoais e de outros tempos, como a de Nikias Skapinakis que remete para o regime ditatorial de

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motores

Custo justo Estávamos em 2004 quando a Renault assumiu a Dacia como sua marca ‘low-cost’. A partir daí a qualidade tem crescido ao ritmo das vendas. Mantém-se, contudo, o preço baixo que caracteriza a vasta gama de modelos lançados no mercado. A par do Duster, o Dacia Sandero Stepway interpreta na íntegra o sucesso da marca e o conceito que a distingue: apresentar carros de qualidade, fiáveis, robustos, versáteis, económicos e baratos. A nova versão do Sandero junta a estes atributos design moderno, nível de equipamento bastante completo e qualidade de construção igualmente melhorada. A zona frontal foi a que recebeu mais retoques, com nova grelha decorada com elementos cromados, pára-choques redesenhado e quatro blocos LED, que se replicam na traseira. As protecções laterais, as jantes, barras de tejadilho e a altura ao solo distinguem o Stepway da versão convencional. Embora sem luxos, a habitabilida-

Dacia Sandero Stepway reforça qualidade e equipamento mas mantém preço baixo

de continua a ser atributo a considerar neste modelo, agora dotado de bancos mais modernos e confortáveis, novo tablier e equipamentos até aqui impensáveis num modelo deste preço. Aqui, destaque para o Media Nav Evolution, sistema multimédia e de navegação (2D ou 3D) com assinatura da LG, muito intuitivo e funcional, assente num ecrã táctil de 7’’. E se a este argumento juntarmos a câmara traseira de ajuda ao estacionamento? Ainda acredita que estamos perante um carro apelidado de ‘low-cost’? Outro argumento de peso no sucesso

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

comercial do Sandero Stepway está na gama de motores Renault, com destaque para o tricilindrínco TCe 90, a gasolina, e para o mais que comprovado 1.5 dCi, diesel, de 90 cv, bloco que graças à sua fiabilidade equipa modelos de outras marcas, como o Renault Clio, Nissan Micra ou até mesmo o Mercedes Classe A.

Esta motorização, testada pelo JR, garante comportamento adequado para todos os tipos de condução e baixos consumos (na casa dos 5,0 l/100 km). Pode procurar e comparar com a concorrência directa, mas será difícil encontrar tanto, por tão pouco.

Dacia Sandero Stepway Motor..........................................Turbo, Diesel dCi, 1461 cc Potência........................................................ 90 cv /4000 rpm Binário máximo ................................... 220 Nm/1750 rpm Velocidade máxima .............................................. 167 km/h Consumo/emissões ..................... 3,8l/100 km, 98 g/km Preço ...............................................................................16.450 €

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Regus já está no Lagoas Park A

palavra-chave é flexibilidade. Na duração do contrato (de dias a vários anos), na dimensão do espaço (que pode aumentar ou diminuir consoante a empresa cresce ou reduz actividade), na partilha de serviços… Um negócio indiferente à crise e que continua em expansão. Também em Oeiras. Nunca se tem espaço a mais ou a menos, realça Jorge Valdeira, ‘country manager’ da Regus, referindo uma das vantagens de quem opta por soluções de trabalho flexível como aquela que oferece a Regus, que acaba de inaugurar um novo business center em Oeiras, o terceiro no concelho, desta feita no Lagoas Park (os outros situam-se em Miraflores e na Quinta da Fonte). Outro trunfo apontado é que o período do contrato pode ir de um dia a vários anos, mais uma vez consoante as necessidades do cliente. Por último, e não menos importante, sobretudo quando uma empresa está a iniciar actividade, não são precisos os investimen-

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tos convencionais, pois neste caso já vem tudo pronto a usar: recepção, telecomunicações, luz, água, serviços de apoio como cozinhas, salas de reuniões, etc… Atractivos de aplicação muito flexível e que explicam, no essencial, a diversidade de interessados. “Temos, em Portugal, clientes de todo o tipo de áreas de actividades e para todo o perfil de empresário, desde o profissional que acabou de criar a sua ‘start up’ até à Google, por exemplo, que está connosco há imensos anos”, destaca Jorge Valdeira. No novo ‘business center’ de Oeiras, com 1000 m2 de área, inaugurado na passada quinta-feira, há quase 60 salas de

acesso privado, com espaço para uma pessoa ou para bastantes mais. Há, ainda, um pequeno local para ‘coworking’ (espaço aberto, sem barreiras), onde funcionam, também, duas salas de reuniões e uma cozinha, além de duas cabinas destinadas aos utentes do ‘coworking’ que permitem fazer chamadas sem que se ouça a conversa no exterior e vice-versa. Nesta mesma zona situa-se a recepção, que prima

pela descrição (sem adereços identificativos da Regus), o que é propositado, uma vez que serve, igualmente, as empresas ali residentes e mesmo os escritórios virtuais (firmas que não têm espaço físico, mas usufruem de atendimento de chamadas telefónicas e aceitação de correio). “Esta descaracterização é importante para que os nossos clientes sintam que esta é a recepção deles, ou seja,

mesmo alguém que tenha uma organização pequena pode ter uma recepção com impacto e visibilidade”, sublinha Jorge Valdeira. E até mesmo em contexto de crise, esta “é uma solução muito valorizada, pois as empresas sabem que, nessas alturas, é preciso reajustar a sua dimensão, o seu espaço físico…”. Todavia, a procura também pode surgir apenas porque “as empresas estão em obras

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na sua sede ou porque estão a desenvolver um projecto especial que não querem fazer evoluir nas instalações habituais”, exemplifica aquele responsável. Os preços podem ir dos 150 euros mensais (alguns ‘coworkings’) até rendas a partir dos 300 euros para escritórios fechados (a começar nos 6 m2), podendo a fasquia chegar aos 5000 euros (clientes grandes). Ou então limitarem-se a uma despesa de 35 euros por um escritório virtual. A Regus, que conta com uma rede de cerca de 3 000 centros de negócios em mais de 100 países, tem nove espaços no distrito de Lisboa, mais dois no Porto. Uma dispersão geográfica que é, afinal, uma vantagem muito própria, como explica Jorge Valdeira: “Os nossos clientes têm um cartão que lhes permite usar os espaços partilhados em qualquer dos centros e com a garantia da mesma qualidade, estejam a trabalhar de forma fixa ou apenas de passagem em Xangai, no Rio de Janeiro, no Porto ou em Oeiras”. Jorge A. Ferreira


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actualidade

Lançado Guia de Recursos para a Integração de Imigrantes

Ferramenta ‘on line’ gratuita O município de Oeiras integra na sua população residente cerca de 5,38% de imigrantes. Para complementar e auxiliar o trabalho desenvolvido pelas diversas instituições que, no território, trabalham com e para estas comunidades, foi lançado, recentemente, o ‘Guia de Recursos para a Integração de Imigrantes’. Trata-se de um ‘ebook’, gratuito, disponível em três línguas (português, inglês e russo) e um dialecto (o crioulo de Cabo Verde), disponível ‘on line’ no sítio da Câmara e que também foi enviado às diversas entidades sedeadas no concelho que lidam com esta faixa populacional para que o possam, se assim o entenderem, disponibilizar também nos seus portais. O ‘Guia de Recursos para a Integração de Imigrantes’ foi produzido no âmbito de uma das medidas do Plano Municipal de Oeiras para a Integração de Imigrantes, cofinanciando pelo FAMI (Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração).

Esta nova ferramenta integra serviços e respostas locais, mas igualmente de âmbito regional e nacional, com potencial interesse para os/as imigrantes residentes no município de Oeiras. Nela constam informação sobre os contactos, horários e tipo de serviços disponibilizados pelas entidades sedeadas no município e/ ou que atendam às necessidades dos/as imigrantes do concelho, como os Espaços do Cidadão, a Rede de Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), a Rede de Informação e Aconselhamento para Apoio ao Retorno Voluntário (OIM), Serviços de Atendimento à população imigrante, associações de imigrantes e outras entidades com intervenção na área da imigração, o Programa de Mentores para Migrantes, os Cursos de Português Para Falantes de Outras Línguas, bem como outros recursos em diversas áreas. O conteúdo deste guia foi elaborado graças às informações cedidas pelas diversas organizações que dele

fazem parte, entre as quais: Alto Comissariado para as Migrações, Associação Chance +, Associação Batoto Yetu Portugal, Associação Cultural e Desportiva da Pedreira dos Húngaros, Associação das Mulheres Cabo-Verdianas na Diáspora em Portugal,, Associação de Amigos de Santa Cruz, Associação de Imigrantes Mundo Feliz, Associação de Moradores do Alto dos Barronhos e de Moradores dos Navegadores, Associação Juvenil Moinho Movimento, Associação Juvenil TACE, Associação Portuguesa de Solidariedade e Desenvolvimento, Assomada, Câmara de Oeiras, Centro Qualifica do Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Instituto Nacional para a Reabilitação, Organização Internacional para as Migrações, Pombal XXI – Associação de Moradores dos Bairros do Pombal e Bento Jesus Caraça, Quarto Crescente, Suryá – Movimento Cultural e Ecológico de Goa.

Jesus España e Ercília Machado conquistam Corrida do Tejo

Médico de Família Dia Mundial do Coração

A Corrida do Tejo, que decorreu no domingo, dia 24, contou com cerca de 10 mil corredores, que efectuaram o percurso de 10 kms, entre Algés e a Praia da Torre, em Oeiras. Jesus España e Ercília Machado foram os grandes vencedores, nas categorias masculina e feminina, com os tempos finais de 30m37s e 35m00s, respectivamente. “Esta conquista foi a cereja no topo do bolo, que se veio juntar ao segundo e terceiro lugares que tinha conquistado em outras edições da Corrida do Tejo. Estou radiante com esta prova magnífica, que é belíssima”, destaca a vencedora Ercília Machado. Já o vencedor Jesus España, que havia já conquistado também o segundo e ter-

ceiro lugares da Corrida do Tejo, realça que esta foi uma vitória importante no seu trabalho de preparação e classificação para o campeonato europeu e destaca a qualidade da organização da Corrida do Tejo. No pódio, para a categoria masculina, estiveram ainda os atletas Paulo Pinheiro (Sport Lisboa e Benfica) e Nuno Carraça (União Recreativa e Cultural da Abrunheira) com os segundo e terceiro lugares com os tempos de 30m51s e 31m02s, respectivamente. Entre as mulheres, destaque para Cláudia Pereira (GDF) que ficou em segundo lugar com o tempo de 35m24s e Sandra Teixeira (Sporting Clube de Portugal) que ocupou o terceiro lugar do pódio graças ao tempo 36m07s.

Belasteguin e Lima vencem Padel Masters Fernando Belasteguin e Pablo Lima venceram o Portugal Padel Masters, que decorreu no Complexo do Jamor, Oeiras, e com isso reforçaram a liderança do ‘ranking’ mundial. Na final de um dos quatro maiores torneios do circuito internacional, dotado de 100 mil euros em prémios, a dupla argentino-brasileira venceu os espanhóis Paquito Navarro e Sanyo Gutiérrez, que completam o melhor quarteto mundial da modalidade, pelos parciais de 6-2, 1-6 e 6-1. “Ganhámos quatro torneios e parece que é um desastre, mas acho que temos feito uma boa temporada. Sempre que começa um tor-

neio há muitos candidatos ao título, mas o Bela é um jogador muito experiente e eu também”, destacou Pablo Lima, feliz por ter igualado os quatro êxitos da dupla rival em torneios esta época. Fernando Belasteguin, que lidera o ‘ranking’ mundial há 15 anos, falou do circuito mundial: “Faltam mais cinco torneios e ainda o Masters Final. Vamos continuar juntos, tanto este ano como nos anos seguintes. No dia em que a minha mentalidade já não estiver virada para melhorar o meu jogo eu paro de jogar. Tenho a sorte de ter o Pablo ao meu lado, somos uma dupla muito dura e complementamo-nos muito bem”.

FICHA TÉCNICA| Director: Paulo Parracho | Chefe de Redacção: João Carlos Sebastião | Colaboradores: Jorge A. Ferreira | Design Gráfico: Rita Rodrigues | Directora Comercial: Vanessa Bandeira Departamento Comercial: Rosa Valente e Gonçalo Santos | Secretariado: Paula Santos | Distribuição e Logística: António Oliveira | Informática: Joade Jinkings ERC: Registo n.º 119748 | Propriedade: Monde Visionnaire, Comunicação Social, S.A. | Sede: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Capital Social: 50.000 Euros| NRPC: 513 212 809 | Tiragem: 60.000 exemplares | Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, S.A. – Queluz de Baixo | Depósito Legal n.º 100139/96 Redacção e Departamento Comercial: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Tel.: 21 807 98 34 | E-mail Redacção: jr-editor@jornaldaregiao.pt | Comercial: comercial@jornaldaregiao.pt | Classificados: classificados@jornaldaregiao. pt | Estatuto Editorial disponível em: www.jornaldaregiao.pt

O enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à ruptura de uma placa de colesterol. Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a actividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. A pessoa não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios. Cerca de 50% dos doentes recorrem a um Centro sem capacidade para realizar o tratamento, o que conduz a um atraso significativo no início da terapêutica mais adequada. Esta situação não acontece quando se liga para o 112. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) - o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco “perdido” , o que leva a que os doentes tenham um melhor prognostico, isto é que voltem a ter uma vida “normal”. Para evitar um enfarte é importar adoptar estilos de vida saudáveis: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress. João Brum Silveira, presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular


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Terreno de nove hectares, doado pela Câmara de Oeiras, na zona norte de Carnaxide

Benfica investe 17 milhões em centro de alto rendimento

Numa parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Oeiras e o Sport Lisboa e Benfica, foi apresentado, na passada sexta-feira, dia 22 de Setembro, o novo centro de alto rendimento do clube ‘encarnado’ para as modalidades, projecto que será erguido na zona norte de Carnaxide, no concelho de Oeiras.

O terreno, com um total de nove hectares, será doado pela autarquia de Oeiras e erguido perto da serra de Carnaxide. “A Câmara de Oeiras só libertou o terreno. O investimento, que deverá rondar os 17 milhões de euros, será da responsabilidade do Benfica”, disse à agência Lusa Paulo Vistas, presidente da edilidade oeirense.

A obra deverá ser construída num prazo que oscilará entre os dois e três anos, mas não existem ‘timings’ certos, pois tudo dependerá dos materiais que forem escolhidos para a construção desta autêntica cidade desportiva. O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, chegou ao local, acompanhado dos vice-presidentes Domingos

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Almeida Lima e Fernando Tavares, mas não prestou declarações. O discurso institucional calhou ao ‘vice’ Fernando Tavares. “O Benfica está a viver um registo expansionista. Além da criação deste centro de alto rendimento em Carnaxide, já está em marcha o novo plano de expansão do Seixal”, sublinhou.

“O Benfica não é um partido político, nem está em causa a campanha eleitoral. Temos os nossos próprios ‘timings’ para anunciarmos os eventos”, adiantou Fernando Tavares, negando a ideia de eleitoralismo político que a divulgação deste projecto acarreta, já que as eleições autárquicas estão marcadas para o dia 1 de Outubro. Numa fase inicial, ficarão instaladas em Carnaxide o projecto olímpico do Benfica, o atletismo e o râguebi. E ainda existe a possibilidade de o futebol feminino passar para esta estrutura em Oeiras. “O turismo desportivo, com a recepção e realização de estágios para atletas internacionais, também faz parte deste projecto, que também terá uma matriz de responsabilidade social. Do ponto de vista do Benfica, trata-se de uma oportunidade extraordinária”, revelou Fernando Tavares.

Já existe uma pré-maqueta do projecto, que inclui uma pista de atletismo, campo de râguebi, pista de corrida ‘indoor’, piscina de 25 metros com oito pistas, pavilhão desportivo, campo de futebol de onze, bancada coberta com 1 500 lugares mais balneários, campo de treinos de râguebi e silo de estacionamento com 540 lugares para automóveis. Segundo o site do clube, atletas e equipas vão dispor das “melhores condições de avaliação e controlo do treino para que possam desenvolver a prática competitiva num registo de excelência”. Embora focado no alto rendimento, “será também uma oferta próxima da população e do desporto escolar no concelho de Oeiras”. O clube assinalou que a visita realizada na sexta-feira, dia 22 de Setembro, ocorreu onze anos depois, precisamente, da inauguração do Caixa Futebol Campus, no Seixal.

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