JORNAL DA REGIÃO
OEIRAS
2178
Distribuído com o
DIRECTOR: Paulo Parracho | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 12 a 18 de Outubro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 147
ESCOLA DE CUIDADORES NASCE EM CARNAXIDE
Com o seu primeiro seminário agendado para 3 de Novembro, a Escola de Cuidadores do Centro Social e Paroquial de Carnaxide, em início de actividade, tem já assegurada a acção formativa para as diversas áreas que se cruzam no trabalho com as demências e dependências. Só lhe falta uma sala dedicada em exclusivo a esta missão, uma carência que poderá ser colmatada em breve.
JUSTA NOBRE “NÃO HÁ LIMITE PARA A CRIATIVIDADE”
“A cozinha é um laboratório”. É assim que a ‘chef’ Justa Nobre define o seu espaço de excelência, num momento em que está a comemorar os 40 anos de carreira.
PÁGINA 6
ROTARY CLUB DE OEIRAS CONCRETIZA PROJECTO CONTRA A MALÁRIA
PÁGINA 10
PÁGINA 7
PEIXES MARISCOS SALGADOS LEGUMES
De segunda a sexta das 8h às 20h Sábado das 8h às 19h
VALE
DELÍCIAS DO MAR SEM GLÚTEN Um unidade 250 gr por cliente
Rua Sebastião e Silva, n.º 57 Massamá 2745-838 Queluz • Tel.: 212 429 040
ESPERAMOS A SUA VISITA
Levantar em loja
*Válido até 31 de Outubro de 2017 2166
SAIBA MAIS SOBRE O FENÓMENO DA ÓPTICA EM PORTUGAL
OEIRAS
Av. dos Bons Amigos, nº 38 - A CACÉM TEL: 21 918 01 22 (Perto da estação de comboio do Cacém) S134-4-1995
S131-6-1931
4
JORNAL DA REGIÃO
12 a 18 de Outubro de 2017
região
Viagem ao Pilar 7 da Ponte 25 de Abril
Visitante da Experiência Pilar 7 fica ao nível do tabuleiro da ponte, com uma vista privilegiada para o Tejo
Com pouco mais de 50 anos, a Ponte 25 de Abril pode agora ser conhecida através de outro ângulo, ao nível do Pilar 7, devido a uma experiência única proporcionada pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e pela Infraestruturas de Portugal. Com acesso pela Avenida da Índia, em Alcântara, o Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril oferece, além de uma visita real, uma experiência de realidade virtual. Neste caso, é possível ‘visitar’ espaços inacessíveis da ponte, como o ponto mais alto dos pilares da estrutura e registar o momento num dispositivo de PhotoBooth, que per-
mite o envio para o e-mail ou redes sociais. Esta experiência virtual, que demora cerca de três minutos, tem um custo adicional de 1,5 euros em relação aos bilhetes normais de acesso: seis euros (quatro para estudantes e idosos). Após a entrada pelo espaço da loja, a visita real tem início no exterior do maciço central do Pilar 7 da Ponte 25 de Abril, onde é possível conhecer um pouco das particularidades inerentes à sua construção, mediante informações disponíveis em discos de metal de significativa dimensão, colocados no chão ao longo do percurso.
Já no maciço central do pilar, o visitante é confrontado com a maqueta original da ponte sobre o Tejo, destinada à divulgação da obra em vários pontos do país e no estrangeiro, que chegou a ser exposta no Pavilhão de Portugal da Exposição Comemorativa do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, em 1965, e mais tarde no Pavilhão de Portugal da EXPO de Osaka, em 1970. Ao seu redor, são apresentados aspectos relevantes da relação desta estrutura, que foi inaugurada a 6 de Agosto de 1966, com a História da cidade de Lisboa e de Portugal.
C
onhecer por dentro um pilar da ponte que une as duas margens do rio Tejo e, ainda por cima, ter acesso a uma vista privilegiada sobre a cidade de Lisboa, são os principais atributos da Experiência Pilar 7-Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril que já está à disposição de visitantes nacionais e estrangeiros. Uma subida de 80 metros até ao nível do tabuleiro da ponte.
A viagem prossegue com uma homenagem aos que foram fundamentais para a construção da infra-estrutura, na denominada Sala dos Trabalhadores, com projecções 360.º com quatro pequenos filmes que revelam a intervenção e a grandiosidade da obra, uma das maiores pontes suspensas do mundo, utilizada diariamente por cerca de 300 mil utentes, por rodovia e ferrovia. Numa sala contígua, o visitante vê-se envolvido no azul das águas do Tejo, subindo numa plataforma que lhe permite contemplar um modelo da Ponte 25 de Abril. Ao chegar ao topo da plataforma, é possível ouvir e ver a aproximação do comboio que efectua a travessia entre as duas margens, através de um filme. Neste local, acede a duas salas onde visualiza as principais amarrações dos cabos de sustentação da ponte, os pontos fulcrais desta grande obra, cuja construção obrigou à escavação de 6,6 milhões de metros cúbicos de solos e rocha, consumiu 300 mil metros cúbicos de betão e 82 mil toneladas de peças de aço. Após um jogo de espelhos com ilusão de profundidade, o visitante descobre um primeiro patamar que o conduz ao elevador que o levará à altura do tabuleiro rodoviário da ponte, 80 metros acima do solo, num miradouro com capacidade máxima de segurança para 40 a 50 pes-
soas e a poucos metros de distância do tráfego viário, que se vê e sente através do som. O miradouro não é apropriado a quem tem vertigens, por ser parcialmente em vidro na base e também nas laterais, mas, esquecido esse pormenor, oferece novas perspectivas sobre Lisboa e Almada, unidas pelas margens do Tejo. Uma experiência que, como referem os promotores do projecto, proporciona uma oportunidade semelhante a outras estruturas como a Golden Gate Bridge, em São Francisco (EUA), a Harbour Bridge, em Sydney (Austrália) ou a Tower Bridge, em Londres (Reino Unido). Aberto ao público no Dia Mundial do Turismo, no passado dia 27 de Setembro, o novo equipamento de atracção turística, gerido pela ATL, deverá receber anualmente 150 mil visitantes. Para Vítor Costa, responsável da associação, este equipamento tem por objectivo
“a valorização da Ponte 25 de Abril, que é uma obra de arquitectura fantástica, considerada uma das pontes mais bonitas do mundo”. O objectivo foi, também, assinalar os 50 anos da ponte sobre o Tejo, que já se chamou ‘Salazar’, e que, para o membro da direcção da ATL, “tem uma ligação emocional muito grande com os portugueses em geral, une as duas margens do Tejo, constituindo um ícone da cidade de Lisboa e da região”. Com um projecto de arquitectura de António Borges e coordenação geral de José Costa Nunes, o equipamento representou um investimento público de 5,3 milhões de euros, metade dos quais a cargo da associação e a outra metade com recurso à taxa turística, tendo resultado de uma parceria que envolve ainda a Câmara Municipal de Lisboa e a Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa. João Carlos Sebastião
SUBSTITUÍMOS A SUA BANHEIRA POR UMA BASE DE DUCHE ANTIDERRAPANTE DUCHACONFORT oferece-lhe a melhor solução para desfrutar de um banho seguro e relaxante!
ESPAÇOS ÚNICOS E AMBIENTES AGRADÁVEIS
2 NOS DE
A TIA GARAN
RÁPIDO, LIMPO E SEM OBRAS INCÓMODAS PROFISSIONALISMO, EXPERIÊNCIA E QUALIDADE.
EM APENAS
72
HORAS! SEM ENTRADA SEM JUROS 47 QUOTAS Evite quedas Base extraplanada de alta qualidade
S144-7-2138
6
JORNAL DA REGIÃO
12 a 18 de Outubro de 2017
actualidade
Escola de Cuidadores C quer quebrar tabus
om a longevidade a aumentar, as demências e as dependências tendem a seguir o mesmo sentido. A geração que cuida hoje, amanhã precisará de ser cuidada, sendo urgente a sua capacitação para ajudar quem está nesta situação, ao mesmo tempo que aprende a antecipar a sua própria condição futura. Objectivos da Escola de Cuidadores do Centro Social e Paroquial de Carnaxide, que realiza o seu primeiro seminário no próximo dia 3 de Novembro.
“É a velhice, não há nada a fazer” tornou-se um chavão popular que, muitas vezes, esconde desconhecimento e falta de preparação para lidar com os sinais de demência ou limitações físicas entre os mais idosos. Para contrariar a tentação do diagnóstico fácil e, sobretudo, para transmitir uma série de conhecimentos, teóricos e práticos, capazes de melhorar o dia-a-dia de quem se encontra afectado por estas dependências, mas também de quem deles cuida, surgiu a Escola de Cuidadores do Centro Social e Paroquial de Carnaxide (CCPC). Reflectir sobre a teoria e a prática do cuidar é precisamente o mote do primeiro seminário que esta estrutura promove e
que está agendado para o dia 3 de Novembro, nas instalações do CSPC (Centro Cívico de Carnaxide). No evento participarão vários responsáveis – os oradores incluem um padre, uma enfermeira e uma médica, todos eles com trabalhos neste domínio a diferentes níveis – que darão o seu testemunho e trocarão experiências com o objectivo de enriquecer a capacitação técnica e humana dos presentes. “Cuidar do outro é uma função que tem exigências técnicas e éticas que requerem preparação, não basta ter vontade, não basta ser voluntário, tem de saber fazer. O papel da Escola de Cuidadores será acolher essa vontade de cuidar (e de ser cuidado) e
dar-lhe o necessário suporte técnico e humano“, salienta, a propósito, António Pechirra, presidente daquele centro social e paroquial. Este responsável alerta que “é preciso despertar a sociedade” para esta realidade, cada vez mais pertinente devido ao aumento da esperança média de vida, mas também por causa dos crescentes casos de demência em idades precoces. Ou, como reforça Joana Figueiredo, directora executiva da Divisão de Acção Social e Saúde da instituição, “é preciso desmistificar” esta problemática e tornar “natural” a sua discussão. “A nossa visão para a Escola de Cuidadores do CSPC é que seja um espaço para sensibilizar, para capacitar as pessoas, para as pôr a falar sobre este tema, trocar experiências e terem mais conhecimento de questões que são, muitas vezes, quer por parte dos cuidadores formais, quer dos informais, difíceis de falar e que, em determinados contextos, são mesmo assuntos tabu”.
Mais vida e melhor vida
António Pechirra e Joana Figueiredo apresentam a Escola de Cuidadores
António Pechirra destaca que se pretende disponibilizar a toda a comunidade as ferramentas disponíveis tendo em vista “proporcionar não só uma vida mais longa, mas também com mais qualidade”
a quem é cuidado, abrangendo nesses benefícios, igualmente, os próprios cuidadores. Destacando o papel do padre Luciano como mentor do projecto, aquele dirigente frisa que “a pedagogia do cuidar será a tónica desta escola”, no intuito de “não deixar que este seja um assunto varrido para debaixo do tapete, adiado, e depois um dia se verá”. Pelo contrário, “se eu hoje souber o que existe em termos de prevenção, de estratégias de envelhecimento activo, de nutrição, de legislação, etc, se for acompanhando tudo isso, quando eu pró-
prio estiver em situação de dependência física ou mental, tudo será mais fácil para todos”. O presidente do CSPC adianta que a Escola de Cuidadores já tem um conjunto de personalidades e entidades prontas para darem o seu contributo formativo em vários domínios específicos, desde a vertente jurídica à da higiene pessoal, passando pela doença de Alzheimer, a nutrição ou a simples organização do espaço e decoração dentro de casa… O que agora mais faz falta, aponta, é uma sala para uso exclusivo e regular.
Câmara de Oeiras financia obras de ampliação O projecto de ampliação do lar de idosos do CSPC deverá avançar ainda este ano e estar concluído em 2018. Segundo os seus responsáveis, a autarquia de Oeiras aprovou, em meados de Setembro, uma proposta de financiamento integral da obra em causa (que orça em 800 mil euros). Trata-se de uma mudança relativamente à intenção da edilidade, a qual ia no sentido de haver uma comparticipação e não o pagamento por completo da construção. A empreitada em questão visa acrescentar um piso ao edifício onde funciona o Lar
Nossa Senhora do Amparo, o que permitirá aumentar a sua capacidade para o dobro (de 32 para 64 utentes). “A nossa extensa lista de espera espelha bem o que é a dificuldade do município de Oeiras nesta área – há apenas 225 camas em lares de IPSS do concelho – e esta obra permitirá atenuar este défice social, assim como melhorar a nossa oferta graças a uma maior diversificação dos nossos serviços, procurando dar a cada utente aquilo que ele precisa especificamente”, salienta Joana Figueiredo.
Segundo explica aquela responsável, a ampliação será aproveitada para reorganizar o espaço do edifício, do que resultará a criação no piso 0 de “uma zona para trabalhar as demências especificamente, um centro de dia para pessoas com este tipo de problemas”. Outra novidade será uma sala de Snoozelen. O apetrechamento da nova extensão do lar do CSPC deverá custar cerca de 100 mil euros e ficará a cargo da instituição. O CSPC tem, ainda, 35 utentes em apoio domiciliário e 37 em Centro de Dia.
Além destes serviços, através do seu Centro de Apoio a Dependentes, disponibiliza consultas de fisioterapia, fisiatria, psicologia, terapia da fala, hidroterapia (tem um tanque terapêutico), estando para breve consultas de osteopatia, abrangendo cerca de 300 pessoas. Uma escola de música, artes formativas e performativas, um ATL e um centro de estudos são outras valências, a que se junta uma equipa de 12 técnicos para atendimento a famílias (cerca de 300 agregados) beneficiárias do Rendimento Social de Inserção.
“No centro não temos espaço para isso. Vamos solicitar a ajuda da Junta de Freguesia para encontrar uma solução”, adianta, deixando claro que o que se pretende é que a escola, podendo funcionar desde já sem esse desiderato, em ritmo limitado, entre num novo patamar de oferta, mais regular e intensiva, para ajudar a comunidade a lidar com estas questões, cada vez mais importantes. Porque, como conclui Joana Figueiredo, “os cuidadores somos, afinal, potencialmente, todos nós”. Jorge A. Ferreira
12 a 18 de Outubro de 2017
JORNAL DA REGIÃO
Rotary de Oeiras combate a malária
Responsáveis do Instituto de Medicina Molecular e do movimento rotário na inauguração do equipamento
A importância dos novos equipamentos adquiridos para o combate à malária justificou a presença, na inauguração realizada no passado dia 3, no Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, dos responsáveis (ou seus representantes) das entidades que o financiaram e apoiaram, nomeadamente do Rotary Club de Oeiras, que iniciou um complexo processo de angariação de fundos a nível nacional e internacional para esta causa, mas também do movimento Rotary Internacional, através da respectiva fundação, de
clubes e distritos rotários de vários países, da Fundação Calouste Gulbenkian e do laboratório farmacêutico alemão Merck. “O Rotary Club de Oeiras dá mais uma vez um exemplo da importância do envolvimento da sociedade civil na procura de soluções para os problemas mais prementes”, disse, na ocasião, Maria Mota, investigadora e directora do IMM. Segundo conta Alberto Esteves Guerra, dinamizador do projecto, tudo começou em Março de 2013. Com a poliomielite quase erradicada
7
Rotários de Oeiras dinamizaram campanha, dentro e fora de Portugal, que angariou mais de 160.000 dólares para aquisição do equipamento necessário a replicar em laboratório todo o ciclo de vida do parasita ‘Plasmodium falciparum’, principal responsável pela mortalidade por malária. Projecto deu novo impulso ao trabalho do Instituto de Medicina Molecular nesta área.
As atenções dos dirigentes do Rotary Club de Oeiras convergiram para a investigadora Maria Mota, cujos “promissores trabalhos” sobre a malária estavam a ser reconhecidos publicamente. Desse contacto saiu a decisão de apresentar, no âmbito da Convenção Rotary Internacional Lisboa 2013, em parceria com o IMM, o projecto ‘Vamos Acabar com a Malária’, à procura do respectivo financiamento. O projecto “despertou o interesse de numerosos rotários de outros países”, desde África (Angola, Moçambique, Gabão, Nigéria) ao Alabama (EUA), passando pelo Brasil, Japão, Tailândia, Finlândia e Havai, destacando-se o Rotary
E-Club 9920 Francophone (França), que se tornaria o principal parceiro da campanha a nível internacional. Em Portugal, a Fundação Gulbenkian prontificou-se a cobrir 30% do valor do projecto – fixado, no seu todo, em mais de 160 mil dólares (cerca de 135 mil euros, actualmente). Faltavam 64 mil dólares e foi essa a quantia que a fundação internacional dos rotários atribuiu ao projecto, em Março do ano passado. A última tranche chegou há poucas semanas, embora os equipamentos já estivessem a funcionar algum tempo antes, marcando uma nova etapa na luta do IMM contra esta doença. Na verdade, trata-se de “um recurso com um potencial inestimável
para o desenvolvimento de novas estratégias de combate à malária”, como frisou, na inauguração, Miguel Prudêncio, responsável pela Unidade de Infecção por Plasmodium e intervenções anti-maláricas. “É um grande avanço, só um dos equipamentos custou mais de 50 mil euros, mas permite analisar 360 amostras ao mesmo tempo! O que eles fazem agora num dia levavam antes quatro ou cinco meses”, reforça Alberto Esteves Guerra, satisfeito por aquela que foi, em valor monetário, a maior acção concretizada pelo Rotary Club de Oeiras “e por qualquer clube rotário em Portugal”. Jorge A. Ferreira
do planeta – subsistem bolsas residuais no Paquistão, Afeganistão e Nigéria – o Rotary Club de Oeiras buscou outras áreas em que a sua acção pudesse fazer a diferença. “Tendo nós fortes relações com clubes rotários de África e sendo a malária um problema complicadíssimo pensámos em fazer algo neste domínio”, explicou aquele rotário, lembrando dados que apontam a malária como “responsável pela morte de cerca de 400.000 pessoas por ano, sendo que mais de 85% destas são crianças com menos de 5 anos”.
9765
8
JORNAL DA REGIÃO
12 a 18 de Outubro de 2017
BREVES ‘SEMANA ABERTA’ NO CENTRO NUNO BELMAR DA COSTA
DICAS PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL
O Centro Nuno Belmar da Costa (CNBC), equipamento da Associação da Paralisia Cerebral de Lisboa, vai estar de portas abertas, a pessoas e instituições que pretendam conhecer as suas instalações e actividades, no período de 16 a 20 de Outubro. Esta ‘Semana Aberta’ visa celebrar o Dia Nacional da Paralisia Cerebral (a 20), “assim como promover o convívio, a partilha, a aprendizagem e a troca de experiências” entre anfitriões e visitantes. As actividades que podem ser observadas pertencem às áreas de fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, pedagógicas, ateliês e artes. É requerida inscrição prévia até sexta-feira.
Inserido no Programa ‘Oeiras Solidária’, vai realizar-se, esta quinta-feira (dia 12), a segunda sessão do ‘Ciclo de Workshops’. Desta feita, estarão em foco ensinamentos e dicas de como, através da alimentação, de exercícios e de técnicas de relaxamento, é possível criar um estilo de vida mais saudável. Esta é a proposta que vai estar em cima da mesa do Centro de Congressos do Taguspark, das 14h30 às 17h30, apresentada por Ana Matos, da empresa Velvet Spring.
‘SUNSET CANINO’ JUNTO À PRAIA No âmbito do Projecto de Apoio ao Animal de Oeiras (PROJAAO), Oeiras acolhe a realização de um ‘Sunset Canino’. Esta iniciativa está marcada para as 17h00, no percurso ribeirinho entre a Praia da Torre e a Praia de Santo Amaro, e o seu objectivo é promover momentos de descontracção e diversão entre os cães e os seus donos. Esta é mais uma das iniciativas organizadas com o apoio de associações ligadas ao bem-estar animal, a última das quais foi mais uma edição da Festa Animal.
actualidade
Reduzir o plástico e o desperdício C
2179
omo reduzir o uso do plástico e evitar o desperdício é o mote dos ‘workshops’ Cultura Alegro, a decorrerem em Outubro, naquele centro comercial de Alfragide. Dicas que ajudam a mudar hábitos no quotidiano, com vantagens para a carteira e para o Ambiente.
De acesso gratuito, as sessões realizam-se sempre à quarta-feira, pelo que, até ao final do mês, ainda pode participar a 18 e a 25, entre as 10h30 e as 12h30, na Experience Box (Piso 0). Apenas é requerida inscrição, que pode ser efectuada através do site ou no balcão de informações do Alegro de Alfragide. Filipa Silva, representante do projecto Maria Granel, uma mercearia de produtos biológicos que recupera a tradição da compra a granel – sistema que permite cortar no uso de embalagens e recipientes de plástico e no desperdício em geral –, é quem acolhe os participantes nestes ‘workshops’. Não surpreendentemente, na primeira sessão, realizada no passado dia 4, os cidadãos que compareceram à chamada eram todos do género feminino… O tema, no entanto, interessa a todos e a todas.
Para combater a praga do plástico associado ao consumo no dia-a-dia, a solução deverá passar por diminuir a sua utilização e, por consequência, a sua produção. Para atingir esse desiderato, há uma série de hábitos a mudar no quotidiano e é nessa perspectiva que se insere esta iniciativa. “A ideia é mostrar os impactos que as nossas opções diárias podem ter no ambiente que nos rodeia e no próprio planeta e procurar alternativas, trocando experiências e a informação disponível”, salienta ao JR Filipa Silva, funcionária daquele estabelecimento, localizado em Lisboa. Usar sacos de pano quando se vai às compras é uma das dicas óbvias, mas ainda pouco seguidas. “Na nossa loja já vemos pessoas que trazem sacos em tecido feitos pelas avós lá em casa”, faz notar, porém, a nossa interlocutora, adiantando que outros clientes trazem fras-
cos de vidro para levarem os produtos que ali – como cada vez mais noutros estabelecimentos comerciais, mesmo em grandes superfícies – podem ser adquiridos ao peso. “Se uma pessoa só precisa de 50 ou 100 gramas por que razão há de ser obrigada a levar um quilo ou mais? Muitas vezes, o resto acaba por se estragar”, salienta Filipa Silva, lembrando que, dessa forma, se combate o uso do plástico e o desperdício. Mas há outras maneiras de o fazer… “Por exemplo, quando há festas de aniversário porque não tentar substituir os copos e pratos de plástico pelos de cartão? Ou, ainda, dispensar a palhinha para beber de um copo?”, propõe. Na verdade, a lista é imensa: usar escovas para lavar os dentes com cabo de bambu em vez de plástico, utilizar um tecido de algodão biológico revestido
com cera de abelha em vez das películas aderentes para conservar alimentos ou tapar recipientes, voltar a usar o bicabornato de sódio com limão para desengordurar na cozinha, o vinagre como amaciador da roupa, as embalagens feitas a partir de plantas… E mesmo que algumas destas alternativas ecológicas possam causar mossa na carteira, pelo menos num primeiro momento, há que ter em conta que a mudança não tem de ser radical. “Não vamos, de repente, substituir tudo o que temos lá em casa – até porque isso também gera desperdício –, mas podemos ir dando pequenos passos na direcção certa, cada um ao seu ritmo, mesmo que não seja a solução ideal há que ir tentando outras opções mais acessíveis”, sublinha a especialista, em jeito de repto à mudança de hábitos. Jorge A. Ferreira
9
12 a 18 de Outubro de 2017
JORNAL DA REGIÃO
Iniciativas
‘Maria no país do Facebook’
Maria Vieira explica que a ideia de publicar este livro, com “uma selecção dos textos” da página do facebook, surgiu da sugestão de amigos “pessoais e virtuais”. A actriz, que já conta com quatro livros de viagens, cuja autoria partilha com o marido, reflectiu sobre o assunto, mas garante que a ideia surgiu de forma natural quando uma amiga a contactou a propósito da publicação de uma outra obra literária: “Zita Seabra contactou-me no sentido de publicar um livro sobre um outro tema e eu fiz-lhe esta contra-proposta. Ela aceitou e avançámos com a ideia”. De acordo com Maria Vieira, o livro, de seis capítulos, “tem de tudo um pouco”, abordando várias temáticas, entre os quais os trabalhos que realizou, os colegas com quem se cruzou no seu percurso profissional e até parte da sua vida pessoal. Afirma sentir “orgulho de ter trabalhado sempre com os grandes”, lamentando, contudo, que os textos em que menciona, de forma elogiosa, os colegas de profissão não sejam noticiados. “Alguns meios
Actriz lança o seu quinto livro, onde pretende “desvendar toda a verdade”
de comunicação social deturpam as notícias, descontextualizando-as e acrescentando-lhes títulos polémicos como ‘Maria Vieira arrasa’ ou ‘Maria Vieira ataca’ e não é nada disso”. Segundo a autora, “a maior parte dessas notícias adulteradas” nem sequer estão na sua página do Facebook: “São comentários, e não publicações, feitos em páginas de amigos virtuais que vieram no seguimento de outras conversas”. Quando questionada sobre a razão de não exercer o direito de resposta, por sentir-se lesada nas notícias publicadas sobre si, a artista diz ter “a consciência tranquila”, não se preocupando com isso. Afirma ainda que os responsáveis por “lançarem essas calúnias são pessoas mentirosas, maldizentes, hipócritas e invejosas”. Maria Vieira acentua que, há “muito tempo”, se tenta afastar das pessoas que lhe são “tóxicas” e, de alguma maneira, prejudicam o seu bem-estar e forma de encarar a vida. Foi por esse motivo, esclarece, que se foi afastando “silenciosa, tranquila e educadamente”, até porque, se-
gundo a própria, ao “contrário do que possam pensar”, afirma-se como uma mulher não-conflituosa. Enaltece que se quer “aproximar das pessoas com carácter, bem formadas, amigas do seu amigo e honestas” e diz, com um sorriso, que ficou “com os bons amigos”, tendo até ganho “muitos outros”. “Nós vivemos numa democracia, ainda temos liberdade de expressão e eu tenho todo o direito de expressar as minhas opiniões, exercer o meu direito de cidadã. Lá por não concordarem com as minhas opiniões não há necessidade de quebrar laços”, acrescenta. “Este livro vem repor a verdade”, explica. “Agora as pessoas têm a oportunidade de verem exactamente aquilo que escrevo na minha página do Facebook”. A actriz declara estar muito feliz com o lançamento do livro e com esta nova fase e que, apesar de ter “a noção de que alguns textos possam ser polémicos”, não os escreveu com esse intuito. A apresentação do livro ‘Maria no País do Facebook’ teve lugar, recentemente, no bar ‘O Bom, O Mau e o Vilão’, em Lisboa.
Sede: CARCAVELOS Avª General Eduardo Galhardo,nº115 Edifício NUCASE 2775-564 CARCAVELOS tel: 21 458 5700 fax:21 458 5799
CM199-8-1731
Filais: PAREDE•ESTORIL•CASCAIS•SINTRA LISBOA•LUANDAANGOLA
2160
JORNAL DA REGIÃO
12 a 18 de Outubro de 2017
na berra
“A cozinha é um laboratório” ‘Chef’ Justa Nobre assinala 40 anos de carreira
21 917 05 01 96 657 79 19 Rio de Mouro
S95-4-1346
Máquinas de Costura Reparo Coloco Motores e Maletas
anos, não perdeu as suas raízes. A cozinha tradicional portuguesa é, obviamente, a eleita no seu menu, desde os tempos em que abriu o primeiro restaurante próprio na Rua de São Bento, com a Assembleia da República bem perto. O ‘Constituinte’ foi apreciado por parlamentares, mas acabou, por contratempos na aquisição do espaço, ser obrigado a fechar portas e Justa e José Nobre mudaram-se para a Ajuda, onde abriram, em 1990, o primeiro ‘Nobre’. Um sucesso que se expandiu por ocasião da EXPO 98. Quase 20 anos depois, em Setembro, regressaram àquele bairro lisboeta, ao n.º 107 da Calçada da Ajuda, com o restaurante ‘À Justa’.
EXPLICAÇÕES DE INGLÊS Todas as idades. Professora qualificada Internacional telefone ou escreva para mais informações:
91 537 16 06
TRATOSUCATAS
Em declarações ao JR, durante uma iniciativa promovida pela marca Vatel, Justa Nobre faz um balanço positivo deste “regresso ao bairro”. “É um restaurante pequeno, com 36 lugares, mas está a correr muito bem. Os meus clientes antigos, que tinham saudades da Ajuda, estão a regressar, assim como também estamos a ganhar muitos clientes novos”, realça a ‘chef ’, que encara a cozinha como “um laboratório”: “É na cozinha que fazemos os nossos testes. Vamos à horta ou ao supermercado, levamos produtos e confeccionamos pratos com esses produtos. No fundo, acaba por ser um laboratório, onde há a alquimia de juntar produtos com aromáticos”.
PEQUENAS MUDANÇAS
Reformado 19€/ hora, Mínimo 2 horas. 2 ajudantes. Montagens e desmontagens de móveis
92 507 04 71
Visite-nos em www.tratosucatas.pt S132-4-1946
21 927 10 96
tratosucatas@sapo.pt
Est. do Rio da Mó, 35 - 40 Fervença 2705-905 Terrugem SNT
MÁQUINAS DE COSTURA
OFICINA DE REPARAÇÃO DE TODAS AS MARCAS Um ano de GARANTIA • Orçamentos GRÁTIS Venda de Novas e Usadas
CASA SINGER • OLIVIA • REFREY • OUTRAS MARCAS PINTO Telem: 919 165 610 • 939 165 610 Atrás da Fábrica dos Óculos Tel.: 21 914 44 73
João Carlos Sebastião
PINTA CASAS QUARTOS ARRANJOS DESDE SÓ 50€. JÁ VIU ASSIM É MUITO BARATO, PREÇOS AMIGOS IMBATÍVEIS. MÃOS-À-OBRA
LOJA: Prac. das Comunidades Lusiadas, 8-Agualva - 2725 Cacém
Indústria e Comércio de Sucatas Metálicas Lda.
Na procura de um melhor ambiente
Justa Nobre acentua que continua a haver lugar para novos pratos, “o céu é o limite”, sendo a base, no seu caso, a cozinha portuguesa. “Não há limite para a criatividade”, garante esta empresária da restauração, que também define a cozinha como “tempero e dedicação”. “Se não trabalhamos com amor, uns dias sai bem, outros dias sai mais ou menos. Mas, quando nos dedicamos e fazemos as coisas com amor, as coisas correm bem”, revela Justa Nobre, em jeito de segredo que imprime nos menus. Confecciona os seus pratos como se o fizesse para as pessoas que mais ama, que, além do marido, inclui o filho Filipe e os netos Mariana, Gabriel e Mónica.
S119-6-1726
Classificados JR
Uma das mais conceituadas ‘chefs’ nacionais está quase a assinalar 40 anos de carreira. Justa Nobre lançou mãos aos ingredientes em 1978, quando tinha 21 anos e foi convidada para liderar a cozinha do ‘Restaurante 33’, na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, tendo ao seu lado o marido, José. Foram oito anos que cimentaram a relação pessoal e profissional que os levou a novos desafios, durante estas quatro décadas, em que a ‘chef ’ ganhou prestígio e fama com a sua Sopa de Santola, a Perninha de Cabrito Assado ou a Perdiz à Transmontana. Justa Nobre nasceu em 1957 na aldeia de Vale de Prados, em Macedo de Cavaleiros, e, apesar de ter vindo muito nova para Lisboa, aos 14
Com dois restaurantes ‘Nobre’ no activo, no Casino Estoril e nas imediações da Praça de Touros do Campo Pequeno, o ‘À Justa’ acaba por ser um projecto ansiado há alguns anos, mas precisamente naquele local específico. “Não estava muito nos meus planos abrir um outro restaurante, a não ser um espaço na Ajuda”, realça a ‘chef ’, embora não atribua a este novo desafio o significado de ser um projecto a pensar na comemoração dos 40 anos de carreira. Confrontada com estas quatro décadas, considera que o sucesso tem sido “fruto de trabalho e sacrifício, não só meu, mas também da minha equipa, principalmente do meu marido, que anda comigo durante estes anos todos”. Questionada sobre os pratos que mais fazem crescer água na boca aos seus clientes, enuncia a Sopa de Santola – “nem que estejam 40 graus, ela sai sempre”, – ou a Perninha de Cabrito Assado e “muitos outros que fazem parte da minha cozinha e destes 40 anos”, como o Lombo de Robalo Selvagem, o Arroz de Marisco na Caçarola ou o Lombo de Bacalhau à Portuguesa. “Eu gosto de fazer cozinha portuguesa e, em particular, cozinha transmontana, para não perder as minhas raízes, porque isso faz parte de mim, da minha maneira de ser”, salienta. Peixe ou carne? “Peixe e carne branca”, responde, sem hesitações, ao mesmo tempo que considera que os portugueses estão mais sensibilizados para uma alimentação saudável. “A cozinha portuguesa, antigamente, tinha um pouco de sal e gordura a mais, mas, quando há equilíbrio entre gordura e sal, é fantástica”, acentua. Aos 60 anos, Justa Nobre não fecha a porta a presenças pontuais na televisão, embora seja difícil uma presença mais assídua, como aconteceu quando foi jurada de MasterChef Portugal (em 2011), e já escreveu dois livros, onde partilha a totalidade das suas receitas, para além de colaborar em publicações de culinária de instituições.
TM: 91 428 08 44
VENDO JAZIGO 9M2
Cemitério Prazeres Lisboa. 8 Lugares Capela. Completamente renovado
E-mail: engomadoriadarita@hotmail.com a ecolh aer ntreg A E T I engomadoriadarita.rita RATU S G
Av. N.ª Sr.ª Esperança, 204, Fontanelas - Sintra
929 196 715 S-7-2093
Tel.: 219 610 647 / 914 201 228
2124
10
2181
12
JORNAL DA REGIÃO
12 a 18 de Outubro de 2017
ver&ouvir
‘Filho da Treta’
Diários gráficos de Rui Paiva
Rui Paiva vai revelar os diários realizados nas suas mais diversas viagens. Desta vez, será a vez de expor os diários das viagens feitas em 2015 ao Oriente, Macau e Hong Kong e à Tailândia, nos anos 80. Com diferentes traços,
cores e tons, os diários gráficos permitem ao visitante percorrer os locais visitados pelo pintor. Casa de Santa Maria (Cascais), de 15 de Setembro até 15 de Novembro. Bilhetes a três euros.
União dos contrastes em Oeiras É esta semana que Sintra recebe a peça que dá seguimento à famosa ‘Conversa da Treta’, protagonizada pelo saudoso António Feio e por José Pedro Gomes. Desta feita, com o passar do tempo e o evoluir da tecnologia “tudo se transforma”, fazendo renascer um novo “código genético da Treta”. Numa constante luta entre duas gerações, vão ser discutidos temas como: as tascas gourmet, os refugiados, os paus de
selfie, entre “outras pragas que assolam o mundo moderno deste saudoso bairro em vias de extinção”. Zezé (José Pedro Gomes) prossegue a sua luta contra o bom-senso, a solidariedade, o trabalho e outros conceitos, agora na companhia de Júnior (António Machado). Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), dia 13 de Outubro, às 22h00. Bilhetes a partir de 12 euros.
As aguarelas são as personagens principais desta exposição de Neves e Sousa. O pintor mostra, através dos seus quadros, a terra e as gentes de África, ilustrando através de cores
fortes a magia do continente africano. Galeria Municipal Verney (Oeiras), a partir de 14 de Outubro. Entrada gratuita.
Encontro de Fado na Amadora Maria Emília (dia 12), Joana Amendoeira (13) e Fábia Rebordão (14) são as fadistas que dão voz ao 6.º Encontro de Fado da Amadora, que reúne vozes de jovens promessas e intérpretes de carreira consolidada, num evento que quer promover o gosto por este género musical. Recreios da Amadora, de 12 a 14 de Outubro, às 21h30. Bilhetes a 5 euros.
Regaleira recebe Feiticeiro de Oz O grupo bYfurcação teatro leva a cena a história de ‘O Feiticeiro de Oz’, numa adaptação de Paulo Cintrão da obra do autor norte-americano L. Frank Baum. Quando o Kansas é atingido por um ciclone, Dorothy e o seu cão são levados pelos ares, até um mundo novo. Figuras como o homem de lata, o espantalho e até o cão medroso juntam-
-se numa viagem em busca do feiticeiro de Oz. Oficina de Artes da Quinta da Regaleira (Sintra), sábados às 16h00 e domingos às 11h00, até 17 de Dezembro.
S22-7-2049
S118-6-1717
14
JORNAL DA REGIÃO
12 a 18 de Outubro de 2017
actualidade
Oeiras acolhe evento M sobre agricultura
ais de 550 pessoas, entre agricultores, empresários, dirigentes associativos, investigadores e vários governantes nacionais e estrangeiros (ministros e comissários europeus) vão participar na conferência Agro Innovation 2017, que se realiza quarta e quinta-feira, no centro empresarial Lagoas Park (Porto Salvo). Uma sementeira de boas ideias no campo da modernização do sector é o que se espera desta iniciativa inédita.
Apontado como o maior evento realizado em Portugal sobre inovação em Agricultura, o Agri Innovation Summit (AIS) 2017, é organizado por entidades nacionais, o Governo e a Comissão Europeia.
Esta é a primeira edição de um evento que promete deixar raízes para o futuro, com foco no debate sobre a aplicação na agricultura da Indústria 4.0, ou digitização (processo de transformação do modelo de
negócio graças às novas ferramentas da tecnologia digital). Além da discussão em si em torno desta mudança em curso, serão, também, apresentados mais de 120 projectos de inovação e realizado um concurso de
startups com ideias para esta área (dez concorrentes europeus, metade dos quais portugueses, serão sujeitos a votação por parte dos participantes no AIS, sendo premiadas as três startups mais votadas). O evento deverá juntar vários membros do Governo, desde logo o responsável pela pasta da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas dos Santos, mas também o da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assim como os comissários europeus da Ciência e Inovação, Carlos Moedas, e da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Paul Hogan, para além dos investigadores Henrique Leitão (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e Elvira Fortunato (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa). A Comissão Europeia pretende utilizar o evento para aprofundar a discussão sobre
a política agrícola europeia nas áreas da inovação e da digitização, sendo expectável, portanto, que haja uma assinalável repercussão mediática internacional desta iniciativa do Governo português, desenvolvida em parceria com a União Europeia, através da rede PEI-AGRI e da European Network for Rural Development. Na base desta reflexão está, nomeadamente, o modelo futuro da agricultura, no qual se procura incorporar a progressiva substituição de estruturas físicas de apoio à actividade por plataformas digitais que encurtam a distância entre os produtores e os consumidores, reduzindo custos económicos e ambientais. No entanto, também serão abordadas questões relacionadas com o uso dos recursos naturais, a gestão agrícola, os sistemas alimentares e florestais e a valorização do território.
nhas para o fazer. Quando isso acontece não há queixas, mas actualmente muitas escolas têm entregado a confecção a privados. As refeições são técnica e cien-
tificamente correctas mas não são apelativas para os alunos”, defendeu Manuel Pereira. Na escola de Manuel Pereira as refeições são feitas na cantina por funcionários e o presidente garante que ficam abaixo do valor mínimo definido pelo Ministério da Educação: “As refeições têm de ficar entre os 1,42 euros e os 1,70 euros e nós conseguimos fazê-las 20 cêntimos abaixo e oferecemos às crianças peixe fresco, não congelado”, garantiu. O presidente da ANDE diz que fazer as refeições nas escolas dá muito trabalho mas garante a qualidade que muitas vezes não é conseguida pelas empresas privadas. “Defendemos que as refeições sejam feitas pelas escolas e esta é uma questão que falamos com frequência com o Ministério da Educação mas não temos feedback”, lamentou.
Refeições escolares motivam queixas Pais e encarregados de educação divulgaram fotografias de refeições escolares sem qualidade ou em pouca quantidade, alertando que para alguns alunos estas são as únicas refeições que fazem diariamente. A denúncia partiu da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP), que recebeu fotografias tiradas por estudantes de escolas de Oeiras, Amadora e Odivelas com imagens como um prato com rissóis que não foram fritos ou com doses claramente insuficientes. “Há escolas onde é possível contar os grãos de ar-
roz que estão no prato. Na semana passada uma mãe contou que houve uma refeição apenas de arroz com feijão”, lamentou o presidente da FERLAP. Isidoro Roque garante que este é um problema a nível nacional que precisa de maior atenção por parte das direcções escolares: “O primeiro responsável são as escolas que têm de vigiar o que é dado aos seus alunos”. A Lusa contactou o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, que admitiu que possam existir falhas em algumas
escolas, principalmente onde o serviço é feito por empresas privadas. “As refeições deveriam ser confeccionadas nas escolas, que têm cantinas e cozi-
Médico de Família Sensibilização para a dislexia A Dislex, Associação Portuguesa de Dislexia, lançou uma campanha de sensibilização com o objectivo de derrubar ideias erradas e preconcebidas em torno desta disfunção neurológica. A iniciativa surge no âmbito do Dia Mundial da Dislexia, assinalado a 10 de Outubro. A dislexia afecta 600 milhões em todo o mundo, sendo mais comum do que se julga. Sob o lema “Disléxicos como Nós”, a campanha pública reúne caras mundialmente conhecidas que se destacaram na comunidade e que evidenciam o lado positivo da dislexia, nomeadamente Einstein, Picasso, Da Vinci, Agatha Christie, Van Gogh, Churchill e Spielberg. Engloba também três vídeos sobre os vários cenários deste problema em contexto real e cartazes de sensibilização divulgados na imprensa e nas redes sociais. “A dislexia impacta particularmente as crianças, que são alvo de rótulos ao longo do seu percurso escolar, sendo consideradas menos inteligentes que os colegas. Esta percepção não corresponde à verdade, uma vez que grande parte destes jovens apresentam uma inteligência normal ou acima da média”, explica Helena Serra, presidente da Associação. São estes mitos que a Dislex pretende alterar na sociedade “através de uma campanha que visa sensibilizar a população, educadores e poder político para as características da dislexia e para a necessidade de criar métodos de ensino que ajudem estas crianças a contornar a disfunção. Falamos de uma condição neurológica que afecta uma em cada dez pessoas a nível mundial, atingindo 48% dos alunos com necessidades educativas especiais.” conclui Helena Serra. Mais informações em: www.dislex.co.pt
FICHA TÉCNICA
Director: Paulo Parracho | Chefe de Redacção: João Carlos Sebastião | Colaboradores: Jorge A. Ferreira | Design Gráfico: Rita Rodrigues | Directora Comercial: Vanessa Bandeira Departamento Comercial: Rosa Valente e Gonçalo Santos | Secretariado: Paula Santos | Distribuição e Logística: António Oliveira | Informática: Joade Jinkings ERC: Registo n.º 119748 | Propriedade: Monde Visionnaire, Comunicação Social, S.A. | Sede: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Capital Social: 50.000 Euros NRPC: 513 212 809 | Tiragem: 60.000 exemplares | Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, S.A. – Queluz de Baixo | Depósito Legal n.º 100139/96 Redacção e Departamento Comercial: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Tel.: 21 807 98 34 | E-mail Redacção: jr-editor@jornaldaregiao.pt | Comercial: comercial@jornaldaregiao.pt | Classificados: classificados@jornaldaregiao.pt | Estatuto Editorial disponível em: www.jornaldaregiao.pt
Comunicação Social, S.A.
S123-7-1817
16
JORNAL DA REGIÃO
12 a 18 de Outubro de 2017
motores
Combinação perfeita A gama Ioniq está agora completa com o lançamento das versões Hybrid Plug-in e Electric (100%), que sucedem à versão híbrida já em comercialização desde o início do ano.
Entre o híbrido e o eléctrico, o Hyundai Ioniq Plug-in Hybrid parece ser a escolha acertada para quem pretende um carro amigo do ambiente dotado de autonomia para viagens mais longas sem a preocupação de encontrar um ponto de carga eléctrica. O conjunto formado por motor atmosférico a gasolina de 1.6 litros (105 cv), associado a unidade eléctrica de 61 cv alimentada por bateria de polímero de iões de lítio com autonomia para cerca de 50 quilómetros, garante esta como melhor solução para, num carro só, dispormos de uma opção muito
económica nas deslocações de casa para o trabalho, aliada à possibilidade de viajarmos até ao fim do mundo recorrendo ao combustível convencional. Fizemos a experiência e o balanço foi francamente positivo. Durante a semana, utilizámos o Ioniq disponibilizado pela Hyundai para as viagens rotineiras casa-escola-trabalho e vice-versa e ainda para algumas deslocações em serviço, sempre sem gastar uma gota de gasolina. Ao fim do dia, o carregamento foi feito numa ficha doméstica e após 4 horas estava reposta a capacidade máxima da bateria e a disponibilidade para mais 50 km. Num
Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt
dos carregamentos, utilizámos um posto público e sem gastar um cêntimo (benesse que termina em 2018), repusemos a autonomia eléctrica do Ioniq em apenas duas horas. Precisamente o tempo de um descontraído jantar junto à Baía de Cascais. Quando esgotada a autonomia eléctrica, o Ioniq funciona como um híbrido, aproveitando travagens e desacelerações
Novo Hyundai Ioniq Plug-in junta poupança e autonomia para ganhar alguma carga capaz de tornar o motor eléctrico num auxiliar do propulsor atmosférico, contribuindo para a redução do consumo de gasolina. Daí, a média global registada em cerca de 500 km, metade dos quais feitos em modo totalmente eléctrico: 2,7 l/100 km. A juntar a tudo isto, o equipamento de sé-
rie bastante completo (com todos os sistemas de segurança e ajuda à condução), o espaço interior, o conforto e a garantia de 5 anos (8 anos/200.000 km para a bateria) são atributos a ter em conta e que justificam o preço de 39.500€. Paulo Parracho
Hyundai Ioniq Plug-in Motor..............Gasolina, 4 cilindros, 1580cc + Eléctrico Potência......................................141 cv (motor +eléctrico) Binário máximo ................................... 147 Nm/4000 rpm Velocidade máxima .............................................. 178 km/h Consumo/emissões ..................... 1,1l/100 km, 32 g/km Preço ...............................................................................39.500 €
8-9177
NOVA GERAÇÃO 5 S.A.
PRODUÇÕES PUBLICITÁRIAS
GRANDES FORMATOS OFFSET DIGITAL PEÇAS ESPECIAIS PONTO DE VENDA Tel: (+351) 219 410 331 | comercial@gmail.pt www.ng5.pt
Condomínio Industrial Worldmetal | Rua Retiro do Pacatos, nº 50 Armazém 15 | 2635-224 Rio de Mouro - Sintra
12 a 18 de Outubro de 2017
JORNAL DA REGIÃO
No dia 29 de Setembro, celebrou-se o Dia Mundial do Coração e a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) organizou uma conferência para a qual convidou a actriz Cláudia Vieira e o judoca Nuno Delgado e que contou ainda com a atleta Ercília Machado.
‘Partilha a Tua Energia’ é o lema do Dia Mundial do Coração deste ano e foi o mote para uma conferência onde se debateu a necessidade de adoptar novos estilos de vida com vista a diminuir a incidência de doenças cardio-vasculares, uma das principais causas de morte em Portugal.
Apesar de nos últimos anos o número de óbitos por ocorrência de Acidentes Vasculares-Cerebrais (AVC) ter diminuído significativamente, os enfartes do miocárdio têm registado um ligeiro aumento nos homens, resultando num maior número de insufi-
Cláudia Vieira e Nuno Delgado participaram em evento da Fundação Portuguesa de Cardiologia cientes cardíacos. Ainda assim, foi realçado, durante o evento, a necessidade de prevenção, uma vez que nem todas as doenças cardíacas têm sintomas ou apresentam historial clínico. Com vista a incentivar as pessoas a mudarem o seu estilo de vida, a FPC convidou a actriz e apresentadora Cláudia Vieira, o judoca Nuno Delgado a darem o seu testemunho, partilhando os seus hábitos diários, alimentares, desportivos e a forma como encaram a vida para promover o bem-estar entre corpo e mente. Cláudia Vieira conta que, como foi “criada numa quinta”, sempre foi habituada, desde muito cedo, a comer legumes e fruta, algo que considera essencial na base da alimentação. “Como um pouco de tudo, desde fruta a salgados. Também ponho sal na comida. Mas faço tudo de forma muito comedida. Acho que essa é uma boa base, porque há equilíbrio”, explica. Desde os cinco anos que pratica exercício físico, o que a fez adquirir o hábito de treinar regular-
mente. A actriz revela que faz desporto por ter “necessidade de ter a energia certa”, de se sentir bem consigo e de se cuidar. “Quando deixo de fazer, a minha capacidade de trabalho é inferior, a minha força e alegria são diferentes”, conta. Contudo, existem também outras formas de cuidar do coração, como “ter contacto com a natureza; fazer, de vez em quando, uma caminhada no meio do pinhal; ter animais de estimação, porque nos obrigam a ir brincar e ter contacto com o meio ambiente; ir a uma praia de manhã bem cedo ou ao final da tarde”. São estas pequenas coisas que, garante a actriz, fazem a “diferença na qualidade de vida, no cuidado que temos connosco e no coração que temos”. Nuno Delgado, antigo judoca de Alta Competição, falou da sua modalidade. “Gostaria de vos transmitir alguns dos princípios da minha modalidade que nos ensinam duas coisas: primeiro, que toda a gente vai ter que cair na vida. É normal. Faz parte do nosso crescimen-
to. Essas quedas vão-nos permitir levantar mais fortes e só perdemos mesmo quando desistimos”, diz. Ainda assim, o atleta salienta que “não podemos desistir de nós, porque estar com outras pessoas que valorizamos e estar bem com o nosso corpo” é muito importante. “O nosso corpo somos nós próprios”, afirma. “Se todos os dias quando acordar pensar que sou um campeão e que tenho valor, vou-me valorizar e dar um passo de cada vez, nem que seja começar com uma flexão, mas tenho que a fazer todos os dias”, encorajou o antigo judoca, numa mensagem partilhada pela atleta Ercília Machado. O evento teve lugar no Museu Nacional do Desporto, em Lisboa, e contou com a presença dos presidentes da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Oliveira Carrageta, e do Instituto Português do Desporto e Juventude, Augusto Baganha, para além de Luís Negrão, assessor médico da FPC e responsável pela campanha do Dia Mundial do Coração.
S125-7-1788
Coração, o nosso bem mais precioso
17
2168
JORNAL DA REGIÃO
S131-6-1930
S132-7-1954