Jornal da Região de Oeiras de 9 a 15 de Novembro

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9 a 15 de Novembro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 151

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JOÃO PEDRO PAIS UMA CARREIRA DE SUCESSO AO LONGO DE 20 ANOS Lançou o primeiro álbum a 4 de Novembro de 1997 e, 20 anos depois, assinalou a efeméride com um concerto em Sintra. João Pedro Pais abandonou a luta grego-romana para se dedicar à música e tem feito uma carreira com grandes êxitos.

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INSTITUTO GULBENKIAN PROCURA CIENTISTAS

Procura-se universitário para relação séria e de futuro… Este podia ser o mote do Dia Aberto que o Instituto Gulbenkian de Ciência realiza no próximo dia 20 de Novembro, tendo em vista captar estudantes

do Ensino Superior para, um dia mais tarde, ali iniciarem uma carreira de investigador ou efectuarem estágios, mestrados ou doutoramentos. Oportunidade para conhecer mais de perto – através de pales-

tras, visitas-guiadas e conversas individuais com os cientistas da casa – uma instituição que conta com cerca de 300 investigadores, um terço dos quais estrangeiros. As inscrições terminam na próxima segunda-feira.

ASSOCIAÇÃO RENASCER CULTIVA AFECTOS

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opinião

Aprender com os alunos tiva do mundo através da experiência individual e da estrutura mental do conhecimento que cada um possui (professores e alunos). A aprendizagem é assim um processo ativo de criação.

por... Prof. Dr. Alexandre Barão* As estratégias de ensino devem valorizar a capacidade profissional dos alunos. Em contexto universitário, frequentado por alunos trabalhadores-estudantes munidos de elevadas competências técnicas em áreas específicas, o professor deve estar preparado para

aprender com os mesmos. Desta abertura resultam sinergias de aprendizagem individual e/ou de grupo que de outro modo não ocorreriam. Assim, o professor exerce muitas vezes o papel de orientador. Esta orientação requer dinâmicas específicas em função

do perfil do aluno. Trata-se de maximizar o potencial, a motivação e o ‘know-how’ de cada individuo. Procurar uma abordagem pedagógica essencialmente construtivista é partir para cada aula com base na premissa de que todos construímos a nossa perspec-

Então, o professor não é o centro do saber mas sim um agente facilitador da aprendizagem que estimula o rigor intelectual e desenvolve a autonomia do aluno. Este último, assume-se como o principal responsável pela construção do seu próprio “O professor não é o centro conhecimento que do saber mas sim um agente é assumidamente facilitador da aprendizagem relativo uma vez que estimula o rigor que varia de pessoa intelectual e desenvolve para pessoa. Nesta a autonomia do aluno” interação surge a oportunidade para centrar processos Não de transmissão de co- de ensino-aprendizagem em nhecimento. Neste proces- contextos profissionais dos so, os sistemas de informa- alunos. Por exemplo, ajução digitais aceleram todas dando os mesmos a resolveas curvas de aprendizagem. rem problemas da empresa

que normalmente estariam longe das suas capacidades por falta de base científica ou visão holística. Ao encarar o problema como um problema próprio, o aluno encontra o seu espaço de automotivação e está alinhado com a realidade. Este processo é essencial num quadro de aprendizagem ao longo da vida. Ao valorizar, integrar e desenvolver as competências profissionais dos seus alunos, a proximidade da universidade com a empresa é um fator que contribui activamente para o desenvolvimento do país. *Docente da Universidade Atlântica

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actualidade

Renascer para uma nova vida

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uma quinta situada junto à Serra de Carnaxide, a Associação Renascer cultiva uma horta e afectos como forma de devolver valores e sentido à vida de pessoas atingidas por dependências e/ou desequilíbrios familiares.

“Nós aqui aprendemos a perceber porque é que esta ou aquela pessoa fez isto ou aquilo. O meu pai foi assim porque o pai dele já era assim e não é fácil mudar certas coisas… Temos de pensar que a outra pessoa também tem feridas dentro dela”. Mais leve sem o peso da raiva, começou a dar passos mais seguros em direcção a um futuro que antes não vislumbrava pudesse existir longe das drogas.

Cultivar a horta e os afectos

Há acontecimentos na vida demasiado dolorosos para poderem ser esquecidos… Mas mesmo esses podem ser perdoados. Nem que seja muito mais tarde. No caso de Raúl (nome fictício) foi preciso passar quase toda a sua vida de 32 anos para conseguir perceber que o pai, afinal, não era ‘um monstro’. Que o que fazia (violência doméstica) e o que não fazia (demonstrar afecto, “falar sem ser conversa de jogar fora”, ir à escola, ser “como os outros pais”) era o efeito de causas não reveladas e, por isso, difícil de entender. Raúl procurou respostas anos a fio, em vão. Chegou a

automutilar-se para libertar a raiva que sentia. “Era assim que eu arranjava maneira de não lhe fazer mal. Porque a revolta era tão grande que me passavam ideias muito más pela cabeça…”, conta. A certa altura, desistiu de encontrar explicações e deixou-se ir por caminhos onde encontrava “um escape” para muitas “feridas e vazios”. A partir dos 15 anos, consumiu e foi consumido pelas drogas, primeiro as leves, depois todas, menos as injectáveis. O ciclo de “indiferença pelos outros” durou até há cerca de três anos, quando entrou para a Associação Renascer, uma IPSS implantada

numa propriedade rural localizada na Quinta da Serra, junto à Estrada Velha de Queluz, onde se cruzam Carnaxide, Barcarena, Amadora… e sonhos de um novo começo. “Foi a sorte grande a minha mãe ter tido acesso a um folheto da associação”, testemunha Raúl. Seis meses após a entrada, pediu e recebeu a visita do pai – que deixara de beber poucos anos antes – e reconciliou-se com ele, consigo mesmo e com o passado de ambos. “Deu-me um abraço sentido, ficou emocionado ao ver-me e eu não me lembro de ver isso desde que sou gente”, conta ao JR.

Valores e princípios A casa de acolhimento tem capacidade para apenas 15 pessoas. Sandra Almeida explica que prefere ter poucos utentes, pois assim consegue-se um acompanhamento mais personalizado. Mas, mesmo assim, os resultados não são os mais animadores, à primeira vista. “Em dez, costumamos ter um ou dois casos de sucesso, ou seja, utentes que terminam aqui todo o programa até à reinserção

social”, assume a directora técnica. No entanto, ressalva, “a taxa de sucesso é relativa: eu posso ter aqui um utente que sai sem terminar o programa e que, no entanto, até consegue endireitar a sua vida, depois, lá fora”. “Mesmo que não cheguem ao fim, os valores e princípios que recebem enquanto aqui estão, a nível de família, do que é ser uma pessoa sincera, cumprido-

ra, fiel, com prioridades… esses princípios ficam lá como uma semente. Depois a opção de viver com eles ou não, isso é uma opção individual”, reforça aquela responsável, que tem a seu cargo “a gestão do grupo de utentes e a sua reinserção familiar, laborar ou escolar”, contando, ainda, com o apoio de uma psicóloga externa “quando é necessário outro tipo de acompanhamento”.

Na quinta Renascer, situada nas faldas da Serra de Carnaxide, cultivam-se produtos hortícolas, mas também afectos. Os primeiros servem para alimentar os utentes da casa e para enriquecer os cabazes com que a associação ajuda, todas as semanas, vários agregados familiares (cerca de 30 ao todo). Os segundos, mais difíceis de germinar, servem para alimentar o espírito e fortalecer a integração no grupo e, depois, na sociedade. “Eles sentem-se aqui como em família. Muitos deles chegam cá sem conhecerem esse conceito. Aqui têm que se respeitar e aos outros, aprender a dar abraços – o que não é fácil porque eles próprios não tiveram esse hábito…”, diz Sandra Almeida, directora técnica da instituição.

A Renascer – Associação Cristã de Reabilitação, Acção Social e de Cultura acolhe adultos do sexo masculino com idades até aos 40, 45 anos, de forma gratuita. São, em geral, vítimas de vícios (álcool e estupefacientes), mas há uma condição para entrarem: “Se ainda estiverem numa fase clara de toxidependência não podemos aceitar porque o nosso objectivo não é tanto uma reconversão física, mas sim incutir valores, restabelecer sonhos e metas”, esclarece aquela responsável, adiantando que a instituição também recebe pessoas condenadas a cumprir serviço comunitário, no âmbito de um protocolo com o Ministério da Justiça. “Ninguém é obrigado” a ali estar, mas aceitando ficar, deverá cumprir as regras. Estas incluem assistir ao culto religioso e orar. Mas também ter horas certas para acordar e deitar e uma agenda com tarefas diárias, seja na quinta (desde manutenção dos espaços, pintar e tratar móveis doados para serem vendidos e, ainda, aulas com as bases de Português, Inglês e Matemática), seja nas campanhas de rua. A propriedade tem dois espaços essenciais. Um deles é a casa onde pernoitam os utentes. Uma habitação de aparência humilde que se divide num piso térreo, onde ficam aqueles que já

estão mais numa fase mais próxima da integração na sociedade, e num piso superior para quem está a começar a reabilitação, onde foi criada uma sala de lazer, com jogos, livros, playstation… “A diferença é que na reabilitação não saem daqui durante alguns meses, com excepção de idas à igreja, a consultas, aos jogos de futebol ao domingo, às aulas de natação na Piscina de Barcarena às quintas-feiras, sempre acompanhados”, explica Mónica Madeiras, que entrou na quinta Renascer ainda adolescente, como voluntária nas férias de Verão, e mais tarde se tornou funcionária. “Têm visitas uma vez por semana e direito a um telefonema”, acrescenta. O outro edifício importante na quinta – onde a lei não permite construir – é uma tenda gigante, onde se vendem, a preços simbólicos, infindáveis móveis, quadros, roupas e outros artigos em 2.ª mão, essencialmente. Além da transacção no local, a associação usa, também, um conhecido site de vendas. De uma forma ou de outra, trata-se de uma importante fonte de financiamento, além de terapia ocupacional para os utentes. Há, ainda, várias outras actividades a que a Renascer se dedica. Um sábado em cada mês, intervém nos bairros 6 de Maio e Quinta da Laje, na Amadora, com palestras que abordam “temas importantes para os jovens, como a auto-estima ou a sexualidade”. Mais recentemente, o Bairro dos Navegadores (Oeiras) passou a fazer parte desse roteiro. A associação também mantém um pequeno espaço de venda no bairro da Outurela (Carnaxide). Jorge A. Ferreira

Projecto na forja para reinserção de mulheres Outra vertente desta IPSS é a visita a reclusos nas prisões da região e o acolhimento provisório de ex-detidos na Quinta da Serra. E é nesse mesmo âmbito que a instituição tem na forja um novo projecto, desta feita no feminino: a Casa da Ester, destinada a acolher mulheres em fase de transição da prisão para a reinserção na sociedade. “É um trabalho que não existe para as mulheres nessa situação”, destaca Sandra Almeida, que já apresentou o projecto a várias câmaras, aguardando por

eventuais apoios, nomeadamente das autarquias de Sintra e Oeiras, onde há estabelecimentos prisionais. O futuro projecto deverá ter, também, um espaço natural exterior como o que existe na Serra de Carnaxide, mas seria diferente no trabalho capaz de assegurar a sustentabilidade financeira: “Neste caso, o melhor seria ter um género de engomadoria e conseguirmos estabelecer acordos com empresas e particulares para fazermos esse serviço”, aponta aquela responsável.


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Surto de ‘legionella’ no S. Francisco Xavier Duas vítimas mortais e 35 infectados

O Ministério Público está a “recolher elementos” sobre o surto de infecção com a bactéria ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier (unidade hospitalar que serve o concelho de Oeiras), que provocou dois mortos, garantindo que vai averiguar “qualquer indício de crime”. “O Ministério Público encontra-se a recolher elementos, sendo que não deixará de investigar qualquer indício de crime de que tenha conhecimento”, refere a resposta, por escrito, enviada à agência Lusa. O surto de infecção com a bactéria no Hospital São Francisco Xavier provocou dois mortos, um homem de 77 anos e uma mulher de 70 anos, anunciou, na passada segunda-feira, a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Em conferência de imprensa, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que a mulher estava internada na unidade de cuidados intensivos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o homem nos cuidados intensivos de uma unidade privada. Segundo informou a DGS, até às 20h00 de segunda-feira tinham sido diagnosticados “30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – Hospital de São Francisco Xavier”, mais um caso do que o anterior balanço. Durante o dia de terça-feira, o número de infectados subiu para 35. Graça Freitas disse que o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) está a realizar análises, que vão de-

morar tempo a produzir resultados para detectar a origem do surto, admitindo a responsável que poderá estar nas torres de refrigeração ou no sistema de águas do hospital. Entretanto, as autoridades identificaram nas redondezas do Hospital São Francisco Xavier pelo menos sete equipamentos potencialmente produtores de aerossóis e onde poderá também ter começado o surto. Segundo o presidente dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), a maior probabilidade é que o surto tenha origem nas instalações do hospital, mas por precaução a Administração Regional de Saúde (ARS) e o delegado de saúde fizeram o levantamento dos equipamentos potencialmente geradores de aerossóis para fazer análises.

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O ministro da Saúde admitiu que “alguma coisa correu mal” no caso do surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, apesar de ter confiança de que “as melhores práticas foram seguidas”. “Tendo sido seguidas as melhores práticas, alguma coisa correu mal. A mim, o que me incumbe enquanto responsável político é perceber que - pela evidência dos relatos, pela primeira apro-

ximação aos factos, o que foi dito e visto é que todos os procedimentos foram seguidos de acordo com as melhores práticas – ainda assim alguma coisa correu mal”, disse Adalberto Campos Fernandes. “Portanto, é muito simples. Todos terão de perceber que a nossa obsessão neste momento é perceber o porquê de, tendo sido cumpridos os procedimentos, [alguma

coisa] ter corrido mal. E não descansaremos enquanto essa identificação daquilo que correu mal não seja conhecida”, disse o ministro em conferência de imprensa. O ministro da Saúde deu duas semanas à DGS e ao INSA para que “habilitem o Governo com um relatório detalhado, que seja do conhecimento público”, para apurar a forma como as coisas correram.

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BREVES DIVERSIDADE ASSINALADA NA FÁBRICA DA PÓLVORA As práticas vencedoras da 1.ª edição do Selo da Diversidade serão conhecidas esta sexta-feira (dia 10), no decurso da Gala da Carta Portuguesa para a Diversidade, que se realiza na Fábrica da Pólvora, em Oeiras, e que contará com a presença das secretárias de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, e para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes. Um total de 16 organizações enviaram 29 candidaturas ao Selo da Diversidade, que é uma iniciativa da Comissão Europeia, adaptada a cada país, para encorajar os empregadores a implementar políticas e práticas internas de promoção da diversidade.

actualidade

A Dia Aberto para futuros cientistas

trair os melhor alunos, nacionais ou estrangeiros, é o objectivo do 1.º Dia Aberto do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) direccionado, especificamente, para os estudantes universitários. Visitas aos laboratórios, conversas individuais com os cientistas (‘speed dating’) e palestras fazem parte do programa do evento do dia 20. As inscrições terminam na próxima segunda-feira, dia 13.

MAIS FADO NO AUDITÓRIO RUY DE CARVALHO Está quase a acabar o ciclo de fados em Oeiras 2017. Mas ainda há a oportunidade de assistir aos espectáculos de Filipa Cardoso, esta sexta-feira, e de Aldina Duarte, dia 17, ambos no Auditório Municipal Ruy de Carvalho (Carnaxide), às 22h00. Já os preços são diferente: 5 e 8 euros, respectivamente. Estas são as duas últimas propostas deste ciclo, que se iniciou em Setembro e incluiu, entre consagrados e novas vozes, oito intérpretes deste género musical.

‘MEXE-TE NAS FÉRIAS’ ​ s férias de Natal estão a A aproximar-se e com elas a edição de Natal do programa de ocupação de tempos livres ‘Mexe-te nas Férias’. O respectivo processo de adesão inicia-se na próxima segunda-feira (dia 13), a partir das 14h00, altura em que a autarquia de Oeiras disponibiliza a plataforma ‘online’ de atribuição das senhas que darão acesso à pré-inscrição no programa. As actividades lúdico-desportivas vão decorrer de 18 a 22 de Dezembro, entre as 9h00 e as 17h00.

Instituto Gulbenkian de Ciência convida futuros cientistas para uma visita às suas instalações em Oeiras

A primeira edição do Dia Aberto IGC (Instituto Gulbenkian de Ciência) – Universidades vem substituir, este ano, o modelo anterior de relacionamento com os estabelecimentos de ensino em termos de visitas àquela unidade de investigação, situada em Oeiras (Rua da Quinta Grande). “Muitas vezes, não conseguíamos dar uma resposta cabal a tantas solicitações e, por outro lado, verificávamos que na turma envolvida havia sempre alunos que tinham interesse em cá estar, mas outros não tinham assim tanto interesse. Com este novo modelo, fazemos de alguma for-

ma uma selecção porque, neste caso, têm de ser os próprios alunos a inscreverem-se para virem cá e, portanto, à partida, só virão os que realmente estão interessados”, explicou ao JR Vanessa Borges, coordenadora do evento. A procura do IGC por parte dos alunos direcciona-se para diversas áreas, sem que uma seja especialmente destacada. “Desde o ciclo celular e coisas mais relacionadas com o cancro, a parte de neurociências (mais relacionada com o funcionamento do cérebro), a evolução, a imunologia”, sendo o critério de escolha, geralmente, “o facto de esta

ou aquela área ser mais adequada àquilo que os alunos estão a dar nas aulas, seja no secundário ou no ensino universitário”.. Com esta 1.ª edição do Dia Aberto IGC – Universidades, tudo está disponível para ser conhecido e experimentado ao mesmo tempo. À imagem do que acontece com o Dia Aberto tradicional, dirigido ao público em geral e realizado de dois em dois anos (o próximo será em 2018). Assim, o vasto rol de eventos proporcionados aos universitários incluirá visitas a todas as unidades (laboratórios de investigação, mas também os

Um terço dos investigadores é estrangeiro A acolher os alunos universitários no Dia Aberto do próximo dia 20 vão estar muitos dos cientistas da casa, que são cerca de 300 (num total de 400 pessoas que ali trabalham), entre portugueses (dois terços) e estrangeiros. “O movimento de estrangeiros é cada vez maior no nosso instituto, tanto a nível dos cientistas que são os coordenadores de grupos, como a nível dos estu-

dantes e pós-doutorandos que vêm fazer trabalhos para esses grupos”, destaca Vanessa Borges, ilustrando esta intencional “crescente internacionalização” com um dado deveras significativo: “Neste momento, temos mais de 30 nacionalidades no IGC”. E, já agora, do total de 400 trabalhadores, dois terços são mulheres!...

serviços que lhes dão apoio), palestras para todas as áreas disponíveis no IGC, a possibilidade de os estudantes falarem de um para um com os cientistas da casa (uma fórmula em jeito de ‘speed dating’, mais desinibidora para colocar dúvidas do que as palestras, geralmente, mais formais), além de mesas-redondas. Este último tipo de acções começa por uma abordagem inicial por parte de responsáveis do IGC no domínio em causa, podendo os visitantes, de seguida, tomar a palavra para perguntarem o que entenderem sobre as áreas em questão. Vanessa Borges explica quais são: “Uma será sobre formação, a falar sobre oportunidades de estágio, mestrados, doutoramentos; haverá outra relativa a carreiras em ciência, ou seja, perceber que outras possibilidades existem para além de fazer investigação na bancada; e, uma terceira será sobre plataformas tecnológicas, designada ‘A Tecnologia por Trás da Ciência’, que é outra coisa engraçada, pois, geralmente, pensa-se que os alunos que vêm para cá são só aqueles que estão a tirar cursos de Biologia, Bio-Química, tudo

mais relacionado com as Ciências da Vida, mas a verdade é que temos determinados serviços no nosso Instituto – como, por exemplo, a parte de microscopia ou outros serviços mais técnicos – que, muitas vezes, recrutam estudantes de Engenharias para fazerem um mestrado ou desenvolverem projectos connosco”. Daí que as inscrições para o Dia Aberto se estendam, também, aos alunos com formação em áreas fora das Ciências da Vida. Recebendo mais candidaturas do que a capacidade instalada existente – refira-se, como exemplo, que o “programa de doutoramento acolhe à volta de 10 a 12 alunos por ano para um total de 200 a 300 candidaturas” – o IGC pretende com esta nova iniciativa responder a preocupações mais qualitativas do que quantitativas. “Tentamos atrair para nós não só os alunos nacionais e, cada vez mais, estrangeiros, como procuramos, também, que entre eles estejam os melhores alunos para virem para cá fazer investigação connosco, doutoramentos e mestrados”, frisa a coordenadora do evento. Jorge A. Ferreira


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iniciativas

Economia Social em debate Evento decorre a 17 e 18 de Novembro no Centro de Congressos de Lisboa (Junqueira) Financiamento e investimento públicos e privados, empreendedorismo e inovação social e boas práticas empresariais, são os temas em debate na 2.ª edição ‘Portugal Economia Social’, que vai decorrer entre 17 e 18 de Novembro, no Centro de Congressos de Lisboa, com organização da Fundação AIP. O ‘Portugal Economia Social’ é um evento multidisciplinar, constituído por uma mostra de empresas e entidades que pretendem divulgar produtos/serviços ao sector e apresentar os seus programas de apoio a orga-

nizações sociais, para além de um fórum de debate, exposições e dinâmicas na área do empreendedorismo e inovação social. Segundo a Fundação AIP, esta iniciativa pretende ajudar “toda a cadeia da economia social a dar novas respostas, eficazes e eficientes a problemas sociais”, colocando em contacto um número alargado de protagonistas da sociedade civil e do sector público e privado, como empreendedores e investidores, ‘business angels’, empresas, fundações, mutualidades, municípios, cooperativas, IPSS, misericórdias e universidades.

Para além do espaço de discussão e debate, o evento vai contar com uma iniciativa motivadora e dinâmica: o ‘Social Innovation Shaker’ (dia 18, das 16h00 às 18h30), que vai dar palco “a novos empreendedores para fazerem o seu pitch, colocando-os frente a frente com investidores que vão analisar o potencial dos projectos apresentados e seleccionar quinze”. Esta iniciativa insere-se no pré-evento do Social Summit - Opening up to an Era of Social Innovation, um projecto da Comissão Europeia, do Governo Português e da Fundação Calouste Gulbenkian.

Os visitantes terão ainda a oportunidade de visitar uma exposição interactiva, que lhes permitirá o contacto directo com uma experiência prática de Empreendedorismo Social, numa iniciativa do IES/SBS e da Fundação AIP. Para Jorge Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP, “a ideia de reunir num mesmo espaço centenas de empresas públicas, privadas e participantes, num formato

dinâmico e muito interactivo que engloba, para além da oportunidade de ‘networking’, uma real oportunidade de concretização de um novo negócio, é para nós altamente gratificante. Por outro lado, acreditamos que o estímulo à economia social deve acontecer através da promoção, dinamização e qualificação do sector, pelo que é fundamental que se criem espaços de

contacto com investidores sociais, fornecedores do sector e entidades várias de capacitação, que proporcionem a experiência do conhecimento em empreendedorismo social”. Esta iniciativa conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República e com a presença da ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Marques, no dia 18.

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na berra

“Encarei a música como um combate” João Pedro Pais comemora 20 anos de carreira com concerto em Sintra É um verdadeiro lutador. Primeiro, como atleta de alta competição na luta grego-romana, carreira que terminou em 1995, e, desde há 20 anos, como músico. A 4 de Novembro de 1997, lançou o seu primeiro álbum, ‘Segredos’, e, duas décadas depois, assinalou a efeméride com um concerto no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, que esgotou há largas semanas. O seu nome: João Pedro Pais. Confessa que tem outra maturidade, fruto da idade, mas continua o mesmo homem que aparenta timidez e uma grande humildade. Na capa do álbum que lançou para assinalar os 20 anos de carreira, que serviu de base ao espectáculo, da passada sexta-feira (4 de Novembro), em Sintra, aparece de cabeça baixa. Assume-se como ‘bicho do mato’, por gostar de estar no seu mundo, mas rejeita a ideia de ser humilde. “Eu respeito é quem me respeita, sou um homem muito educado, não gosto de entrar no espaço de ninguém sem ser convidado, e isso é o saber estar, é o respeito pelos outros”, explicou, em recente entrevista ao programa ‘Sociedade Recreativa’, da RTP1, em que também recusou ser tratado como um produto na área musical.

O novo álbum contém “um reavivar de memórias, de canções que me pertencem, mas também a quem as ouve”, enuncia, com temas de sucesso como ‘Ninguém (é de ninguém)’, ‘Louco por Ti’. ‘Mentira’, ‘Não Há’ e ‘A palma e a mão’. Mas, o álbum ‘20 anos’ também apresenta dois temas inéditos, ‘Faz Tempo’ e ‘És do Mundo’, com produção de Luís Nunes, “um dos artistas mais promissores de uma nova geração de autores da música portuguesa”, segundo a produtora de João Pedro Pais, que destaca ainda a guitarra de Frankie Chavez e o coro de Mariana Norton. “São duas canções muito simples, mas com uma autenticidade brutal. A letra de ‘És dos Mundo’ é muito forte na mensagem”, salienta o cantautor, para quem estes temas surgem agora por estar com “outra maturidade”. Aos 46 anos, mantém o espírito jovem e esse facto não está desligado de continuar a fazer desporto: “é a minha base, aquilo que me activa e regenera”. Quotidianamente, pelo menos uma hora por dia, vai ao Centro de Alto Rendimento do Jamor, seja para correr na mata ou para ir ao ginásio, “de quando em vez ao judo”, com a preocupação de “manter o espírito a funcionar bem”.

Se na luta grego-romana foi um campeão, em que alcançou um 8.º lugar no Campeonato do Mundo de seniores, em 1989, ainda com idade de júnior (17 anos), na música também não se faz rogado. “Eu encarei a música como um combate: sou muito competitivo, mas é uma competitividade que não prejudica os outros, prejudica-me a mim nas minhas dúvidas, nos meus anseios, nos meus medos”, realça João Pedro Pais, que, ao longo de 20 anos, conquistou grandes triunfos: em 2003, fez a 1.ª parte da digressão ibérica de Bryan Adams (incluindo concertos em Madrid e Barcelona), já actuou três vezes no palco principal do Rock in Rio (onde conheceu Bruce Springsteen) e integrou o cartaz de 2016 do Meo Sudoeste.

Além de ‘The Boss’, assume influências de outros nomes do panorama mundial, como Bryan Adams, Eddie Vedder e “um que é genial, o cérebro: Sting”. Os temas de há 20 anos “são mais ingénuos e mais autênticos, porque advém daquilo que não tinha visto, do que não tinha lido”. Vinte anos depois, após um percurso que começou por actuações em bares e a participação em 1995 no programa ‘Chuva de Estrelas’, reitera a palavra “maturidade” e recorda as palavras de um professor de Português no sentido de aprofundar o gosto pela leitura, na altura por um escritor em ascensão: José Luís Peixoto. “Não sou nenhum intelectual, nem pouco mais ou menos, mas ninguém me pode proibir o acesso à cultura”, acentua.

Na entrevista que concedeu a Sílvia Alberto, João Pedro Pais falou do filho, Salvador, com 18 anos, que não o deixa “entrar no mundo dele”, e da avó, uma transmontana, de Sendim da Serra, concelho de Alfândega da Fé, que marcou a sua personalidade. “Apesar de ter nascido e vivido sempre em Lisboa, as minhas raízes também são transmontanas”, salienta o músico, dando conta que o povo de Trás-os-Montes é gente boa. Nas próximas duas décadas, já traçou os planos: viver “com mais calma e mais tempo, aproveitar melhor as coisas e viajar mais. Quero fazer a Route 66 (Estados Unidos) e outras coisas mais”. Após Sintra, já tem espectáculo marcado para 3 de Março de 2018, na Casa da Música, no Porto.

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SERVIÇO DE REABILITAÇÃO E MANUTENÇÃO FÍSICA Proporcionamos ainda a realização de Programas de Reabilitação Física, direcionado à Idade Maior. Uma intervenção que atua na prevenção e tratamento de alterações comuns do idoso, assim como na preservação, ao máximo da autonomia, e independência funcional.

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ver&ouvir

Pinóquio em musical

Carlos Cunha apresenta-se no Casino Estoril Carlos Cunha sobe ao palco para apresentar ‘A Grande Ressaca’, uma comédia teatral em que protagoniza um empresário de mariscos congelados que, há uma década, perdeu a sua mulher para Ramiro, um outro empresário que vende mariscos vivos. Uma peça com muito humor e repleta de situações inusita-

Com um elenco que integra Alda Gomes, André Nunes, Marta Andrino e Quimbé, é tempo de recriar a célebre história do Pinóquio, desta vez em forma de musical. Pinóquio, boneco de pau, só queria ser um menino de verdade e a mentira pregava-lhe uma partida: fazia-lhe crescer o nariz. Como qualquer criança, o filho de Gepeto envolve-se em aventuras perigosas, através dos amigos do alheio, o Gato e a Raposa.

Nem a voz da consciência de Pinóquio, o Grilo, vai conseguir desviar o boneco de madeira feito pelo Pai Gepeto do caminho da gula, ociosidade, egoísmo e ganância, mas ele aprenderá à força as doutrinas da vida: amizade, respeito pelo próximo, altruísmo e amor paternal.

Casino Lisboa recebe Carlão O ciclo de Concertos ‘Arena Live 2017’ prossegue com Carlão, privilegiando as canções do álbum ‘Quarenta’. O ex-vocalista dos Da Weasel vai apresentar temas como ‘Agulha no Palheiro’ e ‘Viver para Sempre’, os primeiros do novo álbum que será lançado em breve. das, em que se mistura o amor, a solidão, os afectos e a idade. Casino Estoril, dias 11 (21h30) e 12 de Novembro (16h30). Bilhetes entre 12,5 e 15 euros.

‘A Casa dos Espíritos’ por Maria João Luís na Biblioteca de Oeiras A actriz e encenadora Maria João Luís vai participar no ciclo ‘Livros Proibidos-Corpo e Identidades’, que nesta sessão vai abordar a obra de ‘A Casa dos Espíritos’, de Isabel Allende, o mais famoso romance da escritora, publicado em 1982, tendo sido bem recebido pela crítica e transformando-se de imediato num dos maiores best-sellers da literatura.

Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), dia 10, às 10h30 e 15h00 (sessões para escolas) e dia 12, às 16h00 (público em geral).

Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras, dia 15 de Novembro, às 21h30. Com entrada livre.

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Casino Lisboa, 13 de Novembro, às 22h00. Entrada livre.

‘O Segredo do Rio’ no palco da Casa de Teatro de Sintra

O Fio d’Azeite – Grupo de marionetas do Chão de Oliva apresenta ‘O Segredo do Rio’, de Miguel Sousa Tavares, um espectáculo de marionetas de luvas cheio de beleza e sensibilidade. A história de uma amizade entre um peixe e um rapaz, cujo livro pode ser lido como uma parábola prota-

gonizada pela Humanidade e pela Natureza. Executadas por Jorge Cerqueira, as marionetas seguem o traço das ilustrações da autoria de Fernanda Fragateiro. Casa de Teatro de Sintra até 10 de Dezembro, sábados e domingos às 16h00. Bilhetes a 5 euros.

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repórter JR

Oeiras debate acolhimento familiar

Famílias, precisam-se! Para acolher, temporariamente, crianças que estão desprotegidas e cujo destino – depois de esgotadas soluções junto de parentes ou pessoa idónea – tem sido até agora, quase sempre, a colocação em instituições que, apesar dos seus méritos, não são equivalentes a um ambiente familiar. Quando a família biológica não reúne as condições para suprir as necessidades da criança, e depois de exploradas outras opções ao nível da família alargada, por norma a resposta de ‘fim de linha’ é a residencialização (colocação do menor numa instituição). A alternativa é o acolhimento familiar, mas, embora esta medida esteja prevista na lei, na prática ainda é pouco conhecida e muito menos aplicada, apresentando a nível nacional um valor residual. Foi para ajudar a mudar esta realidade que se realizou, na passada terça-feira, no Centro de Congressos do Taguspark, o encontro ‘Acolhimento Familiar: Procuro ‘alguém louco por mim’’, inserido no ciclo de conferências ‘Olhares sobre a Infância’, promovido pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oeiras e que juntou especialistas na matéria, portugueses e estrangeiros, tendo prevista a presença da secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.

“É preciso mudar o paradigma e passar da tradição da residencialização [acolhimento institucional] para uma cultura de acolhimento familiar”, frisou ao JR Isabel Ranito, presidente da CPCJ de Oeiras. Com esse objectivo em vista, o referido evento pretendeu tornar mais conhecida e compreendida nos seus múltiplos aspectos uma medida que, apesar de se encontrar prevista na Lei de Protecção Crianças e Jovens em Perigo – estabelecendo que as crianças até aos seis anos devem ser preferencialmente integradas em contexto familiar – “continua a ser de difícil implementação”. O que se traduz num número reduzido, ou mesmo residual, de famílias disponíveis para abraçarem este desafio em prol do bem-estar dos mais pequenos. Reconhecendo tratar-se de uma medida “que obriga à criação de um sistema que envolva mais apoios, acompanhamento e formação”, aquela responsável considera que “Oeiras reúne todas as condições para podermos ter respostas nesta vertente, nomeadamente através de IPSS que agarrem este perfil e desenvolvam um projecto, criando-se bolsas de famílias que se disponibilizem para acolher uma criança”. Certo, porém, é que, até agora, a solução tem sido o recurso a instituições como a Casa da Fonte (da Santa Casa da Misericórdia, no centro de

Oeiras), a Casa do Parque (da associação CrescerSer, em Outurela/Carnaxide) ou o Centro de Acolhimento Temporário de Tercena (Barcarena). Reportando-se ao relatório, de âmbito nacional, de Caracterização Anual da Situação Acolhimento (CASA), Isabel Ranito realça que “Lisboa, sendo o distrito com mais crianças em residencialização [institucionalizadas] é também aquele que não tem nenhuma resposta ao nível do acolhimento familiar”. E no resto do país o panorama não é muito mais dinâmico. “Que tenha conhecimento, a única resposta em termos de acolhimento familiar e de projectos neste domínio é da Associação Mundos de Vida” – que esteve no encontro realizado no Taguspark – localizada no norte do país [em Lousado, Braga]”, indica a presidente da CPCJ de Oeiras. Todavia, Isabel Ranito está convicta de que é possível inverter este cenário “com mais divulgação, de forma clara”, sobre o que é e como funciona o Acolhimento Familiar. Nomeadamente, sem perder de vista “o carácter temporário da medida, tendo sempre presente que a criança vai regressar à família biológica, com a qual, aliás, deverá continuar a manter contacto com o conhecimento da família de acolhimento”. Jorge A. Ferreira

Castanhas e luzes de Natal celebram São Martinho

Oeiras faz parte do roteiro de celebração pública do São Martinho. No próximo sábado, no centro histórico da vila, a Câmara Municipal realiza a tradicional festa das castanhas, a qual decorrerá, mais concretamente, no Largo 5 de Outubro (frente à Igreja Matriz). Durante o evento, que decorrerá entre as 11h00 e as 22h00, serão oferecidas à população cerca de três toneladas de castanhas assadas. Além disso, não faltarão doçaria regional e bebidas nesta festa que é organizada pela autarquia em parceria com a Asso-

ciação de Comerciantes e Empresários de Oeiras e Amadora (ACECOA). Incluído na festa, e como vem sendo habitual, o acto de inauguração das luzes de Natal vai acontecer no mesmo dia, pelas 18h30, pela mão do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais. Haverá, ainda, vários fogareiros acesos, para um maior conforto dos visitantes durante este evento, o qual decorre no âmbito das acções promovidas pela autarquia para a dinamização do Centro Histórico de Oeiras.

Festa da Castanha anima Linda-a-Velha O Jardim das Amendoeiras, no Palácio dos Aciprestes, em Linda-a-Velha, vai receber a Festa da Castanha, promovida pela União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo, esta sexta-feira, sábado e domingo. A edição deste ano desta festividade de São Martinho, de entrada livre, contará com vários pontos de venda com iguarias derivadas da castanha e produtos típicos do Outono, o tradicional

magusto (com um assador em funcionamento no recinto), a exposição e venda de artesanato, bem como espectáculos musicais e animações itinerantes, entre as quais o Coro da Dinâmica Sénior da União de Freguesias, bailes e um rancho folclórico (do Casal do Rato). Na sexta-feira-feira e no sábado, a Festa da Castanha estará de portas abertas das 15h00 às 23h00. No domingo encerra às 21h00.

Médico de Família Urologistas com bigode Mais de 150 médicos urologistas de praticamente todos os hospitais de Portugal vão deixar crescer o bigode ou usar um pin com um bigode durante o mês de Novembro. Esta iniciativa pretende alertar para as doenças do homem, como o cancro da próstata, mas também o cancro do testículo ou do pénis, as várias disfunções sexuais masculinas e as depressões. A iniciativa é da Associação Portuguesa de Urologia (APU) e conta com o apoio da Janssen Portugal, companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, e da Esfera das Ideias, editora e produtora de conteúdos. O objectivo é chamar a atenção para estas problemáticas, contribuindo também para desmistificar algumas patologias e para incrementar o diagnóstico precoce das doenças que afectam o homem. Para assinalar a iniciativa serão lançadas duas cadernetas, junto de um público muito alargado, nomeadamente todos os urologistas activos e reformados, directores executivos dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e coordenadores das Unidades de Saúde Familiar (USF), directores clínicos de todos os hospitais, sociedades e associações médicas, Ministério da Saúde, DGS, ARS e Ordem dos Médicos. A primeira caderneta terá as fotografias dos médicos urologistas que se comprometeram aderir à campanha, sendo que em Dezembro será lançada uma nova caderneta com as fotografias de todos os que participaram, com e sem bigode. “Temos consciência da enorme importância que as campanhas têm na sensibilização e prevenção primária de saúde e esperamos que esta iniciativa permite aumentar o conhecimento sobre as doenças do foro urológico, tais como o cancro da próstata e testicular, mas também de outras questões, nomeadamente a saúde mental”, refere Arnaldo Figueiredo, coordenador da iniciativa junto dos médicos urologistas.

FICHA TÉCNICA | Director: Paulo Parracho | Chefe de Redacção: João Carlos Sebastião | Colaboradores: Jorge A. Ferreira Design Gráfico: Rita Rodrigues | Departamento Comercial: Rosa Valente e Gonçalo Santos | Secretariado: Paula Santos Distribuição e Logística: António Oliveira | Informática: Joade Jinkings ERC: Registo n.º 119748 | Propriedade: Monde Visionnaire, Comunicação Social, S.A. | Sede: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Capital Social: 50.000 Euros | NRPC: 513 212 809 | Tiragem: 60.000 exemplares | Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, S.A. – Queluz de Baixo | Depósito Legal n.º 100139/96 Redacção e Departamento Comercial: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Tel.: 21 807 98 34 | E-mail Redacção: jr-editor@jornaldaregiao.pt | Comercial: comercial@jornaldaregiao.pt Classificados: classificados@jornaldaregiao.pt | Estatuto Editorial disponível em: www.jornaldaregiao.pt


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É fazer contas... Quando as restrições à circulação de veículos com motor diesel no interior das grandes cidades saírem do campo da ameaça e tomaram forma, são necessárias alternativas válidas, como a tecnologia PHEV que a Kia está a implementar em alguns dos seus modelos.

No caso da Optima SW Plug-in Hybrid, que tivemos ocasião de ensaiar, assente na conjugação de um motor 2.0 de injecção directa a gasolina (156 cv) com unidade eléctrica (68 cv), o que se pode garantir é mesmo “o melhor de dois mundos”: Um carro totalmente

Kia Optima PHEV: Eléctrico para a cidade, gasolina para chegar a todo o lado

eléctrico, com autonomia para cerca de 50 a 60 km, destinado às viagens rotineiras casa-trabalho-casa, mas que permite viagens longas sem problemas de autonomia, com a competência de um motor térmico, mesmo assim, assistido pelo sistema híbrido nos arranques e acelerações. Assim sendo, a Kia Optima PHEV garante consumos combinados na casa dos 2,0 l/100 km, quando utilizada a carga total da bateria e for necessário convocar o motor a gasolina para completar o resto do percurso. Contudo, durante o ensaio de cinco dias, tivemos ocasião de

fazer médias diárias abaixo dos 0,5l /100 km, através da utilização da rede de carregadores eléctricos públicos (os que funcionam) disponível na região de Lisboa, sendo que o recurso à gasolina só foi necessário em auto-estrada quando ultrapassámos os 120 km/h, velocidade limite para a utilização do modo 100 por cento eléctrico. Como os carregamentos na rede pública ainda são gratuitos, a comparação dos custos de combustível face ao Diesel não é fiável, mas tendo em conta que um carregamento doméstico, também possível para esta Optima

PHEV pode ficar entre 1,5 a 2€, é fácil perceber quão compensador é este sistema. Pior é mesmo em auto-estrada, quando esgotada a bateria, com o 2.0 GDi a revelar-se um pouco mais guloso. Ainda no campo das vantagens, diga-se que esta é a opção ideal para empresas, pois consegue beneficiar de maiores incentivos fiscais, com redução efectiva no preço final. Para além disso, estamos perante uma carrinha espaçosa, muito confortável, com equipamento premium de última geração. Paulo Parracho

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opinião

A segurança começa E em cada um de nós

m 2006, a PSP implementou o Programa Integrado de Policiamento de Proximidade (PIPA) mediante uma sistematização de mecanismos de articulação das dimensões do policiamento de prevenção e de proximidade. Perante o sucesso alcançado, a PSP imprimiu um processo de desenvolvimento geracional ao PIPP, evoluindo para um modelo que hoje vigora sob a denominação de Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP).

O MIPP passou a congregar projectos que se haviam constituído de forma algo arquipelágica (o Programa Escola Segura, Comércio Seguro, Táxi Seguro, Abastecimento Seguro, Farmácia Segura, Apoio 65 – Idosos em Segurança, Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, o Significativo Azul ou o Universidade Segura), passando todos eles a serem integrados numa estratégia global e integral, sob mecanismos de coordenação, avaliação e formação únicos e coerentes. O MIPP continua a conferir um superior enfoque na componente de proximidade e de prevenção da criminalidade, embora sempre em estreita e sistemática articulação com as valências policiais de ordem pública, investigação criminal e inteligência policial, numa lógica de Polícia Integral como é o caso da PSP. Desta forma, tem sido possível harmonizar-se organicamente e com coerência todas as valências de uma Polícia moderna,

com uma visão de futuro mas com o objectivo de sempre: servir a Comunidade, com desempenhos de excelência. Os polícias que integram o MIPP são designados por Agentes de Proximidade e formam as Equipas de Proximidade e de Apoio à Vítima (EPAV) e as Equipas do Programa Escola Segura (EPES). De acordo com os respectivos diagnóstico de segurança, cada EPAV garante o policiamento de proximidade num determinado sector geográfico de uma Esquadra da PSP. Esta garantia de continuidade e até mesmo de familiaridade possibilita um melhor conhecimento da área e da população por parte das EPAVs e da PSP mas também facilita hábitos de contacto da comunidade com a Polícia, criando-se assim laços de confiança que não só harmonizam as intenções da PSP aos verdadeiros anseios da população, como potenciam a manutenção de verdadeiros sentimentos de segurança.

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (COMETLIS) foi um dos pioneiros na implementação do MIPP e só a título de exemplo representa cerca de 41% do efectivo total da PSP exclusivamente dedicado ao Policiamento de Proximidade, incluindo a prevenção e vigilância de áreas residenciais (em especial as habitadas maioritariamente por cidadãos vulneráveis, como crianças, jovens e idosos) e de áreas comerciais e turísticas, destacando-se os alvos mais vulneráveis a eventuais acções terroristas, agora também conhecidos por soft targets. Face a capacidades tão multifacetadas e abrangentes, a PSP maximiza de igual forma o empenhamento das EPAVs na prevenção da violência doméstica, no apoio às vítimas de crime e no seu acompanhamento pós-vitimação, na identificação de problemas que possam interferir na situação de segurança dos cidadãos e na detecção das chamadas cifras

negras. Também para mera representação da dimensão deste modelo, todas as Divisões Policiais do COMETLIS integram policias exclusivamente dedicados ao MIPP, desde Vila Franca de Xira a Cascais, desde a Baixa da cidade de Lisboa aos concelhos de Loures, Odivelas, Amadora e Sintra.

Programa Escola Segura Por seu turno e no âmbito do Programa Escola Segura (PES), as EPES são responsáveis pela segurança e vigilância nas áreas escolares e pela prevenção da delinquência juvenil. É aliás na PSP, mais concretamente na Esquadra de Odivelas, que se encontram as origens e os princípios basilares do que se viria mais tarde a designar por PES. As inúmeras acções de informação e de sensibilização que os polícias da Esquadra de Odivelas já vinham desenvolvendo desde há muito tempo junto dos estabelecimentos de ensino da sua área, foram objecto de cuidada análise e avaliação por parte da PSP e da tutela política, no sentido de se ponderar a institucionalização de toda esta actividade policial especialmente dirigida à comunidade escolar. Iria nascer assim o Programa Escola Segura. O COMETLIS e a Divisão Policial de Loures dinamizaram e coordenaram todo o trabalho desenvolvido pela PSP e pelos seus parceiros de programa, dos quais se destacam a comunidade escolar e educativa de Odivelas e os órgãos do poder local. Contudo, importa também destacar o envolvimento de toda a sociedade civil de Odivelas pois ainda hoje se constitui como um exemplo ímpar do envolvimento integral de toda uma comunidade num programa de segurança. As dinâmicas e parcerias que então se estabeleceram e que

ainda hoje fazem História culminaram no ano de 1992 no alargamento a todo o território nacional do Programa Escola Segura, formalmente institucionalizado através de um protocolo celebrado entre o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Educação, com o objectivo de melhorar os índices de segurança ao nível dos estabelecimentos de ensino. O COMETLIS e a PSP têm sido pioneiros nesta área do policiamento de proximidade, empenhado as EPES em modelos de actuação proactivos, que visam garantir a segurança da comunidade escolar, prevenindo e reduzindo os comportamentos de risco e incivilidades, bem como melhorar o sentimento de segurança no meio escolar e envolvente. Com a participação de toda a comunidade, tem-se garantido a segurança a cada vez mais escolas e mais alunos na área de responsabilidade do COMETLIS (Quadro 1). Os Agentes de Proximidade têm assim uma missão que abrange todo o Policiamento de Proximidade da PSP, desde a resolução e gestão de ocorrências/conflitos, o reforço da relação polícia-cidadão e a detecção de situações que possam constituir problemas sociais ou dos quais possam resultar práticas criminais.

Parcerias locais O MIPP tem apresentado ainda a capacidade de impulsionar e dinamizar parcerias estratégicas, nomeadamente com juntas de freguesia e câmaras municipais (sendo disso exemplo os contratos locais de segurança), Tribunais, comissões de protecção de crian-

ças e jovens, estabelecimentos de ensino, comerciantes, técnicos locais de assistência social, mas sobretudo com os cidadãos em geral, pois a Segurança começa em cada um de nós. A responsabilização dos Agentes de Proximidade constitui outro dos elementos fundamentais do MIPP, designadamente através da definição de protocolos de procedimento e de normas de actuação que facilitam e promovem a identificação de problemas que influenciam a segurança pública, a segurança rodoviária e o próprio sentimento de segurança da população, desde viaturas abandonadas, iluminação pública, graffities, vandalismo, sinais de trânsito danificados ou destruídos, imóveis abandonados mas também a identificação de menores e idosos em risco. O número de acções dos Agentes de Proximidade tem apresentado uma tendência de aumento constante, em particular no COMETLIS (Fig. 1), representando fielmente as intenções estratégicas e operacionais da PSP, enquanto força de segurança pioneira de um Modelo de Policiamento com as características do MIPP. O carácter inovador do MIPP assenta essencialmente na perfeita coordenação que se estabelece entre as diversas valências policiais da PSP, aprioristicamente tão diferentes entre si mas afinal tão evidentemente complementares, como sejam o policiamento de proximidade, a ordem pública, a investigação criminal e a inteligência policial. Todavia, o mais notável sucesso do MIPP da PSP é tão mais complexo e decisivo como básico e fundamental, centrando-se na concretização de parcerias que reúnem energias, vontades, capacidades e objectivos bastas vezes díspares, reunindo polícias, entidades públicas e privadas, governamentais e não governamentais mas também os cidadãos, todos juntos e de mãos dadas no combate ao crime e à insegurança. A Segurança começa em cada um de nós. Pedro Franco Intendente da PSP Licenciado em Ciências Policiais e Segurança Interna Comandante da Divisão Policial de Loures


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Isaltino Morais distribui pelouros

Na sequência da tomada de posse do novo executivo, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, já fixou as funções dos vereadores do movimento ‘Inovar Oeiras de Volta’. De acordo com o despacho de delegação e subdelegação de competências do presidente, com data de 31 de Outubro e divulgado na passada terça-feira (dia 7), Emanuel Gonçalves assume a gestão no âmbito da Gestão Financeira, Modernização Administrativa e Qualidade, Gestão Urbanística e Edificação (no que respeita ao licenciamento de obras particulares – Regulamento Jurídico da Urbanização e Edificação e Toponímia), Actividades Económicas, Turismo, Tecnologias e Sistemas de Informação, Comunicação, Relações Internacionais e Cooperação Descentralizada.

Por seu turno, Joana Baptista recebe poderes e competências relativas a Obras Municipais, Ambiente e Serviços Urbanos, bem como Polícia Municipal e Protecção Civil. O vereador Pedro Patacho terá a seu cargo os pelouros da Educação, Desporto, Bibliotecas Municipais, Documentação e Informação, enquanto Teresa Bacelar assumirá a gestão das pastas do Desenvolvimento Social e Saúde, Juventude, Responsabilidade Social – Programa Municipal ‘Oeiras Solidária’ e Parque Habitacional. Por último, o eleito Nuno Neto (que integrou o anterior executivo municipal liderado por Paulo Vistas) fica com os processos relativos a Recursos Humanos, Ambiente – Serviço Veterinário e de Saúde Pública, Património e Reabilitação Habitacional.

‘Os Verdes’ questionam Governo sobre falta de qualidade de refeições escolares em escolas de Oeiras da uma refeição aos alunos constituída por frango com arroz, encontrando-se o frango efectivamente cru”, relata. “Este facto levou a que rapidamente fossem denunciadas outras situações similares, em diversos estabelecimentos de ensino, o que demonstra que não estamos perante um caso pontual, mas sim perante situações generalizadas, que resultam na falta de qualidade das refeições escolares servidas a crianças e jovens”, expõe Heloísa Apolónia. Além desse episódio, acrescenta o partido, a associação de pais daquela escola alertou também para a falta de qualidade recorrente da

alimentação e de a quantidade ser sistematicamente insuficiente. “Estas situações não são toleráveis. A verdade é que os casos que nos têm surgido como queixas são de cantinas concessionadas a empresas privadas, sendo que o preço base estabelecido para as refeições, no âmbito do concurso público de fornecimento alimentar, da responsabilidade da Direcção-Geral de Estabelecimentos Escolares, contribui para a falta de qualidade das refeições fornecidas e favorece maus comportamentos das empresas, inclusivamente no que respeita à carência de trabalhadores, questão que não deixa também de se reflectir na ca-

pacidade de confecção dos alimentos”, refere. O partido quer saber se o Ministério da Educação tomou conhecimento da situação ocorrida na Escola EB2/3 Noronha Feio e que medidas tomou para garantir que não se voltaria a repetir. “Tem o Ministério da Educação consciência de que este episódio não foi pontual, mas que a falta de qualidade das refeições escolares é recorrente na Escola Noronha Feio e também em múltiplas escolas do país” e “o que pensa fazer, a curtíssimo prazo, para resolver o problema da falta de qualidade dos almoços escolares”, pergunta ainda o PEV.

S28-8-9147

A deputada do partido ecologista ‘Os Verdes’ Heloísa Apolónia questionou o Ministério da Educação sobre a falta de qualidade das refeições numa escola do concelho de Oeiras. Numa pergunta entregue na Assembleia da República, a deputada indica que recebeu uma reclamação da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB 2/3 Noronha Feio, em Queijas, concelho de Oeiras, a propósito da falta de qualidade das refeições fornecidas às crianças. “A Escola Noronha Feio foi, há pouco tempo, alvo de uma situação absolutamente inaceitável e escandalosa, quando foi servi-


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