Edição de Oeiras 71 do Jornal da Região

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JORNAL DA REGIÃO Director: Paulo Parracho • 16 a 22 de Março de 2016 Série IV • Edição N.º 71 • Ano XXI • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Tel.: 215957170 |912591191 oeiras@forumvisao.pt

NOVA OEIRAS QUER MENOS CARROS NO CAMINHO PARA A UNESCO

“A minha vocação é contar histórias”

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Foto Box

O actor, protagonista da novela da TVI “A Única Mulher”, apresenta-se noutro registo em que confessa ter particular apreço: o de contador de histórias. É nesse papel que o poderá encontrar no “Aqu’Alva Stória”Encontro Internacional de Narração Oral da Lusofonia, em Agualva-Cacém (Sintra).

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A celebrar o 1.º aniversário

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Com a candidatura a Património da Humanidade da UNESCO no horizonte, a Associação de Moradores de Nova Oeiras quer que a autarquia dê resposta mais célere aos problemas que subsistem, o maior dos quais tem a ver com o excesso de tráfego de fora para o interior do bairro.

Além do “prestígio” e do aumento do valor de mercado das propriedades, os residentes esperam que a candidatura à UNESCO motive obras de maior envergadura no bairro, o que já não sucede desde 2010. Ainda assim, para o final deste ano estão previstos alguns melhoramentos.

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“UNIÃO SOLIDÁRIA” AUMENTA CAPACIDADE DE APOIO ALIMENTAR

Ver anúncio página 15

Projecto em Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo

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Páscoa/junho/julho

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16 a 22 de Março de 2016

JORNAL DA REGIÃO

Jogos de tabuleiro conquistam entusiastas Encontro nacional junta largas centenas de pessoas em Oeiras Numa era dominada pelas consolas, os jogos de tabuleiro continuam, afinal, a resistir e até a crescer. Pelo menos, é essa a ideia expressa pelos responsáveis do encontro anual de adeptos que se realizou, mais uma vez, em Oeiras. Estiveram presentes autores de jogos recentes, alguns deles com venda prevista no estrangeiro.

Pedro Henrique, de 16 anos, confessa-se agradavelmente surpreendido. Acompanhado pelos pais e irmã, este fã dos videojogos “pensava que ia ser um bocado seca, mas foi bastante divertido”, disse ao JR este jovem participante do 7.º Encontro Nacional de Jogos de Tabuleiro, realizado no passado fim-de-semana, no edifício da AERLIS, em Oeiras, manifestando-se mesmo disposto a passar mais tempo livre a descobrir novos desafios nesta vertente mais tradicional.

Com entrada livre, um dos objectivos do evento é, precisamente, conquistar novos aderentes para a prática de

jogos onde, em muitos casos, é preciso ter tempo e paciência para aprender regras e desenvolver o jogo, ao contrário dos videojogos da moda, prontos a serem executados quase instantaneamente.

O encontro organizado em Oeiras pelo Grupo Boardgamers de Lisboa continua a ter grandes enchentes, de jogos (mais de 400) e de praticantes (chegaram a estar mais de 500 pessoas em simultâneo). “É um acontecimento especial porque aqui temos uma Ludoteca onde se empresta jogos e disponibilizamos jogadores experimentados que os vão explicar a quem não conheça as regras (o que, em geral, não sucede nos encontros regulares que fazemos em Lisboa); além disso, temos uma loja para venda, fazemos torneios, sorteios…”, explica Tiago Duarte, um dos responsáveis do grupo que reúne, semanalmente, dezenas de adeptos aos finais de tarde de quarta-feira numa pastelaria na zona de Picoas, em Lisboa, e promove, ainda, um encontro mensal no Ins-

tituto Superior Técnico (3.ª sexta-feira de cada mês e o sábado que se lhe segue).

A edição anual do passado fim-de-semana foi das mais concorridas. “Nunca tínhamos ficado sem mesas disponíveis ao domingo”, deu conta Tiago Duarte, já em jeito de balanço do evento, que se espalhou por múltiplas salas e mais do que um piso do edifício da AERLIS, cativando, horas a fio, famílias inteiras, avós e netos, jovens, muitos já com currículo, outros para experimentar.

Um jogo para fazer exercício físico Mas esta é, também, uma oportunidade para criadores de novos jogos mostrarem o seu trabalho. E a verdade é que já há vários casos de sucesso além-fronteiras de quem investiu nesta área, como conta Tiago Duarte: “Existe um site onde estão registados cerca de 80 mil jogos de tabuleiros e onde as pessoas vão fazendo um ranking mundial e há cinco ou seis jogos de autores portugueses que estão no top 500”. De resto, acrescenta, “neste momento assiste-se a uma expansão muito grande deste tipo de jogos. Para se ter uma ideia, todos os anos estão a sair 1000 jogos novos”, sendo a Alemanha o país onde este sector é mais forte, seguido dos Estados Unidos.

Mesmo num mercado pequeno como o português, não falta quem esteja a apostar nesta área. É o caso de Gil Carpalhoso, 32 anos, licen-

Nos termos do artigo trigésimo segundo dos estatutos, convoca-se a Assembleia-Geral Ordinária da Liga dos Amigos do Hospital de Santa Cruz para reunir no dia 31 de Março de 2016, pelas 18h.00 no Anfiteatro do piso 7 no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1º. - Aprovação dos Relatórios de Actividades e Contas referentes a 2015;

Explicações a todas as disciplinas do 1.º ano ao ensino superior

2º.- Outros assuntos de interesse geral.

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A Assembleia reunirá em 2ª. Convocatória trinta minutos após a hora acima indicada se a esta não estiverem presentes pelo menos metade dos sócios efectivos no pleno gozo dos seus direitos.

• Explicações individuais e em grupo • Sala de Estudo • Apoio Psicopedagógico • Atelier de Férias • Workshops diversos para jovens e adultos

Carnaxide, 14 de Março de 2016 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

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na primeira mensalidade na apresentação deste anúncio

bom jogo”, com “bluff ” e “traições” à mistura…

Lançado em pleno Hotel Palácio, no Estoril, em Outubro passado, o jogo vai ser lançado na Alemanha, Polónia e Estados Unidos, em Junho, com o nome City of Spies – Estoril 1942, segundo adiantou ao JR Gil d’Orey, cuja empresa nesta área já criou e produziu mais de 20 produtos, entre jogos de tabuleiros e puzzles.

Jorge A. Ferreira

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

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do ensino”, destaca o criador, salientando que “os exercícios são simples e a maior parte deles pode ser feita por pessoas com idades avançadas”.

Tema bem diferente tem o jogo Estoril – 1942, criado por Gil d’Orey e António Sousa Lara, que se inspiraram na espionagem e nos refugiados VIP que marcaram aquela localidade durante a II Guerra Mundial para criar um desafio “de estratégia, mas com forte componente lúdica, como deve ser um

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE SANTA CRUZ

Estudo Persona Saber para Venlizado cer

• Preparação para Exames

ciado em Educação Física numa “situação complicada” a nível de emprego e que, recentemente, lançou o SportTable Box, um jogo parecido ao conhecido Pictionary, mas em que a tarefa de desenhar é substituída por desafios de actividade física que treinam destreza, força ou velocidade de reacção. “É um jogo de família, mas que também pode ser utilizado como ferramenta de trabalho por profissionais ligados à área do desporto ou

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Moradores de Nova Oeiras satisfeitos com candidatura à UNESCO

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16 a 22 de Março de 2016

JORNAL DA REGIÃO

“Excesso de tráfego” é a maior preocupação

O recente lançamento do “Livro de Nova Oeiras”, com informação que serviu de base à candidatura daquele bairro a Património da Humanidade pela UNESCO – apresentada, no plano nacional, pelo Município de Oeiras há pouco mais de um ano – veio animar as hostes em relação à meta, mas também lembra o longo caminho a percorrer. Na verdade, nos anos mais recentes, o processo de manutenção e valorização daquele território tão singular progrediu mais no papel do que na prática.

Em 2012, o Regulamento Municipal de Valorização e Salva-

guarda do Bairro Residencial de Nova Oeiras (BRNO) foi aprovado pela Assembleia Municipal. Mas o ritmo dos melhoramentos com algum relevo que vinham sendo realizados anualmente foi interrompido em 2010, data da última obra de vulto: a construção do parque infantil e os arranjos exteriores de uma das seis torres habitacionais.

“A grande vantagem que vemos na candidatura à UNESCO é que ela pode ‘obrigar’ a Câmara a dar mais atenção às obras de manutenção e aos melhoramentos que faltam fazer”, frisa ao JR Jorge Pinheiro, da Associação de Moradores de Nova Oeiras (AMNO).

A seu lado, num dos cafés do átrio comercial - que já conheceu dias de maior dinamização económica – Alexandre Antunes lança sobre a mesa a maior preocupação da associação: o trânsito e a mobilidade.

“O bairro não era, mas passou a ser, um local de passagem e acontece que muitas

pessoas que vêm ali das Palmeiras, da Quinta do Marquês, de Carcavelos, estacionam aqui e vão apanhar o comboio à estação da CP”, queixa-se.

“A questão do trânsito é, de facto, preocupante porque Nova Oeiras foi planeado como espaço que não era penetrado pelo trânsito envolvente… Entretanto, o surgimento, em volta, de outros bairros acabou por desvirtuar esse plano inicial. É a situação mais complexa de resolver porque implica mexer nesta zona toda”, complementa Jorge Pinheiro.

As necessárias medidas de fundo, todavia, não parecem estar para breve. “Seria preciso construir um silo de estacionamento ou abrir o trânsito da Rua de Santo António até à estação”, sugerem os moradores. Segundo explicam, aquela artéria, paralela à linha de comboio, torna-se sentido proibido para quem vem do lado de Carcavelos, antes de chegar à estação, obrigando o tráfego a entrar para o bairro.

“Até porque o módulo é mais barato a partir de Oeiras e, por isso, em vez de estacionarem em Carcavelos, preferem vir para aqui…”, atalha Alexandre Antunes.

Melhoramentos no final deste ano

Associação de Moradores tem reunido regulamente com a Câmara

Apesar de tudo, há obras na calha que, se “não resolvem, pelo menos ajudam” a melhorar a situação.

“Temos a garantia do presidente da Câmara de que, perto do final deste ano, vão avançar cinco pontos importantes, tanto na mobilidade como na requalificação de zonas do bairro”, salienta Alexandre Antunes.

Modelo misto de torres e moradias, com muitos espaços verdes, aguarda por melhoramentos desde 2010

Uma dessas obras será a remodelação da praceta das traseiras do Átrio Comercial, na Rua Almirante Sousa Dias. O asfalto gasto será substituído por grelhas de arrelvamento, o estacionamento ordenado, a zona de baldio ajardinada e os contentores de lixo darão lugar a uma ilha ecológica.

Quanto a trânsito e mobilidade, os moradores estão a contar com a construção de passeios em falta, a concretização de uma separação mais clara entre a ciclovia e a faixa de rodagem, para além da adopção de mecanismos de acalmia do tráfego (não se sabe ainda se com semáforos ou com lombas). Está previsto, ainda, o arranjo da zona entre a faixa de rodagem e as moradias, hoje em terra batida esburacada.

“Não vão resolver, mas atenuam os problemas”, repete Jorge Pinheiro, que destaca a necessidade de proteger a ciclovia em relação aos carros.

“A ciclovia tem a tinta gasta e não é por fraca qualidade da mesma, mas sim porque há cada vez mais carros a invadirem o espaço de bicicletas e peões”.

Melhor tem estado a situação dos espaços verdes, que são muitos no bairro e com a marca de nascença do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles. “Podem e devem ser mais bem

tratados” advoga, ainda assim, Alexandre Antunes, embora reconheça que têm sido feitas várias acções de reflorestação (a última das quais por estes dias, aliás).

A revitalização da área comercial é outra necessidade. “As lojas de apoio ao consumo quotidiano das pessoas vão sendo substituídas por empresas de serviços”, dá conta Jorge Pinheiro. Depois do fecho do café-restaurante da antiga pousada ali existente (que faliu), o qual juntava muitos moradores em convívio, encerrou também o supermercado, mais recentemente a estação de correios e até o posto de correios que lhe sucedeu estará para fechar. Resta um talho, alguns cafés, pouco mais…

“Como em todo o lado, os ‘shoppings’ levaram as pessoas para outras paragens”, conformam-se os elementos

da associação de moradores, que acreditam, apesar de tudo, ser possível e necessário “ponderar um novo modelo de reconversão das lojas e de apoio a esse processo”.

A AMNO tem feito o que pode neste aspecto, incluindo feiras anuais, com música ao vivo e eventos para as crianças.

Por outro lado, para reforçar mais a ligação entre os cerca de 2000 habitantes, a associação está a preparar um livro sobre os moradores, a sua vivência do bairro, um retrato mais pessoal de uma história que já envolve quatro gerações e que, bem vistas as coisas, termina numa conclusão clara: é que, independentemente dos problemas por resolver, “importa não esquecer que, comparado com outras zonas, este bairro é um paraíso”.

Jorge A. Ferreira

Foto Sílvia Santos

Viver num território candidato a Património da Humanidade pela UNESCO traz “prestígio para todos”, aumenta o valor das propriedades, mas também poderá ajudar a resolver problemas sérios que subsistem, diz a Associação de Moradores de Nova Oeiras, cuja maior preocupação é o trânsito e a mobilidade.

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16 a 22 de Março de 2016

JORNAL DA REGIÃO

BREVES POESIA NAS BIBLIOTECAS

CORRIDAS FECHAM MARGINAL

A Casa Europa, situada na Cruz Quebrada e gerida pela associação juvenil ProAtlântico, vai estar de portas abertas no próximo domingo, das 10h00 às 17h00. A iniciativa é gratuita para os participantes e tem como objectivo dar a conhecer este novo equipamento – erguido na antiga escola primária, na Rua Policarpo Anjos, n.º 43 - e algumas das actividades que ali vão ser desenvolvidas. Entre estas contam-se yoga, danças de grupo, aulas de cozinha vegetariana, ateliê de pintura de óleo, cabeleireiro, animação de crianças, pinturas faciais, tererés, jogos de animação, pintura de ovos da páscoa, computadores e telemóveis, ateliê de pintura de sacos de pano, música e exposição de fotografias...

A Biblioteca de Carnaxide acolhe, este sábado (19), um “workshop” de apreciação de poesia e de escrita lúdica com base em textos poéticos, ministrado por Cristina Borges, para estimular a leitura e a descoberta da poesia. Destinada a jovens e adultos, esta acção terá lugar das 10h15 às 17h45.

No mesmo dia, mas na Biblioteca Municipal de Oeiras, realizar-se-á uma sessão de poesia para famílias (com crianças a partir dos 5 anos) intitulada “Poesia a crescer! Amor é… poesia” e guiada pelos Jograis do Atlântico (das 10h30 às 11h30). Finalmente, segunda-feira (21), haverá “Poesia Musicada Portuguesa”, por João Morales, que propõe encontros felizes entre poetas e músicos portugueses.

Este fim-de-semana, Oeiras volta a ser palco de grandes eventos desportivos. A circulação vai estar interrompida, este sábado (dia 19), devido à realização da Corrida Vitalis 7K JAMOR, prova que tem partida marcada para a Praça Maratona, no Estádio Nacional, e a meta instalada em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém. A Marginal estará, neste dia, fechada ao trânsito, entre o cruzamento da Cruz-Quebrada (Jamor) e Algés, em ambos os sentidos, das 8h30 às 11h30. No dia seguinte, domingo, é a vez da Meia Maratona de Lisboa 2016, pelo que aquela mesma avenida será encerrada ao trânsito, no mesmo troço, em ambos os sentidos, das 8h00 às 15h00.

ACTUALIDADE

DIA ABERTO NA CASA EUROPA

Carrinha de frio vai permitir alargar apoio alimentar Projecto da União de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo

A viatura, resultante de proposta do Orçamento Participativo 2014/15, incentivará mais doações de géneros perecíveis à autarquia, que até agora dependia de empréstimos de transporte para fazer este tipo de recolha. O projecto “União Solidária” continua a crescer.

Foi com múltiplos agradecimentos às pessoas que votaram na proposta apresentada no Orçamento Participativo (OP) de há dois anos, para aquisição de uma viatura de frio para integrar o projecto União Solidária, e à Câmara Municipal por permitir esta “ferramenta posta na mão dos cidadãos”, que Carlos Moreira, presidente da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo, sublinhou, no passado sábado, a importância desta iniciativa de participação directa dos munícipes na decisão das prioridades para os seus territórios. A propósito, o autarca lembrou, “com orgulho”, que das 11 propostas aprovadas no referido OP seis foram respeitantes a instituições ou projectos da área daquela união de freguesias.

“Demonstra dinamismo e força e vontade das pessoas em apresentar e levar projectos para a frente”, concluiu Carlos Moreira, durante a sessão informal de apresentação da carrinha de frio – e de mais duas novas viaturas

Nova viatura vai permitir aumentar a capacidade de armazenamento dos bens do projecto “União Solidária”

de apoio à limpeza e a obras no espaço público, estas no âmbito da delegação de competências com juntas e uniões de freguesia, concretamente na área da limpeza urbana – a qual decorreu no Mercado de Linda-a-Velha, com a presença do vice-presidente da Câmara, Carlos Morgado, e dos vereadores Ângelo Pereira e Marlene Rodrigues, para além de voluntários da União de Freguesias, empresas e instituições, bem como fregueses.

“Temos uma empresa que nos fornece muitos iogurtes e sobremesas, também carnes congeladas, e a verdade é que temos estado dependentes de pedir aos nossos parceiros o empréstimo de viaturas apropriadas para este tipo de transporte”, explicou ao JR,

na ocasião, Carlos Moreira, convicto de que agora o apoio alimentar terá ainda mais fontes de recolha deste tipo de géneros perecíveis.

O autarca indicou que enquanto não avançam as obras de requalificação no Mercado de Linda-a-Velha (ver caixa), este edifício tem acolhido vários serviços de apoio solidário prestados pela União de Freguesias. De facto, actualmente, o processo ligado ao auxílio alimentar está ali concentrado, dividido em duas salas, uma delas armazém.

Também a Loja Solidária, de venda de roupas e outros artigos a preços módicos, ocupa uma parte daquele imóvel (embora Carlos Moreira tenha confirmado que este serviço deverá mudar, em breve, para

o piso deixado vago, na Rua Luís de Camões, pela mudança do anterior Espaço do Cidadão para o centro comercial Central Park.

92 toneladas distribuídas em 2015

700 pessoas; o número de cabazes distribuídos chegou a 4.280; quanto à Loja Solidária, quase 6.000 artigos saíram daquele espaço, a preços simbólicos, beneficiando-se quase 434 famílias com esse apoio, sendo que “quase 1000 pessoas não são utentes, não são sinalizados, mas foram comprar na nossa Loja Solidária porque este projecto não é só para quem precisa, é para quem possa dar o seu contributo”.

Sem esquecer, ainda integrado no programa União Solidária, o projecto Dinâmica Sénior, que “não é só direcionado para seniores carenciados, é para a população toda já que se pretende combater, também, o isolamento de pessoas idosas que estão sozinhas, em exclusão”, salientou Carlos Moreira, especificando que a Dinâmica Sénior (ateliês, passeios, tardes de convívio, teatro,

entre muitas outras actividades) funciona já há quatro anos em Linda-a-Velha, há um ano foi estendido à Cruz Quebrada-Dafundo e começou recentemente, também, em Algés e Miraflores.

A propósito de todo este trabalho desenvolvido em 2015 – com a ajuda preciosa de cerca 58 voluntários – Carlos Moreira não deixou de fazer notar que “a nova lei diz que as freguesias têm competências de acção social na sua área geográfica, ainda bem que isso está na lei, mas, infelizmente, não há a devida transferência de meios e recursos, é prenda envenenada, mais do género agora desenrasquem-se”, Por isso, concluiu, “a nossa âncora neste esforço têm sido as instituições e a Comissão Social de Freguesia”.

Jorge A Ferreira

O trabalho desenvolvido por voluntários, empresas e instituições no seio do projecto União Solidária foi enaltecido pelo líder da União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo, que para dar uma dimensão deste esforço revelou alguns dos números registados em 2015: em termos de distribuição alimentar, feita de segunda a sábado, no ano transacto foram entregues quase 92 toneladas de alimentos, apoiando, nesta vertente 250 famílias, mais de Carlos Moreira e Carlos Morgado, durante a entrega da viatura

Requalificação do Mercado de Linda-a-Velha não deverá ter obras este ano A requalificação do Mercado Municipal de Linda-a-Velha, no sentido da sua modernização e transformação num espaço com forte pendor social e cultural, foi uma das propostas vencedoras do Orçamento Participativo de 2014/15.

No entanto, não se vislum-

bra que as obras avancem tão cedo…

“O projecto vai decorrendo os seus trâmites, mas estou convencido de que antes do final do ano não haverá uma intervenção”, reconheceu ao JR Carlos Moreira, explicando que as posteriores visitas ao local

por parte dos técnicos da Câmara deixaram claro que a antiguidade do edifício e das suas infra-estruturas requerem mais obras do que aquelas que terão estado previstas na proposta do OP, que na altura apontava para um investimento de cerca de 280 mil euros.

“Os técnicos constataram que há mais coisas a incorporar, como a parte de iluminação, a parte de águas também é muito antiga e tem de ser substituída, a mudança dos operadores tem de fazer-se já com condições mais modernas”, exemplificou aquele autarca.

Um investimento extra que deverá ficar por conta da Câmara.

Quando as obras de requalificação forem concluídas, espera-se que aquele amplo espaço acolha múltiplos serviços e iniciativas de ordem social e cultural, mantendo, paralelamente, a presença

dos vendedores, que são oito hoje em dia, “mas poderão vir a ser mais, com as futuras condições, prevendo-se mesmo um total de 12 espaços para esse efeito”.

A gestão do mercado, nessa altura, deverá passar para a União de Freguesias local.

S71-95-0994

16 a 22 de Março de 2016 Foto Sílvia Santos

JORNAL DA REGIÃO

MÚSICA

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Hip Hop ganha destaque no NOS Alive Dez anos depois do seu início, o NOS Alive volta a surpreender na programação. Apontado como “o melhor cartaz de sempre”, em 2016 a organização traz várias novidades.

A preparação da 10.º edição (que acontece nos próximos dias 7, 8 e 9 de Julho) foi o mote para fazer o balanço de quase uma década de festival,

numa conferência de imprensa que decorreu no Palácio Anjos, em Algés, e que juntou Álvaro Covões, o director da promotora “Everything is New”, Paulo Vistas, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Rita Torres Baptista, directora de marketing e comunicação da NOS, e vários artistas que estarão presentes no Passeio Marítimo de Algés

Reconhecido como “um dos melhores festivais da Europa (e que até já ganhou distinções internacionais)”, o NOS Alive tem um legado impressionante.

“747 actuações, distribuídas por mais de 430 horas de espectáculo para um total de 1.760.000 espectadores. Foi também o primeiro festival a ter um palco logo no pórtico de entrada, uma zona para

g r á v i d a s, e a inovar com detalhes como a criação de conta-poupança ou bilhete integrado para o festival e comboio urbano”, relembrou Álvaro Covões, destacando ainda que ao recinto levaram também “grandes nomes da comédia portuguesa”.

Para a décima edição estão reservadas muitas surpresas

Novidades “no palco do meio” 2016 não poderia ficar aquém dos anos anteriores e, por isso, são esperadas várias surpresas, para além, claro, do cartaz já apresentado.

Uma das novidades desta edição prende-se com o palco NOS Clubbing (o “palco do meio”) que, no dia 8, com curadoria de DJ Kamala, vai dedicar o alinhamento exclusivamente ao Hip Hop feito em Portugal. No leque dos convidados estão NBC, Sir Scratch, Bob Da Rage Sense,

MGDRV, HMB, Da Chick, Sam The Kid e o próprio DJ Kamala, que fizeram uma pequena demonstração daquilo que se poderá ver no Passeio Marítimo de Algés.

Um género musical que, aliado ao Rap, “atrai cada vez mais espectadores e a produção nacional é cada vez mais diversificada, uma conjugação que justifica a reserva de um palco por um dia inteiro”, salientou o curador do palco em questão, entusiasmado com as escolhas.

Sílvia Santos

C71-95-0993

Double Trouble apresenta arte urbana

Fotos Francisco Lourenço

INICIATIVAS

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16 a 22 de Março de 2016

JORNAL DA REGIÃO

Nomen e Ram abrem espaço de produção artística Os graffiters portugueses Nomen (Cascais) e Ram (Sintra) deram as mãos e abriram o Double Trouble, em Sassoeiros, Carcavelos, um inovador espaço de produção artística, onde convergem os interesses destes consagrados artistas de arte urbana.

A inauguração do Double Trouble, na passada sexta-feira, contou com uma exposição que juntou trabalhos inéditos de Nomen e Ram. A estes dois pioneiros do graffiti juntou-se o DJ Nel’Assassin.

Double Trouble pretende ser uma “plataforma de convergências criativas, um laboratório de produção individual e colectiva em áreas de criação visual, assim como um ponto de encontro que visa fomentar a interacção entre artistas, público, produtores e agentes culturais”. Em declarações ao JR, Ram (Miguel Caeiro) falou da abertura do espaço: “Trata-se de uma exposição das nossas obras mais recentes. Quem nos conhece está habituado à nossa linguagem e aqui quebramos um pouco essa linguagem”.

Os retratos de Nomen e a busca geométrica de Ram pautam esta exposição: “Eu apresento a minha busca geométrica e intergaláctica. É a minha vertente cósmica galáctica que são universos que estamos a pintar na rua. Estão aqui cerca de 20 obras que poderão ser adquiridas por valores que rondam os 500 a 1800 euros”. A pintura mural é a característica dominante no Double Trouble. “É a nossa vida. É o nosso trabalho”, disse Ram. “Hoje em dia as pessoas querem ver o nosso trabalho em casa, em quadros.

Temos aqui impressões com ou sem moldura e telas todas pintadas a spray”.

Depois da abertura ao público, as visitas ao Double Trouble “continuam mas são marcadas por telefone ou podem-nos visitar no facebook. Nós vamos cá estar a pintar ao vivo sempre. É o nosso local de trabalho”, disse Ram, que frisou ao JR: “apetece-me agora estar cá. Já percorri 38 países em 10 anos. Agora queremos desenvolver aqui as nossas ideias”.

Nomen (Nuno Reis) descreveu o que se pode ver nas suas obras: “É uma síntese de mim. São obras feitas para este propósito, como rostos femininos que pinto desde os anos 90. É o meu mundo de cor”.

Nomen frisou que “já fazia sentido termos um espaço assim.

Já fazia sentido desde os anos 90, mas só agora é que se proporcionou. Já nos conhecemos há cerca de 15 anos e resolvemos juntar-nos”. No Double Trouble, Nomen salienta que se podem ver “graffiti de verdade.

Não estamos aqui a enganar ninguém. Aqui temos graffiti de verdade”.

Na agenda do Double Trouble estão já outras exposições e ‘open days’. Em Maio, está prevista uma exposição a solo do Ram, e, em Setembro, uma de Nomen. Em Novembro, está pensada uma exposição colectiva com vários artistas.

Francisco Lourenço

Ram apresenta as suas visões geométricas

Nomen desvenda os seus rostos femininos

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Amélia é uma jovem lisboeta que no dia do seu aniversário é abandonada pelo namorado e perde o emprego num quiosque de cachorros quentes. Para ajudar à festa, a mãe, dona de casa, ganha dinheiro como vidente e a irmã é uma actriz no desemprego. Nada corre bem nesta casa portuguesa. Até que um acaso muda tudo. Um filme de Vicente Alves do Ó, com Maria Rueff, que o vai levar às lágrimas... de tanto rir.

VER & OUVIR

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JORNAL DA REGIÃO

“Ilusão Cómica” no Auditório Municipal Lourdes Norberto

David Fonseca com “Futuro Eu” no Olga Cadaval “Futuro Eu” é o título do novo trabalho de David Fonseca e a base do concerto que criou e apresentará no Centro Cultural Olga Cadaval no dia 18 de Março. Com o título retirado da canção revelada através das redes sociais, “Futuro Eu” expõe um conceito inédito na sua vasta obra em que o inesperado é a palavra de ordem.

Publicado em Outubro, “Futuro Eu” tem como grande novidade o facto de se tratar do primeiro disco integralmente composto em português de David Fonseca, um desafio superado e que muito orgulha o artista.

Vencedor de dois Prémios Pulitzer, David McCullough conta-nos a dramática história dos irmãos que ensinaram o mundo a voar. Wilbur e Orville eram homens de excepcional habilidade, determinação e com um longo espectro de interesses intelectuais, que sempre atribuíram ao modo como foram criados e que os fez mudar mentalidades.

O Intervalo Grupo de Teatro apresenta, a partir de um texto de Pierre Corneille - com adaptação e encenação de Manuel Jerónimo -, a peça “Ilusão Cómica” no Auditório Municipal Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha.

A história de um fidalgo rico,

chamado Pridamante, que procura desesperadamente o seu filho desaparecido há já muitos anos. Uma comédia repleta de magia num teatro, sobre o teatro.

Com sessões às sextas e sábados pelas 21h30. Até 27 de Março, no Auditório Municipal Lourdes Norberto.

À partida percebemos o tema que aborda, mas não se fica apenas pelos segredos da Fada dos Dentes, como aborda também, de forma criativa e dinâmica, temas como a amizade, não mentir, o que queremos ser quando formos grandes.

Momentos de grande interacção com os mais pequenos,

com música e muita alegria, ou seja, as melhores formas de cativar a miudagem! Esta Fada dos Dentes faz-se acompanhar pelo seu fiel amigo, o David Duende, que promete encantar e divertir qualquer criança!

No Teatro Villaret, dia 20 de Março, às 11h00.

Centro Cultural de Cascais recebe exposição de pintura e escultura

Teatroesfera apresenta “Duelo Improvisado: Portugal VS Costa Rica”

MÙSICA

Anaquim, “Um dia destes”

Os Anaquim estão de voltam aos álbuns de originais com “Um Dia Destes”, um disco com 12 temas da autoria integral da banda e que conta com participações de Jorge Palma, Luísa Sobral, Quiné Teles, Daniel Tapadinhas e Gabriel Gomes. “Sou Imune ao Teu Charme” é o single de apresentação, um tema que promete conquistar o público.

Dia 18 de Março, pelas 22h00, no Centro Cultural Olga Cadaval.

“A Fada dos Dentes” invade o Teatro Villaret

LIVRO

Os Irmãos Wright, de David McCullough

Também ao vivo, “Futuro Eu”, ainda que recente, conquistou o público. Sempre surpreendente, ao nível cénico David Fonseca traz-nos um conceito completamente inédi-

to, conjugando dramaticidade com espectacular ou intimismo com energia, sempre numa envolvente plástica cuidada e única.

No palco, “Chama-me que eu vou”, “Deixa ser” ou “Hoje eu não sou”, confirmam o génio criativo de David Fonseca que se afirmou com músicas como “Someone that cannot love”, “The 80’s” ou a “Cry 4 Love”, também estas com lugar reservado no alinhamento dos espectáculos de “Futuro Eu”.

No âmbito da celebração do primeiro centenário do Museu Nacional Grão Vasco, a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D.

A companhia de teatro de improviso Instantâneos recebe, pela primeira vez em solo nacional, os Impromptu da Costa Rica.

Juntos em palco para uma noite de pura comédia improvisada, num espectáculo que é também uma competição.

Duelo Improvisado (Portugal

versus Costa Rica), é um espectáculo no qual só o público poderá decidir qual das duas equipas sairá vencedora.

Portugal ou Costa Rica, a escolha é sua!

No espaço Teatroesfera, em Monte Abraão, no dia 19 de Março, pelas 22h00.

Luís I apresentam a exposição “Museu Nacional Grão Vasco: Reservas em Bruto”. A exposição, apresenta obras de pintura e escultura dos séculos XVI e XVII de incalculável valor e torna visível uma selecção de obras provenientes das Reservas do Museu que, por opção do discurso museológico, não se encontram expostas ao público, em permanência, na sua casa-mãe.

A exposição estará patente no Centro Cultural de Cascais até 19 de Junho.

Recital de poesia marca comemorações no MU.SA O MU.SA – Museu das Artes de Sintra prepara-se para ser palco de um Recital de Poesia sob a temática “20 Anos de Sintra Património Mundial e 40 de Eleições Democráticas Autárquicas em Sintra”.

Em tom de comemoração, o local vai receber, de forma gratuita, amantes de poesia e sobretudo de Sintra.

No dia 17 de Março, entre as 18h30 e as 19h30, no 3.˚ piso do museu.

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OPORTUNIDADE DE CARREIRA

16 a 22 de Março de 2016

JORNAL DA REGIÃO

“O meu espelho diz-me que sou a pessoa mais feliz do mundo”, afirmou VANESSA OLIVEIRA em entrevista à revista Caras.

“Muitas vezes queria a Catarina só para mim, tenho de a partilhar com Portugal inteiro”, confessou JOÃO REIS no programa Alta Definição.

“É a contar histórias que me sinto preenchido”

NA BERRA

Ângelo Torres, protagonista de “A Única Mulher”, falou com o JR sobre a arte de narrador

Nascido na Guiné Equatorial, Ângelo Torres encontrou em Portugal o rumo que queria seguir. Com o protagonismo em “A Única Mulher” (TVI) viu o reconhecimento chegar, algo pelo qual trabalhava “há muitos anos, desde 1997”: “Lutei muito para chegar aqui”.

Nascido no seio de uma família “política”, o actor procurou nunca enveredar por esse caminho – “foi uma promessa que fiz à minha mãe e ainda hoje tento sempre obedecer-lhe” – ainda que, por essa razão, com apenas seis anos, tenha sido “enviado” para Espanha. “Cresci e estudei lá e depois, aos 14 anos, mandaram-me para Cuba. Havia um acordo de cooperação entre São Tomé e a ilha e o meu

“Consegui vencer o cancro, não era o divórcio que me ía derrotar”, sublinhou IVETE OLIVEIRA sobre a separação de António Oliveira, à revista Vip.

A n o s mais tarde, quando chegou a Portugal, despertou em si uma paixão antiga: a representação. “Maria do Carmo Tacanho, que tinha sido minha professora, encorajou-me a seguir em frente com este sonho numa altura em que estava a deixar-me engolir pela pressão da família”, sublinha.

Desde então, uma série de pessoas tiveram influência no seu percurso e na tarefa de acreditar em si enquanto actor: “Entre muitos outros relembro o Rogério Vieira que me levou para a Cornucópia, o Luís Miguel Cintra que me fez crer que podia ser muito bom actor e o José Raposo que me pôs na ‘Pensão Estrela’”.

Foi aí, corria o ano de 1997, que Ângelo começou “a ser um pouco mais conhecido”. Hoje é uma figura de destaque na ficção nacional

e em particular para a comunidade africana.

“Esta é a minha verdadeira vocação” Depois de abraçar a profissão de actor, Ângelo percebeu, através de António Fontinha, que a sua maior realização acontecia “a contar histórias”. Uma herança que acredita ter vindo dos tempos de criança, ao lado da sua avó: “bebi de tudo o que fui ouvindo dela.

Era a melhor de todas!”

Assim, é em frente a uma plateia no papel de contador de histórias, que Ângelo se sente “preenchido, pleno”. “É essa a minha verdadeira vocação, contar histórias, mais do que ser actor”, conclui numa altura em que dá a cara, e a voz, pelo projecto “Aqu’Alva Stória - Encontro Internacional de Narração Oral da Lusofonia”, a acontecer até 27 de Março, em Agualva-Cacém (Sintra).

Texto: Sílvia Santos

Foto Divulg

ação

“Lembro-me dele todos os dias, mesmo depois de já terem passado cinco anos e meio, e lembro-me não porque existem fotografias na lareira, mas porque acho mesmo que os pais e os filhos fazem parte uns dos outros”, BÁRBARA FEIO sobre o pai, o actor António Feio, já falecido, à Move Notícias

pai mandou-me para lá, e fez muito bem, salvou-me”, relembra Ângelo que, no país de Fidel Castro, estudou Engenharia Mecânica, não tendo nunca exercido a sua área formativa.

Da infância recorda “a casa sempre cheia”, “as histórias que ouvia”, principalmente contadas pela sua avó, e a boa relação com os irmãos que foi conhecendo: “Filhos do meu pai e da minha mãe somos apenas três, eu e duas raparigas, mas o meu pai teve no total 25 filhos, muitos que só conheci depois de chegar a São Tomé”, um país do qual quis fugir. “Não queria estar ali, a minha família tinha-se separado e já nada fazia sentido, por isso planeei roubar o iate que o Kadhafi tinha oferecido ao Pinto da Costa para sair dali, mas não deu certo”, justifica.

Foto Box

Olha quem fala

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No papel de Norberto Ve nâncio, o ac na ficção na tor ganh cional

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É como contad or de histórias que o actor se “cheio”. Faceta sente que o levou ao “Aqu’Alva Stór Agualva-Cacém ia”, em (Sintra)

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ivulgação

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al Macau

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JORNAL DA REGIÃO

StartUp Sintra

A StartUp Sintra é a incubadora de empresas tecnológicas nascida da visão do presidente da Câmara Municipal de Sintra, dr. Basílio Horta que se aliou ao presidente do Grupo Metal sr. Adriano Lourenço na concretização desta iniciativa. O director da StartUp Sintra, João Cabral, fundamenta que a incubadora baseia a sua actividade em três áreas: formação, aceleração e incubação, e está à procura de StartUps para o seu programa de aceleração com início a 15 de Abril podendo as candidaturas serem feitas em www.startupsintra.com.

Formação A formação foi a aposta inicial da StartUp Sintra. Através de uma parceria com o IEFP Sintra, passaram ao longo do ano de 2015 mais de 1000 alunos para formações em áreas como Administração de redes, Marketing Digital, Criação de Websites, Empreendedorismo e Línguas Estrangeiras. Esta parceria só foi possível graças à visão do eng. Carlos Fonseca, à data director do IEFP de Sintra que considerou que a StartUp Sintra era o complemento ideal para a criação de um ecossistema ímpar, de apoio à requalificação em áreas profissionais com maior empregabilidade.

Aceleração Implementámos um programa intensivo de oito semanas para empreendedores ambiciosos e em áreas de comércio electrónico, media, marketing, Software, IoT e produtos industriais.

Trabalhamos lado a lado com os empreendedores no seu primeiro ano, ajudando a ultrapassar os desafios de crescimento e construir um negócio sustentável de escala global. Este trabalho é complementado com apoio de mentores das áreas específicas dos projectos, de forma a ganharem ensinamentos preciosos e acederem a uma vasta rede de contactos.

Ideias de negócio desenvolvidas na StartUp Sintra

Whale

A Whale foi criada em meados de 2014 pelos fundadores Paulo Almeida e Filipe Resende com o intuito de desenvolver uma solução de software destinada a empresas de média e grande dimensão.

Ambos os fundadores detinham uma ampla experiência no desenvolvimento de software como também no desenvolvimento de projectos de marketing digital para grandes marcas nacionais e internacionais, tendo trabalhado na Google e na Havas Worlwide.

A equipa da Whale é constituída por dez profissionais sendo sete dos mesmos, programadores com um currículo de peso. A restante equipa é constituída por consultores/ comerciais cuja função é dar a conhecer o Clientscape ao mercado nacional, como também ao mercado global.

A Whale encontrou o seu haFotos Sílvia Santos

NEGÓCIOS

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bitat ideal na StartUp Sintra, onde não só dispõe de um espaço com as condições ideais para prosperar como também beneficia do contacto com as outras startups, onde a troca de ideias e experiências decorre diariamente. Quando se junta várias pessoas criativas e munidas de uma ambição para mudar o mundo no mesmo local, algo fascinante acontece e o potencial de alcançar resultados impactantes dispara. Na opinião da Whale, a StartUp Sintra encontrou a fórmula perfeita para servir de trampolim para o sucesso. É neste ambiente criativo

Package Point

Incubação Para as StartUps já implementadas e com facturação e para freelancers a StartUp Sintra dispõe de espaços de incubação que variam desde postos de trabalho individual em espaço de cowork, a salas exclusivas com 70m2, óptima luminosidade, ar-condicionado, limpeza, internet dedicada, acesso a salas de reuniões, salas de video conferência e parque de estacionamento. Visite-nos em www.startupsintra. com.

A Package-Point.com é uma loja e-commerce de embalagens, direccionada para PME’s que têm necessidade de comprar pequenas quantidades, diferenciando-se da concorrência porque garantimos produtos de qualidade certificada,

com disponibilidade imediata e a um preço mais baixo.

A ideia da Package-Point.com surgiu de uma necessidade de mercado.

Compreendemos que existia uma oportunidade para a venda de embalagens a PME’s até 10.000 unidades, o

que a Whale desenvolve o Clientscape que é uma plataforma digital destinado a marcas para estas conhecerem melhor os seus clientes e para os servirem melhor.

Recorrendo ao Facebook, ao Twitter e ao e-mail como canais de comunicação, o Clientscape transforma o

ruído e uma fonte massiva de dados em real-time numa fonte valiosa de qualificação e identificação de clientes. O Clientscape tem merecido a preferência de marcas bem conhecidas tais como a TAP, EDP, L’Oréal e entidades públicas como a Câmara Municipal de Cascais.

valor mínimo de encomenda que os produtores de embalagem normalmente exigem.

Desta forma, com uma estrutura ágil e utilizando uma plataforma de e-commerce, conseguimos comprar grandes quantidades e depois vender a empresas que apenas necessitam de em média 1000 embalagens.

A participação no programa de aceleração Sintra Start permitiu-nos pôr em prática todo o conhecimento académico, validar propostas de valor e escolher a nossa segmentação de mercado, no fundo serviu para afinar e acelerar o lançamento do negócio. Foi também um momento importante de aprendizagem colectiva, pela troca de experiências com as equipas dos outros projectos que estavam a passar pelos mesmos desafios, onde acabamos por ajudar e sermos ajudados

pelas sinergias entre os participantes.

A Package-Point.com fornece principalmente os mercados farmacêuticos, cosmética, alimentar e quimico, em que os produtos com mais saída são os frascos de comprimidos, e os frascos conta-gotas. De momento apenas comercializamos embalagens em plástico branco ou semitransparente estando neste momento a negociar com fornecedores para aumentarmos a oferta de produtos para as áreas de PET e vidro de forma a podermos aumentar o nosso leque de clientes. Embora a grande parte da nossa facturação seja em Portugal, somos uma empresa global e exportamos para toda a Europa, estando focados em penetrar no mercado espanhol. Podem conhecer os nossos produtos em www. package-point.com.

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MOTORES

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JORNAL DA REGIÃO

Autonomia reforçada

Com a introdução de um novo sistema de baterias, mais potentes (30 kWh), a Nissan garante maior autonomia ao Leaf: 250 quilómetros.

Para o comprovar, a marca convidou jornalistas a efectuar um percurso, não tão longo, mas bastante desgastante, que pôs à prova as qualidades do veículo eléctrico mais vendido em todo o mundo.

Aceitámos o desafio e partimos de Lisboa rumo à serra de Monte-

junto com as novas baterias de 30 kWh do Nissan Leaf carregadas a 100%. O objectivo era ir e voltar (cerca de 160 km) com o menor gasto de energia possível. Jornal da Região e Diário de Notícias partilharam o mesmo veículo e afinaram tácticas de poupança de bateria, capazes de garantir uma boa percentagem de carga à chegada e autonomia suficiente para garantir os 250 km anunciados pela Nissan.

Até à entrada no eixo Norte-Sul, gastámos apenas 1% de bateria e

a autonomia variava entre os 199 e os 184 km, consoante o relevo encontrado (o Leaf regenera energia nas descidas e travagens, sendo esse um dado importante para garantir autonomia).

A 80 km/hora, a bateria ressentiu-se um pouco, mas a descida da Calçada de Carriche repôs tudo o que tínhamos gasto. Até Loures foram mais 5%, mas o pior estava para vir: a subida íngreme até Fanhões levou-nos ao desespero (10% de consumo e muitas buzinadelas de quem vinha atrás). No entanto, “tudo o que sobe também desce” e lá fomos recuperando carga até ao sopé da serra de Montejunto.

Aí, nova subida pela frente até ao final da primeira etapa, onde chegámos com a carga a 67% e autonomia para mais 165 km.

Tudo dentro da média esperada, embora longe das prestações de outros colegas Após o almoço, a subida ao topo de Montejunto quase deitou tudo a perder, mas o Leaf recuperou muito bem nas descidas e só vacilou no troço de auto estrada entre Alverca e o Aeroporto, onde carregámos mais no acelerador. Resultado final: 184 km feitos, bateria ainda com 37% de carga e autonomia para mais 65 km. O que permite concluir que, com mais treino, podemos chegar aos 250 km anunciados.

Um ganho considerável do Leaf face à concorrência mais directa: Renault Zoe (240 km), VW e-Golf (190 km) ou BMW i3 (170 km).

O novo Leaf é proposto com preços a partir de 30.300€, com

O novo Nissan Leaf tem baterias mais potentes e autonomia recorde no segmento: 250 km.

Retoques estéticos, tecnologia a bordo e vantagens fiscais são atractivos a ter em conta baterias de aluguer, ou 36.200€ com compra de bateria (com garantia de 8 anos ou 160.000 km), a que se juntam incentivos fiscais e um desconto de 4500€ atribuído pela marca. Os custos de circulação e manutenção estão calculados em três cêntimos por quilómetro, o que significa uma poupança anual de 730€ face a um veículo diesel.

O resto, já é conhecido: o Leaf é espaçoso, confortável, está mais bonito, muito bem equipado e recheado de tecnologia.

Paulo Parracho

Nissan Leaf 30 kWh Acenta Motor: Eléctrico, corrente alterna, síncrono Potência: 109 cv 3000 a 10.000 rpm Binário máximo: 254 Nm Velocidade máxima: 144 km/h Automia: 250 km Preço : 30.300 €

JORNAL DA REGIÃO

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DESPORTO

JORNAL DA REGIÃO

Laurentino quer melhor natação em Portugal

“A minha candidatura quer colocar a natação noutro patamar desportivo. Temos de melhorar a articulação entre os clubes e as autarquias.

Com a actual direcção, a natação tem vivido sob um modelo desintegrado. Além disso, a actual direcção tem

estado virada para dentro de si própria”, criticou Laurentino, que chegou a ser vice-presidente da FPN na temporada de 2004/05.

O candidato também tem experiência política no sector, tendo sido adjunto e assessor de Laurentino Dias, deixan-

do críticas à gestão protagonizada pelo actual presidente, António José Silva.

“Tem existido pouca transparência financeira e uma estagnação desportiva preocupante. Nos últimos anos, têm sido batidos mais recordes mundiais do que máximos nacionais, verificando-se uma elevada taxa de abandono no escalão de seniores durante a última década”, acusou.

O actual presidente da Federação Portuguesa de Natação, António José Silva, comunicou igualmente a recandidatura à liderança do organismo, que tutela desde 2013. “Estes quatro anos de mandato permitiram-me perceber melhor os reais problemas da natação e, garantidamente, a projecção e execução do futuro será realizada de uma forma mais sustentada”, realçou o dirigente em comunicado.

estabeleceu em 2010, precisamente, em Lisboa.

O responsável máximo da organização lembrou que estará na capital portuguesa “a elite da modalidade”, com “14 atletas com melhor marca pessoal abaixo dos 60 minutos”, de um total de 35.000 inscritos.

Sem Mo Farah, que em 2015 venceu com novo recorde da Europa (59.32 minutos), o destaque vai para o sector feminino, em especial para a queniana Vivian Cheruiyot, vice-campeã

olímpica dos 5.000 metros e medalha de bronze dos 10.000 metros em Londres2012.

A portuguesa Sara Moreira tentará fazer melhor do que o segundo lugar obtido no ano passado, atrás da queniana Rose Chelimo, mas não terá tarefa fácil frente a Cheruiyot e à queniana Linet Masai, vice-campeã mundial de corta-mato em 2009, 2010 e 2011.

No sector masculino, o favoritismo recai sobre o queniano Daniel Salel, vencedor da

meia-maratona de Boston em 2015, e o eritreu Samuel Tsegay, vice-campeão mundial de meia-maratona em 2014.

No dia da meia-maratona, a ‘prova rainha’, realizam-se a mini-maratona e a corrida em cadeira de rodas, fazendo também parte do programa uma prova de sete quilómetros, entre o Estádio Nacional e o Mosteiro dos Jerónimos, o Passeio Avós e Netos e a prova mini-campeões, todas no sábado, dia 19.

Antigo nadador do Algés candidato à FPN

Nuno Laurentino, nadador olímpico em Atlanta96 e Sydney2000, é candidato à presidência da Federação Portuguesa de Natação, para a qual defende um modelo mais “moderno e integrado”.

A apresentação da candidatura para o quadriénio de 2006/10 teve lugar nas Piscinas do Jamor e contou com a presença de várias figuras

do desporto nacional, como o velejador Gustavo Lima, a marchadora Susana Feitor, o capitão da selecção nacional de ténis, Nuno Marques, além do antigo secretário de Estado do Desporto do Governo PS, Laurentino Dias, de quem Nuno Laurentino foi assessor.

“Só para ver esta moldura humana já valeu a pena lançar a minha candidatura. A minha ligação há natação já perdu-

ra há 30 anos. A modalidade deu-me uma carreira desportiva e moldou o meu carácter”, começou por afirmar o antigo nadador do Algés e Dafundo, que representou a selecção nacional por 56 vezes durante 15 anos, oito dos quais como capitão nacional.

Laurentino diz sentir que “o caminho que a natação tem levado nos últimos anos não serve os interesses da modalidade”.

Melhores do mundo partem de Algés Carlos Móia elogiou o lote de atletas que vão participar na Meia Maratona de Lisboa, que se vai realizar no domingo, dia 20, com partida da corrida de elite em Algés, concelho de Oeiras. “Mesmo tendo baixado para metade o prémio para a obtenção de novo máximo mundial, de 100.000 para 50.000 euros”, Carlos Móia acredita que será possível melhorar o recorde de 58.23 minutos que o eritreu Zerzenay Tadese

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Poemas ilegíveis nos caminhos do Parque dos Poetas

Abate de árvores preocupa núcleo histórico de Carnaxide Moradores da zona histórica de Carnaxide manifestam preocupação com as obras de requalificação do Largo da Pátria Nova, iniciadas recentemente. Em causa estão, sobretudo, o abate de árvores e a incerteza quanto à preservação das condições de usufruto do largo adjacente à Igreja de São Romão.

Os primeiros efeitos das obras daquela empreitada – orçada em cerca de 440 mil euros e com duração prevista de 14 meses – estavam já visíveis no final da tarde desta segunda-feira (dia 14), no interior da vedação metálica colocada entre a Rua Manuel dos Santos Mónica e a Igreja de São Romão, por onde se espalhavam ramos e troncos resultado de alguns abates, bem como escombros da mesa e bancos onde munícipes mais idosos daquele núcleo antigo costumavam confraternizar.

O receio transmitido por alguns moradores é que os abates deixem o largo da igreja descaracterizado, questionando-se a necessida-

de de uma acção tão radical.

“Na maqueta referente à obra é perfeitamente percetível que a maioria das árvores ali existentes há largas dezenas de anos vai desaparecer”, alerta António Pinheiro, morador, desde há quase 20 anos, na Rua 5 de Outubro, a escassos metros do local em questão.

“Não falo só por mim, é uma preocupação que vários moradores têm manifestado”, salientou ao JR António Pinheiro, que costuma frequentar estabelecimentos de restauração daquele largo e contactar os cidadãos mais idosos que se habituaram a jogar às cartas naquele espaço, à sombra das árvores.

A desconfiança quanto à dimensão do abate de espécies arbóreas é potenciada pela percepção de que a eliminação de árvores tem aumentado consideravelmente.

Dessa mesma ideia comunga, também, António Pinheiro que diz fazer parte “de um grupo cada vez mais alargado de habitantes preocupados com o que se está a passar em Carnaxide

relativamente à destruição indiscriminada/injustificada de árvores que não são substituídas”.

Agora o receio é que a requalificação do Largo da Pátria Nova permita “mais um atentado ao que tem sido ao longo dos anos a maior riqueza natural da freguesia, justamente a quantidade de árvores e arbustos de grande porte que povoam a vila”.

Pelo contrário, a Câmara de Oeiras sustenta que a empreitada em causa visa “valorizar os elementos patrimoniais existentes, incentivando a circulação pedonal”. As obras incluem reformulação de redes de infra-estruturas, substituição de mobiliário urbano, criação de uma área de esplanadas junto aos cafés e restaurantes, bem como a já referida “valorização da zona envolvente à Igreja de São Romão, com a eliminação de alguns elementos dissonantes, por forma a facilitar a percepção de todo o espaço e realçar o património de valor histórico existente (igreja, chafariz, coreto e a entrada da Mina)”.

No dia em que começa a Primavera e se comemora, também, o Dia da Poesia, nada melhor do que aproveitar para fazer um “dois em um” efectuando um passeio no Parque dos Poetas. Assim conciliam-se as duas vertentes tão benéficas para a saúde e formação dos cidadãos. Haverá jardins mais belos, é certo, mas não com tanta poesia a brotar da terra e até de chão mais duro…

Só é pena que não tenha sido possível fazer em devido tempo a reparação das folhas contendo excertos de poemas de autores famosos que estão danificadas. Por exemplo, na entrada situada defronte da popularmente chamada rotunda das

gaivotas (Oeiras Parque), sobe-se os primeiros degraus e depara-se com um trecho do poema de Alexandre O’Neill “A Uma Oliveira” em que a parte final já não existe. Algo semelhante acontece, ali perto, a António Ramos Rosa.

A juntar a estes maus-tratos às obras dos poetas visualiza-se na mesma entrada um caixote do lixo vandalizado, degraus com alguns pedaços caídos do sítio apropriado…

Não são situações muito gravosas, é certo. Mas custaria assim tanto ter feito ali uma pequena empreitada antes do Dia da Poesia? É que comemoração soa muito melhor rimando com renovação do que com degradação.

Múltiplas faces da violência doméstica em discussão no Dafundo Discutir e reflectir sobre as causas e os efeitos, os problemas e as possíveis soluções para a violência que envolve crianças e jovens, no seio da família ou na escola, mas também aquela que se abate sobre os adultos e, ainda, sobre os idosos, motivam a realização do 1.º Encontro Temático organizado pela Comissão Social de Freguesia da União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo, na

próxima sexta-feira (dia 18), no auditório dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, das 09h00 às 18h00.

A violência nas crianças e jovens trará a debate o fenómeno do “bullying”, bem como dos maus tratos no namoro e contra a criança. Outro tema será a violência no adulto, abordando questões como a violência doméstica ou o perfil da vítima. Já a violência no idoso enquadrará este tipo de acontecimentos

no âmbito da Terceira Idade.

Por fim, haverá, ainda, espaço para passar em revista as leis e procedimentos existentes contra a violência.

Entre as numerosas personalidades que deverão intervir sobre os temas em debate incluem-se o Intendente José Carlos Neto, comandante da Divisão da PSP de Oeiras, Marlene Rodrigues, vereadora com o pelouro da Acção Social na autarquia, Fátima Nogueira, da direcção

do Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras, Júlia Cardoso, do Departamento de Coesão e Desenvolvimento Social da Câmara, a procuradora do Ministério Público Luísa Quintela, entre outros profissionais ligados a estas múltiplas facetas da violência.

“Esta iniciativa tem como objectivo discutir todo este conceito, acção e consequências, e apresentar as medidas de intervenção

praticadas pelas instituições e agentes locais no combate a este flagelo, que assume contornos cada vez mais dramáticos na sociedade actual”, frisa a organização do evento, em cuja sessão de abertura está prevista a participação do presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, assim como do presidente da União de Freguesias organizadora da iniciativa, Carlos Moreira.

Médico de Família

Colonoscopias ainda com atraso A Europacolon Portugal - Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, alerta novamente para a situação da falta de acesso eficaz da população da zona da Grande Lisboa a colonoscopias com sedação, apesar dos dados da Administração Regional de Saúde que revelam um aumento de 17% da realização desses exames na zona de Lisboa e Vale do Tejo.

Na Grande Lisboa, os locais para a realização de colonoscopias passaram de dois para 37, segundo informação divulgada pelo Ministério da Saúde em Setembro de 2015.

Contudo, passados cinco meses deste anúncio, cerca de metade das 37 novas entidades prestadoras que integraram a rede de convencionados do Serviço Nacional de Saúde ainda não se encontram a realizar os exames.

Contactadas pela Europacolon Portugal entre os dias 3 e 4 de Março, apenas 21 entidades da zona (que inclui Caldas da Rainha, Alcobaça, Torres Novas, Leiria) se encontram a fazer marcações de colonoscopias com sedação através de prescrições pelo SNS e destas, apenas 15 aceitam marcações para os meses de Março e Abril. Outras seis têm actualmente uma lista de espera que ultrapassa os dois meses.

Para Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal, “a situação melhorou, regista-se um aumento dos exames na região, mas encontra-se ainda muito longe de estar resolvida”.

O cancro do intestino é um dos tumores malignos que mais mata em Portugal e, segundo dados recentes do Registo Oncológico Nacional, é o tipo de cancro que mais tem vindo a aumentar na população portuguesa. Actualmente, é responsável pela morte de 11 pessoas por dia e todos os anos se registam aproximadamente oito mil novos casos. É a patologia oncológica mais mortal.

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16 a 22 de Março de 2016

ACTUALIDADE

JORNAL DA REGIÃO

População convidada a plantar árvores

Carnaxide planta nas escolas

Comemorando a chegada da Primavera e o Dia Mundial da Floresta, a Câmara Municipal de Oeiras volta a convidar a população a participar em acções de plantação de árvores e arbustos em diversos espaços verdes do município.

Realizadas no âmbito do Plano Municipal de Arborização, as iniciativas de plantação terão lugar ao longo dos próximos dias.

Assim, já nesta quinta-feira (dia 17), pelas 10h00, o espaço situado junto às hortas urbanas da Rua do Silval, em Cacilhas de Oeiras, será o local da primeira acção a realizar neste âmbito.

Segue-se, sexta-feira, pelas 14h00, o Jardim Municipal de Caxias, com a plantação de árvores e arbustos para renovação da flora daquele espaço verde.

Finalmente, no próximo dia 21 (uma segunda-feira), data que é, oficialmente, o Dia Mundial da Floresta, pelas 10h00, a Alameda Conde de Oeiras, na urbanização Nova Oeiras, acolherá o mesmo tipo

Desafio lançado pela Câmara de Oeiras

de iniciativa, mas desta feita com um extra: a colocação de caixas ninho para chapins, no âmbito do projecto de bio controlo da lagarta do pinheiro Os interessados em participar podem inscrever-se através do email nspa@ cm-oeiras.pt, do telefone fixo 210976565 ou através do Número Verde - 800 201

205, até dois dias antes da iniciativa, indicando o número de participantes.

Em jeito de incentivo à participação dos munícipes, a Câmara de Oeiras aproveita para lembrar que no ano de 2015 foram plantadas 769 árvores no âmbito do Plano Municipal de Arborização, relativas às comemorações da Primavera e do Outono.

A União das Freguesias de Carnaxide e Queijas organizou um programa próprio para comemorar o Dia da Floresta, contando com o apoio da Divisão de Espaços Verdes da Câmara. Assim, “no âmbito das actividades de infância e ambiente previstas para 2016 e à semelhança dos anos anteriores”, aquela autarquia agendou para esta quinta-feira um conjunto de acções de plantação de árvores em diversos estabelecimentos de ensino do seu território. A saber: Creche Nossa senhora da Conceição, EB1/JI Amélia Vieira Luís e a EBI com JI Sophia de Mello Breyner (todos na Outurela, às 10h00, 10h30 e 11h00, respectivamente), a EB1 Sylvia Phillips, no centro de Carnaxide (11h30), a EB1/ JI Narcisa Pereira e a EB1 Gil Vicente (ambas em Queijas, às 14h15 e às 14h45) e, finalmente, a EB1/JI Cesário Verde, em Linda-a-Pastora (às 15h15).

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Autarquia apoia 49 colectividades O município de Oeiras vai atribuir cerca de 546 mil euros de comparticipação financeira a várias colectividades do concelho. A medida, aprovada recentemente em reunião de Câmara, contempla 49 candidaturas aceites.

O Sport Algés e Dafundo, com uma verba de 140 mil euros, e o Clube Desportivo de Paço de Arcos, com 100 mil euros, são as colectividades que se destacam, em termos de volume de apoio concedido, no conjunto de agremiações do município que beneficiarão, em 2016, da atribuição de comparticipação financeira por parte da autarquia. Mais abaixo, seguem-se o Clube Recreativo Leões de Porto Salvo (60 mil euros) e o Sporting Clube de Linda-a-Velha (37 mil euros).

Esta medida de apoio camarário, a atribuir em 2016, destina-se a manutenção e desenvolvimento de actividades desportivas regulares, “nomeadamente no que respeita a despesas com inscrições, enquadramento técnico, deslocações, material técnico e instalações”.

A sua aprovação acontece não obstante a entrada em vigor do Regulamento de Apoio ao Associativismo Desportivo (RAAD), publi-

cado em “Diário da República” a 30 de Dezembro, uma vez que se trata de um procedimento com início em momento anterior àquele novo regulamento, o qual implica já diferentes critérios e condições de atribuição de comparticipações por parte da autarquia.

A decisão em relação às colectividades contempladas no âmbito do apoio agora concedido baseou-se na “informação reportada pelas colectividades, através do preenchimento de formulário online, relativamente à época desportiva transacta, tendo sido os mesmos verificados e validados pela Divisão de Desporto”, explica a autarquia. Por outro lado, “só poderiam beneficiar deste tipo de apoio as colectividades registadas junto da Divisão de Desporto por um período mínimo de três anos consecutivos”. Finalmente, “às colectividades desportivas foi solicitada, adicionalmente, a documentação considerada relevante para o normal desenvolvimento da sua actividade desportiva, concretamente, o Plano de Actividades relativo à época actual, e o Relatório e Contas da época desportiva transacta”.

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