Edição de Sintra 110 do Jornal da Região

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JORNAL DA REGIÃO Director: Paulo Parracho • 11 a 17 de Janeiro de 2017 Série IV • Edição N.º 110 • Ano XXII • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Paulo Pires “Gosto imenso de fazer teatro”

Paulo Pires aceitou mais um desafio na representação e – juntamente com Catarina Furtado, João Reis e Manuela Couto – integra o elenco da comédia negra ‘Os Dias Realistas’, do conceituado dramaturgo norte-americano Will Eno, em palco no Casino de Lisboa

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SAÚDE EM ESTADO DE EMERGÊNCIA

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As urgências hospitalares estão lotadas e a Administração Regional de Saúde foi obrigada a activar um plano de contingência que, entre outras medidas, desvia os doentes encaminhados pelo INEM do Hospital Amadora-Sintra para outras unidades.

Também os centros de saúde têm, até meados de Março, horários de atendimento complementar. Aos domingos, os utentes contam, a partir de agora, com um período alargado de atendimento nas instalações do Centro de Saúde de Monte Abraão.

UNIDADE DE SAÚDE

DIAS ÚTEIS

SÁBADO

DOMINGO

Algueirão-Mem Martins

20h00 - 24h00

09h00 - 14h00

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Monte Abraão-Belas

20h00 - 24h00

09h00 - 14h00

10h00 - 18h00

Cacém-Agualva

20h00 - 24h00

09h00 - 14h00

––––––––––

Rio de Mouro

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09h00 - 14h00

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Sintra

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09h00 - 14h00

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CÂMARA DE SINTRA CEDE TERRENO PARA CONSTRUÇÃO DE PÓLO HOSPITALAR Ver anúncio na contracapa

Área de 60 mil metros quadrados no Bairro da Cavaleira

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11 a 17 de Janeiro de 2017

Hospital fechado para doentes do INEM

JORNAL DA REGIÃO Foto de Arquivo

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Urgências lotadas impôem medida Até meados de Janeiro, o Hospital Dr. Fernando da Fonseca (HFF) não vai receber doentes encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Em causa está a lotação da capacidade de internamento do serviço de observações, em resultado do aumento da actividade gripal, que levou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) a activar um plano de contingência.

Os doentes encaminhados pelo INEM estão a ser enviados para os hospitais de Santa Maria e de São José, como, aliás, já aconteceu com os feridos do incêndio urbano que ocorreu em Massamá, na passada quinta-feira.

O Plano de Contingência da ARSLVT foi activado, no caso da unidade hospitalar que serve os concelhos de Sintra e Amadora, ainda antes do

Natal e deverá estar em vigor até meados de Janeiro, para já até ao próximo dia 18. Fonte do HFF revelou ao Diário de Notícias que “foi decidido em Novembro que sempre que um hospital atingisse a lotação do serviço de observações – faz apoio à urgência que tem 45 camas com a possibilidade de mais dez –, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) seria informado e os doentes encaminhados para outro hospital”. Os últimos dias têm registado uma grande afluência, com 1072 urgências a 1 e 2 de Janeiro, a que acrescem 340 atendimentos na Urgência Básica, em Algueirão-Mem Martins.

A ARSLVT justifica que a medida integra um plano de contingência “para evitar que as urgências que já estão muito congestionadas entrem em ruptura e evitar situações de macas nos corredores”.

Esta medida motiva a preocupação da Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra (CUSCS), por se tratar de uma situação recorrente ao longo dos anos. “São medidas tomadas para tentar resolver um problema sempre num momento específico, em Dezembro/Janeiro, devido ao aumento da afluência à Urgência do Hospital”, acentuou Paula Borges, porta-voz da CUSCS, em declarações ao JR. O Plano de Contingência da ARLVT “não vai sanar o problema, mas apenas minimizar a situação”, considera esta responsável da CUSCS. Os relatos dos utentes falam em tempos de espera, mesmo para doentes urgentes, de “13 horas, mas também de 15/16 horas em alguns casos”.

“O problema não é mais gravoso, segundo as informações prestadas pelos utentes, graças ao trabalho dos pro-

Utentes continuam a alertar para a falta de capacidade de resposta do Hospital Dr. Fernando da Fonseca

fissionais de saúde que estão no Hospital Amadora-Sintra, no Serviço de Urgência Básica de Algueirão-Mem Martins e nos centros de saúde, que procuram colmatar muitas das lacunas e dificuldades que se colocam à população”. acrescentou esta munícipe, que considera que, apesar do alargamento dos horários, os centros de saúde não conseguem dar a resposta adequada por falta de médicos de família, como se verifica na actividade quotidiana de todas as unidades.

Na recente reunião do executivo municipal, que aprovou a cedência do terreno para o pólo hospitalar, o presidente da Câmara, Basílio Horta, sublinhou que “a situação do concelho de Sintra, em termos de saúde, é criminosa”.

“Como é possível que, no Amadora-Sintra, haja necessidade de 14 horas para uma urgência?”, questionou o autarca, que continuou a desfiar o rol de reclamações: (Como é possível) Que haja necessidade, em alguns casos, de anos para uma cirurgia? Mui-

tas semanas, senão meses, para uma consulta?”. O edil recordou que, até Março de 2016, o hospital nem sequer dispunha de Viatura Médica de Emergência e Reanimação.

“Quando havia uma paragem cardio-respiratória, a VMER vinha de Lisboa ou de Cascais”, frisou Basílio Horta, que deu conta que a viatura do Hospital Amadora-Sintra sai “entre 10 a 12 vezes por dia, quando a média nacional é oito”. “A situação é inaceitável”, concluiu o autarca.

JCS

Pólo hospitalar “não passa de paliativos”

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A construção de um hospital público, com 350 camas, continua a ser reivindicada pela Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra, que não se deixa convencer pelas virtudes anunciadas relativamente ao pólo hospitalar. “Enquanto Sintra não tiver o seu próprio hospital, com as valências necessárias para um concelho com mais de 400 mil habitantes, continuaremos a ter problemas muito graves nestes momentos cíclicos, dos picos das gripes”, alerta Paula Borges.

Para a CUSCS, o pólo hospitalar não passa de “paliativos”. “Não é um pólo hospitalar que irá tratar da saúde dos

sintrenses, por ser claramente insuficiente face ao número de habitantes do concelho e à área geográfica muito significativa”, acrescenta.

A prova da necessidade de uma unidade de saúde com outra dimensão, segundo esta responsável, é que os grupos privados continuam com o concelho na mira do investimento. “Fala-se da construção de um hospital privado em Algueirão-Mem Martins. Se o privado vê aqui uma oportunidade de negócio, é porque há, claramente, espaço para isso porque a rede pública não está a dar a resposta necessária”, acentua Paula Borges.

JORNAL DA REGIÃO

“O concelho de Sintra necessita de um hospital há mais de 20 anos e, neste momento, estamos a trabalhar sobre o prejuízo. Esta matéria deve continuar a ser ponderada e avaliada e não aceitamos a solução da construção de um pólo hospitalar: é muito redutor para as características do concelho, em termos do número de população e da extensa área geográfica, para além das dificuldades sentidas pelos próprios profissionais de saúde ao nível dos cuidados primários (centros de saúde e unidades de saúde familiar)”, adverte a porta-voz da comissão de utentes.

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11 a 17 de Janeiro de 2017

JORNAL DA REGIÃO Foto JCS

Câmara cede terreno para pólo hospitalar

Terreno de 60 mil m2 no Bairro da Cavaleira O Pólo Hospitalar de Sintra (PHS) deu mais um passo com a aprovação da cedência do terreno, situado no Bairro da Cavaleira, com uma área aproximada de 60 mil metros quadrados. O executivo municipal também já destinou seis milhões de euros para a concretização do novo equipamento, que terá valências de serviço de urgência, consultas de especialidade, cirurgia de ambulatório e capacidade de internamento.

O executivo municipal aprovou, com a abstenção dos eleitos do movimento ‘Sintrenses com Marco Almeida’ (SCMA), a cedência de um terreno no Bairro da Cavaleira, com uma área de 60 mil metros quadrados, para a construção do PHS. A concretização deste equipamento, segundo Basílio Horta (PS), presidente da Câmara, resulta da “evidente carência no acesso aos cuidados de saúde por parte das populações de Sintra”, por força da “óbvia desadequação e subdimensionamento” do Hospital Fernando da Fonseca que, mais uma vez, tem sido evidente nos últimos dias por via do acréscimo

de situações de gripe (ver página 2). “Basta ver o que está a acontecer, neste momento, nas urgências da região, nomeadamente no Hospital Amadora-Sintra, para se perceber a enorme urgência e acuidade” da construção do novo equipamento de saúde, frisou o edil.

O protocolo com o Ministério da Saúde deverá ser celebrado no dia 27 de Janeiro, na sequência de uma deslocação do ministro Adalberto Campos Fernandes ao concelho de Sintra, que incluirá ainda a visita às obras do Centro de Saúde de Queluz.

O novo pólo hospitalar vai funcionar em articulação com o Hospital Amadora-Sintra, sendo dotado de serviço de ur-

gência, consultas de especialidade, cirurgia ambulatória e capacidade de internamento, com um mínimo de 60 camas.

Mas, as valências do novo pólo ainda estão em estudo, por parte de uma comissão que integra responsáveis do ministério e da autarquia sintrense, neste caso liderados pelo presidente da Assembleia Municipal de Sintra (AMS), Domingos Quintas, e que integra o vereador responsável pelo pelouro da Saúde, Eduardo Quinta Nova.

Também a AMS será chamada, em sessão agendada para a próxima segunda-feira, dia 16 de Janeiro, a pronunciar-se sobre a cedência do terreno e a alteração do alvará de loteamento da urbanização, já

que aquele local se destinava à construção de um parque urbano. Sem efeito ficou o terreno inicialmente previsto na Portela de Sintra, situado em frente do Palácio da Justiça, por constituir propriedade privada e implicar, assim, maiores encargos financeiros.

O terreno agora escolhido é equidistante, em dois quilómetros, das estações ferroviárias de Algueirão-Mem Martins e da Portela. “A referida localização oferece condições de acessibilidade por via de transportes públicos como rodoviário e ferroviário, bem como acessibilidades rodoviárias oferecidas pela proximidade do nó da auto-estrada A16 que limita a poente o terreno”, realçou Basílio Horta, que destacou a possibilidade de, no futuro, o equipamento ser expandido. “O pólo hospitalar vai ter uma dimensão muito grande, que responde a necessidades actuais e está preparado para responder a necessidades futuras”, frisou.

A proposta de cedência do terreno, submetida na passada sexta-feira a reunião extraordinária, revela que cabe à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) “erigir, instalar e a manter em funcionamento o PHS”, nomeadamente desenvolver o programa funcional, promover a execução do projecto e proceder ao lançamento da empreitada e, após a construção da unidade, “gerir e manter o PHS, assumindo a responsabilidade pelo funcionamento, incluindo os en-

cargos com os meios técnicos e humanos e demais despesas de funcionamento”.

Na mesma reunião, o município aprovou a afectação de seis milhões de euros para o avanço da nova unidade, num investimento global estimado de 30 milhões de euros.

Para o corrente ano, foram consagrados 2,5 milhões de euros e 3,5 milhões para 2018, sendo que 4,2 milhões serão

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provenientes das verbas a devolver pela Administração Central, relacionados com juros de mora de impostos municipais retidos pela Administração Central nos últimos 12 anos.

“Todas as iniciativas ligadas à concretização do pólo hospitalar não vão parar por falta de suporte financeiro”, garantiu o presidente da Câmara.

João Carlos Sebastião

“Cheque em branco” Para além da ausência do vereador da CDU, Pedro Ventura, que já fez saber que continua a defender a construção de um hospital público com 350 camas, a cedência do terreno foi questionada pelos eleitos de SCMA, por não estar disponível ainda o estudo que define as valências do futuro equipamento. Para Elsa Judas, “esse estudo devia ter sido entregue, obrigatoriamente, até ao dia 1 de Janeiro”.

Perante a ausência do estudo, que definirá os requisitos técnicos e determinará o programa funcional do pólo hospitalar, está “a ser colocado o carro à frente dos bois” e, no fundo, “estamos a passar um cheque em branco”. “O que será o PHS? Quais são as diferenças entre um pólo hospitalar e um hospital?”, questionou a autarca, para quem as dúvidas se estendem à data do “início de construção da obra, que até pode ser daqui a dez anos, na pior das hipóteses”. Basílio Horta contrapôs que o “estudo está pronto, mas tem de ser aprovado pelo ministro da Saúde”, mas tal não impede a cedência do terreno.

Apesar da garantia da vereadora Paula Simões de que o movimento SCMA não está contra a construção de uma unidade hospitalar, “mas – ressalvou – os munícipes já ouviram tantas promessas,

Marcações 212 494 361

de há muitos, muitos anos, que não foram concluídas”, o voto acabou mesmo por ser a abstenção.

As dúvidas levantadas foram desvalorizadas pelo vice-presidente da Câmara, Rui Pereira, para quem o essencial é avançar com este processo e torná-lo irreversível. “Não podemos dar a mínima possibilidade ao Ministério da Saúde de desviar o investimento, como já fez no passado, de Sintra para outros locais”, acentuou o autarca do PS. “O que está em causa é conquistar, para o concelho de Sintra, uma estrutura que melhore as condições de prestação de cuidados de saúde, seja ela qual for e qual o nome que se lhe dê”, acrescentou Rui Pereira.

Ao contrário dos eleitos do movimento SCMA, os vereadores do PSD votaram a favor, com Paula Neves a frisar que “Sintra precisava de um hospital e não de um pólo hospitalar, mas temos um terreno com grande capacidade, o que possibilitará, no futuro, uma ampliação e tornar o pólo hospitalar num verdadeiro hospital”. Também Luís Patrício sublinhou que o executivo municipal “tem de dar um sinal ao Governo que queremos, e com a maior brevidade possível, esse equipamento para o concelho”.

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JORNAL DA REGIÃO

BREVES 50 ANOS DO GRUPO CORAL DE QUELUZ

O Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas vai assinalar, novamente, uma sexta-feira 13, com uma visita nocturna. Com esta visita – articulada em torno de antigas superstições pagãs – o espaço museológico tem como objectivo assinalar esta noite assombrada pelo espectro do azar, integrando os monumentos expostos com crenças que mergulham as suas raízes na Antiguidade. “Aceite o nosso convite e participe… se tiver coragem!!!”, é o desafio dos responsáveis do museu, que convidam para sessões às 21h00, 22h00 e 23h00. A visita tem o preço de três euros, mediante reserva (isenção para crianças até aos 14 anos), através do telefone 21 9609520.

A Câmara Municipal de Sintra vai apoiar as nove associações humanitárias de bombeiros voluntários do concelho, mediante a atribuição de um subsídio no montante de um milhão e 150 mil euros. O montante financeiro destina-se, segundo o município, à ampliação e manutenção de instalações e infra-estruturas, à gestão corrente, gestão logística e administrativa das corporações, à aquisição e reparação de veículos de prevenção, socorro, combate a incêndios e salvamentos, de outro equipamento operacional e de protecção individual, bem como a acções de informação e formação no âmbito da actividade normal das associações humanitárias ao longo do corrente ano.

O Grupo Coral de Queluz arranca este sábado, dia 14 de Janeiro, a partir das 18h30, no Palácio Nacional de Queluz, com as comemorações dos seus 50 anos. O concerto vai juntar antigos maestros e coralistas, sendo divido em duas partes: na primeira, o actual coro, dirigido pelo maestro Pedro Miguel, interpretará as seis peças que integram o primeiro programa com repertório existente nos arquivos da instituição; na segunda parte, actuará um grande coro com cerca de 100 elementos, dirigidos pelos antigos e actual maestro.

Ao longo de um ano, terão lugar vários concertos, para assinalar o meio século de actividade, com as comemorações a terminarem a 14 de Janeiro de 2018.

‘Balcão +’ facilita acesso à justiça

Foto JCS

APOIO A ASSOCIAÇÕES DE BOMBEIROS

ACTUALIDADE

SEXTA-FEIRA 13 NO MUSEU

Projecto-piloto arrancou em Sintra e será alargado agora a Oeiras, Cascais e Amadora No Palácio da Justiça, no âmbito de um projecto-piloto que integra o programa ‘Justiça Mais Próxima’, o ‘Balcão +’ atendeu, em três meses, 14.350 pessoas, cerca de metade das que se dirigiram ao tribunal. Com um grau de satisfação no atendimento de 7,7, numa escala de 0 a 10, o projecto vai ser replicado nos restantes tribunais da Comarca Lisboa-Oeste: Oeiras, Cascais e Amadora (com excepção de Mafra).

Melhoria no atendimento ao cidadão, modernização e simplificação de serviços de retaguarda (secretarias) e disponibilização de ferramentas de suporte à gestão são os três vectores essenciais do projecto-piloto ‘Tribunal +’ que está em curso, desde o passado mês de Setembro, no Palácio da Justiça de Sintra, sede da Comarca Lisboa-Oeste.

Segundo a secretária de Estado, o projecto terá impactos com conclusão de 3800 processos pendentes, um acréscimo de dez por cento ao nível de processos findos, a que acresce uma redução do tempo de execução de tarefas de menor valor por parte dos oficiais de justiça.

A aposta nas novas tecnologias é uma das vertentes do projecto, com o reforço da videoconferência, permitindo a audição de testemunhas que se encontram noutra comarca e detidas, a audição de peritos, e o registo de declarações para memória futura, neste caso “minimizando repetição de episódios traumáticos por parte de vítimas”. Nos últimos meses, foram efectuadas mais de 500 videoconferências, com 414 solicitadas por outros tribunais, de norte a sul do país, e 108 efectuadas na própria comarca.

‘O Tribunal +’ tem três objectivos essenciais: a conveniência, a celeridade para o cidadão; a simplificação de procedimentos, fornecendo, aos oficiais de justiça e aos magistrados, meios para, de uma forma simples, directa e focada, atingirem os objectivos do seu trabalho e, num terceiro momento, disponibilizar melhores mecanismos que nos permitam melhorar a gestão dos serviços judiciais”, salientou Anabela Pedroso, secretária de Estado adjunta, na apresentação do projecto, realizada no passado dia 4, na presença do primeiro-ministro, António Costa.

O objectivo central deste projecto de modernização, com simplificação administrativa dos serviços de retaguarda, visa a redução do número de processos pendentes, com vista a combater a morosidade na área judicial.

‘Balcão +’ é a face mais visível do projecto que visa facilitar o atendimento ao cidadão

A face mais visível deste projecto, que será alargado agora a Oeiras, Cascais e Amadora, é o ‘Balcão +’, um posto que visa um “atendimento mais próximo e célere” do cidadão, permitindo obter informações sobre várias secções, DIAP, Cível, Comércio, Execuções e Trabalho, para além de apresentação de requerimentos e obtenção de certidões e pedido de registo criminal. Neste caso, o ‘Balcão +’ incentiva a utilização do serviço online, o que se traduziu na emissão de cerca de oito mil registos criminais.

Ao atendimento especializado, numa primeira linha, segue-se uma resposta descentralizada ao nível das secções de processo em área mais sensíveis como a Família e Menores, Crime e Administrativo e Fiscal, por se tratar de matéria mais reservada para o cidadão. “Em vez de uma secretaria por cada uma das secções, passámos a ter uma única secretaria à entrada do espaço que serve todas as secções”, salientou ainda a secretária de Estado adjunta da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

O projecto será agora alargado aos tribunais de Oeiras, Cascais e Amadora (com excepção apenas de Mafra), prevendo-se para Março próximo o relatório final e, até ao Verão, a preparação da expansão, com análise económica, candidaturas a fontes de financiamento, acompanhamento e investigação por parte da OCDE e da Universidade de Berkeley (Reino Unido), com vista a replicar o projecto por vagas, mas sempre em comarcas de maior dimensão.

João Carlos Sebastião

Foto JCS

“Ganham os cidadãos, mas também os funcionários” Para a juíza presidente do Tribunal Judicial da Comarca Lisboa-Oeste, Rosa Vasconcelos, “o sucesso ou o insucesso” do projecto-piloto “dependia da adesão dos funcionários de justiça”, por estarem na primeira linha do contacto com o cidadão que se desloca aos tribunais.

“Num quadro de carência permanente de funcionários, sobrecarregá-los com mais tarefas, implicaria exigir mais trabalho e ainda maior dedicação”, salientou a magistrada que lidera a comarca que abrange Sintra, Oeiras, Cascais, Amadora e Mafra, que enalteceu o empenho dos funcionários judiciais.

“A introdução de uma nova forma de atendimento ao cidadão, como mais uma variável no sistema de funcionamento quotidiano dos tribunais, não veio exigir mais trabalho, nem sobrecarregar mais os funcionários judiciais”, salientou Rosa Vasconcelos.

Para esta juíza, as medidas introduzidas, “para que os cidadãos tenham maior facilidade em encontrar o que procuram”, tiveram reflexos positivos nas secretarias. “O que começou por ser uma forma de simplificar a vida dos de fora, acabou por se transformar numa forma de simplificar a tarefa aos de dentro”, realçou a juíza. “É já pos-

sível concluir que ganham os cidadãos, que entram nesta casa com maior ou menor frequência, mas que ganham também os que nela trabalham. As mudanças de procedimentos e as formas de organização podem permitir obter maior eficiência e celeridade”, acrescentou Rosa Vasconcelos, para quem os tribunais, de uma forma geral, “têm conseguido, ao longo dos tempos, melhorar os seus processos de funcionamento, mas uma mudança como esta, à escala que foi testada neste tribunal, implicaria sempre investimento, planeamento e vontade política e concentração de competências”.

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JORNAL DA REGIÃO

Observação de aves no estuário do Tejo

EVOA-Espaço de visitação em Vila Franca de Xira “Pelo Tejo vai-se para o Mundo”, disse o poeta. E dele se partiu na descoberta de novos mundos e dele ainda hoje se segue viagem, para perto ou bem longe.

A este movimento dos homens, junta-se o das aves que também daqui partem, cumprindo rotas migratórias milenares que as levam a longínquas e surpreendentes paragens. Mas se do Tejo se despedem ao Tejo regressam num vaivém sem idade que se renova todos os anos. Os recursos naturais, como a água, a flora,

a fauna, foram preservados e todo este território, que constitui a mais vasta zona húmida de Portugal, foi classificada como Reserva Natural, Rede Natura 2000 e Sítio de RAMSAR. Estamos a falar do EVOA-Espaço de Visitação e Observação de Aves, situado em Vila Franca de Xira.

O EVOA, gerido pela Companhia das Lezírias, convida-o a conhecer um património natural, localizado entre a lezíria e o estuário do Tejo. O desafio é apreciar

as milhares de aves em voo, que viajaram desde o norte da Europa, para passar o Inverno neste paraíso, a mais importante zona húmida da Europa, a Reserva Natural do Tejo, que abrange três zonas de água doce, com um total de 70 hectares.

Entre Novembro e Fevereiro, é, sem dúvida, a melhor altura do ano para visitar o EVOA, porque existem maiores quantidades de aves, observando-se facilmente bandos com milhares de indivíduos, em voo ou em repouso nas áreas de re-

fúgio de maré como as lagunas costeiras.

Nesta época, as aves vêm do norte da Europa. Já foi observada uma marrequinha, que percorreu mais de 3788 quilómetros, tendo sido observada na Rússia.

O espaço, classificado desde Novembro de 1989 como um Sítio de RAMSAR – uma zona húmida de importância internacional para a preservação das espécies durante a época de reprodução, inverno ou de passagem, acaba por ser também uma ‘estação de serviço’ das aves que o utilizam como local de repouso e alimentação nas suas passagens migratórias.

Para as aves, as lagunas costeiras do EVOA são um verdadeiro paraíso: As aves aquáticas como os flamingos, gansos, patos, alfaiates, milherangos, entre outras, alimentam-se nas zonas de lodo do estuário e, quando a maré sobe (nesta zona do estuário podemos ter mais de quatro metros de amplitude de maré) elas necessitam de se deslocar para locais tranquilos, com menor nível de água e sem correntes fortes.

- os refúgios de maré.

Este local único conta, todos os dias, excepto à segunda-feira, com sessões de

observação de aves, com um guia, desde 5 euros por pessoa (2h+1h). Mas, a oferta pode ser consultada, para actividades em famílias, grupos ou visitas escolares, através do site www.evoa.pt. As reservas devem ser feitas por e-mail ou telefone (evoa@ evoa.pt , 926 458 963).

O EVOA fica no concelho de Vila Franca de Xira, com o acesso privilegiado, para quem vem de Lisboa, a constituir a A1 até Vila Franca de Xira, saída n.º 3 (Évora/Elvas/Vila Franca), seguindo para a N10, direcção Porto Alto. Após passarem a Ponte Marechal Carmona sobre o Tejo, deverão virar na 1.ª saída à direita e seguir as sinalizações, ao longo dos 12 km das belas paisagens que caracterizam a lezíria da zona de Vila Franca de Xira.

Para quem teme o clima, raramente se verificam temperaturas inferiores a 10.ºC durante o dia e, mesmo com chuva, graças aos abrigos, é possível observar as aves.

Por algum motivo, estas espécies escolhem a nossa região para passar a época de Inverno.

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Espectáculo de vídeo mapping em Queluz A Parques de Sintra vai apresentar no Palácio Nacional de Queluz, nos dias 20, 21 e 22 de Janeiro e com entrada livre, o primeiro concerto virtual em vídeo mapping: ‘Regresso ao Palácio – A Viagem Concerto’, uma criação original e produção do ateliê OCUBO. Esta estreia absoluta em Portugal vai assinalar a conclusão da primeira fase de obras de restauro que devolveu ao palácio a sua cor original: o azul.

O concerto virtual, composto por temas de Händel, Bocherini e Mozart tocados pela orquestra Divino Sospiro, com animações 3D e 2D, será projectado nas fachadas exteriores do monumento, considerado uma referência da arquitectura palaciana da segunda metade do século XVIII. O espectáculo, de riquíssimo conteúdo visual, tem a duração de 45 minutos e inicia-se às 19h00, 21h00 e 22h30 nos três dias.

Datas: 20, 21 e 22 de Janeiro Horários: 19h00, 21h00 e 22h30 Acesso: nos dias do espectáculo a Avenida Eng.º Duarte Pacheco estará encerrada ao trânsito entre as 17h45 e as 23h30.

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11 a 17 de Janeiro de 2017

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‘Viver na Noite’

O drama que tem Ben Affleck como realizador e actor, relata a história de Joe Coughlin, um veterano da Primeira Guerra Mundial que se auto-proclama um fora de lei, apesar de ser filho de um respeitável capitão da polícia de Boston e não ser suficientemente mau para a vida que escolheu...

LIVRO

‘A Artilharia Antiaérea em Portugal’

No âmbito do 28.º aniversário do Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1 (RAAA1) e dos 85 anos da Artilharia Antiaérea Portuguesa, surge esta obra que faz um relato sucinto sobre a história e a evolução deste sector em Portugal.

A iniciativa coube ao comandante do RAAA1 e coronel de artilharia Costa Reis.

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‘Sem Ti Eu Não Sei Viver’, Tony Carreira

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The Lucky Duckies comemoram 30 anos de carreira

Em 2017, a banda celebra o seu 30.º aniversário e este concerto marca o início da tournée especial que assinala esta efeméride. Aqui é ainda apresentado o álbum comemorativo dos 30 anos

JORNAL DA REGIÃO

Festival de Teatro em Cascais O Teatro Experimental de Cascais recebe a II Edição da mostra ‘Teatro Entre Nós’, que percorre alguns dos principais grupos e associações de teatro do concelho. No dia 14, pelas 16h00, os Akigerados apresentam-se no Grupo Recreativo e Dramático 1.º de Maio de Tires com a peça ‘Quem Conta um Conto...’, e pelas 21h30, ‘13 Jovens em Fúria’, da Companhia de Teatro Juvenil da SMUP actuam na Sociedade Musical União Paredense. No dia 15, pelas 11h00, é a vez do Teatro

de carreira. O espectáculo é apresentado por Júlio Isidro e tem entrada livre.

Casino Estoril, Lounge D. Dia 14 de Janeiro, a partir das 23h00.

Festas em Honra de Santo Amaro As festas em honra de Santo Amaro e de fomento da amizade entre Portugal e Cabo Verde têm início pelas 11h00, com uma missa campal, seguindo-se a procissão às 12h00 e o almoço às 13h00. Pelas 15h00, seguem-se as actividades culturais.

Teatro Mirita Casimiro. Até 29 de Janeiro. Entrada Livre. Para mais informações, consultar programa disponível no site da Câmara Municipal de Cascais.

Teatro no feminino em Sintra Numa atmosfera criada para representar o universo feminino e a imortalidade das personagens, ‘Mulheres’ consiste numa procura e numa viagem, através de uma sucessão de monólogos ditos a duas vozes, com diferentes

Bairro do Pombal, Oeiras. Dia 15 de Janeiro.

Infantil de Carcavelos apresentar a peça ‘Cascais-Antes e Agora’, na Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos e, mais tarde, às 16h00, ‘A Hilariante História da Guerra de Tróia’ é representada pela Companhia de Teatro Juvenil da SMUP, na Sociedade Musical União Paredense.

personagens que revelam em cena as suas histórias, os seus pensamentos secretos, paixões, ambições, desejos e despedidas.

Casa de Teatro de Sintra. Dia 14 de Janeiro, às 21h30.

Fim-de-semana pleno Concerto de Ano Novo Obra de Fernando Relvas de dança no Olga Cadaval em Cascais em exposição na Amadora ‘Remember’ é um espectáculo de dança contemporânea que nos confronta com as nossas memórias mais puras, onde três intérpretes seguem um regime de apenas alimentarem o seu próprio movimento com os restos que ficaram do início das suas vidas, confrontando o ‘eu’ agora neste mundo com o ‘eu’ criança.

Auditório Acácio Barreiros.

Dia 13 de Janeiro, às 22h00.

O novo álbum de Tony Carreira, um dos maiores nomes da música portuguesa – que será lançado a 10 de Fevereiro –, encontra-se disponível em pré-venda especial, com uma caixa de edição de coleccionador, CD single e o DVD com o ‘making of’ do novo disco.

Silvino Nogueira Santo, Lda

A exposição ‘Horizonte, azul tranquilo – retrospectiva da obra de Fernando Relvas’ homenageia o trabalho de mais de quatro décadas de um dos maiores autores nacionais de Banda Desenhada. A mostra, a inaugurar pelas 16h00

‘O Reino Mágico da Dança’ reúne mais de 800 bailarinos que apresentam diferentes técnicas: Ballet Clássico, Dança Espanhola, Dança Contemporânea, Dança Oriental, Hip Hop, Kizomba e Ritmos Latinos. Uma produção e criação artística da Academia Ai!aDança.

Auditório Jorge Sampaio. Dia 14 de Janeiro, às 15h30, 18h30 e 21h30.

Os alunos da Escola de Música ‘Violinos do Século’ dão as boas-vindas a 2017 com um concerto de ano novo. A completar quase meio ano de actividade, a instituição apresenta

alarg ado

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Bedeteca da Amadora, Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos.

Exposição patente de 14 de Janeiro até 29 de Abril.

aqui a sua sétima actuação.

Fundação ‘O Século’, Auditório Comendador Rui Nabeiro (São Pedro do Estoril). Dia 15 de Janeiro, pelas 16h00.

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das 9 a a Sext Sábadh às 21h a 9h à os das Horár s 16h io

do dia 14 de Janeiro, integra o programa da Bedeteca, ‘Os Cinco Sentidos da Banda Desenhada’.

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“Esta peça é um enorme desafio” Paulo Pires está de regresso aos palcos com ‘Os Dias Realistas’

Expectante com a reacção do público a uma peça que considera ser uma “comédia muito diferente do que se costuma fazer em Portugal”, Paulo Pires vai estar em cena até 19 de Março, no Casino de Lisboa.

Os actores Paulo Pires e Catarina Furtado, nos papéis do casal João Dias e Bambi, e João Reis e Manuela Couto, como Tó e Margarida Dias – também marido e mulher –, compõem o quarteto de luxo que dá vida à comédia negra ‘Os Dias Realistas’. Este é um texto do conceituado dramaturgo norte-americano Will Eno, que foi um sucesso na Broadway e promete agora conquistar os espectadores em Portugal.

“Quando me apresentaram o guião fiquei muito interessado, pois percebi que era uma peça muito especial e extremamente diferente. Depois, é muito interessante também o grupo que aqui

se formou e que se enquadra optimamente. Já tinha trabalhado anteriormente com todos os actores e está a ser um autêntico prazer, estamos a divertir-nos e a fazer uma peça que nos estimula”, revela Paulo Pires, visivelmente entusiasmado com o novo projecto.

O actor de 49 anos, que iniciou a carreira no mundo da moda, não esconde o prazer enorme que tem em fazer teatro, e mesmo depois de dois anos a entrar na casa dos portugueses como Henrique Albergaria, na telenovela ‘A Única Mulher’, da

TVI, decidiu aceitar este desafio: “Acontece quase sempre, quando saio de um projecto de televisão ou cinema venho parar ao teatro. Mesmo enquanto estive em gravações para ‘A Única Mulher’ fiz duas peças de teatro e um filme. Tento sempre fazer uma ou duas peças por ano, senão sinto falta”, confessa.

Sobre este seu ‘novo’ personagem, Paulo Pires define-o como um “tipo histriónico e efusivo” que sofre de uma doença degenerativa do foro neurológico, que tenta camuflar forçosamente, escondendo-a, inclusive, da mulher: “O João é divertido e extrovertido e tenta sempre exorcizar os seus fantasmas. Ele acha-se engraçado... às vezes é, outras vezes nem tanto”, revela.

Devido a este contraste de emoções e características da história e do papel que cabe ao actor, a peça deambula entre cenas densas e outras mais leves e divertidas, o que exigiu muito do grupo de trabalho: “Houve cenas que, no início, foram uma verdadeira dor de cabeça para achar o tom certo para as fazer. O desafio tem sido muito esse, fazer a peça com seriedade tentando sempre caracterizar ao máximo as personagens”.

‘Os Dias Realistas’ é uma comédia negra que fala

sobre amor e mortalidade de uma forma leve, sendo acessível e apelativa, na qual importa “não tanto a história, mas a reflexão que provoca”, considera Paulo Pires.

Além da peça o actor está agora a começar uma série de época para a RTP, baseada no texto ‘Madre Paula’, de Patricia Muller, para a qual está a deixar crescer o cabelo. Paulo Pires faz ainda parte do elenco do filme português ‘Zeus’, que estreou no dia 5 de Janeiro, e contemplou uma participação

especial na também recém-estreada telenovela da TVI, ‘Ouro Verde’ como João Magalhães, o pai do protagonista Jorge Monforte/Zé Maria Magalhães (Diogo Morgado), sendo assassinado no primeiro episódio.

De 11 de Janeiro até 19 de Março, às quintas, sextas e sábados, e no dia de estreia, a partir das 21h30, e aos domingos, às 17h00.

Auditório dos Oceanos, Casino de Lisboa.

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Olha quem fala

“Não ergues o troféu de melhor jogador do mundo sem a tua equipa”.

CRISTIANO RONALDO, homenageia colegas da selecção depois de conquistar o prémio da FIFA, no Facebook.

“Viveu sem medos, nunca desistiu, foi sempre um homem livre que lutou sempre pela liberdade!

Escreveu a nossa história.

Obrigada Mário Soares”.

JOANA SEIXAS, no Facebook.

“De todas as manifestações de fanzice que já me dedicaram, pegar num boneco publicitário meu de loja e estampá-lo na parte de trás de uma camionete de mudanças é das coisas mais espectaculares de sempre...”.

NUNO MARKL, depois de ver uma imagem sua numa carrinha, no Facebook.

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NA BERRA

JORNAL DA REGIÃO

11 a 17 de Janeiro de 2017

JORNAL DA REGIÃO

Viajar através dos sentidos

Fotos Francisco Lourenço

NEGÓCIOS

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‘Souk-Mercado do Mundo’, na vila de Cascais Os grelhados também não estão esquecidos e, para quem gosta de impressionar os amigos, só tem de experimentar a mistura berbere (norte África) ou a do Texas. Entre outros produtos também se destacam o caril malaio ou o indiano tikka massala. A par dos temperos, são também os chás, os queijos e os enchidos que se destacam no Souk.

Localizada no miolo da vila, mas afastada do reboliço do centro, o Souk faz-nos viajar pelos cinco continentes ao sabor dos seus ingredientes, marcados pela originalidade, tradição e descoberta.

Os melhores condimentos de cada continente estão lá todos, para complementar a cozinha portuguesa ou fazer pratos originais. É o caso do sal fumado da Dinamarca, do vermelho do Havai ou do kala malak da India, que não servem apenas para salgar as refeições, mas sim para apurar outros sentidos. Basta apenas provar para saber do que se escreve.

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“Segunda mão, sempre à sua porta!”

ção diz que o que se bebe são as duas folhas da primeira colheita feita logo pela manhã.

Com uma diversidade tão grande de produtos num estilo limpo, europeu e urbano, Daniela Azeredo, proprietária do estabelecimento, falou do que distingue o Souk: “A nossa intenção é fazer as pessoas viajar pelos sentidos. Levar as pessoas a fechar os olhos e deixá-las viajar”.

Situado na Rua Alexandre Herculano 114 A, o Souk não é um simples espaço gourmet, segundo Daniela Azeredo: “Muitas das lojas gourmet são voltadas para o turismo e não viradas para quem gosta de gastronomia. O Souk tem essa preocupação e, em vez de ser virada para um alvo específico, é centrada na comunidade local, onde se encontram coisas portuguesas

mas também ingredientes do mundo. Temos uma grande quantidade de produtos que não se encontram noutro sítio. Para além dos produtos, queremos criar, já a partir deste mês, um espaço para as pessoas estarem e abrir a nossa cozinha para ‘workshops’ com os ingredientes que temos”. “Tentamos oferecer coisas diferentes, sabores diferentes e fazer ligações menos comuns”, salienta a proprietária.

A paixão de Daniela Azeredo pela gastronomia e pelas viagens levou-a até à abertura deste estabelecimento. O seu primeiro hobby foi a culinária e, logo que se iniciou nas viagens, começou a recolher uma receita de cada país. Uma das suas recordações mais fortes é o mercado de Assuão, tingido dos vermelhos e ocres das es-

peciarias. “Apercebi-me que era possível viajar através dos sentidos. Foi o que me aconteceu no Egipto, quando estava no mercado do Assuão a 50 graus e lembro-me do cheiro intenso das terras e das especiarias e de um senhor que estava a vender hortelã fresca que me marcou muito e me fez perceber que era possível viajar com os sentidos”, realçou Daniela Azeredo.

Para além da venda de produtos gourmet, o ‘Souk-Mercado do Mundo’ tem um ‘lounge’ onde os clientes poderão provar vinhos, acompanhados de tábuas de enchidos, queijos e conservas, ou tomar um chá e deliciar-se com um bolo ou bolachas, depois de um dia de trabalho.

Francisco Lourenço

Sushic Mercado apresenta novo menu

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Alberto Cruz Compramos:

Neste espaço é possível ainda encontrar queijo da Serra da Estrela velho, terrincho de Trás-os-Montes, mas também queijo suíço ou holandês.

Tudo tradicional e fabricado por pequenos produtores. No que respeita a chás (vendidos a peso), encontramos ervas chinesas, Falcão Peregrino, cultivado a cerca de dois mil metros de altura, cuja tradi-

S95-4-1346

Fazer as pessoas viajar pelos cinco sentidos é o que sugere a nova loja gourmet de Cascais, denominada ‘Souk-Mercado do Mundo’, situada na Rua Alexandre Herculano, 114 A.

O Sushic Mercado, inserido no Mercado de Algés, acaba de apresentar ao público a nova carta que, além de sushi, integra agora os baos, o novo conceito do grupo que consiste em pequenos pães cozidos a vapor, recheados com os mais variados condimentos, um prato tradicional de Taiwan.

Neste espaço estão representados os dois mais emblemáticos: o bao de frango frito thai (6 euros) e o bao de caranguejo de casca mole e caril amarelo (7 ).

Novidade é também a presença dos takitos de atum e de salmão (7,5 e 6,5), das gyosas de frango (5,50) e do tártaro de salmão (10), entradas que já são famosas no grupo.

No que ao sushi diz respeito, o Gomaki (uramaki com salmão e manga grelhada com cinco especiarias, coberto com salmão, molho de manga grelhada, crocante de arroz e coentros frescos) e o Spicy Maguro (uramaki com atum, manjeri-

cão, maio togarashi, e abacate no interior, coberto com atum, rúcula e togarashi) são algumas das novidades, complementado pelo Soft Shellmaki, um rolo de sushi com alga por fora com caranguejo de casca mole frito em tempura, couve kimuchi e pepino, maionese de citronela e cebolo.

A carta apresenta ainda os combinados Sushi e Sashimi com 15 peças (17,50), um combinado variado com seis unidades de sashimi variado, quatro de uramaki, três de hossomaki, e dois nigiris, até ao Kisetsu Sashimi (14,50), com fatias variadas de sashimi do dia.

11 a 17 de Janeiro de 2017

MOTORES

JORNAL DA REGIÃO

Híbrido por natureza

É o primeiro híbrido da Kia e estreia uma plataforma destinada a colocar a marca coreana na alta roda da tecnologia das motorizações eléctricas.

O Niro entra agora no mercado e promete dar cartas entre os apreciadores deste tipo de motorização, não só pela qualidade da tecnologia utilizada, mas pelo conforto, suavidade de condução e economia que a mesma proporciona.

Depois de várias experiências com modelos híbridos de várias marcas, o que mais nos

impressionou no novo Kia Niro, face à concorrência directa, foi a excelente prestação da caixa automática de dupla embraiagem, com seis velocidades, pioneira neste tipo de veículos, onde perduram as já ultrapassadas caixas CVT. No Niro é possível utilizar a caixa em modo manual e não se sentem

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

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Kia Niro: primeiro modelo híbrido da marca coreana estreia caixa de dupla embraiagem. Espaço, conforto e equipamento de ponta fazem a diferença...

as elevadas rotações nem o ruído que tanto irritam os que menos apreciam veículo híbridos, isto é, que combinam motorizações de combustão e eléctrica.

Assim, o novo modelo do construtor sul-coreano constitui excelente alternativa às tradicionais opções Diesel, apresentando uma eficiente combinação de um

bloco a gasolina com 1.6 litros, que debita 105 cv, e de um motor eléctrico de 44 cv (potêncioa combinada de 141 cv) alimentado por baterias de polímetros de iões de lítio, recarregadas nas desacelerações e travagens e com autonomia para garantir dois quilómetros de circulação sem gastar uma pinga de combustível.

Se educarmos bem o pé, conseguimos tirar o máximo partido deste sistema e alcançar consumos verdadeiramente reduzidos em especial na circulação urbana. Já em estrada ou auto-estrada, o maior recurso à unidade de combustão faz disparar os consumos, embora sem nunca sair do aceitável para um carro desta envergadura e potência.

Em termos estéticos, o Niro mantém estilo europeu e recupera muitos dos pormenores de design do Sportage, de quem herda a distância entre eixos e um invejável espaço interior.

Provando a evolução da marca, o interior é de grande qualidade e recheado de equipamentos de ponta, com destaque para um pacote tecnológico que inclui travagem

Kia Niro 1.6 GDI 6DCT HEV Motor: Gasolina 1600 cc+ Eléctrico 1,56 KWh Potência: 141 cv/5700 rpm Binário máximo: 3265 Nm/1000 rpm Velocidade máxima: 162 km/h Consumo/emissões: 3,8 l/100 km,88 g/km Preço : 27.190 € autónoma de emergência, controlo de velocidade inteligente, ajuda ao estacionamento e câmara traseira, detecção de ângulo morto, sistema multimédia e de navegação, entre outros itens.

Nesta fase de lançamento, a Kia propõe descontos de 4200 euros, colocando o Niro no mercado por apetecíveis 27.190 euros.

Paulo Parracho

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11 a 17 de Janeiro de 2017

DESPORTO

JORNAL DA REGIÃO

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Filipe Leão ganha penálti decisivo

Sintrense continua na luta, Real já apurado

Já em tempo de compensação, o guardião do Sintrense resolveu descer à área adversária numa espécie de tudo por tudo para alcançar o empate. A equipa da casa perdia por 1-0 desde o minuto 49 e precisava de um golo para pontuar e manter vivas as esperanças de alcançar o segundo lugar da tabela e com ele o acesso à fase de subida.

Filipe Leão posicionou-se bem, recebeu a bola e, tal como se de um avançado se tratasse, ao fintar o adversário foi tocado no pé e estatelou-se no relvado.

Em cima do lance, o árbitro lisboeta Rui Rodrigues não teve dúvidas e apontou de pronto a marca da grande penalidade, com Rui Monteiro a concretizar o ambicionado golo do empate.

“Faltava apenas um minuto para acabar. Acreditei e subi.

Ao tentar a finta fui derrubado num penálti claro. Mas o importante foi o Rui Monteiro ter concretizado em golo, mantendo-nos assim na luta pelo nosso objectivo”, afirmou no final o guarda-redes sintrense, que substituiu Rodolfo Vacas, contratado pelo Olhanense para jogar na II Liga.

Para o treinador Luís Loureiro, “esta vitória foi muito importante para manter vivo o objectivo do Sintrense”.

“Defrontámos uma boa equipa e se tivemos a sorte de marcar ao minuto 95, na jor-

nada anterior sofremos a derrota ao minuto 96. O futebol é assim”, realçou o técnico do Sintrense.

Com o Real Sport Clube, que empatou em casa (1-1) com o Malveira, já apurado e com o 1.º lugar (36 pontos) quase garantido, a luta pelo acesso à fase de subida passa agora por Sacavenense (2.º com 31), Sintrense (3.º com 29), Loures (4.º com 27) e Casa Pia (5.º com 26).

Nesta ronda, o 1.º Dezembro não jogou, pois já tinha antecipado e vencido por 1-0 a partida com o Atlético. A equipa de São Pedro ocupa o 7.º lugar com 19 pontos.

Na próxima jornada destaque para os seguintes jogos: Malveira-Sintrense, Casa Pia-Sacavenense, Atlético-Real, Barreirense-1.º Dezembro e Oriental-Loures.

Sintra prepara mais uma edição da Corrida Fim da Europa Sintra vai ser palco da 27.ª edição da Corrida “Fim da Europa”, considerada por muitos como uma das provas mais bonitas realizadas em Portugal. Terá lugar no próximo dia 29 de Janeiro, a partir das 10h00.

“O serpentear da serra, a sua beleza natural, os seus monumentos, a dureza do percurso e a chegada ao mar, faz da Corrida “Fim da Europa” uma prova ímpar”, salienta a Câmara de Sintra. A autarquia volta a organizar

a prova em conjunto com Correr em Monsanto – Associação para o Desporto Popular.

A Corrida Fim da Europa é composta por um percurso único que liga o centro histórico de Sintra ao ponto mais ocidental da Europa continental – o Cabo da Roca – num total de 16.945 metros.

Devido à realização da iniciativa, o trânsito vai estar condicionado em alguns locais no dia 29 de Janeiro, designadamente: Corte de trânsito na Volta do Duche

(acesso ao Palácio) entre as 8h00 e as 10h30; na zona de Seteais o trânsito estará condicionado a partir das 9h00 e fechado das 9h45 às 10h30; na estrada da Pena o trânsito será fechado entre as 9h45 e as 11h00; A Estrada Nacional 247 sofrerá um condicionamento de trânsito entre as 10h30 e as 12h30 e o acesso ao Cabo da Roca será fechado das 7h00 às 13h30.

Verificar-se-ão também condicionamentos no estacionamento do centro histórico de Sintra.

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Com um final impróprio para cardíacos, o jogo entre o Sintrense e o Casa Pia, da antepenúltima jornada da fase regular do Campeonato de Portugal, ficou marcado por um lance insólito que teve o guarda-redes Filipe Leão como protagonista.

11 a 17 de Janeiro de 2017

JORNAL DA REGIÃO

REPÓRTER JR

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SEJA O REPÓRTER DA SUA REGIÃO! Envie-nos notícias e fotografias de situações importantes que acontecem na sua região.

Envie toda a informação para: reporterjr@jornaldaregiao.pt ou por correio para: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 - Rio de Mouro - Sintra

Asfalto substitui calçada na Avenida Heliodoro Salgado Após várias queixas dos automobilistas que atravessavam a zona central da Estefânea, em Sintra, a Câmara Municipal está a avançar, finalmente, com as obras de reabilitação do piso da Avenida Heliodoro Salgado. Os trabalhos arrancaram esta segunda-feira, sendo divididos por duas fases, obrigando a constrangimentos no trânsito que prometem algumas ‘dores de cabeça’ no centro da sede do concelho.

A intervenção será dividida em duas fases, tendo a duração de um mês, e consiste no arranque da calçada, que se encontra ‘aos altos e baixos’, e a sua substituição por tapete betuminoso. Os trabalhos decorrem no âmbito da ‘Empreitada de reabilitação de pavimentos e sistemas de drenagem’, num investimento de 75 mil euros.

Numa primeira fase, com a duração de duas semanas, a intervenção decorre no sentido de trânsito proveniente da Avenida Desidério Cambournac, obrigando ao desvio para a Avenida General José Estevão de Morais Sarmento (acesso à Escola D. Fernando II) e circulação pela Rua Tomé de Barros Queirós. Na segunda fase, com a intervenção na faixa do lado do MU.SA, manter-se-á este desvio de trânsito, com as viaturas provenientes das praias e de Lourel a utilizarem já o novo asfalto.

O estado da calçada foi criticado por automobilistas e pela própria oposição no executivo municipal, que colocou um cartaz a alertar para “pavimento em mau estado”, considerando que “quando não se cuida daquilo que se deve, já se sabe que dá buraco”.

Entretanto, em Mem Martins, está também em fase de arranque a obra de requalificação da Avenida Chaby Pinheiro, num investimento de cerca de 825 mil euros e com um prazo de execução de cerca de 12 meses.

Esta requalificação vai reforçar, segundo a autarquia, a identidade de Mem Martins, através da manutenção da circulação viária, ordenamento do estacionamento, criação de zonas de estar nos passeios com colocação de mobiliário urbano, manutenção das árvores e reforço da iluminação pública, que oferecem a possibilidade de maior aproveitamento da zona. Está contemplada ainda a renovação das redes de abastecimento de água, de drenagem de esgoto doméstico e pluvial e enterramento dos ecopontos em articulação com os SMAS de Sintra.

Presépios de Natal premiados em concurso O casal Anabela e Nuno Justino (na foto) foi o vencedor da XV Exposição/Concurso de Artesanato - Tema Natal, promovido pelo GAVE - Grupo de Artistas Vale de Eureka, em estreita colaboração com a União de Freguesias de Queluz e Belas.

A peça denominada ‘Gruta de Natal’ recebeu a pontuação máxima atribuída por um júri que integrou artistas, jornalistas, autarcas e representantes de várias instituições do concelho e da cidade de Queluz.

Entre as mais de seis dezenas de peças submetidas a concurso, a ‘Gruta de Natal’ de Anabela e Nuno Justino conquistou ainda o Prémio Jornal da Região, entregue pelo director desta publicação, Paulo Parracho, na cerimónia realizada para o efeito no passado domingo, dia 8, na sede do GAVE, em Queluz.

Reunindo trabalhos de artesãos, de alunos das escolas e de utentes do CECD Mira Sintra, o concurso distinguiu ainda, com o 3.º prémio, a peça denominada ‘Presépio no Ginásio’, apresentado pelo Ginásio Clube de Queluz, e o ‘Presépio’ de autoria da artesã Ana Cadete, com o segundo prémio. Este trabalho foi também contemplado com o Prémio Correio da Linha, entregue por Paulo Pimenta, director daquele jornal.

Na classificação para escolas e instituições de solidariedade social, o CECD Mira Sintra-Pólo Pendão foi o grande vencedor, arrebatando três menções honrosas, o primeiro e o terceiro prémio.

Pela primeira vez realizado na sua sede, o evento do GAVE visou promover os artistas locais e dinamizar aquele espaço de cultura.

Loja do Cidadão deverá abrir em Queluz em 2017 O Governo prevê a abertura de uma segunda Loja do Cidadão no concelho de Sintra no corrente ano, segundo uma resolução recentemente publicada em Diário da República, que aponta que a mesma deverá ser em Algueirão-Mem Martins. Mas, o JR apurou que o processo mais avançado até é o de Queluz, relativamente às instalações reabilitadas do Mercado Municipal.

A resolução de Conselho de Ministros, publicada no passado dia 2 de Janeiro, salienta que a Loja do Cidadão é “um modelo integrado de prestação de serviços presenciais, que proporciona aos cidadãos um atendimento mais cómodo, concentrando diversos balcões de atendimento de entidades públicas, da Administração Central e Local, e de entidades privadas”.

Segundo a resolução, o objectivo do Governo passa por alargar a rede de Lojas do Cidadão, “dando assim continuidade a um projecto de modernização da rede de serviços públicos iniciado há 18 anos”.

No caso de Sintra, após a abertura da Loja do Cidadão de Agualva-Cacém, a resolução prevê a abertura de uma segunda Loja do Cidadão no concelho já em 2017, em

Algueirão-Mem Martins, remetendo Queluz para 2018 ou 2019. Mas, segundo o JR apurou junto de fonte municipal, deverá ser Queluz a ter a primazia, já que vão avançar, em breve, as obras no Mercado Municipal com vista à receber a nova unidade de atendimento de serviços públicos. Até ao Verão, segundo aquela fonte, a Loja do Cidadão deverá abrir portas em Queluz.

Ainda no decurso de 2017, está previsto abrir um Espaço do Cidadão no Shopping de Massamá, ficando, assim, a Loja do Cidadão de Algueirão-Mem Martins para 2018, com os planos da autarquia a passarem pelo centro comercial Atrium Chaby, no centro de Mem Martins, embora para tal seja necessário negociar com as entidades bancárias que detém a posse do imóvel.

Vamos à escola Hoje fui a Yale...

Imagine que chega a casa, depois de um dia de trabalho e faz a habitual pergunta ao seu filho: “O que fizeste hoje na escola?” Ele responde “Hoje estivemos a assistir a uma aula da Universidade de Yale.”

- Desculpa? Yale?

- Sim, tivemos a assistir a um curso de Psicologia, pelo Professor Paul Bloom. Mas hoje foi só uma introdução, nada de mais. Vamos assistir a vários temas. Acho que vou gostar muito daquele que fala sobre Felicidade. Sabias que há um curso sobre isso?

Terá compreendido bem? Com o acesso ao iTunesU, os alunos poderão assistir a aulas de diversas escolas do mundo, desde escolas primárias às Universidades mais prestigiadas como Yale, Cambridge, Oxford.

Da Universidade de Yale, só para dar um exemplo, foram escolhidos sete cursos para fazerem parte da Yale University Open Education Resources Video Lecture, que significa a disponibilidade de livre acesso através da Internet e de forma gratuita de diversos cursos dos mais diversos temas, como Engenharia, Ciência, Literatura, Psicologia, etc.

O que esta realidade permite é colocar o tecnológico ao serviço da pedagogia. Há recursos que podem ser incorporados na educação com claros benefícios para os alunos. Podem ver células vivas em 3D, observar galáxias como se vê através de um telescópio, aceder a exposições de arte ou de ciência presentes num qualquer museu longínquo...

Se hoje foram a Yale, amanhã podem ir visitar o Museu do Louvre.

Aproveitar as diversas potencialidades das novas tecnologias no ensino, com conteúdos disponíveis a todos, acessíveis em qualquer parte do mundo, é mais do que uma possibilidade.

Pode ser uma realidade assustadora – de tão nova e tão provocadora dos que pensávamos que conhecíamos – mas qualquer pai/mãe ou qualquer diretor escolar tem a obrigação de ir ver o que se passa, se não quiser negar aos seus educando uma realidade presente já nos dias de hoje.

Sofia Homem Cristo Diretora do Colégio da Beloura

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11 a 17 de Janeiro de 2017

ACTUALIDADE

JORNAL DA REGIÃO

Lusofonia regressa a Agualva-Cacém

“Há homens que são História”

Segunda edição do Encontro Internacional de Narração Oral

Depois da primeira edição em 2016, o Aqu’Alva Stória-Encontro Internacional de Narração Oral da Lusofonia vai regressar a Agualva-Cacém, entre 1 e 8 de Abril, e desta vez o país convidado é Timor-Leste. Para o efeito, a organização, a RJ Anima-Associação de Dinamização Ambiental, Social e Cultural, assinou um protocolo com a Associação Uma Timor Sularik.

Após Cabo Verde ser o país convidado da primeira edição, que decorreu entre 10 e 27 de Março de 2016, o Aqu’Alva Stória vai, desta vez, dar a conhecer a cultura de um país que muito diz a Portugal, pelo empenho luso dedicado à conquista da sua independência. Uma conquista que, em muitos casos, custou a vida de muitos timorenses e lágrimas e angústia a inúmeros portugueses.

O repto deste ano é conhecer a história e as estórias da ilha de Timor que, segundo as lendas, resulta da transformação de um gigantesco crocodilo, por isso é conhe-

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cido pela Ilha do Crocodilo.

A cultura de Timor-Leste reflecte inúmeras influências, incluindo de Portugal, da tradição Católica Romana, mas também de paragens próximas como a Malásia e a Austrália, sendo um país com forte tradição poética.

O desafio é ‘mergulhar’ nos costumes, nas tradições orais pela voz dos seus agentes culturais, sejam tertulianos, narradores, escritores, pintores, fotógrafos, poetas, timorenses residentes em território nacional. Mas, num verdadeiro ponto de encontro da cultura lusófona, não faltarão narradores naturais ou com origens em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Com o apoio institucional da Câmara Municipal de Sintra e das uniões de freguesia de Agualva e Mira Sintra e de Cacém e São Marcos, o evento contará com o envolvimento activo da Associação Uma Timor Salurik e da Embaixada de Timor-Leste, assim como do Alto Comis-

sariado para as Migrações.

“Esta segunda edição será o ano da afirmação do festival, devolveremos a palavra ao povo, iremos desenvolver diversas sessões de ‘stórias’ em espaços públicos, auditórios locais, escolas e instituições de solidariedade social. Focaremos na capacitação dos professores e demais profissionais sóc i o - c u l t u r a i s, promovendo diversos oficinas da arte de contar ‘stórias’, mediação de leitura, promoveremos convívios networking”, revela Adriano Reis, principal mentor e director artístico do Aqu’Alva Stória.

A tradição da narração oral é transversal a todos os povos lusófonos e, por isso, o Aqu’Alva Stória surgiu, criando sinergias em prol da educação intercultural, através do mote ‘D´juntá mom’ (Estamos Juntos), como factor de inclusão/integração e coesão social.

“Este encontro é uma viagem por este património riquíssimo e abre caminho à leitura, à imaginação à valorização da diversidade”, acentua Adriano Reis, que avançou com a realização de um encontro internacional de narração oral em Agualva-Cacém em função da multiculturalidade do concelho.

“Teremos ainda caminhadas-tertúlias com ‘stórias’, voltando à Ribeira das Jardas com Rui Oliveira, inves-

tigador de História Local e Etnografia Saloia Sintrense e contador de história de estórias”, realça Adriano Reis, evocando que a RJ Anima, a promotora do festival, surge inspirada nas águas límpidas (Aqua’ Alva) da Ribeira das Jardas, curso de água que une a cidade de Agualva-Cacém e as suas gentes. ‘Stória’, por sua vez, é a expressão crioula de alguns países africanos para definir estórias/ histórias e, no contexto deste certame, é a representação simbólica da diversidade cultural em Portugal.

“O que se propõe é uma viagem cultural, aos costumes e tradições orais dos países que compõem a comunidade lusófona através dos contos, das lendas, histórias tradicionais e de autores lusófonos contadas por narradores dos países de origem”, sintetiza Adriano Reis, natural de Cabo Verde e cidadão do mundo lusófono.

João Carlos Sebastião

Há homens que são História. É o caso do Dr. Mário Soares, cuja vida de acção e de ideais, de combate aos totalitarismos e de luta pela igualdade e pela democracia, o elevam aos Anais da História de Portugal e do Mundo.

De facto, desapareceu uma das personalidades mais marcantes da nossa contemporaneidade. Um forte opositor ao regime do Estado Novo, que o levou à prisão política e ao exílio. E quando em 25 Abril de 1974 se devolveu o país aos cidadãos, foi a par de outras figuras marcantes, um dos políticos que mais contribuiu para a estabilização da democracia e das liberdades entre nós, num quadro de economia de mercado, progresso e crescimento, sem descurar a justiça social e a igualdade, matriz da corrente social democrata que o PS desde sempre encarnou em Portugal.

Homem de grande lucidez, com uma vasta cultura e uma larga capacidade mobilizadora, foi o rosto de grandes causas e de momentos marcantes para Portugal, para a Europa e para o Mundo.

Com ele integrei o II Governo Constitucional, e mais tarde convivi no go-

verno do Bloco Central.

Apesar de militarmos em partidos diferentes, soubemos ultrapassar as nossas diferenças ideológicas e colocar, em primeiro plano, o interesse nacional.

Em 1991, defrontamo-nos para as eleições presidenciais tendo o debate sido intenso e por vezes excessivamente duro. As circunstâncias em que o mesmo decorreu justificam a sua intensidade e dureza.

Com o falecimento do Dr. Mário Soares, Portugal e a Europa perdem uma das suas grandes referências históricas e políticas. Um dos vultos que mais lutou por um mundo feito de homens livres e de pátrias democráticas.

Aos seus filhos, Isabel e João Soares, e a toda a sua família, os meus mais sinceros pêsames e um sentido e solidário abraço nesta hora de dor.

Neste momento, quero manifestar a minha mais profunda tristeza por um homem que para mim foi simultaneamente inspirador, adversário e fundamentalmente amigo.

Portugal está afectivamente de luto.

Presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta

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