Edição de Sintra 128 do Jornal da Região

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SINTRA

DIRECTOR: Paulo Parracho | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Distribuído com o

18 a 24 de Maio de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 128

CÂMARA AVANÇA COM ELABORAÇÃO DE PLANO DE MOBILIDADE E TRANSPORTES

Foto Sérgio Matos

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CARLA CHAMBEL “ESPELHO D’ÁGUA APRESENTA UM TEMA LINDÍSSIMO’ A actriz natural da Amadora integra o elenco da mais recente aposta de ficção nacional da SIC, ‘Espelho d’Água’, ao vestir a pele da personagem Eunice, uma mulher traída pelo marido e que vive em constante sofrimento e preocupação com a profissão do filho, que é pescador.

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SINTRA QUER CONTINUAR A SUBIR NO RANKING MUNICIPAL

Sintra ocupa o terceiro posto na categoria ‘Viver’, no âmbito da Área Metropolitana de Lisboa, num ranking elaborado pela consultora Bloom Consulting. Dividido em três vertentes, Negócios, Visitar e Viver, o estudo coloca o município sintrense na sexta posição da geral. Na entrega da distinção, o presidente da Câmara, Basílio Horta, assumiu a ambição de Sintra continuar a subir nos diferentes parâmetros em apreço, fruto da captação de mais investimento e em particular na área hoteleira.

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actualidade

posição de 2016, após ter começado pelo 11.º lugar, com o destaque claro para a categoria de ‘Viver’, em que subiu de 5.º para o 4.º posto. “Desde 2013, Sintra subiu 122% na procura. Hoje, há mais 122% de pessoas a procurarem proactivamente, por sua iniciativa, temas ligados com o município de Sintra”, salientou Filipe Roquette. Sintra é, aliás, “o segundo município mais procurado por temáticas relacionadas com património histórico”, salientou este responsável. Na cerimónia de entrega da distinção, Basílio Horta congratulou-se com a subida na classificação global, de 11.º em 2014 para 6.º em 2017, que resultou da ascensão nas diferentes categorias. Mas, o autarca confessa que as ambições do município são maiores. “Na categoria de ‘Negócios’, estamos em 9.º lugar, mas queremos chegar aos três primeiros”, acentuou o presidente da Câmara, que destacou o papel da StartUp Sintra e o crescente aumento de potenciais investidores no concelho. ”Vamos continuar a apoiar as nossas empresas, a fomentar e dinamizar os projectos de relevante interesse municipal”, frisou o edil.

Sintra quer subir no ranking municipal

Município ocupa terceiro posto na categoria ‘Viver’ Sintra conquistou o terceiro lugar no ranking dos municípios, na categoria de ‘Viver’, segundo um estudo da consultora Bloom Consulting, tendo em consideração os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (quarto posto após Lisboa, Porto e Cascais). A entrega do prémio teve lugar esta segunda-feira, nas instalações da StartUp Sintra (Alto do Forte), e ficou expresso o desejo da autarquia de subir na lista municipal.

“Estamos contentes, tranquilos, mas Sintra merece mais”. Foi com estas palavras que o presidente da Câmara, Basílio Horta, sintetizou o lugar obtido pela marca Sintra no âmbito do ranking elaborado pela consultora Bloom Consulting. Sintra obteve o sexto lugar a nível nacional, ocupando o 9.º posto na área de ‘Negócios’ (investimento), 12.º ao nível de ‘Visitar’ (turismo) e 4.º em ‘Viver’. Neste último caso, também relativo à atracção de Talento, “foram

consideradas não só as taxas de desemprego e de criminalidade, mas também o poder de compra de cada município”. A marca Sintra ficou atrás de Lisboa, Porto e Cascais, obtendo, assim, o terceiro lugar no seio da área metropolitana. Esse lugar no pódio foi distinguido com a entrega de um prémio, numa cerimónia que decorreu nas instalações da StartUp Sintra, no Alto do Forte (Rio de Mouro), na passada segunda-feira.

Segundo Filipe Roquette, director-geral da consultora em Portugal, “este estudo é 100% rigoroso, baseia-se em números, em dados económicos, sociais e turísticos, do INE, da Pordata, em que espelha a performance das marcas” e, por outro lado, “é medida a procura, em todo o mundo, de vários temas para os 308 municípios” e, por último, “como a comunicação chega aos públicos alvos”. Na quarta edição deste estudo, Sintra manteve a sexta

Na categoria de ‘Visitar’, em que Sintra ocupa o 12.º lugar, Basílio Horta reconheceu que o município está a ser penalizado pela “falta de hotéis”, uma situação que está a ser ultrapassada com um volume de investimentos na ordem dos 75 milhões de euros. “Este investimento enorme, o Vila Galé, a Gandarinha, o Hotel Netto, vai permitir-nos subir muito nesta categoria”, salientou o autarca, embora reconhecendo que esse aumento de hóspedes vai obrigar a “controlar e disciplinar a mobilidade”. Também em ‘Viver’, o autarca quer atingir o pódio: “Até porque ‘Viver’ é a conjugação de haver emprego, turismo, espectáculos, vias rápidas, todo um conjunto de valências que nos devem suscitar a esperança de, nos próximos estudos, estar num lugar mais alto”. Para o edil, uma das principais apostas vai assentar ainda no aumento da transparência, onde o município já ocupa o 18.º lugar e o primeiro no contexto dos grandes municípios, com o objectivo enunciado a apontar para atingir os dez primeiros e, posteriormente, uma posição mais cimeira. JCS

Basílio Horta quer que Sintra continue a subir em diversas áreas

Agência de Viagens e Turismo QueluzTur

AVISO

AS NOSSAS EXCURSÕES

Rui José da Costa Pereira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra, ao abrigo da competência constante da alínea t) do n.º 1 do artigo 35º, em conjugação com os n.ºs 1 e 2 do artigo 56º, da Lei n.º 75 de 12 de setembro de 2013, em conformidade com o Despacho n.º 10-P/2014 e nos termos dos artigos 8.º, n.º2, alíneas a) a i) do Regulamento de Atribuição do Selo de Qualidade® ao artesanato produzido no Município de Sintra, torna público que por despacho de signatário de 20 de abril de 2017 se encontra aberto o procedimento de candidaturas e condições das mesmas, para o ano de 2017, cujos termos e formulários se encontram disponíveis para consulta, através da afixação nos locais de estilo, bem como na página da Câmara Municipal de Sintra em www.cm-sintra.pt.

(Resende)

CRUZEIRO NO RIO DOURO e COM COMBOIO HISTÓRICO

De 3 e 4 de Junho de 2017

De 1 e 2 Julho de 2017

FESTIVAL DA CEREJA ARTE XAVEGA

AÇORES

(Salinas em Lavos- Fado de CoimbraCruzeiro no Mondego)

(Pico e Faial)

De 22 a 23 de Julho de 2017

De 19 a 22 Setembro de 2017

EM PREPARAÇÃO PALMA DE MAIORCA - Setembro SANTIAGO DE COMPOSTELA E MARISCADA 5 - 6 - 7 e 8 de Outubro

Paços do Município de Sintra, em 9 de abril de 2017

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O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra,

VINDIMAS EM FAVAIOS - Setembro TURISMO SENIOR NA ISLA CANELA - 8 dias em P.C. - Outubro

SEDE: Rua Direita de Massamá, 100 - A - Massamá • 214 300 860 • 918 669 602 FILIAL: Av. José Elias Garcia, 98 - A - Queluz • 211 982 222 • 916 143 870 E-Mail: geral@queluztur.pt | web site: www. queluztur.pt * RNAVT 2156


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destaque

Re-food chega a Rio de Mouro O

projecto Re-food vai contar, finalmente, com um núcleo no concelho de Sintra. Na próxima sexta-feira, dia 19 de Maio, vai decorrer uma reunião de captação de novos voluntários, com vista à efectiva criação do Núcleo de Rio de Mouro. Há muito que esta estrutura estava na forja, mas, agora, dispõe de um centro operacional, situado no Mercado Municipal e cedido pela Junta de Freguesia, embora ainda falte equipamento e dar passos seguros na angariação das fontes de alimentação (cafés e restaurantes). Teresa Ramos, Jorge Guerra e Serafim Serrano apresentam o espaço, no Mercado de Rio de Mouro, que vai constituir o centro operacional

Nasceu em 2011, por iniciativa de um cidadão norte-americano que residia em Lisboa, Hunter Halder, e tem uma missão essencial: “Eliminar o desperdício de alimentos e a fome, envolvendo toda a comunidade numa causa comum”. Com núcleos de norte a sul do país, o projecto Re-food vai, finalmente, chegar ao concelho de Sintra. Após várias tentativas que esbarraram na inexistência de um centro operacional (a instalação na antiga escola de Varge Mondar não se afigurava logisticamente adequada), essa condição está ultrapassada: a Junta de Freguesia de Rio de Mouro cedeu instalações no Mercado Municipal, mas ainda há obstáculos a ultrapassar para concretizar o novo núcleo. “Trabalharia duas horas para alimentar 10 pessoas?” é a pergunta que desafia os eventuais interessados em aderirem a esta causa, que vai motivar a realização de uma reunião esta sexta-feira, no auditório do Colégio dos Plátanos (Rinchoa), a partir das 20h30, com a presença do fundador do projecto. Ajudar quem precisa e combater o desperdício alimentar são os propósitos do Re-food, uma organização 100% voluntária. Excesso-Voluntários-Necessidade é o caminho deste movimento que, em 2013, assumiu o estatuto de IPSS e adoptou normas que são seguidas nas diferentes estruturas. Para a criação de um núcleo, além das instalações, é necessário

uma equipa de gestores, a quem compete a coordenação do conjunto de voluntários.

A criação do Núcleo de Rio de Mouro já é uma intenção com cerca de três anos, mas só agora tem condições para ver a luz do dia. Após uma primeira reunião (denominada de ‘Sementeira’) na escola de Albarraque, onde foi possível angariar os primeiros voluntários, o problema assentou na disponibilização de um espaço físico. O primeiro local equacionado, em Varge Mondar, “era bom, mas não funcional porque estava longe das fontes de alimentos (restauração e grandes superfícies), assim como dos possíveis beneficiários”, revela Teresa Ramos, uma das pioneiras do núcleo. Durante este período, teve lugar uma segunda reunião, então na Escola EB1 N.º2 da Rinchoa, “onde angariámos muita gente empenhada”, mas mantinha-se o problema das instalações. “Entretanto, fomos perdendo gente, energia em alguns casos, e daí avançarmos para uma terceira reunião, para angariar mais voluntá-

rios, porque já temos um espaço no centro da freguesia de Rio de Mouro”, acentua Teresa Ramos. O movimento necessita de, pelo menos, 25 a 30 gestores, os quais dedicam mais tempo a esta causa, e algumas largas dezenas de voluntários. “Nunca menos de 100 porque somos uma freguesia grande, temos algumas fontes de alimentos longe do centro e daí a necessidade de mais rotas e de pessoas que, de manhã ou de tarde, possam fazer as recolhas para depois distribuir à noite”, sublinhou esta voluntária. Para além dos desafio lançado à angariação de recursos humanos do novo núcleo, está a decorrer uma campanha de sensibilização junto de empresas que se queiram associar ao projecto, com a disponibilização de frigoríficos, máquinas de lavar loiça, bancadas, utensílios de cozinha e outros materiais para garantir o manuseamento e conservação dos bens alimentares. A cedência das instalações por parte da Junta de Freguesia, em Fevereiro de 2017, já permitiu aprofundar o apoio a famílias carenciadas, mas apenas com a distribuição de pão e bolos. “Neste momento, e desde há cerca de um ano, já estamos a dar resposta a cinco agregados familiares, duas vezes por semana, mas só com pão e bolos”, sublinha esta voluntária. Mas, as necessidades das famílias não se limitam a pão e bolos.

Hunter Halder decidiu criar um movimento para ajudar quem precisa e combater o desperdício alimentar

Embora os sinais da crise económica não sejam tão acentuados como há três anos, por via, nomeadamente, da diminuição da taxa de desemprego, há famílias que continuam abaixo do limiar da pobreza. “Estamos constantemente a ser solicitados, pelas assistentes sociais da Junta de Freguesia e do Agrupamento de Escolas Leal da Câmara. Para além disso, trabalho no meio escolar, numa escola, e diariamente, confronto-me com famílias que têm necessidades alimentares”, frisa Teresa Ramos, que reforça: “Também o Banco Alimentar, que está a funcionar na Paróquia de Rio de Mouro, não dá resposta a todas as famílias que o procuram”. Também a adesão das fontes de alimentação, nomeadamente restaurantes e cadeias

de distribuição alimentar, é essencial para avançar com o núcleo. O número de agregados familiares a apoiar, salienta esta voluntária, está dependente do volume de refeições ou bens que sejam doados. “Mas, numa fase inicial, nunca conseguimos apoiar mais de 10/12 famílias e só depois poderemos apoiar mais famílias”, revela Teresa Ramos. Esta sexta-feira, dia 19 de Maio, será realizado um passo decisivo para a criação do primeiro núcleo do Re-food na Linha de Sintra, ao contrário de outros concelhos vizinhos onde o movimento já mobiliza inúmeros voluntários. Teresa Ramos explica esta situação pelo facto de muitas urbanizações sintrenses ainda se assumirem como dormitórios, “sem que haja um sentimento de identidade por parte da po-

pulação”. “Outros concelhos têm, provavelmente, uma outra dinâmica de cidadania e forma de encarar a zona onde residem, o seu bairro e a sua rua”, revela esta gestora do Núcleo de Rio de Mouro. “Contamos com a presença de inúmeras pessoas, na reunião desta sexta-feira, porque acreditamos que há muitas pessoas de boa-vontade que querem ter uma oportunidade de servir e ajudar o próximo”, desafia Serafim Serrano. Jorge Guerra destaca ainda a importância do movimento, mesmo em tempos de retoma, “porque a situação não é favorável a muitas pessoas, sem perspectivas de emprego, sem segurança económica, e este projecto tem feito a diferença a favor de muitas famílias”. João Carlos Sebastião


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Alheamento fulminante

por ... Maria João Ribeiro “Virar a cara”, “assobiar para cima”, “seguir o seu caminho” ou “olhar para o seu umbigo”, são algumas das expressões que têm anos de história e que, com o tempo, foram alcançando um peso cada vez maior na sociedade. Vivemos na era do “cada um por si” e parecemos esquecer que o facto do homem ser um ser

“social” não é uma característica, mas uma condição. Não existe uma opção a este nosso estado: não podemos escolher ser ou não “sociais”, já que é algo inerente à nossa existência. Por isso é que sempre que dizemos ou pensamos, “isso é um problema que é dele”, estamos a manipular a nossa espécie, retirando-lhe a carga genética que faz dela um tipo diferente das demais. Quando assistimos a uma chamada telefónica, mantida em segredo desde 2013 até hoje, feita por um médico sírio que se encontrava num barco pesqueiro sobrelotado com cerca de 500 refugiados, que se afundava nas águas do Mediterrâneo, pedindo ajuda às autoridades italianas perante a sua impassividade, sabemos que isso é “alheamento agudo”. Quando ouvimos a reprodução das gravações desses

telefonemas, constatando a aflição do médico, dizendo “Por favor despachem-se. Está a entrar água. Por favor despachem-se, por favor despachem-se. Por favor. (…) o barco está a afundar-se. Juro, há cerca de meio metro de água no barco”, e percebemos que as autoridades italianas ignoraram estes pedidos feitos durante cinco horas, sabemos que isso é “alheamento crónico”. Quando ouvimos a gravação em que o médico volta a pedir ajuda, ansioso, perguntando, esperançado, “Enviaram alguém? Somos sírios, somos cerca de 300” e uma voz responde com uma frieza inconcebível para aquela situação, “Eu dou-lhe o número de Malta, porque está perto de Malta – perto de Malta compreende?”, sabemos que demos entrada nos cuidados intensivos com “alheamento crónico severo”.

Quando continuamos a escutar os telefonemas e o médico que se está a afundar com mais 500 passageiros - num barco em que está a entrar água, balouçando de tal forma que ameaça voltar-se com todas aquelas pessoas debilitadas e assustadas por uma viagem que compraram com o dinheiro que juntaram de uma vida para pagar a um capitão que os abandonou passadas poucas milhas da partida –, chora, enquanto repete, “Estamos a morrer. Trezentas pessoas! Estamos a morrer!”, e as autoridades italianas - qual atendedor de chamadas automático - apenas respondem “Ligue a Malta, ligue a Malta”, sabemos que é altura de usar o desfibrilhador porque já não há indícios de batimentos de humanidade. Quando, por fim, nos é dado a conhecer que o barco estava a 61 milhas náuticas da

... o facto do homem ser um ser “social” não é uma característica, mas uma condição.

ilha italiana de Lampedusa, a 118 milhas náuticas da costa maltesa e a umas meras 20 milhas náuticas de um navio militar italiano, sabemos que só nos restam os cuidados paliativos… O navio adornou. O médico sobreviveu, juntamente com a mulher e uma filha de cinco anos. Os outros dois filhos de seis anos e nove meses morreram. Morreram 268 pessoas, 60 eram crianças. Apetece fazer o rescaldo da visita do Papa ao nos-

so país, não para contabilizar os quartos e os terços vendidos, mas para recordar as suas palavras exortando a uma mobilização geral “contra a indiferença, contra a miopia do olhar, para que não sejamos uma esperança abortada”. Urge uma visita ao oftalmologista social!

Já Nasceu ... E agora?

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18 de Maio de 2017 das 10h30 às 12h00 Centro Social do Bairro 6 de Maio, Estrada Militar, Venda Nova 2700 AMADORA Solicite informação sobre as próximas ações de formação: formacao@ajudademae.pt | Tel. 927 413 641


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BREVES ASSOCIAÇÃO APOIA PESSOAS COM DIABETES HÁ 91 ANOS A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai comemorar este sábado dia 20 de Maio, no Centro Cultural Olga Cadaval, os seus 91 anos de actividade. O Grande Encontro APDP vai incluir debates e uma palestra, nomeadamente com o endocrinologista José Manuel Boavida, intitulada “Diabetes: a doença silenciosa”. O evento inclui, ainda, a entrega do Prémio Ernesto Roma e de medalhas a pessoas com 50 ou mais anos de vida com diabetes, para além de showcooking e animação musical com os fadistas António Pinto Bastos e Matilde Cid e o artista Fernando Pereira. Terá lugar ainda uma feira de associações.

MUSEU DO AR RECEBE DIA E NOITE DOS MUSEUS O Museu do Ar, situado na Base Aérea N.º 1 (Granja do Marquês), assinala a Noite dos Museus com um dia inteiro, entre as 10h00 e as 24h00, de actividades com entrada livre. Voo em balão de ar quente, passagens de F16, simuladores de voo e sorteio de voos em C-295 são algumas das actividades programadas para o próximo sábado, dia 20 de Maio, onde os amantes dos aviões terão ainda a oportunidade de apreciar música e filmes 360º.

CONFERÊNCIAS ‘14-18’ No próximo dia 24 de Maio, a partir das 15h30, a Escola Secundária de Santa Maria, na Portela de Sintra, recebe a segunda ronda do Ciclo de Conferências ‘1418’, com Ana Paula Pires a abordar o tema ‘Portugal e a I Guerra Mundial’ e João Rodil ‘Sintra na Primeira Guerra Mundial’. Este ciclo vai decorrer até 7 de Junho e insere-se na fase de pré-produção do ‘14-18’, um espectáculo da Musgo e da União de Freguesias de Sintra para evocar o centenário do final daquele conflito militar.

actualidade

Regulamento ‘tuk tuk’ aprovado A

pós ter sido retirado da anterior sessão, realizada a 27 de Abril, a Assembleia Municipal de Sintra acabou por aprovar, esta terça-feira, o Regulamento dos Transportes de Índole e Fruição Turística, que visa disciplinar a circulação de ‘tuk tuk’, carros eléctricos, jipes, moto-quatros e outros veículos que operam na Vila de Sintra. Foto JCS

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O regulamento acabou por beneficiar de algumas alterações, que Basílio Horta (PS) classificou como “muito importantes que vieram melhorar, substancialmente, o texto”, nomeadamente “ao nível de redução de taxas”, alargamento da licença “para três anos”, embora se mantenha o período de um ano para a adaptação para “veículos com emissões de poluentes nulas, nomeadamente veículos eléctricos”. Para viaturas de “propulsão exclusivamente eléctrica”, não há limite de horário de circulação

e, nos restantes casos, o período foi alargado das 7h00 às 23h00. “Este regulamento é um primeiro texto que é essencial para a regularização e disciplinar este tipo de tráfego. A partir daqui, a prática vai, com certeza, melhorar” os termos do documento, salientou o presidente da Câmara. O documento mantém, como salientou o vereador Luís Patrício (que tutela o pelouro do Trânsito) na reunião camarária, “um estatuto de privilégio com a criação de bolsas de paragem e estacio-

namento”, para os operadores turísticos licenciados, com capacidade para 49 lugares e permitindo um contingente “máximo de 100 viaturas”. O regulamento foi aprovado por maioria, com a abstenção dos eleitos do movimento ‘Sintrenses com Marco Almeida (SCMA), que continuam a expressar algumas reservas. O deputado José Alberto Carvalho manifestou que, “apesar de algumas melhorias no texto”, existem “dúvidas” em relação à legislação que já se aplica ao sector. O autarca também

acentuou “o período demasiadamente breve para a adaptação das viaturas às normas regulamentares”. Esta bancada espera que, no final de um ano de vigência, “se proporcione uma revisão do regulamento baseada na experiência entretanto acumulada”. No mesmo sentido foi a intervenção da deputada Ana Valente (PSD), para quem “os processos são todos evolutivos e susceptíveis de serem melhorados”. Para a deputada municipal do PSD, “regulamentação é protecção dos operadores e dos moradores da Vila de Sintra”, sendo também uma resposta à regulação de outros concelhos, que têm desviado alguns agentes turísticos para a Vila Património Mundial. O documento mereceu um parecer favorável da respectiva comissão, coordenada por Rogério Cassona (CDU), para quem as alterações introduzidas “consubstanciam uma melhoria em relação à proposta anterior, acolhidos que foram os contributos da audição de interessados, incluindo a União das Freguesias de Sintra”. Já na

qualidade de deputado da CDU, Rogério Cassona considera que as alterações permitiram “obviar, de certa forma, o facto de não ter sido feita consulta pública”. O eleito apelou ainda que, aquando da entrada em vigor do regulamento, seja possível criar o ‘Welcome Center’ previsto para o parque de estacionamento ao lado da estação de Sintra, com condições para a prestação de serviços de informação aos turistas. Segundo Luís Fernandes (CDS-PP). este regulamento é “um contributo positivo” e vai defender os operadores licenciados da “pirataria que existe na Vila de Sintra”. Para João Silva (BE), as alterações introduzidas traduziram-se “num documento positivo que vem regulamentar a situação a atirar para o caótico em que se encontrava Sintra com este tipo de animação turística”. Ao fim de um ano, há condições para “dizer o que está bem e o que está mal, ouvindo os operadores interessados e procedendo às alterações necessárias”. João Carlos Sebastião

Câmara admite pagar Hospital na totalidade “O Hospital está nas Finanças”. O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), admitiu a possibilidade do município assumir na íntegra o pagamento da unidade hospitalar a construir na zona da Cavaleira, caso o Governo não avance com as verbas necessárias em sede de Orçamento de Estado. “Se for necessário, a Câmara paga o hospital todo, que são 30 milhões de euros”, sublinhou o autarca, durante a sessão da Assembleia Municipal de Sintra. “Mas, espero que não seja necessário”, reforçou, enquanto aguarda uma resposta favorável do Ministério das Finanças. “O sr. secretário de Estado do Orçamento disse-me que está a ser feito um estudo económico sobre quanto custa manter e equipar o hospital, o que é natural e normal”, revelou ainda o edil sintrense, que já deu conta da disponibilidade autárquica para, além da cedência do

terreno, suportar um investimento na ordem dos seis milhões de euros. “Não admitimos a possibilidade de não termos o Hospital”, reiterou o autarca, adiantando que “é uma luta que vamos ter de travar”. O edil respondia à interpelação de Ana Valente (PSD) sobre o ponto de situação em relação ao Hospital de Proximidade de Sintra, “uma vez que o Governo não se deve manter à margem do processo, já que a unidade vai integrar o Serviço Nacional de Saúde, sendo competência da Administração Central”. Também António Capucho (SCMA) considerou positivo que tivesse sido “dado nota que iremos ter mesmo hospital, quer o Governo cumpra, quer o Governo não cumpra”. JCS


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Plano de Mobilidade P em elaboração Fotos JCS

rimeira fase compreende a realização de inquérito de mobilidade, para além de contagens de tráfego, no sentido de diagnosticar a realidade do concelho. Documento estratégico, mas também operacional, estará disponível dentro de cerca de dois anos, com apresentação de propostas concretas e identificação de meios e fontes de financiamento.

Fomentar a utilização de transporte público é uma das apostas do Plano de Mobilidade e Transportes de Sintra

Sintra vai dispor, dentro de cerca de dois anos, de um Plano de Mobilidade e Transportes (PMT Sintra), um documento que define as principais estratégias a seguir pelo município no sentido de melhorar as acessibilidades no concelho. A elaboração do documento está a cargo da empresa Transitec, que reúne técnicos suíços, portugueses e franceses, que trabalha no sector há 50 anos.

Ao longo do mês de Maio e início de Junho, vai ser realizado um inquérito de mobilidade, com o objectivo de conhecer os padrões de deslocação da população, o primeiro passo para a caracterização e diagnóstico da realidade concelhia. “Vamos também proceder a contagens de tráfego, levantamento de lugares de estacionamento, uma campanha de levantamento de informa-

ção”, frisou Margarida Neta. Segundo esta técnica da empresa de consultadoria na área da mobilidade e transportes, o objectivo “não é fazer um diagnóstico de 500 páginas”, mas “identificar os problemas estruturantes e as causas” que afectam o concelho de Sintra. A elaboração do plano vai abranger três fases, com um período de 18 meses, seguindo-se uma fase de validação, estimada em mais seis meses.

“Vamos ter aqui um longo período de trabalho pela frente durante os próximos dois anos”, reforçou a técnica de uma equipa multidisciplinar, “de contextos geográficos diferentes”, coordenada por Christophe Diani. A segunda fase deste trabalho, adiantou Margarida Neta, assenta na “definição de cenários, perspectivas e estratégias de mobilidade”, que engloba já um conjunto de propostas para a rede viária e transportes públicos. Por último, a 3.ª fase, contempla a “programação das diferentes propostas apresentadas e a identificação dos meios e fontes de financiamento”. O PMT Sintra vai assumir-se como “um instrumento estratégico, mas também operacional”. “Também não vamos conseguir actuar em todos os problemas concretos ao nível de cruzamentos e eixos viários”, alertou a técnica da Transitec, mas realçando que serão apresentadas propostas para resolver problemas estruturantes que se colocam num concelho com 400 mil habitantes. Entre os objectivos do plano, frisou Margarida Neta, está “a integração entre planeamento e transpor-

Propostas concretas e participação política Após um demorado processo que sofreu várias vicissitudes, ao longo de dois anos, a elaboração do PMT avançou, finalmente, no terreno. Segundo o vereador responsável pelo Trânsito e Mobilidade Urbana, Luís Patrício (PSD), este documento é, no fundo, “o Plano Director de Mobilidade do Concelho” e o próprio Plano Director Municipal deve absorver “alguns contributos”. O autarca fez votos que este documento “possa dizer onde investir, onde reforçar o sistema de transportes e de que forma fazê-lo”. Segun-

do Luís Patrício, sem uma visão macro, todas as intervenções a realizar “serão sempre decisões avulsas, que assentam muito naquilo que poderá ser o conhecimento do dia-a-dia, mas não responde à globalidade” dos problemas que se colocam ao município. Basílio Horta (PS) congratulou-se com o avanço da elaboração do plano, mas recordou que o município já dispõe de “dois trabalhos de diagnóstico”, sendo importante propostas concretas “sob pena de termos mais um estudo na gaveta”.

“São necessárias propostas muito concretas”, frisou o presidente da Câmara de Sintra, dividindo as que competem directamente ao município e as que são responsabilidade da Área Metropolitana de Lisboa. Neste último caso, está em causa “a coordenação dos diversos transportes intermodais”. Em relação às intervenções do município, já estão em curso algumas medidas como a construção de ciclovias, parques de estacionamento e o silo em Massamá, para além do próprio silo auto previsto para a Portela .

Também Pedro Ventura (CDU) se mostrou satisfeito com o avanço da elaboração do plano estratégico, numa área em constante mutação: “Se analisarmos o que foi, nos últimos anos, a pressão do trânsito automóvel sobre a Vila de Sintra, provocado pelo afluxo de turistas, vemos que a realidade muda de ano para ano”. Para o autarca da CDU, a auscultação da população e a participação do executivo, ao longo de todo o processo, é essencial para se alcançar “um documento de consenso”.

tes e desenvolvimento urbanístico do município”. No fundo, “repensar o desenho das cidades”, tendo em consideração que “a matriz das nossas deslocações são o andar a pé”. “Mesmo para chegar ao nosso veículo privado, andamos a pé. É importante pensar nessa matriz de base e criar condições para que as pessoas possam andar a pé e promover esse modo de deslocação”, acentuou a técnica, que reforçou: “somos todos peões e os espaços devem ser construídos para todos, mesmo com as suas limitações”. A redução da utilização do transporte individual é um dos objectivos do documento, também no sentido de diminuir o impacto negativo dos transportes sobre a saúde pública. “Aqui estamos a pedir às pessoas para mudarem os seus comportamentos, mas não podemos só pedir”, acentuou Margarida Neta, apontando a necessidade de criar condições para promover a deslocação a pé ou andar de bicicleta. Para este efeito, é necessário proceder ao reforço da atractividade e da qualidade do ambiente urbano. “O espaço público não tem a qualidade

que deveria” e, em muitas situações, fomenta o excesso de velocidade automóvel em detrimento da circulação pedonal. “Não posso ter eixos viários largos, mas espaços e cruzamentos mais compactos para promover a redução de velocidades, atravessamentos pedonais mais curtos e favorecer a circulação pedonal”, sublinhou esta responsável, que deu como exemplo “a introdução de zonas de 30 km/ hora ou áreas de coexistência, onde a circulação do peão é prioritária”. Outra aposta passa por fomentar a utilização do transporte público, “promover a intermodalidade e a multimodalidade”, e, também a este nível, é importante que os interfaces estejam desenhados no sentido de “minimizar distâncias e promover transbordos mais fáceis” para a população em geral. “Uma das necessidades para o município de Sintra é servir as populações das zonas rurais, que têm problemas específicos e que não se coadunam com o serviço típico regular de transporte público”, frisou Margarida Neta, que aludiu ao novo regime jurídico dos transportes públicos que confere competências às autarquias. “Estamos perante uma oportunidade para os municípios, mas tem de ser muito bem trabalhada. Não basta dizer que ‘passa para vocês a competência da definição de uma rede de transportes públicos urbanos’, mas se depois não vem com recursos, temos que pesar muito bem aquilo que o município pode trabalhar neste novo contexto”, salientou a responsável da empresa Transitec. João Carlos Sebastião


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SUGESTÕES CINEMA

Perdidos

O filme português conta a história de um grupo de amigos que passa um fim-de-semana a bordo de um luxuoso veleiro, mas que acaba por viver um pesadelo quando todos mergulham no oceano e se esquecem de baixar as escadas do barco, acabando à deriva no mar.

Anselmo Ralph em concerto acústico em Cascais

Os Azeitonas em Sintra Com uma nova formação, Os Azeitonas trazem a mesma boa disposição e energia que tão bem caracteriza os seus espectáculos. Neste noite não vão faltar os êxitos que marcam já mais de uma década de carreira, entre músicas como ‘Quem és Tu, Miúda?’, ‘Ray-Dee-Oh’, ou os mais recentes, ‘Cinegirasol’ e ‘Fundo da Garrafa’. Centro Cultural Olga Cadaval, Auditório Jorge Sampaio. Dia 19 de Maio, às 21h30.

LIVRO

‘Torna-te um Guru das Redes Sociais’, de Miguel Raposo

‘Junto a Ti’ é a ‘tour’ do cantor angolano que o aproxima ainda mais de todos os que o acompanham desde sempre. Ao estrear-se no formato acústico, Anselmo Ralph apresenta-se num modo

Gestor de influenciadores e redes sociais, o autor explica tudo o que precisa saber para se tornar um guru das redes sociais. Saiba como criar um bom perfil, como angariar seguidores, como se tornar viral e utilizar o marketing de influências em seu benefício.

totalmente intimista, onde continua a partilhar com o público os seus grandes êxitos. Casino Estoril, Salão Preto e Prata. Dia 24 de Maio, às 21h30.

49.ª grande Gala do curso de Stand Up Comedy O espectáculo estreia as performances de seis aspirantes a comediantes, alunos do 49.º curso de Stand Up Comedy. Esta noite memorável apresenta à sociedade o talento para fazer rir de Marco Bilimória, Carlos Alves, João

MÙSICA

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Rio de Mouro

Aquino’ juntam-se ao Coro Infantil Sintra Voci, para um concerto de canções tradicionais do mundo. Palácio dos Aciprestes (Linda-a-Velha). Dia 21 de Maio, às 15h00. A entrada é livre.

PINTA CASAS QUARTOS ARRANJOS DESDE SÓ 50€. JÁ VIU ASSIM É MUITO BARATO PREÇOS AMIGOS IMBATÍVEIS MÃOS-À-OBRA.

Cineteatro D. João V. Dia 20 de Maio, a partir das 21h30.

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Com os actores Paulo Matos – também autor do texto –, Vitor Emanuel e Ana Catarina, a comédia tem lugar num bar, onde histórias entre clientes se cruzam e as peripécias se multiplicam, o barman, experiente e observador logo percebe que a noite vai dar sarilho...

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‘Pernocas ao Léu’ traz boa disposição à Amadora

Recital de piano em Oeiras Os alunos da classe de piano do Conservatório de Música de Sintra, de várias idades e graus de ensino, preenchem a tarde com um concerto de piano. De seguida, pelas 17h30, o coro os ‘Pequenos Cantores de São Tomás de

Teatro Municipal Amélia Rey Colaço. Dia 21 de Maio, pelas 21h30.

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O primeiro disco da cantora, que se consagrou vencedora do programa ‘Factor X’, vem confirmar a sua posição indiscutível como uma das grandes vozes do panorama musical português da actualidade. Com influências Pop, Rock e da Soul Music, artistas como Whitney Houston e Tina Turner fazem parte do seu ADN musical.

Negro, André Camandro, Carolina Pereira e Sandro Ferreira.


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na berra Foto Sérgio Matos

“A família é o meu pilar” Actriz Carla Chambel integra o elenco de ‘Espelho d’Água’, a nova telenovela da SIC

Carla Chambel demonstra ser uma mulher decidida e assertiva, em relação ao que quer para si e para o mundo que a rodeia, a nível profissional e pessoal. A actriz, natural da Amadora, é casada com Miguel Bica e é mãe de dois rapazes: João de sete anos e Rafael, de apenas 10 meses. Além de ser actriz e de todos os papéis conquistados em televisão, teatro e cinema, a amadorense é ainda vice-presidente da Academia Portuguesa de Cinema e colabora com a Gestão dos Direitos dos Artistas, como jurada. É uma mulher a quem é inevitável perguntar como consegue arranjar tempo em família, com uma carreira profissional tão preenchida, mas Carla Chambel não hesita na resposta: “É uma loucura! Tenho a sorte de ter uma estrutura familiar bastante forte e digamos que é essa a minha

Olha quem fala

“Ainda não sei bem como vou lidar com isto. Espero conseguir fazer as coisas com tranquilidade, continuar a tocar. Se calhar temos de cobrar um bocadinho mais pelos concertos (risos). Na verdade, antes disto estava a fazer o que queria, a tocar por aí. Espero continuar”. SALVADOR SOBRAL, em conferência de imprensa após vencer o festival da Eurovisão.

Começou por pensar seguir o curso de Medicina Veterinária, pois, afirma, nasceu “na geração onde era preciso ter um diploma para se ser alguém”, mas nem isso a impediu de deixar esse sonho de lado para lutar pela paixão que nasceu logo na escola primária: ser actriz. plataforma de salvação para poder cumprir os meus compromissos profissionais”. Como cidadã atenta, lança ainda o alerta: “Há um longo caminho a percorrer para os profissionais de espectáculo, pois não existem grandes apoios a nível social. É muito difícil, por exemplo, cumprir uma licença de maternidade e depois ainda conseguir gerir os horários de forma a manter a amamentação, porque dependemos do nosso trabalho para viver”. Carla Chambel considera a formação uma ferramenta de trabalho importante para qualquer actor e tem vindo a dar provas de ser uma profissional multifacetada que demonstra o melhor de si enquanto actriz em cinema, televisão e teatro: “Gosto de todas as linguagens, o desafio é tentar perceber o melhor de cada uma delas porque exigem coisas di-

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ferentes do actor. Quando estou em teatro, adoro o processo de trabalho, em cinema adoro estar à flor da pele, em televisão adoro a ginástica emocional necessária para fazer muitas cenas por dia. O importante é estar nos desafios por inteiro e de preferência de cada vez, para poder dar o melhor de mim”.

“A Eunice vive em função dos outros” ‘Espelho d’Água’ estreou no primeiro dia de Maio e, desde aí, Carla Chambel passou a estar todas as noites no pequeno ecrã com a personagem Eunice. Esta é uma mulher mais velha, residente em Ílhavo, que vive em sofrimento pela profissão do filho, que é pescador, e, mais tarde, acaba por descobrir que é

PASSATEMPO

traída pelo marido: “Residente em Ílhavo, ela é uma mulher simples que trabalha numa mercearia. É uma pessoa muito dedicada à família e o percurso dela vai ser um pouco conseguir perceber como e quem ela é para ela própria, e não só em função dos outros”, explica a actriz. Com um elenco de luxo, ‘Espelho d’Água’ é uma das grandes apostas da SIC para esta temporada, e é um conteúdo ao qual a actriz tece rasgados elogios: “Acho que este é um bom produto da SIC dentro das histórias portuguesas. Os bacalhoeiros é um tema lindíssimo e fortíssimo para se pegar, é muito interessante dar a conhecer a força dos pescadores que estão no mar, muitos meses, para podermos ter à mesa o nosso bacalhau que nos sabe tão bem!”.

“Sou tranquila por natureza e vou desfrutando de cada momento da organização, estou é ansiosa para que o João chegue e seja realmente meu marido com a bênção de Deus, porque isso muda tudo para mim”. CUCA ROSETA, prestes a concretizar o sonho de casar pela igreja, na Caras. “Portugal está de tal forma, que já só falta descobrir uma cidade Inca nas ruínas do Carmo”. FERNANDO ALVIM, no Facebook.

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Cinco novos artistas fecham cartaz do Edpcooljazz Rita Redshoes, Márcia, Beatriz Pessoa, Da Chick e Filipe Catto são os nomes que completam o programa Depois de confirmados e divulgados nomes como The Pretenders, Jorge Palma, Luísa Sobral ou Jamie Cullum, as últimas revelações do cartaz foram apresentadas no dia 16 de Maio, e vêm finalizar o alinhamento da 14.ª edição do Edpcooljazz com dois concertos por cada noite.

Espaço 1

Espaço 4

Espaço 2

Espaço 5

Parque Industrial Meramar IV Estoril ( Junto ao CascaiShopping ) Telf.: 21 469 17 06 • Fax: 21 469 16 98 e-mail: estoril@espacoparatudo.pt Parque Industrial Meramar II Albarraque ( Junto à Tabaqueira ) Telf.: 21 925 52 57 • Fax: 21 925 52 59 e-mail: riodemouro@espacoparatudo.pt

Espaço 3

Parque Industrial Meramar VI Amadora ( Junto às Portas de Benfica ) Telf.: 21 004 38 50 • Fax: 21 004 38 99 e-mail: vendanova@espacoparatudo.pt

Rua D. Nuno Álvares Pereira, 188 Matosinhos (Junto à Esc. Sec. Gonçalves Zarco) Telf.: 22 938 40 58 • Fax: 22 938 40 59 e-mail.: matosinhos@espacoparatudo.pt Parque Industrial Meramar III Av. Salgueiro Maia, 979 (Junto aos CTT) 2785-501 São Domingos de Rana Telf.: 211 348 158 e-mail.: aboboda@espacoparatudo.pt

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Os nomes anunciados reforçam a presença da língua portuguesa no festival, com quatro artistas portuguesas e um brasileiro: Rita Redshoes, Márcia, Beatriz Pessoa, Da Chick e Filipe Catto vêm reforçar um cartaz que já era de peso e trazem mais música – e de qualidade – ao festival que decorre entre os dias 18 e 29 de Julho e tem como palcos o Parque dos Poetas e os Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras. “A edição do Edpcooljazz 2017 demarca-se por apre-

sentar dois espectáculos em todas as noites, numa forma de atribuir absoluta e vital importância aos artistas que sobem ao palco do festival”, revelou Karla Campos, da organização do evento. As canções (já) eternas de Márcia chegam no dia 18 de Julho, aos Jardins do Marquês de Pombal, com uma actuação que precede o espectáculo arrebatador de Rodrigo y Gabriela. A inconfundível feminilidade pop trazida por Rita Redshoes sobe ao palco do Parque dos Poetas no mesmo dia dos ‘The Pretenders’, a 19 de Julho. No dia seguinte, de volta aos Jardins do Marquês de Pombal, Teresa Sousa, mais conhecida por Da Chick, dá o mote para horas de dança dentro da locomotiva funky, não esquecendo que o concerto seguinte conta com o reco-

nhecido cantor e saxofonista norte-americano, Maceo Parker. O brasileiro Filipe Catto, ao juntar-se à conterrânea Maria Gadú, vem reforçar a presença do Brasil no festival e misturar a novidade com a confirmação e reconhecimento da segunda artista. Os dois concertos têm lugar no dia 23 de Julho, nos Jardins do Marquês de Pombal. A 29 de Julho, no Parque dos Poetas, o espectáculo de Jamie Cullum vem ‘apadrinhar’ o novo talento de Beatriz Pessoa, que com um jazz-pop traz o que de mais fresco se faz na música portuguesa. Também presente na cerimónia, o presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, anunciou outra novidade: quem tiver cartão-jovem municipal tem acesso aos bilhetes pelo valor de 15 euros.


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Agualva vai recriar Feira de Maio

Mercado da primeira metade do século XVIII decorre de 19 a 21 de Maio

O Largo da República vai ser palco, entre sexta-feira e domingo (19 a 21 de Maio), do regresso da Feira de Maio de Agualva, em que é recriado um mercado da primeira metade do século XVIII.

Agualva. O monarca acolheu favoravelmente este pedido e autorizou a realização da feira através de alvará régio datado de 22 de Setembro de 1712. O horário será o seguinte: Sexta-feira (19 de Maio) – das 18h00 às 24h00; Sábado (20 de Maio) – das 12h00 às 24h00; Domingo (21 de Maio) – das 12h00 às 22h00.

Informações e inscrições na recepção, ligando 218038813 ou através de geral@oeirasdance.pt

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Com entrada livre, o ‘coração’ da freguesia de Agualva vai ser organizado para proporcionar ao visitante um ambiente de feira do mercado do século XVIII, com tasquinhas de comes e bebes, leitão de Negrais, pão com chouriço, doçaria, hortícolas e frutas, assim como artesanato e ofícios tradicionais. Com a organização da Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra, em parceria com a Câmara Municipal, a Feira de Maio tem produção e animação da empresa Câmara dos Ofícios. A animação será diversificada e constante, ao longo do período da feira, recriando o ambiente de fidalguia com a presença da família de Matias Aires a quem pertencia o Palácio da Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo (Quinta da Fidalga), situada em frente ao actual Largo da República. Pelo recinto da feira vão circular as personagens

características da época: alcoviteiras, regateiras, aguadeiros, colarejas, recriando um ambiente de mercado com os seus pregões e algazarras e momentos de bailaricos ao som de gaiteiros. O certame inclui, ainda, a apresentação das tradicionais histórias de teatro de D. Roberto, através da associação cultural Valdevinos Teatro de Marionetas, para além da dinamização de jogos de outros tempos, como a tracção à corda, jogo do prego, chinquilho, entre outros. O programa abrange uma breve visita pela história de Agualva, em especial pela Quinta da Fidalga e Feira de Maio, numa iniciativa dinamizada pelo historiador Rui Oliveira e intitulada ‘Passeios com História’. Segundo reza a história, a criação da Feira de Agualva, uma das mais antigas da região saloia entre os mercados tradicionais, resultou de uma petição feita a D. João V pela Irmandade de Nossa Senhora da Consolação de


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iniciativas

CARTÓRIO NOTARIAL DE CLARA SANTOS RODRIGUES

‘Explosão de Sorrisos’ para os mais novos

Rua Elias Garcia, Ed. Magos, Loja I, 2120-088 Salvaterra de Magos Tel. 263.508.512 fax 263.508.514 cartorio.salvaterra@mail.telepac.pt SALVATERRA DE MAGOS

CERTIFICO para fins de publicação, que foi lavrada hoje neste cartório, a folhas setenta e duas e seguintes, do livro de notas número cento e sessenta e sete-A, uma escritura de justificação, através da qual, a “UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SINTRA (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim)”, pessoa colectiva de direito público, com o número de identificação fiscal 510.840.230, com sede na Rua Câmara Pestana, número 29 B, na freguesia e concelho de Sintra, declarou através dos seus representantes legais, que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes imóveis, todos situados na União das Freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim), concelho de Sintra, a saber : I) PRÉDIO RÚSTICO, sito no Casal da Granja de Baixo, composto por pastagem artificial permanente, com a área de mil setecentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Maria Olívia Veríssimo dos Reis Baeta, do sul e poente com Luísa Maria Aguiar de Matos, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 112 da secção 1I, proveniente do artigo 112 da secção I, da extinta freguesia de S. Martinho; II) PRÉDIO RÚSTICO, sito na Ponte da Zibreira, Nafarros, composto por mato, com a área de seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com Ribepe – Sociedade de Construções, Lda, nascente com terrenos da extinta Freguesia de S. Martinho, do sul com José Manuel Lopes Luís e do poente com Sabino dos Santos Pedroso, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 88 da secção 1M, proveniente do artigo 88 da secção M, da extinta freguesia de S. Martinho; III) PRÉDIO RÚSTICO, sito na Laranjal, Nafarros, composto por mato, com a área de duzentos e dezassete mil trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com Herdeiros de António Hipólito Filipe e outros, nascente com Maria Teresa Vaz da Silva Pires e outro, do sul com Joseph Antonius Huits e outros e do poente com Mário Rui da Assunção Limpo Paulo, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 61 da secção 1M, proveniente do artigo 61 da secção M, da extinta freguesia de S. Martinho; IV) PRÉDIO RÚSTICO, sito Pedra do Sino, Morelinho, composto por mato, com a área de oito mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com Herdeiros de Marcelino Neves Jordão, nascente com Ana Maria Regalo Jordão Rodrigues e outros, do sul com António Carlos Fernandes da Costa e outros e do poente com Silvestre da Silva Martins e outro inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 30 da secção 1N, proveniente do artigo 30 da secção N, da extinta freguesia de S. Martinho; V) PRÉDIO RÚSTICO, sito no Caminho do Largo do Chafariz, Morelinho, composto por terreno estéril e mato, com a área de quatro mil e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com Alberto Manuel Saraiva Semião e outros, nascente com Hilário Miguel Paulo, do sul com Estrada Principal (Morelinho) e do poente com Manuel António Moura dos Santos e outros, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 42 da secção 1I, proveniente do artigo 42 da secção I, da extinta freguesia de S. Martinho; VI) PRÉDIO RÚSTICO, sito na Estrada do João Raio, Morelinho, composto por pastagem artificial permanente, com a área de quatro mil metros quadrados, a confrontar do norte com João António da Silva Prudêncio, nascente com José Filipe do Couto Bordalo e outros, do sul com Maria Violante de Abreu Jordão e outros e do poente com Paulo Rui Rodrigues dos Santos e outros, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 61 da secção 1I, proveniente do artigo 61 da secção I, da extinta freguesia de S. Martinho; VII) PRÉDIO RÚSTICO, sito no Caminho de Fontanelas, Morelinho, composto por mato e terreno estéril, com a área de vinte e nove mil duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com António Luís Mansura da Silva Saramago, do nascente com Suc. Soc. Urbanizações e Construção S.A, do sul com Domínio Publico Municipal e do poente com Maria da Graça Emauz Tavares de Carvalho de Aguiar, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 89 da secção 1I, proveniente do artigo 89 da secção I, da extinta freguesia de S. Martinho; VIII) PRÉDIO RÚSTICO, sito no Janas (a caminho das Azenhas), composto por pastagem artificial permanente e Ginjeiras, com a área de seis mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com Laurinda da Assunção Bicho Justino Jordão e outros, do nascente com Herdeiros de Olívia Teresa Ruivo e outros, do sul com Joaquim Sequeira Clemente e do poente com Maria Helena Baleia Sequeira, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 54 da secção 1B, proveniente do artigo 54 da secção B, da extinta freguesia de S. Martinho; IX) PRÉDIO RÚSTICO, sito no Janas, composto por pastagem artificial permanente, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte, sul e poente com prédio particular sito na Rua do Outeiro, número 14, do nascente com Maria Helena de Jesus Alexandre Costa e outro, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 88 da secção 1B, proveniente do artigo 88 da secção B, da extinta freguesia de S. Martinho; X) PRÉDIO RÚSTICO, sito no Janas, composto por pastagem, com a área de dois mil cento e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com Luís António de Castro de Valadares Tavares e outros, do nascente com José Maria da Conceição Caetano, do sul com Herdeiros de José Maria Caetano Nunes e outros e do poente com Maria Beatriz Cosmo França Rilhas Limpo, inscrito na matriz cadastral da união das freguesias de Sintra, sob o artigo 87 da secção 1K, proveniente do artigo 87 da secção K, da extinta freguesia de S. Martinho. Que, os prédios acima identificados ainda não estão descritos na competente Conservatória do Registo Predial. Que a União das Freguesias de Sintra justificou o direito de propriedade sobre os identificados imóveis invocando a usucapião como causa de aquisição dos imóveis, uma vez que a dita União das Freguesias não possui qualquer título que prove o seu direito de propriedade sobre os prédios a justificar. Que a verdade porém, é que estes prédios vieram à posse da União das Freguesias de Sintra, após a alteração superveniente, resultante da reorganização administrativa do território das freguesias, sendo que, até então, a dita posse havia sido efectuada pela extinta Freguesia de S. Martinho, há muito mais de cinquenta anos, por os respectivos terrenos lhe haverem sido doados verbalmente em data que não podem precisar, desconhecendo até por quem, não existindo título dessa transmissão por ser consequência de acto meramente verbal, não sendo assim possível fazer a respectiva escritura. Que a Junta de então, em nome da Freguesia de S. Martinho tomou desde logo posse efectiva dos ditos terrenos, amanhando-os, limpando-os, desmatando-os, ajardinando-os, depositando materiais, colhendo os respectivos frutos e removendo terras, transformando alguns deles em espaços ajardinados, colocando-os ao serviço da comunidade, realizando as benfeitorias necessárias à sua conservação e com carácter duradouro e que, por isso, ainda hoje se mantém, posse essa pacífica de boa fé dado o objectivo da ocupação. Desde o início da posse há mais de cinquenta anos que a freguesia passou a exercer todos os poderes de facto inerentes ao de verdadeira proprietária dos imóveis, usufruindo-os até hoje publicamente com o animo de quem exercita um direito próprio, sem que o exercício do seu poder sobre as coisas usufruídas alguma vez sofresse qualquer contestação, ou oposição por parte de quem quer que seja. A União das Freguesias de Sintra, mantém, pois, essa posse desde há muito mais de cinquenta anos, ininterruptamente e todas as sucessivas Juntas, em representação da agora União das Freguesias, têm praticado nos prédios, desde o início e à vista de toda a gente, actos próprios de verdadeira proprietária, tendo-os transformado alguns deles naquilo que hoje representam, isto é, espaços ajardinados, locais de veraneio e de lazer, neles promovendo obras de limpeza, de manutenção e conservação, de modo a proporcionarem à população o fim a que se destinam. Uma vez que aquela Freguesia, por intermédio das respectivas Juntas, desde o início da posse passou a exercer um poder de facto correspondente ao exercício do direito de propriedade e por um período superior a cinquenta anos, agindo de forma inequívoca como titular do direito real das coisas, preenche os requisitos do “anímus” e do “corpus” sobre os citados imóveis, elementos relevantes da USUCAPIÃO que invocam como forma aquisitiva daquele direito, uma vez que está impossibilitada de o comprovar pelos meios normais. Está conforme o original, na parte a que me reporto.

Localizada em Mem Martins, a Associação Social e Cultural ‘Explosão de Sorrisos’ nasceu a pedido dos pais dos alunos da Escola Básica N.º 1, com o propósito de proporcionar actividades lúdicas e de apoio ao estudo pós-aulas.

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Salvaterra de Magos, Cartório Notarial, 21 de Abril de 2017. A Notária, Clara Maria Pereira dos Santos Rodrigues) Factura nº 1023/2017.

Aulas de dança, ginástica e apoio ao estudo são algumas actividades da associação social e cultural

“Os pais pediram que abríssemos um centro de estudos porque os alunos não tinham os trabalhos corrigidos. Também notávamos que existem actividades lúdicas e extra-curriculares aqui perto, mas muitas famílias não têm condições para pagar os preços praticados”, justifica Helena Garcia. Fundada no final do ano passado, a ‘Explosão de Sorrisos’ é uma associação sem fins lucrativos que funciona a partir dos esforços dos progenitores, professores e dos próprios alunos, sendo actualmente constituída por uma equipa de três pais fundadores, sete professores e voluntários. “A equipa trabalha em regime de voluntariado, por isso é-nos possível oferecer os serviços com valores reduzidos e abranger uma fatia

da população que, de outro modo, não tinha condições de aceder a estas actividades. Consideramos que é da maior importância proporcionar Educação e Cultura a todas as crianças independentemente do seu estrato social, pelo que lutamos para que, no futuro, a oferta dos nossos serviços seja gratuita para famílias carenciadas”, explica a presidente da direcção. Os valores da associação baseiam-se no acompanhamento das crianças de forma personalizada e adaptada às necessidades individuais. As actividades proporcionadas são muitas e variadas, e integram as vertentes da cultura, desporto e educação. “Temos tido muita procura e todos os dias chegam crianças para experimentarem as diferentes aulas. Como tal, também procuramos ampliar a oferta, o que vai continuar a acontecer faseadamente. Já temos hip-hop, xadrez, taekwondo, balé, dança contemporânea, sevilhanas, ginástica e boxe. Para os adultos, lançámos as danças de salão social e o ioga”, enumera.

A partir de Setembro, a associação vai dispor ainda de um Centro de Estudos dirigido ao Ensino Básico e Secundário, que funcionará com um horário alargado, das 07h00 às 22h00. Sediada num espaço com três salas, a associação aposta também nos momentos de lazer e convívio em família, organizando ainda festas de aniversário personalizadas à imagem de cada criança – encontrando-se já com os seis próximos fins-de-semana completos –, bem como outros festejos e eventos que pequenos ou graúdos queiram fazer. A pedido dos pais, a associação vai estar aberta em Agosto: “Estamos a desenvolver o plano de férias, que vai ser o nosso próximo grande projecto. Vamos levar os miúdos à piscina, às praias, entre outros locais. Queremos, efectivamente, proporcionar às crianças com menos possibilidades, um Verão com actividades próprias da época, mas também rico em cultura, desporto e conhecimento”.


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My Taxi quer crescer

Plataforma tecnológica angaria motoristas

A estratégia começa por dar destaque a Oeiras, a par de Cascais, Loures e Odivelas, mas o plano de desenvolvimento chegará, também, a Sintra e Almada. No conjunto destes concelhos (excluindo Lisboa), a empresa multinacional espera conseguir crescer “entre 15 a 25%” até ao final do ano.

Carlos Bispo conta que as perspectivas de crescimento da plataforma tiveram um natural aumento depois da sua aquisição pela Mercedes-Benz, em 2014. Entretanto, em meados de 2016, fundiu-se com “a maior aplicação londrina e holandesa”. Agora, a palavra de ordem é mesmo carregar no acelerador do serviço prestado, seja em qualidade como em quantidade. No contexto português, embora a expansão para fora da capital ainda esteja “numa fase muito preliminar”, pretende-se alargar e reforçar a mancha geográfica de actuação da My Taxi a todo o distrito de Lisboa, mesmo em concelhos onde o número de viaturas é bem menor do que

a frota existente na capital (quase 3500 licenças). Os argumentos da My Taxi para atrair os motoristas são vários. Desde logo, “uma aplicação muito avançada a nível tecnológico e uma estrutura com quase 400 colaboradores em toda a Europa e que é uma máquina de comunicação, uma máquina de angariar serviços de táxi e que tem a missão de revitalizar o sector, dar-lhe uma nova imagem…”. No fundo, “a My Taxi quer dar melhor serviço ao passageiro e uma ferramenta de trabalho útil e rentável ao motorista”, resume Carlos Bispo. O que passa por dar garantias a ambas as partes, desde logo a transparência e a segurança: “Só

trabalhamos com motoristas profissionais e licenciados ou credenciados”, destaca o nosso interlocutor. A formação desempenha, também, um papel importante e é desenvolvida na My Taxi Academy (localizada em Lisboa, na Avenida D. Carlos I). Dinis Duarte, responsável por esta área, esclarece que ali “ensina-se o essencial: a parte técnica da ‘app’ em si, mas também

como servir o cliente, a postura perante o passageiro, coisas que já estão na lei, mas que fazemos questão de relembrar para acentuarmos junto dos nossos motoristas o perfil que queremos”. Ao aderir a esta plataforma, o taxista sabe que, mais do que nunca, a sua imagem perante o cliente terá repercussões: quanto mais positiva ela for, após avaliação feita pelo passageiro, maio-

res serão as probabilidades de o profissional de táxi ser chamado para novos serviços e, assim, aumentar os seus rendimentos. Por seu lado, o proveito da plataforma resulta da cobrança de uma percentagem sobre cada viagem angariada graças à ‘app’. Ou seja, é mútuo o interesse em que o negócio corra, literalmente, sobre rodas… Jorge A. Ferreira

CEMREF

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18 a 24 de Maio de 2017

motores

Carro do Ano em Portugal e na Europa, vencedor de mais de duas dezenas de prémios internacionais. Haverá melhor cartão de visita para um novo modelo?

Leão que soma títulos O Peugeot 3008 revela-se como um leão vencedor e mostra argumentos e qualidades capazes de justificar os títulos obtidos. A Peugeot apostou em força no segmento da moda com o lançamento de três SUV de características e dimensões diferentes. Entre o mais citadino 2008 e o grande 5008 está o modelo que melhor reflecte as ambições da marca. Assente na plataforma que também serve de base ao 308, apresenta uma distância entre-eixos de 2,67 m,

o que se reflecte positivamente na habitabilidade e no volume da bagageira (520 litros). Para além de uma combinação de elementos estéticos a roçar a perfeição, é no habitáculo que encontramos os principais trunfos deste modelo: espaço para condutor e passageiros, conforto, qualidade de materiais e nível superior de equipamento. Versatilidade é outra das virtudes desta segunda geração do 3008 que, sem ser um TT, desde que dotado de sistema Grip Control

(com cinco modos de aderência, para neve, chuva, lama e terra e ESP Off), permite incursões mais aventureiras. A versão testada pelo JR, com motorização diesel 1.6 BlueHDi de 120 cv, aliada a caixa auto de seis velocidades, revelou, contudo, competências estradistas, não só ao nível do conforto, mas sobretudo da performance e da economia. As médias de 5,6 l/100 km alcançadas em circuito misto revelaram outra das qualidades que tornam este modelo vencedor.

Voltando ao interior, onde se destaca o designado I-Cockpit, a opção mais polémica reside na reduzida dimensão do volante multifunções, com o painel de instrumentos sobrelevado, o teclado de acesso a algumas funções e o ecrã multimédia de 12,3’’ a completarem o estilo vanguardista. Consoante a versão, o 3008 oferece itens de segurança e ajuda à condução como a travagem automática de emergência, alerta de risco de colisão, reconhecimento de sinais ou estacionamento assistido com imagem a 360º. Paulo Parracho

Peugeot 3008 1.6 HDi

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

Motor.........................................Diesel, 4 cilindros, 1560 cc Potência......................................................120 cv /3500 rpm Binário máximo ................................... 300 Nm/1750 rpm Velocidade máxima .............................................. 189 km/h Consumo/emissões ................. 4,0 l/100 km, 104 g/km Preço ...............................................................................32.750 €

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repórter JR

Associação Empresarial promove Encontros ‘Sintra Empreende’

Sintra celebra Dia Internacional dos Museus A 18 de Maio assinala-se o Dia Internacional dos Museus e, mais uma vez, essa data não passa em branco no município sintrense.

O empresário Tim Vieira, que participou no programa ‘Shark Thank’ (SIC), foi o convidado do 1.º Encontro Sintra Empreende, uma iniciativa promovida pela Associação Empresarial de Sintra (AESintra), que teve lugar, no dia 10 de Maio, na Escola Secundária de Santa Maria. Um evento que resultou de uma parceria entre a AESintra e o Agrupamento de Escolas Monte da Lua, representado pela sua directora, Ana Teresa Louro, e por outros responsáveis do estabelecimento de ensino da Portela de Sintra.

Segundo os responsáveis da associação, presidida por Luís Miguel Almeida, o testemunho deste empresário “foi uma lufada de frescura empresarial e empreendedora, num discurso despretensioso” que “arrebatou uma grande plateia composta pelo tecido empresarial de Sintra, por alunos da formação escolar e profissional e pelo empreendedorismo jovem do concelho testemunhado pela equipa da Cocktail Team” que introduziram em Portugal o Flair Bartending – serviço de bar aliado à animação com realização de eventos específicos.

Durante a iniciativa, além da intervenção de Tim Vieira e da exibição de um vídeo da Cocktail Team, a escola apresentou a respectiva oferta de cursos profissionais para os jovens e de formação para adultos. No final do evento, foi anunciada a realização do 2.º Encontro Sintra Empreeende, desta vez dedicado à Economia. ‘Portugal, as razões de uma crise económica’ será o tema abordado pelo economista e gestor Rui Rio, ex-presidente da Câmara do Porto, num evento agendado para o próximo dia 30 de Maio, pelas 17h00, na sede da AESintra.

CERCITOP realiza caminhada A CERCITOP (Cooperativa de Empreendedorismo para o Desenvolvimento Económico e Social de Todo o País, CRL) vai promover este sábado, dia 20 de Maio, a 1.ª edição de uma caminhada solidária, denominada ‘Passos Mágicos’, em parceria com o Ginásio People. A partir das 9h00, a iniciativa vai decorrer no Belas Clube de Campo, sob o lema ‘Caminhar para esta causa iluminar’, ao longo de 2,6 km, inserindo-se na campanha do ‘Pirilampo Mágico’.

FICHA TÉCNICA

Esta caminhada tem, assim, dois objectivos: a prática de exercício físico acessível a todos os participantes, bem como a divulgação e celebração do Pirilampo Mágico 2017, cuja campanha decorre até 28 de Maio. O ponto de encontro da 1.ª edição dos ‘Passos Mágicos’ será no Clube de Lazer, localizado no interior do Belas Clube de Campo. Antes e após a caminhada, terão lugar exercícios de aquecimento e alongamento, orientados pelos instrutores do ginásio People.

Esta actividade conta também com os apoios da Câmara de Sintra, Montepio, Fisiogaspar, CUF, Belas Clube de Campo, People, Resiquímica, Pingo Doce, Clini7, Barbot, Crédito Agrícola, Cintramédica, Donuts e El Corte Inglés. A caminhada contará com algumas surpresas e brindes para os participantes. As inscrições podem ser efectuadas nos seguintes locais: Clini7; People; Resiquimica; Cuf Sintra e Cascais; CERCITOP; FisioGaspar e Belas Clube de Campo.

Sob a temática ‘Museus e Histórias Controversas – dizer o indizível em museus’, são realizadas nos dias 18 e 20 de Maio diversas actividades – entre conferências, visitas guiadas, inaugurações e lançamentos de livros –, que se dividem entre os museus Anjos Teixeira, MU.SA, Arqueológico de São Miguel de Odrinhas (MASMO), Ferreira de Castro, de História Natural de Sintra e a Casa-Museu Leal da Câmara. O MASMO é uma das instituições que apresenta uma programação mais preenchida e dinâmica, ao oferecer a oportunidade de visitar o museu e as ruínas arqueológicas gratuitamente, com quatro diferentes sessões nos dias 18 e 20 de Maio, às 10h00, 13h00, 14h00 e 15h00. No dia 20, às 21h00, 22h00 e 23h00, são feitas visitas teatralizadas, no âmbito da Noite dos Museus. No MU.SA, entre outras actividades, é inaugurada, a 20 de Maio pelas 21h30, a exposição ‘Escrita Íntima’, de Arpad Szenes e Vieira da Silva, sendo apresentado ainda o livro ‘Sintra Patrimónios’, no dia 18, às 19h00. Também o Museu de História Natural de Sintra vai desenvolver visitas guiadas temáticas, com destaque para a evolução da vida da Terra, da Ciência, da Investigação e da Experimentação, no dia 18 de Maio, pelas 10h00 e 14h00. No Museu Anjos Teixeira, têm lugar três sessões de histórias por detrás de peças que causaram polémica, por conotações políticas ou morais. As ‘Histórias de Peças Rejeitadas’ decorrem no dia 18, às 10h30, 14h30 e 16h30. A Casa-Museu Leal da Câmara vai apresentar a exposição ‘Trajes de Épocas Desenhados por Alunas de Leal da Câmara’, no dia 18 de Maio, às 16h00.

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Médico de Família Hipertensão: Sintomas, Tratamentos e Causas

A hipertensão arterial (HTA) é um dos principais fatores de risco para doenças cardio e cérebro-vasculares. A sua prevalência no nosso País é elevada estimando-se que cerca de 3 milhões de Portugueses sejam hipertensos, sendo que mais de 50% não se encontram ainda adequadamente controlados. Como médico, sou frequentemente confrontado com a pergunta ”porque sou hipertenso?” Na grande maioria dos casos a resposta, parecendo evasiva é, contudo, verdadeira: “Não sei”. De facto, na larga maioria dos casos (> 95%) não existe uma causa identificável, ou dito de outra forma, nenhuma doença associada que explique a hipertensão. É aquilo que designamos de hipertensão primária ou essencial. Se por um lado em muitos casos desconhecemos a causa específica, por outro há um conjunto de fatores que indiscutivelmente contribuem para a elevação da tensão arterial e que devem ser combatidos: o excesso de peso, o consumo excessivo de sal, o stress, o sedentarismo, algumas perturbações do sono entre outros. A HTA é conhecida entre a classe médica como o “inimigo” ou “assassino silencioso”. Esta expressão deve-se ao facto de, em muitos doentes, não haver qualquer sintomatologia que possa alertar para valores tensionais elevados nem para os riscos associados. Quando existem sintomas, estes são habitualmente muito inespecíficos, não sendo possível confiar na sua presença ou ausência para avaliar do correto tratamento e controlo da HTA. A única forma de avaliar a eficácia da terapêutica é pela medição regular, sendo fundamental que os doentes sejam continuamente educados para a importância deste simples gesto e para a forma tecnicamente correta de o fazer. Importa também notar e informar os doentes que a tensão arterial é um parâmetro dinâmico, muito reativo a várias condições, algumas extrínsecas (ex: climáticas) outras intrínsecas ao próprio doentes (ex: emoções) o que reforça a necessidade e importância de uma vigilância periódica que permita ter uma noção o mais aproximada possível do padrão tensional habitual de cada pessoa. Absolutamente indispensável ao controlo da TA e à redução do risco de lesão dos chamados “órgão – alvo” (cérebro, coração, rim) é a instituição de terapêutica designada de anti hipertensora. Esta compõe-se de medidas não farmacológicas e farmacológicas, sendo ambas igualmente importantes e indissociáveis. Nas primeiras incluímos por exemplo a restrição do consumo de sal, a perda de peso e a adoção de hábitos de vida saudáveis. Nas segundas incluem-se um conjunto diverso de medicamentos, muito eficazes desde que tomados de uma forma regular e de acordo com as indicações do seu médico assistente. O não cumprimento rigoroso ou a interrupção abrupta da medicação pode implicar não apenas um controlo tensional insuficiente mas também risco de uma eventual subida abrupta da TA com os perigos inerentes, pelo que é vivamente desaconselhado que o faça. Dr. Gonçalo Proença Coordenador da Unidade Funcional de Cardiologia Hospital de Cascais


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desporto

Quando o sonho é Real

Subida era o objectivo

Acreditar até ao fim permitiu subida histórica à II Liga Vitória sobre o Sacavenense na última jornada do Campeonato de Portugal permitiu ao Real festejar subida à II Liga

O Real Sport Clube escreveu a página mais importante da sua história ao garantir a subida aos campeonatos profissionais de futebol. A tarde do passado domingo foi de grande festa em Massamá, Monte Abraão e Queluz, com a subida do Real SC à II Liga do nosso futebol. Algo que acontece pela primeira

vez no concelho desde que houve a separação entre as provas organizadas pela Liga Profissional e os campeonatos federativos. A vitória por 2-1 diante do Sacavenense, na derradeira jornada do Campeonato de Portugal, aliada à derrota do Praiense em Faro (3-1) e ao empate caseiro do Fátima, catapultaram o Real para o lugar a que se propôs no início da temporada.

O jogo foi repleto de emoção. Quando Leal, aos 29’, abriu o activo, assistiu-se a uma explosão de alegria na bancada repleta de adeptos, algo que se repetiu ainda com maior vivacidade dez minutos depois, com o 2-0 apontado por Nuno Tomás. Na segunda parte, foi preciso sofrer um pouco, com o Sacavenense a reduzir para 2-2, aos 66’.

Depois, foi o delírio: Três anos após regressar aos campeonatos nacionais, o Real alcançava nova subida de divisão. Agora, como vencedor da zona sul, a equipa de Filipe Martins prepara-se para disputar o título nacional com a Oliveirense, vencedora da Zona Norte, numa final já marcada para 4 de Junho, pelas 17 horas, no Estádio do Fontelo, em Viseu.

“Trabalhámos para fazer algo importante e conseguimos marcar o nosso nome na história deste clube. Desde o início assumimos este objectivo e tivemos muita personalidade durante todos os jogos. Os meus jogadores estão de parabéns: fizeram história”. Foram estas as primeiras palavras de Filipe Martins, o treinador responsável pela época magnífica realizada pelo Real Sport Clube e que culminou com a ambicionada subida à II Liga. Por seu lado, o presidente Adelino Ramos considera que “o clube está preparado para os novos desafios que se colocam com a subida à II Liga”. “Apenas teremos de fazer algumas alterações no nosso estádio, tanto na chamada zona técnica, como nas questões de segurança. E teremos certamente de aumentar a lotação”, sublinhou o líder da direcção. Adelino Ramos revelou que a subida foi um objectivo delineado logo no início da temporada e elogiou o empenho de toda a estrutura do clube em alcançar essa meta. “O técnico Filipe Martins e os jogadores realizaram um trabalho extraordinário”, elogiou o presidente do clube, que ainda não desvendou se o treinador vai prolongar o seu vínculo: “Ainda é muito cedo para estarmos a falar disso. Agora o que queremos é festejar. Mas estamos muito gratos ao Filipe Martins pelo sucesso alcançado”.

Reformados impressionados com novo aparelho auditivo

CHEGOU FINALMENTE. O aparelho auditivo que muitas pessoas ansiavam, está finalmente disponível no mercado português. O Alta2 Pro é um aparelho auditivo que se pode tornar totalmente invisível quando está a ser usado. Este novo aparelho combate a perda auditiva, em todas as situações do dia-a-dia. Ninguém consegue ver o aparelho porque ele encaixa confortavelmente no interior do canal auditivo e utiliza a acústica natural do ouvido para produzir um som natural. Tudo isto funciona automaticamente. Não existem comandos para utilizar, nem funções para ajustar. Pode começar a desfrutar novamente a vida, aproveitando tudo aquilo que a audição proporciona, sem ter de estar preocupado com o aparelho auditivo. O Alta2 Pro analisa permanentemente os sons que capta e adapta-se a cada situação particular, de modo que a pessoa tenha

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