Jornal da Região de Sintra de 5 a 11 de Outubro de 2017

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S128-4-1864

JORNAL DA REGIÃO

SINTRA

Distribuído com o

DIRECTOR: Paulo Parracho | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 5 a 11 de Outubro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 146

MAIORIA ABSOLUTA PÁGINAS 4 A 6

NUNO MARKL “Sou muito criativo e, se for preciso, dou pontapés na lógica”

No momento em que comemora os 20 anos da rubrica ‘O Homem Que Mordeu O Cão’, o humorista, locutor de rádio e argumentista Nuno Markl fala-nos sobre este projecto e sobre a sua mais recente obra - a série ‘1986’, que irá estrear em breve na RTP1.

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Basílio Horta foi reeleito presidente da Câmara de Sintra e obteve maioria absoluta, com seis eleitos, contra quatro da coligação Juntos pelos Sintrenses (PSD/CDS-PP/MPT/PPM). A CDU manteve o eleito no executivo municipal, enquanto o Bloco de Esquerda conti-

nua sem representação, elegendo dois mandatos no seio da Assembleia Municipal de Sintra.

Os socialistas venceram nove freguesias, com a coligação Juntos pelos Sintrenses a ficar limitada a São João das Lampas/Terrugem e Colares.

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JORNAL DA REGIÃO

5 a 11 de Outubro de 2017

autárquicas

Basílio Horta conquista maioria absoluta A

o contrário que aconteceu há quatro anos, a disputa entre Basílio Horta e Marco Almeida não foi tão renhida e a dúvida, até ao final da contagem de votos, residiu na existência de maioria absoluta por parte dos socialistas. Apuradas as 11 freguesias, o PS obteve seis mandatos, contra quatro da coligação Juntos Pelos Sintrenses-PSD/CDS-PP/ MPT e PPM, enquanto a CDU manteve o eleito que detinha na Câmara de Sintra. O PS conquistou nove freguesias, contra duas dos Juntos Pelos Sintrenses.

Basílio Horta (PS)

43,05%

SEIS ELEITOS

Marco Almeida (JPS)

QUATRO ELEITOS

Pedro Ventura (CDU)

UM ELEITO

9,43%

Carlos Carujo (BE)

6,28%

Cristina Rodrigues (PAN) Pedro Ladeira (NC)

O PS obteve maioria absoluta em Sintra, com 43,05% dos votos, e conquistou seis mandatos, contra quatro da coligação Juntos Pelos Sintrenses, que alcançou 29,01 dos votos, no total dos 132.306 eleitores que se deslocaram às urnas no domingo. Apesar de uma redução em relação a 2013 (59,58%), a abstenção continuou em níveis elevados, com 57,69%, correspondente a 180 mil pessoas que abdicaram do seu direito de voto.

Basílio Horta conquistou a maior absoluta e será acompanhado no executivo por Rui Pereira, Maria Piedade Mendes e Eduardo Quinta Nova, que transitam de mandato, com as novidades a residirem em Domingos Quintas, que troca a presidência da Assembleia Municipal pela vereação, e Ana Isabel Duarte. Os eleitos de Juntos Pelos Sintrenses são Marco Almeida, Paula Simões, Paulo Veríssimo e Carlos Parreiras. Por último, a CDU mantém a representação no executivo municipal sintrense com Pedro Ventura.

Na Assembleia Municipal, o PS obteve 15 mandatos, a que se somam os nove presidentes de junta de freguesia, correspondente a maioria absoluta e a garantia da eleição de Sérgio Sousa Pinto como presidente.

Os socialistas obtiveram mais quatro mandatos em comparação com 2013, que foram conquistar ao movimento Sintrenses com Marco Almeida e PSD/CDS-PP que, no man-

dato 2013/2017, tinham nove e seis eleitos, respectivamente.

A coligação PSD/CDS-PP/ MPT/PPM, liderada por José Ribeiro e Castro, obteve, agora, 11 mandatos.

Enquanto o Bloco de Esquerda, encabeçado por André Beja, manteve os dois deputados, a CDU perdeu um eleito, de cinco para quatro, numa redução que se traduziu na eleição, pela primeira vez, de um autarca do Partido Pessoas-Animais-Natureza, Bernardo Ramos.

Nas assembleias de freguesia, o PS manteve as sete autarquias locais que liderava (Agualva/Mira Sintra, Almargem do Bispo/Pero Pinheiro/Montelavar, Algueirão-Mem Martins, Cacém/ São Marcos, Massamá/Monte Abraão, Queluz/Belas e Rio de Mouro), mas foi mais longe e conquistou a União de Freguesias de Sintra, com Fernando Pereira a superiorizar-se a Eduardo Casinhas por 62 votos (4.757 contra 4.695), e Casal de Cambra, com Mário Santos a obter mais 562 votos que Fernanda Santos (2.129 contra 1.562).

A coligação Juntos Pelos Sintrenses manteve São João das Lampas e Terrugem, com a recondução de Guilherme Ponce de Leão, e a Junta de Freguesia de Colares, onde Pedro Filipe substituiu Rui Santos, que já se encontrava no terceiro mandato.

JCS

29,01%

3,68% 1,08%

38.385 votos

12.481 votos

8. 314 votos

4.874 votos

1.433 votos

Carlos Correia (PCTP-MRPP)

0,78%

1.037 votos

Paulo Martins (PNR)

0,77%

1.021 votos

Anabela Henriques (SS)

0,58%

761 votos

Maria José Fonseca (PTP)

0,21%

275 votos

57.69%

Abstenção S. João das Lampas e Terrugem

N.º votos

JPS

44,48%

PS

180.428 Não votantes

Almargem, Pero Pinheiro e Montelavar

N.º votos

3.156

PS

44,03%

3.231

34,88%

2.475

JPS

34,33%

2.519

CDU

5,82%

413

CDU

7,21%

529

BE

3,59%

255

BE

4,55 %

334

Colares

Algueirão-Mem Martins

N.º votos

PS

46,28%

10.240

JPS

26,09%

5.773

CDU

9,17%

2.029

BE

6,35%

1.406

N.º votos

JPS

42,92%

1.504

PS

37,56%

1.316

CDU

6,45%

226

BE

3,62%

127

Sintra

56.963 votos

1

4

Casal de Cambra

N.º votos

PS

43,86%

2.032

JPS

29,51%

1.367

CDU

8,22%

381

BE

4,53%

210

Queluz e Belas

N.º votos

PS

41,03%

7.160

JPS

26,76%

4.670

CDU

11,61%

2.026

BE

7,60%

1.327

N.º votos

JPS

38,40%

4.666

PS

38,12%

4.632

CDU

7,04%

856

BE

5,71%

694

1 – São João das Lampas e Terrugem 2 – Colares 3 – Freguesias de Sintra 4 – Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar 5 – Algueirão-Mem Martins 6 – Rio de Mouro 7 – Cacém e São Marcos 8 – Agualva e Mira Sintra 9 – Massamá e Monte Abraão 10 – Queluz e Belas 11 –Casal de Cambra

2

5

3

6

11

10 7

8 9

Agualva e Mira Sintra

N.º votos

PS

47,15%

6.381

JPS

24,74%

3.348

CDU

9,72%

1.315

BE

6,33%

857

Rio de Mouro

N.º votos

N.º votos

Massamá e Monte Abraão

N.º votos

Cacém e São Marcos

PS

44,00%

6.953

PS

5.013

PS

44,34%

7.530

JPS

25,39%

4.013

JPS

24,15%

2.822

JPS

26,78%

4.547

CDU

11,00%

1.739

CDU

10,42%

1.218

CDU

10,30%

1.749

BE

6,40%

1.011

BE

7,46%

872

BE

7,19%

1.221

42,89%

5 a 11 de Outubro de 2017

JORNAL DA REGIÃO

“Sintrenses não se vão arrepender” Foto JCS

Anda antes de conhecer a dimensão do triunfo eleitoral, já que a maioria absoluta só se confirmou no final da contagem dos votos, o candidato do PS, Basílio Horta, agradeceu a confiança que os sintrenses depositaram ao renovar o seu mandato à frente da Câmara de Sintra. Classificando os resultados então conhecidos como “uma maravilhosa vitória”, Basílio Horta garantiu que não se irá arrepender “quem acreditou e votou em nós”.

Com uma palavra especial para os dois novos presidentes de junta de freguesia, Fernando Pereira (Sintra) e Mário Santos (Casal de Cambra), o autarca congratulou-se com esta vitória eleitoral “depois de um caminho de muito trabalho, que seguiu uma estratégia, e que foi transparente e seguiu valores próprios de um Estado ao serviço de todos”.

Basílio Horta salienta que “é a primeira vez que o PS ganha eleições em Sintra com a direita toda unida”

O presidente reeleito considera que o resultado alcançado se deveu “à obra que foi feita no terreno”, mas também ao “apoio que foi dado àqueles que mais precisavam” no domínio social, assim como a “grande revolução realizada na saúde”, com o avanço dos cinco centros de saúde e do processo do Hospital de Proximidade de Sintra.

“Olhamos para o futuro e os próximos quatro anos vão

ser de uma importância fundamental para colocar Sintra como um concelho exemplar, a nível nacional, em todos os sentidos”, sublinha.

Basílio Horta garante que, no próximo mandato, vão ser mantidos os “valores da transparência, da participação, da igualdade e da integração”, assim como os princípios: “controlar a despesa corrente para melhor servir os contribuintes, aumentar

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o investimento e reduzir os impostos”. Já com o Orçamento Municipal de 2018 no horizonte, o edil assegura que o Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) vai ser reduzido “em mais dois pontos”, passando para uma taxa de 0,33, e, até 2021, ficará próxima de 0,30.

“Nos próximos seis meses, vão realizar-se grandes investimentos”, salienta o autarca, que cita o avanço da constru-

ção da Pousada da Juventude, a requalificação da Ribeira da Laje, entre Mem Martins e Rio de Mouro, assim como a 1.ª fase do Parque Florestal da Serra da Carregueira. Para além da continuação da construção das unidades de saúde, Basílio Horta assegura que o projecto do Hospital vai ser uma realidade em 2018.

Um conjunto de garantias em resposta às críticas de que as obras avançaram a pensar nas eleições autárquicas. “A maior parte da obra aparece depois das eleições, porque nunca sacrificámos um tostão do investimento dos contribuintes à conquista de votos”, acentuou o autarca, que conferiu ainda prioridade à melhoria da mobilidade e da higiene urbana.

A melhoria da mobilidade será concretizada com a criação do Gabinete de Mobilidade e Transportes, para além da criação do MobiESintra, que visa promover a deslocação, em veículos eléctricos, dos visitantes e turistas que demandam o centro histórico de Sintra.

Ainda no domínio da mobilidade, o principal projecto a desenvolver compreende a Circular Poente ao Cacém, para assegurar uma ligação directa da A5, IC19 e A16, e que potenciará, ainda, o parque empresarial de Cacém e São Marcos.

Por outro lado, o presidente reeleito quer que “o concelho seja um exemplo na área da limpeza e higiene pública”, o que passa pela assunção, também nas cidades de Queluz e Agualva-Cacém, de responsabilidades por parte dos SMAS de Sintra.

Ao nível do desenvolvimento económico do concelho, o autarca do PS pretende a manutenção dos indicadores de aumento das exportações e de redução da taxa de desemprego. “Sintra tem todas as condições para atrair grandes investimentos e alguns já estão em agenda”, frisa Basílio Horta, para quem “Sintra tem, pela frente, um grande caminho”, em prol da qualidade de vida da população.

Questionado pelos jornalistas se admitia trabalhar com os eleitos da segunda força com representação no executivo, o edil expressa que “manterei o trabalho que temos vindo a fazer com a CDU”. “Obviamente, que não vou fazer a desfeita de convidar o dr. Marco Almeida seja para o que for, depois da campanha que foi feita”, acentua o autarca, deixando implícitas as razões de queixa em relação a ataques pessoais ao longo da campanha eleitoral.

“Hoje é um dia de festa.

Eu disse que, no dia em que se contassem os votos,

haveria um clima de absolvição geral e não quero contrariar esse princípio”, acrescenta.

Sobre a opinião de que o seu resultado foi embalado por uma onda nacional (ver página 6), Basílio Horta reconhece que “há um clima, obviamente, favorável, quando o país cresce economicamente, quando o desemprego desce a nível nacional e aumentam as exportações”, mas “o mérito foi da nossa equipa: tem caras na nossa vereação, na nossa Assembleia Municipal e nas juntas de freguesia”. O edil realça ainda que “é a primeira vez que o PS ganha eleições em Sintra com a direita toda unida e de uma maneira tão expressiva”.

Confirmando-se a maioria absoluta, como acabou por acontecer no final da contagem de votos, Basílio Horta assegura que vai “continuar a trabalhar com o eleito da CDU e ainda teremos mais cuidado: com maioria absoluta, podemos ser atraídos para nos fecharmos um pouco sobre nós, mas vamos combater seriamente isso”. Segundo o autarca, “maioria absoluta significa maior abertura, maior necessidade de ouvir os outros e de os chamar à obra comum”.

João Carlos Sebastião

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5 a 11 de Outubro de 2017

PRESIDENTES DE JUNTAS DE FREGUESIA Agualva-Mira Sintra

Casal de Cambra

Carlos Casimiro (PS)

Mário Santos (PS)

Algueirão-Mem Martins

Colares

Marco Almeida vai recandidatar-se em 2021 Candidato da coligação Juntos Pelos Sintrenses atribui mérito da vitória de Basílio Horta, com maioria absoluta, ao primeiro-ministro António Costa

Rio de Mouro

Valter Januário (PS)

Pedro Filipe (JPS)

Bruno Parreira (PS)

Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar

Massamá e Monte Abraão

São João das Lampas e Terrugem

Rui Maximiano (PS)

Pedro Brás (PS) Cacém e São Marcos Queluz e Belas

Ponce de Leão (JPS) Sintra

José Estrela Duarte (PS) Paula Alves (PS)

Fernando Pereira (PS)

O candidato da coligação Juntos Pelos Sintrenses (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), Marco Almeida, assumiu que voltará a ser candidato à Câmara de Sintra nas próximas eleições autárquicas, em 2021, e atribuiu a vitória eleitoral de Basílio Horta ao primeiro-ministro António Costa.

“Ainda não foi desta que conseguimos vencer a Câmara de Sintra”, começou por lamentar o candidato, perante os apoiantes e candidatos autárquicos que acompanhavam os resultados na Terrugem. Marco Almeida enunciou, no entanto, “a força e a dinâmica da candidatura” que liderou.

O candidato cumprimentou “o Dr. António Costa por ter vencido em Sintra esta eleição”. “Sim, foi o dr. António Costa que venceu esta eleição”, reiterou Marco Almeida, que deu como exemplo que “nos folhetos da candidatura do PS, quem aparecia na primeira página era o primeiro-ministro”.

O principal rosto da oposição à gestão socialista não deixou de dar “os parabéns” a Basílio Horta e aos candidatos socialistas que conquistaram as freguesias. Marco Almeida realçou a vitória da coligação, “com

maioria absoluta”, em São João das Lampas/Terrugem e Colares, com a recondução de Guilherme Ponce de Leão e a substituição de Rui Santos por Pedro Filipe.

Por último, o autarca deixou um compromisso aos seus apoiantes: “não vamos parar”. Marco Almeida expressou assim a vontade de se voltar a recandidatar em 2021, por acreditar no “mérito dos candidatos e das propostas”. “E, acredito, também, na circunstância de que não tendo sido desta vez, daqui por quatro anos, cá estaremos para nos apresentar novamente a sufrágio e dotar o concelho de uma verdadeira alternativa”, salientou o candidato, que garantiu que, ao longo destes quatro anos, “estaremos próximos dos sintrenses, como estivemos sempre”.

JCS

Ribeiro e Castro e Marco Almeida na noite das eleições autárquicas

S115-7-1673

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5 a 11 de Outubro de 2017

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5 a 11 de Outubro de 2017

na berra

“Este é capaz de ser o maior trabalho de amor da minha carreira”

Nuno Markl está a comemorar os 20 anos de ‘O Homem que Mordeu o Cão’, que irá assinalar com um espectáculo, esta sexta-feira, em Lisboa, e prepara-se para a estreia da série ‘1986’, que será exibida no canal público de televisão a partir de Novembro.

Nesta sexta-feira, dia 6 de Outubro, celebram-se os 20 anos da rubrica ‘O Homem Que Mordeu O Cão’, de Nuno Markl, uma espécie de noticiário com acontecimentos bizarros que acontecem um pouco por todo o mundo. Com a Internet, a rubrica tornou-se vi-

Nuno Markl assinala 20 anos da rubrica ‘O Homem que Mordeu o Cão’ e fala da série ‘1986’, que estreia na RTP em Novembro

ral e alcançou outros públicos, sendo mote para uma digressão nacional, vários livros, um programa de televisão e continua a fazer parte da programação da Rádio Comercial.

Para celebrar a efeméride, terá lugar um espectáculo no Coliseu de Lisboa, onde Nuno

2160

Markl vai receber convidados com quem irá partilhar o palco. Uma noite que será, para o humorista, “um momento único e especial”.

Sobre a série ‘1986’, que integra a nova temporada da programação da RTP, Nuno Markl assegura: “Este é capaz de ser o maior trabalho de amor da minha carreira”.

“Isto começou há muitos anos quando esbocei uma ideia para aquilo que achei que ia ser uma curta-metragem, chamada ‘O Videoclube’, passada num videoclube nos anos 80. E, depois, foi daquelas ideias que tenho a apodrecer em pastas no computador e que, de vez em quando, vou ver o que é que ainda me inspira.

Reencontrei esta e achei que podia expandir essa ideia para algo mais consistente”, conta.

Foi assim que nasceu ‘1986’, uma série que retrata as eleições presidenciais de 1986, sufrágio que, segundo Nuno Markl, “foram as mais concorridas da história da democracia”, altura em que “o país estava dividido entre esquerda e direita”. De acordo com o humorista e locutor de rádio, esta foi “uma época super interessante e com um marketing super delirante e agressivo” que, segundo o próprio, pareciam “eleições à americana” e exemplifica: “De repente, o Mário Soares tinha uma canção rock e o Freitas do Amaral tinha chapéus de palha. Foi a loucura”. Nuno garante que não se trata de “uma série política”, mas que retrata a forma como a política “afecta as vidas de um grupo de pessoas num bair-

ro - pais, filhos, professores, estórias de amor”. Ao mesmo tempo, reflecte também “os dramas da juventude e a angústia ‘teenager’”, com problemas vividos também pelo próprio. Algumas cenas foram, mesmo, “decalcadas” da sua vida. Contudo, afirma não se tratar de uma série auto-biográfica. Diz ser “também sobre memórias de outras pessoas que escreveram isto”, como a irmã Ana Markl, Filipe Homem Fonseca e Joana Vilela.

Sobre a participação de Ana na elaboração do guião, o humorista explica que foi fundamental: “eu sou muito criativo e, se for preciso, dou pontapés na lógica, e ela dizia-me: ‘mas atenção se fores fazer isso tens que rever o que acontece no episódio x porque assim deixa de fazer sentido’”.

Para Nuno Markl, o facto de Ana “ser tão boa tanto em termos criativos, quanto estruturalmente, foi óptimo” e fez com que tudo corresse “tão bem”, resultando num produto final “incrível”.

Contudo, para escrever o guião não são precisas apenas ideias. É necessário também muito trabalho de pesquisa.

“Essa foi a parte da Joana Vilela. Havia muita coisa que estava nas nossas memórias, mas, quando criei o conceito da série, pensei logo que precisávamos de alguém que tivesse uma tremenda experiência e tempo para ir desenterrar coisas sobre esta época, de forma a dar consistência à narrativa. Enquanto pensava nisto, olhei para o livro que tinha apresentado dias antes,‘Lx 80’, da Joana, e houve uma

luz divina que iluminou o livro com coros de anjos e, nesse momento, percebi que tinha que ser a Joana a fazer esse trabalho. Convidei-a e aceitou de imediato, ainda antes de saber quanto ia ganhar”, revela.

Não poupando elogios ao trabalho da colega, Nuno Markl conta que “ela [Joana Vilela] entregou-se de tal maneira que até conseguiu saber o estado do tempo em cada um dos dias em que a acção se passava, e a programação da RTP naqueles dias”. Em jeito de brincadeira, diz que Joana Vilela foi “uma espécie de polícia-bom”, porque “às tantas, nos nossos devaneios”, chamava-os à razão e trazia-os de volta à terra.

Declarando estar “super feliz com o elenco”, o radialista confessa que acredita terem sido escolhidas “as pessoas ideais”. “Para nós foi um projecto especial. Não me lembro de um projecto que tenha corrido tão bem em toda a minha vida, afirma. Entre o elenco encontram-se nomes como Adriano Carvalho, Teresa Tavares, Gustavo Vargas, Anabela Teixeira, Ana Bola, Miguel Moura e Silva, Henrique Gil, Laura Dutra e Tiago Garrinhas.

Nuno Markl frisa que já existem “ideias para uma segunda temporada”. Contudo, Markl faz questão de dizer que esta temporada “acaba bem, fecha de uma maneira bonita”.

A série ainda não tem data marcada para estreia, mas deverá ser exibida nos ecrãs a partir de Novembro, na RTP1.

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Os vossos Seniores em boas mãos!

Tempo”. Partimos do nascimento de cada Morador, à sua fase atual com uma breve biografia feita em verso. Recriamos ainda, um pequeno excerto da peça de teatro do Romeu & Julieta, em que os atores foram os Moradores da A-80.

Foi uma tarde encantadora, em que de uma forma simples conseguimos homenagear os nossos Moradores. São momentos como estes, que proporcionam sorrisos e que nos ajudam diariamente na Residência, a compreender que estamos na companhia de pessoas especiais e que muito nos têm para ensinar. «Na qualidade de Administração da A.80 Residência Sénior expresso a minha gratidão por momentos como estes, e faço votos sinceros de uma sonhadora, que sonha um dia, que este País seja um exemplo de valores de igualdade, coragem e respeito pelos nossos anciãos.»

“Os vossos Seniores em boas mãos!”

A A-80 tem como visão proporcionar uma “Vida Plena seja qual for a idade.” Queremos que todos se sintam bem, residentes, familiares, visitas, colaboradores, fornecedores e parceiros. Que exista harmonia e acolhimento, capazes de nos ouvirmos uns aos outros.

Mónica Pereira A Administração da A-80 Residência Sénior

A A-80 centra-se nas pessoas, por forma as ajudar a ter mais qualidade de vida, para as ajudar a criar coisas que fazem a diferença, e não apenas para cumprir o tempo de Vida.

A A-80 Residência Sénior, tem ao dispor dos seus Moradores um conjunto de serviços, desde Assistência Médica Enfermagem, Nutricionista, Fisioterapia, Programas de Reabilitação Física e de Reabilitação Cognitiva e de Estimulação Sensorial, destinados a Moradores com Demências.

Dispomos ainda, de espaços para cuidados de imagem e Bem-Estar, como o cabeleireiro e ginásio. E como somos um todo, temos ainda uma capela, para que possa colocar em prática a sua espiritualidade.

Acresce ainda, o facto de termos uma vista extraordinária para a Serra de Sintra, podendo os nossos clientes desfrutar de momentos prazerosos no nosso jardim.

Recentemente comemoramos o Dia Internacional do Idoso, com o tema ”VIAGEM NO TEMPO”, com o objetivo de vivenciar o AMOR ao longo dos tempos, isto é, a forma como o AMOR, também este sentimento, tem sofrido alterações.

Todo o cenário acompanhou o tema, desde os convites realizados como se de um bilhete de avião se tratasse, à simulação de um aeroporto e devido chek-in.

Iniciámos com um discurso de uma moradora da A-80, sobre a sua vivência na A-80 e a interação com os restantes moradores. Após as boas vindas do comandante de voo, iniciámos a nossa “Viagem no

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JORNAL DA REGIÃO

5 a 11 de Outubro de 2017

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Chegou o novo Polo Ícone da Volkswagen está maior, mais eficiente, desportivo e tecnológico

Com mais de 14 milhões de unidades vendidas, o VW Polo é um verdadeiro gigante entre os citadinos de pequenas dimensões. Chega agora ao mercado a sexta geração, completamente nova e recheada de tecnologia e equipamentos.

Conta de série em todas as versões com o sistema Front Assist, que inclui função de travagem de emergência em cidade (City Emergency Braking), sistema de deteção de peões (Pedestrian Monitoring), assim como sistema de travagem multicolisão.

Para o lançamento no mercado nacional, a oferta é repartida

entre três motores a gasolina de 3 cilindros com os três níveis de potência mais populares nesta categoria: 1.0 MPI com 75 cv e dois blocos TSI sobrealimentados de 1.0 litros com 95 cv e 115 cv.

Todos os modelos são equipados com o sistema Start-Stop e modo de travagem regenerativa. A partir da potência de 95 cv é possível a combinação com a transmissão automática DSG de dupla embraiagem. Até final do ano, a gama de motores será alargada com a introdução dos tradicionais blocos Diesel 1.6 TDI com potências de 80 cv e de 95 cv.

A sexta geração do Polo foi desenvolvida com base na platafor-

ma modular transversal (MQB).

Isso tornou possível oferecer proporções bastante mais generosas, com uma longa distância entre eixos, Como resultado, o Polo oferece mais espaço para cinco ocupantes e bagageira com volumetria que aumentou significativamente de 280 para 351 litros.

O design adquiriu um carácter masculino, carismático e expressivo. Tal resultou num veículo completamente novo.

Os designers também deram ao interior um sabor vanguardista com um habitáculo inovador, desenvolvido para a era digital.

O Polo é o primeiro carro da sua classe a oferecer um painel de ins-

trumentos totalmente digital – a nova geração do Active Info Display, como opção. Os instrumentos são dispostos no mesmo eixo de visualização do sistema multimédia, este com ecrãs até 8’’.

As interfaces digitais para smartphones permitem acesso mais fácil às suas aplicações e a vários serviços on-line a bordo. Os smartphones podem ser carregados sem fios – por indução - em opção.

O popular VW oferece ainda possibilidades várias de combinação entre cores exteriores e revestimentos interiores, bem como um tecto panorâmico de grandes dimensões (como opção).

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JORNAL DA REGIÃO

5 a 11 de Outubro de 2017

repórter jr

Dia do Bem-Fazer em Rio de Mouro Acção de voluntariado da Cimpor A multinacional Cimpor promoveu, no sábado, uma iniciativa de responsabilidade social, o Dia do Bem-fazer, que incluiu uma acção no concelho de Sintra.

A instituição beneficiada foi a Associação Promotora da Criança, em Rio de Mouro, e contou com a intervenção de cerca de 200 voluntários.

O passado sábado foi um dia diferente para os funcionários da cimenteira Cimpor, que lançaram mãos à obra para melhorar as instalações de cinco instituições sociais, entre as quais uma em Rio de Mouro, a Associação Promotora da Criança. O Dia do Bem-Fazer decorreu, ainda, em locais

onde existem unidades da empresa cimenteira, como Alhandra, Loulé, Souselas e São Miguel (Açores), e insere-se na política de responsabilidade social da empresa que, em cinco anos, já reabilitou duas dezenas de instituições.

A iniciativa realizada na instituição de Rio de Mouro contou com a participação de Luís Fernandes, director-geral da Cimpor (grupo InterClement), e do administrador executivo, Armando Silva, integrando um rol de 200 voluntários que contribuiu para a melhoria dos equipamentos infantis, a requalificação do jardim, a criação de uma horta urbana e a pintura e impermeabilização do berçário.

Segundo Luís Fernandes, esta iniciativa é “mais um símbolo de como queremos estar integrados na sociedade, ajudando e assumindo a nossa Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável”. Constituindo uma das maiores empresas cimenteiras a nível internacional, a Cimpor, segundo este responsável, “constrói, todos os dias, o futuro das mais dispersas comunidades” e com este Dia do Bem-Fazer propõe-se melhorar o futuro “em toda a nossa esfera de actuação”.

A Associação Promotora da Criança é frequentada por crianças de ambos os sexos, com idades entre os quatro meses e a entrada no ensino básico, e actualmente funcio-

na na Quinta da Raposa. A sua história remonta ao século XIX, a 18 de Janeiro de 1859, então com o nome de Associação Protectora das Meninas Pobres, fundada por Teresa de Saldanha, que mais tarde daria forma à Congregação Portu-

guesa das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena.

Uma associação que, aquando da fundação, tinha por objectivo proteger as crianças pobres do sexo feminino. O colégio entrou em funcionamento em 1877, com o nome de Aula de

Agualva, em instalações precárias no largo da Igreja. Em 1882, inaugurou novas instalações e, desde então, nunca perdeu o lema de “educar crianças desfavorecidas com base na sagrada infância de Jesus e Maria”.

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