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Nº3 Dezembro 2005

Inquérito ACAP revela

CEPRA reconhece

O CEPRA tem a funcionar, nas suas instalações do Prior Velho, um Centro de Formação de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais (CRVCC - PRO), destinado a todos os mecânicos auto que pretendem ver certificadas as competências profissionais que adquiriram ao longo da vida, em diferentes situações.

competências

Continua na página 23

Sumário Página 04 Convenção ANECRA debate Reparação Automóvel

A

Aumenta o número de reparadores oficiais

ACAP revelou durante as Jornadas Pósvenda Automóvel realizadas no passado dia 22 de Novembro, no Centro de Reuniões da FIL, em Lisboa, o resultado de um inquérito à actividade do serviço pós-venda oficial em Portugal. O inquérito foi realizado junto de 14 associados, construtores representantes de marca, entre Agosto e Novembro de 2005. As marcas incluídas na amostra representam 82% do mercado de automóveis ligeiros de passageiros (incluindo os todo-o-terreno) e comerciais ligeiros novos. Verifica-se que o conjunto das empresas analisadas registou uma diminuição do volume de negócios em 2005 de 5,7%. Por outro lado, registou-se no mesmo período um aumento do número de reparadores oficiais de marca de 2,3%, o que deu origem a uma diminuição da facturação por reparador de 7,7%.

Peças originais qualidade equivalente

versus

Quanto ao número total de entradas de viaturas nas oficinas oficiais de marca manteve-se constante em 2005, comparativamente ao ano anterior, o mesmo não acontecendo com o número de entradas por reparador, que diminuiu, assim como a facturação por entrada. O inquérito revela ainda que a redução do número de colaboradores não acompanha a queda do volume de negócios: 2,7% versus 5,7%.

A equipa do Jornal das Oficinas deseja a todos os leitores e anunciantes

Festas Felizes

Página 21 Separação de resíduos é compensador para oficinas

Página 22 ARAN lança “Oficina CERTA”

ESP comemora

Verificação e teste de amortecedores

Página 30 Página 32 Foles de suspensão pneumática

A Bosch foi o primeiro fabricante, faz agora dez anos, a introduzir o Programa Electrónico de Estabilidade - ESP em série. No início oferecia-se apenas como equipamento opcional para carros do segmento superior, mas hoje, este sistema de segurança activa é incluído de série em muitos veículos, inclusive do segmento dos compac-

10 anos

Página 28

O que deve saber sobre catalisadores

Apesar do novo Regulamento de Distribuição Automóvel ter definido o conceito de peça original e de qualidade equivalente, ainda existem no mercado muitas dúvidas e confusão sobre esta matéria. Se, por um lado, os Construtores Automóveis reclamam que as suas Peças são as Originais (pois o projecto pertence-lhe em muitos casos), por outro lado, os Fabricantes de Componentes (que fornecem as linhas de montagem e os próprios stocks das marcas), são na realidade os detentores do rótulo “peças originais”. Impõe-se por isso, que os diversos operadores e Associações do sector esclareçam, de uma vez por todas, o que é “qualidade equivalente”, já que nesta matéria existe um claro vazio tanto quanto à definição, como ao modo de certificação a usar.

Destaque CS acessorios.cdr

A NOSSA TECNOLOGIA CONDUZ A VOSSA SEGURAN˙A


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SALÃO

Editorial

A

Seis factores chave

para o sucesso

exigência número um de qualquer empresa para se conseguir afirmar é dispor de uma gestão profissional. Improvisações e “palpites“ deixaram de ser suficientes, porque a pressão do mercado e do factor tempo/capital não deixam qualquer margem de manobra. Não queremos com isto dizer que o empresário de reparação tenha que ir para a universidade, é evidente. Mas terá, pelo menos, que actualizar-se com seriedade ou recorrer aos serviços de um bom profissional. Em segundo lugar, é necessário um projecto minimamente organizado, onde estejam definidos os parâmetros do empreendimento, os seus objectivos e a sua estratégia. Para que tudo isto funcione, os meios informáticos de gestão são imprescindíveis, pois hoje não existe produtividade nem rentabilidade sem o recurso às novas tecnologias. Contudo, como a informática de gestão tem que estar on-line com os meios informáticos da área técnica, o terceiro pilar da oficina moderna tem que ser a informatização, completa, integrada e funcional. A informatização faz parte do novo conceito de oficina de reparação, começando pelo atendimento (orçamentos rápidos e ordens de reparação), passando à administração (comunicação, movimentos, ficheiros, agendas, contabilidade, estatísticas), para terminar na área técnica (dados técnicos, meios de diagnóstico, ficheiros de viaturas). O quarto ponto essencial para a oficina moderna é o equipamento. Se o automóvel do presente é cada vez mais electrónico, os equipamentos terão que acompanhar essa evolução e recorrer igualmente à electrónica. A formação será, certamente, o ponto nº 5 dos requisitos da moderna oficina. O ponto seis destas prioridades absolutas é o corolário de tudo o que já foi dito é prende-se com a atitude face ao cliente. O atendimento tem que ser correcto e eficiente, tanto do ponto de vista do cliente, como da oficina. Dinamismo, prontidão e resposta são as chaves do bom atendimento. Dele depende a fidelização do cliente. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com

Ficha Técnica

Uma publicação da AP Comunicação

AutoMecanic

Em fim de época L

O Salão AutoMecanic realizado entre os dias 16 e 19 de Novembro, foi a última oportunidade que os profissionais do sector tiveram, este ano, de ver algumas das mais recentes novidades em peças para automóveis e equipamentos oficinais.

onge vão os tempos em que os Pavilhões da FIL na Junqueira, em Lisboa, se enchiam para o Salão Automóvel anual, onde os equipamentos, peças e acessórios marcavam sempre uma forte presença. Foram criados hábitos anuais de visita a esse salão e para a maioria dos empresas do sector das peças e equipamentos, tratava-se de um excelente investimento. Actualmente tudo mudou, pois o Salão Internacional Automóvel de Lisboa praticamente deixou de contar com as peças e equipamentos, e as diversas tentativas de organizar um salão específico para este sector na nova FIL nunca foram muito bem sucedidas. Em 2005 surgiu a oportunidade de integração da AutoMecanic num evento mais global designado por TPI – Feira Internacional de Tecnologias e Produtos Industriais, ao qual corresponderam algumas empresas que comercializam peças e equipamentos para o sector automóvel, mas também outras igualmente vocacionadas para a parte industrial. Pouco mais de 15 dias após a ExpoAuto, na Batalha, a AutoMecanic esteve abaixo das expectativas em termos de expositores e mesmo de visitantes, existindo alguns reparos a fazer à organização pelos horários e datas escolhidas para este evento estarem desajustadas, e para a ausência de promoção específica da AutoMecanic. Mesmo assim, e com grande esforço dos expositores, existiram algumas novidades neste certame bem como uma série de campanhas e promoções específicas, as quais lhes daremos conta de seguida.

CELLETE A Cellete tinha em exposição na FIL grande parte da sua gama de equipamentos. A principal novidade era o novo painel digital das cabinas de pintura Cellete, que permite aos operadores uma mais fácil utilização. Nas cabinas EXP passou a estar disponível a tecnologia “Inverter” que permite variar as velocidades do motor, melhorando dessa forma o controlo do ar fresco dentro das cabinas. O queimador de chama directa passa a estar disponível como opcional em todas as cabinas da Cellete. AUTOTEC A empresa da Amadora levou à AutoMecanic uma nova máquina de limpar radiadores que tem ainda a função de repor o líquido anticongelante, da marca Micrauto modelo CCP. No capítulo da soldadura, a Autotec mostrava uma máquina de soldar pernos sobre o alumínio, juntamente com a máquina de soldar chapa e a máquina de plasma (corte de chapa) da marca francesa GYS. Quanto a equipamento

de diagnóstico, esta empresa mostrava o mais recente modelo da E Diag, um equipamento multimarca que se destaca pelo seu reduzido tamanho. CETRUS Depois do Salão da Batalha, a Cetrus voltou a apostar forte, desta feita na AutoMecanic. Em destaque estavam as novas linhas de ar comprimido, bem como a nova linha de ferramentas e acessórios com a marca Spanesi, que estão a ser lançadas por um serviço que se chama “Cetrus em Movimento”. Outra novidade é a nova representação dos equipamentos de oficinas da marca Space mas também a “Tower Service Cetrus”. Trata-se de um equipamento para oficinas, especialmente desenhado pela Cetrus que dispõe de série de dois alimentado-

res de óleo novo, um enrolador de ar comprimido, outro de água e outro de ar, duas alimentações eléctricas 220/280v, bem como dois reguladores de ar comprimido com duas saídas cada. MG Equipamentos & Serviços A MG levou para a FIL quase o mesmo expositor que mostrou no Salão da Batalha. Contudo, aqui o destaque foi para o novo frenómetro de motos, que num futuro não muito distante poderá vir a ser um equipamento obrigatório em todos os Centros de Inspecções Técnicas de Veículos. Disponível estava também toda a gama de equipamentos para estes centros da VTEQ. No domínio do autodiagnóstico, a MG mostrava os mais recentes equipamentos da Tecnotest com analisador de gases.

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE : AP Comunicação Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Óptima Tipográfica, Lda. Estrada Nacional 116, Km 20/21 Casais da Serra 2665-305 MILHARADO Telefone: 219.758.038 Fax: 219.855.799 E-mail: optimatipografica@mail.telepac.pt PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº de Registo no Ins. Com. Social: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”


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SALÃO co, que é um equipamento que se torna uma mais valia no concorrido mercado do diagnóstico. Foi ainda anunciado neste certame, a abertura do centro de formação da Hélder Máquinas, que acontecerá no início de 2006.

COMETIL A empresa da Póvoa de Santo Adrião levou para a AutoMecanic toda a sua gama de produtos e equipamentos oficinais. Em exposição estava parte da gama de alinhadores de direcções da Hunter, bem como as equilibradoras de rodas da Cemb e os acessórios para centragem de rodas da Haweka. Da marca Omer, e com grande destaque neste stand, estava os sistemas de parqueamento, bem como os macacos pneumáticos e hidráulicos da Speed. NIPOCAR A Nipocar é uma empresa de Gondomar que faz a importação de peças para viaturas japonesas e coreanas. Representante das marcas KM Parts e Seiken, a Nipocar comercializa essencialmente material de choque e mecânica para viaturas japonesas e coreanas, embora com especial incidência nos veículos comerciais. Uma série de novas referências e parte da sua gama de produtos estavam em exposição neste certame.

RPL CLIMA A empresa algarvia este na FIL, para mostrar a sua gama de peças e componentes para ar condicionado automóvel. Um dos produtos mais recentes em exposição era o líquido tapa fugas de ar condicionado, mas a RPL Clima aproveitou para divulgar também o número azul (808 202 637), que permitirá um contacto mais directo entre clientes e empresa. Refira-se que esta empresa já tem disponível o compressor para o Mercedes W203 (classe C).

HÉLDER MÁQUINAS Com um stand mais pequeno que o da Batalha, a Hélder Máquinas não quis deixar escapar a oportunidade de estar presente em Lisboa, nomeadamente para incrementar a presença dos equipamentos da Brain Bee. Com uma imagem muito boa, esta empresa destacava o Fast Box 2 da Brain Bee, bem como o máquina de ar condicionado preparada para o auto diagnósti-

DIAVIA A delegação nacional da Diavia levou para a FIL diversas novidades. Uma dessas novidades era a introdução de uma máquina de frio para transporte de carga. No domínio do ar condicionado a novidade foi a estação de carga e reciclagem de R134, um equipamento simples de manejar que reúne uma série de características muito funcionais. Igualmente nova era a estação para limpeza com dissolvente de circuitos de ar condicionado, especialmente indicada para a manutenção dos equipamentos de ar condicionado e/ou reconversões.

ELECTRO LUSO ALEGRIA Esta empresa, especialista em peças eléctricas para o sector automóvel, levou para a FIL a sua mais recente novidade, os equipamentos de navegação da Tom Tom. Trata-se de um equipamento recentemente actualizado e disponível nos modelos 300, 500 e 700, que integra mapas de Portugal e Espanha, bem como software e instruções de voz em português. Outra novidade, também disponível para as oficinas eléctricas, é o kit de mãos-livres bluetooth para telemóvel. COSTA & GARCIA Com um expositor vocacionada para a área industrial e para o sector automóvel, a Costa & Garcia dava um grande destaque ao novo equipamento da diagnóstico da Tecnomotor. Por um lado a principal novidade era o VIS, um equipamento analisador de gases e um opacímetro, que utiliza um

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moderno sistema de comunicação via Bluetooth, por outro o SOCIO, um aparelho de diagnóstico que para além das funções que tem aposta num visual muito forte e apelativo. A gama de ferramentas Beta mereciam também um importante destaque neste stand.

MORAIS & CÂMARA Com produtos para o sector industrial e para o sector automóvel, a Morais & Câmara tinha em exposição a sua gama de ferramentas da KS Tools. São ferramentas que podem ser usadas nas oficinas para um vasto leque de solicitações.

UNIDETE A Unidete é uma empresa da margem sul que está inserida no competitivo mercado do “Car Care”, disponibilizando também determinados equipamentos de lavagem a alta-pressão. Na área da manutenção automóvel a Unidete dispõe de diversos produtos (Unitab, Unityre, Unicar, Unirem, etc.) para limpeza, nomeadamente champôs, removente de ceras, ambientadores, detergentes, desengordurantes e aerossóis da linha Caramba Auto. RODALGÉS Trabalhando preferencialmente com a indústria, a Rodalgés tinha em exposição os diferenciais com punho e com corrente da Gayner. Trata-se de um equipamento muito usado nas oficinas para a remoção e transporte de peças de maior peso.

AGUIAR DIAS E VAZ Esta empresa de Lisboa é a distribuidora exclusiva para Portugal da ferramentas eléctricas da conhecida marca JCB. Apesar deste tipo de equipamento ter uma utilização muito vasta nos mais diversos sectores, existem também um determinado número de ferramentas com aplicação oficinal.

CELLETE

AUTOTEC

CETRUS

MG Equipamentos & Serviços

COMETIL

NIPOCAR

RPL CLIMA

HÉLDER MÁQUINAS

DIAVIA

ELECTRO LUSO ALEGRIA

COSTA & GARCIA

MORAIS & CÂMARA

UNIDETE

RODALGÉS

AGUIAR DIAS E VAZ PUB

de

Uma gama de escovas limpa pÆra-brisas que oferece a mais recente tecnologia de fabrico e a mais completa combina ªo caracter sticas e benef cios dispon vel actualmente.


Actualidade - Convenc?a?o ANECRA:Actualidade - Convenc#ao ANECRA

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ACTUALIDADE Convenção ANECRA debate Reparação Automóvel

“Ventos de mudança” No passado dia 26 de Novembro, a 16ª Convenção ANECRA debateu o sector da Reparação Automóvel num painel onde participaram seis especialistas e cuja moderação esteve a cargo de Paulo Homem, jornalista do Jornal das Oficinas.

S

ob o tema “Reparação automóvel: Sector avariado?” decorreu o debate entre os 6 participantes convidados, que representavam serviços de após venda de marcas (Seat), grupos de retalho automóvel (M. Coutinho), redes de serviços rápidos (Precision) e oficinas independentes (Sobral & Fonseca). A crise generalizada da economia nacional e a diminuição do poder de compra dos portugueses tem contribuído para um notório agravamento da situação financeira de muitas empresas do sector da reparação automóvel, conforme foi referido pela maioria dos participantes presentes. O grau de diminuição dos custos de manutenção das viaturas é uma realidade que vale a pena detalhar e quantificar, assim como também se impõe determinar a capacidade oficinal suficiente em Portugal, para servir o consumidor. E apesar de todos reconhecerem o excesso de capacidade instalada para a manutenção e reparação do parque automóvel nacional, constata-se que continuam a abrir novos espaços de manutenção e reparação, mais segmentados, os quais apostam na rapidez e na proximidade ao cliente, entrando no mercado com preços competitivos, como se verifica com as redes de serviços rápidos. Com o excesso de capacidade instalada, em que os Reparadores Autorizados de Marca foram levados a procurar outros serviços e clientes para tentarem manter a carga das suas oficinas (ainda mais pesadas, pelo investimento que realizaram para atingirem os novos standards das suas marcas), com a entrada de novos intervenientes como são as redes de Serviços Rápidos, que tudo indica terão posicionamentos de preços mais favoráveis ao cliente e apostarão claramente em publicidade massiva, colocam-se questões quanto ao futuro do Reparador Independente, que actua isoladamente, sem a protecção de uma marca e sem dimensão para publicitar massivamente. O seu futuro passará inevitavelmente pela adesão a redes de

oficinas ou outras formas de associativismo, uma vez que, mantendo-se isolados, dificilmente conseguirão sobreviver neste competitivo mercado. O primado da qualidade, do perfeccionismo e o estabelecimento de parcerias, constituem pois, vectores de mudança para o aumento da produtividade e capacidade concorrencial destas empresas, “reinventando”, desta forma, o seu negócio. Lembrou-se que foi neste enquadramento, perspectivando a notoriedade e o reforço de poder de negociação de que estas empresas carecem, que a ANECRA implementou a promoção, de uma forma pioneira, do projecto da Rede das Oficinas Padronizadas RINO, que se assume como uma Marca de Oficinas Independentes associadas, no contexto do primado da Qualidade, proporcionando assim, aos seus associados uma real escapatória para competirem com as Redes de Serviços Rápidos.

Seguradoras dominam reparação de colisão No painel dedicado ao tema Reparação de Colisão concluiu-se que a criação de condições que permitam assegurar às empresas de Reparação de Colisão, uma formação contínua e concretizar os investimentos necessários para a actualização das suas infra-estruturas, irá beneficiar a sua capacidade de negociação e o cumprimento dos tempários. Foi dito que tendo presente que a actividade destas empresas, continua a ser objecto de uma forte discriminação negativa, por parte de algumas Seguradoras, através do “encaminhamento de sinistros”, considera-se necessária e imperiosa, a criação urgente de regras de Boa Conduta, associadas à adopção de Boas Práticas nas relações comerciais, com respeito pela Livre Concorrência no Mercado, num espírito de cooperação e transparência, entre Seguradoras e Reparadores. A posição dominante que as companhias de seguros têm nesta actividade, tem con-

tribuído para alguns desequilíbrios. Todas as companhias têm máquinas montadas para “encaminhamento de sinistros”, tendo investido fortemente em plataformas de contacto (os chamados call center), com o objectivo claro de conseguir colocar as viaturas dos seus segurados, nas oficinas com quem têm convénios. Por outro lado os grandes frotistas também têm peso neste negócio, influenciando-o decisivamente, pois procuram concentrar a Reparação de Colisão da sua frota em poucos pontos no país. Foi também levantada a questão da Formação Profissional, em que o tema foi fatalmente o mesmo... como reparar no menor espaço de tempo com uma qualidade aceitável? Peças de marca e de qualidade equivalente No painel dedicado ao Novo Regulamento da Distribuição Automóvel, questionou-se o que mudou na actividade das Peças, ao fim de três anos do Novo Regulamento Comunitário, concluindo-se que a utilização de peças de qualidade equivalente, na Reparação e Manutenção de veículos automóveis é permitida pelo Regulamento, sendo recomendável que dependa da informação e aceitação prévia, por parte do proprietário, relativamente à instalação de material, que não o original, ainda que uma Seguradora, responsável pelo pagamento da reparação no caso de um veículo sinistrado, manifeste essa preferência, reclamando para si, a decisão de incorporar ou não, peças desta natureza. Foi dito que as peças de qualidade equivalente, podem ser fabricadas por qualquer empresa que comprove, a qualquer momento, que, as mesmas, correspondem à qualidade dos componentes que são ou foram utilizados na montagem dos veículos em questão. Se, por um lado, estão presentes os Construtores Automóveis reclamando que as suas Peças são as Originais (pois o projecto pertence-lhe em muitos casos), por

outro lado, estão os Fabricantes de Componentes (que fornecem as linhas de montagem e os próprios stocks das marcas), que na realidade são os detentores do rótulo “peças originais”. Se até aqui e entre estes dois gigantes da cadeia de valor, o entendimento é fácil (pois são interdependentes e por isso cuidadosos entre si), já quando entramos no domínio das peças “ditas” paralelas, a situação não é pacífica, com os últimos a proclamarem que produzem igual em qualidade e em preço mais económico e com os primeiros, a contestarem essa promessa, dizendo que a qualidade não é equivalente. Pelo meio estão ainda as Seguradoras, que não sendo proprietárias das viaturas sinistradas, mas sendo “donas” da factura de Reparação, reclamam, para si a decisão de incorporar ou não peças de qualidade equivalente ou até de linha branca, nas viaturas dos seus segurados, sem informação prévia ao verdadeiro proprietário, como se porventura e durante o período da reparação, a viatura lhe passasse a pertencer, ou seja, se suspendesse o registo de propriedade. Torna-se pois prioritário, definir conceitos para a área de peças auto, criar mecanismos de certificação isentos e transparentes (a nível comunitário e tutelado pela própria Comissão, atendendo a que o Regulamento deixou um vazio legal) quanto à definição e ao modo de Certificação a usar, e essencialmente, ajudar o Consumidor a compreender toda esta matéria, no seu dia a dia, quando recorre ao pós venda da sua viatura, quer directamente quer através da sua Seguradora. Com a realização desta Convenção, a ANECRA pretendeu alertar as empresas associadas para os “ventos de mudança” que estão a varrer o sector, e propor novos rumos para o negócio da reparação automóvel, levando por diante um conjunto de iniciativas, que possibilitem assegurar, mais do que a sobrevivência, o desejado desenvolvimento sustentado, do tecido empresarial do Sector.


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Gates

considerada “Fornecedor Acreditado de Dados TecDoc” Com a actualização do Catálogo electrónico de peças TecDoc para 2006, a marca Gates recebeu a distinção de “Fornecedor Acreditado de Dados TecDoc”. Este reconhecimento é o resultado do desenvolvimento contínuo que a marca tem realizado neste campo. Todos os produtos Gates para sistemas de transmissão por correia e sistemas de refrigeração, estão incluídos na base de dados TecDoc. Este sistema de base de dados electrónico, proporciona ao mercado de peças de reposição dados actualizados que permitem identificar sem problema as peças pretendidas. Todos os trimestres, TecDoc analisa e valoriza os dados facultados pelos fabricantes, mediante critérios claramente definidos. Os resultados desta avaliação são comunicados aos fabricantes com o objectivo de melhorar permanentemente a qualidade desses dados. TecDoc premeia com o galardão de “Fornecedor Acreditado de

Dados TecDoc”, todos os fabricantes que cumpram o alto nível requerido pelos critérios de avaliação. Com o lançamento das novas correias Micro-V XF, por exemplo, a Gates conseguiu que as referências de aplicação de toda a gama ficassem disponíveis através do tecDoc desde o lançamento do produto.

Norauto com gama completa de Equipamentos de Neve

A Norauto, especialista na manutenção e equipamento automóvel, tem novamente disponível nos seus centros auto uma completa gama de produtos para a época da neve, em resposta ás condições atmosféricas ideais que se fazem sentir para uma visita aos destinos de neve e prática de desportos sazonais como o ski e o snowboard. Esta família de produtos sazonal que a Norauto disponibiliza é a mais completa do mercado, incluindo correntes de neve e porta-skis. A oferta de correntes de neve é alargada, sendo disponibilizadas diversas categorias deste produto, nomeadamente 1º preço, Norauto e Michelin, a qual apresenta uma extensa gama para ligeiros, monovolumes, utilitários e 4X4. Por outro lado, reforçando a estratégia de constante inovação da empresa, a Norauto disponibiliza um produto inovador da Auto-Sock, que substitui a tradicional corrente, uma tela resistente que se instala de forma semelhante. Na categoria de porta-skis a Norauto oferece produtos ao 1º Preço, que são magnéticos, os de marca Norauto e os Thule, ambos para montar em barras de tejadilho. Facilidade de montagem para maximizar o tempo livre.

Catálogo Blue Print já disponível

A Blue Print já tem disponível a versão 2006 do seu catálogo de papel específico e em exclusivo para o mercado português. Este completo catálogo para veículos japoneses e coreanos, é o resultado de enormes pesquisas de produto, incluindo introduções de novos veículos e modelos, aumentando consideravelmente a oferta nesta linha de produtos no mercado nacional. Esta nova versão apresenta mais 105 novos modelos de veículos em relação à versão de 2004 e um acréscimo de 8 novas linhas de produto.

2006

Com a informação disponível neste novo catalogo Blue Print, os distribuidores desta marca além de usufruírem de uma nova ferramenta para identificação de peças, estarão muito mais habilitados para vender esta completa gama de produtos. A Blue Print também disponibiliza para o mercado português um catálogo electrónico (ECTARS Evolution) e o catalogo na página Web (Blue Print LIVE) que além de proporcionar a identificação, disponibiliza informação de existências, preços, cruzamentos de referencias, etc..


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NOTÍCIAS

DuPont lança novo corante Cromax

Very Coarse Aluminium é o último lançamento da DuPont Refinish à sua gama de corantes Cromax. O novo corante, que junta um efeito agressivo e brilhante ao acabamento, foi desenvolvido pelas oficinas da DuPont Refinish para ir ao encontro exacto dos alumínios utilizados pelos fabricantes de automó-

veis. A cada ano surgem no mercado mais automóveis com complexos efeitos de alumínio. A DuPont Refinish proporciona às suas oficinas fórmulas precisas de cor, não só para misturar o Very Coarse Aluminium, mas também para criar um grande leque de efeitos de alumínio para qualquer marca automóvel. O novo corante Cromax Very Coarse Aluminium – vendido com o código 1541W – está disponível em embalagens de quatro recipientes de plástico, com 0,5 litros cada. Pode ser misturado

Valeo lança Sistema de Auxílio de Estacionamento

A Valeo Service lançou no mercado um sistema de auxílio de estacionamento designado Beep & Park, que assegura conforto e segurança para o automobilista, durante as manobras de parqueamento de qualquer veículo. Este sistema é composto por uma gama de 5 Kits. Sensores ultrasónicos montados nos pára-choques dianteiro e traseiro, permitem a detecção de obstáculos à frente e atrás. No sensor traseiro, o sistema de detecção do obstáculo é activado quando a marcha atrás é colocada. O sensor dianteiro é activado durante 30 segundos, uma vez que o veículo esteja ligado quando a mudança contrária é colocada. Qualquer obstáculo na frente ou traseira do veículo é detectado e assinalado através de um som progressivo com aumento de frequência, quando o veículo se move cada vez mais para junto do obstáculo, sendo o som continuo quando a distância for inferior a 30 cm. Um visor instalado no tablier permite o contacto visual com o obstáculo, distância e localização, além do som. Os kits Beep & Park são fornecidos em embalagens com todos os elementos para montagem e instruções claras e simples. O tempo médio de montagem está estimado entre 1H15 a 4H00, dependendo da especificação dos kits. Para obter mais informações técnicas pode ligar para 00.34.902.011.799

Dayco

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Rectificações

comemora 100 anos

Em 1905 nasce a Dayton Rubber Company em Dayton, no estado de Ohio (EUA), empresa que até aos dias de hoje sofreu bastantes alterações estruturais acompanhadas por um rápido crescimento a nível mundial. Já sob a designação de Dayco Products Inc, a empresa é adquirida pelo Grupo MARK IV que David Martinez, da Dayco, entrega hoje organiza as suas operações a Carlos Ferreira, Director da CS – em duas vertentes distintas, Acessórios Sobressalentes e MARK IV Automotive e MARK Veículos, Lda., uma placa comemorativa do 100º Aniversário IV industrial. A MARK IV Automotive defi- da Dayco. ne o seu “core business” como produção e distribuição de componentes para automóveis para os mercados OEM (fabricantes de equipamento original) e Aftermarket (mercado de peças de substituição). Esta distribuição a nível mundial é realizada sob a marca Dayco que inclui no seu portfólio produtos como tubos de combustível, correias, tensores ou Kits de distribuição. A Dayco Aftermarket oferece uma gama completa de componentes que cobre mais de 97% do parque automóvel e que é acompanhada por exigentes padrões de controlo de qualidade certificados pelos mais importantes fabricantes de automóveis mundiais. A CS – Acessórios Sobressalentes e Veículos, Lda. representa a marca no território nacional há já largos anos numa pareceria de sucesso e exemplo de competência e competitividade.

- Na reportagem da ExpoAuto, relativamente à empresa Bolas, escrevemos “Compressores rotativos e de parafuso da Sírio”. De facto, a marca Sírio apenas tem Hidrolavadoras e aspiradores. - Na notícia das novas representações da Ferrol 2, colocou-se a foto de um equipamento de diagnóstico que não corresponde à nova representação da empresa. O equipamento em causa é da Protech. - Na notícia da Quinton Hazell o nome da empresa estava mal escrito. Pois Quinton Hazell leva dois “l”. - Na reportagem da Sifeca, onde se lê “painéis de chapa”, deve ler-se “peças de carroçaria para automóveis (chaparia, pára-choques, ópticas e farolins)”; onde se lê “DINEX” deve ler-se “DINEX (escapes para camiões)”; onde se lê “LA POINTE” deve ler-se “LAPOINTE” e onde se lê “lote 10” deve ler-se “lote 19”. A Sifeca é representante exclusiva da marca ECO.

Delche amplia linha de produção e aumenta exportação Os objectivos imediatos da Delche, empresa fabricante de químicos para automóvel, com sede em Rio Tinto, são a ampliação da sua linha de produção e o aumento da exportação. Actualmente fabrica produtos vocacionados essencialmente para automóvel, tanto na área comercial para o consumidor final, como para clientes industriais. No mercado da grande distribuição a Delche fornece os hipermercado - através de uma rede de distribuidores bem posicionados no mercado - com uma gama completa de Car-Care que inclui ambientadores, champôs, líquido de refrigeração, silicone para dar brilho aos tabliers, lava-vidros, detergentes de limpeza, entre muitos outros produtos de manutenção e embelezamento das viaturas. No mercado profissional, onde se incluem os retalhistas de peças e oficinas, a Delche fornece soluções específicas para cada caso, e faculta o suporte técnico em termos de planeamento e de acções ao longo do ano. A rapidez de entrega é um factor a destacar, uma vez que garante a entrega de qualquer encomenda num

prazo que oscila entre as 12 e 24 horas em qualquer ponto do país. As marcas que actualmente produz e comercializa são a Pacar, a Pacar Tek, Mil Aromas e a Pacar Fresh. Além destas, comercializa outras, em conjunto com distribuidores de peças e acessórios presentes no mercado nacional. Para Sílvio Pacheco, Administrador da Delche, uma das preocupações da empresa é tentar satisfazer a procura do mercado com artigos de produção 100% nacional, sem depender de qualquer tipo de tecnologia estrangeira. “Para além do mercado nacional, estamos a equacionar a exportação, tendo já contactos na Bélgica e em Espanha, bem como certos países africanos. Para satisfazer as exigências destes mercados, oferecemos um conjunto de mais-valias que inclui o produto, adaptado às necessidades do ciente, a imagem do produto, toda a formalização legal, bem como acções de formação técnica e comercial”, afirma Sílvio Pacheco. PUB


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NOTÍCIAS

Davasa lança

Breves BENDIX JURID Na sequência do fecho da sua fábrica e centro de distribuição de Granollers (Barcelona), a Honeywell centralizou as expedições Bendix no Centro de Distribuição em Allone, na França, e as expedições Jurid no Centro de Distribuição de Neurkichen, Alemanha. A vantagem desta reestruturação é que estes centros de distribuição concentram em stock todas as referências disponíveis das duas marcas, possibilitando assim servir todo o parque automóvel em Portugal.

REORGANIZA-SE

SENSOR PREMAIR DA BERU

O fabricante alemão de velas de ignição e de pré aquecimento Beru, também especializado em componentes electrónicos e sensores de vários tipos, disponibiliza sensores para o sistema PremAir, que permite transformar o ozono (O3) superficial, nocivo para a saúde humana, em vulgar oxigénio (O2). Este sistema, que está a tornar-se corrente nos EEUU, embora seja raro na Europa, consiste numa camada catalítica aplicada no radiador do veículo, por onde passam cerca de 2 kg de ar por segundo.

nova marca de baterias

A Davasa efectuou recentemente a apresentação de uma nova marca de baterias, de nome Yuasa, construídas pelo segundo maior fabricante mundial deste equipamento. De modo a fazer face a um determinado número de requisitos, tendo em contas as actuais exigências de tráfego, a Davasa escolheu um produto que tecnologicamente lhe pudesse dar reais garantias de qualidade. A aposta recaiu na marca Yuasa que utiliza a tecnologia “cálcio-cálcio”, que não sendo exclusiva deste fabricante é um factor de diferenciação e que comprova o avanço tecnológico destas baterias. O cálcio é um componente que oferece menor resistência à corrente eléctrica o que proporciona a máxima potência no arranque a frio (cerca de 30% superior à potência das baterias sem cálcio). Não necessitando de manutenção, as baterias da Yuasa dispõe de acessos próprios que permitem acrescentar água ou o ácido que seja necessário, sendo fornecidas prontas a montar (totalmente carregadas). O programa de baterias da Yuasa divide-se em duas gamas: a Supreme e a Premium. Na gama Supreme, especialmente desenvolvida para veículos ligeiros e comerciais ligeiros, estão disponíveis 24 referências que vão dos 35 aos 95 Ah. A gama Premium é por sua vez mais vocacionada para veículos comerciais e pesados (com tecnologia chumbo-cálcio devido à maior vibração dos pesados) estando disponíveis em 12 referências. Não menos importante é a garantia de 24 meses tanto na gama Supreme como Premium. A campanha promocional de lançamento da marca Yuasa, prevê a colocação de “posters Yuasa” nas ofi-

Campanha

1ª Companhia Arga

cinas dos clientes que aderirem a esta marca, passando a ser distribuidores autorizados destas baterias. Ao mesmo tempo serão cedidos expositores aos clientes aderentes bem como diverso material sobre as baterias, bem como o acesso a um catálogo electrónico. Na campanha de lançamento da marca Yuasa para as oficinas, e relacionado com as encomendas, a Davasa disponibiliza diversos brindes, como um saco de viagem e um colete, embora o destaque vá para uma viagem.

A Arga - Distribuição Auto, Lda, lançou no mercado em Dezembro de 2005 a campanha “1ª Companhia Arga”, que premeia os seus clientes com um prático e elegante colete. Até ao fim de Dezembro, todos os clientes que realizarem compras superiores a 500 Euros de um Mix das seguintes marcas: Monroe, Bendix, SKF e Fulmen ganham de imediato um colete. Este colete escolhido pela Arga para brindar os seus clientes tem um forro adaptado ao Inverno e é reversível, sendo uma peça de vestuário muito prática para a utilização diária e de elevada qualidade. A Arga pretende com esta campanha reforçar as relações com os clientes e incentivar as compras até ao final do ano.

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NOTÍCIAS Wetor

um novo sistema de recondicionamento automóvel A Hispanor, empresa com sede em Braga, disponibiliza para concessionários e oficinas o sistema de recondicionamento automóvel com a marca Wetor. Com este novo sistema é possível reparar todos os danos ligeiros provocados na carroçaria e no interior dos automóveis de uma forma rápida e económica, tendo em conta os métodos tradicionais de reparação, não obrigando à substituição dos componentes e das peças danificadas. Para o concessionário e para as oficinas, o sistema de recondicionamento automóvel, proposto pela Hispanor é composto por cinco kits que permitem reparar pára-brisas partidos ou estalados, restaurar, pintar e reparar jantes e/ou plásticos exteriores e interiores, e ainda reparar pequenas amolgadelas sem repintura. Refira-se que a Hispanor possui um centro de formação, em Viseu, onde através de um programa de prática intensiva são formados e treinados todos os técnicos que ficam habilitados a utilizar os sistemas Wetor. Para Luís Oliveira, Director-Comercial da Hispanor “a marca Wetor é cada vez mais a marca da Hispanor para o após-venda. No caso dos sistemas de recondicionamento automóvel, cada concessionário ou oficina pode optar por fazer a compra de cada um dos cinco kits disponíveis. Trata-se de um sistema que permite ás oficinas ter mais um centro de lucro, aproveitar o espaço dentro das instalações e fidelizar clientes”.

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Bolas com muitas novidades

Estando presente no mercado de uma forma bem activa, a empresa Bolas tem neste momento disponível uma série de novidades. Na marca Ravaglioli passou a estar disponível um novo elevador de quatro colunas, o RAV 4406 (4.000 kg), versão para alinhamento de direcções com plataformas oscilantes TRA e macaco auxiliar hidropneumático. As plataformas longas (4870 mm) e a grande distância entre colunas (3.000 mm) permitem a elevação de comerciais ligeiros e carrinhas. Destaca-se ainda a homologação por parte da Bridgestone das máquinas de desmontar pneus Ravaglioli equipadas com o dispositivo de pressão e elevação do pneu GR 81 (acessório extra), aptas para pneus de baixo perfil e sistema "run flat". A Ravaglioli passou também a disponibilizar quatro novas máquinas de alinhar direcções com transmissão "bluetooth" (TD 1760 BTH, TD 1780 BTH, TD 1830 BTH e TD 2100 BTH). Este tipo de transmissão é uma das mais fiáveis e garante um óptimo funcionamento,

tendo já recebido homologação por parte da Renault. Salientase ainda a homologação Mercedes para diversos elevadores Ravaglioli. Na marca Fini, destaque para o lançamento da nova linha de compressores de parafuso SC e MC, uma alternativa compacta, silenciosa e fiável ao tradicional compressor de pistão com uma excelente relação qualidade/preço. Os compressores da linha MC dispõem de arranque suave, painel de comando com microprocessador e sinalizador de água no depósito de óleo. Equipados com depósito de 270 litros, ocupam menos de 1 m2 de su-

perfície, são fornecidos prontos a utilizar e isentos de manutenção durante o primeiro ano de serviço. A Bolas introduziu recentemente uma nova linha de ferramentas manuais, da Carolus, extremamente competitiva a nível de preço e com a tradicional qualidade do grupo Gedore. Embora já não específico para o sector auto, saliente-se ainda o lançamento da nova geração de ferramentas sem fio da Metabo que será complementada a curto prazo com o lançamento das baterias de lítio bem como do PowerMaxx, um pequeno berbequim-aparafusadora de enorme capacidade.

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Breves CONTINENTAL O novo Ford Focus ST vem equipado com pneus desportivos da Continental, permitindo assim ao principal fabricante Alemão de pneus adicionar à sua lista mais uma aprovação do Equipamento de Origem. O pneu ContiSportContact 2 dá azo a que os 220 cv de potência do motor do novo modelo desportivo da Ford, seja integral e potencialmente transmitido à estrada. As aprovações no Equipamento de Origem da Ford são já tradição na Continental, pois toda a gama de modelos – do Fiesta à Transit – são equipados com pneus desta marca.

EQUIPA NOVO FORD FOCUS ST

NOTÍCIAS

Doga presente nas Feiras mais importantes do sector

Uma vez mais a Doga esteve presente nas feiras mais importantes do sector automóvel para apresentar as suas novidades para o aftermarket. No salão Equip’Auto, aproveitou a sua presença para apresentar a nova gama Optima Pro, que se destaca pela alta resistência ao desgaste e à corrosão. Estas características conferem às escovas um bom rendimento mesmo em condições climatéricas adversas e uma maior durabilidade. A Doga esteve também presente na Feira Busworld, que decorreu em Kortijk, na Bélgica, onde apresentou os seus equipa-

2005 EXCELENTE PARA A OSRAM

Martin Goetzeler, o novo Presidente do Conselho de Administração da OSRAM, referiu 2005 como um ano de sucesso, em que foi possível aumentar o volume de vendas que se situou nos 4,3 biliões Euros (exercício anterior: 4,2 biliões Euros) e o resultado operacional de 465 milhões Euros (exercício anterior 445 milhões Euros). Em Portugal, apesar da conjuntura económica difícil, a OSRAM conseguiu superar os desafios, atingindo um volume de vendas de 20 milhões de Euros em produtos como lâmpadas e acessórios electrónicos e de 15 milhões de Euros no negócio dos componentes LED.

ROAD HOUSE Para tirar partido da grande popularidade alcançada em Espanha pelo brilhante piloto de F1 asturiano, a Road House embarcou na “alonsomania “ e denominou a sua última campanha de marketing “Campeonato Road House”. Os clientes podem amealhar pontos através das suas encomendas de peças da marca, podendo trocá-los em seguida por vários prémios “actuais”, como um despertador com a forma do capacete de Alonso, cujo som é o do escape do seu monolugar…

“UTILIZA“ FERNANDO ALONSO

mentos limpa pára-brisas panorâmicos, pantográficos e tandem para autocarros, assim como a gama de depósitos láva pára-brisas adaptados às necessidades do mercado de autocarros, onde a Doga se posiciona cada vez mais como um dos principais fabricantes de sistemas limpa pára-brisas.

Centro Técnico da

NGK em Ratingen

A NGK anunciou grandes investimentos no seu Centro Técnico, com o objectivo de dar resposta às necessidades, cada vez maiores, dos fabricantes de veículos diesel em toda a Europa. Este Centro Técnico, localizado em Ratingen, perto de Dusseldorf, na Alemanha, foi inaugurado em 1990, e desde então tem contribuído para um maior e mais rápido nível de assistência técnica, tendo os seus serviços registado uma procura crescente durante os últimos anos. Os resultados do trabalho desenvolvido neste Centro têm sido surpreendentes, uma vez que a NGK conseguiu um grande êxito como fornecedor de equipamento original e de reposição para os motores a gasolina dos principais fabricantes europeus. Actualmente, mais de 70% dos veículos novos lançados no mercado pela BMW, Fiat, Mercedes e Grupo VW utilizam velas NGK como equipamento original. Para satisfazer a procura crescente de velas de incandescência para os veículos diesel, a NGK investiu na aquisição de equipamentos de teste específicos para veículos diesel, nomeadamente num sofisticado analisador de gases de escape. Este novo equipamento para motores diesel entrou pela primeira vez em funcionamento quando a NGK desenvolveu a sua vela NHTC, com uma nova composição cerâmica própria.

Novo Calendário 2006 da

Spies Hecker

Carros antigos e de colecção ilustram o novo Calendário 2006 da Spies Hecker. As fotografias publicadas são o resultado de um concurso internacional promovido pela Spies Hecker, em que foi pedido aos pintores de todo o mundo para enviarem pormenores das suas obras primas para o fabricante de tintas de Colónia. Em poucos meses, mais de 200 trabalhos foram recebidos na Spies Hecker em Colónia. Todos com um conjunto completo de fotografias, devidamente datados e com pormenores das diversas tarefas do restauro. A decisão do júri foi extremamente difícil, pois todos os trabalhos eram visual e tecnicamente muito bons. No fim, o júri seleccionou 12 trabalhos extraordinários. Antes de regressarem às suas garagens foram fotografados para o Calendário 2006 da Spies Hecker “Obras-primas 2006”, podendo ser vistos a partir de Janeiro 2006. Todas as fotografias foram tiradas no palco original, ou seja, à entrada da oficina. O princípio dominante foi “o homem e a máquina”, pois foi particularmente importante para a Spies Hecker mostrar o pintor junto ao seu melhor trabalho. O resultado são fotografias únicas que representam a estreita relação entre o proprietário e o seu veículo.

Valeo amplia gama de Alternadores e Motores de Arranque

Com 1.684 referências incluídas no seu catálogo de Alternadores e Motores de Arranque, das quais 480 são novas referências 2005, a Valeo garante uma cobertura de 96% do parque de viaturas ligeiras. Para o mercado de comerciais ligeiros e veículos pesados de mais de 6 toneladas, a Valeo dispõe de 550 rteferências, das quyais 50 são novas referencias 2005. Os Alternadores e Motores de Arranque comercializados pela Valeo são produtos recondicionados segundo processos muito exigentes. A recolha das carcaças é o elemento central do fluxo de substituição e é único no mercado. Graças à sua logística inversa e com meios técnicos avançados, o sistema de recolha de carcaças Valeo simplifica a gestão de carcaças para os clientes, com um reembolso rápido do valor da carcaça. Nas fábricas de recondicionamento, a Valeo respeita especificações exigentes com mais de 40 pontos de controlo para cada produto. A nível de apoio aos clientes, a Valeo aconselha sobre o perfil de stock mais adaptado à procura, além de ter uma disponibilidade total da gama e um serviço de pedidos urgentes em 24 horas. O selo Valeorigin mostra o compromisso da Valeo em oferecer aos seus clientes a melhor qualidade em Alternadores e Motores de Arranque.

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Aveiro Av. Dr. Louren o Peixinho, 157/157B 3800-166 Aveiro Tel.: 234 377 930 - Fax: 234 420 785 e-mail: vendas.aveiro@runkel.biz Coimbra Av. Fernªo Magalhªes, 201/207 3000-176 Coimbra Tel.: 239 853 340 - Fax: 239 834 755 e-mail: vendas.coimbra@runkel.biz Lisboa E. N. 10 Km. 11, Edif.: Cimpom vel 2694-003 Sta. Iria de Az ia Tel.: 219 569 470 - Fax: 219 569 479 e-mail: vendas.lx@runkel.biz

Distribuidor

Runkel & Andrade, SA

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NOTÍCIAS

Codisa desenvolve acções de apoio às oficinas A Codisa Solventes e Gestão de Resíduos, SA empresa do grupo SafetyKleen Europe, líder a nível Europeu no fornecimento de sistemas de lavagem de peças e aparelhos de pintura, tem vindo a firmar uma posição cimeira na área da gestão de resíduos. Esta actividade é resultante da procura por parte dos clientes (maioritariamente oficinas de automóveis) de soluções para os seus resíduos, grande parte consequência das crescentes exigências ambientais. Preocupada em valorizar esse serviço, a SafetyKleen tem vindo a desenvolver acções de apoio e acompanhamento constante aos que a ela têm confiado os seus resíduos. Uma das acções, passa pela divulgação de um documento “Pedido de Informação Questões Ambientais”, que está elaborado de modo a responder a qualquer questão relacionada com o ambiente, em matérias como o licenciamento, destino dos resíduos, preenchimento de documentos ou outros. Caso a questão ambiental não possa ser esclarecida logo de imediato na oficina pelo funcionário da SafetyKleen que faz o serviço, recorre-se então ao referido documento. Especificando a questão, e com o envio por fax para o número já indicado no próprio documento, o chefe da oficina ou outra pessoa responsável pelo estabelecimento, recebe uma resposta tão breve consoante a sua complexidade. O passo seguinte foi proporcionar condições para a organização da documentação exigida por lei às oficinas, de modo a que fique preparada a ser apresentada quando solicitada, através de um Dossier “Pasta SafetyKleen” que reúne toda essa documentação.

Esse dossier, com diversas áreas distintas e devidamente identificadas, integra os seguintes elementos: • Apresentação da SafetyKleen que inclui cópias das suas licenças para a actividade que desenvolve. • Resumo Informativo da Legislação aplicável aos resíduos resultantes da actividade de assistência e reparação automóvel. • Mapas Obrigatórios de Registo de óleo e Registo de baterias. • Cartas que a SafetyKleen envia trimestralmente com a quantidade dos resíduos recolhidos Nessa instalação.

A SafetyKleen emite um “Certificado Resíduos” que poderá ser colocado nas instalações da oficina e que comprova que os resíduos estão entregues a uma Empresa Licenciada. Sendo este “Certificado” de carácter apenas informativo, não deixa de transmitir perante terceiros (organismos fiscalizadores e sociedade em geral) que essa oficina cumpre com as suas obrigações legais em matéria de ambiente.

Glasurit com nova estratégia para Portugal

A marca de tintas para repintura automóvel da Glasurit, representada em Portugal por uma Divisão da BASF Coatings, tem vindo a desenvolver para o mercado português uma nova estratégia de distribuição e comercialização dos seus produtos. Esta empresa esteve recentemente na Expoauto, na Batalha, para dar a conhecer e divulgar a nova fase da Glasurit em Portugal. Para além do importador da marca, que já está a trabalhar no mercado português desde o início desta década, foram nomeados uma série de novos distribuidores, que se ocupam por zonas bem definidas do território português. A própria Glasurit ficou com toda a zona sul do país a partir de Leiria até ao Algarve, enquanto o resto do mercado é divido pela

Galipart (Braga, Porto, Vila Real e Viana do Castelo), Lovistin (Viseu, Guarda e Castelo Branco) Amaral e Delgado (Aveiro) e Magotin (Coimbra). “Com esta estrutura estamos em posição de trabalhar o mercado de uma forma séria tendo em conta o desenvolvimento futuro e sustentado da Glasurit no mercado português”, refere Erik-Jan van de Wiel, Chefe de Vendas da Glasurit em Portugal, Divisão da BASF Coatings. A Glasurit, anteriormente representada pela Gillcar, pretende até 2008, voltar a atingir os volumes de vendas e quota de mercado que teve num passado recente, mas as perspectivas são ainda maiores, pois a longo prazo esta empresa pretende ter 15% do mercado nacional. Para além da nova estrutura de distribuição e comercialização da marca em Portugal, a Glasurit pretende posicionar-se de uma forma diferente, afirmando Erik-Jan van de Wiel, que “queremos ser vistos como a marca que vende soluções. Pretendemos que as oficinas nos vejam como um parceiro que lhes resolve os problemas dando-lhe soluções adequadas às suas necessidades”.

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Breves IVECO

PREMEIA A WABCO

A empresa Wabco, fornecedora de sistemas de travagem, suspensão, transmissão e controle de pressão de pneus para veículos industriais, foi galardoada com um dos prémios “O Melhor Fornecedor do Ano“ pelo fabricante europeu de camiões Iveco. As 27 empresas premiadas foram seleccionadas entre os cerca de 500 fornecedores da Iveco, tendo em conta seis aspectos chave: qualidade, nível de serviço, redução de custos, investimentos em tecnologia, capacidade de concepção e desenvolvimento de produtos, bem como rapidez de resposta. Este prémio vem juntar-se a idêntica distinção que a Wabco já tinha recebido da DaimlerChrysler.

NOVO CATÁLOGO

GKN DRIVELINE

A GKN Driveline lançou o novo catálogo, com mais de 500 novas referências, destinadas a viaturas industriais, ligeiros e 4X4. Segundo fontes da empresa, o catálogo 2005/2006 inclui aplicações para os principais pesados de transportes (MAN, Iveco, Scania e DAF). Tendo em conta o aumento da procura nos últimos anos, foram reforçadas as referências com a aplicação nos todo-o-terreno, com destaque para os modelos das marcas Nissan, MercedesBenz, Land Rover, Ford, Suzuki e Mitsubishi.

150 CENTROS

SERCA EM 2006

Neste momento, a rede de oficinas SPG Talleres está presente em toda a Espanha e possui uma unidade em Portugal, num total de 135 centros. Apesar das 22 baixas verificadas na rede, devido a acções de supervisão e fiscalização do funcionamento dos centros (só 3 foram voluntárias), os objectivos da empresa são alcançar o número de 150 centros Serca em 2006, bem como obter a certificação ISO 14001. Com um marketing muito activo, esta rede tem em todos os centros um poster onde se pode ler: “Não pague mais pelo mesmo“.

NOVOS CATÁLOGOS

MAGNETI MARELLI

O novo catálogo de pastilhas de travão da marca italiana incorpora 140 novas referências, fazendo subir o total para mais de 900, o que dá uma cobertura do parque circulante de 95%. A aplicação pode ser obtida por código, marca ou modelo do veículo, havendo desenhos das peças e referências cruzadas. No catálogo mais recente das velas de pré aquecimento, surgem as referências do catálogo anterior e 44 novas referências, com instruções de montagem, cobrindo mais de 90% do parque europeu.

NOTÍCIAS

Auto Rabal promove

PPT Distribuição

Jornadas de Parceria

Decorreu no dia 25 de Novembro, nas instalações da Viana Chapa a convite da Auto Rabal, no parque empresarial da Praia Norte em Viana do Castelo, um encontro empresarial intitulado Jornadas de Parceria. Contou com a presença de vários convidados e parceiros importantes neste negócio, entre os quais, os representantes das companhias de seguros no Distrito de Viana do Castelo, gestoras de frota, responsáveis de frota de várias empresas, entidades oficiais, representantes da Ford Lusitana e da Spies Hecker, este último parceiro na área de tintas. Trabalhar em conjunto para alcançar o sucesso, foi o tema desenvolvido no respectivo Centro de Colisão, investimento de 600.000 Euros do Grupo BRM (detentor das concessões Ford,

Peugeot e Mazda para o distrito de Viana do Castelo), onde se teve a oportunidade de apresentar os mais recentes e modernos equipamentos adquiridos para a reparação automóvel em chapa e pintura, bem como as últimas tecnologias de segurança passiva e activa dos modelos Ford, a sua implicação na dedução dos custos de reparação, e finalmente, delinear a estratégia futura de redução de preços das peças originais, bem como a explicação do programa de Chapa e Pintura Autorizada Ford.

reforça posição

Sediada em Braga, a PPT Distribuição é uma empresa que opera essencialmente no ramo da grande distribuição, abastecendo hipermercados, autocentros, casas de peças e estações de serviço, principalmente nas áreas de extras e tuning. Esta empresa que faz a importação de todo o tipo de peças e equipamentos específicos para este tipo de casas, tem vindo a reforçar a sua posição no mercado da grande distribuição, diversificando muito a sua área de negócio. “O aparecimento dos autocentros trouxe uma maior diversidade ao nosso negócio”, refere Paulo Torres, sócio-gerente da PPT Distribuição, acrescentando que “a nossa gama de produtos é também muito mais extensa actualmente do que no passado, até porque se vende bastante para o tuning e para o offroad, que são clientes de grande consumo”. Mais informações em www.ppt-pecasauto.com.

Wurth WIC 5000 para limpeza de injecções A Würth Portugal lançou recentemente uma nova solução que permite limpar de uma forma rápida e segura todo o circuito do sistema de injecção de qualquer motor a diesel ou gasolina. Trata-se da WIC 5000, uma máquina que é utilizada com um aditivo de limpeza de injecções Würth, que ao circular durante cerca de 30 minutos pelo sistema de injecção do automóvel, remove os sedimentos orgânicos e inorgânicos que se depositam nos filtros,

rampa de injectores e em todo o circuito de injecção. A utilização da WIC 5000 é imprescindível quando se registam desvios em análises de gases, emissão visível de fumos negros, problemas de arranque a frio, excesso de consumo e baixo rendimento do motor. O recurso a esta solução evita uma eventual abertura do motor, reduzindo os elevados custos associados a este tipo de reparação.

Champion celebra título mundial de Fórmula 1

Para se obter um título mundial de Fórmula 1 é necessário a conjugação de esforços entre diversos parceiros. Um dos parceiros na obtenção do título mundial de Fórmula 1 por parte de Fernando Alonso e da Renault foi a Champion. “A Champion oferece um caloroso cumprimento a Fernando Alonso e a toda a equipa Renault na sua soberba vitória”, disse Gart Cole, Director de Desenvolvimento de Negócios e de Marcas Europeias da Federal-Mogul. “Nós estamos encantados por termos desempenhado o nosso papel na ajuda à equipa Renault naquilo que foi uma época fantástica.” A Champion é um dos fornecedores oficiais da Equipa Renault Fórmula 1. A marca de velas de ignição da Federal-Mogul trabalha em parceria com a Renault e com outros fabricantes de motores da Fórmula Um, da mesma forma como faz com os seus motores de uso comum, desenvolvendo soluções para os seus complexos requisitos de ignição. A marca Champion da Federal-Mogul fornece produtos de ignição para cerca de metade das actuais equipas da Fórmula 1. A Champion tem estado envolvida no desporto automóvel desde os seus primórdios e tem tido um envolvimento mundial que cobre praticamente toda e qualquer competição motorizada. Está presente na Fórmula 1 desde que esta se iniciou em 1950. Em 1999 já tinha 350 Grandes Prémios vencidos e vai actualmente a caminho das suas 400 vitórias.

Costa & Garcia desenvolve promoção Beta

A Costa & Garcia e a Beta são dois nomes de referência no mercado dos equipamentos oficinais. Neste momento a Costa & Garcia está a desenvolver uma campanha de promoção para o carro de ferramentas C40C. Este carro possui uma estrutura, que para além de robusta é modular e versátil, já que o último e os demais elementos podem ser separados do carro de transporte, juntos ou separadamente. Por sua vez, a posição dos módulos pode ser mudada entre si, independentemente da ordem. Das características deste equipamento destaca-

se ainda a presença de um elemento adicional fixado ao carro, gavetas com guias telescópicas de esfera, um módulo central com duas gavetas metálicas equipadas com fechadura mecânica de abertura automática (um toque), rodas com 160 mm de diâmetro que permite o transporte do carro em escadas, pegas laterais em metal para enganche e a possibilidade de o carro ser fornecido com jogo de ferramentas. Com 93 cm de altura, 50 cm de comprimento e 25 cm de largura, o carro de ferramenta C40C, tem uma capacidade máxima de 70 Kg e dispõe originalmente de uma caixa com 23 cm, duas gavetas com 23 cm cada e uma gaveta grande com 30 cm. Este equipamento está disponível por 255 Euros, podendo custar 509 Euros no caso de vir totalmente equipado com um jogo de 40 ferramentas.


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Breves ROBERT BOSCH A fábrica de Jihlava, na República Checa, especializada em bombas de alta pressão para sistemas de injecção diesel, recebeu um cheque de 110 milhões de Euros, destinado a ampliar as instalações e potenciar as actividades. A Bosch investe no leste europeu desde a década de 90, facturando actualmente € 340 milhões no mercado checo, onde emprega 9.000 funcionários, 6.200 das quais na fábrica de Jihlava.

INVESTE EM JIHLAVA

CONSELHOS DE MONTAGEM DE CORREIAS ELAST

A empresa ContiTech Power Transmission Group aconselha o uso da ferramenta incluída no seu kit de reparação, uma vez que as correias Elast são auto tensoras e têm que ser montadas por simples extensão das mesmas. A utilização de ferramentas incorrectas (chave de fendas, etc.) é susceptível de causar dano à estrutura interna da correia, o que provocará avarias. Outro risco é a deterioração da própria poleia, o que irá acarretar o desgaste e rompimento da correia. No Ford Fiesta, com ar condicionado e direcção assistida, é conveniente desmontar a caixa da roda, pois esta impede a correcta montagem das correias Elast. As correias usadas devem ser retiradas cortando-as com um canivete.

Europeças com campanha Kayaba

Durante o mês de Dezembro, a Europeças está a levar por diante uma campanha com os amortecedores da marca Kayaba. Trata-se de uma campanha em escada, que permite obter melhores ofertas assim que for aumentando as quantidades adquiridas. Assim, na aquisição de 2 amortecedores Kayaba, a Europeças oferece, agora que estamos numa época de chuva, um sempre útil chapéu de chuva kayaba. Na aquisição de 4 amortecedores a oferta é de um fato de macaco e na compra de

SHELL Além da nova formulação do óleo sintético para motores Helix, cujo lançamento ocorreu em meados do corrente ano, a Shell apresentou agora um óleo de motor sintético, especialmente formulado para os veículos do grupo VW (Volkswagen, Audi, Skoda, e Seat). O novo óleo, que foi desenvolvido em conjunto com os engenheiros da VW, permite reduzir o consumo de combustível, diminui as emissões e evita o desgaste das principais peças do motor. Toda a rede de assistência do grupo VW, bem como os condutores de viaturas das marcas já referidas, são aconselhados a usarem o óleo Shell Helix Ultra VX 5W30, a fim de manterem a alta performance e longevidade dos seus motores.

16 amortecedores obterá uma máquina fotográfica. Refira-se que todas estas ofertas estão limitadas ao stock existente. Iniciada na 2º quinzena de Novembro, e também ela limitada ao stock existente, a Europeças oferece um saco de viagem na compra de um Pacote pré-definido de 30 Correias Micro V-XF da Gates. As 30 Correias são fornecidas dentro do Saco de Viagem e têm uma ampla aplicação no Mercado Automóvel Português.

Novo catálogo Bendix A Bendix já tem disponível um novo catálogo para 2006 relativa a travões de tambor. A distribuição deste catálogo vai ser efectuada dentro em breve na rede de distribuição directa e na rede de agências da marca, embora possa também ser solicitada directamente através do número de telefone 21 910 65 60. Como é de esperar as novidades são muitas, já que se trata de um catálogo actualizado com todas as referências disponíveis no sistema de Travãos de Tambor da Bendix.

Civipartes evita

LIP oferece compras

imobilização

em Janeiro

Empresa líder nacional em peças para veículos pesados, desenvolveu recentemente um novo programa para caixas de direcção. No âmbito da redução de tempos de imobilização, algo que é muito valorizado no mercado dos pesados, o Grupo Civipartes passou a oferecer um stock permanente de caixas de direcção, possibilitando assim, a troca imediata de um órgão recondicionado por um a reparar. De salientar ainda que a Civipartes disponibiliza para todos os órgãos a garantia de 1 ano.

A LIP tem a decorrer até final de Dezembro uma campanha em que o tema é “Com LIP, Janeiro não é mês de pouco dinheiro”. Tal como aconteceu com a campanha de bombas de água da Quinton Hazell, esta campanha com os amortecedores LIP é destinada à sua rede de clientes, e o folheto entregue serve para apoio na venda ao retalhista. A mecânica desta promoção é novamente muito simples, pois na aquisição de 20 amortecedores da marca LIP, recebe 30 Euros para as compras de Janeiro.

HELIX ULTRA VX ESPECÍFICO

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Iberequipe com diagnóstico especializado A Iberequipe disponibiliza para o mercado português os equipamentos de diagnóstico Autologic. Desenvolvido pela Diagnos.co.uk Ltd, o Autologic utiliza um Software que está disponível para as marcas Land Rover, BMW, Mercedes-Benz e Jaguar, sendo desenhados para replicar a funcionalidade dos equipamentos usados pelos concessionários de marca, permitindo às oficinas independentes fornecer um serviço compreensivo nas suas instalações, incluindo codificação e programação. Todos os módulos de software foram desenhados para funcionarem na mesma plataforma Autologic, estando as actualizações disponíveis via internet. Os utilizadores da Autologic possuem acesso grátis à equipa de Suporte Técnico de Veículos, constituída por técnicos qualificados.

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NOTÍCIAS

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A Europeças, uma das empresas de maior expressão no mercado do Aftermarket em Portugal, anunciou recentemente ter assumido o negócio de distribuição de peças sobressalentes UMM, bem como todo o seu negócio de tuning e peças premium multimarca, integrando ainda o “front office” desta empresa do mesmo grupo. As sinergias resultantes desta situação resultará, segundo a Europeças, num benefício acrescido para os clientes de ambas as empresas que continuam, por um lado, a ser assistidos pelas mesmas equipas, com os conhecimentos desenvolvidos ao longo de anos, por outro, apoiadas em estruturas e ofertas cada vez mais alagardas e eficientes.

Febi Bilstein disponibiliza informação

A Febi Bilstein em parceria com o Tec Doc, disponibilizam no sistema de identificação dos veículos na área da suspensão e direcção, um gráfico completo de todo o sistema de suspensão e direcção onde podem ser visualizadas e identificadas de uma só vez todos os componentes deste sector. Esta informação aparece com fotografias reais das peças, facilitando a sua visualização, obtendo-se facilmente a correcta posição de montagem, juntamente com outras peças. Esta informação está disponível online através do site www.febi.de ou através de CD disponibilizado pela Febi Bilstein, que tem como representante em Portugal a Jochen Staedtler- Representações (214 868 498).


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FORUM

A evolução do aftermarket na Europa Como analisa a evolução do aftermarket a nível europeu? Foi esta a pergunta que fizemos a vários responsáveis presentes no Salão Equip Auto realizado no passado mês de Outubro em Paris. As opiniões convergem para um ligeiro desenvolvimento do aftermarket europeu, embora com algumas assimetrias, pois há países que têm registado um desenvolvimento mais rápido do que outros.

François Augnet Director & General Manager Europe da TRW

Willy Mohler Director-Geral da Honeywell Europa

Hari Nair Vice-Presidente da Tenneco Automotive

“É necessário maior

“Os consumidores que

“A médio prazo o desafio

abertura às necessidades e expectativas dos consumidores”

vão às oficinas estão a exigir mais qualidade e mais serviço”

da informação poderá fazer a diferença”

Que análise faz da presente evolução do aftermarket na Europa? Penso que não se têm verificado modificações de grande envergadura neste negócio, embora presentemente seja possível verificar pressões no sentido da mudança. A legislação do Block Exemption está a introduzir algumas novas tendências, mas está tudo ainda no princípio. O fosso anteriormente existente entre o universo dos fabricantes de automóveis e o aftermarket independente está a desaparecer gradualmente e acabará seguramente por deixar de existir. Vários construtores já estão a lançar gamas completas de produtos directamente para o mercado independente de após venda, ou estão a reconverter as suas redes de assistência para o modelo multimarca. Por outro lado, fabricantes de peças do sector independente estão a fornecer as redes de marca, o que acaba por aproximar os dois lados do mercado e fundi-los numa actividade de contornos globalmente idênticos. Quais são os problemas do após venda independente? O após venda automóvel tem que apostar na qualidade de serviço, qualquer que seja o ramo de actividade. Essa será a primeira condição de sucesso. Maior abertura às necessidades e expectativas dos consumidores, bem como uma atitude proactiva em relação à procura, através de campanhas de divulgação e marketing, onde sejam demonstradas as vantagens de uma manutenção programada e regular, são outros trunfos a utilizar pelos operadores de todo o sector. O problema do acesso à tecnologia, implica dois tipos de necessidades: formação específica e capacidade de diagnóstico. Nós estamos a desenvolver um programa de formação técnica e diagnóstico via Internet, que apenas implica para o garagista a compra de um vulgar PC, no caso de ainda não o possuir. Tencionamos disponibilizar esse serviço em inglês e francês ainda este ano e nas principais línguas europeias durante o próximo ano.

Os produtos chineses são uma ameaça para o aftermarket independente europeu? Seria melhor falar em produtos de qualidade e produtos sem qualidade. Em qualquer parte do mundo é possível fabricar produtos de baixo custo. Possivelmente a China estará em melhores condições para o fazer do que outros países, mas isso é pouco relevante. O que interessa é o que está no produto, com o que é feito e como é feito. Quando se trata de funções de segurança para o condutor e para todos os utentes da via púbica, não vale a pena arriscar em produtos sem garantia de qualidade, porque o preço a pagar em caso de falha pode ser muito elevado.

Como caracteriza a evolução recente do aftermarket na Europa? O Aftermarket europeu está relativamente estabilizado, tanto no negócio das peças de reposição como no que se refere a equipamentos oficinais, mas não deverá crescer significativamente. Como se pode calcular, nestas condições a competição entre as marcas presentes no mercado é muito dura. Estamos, no entanto, confiantes no nosso potencial e na qualidade dos nossos produtos, bem como na capacidade de resposta que temos demonstrado. Em certos países, como Portugal, as coisas estão a mudar no negócio automóvel, com o parque a evoluir para modelos de nível superior e mais sofisticados, o que ditará algumas mudanças na actividade das peças de reposição. Da experiência que temos dos últimos anos, os consumidores que vão às oficinas estão a exigir mais qualidade e mais serviço, mantendo-se os preços dentro dos mesmos níveis. Os operadores do mercado têm que se defender utilizando os produtos correctos para cada situação, os quais permitem poupar tempo e oferecer a qualidade que o condutor pretende. Encara os produtos de origem chinesa como uma ameaça para o negócio aftermarket na Europa? Em relação a essa questão é necessário desagregar o negócio das peças de reposição em vários níveis de qualidade. O primeiro nível é o do equipamento original, que é aquele em que nos posicionamos. Este segmento do mercado está vocacionado para veículos recentes, com quilometragens não muito elevadas e para consumidores que pretendem manter os padrões de qualidade original nos seus veículos. Depois existe um segmento intermédio, onde a qualidade ainda é razoável e os preços aceitáveis, mas destina-se a largas faixas da população, com rendimentos não muito altos e viaturas com idade e quilometragens mais elevadas. Finalmente, existe o mercado onde o menor custo dita a lei e onde a qualidade fica muito aquém do desejável. Como analisa as perspectivas do aftermarket independente? O mercado de após venda independente tem um futuro promissor. É evidente que neste momento se operam mudanças profundas, que podem apresentar contornos dramáticos em certos casos, mas tudo caminha no sentido de transformar o mercado independente numa actividade válida, com rentabilidade e com futuro. O condutor dos nossos tempos precisa do carro todos os dias e procurará preferencialmente os negócios de reparação rápida, com uma localização conveniente, em relação ao seu circuito normal de vida. Isso irá favorecer as redes de oficinas polivalentes e com uma presença geográfica estrategicamente ordenada.

Que previsões faz para a evolução do aftermarket na Europa? Os sinais do mercado são encorajadores nestes últimos seis meses de 2005, revelando tendências positivas em vários segmentos de produtos, incluindo aqueles em que nos inserimos, um pouco por toda a parte. Os mercados onde temos enfrentado mais desafios e teremos que continuar a desenvolver uma acção consistente são o ibérico e o alemão. Na Europa de Leste e no Médio Oriente estamos a crescer a um ritmo muito positivo. A Tenneco tem vindo a alcançar uma quota de mercado à altura da qualidade dos seus produtos e dos investimentos realizados na sua produção industrial.

Que dificuldades enfrenta o aftermarket independente e como poderá ultrapassá-las? O primeiro e maior desafio do aftermarket, enquanto indústria, é assegurar-se que está a fornecer um elevado valor acrescentado para o consumidor. O valor acrescentado inclui tudo: produtos de qualidade, cobertura, disponibilidade e preços competitivos. Se não tivermos estes ingredientes em dose suficiente o resultado não poderá ser muito positivo. Os novos regulamentos do mercado acrescentaram mais alguns desafios, mas não constituem um verdadeiro obstáculo e não podem ser usados como desculpa para o insucesso. O mercado independente é muito poderoso na sua capacidade de estar próximo e satisfazer as necessidades dos consumidores, o factor mais importante neste negócio. Os operadores independentes têm que se mostrar cautelosos, no entanto, porque a médio/longo prazo o desafio da informação (tecnologia, formação, capacidade de serviço) poderá fazer a diferença. Este será o maior desafio futuro para o aftermarket independente. Julga que os produtos de origem asiática podem perturbar o mercado europeu? A resposta simplista é sim. Uma resposta mais elaborada, no entanto, tem que dizer de que maneira e em que medida. Os chineses e todos os outros competidores de custos baixos acabarão por ter lugar no mercado global, em qualquer lado. A questão que teremos que colocar é como irão esses fabricantes distribuir os seus produtos e qual será a sua área de influência. Por outro lado, quais serão as garantias dessa oferta e como irão gerir os aspectos da qualidade, cobertura e disponibilidade. Neste momento o único argumento desses produtos é o preço e qualquer um pode baixar os preços quando quiser, desde que sacrifique todas as mais valias e garantias do seu negócio. A evolução do mercado, no entanto, parece apontar exactamente na direcção oposta. Veremos até que ponto esses competidores serão capazes de criar uma verdadeira máquina de produção, vendas e serviço, para se afirmarem no mercado de uma forma consequente e permanente.


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AMBIENTE

BOAS PRÁTICAS

Resíduos automóvel

Separação de resíduos é compensador para as oficinas O mercado da gestão de resíduos, sobretudo dos resíduos perigosos, tem evoluído e irá seguramente evoluir no sentido do aumento dos preços. A melhor solução para as oficinas é, de facto, implementar soluções de prevenção de produção e de segregação adequadas, acompanhando a evolução do mercado, e tendo sempre como objectivo a optimização de custos e o cumprimento da legislação.

P

ortugal não detêm ainda infra-estruturas de tratamento para resíduos perigosos. Além disso, os países que detêm as infra-estruturas e que têm recebido os nossos resíduos, tendo investido em tecnologias de tratamento diferenciadas para cada tipo de resíduo, começam a vedar o acesso a soluções como a deposição em aterro para resíduos que podem ter soluções mais nobres como a valorização. O mesmo sucede com os aterros portugueses que vedam a entrada a resíduos recicláveis. O acondicionamento de resíduos deverá ser feito em locais junto da(s) fonte(s) de produção e em recipientes próprios para o efeito, impedindo que ocorram misturas de resíduos, sendo que para tal, os vários recipientes deverão possuir rotulagem adequada e clara. Após o enchimento dos recipientes estes deverão ser fechados de forma estanque (barricas e bidons), e armazena-

dos em locais indicados até que se proceda à sua recolha e encaminhamento a empresas licenciadas para o seu tratamento, reciclagem, valorização ou grupagem para destino final licenciado.

Separação de resíduos de pára-brisas e pára-choques Normalmente, um sistema de gestão de resíduos promove a separação dos resíduos por código LER. Todos os resíduos banais são geralmente separados em três fracções – sucata metálica, papel/cartão e outros (pára-brisas, pára-choques, resíduos sólidos

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urbanos, outros componentes). As duas primeiras fracções são encaminhadas para recicladores autorizados e a terceira vai para aterro, estando associados custos de deposição (taxa de aterro) e os custos de transporte até ao aterro (os custos dependem da proximidade). A separação de pára-brisas permite o encaminhamento para uma empresa recentemente criada que recicla e cobra um valor consideravelmente menor que a taxa de aterro. A separação de pára-choques permite o encaminhamento para recicladores que reciclam o PP (Polipropileno), PC (Policar-

As boas práticas de Gestão de Resíduos destinam-se a optimizar económica e ambientalmente o sistema de gestão do ambiente ou dos resíduos. Assim, as boas práticas concretizam-se em acções quotidianas, tais como: - Conhecer os produtos que manuseia no que se refere a características de perigosidade (leitura atenta de rótulos) e destino final quando resíduo; - Ler as etiquetas dos contentores e as instruções de segregação; - Não contaminar desnecessariamente materiais limpos, pois este procedimento contribui para a redução da produção de resíduos; - Não misturar resíduos diferentes; - Reduzir o volume das embalagens, nomeadamente as embalagens de papel/cartão, pois uma redução do volume induz a um menor custo; Não deitar resíduos líquidos nas redes de drenagem para o colector.

DE GESTÃO DE RESÍDUOS

bonato) ou outros tipos, sem custos ou com custos consideravelmente menores que a taxa de aterro. A separação destes dois resíduos viabiliza que os demais (maioritariamente RSU´s) possam ser depositados no aterro de RSU´s, na maioria das vezes mais perto e com custos menores.Como se pode observar para este caso genérico, será possível poupar 656 € por ano. Fonte: Ecopartner PUB


Actualidade - Oficina certa:Actualidade - Oficina certa

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ACTUALIDADE ARAN lança “Oficina CERTA”

Modernizar-se para competir A ARAN divulgou o seu mais recente projecto ligado ao sector da reparação automóvel, a Oficina CERTA – Centro Especializado em Reparação Tecnológica Automóvel. Com um investimento reduzido, os associados ARAN passam a ter uma sigla que transmite confiança ao Cliente, com o consequente aumento da qualidade dos serviços prestados e rentabilizar o seu negócio.

Vantagens da adesão “Oficina CERTA”

A

ARAN lançou neste final de ano 2005, um projecto que permite às empresas suas associadas obter o reconhecimento junto do público dos seus padrões de qualidade, transmitindo aos consumidores uma imagem de confiança, qualidade, transparência, garantia e respeito pelo ambiente no serviço prestado: a Oficina CERTA. Trata-se de uma iniciativa que pretende cativar as oficinas independentes suas associadas, a implementarem um sistema simples e facilmente assimilado, que lhes permitam aumentar a competitividade em relação ao mercado. Este projecto assenta na concessão de um símbolo “Oficina CERTA”, às empresas que cumpram os requisitos préestabelecidos pela ARAN, requisitos estes elaborados com base na legislação em vigor e nas normas portuguesas e europeias de qualidade, ambiente e saúde, higiene e segurança no trabalho. A ARAN desempenha um papel de regulação, dinamização e divulgação do projecto, apoiando a sua implementação nas empresas aderentes e executando as necessárias auditorias. O símbolo de “Oficina CERTA” será amplamente divulgado pelos media junto do consumidor e Associações de Consumidores, fazendo com que sejam estes a exigir essa distinção, criando nas empresas que a possuam factores de diferenciação face à concorrência, constituindo-se assim uma verdadeira vantagem competitiva. O objectivo último da ARAN é o reforço da capacidade concorrencial dos seus associados, auxiliando-os na concepção e implementação de um sistema de gestão da qualidade à sua medida que seja reconhecido e procurado pelo consumidor final, permitindo-lhes ao mesmo tempo a participação num grupo de excelência que partilha uma imagem comum sustentada pela sua associação do sector.

Procedimentos gerais Num contexto de mercado cada vez mais exigente, a resposta das empresas necessita de ser cada vez mais eficaz por forma a satisfazerem cada vez mais os seus clientes. Sendo assim, esta área de intervenção assume uma elevada importância neste projecto. A intervenção nesta área é fundamentalmente orientada pela Directiva CNQ 18 do Conselho Nacional da Qualidade relativa a reparações em veículos automóveis, sendo uma transposição desta para as empresas que adiram aos centros “Oficina CERTA”

O símbolo identificativo “Oficina CERTA” está conotado com três aspectos essenciais: Qualidade no serviço; Transparência no relacionamento com o cliente; e Competência técnica. Assim sendo, os centros “Oficina CERTA” cumprem determinadas normas em termos de procedimentos gerais, nomeadamente no que toca à ordem de reparação, orçamentação, facturação, afixação de preços, controle de qualidade, tratamento de reclamações, acidentes e furtos, atendimento ao cliente, etc. No que respeita aos equipamentos, é óbvio que uma oficina só pode realizar determinadas operações se possuir um nível de equipamento capaz de as assegurar. Assim sendo, no âmbito deste projecto, para cada uma das especialidades (Mecânica, Electricidade, Chapa, …), os equipamentos serão classificados em três categorias de prioridades, sendo que a 1ª categoria diz respeito ao equipamento mínimo que determinada oficina deverá possuir por forma a que possa assegurar condignamente a prestação do serviço nessa área.

Formação profissional As unidades empresariais do futuro necessitam de Recursos Humanos dinâmicos, com capacidade de mudança e aprendizagem. A filosofia de um centro “Oficina CERTA” assenta precisamente nestes princípios. Em função das necessidades específicas de cada empresa aderente será elaborado um programa de formação ajustado, devendo esse mesmo programa ter sempre a anuência do responsável máximo da empresa. Outro dos objectivos da ARAN é sensibilizar os empresários para o facto de que terem uma equipa actualizada em conhecimentos, métodos e técnicas é levar as empresas para o desenvolvimento e competitividade. A importância da Formação Profissional assume especial relevância se considerarmos a constante mutação indispensável a qualquer empresa ou país para o seu desenvolvimento. A formação profissional deve contribuir para o progresso dos Recursos Humanos das empresas, anulando a falta de qualificações, por um lado e antecipando as necessidades futuras de qualificações, por outro. Ambiente Nesta área cada vez mais vasta e complexa serão também accionados todos os mecanismos por forma a que um centro “Oficina CERTA” seja um exemplo a seguir. Contemplará, como é óbvio, a defesa ambiental em matérias como os óleos usados, as baterias, os pneus, os resíduos de embalagens, as águas residuais bem como as normas de respeito pela qualidade do ar.

Consultoria Técnica As “Oficinas CERTAS” têm ao seu dispor todo o tipo de apoio técnico na área da reparação automóvel. Este item, no qual a ARAN tem vindo a apostar nos últimos tempos, é de extrema importância e utilidade pois sem dúvida que na área da reparação automóvel ou as empresas, por um lado, se actualizam com formação e,

- Benefício de uma imagem corporativa comum - Apoio da ARAN na implementação do sistema de qualidade na organização - Serviço de informação técnica ao associado - Plano de formação profissional adequado à empresa - Campanhas de publicidade comuns a toda a rede - Marketing comum às empresas aderentes - Reforço do poder negocial dessas empresas - Garantia de qualidade ao consumidor final - Crescimento da facturação das oficinas, aliado ao reforço da sua produtividade

Requisitos da “Oficina CERTA”

A concessão do símbolo “Oficina CERTA” às empresas implica o cumprimento por parte destas de alguns requisitos pré-estabelecidos pela ARAN em diversas áreas de intervenção: - Procedimentos Gerais de acordo com a CNQ 18 - Licenciamento - Equipamento Oficinal - Formação Profissional - Seguros - Ambiente - Garantias dadas ao Cliente - Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho - Infra-estruturas

por outro, têm acesso à informação técnica ou então pura e simplesmente desaparecerão. A ARAN já iniciou o processo de recepção de candidaturas a este projecto, estando os seus serviços disponíveis para todo e qualquer esclarecimento adicional. Eventualmente este projecto terá o apoio de uma multinaciomal do sector automóvel.


Formac?a?o - CEPRA:Formacao - CEPRA

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FORMAÇÃO Centro RVCC PRO

CEPRA reconhece competências

O Centro RVCC PRO – Reconhecimento Validação e Certificação de Competências Profissionais – do CEPRA, destina-se aos mecânicos auto que pretendem ver certificadas as competências profissionais que adquiriram ao longo da vida, em diferentes situações.

O

CEPRA tem a funcionar, nas suas instalações do Prior Velho, um Centro de Formação de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais (CRVCC PRO). Este Centro, até Abril de 2005, certificou 928 adultos com o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade, contribuindo assim para a valorização pessoal e profissional dos cidadãos. São muitas as vantagens deste processo para os profissionais e empresas na medida em que permite: Facilitar o contacto com as entidades empregadoras; Demonstrar claramente as competências profissionais que detêm; Incitar à valorização individual através da participação em acções de formação; Permitir às empresas delinear planos de formação mais ajustados às necessidades reais dos seus profissionais; Possibilitar processos de recrutamento mais eficazes; e Facilitar as empresas na gestão dos seus recursos humanos

Destinado a mecânicos auto, empregados ou desempregados, que queiram ver certificadas as suas competências profissionais, o CRVCC PRO baseia a sua intervenção num processo que permite a cada adulto, com a ajuda de profissionais especializados, identificar competências adquiridas ao longo da vida para serem posteriormente validadas certificadas. Os interessados podem candidatar-se a qualquer momento no CEPRA preenchendo para o efeito uma Ficha de Candidatura. No caso da pessoa não ter a totalidade das competências requeridas, terá acesso a respostas formativas que permitem obter os conhecimentos e competências em falta, a partir de um Plano Individual de Formação. O processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências decorre em horário laboral ou pós-laboral, com uma carga horária semanal de 3 horas. As inscrições são gratuitas e podem ser efectuadas no CRVCC – PRO, nos dias úteis das 9H00 às 17H30. PUB

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COMO SE DESENVOLVE O CRVCC - PRO

Reconhecimento Identificação das aprendizagens Validação

Avaliação das competências face ao referencial Certificação Emissão dos respectivos certificados

PRINCIPAIS ACTIVIDADES

DO CENTRO CRVCC PRO

Para mais informações contactar:

Tel. Fax. eMail:

CEPRA - CRVCC PRO Drª Cecília Mendes Drª Carmen Ruivo Rua Francisco Salgado Zenha, 3 2685-332 PRIOR VELHO 219 427 870 219 411 962 cepra_rvccpro@hotmail.com

- Identificação das Competências dos Adultos, adquiridas em vários contextos de vida nos âmbitos profissional e pessoal. - Elaboração de um dossier pessoal de Competências. - Apresentação da candidatura ao Júri de validação. - Avaliação da candidatura pelo Júri de validação. - Emissão da Carteira pessoal de Competências e dos Certificados correspondentes ao 1º, 2º ou 3º ciclo do Ensino Básico. PUB


Emp - Leirilis:Emp - Leirilis

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EMPRESA Leirilis, Acessórios para Automóveis

Expansão e especialização do negócio

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Desde 1985 que a Leirilis se dedica à comercialização de peças e acessórios a retalho para automóveis, com especialização na área eléctrica. Recentemente mudou de instalações para melhor poder servir o cliente.

Leirilis é uma empresa de retalho no âmbito das peças e acessórios que está historicamente ligada aos produtos Bosch. Nos 20 anos de actividade que leva, a Leirilis acompanhou as diversas fases da política de distribuição da Bosch, mantendo-se actualmente como um dos poucos distribuidores da marca para Portugal. “A Leirilis faz unicamente a revenda dos produtos Bosch podendo vender em todo o país, porém, apostamos concentrar a nossa actividade na zona centro, nomeadamente o distrito de Leiria”, começa por referir Vitor Saco, sócio gerente da Leirilis. Porém, a Leirilis não está dependente unicamente dos produtos Bosch, pois do seu portfólio constam alguns produtos de importação directa. “De modo a termos uma maior variedade de produto e que nos permitisse completar a oferta da Bosch, recorremos à importação de diverso material, que no fundo o mercado também já nos solicitava”, afirma Vitor Saco, adiantando que “o aumento do parque automóvel nos carros japoneses obriga também a uma maior diversificação da oferta”.

A Leirilis é uma empresa especializada em material eléctrico para o sector auto Como facilmente se compreende olhando para a sua lista de representadas, a Leirilis é uma empresa especializada em material eléctrico, como nos confirma Saulo Saco, Director Comercial: “estamos de facto vocacionados para o material eléctrico, pois é nessa área que trabalhamos há muitos anos, e porque somos das poucas empresas nesta zona do país a fazê-lo. Porém, desenvolvemos algum trabalho na área da mecânica, mas praticamente só dentro da gama de produtos que a Bosch nos fornece”. Um dos aspectos onde a Leirilis se diferencia da concorrência é exactamente na política de produto, como nos explicou Vitor Saco: “a Leirilis não importa em grande escala, antes apostamos claramente em trabalhar gamas específicas em pequenas quantidades, de modo a que a nossa oferta seja o mais completa possível em termos de material eléctrico”. Novas instalações Desde finais de Julho passado que a Leirilis passou a desenvolver a sua actividade nas novas instalações, situadas junto à EN 1. “Ainda temos a nossa antiga loja no centro de Leiria, mas de tal maneira os clientes acolheram estas novas instalações, que vamos concentrar aqui a nossa actividade”, refere Vitor Saco. Num espaço mais organizado e dinâmico, onde existe um armazém, escritórios e balcão de vendas, a Leirilis passou assim a oferecer melhor serviço aos seus clien-

tes, “permitindo por outro lado continuar a pensar na evolução do negócio”, adverte Vitor Saco. Considerando que se encontra num bom mercado, Saulo Saco, afirma que “todas as empresas de material eléctrico, de norte a sul do país, disputam bastante o mercado de Leiria, o que prova o seu interesse. Na minha opinião isso deve-se ao facto de ser um mercado onde se trabalha muito à volta do material de 24 volts, essencialmente para camionagem, que é aquele que envolve transacções mais elevadas e que ninguém pode deixar de colocar no veículo, daí que seja um mercado muito disputado”. Trabalhando mais de 300 oficinas e al-

gumas pequenas casas de retalho locais, os responsáveis da Leirilis, consideram que “muitas oficinas estão a passar e vão passar por dificuldades, pois não estão equipadas para dar resposta às necessidades do parque automóvel. Contudo, dentro de cinco anos esta situação vai também suceder nas oficinas para pesados”, afirma Saulo Saco. Mesmo assim, e atendendo às dificuldades porque passam as oficinas, nem por isso os responsáveis da Leirilis, através de Vitor Saco, deixam de considerar que “ainda existe espaço para crescer em termos de vendas e de produtos. Aliás, a aposta nestas novas instalações tem em vista uma expansão do negócio”.

Leirilis Acessórios para Automóveis Sede: Estrada da Marinha Grande, 31-A 2400-187 Leiria Gerente Vitor Saco Director Comercial Saulo Saco Telefone: 244 850 080 Fax: 244 850 089 E-mail: leirilis@leirilis.com Internet www.leirilis.com

Vitor Saco e Salou Saco são os responsáveis principais da Leirilis e defendem que trabalhar material eléctrico exige alguma especialização

Marcas comercializadas BLAUPUNKT, BOSCH, CARGO, CGB, CORMAR, FAE, FUJI, GUILERA, HELLA, HUCO, JETSETECAR, JOHNSON PUMP, LIGHTLINE, MITSUBISHI, MOTUL, MTA, NAGARES, NEW-ERA, ORME, OSRAM, PIMAX, RINDER, SIDAT, SIM, SKF, SPAL, SWF, TESA, UNIPOINT, VALEO, VDO, WAI, WOODAUTO, ZEN e ZN


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Centros de rejuvenescimento automóvel Newcar

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Conceito sempre em renovação Nasceram em 1997 e actualmente já são 14 os Centros Newcar, mas a Hispanor pretende que venham a ser 40, apesar dos responsáveis da empresa considerarem que não é fácil encontrar profissionais para este sector.

Hispanor é uma empresa com sede em Braga que desde há mais de 20 anos se dedica à comercialização e distribuição para Portugal de sistema e produtos destinados à reparação e manutenção de veículos. Devido à experiência acumulada e à especificidade do seu negócio, na segunda metade da década de 90, a Hispanor desenvolveu um novo conceito de serviço, designado por Newcar, que surge num contexto de contínua evolução e procura de novos produtos e serviços por parte desta empresa. A Newcar são centros de rejuvenescimento automóvel, onde são desenvolvidos serviços de limpeza (interior e exterior) e reparação de pequenas mossas e riscos na chapa, para além de muitos outros serviços que normalmente as tradicionais oficinas não fazem. “Como era cada vez mais difícil fidelizar os clientes e como a concorrência era muito grande, decidimos desenvolver o franchising Newcar, aproveitando e potenciando a venda dos produtos que tinhamos, oferecendo um serviço pouco conhecido em Portugal”, começa por afirmar Luís Oliveira, Director Comercial da Hispanor. Os centros Newcar desenvolvem uma série de serviços que normalmente nenhuma oficina (de marca ou independente) está apta a fazer (ver Lista de Serviços Newcar). Porém, o conceito de serviço foi também evoluindo durante a vida do projecto Newcar, pelo que actualmente “os centros fazem a reparação e/ou montagem de vidros, a reparação de plásticos e um novo serviço que é a cromagem dos plásticos”, refere Luís Oliveira, adiantado que “se se vendem e montam vidros, faz todo o sentido também vender escovas limpa vidros, ou ter lâmpadas para alguma necessidade”. Em alguns dos franchisados Newcar existe ainda um outro serviço, que passa pela execução de alguns trabalhos feitos no domicílio do cliente. Porém, “também podemos ir buscar 8, 10, 12 ou mais carros e fazer o trabalho de rejuvenescimento nas instalações dos nossos franchisados, até porque é esse o objectivo dos centros”, afirma Luís Oliveira. A reparação e montagem de vidros, os plásticos e a lavagem de veículos, são três vectores muito importantes na actividade dos centros Newcar. Contudo, “o serviço de lavagem é assumidamente mais caro que toda a concorrência, mas é também um serviço que tem uma qualidade muito superior a qualquer outro apresentado no mercado”, garante Luís Oliveira, que acrescenta ainda que “a lavagem é um serviço que se distingue claramente pela qualidade, enquanto os restantes são alternativas mais económicas, mas igualmente com bons níveis de qualidade e que são claramente uma alternativa viável face a outros muito mais dispendiosos”. Na Newcar existem vários tipos de clientes. Por um lado o cliente que é “en-

Lista de Serviços Newcar - Reparação de pequenas amolgadelas sem repintura; - Retoques de pintura sem necessidade de pintar toda a peça; - Restauro, reparação e pintura de plásticos interiores (tabliers); - Restauro, reparação, pintura de plásticos exteriores (pára-choques); - Reparação de pára-brisas partidos ou estalados; - Substituição de pára-brisas; - Lavagem de estofos; - Reparação de estofos queimados ou cortados; - Reparação e pintura de estofos em couro ou vinil; - Pintura e restauro de jantes; - Polimento rápido da pintura; - Gravação de matrícula em vidros e faróis; - Eliminação de cheiros e recuperação do aroma de carro novo; - Impermeabilização de estofos e de todo o interior de veículo; - Lavagem do motor; - Bed Lining (Protecção anti-choque e antideslizante do compartimento de carga de pick-ups e veículos comerciais).

viado” pelas seguradoras para a troca ou reparação do pára-brisas, os concessionários de marca, os comerciantes de automóveis e os particulares que têm gosto pelo seu carro e querem mantê-lo impecável. “Podemos afirmar que 50% dos nossos clientes são profissionais e os outros 50% são particulares”, assegura o responsável da Newcar. Neste momento já existem 14 centros Newcar, que até poderiam ser mais, pois

foi necessário “apostar imenso numa selecção e controlo muito rigoroso, para tentar manter os centros dentro da qualidade exigível, mesmo sabendo que em alguns deles ainda podemos melhorar bastante”. O objectivo da Hispanor é chegar aos 40 centros Newcar, mas devido à crise e à dificuldade em encontrar parceiros credíveis, tal situação só virá a acontecer num futuro a médio/longo prazo. Apesar da teórica concorrência do auto-

Requisitos para ser um Centro Newcar Para se ter um Centro Newcar existe um conjunto de requisitos e procedimentos a ter em conta, de modo a cumprir com os níveis de qualidade impostos pela Hispanor. Tratam-se de requisitos que passam pela dimensão das instalações, equipamentos necessários para a execução dos serviços, imagem dos centros, normas para procedimentos, entre outros, que a Hispanor facilmente poderá facultar a todos os interessados. Mas mais importante que isso, na opinião de Luís Oliveira é que “o dono, ou alguém da máxima confiança dele, tem que ser o responsável do centro. Não se trata de uma obrigatoriedade, mas como estamos a falar de um negócio pequeno mas rentável, é imprescindível que o nível de qualidade exigido tenha por trás uma pessoa com interesse na própria empresa”. Igualmente importante é que os centros Newcar estejam em zonas de grande potencial de negócio, tendo por base um estudo que a própria Hispanor já desenvolveu sobre esse assunto. “Não menos importante é que o interessado em colocar de pé um centro Newcar tenha que possuir uma forte aptidão comercial, pois a componente técnica e de serviço acaba por ser fornecida através de formação específica”, refere Luís Oliveira.

centros, especializados em mecânica, os centros Newcar nunca irão seguir esse caminho, como nos confidenciou Luís Oliveira: “O mercado dos autocentros começa a estar saturado, enquanto aquilo que os centros Newcar fazem é algo que ainda tem margem para crescer, apesar de ser muito difícil encontrar as pessoas certas para trabalhar neste negócio. Talvez por isso é que não existe tanta concorrência nesta área, pois não é fácil abrir centros

Hispanor Director-Comercial Luís Oliveira Morada Loteamento do Feital, Lote 12 - Frossos 4700-152 Braga Telefone 253 300 340 Fax 253 625 560 E.mail luis.oliveira@hispanor.pt Internet www.hispanor.pt www.newcar.pt


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EMPRESA Pedroso & Matias

Rentabilizar

a actividade oficinal Os produtos químicos para o automóvel são um negócio que está em crescendo junto do mercado oficinal. Atendendo a esta realidade, a Pedroso & Matias pretende relançar em Portugal a marca holandesa PM Petromark.

Rui Moreira, Director Comercial da Pedro & Matias, considera que “as oficinas terão que apostar cada vez mais neste tipo de produtos, por razões de rentabilidade da oficina”

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presença da Pedroso & Matias no recente Salão ExpoAuto, na Batalha, visava a divulgação dos seus produtos, nomeadamente junto do mercado retalhista e oficinal. Dispondo de uma gama de produtos fortemente vocacionados para o sector automóvel, esta empresa de Pêro Pinheiro, representa em Portugal a marca PM Petromark, de origem holandesa, que fabrica produtos para a manutenção automóvel. “Também temos alguns produtos orientados para o Car Care, contudo a nossa gama está mais vocacionada para a manutenção auto, isto é, são produtos que devem ser utilizados nas oficinas para limpeza e lubrificação de componentes mecânicos”, afirma Rui Moreira, Director Comercial da Pedroso & Matias. Contudo, a gama de produtos é ainda mais vasta, como nos adiantou o mesmo responsável: “Temos ainda aditivos para uso em máquinas que fazem a limpeza de sistemas de gasóleo e gasolina, outro tipo de aditivos para adicionar aos combustíveis, massas de lavar mãos, fluidos de travões, sprays de tinta para plástico e para jantes, produtos para limpeza de radiadores, entre muitos outros para as mais diversas aplicações. Podemos caracterizar estes produtos como consumíveis para oficina”. Para além da marca e dos produtos PM Petromark, existe ainda uma outra marca, igualmente do mesmo fabricante, que é a PM Xeramic. “São também produtos para consumo oficinal, embora tenham por base os tratamentos de motor e caixa de velocidades de base cerâmica”, afirma Rui Moreira, acrescentando que se trata “de um produto de topo com excelentes propriedades de lubrificação desenvolvidos à base de materiais cerâmicos, que são utilizados essencialmente na tecnologia espacial, mas que estão a ser cada vez mais usados nos automóveis”.

Face à concorrência que existe, a Pedroso & Matias, assume a diferença pela qualidade dos produtos que comercializa mas também “pelo facto de trabalharmos apenas este tipo de produtos, o que nos permite concentrar unicamente neste negócio e assim prestar um melhor serviço ao cliente”, esclarece Rui Moreira. Distribuição Tendo a responsabilidade de importar e representar em Portugal os produtos da PM Petromark, a Pedroso & Matias, assentou a sua estratégia de distribuição numa rede de retalhistas que se encarrega de distribuir os produtos pelos seus clientes que são as oficinas. “Neste momento temos 20 distribuidores espalhados por quase todo o país, mas é nossa intenção dar uma melhor cobertura em determinadas zonas”, refere este

responsável da empresa, adiantando que “estamos também a negociar junto dos auto-centros, que são igualmente potenciais clientes”. Para além da distribuição, a Pedroso & Matias, garante o acompanhamento dos seus clientes na aplicação deste tipo de produtos, “se for caso disso até nas próprias oficinas. Contudo, tem que haver sempre um aconselhamento técnico de qual o produto que deve ser usado para determinado tipo de situação. Essa formação é feita junto dos retalhistas que por sua vez a transmitem a quem utiliza os produtos”. Para Rui Moreira, a formação e acompanhamento técnico “é um aspecto crucial deste negócio, pois se um produto for mal aplicado, normalmente quem o utiliza acaba por dizer que o produto não tem qualidade, o que de facto não é verdade”.

Mercado O mercado de consumíveis oficinais, mesmo não existindo números concretos, tem vindo a crescer, sendo esta uma situação que Rui Moreira explica como “natural devido a questões ambientais. A utilização dos diluentes e do pincel para limpeza de diversos componentes mecânicos tem tendência a acabar, até porque a fiscalização é cada vez maior. No fundo os sprays permitem uma limpeza melhor, mais rápida e ambientalmente compatível”. Considerando que se trata de um negócio com futuro, Rui Moreira esclarece que “as oficinas terão que apostar cada vez mais neste tipo de produtos. Por um lado devido à própria evolução tecnológica dos automóveis, por outro, pelas já referidas questões ambientais e, por último, por razões que se prendem com a própria rentabilidade da oficina”.

Pedroso & Matias, Lda

Para além da marca PM Petromark, a Pedro & Matias comercializa a PM Xeramic, que são produtos para tratamento de motor e caixa de velocidades de base cerâmica

Sede: Rua de Covões, 20 2715-020 Pêro Pinheiro Director Comercial Rui Moreira Telefone: 219 673 222 Telemóvel 938 308 325 Fax: 219 673 224 E-mail: comercial@pedrosoematias.pt


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Pneubase

Centro de mobilidade

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Inaugurado no passado mês de Julho, em Vila Verde, Sintra, a Pneubase é o resultado de um projecto que levou três anos a ser concretizado. Nada foi deixado ao acaso, e embora o nome da empresa a identifique com uma oficina de pneus, o seu âmbito de actuação é muito mais abrangente, definindo-se como um Centro de Mobilidade.

Para os gerentes da Pneubase, Paulo Cristóvão e sua mulher Maria João “a filosofia do negócio assenta na necessidade de mobilidade das pessoas, por isso dotamos a empresa com todos os meios que permitem resolver os problemas de mobilidade dos clientes que nos visitam. Desde a montagem de pneus, à substituição do óleo de motor, passando pela montagem de travões, escovas limpavidros ou outros tipos de consumíveis, o automobilista que procura os nossos serviços tem a garantia de ver o seu problema de mobilidade resolvido”. Para Paulo Cristóvão “a venda tem de ser um momento memorável, por isso dispomos do melhor equipamento do mercado, de técnicos competentes e um atendimento personalizado, cujo objectivo é conseguir ultrapassar as expectativas do cliente”. Embora a Pneubase tenha sido concebida para dar assistência a todo o tipo de veículos, de momento só trabalha com ligeiros, 4x4, comerciais e motociclos. Esta opção deve-se à conjuntura negativa do mercado, que tem vindo a baixar a actividade dos veículos pesados na zona onde está inserida. No entanto, a actual carteira de clientes é bastante razoável, uma vez que a empresa teve a sua origem na casa de pneus AS Costa, fundada há mais de três décadas por António da Silva Costa, e cujos clientes transitaram naturalmente para a Pneubase. As instalações dispõem de uma ampla área de recepção, com acesso directo a

A Pneubase é um projecto a médio/longo prazo, por isso a sua aposta principal é na mobilidade das pessoas uma loja, onde o cliente, para além de poder escolher os pneus que vai montar no seu veículo, pode também adquirir vários acessórios para o carro ou peças de vestuário de marcas de prestígio ligadas ao mundo automóvel. Na decoração da oficina foi dada também grande importância às imagens publicitárias das várias marcas de pneus que comercializa, tendo associado a cada marca os principais valores que a identificam. Conta actualmente com catorze funcionários, que aliam uma grande experiência profissional no sector a cursos de formação nas marcas de pneus e na própria emprersa. O equipamento disponível é todo topo de gama, desde as máquinas de montar e desmontar pneus da Corghi, com tecnologia para dar assistência aos modernos pneus runflat, às máquinas de alinhar direcções da Hunter e elevadores Omer. “Apostámos em máquinas de topo de gama porque somos demasiado pobres para comprar barato”,

Dados da empresa

Produto Principais marcas de pneus comercializadas: Michelin, Bridgestone, Goodyear e Nokian Principais marcas de jantes comercializadas: Mille Miglia, TSW, O2 Tipo de serviços prestados: Pneus, alinhamento de direcção, equilibragem de rodas, mecânica rápida, motos, loja auto e boutique.

Fundador: António da Silva Costa Nome: Pneubase Morada: Rua da Aviação Portuguesa, 110 Vila Verde 2705-845 Terrugem SNT Telefone: 219.609.120 Fax: 219.609.129 E-mail: geral@pneubase.com Internet: www.pneubase.com Nome dos responsáveis: Maria João Cristóvão, Paulo Cristóvão, Dora Costa, António Costa e Capitolina Costa

Maria João e Paulo Cristóvão dois dos responsáveis da Pneubase, estão totalmente integrados neste novo negócio.

assim define Paulo Cristóvão esta sua opção pela qualidade. E comprova que o investimento em material topo de gama permite-lhe uma maior rentabilidade e eficácia, conseguindo com 10 funcionários fazer o trabalho de cerca de 20, com mais rapidez, rigor e eficácia. A aposta é também ganha a nível do impacto visual que o equipamento consegue ter junto do cliente, transmitindo-lhe os valores de qualidade, responsabilidade e eficiência que promove. Espera deste modo conseguir ter, dentro de pouco tempo, uma grande faixa de clientes com modelos topo de gama, para quem o custo do serviço é secundário, mas valorizam o atendimento personalizado, a tecnologia dos equipamentos e a competência dos técnicos. “Queremos ser uma empresa de referência na nossa zona e por isso estamos a apostar na qualidade do nosso serviço”, diz Paulo Cristóvão, para quem as exigências do negócio obrigaram a fazer uma PósGraduação na Universidade Católica em Gestão de Empresas e Gestão Oficinal. “Senti necessidade de ter essa formação, porque a actividade exige conhecimentos em várias áreas diferentes, mas complementares, como o marketing, a tecnologia e a gestão empresarial. Por outro lado o cliente é cada vez mais conhecedor do produto, e quem está à frente de uma empresa como esta tem de ter o máximo de conhecimentos para poder dialogar com o cliente. Esse é aliás o nosso principal trabalho, falar com os clientes, aconselhá-los e informálos sobre as novidades e as melhores opções para uma escolha acertada”. O sucesso desta empresa fica também a dever-se à excelente colaboração dos fornecedores, nomeadamente da Cometil, que na pessoa do seu administrador, Pedro de Jesus, acompanhou todos os passos da organização, disposição e montagem dos equipamento, facultando todo o apoio técnico necessário para o perfeito funcionamento dos mesmos. “Investimos também num conjunto de pormenores que identificam a nossa filosofia de trabalho, como a obra de arte de um conhecido escultor estrategicamente colocada à entrada do edifício, o Totem com a identificação da empresa, os espaços verdes que rodeiam as instalações, ou ainda a instalação de um fraldário, sendo provavelmente a única oficina em Portugal a dispor deste “equipamento”. É um marketing directo que tem como objectivo transmitir ao clientes os nossos valores. A nossa filosofia passa também pela dignificação do negócio de pneus, que entendemos não deve ser considerado um trabalho menos digno, antes pelo contrário, uma vez que estamos a lidar com um dos componentes automóvel que mais tem evoluído tecnologicamente”, concluiu Paulo Cristóvão.


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MECÂNICA PRÁTICA Conselhos práticos de verificação e montagem de amortecedores

Verificação e teste de amortecedores Em Portugal, estima-se que um em cada dois automóveis em circulação, possui amortecedores excessivamente usados ou danificados. A verificação do estado dos amortecedores pelos mecânicos é um serviço útil para o automobilista, já que se trata de um importante componente de segurança, e proveitoso para a oficina, pois abre novas perspectivas de negócio.

FIXAÇÕES E CASQUILHOS Estes elementos não devem estar partidos nem enfraquecidos por excessivo desgaste ou por corrosão. Os casquilhos, por sua vez, não devem estar deformados ou gretados, pois provocam ruídos de suspensão ao acelerar, travar na transposição de obstáculos. Quando os casquilhos apresentam anomalias o amortecedor deve ser substituído.

BATENTES E GUARDA PÓS Os batentes de compressão e extensão destinam-se a limitar o curso da suspensão, ao passo que os guarda-pós protegem a haste do amortecedor e o respectivo retentor. Se os batentes estiverem partidos ou gretados a mola está fraca e pode ser necessária a substituição de todo o montante da suspensão. Se houver zonas do chassis acima do batente polidas e sem tinta o amortecedor está gasto ou a mola enfraquecida, ou

ambas as coisas. COMPONENTES DE MONTAGEM SUPERIOR Com o veículo no elevador é possível detectar se a montagem superior tem um movimento vertical excessivo. Par verificar a folga lateral, movimenta-se a mola para dentro e para fora, utilizando as mãos. Se houver folga excessiva ou ruídos, pode ser necessário substituir os elementos de montagem superiores, a fim de garantir o normal funcionamento do

amortecedor. FUGAS, DEFORMAÇÕES E VEIOS USADOS Com a fuga de óleo, o amortecedor perde a sua capacidade de amortecimento. Se existirem mossas ou deformações no corpo do amortecedor, o movimento do êmbolo é contrariado durante o seu curso, alterando negativamente as características do amortecimento. O veio ou haste, por seu turno, não deve apresentar sinais de corrosão, riscos ou picadelas, pois isso deteriora o retentor, provocando a perda de óleo. Em qualquer destas situações o amor-

tecedor deve ser substituído. DESGASTE IRREGULAR DE PNEUS Devido à sua elasticidade, os pneus reflectem o comportamento dos amortecedores. Quando estes estão muito usados, os pneus começam apresen-

tar um desgaste irregular, o que pode ser comprovado ao girar a roda no sentido contrário ao da deslocação do veículo, passando a mão sobre a banda de rolamento do pneu. Nesta situação, as condições de aderência tornamse muito precárias, aumentando

o risco de acidentes. OUTROS COMPONENTES COM IMPACTO NA SUSPENSÃO Os casquilhos e as rótulas dos braços de suspensão, assim como da direcção, ajudam a suspensão a cumprir o seu papel, quando estão em boas condições. Quando o seu desgaste é excessivo, assim como do cubo da roda ou das juntas da transmissão, os amortecedores são mais solicitados e perdem a capacidade óptima de amortecimento. Rótulas e casquilhos ressequidos e gretados devem ser substituídos. Por outro lado, com o carro no elevador (assente no chassis) solicite manualmente todos os elementos da suspensão e direcção, para comprovar a existência de folgas excessivas. Se for esse o caso, é necessário substituir a

peça que origina a anomalia. TESTE NA ESTRADA Durante a prova de estrada é aconselhável usar o cinto de segurança, não apenas por razões legais e de segurança, mas igualmente porque dá ao condutor uma maior sensibilidade das reacções do veículo. Sendo o papel principal do amortecedor a estabilização dos movimentos da suspensão, se verificar durante o teste de estrada que o carro assenta de traseira ao arrancar e afocinha ao travar, para além de se inclinar demasiado nas curvas fechadas, é porque os amortecedores estão gastos e perderam a sua acção. Outros sintomas dessa anomalia são as oscilações verticais e laterais da carroçaria excessivas, o que torna a condução aleatória e

arriscada. TESTE DE RECUPERAÇÃO Embora não pareça muito científico, este teste dá indicações seguras sobre o estado dos amorte-

cedores. Com o carro parado, comprime-se manualmente a carroçaria para baixo, soltando-a rapidamente em seguida. A recuperação da suspensão até à sua posição normal deve ser progressiva e não pode dar origem a novas oscilações. Se as oscilações da carroçaria forem excessivas, os amortecedores estão já fora de uso, pondo em risco a condução. Durante este teste, é preciso ter em conta que há vários elementos da suspensão que contribuem para a estabilização dos movimentos da carroçaria, como é o caso das barras estabilizadoras e todas as uniões flexíveis (rótulas, casquilhos, “ silent blocks “, etc.). Para além dos amortecedores, pode haver outros componentes a precisar

de revisão. PROVAS NO BANCO DE SUSPENSÃO Os bancos de teste para suspensões permitem verificar assimetrias entre as rodas do mesmo eixo e a eficácia da suspensão, medindo a aderência de cada roda, através da força dinâmica de sustentação mínima. Estes equipamentos, amplamente usados no sector de reparação e na inspecção de veículos, fornecem indica-


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MECÂNICA PRÁTICA ções muito detalhadas e precisas sobre o comportamento dinâmico dos trens rolantes do veículo ensaiado, mas é necessário seguir as instruções do fabricante, para evitar que os resultados do teste sejam afectados pelas suas deficientes condições de realização. Os valores da pressão dos pneus, a posição da roda na plataforma (ao centro), o accionamento do travão de mão e o incumprimento de outras recomendações pertinentes podem distorcer consideravelmente os resultados do teste. Convém entretanto notar que a avaliação completa do funcionamento de um amortecedor só é possível num banco de testes dinamométrico, capaz de medir as forças de compressão e extensão do componente em causa. Este tipo de bancos é usado pelos fabricantes de amortecedores no controlo de produção e no desenvolvimento de novos produtos. Nos bancos de ensaio de plataformas vibratórias, o princípio de funcionamento assenta no peso estático de cada roda (100%), que varia de acordo com a frequência de vibrações aplicadas às rodas (entre 3 e 18 Hz). A equação que permite avaliar o rendimento percentual de cada roda é: Peso Dinâmico Mínimo/Peso Estático X 100. Valores superiores a 40% de rendimento são considerados geralmente aceitáveis, mas é necessário examinar individualmente todos e cada um dos elementos da suspensão (molas, casquilhos, rótulas e amortecedores). Se a assimetria entre as rodas do mesmo eixo for superior a 20% é imperativo fazer uma revisão completa a toda a suspensão. Mesmo nos casos em que a aderência está em bom nível (rendimento superior a 60%), é conveniente efectuar a verificação visual dos amortecedores, a fim de detectar fugas ou deformações que possam comprometer o rendimento do amortecedor a curto prazo. Além disso, há certos veículos que possuem de origem uma suspensão demasiado elástica, que não permite efectuar uma avaliação com o banco de plataformas vibratórias. Nesses casos, é necessário recorrer aos procedimentos descritos no capítulo inicial deste trabalho. ELEMENTOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO A quilometragem e a idade do veículo são indicadores indirectos da condição dos amortecedores. Muitos condutores pensam que os amortecedores não são consumíveis, mas a realidade é que a sua vida média ronda os 60 mil km, dependendo das condições de utilização da viatura em que estão montados e da qualidade do equipamento original. As regras de uma boa manutenção aconselham uma verificação aos amortecedores todos os anos ou a cada 20 mil km. Por outro lado, durante a entrevista ao cliente, as queixas do condutor sobre o comportamento da viatura que conduz podem fornecer indicações importantes sobre o estado dos amortecedores. São perguntas

incontornáveis as seguintes: - Há quanto tempo (km) mandou verificar ou substitui os amortecedores? - O carro afocinha ao travar? - É difícil controlar o carro nas curvas? - Ao circular de noite o feixe luminoso dos faróis oscila? - Teve que trocar os pneus por desgaste irregular? APERFEIÇOAR A ESTRATÉGIA COMERCIAL Está demonstrado que cerca de 80% das operações de substituição de amortecedores resultam de veículos que foram à oficina para outro tipo qualquer de manutenção ou reparação. Sendo assim, deve ser norma da oficina efectuar uma avaliação primária do estado dos amortecedores de todas as viaturas que chegam às suas instalações, mesmo que seja apenas para mudar um filtro ou o óleo, por exemplo. Mesmo que os amortecedores não estejam completamente degradados, pode haver outros componentes da suspensão a necessitar de revisão ou substituição, o que representa novas oportunidades de negócio. Por outro lado, é alarmante a ignorância dos condutores sobre as consequências e os riscos decorrentes do mau estado dos amortecedores. Nunca perca a oportunidade de esclarecer os clientes da sua oficina acerca de factos como estes, comprovados por instituições idóneas e independentes (TUV, por exemplo): - A 80 km/h a distância de travagem aumenta 2,6 metros, se os amortecedores tiverem deficiências. - Com amortecedores a 50% da sua capacidade original o controlo do veículo em curva torna-se problemático a partir de 57 km/h, aumentando o risco de aquaplaning em mais 10-15%. - O risco de encandeamento dos condutores que circulam em sentido contrário é real se os amortecedores estiverem gastos e os faróis oscilarem demasiadamente. - Os amortecedores inoperacionais provocam o desgaste prematuro dos pneus, elementos da suspensão e muitos outros componentes do veículo. Fonte: Monroe

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01 - Para seleccionar o amortecedor indicado para uma determinada viatura é necessários saber a sua marca, modelo e ano de fabrico, bem como o tipo de motor e potência. O tipo de suspensão (molas helicoidais, barras de torção, semi elípticas, eixo rígido ou suspensão independente, suspensão pneumática, etc.), bem como as dimensões da jante, são outros elementos necessários para efectuar a busca nos catálogos de produtos actualmente disponíveis. Antes de efectuar a montagem é importante verificar se a referência existente na embalagem do produto coincide com o número recomendado pelo catálogo. 02 - As ferramentas pneumáticas apenas devem ser usadas para desmontar os amortecedores avariados. Na montagem de amortecedores a utilização de ferramentas pneumáticas é desaconselhada, pois o excesso de aperto pode facilmente deteriorar roscas e partir porcas e parafusos, o que irá prejudicar o correcto funcionamento do amortecedor.

03 - Utilizar apenas ferramentas adequadas e em bom estado de conservação. O veio polido do amortecedor não deve sofrer impactos nem ser manipulado por ferramentas que possam deixar marcas no metal. As irregularidades do metal do veio ocasionam o desgaste prematuro do retentor da haste, o que dá origem a fugas

de óleo, a causa mais frequente para a avaria de amortecedores.

04 - Antes de montar amortecedores de cartucho, é conveniente despejar algum óleo na coluna da suspensão, pois isso permitirá a dissipação mais rápida do calor do amortecedor, para além de inibir a corrosão e eliminar ruídos. 05 - Para activar o amortecedor novo é necessário comprimi-lo várias vezes antes da sua instalação, tendo a precaução de efectuar essa operação com o amortecedor na mesma posição em que será montado no veículo.

06 - Apertar a fixação superior do amortecedor apenas quando o carro estiver com as rodas assentes. Isto permite que a suspensão fique na sua posição estática normal, o que evita que a borracha dos casquilhos sofra um aperto excessivo. 07 - Sempre que haja instruções de montagem com binário de aperto para porcas e parafusos, deve ser utilizada uma chave dinamométrica. Aperto excessivo pode deteriorar as peças originais, o que provoca a avaria prematura do amortecedor. 08 - A direcção deve ser alinhada após a substituição de amortecedores, verificando-se os ângulos de convergência, avanço e queda.

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CONHECER O Catalisador ( I Parte )

O que deve saber sobre o catalisador Contrariamente ao que as pessoas pensam, o catalisador não é um tipo qualquer de filtro que se enche de fuligem. É, na realidade, um dispositivo que transforma elementos nocivos noutros elementos inofensivos para o ambiente, sem tomar parte nas reacções que operam essa transformação. ESTRUTURA DO CATALISADOR O catalisador é o mais eficiente dispositivo de eliminação da poluição provocada pelos motores, sendo os seus elementos constituintes a seguir descritos:

Catalisador de 3 vias - Panela de aço inoxidável, para permitir aumentar a vida útil do sistema e suportar as altas temperaturas de funcionamento. Cones de entrada e saída

- Cones de entrada e saída desenhados para distribuir uniformemente o gases de escape por toda a superfície do monólito, reduzindo a pressão de retorno ao mínimo. - Orifício roscado na parte anterior/superior, para permitir a fácil montagem da sonda Lambda. - Uma cobertura isoladora protege o monólito das vibrações e calor excessivo. Panela Inox

- Escudos térmicos são colocados em baixo e/ou em cima do catalisador para proteger o chassis e o exterior das altas temperaturas. COMO FUNCIONA UM CATALISADOR Ao passar nos canais do monólito, os gases de escape entram em contacto com os elementos catalisadores e são quimicamente transformados em substâncias inofensivas para o ambiente. Este processo realiza-se a alta temperatura. Para conseguir processar o caudal contínuo de gases que saem do motor, o monólito tem uma superfície total equivalente a um campo de futebol (1 ha), recober-

Catalisadores Película

ta com a referida película activa de materiais raros. Uma tão grande área contida num pequeno volume é possível graças aos inúmeros pequenos canais que constituem o interior do monólito. Adicionalmente a este facto, a superfície dos canais é constituída por minúsculas protuberâncias, o que aumenta ainda mais a área em que estão distribuídos os metais catalisadores.

Diagrama de um monólito Panela Inox Isolador Monólito cerâmico

Monólito - O monólito é o verdadeiro cerne do catalisador, no qual as emissões poluentes são transformadas. Tem uma estrutura do tipo favo de mel, na qual cada conduta está recoberta por uma fina camada de materiais activos, contendo metais preciosos (platina, ródio e paládio). São estes metais que propiciam as alterações químicas que modificam os gases de escape.

Camada activa Catalisadores: Paládio e ródio Monólito

Protuberâncias

Cerâmica Corte (zoom) da película superficial do monólito

CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO ÓPTIMAS

TEMPERATURA Para que ocorram as reacções químicas que alteram a composição dos gases de escape, é necessário que o catalisador esteja a uma temperatura mínima de 300º C. Este período de pré-aquecimento, que se pretende tão curto quanto possível, oscila entre 30 segundos e 5 minutos, dependendo do estado de uso do catalisador. A resposta da tecnologia a esta questão está a conduzir ao fabrico de catalisadores com monólito metálico e/ou integrados no colector de escape.

MISTURA COMBUSTÍVEL/AR Para que o catalisador funcione correctamente, a mistura ar/combustível deve manter-se permanentemente dentro de valores optimizados. Isto torna-se possível nos modernos motores de gestão electrónica, graças à sonda Lambda e à cuidada programação da unidade de processamento electrónica (ECU).


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CONHECER Processador central (ECU)

Sensor Lambda

Sistema de alimentação Catalisador de 3 vias (CO, HC, NOx) Diagrama do circuito de controlo da alimentação

Se a mistura for pobre, o sensor envia à unidade central de controlo do motor um sinal de 0,3 volt, o que permite ao sistema de gestão enriquecer ligeiramente a mistura ar/combustível. Quando esse sinal oscila entre 0,7 e 1 volt, a mistura está demasiado rica e o processador empobrece automaticamente a mistura, mantendo-a dentro dos padrões estequiométricos optimizados. A sonda Lambda é caracterizada pela sua alta condutividade e velocidade de reacção. Mesmo assim, o seu maior defeito é possuir um tempo de resposta demasiado… lento. TIPOS DE CATALISADORES Há apenas dois tipos de catalisadores: de duas vias e de três vias.

CATALISADORES DE 3 VIAS Três gases são modificados por estes catalisadores, que se aplicam exclusivamente a veículos com motores a gasolina. O monólito contém três metais catalisadores (platina, ródio e paládio), verificando-se duas reacções químicas diferentes: oxidação e redução. Como estes catalisadores são mais sensíveis às variações da mistura ar/combustível, apenas são aplicados em motores dotados com injecção electrónica de gasolina.

O PRINCÍPIO DA CONVERSÃO CATALÍTICA DA GASOLINA A sonda Lambda mede constantemente o nível de oxigénio existente nos gases de escape e passa essa informação à unidade central de processamento (ECU), em tempo real. De acordo com os parâmetros pré programados que possui em memória, o processador central ajusta permanentemente a mistura ar/gasolina, de modo a mantê-la o mais próximo possível do valor estequiométrico (14,7 gramas de ar para 1 de gasolina). O valor Lambda é neste caso igual a 1, sendo a mistura pobre para valores Lambda inferiores a 1 e rica para valores superiores a 1.

Valor Lambda

Níveis de conversão CO, HC, Nox)

CATALISADOR DE 2 VIAS Esta designação significa que dois gases poluentes são tratados por este tipo de catalisador, através de um único processo químico: oxidação (adição de moléculas de oxigénio). Este tipo de catalisador é apenas usados em motores diesel. Os óxidos de Azoto não são transformados, devido à presença de um único metal catalisador no monólito: platina.

útil, embora possa revelar-se bastante frágil em condições adversas. Algumas das principais causas para a sua precoce deterioração serão descritas em seguida:

FRACTURAS INTERNAS Vibrações excessivas, pancadas ou mesmo impactos resultantes de colisões podem provocar a fractura total do monólito, o que será facilmente reconhecido pelo ruído do tipo sopro e pelas vibrações no interior da panela catalítica.

Catalisador saturado FREQUENTES DESLOCAÇÕES CURTAS Quando o motor é posto em marcha, a mistura é mais rica, o que provoca um fluxo significativo de gases incompletamente queimados que passam pelo catalisador. Os altos teores de CO e HC nos gases de escape saturam e atacam a película activa do monólito. Este inconveniente poderá ser evitado se o veículo realizar um percurso de (pelo menos) 30 minutos, semanalmente.

Monólito fundido Eficiência (%)

SENSOR LAMBDA A sonda Lambda está colocada no tubo de escape, à entrada do catalisador, tendo um contacto permanente com o fluxo de gases de escape. A sua função é proteger o catalisador, permitindo optimizar a combustão e estabilizar a temperatura de funcionamento do monólito. Este sensor utiliza os iões do oxigénio presente nos gases de escape para gerar um pequeno impulso eléctrico (até 1 volt).

O NÍVEL DE CONVERSÃO O nível de conversão revela o grau de eficiência do catalisador, geralmente 90% dos gases poluentes tratados. O gráfico mostra que a variação do factor Lambda permitida é de apenas 3 milésimos. Se a mistura for rica o catalisador fica saturado com CO e HC, sucedendo o mesmo com NOx, se a mistura for pobre.

AVARIAS DO CATALISADOR O catalisador é um componente de tecnologia muito complexa e avançada, podendo exceder mais de 100 mil km de vida

Monólito partido

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FALHAS DE IGNIÇÃO Nestas circunstâncias, a gasolina é projectada directamente para o interior do catalisador a 400º C, o que incendeia e funde imediatamente a cerâmica do monólito. Isto pode ser facilmente evitado se o veículo tiver uma manutenção cuidada, segundo as especificações do construtor.

CORTE ELECTRÓNICO DE IGNIÇÃO Por avaria do imobilizador ou por excesso rotação do motor, o sistema electrónico de gestão do motor corta a ignição. Esta situação origina a entrada de combustível no catalisador, gerando-se uma forte explosão ao repor o motor em marcha. A alta temperatura desenvolvida pela detonação destrói o monólito. FALTA DE COMBUSTÍVEL Quando falta o combustível, a entrada de ar fresco no catalisador faz subir rapidamente a temperatura, devido ao elevado teor de oxigénio presente, inutilizando o catalisador. É, pois, desaconselhável rodar muito tempo na reserva ou com o indicador do nível de combustível avariado, bem como “ usar “ a zona vermelha do conta rotações.

Contaminação por óleo queimado CONTAMINAÇÃO POR ÓLEO QUEIMADO O óleo queimado contém alto teor de HC, reduzindo a vida útil do catalisador por saturação. Não é recomendável exceder o nível máximo de enchimento do cárter, embora possam ocorrer fugas internas de óleo no motor, independentemente desse facto.

DESGASTE NATURAL O catalisador não se corrompe como um filtro, por exemplo, mas a experiência demonstra que as suas condições de utilização nem sempre são as ideais. Avarias da sonda Lambda, óleo queimado, combustíveis impróprios, falhas de ignição e deficiências de filtragem (ar e combustível) são algumas das causas frequentes que contribuem para o decréscimo da eficiência do catalisador. Quando os níveis de CO e HC sobem nos gases de escape residuais é geralmente indicação de que o catalisador está a caminhar para a saturação, devendo ser substituído, pois as reacções químicas desejáveis já não podem desenvolver-se convenientemente.

CATALISADOR PARA MOTORES DIESEL Os primeiros catalisadores para motores diesel apareceram em 1997. Embora os catalisadores usados nos veículos diesel sejam em tudo semelhantes a todos os outros, as suas condições de funcionamento são muito diferentes. Na realidade, os motores diesel trabalham com misturas acentuadamente pobres (22:1), mais ainda no caso dos modernos motores de injecção directa de gasóleo. Nestas condições, a combustão não gera grandes quantidades Corte de um catalisadorde CO ou HC, mas provoca uma emissão de partículas 20 vezes superior aos motores a gasolina e 3 vezes mais óxidos de Azoto (NOx). Como nestes catalisadores só ocorre um processo químico (oxidação), não se verifica a redução dos NOx. Nos motores diesel a eliminação dos NOx é conseguida com a recirculação dos gases de escape (EGR). Para eliminar a emissão do fumo negro dos motores diesel são utilizados os filtros de partículas. Na realidade, estes dispositivos não filtram as partículas de carbono resultantes da combustão do gasóleo, mas provocam a sua pós combustão, resultando apenas cinzas, que são eliminadas junto com os gases residuais de escape. Por essa razão, as últimas gerações de motores diesel são tão limpas como os melhores motores a gasolina.

CONTAMINAÇÃO POR CHUMBO A presença de chumbo na gasolina ou nos seus aditivos cobre os materiais activos do monólito como uma fina película isoladora, a qual impede a ocorrência das reacções químicas necessárias. ( Continua na edição Janeiro 2006 )


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TÉCNICA Suspensões pneumáticas de pesados

Os foles de suspensão pneumática A

(I PARTE)

Nas próximas três edições do Jornal das Oficinas iremos dar a conhecer aos técnicos e outros profissionais de diversas actividades ligadas aos veículos pesados, a constituição e funcionamento dos foles de suspensão pneumática, um componente fundamental para o segurança e conforto dos camionistas.

ntes de entrar propriamente na tecnologia dos foles de suspensão, talvez seja conveniente definir melhor alguns conceitos, que muitas vezes aparecem confundidos (suspensão, mola e amortecedor). A mola e o amortecedor são uma parte importante da suspensão, mas não são a suspensão em si. Esta, compreende todos os componentes que estabelecem o contacto entre o chassis e a via, começando pela roda e respectivo pneu, eixos, tirantes, barras estabilizadoras, molas, amortecedores, uniões elásticas, etc. A principal função da suspensão é transmitir as forças dinâmicas do chassis para o solo e deste para o chassis, de forma a manter a estabilidade do veículo, assegurando o conforto e a segurança de ocupantes e mercadorias. No entanto, cada componente da suspensão tem uma função específica. Ao pneu, por exemplo, compete a função de absorver as irregularidades mais pequenas do terreno onde circula a viatura, ao mesmo tempo que assegura o contacto com o chão. Para absorver as irregularidades mais pronunciadas (covas, ondulações, saliências, etc.), são chamadas a intervir as molas (impulsores ou elementos elásticos) (fig. 1), cujas características permitem às rodas aproximarem-se ou afastarem-se do chassis, para que este se mantenha estabilizado. No entanto, as molas não poderiam evitar que as rodas perdessem o contacto com a via, devido à inércia dos movimentos da suspensão, nem que a viatura se desequilibrasse, devido à transferência de massas (curvas, travagens, acelerações, etc.). Para obstar a esse grave inconveniente existem os amortecedores, cuja missão é a de amortecer, ou seja, travar os movimentos demasiado rápidos das molas (fig. 2). Como, porém, os amortecedores retardam, mas não evitam a inclinação da carroçaria, nas várias situações de condução, existem as barras estabilizadoras, cuja função é manter as rodas do mesmo eixo e entre os dois eixos ao mesmo nível. Em veículos mais sofisticados os próprios amortecedores e as barras estabilizadoras têm dispositivos “activos“, que intervêm para compensar as situações em que as suspensões “normais“ já não conseguem resolver.

Fig. 1 - Elemento elástico (mola helicoidal) a) Sem carga b) Uma mola forte deforma-se pouco sob carga c) Uma mola fraca comprime-se excessivamente d) Retirando a carga, a mola regressa à posição inicial ou de descanso.

consistência estrutural suficiente para manter a ligação estável das rodas ao chassis, por si próprios.

Fig. 2 - Uma carga sobre a mola produz oscilações. Juntando um amortecedor à mola a oscilação vai diminuindo, até ser eliminada.

Evolução das molas Embora existam algumas excepções, a maioria das viaturas ligeiras utiliza molas helicoidais ou barras de torção, devido à sua leveza relativa e ao pouco espaço que ocupam no chassis. Nos veículos comerciais ligeiros e médios também é frequente aparecerem molas de lâmina metálica única ou de várias lâminas (semi elípticas). Nos veículos industriais, no entanto, devido às maiores tonelagens transportadas, a regra são as molas de lâminas ou os foles pneumáticos. As molas de lâminas, mesmo assim, têm vindo a perder terreno nos transportes rodoviários, devido a dois inconvenientes graves: peso de construção e falta de adaptabilidade às condições de carga do veículo. No primeiro caso, as molas retiram ao veículo capacidade de carga, para não falar no espaço que ocupam, também considerável. No segundo caso, uma suspensão demasiado forte, para suportar grandes tonelagens, torna-se excessivamente dura quando a viatura viaja em vazio, comprometendo o conforto e a segurança. Se, pelo contrário, a suspensão é flexível e confortável, em vazio ou média carga, as rodas afundam-se no chassis quando se chega ao ponto da carga máxima admitida, ficando novamente comprometidos o conforto e a segurança. Os foles ou impulsores pneumáticos, que foram desenvolvidos em meados do séc.

Fig. 3 – Como a superfície do êmbolo da seringa é constante (S), a força (F) a exercer no êmbolo aumenta na proporção da pressão no interior da seringa (P).

Fig. 4 - Como a superfície interior do fole não é estável, recorre-se ao conceito da Superfície Eficaz (SE), que pode ser comparável a uma “ superfície média “. Para obter a força (F) exercida pelo fole, basta multiplicar a pressão interna (P), pela área interna do fole (SE). XX, vierem trazer inúmeras vantagens aos transportes rodoviários, assegurando um compromisso notável entre o conforto e a estabilidade, menor peso de construção (mais carga e menor consumo de combustível e material de fricção), menor espaço ocupado no chassis e relativa facilidade de manutenção. Adicionalmente, os foles pneumáticos permitem regular o nível da suspensão, o que oferece várias vantagens em diferentes situações. O único senão desta técnica de suspensão é a necessidade da suspensão possuir tirantes e braços de suspensão, uma vez que os foles não possuem

Princípio de funcionamento do fole A melhor e mais simples maneira de compreendermos como funciona um impulsor pneumático, vulgarmente conhecido por fole, é pegar numa seringa comum e tapar-lhe a extremidade de saída. Ao comprimir o respectivo êmbolo, verificamos que o ar existente no interior da seringa vai oferecendo uma resistência progressivamente maior, na proporção inversa do volume de ar. Essa força que o ar comprimido exerce no êmbolo, a que daremos o nome de F, pode atingir uma magnitude tal que projecta o êmbolo para fora da seringa, se o soltarmos rapidamente. Por outro lado, se utilizarmos uma seringa de diâmetro maior para fazer a mesma experiência, verificamos que a resistência à compressão do ar é maior, o que nos leva a concluir que a força (F), que impulsiona o êmbolo é também função da área de contacto do êmbolo com o ar comprimido. Concluindo (fig. 3): a força F exercida pelo ar comprimido dentro da seringa é proporcional à pressão interna P e à superfície do êmbolo S, ou seja, F = P x S. No caso dos foles pneumáticos, o princípio de funcionamento é idêntico ao de uma seringa, embora mais complexo, pois é necessário introduzir mais variáveis na equação. O facto é que a seringa tem uma forma regular e invariável, enquanto que o fole se deforma e apresenta uma infinidade de secções com superfícies diferentes, sobre as quais se exerce a pressão do ar. O problema pode ser resolvido pela noção de superfície eficaz (SE), isto é, a área aproximada de todas as superfícies internas do fole (fig. 4). Conhecendo a área SE, é fácil calcular a força F, através da fórmula: F = P x SE. Resumindo, os princípios gerais de funcionamento de um fole pneumático são os seguintes: 1 - A força de impulsão (F) varia na razão directa da pressão do ar (P); 2 - Para uma pressão (P) constante, a força (F) varia na razão directa da área interna do fole (SE); 3 - Para suportar uma força superior (F) o fole deforma-se, aumentando a área interior (SE), mantendo-se a pressão do ar (P) inalterada.

Tecnologias do fole de suspensão O desenvolvimento de soluções técnicas para diversas utilizações levou ao fabrico de foles de tipos diferentes. Existem foles sem êmbolos, com êmbolos cilíndricos, com êmbolos em forma de cone positivo (base para baixo) e êmbolos em forma de cone negativo (com a base para cima). A forma dos êmbolos, colocados na base do fole, visa obter resultados diferentes. No caso do êmbolo cilíndrico (fig. 5a), a área interna do fole (SE) permanece praticamente inalterada, sendo o aumento da força de impulsão (F) compensado pela subida


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TÉCNICA

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c Fig. 5 – Tipos de êmbolos de foles: a) Cilíndrico b) Cónico positivo c) Cónico negativo

Fig. 6 – Comprimindo o fole com um êmbolo cilíndrico, aumenta a pressão interna (P), a superfície interna (SE) e a força (F).

Fig. 9 - O tipo de fole Snap On é constituído por um único componente de borracha.

Fig. 10 – O rebordo interno Fig. 11 - Fole do tipo Completo, em posição Fig. 12 – Fole do tipo Completo reforçado facilita o encaixe do em posição fechada. aberta. fole e garante a estanquecidade.

da pressão do ar (P) (fig. 6). Quando o êmbolo tem a forma cónica positiva (fig. 5b), a pressão interna (P) e a superfície eficaz (SE) aumentam simultaneamente, quando o fole se deforma, fazendo com que a força (F) aumente mais rapidamente (melhor resposta a variações de carga) (fig. 7). Se o êmbolo for de forma cónica negativa (fig. 5c), ao deformar-se a superfície interna diminui, enquanto que a pressão interna aumenta (P), pelo que a força de impulsão (F) se mantém mais ou menos constante (solução apropriada para reboques) (fig. 8).

Fig. 13 – Fole do tipo Convolute Bellows, de uma só barriga, com tampa fixada pelo processo Crimped.

Para lá destas diferenças, os foles pneumáticos podem apresentar-se em vários formatos e com características distintas. O tipo mais corrente de fole é chamado “ Snap on“ (literalmente: abocanhado), que se instala entre dois dispositivos fixados ao chassis, um deles, e à suspensão, o outro. A estrutura deste fole é uma simples manga ou tubo de borracha, reforçada a telas especiais (fig. 9). Em cada extremidade o fole possui um anel metálico, que se destina a reforçar o bordo de contacto com as peças de apoio, o ponto de ruptura mais óbvio (fig. 10). Como é de calcular, este tipo de fole ocupa muito pouco espaço e é facilmente substituído ou reparado, sendo de acesso muito simples. A utilização mais usual destes foles é nos autocarros de todos os tipos. No entanto, o tipo de fole mais difundido é o chamado “Rolling Lobe“ (literalmente:

Fig. 7 – Se o fole for comprimido por um êmbolo de forma cónica positiva, todos os valores (P e SE) aumentam, pelo que a força (F) também aumenta, mas mais rapidamente do que no caso do êmbolo cilíndrico.

Fig. 8 – Ao comprimir o fole com um êmbolo cónico negativo a pressão interna (P) aumenta, mas a área interna (SE) diminui, pelo que a força (F) permanece relativamente estável.

Fig. 14 – Fole de duas barrigas.

Fig. 16 – O anel pressiona a borracha de encontro à tampa do fole.

Fig. 15 – Fole de três barrigas.

Fig. 17 – O rebordo de borracha do fole não pode soltar-se porque se encontra comprimido pelos parafusos apertados.

rebordo enrolado), sendo também conhecido por fole “Completo“, uma vez que se trata de um conjunto autónomo, que pode ser fixado ao chassis, por um lado, e à suspensão, por outro (fig. 11 e 12). Para além da manga de borracha mais ou menos cilíndrica, este fole possui uma tampa superior metálica, solidamente cravada à borracha, na qual existem pernos ou orifícios roscados, bem como a entrada para o ar comprimido, para poder ser fixada ao chassis da viatura. Este fole apoia-se na parte inferior num êmbolo de forma cilíndrica ou cónica (negativa ou positiva), o qual pode ser fabricado em aço, alumínio ou em material compósito. Este êmbolo, por sua vez, está fixado à suspensão do veículo. Um pouco diferente dos tipos de foles já referidos, existe ainda o fole chamado “Convolute Bellows“, ou de barrigas, cuja configuração é a que mais se assemelha a um verdadeiro fole, com vários anéis de borracha sobrepostos (um, dois ou três). A maior vantagem destes foles é permitir elevadas forças de impulsão, com dimensões de fole reduzidas, uma vez que a sua dilatação se produz lateralmente ao ser comprimido (fig. 13, 14 e 15). Dentro deste último tipo de foles, existem ainda três formas diferentes de fixação do fole à respectiva tampa superior: 1 - No sistema designado por “crimping “ (encurvar), a tampa é enrolada sobre o rebordo superior do fole, por intermédio de uma máquina específica (fig. 13, 14 e 15). 2 - Outro sistema de fixação é designado por “swaging o sleeves“, o qual consiste num anel metálico exterior, que comprime o rebordo do fole contra o borde encurvado para dentro da tampa superior (fig. 16). 3 - O terceiro sistema de fixação chama-se “bolting“ (aparafusar), no qual o rebordo do fole é apertado, por uma ou várias peças de formato adaptado ao fole, contra a tampa superior deste, plana. O aperto é efectuado por intermédio de parafusos ou pernos (fig. 17). PUB

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Tecnica - Valvulas:Tecnica - Valvulas

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MECÂNICA PRÁTICA Causas de avarias das válvulas

Danos mais frequentes em válvulas e as suas causas

As válvulas estão projectadas para realizarem centenas de milhares de quilómetros sem se avariarem, graças aos constantes progressos dos materiais, engenharia e técnicas de produção. Apesar disso, erros de montagem ou falta de manutenção nos períodos requeridos conduzem à inutilização de peças, que de outro modo poderiam durar muito mais. Em seguida, serão descritos alguns dos danos mais frequentes em válvulas e as suas causas mais prováveis. INSTALAÇÃO / ERROS DE RECTIFICAÇÃO Folga de válvulas incorrecta

Causa: Afinação da folga muito justa ou intervalos de manutenção demasiado longos.

Consequência: A válvula deixa de fechar correctamente e os gases de combustão passam entre a sede e a válvula, queimando a cabeça desta, na zona em que assenta na respectiva sede.

Montagem incorrecta da mola de válvula Causa: Devido à posição incorrecta da mola (torcida), esta exerce um impulso lateral na haste da válvula. Consequência: A oscilação da haste da válvula durante o funcionamento do motor parte a extremidade do pé da válvula e arruína a guia de válvula.

Montagem incorrecta de impulsores hidráulicos Causa: Depois da instalação dos impulsores (tacos) não foi respeitado o período de imobilização do motor (mínimo de 30 minutos), o que impediu a eliminação total do excesso de óleo da câmara de serviço dos impulsores. Consequência: O impulsor não compensa a folga do pé da válvula e a cabeça desta bate no êmbolo, torcendo-se ou partindo-se.

INSTALAÇÃO DE PEÇAS USADAS Montagem de casquilhos usados Causa: Foram usados casquilhos do pé da válvula em mau estado, durante a substituição das válvulas. Consequência: A mola de retenção do casquilho fica com folga durante o funcionamento do motor, danificando a extremidade da válvula e produzindo vibrações. No limite, o motor pode funcionar mal e até parar.

Montagem de válvulas empenadas Causa: A distribuição de forças entre o impulsor e o pé da válvula tornar-se aleatória e descentrada. Consequência: Verifica-se um desgaste lateral na haste e no pé da válvula. As forças laterais induzidas pela haste originam fracturas do pé da válvula, junto ao entalhe da mola de retenção.

Montagem de impulsores usados Causa: Componentes da distribuição empenados ou com elevado desgaste empenam a haste da válvula, o que provoca o assentamento lateral da cabeça da válvula na respectiva sede. Consequência: O apoio alternado da cabeça da válvula de um lado do outro da sede e o sobreaquecimento levam à fractura da válvula, pela zona de transição entre a haste e a cabeça.

ERROS DE REPARAÇÃO

Polimento ou rectificação incorrectos das sedes e guias Causa: Falta de alinhamento ou centragem das guias e/ou das sedes das válvulas, depois de reparadas.

Consequência: A válvula não pode fechar correctamente e provoca o sobreaquecimento do rebordo da cabeça. Desgaste e fracturas da cabeça da válvula são o resultado natural desta situação.

Guia com folga excessiva

Causa: Devido ao desgaste natural ou a operações de rectificação mal efectuadas criou-se folga excessiva entre a haste e a guia.

ANOMALIAS DE COMBUSTÃO Sobrecarga da cabeça da válvula Causa: A pressão e temperatura sobem excessivamente na câmara de combustão, devido a anomalias de combustão.

Consequência: A cabeça da válvula não suporta a carga e o calor excessivos e deforma-se para dentro, tomando a forma de tulipa. A cabeça da válvula fica queimada e apresenta fracturas.

Consequência: A passagem dos gases de combustão elimina o óleo de lubrificação e provoca um elevado sobreaquecimento, pelo que a válvula se queima ou funde.

Ausência de folga nas guias

Causa: Erro na selecção do calibre das guias, durante a sua substituição.

Consequência: Gripagem da guia e da haste da válvula, devido a ausência de película lubrificante suficiente.

Fonte: Motor Service International


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REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS AUTOMÓVEL - CURSO CONFORMAÇÃO DE TERMO ESTÁVEIS Neste capítulo vamos apenas ocuparmo-nos dos materiais semi rígidos ou flexíveis, fundamentalmente poliuretanos, nos quais as deformações são facilmente recuperáveis através da aplicação de calor. Para esse efeito basta aquecer uniformemente a zona deformada, utilizando o maçarico de ar quente, mas sem usar qualquer bico para concentrar o calor. Os sobreaquecimentos nestes materiais provocam bolhas superficiais (fervido), o que torna a peça irrecuperável ou dificilmente recuperável. Em certos casos, durante o arrefecimento da peça, pode ser necessário construir um contra molde da forma que se pretende recuperar, a fim de exercer uma pressão constante na zona deformada. Esses contra moldes podem ser obtidos de maneira mais ou menos rápida, utilizando resinas reforçadas.

SEMIRÍGIDOS E FLEXÍVEIS

As partes da peça que sofreram maior estiramento, o que geralmente sucede aos tendões de reforço, têm que ser recuperadas independentemente. Para esse efeito, há que aquecer esses pontos com o maçarico e aplicar pressão simultaneamente, no sentido oposto à deformação. Enquanto decorre a conformação dos pontos localizados, é importante manter o rebordo do pára-choques alinhado, o que pode ser conseguido com um alicate autoblocante apropriado, ou, em alternativa, com pequenas réguas de madeira e grampos.

A peça, cujo processo de reparação descreveremos em seguida, é o pára-choques dianteiro de um Opel Corsa, fabricado à base de poliuretano (PUR).

Para atingir o efeito desejado, pode ser necessário arrefecer a peça com um pano húmido, enquanto se mantem a pressão.

A deformação não apresenta ruptura, embora esteja vincado de alto a baixo, fazendo com que a ponta direita do pára-choques se projecte para a frente.

A conformação é apenas operada mediante a aplicação conjunta de calor e pressão, uma vez que o material tem uma certa elasticidade.

Pequenas deformações residuais podem ser eliminadas de seguida com um aquecimento uniforme da zona danificada.

Depois de arrefecer, a peça fica quase completamente recuperada.

Ao aplicar o calor, com o bocal do maçarico de ar quente livre, a peça começa a recuperar a sua forma original, mesmo sem a aplicação de qualquer pressão, o que é devido ao comportamento característico deste material.

Como pode ver-se no aspecto final da reparação, a deformação do pára-choques foi totalmente recuperada, bastando o acabamento de pintura para eliminar quaisquer riscos superficiais que se apresentem.

Logo que a peça recupere a sua forma original, é preciso esfriar a zona aquecida com um pano humedecido em água fria, para que a forma se mantenha inalterada.

CONFORMAÇÃO DE A reparação da estrutura do painel de instrumentos, consolas e porta-chapéus exige procedimentos diferenciados, uma vez que se trata de componentes constituídos por três elementos sobrepostos, de tipo “sandwich“, apresentando características distintas: 1 - Estrutura fabricada em metal, plástico ou aglomerado de madeira ou outros materiais, a qual serve de suporte aos outros materiais e assegura a rigidez da peça; 2 - Recheio intermédio de espuma de poliuretano expandido, que dá volume e define a geometria da peça; 3 - Película de revestimento termoplástico, em geral PVC ou vinil, que proporciona uma aparência de estética atractiva.

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CONSOLAS E TABLIER

Película de cobertura (PVC, vinil) Material macio de enchimento (poliuretano expandido) Suporte Base (metal, plásticos e misturas diversas) Pelo facto de se situarem no habitáculo da viatura, estes componentes não estão sujeitos a sofrer impactos que ocasionem danos. O que acontece, por vezes, é que objectos ou

materiais mal acondicionados acabam por deformar essas peças, podendo ainda resultar os danos de acidentes em que os ocupantes são projectados com violência contra elas. Seja como for, a conformação de deformação deste tipo de componentes é relativamente rápido, excepto quando o revestimento exterior se rompe, o que exige técnicas de reparação que ultrapassam o âmbito do presente trabalho. O método que geralmente resulta neste tipo de peças é o aquecimento repartido pela zona danificada, o que tem o duplo efeito de dilatar o gás contido nos micro alvéolos do poliuretano expandido e simultaneamente produzir a contracção da película termoplástica de revestimento. A acção conjunta destes dois efeitos fará desaparecer a deformação em poucos instantes. No entanto, se a estrutura básica estiver danificada, é necessário desmontar a peça e reparar a estrutura antes de passar ao método da aplicação de calor.

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Deve-se evitar o aquecimento excessivo, não deixando o maçarico incidir muito tempo no mesmo local.

O processo que descreveremos em seguida refere-se à reparação do tablier de um Peugeot 405, constituído por espuma de poliuretano e vinil. A deformação encontra-se na parte mais saliente do tablier, por cima da tampa do portaluvas, mas não apresenta ruptura da película de revestimento de vinil.

Uma breve acção de massagem sobre a área deformada poderá ajudar a tornar a conformação mais rápida.

Com um maçarico de ar quente aplica-se calor a uma temperatura próxima dos 250ºC, dependendo a aplicação de mais ou menos calor de acordo com a densidade da espuma de poliuretano.

Quando a peça recuperar a forma original a reparação está concluída, não sendo necessário mais nenhum procedimento, excepto esperar que o material arrefeça até à temperatura ambiente.

Como já tivemos oportunidade de referir, o calor deve ser aplicado de forma difusa, em toda a zona deformada e envolvente

Aspecto final da reparação do tablier de um Peugeot 405

IV - REPARAÇÃO POR SOLDADURA Um dos métodos mais generalizados para a reparação de materiais plásticos é a soldadura, sendo o processo de união que melhores resultados oferece. Na maior parte dos casos a soldadura é utilizada na reparação de termoplásticos, devido ao seu comportamento face ao calor. Acresce dizer que os termoplásticos mais frequentemente usados na construção automóvel apresentam boas condições de soldabilidade, embora em certos casos possam aparecer alguns termoplásticos de identificação problemática, que não podem ser soldados nem com o mesmo material que os constitui. De um modo geral, esses plásticos resultam de uma liga de dois ou mais elementos base (copolímeros). Como introdução, cabe dizer que a soldadura de termoplásticos tem bastantes similitudes com a soldadura de metais, apresentando, no entanto, algumas diferenças que é preciso conhecer para obter bons resultados.

PARÂMETROS DA SOLDADURA

Os parâmetros fundamentais da soldadura de materiais plásticos são a temperatura e a pressão, conjugados, logicamente, comumavelocidadedeavançoadequada.

MATERIAL PP PE PP/EPDM PA PC PC-XWNOY PC-ALPHA ABS

Temperatura

A temperatura é necessária para levar o material ao estado de fusão, que proporciona uma ligação total. Deve ser dada a máxima atenção à temperatura de soldadura de cada plástico, pois cada material tem uma temperatura própria, admitindo tolerâncias de, no máximo, 20-30ºC. De seguida, indicamos a temperatura de soldagem dos termoplásticos mais usados nos automóveis, que deve ser rigorosamente seguida.

Os procedimentos a seguir para efectuar a soldagem de uma peça dependem em grande parte da sua configuração, da sua espessura e do tipo de danos que apresente. Mesmo assim, há certas recomendações e indicações de carácter geral que valerá a pena recordar: 1 - Se a peça se apresentar de qualquer modo deformada, é necessário proceder à sua prévia conformação, aplicando calor difusamente na zona danificada, com a saída do maçarico de ar quente

Se a temperatura durante a operação for inferior aos valores de referência citados, a ligação do material pode não chegar a verificar-se ou dar lugar a uniões de fraca resistência mecânica. Pelo contrá-

PROCESSO DE SOLDADURA

livre; este procedimento eliminará as tensões internas da peça e facilitará a operação de soldar; 2 - Se a peça apresentar uma fissura, é conveniente perfurar a(s) sua(s) extremidade(s) com um broca de 2-3 mm, para evitar tensões e o aumento da rachadela; 3 - Remover a tinta da zona a reparar; 4 - Limpar a área de reparação com um dissolvente básico que não ataque o plástico;

2 a = ____ x b 3

a

Características do biselado da fissura

TEMPERATURA DE SOLDADURA 300ºC 280ºC 300ºC 400ºC 350ºC 350ºC 350ºC 350ºC

b

rio, se a temperatura for excessiva, o material deteriora-se e torna-se frágil e quebradiço ao arrefecer. Pressão

A soldadura realiza-se quando se produz a ligação das moléculas do material que se pretende soldar, quando este se encontra num estado de fusão, que poderemos denominar de viscoelástico, pois corresponde a um estado sólido muito elástico ou a um estado líquido muito viscoso. Para que se opere a ligação íntima entre as moléculas do material é necessário exercer pressão sobre as duas superfícies que se pretendem unir. Se não for proporcionada pressão, a soldadura terá pouca ou nenhuma resistência mecânica.

5 - Biselar os rebordos da fissura com uma fresa ou outra ferramenta de corte apropriada, de modo a não ultrapassar os 2/3 da espessura total da peça a soldar; este procedimento visa aumentar a penetração e a área de contacto do material de solda com a peça, mas poderá ser evitado se a espessura da peça for muito reduzida; 6 - Efectuar uma soldadura superficial, de modo a ligar as duas faces a soldar pelo fundo da ranhura; basta fazer deslizar o maçarico ao longo da fissura, depois de regulada a temperatura conveniente, fazendo uma ligeira pressão para unir as duas faces da peça partida; 7 - Cortar a vareta de solda obliquamente, em forma de flecha, para conseguir um melhor assento no início da soldagem; 8 - Ao aplicar a solda o plástico deve-se encontrar bastante maleável (pastoso), exercendo uma pressão uniforme na vareta ao longo de toda a operação de soldadura; a formação de uma ligeira rebarba nos rebordos da soldadura é indicação de que a ligação será de boa qualidade.


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Podem ser várias as causas de uma soldadura deficiente, resultando principalmente de erros de manipulação quantoatemperatura,pressãoevelocidadedeoperação.Ostrêscasosmaisfrequentessãoosseguintes:

BAIXA TEMPERATURA E ALTA VELOCIDADE DE EXECUÇÃO Nestas condições a soldadura apresenta um cordão volumoso e saliente, sem rebarbas dos lados, o que proporcionaumligaçãofraca.

ALTATEMPERATURA Dos lados do cordão de soldadura formam-se bolhas e rebarbas muito salientes, com aspecto espumoso, o que significa que o material se degradou e que a união têmpoucaresistência.

EXCESSIVA PRESSÃO SOBRE A VARETA E VELOCIDADE DE SOLDADURA INCONSTANTE O cordão resulta irregular, com fendas e desníveis, o que pode resultar da própria profundidade e irregularidade da fissura que se pretende reparar. Em qualquer doscasos,aligaçãotempontosdefracaresistência.

EQUIPAMENTO PARA SOLDAR PLÁSTICOS

É costume dividir as ferramentas e equipamentos para efectuar reparações neste tipo de materiais em dois grupos principais, de acordo com as suas funções. No primeiro grupo estão os utensílios que serão utilizados para a preparação e acabamento da peça, essencialmente em operações de lixagem e de maquinação. No segundo grupo estarão os utensílios que intervêm nas operações de soldadura, propriamente ditas. Em relação ao primeiro grupo, destacaremos os seguintes apetrechos: EQUIPAMENTO

APLICAÇÃO LIXADORA RADIAL Discos abrasivos de fibra de grão P-50. Preparação da superfície. LIXADORAS Orbitais c/ discos abrasivos de grão P.80 e P-400. Desbaste do cordão de soldadura. Vibratórias com folhas de lixa de grão P-80 e P-400. Regularização da superfície. Acabamento final. BERBEQUIM Brocas de 2-3 mm de diâmetro. Delimitar a ruptura. Fresas de várias geometrias. Biselar a fissura. Disco de aço entrançado. Mecanização da zona reparada. REBARBADORA Preparação da superfície. Biselar a fissura. TACOS DE LIXAGEM MANUAL Folhas de lixa c/ grão P-80, P-400. Acabamento em locais de difícil acesso

Equipamento de lixagem e maquinação.

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PRODUTOS E MATERIAIS PARA SOLDAR Há quatro grupos principais de materiais e produtos utilizados na soldadura de plástico, começando pelos produtos de limpeza, material de soldar e reforços, para terminar nos produtos de acabamento.

PRODUTOS DE LIMPEZA A limpeza e o desengorduramento da zona onde se efectua a soldagem são fundamentais para se conseguir uma união forte entre o material de solda e o material base. Deve ser utilizado um dissolvente básico, devendo ser evitada a acetona, que ataca a maioria dos plásticos com que estamos a tratar. A limpeza deve processar-se com um pano ou papel limpo, actuando sempre na mesma direcção, para evitar o retorno de sujidade à zona já limpa. Após a limpeza é necessário deixar secar completamente o dissolvente, antes iniciar o processo de soldadura.

MATERIAL DE SOLDAR Estes materiais são fornecidos em varetas de secção triangular, para se adaptar perfeitamente à ranhura biselada a reparar. É imprescindível que a vareta corresponda exactamente ao material base. A cor do material de soldar não tem qualquer importância, não coincidindo geralmente com a cor do plástico que constitui a peça. Antes de iniciar a soldadura, a vareta deve ser cortada em bisel, para se inserir perfeitamente no início da ranhura e proporcionar um enchimento inicial progressivo. Como nem todos os termoplásticos estão disponíveis no mercado na forma de varetas de soldar, é necessário, por vezes, improvisar uma vareta de soldar a partir de uma peça do mesmo material já inutilizada.

MATERIAIS DE REFORÇO Dependendo das solicitações que a peça reparada irá suportar ao ser novamente montada no veículo, pode revelar-se aconselhável reforçar interiormente a zona da soldadura, a fim de conferir maior solidez à ligação. Uma das formas de conseguir maior resistência na zona da soldadura é aplicar vários cordões transversais à ruptura, pela face interior e invisível da peça. No entanto, o método de reforço mais resistente e recomendado é aplicar uma rede ou tela metálica, igualmente pelo lado interior da peça. Essas malhas ou telas podem ser de aço ou alumínio, sendo este último mais fácil de adaptar à forma original da peça, devido à sua maior plasticidade. Podem ser fornecidas em rolo ou em folhas de diversas dimensões. O reforço deve ser cortado com uma forma geométrica que se adapte ao local da reparação, o que pode ser feito com um corta fios ou uma tesoura apropriada. A aplicação do reforço é efectuada com um maçarico do ar quente, regulado à temperatura do material a reparar, introduzindo-se a malha ou rede no plástico, quanto ele estiver amolecido, com a ajuda de uma ferramenta apropriada ao efeito. Ao arrefecer o plástico, o reforço ficará integrado definitivamente no próprio material da peça.

PRODUTOS DE ACABAMENTO Sempre que no final da reparação a superfície se apresente irregular, torna-se necessário utilizar massas de enchimento apropriadas a materiais plásticos e ao tipo específico de material reparado. Os melhores resultados e a margem de segurança mais alargada é oferecida pelas resinas epoxy, pois garantem uma excelente aderência, para além de existirem no mercado vários tipos desse produto, permitindo empregar o que melhor se adapte às características elásticas do material base. A outra solução é usar massas tradicionais à base de poliéster, sendo neste caso necessário aplicar previamente um primário indicado para plásticos. Esta precaução é sobretudo recomendada no caso de peças em polietileno e polipropileno, que apresentam problemas de aderência já conhecidos.


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EQUIPAMENTO PARA SOLDAR PLÁSTICOS (continuação)

No segundo grupo de utensílios estão incluídos os que intervêm directamente na operação de soldadura e reforço da ruptura, sendo usualmente aplicados os seguintes apetrechos: EQUIPAMENTO

APLICAÇÃO MAÇARICO DE AR QUENTE Jogo de bicos de diferentes formatos e tamanhos. Correcção de deformações. Evaporação de dissolventes. Aplicação da solda. CORTA ARAMES E TESOURAS Cortar pedaços da vareta de solda. Cortar a malha metálica de reforço. FACAS Aparar a vareta de solda em bisel. FERRAMENTA DE PRESSÃO Em geral usa-se uma chave de fendas Introduzir a malha de reforço com a ponta dobrada. na zona reparada.

Equipamento para executar a soldadura

PROCESSOS DE REPARAÇÃO

Desde que sejam seguidos os procedimentos aconselháveis e correctos, a reparação de componentes termoplásticos através da soldadura é um método relativamente rápido e de resultados excelentes. Recapitulando os principais passos do processo de soldadura em plásticos, teremos as seguintes linhas de acção: - Desempeno e eliminação de tensões na área danificada, o que se obtém através de aquecimento, com um maçarico de ar quente, regulado a uma temperatura inferior à fusão do material (cerca de 200ºC). - Delimitação da fissura através de brocagem das suas extremidades. - Biselado das margens da fissura, para assegurar uma boa penetração da solda. - Execução criteriosa da soldadura. - Reforço da zona reparada, quando o tipo de peça e a sua localização o exigirem. - Regularização do cordão e acabamento final da superfície reparada

A seguir serão apresentados alguns casos concretos de reparações efectuadas em situações reais, a fim de fornecer um reportório tão completo quanto possível das opções que estão disponíveis para a reparação de termoplásticos.

SOLDADURA COM

APLICAÇÃO DE SOLDA

Para além destes dois grupos de equipamento e ferramentas, podemos acrescentar um terceiro grupo de utensílios auxiliares, cuja tarefa é contribuir para o bom desempenho do operador, auxiliando-o em diversas situações: EQUIPAMENTO PISTOLA DE AR COMPRIMIDO PAPEL DE LIMPEZA GRAMPOS TABUÍNHAS ISQUEIRO A GÁS Equipamento auxiliar

APLICAÇÃO Eliminação rápida de aparas de material, poeiras e sujidades. Aplicação de diluente para limpar e desengordurar a peça. Manter alinhadas as duas beiras da fissura. Manter alinhadas as duas beiras da fissura. Identificar o material.

A peça em questão é um pára-choques dianteiro de um BMW Série 3, fabricado com PP-EDPM, tendo sido utilizada uma vareta de solda do mesmo material. Para além do cordão de solda principal, foram aplicados cordões transversais de reforço pelo lado interior da peça. O dano consistia numa rachadela no canto direito, coincidindo em parte com um vinco decorativo (em baixo relevo) da peça. A primeira operação consistiu em perfurar o limite da fissura, com uma broca de 2-3 mm, o que permitiu deter a extensão do dano e aliviar as tensões internas do material. De seguida, com uma fresa de dimensões e geometria adequadas, efectuou-se o desbaste em bisel das margens da fissura, para facilitar e potenciar a aplicação da solda. O passo seguinte foi lixar toda a zona de reparação, para eliminar a tinta e as rebarbas resultantes da acção de biselar.


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