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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel
Director: João Vieira • Ano I • Mensal • 3 Euros
Nº 8 Maio 2006
Tecnologias de Informação na reparação automóvel
TI são factor chave para o sucesso das oficinas
A
Oficinas lesadas com
“perda total” As seguradoras estão a utilizar cada vez mais a opção da indemnização em vez da reparação da viatura, para a resolução de sinistros graves. As Associações do Sector (ANECRA e ARAN) afirmam que as seguradoras atribuem à viatura sinistrada um valor mais baixo do que a reparação, preferindo que os segurados paguem directamente a reparação em vez de ser a própria companhia de seguros.
Sumário Página 02 A importância dos recursos humanos
Página 26 Novo motor VW 1.4 TSI
Página 32 Segurança e higiene nas oficinas
Página 34 Centro de Arbitragem do Sector Automóvel (CASA)
Página 38 Ofina do mês: Sópneus
Página 44 Juntas de cabeça de motor Detectar e prevenir avarias
Install Confidence
s oficinas de reparação automóvel ainda estão muito focalizadas nos processos de gestão tradicionais, o que limita a sua rentabilidade. Um grau mais elevado de aposta e investimento nas TI é o caminho a seguir para conseguirem oferecer mais qualidade de serviço e satisfazer os clientes. As soluções informáticas estão a democratizarse gradualmente, com tendência para a redução dos preços, pelo que a opção de não ter acesso às TI não será fundamentalmente por causa de preços muito elevados. O que pode entravar o processo de informatização das empresas será mais a opção pessoal, ou falta de motivação, do proprietário ou administrador, bem como, ainda, a impossibilidade ou a dificuldade de fazer com que os empregados tenham uma adesão rápida e total aos novos meios de que dispõem. Nas pequenas empresas há tendência para a utilização de software genérico e pouco ajustado às especificidade da actividade e organização de uma oficina. Neste momento, já existem soluções que “falam“ a linguagem do sector, prontas a utilizar e acessíveis, tornando-se indispensáveis para dar o salto em frente que ainda falta dar. Nas oficinas independentes há um enorme espaço para evoluir e o processo de nivelamento por cima está ao seu alcance, pelo que seria inglório não o prosseguir.
Guerra à Pirataria
Revelador da importância que as TI têm, hoje em dia, na rentabilidade das oficinas, é o exemplo do Projecto Pantera, uma iniciativa conjunta das associações espanholas de reparadores Conepa, Ancera e Sernauto, que visa favorecer o acesso da generalidade das oficinas de reparação automóvel às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC). O financiamento atingiu um montante global de 2 milhões de Euros e os apoios incluem a compra de equipamentos informáticos e serviços associados, podendo atingir os 50% da verba despendida pela oficina.
Face ao aumento de peças falsificadas que têm aparecido no mercado, a organização do Salão Automechanika, que decorrerá de 12 a 17 de Setembro, irá efectuar uma campanha de alerta para este problema. Comparadas com a peça original, as peças falsificadas apresentam uma funcionalidade limitada e a sua vida útil é inferior. Os materiais e o processamento não correspondem aos altos requisitos dos fabricantes de automóveis.
Caixas negras nos automóveis
em 2010
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A utilização nos automóveis de passageiros de sistemas semelhantes às caixas negras dos aviões pode vir a ser obrigatório já em 2010. Até ao final deste ano a Comissão Europeia irá avaliar as vantagens e desvantagens da utilização de sistemas de gravação de dados, cuja finalidade é conhecer melhor as causas da sinistralidade rodoviária. A velocidade a que um carro circulava no momento do acidente, quantas pessoas viajavam com cinto de segurança colocado e que manobras foram feitas pelo condutor antes do embate, são alguns dos dados que permitem perceber os acidentes.
Edito e Mercado
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Jornal das Oficinas Maio 2006
MERCADO
Editorial
A importância dos recursos humanos
O capital das empresas Qualquer empresa ou grupo de empresas depende totalmente do seu verdadeiro capital activo, os recursos humanos, sem o qual todos os outros factores de produção acabam por revelar-se inúteis.
A qualidade faz
a diferença
A
certificação de empresas pode ser vista como uma forma de aumentar a competitividade e as hipóteses de sucesso num mercado de índice concorrencial crescente, mas isso é apenas um aspecto parcial e limitado da questão global da qualidade. Desenvolver e operar com uma filosofia e critérios de qualidade é antes de tudo compreender a dimensão global da actividade económica e as suas poderosas implicações sociais, aperfeiçoando a organização e a gestão, desenvolvendo a capacidade tecnológica e valorizando o elemento humano, no sentido de apresentar produtos e serviços satisfatórios e fiáveis, com uma capacidade de acompanhamento do cliente que não se esgota na venda. Por outro lado, o dinamismo exterior da empresa depende cada vez mais da sua própria motivação e mobilização internas, sendo imprescindível um ambiente laboral estimulante e criativo, onde cada um vê solicitadas permanentemente todas as suas capacidades. Operar a baixos custos, com rentabilidade e viabilidade económica, implica necessariamente critérios de gestão consagrados e estritos, recrutamento e selecção de pessoal cientificamente orientada e um processo produtivo onde a margem de erro esteja praticamente excluída. Por seu turno, a imagem da empresa assenta definitivamente no seu "design" global (instalações, interiores, acessibilidade, comunicações, etc.), bem como no perfil profissional e humano de cada um e de todos os seus elementos. Uma empresa certificada assume maior credibilidade, afirmando a sua competência e capacidade para fornecer produtos com características de qualidade preestabelecidas. Mas a certificação é apenas o bilhete de entrada para o grande espectáculo da Qualidade, onde cada um terá que estar bem consciente do lugar que pretende ocupar. Porque, ser apenas espectador do progresso, acaba por ser uma forma subliminar de insucesso. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com
Ficha Técnica
Uma publicação da AP Comunicação
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uitas vezes a imagem da empresa é passada através de números contabilísticos pomposos, onde figuram os activos financeiros, infraestruturas, equipamentos, cifras de produção, rácios diversos, lucros, etc., como se fosse um passe de mágica: “aqui está!“. No entanto, tudo isso resulta do contributo valioso de muitas pessoas, ainda que tenha começado pela decisão e vontade de um só homem. O sucesso de uma empresa passa por uma boa gestão de recursos humanos que tenha como estratégia proporcionar às pessoas o papel de protagonistas, tornando-as pilares importantes e imprescindíveis para o sucesso de toda a organização. Claro que não se trata de apelar para a velha ideologia do factor “trabalho“, como elemento de redenção da humanidade… Muito pelo contrário. A chamada questão social, os conflitos de classes, a dialéctica da história e todas essas banalidades do mesmo género, apenas surgiram quando e porque chegou a possibilidade de criar riqueza, muita riqueza, capaz de promover as pessoas e a cultura, levando a cabo um novo projecto de sociedade civilizado, pacífico, mobilizador e solidário. Foi a revolução industrial e não a revolução francesa ou russa que impeliram a economia mundial e as sociedades para os caminhos do futuro. Foi a criação do grande mercado, do mercado mundial, que abriu as portas daquilo que todos nós hoje estamos a usufruir e de que nos orgulhamos. Se tudo isso foi alcançado sem conflitos, sofrimento, injustiças, etc.? É evidente que não, porque os seres humanos evoluem pelo método da tentativa, erro, correcção e acerto. Se há outro melhor, qual é? Essa é a verdadeira e ineludível dialéctica da luta pela vida, sem a qual ainda hoje estaríamos a caçar com instrumentos de pedra lascada. O que ninguém pode negar, porque teria que apagar tudo o que o ser humano fez e escreveu até ao presente, é que o mercado, a economia, as empresas, as sociedades e tudo o mais são as pessoas e o que elas são capazes de fazer. Todas as relações sociais, laborais e profissionais são, em última análise, relações pessoais e humanas. Não há como fugir a isto. Portanto, se tudo passa pelas pessoas, é com elas que temos que caminhar, na busca das soluções para os problemas, quaisquer que sejam. Se queremos que as empresas, a economia, a sociedade, a cultura e a ciência avancem, temos que motivar as pessoas, apelar e incentivar a sua valorização, estimular a sua criatividade e a sua participação, temos que lhes dar hipóteses de se
desenvolverem e crescerem, em valências e capacidades, ou seja, temos que fazer a correcta gestão dos recursos humanos. Não se pode deixar um tema dessa importância ao acaso. Já um antigo pioneiro da revolução industrial e do movimento cooperativista, o inglês David Owen, exclamava perplexo: “Nós (a sociedade da altura) cuidamos melhor das nossas máquinas do que dos nossos trabalhadores!“ Como gerir o sucesso? As pessoas buscam o sucesso e tentam melhorar globalmente a sua situação pessoal, laboral e social, porque não existe alternativa. Trata-se da sobrevivência. Se o poderoso leão não caçar, morre de fome. Um grande almirante bem pode afagar as suas condecorações, enquanto barco vai a pique (se isso lhe servir de consolo…), mas o facto é que já não vai a lado nenhum. No universo laboral e das empresas, isto é, no mercado, tudo se passa do mesmo modo. Não há alternativa ao sucesso, não há alternativa ao progresso, à competência, à qualidade e à eficiência. É preciso vencer. Não a qualquer preço, nem à custa de ninguém, mas o insucesso dos outros não pode constituir referência de conduta, nem uma desculpa e muito menos um óbice. Para vencer é necessário estar na linha da frente e tentar ser o melhor, sem falsas modéstias, sem rodeios e sem má consciência. O mercado já existe há milhares de anos e sempre foi assim. Provavelmente, continuará a sê-lo ainda por muitos outros milhares de anos, porque é a forma mais equilibrada dos
povos e das pessoas satisfazerem as suas necessidades. Enquanto tentamos mudar o que não interessa, nem se pode mudar, deixamos de promover as nossas próprias capacidades e desperdiçamos as nossas potencialidades. Há que ser realista e assumir os desafios que vale a pena assumir, sem estar derrotado logo à partida. De facto, a gestão dos recursos humanos tem semelhanças com a gestão de qualquer outro grupo de pessoas, como um clube desportivo, por exemplo. Tem que haver liderança, objectivos, estratégia, metodologias, cultura de grupo, interacção e, obviamente, trabalho. É o trabalho que dá sentido e cimenta todas as outras peças. Mas o trabalho deve ser encarado como uma oportunidade de demonstrar capacidades e não como um alibi para fugir ao diálogo e às responsabilidades. Tudo é validado pelos resultados e não adianta dizer que se trabalha muito. Estamos numa era de trabalho qualitativo e não quantitativo. O sucesso à custa de muito trabalho é já só meio sucesso. É necessário fazer bem, à primeira e de acordo com os objectivos pré-determinados. A superação dos objectivos é resultado da organização e da eficiência e não do empenhamento obstinado e cego. Este pode resultar apenas de vaidade pessoal e vedetismo estéril, que constituem mais um factor de perturbação na organização do que um estímulo. Não se vislumbra forma de evoluir sem o aperfeiçoamento e a optimização de todos os factores que tornam a produção de bens e serviços possível, entre os quais os Recursos Humanos.
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Phalempin, SA - Parque Industrial de Vendas Novas, Lotes 29 e 30 – 7080-341 Vendas Novas Telef: 265.807.790 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº de Registo no Ins. Com. Social: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03
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Edito e Mercado
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Jornal das Oficinas Maio 2006
A importância do modelo O modelo de gestão é fundamental para se conseguir um funcionamento orgânico dentro da empresa, onde cada parte potencia a actividade da outra, orientada pelos objectivos comuns e pela cultura do desempenho óptimo. A liderança deve impôr-se por si, estando assente em provas dadas, em decisões coerentes e metodologias transparentes. Qualidade, eficiência e orientação da actividade para o mercado, são as grandes referências a que chegámos, neste início de milénio. Fala-se muito em informalidade, nos meios de gestão de Recursos Humanos, mas ela pode ser apenas um refúgio para a popularidade. Para ser popular basta ser vulgar e não consta que a vulgaridade seja credencial em parte alguma, ainda menos quando tentamos superar a mediania. Mais importante do que ser informal é ter respostas concretas para as dificuldades dos colegas subordinados e ter ideias construtivas para a solução dos problemas comuns. É ao líder que compete fomentar a cultura interna da empresa, assente em relações francas e não preferenciais, cordiais, mas sem misturar competências, bem como numa concepção de parceria empregado / empresa. Aceitar uma sugestão ou uma contribuição pertinente do colaborador é dar provas de um entendimento superior do interesse da empresa e da dinâmica da equipa que chefia. Por outro lado, o líder deve tentar uniformizar o rendimento dos colaboradores, tendo a excelência como condição e não como objectivo, ao fazer da valorização constante e da promoção pessoal do empregado a sua permanente preocupação de gestão. O colaborador terá tendência para permanecer na empresa em que evoluiu, quando se sentir em casa, ou seja, quando realizar que valorizam os seus esforços e as suas contribuições para o desempenho comum. Por outro lado, os colaboradores têm que depositar plena confiança nas estratégias e nas metodologias, comprovadas pelos resultados, pois o progresso da empresa em que laboram representa para eles uma perspectiva de melhoria da sua condi-
MERCADO ção profissional, social e económica. Custe o que custar, a mobilização efectiva (e afectiva…) faz-se em torno de interesses concretos e não à volta de teorias e concepções demasiado vagas.
Começar bem, terminar melhor A maior parte das empresas estão hoje em dia a recorrer aos serviços de recrutamento e selecção de pessoal, a partir de empresas especializadas em consultoria em
A flexibilidade horária, a rotatividade de funções e a promoção de um ambiente descontraído entre todos são, cada vez m ais, consideradas boas práticas de gestão, pois ajudam a aumentar a produtividade.
As pessoas não devem ser consideradas um custo, mas sim uma fonte de conhecimento e um capital. A tendência para os próximos anos passará a estar centrada na inteligência e conhecimento das pessoas.
O líder deve tentar uniformizar o rendimento dos colaboradores, tendo a excelência como condição e não como objectivo, ao fazer da valorização constante e da promoção pessoal do empregado a sua permanente preocupação de gestão.
Recursos Humanos. Essas empresas utilizam critérios e metodologias comprovadas, atendendo à determinação do candidato com características e perfil adaptado à função pretendida. Muitas dessas empresas fazem programas de formação em áreas de interesse geral, que preparam melhor o candidato para a vida profissional, evitando traumas a uma parte e a outra. A melhor forma de acolhimento e de adaptação à vida profissional, por seu turno, deve passar por um estágio remunerado, embora sem vínculo contratual. Decorrido o período suficientemente lato para a empresa e colaborador terem os elementos necessários, a fim de tomar uma decisão contratual bem fundamentada, pode ser estabelecido o vínculo, com mais garantias de sucesso. Há pessoas que ainda consideram as acções de gestão dos recursos humanos como um custo, mas esquecem-se de contabilizar as saídas permanentes de empregados, o mau ambiente resultante, bem como a desorganização e ineficiência que isso representa para a empresa. A probabilidade de um funcionário se tornar um elemento útil e até indispensável para a empresa que o acolhe, passa pelas estruturas de acolhimento e apoio de Recursos Humanos existentes. São essas estruturas que fazem o acompanhamento, esclarecem dúvidas, resolvem problemas e situações críticas, podendo evitar rupturas e disfuncionalidades internas. Tal como na vida pessoal, os laços na vida profissional geram-se na base da confiança recíproca e da solidariedade criada a partir de momentos de grande crise ou de excelente entendimento. É a partir dessa base sólida e saudável que se constroem as boas equipas e se alcançam os melhores resultados, sendo necessário investir no capital humano na mesma proporção, ou ainda superior, daquela a que os empresários estão habituados a investir em meios financeiros, infraestruturas e equipamentos. Para que existam empresas de rosto humano, com conteúdo humano e com recursos humanos dignos desse nome. É nessa direcção que o mercado aponta e é para esse lado que todas as atenções estão voltadas.
Está na moda a atribuição de prémios para reter talentos, ou a implementação de estratégias para não deixar fugir os melhores, regalias que passam por ofertas de viagens, brindes ou simples palavras de agradecimento ou reconhecimento do trabalho feito.
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NOTICIAS
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NOTÍCIAS Würth Acctiva Easy
SEUR CRESCE 10% EM PORTUGAL A Seur, empresa de serviços de transporte urgente, fechou o ano de 2005 com uma facturação de 29,93 milhões de euros no mercado português. Do referido valor, 18,07 milhões de euros correspondem ao tráfego Espanha/Portugal, segmento liderado pela Seur. Destaque, também, para a aposta e crescente especialização nos envios urgentes com origem e destino em Portugal. Para este ano, a companhia propõe lançar novos produtos para alargar a oferta da Seur em Portugal, ajustando-se desta forma à procura portuguesa que solicita um valor acrescentado nos serviços de transporte urgente.
RENAULT TRUCKS GO24 Em caso de imobilização prolongada, este contratempo é reduzido. A Renault Trucks e a sua rede europeia comprometem-se, propondo um novo serviço para os clientes do Renault Premium Estrada e do Renault Magnum. Em caso de imobilização do veículo, a Renault Trucks tudo implementa para que ele retome a estrada nas 12 horas seguintes. E se este prazo não for respeitado, a Renault Trucks compromete-se a entregar ao cliente as indemnizações compensatórias.
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A Würth Portugal já tem disponível no mercado português, através da sua rede comercial espalhada por todo o país, um aparelho inovador para carga e manutenção de baterias convencionais e das novas baterias de gel. O Würth Acctiva Easy, é um aparelho extremamente leve, pesa apenas 250g, pode carregar automaticamente baterias de 12V permitindo também efectuar diagnósticos ao alternador e testes à bateria. O Würth Acctiva Easy pode também ser utilizado como protector de memória para evitar per-
DHL é parceiro logístico da Fórmula 1
ca de memórias do rádio, relógio e outros acessórios electrónicos durante a troca de bateria.
Norauto revela nome de candidatos A Norauto anunciou as seis associações portuguesas candidatas ao Prémio Europeu da Segurança Rodoviária promovido pela Fundação Norauto. APSI, ACP, GARE, Prevenção Rodoviária Portuguesa, Clube de Ciclismo de Almada e ANEB são as associações escolhidas. A 29 de Maio, em Paris, um júri composto por peritos e por especialistas em segurança rodoviária de toda a Europa irá reunir para analisar e deliberar sobre os projectos em concurso. O Prémio Europeu da Segurança Rodoviária, promovido pela Fundação Norauto desde 2005 com o objectivo de apoiar projectos em prol de uma condução solidária e responsável, é um grande concurso europeu que visa recompensar as melhores iniciativas em termos de segurança rodoviária, destinado exclusivamente a associações da União Europeia, com carácter não governamental e não lucrativo, que desenvolvam actividades em prol da segurança rodoviária.
A DHL, o maior especialista do mundo em serviços expresso e logística, ampliou a sua gama de oferta para a Fórmula 1. A fusão com a Exel, em Dezembro, ampliou o leque a oferta de serviços às equipas, directores e patrocinadores das marcas de carros mais famosas do mundo. Estes serviços incluem o transporte dos carros, dos motores, dos pneus, das peças de substituição e das equipas de televisão nos circuitos de todo o mundo, assim como o abastecimento de mais de um milhão de litros de combustível que se consomem nos 18 circuitos dos quatro continentes. Para cada fimde-semana em que se realiza uma corrida, a DHL transporta até 300 toneladas de equipamento, quantidade suficiente para encher cerca de 100 camiões. No circuito, o centro de logística móvel da DHL oferece serviço 24 horas por dia, que inclui desde a entrega de pacotes e documentos, aos serviços alfandegários e aos envios de mercadoria perigosa e sensíveis à temperatura.
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NOTÍCIAS Controlauto apoia Segurança Rodoviária Infantil A Controlauto, empresa do Grupo Brisa especializada em inspecções de veículos automóveis, apoia e participa no projecto de Segurança Rodoviária Infantil, promovido pela Câmara Municipal de Cascais. Nesta campanha, a Controlauto efectua o aconselhamento, a verificação da adequação, condições de instalação e utilização dos sistemas de retenção para crianças, nos centros de inspecção automóvel do Estoril, Abóboda e Cascais. A verificação das cadeirinhas é efectuada pelos técnicos dos centros de inspecção que receberam, para o efeito, formação, em parceria com a APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil. Este serviço é gratuito e facultativo, não fazendo parte dos requisitos da inspecção periódica obrigatória.
Escola de Socorrismo lança curso inovador A Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa está a ministrar cursos de Socorrismo Rodoviário. Estes cursos, com a duração de 15 horas, podem ser frequentados por pessoas com mais de 16 anos. Destinam-se à população em geral, sobretudo a candidatos à obtenção da licença de condução, e ao sector empresarial cuja actividade recorra a profissionais da “estrada”.
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Campanha de Bombas de Água nas lojas Civipartes Sabendo que o bom funcionamento de uma bomba de água é fundamental para a saúde do motor, especialmente durante o tempo quente que já se começa a fazer sentir, o Grupo Civipartes, distribuidor independente de componentes para veículos pesados, acaba de lançar nas suas lojas uma Campanha de Bombas de Água e Jogos de Reparação OMP. Nesta campanha, a decorrer até 31 de Maio, os clientes Civipartes podem ganhar prémios exclusivos OMP, bem como o dobro dos pontos adquiridos nas compras efectuadas para a campanha “Mais por Menos”. Esta grande Campanha está a decorrer durante todo o ano nas lojas do Grupo, através da qual é possível ganhar dezenas de prémios muito aliciantes. Para fazer face a esta iniciativa, o Grupo Civipartes reforçou o seu stock de produtos em Campanha, de forma a disponibilizar durante a mesma todas as referências do parque circulante português.
Inspecções de veículos com novos preços Foi publicado no Diário da República a portaria nº63, Série I-B, de 29 de Março, a qual actualiza as tarifas devidas pela realização das inspecções periódicas e das reinspecções de veículos automóveis, reboques e semi-reboques, bem como pela realização das inspecções extraordinárias e das inspecções para atribuição de nova matrícula e, ainda, pela emissão da segunda via da ficha de inspecção. Os novos preços passam a ser os constantes da tabela abaixo, acrescendo o IVA à taxa legal em vigor. As tarifas fixadas para as inspecções periódicas são, igualmente, aplicáveis às inspecções facultativas.
Renault reforça posição no Ribatejo A Renault reforçou a sua posição no Vale do Tejo, ao inaugurar uma moderna Concessão em Santarém, uma das primeiras em toda a Europa a acolher a nova imagem e filosofia que serão adoptadas em toda a rede de Concessionários Renault nos próximos anos.Representado um investimento aproximado de 3,3 milhões de euros, as novas instalações de Roques Vale do Tejo SA, colocam à disposição da região do Ribatejo um vasto conjunto de serviços de elevada qualidade, com destaque para a venda e assistência (pós-venda) de toda a gama de viaturas Renault. Implantada num terreno com 20.000 m2 e com uma área coberta de 3.012 m2, a nova Concessão Renault de Santarém, oferece uma instalação integrada com harmoniosa distribuição de espaços e fluxos de tráfego, garantindo um serviço altamente personalizado em todas as áreas do negócio automóvel e a máxima sofisticação tecnológica nos sectores de diagnóstico, reparação, vendas e assistência.
O curso de Socorrismo Rodoviário tem como objectivo infundir conhecimentos gerais de primeiros socorros, devendo o formando conhecer e ser capaz de executar técnicas simples de socorrismo que visem a estabilização da situação de uma vítima de acidente de viação, no final das 15 horas lectivas. Para além de práticas de socorrismo, quem frequentar este curso fica a conhecer os principais riscos de conduzir e preparado para adoptar medidas de protecção e alerta perante uma situação de acidente. Estão disponíveis mais informações sobre o curso no site da Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa em: http://www.cruzvermelha.pt/
Tarifas das inspecções, das reinspecções periódicas e da emissão da segunda via da ficha de inspecção: Ligeiros: 21,71 € Pesados: 32,50 € Reboques e semi-reboques: 21,71 € Reinspecções de ligeiros: 5,45 € Reinspecções de pesados, de reboques e semi-reboques: 5,45 € Nova matrícula: 54,21 € Extraordinárias: 75,81 € Emissão de segunda via da ficha de inspecção: 2,05 € PUB
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Breves
NOTÍCIAS Gillcar
LUK recomenda
lança máquina de Lavar Pistolas a água
utilização de volante de motor bimassa original
FACTURAÇÃO TRW ATINGE 12.600 MILHÕES Falando em dólares e em relação a 2005, o que representa um aumento de 5,3% face aos resultados de 2004. Os lucros líquidos, por outro lado, alcançaram a cifra de 204 milhões de dólares. O presidente da companhia, John Plant, salientou a performance da TRW, num ano em que a produção automóvel diminuiu, houve aumento de custos de matérias-primas e a empresa teve que investir consideravelmente em programas de redução de custos. O objectivo dos sacifícios presentes é a sustentabilidade do projecto, passando pelo aumento de competitividade, a fim de corresponder às crescentes exigências da clientela à escala mundial.
Os volantes de motor bimassa da Luk DMF (Dual Mass Flywheel) foram introduzidos no mercado em 1985, à cadência de 13.000 por ano. Decorridos 11 anos, os DMF passaram a ser produzidos ao ritmo de um milhão anualmente. Neste momento, a produção anual é de cerca de 4,7 milhões. Este sucesso não é meramente fortuito, pois os volantes DMF posssuem um equilíbrio dinâmico e um menor peso total que permite aumentar o conforto, o rendimento, a economia e a durabilidade dos modernos veículos. Embora existam no mercado alternativas mais baratas ao volante bimassa, a LUK adverte que a utilização de volantes rígidos produzem excessiva ressonância, o que afecta o conforto de condução. As vibrações provocadas por este tipo de volantes, podem também causar avarias na transmissão e levar inclusive à sua ruptura. Por isso, a LUK recomenda que se utilize sempre o volante bimassa original DMF, que é a única forma de garantir um maior conforto de condução, redução de ruídos e economia de combustível, uma vez que os motores equipados com volantes bimassa DMF podem ser utilizados a baixa rotação (ralenti entre 900 e 1.000 rpm).
NOVO CATÁLOGO V.I. VALEO O último catálogo da Valeo para veículos pesados inclui toda a sua gama de faróis principais e auxiliares, bem como a linha de luzes piloto Vignal, comercializadas por Valeo Service. Pela primeira vez, estão presentes no catálogo os pilotos frontais, laterais e posteriores, iluminação interior, luzes de gabarito e de iluminação de matrículas. As principais novidades são os faróis de serviço e auxiliares do Inveco Stralis e do Iveco Erocargo Tector, para além dos pilotos dos novos reboques Leciñena.
A Máquina UGC 6005, fabricada pela empresa inglesa UNIC, apresenta uma importante particularidade relativamente às tradicionais máquinas de lavar pistolas. De facto este novo equipamento permite lavar pistolas com água – em vez dos tradicionais diluentes orgânicos – incorporando ainda duas relevantes inovações tecnológicas: um sistema Ecológico de Filtragem e um sistema de Coagulagem de Resíduos. Especialmente concebida para a limpeza de pistolas que trabalhem com tintas à base de água na repintura automóvel, a UGC 6005, construída com câmara de lavagem em aço inoxidável, cumpre integralmente os requisitos das Normais Europeias 89/392/EC (91/368/EC) e 93/44/EC. Com funcionamento de base numa bomba pneumática, a máquina utiliza acessoriamente um agente de limpeza isento de cáusticos alcalinos que possibilita a remoção integral da ‘gordura’ natural das tintas. Seguidamente um sistema de escoamento de águas sujas, através de um depósito com filtragem, entra em acção o elemento do sistema de Coagulagem de Resíduos – um agente de floculagem à base de argila. A água suja, depois de submetida ao tratamento por floculagem, perde as cargas de resíduos sólidos que, por sua vez, uma vez isolados podem ainda reduzir o seu volume substancialmente através do aquecimento na cabina de pintura e, consequentemente, diminuir o seu custo de remoção. E, porque se lava com água, e porque a água tem vida própria, um terceiro elemento é adicionado ao depósito: um biócido biodegradável que elimina a possibilidade do aparecimento de micro organismos na água. Refira-se que esta máquina pode funcionar automática ou manualmente, lavando 2 pistolas e 2 copos em simultâneo. A representação da UNIC em Portugal é da responsabilidade da Gillcar. S.A..
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Breves UNIÃO ENTRE
JOHNSON CONTROLS E SAFT A joint venture criada destinase ao desenvolvimento e produção de baterias da última geração, para veículos eléctricos e híbridos, utilizando as mais recentes tecnologias. A nova sociedade pretende apoiar a aceleração dos programas de desenvolvimento de viaturas híbridas dos clientes do grupo e assegurar maior disponibilidade de sistemas de baterias HEV, com a melhor tecnologia e fiabilidade do seu segmento.
CHAMPION RIBBED CORE NOSE Como o nome sugere, a nova vela da marca Champion, do fabricante Federal Mogul, possui um isolador do eléctrodo canelado, criando um espaço oco entre o isolador e corpo metálico da vela, o que impede fugas de corrente e permite arranques a frio a baixas temperaturas (até -27º C), para além de evitar a formação de resíduos de combustão. Concebida para o motor do Novo Peugeot 407, a nova vela Champion RCN está disponível para outros modelos, estando previsto aumentar progressivamente o número de referências no mercado e a cobertura do parque. PUB
NOTÍCIAS ARAN
promove campanha A ARAN está a promover uma campanha de alerta dos automobilistas para os seus direitos. Neste sentido, enviou para as oficinas um cartaz que visa alertar os seus clientes para a livre escolha do local onde reparam as suas viaturas. Com a distribuição deste cartaz, a ARAN pretende também contribuir para uma maior consciencialização por parte das seguradoras, beneficiando os intervenientes no processo: clientes lesados e as oficinas de reparação. Junto com o cartaz, a ARAN envia uma circular onde explica a sua actuação na defesa desta causa.
Blue Print com ampla oferta na Nissan Passaram 30 anos desde que a Nissan lançou o seu primeiro automóvel, o Bluebird. Em 2002, a Nissan voltou a apresentar um dos seus últimos modelos de veículos familiares, o Primera. A Nissan oferece uma garantia de 36 meses ou 100.000 km, o qual finda quando o primeiro a ocorrer. Brevemente estarão nas oficinas independentes os primeiros modelos da mais recente geração do Nissan Primera que chegaram ao mercado em 2002. Apesar de radicalmente diferente em comparação com o primeiro Nissan Primera, a Nissan tentou e testou uma nova designação para o carro mas acabou por manter fidelidade à família Primera. Este modelo tem diversas motorizações, com destaque para o motor 2.2 turbo diesel, que tem a opção de 124CV e 136CV tal como o motor usado no Renault Laguna, demonstrando assim o compromisso de parceria entre as 2 marcas. A Nissan recomenda revisões para os seus automóveis em cada 10 000km com uma extensão até aos 12 000km para carros a diesel. Tanto o motor a diesel como a gasolina utilizam uma correia. O filtro de habitáculo está posicionado por detrás do porta-luvas. Os motores a diesel fazem com que o filtro de óleo esteja mais inacessível. O seguinte quadro mostra as referências mais populares para o Nissan Primera 2.2DT de 2002, que passaram a estar disponíveis. DESIGNAÇÃO REFERÊNCIA BLUE PRINT Filtro de Óleo ADN12114 Filtro de Ar ADN12215 Filtro de Combustível ADN12322 Filtro de Habitáculo ADN12501 Velas ADN11823 Kit de Embraiagem ADN130130 Jogo de Pastilhas da Frente ADN142105 Disco Travão da Frente ADN143101 Jogo de Pastilhas Trás ADN142114 Disco Travão Trás ADN143104
Febi com novo catálogo de pernes e porcas de roda A Febi já tem disponível o novo catálogo de pernes e porcas de roda para viaturas ligeiras. Trata-se de um importante elemento de consulta, com milhares de referências, profusamente ilustrado e fácil de consultar. A representação da Febi em Portugal é de Jochen Staedtler Representações.
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Breves CHINA COM O SEGUNDO MERCADO AUTOMÓVEL MUNDIAL Com quase seis milhões de unidades vendidas em 2005 (5,92 milhões), significando um aumento de 15% em relação ao ano anterior, a China guindou-se ao 2º lugar mundial, com uma quota de 8,7%. Os EUA continuam a ser o primeiro mercado mundial, com 17 milhões de unidades vendidas, quedando-se o Japão na terceira posição, com 5,82 milhões de unidades.
CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA BOSCH Em 2006 foram incluídos no programa de formação da Bosch novos cursos e actualizações nas áreas em que as oficinas se podem especializar: Electricidade / Electrónica; Injecção de Gasolina; Injecção diesel e Sistemas de travagem. Através dos cursos de formação da Bosch é possível adquirir competências no âmbito das novas tecnologias da marca, desenvolvendo a especialização em diagnóstico nos sistemas de última geração. Os cursos serão realizados localmente, por técnicos qualificados da Bosch, sendo personalizados. A formação do Programa de Módulos concede a acreditação oficial Bosch, podendo a oficina transformar-se em especialista Bosch.
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NOTÍCIAS BERU TDA
certificada pela Ford A fábrica de velas de ignição da Beru TDA em Chazelles-sur-Lyon foi galardoada pela Ford Motor Company com o prémio Q1. Este popular prémio de qualidade é uma distinção reconhecida pela indústria automóvel e respectivos fornecedores. A certificação da fábrica francesa garante, entre outras características, o seu excelente rendimento em termos de orientação para o cliente e cumprimento de todas as especificações de clientes, normas e leis. O prémio Q1 da Ford serve como requisito imprescindível para a manutenção de relacões comerciais com a Ford e suas empresas filiais do grupo Ford, como as Aston Martin, Jaguar, Land Rover, Mazda e Volvo. "Para a Beru, esta valiosa distinção supõe uma importante confirmação das propostas de qualidade, meio ambiente e inovação da fábrica de Chazelles-sur-Lyon”, sublinha o director da fábrica Beru TDA, Bernard Genaud. Na Beru TDA, amplas medidas de certificação precederam o prémio Q1 da Ford. Os standards da Ford exigem aos seus fornecedores, entre outros, o cumprimento das normas de qualidade ISO TS 16949. Em Outubro de 2005, em Chazelles-sur-Lyon, realizou-se também uma certificação do meio-ambiente completa de acordo com a norma ISO 14001, precedida por medidas ecológicas de modernização e uma formação intensiva dos trabalhadores. Para além disso, a Beru TDA teve que cumprir com as directrizes detalhadas nas Global Materials Management Operations Guidelines - Logistics Evaluation (GLOBAL MMOG/LE) para a certificação segundo o Ford Q1 2002. Com estas directrizes, empresas europeias e americanas da indústria automóvel querem melhorar ainda mais os sectores de intercâmbio electrónico de dados e processos logísticos. Para a obtenção do prémio Q1, também foram obrigatórios uma precisão de 100% na entrega e uma taxa zero de erros sobre um milhão de peças.
Monroe regressa à competição A Tenneco, através da conhecida marca de amortecedores Monroe, regressou este ano à competição automóvel ao mais alto nível. Apoiando fortemente a equipa JAS, que faz correr os Honda Accord no Campeonato do Mundo de veículos de Turismo, a Tenneco, passa assim a ter mais um importante campo de pesquisa e desenvolvimento dos seus produtos.
Novidades
Europeças
A Europeças apresentou recentemente diversas novidades ao nível de produtos. Da gama de produtos passou a fazer parte a MetalCaucho, que permite à Europeças completar a oferta ao nível do ciclo de refrigeração, juntando radiadores Valeo e tubagens MetalCaucho. Apresentando a mais completa gama do mercado em peças de metal-borracha, o catálogo da MtealCaucho também já está disponível. Ao nível da Blueprint, da qual a Europeças é um dos mais recentes distribuidores, passou a estar disponível um inovador catálogo de peças por veículos, bem como um completo catálogo informático. Actualmente, a Europeças disponibiliza mais de 15.000 referências da marca Blueprint. Nos amortecedores Sachs a Europeças passou a ter em stock o Kit Plus com rolamento, enquanto da marca Bosch passaram a estar disponíveis as novas velas de incandescência para o Peugeot 206 e o Citroen C3.
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NOTÍCIAS
Breves
Auto Rabal promove Jornada de Negócios
BREMBO A CAMINHO DO LESTE Uma nova fundição, situada em Dabrowa (Polónia), foi inaugurada pelo grupo Brembo, representando um investimento de € 45 milhões. Com esta nova fundição a empresa aumenta a sua capacidade para as 160.000 toneladas anuais, o que lhe permite efectuar a produção integral dos seus sistemas de travagem, aumentando a eficiência e a rentabilidade operacional. A Brembo já investiu € 100 milhões na Polónia, desde 1995, devendo acrescentar mais € 20 milhões em 2006, à unidade agora inaugurada.
FROTAS CONTROLADAS COM FT iCom DA SIEMENS O novo dispositivo telemático da Simens permite aos frotistas saber em tempo real a posição e a rota dos seus veículos (ligeiros ou pesados), podendo adaptar-se a sistemas de navegação profissionais e a sistemas de gestão de frota mais complexos e avançados. O FT iCom regista também todos os dados do veículo (data, hora, distância percorrida, velocidade e tempo de condução), que são transmitidos por um modem GPRS/GSM para um centro dados, a fim de serem analisados posteriormente. Este sistema da Simens permite aos frotistas resolverem as suas necessidades básicas de gestão de frota, com um investimento relativamente reduzido.
SEMI-REBOQUES BEM ILUMINADOS O novo sistema de iluminação para semi-reboques da Hella Easy Conn – é muito fácil de instalar e oferece uma completa estanquecidade. No piloto posterior, a luz de presença é assegurada por lâmpadas de 10 W, cuja luz atravessa o triângulo reflector incorporado, criando uma ampla área de iluminação. Além disso, os pilotos com braço são fabricados em borracha flexível, sendo imunes à entrada de água e pós. Os pilotos laterais são fabricados com tecnologia led, assegurando uma boa iluminação e uma vida útil extensa. O sistema Easy Conn permite reduzir os custos de manutenção de frotas e evitar acidentes rodoviários, estando homologados para transporte de mercadorias perigosas.
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Os piratas de produtos não conhecem limites. Os produtos falsificados são vendidos sob nomes de fantasia tais como Hingst, Mengst ou Honest em letra facilmente confundível com a original.
Hengst vence pirataria de marcas No passado mês de Abril, a alfândega de Malta destruiu mais de 200.000 filtros para veículos ligeiros. Tratava-se de plágios chineses da marca Hengst. O Tribunal de Malta decidiu a destruição imediata dos filtros para impedir o acesso destes produtos falsificados ao mercado. Para Rolf Sudmann, responsável pela Divisão de Vendas Aftermarket da Hengst “Esta apreensão de filtros falsificados significa uma grande vitória, pois o comércio de plágios não só provoca um prejuízo financeiro significante como também é ruinoso para a imagem da nossa marca, uma vez que se trata de produtos de qualidade medíocre, comercializados com o nosso nome. Para garantir o negócio independente de peças de reposição a longo prazo, é importante que nós, como fabricantes da marca, actuemos de forma decidida e severa contra a pirataria“. Mediante inspecção dos filtros, a firma Hengst constatou que todas as características exteriores eram cópias dos originais. “Por vezes, as cópias não são diferenciáveis dos originais à primeira vista. A sua utilização pode ter consequências fatais para o motor que pode avariar totalmente ou até se incendiar“, ressalta Frank Mendel. Os filtros falsificados que foram destruídos em Malta, eram oriundos da China, fabricados em plásticos e compostos de vários componentes individuais. A soldagem insuficiente das junções dos materiais pode provocar a queda de pingos de combustível sobre o motor quente. Este combustível pode deflagrar e originar um incêndio no motor. Por outro lado, as propriedades de filtragem medíocres podem entupir os injectores e provocar a falha total do motor. Em vista dos factos de que os filtros apreendidos eram plágios, foi intentado um processo judicial por violação dos direitos de marca no tribunal de Malta, tendo a justiça maltesa decidido em favor da firma Hengst e ordenado a destruição imediata de todos os filtros pela entidade alfandegária competente. Para combater a pirataria, a Hengst tomou já uma série de medidas para descoberta e perseguição judicial das violações dos direitos de marca e de patente. Destas medidas fazem parte tanto contactos estreitos com as alfândegas nacionais e internacionais, repartições de registros de patentes, câmaras de comércio e associações, assim como acções de esclarecimento em conjunto com outros fornecedores de equipamento original à indústria automobilística. “Oficinas, retalhistas, distribuidores e outros canais de vendas são, cada vez mais, sensibilizados para reconhecerem por si mesmos os plágios no mercado e para os participarem“, declara Frank Mendel.
Nem a identificação “Made in Germany“ impede os piratas de enganarem os consumidores que substituem este símbolo de qualidade por “Maybe in Germany“ ou “Made for Germany“ por exemplo.
Da esquerda para a direita: Filtro Hengst original com embalagem em comparação com um plágio de baixo preço. As cópias não são identificáveis como cópias logo à primeira vista e as conseqüências podem ser fatais.
A destruição dos filtros falsificados Hengst em Malta.
Foi num ambiente informal e descontraído que decorreu a Jornada de Negócios à mesa, promovido pela Auto Rabal no dia 7 de Abril no Hotel Flôr de Sal em Viana do Castelo. Estiveram presentes mais de 45 convidados, entre Oficinas Multimarca, Empresas de Acessórios e Peças Auto do distrito de Viana do Castelo, representantes da Ford Lusitana e pneus Continental, que tiveram a oportunidade de assistir à divulgação dos vários programas de comercialização de peças Ford para o exterior, disponibilizados pela Auto Rabal.
Num mercado difícil, onde a concorrência é forte, a Auto Rabal conseguiu aumentar no ultimo ano o seu volume de venda de peças para o exterior, o que foi considerado pelos responsáveis desta empresa como um saldo muito positivo, atendendo à difícil situação económica que o mercado automóvel atravessa no nosso pais. Para melhor superar estas contrariedades, e para melhor ajudar a dinamizar o negócio de peças para o exterior, a Auto Rabal conta com a Programa da Ford que se intitula Part Plus- Rede Especializada em Vendas para o Exterior. Com este programa, consegue garantir uma melhor capacidade de prestação de serviços, possibilitando também premiar os seus clientes mais fiéis.
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Os nossos testes são feitos no ambiente mais rigoroso da terra. Os nossos laboratórios.
Se procura peças testadas até ao limite, una-se à TRW. Acreditamos que devemos começar com os melhores materiais possíveis e submeter as nossas peças e sistemas a vários testes rigorosos ao longo de todo o seu percurso. A partir dos nossos laboratórios de classe mundial, certificamo-nos de que todos os componentes TRW são cientificamente testados, de modo a garantir o mais alto nível de qualidade, desempenho e durabilidade. Mas não ficamos por aqui. As nossas peças são testadas no mundo real, com testes exaustivos na estrada, para garantir o máximo de segurança aos condutores. É bom saber que todos os produtos TRW foram testados até ao limite em laboratório e na estrada.
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Breves
NOTÍCIAS Midas com nova campanha
NOVO OPEL CORSA SERÁ APRESENTADO EM LONDRES A apresentação mundial do novo Corsa terá lugar no Salão Automóvel de Londres, no próximo dia 18 de Julho. A quarta geração de um dos mais importantes modelos da Opel terá um design marcante e vários elementos de tecnologia inovadores. À semelhança do que foi realizado com sucesso no Astra, o novo Corsa estará disponível em versões de três e cinco portas com um carácter distinto. Ambas estarão em exposição em Londres. O início das vendas em Portugal está previsto para a primeira semana de Outubro.
Até ao final do mês de Maio, a Midas estará a efectuar uma campanha de travagem para os seus clientes. Esta campanha consiste na comercialização de um par de pastilhas de travão Bendix a 59€ para todas as marcas de automóveis (tudo incluido), com garantia de 2 anos ou 20.000 km.
mais abrangente A oferta de peças e componentes para os veículos asiáticos é cada vez maior no Aftermarket. A SKF anunciou que a sua gama de peças para veículos asiáticos é cada vez mais abrangente, fornecendo rolamentos de rodas para cerca de 75% de todos os veículos fabricados pelas marcas automóveis asiáticas. Dos diversos produtos fornecidos para veículos
DE QUALQUER OFICINA
TENNECO PREPARA O SALTO PARA 2007 Depois de ter registado um crescimento de vendas de 4% em 2006, a Tenneco Inc., espera facturar em 2007 mais 24% do que este ano. O aumento de receitas e de lucros servirá para a empresa reduzir a sua considerável dívida, apesar dos lucros de 58 milhões de dólares averbados em 2005, com um volume de negócios de 4,44 bilhões de dólares. A redução das margens na indústria fornecedora e a subida de preços de matériasprimas, bem como os cortes de produção dos principais construtores americanos (GM e FORD), provocaram falências em série na cadeia de distribuição, obrigando os grandes grossistas a financiar os pequenos distribuidores.
Desde a sua origem que a CAR premium representa em Portugal os produtos da Unipart. Recentemente, a gama de produtos foi incrementada com a adição de amortecedores ao seu portfólio, aumentando desta forma o leque de peças disponíveis. Apesar de recomendável a substituição do par de amortecedores num mesmo eixo, por razões de simplicidade logística para o cliente os amortecedores Unipart são fornecidos individualmente. As embalagens individuais incluem ilustração com as instruções de montagem, sequência de instalação dos componentes, bem como os binários de aperto das diferentes fixações. A ampla gama de amortecedores Unipart disponibilizada pela CAR premium permite uma elevada cobertura do parque automóvel nacional. À semelhança dos restantes produtos Unipart, todos os amortecedores têm garantia contra defeitos de fabrico e dos materiais.
SKF com gama asiática
ABS E ESP AO ALCANCE Com os novos equipamentos de diagnóstico da Bosch KTS 520/550/650, todas as oficinas poderão ter acesso aos complexos sistemas electrónicos dos travões equipados com ABS e ESP (Electronic Stability Program), hoje em dia dia presentes como equipamento original em viaturas de todos os segmentos. Consciente da importância da assistência a sistemas de travagem e de controlo de estabilidade para o sector de apósvenda independente, nos quais a simples mudança de fluido hidráulico requer procedimentos e diagnósticos específicos, a Bosch lançou no mercado a série KTS de máquinas de diagnóstico electrónico, capazes de verificar rapidamente todos os circuitos e sensores incluídos nesses sistemas.
CAR premium aumenta gama Unipart
Montagem profissional com novo
Toolbox da ContiTech
A montagem de correias de distribuição é uma operação que requer conhecimentos técnicos e ferramentas especiais, para que tudo fique correctamente instalado. Para auxiliar os profissionais nestas operações, a Contitech desenvolveu uma caixa de ferramentas especiais, designada Toolbox, que inclui diferentes conjuntos de ajustamento e até um estetoscópio, com o qual se podem localizar ruídos na cambota. Uma ferramenta laser especial, também incluída na Toolbox, permite testar a tracção e tensão da correia, garantindo-se assim a correcta instalação da correia de distribuição. Outra vantagem da caixa de ferramentas ContiTech Toolbox é o seu preço competitivo, relativamente à compra separada de todas as ferramentas que a compõem.
asiáticos, contam-se as bombas de água e as correias de distribuição com vedantes do motor, o que representa uma diferenciação face á concorrência. O centro de desenvolvimento que a SKF dispõe em Singapura, permite-lhe acompanhar “in-loco” o mercado asiático, dando dessa forma uma resposta mais rápida às necessidades do mercado de reposição de peças.
BCA inaugurou primeiro Centro Operacional A BCA – Vehicle Remarketing inaugurou no passado mês de Abril o seu primeiro Centro Operacional, um espaço inovador que reúne um vasto conjunto de serviços de preparação e manutenção de viaturas automóveis. Para criar este espaço, a BCA reuniu o maior número possível de parceiros especialistas, de forma a oferecer num mesmo espaço físico, todos os serviços que necessários a quem possua viaturas ou tenha a seu cargo a gestão de frotas de viaturas. Neste sentido, estão presentes no Centro Operacional as seguintes empresas: Pneuvita; Glassdrive; CA Portugal; Chipsaway; Chevron e Volanteserv. A BCA gere ainda o processo de entrega de viaturas novas, bem como o de diagnóstico e preparação de viaturas usadas para venda, para além de possuir pacotes especiais que simplificam a utilização dos serviços do Centro Operacional. Apesar da sua vocação primordial para gestoras de frota, todos os serviços estão disponíveis para outras empresas e para particulares.
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Sikkens lança Programa de Garantia de Vida A Akzo Nobel CR, que comercializa a marca Sikkens, lançou recentemente um novo Programa de Garantia de Vida para todos os seus clientes. O Programa Sikkens de Garantia de Vida resulta numa oportunidade de oferecer das casas de repintura oferecerem aos seus clientes o melhor acabamento e a melhor garantia disponível. Desta maneira, todas as oficinas de Sikkens que participem do programa oferecerão uma garantia sobre as reparações durante a vida útil do veículo.
O Programa de Garantia de Vida Sikkens oferece vantagens tanto ao proprietário do veículo como oficina. Assim, para o proprietário do veículo, a Sikkens garante a qualidade do acabamento final, aconselhando ainda sobre a melhor maneira de manter a pintura do veículo em perfeito estado. Para a oficina, as vantagens passam pela consolidação da imagem de qualidade em serviço e produto, pela fidelização dos clientes, aumentando a sua satisfação e pela captação de mais clientes.
Multiplicar as compras com o
Multi-Insígnias
O Grupo Os Mosqueteiros vai disponibilizar a todos os seus clientes, a partir de 23 de Março, um Cartão de Crédito Multi-Insígnias para utilização em todas as superfícies comerciais aderentes das suas insígnias não-alimentares: Stationmarché (centro-auto), Bricomarché (bricolage) e Vêtimarché (vestuário). Fruto de uma parceria com a Credibom, o Cartão de Crédito Multi-Insígnias permite ao cliente aceder gratuitamente a uma linha de crédito, sendo o cartão isento de quaisquer anuidades ou custos de adesão. Grátis e imediatamente entregue aos clientes que o solicitem no balcão de atendimento das Lojas, que a partir de 23 de Março aderirem a esta nova modalidade de pagamento. Com mensalidades a partir de 25,00 Euros - definidas em função do montante utilizado – o Cartão de Crédito Multi-Insígnias dá ao cliente a oportunidade de efectuar o pagamento de forma flexível e com acesso a promoções exclusivas destinadas apenas aos detentores deste cartão.
Este cartão permite ainda a criação de sinergias e incentiva os clientes a visitar as três insígnias não-alimentares do Grupo Os Mosqueteiros, dado que o mesmo Cartão pode ser utilizado para aceder a facilidades de pagamento no Bricomarché, Stationmarché e Vêtimarché.
Com o lançamento deste cartão, cuja imagem está adaptada a cada uma das insígnias, o Grupo Os Mosqueteiros pretende facilitar o acesso do consumidor ao crédito, oferecendo-lhe ainda a possibilidade de poder efectuar todas as compras a prestações suaves, conduzindo à gestão eficaz do orçamento familiar, necessária e fundamental nos tempos de crise económica já sentida por muitos portugueses.
AMC
apresenta novo catálogo A AMC lançou já este ano um novo catálogo de cabeças de motor desnudas, de cabeças de motor completas e de acessórios. Com este novo catálogo, a AMC colocou à disposição dos clientes portugueses aproximadamente 60 novas referências de cabeças de motor (desnudas e completas), aumentando desta forma a sua abrangência relativamente ao mercado.
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NOTÍCIAS UFI-SOFIMA
Norton
leva importadores a S. Tomé e Príncipe
lança nova gama
A conhecida marca de filtros UFI- SOFIMA premiou mais uma vez os importadores que atingiram os objectivos propostos no ano de 2005 com uma viagem. Este ano a viagem teve como destino a ilha de S. Tomé e Príncipe tendo-se realizado no passado mês de Março. Tratou-se de uma inédita viagem ao “paraíso” de S. Tomé, onde os participantes tiveram a oportunidade de conviver, reforçando também as parcerias comerciais para o futuro.
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Novos limpa vidros
Redex
A Norton, marca de abrasivos da Saint Gobain, passou a disponibilizar uma nova gama a qual designou por Norton Pro. Para diversas aplicações, o Norton Pro, está disponível em tiras, folhas e discos (não perfurados e perfurados), em Norgrip (velcro normal) e em Soft Touch (espuma em velcro). Trata-se de um abrasivo de alta performance a alta temperatura, de óxido de alumínio semi-friável com um sistema de aglomerante sintético. Nos casos em que usa espuma de velcro oferece uma grande resistência ao emparamento, oferecendo um ganho importante de tempo na preparação de superfícies antes da pintura e limpeza de camadas. As vantagens da utilização da nova gama Norton Pro Norgrip passam por uma maior rácio de corte e maior duração, contribui para uma superfície perfeita, elimina o risco de arranhões e reduz o tempo de trabalho. Por sua vez, Norton Pro Soft Touch apresenta como vantagens uma melhor adaptação às formas curvas e às arestas, absorve vibrações devio à flexibilidade dos discos, maior duração e redução do tempo de lixagem pela utilização de grãos muitos finos em lidadoras orbitais.
A Plural, empresa que representa a marca Redex, lançou recentemente para o mercado português quatro novas colónias limpa vidros para o automóvel. De uso directo, estes quatro limpa vidros usam perfumes criteriosamente seleccionados, permitindo enquanto limpa e desengordura, perfurmar o automóvel com um dos quatro aromas (rosa, azul, ouro e verde) de acção prolongada.
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Estradas portuguesas em debate Subordinado ao tema “A Política Rodoviária – Os Próximos 10 Anos”, decorreu no passado mês de Abril o IV Congresso Rodoviário Português, que trouxe ao Centro de Congressos do Estoril, cerca de 650 pessoas. Muitos dos debates realizados não deixaram dúvida sobre a generalizada consciência, no sector rodoviário, de que em matéria de ‘futuro’, se aproxima o horizonte temporal onde a construção será suplantada pela conservação e beneficiação de estradas. Para esse efeito concorrem, sobretudo, dois factores: Por um lado, a progressiva execução do Plano Rodoviário PRN 2000; por outro, as exigências dos utentes da rede rodoviária nacional, que cada vez menos aceitam níveis muito diferenciados de prestação de serviço (designadamente, entre autoestradas, por um lado, e estradas nacionais e municipais, por outro) e a simultânea necessidade de continuada redução da sinistralidade rodoviária. Por sua vez, a problemática da sinistralidade rodoviária está a obrigar a re-equacionar orientações assumidas. Com efeito, a evolução dos veículos automóveis, em matéria de motorizações disponíveis, mesmo em veículos de ‘classe económica’, e o progressivo apetrechamento de todos os veículos, incluindo pesados, com equipamento de apoio à condução e de segurança activa, obrigam o projectista de estradas a rever conceitos de traçado e equipamentos auxiliares, que tiveram a sua ‘época’, mas hoje já não respondem às necessidades do tráfego rodoviário. Nessa lógica de alteração do paradigma da relação ‘estrada-veículo-condutor’, as tecnologias da informação assu-
mem um papel relevante. Essa função carece, contudo, de análise aprofundada, para que se encontre o ‘ponto de equilíbrio’ entre auxílios à condução e a ‘perturbação’ gerada por crescente quantidade de informação disponilibilizada em ‘tempo real’, ao condutor. Um exemplo comprovado é a utilização de ‘sistemas de navegação a bordo’. A experiência mostra que os condutores mais idosos não são capazes de conciliar o uso desses equipamentos com uma condução segura, por manifesta dificuldade de se concentrarem em duas tarefas, simultaneamente. Apresentações e debates no decurso do Congresso enfatizaram o facto de um sustentado crescimento económico ser indissociável de uma infra-estrutura rodoviária que se adapte às exigências de mobilidade da Sociedade que serve.
Caixas Negras nos automóveis Em paralelo com a realização do Congresso Rodoviário Português, a Cepsa Portuguesa em conjunto com o Centro Rodoviário Português (CRP), realizaram um jantar-debate dedicado ao tema “Caixas Negras nos veículos ligeiros”. Das conclusões deste debate, salientamos os resultados apresentados por diversos estudos europeus de segurança rodoviária, que indicam ser possível prevenir cerca de 25% dos acidentes com a implementação de caixas negras nos veículos automóveis ligeiros, o que equivale a uma redução de 1.240 vítimas no total de veículos acidentados, em 2005, nas estradas portuguesas. Embora existam já mecanismos de detecção de perigos nos veículos modernos, como o Airbag e o ABS, estas caixas podem oferecer às entidades dados mais fiáveis, como a velocidade, forma de aceleração e comportamento do condutor face a um obstáculo, vitais para determinar responsabilidades. Esta medida está já a ser analisada pela Comissão Europeia, e no caso de ser concretizada, terá um efeito preventivo e pedagógico, alertando para os perigos antes do acidente ocorrer. É fundamental uma mudança de cultura, através de uma atitude colaborativa e pedagógica dos mecanismos de prevenção, para uma melhoria da sinistralidade em Portugal.
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5ª Encontro de clientes
Carsistema A Carsistema - Representações, S.A., empresa especialista do sector da repintura automóvel, líder na Península Ibérica, realizou com os clientes da sua rede de distribuição, no passado mês de Fevereiro, o 5º Encontro de clientes Carsistema. Desta vez, a Carsistema, S.A. levou um grupo constituído por cerca de 70 pessoas, ao Brasil, na paradisíaca região de Natal, usufruindo de uma semana de convívio, relaxe e boa disposição, assim se aprofundando os laços de profundo relacionamento desta grande equipa comercial. A Carsistema, S.A. agradeceu desta forma, aos seus clientes da rede de distribuição, o esforço contínuo no sentido do sucesso comercial de todos.
Mota & Pimenta lança novo sistema de secagem Uma das mais recentes novidades da Mota & Pimenta foi a introdução de um sistema de secagem “Venturi System” com dois sopradores. Este equipamento está concebido para reduzir os tempos de secagem com duas pistolas sopradoras e um suporte, o qual pode ser ajustado em altura. A distância entre as pistolas sopradoras é também ajustável permitindo desta forma ao utilizador alcançar melhor a posição de secagem possível em relação à superfície a secar. Ambas as pistolas sopradoras (com filtro) são de fácil remoção para a utilização manual (para retoques). A dimensão deste equipamento é de 170 cm de altura, 50 cm de comprimento e 90 cm de largura. Está disponível com 10% de desconto até dia 31 de Maio.
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NOTÍCIAS Peugeot aposta forte nas peças e no após-venda A Peugeot Portugal abriu recentemente um novo Centro de Distribuição de Peças em Alverca. Trata-se de uma abordagem muito séria e profissional da Peugeot ao mercado das peças, num investimento que em 2007 deverá gerar um volume de negócios de 10 milhões de euros. Numa política de profissionalização do negócio de peças, este Centro tem como objectivo aumentar o volume de negócios e melhorar a qualidade do serviço prestada aos Reparadores Autorizados e Reparadores Independentes. Com
uma área de 2000m2 de armazenamento e 200m2 de escritórios, o Centro entrou em funcionamento em Março, e a sua área de distribuição abrange a zona da Grande Lisboa. A Peugeot reforçou também a sua presença comercial na zona da grande Lisboa, com a abertura de uma nova Sucursal em Oieras, num investimento superior a 5 milhões de euros e vai criar ao todo 40 postos de trabalho. O novo espaço Peugeot vem reforçar a presença da marca no mercado português, juntando-se a uma rede de 40 Con-
cessionários de Veículos Novos e cerca de 70 Reparadores Autorizados, que nos últimos sete anos investiu cerca de 60 milhões de Euros no território nacional. Construídas de acordo com o conceito “Blue Box”, que constitui a imagem de marca dos Concessionários Peugeot, as instalações de Oeiras ocupam uma área total de 4500 m2, dos quais 1600 m2 em área coberta desenvolvendo todas as actividades da marca, vendas de novos, usados e serviços (mecânica, carroçaria e serviço Peugeot Rapide).
A Peugeot Portugal investiu num novo centro de distribuição de peças na zona da grande Lisboa, que irá gerar um volume de negócios de 10 milhões de euros. Em Oeiras foi ainda inaugurada uma nova Sucursal da marca da marca francesa.
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José G. Neto representa Corteco
CATÁLOGO DE ACESSÓRIOS
HELLA PARA 2006 Toda a vasta gama de acessórios de iluminação e outros da gama Hella estão neste novo catálogo, cujas principais novidades são os faróis piloto prateados destinados ao Opel Astra GTC e ao Seat León, os faróis negros para o VW Golf V, bem como os novos pilotos para este mesmo modelo. Segundo a Hella, o produto mais inovador é o novo tipo de pilotos para o VW Golf V, com tecnologia LED.
NOVO CATÁLOGO
FLEXOVIT A empresa Saint-Gobain Abrasivos publicou o novo catálogo das marcas Flexovit e Debray, que está dividido em duas partes, a fim de facilitar a busca. Na primeira parte incluem-se as soluções para o sector industrial (discos de corte e desbaste, abrasivos aplicados, flexbrite, discos de diamante, abrasivos aglomerados e fresas de carboneto de tungsténio). Na segunda parte, destinada aos profissionais e aos amadores de bricolage, estão as linhas Flexovit-MERCH de discos de corte e desbaste, discos de diamante, abrasivos aplicados e aglomerados, bem como acessórios diversos.
Carsistema apresenta Q.SILVER A Carsistema, S.A. representante exclusiva para Portugal dos inovadores abrasivos Mirka para repintura automóvel, apresentou recentemente o Q.SILVER. O Q.SILVER é um abrasivo com uma óptima agressividade, garantindo um desbaste rápido e eficaz. Outra das características muito importante deste abrasivo é a sua elevada resistência às altas temperaturas provocadas pelo processo de lixagem, apresentando também um óptimo desempenho em lixagem profunda até à chapa. Estando disponível em folhas e tiras, o Q. SILVER pode ser comercializado em discos com 15 furos, permitindo dessa forma uma aspiração sem comparação com os discos convencionais. Especificações Técnicas: Grão - Óxido de alumínio Cola - Resina sobre resina Revestimento protector - P80 – P150 D-Paper - P180 – P500 C – Paper - P600 – P1500 B- Paper Gama de Grãos - P80 - 320, P400 - 500, 600, 800, 1200, 1500
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A empresa José G. Neto, Lda. é, desde o início do passado mês de Abril, o Representante exclusivo para Portugal da prestigiada marca Corteco. A Corteco é o maior e mais importante fabricante de peças de estanquicidade para o primeiro equipamento das principais marcas de automóveis e camiões nomeadamente: Audi, BMW, Citroen, Mercedes, Ford, MAN, Mitsubishi, Nissan, Opel, Peugeot, Renault, Porsche, Saab, Scania, Seat, Skoda, Volvo e Volkswagen. A Corteco está integrada no Grupo FREUDENBERG, que possui uma enorme dimensão mundial, assente nas 320 Empresas que dispõe em 44 países, empregando um total de 27.700 empregados, tendo realizado mais de 4.000 Milhões de Euros em vendas em 2005, dos quais 43% só no sector Automóvel. A marca Corteco dispõe de uma vasta gama de produtos, dos quais se destacam retentores (radiais e de válvula), jogos de Juntas de cabeça de motor, suportes de motor de transmissão e de chassis, filtros de habitáculo, kits de cubo de roda e tubos de travão. A logística para Portugal é assegurada pelo armazém central da Corteco situado em Barcelona, capaz de satisfazer, em 48 horas, todos as encomendas com elevada qualidade de serviço, segundo o importador.
Novo Director Comercial ibérico da
Continental ContiTech
Icer
com independentes O especialista de sistemas de transmissão de potência (correias), para o mercado de substituição, apelou ao sector de distribuição independente, no sentido de reforçar a sua equipa de vendas na península ibérica. São onze novos agentes livres, com uma cobertura de todas as regiões/províncias de Espanha e Portugal, que assim irão desenvolver um trabalho mais próximo do mercado. A estratégia e objectivos foram definidos na I Convenção de Representantes Continental ContiTech, por Catherine Chatellard (Chefe de Produto) e por José Maria Barros (Técnico de Formação).
Desde o passado dia 15 de Abril que Rubén Llánder, assumiu as vendas da Icer para os mercados espanhol e português como Director Comercial. Rubén Llánder desenvolve, desde 1988, o seu trabalho na Icer no departamento comercial com responsabilidade directa sobre outros mercados. O novo Director Comercial da Icer Brakes para Espanha e Portugal irá contar com a colaboração de uma adjunta Comercial, Virginia Lacunza, que estará encarregue dos mesmo mercados. Com eles e com a actual equipa comercial formada por Gonzalo Irujo, Chefe de Vendas em Espanha e Portugal, Cristina Rox e Beatriz Castillejo como assistentes comerciais, a Icer Brakes espera reforçar a sua posição num mercado tão exigente e competitivo como é o mercado ibérico.
Portepim propõe programa Garantia Vitalícia
Programa para conexão a PC 2.500,00 € + I.V.A. Portátil ST-6000 TRUCK 3.900,00 € + I.V.A. Oferta: 2 anos de actualizações gratuitas Zona Ind. Casal Do Cego Fracção A/B – Apt. 491 – 2401-975 Leiria Telf. 244 834 636 / 244 813 529 – Fax: 244 813 436 e-mail: helderlda@hotmail.com / helderlda@sapo.pt www.heldermaquinas.com
A Portepim, importadora exclusiva para Portugal da marca de tintas para repintura automóvel, MaxMeyer, apresentou o programa “Garantia Vitalícia”. Este programa foi criado para benefício tanto dos proprietários dos veículos como das oficinas de repintura aderentes. Esta Garantia cobre todos os sistemas de reparação aprovados pela MaxMeyer desde que sejam realizados exclusivamente com os produtos MaxMeyer. Com esta garantia os proprietários dos veículos têm plena segurança, a partir do momento em que o veículo entra num estabelecimento autorizado MaxMeyer, que todos os produtos oferecem as melhores garantias de qualidade. Por outro lado, o acto de deixar o veículo nas mãos de uma oficina de repintura que exibe o distintivo “Garantia Vitalícia”, representa para o cliente a segurança de obter uma reparação realizada com to-
das as garantias nos produtos aplicados e por técnicos de pintura altamente qualificados. Por seu turno, as oficinas de repintura poderão expôr um distintivo que os identificará imediatamente como centros exclusivos que respondem aos requisitos específicos de qualidade. A “Garantia Vitalícia” não só cumpre com o objectivo de satisfazer o cliente, contribuindo também para aumentar a boa imagem da oficina de repintura autorizada. A formação dos técnicos das oficinas aderentes ao programa “Garantia Vitalícia” será efectuada pela MaxMeyer, por intermédio da Portepim. Para se obter a certificação, um técnico de pintura tem de completar com êxito um curso de formação. Só com esta certificação, o técnico fica habilitado a realizar todos os procedimentos cobertos pela “Garantia Vitalícia” em todas as oficinas autorizadas.
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Breves
Novo Antigravilha
Novidades Sonicel para as oficinas
Soudal
TECNOLOGIA DE IRÍDIO NAS
VELAS CHAMPION As novas velas Champion, com eléctrodo central em irídio e eléctrodo de massa em forma de “V“, apresentam uma elevada resistência ao desgaste e podem gerar chispa nas piores circunstâncias de acumulação de depósitos, resistindo à erosão e altas temperaturas. Vida útil superior a 120 mil km, menor consumo de combustível e menor nível de emissões de escape são as principais vantagens da nova vela, cujas primeiras sete referências foram lançadas no mercado, garantindo 119 novas aplicações.
PRÉMIOS DE INOVAÇÃO NA
AUTOMECHANIKA As instalações da Feira Internacional de Frankfurt acolherão este ano mais uma Automechnika, de 12 a 17 de Setembro, cujo tema será a “Obtenção de maior rentabilidade nos negócios de apósvenda”. O concurso para projectos inovadores será promovido novamente este ano, depois do êxito conseguido na edição anterior. Um júri independente, julgará as ideias apresentadas, nas 8 categorias em disputa: peças, sistemas, tuning, acessórios, reparação/diagnóstico, reparação/serviços, reparação de carroçarias/manutenção e estação de serviço e lavagem de veículos.
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A Sonicel já tem em stock a gama Magnum da Monroe de amortecedores de cabina e suspensão para veículos pesados e reboques, com destaque para as marcas Daf, Renault, Volvo, Mercedes e Scania. Para a marca de lâmpadas Trifa, a Sonicel está a desenvolver uma campanha, até 30 de Maio, em que oferece uma bola de futebol do Mundial 2006, na compra de 100 lâmpadas H7 12 V de 55W com a refª 1607. Outra das novidades tem a ver com a disponibilização de diversos catálogos. Da Automotive Products passa a estar disponível o catálogo de Kits de embraiagem, enquanto da marca KDP está disponível o catálogo 2006 – 2007 de tensores (para veículos japoneses).
A Mota & Pimenta, como representante da marca Soudal, acaba de apresenta uma novidade, um Antigravilha em cinzento ou preto (ambos spray) em embalagens de 500 ml comercializados em caixas de 12 unidades. Este produto depois de aplicado, forma uma película firme mas elástica, resistente à projecção de gravilha, proporcionando uma excelente protecção contra ferrugem, óleos, combustíveis, água e sal, absorvendo também as vibrações sonoras. Trata-se de um produto que após aplicação seca entre 40 e 60 minutos.
Catálogo Eyquem 2006
Civipartes
com novas referências
certifica serviços
Com uma excelente cobertura do parque automóvel (90% do parque europeu), a Eyquem apresentou um novo catálogo de velas de incandescência onde se destacam as novas referências para os mais recentes modelos de automóveis. As velas de incandescência Eyquem reduzem o tempo de arranque, permitindo aos motores Diesel um arranque praticamente tão rápido como o dos motores a gasolina. Menor expulsão de fumo “negro azul”, combustão mais completa e arranque mais ecológico, são outros benefícios que as velas Eyquem proporcionam.
O Grupo Civipartes acaba de alargar a sua Certificação de Qualidade ISO 9001:2006 a todas as unidades de negócio e pontos de venda, englobando a Unidade de Apoio Técnico (incluindo o reacondicionamento de órgãos) e serviços de montagem de vidros e assistência técnica a equipamentos de autocarros da Unidade de Negócio Euroaro. Esta certificação atribuída pela APCER, vem no seguimento da opção estratégica do Grupo na melhoria contínua dos serviços prestados, com o respectivo reflexo no seu Sistema de Gestão de Qualidade. Rui Miranda, Director Executivo do Grupo Civipartes, reforça que “sendo a qualidade uma das bases da filosofia
da empresa, estamos muito orgulhosos na renovação e alargamento desta Certificação a todas as unidades e pontos de venda, fruto de uma dedicação global de todos os colaboradores Civipartes a este projecto”. O Grupo Civipartes sempre considerou fundamental a certificação dos seus processos e procedimentos, desde que haja a efectiva transferência para a qualidade percepcionada pelos seus clientes.
Injecção Directa de Gasolina
BOSCH O novo Audi TT será equipado com um motor de 2 litros de capacidade, turbocomprimido, com injecção directa de gasolina. Para além de permitir uma potência superior a 200 CV, esta combinação de tecnologias gera uma curva de binário extremamente interessante, para motori-
zações a gasolina, com 280 newton-metro, a partir das 1.800 rpm. A maior elasticidade do propulsor permite acelerações mais vivas e uma condução mais confortável a qualquer regime. Todo o sistema de injecção e de gestão do motor (Motronic) resulta da parceria do grupo VW com a Bosch.
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Breves SPIES HECKER LANÇA PRODUTO EXCLUSIVO Inspirado nas cintilações invulgares dos rios de lava, o novo produto Etna Stream ocupa o sexto lugar na série Permahyd Fascination Colors, do fabricante Spies Hecker. Sendo fabricada em Colónia, sede da marca, a nova tinta tem uma aparência perfeita, mudando suavemente de reflexos, segundo o ângulo de incidência da luz, desde um vermelho alaranjado, até um dourado brilhante. O novo produto é à base de água e pertence à linha Greentec.
PRODUTOS DE ALTA PRODUTIVIDADE DUPONT DuPont – A vasta gama de subcapas da DuPont Refinish foi enriquecida com dois novos produtos de alta produtividade, com secagem rápida e alto poder de enchimento. Com os nomes DuPont 1052R e 1056R os novos produtos podem ser utilizados em diversos tipos de reparações, embora a sua melhor utilização seja em reparações rápidas de painéis. São também compatíveis com todos os acabamentos DuPont Refinish, incluindo a linha aquosa Cromax, e pertencem à tecnologia ValueShade da marca, que realça a cor dos acabamentos.
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NOTÍCIAS Erro humano
Via Verde
causa acidentes
15 anos de inovação
Um estudo realizado em 2005, pela Brigada de Trânsito da GNR revela que 91% dos acidentes mortais devem-se a erros humanos, enquanto 6% dizem respeito às condições das estradas e 2% aos veículos. Quer isto dizer que, nove em cada dez acidentes mortais ocorridos em Portugal durante 2005 foram provocados por erro humano. Dos mais de 107.000 sinistros ocorridos na sua zona de acção, a BT/GNR estudou ao pormenor os 903 acidentes de que resultaram 1012 mortes. A velocidade inadequada (274 casos), as infracções rodoviárias (213) e a distracção (102) foram os erros humanos mais detectados pelos investigadores. Os dados mostram ainda que 510 dos 1399 veículos intervenientes nestes acidentes mortais tinham mais de nove anos e que na maior parte dos casos o sinistro ocorreu durante o dia, com piso seco, em rectas e em viagens curtas
A Via Verde assinalou o seu 15º aniversário e com ele, 15 anos ao serviço da inovação em Portugal. Com o lançamento da Via Verde, Portugal foi o primeiro país no mundo a estar dotado de um sistema electrónico de cobrança de portagem em toda a rede de auto-estradas. Uma funcionalidade, que garantiu maior rapidez e comodidade,
e à qual os automobilistas não ficaram indiferentes. Hoje, a Via Verde conta com mais de 1,9 milhões de identificadores emitidos, ou seja, um em cada três carros beneficia deste sistema. Hoje, mais de 1400 km de autoestradas e pontes estão cobertas pelo sistema Via Verde, que processa mais de 550 mil transacções diárias.
Plano Renault Contrat 2009 O plano relativo ao Renault Contrat 2009, apresentado em 9 de Fevereiro de 2006, tem por objectivo posicionar solidamente a Renault como o mais rentável construtor automóvel generalista europeu. Em 2005, a Renault comercializou 2 533 428 veículos e efectuou um volume de negócios de 41 338 mil milhões de euros, tendo alcançado um resultado líquido recorde de 3 367 milhões de euros. O reforço do plano produto vai levar a uma aceleração, sem precedentes, do número de lançamentos: após a comercialização de dois modelos em 2006, vão ser lançados 8 modelos em média por ano, entre 2007 e 2009, ou seja o dobro do período compreendido entre 1998 e 2005. Metade destes lançamentos corresponde a uma extensão da gama actual. O alargamento da oferta irá traduzir-se pelo incremento de vendas de 800 000 veículos em 2009 em relação a 2005, e a idade média dos produtos de 3,8 anos, em 2005, passará para 2,2 anos, em 2009.
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FORUM O futuro do Rent-a-Car em Portugal
Um panorama sombrio As empresas que exercem a actividade de rent-a-car em Portugal estão em estado de desespero à espera das medidas que finalmente regulem as situações que afectam de forma grave a actividade e que são fundamentais para a sua estabilidade e competitividade. Fomos ouvir a opinião dos responsáveis de três grandes operadores do sector.
Humberto do Carmo Director-Geral da Avis Portugal
Duarte Guedes Presidente do Conselho de Administração da Hertz Portugal
Paulo Moura Director-Geral da Europcar
“O actual regime fiscal
“O mercado tem
“Preços baixos
penaliza fortemente o nosso sector”
mecanismos de ajustamento automáticos”
de aluguer geram margens abaixo do razoável”
Que análise faz da actual situação do mercado do Aluguer de Automóveis sem Condutor? O mercado tem crescido, embora por vezes de uma forma nem sempre tão saudável como seria de desejar. As margens estão completamente esmagadas, o que tem levado ao encerramento de alguns operadores, venda de empresas e actividades, etc. De certo modo, as margens nunca mais foram recuperadas completamente, desde o momento em que os custo de reacondicionamento dos carros passaram para a alçada das companhias de Rent-a-Car.
Que balanço, em termos genéricos, faz da actividade de rent-a-car em Portugal? O negócio do rent-a-car é um negócio maduro e que por isso já não dispõe grandes oscilações, apresentando sempre taxas de crescimento que têm muito a ver com a conjuntura do mercado. Existe um crise clara em termos económicos o que leva as empresas a procurarem uma forma de conter os custos, mesmo na aquisição do produto rent-a-car.
Que características tem a actual frota de aluguer da AVIS? Temos uma gama convencional, desde os veículos mais pequenos e económicos, até aos modelos de maior cilindrada e de luxo. Para certos nichos de mercado temos carros de características mais específicas, como é o caso dos Subaru Impreza e certos todo-o-terreno. Este ano vamos apresentar pela primeira vez os modelos da Jaguar. Nos comerciais, temos a gama completa, desde o comercial ligeiro, até a veículos de grande dimensão, com peso bruto inferior a 3.500 kg. Que análise faz do posicionamento da AVIS, em termos de preços? Embora tentemos não ser caros, a ideia que prevalece no mercado é a de que somos ligeiramente mais caros do que a concorrência, em termos de Rent-a-Car. Procuramos disponiblizar os produtos que o mercado tem capacidade para absorver, de uma forma que seja concorrencial para o mercado. Claro que não é possível comparar níveis de serviço diferentes, o que desde logo enfraquece a tese do “mais caro“. Que características apresentam os clientes da AVIS? O nosso cliente tem uma procura especialmente centrada nas viaturas de gama média. Tipicamente, esse cliente é oriundo do fluxo turístico (cerca de 60%), sendo o restante volume de negócio potenciado pelo mercado nacional, dividido em três grupos: empresas, alguns particulares e mercado de viaturas de substituição. Julga que o nível de exigência dos clientes tem aumentado? Definitivamente, sim. O cliente, quando aluga um carro, já procura hoje em dia uma certa tipologia de viaturas (marca, modelo, etc.), o que demonstra que o cliente está muito mais exigente. Essa exigência torna-se mais nítida no que respeita à percepção que o cliente tem do custo do aluguer. Em geral, o cliente já tem uma informação completa a nível de preços, através da Internet e outros meios de informação rápida, sabendo perfeitamente qual o valor justo a pagar por uma determinada viatura. Quais são as previsões para o RAC em 2006? Se o panorama actual do Rent-a-Car não se alterar, os picos de actividade rentável não serão suficientes para manter as frotas ao nível de rentabilidade desejável e necessário para a sustentabilidade das empresas. A carga fiscal em Portugal, comparativamente com a espanhola, determina um investimento médio por viatura mais elevado em cerca de 20% por unidade, o que tem como consequência uma deterioração significativa da rentabilização dos investimentos no nosso país.
Considera então que o baixo valor do aluguer e o elevado custo de manutenção das frotas condicionam o desenvolvimento desta actividade em Portugal? Esta actividade não tem em Portugal grandes barreiras, à entrada de novos operadores. O que pode acontecer, no caso das empresas pequenas, é a qualidade do serviços ser inferior aos padrões estabelecidos pelas companhias de maior dimensão. Nós temos dos carros mais caros da Europa e os preços de aluguer são os mais baixos. O mercado tem mecanismos de ajustamento automáticos que acabarão por regularizar todas as assimetrias actualmente verificáveis. Que ameaças existem para o vosso sector de actividade e quais as melhores soluções para as ultrapassar? Qualquer ameaça ao sector turístico é indirectamente uma ameaça também para nós. A instabilidade política, os conflitos regionais e sociais, o terrorismo, etc. podem de um momento para o outro ter um impacto dramático nesta actividade e não há forma de o evitar. De qualquer modo, os clientes institucionais e as empresas oferecem uma estabilidade de mercado que permite amortecer eventuais perturbações na actividade sujeita a sazonalidade. Qual vai ser a estratégia da Hertz para os veículos comerciais? O sector dos veículos comerciais vai ser um dos pilares do crescimento da nossa actividade. Vamos tentar inovar neste aspecto, alargando a oferta para veículos de utilização mais específica e apostando nos canais de distribuição. Quais são as vossas previsões para 2006? Com a fasquia nos € 30 milhões de facturação alcançada em 2005, as perspectivas para 2006 serão chegar aos € 32 milhões, ou até utrapassar essa meta. Os melhoramentos que introduzimos nas nossas infraestruturas e no funcionamento dos serviços fazem prever que esse objectivo será alcançado com relativa facilidade.
Houve alguma resposta da Europcar para tentar contrariar a tendência de menor consumo do produto rent-a-car? Abordamos o mercado por duas vias. Por um lado a através do esforço da nossa equipa comercial tentamos conquistar novos clientes nomeadamente no mercado local, o que foi conseguido, apesar de se ter registado uma quebra da actividade das empresas no rent-a-car. A segunda via, que compensou esta quebra, foi o incremento da actividade rent-a-car que se registou ao nível do turismo. Considera que os preços continuam demasiado baixos para a estrutura de custos das operadoras? Continuamos de facto a sentir essa necessidade de aumentar os preços do aluguer. Infelizmente não se tem conseguido caminhar nesse sentido em termos de mercado, muito por causa da concorrência, praticando-se preços que geram margens que considero estarem abaixo do razoável, tendo em conta o peso da nossa estrutura e os nossos custos operacionais. O aumento do IVA também não foi benéfico para a actividade de rent-a-car? O IVA representa custo para uma grande maioria dos nossos clientes e por isso não poderíamos em 2005 aumentar o preço do aluguer para além da repercussão do aumento suscitado pela inflação. Quer isto dizer que 2% de aumento do IVA e mais 2,7% de inflação, faz com que os preços tenham subido quase 5% em termos gerais, embora não tinha sido isso que aconteceu na Europcar. O preço continua a ser o único factor de diferenciação neste mercado? Enquanto os operadores continuarem a sentir que conseguem trabalhar com este nível de margens que são actualmente praticadas vão continuar a manter os preços no nível em que estão. O que duvido é que uma parte dos operadores consigam manter esta situação por muitos mais anos. Aliás, já em 2005 houve diversas rent-a-car que deixaram de funcionar.
TÉCNICA - Motor TSI
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TÉCNICA
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Novo motor Volkswagen 1.4 TSI 170 cv
Dupla vantagem A Volkswagen pretende com o novo motor 1.4 TSI de 170 cv marcar mais uma época na indústria automóvel mundial, tal como o conseguiu com a bem sucedida série de motores TDi.
M
ontado inicialmente no Golf GT, o novo motor 1.4 TSI, é uma enorme montra tecnológica consolidada num único propulsor. No fundo, todas as tecnologias que se encontram neste motor, não são propriamente uma novidade isoladamente, mas quando reunidas neste bloco de 1.4 litros constituem de facto um importante avanço em termos tecnológicos. O motor 1.4 TSI é o primeiro propulsor duplamente sobrealimentado, tecnicamente designado por TSI, que combina um turbo accionado pelos gases de escape com um compressor volumétrico accionado mecanicamente. Trata-se de uma motorização compacta de 1.4 litros, com injecção directa, capaz de desenvolver 170 cv de potência máxima e um binário máximo de 240 Nm disponível entre as 1750 e as 4500 rpm. A unidade motriz base escolhida para o desenvolvimento do projecto foi o motor FSI EA 111 utilizado no Golf e com níveis de potência de 90 cv (1,4 litros) e 115 cv (1,6 litros). O motor de 1,4 litros é um quatro cilindros com 16 válvulas, 1390 cc de cilindrada, 82 mm de espaçamento entre cilindros, 76,5 mm de diâmetro e 75,6 mm de curso. Para adaptar este bloco às exigências mecânicas da tecnologia de dupla sobrealimentação, os engenheiros concentraram-se em conceber um novo bloco de cilindros em ferro forjado de alta resistência, capaz de suportar a elevada pressão de funcionamento (até 21,7 bar) durante longos períodos, bem como uma bomba de água com embraiagem magnética integrada, além da tecnologia de dupla sobrealimentação propriamente dita. Também a tecnologia de injecção directa foi modificada. No caso do motor 1.4 FSI, passou a ser utilizada, pela primeira vez, uma válvula de injecção de alta pressão, com furos múltiplos e seis elementos de saída de combustível. Tal como nos motores FSI normalmente aspirados, o injector está posicionado no lado da admissão, entre as condutas de admissão, ao nível do vedante da cabeça do motor. A quantidade de combustível a ser injectado entre o regime mínimo (“ralenti”) e a potência máxima de 121 cv/litro exige uma grande variação no fluxo de combustível através dos injectores, dado que, por um lado, tem de ocorrer um tempo suficiente de preparação da mistura depois de completada a injecção em condições de carga máxima e, por outro lado, a produção de baixos volumes de injecção com o motor ao “ralenti”. A pressão máxima de injecção foi aumentada para 150 bar de forma a alcançar esta ampla gama de fluxo de combustível. Além disso, graças à tecnologia FSI foi possível alcançar uma taxa de compressão de 10:1, um valor elevado para um motor sobrealimentado.
Trata-se de um sistema de compressor baseado no princípio de Rootes. Uma das características especiais deste compressor reside no desenho interno especial no ponto de admissão dos carretos sincronizadores. O turbo accionado pelos gases de escape e equipado com uma válvula “wastegate”, também “dispara” nos regimes mais elevados do motor. Neste caso, o compressor e o turbo estão interligados em série. O compressor é accionado por uma embraiagem
Compressor e turbo De forma a aumentar o binário a baixo regime, optou-se por um compressor com uma correia accionada mecanicamente.
A conjugação de diversas tecnologias, permite a este motor TSi desenvolver 170 cv partindo de um bloco de apenas 1,4 litros
magnética integrada num módulo dentro da bomba de água. Uma espécie de comporta de controlo assegura que o ar fresco necessário para o ponto de eficácia do sistema consegue passar pelo turbo ou pelo compressor. A comporta está aberta quando o turbo funciona sozinho. Neste caso, o ar segue o circuito normal como num convencional motor turbo, através do radiador de ar dianteiro e válvula do acelerador na conduta de admissão.
Um dos maiores desafios no desenvolvimento deste projecto foi a obtenção da maior interacção possível entre dois sistemas de sobrealimentação colocados em série. Apenas quando as duas unidades – o compressor e o turbo – se completam e optimizam é que o “pequeno” motor consegue alcançar o nível de binário requerido durante uma ampla faixa de regime, o que se traduz por um incremento de eficácia nunca antes conhecido. A pressão máxima do sistema de duplasobrealimentação é de aproximadamente 2,5 bar às 1500 rpm, com o turbo e o compressor mecânico a funcionarem ambos com a mesma pressão (cerca de 1,53 bar). Um motor apenas com turbo, sem a ajuda do compressor, conseguiria alcançar uma pressão de apenas 1,3 bar. A resposta mais rápida do turbo permite que o compressor seja despressurizado mais cedo graças ao funcionamento contínuo da válvula “bypass”. Isto significa que a função do compressor está limitada a uma cartografia restrita, onde predominam baixas relações de pressão, o que se traduz por um baixo consumo de combustível. Consequentemente, as desvantagens do compressor mecânico em termos de consumos acabam por ser bastante limitadas. Na prática, isto significa que o compressor apenas é chamado ao serviço para gerar o necessário aumento de pressão (“boost”) numa gama de regimes até às 2400 rpm. O turbo foi desenhado para obter uma eficácia optimizada nos altos regimes e fornece um aumento de pressão muito adequado mesmo nos regimes médios. Numa condução mais dinâmica, esta situação é inadequada para os valores de aceleração entre passagens de caixa. Nestas condições de utilização, o compressor entra em acção, de forma a permitir a formação espontânea de um aumento da pressão. A forma como estes dois sistemas se complementam um ao outro significa que não existe inércia do turbo (“turbo lag”). Acima das 3500 rpm, não mais do que isto, o compressor deixa de ser necessário, passando a ser o turbo a fornecer o aumento da pressão, mesmo quando a condução passa de um ritmo de passeio para a aceleração total, com o motor em carga máxima. Muita potência e binário O motor de 1,4 litros desenvolve uma potência de 121 cv por cada 1000 cc (121 cv/litro), o que representa um valor de referência para um bloco de quatro cilindros de produção corrente. Além disso, o motor Twincharger produz um binário (240 Nm) equivalente a um motor normalmente aspirado com 2,3 litros de capacidade, com a vantagem de os consumos serem cerca de 20 por cento inferiores. Os baixos consumos são compatíveis com o generoso binário e o elevado nível de potência. No Golf GT, o motor 1.4 TSI faz um consumo total de apenas 7,2 litros/100 km. Na condução extra-urbana, o TSI não “pede” mais que 5,9 litros/100 km.
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SEGURANÇA Segurança e higiene nas oficinas (I PARTE)
Respeitar o risco Nas empresas de reparação automóvel, seja do ramo de electromecânica ou de carroçarias, como em muitas outras profissões, existe um número considerável de situações de risco, que é necessário evitar que se transformem em acidentes.
E
mbora a consciência do risco não deva inibir o operário de efectuar as suas tarefas com diligência e zelo, é necessário ter em alta consideração os factores que podem aumentar as probabilidades de ocorrência de sinistros. Começando pelo próprio automóvel, o qual, pela sua massa e energia cinética gerada em movimento, pode provocar ferimentos de certa gravidade, tanto ao deslocar-se, como ao cair, quando está elevado, mas não completamente firme. Existem nas oficinas muitos equipamentos, produtos, emissões e formas de energia que é necessário controlar adequadamente, para manter afastada a hipótese de acidente ou doença profissional. Por outro lado, a existência de produtos químicos e inflamáveis potencia o risco de incêndio e explosão, seja na presença dos trabalhadores, ou na sua ausência, provocando de igual modo consequências muito graves para todos. O respeito pelas normas e procedimentos de segurança é por todas essas razões prioritário, na actividade de reparação automóvel, começando pelo existência de equipamentos de combate a incêndios, meios de primeiros socorros, equipamentos de protecção, bem como um cultura alicerçada de segurança, a todos os níveis da empresa. Por outro lado, nunca poderá haver um padrão de qualidade elevado numa oficina, enquanto a actividade está desorganizada e a segurança é permanentemente descurada. Apostar na prevenção Quando abordamos o problema da segurança e higiene no trabalho, é preciso ser realista e não pretender coisas que não existem. Em Portugal, embora não existam estatísticas sobre o nível de segurança dentro das oficinas, a realidade que se vive no sector demonstra, que apenas uma minoria das empresas de reparação automóvel têm planos de prevenção de acidentes, devidamente organizados e programados. Por outro lado, a situação é muito diferente numa média ou grande empresa do sector, com mais de 10 empregados, ou numa pequena ou micro empresa, com meia dúzia de colaboradores, no máximo. Neste último caso, a iniciativa para a prevenção tem que partir da pessoa que lidera o grupo (empresário, trabalhador com mais anos de casa, outro elemento com perfil de liderança, etc.). Se não for assim, cada um improvisa como sabe e como quer, o que é frequente. Mas, se houver um elemento mais esclarecido na empresa que recolha informação, junto dos CEFP e outras entidades envolvidas na segurança, incluindo os próprios fornecedores de equipamentos e produtos, é possível que acabe por existir um plano de prevenção rudimentar, dependendo da capacidade de organização da empresa e da sua situação económica e financeira. Nas empresas de maior dimensão e potencial económico, contudo,
a questão passa a ser praticamente obrigatória, devido a critérios de gestão actualizados, por um lado, bem como a investimento na imagem pública, por outro. A maior parte das empresas deste grupo utiliza em geral os serviços de consultoria e colaboração operacional de empresas especializadas em programas de segurança. A subcontratação desse tipo de serviços resulta mais económica e mais eficaz, libertando a empresa para as actividades que constituem o seu núcleo de competência. Em qualquer dos casos, um plano de intervenção no campo da prevenção de acidentes deve dar destaque a vários pontos essenciais: - Identificação e levantamento dos riscos; - Organização e programação das actividades (a desorganização constitui um risco, por si só…); - Avaliação dos equipamentos (selecção, manutenção, inspecção periódica e substituição); - Formação contínua de colaboradores, em temas de segurança e higiene no trabalho; - Estabelecimento de uma cultura de qualidade e segurança, assente na utilização de elementos de protecção adequados, sinalética e instruções de prevenção eficazes, seguros de acidentes e doença, etc.
Os acidentes de trabalho atingem sobretudo os operários mais jovens e os que trabalham em pequenas empresas. Entre os jovens, constata-se que as pessoas com menos de 20 anos, correm cinco vezes mais riscos que os mais velhos.
As regras gerais No planeamento e na gestão de uma oficina automóvel, uma atenção especial tem que ser prestada aos chamados “inimigos invisíveis“. O primeiro destes é o CO2 (monóxido de carbono), cujo efeito
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xos e discernimento. Por seu turno, o mau ambiente de trabalho (excesso de barulho, movimento indevido de carros e pessoas, interrupções constantes, etc.) e o mau relacionamento entre os intervenientes nas acções de reparação são também um factor de stress e de perda de valências do trabalhador.
A negligência das regras de prevenção e a distribuição do trabalho mal adaptada aos novos trabalhadores sem experiência, são factores que potenciam os acidentes de trabalho.
inibidor nas células sanguíneas que fixam e transportam o oxigénio é por demais conhecido. A perigosidade deste gás está no facto de ser inodoro e invisível, aliado à circunstância de ser mais pesado que o ar, ficando depositado próximo do chão, debaixo para cima. Nos casos mortais, a pessoa sente-se inicialmente cansada e sonolenta, sentando-se ou deitando-se, o que a faz mergulhar ainda mais no gás letal. Sempre que houver sintomas de cansaço anormal e perda de reflexos e faculdades mentais, a primeira coisa a fazer é procurar uma fonte de ar oxigenado, de preferência no exterior, solicitando assistência ou recuperando por si nessas circunstâncias. Sem serem propriamente mortais, os hidrocarbonetos libertados pelos combustíveis e lubrificantes, bem como os produtos químicos contidos nos solventes, são irritantes das mucosas respiratórios e dos olhos, perturbando a eficiência do trabalho. A longo prazo, potenciam o aparecimento de diversas patologias das vias respiratórias, entre as quais o cancer. Não esquecer que estes gases são combustíveis, formando com o ar misturas explosivas, a partir de determinadas concentrações. No que se refere aos equipamentos de soldadura em geral, há a considerar os gases tóxicos libertados pelo calor, bem como os gases de protecção do cordão, nos casos dos aparelhos MIG e MAG. Excesso de gás inerte produz sintomas de asfixia, pois inibe a presença do oxigénio. O excesso de gás activo, também produz sintomas de asfixia, devido à acção irritante que produz nas vias respiratórias. Estas já são razões mais do que suficientes para justificar que as instalações oficinais sejam amplas, arejadas e com uma altura interior equivalente a dois andares. Paralelamente à ventilação natural, desejável, é indispensável a ventilação forçada central, para permitir a rápida eliminação dos gases nocivos, bem como para limpar o ar de todas as impurezas e partículas decorrentes da normal actividade da oficina. A deficiente iluminação, seja natural ou artificial, também é um “inimigo invisível“, na medida em que aumenta a probabilidade de cometer erros. Para além de ser conveniente tirar
partido das fontes de luz naturais, porque são gratuitas, em cada posto de trabalho deve haver iluminação suficiente para se laborar com segurança e eficiência, independentemente da iluminação geral, que deve ser suficiente. Para terminar a triste lista dos “inimigos invisíveis“, uma palavra para as condições gerais de laboração, nomeadamen-
te a organização e a sequenciação lógica do trabalho. Tudo o que obrigue o operador a deslocações excessivas e a movimentos desnecessários (instalações com muitos desníveis, equipamentos mal posicionados ou de difícil acesso, ferramentas e outras utilidades distantes, etc.) é contra as leis da ergonomia, pois induz cansaço prematuro e a consequente perda de refle-
A prevenção de acidentes de trabalho deve basear-se numa cultura de qualidade e segurança, assente na utilização de elementos de protecção adequados, sinalética e instruções de prevenção eficazes, seguros de acidentes e doença, etc.
RISCOS DA OFICINA ELETROMECÂNICA Além de uma programação de trabalho cuidadosa, para nada ser feito à pressa ou precipitadamente, é importante respeitar a metodologia correcta. Não beneficia a segurança fazer habilidades, como fazem certos “artistas“ de contorsionismo e ginástica, apenas para alcançar uma peça, sem desmontar os componentes que lhe estorvam o acesso. Em posições complicadas é fácil contrair lesões musculares ou de ligamentos, podendo as consequências ser ainda piores, se a mão escapa da ferramenta, ou esta da peça, no momento de maior esforço de aperto/desaperto. Para lá de não economizar tempo significativo, este tipo de procedimento é susceptível de causar danos a outros elementos da viatura, sendo contrário à lógica da moderna reparação automóvel. De facto, um veículo actual é uma espécie de “puzzle“ de peças, que pode ser armado e desarmado facilmente, dispondo das ferramentas adequadas. Portanto, a opção mais correcta é desmontar todos os orgãos mecânicos que se interpõem entre o mecânico e a peça a reparar ou substituir, procedendo metodicamente, para que a montagem possa ocorrer pela ordem inversa da desmontagem. Exceptuando as uniões onde é recomendado aperto de binário e angular, todas as restantes podem ser facilmente desapertadas e apertadas com modernas ferramentas eléctricas ou pneumáticas, que não obrigam a fazer esforços acrobáticos nem excessivos, garantindo uma boa produtividade e mantendo a condição física do trabalhador. Outra regra que não deve ser descurada, consiste em trabalhar com a viatura elevada à altura do operário. Esta é a posição em que o trabalhador dá mais rendimento, permitindo ainda apanhar facilmente ferramentas ou peças que caiam para baixo da viatura. Tudo o que é necessário para efectuar a intervenção, por outro lado, deve estar no local onde esta ocorre, sem haver necessidade de deslocações inúteis, que quebram o ritmo e a concentração do trabalho. Outra regra que motiva e moraliza os trabalhadores para a (sua) segurança é existir em cada equipamento afixada as datas da última e da próxima visitas de inspecção/manutenção, bem como as normas essenciais do seu accionamento. Quando o motor da viatura estiver a funcionar no interior da oficina, ligar sempre as mangueiras de extracção dos gases de escape, a fim de manter o ar com uma qualidade aceitável e não sujar desnecessariamente as instalações. Embora os operários da área de electromecânica não necessitem de elementos de protecção muito sofisticados, é sempre preferível utilizar luvas de protecção térmica, para trabalhar em orgãos que funcionam a altas temperaturas e luvas higiénicas para lidar com combustíveis, óleos e outros produtos químicos. Vestuário adequado à função e calçado de segurança, com protecção, são igualmente aconselháveis.
Informação - CASA
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INFORMAÇÃO Centro de Arbitragem do Sector Automóvel (CASA)
Factor de diferenciação A primeira grande vantagem que uma oficina tem em aderir ao CASA consiste na imagem positiva de qualidade que passa para o mercado e para o consumidor final, relativamente o outras oficinas não aderentes.
A
A noção de qualidade tem que ser olhada, nos dias de hoje, numa perspectiva mais ampla, do que aquela que prevalecia há alguns anos atrás, não se resumindo estritamente ao serviço prestado ou ao bem vendido. Tem que existir por parte da empresa que opera no mercado a garantia de assumir as reclamações procedentes que o cliente possa vir a apresentar, relativamente ao objecto do contrato ou da transacção. É do conhecimento geral, tanto entre nós, como no resto da Europa, as condições em que é feito o recurso para os tribunais comuns, bem como a necessidade que as pessoas têm em usar o seu automóvel no dia-a-dia. Na realidade, as pessoas não recorrem aos tribunais judiciais comuns, quando está em causa a sua mobilidade, ou seja, quando o seu carro está parado e têm de resolver rapidamente o seu problema. Neste
Quem pode
recorrer aos serviços do CASA?
Os consumidores que adquiram bens ou serviços para uso que não seja exclusivamente profissional. As empresas só podem recorrer ao Centro de arbitragem, se reunirem as seguintes condições: - Ser aderentes do CASA; - Pretender dirimir um conflito em que esteja em causa a qualidade do serviço prestado ou do bem vendido, mas que não seja apenas o pagamento de uma dívida. Uma das particularidades do CASA, desde o último alargamento de competências, consiste na possibilidade das empresas reclamadas no Centro e condenadas pelo Tribunal Arbitral, poderem demandar, em via de regresso, a entidade que lhes vendeu o bem ou prestou o serviço, que originou esse litígio. Um exemplo prático desta situação é
uma empresa que vendeu um carro novo a um cliente, o qual apresentou uma reclamação sobre problemas de garantia (defeito de fabrico). A empresa vendedora responde perante o consumidor, caso se verifique o defeito, sendo condenada. No entanto, a lei concede-lhe o direito de exigir, da parte do fabricante do bem ou do importador que lhe cedeu a viatura, a indemnização que teve de satisfazer em relação ao consumidor final. No caso da reparação, pode suceder algo idêntico, na medida em que a oficina não possui todas as competências para a reparação global e subcontrata determinados serviços. Se o consumidor reclamar a qualidade do serviço à empresa que lhe entregou o carro, esta é que responde, eventualmente, pelos prejuízos
O procedimento de resolução de litígio no CASA pode ter três fases:
No Centro de Arbitragem o procedimento é:
1. Informação e Apoio jurídico É a fase em que são prestadas informações aos utentes do Centro(, em que se estabelecem os contactos com vista à aproximação das partes e em que se procede à instrução dos processos.) 2. Mediação Nesta fase, procura-se obter um acordo entre as partes, sem intervenção do tribunal 3.Conciliação e arbitragem Otribunal arbitral procura conciliar as partes e, se tal não for possível, promove o julgamento do litígio. O Tribunal Arbitral geralmente é constituído por um único árbitro, mas pode ser composto por 3 árbitros se as partes o solicitarem. (o Tribunal Arbitral é designado pelo Conselho Superior de Magistratura.)
Voluntário As partes envolvidas aceitam voluntariamente o sistema arbitral como forma de resolução do conflito; Fácil O procedimento é simplificado sem prejuízo dos adequados meios de prova e de defesa; Rápido A simplicidade do procedimento permite a resolução do litígio em tempo útil para a realização dos interesses das partes; Eficaz As sentenças proferidas pelo tribunal arbitral têm a mesma força executiva das sentenças de Tribunal Judicial de 1ª instância.
Dra. Sara Mendes, Directora do CASA, pretende mais apoio oficial às actividades do Centro, de modo a conseguir dar resposta à crescente procura dos seus serviços.
CENTRO DE ARBITRAGEM DO SECTOR AUTOMÓVEL
CASA Centro de Arbitragem do Sector Automóvel Morada Av. República, 44 – 3º Esq. 1050-194 LISBOA Telefone 21.782.73.30/21.795.16.96 Fax 21.795.21.22 Directora do Centro Dra. Sara Mendes
Uma oficina que seja aderente do CASA, dá aos seus clientes uma garantia de qualidade diferente das outras, que não são aderentes, isto é, a garantia de poderem recorrer a esta entidade, caso se sintam lesados.
havidos e poderá ser condenada pelo Tribunal Arbitral a ressarcir o cliente lesado. Mas, tal como o vendedor de carros novos, também o reparador tem o direito de, em via de regresso, reclamar contra a empresa que lhe prestou o serviço, que esteve na origem do litígio. Quanto custa? Os pedidos de informação são gratuitos e pela abertura de um processo de reclamação é pago um preparo de 10,00. A passagem à fase de conciliação e arbitragem implica, para ambas as partes, um preparo calculado com base no montante da reclamação e que será de 3 ou 5%, conforme a partes optem pela constituição singular (apenas um árbitro) ou colectiva do tribunal (mais do que um árbitro).
contexto, é fácil compreender porque os tribunais judiciais não dão uma resposta cabal a este tipo de problemas. É por essa razão que surgiu o CASA, um Centro de Arbitragem especializado na resolução de conflitos relacionados com a prestação de serviços de assistência, manutenção e reparação automóvel, mas também com a compra e venda de veículos novos e usados e o fornecimento de combustíveis. Todas as suas competências foram superiormente autorizadas pelo Ministério da Justiça e tem sido subsidiado pelos Ministérios da Justiça e da Economia. Isso acontece porque o Estado considera que a Arbitragem é uma forma válida de resolução de conflitos, sendo muitas das vezes a mais adequada. Como tal, uma oficina que seja aderente do Centro de Arbitragem dá aos seus clientes uma garantia de qualidade diferente das outras, que não são aderentes, isto é, a garantia de poderem recorrer a esta entidade, caso se sintam lesados. “Alguns operadores já estão sensibilizados, em grande parte devido ao papel de transmissão de informação e de sensibilização que as associações sectoriais aderentes ao CASA têm vindo a assumir”, diz Sara Mendes, Directora do Centro, que acrescenta “Na maior parte das vezes, quando as empresas nos entregam o formulário de adesão que disponibilizamos às associações empresariais do sector, os aderentes pedem-nos que lhe enviemos o Certificado de Adesão, para afixarem nas suas áreas de recepção a clientes, o que é indicativo da valorização que nos atribuem e da vontade que têm de oferecer aos seus clientes uma imagem de completa transparência e idoneidade. Esta é a tendência que, esperamos, se venha a generalizar, tanto mais que as empresas aderentes não enfrentam qualquer tipo de custo pela sua adesão(, mas apenas uma reduzida quotização anual de apoio ao CASA”.)
Formação - Atec
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FORMAÇÃO
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Workshop ATEC - Mecatrónica Automóvel
Desenvolver e aperfeiçoar competências A ATEC - Academia de Formação, realizou no passado mês de Abril, nas suas instalações em Palmela, um Workshop sobre Mecatrónica Automóvel, onde foi analisada a evolução repentina da Electrónica Automóvel e a importância dos técnicos de mecatrónica automóvel nas modernas oficinas de reparação.
O
sector automóvel, que se pauta pela inovação constante e pela utilização de tecnologia avançada, necessita de profissionais com formação específica e prática, que assegurem com eficiência e eficácia as múltiplas tarefas. Torna-se, por isso, essencial formar jovens técnicos para aumentar a qualidade do capital humano das empresas, de forma a integrarem quadros empreendedores tecnicamente competentes, com elevada flexibilidade e criatividade. É com essa finalidade que a ATEC forma jovens na área de mecatrónica automóvel. “O curso é baseado numa formação onde impera a prática, não descurando nunca a teoria, e disponibiliza as mais diversas e actuais tecnologias em sistemas mecânicos e electrónicos aplicados ao automóvel, de forma a transformar o formando num Técnico Profissional, capaz de dar resposta às necessidades das modernas oficinas automóveis”, disse Hélder Dordio, Coordenador do curso de mecatrónica automóvel da ATEC, durante a sua intervenção no Workshop. O curso tem como objectivo qualificar os formandos com vista ao exercício da profissão de Técnico de Mecatrónica Auto-
móvel, dotando-os de competências de diagnóstico e reparação dos sistemas mecânicos, eléctricos e electrónicos de veículos automóveis. Pretende igualmente dotar os formandos de capacidades de adaptação rápida às mutações tecnológicas bem como ao espírito de formação contínua. No final do curso, os formandos estão aptos a executar, de modo autónomo o diagnóstico e a reparação de motores a gasolina e diesel; sistemas de arrefecimento e lubrificação; ler, interpretar e analisar esquemas eléctricos e manusear aparelhos de
medida; diagnosticar, reparar e verificar sistemas de ignição, alimentação e sobrealimentação, entre outras actividades. Os formandos de mecatrónica automóvel da ATEC, proporcionam assim uma mais valia para as oficinas pelo seu elevado potencial humano, de saber teórico em sala ou laboratorial e experiência prática na formação ou posto de trabalho. Objectivos da ATEC Desenvolver e aperfeiçoar competências através da formação e qualificação de pes-
Atec Morada: Edifício ATEC Quinta da Marquesa – Palmela Parque Industrial da Autoeuropa 2950-557 Quinta do Anjo Telefone: 212.107.300 Fax: 212.105.539 Internet: www.atec.pt Coordenador Mecatrónica Automóvel: Hélder Dordio
Eugénio Bastos, Director dos Cursos de Formação Automóvel da ATEC, referiu que esta Academia foi concebida para ser uma referência na formação de excelência em vários domínios.
Os participantes do Workshop tiveram oportunidade de visitar as instalações da Academia, que conta com 11 oficinas devidamente equipadas para áreas de formação diferenciada, 18 laboratórios e 11 salas de formação teórica.
soas, utilizando métodos e equipamentos avançados, são os principais objectivos da ATEC, um centro de formação inaugurado há apenas dois anos, mas que pretende ser um marco na qualificação da mão-de-obra nacional. Com capacidade para acolher 350 formandos por dia, as instalações são compostas por 11 oficinas equipadas, 18 laboratórios especializados e 11 salas de formação teórica. Além da formação para as empresas, a academia disponibiliza qualificação profissional para jovens e trabalhadores desempregados, fazendo com que alguns cursos tenham listas de espera. Mecatrónica, electricidade automóvel e gestão de redes são algumas das formações em que a procura supera a oferta. Com um sistema de aprendizagem baseado na formação dual, caracterizada pela alternância entre a escola e a empresa, a ATEC já deu formação na área da mecatrónica automóvel a mais de 50 jovens, estando previsto o início de um novo curso para meados deste ano. A formação profissional nas empresas proporciona a transferência de conhecimentos dos colaboradores das empresas para os formandos, proporcionando uma motivação e um apoio operacional aos colaboradores, assim como, um aumento das competências dos próprios formandos. Este sistema permite a formação e o desenvolvimento, com qualificações específicas, de técnicos especializados à medida das empresas e tem ainda a vantagem de facilitar uma futura inserção do formando nos quadros da empresa, através da identificação do formando com a política e com a cultura da empresa. A Academia está também a estabelecer pontes com as universidades. Além de protocolos de equivalência programática com o Instituto Politécnico de Setúbal, está ligado à Universidade Nova de Lisboa, à de Coimbra e à de Aveiro.
Hélder Dordio, responsável pelo curso de mecatrónica da ATEC, referiu a grande procura que existe no mercado por técnicos formados nesta área, que permite uma taxa de empregabilidade de 100%.
Acont - KYB
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ACONTECIMENTO Inauguração Centro de distribuição europeu da KYB
No caminho da liderança O maior fabricante de amortecedores para primeiro equipamento quer também ser líder no aftermarket europeu já em 2010. Para tal, tem vindo a desenvolver uma gama diversificada de componentes de suspensão e a reestruturar a sua logística. Recentemente, inaugurou um novo armazém europeu, nos arredores de Paris.
O
novo Centro logístico de Paris tem como principal objectivo apoiar a estratégia da KYB para liderar o mercado de amortecedores de substituição na Europa. Com estas novas instalações, a KYB passa a dispor do dobro de capacidade de armazenamento, o que permitirá uma maior cobertura e disponibilidade de produto, assim como uma entrega mais rápida das encomendas aos seus clientes europeus. Com uma área útil de armazenamento superior a 10.000 m2, o novo Centro fornece directamente 30 países europeus e dispõem de 3.500 referências em stock. No discurso de inauguração, o Sr. Tadahiko Ozawa, Presidente da KYB Corporation, destacou o facto da quota de mercado da marca, no aftermarket europeu, ter crescido 350% nos últimos 10 anos. “Estamos muito orgulhosos de sermos líderes na Europa e no Mundo em primeiro equipamento, e como é lógico, queremos também liderar o aftermarket. Nos últimos anos, para além deste novo Centro de Distribuição Europeu, já abrimos mais seis armazéns em toda a Europa e duas fábricas em Espanha, uma de bombas de direcção assistida e outra de amortecedores. No final do ano, começará a produção de amortecedores na nova fábrica da KYB, localizada na República Checa”, disse T. Ozawa. Posição actual da KYB No presente, a KYB continua a ser uma multinacional de origem Japonesa, com sede social em Tóquio, em cuja Bolsa está cotada. Com 15 fábricas, na Ásia, Europa e EUA, empregando mais de oito mil colaboradores, a KYB possui uma capacidade de produção anual de 75 milhões de amortecedores. Grande parte da produção ocorre em linhas totalmente automatizadas, o que garante enorme produtividade e custos reduzidos, para além de um nível de qualidade homogéneo e fiável.
O Centro de distribuição da KYB em Paris tem uma área superior a 10.000 m2 e 3.500 referências em stock. A sua construção vai permitir mais disponibilidade de produto e maior rapidez de entrega.
O Sr. Sato, responsável europeu da KYB, e Pedro Antão, responsável da KYB em Portugal, confirmaram a aposta da marca no apoio aos seus clientes, a nível de formação e informação técnica de produto.
No discurso de inauguração, o Sr. Tadahiko Ozawa, Presidente da KYB Corporation, destacou o facto da quota de mercado da marca, no aftermarket europeu, ter crescido 350% nos últimos 10 anos.
Neste momento, é líder mundial de equipamento original de amortecedores para a indústria automóvel (23%), equipando um em cada quatro carros novos. Na Europa, também lidera o equipamento de origem, com 20%. Quanto ao aftermarket mundial, a KYB é o terceiro maior fornecedor, mas definiu já uma estratégia para alcançar uma quota de 25% neste mercado. Entre os clientes mais prestigiosos da empresa estão a Boing, Shinkansen (TGV japonês), Caterpillar e numerosos construtores mundiais de automóveis. A maior parte dos construtores asiáticos de automóveis montam KYB como primeiro equipamento (Toyota, Suzuki, Nissan, Mitsubishi, Mazda, Kubota, Komatsu, Isuzu, Honda e Daihatsu), para além dos fabricantes de motos Kawasaki e Yamaha. Nas marcas de veículos “ocidentais“, são clientes de equipamento original a Audi, Fiat e Alfa Romeo, Ford, Peugeot, Renault, Seat, VW, entre outras. Em relação ao após-venda europeu, a KYB possui uma oferta que cobre praticamente 99% do parque circulante.
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Oficina Mês - So Pneus
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Sópneus
Pneus e serviços Especializada na área dos pneus, a Sópneus tem vindo a diversificar um pouco mais a oferta de serviços auto, indo assim de encontro às necessidades da moderna distribuição, posicionando-se como um auto-centro embora especializado em pneus.
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Sópneus foi fundada em 1970 por António Silva, um empresário que dedicou grande parte da sua vida (desde 1959) ao negócio dos pneus. Apesar de ser um negócio tipicamente familiar, o seu crescimento foi exponencial ao longo do anos, primeiro com duas lojas de pequenas dimensões no interior da cidade do Porto, que actualmente só trabalham veículos ligeiros, para mais recentemente (já em 1999) abrir novas e amplas instalações em Vila Nova de Gaia. “Com estas novas instalações e com condições para podermos trabalhar os camiões de uma forma profissional, acabámos por ter um grande sucesso, até porque começamos também a apostar nos serviços rápidos de mecânica”, começa por referir Carlos Silva, actual Sócio-gerente da Sópneus. Rapidamente surgiu a oportunidade e a necessidade de fazer aumentar as instalações, que permitiu dividir a área de ligeiros da área de pesados, sendo desenvolvido um espaço próprio para o armazém. Actualmente a Sópneus dispõe de instalações (só em Vila Nova de Gaia) com uma área total superior a 2.500 m2. Apesar da aposta ser nos pneus, “não fazia muito sentido não proporcionar ao cliente outro tipo de serviços, como a mudança de pastilhas de travão, de filtros, do óleo, entre outros, que ele próprio também nos solicitava e que não requerem grande especialização”, frisa Carlos Silva. Os pneus representam o grosso da actividade da Sópneus, não só ao nível do cliente particular, mas também através das frotas, “que é um mercado muito importante onde estamos muito bem implementados”, assegura Carlos Silva. Outra área não menos importante no negócio da Sópneus é a revenda a pequenas casas de pneus na área do grande Porto, que “representa uma facturação superior a 50% se analisarmos só a actividade ligada aos pneus e que justifica o investimento que temos em armazém”, sublinha Carlos Silva. A Sópneus aderiu ao conceito First Stop, da Bridgestone, que lhe garantiu também uma excelente imagem nas instalações em Vila Nova de Gaia. “Conseguimos uniformizar a nossa imagem, dando às instalações um aspecto mais moderno e acolhedor, mas este acordo não nos limita em termos comerciais às marcas da Bridgestone, até porque vendemos mais pneus do grupo Michelin”, revela Carlos Silva. Com uma excelente capacidade de armazenagem, a Sópneus desenvolveu uma política de produto / preço, assente na diversificação da oferta. “Desde os pneus topo de gama até às linhas brancas onde o preço é o factor preferencial, temos uma oferta muito diversificada que vai de encontro ás necessidades dos nossos clientes”, acentua o responsável desta empresa. A diferenciação e a especialização desta empresa também se faz ao nível dos equipamentos que permitem efectuar os serviços propostos, tendo a Sópneus sido das
Organização Sópneus Para além das pequenas unidades que tem no Porto, a Sópneus em Vila Nova de Gaia (Canelas) divide-se essencialmente em três espaços destinadas a ligeiros, pesados e ao armazém. A recepção, que para além da zona de atendimento, possui ainda uma zona de exposição de diversos produtos e acessórios para o automóvel, está no centro deste espaço, tendo do seu lado direito a oficina para camiões e do lado esquerdo para ligeiros. Na zona para camiões existem todos os equipamentos necessários à troca de pneus, incluindo duas gaiolas de enchimento que poucas casas de pneus usam em Portugal. Na zona para ligeiros existem os tradicionais equipamentos para troca de pneus e alinhar a direcção, mas também equipamentos para efectuar todo o tipo de serviços rápidos. Um enorme armazém abastece não só as próprias oficinas, como efectua vendas para outras casas de pneus.
Sópneus
A Sópneus, apesar de estar historicamente associada a pneus, desenvolve actualmente diversos serviços rápidos de mecânica, oferecendo assim um serviço mais completo ao seu cliente
poucas empresas em Portugal a adquirir “gaiolas” para enchimento de pneus de pesados (apesar de obrigatório por lei), acima de tudo “por uma questão de segurança, proporcionando melhores condições de trabalho aos nossos funcionários e um melhor serviço ao cliente”, revela Carlos Silva. Não menos importante tem sido a aposta na formação dos seus activos humanos, sendo agora um dos objectivos de curto prazo a abertura de uma pequena sala de formação dentro das próprias instalações. Nesta lógica de investimentos para o fu-
turo, a Sópneus tem a ideia de criar mais uma ou duas pequenas lojas de venda ao público, como os que têm em Matosinhos e Porto, mas “nunca queremos sair da zona do grande Porto, que é um mercado que conhecemos”. Relativamente ao mercado, Carlos Silva considera que a Sópneus não tem registado uma quebra nas vendas de pneus, “agora o que se nota é que existe uma tendência para o cliente procurar pneus mais económicos”. Contudo, em termos de concorrência, Carlos Silva alerta para algumas “situações
Sede: Rua de Monchique, 4/20 4050-394 Porto Gerente: Carlos Silva Telefone: 22 205 48 66 Fax: 22 332 41 60 E-mail: porto@sponeus.com Internet: www.sopneus.com
desleais no mercado, com a venda de pneus usados provenientes do estrangeiros que não pagam nem ecovalor nem IVA. Considero que devia existir muito mais fiscalização, até pela concorrência desleal que nos fazem”. A Sópneus pertence actualmente à APN (Agrupamento Pneumático do Norte), que é uma estrutura sem fins lucrativos com sete associados, que actualmente “funciona como uma central de compras, mas pretendemos que venha no futuro a evoluir para um outro conceito com imagem própria”, conclui Carlos Silva.
Emp - Autocenter
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EMPRESA
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Autocenter
Renovar a imagem A maior cadeia de autocentros portuguesa, viu recentemente a sua imagem e designação alterada de Império Autocenter para apenas Autocenter. O Jornal das Oficinas foi saber o porquê desta alteração.
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endo uma das empresas pioneiras no desenvolvimento dos centrosauto em Portugal, sendo também a que detém o maior número de estabelecimentos, o ano de 2006 ficará marcado pela introdução de um nova designação e uma nova imagem em todos os centros-auto. A designação Império Autocenter deixa de existir e dá lugar a uma nova designação, Autocenter, alicerçada numa imagem mais actual e mais de acordo com o conceito de centro-auto. “O motivo da alteração da designação é muito simples”, começa por referir Jorge Leitão, Director de Marketing e Comunicação da Autocenter, acrescentando que “há muitos anos que o nome Império está ligado à área dos pneus, nomeadamente através da Império Pneus, mas a Império Autocenter (agora Autocenter), desde há muito que é um negócio muito mais abrangente”. Apesar de reconhecer que os pneus representam ainda uma parte muito importante do negócio, a Autocenter oferece também uma grande variedade de serviços não só na área dos pneus (alinhamentos, equilibragem, etc.) como também na área da mecânica (travões, amortecedores, mudança de óleo, filtros, etc.), pelo que “não fizemos mais do que mudar a designação comercial da empresa, com uma nova marca, que melhor reflectisse aquilo que estamos preparados para oferecer ao mercado”.
Autocenter Sede: Nogueira – Apartado 457 4711-914 Braga Director de Marketing: Jorge Leitão Telefone: 253 240 600 Fax: 253 240 601 E-mail: geral@autocenter.pt Internet: www.autocenter.pt
A designação Autocenter e uma nova imagem baseada em novos logótipos e na vivacidade e pujança da cor vermelha, permite “que o mercado nos reconheça como um conjunto de centros-auto que estão habilitados a fazer tudo o que tenha a ver com serviços de mecânica rápida, com um relação custo/benefício muito proveitosa para o cliente, sendo uma alternativa aos
tradicionais concessionários”, assegura Jorge Leitão. Com o novo nome e o esforço de comunicação que lhe estará associado, espera Jorge Leitão que a Autocenter obtenha “um maior reconhecimento por parte do mercado-alvo, relativamente ao tipo de serviços que disponibilizamos e à actividade que desenvolvemos”. Assim o aumento da oferta de produtos e serviços, não dependerá da mudança de nome mas “da necessidade que qualquer empresa tem de crescer, e de ter uma maior e melhor oferta, adequada à exigência do mercado”, afirma o Director de Marketing da Autocenter. Com mais de 40 lojas espalhadas em todo o país, é política interna dos responsáveis da Autocenter, expandir ainda mais a rede. “Se tudo correr de acordo com o planeado, está previsto ainda para este ano, abrirmos mais quatro centros auto”, afirma Jorge Leitão, destacando que um dos “exlibris” será o novo centro a abrir junto ao Continente da Amadora, já que este passará a ser uma das maiores unidades Autocenter em Portugal, numa localização privilegiada.
Em termos estratégicos, o que está planeado é a abertura de novos Autocenter em áreas geográficas “onde sabemos que existe uma carência a este nível e em que o potencial de negócio seja elevado, e que, no fundo, complementem a oferta já existente”, esclarece Jorge Leitão. Não fugindo do conceito de franchising (há duas unidades franchisadas) a política de abertura de novos Autocenter, passa na maioria das vezes por estruturas detidas pela própria rede, pois “achamos que desta forma temos um controlo mais directo sobre aquilo que pretendemos para os nossos centros-auto”, admite o responsável de Marketing da Autocenter, acrescentando que “temos sido muito bem sucedidos com a nossa estratégia, como se prova pelo crescimento que temos vindo a registar, apesar do abrandamento económico”. Em termos de conceito de centro-auto, Jorge Leitão refere que a Autocenter têm na maioria dos seus centros-auto uma componente de loja e uma componente de oficina, referindo contudo que “essa será uma avaliação feita caso a caso. Temos centros só com oficina, mas queremos que as duas componentes estejam presentes, nomeadamente nos novos centros que vamos abrir”. Relativamente à política de produto e de preço, o responsável de marketing da Autocenter, considera que “temos uma oferta muitíssimo abrangente quer em termos de produto quer em termos de preço, pois a nossa intenção é a satisfação total das necessidades de qualquer cliente que se dirija aos nossos centros. Considero que esta, aliada à qualidade do serviço prestado, é uma das mais importantes vantagens competitivas que temos em relação à nossa concorrência”. Refira-se que a Autocenter continua a ser detida em partes iguais pelo Grupo Império e pela Choice-Car, holding do Grupo Salvador Caetano e Grupo Sonae para o negócio automóvel.
Emp - Vauner
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EMPRESA Vauner
Negócio em
expansão
Mantendo-se fiel aos seus princípios, a Vauner é um dos mais importantes grossistas na área das peças de carroçaria, tendo vindo também a apostar fortemente nas peças de mecânica. Fruto desse crescimento, a Vauner inaugurou recentemente um imponente armazém em Fânzeres, bem perto do Porto.
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Vauner é uma empresa especializada em peças de carroçaria. Contudo, nos últimos anos houve uma alteração estratégica na política de produto, em que se continuou a privilegiar a aposta na área de colisão, reforçando contudo a aposta nos produtos de mecânica. “Quisemos reduzir o grande diferencial de vendas que existia entre os produtos de carroçaria e os produtos de mecânica, isto é, a importância das vendas de produtos de mecânica na Vauner tem vindo a aumentar, apesar das vendas reais na área da chapa também tenham crescido”, afirma Rogério Oliveira, Director de Compras da Vauner. Desde 2004 a Vauner introduziu 9 linhas de produtos da Samko (travagem) e Lubrificantes Delkol, tendo ficado com a representação exclusiva destas marcas para Portugal, assim como passou a disponibilizar novas linhas da AC Delco (também em exclusivo), que até então não comercializava, como escovas limpa-vidros, filtros e, brevemente, embraiagens, correias de distribuição, velas e amortecedores. “Tratou-se de uma forte aposta em material de primeiro equipamento, de reconhecida qualidade, como é o caso dos produtos da AC Delco”, sublinha Jerónimo Oliveira, Director Geral da Vauner, acrescentando Rogério Oliveira, que “como empresa presente na grande distribuição, e não no retalho, existem linhas de produtos que não trabalhamos nem temos intenção nem sentimos a necessidade de trabalhar, embora saibamos que é necessário ter uma gama muito diversa para dar reposta às necessidades dos nossos clientes”. Trabalhando actualmente com um mercado de aproximadamente 1.200 casas de peças, os responsáveis da Vauner fazem questão de frisar a seriedade com que estão no mercado, “já que não fazemos vendas directas, por nenhum meio, às oficinas”, garante Jerónimo Oliveira. Investir em Armazéns Para a Vauner a aposta na capacidade dos seus armazéns é fundamental. A prova disso mesmo, é o recém concluído armazém em Fânzeres, com uma capacidade de 7.500 m2, que permite dar resposta à crescente introdução de novas linhas de produtos, mas também “servir melhor o cliente, criando melhores condições de operatividade e consequentemente aumentar a produtividade e a rentabilidade”, refere Rogério Oliveira. Actualmente a Vauner dispõe de aproximadamente 50.000 m2 de capacidade de armazenagem, dividas por cinco estruturas localizadas em Fânzeres, Porto Alto, Lisboa, Coimbra e Maia. Futuramente a Vauner vai também dispor de novas instalações em Lisboa, com uma maior capacidade de armazenagem e que deverá cumprir os mesmos objectivos traçados para o novo armazém que a empresa tem a funcionar em Fânzeres. “A nossa aposta está na melhoria cons-
Explorar as vantagens da internet A Vauner já tem disponível na sua página web (www.vauner.pt), uma área reservada para os seus clientes, proporcionando-lhes através de uma “password”, o acesso à sua contacorrente, à disponibilidade de stock e aos preços actualizados dos produtos que comercializa. “A adesão a este serviço, assim que o lançamos em Dezembro, foi enorme, pois registamos mais de 350 clientes”, sublinha Rogério Oliveira, acrescentando que “logo na segunda semana em que o site esteve disponível tivémos mais de 275 encomendas por este canal, o que é excelente”. Apesar de reconhecer que ainda está numa fase inicial, Rogério Oliveira considera que se “trata de uma excelente ferramenta de trabalho e que permitir reduzir custos, essencialmente aos nossos clientes”.
Vauner Trading, S.A.
Rogério Oliveira (Director de Compras) e Jerónimo Oliveira (Director-Geral) junto ao novo armazém que a Vauner possui na sua sede em Fânzeres/Gondomar, com aproximadamente 7.500 m2. Abrir uma novo armazém na zona de Lisboa também está nas perspectivas dos responsáveis da Vauner.
tante do serviço que damos ao nosso cliente para o fidelizar”, afirma Rogério Oliveira, que refere que “o preço é ainda muito importante neste mercado, mas queremos melhorar a resposta que damos ao cliente e isso só se faz através da melhoria do serviço, satisfazendo cada vez mais as suas necessidades”. Mercado Devido à forma como o mercado se encontra, “temos a noção de que 20 a 30% das oficinas irão desaparecer e, consequentemente, 20 a 30% dos retalhistas e importadores de peças também deixarão de funcionar, passando a existir uma selecção natural do própria mercado”, analisa Rogério Oliveira, sublinhando “que essa é uma tendência que já se nota no mercado e que em 2007 será ainda mais forte, até porque existe uma tendência generalizada para a diminuição do consumo de peças, sejam elas de mecânica ou de carroçaria”. Relativamente ao mercado das peças de carroçaria, “as oscilações não têm sido tão evidentes, pelo menos no caso da Vauner,
pois trata-se de um tipo de material mais difícil de trabalhar e que exige alguma especialização e muitos investimentos. Não é por acaso que a Vauner tem perto de 50.000 m2 de área em termos de armazéns”, refere Rogério Oliveira.
Sede: Rua da Carvalha de Baixo – Apt. 2035 4514-909 Fânzeres – Gondomar Director de Compras: Rogério Oliveira Telefone: 224 853 420 Fax: 224 853 426 E-mail: vendas@vauner.pt Internet: www.vauner.pt
Emp - Casa das jantes
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Casa das Jantes
O mundo das jantes A “Casa das Jantes” é a mais antiga empresa nacional dedicada à reparação de jantes de automóveis, concentrando também a sua actividade na comercialização de jantes novas e usadas e ainda de todo o tipo de acessórios que tenham exactamente a ver com jantes.
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ão deixa de ser curioso que a actividade de reparação de jantes em Portugal esteja concentrada a norte do país e mais concretamente em Braga onde se encontra também a Casa das Jantes. O início da actividade deu-se em 1965, num negócio iniciado pelo pai do actual gerente da Casa das Jantes, Narciso Xavier, que foi crescendo ao longo dos anos, tornando-se, por direito próprio, como a referência deste sector da reparação de jantes. A Casa das Jantes voltou nesta década a apostar novamente na fabricação de jantes, “já que existem muitos casos de medidas que não são estandardizadas, nomeadamente para carros clássicos e para veículos de competição e nós temos capacidade industrial e conhecimento técnico para as fazer nas nossas instalações, não existindo neste momento ninguém em Portugal que o faça”, refere Narciso Xavier, acrescentando “a procura por este tipo de serviço tem vindo a crescer, não só em Portugal mas também em Espanha e França, onde também estamos presentes”. Mais de 80% da actividade da Casa de Jantes continua, contudo, a ser a reparação, embora actualmente já sejam disponibilizados muitos outros serviços, como “o polimento das jantes, que lhes dá um efeito cromado, sendo esta empresa a única que dispõe de robot´s para o fazer com qualidade”, sublinha Narciso Xavier. Serviço Juntamente a toda a actividade industrial inerente à reparação das jantes, a Casa das Jantes desenvolve uma intensa actividade comercial, assente numa frota diversificada de veículos, que se deslocam por todo o país recolhendo e entregando jantes, nomeadamente junto das oficinas. A possibilidade de laborar industrialmente 22 horas por dia, permite que a Casa das Jantes consiga entregar a jante reparada em prazos muito curtos após a recolha da mesma. “Desde que estamos a trabalhar com esta disponibilidade industrial, o número de serviços aumentaram bastante, embora a procura externa compense uma ligeira quebra da procura interna, isto é, cada vez temos mais serviço de Espanha e França, onde aliás temos equipas comerciais a trabalhar”, refere Narciso Xavier.
Casa das Jantes Sede: Parque Industrial de Adaúfe, Ap 2218 4710 – 000 Braga Gerente: Narciso Xavier Telefone: 253 628 753 Fax: 253 628 755 E-mail: geral@casadasjantes.com Internet: www.casadasjantes.com
Reparação e não só A Casa das Jantes concentra grande parte da sua actividade na reparação das jantes, embora disponibilize outros produtos e serviços. Agregado à actividade de reparação existe também a construção de jantes por pedido, nomeadamente para veículos clássicos ou para veículos de competição. Outra das actividades é a venda de jantes novas e usadas, com uma enorme disponibilidade de modelos e de marcas. Para além disso a Casa das Jantes comercializa todo o tipo de acessórios de segurança, conforto e embelezamento que tenham ver directamente com as jantes. Espaçadores, porcas, centros de jantes, etc, são apenas alguns dos exemplos daquilo que se pode encontrar no protfólio de produtos disponibilizados pela Casa das Jantes.
Narciso Xavier dirige a mais antiga empresa de reparação de jantes, a Casa das Jantes, que existe em Portugal
Garantia Um aspecto muito importante neste negócio é a garantia da reparação. “Com a experiência que temos sabemos perfeitamente quais as jantes que não oferecem garantia de reparação e nesse caso avisamos o cliente dessa situação sendo a jante rejeitada”, afirma Narciso Xavier, sublinhando que nessas situações “o cliente pode optar por uma jante usada ou nova, que temos em stock”. Não existindo uma garantia formal da reparação, este responsável da Casa das Jantes reconhece que as reclamações se devem essencialmente, não a defeitos na reparação, mas sim à aplicação de produtos de limpeza altamente corrosivos que muitas vezes aceleram o desgaste do polimento das jantes, o mesmo sucedendo com as jantes novas. Outro aspecto muito importante é que todas as jantes, independentemente do material em que são construídas de origem, têm reparação, contudo existem “limites técnicos para os quais não se torna rentável reparar uma jante, mas a maioria dos nossos clientes já sabe também fazer essa triagem”, considera Narciso Xavier. Para além do particular, que pode recorrer directamente à Casa das Jantes, inclusivamente através de uma loja aberta ao público em Braga, esta empresa trabalha essencialmente com oficinas independentes e concessionários de automóveis em todo o país. Ao todo são mais de 1.800 clientes em Portugal, que geram um movimento diário de aproximadamente 600 jantes por dia, das quais metade se encontram em reparação. Uma das principais apostas da Casa das Jantes tem sido na internacionalização do negócio, nomeadamente em França, “que é um mercado muito importante e recente em termos de reparação de jantes”, assegura Narciso Xavier, concluindo que “em Portugal a concorrência já é muito grande e não tem sido possível reflectir nos preços o aumento dos factores de produção e de aquisição de equipamentos”.
Emp - CA Portugal
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EMPRESA CA Portugal
O futuro da oficina Para além das oficinas de marca, das independentes e dos auto-centros / fast-fit, poderemos afirmar que com a CA Portugal nasceu um novo conceito de oficina, cruzando tecnologia com questões ambientais e serviço com menores custos para o cliente.
H
á 10 anos ligado ao mundo automóvel na gestão de um concessionário de marca, Gonçalo Eiró, Director-Geral da CA Portugal, chegou à conclusão de que os projectos “unimarca” não teriam grande futuro. “Onde trabalhava não consegui ver um projecto estruturado dentro daquilo que eu entendia ser o futuro do mercado automóvel”, começa por referir Gonçalo Eiró. Com esta ideia em mente o principal responsável pelo “projecto” CA Portugal parte, juntamente com outros sócios, para a aquisição de uma concessão automóvel (Trovão & Quental), já que se pretendia manter a assistência Fiat / Lancia e ficar com as instalações que lhes estavam afectas. O projecto assumia ainda a participação na rede Bosch Car Service, como meio de poder dar resposta a um conceito multimarca, com todas as vantagens tecnológicas e de imagem que essa associação representa. Por sugestão de um dos accionistas deste projecto, a CA Portugal ficou também com o Master Franchise para Portugal de um conceito de Smart-Repair (a ChipsAway). O início da actividade da CA Portugal dá-se em Maio de 2005, partindo para um negócio automóvel multimarca, investindo em tudo o que é tecnologias de ponta. “Investimos muito em tecnologia, quer ao nível do parque informático, com computadores e software do mais avançado que existe para este negócio, quer ao nível dos equipamentos Bosch, todos eles topo de gama, numa perspectiva de rentabilização do negócio”, refere Gonçalo Eiró. Ao longo deste primeiro ano de actividade, outros investimentos foram sendo feitos na CA Portugal, optando-se sempre pela via da qualidade dos equipamentos, com a aquisição de tecnologia na área da carroçaria, que permitiu duplicar a capacidade de chapa e pintura, com o constante aumento do número de recursos humanos. “Tudo isto obedece a um plano que está estruturado e pensado, o que não quer dizer que não sofra alterações, pois ele vai ter que se adaptar constantemente à evolução da empresa e do mercado envolvente”, sublinha Gonçalo Eiró, acrescentando que “a CA Portugal é actualmente uma marca, com possibilidades de vir a franchisar o próprio conceito”. Conceito Mas qual será então o conceito CA Portugal? Na opinião de Gonçalo Eiró o conceito CA Portugal é o “casamento das tecnologias: Smart-Repair, Body-Shop e Bosch Car Service”. Esta união de tecnologias permite desenvolver, na perspectiva do Director-Geral da CA Portugal, “um enorme potencial de criação de sinergias e mais-valias para o cliente final. Os ganhos de eficiência por via de uma redução de custos são de tal forma grandes, que nos permitem pensar em expandir este conceito noutras zonas do país”.
Instalações em Lisboa
Contudo, o objectivo da CA Portugal não é crescer desmesuradamente, mas sim perceber nesta fase se este conceito pode evoluir e de que forma. “No fundo, a CA Portugal funciona como uma receita do que para mim é o futuro do mercado oficinal”, considera Gonçalo Eiró, atendendo a que actualmente em Portugal, “existe a assistência mais cara e menos rentável da Europa, onde não há um bom aproveitamento das tecnologias de reparação na área da chapa, e onde existe uma grande pressão para o consumo de peças. Por outro lado, o maior consumidor de chapa e pintura, as companhias de seguros, ainda estão dispostas a pagar isso, mas não acredito que isso se mantenha por muito mais tempo”. Considerando que o conceito tradicional de oficina não tem grande futuro, Gonçalo Eiró refere que “no dia em que se consiga fazer a junção do conceito Smart-Repair dentro de um Body-Shop, obtendo-se por essa via maior rentabilidade, este mercado vai virar-se ao contrário”.
A CA Portugal montou o seu primeiro centro oficinal em Lisboa, mais concretamente no Prior-Velho nas antigas instalações da Trovão & Quental. Num mesmo espaço, que pretende num futuro a médio prazo ser substancialmente alargado, encontramse reunidos os três pilares prinicipais da actividade da empresa. Um zona de Smart-Repair (ChipsAway), onde são feitas diversas intervenções de reparação rápida de chapa e plásticos que não necessitam de acções de reparação mais profundas, associado a uma forte componente tecnológica ao nível da mecânica como Bosch Car Service e ainda um centro de colisão que dará resposta a outro tipo de casos. Toda a estrutura é suportado e gerida por modernos meios informáticos, que garantem não só um melhor nível de atendimento como uma gestão mais eficaz e profissionalizada.
CA Portugal
Gonçalo Eiró é o responsável máximo da CA Portugal, que considera como sendo a oficina do futuro
Sede: Rua Professor Henrique de Barros, Lt 18 – 1º piso 2685 – 339 Prior Velho Director-Geral: Gonçalo Eiró Telefone: 219 497 910 Fax: 219 497 919 E-mail: ca@caportugal.com Internet: -
Mec Pratica - Retentores
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Jornal das Oficinas Maio 2006
MECÂNICA PRÁTICA
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Retentores radiais Reinz com lábios de Teflon
Vedação segura para durar Nos retentores radiais, o PTFE (Teflon), de maior eficácia, está a substituir os materiais de vedação tradicionais com elastómero. Quem, no entanto, pretender substituir os retentores radiais com Teflon, terá que possuir um know-how especial.
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etentores radiais com a designação RWDR, são elementos de vedação com lábios, em que o lábio primário encosta à componente rotativa. Considerado um elemento vedante dinâmico, este tipo de retentores evita a saída de lubrificante em cambotas, árvores de cames e veios de accionamento. O mais conhecido é o retentor radial Elastomer. O anel vedante com a designação ‘Simmerring’ consiste numa construção metálica com um lábio elástico de cauchu, que está revestido por borracha - um elastomer – para a vedação estática da componente do motor. O lábio de vedação desliza sobre o veio e é mantido sob pressão na superfície através dum anel de mola. O efeito de vedação resulta do processo elasto-hidrodinâmico, que provem de diversos ângulos no canto de vedação e do desgaste característico nas superfícies de contacto. O líquido a repelir deve por esse motivo encontrar-se sempre no lado do maior ângulo do canto de vedação. Em consequência do movimento rotativo no lábio de vedação, resulta uma abertura de cerca de 1 µm. Por aí sai sempre uma quantidade definida de óleo. Motores modernos exigem retentores mais eficazes A técnica avançada de motores, com rotações mais altas, temperaturas de óleo mais elevadas e lubrificantes mais agressivos e mais aditivados para corresponder aos intervalos mais longos de mudanças de óleo, exige retentores cada vez mais eficazes.
Mesmo os aditivos de óleo agressivos, não causam desgaste aos retentores com lábios em PTFE (seta). Além disso, os lábios PTFE resistentes ao desgaste são insensíveis ao rodar momentâneamente em seco e com uma fraca lubrificação.
São necessários materiais de vedação novos e mais resistentes. Motivo porque os retentores com lábios de vedação em Polytetrafluorethilene (PTFE) – conhecido sob o nome comercial Teflon -, são cada vez mais utilizados. Hoje em dia o PTFE aplica-se sempre onde a resistência a temperaturas e resistência química é importante, ou onde se devem vedar fluidos de fraca lubrificação. Retentores PTFE cobrem não somente um leque alargado de temperaturas (de –130ºC até +200ºC), como possuem uma fricção reduzida e uma tendência mínima de rotura após tempos de paragem, oferecendo vantagens significativas no andamento em seco e em situações de lubrificação deficiente.
dido e dobrado sobre o diâmetro do veio. O lábio ao aquecer durante o trabalhar do motor, através do efeito-memória produz a pressão necessária sobre o veio. Para a vedação estática, a Reinz injectou sobre a caixa de aço inoxidável um o-ring de Flúor-Elastomer. Os retentores radiais integrados são de uma forma especial, dado que o retentor está fixado sob pressão dentro da carcaça. Com este tipo de construção os tempos de produção no fabrico de série são agora mais curtos, e nos serviços de reparação pode poupar-se muito tempo, em virtude de só ser necessário montar 1 peça. Muitas vezes utilizam-se os retentores integrados para vedação de cambotas. Montagem em vários passos Devem considerar-se alguns pontos específicos na montagem dos retentores PTFE em relação aos retentores habituais retentores”. Para evitar erros de montagem recomenda-se os seguintes passos: - Para que o retentor PTFE esteja protegido de pó e outras sujidades, este deve ser retirado da sua embalagem protectora somente no momento antes da montagem. - O lábio está protegido com uma cápsula de plástico, a qual pode ser utilizada como ajuda na montagem. Ela é retirada somente após a Montagem. Quando a montagem é feita sem esta cápsula de plástico, o mecânico deve utilizar a ferramenta especial indicada pelo fabricante da viatura ou do motor.
Vedante com efeito-memória O retentor-radial PTFE tem algumas diferenças significativas em detalhes construtivos, perante o seu antecessor Elastomer. O anel de mola não é necessário. A pressão necessária resulta do chamado efeito ‘Plastic-Memory’, uma característica química do plástico. Quer dizer que o material, ao aquecimento, tende a retomar a sua forma de origem, lembrando-se do seu estado inicial. Na produção, o lábio é fabricado em forma de anel plano e fixado nesta forma ao anel rígido. O lábio é fabricado em material PTFE, altamente resistente e de fraca fricção. Um lábio anti-pó (em borracha ou feltro) montado adicionalmente, evita a entrada de partículas de sujidade. Na montagem do retentor, o lábio - inicialmente plano – é esten-
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Na montagem dos retentores radiais PTFE há a considerar alguns pormenores. Só se pode aplicar com uma cápsula de montagem (1+2). Ela é afastada após aplicação do retentor (3). Aplicar óleo ou massa lubrificante não é permitido. Muitos retentores radiais Elastomer podem ser substituídos por um retentor PTFE de maior capacidade.
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Os retentores radiais PTFE são insensíveis a altas temperaturas. As elevadas rotações e as crescentes temperaturas de óleo dos motores modernos exigem, cada vez mais, materiais de vedação constantes. Existem actualmente disponíveis para reparação, retentores em PTFE como peça sobressalente separada (1) ou como peça conjunta com carcaça (2). Uma camada Elastomer (seta) injectada, tem a função de vedação estática da carcaça.
PTFE - Um pó milagroso conquista a técnica Polytetrafluoretilenio – abreviado PTFE – é um polimero totalmente fluorisado e pertence à classe dos ‘polihalogen-olefinos’. Este material plástico branco tornou-se conhecido com os nomes de Teflon e GoreTex. A data de nascimento desta milagrosa matéria plástica foi em 6 de Abril de 1938. Ao investigar um novo produto para a refrigeração de frigoríficos para a empresa DuPont, o cientista químico americano, Roy Plunkett, deixou durante alguns dias uma garrafa com uma ligação de fluor gasoso no seu laboratório. Com o tempo esta substância transformou-se num pó branco: o polytetrafluoretilenio estava descoberto! O sucesso do PTFE no entanto, surgiu somente em 1954, quando o francês Marc Gregoire cobriu frigideiras com o plástico repelente. Mas também a NASA se interessou pelo pó branco milagroso: As cápsulas astronáuticas Apollo tiveram a bordo algumas centenas de quilogramas de PTFE – em forma de isolamento de cabos, mosaicos de protecção de calor e nos tecidos dos fatos de astronautas.
- Nem o lábio PTFE, nem a superfície do veio devem apresentar resíduos de gordura ou óleo. - Ao montar o retentor deve terse em atenção de que o veio não esteja danificado, com sítios de canto agudo, ranhuras etc. Tais irregularidades no veio devem ser tratados e eliminados por um especialista de motores. - Para instalar aplica-se a cápsula de montagem com o retentor radial PTFE no veio e verificase se o retentor esta em posição correcta. A cápsula é posicionada de modo a que possa assentar directamente sobre o veio. - Enfiar o retentor com movimentos regulares sobre o veio e verificar se o lábio PTFE não fique posicionado no mesmo sítio de rotação do anterior. Em seguida retirar a protecção de plástico.
- Para que o lábio se adapte eficazmente ao veio, de modo a garantir uma boa vedação, o motor não deverá ser posto a trabalhar durante as 2 horas seguintes. - Na montagem de retentores integrados, por exemplo na cambota do lado de engrenagem, segundo instrução do construtor, o carter em muitas viaturas deve ser ligeiramente desmontado, para evitar o forçar da peça de montagem. Esta nova técnica de vedação pode ser aplicada também em motores mais antigos, recomendando-se, por isso, a consulta do catálogo de peças antes da reparação. Para a maioria dos casos poderão ser utilizados em vez dos retentores Elastomer habituais, os retentores mais eficazes com lábio PTFE. Fonte: Victor Reinz
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MECÂNICA PRÁTICA Juntas de cabeça de motor (II PARTE)
Detectar e prevenir avarias Nesta edição concluimos o artigo referente a juntas de cabeça de motor, com a referência às restantes situações que podem originar avarias neste componente, porque é fundamental conhecer sempre a verdadeira causa que provocou a avaria, pois a simples substituição da junta num motor defeituoso é pura perda de tempo e dinheiro. Continuação do JO Nº 07.
9ª SITUAÇÃO Junta de folhas metálicas danificada por combustão inadequada
7ª SITUAÇÃO Fuga de óleo em consequência da destruição de um elemento de vedação, durante a montagem da junta (veículo industrial)
Aspecto da junta: Na foto da esquerda nota-se a folha funcional inicialmente escurecida, terminando por partir-se (foto da direita). Causa: A combustão incontrolada provocou vibrações de alta frequência, cujas ondas de choque atingiram a junta na zona de fecho.
Aspecto da junta: Os elementos de vedação em elastómero foram deslocados da placa de suporte e cortados. Causa: A cabeça foi colocada repetidas vezes em cima da junta, para corrigir a posição; ao mover a cabeça, uma pressão demasiado forte de um dos cantos da cabeça inutilizou o vedante.
Outras causas prováveis: - Carburante de qualidade inferior (autodetonante); - Relação de compressão excessiva.
Outras causas prováveis: - O vedante foi deslocado por uma passagem de gases; - O vedante foi comprimido demasiadamente, em virtude da sobreelevação da camisa do cilindro. Procedimentos de reparação: - Preparação cuidadosa e execução metódica de todas as fases de montagem da junta; - Caso seja necessário repetir a inserção da cabeça do motor, verificar atentamente eventuais danos causados à junta. 8ª SITUAÇÃO Fuga de óleo provocada pela deposição de mastique sobre um elemento de vedação da junta
Procedimentos de reparação: - Utilizar em todas as circunstâncias componentes de motor prescritos pelo fabricante (velas, juntas, injectores, etc.). 10ª SITUAÇÃO Junta danificada pelo fenómeno conhecido vulgarmente por “grilar”
Causa: Demasiado mastique foi aplicado na placa de suporte metálico da junta; na sequência da vulcanização do mastique, os elementos de vedação foram submetidos a uma pressão exagerada e deslocados; as impurezas depositadas pelo próprio óleo da fuga provocaram a ampliação dos danos. Outra causa possível: - O elemento de vedação foi danificado durante a colocação da cabeça sobre a junta. Procedimentos de reparação: - Evitar o uso de mastiques e outros tipos de vedantes; - Examine cuidadosamente a superfície de contacto das peças do motor; - Efectuar regularmente a mudança de óleo do motor.
Aspecto da junta: O elemento vedante deslocou-se da placa de suporte, tendo-se depositado impurezas na ranhura de vedação.
AVARIAS PROVOCADAS POR DEFICIÊNCIAS DE COMBUSTÃO Os fenómenos de combustão anómala são de certo modo frequentes, principal-
mente nos motores a gasolina. Quando se processa a ignição fora do tempo ou existe injecção de combustível depois de iniciada a combustão, a pressão no interior do motor pode exceder os 100 bar e a temperatura ultrapassar os 3.700º C. Tanto as juntas de cabeça como as peças do motor sofrem danos em maior ou menor grau, dependendo do período de tempo em que ocorrem os problemas. Na origem da combustão irregular podemos encontrar as seguintes causas: - Carburante com índice octano inferior ao preconizado pelo construtor; - Velas de ignição com graduação térmica inadequada; - Relação de compressão excessiva; - Gasóleo misturado na gasolina. Nos motores diesel, as causas podem ser as que seguem: - Afinação da bomba injectora incorrecta; - Injectores com fugas de gasóleo; - Junta de cabeça inadequada (em espessura), sem ter em conta a subida dos êmbolos na câmara de combustão; - Combustível de má qualidade.
Aspecto da junta: Deformações e inchaços são perfeitamente visíveis na zona da junta que circunda a câmara de combustão. O metal em certos locais desapareceu e o material flexível está queimado. Causa: O avanço da ignição encontra-se desregulado, provocando uma combustão descontrolada; vibrações de alta frequência e ondas de choque violentas destruíram a junta em volta da câmara de combustão. Outras causas possíveis: - Combustível inadequado; - Relação de compressão excessiva; - Velas de ignição de gau térmico incorrecto.
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MECÂNICA PRÁTICA Procedimentos de reparação: - Afinar o sistema de ignição; - Utilizar componentes recomendados; - Experimentar o veículo depois de montar a junta.
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MONTAGEM CORRECTA DE UMA JUNTA EM SETE OPERAÇÕES Para finalizar o presente trabalho, não poderíamos deixar de apresentar, os sete principais passos de montagem de uma junta de cabeça, segundo os requisitos dos fabricantes de motores:
11ª SITUAÇÃO Junta queimada por fenómenos de má combustão.
1 - Limpar totalmente e com todo o cuidado as superfícies planas das peças do motor em contacto com a junta (cabeça do motor e bloco de os cilindros), eliminando todos os resíduos de juntas anteriores e outros revestimentos, bem como desengordurando-as em seguida. 2 - Eliminar totalmente o óleo e sujidades depositadas nos furos de fixação dos parafusos da cabeça, verificando se as respectivas roscas não se encontram danificadas ou gripadas.
Aspecto da junta: Em torno da câmara de combustão a junta está deformada e apresenta zonas queimadas e completamente destruídas. Causa: Foi utilizado um combustível inadequado, tendo provocado sobreaquecimento e aumentos de pressão excessivos; para além da junta inutilizada os êmbolos ficaram picados. Outras causas possíveis: - Ignição desafinada; - Relação de compressão excessiva; - Velas muito usadas, sujas ou de grau térmico incorrecto. Procedimentos de reparação: - Utilizar combustível antidetonante (maior índice octano); - Substituir os componentes por outros preconizados pelo construtor; - Verificar a afinação do motor. 12ª SITUAÇÃO Junta fortemente danificada pelo desprendimento da câmara de pré combustão.
Causa: A câmara de turbulência do 1º cilindro desprendeu-se, durante a marcha do veículo; além da junta inutilizada, a câmara de combustão, as válvulas e o êmbolo sofreram danos consideráveis.
Aspecto da junta: O anel metálico da junta, em torno da câmara de combustão, foi fortemente comprimido pela gola da camisa do cilindro (foto à direita), danificando a junta e a cabeça do motor.
Outra causa possível: A folga ao nível das câmaras de turbulência não conforme às prescrições do fabricante.
Causa: O diâmetro da junta, ao nível da câmara de combustão não foi devidamente verificado; embora a junta nova coincidisse com a desmontada em todos os outros detalhes, falhou esse importante pormenor.
Procedimentos de reparação: - Indispensável verificar a solidez de fixação das câmaras de turbulência e a sobreelevação do êmbolo, antes de montar a nova junta. 13ª SITUAÇÃO Junta danificada em consequência de um erro de montagem (veículo industrial)
Aspecto da junta: A junta de cabeça de folhas metálicas foi danificada por impactos na zona dos elementos de turbulência.
3 - Preparar as superfícies planas das peças: - Eliminar as saliências com pedra de rectificar a óleo; - Determinar a planitude das peças em toda a sua superfície, com uma régua de precisão; a margem de erro longitudinal deve ser inferior a 0,05 mm e inferior a 0,03 mm, no sentido transversal; - Eliminar todas as cavidades e porosidades numa oficina especializada de rectificação de peças; as tolerâncias de regularização dependem do tipo de junta. 4 - Centrar a junta de cabeça sobre o bloco motor (sem utilizar massas vedantes ou mastiques); é fundamental que o revestimento da junta não esteja danificado. 5 - Colocar a cabeça do motor, evitando riscar o revestimento superficial da junta; evitar que resíduos (aparas metálicas e outros) fiquem depositados entre a junta e a cabeça do motor. Óleo
Óleo
Outra causa provável: Utilização de uma junta de substituição sem garantia de qualidade original. Procedimentos de reparação: - Desmontar a gola da camisa do cilindro e experimentar se passa facilmente no orifício da nova junta; - Efectuar a montagem da junta segundo as prescrições do fabricante. Fonte: Elring
6 - Preparação dos parafusos: - Seleccione componentes recomendados pelos construtores; por princípio, os parafusos da cabeça do motor e as respectivas anilhas devem substituídos em cada montagem; - Olear ligeiramente o roscado e a superfície de apoio da cabeça do parafuso; - Se o parafuso for montado com anilha, olear a face da anilha que aperta contra a cabeça do parafuso; Atenção, não olear em caso algum a superfície de apoio da anilha sobre a cabeça do motor. 7 - Apertar os parafusos: - Respeitar rigorosamente a ordem de aperto dos parafusos prescrita pelo construtor do veículo; os sistemas mais usados de aperto são: do meio para o exterior; em cruz; e em hélice. - Respeitar as instruções de aperto angular/binário, seguindo a ordem e o nível de progressividade. - Respeitar as instruções de reaperto, caso estejam previstas.
NOTICIAS Pneus
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Breves NOVAS REGRAS PARA RECAUCHUTAGEM Já se encontram em vigor as novas normas para a actividade de recauchutagem de pneus, promulgadas pela Comissão Europeia, em alinhamento com o regulamento da Comissão Económica para a Europa da ONU. As obrigações passam a ser idênticas às dos fabricantes de pneus novos, tanto no que respeita a características, homologações e métodos de produção, estando previstas sanções para os infractores. A nova regulamentação também consagra o mérito da actividade de recauchutagem, para a conservação do meio ambiente, reduzindo o volume de materiais utilizados, o consumo de energia e a formação de resíduos.
PNEUS Continental apresenta “Super-Pneu”
Novo ContiSportContact
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revê-se que até 2009 a percentagem de pneus homologados na Europa, para velocidades até 240 km/h, irá aumentar para 16%. De modo a preparar melhor esta crescente procura a Continental desenvolveu o novo ContiSportContact 3, um pneu destinado a viaturas desportivas de grande performance. Distâncias de travagem ainda mais reduzidas, aderência extra para melhor comportamento e um padrão do desenho do piso concebido para ir mais longe no melhoramento das características de condução de automóveis desportivos, são as mais relevantes vantagens do novo pneu ContiSportContact 3.
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O desenho assimétrico com nervuras do piso, é exactamente um dos principais desenvolvimentos tecnológicos deste pneu, que lhe permite um excelente desempenho durante a travagem e em curva. Um dos objectivos passava por incrementar as prestações deste pneu, o que a Continental conseguiu ao melhorar as características de condução em piso molhado e seco em cerca de 6% comparativamente com o seu antecessor (o ContiSportContact 2). Ainda em comparação com o seu antecessor, as distâncias de travagem, tanto no seco como no molhado, foram reduzidas em cerca de cinco por cento, enquanto que a protecção
PIRELLI VENCE TESTES DE QUALIDADE Testes de qualidade organizados pela ADAC (uma das maiores organizações corporativas do sector automóvel na Alemanha) e revistas especializadas alemãs elegeram a Pirelli como a melhor marca de pneumáticos, com uma pontuação claramente acima dos seus competidores directos. Os pneus mais apreciados foram os PZero Nero 225/45 R17Y, P6 /60 R14H e P7 215/55R16W, entre outros. As revistas que realizaram os testes concluiram que os pneus Pirelli de topo de gama eram recomendáveis para as utilizações mais exigentes.
à aquaplanagem foi melhorada em seis por cento. A resistência ao rolamento e o desgaste do ContiSportContact 3 foram minimizadas em cinco por cento. Bem antes de ser iniciada a produção em série, este pneu já tinha sido homologado pela Audi, indo agora equipar o TT, A6 e o desportivo RS4. Refira-se ainda, que a Continental tem, em alternativa, desenhos de piso próprios para o eixo traseiro de tracção de automóveis sport de grande potência com tracção atrás e de veículos altamente transformados.
GOODYEAR FAZ BALANÇO POSITIVO Ao fechar o ano de 2005, a Goodyear Tyre & Rubber Company duplicou os lucros de 2004, tendo regsitado um total líquido de € 191,5 milhões. Para o resultado contri buiu o grande volume de facturação (€ 16.574 milhões), mais 7% do que no período homólogo anterior, em especial as vendas de produtos da última geração, com maior valor acrescentado. O presidente do grupo Goodyear, Robert Keegan, sublinhou que o resultado foi possível, apesar da subida das matérias-primas (+11%), graças a políticas cambiais ajustadas, programas intensivos de redução de custos e lançamento de produtos mais inovadores.
Novo Sava Perfecta
Incremento na Durabilidade
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Sava apresentou recentemente uma nova série de pneus de verão para veículos ligeiros e monovulomes (MPVs). Denominada Sava Perfecta, esta série inclui novas dimensões, oferece maior longevidade, mais segurança e fiabilidade a um preço competitivo. De muitos outros argumentos, o principal é a durabilidade, mas a série Sava Perfecta potencia também uma boa travagem em piso molhado reduzindo o risco de
aquaplaning, o que se traduz igualmente num melhor controlo na condução. Aliás, toda a construção do pneu Perfecta, foi cuidadosamente desenvolvida para optimizar a rigidez da carcaça que conjuntamente com o seu novo perfil proporciona melhores condições de dirigibilidade. O padrão de rigidez, resulta de um especial design de interligação de blocos. Desta forma, dá uma maior estabilidade no contacto do pneu com a estra-
da mesmo em curvas apertadas. Os blocos maiores nos ombros aumenta a rigidez do pneu em curva especialmente quando é exigido uma maior pressão. Os novos Sava Perfecta estão disponíveis em 21 dimensões para os carros mais populares e monovolumes (MPV’s). Em conjunto com as 14 dimensões já disponíveis noutros designs, os Perfecta cobrem mais de 96% do potencial deste segmento base do mercado Europeu.
BRIDGESTONE ULTRAPASSA RESULTADOS ANTERIORES Não querendo ficar atrás dos seus concorrentes, o grupo Bridgestone superou em 2005 todos os anteriores máximos, tendo facturado € 19.155 milhões (+11%), o que proporcionou lucros de € 1.286 milhões (+58%). Para não perder o ritmo, a empresa já definiu as prioridades estratégicas para o grupo, em 2006, que compreende 440 empresas filiais consolidadas e 198 participadas, em todo o mundo: lançamento de novos produtos, fortalecimento da rede mundial de vendas e a optimização das capacidades de produção, investigação e tecnologia.
Fate e Marangoni
Novidades da Pneurama
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Pneurama, empresa sediada em Paredes, deu a conhecer as suas mais importantes novidades de pneus para o mercado nacional. Uma das novidades é a marca Fate. De origem e construção na Argentina, os pneus Fate estão disponíveis nas gamas AR550 Advance, AR-300 e AR35, todos eles pneus para veículos ligeiros, disponíveis
em diversas medidas de jantes 13” a jante 15”. Para pick-up está disponível o Range Runner A/T e o H/T, cada uma com as suas características particulares, que segundo a Pneurama possui, tal como os pneus para ligeiros, uma excelente relação preço / qualidade. Na marca Marangoni existem duas novidades. A primeira é o Mythos um pneu para veículos de alta presta-
ções, com um design inovador que proporciona bons desempenhos em seco e em molhado. Destinado aos SUV, a Marangoni dispõe agora o Maxó. É um pneu de altas prestações, destinado a diversos tipos de utilização e de uso quotidiana. Refira-se que a Pneurama disponibiliza também para Portugal os pneus suiços da marca Maloya.
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