Jo010lr

Page 1

Capa2

7/11/06

2:13 PM

Página 1

Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel

Director: João Vieira • Ano I • Mensal • 3 Euros

Nº 10 Julho/Agosto 2006

Proposta de regulamentação Euro 5

Defender o ambiente ou interesses?

A

DGV facilita alterações nos veículos A Direcção Geral de Viação admite vir a facilitar algumas mudanças nas características dos veículos tuning, nomeadamente a nível estético e da pintura da carroçaria. Para as mudanças estruturais vão continuar a ser necessários projectos de homologação aprovados dos fabricantes e da DGV. A nova legislação para o tuning deverá estar concluída em 2007.

Sumário Página 02

Comissão Europeia prepara-se para apertar a malha, no que respeita às emissões dos veículos automóveis ligeiros, tendo aprovado a proposta de regulamentação Euro 5, a qual define os limites a respeitar, para os anos que se seguem. A expectativa no aftermarket independente atinge neste momento o ponto máximo, uma vez que a proposta reafirma a necessidade de livre cedência de informação técnica, que irá permitir realizar a assistência aos veículos, durante a sua vida útil, por parte de todos os agentes económicos presentes no mercado. Os votos positivos dos Comités de Transportes e da Indústria, relativamente a essa matéria, vêm reavivar as justificadas expectativas do lobi independente, que constitui o pano de fundo da actividade de assistência automóvel do após-venda na Europa, ainda à espera das consequências práticas do que já foi regulamentado por diversos meios, designadamente através do Block Exemption. Efectivamente, esperar que uma norma como a Euro 5 conduza a uma diminuição significativa da poluição provocada pelas emissões automóvel, sem globalizar os meios de assistência e manutenção das viaturas, parece um tanto ambíguo, contraditório e ingénuo.

Luzes

são principal causa de chumbo nas IPO

Não parece crível que a legislação se dê por satisfeita com a conformidade dos motores à saída da fábrica. E, depois? É a rede oficial das marcas que vai assegurar tudo? Com que garantias? Com que direitos? Com que resultados? São, de facto, muitas perguntas para nenhuma resposta, o que deixa no ar o fantasma de uma colossal operação de marketing político, tendente a obliterar o entendimento dos factos, para que tudo fique mais ou menos na mesma, sem que ninguém se aperceba devidamente dos seus objectivos profundos. (Continua na página 21)

Aparelhos de diagnóstico PUB

Página 28 Formação Profissional Contínua dos trabalhadores

Página 29 Oficina do mês: Botelho & Filho, Lda.

Página 40 Manutenção do Sistema de Ar Condicionado

Página 44 Lubrificantes para motores

Página 50 Circuito de refrigeração

Página 52 Manutenção Preventiva

Especialistas em Vidro Automóvel

Os sistemas de iluminação são a principal causa de reprovação nas Inspecções Periódicas Obrigatórias, conforme refere o relatório da DGV sobre a actividade das IPO, em 2005. Dos 5,058 milhões de veículos inspeccionados nos diversos centros, cerca de 1,178 milhões chumbaram na inspecção devido a anomalias no sistema de iluminação. Nos ligeiros a percentagem de reprovação foi de 21,7% e nos pesados de 26,4%.

Nova legislação GPL

em vigor A nova legislação sobre a homologação dos veículos que utilizam como combustível o gás de petróleo liquefeito (GPL) está em vigor desde o passado mês de Maio, e obriga à realização de uma inspecção específica num dos 47 centros de inspecção de veículos da categoria B. As empresas instaladoras do sistema GPL são agora responsáveis por levar o carro ao centro de inspecção para aprovação. Só após esta aprovação é que o dono do carro pode requerer a emissão do Documento Único, com as alterações introduzidas no veículo.


Edito e Mercado

7/10/06

02

2:30 PM

Página 02

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

MERCADO

Editorial

Aparelhos de diagnóstico

Desafios da

evolução tecnológica Reestruturação

global

N

ão sendo partidários do tudo ou nada, pois entendemos que tudo pode e deve ser graduado com inteligência e bom senso, parece-nos que o investimento numa moderna aparelhagem de diagnóstico é o momento adequado para colocar o negócio ao nível dos padrões que se vão tornando vulgares na Europa e em todo o mundo civilizado. Sendo esta dedução linearmente lógica, não é de estranhar que algumas propostas no capítulo dos equipamentos de diagnóstico actuais estejam dotadas de um completo e integrado sistema de gestão informatizado, que permite ao reparador independente estar ligado em tempo real aos seus parceiros estratégicos, fornecedores, acessorias técnicas, contabilísticas, jurídicas, etc., bem como aos seus clientes, funcionários e demais colaboradores. Na realidade, não faz sentido investir em equipamento que permite economizar tempo, um factor de custo dos mais importantes, para em seguida perder tempo desnecessário com um mal organizado esquema administrativo e logístico. Também, não seria muito lógico ter na oficina um dos mais avançados equipamentos de diagnóstico do momento, estando todo o restante equipamento e ferramentas completamente desactualizados. Mais uma vez, enfatizamos as vantagens de estar inserido num grupo de empresas, que possua condições preferenciais para negociar a remodelação do negócio a custos e em situação de oportunidade, permitindo dar o salto qualitativo indispensável ao sector da reparação independente multimarca. Realizar o diagnóstico das suas próprias carências e deficiências é o melhor certificado profissional que um gestor pode apresentar a si mesmo e à sociedade. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com

Ficha Técnica

Uma publicação da AP Comunicação

De um automóvel perfeitamente conhecido que existia há duas décadas atrás, no qual o próprio proprietário podia “dar um jeito“ até ir à oficina, passamos para um automóvel muito mais enigmático, mais sofisticado e complexo, com o qual até os técnicos habilitados sentem dificuldades, principalmente na área do diagnóstico.

O

público em geral, bem como os reparadores, em menor grau, perderam completamente o contacto directo com a realidade técnica do automóvel, que está cada vez mais somente ao alcance de verdadeiros especialistas em diagnóstico automóvel. No entanto, um bom diagnóstico só pode ser feito com recurso a ferramentas apropriadas, capazes de interpretar as avarias e guiar o técnico na correcta análise e solução dos problemas da viatura. O que mudou no automóvel ? Tendo por base a necessidade de conservar o ambiente e os recursos energéticos, a indústria automóvel viu-se na contingência de introduzir profundas alterações em veículos que, de resto, funcionavam perfeitamente. Para minimizar o consumo e as emissões poluentes para a atmosfera, sem penalizar a performance, só existia um caminho: optimizar a combustão. Para que os hidrocarbonetos que compõem o combustível se pudessem transformar completamente em CO2 e H2O, libertando energia, era necessário manter quase inalterável a mistura ar/gasolina, perto da proporção estequiométrica de 14,6:1. Para se conseguir esse objectivo, “alguém“ teria que se encarregar do controlo permanente dos parâmetros, corrigindo a alimentação e a ignição com precisão milimétrica, em face da constante alteração das condições de funcionamento. Foi neste ponto que os sistemas informáticos, que entretanto reduziram as dimensões dos equipamentos, principalmente devido à tecnologia dos circuitos integrados, que permite incluir impressionantes quantidades de componentes electrónicos em reduzidos espaços, entraram em cena. Evidentemente, os combustíveis tiveram que ser aperfeiçoados, perdendo o chumbo e ganhando em índice octano (que permite a inflamação mais progressiva do combustível), ficando o resto do trabalho por conta dos catalisadores e da sua inseparável sonda lambda. A noção fundamental a reter dos sistemas de gestão electrónica dos motores é que tudo no automóvel passou a ser manipulado através da corrente eléctrica. Pequenas variações de corrente, da ordem dos décimos de volt, permitem aos sensores e outros dispositivos de medida enviar as suas mensagens à unidade central de processamento (ECU) e a resposta desta, em termos de correcção de parâmetros. Não é de espantar que as cablagens tenham aumentado significativa-

mente debaixo do capot e não só. Isso significa que a corrente eléctrica tem que circular permanentemente nesses cabos, que passaram a ser a maior fonte de avarias nos automóveis da actualidade. Outra noção básica para se entender a electrónica automóvel, liga-se ao conceito analógico/digital, pois a corrente eléctrica transmite impulsos analógicos (que variam gradualmente), enquanto que os processadores operam através da linguagem digital (por dígitos ou números), que permite armazenar e relacionar dados de informação. O condutor, ao ler o velocímetro (analógico), opera uma função digital ao adaptar a velocidade do seu veículo ao máximo permitido naquele local. Não sendo necessário ao técnico de reparação auto ser um

especialista em computadores, convém saber que estes assimilam tudo através de números, num código binário específico, e comunicam com o exterior através dos mesmos números, que são descodificados em imagens, sons, diagramas, etc. Antes do diagnóstico Prova evidente de que nesta matéria muito gente ainda anda a aprender e a adaptar-se à nova realidade, muitos dos processadores devolvidos aos fabricantes como defeituosos estão em perfeito estado. À falta de um diagnóstico mais acurado, o reparador substitui a unidade central electrónica. Com alguma sorte o veículo começou a funcionar bem, poupou-se tempo na oficina, o proprietário do veículo pa-

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Phalempin, SA - Parque Industrial de Vendas Novas, Lotes 29 e 30 – 7080-341 Vendas Novas Telef: 265.807.790 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº de Registo no Ins. Com. Social: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03

© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”


Edito e Mercado

7/10/06

2:31 PM

Página 03

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

MERCADO gou a factura, nada a lamentar. Todavia, antes que os modernos equipamentos possam cumprir a sua indispensável missão de diagnóstico existe todo um trabalho prévio a realizar, que distingue os verdadeiros profissionais de reparação dos meros vendedores de peças. Como todo o sistema electrónico do automóvel depende da circulação permanente de impulsos eléctricos, qualquer pequena falha nos fios, condutores e respectivas ligações pode provocar anomalias, mais ou menos graves, mesmo que tudo o mais esteja perfeitamente normal. Começando pelo princípio, o compartimento do motor deve apresentar-se sempre limpo, sem humidades, óleos ou depósitos de poeiras, uma vez que estes 3 elementos são os inimigos número um das sensíveis ligações eléctricas. Máquinas de lavagem a vapor ou de alta pressão, um produto de limpeza específico e um cuidadoso isolamento das peças mais expostas realizam a indispensável limpeza. Depois disto, uma cuidadosa secagem de todas as uniões eléctricas, bem como a sua lubrificação com um produto especial à base de silicone, que tem a vantagem de não ser pegajoso e aumentar a condutibilidade eléctrica, para além de impedir a oxidação, está concluída a primeira fase do trabalho. Resta ainda verificar as ligações dos fios de massa, começando pelo cabo principal que sai da bateria, pois a deficiente passagem à massa da corrente pode causar disfunções e avarias diversas na gestão do motor. Nos modernos veículos, a própria bateria tem que se apresentar em excelentes condições, o mesmo acontecendo com todo o circuito de carga. Outro elemento chave para o bom funcionamento do motor, as tubagens de vácuo, não devem apresentar qualquer fuga, devendo ser imediatamente substituídas em caso de deficiência. Para finalizar, todos os cabos eléctricos e fichas devem estar perfeitamente isolados, separados e protegidos, pois as próprias ondas de rádio frequência que emitem entre si podem ser a causa de anomalias. Para o bom mecânico, nem sequer será necessário dizer que as velas, injectores e a compressão devem estar dentro da condição normal, uma vez que esses elementos condicionam todo o funcionamento do motor. Por outro lado, a pressão da linha de alimentação deve obedecer aos valores recomendados, hoje em dia algo elevados. Sem realizar estes pequenos e banais serviços, que qualquer aprendiz com seriedade poderá efectuar, todo o esforço de diagnóstico pode resultar inútil ou errado, por melhor que seja o equipamento disponível. Utilização dos aparelhos de diagnóstico Antes de iniciar o teste do veículo é necessário ter disponível a informação técnica actualizada, fornecida pelo seu construtor. Muitas vezes os valores de referência estão indicados em voltagem e outras vezes em resistência. O primeiro caso é mais con-

veniente, pois é possível efectuar o teste aos componentes electrónicos tal como estão montados no veículo, ao passo que no segundo é necessários desmontar os componentes e cabos para efectuar o teste de resistência à passagem da corrente. Para quem souber fazer a conversão dos dados, é sempre preferível e mais preciso trabalhar com voltagens. Muitos aparelhos de diagnóstico têm cabos de ligação com pinças dentadas, mas há outros que possuem uma espécie de agulhas, que são utilizadas para introduzir nos terminais e nas ligações eléctricas. Embora alguns profissionais sem brio usem essas agulhas para perfurar os cabos, tal prática é condenável e de resultados duvidosos. De qualquer modo, as ligações do aparelho de diagnóstico ao veículo devem ser firmes e assegurar uma boa passagem de corrente, sem o que não poderá haver bom diagnóstico. Pelo contrário, basta saltar uma pequena chispa para danificar seriamente os principais elementos electrónicos do automóvel. Ao lidar com os modernos veículos com gestão electrónica das principais funções, é da máxima conveniência recolher o maior número de dados e ter um método e uma estratégia. As queixas do condutor, a impressão do teste de estrada, as análises preliminares aos gases de escape (que podem ser evitadas se o aparelho de diagnóstico também possui essa função) e outros elementos, como a idade do veículo, quilometragem, tipo de utilização, etc., devem conduzir o técnico a uma suspeita principal. É por esse lado que o diagnóstico deve começar, para ser possível eliminar hipóteses. Muitas vezes os sistemas dos veículos que possuem auto-diagnóstico identificam uma avaria, mas não sabem precisar a sua causa. O reparador não pode ir atrás de facilidades, pois só após a comprovação do defeito é que o diagnóstico está realmente realizado. Felizmente, hoje em dia isso pode ser feito sem desmontar o componente avariado, mas é sempre importante não

dar todos os créditos ao equipamento de diagnóstico, mantendo uma capacidade própria para entender os problemas que apresentam os automóveis. Como regra geral, os componentes electrónicos na actualidade são extremamente fiáveis, tendo sido concebidos para a vida útil do veículo, uma vez que são do tipo “estado sólido“, isto é, não estão sujeitos a movimentos nem atritos. Grande parte das anomalias ocorre estatisticamente nas ligações e nos cabos, e na maior parte dos casos devido ao mau uso ou abuso, incluindo reparações anteriores defeituosas. Se a viatura estiver sujeita a operações de manutenção e inspecção regulares, sendo substituídos os elementos que apresentem condição duvidosa, dificilmente apresentará problemas graves. É neste pondo que reside o maior interesse e utilidade dos actuais aparelhos de diagnóstico. Como escolher o equipamento de diagnóstico O mercado nacional está bem representado, ou seja, actualmente encontramos as principais marcas do diagnóstico automóvel, a serem comercializados em nosso país. Existem equipamentos de todas as classes de preços, tornando o mercado bem diversificado. Esta situação faz com que os profissionais do sector fiquem um pouco indecisos na altura de escolher um equipamento de diagnóstico para a sua oficina, já que muitos não possuem grandes conhecimentos sobre estes equipamentos, e somente uma minoria sabe realmente o que quer. Nesta encruzilhada em que se encontra o sector de reparação automóvel multimarca, aconselha-se um certo calculismo antes de realizar opções de certo vulto. No caso de uma nova aparelhagem de diagnóstico digital multimarca, conviria definir previamente as alianças estratégicas a realizar, na senda de uma especialização mais competitiva e menos generalista. De acordo com essa opção, um grupo de marcas de veículos ou de equipamentos originais específicos sur-

03

girá. Ora, o novo equipamento deve estar naturalmente adaptado ao mercado em que a oficina preferencialmente se irá dedicar, pois aí serão necessariamente encontradas sinergias mais favoráveis. Claro que factores como a imagem de marca, qualidade de fabrico e garantias de uso também devem ser equacionadas. Porém, dada a equivalência dos concorrentes no mercado desses aparelhos, terá que haver sempre um factor de desempate, a nosso ver o que atrás referimos. No capítulo das condições de aquisição, o reparador deverá estar atento e ser especialmente exigente. A condição indispensável será, à partida, a garantia de formação profissional inicial e continuada, o fornecimento de informação técnica actualizada permanente sobre os diversos modelos de viaturas e um serviço de apoio permanente ao diagnóstico, pois empresas há que dispõem de linhas 24 horas para esse efeito. Esta será desde logo a principal mais valia. Por outro lado, o equipamento deverá ser tão completo quanto possível, pois disso dependerá a qualidade do diagnóstico e, consequentemente, do serviço prestado. Para além dos habituais instrumentos de medida, entre os quais analisadores de gases de escape, a aparelhagem de diagnóstico escolhida deve possuir instrumentos de análise completos, entre os quais salientamos o osciloscópio, instrumento de detecção por excelência de anomalias em circuitos eléctricos complexos. A possibilidade de realizar testes ao volante da viatura é outro factor importante, pois as avarias muitas vezes só podem ser detectadas com o veículo em movimento. Além disso, o aparelho deve ter a capacidade de penetrar em todos os circuitos electrónicos do automóvel, incluindo os recentes condutores múltiplos que fazem a ligação entre os processadores dos diversos sistemas montados a bordo. Adicionalmente, o aparelho de diagnóstico deve estar preparado para “dialogar“ com os diversos tipos de software instalados, pois esse é o caminho mais directo para a localização de anomalias. Por outro lado, algumas avarias devem-se a perdas desse mesmo software, pelo que poderá ser necessário restaurá-lo ou, inclusive, modificá-lo. No capítulo da garantia, esta deverá ser tão completa e extensa quanto possível, incluindo a assistência técnica permanente, pois o reparador não se pode dar ao luxo de ter o seu investimento parado e os clientes à espera. As condições de pagamento são actualmente bastante favoráveis, devido à conjuntura económica, permitindo a aquisição faseada a juros moderados, pelo que aconselhamos um pacote de crédito personalizado, de acordo com as características da empresa e as suas necessidades financeiras, “com tudo incluído“. Para finalizar, podemos acrescentar que as redes de oficinas que operam em conjunto dispõem de acordos especiais com a banca, condições essas que devem ser aproveitadas imperativamente. PUB

PRIMEIRO EM QUALQUER CANTO DO MUNDO. A Ferodo vence mais campeonatos em mais países que qualquer outro fabricante de travões. Máxima segurança; máximo desempenho... sempre.


NOTICIAS

7/10/06

04

5:16 PM

Página 04

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves BOSCH ADQUIRE TELEX COMMUNICATIONS A empresa norte-americana de equipamento de som profissional, sistemas sem fios e material de segurança, Texas Communications, foi adquirida pela Bosch, tendo o negócio sido aprovado pelos respectivos conselhos de administração. A importância da transacção ronda os € 336 milhões, incluindo a dívida actual da companhia americana, mas ainda está sujeita a determinados ajustamentos.

DUCATI SUPPLIER AWARD PARA A BERU O conhecido fabricante germânico de componentes eléctricos e electrónicos para automóveis e motos, que fornece a Ducati desde 2001, recebeu este prémio bianual pela segunda vez, pela qualidade de produto e serviço. A empresa italiana fabrica 35 mil motos por ano, incluindo alguns modelos de alta performance, com dupla ignição (twin-spark), sendo as bobinas de ignição e respectivas ligações fornecidas pela Beru. Para esta utilização específica, a Beru desenhou bobinas em forma de caneta, capazes de gerar altas voltagens, mas ocupando muito pouco espaço e resistindo a cargas vibratórias extremas.

PUB

NOTÍCIAS Novo Kit 3 peças com

Spies Hecker

rolamento hidráulico

aposta nos Altos Sólidos

A Valeo lançou recentemente uma nova gama de produtos que combina a oferta de rolamentos hidráulicos com a gama de embraiagens de qualidade Premium. Com uma selecção de 30 referências de alta rotação, a Valeo dá cobertura aos veículos com o maior número de parque, e que estão equipados de origem com rolamentos hidráulicos, oferecendo dessa maneira uma cobertura de 96% do parque. Cabe destacar que 30 milhões de veículos na Europa estão equipados com rolamentos hidráulicos, e que 40% dos veículos matriculados no ano 2004 montam de origem esta tecnologia. A Valeo apresenta esta novidade numa embalagem inovadora, num lançamento que se orienta para um mercado com grande potencial e em forte crescimento.

Para responder às exigências de qualidade dos clientes, cumprindo as normas ambientais, a Spies Hecker desenvolveu os novos Vernizes Permasolid. Fáceis de aplicar, elevada produtividade, baixo índice de solventes e um acabamento perfeito – são os atributos fundamentais deste novo verniz. O elevado teor em sólidos destes endurecedores eleva a rentabilidade, reduz consumo de produto e ao mesmo tempo permite um uso eficiente sob várias condições. Todos os vernizes Permasolid HS pertencem à linha GREENTEC, o que significa que estão em conformidade com a legislação COV, respeitando os limites de solventes estabelecidos pela Directiva Europeia de Solventes que entra em vigor a 1 de Janeiro de 2007. Graças à sua elevada densidade de polimerização, o verniz Permasolid “elimina” os riscos mecânicos superficiais (efeito de refluxo) através da exposição ao calor. “O novo sistema de produtos da Spies Hecker combina a aplicação económica com um excelente acabamento”, explica Dr. Harald Paulussen, Responsável da Gestão do Produto. “Com uma nova tecnologia de ligante patenteada melhorámos as propriedades de secagem e aplicação da tinta. Alcançamos um excelente alastramento e rápida secagem.” Resumindo, condições ideais para uma pintura de elevada qualidade e os melhores resultados na oficina.

Disponível catálogo da

Febi-Bilstein Já está disponivel o novo catálogo de apoios de motor e transmissão da FebiBilstein. Trata-se de um catálogo de extrema facilidade de consulta já que as peças vêm enquadradas no esquema completo do veículo o que permite além da fácil identificação da peça o potenciar a venda de outras peças acessórias ao veículo. Este catálogo surge com 150 novas referências onde já estão incluídas referências para os novos modelos Alfa-Romeo e Smart. A Febi é representada em Portugal pela Jochen Staedtler - Import/Export Representações.


05_BOSCH.qxd

7/7/06

5:45 PM

Pรกgina 47


NOTICIAS

7/10/06

06

5:16 PM

Página 06

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves HONDA COM MOTOR DIESEL INOVADOR Os técnicos e engenheiros da Honda estão a desenvolver, num laboratório perto de Tóquio, um novo motor diesel, capaz de satisfazer as novas regras sobre emissões da Califórnia, sobre fumo negro e óxido nitroso, consideradas muito rigorosas. Para além das reduzidas emissões, o novo motor, que deverá ficar operacional até 2009, consome menos 30% do que os motores a gasolina. Enorme secretismo acompanha o trabalho da equipa, estando apenas autorizadas pessoas da empresa a entrar no laboratório.

NOTÍCIAS Nova Máquina de

Compactação de Resíduos A quantidade de resíduos numa oficina é algo que preocupa os responsáveis por estas unidades. Se para alguns resíduos não existem grandes soluções ao nível do armazenamento, para as latas vazias a Gillcar apresenta uma boa solução, com a UCC 20. A UCC 20 é uma unidade de funcionamento pneumático muito segura e muito fácil de operar, tipo “can crusher”, que reduz em 80% o volume das latas vazias pela acção de um êmbolo que debita uma pressão de 865 kgs. A capacidade das latas a compactar pode variar desde a mais pequena lata de tintas ao latão de 30 litros. Em termos práticos a UCC 20 vai permitir uma muito maior quantidade de resí-

duos por m3, o mesmo é dizer que irá diminuir significativamente a factura da remoção dos resíduos em cerca de 75%. A concepção da UCC 20 inclui-se no quadro de um conjunto de máquinas produzidas pela britânica UNIC especificamente dedicadas à área da gestão de resíduos: a UGC 6005 (máquina de lavar pistolas à base de água), UGC 4005 (máquina de lavar pistolas com solventes orgânicos) ambas já lançadas no mercado português e a mais recente criação, a UBP 45 (uma prensa pneumática que ‘fabrica’ fardos de papel e filme plástico utilizados na área da reparação de pintura automóvel, também com uma taxa de redução de volume na casa dos 80%).

CATÁLOGO DE FRICÇÃO TRW O novo catálogo XDD910B de materiais de fricção da TRW Automotive inclui 365 novas referências, totalizando mais de 500, destacando-se 215 de discos e 150 de pastilhas. A oferta da TRW inclui também calços de travão, kits de montagem, kits de travão e superkits, cobrindo 96% do parque automóvel europeu. Todos os produtos do catálogo para o aftermarket cumprem as mais rigorosas normas de qualidade e correspondem às especificações de origem, assegurando uma manutenção de qualidade e uma condução segura e confortável. PUB

Chevrolet oferece

gasolina ao preço do gasóleo

A Chevrolet lançou, em parceria com a Galp Energia, uma campanha totalmente inovadora em Portugal que consiste na oferta de gasolina ao preço do gasóleo, durante três anos. Válida para todos os clientes que adquiram veículos Chevrolet entre 1 de Junho e 31 de Agosto (com excepção dos modelos Aveo e Epica), esta campanha permite eliminar o diferencial entre o preço dos

dois combustíveis, sem que para isso tenha de se despender um preço superior no acto de compra da viatura, situação típica para quem compra um veículo a gasóleo. Trata-se de mais uma iniciativa da Chevrolet marcada por um forte espírito de inovação e originalidade, com a qual espera reforçar o crescimento que tem vindo a registar no mercado nacional.

Marcodiesel faz 30 anos Fundada em 1976, por Ângelo Pinho, a Marcodiesel está de parabéns ao celebrar os seus 30 anos de actividade, tantos quantos tem a rede Bosch Car Service em Portugal. Historicamente especializada nos serviços da área diesel, a Marcodiesel possui hoje modernas instalações no Seixal com mais de 4.000 m2, que representa também o conceito Bosch Diesel Center. “São os desafios de acompanhar a evolução e de satisfazer os nossos clientes que nos motivam a continuar no nosso trabalho”, refere Jorge Pinho, responsável da Marcodiesel.


NOTICIAS

7/10/06

5:16 PM

Página 07

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

NOTÍCIAS VII Convenção da ARAN

Debater o mercado da reparação A VII Convenção ARAN, realizada no passado dia 3 de Junho, no Novotel Vermar, na Póvoa de Varzim, permitiu um debate sobre a situação económica do país, em particular do negócio automóvel, com especial atenção para a fiscalidade que recai sobre estes agentes económicos. No painel “O automóvel, a economia e a fiscalidade” discutiu-se o cenário fiscal para a aquisição e utilização profissional dos veículos automóveis em Portugal e a forma como este influencia a competitividade das empresas portuguesas numa economia cada vez mais internacionalizada. Na sua intervenção, o Presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingues Azevedo, avisou que a melhor defesa para as empresas ganharem competitividade é cumprirem todas as obrigações fiscais e recorrerem ao serviço de profissionais de contabilidade: “A gestão de bolso acabou. Hoje, por mais pequena que a empresa seja, a gestão tem de ser planeada e com organização de métodos de trabalho. Normalmente, só se contrata um profissional de contabilidade depois de ter problemas, mas deve-se fazê-lo antes, já que só com organização é que as empresas têm futuro”. Outro painel que despertou grande interesse junto das centenas de empresários do sector automóvel que estiveram no evento foi aquele em que os responsáveis de alguns dos maiores grupos de concessionários automóveis portugueses discutiram as “Implicações do B.E.R. no comércio a retalho”. Carlos Pinto, do Grupo JAP Automotive, referiu que as novas regras foram uma forma do poder ficar, em definitivo, do lado dos construtores. “De um lado estão os construtores e do outro está o mercado europeu para o qual fomos ‘atirados’ sem estar preparados”, disse o empresário que avisou que numa futura eventual harmonização fiscal automóvel a nível europeu, os concessionários portugueses “podem ser engolidos”. Rodrigo Silva, do Grupo MFS,

explicou que “há um esforço titânico dos construtores para evitar que o poder passe da indústria para o retalho. Nas últimas décadas, qual era o poder de uma mercearia junto de uma fábrica? Nenhuma. Mas hoje são os grandes distribuidores que dominam essa mesma fábrica. As novas regras serviram para que isso não acontecesse no sector automóvel. De facto, vivemos tempos difíceis”, disse aquele responsável pelo grupo MFS. Antes, já o administrador do grupo MCoutinho, António Coutinho, havia referido que alguns dos principais objectivos das novas “Block Exemption Rules” falharam, até porque “não houve o acesso de novos operadores de venda e não houve ganhos para o consumidor”. Pedro Simão, do grupo Fernando Simão, alinhou pela mesma opinião, destacando as desvantagens dos concessionários: “há uma massiva escalada de investimentos, os custos aumentaram devido à burocracia e implementação de ‘dealer standards’ e houve redução nas margens dos distribuidores”. No painel intitulado “A oficina de hoje”, comprovou-se um panorama nada animador, em que se realçou a necessidade de uma gestão profissional, organizada e, acima de tudo, rigorosa. A certificação e modernização dos standards de operacionalidade serão num futuro próximo um factor fundamental de diferenciação, que poderão permitir às oficinas recuperar da problemática existente com as seguradoras. Desta forma, a ARAN aproveitou para apresentar em primeira-mão três novos protocolos de cooperação com grandes empresas do panorama nacional que constituem uma importante vantagem estratégica para os associados. Um protocolo a nível de software de gestão oficinal e dois protocolos com empresas da banca que vão permitir que as oficinas associadas da ARAN possam disponibilizar aos seus clientes terminais de pagamento por Multibanco e crédito à reparação.

07

Beru equipa os novos 207 e 307 A Beru encontra-se actualmente a desenvolver e produzir velas de ignição de platina utilizando a inovadora tecnologia bi-hex para os motores compactos de 4 cilindros dos novos 207 e 307. Trabalhando com os mais conceituados fabricantes de automóveis, a Beru desenvolve velas de ignição específicas para uma vasta gama de motores a gasolina, adaptadas em cada caso para satisfazer as mais elevadas exigências técnicas da indústria de motores internacional. O exemplo mais recente deste tipo de cooperação de sucesso é a inovadora vela de ignição bi-hex da Beru para os novos modelos 207 e 307 da Peugeot. As velas de ignição desenvolvidas e produzidas pela Beru desempenham a sua função de forma exemplar, contribuindo para o bom desempenho dos motores de 1.4 e 1.6 lts, com 66 e 84 kW de potência e sistema Valvetronic.

Nova aliança

GM - Renault Nissan Foi anunciado, no passado dia 3 de Julho, a possibilidade da General Motors formar uma nova aliança com a Renault e a Nissan. O Comité de Direcção da Nissan Motor Co., Ltd, delegou todos os poderes necessários ao Presidente do Conselho, CEO e Presidente, Sr. Carlos Ghosn, para conduzir todas as discussões e negociações com a General Motors, para uma potencial aliança. No caso da General Motors apoiar e aprovar a proposta feita pelos seus accionistas, será criado o maior grupo de construtores automóveis, do mundo.

A ARAN apresentou, aos mais de 350 empresários associados presentes na sua VII Convenção, o caminho a percorrer para que o sector automóvel consiga recuperar de uma quebra económica que se prolonga já desde o ano 2001. PUB


NOTICIAS

7/10/06

08

5:16 PM

Página 08

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves CE AUTORIZA NEGÓCIO DA CONTINENTAL Tratava-se da compra da divisão de electrónica automóvel da Motorola, pelo grupo Continental. Em matéria que colida com o regulamento europeu sobre concentração de empresas e restrições à livre concorrência, no Espaço Económico Europeu (EEE), a Comissão Europeia tem que pronunciar-se obrigatoriamente, antes da efectivação do negócio. Neste caso, foi dada luz verde à aquisição, a qual visa reforçar uma área de negócio electrónica automóvel - em que a Continental tem sido particularmente bem sucedida.

GATES REFORÇA APOSTA NO AFTERMARKET Uma nova equipa pan-europeia de formação técnica e apoio a novos negócios, dentro do após-venda europeu, foi activada pela Gates, tendo em vista promover o desenvolvimento das técnicas de diagnóstico de correias de distribuição e sistemas de arrefecimento. Para além de projectar uma imagem positiva da empresa, a Gates pretende com esta iniciativa dinamizar a actividade de manutenção e reparação associada às correias de distribuição, área com grandes possibilidades de crescimento. Enrique Diaz irá dar a cara pela equipa, no que respeita a Espanha e Portugal. PUB

NOTÍCIAS Body Slim & Fast lançado pela Gillcar A Gillcar, S.A., lançou recentemente um novo Body Slim & Fast da Carcos, no mercado português da reparação automóvel. Branco, cinza ou negro, este novo produto mais conhecido por antigravilha, é um monocomponente fabricado à base de resinas sintéticas aditivadas com um teor de zinco significativamente elevado. Apresenta-se em cartuchos de 1 litro, na versão de pistola pneumática com vara de sucção, e também em lata spray de 500 ml, com bico especial pulverizador para os casos de aplicações em locais de difícil acesso ou de dimensões mais reduzidas que não impliquem necessariamente o uso de pistola.

Campanha de Verão

FAE Até ao final do mês de Agosto, decorre uma campanha da marca FAE direccionada para a sua gama de velas de incandescência Termoplus duplo filamento. Assim, na compra de 24 velas de incandescência Termoplus sortidas, é oferecida uma prancha de surf insufláveis ou uma bola insufláveis; na compra de 40 velas é oferecida uma bolsa isotérmica de nylon; e na compra de 64 velas, o cliente recebe uma toalha de praia de algodão. A estratégia da FAE é alargar a sua gama de produtos e dinamizar a sua rede de distribuidores em Portugal, de forma a satisfazer as necessidades do mercado.

Elevada aderência (mesmo sobre PVC), secagem muito rápida, grande resistência às pancadas de gravilhas projectadas e à ferrugem, em especial aquela que é provocada pela salinidade das regiões costeiras, são algumas das características em que este produto mais se destaca. Os preços de lançamento destas duas referências da Carcos são, ao nível da sua qualidade, verdadeiramente imbatíveis, segundo a Gillcar, em comparação com outros produtos concorrentes existentes no mercado. A distribuição pelas oficinas consumidoras é acompanhada da indispensável informação técnica bem assim como das respectivas fichas técnicas de segurança.

Nova imagem Mondial Assistance A empresa líder mundial em seguros de viagens e assistência, deu a conhecer a sua nova imagem, na qual está visível a história e os valores que a Mondial Assistance prossegue desde 1974. Enquanto a cor vermelha, símbolo de emergência e do core business do Grupo, e os elementos gráficos essenciais foram preservados, o novo logo incorpora agora uma figura humana no seu centro, que recorda que as pessoas são cada vez mais o coração de toda a actividade do Grupo. A isto acrescenta-se um novo tipo de letra, que incute energia e modernidade na assinatura “Mondial Assistance”. Este novo logo é a primeira fase de um processo de desenvolvimento da identidade internacional do Grupo Mondial Assistance, visível também em Portugal.


09_CS_ACESSORIOS.qxd

7/7/06

5:45 PM

Pรกgina 47


NOTICIAS

7/10/06

10

5:16 PM

Página 10

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves DIAVIA AMPLIA OFERTA Uma nova linha de tubos e mangueiras para equipamentos de A/C sai para o mercado, com a marca Diavia. Neste momento, a marca passa a dispor de 10 famílias de produtos para sistemas de climatização originais, obedecendo às especificações do construtor. As tubagens dos circuitos de A/C são o elo mais fraco, sendo vítimas de intensas vibrações, pressões internas e choques térmicos, para não falar das pequenas ou grandes colisões frontais. Em caso de fuga nas mangueiras, o sistema torna-se inoperativo, impondo a sua substituição.

UFI FILTERS ACESSÍVEL PELA INTERNET Os clientes podem descarregar fichas de produto de cada nova referência, da marca Ufi ou Sofima, através da página www.ufifilter.com/es. O acesso está condicionado a uma chave, disponível para os clientes da empresa. Esta medida visa tornar mais célere a comunicação entre a marca e os seus clientes, tendo em conta que, só em 2005, foram lançados no mercado 160 novos filtros, repartidos entre automóveis de várias procedências, camiões e motos. As fichas aparecem em páginas individuais, identificáveis por fotografia, dimensões ou referência. PUB

NOTÍCIAS Sikkens

AdBlue em Portugal

lança o novo verniz Autoclear LV Superior

através do Grupo Civipartes

A Akzo Nobel CR - Sikkens acaba de lançar o Autoclear LV Superior, o novo verniz 420, perfeitamente adaptado à nova legislação sobre a emissão de componentes Orgânicos Voláteis que entrará em vigor em 2007. O Autoclear LV Superior, além de um produto avançado tecnologicamente, pode ser utilizado em todo o tipo de reparações, tendo como vantagem um menor consumo relativamente aos vernizes tradicionais, sendo de fácil aplicação e polimento. Devido a sua facilidade de aplicação, o Autoclear LV Superior é muito rápido, conseguindo resultados excepcionais desde o primeiro momento. O sistema Autoclear LV Superior é composto por uma gama de 3 vernizes com tempo de secagem diferente, nomeadamente

o Autoclear LV Superior Fast (15 minutos), o Autoclear LV Superior Medium (25 minutos) e ainda o Autoclear LV Superior Slow (35 minutos). A gama é composta ainda por um endurecedor (Autoclear LV Superior Hardener) e três diluentes para diferentes superficies e temperaturas de aplicação (Fast, Medium e Slow). Outra das vantagens deste verniz é que todos estes componentes se podem combinar entre si, isto é, qualquer verniz se pode misturar com o endurecedor e com qualquer diluente. Segundo a Akzo Nobel CR, com este novo verniz, qualquer utilizador estará preparado para o futuro, conseguindo cobrir todas as suas necessidades e proporcionando uma excelente rentabilidade.

O Grupo Civipartes é um dos distribuidores autorizados do novo aditivo para veículos pesados, AdBlue, que será obrigatório para a nova geração de motores Euro IV e Euro V. O aditivo AdBlue funciona como catalisador junto dos gases de escape, transformando o dióxido de carbono em vapor de água. Desta forma a diminuição da emissão de gases poluentes é significativa, estando de acordo com a Norma Europeia e obrigatória para os veículos novos vendidos a partir de Outubro de 2006. Neste âmbito, o Grupo Civipartes irá oferecer um serviço integrado aos seus clientes, apostando não só no fornecimento do AdBlue, como também do equipamento necessário para a utilização deste aditivo.

Runkel & Andrade promove curso de formação MIT-1 Nos passados dias 27 e 28 de Junho, a Runkel & Andrade organizou mais uma acção de formação inserida no Programa de Módulos Bosch, com o curso de Manuseamento de Informação Técnica (MIT-1), em que o programa visou aprofundar conhecimentos na instalação e manuseamento do programa de informação técnica Bosch, com recurso a exemplos práticos. A formação realizou-se, mais uma vez, nas instalações da R&A em Coimbra, e foi ministrada por Miguel Girão, da Robert Bosch. Este curso é fundamental para a adesão ao Programa de Módulos Bosch, e consequente nomeação da Oficina como “Especialista Bosch”, qualquer que seja a área de especialização (“Electricidade/Electrónica”, “Injecção de Gasolina”, “Injecção Diesel” ou “Sistemas de Travagem”).


11_INTERESCAPE.qxd

7/7/06

5:44 PM

Pรกgina 47


NOTICIAS

7/10/06

12

5:17 PM

Página 12

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves SIEMENS VDO COM A PROPULSÃO HÍBRIDA A empresa tenciona ter um veículo de ensaios completamente híbrido, até ao final deste ano, reafirmando a sua aposta neste tipo de propulsão alternativa. A interpretação que a Siemens VDO faz deste conceito passa por uma transmissão completamente eléctrica, estando a ser desenvolvidos motores com capacidade efectiva, através de montagens em paralelo ou em série, havendo ainda outros conceitos em estudo. A ideia é fornecer aos construtores um sistema completo, a partir de um só fornecedor. Segundo a marca, o mercado norte-americano é o que se apresenta com maior potencial para este género de veículos.

NOVO CATÁLOGO DE SEGURANÇA

Estudo revela

Brisa

consumidores cada vez mais informados

reforça serviço de reboques

O crescente acesso à informação disponibilizada na Internet deu aos consumidores uma vantagem no processo de compra de veículos, fazendo com que fiquem menos dependentes dos concessionários. Como resultado, registou-se uma alteração significativa no equilíbrio de poderes, visto que os concessionários não conseguem acompanhar a nova dinâmica dos consumidores. Os fabricantes devem aprofundar o conhecimento empírico que têm do comportamento dos consumidores de forma a melhorar a sua relação com os clientes.

A Brisa Assistência Rodoviária (BAR) reforçou, desde o dia 1 de Junho, o seu serviço de reboques de viaturas ligeiras no troço Santarém – Torres Novas, durante as obras de alargamento. Com este serviço, as viaturas que se encontrem imobilizadas, nos troços ou sublanços onde estejam a decorrer obras de alargamento, serão rebocadas, gratuitamente, para o parque de estacionamento da praça de portagem do Nó mais próximo ou, quando seja necessário, para um refúgio de obra. A BAR irá também intensificar os patrulhamentos regulares à zona de obras, passando no mesmo local e sentido, no mínimo, de 90 em 90 minutos. Estes patrulhamentos visam garantir a existência da sinalização provisória da obra em termos adequados a uma circulação segura, bem como proceder à imediata sinalização de eventuais acidentes e incidentes que ali ocorram. Refira-se que, no âmbito da assistência rodoviária, as viaturas da BAR podem ainda proceder às seguintes actividades: Realização de abastecimentos (combustíveis e água); Encostos de bateria; Pequenas intervenções mecânicas/eléctricas e Mudança de rodas.

Sistema para tratamento

3M

A nova edição 2006 do catálogo de segurança para trabalhos de soldadura da 3M já está disponível. As protecções visuais automáticas Speedglas e WS-300 fazem parte do catálogo, que inclui também os aparelhos motorizados Adflo, Júpiter e Dustmaster, os equipamentos de fornecimento de ar fresco Fresh-air, as máscaras de carvão activado, bem como todos os elementos de protecção auditiva e ocular aconselhados para esta actividade de risco.

PUB

NOTÍCIAS

de Pintura Profissional O estudo conclui que os fabricantes devem adoptar um novo modelo que lhes permita acompanhar o ritmo dos consumidores. “Os consumidores mudam cada vez mais depressa o seu comportamento. Alguns dos factores subjacentes a esta mudança são por um lado um aumento da sofisticação do comportamento de compra, por outro a disponibilidade da informação na Internet, que acaba por adiar o momento em que o consumidor entra no concessionário,” afirmou João Carlos Almeida, Executive Principal da Capgemini Portugal e responsável pelo sector Automóvel. Este estudo demonstra que a falta de adaptação das concessões à mudança comportamental dos clientes pode facilmente resultar em perda de negócio, não para a marca mas para aquele concessionário.

A Würth tem à disposição dos seus clientes uma completa gama para tratamento de pintura composta por três massas de polir, discos de polir e tacos para intervenções em pinturas novas e antigas. Esta gama é recomendada para profissionais na área de chapa e pintura, e permite a execução de um acabamento perfeito, garantindo a eliminação de hologramas.


13_IDENTICA.qxd

7/7/06

5:43 PM

Pรกgina 39


NOTICIAS

7/10/06

14

5:17 PM

Página 14

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves VALEO APRESENTA NOVO "KIT 3 PEÇAS" Os novos conjuntos de substituição para embraiagens da Valeo incluem um rolamento hidráulico. O novo kit está orientado para 30 referências de alta rotação, que permitem cobrir 96% do parque automóvel europeu circulante.

SIEMENS VDO ESTREIA PÁGINA WEB O novo site na Internet da Siemens VDO caracteriza-se pela maior facilidade de acesso à informação, independentemente da categoria do visitante (cliente final, distribuidor, armazenista, profissional, etc.). Por outro lado, a imprensa passa a ter uma secção específica, através da qual poderá ter acesso ao histórico dos comunicados já publicados e a um banco de imagens. O novo site também dá acesso directo às páginas exclusivas Tacógrafo Digital e VDO Dayton.

NOTÍCIAS Mazda celebra 25 anos de vitórias com o motor Wankle

Clientes SKF visitam Centro Logístico Europeu

A Mazda começou há 25 anos a senda de vitórias nas maiores provas de resistência de 24 horas, sendo ainda hoje a única marca Japonesa que conquistou a vitória na mítica prova de Le Mans. No final dos anos 70, a Mazda tinha começado a produzir em massa o motor rotativo do desportivo RX-7 e este era o tipo de veículo ideal para a competição automóvel. Em 1980, Tom Walkinshaw, que dirigia uma das melhores equipas de competição do Reino Unido na altura, vestiu a camisola do motor rotativo e, juntamente com Pierre Dieudonné, levou um Mazda RX-7 à vitória em Spa, em 1981. A Mazda continuou a desenvolver e a melhorar o motor rotativo nos anos 80 e, em 1991, chegava a altura de perceber até onde esses progressos poderiam levar um modelo de competição. Com uma carroçaria leve em fibra de carbono e um motor com quatro rotores, o Mazda 787B venceu as 24 Horas de Le Mans, naquela que é considerada uma das maiores surpresas de sempre da emblemática corrida. Depois deste triunfo, o corpo de comissários de Le Mans baniu a utilização de motores rotativos da famosa prova de resistência – o que permitiu que a competição voltasse a ter vencedores incertos.

Dando continuidade ao lema SKF 2006 "Install Confidence" a SKF levou os seus Distribuidores Auto bem como alguns clientes convidados, a visitar o seu Centro Logístico Europeu em Tongeren, na Bélgica. Antes da visita guiada pelo Armazém, foi feita uma apresentação sobre o funcionamento, evolução e constante trabalho de desenvolvimento de actividades na procura duma contínua melhoria do já excelente “Service Level” da SKF aos seus parceiros de negócio. Em Hasselt, uma das cidades visitadas durante o evento, num jantar cuidadosamente escolhido a pensar nos convidados, esteve presente o Director de Vendas Europa do segmento Auto da SKF com o qual tiveram oportunidade de privar e discutir os mais variados assuntos ligados ao negócio do mercado de reposição auto em Portugal. A viagem decorreu de 22 a 24 de Junho em agradável convívio.

300 novas referências

Seur disponibiliza

Blue Print

vasta oferta de serviços

As exigências do mercado independente de peças, fazem com que a Blue Print, se mantenha atenta no que diz respeito a satisfazer as exigências de peças para veículos japoneses e coreanos no mercado português. A Blue Print disponibilizou mais de 300 novas referências nos últimos 3 meses para os veículos japoneses, coreanos e europeus de plataforma partilhada (Renault Trafic, Opel Novano, etc.). O Departamento de Produto da Blue Print procura disponibilizar peças para todos os veículos, abrangendo assim linhas de produtos bastante completas e com informação actualizada e precisa. Todas as peças são catalogadas com o mais alto rigor de precisão, para que quando se monta um produto Blue Print, este seja aplicado com a precisão para o qual foi adquirido.

A Seur, empresa de serviços de transporte urgente, acaba de apresentar em Portugal uma ampla oferta de serviços para os vários sectores empresariais, cujo denominador comum é a capacidade de adaptação às necessidades específicas de cada cliente. Assim, para assegurar o envio urgente de mercadorias e documentos, a Seur chega a vários destinos antes das 8:30, 10:00 e 13:30. São serviços porta a porta que garantem a entrega das encomendas logo pela manhã (8:30) até à hora do pequeno-almoço (10:00) ou antes do almoço (13:30) do dia útil, seguinte ao da recolha. Com o Seur 24 uma mercadoria é entregue em toda a Península Ibérica, ao longo do dia útil seguinte ao da sua facturação. A Seur assegura também vários serviços complementares, que lhe permitem ter uma oferta diversificada e adaptada a cada cliente, entre eles estão o Seur Comprovativo de Entrega, com o qual um cliente tem a possibilidade de confirmar a entrega correcta no destino; e o Seur Reembolso, que permite aos clientes Seur cobrar a sua mercadoria evitando demoras e situações de não pagamento, recebendo o valor do reembolso nas 24 horas seguintes à entrega.

PUB

NGK APOSTA NA F1 A empresa produtora de velas de ignição e pré-aquecimento NGK anunciou um acordo com a equipa Honda Racing F1, através do qual se torna sponsor técnico da equipa, tendo direito a um logotipo na asa posterior do monolugar RA106. A colaboração da NGK com a F1 inclui ainda mais três equipas do campeonato principal, destacando-se a Ferrari e a BMW Sauber.

AUDI R10 TDI VENCE 24 HORAS DE LE MANS Os dois carros da Audi terminaram a legendária competição de resistência em 1º e 3º lugares, comprovando a evolução da tecnologia diesel, no que respeita a rendimento específico e economia de combustível, um dos trunfos deste modelo. O motor W12 da Audi, Powered by Bosch, estava equipado com bombas commonrail de (muito) alta pressão e injectores piezo-inline. O maior desafio da Bosch Motorsport consistiu em elaborar a cartografia de injecção, a fim de maximizar a potência, por um lado, e a economia de combustível, por outro.


15_KYB.qxd

7/7/06

5:43 PM

Pรกgina 47


NOTICIAS

7/10/06

5:17 PM

16

Página 16

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

NOTÍCIAS PUB

P N E U S

DuPont reconhecida pela liderança ecológica

VENDA DIRECTA ÀS OFICINAS COM MONTAGEM DE PNEUS IMPETUS SPORT

A DuPont distingue-se internacionalmente nos campos da protecção ambiental e sustentabilidade, estando classificada em primeiro lugar na Business Week na lista “The Top Green Companies.” A revista reconhece a história da DuPont e a capacidade de cooperar com os requisitos ambientais restritos. Mas não é só a nível corporativo que a DuPont excede uma consciência ambiental; a DuPont Refinish também está comprometida em reduzir os poluentes atmosféricos com o Cromax, o acabamento de

base aquosa que cumpre integralmente com os novos requisitos da EU, para a redução de emissão de compostos orgânicos voláteis (COV). Há uma década que a DuPont Refinish desenvolve e vende o acabamento de base aquosa Cromax, altamente produtivo e tecnológico. Este ano a empresa renovou o programa LE, criado em 1996: uma gama completa de tintas de Baixa Emissão que comprem com as normas da EU sobre os requisitos ambientais.

CRC lança

Rost Flash - Auto

IMPETUS 2

A CRC Industries Iberia, lançou no mercado um desbloqueador a frio, denominado Rost Flash. Com este novo produto é possível soltar rapidamente todo tipo de peças bloqueadas. O efeito a baixa temperatura (-40ºC) rompe o óxido e contrai as superfícies. A alta pureza do produto permite encontrar rapidamente o caminho através das fissuras para chegar o mais longe possível a todas as partes das peças. CRC Rost Flash desbloqueia todo o tipo de peças roscadas, biseladas e peças deslizantes. De referir que este produto está livre de silicones e ácidos.

Sensores de Oxigénio Blue Print

ATRACTA

COMPETUS

DACUNHA, LDA. IMPORTADOR EXCLUSIVO RUAS RUAS FORNOS, FORNOS, 64 64 4425 4425 399 399 FOLGOSA FOLGOSA TEL TEL :: 229 229 699 699 330 330 -- FAX FAX :: 229 229 699 699 338 338 pdacunha@mail.telepac.pt pdacunha@mail.telepac.pt www.lassa-europe.com www.lassa-europe.com

TRANSWAY

A Blue Print disponibiliza para o mercado Português mais de 50 Sensores de Oxigénio. Também conhecido como “Válvula Lambda”, esta peça de controlo de emissões de gases, foi desenhada com o intuito de ajudar o motor a trabalhar eficientemente, produzindo o menor número de emissões de gases de escape possível. O Sensor de Oxigénio é montado no tubo de escape, de onde emite dados para a central electrónica. Quando ocorre uma falha neste sensor, a central electrónica deixa de receber os dados reais

sobre a relação ar/combustível, proporcionando o automático ajuste da relação ar/combustível, mantendo assim o motor em funcionamento. Este produto que a Blue Print disponibiliza, pretende desmistificar, que este sensor só se encontra no concessionário de marca. Segundo os responsáveis da empresa, este produto Blue Print é excelente para as prateleiras dos distribuidores, pois apesar de ter algum custo, proporciona uma mais valia na distribuição de peças independentes, além de ocupar muito pouco espaço.

Lenaparts distribui Peças Peugeot A Lenaparts, empresa de comercialização de peças de veículos automóveis e acessórios que integra a «sub-holding» Lena Automóveis é desde Junho de 2006, distribuidor de Peças Peugeot para a zona centro do país. O contrato de distribuição de peças, que até ao momento era feito pelo Concessionário Peugeot LPM, passa para a Lenaparts na procura de especialização do negócio na venda de peças dentro da «sub-holding». A partir deste

mês, a empresa passa a oferecer aos seus clientes as peças Peugeot, Opel, Isuzu e Alfa Romeo, mantendo a actividade nas instalações da LPM Leiria, Pombal e Tomar. A Lenaparts iniciou a sua actividade em Março de 2004 com a venda de peças e acessórios para veículos automóveis aftermarket e tem como mercado alvo, as oficinas e empresas retalhistas de peças de toda a região centro do país.


17_TIMKEM.qxd

7/7/06

5:43 PM

Pรกgina 39


NOTICIAS

7/10/06

18

5:17 PM

Página 18

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves FILCAR ENGINEERING MUDA-SE A empresa especializada em equipamentos de lubrificação e sistemas de aspiração de gases de escape e pós de lixagem para oficinas, mudou a sua sede para o nº 17 da Calle Oriente, 7, Brunete (Madrid). As novas instalações, com 300 m2, incluem os escritórios centrais, uma área de exposição comercial e um gabinete de estudos e projectos de instalações oficinais. Os novos contactos telefónicos da Filcar Engineering passan a ser: + 34 91 816 31 27 e + 34 91 813 28 93 (fax).

AUTOMECHANIKA 2006 JÁ MEXE Considerada a maior feira mundial do aftermarket automóvel, a Automechanika 2006 realizar-se-á de 12 a17 de Setembro, no recinto da Feira de Frankfurt. De acordo com os promotores, são esperados 4.500 expositores de todos os continentes e mais de 163 mil visitantes, 40% dos quais vindos de fora da Alemanha. A dois meses do evento, já mais de 4 mil expositores reservaram o seu espaço. A exposição estará organizada em zonas temáticas diferenciadas: reparação e manutenção, peças e sistemas, estações de serviço e limpeza (pela primeira vez com espaço independente), bem como acessórios e tuning. PUB

NOTÍCIAS Runkel & Andrade

com novo balcão de venda ao público Inserido num plano de reorganização logística, que decorre deste o início desde ano, a Runkel & Andrade passou a dispor de um armazém nas instalações da Sede do Grupo Cimpomóvel, em Santa Iria de Azóia, Lisboa. Simultaneamente, no dia 1 de Junho a empresa inaugurou um novo balcão de venda ao público no mesmo local, estando pronta para receber a visita dos seus Clientes de segunda a sexta-feira entre as 9:00 e as 18:00 horas.

Refira-se que o armazém de Lisboa constitui a unidade logística central da R&A, complementada pelos armazéns regionais e respectivos balcões de venda, situados nas suas instalações de Aveiro e Coimbra. Esta nova realidade irá, segundo os responsáveis da Runkel & Andrade, melhorar a eficácia na distribuição dos produtos comercializados pela empresa, e contribuir para a prestação de um serviço mais completo aos seus Clientes.

Líquidos Limpa-Vidros Norauto em promoção A Norauto lançou uma promoção “Leve 2 Pague 1” nos Líquidos Limpa-Vidros. Por apenas 4,30 Euros, o cliente Norauto tem a possibilidade de adquirir 10 L de Líquido Limpa-Vidros da marca Norauto, em todos os seus centros auto. Com dois aromas distintos, maçã e pêssego, que se fazem

Hengst distinguida com Prémio Ford A marca de filtros Hengst foi galardoada com o prémio Q1 Award 2005 atribuído pela Ford Motor Company, colocando-a entre os melhores fornecedores globais deste fabricante automóvel norte-americano. Este prestigiado galardão da Ford reconhece a performance excepcional da Hengst nas áreas da qualidade, eficiência, logística, protecção ambiental e elevados padrões tecnológicos. “Estamos orgulhosos que a Hengst

tenha sido distinguida com este prémio, em reconhecimento da qualidade dos nossos produtos e do desempenho da empresa. Esta elevada distinção da Ford Motor Company vem confirmar uma vez mais a marca Hengst como excelência em termos de desenvolvimento, produção e distribuição de produtos inovadores com os mais elevados níveis de qualidade”, disse Jens Roettgering, Director de Vendas da empresa.

sentir no interior do carro, estes líquidos limpavidros são igualmente desengordurantes e antimosquitos. Cada embalagem de 5L tem um bico de enroscar para facilitar o trabalho de enchimento do depósito sem entornar o líquido.


19_SKF.qxd

7/7/06

5:42 PM

Pรกgina 39


NOTICIAS

7/10/06

20

5:17 PM

Página 20

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves NAVTEC LANÇA CDs ACTUALIZADOS Estes CDs destinam-se a sistemas de navegação e localização automóvel da Siemens VDO (Dayton e Philips Carin). Os novos mapas digitais actualizados referem-se a Espanha (+ um milhão de km de estradas e 100 mil pontos de interesse), Alemanha, Benelux, Escandinávia, França, Reino Unido, Irlanda, Itália e Portugal. Ao ritmo que a rede viária europeia avança, só mesmo com sistemas de navegação actualizados… ou de avião!

NOTÍCIAS BP e DuPont anunciam parceria

AMPLIA KNOW HOW

PUB

parceria com Sportclasse

A BP e a DuPont anunciaram a criação de uma parceria para o desenvolvimento, produção e comercialização de uma nova geração de biocombustíveis, com o objectivo de ajudar a satisfazer a procura global de combustíveis renováveis para transporte. A BP e a DuPont têm estado a trabalhar em conjunto desde 2003 no desenvolvimento de biocombustíveis avançados com propriedades que possam ajudar a ultrapassar as limitações dos biocombustíveis actuais. Esse trabalho progrediu e atingiu o ponto em que já é possível introduzir no mercado o primeiro produto desenvolvido pelas duas companhias. A estratégia conjunta consiste em produzir biocombustíveis avançados que ofereçam melhores opções aos crescentes fornecimentos de energia, e em acelerar a mudança para o uso de combustíveis renováveis para transportes, que reduzam a emissão de gases causadores do efeito estufa.

MANN+HUMMEL Após ter desenvolvido originais competências, em termos de acústica dos sistemas de admissão do motor, a Mann+Hummel lançou um dispositivo acústico (Resonator), com o qual reduz o ruído dos compressores de ar. O sistema vai ser utilizado nos camiões Actros Série 500, da Mercedes, contribuindo para reduzir o nível global de ruído do veículo. Uma vantagem suplementar foi conseguida com este dispositivo, que canaliza o ar de retorno do compressor, saturado de óleo, para o sistema de admissão do motor, sendo queimado nas câmaras de combustão, o que evita a poluição do ambiente.

Runkel & Andrade estabelece

Numa altura em que está a desenvolver uma rede regional de distribuidores em Portugal, ao nível dos elevadores, a Velyen, apresentou um novo sistema de auto-controlo e diagnóstico, denominado SCS para os modelos de elevadores 4EC0500-600-700800. Este sistema, que recebeu uma menção especial pela inovação, na Motortec de 2005, destaca-se por ser um sistema integrado de informação sobre o estado do eleva-

Foi estabelecido com a Sportclasse um acordo de parceria que permitirá a comercialização, por parte da Runkel & Andrade, de uma vasta gama de produtos, entre os quais destacamos as capas para automóveis, viaturas clássicas, viaturas desportivas e motos, as capotas, os conjuntos completos de carpetes e tapetes para interiores, e os pára-brisas. A Sportclasse nasceu em 1994, tendo-se dedicado à venda, reparação, manutenção e restauro de todo o tipo de modelos Porsche, como Especialista Independente. A empresa possui um salão de exposição de 1.300m2, nas suas instalações em Lisboa, reservado a viaturas clássicas desportivas, detendo um palmarés invejável no que diz respeito à preparação de clássicos que animam as estradas e circuitos nacionais e estrangeiros. Nesta área desenvolve ainda uma série de serviços destinados a marcas de automóveis de prestígio.

Velyen com novos produtos dor, baseado no seu próprio auto-diagnóstico. Tal sistema permite não só a prevenção de avarias, o que é muito importante para reduzir os custos de reparação, como serve também como um dispositivo de recolha de informação para os serviços de assistência técnica. Outras das novidades da Velyen é o

elevador para alinhamentos modelo 4ED0900. Este elevador incorpora novos pratos adaptados para o alinhamento das rodas e as plataformas tem novas dimensões. Existe ainda um novo elevador auxiliar de 3 toneladas, de máxima estabilidade, que permite realizar uma série de trabalhos com um só equipamento para os que necessitam de rodas livres como para o alinhamento de direcções.


NOTICIAS

7/10/06

5:17 PM

Página 21

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

NOTÍCIAS Proposta de regulamentação Euro 5

Democratizar o aftermarket (Continuação da página 1)

Partindo do princípio lógico e sensato de que todos estão de boafé, no processo de implementação da nova norma Euro 5, será desta vez que os fabricantes de veículos irão passar a disponibilizar a informação técnica dos seus veículos, sem limitações e com livre acesso a todos os interessados, através de meios electrónicos compatíveis e eficientes. É deste modo que a proposta de regulamentação Euro 5 o entende e é neste sentido que a Comissão Europeia tem remado persistentemente, desde há vários anos. Segundo a AFCAR, uma aliança de diversas entidades apoiantes do lobi independente (AIRC, CECRA, EGEA, FIA e FIGIEFA), a definitiva e efectiva livre cedência da informação técnica pertinente, trará as seguintes consequências positivas: - Liberdade de escolha para 250 milhões de consumidores finais, podendo passar a optar pela melhor localização, melhor serviço e melhor preço: - Melhor funcionamento do mercado interno da U.E., permitindo aos consumidores reparar a sua viatura em qualquer país, de acordo com as Cláusulas de Reparabilidade; - O maior nível de oferta de assistência certificada, torna a economia da U.E. mais competitiva, ágil e rentável; - Promoção do emprego e desenvolvimento das PMEs, devido essencialmente ao maior volume de operações económicas e aumento da produção de peças/produtos para o aftermarket; - Estímulo à iniciativa individual privada, factor de desenvolvimento fulcral de qualquer economia li-

vre, dinâmica e bem sucedida; - Apoia a regulamentação comunitária, que constitui a expressão democrática de uma Europa que se pretende emancipada, competente e eficiente; - Benefícios concretos para o meio ambiente, através da manutenção permanente das especificações de controlo das emissões, em todos os veículos; - Assegura o direito à mobilidade a 250 milhões de automobilistas, através de custos concorrenciais e moderados, disponibilidade de peças e serviços, bem como de assistência, em qualquer ponto da U.E. Por uma Europa consensual O referido projecto de regulamentação de emissões automóvel Euro 5 constitui uma boa base de trabalho, para o progresso do aftermarket europeu global, mas ainda terá que ser ratificado pelo Conselho de Ministros da U.E. e pelo Parlamento Europeu. Todos estamos confiantes que a lógica da razão e procura de consensos irão prevalecer, traduzindose pela aprovação do projecto e respectivas cláusulas. Estão em causa direitos inalienáveis de centenas de milhares de cidadãos europeus, cujo bem-estar, saúde e prosperidade nenhum interesse particular tem legitimidade para ignorar, desprezar ou ameaçar. Uma Europa consensual terá que lutar permanentemente contra a exclusão, pouco importando as formas com que se apresenta e com que argumentos é defendida, porque é da inclusão que se fazem os grandes projectos políticos e económicos duráveis e o bem comum.

Gasóleo com biodiesel disponível em Portugal O mercado português de combustíveis passou a contar com gasóleo com biodiesel, através da incorporação de até 5 por cento deste componente renovável em todo o gasóleo distribuído pelo aparelho nacional de refinação e logística. Esta medida, enquadrada na directiva europeia 2003/30/CE de 2003, foi implementada até ao final do mês de Junho, traduzindo-se numa iniciativa efectiva de redução de emissões através da introdução de energias renováveis. O impacto positivo desta medida a nível ambiental é expressivo, permitindo a redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) em cerca de 400 mil toneladas por ano. Da mesma maneira, a incorporação de biodiesel representa uma redução de 15 a 20 por cento nas importações portuguesas no que se refere a gasóleo, contribuindo simultaneamente

para a diversificação das fontes de energia e para a redução da dependência energética. O biodiesel é um combustível renovável, produzido a partir de colza, soja e palma. A sua mistura com o gasóleo cumpre um processo com controlo rigoroso de qualidade em toda a cadeia, desde o produtor até à sua incorporação no gasóleo. O biodiesel que vai ser integrado no gasóleo português provém de duas fábricas – Torrejana (Torres Novas) e Iberol (Alhandra) – que empregam 107 pessoas e produzem um total de 160.000 toneladas de biodiesel por ano. Apesar de os custos de produção do biodiesel serem mais elevados, o preço final do gasóleo ao consumidor não sofre qualquer alteração, uma vez que o Governo decidiu conceder isenção fiscal a nível do ISP.

O novo equipamento

21

FB30 da ATE

A AZ Auto já tem disponível para o mercado português um novo equipamento da ATE para as operações de mudança do líquido de travões e da purga do circuito hidráulico de travagem, conhecido como FB30. Trata-se de um equipamento que vai dar uma resposta às actuais necessidades e exigências técnicas dos automóveis ao nível da travagem, sistema que são cada mais complexos em termos de electrónica. Graças à sua inovadora tecnologia de controlo electrónico de pressão, este equipamento vem marcar a diferença pela rapidez, segurança e fiabilidade que garante na intervenção dos sistemas de travagem hidráulicos em qualquer modelo automóvel. Este equipamento é não só mais fácil de usar como é mais rápido no trabalho efectuado, evitando as muitas perdas que os mecânicos têm com a regulação da pressão de trabalho nos equipamentos de purga tradicionais. Com o equipamento FB 30 da ATE esta pressão é facilmente seleccionada com um botão e, mais importante, electronicamente controlada.

10 Campanhas CS-Peças Auto em curso 1 - Descontos em material de travagem Bendix (pastilhas, discos e maxilas); durante o mês de Julho; 2 - Oferta de relógios em compras de escovas Doga; até 29 de Setembro; 3 - Oferta de toalhas de praia na compra de kits de roda (VKBD) ou kits de rolamentos (VKBA); até 15 de Julho; 4 - Oferta de t-shirt’s e toalhas de praia em compras de amortecedores Kayaba; até 31 de Agosto; 5 - Inspecção IPO gratuita com a substituição dos 4 amortecedores do automóvel; até 31 de Julho; 6 - Descontos por vela, para compras superiores a 500 unicades (só para velas de ignição); até 31 de Julho; 7 - Oferta de rádios portáteis com auricular na compra de produtos Esso; até 15 de Julho; 8- Oferta de toalhas de praia na compra de produtos Mobil; até 15 de Julho; 9 - Oferta de latas de cerveja e mini frigoríficos em compras Varta; até 15 de Agosto; 10 - Oferta de latas de cerveja e mini frigoríficos em compras Veneporte; durante o mês de Julho. Para mais informações sobre as Campanhar, contactar directamente o CS-Peças Auto: 218.547.074 PUB


NOTICIAS

7/10/06

22

5:18 PM

Página 22

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves NOVO CATÁLOGO SERCA Esta marca de peças para automóveis acaba de renovar o seu catálogo geral de mangueiras e tubos de borracha. Profusamente ilustrado, o novo catálogo está dividido em 4 capítulos, contendo numerosas novas referências: Produto em bobinas (2,4 e 6 carretos) e no novo formato de tubo já cortado, em sacos individuais; Os quatro tipos de tubo para reservatórios de expansão (Qualidade T, Qualidade INE 2 A, Qualidade N e Qualidade TS; Tubos para gasolina e gasóleo, água fria e quente, bem como ar comprimido, com diâmetro interior a partir de 4,5 mm; e ainda, Tampões para reservatórios e abraçadeiras.

INTERNET VENDE MAIS USADOS Na venda de automóveis usados, a Internet é o meio de informação e pesquisa que apresenta um crescimento imparável, proporcionando às empresas vendedoras mais de 50% dos seus novos clientes. Para os anunciantes, a Internet é também o meio mais económico e eficaz de promover o seu produto, podendo adicionar imagens convincentes dos veículos em oferta. Para os compradores, a facilidade e comodidade de acesso, a partir de qualquer ponto e horário, torna a Internet o meio preferido para o negócio de usados.

NOTÍCIAS Preço de mão-de-obra

Carsistema

subiu 4,3% em 2005

lança Kit Gator II

O inquérito de conjuntura da Reparação Automóvel realizado pela ANECRA, revela que o preço-hora médio nas oficinas independentes em 2005, era de 19,77 Euros (+ 4,3 % do que em 2004). O mesmo inquérito, conclui que um número significativo das oficinas inquiridas praticavam ainda um preço-hora inferior a 15 Euros. O intervalo onde se situam mais oficinas independentes, é o intervalo que varia entre os 15 e os 20 Euros. Os reparadores de marca praticam maioritariamente preço-hora acima dos 25 Euros. Nas oficinas inquiridas, foi possível encontrar os valores médios do preço-hora praticado em 2005. Assim temos: Reparador de marca - Preço-hora médio em 2004: 24, 65 Euros - Preço-hora médio em 2005: 25,97 Euros (+ 5,3%) Oficina Independente - Preço-hora médio em 2004: 18,95 Euros - Preço-hora médio em 2005: 19,77 Euros (+ 4,3%)

A Carsistema, empresa com sede em Coimbra, passou a ser o Importador Exclusivo para o mercado português do Kit Gator II. O Kit Gator II é um revestimento epóxido de dois componentes, que uma vez misturados, pode ser aplicado sobre madeira, chapa metal (não tratada ou pintada), cimento e fibra de vidro. Este produto oferece uma excelente resistência à abrasão, assegura uma forte protecção contra os danos causados pelo arrastamento de objectos reduzindo a electricidade estática. É ainda resistente a gorduras, óleos e a produtos químicos. Trata-se de um produto não tóxico, fácil de aplicar, que seca em 24 horas ficando de imediato pronto para uso. Este produto é destinado especialmente a carrinhas pickup, barcos, reboques, etc.

Campanha Valeo na Civipartes O Grupo Civipartes, empresa especializada na comercialização de componentes para veículos pesados, lançou recentemente uma Campanha com a Valeo que possibilita a todos os clientes usufruir de um desconto de 10% em todo o material de embraiagem desta marca. Esta campanha já está a decorrer em todas as lojas do Grupo Civipartes e é válida até 15 de Setembro de 2006.

PUB

Citroen lança

caixa manual pilotada O modelo C4 da Citroen está já disponível com uma nova caixa manual pilotada de 6 velocidades (CMP6). Esta caixa fornece ao condutor do C4 um prazer de condução inédito graças aos diferentes modos de passagem de mudanças (patilhas no volante, alavanca de velocidades sequencial ou modo automático) e a supressão do pedal de embraiagem. Caracteriza-se por um princípio de automatização da passagem de velocidades e da embraiagem e assegura uma diminuição do consumo na ordem dos 3 a 5% comparativamente a uma caixa de velocidades mecânica. A tecnologia da caixa manual pilotada apoia-se num conjunto composto por uma caixa de velocidades mecânica de 6 velocidades e um sistema de pilotagem dos actuadores elctro-hidráulicos. Graças a este dispositivo, o tempo de resposta diminui e a pilotagem é melhor controlada, permitindo passagens mais rápidas e confortáveis. Além disso, o contacto permanente com o ESP assegura, em caso de regulação deste último, uma boa resposta da caixa para uma segurança perfeita.

A caixa manual pilotada caracterizase por uma gestão electro-hidráulica da embraiagem e da passagem de mudanças. O pedal da embraiagem é assim suprimido e a alavanca de mudanças, que continua presente, já não apresenta nenhuma ligação mecânica com a caixa de velocidades. A caixa é gerida por uma unidade que controla os dois actuadores: um, o actuador da caixa, assegura a selecção e engate das mudanças e o outro, o actuador da embraiagem, assegura a pilotagem da embraiagem.


NOTICIAS

7/10/06

5:18 PM

Página 23

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

NOTÍCIAS

Promoções Norton

Estudo Brembo sobre

qualidade dos discos A Brembo, fabricante italiano de produtos de travagem realizou um estudo a nível europeu sobre a qualidade dos discos de travões à venda no aftermarket. O estuda alerta para a falta de qualidade dos discos de travão analisados, quando comparados com as peças de origem. A Brembo analisou mais de um milhar de discos comprados em retalhistas da França, Itália, Holanda, Espanha, Alemanha e Suiça. Os resultados são alarmantes, pois demonstram que mesmo os discos de travão novos podem ser defeituosos. Os defeitos apresentados foram detectados inclusive em discos de preço elevado e resultam da baixa qualidade das matérias primas utilizadas, dos métodos de fabrico aplicados, da falta de precisão no acabamento e da ausência de controlo. Marco Moretti, Director de Marketing da Brembo, refere que “estão a importar-se discos de travão provenientes de mercados onde não se cumprem as normas de qualidade que se exigem na União Europeia, uma vez que na Europa não existe legislação que proiba às empresas importar discos de travão de qualquer parte do mundo”. No estudo realizado, conclui-se que 70% dos discos analisados apresentavam defeitos relativamente aos standards fixados pelos próprios construtores de veículos para essa peça, os quais são cumpridos pelos principais fabricantes de discos, como é o caso da Brembo. O estudo também indica que 5% dos discos testados tinham defeitos com implicações directas na segurança do veículo, como porosidades e ocos de fundição, fendas ou erros de ondulação elevados; 35% apresentavam irregularidade relacionadas com o conforto, como a rugosidade elevada ou disco tenso; e 4 % não estavam marcados com o nome do fabricante e a indicação da espessura mínima. Segundo a lei, a oficina poderá ser chamada a res-

23

para distribuidores e oficinas A Norton, empresa líder em tecnologia para a repintura auto, está a desenvolver uma promoção de discos para distribuidores e oficinas. Esta promoção, válida até final do stock, permite aos distribuidores ganharem dez rádios (FM com sintonia digital) e cinco pratos na compra de 5.000 discos. Para as oficinas existem duas opções nesta promoção, que passam pela compra de 500 discos (oferta de um rádio) ou de 1000 discos (oferta de dois rádios e de um prato Multi-Air).

Campanha de Verão

ponder por danos causados pela má qualidade dos discos montados no veículo do seu cliente. Na realidade, alguns discos não estão gravados com o nome do fabricante, embora isso seja obrigatório por lei em toda a União Europeia. Quando o fabricante não poder ser identificado, a oficina torna-se responsável pelos danos causados se dentro de três meses após o pedido do cliente não comunicar a identidade e domicílio de quem forneceu o produto. A Brembo, como fabricante responsável, alerta os profissionais para a necessidade de controlarem bem os discos de travão antes de os montarem.

KYB

A KYB promove até ao final de Julho uma Campanha de Verão, que oferece uma t-shirt, na compra de 2 amortecedores, e uma toalha de praia, na compra de 4 amortecedores. A campanha decorre numa altura em que a KYB reposicionou os preços da sua gama, de amortecedores desportivos, nomeadamente dos Ultra SR – amortecedor sport com gás a alta pressão – e AGX – amortecedor regulável de 4 a 8 posições. Para a KYB, a gama desportiva tem por missão aumentar a notoriedade da marca junto de clientes que dedicam bastante tempo e dinheiro na manutenção e melhoramento dos seus veículos.

PUB


NOTICIAS

7/10/06

24

5:18 PM

Página 24

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Breves BOSCH CONTINUA A INVESTIR NA ÍNDIA O promissor mercado indiano vai receber mais € 325 milhões em investimentos da Bosch, no período 2005/08. Desse total, 100 milhões destinam-se ao desenvolvimento e produção de componentes relacionados com a tecnologia diesel, sendo criada uma nova fábrica, no centro de produção Bosch de Bangalore, a primeira da Índia especializada na produção de bombas de alta pressão para sistemas common-rail. Além desta nova unidade, que produzirá mil bombas/dia, uma nova fábrica de injectores surgirá em Nashik, no próximo ano, tendo em conta a perspectiva de aumento da quota de mercado de viaturas diesel , na Índia.

LIVRO DIGITAL DE MANUTENÇÃO MAZDA Com a penetração das tecnologia de informação e comunicação nos veículos, o livro digital de manutenção (DSR) faz todo o sentido, tornando-se acessível ao condutor, em qualquer momento, através do sistema áudio/vídeo. As partir de Julho deste, ano todos os modelos da Mazda na Europa terão um DSR, conceito que a marca introduziu há apenas 8 meses. Todo o historial de manutenção da viatura fica registado no sistema, sendo actualizada a base de dados, sempre que é efectuada uma operação de manutenção. O condutor recebe uma cópia impressa a cada nova operação, podendo controlar todo o processo.

ROAD HOUSE INVESTE EM ESPANHA A fábrica de Ólvega (Soria), gerida pela Eurofren, encarregada do fabrico e comercialização dos produtos de fricção da marca Road House, investiu € 15 milhões, destinados a ampliar a capacidade produtiva e logística. No primeiro caso, foram adquiridos novos equipamentos, entre os quais novas prensas, uma linha de fabrico de lâminas anti-ruído, máquinas de secagem e diversos equipamentos robotizados. No plano da logística, que tem por missão abastecer todo o sul da Europa, foram construídos mais dois armazéns automatizados, numa área de 3.000 m2, destinados a receber 18 mil toneladas de produto.

PUB

NOTÍCIAS Velas Eyquem é novo parceiro TecDoc As velas Eyquem já fazem parte do catálogo electrónico TecDoc, participando para o efeito, tal como as restantes marcas incluídas, no capital da empresa TecDoc. Trata-se de mais um excelente parceiro que por um lado complementa a informação disponível no catálogo electrónico TecDoc e por outro adiciona uma excelente ferramenta de trabalho às empresas que comercializam as velas Eyquem. A Eyquem é um dos principais fabricantes mundiais de velas para automóveis, produzindo cerca de 100 milhões de velas por ano. A sua unidade de produção faz parte das 3 maiores fábricas da Europa com uma capacidade de cerca de 400.000 velas / dia. Com uma gama que cobre 95% das necessidades do parque Europeu, as velas Eyquem são instaladas como primeiro equipamento em veículos de alguns construtores como a Renault, Peugeot, Citroen ou Volvo. A AZ Auto é a representante da marca de velas de ignição e incandescência Eyquem em Portugal.

Nova promoção da WD-40 A WD-40 Company, multinacional líder no fabrico e comercialização de óleos multiusos, lançará no mês de Setembro uma nova promoção dirigida ao mercado português, que incentivará a compra dos seus produtos WD-40 e 3-EN-UNO após as férias do Verão. Os clientes fiéis à gama de produtos WD-40 serão recompensados com um prático Rádio Duche, despertador, resistente à água; também os clientes habituais do 3-EN-UNO serão premiados com uma útil mala-troley para os seus passeios de fim-de-semana, viagens de negócios e para os períodos de férias.

Sonicel

Descontos Mota & Pimenta Da marca Soudal, a Mota & Pimenta tem a decorrer uma promoção (até 20 de Julho) com 10% de desconto na aquisição do Carbond 940 C, um Mastique Poliuretano Carroçarias Cinzento (SD32013). Este produto é indicado para a colagem de elementos dos contentores, carroçarias, pára-brisas e embaladeiras. Na marca de Debeer, a Mota & Pimenta voltou a baixar os preços no Preto Intenso Série 900 Base Aquosa. Este produto, que agora está mais competitivo comercialmente, pode ser aplicado como camada de base para um sistema bicamada sobre veículos de passageiros, veículos empresariais, autocarros, camiões, etc.

CS - Peças Auto

distribui Ashika A Ashika é uma marca de produtos para veículos asiáticos e a única até à data, que apresenta um catálogo on-line elaborado à imagem da base de dados TecDoc, com fotografias e medidas para facilitar a consulta e escolha de peças. O leque de produtos disponibilizado é alargado e abrange algumas das m ais importantes marcas de automóveis asiáticos, como a Daihtsu, Daewoo, Honda, Hyundai, Isuzu, Kia, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Subaru, Suzuki, Tata ou Toyota. A colaboração com a CS - Peças Auto proporciona aos clientes CS um maior número de opções de escolha, sempre com o objectivo de fornecer qualidade. As linhas actualmente disponíveis são: Filtros de óleo, ar e combustível; Bombas de água; Kits de embraiagem; Rolamentos de embraiagem; Rolamentos de roda; Tensores; Kits de distribuição; Correias de distribuição e Pastilhas de travão.

RECTIFICAÇÃO

apresenta novos lubrificantes Representante da marca Sunoco Motor Oils, a Sonicel lançou no mercado português dois novos lubrificantes. O Synturo Brilliant Longlife 2 5W30 é um lubrificante 100% sintético, de longa duração, economizador de combustível que apresenta ainda características que protegem o motor contra o desgaste. Outra das características deste óleo é que mantêm-se eficiente na redução das emissões de gases tanto nos motores a gasolina como nos diesel. A outra novidade é o Synturo Saphir 5W30, também ele um lubrificante 100% sintético desenvolvido para os modernos motores diesel e gasolina. É um lubrificante de utilização universal, fabricado com óleos base de elevado índice de viscosidade e com um pacote de aditivos de última geração, sendo recomendado para a última geração de motores Opel onde as especificações deste óleo são prescritas. Refira-se que a Sonicel passou também a ter disponível em Stock a geração Innivision de escovas limpa-vridos da Trico.

No artigo sobre a Convenção Nacional da Sonicel AS, publicado na página 40 da edição de Junho do Jornal das Oficinas, foi referido que marca SKF é distribuída por esta empresa, o que não está correcto. As marcas de rolamentos comercializadas pela Sonicel AS são: KDP e INA. No mesmo artigo foi referido quer o Sr. Pena Miranda é o Director Comercial da empresa, o que não é verdade, pois actualmente ocupa o cargo de Director-Geral. Na mesma edição do Jornal das Oficinas, no artigo sobre a Mann+Hummel Ibérica, publicado na pág. 41, na legenda da foto, o nome correcto da pessoa é Franz Georg Geiger, Director-Geral da Mann+Hummel Ibérica, e não Dieter Seipler, como foi referido.

INFORMAÇÃO AOS LEITORES A presente edição do Jornal das Oficinas é referente aos meses de Julho e Agosto, uma vez que no mês de Agosto o Jornal não se publica por motivo de férias da Editora. Aproveitamos para desejar a todos os leitores umas excelentes férias, com a promessa de que estaremos de volta em Setembro.


CLASSIFICADOS 10.qxd

7/10/06

4:21 PM

Pรกgina 25

Jornal das Oficinas Junho 2006

ANร NCIOS CLASSIFICADOS

www.beru.com

perfection built in

25


CLASSIFICADOS 10.qxd

26

7/10/06

5:08 PM

Página 26

Jornal das Oficinas Junho 2006

ANÚNCIOS CLASSIFICADOS

Ferramentas e Tecnologia 100% úteis Diagnóstico centralinas: Diagnóstico sem fios para PC - via bluetooth

• Ligeiros (europeus + asiáticos) • Pesados • Tractores agrícolas • Motos

ACRAMAQ, LDA. Largo Maria Lamas, Lt. 40 - loja D - Quinta das Pretas 1685-914 FAMÕES Tel.: 219325671 - Fax: 219325673 Email: acramaq@clix.pt

Gestão de Estações de Serviço em Concessionários de Automóveis

Contacte-nos

808

210 003

Fazemos o estudo económico da sua estação de serviço. Propomos a melhor rentabilização com os nossos serviços. H2Auto Serviços Automóveis, lda • h2auto@clix.pt • Fax: 239 810 005

PEÇAS PARA TODOS OS JIPES - ACESSÓRIOS TODO-O-TERRENO novas • usadas • recondicionadas

Motormáquina

Rua de Tabosa, 906 • 4415-357 Pedroso Vila Nova de Gaia • Tel.: 22 7642722 Fax: 22 7419865 • TM: 91 4068071

LISBOA: Tel.: 219 499 880 • Fax: 219 499 889 E-mail: lisboa@motormaquina.pt

Peças para:

PORTO: Tel.: 229 545 167 / 68 • Fax: 229 545 169 e.mail: porto@motormaquina.pt www.motormaquina.com

ASSISTÊNCIA 24 HORAS A ELEVADORES DE VIATURAS, REPARAÇÕES, REVISÕES. FAZEMOS CONTRATOS DE MANUTENÇÃO

VENDA DE ACESSÓRIOS PARA ELEVADORES DE VIATURAS DAS MARCAS • ISTOBAL • SPACE • OMCN • FOG • RAVAGLIOLI • GRAZIA • CASCOS • ORLANDINI • EUROLIFT • WERTHER • STENHOJ • BRADBURY • • NUSSBAUM • HOFFMANN • TEXO • SATAN • SUN • KONI • MAHA e outras •


CLASSIFICADOS 10-2.qxd

7/11/06

2:12 PM

Página 27

ANÚNCIOS CLASSIFICADOS

Jornal das Oficinas Junho 2006

27

Para mais informações contacte a Create Business Tel.: +351 21 482 15 50 - Fax: +351 21 482 15 51 - info@createbusiness.pt

QUER UMA FERRAMENTA DE QUALIDADE OU UM PRODUTO DE MANUTENÇÃO? FACOM • STANLEY • CK • ORAPI • AMBERSIL • SONAX Visite-nos: Avª do Brasil, 153-A - 1700 - 067 LISBOA Tel. 21 849 11 90/1/2/3 - Fax: 21 849 74 52 - tedlisboa@ted.pt - www.ted.pt

Divulgue a sua empresa no Jornal da Oficinas

Konfort Total Estações totalmente automáticas para a manutenção de sistemas de climatização

Base de dados de veículos incluída

ACRAMAQ, LDA. Largo Maria Lamas, Lt. 40 - loja D - Quinta das Pretas 1685-914 FAMÕES Tel.: 219325671 - Fax: 219325673 Email: acramaq@clix.pt

MARCAS FORTES, MÁXIMA EFICIÊNCIA GAMA COMPLETA EM SISTEMA DE TRAVAGEM GARANTIA DE CONFIANÇA, QUALIDADE E SEGURANÇA


7/10/06

28

4:53 PM

Página 28

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

LEGISLAÇÃO Formação Profissional Contínua dos Trabalhadores

Valorizar os recursos humanos Nos termos da legislação laboral em vigor, nomedamente dos artºs 123º e seguintes do Código do Trabalho, a entidade empregadora deve proporcionar aos seus trabalhadores acções de formação profissional adequadas à sua qualificação.

D

e salientar, que “O trabalhador deve participar de modo diligente nas acções de formação profissional que lhe sejam proporcionadas, salvo se houver motivo atendível”. Quanto ao dever do Estado dispõe-se no nº 3 do artº 123º do Código do Trabalho, que “Compete ao Estado em particular, garantir o acesso dos cidadãos à formação profissional, permitindo a todos a aquisição e permanente actualização dos conhecimentos e competências, desde a entrada na vida activa, e proporcionar os apoios públicos ao funcionamento do sistema de formação profissional”. Esta matéria será objecto de regulamentação em legislação especial.

ção, criando condições objectivas para que o mesmo possa ser exercido, independentemente da situação laboral do trabalhador; d) Promover a qualificação ou a reconversão profissional de trabalhadores desempregados, com vista ao seu rápido ingresso no mercado de trabalho; e) Promover a reabilitação profissional de pessoas com deficiência, em particular daqueles cuja incapacidade foi adquirida em consequência de acidente de trabalho; f) Promover a integração sócio-profissional de grupos com particulares dificuldades de inserção, através do desenvolvimento de acções de formação profissional especial. Quais os deveres de colaboração do empregador relativamente à formação profissional? No Código do Trabalho estabelecem-se deveres de colaboração do empregador na formação profissional a fornecer ao trabalhador, dispondo-se, no artº 125º, que “No âmbito do sistema de formação profissional, compete ao empregador: a) Promover, com vista ao incremento da produtividade e da competitividade de empresas, o desenvolvimento das qualificações dos respectivos trabalhadores, nomeadamente através do acesso á formação profissional; b) Organizar a formação na empresa, estruturando planos de formação e aumentando o investimento em capital humano, de modo a garantir a permanente adequação das qualificações dos seus trabalhadores;

Quais os objectivos da formação profissional? O Código do Trabalho estabelece quais os objectivos da formação profissional, dispondo o artº 124º, que “São objectivos da formação profissional: a) Garantir uma qualificação inicial a todos os jovens que tenham ingressado ou pretendam ingressar no mercado de trabalho sem ter ainda obtido essa qualificação; b) Promover a formação contínua dos trabalhadores empregados. Enquanto instrumento para a competitividade das empresas e para a valorização e actualização profissional, nomeadamente quando a mesma é promovida e desenvolvida com base na iniciativa dos empregadores; c) Garantir o direito individual à forma-

c) Assegurar o direito à informação e consulta dos trabalhadores e dos seus representantes, relativamente aos planos de formação anuais e plurianuais executados pelo empregador; d) Garantir um número mínimo de horas de formação anuais a cada trabalhador, seja em acções a desenvolver na empresa, seja através da concessão de tempo para o desenvolvimento da formação por iniciativa do trabalhador; e) Reconhecer e valorizar as qualificações adquiridas pelos trabalhadores, através da introdução de créditos à formação ou outros benefícios, de modo a estimular a sua participação na formação” De referir, que “A formação contínua de activos deve abranger, em cada ano, pelo menos 10% dos trabalhadores com contrato sem termo de cada empresa”. A violação desta disposição constitui contra-ordenação grave – artº 654º do Código do Trabalho. Nos termos do nº 3 do artº 125º do Código do Trabalho, “Ao trabalhador deve ser assegurada, no âmbito da formação contínua, um limite mínimo de trinta e cinco horas anuais de formação certificada” A violação desta disposição constitui contra-ordenação grave – artº 654º do Código do Trabalho. De ter em conta, que “O número mínimo de horas anuais de formação certificada a que se refere o parágrafo anterior é de trinta e cinco horas a partir de 2006”.

A violação desta disposição constitui contra-ordenação grave – artº 654º do Código do Trabalho. Dispondo-se, no nº 5 do artº 125º do Código do Trabalho, que “As horas de formação certificada a que se referem os nºs 3 e 4 do artº 125º que não forem organizadas sob a responsabilidade do empregador por motivo que lhe seja imputável são transformadas em créditos acumuláveis ao longo de três anos no máximo”. A violação desta disposição constitui contra-ordenação grave – artº 654º do Código do Trabalho. De referir, ainda, que “A formação a que se refere o nº 1 do artº 125º do Código do Trabalho impende igualmente sobre a empresa utilizadora de mão-de-obra relativamente ao trabalhador que, ao abrigo de um contrato celebrado com o respectivo empregador, nela desempenhe a sua actividade por um período, ininterrupto, superior a 18 meses”. A violação desta disposição constitui contra-ordenação grave – artº 654º do Código do Trabalho. Por último devemos salientar, que nos termos do nº 8 do artº 125º do Código do Trabalho, “O disposto no presente artigo não prejudica o cumprimento das obrigações específicas em matéria de formação profissional a proporcionar ao trabalhador contratado a termo”. Reconhecer e valorizar as qualificações adquiridas pelos trabalhadores, através da introdução de créditos à formação.

Legislação

Cupão de Assinatura FAÇA JÁ A SUA ASSINATURA

Preencha com os seus dados de identificação pessoais e forma de pagamento. Enviar para: AP Comunicação – Secção de Assinaturas Rua da Liberdade, 41 – 1º Esq. – Mucifal – 2705-231 COLARES Tel.: 21.928.80.52 - Fax: 21.928.80.53 - e-mail: assinaturas@apcomunicacao.com

ESCOLHA O PERÍODO PARA O QUAL PRETENDE FAZER A SUA ASSINATURA

PARA RECEBER

Sim, quero tornar-me assinante do Jornal das Oficinas por um período de um ano (11 números), por apenas 30,00 Euros. Sim, quero tornar-me assinante do Jornal das Oficinas por um período de dois anos (22 números), por apenas 50,00 Euros.

TODOS OS MESES, Nome:

NA SUA MORADA,

Localidade:

O JORNAL

Código Postal:

Telefone:

Fax:

E-mail:

Nº Contribuinte:

Profissão:

DAS OFICINAS

Escolha o modo de pagamento que mais lhe convém:

Morada:

Data e Assinatura:

Envio Cheque nº __________________________ no valor de _________________________ Euros, do Banco ________________________________ à ordem de AutoProfissional.

Por transferência bancária, para a conta NIB 0033.0000.4526.5003.3440.5 Banco BCP - Colares

Nota: Os dados recolhidos são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do seu pedido. Ao seu titular é garantido o direito de acesso, rectificação, alteração ou eliminação sempre que para isso contacte por escrito o responsável pelo Departamento de Assinaturas do Jornal das Oficinas.


Oficina Mês - Botelhofilho

7/10/06

2:25 PM

Página 29

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

29

Botelho & Filho, Lda.

Oferta alargada de serviços A Botelho & Filho, Lda, é uma oficina independente, situada em Beja, que oferece uma vasta gama de serviços directamente associados ao automóvel, empregando 22 funcionários.

Organização Botelho & Filho, Lda. Divida por dois espaços, que estão de frente um para o outro, a Botelho & Filho consegue em 2.600 m2 ter um grande leque de serviços oficinais.

E

m 1970, quando Jorge Botelho se estabeleceu por conta própria com uma oficina especializada em bate-chapas e pintura, depressa ganhou fama e “proveito” nestas áreas tão específicas em matéria oficinal, com muitos clientes que do Algarve até Lisboa se deslocavam a Beja. Para dar resposta às necessidades dos seus clientes, na altura ainda como Botelho & Duarte, esta oficina passou a integrar no seu espaço a Diesel Beja, especialmente vocacionada para as bombas injectoras e turbo compressores. Já na década de 80, a empresa passa a designar-se Botelho & Filho, Lda, numa altura em que foram feitos determinados investimentos, nomeadamente com a aquisição de uma estufa, que catapultaram ainda mais o nome desta empresa no mercado. Em 2000 a Botelho & Filho muda de instalações, para o Parque Industrial de Beja, onde actualmente se encontra com duas estuturas que ocupam mais de 2.600 m2, incrementando ainda mais a oferta de serviço a outras áreas oficinais para além da chapa e pintura, nomeadamente a mecânica, electricidade, serviço de pneus, substituição e reparação de vidros, entre outros. Serviços A Botelho & Filho é hoje uma oficina multi-serviço que para além da chapa e pintura, possui um forte sector de mecânica geral, com cinco técnicos devidamente formados e especializados. “Para se ter uma boa casa temos acima de tudo de ter bons técnicos para cada sector”, refere Jorge Botelho, Gerente da Botelho & Filho, acrescentando que “a mecânica é um sector que cresceu muito na nossa actividade nos últimos seis anos, associada também ao sector da electricidade, até porque actualmente trabalhamos com muitos frotistas que procuram um serviço rápido e de qualidade também nestas áreas”. Os investimentos em equipamentos têm sido uma constante da actividade da empresa, nomeadamente ao nível do diagnóstico auto, pois “existe a necessidade de estarmos equipados com modernas máquinas, nomeadamente ao nível do diagnóstico, que nos permitam estar cons-

Centro de Colisão Esta oficina possui um centro de colisão muito amplo e bem equipado (dois bancos de carroçaria), prestando serviços a outras oficinas (incluindo concessionários de marca).

Botelho & Filho Sede: Parque Industrial de Beja Rua de Santo André 7800-296 Beja Gerente Jorge Botelho Telefone: 284 311 600 Fax: 284 311 609 E-mail: botelhoefilho@clix.pt

tantemente actualizados e receber regulamente informação e formação técnica”, revela Jorge Botelho. Muito recente na actividade da Botelho & Filho, é o franchising da Express Glass relativamente à substituição e reparação de vidros automóveis, sendo um “serviço muito bom que traz novos clientes, não só através do serviço fixo como do serviço móvel”, afirma o gerente da Botelho & Filho. Esta empresa faz também o serviço de reboques, serviço de pneus, lavagem auto, pré-inspecção pelo que “só nos resta mesmo ter um estofador auto, embora também neste aspecto podemos recorrer a um parceiro para o fazer”, afirma Jorge Botelho revelando ainda que “os serviços de reparação de bombas injectoras, parte hidráulica, turbo compressores, entre outros, são feitas na Diesel Beja”. Em termos de peças, a Botelho & Filho recorre por um lado ao mercado oficial (via Grupo Cameirinha) que fornece peças de origem de algumas marcas mas também trabalha o multimarca, assim como recorre a distribuidores independentes, nomeadamente à Runkel & Andrade que faz a ponte de ligação para produtos, equipamentos e serviços Bosch. Segundo Jorge Botelho, “o cliente tem muitas vezes a palavra naquilo que quer para o seu carro, dependendo até da idade do próprio veículo, mas em alguns casos sabemos que o material da concorrência é tão bom como o original e tem preços mais competitivos”. O facto de ser uma oficina multi-serviço tem sido muito importante “para fidelizar os clientes, não só a nível particular como

Armazéns de peças e vidro São diversos os espaços destinados a armazéns, onde se encontram as peças para consumo da oficina, bem como um espaço onde se encontra vidro automóvel.

Oficina serviços rápidos e diagnóstico Equipado com diversos elevadores e equipamento de suporte a pequenas e médias reparações, mudanças de óleo, filtros, travões, escapes, etc.

Oficina de reparação Para além da mecânica ligeira, esta oficina pode também fazer intervenções mais profundas ao nível da mecânica.

Linha de pré-inspecção Esta oficina está equipado com todo o tipo de equipamentos necessários para efectuar pré-inspecções que garantem a passagem numa IPO.

o cliente de frota ou de concessionário, pois somos um centro de colisão para algumas das mais importantes oficinas de marca em Beja”, garante Jorge Botelho, adiantando que “temos também acordos com as principais seguradoras, que são hoje igual-

Pintura Historicamente especializada na pintura auto, esta oficina possui duas estufas e duas áreas de preparação, estando também numa fase de investimento em mais duas áreas preparadas para serviços rápidos;

Pneus e alinhamento O serviço de pneus possui uma área específica onde são realizados diversos trabalhos relacionados com pneus e alinhamento de direcções.

Substituição de vidro Trata-se do mais recente sector desta oficina onde se fazem todo o tipo de trabalhos de reparação e substituição de vidro. Também está disponível o serviço móvel.

mente importantes na nossa actividade”. Refira-se que em 2005, a Botelho & Filho abriu mais de 3.000 folhas de obra nos seus mais diversos serviços, sendo sem dúvida um bom exemplo de uma oficina independente.


Emp - DieselSys

7/10/06

30

2:29 PM

Página 30

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA Inauguração da DieselSys

Pura tecnologia Diesel e muito mais… Abriu no passado dia 22 de Junho a DieselSys, o mais recente Bosch Diesel Center e Bosch Car Service. Situado na zona Industrial do Porto, esta moderna oficina vai proporcionar um serviço completo na reparação e manutenção de automóveis, de todas as marcas, e é altamente especializada ao nível do diagnóstico e da reparação de sistemas de injecção diesel, segundo os critérios da marca Bosch.

A

Dieselsys é uma extensão natural da FafeDiesel, um Bosch Diesel Center com mais de 20 anos de experiência, propriedade de Alberto Novais, um empresário com visão do futuro, que investiu nas novas instalações convicto da procura crescente dos serviços de reparação na área diesel. “Todo o know-how adquirido ao longo de vinte anos de trabalho na Fafediesel, foi aplicado aqui, por isso estamos confiantes no sucesso deste novo projecto”, afirma Alberto Novais. O facto de não existir nenhum BDC a funcionar na zona do Porto foi mais um factor decisivo para Alberto Novais avançar com a concretização deste projecto, que desde o início teve todo o apoio da Bosch, a qual colaborou com a instalação da imagem institucional do BDC. O equipamento oficinal, inclui as máquinas de reparação e afinação de bombas injectoras (convencionais, electrónicas, rotativas, common-Rail, CP1 / CP2 / CP3, VP’s 29 / 30 / 44). Para além da marca Bosch, a DieselSys faz também a reparação de bombas injectoras da Denso, Delphi e vai arrancar com a Siemens-VDO, na instalação da sua nova rede de reparadores em Portugal. Devido à especificidade do serviço prestado, a DieselSys aposta numa contínua aprendizagem dos seu técnicos, alguns dos quais vieram directamente da Fafediesel, uma vez que esta empresa tem a funcionar nas suas instalações, uma escola de formação em colaboração com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, onde são dados cursos de formação automóvel, nomeadamente cursos de mecânica, electricidade, electrónica e macarrónica, equivalentes ao 12º ano. “Esta proximidade junto dos alunos e formadores tem sido muito importante para nós, pois permite-nos observar de mais perto e aproveitar aqueles jovens que demonstram maior apetência e vocação pela arte, e dar-lhes uma oportunidade de estagiar e, nalguns casos até, de contratar para as nossas empresas”, diz Alberto Novais. “O cliente tipo do BDC é sobretudo o concessionário de marca e são as oficinas independentes. Essas oficinas não estão vo-

cacionadas ou preparadas para o serviço de reparações de bombas injectoras e turbocompressores e como tal necessitam de um parceiro de confiança no qual possam obter a garantia de que os trabalhos são feitos com rigor e competência. Os clientes do Grande Porto que antes iam à FafeDiesel podem agora passar a vir à Dieselsys, beneficiando de uma resposta mais pronta” afirma este responsável. Para além dos serviços ligados ao BDC, a DieselSys presta também serviços no âmbito do BCS, ou seja, todo o tipo serviços de reparação e manutenção automóvel, onde se incluem os serviços rápidos, as revisões periódicas, o serviço de pré - I.P.O., reparações eléctricas, montagem de alarmes, auto-rádios e pneus, entre outros. Questionado sobre as dificuldades que o sector da reparação atravessa, Alberto Novais afirma “Temos consciência do período difícil que o sector está a atravessar, mas tudo foi ponderado antes de partirmos para este investimento. O que achamos que está a acontecer é que o mercado começa a não ter muito lugar para as pequenas oficinas. A tendência que há é criarem-se mais fusões, ficarem menos empresas e maiores grupos. Os carros vão continuar a ser vendidos e a necessitar de ser assistidos, nós é que em vez de termos mais clientes vamos ter menos mas o nosso potencial continua de pé, pelo que acreditamos que na zona onde estamos, existem muitos concessionários e oficinas independentes que são potenciais clientes da DieselSys”. As perspectivas para o futuro são por isso animadoras, conforme refere Alberto Novais: “Esperamos que o nosso volume de negócio venha a aumentar depois de nos tornarmos conhecidos e consolidarmos a nossa presença no mercado. Quando os nossos parceiros se aperceberem que trouxemos um novo serviço de qualidade para a região, sobretudo ao nível do diesel da última geração, e que vamos ajudar a reduzir a poluição automóvel e a melhorar a qualidade de vida dos portuenses, naturalmente que nos irão procurar, pelo que, a tendência será crescer nos próximos anos.”

DieselSys Morada: Rua António da Silva Marinho, 211 4100-063 PORTO Sócio-Gerente: Alberto Novais Telefone: 226.197.900 Fax: 226.197.909 E-mail: a.novais@dieselsys.pt Internet: www.boschcarservice.pt

A grande aposta da Dieselsys é no serviço diesel, nomeadamente nas tecnologias de ponta dos sistemas de injecção de alta pressão.

Com uma oferta global, orientada nas necessidades dos seus clientes (oficinas e particulares), Alberto Novais perspectiva um futuro promissor para as actividades da DieselSys.


Emp - AS Parts

7/10/06

2:30 PM

Página 31

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA

31

AS Parts

Novo grossista de peças e chapa Com armazéns em Lisboa e Porto, a AS Parts iniciou, em Abril passado, a sua actividade como grossista independente na área das peças de mecânica e carroçaria para o sector automóvel.

A

AS Parts é uma empresa detida maioritariamente pelo Grupo Auto Sueco, contando também com a participação da DiverParts. Segundo o seu Director Geral, Fernando Moreira, a constituição da empresa foi fortemente motivada pelo desenvolvimento de diversos estudos de mercado, que comprovaram a necessidade de existir pelo menos mais um operador neste mercado, que fosse uma opção, não só pelos preços praticados mas também que introduzisse um novo dinamismo e forma de estar neste negócio. Face à elevada experiência na área de componentes que as empresas accionistas da AS Parts possuem, concluíram as mesmas que, perante um desafio altamente aliciante como este se revelava, deveriam apostar na criação de uma empresa que preenchesse esse espaço actualmente existente. Foi então decidido constituir a AS Parts, cujo projecto foi concluído e aprovado em Dezembro de 2005. Até Abril, data em que foi emitida a primeira factura, tudo foi realizado em tempo recorde. Desde a escolha dos locais, à negociação com fornecedores, à selecção da equipa humana, tudo foi possível graças à grande entreajuda e espírito criado entre todos (Administração, Direcção, Departamento de Compras, Caixeiros, Empregados de Armazém, Área Logística e Área Administrativa). “A AS Parts posiciona-se no mercado das peças independentes como uma empresa grossista, que se dedica à importação e representação do material que comercializa junto das casas de peças”, afirma Fernando Moreira, acrescentando que “estamos essencialmente vocacionados para o mercado independente, trata-se de comercializar peças não originais mas de qualidade equivalente, que em alguns casos são em tudo idênticas às peças de origem, já que os fabricantes são exactamente os mesmos, como são os casos da Valeo, Gabriel, TYC, e muitas outras que irão ser comercializadas”. A principal aposta da AS Parts traduz-se em termos estratégicos na clara intenção de vir a ser um fornecedor o mais abrangente possível, nas áreas de mecânica e carroçaria, importando em ambos os casos material de qualidade. Neste aspecto, afirma o responsável da empresa, “queremos e iremos ter alguma diferenciação face à concorrência. Estamos fortemente empenhados em reunir uma vasta gama de produtos de diversas famílias de elevada qualidade”. No tocante à política de escolha de produtos em tudo dependerá do tipo de produto em si, isto é, em alguns casos haverá duas linhas distintas dentro do mesmo produto em que a aposta será sempre na qualidade e no preço. Apesar disso, é condição fundamental para a AS Parts trabalhar uma segunda linha, que garanta os elevados níveis de qualidade exigidos, e que se destine essencialmente para o segmento de viaturas com mais de 10 anos.

AS Parts Sede: Quinta S. João das Areias Rua C 16 2685 – 012 Sacavém Director-Geral: Fernando Moreira Telefone: 219 406 704 Fax: 219 406 701 E-mail: femoreira@asparts.pt

Tendo em atenção um mercado fortemente condicionado pelo factor preço, praticar um nível de preços competitivo será apenas uma das preocupações da empresa, que consciente das elevadas exigências dos actuais e futuros clientes, se propõe comercializar apenas produtos de elevada qualidade que garantam a máxima satisfação para ambas as partes, aliados a um tratamento de excepção e excelência a assegurar a todos os clientes, assegura Fernando Moreira. Entre outras acções, a AS Parts assume o sério compromisso de investir fortemente num vasto stock que permita oferecer uma disponibilidade de componentes ímpar no mercado, apostar numa imagem forte que contribua para dignificar o “aftermarket” português, e apoiar em permanência os seus clientes, numa perspectiva de parceria de negócios, procurando dar resposta às suas exigências de uma forma eficaz e sustentada. A nível de distribuição, as apostas concentram-se em dois armazéns, um em Lisboa (alugado) com duplo piso garantindo quase 2.700 m2 de área coberta e um outro no Porto, com uma área total de aproxima-

Principais Marcas/Produtos: VALEO Gama Geral GABRIEL Amortecedores FERODO Pastilhas/Discos Travão CHAMPION Escovas Limpa-Vidros QUINTON HAZELL Material diverso TYC Iluminação, Radiadores e Espelhos PHIRA, ISAM e EMBO Carroçaria OCAP Braços/Rótulas Suspensão Novas Linhas em Julho Correias, Filtros, Óleo Motor, material Japonês diverso e Baterias.

damente 3.100 m2. Partindo dos armazéns de Lisboa e Porto, existem várias viaturas, que através de rotas já definidas distribuem as peças diariamente na zona da Grande Lisboa e Grande Porto, e com a periodicidade necessária em outras zonas do país. Para além disso, as distribuidoras normais serão sempre uma opção válida, garantindo entregas no dia seguinte, estando preparados para servir o cliente em todo o território continental e ilhas. Conscientes de serem mais um “player” no já concorrido “aftermarket”, impera em toda a actuação da empresa o fiel propósito de respeitar todos os actuais intervenientes no mercado (fornecedores e clientes), expresso na confiança com que a AS Parts enfrenta este desafio. Na mira deste objectivo, muito contará a experiência dos profissionais que fazem parte da equipa de trabalho fortemente empenhada e motivada para alcançar o objectivo proposto, “ser uma nova empresa de referência no mercado “aftermarket” português, que prestará um serviço aos seus clientes ímpar no actual contexto nacional”, sublinha Fernando Moreira. Na opinião de Fernando Moreira, as

Fernando Moreira, Director-Geral da AS Parts

perspectivas de evolução do negócio assentam num crescimento gradual e principalmente através de passos muito seguros, ou seja garantir um crescimento sustentável, conquistando espaço na confiança dos clientes e proporcionando bons produtos e boas condições para os trabalhar. Fruto da boa capacidade financeira que possuem, “não daremos passos em falso nem precipitados, porque a nossa ambição, é ficarmos neste mercado por largas décadas”, afiança Fernando Moreira. Em jeito de conclusão, diz o responsável da AS Parts que, “pautados por um enorme respeito pelos actuais e principais protagonistas do mercado, sabem estar perante um mercado extremamente agressivo, onde por vezes impera alguma desordem e falta de estratégia que infelizmente tem prejudicado, de forma injusta, a imagem do mesmo”. No entanto, este responsável da AS Parts está convicto de que com uma boa gama de produtos, uma política de preços competitiva, uma elevada disponibilidade de componentes e com um atendimento de excelência (que também passará pela introdução de algumas novidades), a AS Parts será muito bem recebida.


Emp - Battery Doctors

32

7/10/06

4:55 PM

Página 32

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA Battery Doctors

Vida nova para as baterias A Battery Doctors chegou a Portugal em 2005. Trata-se de um novo sistema de recondicionamento de baterias, proveniente dos Estados Unidos da América onde este conceito nasceu e foi desenvolvido.

O

nome é muito sugestivo e tem tudo a ver com a actividade em si. O Sistema Battery Doctors nasceu nos Estados Unidos da América e não tem concorrência directa em termos de recondicionamento de baterias. Mas em que é que consiste este sistema? Um operador Battery Doctors recolhe nas oficinas, stands, empresas de camionagem, marinas, campos de golfe etc. as baterias usadas, que ao invés de irem para a reciclagem, são recondicionadas regressando ao circuito comercial para serem usadas de novo. No momento da recolha das baterias usadas nas oficinas (ou noutros locais onde existam veículos com baterias de electrólise) é feito um teste prévio às mesmas, só sendo seleccionadas aquelas que tenha um potencial de recuperação, de acordo com determinados parâmetros, seguindo as restantes para o seu destino final, ou seja a reciclagem. Depois de recolhidas as baterias usadas, estas são sujeitos a um tratamento com a utilização de um ou mais líquidos (no fundo aquilo que é o segredo do negócio), sendo depois sujeitas a carga e a diversos testes, sendo no final do processo atribuída uma garantia expectável, que poderá ser de 6, 12, 18 ou 24 meses, embora a sua duração seja superior a esses períodos de garantia. As baterias são ainda sujeitas a uma limpeza total, passando posteriormente por uma fase de rotulagem para seguirem para o circuito comercial “ficando a bateria como nova”, garante Hermany Silva, Director Técnico/Comercial da Battery Doctors. Alguns operadores Battery Doctors têm lojas abertas ao público (outros não), pelo que as baterias recondicionadas voltam para o mercado por via dos parceiros, nomeadamente, oficinas, casas de peças ou através de acordos com campos de golf, marinas, armazéns onde no fundo sejam necessárias baterias de arranque ou baterias industriais.

Apesar de existir uma barreira psicológica, para o cliente final, associada ao facto de não ser uma bateria nova mas sim recondicionada, Hermany Silva afirma que “é um trabalho que estamos a desenvolver junto dos clientes e utilizadores finais, provando, através da demonstração, que estas baterias podem ser usadas sem qualquer problema e com preços muito mais competitivos”. O posicionamento comercial é outro factor muito importante, como explica o Director Técnico/Comercial da Battery Doctors esclarecendo que “nós queremos concorrer com marcas de reconhecido valor no mercado, mas a preços muito mais baixos. Por outro lado não queremos concorrer com os produtos de marcas que ninguém conhece como são caso de algumas asiáti-

Ser um operador Battery Doctors Para se ser um operador Battery Doctors, basta enviar uma candidatura, sendo depois feita uma triagem segundo determinados critérios. Segue-se depois uma entrevista onde é analisado o perfil do candidato, sendo depois, caso reuna as condições económicofinanceiras e físicas, atribuída uma determinada área geográfica com cerca de 150.000 habitantes. Após a aquisição da licença, é entregue pela Battery Doctors todo o material necessário para iniciar a actividade. Líquidos para tratamento de fórmula exclusiva e patenteada, carregador inteligente e automático de baterias (permite carregar 6 baterias de cada vez), material de teste rápido de baterias e aparelho electrónico de teste final de baterias, que indica de forma muito aproximada qual o tempo expectável de vida útil de cada bateria tratada. Estão também incluídos todos os acessórios necessários à segurança e conforto neste negócio. Em termos operacionais é também fornecido o acesso ao sistema de Gestão CRM última Geração, para um melhor acompanhamento dos clientes. Está também incluída toda a formação inicial e acompanhamento técnico para que o operador tenha maiores garantias de que o seu negócio será bem sucedido. Na prática, para além do capital de entrada, é necessária uma carrinha e uma instalação de pelo menos 50m2 ventilada, neste caso da responsabilidade do próprio franchisado.

cas ou de países de leste, que também têm preços baixos, mas que não oferecem qualquer tipo de assistência nem acompanhamento técnico ou comercial como nós oferecemos, além da fraquíssima qualidade da maioria das mesmas”. Para além das baterias recondicionadas, que são comercializados com a marca “ReNovo”, a Battery Doctors tem também disponíveis no mercado mais dois tipos de baterias. A “Global Bat”, que é uma bateria nova, capaz de competir com outras implantadas no mercado português à já vários anos, e a “Novo” , uma bateria única no mercado pelo facto de ser tratada preventivamente contra a Sulfatação, tendo por isso uma garantia de 3 anos. O conceito Battery Doctors está a ser desenvolvido em Portugal por via de

Franchising, através de uma rede afiliada que conta actualmente com 14 operadores e uma unidade própria em Portugal e outra em Espanha. Cada zona atribuída a um operador Battery Doctors corresponde a uma média de 150.000 habitantes, “o que permite que cada francishado tenha um grande potencial de expansão deste negócio na sua zona”, sublinha o mesmo responsável, acrescentando que “preferimos que cada operador comece pelo mercado automóvel, mas atribuímos também licenças específicas para operar noutras áreas, como seja nos campos de golf, máquinas industriais, etc”. A confiança neste negócio por parte dos responsáveis da Battery Doctors é enorme, “pois o sistema funciona e está perfeitamente comprovado pelas mais de 1000 instalações que existem nos Estados Unidos”, refere Hermany Silva, pelo que ainda este ano vão expandi-lo para a Espanha e para o Brasil, ficando para uma segunda fase os “Palop´s”.

Battery Doctors Iberia Sede: Av. República, Ed. República, 1º O 2645-143 Cascais Director Técnico/Comercial: Hermany Silva Telefone: 214 690 008 Fax: 214 690 008 E-mail: portugal@batterydoctors.net Internet: www.batterydoctors.net


Emp - Nederman

7/10/06

2:28 PM

Página 33

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA

33

Nederman

Melhorar o ambiente na oficina A Nederman é uma empresa de origem sueca, fundada em 1994, que tem como slogan “melhorar o ambiente nos locais de trabalho”. É precisamente isso que a empresa faz através da sua vasta gama de equipamentos para oficinas de automóveis.

A

Nederman dividiu a sua estrutura operacional em quatro áreas de actuação, sendo o sector automóvel uma delas, embora as restantes (captura na fonte, enroladores de cabos e mangueiras e as divisórias de protecção pessoal) também possuam uma ligação muito forte com o sector das oficinas. Cerca de 30% da actividade da Nederman em Portugal está concentrado no sector automóvel, com a oferta de equipamentos que permitem retirar das oficinas determinados tipos poluentes do ar, tais como, gases de escape, poeiras de lixagens e rebarbagens, fumos de soldadura, entre outros. Com mais de 60 anos de experiência nesta área, a Nederman é especialista em extracção de partículas secas, partindo de um conceito, como explica Branco Martins, Administrador Delegado da empresa em Portugal, afirmando que “achamos que para extracção de poluentes a melhor técnica é a sua captura na fonte, onde de facto ele acontece, e sempre que possível fazemos isso”. Trabalhando também para diversos sectores industriais, onde as especificidades são muitas e as fontes de poluição colocam problemas muito mais complexos, o responsável da Nederman considera que nas oficinas “os problemas com os poluentes estão perfeitamente tipificados, sendo por isso mais fácil para nós dar uma resposta efectiva a esses problemas com a gama de equipamentos que temos, independentemente do espaço físico disponível na oficina”. Especialização Uma das áreas onde Nederman assume a sua especialização é na extracção de gases de escape, “onde somos uma das mais conceituadas empresas a nível da mundial que se destaca pela qualidade”, refere Branco Martins, alertando contudo para o facto de que “muitas vezes as pessoas associam-nos a equipamentos de elevado preço, o que não é verdade. A diferença é que os nossos equipamentos cumprem todas as normas técnicas recomendados para cada tipo de utilização, que se destacam pelas suas características técnicas e não pelo preço”.

Mas a oferta da Nederman não fica só pelos extractores (ver caixa), tendo também disponíveis sistemas de alto-vácuo que permitem fazer a limpeza nas oficinas com custos mais reduzidos e com uma enorme eficiência. Para além disso, a Nederman disponibiliza divisórias preparadas e desenvolvidas para áreas de lavagem, diversos enroladores com uma gama muito completa para electricidade, água, óleos, ar e massa. Comercialmente a Nederman desenvolve a sua actividade em todo o país, atra-

vés de uma equipa comercial, que trabalha não só directamente com as oficinas como com alguns distribuidores em determinadas zonas do território português. Relativamente ao mercado oficina, tendo em conta a sua experiência no mercado industrial, Branco Martins considera que “existe uma enorme falta de exigência”, explicando que “o cliente oficinal é pouco técnico, dando tudo ao mesmo fornecedor, para não ter chatices e para ser mais fácil administrar o projecto do ponto de vista financeiro, acabando algumas ve-

zes por comprar gato por lebre, o que se traduz muitas vezes em baixos índices de produtividade”. Toda a instalação, formação e assistência-técnica aos equipamentos da Nederman é fornecida por empresas externas, “que nos garantem a máxima qualidade e confiança”, garante Branco Martins. Uma das novidades mais recentes desta empresa são os contratos de manutenção, “que são um grande sucesso no sector industrial e que estamos a lançar para todos os que usam os nossos equipamentos nas oficinas”, afirma o mesmo responsável. Para o sector automóvel “vamos mudar o nosso conceito de gama, em vez de termos uma gama tão alargada, vamos concentrar a oferta e ter uma plataforma que nos vai permitir ter preços mais competitivos”, conclui Branco Martins.

Nederman Sede: Alameda dos Oceanos, Lt 3.15.02, Lj A 1990-197 Lisboa Administrador Delegado: Branco Martins Telefone: 218 923 440 Fax: 218 923 449 E-mail: branco.martins@nederman.es Internet: www.nederman.pt

Equipamentos Nederman

Branco Martins, Administrador Delegado da Nerderman em Portugal, afirma que os equipamentos desta marca sueca se destacam pela qualidade

- Sistemas de calha exaustora para veículos estacionados ou em movimento - Enroladores de mangueiras para extracção de gases de escape; - Extractores simples / duplos; - Unidades de alto-vácuo fixas ou portáteis; - Extracção por alto vácuo integrada na ferramenta; - Braço para extracção de vapores de cola em pára-brisas - Braço extractor para trabalhos de batechapa; - Braço giratório para ferramentas com aspiração integrada; - Braços com cabeça multi-serviço; - Sistemas de alto-vácuo para limpezas; - Filtros móveis ou fixos; - Braços de extracção; - Enroladores retractéis para várias aplicações; - Bocais de extracção para todo o tipo de viaturas; - Ventiladores e variadores de frequência; - Equipamento de controlo; - Enroladores para mangueiras de vácuo; - Cortinas para divisão e protecção de postos de trabalho.


Emp - Carglass

7/10/06

34

2:29 PM

Página 34

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA Carglass

A concorrência é salutar O mercado independente da substituição e reparação de vidro automóvel tem conhecido uma grande agitação nos últimos anos. Para os responsáveis da Carglass a concorrência é salutar, permitindo desta forma evidenciar as vantagens competitivas face à concorrência.

P

ertencente a uma grande multinacional, a história da Carglass remonta a 1989, mas só em 1996 é criada a Autoglass, Lda, que passa a utilizar o nome comercial Carglass. Actualmente a Carglass possui 20 agências de serviço de norte a Sul do país, opera ainda com 20 unidades móveis e tem uma cobertura superior a 90% do parque automóvel nacional. No dinâmico mercado do vidro automóvel em Portugal, o aparecimento de algumas novas estruturas a operarem neste sector de actividade, não deixa preocupados os responsáveis da Carglass, pois “a concorrência é salutar, e preferimos ser comparados em relação a outros do que não existir comparação como acontecia antes. Agora que temos concorrência, só o facto de podermos comparar, só por si já é um facto positivo”, começou por referir José Lopes Rodrigues, Director-Geral da Carglass em Portugal, sublinhando que “continuamos líderes de mercado, apesar da concorrência, e temo-nos vindo a distinguir cada vez mais através do serviço. O nosso objectivo é, aliás, melhorar continuamente a qualidade do nosso serviço e não nos queremos desviar dele”. Diferenciação Na opinião do Director-Geral, a Carglass tem um maneira de estar no mercado diferente, já que “apostámos em agências próprias que estão debaixo do nosso controlo e não numa associação de agências particulares”. Para José Lopes Rodrigues só dessa forma e com agências próprias é que “se consegue manter um nível de serviço idêntico em todas as agências, que nos permite um melhor controlo sobre reclamações e sobre a produtividade, mas também sobre outros factores que para nós são fundamentais para garantir a qualidade do nosso serviço. Se a estratégia não fosse esta, era para nós muito fácil dizer que tinhamos 120 ou 130 agências espalhadas em todo o país, mediante determinadas condições comerciais”. Uma das fortes apostas da Carglass, tem sido também o serviço móvel, mas o objectivo principal não é “estarmos presentes geograficamente em determinados locais

onde não temos agências. Este serviço é usado essencialmente por questões de comodidade para o cliente, podendo a Carglass deslocar-se até ele, sem custos adicionais. É seguro para a Carglass, até pela forma como as carrinhas estão equipadas e o pessoal está formado, que podemos garantir o mesmo nível de serviço nas unidades móveis que garantimos nas agências”. Recorrendo aos melhores fornecedores mundiais de vidro, parte da diferenciação acaba também por ser feita por outros aspectos, nomeadamente pelo serviço. Por essa razão, José Lopes Rodrigues, considera que a grande evolução da Carglass tem sido na “maneira como fazemos o serviço. Temos um departamento técnico a nível mundial que tem a responsabilidade de desenvolver métodos que melhorem cada vez mais a qualidade e a rapidez do nosso serviço. Melhorar a técnica de reparação e os

materiais que utilizamos para reparar o vidro são o caminho da evolução que teremos que ter, por isso o caminho a seguir é o de sermos ainda mais especialistas naquilo que fazemos”. Futuro A Carglass encontra-se numa fase de finalização de um projecto de expansão, tendo como objectivo chegar às 25 estações fixas em Portugal, tendo muito recentemente aberto duas novas estações, uma em Sintra e outra no Porto. “Um dos grande projectos que estamos a trabalhar, para o próximo ano, é a abertura de uma agência na Madeira, onde não estamos presentes. Não fazia sentido estar na Madeira enquanto não tivéssemos o negócio perfeitamente consolidado em Portugal Continental”, refere José Lopes Rodrigues, acrescentando que “vejo o futuro

Carglass Sede: Rua Manuel P Azevedo 662 Porto 4100-320 PORTO Director-Geral: José Lopes Rodrigues Telefone: 226 194 020 Fax: 226 194 001 E-mail: carglass@carglass.pt Internet: www.carglass.pt

A Carglass é uma empresa independente que está na vanguarda da montagem e reparação de vidro para o sector automóvel. Actualmente, tem como objectivo chegar às 25 estações fixas em Portugal

desta actividade com grande tranquilidade, onde os nossos objectivos são crescer em volume de vendas e em facturação”. Com cerca de 27% de quota do mercado, o responsável máximo da Carglass considera que “temos que provar aos nossos clientes que somos melhores e prestamos melhor serviço que as outras empresas”.

“O Melhor da Belron 2006” A Carglass organizou no mês passado um evento que designou como “O Melhor da Belron 2006” para a eleição do “Melhor Colocador Nacional”. No fundo trata-se de um concurso realizado em cada país, dos 27 onde a Carglass está representada, onde é eleito o seu melhor colocador nacional, que depois irá a uma final mundial, este ano na Alemanha em Nurburgring, para eleger “O Melhor da Belron 2006”. Quatro colocadores da Carglass foi escolhidos, após os testes teóricos, para disputar uma final nacional, onde foram realizados testes práticos de reparação e substituição de vidro. No final o título de o “Melhor Colocador Nacional” foi para Paulo Ribeiro da agência da Carglass de Alvalade.


Emp - xPart

7/10/06

2:28 PM

Página 35

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA

35

Xpart - AutoService Centre

Oficina multimarca com especialização O advento dos auto-centros é uma realidade ainda em crescendo no mercado automóvel nacional. A mais recente estrutura do género dá pelo nome de AutoService Centre, que pretende dar continuidade, por um lado, ao negócio MG Rover e, por outro, desenvolver o conceito multimarca.

A

Xpart é uma divisão da Caterpillar Logistics Service, empresa com forte presença a nível Mundial, que em 2004 comprou a actividade de peças sobresselentes da MG Rover. Já em 2005, a Xpart deu a conhecer à rede MG Rover, um novo conceito de “soft-franchise” ao qual deu o nome de AutoService Centre. Contudo, a Xpart não substituirá a MG Rover, sendo apenas o distribuidor exclusivo das peças originais MG Rover desenvolvendo paralelamente um conceito de reparação multimarca. Os dois objectivos principais da Xpart passam por dar continuidade ao pós-venda da MG Rover mantendo a especialização e desenvolvimento do negócio (oficinal) nestas marcas, incluindo garantias, mas simultaneamente dar a essas oficinas uma forma de ter novas fontes de receitas através de um conceito de pós-venda multimarca. Os AutoService Centre têm como alvo os veículos que tenham entre 3 e 8 anos de idade, que já terminaram a garantia do fabricante, mas que para os seus proprietários a qualidade das peças e dos serviços é muito importante.

mação técnica multimarca (através da Exponentia), aconselhamento técnico e desenvolvimento de gama. Na óptica de Pascal Born, existem muitas vantagens dos operadores em aderirem a este projecto, nomeadamente “uma logística muito competitiva, o acesso às informações técnicas da MG Rover e multimarca, a integração numa rede de franchise europeia, um completo programa de formação e o desenvolvimento de plataformas web, que permitam uma comunicação rápida e eficaz entre a Xpart e os seus distribuidores”. Objectivos Em termos Europeus, os responsáveis da Caterpillar Logistics Service, esperam desenvolver uma rede com mais de 1000 AutoService Centre. Em Portugal os objectivos não são menos ambiciosos, esperando esta empresa crescer até aos 50 AutoService Centre em 2007, que passam pela reconversão quase total da rede MG Rover existentes (32 unidades) e ainda o desenvolvimento de mais 18 criados de raiz ou reconvertidos de outras unidades de negócio, nomeadamente oficinas independentes, garagens e distribuidores à procura de um negócio multimarca.

Conceito AutoService Centre “Os AutoService Centre não são centros-autos, nem se resumem a uma oficina de montagem rápida nem a um distribuidor de peças”, referiu Pascal Born, Gestor de Vendas e Marketing da Xpart na Europa, por ocasião da apresentação deste conceito em Portugal, acrescentando que “es-

Ser um AutoService Centre

Caterpillar Logistics Service A Caterpillar Logistics Service adquiriu em 2004 a actividade de peças sobresselentes da MG Rover, porém a sua ligação com o sector automóvel é enorme sendo responsável pela logística mundial de marcas como a Ford, Land-Rover, Kia, Saab, GM, Delco Remy, Delphi, Bosch, entre outros, possuindo a nível mundial 47 armazéns exclusivamente dedicados às peças. Para o negócio Xpart, esta empresa possui um armazém de distribuição mundial, que opera 24 horas por dia e mais três armazéns regionais (França, Itália e Espanha), destinados aos países do centro da Europa e Península ibérica. Esta monumental empresa tem ainda muitos mais clientes e armazéns de distribuição a nível mundial nos sectores Aeroespecial e Defesa, Industrial, Tecnológico e distribuição para o consumidor final contando com mais de 60 clientes.

Pascal Born, Gestor de Vendas e Marketing da Xpart Europa, veio a Portugal apresentar o novo conceito de AutoService Centre tamos a apresentar uma oficina de serviço multimarca, numa perspectiva de aconselhamento do cliente e com a competência técnica de uma oficina de marca com preços justos”. Os parceiros que estão associados a este projectos dos AutoService Centre são os fornecedores locais de peças, componentes e acessórios, mas também os fornecedores centrais com destaque para a Lucas, Crosland, Gabril, Timken, Xpar All-Makes, Denso, entre muitos outros. Porém a TRW Automotive é um dos parceiros de destaque dos AutoService Centre, pois esta parceria ultrapassa largamente o simples fornecimento de uma gama completa de componentes para chassis, abrangendo ainda for-

Xpart AutoService Centre Sede: R. bento Jesus Caraça, Lt E16/rc 2870-134 Montijo Director de Marketing e Vendas: José Edgar Ribeiro Telefone: 212 316 493 Fax: 212 316 493 E-mail: ribeiro_jose_e@cat.com Internet: www.xpartautoservicecentre.com

O AutoService Centre é considerado um “Soft Franchise” que apresenta um mínimo de restrições para o franchisado, tendo poucas obrigações e “não tem custos ocultos”, segundo Pascal Born da Caterpillar Logistics Service. O próprio contrato entre a Xpart e o aderente implica apenas a duração de um ano (renovável), sem qualquer custo ao nível do direito de entrada, obrigando à aquisição da sintética respectiva que tem um custo mínimo de 500 Euros. Os custos de comunicação são 50% suportados pela Xpart, estando associado a um plano de publicidade dirigido para o grande público. Para se dar início à actividade, é necessário que o aderente invista em um stock mínimo inicial de 3.000 Euros, bem como possua ferramentas de diagnóstico multimarca e uma formação obrigatória específica. A formação é gratuita para a parte comercial “best pratices” e paga para a parte técnica.


Emp - Lovistin

7/10/06

36

2:28 PM

Página 36

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA Lovistin

Especialistas em repintura automóvel Na recente reestruturação da Glasurit em Portugal, a Lovistin foi uma das empresas escolhidas para continuar a ser concessionário da marca na zona centro do país. Também recentemente introduziu no mercado alguns novos equipamentos ligados ao sector da repintura automóvel.

T

endo iniciado o negócio no princípio da década de 80 em nome individual, desde sempre ligado à Repintura Automóvel, Manuel Silva fundou em 1990 a Lovistin (Loja Visiense de Tintas). A sua ligação à Glasurit é histórica, tendo efectuado um excelente trabalho na implementação desta marca na zona centro do país, que lhe valeu a liderança do mercado regional (com cerca de 700 clientes) e ser escolhida para um dos quatro concessionários oficiais Glasurit em Portugal. “Acredito muito neste novo projecto da Glasurit em Portugal, pois sou um enorme defensor da marca. O facto de ter sido nomeado para concessionário, foi o reconhecimento do trabalho que temos vindo a fazer com as tintas Glasurit, mas é também uma responsabilidade acrescida para o futuro”, começou por referir Manuel Silva, Sócio-Gerente da Lovistin. Neste momento esta empresa de Viseu tem a responsabilidade de trabalhar a marca Glasurit nos distritos de Castelo Branco, Guarda, Viseu e Aveiro, neste último caso através da Magotin, uma empresa associada à Lovistin. Para além de uma equipa de quatro comerciais, ou melhor, técnicos-comerciais, a Lovistin continua a apostar num técnico especialista em Repintura Automóvel, pois “se já antes era impossível trabalhar neste ramo sem ter serviços técnicos, que possam dar uma resposta imediata ao cliente, muito mais é agora. Ficamos contentes por saber que já trabalhamos de acordo com a estratégia que a Glasurit preconiza a este nível”. Novas apostas Apesar de o negócio Glasurit representar cerca de 70% da actividade da empresa, a Lovistin tem estrategicamente a intenção de diversificar a sua carteira de produtos. Se já anteriormente vendia uma série de consumíveis para a repintura automóvel, actualmente a Lovistin aposta muito forte nas representações de equipamentos, neste caso com abrangência nacional. “O que motivou esta nossa aposta foi dar

ao cliente um melhor conjunto de soluções para a sua actividade, sem que o preço fosse o factor fundamental de discussão”, refere Manuel Silva, acrescentando que “diversificando a nossa oferta conseguimos servir melhor o cliente, dando-lhe outras vantagens comerciais, ao mesmo tempo que nos preparamos melhor para as exigências actuais e futuras deste mercado”.

Lovistin Sede: Bairro S. João da Carreira, Lt. 4 – 1ª Fase 3500-187 Viseu Sócio-Gerente: Manuel Silva Telefone: 232 440 20 Fax: 232 488 777 E-mail: lovistin@lovistin.mail.pt Internet: -

Pistolas, cabinas, máquinas de lavagem de pistolas, entre outros equipamentos, são algumas das novidades (ver caixa) que a Lovistin tem disponível para o mercado português. “Queremos que os nossos clientes nos vejam como o fornecedor de repintura automóvel, isto é, a oficina sabe que pode contar com a Lovistin para tudo o que seja repintura automóvel”, sublinha

Manuel Silva. A presença em feiras internacionais, permitiu à Lovistin ser actualmente importador directo de algumas importantes marcas de equipamentos, afirmando o seu responsável que “para sermos mais fortes no mercado e podermos prestar um melhor serviço ao cliente, temos que ser cada vez mais especialistas naquilo que fazemos”.

Novidades Lovistin A Lovistin introduziu recentemente no mercado português alguma novas representações de equipamentos. Ao nível das cabinas de pintura, a Lovistin passou a representar e distribuir a marca Omia, de origem francesa, que tem um historial de mais de 50 anos no mercado com este tipo de equipamentos e que possui homologações nas mais importantes marcas de automóveis. “Trata-se de um equipamento de alta qualidade, tecnologicamente evoluído e que apresenta um design muito atractivo o que é uma vantagem face à concorrência”, afirma Manuel Silva. Ao nível das pistolas de repintura, esta empresa de Viseu passou a representar a DeVilbiss, uma marca de origem inglesa, que é um equipamento que “está no topo da tecnologia, dispondo de uma gama muito diversificada para todo tipo de utilizações”. Nesta marca incluem-se para além das pistolas, uma enorme gama de secadores, suportes, filtros e equipamentos protecção do próprio profissional da pintura. Da Filon Tecnhologies, uma marca francesa, a Lovistin passou representar uma gama completa de equipamentos de secagem rápida (infra-vermelhos) e lavadoras manuais e automáticas de pistolas. “Esta empresa é líder mundial nas máquinas de mistura de tintas, trabalhando com quase todas as marcas de tintas para automóvel, tendo recentemente alargado a sua gama de produtos ao outro tipo de equipamentos”, sublinha Manuel Silva.


Emp - Brindauto

7/10/06

2:30 PM

Página 37

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

EMPRESA

37

Brindauto Comptoir

Especialização também em peças Fruto da aquisição da Comptoir em 2005, a Brindauto diversificou a sua gama de produtos, tendo apostado muito forte no sector das peças para o mercado de reposição.

H

istoricamente a Brindauto é uma empresa que está directamente associada ao mercado dos acessórios para automóveis, possuindo uma presença bem vincada nos hipermercados, estações de serviço, centros-auto, “fast-fit” e loja de acessórios. Embora residual na sua actividade até finais do ano passado, a Brindauto também comercializava algumas gamas de peças, que complementavam o negócio dos acessórios. Por sua vez, a Comptoir, que agora pertence à Brindauto, é também ela uma empresa com muito história, mas neste caso no mercado das peças de substituição, com uma experiência superior a 90 anos. Actualmente a empresa designa-se por Brindauto Comptoir, SA, mantendo-se obviamente no mercado dos acessórios para automóveis, onde possui uma posição de liderança no sector, mas reforçando substancialmente a sua posição nas vendas de peças para automóveis. “Para nós o sector das peças não era totalmente desconhecido, pois a Brindauto também as comercializava, porém, com a aquisição da Comptoir temos um enorme potencial de vendas, não só pela diversidade da gama mas também pelos 90 anos de experiência que esta empresa possui no sector das peças, sendo muito conhecida nesta área de actividade”, refere Paulo Ribeiro, Director-Geral da Brindauto Comptoir. Desenvolvimento Se ao nível dos acessórios a estratégia da Brindauto Comptoir passa pela consolidação das vendas e a manutenção da posição de liderança, já nas peças para automóveis o objectivo é crescer. Das várias estratégias pensadas para obter esse crescimento, a Brindauto Comptoir pretende incrementar o mercado das peças nos auto-centros e “fast-fit”, enquanto paralelamente será desenvolvendo um intenso trabalho de reforço da sua presença nos distribuidores e retalhistas. Depois da aquisição da Comptoir, “estamos a investir todos os nossos recursos nas peças, com a introdução de novas marcas, novos conceitos, reforço da equipa com novos gestores de produto e de gestores de marca, já que estamos convencidos que o futuro da Brindauto Comptoir será efectua-

do no mercado das peças, que tem uma dimensão muito superior em relação ao mercado dos acessórios”, afirma Paulo Ribeiro. Presente em Espanha desde 1999, a Brindauto Comptoir, pretende já em 2007 aplicar a mesma estratégia no mercado espanhol, “visto que Portugal é um mercado com uma dimensão limitada e por isso em 2007 vamos também integrar as peças na Brindauto Comptoir em Espanha, que é um mercado com muito potencial”. Aposta em boas marcas Para se desenvolver uma estratégia com esta dimensão e dar os frutos desejados, os responsáveis da Brindauto Comptoir deram uma clara importância às marcas. “Uma estratégia como esta só pode ter como suporte uma aposta clara em marcas de primeiro equipamento”, sublinha Paulo Ribeiro, que traça um paralelo com a mesma política seguida no passado com os acessórios, afirmando que “queremos estar no mercado das peças pela via da qualidade e do melhor produto, a exemplo, do que acontece também nos acessórios onde trabalhamos com as melhores marcas como, Automaxi, Wynns, WD 40, Ecoquattro, etc.”. Esta clara presença no mercado das peças é suportada por um incremento da aposta e dos investimentos em termos de logísticos e de distribuição, com o reforço da produtividade do armazém com 4000 m2 e da melhoria dos processos comerciais das equipas de vendas “on line”, permitindo que a venda possa ser feita on-line junto dos próprios clientes.

Servir o cliente

Paulo Ribeiro, Director-Geral da Brindauto, afirma que “a empresa está a investir grande parte do seus recursos no novo negócios de peças”.

Brindauto Comptoir SA Sede: E.N. 118, Km 30 Porto Alto 2135-011 Samora Correia Director-geral: Paulo Ribeiro Telefone: 263 659 510 Fax: 263 659 513 E.mail: brindauto-comptoir@brindauto.pt Internet: www.brindauto.pt

Uma das apostas da Brindauto foi nas marcas de primeiro equipamento, como suporte da sua estratégia

Depois da abertura de uma loja em Lisboa, no Prior Velho, a Brindauto Comptoir vai investir também na abertura de uma nova loja (com armazém) no Porto. “A abertura da loja / armazém em Lisboa e no Porto teve a ver com o facto de podermos estar mais próximo dos clientes, somos uma empresa com cobertura de vendas a nível nacional e especializada na moderna distribuição de peças. É por isso que estamos abertos aos Sábados, acima de tudo por causa dos auto-centros”, afirma o Director-Geral da Brindauto Comptoir. Em termos de produtos, para além da NGK, a Brindauto Comptoir dispõe também na sua gama de peças da Fram, Ferodo, Brembo, Valeo, Elf, Quinton Hazell e recentemente foi efectuado um acordo exclusivo para Portugal de escovas limpa vidros Michelin, para veiculos ligeiros e pesados, um novo produto deste especialista em borracha para o automóvel.


Ent - Raul - Lusilectra

38

7/10/06

2:27 PM

Página 38

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

ENTREVISTA Eng. Raúl Vergueiro, Director de Divisão de Equipamentos Oficinais, da Lusilectra

“Somos uma empresa

essencialmente técnica” Criada em 1983, a Lusilectra tem tido uma expansão contínua da sua actividade, passando ao lado das crises cíclicas que têm afectado o mercado. O bom desempenho da empresa fica a dever-se ao excelente trabalho da sua equipa técnica e à qualidade superior dos equipamentos que comercializa, afirma o Eng. Raúl Vergueiro.

A

Lusilectra representa em exclusivo algumas das marcas mais conhecidas e com mais prestígio a nível de equipamentos para oficinas, como são o caso dos equipamentos de diagnóstico Sun Electric; testes dinâmicos Maha; máquinas de alinhamento e equilíbrio de rodas Beissbarth, bancos de carroçaria Blackhawk e elevadores Nussbaum, entre outras. O Eng. Raúl Vergueiro, Director da Divisão de Equipamentos Oficinais da Lusilectra, aborda nesta entrevista alguns dos aspectos estratégicos que têm sido o mote para a evolução do negócio desta empresa. Como define o conceito de empresa da Lusilectra? A Lusilectra é uma empresa essencialmente técnica. Digo-o com algum orgulho, porque em primeiro lugar sou técnico e, em segundo lugar, o tipo de produto que nós comercializamos é essencialmente de natureza profissional e técnica. A primeira questão que tentamos resolver com o cliente é de ordem técnica. Independentemente do tipo de equipamento, temos que fazer uma análise do mercado do cliente, para concluir o que é tecnicamente adaptável à sua situação ou não. Como está constituída a equipa técnica da Lusilectra? Neste momento temos uma equipa fixa de 12 técnicos, chefiada por um técnico e um assessor de formação superior, que são anualmente treinados e formados pelos fabricantes dos equipamentos, incluindo formação ambiental, no que respeita à eliminação e reciclagem de resíduos. Essa equipa recebe também formação comportamental, para poder fazer face a todas as situações eventualmente conflituosas, estando preparados para encontrar todas as saídas positivas e consensuais. Além destes técnicos, há sempre 2 ou 3 estagiários a colaborar com a nossa empresa, tendo em vista a sua eventual integração na equipa, após terem dado provas de possuírem perfil para esse efeito. Está previsto o lançamento de novas linhas de equipamento? As parcerias que mantemos com os fornecedores são a longo prazo, porque estar presente no mercado com credibilidade implica trabalhar com empresas de potencial técnico e financeiro, bem como com estabilidade e coerência. Essa aposta tem resultado para ambos os lados, e ainda bem, porque não nos interessa trabalhar com projectos a curto prazo. Por seu turno, a Lusilectra é vista no plano internacional como uma empresa bem ancorada no mercado, com raízes sólidas na sua clientela e moldada para assumir compromissos está-

sem necessidade de se deslocarem à nossa empresa todos os dias. Isto permite-lhes uma grande versatilidade e abrangência territorial. Que tipo de formação técnica é proporcionada pela Lusilectra aos seus clientes? A venda do equipamento implica dar a formação ao cliente que vai operar com ele. Há, no entanto, a distinguir a formação técnica do operador e a formação operativa do equipamento. A responsabilidade da Lusilectra limita-se à formação operativa do equipamento, ou seja, como se pode e deve operar com ele. Muitas vezes também damos a formação técnica aos elementos que vão operar a máquina, a pedido dos nossos clientes, através de cursos devidamente estruturados e pagos. Porque a responsabilidade dessa formação cabe à empresa que opera no mercado.

O Eng. Raúl Vergueiro, Director da Divisão de Equipamentos da Lusilectra, afirma que “o ano 2006 começou de uma forma pouco convincente, mas o segundo semestre pode reservar algumas surpresas, relacionadas essencialmente com o re-equipamento das oficinas de marca, para a actividade multimarca”. veis. A marca Gutmann é uma aproximação recente, com pouco mais de um ano, porque se trata de um fabricante que tem um produto muito vantajoso e competitivo para o mercado. Todas as outras marcas com que trabalhamos são parceiros de longa data da Lusilectra. A mais recente decisão, relativamente a novos produtos, é a representação em exclusivo de uma marca de ferramentas manuais e pneumáticas, o que vem tornar a gama da Lusilectra completa para o sector automóvel, podendo ainda satisfazer algumas necessidades da indústria. A marca é a Jonnesway, que está actualmente em expansão a nível mundial. Que estratégia segue a Lusilectra, no mercado dos concessionários de marca e das oficinas independentes? Em face da gama "Premium" de máquinas que apresentamos ao mercado, os concessionários são os primeiros destinatários da nossa oferta. Acontece, até, que os construtores têm acordos com os fabricantes de equipamentos por nós representados, fornecendo esses equipamentos às suas redes de concessionários, embora a montagem das máquinas e todo o serviço de assistência após-venda seja prestado por nós. Só não vendemos a máquina. Não nos interessa levantar problemas nessas situações, porque realizámos uma aposta muito forte no ser-

viço técnico, por um lado, e por outro, porque para a Lusilectra é prestigiante que as marcas por si representadas sejam escolhidas pelos principais fabricantes de automóveis e pelas suas redes de assistência oficiais. Ultimamente a Lusilectra tem visitado muitas empresas do sector independente, porque a marca Gutmann é uma das que tem bom potencial e está orientada para o “aftermarket” independente. Partilham a vossa distribuição com agentes e/ou retalhistas? Nós consideramos que o equipamento por nós comercializado é demasiadamente técnico, para ser onerado por meros intermediários comerciais. Se porventura existissem intermediários com o mesmo nível de formação e conhecimento técnico que a Lusilectra tem e os nossos fornecedores exigem, possivelmente essa situação seria encarada. No entanto, não vemos como solução lógica onerar os equipamentos para o consumidor final. A Lusilectra tem cobertura nacional, com sede no Porto e uma filial na zona sul do país. Além disso, os técnicos de assistência programam a sua actividade a partir de casa, estando munidos de PC's portáteis e PDA's, para estar em permanente comunicação com a Lusilectra, recebendo as peças necessárias às intervenções nos locais mais convenientes,

Que política de marketing e promoção da notoriedade dos produtos tem sido seguida pela Lusilectra? O nosso posicionamento na área de marketing e publicidade é um tanto discreto, porque o nosso produto é essencialmente profissional e técnico. Uma postura comercial muito agressiva (campanhas, promoções, etc.) acaba por ficar desenquadrada do produto e poderá até ser eventualmente contraproducente. O nosso produto é um bem de investimento e não um bem de consumo, o que ajuda a explicar a razão pela qual não há efectivamente necessidade de encarar as actividades promocionais em grande escala. A nossa qualidade de produtos e serviços constituem o melhor marketing directo que poderíamos desejar. Que previsões faz para a evolução dos negócios em 2006? Não estou propriamente optimista em relação aos resultados no final deste ano. O mercado ainda continua estagnado e as dificuldades devem manter-se mais algum tempo, segundo os dados de que disponho.

Lusilectra Veículos e Equipamentos, SA Morada: R. Eng. Ferreira Dias, 953/993 4100 Porto Telefone: 226.198.750 Fax: 226.158.669 E-mail: equip.oficina@lusilectra.pt Internet: www.lusilectra.pt Director Equipamentos Lusilectra: Raúl Vergueiro


Ent - Sasch Farela

7/10/06

2:27 PM

Página 39

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

ENTREVISTA

39

Hugo Farela, Director de Vendas da Sachs Boge Ibérica - Sucursal em Portugal

Diferenciação pela qualidade A Sachs Boge Ibérica é a empresa responsável pela representação em Portugal e Espanha do material de conceituadas marcas de peças, nomeadamente a Sachs, a Boge, a Lemforder e a recém criada ZF Parts. Conheça a actividade desta marca no mercado nacional.

M

esmo estando centralizada em Espanha, a Sachs Boge Ibérica, possui um escritório em Lisboa, tendo Hugo Farela como Director de Vendas para Portugal. Esta “linha avançada” da Sachs Boge Ibérica em Portugal é acima de tudo responsável pela dinamização comercial das marcas representadas no mercado português.

No fundo a ideia passa por fazer com que as marcas Sachs e Boge estejam presentes em todo o canal de distribuição e que a imagem percebida esteja sempre associada a qualidade e criatividade. O tema da qualidade das peças de origem e das peças de reposição também se coloca no caso das marcas que representa? Para mim a marca é muito importante em termos de valor acrescentado. No caso da marca Sachs, Boge, Lemforder e ZF Parts damos a garantia ao cliente que ele estará a colocar no seu carro um produto igual ao que lá tinha originalmente. Os nossos produtos são equipamento original, temos um centro de desenvolvimento e investigação na Alemanha que trabalha com os construtores de automóveis e desenvolve produtos de acordo com o caderno de encargos do construtor, sendo que a peça de reposição não percorre este caminho.

Que função desempenha um escritório da Sachs Boge Ibérica em Portugal? A nossa função é apoiar os distribuidores das nossas marcas em Portugal. O que fazemos é essencialmente acompanhar, desenvolver e estabelecer sinergias comerciais com os distribuidores estejam eles mais vocacionados para oficinas ou retalho. Regularmente lançamos campanhas direccionadas aos nossos distribuidores, sendo que pela primeira vez, com a campanha do IPO, comunicamos directamente com as oficinas. Por outro lado temos também a função de representar oficialmente as marcas que comercializamos.

A qualidade percebida pelo cliente final, passa muito por uma correcta montagem e aplicação das peças. O que tem sido feito em termos de formação? Elaboramos um plano que visa dar o maior número de acções de formação possíveis, cobrindo todo o território e o maior número de clientes. Os nossos distribuidores convidam os clientes e nós disponibilizamos técnicos especializados da Sachs e Lemforder, num local previamente escolhido. Só este ano já desenvolvemos com os nossos distribuidores quatro acções, pelo que iremos proporcionando a formação também dentro das necessidades dos nossos clientes. Para nós é muito importante que os nossos clientes saibam montar correctamente os nossos produtos.

Quantos distribuidores têm em Portugal? Ao nível da Sachs e da Boge temos cerca de 17 distribuidores, embora alguns deles trabalhem apenas uma marca. Penso que temos uma boa cobertura geográfica do país em termos de distribuidores, com uma rede que está bem organizada. Qual a importância da marca Lemforder para a Sachs Boge Ibérica em Portugal? Trata-se de uma marca muito importante para nós e que temos vindo a dar a mesma importância face às outras, embora o cliente Lemforder seja distinto. A Lemforder é um produto de alta qualidade, sendo que consideramos que ainda tem espaço para crescer no mercado Nacional. Que acções estão a desenvolver para os clientes com os vossos distribuidores? Neste momento temos a decorrer uma campanha em que oferecemos a Inspecção Periódica Obrigatória ao condutor que troque os seus amortecedores por quatro amortecedores novos da Sachs ou Boge, recebendo a oficina um fato de trabalho. Este tipo de acções produzem o efeito desejado em termos de dinamização comercial e vendas? Claro que sim. A diferenciação, passa também, pela capacidade de inovação comercial, mas para nós é também muito importante em termos de comunicação para as marcas Sachs e Boge quer seja junto da oficina quer seja no cliente final. Por exemplo, nesta acção da oferta da IPO, pretendemos que o cliente final também conheça a marca, o produto, contamos com o apoio das oficinas e da rede de distribuição na dinamização desta campanha.

De modo a proteger as marcas que representa, e a qualidade dos produtos, a diferenciação nunca será feita pelo preço

“Passe a Inspecção gratuitamente”

Sachs Boge Ibérica, SA Sede: Rua Nova dos Mercadores Lote 2.06.03 - C / Parque das Nações 1990-239 Lisboa Director de vendas: Hugo Farela Telefone: 218 954 175 Fax: 218 950 109 E-mail: h.farela@sachs.es Internet: www.zf-trading.com

A Sachs Boge Ibérica, fiel ao seu compromisso com a segurança rodoviária, apresenta uma campanha promocional, que está a decorrer até final do mês de Julho, sendo dirigida a todos os utilizadores de veículos automóveis. Esta campanha consiste em oferecer o valor da inspecção periódica obrigatória pela substituição de 4 amortecedores Sachs ou Boge em veículos ligeiros, num limite temporal de seis meses após a substituição desses componentes. Por sua vez, todas as oficinas que enviem por fax à Sachs Boge Ibérica uma cópia da factura da substituição dos quatro amortecedores, onde se indique a referência dos mesmos, obterá gratuitamente um facto de trabalho da Sachs Boge.

Essa formação é ministrada sempre que existam novidades de produtos ou existe uma determinada rotina de formação independentemente do lançamento de novos produtos? Um dos motivos que nos leva a dar formação passa naturalmente pelos novos desenvolvimentos tecnológicos nos nossos produtos, mas passa também pela satisfação de necessidades de algumas oficinas. Por outro lado a formação é também uma importante ferramenta para conquistar novos clientes e para manter actualizados os clientes. Vendendo essencialmente para o Aftermarket, no futuro poderão também virar-se para as próprias oficinas de marca? Já temos alguns negócios pontuais de distribuidores com as origens. Aliás, esta é mesmo uma das áreas que gostava, juntamente com os distribuidores, que podessemos desenvolver em conjunto, pois considero que existe um mercado potencial a conquistar, não devidamente explorado.


Mec Pratica - Ar Condicionado

40

7/10/06

2:26 PM

Página 40

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

SERVIÇO A manutenção do sistema de Ar Condicionado

Um trabalho para

especialistas

A manutenção do sistema de ar condicionado (A/C) e o recarregamento do fluido refrigerante não são tarefas para amadores. Para além do equipamento específico necessário às operações de manutenção, é necessário que o operador tenha conhecimento do sistema que equipa cada veículo, nomeadamente os tempos mínimos de vácuo recomendados para cada modelo e versão.

P

or norma, a manutenção dos sistemas de A/C deve ser efectuada todos os anos, pelo menos para realizar uma inspecção e uma revisão ao seu funcionamento. Mas a maioria dos condutores desconhece, porque também não foram informados pelo vendedor da viatura sobre cuidados a ter com o sistema de A/C. Devido a este desconhecimento, muitos condutores só vão à oficina quando o sistema deixa de fazer frio. Quando tal acontece, a causa mais comum é a falta de pressão no circuito de gás. Os compressores também estão sujeitos a avarias e têm uma vida útil de certo modo limitada. De resto, a falta de gás pode levar à gripagem do compressor, pelo que é conveniente manter todo o sistema nas melhores condições.

1 – Verificar / substituir o filtro de habitáculo Por mais extraordinário que pareça, a manutenção do sistema de A/C deve iniciar-se pelo filtro de habitáculo, pois se este estiver saturado de impurezas, o caudal de ar é insuficiente, pode apresentar odores desagradáveis e, o que é mais grave, estar contaminado por agentes infecciosos, mesmo que todo o sistema esteja a funcionar perfeitamente. Isto sucede porque o filtro processa cerca de 300 m3 de ar por hora, quando o sistema está activado. Esta operação está, em princípio, ao alcance de qualquer oficina, desde que o filtro de substituição corresponda ao que é indicado e desde que não sejam danificadas coisas que estavam a funcionar bem.

2 – Verificar a pressão do sistema Com o filtro operacional, é necessário comprovar se o sistema está a plena carga, a segunda condição para que possa funcionar bem. Em regra, um sistema de ar condicionado pode perder até 10% do seu fluido

de refrigeração por ano, o que conduz à situação de não arrefecer suficientemente o ar de ventilação. Por outro lado, como o lubrificante do sistema está contido no mesmo circuito do fluido, se houver perdas de ambos, o sistema acabará por parar, por falta de lubrificação, danificando componentes e dando origem a reparações de elevado custo. A partir de 2-3 anos sem manutenção, qualquer sistema de ar condicionado automóvel está sujeito a este tipo de contrariedade, se não for submetido a verificações regulares.

3 – Verificar a temperatura do ar debitado A forma mais simples e acessível de verificar o funcionamento do sistema é medir a temperatura do ar debitado pelo sistema para dentro do habitáculo, devendo os valores oscilar entre 10-15º C. Acima destes valores, é sinal de que alguma coisa não vai bem, sendo necessário efectuar o diagnóstico, com um equipamento adequado, capaz de detectar fugas,

analisar o estado do fluido refrigerante e controlar as temperaturas e pressões do circuito.

4 – Detectar fugas de gás A detecção de fugas de gás é um dos elementos essenciais do diagnóstico, pois a operação de recarga torna-se inútil, com a existência de fugas, acabando o sistema por não funcionar novamente, ao cabo de algum tempo. Os automobilistas cometem frequentemente o erro de comparar o sistema de A/C do seu veículo com outros sistemas de refrigeração estacionários, julgando que podem funcionar por longos períodos sem manutenção. O facto é que o A/C das viaturas está sujeito a um nível de vibrações e impactos que não pode ser comparado a nenhum outro sistema doméstico. A detecção de fugas é conseguida introduzindo no circuito um agente contrastante, a pressão adequada (alta), que será posteriormente detectado por um sensor de infravermelhos, nos pontos onde se verificarem fugas.

5 – Fazer a limpeza do circuito de refrigeração As fases seguintes do diagnóstico apenas se podem efectivar, depois do circuito ter sido sujeito a uma limpeza completa, destinada a eliminar lubrificante usado, humidade e sujidades de vários tipos. O gás usado deve ser obrigatoriamente recolhido para reciclagem, pois trata-se de um dos agentes do chamado efeito de estufa, responsável pelas alterações climáticas dos últimos anos. Os aparelhos de manutenção que não efectuam esta reciclagem, apenas estão a “decorar“ a oficina… Por outro lado, o filtro e desumidificador do circuito tem um prazo de validade (cerca de 2 anos), findo o qual a humidade começa a andar “à solta“ no circuito, tornando o funcionamento deficiente e promovendo a corrosão de uma forma alarmante.


41_SIKKENS.qxd

7/7/06

5:42 PM

Pรกgina 47


Mec Pratica - Ar Condicionado

42

7/10/06

2:26 PM

Página 42

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

SERVIÇO

CIRCUITO DE REFRIGERAÇÃO

COM VÁLVULA DE EXPANSÃO Este tipo de circuito de refrigeração está dividido num lado de alta pressão e num lado de baixa pressão. A evaporação do agente refrigerante é controlada no lado da baixa pressão, enquanto a sua condensação é controlada no lado da alta pressão. 6 – Substituir o filtro desumidificador Outro perigo da existência de água no circuito é a possibilidade da válvula de expansão e do evaporador congelarem, danificando o sistema e tornando-o inoperacional. A norma é substituir este filtro sempre que se faz a limpeza e recarga do circuito. A inspecção visual de todos os elementos do circuito serve para detectar danos aparentes, fugas e outras anomalias. O funcionamento do ventilador do condensador (radiador frontal) e o estado de limpeza destes devem ser comprovados, pois o circuito não funciona perfeitamente, sem uma temperatura de condensação adequada.

Válvula de expansão

Compressor

Funcionamento: 1 - O vapor do agente refrigerante é aspirado e comprimido Evaporador pelo compressor. Durante este processo, é aquecido a uma Filtro e ventilador temperatura situada entre 25º C e 75º C. Desumidificador 2 - O vapor quente é depois bombeado para o Lado de alta pressão em estado gasoso condensador, que consiste numa série de tubagens Lado de alta pressão em estado líquido rodeadas por várias lamelas de refrigeração através ndas Lado de baixa pressão em estado líquido quais passa o agente refrigerante. Lado de baixa pressão em estado gasoso Condensador e ventilador 3 - O vapor de agente refrigerante é arrefecido pela corrente de ar, em determinados modelos com a ajuda da ventoinha do no evaporador, provocando uma descida abrupta da pressão do agente condensador, e condensa-se num líquido. refrigerante à medida que atravessa a válvula de expansão, o que faz 4 - O líquido refrigerante flui para o filtro / desumidificador, que filtra o com que o líquido evaporador. refrigerante antes de entrar no evaporador. 7 - Durante este processo, o calor é extraído do ar que atravessa a 5 - O refrigerante líquido condensado é depois injectado para o serpentina do evaporador. evaporador, numa quantidade exacta, através da válvula de expansão 8 - ar exterior, agora frio e seco, é enviado pelo difusor para o interior controlada pela pressão e pela temperatura. do veículo através do sistema de distribuição de ar. 6 - O efeito de sucção do compressor produz uma pressaõ mais baixa

CIRCUITO DE REFRIGERAÇÃO

COM ORIFÍCIO CALIBRADO 7 – Recarregamento do sistema com fluido refrigerante Uma vez comprovada a estanquecidade do circuito, ou após a reparação das fugas, o que pode exigir a substituição de componentes e/ou acessórios, o circuito pode ser carregado novamente, dentro dos valores especificados pelo fabricante do sistema de climatização e/ou do veículo. Convém ter presente que o excesso de carga é tão nocivo para o funcionamento do ar condicionado como a falta de fluido, podendo acarretar avarias desnecessárias. Após efectuar a recarga do circuito, com fluido refrigerante e lubricante novos, é altura de comprovar o seu correcto funcionamento, seja através de aparelhos de diagnóstico, seja pelo método empírico de medição da temperatura do ar, à saída das grelhas orientáveis do habitáculo.

O circuito com orifício calibrado não é muito diferente do circuito com válvula de expansão; a evaporação continua a ser controlada no lado da baixa pressão Compressor e a condensação no lado da alta pressão. No entanto, há duas diferenças significativas: Acoplamento - É usado um orifício calibrado fixo com uma secção do compressor constante em vez de uma válvula de expansão de conCondensador trolo, e - É utilizado um depósito colector / desumidificador para o vapor refrigerante no lado da baixa pressão em vez de um filtro / desumidificador para o refrigerante líquido no lado da alta pressão. Ventilador do condensador

Funcionamento: As primeiras fases de funcionamento (1 a 3) são idênticas às do sistema válvula de expansão - filtro / desumidificador. A partir do condensador, o funcionamento diverge do seguinte modo: 1 - O agente refrigerante líquido condensado atravessa um orifício calibrado com uma secção constante. 2 - Depois do orifício calibrado, a pressão e a temperatura descem rapidamente e o agente refrigerante evapora parcialmente.

Acumulador

Orifício calibrado

Ventilador

Evaporador

Lado de alta pressão em estado gasoso Lado de alta pressão em estado líquido Lado de baixa pressão em estado líquido Lado de baixa pressão em estado gasoso

3 - O orifício está montado à frente da admissão do evaporador, onde ocorre a evaporação total. 4 - O gás refrigerante atravessa depois o depósito colector / desumidificador antes de ser novamente aspirado pelo compressor.

FLUIDOS REFRIGERANTES NOS SISTEMAS DE A/C Fluido refrigerante R12 O fluido refrigerante R12 é um CFC (clorofluorocarbono) cujo ponto de ebulição é de –29,8º C à pressão atmosférica normal. O ponto de ebulição depende da pressão, ou seja, o ponto de ebulição aumenta quando a pressão aumenta. O R12 tem as seguintes características: - É inodoro (em concentrações inferiores a 20%); - Não tóxico (excepto em contacto com chamas vivas ou superfícies quentes); - Não inflamável e não explosivo; - Absorve rapidamente a humidade; - É miscível com óleos minerais, - É mais pesado do que o ar, por isso exis-

te o risco de asfixia junto ao solo; - Não corrói os metais nem a borracha e é prejudicial ao meio ambiente (contém cloro, que empobrece a camada do ozono atmosférico).

lhantes à temperatura e á pressão, ou seja, a uma pressão atmosférica normal, o R134a é um vapor e, quando arrefecido, condensa-se a temperaturas inferiores a –26,2º C.

- Absorve rapidamente a humidade; - Não corroi os metais; - Corrói as mangueiras e os O-Rings do R12; é necesssário utilizar mangueiras e O-Rings específicos para o R134a.

Fluido refrigerante R134a A partir de 1993, o refrigerante R134a tem vindo a ser gradualmente introduzido nos sistemas de ar condicionado pela maioria dos fabricantes de motores. O R134a é um fluorcarbono que, ao contrário do R12, não contém cloro e, por isso, não empobrece a camada do ozono. No entanto, é prejudicial parta o meio ambiente porque contribui para o efeito estufa. O R134a e o R12 têm reacções seme-

O R134a tem as seguintes características: - É inodoro; - Não inflamável e não tóxico em baixas concentrações; - Miscível apenas com lubrificantes sintéticos PAG (glicol de polialquileno), não com óleos minerais; - Mais pesado do que o ar, por isso existe o risco de asfixia junto ao solo; - Não explosivo;

Nota: Os trabalhos de serviço e de reparação nos sistemas de A/C atestados com R12 e R134a devem ser realizados apenas com ferramentas, equipamento de medição e lubrificantes aprovados para a utilização com estes fluidos refrigerantes. Nunca misturar fluidos refrigerantes ou equipamentos R12 e R134a. A sua mistura pode provocar danos nos componentes do sistema de A/C.


Mec Pratica - Ar Condicionado

7/10/06

2:26 PM

Página 43

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

SERVIÇO

43

MÉTODOS DE LIMPEZA DOS SISTEMAS DE A/C fixas nas componentes, através da utilização do líquido de limpeza e, em seguida, o circuito de refrigeração é novamente seco através da utilização de nitrogénio. 3 – Líquido refrigerante Para a limpeza com líquido refrigerante (R134a), a estação de serviço de A/C é equipada com adaptadores e elementos de filtragem, a fim de efectuar uma limpeza do circuito de refrigeração utilizando um agente de refrigeração em forma líquida. Com a utilização deste método apenas é possível remover as partículas que se encontram soltas no sistema. Além disso, são necessários painéis de adaptação, a fim de proceder de modo adequado à limpeza. Estes painéis de adaptação contribuem, devido à instalação e desmontagem necessária dos mesmos, para custos adicionais elevados. 1 – Produtos Químicos (líquido de limpeza) As tubagens de ligação ou componentes do sistema têm de ser limpas individualmente. A limpeza é feita com um produto químico (líquido de limpeza) mediante utilização de uma pistola de pulverização com um adaptador universal. Após o processo de pulverização, é necessário, através da utilização de nitrogénio, proceder à remoção dos restos de líquido de limpeza no circuito de refrigeração, e à sua secagem. Este método implica custos do produto de limpeza química e da sua eliminação adequada, bem como, custos adicionais de montagem e desmontagem das tubagens e componentes do sistema. 2 - Nitrogénio As tubagens ou componentes do sistema têm de ser limpas individualmente. Estas são sopradas e secas com a ajuda de um adaptador universal e nitrogénio sob pressão (máx. 12 bar). Para tal é ligado a uma extremidade da mangueira ou ao componente a limpar, um adaptador cónico que, por sua vez, está ligado à garrafa de nitrogénio através de uma mangueira e um redutor de pressão. Este método de limpeza implica custos de montagem relacionados com a montagem e desmontagem da ligações e componentes do sistema. Além disso, este método não é indicado para a remoção de partículas que se encontram fixas.

Recomendação: É através de uma combinação dos dois métodos acima indicados (Líquido de limpeza e nitrogénio), que é alcançada a máxima eficácia de limpeza do sistema de A/C. Em primeiro lugar são removidas as partículas, incluindo as que se encontram

Conselhos úteis acerca da limpeza: - Assegure-se de que, todas as partículas de sujidade ou de componentes danificadas foram removidas do circuito de refrigeração; - Assegure-se de que não ficaram quaisquer resíduos de líquido de

limpeza no sistema, procedendo a uma secagem dos componentes com nitrogénio; - Abasteça o compressor com a quantidade e tipo de óleo correctos, tendo em consideração as quantidades adicionais para os componentes limpos; - Antes da colocação em funcionamento, rode o compressor manualmente 10 vezes, a fim de evitar que este funcione em seco; - Substitua o filtro desumidificador ou acumulador e a válvula de expansão ou válvula de controlo de fluxo (tubo capilar); - Depois da evacuação correcta do circuito de refrigeração, abasteça-o com a quantidade prescrita de líquido refrigerante; - Apenas pode ser utilizado o líquido de refrigeração R134a. PUB

EM ACESSÓRIOS... HÁ QUEM TENHA OUTRAS OPÇÕES

ESPECIALISTAS AO SEU SERVIÇO EM 1.º EQUIPAMENTO

Escritórios / Armazém: Rua das Fontaínhas -Andrinos- Apartado 776 - 2401-978 LEIRIA Tel. Geral: 244 830 070 (6 Linhas) - Fax: 244 813 047 - e-mail: geral@autodelta.pt


Destaque - Lubrificantes

44

7/10/06

2:24 PM

Página 44

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

DESTAQUE Lubrificantes para motores

Evolução constante O papel do lubrificante no interior do motor é algo complexo e à medida que os motores vão sofrendo evoluções, os lubrificantes evoluem na mesma proporção. E porque nem todos os lubrificantes são iguais atendendo às especificações exigidas por cada construtor de automóveis, as empresas petrolíferas tendem a desenvolver óleos cada vez mais específicos.

O

s lubrificantes são uma “peça” líquida indispensável em qualquer motor, o que tem levado ao seu constante aperfeiçoamento. Porque, como sabemos, a função do óleo dentro do motor não se resume à lubrificação. Passa pela sua capacidade de manter o motor limpo, de reter as impurezas, de evitar o desgaste e o envelhecimento prematuro, entre outros, além de ajudar no próprio arrefecimento do motor. As primeira gerações de lubrificantes, devido essencialmente a razões de custo, derivavam directamente do processo de destilação fraccionada do petróleo, sendo chamados óleos minerais, uma vez que o petróleo é constituído por matéria orgânica mineralizada, sendo enquadrado nas substâncias do reino mineral. Diversos inconvenientes, entretanto, vieram comprovar que os lubrificantes de base mineral, não poderiam acompanhar a vertiginosa evolução tecnológica, ocorrida imediatamente antes e após o virar do milénio. Excessiva viscosidade a baixas temperaturas, fenómenos de oxidação, vulnerabilidade a excessos de temperatura, duração limitada, entre outras debilidades, ditaram a progressiva substituição pelos lubrificantes de síntese. Neste momento, os produtos de base mineral ou semi-sintéticos apenas sobrevivem por razões de custo e em função de um parque automóvel em grande parte desactualizado. Vantagens do óleo sintético Os modernos lubrificantes de base sintética são recomendados consistentemente para os actuais motores de topo de gama, com elevadas potências específicas, bem como para utilizações desportivas e/ou competição. Entre as principais vantagens destes produtos, poderemos citar: • Viscosidade estável a todas as temperaturas; • Estabilidade química; • Melhor performance e endurance a altas temperaturas; • Melhor efeito de arrefecimento e de limpeza do motor, devido à maior fluidez: • Maior resistência à oxidação e ao envelhecimento; • Duração prolongada; • Protecção dos filtros; • Economia de combustível; • Relação preço/qualidade vantajosa. Na realidade, os óleos sintéticos são tão vantajosos para os motores de elevado desempenho, como para os de potências específicas mais medianas, sendo recomendados para todos os tipos de motores. O factor preço tem actuado como travão à expansão do seu consumo, mas uma análise de custos a médio prazo demonstra que são, na verdade, mais económicos. A maior duração e o período de mudança mais alongado, por um lado, bem como a protecção do motor contra o desgaste e outras anomalias, por outro lado, demonstram a sua ren-

tabilidade superior, embora o mercado reaja directamente ao menor custo imediato. A alteração dos hábitos do consumidor poderá ser conseguida por uma acção pedagógica mais eficiente da rede de assistência automóvel, associando, por exemplo, a validade das garantias de reparação / manutenção à utilização de óleos de alta qualidade.

Marca, imagem e especificações Um lubrificante não é apenas constituído pela base, resultando de uma formulação complexa, onde são aplicados aditivos destinados a melhorar diversos aspectos do desempenho específico e global. Os aditivos mais comuns são os anti-corrosivos, que retardam ou evitam o aparecimento de compostos ácidos no motor; anti-oxidantes; agentes promotores de viscosidade; detergentes e dispersantes, entre muitos outros. Obviamente, os resultados práticos dessa formulação dependem em boa parte da base de que se parte. Por outro lado, existem no mercado aditivos suplementares para lubrificantes de motor e transmissões susceptíveis de melhorar ainda mais o seu desempenho. Embora as marcas mais sonantes do mercado ofereçam garantias, não só pelo seu empenho no equipamento original e no desenvolvimento de soluções técnicas, como ainda pela utilização diária e em veículos de competição, o mais importante são as especificações técnicas do lubrificante. As características do lubrificante de um

modelo foram estudadas e ensaiadas de uma forma exigente, correspondendo ao melhor desempenho, razão pela qual são preconizadas pelos fabricantes. As entidades que se preocupam com a classificação dos óleos são a API (American Petroleum Institute), CCMC (Comité de Construteurs du Manché Comum), ACEA (Associação de Construtores Europeus) e SAE (Society of Automotive Engineers). O código SAE é um dos factores mais importantes para a selecção do óleo, pois tipifica o seu grau de viscosidade, em função da temperatura. A letra W (abreviatura de inverno, em Inglês) surge geralmente entre dois números, o primeiro dos quais indica a temperatura mínima que o óleo suporta, servindo o segundo para indicar o grau de viscosidade a quente. Nos óleos multigraduados sintéticos a sigla SAE 5W30, por exemplo, significa que o óleo mantém uma viscosidade ideal a partir de -30º C, até às temperaturas de funcionamento normais do motor. As restantes letras, números e símbolos convencionam o tipo de combustível, tipo de veículo, nível de performance do motor, etc.


Destaque - Lubrificantes

7/10/06

2:24 PM

Página 45

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

DESTAQUE Lubrificante e ambiente Os lubrificantes são constituídos maioritariamente por hidrocarbonetos (HC), um grupo de substâncias nocivo para o ser humano e para o meio ambiente. Embora não seja possível evitar de todo o derrame de lubrificantes, enquanto os veículos se deslocam e em operações de manutenção, convém saber que apenas um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água, utilizada no consumo humano, razão pela qual o óleo usado é considerado um resíduo tóxico e perigoso. Deste modo, existe um programa europeu e mundial para a recolha de óleos usados, devidamente regulamentado por lei. Se bem que fosse possível produzir óleos totalmente biodegradáveis, como os que são utilizados nos motores marítimos, o mercado ainda não dispõe dessa opção para os motores automóvel, o que impõe o esforço de minimização do contágio do meio ambiente. Em Portugal, a entidade encarregada de gerir a recolha de óleos usados é a SOGILUB, empresa sem fins lucrativos, constituída em 17 de Setembro de 2004, vindo a ser licenciada em 15 de Julho de 2005. A Sogilub é detida pela APETRO (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas), em 60% e UNIOIL (Associação Portuguesa de Empresas Gestoras e Recicladoras de Óleos Usados), em 40%, dando conteúdo ao DL 153/2003, de 11 de Junho, que transpõe para a legislação portuguesa a Directiva 1987/101/CEE. O artigo 6 do referido Decreto atribui a responsabilidade de reciclagem dos óleos usados às empresas produtoras de óleos, cabendo às redes de assistência, produtores de óleos usados, cooperar com essa reciclagem, através da correcta separação, armazenagem e encaminhamento dos resíduos. Surgiu, deste modo, o SIGOU (Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados), cujo objectivo é processar a reciclagem de cerca de 50 mil toneladas/ano de óleos usados. O Sigou é financiado por uma taxa, ECO-LUB, correspondente a € 0,063, por cada litro de óleo novo lançado no mercado. A recolha do óleo usado é feita directamente nos produtores (oficinas, estações de serviço, etc.) pela GestOil, um consórcio de empresas que opera no território nacional, com veículos caracterizados.

O país fica dividido em 9 zonas de recolha, havendo um número de contacto telefónico com o Sigou em cada zona. A partir do contacto, a oficina produtora de óleos usados passa a receber todo o apoio necessário para efectuar a reciclagem, incluindo a emissão de guias de acompanhamento, preenchimento de mapas, envio de documentação para o INR, livre de qualquer custo. Mercado com nuvens O problema não é tanto de estagnação ou desenvolvimento, mas de transparência. Com efeito, o menor consumo de lubrificantes, devido à melhor qualidade de construção dos veículos e aos próprios produtos e lubrificação, acaba por ser compensado pelo lento, mas gradual, crescimento do parque automóvel e pela sua utilização mais intensiva. As zonas de penumbra do mercado relacionam-se com a entrada de lubrificantes vindos directamente de outros países, como a Espanha, por exemplo. Para além dos aspectos da concorrência menos leal, existe uma clara fuga ao ónus da reciclagem, o que acabará por sobrecarrregar o orçamento do ECO-LUB, incapaz de financiar a recolha de volumes excessivos de óleos usados, sem correspondência com o de óleos novos vendidos no país. Daqui para a falência do sistema montado para recolher os óleos usados vai pouco, o que poderá dar origem ao descaminho de quantidades consideráveis de óleos contaminantes. Este facto, aliado ao hábito lamentável de certos "profissionais” e privados lançarem o óleo usado directamente no ambiente, poderia lançar o país numa indesejável e perigosa crise ambiental, de gestão problemática. A solução, como em muitos outros casos, poderá passar pela intensificação da fiscalização, bem como pela sensibilização de agentes económicos e consumidores, para evitarem os comportamentos cívicos abaixo do nível mínimo. Já é tempo das pessoas compreenderem que a qualidade de vida e a cidadania dependem mais da qualidade do consumo, que inclui a reciclagem e outros factores de auto estima, do que meramente da quantidade dos produtos consumidos.

45

AS MARCAS

PRESENTES NO MERCADO A oferta existente no mercado português é idêntica à que se encontra noutros mercados maduros, o que se compreende facilmente, em função da gama completa de marcas e modelos de veículos que existe no mercado nacional. A competição entre as marcas ocorre ao mais alto nível, atendendo à crescente complexida-

de do motores e às maiores exigências dos consumidores finais. Nem sempre o mesmo se passa na base da cadeia de distribuição, onde os estratagemas e o oportunismo substituem os verdadeiros argumentos. A própria evolução do mercado e até da sociedade se encarregarão de trazer algum equilíbrio a estas situações.

AGIP Presente no mercado nacional há cerca de 12 anos, a Agip apresenta um a gama de produtos que cumprem as especificações ACEA e dos principais construtores europeus, possuindo entre os consumidores uma imagem de marca de elevada reputação devido à qualidade dos seus produtos apresentados desde sempre com um design moderno. Com o crescimento do parque diesel, a Agip aposta no lançamento de duas novas linhas de óleos Sint 2000 Turbo-diesel 10W40 e Superdiesel Injection Tdi 15W40. As duas linhas de produto são caracterizadas por excelentes propriedades detergentes e dispersantes, para além de proporcionarem maior protecção ao desgaste, em situações de utilização severas. AMALIE Trata-se de uma marca centenária, com origem nos EUA. Sendo recente no mercado nacional, a Amalie tenta impor-se por uma gama completa de óleos para motor, transmissões e circuitos hidráulicos, tanto de veículos ligeiros, como pesados ou de utilização industrial e agrícola, a gasolina, gasóleo ou a 2 tempos. Todos os produtos Amalie estão certificados (ISO9002) e compreendem lubrificantes de todas as categorias, desde os sintéticos e semi-sintéticos, até aos de base mineral. O óleo mais vendido no mercado nacional é o 15W40 (diesel). CASTROL/BP A origem desta marca está ligada ao período heróico do automóvel, há mais de 100 anos, tendo sido também pioneira da tecnologia de lubrificação. A marca aposta fortemente no após-venda, apresentando óleos generalistas, adaptáveis a várias marcas e modelos. A última palavra da marca é o Castrol Formula SLX Long Tec, cuja formulação específica e a abrangência do grau de viscosidade (0W30) permitem assegurar uma protecção e limpeza dos motores de nível superior, ao mesmo tempo que facilitam a expressão total do binário e da potência, mantendo a economia e a performance durante longos períodos de manutenção. CEPSA Esta marca está há quase meio século no mercado português, sendo a expressão de um poderoso grupo multinacional de origem espanhola, o qual controla a produção de combustíveis, lubrificantes e outros derivados do petróleo, desde a extracção, até ao final da cadeia de distribuição. A aposta da Cepsa com a qualidade assenta em certificações e outros compromissos formais e globais, oferecendo uma gama completa de produtos, para todos os tipos de motores e veículos. Como outros produtores de lubrificantes, as suas formulações sintéticas estão na vanguarda da tecnologia actual de lubrificação. ELF A ELF continua a inovar criando lubrificantes de vanguarda, sempre no limiar da mais recente tecnologia. O mais recente é o novo ELF Excellium Full-Tech 0W30, que obedece às homologações mais exigentes dos principais construtores automóveis. Trata-se de um lubrificante 100% sintético de elevada performance para aplicação em motores Diesel e gasolina recentes. Da vasta gama disponível destacamos também o ELF Solaris RNX 5W30, um lubrificante sintético de elevada performance, desenvolvido para assegurar a compatibilidade com os sistemas de tratamento de gases de escape, permitindo uma efectiva redução das emissões poluentes. Adaptado para todos os motores recentes, cumprindo a norma Euro 4, em especial para os motores equipados com filtros de partículas.


Destaque - Lubrificantes

46

7/10/06

4:59 PM

Página 46

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

ESSO/MOBIL Embora partindo de origens diferentes, estas duas marcas acabaram por convergir num projecto comum, sob a égide do grupo ExxonMobil. A marca Mobil é uma das mais populares do mercado e foi uma das pioneiras da tecnologia dos óleos sintéticos, que investiga e desenvolve há mais de 50 anos. A gama de lubrificantes Mobil 1 é uma marca de qualidade reconhecida do mercado nacional e internacional, tendo sido completada recentemente com a gama Mobil 1 ESP Formula 5W-30, topo no sector. O Mobil 1 ESP Formula 5W-30 é fabricado com uma formulação patenteada de componentes de alta tecnologia, desenvolvida para ser totalmente compatível com os mais recentes Filtros de Partículas Diesel (DFF) e Catalisadores (CAT) de motores a gasolina. O Mobil 1 ESP Formula 5W-30 foi formulado para ajudar a prolongar a vida útil e a manter a eficiência do Sistema de Redução de Emissões dos veículos automóveis, com motorizações a Diesel e a gasolina, além de proporcionar um elevado desempenho e protecção e uma maior economia de combustível. FUCHS Marca de origem Alemã, direccionada para produtos de alta tecnologia e qualidade, recomendada pelos principais fabricantes Germânicos e Franceses. O óleo sintético FUCHS TITAN GT1 5W30 é isento de zinco e de aplicação universal (gasolina, diesel ou gás). O TITAN GT1 10W40 tem características distintas do anterior, sendo recomendado para os motores Diesel V6 MB, com filtros de partículas. O óleo sintético TITAN GT1 LONGLIFE 5W30 está homologado para os motores VW a gasolina ou diesel, com longos períodos de manutenção. Quanto ao TITAN SUPERSYN LONGLIFE 0W30, é um lubrificante totalmente sintético adequado aos motores mais recentes, proporcionando elevada economia de combustível. GALP A marca nacional Galp tem sabido acompanhar a evolução do mercado e a vanguarda tecnológica, possuindo capacidade produtiva e técnica reconhecida internacionalmente. Mantendo a liderança do mercado nacional, a Galp fundamenta o seu sucesso com produtos muito procurados no mercado. Com óleos homologados pelos principais fabricantes de veículos, a Galp tem no Formula XLD o seu produto mais avançado, sendo apropriado para longos intervalos de mudança. Com uma orientação mais ambiental e com baixo teor de cinzas sulfatadas, enxofre e fósforo, está disponível o Galp Energy Ultra LS (ligeiros) e o Galp Galáxia Ultra LS (pesados). O Galp Galáxia GN acompanha as tendências do mercado e está especificamente formulado para motores alimentados a gás natural. MOTUL A marca Motul pertence a uma multinacional de origem francesa, tendo orientado a sua imagem e marketing para o desporto motorizado. A Motul tem apostado desde sempre nos óleos de topo, essencialmente sintéticos e semi-sintéticos. A vendas são fortes nessa área e a marca está constantemente a lançar produtos novos. A gama Specific é composta por óleos de tecnologia avançada, sendo recomendada por diversos construtores europeus (Opel, BMW, Mercedes, VW, etc.). O mais vendido desta gama é o SAE 5W40 505.01, formulado para os motores Volkswagen com injector-bomba. Para o mercado dos veículos de competição, a Motul dispõe da gama 300V Power Racing, desenvolvido para a Mugen Honda ou o 300V Chrono, desenvolvido em colaboração com a Porsche. Para motores de alta performance o óleo 8100 é o recomendado. REPSOL É a principal marca do país vizinho, tirando partido de uma extensa rede de venda de combustíveis na penínsulo Ibérica. Por outro lado, a sua cooperação técnica com a marca espanhola Seat, deu-lhe acesso ao universo das marcas do grupo VW. Quanto a linhas de produtos de vanguarda, a Repsol apresenta o óleo sintético Elite Long Life 5W30, especialmente desenvolvido para os modernos motores diesel do grupo VAG, tendo baixo teor de cinzas e longos intervalos de mudança. O óleo sintético Elite Evolution 5W40, por seu turno, é um lubrificante de qualidade de topo, sendo recomendado para viaturas com filtros de partículas (Euro4) e baixo nível de emissões, cumprindo os requisitos mais exigentes da Mercedes e da BMW. Quanto ao óleo sintético Elite Eco-XXI 0W30, trata-se de um óleo de utilização universal de características técnicas avançadas, garantindo economia e a defesa do ambiente.

DESTAQUE SELÈNIA Esta marca tem a sua origem no seio da Fiat Auto e ainda hoje os óleos desta marca dizem apenas respeito a viaturas ligeiras. Continuam a ser recomendados pelo Grupo Fiat, mas já abrangem todo o mercado automóvel, através da gama de óleos Selènia multimarca. A Alfa Romeo dispõe de uma gama de lubrificantes específica, StAR, na qual predominam os óleos sintéticos da última geração (0W40). Por seu turno, o Selènia K é um óleo sintético 5W40 de aplicação universal, cuja lançamento no mercado aproveitará as sinergias do lançamento do novo Fiat Grande Punto. No caso dos óleos para máquinas agrícolas, mercado em que a Selènia está muito presente, esta propõe a linha Arbor, composta por óleos de motor, transmissão, hidráulicos, travões, massas e outros. SHELL É uma marca com créditos firmados há longo tempo. Recentemente a gama Helix foi aumentada, tendo sido apresentado o Helix Ultra VX, uma formulação desenvolvida em conjunto com os engenheiros da VW, o que permite que seja utilizado na maior parte dos motores de modelos do grupo Volkswagen (VW, Audi, Seat e Skoda). O Helix Ultra VX apresenta um conceito complementar de qualidade de serviço, uma vez que a polivalência deste óleo reduz as necessidades de stocks. Recentemente entrou um novo produto para o portfolio da marca: o Shell Helix Ultra AX 5W-30, um lubrificante especialmente formulado para rejuvenescer e proteger os motores mais modernos cumprindo com a última especificação mais exigente da Daimler-Chrysler (MB 229.51). Apesar de ter perdido visibilidade pública, com a venda dos seus postos de abastecimento à Repsol, a Shell mantém uma posição confortável no mercado nacional (16%, dos quais 8-9% na área automóvel), sendo líder so segmento de pesados (Rimula X15W40). SUNOCO Originária dos EUA, a Sunoco é uma das marcas pioneiras da lubrificação automóvel há mais de 100 anos, sendo representada em Portugal pela Sonicel. Recomendada pelos principais fabricantes mundiais, a marca Sunoco não investe muito em marketing directo, apresentando aos clientes a ficha de homologação dos seus óleos pelos fabricantes dos veículos. A gama SUNOCO foi recentemente alargada integrando os novos lubrificantes Synturo Brilliant Longlife 3 5W-30 com as especificações 504.00 / 507.00 e API SM. O Synturo Saphir é específico para motores Opel, cumprindo as especificações da última geração de lubrificantes. O ULTRA + DPF 5W-40 é indicado para motores equipados com Filtros de Partículas e o Synturo Xénon 5W-30 e 5W-40 com especificações para a MB 229.31, BMW LL04 e ACEA C3. A gama Futura (sintético), Ultra (semi-sintético), Ultra+ (mineral) e Marathon (base sintética especial para veículos com mais de 100.000 Kms), completam a oferta desta marca. TOTAL Esta marca de origem francesa entrou no mercado nacional pela mão das marcas automóvel daquele país (fundamentalmente, Peugeot, Citroen e Renault), com as quais mantém parcerias de equipamento original. Em conjunto com o Grupo PSA, a TOTAL desenvolveu recentemente o QUARTZ INEO ECS 5W30, um novo lubrificante capaz de desempenhos extraordinários em termos de economia de combustível, limpeza e protecção do motor, contribuindo ao mesmo tempo para um ambiente menos poluído. Formulado com um conjunto de aditivos criteriosamente seleccionados, o QUARTZ INEO ECS 5W30 é um lubrificante de última geração que aumenta de forma considerável a eficiência dos sistemas anti-poluição. Aliás, este produto apresenta teores de SAPs (enxofre, cinzas e chumbo) tão reduzidos que os Filtros de Partículas Diesel não ficam obstruídos, contribuindo assim para um aumento considerável da sua vida útil. VALVOLINE É uma das poucas companhias independentes da área dos lubrificantes. A sua postura no mercado procura distanciar-se da guerra dos preços baixos e das vendas em grandes superfícies, apostando em serviços de valor acrescentado para o cliente final. Essa estratégia passa pelo rigor técnico e pela implementação no país do conceito Max Life Service Center, onde os operadores são formados para aconselharem os produtos mais indicados para a correcta conservação das bases mecânicas dos veículos. Neste momento já existem duas unidades MLSC, junto a Lisboa. Os produtos Valvoline mais recentes são Synpower MST 5W30 (obedece a especificações BMW), Synpower XL (obedece a especificações VW) e Synpower MXL (obedece a especificações Mercedes-Benz).


47_FIAT.qxd

7/7/06

5:41 PM

Pรกgina 39


Dossier - Travagem II

48

7/10/06

5:02 PM

Página 48

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

DOSSIER Sistemas de travagem (II PARTE)

Pastilhas de travão mais

ecológicas

Na II parte deste Dossier sobre Sistemas de Travagem, vamos falar das pastilhas de travão, que são um componente vital para a eficácia e qualidade de travagem dos veículos. A sua composição actual inclui materiais de fricção avançados e ecologicamente seguros. Pastilhas de travão O grande avanço nos sistemas de travagem automóvel foi o aparecimento do travão de disco, tecnologia que ainda hoje se mantém actualizada e sempre em permanente evolução. Das principais vantagens deste sistema, podemos destacar: - Menor peso e menor volume; - Melhor dissipação de calor (factor crítico); - Dilatação dos componentes favorece a travagem (factor crítico); - Maior poder de travagem, com maior progressividade; - Fácil manutenção, pois os consumíveis (discos e pastilhas) estão disponíveis prontos a montar, sendo repostos através de operações simples. O sistema de travões de tambor, que foi utilizado durante décadas, incluindo em carros de competição, cedeu definitivamente lugar aos travões de disco, sendo apenas utilizado, em certos modelos, nas rodas posteriores, onde o esforço de travagem representa apenas cerca de metade do total. Mesmo assim, o anterior sistema tem beneficiado dos progressos verificados nos materiais dos travões de disco, tanto nas guarnições, como nas ligas do próprio tambor. Como se “cozinham” as pastilhas de travão A palavra cozinhar não é descabida no processo de produção das pastilhas de travão, pois a primeira e principal operação de fabrico consiste em misturar todos os produtos intervenientes na sua composição. Esta operação decorre numa misturadora especial, dotada de dois veios e pás

Após este tratamento as pastilhas ficam com a consistência final, embora muitos fabricantes falhem esta última fase, devido aos seus elevados custos energéticos. As operações de mecanização seguintes têm como objectivo adaptar as pastilhas fabricadas aos vários modelos de veículos e pinças de travão, sendo rectificadas para corresponder à espessura homologada. Em certos casos o material de fricção é raiado com ranhuras ou sulcos, cujo objectivo é eliminar ruídos durante os primeiros quilómetros e permitir a fuga de gases. A montagem de acessórios (molas, lâminas, avisadores, etc.) é a fase que antecede a marcação e embalamento, após o que as pastilhas estão prontas para serem comercializadas.

batedoras, onde os componentes são obrigados a descrever voltas em forma de oito até ficarem completamente misturados numa massa suficientemente homogénea. O factor crítico nesta fase de fabrico é o tempo que os diversos materiais permanecem na misturadora, onde se verificam interacções fulcrais para a composição da massa. De facto, cada tipo de fibra utilizado tem um tempo de abertura característico, durante o qual as suas partículas alcançam a maior longitude, para depois começarem a contrair, assegurando a fun-

ção aglutinadora para a qual são utilizadas. Para prosseguir a aglutinação dos materiais e reduzir o seu volume, libertando os elementos voláteis, bem como para realizar a conformação do produto e incorporar os suportes metálicos, a fase seguinte da produção das pastilhas de travão é a prensagem a quente. A prensagem não é contínua, mas obedece a ciclos calculados para permitir a libertação de gases. Devido aos poderosos binários de arrasto que a pastilha é sujeita ao travar, a sua fixação ao suporte passa pela aplicação neste de uma resina especial para potenciar a aderência, do mesmo modo que existem umas perfurações no metal do suporte, onde se infiltra a massa durante a prensagem, consolidando a união entre as suas partes. A duração do processo de prensagem oscila entre 10-12 minutos, dependendo da composição usado no material de fricção. No entanto, as “artes culinárias“ com as pastilhas não ficam por aqui, pois a fase imediata da sua produção, após prensagem e conformação, é a cura em fornos, cujo objectivo é conseguir a completa polimerização das resinas contidas na massa, obtendo-se maior compactação do produto e eliminando os restantes vestígios de produtos voláteis. Tal como na prensagem, a duração da cura não tem tempos fixos, sendo estudado cientificamente um ciclo de temperaturas para cada tipo de pastilha. Antes de passar à fase de acabamento e mecanização, alguns fabricantes submetem as pastilhas a uma limpeza final, por acção de uma chama ou uma placa metálica quente (500º C ou mais), destinada a eliminar todos os resíduos orgânicos e mineralizar o polímero.

Composição do material de fricção Muito embora a formulação de cada marca e de cada tipo de pastilhas seja muito variável, existe uma série de componentes básicos que são geralmente utilizados no seu fabrico, entre os quais salientamos: - Fibras (10%); - Cargas minerais (27%); - Componentes metálicos (15%); - Lubrificantes/modificadores de coeficiente de fricção (20%); - Materiais orgânicos ligantes (20%); - Abrasivos (8%); As fibras não têm influência directa nas características de travagem, embora sejam arrastadas no processo, sendo o seu papel principalmente estruturante, em relação a outros elementos que se apresentam mais plásticos e desligados. Durante mais de meio século (1920-1980) o amianto foi a fibra de produtos de travagem mais utilizada universalmente, devido à sua resistência térmica e ao desgaste, mas foi posto fora da lei por razões de saúde pública e ambiente. Neste momento as fibras utilizadas são sintéticas ou minerais (fibras de vidro, de carbono, lã de rocha, etc.). As cargas minerais, que representam quase 1/3 da composição da pastilha, já têm um papel chave no efeito de travagem, oferecendo resistência à abrasão e ao corte, sendo muito estáveis a altas temperaturas. Os minerais de uso mais generalizado são a barite, magnesite, talco, mica, carbonato e feldspato. Os metais são adicionados na


Dossier - Travagem II

7/10/06

2:31 PM

Página 49

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

DOSSIER mistura das pastilhas sob a forma de pós ou aparas, tendo um papel fulcral na homogeneização do coeficiente de fricção, contribuindo também para a transferência controlada do calor para a pinça. Os metais mais usados são latão, cobre, bronze, etc. De qualquer modo, existem limitações legais ao uso de certos metais nos materiais de fricção, sobretudo os pesados, devido ao seu risco de impacto na saúde pública. Os lubrificantes ou modificadores de coeficiente de fricção têm o papel de aumentar o coeficiente de fricção a baixas velocidades e temperaturas, para além de terem alguma influência na ligação da massa. Os produtos mais usados são pós de grafite, antracite, coke, sulfuretos, etc. No caso dos materiais orgânicos, são usados para ligar os outros materiais constituintes da pastilha, pois fundem a altas temperaturas e polimerizam em seguida. Os mais utilizados são as resinas fenólicas termoendurecíveis, podendo também ser usados certos tipos de borrachas, ceras e óleos. Quanto aos abrasivos, são utilizados para aumentar o coeficiente de fricção, para além de limparem e renovarem a superfície do disco, o que permite a formação da chamada “terceira capa“, uma camada intermédia de materiais soltos entre o disco e a pastilhas, que participa activamente no efeito de travagem. Requerimentos básicos das pastilhas As características fundamentais para as pastilhas de travão terem alguma viabilidade e sucesso no mercado são as seguintes: - Coeficiente de fricção adequado e estável a qualquer temperatura e pressão; - Equilíbrio estável entre o efeito de

49

abrasão e a resistência ao desgaste; - Compressibilidade controlada e limitada (2% da espessura a frio e 5% a quente), indispensável para absorver as vibrações e evitar ruídos; - Boa resistência ao corte e ao cinzelamento. Todos estes parâmetros são verificados durante os ensaios em bancos dinamométricos específicos, que precedem o lançamento comercial das pastilhas. Muitas das provas a que as pastilhas são submetidas são preconizadas pela legislação vigente da U.E., sendo excluídas as que não cumpres os requisitos mínimos. No caso das pastilhas com altos teores de metal e grande condutibilidade térmica, têm que usar um isolante entre a pastilha e o seu suporte, para evitar o sobreaquecimento do fluido de travões. Em qualquer caso, com ou sem isolante, as pastilhas não podem descolar do suporte mais que 20% da sua área, quando submetidas a uma tracção de cinzelamento de 250 N/cm2. No que respeita aos suportes metálicos da pastilha, que são fabricados por estampagem a partir de uma chapa apropriada, importa que sejam tão planos e desempenados quanto possível, a fim de suportarem as operações de prensagem a quente e cura sem abrirem fissuras na face que suporta o material de fricção. Se isso suceder, existe o perigo de descolagem. Por outro lado, os suportes são tratados com um verniz de alta resistência, para impedir a sua oxidação, ao mesmo tempo que levam uma resina especial na face que suporta a pastilha, a fim de maximizar a aderência desta.

Acessórios (quase) obrigatórios Longe vão os tempos em que os automóveis eram “pandeiretas“ ruidosas, onde o diálogo só era possível a altos berros… O conceito actual do automóvel passa pelo silêncio de funcionamento e de rodagem, sendo obrigatório que os travões não emitam ruídos e vibrações parasitas, que se tornariam facilmente destoantes. Nesse sentido, é comum que as pastilhas de travão da actualidade venham equipadas com lâminas anti-ruído (metálicas, de fibra de vidro ou sintéticas, etc.), cuja localização é entre a parte superior da pastilha e a fixação do suporte, evitando que esta oscile demasiado. A montagem destas lâminas deve ser realizada à pressão, sendo necessários em certos casos aquecer a pastilha e o suporte até 150º C. Para lá de prevenirem os ruídos, as lâminas permitem a utilização de pastilhas menos compressíveis e porosas (mais duráveis,

em princípio), favorecendo a sua aderência a frio. Obrigatório em termos de segurança é o sistema avisador de desgaste das pastilhas de travão. Estes dispositivos permitem ao condutor dar-se conta do estado das pastilhas com alguma antecedência, antes delas atingirem o limite de desgaste. O sistema mais usual é constituído por um cabo condutor, cuja extremidade é embutida no material de fricção da pastilha. Quando já só restam cerca de 2 mm de guarnição, o terminal do condutor (em fase) faz massa com o metal do disco, acendendo-se uma lâmpada avisadora no painel de instrumentos. Outro sistema usado é o dos avisadores sonoros. Trata-se de uma pequena ponta ou chapa metálica embutida no material de fricção, que começa a emitir um ruído identificável (permanente), quando já resta apenas uma fina camada de guarnição. Continua na próxima edição. PUB


Mec Pratica - Radiadores

50

7/10/06

2:25 PM

Página 50

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

CONHECER Circuito de refrigeração

Tendências em radiadores Os imponentes radiadores, que os automóveis de outrora ostentavam orgulhosamente, há já algum tempo que deixaram de constituir elemento de embelezamento das viaturas, desaparecendo por completo da frente das mesmas, pelo menos à vista de todos. Indiscutivelmente tiveram que se render às leis da aerodinâmica, que não se compadecem com enormes frentes, susceptíveis de oferecerem grande resistência ao ar.

O

radiador é o elemento do circuito de arrefecimento do motor onde se opera principalmente a transferência do calor, gerado pelo funcionamento dos cilindros, com o ar atmosférico. Paradoxalmente, à medida que a potência específica aumenta, o espaço no compartimento do motor diminui, fruto das modernas opções de arquitectura automóvel, que privilegiam um desenho compacto e um coeficiente frontal de penetração aerodinâmica (Cx) reduzido. Para corresponder a estas solicitações, o radiador alongou-se no sentido transversal, reduzindo a sua altura. Por outro lado, os materiais, processos de fabrico e elementos constituintes têm vindo a modificar-se, visando a optimização do poder de transferência térmica, peso, custo e resistência estrutural, necessária para suportar diversos componentes do circuito de climatização, cada vez mais banal.

Nos radiadores actuais, encontramos o permutador de calor (vulgarmente chamado "crivo" ou "favo de mel"), colectores, espaldares laterais, juntas e depósitos. A parte funcional do radiador, por excelência, é o permutador, sendo constituído por inúmeros canais (superfície primária) e lâminas (superfície secundária), com o que se pretende maximizar a superfície de transferência térmica. Por outro lado, os tubos e as lâminas apoiam-se e reforçam-se reciprocamente, formando um conjunto sólido e resistente. Os colectores destinam-se a distribuir o líquido pelos canais de refrigeração, podendo o par ficar nas extremidades laterais ou na parte superior e inferior do permutador. As juntas destinam-se a assegurar a vedação entre o permutador e respectivos colectores e os depósitos ou os espaldares laterais. Este tipo de construção permite a substituição da parte danificada, em caso de acidente ou avaria, mantendo-se o material em bom estado. Por outro lado, também facilita a desmontagem, necessária para efectuar manutenção ou reparações.

A principal diferença dos radiadores actuais para os anteriores reside na sua maior resistência estrutural, mecânica e anti-vibratória, necessária para que possa servir de suporte aos numerosos acessórios, que estão incluídos no módulo frontal da viatura.


Mec Pratica - Radiadores

7/10/06

2:25 PM

Página 51

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

CONHECER Principais materiais No permutador (crivo) são utilizados o alumínio (maioritariamente) e o cobre, materiais com excelente condutibilidade térmica e relativamente leves. A facilidade de conformação e soldadura são outros pontos favoráveis destes materiais. Nos colectores, além deste metais, podem ser utilizados o aço tratado, latão e plásticos injectados (em certos casos). Os colectores metálicos são moldados por prensagem, sendo posteriormente soldados ao permutador. As juntas são fabricadas em nitrilo injectado ou em borracha sintética EPDM (EtilenoPropileno-Dieno). Este último material não resiste ao contacto com lubrificantes, produzindo-se fugas, se houver passagem de óleo para o circuito de refrigeração. Os espaldares laterais são usados apenas nos radiadores montados com soldadura, podendo ser de alumínio ou aço estanhado. Quanto aos depósitos, cuja função é conter o volume de fluido de refrigeração requerido pelo sistema de arrefecimento, são produzidos em poliamida reforçada com fibra de vidro, por injecção. As suas formas podem ser muito diversas e bastante complexas, possuindo um rebordo desenhado para garantir a perfeita estanquecidade das juntas. O conjunto depósito-colector-junta é fixado com grampos, depois de efectuar uma compressão adequada. Geralmente os depósitos incorporam fixações para o radiador, ventilador, condensadores, filtro, serpentinas, tubos, etc.

ATENÇÃO AO TERMOSTATO Para que o motor trabalhe correctamente, é necessário controlar a temperatura da água que circula no sistema de refrigeração. O termostato, é a peça responsável por este controlo, sendo por isso muito importante que se encontre em perfeito estado de funcionamento. Basicamente, o termostato é dotado de uma válvula que regula a passagem da água entre a cabeça do motor e o radiador, e que se fecha quando o motor está frio, abrindo-se quando está quente. Deste modo, a frio, a água que se encontra no bloco e cabeça, não passa pelo radiador, permitindo um aquecimento mais rápido do motor. Com este a quente, a circulação estende-se ao radiador onde o fluido é refrigerado. Se por qualquer deficiência o termostato deixa de actuar, mantendo-se na posição de aberto, o motor poderá ter dificuldades

em pegar e, se chegar a arrancar, não dará rendimento satisfatório. Além disso, o desgaste do motor será maior, quando as suas peças não atingem a temperatura correcta. Porém, se o termostato emperrar na posição de fechado, a água no interior do bloco do motor em lugar de refrigerar aumentará a temperatura, o que poderá ter graves consequências. Se for reconhecida a conveniência de verificar o estado de funcionamento do termostato, a primeira coisa a fazer será retirá-lo do carro. Depois de retirado, devemos colocá-lo num recipiente com água quente, controlando a temperatura com um termómetro. Mergulhamos o termostato observando se a válvula abre entre os 85º e os 90º e se atinge a abertura total aos 100º. Verifique-se também, se fecha quando a água arrefece. Se tal não acontecer, a solução é comprar um novo.

Processos de produção Os radiadores podem ser de fluxo vertical (Down-Flow) ou horizontal (CrossFlow), dependendo da disposição do motor, tubagens e arquitectura global do mo-

Para se obter um bom fluxo de ar através das aletas do radiador utilizam-se ventiladores que encaminham o fluido refrigerante, a grande velocidade, para os pontos termicamente mais solicitados.

FLUIDOS ANTI-CONGELANTES A missão do circuito de refrigeração é a de manter a temperatura do motor dentro dos limites máximos exigidos. Mas para que o circuito cumpra esta missão, necessita de um líquido que circule em toda a sua extensão sem que se produzam obstáculos, que não se solidifique nem se evapore e que ao mesmo tempo mantenha toda a sua capacidade efectiva de dissipar o calor. Por outro lado, deve também ser compatível e não danificar nenhum dos elementos que compõem o circuito, como o aço, ferro, latão, juntas, mangueiras e condutas. Os fluidos anti-congelantes puros têm uma composição aproximada de 90% de glicol etilénico, enquanto os restantes 10% de produtos químicos melhoram o funcionamento do circuito podendo ser alterados conforme as especificações de cada fabricante. Esta mistura revela-se como a solução ideal, pois as suas características todas combinadas, permitem realizar 3 importantes funções: Anti-congelante, anticorrosão e refrigerante. Outros aspectos têm de ser levados em consideração, como a medição da reserva alcalina, o valor do PH e a corrosão dos metais. Estes 3 aspectos têm muita importância no processo de fabrico de um anticongelante, pois permite evitar que alguns componentes metálicos do circuito de refrigeração “sofram” de corrosão. Para tal, juntam-se alguns aditivos ao anti-congelante, formados por uma mistura equilibrada de inibidores de corrosão, que se encarregam de proteger os metais que fazem parte do circuito. Estes aditivos actuam no sentido de neutralizar a acidez produzida. Contudo, e dado que os inibidores perdem as suas características protectoras com o uso, é de toda a conveniência mudar o líquido do circuito todos os anos. Outro problema que pode surgir num circuito de refrigeração são as

fugas, por vezes muito difíceis de detectar quando o líquido é incolor. Por isso, o anti-congelante tem na sua composição algumas substâncias que dão cor ao líquido (colorantes fluorescentes), que servem para diferenciá-lo dos outros líquidos do automóvel e para melhor detectar fugas existentes em qualquer parte do circuito. Também o aparecimento de espuma (impurezas), devido aos gases de escape e ao ar que entra no circuito, reduzem consideravelmente a capacidade de arrefecimento do líquido no radiador. Esta é pois a razão pela qual se submete o anti-congelante a uma série de provas, ao qual se juntam alguns aditivos anti-espumantes, que reduzem a tensão superficial, acabando com a possibilidadee de formação desta espuma.

51

delo. Na prática, a capacidade de refrigeração não é afectada significativamente pela forma como se processa o fluxo. Quanto aos processos de fabrico, existem actualmente 3 tecnologias de produção diferentes, que se distinguem pela forma como é montado o permutador. Do ponto de vista da eficácia térmica, podem classificar-se esses processos da seguinte forma crescente: • Permutador de alumínio, com montagem mecânica. • Permutador de alumínio, com montagem por soldadura. • Permutador em cobre, com montagem por soldadura. No primeiro caso, os tubos e as lâminas são montadas a frio, atingindo uma união perfeita ao dilatarem-se, à temperatura ambiente Seguidamente, as extremidades dos tubos do permutador são introduzidas nos colectores, fixando-se igualmente por dilatação. Finalmente os depósitos e as juntas são montados com grampos de mola metálicos. A qualidade dos componentes e da mão-de-obra ditam a eficácia térmica do permutador. Nos permutadores de alumínio fabricados por soldadura, os elementos (tubos, lâminas e colectores) são introduzidos num forno a 600º C, o que permite a soldadura por fusão do material, nos pontos de contacto das peças. Posteriormente, os depósitos e as respectivas juntas são montadas com grampos. Nos permutadores de cobre, formados por soldadura, uma tecnologia que data dos anos 60, o conjunto é montado manualmente e soldado no forno, a uma temperatura de cerca de 300º C. Anteriormente, os depósitos eram fabricados em latão prensado, sendo soldados aos colectores. Actualmente, porém, já são fabricados em material plástico e fixados ao conjunto com grampos. Conceito em mutação A principal diferença dos radiadores actuais para os anteriores reside na sua maior resistência estrutural, mecânica e anti-vibratória, necessária para que possa servir de suporte aos numerosos acessórios, que estão incluídos no módulo frontal da viatura. Devido à melhor qualidade de fabrico e aos custos proporcionalmente reduzidos, o radiador segue a lógica de todos os outros componentes automóvel, ou seja, a tendência para a substituição supera a tendência para a reparação. Isto quer dizer que o custo da peça nova é relativamente módico, em relação ao custo da mão-de-obra global, com desmontagem e montagem de todo o sistema, convidando à substituição. Para mais, se o permutador estiver furado e o resto dos componentes em bom estado, basta trocar o permutador para se obter uma boa qualidade de reparação. Em caso de acidente, a lógica é a mesma, principalmente em viaturas com poucos quilómetros, nas quais os componentes ainda estão geralmente em bom estado. Isto conduz ao conceito das peças descartáveis e dos próprios veículos descartáveis, pois tudo foi estudado para uma duração determinada, finda a qual a viabilidade económica das reparações começa a ser problemática e o artesanato uma utopia. Como nos outros sistemas automóvel, o circuito de refrigeração exige na actualidade bons equipamentos de diagnóstico e ferramentas de alta produtividade, para assegurar serviços rápidos e de qualidade.


Manutencao Preventiva

52

7/11/06

4:06 PM

Página 52

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

Conselhos técnicos

Como prolongar

a vida do automóvel

Nos Conselhos Técnicos que iremos publicar ao longo de várias edições do Jornal das Oficinas, tentaremos dar alguns exemplos de como investir na manutenção automóvel acaba por se tornar lucrativo de vários modos: nas facturas de reparação, na conservação do património, na tranquilidade e na segurança.

A

partir desta edição, o Jornal das Oficinas vai incluir nas suas páginas diversos Conselhos Técnicos, que têm por objectivo auxiliar as oficinas a comunicarem com os clientes, alertando-os para os problemas que podem ocorrer aos seus automóveis, caso não façam uma manutenção preventiva. Levar o automóvel regularmente à oficina permite: detectar componentes perto do fim da sua vida útil ou que já não cumprem a sua função, manter o bom desempenho geral do automóvel e evitar reparações dispendiosas. Efectivamente, na sociedade da tecnologia de ponta, do progresso científico e do acesso global à informação, não faz muito sentido que as pessoas se deixem consumir pelo consumo, investindo indiscriminada e irracionalmente em apenas alguns dos bens existentes à sua disposição. No meio do turbilhão e da voragem do consumo compulsivo - "colecções" de telemóveis, plasmas, jogos, motos, barcos, casinos, cruzeiros (desculpem darmos tão poucos exemplos…) - o automóvel acaba por ficar para segundo plano. Por outro lado, as garantias mais extensas, que podem atingir os 5 anos à partida, mais as extensões de garantia, vão criando uma mentalidade de que o automóvel se tornou um equipamento sem manutenção, ao qual não é preciso dar muita atenção. Entretanto, a rede de assistência apósvenda vai conhecendo uma crise de ocupação, a qual só não é mais grave porque as peças lá se vão partindo. No entanto, apesar das inspecções periódicas obrigatórias, a negligência na manutenção automóvel não é de todo inofensiva do ponto de vista

da segurança rodoviária, pelo contrário. Nos veículos e marcas de topo de gama a tendência para a manutenção após-venda estar incluída no custo inicial, contraria o

sentido da evolução geral, onde quase tudo é deixado ao acaso e à sorte. A série de Conselhos Técnicos que agora iniciámos, visa contrariar a comple-

MANTER O CARRO COMO É difícil manter uma relação afectiva com um carro cheio de mossas, barulhos por todos os lados, vidros rachados e a pintura riscada e embaciada. Noutros tempos, a perspectiva de mandar pintar o carro de novo pedia um certo fôlego (financeiro…) e a sua imobilização durante longos dias. Felizmente as tecnologias de reparação de carroçaria e pintura evoluíram consideravelmente, permitindo reparações rápidas de pequenos defeitos de pintura e mossas sem empregar o martelo, a lixadeira, aparelhos, etc. Tanto melhor, porque o sistema de pintura original é o que assegura a protecção mais conveniente. Além disso, muitos profissionais dispõem actualmente de unidades móveis de

reparação, que permitem realizar as intervenções à porta de casa ou no estacionamento do trabalho do cliente. Também os vidros e os párabrisas podem ser reparados in situ, devido aos novos processos de reparação de vidro, com base em resinas sintéticas, cuja evolução não deixa de espantar e entusiasmar. Está avaliado que cerca de 70% dos vidros partidos podem ser reparados, readquirindo a aparência e a solidez de novos. Todos estes tipos de reparação resultam económicos e muito convenientes para o utilizador da viatura, ajudando-o a manter o carro com uma aparência impecável e um valor estético, afectivo e comercial mais elevado.

NOVO

ta anarquia neste domínio, a qual acaba por penalizar os condutores, com custos mais elevados de reparação, os reparadores e a própria circulação rodoviária.


Manutencao Preventiva

7/10/06

2:56 PM

Página 53

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

53

PÁRA-BRISAS SEGUROS Muitos automoblistas não acompanharam a evolução tecnológica das últimas gerações de automóveis, ignorando as funções globais dos modernos pára-brisas, que não se limitam a assegurar a visibilidade, por um lado, impedindo que o vento, chuva, insectos e todo o tipo de detritos entrem em contacto directo com o condutor e restantes ocupantes, por outro lado. Com a expansão dos meios retenção de segurança passiva (air-bag), o pára-brisas tem a função de apoiar o air-bag do passageiro, durante o seu enchimento, na sequência de uma colisão ou despiste. Se o vidro ficar mal colocado ao ser substituído, poderá soltar-se, privando o ocupante de protecção. Pior ainda, não evitará que os ocupantes sejam projectados para o exterior, potenciando ferimentos graves ou mortais. Por outro lado, se o vidro frontal se soltar, diversos tipos de objectos e até pessoas poderão ser projectados para o interior do veículo, durante os acidentes. Outra importante função que passou a incumbir ao

AUTOMÓVEIS AMIGOS A correcta manutenção dos veículos e procedimentos adequados, por parte da indústria do aftermarket, podem reduzir substancialmente o impacto do automóvel no ambiente. Calcula-se que cerca de 10% dos veículos de todo o mundo produzam 50% da poluição atribuível ao automóvel. Como é lógico, trata-se de uma minoria com manutenção deficiente. Estima-se, por exemplo, que cerca de 650 milhões de litros de gasolina são desperdiçados anualmente, a nível global, devido ao facto dos tampões dos depósitos não se encontrarem a vedar devidamente ou nem sequer existirem… No mínimo, curioso, porque as pessoas poupam na manutenção para gastar no combustível, poluindo severamente o ambiente. Não se consegue entender imediatamente. Outra forma de deitar gasolina para o

pára-brisas é o reforço da rigidez da estrutura do automóvel, contribuindo decisivamente para sustentar o tejadilho, em caso de capotamento. Além disso, os modernos párabrisas são laminados, ou seja, são constituídos por duas lâminas de vidro separadas por um filme de material vinílico, o que impede que os pedaços de vidro se separem, ao mesmo tempo que formam uma barreira de protecção para o habitáculo. Deste modo, em caso de reparação, o párabrisas original deve ser preservado, desde que a sua reparação seja possível. Isto é recomendável porque os procedimentos de colagem do vidro nas linhas de produção garantem uma fixação que será difícil de repetir em qualquer oficina. Além disso, a substituição do pára-brisas é relativamente cara. No entanto, se os danos tornarem o vidro irreparável a substituição do pára-brisas deve ficar entregue a especialistas, habilitados a garantirem os resultados da reparação.

DO AMBIENTE

ar é andar com os pneus a baixas pressões. Isso pode custar facilmente um km por cada litro de combustível, ou seja, o equivalente a circular com o travão de mão activado… As velas de ignição fora de prazo são outra forma de poluição e de desperdício de combustível. Calcula-se que uma vela de ignição produza 2 milhões de chispas por cada mil km, o que significa uma considerável erosão química e térmica. A substituição da velas no momento recomendado pode poupar facilmente 10% de combustível e evitar a consequente poluição. Por seu lado, os filtros de ar sujos e entupidos também aumentam o consumo de combustível, até 10% acima do normal. Todos estes componentes são rapidamente amortizados pela economia de combustível, tanto mais que o preço da gasolina não pára de aumentar.

INSPECÇÕES COMO

PEDAGOGIA

As inspecções periódicas obrigatórias demonstram a situação caótica no que respeita à utilização e manutenção de veículos, com taxas de reprovação que atingiram mais de 30% em Portugal, em 2005. O seu papel dissuasor, para disciplinar os condutores completamente impreparados, sobre os mais diversos aspectos, não pode ser posto em causa, mas o resultado pode não ser o melhor. Com efeito, uma vez aprovada a viatura no teste, o condutor ainda tem 12 meses para desleixar completamente o estado e a manutenção do seu veículo. As inspecções intercalares extraordinárias, propostas pelas autoridades de fiscalização rodoviária, quando surgem dúvidas sobre a condição do veículo, são uma pequena resposta a um grande problema. O problema só poderá ser cabalmente resolvido quando cada condutor for inspector do seu próprio veículo, o que im-

plica um certo esforço de formação e pedagogia. As inspecções periódicas poderiam ser proveitosamente aproveitadas para fazer também um teste de capacidade automobilística aos condutores, podendo ser propostas diversas formas de preparação suplementar, incluindo por exemplo, testes de avaliação sobre o novo Código da Estrada. Além disso, o papel do condutor durante a inspecção deveria ser mais activo e interactivo, participando nos testes e medições e ouvindo do técnico inspector as consequências da falta de manutenção regular, para a sua economia e para a sua segurança. O actual conceito das inspecções é demasiado formal e repressivo, omitindo o esclarecimento, a motivação e a consciencialização, que poderiam tornar a capacitação dos condutores numa forma de inclusão social mais abrangente.


NOTICIAS Pneus

7/10/06

54

5:04 PM

Página 54

Jornal das Oficinas Julho/Agosto 2006

PNEUS Continental

Breves GOODYEAR/DUNLOP FAZ CONTRATO MILIONÁRIO O acordo, firmado na Europa, visa fornecer 90 mil pneus/ano à empresa de aluguer de reboques TIP Trailer Services, naquilo que já é considerado o maior fornecimento de pneus de camião no continente. A TIP tem a sede europeia em Amsterdam (Holanda), fazendo parte o grupo GE Equipment Services, detentora de mais de 70 mil reboques, distribuídos por 21 países da Europa, onde constitui uma das maiores frotas operacionais. O sistema electrónico FleetOnline Solutions e a rede TruckForce (mais de 1.550 pontos de assistência estrategicamentes distribuídos, com ServiceLine24h) foram determinantes para a obtenção do contrato.

BRIDGESTONE FORNECE EM EXCLUSIVO F1 A Bridgestone foi a marca escolhida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), para fornecer em exclusivo os Campeonatos do Mundo de Fórmula 1 em de 2007 a 2010. Desde que entrou para a Fórmula 1 em 1997, a Bridgestone tem mantido o compromisso de fornecer as equipas e os condutores com pneus seguros e competitivos. No seguimento deste acordo, é intenção da Bridgestone que este envolvimento a longo prazo seja benéfico para todas as partes que competem na Fórmula 1.

LUCROS SOBEM 9% NA GOODYEAR Os negócios andam sobre rodas para a Goodyear, que no primeiro trimestre deste ano apurou € 59 milhões de lucro líquido (+9%), a partir de um volume de transacções de € 3.890 milhões (+2%). Este resultado foi possível graças a uma subida do preço dos produtos (+ 7%), entre Janeiro e Março, embora as operações cambiais tenham reduzido o total da facturação em € 60 milhões. O presidente do Grupo, Robert Keegan, congratulou-se com o efeito positivo da estratégia que delineou, apesar da conjuntura económica que classificou desfavorável.

PIRELLI E MASERATI RENOVAM ACORDO Este acordo, de incidência mais promocional do que técnica, durará mais dois anos, face aos resultados alcançados. Com efeito, no desporto automóvel os resultados apareceram, em especial no campeonato FIA-GT 2005, onde o Maserati MC12 e os pneus P Zero Racing arrecadaram os títulos de Contrutores e Equipa. O troféu Maserati, que vai na sua 4ª edição, também tem alcançado um êxito de inscrições e público assinalável. Por outro lado, os cursos de condução desportiva que a Maserati está a promover na Itália e nos EUA têm interesse comercial para a Pirelli, onde promove os P Zero.

Novo ContiSportContact

A

Continental acaba de apresentar mais uma novidade na sua gama de pneus para o Verão. O novo ContiSportContact 3 é uma pneu que se destaca pela sua elevada aderência na travagem e em manobra, que representa uma importante evolução do já consagrado ContiSportContact 2. Mesmo assim as melhorias de um pneu para o outro são evidentes, como se prova pela diminuição das distâncias de travagem tanto no seco como no molhado em cinco por cento, a protecção anti aquaplanagem foi melhorada em seis por cento e a resistência ao rolamento e o desgaste do pneu foram ambas reduzidas em cinco por cento. O ContiSportContact 3 apresenta um desenho estriado do piso de rodagem para menores distâncias de travagem, que apresenta vantagens significativas quando comparado com o tipo de desenho de piso com blocos. O desenho assimétrico do piso veio permitir aos responsáveis pelo desenvolvimento do pneu, atingir um elevado nível de aderência para melhor comportamento. O padrão do piso está desenhado de forma a garantir a maior área de contacto. Isto dá segurança nas guinadas bruscas,

3

maior aderência em curvas rápidas e garante direccionalidade adicional a alta velocidade. ContiSportContact 3 apresenta também os mais recentes desenvolvimentos no composto de sílica, que trouxe melhorias quanto à aderência possível, particularmente em piso molhado. A Continental desenvolveu ainda uma variante especial do padrão de piso destinada a automóveis desportivos de tracção traseira e com grande potência, a qual se apresenta com espinhado duplo no centro do pneu. Os dois espinhados estão separados por uma ranhura em Y, dando maior estabilidade de condução, tanto em curvas apertadas como a direito. Um desenho de piso mais largo com barras de maior extensão e ainda mais gomos dão, no seu conjunto, maior aderência aos carros transformados de grande potência. O ContiSportContact 3 está disponível nas séries 50, 45, 40, 35, 30, 25 e 20 para medidas que vão dos 205/50 ZR 17 até aos 325/25 ZR 20. Para além do ContiSportContact 3, a gama fica completa com o ContiSportContact Vmax (aprovado para velocidades até 360 km/h), o ContiPremium Contact 2 e ContiEcoContact 3 para a classe de veículos compactos.

Recauchutagem 31

Teixeira & Chorado

A Produção “mais variada do Mundo”

Reparação mais fácil de furos em pesados

continua a crescer

O

F/OR Evolution é a mais recente novidade produzida pela Recauchutagem 31 para o todo-o-terreno. É um pneu cujo perfil possui excelentes características de tracção, já demonstradas em outras gamas, como é o caso do F/OR na gama comercial e do F-GUIDE na competição 4x4. O F/OR Evolution foi projectado com sulcos na parte lateral do pneu, seguindo-se a mesma conduta do já conhecido Extreme Evolution. Estes sulcos proporcionam um nível superior de protecção na área lateral do pneu, maior tracção e sobretudo resistência, remetendo para um leque de possibilidades de utilização mais vasto dentro e fora de estrada. O F/OR Evolution reúne um conjunto de excelentes características de polivalência para um surpreendente desempenho nos mais diversos desafios. Neste momento já está disponível a medida 265/65 R 17.

A

Teixeira e Chorado disponibiliza para o mercado da reparação de pneus de pesados um novo e eficaz método de os reparar, tendo lançado o manchão de Aramid, que cumpre com a normativa europeia ECER108 / 109. Os danos nos pneus pesados, devido à sua diversidade, precisam de uma vasta gama de produtos e métodos de reparação diferentes, o que obriga a fazer stock de diversas medidas de manchões. Com o manchão de Aramid, da TipTop, agora disponibilizado pela Teixeira & Chorado, precisa apenas 5 medidas em stock para cobrir cerca de 90% das reparações. O Aramid é um tecido inovador e de alta tecnologia, que se destaca pelo seu peso reduzido, óptima flexibilidade, elevada força e resistência à pressão dinâmica. Muito fácil de aplicar, os manchões de Aramid moldam-se perfeitamente até aos contornos mais difíceis nos pneus de mais baixo perfil, apresentando um preço igual aos manchões radiais reforçados a aço tipo RAD 500. Refira-se que o Aramid é utilizado também nos coletes à prova de bala e em alguns dos cabos dos elevadores dos prédios.


55_LIPP.qxd

7/7/06

5:40 PM

Pรกgina 39


P12675_Brand_Ad_manufacturing_P:P12675_Brand_Ad_manufacturing_P

24/01/08

16:46

Page 1

Fabrico. É o que nos distingue.

Se procura excelência na produção, una-se à TRW. Somos um dos líderes mundiais no fornecimento de equipamento original e as nossas peças são fabricadas de acordo com as rigorosas especificações para equipamento original da TRW. A TRW é líder mundial em sistemas de segurança automóvel e desenvolve tecnologia para tornar os veículos de hoje mais seguros do que nunca. E com um investimento adicional recente, de 100 milhões de euros, nas nossas fábricas europeias dedicadas ao mercado independente de pós-venda, pode confiar na qualidade, variedade e fiabilidade excepcionais de todos os produtos TRW.

AD COPY FOR CLIENT: TRW JOB NAME: TRW

FILE CODE: P12675_Brand_Ad_manufacturing_P PUBLICATION:

SECTION: na

FORMAT/REPRO: 4 col cmyk

Self-check:

Creative app.:

Prod. app.:

Acc. app.:

Client app.:

Notes:

Version:

01


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.