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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel
Director: João Vieira • Ano II • Mensal • 3 Euros
Nº 16 Fevereiro 2007
Novas regras de incentivo fiscal para VFV
Medida positiva, mas www.azauto.pt
Melhores combustíveis e harmonização Os fabricantes de veículos apelaram à indústria para fornecer combustíveis de maior qualidade e salientaram que é necessária a cooperação total e permanente entre a indústria, governos e utilizadores de veículos, no sentido de prevalecer uma harmonização internacional e de serem cumpridos os padrões estabelecidos.
Sumário Página 02
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epois de vários anos de críticas, o Governo decidiu introduzir algumas alterações ao sistema de VFV – Veículos em Fim de Vida. As novas regras, que entraram em vigor no início do ano, vão facilitar o acesso ao incentivo fiscal, eliminando assim os constrangimentos que têm dificultado o aproveitamento deste incentivo e que em muitos casos têm levado os interessados a desistir do processo. Na prática, o Executivo aceitou reduzir o prazo da posse do veículo para que o respectivo proprietário possa beneficiar do incentivo. Antes, só podia recorrer a este programa quem tivesse o carro registado em seu nome há mais de um ano, e agora são necessários apenas seis meses. Além disso, deixou de ser obrigatório que o veículo tivesse de ter condições para se deslocar ao Centro de Inspecções. Agora, aceita-se que o carro possa ser rebocado. O diploma que veio regulamentar as novas regras de incentivo ao abate de VFV, alarga o universo dos veículos que poderão ser abrangidos pelo Programa, reduz os documentos requeridos e simplifica os procedimentos administrativos necessários. Uma das novidades de maior destaque consiste no facto dos veículos passarem a poder ser entregues directamen-
insuficiente
te nos Centros de Recepção e Operadores de Desmantelamento da Rede Valorcar, sem transitarem primeiro pelos centros de inspecção. Durante o ano de 2007, o desconto no Imposto Automóvel é de €1000 caso se entregue um VFV com mais de 10 anos e menos de 15 anos e é de €1250 caso se entregue um VFV com mais de 15 anos. Para se habilitar a este incentivo, o proprietário poderá entregar o VFV num dos Centros da rede Valorcar ou, em alternativa, num dos Centros de Inspecção de Veículos aderentes (lista publicada pela DGV - ver secção Biblioteca). No caso do proprietário entregar o VFV num Centro de Inspecção, para além de ter de pagar um valor equivalente ao de uma inspecção, terá que aguardar que o VFV seja transferido para um Centro da rede Valorcar pois só nessa altura o Certificado de Destruição será emitido. Embora as novas regras de incentivos aprovados pelo Governo, para o abate de veículos em fim de vida sejam positivas, continuam a ser manifestamente insuficientes. Nos últimos 4/5 anos apenas foram abatidos ao todo 30 mil carros, o que está muito longe de ser um factor dinamizador do mercado de novos.
Evolução das carroçarias PUB
Página 22 Oficina do mês: Limite Total
Página 42 Filtros para automóveis
Página 46 Sistema de comunicação LIN Bus
Página 48 Sistemas de travagem
Página 52 Turbocompressores VTG
Página 54 Veículo de substituição
Especialistas em Vidro Automóvel Salário emocional em
subida
Embora a remuneração material ainda desempenhe um papel importante nas decisões de mudança de emprego, o salário emocional está gradualmente a desempenhar um papel preponderante nas opções dos trabalhadores, quando pensam em mudar de empresa ou de trabalho. A imagem positiva e o rumo ascendente da empresa, a qualidade das chefias, o bom ambiente de trabalho e a possibilidade de desenvolvimento de carreira são os principais factores de atracção dos recursos humanos.
Célula de combustível na próxima década A subida do preço do petróleo e as restrições crescentes às emissões de escape dos veículos, obrigarão os principais grupos fabricantes de veículos a apresentar automóveis comercialmente viáveis, a partir de 2010, com a tecnologia da célula de combustível. Em toda a Europa e em Portugal já circulam alguns autocarros produzidos segundo esse conceito, mas a falta de uma rede de distribuição de hidrogénio, assim como o volume do respectivo depósito dentro do veículo, são obstáculos à concretização da desejada mudança.
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Editorial
MERCADO Evolução das carroçarias
Aprender novos
conceitos
Ao desenhar um novo modelo, os técnicos começaram a valorizar os conceitos emergentes da danificabilidade, ou seja, a vulnerabilidade da carroçaria às forças geradas por impactos e da reparabilidade, isto é, as soluções mais simples e económicas de abordar na hora da reparação.
Gestão mais competente
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gestão empírica de negócios foi "chão que já deu uvas", porque noutros tempos o nível de concorrência era irrisório, a evolução técnica e cultural era lenta, os consumidores estavam desorganizados e desinformados, a formação era feita "na casa", os equipamentos eram para uma vida, etc., etc. Nada disso é verificável hoje na maior parte dos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Nos dias que hoje vivemos, a evolução dos negócios é acelerada, sendo os gestores e empresários chamados a tomar decisões importantes a um ritmo desconhecido até aqui. Novos produtos e tecnologias surgem todos os dias no mercado, os profissionais necessitam de formação inicial, pontual e contínua, os investimentos são fonte de oportunidades, os equipamentos podem gerar negócios, etc.. Nada disto pode ser decidido por intuição ou "pressentimento", embora a gestão seja uma arte e, como tal, relativamente inexacta. Contudo, é necessário nos tempos actuais ter um controlo permanente da evolução dos negócios e isso tem que ser feito com base em informação objectiva, quantificável e com potencial indicador. Lord Kelvin, um famoso cientista inglês do séc. XIX afirmou certa vez que "Quando podes quantificar aquilo de que estás a dizer e expressá-lo em números, é provável que saibas alguma coisa do que estás a falar; quando não podes expressar o que pretendes dizer em números, o teu conhecimento é muito incompleto e pouco satisfatório". Apesar de ter já mais de um século, esta ideia mantém plena actualidade, pois hoje em dia até as chamadas ciências humanas utilizam métodos quantitativos intensivamente, para sustentar os seus conceitos e credibilizar as suas teses. Obviamente, a gestão de negócios na época actual só é possível também com indicadores numéricos, capazes de espelhar a realidade com rigor e com potencial para projectar objectivos e prever a evolução das actividades e dos mercados. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com
Ficha Técnica
Uma publicação da AP Comunicação
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concepção dos novos automóveis sofreu uma notável evolução, em vários domínios, em grande parte devido às tecnologias da informação e aos seus extraordinários programas técnicos de simulação dinâmica. No capítulo das carro-
çarias, a preocupação de minimizar a amplitude dos danos de impactos tornou-se um denominador comum a todos os construtores, devido à necessidade de, por uma lado, convergir com as apertadas normas de segurança em vigor e, por outro lado, tornar as repara-
ções mais rápidas e com menores custos. Em consequência desta evolução, os modelos mais recentes reagem melhor aos impactos, apresentando menos danos, e tornaram-se mais fáceis de reparar, especialmente no que respeita a custos de mão-de-obra e tempos de imobilização. Efectivamente, o comprador de um novo modelo, em maior medida nos topos de gama, tem a garantia de estar mais protegido contra impactos (até níveis razoáveis de energia libertada) e de ter o seu carro reparado em menos tempo e por menos dinheiro. Na base desta evolução está a gestão da energia libertada pelos impactos, a qual se processa através de zonas de deformação programada (crash box), travessas e elementos de absorção de impactos. Gestão de energia A única forma de eliminar a energia resultante de impactos consiste em expor-lhe peças deformáveis, calculadas para esse efeito, através de simulações e testes de impacto reais. As travessas, cuja denominação indica que funcionam como suporte e travão a outros elementos, tornaram-se num factor determinante do comportamento dos
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Selenova - Estrada Nacional 116, Km 20/21 - Casais da Serra - 2665-305 Milharado - Telef: 21.953.71.70 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 30 Euros (11 números) DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal Nº de Registo no Ins. Com. Social: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03
© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”
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MERCADO veículos face à colisão. São peças fabricadas em aço ou alumínio, com perfil e forma (recta ou curva) adequados à função que irão preencher. Nos veículos mais pesados as travessas são em aço, pois terão que absorver maior quantidade de energia, ao passo que nas viaturas mais pequenas é comum utilizarse o alumínio, para não penalizar o peso total. A principal função das travessas é proteger orgãos mecânicos cujo custo teria maior peso numa possível reparação (radiadores, condensadores, alternadores, etc.), criando um espaço à sua frente. Nas chamadas zonas de deformação programada, tanto à frente como na parte posterior do veículo, as travessas têm a função de actuar conjuntamente com outras peças da carroçaria, no sentido criar uma caixa deformável que protege o habitáculo e os orgãos mecânicos mais importantes. Os elementos de absorção de impacto, tal como as travessas, funcionam como vanguarda da linha de impacto, deformando-se progressivamente, de acordo com a intensidade do choque, para evitar a deformação das longarinas dianteiras ou traseiras, bem como da própria estrutura monobloco. As duas formas mais utilizadas de comportamento dos elementos de absorção de impactos são a deformação em fole e a deformação telescópica. No primeiro caso, a peça vai-se contraindo em pregas, devido às variações de resistência da sua própria geometria. No segundo caso, a resistência gera-se quando uma peça é obrigada a entrar noutra, adicionando à resistência do material o atrito. Para a actividade de reparação. é muito importante que estas peças possam ser adquiridas individualmente, como componentes de substituição, a fim de tornar os custos finais de reparação menos elevados. Desenho de peças exteriores A evolução das carroçarias também se verifica ao nível das peças exteriores, que podem ser mais facilmente afectadas por impactos (pára-choques, capot, guarda-lamas e porta traseira). Os pára-choques tor-
Os modelos mais recentes reagem melhor aos impactos, apresentando menos danos, e tornaram-se mais fáceis de reparar, especialmente no que respeita a custos de mão-de-obra e tempos de imobilização.
naram-se mais envolventes, tanto lateralmente, como verticalmente, apresentando uma tendência geral para aumentar a sua superfície. São fabricados em materiais sintéticos de alta elasticidade, para evitar deformações permanentes em choques até 4 km/h (legislação europeia). As formas arredondadas dos pára-choques são fundamentais para a segurança e para a maneabilida-
de do veículo, sendo desprovidos de saliências que possam prender-se a qualquer obstáculo. É também frequente que os párachoques se articulem directamente com os guarda-lamas, protegendo-os. Tanto os pára-choques como os guarda-lamas - estes também a ser cada vez mais fabricados em materiais plásticos, com todas as vantagens em termos de peso e anti-corrosão - são fi-
Os elementos de absorção de impacto funcionam como vanguarda da linha de impacto, deformando-se progressivamente, de acordo com a intensidade do choque, para evitar a deformação das longarinas dianteiras ou traseiras, bem como da própria estrutura monobloco.
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xados à carroçaria através de peças que se partem, antes que isso lhes aconteça. Deste modo, é frequente que esses componentes sejam projectados do veículo em pequenos choques, bastando uns ligeiros retoques e novas peças de fixação para ficarem reparados. Outra vantagem desta solução é a maior protecção das portas laterais, que assim raramente sofrem danos em choques frontais. Por outro lado, muitos pára-choques são concebidos em duas ou três peças separadas, o que permite substituir apenas a parte danificada. Seria também conveniente que as grelhas, molduras, protecções e símbolos da marca pudessem ser comercializados independentemente, o que nem sempre sucede. Devido à evolução dos pára-choques, as formas do capot tornaram-se mais planas e curtas, resistindo melhor à maior parte dos choques de fraca/média intensidade. Por outro lado, o material com que se fabrica o capot está a ser cada vez mais o alumínio, devido às suas vantagens de peso e de eliminação do calor do compartimento do motor, facto que tem que ser levado em conta pelos reparadores. Quanto à porta de trás, a tendência é ela estar protegida pelos pára-choques, que se tornaram mais salientes. Nos casos em que isso não sucede, as próprias portas possuem protecções de plástico, que podem ser substituídas ou reparadas separadamente. Aprofundar a redução de custos Todas as soluções anteriormente citadas visam claramente minimizar os custos de reparação, uma vez que as condições de circulação actuais facilitam enormemente a ocorrência de impactos (choques em cadeia, acidentes urbanos, atropelamentos, etc.). No entanto, é preciso não descurar a importância dos sistemas de segurança passiva (air bags e pré-tensores) no custo final de algumas reparações. Ao ponto em que está desenvolvida a electrónica, não seria difícil incorporar sensores de ocupantes, para evitar a substituição desnecessária de componentes caros e que não desempenharam nenhum papel de protecção efectivo. Outra evolução possível e simples de realizar é a montagem do air bag do acompanhante num módulo separado do tablier. Em muitos casos, é necessário substituir todo o tablier para colocar um air bag novo. Aqui está um mau serviço ao cliente consumidor, embora resulte rentável para o fabricante. Além disso, torna-se imprescindível que a rede de reparação e assistência acompanhe toda esta evolução, para que ela faça plenamente sentido. No caso dos concessionários de marca e oficinas autorizadas não existe grande dificuldade em actualizar os conceitos e as técnicas de reparação, porque as marcas estão directamente envolvidas no resultado do seu desempenho. O mesmo não se passa com a rede de oficinas independentes, cujo acesso a toda a informação sobre novos materiais e novas tecnologias de reparação é imprescindível para poder acompanhar a evolução dos veículos e prestar o serviço público para o qual está habilitada. PUB
PRIMEIRO EM QUALQUER CANTO DO MUNDO. A Ferodo vence mais campeonatos em mais países que qualquer outro fabricante de travões. Máxima segurança; máximo desempenho... sempre.
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Breves SALVADOR CAETANO ADOPTA NOVA DENOMINAÇÃO Desde o passado dia 4 de Janeiro de 2007, que a Salvador Caetano IMVT, SA, que representa e comercializa as marcas Toyota e Lexus para o mercado Português, para além da actividade de montagem, importação e distribuição, e a representação e comercialização de Equipamentos Industriais Toyota, alterou a sua denominação para Toyota Caetano Portugal, SA. Esta alteração é reflexo da reestruturação que Salvador Caetano IMVT foi alvo, passando, desde o final do ano transacto, a concentrar apenas as actividades do universo Toyota, alienando as actividades e participações "não Toyota" ao Grupo Salvador Caetano.
MOTOR DE ARRANQUE
VALEO MF 250 Este motor de arranque foi desenvolvido pela Valeo para o mercado de substituição, destinando-se a substituir os motores de arranque originais (Mitsubishi), do extenso parque de camiões Renault Trucks (Premium, Midliner, Manager, Maxter e C y G). O novo equipamento produzido pela Valeo desenvolve 25% mais de potência que o componente original e pesa menos 15%.
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NOTÍCIAS Seminário
“Automóveis Ecológicos”
O Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior de Engenharia do Porto, promoveu um seminário técnico na área automóvel intitulado “Automóveis Ecológicos”, o qual decorreu no passado dia 13 de Janeiro de 2007. O evento foi desenvolvido em colaboração com prestigiadas marcas, tais como, BP, Honda, Lexus, Toyota e Volkswagem. Esta iniciativa contou com a presença de 240 participantes, dos quais se salientam os alunos de vários cursos de engenharia e participantes de entidades externas ao ISEP.
Na sessão da manhã foram apresentadas algumas das tecnologias mais ecológicas actualmente disponíveis no mercado. Na sessão da tarde decorreu uma exposição estática com várias viaturas daquelas marcas, seguida de testes de estrada. Este evento de carácter técnico contribuiu significativamente para a formação e sensibilização de todos que nele participaram, no que respeita a novas tecnologias amigas do ambiente. Permitiu uma aproximação efectiva entre a escola e o mercado, servindo de mote para novas iniciativas a curto prazo.
Pinturas brancas com futuro Na sua informação anual sobre as tendências do mercado, a empresa Basf Coatings revela que o branco é a cor com maior potencial para se converter na terceira tonalidade mais requisitada no mercado automóvel, logo a seguir ao prateado e ao ne-
gro. A marca está a preparar sistemas de pintura sofisticados com tons de branco (bicapa e tricapa), tendo em vista corresponder à procura dos próximos anos. Segundo a Basf Coatings, o êxito do branco será mais evidente nos segmentos pequenos e médios, uma vez que os carros de luxo parecem preferir cores mais clássicas. Na Europa, o branco era utilizado em 20% dos automóveis de há duas décadas. Actualmente, no norte da Europa o branco apenas representa 2-3% do mercado, mas em Itália, por exemplo, um em cada três carros é branco. O mesmo sucede no Japão, onde o branco tem uma penetração de 27%.
Escovas
Valeo no pódio do Lisboa-Dakar A equipa Repsol Mitsubishi Ralliart faz história ao alcançar os dois primeiros lugares na classificação final e a sétima vitória no Rally Lisboa-Dakar 2007. Pelo segundo ano consecutivo, a escova limpa vidros Flat-blade Valeo X-TRM foi utilizada por toda a equipa Mitsubishi pela confiança nas suas qualidades excepcionais de limpeza e aerodinâmica. Este produto é o mesmo que a Valeo Service distribui hoje na Europa, encontrando-se disponível nas lojas especializadas. De entre as grandes vantagens técnicas desta escova, destaca-se a sua performance em termos de limpeza, pelo facto da pressão exercida no vidro ser exactamente a mesma ao longo de toda a escova.
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NOTÍCIAS A DuPont e a BP
Equip Auto 2007
anunciam parceria
internacionaliza-se
A DuPont e a BP anunciaram a criação de uma parceria para trazer para o mercado a próxima geração de bio-combustíveis, de modo a ir ao encontro da necessidade global de novos combustíveis renováveis na área dos transportes. Esta parceria é fruto de três anos de colaboração entre as duas companhias. A sua estratégia comum é desenvolver bio-combustíveis avançados que irão aumentar as opções de fornecimento de energias e acelerar o processo de combustíveis renováveis. Este tipo de combustível irá contribuir para a diminuição do efeito de estufa. Tanto a DuPont como a BP contam com os seus peritos: a DuPont pelas suas capacidades de biotecnologia avançada; e a BP pela sua perícia e experiência na tecnologia de combustíveis e o conhecimento do mercado. O primeiro bio-combustível será uma gasolina com bio-componentes que será comercializado como biobutanol. O seu lançamento está previsto em 2007 no Reino Unido.
Para responder ao sucesso de outros eventos internacionais do mesmo género, a feira francesa do aftermarket automóvel Equip Auto, que se realizará este ano de 15 a 20 de Outubro, em Paris, está a reforçar os seus mecanismos de intervenção a nível global, com um programa a condizer (fórum mundial, conferências sobre tecnologia, encontros bilaterais B2B, etc.). No fórum mundial, que se tem realizado todos os anos, desde 1989, os responsáveis máximos da indústria automóvel e da indústria de equipamentos analisam as tendências do mercado e as evoluções tecnológicas a nível planetar, assim como as perspectivas de colaboração recíproca. Por seu lado, o equipamento original também será celebrado, estando previstos diversos eventos para multiplicar as oportunidades de aproximação e de negócio entre fornecedores OEM e fabricantes de veículos, assim como entre estes e indústrias de equipamento. Com uma carreira já longa de 30 anos, a Equip Auto 2007 está estruturada em dois grandes sectores: peças / equipamentos para veículos (originais e de substituição) e equipamentos oficinais. Este perfil visa agradar aos expositores internacionais, que passaram de 60% (2001), para 76% (2005). Os visitantes estrangeiros também têm vindo a aumentar, tendo passado de 20% em 2001, para 30,1% em 2005. Para este ano, a organização prevê que um em cada três visitantes, pelo menos, será estrangeiro.
Chronopost cresce
9,5% em 2006
A Chronopost Portugal, líder no mercado nacional do transporte expresso de pequenas encomendas no segmento business-to-business, registou uma taxa de crescimento em volume de actividade de 9,5% em 2006, entregando um número recorde de quase 7 milhões de encomendas, tendo encerrado o ano com um volume de negócios superior a 31 milhões de euros. Este resultado reforça o posicionamento da Chronopost Portugal, como sendo o maior operador privado do sector do transporte expresso doméstico. Em 2007 prevê que o volume de negócios ultrapasse os 33 milhões de Euros e para tal vai continuar a apostar no lançamento de novos serviços e na inovação tecnológica, onde se tem destacado pela oferta aos seus clientes de soluções de informação exclusivas. Em Portugal, a Chronopost tem uma frota própria de cerca de 350 veículos e 700 colaboradores e está presente em todo o território nacional através de 13 delegações que cobrem o País de Norte a Sul, incluindo as Ilhas.
Responsabilidade civil automóvel O sistema de co-seguro (estabelecido pelo Decreto-Lei nº 522/85, de 31 de Dezembro e Norma Regulamentar nº 33/86, de 21 de Março), aplicável por força da recusa de aceitação de um seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel a um qualquer proponente, foi alterado. Assim, o Regulamento nº 215/2006, de 26 de Novembro (2ª série), determina que, sempre que a aceitação de um seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel seja recusada, pelo menos por três empresas de seguros, e o proponente do seguro recorra ao Instituto de Seguros de Portugal para que sejam definidas as condições especiais de aceitação, o mesmo deve ser celebrado pela empresa de seguros que o Instituto designar.
Sistema de navegação portátil
Tom Tom O especialista em soluções de navegação automóvel Tom Tom tenciona lançar em meados deste ano um sistema de navegação portátil multifuncional e intermutável. Para alcançar esse objectivo ambicioso, a Tom Tom terá que trabalhar em conjunto com os fabricantes de veículos, uma vez que a solução proposta visa adaptar-se directamente ao sistema de som de bordo ou ao computador do veículo. Depois de ligado ao veículo, o dispositivo patenteado pela Tom Tom tem um monitor táctil, que o torna um interface de todo o sistema de entretenimento do veículo, passando a utilizar os altifalantes da viatura, quer para transmitir música (rádio, CD ou MP3), com qualidade Hi-Fi stereo, quer para passar chamadas telefónicas ou instruções de navegação em voz. Se for ligado aos sistemas inteligentes do veículo (Can-Bus), o novo sistema de navegação da Tom Tom poderá inclusivamente controlar automaticamente a velocidade máxima, de acordo com as limitações de velocidade do local onde circula a viatura, entre outras funcionalidades. Sendo portátil, a unidade de navegação pode transferir-se de um veículo para outro, possuindo alimentação por pilhas e um altifalante incorporado, para o caso do carro ainda não ter de origem um sistema de adaptação. Através do software Tom Tom HOME, distribuído gratuitamente, o condutor poderá beneficiar de todos os serviços PLUS da marca. Equipado com as últimas tecnologias da electrónica de consumo, o novo aparelho de navegação da Tom Tom é actualizável, em função dos últimos programas cartográficos disponíveis.
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Breves AIRBAG TRW ESTACIONÁRIO Devido à evolução do design da parte frontal das viaturas, a TRW lançou um airbag de condutor assimétrico, com módulo do centro do volante estacionário, a fim de optimizar a protecção proporcionada pela almofada insuflável. Em relação aos módulos giratórios e a outros sistemas estacionários, o novo módulo avançado da TRW favorece o desenho do interior do veículo e o conforto do condutor. De facto, o exterior do novo módulo estacionário, situado no centro do volante, pode acomodar interruptores multifuncionais e indicadores visuais, que se mantêm na mesma posição, enquanto o volante gira.
"PIRATAS" ROUBAM € 771 MILHÕES À FORD Este montante corresponde aos prejuízos que o fabricante norteamericano tem anualmente, devido à comercialização de peças de substituição falsas. Todo o sector automóvel "oficial" perde por ano € 9 milhões, que se vê confrontado com a quebra de venda de peças originais, por um lado, bem como com os prejuízos de garantias que tem que reparar, devido à montagem de peças falsas. Neste momento, um milhão de empresas legalizadas tenta identificar as empresas infractoras, dispondo de "serviços de informação" na China, para tentar controlar a situação.
EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO
DuPONT Acaba de ser lançado o novo catálogo de DuPont Personal Protection, fabricante de sistemas de pintura e outros materiais sintéticos. A gama destina-se a profissionais de vários ramos e visa a sua protecção, durante a realização de diferentes trabalhos. Roupas de protecção térmica em Nomex e luvas e manguitos de Kevlar, antichoque, fazem parte da oferta. A linha Tychem oferece protecção contra agentes químicos, desde os pouco agressivos, até às mais perigosas e tóxicas. Por seu turno, a gama Tyvek oferece a máxima segurança contra as partículas sólidas e fibras, repelindo os líquidos vaporizados. Finalmente, a gama Proshield assegura protecção contra agentes menos perigosos.
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Breves BOSCH APOIA INOVAÇÃO O grupo Bosch é uma das empresas que suporta o programa " High-Tech Startup Fund ", tendo contribuído com € 2,5 milhões. O referido programa destina-se a apoiar jovens empresários e empresas, com ideias inovadoras, a criarem as bases da sua actividade, a fim de introduzir novos produtos e serviços no mercado. Os outros apoiantes do programa são o banco alemão KfW e o Ministério Federal da Economia e da Tecnologia da Alemanha. Faz parte da filosofia da empresa Bosch apoiar os jovens estudantes com talento, fomentado as ciências, a tecnologia e os negócios emergentes, como parte dos seus deveres para com a sociedade.
NOVO SISTEMA HS DA R-M:
GRAPHITE HD O novo produto do fabricante de sistemas de pintura R-M chama-se Graphite HD e destina-se ao sector de repintura de veículos industriais. Para além do verniz de acabamento HS de base acrílica, a gama completa inclui primários, aditivo para acelerar a secagem, muito útil para trabalhos a várias cores, assim como o guia de cores Graphite HD Color Guide. As principais vantagens do novo sistema podem ser assim resumidas: Grande rapidez de aplicação e secagem; Aditivo especial Graphite HD Deco, que facilita a realização de desenhos multicolores; Adapta-se aos equipamentos habitualmente utilizados na repintura de veículos industriais; Alta resistência a riscos e agentes químicos; Cumpre a legislação VOC; e Economia de 25% em tempo de aplicação e consumo de tinta.
HELLA LANÇA LUMINATOR XENON O novo farol de longo alcance da Hella inclui lâmpadas Xénon da 4ª geração e um vidro transparente de alta qualidade, permitindo um feixe homogéneo de luz. O reflector High-Boost tem um revestimento protector, que assegura a máxima potência e um aspecto de novo durante muitos anos. A carcaça do farol Luminator Xenon é negra, com um aro vermelho, sendo o suporte tratado com zinco, para resistir à corrosão, mesmo nas piores condições de utilização.
NOTÍCIAS Mann-Filter
Philips lança nova lâmpada
Night Guide Double Life
lança
Com o lançamento das lâmpadas Night Guide Double Life, a Philips veio promover o conceito de segurança activa para proteger os utilizadores da estrada e assim prevenir os acidentes, tendo melhorado a qualidade de iluminação dos faróis dos veículos e a visibilidade geral. Com a instação destas novas lâmpadas, os automobilistas conseguem ver melhor e mais longe, evitando assim perigos potenciais. A segurança activa garantida pelas soluções de iluminação Philips, combinado com os outros dispositivos de segurança dos veículos, confere aos automobilistas uma sensação de confiança e maior protecção. A tecnologia inovadora 3-Color Safety que é utilizada nas novas lâmpadas permite ao automobilista ver melhor e antecipar rapidamente os perigos. Como se pode ver pela imagem, o automobilista dispõe de três zonas de visibilidade: 1 - Zona de Segurança Luz branca potente, até 50% de luz a mais na estrada e um facho de luz de 10 a 20 metros de comprimentos; 2 - Zona de informação Luz branca azulada, para uma melhor iluminação da sinalização das estradas e dos obstáculos; 3 - Zona de conforto Luz branca menos potente, reduz o incómodo causado pelos faróis dos veículos que vêm do sentido contrário e ajuda o condutor a concentrar-se na sua faixa de rodagem. As novas lâmpadas Night Guide Double Life, são produzidas para durar duas vezes mais que a geração anterior de lâmpadas Night Guide.
Catálogo 2007
Com mais 450 filtros novos, o catálogo deste ano da Mann-Filter apresenta mais de 3.100 filtros, aplicáveis a cerca de 33 mil veículos/motores, com uma cobertura superior a 95% do parque de veículos da Europa Ocidental. A empresa está a fazer um esforço para alcançar a liderança no fornecimento de filtros para viaturas asiáticas, sendo já um dos principais fornecedores deste segmento, com mais de 500 filtros, para mais de 2.200 modelos asiáticos. Este novo catálogo também está disponível na Internet (www.mann-filter.com), sendo actualizado permanentemente. As oficinas e revendedores podem pedir o catálogo em versão digital (CD), que é fornecido gratuitamente.
Grande
promoção BP Até 11 de Março decorre a campanha “Sem Custos” nos Postos de Abastecimento BP. Semanalmente a BP vai atribuir um prémio no valor de 10.500 euros - Um ano sem custos de prestação da casa, do carro e combustível - à melhor frase com as palavras BP e “Sem Custos”, num total de mais de 70.000 euros em prémios. Para participar basta dirigir-se a um Posto de Abastecimento BP e aderir ao cartão BP Premierplus. Depois o cliente deve registar-se em www.bppremierplus.com ou preencher o postal RSF dos folhetos da campanha e enviar a frase com os requisitos solicitados. Os actuais detentores do cartão BP Premierplus devem entrar no site do cartão, para poderem participarem no passatempo através da Internet. A BP Portugal disponibiliza toda a informação relativa ao passatempo “Sem Custos” em www.bp.pt ou através da linha verde 800 200 236.
Ford Lusitana festeja
75º Aniversário
José G. Neto representa
Foi a 11 de Janeiro de 1932 que a Ford se instalou oficialmente em Portugal, constituíndo uma empresa denominada Ford Lusitana SARL, que tinha como objectivo a importação, representação e comercialização de produtos da Ford Motor Company, que à data, eram já vendidos ao público através da rede de Concessionários Ford então estabelecida. Actualmente, a rede é composta por 33 Concessionários, 61 Reparadores Autorizados, e 33 Fornecedores Autorizados de Peças, que cobrem a totalidade do território nacional. A presença da Ford em Portugal tem-se feito sentir aos mais variados níveis, desde os grandes projectos de investimento em que o construtor esteve envolvido, até ao desenvolvimento de outras actividades de suporte à sua actividade, como é o caso do desporto automóvel. Em termos de mercado, a Ford Lusitana e a sua Rede de Concessionários têm estado sempre entre os seus principais protagonistas, mantendo-se a marca, invariavelmente, nos lugares de topo das tabelas de vendas nacionais, apesar de todas as condicionantes que o têm afectado ao longo das várias décadas.
Corteco
A firma José G. Neto, Lda. é o representante exclusivo para Portugal da marca Corteco, importante fabricante de peças de estanquicidade para o primeiro equipamento das principais marcas de automóveis e camiões nomeadamente: Audi, BMW, Citroen, Mercedes, Ford, MAN, Mitsubishi, Nissan, Opel, Peugeot, Renault, Porche, Saab, Scania, Seat, Skoda, Volvo e Volksvagen. A Corteco está integrada no Grupo Freuden Berg, o qual é constituído por 320 empresas em 44 países, tem 27.700 empregados e uma facturação em 2006 de 4.000 milhões de Euros de vendas, dos quais 43% no sector Automóvel. Dentre a vasta gama de produtos disponíveis, destacamos os: Retentores (radicais e de válvulas); Jogos de Juntas de cabeça; Suportes de motor de transmissão e de chassis; Filtros de habitáculo; Kits de cubo de roda e Tubos de Travão. A logística para Portugal é assegurada pelo armazém central da Corteco situado em Barcelona, capaz de satisfazer, em 48 horas, todos as encomendas com elevada qualidade de serviço.
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Escritórios / Armazém: Rua das Fontaínhas -Andrinos- Apartado 776 - 2401-978 LEIRIA Tel. Geral: 244 830 070 (6 Linhas) - Fax: 244 813 047 - e-mail: geral@autodelta.pt
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Breves SCANIA COMPRA CIMPOMÓVEL Considerando que a empresa portuguesa alcançou um bom desempenho , a marca Scania resolveu adquirir a Cimpomóvel Veículos Pesados, SA, tendo em vista reforçar a sua posição no mercado europeu e oferecer maior apoio e serviços mais diversificados aos seus clientes. Desde 1972 que a Cimpomóvel representava a marca sueca no nosso país, tendo vendido em 2005 € 63,4 milhões. Em Portugal, a Scania vende cerca de 500 camiões por ano, o que dá uma quota de mercado de 13%.
CENTRO I + D NA ESPANHA
Renault é a marca
Pistola de pintura industrial
preferida dos portugueses
SATAjet 1000 K
A Renault manteve em 2006 a liderança do mercado automóvel em Portugal com uma quota de mercado de 13,5% a que corresponderam quase 35.000 automóveis vendidos. Liderou os segmentos B (Clio + Modus) e C (Mégane + Scénic) e colocou o Clio e o Mégane no Top 3 dos modelos mais vendidos no nosso País. Em 2006 o Grupo Renault continuou a desenvolver a sua forte presença em Portugal quer directamente quer através da sua Rede de Concessionários. O grupo Renault abrange várias áreas do tecido económico do país e assegura em conjunto com a sua Rede comercial cerca de 5.300 postos de trabalho. Líder em segurança nos seus automóveis (único construtor com 8 modelos a obter a classificação de 5 estrelas nos testes EuroNcap) manteve, em 2006, o Programa Segurança para Todos, o maior programa Nacional de sensibilização à Segurança Rodoviária.
A SATA lançou recentemente uma nova gama de pistolas para pintura de grandes superfícies e para aplicação de grandes quantidades de produto. Este modelo de pistola pode ser ligada opcionalmente aos sistemas de alimentação de produto através de bomba de dupla membrana, reservatórios de pressão ou sistemas de fornecimento de material.
BREMBO,
A marca italiana de sistemas de travagem Brembo, revelou interesse em criar um centro de investigação e ensaios, na futura Cidade do Motor de Alcañis (Teruel), em Espanha. Este projecto prevê a criação de várias infraestruturas polivalentes, entre as quais pistas de ensaios para carros de todos os tipos. Na actualidade, a Brembo realiza os seus ensaios em pistas clássicas, de acordo com a sua disponibilidade. Caso a primeira fase do centro da Brembo na Cidade do Motor tenha sucesso, a empresa tenciona criar ali um centro de investigação à escala mundial.
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NOTÍCIAS
RPL Clima lança
Sistema Tidas
A RPL Clima acaba de lançar um novo produto para a limpeza do habitáculo e ar condicionado. O Sistema Tidas – Tratamento Integral de Desinfecção “Ar Puro” é uma solução de limpeza eficaz e integral de todo o circuito de ar condicionado e do habitáculo, eliminando problemas mais evidentes como os maus odores, e os mais ignorados como os ácaros, bactérias e fungos. Actuando sobre o sistema de climatização e habitáculo do automóvel, a aplicação correcta deste sistema garante resultados ao fim de 15 minutos. Ao nível das peças e componentes a RPL Clima passou a disponibilizar uma promoção de radiadores (de climatização) com 50% desconto. Trata-se de uma promoção que estará em vigor em Fevereiro e Março, salvo rotura de stocks.
A SATAjet 1000 K está disponível em duas versões de pulverização reduzida: a versão HVLP e a versão RP. Esta pistola responde às exigências da legislação das normas sobre COV. A sua rentabilidade e a sua taxa de transferência garantem uma amortização rápida dos custos de aquisição desta pistola. Por outro lado, as economias de produto vão até 30%, outras características positivas deste produto são a duração de vida prolongada dos filtros (quase 50%), graças a uma baixa emissão de pulverização e de solventes. A utilização da nova geração de pistolas de pintura oferece às oficinas um verdadeiro potencial de economias e contribui ao mesmo tempo para um ambiente limpo. As pistolas para pintura da Sata são representadas pela Gillcar Norte.
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NOTÍCIAS
nas Estações de Serviço Com a generalização do Auto-abastecimento nas Estações de Serviço, há que advertir as pessoas acerca da produção de incêndios como resultado da electricidade estática, enquanto se abastece de gasolina, o seu carro. Foram investigados 150 casos deste tipo de incêndios e os resultados foram muito surpreendentes: 1 - Dos 150 casos, eles ocorreram menos a homens e mais a mulheres, devido ao seu costume de entrar e sair do veículo enquanto se abastece a gasolina. 2 - Na maioria dos casos as pessoas haviam entrado novamente nos seus carros enquanto na mangueira ainda estava a correr o combustível (o perigo dos gatilhos nos bocais das mangueiras). Quando o reabastecimento terminou e saíram para retirarem a mangueira, o fogo começou, como resultado da electricidade estática. 3 - A maioria dos acidentados usava sapatos com sola de borracha e roupa de fibras sintéticas. 4 - Nunca utilize telemóveis quando se abastece combustível. 5 - Como sabemos é o vapor que sai da gasolina que arde e causa o fogo, quando entra em contacto com cargas eléctricas estáticas. 6 - Em 29% dos casos analisados, as pessoas entraram novamente nos seus veículos e logo de seguida tocaram nas pistolas das mangueiras durante o reabastecimento de gasolina. Isto ocorreu em carros de variadas marcas e modelos. 7 - 17 incêndios ocorreram antes, durante ou imediatamente após a retirada do tampão do depósito do carro e antes que começasse o reabastecimento de gasolina. 8 - A electricidade estática produz-se quando um passageiro fricciona as suas roupas contra o tecido dos assentos, ao entrar ou sair do veículo. Para evitá-lo, é recomendável que ninguém entre ou saia do veículo enquanto se está a realizar o reabastecimento. Somente devem fazê-lo antes de começar, ou quando o reabastecimento já terminou e foi colocado o tampão do depósito. 9 - Redobre as precauções se a gasolina se derramou ou salpicou o pavimento junto à bomba. Imediatamente se geram vapores altamente inflamáveis, que podem incendiar-se devido a chispas de electricidade estática, por ligação de equipamentos electrónicos (telemóveis, comandos à distância, etc.) ou pela activação da chave de ignição do veículo. Antes de pôr novamente em marcha o motor, a gasolina derramada deve ser recolhida ou neutralizada pelo pessoal da estação de serviço. AO ABASTECER DE GASOLINA: - Trave o veículo com o travão de mão, desligue o motor, o rádio e as luzes. - Nunca regresse ao seu veículo enquanto está a reabastecer de combustível. - Acostume-se a fechar a porta do carro ao sair ou ao entrar. Assim se descarregará da electricidade estática ao tocar algo metálico. - Depois de sair do carro e logo que fechar a porta TOQUE A PARTE METÁLICA DA CARROÇARIA, antes de tocar na pistola de combustível. Deste modo a electricidade estática do seu corpo descarregar-se-á para o metal do carro e não para a pistola da mangueira. Fonte: Shell
Norauto
regista crescimento de 30% em Portugal A Norauto, líder europeu em Centros-Auto e especialista na manutenção e equipamento automóvel, fechou o último ano fiscal, de Outubro de 2005 a Setembro de 2006, com um crescimento da ordem dos 30% no que diz respeito ao seu volume de negócios, comparativamente ao ano fiscal anterior. Este crescimento sustentado deve-se sobretudo à aposta de expansão da Norauto em Portugal, com a abertura de novos centros auto em todo o país, bem como ao desenvolvimento dos centros auto já existentes, através da implementação de um novo conceito de centro auto, com gamas de produtos diferenciadas e mais alargadas, o qual permita uma maior liberdade ao cliente Norauto no interior da superfície. Para o próximo ano fiscal a Norauto espera manter o ritmo de crescimento, prevendo um aumento do seu volume de negócios na ordem dos 20%. A estratégia passa pela aposta no reforço da presença Norauto em grandes centros urbanos, junto de grandes superfícies e de Retail Parks, estando prevista a abertura de mais três novos centros-auto Norauto no nosso país. A Norauto pretende, ainda, dar continuidade à formação dos seus colaboradores, nomeadamente ao nível da formação das equipas técnicas da área da electrónica da oficina, essencial para acompanhar a crescente e rápida evolução do automóvel nesse âmbito, bem como à sua política de preservação do meio ambiente. Actualmente, a Norauto já investe em energias renováveis e na reciclagem de detritos oriundos da sua actividade. De destacar os objectivos ambiciosos da Norauto para 2010, ano em que espera ter no Continente um total de 20 Centros Auto em grandes Centros Urbanos, passando depois às cidades de menor densidade populacional, onde conta abrir mais 20 centros auto mais pequenos.
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Electricidade Estática
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NOTÍCIAS Conjunto de Chaves Butterfly
Breves FARÓIS ESCUROS HELLA Quem desejar personalizar o seu VW Golf ou Passat poderá a partir de agora montar os novos faróis escuros da Hella. Graças a uma tinta especial preta, resistente a altas temperaturas e aplicada em locais específicos, os novos faróis da Hella mantêm as suas elevadas prestações, conferindo às viaturas um aspecto original e atractivo. Disponíveis em toda a rede de distribuição da Hella, os novos faróis podem montar-se facilmente, graças ao kit de acessórios incorporado e às instruções de montagem que os acompanham.
da
Würth
A Würth Portugal, acaba de lançar para o mercado o Conjunto de Chaves Butterfly com um conceito simples e funcional. Este conjunto de quatro chaves em forma de “asa” permite uma excelente adaptação e desaperto de peças de difícil acesso. Apresenta como principais vantagens a diversidade de campos de aplicação como Braços de Direcção, Sondas Lambda, Sistema de Ar Condicionado, Peças Hidráulicas, Injectores Diesel e a fácil remoção de peças danificadas ou moídas. Todas as oficinas de alinhamentos de direcção vão ter com este conjunto a solução para algumas das dificuldades com que se deparam no dia-a-dia, ou seja desapertar o inacessível. A Würth coloca à disposição dos seus clientes informação mais detalhada, que poderá ser solicitada através da sua rede comercial.
Porulator lança
novo catálogo de filtros A Porulator acaba de lançar a edição 2007 do seu catálogo de filtros, que reagrupa a totalidade das gamas de filtros de óleo, ar, combustível e habitáculo. Com 1.230 referências e mais de 12.000 aplicações, a Porulator cobre 98% do parque automóvel europeu e integra 76 novidades para os veículos mais recentes, como: Alfa Romeo Crosswagon Q4 e GT, Audi A6 (II), BMW Serie 1, Chrysler 300C, Citroen C4, Ford Focus (II), Honda Accord (VIII), Kia Sportage (II), Nissan Navara, Peugeot 1007 e 407/407 SW, Seat Leon (II) e Toledo (III), Skoda Octavia (II), Smart Forfour e Roadster, Subaru Impreza (II) e Outback, Suzuki Ignis e Swift (II), Volkswagen Bora (II), Golf Plus, Jetta (II) e Passat (VI), Volvo V50, etc.. A gama de filtros incluída neste novo catálogo é composta por: 228 filtros de óleo; 587 filtros de ar; 229 filtros de combustível (93 diesel e 136 gasolina); 156 filtros de habitáculo e 29 filtros de óleo para motociclos. O novo catálogo está disponível na versão em papel e em CDRom.
PARCERIA SCANIA
GLASURIT
A marca sueca de camiões Scania (actualmente da GM) e a Basf Coatings, detentora da marca Glasurit, constituíram uma parceria estratégica, através da qual a segunda fornecerá à primeira as gamas 68 e 90 da Glasurit e todos os produtos complementares correspondentes. O acordo é aplicado às fábricas Scania da Suécia (Sodertalje), Holanda (Zwolle) e França (Angers), não tendo sido referidos mais pormenores ou contrapartidas. Também não foi adiantado nada sobre a extensão da parceria à rede de assistência da marca sueca, embora existam fortes probabilidades disso acontecer.
Novos centros
Glassdrive
Na sua política de expansão da rede nacional de centros especializados em vidro automóvel, a Glassdrive inaugurou recentemente mais duas novas unidades: Grijó e Ponte de Lima. Situado à face da Estrada Nacional 1 – principal via de comunicação / referência da região - em Grijó, este centro apresenta uma tipologia tipicamente urbana, sendo que em termos de serviços a veículos pesados conta com o apoio do centro Glassdrive Espinho. Dispondo do serviço de reparação de vidro automóvel, para assim poder responder a todas as necessi-
dades dos clientes, trata-se de um centro que corresponde em toda a linha, às exigências actuais para a substituição e reparação de vidro automóvel, tanto em termos de higiene e segurança, bem como nos métodos utilizados. A abertura do centro em Ponte de Lima surge em consequência natural da elevada procura por parte dos residentes desta zona, do centro de Viana do Castelo. Para além do serviço de reparação do vidro automóvel, este centro também está equipado com uma viatura de serviço móvel, para assim satisfazer as solicitações dos clientes, nomeadamente dos concelhos limítrofes de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca.
NGK com Renault A NGK continua a apostar muito forte no mercado OE, nomeadamente a equipar de origem marcas de renome internacional, como é o caso agora da Renault. As versões desportivas da Renault nos modelos Clio III RS e Megane RS são equipadas em exclusivo com a nova vela de ignição NGK PFR7Z-TG.
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Baguim - Armazém de Importação: Av. D. Miguel, Zona Indust. Baguim do Monte - 4435-687 Rio Tinto Telef.: 22 977 34 10/1/2/3 - Fax: 22 975 02 00 e-mail: avieira@a-vieirasa.pt Sede: Rua S. Gonçalo 83 - Apartado 86 - 4801- 909 Guimarães Telef: 253 424 130/1/2/3 - Fax: 253 514 692 e-mail: guimaraes@a-vieirasa.pt Armazém Brito: Rua do Séquito - Lote B-4 Brito - 4800 Guimarães Telef: 253 470 650 - fax: 253 572 482 e-mail: brito@a-vieirasa.pt Filial 1: Rua Costa Cabral, 753- Apartado 52056 - 4202-801 Porto Telef: 22 557 33 40/1/2/3 - fax: 22 502 73 31 e-mail: c.cabral@a-vieirasa.pt Filial 2: Rua Óscar da Silva, 1579 - 4450-761 Leça da Palmeira Telef: 22 996 62 98 e-mail: leca@a-vieirasa.pt Página web: www.a-vieirasa.pt
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Breves BERU TSS EQUIPA BMW DE ORIGEM Todos os modelos BMW exportados para os EUA são equipados de origem com o sistema Tire Safety System (TSS) da Beru. Efectivamente, todos os carros lançados a partir de 2006 têm de possuir nos EUA um sistema de controlo da pressão dos pneus, que permita verificar as pressões no conjunto das quatro rodas e individualmente, o que acontece com o sistema Beru TSS. O sistema fornecido à BMW é a segunda geração do Beru TSS, que avisa o condutor de perdas graduais de pressão ou falta de pressão ao arrancar o veículo, o que garante maior segurança de condução.
MAIS BATERIAS
MAGNETI MARELLI A RGZ Magneti Marelli Aftermarket ampliou a sua gama de baterias, que passou a incluir os modelos ETS, RUN, ES e Cargo Heavy Duty. A maior novidade é constituída pela gama ETS (Evolução da Tecnologia Selada), sem manutenção, cujas principais características são a grande fiabilidade e adaptabilidade. As baterias ETS possuem uma tecnologia de desgasificação centralizada e são herméticas, não sendo necessário adicionar líquido.
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NOTÍCIAS Nova gama de
sensores Lucas
A Lucas Automotive acaba de lançar no mercado nacional a gama de sensores de medidores de massa de ar Lucas. Com apenas dez referências de sensores, a Lucas assegura uma cobertura de mais de 80 por cento do parque automóvel europeu. A Lucas volta a apostar no desenvolvimento do seu programa eléctrico, colocando no mercado uma gama muito abrangente e de elevada qualidade, apoiada por um catálogo muito completo (XCB417), que permite uma identificação fácil e rápida. A nova gama de sensores de medidores de massa de ar Lucas, fabricada em Inglaterra com componentes novos, utiliza a mais recente tecnologia de elementos sensores de platina, o que garante durabilidade e desempenho excepcionais. Trata-se de mais uma gama que vem enriquecer o programa eléctrico Lucas, distribuído em mais de 30 países e que continua a ser uma referência no mercado independente de pós-venda.
Civipartes apresenta nova
Tomarpeças aposta no
equipamento de diagnóstico A Tomarpeças irá brevemente fazer o lançamento a nível nacional de um novo equipamento de diagnóstico. Este equipamento, extremamente “amigável” em termos de manuseamento, permitirá diagnosticar falhas ao nível da gestão electrónica do motor, ABS, Airbag, etc., mas, acima de tudo, terá uma forte componente ao nível de apoio técnico às oficinas, com uma linha directa onde poderão ser colocadas todas as questões. Desenvolvido pela Ecutronic Technologies, este equipamento chegará ao mercado em meados de Fevereiro com uma excelente relação preço / qualidade / apoio técnico. “Por acreditarmos em mais este projecto, pensamos que irá ser mais uma boa aposta da Tomarpeças”, diz José Alvega, Gerente do grupo de empresas Tomarpeças, Mundimotor, Damaipeças e Bloco de Representações.
máquina diagnóstico WABCO
O Grupo Civipartes, distribuidor em Portugal da marca WABCO, lançou no mercado a mais recente máquina de diagnóstico integral “Expert Diagnostics”. Este inovador sistema, de carácter multilingue, multimarca e polivalente, permitirá às oficinas equipadas com o “Expert Diagnostics” realizar o diagnóstico de diferentes tipos de sistemas electrónicos, nomeadamente sistemas de suspensão, injecção, travagem, climatização, manutenção, caixa, etc. A WABCO trabalha estreitamente com os fabricantes de 1º Equipamento para desenvolver sistemas de controlo de tecnologia avançada que melhorem a efi-
cácia de funcionamento, segurança e conforto do veículo. O leque de soluções “Expert Diagnostics” ajusta-se às necessidades das oficinas compreendendo desde o pacote Compact, mais simples, até ao sistema Premium, mais avançado, sendo todos caracterizados por serem extremamente resistentes e permitirem actualizações permanentes de software e acesso ao serviço telefónico de assistência técnica WABCO. Além disso, poderá contar com o apoio da rede de lojas Civipartes em matéria de formação, apoio técnico e esclarecimento de dúvidas.
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Todos os dias 70 milhões de condutores europeus confiam na Philips para os levar para casa. Sempre atenta às necessidades dos condutores, a Philips cria a mais inovadora tecnologia de iluminação para garantir:
Máxima visibilidade com Xenon, NightGuide e VisionPlus para satisfazer o seu conceito de segurança. Máxima performance com X treme Power, BlueVision e Power2night para satisfazer as suas necessidades de design e alta performance em iluminação.
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Breves STANDOX OFERECE QUADROS PERSONALIZADOS Consciente de que cada oficina tem os seus próprios processos de trabalho, a marca de tintas Standox desenvolveu um programa, em que participa um assessor técnico, através do qual a oficina de repintura pode ter um quadro personalizado dos seus processos de trabalho e dos produtos Standox que utiliza habitualmente. Toda a informação recolhida é transferida para um poster de grandes dimensões, onde os profissionais podem obter todas as indicações que necessitam para realizar qualquer tipo de trabalho. Além de levar em consideração as peculiaridades de cada oficina, este programa da Standox é adaptável e permite que as oficinas possam alterar e melhorar os seus processos, sendo todas as modificações introduzidas num novo poster.
NOVO E MELHOR
PARKPILOT BOSCH O novo dispositivo de auxílio a parqueamento da Bosch Parkpilot URF6, permite "atacar" os espaços mais justos e com mais obstáculos (pinos, bolas, grades, arames, etc.), rapidamente, sem angústias e sem arranhadelas e mossas na pintura. O novo assistente de parqueamento Bosch pode ser facilmente montado em viaturas que não trazem de origem o equipamento ou mais antigas, mediante um kit de montagem fornecido pela marca. A resposta do mercado alemão a esta proposta da Bosch tem sido excelente, existindo já naquele país um carro em cada cinco novos matriculados, que traz o dispositivo de origem.
ÁLCOOL IMOBILIZA
TOYOTAS A partir de 2009, os modelos da marca Toyota podem passar a dispor de um dispositivo de imobilização do motor/transmissão, que impede o veículo de arrancar, quando o condutor excede a taxa de alcoolemia estabelecida oficialmente. O sistema funciona a partir da análise do suor das mãos do condutor. A análise dos olhos e a forma de conduzir também estão parametrizadas, entre outros factores, para garantir total segurança.
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NOTÍCIAS Nova legislação ambiental
Anapi
aplicável à Gestão de Resíduos
apresenta novidades
Em Setembro de 2006 foi publicada legislação que aprova o novo regime geral da gestão de resíduos, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril, e a Directiva n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro. Este decreto é bastante abrangente pelo que, de forma resumida, podemos dizer que promove a auto-suficiência, a prevenção da produção, a prevalência da valorização dos resíduos sobre a sua eliminação, a partilha da responsabilidade e o princípio do poluidor-pagador. Visa uma melhor gestão da informação em matéria de gestão dos resíduos, hoje em dia imprescindível tanto para que a Administração realize as suas funções como para que operadores económicos e grande público possam desempenhar o seu papel de forma sustentada. Foi assim assumida como prioritária a reestruturação do Sistema de Gestão de Informação sobre Resíduos (SGIR) tendo sido criado o novo Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER). O Decreto vem simplificar a gestão da informação e a sua comunicação às autoridades competentes. Todos os produtores de resíduos que produzam, como resultado da sua actividade, resíduos classificados como perigosos estão abrangidos pelo decreto. O novo procedimento altera substancialmente o dever de comunicação de dados, uma vez que até aqui as empresas do sector automóvel eram obrigadas apenas à comunicação dos dados referentes aos óleos usados e acumuladores de chumbo. A comunicação através do SIRER abrangerá todos os resíduos. O registo no sistema efectua-se através do preenchimento de um formulário electrónico no portal do Instituto Nacional dos Resíduos que estará on-line em breve. A taxa anual de inscrição no SIRER será de 25 €. Relativamente aos dados de 2006, a sua comunicação deverá ser efectuada até 31 de Maio de 2007.
A Anapi representante em Portugal das peças da Standard Motor Products, passou a apostar recentemente na divulgação dos seus produtos via newsletter. Esta é uma nova forma de manter informadas as oficinas e os seus responsáveis, sobre os desenvolvimentos da Standard. Novos produtos, actualizações da gama e catálogos serão divulgados regularmente nesta ferramenta de comunicação. Um dos mais recentes lançamentos da Standard Motor Products são os medidores de massa de ar. Existe um vasto e crescente mercado para estes componentes, dado que muitas das unidades OE falham após percorridos cerca de 50.000 Km. A Standard Motor Products desenvoleu uma peça de substituição de alta qualidade, desenhada e fabricada no Reino Unido e de substituição única de gama, o que reduz, drasticamente, os custos de grandes stocks e facilita a instalação. Recente é o novo catálogo Intermotor de Ignição, Interruptores e Sensores. Contendo mais actualizações à gama de bobines, este catálogo da Intermotor possui novas referências de tampas de distribuição e braços de rotor e também interruptores e sensores. Também novo é o catálogo (IC-1), que contém a gama completa de bobines de ignição Intermotor. O novo catálogo abrange uma gama considerável de actualizações, sendo que o total de novas referências incluídas é aproximadamente de 165. A gama foi, significativamente, melhorada com 23 novos produtos, transformando-se numa das gamas mais alargada e disponível no aftermarket. O catálogo apresenta bobines de ignição, bobines electrónicas, módulos e ainda uma ampliação significativa à gama de bobines de ignição directa com aplicação nos veículos recentes.
Tecnologia VARTA AGM para alimentação eléctrica móvel Na nova Ultra special a Varta introduziu pela primeira vez em todo o mundo a tecnologia AGM também para baterias de alimentação e iluminação. Assim, os utilizadores de barcos, auto-caravanas, cadeiras de rodas, sistemas móveis de controlo de trânsito ou “cadeia” de golfe podem pela primeira vez aproveitar integralmente a tecnologia AGM, que apresenta as seguintes características: 1 - Débito de energia superior, muito acima dos valores apresentados por todas as outras baterias de tipo similar. 2 - Extrema robustez de ciclos, tornando-se muito vantajoso para as aplicações diárias mais comuns, uma vez que a Varta Ultra special é peculiarmente robusta. 3 - Rápida capacidade de carga: A Varta Ultra special fica totalmente carregada com extrema rapidez, oferecendo mais independência. Totalmente isenta de manutenção e absolutamente segura contra vazões ou inclinações, graças à tecnologia AGM, com electrólito fixo, a Varta Ultra special pode ser montada de maneira flexível e livre de perigos.
A construção especial da Varta Ultra special evita quaisquer danos derivados de cargas mecânicas possuindo extrema robustez contra vibrações durante toda a sua vida útil. Refira-se ainda que Varta Ultra especial é mais económica e sete vezes mais potente do que qualquer outra bateria de arranque, segundo dados do próprio fabricante.
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Breves PROJECTO COMUM DA
FORD E MICROSOFT Um acordo estabelecido entre os dois grupos norte-americanos irá permitir o desenvolvimento de um novo sistema operativo "SYNC", destinado a equipar toda a gama de modelos Ford. Através do novo sistema, que usará uma tecnologia inalâmbrica Bluetooth, os condutores poderão comandar pela voz diversas funções do veículo: chamadas telefónicas móveis, memória de mensagens electrónicas, sistemas de navegação interactivos, rádio e reprodução de música, etc.
TERAPIA DE € 2.600 MILHÕES NA DELPHI Um grupo de capital de risco, liderado pela Appaloosa Management e Cerberus Capital Managment, está disposto a injectar a quantia acima referida na Delphi Corporation, fornecedor global de componentes electrónicos para a indústria automóvel (172 mil empregados, em 34 países). Tendo aberto falência no final de 2005, a Delphi está presentemente a negociar com a GM e com os sindicatos dos EUA a reestruturação da empresa, que deverá implicar cortes salariais, o encerramento de fábricas e o fim das áreas de negócio consideradas pouco ou nada rentáveis.
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NOTÍCIAS Audatex promove
Jornadas Técnicas A Audatex, empresa de soluções e serviços no domínio da regularização de sinistros, tem vindo a promover uma iniciativa a que designou por Jornadas Técnicas. Trata-se de um ciclo de formações que têm como objectivo dotar de conhecimentos técnicos e práticos, em temas especializados, os peritos das empresas que aderiram ao projecto TOP. O projecto TOP – Total Optimized Partnership – foi desenhado para responder a uma necessidade que a Audatex detectou nos seus clientes, em particular aqueles que actuam junto das equipas de peritagem. A constante evolução da tecnologia no mercado automóvel conduz à rápida desactualização de conceitos e conhecimentos técnicos neste sector. Surge assim o conceito de Jornadas Técnicas, - um tipo de formação distinta daquele que é apresentado até então pela Audatex, - mas que corresponde ao modelo encontrado para colmatar essas lacunas, em sessões com duração de 1 dia, com uma parte teórica e uma componente prática. “Os peritos das empresas aderentes ao projecto TOP têm oportunidade de frequentar várias formações durante o ano, com uma componente prática muito efectiva”, comenta Mário Garrido, CEO da Audatex. “Ao participarem nas formações os peritos adquirem competências em áreas muito especializadas como reparação de plásticos, reparação de veículos de duas rodas, air-bags, pré-tensores, estando já outros temas em preparação como os sensores e electrónica (códigos de erro)”.
As Jornadas Técnicas abrangem vários temas e são os responsáveis das equipas quem decide quais os peritos, de acordo com as suas necessidades específicas, que devem assistir a cada formação, o que permite uma oferta completamente desenhada “à medida” do Cliente. No primeiro trimestre deste ano decorrem: • Técnicas de Reparação e Pintura de Plásticos; • Técnicas de Substituição e Reparação de Vidros; • Retoques de Pintura; • Análise Estrutural de Carroçarias; • Sistemas de Airbags e Pré-tensores; • Reparação de mossas com e sem pintura; • Veículos de duas rodas; As Jornadas Técnicas decorrem no centro de formação do CEPRA (Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel), parceiro exclusivo da Audatex na área da formação.
Vieira & Freitas distribui a
Huco
A HUCO, conceituada marca alemã de peças eléctricas para automóveis, fabricante de peças para alternadores, nomeadamente reguladores electrónicos e rectificadores lançou recentemente no mercado uma completa gama de jogos de cabos de ignição, para assim completar a sua gama de Bobines e módulos de ignição. A nova gama de jogos de cabos de ignição, composta por mais de 450 referências, cobrindo a quase totalidade do parque automóvel em circulação, é fabricada de acordo com as normas EHK 10.00-02 e segundo os requerimentos da ISO 3808 e ISO 6856, o núcleo condutor, pode, conforme o especificado pelo fabricante ser de 3 tipos diferentes, cobre, material semi-condutor resistente (9-21 Koms/m) ou material semi-condutor indutivo ( 2 Koms/m). A Vieira & Freitas em Braga, distribui a Huco no mercado português.
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Breves NISSAN ESCOLHE
VERNIZ PPG O verniz Ceramiclear D8105 da marca PPG será utilizado pela Nissan no seu sistema de pintura anti riscos. O referido verniz recupera por si os riscos provocados pelos túneis de lavagem, arbustos, polimento, etc., mantendo a superfície da pintura com seu impecável aspecto original. O verniz Ceramiclear D8105 utiliza uma tecnologia à base de nanopartículas de silício, patenteada pela PPG, que cria uma superfície cristalina e extremamente resistente.
CHINESES COPIAM FIAT PANDA E SMART FOR TWO A Fiat e a DaimlerChrysler moveram acções jurídicas contra os fabricantes chineses Gran Muralla e Shandong Huoyun, os quais copiaram o Panda e o Smart For Two, respectivamente. No segundo caso, a empresa chinesa alega que se inspirou num carrinho de brinquedo (?), dando o nome de City Spirit ao seu veículo. No caso do Fiat Panda, que na China se chama Peri, o importador italiano da empresa Gran Muralla pretende vender a "cópia" em Itália dentro de seis meses. É provável que as empresas envolvidas cheguem a um consenso, porque a cópia acaba por representar um prestígio inegável e publicidade gratuita para as empresas "inspiradoras".
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NOTÍCIAS Citroen lança
peças multimarca
A Automóveis Citroen, representante oficial da marca Citroen em Portugal, lançou no início do ano uma gama de peças multimarca denominada “Eurorepar”. Esta gama de peças é constituída inicialmente por 40 famílias de peças, nas áreas de manutenção e desgaste permitindo desde já uma cobertura de 85% do parque automóvel rolante em Portugal. “Estamos conscientes da dimensão deste projecto e da dificuldade de implementação num mercado bastante agressivo prevendo-se por isso um crescimento moderado”, refere Fernando Rebelo, responsável máximo da Direcção de Peças Soltas da Automóveis Citroen. Para além das peças de marca, a rede de vendas de peças da marca Citroen, que está assente nos concessionários, passa a ter uma importante ferramenta de trabalho, podendo propor a todos os aplicadores finais, nomeadamente aos independentes, uma alargada oferta de peças multimarca. “A implementação da gama de peças multimarca Eurorepar em França, Espanha e Itália, tem tido um crescente sucesso, o que minimiza os riscos para a marca em Portugal, até pelo facto do projecto se apoiar na logística existente, o que garante um serviço de qualidade e a custos reduzidos”, refere Fernando Rebelo. O alargamento da gama de peças multimarca Eurorepar está previsto a curto prazo, assim como a introdução de outras novidades (a médio prazo) que a seu tempo serão divulgadas pela Automóveis Citroen.
Velas de incandescência
Delphi A Delphi tem mais de sessenta anos de experiência como fabricante líder de sistemas de injecção diesel. Esta experiência também foi aplicada na produção de um programa completo de componentes diesel para o mercado independente de pós-venda. A Lucas Automotive distribui em Portugal os produtos Delphi Diesel e oferece ao mercado independente nacional uma gama abrangente de componentes auxiliares de arranque, que inclui velas de incandescência, temporizadores e termóstatos. A gama cobre a tecnologia tradicional, de injecção e a mais recente tecnologia Delphi para sistemas Common Rail. A Delphi Diesel oferece, ao mercado independente de pós-venda, uma gama de velas de incandescência fabricadas segundo os padrões de qualidade mais exigentes e garantem: qualidade de Equipamento Original, cobertura de todas as tecnologias de velas existentes, produto testado a 100 por cento na fábrica, cobertura de mais de 3500 aplicações e 98 por cento de cobertura do parque automóvel europeu. A gama de velas de incandescência da Delphi Diesel está na linha da frente do desenvolvimento tecnológico. Trata-se de um programa em constante actualização e beneficia do compromisso da Delphi Diesel para com a excelência, inovação e melhoria contínua. Prova deste compromisso é a última edição do catálogo de Auxiliares de Arranque Delphi (DDCX101C) que apresenta uma dezena de novas referências, que acompanham o crescimento do parque automóvel a diesel e os últimos desenvolvimentos da tecnologia diesel, nomeadamente os sistemas Common Rail.
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NOTICIAS
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Jornal das Oficinas Fevereiro 2007
Breves FIAT GRANDE PUNTO
É SEGURO A nova barra de protecção lateral, colocada abaixo dos vidros laterais, revelou grande capacidade de absorção de energia e resistência, tanto em choques laterais, como frontais. Os resultados obtidos pelo Fiat Grande Punto na prova de segurança EuroNCAP são os melhores jamais obtidos na categoria a que pertence. Na base do êxito está o desenho compacto das barras, a sua colocação elevada e o aço de alta resistência utilizado no seu fabrico. A Fiat já vem a desenvolver aços de alta resistência há algum tempo, tendo em vista melhorar a protecção dos ocupantes dos seus veículos e reduzir o peso das suas viaturas.
KIT "SMART-CONNECT" DA BOSAL A vantagem do novo kit de montagem de ganchos de reboque da Bosal Smart-Connect, que já se encontra em comercialização, é facilitar a montagem em qualquer tipo de veículo, multiplexado ou não, pois já inclui a instalação das cablagens da parte electrónica. Por outro lado, os cabos são fornecidos com diferentes comprimentos, o que reduz substancialmente o custo e tempo da montagem em viaturas com sistemas complexos, evitando reprogramar as unidades de controlo electrónicas.
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NOTÍCIAS Tomarpeças e Mundimotor
investem em formação Realizou-se no passado dia 13 de Janeiro mais uma acção de formação organizada pelas empresas Tomarpeças e Mundimotor. Esta acção teve como tema principal a reparação do motor, onde se relembraram algumas técnicas a utilizar tanto na identificação correcta das peças para reparação de motores como na sua aplicação. Com o apoio das empresas Tarabusi, na pessoa do Sr. Bugedo e da D. Edurne e da Ajusa que teve a presença do responsável técnico, Engº Gerardo Iñiguez, e do responsável pelas Exportações, o Sr. Pascual Rodriguez, a Tomarpeças e a Mundimotor reuniram nas novas instalações de Tomar cerca de 80 pessoas distribuídas por 33 empresas. A Tarabusi, empresa fundada no ano de 1928, pertence ao grupo CIE Automotive, uma Holding com 4 divisões, 28 Fábricas distribuídas por todo o Mundo e cerca de 5.000 funcionários. É uma das poucas empresas no Mundo que desenha e fabrica um dos conjuntos mais precisos e de mais responsabilidade na indústria automóvel, formado pelos pistons, cavilhas, segmentos e camisas. A Ajusa é líder Mundial na produção e fabrico de Juntas, retentores, árvores de cames, parafusos de cabeça e touches hidráulicas. Possui um catálogo com mais de 80.000 referências e mais de 6.000 aplicações diferentes, que cobrem as necessidades de pelo menos 92 marcas de veículos automóveis, comerciais, industriais, agrícolas e pesados. Com cinco linhas de produtos (Juntas, parafusos de cabeça, touches hidráulicas, retentores e árvores de cames), a Ajusa possui um programa completo nas linhas para os veículos Europeus, Asiáticos e Americanos. Outro dos seus pontos fortes é o serviço de expedição, garantindo entregas urgentes em 48 h e entregas normais entre os 25 e os 30 dias.
Novas referências Bendix e Jurid A Honeywell Materiais de Fricção Portugal, lançou no passado dia 24 de Janeiro 2007, no mercado nacional, novas referências em simultâneo nas marcas Bendix e Jurid. Foram lançadas na marca Bendix, 17 novas referências de pastilhas, 20 novas referências de discos e ainda 22 novas referências de maxilas. Para a marca Jurid foram lançadas em pastilhas 8 novas referências, em discos 17 e em maxilas 22. Algumas destas referências lançadas não estão disponíveis nos catálogos de Fricção e Tambores, no entanto a Bendix & Jurid fez acompanhar no resumo deste lançamento a toda a rede de Distribuidores e Agentes os respectivos desenhos técnicos. Para o mês de Fevereiro a Bendix/Jurid, tenciona lançar mais 20 novas referências de pastilhas e 15 novas referências de discos da marca Jurid.
Norauto
abre em Coimbra
A Norauto prossegue em Portugal a sua estratégia de expansão através da inauguração de um novo Centro Auto, agora na zona centro do país. O Centro Auto de Coimbra situa-se no Fórum Coimbra e vem reforçar a cobertura a nível nacional deste importante agente económico do sector automóvel. O novo Centro Auto Norauto apresenta uma área total de 1000 m2 entre Loja e Oficina, sendo que a superfície de vendas tem aproximadamente 500 m2. Em termos de investimento em Recursos Humanos, a Norauto conta, nesta fase inicial, com a colaboração de 18 pessoas. À semelhança de todos os centros Norauto, a loja de Coimbra oferece uma área de vendas e uma área de serviço de assistência através da oficina. Na loja destacam-se sete grandes Universos de Produtos: Pneus; Trem Rolamento (Travagem, Suspensão); Manutenção (lubrificantes, filtros); Arranque/Motor (Baterias, Velas); Electrónica (Auto-Rádios, GPS, multimédia); Viagem (Malas Tejadilho, Reboques, Porta Bicicletas) e Conforto (Tapetes, Capas, Esteiras).
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OFICINA MÊS - Limite Total
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Jornal das Oficinas Fevereiro 2007
Limite Total
O serviço fala
por si
Localizada na Zona Industrial da Maia, a Limite Total é uma oficina que possui uma forte especialização nas áreas da chapa e pintura auto, que está fortemente cotada no sector dos automóveis clássicos.
J
orge Silva é um jovem gestor e empreendedor que, como independente no sempre competitivo sector automóvel, montou uma oficina que se dedica a diversas áreas da reparação e manutenção auto. Apesar de jovem já possui uma larga experiência como profissional da repintura auto, estabelecendo-se inicialmente por conta própria, para mais recentemente fundar a Limite Total, Comércio e Reparações Automóveis Multimarca, Lda, uma oficina independente especializada em chapa, pintura e mecânica. As novas instalações onde se encontra a Limite Total e o aumento regular do número de empregados (actualmente são 11), são a prova de que o negócio tem vindo a crescer, trabalhando hoje com alguns concessionários mas também com o Auto Museu da Maia. “Os carros clássicos, mais concretamente ao nível do restauro, exigem um gosto muito especial por aquilo que se faz nesta área da chapa e pintura”, assegura Jorge Silva, gerente da Limite Total, reconhecendo porém que o seu mercado principal são os automóveis actuais, trabalhando muito para outras empresas e não tanto para o cliente particular, “embora este ano me vá dedicar um pouco mais ao cliente individual”. Em termos de equipamentos, nomeadamente nas áreas de chapa e pintura, a Limite Total apostou nas marcas Blowtherm e Car-o-Liner, pois “são equipamentos que me dão garantias de que o serviço é bem feito e com os quais já trabalho há muitos anos”, refere Jorge Silva. Para 2007 está prevista a aquisição de mais equipamentos, nomeadamente um novo banco de carroçaria Car-o-Liner, o que levará a empresa a apostar também em mais recursos humanos. Quanto a tintas e consumíveis para a repintura, o fornecimento é feito essencialmente pela Sotinar, “acima de pela qualidade dos produtos Max Meyer”.
A incorporação de peças, nomeadamente na área da chapa, é normalmente feita com recurso às marcas embora a Limite Total também recorra ao mercado independente. “Neste momento a origem está a praticar preços muito concorrenciais, não só na chapa mas também nas peças”, assegura Jorge Silva. Para além da chapa e pintura, na Limite Total também se tem vindo a apostar na mecânica, nomeadamente nos tradicionalmente chamados serviços rápidos, não por opção mas porque “actualmente quase ninguém repara motores ou caixa de velocidades, apesar de estarmos preparados para isso. Por isso temos feito muitos serviços de mudança de travões, lubrificantes, etc” afirma Jorge Silva, adiantando que “estamos preparados para fazer serviços rápidos em todas as áreas que trabalhamos nesta
Organização Limite Total Com uma área superior a 1.500 m2, a Limite Total dispõe de instalações simples e funcionais, mas com equipamentos que os seus responsáveis consideram serem os ideais para prestarem um serviço de qualidade. Na Limite Total são também desenvolvidos serviços de mecânica
Em 2007, esta oficina pretende vir a trabalhar mais com o cliente particular
Recepção Zona de entrada na oficina para recepção e atendimento aos clientes Zona de mecânica Existem dois elevadores para desenvolver todos os serviços relacionados com mecânica auto Zona de chaparia Neste espaço, onde vai surgiu uma nova box, encontra-se um banco de carroçaria Zona de pintura Ocupando o maior espaço na oficina, nesta zona existe uma cabina de pintura e duas zonas de preparação Zona de lavagem Serve essencialmente para preparar os carros para entregar aos clientes Armazém Zona onde se guardam alguns dos carros acidentados bem como algum material
Limite Total
Muito forte na área da chapa e pintura, a Limite Total trabalha com clientes muito exigentes, como é o mercado dos veículos clássicos
Sede: Zona Industrial Maia I, Sector III Rua Fortunato Silvério, 99 4470 – 392 Gemunde Gerente Jorge Silva Telefone: 229 428 478 Fax: n.d. E-mail: n.d. Internet n.d.
A formação técnica dos mecânicos e pintores desta oficina tem sido fundamental para a qualidade do serviço
oficina, mas para ter o cliente connosco é preciso apostar noutras coisas, como por exemplo ter veículo de substituição como nós temos”. Numa altura em que a tendência de mercado passa pela associação a uma rede oficinal, Jorge Silva segue um caminho contrário, dizendo que “reconheço que não é fácil ser-se independente, mas penso que quando se tem qualidade naquilo que se faz este será o melhor caminho”. Talvez por isso é que a Limite Total seja reconhecida, segundo Jorge Silva “pela enorme qualidade dos restauros que fazemos, onde somos bastantes gabados. Nunca tivémos uma reclamação ao nível da pintura, mesmo num meio tão exigente como o do restauro de clássicos. Neste tipo de serviços temos que fazer bem sempre à primeira vez, pois de outra forma não temos hipóteses de estar neste mercado”. Para se atingir esta patamar, Jorge Silva considera que “tem sido fundamental a aposta que fazemos na formação dos nossos recursos humanos, pois isso é responsável pela qualidade do serviço que prestamos, trazendo também bom nome à casa”. Outros investimentos estão previstos, nomeadamente na reorganização da própria oficina de modo a torná-la mais funcional.
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EMP - SKF
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Jornal das Oficinas Fevereiro 2007
EMPRESA SKF comemora 100 anos
Do artesanato ao sucesso
global
Fundada em 1907, a SKF comemora este ano o seu centésimo aniversário, estando presente em Portugal há mais de 78 anos, sempre na vanguarda da tecnologia dos rolamentos e apostando na qualificação e profissionalização dos diversos sectores onde opera.
A
SKF foi fundada por um engenheiro sueco chamado Sven Wingquist, que trabalhava numa empresa têxtil, sendo responsável pela manutenção dos equipamentos. As máquinas tinham muitos problemas com os rolamentos, que na altura eram rígidos, incapazes de compensar desalinhamentos existentes nos equipamentos. Além disso, a fábrica onde trabalhava tinha sido edificada num terreno argiloso, com grandes problemas de estabilidade. Sven Wingquist inventou, então, e patenteou um rolamento de esferas autocompensador, cuja produção esteve na origem da SKF (1907). Estando assente numa patente de invenção, a SKF sempre teve uma postura de inovação tecnológica, de desenvolvimento de produtos e de investigação. Ao longo destes 100 anos, rapidamente alcançou a liderança do mercado, tendo mantido uma posição cimeira no lançamento de novos produtos, com soluções integradas, para as mais diversas actividades. Posteriormente a oferta alargou-se a outros produtos e a outras áreas de serviço, numa estratégia sempre defendida na empresa de propor soluções integradas e inovadoras, voltadas para a solução dos problemas dos clientes. Assim sendo, não se estranha que a SKF tenha mantido a liderança do mercado a nível mundial, na Europa e também em Portugal. Efectivamente, quem utiliza os rolamentos precisa que eles funcionem correctamente por longo tempo. No entanto, para que os rolamentos cumpram o tempo de vida para o qual foram criados, são necessários vários outros produtos, serviços e soluções complementares. Foi assim que a SKF alargou a sua actividade para a área da vedação, que está na origem de muitos problemas de rolamentos. Também desenvolveu ferramentas de montagem/desmontagem, equipamentos de monitorização do funcionamento dos rolamentos, serviços de monitorização, etc., porque as estratégias de manutenção foram igualmente evoluindo, caminhando-se hoje, cada vez mais, para uma manutenção preditiva. O rápido crescimento da empresa foi aproveitado para consolidar a organização interna, os princípios e a filosofia da acção, os objectivos da qualidade e da excelência, a missão do serviço e do desenvolvimento. As 83 unidades de produção e as 150 empresas que constituem o grupo SKF não poderiam liderar o mercado e manter a primeira linha da tecnologia, sem uma sólida organização e sem princípios de gestão e de interacção sem falhas. De facto, todas as empresas estão agrupadas em cinco divisões organizativas - Industrial, Automóvel, Eléctrica, de Serviços e Aeroespacial e Aço três divisões – Industrial, Automóvel e Serviços - cada uma das quais se concentra nos seus segmentos de actuação, sem perder de vista a globalidade do mercado. Por seu turno, toda a organização está estruturada em
sete grupos de trabalho - Soluções Jurídicas, Comunicação, Finanças, Cadeia de Fornecimento, TI e Compras, Desenvolvimento Comercial, Qualidade e Recursos Humanos, assim como Desenvolvimento Tecnológico - que envolvem todas e cada uma das empresas. Parceria natural com o automóvel A SKF e o automóvel nasceram e desenvolveram-se ao longo de todo o século 20, com sobejas oportunidades de encontro e de colaboração recíproca, na procura de soluções técnicas mais avançadas e mais satisfatórias. O automóvel não poderia ter evoluído da forma rápida como evoluiu, sem o contributo da indústria dos rolamentos, vital em todos os sectores em que existem movimentos rotativos e veios de transmissão de potência. Embora o problema técnico mais árduo que os automóveis colocam, em termos de fiabilidade e de eficácia, sejam os rolamentos dos cubos de roda, devido à conjugação de cargas axiais e radiais muito variáveis, existem rolamentos um pouco por todo o
“O nosso crescimento será sempre o resultado da oferta de novos produtos, novas soluções integradas e novos serviços, porque correpondem às necessidades emergentes do mercado”, diz o Eng. Moura dos Santos, Director-Geral da SKF Portugal.
lado, dentro de cada veículo: transmissão, embraiagem, direcção, suspensão, motor, alternador, correias, etc.. Para tornar o desafio mais estimulante, a SKF estabeleceu uma parceria com a Ferrari, desde que a escuderia italiana apareceu na cena desportiva (1947), até aos nossos dias. O "laboratório" insubstituível da competição automóvel também contribuiu, assim, para o acumular de experiência e conhecimentos, que fazem parte do grande capital tecnológico da empresa. No entanto, o contributo da SKF para a indústria automóvel, original e aftermarket, não se limita aos rolamentos, uma vez que a marca dispõe de soluções avançadas em várias áreas da tecnologia automóvel, passando pela vedação (motor, transmissão e suspensão), produtos de travagem integrados, sensores de roda (com várias utilizações), sistemas de direcção assistida, componentes de suspensão, sistemas de comando electrónico, etc.. Presença no mercado de substituição O grupo SKF apresenta-se no aftermarket automóvel como uma parceria atractiva e confiável, na medida em que oferece produtos de elevada qualidade e tecnologia original (OEM), assistência e consultoria técnica, formação e completa, total disponibilidade logística, assim como comércio electrónico e outras facilidades proporcionadas pela utilização da sua rede informática. As soluções apresentadas têm a garantia de primeiro equipamento e os kits de reparação/substituição são concebidos para proporcionarem alta produtividade na oficina, com montagens rápidas, precisas e fiáveis, constituindo a alternativa mais económica à compra de um carro novo. Quando no mercado nacional surgem problemas de garantia do produto, é normal que a responsabilidade seja imputável à operação de montagem, tendo os técnicos da marca dificuldade em encontrar falhas do produto. Mesmo assim, nos casos em que tal se justifique, a empresa também saberá assumir as suas responsabilidades, apesar de estar certificada para uma taxa de zero deficiências. Actualmente, a logística a nível europeu é assegurada pelo armazém central da Bélgica, a partir do qual são diariamente expedidos produtos para todos os mercados da Europa. Todos os distribuidores estão ligados online com a SKF, tendo acesso permanente às mais de 20 mil referências disponíveis, com autonomia na realização de encomendas, de acordo com as necessidades do mercado. Qualquer oficina pode inscrever-se no programa da SKF para divulgação de informação técnica e realização de acções de formação, o qual representa uma ajuda muito válida e pertinente para a promoção profissional e para a requalificação da nossa rede de reparação automóvel nacional.
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EMP - Tiramossas
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Jornal das Oficinas Fevereiro 2007
EMPRESA Tira Mossas
Novos negócios Com apenas meio ano de trabalho, a empresa Tira Mossas já não tem “mãos a medir” tal as solicitações de trabalho que têm vindo a aparecer de todo o lado. O nome da empresa é simultaneamente o nome do serviço que desenvolve.
A
técnica de tirar mossas de um automóvel sem danificar a pintura, que tem curiosamente origem nas fábricas de automóveis para retirar as mossas do carros que tinham acabado de sair das linhas de montagem, está fortemente desenvolvida em diversos países como EUA, Brasil, França, Inglaterra, etc. Em Portugal existem algumas empresas a operar neste sector de actividade muito específico, nomeadamente em áreas como os pequenos retoques, a reparação de vidros e de estofos, mas poucas são especificamente destinadas à remoção de mossas em chapa de automóveis sem que seja necessário recorrer à pintura. “Poucas são as pessoas que têm conhecimento deste tipo de serviço, existindo a ideia de que quando se tem uma mossa no carro se tem que recorrer ao bate-chapa e à pintura, o que implica disponibilidade de tempo e custos elevados”, refere Paulo Alves, gerente da empresa, acrescentado que “existem um conjunto de técnicas que permitem tirar as mossas da chapa de um automóvel mantendo a pintura original, com todas as vantagens que lhe estão associadas”. Num curto período de tempo o cliente pode ter o seu problema com a mossa no carro resolvida e com custos significativamente baixos, mas as vantagens do “Tira Mossas” não são apenas estas, já que o negócio a assenta “na possibilidade que temos de nos deslocarmos ao local onde se encontra o carro do cliente, sendo esta a característica principal do negócio”, refere Paulo Alves. Neste momento opera em toda a zona da Grande Lisboa, com dois furgões-oficina, especificamente equipados para esta actividade, não dispondo sequer de instalações físicas.
Oficina Segundo o responsável desta empresa, um dos principais clientes alvo deste tipo de serviço são as oficinas. “Neste caso existe uma relação de parceria com as oficinas, sendo negociadas condições mais atractivas, já que existe um benefício para ambas as partes”, revela Paulo Alves. A relação de parceria com as oficinas pode ainda estender-se à formação de profissionais e equipas, algo que é muito importante no desenvolvimento deste negócio.
Importado do Brasil, o conceito Tira Mossas está muito desenvolvido nesse mercado, estando agora a nascer em força em Portugal
“Uma das diferenças do nosso negócio é a formação técnica que podemos proporcionar a um profissional de uma oficina”, afirma Paulo Alves, acrescentando que para a além da formação fornece também todos os equipamentos e ferramentas necessárias à oficina para o correcto desempenho desta actividade, que “é muito técnica e específica, quase sendo uma arte, exigindo depois um acompanhamento da nossa parte, embora passe a ser um serviço prestado pela oficina”. De qualquer maneira a grande dificuldade de desenvolvimento deste negócio passa pela ausência de profissionais nesta área, daí que nesta fase não se tenha optado pela franchising pois “é fundamental que exista um acompanhamento técnico do serviço, de modo a garantir a qualidade do mesmo, zelando pela empresa e pela continuidade deste negócio”. Para além de ser um serviço de remoção de mossas mantendo a pintura original, de ser um negócio assente numa oficinal móvel que se desloca até ao cliente, existe ainda outra vantagem, como seja “a possibilidade de se fazerem orçamentos on-line, com todas as vantagens associadas a essa situação”, assegura Paulo Alves. Para além da actividade principal, esta empresa desenvolve também outros serviços, como a remoção de riscos na pintura, pequenos retoques e micro pintura bem como polimento com cristalização, uma técnica que devolve o brilho à pintura do automóvel. Contudo, se o “Tira Mossas” serve unicamente para chapa automóvel, a intervenção pode também ser feita ao nível dos plásticos exteriores, como é o caso do
A Tira Mossas pretende trabalhar cada vez mais com o mercado das oficinas, mesmo ao nível da formação do serviço que presta pára-choques, “onde fazemos apenas pequenos retoques. Se o cliente pretender reparar um pára-brisas ou um furo nos estofos de um assento, acabamos por recorrer a parceiros especializados nessas áreas”. Para além das oficinas, a Tira Mossas, desenvolve a sua actividade nos rent-acar, frotas, stand´s de automóveis, cliente particulares e leilões de automóveis, entre outros.
Tira Mossas Sede: Malveira da Serra Responsável Paulo Alves Telefone: 962 607 046 Fax: n.d. E-mail: tiramossas@yahoo.com.br Internet www.tiramossas.com
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PRODUTO - Faher
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Jornal das Oficinas Fevereiro 2007
EMPRESA Mundialub - Faher
Ferramenta de trabalho Para os profissionais do ramo automóvel a Faher não é uma marca desconhecida, sendo pouco aqueles que não reconhecem as qualidades destes produtos, que a Mundialub considera como ferramentas de trabalho.
A
distribuição da marca Faher em Portugal já tem mais de uma década, embora a Mundialub, seu actual distribuidor, exista desde 2003. Para além da distribuição, a Mundialub garante, falando apenas do nosso país, todos os serviços desde que o produto Faher sai da fábrica, passando pelo acompanhamento técnico, formação, vendas, prospecção de mercado, entre outros. No mercado português a organização comercial da Mundialub é “sui generis”, visto que tem o país dividido em 15 zonas comerciais, afectas a 15 distribuidores exclusivos que se encontram no terreno, apoiados por cinco pessoas que são responsáveis pela área técnica, armazém, vendas e promoção comercial / formação nos pontos de venda, neste caso como apoio aos distribuidores. “Os produtos Faher têm uma abrangência e aplicação muito grande e, por isso, a nossa estratégia passa por abordar o mercado segmento a segmento. Nesta altura temos o ramo automóvel coberto a 80%, o que quer dizer que 80% das oficinas conhecem o nosso produto e as suas vantagens”, refere Rui Sousa, Gerente da Mundialub. Neste momento são cerca de 2.000 as oficinas que utilizam quotidianamente produtos Faher, considerando Rui Sousa que “o nosso produto é essencialmente uma ferramenta de trabalho para as oficinas”. Produto A gama de produtos Faher, para o sector automóvel, é muito vasta, podendo os mesmos ter múltiplas aplicações. Os tratamentos anti-fricção são aplicados como prevenção, sendo usados pelos mecânicos como ferramenta de trabalhado. Utilizando os mesmos princípios químicos, a Faher disponibiliza uma gama de produtos para os sistema de injecção e carburação dos motores que, garante Rui Sousa, “não existe no mercado nenhum produto com esta formulação, pois para além de limpar, também lubrifica e trata as peças. O Faher não é um aditivo é um tratamento anti-fricção”. Outra grande vantagem dos produtos Faher, na opinião de Rui Sousa, é que os produtos de tratamento anti-fricção, permitem “a sua utilização com qualquer tipo de lubrificante que seja utilizado no motor do automóvel variando apenas as percentagens de utilização face ao tipo de óleo usado”. Actualmente a gama de produtos Faher é composta por 27 referências, tendo vindo a ser introduzidos no mercado, nos últimos anos, quatro a cinco novas referências por ano. “O Faher pode ser usado em todo o tipo de máquinas que utilizem massa consistente, óleo de hidráulicos ou óleos lubrificantes, podendo ser aplicado não só nos automóveis como em qualquer equipamento das próprias oficinas”, assegura Rui Sousa.
A presença em feiras do sector faz parte da implementação da Faher em Portugal
A Faher está muito bem posicionada no mercado oficinal
Protocolo com Universidade de Coimbra
Rui Sousa tem sido um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento dos produtos Faher no mercado português
Para o automóvel e para a oficina Com 27 referências, a Faher disponibiliza produtos tecnologicamente desenvolvidos que permitem fazer os mais diversos tratamentos anti-fricção no automóvel. Para os sistemas de injecção e carburação a Faher disponibiliza os EC-EC/M Diesel e IGIG/M Gasolina, que são tratamentos anti-fricção, que permitem reduzir a fricção em 90%, limpando os resíduos de carvão, para além de melhorar a combustão. Depois existem tratamentos anti-fricção que se podem misturar com os óleos, valvulinas e massas que permitem diminuir o desgaste das peças mecânicas. A Faher disponibiliza ainda os seladores de juntas e retentores de motor, bem como os seladores de direcção, que são produtos que permitem regenerar esses componentes e que são compatíveis com óleos, valvulinas e massas. Existe ainda uma linha de produtos para refrigeração, que têm a particularidade de inibir a corrosão, limpar e tapar as fugas nos radiadores. Para ajudar a actividade do mecânico existe ainda uma gama de consumíveis lubrificantes em spray.
Podendo ser usados em automóveis desde os zero quilómetros, um aspecto muito importante na aplicação dos produtos anti-fricção é a periodicidade em que os mesmos são aplicados nos diversos componentes dos automóveis. “Os nossos técnicos recomendam que se faça um tratamento anti-fricção por cada 30 mil qui-
lómetros”, refere Rui Sousa, acrescentando que a situação ideal era que “regularmente fossem tratados os diferenciais, os rolamentos dos cubos da roda, a caixa de velocidades, o motor, o sistema de refrigeração, etc, com estes produtos Faher com ganhos evidentes para a mecânica do automóvel”.
A Mundialub, com a marca Faher, começou a trabalhar com a Universidade de Coimbra, mais concretamente com o Curso de Engenharia Mecânica, em 2004. Já no mês de Janeiro, a Mundialub, juntamente com mais 27 empresas do sector automóvel (Salvador Caetano, Auto Industrial, etc), assinaram um protocolo relativamente ao lançamento de novos cursos técnicos profissionais, essencialmente práticos, leccionados na Universidade de Coimbra. Com a marca e produtos Faher, a Mundialub irá colaborar com a sua experiência na área da tribologia e lubrificação, sendo responsável pela formação nesses sectores.
Mundialub Sede: Rua Manuel Teixeira Gomes, nº6, 1º dt 2790 Carnaxide Gerente Rui Sousa Telefone: 214 183 353 Fax: 219 260 247 E-mail: mundialub@faher.com Internet www.faher.com
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EMP - Provmec
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Jornal das Oficinas Fevereiro 2007
EMPRESA Provmec
Maior dinâmica A Provmec é uma empresa recém constituída pela fusão de duas outras empresas que operavam no mercado dos componentes reconstruídos, surgindo agora com uma nova dinâmica empresarial.
E
mbora Sendo uma empresa jovem, a Provmec possui muita experiência no seu ramo de actividade, uma vez que resulta da fusão de duas empresas (PMB Auto e Recparts) existentes em Portugal há quase 10 anos e dedicadas ao comércio de componentes reconstruídos. Com o objectivo de oferecer ao mercado português uma equipa especializada e experiente, bem como uma maior gama de fornecedores e de produtos, a PMB Auto e a Recparts optaram pela unificação, sendo portanto, desde o passado dia 1 de Fevereiro, uma nova sigla denominada Provmec. Localizada na Terrugem (Sintra), a Provmec é dirigida por dois jovens empresários com larga experiência no mercado de reconstruídos, Michel Reis e Pedro Mascarenhas, que há mais de 8 anos se dedicam à comercialização de componentes reconstruídos em Portugal. Para além dos jovens gestores, a Provmec conta com a colaboração de quatro comerciais e dois técnicos de apoio pós venda.
O negócio principal da Provmec são os componentes reconstruídos, embora também tenha material novo e usado
Embora comercialize produtos novos e usados, a principal fonte de negócio da Provmec são os componentes reconstruídos, para os quais a empresa tem investido bastante na selecção dos principais e mais conceituados fornecedores europeus e na formação do pessoal comercial e técnico. Motores a diesel e a gasolina, blocos armados, cabeças de motor, caixas de velocidades automáticas e manuais, turbos e bombas injectoras fazem parte da gama de produtos reconstruídos e comercializados pela Provmec. A empresa irá dispor dentro em breve de um portal na Internet com informações que visam esclarecer o mercado a respeito dos produtos reconstruídos, uma vez que, não obstante o registo constante e crescente dos números de vendas, “ainda há pouco conhecimento do consumidor da existência e vantagens dos produtos reconstruídos em Portugal”, afirma Michel Reis. Nesta altura a Provmec possui uma carteira superior a 1.000 clientes que consomem os produtos por ela comercializados e, que segundo Pedro Mascarenhas “estão convencidos que o produto reconstruído só traz vantagens aos mecânicos e aos seus clientes”. Face a outras propostas que existem no mercado, nomeadamente de quem comercializa também componentes reconstruídos, o responsável da Provmec asseguram que “temos contratos de fornecimento com as principais e mais conceituadas indústrias europeias de produtos reconstruídos. Por outro lado, possuímos uma enorme experiência de quase 10 anos a vender produtos reconstruídos. Embora possa parecer simples, a correcta identificação do produto, o conhecimento de características técnicas e aplicações são extrema-
mente importantes na ocasião em que se encomenda um produto. Por último, temos uma equipa jovem e motivada, trabalhando com plena consciência da importância que o cliente representa para o negócio e sua expansão”. A distribuição dos produtos da Provmec é feita para todo o país, incluindo as ilhas, como exporta ainda para Angola e Cabo Verde, recorrendo a parceiros logísticos que asseguram com “qualidade e rapidez” todo o serviço de entregas. Tendo em conta que a maior parcela do negócio da Provmec é proveniente da venda de produtos reconstruídos e, em particular, dos motores e caixas de velocidades, Michel Reis considera que “os clientes que, anteriormente, achavam que ganhavam mais em reparar estes componentes, hoje em dia já estão convencidos que o produto reconstruído é mais vanta-
Vantagens dos componentes reconstruídos Motores a diesel e a gasolina, blocos armados, cabeças de motor, caixas de velocidades automáticas e manuais, turbos e bombas injectoras fazem parte da gama de produtos reconstruídos e comercializados pela Provmec. Segundo os responsáveis desta empresa existem nove vantagens para se optar por um produto reconstruído:
Para além dos motores a Provmec disponibiliza também outros componentes como turbos, caixas de velocidades, etc
1 - O produto reconstruído é, em média, 30% mais barato do que o novo; 2 - A garantia do produto, assegurada pela indústria reconstrutora, é idêntica aos produtos novos (no caso de motores são 2 anos sem limite de quilometragem); 3 - Os produtos são reconstruídos pelas principais indústrias europeias, que fornecem, inclusive, às marcas originais; 4 - O processo de reconstrução é baseado nos mais rigorosos padrões das marcas fabricantes do produto novo, bem como o material utilizado é o mesmo de origem; 5 - Todo material produzido passa por exaustivos testes antes de ser enviado ao cliente; 6 - O mecânico não fica com o veículo do cliente a ocupar espaço na oficina à espera de peças nem de serviços de reparação, uma vez que os produtos são disponibilizados em prazos muito curtos; 7 - A garantia é assumida a 100% pela Provmec , retirando do mecânico essa responsabilidade; 8 - A Provmec disponibiliza pessoal técnico treinado e especializado para auxiliar o mecânico no pós-venda e intervenções em garantia; 9 - Por ser reconstruído, o produto velho deve ser devolvido ao fornecedor, o que representa uma mais valia para o proprietário bem como assegura cuidados especiais com o meio-ambiente, uma vez que o produto velho será reciclado.
joso sobre todos os aspectos e que podem dedicar o seu tempo e esforço naquilo que lhes pode dar maior rentabilidade com menor investimento”. A fim de obter dos fornecedores os melhores preços, a Provmec compra a quase totalidade dos produtos que comercializa a pronto pagamento. Desta forma, afirma Pedro Mascarenhas “os descontos que obtém são quase, integralmente, repassados aos clientes que os adquire por preços muito inferiores aos praticados pelas origem ou agentes do mercado”. Embora a Provmec mantenha em stock alguns produtos, o desenvolvimento das empresas de logística e a excelente relação que mantém com os fornecedores, permitem que “o tempo de entrega da mercadoria seja, em média, inferior ao despendido na reparação ou rectificação do produto em Portugal”, conclui Michel Reis.
Provmec Sede: Estrada do Alcolombal ZI – Armz 2 - Terrugem 2708 – 833 Sintra Gerentes Nuno Pinto De Sousa Telefone: 219 608 320 Fax: 219 608 328 E-mail: geral@recpartspt.com Internet -
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EMP - Fiat peças
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EMPRESA Fiat Auto Portuguesa
Mais notoriedade nas peças Para além de ter a responsabilidade de abastecer os concessionários da Fiat, Alfa Romeo e Lancia, a Fiat Auto Portuguesa, juntamente com as “suas” concessões tem vindo a trabalhar com as oficinas independentes, lançando mesmo interessantes iniciativas ao nível das peças.
Clube privilégio
O
mercado das peças está mais aberto do que nunca. A Fiat Auto Portuguesa, representante das marcas Fiat, Alfa Romeo e Lancia, tem vindo a desenvolver, há mais de uma década, este negócio junto de todo os aplicadores finais, onde os independentes já representam 40% do negócio. Não é por acaso que, dentro do negócio pós-venda a área das peças e dos acessórios é uma área distinta da parte técnica, tendo o seu próprio desenvolvimento de marketing, comercial e logístico. “O negócio das peças é de facto muito importante sobre o qual existe uma grande aposta da Fiat Auto Portuguesa, como da própria Fiat Auto, que neste momento também reestruturou esta actividade no sentido da especialização”, refere Sara Bravo, Directora de Peças e Acessórios da Fiat Auto Portuguesa. Um dos objectivos da Fiat passa por criar uma grande notoriedade da marca como fornecedor de peças, pelo que este produto passou a ser trabalhado de uma forma mais profissional e detalhada, onde “tentamos perceber quais são as peças mais importantes e nucleares no negócio global de peças e investir muito na sua comercialização, daí que tenham surgido campanhas muito direccionadas ao produto em si e não à vasta gama de peças que temos”, afirma a mesma responsável. Para trabalhar as peças Fiat, Alfa Romeo e Lancia, a marca associou a distribuição das peças ao serviço pós-venda, sendo os “concessionários” o canal de venda de peças para o mercado independente, pelo que a Fiat Auto Portuguesa tem apenas uma equipa comercial de três pessoas que trabalha com as respectivas concessões.
Apesar das recentes alterações no regulamento da distribuição automóvel, o certo é que o trabalho de desenvolvimento comercial da venda de peças aos revendedores e aplicadores finais, já tem muitos anos na marca, “estando a nossa rede muito bem preparada para fazer a venda de peças às oficinas independentes”, assegura Sara Bravo, adiantando que “já em 1994 a Fiat Auto Portuguesa lançou o “Clube Privilégio” dirigido a oficinas independentes e a revendedores de peças, que conta actualmente com 3.500 membros, tendo sido recentemente renovado. Esta foi uma das formas que a Fiat Auto Portuguesa encontrou de fidelizar os seus clientes profissionais, que compram peças Fiat, Lancia e Alfa Romeo na nossa rede de concessionários”. A Fiat Auto tem um armazém ibérico, localizado geograficamente em Madrid, que funciona como armazém central que abastece os concessionários em Portugal, através de dois tipos de encomendas: urgentes e “dailystock”. “Neste aspecto houve alterações face ao que fazíamos no passado. As encomendas para stock eram entregues semanalmente, mas agora passaram a ser entregues até 48 horas depois do seu pedido, evitando que os concessionários tenham grandes stocks”, esclarece Sara Bravo. Relativamente ao factor preço, sempre em voga quando se aborda o tema peças, Sara Bravo afirma que “é necessário acabar com o preconceito de que a peça de marca é mais cara e, por isso, a única forma de o combater é falar cada vez mais de preço, pois o que interessa é o que o aplicador final paga independentemente do desconto ser 20 ou 40%”.
A Fiat vai continuar a apostar em comunicação e na motivação das equipas de vendedores dos concessionários que diariamente visitam as oficinas. “Sabemos que temos bons preços, mas a boa capacidade de resposta, o bom serviço e o facto de conseguirmos ser um fornecedor global são aspectos que assumem cada vez mais importância neste negócio e que fazem claramente a diferença”, conclui Sara Bravo.
Fiat Auto Portuguesa Sede: Av. José Gomes Ferreira, nº15 Edifício Atlas IV – Miraflores 1495-139 Algés Responsável Sara Bravo Telefone: 214125 400 Fax: 214 125 506 E-mail: sara.bravo@fiat.com Internet www.fiat.pt
A Fiat pretende especializar cada vez mais o negócio das peças de marca
O Clube Privilégio nasceu em Dezembro de 1994 e nos últimos dois anos foi alvo de uma alteração do seu conceito, pois o objectivo, segundo Sara Bravo, “passa pelo alargamento do mesmo, pois queremos chegar ainda mais longe, daí que o seu relançamento em força tenha acontecido no início de 2007”. Dirigido às oficinas independentes e aos revendedores de peças e acessórios, o Clube Privilégio permite-lhes obter mais vantagens e oportunidades na aquisição de peças de acessórios ao longo de um ano. Para além disso, os independentes terão ainda o privilégio de beneficiar de campanhas exclusivas às quais de outra forma não teriam acesso. Ao Clube Privilégio poderão aderir todos os clientes que adquiram um determinado volume mensal de peças e acessórios num concessionário Fiat, Lancia e Alfa Romeo, e que depois poderão ser propostos pelo concessionário para aderirem a esse clube. “O novo programa + Vantagens, que foi lançado em Janeiro, traduz-se em pontos, por via da aquisição de peças originais na rede de concessionários Fiat, Lancia e Alfa Romeo, que os independentes poderão trocar por prémios ou por mais descontos”, refere Sara Bravo, adiantando que “a lógica de funcionamento deste clube é muito idêntica à dos cartões de pontos das gasolineiras”. Refira-se que neste momento fazem parte do Clube Privilégio cerca de 3.500 aderentes, dos quais 20% são revendedores de peças enquanto os restantes 80% são oficinas independentes, que na sua totalidade representam 40% do negócio de venda de peças da Fiat Auto Portuguesa.
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MP Zaragoza - Passo a passo
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Colaboração:
MECÂNICA PRÁTICA
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO REP DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL, S. A.
REPARAÇÃO PASSO A PASSO
Reparação de plásticos compostos 1º PASSO IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL Quando um plástico composto se quebra, os fios da fibra de vidro ficam facilmente visíveis, comprovando-se assim a natureza do material.
2º PASSO - PREPARAÇÃO DE FERRAMENTAS/PRODUTOS Para realizar este tipo de reparação têm que se reunir várias ferramentas e equipamentos de protecção (pincéis, espátulas, lixadora roto orbital com aspiração, berbequim com broca, jogo de lixas, luvas de vinil, máscara e óculos de protecção.
3º PASSO DELIMITAÇÃO DO DANO Para impedir a propagação do dano, perfura-se a extremidade das fissuras com uma broca para metais.
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO REP DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL, S. A.
São chamados plásticos compostos os que incorporam cargas de reforço, as quais aumentam consideravelmente a sua resistência mecânica. A carga mais utilizada nos plásticos compostos é a fibra de vidro, material que é igualmente utilizado na sua reparação, devidamente misturado com resina de poliéster, composição que confere elevada rigidez às peças reparadas.
8º PASSO APLICAÇÃO ALTERNADA Começando pela resina, aplicam-se camadas alternadas de cola e tela de fibra de vidro na zona danificada, terminando novamente com uma camada de resina, para garantir a máxima resistência da reparação.
4º PASSO LIXAGEM SUPERFICIAL A zona danificada tem que ser lixada com abrasivo de grão mediano/fino, para regularizar a superfície e preparar as condições de aderência da resina.
6º PASSO LIMPEZA COM DISSOLVENTE A zona de aplicação da resina de poliéster tem que ser limpa com dissolvente, a fim de garantir a máxima aderência do produto. Não utilizar dissolventes que possam atacar o plástico.
9º PASSO - REGULARIZAÇÃO DA ZONA REPARADA Realiza-se uma lixagem preliminar, a fim de eliminar saliências de materiais aplicados, limpando-se novamente a superfície a aplicando a massa de acabamento.
5º PASSO PREPARAÇÃO DO REFORÇO A fibra de vidro existe no mercado a granel ou em telas pré-fabricadas. A opção por uma das formas de reforço depende do dano, tendo sido escolhida a tela neste caso. A tela de fibra de vidro tem que ser cortada de acordo com as dimensões do dano, utilizando uma tesoura.
7º PASSO - PREPARAÇÃO DA RESINA DE POLIÉSTER A resina tem que ser preparada num recipiente adequado, de acordo com as instruções do fabricante do produto.
10º PASSO ACABAMENTO FINAL Depois da secagem da massa de acabamento, lixa-se toda a zona reparada, para obter uma superfície regular e lisa.
Centro Zaragoza Carretera Nacional, 232, Km 273 50690 Pedrola (Zaragoza) Espanha
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e-mail: czinf@centro-zaragoza.com Internet: www.centro-zaragoza.com
CURSOS DE FORMAÇÃO - MARÇO 2007 CURSOS Reconstrução de acidentes de viação Processos de soldadura na reparação de veículos Pequenas reparações de chapa com sistema de varetas Controlo de custos da oficina de pintura Avaliação pericial de acidentes de camiões Técnicas de reconstrução de acidentes rodoviários Avaliação pericial em motociclos sinistrados Processos de preparação de pintura Técnicas de aerografia Circuitos e sistemas eléctricos e electrónicos do automóvel Reconstrução de acidentes com danos corporais Detecção de fraude Informação pericial para acidentes com danos materiais Identificação de mudança de carroçaria
DATAS 1 e 2 de Março 2007 1 e 2 de Março 2007 1 e 2 de Março 2007 7 a 9 de Março 2007 12 a 14 de Março 2007 13 a 16 de Março 2007 15 e 16 de Março 2007 20 a 23 de Março 2007 26 a 30 de Março 2007 26 e 27 de Março 2007 27 e 28 de Março 2007 29 de Março 2007 29 de Março 2007 30 de Março 2007
DURAÇÃO 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 3 dias (16 horas) 3 dias (16 horas) 4 dias (22 horas) 2 dias (10 horas) 4 dias (22 horas) 5 dias (28 horas) 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 1 dia (6 horas) 1 dia (6 horas) 1 dia (4 horas)
PREÇO 596 Euros (+ IVA) 576 Euros (+ IVA) 590 Euros (+ IVA) 994 Euros (+ IVA) 802 Euros (+ IVA) 1.112 Euros (+ IVA) 702 Euros (+ IVA) 1.054 Euros (+ IVA) 1.158 Euros (+ IVA) 500 Euros (+ IVA) 816 Euros (+ IVA) 318 Euros (+ IVA) 564 Euros (+ IVA) 288 Euros (+ IVA)
MP Zaragoza - Rep Carroçarias
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MECÂNICA PRÁTICA
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INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO REP DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL, S. A.
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Trabalhar com qualidade para fidelizar clientes
Qualidade na reparação de carroçarias Como qualquer outra empresa, a oficina de carroçaria/repintura tem que trabalhar com qualidade, para ser competitiva no seu ramo e para garantir a sobrevivência do seu projecto no mercado.
O
aumento do consumo e a ascensão exponencial da procura desencadeou uma concorrência implacável nos mercados, tornando apenas válidos os produtos garantidos e com qualidade comprovada. A consequência prática mais evidente desse fenómeno é a qualificação profissional e o acesso às novas tecnologias, sem as quais a qualidade do produto não pode ser alcançada. No quadro da actividade de reparação de carroçarias e repintura automóvel, a qualidade é induzida pelo próprio produto a reparar - o veículo -, pelos equipamentos e tecnologias utilizados e pelo grau de exigência das novas gerações de consumidores, mais conscientes dos seus direitos e mais bem informadas sobre os padrões qualitativos de bens e serviços. Gestão qualificada Para uma oficina de carroçaria trabalhar com qualidade, tem que estar na vanguarda dos métodos de gestão internos, manter-se actualizada sobre a tecnologia dos veículos e dos modernos equipamentos de reparação, assim como estar a par da necessidade de ter uma atitude mais positiva e civilizada em relação ao cliente, sem a qual não há fidelização possível. Havendo ferramentas adequadas e conhecimentos sólidos e actualizados sobre a reparação de carroçarias, só falta a vontade de trabalhar correctamente, para se obter um serviço de qualidade. A vontade de trabalhar correctamente, por seu turno, exige procedimentos metódicos, disciplina e organização. Não pode haver uma boa reparação, sem uma avaliação criteriosa dos danos a reparar, sem a selecção cuidada dos métodos de reparação e sem um orçamento completo e rigoroso. Ao realizar o orçamento, a oficina já sabe o que necessita para levar a cabo o mais rapidamente possível a obra, não havendo desculpa para que haja atrasos por falta de materiais ou peças. Hoje em dia, existem programas informáticos que analisam os stocks, em função do orçamento/ordem de reparação, encomendando directamente ao fornecedor tudo o que eventualmente seja necessário. Estando garantidos os dois pontos anteriores, avaliação de danos e avaliação de meios, só falta seguir os melhores procedimentos de trabalho, para alcançar um serviço de qualidade. Factores gerais de qualidade As coisas não acontecem por acaso, muito menos a qualidade. Para obter os melhores resultados, indicamos a seguir os principais pontos a acautelar: - O lote de ferramentas deve ser completo e estar em bom estado de conservação, para se poder escolher a ferramenta mais adequada à reparação. - É indispensável utilizar produtos específicos para cada processo de reparação. A mesma cola não dará óptimos resultados ao colar vidro, borracha, plásticos, chapas, etc. Além disso, é absolutamente recomendável seguir as instruções do fabricante do produto (percentagens da mistura, tempos de aplicação e de secagem,
etc.), verificando-se antecipadamente o prazo de validade do mesmo. Tudo o que estiver fora de prazo deve ser encaminhado obrigatoriamente para a reciclagem, com aviso à gestão de stock. - Todas as peças, incluindo as novas, devem ajustar-se perfeitamente entre si e ocupar exactamente o local original (depois de montadas na carroçaria). Devem igualmente estar em perfeito estado, antes de serem montadas. - Sempre que houver disponível um Manual de Reparação da viatura em questão (ver nas páginas web dos construtores), as instruções da marca devem ser escrupulosamente seguidas. - Só pode ser considerada uma reparação válida a que restituir a estética original ao veículo, mantendo as propriedades anticorrosivas das chapas e a sua durabilidade, sem diminuir o nível de segurança estrutural. - A qualidade da reparação só pode ser validada depois de uma meticulosa inspecção visual e táctil, em todas as direcções, para comprovar a conformidade dos resultados. Conformação manual das chapas O trabalho de bate-chapa continua a ser uma parte essencial da reparação de danos nas peças de chapa, mas é necessário respeitar alguns procedimentos adequados, como se refere a seguir: - Para se obter uma boa conformação é necessário alternar uma série de pancadas com o martelo e a cunha de ferro, com uma passagem com lima fina, para se detectarem as pequenas deformações que vão aparecendo na chapa. - Nunca se deve cair na tentação de usar a lima de desbaste para regularizar a superfície da chapa, pois isso enfraquece a chapa e dará origem a novas deformações, devidas simplesmente a vibrações mais fortes da estrutura. É essencial conservar todo o material da chapa, para manter a qualidade original da carroçaria. - A regularização da superfície da chapa deve começar da zona envolvente que está em bom estado, para a zona deformada. Se começarmos ao contrário, é fácil chegar a um ponto em que já não há
conformação possível, devido ao estiramento do material. - Os martelos, cunhas de ferro e outras ferramentas de apoio da chapa devem ter formas apropriadas à curvatura da peça que se está a reparar, a fim de se conseguir um resultado de qualidade. Soldadura de qualidade Apesar da evolução das técnicas de soldadura, é fácil que o trabalho fique imperfeito, se não forem tomadas as devidas precauções, como se refere de seguida: - As extremidades das peças a unir têm que apresentar as dimensões exactas, de forma a que após a soldadura a peça reparada esteja dentro das tolerâncias dimensionais. As linhas de corte têm que ser direitas, devendo escolher-se o local apropriado para efectuar o risco de corte. - Para efectuar a soldadura, a chapa tem que estar completamente livre de revestimentos (tintas, massas, cataforese, etc.). A zona de união deve ser lixada, numa faixa tão estreita quanto possível, apenas o suficiente para efectuar a soldadura correctamente. - Antes de aplicar o cordão de soldadura as chapas a unir devem estar completamente limpas de todo o tipo de sujidades (poeiras, óleo, massas lubrificantes, etc.), que possam prejudicar a aderência do material aplicado. - Antes iniciar a operação, é necessário verificar se todos os parâmetros do aparelho de soldar (intensidade, tensão, diâmetro do eléctrodo, gás de protecção, material do fio de solda, etc.) estão correctos. - Os tapetes, plásticos, vidros e outras partes sensíveis do veículo devem ser protegidos com materiais resistentes ao fogo, para o caso de saltarem chispas de partículas incandescentes, ao efectuar a soldadura. - Soldadura por pontos - A zona de contacto das chapas não pode apresentar deformações ou intervalos. Se for necessário, as chapas têm que ser alisadas, antes de aplicar a soldadura. - A face interior das chapas a unir deve estar revestida com um primário anticorrosivo e com condutibilidade eléctrica, para proteger a união da oxidação.
- Quando as chapas têm espessuras diferentes, a máquina de soldar é regulada pela chapa mais fina. - Os eléctrodos têm que ficar alinhados e a formar um ângulo recto (90º) com as superfícies a unir, a fim de não enfraquecer a intensidade da corrente aplicada. Por outro lado, as pontas dos eléctrodos têm que estar limpas, sem deformações e devem apresentar o diâmetro especificado. Quando os eléctrodos aquecem demasiadamente têm que ser arrefecidos correctamente, sendo apoiado na chapa o eléctrodo fixo e aproximando-se da união o eléctrodo móvel. - Soldadura Mig/Mag - O material do arame consumível deve ser da mesma natureza dos materiais a ligar. - No local onde se efectua a soldadura não pode haver correntes de ar que possam desviar o gás de protecção da zona de fusão do cordão de soldadura. - A boquilha do manípulo de soldar não deve apresentar restos de materiais colados e deve-se verificar se o arame passa normalmente através do orifício de alimentação - Reparações parciais - Havendo o Manual de Reparação do veículo, devem ser seguidas as indicações respeitantes às linhas de corte. De qualquer modo, existem normas gerais para traçar as linhas de corte de peças: 1) Os cortes devem ser tão curtos quanto possível; 2) Não devem coincidir com perfis e zonas de reforço da chapa; 3) Mantém-se a parte da estrutura que conforma a peça. Trabalhos no banco de carroçaria Quando existem deformações estruturais, as peças têm que ser corrigidas com o auxílio do banco de reparação, que mantém a carroçaria alinhada, enquanto os dispositivos de tracção fornecem a energia necessária para realizar a conformação. Há, no entanto, que respeitar algumas precauções, que se referem abaixo: - É necessário planificar a operação, antes de accionar o aparelho de tracção, pois a energia tem que ser aplicada no sentido oposto à que provocou a deformação. Qualquer outra abordagem é susceptível de provocar outras distorções da estrutura. Por outro lado, a energia de tracção tem que ser aplicada de forma progressiva e gradual, de modo a poder controlar a cada momento o evoluir da operação. - Não se podem desmontar peças nem cortar elementos directamente relacionados com a deformação, antes de efectuar a conformação da estrutura, do mesmo modo que não se aplica calor na peças, com a intenção de " facilitar " a conformação. - A conformação da estrutura tem que preceder sempre a reparação ou substituição de peças danificadas. - Depois de efectuar a reparação, é indispensável verificar a conformidade dos pontos de controlo da carroçaria.
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CONHECER Sistema Common-rail (II PARTE)
Componentes do sistema Common-rail Este sistema é constituído por inúmeros componentes de elevada tecnologia, geridos por uma unidade de controlo que tem por missão gerir a informação recebida dos sensores espalhados por todo o motor, comparando-a com a informação armazenada na sua memória. Injectores de comando electrónico Os injectores são uma peça fundamental para o elevado rendimento e economia dos motores "common-rail", possuindo uma electroválvula na parte superior, que recebe os sinais da central electrónica de gestão do motor, através de um cabo eléctrico. Recebendo o gasóleo a alta pressão e elevada temperatura, com boas condições de inflamação, a função do injector é pulverizar o combustível no timing exacto, de acordo com o mapa cartográfico armazenado na memória do processador. O tempo de resposta do injector é muito rápido, especialmente a recente geração de injectores de tecnologia piezo eléctrica. O fluxo de combustível, no entanto, opera-se com um ligeiro atraso, tanto ao abrir, como ao fechar, devido à especificidade de funcionamento da parte mecânica do injector, mas a unidade de controlo leva em consideração esse facto. Na fase de pré-injecção, que se destina a gerar as melhores condições de inflamação do combustível na fase de injecção propriamente dita, é apenas injectada uma pequena porção de gasóleo. O combustível está em equilíbrio no interior do injector, a alta pressão, devido à existência de dois estranguladores, de saída e de retorno, que só abrem quando a electroválvula se activa. No bico do injector existe uma agulha com mola, que se retrai, devido à pressão instantânea gerada na electroválvula, deixando sair o gasóleo por 5 ou 6 finos orifícios que existem na ponta do injector. Funções da unidade de controlo O processador tem por missão gerir a informação recebida dos sensores espalhados por todo o motor, comparando-a com a informação armazenada na sua memória. Em fracções de segundo, a resposta sai por uma das suas inúmeras portas, para comandar um dos vários actuadores que controlam as diversas funções vitais para o funcionamento do motor. Eis as principais funções controladas pela unidade de gestão electrónica: - Calcular a quantidade de combustível para cada sequência de injecções, em cada cilindro: - Comandar a ordem e o momento da injecção (avanço/atraso); - Comandar a activação/desactivação da vela de incandescência, quer seja antes da ignição, quer após a ignição; - Controlo da pressão do turbo; - Controlo do sistema de recirculação de gases de escape; - Controlo da pressão e temperatura do gasóleo; - Activar/desactivar o 3º cilindro da bomba de alta pressão. Para além destas funções, a unidade de controlo do motor tem ainda a seu cargo as seguintes: - Activar/desactivar a bomba de alimentação de gasóleo; - Enriquecer a mistura no arranque;
FIGURA 1 Cabo de accionamento
Mola de oposição Potenciómetro
Ficha
- Afinação do ralenti; - Corte da injecção, quando o veículo está em desaceleração; - Limite máximo de rotações; o sistema reduz a potência a 5.000 rpm e desliga os injectores e a bomba primária, a partir das 5.400 rpm; - Adaptar a injecção, para o conforto da condução; - Controlo da temperatura do motor; - Controlo do sistema de aquecimento suplementar, nos climas frios, o sistema de refrigeração tem duas resistências INJECTOR Válvula de retorno Mola
Ligação eléctrica Bobina
Válvula de comando
Obturador
Entrada de combustível
Orifício de descarga
Câmara de controlo
Agulha do injector
Mola do Injector Volume de alimentação Saída do combustível Os injectores são uma peça fundamental para o elevado rendimento e economia dos motores "common-rail"
eléctricas, que são activadas, para que o motor possa atingir rapidamente a temperatura normal de funcionamento; - Diagnóstico de avarias nos componentes do sistema; - Funções de emergência. Para levar a cabo todas estas tarefas, o processador está constantemente a receber informações de vários sensores, entre os quais citaremos: - Potenciómetro do acelerador; - Sensor da rotação e posição da cambota; - Sensor de fase da árvore de cames; - Medidor da massa e temperatura do ar de admissão; - Sensor da temperatura do motor; - Sensor da temperatura do combustível; - Sensor da pressão do combustível; - Comutador do pedal de travão; - Comutador do pedal de embraiagem; - Sensor de pressão atmosférica; - Sensor da pressão de admissão (nos motores turbocomprimidos). FUNCIONAMENTO DOS SENSORES Potenciómetro (Fig. 1) Este dispositivo, na realidade, substitui o cabo do acelerador. Todas as funções inerentes ao sistema mecânico de aceleração são substituídos pela gestão electrónica do motor, a qual calcula os valores da mistura, o ralenti, etc. Pelo curso do pedal do acelerador e pela rapidez de accionamento deste, a unidade de gestão electrónica selecciona uma resposta inteligente, para cada situação. Mesmo que o condutor acelere a fundo a subir uma rampa íngreme ou em 5ª a 40 km/h, o motor responde com a mistura optimizada, para obter o máximo de potência, com o menor consumo possível e com o menor índice de emissões de escape. Na verdade, é comum o sistema "commonrail" ter dois potenciómetros, para a eventualidade do componente efectivo avariar.
Mesmo assim, se falharem os dois, o controlo da injecção adopta uma solução de emergência, que consiste em garantir um regime de 1.300 rpm constante, o que permite ao condutor alcançar um ponto de assistência. FIGURA 2
Sensor da cambota
Sensor da cambota (Fig. 2) Este sensor destina-se a avaliar o regime do motor e está também ligado ao tacómetro do painel de instrumentos. Além desta função, o sensor da cambota também avalia a posição de comando desta, porque a captação de dados é efectuada de uma roda dentada de 60 dentes, na qual faltam dois dentes seguidos. Num motor de 4 cilindros, o 1º e o 4º cilindro estão com o êmbolo 114º antes do PMS (ponto morto superior), quando a falha de 2 dentes passa pelo sensor indutivo. Através deste sensor, não é possível saber qual o cilindro está em compressão e qual o que está em escape, mas a unidade de comando da injecção sabe isso, por intermédio do sensor de fase da distribuição, instalado na árvore de cames. Este último sensor, também serve, em última análise, para calcular o regime do motor, caso o primeiro sofra uma avaria. Sensor de fase da distribuição (Fig. 3) Como já vimos, o sensor de cambota não serve para detectar a fase em que cada cilindro se encontra, mas apenas indica a posição dos êmbolos. O sensor de fase, instalado na extremidade da árvore de cames, está encarregado de detectar a
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CONHECER FIGURA 3
FIGURA 5
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FIGURA 8 Retorno à bomba Bobina
Mola de pressão fase de cada cilindro, para que a unidade de controlo de injecção possa determinar o momento de activar os injectores. Isso é possível porque um dos elementos do sensor é um disco perfurado, com uma abertura que coincide com o captador magnético, a cada 2 voltas do veio de cames (4 da cambota). Quando se verifica essa coincidência, o êmbolo do cilindro nº1 está a 58º antes do PMS. Este sensor baseia-se no princípio Hall, que também é utilizado em alguns sistemas de ignição electrónica. O captador de sinal está sujeito a um campo magnético de um íman permanente, do qual fica separado pelo referido disco isolante perfurado. Quando a abertura do disco coincide com o captador, o campo magnético do íman gera uma tensão, que é transformada em sinal, para a unidade de gestão do motor. FIGURA 4 Ligação eléctrica
Circuito electrónico
Elemento de medição Fluxo e contrafluxo do ar aspirado
Caudalímetro (Fig. 4) Este dispositivo destina-se a medir ou volume ou massa de ar de admissão e respectiva temperatura. O sensor é essencialmente uma resistência de aquecimento, mantida a uma tensão constante (5V), junto da qual está uma segunda resistência de tensão variável. Como a tensão desta segunda resistência varia em função do calor que recebe da primeira, o sinal enviado à unidade de gestão do motor informa a massa de ar admitida, pela diferença de temperatura entre as duas resistências. Se entrar mais ar, a uma temperatura baixa, a diferença de temperaturas das resistências será maior. Pelo contrário, se entrar uma pequena massa de ar a uma temperatura mais elevada, a diferença será pequena. O medidor de temperatura também é uma resistência do tipo NTC, cujo valor de resistência é inversamente proporcional à temperatura (> temperatura, < resistência). Sensor de temperatura motor (Fig. 5) Este sensor também é constituído por uma resistência variável do tipo NTC, cuja resistência varia na razão inversa da temperatura. Geralmente, este sensor está situado na saída do líquido de refrigeração do bloco para o radiador, ponto em que atinge a temperatura máxima. Em caso de avaria deste sensor, a unidade de gestão da injec-
Combustível a alta pressão ção adopta um valor de referência fixo, que não perturba o funcionamento do motor em si. O inconveniente desta situação é que as velas de incandescência ficam activadas durante o período máximo, o que pode levar à sua inutilização, se a avaria não for rapidamente sanada.
Actuador
Retorno
FIGURA 6
FIGURA 7 Sensor de temperatura
Sensor de pressão
Sensor da temperatura gasóleo (Fig. 6) Tal como o sensor de pressão do gasóleo, este sensor, que também é uma resistência NTC variável, está montado no colector comum de alimentação dos injectores. A importância deste sensor reside no facto do gasóleo ser mais denso a temperaturas inferiores, o que obriga o controlo da injecção a reduzir o caudal de injecção, a temperaturas mais baixas. Quando está avariado este sensor, a unidade electrónica de comando adopta um valor de referência fixo, até à reparação da anomalia. Sensor de pressão do gasóleo Está montado no colector de alimentação dos injectores e é um dos componentes mais importantes do sistema "commomrail". É alimentado por uma corrente constante (5V) e possui um elemento sensível à pressão, cuja tensão varia na razão directa da pressão. O próprio sensor tem um dispositivo de amplificação de sinal, para chegar em boas condições à unidade de comando. Em caso de avaria, é adoptado pelo sistema um valor de referência fixo. Comutador do pedal de travão (Fig. 7) É accionado directamente pelo pedal de travão e o seu sinal é também utilizado para activar os faróis de stop. A unidade
de gestão da injecção corta o fluxo de gasóleo para o bico dos injectores, tendo em vista economizar combustível durante as travagens, eliminar o binário nas rodas e potenciar o freio motor, o que proporciona travagens mais suaves e seguras. Em caso de avaria, a unidade central de controlo adopta uma função de emergência, que limita o caudal de injecção, diminuindo a potência do motor. Comutador do pedal de embraiagem Também é accionado pelo respectivo pedal e mantém-se desligado, quando o pedal está em cima. Quando o pedal é comprimido, a gestão da injecção reduz momentaneamente o caudal de gasóleo injectado, o que evita os solavancos nas passagens de caixa, provocadas pelas variações bruscas de binário motor. Em caso de avaria, o condutor passa a sentir os efeitos nas mudanças de velocidades, devendo proceder à substituição do comutador, porque este componente não é abrangido pelo sistema de autodiagnóstico. Por outro lado, os condutores devem evitar circular com o pé apoiado na embraiagem, pois isso reduz a potência do motor, devido à limitação do caudal de injecção.
FIGURA 9 Desactivador do 3º cilindro Êmbolo de alta pressão Saída de alta pressão
Regulador de alta pressão
Veio da bomba
Válvula de lubrificação
Retorno Entrada de combustível
Sensor de pressão atmosférica Este sensor está montado no interior da própria unidade de controlo do sistema "common-rail", comunicando com exterior por intermédio de uma pequena abertura, munida de um filtro. O sensor utiliza a tecnologia piezoeléctrica, ficando o elemento sensível situado entre duas pequenas câmaras, numa das quais existe vácuo. A diminuição da pressão exterior obriga a câmara a comprimir o elemento sensível contra a câmara de pressão igual ao exterior, provocando-lhe uma alteração de tensão, que se transforma em sinal. Este sensor é imprescindível para regular a injecção em função da altitude. COMPONENTES ACTUADORES Estes componentes estão ligados às portas de saída do processador da unidade de controlo do motor, sendo activados pelos sinais enviados pelo programa de gestão do motor. São na maioria electroválulas, que transformam a corrente eléctrica recebida em movimentos lineares, a partir da formação de um campo magnético. As excepções a esta regra são os relés duplos de injecção e a unidade electrónica de controlo da alimentação das velas de incandescência. Electroválvula dos injectores Este actuador empurra a agulha do bico do injector, o que provoca uma diminuição da pressão no interior do interior do injector, o que obriga a ponta da agulha a deixar passar o combustível, pois mantém-se fechada pela acção da pressão interna do gasóleo. Electroválvula da pressão de combustível (Fig. 8) Esta válvula pode estar montada na própria bomba de alta pressão ou no colector de abastecimento dos injectores. O electroíman está pressionado por uma mola calibrada, que comprime uma válvula de esfera, a qual mantém o combustível no colector comum a 150 bar. Quando a corrente é enviada pela unidade de controlo central, a electroválvula comprime a mola de deixa escapar combustível, através da válvula de esfera, o que faz baixar a pressão do gasóleo. O combustível eliminado regressa ao depósito, depois de passar pelo radiador de arrefecimento. O sinal quadrado que alimenta a bobina do electroíman pode fazer variar a saída de combustível entre 1% e 95%.
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Electroválvula da bomba de alta pressão (Fig. 9) Este actuador desactiva um dos três cilindros da bomba de alta pressão, quando a pressão do gasóleo é excessiva ou o fluxo de gasóleo para os injectores está cortado . Em termos práticos, o electroíman abre na cabeça de um dos cilindros de compressão do gasóleo uma derivação, a qual remete o gasóleo para a zona de baixa pressão da bomba (3,5 bar), onde é seguidamente comprimido pelos dois cilindros activos. Electroválvula do turbocompressor Dependendo o sistema do turbocompressor utilizado, o actuador abre a válvula de desvio dos gases de propulsão da turbina
CONHECER do compressor (wastegate), ou actua directamente sobre o sistema de variação da geometria da turbina do ar de admissão, quando a pressão de admissão excede os valores máximos tolerados pela unidade de controlo do motor. FIGURA 10
Electroválvula de recirculação de gases de escape (Fig. 10) Este dispositivo actua sobre a válvula que põe os gases de escape em comunicação com a conduta ou colector de admissão, fazendo baixar a temperatura de combustão e reduzindo o teor de óxidos de azoto e partículas. A válvula pode abrir mais ou menos, dependendo da corrente eléctrica que chega ao induzido do actuador, enviada pelo processador de controlo do motor. Módulo das velas de aquecimento Estes sistema electrónico opera em conjunto com a unidade central de comando da injecção, seguindo uma estratégia específica de alimentação dos circuitos das velas de incandescência. Este módulo também tem a função de comunicar a avaria das velas de aquecimento ou as suas próprias avarias, passando o controlo para a unidade central, neste caso. Duplo relé da injecção Este componente é comandado directamente pela unidade de controlo principal do sistema, tendo um dos relés a missão de alimentar os circuitos da bomba de alimentação de combustível primária, o regulador de alta pressão, o caudalímetro e a electroválvula EGR. O segundo relé fornece energia à unidade central, para os circuitos de comando e para o relé dos electroventiladores. O duplo relé permanece alimentado 4 segundos após se desligar a chave de ignição, a fim de que o sistema de autodiagnóstico possa realizar a inspecção de todos os circuitos do sistema.
Lâmpada avisadora A luz de aviso do sistema de injecção instalada no painel de instrumentos é accionada pelo processador central do sistema, acendendo-se durante 4 segundos, após se accionar a chave de ignição, a fim de realizar o autodiagnóstico do sistema. Caso não se verifique nenhuma anomalia, a luz volta a apagar-se, mas permanece acesa se detectar alguma avaria. As causas que podem manter luz avisadora acesa resultam de avarias nos seguintes elementos: - Tensão do condensador 1 (alimentação eléctrica dos injectores); - Tensão do condensador 2 (alimentação eléctrica dos injectores); - Sensor de pressão do gasóleo; - Controlo de alta pressão no colector de injecção; - Potenciómetro do pedal do acelerador; - Sensor de pressão de admissão; - Caudalímetro; - Alimentação do potenciómetro do acelerador; - Sistema EGR: - Electroválvula de controlo da pressão do turbo; - Bomba de alta pressão; - Injectores. PUB
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CONHECER - Filtros
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CONHECER FILTROS PARA AUTOMÓVEIS
Tecnologias em
evolução
Discretos mas efectivos, os filtros são dos elementos de manutenção mais importantes dos motores, devendo os períodos de substituição ser seguidos à risca. Mas em Portugal, o período de substituição dos filtros ainda está acima do protagonizado pelos construtores de automóveis para uma adequada manutenção dos veículos.
A
evolução da tecnologia automóvel dos últimos anos forçou todos os componentes mecânicos e sistemas dos veículos a um constante e acelerado desenvolvimento tecnológico e qualitativo. Na génese de toda esta revolução estão as chamadas crises do ambiente e da energia, cuja interligação é por demais evidente. A necessidade de garantir motores menos poluentes e menos predadores dos recursos finitos da natureza, como é o caso do petróleo, obrigaram os técnicos a concentrar a sua actividade na optimização da combustão. A gestão dos fluxos de ar e de combustível passou a ser totalmente criteriosa e controlada, o mesmo sucedendo com os gases de escape. Por outro lado, com a incidência da poluição atmosférica, sobretudo nos ambientes urbanos, conjugada com a circulação lenta e congestionada, tornou exigível a melhor qualidade do ar do habitáculo. Sistemas de climatização e de filtragem desse ar garantem que o ar no interior do veículo mantém níveis de pureza e equilíbrio higrométrico superiores ao ar exterior. Nenhum desses aperfeiçoamentos do automóvel poderia ter sido alcançado sem o contributo de sistemas de filtragem cada vez mais evoluídos e eficazes. A poluição invisível Embora em alguns casos seja possível detectar visualmente elementos poluentes na atmosfera, na maioria das situações o ar parece perfeitamente limpo e transparente, mas está repleto de partículas microscópicas, que representam um perigo para o motor e para os ocupantes das viaturas. Para além disso, o ar é o fluido mais utilizado pelos veículos, seja para realizar a mistura detonante com o com-
bustível, seja para ventilar e refrescar o habitáculo, ou ainda para efectuar a transmissão da força de travagem, nos sistemas pneumáticos. As partículas de minerais e de carbono existentes no ar formam uma pasta abrasiva ao misturar-se com o óleo, desgastando e inutilizando as peças metálicas do motor e dos sistemas de travagem a ar.
Os filtros de habitáculo têm ganho importância no mercado de substituição em Portugal. São hoje raras as marcas que ainda não dispõem no seu portfolio de produtos de um filtro de habitáculo de boa qualidade.
Por seu turno, o habitáculo ficaria rapidamente invadido por poeiras e pólen potencialmente alérgicos, bem como gases tóxicos (CO, HC, etc.), se o ar de ventilação não fosse filtrado. A humidade excessiva, por outro lado, também é um elemento indesejável, tanto no habitáculo, como nos sistemas de ar comprimido dos travões. Os sistemas de ar condicionado conseguem eliminar o excesso de humidade do ar do habitáculo através de condensação, o que aumenta o conforto, a higiene e visibilidade dos ocupantes do veículo. Nos travões pneumáticos, a humidade atmosférica é retida por elementos filtrantes especiais, que também eliminam as partículas de sujidade do ar comprimido. De qualquer modo, o ar não poderia ser utilizado nos motores, travões e habitáculo se não fosse convenientemente filtrado. Filtro de ar Um motor absorve entre 200 a 500 m3 de ar por hora, dependendo da cilindrada. Isto significa que ao cabo de um certo tempo o filtro do ar de admissão está saturado de partículas, devendo ser substituído. A não substituição do filtro, nos prazos recomendados pelo construtor, faz com que a admissão do ar se torne mais difícil, enriquecendo a mistura, o que provoca o aumento do consumo de combustível, nível de emissões superior e perda de rendimento do motor. Um carro nessas
condições não passa no teste de emissões. A "limpeza" do filtro de ar é uma ingenuidade que algumas pessoas ainda fazem, mas não produz qualquer resultado válido. Ao "limpar" apenas são eliminadas as partículas maiores e mais visíveis, mantendo-se o elemento obstruído pelas partículas de menores dimensões. Pior ainda, a limpeza geralmente alarga e danifica a malha das fibras filtrantes, permitindo a entrada de sujidade, que irá desgastar o motor. Bons resultados são conseguidos quando o filtro de ar é mudado junto com o filtro de óleo. Nos modelos mais recentes, os filtros são fabricados com microfibras e nanofibras, que asseguram uma filtragem mais completa, durante mais tempo, mas não suportam nenhum tipo de limpeza. Cabe também ao filtro do ar de admissão reduzir o ruído produzido pelo funcionamento do motor, proporcionando maior conforto aos ocupantes dos veículos.
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Filtro de habitáculo O filtro do habitáculo, também tem que ser substituído regularmente, no máximo a cada 15.000 km ou um ano. Não se efectuando a substituição deste filtro, a ventilação torna-se deficiente, devido ao menor caudal de ar admitido pelo filtro, ficando a filtragem de gases tóxicos, assegurada pelo carvão activado, comprometida. Para além disso, a sujidade retida e acumulada no filtro é susceptível de desenvolver agentes patogénicos, podendo provocar alergias respiratórias e dermatites.
Filtro de óleo Para além da filtragem do óleo, este filtro tem a função de refrigerar o lubrificante e de reter o óleo nas suas canalizações, impedindo-o de escorrer totalmente para o carter, quando o motor está parado. Deste modo, o óleo está mais perto das peças a lubrificar, logo que o motor arranca. A refrigeração processa-se porque o filtro de óleo está geralmente colocado na parte inferior dianteira do motor, onde circula ar fresco, ajudando a manter a viscosidade pretendida do lubrificante. Mesmo assim, a função mais importante do filtro de óleo é a retenção de partículas e outras substâncias geradas pelo funcionamento do motor, susceptíveis de causar danos às peças móveis. Este filtro está preparado para resistir às altas temperaturas e pressões do motor, retendo as aparas e limalhas resultantes do atrito das peças
CONHECER
A tendência em Portugal é a troca mais frequente dos filtros de óleo que os filtros de ar e gasolina, pese embora a periodicidade de troca dos filtros de ar dependa dos sítios por onde se anda - lugares com muita poeira levam a um encurtamento do período de substituição destes componentes. metálicas em movimento, as partículas de carvão, enxofre e outras substâncias resultantes da combustão, bem como as espumas e lamas que se vão acumulando no circuito de lubrificação e dificultam a circulação do óleo. Do mesmo modo que é impensável que um motor de combustão possa funcionar muito tempo sem um filtro de óleo, também ninguém acredita que um filtro de óleo entupido de sujidade preste qualquer serviço válido ao veículo. Embora haja filtros de óleo que já atingem os cem mil quilómetros ou mais de vida útil (nos veículos industriais), devido à melhor qualidade de construção dos motores, dos filtros e às propriedades dos novos lubrificantes, a sua substituição é inevitável e indispensável. Os prazos determinados pelos construtores são fundamentais para assegurar a longevidade e bom rendimento do motor. Neste momento, devido à qualidade dos óleos e à menor necessidade de manutenção dos filtros, o normal é mudar o filtro na altura de substituir o óleo, dependendo o intervalo da qualidade do óleo e do filtro. Os filtros actuais mais evoluídos estão concebidos para drenar o óleo, ao substituir, o que limita o consumo de óleo e combate a poluição. Além disso, os materiais utilizados no seu fabrico são completamente recicláveis, para proteger o ambiente.
Entre as evoluções tecnológicas mais assinaláveis no campo dos filtros, estão os filtros para o habitáculo em carbono activo e os filtros de óleo ecológicos, sendo estes últimos reconhecidamente os filtros do futuro, já que reduzem os custos de substituição.
Filtro de combustível O progresso dos filtros das linhas de alimentação do motor foi exigido pela generalização dos sistemas de injecção electrónica, de gasolina e de gasóleo, indispensáveis para a optimização da combustão, que se caracterizam por elevadas pressões de serviço e por uma grande exigência de filtragem das mais pequenas partículas. Nos filtros de gasóleo é igualmente requerida a eliminação da água condensada, possuindo para tal um sistema de purga regular, que não deve ser ignorado pelos utilizadores. Para que o motor funcione adequadamente, com níveis de rendimento, consumo e emissões originais, o combustível tem que ser completamente filtrado, a fim de evitar falhas e avarias nos injectores e outros componentes do sistema de injecção. Quando o filtro está saturado de impurezas, o fluxo de combustível torna-se irregular, tendo consequências negativas no normal funcionamento do motor, com aumento do consumo e das emissões, bem como perda de potência. Para além da substituição nos períodos recomendados pelo fabricante, é conveniente manter sempre a qualidade original dos filtros, para assegurar uma performance do motor estável e segura. A mudança dos modernos filtros de combustível tornou-se uma operação simples e rápida, graças aos sistemas de encaixe directo. Nos filtros de gasóleo de veículos pesados, os elementos filtrantes funcionam dentro de caixas cilíndricas, com sistemas de abertura manual, para facilitar a manutenção. O perigo das falsificações Os filtros actuais são produtos de alta tecnologia, que não se compadecem com imitações e artigos sem qualquer certificação. A montagem num veículo de filtros de proveniência duvidosa pode provocar avarias graves no motor, que podem ir até ao ponto de incendiar-se. O principal problema resulta das embalagens serem pirateadas, ostentando nomes de fabricantes de
equipamento original, sendo difícil detectar de forma rápida e visualmente as diferenças. Ainda este ano foram destruídos na ilha de Malta 200.000 filtro contrafeitos, de origem chinesa, com embalagens falsificadas da marca Hengst. Os prejuízos destas peças para o sector de após-venda e para os condutores são elevados e obrigam a que sejam tomadas medidas a nível oficial. Quanto aos operadores do mercado, a solução é exigirem os documentos que certificam a qualidade do produto, evitando serem burlados e incorrerem em responsabilidades que podem ser avultadas. Os automobilistas, por seu turno, terão que evitar comprar filtros em locais onde não seja possível identificar a qualidade técnica do produto, preferindo recorrer a profissionais autorizados e habilitados para fazerem a substituição. Mercado em crescimento estável A sustentação do mercado de filtros assenta na diversidade de produtos de rotação constante e no facto de cada veículo ter pelo menos quatro filtros diferentes. O crescimento ao ano não deverá ultrapassar 3-5%, embora certas linhas de produtos possam ter evoluções mais significativas. O crescimento do parque automóvel e a subida das quilometragens médias anuais, que potenciam maior consumo de filtros, acabam por ficar contrabalançados pelos períodos de substituição cada vez mais largos. Hoje há filtros que podem durar mais de 100 mil quilómetros, o que é muito mesmo para pesados da indústria transportadora. Os filtros de combustível e os de habitáculo são os que apresentaram maior crescimento, porque os consumidores já devem ter percebido que não compensa fazer economia com filtros. O prejuízo directo e indirecto é sempre superior. No caso dos filtros de habitáculo, a diferença sente-se imediatamente, pelo nariz. Mesmo assim, o mercado dos filtros de habitáculo ainda não atingiu o seu potencial previsto, tendo em conta que cerca de 1/3 dos carros em circulação já possuem este dispositivo, ainda que não possuam sistemas de ar condicionado. Os filtros que revelam uma evolução mais lenta são os de ar e de óleo, porque os prazos de substituição têm sido progressivamente alongados. De qualquer modo, a tendência do mercado é para a existência de um número de referências de filtros cada vez maior, podendo superar em certas marcas as 2.700 referências diferentes. O sector da assistência oficial das marcas está a conseguir conquistar uma fatia maior do mercado, devido a uma postura mais proactiva face ao cliente e a uma cadeia de distribuição mais bem organizada. As oficinas clássicas ainda são o principal canal distribuição de filtros, mas a concorrência dos auto-centros é cada vez maior e mais bem organizada, apostando no grande argumento da conveniência do automobilista. Outro problema da distribuição dos filtros e das peças de reposição, em geral, é a política irracional de descontos e margens de comercialização. A tendência mais saudável das tabelas com preços líquidos moderados está a ser seguida com bons resultados pelas concessões e alguns grossistas, pondo a descoberto os preços inflacionados sobre os quais são praticados os descontos. No entanto, a moralização completa do mercado só poderá alcançar-se quando o consumidor exigir facturas discriminadas de peças e mão-de-obra, pondo termo às montagens "gratuitas" e outros argumentos pouco válidos do marketing de "esquina".
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CONHECER - Lin-Bus
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CONHECER Sistema de comunicação LIN Bus
Maior eficiência da gestão O sistema LIN, as iniciais de Local Interconnect Network, utiliza os cabos de ligação múltipla Bus, mas limita a partilha de dados a grupos de unidades de controlo com funções interligadas, nos quais uma das unidades monitoriza o funcionamento das outras, que se tornam suas subordinadas.
U
m exemplo de um grupo ou subsistema com características LIN Bus é o controlo da climatização (FIG. 1), no qual o controlo de gestão fica situado no conjunto climatizador. A partir daí são controladas as funções do fecho eléctrico do tejadilho (subordinada a1), a unidade de gestão do tecto de correr (subordinada a2), o aquecedor suplementar do lado esquerdo (subordinada 2), aquecedor suplementar do lado direito ( subordinada 4), desembaciamento do pára-brisas (subordinada1) e turbina de impulsão do ar (subordinada 3). Trata-se de funções que utilizam comandos, sensores e actuadores partilhados, tornando mais simples, eficiente e fiável o seu funcionamento. Este sistema de comunicação de informação está baseado num protocolo mais simplificado que o do sistema CAN, utiliza um suporte monoalâmbico, não tem necessidade de painel de visualização independente, admite até 16 unidades de gestão subordinadas e opera com correntes muito baixas. Trata-se de uma solução mais económica do que o sistema CAN (Controller Area Network), que pode ser vantajosamente utilizado naqueles casos em que não há necessidade de uma grande velocidade de transmissão de dados. Os membros do consórcio LIN são as marcas Audi, VW, BMW, Mercedes e Volvo, apoiadas pelos fornecedores OEM Motorola e Volcano. As tarefas do consórcio consistem em estabelecer as especificações do protocolo LIN, bem como a respectiva linguagem LIN e o API LIN. Para se diferenciarem, os cabos do sistema LIN são de cor violeta e têm 0,35 mm2 de secção. Características técnicas Ao contrário do que acontece no protocolo CAN, onde a troca de informações só acontece entre unidades electrónicas de comando autónomas, no sistema LIN a troca de dados pode também ocorrer entre unidades de comando e sensores ou actuadores, desde que estes estejam munidos com dispositivos electrónicos, para efectuar a leitura das mensagens enviadas pela unidade dominante, sendo a transmissão operada através de um único cabo de ligação. Só a unidade de controlo dominante está ligada aos cabos BUS, porque tem necessidade de processar mais rapidamente um volume superior de dados, onde estão incluídos os da função de autodiagnóstico. Como noutros sistemas multiplexados, a informação transmite-se através de impulsos eléctricos (bit), que variam entre o valor dominante 0 (12 Volts) e o valor recessivo 1 (0 Volts), que se obtém por ligação à massa (FIG. 2). A velocidade de transmissão pode variar de 1 a 20 kbits/s. Para garantir a segurança da transmissão de dados, devido a interferências parasitas, são aplicadas tolerâncias aos valores 0 e 1, sendo de 20% (máx.) e 80% (mín.), na transmissão, bem como 40% (máx.) e 60% (mín.), na recepção.
Estrutura das mensagens No sistema LIN, as mensagens dividemse em duas partes: entrada e conteúdo. No entanto, a entrada só pode ser emitida pela unidade de controlo dominante. As unidades subordinadas só podem emitir uma resposta à unidade de controlo mestra, quando tal for requerido, sendo que a resposta já
está contida na mensagem da unidade mestra (FIG. 3). Por seu turno, os campos da mensagem começam por uma pausa de sincronização, constituída por 13 bit dominantes (0), a fim de marcar claramente o início da mensagem. Segue-se a limitação do campo de sincronização, constituído por um bit de polaridade contrária (1), no míni-
FIGURA 1 – CONTROLO DA CLIMATIZAÇÃO Aquecimento do pára-brisas Turbina
(subordinada 1) Climatizador
(subordinada 3)
(unidade dominante)
(subordinada 2)
Aquecedor extra esquerdo
(subordinada 4)
Aquecedor extra direito
(subordinada a2) (subordinada a1) Unidade de comando do tecto de correr Motor do tecto de correr
mo. O campo de sincronização permite que todas as unidades electrónicas de comando operem de forma sincronizada e simultânea e torna as mensagens mais lógicas, pois evita que ocorram entradas de bits indesejados, durante a leitura ou emissão das mensagens. O campo de sincronização é constituído por 10 bits alternados (0101010101), monitorizados pela unidade de comando dominante. No campo identificador (8 bits), o seguinte na ordem da mensagem, indica o número de campos de dados que formam a resposta e leva implícita a identificação da mensagem (6 bits). Este campo também serve para verificar a ausência de erros, através dos últimos dois bits. O campo de resposta, por outro lado, tem entre 1 a 8 campos de dados de 10 bits cada um. O primeiro é um bit de arranque dominante e o último um bit de paragem, para permitir a sincronização das diversas unidades de comando. Quanto aos 8 bits centrais (1 byte), são utilizados para a transmissão os dados ou informação. Processo de comunicação A unidade de controlo dominante ou mestra transmite as mensagens (entradas) a todas as unidades que formam ou podem formar o sistema LIN. Nos casos em que alguma função não esteja activada, como acontece nos modelos com nível de equipa-
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CONHECER mento inferior, as mensagens não trazem o campo de resposta preenchido. Esta situação deve ser considerada normal e não significa que o sistema esteja a funcionar mal. Por outro lado, a ordem das mensagens e o seu ritmo são determinados através da programação do software da unidade mestra que emite as mensagens. Nas mensagens em que o identificador exige uma reposta a uma unidade subordinada, esta última acrescenta à mensagem os bit correspondentes, no campo previsto para esse efeito. Por seu turno, nas mensagens em que existe um pedido de dados por parte de uma unidade dominantes, esta encarrega-se de acrescentar â mensagem a respectiva resposta. Através do identificador correspondente, as unidades subordinadas processam os dados e activam o componente pertinente. Sem o identificador a transmissão de dados não é possível, o que torna o sistema seguro, quando ocorrem manipulações externas nos cabos de ligação.
Diagnóstico com sistemas LIN-Bus Para realizar o diagnóstico numa viatura equipada com um sistema Lin-Bus ou Can-Bus, o aparelho de diagnóstico deve ter capacidade de comunicar-se com os sistemas do veículo na linguagem digital correspondente. Como no conceito Lin-Bus os componentes e processadores periféricos estão subordinados a uma unidade central dominante ou mestra, todas as funções de diagnóstico estão centralizadas nesta unidade. Toda a informação referente às unidades subordinadas (avarias memorizadas, leitura de dados, activação de componentes, etc.) é enviada à unidade central dominante, sendo normal que as únicas avarias possíveis sejam do tipo: "Não existe comunicação com...", "Sinal desajustado ou incongruente". No primeiro caso, convém verificar se a tensão de alimentação das unidades implicadas no diagnóstico está correcta, assim como se
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FIGURA 3 – CAMPOS DE MENSAGEM SISTEMA LIN
Resposta
Entrada Pausa de sincronização
Limite da sincronização Campo de Campo sincronização Identificador
FIGURA 2 – TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO Transmissor
Receptor
Valor recessivo
Valor recessivo
Valor dominante Tempo de Tempo de transmissão transmissão
Valor dominante
Níveis de transmissão: máximo 20% / mínimo 80% Níveis de recepção: máximo 40% / mínimo 60%
existe continuidade do cabo LIN. Também é necessário verificar se o software das unidades subordinadas montadas no sistema corresponde ao software global da viatura. Quanto ao segundo tipo de resposta, pode resultar de ligações eléctricas de má qualidade (queda de tensão, etc.) ou de interferências electromagnéti-
cas. As versões do software também devem ser verificadas, para ver se existe compatibilidade. Em muitos casos, as anomalias provêm de contactos à massa deficientes e da montagem de acessórios posterior à saída do veículo da fábrica, durante a qual não foram respeitadas as normas técnicas convenientes. PUB
VIDA PROLONGADA PARA AS BATERIAS A Battery Doctors através do seu sistema único, inovado e amigo do ambiente, leva até si, através dos seus Operadores Regionais, baterias de alta qualidade a preços imbatíveis. Privilegiamos o nosso relacionamento comercial com parceiros/oficinas, apostados em fazer da relação preço/qualidade dos seus produtos e serviços a sua prioridade.
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MECÂNICA PRÁTICA Sistemas de travagem
Manutenção de sistemas de travagem Sendo o sistema de travagem um orgão de segurança activa de primeira grandeza, com implicações muito directas na segurança rodoviária, um serviço de manutenção de qualidade não pode deixar de garantir o rigoroso equilíbrio e a máxima eficácia do sistema.
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or muito paradoxal que isto pareça, a maior parte das reclamações de avarias de travões ocorre na sequência de uma operação de manutenção comum. Sem pretender passar um atestado de incapacidade aos reparadores que se vêem envolvidos nessas situações, porque não é disso que se trata, é necessário levar em consideração a rápida evolução técnica dos veículos e as constantes alterações e aperfeiçoamentos dos sistemas de travagem. Por outro lado, as condições de circulação complicaram-se, não só no sentido de se verificarem grandes demoras em certos pontos da rede viária, como pelo facto de haver inúmeras vias rápidas, mesmo nas zonas urbanas e suburbanas. A tendência para os condutores "recuperarem" os minutos perdidos com umas aceleradelas leva a que as travagens sejam por vezes em cima dos limites, o que, combinado com uma manutenção insuficiente ou menos perfeita, é susceptível de causar situações pouco confortáveis. Necessidade de um serviço mínimo A primeira condição para saber o que se passa com os travões de um veículo é falar com o utilizador habitual. Isto evita que o reparador tenha que fazer um teste de estrada com o veículo sem condições, o que constitui uma responsabilidade que não deve aceitar. Ao movimentar o carro centro da oficina, é possível recolher indicações sobre o estado dos travões, ficando o teste de estrada para quando o veículo estiver reparado. Em segundo lugar, desmontam-se as rodas do carro, marcando a posição da roda em relação ao cubo (coisa que quase ninguém faz…), passando seguidamente revista a todo o circuito de travagem e aos seus principais componentes. Níveis de flu-
ido e sinais de fugas, espessura dos discos, tambores e materiais de fricção, empenos, afinações, folgas, estado dos pneus (incluindo pressões), etc., são pontos indispensáveis de verificação.
Numa operação de manutenção dos travões de tambor, o mecânico deve inspeccionar cuidadosamente os cilindros de roda, as maxilas e as molas. Deve-se sempre mudar os cilindros de roda por eixo, para garantir forças de travagem iguais em cada uma das rodas desse eixo.
Discos empenados, em mau estado ou com desgaste desigual não podem proporcionar uma travagem segura e equilibrada. Além da substituição, existe a alternativa da rectificação, de preferência com o disco montado no cubo, desde que a espessura mínima do disco o permita. No entanto, é necessário verificar a verdadeira causa dos problemas, que podem ser as mais diversas. Discos e guarnições não correspondentes às especificações do fabricante da viatura são condição suficiente para se registarem avarias, porventura graves. Nos casos de empeno ou desgaste irregular, é preciso verificar a folga do cubo, o estado do apoio do disco no cubo, bem como os binários de aperto das porcas e pernos da roda e do próprio disco. São incontáveis os casos em que se registam problemas provocados por binários de aperto incorrectos. Existem três regras fundamentais para o aperto de porcas e pernos de roda/disco: - Nunca lubrificar as roscas, pois isso altera os binários recomendados pela fábrica; - Enroscar inicialmente sempre à mão, pois isso protege as roscas e permite verificar prisões e outros problemas solucionáveis; - Seguir sempre a ordem de aperto e binários recomendados pelo fabricante da viatura;
Por outro lado, o empeno do disco (+ de 0,005 mm) pode resultar da montagem incorrecta do disco, após uma operação de manutenção. Acontece que, nas linhas de montagem, os discos são montados na posição que provoca menor desvio lateral. Se o reparador montar o disco numa posição diferente (porque se esqueceu de marcar a posição do disco em relação ao cubo…) há todas as condições para que o desgaste desigual ocorra, bem como vibrações, ruídos, blocagens, etc., ao travar. Neste momento existem já no mercado pequenos casquilhos e cunhas de material apropriado, as quais permitem anular empenos do disco provocados por um assento deficiente no cubo da roda. No entanto, a montagem desses elementos apenas deve ser efectuada após a limpeza completa do cubo da roda. Neste momento, também já existem ferramentas e discos específicos para essa operação, que garantem rapidez e qualidade de serviço. Mais do que uma rectificação A rigor, para pessoas com possibilidade económicas e veículos em perfeito estado de manutenção, os discos deveriam ser mudados juntamente com as pastilhas de travão, partindo do princípio que as pastilhas seriam de boa qualidade, ou seja, capazes de permitir uma quilometragem
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aceitável (30-40 mil km). Mas, como na realidade se passa diferente, a rectificação é uma boa solução e deve efectuar-se na mudança das pastilhas. Existindo equipamento de rectificação com o disco montado no veículo, essa é a opção mais indicada. No entanto, isso está longe de ser um serviço completo e satisfatório. Depois de rectificado, o disco deve ser regularizado com uma ferramenta e disco abrasivo apropriados, até cerca de 50 micron. Em seguida, o disco deverá ser limpo com um produto de limpeza de discos, após o que será conveniente lavá-lo com detergente e água quente. Para secar, utilize sempre toalhas de papel descartáveis. Deste modo, o disco está pronto para dar o rendimento total, logo na primeira vez que for solicitado pelo cliente. Contrariamente ao que muitas pessoas (e mecânicos…) julgam, os sistemas de travagem devem manter-se completamente limpos e lubrificados, utilizando óleos e massas específicas, resistentes a altas temperaturas. Se assim não for, o lubrificante passa para o material de fricção, com as consequências que todos conhecem. Importante: ao retrair os êmbolos da pinça, para efectuar limpeza, lubrificação e montagem das novas pastilhas, desaperte sempre o parafuso de sangrar, instalando o tubo de purga e o respectivo contentor para fluido usado. A não observância desta regra faz com que as impurezas acumuladas na pinça sejam enviadas para a unidade de ABS e para a bomba central de travões, danificando-as. Inúmeros casos de avarias e de queixas quanto ao accionamento da luz de alarme do ABS, no painel de instrumentos, devem-se a descuidos deste tipo. Ao montar as pastilhas, utilize os acessórios que eliminam os ruídos, se for o caso. Se as pastilhas não tiverem silenciadores, poderá utilizar um fluido isolador existente no mercado e que proporciona o mesmo efeito. Rodagem do material de fricção A rodagem do material de fricção, não só deixa o carro a travar a 100%, como também previne o aparecimento de ruídos e vibrações. A rodagem das pastilhas e dos calços pode fazer-se durante o teste de estrada, depois do reparador verificar que o pedal de travão está na altura correcta e tem as reacções adequadas. O sistema 30/30/30 é o mais aconselhável e o mais utilizado, consistindo em efectuar 30 travagens a cerca de 50 km/h, com intervalos de 30 segundos, entre cada travagem, para arrefecimento dos travões. As travagens devem ser suaves e progressivas, nunca ultrapassando a desaceleração máxima de 2,5-3 metros/segundo. Por questões de bom senso, esta operação deve ser realizada numa via larga, com pouco movimento e apresentando um ligeiro declive, a fim do carro não perder muita velocidade, entre cada travagem. Utilizar sempre o material certo Trabalhar com as especificações de fábrica é a mais forte garantia de estar a oferecer um serviço de qualidade. Nenhum cliente paga para ter problemas, embora muitas vezes entre logo a dizer que pretende o mais barato que houver… Os componentes automóvel foram estudados para um desempenho aceitável, tendo em conta as características do veículo. O cliente pode reclamar pelo preço, porque fá-lo-ia sempre, em qualquer dos casos. Mas, se os materiais de travagem
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A primeira condição para saber o que se passa com os travões de um veículo é falar com o utilizador habitual. Isto evita que o reparador tenha que fazer um teste de estrada com o veículo sem condições, o que constitui uma responsabilidade que não deve aceitar. durarem o suficiente e se revelarem eficientes e confortáveis, o cliente terá que ficar satisfeito. Existem pelo menos três tipos de materiais de fricção vulgarizados: semi-metálicos, orgânicos e sem amianto, ou de base cerâmica. É evidente que ninguém pode esperar que estes materiais se comportem exactamente da mesma maneira. No entanto, isso não é o mais importante. Se as pastilhas ou calços foram homologados por uma determinada marca para um certo modelo, significa que foram realizados testes laboratoriais e de estrada que confirmaram a adequação do produto. Obviamente, entre dois produtos homologados, se o cliente escolher o mais barato, a escolha é dele. O técnico de reparação livra-se da responsabilidade e mantém a dignidade da sua posição e do seu negócio. O mesmo não aconteceria se utilizasse material que não era original ou equivalente, surgindo subsequentes problemas e complicações. Àcerca dos fluidos Muitos automobilistas e até técnicos de reparação não sabem que os fluidos do sistema de travagem têm uma função muito importante, para além de distribui-
rem a força de travagem aos travões e de lubrificarem os componentes com os quais estão em contacto: a de assegurarem a limpeza do circuito de travagem. A questão que se põe reside no facto da limpeza só ocorrer quando se faz a substituição do fluido. E, mesmo assim, é necessário desperdiçar algum do novo fluido, para se ter a garantia de ficar com o circuito de travagem completamente limpo. Portanto, como regra sensata, o fluido deve ser substituído anualmente, nos veículos de utilização intensiva, ou de dois em dois anos, para os menos utilizados. De qualquer modo, nunca depois de 35-40 mil km percorridos, independentemente do tempo gasto, o que corresponde sensivelmente à mudança de discos/pastilhas. Além da necessidade de manter o circuito limpo, para preservar os componentes cada vez mais delicados dos sistemas electrónicos associados à travagem / estabilidade / tracção, os fluidos de travões à base de glycol são higroscópicos, ou seja, absorvem humidade, o que modifica o seu ponto de ebulição. A partir de um certo ponto, nada garante que não entrem em ebulição, produzindo bolhas e inutilizando o sistema de travagem.
O fluido do sistema de travagem deve ser substituído anualmente, nos veículos de utilização intensiva, ou de dois em dois anos, para os menos utilizados. De qualquer modo, nunca depois de 35-40 mil km percorridos, independentemente do tempo gasto.
Que tipo de fluido escolher? Desde que se introduziram os sistemas de travagem electrónicos, como o ABS e ESP, o líquido de travões assumiu um papel ainda mais importante. As unidades hidráulicas destes sistemas electrónicos possuem uma multiplicidade de pequenos orifícios e canais de dimensões mínimas, por vezes mais pequenos que a espessura de um cabelo humano. Por isso, uma má escolha do líquido de travões pode ter consequências fatais no funcionamento do sistema de travagem. Desde a introdução do ESP, o líquido de travões tem de travar as rodas individualmente, em fracções de segundos, para estabilizar o veículo em situações críticas, como por exemplo, ao derrapar. Por estas razões, desenvolveram-se líquidos de travão especialmente pouco viscosos, porque com líquidos tradicionais, o tempo de reacção do sistema pode ser, em situações críticas, bastante mais longo do que com um líquido de travões moderno. Nas prática, isto pode significar que o sistema já não consegue estabilizar o veículo. Existem no mercado fluidos com as especificações DOT 3, DOT 4, DOT 5 e DOT 5.1. Para manter o sistema de travagem nas melhores condições é fundamental seguir a recomendação do construtor da viatura. A diferença entre os fluidos DOT 3 e DOT 4 reside no ponto mais alto de ebulição do segundo, pelo que não há qualquer inconveniente em substituir o primeiro pelo segundo, embora o primeiro seja o mais utilizado pelo parque circulante, devido a questões essencialmente de custo. No entanto, se o fabricante especificar DOT 3 e não tiver DOT 4 homologado, a melhor solução poderá passar pelo primeiro. Os fluidos DOT 5 e 5.1 são à base de silicones, sendo que o primeiro não é higroscópico, enquanto que o segundo é. Estes fluidos são caracterizados por um grau de viscosidade mais fino, necessário para certos sistemas mais complexos de travagem. Mesmo assim, o DOT 5 não é recomendado para sistemas com controlo de tracção associado, podendo gerar bolhas durante o funcionamento. Mais uma vez, só a estrita observação das especificações originais poderá evitar dissabores e imprevistos.
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A SKF FAZ 100 ANOS Em 1907 Sven Wingquist inventou o rolamento autocompensador de esferas, e nesse mesmo ano nasceu a SKF. Queremos comemorar esta data tão especial, com todos aqueles que tornaram possível tal longevidade: os seus Clientes, Distribuidores e Fornecedores.
SKF Portugal www.skf.pt
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TÉCNICA Turbocompressores de geometria variável (VTG)
Solução para problemas de respiração Com o aparecimento dos turbocompressores de geometria variável (VTG), o tempo de resposta do turbo (turbo lag) foi parcialmente superado, graças à introdução de turbinas de baixa inércia e geometria variável (com ângulo das pás variável), que ganham rotação muito mais depressa.
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mas das limitações congénitas dos motores de explosão reside na dificuldade que têm em respirar o ar, cujo oxigénio é o comburente indispensável, para inflamar o combustível. A necessidade de filtrar o ar, bem como as inúmeras condutas de admissão e válvulas, são um travão ao desenvolvimento do rendimento específico dos motores, optimização da combustão, economia de combustível e redução de emissões. Além disso, como a admissão depende da pressão atmosférica, em locais de grande altitude e de ar rarefeito os motores têm ainda mais dificuldade em "respirar". Por essa mesma razão, o compressor de ar de admissão foi desde há muito utilizado em motores, com o objectivo de obter maior rendimento. Inicialmente, foram os compressores volumétricos a dar o seu contributo, mas o atrito interno e do sistema da correia de accionamento impedem a sua utilização em motores de elevado rendimento. O aparecimento do turbocompressor, cuja grande vantagem reside no seu accionamento pelos gases de escape, isto é, sem absorver nenhuma energia útil do motor, veio trazer a solução que todos aguardavam, embora tenham desde logo surgido algumas questões. Eis algumas: - As turbinas "embalam", podendo atingir regimes superiores a 100.000 rpm; como os motores não podem estar sempre acelerados, eram criados problemas de sobrepressão nos cilindros, provocando a deflagração aleatória do combustível e impedindo a utilização do freio motor, em desaceleração; a resposta a este problema foi a montagem de uma válvula de fuga (wastegate), a qual desvia os gases de escape directamente para o exterior
do turbo, a partir de um certo nível de pressão, o que priva o turbo de impulso excessivo; - Desde sempre, os turbocompressores sofreram de "anemia" a baixo regime, devido à fraca pressão dos gases de escape, o que faz com que a resposta do motor seja consideravelmente lenta, porque o trajecto do ar dentro do sistema do turbocompressor introduz ainda mais resistências à livre entrada de ar no motor; só a partir das 2.500/3.000 rpm é que os gases de escape atingem a pressão desejável e o motor começa a respirar melhor. A resposta a este problema foi a montagem de um sistema com dois turbos, um de pequeno volume, para as baixas rotações, sendo o outro para os regimes elevados, de maior volume; o elevado custo e o grande espaço ocupado por esta solução, faz com que seja apenas usada pontualmente. A geometria variável Os turbocompressores de geometria variável (VTG - Variable Turbo Geometry) foram a resposta da tecnologia aos problemas atrás descritos, permitindo que a pressão dos gases de escape seja aproveitada desde as baixas rotações, para aumentar a pressão de admissão (Fig. 1). Além desta vantagem, os turbocompressores com tecnologia VTG dispensam a "wastegate", porque impedem a formação de pressão de admissão excessiva. Este avanço contribui para a fiabilidade do sistema de admissão, porque as válvulas "wastegate" sofrem avarias com certa facilidade, devido às elevadas temperaturas e vibrações que suportam. Em consequência destas melhorias, os motores respondem desde os baixos regimes e mantêm FIGURA 2 - SISTEMA DE COMANDO DA GEOMETRIA VARIÁVEL
FIGURA 1 - CORTE DE UM TURBO VTG
Patilhas de comando Prato móvel da coroa Vareta roscada
Alhetas obturadoras
Alavanca de comando Rotor da turbina
1 - Rotor da turbina. 2 - Alhetas obturadoras. 3 - Coroa de suporte fixa. 4 - Alavanca de comando.
5 - Turbina motriz. 6 - Vareta de afinação roscada. 7 - Porca de afinação. 8 - Válvula pneumática (diafragma).
Biela de comando
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TÉCNICA uma resposta uniforme e progressiva, sem saltos bruscos de aceleração. A diferença dos turbos VTG, vulgarmente usados em muitos modelos recentes de veículos europeus, reside na construção da parte "fria" do turbo, onde se processa a admissão do ar. Efectivamente, no interior do cárter da turbina de admissão existe uma coroa fixa, por detrás da turbina, que possui umas patilhas curvas reguláveis, como uma persiana, podendo fechar ou abrir entre si, ao mesmo tempo (Fig. 2). Este sistema de patilhas é comandado pela gestão electrónica do motor, sendo accionado pelo vácuo do colector de admissão. As baixos regimes, as patilhas encostam-se mais umas às outras, o que faz subir a pressão do turbo de admissão e aumenta a velocidade do ar, melhorando o enchimento dos cilindros. À media que o regime do motor sobe, as patilhas abrem-se, criando mais espaço entre elas, o
que permite manter a pressão de admissão controlada e equilibrada (Fig. 3). Apesar de ser a mais avançada solução do momento, ou por isso mesmo, os turbocompressores de geometria variável têm um custo superior aos turbos convencionais, devido à sua maior complexidade. Também, devido à sua concepção e funcionamento, os turbos VTG necessitam que o motor seja lubrificado com óleos de boa qualidade, alto desempenho e resistentes a altas temperaturas, devendo ser substituídos nos intervalos recomendados pelo construtor da viatura.
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FIGURA 3 - CIRCUITO DE CONTROLO DE PRESSÃO PARA TURBOS VTG
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Oportunidades no após-venda Sendo já vulgares no parque automóvel em circulação neste momento, os turbos VTG deverão a breve trecho requerer assistência e substituições. Se o sistema de variação interna não funcionar correctamente, Gases de escape 1 - Sensor de pressão interno da ECU. 2 - Sensor de altitude. 3 - Electroválvula de comando da pressão. o motor terá um desempenho inferior, com maior consumo e menor potência. A hipótese que se põe para as oficinas com equipamento actual e pessoal qualificado é a substituição de turbos convencionais muito usados, a precisar de manutenção, por estes novos turbos de alta tecnologia. O motor que tiver montado um turbo VTG apresentará um comportamento mais favorável, permitindo uma condução mais segura e tranquila. A única recomendação que se deve fazer nestes casos, será a de respeitar
4 - Válvula pneumática do turbo. 5 - Intercooler. 6 - Sensor de temp. do ar de admissão. rigorosamente as aplicações dos turbos que forem lançados no mercado de após-venda. Não adiante inventar nestas situações, porque o resultado pode sair caro. Por outro lado, há que proceder às adaptações necessárias, ou seja, à eliminação da válvula "wastegate", tornada desnecessária por esta nova tecnologia. O comando da pressão de admissão, deve passar a ir directamente para o turbocompressor, nos modelos que anteriormente tinham o sistema clássico, com " wastegate". PUB
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EMP - Europcar Oficinas
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SERVIÇO OficinaRent Europcar
Servir o cliente Existem muitas formas de se poder fidelizar o cliente, nomeadamente quando ele tem que deixar o carro na oficina e fica sem veículo para prosseguir a sua vida quotidiana. A oferta de um veículo de substituição acaba por ser uma boa solução para o cliente e para a oficina.
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á por diversas vezes no Jornal das Oficinas mostrámos que existem para as oficinas formas de estas poderem ter mais fontes de receitas. Recuperação de baterias, produtos antifuro, detergentes de motor, entre outros produtos, aos quais estão associados alguns serviços, foram algumas propostas que temos vindo a deixar, para que possa aumentar a rentabilidade da oficina, sem que para isso sejam necessários grandes investimentos. Veículo de substituição Quantas vezes é que o cliente de uma oficina, quando deixa o seu carro na mesma para manutenção ou reparação, fica sem meios de se poder deslocar? Esta pergunta acaba por ser também uma oportunidade de negócio para as oficinas, que ao disponibilizarem um veículo de substituição ao seu cliente, a custos muito reduzidos (ou mesmo a custo zero no caso de clientes especiais), podem garantir-lhe a mobilidade que ele tanto necessita, ao mesmo tempo que o fideliza à própria oficina, para além de que passa a ter mais um centro de lucro. Por outro lado, não faz qualquer sentido a oficina investir em frota própria para dar este serviço ao cliente, pelo que a solução passa por uma parceria com quem já desenvolve este serviço para as oficinas. OficinaRent A Europcar, líder em Portugal no mercado de rent-a-car, disponibiliza para as oficinas em geral um serviço, a que designou por “OficinaRent”. Fernando Fagulha, Director de Marketing da Europcar, caracteriza este serviço de uma forma simples, afirmando que “sempre que o carro de um cliente fique paralisado na oficina para uma revisão ou reparação, esta poderá ser substituída logo na recepção da mesma”. Para o mesmo responsável, as vantagens da utilização desde serviço por parte das oficinas acabam por ser óbvias, através da “disponibilização de uma viatura de substituição ao cliente logo na sua recepção, garantido dessa forma mobilidade ao cliente”.
Este serviço, que a Europcar desenvolve desde 1998, tendo tido um desenvolvimento notável, tendo crescido mais de 50% no número de alugueres nos últimos 6 anos. O OficinaRent é um serviço que a Europcar desenvolve em todo o país, incluindo a Região Autónoma da Madeira (excepto Açores) e que está disponível para qualquer oficina, desde que a mesma garanta uma utilização das viaturas de 75%.
Sem ter um tipo específico de frota associado ao serviço OficinaRent, a experiência que a Europcar já detém do mercado, mostra que normalmente se recorre a viaturas económicas de 5 lugares, normalmente pelo baixo custo que tem associado. Maioritariamente são as oficinas de marca que mais recorrem a este serviço, embora as redes organizadas de independentes também a ele recorram. Contudo, o OficinaRent está aberto a todo o mercado oficinal.
Uma Rent-a-car de referência
Europcar Morada: Av. Severiano Falcão, nº 9 - 2683 – 379 Prior Velho Responsável: Fernando Fagulha Telefone: 219 407 700 Fax: 219 425 267 E-mail. comercial@mail.europcar.com Internet: www.europcar.pt
A importância deste serviço para a Europcar fica bem patente na representatividade que tem para esta rent-a-car, onde “cerca de 15% do total dos alugueres anuais são respeitantes ao serviço OficinaRent”, afirma Fernando Fagulha. Dessa forma, e assumindo esta importância, a Europcar tem não só uma equipa de vendas associada ao OficinaRent bem como três recepcionistas, que têm a incumbência de dar formação nas próprias oficinas.
O OficinaRent é um serviço que a Europcar desenvolve para todo o país
Proporcionar ao cliente um veículo de substituição é uma mais-valia para a oficina
A Europcar é a maior Rent-a-Car presente em Portugal, líder no número de alugueres anuais como também no número de estações de aluguer espalhadas pelo nosso país, que já ultrapassam as 65. Em 2005 a Europcar geriu, no pico da actividade, mais de 11.000 automóveis de aluguer, efectuando mais de 246.000 alugueres, o que representa qualquer coisa como mais de 2,07 milhões de dias de aluguer num só ano. Com uma quota de mercado de 23%, quase um quarto do sector de rent-a-car em Portugal, a Europcar investiu em 2005 mais de 200 milhões de Euros em frota, com o sector empresas, onde se inclui o OficinaRent, a representar mais de 42% dos alugueres.
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PNEUS & SERVIÇOS RÁPIDOS
• ACTUALIDADE Novos produtos e serviços • TÉCNICA O alinhamento de direcção • ENTREVISTA Jean Claude Coulmy • EMPRESAS Pneucar / Scrimex
Suplemento do Jornal das Oficinas Nº16 - Fevereiro 2007
Valorpneu ultrapassa metas
HANKOOK EXPANDE NEGÓCIOS Os pneus da Hankook foram escolhidos pela Audi para os seus modelos topo de gama fabricados na China (Audi A6 e A4). Este fabricante de pneus irá fornecer cerca de 90 mil pneus à fábrica chinesa da Audi, durante este ano, entre os quais os Ventus S1 Evo de 16 polegadas (220/55R16Y) e 17 polegadas (225/ 50R 17Y). Os responsáveis da marca estão satisfeitos com a decisão da Audi, pois acontece num altura em que a marca vinha de um período de cinco anos a fornecer pneus OE para outras marcas de menor prestígio.
PNEUS DE INVERNO MAIS PROCURADOS Em 2006 a Continental beneficiou uma vez mais do grande crescimento da procura de pneus de Inverno para automóvel, uma constante desde há vários anos, tendo alcançado vendas de 19,1 milhões de euros. Este valor é 8 por cento mais elevado que o de 2005 e representa um aumento de 41 por cento sobre 2002. De acordo com as conclusões da Continental, um dos motivos da grande procura é principalmente a tomada de consciência para a segurança por parte dos condutores.
BRIDGESTONE APOIA "AUTO 1 DA EUROPA" O Grupo Auto Bild e a Bridgestone associaram-se para conceder o prémio "Auto 1 da Europa", destinado a veículos a motor, o qual será entregue no Salão Automóvel de Genebra, em Março próximo. A colaboração entre as duas empresas será a longo prazo e inclui a cedência das instalações do Centro de Formação Europeu e Pista de Provas Europeia (EUPG e EUEC) da Bridgestone, que se situa em Aprilia (Itália). O processo de escolha dos carros premiados envolve os leitores e redactores da Auto Bild, além de especialistas em automóveis.
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s resultados obtidos mostram que desde o início de actividade, em Fevereiro de 2003, a Valorpneu conseguiu atingir, e mesmo ultrapassar, as metas que legalmente lhe são impostas, e simultaneamente aumentou de forma considerável a quantidade total de pneus usados processados no âmbito do SGPU - Sistema de Gestão de Pneus Usados. A actividade da Valorpneu tem-se revelado com grande êxito, reconhecido pelos consumidores, pelos próprios operadores do sistema e pelas entidades competentes de tutela, conforme foi revelado por Climénia Ramos Silva, DirectoraGeral da Valorpneu “o SGPU (Sistema de Gestão de Pneus Usados) entrou em funcionamento com 11 Pontos de Recolha localizados essencialmente no litoral, e na área metropolitana de Lisboa. Com o desenvolvimento da actividade da empresa, foi aumentando a abrangência da rede de recolha e armazenamento temporário de pneus usados. Neste momento, existem 36 pontos de recolha de pneus usados acreditados pela Valorpneu, os quais permitem uma boa cobertura em termos do território do continente e ilhas”. A Valorpneu gere o fluxo dos pneus usados com vista a assegurar uma correcta triagem dos pneus passíveis de recauchutagem, bem como o encaminhamento dos restantes pneus para reciclagem e valorização energética contribuindo, assim, para a melhoria do desempenho ambiental. Relativamente ao balanço da actividade da Valorpneu em 2006 foram processados pelo SGPU (Sistema de Gestão de Pneus Usados) mais de 90.000 toneladas de pneus usados e conseguidas taxas de recolha, recauchutagem e reciclagem, acima das metas estabelecidas. Em 2007, prevê-se que essas taxas vão continuar a subir, comparativamente com os resultados obtidos em 2006.
Renovar a licença da Valorpneu para que a empresa se mantenha, após Outubro de 2007, como entidade gestora do SGPU, é um dos grandes objectivos da Sociedade Valorpneu para este ano. Para além deste, a Valorpneu vai também dinamizar a sensibilização e comunicação com vista a credibilizar a empresa e a transmitir a mensagem da Valorpneu; a manutenção sem alteração dos ecovalores fixados em 2003; a consolidação no SGPU dos operadores das regiões autónomas; a promoção de acções no sentido de reforçar a taxa de recauchutagem, a motivação de acções de controlo e fiscalização do SGPU, através de entidades competentes e através de auditorias de controlo aos produtores e, ainda, continuação da promoção de trabalhos de I & D iniciados e apoio a projectos credíveis para garantir a sustentabilidade do sistema a longo prazo. Para este ano, a Valorpneu deverá garantir: a recolha de pneus usados numa proporção de, pelo menos, 95% dos pneus usados anualmente gerados; a recauchutagem de pneus usados numa proporção de, pelo menos, 30% dos pneus usados anualmente gerados; e a valorização da totalidade dos pneus recolhidos e não recauchutados, dos quais pelo menos 65% deverão ser reciclados.
A Valorpneu gere o fluxo dos pneus usados com vista a assegurar uma correcta triagem dos pneus passíveis de recauchutagem, bem como, o encaminhamento dos restantes pneus para reciclagem e valorização energética contribuindo, assim, para a melhoria do desempenho ambiental.
CONTINENTAL ALERTA PARA MUDANÇAS NA LEI A Continental está a alertar os condutores, especialmente os estrangeiros, para o facto de ter havido alterações à legislação sobre a utilização de pneus de Inverno, na Alemanha e na Áustria, tanto para veículos ligeiros, como pesados. Na Alemanha, a lei é muito evasiva e apenas refere que o equipamento do veículo, incluindo os pneus, deve estar adequado às condições ambientais. Menos evasivas são as multas, que atingem 20 Euros por cada pneu, se o veículo não embaraçar a circulação. Caso contrário, a multa passa para 40 Euros, além de dar direito a um ponto de penalização na carta de condução. Mesmo assim, a legislação alemã não especifica quais são os pneus "adequados", nem o período ou meses em que são obrigatórios, embora já vigore desde Maio de 2006. Na Áustria, por seu turno, a nova Lei Federal sobre o uso de pneus de Inverno entrou em vigor a 1 de Novembro de 2006, sendo válida para todos os veículos que circulem no território austríaco. O desenho do pneu deve ter uma profundidade mínima de 4 mm.
RECAUCHUTAGEM 31 APRESENTA F/MUD É a mais recente novidade produzida pela Recauchutagem 31 para o Todo-o-Terreno. O F/Mud é um pneu cujo perfil com excelentes características de tracção, permite elevada motricidade em todos os tipos de terreno como, areia, lama, pedras, asfalto, etc. O acompanhamento em sulcos alternados até à zona da quina do pneu, estabelece um efeito cremalheira, proporcionando assim, um nível superior de protecção, tracção e sobretudo resistência, remetendo para um leque de possibilidades e utilizações mais vasto, dentro e fora de estrada. Neste momento o F/Mud já é produzido nas medidas 265/70 R16 e 265/65 R17. Outras medidas estarão disponíveis até Abril de 2007.
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notícias
Desmontadora topo de gama A
John Bean colocou no mercado a sua nova desmontadora, a John Bean T6000, que se vem colocar no topo da gama das desmontadoras capazes de tratar os novos pneus do tipo “Run Flat”, tais como os Pax, RFT, SSR, ASR, CSR, etc. Esta desmontadora foi projectada para suportar pneus de grandes dimensões – até 1.200 mm de diâmetro e 432 mm de largura – incluindo os do tipo Run Flat. A suavidade de funcionamento da T6000 notável. Tanto no caso da torre rebatível, na entrada da 2ª velocidade ou a lâmina do descolador, a forma suave como a T6000 opera é a melhor garantia de perfeição e eficiência do trabalho executado pelo operador. Integrado, de série, na configuração de base da John Bean T6000, encontra-se o novo sistema de ajuda
– MH 320 Pro – que é uma ajuda imprescindível na montagem e desmontagem de pneus de muito baixo perfil e de pneus do tipo Run Flat. Este novo dispositivo, que vem substituir o antigo MH320, é ainda mais robusto e tem a possibilidade de montar uma gama de acessórios mais vasta, para poder tratar, de forma adequada, qualquer tipo de pneu. Como apoio ao descolador – de grandes dimensões e com cilindro de dupla acção – existe um tapete de rolos, com travão, que permite o rodar dos pneus mais pesados, sem qualquer esforço para o operador. Por sua vez, o novo braço com cabeças de desmontagem intercambiáveis – o qual permite ao utilizador escolher qual a cabeça de desmontagem que melhor se adapta à roda que está a trabalhar – é ainda mais prático e eficiente do que o modelo precedente, resultando numa questão de segundos a substituição de uma cabeça metálica.
Michelin Primacy HP com 3 inovações O
Disponível em versão normal e run flat, o novo pneu da Michelin dirige-se ao segmento das viaturas de gama alta e grandes monovolumes. Segundo o fabricante, este pneu pode durar mais uma vez e meia do que os seus principais competidores, mantendo excelentes prestações e segurança, do primeiro ao último quilómetro. Este resultado é possível pela utilização de três inovações, a primeira das quais é o próprio processo de investigação simultâneo ASM (Arquitectura, Escultura e Materiais), desenvolvido para o Primacy HP, que permitiu que o pneu fosse desenhado e aperfeiçoado de uma forma harmoniosa e muito equilibrada. A segundo novidade é a utilização de uma estrutura deformável e outra rígida associadas, a primeira das quais garante uma superfície máxima de contacto com o solo, enquanto que a segunda (rígida) optimiza
o comportamento dos elementos do pneu que estão em contacto com o solo. Finalmente, a terceira inovação consiste nos componentes da mistura utilizada na construção do pneu, uma combinação única de Elasto Sport e Full Silice, obtida pela tecnologia exclusiva de mistura da Michelin.
ContiSportContact 3 com tecnologia SSR O
novo pneu da continental ultrapassa as prestações (já excelentes) do ContiSportContact 2. A maior novidade deste pneu é o perfil assimétrico das faixas de borracha em circunferência. Os ângulos assimétricos laterais do canal estabilizam as faixas de borracha, opondo-se às forças laterais, o que proporciona maior precisão da direcção e melhor resposta nas manobras rápidas e/ou bruscas. Por seu turno, a alta rigidez longitudinal das faixas permite uma óptima
absorção das forças de travagem, proporcionando paragens curtas, tanto em piso seco, como molhado. Além destas vantagens, o ContiSportContact 3 oferece uma excelente protecção contra o perigoso fenómeno do aquaplaning. Opcionalmente, este pneu pode ser fornecido com a tecnologia SSR - Self Supporting Runflat Tire, que permite manter o controlo da viatura, mesmo em caso de furo ou rebentamento do pneu.
Pneus de F1 para neve A
Bridgestone produziu uma Edição Limitada especial de um pneu Potenza F1 para neve a pedido da equipa BMW Sauber F1, que levou a cabo no passado mês de Janeiro uma demonstração com o seu F1.06 na prestigiosa corrida de cavalos White Turf, em St. Moritz, na Suíça. A equipa BMW Sauber F1 fez alinhar o carro a pedido do seu patrocinador, o Credit Suisse, que é igualmente o principal patrocinador e parceiro do evento que celebrou este ano 100 anos de corridas internacionais de cavalos em St. Moritz. Devido às condições extremas em que o BMW Sauber F1.06 fez a sua demonstração, os pneus especiais para neve, produzidos no Centro Técnico da Bridgestone Motorsport, em Tóquio, estavam equipados com 420 pregos em cada uma das versões dianteiras e 588 em cada um dos pneus traseiros. Dois técnicos da Bridgestone levaram cerca de 16 horas a colocar manualmente os 2.016 pregos do piso duplo do jogo de pneus. Do mesmo modo, os cavalos utilizaram no lago gelado de St. Moritz quatro pregos e uma placa de borracha aplicados às suas quatro patas. Feitos em tungsténio e revestidos a alumínio, os pregos foram concebidos para garantirem aderência no gelo e na neve compactada, numa zona que ainda recentemente atingiu temperaturas da ordem dos 15 graus negativos. Um jogo de pneus semelhante foi igualmente produzido para a equipa Scuderia Ferrari F1 para o seu evento de pré-temporada levado a cabo em Madonna di Campiglio, em Itália.
Pirelli P Zero equipa R8 O
novo Pirelli P Zero ganhou um parceiro prestigiado: o Audi R8, a viatura mais sofisticada e tecnologicamente avançada produzida até agora pelo construtor alemão. O supercarro da Audi, apresentado em Las Vegas no passado dia 17 de Janeiro, será equipado com a última criação da tecnologia Pirelli aplicada à gama P Zero. Altíssimas prestações, tecnologia de vanguarda e a máxima atenção à segurança são as características partilhadas pelos novos pneus P Zero e os supercarros R8. A Pirelli, que já é parceira da Audi em muitos dos outros produtos de referência do fabricante de Ingolstad, fornecerá os novos P Zero para o R8 em duas medidas: 235/35R19 para o eixo dianteiro e 295/30ZR19 para o eixo traseiro. “Ser escolhido para equipar de origem uma obra-prima tecnológica como é o R8 representa uma honra e uma responsabilidade para a Pirelli”, explica Maurizio Boiocchi, responsável do departamento de Investigação e Desenvolvimento da Pirelli Tyre SpA. “Os Pirelli P Zero concentram o melhor da investigação tecnológica da Pirelli. Com este fornecimento, reforçámos a nossa parceria com a Audi, que já escolheu os pneus Pirelli para outros modelos importantes da sua gama de veículos.”
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técnica Continental lança Vanco 2 A
Continental lançou o Vanco 2, o seu novo pneu de Verão para MPVs médios e pesados e comerciais ligeiros. A quilometragem foi um aspecto importante tido em conta no desenvolvimento deste pneu, e o Vanco 2 supera o seu bem sucedido antecessor em mais de 20% nesta disciplina. Características de segurança como curtas distâncias de travagem e boas performances de condução em piso molhado, foram critérios primordiais para os responsáveis pelo desenvolvimento do pneu, mas foi dado também grande ênfase ao manuseamento seguro e baixo ruído na relação pneu/estrada. À parte das características de condução em segurança, aquilo que os utilizadores dos MPVs e comerciais ligeiros esperam de um pneu é primeiro e acima de tudo a grande quilometragem. Por isso a Continental não só deu ao novo Vanco 2 um perfil muito plano e grande profundidade de piso, como utilizou também um inovador composto do piso, o que se traduz num aumento de quilometragem de 20% relativamente ao seu antecessor. Ao desenvolver o novo Vanco 2, em paralelo com a grande capacidade de carga até 1,45 t por pneu, os engenheiros da Continental agiram de forma a alcançar uma performance de condução mais parecida com a dos pneus para automóveis potentes, do que com a dos convencionais pneus para vans. Isto foi conseguido por via do desenho do piso fortemente estriado com ombros robustos que asseguram transmissão eficaz das forças laterais e maior estabilidade do piso. A gama inicial de medidas irá cobrir cerca de 60% da procura, com mais dimensões a seguirem-se no próximo ano. Além disso, o novo Vanco 2 será lançado de forma a coincidir com os novos modelos de veículos – em 2007, um total de 13 novas vans médias e pesadas serão disponibilizadas por construtores automóveis.
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Colaboração:
Alinhamento de direcções A tecnologia do alinhamento de rodas avança continuamente com a introdução de novas marcas e modelos de veículos. O alinhamento às duas rodas está obsoleto sendo fundamental o alinhamento às quatro rodas. O QUE DEVE FAZER:
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om a tecnologia que vem sendo incorporada nos carros mais recentes, não são só os pneus da frente que direccionam o veículo. Alguns fabricantes utilizam agora as quatro rodas direccionais e suspensões electrónicas complexas. Procedimentos específicos devem ser seguidos para assegurar um correcto alinhamento de rodas. Com os sistemas computorizados dos veículos, um alinhamento de rodas inadequado pode afectar o desempenho do motor, o andamento, o desgaste do pneu, a direcção e falha prematura dos seus componentes. O alinhamento de rodas é o ajustamento adequado de todos os ângulos inter-relacionados da suspensão. Na terminologia do alinhamento, estes ângulos de ajustamento chamam-se Sopé, Avanço, Convergência, KPI (inclinação lateral do eixo de direcção), AI (ângulo incluido), Raio de Arrastamento, Curva de Convergência, Diferença do Ângulo de Viragem, Viragem Máxima, Desencontro, Largura de Vias, Distância Entre Eixos e Ângulo de Impulso.
4 Razões importantes para fazer o alinhamento total:
Bridgestone com pneu 4x4 runflat para SUV O
pneu Bridgestone Dueler H/P Sport RFT de 19” e 20”, com piso assimétrico, está disponível no novo BMW X5. Para além disso, versões de 18” e de 19” do Bridgestone Dueler H/L 400 RFT serão montadas em determinados modelos com especificações para todas as estações. O Dueler é o primeiro pneu 4x4 runflat da Bridgestone para veículos SUV (Sport Utility Vehicles) de luxo. Disponibiliza o mesmo comportamento em molhado e em seco, precisão direccional e conforto que o pneu normal lançado no ano passado. A versão RFT coloca estes níveis de performance num patamar superior, acrescentando segurança e tranquilidade de espírito. As paredes laterais reforçadas permitem uma condução segura depois da perda da pressão de ar do pneu, evitando uma situação potencialmente perigosa de rebentamento.
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1 - Aumenta a durabilidade dos pneus O alinhamento incorrecto é a principal causa do desgaste prematuro dos pneus. Com o passar dos anos, os pneus de um veículo devidamente alinhado, podem somar milhares de quilómetros ao seu ciclo de duração. 2 - Detectar futuros problemas A inspecção do sistema de suspensão faz parte integrante do alinhamento de rodas. Isto permite detectar componentes gastos que podem afectar o comportamento do veículo na estrada, assim como pequenos problemas, antes deles se tornarem grandes e dispendiosos. 3 - Diminui o consumo de combustível O consumo do combustível diminui à medida que diminui a resistência ao atrito. Um alinhamento adequado coloca as quatro rodas paralelas, o que assegura uma resistência mínima ao atrito. Isto aliado a uma pressão adequada dos pneus, dá a máxima eficiência com o mínimo consumo. 4 - Facilidade de condução O seu automóvel “puxa” para um dos lados? O volante vibra? O seu automóvel obriga-o a virar o volante constantemente para o poder manter a direito na estrada? A maior parte dos problemas de manuseamento podem ser resolvidos ao corrigir o alinhamento total. Com todos os componentes do sistema de direcção / suspensão devidamente alinhados, as irregularidades da estrada são eficientemente mais bem absorvidas para uma melhor condução.
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Para veículos com suspensão traseira não ajustável: 1 - As leituras dos ângulos são medidas nas quatro rodas. 2 - O volante é centrado. 3 - As rodas da frente terão como referência o ângulo de impulso e deverão ser colocadas dentro das especificações. Resultado: As quatro rodas ficam paralelas e o volante centrado.
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Para veículos com suspensão traseira ajustável 1 - As leituras dos ângulos são medidas nas quatro rodas. 2 - As rodas de trás são colocadas dentro das especificações de fábrica. (A linha de impulso traseira coincide com a linha do veículo). 3 - O volante é centrado. 4 - As rodas da frente terão como referência o ângulo de impulso e colocadas dentro das especificações. Resultado: As quatro rodas ficam a direito e paralelas, com o volante centrado.
ISTO PODE ACONTECER A QUALQUER VEÍCULO:
Neste veículo, as rodas da frente não estão alinhadas pelo ângulo de impulso. Esta situação deriva do desgaste normal, quer o veículo tenha ou não suspensão traseira ajustável. Para manter a direcção a direito, seria necessário virar as rodas da frente ligeiramente para a direita. O resultado possível seria o veículo deslocar-se ligeiramente de lado na estrada, como um cão a andar, ou provavelmente puxar para um dos lados. Neste exemplo, os ângulos das rodas encontram-se representados de uma forma exagerada para que possa visualizar melhor esta situação. Basta um pequeno desalinhamento para criar problemas e causar um desgaste rápido dos pneus.
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entrevista
SERVIÇOS RÁPIDOS
Jean Claude Coulmy, Director de Qualidade e Serviços da Renault
“Transparência para o cliente” O objectivo é também assegurar e complementar a oferta de serviços da nossa rede para estar cada vez mais próximo do cliente. Os espaços “Renault Minuto” estão apenas associados às concessões Renault, ou poderá haver centros autónomos? Todos os que existem estão associados a membros da rede Renault sejam eles concessionários ou agentes. Pretendem posicionar o “Renault Minuto” como um conceito multimarca? O que estão a fazer nesse sentido? O nosso principal cliente será sempre o cliente Renault e é sobretudo para esses que trabalhamos em prioridade. De qualquer forma estamos já aptos a servir clientes de outras marcas, que possuam viaturas com mais de 2 anos. Que tipo de peças e consumíveis são usadas nos centros “Renault Minuto”? São peças originais Renault, Motrio ou peças independentes? Apenas usamos na “Renault Minuto” peças de origem Renault e Motrio.
Foram as marcas de automóveis que originalmente desenvolveram o conceito de serviços rápidos. Algumas descontinuaram essa actividade, outras deram a volta por cima, como é o caso da Renault, acompanhando a nova dinâmica do mercado da manutenção e reparação automóvel
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e todas as marcas de automóveis presentes no mercado Português, a Renault é das que possui um historial mais vasto no que a serviços rápidos diz respeito. O conceito Renault Minuto tem atravessado diversas fases ao longo da sua história em Portugal, tendo sido renovado para dar resposta aos clientes da marca e não só, como forma de preparar para uma concorrência cada vez mais aguerrida e muito forte em termos de marketing. Jean Claude Coulmy é o Director de Qualidade e Serviços da Renault, tendo a seu cargo a responsabilidade da Renault Minuto, revelando agora ao “Pneus & Serviços Rápidos” as novidades desta rede. Jornal das Oficinas - O conceito Renault Minuto já existe há muitos anos, mas parece agora ter sido renovado e incrementado. Quais são as novas orientações do “Renault Minuto”? Jean Claude Coulmy - Efectivamente, é um conceito já existente há alguns anos. Está a ser incrementado e renovado com processos de transparência para o cliente. Mais concretamente com o Renault Exacto (forfaits) com preços fixos para um conjunto de tarefas que permitem, logo à partida, que o cliente saiba exactamente quanto custa o serviço.
Como pode definir o conceito “Renault Minuto”, tendo em conta esta nova dinâmica do mercado? A melhor definição é aquela que está na “assinatura” do conceito: “Serviços Rápidos sem marcação”. Quais são os objectivos de expansão desta rede? Pretendem estar em toda a rede Renault? O principal objectivo é garantir que todos os clientes Renault tenham acesso a este serviço. Para isso pretendemos estender a médio prazo este serviço a toda a rede de concessionários.
RENAULT Sede: Lagoas Park - Edificio 4 2740-267 PORTO SALVO Coordenador Jean Claude Coulmy Telefone: 218 361 011 Fax: 218 361 096 E-mail: Internet www.renault.pt
Ao nível dos serviços rápidos a “Renault Minuto” é uma das estruturas que há mais anos opera no mercado ligada a uma marca de automóveis
Como analisa o aparecimento em grande força dos Centros Auto em Portugal? A “Renault Minuto” é uma alternativa a esses novos Centros Auto? Existe uma tendência cada vez maior para o desenvolvimento de serviços rápidos sem marcação e com horários alargados e em locais de fácil acesso (grandes superfícies comerciais) porque são extremamente cómodos para o cliente. A “Renault Minuto” é claramente uma alternativa e aquela que melhor garante a qualidade de serviço da Renault. Quais são as vantagens de ir a um “Renault Minuto” ou outro Centro Auto? Preço? Rapidez? Serviço? A questão da qualidade do serviço da rede de concessionários e agentes e o apoio de uma equipa vocacionada para dar soluções aos problemas dos clientes são as grandes vantagens do “Renault Minuto”. A utilização de peças de origem da marca, com o selo absoluto de garantia da marca será também uma vantagem importante. Que tipo de serviços são (mais) efectuados nos centros “Renault Minuto”? A “Renault minuto” tem como compromisso para os seus clientes um atendimento rápido sem marcação, peças de origem disponíveis e a garantia do procedimento “25 pontos de controlo”. Os serviços mais efectuados, são os de pneus, amortecedores, escapes, manutenção (revisão), baterias, ar condicionado, travões, óleos e acessórios.
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empresa Scrimex - Pneus GT
Em expansão A
GT Radial começou a fabricar pneus em 1951 com uma pequena fábrica de pneus para bicicleta na Indonésia. O desenvolvimento de negócio foi tal que passou a fabricar pneus para motociclos e rapidamente pneus para ligeiros, comerciais e camiões. Actualmente a GT Radial possui seis fábricas (uma na Indonésia e cinco na China) que produzem quase todos os tipos e medidas de pneus radiais e até diagonais, bem como duas fábricas de produção de tela metálica e borracha sintética. Só nas fábricas da China, a GT Radial produziu mais de 100 mil pneus por dia em 2006, o que representa quatro vezes mais daquilo que produzia no início da década. Em Maio de 2004 a GT Radial e a Michelin assinaram um acordo de cooperação comercial baseado no fabrico de pneus ligeiros (essencialmente de alta performance) para alguns mercados onde a Michelin está presente e para distribuição na Indonésia. O objectivo desta empresa Indonésia de pneus é ser o segundo maior produtor de pneus de camião do mundo, e estar entre os melhores 10 quanto aos pneus para ligeiros. Em Inglaterra e Alemanha a GT Radial já ultrapassou a fasquia de um milhão vendidos por ano, podendo suceder o mesmo em outros países europeus em 2007. Apesar da importação estar a cargo da Scrimex, a distribuição dos pneus GT Radial é feita pela Grandestak, que é o distribuidor exclusivo para Portugal. “Para além das marcas premium, temos numa segunda linha uma série de marcas, como a Firestone, Kleber e Hancook, onde se enquadra a GT Radial”, refere Nuno Pinto de Sousa. A gama de pneus GT Radial é muito vasta e vai desde os pneus para ligeiros até aos pneus de camião, passando pelos comerciais e 4x4, com as mais diferentes medidas, que permite à Scrimex cobriu cerca de 99% do mercado português nos veículos ligeiros. Para Nuno Pinto de Sousa o grande atributo do pneu com marca GT Radial é o “preço / qualidade, e digo isto porque em toda a minha vida profissional, onde trabalhei com muitas marcas de pneus, nunca tive tão poucas reclamações como agora com a GT”. O desafio que representa trabalhar uma marca como a GT, pode trazer alguns importantes benefícios face às suas concorrentes, nomeadamente “no preço onde somos muito competitivos e no facto de que o cliente GT quando pensa em substituir volta a usar GT, pois ganhou confiança com o produto. É também um pneu muito confortável e seguro”. Nesta fase de desenvolvimento da marca GT Radial em Portugal, a Scrimex tem apostado muito em trabalhar com a casa de pneus, tendo sido desenvolvido um novo conceito de negócio que é o “Clube GT 48” (ver destaque).
A Scrimex Pneus é o Importador Exclusivo para Portugal da GT Radial, uma marca de pneus Indonésia que é o 12º maior construtor de pneus do mundo, que se pretende afirmar no mercado nacional. “Trata-se de uma forma de podermos ajudar comercialmente a casa de pneus, dando as mesmas condições e as mesmas hipóteses de acesso ao produto que só as grande casas tinham”, refere Nuno Pinto de Sousa. Em termos de stock e armazenagem, a Grandestk possui um enorme armazém na zona de Vila Conde, com aproximadamente 2.700 m2 de área, de onde distribuiu para todo o país com recursos a operadores logísticos e para a zona do Grande Porto com frota própria. São quatro o número de vendedores, mais quatro pessoas no armazém e outras tantas afectas aos serviços administrativos que asseguram o desenvolvimento do negócio GT Radial em Portugal.
Considerando que o mercado de pneus em Portugal está estagnado, Nuno Pinto de Sousa considera que “em Portugal devia haver um controlo rigoroso sobre a venda anárquica de pneus usados, que coloca em causa a própria segurança rodoviária”.
A GT Radial possui uma vasta gama de pneus para praticamente todo o tipo de veículos ligeiros SCRIMEX / GRANDESTAK Sede: Lugar da Varziela, Rua 3, Lt 1 4485 – 631 Mindelo (Vila do Conde) Marketing Nuno Pinto De Sousa Telefone: 252 248 010 Fax: 252 64 20 83 E-mail: nunosousa@scrimex.com Internet www.grandestak.pt/
CLUBE GT48 O Clube GT48 pretende ser uma rede organizada de casas de pneus que, independentemente da sua dimensão, possam ter acesso a um conjunto de produtos e serviços que normalmente só estavam disponíveis para as maiores casas de pneus. Na primeira fase de lançamento do Clube GT48, os aderentes terão um desconto especial nos produtos em que a Grandestak é distribuidor exclusivo, isto é, nos pneus GT, tem também um desconto especial numa marca premium, que será neste caso a Continental por via de uma parceria (mas que não impõe qualquer limite de quantidades adquiridas), bem como um desconto de 5% na Mr.Pneu na aquisição de consumíveis e equipamentos. Para além disso serão fornecidas outras regalias, com destaque para uma viagem, bem como o acesso a formação profissional uma vez por ano para duas pessoas em diversas áreas como alinhamentos, equilíbrio, montagem, testes, ar condicionado, travões, pneus, jantes e técnicas de vendas, no centro de formação da Mr.Pneu. Para se beneficiar destas vantagens existe uma contrapartida de aquisição de 48 pneus à Grandestak por mês, que caba por dar o nome a este clube. O Clube GT48 começou a funcionar oficialmente no dia 4 de Janeiro, tendo já acumulado uma rede de casas de pneus superior às quatro dezenas. Os objectivos para 2007, segundo os responsáveis pelo desenvolvimento deste programa, passam por conseguir ter 100 casas de pneus afectas ao Clube GT48, “o que passa a ser a maior organização nacional dedicada aos pneus em rede”, refere Nuno Pinto de Sousa, que em três anos quer angariar 300 casas de pneus para este ambicioso projecto. “Com esta aposta vamos dar à casa de pneus um conjunto de vantagens que ela procura e deseja, até para a sua sobrevivência no futuro”, acrescenta o mesmo responsável. A segunda fase passará por oferecer aos associados desta rede um conjunto de serviços, que lhes permita obter seguros, combustíveis, etc, a preços muito mais competitivos, mas também “propor a uma empresa de renting os serviços de uma rede nacional, com preços fixos e apenas um interlocutor, com todas as vantagens em termos de serviço que esta situação acarreta para os associados do Clube GT48”, afirma Nuno Pinto de Sousa. A principal diferenciação para as redes já estabelecidas na área dos pneus “é que nós não nos imiscuímos no funcionamento das casas de pneus nem sequer exigimos percentagem elevadas nas compras”, assegura o responsável por este programa, acrestando que “esta é uma forma responsável e séria de estar no mercado”.
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Pneucar
Antecipar o amanhã T
udo começou na Buraca durante a década de 80, com uma pequena casa de pneus muito vocacionada para o mercado local. Já a meio da década de 90, a Pneucar abriu uma segunda oficina, desta feita na zona de Carnaxide, onde começou a ter um tipo de cliente diferente, visto tratar-se de uma zona mais industrial e comercial. “Começamos a ter muitas solicitações dos clientes não só para os pneus, mas também para outro tipo de serviços, nomeadamente lavagens e pequenos serviços rápidos”, afirma José Nunes, gerente da Pneucar. Com a recente inauguração de um novo espaço com mais de 1.000 m2, igualmente em Carnaxide (o anterior ficou para já desactivado), a Pneucar deu um claro passo em frente, propondo umas instalações modernas, funcionais e muito bem apetrechadas para prestar todo o tipo de serviços. “O cliente empresa solicita muito o serviço de pneus e as lavagens, pelo que passámos a apostar também em serviços complementares de levantamento e entrega de viaturas”, refere o mesmo responsável, adiantando que “nas lavagens queremos profissionalizar ainda esse serviço, tornando-o quase como um centro de embelezamento automóvel”. Mesmo tendo formado profissionais de mecânica, que permitem à Pneucar prestar serviços de troca de amortecedores e pastilhas, mudança o óleo, etc, “o nosso forte são os pneus e não nos queremos dispersar muito nas outras áreas, que para nós são apenas um acréscimo de serviço à nossa actividade principal, que nos permitem estar ainda mais próximo do cliente final”. Uma das preocupações fundamentais para os responsáveis da Pneucar está também na qualidade serviço prestado, pois “queremos servir bem o cliente e se possível antecipar mesmo as suas necessidades. O bom nome que angariamos no mercado, nomeadamente nos pneus, queremos manter e incrementar ainda mais se possível também na mecânica”, refere José Nunes.
Com um historial superior a duas décadas trabalhando os pneus, a Pneucar inaugurou recentemente um moderno espaço onde diversificou a sua oferta de serviço.
Para tal foram feitos grandes investimentos em áreas fundamentais da empresa, quer ao nível da formação para os recursos humanos quer nos equipamentos. “Temos uma equipa de profissionais, com formação adequada e experiência nos vários domínios, desde os pneus à mecânica passando pela lavagem”, assegura o gerente da Pneucar. Não menos importante foi a aposta nos equipamentos, todos eles de marcas conceituadas no mercado (fornecidos pela Cometil e Rodatec), usando recentes tecnologias, o que leva José Nunes a comentar que “não estagnamos no capítulo dos equipamentos. Gostamos de investir na melhor tecnologia de modo a termos um serviço cada vez mais profissional e de qualidade”. Num mercado cada vez mais globalizado, a Pneucar está associada a ou-
tros grupos, pois esta é “a única forma de podermos estar no mercado, unidos e organizados, tendo assim algumas vantagens em termos de compras, de serviço e de dinâmica do próprio negócio”. Possuindo diversos fornecedores de pneus que permite comercializar marcas premium e outras com uma relação preço / qualidade mais acessível, a
Para além dos pneus, que é o negócio principal, a Pneucar aposta forte nas lavagens e serviços rápidos
As novas instalações da Pneucar em Carnaxide estão muito bem equipadas para o tipo de serviços que desenvolve para os seus clientes
Pneucar está preparada para a exigência de todos os seus clientes. Recorre ainda à Sonicel (que tem instalações do outro lado da rua em Carnaxide) para muitas das peças de mecânica, visto que o objectivo “é trabalhar com boas marcas que nos ofereçam garantia de qualidade, para que o cliente fique sempre bem servido”, afirma José Nunes.
PNEUCAR (CARNAXIDE) Sede: Praceta das Fábricas, 2, Fracção 1-D 2790 – 064 Carnaxide Gerente José Nunes Telefone: 214 170 034 Fax: 214 717 171 E-mail: pneucar@mail.telepac.pt Internet -
ORGANIZAÇÃO PNEUCAR (CARNAXIDE) Num espaço com mais de 1.000 m2, as instalações da Pneucar são bastante amplas e cuidadas do ponto de vista operacional e estético, com zonas muito bem delineadas para os diferentes tipos de serviços que desenvolve. Assim que se entra existe uma zona fechada, toda em vidro e com visibilidade para a oficina, onde funciona a recepção e a sala de espera. A oficina começa com três máquinas de alinhar, uma delas que serve para furgões de maiores dimensões, sete boxes de pneus onde se montam e desmontam os pneus com toda a maquinaria necessária para o efeito, mais duas boxes de mecânica e duas zonas de lavagem. Existe ainda uma sala de reparações para os serviços complementares à troca de pneus e outras operações, um armazém com um pequeno stock e, por último, uma casa das máquinas (recuperação de óleos, compressor, etc). Na parte superior funciona o escritório, um refeitório e balneários. O horário de funcionamento é das 9 às 19 horas, de 2ª a 6ª feira, exceptuando ao Sábado que fecha às 13 horas.
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Produto
SERVIÇOS RÁPIDOS
Valvoline Professional Series
Só para profissionais Q
ualquer veículo automóvel que supere uma determinada quilometragem, acaba facilmente por ter no motor uma série de impurezas provientes de várias origens. Mesmo sendo motores tecnologicamente desenvolvidos, casos dos mais recentes motores a diesel e de injecção directa a gasolina, o seu funcionamento a 100% não está garantido, muitas vezes devido exactamente a um sem número de impurezas existentes nos lubrificantes e nos combustíveis, sendo por isso normal que um motor perca rendimento e eficácia na combustão. Normalmente a “culpa” é dos resíduos que ficam nos injectores, na câmara de combustão ou nos pistões, o que leva a maior consumo de combustível, perda de potência, etc. Não sendo um aditivo tradicional, que visa acima de tudo dar mais rendimento e potência ao motor, o novo programa de produtos químicos da Valvoline, com efeito detergente, serve essencialmente para limpar os diversos componentes de um motor (ou de um sistema de refrigeração), melhorando o seu funcionamento. A gama de produtos químicos é bastante diversificada tendo múltiplas aplicações, e está disponível tanto para motores a diesel como gasolina, sejam eles de veículos ligeiros ou de pesados. A utilização destes produtos em motores a gasolina, nomeadamente o MaxLife e o VPS SynPower Fuel Fuel System Cleaner, proporciona uma limpeza das válvulas de admissão até 93% (eliminando a colagem das válvulas), não afecta os catalisadores, promove a protecção à corrosão e limpa (remove) os depósitos dos carburadores e injectores. No caso dos produtos para motores a gasóleo, casos dos MaxLife e do VPS SynPower System Cleaner, os efeitos são semelhantes, isto é, limpa os componentes mecânicos do motor afectos à combustão (bombas, injectores, cilindros, etc). As vantagens associadas à utilização destes químicos passam por uma maior duração dos componentes do motor,
A Valvoline lançou uma nova linha de produtos químicos para profissionais da reparação automóvel, essencialmente usados na manutenção e prevenção de veículos.
PORTLUBE, LDA Sede: Polígono Industrial do Alto do Ameal Armazém B0 Ameal 2565-641 Ramalhal Director Comercial António Penaforte Telefone: 261 910 031 Fax: 261 911 119 E-mail: portlube@valvolineportugal.com Internet www.mweb.pt/marca/531013002705/
Injector limpo
por um restauro da potência orginal (não aumenta a potência), reduz os ruídos e o “fumo” que saiem do escape, melhora o arranque a frio, aumenta a suavidade de funcionamento (nomeadamente baixa rotação) e diminui as emissões. Logicamente que um motor que funcione em melhores condições, terá um desgaste menor, reduzindo por essa via os custos de manutenção/reparação associados. Outro produto da linha profissional da Valvoline é o VPS Engine Flush. Ao colocar-se dentro do motor, este produto limpa não só o cárter, como todos os canais de lubrificação, reduzindo as lamas e depósitos, sem prejudicar os vedantes, tendo sido formulado para não
reagir com o óleo e para não deixar qualquer tipo de resíduo no motor. A utilização de produtos como estes, apresenta também como vantagem o facto de preparar melhor a viatura para as Inspecções Periódicas, no que diz respeito à emissões de gases de escape. Destaque ainda para o VPS Radiator Flush e o VPS Air Conditioner Odor Treatment. O primeiro permite fazer uma limpeza de todo o sistema de arrefecimento através de uma rápida remoção de contaminantes, enquanto o segundo tem igualmente funções de limpeza já que neutraliza bactérias e fungos de um modo eficaz em todo o sistema de ar condicionado.
Injector sujo