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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel

Sparkes & Sparkes Componentes Automóveis, Lda.

Especialistas em Caixas de Velocidades Manuais

4825-010 Santo Tirso Tel.: 229 685 416 - Fax: 229 685 417

Bosch 30 anos de ABS

A Bosch está a comemorar os 30 anos sobre o lançamento do ABS. Com efeito, foi em 1978 que o sistema de travagem antibloqueio electrónico (Antilock Braking System - ABS) para carros saiu pela primeira vez das linhas de produção. Foi uma tecnologia inovadora que serviu de base para todos os modernos sistemas de regulação da travagem. Os sistemas Bosch tais como o Electronic Stability Program (ESP) e o Traction Control System (TCS), baseados no ABS, também estão hoje implementados com sucesso no mercado.

Sumário Página 02 Mercado: Economia de escala

Página 24 Ambiente: Valorcar

Página 26 Fórum: Peças de Marca

Página 28 Oficina do mês: Deutsch Motor

Página 34 Runkel Training Academy

Página 36 Rinogest apresentada em Leiria

Página 28 Manutenção sistemas de A/C

Distribuidor Autorizado

Director: João Vieira • Ano II • Mensal • 3 Euros

Nº 28 Março 2008

“Small Business Act”: UE quer libertar o potencial de crescimento das PME’s

N

Novo fôlego para pequenas empresas

o dia 31 de Janeiro, a Comissão Europeia lançou uma consulta pública sobre o conteúdo do “Small Business Act” (Documento para as Empresas de Pequena Dimensão). O seu objectivo é o de colocar Pequenas e Médias Empresas (PME’s) na vanguarda da tomada de decisões na União Europeia (UE) e introduzir medidas concretas para libertar o seu potencial de crescimento. O “Small Business Act” incluirá novas iniciativas para reduzir o peso regulador sobre as PME’s, facilitar o acesso a mercados, ajudar a reunir recursos financeiros/humanos necessários para o seu desenvolvimento e ajudá-las a enfrentar o desafio da globalização e mudanças climatéricas. A preparação do “Small Business Act” para a Europa é uma das medidas chave anunciadas no pacote da Comissão para o próximo ciclo da Estratégia de Crescimento e Emprego adoptado em Dezembro último. A consulta aos cidadãos está aberta até ao final de Março. “Ao longo dos últimos anos as 23 milhões de PME’s europeias tornaram-se o centro das atenções

a nível da UE e Estados Membros. Mas nós não estamos satisfeitos. Sabemos que mais pode e precisa de ser feito. Um sector vibrante de PME’s é crucial para a saúde económica da Europa. É por isso que nós fizemos uma nova aposta. Prometemos analisar todas as oportunidades que temos para ajudar as PME’s. Nós chamámos a este comprometimento “Small Business Act” para a Europa e planeamos adoptá-lo em Junho de 2008. Não é necessário dizer que as vossas ideias e acrescentos a esta nova iniciativa são muito bem vindos”, referiu Günter Verheugen, Vice-Presidente da Comissão Europeia, responsável pelo pelouro das Empresas e Indústria. O documento identificou seis áreas a serem examinadas, mas outras podem emergir a partir da consulta pública; Melhores regras para o benefício das PME’s; Colocar as PME’s em primeiro plano na sociedade; Acesso das PME’s a mercados; Acesso das PME’s ao financiamento, práticas e inovação; Transformar o desafio ambiental em oportunidades para as PME’s; Aumentar a implementação dos princípios de orientação política da UE para as PME’s. PUB

Prémio Europeu Segurança Rodoviária

A Norauto, através da sua Fundação, já abriu o período de recepção de candidaturas para o Prémio Europeu de Segurança Rodoviária 2008, um concurso aberto a todas as associações não governamentais e não lucrativas da União Europeia. Este ano serão atribuídos oito prémios num total de 47 mil €, distribuídos por diferentes categorias nas quais associações portuguesas como a Associação para a Promoção de Segurança Infantil e a Associação de Utilizadores do IP4 já foram distinguidas em anos anteriores. As associações interessadas em participar podem-no fazer até dia 28 de Abril.

LuK

Embraiagem Ecológica e suave

A LuK, especialista em sistemas de embraiagem, anunciou que desenvolveu uma embraiagem dupla "seca" dedicada para a nova caixa de sete velocidades de passagens directas (DSG) do Grupo Volkswagen: Poupanças de combustível até 10% são reclamadas, comparativamente à corrente transmissão de seis velocidades e embraiagem dupla "molhada". A LuK refere ainda que a sua embraiagem dupla no coração da nova caixa DSG, torna a "sacudidela" que os passageiros sentem na engrenagem da mudança uma coisa do passado.


02

Jornal das Oficinas Março 2008

Editorial

MERCADO Investimento e crescimento

Noções de economia de escala O conceito de economia de escala, que pode ser aplicado a diversas situações e a empresas de todos os tipos e de todas as dimensões, permite reduzir os preços sem baixar a qualidade e a margem de lucro.

A

Novos

projectos

pós uma primeira etapa de lançamento e consolidação do suplemento Pneus & Serviços Rápidos, no Jornal das Oficinas, chegou a altura de evoluir e passar para uma nova fase de publicação independente, exclusiva para o sector dos pneumáticos. Assim, será lançado já no próximo mês de Abril o primeiro número da “Revista dos Pneus”, um novo projecto editorial da AP Comunicação, que vem contribuir para a dinamização e evolução do sector dos pneumáticos, conferindo-lhe a visibilidade que merece. Em substituição do suplemento “Pneus e Serviços Rápidos”, que foi publicado regularmente durante os últimos dois anos no Jornal das Oficinas, lançamos nesta edição um novo “Suplemento Técnico”, com informação útil destinada às oficinas. Todos os meses serão publicados Boletins Técnicos dos modelos mais vendidos em Portugal, assim como artigos de mecânica prática com conselhos úteis para os profissionais da reparação e manutenção automóvel. A publicação deste novo Suplemento Técnico surge na sequência dos muitos pedidos que temos recebido das oficinas, no sentido de incluirmos mais informação técnica nas páginas do Jornal. Esperamos que os conteúdos sejam do agrado da maioria dos leitores. O seu formato coleccionável irá permitir arquivar os vários suplementos que serão publicados ao longo do ano. Por último, uma referência ao Jornal das Oficinas que agora tem nas mãos. Como já deve ter reparado, as medidas são um pouco menores do que as anteriores edições, pelo facto de ser impresso numa nova máquina rotativa de Offset. Com esta nova tecnologia de impressão, o Jornal das Oficinas entra num novo ciclo da sua vida, crescendo não só em número de páginas e respectivos conteúdos, como também em tiragem. Podemos agora chegar a mais leitores, de forma mais rápida e oferecendo mais conteúdos. Estamos no fundo a conseguir prestar um melhor serviço aos leitores e a todos os anunciantes que nos têm acompanhado desde o primeiro número. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com

Ficha Técnica

M

uitas pessoas ainda pensam que um negócio pequeno é mais vantajoso do que um grande, porque o investimento é menor, são necessários menos empregados ou até nem são necessários, as despesas são menores, etc. Se esta lógica estivesse correcta, as pessoas não se insurgiam quando abre um novo supermercado ou centro comercial, reclamando que não conseguem concorrer com eles em preços, nem em horários, nem em bens e serviços oferecidos, etc. Então, é melhor, ou é pior? Na realidade, cada tipo de negócio tem aspectos positivos e negativos, tanto para o proprietário, como para os empregados ou até para os clientes. E é por isso que todos eles sobrevivem, dentro de certos parâmetros. O que não há dúvida nenhuma é que o facto de se obter uma economia de escala, ou seja, um negócio dimensionado para reduzir os custos unitários, permite reduzir os preços sem baixar a qualidade e a margem de lucro. Isso sucede porque a intensidade de utilização do capital e da mão-de-obra (instalações, equipamentos, empregados, serviços administrativos, etc.) é superior, diluindo os custos por cada cliente, por cada hora de funcionamento, por cada unidade de stock, etc. Não há nada de transcendente nisto, pois é só pura aritmética.

Conceito aplicado às oficinas Suponhamos uma oficina de reparação automóvel, com um único posto de trabalho, um só empregado, mas situada num local excelente, de muita passagem e com uma entrada para uma rua e saída para outra, ou para a mesma rua, mas noutro local. A oficina já lá está há muito tempo, o equipamento até nem é dos piores e o mecânico é competente. O movimento mesmo assim é reduzido, porque quem passa na rua mal se dá conta que está ali uma oficina automóvel, porque o serviço está muito personalizado, o que em si não é mau, mas a organização é deficiente e o fluxo de trabalho lento. Passam por lá 4 ou 5 carros por dia, quando passam, mas o potencial poderia ser de 40 ou 50 carros, pelo menos. Qualquer pessoa entende que a mesma oficina, com um fluxo de carros da ordem das dezenas por dia, é outro negócio completamente diferente. Os preços ficam mais baixos, o tempo por cliente diminui, a facturação aumenta, o peso relativo das despesas reduz-se, muitas pessoas passam a conhecer a oficina, ou seja, passa a ser um negócio de sucesso. Como se pode dar a volta ao resultado? Não é difícil, pelo contrário, mas encerra algumas subtilezas, que as pessoas geralmente desdenham ou não atingem. Em primeiro lugar, é preciso semear para colher. Não se entende que haja outra forma. Este semear

QUADRO I Fluxo de actividade na recepção activa Etapa do processo

Local de acção

Meios necessários - Programa PC Marcação Sala de visitas/escritório - Ficheiro do carro - Procedimentos de marcação - Reorganização do planeamento da oficina Cliente deixa o carro - Programa PC (sugerida uma vistoria Sala de visitas/Escritório - Ficheiro do carro rápida) - Procedimentos de marcação - Reorganização do planeamento da oficina Cliente traz o carro - Parque exterior da oficina - Programa PC consigo - Sala de visitas/Escritório - Ficheiro do carro - Recepção/linha de - Gestão da oficina diagnóstico - Reorganização do planeamento da oficina Verificação do carro, Recepção/linha de - Linha de diagnóstico juntamente com o cliente diagnóstico - Listagem de testes Explicação dos testes e - Linha de diagnóstico - Linha de diagnóstico do seu resultado ao - Sala de visitas - Listagem de testes cliente - Programa PC - Sala de visitas - Apresentação das - Linha de inspecção - Recepção soluções de reparação - Listagem de testes - Oferta de um carro de - Programa PC aluguer de baixo custo - Gestão da oficina - Reorganização do planeamento da oficina - Processo encerrado

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: João Vila PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. Mucifal - 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Mirandela - Estrada Nacional 115, Km 80 - Santo Antão Tojal - 2660-161 Loures Telef: 21.012.97.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”

Uma publicação da AP Comunicação

Quando acabar de ler este Jornal, por favor, coloque-o no Papelão para reciclagem


Jornal das Oficinas Março 2008

MERCADO implica várias coisas: realizar investimentos, atrair colaboradores válidos, actualizar ideias e ter um conceito global do negócio. Como se pode facilmente concluir, o dinheiro não é tudo, mas é importante. No entanto, como o dinheiro é um bem escasso e tem custos que têm que ser rentabilizados cautelosamente, há que investir selectivamente e criteriosamente, onde se obtenha maior rentabilidade garantida. Recepção activa à frente Obviamente, a recepção activa é a vanguarda do negócio, na maior parte dos países da Europa, mas tem que haver trabalho de casa realizado em marketing, aspecto exterior e interior da oficina, prospecção de clientes, análises de mercado, etc. Para se entender o que é um serviço de recepção activa a fundo, temos que pensar como funciona um centro de ITV, onde os carros passam de um lado para o outro e são completamente analisados em poucos minutos. A grande diferença é que a oficina não pretende reprovar o veículo, mas fazer com que seja aprovado. Portanto, a filosofia da oficina tem que ser a de pré-inspecção, um serviço que será cada vez mais requisitado, porque o parque automóvel europeu (e mundial) cresce e envelhece ao mesmo tempo. Além disso, o centro de inspecções só faz aquilo que faz e a oficina pode e deve fazer tudo o que se relaciona com a assistência ao automóvel (Quadro I). Por outro lado, existem equipamentos específicos para testar os carros nas oficinas, que são mais económicos do que os dos centros. Não porque sejam inferiores, mas porque são desenhados para espaços menores e para nichos de veículos mais definidos. Por outro lado, beneficiam da escala do fabrico dos equipamentos para os centros ITV, que baixa os custos de produção globais. Portanto, temos uma pequena oficina facilmente visível e identificável da rua, com um aspecto atractivo e a referência explícita de serviço multimarca. A acessibilidade é simples e nunca está nenhum carro à entrada. Lá dentro, está um técnico com boa apresentação e aspecto amigável, que até pode ser o dono da oficina. Atendimento imediato, o carro avança para o ponto de inspecção, e enquanto o cliente diz o que precisa, as máquinas começam a funcionar. Afinal, o carro fugia um pouco para o lado, chiava um bocadinho, mas era só uma questão de pressão de pneus, cujo estado não era já muito famoso, Tudo situações normais. Abre-se a ficha virtual do cliente e do carro, entrega-se um cartão e um catálogo de serviços com preços da oficina. - "Está tudo ok!", diz o técnico. - "Quanto devo?", pergunta o cliente. - "Hoje não deve nada, porque nós queremos que os nossos clientes vivam em segurança!", responde o profissional da recepção. Está criada uma fabulosa primeira impressão e a oficina apenas investiu cerca de 10 minutos com um futuro cliente. Quando este cliente vai a sair, chega outro carro. Os mesmos procedimentos, mas desta vez o

QUADRO II Diagnóstico pelos sentidos Orgão sensor

Percepção

Olhos

Visual

Ouvidos

Auditiva

Nariz

Olfactiva

Pele

Táctil

Todos

Global

Componentes - Lâmpadas s/luz - Picadelas no pára-brisas e pintura - Pressão/pneus - Estado/pneus - Danos/carroçaria - Faróis - Níveis de fluidos - Fugas de fluidos - Escape - Admissão - Válvulas a bater - Travões - Vibrações gerais - Ralenti acelerado ou irregular - Falhas de ignição - Fuga/combustível - Embraiagem a patinar - Fuga/refrigerante - Circuito de A/C - Curto circuito, Etc. - Fuga de ar/gás - Fuga de fluidos - Componentes eléctricos quentes - Folga do pedal da embraiagem - Pedal do travão em baixo - Travão de mão em cima Etc. - Folga do rolamento de roda - Desgaste de pneus - Ruídos e vibrações em geral

problema é mais sério: a embraiagem patina, as velocidades passam mal, os arranques são um castigo, etc. - "A embraiagem está KO!" diz o técnico, continuando: "Tem que ser substituída" - "Quanto custa?", pergunta o cliente irritado. - "Temos várias opções, a mais barata das quais é ….….., mas, se fizer já a reparação, ainda tem 10% de desconto!", responde o técnico recepcionista. - “Não é mau!" diz o cliente mais animado e, olhando para o relógio, insiste: "Quanto tempo demora? - "Se tudo correr normalmente, aí uns 45 minutos. Mas, se precisar ir a algum sítio, nós levamo-lo lá, ou, se preferir, vamos entregar o carro assim que estiver pronto, onde desejar", responde o técnico da recepção. Oferta verdadeiramente irrecusável. - "Está bem, vamos lá a isso", anui o cliente. Entretanto, já está a chegar outro carro…

Ultrapassar os bloqueios do cliente Como podemos ver, muita coisa mudou na pequena oficina da esquina. Contudo, a vitória mais importante foi a de vencer os medos e as fobias dos clientes. Os dois travões dos clientes são a perda de tempo e o dinheiro. Por outro lado, ninguém gosta de estar num local desagradável à vista, barulhento, com gente sem maneiras e, ainda por cima, à espera. Qualquer oficina que pretenda ter sucesso, tem que arranjar terapias contra estas moléstias. Mais ainda, tem que tornar a oficina num local onde o cliente se sinta confortável, seguro e onde goste

Avaliação Imediata Imediata Verificar Imediata Imediata Imediata Imediata Imediata Mais testes Mais testes Imediata Mais testes Mais testes Mais testes Mais testes Mais testes Mais testes Mais testes Mais testes Mais testes Mais testes Imediata Mais testes Imediata Imediata Imediata Imediata Imediata Imediata

de ir quando precisa. Sala de espera com condições, (com leituras, som/TV/Vídeos, bebidas, etc), balcão de peças/acessórios e, principalmente, uma recepção eficiente, competente e atenciosa, são os antídotos correctos contra a fobia que os clientes sentem das oficinas. Mas, é preciso ir mais longe. O reparador tem que ensinar os clientes a entender e a gostar dos seus carros, tratando-os bem e realizando a sua correcta manutenção. Para conquistar os clientes e… os carros, a oficina tem que demonstrar total disponibilidade, atendendo todas as dúvidas e as mais pequenas solicitações. O reparador tem que perder também as fobias de "perder tempo" e de "perder dinheiro". Ninguém está a perder tempo, nem a perder dinheiro, quando se empenha em conquistar e manter uma clientela fiel e satisfeita. Para isso, provavelmente, será necessário fazer alguns sacrifícios e ter alguma paciência, mas os resultados são claramente compensadores. Quanto o reparador dá descontos e faz pequenos serviços gratuitamente, está a investir no futuro da sua clientela, não está a perder dinheiro. Se a oficina aceitar o pagamento em 2 ou 3 vezes, ou até arranjar um financiamento para reparações mais completas, não está a arriscar nada, mas a fidelizar clientes que sejam dignos dessas atenções. Se a oficina habituar os seus clientes a ir acertar os níveis, a pressão dos pneus e fazer uma pequena revisão geral rápida gratuitamente, nunca mais lhe faltará serviço, nem clientes. Basta demonstrar aos clientes o dinheiro que lhes mete no bolso todos os meses e todos os anos.

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A “máquina” humana Equipamentos de diagnóstico actualizados, integrados num sistema de linha de pré-inspecção e de recepção activa, são fundamentais para elevar a produtividade da oficina e captar a confiança dos clientes, mas o contributo da "máquina" humana e os seus 4 "sensores" básicos (visão, olfacto, ouvido e tacto) é absolutamente indispensável para um diagnóstico rápido e exacto (Quadro II). Os cliente confiam nos modernos equipamentos de diagnóstico e nos dados que eles permitem obter, mas, apenas quando confirmam por si próprios, que eles são manipulados com eficiência e destreza pelo técnico da oficina. Neste sentido, a experiência profissional acumulada é um factor de grande valia para o diagnóstico das avarias, podendo ser fortemente potenciado pelas possibilidades técnicas dos novos equipamentos. Muitos clientes deixam facilmente o carro entregue à oficina, porque têm a "faca e o queijo na mão", isto é, reclamam a reparação e vão-se embora para outro lado, se não estiverem satisfeitos. No entanto, há outros que se interessam pelas vistorias aos seus carros e para quem isso pode constituir uma experiência gratificante e enriquecedora. Outra vantagem do cliente acompanhar os testes efectuados ao carro é a verificação em comum dos danos e avarias detectados, o que evita que o cliente diga com boa ou má intenção que "o carro não tinha isso!". Em primeiro lugar, o contacto visual com o carro (e com o próprio cliente…) dá aos olhos experimentados do mecânico uma visão de conjunto do estado do carro e do seu grau de estimação e conservação. Pára-brisas picado ou riscado, pneus com desgaste irregular, rodas desalinhadas, suspensões "rebaixadas" etc., constituem pontos de partida claros para um diálogo com o cliente. Ao chegar junto do carro e entrar nele, os odores dão fortes indicações de possíveis anomalias: cheiros a combustível e a material de fricção queimado ou ar de ventilação bolorento e a cheirar a "ovos podres", permitem alargar o âmbito da conversação. O tacto, por seu turno, é fundamental para detectar folgas na direcção, nos pedais de travão e de embraiagem, bem como no travão de mão. Para ver se há lâmpadas fundidas, tanto no interior, como no exterior da viatura, também não é preciso ligar nenhum aparelho, pois basta olhar. Ao pôr o motor a funcionar, o ouvido começa a entrar em acção. Para um mecânico experimentado, os ruídos suspeitos do motor de arranque, das válvulas ou das correias são indicações muito claras do que deve ser feito e verificado. É também uma boa oportunidade para ver se o curso do pedal de travão aumenta com o motor a trabalhar, ou se a embraiagem tem tendência para patinar. Convém também ver se o ventilador do habitáculo está em bom estado. Se fizer ruídos, está sujo ou tem folgas, mas se o fluxo de ar for fraco o motor pode estar preso ou o filtro entupido com impurezas. PUB


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Jornal das Oficinas Março 2008

MERCADO

Com o carro no elevador, o contacto visual com a parte inferior do chassis fornece uma boa quantidade de informações. Fugas de óleo ou outros líquidos tornam-se facilmente visíveis, o mesmo sucedendo com o sistema de escape. O estado dos pneus, dos discos e respectivas pastilhas também pode ser facilmente verificado à vista e/ou ao tacto. Os testes efectuados com o equipamento ao alinhamento da direcção, travões e motor apenas devem confirmar a impressão que o técnico já tem do carro, permitindo confrontar o cliente com os resultados do diagnóstico. Todo o processo de verificação não deve ultrapassar os 15 minutos e deve ser tão completo, quanto possível.

Formas de aumentar a facturação Para servir bem os clientes e estar com sucesso no mercado, é preciso progredir. Manter-se estagnado, quando os outros estão a andar para a frente, significa que estamos a ficar para trás. No entanto, o progresso e o crescimento do negócio não acontecem por si só. Para além de investimentos estratégicos e de uma gestão esclarecida e rigorosa, a oficina tem que explorar todo o potencial que tem disponível. Basicamente, existem três formas de aumentar a facturação numa oficina automóvel: 1. Aumentando a oferta de serviços/horários de laboração; 2. Aumentando o número de novos clientes; 3. Aumentando a facturação dos clientes habituais, que já estão em carteira. Tudo isto junto pode proporcionar mais

20% de facturação, o que já é excelente. Nos serviços oferecidos ao mercado, interessa expandir aquilo que tem mais procura na actualidade, ou seja, os serviços rápidos, as substituições na própria hora e a venda/montagem de peças e acessórios. Quando à captação de novos clientes, já aqui dissemos o suficiente e basta que a oficina esteja a trabalhar correctamente para atrair mais clientes. A busca de novos grupos de clientes e nichos de mercado

nunca deve ser abandonada, sempre acompanhada por análises de mercado, para acompanhar a oferta da concorrência, os seus preços e as suas reais capacidades. Já no que respeita ao potencial dos clientes efectivos da oficina, os resultados surgem essencialmente do trabalho que a oficina fizer nas verificações da sua recepção activa e no acompanhamento que dedicar à manutenção do carro. É preciso explicar com clareza ao cliente que a reparação

efectuada na estrada é bastante mais cara e traz mais inconvenientes globalmente, do que a reparação efectuada na oficina, a tempo e horas. Existem as especificações do fabricante para tirar as dúvidas aos clientes e para servir de referência à própria oficina. A quilometragem que o carro do cliente faz e o nível de desgaste dos componentes permitem realizar uma manutenção preditiva, simultaneamente vantajosa para o cliente e para a oficina.

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PATROCINADORES:

2008

MECATRÓNICO

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APOIOS:



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Breves SONICEL DISTRIBUI VALEO

A Sonicel Acessórios e Sobressalentes passou a disponibilizar para todos os seus clientes a marca Valeo. Como estratégia de lançamento desta marca, a Sonicel oferece os portes para encomendas entregues no cliente em 48 horas, apenas debitando portes para entregas em 24 horas.

CIVIPARTS As lojas Civiparts, têm actualmente em vigor uma campanha de amortecedores de suspensão Monroe para pesados. Esta campanha de amortecedores de suspensão Monroe Magnum, consiste na oferta de um relógio na compra de um conjunto de 4 amortecedores dos modelos Autocarro, Van Magnum, Magnum, Camião e Atrelado. A campanha é válida ao stock existente.

COM CAMPANHA MONROE

CAMPANHA A Akzo Nobel - Sikkens lançou no passado dia 18 de Fevereiro de 2008 uma campanha promocional com os seus Vernizes LV, campanha essa, que decorrerá até ao próximo dia 20 de Março de 2008. Com esta campanha promocional as oficinas e os Distribuidores Akzo Nobel - Sikkens poderão ganhar fantásticos DVD’s portáteis. Informações mais detalhadas, sobre esta campanha promocional, junto de qualquer distribuidor Akzo Nobel - Sikkens.

AKZO NOBEL - SIKKENS

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NOTÍCIAS Newcar faz 10 anos

Numa altura em que comemora 10 anos de actividade, a Newcar vai ter um ano de 2008 com muitas novidades. Aquele que foi um dos primeiros, e mais bem sucedidos, franchising do sector automóvel, viu a sua rede aumentar com a inauguração de cinco novas instalações. Os novos espaços Newcar são em Tomar, Santa Maria da Feira, Setúbal, Faro e Portalegre, significando isto uma clara expansão da marca e dos seus serviços em todo o território nacional. Outra das novidades na Newcar vai ser a mudança da sua identidade visual, com novas cores, mais modernas e actuais, num processo que incluirá todas as instalações. Para acompanhar o mercado e as suas tendências, a Newcar passou a ter toda a sua rede preparada para novos serviços, como seja a montagem de película solar nos automóveis.

Stand Barata

Novo Catálogo Pesados

Motul

A Motul está a preparar um novo catálogo da sua gama de produtos para veículos pesados e maquinaria de construção que será apresentado no mês de Março. Este conta com várias novidades em termos de lubrificantes de motor, transmissões, hidráulicos, massas e manutenção, assim como uma nova gama de produtos para compressores e geradores. Fazem parte deste catálogo variados produtos que até agora não eram comercializados na Península Ibérica, o que se traduz por si só em uma grande mais valia, oferecendo a cada cliente Motul as mais diversas e adequadas opções em termos de lubrificação de veículos pesados. Um destaque especial para os novos produtos de motor 100% sintéticos, Tekma Optima 5W30 e Tekma Ultima + 10W40 para motores com filtro de particulas, assim como o Tekma Mega 10W40, um SHPD semisintético para motores Euro 4 com EGR e SRC.

alarga gama

O Stand Barata acaba de alargar a sua gama de produtos disponibilizando, aos seus clientes, dois novos artigos em todas as suas lojas. É o facto de possuir o melhor stock de peças e acessórios, que permite responder com prontidão e eficácia às necessidades dos seus clientes e, assim, tornar o Stand Barata numa empresa de referência no Mercado. Acompanhando a evolução do mercado automóvel e as exigências do mesmo, os profissionais do Stand Barata estão em constante actualização daquilo que poderão ser, as actuais e futuras, necessidades dos seus clientes. De tal modo, agora é possível adquirir, em qualquer uma das lojas do Stand Barata, válvulas ECV (ralenti) e EGR, com a qualidade garantida Meat & Doria.

Tomarpeças na Internet

Está disponível desde o dia 1 de Fevereiro a página Internet da Tomarpeças. Nesta página estão incluídas diversas informações úteis bem como links para a maioria das representadas da Tomarpeças / Mundimotor. O cliente da Tomarpeças / Mundimotor tem ainda no endereço www.tomarpecas.com a possibilidade de descarregar o preçário em formato Excel bem como aceder ao catálogo TecCat on-line mediante um login e uma password previamente fornecidas. Tudo isto poderá ser solicitado na “área clientes” onde também pode ser solicitada a abertura de conta e/ou actualização de dados.


Jornal das Oficinas Março 2008

NOTÍCIAS Auto Delta apresenta novidades

A conhecida casa de Leiria apresentou recentemente diversas novidades, em algumas marcas da sua gama de produtos. A gama de filtros KS é agora bastante mais completa com a introdução de novas referências, dispondo a Auto Delta também uma nova gama de segmentos KS. Também completa é a gama de válvulas de motor TRW. Outra novidade, é o estabelecimento de uma parceria com os provedores de catálogos TECDOC, que permite actualmente fornecer aos clientes Auto Delta o acesso à base de dados do programa TECDOC, apresentando os seus preços em cada artigo. Com esta ferramenta é ainda permitido efectuar encomendas pela internet, beneficiando os clientes da possibilidade de poderem escolher a marca/preço que mais lhes convém visto serem todas apresentadas no ecrã ao mesmo tempo.

Mann-Filter amplia gama

A Mann-Filter voltou a ampliar substancialmente a sua gama de filtros. O catálogo Mann-Filter 2008, recentemente editado, inclui mais de 600 novos tipos de filtros. Os mais de 3.700 tipos de filtros, para cerca de 34.000 modelos de veículos automóveis, permitem que a Mann-Filter tenha uma cobertura superior a 95% do parque automóvel ocidental. Segundo a Mann-Filter, este novo catálogo é uma das publicações mais extensas no mercado de filtros para o sector automóvel. Refira-se que do total das 600 novas referências, cerca de 200 completam a gama de turismo, camiões e veículos de todo-o-terreno, 100 são filtros de hidráulicos e aproximadamente 300 são de ar comprimido.

Obras-primas na

Spies Hecker

Criatividade, paixão e trabalho intenso – o calendário da Spies Hecker, na sua 3ª edição, explora um amplo espectro de pinturas de veículos. Mais uma vez, inúmeras oficinas de todos os continentes participaram no concurso. Desde a Suíça, EUA, África do Sul, mais de 300 oficinas enviaram fotos das suas Obras-Primas. Portugal também figura no calendário 2008 da Spies Hecker com a reconstrução total de um Jaguar MK V DHC de 1949 e respectivos profissionais Luciano Mendonça e José Silva, bem como o proprietário Dr. Afonso Tavares da Silva. Com sistemas de produtos de alta qualidade, métodos de trabalho eficientes e conselhos de profissionais, a Spies Hecker oferece aos seus clientes de todo o mundo as melhores soluções para repinturas que respeitam o meio ambiente.

Novo Anti-Congelante

Berner O novo Anti-Congelante Berner, recentemete lançado no mercado, protege o motor, radiador e circuito de refrigeração da corrosão. A Berner disponibiliza dois tipos de Anti-Congelante, o verde 30% que suporta temperaturas de –18ºC a 125ºC e o rosa Orgânico 50% que suporta temperaturas de –34ºC a 145ºC. Este produto é indicado para qualquer tipo de veiculo automóvel, camiões, tractores, máquinas, etc. Foi concebido para refrigerar qualquer motor de combustão interna, expelindo o excesso de calor do motor para o exterior. O Anti-Congelante Berner é fabricado segundo as normas de qualidade UNE 26-361-88, para assegurar um bom funcionamento e longa duração do motor.

Ashika: Novos catálogos

A marca Ashika passou a disponibilizar um naipe de catálogos que contempla informação completa sobre diferentes produtos, nomeadamente escovas limpa pára bridas, juntas homocinéticas e kits de rolamentos de roda. A concepção destes novos elementos de consulta teve por base a facilidade de utilização e acima de tudo a integração de elevado número de referências que possibilitem aos profissionais ficarem munidos das peças que precisam sem necessidade de procuraram num local diferente do seu fornecedor habitual. A marca chama ainda a atenção para o facto dos catálogos estarem disponíveis na internet, no sítio www.ashika.eu, mais uma mais valia de uma ferramenta de consulta imprescindível face ao crescente parque de veículos coreanos e japoneses.

Lançados os novos catálogos da

RPL

Em 2008 a RPL Clima lança dois catálogos. O catálogo geral, com toda a gama de peças universais e as peças do segmento automóveis ligeiros, 4x4 e comerciais ligeiros. Este catálogo geral engloba compressores, condensadores, evaporadores, radiadores de chauffage, motoventiladores, electroventiladores, filtros de habitáculo, filtros desumificadores, tubos, válvulas pressão de compressor, além de ferramentas e aditivos. Este ano a informação foi melhorada, bem como a imagem e os preços, tendo sido ampliada a gama das várias famílias de peças. O segundo catálogo está vocacionado para furgões pesados, miniautocarros, camiões, máquinas de obras e máquinas agrícolas. Tratando de uma novidade nacional, mais uma vez a RPL inova e destaca-se por oferecer um tipo de produto com procura, mas com pouca oferta. É um catálogo simples de consultar e tem os mesmo produtos do catálogo geral. Novidade absoluta são os filtros de habitáculo para máquinas de obras e agrícolas.

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Breves BOMBAS DE ÁGUA DOLZ NA TOMARPEÇAS

Com uma excelente relação preço / qualidade, a Tomarpeças acrescenta ao seu já vasto portfólio de produtos a conceituada marca de Bombas de Água Dolz. Com stock disponível de cerca de 150 referências, a Dolz vem complementar uma linha de produtos caracterizada por ser dos mais importantes componentes do automóvel.

ACORDO A Cepsa estabeleceu com a rede Autocenter, no âmbito das suas 44 oficinas, um acordo de cinco anos no que diz respeito a lubrificantes. Assim, os lubrificantes Cepsa Star passam a estar disponíveis para todos os clientes nas instalações dos Autocenter.A gama Cepsa Star destina-se a veículos ligeiros equipados com motor diesel e gasolina, sendo constituída por lubrificantes sintéticos e minerais com as mais exigentes aprovações de diversos construtores de automóveis, bem como as mais recentes normas de qualidade API e ACEA.

CEPSA / AUTOCENTER

FAMÍLIA BREMBO A Autozitânia, principal importador Brembo para Portugal, acompanha o aumento da família do maior fabricante de travagem do mundo. Além dos discos e tambores de travão, a Autozitânia já lançou no mercado português os Kits de travagem traseiros (Easy Kits) e pastilhas de travão Brembo.

CRESCE NA AUTOZITÂNIA

SNAP ON JCW1000

A Snap On lançou o JCW1000, rastejador confortável, com bom controlo e resistente. A espuma de alta densidade oferece um bom apoio às costas, os amparos laterais proporcionam um controlo total e uma sensação desportiva, e os seis rolamentos roda muito resistentes e chassis em aço, conferem a força para um desempenho optimizado durante um longo período.

CENTRAUTO O Grupo Centrauto, inaugurou no mês de Fevereiro uma nova loja de venda a retalho de Peças e Acessórios para automóvel na cidade de Alverca. Trata-se da 42ª Loja – Alverca, propriedade de Mário Jerónimo, com uma área de armazenagem e venda de 480m2.

TAMBÉM EM ALVERCA

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Jornal das Oficinas Março 2008

Breves GLASSDRIVE A rede Glassdrive continua a sua expansão. O seu centro mais recente foi agora inaugurado em Estarreja. Situado na freguesia de Fermelã, face á EN 109, via estruturante de toda esta região, este centro está preparado para serviço a veículos ligeiros e pesados, disponibilizando de igual modo o serviço de reparação do vidro automóvel a todos os seus clientes.

EM ESTARREJA

COSIMPOR A Cosimpor sendo um dos principais distribuidores da marca Gates no mercado nacional, veio aumentar o seu vasto leque de produtos, passando a distribuir os Tensores da marca Gates. Nesta gama de Tensores distribuídos pela Gates, todas as referências são equipamento de origem. Deste modo a Cosimpor passou a distribuir os seguintes produtos da marca GATES: Correias de distribuição, correias de pista, correias de ventoinha, kit’s distribuição e pista, tensores, tubos de radiador, tubos flexíveis, mangueiras, mangueira submergível, mangueira de combustível, mangueira reforçada, tubo de silicone, termóstatos, tampões de combustível, tampões de radiador, tampões de deposito de água, conectores, braçadeiras, tubos de alumínio, e ferramenta especifica.

DISTRIBUIU TENSORES GATES

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NOTÍCIAS Europeças com equipamentos oficinais Delphi

A EuropeçasS.A., iniciou este ano a comercialização de equipamentos oficinais da sua representada Delphi, donde se destacam os equipamentos de diagnóstico para sistemas de gestão electrónica de automóveis e os equipamentos para óleo de travões. Em termos de equipamento de diagnóstico, a Europeças passa a disponibilizar dois equipamentos principais de características e funcionalidades distintas. O DS100E, equipamento de diagnóstico portátil, concebido essencialmente para as redes de serviço rápido, enquanto o DS500E assume-se como a ferramenta de diagnóstico por excelência, uma vez que acumula as funções de diagnóstico presentes no DS100E com uma base de dados técnicos Autodata, multímetro e osciloscópio de 2 canais, sensor de me-

Novidades

VMPAuto

Desde o passado mês de Fevereiro que a VMPAuto iniciou a comercialização de três novos produtos. O destaque vai para o Resurs AT, um produto de tratamento e restauro de caixas mecânicas e Automáticas. Este aditivo de última geração restaura os carretos das transmissões. Foi elaborado para caixas mecânicas, diferenciais e caixas automáticas de última geração. Elimina o barulho causado pelo desgaste dos carretos, facilita a passagem das mudanças e reduz o desgaste. Multiplica por 5 a vida do óleo das transmissões. Não restaura borrachas nem retentores. A dosagem é de 1 frasco para 2 litros de óleo de transmissões. Outra novidade é o Oil-Magnet, um produto de prevenção e anti-fricção que se adiciona ao óleo. Ao nível dos produtos destaque ainda para o Resurs, que é um detergente motor. A política da VMPAuto tem sido também aumentar a sua rede de distribuidores, passando a LP Car em Albufeira (Algarve), a Peça a Peça na Malveira e a Auto-Gregório em S. Miguel de Alcainça a distribuírem os produtos da VMPAuto.

Renovação de imagem completa

dição de temperatura e outros sensores. Ao nível dos equipamentos para óleo de travões, a Europeças passou a disponibilizar duas soluções. O “Ensaiador de Óleo de Travões”, que permite aferir com exactidão e rapidez o ponto de ebulição de qualquer tipo de óleo de travões, confirmando imediatamente a necessidade de substituição do mesmo, e o “Sangrador de Óleo de Travões”, um equipamento que facilita a respectiva substituição , sendo necessário apenas um mecânico para efectuar o serviço completo. A Europeças passa a prestar um serviço de apoio técnico baseado em formação técnica específica de diagnóstico e respectiva assistência técnica, essenciais para o desenvolvimento e actualização técnica das oficinas clientes dos seus próprios distribuidores do mercado independente.

Após um período de transição, a nova imagem institucional do Stand Barata já está presente em todas as suas nove lojas. Foram as novas lojas, de Évora e Santiago do Cacém, que assinalaram a conclusão do processo de renovação de imagem das lojas Stand Barata. Esta nova imagem permite à empresa uma maior projecção e credibilidade a nível nacional e, até mesmo, internacional, pelo facto de associar a empresa a um dos maiores grupos empresariais, a actuar, em Portugal, como é a Auto Sueco. Numa era em que tudo comunica, as cores da nova imagem do Stand Barata permitem transmitir, ao seu público, o que a sua assinatura resume. Desta forma, as novas cores utilizadas possibilitam, não só, à empresa uma modernização em termos em imagem como, também, uma garantia de acompanhamento de novas referências do Aftermarket, assegurando ao cliente que tudo o que necessita no Stand Barata encontrará.

Fix’n’Go chega a Chaves

A rede de oficinas Fix’n’Go inaugurou um novo espaço em Chaves, no passado mês de Janeiro. Esta é uma oficina moderna, adaptada às novas necessidades do mercado, integrada numa rede nacional de centros de assistência auto, para viaturas ligeiras e pesadas. A Fix’n’Go conta já com mais 4 oficinas na Maia, Castanheira do Ribatejo, Alcoitão (Cascais) e Lisboa. Como objectivo pretende abrir em 2008 mais 4 centros, em Oliveira de Azeméis, Coimbra, Viseu e Leiria. Este novo espaço está vocacionado para a realização de serviços rápidos: alinhamentos, equilibragens, reparação de furos, jantes, mudança de óleo, baterias, pastilhas e discos de travão, velas, amortecedores, lâmpadas, escapes, e venda de pneus novos e acessórios auto. Esta oficina terá brevemente os seus serviços certificados de acordo com a norma ISO 9001: 2000. Todas as restantes oficinas Fix’n’Go obtiveram já a referida Certificação de Qualidade. O conceito Fix’n’Go baseia-se na qualidade e inovação, e por isso foi fundamentado numa selecção rigorosa do equipamento, localização, instalações e parceiros de negócio. Contando ainda com uma equipa de profissionais especializados para ajudar e aconselhar os clientes, apoiada num completo serviço multimarca de manutenção e reparação automóvel.

Indasa lança tiras Rhynocut O novo Rhynocut, da Indasa, foi especialmente desenvolvido tendo em vista a lixagem de desbaste e acabamento de massas de enchimento. As suas características distintivas são o suporte em tela de poliéster e grão abrasivo zircónia-alumina, apresentando o produto uma nova configuração de furos de aspiração. Estas características conferem-lhe uma muito elevada resistência, poder de corte, e longevidade, melhorando significativamente o rendimento e a produtividade naquele tipo de operações. Compatível com esta nova configuração de furos de aspiração a Indasa lança paralelamente a nova linha de blocos de lixagem. O sistema de aspiração de elevada performance que inclui válvula reguladora da pressão, apresenta melhoramentos significativos que se traduzem numa capacidade acrescida de aspiração das poeiras da lixagem, reduzindo assim o empapamento e contribuindo simultaneamente para um ambiente de trabalho mais limpo.



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Breves CEVAM AGORA Com o intuito de aumentar a sua gama de produtos e prestar assim um melhor e mais completo serviço aos seus clientes, a Cosimpor foi nomeada distribuidora Cevam nos produtos Motores de Arranque e Alternadores. Assim foi constituído um stock completo destes produtos, capaz de dar resposta às necessidades do parque automóvel circulante, quer seja Europeu quer seja Asiático, e ainda ao parque Industrial e de Pesados. Esta gama com alta qualidade de reconstrução, permite dar uma garantia de serviço em todas as suas aplicações, estando já disponível com uma ampla gama de referências, que cobrem a maioria dos modelos a circular nas estrardas nacionais.

NA COSIMPOR

FEBI COM CATÁLOGO DE PESADOS RENAULT

A Febi-Bilstein já tem disponível o novo catálogo da Renault para viaturas pesadas. Este novo catálogo inclui 200 novas referências das quais já estão incluídos os novos modelos Magnum, Midlum, Kerax, Premium. O catálogo de pesados Renault apresenta as referências por grupos de artigos com figuras e referências originais o que permite uma maior facilidade de identificação. A Febi-Bilstein é representada por Jochen Staedtler - Import Export.

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NOTÍCIAS Sika Portugal parceira da Glassdrive

O novo centro de formação da Glassdrive, em Serzedo (Vila Nova de Gaia), recentemente inaugurado, irá permitir a esta empresa uma melhoria na qualidade do serviço prestado em Portugal, dispondo de diversos fornecedores, sndo um deles a Sika. A Sika Portugal, como parceira oficial da Glassdrive, vai disponibilizar material merchandising e ajudar na decoração do espaço, bem como organizar formações e ceder material para as mesmas: produtos Sika, provetes, amostras e outros. Neste novo centro de formação da Glassdrive, irão estar sempre presentes os produtos Automotive Direct Glazing Adhesives, ligados directamente ao mercado AGR, nomeadamente o Sikaflex® 256, SikaTack-Drive, SikaTack –Move e SikaTack-Move Transportation. Todos estes produtos permitem um tempo de imobilização das viaturas muito curto, oferecendo qualidade e segurança incomparáveis. A tecnologia inovadora SIKA permite que a aplicação do produto se adapte a todo o tipo de clima, apresentando-se esta gama extremamente completa. “Os especialistas em vidro automóvel, optam por SIKA”, este é o slogan usado na parceria entre a SIKA e a Glassdrive.

Saleri fornece BMW

O jornal diário económico italiano mais importante, "Il Sole 24 ore", editou recentemente um artigo que sublinha a crescente importância dos fornecedores Hi-tech (alta tecnologia) italianos de um dos mais prestigiados fabricantes automóveis alemães: a BMW. Segundo, a mesma publicação, cerca de 40% dos componentes do motor são comprados aos fabricantes italianos pela BMW num volume de compras que, durante o ano de 2007, alcançou os 622 milhões de euros. Um dos componentes que equipa os motores de seis cilindros diesel e gasolina da BMW, são as bombas de água da Saleri, sendo esta empresa mencionada como um dos principais parceiros deste importante construtor.

Formação

Corteco / A. Vieira

Realizou-se recentemente nas instalações do A. Vieira, SA. em Baguim, uma sessão de formação da Corteco tendo como destinatários os colaboradores do A. Vieira e alguns clientes. Este encontro, onde se reuniram mais de 35 participantes, foi promovido pelo A. Vieira S.A. em parceria com o representante Corteco em Portugal, José G. Neto, Lda.. Esta Formação foi bastante proveitosa para todos os presentes, pois foram analisados todos os aspectos técnicos relativos à vasta gama de produtos Corteco, nomeadamente sobre os apoios de motor, polies, retentores, filtros de habitáculo e tubos de travão. Todos os colaboradores, e os clientes presentes, foram unânimes em considerar a grande utilidade desta sessão de formação que, certamente, vai contribuir para uma significativa melhoria do Serviço à clientela e consequente melhoria das vendas do equipamento original Corteco.

Würth

lança aditivo para pesados

A Würth Portugal lançou recentemente um Aditivo de última geração para limpeza de oxidação, calcário e incrustações no sistema de refrigeração de veículos pesados. Especialmente desenvolvido para uma limpeza rápida e eficaz, o novo aditivo para limpeza do sistema de refrigeração cargo é compatível com a maioria dos anticongelantes do mercado, elementos de plástico e borracha e é livre de ácidos ou outras substâncias agressivas. Uma das grandes vantagens da aplicação deste produto é que um litro de aditivo dá para 40 litros de anti-congalente. A Würth coloca à disposição dos seus clientes mais informações através dos seus Técnicos Comerciais.



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Breves ZF SERVICES

Esta será a nova designação da organização global de pós-venda do grupo ZF Friedrichshafen AG, tendo resultado da fusão da ZF Trading com outras divisões de vendas e assistência em todo o mundo. Com esta reorganização, a empresa pretende tornar-se mais competitiva no plano internacional e aumentar o seu volume de negócios a nível mundial, tendo sido alcançadas importantes sinergias e operadas simplificações que potenciam a eficiência e a capacidade de resposta da empresa. A ZF Services passará a responder pelas marcas Sachs, Lemforder, Boge e ZF Parts, tanto no plano das vendas, como no capítulo da assistência pós-venda. Em Portugal, o grupo mantém um escritório com uma estrutura de três pessoas dedicadas ao aftermarket.

ECOBLUE NA CEPSA

Seguindo as mais recentes normas europeias de redução do impacto ambiental dos veículos, a CEPSA Portuguesa lançou um novo aditivo – o EcoBlue. Criado de acordo com a norma DIN 7007, este produto destina-se a veículos pesados com motores de Tecnologia de Redução Catalítica Selectiva (SCR). Segundo testes realizados, o EcoBlue permite ainda optimizar o consumo de combustível, compensando o seu custo de utilização. Este aditivo está disponível no formato de garrafão de 10 litros na rede de postos de abastecimento e áreas de serviço CEPSA.

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NOTÍCIAS Portepim apoia formação superior

A Portepim, SA, importadora exclusiva para Portugal da marca de tintas MaxMeyer, especialista de repintura automóvel, assinou recentemente um protocolo de colaboração com o ISEC - Instituto Superior de Engenharia de Coimbra - destinado a promover a colaboração da empresa, através da cedência dos seus técnicos e do seu Centro de Treino, para a formação dos alunos do ISEC inscritos no Curso de Especialização em Tecnologia e Gestão Automóvel. Este primeiro curso, contará com a participação de cerca de 30 alunos, ultrapassando as melhores expectativas iniciais dos responsáveis deste Instituto Superior Politécnico. Através deste protocolo, a Portepim, SA compromete-se a ministrar formação sobre Repintura automóvel aos alunos do ISEC, primeiramente teórica e em sala, nas instalações do ISEC e posteriormente, em contexto real de trabalho, nas instalações da empresa, no seu Centro de Treino. Foi também solicitado à Portepim, SA a colaboração na definição de perfis profissionais por forma a ajustar o próprio curso às necessidades do mercado de trabalho dos profissionais da repintura automóvel. Este protocolo é válido e renovável automaticamente para os anos que se seguem e desta forma estas duas instituições procuram contribuir para a melhoria do desempenho do sector de actividade da repintura automóvel que tanto sofre com a escassez de profissionais em qualidade e quantidade de há alguns anos a esta parte.

Bragalis foi a Cuba

No início de Fevereiro os Associados Bragalis e os seus principais clientes em 2007, totalizando 36 participantes, estiveram reunidos uma semana de férias no Hotel Iberostar Varadero em Cuba, usufruindo do sol, da comida, da diversão e da simpatia do povo das Caraíbas, onde imperou a alegria e descontracção no seio do grupo. “Já estamos a trabalhar na viagem de férias referente ao ano 2008, que terá um destino maravilhoso como o Brasil ou fascinante como as Caraíbas. Contamos este ano com a participação de muitos mais clientes que por certo atingirão este objectivo”, afirmou José Alberto, da Bragalis.

A “nova”

Corteco

Desde Janeiro deste ano que a Corteco, passou a utilizar uma nova embalagem nos seus produtos, aproveitando para mudar também os seus logotipos e cores. De modo a acompanhar a dinamização do seu desenvolvimento, a Corteco decidiu apostar numa nova imagem corporativa apostando na cor azul, que significa a estreita relação existente entre as suas fábricas fornecedoras de primeiro equipamento do Grupo Freudenberg (com seu o azul corporativo), e também no roxo que é característica da filosofia Corteco desde o seu início. Esta nova imagem está também associada ao novo desenho da página web (www.corteco.es) que será renovada brevemente.



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Breves CARROS PRETOS De acordo com um estudo sobre as tendências de côr no sector automóvel, levado a cabo pela marca Standox, o preto teve em 2007 a preferência da maior parte dos automobilistas da Europa. O cinzento prateado, que se manteve à frente das preferências nos últimos anos, passou para o segundo lugar, com uma pequena vantagem sobre o cinzento mate. Sendo uma cor que não passa de moda e mantém sempre um número importante de adeptos, o preto ajuda a manter o valor de revenda dos carros. Os especialistas da Standox adiantam igualmente que os modernos pigmentos de efeitos permitem criar tonalidades de preto fascinantes, com reflexos vermelho, azul ou verde, ao verificarse a incidência da luz solar.

PREFERIDOS

ELRING AUMENTA GAMA A Cosimpor começou a distribuir os Pernos de Cabeça da marca Elring. Este reconhecido fabricante Alemão, é um dos principais fornecedores do primeiro equipamento. A sua gama de produtos é composta por Juntas de Motor, Vedantes, Pernos de Cabeça e Colas de Motor. Este incremento á gama de motor na Cosimpor, permite cobrir ainda mais a gama de viaturas circulantes em Portugal, quer sejam europeus ou asiáticos, ligeiros ou pesados, industria e o sector de compressores.

NA COSIMPOR

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NOTÍCIAS Novo Verniz 420 Autoclear LV

Moonlight na linha da frente na formação

Está em processo de renovação contratual entre a Formoprojectos e Mazda Corporation (Japão) a utilização de um sistema de gestão da formação com um módulo de e-learning totalmente desenvolvido pela empresa Moonlight do Grupo Formoprojectos. Desde 2004 que a gestão da formação automóvel de diversas filiais da Mazda Motor Europe é desenvolvida a partir de uma aplicação informática do tipo LMS (Learning Management System) de nome STA (Standard Training Administration) inteiramente desenvolvida pela Moonlight. Os países que utilizam a aplicação são Portugal, Espanha, França , Itália, Inglaterra, Suíça, Noruega, Suécia, bem como a própria Mazda Motor Europe. Em reuniões de trabalho desenvolvidas recentemente nas instalações da Mazda nos Emiratos Árabes - Dubai entre o Director do Grupo Formoprojectos Eng. Zózimo da Fonseca e os responsáveis Mazda da formação técnica a nível mundial com excepção da Europa e Norte América, foi acordado estender o sistema de gestão da formação a todas as filiais espalhadas pelos quatro A – América do Sul, África, Ásia e Austrália. Informações sobre o sistema podem ser obtidas directamente no site www.formoprojectos.pt.

RepXpert já triunfa em Portugal

da

Sikkens

A Sikkens acaba de lançar no mercado português, o novo Verniz 420 Autoclear LV, estando já disponível na gama de produtos Sikkens. O Autoclear LV, para além de ser um produto avançado tecnologicamente, destaca-se por deter diversas e importantes características. A primeira é o cumprimento com a legislação VOC, sendo um produto que respeita o meio ambiente. Trata-se também de um verniz fácil de preparar, apresentando um rácio de mistura 100:50:10, o que garante desde logo um menor consumo que os vernizes tradicionais. Garantindo uma boa aparência final, o novo Verniz 420 Autoclear LV é de fácil aplicação sendo também fácil de polir, apresentando uma rápida secagem (20 min./60ºC).

O RepXpert, o portal para as oficinas, lançado pelo Grupo Schaeffler, dá os primeiros passos em Portugal com grande sucesso. O conceito do RepXpert como portal específico para a oficina é o de uma plataforma B2B, um instrumento de profissional para o profissional. Patrocinado pela LuK, INA e FAG, o RepXpert é uma ferramenta essencial no dia a dia das oficinas. A melhor forma de definir o RepXpert é falar de uma ferramenta baseada em novas tecnologias, que proporciona à oficina a informação necessária para ser competitiva no actual ambiente de pósvenda automóvel.

Respondendo ao lema «Acabaram-se as perguntas sem resposta na oficina», esta informação técnica, completamente actualizada, abarca a transmissão, o motor, o trem de rodagem e a gestão de oficinas. A intenção é melhorar a competitividade da oficina e equiparar a informação disponível com a que têm as redes de oficinas dos construtores. E tudo isso com um sistema que poupa tempo e ajuda a evitar erros. Para se inscrever, a oficina apenas necessita de ter um computador com ligação à Internet e um navegador. A partir daí só tem que entrar na página Web www.repxpert.com e preencher os seus dados.



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Breves RECONHECIMENTO A Carsistema SA, importador dos sistemas de polimento Farécla, dos sistemas de abrasivos Mirka e das pistolas de pintura Sata, informou que esta suas representadas foram seleccionados pela Toyota internacional, como “Parceiro Preferencial” do seu programa de reparação e assistência pós-venda. Como “Parceiro Preferencial”, a Toyota recomenda fortemente a utilização dos seus produtos pela sua rede de distribuição e de reparadores autorizados.

DE QUALIDADE

NOVO TITAN GT1 PRO C3

A Fuchs lançou no mercado um novo lubrificante sintético Premium, denominado Titan GT1 PRO C3 (SAE 5W-30), que se destina aos novos e modernos motores de veículos ligeiros equipados com filtros de partículas. O TItan GT1 PRO C3 (SAE 5W-30) tem como principal finalidade a possibilidade da racionalização dos produtos utilizados nas oficinas auto. Este novo lubrificantes cumpre as especificações ACEA C3, ACEA A3/B4, MB 229.51, VW 504.00 / 507.00 e Renault.

NOVA FÁBRICA TRW NA ESLOVÁQUIA

Uma nova unidade produtiva, situada na localidade eslovaca de Bytca, foi inaugurada pela TRW, visando dar resposta a uma procura crescente dos países do Leste Europeu.

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NOTÍCIAS Blue Print LIVE!

O especialista em peças para veículos coreanos e japoneses, Blue Print, possui um catálogo inovador que espelha o conceito de marca alternativa às peças de marca automóvel. O serviço de catálogo Blue Print Live! - disponível na internet - do especialista em peças para veículos coreanos e japoneses, Blue Print, já entrou no quotidiano de muitos clientes da marca e provou ser uma ferramenta de vendas significante para os utilizadores. O serviço providencia toda a informação electrónica do catálogo da marca e dá ao utilizador acesso às mais recentes referências de aplicação. Este serviço está disponível 24 horas por dia, 7 dias da semana, inclui imagens de produto, inquérito de disponibilidade de stock, possibilidade de criar um cesto de encomendas e enviar encomendas de emergência para o Departamento de Vendas. Os utilizadores também podem consultar encomendas feitas anteriormente. Além disso, possibilita que novas referências consideradas exclusivas do representante da marca automóvel fiquem regularmente disponíveis para o mercado independente de peças. Com efeito, uma das opções mais apreciadas é o facto de proporcionar a todos os seus usuários a facilidade de cederem informações sobre as peças que gostariam de ver incluídas no catálogo. Desta forma é possível à Blue Print adaptar o seu stock às necessidades do mercado. A Blue Print assume-se assim como uma excelente alternativa ao distribuidor oficial, mesmo nas peças de substituição menos comuns. Mais informações em www.blueprint-adl.co.uk/pt

Novo

A Robert Bosch e a MAHLE GmbH concordaram em estabelecer uma joint venture de 50% cada para o desenvolvimento, fabrico e comercialização de turbo compressores de gases de escape. Está planeado iniciar a joint venture em abril de 2008. A companhia que será denominada "Bosch Mahle Turbo Systems", ficará com a sua sede em Estugarda. Os parceiros planeiam trabalhar juntos para o desenvolvimento e fabrico de turbo compressores para motores a gasolina e diesel, e para os comercializar em todo o mundo. A produção em série está prevista ter início em 2010. A criação da joint venture ainda está sujeita a aprovação pelas autoridades anti-monopólio. Como parte do conceito de motores mais pequenos no futuro, os turbo compressores de gases de escape são uma das tecnologias chave para se alcançar um corte no consumo de combustível e emissões de CO2.

De Beer Berothane Série 3000

Desde Fevereiro de 2008, que a De Beer Refinishes disponibiliza em Portugal o seu sistema de repintura 2K HS VOC 420, o sistema Berothane Série 3000. Constituído por apenas 16 cores de mistura das quais 15 são disponibilizadas em latas de 1 litro e apenas 1 (Branco) em 3,5 litros, este sistema é capazes de fazer todas as

Joint Venture Bosch e MAHLE

cores lisas do mercado proporcionando uma enorme poupança para a oficina devido ao baixo investimento em cores de mistura e a uma espectacular rotação de stock. O sistema De Beer Berothane Série 3000 VOC 420 mistura-se à razão 2:1 com os endurecedores De Beer HS VOC 420 8-30 (Muito Rápido); 8-40 (Rápido) e 8-50 (Normal) disponíveis

em 0,5; 1 ; e 2,5 litros. Posteriormente deverá ser adicionado à mistura o aditivo Balancer num mínimo de 15% e num máximo de 30%. A Série 3000 da De Beer caracteriza-se por ter um excelente poder de cobertura e fidelidade de cor. O sistema De Beer Berothane Série 3000 HH VOC 420 vem completar o programa VOC cumpridor da De Beer que já contava com a Waterbase Série 900 e com o Verniz HS VOC 420 8-204.



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Breves CAMPANHA EUROPEÇAS

A Europeças tem a decorrer uma promoção de escovas limpavidros Bosch que estará em vigor até final de Março. Esta promoção acumula com a campanha iniciada no início de Fevereiro com desconto adicional, proporcionando assim vantagens para os clientes Europeças, não só em termos de vantajosas condições comerciais para compra destes artigos, mas também brindes para facilitar o respectivo «sell-out», potenciando um maior volume de vendas.

UFI NO NOVO TIGUAN

A UFI Filters é o fornecedor do filtro de gasóleo que foi especificamente concebido para proteger o sistema de injecção do motor diesel do novo Volkswagen Tiguan. O TDI do Tiguan é common rail, sem bomba-injectora, sendo por isso menos ruidoso e graças à injecção directa com tecnologia piezoeléctrica, gere melhor o fluxo de gasóleo, minimizando as emissões. O filtro corresponde à referência. UFI 26.007.00 e à referência SOFIMA S 6007 NE (referência OE VW 3C0127434).

10 MILHÕES DE VOLANTES ZF

Desde que começou a ser produzido, no ano de 1999, o volante de duas massas ZF Sachs já atingiu o total de 10 milhões de unidades fabricadas. Mais de 60 modelos de carros de todo o mundo montam de origem os volantes bimassa ZF Sachs.

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NOTÍCIAS Brembo entra nos kits de maxilas

A Brembo iniciou a produção de novos produtos que até agora estavam arredados do seu portfolio de travagem. Uma dessas novidades será comercializada pela Auto Silva Acessórios a partir de Fevereiro de 2008: Kits de Maxilas para travões de tambor. Deste modo, a Brembo passa a propor uma solução completa para travões, oferecendo discos, pastilhas, tambores e kits de maxilas. A montagem dos kits para travões de tambor é simples e todas as peças necessárias estão incluídas na caixa: maxilas, cilindros, sistema de compensação automática, molas e lubrificante. Numa única embalagem, o instalador tem ao seu alcance tudo aquilo de que necessita para um trabalho eficaz e rápido, com um nível de segurança do sistema de travagem também assegurado pela utilização de componentes todos eles novos”.

DuPont Refinish associa-se a LTI Vehicles

LTI Vehicles nomeou a DuPont Refinish como seu fornecedor principal, para todas as reparações de pós-venda de pintura dos seus veículos. O âmbito do acordo contempla a utilização de Cromax®, bicamada base água, da DuPont Refinish, para igualar de maneira rápida e fácil, todas as cores saídas de fábrica, e não só a cor preta reluzente pela qual os táxis londrinos são famosos. O anúncio deste acordo chega meses após a DuPont CoatingSolutions ter sido nomeada fornecedor da LTI Vehicles, para abastecer com cores, vernizes, serviços e apoio técnico na própria linha de produção em Coventry, Reino Unido, onde são fabricados os táxis. A LTI Vehicles fabrica cerca de 3.000 táxis por ano, sendo que cerca de 65 por cento desses táxis utilizam a tradicional cor preta do táxi londrino. Embora predominantemente fabricados para o mercado britânico, a LTI Vehicles expandiu o seu mercado para outros países da Europa e até mesmo para a América do Norte.

Elefante Azul compra 35 áreas de lavagem

A companhia de distribuição Carrefour chegou a um acordo com o Elefante Azul, a maior rede europeia de centros de lavagem de veículos a alta pressão, segundo o qual a empresa compra 35 zonas de lavagens que o Carrefour possui repartidas por toda a França. O acordo foi produzido após um estudo detalhado do Carrefour a diversas propostas oferecidas por várias empresas especializadas em lavagens de veículos. A companhia decidiu finalmente optar pelo Elefante Azul, líder no sector com mais de 800 centros repartidos pela Europa e presente no país galo desde 1973. O Carrefour destacou como principal motivo no momento de escolher o Elefante Azul, o rigor e a credibilidade da marca, que desenvolve com êxito desde há mais de vinte anos o conceito de centro de lavagem como uma actividade especializada e independente de qualquer outra. Desde sempre privilegiou a qualidade do sistema de lavagem e o compromisso que a companhia revela pelo meio ambiente. O Elefante Azul conta com um sistema de água pulverizada que permite reduzir o consumo de água até 50-60 litros por lavagem, trabalhando em conjunto e exclusivamente com o próprio sabão da marca, 90% biodegradável.



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Breves REUNIÃO TÉCNICA DA HEMAUTO

Realizou-se no passado dia 9 de Fevereiro a XIII Reunião Técnica Hemauto, na Quinta do Mosteirô – Sande, com a presença de cerca de 70 convidados. Mais uma vez a Tomarpeças associou-se a esta excelente iniciativa em conjunto com os Grupos Schaeffler (LuK / INA / FAG), Honneywell (Bendix / Jurid) e com a Repsol. De realçar a excelente organização da Hemauto que, na pessoa do Sr. Hernâni, conseguiu conciliar o aspecto técnico da reunião ao aspecto lúdico, tudo envolto numa das mais bonitas paisagens nortenhas.

BLUE PRINT A Blue Print, especializada em veículos Japoneses e Coreanos já tem disponível grande parte das peças para os modelos Daewoo Kalos, Hyundai Getz, Mazda 2 e Toyota Yaris, que já contam com mais de 18.000 unidades vendidas. O departamento de produto, devido ao seu trabalho de pesquisa permite à Blue Print comercializar em primeira-mão referências que inicialmente são exclusivas da origem.

COM PEQUENOS ASIÁTICOS

CHICAGO PNEUMATIC COMPRA A KTS

O principal fabricante japonês de ferramentas manuais pneumáticas, a empresa KTS Co Ltd, com sede em Tóquio, foi absorvido pela divisão automóvel da Chicago Pneumatic, tendo em vista o mercado asiático de manutenção de veículos. A gama de produtos KTS inclui a marca Power Magnum, popular no Japão e noutros países asiáticos. Infraestruturas de produção e a equipa de vendas da KTS servirão de base à penetração da companhia norte-americana no mercado japonês.

TELEATLAS COMPATÍVEL O novo aparelho de navegação pessoal Geosat 6 TV estará equipado com dados cartográficos fornecidos pela Tele Atlas, empresa especializada em cartografia digital para aplicações da Internet e dispositivos inalâmbricos. O Geosat 6 TV é apresentado como um produto " tudo em um ", oferecendo a televisão digital terrestre (DVB-T), televisão para receptores portáteis (DVB-H), navegação em rede e telefone GSM de branda tripla e funções de reprodução multimédia.

COM NOVO GEOSAT 6 TV

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NOTÍCIAS Sogefi

SIVA ATEC

alerta para filtros falsos

O Grupo Sogefi, proprietário dos filtros Purflux, alertou em comunicado para o perigo dos filtros de óleo oriundos de cópias piratas. Chama a tenção para a qualidade dos filtros como elementos responsáveis pela longevidade dos motores e para o facto de os distribuidores poderem estar sujeitos também eles a sanções jurídicas se apanhados a comercializar filtros contrafeitos. Além dos vários componentes dos filtros de imitação possuírem um desempenho bastante aquém dos originais, a sua durabilidade também é bastante inferior comparativamente aos filtros sem alterações, que obedecem a anos de pesquisa e desenvolvimento.

e assinam protocolo de cooperação

A SIVA e a ATEC acabam de assinar um Protocolo de Cooperação que irá permitir o desenvolvimento conjunto de projectos na área da formação, potenciando a qualificação profissional e a empregabilidade de jovens técnicos. Dando execução a este acordo, foram já definidos os termos em que decorrerá a primeira colaboração entre as duas entidades, no programa de formação de Técnicos de Mecatrónica Automóvel. Destinado a jovens com o 9º ano de escolaridade, este curso promovido pela ATEC tem a duração de 3 anos e confere o Nível III de qualificação profissional e a equivalência ao 12º ano de escolaridade.

Liqui Moly com vendas recorde

As curvas de crescimento do fabricante de aditivos de combustível e de lubrificantes, sprays de manutenção e lubrificantes, LIQUI MOLY, assim como da companhia do mesmo Grupo, MÉGUIN, ambas da Alemanha, registaram uma boa subida no ano fiscal de 2007. O Grupo gerou vendas acumuladas de 210,3 milhões de Euros - um número recorde e um aumento de mais de 18 por cento relativamente ao ano anterior. Esta subida acentuada está também reflectida no número de empregados. Em Dezembro último, o Director Geral e proprietário de ambas as companhias, Ernst Prost, deu as boas vindas ao 400.º colaborador. O negócio fora das fronteiras da terra de origem evoluiu também favoravelmente e continuará a expandir-se em 2008 com novos projectos na Índia. De acordo com Ernst Prost, “preços a $100 e mais por um barril de crude tornaram o desenvolvimento mais difícil”. Mas acrescenta: "Estamos a crescer consistentemente e de uma forma muito programada, sem quaisquer pressas". Recentemente a Liqui Moly implementou-se directamente em Portugal. Tel.: 243 77 00 69.

Ao abrigo do protocolo agora celebrado, as Concessões Audi, Skoda, Volkswagen e Volkswagen Veículos Comerciais ampliarão as oportunidades de qualificação profissional dos jovens através da identificação dos candidatos à frequência do curso e respectivo encaminhamento para a ATEC. Por outro lado, os formandos da ATEC terão um primeiro contacto com o mercado de trabalho nas instalações dos Concessionários das Marcas automóveis representadas pela SIVA, onde realizarão os estágios profissionais incluídos no curso, correspondentes aos módulos de Prática em Contexto Real de Trabalho e Formação Prática na Empresa.

EGEO SGPS

BP:

investe em unidade de regeneração de óleos

5.ª descoberta de petróleo no Bloco 31 Angola

Doze milhões de euros é o valor que a EGEO SGPS vai avançar para o investimento inicial de uma unidade de regeneração de óleos usados a arrancar, segundo as previsões da empresa, até final do próximo ano. Com recurso às mais modernas tecnologias, a unidade vai ser construída na Zona Centro do país. A EGEO SGPS detém 100% do capital das empresas AUTOVILA, ECOSOCER e IPODEC. Em resultado de um historial já longo e de um currículo de referência na recolha e tratamento de Óleos Lubrificantes Usados no nosso país, a sua participada AUTOVILA tem vindo a desenvolver, desde 2003, um importante conjunto de estudos tendo em vista proceder a uma correcta avaliação quanto às necessidades relativas à construção de uma unidade de Regeneração de Óleos Usados. Face aos resultados positivos e às expectativas criadas e confirmadas por esses estudos, segundo os quais se afigura como perfeitamente viável a construção de uma unidade deste subsector em Portugal, a empresa anuncia agora a decisão de, já no último trimestre de 2009, arrancar com a referida instalação.

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol EP) e a BP Exploration (Angola) Limited, anunciaram mais uma descoberta de petróleo em águas ultra profundas, Bloco 31, na costa de Angola. O Portia, como é denominado o poço, é a quinta descoberta que a BP perfurou no Boco 31. O poço está localizado a aproximadamente sete quilómetros a norte da descoberta Titania e a 10,5 quilómetros sudoeste do campo Plutão.O Portia foi perfurado numa profundidade de água de 2012 metros, cerca de 386 quilómetros a noroeste de Luanda e alcançou uma profundidade total de 5678 metro TVD abaixo do nível do mar. O poço de exploração foi perfurado através do sal até alcançar o reservatório por baixo. Os testes dos testes ao poço confirmaram a capacidade de produção do reservatório de mais de 5000 barris por dia sob condições normais de produção.



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Breves DANA PRONTA Tal como outros grandes fabricantes de componentes para a indústria automóvel, também a Dana Automotive foi apanhada de surpresa pela queda da produção de veículos nos EUA, tendo passado recentemente por um período de reorganização financeira e corporativa. Esses tempos parecem agora ultrapassados, graças ao financiamento de 2 biliões de US dólares, conseguido junto de várias entidades de crédito, entre as quais o Citigroup Global Markets, Lehman Brothers e Barclays Capital. Recorde-se que os principais clientes da Dana são empresas do sector automóvel (85% do volume de vendas), dependendo fortemente da evolução da indústria automóvel global. Para ultrapassar a situação de falência técnica, a Dana teve que reduzir os seus custos em 440 milhões de US dólares em 2006 e em 475 milhões no ano seguinte, o que implicou o fecho de seis fábricas e a alienação de outras. A empresa está assim no bom caminho para regressar aos seus bons velhos tempos. Curiosamente, esta boa notícia segue-se cerca de um mês após outro grande fabricante de componentes automóvel, a Federal Mogul, ter igualmente superado um período de reequilíbrio, o que poderá significar a recuperação da indústria automóvel norte-americana que todos desejam.

PARA ARRANCAR

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NOTÍCIAS Toyota

Parrot Minikit

O novo Parrot Minikit é um kit de mãos livres Bluetooth que incorpora algoritmos de tratamento de sinal de última geração, assim como um speaker de 2W de alta qualidade para uma conversação clara em todas as situações. Encaixa na perfeição na pala de protecção solar do veículo e, graças às suas reduzidas dimensões e peso, pode levá-lo para qualquer lado dentro do bolso. Tem uma bateria integrada que oferece uma autonomia de 10h em conversação e mais de uma semana em modo de espera. O Minikit aceita comandos de voz (máx. 150 contactos de voz) que funcionam com total independência do telemóvel para maior segurança ao volante. Como todos os modelos da Parrot, o Minikit funciona com todos os telemóveis com tecnologia Bluetooth, ou seja, é universal. A Parrot Iberia SL abriu recentemente a sua subsidiária em Portugal numa clara aposta num mercado em franco desenvolvimento. Mais informações em www.parrot.com/es

volta a inovar na segurança automóvel

A Toyota desenvolveu uma nova função para o sistema de segurança Pré-Crash – uma novidade mundial - que permite determinar se os olhos do condutor estão devidamente abertos. Com esta nova tecnologia, aliada aos sistemas actualmente disponíveis de reconhecimento da direcção da face do condutor, a marca espera contribuir significativamente para uma redução do risco de colisão.

O sistema de monitorização dos olhos, previsto para os próximos modelos a lançar no Japão, utiliza uma câmara direccionada para a face do condutor e um processador de imagem, permitindo a um computador avaliar a posição das pálpebras. Se o sistema de segurança Pré-Crash determinar que existe a iminência de uma colisão e se os olhos do condutor não estiverem suficientemente abertos – ou através da tecnologia actual, se o condutor não estiver com a face voltada para a frente – produz antecipadamente um alerta.

AutoSueco inaugura nova concessão Fiat

A AutoSueco Automóveis inaugurou uma nova concessão FIAT em Lisboa, localizada na Rua José Estevão, junto ao Jardim do Constantino, o novo espaço Fiat da cidade de Lisboa reúne todas as condições para prestar serviços de venda e após-venda da mais elevada qualidade, na linha da tradição dos serviços prestados pelas empresas do Grupo AutoSueco. O novo stand de vendas tem uma área de 350 m2, disponibilizando os produtos

das gamas Fiat e Fiat Professional. A partir do próximo mês está já prevista a abertura de um stand exclusivo para os veículos comerciais da marca italiana. Relativamente ao após-venda as instalações oficinais da Auto Sueco Automóveis, dispõem de 7 postos de atendimento, com uma área total de 1270 m2, prestando serviço de assistência aos automóveis ligeiros e comerciais. Quanto aos horários de funcionamento a área oficinal funcioPUB

nará de 2ª a 6ª das 08h00 às 17h00 e o stand de 2ª a 6ª das 09h00 às 19h30 e ao Sábado das 9:00 às 14:00 Horas.



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AMBIENTE Valorcar

Dar sentido aos Veículos em Fim de Vida A

A Valorcar é a única entidade gestora em Portugal a coordenar toda a actividade de desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV). A Rede Valorcar tem 34 centros autorizados e uma capacidade instalada de 130 mil VFV por ano. Uma das suas preocupações é o mercado de sucateiros ilegais.

Valorcar é um projecto que teve o seu início em 2005 e nesse ano o número de empresas licenciadas para o desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV) era de apenas três. “Hoje possuímos uma rede com 34 centros autorizados, o que constitui uma subida exponencial”, referiu Ricardo Furtado, Director Geral da Valorcar. “Além disso, o processo de cancelamento de matrículas fazia-se independentemente do veículo ter sido abatido ou não. Logo, também não havia estatísticas do número de veículos desmantelados”. No primeiro ano de estatística oficiais o abate de veículos foi de 6500 unidades, tendo esse número subido para vinte mil em 2006 e atingidos os cerca de 45 mil veículos desmantelados em 2007. “Nós organizámos uma rede de centros de abate de VFV por todo o país onde é feita a gestão desses veículos sob dois pontos de vista: - Ambiental (cumprindo as regras comunitárias e a legislação específica), exigindo-se que em cada veículo sejam realizados um conjunto de operações para encaminhar adequadamente os materiais desmontados; - De controlo, sendo que o centro de abate fica não só com o veículo como também com os seus documentos, emitindo simultaneamente um documento oficial denominado Certificado de Destruição que é o comprovativo de que aquele veículo foi entregue para abate num centro autorizado. O centro de desmantelamento fica então encarregue de cancelar o registo de matrícula no IMTT e Conservatória. Fecha-se assim um ciclo”, explicou Ricardo Furtado. A obrigatoriedade de abate de VFV existe desde 2000. Mas o que se passava é que havia desconhecimento das pessoas e não havia locais nas proximidades de todas

No final de 2007 a rede Valorcar integrava 34 centros. Estes centros encontram-se distribuídos por 15 distritos de Portugal Continental (mais 7 do que em 2006): Aveiro; Braga; Bragança; Castelo Branco; Coimbra; Évora; Faro; Leiria; Lisboa; Porto; Santarém; Setúbal; Viana do Castelo; Vila Real e Viseu.

Valorcar Soc. Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda. Sede: Av. Torre de Belém, 29 1400-342 Lisboa Director Geral Ricardo Furtado Telefone: 21 301 17 66 Fax: 21 301 17 68 E-mail: ricardo.furtado@valorcar.pt Internet: www.valorcar.pt

Tendo em conta os resultados globais, verificou-se que em 2007 a rede Valorcar superou as metas de reutilização/reciclagem e de reutilização/valorização previstas na legislação nacional e comunitária (80% e 85%, respectivamente), tendo registado valores de 81,7% e 85,7%, respectivamente.

as populações. “Por lei o proprietário do veículo tem de proceder ao seu abate num centro licenciado. Além disso, a partir deste ano, com a entrada em vigor do Imposto Único de Circulação, existe uma penalização se o não fizer, isto porque o Imposto Único de Circulação só é cancelável se o proprietário proceder à transferência de propriedade ou se o entregar para abate num centro licenciado”. Ou seja, se o proprietário abandonar o carro ou se o entregar a um sucateiro ilegal, não vai conse-

guir cancelar o registo e a matrícula, continuando a pagar o imposto todos os anos. Hoje existem 34 centros autorizados de desmantelamento e cerca de 130 mil VFV por ano de capacidade instalada e a rede continua em expansão. “Queremos que no futuro a rede esteja adequada do ponto de vista da distribuição geográfica para que seja cómodo a todas as pessoas, independentemente do local onde se encontrem, a entrega do seu carro, além disso a Valorcar preocupa-se com a concorrência ilegal e desleal dos sucateiros”, sublinhou Ricardo Furtado. Para combater essa desigualdade dos ilegais, a Valorcar contribuiu para a implementação do Imposto Único de Circulação no figurino que existe actualmente. “Com isto tentamos estrangular a matéria-prima para os sucateiros ilegais, limitando-se a sua actividade, uma restrição que contribuirá para os trazer para o licenciamento como está previsto na Legislação”. Além disso, a Valorcar tem denunciado muitos casos de sucateiros ilegais. “Se estamos a montar uma rede licenciada que cumpre as regras não podemos pactuar com a concorrência desleal”, referiu o Director Geral da Valorcar. A actividade da Valorcar está centrada no Continente mas este ano querem expandir-se às regiões autónomas dos Açores e Madeira. Mas pelo facto da Valorcar não estar presente nas regiões autónomas não significa que não hajam destinos adequados nessas zonas do país para o depósito de VFV.

TAXAS DE REUTILIZAÇÃO/RECICLAGEM E REUTILIZAÇÃO/VALORIZAÇÃO ATINGIDAS NA REDE VALORCAR EM 2007 VFV Processados Nº total VFV Massa Média (kg/VFV) Massa total (kg)

2007 44.892 871 39.114.406 Reutilização (Kg) Reciclagem (Kg) Val. energética (Kg) Materiais desmantelados Baterias 673.380 Catalisadores 4.204 Filtros 19.736 Fluido travões 9.988 1.149 Líquido de refrigeração 28.450 Óleos 145.83 16.781 Pára-choques 201.988 Pneus 368.070 651.024 327.667 Vidros 1.010.430 Outros componentes n/metálicos 187.022 Materiais fragmentados Metais Fe fragmentados 25.776.394 Materiais n/Fe fragmentados 2.894.466 Resíduos de fragmentação 1.223.540 Materiais Total Taxa Reutilização / Reciclagem Taxa Valorização

583.542

31.387.462 81,7% 85,7%

1.569.137


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AMBIENTE Peças Reutilizadas: Os centros de desmantelamento autorizados podem vender peças usadas, mas não podem revender o veículo. As únicas peças que não podem vender são os airbags e os pré-tensores dos cintos de segurança. Além disso não podem vender o próprio chassis. Peças Recicladas: São 14 materiais/ /componentes que devem ser encaminhados para empresas de reciclagem, nomeadamente baterias, pneus, catalisadores, vidros, pára-choques, entre outros. Por reciclagem entende-se os materiais que transformados voltam a ser aplicados em diferentes situações. Por exemplo, o plástico dos pára-choques volta a ser refundi-

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do e aplicado no fabrico de mobiliário urbano. O vidro pode ser utilizado para produzir um material que confere o aspecto vidrado a peças de cerâmica. Existem neste momento 53 empresas que recebem o material a ser reciclado. Valorização energética: A valorização energética é a produção de energia a partir de elementos retirados do veículo. Isso acontece, por exemplo, com o óleo usado. Para cada veículo a lei exige o cumprimento de 80 por cento em peso de reutilização e reciclagem do carro e 5 por cento de valorização energética. Em 2015 a meta sobe para 95 por cento.

Actividade Valorcar em 2007 Em 2007 foi recebido um total de 44.892 VFV no conjunto dos centros de abate integrados na rede Valorcar. Este valor corresponde a um aumento de 124% face ao ano de 2006, durante o qual tinham sido recebidos 20.020 VFV. Consequentemente, também se registou uma evolução positiva ao nível das médias de entrega mensal e diária, que aumentaram para 3.741 e 173 VFV, respectivamente. Já o indicador relativo à origem dos VFV demonstra uma alteração de comportamentos assinalável: as câmaras municipais, que tradicionalmente eram a principal fonte dos VFV recebidos (leia-se veículos abandonados), foram ultrapassadas pelos VFV entregues directamente nos centros pelos seus proprietários (tanto ao abrigo do programa de incentivo como sem o ser). Ainda no que diz respeito à origem dos VFV, constatou-se que a simplificação do Programa de Incentivo ao Abate levou a que 2007 se revelasse como o melhor ano desde que foi criado o programa, com uma subida de 148% face ao ano de 2006. Registou-se um largo espectro de distribuição etária entre os VFV recebidos, com uma diferença superior a 40 anos entre o VFV mais novo e o VFV mais velho. Não obstante, a idade média dos VFV recebidos foi de 17,4 anos. No que diz respeito aos modelos entregues, verificou-se, há semelhança do ano passado, que o TOP10 foi claramente dominado por VFV de dimensão reduzida. Este facto justifica a baixa massa média dos VFV recebidos, que se quedou pelos 871 kg.

Ricardo Furtado, Director Geral da Valorcar, sublinha que “por lei o proprietário do veículo tem de proceder ao seu abate num centro licenciado”.

Materiais geridos no âmbito do sistema integrado Aos 44.892 VFV recebidos na rede Valorcar em 2007 corresponderam cerca de 40.000 toneladas de material para gerir. Neste ano, o número de intervenientes na cadeia de processamento dos materiais aumentou significativamente face a 2006, tendo os centros da rede aumentado de 15 para 34, os transportadores de 31 para 64 e os destinatários (empresas de reciclagem, etc) de 41 para 53. Em termos globais, a tendência de subida do peso médio dos VFV, subida esta que se saldou em 25 kg de 2006 para 2007, tem sido acompanhada por um reforço da quantidade de materiais que são reutilizados/valorizados. Dos 25 kg/VFV de aumento, 17 kg/VFV foram reutilizados/valorizados e apenas 8 kg/VFV foram eliminados. PUB


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FÓRUM Comércio de Peças de Marca em Portugal – Que Futuro?

Os argumentos

fortes do original

Notas de quatro actores que “jogam” no mercado das peças de marca, sobre um sector que vai conquistando terreno aos independentes.

Miguel Melo,

O

Director Geral MCoutinho Peças

Pedro Santos,

O

Gestor Unidade Peças Gamobar Peças

mercado evoluiu muito nos últimos anos e tem havido uma profissionalização crescente quer ao nível das peças de marca, quer ao nível das peças independentes, em termos comerciais, mas muito em termos logísticos, gestão de stocks e compras, gestão de armazéns e gestão de distribuição. Por outro lado, é um mercado extremamente agressivo, o que tem contribuído para a profissionalização dos vários intervenientes.

s grandes grupos estão a formar centrais de peças para conseguirem concentrar todas as marcas e haver uma partilha de custos, e dessa forma serão mais agressivos no mercado, proporcionando maior oferta e melhor serviço logístico.

- Alguns concessionários têm vindo a alargar o portfólio das marcas que vendem. Essa política traz a vantagem de poder diluir custos fixos, e funciona um pouco por patamares. Cada patamar que é preciso trabalhar obriga necessariamente a ter pessoas que façam a identificação das peças e aqui uma forma de diferenciação é logo no atendimento.

- Para os concessionários multimarca faz sentido venderem várias marcas. Temos que medir o mercado onde estamos inseridos e quais as necessidades dos clientes para que nos possamos adaptar e enquadrar. Em suma, é um caminho mas para os grupos multimarca, até porque em termos dos concessionários monomarca não me parece que haja esse esforço de aposta em várias peças de marca.

- É difícil avaliar se as peças de marca estão a conquistar mercado porque não existem dados publicados. O que nós sabemos fruto da relação que temos com as marcas é que o volume está a aumentar.

- A MCoutinho Peças trabalha exclusivamente peças de marca em que a qualidade das peças é inquestionável na medida em que são peças que equipam os veículos na origem.

- Existem no mercado peças que se fazem passar por peças de qualidade equivalente quando não são minimamente comparáveis. - A diferenciação passa por ter serviços de valor acrescentado, que vão muito além da entrega das peças, que libertem a oficina independente de tudo que tenha a ver com este capítulo, inclusive em questões de diagnóstico e técnicas em termos gerais. A diferenciação de serviços passará muito pela questão da logística.

- Penso que as peças de marca se estão a consolidar no mercado. Não há dados que nos permitam mesurar essa quantificação, apenas podemos dizer que a Gamobar Peças também tem registado crescimentos. As marcas têm dado um importante apoio, têm efectivamente consolidado o mercado através de campanhas agressivas e a comunicação tem sido cada vez mais eficiente.

- Os importadores de peças de origem já começam a ser mais agressivos nas campanhas e nos preços para poderem acompanhar e combater as peças de qualidade equivalente.

- O cliente ficou a ganhar com esta classificação, mas ainda não há por parte dos concessionários a disponibilidade dos dois tipos de peças: original e de qualidade equivalente. - Em termos de cultura geográfica, temos que ser cada vez mais precisos e alargar a nossa cobertura, ter uma logística eficiente, tentar numa única entrega disponibilizar o maior número de marcas para se minimizar o custo de transporte.

António Calvário,

A

Inventory Control e After Sales Nissan Ibéria

H

Sara Bravo,

Directora de Peças e Serviços Fiat Group Automobiles Portugal

distribuição das peças de marca tem evoluído em termos de eficácia e tem assistido ao aparecimento de grupos fortes na área da distribuição, com vectores muito agressivos tanto a nível de preços como a nível da logística. Efectivamente, as marcas hoje estão a reagir fortemente, tendo as suas políticas comerciais o objectivo de melhorarem cada vez mais a eficácia da distribuição.

oje há uma grande aposta por parte das marcas ao nível da comunicação. E também ao nível da formação comercial de equipas de vendedores que também não se verificava num passado relativamente recente. Há também uma preocupação muito grande com o posicionamento dos preços. Há a grande preocupação de se ser rápido e eficaz, de ter a peça certa no momento certo.

- Eventualmente pode haver marcas com volumes que tornem as concessões autosuficientes em termos de uma marca. Como muitas marcas partilham o mercado, a tendência de facto vai ser o multimarca. Em termos de peças de marca não considero que o conceito multimarca seja concorrencial intermarcas.

- Concessionários a venderem peças de várias marcas automóveis faz todo o sentido. No entanto, do ponto de vista da marca eu considero que o nível de especialização e desenvolvimento do vendedor que trabalha várias marcas nunca é igual para todas elas. Além do nível de especialização, o stock também é muito importante. A diversidade de stock de um concessionário monomarca é muito maior na marca em que é especialista do que um concessionário multimarca.

- O utilizador da viatura dá grande valor à proximidade e as marcas automóveis não conseguem ter oficinas em cada bairro ou rua. Portanto, aí em termos de quota de mercado o esforço vai também no sento de marcarem uma presença forte no mercado independente.

- O conceito de peças de qualidade equivalente devia passar a denominar-se “mais ou menos equivalente”. Quando comparamos peças de origem não temos grandes diferenciais de preços, mas em muitas outras situações as diferenças de preços são de facto esmagadoras. Este conceito devia ser bem mais esclarecido. Quem é que define se é qualidade equivalente ou não? - A “guerra” da distribuição vai basearse na eficácia da logística. A rapidez e a disponibilidade, porque hoje em muitas situações o cliente não quer saber tanto do preço mas sim do serviço, e aí será grande a aposta. Acho que toda a gente está a alterar os procedimentos de encomenda, aumentando a sua frequência.

- Enquanto marca temos verificado que a nossa quota de mercado está a evoluir. A nível do parque circulante, de 2006 para 2007, evoluímos de 47% para 52%, o que é bastante significativo em termos de quota. Eu acho que resulta, por um lado, do trabalho que é feito em termos das redes.

- A introdução dos conceitos peça de origem e peça de qualidade equivalente de alguma forma assustou os operadores de marca numa fase inicial. O que acabou por acontecer é o facto de ninguém conseguir comprovar o que é qualidade equivalente. E portanto o que acaba por acontecer é a coisa mais tranquila para todos, isto é, a aposta no original, por via das dúvidas, porque aí não há riscos. - Relativamente ao prazo de pagamento das peças, normalmente são praticados prazos bastante alargados e a tendência é continuarem a aumentar.



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EMPRESA Deutsch-Motor

Especialização assumida A

A Deutsch-Motor é uma oficina independente, especializada em veículos BMW, que aposta na exclusividade e nos serviços como forma de se diferenciar.

laborar desde Maio de 2007, a Deutsch-Motor resulta da aposta do empresário António Soares Ortega, que já antes se dedicava ao sector oficinal. Um dos aspectos claramente diferenciadores nesta oficina é a sua exclusividade na manutenção / reparação dos produtos BMW, explicando o mesmo responsável que “como não podemos ser bons em tudo, apostámos em ser exclusivos BMW. Mais vale a especialização num determinado aspecto e vocalizarmo-nos nele, pois o mercado automóvel é cada vez mais exigente, do que dispersarmos a actividade por várias marcas”. Apesar de ser uma oficina independente, na Deutsch-Motor está em desenvolvimento o processo de candidatura como reparador independente BMW, frequentando os seus técnicos, regularmente, o novo centro de formação da marca alemã em Oeiras. “A formação técnica e não técnica é uma das nossas grandes apostas, quer para quem entra na empresa, quer para quem já colabora connosco”, acentua António Soares Ortega, que também já esteve ligado oficialmente à marca alemã, assim como alguns dos seus técnicos (alguns deles com 20 anos de experiência na marca), tendo neste momento a decorrer o processo de certificação segundo regras da própria BMW. Com cerca de 400 clientes em carteira, o Director-Geral da Deutsch-Motor, considera que o sucesso da aposta numa oficina especializada se deve também ao desenvolvimento de outro tipo de serviços, que são uma mais-valia para os clientes. “Temos duas pessoas, que de manhã e à tarde, se deslocam junto do cliente, trazem o carro para se fazer a manutenção

Deutsch-Motor Sede: Rua Agualva dos Açores, nº3A 2735-557 Agualva-Cacém Director-geral: António Soares Ortega Telefone: 210 993 550 Fax: 214 312 079 E-mail: a.ortega@deutsch-motor.com Internet: www.deutsch-motor.com

nas nossas instalações, enviamos o orçamento primeiro, e a factura no final, por e.mail, sendo o carro de novo entregue ao cliente”, revela António Soares Ortega adiantando que a ideia é “agilizar ao máximo a vinda à oficina, deixando o cliente de ter essa preocupação. A maioria dos nossos clientes recorre a este serviço”. Na opinião do Director-Geral da

Deutsch-Motor, o lema da empresa passa por “não fazer muitas manutenções ou reparações, mas sim as necessárias que nos permitam manter a nossa qualidade e rentabilidade”. Dispondo de meios, formação, equipamentos e técnicos especializados BMW, a Deutsch-Motor aproxima-se muito de uma oficina oficial da marca alemã, mas

Organização Deutsch-Motor Ocupando uma área de 1.400 m2, dos quais 1.000 m2 são cobertos, na Deutsch-Motor trabalham ao todo oito pessoas (cinco mecânicos). Na entrada da oficina, embora separada desta, existe uma recepção e uma sala de espera, sem esquecer a exposição de alguns acessórios AC Schnitzer. Já no interior da oficina, o espaço é amplo, existindo do lado esquerdo bancadas de reparação e a zona de assistência a motos, seguindo-se todos os equipamentos para a manutenção, reparação e transformação dos carros (elevadores, máquinas de diagnóstico, etc). Ao fundo encontra-se um pequeno armazém de peças, com um stock mínimo para abastecer a oficina, No interior da oficina, existe ainda uma baia de lavagem de veículos.

A Deutsch-Motor é uma oficina independente especializada em veículos BMW, trabalhando tanto o automóvel como as motos

existem diferenças, não na manutenção programada, mas sim “na forma como ouvimos o cliente para lhe resolver aquele problema que não estava programado. Por outro lado o nosso preço de mão-deobra é mais baixo”. Salvo raras excepções, nomeadamente quando o cliente pede, a Deutsch-Motor monta no carro dos seus clientes peças originais, através de um contrato que existe com um concessionário BMW para o fornecimento dessas peças. Contudo, nesta oficina não se faz só a montagem de peças novas mas, em alguns casos, são feitas também reparações de peças usadas, onde por vezes a diferença está “entre o cliente pagar 100 euros, pela reparação da peças, ou pagar 2000 euros, se a peça for nova”, refere António Soares Ortega. Exceptuando os serviços de chapa e pintura, como também os dos pneus, recorrendo nestes casos a parceiros, a Deutsch-Motor efectua todo o tipo de serviços que uma oficina pode oferecer. Muito importante para a Deutsch-Motor, foi também o contrato que a empresa assinou com a AC Schnitzer, passando a ser importador para Portugal desta marca. “A nossa aposta não era só fazer a manutenção programada e a reparação dos BMW´s, mas também fazer a sua transformação, através de um tuning oficial de excelência", afirma António Soares Ortega. Refira-se que a Deutsch-Motor não faz manutenção a carros com menos de dois anos, algo que irá mudar quando for reparador oficial, sendo por outro lado uma oficina que se dedica à manutenção e reparação de motos BMW. Olhando para o futuro, o responsável por esta oficina diz que o objectivo “espero que seja a curto prazo” é abrir mais oficinas Deutsch-Motor noutros locais da grande Lisboa.



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PRODUTO 3550S HS, 3800S, Imron, três estrelas, um denominador comum: Qualidade

Soluções inovadoras,

aplicações simples A

Novos produtos Dupont para aplicações simples e eficazes. Na era da tecnologia, a Dupont dá mais um passo na satisfação das necessidades dos seus clientes.

Dupont baralha e volta a distribuir cartas do seu naipe. Os clientes agradecem as soluções disponibilizadas para jogadas de sucesso. A marca garante simplicidade e eficácia.

mente para todas as aplicações sobre grandes superfícies, o Imron® Traffic, e o Imron® Elite que tem a mais valia das apenas 1,5 demãos em vez das duas de mãos habituais, economizando produto e tempo, o que virá revolucionar o mercado de veículos comerciais. A versatilidade, qualidade e os bons resultados também fazem parte deste sistema, pois um vasto leque de componentes pode ser combinado utilizando uma só máquina de mistura de modo a concretizar qualquer trabalho em qualquer superfície. Além disso, todo o sistema é baseado numa tecnologia patenteada pela DuPont, permitindo assim resultados superiores e grande durabilidade em todo e em qualquer momento.

A sua ficha técnica pode ser consultada no website da DuPont Refinish.

Dupont 3550S HS O verniz 3550S HS (alto teor em sólidos) VOC é um dos últimos produtos de que a Impoeste/DuPont dispõe no seu portfólio para os seus clientes, um novo verniz que vem substituir o 3050S. O 3550S HS não só oferece uma aplicação fácil sem o risco de escorrimentos, como dá um aspecto melhorado graças à sua maior concentração de sólidos, podendo ser utilizado pelos pintores sem necessidade de treino especial. Segundo a marca, uma vez aplicado sobre a base de água Cromax®, oferece também um acabamento suave de grande durabilidade. O verniz 3550S garante ainda uma grande resistência química e às intempéries. Este produto é recomendado para pequenas reparações, painéis e reparações totais. PUB

Dupont 3800S Para oficinas que querem realmente um acabamento excepcional nas suas reparações, a Impoeste/DuPont recomenda um dos seus vernizes VOC, o 3800S HS (alto teor em sólidos). O seu maior benefício é o facto de permitir uma grande ajuda no aumento da produtividade.

Este verniz é muito fácil de aplicar, pois o risco de escorrimento é reduzido graças à resina patenteada que assegura uma excelente aplicação em apenas uma demão e meia. Segundo a marca, uma vez aplicado, o 3800S oferece uma durabilidade superior, uma óptima aderência e uma elevada retenção do brilho. Além disso, este verniz caracteriza-se por ser muito versátil, podendo ser aplicado sobre a base de água Cromax® e acabamentos OEM, podendo ainda ser usado em pequenas reparações, painéis e reparações totais. A sua ficha técnica pode ser consultada no website da DuPont Refinish. Dupont Imron A DuPont Refinish apresenta também uma nova Gama, o Imron® Fleet Line, que é um sistema avançado e muito completo de repintura que oferece máxima qualidade para a repintura de veículos comerciais. O Imron® Fleet Line proporciona aos pintores a possibilidade de eleger duas linhas de acabamento, construídas especial-

Impoeste S.A. Sede: Estrada Nacional N.º 8, km 44 2560-909 Torres Vedras Director Geral Luís Jorge Santos Telefone 261 337 250 Fax 261 337 271 Email luissantos@impoeste.pt Internet www.impoeste.pt



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EVENTO Cerimónia conta com ilustres convidados e muitos elogios

ATEC celebra 4.º

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Na celebração do seu 4.º aniversário, a ATEC promoveu nas suas instalações de Palmela um debate subordinado ao tema “O Futuro da Formação Profissional”, que contou com um naipe de oradores de primeira linha. Vencer os desafios da qualificação tem sido o contributo da ATEC nestes 4 anos de existência.

celebração dos 4 anos da Academia de Formação ATEC, contou com um debate com intervenções de Fernando Medina, Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Julius von Ingelheim, Director de Recursos Humanos da Volkswagen Autoeuropa e Presidente do Conselho de Administração da ATEC, Gerd Heuss, Presidente do Conselho Consultivo da ATEC, João Paulo Oliveira da Bosch Termotecnologia Portugal, Bernd Wieting da Volkswagen Coaching de Wolfsburg, Pedro Henriques, Director de Recursos Humanos da Siemens, S.A., Ana Teresa Vicente, Presidente da Câmara Municipal de Palmela, e Ferdinand Schultz, Administrador Técnico da ATEC. Na ocasião, além da cerimónia alusiva do 4.º Aniversário da ATEC, teve lugar uma singela mas significativa Homenagem de Despedida a Ferdinand Schultz. Após um profícuo trabalho durante mais de 4 anos em Portugal, como Administrador Técnico da ATEC, foi chamado a assumir novas responsabilidades na Alemanha, pelo Grupo Volkswagen a cujos quadros pertence. Ferdinand Schultz passou a “Chave da Administração Técnica” a Sandra Neves que assume as novas funções na Administração, conjuntamente com Hans Müller, Administrador Financeiro, que continua no exercício do cargo. Desde que iniciou a sua actividade, a ATEC direcciona a sua intervenção no âmbito da formação profissional para uma abordagem abrangente e orientada para a prática. Conforme referiram os responsáveis, foi sempre considerado determinante, seguindo as melhores práticas internacionais, que, paralelamente a uma formação profissional e ao desenvolvimento das competências práticas, se intervenha, também, no desenvolvimento pessoal dos participantes, para que estes fiquem melhor habilitados a dar resposta à exigência das actuais e futuras estruturas de produção e de trabalho. O objectivo da ATEC consistiu em criar e gerir uma estrutura de formação que, com a transferência do know-how das entidades Promotoras, permitisse qualificar novos trabalhadores com capacidades para corresponder às necessidades próprias de formação e das demais empresas dos sectores onde se inserem. PUB

aniversário

Assinatura de Protocolo de cooperação entre a ATEC e o Centro de Formação Profissional do Seixal, para a criação nas instalações da ATEC, de um Pólo do Centro Novas Oportunidades do IEFP do Seixal. Neste irá ser desenvolvido um processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) para os trabalhadores das empresas da região de Palmela.

Ferdinand Schultz passou a “Chave da Administração Técnica” a Sandra Neves que assume as novas funções na Administração, conjuntamente com Hans Müller, Administrador Financeiro, que continua no exercício do cargo.

A nota dominante dos discursos foi lembrar que o País, com um nível de qualificação profissional em desenvolvimento, face a uma envolvente internacional extremamente competitiva, se encontra perante uma viragem que requer a real mobilização e o empenho de todos. A ATEC continua empenhada em participar nas mudanças em curso, as quais permitirão colmatar esse défice. João Paulo Oliveira da Bosch Termotecnologia Portugal, realçou o papel da ATEC na formação de activos feitos à medida das empresas, fruto de programas discutidos à medida das necessidades do sector empresarial. O resultado são futuros colaboradores muito autónomos. Os números falam por si, e Ferdinand Schultz, Administrador Técnico da ATEC, aproveitou a oportunidade para lançar alguns dados do desempenho da instituição em 2007: Quase um milhão de horas de formação, 480 formandos, 8,620 milhões de euros facturados e 54 trabalhadores. Para 2008, o objectivo é atingir os dez milhões de euros de facturação, o que demonstra a dinâmica desta Academia de Formação. Bernd Wieting da Volkswagen Coaching de Wolfsburg, referiu que os processos de produção se estão a tornar cada vez mais similares em todo o mundo e que os anteriores países de baixa tecnologia estão agora a produzir produtos de alta tecnologia. A formação profissional é pois uma

via fulcral para não se ser ultrapassado pelos novos desafios que o mundo coloca. O Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Fernando Medina, lançou alguns dados interessantes sobre o estado na nossa educação. Dos 5,3 milhões de activos que Portugal possui, 2,6 milhões não concluiu a escolaridade obrigatória de 9 anos. É por isso um desafio a criação de qualificação. Como sublinhou, a aposta não pode passar unicamente pela renovação de gerações, já que se Portugal seguisse esse caminho demoraria 75 anos a atingir o nível de qualificação dos restantes países. A solução passa pela aposta na formação profissional não só em jovens como também em adultos. Por fim reclamou que Portugal precisa de ter menos e melhores centros de formação profissional e que o Estado estará na linha da frente no apoio aos melhores.

ATEC Sede: Edifício ATEC Parque Industrial da Autoeuropa Quinta da Marquesa – Palmela 2950-557 Quinta do Anjo Telefone: 21 210 73 00 Fax: 21 210 55 39 Internet: www.atec.pt



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EVENTO A primeira acção de formação contou com elevada participação

Runkel Training

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Academy

Formar, aperfeiçoar e vencer o mercado da competitividade. É este o objectivo da Runkel Training Academy. Este projecto foi desenvolvido pela Runkel & Andrade, em parceria com Dário Afonso, formador da RTA, e especialista na área do “coaching” a empresas do sector automóvel.

o passado dia 19 de Janeiro, realizou-se nas instalações da Runkel & Andrade (R&A) em Coimbra, a primeira acção de formação inserida no recém criado projecto Runkel Training Academy. O mesmo tem por objectivo apoiar os clientes nos mais exigentes desafios do competitivo mercado em que se inserem, tanto ao nível das áreas técnicas (sistemas diesel e gasolina), como de gestão empresarial. A primeira acção de formação, “Marketing de Serviços Auto (módulo 1)” teve por objectivo destacar a importância do marketing no negócio. Os objectivos específicos enquadraram-se no desenvolvimento de competências na área do marketing. Estiveram presentes nesta acção de formação 17 gestores de oficinas automóvel,

Programa de cursos RTA Gestão - Marketing de Serviços Auto - Gestão de Empresas Auto Técnica - Motor - Ignição Electrónica / Grandezas Eléctricas - Sistemas de Injecção Electrónica a Gasolina - Injecção Directa a Gasolina - Sistemas de Injecção Diesel - Tecnologia Digital Automóvel

Dário Afonso, formador da RTA e especialista na área do “coaching” para empresas. clientes da R&A, que assim disponibiliza uma das ferramentas necessárias para o desenvolvimento cabal de competências, e ao mesmo tempo estreita laços de fidelização com os seus parceiros de negócio. O curso de formação teve a duração de um dia e abordou temas tão diversificados como “O que é o Marketing? (Reconhecimento de definições de Marketing); Avaliar as expectativas dos clientes; Desenvolver competências de orientação ao cliente; Reconhecer critérios e imagem da qualidade dos Produtos e Serviços; Apreender as bases fundamentais da comunicação; Desenvolver competências de comunicação; Desenvolver estratégias de comunicação; Reconhecer o papel importante da Percepção do cliente, no negócio; e Construir um Plano de Marketing”. Tempo ainda para um agradável almoço entre os participantes, onde o convívio foi ponto dominante. Nesta primeira iniciativa, o tema “Marketing e Serviços” foi uma área que a R&A entendeu que devia explorar através da transmissão de conhecimentos aos seus clientes que são basicamente as ofi-

Da esquerda para a direita: Carlos Fonseca (Gestor Comercial P&A - Centro e Sul); Nuno Paquete (Responsável Marketing e Produto); Pedro Martins (Gestor Área de Negócio P&A) cinas. “E as oficinas hoje em dia têm realmente uma grande preocupação do ponto de vista da sua capacidade técnica, mas por vezes esquecem todo o complemento que é necessário e que tem a ver com a componente de marketing”, referiu Dário Afonso, formador da RTA e especialista na área do “coaching” para empresas do sector automóvel. “Este projecto, que começou a ser desenvolvido pela R&A em 2007, surgiu da necessidade dos nossos clientes disporem de mais informação/formação no âmbito dos sistemas das novas tecnologias auto, tanto na área diesel como em sistemas de injecção a gasolina”, referiu Nuno Paquete, responsável de Marketing e Produto da R&A. Dentro da política de aproximação às necessidades dos clientes, foi desenvolvido um programa de cursos, não só na área técnica, mas também na área de gestão empresarial (ver caixa). Mas será que os formandos depois aplicam os conhecimentos adquiridos em cursos na área de gestão empresarial? A resposta não é fácil de quantificar, contudo o

formador desta acção foi adiantando que “da minha experiência nesta área – e eu dou formação há quinze anos – as pessoas acabam sempre por aplicar nas suas empresas alguns dos conhecimentos que assimilam nos cursos. Naturalmente existem indivíduos que aplicam mais que outros, e existem ainda outras ‘regras’ que nem sempre têm aplicabilidade directa e que depois precisam de alguma ajuda para serem concretizadas, mas na certeza de que o objectivo destas formações é antes demais criar a reflexão sobre o negócio, e esse ponto é claramente atingido”. Por outro lado, os cursos que a Runkel Training Academy irá ministrar neste âmbito, visam alertar os gestores para a necessidade de encontrar alternativas para aquilo que é o seu negócio do dia a dia e mais uma vez isso é também plenamente atingido com as acções de formação que agora arrancaram. Relativamente ao futuro do projecto que agora teve início, Nuno Paquete afirma: “Estamos convictos de que a RTA irá ser um sucesso, como elemento diferenciador da R&A no mercado”.

Para mais informações sobre o conteúdo programático de todos os cursos visite www.runkel.biz

RUNKEL & ANDRADE, SA Sede: E. N. 10, km. 11, Edif. Cimpomóvel 2694-003 Sta. Iria de Azóia Marketing e Produto: Nuno Paquete Telefone: 219569470 Fax: 219569479 E-mail: dir.mkt@runkel.biz Internet: www.runkel.biz



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EVENTO RINO quer ser a melhor rede de assistência automóvel

Rinogest apresentada em Leiria A

A nova Rinogest reclama para 2008 a meta das 45 oficinas membro, e para 2009 almejam alcançar as 75 unidades. O objectivo é claro: com o apoio da nova estrutura, querem ser a melhor rede de oficinas em Portugal.

empresa Rinogest - Gestora de Redes de Oficinas, Lda., foi criada com a participação de dois accionistas, a ANECRA e a Sorel SGPS, empresa do Grupo SLN Car. Prestação de serviços de gestão e exploração de redes de oficinas prestadoras de serviços de reparação e manutenção automóvel é o seu objecto social. “Num futuro próximo a estrutura societária pode modificar-se, na medida em que a Sorel que neste momento dispõe de 80% do capital, provavelmente irá dividir essa fatia de capital com outra entidade”, referiu Neves da Silva, Secretário Geral da ANECRA, no passado dia 19 de Janeiro em Leiria durante a apresentação. “Com a autonomização do negócio, este terá obrigatoriamente de ser rentável para ambas as partes ou seja, a nossa sustentabilidade depende do sucesso e da rentabilidade dos nossos franchisados. Temos assim a obrigação de criar um negócio rentável para ambas as partes”, sustentou Alexandre Barbosa, Brand Manager da RINO. Um dos grandes obstáculos ultrapassados foi a sua separação da Carlife, a que estava ligado antes da Rinogest ter sido criada. Agora a Rinogest é uma nova entidade que vai gerir a rede de oficinas RINO, ao mesmo tempo que a promoverá, dinamizará e criará todas as condições necessárias para o sucesso desta. O marketing irá também desempenhar um papel importante. “Uma das grandes dificuldades que enfrentámos desde o início foi a falta de notoriedade pública”, sublinhou Alexandre Barbosa. Precisamente por isso, o Marketing vai contar com a colaboração da empresa Incentivar, liderada por Ana Xavier, “um outsourcing que criará condições para que a nova gestora e cada um dos membros da rede se possam dar a conhecer de forma efectiva, um factor fundamental no contexto competitivo em que vivemos nos dias de hoje”, referiu Neves da Silva. Outro dos aspectos focados na reunião de apresentação e definição de estratégias levada a cabo em Leiria, foi a criação da central de compras, que será gerida pela Exapeças, empresa do Grupo Sorel / SLN PUB

Uma plateia de membros e potenciais aderentes à rede Rino marcou presença e ficou a saber que o objectivo estabelecido para o número de franchisados em 2008 é de 45 membros. Car. “A Exapeças trabalha para todo o Grupo e não exclusivamente para a rede RINO, e isso implica dimensão e capacidade negocial, que se irá traduzir no aumento do poder de compra e de negociação, no acesso a grandes fornecedores, na obtenção dos melhores preços de compra e por consequência numa maior margem de comercialização”, explicou Alexandre Barbosa. O objectivo estabelecido para o número de franchisados nos próximos três anos é o de em 2008 atingirem 45 membros, 2009 atingirem 60 membros e 2010 alcançarem 75 unidades aderentes ao conceito de oficinas RINO. “Como acredito que em 2008 atingiremos a meta proposta de 45 membros, passaremos a ser a segunda maior

Com pompa e circunstância, a Rinogest foi apresentada em Leiria. A empresa foi criada com a participação de dois accionistas, a ANECRA e a Sorel SGPS, empresa do Grupo SLN Car.

rede de assistência automóvel do país, logo a seguir à rede Bosch Car Service”, sublinhou o Brand Manager da RINO. Os objectivos qualitativos para 2008, passam por ganhar notoriedade, fornecer formação especializada, levar a cabo a angariação de clientes para a Rede (locais e grandes clientes), estabelecer a informatização da Rede, proceder à centralização das compras, levar a cabo a preparação

RINOGEST GESTORA DE REDES DE OFICINAS, LDA. Sede: Avenida Marechal Gomes da Costa, Nº 21 A - Armazém A 1800-255 Lisboa Brand Manager: Alexandre Barbosa Telefone: 212 508 531 / 962 746 282 Fax: 218 317 448 E-mail: alexandre.barbosa@anecra.pt Internet: www.anecra.pt

para a Certificação (ISO 9003) e melhorar a comunicação da entidade gestora com a sua Rede. “A formação será uma das nossas maiores apostas para 2008. Esta será em sala, programada, ou On-The-Job, isto é, providenciaremos formação no dia a dia e conforme as necessidades dos nossos membros. Abrangerá as áreas técnica, comercial, comportamental, gestão, administrativa, novos produtos e sistemas de informação. Ao nível da informatização, como rede que somos, é importante que haja uma única linguagem informática. No que diz respeito à central de compras, poderão verificar os preços, as peças e naturalmente os membros ficarão munidos de ferramentas para realizarem encomendas de forma fácil e rápida. Por fim, o melhoramento da comunicação entre a gestora da rede Rinogest e cada um dos membros, vai permitir a consolidação de parcerias eficazes e frutíferas que todos procuramos”, explicou Alexandre Barbosa. Como gestor da rede, Alexandre Barbosa terá a incumbência de nomeação de novos franchisados, análise do catálogo de produtos e serviços a disponibilizar à rede, definição do posicionamento de preço dos produtos a comercializar, negociação de acordos de parceria, coordenação das acções de formação, propor e implementar acções comerciais e de promoção e a gestão global do negócio. Por seu turno, o Implementation Leader (em número de dois) terá a função de desenvolvimento do conceito “RINO”, implementação das normas e processos “RINO” nos aderentes, formação On-TheJob e informação técnica, apoio na definição das diversas acções de Marketing (necessidades dos franchisados vs acções propostas), apoio na análise dos indicadores de gestão individuais e implementação de medidas correctivas (ao nível da gestão), gestão da relação com o cliente e gestão das reclamações. “Uma das nossas principais preocupações foi criar uma estrutura leve e que produza grandes resultados”, concluiu o Secretário-Geral da ANECRA.



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SERVIÇO Diagnóstico de fugas e baixo rendimento

Manutenção de sistemas de A/C E

Não vamos perder tempo com as teorias da refrigeração, porque isso é um assunto para os fabricantes de equipamentos. Vamos antes tentar definir uma estratégia de manutenção de sistemas de A/C que seja atractiva para os clientes e estimulante para os operadores do mercado.

m primeiro lugar, é preciso saber o que é o mercado. A maior parte das queixas sobre sistemas de climatização referem-se a baixo rendimento, ou seja, não há realmente um arrefecimento nítido quando é mais necessário, isto é, nos dias efectivamente quentes. Por outro lado, a maior parte das avarias que se verificam no terreno da manutenção de sistemas de A/C são fugas de fluido refrigerante ou anomalias derivadas deste facto. Partindo destas realidades, é conveniente adoptar uma estratégia consequente. Antes de começar a fazer estimativas de orçamentos e a pôr o equipamento de diagnóstico a funcionar, devemos começar por fazer algumas perguntas ao utilizador diário do veículo: 1. O actual estado do sistema de climatização surgiu gradualmente ou de forma súbita? 2. Foi realizada alguma operação de manutenção recentemente? 3. Se for esse o caso, quando foi que isso aconteceu e que trabalhos foram realizados? Para realizar um teste rigoroso à performance do sistema, é necessário levar em conta temperaturas, graus de humidade, parâmetros, procedimentos e especificações de fábrica, etc., o que pode revelarFIG. 1 As queixas do condutor podem ser muito subjectivas, pelo que têm que ser confirmadas com medições rigorosas

se demasiado complicado. Na prática, basta medir a temperatura da conduta do sistema de ar condicionado e utilizar a experiência profissional acumulada. É preciso levar em consideração que o nível de humidade atmosférica pode alterar facilmente a temperatura do sistema em oito graus Celsius. Além disso, é preciso estar atento aos ruídos que o sistema faz habitualmente, quando o ligamos: batimentos do compressor, ruídos de folhas e detritos no ventilador, etc. Também é preciso ver se o sistema responde correctamente a todas as opções de regulação, ou se sai ar suficiente pelas aberturas de ventilação. A temperatura ao ralenti e à velocidade de cruzeiro também pode significar alguma coisa. Se o motor do carro trabalha a altas temperaturas, também não pode haver um bom rendimento do sistema de A/C. Por seu turno,

se o filtro de habitáculo estiver sujo e entupido, o fluxo de ar é insuficiente. Tudo isto afecta, de uma forma ou de outra, o rendimento final da climatização (Fig. 1).

Começar pelo princípio A situação mais óbvia de falta de rendimento do sistema de A/C é falta de tensão da correia do compressor. Outra situação que prejudica de forma indirecta o rendimento do sistema é o grau de limpeza do condensador. Se estiver cheio de folhas, lixo, lama, etc., o seu rendimento é baixo. Ao conduzir a velocidades médias/altas entra ar suficiente pelas janelas de ventilação, como seria lógico? O motor aquece demasiado? Os ventiladores do radiador funcionam correctamente? Forma-se gelo na parte superior do condensador, revelando alguma restrição no circuito? Tudo isto é significativo e básico para o diag-

INSPECÇÃO E MANUTENÇÃO DO AR CONDICIONADO EM 10 PASSOS 1 - Pense na sua segurança. Use luvas e óculos de segurança. 2 - Busque irregularidades: - A corrosão geralmente indica uma fuga. - Manchas escuras de óleo também indicam fugas. Estas brilham de amarelo sob a luz ultravioleta se a tinta indicadora de resíduos estiver introduzida no sistema. - Comprove as vibrações, estas indicam que o compressor não está a funcionar correctamente. 3 - Esvazie o sistema de refrigerante velho utilizando uma estação de carga. 4 - Faça circular 10 bares de nitrogénio através do sistema, borrife os componentes, a válvula de segurança e as juntas com sabão normal doméstico; o sabão fará bolhas se existirem fugas (faça isto somente quando o sistema estiver encerrado). O automóvel deve estar parado. 5- Substitua as juntas e assegure-se de que todos os componentes estão apertados correctamente. 6 - Se abrir o sistema deve substituir o filtro de secagem. 7 - Faça circular 10 bares de nitrogénio através do sistema e borrife com sabão as juntas dos novos componentes (faça isto somente quando o sistema estiver fechado). Desta forma comprova-se que as juntas não estão danificadas e que os componentes estão montados correctamente. O automóvel deve estar parado. 8 - Drene o sistema de ar durante cerca de 30 minutos. 9 - Recarregue o sistema com refrigerante R134a, tinta indicadora e lubrificante para o compressor e juntas. 10 - Se não pode localizar a falha, o cliente deve ser remetido para um especialista em sistemas eléctricos.

nóstico das anomalias do sistema de climatização. Em seguida, teremos que verificar a embraiagem do compressor, pondo os comandos da climatização ligados. Se a embraiagem estiver ligada, a base do sistema está a funcionar e ainda há pelo menos alguma quantidade de refrigerante no circuito. De outro modo, qualquer que seja o sistema de segurança usado para prevenir a perda de carga do circuito, ele já teria desligado a embraiagem. Portanto, uma vez que não há problemas no exterior do circuito de A/C, a perda de eficiência do sistema está ligada a uma ou mais das seguintes causas: • Carga de refrigerante baixa; • Ar e humidade no circuito; • Restrição e/ou entupimento do circuito; • Demasiado lubrificante no circuito, deixado nas revisões anteriores (Fig. 2); • Avaria nos comandos do aquecimento. Este último ponto pode ser facilmente verificado, se taparmos as mangueiras do radiador de aquecimento do habitáculo e a temperatura do ar condicionado baixar significativamente. Nos casos em que o compressor está mesmo a funcionar, liga-se o sistema no "Máximo", com o motor em ralenti acelerado, durante 10 minutos. Após esse lapso de tempo, o tubo superior de entrada do fluido no compressor deve estar quente, enquanto que o tubo inferior, de saída do fluido, deve estar frio, desde que exista carga suficiente no circuito. Se não houver uma diferença de temperatura significativa entre os dois pontos mencionados, há falta de fluido refrigerante no circuito. Por outro lado, se a embraiagem do compressor não ligar, é preciso verificar a voltagem de alimentação e a respectiva massa, o circuito de protecção do compressor e os fusíveis do circuito da embraiagem, assim como os circuitos dos comandos da climatização. Finalmente, para medir a pressão do circuito é necessário utilizar um manómetro. Nos sistemas antigos de R-12 Freon pode ser usado um manómetro de medir a pressão dos pneus, mas com os sistemas de FIG. 2 Excesso de óleo no sistema prejudica o arrefecimento. Se for esse o caso, o óleo deve ser renovado, para limpar o circuito, recarregando-se apenas a quantidade recomendada de lubrificante


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SERVIÇO fluido R-134a é necessário um kit específico. Após a medição, tudo o que for acima de 350 kPa (50 psi) significa que há refrigerante suficiente para impedir que o circuito de protecção do compressor se abra, tendo que ser encontrada outra causa para o facto da embraiagem não funcionar.

Medições de controlo Com o motor ligado e o sistema de A/C a funcionar, os valores de medição de pressões do circuito devem ser os seguintes: • CCEV (Cycling Clutch Expansion Valve) - Carregado com gás R-12, no lado da baixa pressão, a medição não deve indicar menos de 70 kPa (10 psi), ou mais de 170 kPa (25 psi); do lado da alta pressão, esta varia de acordo com a temperatura ambiente; para 24º C ambiente, a pressão deve andar à volta de 1.200 kPa (173 psi). • CCOT (Cycling Clutch Orifice Tube) Neste sistema, a embraiagem deve desligar-se a menos de 175 kPa (25 psi) do lado da baixa pressão do circuito, voltando a ligar à volta de 350 kPa (50 psi).

No entanto, estas regras práticas tradicionais de pressões de activação/desactivação da embraiagem, tanto do lado da baixa pressão do circuito, como do lado da alta pressão, nem sempre se aplicam nos dias de hoje. Portanto, é sempre necessário consultar as especificações e procedimentos recomendados do fabricante, para poder interpretar as leituras de pressão no contexto devido. Muitos fabricantes de veículos, principalmente os asiáticos, nem sempre publicam os dados necessários para realizar a manutenção nos seus manuais de serviço. É pois conveniente encontrar outras fontes de informação e ir acumulando dados de outras intervenções, a fim de poder prestar um bom serviço de assistência a sistemas de climatização. De qualquer modo, se as pressões encontradas estão dentro da bitola, o fraco rendimento do sistema deve-se à entrada de ar e humidade para o circuito de A/C (Fig. 3). Se for detectada uma pressão muito baixa ou mesmo vácuo do lado da aspiração do compressor, há falta de fluido refrigerante. Se a pressão máxima for excessiva, várias causas podem ser apontadas: turbina de ventilação lenta ou parada, canais do condensador entupidos, válvula de expansão alagada, carga de refrigerante excessiva, ar no sistema, restrição do circuito ou sobreaquecimento do motor. Por outro lado, se o poder de arrefecimento do sistema cai abruptamente, quando o carro passa da velocidade de cruzeiro, para o ralenti, é provável que o compressor já esteja demasiado usado (Fig. 4). Outro sintoma de bombagem deficiente é a existência combinada de pressões de as-

PROBLEMAS COMUNS DOS COMPONENTES DO AR CONDICIONADO Condensador Não há/insuficiente ar frio - Uma causa provável é uma fuga. Solução: Substituir o componente.

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FIG. 3 O ar no interior do circuito é a causa mais frequente de fraco rendimento da climatização. Para eliminar o ar, o circuito tem que estar em vácuo durante um período de tempo suficientemente longo. Essa operação também permite verificar se há fugas

Insuficiente ar frio - Pode ser devido à sujidade nas palhetas do condensador. Solução: Limpar as palhetas. Se resultar insuficiente, substituir o componente. Filtro de Secagem Não há/insuficiente ar frio - O dessecante do componente pode estar saturado, permitindo a humidade circular pelo sistema. Inevitavelmente a humidade acabará por danificar outros componentes do sistema. Solução: Substituir o filtro. Válvula de expansão Não há ar frio - Uma causa provável é que haja partículas obstruindo a válvula de expansão. Solução: Substituir a válvula de expansão.

FIG. 4 Para diagnosticar o desgaste interno das peças do compressor, é necessário método, rigor e paciência

Evaporador Insuficiente ar frio - Uma causa provável é a obstrução das palhetas do evaporador. Solução: Drenar com ar comprimido e borrifar o evaporador com desinfectante. Se isto resulta insuficiente, substituir o componente. Não há/insuficiente ar frio - Uma causa provável é uma fuga. Solução: Substituir o componente. Compressor Não há ar frio - Uma falta de lubrificação pode ter causado a rotura do compressor. Solução: Substituir o compressor.

A situação mais óbvia de falta de rendimento do sistema de A/C é falta de tensão da correia do compressor. Outra situação que prejudica de forma indirecta o rendimento do sistema é o grau de limpeza do condensador

piração altas, com pressões de descarga baixas. Há uns anos era possível verificar rapidamente o estado do compressor, apertando o tubo do lado da aspiração: ao fim de 2 minutos, havia um vácuo forte, se o compressor estivesse em bom estado. Na actualidade isso já não se pode fazer, porque há o risco de danificar a camada isolante interna do tubo. O que se pode ainda fazer é o teste do lado da saída do compressor, tampando o condensador com um cartão. Se houver oscilações da pressão crescentes, à medida que a pressão sobe, a válvula de descarga tem fugas. Se registarmos uma ampla oscilação de pressões com um padrão regular, o cilindro do compressor já está em mau estado. Fugas no circuito As fugas de refrigerante são a "certidão de óbito" do ar condicionado, pois perde-se o elemento refrigerante, por um lado, introduzindo-se ar, humidade e sujidade no circuito, por outro lado. De certo modo, as fugas são praticamente inevitáveis, devido às vibrações, impactos, oscilações térmicas, variação de pressões e binários de aperto das uniões roscadas incorrectos. O problema grave não é o aparecimento das fugas, mas a negligência em repará-las ainda numa fase incipiente. Muitos profissionais

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SERVIÇO PROBLEMAS COMUNS: NÃO HÁ AR FRIO! Fuga do condensador Assegure-se de que se trata do condensador comprovando a presença de manchas escuras de óleo ou de tinta com uma lâmpada de raios ultravioleta ou um detector de fugas. Leitura do Manómetro: pouca ou nenhuma pressão em ambos os lados, tanto na alta como na baixa pressão. Diagnóstico: o refrigerante está-se a escapar do sistema através de uma fuga no condensador. Solução: substitua o condensador. Leve a cabo o processo de inspecção em 10 passos (ver atrás).

pouco escrupulosos, preocupam-se apenas em mudar o fluido refrigerante, sem reparar as fugas, porque a facturação e a rentabilidade imediata aumentam. No entanto, um serviço de qualidade e sério começa pela detecção e reparação das fugas, antes de realizar a carga do circuito. As fugas podem ser detectadas visualmente, porque se acumulam óleo e poeiras junto do ponto de saída do fluido. Muitos técnicos não gostam dos sistemas electrónicos de detecção de fugas, porque exigem uma grande dose de paciência e podem levar o profissional a enganar-se. Essa é uma das razões pelas quais os modernos sistemas de detecção por lâmpada ultravioleta e gás corante se estão a tornar cada vez mais populares (Fig. 5). Basta adicionar o corante apropriado no circuito e deixar o sistema funcionar durante cerca de 15 minutos. Depois disso, utilizando uns óculos específicos, faz-se incidir a luz UV em todos os pontos do circuito com maior probabilidade de registarem fugas: tubos, ligações, componentes (Fig. 6). As fugas são reveladas pela côr amarelo brilhante do corante. Para saber se há só fugas ou não, cria-se um forte vácuo no interior do circuito. Se não houver fugas, a pressão cai apenas ligeiramente, ao cabo de 5 minutos. Se a pressão cair claramente, é porque existem fugas e será necessário encontrá-las. Além do sistema da lâmpada UV, também existem agora vacuómetros electrónicos que conseguem localizar rapidamente as fugas. É só uma questão de escolher o sistema de detecção mais conveniente.

Eliminar a água A água é o inimigo nº 1 dos sistemas de ar condicionado. Para além de diminuir a capacidade de arrefecimento do sistema, porque retarda a evaporação, a água forma compostos ácidos no interior do circuito (hidroclorídicos e hidrofluóricos) que atacam e promovem a rápida corrosão dos metais, especialmente o alumínio. Para eliminar a água do circuito de refrigeração, existe um filtro de desidratação junto do compressor, que necessita ser substituído a intervalos regulares. Nos primeiros sistemas de A/C a substituição do módulo de filtragem era obrigatória em cada revisão, mas os sistemas mais recentes têm maior capacidade de suportar a humidade e podem ser substituídos em intervalos mais longos. Contudo, além da água, há outra boa razão para substituir o filtro de secagem. É que o próprio produto que faz a absorção da água acaba por desagregar-se e as suas partículas vão acumular-se no circuito e criar problemas de poluição interna. Há técnicos que julgam que criar vácuo no circuito elimina a humidade e renova o filtro, mas isso não é bem assim, nem evita que o dessecante se espalhe pelo circuito. Mesmo os sistemas mais recentes reco-

Compressor inoperacional Leitura do manómetro: a leitura da pressão é a mesma em ambos os lados, a alta e a baixa pressão (3-6 bar dependendo da temperatura externa; 3 bar = 0ºC e 6 bar = 30ºC). Se a pressão é inferior, procure uma evidência de fuga quer de manchas escuras de óleo ou tinta indicadora (utilize uma lâmpada de raios ultravioleta ou um detector de fugas). Diagnóstico: a falta de lubrificação ou a presença de partículas no sistema provocam a paragem de compressor. Neste caso o responsável pode ser o filtro de secagem. Solução: substitua o compressor. Leve a cabo o processo de inspecção em 10 passos (veja atrás) Válvula de expansão obstruída Leitura do manómetro: vazio no lado de baixa pressão, a pressão é muito alta no lado da alta pressão. Diagnóstico: partículas, quiçá provocadas por um excesso de óleo ou de tinta indicadora no sistema, que provocaram o entupimento da válvula de expansão. O filtro de secagem pode não ser eficiente. Solução: substitua a válvula de expansão. Leve a cabo o processo de inspecção em 10 passos (veja atrás) Correia de transmissão solta Leitura do manómetro: não se aplica. A correia de transmissão regra geral chilra. Diagnóstico: a correia de transmissão está demasiado solta para que funcione o compressor. Solução: aperte a correia de transmissão. Substitua-a se parecer desgastada. Leve a cabo o processo de inspecção em 10 passos (veja atrás). Necessita de mais refrigerante Leitura do manómetro: pressão baixa em ambos os lados, tanto na pressão alta como na pressão baixa. Diagnóstico: há uma fuga lenta no sistema, ou acrescentou-se pouco refrigerante na última revisão do sistema de ar condicionado. Solução: procure manchas escuras de óleo para localizar a fuga. Se não existir nenhuma, junte tinta indicadora (primeiro comprove que não está presente) e localize a fuga com uma lâmpada de raios ultravioleta ou um detector de fugas. Se não detectar nenhuma fuga o problema pode estar no facto do retentor e juntas do eixo do compressor terem sido privadas de lubrificação (isto produz-se normalmente quando o sistema de ar condicionado não foi utilizado durante algum tempo). Sobrecarga do sistema Leitura do manómetro: pressão muito alta em ambos os lados, quer a alta como a baixa pressão. Diagnóstico: demasiado refrigerante no sistema. Solução: se o ventilador não funciona, comprove o fusível ou o relé. Se o fusível ou o relé não estiverem danificados substitua o ventilador. Se o ventilador funciona correctamente, retire refrigerante com a estação de carga e os manómetros para medir a quantidade correcta. Se o problema persistir leve a cabo o processo de inspecção em 10 passos (veja atrás).

mendam a mudança do módulo de filtragem, dependendo da intensidade de utilização do ar condicionado, pelo menos uma vez em 4 anos, ou quando o circuito tem que ficar aberto durante algum tempo.

Reciclagem e mudança de fluidos A mudança de fluidos tem feito correr muita tinta, nem sempre justificadamente. Muitas pessoas não trocavam o gás R-12 (com forte teor de clorofluorcarbonetos, de alto efeito de estufa) pelo R-134a, menos agressivo para o ambiente e muito mais barato, porque se dizia que era também necessário mudar todas as mangueiras do circuito. O que os fabricantes e técnicos especializados recomendam hoje em dia é mudar apenas os tubos que apresentem fugas, o que é perfeitamente lógico e economicamente justificável. A explicação apresentada é que o lubrificante mineral impregna a face interior dos tubos de neoprene e isola perfeitamente o gás R-134a. Muito também se disse acerca da perda de performance dos sistemas de climatização, com a utilização do gás R-134a. Essa questão foi falsamente empolada, porque o R-12 consegue efectivamente um arrefecimento mais rápido e mais forte, mas isso é à custa do ambiente e, de qualquer modo, um automóvel não é um frigorífico… Todos os sistemas actuais têm boas performances, se mantiverem as condições originais, fruto de uma manutenção regular e consciente. Mesmo assim, o poder de arrefecimento pode ser reforçado de várias maneiras: instalando um condensador maior e/ou um segundo ventilador, por exemplo. O tuning dos sistemas de climatização ainda nem começou… Como quer que seja, ainda há carros com uns anos que trazem o gás R-12 nos seus circuitos de A/C, pelo que a substituição de fluidos ainda vai continuar a ser um trabalho para o futuro. Uma das grandes vantagens do gás R-143a é a possibilidade de ser reciclado, o que o torna muito mais económico. Os especialistas continuam à procura de um gás refrigerante sem impacto ambiental negativo e com custos económicos viáveis, sendo provável que as alternativas comecem a surgir brevemente. FIG. 5 Detecção de fugas com um sistema UV

Ar no sistema Leitura do manómetro: a pressão é muito alta no lado da alta pressão. Diagnóstico: o sistema não foi drenado correctamente antes de juntar refrigerante durante a última revisão. Solução: esvazie o sistema. Leve a cabo o processo de inspecção em 10 passos (veja atrás).

FIG. 6 O sistema de detecção de fugas com lâmpada UV e corante é uma das melhores soluções do mercado. Os óculos amarelos incluídos no kit tornam ainda mais visível o local de fuga do gás.



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EMPRESA Auto Peças Esperancinha

Sucesso no Alto Alentejo A

O Alto Alentejo tem um retalhista que dá cartas, mesmo quando a economia local já conheceu melhores dias. Contrabalançam com as quase três décadas de experiência, o maior cartão de visita de uma empresa vocacionada para relações fortes com os seus clientes. As marcas de prestígio que vendem é o tónico que consolida a eficiência.

Auto Peças Esperancinha é o melhor cliente da Sonicel há dois anos consecutivos. A fidelização deste retalhista ao importador Sonicel não explica tudo, pois além do naipe de marcas de grande valia disponibilizadas pelo gigante de Lisboa e que a Auto Esperancinha coloca nas oficinas da sua área de influência, há o serviço e o saber lidar com os profissionais da mecânica. Tudo começou em 1999, quando os irmãos Heraldo Esperancinha e Francisco Esperancinha, decidiram unir forças e abrir um retalhista de peças no Alto Alentejo, mais precisamente em Portalegre. Na época os tempos na região eram de maior prosperidade. Depois vieram os anos do novo século e com eles a deslocalização das mais importante unidades fabris da zona. Subsistiram as pequenas e médias empresas, que escasseiam para uma economia local forte. Apesar de tudo, os métodos seguidos permitiram à Auto Peças Esperancinha conquistar o lugar de melhor cliente Sonicel nos últimos dois anos. “O segredo está na forma como lidamos com os clientes e na prontidão que resolvemos os abastecimentos de tudo o que eles precisam, isto é, peças com uma boa relação preço / qualidade. Depois existe todo um historial de amizade que temos com a maioria dos nossos clientes”, referiu Heraldo Esperancinha, Sócio Gerente da Auto Peças Esperancinha. Francisco Esperancinha, irmão e também Sócio Gerente, partilha da mesma opinião e acrescenta: “A ligação que temos com as oficinas é muito forte, somos quase como uma família em que todos nos respeitamos”. Talvez por causa disso, “não temos problemas de cobranças, o que é um ponto que na maior parte das vezes mina todo um projecto. Vender e depois não conseguir cobrar não é compatível com empresas que se querem saudáveis e com poder para investirem na formação e em stocks equilibrados”, concluiu Francisco Esperancinha. A disponibilidade de produto, prazos de entrega curtos e apoio ao cliente profissional da oficina são uma prioridade para a Auto Peças Esperancinha, tudo na perspectiva da máxima aposta na qualidade do serviço de venda. Como suporte de toda a sua filosofia, contam com marcas de renome mundial, assim como parcerias que catapultam o resultado final para o óptimo da performance. Desde as embraiagens LUK e AP, aos filtros KNETCH, passando pelos rolamentos de roda FAG, componentes para sistemas de distribuição INA e CONTITECH, amortecedores MONROE, e muitas outras soluções com qualidade de primeiro equipamento, tudo pode ser encontrado na Auto Peças Esperancinha. A fundação da empresa data de 1999, quando os sócios e irmãos Heraldo Esperancinha e Francisco Esperancinha, consti-

AUTO PEÇAS ESPERANCINHA

Francisco Esperancinha, Sócio Gerente da Auto Peças Esperancinha, no armazém.

Heraldo Esperancinha, Sócio Gerente e irmão de Francisco Esperancinha.

Sede: Rua Mestre João Serra, N.º 13 Zona Industrial 7300-061 Portalegre Sócios Gerentes Heraldo Esperancinha Francisco Esperancinha Telefone 245 308 335/6 Fax 245 308 337 Email ap.esperancinha@sapo.pt

No vasto armazém da Auto Peças Esperancinha podem-se ver marcas de renome mundial. A diversidade de produtos permite um abastecimento rápido das solicitações. tuíram os primórdios daquele que é hoje um dos principais intervenientes no aftermarket nacional na área do retalho de peças e acessórios. Os seus principais clientes são as oficinas do Alto Alentejo e mesmo algumas que vêm de zonas fora da sua tradicional área de influência. A Auto Peças Esperancinha está sedeada em Portalegre, na Zona Industrial da cidade, com acessos optimizados. As fábricas importantes que estavam sedeadas em Portalegre, foram deslocalizadas para outras partes do mundo, e agora mantém-se um tecido empresarial a precisar de novas apostas para que a população possa fixar-se à terra que os viu nascer. Pode dizer-se que a Auto Esperancinha pertence ao lote de retalhistas da velha guarda em que o saber se fez a pulso e o co-

nhecimento está cimentado por muitos anos de experiência a lidar com as mais diversas situações da distribuição de peças automóveis. “Hoje a electrónica tomou conta dos automóveis e só os melhores sobreviverão num mercado onde a oferta é grande”, desabafou Heraldo Esperancinha. Mas foi dizendo que apesar de tudo os reparadores da zona estão atentos a essa evolução e se vão munindo com os meios electrónicos de diagnóstico para não ficarem para trás na era das novas tecnologias. E neste campo a Auto Esperancinha está sempre pronta a dar uma mão de apoio, “porque só com oficinas fortes é que sobreviveremos”, rematou Heraldo Esperancinha. Os preços das peças que os concessionários praticam são hoje muito competitivos e

isso leva a que muitas vezes a oficina de marca consiga patamares equiparáveis aos do mercado independente, “o que é mais um vector de dificuldade num mercado em transformação”, reclamou Francisco Esperancinha. A única oficina de rede – Auto Centro que existe na zona, por vezes abastece-se neste retalhista, o que configura uma tendência positiva nesta actividade se outras oficinas de reparação rápida se fixarem em Portalegre. “No fundo traduz um sinal de confiança que este mercado que muitas vezes tem canais próprios de abastecimento que não passam pelos retalhistas independentes locais, nos dá e ao mesmo tempo o alento para que possamos continuar o nosso trabalho de forma profissional”, concluiu Heraldo Esperancinha.



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EMPRESA BIOCAR

Combustível mesmo alternativo

S

Já imaginou ir ao supermercado comprar combustível para o seu automóvel? Uma pequena transformação técnica no motor diesel, permite o uso de óleo vegetal (o mesmo de fritar batatas) como combustível.

e em países como a Alemanha, já se pode abastecer o depósito de combustível de um carro com motor a gasóleo com óleo vegetal, numa normal estação de serviço, em Portugal ainda se está na pré-história no que a este biocombustível diz respeito. Mesmo assim já existe quem dele use e abuse diariamente, tendo mesmo substituído totalmente a utilização do gasóleo pelo óleo vegetal no seu carro, de tal modo que isso virou negócio. Quem o fez foi António Fernandes, proprietário da Biocar, grande defensor e conhecedor dos biocombustíveis e das energias renováveis, que iniciou em Portugal a comercialização de soluções para a utilização do óleo vegetal. A Biocar é uma empresa, com sede em Sintra, fundada em finais de 2006, responsável pela importação, comercialização e montagem de componentes em motores a gasóleo de modo a que passem a consumir óleo vegetal. Neste momento já tem a primeira parceria alemã com a empresa Nedd (www.need.eu) que tem uma actividade muito forte no abastecimento dos óleos assim como também na conversão técnica de pesados. Tecnologia Dependendo da tecnologia de injecção dos motores diesel, para se utilizar óleo vegetal, em alguns casos não é necessária efectuar qualquer transformação no motor, podendo utilizar até 25% de óleo vegetal. Porém, na maioria dos casos é necessária a montagem de alguns componentes através da instalação de um de dois kit´s (que varia consoante o tipo de tecnologia do motor diesel). Para se utilizar o óleo vegetal obriga a um pré-aquecimento do mesmo, o que permite baixar a sua viscosidade e tornando-o mais líquido, passando facilmente nos filtros, na bomba injectora e nos injectores, isto é, assume características técnicas semelhantes ao gasóleo podendo então ser usado como combustível sem qualquer problema. Existem então duas soluções técnicas. Uma solução (Monotanque) que utiliza o depósito de combustível original da viatura onde pode ser utilizado até 100% de

Quase todos os motores turbodiesel podem usar o óleo vegetal como combustível, com importantes ganhos ambientais

eléctricos, bombas auxiliares de combustível, filtros, válvulas electromagnéticas, depósitos, kit bombagem, material eléctrico, entre outros), importados pela Biocar (maioritariamente da Alemanha), dando a empresa uma garantia de 24 meses sobre esses componentes. Em termos de desenvolvimento de negócio, a Biocar tem vindo a alargar a sua rede de distribuidores e instaladores, sendo algumas delas oficinas, estando já presente em Braga, Vila Real, Viseu, Leiria, Lisboa, Faro e Sintra.

óleo vegetal (nos meses mais frios é necessário misturar até 30% de gasóleo). A outra solução (Duotanque), normalmente usada nos modernos motores diesel, leva à utilização de um segundo depósito de combustível (de pequenas dimensões) exclusivamente para gasóleo, que o motor

utiliza nos primeiros dois a cinco quilómetros assim que é colocada em funcionamento, mas que depois muda automaticamente para o óleo vegetal. Qualquer das soluções técnicas tem por base um kit de peças e componentes (nomeadamente permutadores, aquecedores

Vantagens As principais vantagens da utilização do óleo vegetal nos motores diesel são, acima de tudo, a questão ambiental e económica. “Reduz-se quase para metade o CO2, não existe emissão de enxofre e o fumo preto que habitualmente sai pelo escape deixa de existir”, revela António Fernandes que acrescenta que “o retorno do investimento é feito num curto espaço de tempo, e no caso da utilização desta tecnologia em camiões, as poupanças podem ser enormes”. O custo do litro de óleo vegetal pode atingir metade do litro de gasóleo, o que compensa largamente o maior consumo do automóvel (que pode ser entre 5 e 10%), não se alterando substancialmente o rendimento do motor, sendo menor o ruído e a vibração do motor. Diga-se também que a utilização desta tecnologia não se limita apenas a motores de automóveis a diesel, pois um gerador, tractor, autocarro, camião ou caldeira de aquecimento, entre outros, podem usar o óleo vegetal como combustível. O custo da transformação, ronda em média os 400 euros, embora esse valor possa ser superior dependendo da tecnologia adoptada em função da tecnologia de injecção do motor do automóvel. Refira-se ainda que não é apenas o óleo vegetal novo que pode ser utilizado como combustível. Também o óleo vegetal usado, depois de se fritar (por exemplo) batatas fritas, pode ser usado como combustível desde que bem filtrado, existindo também um equipamento para o fazer.

Biocar

Nos motores adaptados a receber o óleo vegetal, pode-se utilizar óleo novo ou óleo já usado, desde que seja filtrado

Sede: Travessa das Regateiras 15 2705-689 S. João das Lampas - Magoito Sócio-gerente: Eng. António Fernandes Telefone: 219 241 847 Fax: 219 241 847 E-mail: biocar@sapo.pt Internet: www.biocar.com.sapo.pt



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EMPRESA CARF

Crescimento acentuado No meio empresarial actual a especialização de certos negócios acaba por ser natural, quando muitas outras empresas recorrem a determinados serviços numa lógica de outsourcing. A CARF é especialista no transporte de peças.

F

undada em 2003, a CARF nasceu com o objectivo de fazer a distribuição de peças de automóveis. “Existia o hábito de cada importador ter a sua própria distribuição, mas como as margens estão cada mais esmagados nas peças e os custos da distribuição são altos, para além de ser um peso enorme dentro das organizações, fazia todo o sentido avançar com uma empresa que fizesse apenas distribuição”, começou por referir Paulo Carvalho, sócio gerente da CARF. Passada a face inicial do reconhecimento da sua a actividade por parte do mercado, e com o decorrer do tempo, “fomos sendo reconhecidos, cada vez mais, como a alternativa para a distribuição de peças”, afirma com enorme orgulho Paulo Carvalho. Entre os clientes da CARF contam-se os

tradicionais importadores e retalhistas de peças, bem como representantes de marcas de automóveis, tendo estes últimos “crescido bastante dentro da nossa organização durante o ano de 2007, o que vem de encontro às nossas expectativas, mas mostra também que as marcas de automóveis estão cada vez mais agressivas comercialmente neste sector das peças”. Contudo, a maioria dos clientes da CARF são os importadores de peças, que trabalham na sua maioria com esta empresa de distribuição de forma directa ou indirecta, mas o importante, na opinião de Paulo Carvalho “é que cada vez trabalhamos mais com estes grandes importadores, que são o ponto forte da nossa empresa”. Ao nível dos retalhistas de peças, em maior número no mercado, a CARF tem sido mais cautelosa na sua abordagem

“pois não queremos que exista de um momento para o outro um grande fluxo de trabalho, que depois condicione a nossa forma de estar no mercado e o nível de serviço que queremos dar aos nossos clientes”. Mesmo assim, um dos objectivos da CARF passa por ter uma maior abrangência no futuro em termos de clientes, mas também explorar novas zonas territorialmente. “Queremos ser cautelosos no nosso crescimento, temos o nosso objectivo traçado e sabemos onde queremos crescer, por isso temos como objectivo cimentar mais a nossa posição na grande Lisboa”, refere Paulo Carvalho. Face a grandes transportadoras, a CARF tem consciência da sua dimensão e especificidade do negócio, considerando Paulo Carvalho que a diferença “está na

maior proximidade que temos com o cliente, conseguindo-se resolver com facilidade qualquer problema de distribuição. Somos uma empresa muito flexível deste ponto de vista”. Esta maior flexibilidade é traduzida na tal proximidade com o cliente, mas também num aproveitamento eficaz da distribuição, “moldado às necessidades do clientes de modo a que possamos ter um bom produto com custos interessantes e economicamente acessíveis”, assegura o responsável da CARF. O aumento da actividade, pelo facto de se fazerem mais recolhas e mais entregas de peças, levou a uma importante série de investimentos, que se irão prolongar por 2008. Um dos mais importantes foram as novas instalações, em Camarate, num espaço “que nos permite agora adaptar melhor a distribuição interna de uma forma diferente. Todas as viaturas são agora carregadas ao mesmo tempo, o que nos permite ganhar mais tempo para distribuir, nomeadamente a meio do dia que é sempre uma altura critica da nossa actividade. Por outro lado, a melhor localização das instalações, perto do “novo” eixo norte-sul, permitenos um importante ganho de tempo”, refere Paulo Carvalho. Outro forte investimento, que está a ser ultimado, é no novo parque informático. As diversas soluções utilizadas até ao momento estiveram longe de satisfazer os responsáveis da CARF, estando agora a ser desenvolvido um software à medida das necessidades específicas da empresa, que permitirá acelerar ainda mais os processos internos, com reflexos na qualidade do serviço prestado aos clientes, segundo afirma Paulo Carvalho. Actualmente com 21 pessoas, e uma frota de 17 furgões, a CARF tem uma vasta carteira de clientes, efectuando entregas bidiárias, mas “em algumas situações já conseguimos evoluir para quatro entregas ao dia, obviamente que não é em todas as zonas, mas o mercado absorve isso e precisa disso”, assegura Paulo Carvalho.

CARF

O crescimento da CARF tem sido progressivo, tendo cada vez mais clientes na distribuição de peças para o sector automóvel

Sede: Rua Projectada à Rua José Afonso, Lt 5 Quinta Santa Rosa 2680 543 Camarate Sócios-gerentes: Paulo Carvalho Zélia Coito Telefone: 219 809 640 Fax: 219 809 649 E-mail: geral@carfnet.com Internet: n.d.

As novas instalações permitiram melhorar os serviços da CARF



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EMPRESA Grupo Sobralpneus

Tudo o que o automóvel precisa

A

O Grupo Sobralpneus possui uma longa tradição na comercialização de pneus. Actualmente a diversificação de serviços é enorme, bem como diversificado é o número de delegações que tem na região Oeste de Portugal.

Sobralpneus existe há 35 anos, fruto de um negócio pessoal, inicialmente dedicado à electricidade automóvel, mas que depois foi evoluindo para outras áreas, nomeadamente em finais da década de 80, através de uma sociedade no sector dos pneus e na mecânica. O crescimento da empresa foi enorme nos últimos 20 anos, passando os combustíveis e os pneus a representarem o maior peso na facturação anual do Grupo SobralPneus. Actualmente o número de serviços do Grupo Sobralpneus é enorme, pois engloba sete postos de combustíveis (com imagem BP), oficinais de mecânica, serviços de electricidade, empresa de transportes, sem esquecer o serviço de pneus, dividido pelo sector comercial e pela área da distribuição, sem esquecer a representação oficial de três marcas de pneus para Portugal. O Grupo Sobralpneus possui oito postos de venda e montagem de pneus, que na sua maioria já evoluíram da tradicional casa de pneus para estruturas com um nível de serviço mais completo, fazendo serviços de mecânica e de electricidade. “Quase todas as nossas casas, mesmo sendo algumas delas postos de cidade com muita tradição no pneu, já possuem um serviço diversificado”, afirma António Rodrigues, Director-Geral do Grupo Sobral pneus, assegurando que no prazo de dois anos, todos os estabelecimentos serão multi-serviços. “A diversificação de serviço nas casas de pneus não é algo de recente para nós, sendo até uma tendência de há vários anos a esta parte”, refere o mesmo responsável, acrescentando que “sempre foi nossa filosofia estar ligado ao automóvel e não apenas aos pneus”.

Sobralpneus Sede: Ponte da Couraça – apartado 95 2584-957 Carregado Director-geral: António Eduardo Rodrigues Telefone: 263 851 201 Fax: 263 851 204 E-mail: geral@sobralpneus.pt Internet: www.sobralpneus.pt

Representações exclusivas

Para o responsável do Grupo Sobral pneus, “está bem à vista que as oportunidades que existem são para as empresas que apostaram na diversificação de serviços, até como uma forma de rentabilizar a actividade e os recursos humanos”. Como suporte à actividade de todas as estruturas de retalho de pneus, o Grupo Sobral apostou também nos serviços de assistência no terreno, dispondo para isso de uma frota de veículos que garantem a mobilidade dos veículos dos seus clientes. São veículos de assistência 24 horas / 365 dias ano, tanto para veículos ligeiros como pesados sem esquecer os veículos de engenharia civil, agrícola e empilhadores. Uma das áreas onde o Grupo Sobral Pneus desenvolve a sua actividade é na distribuição, embora seja considerada como um complemento do negócio de pneus. A oferta disponibilizada pelo Grupo Sobralpneus é muito vasta, passando pelos pneus de automóvel, moto, empilhador, industrial, engenharia, comercial e agrícola, tendo para consumo interno e externo todo o tipo de pneus. Apesar de possuir uma empresa de transportes, o Grupo Sobralpneus efectua a distribuição de pneus para todo o país (preferencialmente zona de Grande Lisboa e Centro / Norte do Continente), através de uma parceria com uma distribuidora que garante entregas em 24 horas. Esta actividade comercial na distribuição de pneus, é ainda desenvolvida por dois comerciais que visitam regularmente outras oficinas de pneus bem como clientes directos. Nas instalações do Carregado, existe um stock permanente de cerca de 6.000 pneus, sendo este o armzém principal, existindo ainda stock em cada uma das oito casas de pneus do Grupo Sobralpneus. Entre as diversas marcas que comercializa, casos da Michelin, Goodyear, Brigdstone e Continental, o Grupo Sobralpneus é também importador exclusivo das Mastercraft, Starfire e Galaxy (ver caixa).

Numa empresa como a Sobralpneus as responsabilidades ao nível da qualidade de serviço são enormes. Para António Rodrigues, o “nosso enfoque, em termos de qualidade de serviço, começa no contacto com o cliente ao nível do atendimento. Este momento é fundamental para a concretização do negócio”. Porém, existem outras prioridades, nomeadamente ao nível da questão técnica, onde a empresa aposta bastante. “Fazemos um grande investimento ao nível dos equipamentos, pois estamos sempre o mais actualizados possível”, assegura o directorgeral da Sobralpneus, adiantando que “também não descuramos o aspecto da formação do pessoal. Para nós estes aspectos são fundamentais para se garantir a qualidade do serviço”. Nesta perspectiva, para o responsável da empresa, a questão preço (dos serviços) acaba por ser relativa estando de acordo “com o nível de serviços que prestamos. Não sabemos se é caro se é barato, mas tentamos que seja competitivo”. Numa empresa com mais de 120 trabalhadores e divida geograficamente entre Marinha Grande e Lisboa, passando pela Caldas da Rainha e Carregado, onde existem uma grande diversificação do negócio automóvel, espera sempre novas oportunidades para crescer, como sucedeu em 2007. “É sempre estratégico para nós crescer para a abertura de mais estabelecimentos”, refere António Rodrigues, afirmando que “estamos sensíveis a novas propostas e novas oportunidades, mas actualmente tem que se ter muito cuidado com os investimentos que se fazem. De qualquer maneira estamos sempre a investir, como por exemplo em 2007, no qual adquirimos mais duas novas casas, o que representou um investimento significativo”. Refira-se que nas instalações do Carregado, estão a ser efectuados diversos investimentos, para se disponibilizarem melhores condições aos clientes do Grupo Sobral pneus.

O Grupo SobarlPneus é também importadora para Portugal das marcas Mastercraft, Starfire e Galaxy. A Mastercarft é uma marca muito virada para os veículos 4x4, embora também tenha uma gama de produtos para veículos ligeiros. Trata-se de uma marca que equipa de origem a Mitsubishi, Mazda e Izusu. A Starfire, pertencente ao mesmo grupo da Mastercraft (Grupo Cooper), são pneus para veículos ligeiros numa lógica de marca budget, isto é, com preços mais acessíveis. No caso da Galaxy é uma marca virada para pneus de veículos industriais e agrícolas, que serve um mercado muito específico. A distribuição contempla também todas as outras marcas que o Grupo SobralPneus representa e comercializa como seja a Michelin, Goodyear, Bridgestone e Continental. Existem cerca de 6.000 pneus em stock permanente num armazém principal, existindo ainda o stock de cada uma das oito casas.



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EMPRESA Samiparts

Crescimento

A

sustentado

O comércio de peças auto tem nas zonas de Pombal, Ansião e Soure, um protagonista que nasceu em 2003 mas que já dá cartas no saber de distribuir peças de qualidade e munidas de serviço de primeira. O reconhecimento tem vindo na forma de novos pontos de venda e uma carteira crescente de clientes.

Samiparts iniciou a sua actividade em Julho de 2003, e foi criada por dois sócios gerentes que decidiram que era chegada a hora de experimentarem o sabor do desafio de uma casa de distribuição própria. A ideia inicial era a de serem somente os protagonistas da aventura a lidarem com os destinos da Samiparts, mas o serviço de excelência e a qualidade dos produtos cedo revelaram que o caminho passaria por abrir mais pontos de venda e recrutar alguns funcionários. O primeiro novo investimento surgiu em 2005 quando inauguraram um balcão de atendimento que serve simultaneamente de apoio para armazenagem das peças, situado em Ansião. A imagem cuidada é a mesma e a eficácia do serviço valeu mais uma vez o reconhecimento dos clientes. A esta eficácia não é alheio o facto dos dois fundadores, Miguel Baptista e Samuel Nunes, terem uma larga experiência no sector da distribuição de peças. A isto juntaram marcas que dispensam apresentações, como são exemplo a LUK, BREMBO, SKF, VALEO, ROADHOUSE, INA, VARTA, SACHS, ACDELCO, MAHLE, NGK, PURFLUX, GATES, CONTITECH, AGIP e SAM. Como acentuou Miguel Baptista, “são marcas que apresentam uma qualidade reconhecida e que ao mesmo tempo juntam preços ao nível dessa qualidade, isto é, com estas peças as oficinas não terão clientes com problemas de reclamações, o que é uma mais valia para o sucesso do negócio”. O mais recente investimento foi realizado na loja de Soure, em Janeiro deste ano, que fica a 20 km a Norte de Pombal. O anterior ponto inaugurado foi o de Ansião que fica também a 20 km de Pombal e que dá apoio ao interior do país. A primeira loja situada em Flandes, Pombal, possui um acesso privilegiado. Todos os pontos de atendimento reflectem a postura com que enfrentam o mercado das peças em todas as suas vertentes: os espaços são amplos e a decoração exemplar, fugindo ao tradicional distribuidor de peças com pouco apelo visual. A juntar ao cuidado estético, os meios informáticos estão presentes com toda a sua força, proporcionando um profissional e motivador funcionamento para os funcionários. Como sublinhou Samuel Nunes, Sócio Gerente da Samiparts, “decidimos montar este negócio no que constituiu um desafio para nós e no que pensávamos que iria ser uma actividade que ocuparia somente os fundadores, acabou por se revelar numa aposta com contornos bem maiores, que continua a merecer o apoio dos clientes que diariamente continuam a visitar as nossas instalações à procura das peças que sempre fornecemos, por mais difícil que sejam de encontrar”. A boa aceitação do mercado levou à aposta numa imagem renovada das instalações há cerca de um ano, sendo hoje espaços onde a luminosidade paira, o que confere um ambiente agradável não só para

clientes, como também para os funcionários. Outro factor que tem jogado a favor desta dupla de empresários é a crescente aposta das oficinas fora da sua área de influência, que se abastem de material vindo da Samiparts. Como referiu Miguel Baptista, “hoje já temos clientes de zonas de Leiria, um dado que era impensável quando surgimos. Mas a verdade é que aqueles mercados têm aberto as portas à Samiparts,

que coloca diariamente uma viatura a distribuir nos pontos mais distantes dos balcões de atendimento. Sobre o estado do mercado das peças em geral, Miguel Baptista é da opinião que “os tempos são hoje de crise como o eram no passado e as pessoas habituaram-se a este estado de coisas. O mais importante é olhar para o mercado com optimismo e encontrar soluções para um apoio efectivo às

oficinas”. Um dos grandes desafios das casas de peças tem sido a crescente entrada no mercado independente dos construtores automóveis, com as suas peças de marca. Neste capítulo, a Samiparts optou por iniciar o fornecimento de peças das marcas Peugeot e Citroën, em referências muito específicas e onde as restantes marcas independentes não disponibilizam opções. Este caminho também se deveu ao facto de contarem nos seus quadros com um funcionário que é conhecedor profundo das marcas Peugeot e Citroën. Juntaram esta mais valia e complementaram a sua gama de produtos. Consideram que a redução do número de oficinas continuará, acontecendo o mesmo com os pontos de distribuição, ficando somente os mais fortes e que criaram laços de parceria sólidos com importadores de referência e que ao mesmo tempo estejam munidos de formas de serviço inovadores para as oficinas. As oficinas são a razão de existir da Samiparts, assim como de outros distribuidores de peças e nesse sentido é preocupação dos Sócios Gerentes da Samiparts a crescente sofisticação dos automóveis, que levará ao encerramento de muitos pontos de reparação. Tentar dar o maior apoio possível aos profissionais da reparação e que passa muitas vezes pela formação em conjunto com as marcas de produtos que distribuem, tem sido a solução.

SAMIPARTS

Interior da loja de Pombal, onde se pode ver uma decoração moderna. Em baixo: Samuel Nunes (esquerda) e Miguel Baptista (direita), Sócios Gerentes da Samiparts.

Sede: Rua da Primavera, lote 10, r/c C Urbanização de Flandes Pombal Sócios Gerentes Miguel Baptista Samuel Nunes Telefone 236 207 701 Fax 236 207 702 Email samiparts@mail.telepac.pt



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Jornal das Oficinas Março 2008

EMPRESA Maxidrive – Comércio de Pneus, Lda

Serviço global

A

Assumindo-se claramente como um “centro auto”, a Maxidrive é uma empresa que presta todo o tipo de serviços na área automóvel, estando integrada na rede Eurotyre.

Maxidrive é o espelho da perseverança e visão de dois empreendedores que durante alguns anos se dedicaram aos pneus, mecânica e electricidade automóvel. Foi então fruto da experiência que tinham e do crescimento do número de clientes, que decidiram abrir a Maxidrive, quando decorria o ano de 2003, “logo desde essa altura já com a intenção de ser multi-serviços”, contou ao Jornal das Oficinas, Paulo Reis, sócio-gerente da empresa. Inicialmente num espaço com pouco mais de 100 m2, que “rapidamente se tornou pequeno”, que já mais recentemente evoluiu para outras instalações, maiores e com outras condições. Porém, ainda nem com um ano de trabalho, foi apresentado à Maxidrive o projecto da rede EuroTyre, à qual a empresa viria a aderir quase de pronto. “Tínhamos conhecimentos técnicos, mas faltava-nos experiência empresarial, e como sabíamos que estávamos no caminho certo, decidimos aderir à Eurotyre”, reconheceu Paulo Reis, admitindo que dessa forma “a Maxidrive passou a ter acesso a novos conhecimentos, como tivemos acesso a melhores produtos e a uma gama mais vasta, beneficiando ainda de uma melhor imagem”. Mesmo que a EuroTyre seja uma rede organizada na área dos pneus, o responsável da Maxidrive, nem por isso identifica o seu estabelecimento como uma casa de pneus que também faz outros serviços. “Nós fazemos de tudo um pouco, sendo essa a nossa filosofia desde o início”, esclarece Paulo Reis, concretizando que a Maxidrive “é uma empresa de serviços rápidos em todas as suas vertentes, seja pneus, óleo, amortecedores, electricidade, ar condicionado, etc, pois todas elas têm a mesma importância”. A aposta na diversificação de serviços, que torna a Maxidrive mais como um “car center” do que uma casa de pneus, leva Paulo Reis a afirmar agora que “sinto que seguimos o caminho certo. Quem não o fez está a passar por algumas dificuldades, pois não é possível actualmente trabalhar só os pneus”. Se nos pneus (e não só) a Maxidrive recorre a todas as marcas que existem na rede Eurotyre, permitindo-lhe ter acesso a uma larga oferta de produto (desde qualidade a preço), a sua localização, em Sacavém, acaba por ter outros aspectos positivos, fruto da sua proximidade com a Mundimotor e a AS Parts. “Rapidamente nos podemos abastecer com produtos de boa qualidade e

Organização Maxidrive A Maxidrive está localizada em Sacavém, numas instalações “open space” com cerca de 300 m2. Após a entrada, do lado direito, existe a recepção e sala de espera (em espaço fechado), seguindo-se a zona de electricidade / electrónica e depois cinco baias com elevadores, onde se realizam todos os serviços recorrendo a uma máquina de diagnóstico, máquina de carregamento de ar condicionado, duas máquinas de montar e desmontar pneus (uma delas para pneus Run On Flat), duas máquinas de equilibrar, máquina de alinhamento, máquina de nitrogénio, e outros equipamentos que permitem fazer a pré-inspecção.

A Maxidrive está ligada à rede Eurotyre, mas o seu negócio não são só pneus, pois os serviços rápidos também representam bastante nesta empresa

com bons preços, sem haver a necessidade de fazer grandes stocks”, afirma Paulo Reis que reconhece que escolheu a localização da Maxidrive em função também dessa situação. Para se poder prestar uma boa qualidade de serviço, Paulo Reis afirma que a Maxidrive investiu em equipamentos de qualidade “tentando sempre acompanhar o que sai de novo nesta matéria. Não nos falta equipamento de diagnóstico, máquina para desmonstar pneus Run On Flat, entre outros equipamentos, que nos permitem garantir uma boa qualidade de serviço”. Não menos importante é a aposta na formação, que é algo que na Maxidrive não tem sido descurado. “O acesso a formação foi um dos aspectos que me levou a aderir também à rede Eurotyre, embora também tenhamos procurado mais formação exterior, nomeadamente através do Cepra, em domínios como a electrónica, alinhamentos, gestão, atendimento, etc”, refere o sócio-gerente da Maxidrive. Para se ter sucesso e crescer num mercado cada vez mais concorrencial, Paulo Reis refere que actualmente é necessário um especial cuidado no momento do primeiro contacto com o cliente. “Isso é essencial, pois é a partir desse contacto que se desenvolve a relação com o cliente. Por outro lado, é necessário ter bons equipamentos com manutenção cuidada, pois só assim conseguimos prestar um serviço de qualidade”, conclui Paulo Reis.

Maxidrive Sede: Rua A - Lote 2 Quinta S. João das Areias 2685 Sacavém Sócio-Gerente: Paulo Reis Telefone: 219 401 039 Fax: n.d. E-mail: maxidrive@sapo.pt Internet: www.eurotyrept.com



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EMPRESA Jorge Amortecedores, Lda

Em nome do amortecedor

J

Quando se fala em amortecedores, o nome Jorge Amortecedores é, certamente, um dos que ocorre primeiro. Na competição ganhou nome, mas é no trabalho do dia-a-dia e na qualidade do mesmo que ganha cada vez mais clientes.

orge Rodrigues, também conhecido por Jorge Amortecedores, fala de amortecedores como quem bebe um copo de água. Desde os 12 anos de idade que trabalha com eles, pelo que segredos não existem, sejam amortecedores de ligeiros e pesados, sejam de motos ou veículos industriais. Decidiu em 1985 estabelecer-se por conta própria, fundando a empresa “Jorge Amortecedores”, na invicta cidade do Porto, dedicou-se durante mais de um década em exclusivo à reparação e substituição de amortecedores. Depois disso, atendendo às alterações que houve no mercado, nomeadamente ao nível da concorrência, foi introduzindo outros serviços como a substituição de escapes e travões, mudanças de óleo, baterias, filtros, pré-inspecção, entre outros, embora sem abandonar a sua especialização nos amortecedores. “Antes não havia tempo para mais nada a não ser trabalhar o amortecedor, mas agora temos que fazer de tudo um pouco, pois como o mercado está actualmente não é possível a dedicação exclusiva ao amortecedor”, confessa Jorge Rodrigues, gerente da Jorge Amortecedores. Onde ainda se consegue manter essa exclusividade é na competição, um mercado muito importante para esta empresa. “Onde a casa ganhou grande parte do seu nome foi através da competição”, garante Jorge Rodrigues acrescentando que “todos os campeões nacionais no desporto automóvel passaram por aqui, utilizando amortecedores preparados e reparados na Jorge Amortecedores. Foi publicidade a custo zero, que nos trouxe múltiplas vantagens”. Amortecedores Na sua especialidade, que são e continuarão a ser os amortecedores, a Jorge Amortecedores dedica-se à substituição desse componente, comercializando amortecedores novos, apostando sempre muito forte na recuperação de “todo e qualquer tipo de amortecedor”, garante Jorge Rodrigues, que assegura que a reparação “é sempre mais benéfica para o cliente, não só pelos custos mas também porque o cliente fica sempre bem servido, quase sempre melhor do que se fosse com amortecedores novos, pois temos técnicos e equipamentos específicos, que garantem a qualidade da reparação”. Aliás, a reparação permite mesmo “colocar o amortecedor mais ao gosto e tipo de condução do cliente, o que também pode ser feito quando o carro é novo, o que não acontece tanto pois o cliente tem medo de perder a garantia”. Na opinião de Jorge Rodrigues, a oficina tradicional, que monta amortecedores, “não está muito preocupada com o amortecedor novo que vai montar, pois parte do pressuposto que eles estão sempre a 100% da sua eficácia, o que nem sempre acontece. Muitas vezes essas oficinas estão apenas inte-

ressadas na margem de comercialização, enquanto nós estamos também interessados na segurança do nosso cliente”. Apesar de estar fisicamente no Porto e de só aí poder prestar os seus serviços directamente aos clientes, a Jorge Amortecedores

faz trabalhos de reparação de amortecedores para todo o país, tendo para o efeito um stock de amortecedores novos e recondicionados prontos para servir o cliente, recorrendo muitas vezes a operadores logísticos. Ao nível da substituição, a Jorge Amorte-

cedores representa quase todas as marcas, embora com especial incidência na Sachs e Koni, afirmando o gerente que “a substituição é um negócio mais lucrativo”. Com um leque de nove empregados, a Jorge Amortecedores, possui instalações unicamente na cidade do Porto (divididos por dois espaços), possuindo um stock “que nos permite servir prontamente os nossos clientes”, refere Jorge Rodrigues. Possuindo diversos equipamentos para a recuperação dos amortecedores, alguns deles específicos para a competição, que representaram mais um forte investimento, a Jorge Amortecedores, vai nos próximos meses avançar para a remodelação de parte das instalações, com vista a prestar um serviço cada vez melhor aos seus clientes.

Jorge Amortecedores Sede: Rua Alexandre Herculano, 200 a 205 4000-051 Porto Gerente: Jorge Rodrigues Telefone: 223 325 241 Fax: 222 006 709 E-mail: geral@jorgeamortecedores.pt Internet: www.jorgeamortecedores.pt

No Jorge Amortecedores tanto se comercializam amortecedores novos como reparam amortecedores usados



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EMPRESA Secamauto II

Especialização em escapes C

Desde meados da década passada que a Secamauto II se tornou numa das mais importantes empresas nacionais que se dedicam ao comércio de escapes e de catalisadores.

om sede em Torres Vedras, a Secamauto II existe desde 1995, embora a sua origem esteja na Secamauto que se encontra no mercado desde o início da década de 90. Actualmente são empresas distintas, com diferentes sócios, pelo que a Secamauto II seguiu o seu caminho por via da especialização no ramo dos escapes e dos catalisadores. A empresa comercializa os escapes da Fonos e da Walker, bem como os catalisadores da Walker (pertencentes à Tenneco Automotive), dispondo ainda dos escapes da marca Hobi para veículos pesados, de origem turca, sem esquecer uma também nova representação, no domínio dos amortecedores, com a Eurodamper (de origem espanhola). “Temos uma forte especialização em escapes e catalisadores, representando a Fonos e a Walker mais de 80% da nossa facturação”, começa por referir Luís Santos, Administrador da Secamauto II. A Secamauto II trabalha apenas com a importação, até porque os fabricantes nacionais de escapes concorrem pelos mesmos clientes, pelo que a aposta mantem-se num modelo de negócio que passa, para além da qualidade dos produtos, pela venda a retalhistas (incluindo casas de peças), aos especialistas em montagens de escapes e à nova distribuição. “As melhores empresas de retalho e de serviços rápidos trabalham com a nossa empresa”, sublinha Luís Santos que, assegura que a Secamauto II é “a maior empresa de importação / distribuição do país neste ramo de negócio”. Em Torres Vedras a Secamauto II possui o seu armazém, com mais de 2.200 m2 de área, onde existe um stock médio de 30.000 escapes, que permite abastecer o mercado em menos de 24 horas. Para tal a distribuição é feita por duas viaturas próprias, que asseguram a distribuição a nível nacional para reposições regulares de stock, embora a Secamauto II recorra a empresas de distribuição que entregam os pedidos urgentes diariamente aos seus clientes. “Para nós é essencial a aposta que fazemos no stock, que no nosso caso representa um investimento muito elevado” afirma Luís Santos, que reconhece que “actualmente só vendemos se tivermos stock”. A trabalhar com 12 pessoas, a Secamauto II não tem qualquer equipa comercial, atendendo a que “não vendemos directamente às oficinas, sendo esse um trabalho que é feito pelos retalhistas. Não queremoss colidir com o trabalho feito pelos nossos clientes”. Em termos de formação a Secamauto II recorre ao próprio fabricante, neste caso a Tenneco Automotive, utilizando as instalações junto à AutoEuropa, embora a formação possa também ser feita no estabelecimento do cliente caso existam condições para tal.

Hobi é a novidade Tendo também uma forte experiência no ramo dos escapes para pesados, por via da representação de uma outra marca, a Hobi passou recentemente a integrar o portfólio da Secamauto II. Luís Santos, afirma a este respeito que “se trata uma representação exclusiva, que apresenta uma excelente relação preço /qualidade e que vai de encontro às necessidades do mercado, que procura produtos um pouco mais baratos mas de boa qualidade. Penso que é uma marca que vai ter uma grande aceitação no mercado português”. Refira-se que a Hobi é uma marca de origem turca, que dispõe de uma vasta gama de referências que permitem, neste momento, dar resposta a pelo menos 85% do parque circulante de pesados em Portugal. “Estou muito satisfeito por trabalhar a Hobi, pois não é só o preço que serve de argumento, já que a qualidade é muito alta”. Também muito recente é a importação de “flexíveis” de uma marca Indiana (Angar), que é um produto “que evita a substituição do catalisador, reduzindo custos, pois muitas vezes o que está danificado é apenas o flexível”, refere Luís Santos.

A Secamauto II é uma empresa que se especializou na importação e comercialização de escapes para veículos ligeiros, comerciais e pesados

Secamauto II Sede: Zona Industrial de Paúl 2560-232 Torres Vedras Administrador: Luís Santos Telefone: 261 330 950 Fax: 261 330 951 E-mail: geral@secamauto2.pt Internet: www.secamauto2.pt

Em termos de assistência técnica “sempre que existe algum problema com os catalíticos ou silenciosos temos sempre um grande apoio da Tenneco, sendo resolvido prontamente qualquer problema, pois essa é também uma exigência deles e nossa”, afirma o Administrador da Secamauto II, assegurando que “o nosso produto tem muita qualidade e raramente dá problemas”. Também nas instalações da Secamauto II, existe uma oficina especializada na montagem de escapes, quer para ligeiros quer para pesados, aberta a todo o tipo de clientes, tratando-se de “um bom complemento de negócio”, confirma Luís Santos. Confirmando que actualmente não existe mercado de reparação em Portugal para este tipo de equipamento, Luís Santos refere que “o mercado dos escapes teve um crescimento muito grande até 2001. Daí para cá entrou em declínio, vendendo-se muito menos actualmente. Contudo, o mercado dos catalisadores cresceu muito assim como irá crescer muito os mercado dos filtros de partículas”.



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EMPRESA João de Deus

Qualidade e serviço A

Dedica-se ao fabrico, comercialização e distribuição de radiadores e intercoolers, trabalhando tanto no primeiro equipamento como no aftermarket, onde possui um modelo de negócio perfeitamente adaptado ao mercado português.

João de Deus & Filhos, S.A., é uma importante empresa do sector industrial, no domínio dos radiadores e intercoolers. Grande parte da sua produção é destinada à exportação, possuindo na sua carteira de clientes alguns dos mais importantes fabricantes de automóveis, como a Fiat, GM, Porsche, Volkswagen / Audi e Toyota, entre outros. Actualmente esta empresa portuguesa pertence à Denso Thermal Systems em Itália, que possui fábricas também noutros países para além de Portugal, e que por sua vez é detida pelo Grupo Denso Corporation no Japão. A João de Deus & Filhos, S.A., e a sua tecnologia, possuem as certificações ISO9001 e ISO/TS16949, neste caso uma norma aceite pela maioria dos construtores de automóveis. Em Portugal, a João de Deus & Filhos, S.A. detém ainda a MPSA, uma unidade industrial de moldes e ferramentas, que são depois utilizadas na produção dos radiadores e intercoolers. Na unidade fabril da João de Deus & Filhos, S.A., com cerca de 15.000 m2, existe a unidade de produção para o primeiro equipamento, que faz apenas intercoolers, existindo outra unidade para os radiadores, neste caso destinado ao Aftermarket. Distribuição Apesar de apenas 15% da produção da João de Deus & Filhos, S.A. se destinar ao mercado português, a própria empresa montou e controla todo o circuito de distribuição, dos radiadores em Portugal (e também em Espanha). Assim, no mercado português a João de Deus & Filhos, S.A. possui quatro empresas de distribuição aftermarket, localizadas em Lisboa (Sulradiadores), Porto (Radinorte), Covilhã (Auto Radiadores das Beiras) e Entroncamento (Auto Radiadores J. Deus). “Não temos distribuidores independentes em Portugal nem em Espanha. Cada distribuidor tem uma zona geográfica perfeitamente definida, onde desenvolve a sua actividade”, afirma João Neves Pereira, Sales Manager da João de Deus & Filhos, S.A., adiantando que “os retalhistas e os especialistas do radiador são os principais clientes nas nossas empresas de distribuição. Com a evolução do mercado e a necessidade de fornecer a peça (radiador) completa, apareceram também as casas de peças a quererem este material nas secções de colisão. São eles que depois vendem às oficinas”. Revelando que a empresa está a desenvolver diversas acções no sentido de vender cada vez mais nos retalhistas de peças (actualmente em Portugal 60% das vendas ainda são a especialistas e apenas 40% a empresas de peças), João Neves

Pereira, assegura que “a primeira acção visível que fizemos para entrar fortemente no mercado das peças foi a entrada no TecDoc, como fornecedores de dados. A partir daí quisemos potenciar ainda mais a nossa presença na distribuição para as empresas de peças”. Cada uma das quatro estruturas de distribuição da João de Deus & Filhos, S.A. tem stock próprio, e ainda uma equipa comercial (com vendedores). Existe ainda um armazém central (com 50.000 radiadores em stock), próximo da sede no Porto Alto, que armazena parte da produção de radiadores da fábrica e abastece, por sua vez, as quatro empresas de distribuição. “Apesar de termos um armazém cen-

tral, o nosso modelo de negócio foi desenvolver estes distribuidores para estarmos mais próximos do mercado. A ideia de proximidade ao cliente é fundamental”, revela João Neves Pereira, afirmando a este respeito que “esta é a maneira mais adequada de estar no mercado, pela questão da proximidade, em vez de ter um único armazém a distribuir para todo o país”. Em Espanha (Madrid), a João de Deus & Filhos, S.A. desenvolveu um modelo de negócio muito idêntico, onde existe também uma operação logística em Barcelona e um agente em Valência. Com uma produção de 442.000 peças anuais para o aftermarket, a João de Deus & Filhos, S.A. aproxima a sua produção

A João de Deus & Filhos, S.A. produz intercoolers para o primeiro equipamento e radiadores para o aftermarket

das necessidades do mercado, privilegiando a comercialização dos radiadores para os modelos das marcas europeias, num catálogo com mais de 3.000 referências que cobre mais de 80% do parque automóvel nacional entre as marcas generalistas e mais comercializadas.

João de Deus & Filhos, SA Sede: EN 10 – KM 107 Arados 2135-113 Samora Correia Director de vendas: João Neves Pereira Departamento comercial: José Augusto Geraldo Telefone: 263 650 240 Fax: 263 654 217 E-mail: jdeus@mail.telepac.pt Internet: www.jdeus.com



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ENTREVISTA José Fernando, Administrador da Auto Escapes do Marco

“Vamos evoluir, para merecer a confiança dos clientes”

A

A Auto Escapes do Marco (AEM) foi criada e desenvolvida à imagem do seu fundador, José Fernando, que é por natureza uma pessoa metódica e organizada e com um elevado brio profissional, que se reflecte em todos os pormenores da empresa, desde o balcão de peças à área oficinal.

AEM iniciou a sua actividade em Maio de 1988, apenas com a montagem de escapes, mas à medida que a casa ia sendo conhecida e a clientela aumentava, começou a montar alguns acessórios, até que resolveu diversificar a sua actividade e oferta. Em 1994, a AEM já tinha comércio e montagem de acessórios e peças. A empresa começou a funcionar numa cave de uma casa, até que foi obrigada a mudar para as instalações actuais, em Outubro de 1999, devido à expansão do negócio e às maiores exigências dos clientes. O actual espaço conta com um pavilhão com uma área Total Coberta de 2.000 m2 dividida em três secções distintas: Oficina, Peças e Administrativa. Jornal das Oficinas - Quantos empregados tem actualmente a vossa empresa? José Fernando - A empresa já tem 14 colaboradores, sendo 3 administrativos e quatro activos, na oficina. O balcão de peças e o armazém empregam mais 6 elementos, para além da minha função de administrador.

E quantos vendedores são necessários para cobrir o vosso território? Vendedores não temos, porque o movimento é relativamente reduzido. Os próprios caixeiros, que se encarregam da distribuição das peças e acessórios, dão uma volta pelos clientes, uma vez por mês. Este sistema já demonstrou ser satisfatório para a empresa e para os clientes. Quando há produtos novos e promoções o sistema utilizado é o mesmo, através dos próprios caixeiros e viaturas da casa. De resto, a nossa área de influência está limitada ao concelho do Marco de Canaveses e concelhos limítrofes. Porque razão os clientes vêm procurar mais as peças na vossa loja? O facto de mais clientes nos procurarem aqui na loja deve-se ao melhor serviço que prestamos, em relação à concorrência local. São os próprios clientes que manifestam essa opinião, embora haja pessoas que nos critiquem aqui na região por termos os dois

Auto Escapes do Marco Sede: Rua Maria Gil, 136 – Zona Industrial Tuías 4630-297 Marco de Canavezes Adminstrador: José Fernando Telefone: 255.539.183 Fax: 255.539.188 E-mail: escritorio@aemlda.pt

negócios juntos de escapes e peças. Mesmo assim, estamos a progredir e isso é sinal de que prestamos um bom serviço ao mercado.

Como se posiciona a Auto Escapes do Marco no que respeita aos preços? Temos preços que estão dentro da média do mercado. Estamos atentos à evolução do mercado e à concorrência, tentando sempre oferecer bons produtos por um preço justo.

A vossa empresa está a sentir a concorrência dos concessionários das marcas? Existe de facto uma concorrência maior dos representantes das marcas, mas em 2007 as nossas vendas subiram, o que demonstra que a nossa aposta e a nossa estratégia está adaptada às realidades locais do mercado. A concorrência é grande, tanto aqui na zona, como de fora, mas a nossa actividade não se tem ressentido muito desse facto.

Quantos clientes activos tem presentemente a vossa empresa? A AEM tem cerca de 600 clientes em carteira, dos quais pelo menos 350 marcam uma presença comercial regular na empresa. Estamos sempre a acompanhar as mudanças e a investir para nos mantermos 100% competitivos. A empresa está informatizada, cumpre a legislação ambiental e oferece boas condições de trabalho aos seus colaboradores e bom atendimento aos seus clientes. O futuro tem sempre algumas incertezas, mas nós tentamos prevenir os obstáculos e seguir em frente.

Foto de equipa dos funcionários da Auto Escapes do Marco, que conta actualmente com 14 colaboradores, sendo 3 administrativos, 4 da oficina e 6 no balcão de peças e armazém, para além de José Fernando, Administrador

Que tipo de distribuição satisfaz mais os interesses dos retalhistas? A distribuição como está organizada, com importadores distribuidores e os agentes retalhistas, está bem organizada e satisfaz. Já tentei fazer importações directas e cheguei à conclusão de que não compensa, por causa das quantidades, stocks, etc. As importações só interessariam à AEM se a escala de actividade fosse muito superior à actual e de âmbito mais vasto. Na presente escala de negócio que temos não é viável pensar em importações directas.

Qual é o vosso compromisso com a qualidade? Os bons clientes da AEM apostam na qualidade e obrigam-me a procurar servilos dentro dos padrões que são bons para toda a gente. Também sou obrigado a ter dois níveis de oferta, mas o material barato só vendo a pedido dos clientes e com o

aviso claro de que podem dar origem a problemas. Nós também temos problemas com essas peças, pois os clientes reclamam e obrigam-nos a perder tempo com isso. A peça de qualidade é mais cara, mas só é paga uma vez e resulta melhor para a oficina e para o cliente final.

Que previsões faz para a sua empresa, durante 2008? O mercado nesta região está um tanto condicionado pelo facto de haver muita gente aqui do Norte que está a trabalhar em Espanha. Só em duas ou três alturas do ano é que isto se movimenta mais um pouco. O negócio apresenta mais oscilações, relativamente ao passado, porque as pessoas continuam a ter os carros, mas não os utilizam tanto. O final do ano e Agosto são os períodos em que se nota mais poder de compra e mais procura de produtos e serviços.


Jornal das Oficinas Março 2008

ENTREVISTA

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Pedro Oliveira, Administrador da Auto Oliveira

“Esforçamo-nos muito para oferecer

Q

um bom serviço”

Fruto da vontade e determinação de três jovens irmãos, Joaquim, José e Pedro Oliveira, nasceu há 17 anos, na cidade de Braga, a Auto Oliveira, uma empresa especializada no ramo da distribuição de peças auto. Para 2008, promete surgir mais agressiva e mais determinada em fidelizar os clientes.

uando iniciou a actividade, em Janeiro de 1991, a Auto Oliveira apenas contava com uma pequena loja de 100 m2, situada no lado oposto às actuais instalações. Quatro anos depois, foi adquirida uma outra loja ao lado da primeira e passou a dispor de 250m2. Ainda na mesma rua, foi comprada mais uma loja com 1.000m2, mas só em 1998 é que mudou para as actuais instalações, situadas na Rua Nova do Bico, que fica paralela à via rápida, um local privilegiado para a divulgação da imagem da empresa, quer junto dos clientes habituais, quer dos muitos milhares de automobilistas que diariamente passam defronte do enorme edifício, onde se destaca um balcão com mais de 50 metros de comprimento. Todas estas alterações logísticas traduzem um crescimento sustentado e contínuo, ao longo destes anos em que a Auto Oliveira se consolidou no mercado. Para nos falar do percurso da empresa e do mercado da distribuição de peças onde está inserida, entrevistámos o Administrador, Pedro Oliveira, que foi também nosso anfitrião na visita que efectuámos às excelentes instalações, com uma área coberta superior a 10.000 m2, pouco vulgar em empresas do ramo.

Jornal das Oficinas – Em que zona geográfica do país a empresa desenvolve a sua actividade? Pedro Oliveira – A nossa área de acção é basicamente do Douro para cima, no que respeita a oficinas de reparação. Em representações próprias que temos, trabalhamos com lojas de peças de todo o país. Que impacto teve a evolução do mercado na vossa empresa? Até 1998, a Auto Oliveira cresceu a um ritmo acentuado. Desse ano até 2005, o crescimento manteve-se, mas a um ritmo mais moderado. Nos últimos dois anos, 2006 e 2007, o negócio estabilizou, porque o mercado também está praticamente parado.

Auto Oliveira Sede: Rua Nova do Bico, nº 30 4700-400 Braga Administrador: Pedro Oliveira Telefone: 253.300.600 Fax: 253.300.609 E-mail: pedrooliveira@autooliveira.pt Internet: www.autooliveira.pt

Considera que os serviços rápidos estão a ameaçar o futuro das oficinas independentes? Os serviços rápidos estão a crescer, mas não têm os preços tão baixos como inicialmente se dizia. Acontece que têm um marketing mais actuante e uma filosofia de mercado, que as outras oficinas ainda não têm. O que está a fazer falta entre nós é o associativismo entre oficinas, que é muito forte, por exemplo, na vizinha Espanha. Aqui em Portugal, os operadores do mercado independente trabalham todos uns contra os outros e não tiram partido das vantagens que a cooperação poderia trazer. Nós, às vezes, esquecemo-nos que os nossos verdadeiros concorrentes, que nos podem tirar mercado, são os concessionários e não temos uma estratégia conjunta para criar vantagens competitivas em relação a eles. Qual é o modelo de gestão da Auto Oliveira? O grupo de empresas a que pertence a Auto Oliveira tem quatro sócios, três dos quais são também trabalhadores. Somos todos quatro irmãos, mas tenho uma irmã que tem outro negócio e é apenas sócia deste lado. Crescemos os outros três juntos e dedicados 100% a este negócio, o que constituiu o grande factor de desenvolvimento da empresa Auto Oliveira. Em 1998 abrimos uma oficina de reparação, porque tínhamos uma representação de automóveis novos e necessitávamos de lhes prestar assistência. Ficámos também com a concessão KIA para todo o Minho, de modo que eu fiquei à frente da Auto Oliveira e cada um dos meus irmãos com as outras áreas de negócio. De qualquer maneira, trabalhamos sempre em conjunto e estamos unidos quanto aos objectivos e estratégias do grupo. Quantas pessoas trabalham na Auto Oliveira? Estamos neste momento com uma equipa de 58 pessoas, na Auto Oliveira. Em todas as empresas do grupo somos já 118 elementos.

Que argumentos utiliza a vossa empresa para fazer face à concorrência? A nossa mais valia relativamente à concorrência foi trabalhar sempre com boas marcas. Tive sempre a responsabilidade das compras na empresa e sempre optei pelo critério das marcas de melhor qualidade. Outra mais valia para os nossos clientes é a gama enormíssima de produtos de que a Auto Oliveira dispõe, com stocks quase completos em todas as marcas com que trabalhamos. É muito difícil ou quase impossível uma oficina ligar para cá e nós não

termos ou não arranjarmos a peça de que ela necessita. Esforçamo-nos muito para dar um bom e grande serviço ao cliente.

A Auto Oliveira trabalha também com peças de origem? Nas peças originais trabalhamos com peças do Grupo VW, com stocks elevados, e temos também as peças originais KIA, porque somos representantes da marca. Em todas as outras peças originais, das quais não fazemos stock, prestamos o serviço ao cliente e vamos buscá-las onde for preciso. Isso também é facilitado porque temos parcerias no mercado, que permitem alcançar esse objectivo com grande eficiência. Que impacto têm os concessionários na actividade da vossa empresa? A minha visão do assunto é que os construtores agarram o mercado todo quando quiserem. Acontece que, de momento, não têm capacidade de resposta para toda a procura e são obrigados a "dividir" o negócio com os outros operadores. Quem tem de tomar medidas para evitar que as marcas controlem o mercado das peças são os fabricantes de peças originais, porque dependem em boa parte do mercado independente. Mesmo assim, a concorrência das marcas mexe bastante com o nosso negócio, porque os concessionários têm vendedores, que aparecem com todas as facilidades e condições muito agressivas, para os nossos clientes das oficinas independentes.

A vossa empresa entende que compensa fazer a importação directa de peças? A Auto Oliveira também é distribuidora de muitos fabricantes, nomeadamente, da Valeo. Aliás, as nossas principais vendas são actualmente de distribuição directa.

Como se processa a distribuição das peças aos vossos clientes? No terreno, temos vendedores, que são os relações públicas da nossa empresa, mas não fazem a distribuição. Para distribuir as peças, temos uma frota de 15 carros, que assegura a logística da Auto Oliveira, com duas entregas por dia, no mínimo, em toda a zona em que operamos. Também trabalhamos com alguns transportadores, mas a grande maioria das entregas é realizada directamente pela nossa empresa.

Qual foi o desempenho da Auto Oliveira em 2007? Apesar da facturação ter crescido em 2007 e haver progressos na rentabilidade, sentimos que o nosso negócio é fortemente afectado pela falta de poder de compra do cliente particular. A concorrência também aumentou, pois quando fecha uma casa de peças, os seus funcionários começam a trabalhar por conta própria e obriga a trabalhar com margens muito mais curtas. O problema maior vem da área da carroçaria, onde as oficinas recorrem cada vez mais aos sucateiros e às peças usadas, diminuindo as vendas das peças novas. Quais são os projectos para 2008? Para 2008, vamos surgir no mercado com mais agressividade e mais determinados a fidelizar os nossos clientes. Temos que ser capazes de lhes passar a mensagem de que a Auto Oliveira está aqui para lhes prestar um bom serviço e que tem um leque muito variado de produtos com stocks. Vamos ter que demonstrar isso aos nossos clientes. Durante este ano, vamos igualmente apostar mais na formação, tendo já combinado a estratégia com os fabricantes, nesse sentido.


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Jornal das Oficinas Março 2008

ENTREVISTA Manuel Simões, Director Técnico-Comercial Portepim (MaxMeyer)

Gerir o ambiente com produtos

de qualidade

As novas regras ambientais no campo da repintura automóvel, em vigor desde 2008, deram o mote à MaxMeyer para mostrar porque está na vanguarda da tecnologia amiga do ambiente, que simultaneamente proporciona trabalhos perfeitos.

J

ornal das Oficinas: A Portepim realizou recentemente uma reunião com a sua rede de distribuição. Qual foi o objectivo desse encontro? Manuel Simões: O objectivo desse encontro foi primeiro informar os nossos distribuidores sobre os aspectos da nova legislação, a Directiva PPD (Paint Products Directive) 2004/42/CE, os cuidados que devem ter e o que serão os próximos anos na repintura automóvel; e depois foi fazer a apresentação dos produtos novos que estamos neste momento a lançar e que cumprem com a nova norma sobre COV’s. E o que mudou em 2008 em termos da nova legislação ambiental? Antes de mais, os produtos a utilizar são diferentes para que cumpram com a nova legislação. Será um novo patamar em termos de regras ambientais. Em 2007 ainda foi possível utilizar os produtos que não cumpriam as novas regras e que tinham sido fabricados em 2006, mas desde o início de 2008 não há possibilidade de os utilizar na repintura automóvel. Na indústria vai continuar a ser possível aplicá-los durante mais alguns anos. Como é que se estão a adaptar os vossos clientes a estas novas regras? Muito bem. Conseguimos fazer a substituição total das máquinas de produtos convencionais e estamos também a trabalhar com os nossos mais recentes produtos sem qualquer problema.

Os produtos MaxMeyer adequam-se totalmente às novas regras ambientais? Sim, sem excepção todos os produtos que a MaxMeyer tem no mercado cumprem com a nova norma. Estas novas exigências encarecem o trabalho final da reparação? Não, pelo contrário, são produtos que têm um rendimento completamente diferente, isto é, permitem trabalhar de uma forma muito mais eficiente.

Portepim Sede: Ribeira de Eiras – Adémia 3020-326 Coimbra Director Técnico-Comercial Manuel Simões Telefone: 239 433 728 Fax: 239 433 729 E-mail: portepim@portepim.pt Internet: www.portepim.pt

E a qualidade dos produtos com tantas restrições aos seus compostos não decresceu? Os produtos globalmente estão melhores. São mais resistentes, fáceis de aplicar e com melhores resultados finais. A investigação acrescida que as novas regras ambientais obrigou teve como resultado o refinamento dos produtos. A ciência e a investigação naturalmente também evoluíram, tudo se conjugando para soluções melhores que as predecessoras. Os produtos resistem melhor às intempéries e aos ataques químicos, como por exemplo nas máquinas de lavagem, etc. Hoje existem mais fórmulas químicos e os produtos de repintura também tiveram que evoluir e adaptar-se a essas situações. Trabalhamos com produtos de reparação que têm garantia vitalícia, o que é sinónimo de altíssima qualidade. Fale-me dos vernizes… O principal problema é o pouco valor que as pessoas dão à qualidade dos vernizes e isso faz com que existam actualmente no mercado vernizes da linha branca em que segundo quem os utiliza dão um bom acabamento final, mas as pessoas esquecem-se que o acabamento final, isto é, o brilho, todos os produtos dão. Até um produto sintético dá bom brilho. Agora para além do brilho é preciso ter durabilidade, ter resistência aos raios UV, ter resistência

aos produtos químicos, não alterar as cores e tudo isso é que faz realmente um produto de qualidade. E a maioria dos produtos no mercado a baixo preço não conseguem isso. Existem vernizes mais baratos do que a própria matéria-prima para fazer um litro desses mesmos vernizes. Por isso basta parar um pouco, pensar e ver que não é possível ter vernizes no mercado com qualidade a esses preços. Um litro de verniz comprado numa drogaria para aplicar numa janela é mais caro que esses vernizes que supostamente são para aplicar em carros, que podem chegar aos 100 mil euros ou mais. Portanto, brilho têm porque é a resina que o dá, mas esse é um elemento simples e rápido de se fazer. O problema são os outros compostos que têm que entrar na composição do verniz de qualidade e esses sim é que encarecem o produto, e o produto sem eles também não vale nada. Os vossos clientes já estão sensibilizados para essa realidade? Sim. A Portepim desenvolve uma boa informação e formação contínua com os seus clientes e por essa razão somos das marcas em Portugal que mesmo assim mais verniz de marca vende.

Qual o ponto da situação dos vernizes à base de água? No capítulo dos vernizes à base de água,

todas as marcas, incluindo a nossa – O grupo PPG, como maior grupo de tintas do mundo – desenvolveu vernizes aquosos. Mas não o aplicamos porque se chegou à conclusão que não traziam nada de novo em relação aos vernizes à base de solvente orgânico, em termos de funcionalidade, aspecto final e resistência a determinados agentes agressivos. Por essa razão decidiuse não lançar esses produtos no mercado. Por outro lado a lei não obriga a aplicar vernizes aquosos – obriga somente que tenham menos de 420 gramas de solvente por litro. Mas existem marcas que fizeram um grande alarido com os seus vernizes à base de água… Pensaram que tinham uma tecnologia única e avançadíssima e neste momento já recuaram, e se hoje ainda existem alguns vernizes aquosos no mercado a serem vendidos, a sua quantidade é insignificante. Os últimos vernizes que essas empresas lançaram já são à base de solvente orgânico. Acho que nós MaxMeyer fomos mais sensatos em não confundir o mercado com os vernizes aquosos.

Quais os novos produtos que vão lançar em 2008? São o brilho directo Duralit UHS Extra e os novos vernizes também eles Ultra Altos Sólidos, para reparações rápidas e gerais.



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Jornal das Oficinas Março 2008

ENTREVISTA

Knud Sörensen, Presidente da Federação Internacional dos Distribuidores do Aftermarket Automóvel (FIGIEFA)

“O aftermarket permanecerá

J

forte”

Knud Sörensen sublinha a necessidade dos reparadores multimarca independentes, terem acesso à informação que os concessionários de marca recebem, e ao mesmo tempo.

ornal das Oficinas – Quais são os principais problemas relacionados com o aftermarket que precisam de ser resolvidos a curto prazo? Knud Sörensen – O acesso à informação técnica é um dos mais cruciais. Está claro que precisamos da informação para reparar os carros e isto inclui a informação para operar e desenvolver equipamentos de diagnóstico. Para manterem o passo com o crescente número de sistemas electrónicos que são constantemente adicionados aos nossos veículos, os fabricantes de equipamentos precisam de informação de confiança e dados dos construtores de veículos. Sem isso, os fabricantes de equipamentos de diagnóstico não podem produzir o software necessário para apoiar os reparadores independentes. Por enquanto, a Comissão tornou claro que os reparadores independentes têm direito à informação técnica de reparação de uma forma não discriminatória. Os reparadores independentes multi marca têm, por isso, direito à mesma informação que as redes dos construtores automóveis recebem, e ao mesmo tempo. Depois temos a discussão do design, ainda a decorrer na União Europeia (UE). Passou da Comissão para o Parlamento, que adoptou uma solução de compromisso à proposta da Comissão, em forma de período de transição de cinco anos. Este compromisso está agora aguardando solução no Concelho de Ministros. Esperamos aí por um resultado positivo, significando que gozaríamos em breve de um mercado livre para as peças visíveis em toda a Europa. Mas ainda existe um longo caminho a percorrer, e por enquanto não sabemos como terminará. O que espera sejam as novas regras do Block Exemption a partir de 2010? Antes de mais esperamos que o Block Exemption corrente permaneça depois de 2010, com alguns melhoramentos, claro. A não renovação do Regulamento resultará num vazio legal para o parque automóvel não coberto pelo novo regulamento Euro 5. O novo Bloco Exemption tem de ser claro acerca dos compromissos dos construtores de automóveis e concessionários. Temos muitas boas declarações no Block Exemption corrente, mas mesmo assim o mercado não está a operar livremente, por isso seria bom a existência de algumas regras claras num novo instrumento legal.

O que espera venha a ser o aftermarket dentro de dez anos? Penso que muitas estruturas permanecerão iguais. Entretanto tem havido muitas concentrações em grupos de comércio, com algumas das companhias a alcançarem enormes dimensões com as aquisições, e provavelmente este processo de consolidação continuará. Acima de tudo, eu espero que dentro de dez anos todos os consumidores estejam

bem informados e que na prática eles possam beneficiar totalmente com a competição entre operadores, através de uma mãode-obra mais barata e peças de substituição mais económicas.

Continuará a existir a necessidade de um aftermarket forte? Sim, continuará a existir a necessidade de um aftermarket forte. Dado que continuarão a existir consumidores e veículos que precisam de ser reparados, o aftermarket também continuará. Em algumas áreas da Europa os construtores de carros estão a concentrar os seus concessionários nas principais cidades, significando que se os consumidores viverem em zonas rurais então precisam que o aftermarket independente repare os seus veículos, porque senão terão de conduzir durante meio dia e eu não penso que qualquer consumidor gostaria disso. E a necessidade de conhecimentos? Um desafio para o aftermarket será a educação, porque se precisamos de acesso à informação técnica, então também precisamos de nos certificar que os profissionais da reparação são de facto capazes de usar a informação que recebem de uma forma correcta. Enquanto o profissional se encontre somente a reparar tavões, sistemas de escape e a substituir rodas e pneus, então não precisa de muitos conhecimentos técnicos, mas para a reparação dos modernos carros eles precisam de ter algum conhecimento de como usar ferramentas de diagnóstico assim como aplicar a informação disponibilizada. Uma mensagem para os intervenientes no aftermarket… Precisamos de ter um espírito aberto para podermos vislumbrar as oportunidades, e existem de facto muitas oportunidades no aftermarket. Isto em vez de olharmos unicamente para os obstáculos. Esse é um dos principais desafios que temos de ultrapassar. No geral, o aftermarket tem sido muito bom em termos de oportunidades. Também no passado conseguimos localizar lugares com potencial para realizarmos negócios e tudo o que precisamos é de nos mantermos nesse caminho.

FIGIEFA Sede Bld. de la Woluwe, 42 Box 5 BE – 1200 Brussels Presidente Knud Sörensen Telefone +32 2 761 95 10 Fax +32 2 762 12 55 Email figiefa@figiefa.eu Internet www.figiefa.eu

Knud Sörensen, Presidente da FIGIEFA, reclama que o mercado não está a operar livremente.


MECÂNICA PRÁTICA

Jornal das Oficinas Março 2008

Colaboração:

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REPARAÇÃO PASSO A PASSO

Reparação de um chassis de motociclo

1º PASSO Preparação do banco de reparação.

Para efectuar a reparação de um chassis de motociclo, é necessário dispor de um banco de carroçarias, equipamento de tracção, um sistema de medição, bem como acessórios específicos para montagem e fixação da coluna da direcção e da zona do eixo do sistema basculante posterior. Esta reparação inclui 10 passos em sequência lógica, que passaremos a descrever.

8º PASSO Tracção longitudinal para corrigir o ângulo de avanço.

2º PASSO Colocação do Chassis no banco, utilizando uma grua hidráulica.

4ºPASSO Identificação do motociclo (marca/modelo), selecção da respectiva ficha no computador e recolha dos dados referentes às dimensões de origem.

6º PASSO O raio laser tem que ser apontado ao centro da articulação do basculante.

9º PASSO Tracção transversal para corrigir o ângulo de queda.

3º PASSO Fixação do chassis ao banco.

5º PASSO Medição do Chassis e estudo da direcção de aplicação da força de tracção.

7º PASSO Verificação do ângulo com o medidor laser e da distância ao eixo do basculante.

10º PASSO Verificação final das dimensões do chassis, sendo impresso um relatório com as medidas obtidas antes e depois da reparação.

Centro Zaragoza Carretera Nacional, 232, Km 273 50690 Pedrola (Zaragoza) Espanha

CURSOS

Telefone: Fax:

+34.976.549.690 + 34.976.615.679

e-mail: czinf@centro-zaragoza.com Internet: www.centro-zaragoza.com

CURSOS DE FORMAÇÃO - ABRIL 2008 DATAS

DURAÇÃO

PREÇO

Organização de Oficinas de Chapa e Pintura

1 a 4 de Abril de 2008

4 dias (22 horas)

1.096 Euros (+ IVA)

Sistema de Orçamentação

9 a 11 de Abril de 2008

3 dias (16 horas)

720 Euros (+ IVA)

Controlo de custos de danos materiais em veículos

8 de Abril de 2008

1 dia (6 horas)

586 Euros (+ IVA)

Controlo de custos da Oficina de Carroçaria

14 a 16 de Abril de 2008

3 dias (16 horas)

1.034 Euros (+ IVA)

Processos de soldadura na reparação de veículos

21 a 22 de Abril de 2008

2 dias (10 horas)

599 Euros (+ IVA)

Carroçaria Rápida

28 a 30 de Abril de 2008

4 dias (22 horas)

Prevenção de acidentes laborais em oficinas de Repintura Reconstituição de acidentes rodoviários com peões

17 de Abril de 2008

24 a 25 de Abril de 2008

1 dia (4 horas)

2 dias (10 horas)

300 Euros (+ IVA)

848 Euros (+ IVA)

1.096 Euros (+ IVA)


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Jornal das Oficinas Março 2008

CHAPA E PINTURA

Colaboração:

TRACÇÃO VECTORIAL

Reparação de carroçarias

em banco

Dentro do processo geral de reparação de carroçarias, há um ponto em que é feita a análise das deformações, sendo imperativo chegar a conclusões sobre as forças que estiveram presentes durante o acidente, a fim de deduzir precisamente as técnicas de tracção e conformação necessárias para devolver a forma original aos componentes deformados.

D

planificação cuidadosa das operações de estiramento, a selecção dos esforços de tracção, as suas direcções, assim como a disposição das ferramentas e equipamentos, terão um impacto decisivo na eficiência da reparação e nos seus resultados. De qualquer modo, a escolha e preparação das operações de tracção devem obedecer a uma premissa muito simples: as forças aplicadas terão de ter a mesma direcção e sentido oposto às que produziram as deformações. Para conseguir efectuar essas operações de estiramento, os bancos de carroçaria estão equipados com diversos equipamentos e acessórios, entre os quais podemos encontrar os esquadros, colunas, cilindros hidráulicos, acessórios de fixação, bem como elementos de ligação entre pontos e transmissão de forças (mordaças, pinças, correntes, cabos, etc.).

Conceitos básicos Ainda que a força, direcção e sentido sejam conceitos que utilizamos habitualmente de forma intuitiva, poderá ser vantajoso estabelecer a relação entre certas definições de uma forma mais concreta (Fig. 1): Força: representa a acção de um corpo em relação a outro e pode ser definida pelo ponto em que se aplica, o seu módulo, a sua direcção e o seu sentido. Módulo: é caracterizado por um certo número de unidades, podendo ser N (Newton) ou Kg (Quilos), segundo o sistema de unidades utilizado. Direcção: é a linha de acção através da qual a força se exerce. Sentido: o sentido identifica-se por uma seta, que indica de onde parte a força e para onde vai. Vector: é uma forma de expressão matemática onde se indica o módulo, a direcção e o sentido de uma força. Os vectores e as forças que representam podem somar-se (algebricamente) de acordo com uma lei experimental, chamada a lei do paralelogramo, segundo a qual A

FIG. 2 Soma

Decomposição duas forças P e Q podem ser substituídas por uma única força resultante R (Fig. 2). A soma das referidas forças pode efectuar-se também geometricamente, construindo um paralelogramo, cujos lados são P e Q. Para evitar cálculos mais complicados, o módulo da resultante R pode ser determinado graficamente, se os vectores forem desenhados à escala e os ângulos respeitados. Portanto, na reparação de carroçarias, as forças de tracção correspondentes às linhas traçadas pelas correntes e outros acessórios, como sejam os esquadros, colunas ou os próprios cilindros usados directamente, podem ser igualmente representadas por vectores (Fig. 3). O que se chama geralmente de tracção vectorial é uma força na qual o cilindro hidráulico representa a resultante (R) e cada sector de corrente, tanto o fixo ao banco de reparação, como o que está ligado à carroçaria, as forças parciais em que ela se decompõe (Fig. 3, ao centro). Do ponto de vista da aplicação prática, a direcção da força de estiramento é representada pelo sector da corrente que está fixado à carroçaria (Foto 1), sendo escolhido um cilindro de dimensões adequadas, o qual é fixado de modo a obterse a direcção desejada. A

Dire

cçã

o da

Direcção da tracçãoD

trac

ção D

B

B C

C

Fotos 3 e 4 - A mudança de posição do ponto de fixação da corrente (C), permite alterar a direcção de aplicação da força de tracção.

FIG. 1 Direcção

Ponto de aplicação

Eixo fixo

FIG. 3 Carroçaria

Estiramento com esquadro

Foto 2 - Conjunto para realizar estiramentos com tracção vectorial.

Elementos da tracção vectorial Na Foto 2 estão reunidos alguns elementos utilizados na tracção vectorial, num prático carro de rodas, a fim de poderem ser transportados rapidamente para os diversos pontos da oficina. Para além do banco de reparação de carroçarias, que serve de base à fixação do veículo e dos elementos de tracção, podemos observar as seguintes peças: • Conjunto de cilindros hidráulicos • Extensões e uniões de rótula para cilindros • Suportes para apoiar os cilindros • Acessórios de fixação ao banco • Acessório de fixação da corrente à cabeça do cilindro • Correntes de tracção • Central de pressão hidráulica. Quando se aplica a pressão ao cilindro, a corrente estica-se na direcção escolhida, que é determinada pelo ponto de apoio do cilindro (Foto 1 - B) e pelo comprimento (BD) deste. O ponto de fixação da corrente ao banco (Foto 1 - C) tem que ficar no mesmo plano dos pontos anteriores, para se poder manter a direcção inalterável.

Banco

Estiramento com cilindro hidráulico (vectorial)

Estiramento com torre


CHAPA E PINTURA FIG. 4 Carroçaria

Colaboração:

Exemplos de distribuição de forças Num estiramento com tracção vectorial, as forças podem distribui-se de várias maneiras. No diagrama a), estão representadas a resultante (R), correspondente ao cilindro hidráulico, e as componentes (P e Q), de cada lado da corrente. Como P e Q são perpendiculares (90º), a força exercida pelas corrente é igual para cada lado, enquanto que a força exercida pelo cilindro é de 1,4 vezes P. Por outro lado, como também sabemos que P é sempre igual, visto que se aplica à mesma deformação, podemos calcular facilmente as forças do diagrama b), no qual os dois segmentos de corrente formam um ângulo de 75º. O ponto de apoio do cilindro não muda, o mesmo acontecendo com o módulo, direcção e sentido de P, sendo conhecidos a direcção e o sentido de Q. Desenhando o paralelogramo correspondente à nova configuração, verificamos que a força exercida pelo cilindro neste ângulo é 65% superior ao exemplo anterior e a componente aplicada no banco aumenta também 77%. Há pois desperdício de energia na opção b). A título de exemplo, fornecemos abaixo alguns valores correspondentes a estes diagramas:

Banco

• Força necessária para recuperar a deformação = 10.000 Nm • Forças com a corrente a 90º: cilindro = a 14.400 Nm e cada segmento de corrente = 10.000 Nm • Forças com a corrente a 75º: cilindro = 23.330 Nm, corrente para a carroçaria = 10.000 Nm e corrente para o banco 17.700 Nm

A

D

B

C

Foto 1 - A disposição do cilindro hidráulico, da corrente e dos pontos de fixação de ambos permitem encontrar a direcção ideal de aplicação da força de conformação.

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Nas fotos 3 e 4 podem ver-se duas direcções de tracção diferentes, embora mantendo o mesmo ponto de apoio do cilindro. Embora a força (módulo) necessária para iniciar a recuperação da deformação da carroçaria não seja conhecida, ela é única para cada caso e não depende dos elementos escolhidos para realizar o estiramento, nem dos pontos de fixação destes. No entanto, é necessário seguir alguns princípios gerais, a fim de poder ser alcançada a força necessária para a recuperação das peças deformadas. Uma das regras consiste em minimizar a força aplicada do lado da corrente fixada ao banco de reparação, devendo ser maximizada a força do lado fixado à carroçaria, de modo a optimizar o aproveitamento do força exercida pelo cilindro hidráulico. Para este efeito, a posição ideal é a vertical (Fig. 4), pois desse modo a reacção do lado do banco é inferior à que se consegue com a corrente inclinada. Por outro lado, quando os ângulos formados pela corrente são muito fechados, o esforço do cilindro tem que ser muito maior, dada a mesma força de tracção aplicada à carroçaria. Em certos casos, o cilindro pode avariar-se por excesso de carga. De uma maneira geral, a utilização da tracção vectorial com um banco de reparação de carroçarias, permite resolver facilmente grande número de situações de uma forma muito simples e com infinita liberdade de escolha dos pontos de fixação do cilindro (vector). O técnico terá apenas que imaginar no espaço a melhor solução para o sistema de forças, dispondo as ferramentas e equipamentos de modo a reproduzir na prática o estiramento pretendido. PUB


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Jornal das Oficinas Março 2008

ACTUALIDADE

Breves A oficina vimaranense do Grupo Filinto Mota, o maior concessionário nacional da marca Citroën, foi designada “Oficina do Ano 2007” durante a “Convenção de Serviços Após-Venda” da Citroen realizada em Guimarães durante os dias 6 e 7 de Dezembro.

Oficina do Ano Citroen

A Laps S.A. adicionou à sua vasta gama de marcas na área dos acessórios automóveis a Boss Audio Systems que apresenta uma linha completa de produtos de som automóvel: leitores de DVD para automóvel, auto-rádios, amplificadores, altifalantes e subwoofers.

Boss Audio Systems em Portugal

Até ao dia 15 de Abril de 2008 em cada uma das instalações do C. Santos VP de Lisboa e Porto, por cada mudança de óleo da marca Mobil 1 e filtro, o Cliente receberá de imediato um kit da Equipa Vodafone McLaren Mercedes. Seguindo o conceito “No C. Santos VP damos assistência ao seu Mercedes-Benz em toda a prova”, a campanha do Concessionário e Oficina Autorizada da Mercedes-Benz, oferecerá em cada uma das sete instalações - Lisboa e Porto – e por cada mudança de óleo da marca Mobil 1 e filtro, um kit da Equipa Vodafone McLaren Mercedes.

Campanha C.Santos VP

A CNB-CAMAC, único fabricante nacional de pneus, viu, em 2007, as suas vendas no mercado nacional crescerem 19%, relativamente ao ano de 2006. O crescimento no mercado português é uma das grandes apostas da empresa nortenha, que está a levar a cabo uma estratégia de relançamento da marca, com uma mudança a nível da imagem corporativa e com o lançamento de novas medidas de pneus.

Camac em crescendo

No âmbito do Simplex, programa de Simplificação Administrativa e Legislativa lançado pelo Governo, encontram-se algumas medidas para o sector automóvel, entre as quais a disponibilização do preço dos combustíveis na Internet. Para além desta medida também será possível receber o aviso de que a carta está prestes a caducar e de que é necessário levar o carro à inspecção. Prevê-se ainda que seja possível renovar a carta de condução pela Internet.

Simplex no automóvel

A Opel passou a incluir de série o filtro de partículas DPF (Diesel Particulate Filter) em toda a sua gama de automóveis de passageiros e comerciais derivados de passageiros com motor a gasóleo.

Filtros de partículas na Opel

Encontra-se na fase final de testes um novo sistema de assistência (Attention Assist), concebido pela Mercedes-Benz, para alertar o condutor sobre o cansaço ou a possibilidade de adormecer ao volante. O sistema utiliza vários sensores para avaliar o comportamento de condução e reconhece alterações relacionadas com o cansaço através do estilo de condução. Verificando-se essa situação, o condutor é incitado a fazer uma pausa. O sistema entrará na fase de produção em série na Mercedes-Benz a partir de 2009.

Mercedes contra o cansaço

A Toyota e o Grupo Matsushita estão a desenvolver, testar e analisar a possibilidade de produção em série das baterias de iões de lítio na unidade fabril de Omori. Este anúncio representa o próximo passo na proliferação dos veículos híbridos Plug-in após o arranque dos testes, no início de 2007. Os concept Toyota encontram-se equipados com o sistema Plug-in mas com baterias de hidretos metálicos de níquel.

Toyota ambiental

Desde o dia 1 de Novembro, que a Salitur – Aluguer e Comércio de Viaturas, abriu uma estação de aluguer de viaturas em Vila Nova de Gaia, sendo a 1ª empresa de marca nacional certificada no sector – ISO 9001:2000. A SALITUR é uma empresa que existe no mercado nacional há 20 anos, tendo construído uma imagem de seriedade, solidez e qualidade de serviços que lhe confere uma condição de Rent-a-Car de referência.

Salitur em Gaia

Um novo mecanismo de excepção, que permite a regularização do registo automóvel, foi criado pelo Governo e dirige-se a todos os que venderam os seus veículos até 31 de Outubro de 2005, mas que ainda têm os carros em seu nome apesar de não serem os donos efectivos. Assim, até final de 2008, o Governo permite a solicitação da actualização do registo, com base numa declaração, a ser enviada por carta (de preferência registada), que pode ser entregue na Conservatória pelo próprio, ou por um terceiro, desde que a declaração esteja assinada pelo próprio. Para aqueles que possuam Cartão do Cidadão é possível recorrer a meios electrónicos.

Oportunidade no registo automóvel

A qualidade de construção da Volkswagen voltou a ser reconhecida, desta vez pela DEKRA e pela Autobild/TÜV. Estas entidades atribuíram, nos seus relatórios de 2008, as notas mais elevadas, aos modelos Golf e Touran.

Qualidade Volkswagen

A TomTom, especialista em sistemas de navegação, acaba de anunciar o novo Safety Pack, desenvolvido em parceria com a Parrot. Direccionado a todos os condutores que requerem a melhor segurança rodoviária, o pack inclui um TomTom ONE XL Ibéria (mapa de Portugal e Espanha), um Kit mãos-livres Parrot e um colete reflector.

Tom Tom Safety Pack

A Accor Services apresentou o Cheque Automóvel para uma gestão eficaz da frota ou para soluções de prémios inovadoras e diferenciadas. O Cheque Automóvel apresenta uma boa solução para as empresas, e respectivos colaboradores, no que diz respeito a uma gestão optimizada dos custos com a sua frota. Quem recebe Cheque Automóvel® pode abastecer combustível numa vasta rede multimarca de postos de abastecimento (Galp; BP; Repsol; Total; Esso; Agip; Cipol; Cepsa, E.Leclerc; Intermarché) e adquirir produtos ou serviços numa rede de oficinas de reparação e manutenção automóvel - Bosch Car Services.

Destaque

F

Toyota 40

anos em Portugal

oi há 40 anos que a Toyota chegou a Portugal. O primeiro contrato de representação da marca nipónica foi assinado a 17 de Fevereiro de 1968 pelas mãos de Salvador Fernandes Caetano, que no primeiro ano comercializou 180 modelos. Tendo vendido até ao presente um acumulado de 500.000 unidades em território nacional, possui actualmente uma gama de 13 modelos - AYGO, Yaris, Corolla, Auris, Verso, Avensis, Prius, RAV4, Land Cruiser, Land Cruiser V8, Hilux, Hiace e Dyna. Em 2007 encerrou o ano com uma quota de mercado de 6,6% correspondente

a 18.235 unidades e um crescimento de 9,9% face ao ano transacto. Para 2008 ambiciona uma quota de mercado de 7,2% para em 2010 chegar aos 8%. A Toyota conta com uma rede de 26 concessionários, 63 showrooms e 60 oficinas de reparação e comercialização de peças, para além de 14 reparadores autorizados, num total de aproximadamente 2500 pessoas pertencentes à família Toyota em Portugal. A marca espera chegar a 2009 aos 67 showrooms, na consequência do projecto em curso, iniciado em 2001, de remodelação, modernização e criação de novos espaços de atendimento.

Cheque Automóvel

A Logo é a nova marca de seguros “não vida” do BES, que para já apenas irá actuar na área do sector automóvel. A estratégia de negócio da Logo assenta na disponibilização de um serviço mais simples, mais fácil, mais rápido e sobretudo a preços mais competitivos, pretendendo a Logo alcançar cerca de 100 mil clientes nos três primeiros anos. Através do site www.logo.pt, uma simulação para um seguro automóvel na Logo demora apenas 50 segundos, enquanto que um novo contrato de seguro pode ser feito em apenas 3 minutos e 53 segundos.

Seguros Low-cost

A Fiat lançou uma campanha, que irá decorrer até 30 de Junho, oferecendo a todos os seus clientes um Check-Up gratuito e um desconto de 20% nos filtros de ar, anti-pólen, de óleo e de combustível. Os Concessionários aderentes podem ser consultados através da linha CiaoFiat 00800 3420 000 ou no site www.fiat.pt.

Fiat em prol do ambiente

N

Volkswagen Passat BlueMotion

Super-económico

ão se trata de teoria ou marketing, pois na prática as alterações introduzidas no Passat BlueMotion, traduzem-se realmente em consumos baixos, que no nosso caso não passaram dos 5.5 litros de média por cada 100 Kms percorrridos, o que garante uma autonomia superior a 1.100 Kms. Para se atingir esta economia, o Passat BlueMotion recorre ao motor de 1.9 litros TDi de 105 cv (muito utilizado em frotas de empresas), com uma nova gestão electrónica que baixa o ralenti do motor de 830 para 730 rpm. A caixa de velocidade recebeu relações mais longas (na 3ª, 4ª e 5ª velocidades), a pressão dos pneus é um pouco maior (menos atrito), as jantes são específicas desta unidade e a suspensão está mais baixa (cerca de 1,5 cm).

Em termos de condução nota-se que não existe o vigor do 2.0 TDi de 140 cv, mas para quem não é exigente, isso não faz diferença nenhuma, pois este Passat é muito honesto nas suas prestações em estrada e em cidade, sendo ainda uma carro muito confortável, sem esquecer que é também mais barato. VW Passat BlueMotion Cilindrada cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço:

4/1.896 105/4.000 250/1.900 190 12,4 5,5 36.110 Euros


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RESERVE JÁ O SEU ESPAÇO! 1º Anuário Independente para o Aftermarket em Portugal Conheça toda a oferta de Produtos e Serviços para o Aftermarket e respectivos fornecedores Mais de 500 Marcas e 50 Categorias diferentes de produtos A ferramenta indispensável para o seu negócio O Anuário “Aftermarket 2008” é a publicação há muito esperada por todos os profissionais da reparação e manutenção automóvel. Nesta obra com mais de 200 páginas, podem encontrar-se todo o tipo de peças e equipamentos utilizados no mercado Pós-venda em Portugal, assim como o nome e morada das empresas que os representam e comercializam. A procura pode ser feita por: Marca do Produto; Tipo de Produto ou Empresa Distribuidora do Produto. Peças, Lubrificantes, Repintura Auto, Equipamentos Reservas de Publicidade - Tel.: +351.219.288.052 Mário Carmo: mario.carmo@apcomunicacao / Anabela Machado: anabela.machado@apcomunicacao.com

Uma publicação AP Comunicação / autoaftermarketnews.com



SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

COLECCIONÁVEL

Nº 28 Março 2008

BOLETIM TÉCNICO Colaboração:

FIAT PUNTO (188) 1.9 JTD (Euro 3) O Fiat Punto é um daqueles modelos que deve boa parte da sua popularidade à grande economia das suas versões a diesel, tanto comerciais como de turismo. Apesar dos motores diesel serem mais simples, dispensando o sistema de ignição convencional dos motores a gasolina, as normas de controlo das emissões de escape exigem que as velas de incandescência entrem em funcionamento em todas as situações em que se torna necessário optimizar a combustão.

Para além da fase de pré-aquecimento, as velas dos motores diesel têm que activar-se em pós-aquecimento, para permitir a melhor combustão do gasóleo. Tendo-se tornado num elemento fulcral do funcionamento do motor, as velas de incandescência e o seu sistema electrónico de activação são mais solicitadas e necessitam de cuidados regulares de manutenção e reparação/substituição. O alerta é dado geralmente pela respectiva luz avisadora, que começa a piscar quando o sistema de autodiagnóstico detecta alguma anomalia. Ao mesmo tempo, a memória da unidade de comando da injecção grava na sua memória o código de avaria correspondente, podendo mais tarde ser facilmente identificado pelo técnico da oficina de assistência. O sistema das velas de incandescência é composto por uma unidade de comando electrónica (relé temporizado), bem como pelas 4 velas (uma por cilindro) e os respectivos cabos de alimentação. Procedimentos de diagnóstico do sistema de pré-aquecimento 1. A primeira coisa a fazer para efectuar o diagnóstico do sistema de pré-aquecimento é verificar a sua alimentação: a massa está identificada pelo pin out 31, a alimentação do fusível (12V) tem o pin 30 e a alimentação da cave de contacto tem o pin 86. Partindo do princípio de que a alimentação está efectivamente dentro dos parâmetros correctos, o passo seguinte é verificar cada vela individualmente. A resistência de cada vela oscila entre 0,5 e

ESQUEMA BÁSICO N 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.

Descrição ECU de gestão do motor Comutador de ignição Resistência aquecimento do gasóleo Relé aquecimento gasóleo Relé principal Relé bomba gasóleo Bomba de combustível

X-Y Localização F31 Junto motor dirt.ª P28 Coluna direcção L31 Junto ao motor

R34 Cx. fusíveis motor R34 Cx. fusíveis motor R34 Cx. fusíveis motor O12 Sob assento do passageiro Interruptor segurança inercial F30 Junto motor dirt.ª Sensor de velocidade viatura F33 Velas de incandescência Módulo de comando velas M31 Junto ao motor Sensor de massa ar admissão Sensor temperatura ar O34 Electroválvula EGR F34 Junto motor esq.ª Sensor temperatura motor F35 Junto ao motor Injectores eléctricos Sensor temperatura gasóleo E32 Junto ao motor Sensor de sobrealimentação F32 Junto ao motor Sensor pressão gasóleo G33 Junto ao motor Regulador pressão gasóleo F34 Junto ao motor Sensor posição acelerador P28 Na pedaleira Interruptor embraiagem P28 Na pedaleira Sensor de fase F31 Junto ao motor Sensor de rpm O34 Bloco motor, Junto à caixa Sensor pressão óleo motor N34 Junto ao motor

N Descrição X-Y Localização 26. Electroválvula Over Boost N34 Junto ao motor 27. Sensor temperatura ar Conduta de admissão de admissão 28. Ligação ao D + alternador 29. Bateria de arranque Q34 Junto motor esq.ª 30. Pino UCR (Body computer) R28 Junto motor esq.ª 31. Ligação sistema arrefecimento motor 32. Ligação sistema climatização (quando montado) F11 Fusível de 10A Cx. fusíveis motor F17 Fusível de 7,5A Cx. fusíveis motor F18 Fusível de 7,5A Cx. fusíveis motor F20 Fusível de 15A Cx. fusíveis motor F21 Fusível de 15A Cx. fusíveis motor F22 Fusível de 20A Cx. fusíveis motor

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Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3)


SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

1 Ohm. Se esse valor não for encontrado, a vela em questão apresenta algum problema, que afecta inevitavelmente o funcionamento de todo o sistema. 2. Seguidamente, é necessário verificar o sinal de comando da unidade central de gestão do motor, para a unidade de comando das velas de incandescência. Com a chave de ignição na posição de "Marcha", verificar o sinal da unidade de comando do pré-aquecimento, no pin K (motores de 4 cilindros) ou ST (motores de 5 cilindros), passa de 12V a 0 e novamente a 12V, depois dos respectivos tempos de activação. Caso o resultado seja negativo, é preciso testar os cabos de ligação e/ou a unidade central de comando do motor. 3. Para verificar se a tensão de 12V chega efectivamente às velas, liga-se a chave de contacto na posição "Marcha" e mede-se o sinal no pin DI da unidade de comando do sistema das velas de pré-aquecimento. Se a tensão não passar de 12V a 0 e novamente a 12V, depois dos tempos de activação das velas, o problema está na unidade de comando das velas. No caso de ser necessário substituir algum componente avariado, a luz avisadora do quadro de instrumentos continuará a piscar, mesmo depois de efectuada a substituição, devendo ser reiniciado o programa, a fim de que o seu funcionamento possa regressar ao normal. Para se conseguir isso, são necessários os seguintes procedimentos: 1. Accionar a chave de ignição para a posição de "Marcha" e aguardar que a luz avisadora se apague, após o período de pré-aquecimento; 2. Pôr o motor em movimento e aguardar que a unidade de comando das velas de incandescência desactive o período de pós-aquecimento (nesta fase a luz avisadora está apagada); 3. Logo a seguir, a luz avisadora começa a piscar novamente, durante cerca de 30 segundos (porque a avaria ainda está memorizada); 4. Logo que a luz avisadora deixe de piscar, rodar a chave até à posição Off, voltando a arrancar o motor de seguida; 5. Se a luz de aviso já não voltar a piscar (sinal de que não existe nenhuma anomalia), é necessário limpar a memória do sistema de autodiagnóstico com o aparelho de diagnóstico da linha Axone/Navigator (TEXA). No caso da luz avisadora continuar a piscar, isso revela que ainda há algum problema e é obrigatório recomeçar todo o processo de diagnóstico anteriormente descrito.

Dificuldade de pegar a quente Quando o carro tem dificuldade em pegar a quente, a primeira coisa a verificar é a alimentação da unidade de gestão do motor, através do pin out 1, que corresponde à função de alimentação. Se a alimentação não estiver dentro dos parâmetros correctos, é provável que exista algum problema nos cabos de alimentação. Os técnicos da Texa chamam a atenção para o facto de poderem existir cabos sem especificação original na instalação eléctrica do veículo, na sequência de uma reparação, ou da montagem de algum equipamento suplementar no veículo. O diâmetro e a côr dos cabos deve ser a original (vermelho, laranja e rosa, para os cabos de alimentação positiva, e negro, castanha e negro/violeta, para a massa), pois a introdução de cabos não especificados provoca anomalias de funcionamento nos sistema do veículo e cria ameaças para a segurança do veículo. Uma linha de alimentação funciona correctamente quando o potencial no ponto de chegada da corrente é igual ao potencial no seu

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FIAT FiatPUNTO Punto (188) (188) 1.9 1.9 JTD JTD (Euro (EURO3)3)

ESQUEMA ELÉCTRICO

Dispositivo Pin Out (ECU) ECU de gestão do motor - Alimentação 8 ECU de gestão do motor - Alimentação relé princ. 4 ECU de gestão do motor - Alimentação relé princ. 5 ECU de gestão do motor - Alimentação à chave 58 ECU de gestão do motor - Massa 1-2-3 Ligação à climatização - Sinal comando compressor 18 Ligação à climatização - Sinal pressostato n.º 1 51 Ligação à climatização - Sinal pressostato n.º 2 52 Ligação à climatização - Sinal pedido compressor 60 Ligação sistema de arrefecimento - Sinal 1.ª velocid. 20 Ligação sistema de arrefecimento - Sinal 2.ª velocid.19 Injector cilindro 1 - Sinal 119 Injector cilindro 2 - Sinal 120 Injector cilindro 3 - Sinal 121 Injector cilindro 4 - Sinal 114 Injectores - Alimentação n.º 1 e n.º 2 117 Injectores - Alimentação n.º 3 e n.º 4 118 Electroválvula EGR - Alimentação negativa 16 Electroválvula Over Boost - Alimentação negativa 17 Interruptor da embraiagem - Sinal 61 Sensor de massa de ar - Alimentação 97 Sensor de massa de ar - Massa 88 Sensor de massa de ar - Sinal 89 Módulo comando pré-aquecimento - Sinal activação 22 Módulo comando pré-aquecimento - Sinal diagnóst. 62 Regulador pressão combustível - Sinal n.º1 108 Regulador pressão combustível - Sinal n.º 2 109 Relé bomba combustível - Alimentação do relé 4 Relé bomba combustível - Alimentação negativa 24

Dispositivo Pin Out (ECU) Relé principal - Alimentação 8 Relé principal - Activação negativa 13 Sensor de fase (efeito Hall) - Alimentação 102 Sensor de fase (efeito Hall) -Massa 104 Sensor de fase (efeito Hall) - Sinal 103 Sensor de rpm - Massa de fecho 101 Sensor de rpm - Sinal de arranque 99/100 Sensor de rpm - Sinal em marcha 99/100 Sensor de sobrealimentação - Alimentação 93 Sensor de sobrealimentação - Massa 95 Sensor de sobrealimentação - Sinal 94 Sensor pressão óleo motor - Sinal 98 Sensor posição acelerador-Alimentação (Pista 1-2) 78/81 Sensor posição acelerador - Massa (Pista 1-2) 76/79 Sensor posição acelerador - Sinal (Pista 1-2) 77/80 Sensor pressão de combustível - Alimentação 90 Sensor pressão de combustível - Massa 92 Sensor pressão de combustível - Sinal 91 Sensor temperatura ar de admissão - Sinal 15 Sensor temperatura do ar - Massa 88 Sensor temperatura do ar - Sinal 86 Sensor temperatura gasóleo - Massa 83 Sensor temperatura gasóleo - Sinal 82 Sensor temperatura motor - Massa 85 Sensor temperatura motor - Sinal 84 Sinal Linha K 48 Pino UCR (Body computer) Sinal linha CAN (H) 7 Pino UCR (Body computer) Sinal linha CAN (L) 6 NOTA: Informação obtida do software Texa IDC3 PLUS


Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 28 Março 2008

BOLETIM TÉCNICO

DIFICULDADE DE PEGAR A QUENTE Pesquisar avarias Pin Out (ECU) Sensor de fase (efeito Hall) - Alimentação 102 ECU do motor - Alimentação do relé principal 4 Relé bomba gasóleo - Alimentação do relé 4 ECU do motor - Alimentação do relé principal 5 ECU do motor - Alimentação pela chave 58 Relé principal - Alimentação 8 Sensor temperatura gasóleo - Sinal 82 Sensor temperatura motor - Sinal 84 Sensor da massa de ar - Sinal 89 NOTA: Todos os controlos referem-se à massa da bateria.

DIFICULDADE DE PEGAR A FRIO Pesquisar avarias Pin Out (ECU) Sensor de fase (efeito Hall) - Alimentação 102 ECU motor - Alimentação do relé principal 4 Relé da bomba de gasóleo - Alimentação do relé 4 ECU motor - Alimentação do relé principal 5 ECU motor - Alimentação pelo chave 58 Relé principal - Alimentação 8 Sensor temperatura gasóleo - Sinal 82 Sensor temperatura motor - Sinal 84 Sensor de rpm - Sinal no arranque 99/100 NOTA: Todos os controlos referem-se à massa da bateria.

ponto de partida. Para verificar a conformidade das linhas de alimentação, pode utilizar-se um osciloscópio digital, cujo terminal negativo é ligado ao borne negativo da bateria, enquanto que o terminal positivo é colocado nos pontos em que se pretende determinar o potencial de corrente. A voltagem de referência é 12V, o que corresponde a uma linha horizontal do oscilograma digital, quando o osciloscópio está na função automática. Qualquer queda brusca da linha que identifica a tensão, significa que a linha de alimentação tem algum problema. Dificuldade de pegar a frio Este problema pode ser originado por múltiplos factores. A experiência prática dos técnicos da Texa recomenda que se comece por verificar o sinal do regime do motor (rpm), no arranque, que corresponde ao pin out 110 da ECU. O sinal dos sensores magnéticos varia de acordo com as características do objecto metálico que passa à sua frente. É graças a esta qualidade que um sensor pode gerar mais do que uma informação ao mesmo tempo. Os técnicos da Texa, no entanto, chamam a atenção para o facto de ser necessário conhecer exactamente o tipo de sensor que está montado na viatura. Há certos casos em que o sensor e a peça que este toma por referência têm polaridades opostas, para poderem gerar o sinal conveniente. É por essa razão que existem sensores com uma peça magnetizada substituível, a fim de poder ser trocada a sua polaridade. Se a polaridade não estiver correcta, o sensor envia um sinal errado à unidade de gestão do motor e todo o sistema começa a funcionar de uma forma viciada. Outro parâmetro fundamental é a distância a que o sensor está da peça metálica que produz o sinal. Se a distância não estiver correcta, a amplitude do sinal pode não ser suficiente. Por outro lado, como o sinal também depende da velocidade de rotação das peças, o teste da amplitude do sinal deve ser efectuado com o motor em movimento. Para tirar dúvidas, o sensor também deve ser submetido a uma prova de osciloscópio, para determinar correctamente a sua resistência interna. Com um voltímetro não é possível fazer um teste completo ao sensor, porque o disco dentado que roda em frente deste tem cinco falhas, quatro das quais com 90º entre si e a quinta com um ligeiro atraso, em relação a uma das outras. Nenhum voltímetro pode dar uma informação correcta dos picos de tensão, nestas situações. Com o osciloscópio é possível verificar o correcto padrão de funcionamento do sensor, cujo primeiro pico de tensão deve ser de polaridade positiva. De facto, a tecnologia electrónica dos nossos dias exige uma verificação completa dos sinais, tanto sob a forma explícita, como sob o seu conteúdo informativo.

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Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3)


SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

EMBRAIAGENS - DIAGNÓSTICO DE AVARIAS 1

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Defeito: Dificuldade em engrenar as velocidades Consequências: Sinais de contacto do disco de embraiagem com o diafragma Motivo: Alinhamento defeituoso entre o veio principal da caixa de velocidades e o veio de transmissão, provavelmente provocado pelo desvio do rolamento do veio primário da caixa de velocidades

Defeito: Veículo sem transmissão Consequências: Os anéis de fricção estão completamente separados do disco de embraiagem Motivo: Óleo nos anéis de fricção

Defeito: Dificuldade em efectuar as mudanças de velocidade Consequências: Grande deformação das patilhas entre o diafragma e o prato de pressão Motivo: Montagem incorrecta; choque com a ferramenta nas patilhas do diafragma; erro na mudança de velocidade – passagem de 5ª para 2ª

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Defeito: Arranque com vibrações Consequências: Desgaste irregular do material de fricção do disco de embraiagem, provocando sobreaquecimento Motivo: Volante empenado e com desgaste excessivo

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Defeito: Embraiagem faz ruído, dificuldade em engrenar as velocidades Consequências: Cubo de roda esforçado Motivo: Montagem incorrecta

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EMBRAIAGENS Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) DIAGNÓSTICO DE AVARIAS

Defeito: Embraiagem presa Consequências: Prato de pressão partido Motivo: Sobreaquecimento, devido à utilização excessiva ou ao patinar contínuo da embraiagem

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Defeito: Dificuldades em engrenar velocidades, embraiagem dura Consequências: Sinais evidentes nas patilhas do diafragma de utilização de um rolamento de maior dimensão que o indicado Motivo: Montagem do rolamento errado

Defeito: A embraiagem faz ruído Consequências: Desgaste das pastilhas do diafragma na zona de contacto com o rolamento Motivo: Afinação incorrecta do rolamento ou pé apoiado no pedal

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Defeito: Embraiagem faz ruído e dificuldade em engrenar as velocidade Consequências: Folga no rolamento Motivo: Montagem incorrecta do rolamento. Forquilha desgastada ou deformada

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Defeito: Dificuldade em engrenar as mudanças Consequências: Deformação das patilhas entre o diafragma e o prato de pressão Motivo: Queda do mecanismo no chão, antes da montagem; erro na mudança passagem de 5ª para 2ª

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Defeito: Embraiagem presa Consequências: Extremidades do diafragma queimadas Motivo: Rolamento mais pequeno do que o adequado

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Defeito: Embraiagem faz ruído Consequências: Sinais evidentes do contacto do mecanismo com a superfície interna do apoio da caixa de velocidades Motivo: Aplicação incorrecta

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Defeito: Viatura sem trasnmis Consequências: Estrias do disco de em Motivo: Motagem com um tip

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Defeito: Embraiagem faz ruído Consequências: Material de fricção da Motivo: O disco caiu ao chão montado


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GUIA DE AVARIAS

de velocidades –

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são mbraiagem gastas po de estrias

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o anificado antes de ter sido

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Defeito: Veículo sem transmissão Consequências: Rotura do elemento central do disco que fica totalmente separado do resto do disco Motivo: O binário do motor é maior do que o do disco (motores de alta potencia). Durante a montagem da embraiagem a caixa de velocidadesé deixada suspensa apenas no disco

Defeito: Embraiagem patina ou vibra Consequências: Massa lubrificante ou óleo no prato de fricção Motivo: Uso excessivo de massa lubrificante para lubrificar o cubo da roda, fuga de óleo da caixa de velocidades

Defeito: Embraiagem patina ou vibra Consequências: Massa lubrificante ou óleo no prato de pressão da embraiagem e no material de fricção do disco Motivo: Uso excessivo de massa lubrificante para lubrificar o cubo da roda, fuga de óleo da caixa de velocidades

Defeito: Embraiagem patina ou vibra Consequências: Desgaste irregular do material de fricção do disco de embraiagem Motivo: Desgaste excessivo do volante do motor

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Defeito: Embraiagem patina ou vibra Consequências: Sobreaquecimeto do disco de fricção Motivo: Sobreaquecimento provocado por uso excessivo da embraiagem ou forros impregnados de óleo

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Defeito: Dificuldade nas mudanças de velocidade Consequências: Diafragma com resíduos Motivo: Resíduos na montagem de material usado a montagem

Defeito: Embraiagem patina sem transmissão Consequências: Material de fricção queimado com fragmentos no difragma Motivo: Sobreaquecimento provocado pelo continuo patinar da embraiagem, utilização excessiva ou material de fricção contaminado por massa lubrificante

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Defeito: Embraiagem patina, pedal duro Consequências: Patilhas do diafragma partidas Motivo: Má afinação do curso do rolamento

Defeito: Embraiagem faz barulho ou vibra Consequências: Uma ou mais molas estão partidas Motivo: Carga excessiva; erro na mudança de velocidades, montagem num carro com motor de elevada potência ou a diesel

Defeito: Embraiagem presa Consequências: Deformação do disco de embraiagem Motivo: Montagem ou aplicação errada ou tentativa de montagem do disco ao contrário

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Defeito: Dificuldades nas mudanças, pedal pesado Consequências: Excessivo desgaste das patilhas do diafragma Motivo: Montagem incorrecta do rolamento, forquilha desgastada, afinação incorrecta do curso do rolamento

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Defeito: Pedal pesado ou vibrações Consequências: Cabo danificado ou partido Motivo: Desgaste do cabo. Necessária a substituição do cabo de embraiagem

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EMBRAIAGENS Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) DIAGNÓSTICO DE AVARIAS


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Avarias e manutenção das bombas de combustível Muitos mecânicos não sabem quais são as principais falhas das bombas de combustível, porque devolvem a peça ao fabricante, se está na garantia, ou simplesmente substituem a bomba danificada por outra nova. Importa, no entanto, ver em detalhe essas avarias e as suas causas, porque muitas poderiam ser evitadas facilmente, com a observação de alguns procedimentos e cautelas. A bomba de combustível é um componente relativamente anónimo, mas pode fazer um carro parar em qualquer lugar, a qualquer hora. Se o veículo circular a alta velocidade e a bomba de combustível falhar, podem gerar-se problemas de segurança inesperados. Isto aponta para a necessidade de efectuar a manutenção e substituição destas bombas com o máximo de cuidado e profissionalismo. As bombas de combustível eléctricas impuseram-se às mecânicas porque não absorvem potência do motor, são mais silenciosas e mais versáteis, podendo ser montadas praticamente em qualquer ponto do veículo, ou inclusivamente dentro do depósito de combustível. Apesar disso, são extremamente fiáveis, em condições normais, podendo durar toda a vida útil do veículo. Para se compreenderem os problemas das bombas de combustível, é necessário desmontá-las e observá-las a partir do seu interior. O fabricante de componentes automóvel Pierburg é desde há longo tempo fornecedor OE deste tipo de bombas e possui uma longa experiência na matéria, tendo inclusive lançado um livro especializado sobre o assunto, para utilização dos profissionais de mecânica. Embora a maior parte das bombas que a marca recebe devolvidas para reclamação estejam perfeitamente em ordem, falhando devido a qualquer outra razão externa, a causa principal de anomalias na linha de alimentação e na bomba de combustível é a presença de água e impurezas acumuladas no depósito de combustível. Outras causas comuns são a má qualidade do combustível, impactos de certa violência, montagem incorrecta ou selecção da peça errada para a aplicação. Quando falamos em má qualidade do combustível, estamos a referir o excessivo teor de água nele contida, a qual provoca vários tipos de corrosão, que afectam directamente a bomba de combustível ou poluem com detritos a linha de alimentação. Problemas de poluição As bombas de combustível estão normalmente equipadas com um filtro de impurezas de superfície adequada (Fig. 1), situado na entrada de combustível para a bomba. Quando esses filtros ficam quase completamente obstruídos, a bomba começa a fazer ruído excessivo, o fluxo de combustível diminui e o motor pode começar a falhar. Se a situação não for corrigida imediatamente, a bomba danifica-se e o caro imobiliza-se. Isto acontece porque a maior parte das bombas de combustível actuais são lubrificadas e arrefecidas pelo próprio fluxo de combustível. Logicamente, se este não entra na bomba em quantidade suficiente, a bomba aquece e fica gripada pelo atrito interno (Fig. 2). Por outro lado, quando os filtros estão furados ou foram retirados do seu local, partículas metálicas ou areias penetram nas peças rotativas da bomba e esta avaria-se rapidamente (Fig. 3). As impurezas podem penetrar no depósito durante os abastecimentos ou durante operações de manutenção do sistema de alimentação do veículo, pelo que se requer toda a precaução ao efectuá-las. Danos provocados pela água A água que aparece na linha de combustível resulta da condensação da humidade do ar, tanto nos reservatórios de reabastecimento das áreas de serviço, como nos depósitos dos veículos. Ao arrefecer, o ar torna-se mais denso e "expulsa" a água, que passa ao estado líquido, misturando-se com o combustível, até um certo ponto. Obviamente, os modernos e rigorosos sistemas de injecção (diesel e gasolina) são incompatíveis com a água e os veículos estão equipados com filtros que a eliminam, se estiverem em bom estado… A montante dos filtros, no entanto, a linha de alimentação não dispõe de filtragem e está sujeita aos malefícios da água, cujo principal efeito nefasto consiste em promover a corrosão das peças metálicas. A oxidação produz escamas de metal oxidado, que entram na circulação do combustível e entopem os filtros.

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BOMBAS Fiat Punto DE COMBUSTÍVEL (188) 1.9 JTDELÉCTRICAS (Euro 3)

Fig. 1

Fig. 2

Bomba gripada, depois de funcionar em seco, devido ao entupimento do filtro.

Aspecto de um filtro novo (esquerda) e outro totalmente tapado (direita)

Fig. 4

Fig. 3 Mesmo pequenas partículas de impurezas causam grandes danos.

Bombas idênticas, com idêntico período de utilização, mas a da esquerda sofreu os efeitos da corrosão provocada pela água.


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MECÂNICA PRÁTICA

FIG. 5

A bomba da imagem deixou de funcionar porque as escovas se desgastaram completamente. Em detalhe, vemos duas escovas com 15.000 km de utilização: desgaste normal, à esquerda; desgaste prematuro, à direita.

Os danos nas bombas de combustível nem sempre são fáceis de identificar Nesta imagem podem-se ver os danos causados pela força excessiva utilizada na montagem

FIG. 6

Ao montar o "T" com a mão, a caixa exterior da bomba foi deslocada, alterando a posição das marcas originais gravadas no material da bomba. Em consequência, o vedante interior saiu do seu local e a bomba ficou a verter combustível.

FIG. 7

Estes filtros utilizados no interior do depósito de combustível, são relativamente frágeis face a esforços mecânicos, podendo danificar-se durante a montagem, o que irá provocar posteriormente problemas na bomba.

Outro efeito nocivo das borras e partículas formadas pela oxidação é o facto de reduzirem a folga das peças giratórias das bombas de combustível, provocando a sua prisão e inutilização. Na Fig. 4 podemos ver duas bombas idênticas, com a mesma quilometragem, aproximadamente. A da esquerda, no entanto, foi atacada pela água e sofreu uma corrosão profunda, enquanto que a outra está praticamente intacta. Uma forma de evitar ou minimizar a condensação da água nos depósitos consiste em atestar sempre o depósito, antes de guardar o carro durante alguns dias, assim como utilizam postos de abastecimento de grande movimento, que estão permanentemente a ser reabastecidos. Quanto mais vazios estiverem os depósitos e durante mais tempo, maior será o grau de condensação da água da atmosfera que contêm. Além da água condensada, a própria água das chuvas podem infiltrar-se no depósito, se o respectivo tampão estiver mal fechado, não tiver a anilha de vedação ou esta estiver danificada. O tubo de ventilação do depósito furado e os respiradores dos filtros de carvão activado (nos V.I.) são outros pontos por onde a água se pode introduzir na linha de alimentação. Efeitos dos biocombustíveis Os biocombustíveis em geral, e o biodiesel em particular, apresentam um comportamento higroscópico (atraem a humidade atmosférica), que deixa antever ainda maiores problemas de corrosão nas linhas de combustível. Tudo se poderia resolver com materiais plásticos e metais inoxidáveis, mas os biocombustíveis apresentam outra tendência difícil de controlar, que é o desenvolvimento de bactérias, visto que são biodegradáveis. O entupimento dos filtros e das bombas parece assim mais facilitado, com a utilização deste tipo de combustível. O pior é que os biocombustíveis de qualidade inferior (fraca estabilidade química) provocam depósitos isolantes, que podem gerar perturbações na corrente eléctrica. Uma das consequências é o aumento das faíscas nas escovas do motor da bomba, que desintegram rapidamente o carbono das escovas (Fig. 5), exigindo a sua frequente substituição. Avarias mecanicas Antes de serem lançadas no mercado, todas as bombas de combustível (de marcas certificadas e com responsabilidades no mercado) passam por rigorosos controlos de qualidade e por testes obrigatórios de funcionamento. Assim sendo, a maior parte das anomalias mecânicas que aparecem nas bombas ficam a dever-se a manipulação e transporte incorrectos (quedas, impactos, etc.), assim como a montagens que não respeitam as instruções do fabricante. Em princípio, só peças em boas condições devem ser montadas, porque uma bomba estropiada nunca poderá funcionar normalmente. Na Fig. 6, se os procedimentos correctos não forem seguidos, a bomba fica inutilizada logo na montagem. Por outro lado, nas bombas de combustível que são instaladas dentro do depósito, são montados filtros de admissão de combustível à entrada da bomba (Fig. 7). Muitos desses filtros possuem uma estrutura interior de plástico, destinada a manter a forma dos mesmos. Ao montar estes filtros, é necessária a máxima precaução para não partir nenhuma peça de plástico, nem o próprio filtro, pois se tal suceder as impurezas e restos de plástico entrarão para a bomba, entupindo-a e danificando-a.

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BOMBAS Fiat Punto DE COMBUSTÍVEL (188) 1.9 JTDELÉCTRICAS (Euro 3)


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Nº 28 Março 2008

SERVIÇO

Substituir a embraiagem - Opel Astra Mk3 1997 Este modelo é relativamente popular e existem bastantes carros a circular em Portugal, o que significa boas oportunidades de negócio, se a substituição for rápida, para garantir rentabilidade. O veículo que serve de exemplo para esta reparação é um Astra Mk 3 de 1997, com motor de 8 válvulas, equipado com o mais recente tipo de embraiagem da LuK, que exige a desmontagem da caixa de velocidades. Outras versões deste modelo também seguem um sistema de reparação idêntico. Trata-se de uma operação relativamente simples, que não exige ferramentas especiais e pode ser realizada com um elevador de duas colunas, uma barra de suporte para o motor e um macaco para a transmissão. Antes desligar a bateria, convém saber se o rádio tem código disponível, ou se é possível manter o código activo, para poder ser ligado novamente. Desliga-se o cabo da bobina e retira-se a tampa do distribuidor, de modo a que fique na parte superior do motor, onde não estorve. Se ficar no mesmo sítio, a tampa é mais do que provável que se danifique, porque fica muito exposta, enquanto se faz a reparação. Desligar também o cabo da embraiagem e afastá-lo para o lado. Remover o pino da ligação à caixa de velocidades, após comprimir a mola de retenção e depois retirar também o pino que suporta o sistema das mudanças de velocidade, no apoio do motor posterior (Fig. 1). Desligar o cabo do conta-quilómetros e colocá-lo num lugar seguro e desviado. Desligar também a ficha da cablagem que passa por cima do colector, retirar os cabos da braçadeira, cortar todas as fitas ou braçadeiras menores que prendem a cablagem e afastá-la do motor, para ter acesso às fixações da caixa. Retirar a ficha do sensor de oxigénio. O tubo de plástico do fluido de refrigeração do motor, tem um suporte relativamente grande, que impede a desmontagem da caixa de velocidades (Fig. 2). Portanto, é preciso retirar o parafuso de fixação do tubo e afastá-lo do suporte, tendo a precaução de não danificar nenhuma ligação das mangueiras de água atrás do motor. Desapertar, então, os dois parafusos do cimo da caixa e montar a barra de suporte do motor, no olhal de elevação do motor, junto ao distribuidor (Fig. 3). Neste modelo a caixa não tinha furo de drenagem, pelo que os semi-eixos ficaram presos à caixa, mas foi preciso desmontá-los nas extremidades de fora, junto ao cubo da roda. Neste ponto, o veículo pode ser elevado à altura mais conveniente para trabalhar e as duas rodas da frente desmontadas. Os braços da suspensão também devem ser desmontados ou aliviados, para permitir o acesso à caixa de velocidade. Desmontar a tampa dos cubos, os pinos de segurança e as porcas dos cubos. Retirar as molas da parte de baixo das juntas de transmissão e desapertar as respectivas porcas. Separar ambas as juntas de esferas, utilizando uma ferramenta adequada e tendo cuidado para não danificar os foles de borracha. Com os cubos desapertados, os semi-eixos já se podem soltar dos respectivos cubos. O lado de fora do eixo convém ficar levantado durante a reparação, podendo-se utilizar uma corda, fixada à mola da suspensão da frente. Levantar o carro até uma altura em que se possa trabalhar confortavelmente por baixo e retirar o suporte posterior do apoio do motor e o próprio apoio do sub-chassis. Retirar também o parafuso do cárter da caixa, que fica debaixo do motor de arranque (Fig. 4). Desmontar os quatro parafusos de fixação da tampa da caixa e retirar a tampa. O sub-chassis tem que ser abaixado, para retirar a caixa. A caixa pode ser colocada no chão, mas também pode ficar suspensa, utilizando as juntas de esferas e depois de apertar as respectivas porcas provisoriamente. Desapertar e retirar os seis parafusos do sub-chassis, tendo a precaução de verificar que ele fica seguro. Retirar os dois parafusos que seguram o apoio da caixa à longarina, bem como os três parafusos do suporte da caixa (Fig. 5). A seguir, baixar o carro e a barra de suporte do motor, apenas o suficiente para afastar a caixa por de baixo da longarina. Voltar a subir o carro apoiar a caixa num macaco ou preguiça de transmissão. Desmontar os restantes parafusos

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Fiat OPEL Punto ASTRA (188)(MK 1.93JTD DE 1997) (Euro 3)

Fig. 1

e afastar a caixa, de forma a deixá-la escondida sob a longarina e a embraiagem ficar visível (Fig 6). Para retirar o rolamento de desembraiar, o parafuso da forquilha (Fig. 7) tem que ser desmontado e a forquilha rodada no seu veio em cruzeta. Com a forquilha já livre, retirar o veio de cruzeta, limpar e lubrificar novamente o veio e a forquilha com massa de alto ponto de fusão. O rolamento está montado num casquilho de plástico, que desliza num tubo metálico, pelo que após uma limpeza não necessita de qualquer lubrificação. Se houvesse metal a deslizar sobre metal, poderia ser usada alguma massa lubrificante térmica (nunca utilizar massas à base de cobre, pois provocam desgaste). Voltar a montar o parafuso da forquilha e verificar se o mecanismo de desembraiar funciona suavemente. Continuando, retirar a embraiagem usada e limpar o volante com um diluente apropriado, a fim de verificar se existem danos ou desgaste excessivo. Verificar se o novo prato de encosto se move livremente no veio estriado (à primeira tentativa) e montar a nova embraiagem, com um dispositivo universal de afinação. Apertar os parafusos gradualmente e de forma sequencial. Agora pode começar a montar-se tudo o que foi antes desmontado, pela ordem inversa, verificando se os encaixes de posicionamento da caixa de velocidades estão em bom estado e na posição correcta. Mais informações podem ser obtidas para os serviços de apoio técnico da marca LuK ou no site www.repxpert.com.

Fig. 2

Fig. 5

Fig. 3

Fig. 6

Fig. 4

Fig. 7


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