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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel

Director: João Vieira • Ano II • Mensal • 3 Euros

Nº 32 Julho 2008

Documento suficiente à continuidade do Regulamento 1400/2002?

EUREKA para BERU PSG

Durante a Conferência de Ministros EUREKA em Ljubljana, a vela de ignição BERU Pressure Sensor Glow Plug (PSG), um projecto de cooperação entre a BERU AG e a Sensata Technologies, foi distinguida com o EUREKA Lillehammer Award 2008. A entrega do prémio pelas mãos da Ministra Norueguesa do Comércio e Indústria teve lugar no dia 5 de Junho na Capital da Eslovénia, perante mais de 40 Ministros e Secretários de Estado, e inúmeros representantes de órgãos de comunicação social.

Sumário Página 02

Iluminação Automóvel

Página 06

Relatório avaliação do BER

Página 48

Emprego: Gerir carreiras

Página 50

Oficina do mês: Auto Escapes Alfragide

Página 58

Toyota Premium Trade

Página 66

Lubrificação pressurizada

Página 68

Filtros de ar e combustível

O

Relatório de Avaliação elogia efeitos do BER

Relatório de Avaliação da Comissão sobre a Aplicação do Regulamento (CE) n.º 1400/2002 no que se refere à distribuição e aos serviços de venda e pós-venda de veículos a motor está desde o passado dia 28 de Maio à disposição de todos para consulta. A importância deste relatório é imensa: É o primeiro documento que servirá de base à construção do novo regulamento que vai reger todo o sector do pós venda automóvel e não só, quando o actual quadro legislativo chegar ao seu termo de vigência em 31 de Maio de 2010. À “praça” já vieram as associações do sector automóvel defender que o actual regime deve continuar no seu todo. Com efeito, o AIRC, CECRA, EGEA, FIA e FIGIEFA, membros da Aliança Right to Repair – Direito à Reparação (R2RC), defendem que o Regulamento do Block Exemption automóvel (BER) EC Nº 1400/2002 tem até ao momento assegurado um bom campo de desempenho para todos os opera-

dores do sector automóvel, garantindo liberdade de escolha para os consumidores. Sublinham, por isso, que seria prejudicial para todos os operadores do aftermarket e consumidores indistintamente a remoção das regras que providenciam um acerto legal e que estabeleceram um quadro para uma competição efectiva no sector automóvel. Os membros da Aliança R2RC são da opinião que se o sector automóvel tiver de se basear em muitos instrumentos legais, tal como sugerido pela Comissão Europeia, isto criaria uma manta de retalhos legal. Tal manta de retalhos legal não representaria um quadro satisfatório para a competição nos mercados automóvel, peças de substituição, ferramentas, serviços e reparação. Por isso, apelam aos decisores da União Europeia para renovarem o Regulamento do Block Exemption automóvel ou para reafirmarem os seus princípios numa legislação específica do sector a partir de 2010. PUB

Veículos mais seguros

A Comissão Europeia propõe que, a partir de 2012, todos os veículos novos estejam equipados com sistemas electrónicos de controlo da estabilidade, a fim de melhorar radicalmente a segurança dos veículos. Os camiões e outros veículos pesados devem ser equipados com sistemas avançados de travagem de emergência e com sistemas de aviso de afastamento da faixa de rodagem a partir de 2013. Já no ano passado, havia proposto a montagem de sistemas de assistência à travagem.

120 gramas até 2012

A Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu confirmou 2012 para que as emissões médias de CO2 dos carros sejam reduzidas para 120 gramas. A meta foi estabelecida para ser respeitada pelos construtores que reduzirão as emissões médias para 130 gramas, com os restantes 10 gramas a serem obtidos através do uso de bio-combustíveis e através de tecnologia de consumo de combustível melhorada. É a mais estrita das 3 propostas em cima da mesa.

Distribuidor Autorizado


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MERCADO ILUMINAÇÃO AUTOMÓVEL

Editorial

Perspectivas luminosas O sector da iluminação automóvel é um dos mais prósperos do mundo automóvel, mobilizando anualmente muitos milhares de milhões de dólares em lâmpadas, faróis, farolins, reflectores e todos os dispositivos e serviços relacionados com essa actividade.

A festa

É

do Pós-Venda Automóvel já no próximo mês de Outubro que se realiza o grande encontro anual dos operadores do aftermarket nacional. Trata-se do 2º Simpósio PósVenda Automóvel, que este ano terá como tema “Desafios para o futuro”. É o principal evento nacional concebido para divulgar as tendências do sector Pós-Venda Automóvel, contribuindo, desta forma, para uma melhor formação dos empresários e aumento da sua competitividade. Durante um dia, vamos debater os temas “quentes” do sector e mostrar os caminhos para o futuro. Os diversos oradores estrangeiros e nacionais irão apresentar dados importantes sobre o sector da reparação e manutenção automóvel. Será uma oportunidade única, para ouvir algo de novo e efectuar perguntas aos oradores presentes, especialistas nas diversas áreas em debate. Com a realização do 2º Simpósio Pós-Venda Automóvel, confirma-se a vocação do projecto AP Comunicação, para trazer até nós o conhecimento mais avançado, sobre os assuntos mais candentes que preocupam o sector. De facto, a presença de vários especialistas estrangeiros, constitui a melhor garantia de que todos os participantes neste Simpósio poderão actualizar e aprofundar os seus conceitos em inúmeras áreas vitais para a sua actividade, lançando as bases dos seus futuros projectos. O sector Pós-venda tem que definir urgentemente objectivos claros, estratégias eficazes e meios adequados. A transição da rede de assistência automóvel é inevitável e já está a processar-se, mas muito lentamente. É preciso ter soluções, para quando os carros "antigos" (actuais…) deixarem de aparecer. É o futuro que nos preocupa e é sobre ele que iremos falar. Contamos com a presença de todos na grande “festa” anual do Pós-Venda Automóvel, no próximo dia 16 de Outubro, no Centro de Congressos de Lisboa. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com

Ficha Técnica

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que torna o sector da iluminação diferente de qualquer outro na actividade automóvel, é o elevado grau de cooperação entre os operadores de maior dimensão e os mais pequenos, assim como o seu invejável grau de integração global. Grande parte desta atmosfera única prevalecente no sector da iluminação automóvel é devida a um programa dinâmico e contínuo de simpósios, congressos e conferências, nas quais são debatidas detalhada e animadamente as últimas inovações e tecnologias, entre toda a comunidade do sector, sejam os investigadores, cientistas ou empresários, sejam apenas os agentes de marketing, distribuidores ou grandes clientes. Efectivamente, os grandes eventos deste género que têm lugar na Europa são o Simpósio Internacional de Iluminação Automóvel, que se realiza da Alemanha, nos anos ímpares, assim como o congresso V.I.S.I.O.N, que tem lugar na França, todos os anos pares. Nos EUA, a Comissão de Investigação de Transportes, da Academia Nacional das Ciências, mantém um comité permanente de Visibilidade, que promove anualmente conferências e simpósios, a fim de debater e planear as actividades de investigação. Todos esses eventos de transmissão de informações sobre investigação e desenvolvimento de tecnologias acabam por formar uma rede activa de grupos de trabalho, principalmente na Europa, onde um clima de grande abertura e espírito cooperativo gera uma sólida cultura de desenvolvimento e troca de ideias, cujas energias positivas permitem a concretização e comercialização de novas tecnologias, de uma forma coordenada, eficiente e rápida.

Grandes passos em frente Foram grupos de trabalho deste tipo que definiram os parâmetros e espalharam por todo o mundo os primeiros faróis de halogéneo, no princípio dos anos 60, e as lâmpadas halogéneas H4 de dois feixes de luz, no princípio dos anos 70, bem como os faróis de descarga Xénon (HDI), nos anos 90, e os sistemas de iluminação direccionais (AFS), no princípio deste século. Devido ao clima de abertura e de transparência entre todos os principais protagonistas do

Um farol de Xénon é composto por várias peças, onde se inclui um actuador da regulação automática de altura do feixe luminoso

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: João Vila PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Mirandela - Estrada Nacional 115, Km 80 - Santo Antão Tojal - 2660-161 Loures Telef: 21.012.97.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”

Uma publicação da AP Comunicação

Quando acabar de ler este Jornal, por favor, coloque-o no Papelão para reciclagem


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MERCADO mercado, o universo da indústria da iluminação automóvel parece mais uma pequena aldeia, na qual quase todos sabem o que outros estão a fazer, na maior parte dos casos. Neste momento, todos estão a trabalhar afanosamente na realização de faróis de serviço e farolins traseiros com tecnologia LED (Light Emitting Diode). Do mesmo modo que todos já oferecem faróis principais de Bi-Xénon, ou apresentam farolins traseiros que parecem só vermelhos, mas iluminam-se nas três cores regulamentares. Obviamente, há ocasiões em que é muito difícil dizer quem esteve na origem de um determinado conceito. Tanto a Hella, como a Valeo e a Al-Automotive Lighting reclamam-se inventores do farol polielipsoidal, e seria muito difícil desmentir qualquer uma das suas alegações. O que é notável e merece toda a nossa admiração é que factos como esse não desmotivam ninguém, nem criam animosidades recíprocas, nem impedem a continuação de contínuas investigações e avanços técnicos, ou alteram as práticas de cada um. Obviamente, cada marca orgulha-se dos seus principais sucessos, tal como a Valeo com as suas ópticas de alta eficiência NEO, do mesmo modo que a Hella tem especial vaidade nos seus faróis com máximos antiencandeamento. Contudo, apesar dessas inovações exclusivas, nenhuma empresa se afirma claramente por essa via individualista, mas sim pelas suas técnicas específicas de produção, processos de engenharia e filosofia de concepção de produtos.

A venda de lâmpadas de Xénon isoladas para montar em faróis convencionais não está autorizada. Nos centros de inspecção de veículos, as irregularidades detectadas no sistema de iluminação dão origem à reprovação do veículo.

Estão já a ser desenvolvidos faróis com tecnologia LED, prevendo-se que a partir de 2008 sejam equipamento de série de vários modelos de automóveis.

Sob a pressão das mudanças Nos últimos tempos, têm-se verificado contínua e importantes mudanças no sector da iluminação automóvel. A legislação que tutela as regras da iluminação de veículos, que em tempos se apresentava em múltiplas versões e com especificações técnicas significativamente diferentes, acabou por reduzir-se a alguns sistemas formalmente diversos, mas substancialmente harmonizados em conteúdo. Por outro lado, houve aspectos que nunca estiveram regulados, mas entraram rapidamente nas legislações, como é o caso

Faróis que giram em consonância com a direcção, já não são novidade, sendo equipamento de origem de vários modelos. Fazendo rodar os faróis da frente em ângulos diferentes, mais o do lado de dentro da curva e menos o do lado de fora, consegue-se uma maior visibilidade da trajectória real.

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do impacto dos componentes de iluminação nos acidentes com peões, por exemplo. Além disso, os mercados consolidaram-se, porque os construtores e os fornecedores de sistemas de iluminação começaram a crescer dentro das respectivas áreas geográficas, mais do que no plano nacional, um pouco por todo o mundo. Isto fez com que a tecnologia de iluminação automóvel se tenha mudado de uma fase quase estacionária, para um nível sem precedentes de inúmeras opções técnicas, desde o início do século 21. Simultaneamente, os estilistas de veículos e os consumidores tornaram-se mais requintados e exigentes, pelo que a ampla margem de opções, tida inicialmente como luxo supérfluo, tornou-se agora numa necessidade e numa conveniência. A mais profunda mudança, no entanto, consistiu no aumento exponencial da procura de veículos nos mercados emergentes, arrastando consigo uma procura igualmente crescente de sistemas e componentes de iluminação. Esse facto fez aumentar consideravelmente a cooperação entre as empresas do sector automóvel, tornando-se num padrão permanente de actuação no mercado. Mesmo assim, esperava-se que a globalização da indústria automóvel, com as correspondentes pressões sobre os custos, aumentasse a competição entre as empresas de iluminação, que estiveram historicamente separadas, pelo isolamentos dos mercados. Isso, de facto, aconteceu, mas o efeito contrário, de inter colaboração entre empresas, também se tornou efectivo, o que levou as marcas, que ainda há pouco lutavam pela supremacia no mercado, encetarem um processo de trocas e intercâmbio mútuo, comprando e vendendo produtos e serviços entre si. Técnicas, modelos de acção, subcomponentes e até clientes e infraestruturas logísticas têm sido partilhados de uma forma nunca antes verificada. Isso está a acontecer em pólos de produção muito distantes uns dos outros geograficamente, embora inseridos na mesma dinâmica de globalização comum. Os casos de junção de esforços e capacidades da ValeoSylvania nos EUA, da Hella-Stanley na Austrália, e da Ichikoh-Valeo (Europa) estão a ser seguidos nos mercados emergentes, como é o caso da joint venture ZKW-Neolite na Índia, por exemplo. Todas estas parcerias, joint ventures e outras formas de colaboração estão a promover a qualidade da iluminação automóvel nas estradas dos países em desenvolvimento, enquanto que, num contexto mais vasto, servem para elevar os padrões e as boas práticas da indústria, reduzindo o custo de sistemas de iluminação automóvel considerados sofisticados até há pouco tempo, graças a claras economias de escala. PUB


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ACTUALIDADE Aliança R2RC apela à continuidade do BER

Regras específicas precisam-se O novo quadro legislativo do sector automóvel já começou a ser engendrado. As associações do sector já se fazem ouvir. A abolição do actual regulamento automóvel, Block Exemption, não faz parte do seu léxico.

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a sequência da publicação do Relatório de Avaliação da Comissão Europeia sobre o Regulamento automóvel Block Exemption (BER) EC nº 1400/2002, associações representativas do sector automóvel e consumidores, uniram forças para alertarem a Comissão Europeia para a necessidade de protecção da competição através da retenção de regras específicas do sector na distribuição de novos veículos, peças de substituição, ferramentas e serviços de reparação, depois de 2010. As associações Europeias AIRC, CECRA, EGEA, FIA e FIGIEFA, parceiros de aliança na Campanha “Right to Repair – Direito à Reparação” (R2RC), adoptaram esta posição como resposta à intenção revelada pela Comissão de não estender o BER 1400/2002 depois de expirar em Maio de 2010. A Comissão Europeia encontra-se correntemente a sugerir outras peças de legislação existentes que tratariam da distribuição dos novos veículos e assuntos do aftermarket automóvel. Venda de novos veículos O sector automóvel tem estado sujeito a regras específicas durante várias décadas. Cláusulas a assegurar o equilíbrio entre concessionários e construtores parecem ameaçadas, refere a Aliança R2RC. “Isto pode levar a restrições no que diz respeito á multi-oferta, oferta de serviços de reparação e financeiros e inovação dos concessionários em geral.

Nomenclatura AIRC Association Internationale des Réparateurs en Carrosserie EGEA European Garage Equipment Association CECRA European Council for Motor Trade and Repairs FIA Fédération Internationale de l’Automobile FIGIEFA International Federation of Automotive Aftermarket Distributors

Caroline Ofoegbu, Directora do Bureau Europeu da FIA

Jacopo Moccia, Director Geral do CECRA

Enquadramento do BER segundo a Aliança R2RC Desde 2002, o Regulamento do Block Exemption automóvel EC Nº 1400/2002 providenciou o quadro regulamentar para a distribuição de novos veículos a motor, peças de substituição e serviços. Importante para os consumidores e aftermarket automóvel, este regulamento contém elementos desenhados para salvaguardar a escolha e competição quer na distribuição de novos veículos, como no serviço e reparação de veículos no aftermarket. Notavelmente, teve sucesso não só em alcançar melhor paridade de preços ao longo da Europa mas também no melhoramento do acesso para os operadores de mercado à informação técnica dos construtores de veículos, necessária para competirem justamente com as redes autorizadas e para o fornecimento aos consumidores de alternativas de escolha no acesso a serviços de aftermarket a preços competitivos. Este acesso cobre a formação, ferramentas de diagnóstico e equipamento de teste, informação sobre as peças de substituição e reparação. Não é perfeita mas a situação é definitivamente melhor que anteriormente, refere a Aliança Right to Repair – Direito à Reparação (R2RC). Esta importante peça de legislação expira em Maio de 2010

Sylvia Gotzen, Secretária Geral da FIGIEFA “Uma posição contratual mais fraca levará a que os concessionários tenham mais dificuldade no acesso a empréstimos financeiros, o que travaria a capacidade destes em fazer investimentos no interesse dos consumidores”, referiu Jacopo Moccia, Director Geral do CECRA. Além disso, o fim de um regulamento específico para o sector poderia também ameaçar o direito dos consumidores de usufruírem da garantia em qualquer oficina de reparação na Europa, independentemente do sítio onde o carro foi comprado. “É difícil perceber porque a Comissão colocaria um direito fundamental dos consumidores em risco”, concluiu Moccia.


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ACTUALIDADE Acesso a informação de reparação, ferramentas e peças de substituição Os reparadores independentes e autorizados, serviços de assistência na estrada, produtores de ferramentas e equipamentos e distribuidores independentes de peças, precisam de acesso gratuito e livre a informação de reparação. “Mais ainda, os produtores de ferramentas precisam de dados específicos de sistemas essenciais para o fabrico de ferramentas de diagnóstico e teste multimarca” refere o Presidente da EGEA Klaus Burger. Sem um Regulamento do Block Exemption, somente as regras de competição do artigo 81 e artigo 82 do tratado EC seriam aplicadas. “Mas argumentar o caso de ausência de Regulação é um exercício dispendioso, requerendo avaliações e opiniões legais das quais pequenas e médias empresas provavelmente se retrairiam. Isto é claramente PME-unfriendly”, refere o Secretário-geral da AIRC, Hilde van der Stichele. E o novo Regulamento Euro 5/6 (EC) nº 715/2007, que entra em força em Setembro de 2009, cobre acesso à informação de reparação somente em novos veículos aprovados. Não preenche o vazio para o parque de veículos existentes. “Para o fornecimento e distribuição de peças sobressalentes, os grossistas independentes dependem da disponibilidade de uma gama alargada de componentes automóveis para poderem responder à procura dos clientes. Qualquer

“BER está a resultar!” “Legislação melhor e mais simples não deve resultar num Regulamento anoréxico", Defende Jürgen Creutzig, Presidente do CECRA. A Comissão Europeia lançou no passado dia 28 de Maio para consulta pública, um texto com uma análise do actual Regulamento automóvel Block Exemption (BER), e que será uma ferramenta que estará na base da preparação do quadro legislativo que entrará em vigor a partir de Maio de 2010. O Conselho Europeu para o Comércio e Reparação Automóvel (CECRA), vai avisando que as futuras regras não devem destruir a competição nas vendas automóveis e nas reparações. O comércio automóvel tornouse hiper-competitivo sob o quadro legislativo BER 1400/2002, refere o CECRA. Jürgen Creutzig, Presidente do CECRA, referiu que “O BER está a resultar! Abriu o mercado e deu liberdade empresarial aos concessionários e reparadores que procuram novas oportunidades. Nós defendemos, por isso, a continuidade na legislação que sucederá para assegurar que os consumidores continuem a beneficiar desse regulamento depois de 2010”. O CECRA teme que num gesto para simplificar a legislação actual a Comissão possa passar por cima das especificidades do mercado automóvel, o que poderia levar a um passo atrás em termos da competição e, em último caso, à hipoteca do próprio mercado. "O mercado automóvel encontrou um certo equilíbrio, graças ao BER 1400/2002. As 350 mil PME’s que operam no mercado precisam de alguma estabilidade para poderem continuar a investir e inovar. O CECRA apela à Comissão para não desestabilizar sem motivo o sector; legislação melhor e mais simples não deve resultar num Regulamento anoréxico", disse Creutzig. Só em meados de 2009 será elaborado um rascunho do texto BER definitivo. Por fim, em 2010 será então adoptado o novo e definitivo regulamento. quadro regulamentar futuro precisa de assegurar o fornecimento sem restrições e disponibilidade de tais peças a partir daqueles que de facto as produzem – em mais de 80% dos casos produtores especializados de peças. “Sem defesas de equivalência e re-

gras robustas como aquelas do BER, os fabricantes de veículos podem tornamse na única fonte de fornecimento para um número crescente de peças”, conclui a Secretária-geral da FIGIEFA Sylvia Gotzen. “Para melhorar a competição a todos os níveis da cadeia de distribui-

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ção, meramente aplicando o regulamento (EC) N° 2790/1999 ao sector automóvel não seria uma alternativa equivalente.

Mobilidade a custos razoáveis e escolha dos consumidores Como organização líder ligada à mobilidade, a FIA e os seus membros clubes automóveis estão empenhados em assegurar uma mobilidade mais sustentável para o consumidor do sector automóvel. Os veículos a motor são o modo de transporte preferível, representando 80% de todas as viagens, ao mesmo tempo que é o segundo maior investimento para as famílias em geral. “A FIA está empenhada em salvaguardar a liberdade dos consumidores para poderem escolher os veículos que são seguros, limpos e em conta no acto de compra e manutenção. Ao contrário de outros produtos altamente complexos, os veículos a motor têm a vantagem de serem seguros e o ambiente deve ser mantido durante a sua vida útil. E durante a vida útil de um veículo o custo de reparação e manutenção vale tanto quanto o seu preço de compra se não mais. Por isso, uma mobilidade económica deverá ser a principal meta do quadro legislativo futuro para o sector automóvel. A competição efectiva e escolha do consumidor são meios adequados para se alcançar este objectivo, para o qual as regras do BER têm contribuído até à data”, refere a Directora do Bureau Europeu da FIA, Caroline Ofoegbu. PUB


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ACTUALIDADE Relatório de Avaliação do BER

Concorrência saiu reforçada O

Relatório refere que, no geral, o BER contribuiu para proteger a concorrência nos mercados da distribuição de veículos automóveis novos e, particularmente, nos mercados dos serviços pós-venda, em benefício dos consumidores, pelo que cumpriu os requisitos previstos.

Relatório de Avaliação da Comissão sobre a Aplicação do Regulamento (CE) n.º 1400/2002 no que se refere à distribuição e aos serviços de venda e pós-venda de veículos a motor, foi lançado e serve para avaliar o impacto sobre as práticas no sector e os efeitos dessas práticas sobre a concorrência no domínio da venda a retalho de veículos automóveis e no sector de serviços pós-venda na EU, visando preparar o terreno para o regime que será posto em prática após o actual quadro legislativo chegar ao seu termo de vigência em 31 de Maio de 2010. Não faz propostas quanto ao futuro das novas medidas. O primeiro dos anexos do relatório apresenta uma panorâmica dos objectivos subjacentes à actual legislação, enquanto o segundo analisa a evolução dos mercados da distribuição e dos serviços pós-venda de veículos automóveis, desde a adopção da legislação do Block Exemption (BER). Em meados de 2007, a DG COMP lançou um inquérito, enviando questionários a diversos grupos de partes interessadas do sector automóvel, entre os quais figuravam construtores de veículos automóveis e de camiões, mas também as associações ACEA e JAMA, fabricantes de peças sobressalentes e a sua associação europeia, a CLEPA, as associações nacionais e europeias de distribuidores autorizados e oficinas de reparação (a CECRA, por exemplo), bem como oficinas de reparação independentes e distribuidores autorizados de peças sobressalentes (a FIGIEFA, por exemplo), associações de vendedores independentes de veículos automóveis, organizações de consumidores e autoridades nacionais de concorrência. Além das respostas recebidas, a análise da Comissão recorreu a outras fontes de informação, nomeadamente estudos, e bases de dados estatísticos externas. Estes diversos elementos permitem concluir que o BER contribuiu para proteger a concorrência nos mercados da distribuição de veículos automóveis novos e, particularmente, nos mercados dos serviços pós-venda, em benefício dos consumidores, pelo que cumpriu os requisitos previstos no n.º 3 do artigo 81.º. Todos os indicadores económicos pertinentes analisados tendem a confirmar que o grau de concorrência nos mercados relevantes, melhorou sensivelmente entre 2002 e 2007. No mercado dos serviços pós-venda, aumentou o número de oficinas de reparação autorizadas, bem como a densidade global da rede, em grande parte devi-

do ao BER. Muitas oficinas de reparação autorizadas já não vendem veículos novos e é mais corrente serem autorizadas a reparar marcas de diferentes construtores. Um elevado número de oficinas de reparação independentes registou dificuldades em investir nas competências técnicas, equipamentos e formação necessários para reparar veículos cuja tecnologia é cada vez mais complexa, pelo

que o sector foi lentamente cedendo terreno às redes autorizadas. Contudo, o sector independente registou uma consolidação e um ajustamento estrutural assinaláveis, o que o tornou mais apto a enfrentar a concorrência. Em especial, surgiram grandes cadeias de empresas de reparação independentes, que oferecem uma gama mais vasta de serviços aos consumidores. Apesar dos preços das reparações terem aumentado, devi-

Relatório refere que um elevado número de oficinas de reparação independentes registou dificuldades em investir em equipamentos e formação

do ao acréscimo dos custos de mão-deobra qualificada e aos maiores investimentos em equipamento e formação necessários para os veículos modernos, as despesas de manutenção anuais dos veículos automóveis diminuíram em termos reais, graças a um maior espaçamento dos serviços de manutenção e à sua maior fiabilidade. Os fabricantes de peças sobressalentes mantiveram a sua posição no mercado dos serviços pós-venda, embora as empresas de reparação independentes, que são os seus principais clientes, tenham perdido quota de mercado e as empresas de reparação autorizadas continuem a comprar a maior parte das peças de que necessitam junto dos construtores de automóveis. Tal deve-se, em parte, ao facto de certos fabricantes de peças sobressalentes terem desenvolvido cadeias de oficinas de reparação que ostentam a sua marca e utilizam, em grande medida as suas peças sobressalentes. As oficinas de reparação independentes constituem a única fonte de concorrência intermarcas no mercado dos serviços pós-venda e proporcionam possibilidades de escolha valiosas para os consumidores. Em 2000, a Comissão considerou dois elementos indispensáveis para permitir às oficinas de reparação em causa fazer face à concorrência: as informações técnicas e as peças sobressalentes. Por esse motivo, o BER contém disposições destinadas a proteger o acesso a cada um desses elementos, que parecem ter ajudado o sector independente a superar um período de adaptação estrutural à evolução das necessidades tecnológicas. Embora o n.º 2 do artigo 4.º do BER, que prevê a obrigação de os fornecedores garantirem o acesso das oficinas de reparação independentes às informações técnicas, tivesse um impacto positivo, convém salientar que, a partir de 1 de Setembro de 2009, o Regulamento (CE) n.º 715/2007 (Euro 5 e Euro 6) obrigará os fornecedores a divulgar todas essas informações para os novos modelos. Presume-se que as informações relativas aos modelos antigos foram já amplamente divulgadas em conformidade com o n.º 2 do artigo 4.º do BER. A Comissão continuará a acompanhar a situação e analisará eventuais queixas provenientes do sector da reparação independente. Neste contexto, convém salientar que nas suas quatro decisões adoptadas em Setembro de 2007, que forneceram importantes orientações ao sector neste domínio, a Comissão examinou a recusa de dar acesso a informa-


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ACTUALIDADE ções técnicas com base nos n.ºs 1 e 3 do artigo 81.º do Tratado, bem como em relação ao BER. Consequentemente, mesmo na ausência das actuais regras previstas no BER, a Comissão terá ainda possibilidade de intervir com base nos artigos 81.º e/ou 82.º do Tratado. Os fabricantes de peças sobressalentes mantiveram a sua quota a nível do abastecimento do mercado pós-venda, e há poucos casos de oficinas de reparação autorizadas que recusaram fornecer peças aos seus concorrentes independentes, essencialmente porque se trata de uma actividade que lhes permite obter lucros consideráveis. É um facto que um certo número de peças sobressalentes ficam cativas, ou seja, só se encontram disponíveis junto dos construtores de veículos. Trata-se de: (i) peças sobressalentes visíveis, abrangidas pela protecção de desenhos e modelos em vários Estados-Membros; (ii) peças sobressalentes produzidas ao abrigo de diversos contratos de subcontratação, tais como os contratos de equipamento, que, à luz da Comunicação da Comissão de 1978 relativa aos contratos de subcontratação, não são actualmente abrangidos pelo âmbito de aplicação do n.º 1 do artigo 81.º e em relação aos quais não se coloca, portanto, a questão da aplicação do n.º 3 do artigo 81.º do Tratado. No conjunto, o BER conseguiu salvaguardar a concorrência entre oficinas de reparação autorizadas, visto que o n.º 1 do artigo 3.º favoreceu a introdução de sistemas de reparação selectiva qualitativa. Por conseguinte, as forças em presença no mercado contribuíram para o aumento do número de oficinas de reparação autorizadas, uma vez que todas as oficinas de reparação que cumpram determinados critérios objectivos podem integrar uma rede. Embora os construtores de veículos automóveis tenham estabelecido normas de qualidade mais exigentes para as suas redes de oficinas de reparação autorizadas, aparentemente tal não contrariou os interesses dos consumidores. As novas normas aumentaram não só a qualidade da prestação de serviços, como também influenciaram o sector independente, que reagiu criando redes concorrentes e cadeias de empresas franquiadas com normas comuns, de modo a responder melhor às exigências dos consumidores que pretendem obter serviços de elevada qualidade, eficien-

Segundo o Relatório de Avaliação do BER, há poucos casos de oficinas de reparação autorizadas que recusaram fornecer peças aos seus concorrentes independentes tes e fiáveis. Em especial, convém lembrar que, no que se refere à concorrência no mercado das peças sobressalentes de veículos automóveis, os direitos de propriedade intelectual detidos pelos construtores de automóveis, bem como o recurso generalizado a uma série de acordos de subcontratação com fornecedores de equipamento de origem (incluindo os cha-

mados «contratos de equipamento») contribuíram para que certas peças sobressalentes permanecessem cativas nas redes dos construtores, o que poderá ter enfraquecido um pouco a posição dos grossistas independentes de peças sobressalentes e se traduziu numa subida geral dos preços das reparações. A Comissão conclui, portanto, na presente fase, que um regime mais fle-

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xível, mais inspirado nos princípios gerais aplicáveis às restrições verticais, actualmente integrados no Regulamento n.º 2790/1999, teria assegurado um nível equivalente de protecção da concorrência no mercado relevante, implicando simultaneamente custos inferiores de adaptação à legislação para as empresas e um sistema de controlo da aplicação mais eficaz para as autoridades de concorrência. Importa realçar que o relatório se limita a apresentar a opinião preliminar da Comissão quanto à aplicação do Regulamento (CE) n.º 1400/2002 não prejudicando, de forma alguma, a decisão final sobre o resultado da análise. O relatório constitui uma primeira etapa de um processo de consulta mais abrangente no qual todas as partes interessadas são convidadas a participar. Com base nas indicações que recolherá durante a próxima consulta, a Comissão realizará uma avaliação subsequente dos eventuais efeitos positivos e negativos das soluções regulamentares. Importa ainda salientar que o processo de revisão do regulamento geral de isenção por categoria, o Regulamento n.º 2790/1999, coincidirá com a publicação desta avaliação de impacto. Caso este processo leve a Comissão a concluir que o sector da indústria automóvel pode ser, de forma adequada, abrangido pelo âmbito de aplicação de um regime geral relativo às restrições verticais, todas as partes interessadas terão oportunidade de garantir que as suas preocupações sejam devidamente analisadas no quadro do futuro procedimento legislativo. A fim de poder identificar a solução mais apropriada para um futuro regime, a Comissão convida os terceiros interessados a apresentarem as suas observações sobre as conclusões do presente relatório. Tais observações devem ser enviadas até 31.7.2008. Por correio electrónico para o seguinte endereço: Comp-car-sector@ec.europa.eu Por correio para o seguinte endereço: Comissão Europeia Office: J 70 - 01/128 Direcção-Geral da Concorrência B-1049 Bruxelas Bélgica PUB


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ACTUALIDADE Edição de 2008 virada para a eficiência energética e emissões

Automechanika já em Setembro! A

Em foco na feira deste ano: O impacto do aquecimento global no mercado das peças, oficinas, estações de serviço e suas ofertas de serviços. Até ao momento já inscritas 12 empresas portuguesas.

Messe Frankfurt espera mais de 4.600 expositores e cerca de 160.000 visitantes para a 20.ª Automechanika que realizar-se-á entre 16 e 21 de Setembro 2008. Desde a sua primeira edição em 1971, a Automechanika tornou-se num dos mais importantes lugares de encontro para os decisores do sector automóvel. O principal tema da feira deste ano: “Aquecimento global e o seu impacto no aftermarket automóvel. Qual o significado das mais recentes inovações nos campos da protecção de emissões e redução de CO2 para o mercado das peças? Que recomendações tem o sector para as oficinas, estações de serviço e suas ofertas de serviço?” Na feira, os visitantes encontrarão, por exemplo, um “Directório Verde” que chama a atenção para produtos distinguidos pela sua eficiência energética e de materiais ou avanços na protecção das emissões. Na Academia Automechanika, especialistas discutirão a reacção do sector às exigências para redução de CO2.

Technology GmbH, Otto Christ AG, Holz Autowaschtechnik GmbH, Alfred Kärcher Vertriebs-GmbH e a Istobal S.A., farão as suas apresentações. A Automechanika é uma marca muito conhecida, e não somente em Frankfurt. Fora da Alemanha, também é uma importante fonte de impulso para as mais recentes tecnologias, realizando-se em todo o mundo em 12 locais nos três continentes. Não à contrafacção! A cópia estará na mira dos responsáveis que prometem não dar tréguas na credibilização daquele que é um ponto de encontro mundial por excelência. A "Messe Frankfurt contra a cópia" foi uma iniciativa lançada na edição passada, e fornecerá informação sobre a protecção de marcas e produtos contra a pirataria na edição deste ano. Detlef Braun, Membro do Quadro de Gestão da Messe Frankfurt, referiu, a este propósito, que "em comum com outras feiras, a Automechanika reflecte a situação no sector. Tem de ter em conta a globalização e oferecer condições para a divulgação. No entanto, damos prioridade à competição justa, expulsando a desonestidade. Só desta forma podemos garantir que a Automechnaika permanecerá um evento internacional líder para o sector automóvel”.

Uma feira internacional De dois em dois anos, a Automechanika oferece aos visitantes do sector uma gama única de produtos ligados aos sectores das peças automóveis, lavagem, oficinas, estações de serviço, acessórios e tuning. A feira não tem paralelo em termos de dimensão. Internacionalmente, cerca de 40 por cento dos visitantes do sector e 80 por cento dos expositores (registados no último evento) vêm de fora da Alemanha. Cobrindo cerca de 300.000 metros quadrados de espaço de exibição (bruto), a Automechanika ocupa quase todo o espaço da Feira e Centro de Exibições de Frankfurt. Pela primeira vez este ano a Área Sudoeste, no exterior, contará com expositores do negócio da lavagem automóvel, por exemplo a WashTec Cleaning

Automechanika Empresa: Kamotta Representações Lda. Sede: Campo Pequeno, 2 - 6 D 1000-078 Lisboa Telefone: 21 7939140 Fax: 21 7939144

A Automechanika não tem paralelo em termos de dimensão. Os visitantes podem ver a mais abrangente gama de produtos ligados ao pós venda automóvel

2008: Um início de ano de Feiras bem sucedido em Frankfurt A Messe Frankfurt, parque de exposições onde se realiza a Automechanika, teve um bom início no ano fiscal de 2008. “Nós conseguimos atingir um forte nível de crescimento no número de expositores e de visitantes, bem como na área de exposição reservada. Muitos dos nossos eventos tornaram-se ainda mais internacionais,” destacou Michael von Zitzewitz, Director do conselho de administração da Messe Frankfurt, na conferência anual de apresentação de resultados à Imprensa, em Frankfurt. O responsável anunciou um crescimento contínuo: “Nós prevemos vendas de aproximadamente 450 milhões de euros para o ano de 2008.” A empresa continua o seu desenvolvimento com sucesso. No ano fiscal de 2007, a Messe Frankfurt obteve um novo recorde de vendas com 423.6 milhões de euros (2006: 406.1 milhões de euros). Perto de um quarto das vendas são geradas fora da Alemanha. As vendas no estrangeiro continuam a crescer, aumentando 6% de 88 milhões de euros em 2006 para 93.9 milhões de euros em 2007. Isto significa que as vendas fora da Alemanha duplicaram nos últimos cinco anos.


2 Simpósio Pós-venda Automóvel 16 de Outubro de 2008

Centro de Congressos de Lisboa - Rua da Junqueira - Lisboa

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16 OUTUBRO 2008

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA

2 Simpósio Pós-venda Automóvel Participe na edição 2008 do Simpósio, que tem como tema: “Desafios para o futuro do Pós-venda Automóvel”.

Este Simpósio pretende constituir-se como o maior acontecimento nacional dedicado ao sector Pós-venda Automóvel, contando com a presença de diversos especialistas mundiais, bem como mais de 300 participantes que poderão aproveitar a oportunidade para confrontar os oradores presentes com a realidade do mercado nacional. É o cenário indicado para conhecer os grandes desafios que o sector Pós-venda vai enfrentar e as oportunidades que se abrem ao mercado da reparação e manutenção automóvel.

Em simposio.apcomunicacao.com encontrará toda a informação sobre o Simpósio, incluindo o seu Enquadramento, Programa, Oradores e Boletim de Inscrição.

TEMAS EM DEBATE:

DESTINATÁRIOS:

• As energias alternativas e o automóvel (Como preparar o Pós-venda?)

Abrangendo os diversos sectores de actividade do Pós-Venda Automóvel, este evento destina-se a:

• Tendências para o futuro da distribuição de peças

• Directores de empresas fabricantes de peças e equipamentos

• O Comércio de Peças (Peças de Marca versus Peças Independentes) • A Oficina de hoje (Oficina independente tradicional versus Redes de Oficinas e Concessionários) • Formação Profissional (Tendências e Necessidades)

• Novo BER (Acesso à informação técnica)

• Novas tecnologias / novos desafios (o maior obstáculo do aftermarket) • Novos players na Indústria (Índia e China)

• Mobilidade a preço baixo precisa-se! (Construtores apostam em híbridos e automóveis mais leves)

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• Proprietários e gerentes de oficinas multimarca;

• Directores de empresas de distribuição de peças e equipamentos • Directores Pós-Venda das oficinas de marca

• Proprietários e gerentes de auto-centros e serviços rápidos

• Proprietários e gerentes de oficinas de pneumáticos

• Administradores de empresas e entidades diversas ligadas ao Pós-Venda Automóvel ou outros interessados neste mercado

simposio.apcomunicacao.com


1 DIA 8 ORADORES

CRE VAA S G E PO OR E UPE A * INS

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MAIS DE 300 PARTICIPANTES Venha assistir ao debate com os protagonistas John Wormald

Josef Frank

Cotado como autor, orador, moderador e consultor da indústria automóvel europeia e global, John Wormald moldou a sua carreira em torno das questões cruciais da indústria automóvel, em especial no que se refere à distribuição e ao aftermarket. Co-fundador e Director da empresa autoPOLIS, realiza análises estratégicas e previsões para vários actores do sector automóvel, incluindo construtores de veículos, fornecedores OEM, distribuidores, prestadores de serviços, instituições financeiras e organismos governamentais.

Director de Aftermarket do CLEPA, Josef Frank é especialista no Pós-venda Automóvel e grande conhecedor da realidade deste mercado em toda a Europa e das tendências que irão prevalecer no futuro. O CLEPA integra os mais proeminentes fornecedores de peças de automóveis, sistemas e módulos; associações nacionais de comércio e associações sectoriais europeias de vários países representando directa e indirectamente mais de 3.000 companhias automóveis de todas as dimensões.

Michel Vilatte

Jorge Neves

Michel Vilatte, Presidente da FEDA (Féderation des Syndicats de la Distribuition Automobile – Federação dos Sindicatos da Distribuição Automóvel) vem falar do direito dos distribuidores de peças receberem informação técnica, dados e códigos do construtor do veículo, para permitir não só a entrega das peças, mas também para fornecer informação técnica aos reparadores independentes, para os permitir levar a cabo reparações de qualidade.

Country Manager da Precision Iberia em Espanha desde 2005, Jorge Lizardo Neves vem falar sobre as reparações no período de garantia, um tema ainda desconhecido da maioria dos automobilistas e até de algumas oficinas. Antes de assumir as actuais funções na Precision Ibéria, Jorge Neves foi Director de Marketing e Vendas no Entreposto Holding (2003 a 2004) e membro do Conselho de Administração do Entreposto Lisboa, responsável pelas áreas de Assistência e Peças.

Tiago Farias

Dário Afonso

Tiago Lopes Farias é Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico onde concluiu a licenciatura (1990) e realizou provas de Doutoramento (1997) em Engenharia Mecânica. Fundou em 2001 a DTEA Transportes, Energia e Ambiente, uma Divisão do Grupo de Investigação em Energia e Desenvolvimento Sustentável, desempenhando as funções de coordenador. Vai falar sobre as energias alternativas e o automóvel.

Uma carreira dedicada ao pós-venda, tendo trabalhado com várias multinacionais do sector. Esta experiência permite-lhe, hoje, ser considerado uma referência a nível nacional e internacional no aftermarket. Co-fundador e managing partner da empresa ACM, desenvolve uma forte actividade como consultor de empresas, formador comportamental e coacher. Faz ainda parte do grupo exclusivo de formadores Team Up, cuja formação em “Client Relationship Skills” é já uma referência internacional.

Outros oradores confirmados:

Miguel Gavilanes, Director Bosch Car Service David Gouveia, Gerente J.G. Neto


16 OUTUBRO 2008

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA

2 Simpósio Pós-venda Automóvel

Tudo a postos para a grande Festa do Pós-venda Automóvel!

Situado junto ao Rio Tejo, perto da zona de património histórico-cultural de Belém, a escassos minutos do centro da cidade, o Centro de Congressos de Lisboa, na rua da Junqueira, oferece as condições ideais para a realização do 2º Simpósio Pós-venda Automóvel.

O grande Auditório, tem capacidade para mais de 400 pessoas. As paredes são revestidas a madeira exótica clara e o pavimento a alcatifa. Está equipado com sistema de detecção de incêndios, constituído por detectores de fumo e calor. O sistema de Ar Condicionado operado por controlo remoto, possibilita níveis de climatização com distribuição homogénea em toda a

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Sala, contribuindo para elevados níveis de conforto térmico e ambiental.

Dispõe de um sistema de tradução simultânea com 4 cabines fixas e equipamento por infra-vermelhos com emissores de 4 canais. O Auditório é servido por telecomunicações e rede informática, possibilitando o recurso às novas tecnologias de informação e comunicação de apoio a eventos.

Não espere mais para se inscrever e poder assistir nesta Sala ao 2º Simpósio Pós-venda Automóvel. As condições de desconto estão asseguradas só até 31 de Julho.

simposio.apcomunicacao.com


CRE VAA S G E PO OR E UPE A * INS

BOLETIM DE INSCRIÇÃO POR FAVOR, PREENCHER EM LETRA MAIÚSCULA Se preferir, pode também fazer a sua inscrição on-line em: simposio.apcomunicacao.com

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DADOS DA ENTIDADE

Empresa: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Código Postal: ______________________________________________________ Localidade: ________________________________________________________________________________________________ Telefone: ___________________________________________________________ Fax: ____________________________________ Nº Contribuinte: ____________________________________________________ Contacto: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E-mail: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Telemóvel: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DADOS PARA FACTURAR

Preencher caso a factura seja emitida a uma entidade diferente da referida acima

Entidade: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Código Postal: ______________________________________________________ Localidade: ________________________________________________________________________________________________ Telefone: ___________________________________________________________ Fax: ____________________________________ Nº Contribuinte: ____________________________________________________

DADOS DAS PESSOAS A INSCREVER

Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________

** Indique o seu e-mail e receberá a confirmação da sua inscrição por via electrónica, o que lhe permitirá fazer a acreditação no Simpósio de uma forma mais rápida.

VALORES DA INSCRIÇÃO (por pessoa)

*Até 31 de Julho: 100,00 € (IVA incluído) (valor válido para pagamentos efectuados até à data indicada) A partir de 1 Agosto: 200,00 € (IVA incluído) O valor da inscrição inclui participação integral no Simpósio e toda a documentação das apresentações, além do almoço e cafés indicados no programa.

Nota: As empresas que inscrevem 3 ou mais pessoas, beneficiam de um desconto especial de 15% sobre o valor da inscrição. Para mais informações, contactar com: Paula Catela – Telefone: 21.928.80.52 – e-mail: paula.catela@apcomunicacao.com

FORMA DE PAGAMENTO

- Por cheque: Endereçado a AP Comunicação Largo Infante D. Henrique, 7 Várzea de Colares 2705-351 Colares

- Por transferência bancária, para a conta: NIB 0033.0000.4533.7401.7190.5 Banco Millennium bcp – Colares Após a transferência, envie um fax (21.928.80.53) com o cupão de inscrição preenchido e comprovativo da transferência bancária.

Notas: - Após o envio desta inscrição e respectivo pagamento, receberá a factura / recibo correspondente à mesma. - A todos os participantes que assim o desejarem, será entregue um Certificado de Assistência ao Simpósio. - Se não puder assistir ao Simpósio, o cancelamento deverá ser comunicado por correio ou fax. Se tal cancelamento for comunicado até dois dias úteis antes do início do evento, ser-lhe-á restituído o valor da inscrição. Depois deste período, não nos será possível a devolução do mesmo. No entanto, poderemos admitir uma substituição à sua presença. Qualquer substituição deverá ser notificada por correio ou fax até um dia útil antes do início do evento. - Os dados recolhidos são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do pedido de inscrição para participar no 1º Simpósio Pós-Venda Automóvel.

ORGANIZAÇÃO:

AP Comunicação Largo Infante D. Henrique, 7 Várzea de Colares 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com Internet: www.apcomunicacao.com


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Jornal das Oficinas Julho 2008

Breves TRW LANÇA CONCEITO AEB

O novo sistema automático de travagem de emergência (AEB) é a solução mais avançada do mercado neste domínio, permitindo reduzir os riscos de condutores e ocupantes de veículos envolvidos em colisões. Na realidade, o novo sistema combina os mais avançados dispositivos de assistência ao condutor e de controlo de estabilidade, para obter a rápida desaceleração da viatura, com ou sem intervenção do condutor, quando o choque é praticamente inevitável. O sistema AEB combina o sistema de detecção Long Range Radar (LRR) ou Medium Range Radar (MRR), com uma câmara vídeo, normalmente situada na parte do retrovisor interior voltada para a estrada. Os sistemas LRR ou MRR permitem a detecção a longa distância, dentro de uma faixa limitada em largura, enquanto que a câmara permite uma visão mais alargada e identificar os objectos, tais como outros veículos. As informações colhidas pelos vários sensores são tratadas de forma constante e permitem ao sistema AEB (automatic emergency brake) actuar nas situações potencialmente mais perigosas.

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NOTÍCIAS Confort Auto revalida a Certificação ISO 9001

A rede Confort Auto renovou pelo terceiro ano consecutivo o Certificado de Qualidade ISO 9001, sendo a primeira rede a nível ibérico a contar com este “selo” de qualidade. Esta cadeia situa-se assim na vanguarda do sector do pneumático e mecânica rápida graças à re-certificação (2006, 2007, 2008), fruto do esforço da rede na melhoria contínua da competitividade e adaptação ao mercado e seus associados. Um certificado que renovam ano após ano fruto do trabalho do seu departamento de qualidade, encarregue de actualizar a rede para os exigentes requisitos do mercado ibérico. A associação Confort Auto é a maior rede Ibérica de centros de reparação e manutenção automóvel, com cerca de 550 postos de atendimento distribuídos pela península ibérica, dos quais mais de meia centena estão em Portugal.

Novas chaves de impacto

Matador

A Matador passou a dispor na sua gama de uma gama de chaves de impacto, com soluções à medida para o sector automóvel. O Sistema de Duplo Impacto com duas bigornas com accionador recentemente desenvolvido é apenas um dos predicados destas inovadoras ferramentas. A durabilidade, o facto da lubrificação poder ser facilmente feita do exterior, assim como a ergonomia, são outras mais valias desta nova gama.

INA e FAG distinguidas

O Schaeffler Group Automotive, proprietária das prestigiadas marcas para o aftermarket automóvel (LUK, FAG e INA), marcou a sua presença com grande sucesso no Innovation Competition of the NoAE - Competição de Inovação NoAE - (rede de Excelência Automóvel) no Wuerzburg Automotive Summit, em meados de Junho, com dois produtos. O Grupo foi nomeado pela participação no Innovation Vernissage na categoria "Redução de Co2, Desenho Leve e Novos Materiais", com a haste INA de balanceamento com suportes de rolamentos, assim como com os rolamentos Twin Tandem da FAG. "Como fornecedores, é nossa obrigação oferecer aos nossos clientes na indústria automóvel produtos optimizados de accionamento, com os quais as metas ambiciosas para redução do consumo de combustível e emissões de CO2 podem ser alcançados", explicou Peter Gutzmer, Vice Presidente Executivo da Schaeffler KG Technical Product Development e simultaneamente Vice Presidente da Schaeffler Group Automotive. Com estas nomeações, o Júri também premiou os esforços que a Schaeffler KG desenvolve como grande fornecedor internacional neste campo. O NoAE Innovation Competition realizou-se pela primeira vez em 2007 como uma competição não automóvel. Este ano foi a primeira vez que o Grupo Schaeffler participou. De várias centenas de submissões, 30 produtos foram nomeados para apresentação a especialistas técnicos seleccionados da indústria automóvel no Innovation Vernissage.



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Breves AMORTECEDORES KAYABA NO NOVO C5

O sistema de suspensão do novo Citroen C5 foi desenvolvido pela Kayaba, em estreita colaboração com o construtor francês, incluindo os quatro amortecedores reguláveis, assim como as esferas hidráulicas que asseguram o característico sistema de suspensão da marca Citroen, desde há várias décadas. Esta 3ª geração da suspensão hidrative assegura um excelente compromisso conforto/controlo dinâmico, adaptando-se automaticamente às condições da via e da condução.

AUMENTA PRODUÇÃO NAS FÁBRICAS BOSCH

As unidades produtivas que a Bosch possui na zona de Barcelona, estão a trabalhar a pleno gás.A fábrica de Lliçà D'Amunt, que produz bombas de travão principais (TMC8), atingiu os 5 milhões de unidades fabricadas, em cerca de três anos, mas os planos da empresa apontam para uma produção anual de 5 milhões de bombas, a partir de 2010. Isto é possível porque os responsáveis da fábrica conseguiram reduzir o tempo do ciclo produtivo em mais de 50%.

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NOTÍCIAS Inspire… Expire… Inspire… Expire…

Esquecido frequentemente durante a manutenção do veículo, a substituição do Filtro de Habitáculo é tão importante como a do filtro de ar do motor.

Num mercado lotado de fornecedores destes filtros, a Blue Print orgulha-se de ser uma lufada de ar fresco, disponibilizando 114 referências distintas com cerca de 600 aplicações possíveis. Fadiga, dores de cabeça e até reacções alérgicas, são alguns dos problemas que surgem associados às poeiras, pólenes, fungos e gases poluentes que pairam no ar. Estas partículas facilmente entram no veículo, através do sistema de ventilação ou de ar condicionado. Os ocupantes do veículo ficam mais protegidos destas agressões se a substituição do Filtro de Habitáculo for realizada com a regularidade necessária. A Blue Print, oferece uma das mais vastas gamas do mercado em Filtros de Habitáculo para veículos asiáticos. As referências disponíveis podem ser conferidas no catálogo online Blue Print Live!

Walker

alerta para a obrigatoriedade da homologação

A prestigiada marca de sistemas de escape Walker, alerta para o facto da instalação de silenciadores ou de conversores catalíticos não homologados ser uma prática proibida e considerada actividade ilegal dentro da Comunidade Europeia. Quem não seguir estas directrizes sujeita-se a uma penalização por parte das autoridades locais. O processo de homologação certifica que a peça de Aftermarket é igual à peça Original. Entre outros, a peça homologada garante o nível correcto de pressão no sistema de exaustão, de forma a assegurar uma melhor performance e níveis de consumo optimizados no automóvel. E como podem os sistemas de escape homologados proteger a saúde das pessoas? Há duas áreas de actuação distintas nas quais os produtos homologados podem ajudar a proteger a saúde: No controlo da contaminação acústica e no controlo dos gases de escape prejudiciais. A Walker oferece soluções para os sistemas e componentes de emissão, incluindo silenciadores, canos, conversores catalíticos, tubos de escape, tubagens e acessórios para veículos de passageiros. Dada a sua experiência, tecnologia, recursos e apoio, a Walker disponibiliza sistemas de escape e componentes duradouros e de alta qualidade para virtualmente todo o tipo de aplicações de veículos de passageiros.

Mais segurança com o

mega macs 50

O Gutmann mega macs 50, equipamento de diagnóstico para localização de erros, reparações e programação correcta dos sistemas do veículo, está apto a codificar a luz de condução diurna em poucos passos, para que se ligue automaticamente assim que o motor começa a funcionar. Tudo para maior segurança nas longas viagens do período de férias que agora se aproxima. Em comunicado, a marca germânica realça que para activar a luz de condução diurna, basta codificar a unidade de comando do sistema eléctrico do veículo. Depois de ligar o mega macs 50 à interface CARB do automóvel, selecciona-se primeiro o tipo de diagnóstico com “Codificação Unidades de Comando”, e depois o respectivo veículo da lista. Na janela de menu do mega macs, que se abre automaticamente, são exibidas todas as unidades de comando instaladas no veículo, de entre as quais é escolhida a que se pretende codificar. Neste caso, trata-se da “Unidade de Comando do Sistema Eléctrico do Veículo”. Da lista abrangente, que é seguidamente visualizada no equipamento de diagnóstico, consta também a opção para codificação da luz de condução diurna. A codificação é executada, clicando sobre “Luz de Condução Diurna Activa” e confirmando a selecção. O programa é concluído com ENTER. Assim que o motor começar a funcionar, a luz de condução é ligada automaticamente e volta a desactivar-se aquando do desligamento.

Honeywell cria unidade de negócio Friction Materials

Num esforço para proporcionar valor acrescentado aos seus clientes e com o objectivo de fortalecer as suas capacidades, a Honeywell Transportation Systems anunciou a formação de uma nova unidade de negócio, a Friction Materials, tendo colocado à sua frente um veterano com 21 anos de trabalho na Honeywell, Rainer Bostel. Bostel desempenhou já diversos cargos de nível superior dentro da companhia, tendo recentemente desempenhado o cargo de vice-presidente e director geral da unidade de negócio Home Environmental Controls da Honeywell na Europa, no Médio Oriente e em África. Para este seu novo papel traz consigo todo um manancial de conhecimentos, que inclui a experiência em vendas, marketing, desenvolvimento de produtos e operações. Sediado em Glinde, na Alemanha, Bostel e a sua equipa Friction Materials na Honeywell serão responsáveis pelo fornecimento de soluções de produtos para os clientes de equipamento original da unidade, supervisionando também o desenvolvimento contínuo das ofertas de materiais de fricção pós-mercado da marca Bendix e Jurid. Bostel irá também desenvolver um plano de acção específico que irá tornar a unidade num fornecedor mais forte junto dos seus clientes.



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Breves NOVA MÁQUINA CP7500D DA

CHICAGO PNEUMATIC

A inovadora empresa Chicago Pneumatic, especialista em compressores de ar, componentes e ferramentas pneumáticas, lançou no mercado uma ferramenta de dupla utilização - amoladora e máquina de corte - que permite trabalhar facilmente em espaços reduzidos, graças aos seus discos de 2" e um comprimento total de 140 mm. Apesar de pequena, a nova CP7500D, é potente e alcança 22.000 rpm, permitindo realizar trabalhos com eficiência e rapidez.

MANN+HUMMEL Aproveitando a sua presença na feira CEMAT 2008, a empresa alemã Mann + Hummel apresentou os vários produtos de que dispõe para reduzir as emissões de escape, entre os quais o filtro de partículas diesel SMF-AR de alto rendimento. Ao contrário dos filtros de partículas com elementos cerâmicos, o SMR-AR possui um elemento que é para toda a vida do produto, assegurando um vida útil mais prolongada do filtro e maior economia de manutenção do parque de equipamentos.

REDUZ EMISSÕES

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NOTÍCIAS SKF para veículos industriais

SKF disponibiliza para o aftermarket o novo kit SKF THU2 para os eixos dianteiros MAN, para os veículos de 9-10 toneladas modelos LE (L 2000-series). Este Cubo de roda completo da SKF tem uma falange incluída, proporcionando uma maior liberdade de manutenção e simplificando o trabalho dos mecânicos. A referência SKF VKBA 5411 está já disponível no mercado. Igualmente disponível para o aftermarket está o novo kit SKF para aplicações Mercedes. Este kit é para aplicação nos eixos traseiros modelos HL 2/46 DC de 8.5 toneladas. O BTH-0022 AB não é similar ao BTH-0022 A, que é montado nos eixos dianteiros. Estes dois cubos de roda têm diferentes soluções de vedação e uma folga axial diferente. A SKF não recomenda a aplicação do Kit VKBA 5412 para as aplicações com execução BTH-0022 A. A refa. SKF VKBA 5412 contém o BTH-0022 AB. Este kit inclui instruções de montagem que devem ser observadas para uma correcta montagem.

VEGE com novo catálogo

A Vege Motoren Ibérica, S.L., lançou o seu catálogo 2008/2009 de Culatas novas, da reconhecida marca VEGE. A VEGE conta com uma ampla rede de distribuição em todo o mundo. A sede oficial da marca encontra-se na Holanda. Na vizinha Espanha, a VEGE tem a sua própria sucursal de distribuição desde 1994, com um amplo stock de motores e culatas seleccionados para o mercado ibérico.

Würth lança novo Cola e Veda Fast

No seguimento do Cola e Veda convencional comercializado pela Würth Portugal há mais de 30 anos, o novo Cola e Veda FAST vem diferenciar-se no que diz respeito ao tempo de formação de película. Esta forma-se em apenas 20 minutos, ao contrário dos 45 a 60 minutos do Cola e Veda convencional (valores medidos com 23ºC / 50% humidade relativa do ar). Esta característica permite efectuar os acabamentos necessários muito mais rapidamente (como por exemplo, a pintura), proporcionando menores tempos de reparação. A Würth disponibiliza mais informação sobre este produto através da sua rede comercial.

Newcar aposta nas películas

Depois de apresentar o serviço, actualmente toda a rede Newcar está apta a trabalhar na aplicação da Película Solar nos Automóveis. Trata-se de um produto que, segundos os responsáveis da Newcar, tem tido uma procura enorme junto dos Franchisados e, embora os custos de legalização nos veículos de passageiros seja muito elevado, o negócio tem-se mostrado interessante. Refira-se entretanto que a a Newcar vai realizar a sua segunda Convenção Nacional, que se realizará em Braga nos próximos dias 18, 19 e 20 de Julho. Este ano a Convenção tem a particularidade de coincidir com a celebração dos 10 anos Newcar, na qual vão ser organizadas diversas acções lúdicas, para além das jornadas de trabalho.



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Breves A CE QUER EMISSÕES MAIS TRANSPARENTES

A Comissão Europeia lançou uma consulta pública, que terminará a 28 de Julho próximo, sobre a melhor forma de informar os consumidores de veículos novos, àcerca das emissões de CO2 e consumo de combustível. Segundo estudos recentes, veiculados pela linha de informação Aqui Europa, a directiva sobre a etiquetagem de CO2 não é completamente eficiente. Através da presente consulta pública, a CE pretende rever e corrigir a referida directiva, que estabelece a obrigatoriedade do comprador de um veículo ser informado, por etiquetas colocadas no próprio produto, do nível de emissões de CO2 e consumo de combustível, assim como por guias nacionais de informação, onde constem dados idênticos sobre todos os modelos disponíveis no mercado.

NOTÍCIAS Mais dois centros

Midas

Com o objectivo de consolidar a presença da Midas em território nacional, foram recentemente abertos mais dois novos centros. Na sequência de um período de sete anos a operar em Portugal, a Midas continua a sua expansão com a abertura de mais dois centros, um no Oeiras Parque e outro CC Telheiras, que correspondem ao 25º e 26º centro, respectivamente, que a empresa detém no nosso país.

Novidades da

Pneus da Península

Depois da apresentação do novo site, a Pneus da Península tem a decorrer outras iniciativas. Uma delas é uma campanha de divulgação dos pneus Vredestein, na TSF, com o testemunho de duas figuras publicas (Cristina Areia e Augusto Inácio) que falam sobre os pneus Sportrac 3 do Ultrac Sessanta. Esta divulgação irá decorrer até ao final do ano. Ao nível dos pneus destaque para o alargamento da gama de medidas do pneu Ultrac Sessanta de forma a melhor poder cobrir o segmento de UHP. Refira-se ainda que que o pneu SUV ultrac Sessanta, ficou em 1º lugar no teste da Revista Auto Bil na Alemanha.

BILSTEIN REFORÇA APOSTA EM NURBURGRING

A melhor forma de demonstrar as capacidades da sua gama de amortecedores desportivos é para a Bilstein Tuning (Grupo Thyssen Krupp) fazer evoluir um carro montado com eles no exigente circuito de Nurburgring, que inclui diversas estradas de utilização corrente. Além da permanência permanente da Bilstein no seu escritório "Racebox" , situado à entrada do circuito de Nurburgring Norte, a parceria com a empresa Black Falcon proporciona experiências ao vivo nos carros Porsche e BMW da marca. Os amortecedores Bilstein são produtos da mais elevada qualidade e performance, quer se trate de equipamento original personalizado, desportos motorizados ou mercado de substituição. O amortecedor mais acessível da Bilstein é o B6, que pode ser montado com as molas de origem, melhorando o comportamento dinâmico do veículo. O Bilstein B8 Sprint é já um amortecedor desportivo, ideal para ser montado em carros que já trazem de origem amortecedores curtos.

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TRW

lança gama exclusiva de calipers

A TRW Automotive Aftermarket acaba de lançar, na Europa, um programa exclusivo de calipers de alto desempenho – Foundation Brakes Composite (FBC). Os calipers são um componente fundamental na segurança dos veículos e este novo programa da TRW é fabricado cumprindo as mais rigorosas normas para equipamento original da TRW. Este lançamento reforça a aposta da TRW no mercado independente de pós-venda e a sua posição como o fornecedor líder de sistemas de chassis na Europa. O programa exclusivo é composto por 14 referências que cobrem as seguintes aplicações: Audi Q5, S5 e Mercedes Class C. Como resultado da criação de um composto mais leve, maior área de revestimento e de uma ponte mais fina, o caliper FBC tem um ângulo de rotor maior, o que permite uma maior capacidade térmica fazendo com que o sistema de travagem funcione com uma temperatura mais baixa, melhorando o desempenho. A introdução do caliper FBC espelha a forte aposta da TRW na segurança e na protecção do ambiente, pois quanto mais leves são as peças de um veículo, menos combustível esse veículo consome, produzindo menos emissões de CO2.

NGK está forte na Fórmula 1 A NGK vai ter o seu acordo de colaboração com a Ferrari para o Mundial de Fórmula 1, pelo nono ano consecutivo. Para alem da marca italiana, também a BMW Sauber F1 utiliza velas da NGK para o seu motor V8 de 2.4 litros. Depois de ter vencido todos os Grandes Prémios de 2007, através das equipas, a NGK disponibiliza também velas para os monolugares da Honda e McLaren-Mercedes, be como para a maioria dos das equipas que competem em 2008 na Fórmula 1.

De Beer com novo diluente

A De Beer lançou recentemente um novo verniz VOC cumpridor, o 8-204 HS 420. Este produto foi muito bem recebido pelo mercado e, segundo os responsáveis da Mota & Pimenta, todos os que o usaram ficaram muito satisfeitos com os resultados. Porém, a constante monitorização dos produtos que a De Beer lança no mercado, levou à descoberta de que, em algumas situações, era necessário um diluente com maior tempo de flash-off que pudesse ser usado no verniz. Depois de extensivos testes, do diluente HS extra lento 8-171 deu provas de ser a solução apropriada. Usando o diluente HS extra lento no verniz VOC cumpridor, o pintor obtém diversos benefícios, destacando-se os bons resultados em partes horizontais e o facto de poder ser usado em grandes superfícies, mesmo com o endurecedor rápido. Este diluente é necessário ser obrigatoriamente usado em circunstâncias de altas temperaturas, permintindo uma excelente fluidez e uma melhor absorção de pulverização.

Grupo Leiridiesel comemora 1º aniversário em Loulé

O Grupo Leiridiesel líder nacional na reparação de sistemas de injecção diesel, acaba de comemorar o 1º aniversário da delegação de Loulé. Nesta localidade a Leiridiesel possui um dos cinco Bosch Car Service do grupo, onde tem oficina de mecânica geral e Bosch Diesel Center capacitado para fazer reparações em todos os sistemas de injecção e turbos. A festa de comemoração do 1º aniversário acontece como agradecimento a todos os que depositaram confiança nos serviços da Leiridiesel. A data foi marcada por um convívio com porco no espeto no dia 14 de Junho, onde se encontraram e confraternizaram clientes, fornecedores e funcionários.Esta delegação foi inaugurada em Junho de 2007, sendo a 4ª filial que o Grupo Leiridiesel abriu. A sede situa-se na Ortigosa (Leiria) tendo também delegações em Torres Vedras, Aveiro e mais recentemente em Coimbra.



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Breves CENTRO FORMAÇÃO IBÉRICO

JOHNSONDIVERSEY

A empresa de origem norteamericana JohnsonDiversey, especializada em produtos de sistemas de limpeza e higiene profissionais para automóvel, inaugurou o seu " Centro Taski de Aplicações ", um espaço polivalente e multifuncional, situado em Sant Quirze del Vallès (Barcelona), destinado à formação e assistência técnica de clientes directos e distribuidores, para além da logística de equipamentos e peças de substituição. Esta iniciativa da JohnsonDiversey surge na sequência da experiência bem sucedida do Centro Taski de Munchwillen (Suíça), propondo uma área total superior a 2.500 m2, sendo 1.500 m2 destinados ao armazenamento, 320 m2 a salas de formação, dos quais 150 m2 constituem o "Show Room de Taski", 50 m2 são a " Wet Room ", onde se realizam ensaios de sistemas doseadores, mais três salas polivalentes de 50, 40 e 30 m2, para além dos 220 m2 destinados à área da assistência técnica e 460 m2 constituídos por escritórios e outras dependências. Estiveram presentes na inauguração cerca de 80 convidados.

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NOTÍCIAS Skoda Fabia com filtros UFI

A relação de colaboração estabelecida entre o Grupo UFI, líder mundial na tecnologia dos sistemas filtrantes de elevada prestação, e o Grupo VW-Audi, líder da indústria automobilística europeia está em expansão. Os propulsores do novo Skoda Fabia são equipados com os filtros carburante UFI. A versão 1.4 TDI, em particular, utiliza o filtro gasóleo UFI 24.437.00 VW 6Q0127400F / 6Q0127401F, enquanto as versões 1.2 12V - 1.4 16V e 1.6 16V aplicam o filtro gasolina UFI 31.833.00 VW 6Q0201051C. O filtro de gasóleo, extremamente compacto e robusto, utiliza um septo filtrante fabricado em papel de alta-tecnologia dobrado, sobre o qual é aplicada uma camada de fibra sintética especial. Obtém-se, assim, um filtro de grande confiança, que associa uma elevada capacidade filtrante, cerca de 94% das partículas poluentes de 3-5 mícron de diâmetro, a um tempo de vida útil mais longo, antes de solicitar a substituição. O filtro será fornecido como OE a 100% para todos os propulsores destinados aos modelos em questão e estará disponível para o Aftermarket com a referencia UFI 31.833.00.

AMC disponibiliza novo CD

O novo CD 2008 de cabeças de motor da AMC já está disponível. Este CD, inclui as últimas cabeças de motor lançadas pela empresa no mercado, estando também mais completo e de fácil consulta para que seja mais fácil encontrar a referência procurada.

Valeo por terras tailandesas

A Valeo Service realizou recentemente uma viagem de incentivo à Tailândia, denominada FestiValeo, para os seus clientes, mantendo uma tradição de 24 anos. Tratou-se de uma promoção para os 100 melhores clientes da Divisão VSE daValeo para Espanha e Portugal. Por cumprirem os objectivos traçados, os maiores distribuidores de peças de substituição Espanha e Portugal, disfrutaram de nove dias de passeio pela Tailândia.

Formoprojectos com Formação inovadora

A Formoprojectos utilizou a aplicação Moonconf (www.mooonconf.com) do seu Grupo de Empresas, para fazer o lançamento de um novo motor, para os recepcionistas e pessoal da área das peças, da rede de reparadores autorizados da Land Rover. Os cursos foram ministrado pelo Eng. Artur Guerreiro da Formoprojectos, em sessões de formação síncrona através da Internet. Durante as sessões os formandos interagiram com o formador através das imagens das Webcam, por voz e por chat. As sessões foram muito interactivas e a impressão geral da Rede foi de bastante satisfação por poder usar uma tecnologia pioneira dentro da marca Land Rover a nível Europeu. Esta metodologia de formação foi recentemente utilizada pelo Grupo Formoprojectos com outras marcas, colocando a formação em Portugal em lugar cimeiro a nível europeu e mundial no domínio dos novos métodos de formação. Está a Formoprojectos convicta que num futuro breve uma percentagem apreciável da formação utilizará esta e outras ferramentas para a formação à distância desenvolvidas pelo próprio Grupo Formoprojectos, permitindo aos seus clientes uma elevada poupança de custos com a formação e a transmissão da informação (novos produtos, campanhas, etc) mantendo uma elevada qualidade.



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Breves ÚLTIMA TECNOLOGIA NAS NOVAS BATERIAS BOSCH

A crescente complexidade e as múltiplas funções dos mais recentes sistemas eléctricos de automóveis, estão a exigir cada vez prestações mais elevadas e grande fiabilidade por parte das baterias de arranque. As novas baterias Bosch da série S3 - S4 S5 são fabricadas com a tecnologia de alta performance PowerFrame, que consiste num inovador sistema de grelhas perfuradas, que melhoram de forma clara o rendimento da bateria. O novo desenho as baterias S3 - S4 - S5 permite que as barras dos elementos da bateria estejam ligadas directamente ao borne da bateria, sendo a corrente eléctrica transferida o mais rapidamente possível.

CARDONE COMPRA Acaba de ser efectivado o acordo que consagra a compra três fábricas da Remy Automotive Europe pela Cardone Industries. As referidas unidades de produção refabricam distribuidores de ignição, cabos de velas, cremalheiras de direcção, bombas de DA e pinças de travões, o que a Remy designa por Multiline. O acordo inclui igualmente uma cláusula de fornecimento a longo prazo, através da qual a Cardone fornecerá a Remy com os referidos produtos Multiline.

REMY AUTOMOTIVE EUROPE

FALTA DE GPS "VALE" MAIS 12% DE ACIDENTES

Malgrado todas as recentes polémicas sobre a relação entre sistemas de navegação e sinistralidade rodoviária, a empresa Tom Tom acaba de revelar um estudo em que os condutores que se privam de sistemas de GPS incorrem num risco de acidente 12% superior ao dos condutores que possuem os referidos sistemas. A Tom Tom conclui o estudo, que se baseia em estatísticas oficiais, com uma análise em que as funcionalidades de ajuda à condução representam uma mais valia para a condução e "impedem" os condutores de cometer excessos.

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NOTÍCIAS Campanha

Akzo Nobel

A Akzo Nobel lançou no passado dia 1 de Julho de 2008, uma Campanha Promocional com os seus Vernizes da Sikkens, o Autoclear LV Classic, o Autoclear LV Superior e o Autoclear WB. Esta Campanha decorrerá até 31 de Julho de 2008 ou até rotura de stock. Através desta Campanha de Verão, as Oficinas e os Distribuidores da Akzo Nobel poderão ganhar fantásticos KIT's. Encontre informações, mais detalhadas, sobre esta Campanha promocional e os conteúdos deste KIT que será oferecido, junto de qualquer Distribuidor da Akzo Nobel de Norte a Sul do país e/ou através do site da Sikkens, www.sikkens.pt

Fuchs lança Titan HYD MR 1030

Continuando a sua aposta em oferecer produtos cada vez mais inovadores, a Fuchs colocou à disposição dos seus clientes um novo produto para sistemas hidráulicos, o lubrificante Titan HYD MR 1030. Este lubrificante distingue-se de outros existentes no mercado, principalmente pela sua grande qualidade e versatilidade. Foi desenvolvido para ser utilizado nos diversos sistemas hidráulicos mesmo que estes exijam diferentes viscosidades. Estamos na presença de um óleo hidráulico HVLP, alto índice de viscosidade de acordo com a norma DIN 51524 e que cumpre as normas ISO VG 32, 46, 68 e 100. Este leque alargado de viscosidades tem como principal vantagem a possibilidade de uma eficaz racionalização de produtos, permitindo a diminuição dos stocks e consequentemente uma redução nos custos operacionais. O Titan HYD MR 1030 é fabricado com aditivos seleccionados de alta qualidade que asseguram a manutenção da viscosidade após longas horas de laboração, mesmo com temperaturas elevadas. Refira-s que o Titan HYD MR 1030 é um óleo hidráulico de última geração que promove a limpeza de todo o sistema hidráulico, protege-o contra a corrosão mesmo com presença de água e possui uma grande resistência ao envelhecimento. Não ataca os vedantes nem colmata os filtros. É miscível com outros óleos tradicionais para sistemas hidráulicos.

Gillcar

lança Rapid Preparation System

O Rapid Preparation System (RPS) mais não é do que um único copo que é usado para preparar, aplicar e guardar o produto final da repintura. Uma das vantagens deste “copo” é o facto de ser poder enroscar directamente em qualquer pistola, dispensando adaptadores para trabalhar com as pistolas SATA das gerações mais modernas. Esta solução revela grande segurança no trabalho diário dos pintores e eliminam custos desnecessários de coadores e dos copos plásticos que se compram misturar e guardar os restos. A utilização deste sistema tem demonstrado outros factores de economia como por exemplo a diminuição em 86% no consumo dos diluentes de limpeza na lavagem tradicional dos copos de PVS originais das pistolas. Acresce que, superando tudo e todos, os copos RPS são facilmente reutilizáveis. Complementarmente, a eliminação de elementos tornados desnecessários conduz também a um notável aumento da produtividade que, em alguns casos, já atingiu 46%.

Cepra certifica CNO

O CEPRA foi uma das primeiras organizações a implementar um Centro Novas Oportunidades (CNO), participando, desta forma, no desígnio nacional de qualificar a população e generalizar o nível secundário como objectivo mínimo de habilitação. Numa lógica de melhoria contínua e contando com a participação empenhada de todos os colaboradores, foi possível integrar o CNO do Cepra no Sistema de Gestão de Qualidade, de acordo com a norma ISO 9001:2000, tornando-o, assim, na primeira estrutura deste tipo a conseguir esta certificação, no território continental. Como forma de partilhar esta experiência da certificação realizou-se no passado dia 28 de Maio, nas instalações da Sede do Cepra, um Seminário sob o tema “Certificado de Qualidade ISO 9001:2000 – Novas Oportunidades, novos desafios”. Este evento, presidido pela Dra Clara Correia, Presidente da Agência Nacional para a Qualificação, I.P. e o Dr José Alberto Leitão – Director do Departamento de Formação Profissional do IEFP, I.P., contou com a participação de vários convidados interessados na temática apresentada. O Seminário permitiu apresentar o Processo de Certificação do CNO, explicitando as etapas percorridas e as vantagens alcançadas com o atingir deste patamar de excelência, tendo suscitado um elevado interesse por parte dos participantes. No final procedeu-se à entrega de diplomas aos primeiros nove adultos certificados através do CNO, com a escolaridade de nível secundário, entre os quais se encontravam dois funcionários do Cepra. Neste capítulo deve ser realçado o facto do Cepra ter, ainda, outros 10 funcionários a frequentar o Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de nível secundário.



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Mauro Pessi na

Brembo

Depois da saída de Stefano Monetini, a Brembo já nomeou um novo Director-Geral. Mauro Pessi passou a assumir novas funções na estrutura directiva da Brembo, depois de um percurso profissional ligado à Pirelli. Alberto Bombassei, Chairman da Brembo, afirmou que “a escolha de Mauro Pessi, com toda a sua experiência, irá dar um contributo muito importante para a expansão da Brembo, bem como identifica novas oportunidades de crescimento”.

Novos produtos

Comet

A gama de lubrificantes Comet, distribuída em exclusivo pela rede de membros Atlantic Parts, conta com cinco novos produtos. O C3 5W30 é um lubrificante sintético para motores a gasolina e diesel, de altas prestações, onde seja necessário reduzir ao máximo os restos de cinzas. Graças à alta tecnologia da sua formulação protege o catalisador nos motores a gasolina, assim como o filtro de partículas nos diesel. Já o VW 5W30 é um lubrificante sintético especial para motores VW, gasolina e diesel, que necessitam de um óleo de motor com baixos níveis de cinzas. Alta protecção para os filtros de partículas (diesel) e catalisadores (gasolina), apresentando ainda características Fuel Economy e anti-desgaste. O GREASE EP2 é uma massa de lítio, especialmente desenvolvida para sistemas centralizados e de lubrificação automática que equipam veículos onde seja preconizado um produto de especificação NLGI2. Quanto ao DEXRON III, trata-se de um óleo para engrenagens de caixas automáticas, caixas powershift, conversores binário e direcção assistida de automóveis, tractores, máquinas agrícolas e Industriais. Por fim, destaque para o TRANSMISSION 80W90, lubrificante multigraduado específico para caixas de velocidades normais e grupos de caixa/diferencial equipados com torque hipóide. Lubrificante com características de extrema pressão cuja particular viscosidade garante a redução de ruídos a altas temperaturas e uma óptima remoção do calor.

Nova gama de pastilhas de travão

ThermoQuiet

A Europeças, S.A., assume a sua liderança na distribuição de material de travagem da sua representada Ferodo, através do lançamento pioneiro no mercado nacional da nova gama de pastilhas de travão Thermo-Quiet do fabricante Federal-Mogul. Esta nova linha de produtos, foi concebida para satisfazer a procura crescente das oficinas por material de travagem com superior rendimento, como forma de resposta às crescentes solicitações exigidas aos sistemas de travagem dos veículos de ligeiros de passageiros, cada vez com melhores prestações dinâmicas. Combinando a melhor tecnologia e perícia dos especialistas da Federal-Mogul em Equipamento Original, Aftermarket e Competição, a nova linha Ferodo proporciona excelentes características anti-ruído, durabilidade, performance, de travagem. Esta nova gama de produtos cobre mais de 90% dos automóveis do parque europeu e inclui acessórios que cumprem as normas O.E.S.

Resurs no mercado

Passou a estar disponível no mercado português um novo produto, o Resurs, que recebeu recentemente o terceiro prémio da melhor invenção mundial em Paris, no concurso Lépine. Muito eficiente para óleos Long-life, o Resurs é recomendado para os motores que têm um ligeiro consumo de óleo. Este produto apresenta um grande poder de baixar a temperatura do óleo entre 3 e 7 graus centígrados, prevenindo dessa forma o desgaste interno de qualquer motor. Trata-se ainda de um produto aconselhado em mapas de revisão para de qualquer fabricante, pois não altera as propridades do óleo, não se misturando com ele, mas simplesmente o utiliza como meio de transporte. O objectivo deste novo produto revolucionário é melhorar as qualidades dos óleos utilizados em mapas de revisão. Refira-se que a VMPauto, representante do Resurs, nomeou recentemente a empresa Peça N´Minuto como distribuidor dos seus produtos.


Rolamentos de Rodas FAG A Inovação Tecnológica ao seu serviço FAG, mais de 100 anos de experiência. Desde 1883 que a FAG é um dos fabricantes mais prestigiados de rolamentos de precisão para a indústria automóvel, a engenharia mecânica e aeroespacial. A FAG é a parceira tecnológica das mais importantes construtoras de veículos, ao nível do desenvolvimento dos rolamentos para motor, chassis e transmissão. O fruto desta experiência reflecte-se no facto de que um em cada quatro veículos na Europa vem equipado de origem com rolamentos de rodas FAG.

Promoção válida de 15 de Julho a 31 de Agosto de 2008 ou até ao fim de existências

LuK - Aftermarket Service, S.L. I C/ Lanzarote 13, 28700 S.S. de los Reyes, Madrid I Tel.: +34 902 11 11 15 I Fax: +34 91 654 27 61 I Email: info@luk-as.es I www.luk-as.com


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NOTÍCIAS

Breves

R&A entrega placas Bosch Injection Systems

A Runkel & Andrade procedeu à entrega das primeiras placas Bosch Injection Systems, aos Clientes “João Lourenço Alves” (Ourém) e “Auto Fonseca & Palma” (Seixal), oficializando a sua nomeação como “Oficina Especialista Bosch”. Refira-se que o último já havia obtido a certificação da Bosch na área de Electricidade durante o ano transacto. Os eventos tiveram lugar no dia 28 de Maio. Para chegar até aqui, estas oficinas concluíram com sucesso o Programa de Módulos Bosch, participando em acções de formação nas áreas de Injecção Gasolina e Diesel, para além de disporem do equipamento oficinal requerido, destacando-se a máquina de diagnóstico Bosch KTS.

MAIS SENSORES PARA O ESP

O sistema de controlo de estabilidade desenvolvido pela Bosch acaba de ser aperfeiçoado com a inclusão de mais alguns sensores, que recolhem dados relativos à taxa de desvio direccional e aceleração lateral, por exemplo, tornando o seu funcionamento mais preciso e mais eficiente. O novos componentes do sistema ESP ficam integrados na própria unidade de controlo do sistema. O primeiro modelo de grande série a beneficiar deste upgrade do sistema ESP é o novo Seat Ibiza.

TRW DEFENDE Responsáveis da TRW defendem uma maior intervenção legislativa, que distinga claramente as peças refabricadas das peças usadas, assim como um esforço maior da rede de distribuição independente, no sentido de promover a imagem positiva das peças refabricadas, tanto do ponto de vista económico, como ambiental. A este propósito, a TRW salienta que todas as suas fábricas estão certificadas pela norma ambiental ISO14001.

PRODUTOS REFABRICADOS

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TRW renova catálogo de Kits e SuperKits

Tudor oferece toalha

Atendendo à época de Verão que atravessamos, a Tudor está a levar a efeito uma campanha adequada a esta estação do ano. Destinada aos clientes finais, nesta promoção de Verão, a Tudor oferece uma toalha de praia na compra de uma bateria da mesma marca. A campanha será válida até finais de Julho, embora a oferta esteja limitada ao stock existente.

A TRW acabou de anunciar o novo catálogo de kits e superkits TRW XDB917B. Neste novo catálogo está disponível a lista de aplicações por referência contendo os desenhos das maxilas e fotografias dos kits de montagem e dos cilindros incluindo as dimensões, para uma identificação mais fácil. O catálogo contém extensões à gama com as respectivas aplicações, no início do catálogo. A gama foi ampliada em mais de 29 kits de travão e 25 superkits. A cobertura do parque automóvel europeu nos Kits de Travões é de 90%, e nos Superkits de Travões é de 70%, embora a gama esteja em constante actualização.

AUTONET é revolução nos abrasivos

A Carsistema Portugal SA, importadora exclusiva para Portugal, da prestigiada marca de abrasivos MIRKA, apresentou uma revolução no domínio da lixagem: o AUTONET. Trata-se de um novo conceito de abrasivos, baseado na já revolucionária tecnologia de ABRANET, mas que vai ainda mais longe nos seguintes aspectos: - melhor aderência - bordas do disco mais resistentes - maior agressividade inicial do abrasivo - excelente acabamento - rendimento sem comparação no mercado

Outra das vantagens do AUTONET é que o seu preço é idêntico ao de um disco de papel. Para a Carsistema, graças à tecnologia inovadora e ímpar do AUTONET, agora nem o preço é uma desculpa.



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Breves CESVIMAP O centro de formação especializado em tecnologias de reparação automóvel Cesvimap comemorou o primeiro quarto de século de actividade, ao serviço da qualidade da reparação automóvel e da segurança rodoviária. Ao longo destes 25 anos, o Cesvimap, que é patrocinado pela seguradora Mapfre, multiplicou o seu número de colaboradores por 14 e o seu orçamento anual 66 vezes, alcançando este ano os € 12,2 milhões. Um vídeo especial dedicado às comemorações do 25º aniversário do Cesvimap, dá relevo às principais iniciativas e realizações do centro, dentre as quais se salientam uma zona de crash test, a sua incorporação na organização mundial de centros de investigação RCAR (Research Council for Automobile Repairs), a criação da primeira oficina de reparação automóvel aberta ao público (Majadahonda - Madrid), a abertura de outros centros Cesvimap no exterior e a criação do Centro autorizado de Tratamento de Veículos Fora de Uso.

CELEBRA 25 ANOS

CONTITECH A marca ContiTech está a por em prática um novo sistema de actualização da informação técnica disponível para as oficinas de reparação automóvel, através do qual são apresentadas mensalmente as principais novidades e questões relacionadas com a montagem de correias, via email. A primeira edição do novo serviço da ContiTech incidiu sobre a montagem correcta dos kits de correias de distribuição no motor Renault 1.2 16V. Os assinantes do serviço semestral Technical News da marca alemã também passam a beneficiar automaticamente do novo serviço mensal de informação técnica via e-mail. Para receber este novo tipo de informação, os interessados devem contactar o site da ContiTech www.contitech.de/aftermarket, entrando no ponto " Service/Technical News Subscription).

ACTUALIZA INFORMAÇÃO

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NOTÍCIAS Centrauto sobe para 45

O Grupo Centrauto, inaugurou no mês de Maio uma nova loja de venda a retalho de Peças e Acessórios para automóvel em Olhão. Trata-se da 45ª Loja – Olhão, com uma área de armazenagem e venda de 450m2. A expansão da rede de lojas da Centrauto tem sido constante, já com diversas aberturas de novos estabelecimentos em 2008.

Glassdrive em congresso

Mais um ano, mais uma reunião da família Glassdrive. Realizado na localidade talismã da Saint-Gobain Sekurit, a Póvoa de Santa Iria, o congresso da família Glassdrive decorreu recentemente numa unidade hoteleira dessa localidade. Estando presente no espírito das empresas que constituem a rede, este evento começa a estar cada vez mais presente na agenda familiar de todos os protagonistas de rede Glassdrive, e é aguardado todos os anos sempre com mais expectativa do que no ano anterior.

Elefante Azul alerta para desperdício de água

De acordo com os dados avançados pelo Elefante Azul (Centros de Lavagem Auto), lavar o carro com o sistema de alta pressão supõe um consumo 10 vezes menor que outros métodos menos ecológicos. O Elefante Azul, chama a atenção para o desperdício de água que supõe a lavagem tradicional do carro - à porta de casa e com uma mangueira sem controlo de pressão. Esta tarefa, que se tornou um costume recorrente na maioria dos lares, tem consequências nefastas para o ambiente, além de resultar dispendiosa para a carteira. Recorrendo ao processo de lavagem de água com pressão, 40 ou 50 litros de água são suficientes para lavar a chaparia de um automóvel ligeiro. Lavar o carro em casa com água potável e a típica mangueira doméstica está proibido em algumas autarquias pelo consumo desnecessário que representa aproximadamente 500 litros de água por cada lavagem. Tendo em conta a média de 15 lavagens por ano que cada automobilista faz, a lavagem com mangueira representaria um gasto de 7.500 litros de água anuais, ou seja, aproximadamente mais 7.000 litros que utilizando o método de água com pressão.

CAR Premium com material de colisão

Este ano não foi excepção, e além de informação sobre novos produtos, formação tecnológica e serviços inovadores que foram apresentados aos congressistas, sempre com o intuito de que o serviço que é prestado ao cliente atinja o nível de excelência, o 5º Congresso Glassdrive ficou marcado por um concurso de viaturas. Tendo sido um sucesso de troca de informação e confraternização, já toda a família Glassdrive aguarda com ansiedade o próximo congresso.

A CAR Premium adicionou recentemente à sua vasta gama de produtos, material de colisão, nomeadamente Chapa, Iluminação, Espelhos e Radiadores. A qualidade dos produtos comercializados aliada a um preço competitivo e a uma cobertura de parque significativa, são os pressupostos adjacentes à oferta que a CAR Premium tem para apresentar no mercado. À semelhança do que se verifica no material de mecânica, todos os clientes CAR Premium poderão fazer a pesquisa e encomenda do material de colisão em www.carpremium.pt.

Novo site Montenegro, Fernandes & Cª SA

Num altura em que está a celebrar os seus 50 anos, a Montenegro, Fernandes & Cª SA, apostou numa nova imagem na internet. No novo site da Montenegro, Fernandes & Cª SA, pode-se conhecer tudo sobre a actividade da empresa, embora o catálogo online e a área reservada aos clientes, mereçam destaque. O site da Montenegro, Fernandes & Cª SA pode ser visitado em www.montenegrofernandes.pt.

Hispanor lança nova marca

A Hispanor lançou no mercado português, em exclusivo nacional, a marca “Universal” de abrasivos para o sector automóvel. Esta marca de abrasivos, de origem italiana, tem duas linhas de produto. Uma “normal”, com a vantagem em relação ao que existe no mercado nacional de estar com um preço muito competitivo e, uma segunda linha, de superior qualidade que se destina à indústria e às oficinas de maiores dimensões que têm grandes consumos onde, embora os custos sejam mais elevados, dado o rendimento que as mesmas apresentam apresentam enormes ganhos de escala. Estes abrasivos apresentam-se como uma excelente alternativa aos produtos que são actualmente comercializados em Prortugal.



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Sherwin Williams lança dois novos produtos

A Sherwin Williams anunciou a introdução de dois produtos inovadores que vão incrementar a gama de produtos da linha VOC Compliant A-Tech Aerosols:

- 1k Rub-Thru Aerosol Primer Este produto pode ser empregado como Wash Primer com propriedades excelentes de aderência ou como filler com boas propriedades de preenchimento, na aplicação sobre qualquer tipo de superfície. É fácil e rápido de aplicar, revestimento excelente anti-corrosivo com propriedades de secagem ultra rápida. - Fade-out Thinner em Aerosol É um diluente exclusivo para tonalidades que garante resultados excelentes nas fases de tonalidade dos transparentes 1k/2k e dos acabamentos directos 2K. O Fade-Out Thinner é preparado para ser usado logo depois da aplicação do transparente. É ideal para pequenas reparações e aplicações rápidas.

Sholto Douglas nomeado novo Director de Marketing da Hays

A Hays nomeou Sholto Douglas como Director de Marketing do Grupo. Douglas é licenciado em Estudos Empresariais pela Warwick Business School, em Inglaterra. Adicionalmente, possui cerca de 10 anos de experiência no campo da publicidade, tendo trabalhado em empresas de renome como Unilever, Nestlé, British Telecom e Reuters. Sholto Douglas é membro do “Chartered Institute of Marketing”, o “Marketing Group of Great Britain” e “Council of the Society of British Advertisers”. Em Janeiro de 2008, o ministro britânico dos Desportos colocou-o à frente da equipa criada para mediar o conflito existente entre pistas de corrida e casas de apostas, que teve origem em algumas campanhas publicitárias. A partir deste seu novo cargo, Sholto Douglas irá coordenar todas as actividades de Marketing e Comunicação do Grupo Hays.

ZF Trading organiza Liga de Futebol

Mais de 100 equipas e 1200 jogadores participaram na primeira época da Liga de Futebol ZF Trading, competindo em "rounds" preliminares em toda a Alemanha. As melhores 24 equipas depois encontraram-se no Schweinfurt's Willy Sachs Stadium para o torneio final. Os jogos realizaram-se em pequenos campos, com sete jogadores em cada lado e um máximo de cinco substituições. O merecido vencedor foi a equipa "Heil Quelle" do parceiro grossista da ZF Trading, "Heil & Sohn" de Göttingen. Numa emotiva final, venceu a equipa "FC Autoteile Schwerin" da AS Autoteile em Schwerin, pelo resultado de 3 a 1. Não existiu jogo para a terceira posição, por isso as duas equipas imediatamente classificadas partilharam as honras do terceiro lugar: "FC Schalle 04" do grossista Ihle e Schallbruch, e "1 A Reifen.com", a segunda equipa de sucesso de Heil & Sohn. A ZF Trading e os nomes de marca Sachs, Lemförder, Boge, e ZF Parts, assumiram todas as responsabilidades de direcção e organização do torneio.

Acidentes Rodoviários custam 334 biliões de Euros

Dados da Cruz Vermelha revelam o impacto dos acidentes rodoviários na sociedade e na economia mundial. Todos os anos morrem nas estradas 1.2 milhões de pessoas, cerca de 3000 pessoas por dia, e 50 milhões ficam feridas. Estes números equivalem a um custo global de 334 biliões de euros, um valor que representa uma percentagem de 2% do PIB nos países desenvolvidos e de 1.5 % nos países em vias de desenvolvimento. Os acidentes rodoviários são a primeira causa de morte em homens e mulheres entre os 10 e os 45 anos, matando mais pessoas do que as maiores epidemias a nível mundial: a malária e a tuberculose. Apesar de todas as campanhas realizadas nos últimos anos com vista a diminuir a sinistralidade, o número de acidentes em Portugal continua acima da média europeia. Em 2006, morreram 850 pessoas nas estradas portuguesas, 46.574 ficaram feridas, das quais 3.424 em estado grave.



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Breves HELLA APOIA A Hella promoveu a recolha de donativos entre os colaboradores e gestores das suas filiais chinesas, destinados às vítimas do recente abalo sísmico que devastou a região de Sichuam. Os cerca de € 200.000 recolhidos (2 milhões na moeda local) serão entregues a organizações de solidariedade social que prestam auxílio às vítimas no terreno, a fim de serem utilizados em projectos de ajuda.

VÍTIMAS DE SISMO NA CHINA

DUPONT O prémio Quality Achievement Award da Toyota foi atribuído à DuPont Automotive Systems, pelo seu total comprometimento com a filosofia de qualidade da Toyota, fornecendo produtos de pintura da máxima qualidade e apoiando as fábricas da marca japonesa em todo o mundo. Para a DuPont Automotive Systems, o prémio foi encarado com normalidade, porque se insere no esforço permanente da empresa no sentido de ajudar os seus clientes a desenvolverem e aperfeiçoarem os seus produtos e negócios.

É TOP TOYOTA SUPPLIER

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NOTÍCIAS WD-40 nomeia responsável para Portugal

A WD-40 Company, multinacional fabricante de óleos multiusos, acaba de nomear Orlando Coelho como o novo Key Account Manager para Portugal. Orlando Jorge Gonçalves Coelho, nasceu na cidade de Faro em 1968, e já há sete anos que trabalha para a WD-40 em Portugal, mais concretamente, tem-se ocupado do desenvolvimento do mercado no nosso país. Com a sua nomeação, como Key Account Manager, Orlando Coelho irá ocupar-se da gestão das contaschave e da implementação de acções promocionais e de ponto de venda. A experiência de Orlando Coelho, na área comercial, foi-se desenvolvendo ao longo dos anos em empresas como a Bosch ou a Wurt Portugal, antes de ter ingressado na WD-40 onde executou um excelente desenvolvimento da marca WD-40 em diversos canais.

Películas de controlo solar

As películas 3M Scotchtint já foram reconhecidas pelo Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) ao abrigo do nº 3 do Artigo 21º do Decreto-Lei 392/2007. Estas homologações incluem as duas gamas 3M Scotchtint para automóveis – CS Panther com garantia vitalícia e FX-HP com garantia de 5 anos. O Decreto-Lei foi publicado no final de 2007, legalizando a aplicação de películas de controlo solar e segurança nos vidros dos automóveis, mas só recentemente foram publicadas no site do IMTT as homologações das películas certificadas, onde se incluem as películas 3M Scotchtint. Fabricadas em poliéster, são aplicadas na face interior dos vidros dos automóveis, para trás do pilar B. Estas películas garantem a redução de 99% dos raios ultra-violetas, diminuindo ainda o calor dentro do automóvel até 80%, assim como o desgaste da viatura provocado pelo sol.

Produtividade é palavra-chave para oficinas

Apesar de geralmente existirem boas margens, hoje os proprietários das oficinas de repintura precisam de se concentrar na rentabilidade e nos resultados finais. Reduzir os custos operacionais através de um trabalho mais produtivo é uma forma de melhorar os lucros líquidos. E é neste momento que a DuPont Refinish decide realizar uma nova série de anúncios que lança este ano. "Antes de você pensar em tinta, vamos falar de negócios", é o slogan do primeiro anúncio que apareceu nas revistas da especialidade a partir de Janeiro de 2008. Representando uma mesa de sala de reuniões dentro de uma cabine de pintura, a mensagem que a marca pretende obter é que todas as oficinas, representadas pela mesa de sala de reuniões, são profissionais de negócios e que deveriam esperar mais do seu fornecedor de pintura do que apenas uma boa cobertura e uma correspondência de cor. O lema da DuPont "muito mais do que tinta", significa que oferece às oficinas ferramentas empresariais e soluções locais adaptadas para ajudá-las a aumentar a sua eficiência operacional. Daí a forte mensagem referente à produtividade que a DuPont Refinish lançou este ano através de uma nova campanha publicitária com eloquentes recursos visuais. PUB

3M Scotchtint



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Breves CONTINENTAL Apesar do clima de desconfiança que prevalece em certos sectores, a Continental AG prepara-se para atingir todos os seus objectivos comerciais e financeiros programados para 2008, afirmando que a alegada crise financeira actual está confinada aos EUA. A prova disso é o contínuo aumento do volume de negócio de pneus da Continental.

IGNORA A CRISE

NANOPROTECT AG A empresa Nanotec apresentou e testou um produto inovador de protecção de pára-brisas Nanoprotect AG - que ameaça tornar os limpa pára-brisas obsoletos, pois impede a aderência das partículas de água e neve ao vidro, durante períodos que podem chegar aos 80 mil quilómetros. O Nanoprotect AG é produzido com o recurso à nanotecnologia (partículas de dimensões mínimas), assegurando o revestimento não aderente do párabrisas, melhorando de forma notável a visibilidade em todas as condições climatéricas, incluindo nas duras condições do Canadá de Leste.

"AMEAÇA" LIMPA VIDROS

PUB

NOTÍCIAS Bayer MaterialScience

ANECRA

desenvolve piso para VW Tiguan

apela à utilização de combustíveis alternativos

A Volkswagen defende que o actual modelo Tiguan concilia maior potência e economia, o que se traduz em maior rapidez, menor consumo de combustível e, consequentemente, redução nas transmissões de CO2. Na concretização deste feito, o construtor automóvel contou com o apoio da Bayer MaterialScience (BMS), que desenvolveu o material do piso da bagageira: um compósito ultra-leve, mas muito forte e rígido, formado pelo sistema de spray de poliuretano Baypreg. Este sistema permite criar componentes que pesam menos de três quilos por metro quadrado. Na prática, isto significa que podem ser até 80% mais leves que os materiais convencionais, como madeira ou folha de metal. A BMS está atenta às necessidades deste sector e, continuamente, pesquisa e desenvolve alternativas para as típicas aplicações automóveis. Assim, comprovou que os poliuretanos apresentam vantagens consideráveis: são resistentes à humidade, são de fácil moldagem e têm curtos ciclos de produção sendo, assim, mais económicos. A Audatex, patrocinou o IBIS 2008 International Bodyshop Industry Symposium, este ano dedicado ao tema “Global Interchange”. Trata-se de um fórum global que atrai hoje profissionais de todo o mundo. Peritos do sector compartilham conhecimentos e experiências, trocam informações e debatem ideias, num modelo de apresenta-

A Direcção da ANECRA considera que o constante aumento de preço do gasóleo e gasolina impõe uma consciencialização do recurso à utilização de combustíveis alternativos, nomeadamente o GPL e GNC. No caso dos ligeiros de passageiros, existem grandes vantagens na opção pelo GPL, quer em termos ambientais, quer de economicidade e segurança, sendo indiscutível que o GPL apresenta um custo que é cerca de metade do custo da gasolina ou do gasóleo. Para haver uma maior adesão a este tipo de combustível é indispensável uma melhoria de alguns aspectos, como os que se prendem com a aprovação e publicação urgente de Diplomas Regulamentares. Em segundo lugar, embora a rede de postos de abastecimento já seja adequada para corresponder às necessidades actuais do mercado (70 postos GALP), deveria ser melhorada por todo o país. Por fim, as próprias marcas de automóveis, deveriam garantir a comercialização e o pós-venda das suas viaturas, funcionando com este combustível logo quando novas. Em relação ao Gás Natural (GNC), há o exemplo do Porto e Braga onde funcionam a contento, frotas de autocarros utilizando este combustível.

Audatex patrocinou IBIS 2008

ção interactivo e estimulante à participação. Realizado entre os dias 9 e 11 de Junho, no Montreux Palace Hotel, em Montreux, na Suíça, o tema escolhido para este Simpósio foi a aplicação do conceito “Lean Thinking”, identificado pelo Prof.

Dan Jones da Universidade de Cardiff, no livro “A Máquina que Mudou o Mundo”. Organizações líderes de todo o mundo já aplicam este método e o principal objectivo no IBIS deste ano passou por avaliar a possibilidade de estender a sua aplicação ao mercado da reparação automóvel, reduzindo custos e maximizando a produtividade.



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EVENTO Convenção Nacional ARAN 2008

Luta por mais

A

justiça no sector

Em mais uma jornada movida pela alma dos que fazem da máxima “quem não sente não é filho de boa gente”, realizou-se a Convenção ARAN 2008. A Póvoa de Varzim serviu de cenário.

Convenção Nacional daARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, decorreu com o mesmo espírito que vem caracterizando as suas reuniões anuais, isto é, com um número crescente de associados ávidos de boas novas em vários capítulos das suas actividades, ligadas à reparação automóvel, mas não só. Pois a abrangência dos membros de uma das mais fortes conglomerações do país representa muito mais que o pós venda automóvel propriamente dito. Na Sessão de Abertura compareceram ilustres nomes que vieram dar brilho a esta reunião: Dr. Fernando Serrasqueiro, Secretário de Estado do Comércio; Dr. A. Teixeira Lopes, Presidente da Direcção da ARAN; Dr. Afonso Oliveira, Vereador da C. M. Póvoa de Varzim; Eng. Agostinho Lopes, Deputado Assembleia da República; Eng. João Vieira Lopes, Vice-Presidente da CCP; Dr. Miguel Lemos, Representante do Governo Civil do Porto e Eng. Gualter Mota Santos, Presidente da Assembleia-geral da ARAN. Da parte da tarde estiveram também presentes inúmeras personalidades que contribuíram para colorir a sessão de trabalhos, nomeadamente a Dr.ª Fátima Araújo, ASAE; Dr.ª Cármen Henriques, Ministério da Justiça – GRAL; entre muitos outros nomes. O Presidente da Direcção da ARAN, Dr. A. Teixeira Lopes, protagonizou o equilíbrio e a alma desta jornada ao pôr o dedo na ferida de vários temas quentes. Começou por referir algumas das desilusões que vem sentindo como Presidente de uma das mais representativas associações do sector em Portugal. Estão nesta lista os contactos com Governos (no geral) e Departamentos Governamentais, nomeadamente “reuniões infrutíferas, cartas sem resposta, telefonemas sem resposta, estudos para deitar fora, certificados digitais, SIRER, o facto dos supermercados continuarem a vender óleos e baterias; capítulo dos autocarros”, etc. No capítulo das Oficinas VS Seguradoras, e Rebocadores VS Assistências, solicitou ao Sr. Secretário de Estado para ajudar a ARAN na procura de uma solução para estes conflitos, onde “continua a imperar a lei do mais forte. Estes empresários, nossos Associados, estão a passar por momentos muito difíceis”. Em 2008 nem tudo foi mau, nomeadamente o facto da ARAN ter ganho o estatuto de Concessão de Utilidade Pública; ter celebrado um Protocolo com o Instituto de Notariado; e ter obtido a Certificação ARAN ISO 9001. O Presidente da ARAN sublinhou ainda o número crescente de associados, ao ponto de na próxima Convenção da ARAN poderem

passar a ser a Associação Automóvel em Portugal com o maior número de Associados. A desilusão pela lentidão dos processos foi uma referência constante: “Dentro de algumas faltas de resposta mencionadas, não poderei deixar de referir a falta de resposta de suas Ex.ª o Sr. Ministro do Ambiente e do Sr. Secretário de Estado, aquando das exposições que a ARAN efectuou acerca das muitas multas surgidas por falta de adaptação das chaminés e medição dos COV´s nas cabines de pintura. À ARAN chegaram 25 multas no valor de 5.000€ cada, para contestar. Parece ter sido uma acção unicamente desencadeada no grande Porto sem que até ao momento nos tenha sido dada qualquer resposta à proposta que efectuamos de isenção de medição de COV´s para as pequenas empresas. A questão também foi entregue à Comissão de Assuntos Económicos da A.R”. A dimensão do Parque Automóvel nos últimos 5 anos também esteve em análise: “menos 34% em 5 anos”. Os combus-

tíveis também estiveram debaixo de fogo. A diferença de preços com a vizinha Espanha foi a nota dominante: Em Madrid a gasolina de 95 custa 1,302 € e o gasóleo 1,359 €, contrastando com o que se pratica em Portugal onde a gasolina é adquirida a 1,509 € e o gasóleo a 1,451 €. Só em 2008 aumentaram 20%. A evolução da Grande Reparação também esteve em cima da mesa. Segundo a ARAN, nos últimos 10 anos a Grande Reparação diminuiu 40%; Nos últimos 4 anos encerraram cerca de 1.200 oficinas;

ARAN Morada: Rua Faria Guimarães, 631 4200-291 Porto Telefone: 225091053 Fax: 225090646 Internet: www.aran.pt

A Convenção Nacional ARAN 2008 foi uma das mais concorridas dos últimos anos. Temas quentes do sector foram escamoteados

Estima-se em cerca de 6.000 os postos de trabalho extintos. A relação entre as oficinas de reparação e as seguradoras foi tema de destaque na sessão da tarde. "É ao proprietário que compete a escolha da oficina da sua confiança. Não deixe que a seguradora escolha por si a oficina", foram os slogans que serviram de base à discussão e acerto de estratégias para a liberdade de escolha dos utilizadores finais. "Não à discriminação da oficina, desde que esta possua as necessárias condições para efectuar o serviço e, sobretudo, quando foi escolhida pelo cliente por já ser a sua oficina de confiança. A Seguradora deve respeitar o valor de mão-de-obra (não especulado) da oficina", referiu a este propósito o Dr. A. Teixeira Lopes. Aos problemas expostos, junta-se a pressão do elevado número de oficinas em Portugal. Em Espanha o número de viaturas por oficina é o dobro de Portugal e no Reino Unido é 7 vezes superior. "O que são peças sobressalentes originais?" foi um tema igualmente na agenda. A conclusão parece fácil: “As fabricadas pelo construtor do Veículo; e as fornecidas pelo fabricante da peça ao Construtor”. E como pode ser demonstrada a qualidade das peças sobresselentes de qualidade equivalente? A resposta também veio pronta: "O Fabricante de peças é obrigado a emitir uma Declaração de que a peça é de qualidade equivalente e dá-la a conhecer aos utilizadores, tal como nas peças originais". Os temas em debate foram vastos, mas uma certeza ficou no ar. A reivindicação dos pontos quentes da actualidade viu reforçado o seu estatuto após a Convenção da ARAN 2008.


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EVENTO

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Bosch inaugura um Centro de Formação em Lisboa

Desenvolver competências, qualificar pessoas A

Bosch inaugura novo Centro de Formação e Assistência Técnica para a indústria automóvel, num investimento de 550 mil euros. Uma média de 700 profissionais irão receber formação neste Centro todos os anos.

Bosch acaba de realizar um investimento de 550 mil euros na expansão e modernização do Centro de Formação e Assistência Técnica para a indústria automóvel existente nas suas instalações de Lisboa. O Centro foi inaugurado pelo Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Fernando Medina, no dia 17 de Junho de 2008. Num total de 1000 metros quadrados encontram-se instaladas áreas para formação prática, dispondo nomeadamente de três postos para análise e diagnóstico de viaturas automóvel, um laboratório diesel com dois bancos de ensaio, uma pista de ensaio de suspensões, travões e alinhamento de direcção, um banco de potência, bem como três salas de formação teórica com uma capacidade de 16 alunos por sala. Nestas instalações irão passar por ano 700 técnicos, nomeadamente da rede oficinal Bosch Car Service. Um total de 15 mil horas de formação anual será aí realizado. A formação incidirá em técnicas desenvolvidas pela Bosch no domínio da segurança rodoviária, na redução do consumo e das emissões e na utilização de combustíveis alternativos. A Bosch possui igualmente dois outros Centros de Formação na área da termotecnologia, em Aveiro e Lisboa, que espelham a preocupação do Grupo em disseminar a um leque alargado de técnicos as mais recentes inovações introduzidas pela Bosch no mercado mundial no âmbito da iniciativa “Tecnologia para a vida”. Inovações que permitem melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. No âmbito da formação o papel da Bosch não se limita à formação contínua dos técnicos dos seus clientes, tendo participado, em conjunto com outras empresas alemãs, na criação da ATEC – Academia de Formação, supletivamente às iniciativas do Estado Português na área da formação. João Paulo Oliveira da Bosch Termotecnologia Portugal, fez uma breve descrição do Grupo Bosch, realçando os mais de 271 mil colaboradores que fazem do Grupo um colosso mundial, assim como as 300 empresas que detém em 50 países. A sua presença comercial estende-se por 140 países. Aquele responsável realçou ainda o facto do Grupo Bosch ter alcançado vendas na ordem dos 46,3 biliões de euros em 2007. A presença do Grupo Bosch em Portugal foi também descrita, sendo que das vá-

rias actividades, realçou “o Centro de Competência na área do Aquecimento de água a nível mundial”, o facto da empresa ser “líder na produção de Autorádios a nível Europeu”, assim como a sua liderança “na produção de Tavões de Tambor para a Europa”. Por fim, real-

çou o “principal centro produtor de sistemas de intrusão para o Ocidente (Europa e América)”. Relativamente à formação, sublinhou as actividades da Bosch em Portugal durante 2007, onde 195 mil horas foram ministradas a colaboradores e 20 mil horas a terceiros.

Fernando Medina, Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, inaugura o novo Centro de Formação e Assistência Técnica da Bosch em Lisboa

Visita a uma das muitas áreas do novo Centro de Formação da Bosch. O grande número de equipamentos é a nota dominante deste novo investimento

Rui Silva, Director de Vendas do Departamento de Acessórios Automóvel em Portugal, foi outra das presenças e fez uma apresentação do aftermarket automóvel e as mais valias que a Bosch oferece nesta área. Frisou que “uma ampla representação da Bosch em primeiro equipamento é a base das nossas actividades” e que “a nossa marca é fortemente reconhecida no sector como sendo uma referência em qualidade, inovação, formação e assistência técnica”. Acrescentou que “somos o parceiro competente para o futuro da oficina e do distribuidor independente”, concluindo que “a chave está no conceito ‘Diagnóstico’ e em Formação, Formação, Formação!” O Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Fernando Medina, lançou alguns dados interessantes sobre o estado na nossa educação. Dos 5,3 milhões de activos que Portugal possui, 2,6 milhões não concluiu a escolaridade obrigatória de 9 anos. “É por isso um desafio a criação de qualificação”. Como sublinhou, a solução passa pela aposta na formação profissional, não só em jovens como também em adultos. “Não podemos ter processos de inovação sem pessoas qualificadas”.

O Grupo Bosch em Portugal Em 2007, o volume total de facturação das subsidiárias da Bosch em Portugal foi de 826 milhões de euros. As vendas consolidadas do Grupo Bosch no mercado português atingiram os 234 milhões de euros. O número de colaboradores no final de 2007 alcançou os 3 800. As exportações do Grupo Bosch em Portugal representaram 723 milhões de euros em 2007 mantendo a Bosch posicionada entre os maiores exportadores do país. O Grupo Bosch tem seis subsidiárias a operar em Portugal. A Blaupunkt Auto-Rádio, Motometer Portuguesa e a Robert Bosch Travões fabricam produtos para a divisão automóvel da Bosch. A Robert Bosch Sistemas de Segurança e a Bosch Termotecnologia, fabricam sistemas de detecção e segurança e equipamentos para aquecimento de água. A Robert Bosch Unipessoal tem a seu cargo as vendas e serviços de assistência técnica a todos os produtos Bosch. Para além das referidas subsidiárias, o Grupo Bosch detém 50% da BSH-Portugal, empresa que comercializa electrodomésticos para as marcas Bosch e Siemens.


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EVENTO Academia de Formação AZAuto realiza curso sobre Suspensão Básica

Tornar os independentes

mais competitivos A

A Academia de Formação AZAuto realizou um Curso de Formação em Suspensão Básica nas instalações da Pneubase. O conteúdo incidiu principalmente nas diferenças entre os amortecedores OE (Bilstein B4) e os amortecedores Bilstein B6.

dinâmica da Academia de Formação AZAuto dá os seus frutos em eventos para proveito dos clientes que procuram enriquecer os seus conhecimentos. O último dos cursos que os responsáveis da Academia de Formação AZAuto realizaram foi no início de Junho e versou a temática da suspensão. O cenário não podia ser melhor: as bem apetrechadas instalações da Pneubase. Os participantes tiveram inclusive a oportunidade de conduzir uma BMW E46 320d Touring com amortecedores originais e depois montar os Bilstein B6 para verificarem a diferença. Foram ao todo 14 participantes, sendo 11 desses participantes pertencentes a oficinas independentes. Destes 50% eram oficinas de mecânica independentes e os restantes 50% eram elementos da Pneubase (Posto de pneus com diversificação), Bosch Car Service e Precision. A Cometil também esteve presente através do seu gerente Pedro Jesus, que além de assistir à sessão também apresentou aos formandos o funcionamento e exploração da máquina de testes de suspensão. O entusiasmo foi a nota dominante durante todo o curso e mais uma vez foram solicitadas mais formações deste tipo. “Esta formação fez parte do calendário de acções da Academia de Formação AZAuto, uma de muitas acções com o objectivo de tornar os parceiros do mercado independente mais competitivos em relação aos reparadores autorizados, principalmente ao nível técnico

que é onde normalmente surgem as maiores dificuldades”, referiu Pedro Rosa, Técnico da AZAuto. Neste curso foram ainda focados alguns assuntos comerciais e argumentos de comercialização das várias gamas de produto da Bilstein e da Ruville. Sobre a necessidade de verificação global da suspensão, que vai além dos amortecedores propriamente ditos, Pedro Rosa sublinhou que “muitas vezes é esquecido que a suspensão não é composta apenas de amortecedores e que existem outros órgãos que carecem também de verificação e substituição”. Durante esta formação, o veículo de suporte técnico da AZ Service, foi submetido a um “transplante” por parte dos

A Cometil também esteve presente através do seu gerente Pedro Jesus, que além de assistir à sessão também apresentou aos formandos uma máquina de testes de suspensão

formandos, de amortecedores originais B4 para B6. De salientar que todos os formandos que experimentaram o veículo antes e depois ficaram muito entusiasmados com as capacidades dinâmicas e de conforto dos amortecedores Bilstein B6. Alguns desses formandos (clientes da AZAuto) chegaram a afirmar que o investimento superior dos amortecedores B6 de facto se justifica para alguns modelos de veículos e clientes mais exigentes. O início do Curso de Formação versou uma componente teórica sobre o amortecimento e ligação ao solo. Seguiu-se então a componente prática que incluiu test-drive do veículo com amortecedores bi-tubo e teste de suspensão em linha de pré-inspecção e sua aplicação na venda de componentes. Após o almoço retemperador, procedeu-se à instalação de amortecedores Bilstein B6 (linha amarela) no veículo. Seguiu-se o aguardado test-drive e teste de suspensão do veículo equipado com amortecedores Bilstein B6. Realizou-se então a avaliação das diferenças com os amortecedores originais bi-tubo. Conteúdo do Curso de Formação: - Função da suspensão num veículo. - Componentes de suspensão (rótulas, barras estabilizadoras, protecções, amortecedores) - Amortecedores (construção, configurações e função). - Diagnóstico de anomalias em amortecedores e componentes de suspensão. - Utilização da linha de pré-inspecção. - Procedimentos de instalação de amortecedores num veículo, boas práticas.

O manuseamento correcto do amortecedor no processo de substituição é fulcral

Instalação de amortecedor Bilstein B6 (linha amarela) no veículo da AZ Service

AZAuto Sede: R. Ary dos Santos, 15 2685-312 Prior Velho Telefone: 21 942 80 00 Fax: 21 942 71 50 Internet: www.azauto.pt



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REPORTAGEM Soulima, Comércio de Peças, S.A.

Novos rumos O

A Soulima atravessa uma nova fase na sua história, após a saída da estrututa do ex-Grupo Sousa Lima no ano de 2007. Foram feitos investimentos, houve mudança de instalações e uma nova definição estratégica em termos de produto, agora mais adaptada às necessidades actuais do mercado.

projecto Soulima teve início em 1991, através dos esforços de varias pessoas, uma delas Olímpio Brito, que desde 1974 trabalha na área das peças de automóveis. “Nessa altura era nosso objectivo fazer algo de diferente no mercado das peças, trabalhando com marcas que também forneciam para o primeiro equipamento, de reconhecida qualidade, mas que quase ninguém trabalhava”, começou por dizer Olímpio Brito, Director-Geral da Soulima. Em 1995 foi proposto à Soulima a integração no Grupo Sousa Lima, o que veio a acontecer, embora se tenha mantido sempre como um projecto de peças para o aftermarket. Por via da reestruturação do ex-Grupo Sousa Lima , com a venda de determinados negócios, a Soulima regressou à sua forma original, mantendo-se uma sociedade anónima, mas sendo novamente independente. “Apesar das alterações com os accionistas, a Soulima nunca esteve dependente de uma posição privilegiada ou de algum negócio com o Grupo Sousa Lima, mantendo-se sempre fiél ao seu projecto próprio no aftermarket”, revela Olímpio Brito. Algum do abrandamento da actividade da Soulima nos últimos dois anos, ficava a dever-se às lotadas instalações (armazéns) que a empresa tinha em Odivelas. Foi assim, que em Agosto de 2007, a empresa concretizou um negócio, com a aquisição de novas instalações, que viriam a ser ocupadas já no início de 2008, num espaço de dois armazéns situados no parque empresarial da Granja ,em Vialonga. Trata-se de um espaço muito mais funcional que “permitiu uma optimização de processos, com vantagens no serviço que prestamos aos nossos clientes”, assegura o Director-Geral da Soulima. Para além destes novos armazéns, a Soulima mantém a trabalhar duas lojas de venda directa, uma em Odivelas e outra em Entre Campos (Lisboa). “A nossa estratégia é a concentração e a especialização das vendas na zona da Grande Lisboa, para depois ter dois ou três clientes preferenciais a nível nacional nas principais cidades do país”, revela Olímpio Brito. Considerando que mais de 80% das peças que comercializa são importadas, sendo os restantes fornecidos localmente, nomeadamente as várias marcas de lubrificantes que trabalha, Olímpio Brito considera que a Soulima

Marcas representas

Soulima, Comércio de Peças, SA Sede: Parque Empresarial da Granja, Vialonga Casal do Bagulho ARM 49 – 50 2625-593 Vialonga Director-Geral Olímpio Brito Telefone: 219 379 820 Fax: 219 379 835 E-mail: soulima@soulima.pt Internet: www.soulima.pt

Grande parte da actividade da Soulima é proveniente da importação. Uma das principais marcas da Soulima é a Luk ao nível das embraiagens, dispondo também da Ina (tensores) e Fag (rolamento de roda). Do portfolio de marcas destaque para a Bendix, Blueprint, Corteco, Denso, Fai, Febi, Gates, Kayaba, Lip, Metelli, Pagid, Purflux, SKF, Sofima, TRW, Valeo e Vernet. En termos de lubrificantes, depois de vários anos a trabalhar apenas com uma marca, a Soulima, tem agora na sua gama 12 marcas, entre as quais, Castrol, Delphi, Elf, Esso, Mobil, Selina e Shell.

“comercializa para toda a cadeia de peças de automóveis, que vai desde o retalhista ao aplicador final, até porque temos duas lojas abertas ao público. Agora, obviamente, que temos estratégias comerciais diferentes para cada tipo de cliente. Mesmo assim não desenvolvemos um trabalho muito pressionante junto dos reparadores, até porque isso é feito pelos retalhistas”. Em termos de política de produto, a Soulima tem vindo a adaptar-se ao mercado, afirmando Olímpio Brito a este respeito que “actualmente existe uma tendência para o mercado pedir também peças Low-Cost. Porém, nunca vamos abandonar a nossa política de ter produtos de qualidade, fabricados pelas empresas que fornecem o primeiro equipamento, mas existe a necessidade de ter peças alternativas em termos económicos sem perder a qualidade”. Em termos de distribuição, a Soulima apenas mantêm a frota que trabalha directamente com as lojas, tendo apostado no “outsourcing”, recorrrendo a transportadores, alguns deles especializados na distribuição de peças. A equipa comercial da Soulima é formada por sete vendedores, com três vocacionados para os reparadores e os restantes para o retalho, que cobrem todo o país. Num mercado tão concorrencial, como é este das peças, o responsável da Soulima diz que a diferenciação é feita pela constante procura de novas linhas de produtos que abranjam a maioria das necessidades dos seus clientes. “Nunca foi nossa política, nem é o nosso objectivo, alcançar lugares de destaque no mercado”, assegura Olímpio Brito, adiantando que “temos a nossa filosofia própria de trabalho, apostando no bom relacionamento com o cliente e no serviço”. Essa aposta no serviço traduz-se, para o responsável da empresa, “na nossa política de horário alargado para atendimento dos nossos clientes, que é a nossa imagem de marca. Ser rápido, profissional e com disponibilidade de horários, é fundamental para responder às necessidades dos nossos clientes. Construimos uma imagem no mercado de que na realidade os clientes podem contar connosco”. Para além das novas instalações, a Soulima vai continuar a investir, desta vez num novo sistema informático, que irá potenciar outros projectos através da internet.



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REPORTAGEM Inauguração novas instalações ZF Portugal

Mais perto e melhor E

Criada há apenas um ano, a ZF Portugal surgiu com o objectivo de atender melhor as expectativas dos clientes e para poder ampliar a oferta dos serviços para os clientes dos seus produtos em todo o mercado portugués. A inauguração de novas instalações em Sacavém, constituem um marco no caminho desta meta.

m apenas um ano a ZF Portugal passou de uma situação em que todos os seus serviços estavam centralizados em Lisboa, com evidentes limitações na prestação de serviços, para um cenário em que disponibiliza o serviço adequado a todos os seus clientes, criando novos pontos de apoio em todo o continente (Porto, Leiria e Algarve) e também nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. As novas instalações recentemente inauguradas em Sacavém (Lisboa), dotadas de diversos meios necessários e em constante desenvolvimento através de novas aquisições, foram enriquecidas com uma constante actividade de formação para clientes e colaboradores. Com a abertura deste novo espaço, a ZF Portugal fica associada à organização mundial dos serviços ZF, conseguindo assim satisfazer a grande maioria das necessidades dos utilizadores dos seus produtos. “Os novos componentes automóveis evoluíram tanto que é imprescindível, não só ter vontade do serviço, como possuir os materiais necessários: equipas de diagnóstico, de programação, ferramentas, bancos de ensaio, instalações adequadas… Ter num local a possibilidade de fazer uma intervenção integral é a nossa mais valia. Esta realidade evidencia a vontade da ZF”, disse José Jover, Administrador da ZF Portugal, no seu discurso de apresentação. Para este responsável “O motor do negócio é ZF Central e ZF Portugal, tem que transmitir a força do motor, sincronizando as acções, reforçando-as, assistindo-as e, sobretudo, adaptando-as às necessidades do mercado e dos seus utilizadores e clientes”. A mudança para as novas instalações em tão curto espaço de tempo, foi possível graças à excelente equipa de profissionais que operam na empresa, que des-

ZF Portugal Sede Quinta do Carmo, Lote 55 2685-129 Sacavém Telefone 21.949.74.10 Fax 21.949.74.19 E-mail n. d. Internet www.zf.com José Jover, Administrador da ZF Portugal, no seu discurso de apresentação

Com a abertura deste novo espaço, a ZF Portugal fica associada à organização mundial dos serviços ZF, conseguindo assim satisfazer a maioria das necessidades dos utilizadores dos seus produtos.

de sempre se mostraram sensíveis ao desafio que representou esta alteração. Nas novas instalações totalmente dedicadas a viaturas pesadas e industriais, podem-se receber qualquer tipo de veículo para revisões ou reparações. Dispõe de bancos de ensaios tanto para caixas de velocidades automáticas e mecânicas como para servo-direcções. Está também dotada de sala de formação que serve como instrumento de serviço para a formação contínua dos funcionários, bem como para os clientes. Cobertura total do território A ZF Portugal conta com uma ampla rede de pontos de assistência espalhados por todo o continente e ilhas. Na zona norte, o Grupo La Peças-JGL, inaugurará brevemente novas instalações no Porto,

Visita dos clientes às novas instalações da ZF Portugal muito mais amplas que as actuais e melhor equipadas. No centro do país, em Leiria, inaugurar-se-á também um novo ponto de serviços, Key-Drive, cobrindo esta área com um centro dotado de todos os meiso tanto para reparar como distribuir os produtos ZF, numa instalações amplas, com todos os meios necessários para prestar um óptimo serviço. Na Madeira, Funchal, a empresa Auto Gato, complementou o seu portfolio com serviços de reparações, diagnóstico e programação para as caixas automáticas ZF. Recentemente chegou-se a um acordo com a empresa Eduardo Faria, em Arrife, São Miguel, para defender os interesses da ZF no Arquipélago dos Açores. De referir que estão muito avançados o estabelecimento de um ponto de apoio à zona do Alentejo e Algarve.



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REPORTAGEM ACP Manutenção

Mais transparência

O

O Automóvel Clube de Portugal tem feito diversas incursões ao mundo do comércio e reparação automóvel. O mais recente serviço chama-se ACP Manutenção, não tem qualquer custo para os sócios e evita surpresas no momento de pagar a factura da reparação ou manutenção.

Automóvel e tudo o que o rodeia sempre foi uma das razões fundamentais da existência do ACP. Depois do serviço de assistência em viagem, dos financiamentos, dos seguros e dos automóveis usados, este clube centenário lançou no passado mês de Maio um novo serviço, para os seus associados, designado por ACP Manutenção. Trata-se de um serviço que o ACP considera inovador, e que permite aos sócios terem conhecimento dos custos estimados das diversas operações a que estão sujeitos sempre que recorrem a uma oficina para efectuar as intervenções recomendadas, sejam reparações, revisões ou manutenções. Para a sua concretização torna-se indispensável a articulação com oficinas autorizadas das marcas ou oficinas multimarca. O ACP dispõe actualmente de uma rede de oficinas de marca, de pneus, quick-fits e recomendadas ACP (multimarca), todas preparadas para dar resposta a este novo desafio, sendo já mais de 400 estabelecimentos.

ACP Sede: Rua Rosa Araújo, 24, 1250-195 Lisboa Directora Comunicação Institucional Bárbara Araújo Telefone: 213180203 E-mail: Apoio.socio@acp.pt Internet www.acp.pt

10 passos fundamentais

O ACP Manutenção não tem qualquer custo, implica apenas uma adesão formal e aceitação dos termos e condições de serviço, através de um contrato prévio entre o sócio e o clube, a firmar através do site My ACP ou junto das Delegações ACP e de acordo com o qual o sócio igualmente define qual o veículo ou veículos que pretende ver figurar no acordo de adesão. A filosofia do ACP Manutenção radica essencialmente em estabelecer uma relação de confiança entre os sócios e a assistência que lhe é prestada na manutenção do seu automóvel. O ACP fica a fazer a ponte entre as partes intervenientes - só-

cio e oficina – de modo a facilitar a relação entre ambas. As vantagens de adesão ao ACP Manutenção são, no entender do ACP, as seguintes:

• Ganhos financeiros efectivos ao sócio • Oferece um serviço de valor acrescentado • O sócio paga menos e apenas paga o valor justo • Garantia da reparação • Impede fraudes • Credibilidade • Segurança • Simplicidade

A correcta manutenção do veículo do associado, nos mais de 400 estabelecimentos incluídos neste programa, não só garante o bom funcionamento do mesmo, como prolonga a vida útil e garante maior segurança na intervenção. Como funciona Para poder prestar este serviço, o ACP dispõe do software de manutenção das intervenções programadas de grande parte dos modelos e marcas de automóveis, onde constam os procedimentos a ter, como, por exemplo, o tempo de mão-deobra e peças necessárias para a realização da intervenção. Só desta forma é que o ACP pode dizer ao seu associado que recorre ao ACP Manutenção o valor adequado a pagar pela manutenção do automóvel. A representatividade do ACP, por via do seus mais de 200 mil associados, permite aos Sócios ter acesso a melhores

O Sócio ACP para ter acesso a este serviço deve dar os seguintes passos: 1. Telefona para o número 808 502 502, e dá os seus dados e da viatura que pretende ver intervencionada bem como a intervenção programada a realizar. 2. O operador do ACP dá-lhe o valor aproximado da intervenção. 3. O operador ACP indica, dentro da área de residência, as oficinas que têm acordo com a rede ACP onde poderá fazer a intervenção oficinal. 4. O Sócio confirma a intervenção solicitada, indica a oficina pretendida e qual a data em que lhe é conveniente deslocar-se para obter o serviço. 5. O ACP marca com a oficina a intervenção e confirma por SMS, para o Sócio, a data e local da manutenção automóvel. 6. Na véspera o Sócio recebe um SMS a alertá-lo para o serviço marcado. 7. No dia e hora marcados é só dirigirse à oficina, identificar-se como Sócio ACP e deixar a viatura para a revisão programada. 8. A oficina já tem no seu sistema a intervenção solicitada. Pede a validação junto do ACP que verifica se o orçamento está de acordo com os parâmetros definidos. 9. O ACP envia um SMS ao Sócio a informar o valor orçamentado pela oficina. O Sócio tem uma hora para dar resposta, finda a qual se presume autorizada. 10. Validada a operação a oficina realiza o trabalho e factura ao Sócio ACP de acordo com o orçamentado. Em caso de a oficina na análise física da viatura verificar outras situações que não estavam previstas e orçamentadas, solicita autorização ao ACP para uma intervenção. Nessas circunstâncias o ACP contactará sempre o Sócio para este, caso concorde, autorizar, através de SMS, a execução da tarefa solicitada. O ACP validará então a operação junto da oficina. condições junto das oficinas, diminuindo o custo da manutenção automóvel. O ACP Manutenção é um serviço tendencial de cobertura geográfica nacional, dispõe de mais de 400 estabelecimentos com acordo firmado, que continua em crescimento, podendo inclusivamente o associado também indicar ao ACP quais as oficinas que poderão integrar este programa.



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EMPREGO Por: Paulo Dias, Consultor Auto da Hays Portugal

Gerir carreiras M

No sector automóvel, como em qualquer sector, também se cometem muitos erros por parte da gerência na admissão de um novo colaborador, que prejudicam gravemente a sua carreira. Porém, mais grave que cometer alguns erros é o facto de não se estudar convenientemente o grau de motivação dos seus funcionários.

uitas vezes sou abordado por candidatos que se mostram insatisfeitos com a sua actual situação profissional e que, simultaneamente, se mostram disponíveis para encarar novos projectos que possam ir ao encontro de uma melhoria na sua carreira. Tento muitas vezes compreender o ponto de vista do candidato que tenho à minha frente mas, simultaneamente, mostrar-lhe o lado positivo ou os pontos fortes da sua profissão, da empresa onde está inserido e da importância dessa passagem para a sua carreira profissional. A gestão de carreira é, cada vez mais, um processo contínuo e dinâmico, que passa por uma estratégia de “marketing” pessoal e profissional. O que se espera hoje em dia é que cada pessoa esteja em constante actualização, frequentando novas acções de formação (quando as empresas não tomam essa iniciativa). Ao mesmo tempo, deve ser uma pessoa flexível, que se envolve com os objectivos e necessidades da empresa, procurando contribuir com o seu know-how (entenda-se competências pessoais e profissionais) para o sucesso da organização onde está inserido. Para a correcta aposta numa mudança profissional, cabe a cada um procurar identificar as suas mais-valias e conjugálas com as oportunidades que possam surgir. Saber avaliar e medir as mais favoráveis e tomar decisões na altura certa. O mercado de trabalho é cada vez mais competitivo e as empresas necessitam de pessoas que demonstrem profissionalismo, flexibilidade, capacidade de envolvimento e compromisso para fazer frente às eventuais dificuldades da concorrência. Há que ter uma visão a médio e longoprazo pois as pessoas, ao contrário de outros recursos, carecem de tempo para a adaptação necessária a uma determinada função, uma vez que são simultaneamente os recursos mais importantes no seio das organizações. Cabe também a cada

redigidos numa língua estrangeira), formação em segurança e higiene no trabalho, técnicas de vendas, recepção e acolhimento ao público, são apenas alguns exemplos de pontos fracos no sector automóvel que, com um mínimo de investimento, podem permitir uma melhoria substancial no serviço oferecido, uma maior fidelização dos seus clientes e uma consequente melhoria na motivação dos colaboradores. Também o feedback contínuo por parte da direcção sobre o desempenho individual pode permitir a cada colaborador ter uma noção do que deve manter nos actuais níveis ou corrigir para que possa conciliar o seu sucesso com o sucesso da empresa onde está inserido. No sector automóvel, como em qualquer sector, também se cometem muitos erros por parte da gerência na admissão de um novo colaborador, que prejudicam gravemente a sua carreira. Porém, mais grave que cometer alguns erros é o facto de não se estudar convenientemente o grau de motivação dos seus funcionários, o porquê da rotatividade de recursos humanos, o grau de acompanhamento das chefias, o que está bem e o que pode ser melhorado.

Hays

unidade de negócio saber acolher, formar e acompanhar convenientemente cada novo colaborador para minorar as dificuldades de adaptação à sua nova função ou posto de trabalho e consequente desmotivação. Hoje em dia, com a forte concorrência que se vive no sector automóvel, tornase necessário conciliar o sucesso da em-

presa com o sucesso dos seus funcionários e para isso há que procurar maximizar a sua motivação. Falta de formação profissional, seja acerca dos produtos ou serviços que cada empresa oferece, ou formação de âmbito geral (aplicações informáticas, aperfeiçoamento em línguas - muitos dos manuais de apoio técnico no após venda são

Sede: Av. da República, 90 1º andar - Fracção 4 1600 – 206 Lisboa Consultor Auto: Paulo Dias Telefone: 21 782 65 63 Fax: 21 782 65 66 e-mail: paulo.dias@hays.pt internet: www.hays.pt PUB



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EMPRESA Auto Escapes e Pneus de Alfragide

Servir bem e rápido A

Localizada numa zona populacional e próximo de um dos maiores centros de negócios do país, a Auto Escapes e Pneus de Alfragide é uma casa de pneus que sempre se dedicou aos serviços rápidos, embora preste todo o tipo de serviços na área automóvel.

Auto Escapes e Pneus de Alfragide foi inaugurada em 1997, ocupando desde essa altura as actuais instalações da Estrada do Zambujal que, devido ao desenvolvimento da actividade, foram crescendo. Já mais recentemente os responsáveis por esta empresa adquiriram outra casa de pneus, em Cascais, que está aberta ao público, embora a sua actividade irá ser desenvolvida dentro do modelo que está a ser usado para a Auto Escapes e Pneus de Alfragide. Os seus actuais sócios-gerentes, Luís Lima e Paulo Afonso, são contudo duas pessoas já com forte conhecimento do mercado dos pneus, pois anteriormente à aquisição da Auto Escapes e Pneus de Alfragide tiveram um percurso profissional neste sector. Dando continuidade aos serviços prestados pela empresa que antecedeu a Auto Escapes e Pneus de Alfragide, desde sempre que a aposta foi no multiserviços e não apenas nos escapes e nos pneus. “Temos capacidade e conhecimentos técnicos para fazer todo o tipo de serviços, embora alguns deles, como a chapa e pintura, sejam realizados por oficinas que trabalham connosco em parceria”, refere Luís Lima. Um aspecto curioso na actividade da Auto Escapes e Pneus de Alfragide são algumas das parcerias que esta empresa estabeleceu com outros operadores de mercado. A Auto Escapes e Pneus de Alfragide tem um técnico seu a trabalhar nas instalações da Peugeot Portugal, em regime de outsourcing, utilizando equipamento próprio na área dos pneus, embora toda a imagem seja Peugeot. Existem também outro tipo de parcerias, nomeadamente com a Auto Industrial (Opel) e Auto Vaga, igualmente ao nível do serviço de pneus. Em termos de política de serviço, e estando localizada numa zona de forte densidade populacional, a Auto Escapes e Pneus de Alfragide aposta “essencialmente na rapidez do serviço, pois os nossos clientes querem mobilidade, e por isso temos que os servir rapidamente, afirma Paulo Afonso, acrescentando que “os preços muito competitivos e qualidade no serviço prestado são também factores em que apostamos muito”. A forma de melhor comprovar estas apostas no serviço e no preço é dada pelos seus clientes que “são muito fiéis à casa”, diz Luís Lima, adiantando que “se os clientes não fossem bem servidos e não tivessemos bons preços dificilmente o cliente regressaria. Eles gostam do nosso trabalho, dos nossos serviços,

Auto Escapes e Pneus de Alfragide Sede: Estrada do Zambujal, nº 60 Buraca 2720-001 Alfragide Sócios-Gerente: Luís Lima, Paulo Afonso Telefone: 214 710 190 Fax: 214 710 190 E-mail: n.d. Internet: n.d.

dos nossos pneus e produtos e por isso acabam sempre por trazer mais um amigo que se torna cliente”. Neste momento a Auto Escapes e Pneus de Alfragide não pertence a nenhuma rede, assumindo os seus sócios todas as vantagens e inconvenientes dessa situação. “Nos pneus, muito do segredo deste negócio está na compra dos produtos que vendemos. Nesse aspecto, recorremos muito ao estrangeiro para comprar, embora também temos bons distribuidores locais, que nos permitem ter bons preços”, assegura Paulo Afonso. Com um stock de cerca de 1.000 pneus, Paulo Afonso é de opinião que uma casa de pneus tem que ter sempre stock mínimo, pois “se nós não temos pneus para montar no carro do cliente, ele vai a outro lado”. Quanto às peças que incorporam nos carros dos clientes, todas elas de qualidade equivalente, a Auto Escapes e Pneus de Alfragide é fornecida por um retalhista de peças localizado muito próximo desta oficina, o que “é uma enorme vantagem para nós, não só pela enorme disponibilidade de produto, mas também porque não necessitamos de fazer stock”, refere Paulo Afonso. Em termos de estrutura, a Auto Escapes e Pneus de Alfragide, possui seis empregados, um deles que trabalha nas instalações da Peugeot Portugal. A oficina é dividida em seis boxes, viradas todas para o exterior, possuindo equipamentos para todo o tipo de serviços de pneus e serviços rápidos.



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ENTREVISTA Jorge Sala, Director Comercial Aftermarket MANN+HUMMEL IBERICA

“O mercado português é muito

sensível ao preço” A notoriedade dos filtros MANN-FILTER em todos os mercados europeus é muito alta. Em Portugal, possuem uma quota elevada no negócio dos camiões, e o segmento de carros de passageiros está a crescer rapidamente. Jorge Sala, explicou os argumentos da marca germânica para se diferenciar num mercado muito competitivo.

A

análise traçada por Jorge Sala, Director Comercial Aftermarket MANN+HUMMEL IBÉRICA, sobre o mercado e sobre a marca MANN-FILTER no actual panorama europeu foi concisa e aprofundada, revelando um conhecimento perfeito do meio onde está inserido. As chamadas de atenção para a qualidade dos produtos e serviços disponibilizados, e as estratégias para ultrapassar um mercado que já conheceu melhores dias, foram as notas dominantes. Como caracteriza o mercado de filtros globalmente na Europa? Os filtros são praticamente os elementos de mais rápida substituição no aftermarket, depois da muda do óleo. Isto providencia o mercado de filtros com estabilidade, que não encontra em outros produtos, independente das subidas e descidas da procura em outras linhas de produto. A complexidade deste mercado está antes de mais relacionado com o número de referências necessárias ao distribuidor para poder oferecer uma boa cobertura de mercado, e estas crescem todos os anos, em conjunto com a diversidade do parque automóvel. Seja como for, muito embora não se espere que o aftermarket europeu de filtros venha a experimentar elevados crescimentos, os produtores de filtros, distribuidores e oficinas, podem contar com uma estabilidade de longo prazo, no que diz respeito à procura de unidades. Os filtros são, por isso, produtos muito procurados nas prateleiras dos nossos clientes. Na sua opinião quais são as principais dificuldades que o aftermarket independente enfrenta hoje na Europa? O aftermarket independente na Europa

MANN-FILTER Empresa MANN+HUMMEL IBERICA S.A. Morada Polig. Ind. PLAZA c/Pertusa, No. 8 Parcela ALI 7.3 50197 Zaragoza Telefone +34 976 28 7300 Fax +34 976 28 7408 Internet www.mann-hummel.com/mhes

um pouco a “perfeito” mas é realmente o nosso objectivo. A MANN-FILTER compete somente no mercado de preços premium, como marca premium que oferece não só filtros, mas um pacote abrangente de serviços. E com este objectivo em mente, somos capazes de ver que os nossos parceiros têm normalmente sucesso com os nossos produtos. As experiências dos nossos clientes com a MANNFILTER são a nossa melhor carta de apresentação.

A qualidade é determinante, mas o preço é também um factor muito importante no actual ambiente. Como caracteriza a MANN-FILTER no que diz respeito à relação preço/qualidade? Não penso que pudéssemos deixar de fora o serviço, já que está a ganhar importância no canal de distribuição. Hoje bom preço e boa qualidade não chegam para se ser líder de mercado, e estou certo que nenhuma outra marca de filtros esteja a oferecer a combinação elevada qualidade a um preço justo, que a MANN-FILTER oferece.

(especialmente Ocidental) é um mercado muito maduro, e como normalmente acontece em tais mercados, o equilíbrio entre a procura e a oferta foi há muito tempo alcançado, gerando uma grande competição. Desde que um mercado esteja a expandir-se, existe espaço para todos os actores para se expandirem e crescerem com uma razoável margem. No entanto, num mercado estagnado, as vendas não se desenrolam através do efeito de tracção da procura, mas antes através de um efeito accionador levado a cabo pela oferta, o que implica mais esforço e logo mais investimento. O número crescente de referências representa também uma nova complexidade para os grossistas, que vêm os seus armazéns a crescer horizontalmente em vez de verticalmente, e isto está também a causar-lhes investimentos mais elevados. Por outro lado, a necessidade de crescimento dos OE’s nas suas actividades de pós venda está a levar à incorporação no aftermarket independente de outro grande player, sendo que este mercado, o independente, tem agora de ser compartilhado entre mais competidores.

O mercado de filtros é muito competitivo. Que argumentos tem a MANN-FILTER para se diferenciar dos outros players de mercado? A MANN-FILTER é a marca premium da companhia MANN+HUMMEL, que se dedica exclusivamente a filtros. A nossa missão “sucesso através da filtragem” diz tudo. Na MANN+HUMMEL nós estamos totalmente conscientes que a MANNFILTER não é a mais “barata marca de filtros” do mercado, e não tencionamos que seja, já que os nossos valores vão além do preço. O nosso objectivo é o de providenciar os nossos clientes com uma marca de elevado valor que ofereça a mais ampla gama de produtos, com a mais elevada qualidade, com os melhores serviços, por um preço justo. A nossa elevada presença nos OEM’s e nos OES’s é também uma vantagem muito importante contra os outros players de mercado. A presença no OE é, diga-se de passagem, a única forma de oferecer produtos referência e de continuar a ser líder de mercado. No ano passado introduzimos a nossa frase de marca “MANN-FILTER: Peças Perfeitas. Serviço Perfeito”. Pode soar

Qual é o peso no OE e no aftermarket da MANN-FILTER? A MANN+HUMMEL tem uma elevada presença nos OEM’s (construtores) assim como nos OES’s e IAM (aftermarket independente), e ambos no segmento de carros de passageiros, assim como nos veículos industriais e agrícolas. Mais ainda, a Divisão Industrial está a crescer rapidamente de forma a cobrir a procura nas aplicações não automóveis. Acreditamos que somente cobrindo uma gama completa de ofertas poderemos ser suficientemente competitivos para continuarmos a ser líderes de mercado na filtração. É objectivo da MANN+HUMMEL ser líder de mercado em todos os negócios de filtros, e por isso a nossa facturação global está mais ou menos dividida homogeneamente em ambos os canais.

Qual o grau de implementação da marca em Portugal, Espanha, França, Alemanha e Itália? A nossa notoriedade de marca em todos os mercados europeus é muito alta, muito embora a quota de mercado varie de país para pais. Temos uma quota elevada no negócio dos camiões em Portugal, e o segmento de carros de passageiros está a crescer rapidamente, muito embora o mercado português seja muito sensível ao preço. Espanha e Alemanha gozam da mais eleva-


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ENTREVISTA da posição no mercado, mercados onde os serviços mais do que os preços são altamente apreciados. A nossa presença é crescente em França, através da aquisição da divisão automóvel da Solvay em 2002 - ajudou-nos a penetrar no mercado dos OE’s - em conjunto com a presença no IAM que está também a crescer rapidamente, especialmente nos últimos dois ou três anos. Itália sempre foi um mercado difícil para um fornecedor germânico, e muito embora a nossa quota de mercado seja um pouco baixa, nós introduzimos algumas mudanças estruturais neste mercado e acreditamos que isto nos ajudará a tornar-nos num player importante num futuro próximo.

Como prevê o futuro na Europa em termos da performance da MANNFILTER, tendo em conta que o aftermarket é muito competitivo e a evolução da economia incerta? Independentemente da situação económica, para a MANN+HUMMEL ainda existe muito espaço para crescer na nossa grande nova Europa. Mantendo a nossa posição em mercados estabelecidos, como a Espanha ou Alemanha, por exemplo, e consolidando o nosso crescimento em outros países importantes da Europa Ocidental, tais como a França, Reino Unido ou Itália, a MANN+HUMMEL será capaz de crescer seguramente num mercado maduro como o da Europa “Ocidental”. Nos países da Europa de “Leste”, cujos mercados em si se estão a expandir, a MANN+HUMMEL está a ganhar quota de mercado através da tentativa de se implementar localmente para se adaptar mais rapidamente às especificidades locais de mercado, e para estar mais próximo dos clientes. Como resultado, ainda continuamos a prever um crescimento razoável nesta nova Europa. Aquisições são uma forma paralela de expandir o mercado. A última aquisição da MANN+HUMMEL foi a da Helsa, considerado o produtor número dois da Europa de filtros de habitáculo. Esta aquisição, que teve lugar em 2007, está já a revelar os seus efeitos, incorporando na MANN+HUMMEL uma facturação adicional de cerca de 50 Milhões de euros em 2008. Se levarmos em consideração a situação económica, temos sorte de oferecer produtos a preços baixos para o utilizador final que não são tão afectados como os outros por uma crise económica. No entanto, temos de estar prontos a agir

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e reagir, tendo em mente que o nosso objectivo sob tais condições será o de sermos “melhores do que os nossos competidores”.

Os concessionários de marca lutam para ficar com uma fatia do aftermarket independente. Como vê que os dois players – concessionários de marca e aftermarket independente – coexistirão no logo prazo? Os concessionários de marca sempre tiveram uma fatia do aftermarket independente, por isso não é nada de novo no mercado. Por outro lado, não nos devemos esquecer que o afermarket independente tem também sido importante para os OE’s. Com necessidade de se expandirem, os OE’s estão-se a movimentar para ganharem alguma quota em outros mercados, onde se pode encontrar os independentes. Os últimos estão também a tentar crescer, e estão focados parcialmente nos OE’s. Isto traz realmente mais competição ao mercado, mas ambos os canais sempre foram necessários e compatíveis, e continuará a ser assim. Ambos os canais terão de trabalhar num melhoramento contínuo para defenderem as suas quotas, e isto poderá mesmo causar um aumento no profissionalismo do aftermarket. Sente que o aftermarket independente para filtros em Portugal é diferente ou similar a outros países Europeus, no que diz respeito à forma como trabalha e principais dificuldades? Todos os mercados têm as suas particularidades e é importante que uma companhia seja ágil o suficiente para se adaptar rapidamente. O mercado português, no entanto, é muito orientado para o preço, tornando mais difícil a penetração das marcas premium. É verdade, não obstante, que se podem construir boas parcerias com grossistas que estejam prontos a desenvolver-se em conjunto com o fornecedor, trabalhando em outros aspectos para além do preço, como o marketing, serviços, notoriedade da marca…

A MANN-FILTER é a marca premium da companhia MANN+HUMMEL, que se dedica exclusivamente a filtros. A sua missão: “Sucesso através da filtragem” O negócio dos filtro sem si é muito similar, dado que os filtros são elementos de alta rotação que se podem sempre encontrar num grossista ou numa oficina… Existem muitas referências com que lidar, e a logística desempenha um papel muito importante, em Portugal, assim como em todos os outros países na Europa. Como avalia a distribuição da MANNFILTER em Portugal? A distribuição da MANN-FILTER em Portugal é muito selectiva. O nosso objectivo é o de ter parcerias, respeitar os actuais clientes, e trabalhar em relações de longo prazo. Nós não apoiamos a especulação nos preços nem em operações comerciais. Este valor é inerente à MANN+HUMMEL e deu muito bons resultados ao longo dos anos. Não podemos dizer que a nossa quota de mercado em Portugal está tão elevada quanto gostaríamos, mas estamos satisfeitos com as parcerias que construímos até agora, muito embora não excluímos outras relações comerciais.

Que expectativas tem para o mercado português? Eu não espero quaisquer mudanças repentinas no mercado actual. Se a situação económica piorar, e a procura não aumentar, de certeza que haverá mais competição no mercado. É por isso muito importante que toda a cadeia de distribuição tenha isso presente e se prepare para o que possa vir. Mais uma vez, em qualquer circunstância, a coisa mais importante é o de ser melhor que o resto.

A MANN-FILTER tem iniciativas de marketing especiais para Portugal durante 2008? Nós estamos a planear algumas actividades em conjunto com os nossos clientes, que sabem realmente as suas necessidades e as necessidades dos seus clientes, mas daremos um passo de cada vez, com segurança e firmeza, não tentando chamar a atenção de todos, mas antes ser economicamente eficazes nessas iniciativas.

O que pensa da campanha da FIGIEFA “Right to Repair”? A FIGIEFA está a desempenhar uma importante tarefa na tentativa de defender os interesses do aftermarket independente. Eles inclusive abordaram os grupos de compras pedindo a colaboração para espalharem esta campanha. Este movimento é de louvar, muito embora possa não satisfazer todos os actores do aftermarket.

Do seu ponto de vista, o Block Exemption resolveu os problemas do aftermarket independente? Não penso que o BER tenha sido criado para resolver os problemas do aftermarket independente, mas no máximo para regular os factores externos que podem influenciá-lo. Nem devemos esperar e pensar que o BER vai melhorar as nossas companhias. Na minha opinião, existe muito mais a fazer no seio das nossas companhias, como fornecedores, grossistas ou oficinas de reparação, no sentido de alcançar uma maior performance no aftermarket. PUB


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ENTREVISTA João Filipe Abade - Gerente Liderpneus

“Equilíbrio entre qualidade e preço

é sempre difícil” O grupo Pneucom, onde estão incluídas as oficinas Liderpneus, está a atravessar uma fase de grande dinamismo, impulsionado pelo espírito empreendedor de João Filipe Abade, Gerente da Pneucom, que em entrevista ao Jornal das Oficinas explica o posicionamento do grupo no mercado dos pneus e serviços rápidos.

E

O mercado no seu todo tem tendência para crescer, ou está a diminuir? Os dados de que dispomos revelam que mercado baixou em 2008 cerca de 15% (1º trimestre). A nossa empresa não sentiu quebra, mas o 2º trimestre está começar com menos velocidade que o 1º. Provavelmente a quebra irá acentuar-se pois o poder de compra está a cair, com a subida dos combustíveis, produtos alimentares e outros bens essenciais. Já se regista menos 6% de venda de combustíveis em Portugal. Se não se vende combustível, os carros andam menos quilómetros e obviamente gastam menos pneus.

ntrevistámos João Filipe Abade nas modernas instalações da Liderpneus em Massamá, a segunda loja de um conjunto de seis que hoje constituem o grupo Pneucom. Especialista na venda e assistência a pneus, as empresas do grupo orientam a sua actividade para a satisfação das necessidades dos seus clientes. Recorrendo a mão de obra especializada e a equipamento moderno a Pneucom pretende ser uma referência no sector em Portugal.

Como surgiu no mercado a Liderpneus? Tudo começou com a casa mãe, uma loja centenária que ainda hoje existe na Amadora. Há cerca de 4 anos e meio a Liderpneus abre esta loja em Massamá Norte, um projecto construído de raiz. Foi assim que nasceu a 2ª loja Liderpneus. Neste momento, a empresa tem mais 6 lojas dentro da parceria que desenvolveu com a Michelin - Via Líder. O projecto contempla ainda mais 2 lojas, que serão activadas a seu tempo. A nossa maior loja é a de Évora, cujas grandes dimensões servem de forma excelente a nossa actividade de revenda no território nacional e em Espanha. A empresa está apenas centrada no negócio de pneus ou tem mais alguma actividade paralela? Os pneus constituem o "core business" da empresa, o que dá cerca de 65-70% da facturação total. Nos últimos anos, temos vindo a apostar na diversificação de serviços, que incluem teste diagnóstico, ar condicionado, mecânica rápida, amortecedores, travões, etc., o que dá mais 3035%. Apostámos forte nesta área e vamos continuar a manter a aposta, pois os serviços diversificados tiveram 30% de aumento em 2007. Globalmente crescemos 20%, no ano passado.

A Liderpneus trabalha mais com empresas ou clientes particulares? Trabalhamos logicamente com todos os clientes, mas temos vindo a intensificar a aposta no cliente final, porque ainda apresenta um bom potencial e proporciona à empresa a liquidez imediata de que necessita. As empresas gestoras de frotas na Liderpneus apenas representam 20% da facturação, mas o pagamento é geralmente a crédito, o que acarreta os seus custos. Como justifica a preferência da vossa clientela?

As nossas mais valias assentam num atendimento personalizado, transparência de processos, aconselhamento leal, tecnologia de ponta, assim como grande qualidade de instalações e de equipamento.

Qual é a política de preços da Liderpneus? A maior parte dos clientes procura baixo preço e a tendência é para continuar, porque a economia portuguesa continua a não arrancar. Combatemos essa tendência com a qualidade, demonstrando o valor acrescentado da qualidade. É um trabalho complicado e torna-se muitas vezes difícil cobrar o valor real das coisas. Equilíbrio entre qualidade e preço é sempre difícil mas não é impossível. Com que marcas de pneus trabalha a vossa empresa? Logicamente, a 1ª marca é a Michelin, com a qual mantemos um relacionamento privilegiado. Além disso temos todas as marcas de primeiro plano e ainda duas marcas chinesas, das quais somos importadores. exclusivos para a península ibérica. A marca Infinity é uma marca de combate, de baixo custo, que nos tem permitido efectuar bons negócios para revenda. A Firenza tem mais qualidade e uma excelente relação preço/qualidade, o que se tem traduzido por um bom sucesso comercial.

Qual tem sido o papel da Michelin na valorização da Liderpneus? A parceria com a Michelin já vai com alguns anos e tem sido intensificada recentemente. Ainda há pouco tempo negociámos um acordo muito vantajoso com a Arval, proporcionado pelo facto de pertencermos à rede Via Líder. Além disso, a Michelin tem contribuído fortemente para a imagem de qualidade da marca Via Líder.

Que impacto têm na vossa actividade, as Campanhas Michelin de controle da pressão dos pneus? As campanhas que temos efectuado têm contado com grande adesão do público. Em 2007, a campanha da pressão dos pneus levou às lojas da rede Via Líder mais de 20 mil clientes. Muitas vezes o cliente é atraído pela oferta de um boné, vindo depois a saber que o seu carro precisa de algumas coisas importantes. Fazemos a prevenção, através da acção pedagógica, damos um folheto explicativo e o cliente valoriza isso, bem como a forma como o fazemos. No curto prazo não é fácil vender pneus desta forma, porque nem todas as pessoas trazem 500 ou 600 euros para montar um jogo de pneus na mesma altura. Contudo, a médio prazo o impacto é positivo, porque se estabelece um relacionamento e em qualquer oportunidade o negócio acontece.

A venda de pneus usados tem impacto na actividade da Liderpneus? Claro que sentimos o impacto, porque é um mercado paralelo, para o qual não temos nem podemos ter preços, nem argumentos. Tentamos combater os pneus usados porque somos um centro de qualidade Michelin. Rejeitamos a venda de usados e fazemos tudo para que os nossos usados sejam totalmente reciclados.

Quais são os projectos da empresa para o futuro? Estamos a comercializar em franchising uma loja tipo, que vai ser futuramente o conceito Pneucom. Tencionamos ter 2 parcerias deste tipo brevemente em Portugal. Até daqui a um ano, tencionamos abrir igualmente uma casa em Luanda (Angola). Em Oeiras, estamos a desenvolver pequenos pontos de assistência em parceria com a Avia. A nossa actividade vai continuar a incidir maioritariamente nos veículos ligeiros. A Pneus Mais é a nossa única casa que trabalha essencialmente com pesados. Trata-se no entanto de um nicho de mercado perigoso, devido ao crédito de longo prazo.

Liderpneus Morada da sede: Rua D. Maria Ana de Áustria, Lote 184 2605-663 BELAS Nome e cargo dos responsáveis: João Filipe Abade, gerente Telefone: 21.430.92.70 Fax: 21.438.95.39 E-mail: jabade@sapo.pt Internet: www.pneucom.pt


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ENTREVISTA

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Akzo Nobel

Proximidade ao cliente N

Depois de muitos anos ligada a um importador privado, a Akzo Nobel está presente oficialmente no mercado português há quase cinco anos, apostando claramente numa maior proximidade com o cliente.

um enquadramento de crescente proximidade entre a Akzo Nobel e os seus parceiros de negócio, que se intensificou com a presença directa no mercado nacional do maior fabricante de tintas do mundo há quase cinco anos, falamos com Damião Monho, National Sales Manager precisamente para o mercado português.

A Akzo Nobel tem vindo a adoptar, como estratégia, uma crescente proximidade com os seus clientes. Quais são os principais parâmetros em que se baseia esta estratégia? Queremos conhecer cada vez melhor os nossos parceiros de negócio, para encontrarmos as melhores soluções, as melhores respostas, satisfazendo as necessidades dos nossos clientes e abraçando o futuro. A prova disso é que realizámos dezenas de acções de formação quer a nível interno, quer a nível externo com os nossos parceiros de negócio, oferecendo, diariamente, uma mais valia a quem connosco trabalha, através do nosso Departamento Técnico. Por outras palavras, trabalhamos de forma consistente, no dia-adia, com uma equipa numerosa de pessoas nas mais variadas vertentes, assistência técnica, formação On Job, soluções a nível de ferramentas de gestão e análise de custos, no sentido dos nossos

Akzo Nobel Sede: Núcleo Empresarial-Carregado Park Quinta do Peixoto-Lugar da Torre 2580-512 Carregado (Portugal) National Sales Manager: Damião Monho Telefone: 263 856 065 Fax: 263 856 068 Internet: www.sikkens.pt

Sim, é essencial adoptarmos uma postura de continua melhoria, procurar os melhores processos, as melhores métodos para depois de identificadas as necessidades dos nosso parceiros, podermos encontrar soluções de forma rápida e consistente. Por outras palavras, procuramos adoptar sempre um pensamento empreendedor.

Qual é o ponto de vista da Akzo Nobel em relação à criatividade e à Inovação? Na Akzo Nobel acreditamos que a criatividade e a inovação andam de mãos dadas e que estes são, forçosamente, os pilares do sucesso. Aliás, se somos o maior fabricante de tintas no mundo, é porque apostamos, de forma consistente, na investigação e no desenvolvimento, prova disso é a percentagem de investimento que disponibilizamos anualmente nestas duas vertentes, procurando proporcionar aos nossos parceiros de negócio soluções integradas ao nível dos produtos, sistemas de repintura e até da própria rede de distribuição. Para nós é essencial, focar o futuro dos nossos clientes em primeiro lugar. parceiros de negócio maximizarem a sua rentabilidade no sector. Para além disso, na Akzo Nobel, acreditamos que é de extrema importância, fomentarmos a coragem e a curiosidade para questionar, já que isso é uma fortíssima fonte de inovação e desenvolvimento, um verdadeiro impulsionador para o aumento da nossa proximidade em relação aos nossos parceiros. A Akzo Nobel, sendo especialista no desenvolvimento de produtos para o sector automóvel, dispõe de um grande portfolio de produtos para os mais variados segmentos-alvo. Será esse um dos pontos fortes da Akzo Nobel?

Claramente sim, mas gostava de salientar, essencialmente, que toda a investigação e inovação que vamos implementando diariamente visam disponibilizar precisamente várias soluções para diferentes necessidades. Queremos ser encarados pelos nossos parceiros como um fornecedor de soluções à medida das necessidades dos nossos clientes. É por isso que queremos, de forma permanente, desenvolver os talentos das nossas pessoas, fortalecendo com isso a nossa equipa e a qualidade dos nossos produtos. E essa pró-actividade assume-se como um aspecto chave no desenvolvimento diário do negócio?

Qual é o balanço que faz destes cinco anos? Para a Akzo Nobel é essencial que as nossas acções reflictam de forma inequívoca integridade e responsabilidade. Têm sido cinco anos de proximidade crescente, principalmente desde que estamos presentes no mercado directamente e não através de um importador. Sabe que as grandes empresas são baseadas nas pessoas e por isso temos vindo a reforçar em Portugal a nossa equipa em áreas relevantes, não só ao nível das grandes contas mas também ao nível logístico e de gestão, com vista a estreitar relações com os nossos parceiros de negócio e encontrarmos hoje as melhores respostas aos desafios futuros. PUB


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EMPRESA Toyota Premium Trade

Abertura ao mercado A

Envolvendo os seus concessionários oficiais, a Toyota lançou em Portugal o “Toyota Premium Trade”, visando alargar o consumo de peças de marca a todo o mercado da reparação automóvel.

uma altura em que muito se discute no mercado as peças originais vs peças de qualidade equivalente, as marcas de automóveis, na sua globalidade, têm respondido de diferentes formas às necessidades do cliente profissional. No caso desta marca pertencente ao universo do Grupo Salvador Caetano essa resposta foi dada com o desenvolvimento do “Toyota Premium Trade”, que mais não é do que um programa de dinamização da venda de peças e acessórios Genuínos Toyota. Este programa destina-se a todos os clientes que tenham necessidade, na sua actividade profissional, de adquirirem peças e acessórios Genuínos Toyota, sejam oficinas independentes ou outros operadores multimarca na área do após-venda. Para isso, a Divisão de Após Venda da Toyota, dotou os Concessionários e Reparadores Toyota Autorizados (RTA) de todas as ferramentas necessárias à completa satisfação destes clientes, nomeadamente uma equipa comercial especializada em peças Genuínas Toyota, bem como um serviço de entregas de acordo com as necessidades dos clientes. Todas as peças e acessórios Genuínos Toyota podem ser promovidas no âmbito do “Toyota Premium Trade”. Ao longo do ano, no entanto, são feitas várias campanhas especiais em algumas peças, nomadamente de manutenção e colisão. Por exemplo, em Abril e Maio decorreu uma acção comercial, de âmbito nacional, onde foram promovidos filtros (óleo, ar, combustível e habitáculo) e velas (ignição e incandescentes). Vantagens Para o cliente profissional, as grandes vantagens de ser cliente do “Toyota Premium Trade” estão principalmente ao nível do serviço prestado “nomeadamente nas entregas rápidas nas instalações do cliente e todo o apoio de uma equipa dedicada e especializada”, segundo Gabriel Almeida, da Divisão de Após Venda da Toyota,. “Ao adicionarmos a este serviço de qualidade superior, preços especiais ao longo do ano, conseguimos melhorar ainda mais a relação qualidade-preço das peças genuínas Toyota”, assegura o mesmo responsável. Para se ser membro do “Toyota Premium Trade” os requisitos são mínimos, para qualquer oficina independente, ou outro operador na área da reparação auto. Basta para isso contactar um Concessionário aderente, não implicando qualquer formulário de adesão ou compromissos de compra.

“O grande objectivo passa por garantir um serviço de qualidade superior, dinamizando a venda de peças genuínas Toyota junto dos clientes profissionais”, disse Gabriel Almeida. O programa “Toyota Premium Trade” já tem neste momento uma adesão significativa, garantindo já uma representação a nível nacional. Em Maio deste ano, este programa já disponha de mais de 9.000 clientes profissionais, que são no fundo os clientes Toyota Premium Trade. Como se disse, o programa é promovido pelos Concessionários e Reparadores Toyota Autorizados aderentes, embora contem sempre com todo o apoio da Toyota Caetano Portugal, especialmente ao nível da concepção de materiais promocionais e desenvolvimento de acções comerciais. Quanto a serviços, o “Toyota Premium Trade” prevê a venda e entrega de peças e acessórios Genuínos Toyota nas instalações do cliente, com todo o aconselhamento profissional e a garantia de qualidade dos produtos. Todo o serviço será prestado de acordo com o espírito Toyota Way: melhoria constante, procurar a origem dos problemas, respeito pelos outros, enfrentar os desafios com coragem e desenvolver um trabalho em verdadeira parceria.

Toyota Caetano Portugal Sede: Apartado 51 4431-956 Vila Nova de Gaia Divisão Após Venda Gabriel Almeida, Ana Oliveira Telefone: 227 867 000 Fax: 227 867 312 E-mail: ana.oliveira@toyotacaetano.pt Internet www.toyotacaetano.pt



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EMPRESA CARpremium

Agregar

S

valor a oferta

Pertencente ao Grupo Entreposto, a CARpremium é uma empresa que se dedicada à comercialização de peças e equipamentos oficinais, áreas que tem vindo a desenvolver nos últimos anos.

endo mais conhecida no mercado como uma empresa de peças, através da representação da marca Unipart, a CARpremium começou a sua actividade pelos equipamentos para oficinas. Em 2005, Carlos Alves, tomou a responsabilidade de desenvolver e implementar uma estratégia para o sector dos equipamentos dentro da CARpremium. Atendendo ao envolvimento que já se tinha gerado com as oficinas por via da comercialização das peças, e dispondo de equipamentos, esta empresa agregou valor à oferta global de produtos e serviços, tendo sido desenvolvida na CARpremium o conceito de “Solução Oficinal Integrada”. “O projecto inicialmente desenhou-se segundo um padrão definido que era atingir o nível máximo de eficiência no equipar da oficina de A a Z, aproveitando todas as sinergias que temos no Grupo Entreposto”, começa por referir Carlos Alves, adiantando que “a ideia é oferecer soluções chave na mão em termos oficinais, incluindo mesmo a construção da própria oficina se for necessário”. Beneficiando das 55 oficinas que o Grupo Entreposto tinha em 2005, a CARpremium começou a potenciar o cliente interno, que “sendo de fácil acesso é um cliente de difícil exigência, já que lida com todo o mercado de oferta, tendo acesso a uma panóplia serviços, produtos, preços e qualidade que acaba por comparar com aquilo que a CARpremium lhe pode oferecer”, refere Carlos Alves. O primeiro passo foi assim conquistar o cliente interno, aprendendo também com ele de modo a se desenvolver, para assim passar para o mercado externo. “O Grupo Entreposto tem dezenas de anos de experiência no mercado, sabendo quais são os bons fornecedores e quem tem as melhores práticas nesta área dos equipamentos, obrigando a CARpremium a evoluir muito rapidamente já que depressa fomos comparados com o que de melhor existia no mercado dos equipamentos”, revela o mesmo responsável.

CARpremium está empenhada na área dos equipamentos oficinais

Stenhoj, AC Hidraulics, Air Solutions, Werter e Orion são algumas das marcas representadas pela CARpremium

CAR Premium Sede: Praça José Queirós, 2º Piso 1802-001 Lisboa Rsponsável equipamentos: Carlos Alves Telefone: 218 548 709 Fax: 218 548 714 E-mail: info@carpremium.pt Internet: www.carpremium.pt

A CARpremium é uma empresa que pertence ao Grupo Entreposto Foi dessa forma que a CARpremium se rodeou no mercado de diversos parceiros, ao nível de importação directa, tendo sido seleccionados diversos fornecedores no que diz respeito ao “corebusiness” da empresa, isto é, equipamentos que qualquer oficina tem, no-

meadamente elevadores, sistemas de exaustão, ar comprimido, tratamento do ar, sistemas de distribuição de fluídos, entre outros. Assim, em termos de importação directa a CARpremium representa a Stenhoj, AC Hidraulics, Air Solutions, Werter e Orion. “Apostámos em marcas de qualidade que nos dão todas as garantias em termos de qualidade”, assegura Carlos Alves, adiantando que “escolhemos também parceiros no mercado português, que são grandes importadores, que nos apoiaram em termos equipamentos”. A aposta em parcerias, para além de uma estratégia comercial da própria CARpremium, deve-se também à necessidade de proporcionar e garantir aos clientes o necessário apoio e assistência técnica. “Não queriamos correr o risco de vender equipamentos para os quais não teriamos capacidade de dar assistência técnica, tendo sido isso que nos levou a apostar em determinadas parcerias”, menciona o responsável pelos equipamentos da CARpremium, garantindo que “também neste aspecto escolhemos os melhores operadores de mercado, que estão geograficamente dispersos pelo país. Para nós mais importante que a venda do equipamento é ter um serviço de assistência qualificado, com capacidade, rapidez e qualidade na intervenção técnica nas oficinas, qualquer que seja a sua localização no territória português”. Ao nível dos serviços a CARpremium não se fica só pela assistência após-venda, pois desenvolveu também os serviços de manutenção. “Desenvolvemos contratos e planos de manutenção tanto na área da mecânica como da chapa e pintura para qualquer oficina que pretende implementar estes contratos”, declara Carlos Alves. Em virtude do Entreposto ser um Grupo certificado, a CARpremium presta os seus serviços de forma adequada, fazendo intervenções preventivas e correctivas junto das oficinas cumprindo os requisistos legais desejados, incluíndo naturalmente os que se prendem com questões ambientais. Em termos comerciais, o empenho da CARpremium para o futuro passa claramente pelo mercado exterior, “apostando em mais parcerias, em outsourcing de serviços, numa nova forma de venda directa às oficinas e num novo plano de comunicação ao mercado”, revela Carlos Alves, concluindo que “a CARpremium já atingiu dimensão e Know-how suficientes para competir com as melhores empresas deste sector”.


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EMPRESA

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I Grande Convenção Sotérmica LLumar Portugal

Focalizados no negócio A

Pela primeira vez em Portugal, a Sótermica, representante das películas LLumar, realizou no passado dia 31 de Maio a sua a I Grande Convenção. Foi o momento ideal para raçar os objectivos para o futuro.

I Grande Convenção Sotérmica LLumar, realizada no nosso país, teve como objectivo, não só incrementar o espírito de equipa entre os empresários presentes, como também, trazer novidades ao mercado com alguns lançamentos especiais. Foi também aproveitado o momento para se comemorar os 25 Anos de existência no mercado das películas para vidros da Sotérmica e da LLumar em Portugal. O local escolhido para este importante evento da Sotérmica, foi a Quinta do Falcão, em Tomar, onde se reuniram mais de 90 participantes que trabalham directamente com as películas automóvel (e também para arquitectura), nomeadamente Agentes e Instaladores Autorizados LLumar de todo o país, incluíndo as ilhas. Estiveram presentes Richard Kirchner e Christopher Tapley, Director Comercial e Director Marketing da CPFilms, que é o maior fabricante mundial de películas para vidros e proprietária da Marca LLumar, Arlindo Duarte (Director Geral da Sotérmica), Ana Margarida Malho (Directora Marketing e Relações Públicas da Sotérmica), Manuel Nunes (Responsável Comercial da Prefico empresa do grupo) e Gonçalo Malho da GMdesigner, parceiro tecnológico da Sotérmica LLumar Portugal. Novidades Uma das principais novidades divulgadas na I Grande Convenção Sotérmica LLumar, foi o lançamento do certificdo de Instalação “on-line”. Após saída do regulamento para os Centros de Inspecção por parte do IMTT, ficaram conhecidas as regras para legalização de um automóvel com película nos vidros. Tanto o Decreto-Lei nº 392/2007 como este regulamento não exigem a apresentação de um certificado de instalação junto dos Centros, aquando da Inspecção Extraordinária de categoria B, ou junto dos serviços do IMTT, aquando do

A Convenção da Sotérmica reuniu mais de 90 agentes e instaladores

Sotérmica Sede: Rua Eça de Queiroz, nº 1C Bairro São Francisco 2680-509 Camarate Dir. de Marketing e Comunicação: Ana Margarida Malho Telefone: 219 471 474 Fax: 219 471 476 E-mail: a.malho@sotermica.pt Internet: www.sotermica.pt

Arlindo Duarte, Director da Sotérmica LLumar Portugal, apresentou algumas novidades da empresa

Este é o novo merchandising que a Sotérmica vai passar a usar com a marca de películas da LLumar

averbamento dos documentos. No entanto, devido à necessidade de trazer alguma estabilidade e confiança ao mercado, tem sido prática comum e quase “obrigatória” a apresentação deste certificado de instalação. O cliente fica mais descansado e os centros de inspecção com maior garantia de credibilidade por parte da empresa instaladora. No IMTT do Porto, tem-se verificado a exigência de apresentação deste documento. Para a Sotérmica LLumar Portugal, trata-se de uma excelente iniciativa visto que garante a distinção de Instaladores Certificados. Neste sentido, e na procura constante das melhores soluções para a Rede Autorizada LLumar e, por conseguinte, para o cliente final, a Sotérmica LLumar Portugal lançou a primeira plataforma digital, em Portugal, para a criação e gestão de Certificados para os procedimentos pre-

vistos de legalização da viatura (Inspecção Extraordinária de categoria B e, sempre que solicitado, para averbamento nos documentos). Refira-se que esta plataforma é exclusiva à Rede Autorizada LLumar. Assim, através de um username e password que é facultado ao Instalador Autorizado LLumar, pode-se aceder a esta plataforma, num processo muito simples, bastando preencher os campos referentes à película, condutor e proprietário, e a restante informação é fornecida automaticamente. Trata-se de uma área privada de cada Instalador autorizado, onde cada um poderá gerir os seus certificados on-line, poupando tempo e burocracias. Na Convenção da Sotérmica LLumar Portugal foi enaltecida a iniciativa desta empresa para reunir todas as marcas com homologação reconhecida em Portugal e, em nome de todos recorrer junto do Ministério dos Transportes para redução das actuais taxas praticadas. “Na nossa opinião é importante que todos os players no mercado das películas para vidros estejam unidos porque o mercado é de todos e juntos temos muito mais a ganhar do que individualmente” afirmou Arlindo Duarte Director da Sotérmica LLumar Portugal. As taxas actualmente praticadas para legalização de um automóvel com película são, em muitos casos, superiores à instalação dessa mesma película. Se se for tomado como exemplo uma carrinha de passageiros do tipo “Audi A4”, o valor de instalação de película nos cinco vidros atrás do Pilar B ronda os 200€, o processo de legalização desta viatura ficará em aproximadamente 230 € (se já tiver o documento único, caso contrário terá que renovar a documentação na mesma altura para documento único). Para terminar, refira-se que a Sotérmica LLumar Portugal fechou uma parceria no passado mês de Abril com o Automóvel Club de Portugal afim de dar descontos aos sócios na instalação de películas automóveis em todos os centros de instalação do país e assim reduzir os custos que o cliente final terá que suportar por utilizar um bem protector como as películas são.


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EMPRESA Equiauto

Relações de continuidade

F

No mercado dos equipamentos para oficinas e de lavagens de veículos, a Equiauto é uma empresa com quase 30 anos de história que se preparou para o futuro.

undador e gerente da Equiauto, Joel Pinto, é uma pessoa que está no mercado dos equipamentos (de oficina e de lavagem auto) já há quase três décadas. Foi construíndo a Equiauto com base nos seus valores de cumprimento e responsabilidade, sempre numa perspectiva de continuidade de negócio com os seus clientes. A Equiauto começou em Algés no início da década de 80, tendo-se registado um forte crescimento da actividade já na década de 90, quando a empresa cresceu em efectivos humanos e materiais. Já nesta década, outro grande marco da empresa foi o desenvolvimento do “Water-Test” para os veículos produzidos na AutoEuropa, num projecto que motivou a empresa, tendo sido totalmente desenvolvido em Portugal pela Equiauto. Já mais recente, tendo sido terminado no início deste ano, foi o projecto de certificação da empresa, pela norma ISO 9001:2000, que permitiu à empresa virar-se ainda mais para o mercado, através de uma eficaz reestruturação interna. No seu “ADN” estão os equipamentos oficinais, os equipamentos de lavagem auto e, sendo sempre uma aposta muito forte da empresa, os serviços de assistência técnica. “Existem duas marcas que acompanham toda a história da empresa, a Ceccato, no sector das lavagens auto, e a Ravaglioli nos equipamentos oficinais”, refere Rui Mendes, Director-Geral da Equiauto, adiantando que “a montagem e a manutenção dos equipamentos sempre foi uma mais-valia nossa e dos nossos clientes”. Desde há muito tempo que os contratos de manutenção preventiva são trabalhados pela Equiauto, nomeadamente no que diz respeito aos equipamentos de lavagem. “Pelo tipo de clientes que tinhamos, normalmente multinacionais, e pelo tipo de equipamento que é, associado às lavagens de automóveis, sempre estivemos vocacionados para a manutenção preventiva desses equipamentos, que também aplicámos aos restantes”, assegura Rui Mandes. Dispondo de um extenso portfolio de equipamentos e ferramentas, trabalhando nesta área com a Facom, a Equiauto está apta “a montar uma oficina na sua totalidade, até porque a Ravaglioli, sendo muito forte nos elevadores, direccionou a sua aposta para outros equipamentos, como equilibradoras, desmontadoras, entre outros”, revela Rui Mendes. Em termos materiais, a Equiauto possui instalações na Terrugem, com escritórios e armazém, tendo muito recentemente inaugurado instalações no Porto,

A Ravaglioli é uma marca de referência da Equiauto...

Rui Mendes, Director-Geral da Equiauto, reafirma a aposta da empresa nos equipamentos oficinais, nos de lavagem e na assistência técnica onde também existe um pequeno armazém. Também em termos de recursos humanos a Equiauto cresceu, o que “nos permite estar mais próximos do cliente, prestando um serviço mais célere e com mais qualidade”. Dos 30 colaboradores que a Equiauto tem, 17 estão dedicados à área do apósvenda e manutenção (cinco deles no Porto), e apenas seis à área comercial, o que revela, segundo o Director-Geral da empresa que “nós estamos de facto estruturados para a assistência e para a manutenção, embora considere que no mercado ainda existam muitas dificuldades neste área”. Estando num mercado muito competitivo, para Rui Mendes o importante é “não estagnar, respondendo com responsabilidade ao cliente, sendo sempre profissional. A nossa agressividade comercial, deriva de uma postura de mercado por via da qualidade dos serviços técnicos que durante muito anos fomos implemen-

tando na empresa para os nossos clientes. Sempre que dissemos que sim ao cliente é porque temos capacidade de o satisfazer. Não estamos focalizados somente para vender por vender, mas sim orientados para o cliente e na sua fidelização”. Para além das novas instalações no Porto, da certificação e do aumento de quadro de pessoal, a Equiauto tem vindo a apostar noutras áreas. “Estamos actualmente a vender equipamentos para Angola, como também existem projectos em Espanha, nomeadamente em termos assistência”, revela Rui Mendes, acrescentando que “são projectos que estamos a estudar como é que eles se poderão desenvolver”. Outra área não esquecida pela empresa é a Internet. Neste momento a Equiauto está a trabalhar num novo projecto a esse nível que permite, não só, dar a conhecer melhor a empresa, como também, ser um importante suporte para outros desenvolvimentos no futuro.

... tal como a Ceccato, na área dos equipamentos de lavagem

Equiauto Sede: Rua Rosa do Ulmeiro, 29 – Pavilhão 10 Director-Geral: Rui Mendes Telefone: 219 678 230 Fax: 219 678 239 E-mail: rui.mendes@equiauto.com.pt Internet: www.equiauto.com



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TÉCNICA Funcionamento e diagnóstico

Sistemas de controlo de

injecção directa de gasolina O

A actual geração de motores a gasolina de injecção directa é capaz de economizar mais de 10% de combustível, no novo ciclo de condução europeu NEDC (New European Driving Cycle), relativamente aos motores da geração anterior.

s limites impostos aos construtores de veículos, representados pela sua associação europeia (ACEA), a partir de 2008, são os 140 g/km de CO2 e um consumo médio de combustível de 5,7 l/100/km. O aumento sensível do número de motores diesel veio tornar menos difícil esses objectivos, mas os motores a gasolina tiveram que evoluir bastante, para acompanhar os padrões requeridos pela gestão ambiental. A via para essa evolução reside na tecnologia da injecção directa de gasolina. O facto da primeira geração de motores de injecção directa de gasolina não ter alcançado a economia de combustível desejada deve-se ao processo de combustão utilizado, que dependia em grande medida do fluxo de ar e das paredes do cilindro, nas quais o combustível injectado tinha que passar, antes de atingir a vela de ignição. Por outro lado, o modo de funcionamento de carga estratificada apenas pode ser utilizado em algumas poucas situações de condução, sendo o combustível apenas injectado numa pequena área junto da vela. Quando a carga aumenta, a mistura ar gasolina tem que voltar ao nível normal 14,7: 1 (factor Lambda = 1). A segunda geração de motores a gasolina de injecção directa, no entanto, será capaz de economizar mais de 10% de combustível, no novo ciclo de condução europeu NEDC (New European Driving Cycle), relativamente aos motores da geração anterior. A tecnologia de injecção directa de gasolina, apesar de tudo, requer a utilização de catalisadores de NOx de acumulação e gasolina isenta de enxofre, cuja disponibilidade em larga escala levanta sérias dúvidas. O sistema de controlo que usaremos como modelo neste artigo é o Bosch, usado na VW e na Mercedes-Benz, por exemplo.

Variações da mistura Geralmente, o motor funciona com uma mistura homogénea (factor Lambda = 1), na maior parte dos sistemas de injecção de gasolina conhecidos. Todos eles se baseiam no princípio EVA, no qual os vários sensores medem os valores dos parâmetros físicos e processam-nos em sinais eléctricos, compatíveis com a unidade central de gestão do motor. Esta calcula a quantidade ideal de combustível para ser injectado e o tempo de ignição para cada cilindro, ao mesmo tempo que envia sinais eléctricos de comando aos

A segunda geração de motores a gasolina de injecção directa, no entanto, será capaz de economizar mais de 10% de combustível, no novo ciclo de condução europeu NEDC (New European Driving Cycle), relativamente aos motores da geração anterior.

vários actuadores, para que a combustão se processe nas condições óptimas. Normalmente, a injecção ocorre durante o tempo de admissão, antes que a válvula de admissão de abra. Nos sistemas de injecção directa, o princípio de funcionamento é diferente. No sistema CGI (Mitsubishi) o injector envia o combustível directamente para a câmara de combustão. Contudo, isto não sucede exactamente da mesma forma em todos os regimes e estados de carga do motor. Quando o motor funciona ao ralenti e com cargas baixas, a injecção opera no modo de carga estratificada, no qual o combustível é apenas injectado na zona da vela de ignição, formando uma mistura pobre ou muito pobre. Nos restantes regimes e cargas médias/altas do motor, a injecção funciona com mistura homogénea, que ocupa toda a câmara de combustão. Funcionamento em carga estratificada É através deste modo de funcionamento que os motores de injecção directa a gasolina conseguem reduzir substancialmente o consumo de combustível. Neste modo, ao fechar a válvula no colector de admissão, cria-se uma turbulência em torno da vela de ignição ("tumble"), a qual é intensificada pela geometria da câmara de combustão e pela forma da cabe-

ça do êmbolo. Instantes antes do ponto de ignição, no tempo de compressão, o combustível é injectado a alta pressão nesse ar agitado, junto da vela, gerando-se uma mistura inflamável. O ângulo de injecção é muito baixo (inclinado), pelo que a mistura não chega a tocar na cabeça do êmbolo. Deste modo, chama-se a isto um processo assistido por ar, no qual uma camada de ar isola as paredes do cilindro da mistura inflamável, gerando uma ligeira dissipação de calor. Esse arrefecimento provoca a condensação da mistura apenas na câmara de combustão, evitando a detonação, pelo que permite níveis de compressão superiores. Em consequência, é possível obter potência e binário superiores, para uma idêntica cilindrada do motor. Por outro lado, quando o motor funciona a carga parcial, torna-se possível economizar combustível, porque a mistura é essencialmente pobre. Além disso o motor funciona no modo de carga estratificada com a borboleta praticamente toda aberta, reduzindo as perdas ao ralenti, que se produzem nos motores convencionais, quando funcionam a cargas parciais. No entanto, o modo de injecção directa em carga estratificada só pode realizar-se abaixo das 3.000 rpm e as cargas moderadas. Isso sucede porque a regimes superiores não há tempo suficiente para pro-


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TÉCNICA cessar o combustível em condições óptimas, já que tem que ser injectado muito tarde, no modo de mistura empobrecida, a fim de manter as emissões reduzidas. Dessa forma, a unidade de controlo da injecção passa a carga homogénea automaticamente, a plena carga ou a regimes superiores de rotação do motor.

Funcionamento em carga homogénea Neste modo de funcionamento, a válvula do colector de admissão é colocada noutra posição, impedindo a formação de turbulência no interior do cilindro. A outra diferença fundamental consiste no facto da injecção de combustível para a câmara de combustão ser efectuada no tempo de admissão, em vez do tempo de compressão, como no caso anterior. Desta forma, a gasolina tem mais tempo para formar uma mistura homogénea com o ar. Neste caso, a mistura ocupa a câmara de combustão toda e já não se forma a camada de ar refrigerante, como no modo anterior. A cargas moderadas, o ar de admissão é misturado com os gases do sistema de recirculação de gases de escape, a fim de baixar o consumo e as emissões. A plena carga no entanto, a recirculação é desligada. O sistema de gestão de motor pode também mudar para um modo de funcionamento homogéneo de mistura pobre, constituindo um terceira opção, para além das duas já anteriormente abordadas. Na cartografia do software da injecção, este terceiro modo de funcionamento do motor ocupa uma faixa, entre o modo de carga estratificada e o modo homogéneo. Nesta opção, para aumentar a turbulência e a inflamabilidade da mistura empobrecida, a válvula do colector de admissão fecha-se e o sistema de recirculação de gases é desactivado. A injecção de gasolina e a combustão são bastante semelhantes às do modo homogéneo, com a diferença de haver mais ar na câmara do que aquele que seria necessário, reduzindo o consumo de combustível. Como em qualquer outra tecnologia, a economia dos modos de funcionamento de carga estratificada e mistura homogénea apresentam um reverso da medalha. Tal como nos motores diesel, as misturas pobres geram nos motores de injecção directa a gasolina alguns problemas de emissões de NOx (óxidos de azoto). Embora estas emissões sejam reduzidas a azoto, no catalisador de 3 vias, quando o motor opera a carga homogénea (Lambda = 1), isso já não é possível se a mistura for pobre, devido à presença de excesso de oxigénio. Nos motores a gasolina de injecção directa tem que haver um catalisador específico, que armazena os óxidos de azoto e elimina-os a intervalos regulares, por intermédio de um sensor de NOx. Sistemas de gestão do motor O sistema de gestão que a Bosch utiliza nos motores de injecção directa é o MED (Motronic, Erdgas (gás natural) e injecção Directa), que se caracteriza por uma gestão coordenada das solicitações do pedal do acelerador, para fornecer maior binário, relativamente a todas as outras solicitações de binário do sistema integrado de gestão.

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ladora de pressão é comandada por um sinal modulado de banda larga, emitido pela ECU. O sistema de autodiagnóstico vigia ambas as funções. Se o sensor falha, a pressão ficar regulada num valor fixo de emergência, fornecido pela ECU. Se a válvula reguladora avariar, um sistema de mola limita a pressão a 120 bar. A pressão pode ser verificada com um medidor apropriado. Ao substituir a bomba de alta pressão, o jogo de vedantes tem que ser integralmente renovado.

O sistema de gestão que a Bosch utiliza nos motores de injecção directa é o MED (Motronic, Erdgas (gás natural) e injecção Directa), que se caracteriza por uma gestão coordenada das solicitações do pedal do acelerador

Sistema de Alimentação Neste motores, existe uma linha de baixa pressão e outra de alta pressão, como nos motores diesel common rail. A bomba primária envia a gasolina para a bomba de alta pressão e esta alimenta a linha dos injectores de alta pressão, por sua vez. A bomba de baixa pressão é alimentada pela ECU com uma corrente de 6 volts, quando o motor está no arranque ou ao ralenti (motores com sistemas FSI ou CGI). Na ficha de ligação do sensor de combustível com cinco pólos, a voltagem de alimentação pode ser verificada entre o Pin 1 e a massa (Pin 5)Se não houver ligação de teste disponível na linha de alimentação, para verificar o caudal, a linha deve ser desmontada e ligada a um aparelho de medição. Da mesma forma, pode ser calculado o caudal mínimo, usando o diagrama. É preciso ter algum cuidado neste ponto, porque a bomba de gasolina deve ser comandada durante 15 segundos, pelo menos, seja pelo elemento final do sistema de diagnóstico, seja por uma fonte exterior de voltagem. Se o caudal for medido numa linha de retorno normal, as linhas de alimentação, o filtro de gasolina e o regulador de pressão são verificados numa só operação. Se o fluido de refrigeração do motor aquece a mais de 110º C e a temperatura de admissão for inferior a 50º C, o regulador de pressão está em curto-circuito com a válvula de medição do fluxo, ficando a pressão a 6 bar, para permitir um bom arranque. A válvula é comandada pela ECU, Uma baixa pressão do sensor na linha de alimentação indica a pressão do combustível à unidade de comando. Se o sensor falhar, a bomba aumenta a pressão, através de um sinal modulado fixo, entre 4 e 6 bar, dependendo do motor. Se a bomba for substituída, a nova peça tem que ser instalada no sistema de gestão do motor, por intermédio do programa de resolução de avarias do aparelho de diagnóstico da VW. Desta forma, o fluxo da bomba é regulado pelo seu caudal de aspiração. Se o processador da alimentação falhar, o motor já não arranca.

Linha de alta pressão A bomba de alta pressão fica aparafusada na tampa da distribuição, tratandose de uma bomba com um êmbolo radial de 3 cilindros, accionada pelo veio de cames das válvulas de admissão. Os elementos da bomba estão dispostos a 120º, a fim de minimizar as flutuações de pressão na linha de injecção, que pode chegar a 140 bar. A alta pressão é controlada por um sensor de pressão de combustível (transducer), montado junto da válvula reguladora de pressão, que fica roscada na linha de alta pressão (rail). Dependendo da pressão que se verifica no interior da linha, o sensor emite um sinal, cuja voltagem varia de 0,8 a 4,7 Volt (Pin 84). A válvula regu-

Injectores Os injectores são montados na cabeça do motor e injectam a gasolina muito atomizada, durante um período mínimo, de acordo com as solicitações. A ECU abre os injectores com uma voltagem de 90 V, aproximadamente (Pins 108 e 119). O ponto de injecção é sincronizado por intermédio de um sinal de massa, separado para cada injector. A corrente eléctrica dos injectores pode ser verificada com os osciloscópio. A corrente de injecção vai até 10 A, enquanto que a corrente de imobilização anda entre 3 e 4 A. O sistema de autodiagnóstico identifica um injector avariado, através das interrupções de corrente. Se o injector não estiver a ser comandado, o sistema grava um código de erro na sua memória. Se o injector for desmontado, o anel de vedação inferior tem que ser substituído todas as vezes. Existe uma ferramenta específica, para realizar esta operação. Os injectores devem entrar facilmente no seu alojamento, sem serem inclinados ou forçados. Se os injectores forem substituídos, os novos têm que ser instalados no software da ECU novamente.

Os injectores injectam a gasolina muito atomizada, durante um período mínimo, de acordo com as solicitações. O ponto de injecção é sincronizado por intermédio de um sinal de massa, separado para cada injector.


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TÉCNICA Lubrificação pressurizada

Funções do lubrificante O óleo lubrificante é um elemento fundamental para o correcto funcionamento dos motores. Entre as funções principais do lubrificante, podemos referir a sua contribuição para a vedação dos cilindros e velas, arrefecimento e lubrificação das peças do motor, limpeza e remoção dos produtos resultantes da combustão e amortecimento das vibrações e ruídos.

P

ara realizar todas estas importantes missões, o óleo tem que estar no motor em quantidade suficiente e deve ter as características de viscosidade adequadas ao motor onde é aplicado. Além disso, deve conter uma proporção adequada de aditivos específicos, que garantam a realização das suas funções com eficiência e eficácia. No entanto, devido aos elevados regimes de funcionamento dos motores, a lubrificação não poderia resultar, se o óleo não fosse bombeado à pressão para os pontos do motor onde é mais necessário. A excepção a esta regra são certos motores específicos, onde se processa a lubrificação com perda total do óleo. Estão nestes casos os motores a dois tempos, onde o óleo é adicionado ao combustível, formando uma mistura de proporções de 1:20 a 1:100. Noutros casos, o óleo é fornecido a intervalos regulares nos pontos onde é necessário, não sendo recuperado. Circuito pressurizado Na maior parte dos automóveis dos nossos dias, utiliza-se um sistema de lubrificação à pressão, onde o óleo é permanentemente reciclado, perdendose apenas uma pequena parte sob a forma de vapores e por combustão. Na Figura 1 podemos observar um circuito comum de um motor de 4 cilindros a 4 tempos, vendo-se os principais pontos de circulação do lubrificante a negro. O "coração" (3) deste sistema é a bomba de óleo (geralmente de carretos), que impele o óleo, vindo do reservatório

(cárter), através de um filtro de sucção (5), para o filtro de limpeza (2), a partir do qual é enviado para os apoios da cambota (6) e, através de canais mais finos, para as bielas e para os veios dos êmbolos (4). Um outro canal (8) leva o lubrificante até à distribuição, situada na cabeça do motor, o qual retorna ao cárter pela gravidade, através de uma conduta descendente (7). Para evitar avarias devido a obstruções no circuito, existe uma válvula de segurança (1), que faz circular o óleo, sem passar pelo filtro. Para reforçar a acção de lubrificação e arrefecimento das principais peças móveis do motor (cambota, bie-

Figura 1 Circuito de lubrificação de um motor de 4 cilindros a 4 tempos 1 - Válvula de segurança (pressão); 2 - Filtro de óleo; 3 - Bomba de óleo; 4 - Distribuição de óleo às bielas; 5 - Filtro de aspiração do cárter; 6 - Canal de distribuição da cambota; 7 - Conduta de retorno da cabeça do motor; 8 - Canal de distribuição da distribuição

las e êmbolos), os contrapesos da cambota projectam o óleo acumulado na base do motor para a parte inferior dos cilindros (lubrificação por chapinhagem). A função lubrificante do óleo é ainda potenciada pelos vapores que se formam na parte inferior do motor. Para evitar que a base do motor aqueça demasiado, existe um sistema de ventilação do cárter, que aspira os vapores e óleo para o colector de admissão, introduzindo ar fresco através da tampa da cabeça do motor. Sistema de filtragem Para resistir ao impacto da utilização intensiva e violenta a que é submetido, mantendo as suas propriedades, o lubrificante tem que ser arrefecido e filtrado permanentemente, a cada ciclo de funcionamento do circuito. Nos motores de rendimento médio, porque já não existem motores de automóvel com baixo rendimento específico, o arrefecimento do lubrificante é proporcionado pela sua passagem pelo depósito de cárter e pelo filtro, que ficam situados na parte inferior do veículo, onde recebem um fluxo de ar fresco constante, quando este se desloca. Nos motores de rendimento mais elevado, contudo, está previsto um radiador de óleo do motor, situado junto ao radiador de água, na parte dianteira do veículo. Por outro lado, a passagem pelo filtro permite ao óleo libertar-se de impurezas e principalmente das substâncias químicas e até água de condensação, que são uma ameaça para o seu desempenho. O filtro deve pois estar, sempre em perfeitas condições, uma vez que um filtro entupido torna a circulação de

óleo mais lenta, e este tem dificuldade em recuperar a sua viscosidade ideal. Além disso, o filtro com demasiada acumulação de resíduos já tem dificuldade ou até se torna incapaz de reter mais impurezas, ameaçando as peças do motor. A bomba de óleo, por seu turno, sofre um desgaste igualmente superior. A mudança regular do lubrificante, acompanhada pela substituição do respectivo filtro, tem uma influência determinante na duração e fiabilidade do motor. De facto, um motor que funcione permanentemente com óleo queimado e sujo, abaixo do nível recomendado e com o filtro fora de prazo, pode durar cerca de 1/3 de um motor idêntico, que tenha uma manutenção correcta. Na realidade, os filtros foram estudados, dimensionados e testados para assegurar um determinando período de funcionamento ou quilometragem, em função de uma utilização normal. Quando a utilização do motor é mais exigente, pode ser recomendável substituir o filtro antes do período especificado pelo construtor. Efectivamente, as partículas de carbono formadas pela combustão, as limalhas metálicas resultantes do desgaste das peças do motor e as partículas minerais que são aspiradas pela admissão, principalmente se o filtro de ar ou a linha de admissão não estiverem em estado regular, formam um pasta de esmeril que promove o desgaste acelerado dos rolamentos do motor e dos segmentos, assim como dos êmbolos e dos cilindros ou camisas. Tipos de filtros A maior parte dos circuitos de lubrificação actuais utilizam o sistema de filtragem de todo o caudal de lubrificante (full-flow) que passa pela bomba, antes de entrar no circuito de distribuição. Isto permite que as partículas arrastadas pelo óleo fiquem retidas, antes de voltar às peças do motor. Estes filtros são geralmente de pasta de papel e costumam ter o elemento substituível, mantendo a base e o filtro. Nos sistemas que usam filtros bypass, apenas 5-10% de todo o lubrificante é purificado de cada vez, antes de voltar ao motor, sendo a taxa de retenção de impurezas imediata inferior ao sistema anterior. Apesar disso, este tipo de filtros usa elementos de fibra sintética, que são capazes de reter as micro partículas (cinzas) que alteram a composição do óleo. O sistema ideal deveria ter os dois tipos de filtros, ou então um filtro de full-flow com capacidade de retenção optimizada.



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TÉCNICA FILTROS DE AR E COMBUSTÍVEL

Motores mais

O

limpos e saudáveis

A pureza dos fluidos e do ar que penetram no motor é da máxima importância, para permitir que todos os componentes funcionem adequadamente, durante o período mais longo que for possível, a fim de evitar todos os inconvenientes da manutenção não previsível.

s motores das últimas gerações são caracterizados por um funcionamento muito perfeito e fiável, a fim de atender às exigências dos consumidores e às normas de protecção ambiental. As especificações tornaram-se muito rigorosas, porque os parâmetros da combustão dependem do nível de compressão, tempos de distribuição, mistura e tempos de ignição. Para conseguir o máximo sincronismo, os injectores, tanto a diesel, como a gasolina, são fabricados com tolerâncias mínimas, para proporcionarem tempos de resposta imediatos, indispensáveis nos sistemas de injecção sequencial. Por outro lado, essa resposta depende do nível de pressão do combustível, que está limitado ao ponto de inflamação das substâncias combustíveis. Nestas circunstâncias, a pureza dos fluidos que penetram no motor é da máxima importância, para permitir que todos os componentes funcionem adequadamente, durante o período mais longo que for possível, a fim de evitar todos os inconvenientes da manutenção não previsível. A filtragem, até ao limite inferior do tamanho das partículas retidas, permitido pela actual tecnologia, constitui a única garantia de qualidade dos fluidos, uma

vez que os processos de fabrico, transporte, armazenagem e distribuição não são capazes de assegurar toda a pureza desejável ao funcionamento das mecânicas avançadas da actualidade.

FIG. 1 Filtro de gasolina, com elemento filtrante de estrutura interna radial, para ser montado na linha de combustível.

A pureza dos fluidos que penetram no motor é da máxima importância, para permitir que todos os componentes funcionem adequadamente, durante o período mais longo que for possível FIG. 2 Filtro de gasóleo, vendo-se o diagrama de circulação do ar e o depósito de água, na base do filtro. 1 - Tampa do filtro 2 - Entrada do combustível 3 - Elemento filtrante de papel 4 - Espaço para circulação do ar 5 - Depósito de água filtrada 6 - Válvula de drenagem, com tubo de escoamento para o solo

FIG. 3 Filtro de gasóleo de enroscar, para mudança rápida

Filtros de combustível Os danos provocados pelas partículas contidas nos combustíveis são a erosão e ou abrasão, para além da corrosão provocada pela humidade. Para evitar que isso aconteça, os filtros de combustível têm que reter partículas entre 3 e 5 mícron (ISO/TR 13.353, 1994), com um grau de eficiência compreendido entre 20 a 50%, dependendo do sistema de injecção em causa. Além disso, essa capacidade de retenção tem que se manter durante todo o período entre as substituições, a fim de que as peças das bombas, válvulas reguladoras de pressão e injectores não sejam danificadas. A montagem de filtros não especificados pelos fabricantes dos motores, de qualidade aleatória, não é por isso recomendável, nem compensadora, porque o custo das peças, que pode chegar ao próprio sistema de injecção completo. Outra consequência negativa da montagem de filtros de qualidade inferior é o menor rendimento do motor, a partir de uma certa altura, devido ao entupimento do filtro e a consequente diminuição do caudal de combustível que alimenta o motor. Na maior parte dos casos, os filtros de combustível estão localizados entre o depósito de gasolina e a bomba, podendo também aparecer a jusante da bomba, já na linha pressurizada. De qualquer modo, o sistema geralmente utilizado é a montagem do filtro na linha de combustível, podendo ser roscados numa base, para fácil substituição. Noutros casos, o elemento filtrante (não metálico) está dentro de um pequeno contentor inserido na linha de gasolina. A válvula de controlo de pressão da gasolina pode estar situada na parte superior do filtro. O elemento filtrante pode ser constituído por um meio radial (Fig. 1) ou em forma de espiral, sendo fabricado com fibras de celulose e polyester muitíssimo finas. Os meios filtrantes são de retenção profunda, ficando a maior parte das partículas retida no seu interior. A filtragem ocorre apenas com uma passagem do combustível pelo filtro. A tendência mais recente em filtros de gasolina é o conceito sem manutenção, sendo montado juntamente com a bomba de gasolina, dentro do depósito de combustível. Esses filtros apenas se mudam, se a própria bomba de combustível for reparada ou substituída. Se nada de anormal se passar, são para toda a vida útil do veículo.


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TÉCNICA Filtros de gasóleo A filtragem do gasóleo é bastante diferente da que é usada para motores a gasolina, porque as pressões de injecção, permitidas pelo tipo de combustível, são bastante superiores, tornando os riscos de desgaste das bombas e dos injectores maiores. Essa circunstância é ainda agravada pelo facto dos motores diesel efectuarem quilometragens médias superiores, que podem ultrapassar um milhão de km, nos veículos industriais. Dependendo dos motores e do gasóleo utilizado, os filtros para motores diesel têm que apresentar uma capacidade de filtragem de 70-95% das partículas de 3-5 mícron (ISO/TR 13.353, 1994). Nos motores em que as bombas injectoras estão ligadas ao circuito de lubrificação do motor, especificações de filtragem menos apertadas são permitidas. Além de terem que apresentar grande eficiência de filtragem, com uma só passagem do gasóleo, os filtros para motores diesel têm que garantir grandes intervalos de manutenção, característicos deste tipo de motores. Para conseguir uma grande capacidade de acumulação de resíduos a longo prazo, são utilizados meios filtrantes multicamada, onde se incluem camadas de microfibras sintéticas. Esta concepção permite uma préfiltragem e assegura uma grande acumulação de partículas entre as diversas camadas. Para além das partículas sólidas, o gasóleo apresenta o problema do elevado teor de água, que tem um grande potencial corrosivo em peças metálicas delicadas, como é o caso das agulhas dos injectores, entre outras. Por essa razão, os filtros de gasóleo têm que eliminar também a água contida no combustível. Um nível de retenção da água superior a 93% (ISO4020) é imprescindível, tanto para motores equipados com bombas de injecção, como para os sistemas common rail. A separação da água é obtida pelo efeito de coalescência no meio filtrante, ficando acumulada na base do filtro, por efeito da gravidade. A eliminação da água acumulada é efectuada manualmente, através de uma válvula e um tubo de drenagem (Fig. 2). No passado, os filtros tinham uma caixa transparente, que permitia visualizar o nível de água do filtro, mas esse sistema obrigava a várias verificações periódicas. Nos motores mais modernos, são utilizados sensores de condutividade eléctrica, que activam um sinal luminoso no painel do veículo. Embora a drenagem continue a ser manual, este último sistema é mais compatível com as funções e o ritmo de trabalho dos modernos operadores de frotas transportadoras. Outro problema específico do gasóleo é o desenvolvimento natural de substâncias contaminantes, a partir de um certo período de armazenamento do combustível. Isso obriga a uma mudança mais frequente dos elementos dos filtros, tendo que ser encontradas soluções para mudanças rápidas. Filtros de enroscar são muito utilizados nos motores diesel, podendo ter uma estrutura filtrante radial ou em espiral (Fig. 3). Além do facto de só os elementos do filtro serem descartáveis, a tendência é para as caixas dos filtros se-

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mático de canalização e uma válvula de borboleta para controlo de fluxo (Fig. 4). - Amortecimento do ruído proveniente do colector de admissão. Esse ruído pode ser muito significativo, especialmente nos motores de grande cilindrada, como é o caso dos motores de veículos industriais.

Os filtros de ar são fabricados em fibras celulósicas (papel), oferecendo um superfície de contacto com o ar muito superior ao seu próprio volume, porque o papel está dobrado em pequenas pregas. FIG. 4 Caixa de filtro de ar típica, montada sobre o motor

1 - Entrada de ar fresco 2 - Entrada de ar quente 3 - Saída de ar misturado, para o colector de admissão

4 - Sistema automático de controlo de entrada de ar quente, accionado por vácuo de admissão.

FIG. 5 Filtro de ar para pesados, com efeito interno de ciclone 1- Entrada de ar 2 - Saída de ar 3 - Espaços vazios, para forçar a circulação de ar em espiral 4 - Elemento filtrante 5 - Depósito de resíduos

rem fabricadas em alumínio ou plástico. Para além de reduzir o peso do motor, esta solução permite uma reciclagem mais simples dos materiais, no final do ciclo de vida do veículo/motor Filtragem do ar Embora o ar da atmosfera pareça limpo à percepção visual, possui em média 1 mg/m3 de impurezas, em zonas urbanas ou junto de vias pavimentadas. Em estradas não pavimentadas e zonas de construção, o nível de partículas em suspensão vai para 40 mg/m3, o que implica a absorção de 50gr de impurezas, ao cabo de 1.000km, por parte de um motor de média cilindrada. Sem filtro, esse motor teria "ingerido" 500gr de partículas, ao cabo de 10.000km, o que seria suficiente para inutilizar o lubrificante e provocar um desgaste intenso nas suas principais peças móveis internas. A filtragem do ar

é, deste modo, uma necessidade vital, a fim de conservar o motor e garantir o seu bom funcionamento. Para filtrar o ar e garantir um fluxo constante de admissão de ar para o motor, os filtros de ar são fabricados em fibras celulósicas (papel), oferecendo um superfície de contacto com o ar muito superior ao seu próprio volume, porque o papel está dobrado em pequenas pregas. Além da filtragem, os filtros de ar do motor ainda asseguram outras importantes funções: - Pré-aquecimento do ar de admissão a frio, ou em climas gelados. Esta função permite arranques mais fáceis e a rápida elevação da temperatura do motor até ao nível térmico normal de funcionamento, diminuindo o consumo e as emissões de escape. O aquecimento do ar de admissão é obtido com a mistura de ar quente colhido junto do colector de escape, através de um sistema auto-

Os elementos filtrantes de papel, que têm que ser substituídos frequentemente (10 mil km ou um ano, nos carros ligeiros), são descartáveis e estão montados no interior de caixas metálicas ou plástico reforçado, em cima do motor, ou ao lado deste. Se o filtro não for substituído por outro especificado pelo fabricante do motor, ou se o prazo de validade tiver sido excedido, o filtro deixa de assegurar correctamente as suas funções, aumentando o consumo de combustível e as emissões de escape, ao mesmo tempo que se verifica uma perda de potência, bem como falhas no equilíbrio térmico e no amortecimento do ruído do motor.

Veículos industriais Na maioria dos casos, é utilizado um elemento filtrante de papel, que assegura excelentes resultados, embora também se utilizem filtros metálicos em banho de óleo, para certas aplicações. Nos filtros de óleo, o lubrificante é que é substituído, sendo o filtro limpo com um produto dissolvente adequado e reutilizado. Os filtros de ar dos camiões têm geralmente a tomada de ar no cimo da cabina, a fim de minimizar a poluição do ar aspirado. A fim de reduzir o volume do filtro, que ocuparia muito espaço, para filtrar todo o ar necessário, é muitas vezes utilizado um pré-filtro, integrado na caixa no filtro, que possui o efeito de ciclone do ar aspirado, depositando as partículas num contentor específico (Fig. 5). A manutenção destes filtros inclui a substituição do elemento de papel e a limpeza do recipiente de partículas. Muitos filtros de papel para pesados têm um indicador integrado de uso, que mostra quando o elemento deve ser substituído. A utilização do efeito de ciclone do ar aspirado alonga a vida do elemento filtrante e consegue intervalos de manutenção mais alargados. Nalguns casos, são montadas válvulas de descarga automática das impurezas, o que simplifica a manutenção dos filtros. O sistema de ciclone pode ser usado indiferentemente com filtros de papel ou de banho de óleo, mas não assegura por si só uma filtragem suficiente das impurezas e partículas de menores dimensões. Amortecimento do ruído Os filtros de ar contribuem para manter o nível global dos veículos dentro dos limites legais permitidos. O amortecimento do ruído proveniente do colector de admissão do motor é basicamente obtido a partir da configuração da caixa do filtro de ar, segundo os princípios de configuração do Melmholtz resonator, que utiliza a reflexão do som, para reduzir o nível sonoro. Este sistema é também utilizado no desenho dos sistemas de escape. Geralmente, consegue-se reduzir o ruído entre 10 e 20 dB.


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REPINTURA AFINAÇÃO DA COR

Uma entre milhares M

Na actividade de repintura automóvel a determinação exacta da cor é fundamental, porque a fórmula da tinta original se desactualiza, à medida que o sol introduz modificações na pintura de fábrica de um veículo.

uito embora se tenha convencionado que as cores do arco iris são apenas sete, isso apenas permite definir as tonalidades básicas, que permitem milhares de misturas diferentes, com a agravante de cada cor poder ser clara ou escura, com mais ou menos brilho, suja ou limpa, etc. A determinação exacta da cor é fundamental, porque a fórmula da tinta original vai-se alterando ao longo do tempo. Uma das soluções empíricas para este problema são as cartas de cores, utilizadas em várias actividades, incluindo na repintura automóvel, onde existe um grande número de cores, todas identificadas numericamente e com uma formulação pré definida. Não obstante, nas cartas de cores apenas se consegue incluir um número limitado de cores, quando já são várias as centenas utilizadas na indústria automóvel. Além disso, as próprias cartas variam a cor em função do material usado, do tempo decorrido desde a sua impressão, havendo ainda o problema da comparação visual das cores, que pode ser realizada em condições de luz muito diferentes, para além da percepção individual da cor ser subjectiva. Portanto, para haver uma medição, quantificação e identificação das cores, tendo em vista a sua exacta reprodução, são necessários critérios e métodos objectivos, como é o caso dos métodos quantitativos e as relações matemáticas dos números. O que é uma cor? Para responder a esta curiosa questão, uma vez que estamos convencidos que podemos identificar facilmente qualquer cor com um simples relance visual, são necessários três elementos básicos, começando pelo objecto. Em seguida, é necessária a presença da luz, bem como a de um observador, sem o qual não há quem identifique a cor. Por outro lado, a cor só pode manifestar-se na presença da luz, que a reflecte do objecto para os olhos do observador. Logo, as características da própria luz interferem com essa reflexão dos raios luminosos que servem de veículo à luz. Uma lâmpada de incandescência, que tem uma luz amarelada, torna as cores mais avermelhadas, enquanto que as lâmpadas fluorescentes de néon as tornam mais azuladas. Com a luz solar, acontece algo idêntico, pois a mesma cor apresenta tonalidades variáveis de manhã ao entardecer e ao meio-dia. Desta forma, para se identificar uma cor convenientemente, é necessário utilizar a luz solar, evitando as primeiras e as últimas horas do dia.

No caso de ser necessário recorrer a iluminação artificial, recomenda-se as lâmpadas ditas "luz de dia" (D65, do ponto de vista técnico), que é uma reprodução teórica da luz diurna normal. Na realidade, essas lâmpadas apenas imitam a luz de um céu claro do Norte da Europa… Quanto ao observador, já vimos que os olhos e a mente de cada pessoa correspondem a uma determinada percepção subjectiva da cor.

Os espectrofotómetros Felizmente, a electrónica, as tecnologias da informação e as ciências matemáticas vieram em auxílio dos profissionais de repintura, tendo dado origem a um aparelho quase mágico, o espectrofotómetro (Fig. 1), que consegue medir de maneira objectiva as características de uma determinada cor. Na verdade, esse tipo de equipamento possui uma fonte luminosa normalizada (sempre igual), que envia raios luminosos para o objecto, sendo capaz de medir e analisar a luz reflectida por esse mesmo objecto. A medição é efectuada por intermédio do comprimento de onda correspondente a cada cor, sendo os dados obtidos trabalhados matematicamente, a fim de obter as coordenadas da cor. Essas coordenadas, por seu turno, permitem a sua representação gráfica numa matriz ou diagrama axial cromático (Fig. 2), para posterior identificação de toda e qualquer cor, em função dos valores encontrados pelo espectrofotómetro. Com o diagrama cromático é possível também representar as tolerâncias das diferenças de cor, que resultam dificilmente perceptíveis para a visão humana. Foram criados vários sistemas de cálculo para determinar essas tolerâncias, que podem ter expressão numérica. A partir da expressão numérica podemos voltar novamente às coordenadas da cor, o que permite criar variantes de cor de uma determinada fórmula. Mesmo assim, por mais estranho que possa parecer, a observação visual ainda é o método que fornece mais informação sobre a cor e as suas diferenças ou desvios.

O espectrofotómetro nasceu nos laboratórios de estudo e desenvolvimento de sistemas de pintura, mas é já utilizado em várias actividades profissionais, incluindo a repintura automóvel. A penetração deste equipamento já é considerável em certos mercados, aguardando-se novos desenvolvimentos.

Ferramentas de cor para repintura As pastilhas de cor são o sistema básico de verificação da cor. Graças ao código de cor fornecido pelo construtor do veículo, é possível localizar a carta de cor, que permite a comparação directa com a pintura do carro que se vai pintar. É fundamental que a comparação se faça numa parte da pintura sem danos, mas o mais próximo possível da zona de reparação. As cartas de cor que fo-


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REPINTURA ram pintadas à pistola são mais credíveis, pois as cartas impressas são incapazes de reproduzir os efeitos metalizados ou nacarados, que hoje são frequentes nas carroçarias dos modelos mais recentes. Após a comparação, é possível optar pela cor que está na carta ou, pelo contrário, escolher uma variante ou retocar a fórmula original, a fim de conseguir afinar a cor com o máximo de exactidão. Controlando as características da cor (tonalidade, altura do tom e grau de saturação), o pintor consegue geralmente retocar a cor. Para o conseguir, é preciso variar gradualmente um dos componentes básicos da fórmula de cor, de forma separada, para poder comprovar o efeito das modificações na cor final. Com método e paciência consegue-se estabelecer uma relação entre a variação da quantidade e o resultado obtido. Deve-se actuar em sequência e de forma independente em relação a cada uma das coordenadas da cor, pelo menos inicialmente, uma vez que a quantidade de um dos componentes básicos afecta as três coordenadas. Paralelamente aos retoques efectuados na fórmula da cor, o pintor deve contar com o efeito dos parâmetros de aplicação, pois a viscosidade (diluição) da mistura, distância de aplicação e a pressão da pistola são factores que têm grande influência no aspecto final da cor, podendo torná-la mais clara ou escura, mais suja ou limpa, etc.

Com a medição rigorosa e exacta dos parâmetros da cor, é possível estabelecer as suas coordenadas e obter um diagrama cromático, onde praticamente estão presentes todas as cores que se podem obter.

O método mais científico O espectrofotómetro e o método de afinação de cor que lhe está associado constitui uma alternativa válida ao processo artesanal e empírico utilizado por muitos pintores, que confiam plenamente na sua sensibilidade e experiência, podendo ser utilizado vantajosamente por profissionais com menor ta-

rimba e com gosto pelos cálculos abstractos. A primeira operação é medir a cor da carroçaria com o espectrofotómetro, escolhendo uma superfície pintada próxima do local da reparação. Várias medições, realizadas em vários ângulos, ajudam a reduzir a margem de erro que as partículas metálicas e de efeito da tinta

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provocam nos dados obtidos. Em seguida, compara-se a medida obtida com as cores que o equipamento possui na sua base de dados. As cores mais próximas da cor da carroçaria devem ser então ordenadas segundo a diferença matemática existente entre elas. Dependendo da potência do programa instalado no espectrofotómetro, podem também estar acessíveis fórmulas já corrigidas, que o próprio software calcula automaticamente, a fim de reduzir a diferença entre ambas as cores. Também existem programas em que é possível efectuar simulações da cor que se pretende obter, fazendo variar manualmente os dados relativos às quantidades dos produtos básicos da fórmula. Para isso, no entanto, são necessárias as curvas espectrais obtidas na medição da cor. Essas curvas também permitem avaliar outros aspectos, como é o caso dos fenómenos metamétricos, ou seja, a possibilidade de duas amostras de cor coincidirem, sob certas condições (fonte de luz, observador, geometria da peça, etc.), mas não em condições diferentes. Seja como for, a opção por um ou outro método de afinação de cor, depende inteiramente do profissional e deverá garantir os melhores resultados, no menor tempo possível. Não está posta de parte a utilização generalizada da tecnologia dos espectrofotómetros na repintura automóvel, tudo dependendo do retorno do investimento e da relação custo/produtividade/rentabilidade. PUB

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PRODUTO Texa

Na palma da mão Antecipando as necessidades das oficinas em matéria de diagnóstico automóvel, a Texa lançou recentemente algumas importantes novidades com destaque para o Axone Palm e para o Axone Pad.

Terceira dimensão

A

progressiva presença da electrónica no automóvel, obriga os construtores de equipamento de diagnóstico a uma constante evolução tecnológica. Os italianos da Texa estão neste aspecto claramente na vanguarda tecnológica, como se prova pelo recente lançamento do Axone Palm e do Axone Pad, que sendo aparelhos de tamanhos diferentes, possuem o mesmo programa operativo. Com estes novos aparelhos a Texa quer ir também de encontro às necessidades de mobilidade de um mecânico, estabelecendo assim um novo modo de trabalho, em que a pesquisa de avarias efectua-se utilizando duas modalidades distintas: A primeira unidade é constituída por um interface que comunica com as diversas centralinas presentes no veículo e é ligado directamente à tomada de diagnóstico; A segunda unidade que trata da elaboração e da visualização dos dados, pode ser, tanto um Axone Palm como um Axone Pad, já que ambos entram em comunicação com a primeira unidade através da ligação sem cabos (tecnologia Bluetooth). Esta nova solução permite ao mecânico efectuar um trabalho desde qualquer ponto do veículo sem o impedimento de cabos. Por exemplo, no caso do controlo dos piscas traseiros, o técnico de reparação deve simplesmente colocar-se na parte traseira do veículo e activar a função respectiva com o Axone Palm ou o Axone Pad, verificando rapidamente o correcto funcionamento. Os instrumentos individuais de diagnóstico, como o osciloscópio, analisador de gases, entre outros, são unidades operativas, capazes de efectuar de modo efi-

TEXA Ibérica Diagnosis S.A. Sede: C/ llevant, 2 (Can Mascaró) La Palma de Cervelló 08756 Barcelona - Espanha Director-Marketing: Trini Sanchez Telefone: +34 93/6535099 Fax: +34 93/6535083 E-mail: info@texaiberica.com Internet: www.texa.pt ciente as provas específicas para as quais foram desenvolvidas. Porém, com o Axone Palm ou com o Axone Pad o técnico passa a dispor de um único instrumento que elabora e visualiza os dados enviados de cada unidade operativa específica. Muitas são as vantagens operativas ligadas a esta nova filosofia de trabalho, das quais a Texa destaca pelo três. Em primeiro lugar, passa a existir um único sistema de controlo, isto é, o técnico utiliza um único instrumento operativo dotado de um único interface visível de forma comum a todas as unidades operativas individuais. Outra vantagem, é que o programa operativo do Axone Palm ou Axone Pad está organizado por tipo de matrícula/veículo e não por tipo de prova, o que permite recuperar rapidamente o histórico do veículo. A terceira vantagem diz respeito à impressão unificada, o mesmo é dizer qie é possível dispor de uma única impressora

ligada via rádio, para reproduzir de maneira unificada as provas realizadas. Para além de serem manejáveis, ligeiros, cómodos e mesmo práticos o Axone Palm e o Axone Pad, foram desenvolvidos tendo ainda em atenção outras características, que têm a ver com a sua utilização em ambientes oficinais, onde existem ólos, reduzidos e sujidades inerentes à actividade. Assim, a carcaça do Axone Palm e do Axone Pad são fabricadas com um plástico especial que assegura um elevado grau de robustez. As várias partes do equipamento foram montadas de maneira a evitar as infiltrações de líquidos (nomeadamente óleos e água), graças à utilização de juntas adequadas. Para facilitar a operacionalidade deste aprelhos, o ecrã é “touch-screen”, antireflexo e de alta luminosidade, permitindo uma visibilidade perfeita mesmo com a presença de luz solar e desde qualquer ângulo.

A Texa está a lançar no mercado aquilo que considera ser a “terceira dimensão do diagnóstico”, que está disponível com Axone Palm e com o Axone Pad. A primeira dimensão refere-se à possibilidade de diagnóstico que oferece um instrumento de diagnóstico ligado à tomada de diagnóstico de um veículo. A segunda dimensão diz respeito à capacidade do instrumento de diagnóstico em oferecer também todos os dados técnicos dos veículos para os quais pode realizar o diagnóstico (períodos de manutenção, valores de referência mecânicos, esquemas eléctricos, fichas de referência, etc.). A terceira dimensão inserida agora pela Texa, redefine a classificação dos instrumentos para a reparação, através daa informação partilhada, ou seja, a possibilidade de aceder a uma base de dados que contém milhares de soluções correctas e resolver assim uma determinada avaria sobre um veículo, baseando-se simplesmente numa reparação já efectuada com êxito por uma outra oficina, que possivelmente está a milhares de quilómetros de distância. Através de uma parceria com o famoso motor de busca “Google”, a “terceira dimensão” da TEXA foi materializada simplesmente com a aparição no ecrã do Axone Palm e do Axone Pad de um pequeno botão “Busca” que está identificado com um ponto de interrogação. Quando é seleccionado acede-se a um écran muito parecido à Internet, através do qual é possível digitar o problema que apresenta o veículo de um cliente e ligarse ao servidor da Texa. Se a anomalia se encontra dentro das registadas pela Texa, aparecerá uma descrição das soluções já experimentadas e o procedimento detalhado da intervenção de reparação a efectuar. Refira-se que para se poder aceder a esta tremenda funcionalidade bastará à oficina dispor de uma normal ligação à internet ADSL sem cabos (Wi-fi).



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MECÂNICA PRÁTICA

Colaboração:

PASSO A PASSO

Ensaio dinâmico 1º PASSO Equipamento de ensaio de suspensões de placas oscilantes. As placas estão colocadas no pavimento da oficina e o processador com monitor encontra-se ao lado das mesmas.

2º PASSO Antes de realizar o ensaio, efectua-se uma inspecção visual ao estado das suspensões, a fim de detectar fugas, rupturas, parafusos desapertados, deformações, etc.

3º PASSO Colocar o carro no posto de ensaio, com o motor a trabalhar, efectuando a montagem da respectiva manga de extracção dos gases de escape. A pressão dos pneus tem que ser verificada e corrigida, caso se verifiquem diferenças para os valores especificados pelo construtor. PUB

da suspensão A forma mais rápida e efectiva de avaliar o estado de toda a suspensão consiste em fazer passar cada um dos eixos da viatura numa máquina de placas oscilantes, que praticamente hoje existem em todos os centros de inspecção de veículos e nas linhas de pré-inspecção das melhores oficinas de reparação. Seguidamente, analisaremos o correcto ensaio de suspensão, em dez passos sucessivos. 4º PASSO O teste à suspensão deve ser realizado a quente, isto é, depois da viatura ter percorrido alguns quilómetros.

5º PASSO Posicionar as rodas dianteiras do carro nas placas do equipamento de ensaio, o qual é ligado em seguida.

6º PASSO A observação das oscilações das rodas dá uma ideia empírica do estado da suspensão.

7º PASSO Terminado o ensaio do trem dianteiro, colocar as rodas posteriores em cima das placas oscilantes, accionando novamente o equipamento.

8º PASSO Observada a oscilação das rodas de trás, o ensaio está terminado, sendo necessário consultar de seguida os dados fornecidos pelo monitor do equipamento. Para uma análise mais cuidadosa, pode ser conveniente imprimir os resultados do teste.

9º PASSO Nas máquinas de teste de suspensões com placas oscilantes, o programa relaciona os dados das medições em percentagem (%) da massa estática e dinâmica de cada roda.

10º PASSO Este tipo de ensaio de suspensões permite efectuar um diagnóstico orientativo do amortecimento e verificar se existem diferenças acentuadas de amortecimento entre as rodas do mesmo eixo.



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CARROÇARIA

Colaboração:

OFICINA DE PINTURA

Organização da oficina de reparação A organização de uma empresa faz parte de uma disciplina que inclui um conjunto de técnicas destinadas a aumentar a produtividade do trabalho industrial, através de uma maior racionalização e da criação de condições e sinergias favoráveis. A oficina de repintura automóvel é também uma unidade de produção industrial e não foge a esta regra geral.

N

ESQUEMA 1 Planificação da oficina

Previsão de horas de carga de trabalho

Horas Pintura

Técnico de pintura

Superfície Instalações Equipamento

Secção de Pintura

Horas Chapa

Técnico de chapa

Superfície Instalações Equipamento

Secção de Carroçaria

Horas Mecânica

Técnico de mecânica

Superfície Instalações Equipamento

Secção de Mecânica

Horas Técnico de Electricidade electricidade

Superfície Instalações Equipamento

Secção de electricidade

OFICINA

Análise da Oficina Modificações

Ampliações

Melhoramentos

ENTREGA AO CLIENTE

CONTROLO DE QUALIDADE FINAL

MONTAGENS

PREPARAÇÃO/PINTURA

CONFORMAÇÃO

SUBSTITUIÇÕES

CABINA DE PINTURA

PEDIDO DE MATERIAL RECEPÇÃO DE MATERIAL

REPARAÇÃO ESTRUTURAL

DESMONTAGENS

ESQUEMA 2

RECEPÇÃO

os próximos parágrafos, iremos analisar as questões que têm maior influência na organização das oficinas de repintura. A primeira dessas questões é a inevitabilidade da oficina de repintura automóvel prestar um serviço à comunidade humana que está dentro da sua zona de influência, devendo necessariamente existir um equilíbrio entre as necessidades da procura esperada e a capacidade de oferta de serviços aos potenciais clientes. Apesar disso, ainda hoje é comum que os responsáveis ou empreendedores de oficinas que vão iniciar a sua actividade revelem critérios pouco objectivos nas suas decisões, pelo que a oficina resulta num amontoado improvisado de meios técnicos e humanos dentro de um mesmo local, sem que tenha existido um estudo prévio fundamentado da sua dimensão e da sua localização. Noutros casos, a experiência demonstra que as condições de saturação do conceito presente, em termos logísticos e de meios disponíveis, exigem um ampliação ou mudança das instalações. A correcta concepção de uma oficina de repintura automóvel deve partir das horas de carga de trabalho, sendo a partir dessa previsão que se recrutam os meios humanos necessários para o cumprimento desses horários, bem como todos os meios técnicos e instalações postos à disposição da força de trabalho, a fim de alcançar o objectivo inicial da carga horária (Esquema 1).

FLUXO DE PRODUÇÃO

QUADRO 1 Apliquemos o que acabamos de expor a um pequeno exemplo: Pretendemos estabelecer uma oficina de carroçaria/repintura, a partir dos seguintes dados: Iniciativa Dados obtidos Fonte Censo da zona de influência da oficina 100.000 hab. Inquérito padronizado Censo dos veículos existentes na zona da oficina 41.666 veículos Ministério do Interior Número de oficinas existentes na zona da oficina 15 Observação directa ou através da D.G. das Actividades Económicas/Finanças No quadro acima estão mencionados os habitantes e os veículos, mas é relativamente simples obter os primeiros a partir do nº de veículos. O mais complicado por vezes é obter a dimensão do parque local. Um dos dados estatísticos conhecidos é o número de habitantes por veículo, que em Espanha é de 2,4 (média). Em Madrid existe um índice de 1,9, enquanto que em Ciudad Real é de 3. Para Portugal o INE também dispõe de estatísticas equivalentes. Se partíssemos do parque local para calcular os habitantes, bastaria multiplica o nº de veículos por 2,4 (Espanha), para obter a população da zona. Outros dados úteis disponibilizados pelo Centro Zaragoza são os seguintes: Veículos/ano que visitam a oficina 45% Índice de sinistralidade 20% Índice de fidelização 35 -65% Tempo de reparação médio

12 horas

Horas/ano/técnico (carroçaria/repintura)

1.863

41.666 x 50/100 = 20.833 41.666 x 23/100 = 9.583 Concessionários: até 45% Oficinas independentes: 55/65% Reparação de chapa + pintura + mecânica + electricidade (sinistros) Total alargado, incluindo horas extraordinárias

Das hipóteses aos indicadores Para chegar ao plano definitivo é necessário começar com hipóteses, que terão que ser confirmadas pelos indicadores concretos do mercado e pelos cálculos derivados deles. A partir daí, podem começar a tomar-se algumas decisões, tomando como referência a experiência do sector de reparação automóvel, a fim de permitir chegar a uma configuração da oficina tão equilibrada quanto possível. Por outro lado, com a empresa já em fase de laboração, pode tornar-se necessário aplicar os mesmos critérios utilizados na sua planificação, a fim de verificar se existe uma perfeita adequação do plano à realidade concreta do mercado. A partir de uma análise baseada nesses critérios, podem aparecer pontos passíveis de serem melhorados, ou até mesmo a hipótese de uma ampliação, no melhor dos casos. De qualquer forma, quer nos encontremos na fase de planificação, quer já tenhamos passado a uma fase subsequente de análise de resultados, a condição essencial consiste em dotar a oficina da melhor organização e dos meios proporcionais aos objectivos de produção. Previsão da carga de trabalho - Os parâmetros de cálculo principais da carga de trabalho da oficina, nascem essencialmente da análise da zona onde a oficina está localizada, assim como de indicadores específicos do sector de reparação automóvel. No primeiro caso, é preciso considerar a zona dentro do contexto urbano e o tipo de povoação, o número de oficinas já em laboração, bem como as vias e outros meios de comunicação. O registo de veículos e a população residente na zona de influência da oficina são também dados básicos. Os serviços da administração local ou estatal podem proporcionar facilmente esses dados. No segundo caso, teremos que considerar o preço/hora médio da zona, custo médio das reparações, tempo de reparação médio da zona e taxa de fidelização. Um exemplo prático do cálculo da carga de trabalho previsível é apresentado no Quadro 1. Dimensionamento e organização espacial Embora nestas linhas não pretendamos planificar detalhadamente uma oficina, existem certos princípios gerais de dimensionamento das instalações da oficina e da organização espacial das actividades e fluxos de trabalho que convém respeitar, porque a experiência prática já os consagrou, em termos genéricos. Uma regra básica consiste em considerar uma área mínima de 21 m2 (correspondente a um rectângulo de 6 x 3,5 metros), ou seja,


CARROÇARIA

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Colaboração:

QUADRO 2 - Se a oficina que pretendemos instalar se destinasse às actividades de carroçaria/pintura + mecânica + electricidade, o dado de referência seria 45% de veículos (visitas), mas se a actividade se limitar a carroçaria/repintura, o dado a utilizar é o índice de sinistralidade (20%). Por outro lado, temos que levar em conta a taxa de fidelidade, sendo os outros clientes meramente ocasionais. Portanto, a partir dos dados obtidos, já se pode simular a carga de trabalho da oficina/exemplo. Parque mínimo potencial Parque supostamente fidelizado Nº de veículos efectivamente reparados Horas de reparação/ano Nº de técnicos de mão-de-obra directa necessários

41.666 x 15 = 2778 2778 x 60/100 = 1.667 1.667 x 45/100 = 750 750 x 12 = 9.000 9.000 h : 1.863 h/ano = 4,8

Taxa de fidelidade adaptada 60%

5 técnicos

A partir deste cálculo básico, podem ser aplicados os índices de aumento ou diminuição da carga de trabalho (atrasos devidos aos transportes públicos ou engarrafamentos de trânsito, serviço de carro de substituição/cliente, recolha/entrega de carros reparados, etc.). Outro dado que poderá influenciar a simulação das horas de trabalho anuais é o tipo de oficina que se pretende montar (independente multimarca, autorizada, oficina " privativa " de uma seguradora, etc.). Para finalizar, pode ser conveniente prever uma percentagem da superfície disponível pelo menos para uma opção de ampliação de instalações. dois postos de trabalho, por cada técnico de mão-de-obra directa (ramo de carroçaria/repintura). Pelo exemplo do Quadro 2 (5 técnicos), a área mínima disponível teria que ser igual a 105 m2 de superfície produtiva, sendo necessário acrescentar as áreas correspondentes às zonas de bancos de carroçaria, cabinas de pintura e áreas de preparação, o que dá uma superfície total bastante maior. Obviamente, em segunda instância, haveria que planificar as superfícies adequadas a cada especialidade técnica praticada pela oficina. A superfície total bruta da oficina deveria ainda incluir zonas de espera e estacionamento, recepção, escritórios, vestiários/lavabos, armazém, casa

ESQUEMA 3 Eixos Organizativos da Oficina de Reparação DIMENSIONAMENTO CORRECTO - Pessoal - Superfície - Equipamentos - Instalações ADMINISTRATIVOS - Vendas - Orçamentos - Actividades realizadas por mão-de-obra indirecta

SISTEMA ORGANIZATIVO

SUBSISTEMAS ORGANIZATIVOS

PROCEDIMENTOS EFICAZES Sistema de Sigma 8 ... ... PARA O DESENVOLVIMENTO qualidade DA ACTIVIDADE

PRODUTIVOS - Actividades de mão-de-obra directa - Processos de trabalho

AVALIAÇÃO DOS CUSTOS DE TRABALHO - Rendimentos

ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO E PESSOAL - Funções - Responsabilidades

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dos compressores, armazenamento de produtos perigosos e reciclagem de materiais, etc. Deste modo, para a instalação de uma nova empresa de reparação automóvel, é aconselhável escolher uma localização e um tipo de construção que ofereçam algum desafogo, uma vez que as perdas de rendimento causadas pela falta de espaço e pela deficiente distribuição das superfícies podem alcançar os 10%. No Esquema 2, é apresentado um modelo genérico e não exaustivo de fluxo de reparação, servindo para qualquer tipo de superfície e área disponível para a planificação da oficina. Factores de produção, gestão e organização A planificação de uma oficina de reparação automóvel completa-se com a selecção dos equipamentos e das tecnologias de intervenção com mais potencial para aumentar a produtividade e a rentabilidade da empresa. Por outro lado, atendendo a certas funções indispensáveis e à prevalência das boas práticas, é possível identificar alguns vectores organizativos, a partir dos quais a direcção da oficina deve actuar. Cada um dos vectores devem estar identificados correctamente, com funções e responsabilidades bem definidas, dentro do organigrama previamente definido para a empresa. O sistema global de gestão deve assentar em procedimentos identificados e documentados, concebidos para assegurar a máxima eficácia e rentabilidade (Esquema 3). PUB


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ACTUALIDADE Destaques

Nova gama Car Audio da Pioneer

U

ma das apostas da Pioneer para 2008, ao nível dos produtos Car Audio para o segmento PND (Dispositivos de Navegação Portátil) é o sistema AVIC. Disponível em diversas versões, o destaque vai para o AVICF500BT que, sendo portátil, permite a utilização num segundo veículo ou como leitor multimédia portátil, com todas as

vantagens que isso acarreta. Esta AVICF500BT dispõe de amplificação para integração com o rádio original de qulquer carrro, apresentando entradas USB ou “jack” para leitura audio ou video. Conectividade com iPod e Bluetooth Parrot para chamadas em mãos livres, são outras características do aparelho. Dispõe ainda de um mapa com cobertura europeia, com destaque para Portugal, cobrindo 97% da área da rede de estradas (225.000 Kms de estrdas) e 48% da população com um detalhe de informação ao nível do número da porta. As novidades da Pioneer não ficam por aqui, já que ao nível dos auto-rádios, colunas e aplificadores, também existem novos modelos, especificamente orientadas para a melhore qualidade de som, facilidade de montagem e interacção com as mais recentes tecnologias.

E

Mercedes C220 Cdi Station

Mais classe

O

m qualquer das suas gerações a Classe C Station sempre foi uma referência, e a mais recente reforça essa regra. Muito elegante do ponto de vista estético e com uma identidade visual fortemente conotada com a marca, também no interior se sentem os “valores” da marca. Construção irrepreensível, onde estão aplicados materiais de grande qualidade e um bom nível de equipamento, com elementos que ajudam muito na condução (limpa vidros e ar condicionado automáticos, cruise control, sistema de controlo da pressão dos pneus, etc). Com as amplas e diversas regulações da direcção e do banco do condutor não há compromissos na posição de condução, pois encontramos sempre a ideal. A direcção é muito informativa de tudo o que se passa na estrada, a caixa de velocidades é precisa e o motor 2.2 litros tem

A

F

Sistema de navegação contribuem para a segurança

instituto de pesquisa líder na Holanda TNO, acaba de anunciar os resultados globais de um estudo promovido por diversos institutos de renome da Europa e Estados Unidos (incluíndo a credível TUV) que comprovam o efeito positivo dos dispositivos de navegação por satélite na condução e segurança rodoviária. O estudo foi promovido pela TomTom e conduzido na Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Itália e Estados Unidos. Aqui ficam as principais conclusões do estudo: - A utilização de dispositivos de navegação por satélite melhora o comportamento dos condutores e reduz os níveis de stress. - Os sistemas de navegação reduzem o esforço pois potenciam maior atenção na estrada. - A utilização de sistemas GPS melhora o comportamento dos condutores quando viajam em ou para áreas desconhecidas. - Os equipamentos de navegação por satélite reduzem a quantidade de quilómetros percorridos. - Os dispositivos GPS reduzem os tempos de viagem ao conduzir para ou por uma zona desconhecida.

Câmara que lê sinais de trânsito

Opel anunciou que vai estrear no novo modelo Insígnia um sistema com uma câmara que tem como objectivo aumentar a segurança de condução, reduzir o stress e contribuir para o cumprimento dos limites de velocidade na estrada. Este dispositivo integra duas funções complementares: o Reconhecimento da Sinalização de Trânsito, que lê os sinais de limite de velocidade e de proibição de ultrapassagem, permitindo visualizá-los no painel de

instrumentos, e o Aviso de Saída de Faixa, que alerta os condutores sempre que estes, inadvertidamente, saiam da sua faixa de rodagem. Designado ‘Opel Eye’, este sistema com câmara grande angular de alta resolução e com diversos processadores do sistema, foi desenvolvido conjuntamente pelos engenheiros GM/Opel e por especialistas do fornecedor Hella. Localizada atrás do pára-brisas, junto do espelho retrovisor, a câmara detecta os sinais de trânsito e as marcas na faixa de rodagem. Pouco maior do que um telemóvel, esta câmara tem capacidade para captar 30 imagens por segundo. Dois processadores de sinais, com a ajuda de software criado pela GM, filtram e lêem os fotogramas, passando essa informação ao condutor .

agora mais 20 cv (170 cv) do que na geração anterior, enquanto o binário é de 400 Nm, proporcionando performances bem acima do que é legalmente aceite. Com um chassis tão bom (que recorre a um sistema de amortecimento selectivo, denominado Agility Control, que se adapta ao estilo de condução do condutor), o comportamento desta carrinha da Mercedes garante muito prazer de condução, mesmo nas estradas sinuosas. Mercedes C220 CDi Station Cilindrada cc: 4/2.148 Potência Cv/rpm: 170/3.800 Binário Nm/rpm: 400/2.000 Velocidade Km/h: 224 Acel.0-100 km/h seg.: 8,9 Cons.Médio L/100Km: 6,1 Preço (desde) 46.300 Euros

Renault Clio Break 1.5 DCi

Jovem família

inalmente o Renault Clio ganhou uma versão Break, permitindo à marca uma cobertura ainda mais abrangente do segmento B. Relativamente ao Clio de 3 e 5 portas, a variante Break tem como argumento principal a versatilidade por via da maior volumetria do porta-bagagens, mas também pelas soluções encontradas para transportar todo o tipo de objectivos. Referência absoluta na classe, o Clio Break possui uma bagageira com 439 litros de capacidade, o que na prática quer dizer que pode levar o dobro da bagagem relativamente a um Clio de 3 ou 5 portas. Com os bancos traseiros rebatidos, fazendo por isso um espaço de carga realmente plano, o Clio Break pode levar até 1200 litros de objectos. Tudo isto torna o Clio Break numa opção claramente familiar, com conforto

para quatro passageiros e um chassis e umas suspensões que estão orientadas para o conforto de rolamento. A posição de condução é fácil de encontrar, devido às diversas regulações dos banco e do volante, enquanto a direcção eléctrica é muito leve, mas como é normal pouco informativa. Quanto ao motor de 1.5 litros dCi de 85 cv, tem como argumento principal os reduzidos consumos, embora não desiluda em termos de performances. Renault Clio Break 1.5 DCi Cilindrada cc: 4/1.461 Potência Cv/rpm: 85/3.750 Binário Nm/rpm: 200/1.900 Velocidade Km/h: 174 Acel.0-100 km/h seg.: 13,0 Cons.Médio L/100Km: 4,4 Preço (desde) 18.750 Euros




SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

COLECCIONÁVEL

Nº 32 Julho 2008

BOLETIM TÉCNICO Colaboração:

OPEL ASTRA G 2.0 DTL No caso de termos a luz avisadora do painel acesa e o motor com baixo rendimento, é possível que encontremos na memória do sistema de autodiagnóstico o erro "Sistema de recirculação de gases de escape". Contudo, não devemos pensar imediatamente em substituir a válvula EGR ou a respectiva electroválvula. Em primeiro lugar, é necessário verificar a admissão de ar e a correcta leitura da massa de ar, pois é em base deste valor que a ECU comanda o circuito EGR. Estes motores. em particular, possuem uma borboleta estranguladora na conduta da admissão, destinada a optimizar o fluxo de ar para o motor. Com o decorrer dos quilómetros, estas borboletas tendem a ficar poluídas com impurezas e perdem a sua capacidade de movimento óptimo, podendo causar problemas de funcionamento do motor e valores incorrectos do sensor da massa de ar. Nestas condições, é aconselhável verificar a existência de fuga ou rupturas nas tubagens pneumáticas, limpar a válvula EGR, verificar a existência da depressão de comando e confirmar a resistência da electroválvula, que deve andar à volta de 5-7 Ohm. Se o problema persistir, há que desmontar o colector de admissão e limpar cuidadosamente a borboleta, comparando os valores reais da massa de ar, com os valores da página de parâmetros dos aparelhos de diagnóstico da linha Axone/Navigator (TEXA). Eventualmente, pode ser necessário substituir o sensor de massa de ar e/ou a electroválvula do sistema EGR. Controlo de emissões de escape A regulamentação das emissões dos automóveis tem vindo a tornar-se mais restritiva nos últimos anos. Em 1993 já tínhamos a norma Euro 1, mas em 2005 entrou em vigor a norma Euro IV, que pretende reduzir as emissões em 50%, relativamente à norma Euro III. As motorizações diesel estão a ter um claro sucesso, porque são os motores de combustão interna como melhor rendimento termodinâmico e uma combustão mais eficiente, o que se traduz por menor consumo de combustível e menor nível de emissões. Os problemas concretos dos motores diesel no plano das emissões não são tanto o CO ou os HC, mas as partículas e os NOx (óxidos de azoto). Para as primeiras foram desenvolvidos os filtros de partículas, enquanto que a forma de reduzir os NOx é a recirculação de gases de escape, que permite reduzir a temperatura de combustão a baixas e médias cargas do motor. Com o sistema EGR, que consiste em fazer entrar no ar de admissão uma certa quantidade de gases de escape (até 40-60%), podem reduzir as emissões de NOx em 70%, ainda que provoque um aumento das partículas em 30%. A válvula EGR, que permite dosear ou impedir a passagem dos gases de escape para a admissão, tanto pode ser montada no colector de escape, como no colector de admissão (Fig. 1). O sistema tradicional consiste numa membrana deformável, que recebe uma certa quantidade de vácuo, controlada pela unidade de gestão do motor, através de uma electroválvula. Como é lógico, todo este sistema carece de manutenção de assistência, embora não dê habitualmente muitos problemas.

Figura 1 A válvula EGR, tanto pode ser montada no colector de escape, como no colector de admissão.

ESQUEMA BÁSICO Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Descrição X-Y Localização Unidade de gestão do motor S31 Junto ao motor Vela do cilindro 1 H31 Junto ao motor Vela do cilindro 2 I 31 Junto ao motor Vela do cilindro 3 L31 Junto ao motor Vela do cilindro 4 M31 Junto ao motor Módulo electrónico pré-aquec. R35 À direita da bateria Electroválvula EGR R35 À esquerda da bateria Electroválvula sobrealimentação E30 Junto ao motor (à dirt.) Aquecimento do filtro N30 Protecção frontal Relé actuador aquecimento filtro Caixa de fusíveis Relé da gestão motor Caixa de fusíveis Bateria de arranque Q34 Junto ao motor (à esq.) Sensor da massa de ar G31 Admissão Unidade da bomba injectora N35 Entre motor e radiador Pino centralina regul. electrónica sistema ar condicionado Pino módulo A/C (BEHR) M28 Consola central Pino módulo A/C (DELPHI) M28 Consola central Sensor de rpm N35 Entre motor e radiador Pino da unidade cx. Autom. M29 Na alavanca Interruptor da embraiagem Q30 No pedal Regulador de velocidade Q28 Coluna da direcção Actuador de torção R35 À direita da bateria Interruptor das luzes stop Q30 No pedal de travão Ligação das luzes de stop Pino módulo conversor velocidade viatura Pino Infodisplay M29 No centro do painel Pino unidade faróis Xénon S11 Eixo posterior à esquerda Pino rádio/navegador M29 Centro painel Pino Multi-Info-Display M29 Centro painel Pino do painel de instrumentos Q28 Painel lado condutor

31 32 33 34 35 36 37

Pino Centralina arrefecimento motor Comutador de ignição Sensor temperatura óleo Sensor de sobrealimentação Sensor temperatura motor Sensor posição do acelerador Pino da unidade de ABS

sinal acidente esquerda Habitáculo Entre motor e radiador Entre motor e radiador À direita do motor No pedal acelerador Sob o reservatório fluido travões 38 Pino Infodisplay a cores M29 Ao centro do painel instrumentos 39 Pino da unidade imobilizador Q28 Coluna da direcção 40 Estes fusíveis estão presentes quando as versões são equipadas com sistema de climatização F 03 Fusível de 60 A Cx. fusíveis F 06 Fusível de 20 A Cx. fusíveis F 08 Fusível de 80 A Cx. fusíveis F 3.38 Fusível de 10 A Cx. fusíveis e relé F 3.46 Fusível de 15 A Cx. fusíveis e relé F8.56 Fusível de 30 A Cx. fusíveis e relé

2

R35 P27 N35 N35 H35 P30 Q30

01

OPEL ASTRA G 2.0 DTL Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) ANO 2000


SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

ESQUEMA ELÉCTRICO

Tipo de Dispositivo AActuador de torção - Activação negativa ECU - Alimentação do relé da gestão do motor ECU - Alimentação pela chave ECU - Massa 1 ECU - Massa 2 Unidade de gestão da bomba de injecção - Sinal 1 Unidade de gestão da bomba de injecção - Sinal 2 Unidade de gestão da bomba de injecção - Sinal 3 Unidade de gestão da bomba de injecção - Sinal 4 Ligação das luzes de stop . Sinal On/Off Electroválvula EGR - Activação negativa Electroválvula sobrealimentação/Activação negat. Interruptor de luzes de stop - Sinal contacto N.A. Interruptor de luzes de stop - Sinal contacto N.C. Interruptor da embraiagem – Sinal Sensor de massa de ar - Sinal 1 Sensor de massa de ar - Sinal 2 Sensor de massa de ar - Sinal 3 Sensor de massa de ar - Sinal 4 Módulo electrónico de pré-aquecimento - Sinal 1 Módulo electrónico de pré-aquecimento - Sinal 2 Regulador de velocidade (se montado) - Sinal 1 Regulador de velocidade (se montado) - Sinal 2 Regulador de velocidade (se montado) - Sinal 3 Relé da gestão do motor - Activação negativa Sensor de rpm - Massa com fecho Sensor de rpm - Sinal no arranque Sensor de rpm - Sinal em funcionamento Sensor do acelerador – Alimentação Sensor do acelerador - Massa Sensor do acelerador - Sinal 1 Sensor do acelerador - Sinal 2 Sensor de sobrealimentação – Massa Sensor de sobrealimentação - Sinal 1 Sensor de sobrealimentação - Sinal 2 Sensor temperatura motor - Massa de referência Sensor temperatura motor – Sinal Sensor temperatura do óleo - Massa de referência Sensor temperatura do óleo - Sinal (Quando o carro está equipado com caixa automática) Pino da unidade da cx. autom. - Sinal

02 2

OPEL ASTRA G 2.0 DTL Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) ANO 2000

Pin Out A60 A3 A39 A1 A2 B99 B100 B105 B91 A30 B97 B96 A30 A65 A31 B84 B92 B83 B88 B87 B94 A45 A63 A64 A58 B101 B90/98 B90/98 A49/57 A49/57 A38 A69 B93 B82 B85 B93 B89 B93 B86 A35

Pino da unidade da cx. autom. - Sinal no Pin 10 Pino da unidade da cx. autom. - Sinal no Pin 25 Pino da unidade da cx. autom. - Sinal no Pin 36 Pino da unidade da cx. autom. - Sinal no Pin 39 Pino da unidade da cx. Autom. - Sinal de rpm (Quando o carro está equipado c/ ABS) Pino da unidade de gestão do ABS - Sinal Pino da unidade de gestão do ABS - Sinal velocid. Pino da unidade do imobilizador - Sinal Pino da unidade do imobilizador Sinal da luz avisadora de avarias no motor Pino da unidade de faróis Xénon - Sinal veloc. (Quando o carro está equipado c/ Infodisplay) Pino da unidade Infodisplay - Sinal do consumo Pino da unidade Infodisplay - Sinal 1 Pino da unidade Infodisplay - Sinal 2 Pino da unidade Infodisplay - Sinal de rpm

A31 A67 A30 A34 A27 A30 A68 A35 A42 A68 A29 A30 A65 A27

Pino da unidade Infodisplay - Sinal temp. motor Pino da unidade Infodisplay - Sinal da velocidade Pino do módulo de comando de A/C (BEHR) Pino do módulo de comando de A/C (DELPHI) Pino módulo cálculo velocidade (s/ABS) - Sinal Pino do painel de instrumentos - Sinal de rpm Pino do painel de instrumentos Sinal da luz avisadora de avarias do motor Pino do painel de instrumentos Sinal da luz avisadora das velas incandescentes Pino do painel de instrumentos Sinal da temperatura do motor Pino do painel de instrumentos - Sinal da velocidade Pino do rádio/navegador - Sinal da velocidade

A28 A68 A33 A33 A68 A27 A42 A43 A28 A68 A68

Nota: Informação obtida do software Texa IDC3 Plus


Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 32 Julho 2008

BOLETIM TÉCNICO

2. Controlo do sinal de comando da ECU à unidade de comando de pré-aquecimento - Se o resultado for negativo, é necessário verificar as cablagens e/ou a unidade de comando da injecção; 3. Controlo da unidade de comando das velas - Se o resultado for negativo, o problema pode ser atribuído à própria unidade de comando. Depois da substituição do(s) componente(s) defeituoso(s), é necessário verificar com um aparelho de diagnóstico que tudo voltou à normalidade.

ACELERAÇÃO FRACA E IRREGULAR Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Pino unidade do sistema ABS - Sinal de velocidade A68 Pino da unidade do sistema de climatização A68 Pino da unidade de regulação faróis (Xénon) Sinal de velocidade da viatura A68 Pino da unidade de Infodisplay a cores Sinal de velocidade da viatura A68 Pino da unidade de cálculo da velocidade (nos modelos sem ABS) A68 Pino do painel de instrumentos Sinal de velocidade A68 Pino do rádio/navegador - Sinal de velocidade A68 * Importante: todos controlos referem-se à massa da bateria

Aceleração fraca e irregular A sinalização de anomalias, no sistema da Opel, fica memorizada na unidade de comando da injecção (Bosch EDC 15M). Nestes carros, o sistema de pré-aquecimento dos cilindros é composto por uma unidade de comando (relé temporizado) e quatro velas de incandescência. A primeira coisa a fazer é verificar a alimentação da unidade de comando: massa, alimentação de 12 V do fusível e alimentação pela chave de contacto. Depois que verificar que a unidade de comando tem a alimentação correcta, há que efectuar os seguintes controlos: 1. Velas de incandescência - Se os valores não estão dentro dos especificados, o problema é atribuível à própria vela;

Dificuldade de pegar a quente Nestes casos, a primeira coisa a verificar é a unidade central de gestão do motor, através do pin out 1, que corresponde à alimentação. O estado da alimentação deve estar correcto, para que tudo possa funcionar normalmente. Os técnicos da Texa aconselham os mecânicos a estarem muito atentos a todas as ligações de alimentação que não pareçam originais e padronizadas (cores, diâmetros, uniões, etc.). As linhas de alimentação positiva devem ser de cor vermelha, laranja ou rosa. As linhas de alimentação negativa devem ser negras, castanhas ou de duas cores (preto/violeta), etc. O diâmetro dos cabos de alimentação, por outro lado, é bastante maior do que os cabos de sinal. Ao efectuar reparações e/ou substituições, o diâmetro dos cabos deve ser sempre respeitado. Quando isso não for possível, o diâmetro pode ser superior ao original, mas nunca inferior. A utilização de fios não especificados, de menor diâmetro, pode causar graves problemas de funcionamento e de segurança nos sistemas do veículo. Pode considerar-se normal o estado de uma linha de alimentação, quando o potencial no ponto de chegada é igual ao do ponto de partida, em condições correntes de funcionamento. Para testar os circuitos de alimentação dos diversos dispositivos do veículo, liga-se o terminal negativo de um osciloscópio digital ao borne negativo da bateria. Depois de efectuar o mesmo com o borne positivo, ligase este aos pontos que interessa verificar, com o osciloscópio da função automática, que permite visualizar a voltagem das diversas ligações. Quedas sensíveis de voltagem indicam falhas de alimentação, que é necessário corrigir.

DIFICULDADE DE PEGAR A QUENTE Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) ECU do motor - Alimentação do relé de gestão A3 ECU do motor - Alimentação pela chave A39 Sensor da temperatura do óleo B86 Sensor da temperatura do motor B89 *Importante: todos controlos referem-se à massa da bateria

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OPEL ASTRA G 2.0 DTL Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) ANO 2000


SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

BARRA DE LIGAÇÃO Aplicações: VW Sharan (Ref.ª n.º 7M3 411 371C), Seat Alhambra (Ref.ª n.º 7M3 411 371C), Ford Galaxy (Ref.ª n.º 1 361 653) ANOMALIA

Ruídos de suspensão ao conduzir a viatura. CAUSA

Devido à sua função e localização (Fig. 1), a barra de ligação é submetida a fortes solicitações externas. Ambas as rótulas estão muito expostas à projecção de água poluída da via, quando chove. Um fole de protecção de borracha deteriorado pelos detritos da estrada (Fig. 2 e 3), permite que a água e outros poluentes se introduzam na rótula, arrastando para fora o lubrificante e causando a oxidação da peça. Em consequência disso, a superfície da rótula fica áspera e desgasta a taça de plástico onde encaixa a rótula (Fig. 4). Criada a folga devido ao desgaste, a rótula começa a bater, provocando ruídos de suspensão. SOLUÇÃO

Não havendo outros danos, a montagem da peça Febi n.º 12002 elimina a folga da rótula e os ruídos por ela causados. Descrição da peça: • Fole de borracha (5) - Composto de borracha de alta performance assegura a necessária elasticidade; - Desenhado para vedar completamente a rótula; - Comprovada resistência a lubrificantes.

• Anilhas de retenção (6) - Especialmente desenhadas para esta peça, as anilhas de mola garantem a total vedação do fole. • Lubrificante - É usado um lubrificante de alto desempenho, para garantir a perfeita lubrificação da rótula e do respectivo casquilho de plástico (7); - Protecção contra a corrosão de toda a peça. ADVERTÊNCIA DE MONTAGEM

- Utilizar apenas ferramentas adequadas ao serviço em questão, para não danificar o fole. - Evitar o contacto de fluidos agressivos com a borracha do fole (óleo de travões, ácidos, etc.). - Evitar pancadas e outros impactos acidentais que possam danificar a borracha do fole, o que provoca a deterioração prematura da peça. - Seguir sempre as instruções do fabricante, durante a operação de montagem da peça.

febi no. 12002

TERMINAL DE BARRA Aplicações: Audi A4, A6 E A8 (Ref.ª n.º 4BO 419 811 E), VW Passat (Ref.ª n.º 4BO 419 811 E), Skoda Superb (Ref.ª n.º 4BO 419 811 E) ANOMALIA

Quando a viatura se desloca, são ouvidos ruídos de suspensão.

evitar que vibrações de alta frequência sejam transferidas para outras peças.

fef. no. 4B0 419 811

ADVERTÊNCIAS DE MONTAGEM CAUSA

A sobrecarga da peça original (ref.ª n.º 4BO 419 811 E) provoca a falha da mesma. Por causa disso, essa referência já não é montada pelas marcas Audi, VW e Skoda, tendo sido substituída. SOLUÇÃO

Montagem da peça reforçada Febi Bilstein n.º 22044 (Ref.ª .nº 8EO 419 811 B). Características da peça: - Diâmetro mais largo, a fim de aumentar a capacidade de carga da peça; - Corpo mais sólido; - Substituição da anilha de mola por um casquilho, a fim de proteger o fole de borracha. Importante: Na peça nova desenhada pela Febi Bilstein a borracha foi conservada no interior do corpo, a fim de tornar a condução mais suave e

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INFORMAÇÃO FEBI Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) PARA OFICINAS

- A utilização de ferramentas inadequadas pode inutilizar prematuramente as rótulas. - Atenção aos requisitos especiais da barra de 4 rótulas onde a peça é montada. - Seguir sempre as instruções do construtor durante toda a operação de montagem da peça. febi no. 22044 ref. no. 8E0 419 811 B


Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 31 Junho 2008

MECÂNICA PRÁTICA

TENSOR DE CORREIA Aplicação: Motores Mercedes Benz CDI (Ref. n.º 611 200. 04 70) ref. no. 611 200 04 70 ANOMALIA

SOLUÇÃO

Devido a problemas de concepção, o tensor montado na origem pode provocar ruídos. Por causa desse problema, o construtor já deixou de montar esse tensor.

(para o pós-venda independente) O tensor original deve ser substituído pelo tensor de correia da Febi n.º 26775 (ref.ª n.º 646 200 02 70)

CAUSA

Os ruídos são provocados porque a mola (2) é excessivamente comprida e bate na base da peça, no interior da qual está montada (1). Nestas aplicações, apenas interessam as características torcionais da mola (2) (6). O contacto da mola com o veio interior do tensor (3) e no fundo da caixa deste (4) origina os ruídos.

Características da peça: Um casquilho de plástico de alta resistência ao desgaste é montado no interior da mola (5), evitando o contacto do metal contra metal, da mola (6) com o fundo da caixa do tensor. Como só interessa neste caso a força torcional da mola, o comprimento desta foi reduzido (6). O ruído é evitado porque a mola está em contacto com o casquilho de plástico (7) e não toca em nenhuma peça metálica. Na última versão deste tensor Febi a tampa posterior da caixa do tensor (8) possui um pino fundido que permite centrar a mola. febi no. 26775 ref. no. 646 200 02 70

KIT DE CORREIA DE DISTRIBUIÇÃO (FEBI N.º 14110) Aplicações: Vauxhall Corsa B, Tigra A, Astra F 1.4, e 1.6 16V, Vectra B, 1,6 16V e 1.8 16V (excepto 1.8 XE) (Ref.ª n.º 10606 274) ANOMALIA

Risco da correia partir ou perder a sincronização. CAUSA

A forma das polias da correia de distribuição foi alterada pelo construtor, pois as anteriores eram ligeiramente levantadas na extremidade (Fig. 1), o que provocava a rápida deterioração da face lateral da correia de distribuição. Havia pois o risco da correia saltar dentes, falhando a sincronização da distribuição, ou mesmo partir-se,. provocando graves danos no motor.

SOLUÇÃO

Ao substituir a correia de distribuição com o kit Febi 14110, convém verificar se possui a polia ligeiramente elevada. Nesse caso, substituir a polia pela nova versão (2) que tem a referência Vauxhall plan 5614 430. A novo polia encaixa perfeitamente na correia, assegurando uma vida útil mais longa do kit de distribuição. Ao substituir a polia da distribuição, o pinhão da cambota (3) deve ser igualmente substituído (Vauxhall 0614 546), assim como o respectivo parafuso de aperto (4) (0614 932 Torx). ADVERTÊNCIA DE MONTAGEM

Plano Opel 5614 430

Em todos os casos em que é substituída a correia da distribuição, a bomba de água também deve ser substituída, por razões de segurança e de economia. As peças indicadas são a Febi Bilstein n.º 18691 (motores 1.8i) e Febi Bilstein n.º 24314 (motores 1.4 e 1.6i 16V).

febi no. 18691 para motor 1.8

febi no. 24314 para motores 1.4 e 1.6 16V

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INFORMAÇÃO FEBI Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) PARA OFICINAS


SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 32 Julho 2008

SERVIÇO

Procedimentos de montagem de vedantes A importância da montagem de vedantes de óleo em veios é muitas vezes minimizada, com prejuízo da duração da peça. O resultado são as fugas de lubrificante e os riscos para os componentes mecânicos que daí derivam, para já não falar do evitável impacto negativo no meio ambiente. Para a montagem resultar completamente, o vedante deve ser previamente lubrificado, com óleo ou massa lubrificante, a fim de eliminar o atrito entre as peças e para proteger o próprio vedante durante as primeiras rotações do veio. A utilização de uma ferramenta de montagem própria é outro requisito indispensável para obter uma montagem de qualidade e fiável. Com a ferramenta específica de montar vedantes, não só a operação se torna mais simples e rápida, como evita a possibilidade do vedante ficar enviezado no veio, cumprindo mal a sua função. Uma prensa pneumática ou hidráulica fornece a força necessária para montar correctamente o vedante, aplicando-a nos pontos onde deve ser aplicada. Obviamente, todos os conselhos e "dicas" dos serviços técnicos da Timken destinam-se a ajudar os reparadores a efectuar um trabalho de qualidade, mas não dispensam a consulta e o

FIG. 2 Alojamento

Ferramenta de montagem

Diâmetro reduzido

Vedante deformado

Alojamento

FIG. 1

ADVERTÊNCIA - Seguir sempre as instruções do fabricante dos equipamentos. O desrespeito pelas instruções de montagem e avisos pode provocar avarias e criar riscos de danos pessoais sérios.

Diametro mínimo 5-10 mm mais largo do que o vedante (diâmetro exterior) Ferramenta de montagem

MONTAGEM DE VEDANTES NOS VEIOS A sequência correcta da montagem consiste em montar primeiramente o vedante no veio e depois introduzi-lo no respectivo alojamento. É necessária toda a prudência para não danificar os lábios de borracha do vedante. O correcto ângulo de deslizamento minimiza este problema. Ao montar vedantes em veios estriados, é conveniente tapar as estrias com um revestimento liso, para evitar os cortes no vedante. No entanto, essa protecção não deve exceder 5 mm acima das estrias, para não forçar o vedante (Fig. 3). Quando o veio tem que ser montado através do vedante, é conveniente usar guias para centrar o veio, a fim de evitar a deformação do vedante e a deslocação da respectiva mola (Fig. 4). De preferência, o veio deve ser rodado manualmente ao passar através do vedante, para reduzir o atrito das duas peças. Em qualquer caso, é sempre indispensável que o veio esteja centrado e alinhado com o vedante (Fig. 5).

Ferramenta de montagem Alojamento

FIG. 3

Alojamento

Montagem de vedante em veio estriado A espessura " E "= chanfradura da ferramenta + 5 mm A ferramenta encosta na superfície do alojamento

Diâmetro 5-10 mm menor do que o diâmetro alojamento Ferramenta de montagem

Ferramenta de montagem

Alojamento

Perímetro exterior engelhado Alojamento

FIG. 4

A ferramenta encosta na superfície de apoio

Alojamento de grandes cargas

A espessura " E "= chanfradura da ferramenta + 5 mm A ferramenta encosta na superfície do alojamento

Diâmetro mínimo 5-10 mm acima do diâmetro exterior do vedante. Ferramenta de montagem Alojamento

A ferramenta encosta na superfície do alojamento Prato de pressão

Alojamento

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Fiat INFORMAÇÃO Punto (188)PARA 1.9 JTD OFICINAS (Euro 3)

Vedante enviezado

MAL

Desalinhamento de eixos

cumprimento das instruções e das especificações do construtor do veículo. Nas próximas linhas são fornecidos alguns exemplos de maneiras correctas e incorrectas de montar vedantes de veios. PROCESSOS ACEITÁVEIS DE MONTAGEM Na Fig. 1, podem ver-se quatro processos diferentes de montagem de vedantes de veios, dependendo do próprio vedante e do local onde fica instalado. Em qualquer dos casos, no entanto, verifica-se que a força necessária à montagem é distribuída uniformemente no vedante, de forma a mantê-lo perpendicular ao eixo da cavidade onde fica alojado. PROCEDIMENTOS INCORRECTOS Vários processos empíricos de montagem podem ser observados na Fig. 2, através dos quais o vedante é deformado ou incorrectamente instalado, abrindo caminho à sua rápida deterioração. O principal erro destes métodos consiste na distribuição localizada da força de montagem, devido principalmente ao facto das ferramentas não serem adequadas, ou ao descuido do operador.

BEM Pino de centragem

FIG. 5 Veio comprido A) MAL

B) BEM Disco de alinhamento


Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 32 Julho 2008

SERVIÇO

Montagem de Correias Estriadas e Trapezoidais Aqui ficam alguns conselhos para a montagem correcta de correias estriadas e trapezoidais, para o funcionamento perfeito da transmissão. Quando o veículo do cliente “uiva” ou “chilra”, está na altura do profissional dar uma vista de olhos à correia. Está alinhada? Está suficientemente tensa? Está bem montada? Precisa de ser substituída? Quando a transmissão por correias dispõe de um dispositivo tensor de correia automático: - Com as ferramentas convencionais mova o dispositivo tensor até à posição de desmontagem da correia. - Retenha o dispositivo tensor (Fig. 1).

Conselhos de Segurança

- Utilize para a montagem obrigatoriamente ferramentas especiais (em nenhum caso use chaves de fendas!). Preste atenção para que a montagem se realize sem forçar ou danificar a correia. - A utilização de cera aderente ou agentes similares deverá ficar reservada para casos de emergência e somente para evitar ruídos. - Não submeta nunca os componentes da transmissão da correia a um tratamento com dissolventes corrosivos já que estes atacariam as peças de plástico. - Assegure-se que as polias de transmissão estejam em perfeito estado (isentas de sujidade, óxido e arestas) e que se ajustam à secção da correia. - Reveja o paralelismo ao eixo e o alinhamento correcto das polias. - Transmissões de correias trapezoidais em jogos devem ser equipadas com correias da mesma longitude. Em caso de ruptura de uma correia deve-se substituir o jogo completo.

- Preste atenção ao esquema de funcionamento da correia (a elaboração de um esquema ajuda). - Retire a correia. - Submeta o tensor interior, os tensores exteriores e as polias de transmissão a uma revisão sobre possíveis desgastes e danos (Fig. 2). - Primeiro proceda à montagem da correia adequada colocando-a sobre as polias e o perfil do rolamento (Fig. 3) e em último lugar empurre-a sobre os tensores exteriores lisos (Fig. 4). - Reveja a posição correcta dos canais. - Com as ferramentas convenientes afrouxe a retenção do dispositivo tensor e mova-o até à correia; retire as ferramentas. - Reveja a posição correcta em todas as polias. - Arranque o motor e controle opticamente o sentido do andamento da correia. - Desligue o motor e seguidamente reveja a tensão da correia no ramal condutor com o medidor de tensão Krikit 2 ou 3 (Fig. 5). No caso de uma tensão incorrecta: rever o sistema de tensão seguindo as instruções do fabricante. - Destrua ou recicle de forma adequada a correia substituída. Quando a transmissão por correias tem uma roldana tensora fixa: - Afrouxe o sistema de tensão e mova-o em direcção à transmissão. - Preste atenção ao esquema de funcionamento da correia (a realização de um esquema ajuda). - Retire a correia. - Submeta o tensor interior, os tensores exteriores e as polias de transmissão a uma revisão sobre possíveis desgastes e danos.

- Primeiro proceda á montagem da correia adequada colocando-a sobre as polias frontais e em último lugar sobre os tensores exteriores lisos. - Reveja a posição correcta dos canais. - Tense a correia e reveja a tensão no ramal condutor (5) com o medidor de tensão Krikit 2 ou 3: Correias acanaladas novas

Secção PK: 12 -14 kg/canal Correias acanaladas já em serviço

Secção PK: 9 -10 kg/canal - Durante uns minutos deixe o motor em andamento, desligando-o depois; reveja a tensão e corrija em caso de necessidade. - Destrua ou recicle de forma adequada a correia substituída. Substituição da Correia Trapezoidal A substituição das correias trapezoidais corresponde em grande parte aos mesmos procedimentos da substituição de correias estriadas com roldana tensora fixa. Para ajustar a tensão (Fig. 6) utilize o medidor de tensão Krikit 1. Correias trapezoidais novas:

Secção AVX 10: 40 kg Secção AVX 13: 55 kg Correias trapezoidais já em serviço

Secção AVX 10: 25 - 30 kg Secção AVX 13: 40 - 45 kg

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

2

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CORREIAS Fiat Punto (188)ESTRIADAS 1.9 JTD (Euro 3) E TRAPEZOIDAIS


SUPLEMENTO TÉCNICO

Colaboração:

Suplemento do Jornal das Oficinas

Nº 31 Junho 2008

SERVIÇO

Substituição da embraiagem

FIG. 1

FIG. 2

FIG. 3

A probabilidade de aparecer um destes carros numa oficina para trocar a embraiagem é portanto elevada, constituindo uma oportunidade para os reparadores independentes, visto que se trata de uma operação relativamente simples e rápida. A reparação que descrevemos foi realizada com modelo DCi 1.9 de 2001, que passou a partir desse ano a dispor de uma caixa manual de 6 velocidades. O espaço é um tanto limitado à volta da caixa de velocidades e é preciso rodá-la para a levantar. A melhor maneira de fazer este trabalho é com um elevador de duas colunas, uma barra de suporte para o motor e duas cintas (ou cordas), para segurar a caixa, a partir de um bloco de madeira, colocado acima. Ainda com o carro no chão, desapertam-se os parafusos das rodas e as porcas dos veios de transmissão, de ambos os lados. Retirar a tampa da bateria e desaparafusar a protecção acústica superior do motor, que também deve ser removida. Os terminais da bateria são desapertados, a fixação da bateria é retirada e esta removida do veículo. Soltar a caixa dos fusíveis e a cablagem de ficha múltipla do suporte da bateria, para as retirar, Desaparafusar a ECU e desligar todas as suas fichas de ligação. Desapertar também a fixação da cablagem e retirar a ECU com a sua base de segurança. Desligar a ficha da tubagem de plástico

do intercooler, aliviar os acessórios de fixação de ambos os lados e desapertar a abraçadeira de suporte, a fim de retirar o tubo. O tubo metálico do intercooler também tem molas de cada lado, que têm que ser aliviadas para o retirar. As extremidades das mangueiras do sistema de arrefecimento também devem ser desligadas, assim como o respectivo suporte da frente do motor, que está aparafusado com duas porcas/parafusos da concha da embraiagem. Retirar a mola do tubo hidráulico da embraiagem e suspendê-lo ao alto, para evitar o derrame do fluido. Os cabos de comando das mudanças estão muito bem pensados, pois basta apertar um botão atrás dos mesmos, para que eles se soltem das respectivas uniões esféricas. Retirar de seguida os cabos para cima, para fora do seu suporte, e deixá-los apoiados na divisória do compartimento motor/habitáculo. Antes de continuar, suspender o motor com a barra de suporte. Desligar a ficha do interruptor da luz de marcha-atrás e desapertar os 3 parafusos que faltam na parte de cima da concha da embraiagem, um dos quais também serve para fixar o motor de arranque. Retirar o parafuso superior (Fig. 1), que segura o apoio da caixa de velocidades e aliviar apenas a porca da barra do mesmo apoio. Elevar o carro e retirar a protecção inferior do motor. A caixa deve ser esvaziada, utilizando uma vasilha conveniente, a fim

de guardar o óleo. Baixar um pouco o carro e retirar as rodas da frente. O braço da suspensão da frente do lado interno, do sub-chassis, deve ser retirado, para chegar mais facilmente à caixa da roda do mesmo lado (Fig. 2), a qual também tem que ser retirada. Retirar, ainda, uma chapa de protecção da caixa, a fim de ver duas barras de suporte do sub-chassis (Fig. 3). Desaparafusar as duas barras e levantar o carro, até poder trabalhar por baixo dele. Desapertar uma cruzeta situada entre os braços do sub-chassis e desapertar as fixações da grelha do pára-choques, para ter melhor acesso. Retirar os dois parafusos que seguram o braço do sub-chassis do lado interior da viatura e retirá-lo da sua alça de suporte. De seguida, retirar os dois parafusos (Fig. 4) que seguram os cubos ao montante de suspensão e desmontar os parafusos do veio de transmissão, empurrando para trás os cubos, a fim de retirar as juntas exteriores. Suspender os cubos com segurança, para não danificar os tubos dos travões. Retirar, então, os três parafusos que seguram a junta interna do lado interior (Fig.5), junto ao volante do motor, removendo a seguir a transmissão do carro. Desapertar os 4 parafusos que fixam o suporte do escape e retirá-lo. A transmissão do lado exterior do carro, está presa por uma placa que segura o rolamento

central. Para retirar a transmissão, basta despertar os 2 parafusos dessa placa. Pela parte de trás do motor, retirar o outro parafuso do motor de arranque, a porca da concha da caixa de velocidades e o último parafuso da mesma, deixando o parafuso no seu lugar, por segurança. Com a ponta de uma chave Torx, os dois apoios da concha (Fig. 6), porque eles dificultam a desmontagem da caixa de velocidades. Desaparafusar também o sensor do volante do motor e colocá-lo num local afastado e seguro. Desapertar a barra de reforço do motor, porque este tem que ser inclinado para a frente, a fim de soltar a caixa de velocidades. Suportar a caixa com segurança e retirar a porca do respectivo apoio. Descer o motor e a caixa o suficiente para desapertar o suporte do tubo da direcção assistida do suporte da caixa e desaparafusar igualmente os dois parafusos dos suportes da caixa, dentro da caixa da roda. Atar os tubos da direcção assistida e do ar condicionado, de modo a afastá-las do final da extremidade da caixa de velocidades. Retirar os 3 últimos parafusos da concha da caixa e mais algum deixado para segurança. Puxar, então, a caixa de velocidades, rodando-a mo sentido dos ponteiros do relógio, para libertar o diferencial do sub-chassis. Assim, a caixa pode ser totalmente afastada e abaixada, em segurança. Este modelo está equipado com uma bomba de embraiagem CSC (Concentric Slave Cylinder), que é obrigatoriamente substituída. Retirar o tubo hidráulico, aliviando a mola e desapertar a bomba do veio. A partir daqui, a embraiagem pode ser retirada e o volante bimassa inspeccionado, para verificar o seu desgaste e estado geral. Uma limpeza com um jacto de ar comprimido elimina todas as impurezas e restos acumulados junto da embraiagem. Deste modo, já pode ser montada a nova embraiagem, utilizando uma ferramenta universal de alinhamento. Ao montar uma embraiagem com auto afinação, como é o caso, convém verificar, após a montagem do prato de pressão, que 2 ou 3 pequenas molas na parte superior da embraiagem estão completamente comprimidas (Fig. 7). Resta voltar a montar todos os componentes desmontados, seguindo a ordem inversa da sequência de desmontagem, sem esquecer de encher a caixa de velocidades com 2,4 litros de óleo SX 75W90 GL-5.

FIG. 4

FIG. 5

FIG. 6

FIG. 7

Peugeot Partner O Peugeot Partner 1.9 Diesel é um comercial ligeiro muito popular entre as pequenas, médias e micro empresas, entre outras, tendo sido já produzidos mais de 150.000 veículos destes, desde o ano em que o modelo foi lançado, em 1998.

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Fiat SUBSTITUIÇÃO Punto (188)DA1.9EMBRAIAGEM JTD (Euro 3)


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