CAPA:Jornal das Oficinas
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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel
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Director: João Vieira • Ano II • Mensal • 3 Euros
Nº 33 Agosto 2008
Lei das Pequenas Empresas Europeias (LPE)
“Pensar primeiro nos pequenos”
Assistência à travagem
O Parlamento Europeu aprovou a proposta da Comissão Europeia que visa equipar todos os veículos registados a partir de 2009 com um sistema de assistência à travagem. A Comissão acredita que se todos os carros europeus estivessem equipados com este sistema, anualmente mais de mil vidas de peões podiam ser salvas (15% dos mortos nas estradas). Este projecto faz parte de um leque de medidas cujo objectivo é melhorar a segurança rodoviária nos países europeus.
Sumário Página 38
Automechanika no português
Página 54
Oficina do mês Ricardo Ferreira Auto
Página 55
Japanparts: Visão de futuro
Página 61
Oficina do mês: Satisfação dos clientes
Página 63
Manutenção de travões
Página 65
Afinação sistemas de iluminação
maior parte dos empregos existentes na UE é criada por Pequenas e Médias Empresas (PME), que se definem por ter 250 empregados ou menos. A sua importância é fundamental para o desenvolvimento futuro mas são frequentemente confrontadas com barreiras e obstáculos burocráticos de monta. Para que as PME europeias possam beneficiar de mais ajuda para poderem explorar plenamente o seu potencial de crescimento sustentável a longo prazo e criar mais empregos, a Comissão Europeia apresentou a Lei das Pequenas Empresas Europeias (LPE), baseada em dez princípios orientadores. O Presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, declarou que “a Lei das Pequenas Empresas é mais um passo para a realização da Europa dos empresários, pois representa menos burocracia e mais facilidades para os 23 milhões de PME europeias. É seu objectivo ajudar as PME a desenvolverem-se e dar às melhores uma oportunidade de triunfar ao nível mundial. Significará administrações públicas mais atentas, menos atraso no pagamento de facturas, acesso mais fácil ao financiamento, à inovação e à formação, menos IVA para os serviços prestados ao nível local e melhor acesso aos contratos de direito público. A lei permitirá igualmente
às PME aceder ao estatuto europeu da empresa privada, o que ajudará a reduzir a burocracia e aumentar a clareza”. O Vice Presidente da Comissão, Günter Verheugen, responsável pela pasta da empresa e da indústria, considerou que “a Lei das Pequenas Empresas é movida pelo princípio ‘pensar primeiro nos pequenos’ e reflecte o apoio incondicional da UE e dos seus Estados Membros às pequenas empresas”. Actualmente, os requisitos administrativos de 23 milhões de PME são os mesmos que os das 41 mil grandes empresas europeias, o que não favorece o seu desenvolvimento.
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Marca Fiat emite menos C02
Entre os 10 construtores automóveis que mais vendem na Europa, a Fiat Automobiles alcançou a mais baixa média de emissões de CO2 nos veículos vendidos em 2007, de acordo com uma recente análise da empresa de estudos JATO Dynamics. Com137.3 g/km, a marca Fiat ficou na frente da Peugeot (141.9 g/km), Citroën (142.2 g/km), Renault (146.4 g/km), Toyota (148.8 g/km), Ford (149.1 g/km), Opel/Vauxhall (152.9 g/km), Volkswagen (161.7 g/km) e BMW (176.7g/km).
Fadiga ao volante mata
O Real Automóvil Club de España (RACE) realizou um estudo que mostra que a fadiga - causada por diversos factores - aumenta o tempo de reacção ao volante em 86 por cento e que a partir da segunda hora de condução o condutor deixa de ver 30 por cento dos sinais de tráfego e aumenta em quase o dobro o tempo de reacção ante um imprevisto. A fadiga é a quarta causa de acidentes atrás da infracção das regras, distracção e velocidade inadequada.
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UM MUNDO DE PEÇAS
AO SEU DISPOR
Veículos e Peças S.A.
ALMADA Largo Antero de Quental, 4-A/B - Cova da Piedade - 2800-345 Almada Telefone: 212739430 - Fax: 212739439 - almada@autozitania2.pt
VIALONGA Terra Comprida, Lote 4 - 2625-716 Vialonga Telefone: 219527430 - Fax: 219527439 - vialonga@autozitania2.pt
RUGEMPEÇAS, LDA. Largo de Santo António - 2705-866 TERRUGEM Tel: 219609510 - Fax: 219609519
SARILAUTO DE J.M.SANTOS, LDA. Av. De Lisboa Lote 1114 – Viv.Castelão - Casal de Cambra - 2745 BELAS Tel: 219818130 - Fax: 219818139
RUI E PAULO ALMEIDA, LDA. Rua Tem.M.Ramiro Correia, Lote 24 Lj. Esq - Valfigueira - 2685 SÃO JOÃO DA TALHA Tel: 219959550 - Fax: 219959559
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MCD GARCIA, LDA Av. 1.º de Dezembro. - 2715-109 PERO PINHEIRO Tel: 219279487 - Fax: 219674419
DIAPAUTO – SOCIEDADE DE PEÇAS E EQUIPAMENTOS, LDA. Zona Industrial da Abrunheira - Bloco B-s 10 – Abrunheira - 2710 – 089 SINTRA Tel: 219156810 - Fax: 219156819
A. M. AMARAL – PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO, LDA. Av. D. Nuno Alvares Pereira, 48-A Lj. Dt.ª - 2735 CACEM Tel: 219140299 - Fax: 219129731
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MONTIJO Rua dos Correios, 21-33 - 2870-132 Montijo Telefone: 212308300 - Fax: 212308301 - montijo@autozitania2.pt
AMADORA Avenida D. José I, Nº5 Loja - Reboleira Sul, 2720 Amadora Telefone: 214996290 - Fax: 214996299 - amadora@autozitania2.pt
ODIVELAS Rua Combatentes da Grande Guerra Lote 106 B - Quinta do Mendes - 2675 Odivelas Telefone : 219348830 - Fax: 219330050 - odivelas@autozitania2.pt
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Editorial + Mercado:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
ACTUALIDADE AP Comunicação apresenta nova imagem
Editorial
Inovação e dinamismo No ano em que comemora 15 anos de actividade, a AP Comunicação decidiu modernizar a sua imagem institucional tornando-a mais contemporânea e mais atractiva.
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Combater a crise onfrontado com a questão sobre o que devemos fazer perante a crise económica que assola Portugal e o mundo, Aníbal Cavaco Silva respondeu que “é necessário os portugueses não baixarem os braços perante a crise económica mundial que está a afectar todos”. De facto, se ficarmos simplesmente a lamentar a nossa sorte, outros haverá com mais força de vontade para combater o infortúnio e conseguir ultrapassar a crise. Não há dúvida de que a descida do consumo e o aumento da inflação constituem um facto de desequilíbrio para qualquer economia, afirmando os mais reputados economistas que nos encontramos numa crise de contornos e efeitos imprevisíveis, a mais grave desde a II guerra mundial. Esta tensão tem tido repercussões evidentes na indústria automóvel em geral, e no aftermarket em particular, pois não podemos esquecer que menos poder de compra significa menos carros nas oficinas e consequentemente maior esmagamento dos preços. A verdade é que o pós-venda automóvel constitui um dos pilares da nossa economia, não podendo ser ignorado. Em termos macro económicos, é um dos sectores mais importantes, pois mobiliza grandes recursos. Quando se fala do turismo como o motor da nossa economia, verificamos que este significa 8% do PIB, representando o sector da reparação auto ¼ deste montante, ou seja 2% do PIB nacional. Mas para este sector evoluir e ultrapassar a crise são indispensáveis algumas medidas correctivas e de reanimação. Já aqui temos falado várias vezes na necessidade das oficinas se modernizarem e reinventarem o seu negócio e dos seus empregados e gestores terem mais formação. É pois necessário haver vontade de mudar, porque, os negócios na base actual já deixaram de ser solução há muito tempo. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com
Ficha Técnica
COMUNICAÇÃO
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AP Comunicação, que é a editora responsável pelo Jornal das Oficinas, nasceu em Outubro de 1993, celebrando este ano o seu 15º Aniversário. Direccionada para a área da Comunicação e Relações Públicas, iniciou a sua actividade com a edição de Revistas Associativas, News Letters empresariais e organização de eventos. Nos últimos anos tem desenvolvido o seu trabalho quase exclusivamente para a produção de edições próprias, como são os casos do Jornal das Oficinas, a Revista AP Magazine e mais recentemente a Revista dos Pneus. Sobre as actuais publicações, podemos destacar o grande sucesso obtido pelo Jornal das Oficinas, que em menos de dois anos tornouse numa referência do sector Pós-venda em Portugal, reunindo activamente a participação de operadores e outras entidades, assim como toda a indústria fornecedora. Quanto à Revista AP Magazine, que este ano celebra o seu 5º aniversário, é também uma publicação reconhecida e bem implantada no mercado. A AP Magazine dá especial destaque às entrevistas com personalidades do sector, reportagens a empresas e Mesas Redondas sobre os temas mais actuais, para além de dossiers técnicos e de produto. Este ano, foi lançado um novo título direccionado ao sector dos pneus e serviços rápidos. Trata-se da Revista dos Pneus, uma publicação especializada, prática e de nível profissional, que é também um excelente guia de produto, informando as oficinas sobre os novos produtos e serviços lançados pelas marcas para o mercado dos pneus e serviços rápidos.
Eventos profissionais Para além da sua actividade editorial, a AP Comunicação também organiza eventos para os profissionais do pós-venda automóvel. Nesta área, destacamos os Troféus AP Magazine “Melhor Marca”, este ano na sua quarta edição. São mais um motivo de interesse e uma forma de dar o seu contributo para a dinamização do mercado das peças e equipamentos auto.
No próximo dia 16 de Outubro, a AP Comunicação vai realizar mais um grande evento dirigido ao sector do aftermarket, o 2º Simpósio Pós-Venda Automóvel
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: João Vila PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Mirandela - Estrada Nacional 115, Km 80 - Santo Antão Tojal - 2660-161 Loures Telef: 21.012.97.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”
Uma publicação da AP Comunicação
Quando acabar de ler este Jornal, por favor, coloque-o no Papelão para reciclagem
Editorial + Mercado:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
ACTUALIDADE Outubro é o mês da realização do 2º Simpósio Pós-venda Automóvel, que este ano terá como tema “Desafios para o futuro”. Participarão diversos oradores de prestígio, os quais irão apresentar dados importantes sobre o sector da reparação e manutenção automóvel. A presença de vários especialistas estrangeiros, constitui a melhor garantia de que todos os participantes neste Simpósio poderão actualizar e aprofundar os seus conceitos em inúmeras áreas vitais para a sua actividade, lançando as bases dos seus futuros projectos. Entretanto, já decorreu no passado mês de Fevereiro outro importante evento relacionado com a Formação Técnica para jovens mecânicos. Foi o 2º Concurso Melhor Mecatrónico, que reuniu durante três dias, nas instalações da ATEC, em Palmela, os melhores formandos dos cursos de Mecatrónica Automóvel actualmente existentes em Portugal. Nova imagem A decisão de renovação da identidade visual da AP Comunicação, trata-se de uma opção estratégica que visa transmitir às empresas e às demais entidades com
O significado das cores A nova identidade visual desenvolvida pelo pintor Francisco Neves, pretende actualizar e objectivar a imagem da AP Comunicação, assentando-a numa linguagem gráfica e tipográfica dotada de grande simplicidade e fácil leitura. Francisco Neves explica que “As cores podem ter influência psicológica sobre o ser humano, algumas estimulam, outras tranquilizam, pois são captadas pela visão e transmitidas para o cérebro e consequentemente reflectem impulsos e reacções para o corpo”. É possível pois, compreender a simbologia das cores e através delas dar e receber informações. O azul é a cor predominante, sublinhando o carácter sóbrio, sério e responsável da empresa. Representa a paz, a verdade, a lealdade e honestidade. Garante serenidade e aumenta as capacidades intelectuais.
O verde simboliza esperança, perseverança, calma, vigor e juventude. Representa o amor, associando-se à natureza, à abundância e reequilibra o estado de espírito.
O vermelho significa elegância, paixão, conquista, requinte e liderança. Traduz força e vitalidade, representa a vida e exalta a força de vontade e a perseverança.
A cor amarela desperta, traz leveza, descontracção e optimismo. Simboliza criatividade, juventude e alegria. Demonstra uma personalidade aberta e representa sabedoria.
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quem nos relacionamos, uma imagem de modernidade e dar uma ideia generalizada de inovação e de dinamismo. “Numa época de alterações profundas que irão ocorrer em consequência das mudanças que a indústria automóvel e o aftermarket vão inevitavelmente sofrer, não podíamos deixar de dar um novo impulso para reforçar a imagem da AP Comunicação e, sobretudo, reajustar o seu posicionamento”, justifica o Director, João Vieira. “A AP Comunicação tem por objectivo ser a melhor editora especializada em publicações do sector automóvel e organizadora de eventos para os profissionais deste sector. Ao canalizar a sua estratégia para a produção dos melhores conteúdos e serviços, pretendemos garantir a diferenciação necessária que nos reconhece como empresa empreendedora, eficiente e produtiva”, acrescenta João Vieira. “Estamos atentos às mudanças que têm vindo a ocorrer no sector onde operamos e queremos estar preparados para os desafios que teremos de enfrentar, criando novas oportunidades e uma nova dinâmica”, concluiu este responsável.
Fazendo uso das cores fortes da bandeira nacional, o novo logotipo da AP Comunicação apela também à nossa portugalidade, demonstrando deste modo a todas as empresas, especialmente às estrangeiras, que valorizamos a nossa cultura e temos orgulho de sermos portugueses. Os traços curvos que sublinham o logo AP Comunicação, simbolizam o movimento, a continuidade, a evolução e a inovação, bem como a postura de dinamismo e vitalidade que a caracteriza. Pretende-se assim transmitir uma imagem de empresa moderna, ágil e flexível, que pretende progredir, sempre em parceria com os seus clientes.
“Paixão por Comunicar” O slogan “Paixão por Comunicar”, que a partir de agora passa a acompanhar o logotipo da AP Comunicação, espelha o sentimento com que todos os dias a equipa de redactores, paginadores e comerciais trabalha na sua área de especialidade. Actualmente, a tendência no mercado é para a individualização, para uma maior interactividade com os clientes e para um reforço do carácter emocional das marcas. A frase “Paixão por Comunicar”, resume a paixão que a AP Comunicação tem naquilo que se propõe fazer e visa transmitir uma mensagem de confiança e de espírito vencedor, porque queremos que cada um dos nossos leitores e anunciantes vença no seu mercado, em cada um dos seus negócios. Em síntese, o objectivo final é o de fazer chegar o nome AP Comunicação a mais pessoas e despertar-lhes a atenção para a mensagem que lhes estamos a passar. Queremos que se lembrem de nós, em associação aos valores de confiança e fiabilidade que consideramos serem plenamente transmitidos com esta opção tomada. PUB
ACT - Comissa?o ACAP:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
ACTUALIDADE Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP
Criar competências para um sector forte A Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP estabeleceu no seu plano de actuação medidas que permitirão dinamizar o sector que representa e que vão de encontro aos anseios de um tecido económico com muitas especificidades. Joaquim Candeias (ADL), à esquerda na foto, e Pedro Barros (AZ Auto) falaram deste novo projecto.
A
recém criada Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, mostra já trabalho feito em prol de um sector que se quer dinâmico e preparado para enfrentar um mercado que vive intensamente a conjectura internacional. No curto período da sua existência - Comissão eleita no primeiro semestre de 2007 - já apresentou algumas boas iniciativas, com destaque para um estudo que permite aos intervenientes neste mercado conhecer os dados económicos do sector de actividade do comércio de peças e acessórios. Uma ferramenta preciosa que possibilita às empresas ficarem munidas de um importante e muito útil quadro referencial do sector, que lhes permitirá anualmente analisarem internamente o seu posicionamento, ou seja, poderão saber para cada rácio qual o lugar que ocupam na tabela. Desta forma os associados ficam em condições de redefinir estratégias. A defesa do sector na esfera internacional também faz parte da estratégia da Comissão. Para o efeito, já marcou a sua posição junto das entidades competentes para que o BER seja reconduzido, uma ferramenta que tem contribuído para garantir a competitividade do sector e que está em risco de ser descontinuada já a partir de 2010. A Comissão enfatiza a conquista do BER no que diz respeito à liberdade de escolha da oficina por parte do proprietário do veículo para as operações de reparação e manutenção durante o período de garantia. Para o efeito, elaborou inclusive um panfleto informativo “Repare bem”, “Repare onde quiser”, para distribuição pelas empresas associadas (ver caixa). Pedro Barros (AZ Auto) e Joaquim Candeias (Automotive Distributors), representantes de duas das quatro empresas eleitas para o mandato referente ao triénio 2007-2009, abordaram o trabalho já feito e os objectivos da Comissão. Quando foi eleita a actual Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios da ACAP? Quantas pessoas constituem a Comissão e quais as suas funções? A Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, foi constituída durante o primeiro semestre 2007, as empresas que fazem parte da comissão são AZ Auto, AS Parts, Setparts, Automotive Distributors.
Quais os assuntos que esta Comissão pretende tratar durante o seu mandato? A primeira acção que esta Comissão quis desenvolver foi fazer um estudo de forma a conhecer os dados económicos globais do sector, não só para orientar melhor as suas acções como também para permitir ás empresas deste sector de actividade aferirem o seu posicionamento face aos valores indicadores do estudo. De forma a responder ao anseios dos seus associados a comissão efectuou um inquérito para perceber quais os temas que gostariam de ver tratados pela sua associação. Relativamente aos assuntos já tratados, a que conclusões chegaram, nomeadamente no que diz respeito aos indicadores económicos das empresas do sector da distribuição de peças? A Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP congratula-se por ter conseguido obter, pela primeira vez, para divulgar
aos seus associados e empresas em geral, dados globais do sector de actividade do comércio de peças e acessórios. Os dados estatísticos sobre o sector de peças independentes são em Portugal praticamente inexistentes. Para esta situação contribui uma elevada atomização do mercado, composto por um significativo número de empresas de reduzida dimensão, e a ausência de estatísticas oficiais, designadamente, do INE, que permitam ter uma visão credível da realidade do mercado. Consciente desta realidade e, reconhecendo a dificuldade na obtenção de dados estatísticos junto das empresas do sector, a Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, recorreu a uma empresa consultora, reconhecida internacionalmente – Dun & Bradstreet – para a obtenção de uma base de dados que contemplasse apenas as empresas cujas receitas das vendas de prestação de serviços não tivesse uma importância superior a 10%
em relação ao total da actividade e, ainda, foram retiradas todas as entidades dedicadas ao comércio de pneus. Solicitou-se, ainda, que a amostra contemplasse apenas as empresas com dados disponíveis referentes a 2006. Como resultado destes filtros por nós pedidos, obteve-se, pela primeira vez, dados contabilísticos referentes apenas à actividade das peças e acessórios, não incluindo oficinas, concessionários e postos de pneus ou ainda outras actividades fora do contexto pretendido (exclusivamente peças e acessórios). Esta informação irá permitir às empresas deste sector de actividade aferirem o seu posicionamento face aos valores dos indicadores divulgados. O principal problema é o excesso de operadores o que se traduz num volume de negócios anual bastante reduzido, baixa rotação de stocks e um prazo médio de pagamento superior ao prazo dos recebimentos, uma elevada taxa de endividamento.
ACT - Comissa?o ACAP:Jornal das Oficinas
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ACTUALIDADE E em relação ao projecto para a renovação e modernização das Oficinas? Qual o ponto da situação? Tencionam seguir o exemplo de Espanha que avançou com o projecto “Pantera” de apoio ao desenvolvimento dos sistemas informáticos das oficinas? De momento pensamos que não estão ainda reunidas as condições que permitam este sector de actividade tirar proveito desta ferramenta de trabalho.
E em relação ao novo BER que vai entrar em vigor a partir de 2010? Consideram que deve manter-se como está ou deve haver mudanças? Quais? Consideram que a instalação de peças de qualidade equivalente, deve estar condicionada à aceitação prévia do cliente particular? O BER trouxe ao sector inúmeras vantagens competitivas ao clarificar situações como a possibilidade de efectuar manutenções nos veículos sem perda de garantia, definindo conceitos como peças de origem, peças de qualidade equivalente ou até estabelecendo a liberdade de fornecimento de peças às redes de marca automóvel. Assim sendo, a Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, já fez chegar às autoridades nacionais e à Figiefa, interlocutor do sector na União Europeia, o seu interesse em que o actual BER seja reconduzido. Todavia, o relatório da Comissão, recentemente publicado, aponta como se sabe para outro cenário. A preocupação do sector será, sobretudo, a de transmitir e garantir ao cliente serviços/produtos de qualidade, devidamente certificada, nas condições que a nova legislação comunitária vier a estabelecer. Quais os maiores constrangimentos que os distribuidores de peças encontram no desenvolvimento do negócio virado para as oficinas independentes? Garantir condições de competitividade, de acordo com a legislação vigente e tirar proveito da mesma de forma a continuar a ser competitivo no mercado. Continuar a desenvolver um plano de competências não só no plano formativo como também através das melhores práticas conhecidas no sector. Que apoio disponibiliza a Comissão aos Associados da ACAP que operam no sector da distribuição de peças?
REPARE BEM. REPARE ONDE QUISER. Uma das iniciativas já concretizada pela Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, foi a produção de um folheto informativo sobre a Reparação no período de garantia. Conforme é explicado no folheto, para distribuição pelas empresas associadas, “De acordo com o Regulamento CE 1400/2002, todos os veículos novos podem realizar operações de reparação e manutenção durante o período de garantia em qualquer oficina, sem perderem a dita garantia. Basta seguir as indicações do fabricante no livro de assistência. Se a reparação for devida a uma falha de fabrico do veículo, estando este em garantia, o fabricante pagará a reparação, podendo decidir onde deverá ser efectuada.
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A Divisão de Peças e Acessórios Independentes estabeleceu no seu plano de actuação para o mandato, algumas acções estratégicas que visam justamente apoiar as empresas da distribuição independente, associadas da ACAP nos maiores constrangimentos que as mesmas enfrentam, conforme já anteriormente referido. Destacamos, a informação de gestão e os indicadores do sector cujos principais resultados já foram divulgados através do novo meio de comunicação com os sócios – “InfoPeças”, instituído também neste mandato. Proporcionar às empresas condições de competitividade e por isso mesmo tentar garantir que a legislação europeia não coloque em risco a sobrevivência deste sector e, referimo-nos designadamente, ao encaminhamento para outros normativos das cláusulas de defesa do sector que estão contempladas no BER, ou ainda à possibilidade de garantir o negócio de peças visíveis do automóvel, hoje, seriamente comprometido pela legislação nacional de protecção do desenho industrial e cuja harmonização europeia ainda não foi possível. A adesão à Campanha RC2 – Right to Repair (Campanha para o Direito à Reparação), já on-line em www.r2rc.eu/, a qual visa proporcionar a empresas e consumidores uma vasta informação sobre a qualidade dos serviços prestados a preços competitivos, em língua portuguesa. Por fim, ficará para uma segunda fase, criar instrumentos para que o sector possa estar dotado das necessárias competências para enfrentar a grande complexidade que se avizinha em termos do negócio e das próprias características do produto automóvel. Que balanço faz a Comissão Executiva da Divisão de Peças e Acessórios da ACAP, da actividade da distribuição de peças automóvel em Portugal durante o primeiro semestre de 2008, e quais as perspectivas para 2009? Este sector vive intensamente as conjecturas internacionais, pelo que existe claramente uma redução da procura. Estes momentos devem ser encarados como desafios para a preparação do futuro, não é possível manter o mesmo número de operadores no sector de actividade sem que os mesmos tragam algum valor acrescentado ao negócio. PUB
OPI - John Wormald:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
OPINIÃO Por: John Wormald
A realidade é constituída
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por factos
Para John Wormald, consultor acreditado por diversas empresas, a indústria automóvel europeia deixou-se apanhar num triplo torniquete: Aumento vertiginoso da concorrência asiática; Desperdício de recursos provocado pelo seu próprio modelo de distribuição protegida; e Necessidade de realizar enormes investimentos em verdadeira inovação tecnológica, muito acima do que está a ser actualmente feito.
erante isto, é mais do que tempo de voltar a fazer as contas. Temos que escolher entre a implacável deterioração do sector e uma mudança radical do actual modelo de negócio. Há 25 anos, as pessoas na Europa pensavam que os carros japoneses eram uma brincadeira interessante. Isso já acabou. Depois vieram os coreanos, com produtos um pouco fracos de início. Isso também já acabou. A China e a Índia estão agora a entrar no jogo, embora os seus produtos ainda não estejam ao nível dos mercados dos países desenvolvidos. Mas eles acabarão por lá chegar. Tornam-se assim em concorrentes letais para os operadores ocidentais, principalmente devido à sua enorme força nos pequenos veículos, económicos na aquisição e no consumo de energia. Por outro lado, o seu know-how está a aumentar rapidamente, à medida que a sua engenharia e tecnologias de produção se consolidam. Também não lhes faltarão recursos financeiros para ultrapassar os concorrentes em R&D, bem como para adquirir empresas chave no sector.
O escudo da rede de retalho exclusiva da marca não é seguro O sistema de concessionários autorizados parece cada vez mais a Linha Maginot da indústria automóvel: uma organização magnificente, mas ultrapassada e impraticável. Isso acarreta um enorme desperdício de recursos, devido à duplicação de canais, geralmente ligados a uma só marca. Nem mesmo assim o sistema é particularmente amigável para o consumidor. Além disso, extrair lucros quase monopolistas de consumidores reféns, para conseguir subsidiar as operações de veículos novos, não é uma estratégia viável a longo prazo, em face de consumidores mais informados e de legisladores mais atentos. Pior do que isso, esse sistema perpetua a tendência dos construtores para proliferação excessiva de produtos e para a sobreprodução, em prejuízo da inovação tecnológica genuína. Por outro lado, isso também impede os verdadeiros inovadores de penetrar nos mercados estabelecidos. Basicamente, a regulamentação BER (Block Exemption Regulation) manteve este sistema estável, com apenas pequenas modificações em cada nova versão. E agora, pelo rumo que as coisas levam, tudo leva a crer que a Comissão Europeia não irá publicar nenhuma regulamentação nova para a indústria automóvel, a partir de 2010. Embora isso possa fortalecer temporariamente a influência dos construtores europeus, é provável
provocará a longo prazo grandes modificações na forma como vivemos, trabalhamos e nos divertimos. A concepção global da nossa mobilidade e os veículos que utilizamos terão que sofrer profundas alterações. Embora os construtores europeus reclamem que gastam todos os anos € 20.000 milhões em pesquisa e desenvolvimento de produtos, pelo menos 80% desse montante não é canalizado para verdadeiras soluções inovadoras, mas simplesmente para reformular exaustivamente as soluções já existentes. A indústria automóvel foi arrastada para um vórtice de proliferação incoerente de produtos, que aumenta os custos de produção e reduz as receitas, tornando obsoletos modelos ainda perfeitamente válidos. Desta forma, a maioria dos construtores, excepto no nicho de topo de gama e alguns fornecedores com um forte nível de propriedade intelectual, apresentam uma rentabilidade mais do que medíocre. Este insucesso é por seu turno repercutido nos fornecedores de componentes e tecnologias, limitando grandemente as sua capacidade de inovação, factor crítico para a sobrevivência da indústria automóvel europeia.
que os novos empresários não queiram seguir as pisadas dos anteriores e o sistema de distribuição de marca acabará finalmente por ruir.
Sector automóvel não investe em verdadeira inovação tecnológica Todas as pessoas hoje aceitam que existe um sério risco provocado pelas mutações climática e que é necessário reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, mas existem alguns obstáculos e contradições no caminho. Uma redução de 50% das emissões globais, por exemplo, significa uma redução de 75% do mercado automóvel nos países desenvolvidos. É de facto assustador. Portanto, objectivos de redução de emissões dessa dimensão são completamente impensá-
veis com as tecnologias actuais. Mas também não podemos ficar parados, porque a gasolina sobe nas bombas todos os dias, devido à crescente procura do petróleo, em contraste com uma oferta estável desse produto. Por outro lado, a predominância do transporte rodoviário, mantém a pressão nos preços dos combustíveis e não alivia de modo algum o nível de emissões de CO2. O resultado é que, para não haver falta de combustíveis, teremos que pagar cada vez mais por eles. Deste modo, os países desenvolvidos têm que reexaminar a mobilidade motorizada e os mercados emergentes não podem repetir os erros que já foram cometidos no passado. Tudo isto implicará um grande esforço para reduzir de imediato os consumos desnecessários e
As inevitáveis conclusões Manter os negócios na base actual já deixou de ser solução há muito tempo. O modelo vigente da indústria automóvel europeia, os seus produtos, a forma como são comercializados e a sua manutenção, apenas servem para perpetuar a debilidade financeira das empresas e estrangular a criatividade e a inovação. Isto também é verdade para o sector dos fornecedores de componentes e tecnologia, asfixiados pelas pressões sobre os preços dos seus produtos, enfraquecendo a sua capacidade vital para inovar no plano tecnológico, bem como para o sector da distribuição e assistência. Há, portanto, uma urgente necessidade de desembaraçar tudo isto e reestruturar novamente o sector automóvel no sentido vertical. É possível desenvolver uma indústria mais aberta, mais competitiva e verdadeiramente capaz de enfrentar os desafios efectivos do século 21. Curiosamente, a competitividade nasce da verdadeira concorrência e não do modelo de controlo remoto que tem prevalecido. É realmente chegado o tempo de elaborar um modelo para a mudança. Não será por acaso que todas as inovações que se têm registado a jusante do sector de distribuição e manutenção automóvel venham de operadores independentes, desligados das redes de marca.
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2 Simpósio Pós-venda Automóvel 16 de Outubro de 2008
Centro de Congressos de Lisboa - Rua da Junqueira - Lisboa
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AP Comunicação • +351 21 928 80 52 Director Publicidade: Mário Carmo • +351 91 705 96 75 • mario.carmo@apcomunicacao.com Publicidade: Anabela Machado • +351 96 538 09 09 • anabela.machado@apcomunicacao.com
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CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA
Participe na edição 2008 do Simpósio, que tem como tema: “Desafios para o futuro do Pós-venda Automóvel”.
Este Simpósio pretende constituir-se como o maior acontecimento nacional dedicado ao sector Pós-venda Automóvel, contando com a presença de diversos especialistas mundiais, bem como mais de 300 participantes que poderão aproveitar a oportunidade para confrontar os oradores presentes com a realidade do mercado nacional. É o cenário indicado para conhecer os grandes desafios que o sector Pós-venda vai enfrentar e as oportunidades que se abrem ao mercado da reparação e manutenção automóvel.
Em simposio.apcomunicacao.com encontrará toda a informação sobre o Simpósio, incluindo o seu Enquadramento, Programa, Oradores e Boletim de Inscrição.
TEMAS EM DEBATE:
DESTINATÁRIOS:
• As energias alternativas e o automóvel (Como preparar o Pós-venda?)
Abrangendo os diversos sectores de actividade do Pós-Venda Automóvel, este evento destina-se a:
• Tendências para o futuro da distribuição de peças
• Directores de empresas fabricantes de peças e equipamentos
• O Comércio de Peças (Peças de Marca versus Peças Independentes) • A Oficina de hoje (Oficina independente tradicional versus Redes de Oficinas e Concessionários) • Formação Profissional (Tendências e Necessidades)
• Novo BER (Acesso à informação técnica)
• Novas tecnologias / novos desafios (o maior obstáculo do aftermarket) • Novos players na Indústria (Índia e China)
• Mobilidade a preço baixo precisa-se! (Construtores apostam em híbridos e automóveis mais leves)
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• Proprietários e gerentes de oficinas multimarca;
• Directores de empresas de distribuição de peças e equipamentos • Directores Pós-Venda das oficinas de marca
• Proprietários e gerentes de auto-centros e serviços rápidos
• Proprietários e gerentes de oficinas de pneumáticos
• Administradores de empresas e entidades diversas ligadas ao Pós-Venda Automóvel ou outros interessados neste mercado
simposio.apcomunicacao.com
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1 DIA 8 ORADORES
CRE VAA S E POGOR E UPE A * INS
75€
MAIS DE 300 PARTICIPANTES Venha assistir ao debate com os protagonistas John Wormald
Josef Frank
Cotado como autor, orador, moderador e consultor da indústria automóvel europeia e global, John Wormald moldou a sua carreira em torno das questões cruciais da indústria automóvel, em especial no que se refere à distribuição e ao aftermarket. Co-fundador e Director da empresa autoPOLIS, realiza análises estratégicas e previsões para vários actores do sector automóvel, incluindo construtores de veículos, fornecedores OEM, distribuidores, prestadores de serviços, instituições financeiras e organismos governamentais.
Director de Aftermarket do CLEPA, Josef Frank é especialista no Pós-venda Automóvel e grande conhecedor da realidade deste mercado em toda a Europa e das tendências que irão prevalecer no futuro. O CLEPA integra os mais proeminentes fornecedores de peças de automóveis, sistemas e módulos; associações nacionais de comércio e associações sectoriais europeias de vários países representando directa e indirectamente mais de 3.000 companhias automóveis de todas as dimensões.
Michel Vilatte
Jorge Neves
Michel Vilatte, Presidente da FEDA (Féderation des Syndicats de la Distribuition Automobile – Federação dos Sindicatos da Distribuição Automóvel) vem falar do direito dos distribuidores de peças receberem informação técnica, dados e códigos do construtor do veículo, para permitir não só a entrega das peças, mas também para fornecer informação técnica aos reparadores independentes, para os permitir levar a cabo reparações de qualidade.
Country Manager da Precision Iberia em Espanha desde 2005, Jorge Lizardo Neves vem falar sobre as reparações no período de garantia, um tema ainda desconhecido da maioria dos automobilistas e até de algumas oficinas. Antes de assumir as actuais funções na Precision Ibéria, Jorge Neves foi Director de Marketing e Vendas no Entreposto Holding (2003 a 2004) e membro do Conselho de Administração do Entreposto Lisboa, responsável pelas áreas de Assistência e Peças.
Tiago Farias
Dário Afonso
Tiago Lopes Farias é Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico onde concluiu a licenciatura (1990) e realizou provas de Doutoramento (1997) em Engenharia Mecânica. Fundou em 2001 a DTEA Transportes, Energia e Ambiente, uma Divisão do Grupo de Investigação em Energia e Desenvolvimento Sustentável, desempenhando as funções de coordenador. Vai falar sobre as energias alternativas e o automóvel.
Uma carreira dedicada ao pós-venda, tendo trabalhado com várias multinacionais do sector. Esta experiência permite-lhe, hoje, ser considerado uma referência a nível nacional e internacional no aftermarket. Co-fundador e managing partner da empresa ACM, desenvolve uma forte actividade como consultor de empresas, formador comportamental e coacher. Faz ainda parte do grupo exclusivo de formadores Team Up, cuja formação em “Client Relationship Skills” é já uma referência internacional.
Outros oradores confirmados:
Miguel Gavilanes, Director Bosch Car Service David Gouveia, Gerente J.G. Neto
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CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA
Tudo a postos para a grande Festa do Pós-venda Automóvel!
Situado junto ao Rio Tejo, perto da zona de património histórico-cultural de Belém, a escassos minutos do centro da cidade, o Centro de Congressos de Lisboa, na rua da Junqueira, oferece as condições ideais para a realização do 2º Simpósio Pós-venda Automóvel.
O grande Auditório, tem capacidade para mais de 400 pessoas. As paredes são revestidas a madeira exótica clara e o pavimento a alcatifa. Está equipado com sistema de detecção de incêndios, constituído por detectores de fumo e calor. O sistema de Ar Condicionado operado por controlo remoto, possibilita níveis de climatização com distribuição homogénea em toda a
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Sala, contribuindo para elevados níveis de conforto térmico e ambiental.
Dispõe de um sistema de tradução simultânea com 4 cabines fixas e equipamento por infra-vermelhos com emissores de 4 canais. O Auditório é servido por telecomunicações e rede informática, possibilitando o recurso às novas tecnologias de informação e comunicação de apoio a eventos.
Não espere mais para se inscrever e poder assistir nesta Sala ao 2º Simpósio Pós-venda Automóvel. As condições de desconto estão asseguradas só até 31 de Julho.
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BOLETIM DE INSCRIÇÃO POR FAVOR, PREENCHER EM LETRA MAIÚSCULA Se preferir, pode também fazer a sua inscrição on-line em: simposio.apcomunicacao.com
75€
DADOS DA ENTIDADE
Empresa: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Código Postal: ______________________________________________________ Localidade: ________________________________________________________________________________________________
Telefone: ___________________________________________________________ Fax: ____________________________________ Nº Contribuinte: ____________________________________________________ Contacto: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ E-mail: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Telemóvel: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
DADOS PARA FACTURAR
Preencher caso a factura seja emitida a uma entidade diferente da referida acima
Entidade: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Código Postal: ______________________________________________________ Localidade: ________________________________________________________________________________________________
Telefone: ___________________________________________________________ Fax: ____________________________________ Nº Contribuinte: ____________________________________________________
DADOS DAS PESSOAS A INSCREVER
Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________
** Indique o seu e-mail e receberá a confirmação da sua inscrição por via electrónica, o que lhe permitirá fazer a acreditação no Simpósio de uma forma mais rápida.
VALORES DA INSCRIÇÃO (por pessoa)
*Até 31 de Agosto: 125 € (IVA incluído) (valor válido para pagamentos efectuados até à data indicada) A partir de 1 Setembro: 200 € (IVA incluído) O valor da inscrição inclui participação integral no Simpósio e toda a documentação das apresentações, além do almoço e cafés indicados no programa.
Nota: As empresas que inscrevem 3 ou mais pessoas, beneficiam de um desconto especial de 15% sobre o valor da inscrição. Para mais informações, contactar com: Paula Catela – Telefone: 21.928.80.52 – e-mail: paula.catela@apcomunicacao.com
FORMA DE PAGAMENTO
- Por cheque: Endereçado a AP Comunicação Largo Infante D. Henrique, 7 Várzea de Colares 2705-351 Colares
- Por transferência bancária, para a conta: NIB 0033.0000.4533.7401.7190.5 Banco Millennium bcp – Colares Após a transferência, envie um fax (21.928.80.53) com o cupão de inscrição preenchido e comprovativo da transferência bancária.
Notas: - Após o envio desta inscrição e respectivo pagamento, receberá a factura / recibo correspondente à mesma. - A todos os participantes que assim o desejarem, será entregue um Certificado de Assistência ao Simpósio. - Se não puder assistir ao Simpósio, o cancelamento deverá ser comunicado por correio ou fax. Se tal cancelamento for comunicado até dois dias úteis antes do início do evento, ser-lhe-á restituído o valor da inscrição. Depois deste período, não nos será possível a devolução do mesmo. No entanto, poderemos admitir uma substituição à sua presença. Qualquer substituição deverá ser notificada por correio ou fax até um dia útil antes do início do evento. - Os dados recolhidos são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do pedido de inscrição para participar no 1º Simpósio Pós-Venda Automóvel.
ORGANIZAÇÃO:
AP Comunicação Largo Infante D. Henrique, 7 Várzea de Colares 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com Internet: www.apcomunicacao.com
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COMUNICAÇÃO
AMB - Zero CO2:Jornal das Oficinas
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AMBIENTE
Compensações de emissões de CO2 contribuem para política de responsabilidade ambiental inovadora
Projecto pioneiro em Portugal: ZeroCO2
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A demonstração de que a resolução dos problemas climatéricos está acessível a empresas e particulares está bem patente no projecto inovador ZeroCO2, que dá os primeiros passos em território Luso. Para já, a Liberty Seguros é a primeira empresa em Portugal a aderir a este projecto pioneiro ao nível ecológico. As empresas do aftermarket também podem beneficiar com o ZeroCO2.
ZeroCO 2, um plano que tem como objectivo fundamental o desenvolvimento de uma política de responsabilidade ambiental através da compensação de emissões de CO2 dos veículos automóveis, chegou a Portugal. A Liberty Seguros foi a primeira empresa a associar-se a este projecto inovador em Portugal através da frota dos Clientes e da própria frota da Companhia. Inédito no nosso país, o projecto ZeroCO2 está implementado em Espanha desde 2005, como forma de ajudar os cidadãos e as diversas entidades a calcular, a reduzir e a compensar as emissões de CO 2. Desenvolvido pela organização Ecologia y Desarrollo (ECODES), os resultados têm-se revelado bastante positivos, sendo fundamentais na luta contra as alterações climatéricas e para a melhoria das condições de vida das comunidades em geral. Tendo como um dos seus principais objectivos chamar a atenção para as questões dos problemas climatéricos, as companhias pretendem envolver os cidadãos como peça activa no combate pela diminuição das emissões de CO2. Passar da teoria à prática é outra das metas dessa companhias que com o ZeroCO2 podem investir num projecto cujo fim é limitar e compensar as emissões de CO2 produzidas diariamente, quer pela protecção e plantação da floresta, quer pelo recurso à produção de energia a partir de fontes não poluentes. A imagem socialmente responsável dessas companhias sai reforçada. O Conceito de ZeroCO2 foi edificado pela Ecologia y Desarrollo (ECODES), uma ONG (Organização Não Governamental) fundada em 1992, especializada na contribuição do desenvolvimento sustentável através de um programa de apoio a nível de progresso ambiental, equidade social e alternativas económicas viáveis. O seu principal campo de acção é a água, os consumos responsáveis, a responsabilidade social corporativa e as alterações climáticas. A equipa da ECODES trabalha diariamente no sentido de alcançar mudanças e um envolvimento activo de todos os sectores da sociedade na construção de inovações económicas, sociais e soluções ambientais para um futuro cada vez mais sustentado. Nesse sentido, a organização espanhola actua no âmbito de uma aproximação integrada que tenta melhorar, simultaneamente, o impacto das actividades de três sectores essenciais na sustentabilidade: Administração Pública, Companhias e Sociedade Civil. Desde 2005 que a ECODES promove
a iniciativa ZeroCO2, a primeira plataforma criada em Espanha para ajudar os cidadãos e entidades a calcular, reduzir e compensar as emissões de CO2. O ZeroCO2 procura encorajar todos os envolvidos a assumirem a sua co-responsabilidade nas alterações climatéricas e a garantirem uma acção sólida e eficaz na protecção do clima. O projecto de compensações reduz ou captura as emissões de CO2, em países desenvolvidos, através de energias renováveis, tecnologias de eficiência energética, tratamento de reflorestação ou desperdício. As compensações contribuem para a luta contra as alterações climatéricas e, ao mesmo tempo, para o melhoramento das condições de vida das comunidades locais. A compensação de emissões de CO2 é mediante a entrega voluntária de uma quantidade económica, proporcional às
toneladas de CO2 geradas, a um projecto em um país em vias de desenvolvimento que contribui para a redução de gases de efeito de estufa. Esse projecto capta uma quantidade de toneladas de CO2 equivalente à gerada na nossa actividade, mediante a colocação em prática de um projecto que elimina o carbono por reflorestação; por meio de um projecto de poupança ou eficiência energética, de substituição de combustíveis fósseis por energias renováveis, de tratamento de resíduos ou de desflorestação evitada. Para já a Liberty Seguros deu o exemplo. José António de Sousa, Administrador Delegado/CEO da Liberty Seguros (Portugal), explica o porquê da adesão ao projecto ZeroCO2: “Como companhia socialmente responsável, e também extraordinariamente sensível aos problemas do Ambiente, da qualidade do ar, da quali-
dade de vida que deixaremos em herança para as gerações futuras, a Liberty Seguros aderiu a nível Ibérico a uma iniciativa de compensação de emissão de gases CO2, criando um produto auto em que parte das receitas geradas serão destinadas para compensar as emissões de CO2 dos clientes que adiram ao programa”. Com o ZeroCO 2 a estreante Liberty Seguros pretende estabelecer um papel de catalisador de todo este processo, demonstrando que é possível actuar e insistir na resolução dos problemas climatéricos, tanto ao nível das empresas como dos particulares. Falando em números, importa salientar que são necessárias 3 árvores, no contexto da floresta tropical, para captar o equivalente a 1 tonelada de CO2 no período de 20 anos. Assim, um automóvel que produza 2 toneladas de CO 2/ano, com uma vida útil de 8 anos, vai implicar, a plantação de 48 árvores. O ZeroCO2 possibilita que todos sejam “ambientalmente responsáveis”, numa envolvência de todas as partes com um único objectivo: preservação e protecção do Ambiente e da Natureza.
ECODES
Cecília Foronda (esquerda), da ECODES , junto a José António de Sousa, Administrador Delegado/CEO da Liberty Seguros (Portugal), na apresentação da parceria
Morada: Plaza San Bruno, 9 Oficina 1 50001 Zaragoza (Espanha) Telefone + 34 976 29 82 82 Fax +34 976 20 30 92 E-mail comunicacion@ecodes.org Internet www.ceroco2.org
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Anticongelante KIP FIT chega ao mercado
A CS-Peças Auto lançou recentemente uma gama completa de líquidos de refrigeração anticongelantes da marca KIP FIT. As embalagens de 5 litros são fornecidas nas referências: 10% verde, 20% rosa e 20% azul. A composição destes fluidos permite manter limpos e desobstruídos os canais onde circula o refrigerante. Com a utilização do líquido de refrigeração KIP FIT, numa proporção de 10-20 %, a água só entra em ebulição a 120 ºC, enquanto o congelamento só acontece a partir dos 40 ºC negativos, o que permite ao motor suportar maiores esforços, sem acusar problemas. Há vantagem em mudar o fluido todos os anos (carros de utilização intensiva), ou de 2 em 2 anos (utilização normal), pois as impurezas acumuladas ajudam a destruir a bomba de água e a entupir o radiador, o que fica mais caro do que o fluido em si.
Permaflex gera novas oportunidades de negócio
Uma oficina que procure uma segunda fonte de negócio rentável irá rapidamente encontrá-la na pintura industrial. Em paralelo com a repintura de veículos, a pintura de objectos industriais pode optimizar ao máximo a utilização das instalações. A pintura de mobiliário, tanques e cisternas ou equipamento agrícola, requer uma grande aptidão e produtos adequados. Com o novo sistema de produtos Permaflex, a Spies Hecker facilita tanto o acesso, como a expansão ao ne ócio da pintura industrial. O sistema é muito flexível, apesar da gama de produtos ser pouco extensa. Concretamente, o Permaflex é um sistema de pintura que se constrói sobre o sistema de mistura Permasolid Série 600 para veículos comerciais da Spies Hecker. Apenas com algumas bases de mistura da Série 500 mais sete ligantes, pode-se pintar uma enorme variedade de superfícies e alcançar vários efeitos e graus de brilho. Desde lisas a texturadas, de um elevado brilho a um fosco completo, a Spies Hecker pode fornecer produtos que vão ao encontro de todas as necessidades.
Nipparts com novos produtos
Com o objectivo de alargar a gama, a Nipparts lançou duas novas linhas de produtos: Amortecedores e Escovas Limpa Vidros tipo “flat blade”. Esta linha de escovas limpa vidros é composta por várias medidas universais, o que confere uma aplicabilidade não só em veículos asiáticos como a todos os tipos de veículos ligeiros e comerciais ligeiros. A linha de amortecedores é composta por vários tipos de amortecedores, consoante a indicação de origem. Estas duas linhas de produtos bem como um alargamento significativo da linha de kit’s de distribuição estarão brevemente disponíveis nos seus Distribuidores Oficiais, Tomarpeças e Mundimotor. Entretanto, já entrou em vigor uma nova sequência de novas referências Nipparts. Desde o dia 1 de Julho que todas as referências criadas de raiz possuem como prefixo a letra “N” e não “J” como vem sendo hábito. Esta alteração só se aplica a novas referências pelo que as já Para se inteirar destas novidades, poderá consultar o www.tomarpecas.com.
Neocom com nova gama de AC
Com 9 anos de existência, em Portugal, no sector automóvel, a Neocom é uma empresa especializada em direcções assistidas, bombas de direcção, transmissões, juntas homocinéticas, Kits de embraiagem e material de suspensão para automóveis, que acaba de lançar para o mercado uma nova gama de componentes para Ar Condicionado. Atendendo à época do ano, a Neocom lançou uma nova campanha de Verão, oferecendo um desconto de 10% sobre os compressores. Outra importante novidade é a inauguração de novas instalações. A empresa que tem sede em Aveiro, e uma loja em Braga, vai também passar a dispor de um espaço em Lisboa, mais concretamente na Quinta S. João Areias em Sacávem, aproximando-se dessa forma dos seus clientes.
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NOTÍCIAS
WÜRTH com nova solução para encerados
A Würth acaba de lançar uma nova solução para reparar encerados de veículos pesados e outro tipo de coberturas, tais como tendas e toldos. Trata-se de um simples conjunto de encerados autocolantes com um poder adesivo extra forte e que aplicados manualmente em rasgos e fendas, permitem efectuar reparações permanentes. Estão disponíveis em várias dimensões e cores (códigos Ral) e são resistentes aos raios UV e às escovas de lavagem. O Sistema de Reparação de Encerados Würth oferece uma solução simples, rápida, profissional e económica.
Assistência à condução da
Valeo
A Valeo continua a reforçar a sua gama de sistemas de assistência à condução. Esta gama foi lançada há 2 anos com o beep&park e tem hoje 6 novos produtos para corresponder às necessidades diárias dos automobilistas. Fazem parte da nova gama os seguintes produtos: guideo; beep&park/keeper; beep&park/vision; park/vision; speed/Visio e leght/on&off. Destaque para o park/vision, um sistema de auxílio ao estacionamento com mini-câmara de vídeo traseira que dá visão ampla do espaço atrás do veículo, transmitida para um ecrã a cores. Quanto ao speed/visio, trata-se de um sistema de projecção de informação sobre a velocidade do veículo no pára-brisas, na linha de visão do condutor com alerta no caso de ultrapassagem da velocidade pré seleccionada. PUB
UFI
equipa novo Alfa Romeo Mito
A UFI Filters foi uma das empresas seleccionadas para o fornecimento de componentes para o Alfa Romeo Mito. O Mito 1.6 MJTD 16V e 120 CV, única versão a gasóleo disponível, foi equipado com o filtro de óleo UFI 25.061.00 e com o filtro gasóleo UFI 24.ONE.01. No filtro de óleo, o cartucho filtrante em celulose é ecológico e tem uma elevada eficiência filtrante, estimando um intervalo de substituição após os 30.000 km. Por sua vez o filtro de gasóleo é de longa duração (long life) e tem uma excelente eficiência filtrante e de separação de água. Este filtro respeita os limites impostos pela normativa Euro 5. Na gama da UFI Filters estão já disponíveis os filtros de óleo, ar e habitáculo para os motores 1.4 16V. Para mais informações, poderão consultar o catálogo online no endereço : https://217.141.19.68/uficat/
Point S cresce em Portugal
Recentemente estabelecida em Portugal, a Point S, especialista em pneus e manutenção automóvel, ultrapassou largamente as expectativas iniciais, apresentando, em apenas três meses, um total de oito pontos de venda aderentes, localizados nos mais diversos pontos do país, de Norte a Sul. Os aderentes, segundo informou a Point S Portugal, distinguem-se não só pela qualidade e sucesso dos seus negócios, mas também pela ambição em abrir novos horizontes comerciais e económicos, num sector que ainda tem tantas opções para explorar. Actualmente a rede de aderentes à Point S econtra-se nas seguintes localidades: Carregado, Amadora, Maia, Febres, Joane, Romariz, Vialonga e Angra do Heroísmo. Os responsáveis da Point S em Portugal estão em negociações com novos pontos de venda que mostraram interesse em aderir à Rede Point S. “Temos uma previsão bastante favorável de que até ao final do ano conseguiremos exceder os 20 pontos aderentes, que era o nosso objectivo inicial”, refere Humberto Menezes responsável pelo desenvolvimento da rede Point S no nosso país.
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Breves CAMPANHA
AKZO NOBEL
A Akzo Nobel lançou no passado dia 1 de Julho, uma Campanha Promocional com os seus Vernizes da Sikkens, o Autoclear LV Classic, o Autoclear LV Superior e o Autoclear WB. Esta Campanha decorrerá até rotura de stock. Através desta Campanha de Verão, as Oficinas e os Distribuidores da Akzo Nobel poderão ganhar fantásticos KIT's. Para saber mais informações e detalhes sobre esta campanha, consulte o site da Sikkens em www.sikkens.pt
CAMPANHAS E NOVIDADES NA RPL CLIMA
A RPL Clima passou a ter disponível, em stock, o electroventilador para o BMW E39 de 99 (até ao ano de 2004). Este electroventilador vem com resistência e é de 3 fios, sendo que a referência da RPL é APELBW0018. Entratento a RPL Clima lançou uma campanha para toda a gama de produtos BMW, desde condensadores, compressores, electroventiladores, motoventiladores e filtros de habitáculo. Os condensadores em campanha são os da Série 3 E36 e E46. Esta campanha termina no final de Agosto ou até esgotar o stock. No renovado site da empresa, em www.rplclima.com, encontrará mais e melhor informação.
AS PARTS A AS Parts passou a comercializar a marca de farolins e espelhos ULO. Recorrendo a processos tecnologicamente avançados e a mão-de-obra especializada, a ULO é fabricante para o primeiro equipamento. Na Valeo, a AS Parts alargou a sua gama em pastilhas de travão. Com este alargamento a empresa passou a disponibiliza mais 116 novas referências. Desde o passado mês de Junho, que a AS Parts envia a todos os seus clientes uma informação mensal, de natureza técnica, sobre os produtos que comercializa.
AUMENTA GAMA
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NOTÍCIAS Davasa promove novo equipamento de A/C...
O Grupo Davasa junta ao seu já vasto programa de equipamento oficinal, uma nova estação de carga de ar condicionado, com a marca Tecauto e modelo TECVA750N8. Este equipamento, com funções automáticas e inovadoras, reúne a mais avançada tecnologia quanto a ferramentas para a carga de A/C. Para este lançamento o Grupo Davasa colocou no mercado uma campanha que irá decorrer até final de Agosto. Esta campanha consiste em por apenas 1.500€ (+IVA) ser possível possuir uma estação de carga de A/C de nova geração. Ao preço competitivo, durante a campanha é oferecido ao cliente as despesas de portes, instalação, montagem e formação da respectiva estação.
... e lança lâmpadas
Tec Auto
A Davasa lançou, durante o mês de Julho as novas lâmpadas auto Tec Auto, com uma gama abrangente, constituída por três referências de farol: H1, H4 e H7, e 6 referências de lâmpadas auxiliares. Este novo produto vai completar a gama de produtos Tec Auto da Davasa sendo de salientar a campanha de lançamento das lâmpadas, que para além de condições excepcionais oferece um expositor e uma bicicleta de montanha. Para além das lâmpadas, a Tec Auto já está no mercado com Escovas limpa-vidros, Kits de travões, Anti-congelante, Lubrificantes, Alternadores e Motores de arranque. Para além da gama de acessórios auto, a marca Tec Auto conta já com dois lançamentos na área do equipamento oficinal, nomeadamente de máquinas de carregamento de AC e elevadores de tesoura e duas colunas, buscando uma abrangência de produtos cada vez maior para o mercado português.
Sarraipa com novidades
Com sede em Leiria, a Sarraipa, empresa que se dedica à comercialização de equipamentos para oficinas, lançou recentemente diversas novidades para o mercado. A primeira dessas novidades é o Auto Diagnóstico Motorscan Totaldiag 5800, uma máquina vocacionada para o diagnóstico de viaturas europeias e algumas asiáticas. Exclusivamente para as viaturas asiáticas existe o complemento para o Totaldiag 5800 que é o Jack 5830, sendo esta uma novidade absoluta. O analisador de gases 8050 vem equipadado com “Bench da Siemens”, sendo um dos melhores analisadores do mercado na relação preço /qualidade, segundo a Sarraipa, já que tem capacidade para analisar cinco gases, mostrando a rotação e a temperatura do óleo. Os novos analisadores portáteis, estão igualmente equipados com o bench da siemens, sendo também uma novidade. Destaque ainda para o Alinhador de Direcções Motorscan, que utiliza a tecnologia Bluetooth, possuindo base de dados dos veículos, e para o teste de potência dinâmico, igualmente da Motorscan, que permite testar a potência e binário do veículo em estrada e posteriormente imprimir as curvas de potência e binário.
APL Expresso comemora 5 anos
No ano em que celebra o 5º aniversário, a APL Expresso decidiu tornar-se accionista do maior grupo de distribuição de peças automóveis em Portugal, a Create Business. Esta decisão vem reforçar o posicionamento da APL Expresso no mercado, principalmente nas regiões autónomas, e obriga à alteração da imagem corporativa da empresa. Para comemorar o seu aniversário, a APL Expresso lançou uma nova campanha intitulada “5 Anos. 5 Marcas. 5% desconto.”, na qual oferece um desconto de 5% em todas as encomendas de produtos de 5 marcas diferentes.
Baterias
Midac em força
A Midac, reconhecido construtor de baterias, adquiriu a Unica Italia, na Lombardia, também produtora de baterias, preparandose dessa forma para se tornar no primeiro produtor nacional de acumuladores e baterias automóveis e de tracção. «Prevemos, através de uma série de investimentos, ampliar a produção de baterias automóveis no estabelecimento em Cremona das actuais 250 mil para as 700 mil baterias até Março 2009», explica Filippo Girardi, delegado administrador da Midac. Este aumento, permitirá ao grupo de Verona, produzir na totalidade 2 milhões de baterias, consolidando, assim, a própria liderança entre os produtores italianos de baterias auto, após o acordo estabelecido, no ano passado, para o fornecimento de acumuladores e baterias como equipamento de origem para a Fiat. Em 2007, a Midac desenvolveu, em Itália, um volume de negócios de cerca de 92 milhões, ao qual se deve também incluir a facturação conseguida pelas filiais estrangeiras Midac França e Midac Alemanha, em outros 20 milhões, consolidando um volume de negócios de 112 milhões de euros, o que corresponde a um aumento total, em relação a 2006, que se aproxima dos 40%.
Civiparts em Marrocos
Prosseguindo a sua estratégia de internacionalização, a Civiparts iniciará a sua actividade em Marrocos em Setembro de 2008, esperando-se que rapidamente se possa expandir dentro deste Mercado. A Civiparts Maroc SA está sedeada em Casablanca, onde tem já instalações com uma área de aproximadamente 1000 m2. Note-se que Marrocos é já o segundo país Africano a fazer parte do mapa de localizações da empresa, depois da abertura da Civiparts Angola em 2005. Apesar da elevada competitividade encontrada no mercado, espera-se que a Civiparts se assuma pela sua forma de se aproximar do cliente final, providenciando todo um conjunto de produtos e serviços de inegável valor e qualidade.
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
Febi aposta na logística
A Febi-Bilstein tem praticamente pronto o seu novo centro de logística em Ennepetal. Este projecto avaliado em 32 milhões de euros representa o maior investimento de sempre da empresa. Estão previstos para Agosto os testes finais uma vez que já estão todas os meios mecânicos e electrónicos de armazenamento instalados, e estima-se que até final do ano todo este novo centro esteja a laborar e 100%. A construção deste centro de logística vai possibilitar um alargamento constante da linha de produtos da Febi-BIlstein, assim como uma resposta mais eficiente tanto na rapidez como na eficiência no envio de mercadorias. Estas novas instalações totalmente automatizadas representam 22.000m2 com capacidade de armazenamento de 40.000 paletes e cerca de 100.000 caixas de armazenamento. A Febi-Bilstein é representada por Jocheb SteadtlerRepresentaçãoes. PUB
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NOTÍCIAS Titan Cytrac Man Synth lançado pela Fuchs
Com a introdução do lubrificante Titan Cytrac Man Synth (SAE 75W-80), a FUCHS enriquece a sua já vasta gama de lubrificantes de elevada performance, para caixas de velocidades de veículos pesados. Este lubrificante permite intervalos de mudança muito alargados e, em paralelo, um excelente e efectivo potencial de economia de combustível. O Titan Cytrac Man Synth (SAE 75W-80) foi especialmente desenvolvido para a utilização nas caixas de engrenagens manuais e automáticas ZF, cumprindo integralmente a norma ZF TE-ML 02L, tendo sido oficialmente registado na lista de produtos aprovados para as caixas ZF. Este produto cumpre igualmente a norma MAN 341 Tipo Z-4, o que lhe permite ser um lubrificante aprovado para um intervalo máximo de 500.000 kms entre mudas, de acordo com o actual manual de manutenção da MAN. Pode ser utilizado nos veículos equipados com caixas ZF e cumpre as seguintes especificações / recomendações: API GL-4; DAF; IVECO; MAN 341 Tipo Z-4; MB - Approval 235.4; RENAULT; VOLVO 97307; ZF TEML 02L, 16K.
6ª Convenção Nacional
NewCar
Teve lugar nos dias 18, 19 e 20 de Julho a 6ª Convenção Anual NewCar, sendo que este ano, para comemorar os 10 anos da Marca e porque a origem da empresa Franchisadora Hispanor é Bracarense, o evento foi realizado na cidade de Braga. Entre as sessões de trabalho houve lugar a alguns momentos de lazer em que o ponto alto voltou a ser o já tradicional “Grande Prémio NewCar de Karting“. Este realizou-se na tarde de sábado (dia 18) no Kartódromo Internacional de Palmeira e a animação foi muito grande seja dentro seja fora da Pista. Para registo ficam as classificações das 3 primeiras equipas: 1º NewCar Braga; 2º NewCar Barcelos; 3º NewCar Lisboa. Pela primeira vez, foi ainda criado um prémio que visou distinguir o Franchisado que tem e mantém as instalações melhor cuidadas. O resultado final da votação, (que resultou entre outros critérios por uma consulta telefónica feita aos Clientes finais NewCar), deixou dois Franchisados empatados no primeiro lugar pelo que foram entregues os correspondentes Prémios a esses Franchisados. Os distinguidos foram a NewCar Vila Real e a NewCar Seixal.
Carsistema lança Autonet
A Carsistema Portugal SA, importadora exclusiva para Portugal, da prestigiada marca de abrasivos MIRKA, apresentou aquilo que considera como uma revolução na lixagem, o Autonet. Trata-se de um novo conceito de abrasivos, baseado na já revolucionária tecnologia de Abranet, mas que vai ainda mais longe, nomeadamente nos seguintes aspectos: - melhor aderência - bordas do disco mais resistentes - maior agressividade inicial do abrasivo - excelente acabamento - rendimento sem comparação no mercado. Outro ponto forte deste produto é que o Autonet apresenta um preço idêntico ao de um disco de papel!
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Breves MACOS A Macos acaba de lançar no mercado uma novidade no domínio do Car Care. Da sua representada Turtle Wax, a Macos lançou o Cockpit Shine (Limpa tablier). O Cockpit Shine juntase assim á gama Fresh Shine, que permite restaurar instantaneamente todos os interiores em plástico, vinil e superfícies de borracha restituindo-lhes o seu aspecto original. A fórmula avançada produz um escudo de silicone anti-estático que repele a poeira e sujidade dando um brilho duradouro ao tablier, frisos, etc.
LANÇA COCKPIT SHINE
120 ANOS DEVILBISS
A Lovistin, empresa com sede em Viseu, especialista na comercialização de produtos para a repintura automóvel, está a comemorar os 120 anos da sua representada DeVilbiss. Esta marca tem estado sempre na vanguarda tecnológica da pulverização, algo que continua a não abdicar, projectando sempre novas e modernas soluções para o mercado da repintura. Pertecente à ITW, a DeVilbiss, por ocasião dos seus 120 anos, renovou a sua gama de produtos, que agora a Lovistin disponibiza no mercado da repintura.
HENGST ABRE NOVA FÁBRICA NO BRASIL
Apenas dez meses após o início da construção, a mais recente instalação de produção da empresa Hengst inicia sua operação, na cidade brasileira de Joinville. Esta empresa especialista em filtros, produz módulos de filtros para fabricantes de carros assim como elementos filtrantes para o mercado mundial de peças de reposição. A primeira etapa construtiva da nova fábrica foi agora inaugurada e entregue. Refira-se que este investimento aumenta a verticalização das atividades produtivas no local, através da introdução de modernas tecnologias de fabricação / fornecimento, por exemplo, para a DaimlerChrysler do Brasil.
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NOTÍCIAS Monroe
Molas e esferas com gama aumentada
A Tenneco Inc., fabricante de amortecedores Monroe e de Equipamento Original para clientes do mercado pós-venda, anunciou recentemente que aumentou a gama de Molas e Esferas Monroe, bem como as respectivas referências, tecnologia e assistência, com vista a alcançar a liderança de mercado. O programa de Molas Monroe, juntamente com o programa de Esferas Monroe, alargou o portfolio de produtos de suspensão Monroe, o que resultou também num aumento da cobertura europeia. “Esta acção tem como principal objectivo tornar-nos mais competitivos no mercado, além de que nos possibilita servir melhor os nossos clientes” disse Eric Van Schuerbeeck, responsável da Tenneco. A Tenneco renovou e simplificou o catálogo em papel das Molas Monroe. Actualmente baseado no catálogo TecDoc, pode ser descarregado através da internet, no site www.monroe-eu.com. A gama de Molas Monroe para o mercado do pós-venda consiste, principalmente, em molas helicoidais, mini-blocos e mini-blocos cónicos. A gama de Esferas Monroe inclui apenas peças e componentes novos, dado que a substituição ou regeneração de componentes internos poderá comprometer a segurança do automóvel.
Runkel & Andrade melhora serviço
O balcão de venda ao público da Runkel & Andrade em Lisboa sofreu uma mudança física, mantendo-se, no entanto, integrado nas instalações da Sede do Grupo Cimpomóvel, em Santa Iria de Azóia. Com este novo espaço, mais amplo e funcional, melhorou-se o nível do serviço de atendimento aos Clientes que ali se deslocam, informou a empresa. Também de acordo com este propósito, foi reforçada a estrutura humana de front-office, com mais um colaborador. Este balcão de atendimento situa-se na E. N. 10, Km. 11, Edifício Cimpomóvel, em Sta. Iria de Azóia, tendo um horário de funcionamento compreendido entre as 8:30h às 19:00h (não encerra à hora de almoço) de segunda a sexta-feira. De salientar que este balcão/armazém é complementado pelas unidades logísticas e balcões da empresa situados no Porto e em Coimbra, resultando daqui uma distribuição dos produtos comercializados pela empresa com cobertura nacional.
Hengst Domingos & Morgado disponibiliza tecnologia PRISM
Foi recentemente lançada no mercado, pela Domingos & Morgado, Lda, a nova máquina de Alinhar Direcções PRISM da John Bean. Uma das principais novidades deste equipamento é precisamente a utilização da tecnologia PRISM, que tem a vantagem de combinar a tecnologia CCD com as do método de alinhamento 3D tradicional. Este sistema de alinhamento é muito flexível, podendo ser utilizado numa infinidade de condições de trabalho, tais como fossas, pequenos elevadores de 4 colunas ou elevadores de tesoura, tratando com igual facilidade um pequeno Smart ou um grande furgão comercial. Outra importante vantagem, é que as alinhadoras dotadas de tecnologia PRISM, praticamente não necessitam de manutenção.
lança Energetic
A Hengst desenvolveu aquele que considera ser o filtro do futuro, amigo do ambiente e que estabelece novos standards em termos tecnológicos e de aplicação. O Energetic é um filtro da nova geração, que permitirá dar resposta a muitos dos problemas ambientais casados pela substituição dos mesmos após usados, pois todos os elementos desses filtos normalmente acabam no lixo. Com o Energetic não é assim, pois após cada mudança de óleo, apenas o elemento filtrante é substituído, enquanto os restantes elementos são mantidos não necessitando serem substituídos. Ao contrário dos filtros convencionais os filtros Energetic não contêm diversas substâncias, como componentes de metal ou adesivsos, sendo construídos em material reciclado.
KYB premiada fornecedor do ano pelo GAUI
A KYB Europe foi premiada com o prestigiado prémio de Fornecedor do Ano atribuído pelo Group Auto Union International. As filiais do GAU em toda a Europa classificaram cada um dos seus fornecedores sob vários critérios, tais como qualidade do produto, gama, disponibilidade e serviço. A KYB foi classificada consistentemente com notas altas pela maioria dos membros do GAUI. Hajime Sato, Presidente da KYB Europe, comentou: “Fiquei encantado em aceitar este prémio em nome da KYB – trabalhamos de perto com o
GAUI e actualmente fornecemos quase todos os países onde o Grupo está presente. Ambicionamos fornecer a todos os nossos clientes com produtos e serviços de classe
mundial, e é bom ser reconhecido desta forma”. O prémio, uma bonita estátua de bronze, foi presenteado por Gerard Leduc, Presidente e CEO do GAUI. Leduc comentou: “Estou satisfeito que os nossos membros tivessem escolhido a KYB para receber este prémio, e anseio a continuação desta parceria”. A KYB é o maior fornecedor de amortecedores aos fabricantes de veículos, onde mais de um em cada quatro carros a deixar as linhas de produção em todo o mundo estão equipados com KYB de série.
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O sonho para Americanos!
A Automotive Distributors Ltd. (ADL), proprietária da marca Blue Print, expande o seu negócio aos Veículos Americanos. Para o efeito, tem já cerca de 500 referências adicionadas à sua gama de produtos Blue Print. Esta recente gama, de qualidade equivalente à origem, será oficialmente lançada no dia 4 de Agosto de 2008. A empresa ao focar-se nesta especificidade existente no mercado europeu, abrangeu os seus principais fabricantes: Chrysler, Dodge e Jeep, além de algumas sumptuosas importações como o Ford Mustang. Joaquim Candeias, Director Geral da sucursal da ADL em Portugal, explicou o pensamento por trás desta nova gama: “A disponibilidade de peças para veículos americanos, específicos para o mercado europeu, é tradicionalmente limitada. É frequente, mesmo para os serviços mecânicos mais comuns e produtos de grande desgaste, optar-se pela origem. A Blue Print veio contrariar esta realidade apresentando uma gama completa: cobre não só o mercado de filtros como de peças para direcção, suspensão, travagem e outros componentes para as gamas menos comuns. Este facto, aliado, à extensa rede de distribuidores da Blue Print, representa uma notável oportunidade de negócio para todos os que estão no mercado independente de peças, pois não terão que recorrer exclusivamente à origem. Como todas as peças Blue Print, também, a gama de peças para veículos americanos está certificada, garantindo não só a especificidade para o mercado europeu como a qualidade equivalente à origem e ainda a usual garantia de 2 anos.
A marca Blue Print, é propriedade da Automotive Distributors Ltd (ADL), uma companhia inglesa com sede em Marden, Kent, importadora e distribuidora de peças para veículos japoneses, coreanos e americanos a circular no mercado europeu, mas também para veículos europeus em consequência de parcerias entre fabricantes de veículos. A ADL, escolhe não só os melhores fornecedores, como também procede a uma eficiente catalogação de todas as peças comercializadas com a bandeira Blue Print.
Brembo e Magneti Marelli assinam acordo
A Brembo e a Magneti Marelli alcançaram um acordo comercial para a distribuição exclusiva de discos de travão no aftermarket independente do Brasil. Com esta parceria, a Magneti Marelli Aftermarket Parts & Services junta outro nome de prestígio à sua plataforma global aberta de peças de substituição e acessórios. A Magneti Marelli Aftermarket Parts & Services comercializará inicialmente discos de travão no mercado brasileiro para modelos de topo, de construtores tais como a Audi, Alfa Romeo, BMW, Chrysler, Citroen, Fiat, Kia, Hyundai, Land Rover, Mercedes Benz, Mitsubishi, Toyota, Volkswagen e Volvo. Os produtos estarão disponíveis em mais de 220 distribuidores Magneti Marelli localizados em todo o território brasileiro, assim como nas oficinas especializadas pertencentes ao projecto Planeta Performa. “Este acordo permite-nos criar uma rede de distribuição no Brasil, um mercado que está correntemente a experimentar um grande crescimento, com o apoio de um parceiro com fortes raízes no território” – referiu Alberto Bombassei, Presidente da Brembo. Por seu turno, Eugenio Razelli, CEO da Magneti Marelli, referiu que este acordo “confirma os nossos objectivos para o aftermarket independente de peças de substituição e serviços: o de criar uma plataforma aberta de distribuição, oferecer uma gama completa de produtos multimarca com nomes fortes e tornar disponíveis serviços de informação com valor acrescentado às oficinas de forma a as ajudar a desenvolver o seu negócio…”
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Bombóleo promove equipamento Bosch ACS500
No passado dia 10 de Julho, a Bombóleo juntou diversos clientes da Zona Norte do país para uma acção informação e demonstração de equipamento para Ar Condicionado da Marca Bosch, modelo ACS500. Trata-se de um equipamento com funções totalmente automáticas de recuperação, reciclagem, evacuação, enchimento do óleo novo, injecção do agente de contraste e enchimento do líquido refrigerante. É também um equipamento de fácil manuseamento e leitura (software em português, bases de dados de veículos), possui os reservatórios de óleo incorporados e protegidos no aparelho, vindo também incorporado de série com uma impressora para registo de operações e valores de teste
Blue Print com campanha de Filtros de Habitáculo
Até ao final de Setembro, a Blue Print promoverá a sua gama de Filtros de Habitáculo para veículos asiáticos, que consiste na oferta de um ambientador por cada Filtro de Habitáculo para quem aderir à campanha. Com mais de 100 referências e cerca de 600 aplicações, esta é sem dúvida uma das mais extensas gamas da Blue Print para veículos Japoneses e Coreanos. Recentemente novos produtos foram adicionados, incluindo referências para o actual Nissan Qashqai, Lexus LS460 e Hyundai Accent. PUB
NOTÍCIAS Visita à Fábrica da
Akzo Nobel
No passado mês de Junho, a localidade de Sassenheim, na Holanda, recebeu a visita de grande parte dos distribuidores da Akzo Nobel em Portugal. Esta iniciativa inseriu-se na política empresarial da Akzo Nobel que visa fomentar, de forma contínua, uma crescente proximidade na relação que é estabelecida com os seus clientes e parceiros de negócio. Os Distribuidores da Akzo Nobel tiveram a oportunidade de viver o dia-a-dia de uma das maiores fábricas de tintas do Mundo e uma das maiores da Europa, constatando, simultaneamente, algumas das melhores práticas e técnicas do sector, ao nível da produção, armazenamento e logística.
GPS
Porque um não é só para quem anda perdido… A Impoeste lançou em Portugal a campanha europeia para os clientes DuPont Refinish que vai permitir chegar a qualquer destino de uma forma rápida e sem enganos! Na compra de 3 embalagens de 5 litros do Verniz 3550-S a DuPont Refinish oferece um GPS portátil de 3,5” TomTom. O verniz 3550S é mais um dos produtos da DuPont Refinish que permite o aumento da rentabilidade da oficina, pois apresenta tempos de espera reduzidos entre demãos. Combinado com diferentes activadores, permite tempos de cura optimizados. Uma vez que os activadores são os mesmos utilizados com outros sistemas de pintura da DuPont Refinish, é possível alcançar a máxima eficiência de utilização com baixo nível de stock.
Aspirador de Óleo para veículos pesados
O Aspirador de Óleo para Pesados, que a Berner disponibiliza para o mercado, é indicado para todos os profissionais da indústria automóvel. Este equipamento possui uma elevada capacidade de cerca de 115 L, o que permite várias utilizações sem proceder à drenagem do reservatório e rentabiliza o tempo de trabalho. A vasta gama de acessórios com que é fornecido permite a sua utilização em várias marcas. A aspiração do óleo é feita através de sondas, ou por queda utilizando o reservatório próprio para esse efeito, não sendo necessário elevar o veículo. Este Aspirador de Óleo, que pode também ser utilizado em veículos ligeiros, é um artigo concebido com elementos essenciais para facilitar o trabalho da oficina.
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Breves CORALCAR A Coralcar, no sentido de inovar e melhorar o serviço aos seus clientes, abriu no mês de Junho uma nova secção de exposição e atendimento a revenda / público. No novo espaço expõe todas as novidades em jantes, acessórios e peças auto que importa e distribui em Portugal. No site da empresa, em www.coralcar.pt, poderá ainda ter acesso às campanhas mensais de produtos a preços especiais.
EXPANDE-SE
NOVO APARELHO DA SIKKENS
A Akzo Nobel, acaba de lançar mais um novo produto no mercado português, prosseguindo desta forma, o caminho que tem trilhado, tendo como objectivo a satisfação das necessidades dos seus clientes e parceiros de negócio. Desta feita a aposta efectuou-se ao nível dos aparelhos de uma das suas marcas, a Sikkens, através do Multi Use Filler HS nas suas versões em cinzento escuro e cinzento claro. Para se intereirar sobre o vasto leque de soluções disponíveis da marca Sikkens, pode consultar o site www.sikkens.pt
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NOTÍCIAS TMD Friction
Bosch Car Service
aumenta capacidade para pesados
lança Mapa de Estradas
A TMD Friction, o maior fabricante de peças de fricção para Equipamento Original (OE), aumenta a sua capacidade. Desde 2002, aproximadamente 37 milhões de euros foram investidos na modernização e expansão somente das suas fábricas em Coswig e Hamm, Alemanha, focadas no mercado de veículos comerciais em crescimento. Derek Whitworth, CEO da TMD Friction, referiu que “esta é a nossa acção ao crescimento global da procura de peças de fricção para camiões. Graças ao investimento atempado e à nossa posição forte no mercado OE, estamos capazes de lucrar com o “boom” do mercado. Nós podemos agora ir de encontro às necessidades dos clientes para maiores volumes, mesmo em tempo de grande procura”. As cinco unidades de produção de produtos para pesados em Coswig e Hamm/Alemanha, Langsele/Suécia, Indaiatuba/Brasil e Shijiazhuang/China, estão capazes de criar capacidades num curto espaço de tempo sempre que os clientes precisem. Em 2007 a procura global de pastilhas de travão cresceu aproximadamente 15 por cento. Depois do investimento, a capacidade da produção das unidades na Alemanha perfaz mais de dez milhões de pastilhas de travão por ano, tornando a TMD Friction o líder de mercado no segmento das pastilhas de travão para pesados. A TMD Friction também almeja reforçar a sua posição no segmento de maxilas para travões de tambor. Por exemplo, na fábrica da TMD Fricção em Indaiatuba/Brasil, trabalha-se para o aumento da produção anual de sete milhões para dez milhões de unidades.
A Robert Bosch em parceria com a revista Turbo lançou a oferta dos mapas de estradas de Portugal actualizados com a localização de todas as oficinas inseridas na rede Bosch Car Service. O facto da revista Turbo ser uma referência no mundo automóvel e que aborda de forma isenta e rigorosa temas relacionados com o mundo automóvel, dirigindo-se essencialmente a um publico alvo que gosta e se preocupa com o automóvel, tornou esta parceria ideal para este tipo de acção Bosch Car Service. Com mais de 140 oficinas a nível nacional, com cobertura total a nível distrital e uma distribuição geográfica privilegiada, a rede de oficinas Bosch Car Service, cujo lema é garantir qualidade ao melhor preço, é apresentada de forma clara neste mapa de estradas de Portugal. A qualidade assegurada pelas oficinas Bosch Car Service resulta de um conjunto de garantias que caracterizam a rede: desde a oferta dos serviços rápidos como mudanças de óleo às intervenções mais complexas, aos técnicos mais preparados e aos meios mais avançados para diagnosticar e cuidar de automóveis de todas as marcas. Dentro desta oferta de serviços destacam-se alguns como: diagnóstico computorizado, manutenção periódica, reparações e revisão do automóvel sem perder a garantia de origem, entre muitos outros.
Monroe no WTCC Portugal
A Tenneco Inc., fabricante dos amortecedores Monroe e sistemas de escape e catalisadores Walker, participou em mais uma prova do Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC) como “Parceiro Oficial”. Em Portugal, como em todas as 13 provas do Campeonato, a Tenneco, através da marca Monroe, patrocina o Seat Leon - Seat Bélgica - na competição Troféu de Independentes do WTCC. O carro é conduzido pelo piloto belga Pierre-Yves Corthals e preparado pela equipa francesa Exagon Engineering. A participação no WTCC Portugal saldou-se num grande impacto em termos de visibilidade da marca e satisfação dos clientes. A Tenneco confirma, assim, o seu forte empenhamento no investimento da marca Monroe e na promoção das suas tecnologias de suspensão. A plataforma WTCC permite que a Tenneco organize eventos locais em cada uma das provas europeias e proporcione um toque de competição à marca Monroe. Se antes da prova do Estoril, Franz Engstler a bordo de um BMW patrocinado pela Liqui Moly levava vantagem sobre Pierre-Yves Corthals, da equipa apoiada pela Monroe (apenas 1 ponto), já depois da prova portuguesa o belga Corthals passou o seu rival mais directo para ocupar a terceira posição a quatro pontos de Engstler. De recordar que no ano passado a Tenneco Convidou 1200 clientes para as áreas VIP e mais de 60 000 pessoas com interesses na empresa para os circuitos com vista a suportar a equipa Monroe-Seat. O interesse demonstrado na linha de artigos Monroe Racing lançada pela primeira vez em 2007 surpreendeu uma vez mais pela positiva. De recordar que esta linha está também disponível numa loja online (www.monroeracingshop.eu). A participação da Monroe no WTCC teve início em 2006, marcando o regresso da marca aos desportos motorizados no seguimento de muitos anos de envolvimento no campeonato NASCAR, nos E.U.A., e na Supertaça Porsche Pirelli, na Europa. A Tenneco participou também no Campeonato Mundial de Ralis de 2003, 2004 e 2005 com o seu Sistema de Suspensão Kinetic™ e, em 2004, foi também parceiro da Seat com a Cupra, no campeonato de GT espanhol.
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Catálogo de Peças de Motor
NOTÍCIAS Metelli 2009
A Metelli passou a disponibilizar o novo Catálogo de Peças de Motor 2009 que substitui a actual versão que data de 2004. As principais novidades que podem ser encontradas nesta nova edição são: - Guias de válvulas, assentos de válvulas, cunhas de válvulas e elevadores hidráulicos todos incluídos; - Na primeira secção pode ser encontrado um índex de encomenda de acordo com a marca/modelo/versão/Kw/código do motor/ano e a página respectiva; - No que diz respeito às guias de válvulas foi introduzido um novo tipo de material identificado sob o código G2; - Pela primeira vez foi introduzida uma lista numérica a indicar os números de página relevantes com referências Metelli. A extensão da gama consiste de: Guias de válvulas: 138 números de peças das quais 65 referências para veículos europeus e 73 referências para veículos asiáticos; Assentos de válvulas: 15 novos números somente para aplicações europeias; Elevadores hidráulicos: 23 novas peças das quais 20 referências para veículos europeus e 48 referências para veículos asiáticos; Cunhas de válvulas: 80 novos números de peças, das quais 32 referências para veículos europeus e 48 referências para veículos asiáticos. O novo catálogo contém por isso 2851 itens, dos quais 1411 guias de válvulas, 1211 cunhas de válvulas, 162 assentos de válvulas e 67 elevadores hidráulicos. Já é possível consultar e fazer o download do catálogo em www.metellispa.it. De lembrar ainda que a gama completa dos produtos da Metelli está disponível no TecDoc. PUB
Primeira apresentação da
ZF Services
A ZF Services irá apresentar-se à indústria pela primeira vez na edição deste ano da Automechanika em Frankfurt. Esta nova organização do aftermarket, que foi criada da fusão entre a ZF Trading e a ZF Sales & Service Organisation (SSO), vê a feira como uma forma ideal para mostrar quer a sua especialização quer a sua força. Módulos completos de eixos e transmissões serão também mostrados pela primeira vez em lugar de componentes individuais, que realçarão a transformação da companhia de fornecedora de componentes para fornecedora de sistemas. Por outro lado, a estratégia com provas dadas de ter dois stands em locais diferentes – pavilhões 3 e 8 – será mantida. O Stand A91 no hall 3 focará os serviços de todo o Grupo ZF – com incidência especial na recentemente criada ZF Services. O grupo alvo deste espaço consiste primariamente de grossistas, que podem assim familiarizar-se com o gama abrangente de produtos da ZF Services, assim como com as potencialidades das marcas da ZF, Sachs, Lemförder, Boge, e ZF Parts. O Stand F51 no hall 8 estará orientando muito mais directamente para as oficinas. Mecânicos, proprietários de oficinas, e pessoal da área de vendas no terreno dos grossistas, encontrarão informação específica aqui assim como as pessoas certas para falarem. O foco será na grande variedade de programas de serviço para oficinas de carros de turismo e comerciais.
Altatech em campanha
A empresa com sede em Paredes, Altaroda, representante dos produtos de reparação de pneus, Tech, lançou uma campanha de um equipamento de insuflar pneus a nitrogénio, onde é oferecida uma lona de 3x1 metros. De seu nome Altatech N2, este equipamento ao insuflar os pneumáticos com nitrogénio, faz com que estes passem a ter um tempo de vida útil maior, havendo lugar a menos oxidação interna e menor consumo de combustível, isto na medida em que os pneus andam com a pressão correcta durante mais tempo (menos resistência à rodagem). Por outro lado, ao evitar que os carros circulem com pressões abaixo do recomendado, significa menos aquecimento dos pneus, eliminando-se o perigo de rebentamento, logo maior segurança. O Nitrogénio é inerte, e não é combustível. É um gás ecológico.
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Breves NOVIDADE TENGTOOLS
A “Montenegro, Fernandes & Cª S.A.” distribuidora exclusiva para Portugal das ferramentas TengTools lançou para o mercado mais uma novidade. Trata-se de um jogo de chaves dinamométricas, que têm a particularidade de ter aperto pré-definido. Mais informações poderá consultar o novo site da empresa em www.montenegrofernandes.pt
NOVO LÍQUIDO DE REFRIGERAÇÃO DA VALEO
A Valeo lançou em Julho no mercado um novo líquido de refrigeração do cor vermelha, com uma concentração de 50%. Juntando ao já existente líquido de refrigeração de cor amarela e concentração 50%, este novo líquido vem de encontro às necessidades do mercado, sendo utilizado em marcas como VW e Ford.
Rectificação
No Jornal das Oficinas nº 32 (edição Julho 2008), duas notícias TRW têm as fotos trocadas. A notícia do novo catálogo de Kits e Superkits está ilustrada com um caliper de alto desempenho e vice-versa.
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NOTÍCIAS Gutmann
A e o travão de estacionamento
O fabricante germânico de equipamentos Gutmann alerta em comunicado que a versão 32 do software presta auxílio nos trabalhos efectuados no travão de estacionamento do VW passat e Audi A6. Assim, a marca refere que em caso de substituição das pastilhas ou dos discos do VW Passat e Audi A6 novos com travão de estacionamento electrohidráulico, os utilizadores de produtos Gutmann mega macs 50 e mega macs 55 não precisam de dispendiosas ferramentas especiais electrónicas. O mega macs e a comunicação com unidades de comando permitem a rodagem dos pistões dos travões e a programação das posições depois de montadas as peças novas. Basta realizar os seguintes passos no menu mega macs para obter rapidamente os resultados desejados: O fabricante e o modelo do veículo podem ser seleccionados sob “diagnóstico”. Seguidamente, encontram-se disponíveis sob “ajuste básico” as opções “recolher travão de estacionamento” e “avançar travão de estacionamento”. As instruções auxiliares ajudam a executar os passos de trabalho individuais. Dica: Pela mesma via, poderá aceder aos ajustes básicos, como a regulação do farol Xénon, o reset de compensação do sensor de aceleração transversal, a adaptação do sensor da pressão dos travões, da sangria especial, do sensor do ângulo da direcção (ATE e Teves) e da direcção assistida electromecânica, e o apagamento dos valores de programação da transmissão.
Promoção Lubrificantes
Selènia
A Petronas Lubricants Portugal, Lda., lançou uma Promoção de Verão dos lubrificantes Selènia na rede autorizada Fiat, Lancia e Alfa Romeo, assim como nas oficinas aderentes, que basicamente consiste na oferta de Mochilas Exclusivas para o consumidor final, conforme a imagem. De recordar que, com o processo de aquisição internacional desenvolvido pela Petronas (Petroliam Nasional Berhard), a FL Portugal assumiu uma nova denominação social passando a chamar-se Petronas Lubricants Portugal, Lda. Esta alteração implicou uma reformulação da imagem institucional, conjuntamente com o lançamento de uma nova gama de lubrificantes auto, através do Petronas Syntium, um produto premium e que brevemente será colocado à venda em Portugal. Petronas Syntium é uma gama de lubrificantes sintéticos de última geração, para motores de alta performance, e projectada para ultrapassar as mais recentes especificações internacionais e dos construtores. A Petronas é uma das maiores multinacionais do sector petrolífero, com sede na Malásia, estando agora presente nos cinco continentes. A nova Petronas Lubricants Portugal, para além da nova gama de lubrificantes Syntium, manteve inalterada a comercialização de todos os produtos anteriormente associados à FLPortugal, nomeadamente a gama Selènia, entre outros.
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NOTÍCIAS TRW Automotive Aftermarket
Liqui Moly no WTCC Portugal
Os pilotos Franz Engstler e Andrei Romanov a bordo de veículos BMW patrocinados pela Liqui Moly estiveram em grande evidência no WTCC Portugal. Lutaram pela melhor posição no Troféu dos Independentes. O melhor piloto da equipa, Franz Engstler, saiu do Estoril com a 4.ª posição assegurada. A empresa Liqui Moly investe assim forte na promoção e está a expandir-se em Portugal e no resto do mundo. Faz parte das marcas que defendem a globalização e que beneficiam dela. A empresa alemã especializada em lubrificantes, aditivos, limpeza e conservação de veículos conhece a importância das relações comerciais internacionais. Não é por acaso que os seus produtos já são comercializados em mais de 90 países do mundo. E os sinais continuam a ser de crescimento. A Liqui Moly está presente em todos os continentes, sobretudo na Europa, onde a cobertura de mercado de 98 % é superior à que se verifica na América ou Ásia. Ernst Prost, Presidente da LIQUI MOLY GmbH, vislumbra oportunidades fantásticas na globalização: “Os nossos produtos são procurados em todo o mundo onde quer que haja automóveis”, ou seja, existe internacionalmente um potencial enorme para um fabricante como nós de óleos para motores, produtos de limpeza e conservação de veículos e aditivos para óleos e circuitos de combustível e arrefecimento. Os caminhos a percorrer para alcançar o objectivo traçado variam consoante o país e a região. No ano passado juntaram-se ao rol de filiais próprias a África do Sul e Portugal.
Kits de protecção
SKF
Os diferentes componentes da suspensão estão sujeitos a árduos constrangimentos que podem facilmente danificar os braços de suspensão e tornar a biela do amortecedor mais sensível à corrosão e sujidade (água, lama, sal). Foi por isto que a SKF desenvolveu uma gama de kits de protecção cujo conceito é os materiais oferecerem uma óptima protecção ao braço de suspensão e à biela. O kit contém protecções para os braços de suspensão e coberturas anti-pós para dois amortecedores. Uma biela usada pode danificar o braço da suspensão por baixo, provocando danos quando passa por um buraco ou na extremidade da estrada. O kit de protecção SKF tem a duração de vida dos amortecedores e protege tanto as partes internas como externas. O investimento suplementar efectuado pelo cliente vale a pena! O mecânico pode oferecer ao seu cliente uma mais-valia, sem que esta se torne mais dispendiosa, obtendo ele próprio um benefício suplementar. Por outro lado, a montagem dum kit de protecção SKF não representa um acréscimo de trabalho importante uma vez que a suspensão já se encontra montada. PUB
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cria RMG
A TRW Automotive Aftermarket criou recentemente uma nova unidade de negócio denominada Remanufacturing Group, ou ‘RMG’ – demonstrando a sua aposta no sector do recondicionamento de peças ao aumentar a sua concentração em produtos amigos do ambiente e contribuindo, ao mesmo tempo, para a redução de emissões. Liderada por Michael von-Linden, que trabalha na companhia há 23 anos na área da gestão de qualidade, a nova unidade de negócio impulsionará as actuais capacidades e conhecimentos da TRW na reconstrução de componentes e utilizará a sua experiência em Equipamento Original para capitalizar novas oportunidades de negócio. François Augnet, vice-presidente da TRW Automotive Aftermarket Europa e Ásia-Pacífico comentou: “O recondicionamento de peças está a tornar-se para cada vez mais importante no mercado independente de pós-venda, com a criação da RMG ficamos na linha da frente para apoiarmos os nossos clientes e consolidar a nossa posição de liderança neste segmento de mercado. Aumentámos ainda mais a nossa presença no mercado do recondicionamento com a aquisição da Brake Engineering, em 2007 – o fabricante líder de calipers recondicionados, no Reino Unido.” Michael von-Linden, director geral do RMG da TRW: “o mercado de pós-venda tem uma oportunidade real de explorar os benefícios dos produtos amigos do ambiente. Os consumidores exigem produtos ecológicos e estão muito mais atentos quanto às questões do ambiente. A indústria tem o dever de chamar a atenção dos consumidores da oportunidade que têm de cumprir a sua responsabilidade em relação ao ambiente.” A TRW recondiciona calipers, caixas e bombas de direcção nas suas fábricas do Reino Unido e República Checa.
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ENTREVISTA
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Cristina Motta, Directora Geral da Representação da Messe Frankfurt para Portugal
“A Automechanika é uma marca forte!” A Kamotta Representações é a empresa que representa as feiras da Messe Frankfurt, onde está incluída a Automechanika. Cristina Motta, Directora Geral da empresa, conhece como as palmas das suas mãos os meandros e as vantagens de uma participação no maior salão do mundo dedicado ao aftermarket automóvel.
S
aber internacionalizar é uma arte. Colocar os produtos e a imagem corporativa além fronteiras, tornou-se, além do mais, e para muitas empresas, também uma questão de sobrevivência. As estratégias podem ser variadas, mas passam invariavelmente pela presença obrigatória nos salões com grande projecção mundial. A Automechanika em Frankfurt é um deles.
Uma participação num espaço de 12 metros quadrados num stand com duas frentes custa cerca de € 5.000,00, tudo incluído. A este valor há a acrescentar as despesas de deslocação e estadia durante a feira, bem como transporte das amostras. Julgo que com um orçamento de cerca de € 7.000,00 será possível participar na Automechanika.
A Automechanika tem-se revelado ao longo dos anos a principal plataforma de exposição do pós venda automóvel na Europa e mesmo a nível mundial. Partilha desta opinião? O que pensa é o segredo por detrás deste sucesso? Que a Automechanika é a mais importante plataforma internacional do sector, parece-me incontestável. A prová-lo estão os números. Em 2006 a Feira acolheu 4.658 expositores de 72 países que ocuparam cerca de 300.000 metros quadrados. Registou-se a entrada de 165.000 visitantes, dos quais 40% oriundos de fora da Alemanha. O elevadíssimo grau de internacionalização da Automechanika é sem dúvida um dos principais factores que contribuem para o sucesso desta Feira. Para além disso trata-se de uma marca forte, que tem sabido crescer quer em Frankfurt quer internacionalmente sem perder as suas principais características. Uma Automechanika será sempre uma Automechanika, isto é, uma feira organizada pela Messe Frankfurt e suportada por uma rede internacional de representantes preparados para dar o mesmo tipo de apoio em qualquer parte do mundo.
Que importância assume a feira da Automechanika para a Kamotta Representações no âmbito de todas as feiras que representam da parte da Messe Frankfurt? Das feiras técnicas da Messe Frankfurt, esta é sem dúvida uma das mais importantes, acolhendo a maior participação de empresas portuguesas do sector automóvel numa feira internacional. No entanto é sobretudo a nível do número de visitantes portugueses que esta Feira é mais significativa, tendo contado em 2006 com mais de 650 visitantes, que se deslocaram a Frankfurt com a intenção de visitar a Automechanika. Em 2008, ano em que a Feira celebra o 20.º aniversário, prevemos um aumento deste número.
Como classifica a participação das empresas nacionais ao longo das últimas edições da Automechanika? A participação das empresas portuguesas na Automechanika tem-se mantido razoavelmente estável ao longo dos últimos anos. Em 2008 contamos com a participação de 12 empresas que ocupam uma área total de 431 metros quadrados. Não podemos contudo esquecer que a maior parte das empresas portuguesas a trabalhar no sector automóvel fabrica equipamento original que vende directamente às grandes fábricas em Portugal. Tratando-se de empresas certificadas, muitas delas já estão preparadas para uma futura participação em feiras, mas não sentem necessidade de o fazer porque sabem que o escoamento da produção está assegurado localmente. Que tipo de empresas mais beneficiam com a presença neste certame? Esta feira é muito importante para as empresas de maior envergadura que apostam na inovação e procuram afirmarse com uma imagem própria no mercado internacional, tal como uma Petrotec ou mesmo uma Veneporte ou Indasa, bem como empresas mais pequenas que fornecem peças e acessórios e que vêm à procura de novos clientes e novos mercados. Trata-se de facto da mais importante feira internacional do aftermarket, que é mais
do que um mercado do pós-venda. É um verdadeiro segundo mercado para a indústria automóvel.
No próximo certame vai existir uma área exclusivamente com empresas portuguesas? Considera este tipo de ilhas vantajoso para os expositores? Apenas as empresas que expõem peças e acessórios no pavilhão 6.3 têm experiência de participar em ilhas. Nos anos em que o ICEP apoiava a participação de empresas portuguesas na Automechanika as empresas eram agrupadas numa ilha por questões de ordem prática e logística. Posteriormente participaram individualmente. No entanto, como se trata de empresas com uma dimensão reduzida, consideraram que em 2008 seria vantajoso voltar a participar num espaço comum. Por isso, já nesta próxima edição, encontraremos seis empresas que sem qualquer apoio institucional e por iniciativa pró-
pria participam novamente num espaço conjunto, afirmando assim uma identidade nacional e beneficiando de uma presença mais sólida. Quanto poderá ascender o valor para uma empresa que queira investir num pequeno espaço?
Messe Frankfurt (Portugal) Morada: Campo Pequeno, 2 - 6 D 1000-078 Lisboa Telefone: 217939140 Fax: 217939144 Internet: www.messefrankfurt.pt
A Automechanika está já em muitos países de todo o mundo. Faz sentido pensar-se numa Automechanika Portugal? De facto a Automechanika realiza-se actualmente em 12 sítios diferentes, fora de Frankfurt. É a prova de que a Messe Frankfurt soube exportar com sucesso a marca Automechanika. Uma empresa sabe com o que conta, quando nos acompanha pelo mundo fora. Se analisarmos a lista das localidades onde se realizam feiras Automechanika, por exemplo na Argentina, Malásia, México, Xangai, São Petersburgo, verificamos que, com poucas excepções (Canadá), estas se realizam em mercados emergentes. Mesmo a mais recente Automechanika Roma tem como principal alvo os países mediterrânicos. Neste contexto, não estou a ver como uma Automechanika em Portugal poderia marcar a diferença, isto é, alcançar mercados não abrangidos pelas outras feiras.
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ACTUALIDADE A presença das empresas nacionais na montra mundial do aftermarket automóvel
A Automechanika no
A
A Automechanika tem 12 empresas portuguesas inscritas, ilustres representantes do know how nacional para o mundo do pós venda automóvel.
Automechanika é hoje a maior montra mundial do aftermarket automóvel, onde os principais actores deste sector de actividade têm invariavelmente lugar cativo. Nem precisamos de perguntar. Sabemos que estão lá. A sua não presença significaria qualquer coisa como ir a Roma e não visitar o Papa; ou ir a Paris e não olhar para a Torre Eiffel. Mas como têm as empresas portuguesas pautado a sua participação e quais os resultados que conseguiram em edições anteriores? Que expectativas têm e como vêm o posicionamento da Automechanika relativamente às outras grandes feiras mundiais? Foi isso que tentámos descobrir. Uma coisa é certa: Os participantes do nosso Portugal têm todos um forte pendor de exportação. Há que lhes tirar o chapéu por isso. Até as empresas de menor dimensão estão em mercados que não imaginávamos. E não só mercados de países da velha Europa. África, América do Sul, Austrália, para não falar dos países da “nova” Europa, concretamente os países de Leste. A lista dos nacionais é por enquanto curta. Uma dúzia para sermos precisos: FPS – Fábrica Portuguesa de Segmentos, Lda.; INDASA – Indústria de Abrasivos, S.A.; SIM – Sociedade Irmãos Miranda, S.A.; PETROTEC – Assistência Técnica a Ramo Petrolífero, S.A.; João de Deus & Filhos, S.A.; VENEPORTE – Industrias Metálicas Veneporte, S.A.; INCOMCAR – Indústria de Componentes para Carroçarias Auto, Lda.; FABRISCAPE – Fábrica de Escapes Automóveis, Lda.; CRAR – Comércio e Indústria de Plásticos, Lda.; CAMPROVIS – Fabrico e Comércio de Sistemas de Escape, Lda.; AFN – Acessórios 4x4; HS Peças, Lda.
SIM
português
No lote de presenças lusas existem empresas que são já tradição neste certame, ao lado de outras que debutam ou que participam pela segunda vez na grande montra mundial. A SIM – Sociedade Irmãos Miranda, S.A., é um caso típico de uma “velha guarda” nestas andanças. São duas dezenas de anos a marcar presença! A empresa especializada no fabrico de produtos de iluminação automóvel com sede em Águeda, começou por integrar o grupo de empresas que se instalavam num espaço apoiado pelo ICEP. “No princípio foi importante”, sublinhou António Silva, Presidente do Conselho de Administração da Empresa. “Mas à medida que o número de empresas nacionais ia aumentando, as parcelas de cada uma ia diminuindo na mesma proporção. E a localização do espaço não
era o melhor”, acrescentou aquele responsável. As exigências do mercado e da própria empresa levou-os à opção de um espaço próprio, melhor localizado. Agora são 36 metros e sempre no mesmo local. “Os clientes quase que já sabem onde estamos sem necessitarem de consultar mapas. Fazemos inclusive questão de reservar o nosso espaço para a edição seguinte no fim de cada certame”, salientou António Silva. A relação investimento / retorno, não podia ser mais elucidativa: “A Automechanika é a montra do Mundo, compensa o investimento realizado!” A SIM emprega cerca de 130 trabalhadores, tendo adoptado uma política de crescimento sustentado, através do investimento na tecnologia de ponta e elevados padrões de qualidade. Possui delegações implantadas estrategicamente em mais de 40 países para onde exporta hoje mais de 75% da sua produção. A Automechanika enquadra-se, por isso, na sua estratégia de divulgação e consolidação dos parceiros de negócio.
Incomcar
A Incomcar – Indústria de Componentes para Carroçarias Auto, Lda., é outra das empresas nacionais com um bom currículo na feira da Automechanika. São já cinco presenças. É outro exemplo de empresa que possui nos mercados além fronteiras uma das principais fontes de receitas. Os principais clientes situam-se em Itália, Espanha, Reino Unido, Polónia, Bulgária, Tunísia e Algéria. A ida deste fabricante de peças exteriores de chaparia à Automechanika tem permitido aumentar os mercados europeus e não só: América do Sul e África têm-se caracterizado como zonas com um pendor cada vez mais forte em termos de áreas de negócio fora da Europa. A estratégia adoptada pela Incomcar para este ano passa por ficar junto a outros seis expositores nacionais. “Não se trata de nenhuma zona apoiada pelo ICEP ou outra entidade, simplesmente foi uma opção nossa mediante a proposta da organização”, referiu Francisco Rios, Director Geral da Incomcar. A propósito dos apoios, aquele responsável aproveitou para desabafar: “Os espanhóis e os italianos, por exemplo, usufruem de apoios para estarem presentes na feira. Os espanhóis no passado beneficiavam até de apoios à exportação”. O mercado dos produtos de peças exteriores de chaparia luta hoje com uma dificuldade acrescida e que é comum em outros produtos automóveis: “A matériaprima importada para a nossa produção aumentou 40 por cento desde Maio deste ano, o que nos coloca sérios problemas”, rematou Francisco Rios.
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ACTUALIDADE Fabriscape
A Automechanika tem-se revelado uma plataforma de divulgação para a Fabriscape – Fábrica de Escapes Automóveis, Lda., desde 1997. A sua produção incide essencialmente sobre sistemas de escape completos para o aftermarket, daí que o certame assente que nem uma luva. Arlindo Pinto, Director de Exportação, enfatizou este facto e também a nova fórmula encontrada para a edição deste ano: “Nas edições anteriores temo-nos apresentado isoladamente, mas este ano a organização convidou as empresas portuguesas a agruparem-se numa área específica. Seremos meia dúzia nessas condições e vamos ver qual a repercussão”. A Fabriscape ainda é do tempo dos apoios que o ICEP providenciava às empresas para marcarem presença nas grandes montras mundiais. A este propósito, lamenta “que tenham sido descontinuados”, mais ainda quando vê que países como a Turquia e o Irão, só para citar dois exemplos, beneficiam largamente com esse tipo de políticas. Os principais mercados além fronteiras da Fabriscape, e que certames como a Automechanika têm contribuído para alargar, incluem a Argélia, Tunísia, Israel e Grécia. O Director de Exportação da Fabriscape lamenta que as matérias-primas estejam claramente em alta, cenário que não contribui para a total potenciação dos negócios no próximo grande salão mundial do aftermarket.
AFN – Acessórios 4x4
A contrastar com ilustres conhecidos nas bandas da Automechanika, está a AFN – Acessórios 4x4. É a primeira vez que esta empresa de nome real AFN – Fabrico de Acessórios e Protecções para Veículos Automóveis, Lda., marca presença em Frankfurt. Mas não são inteiramente virgens nestas andanças. Já marcaram presença na feira espanhola da Motortec com grande sucesso. Estarão no grande palco para divulgar os produtos de fabrico próprio da marca AFN. Mas que produtos são esses? O Director Comercial da empresa explicou: “Acessórios para veículos 4x4, transformações especiais para veículos ligeiros e serviços de apoio à indústria”. Para além dos muito conhecidos acessórios típicos para os veículos 4x4, estão os vários tipos de acessórios que podemos encontrar nos carros de bombeiros, por exemplo. “O objectivo da aposta na feira de Frankfurt é abrir novos mercados, particularmente
o escandinavo”, sublinhou Sérgio Garcia. Mas não se pense que a AFN debuta em termos de clientes com praça fora das nossas fronteiras: “Possuímos cerca de oito clientes além fronteiras, incluindo Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau. A AFN tem nos seus representantes Europeus a sua maior força de venda. A internacionalização é desde há muito assumida como um caminho para a excelência, bem como a constante inovação para que se mantenham na linha da frente dos fa-
bricantes de acessórios e transformadores de veículos”, referiu o Director Comercial da AFN. Fundada em 1995, a AFN é uma empresa que está desde há muitos anos na vanguarda tecnológica no sector onde se insere. “A gama de produtos homologados faz a diferença pela positiva e é das poucas empresas Europeias que se pode orgulhar de possuir o próprio Centro de Homologações”, concluiu o nosso interlocutor.
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HS Peças
A HS Peças, Lda., é uma empresa fundada em 1991 e que desde 2003 se especializou em componentes de cabine para veículos pesados. É aliás nesta qualidade que vai estar na Automechanika, no espaço onde estarão somente empresas portuguesas. Como referiu Filipa Miroto, do Departamento de Exportação, “participámos pela primeira vez em 2006 e o resultado foi positivo, daí que tenhamos decidido apostar em mais uma presença neste certame”.
Indasa
A Indasa – Indústria de Abrasivos, S.A., dispensa apresentações. Esta empresa especializada em abrasivos está presente nos quatro cantos do mundo. A Feira Automechanika assume-se, por isso, como uma espécie de romaria natural. E são já muitas presenças neste salão. “Sendo a Indasa uma empresa exportadora por excelência, para mais de 70 países de todo o mundo, a Automechanika constitui um local privilegiado para o encontro com os distribuidores nos cinco continentes. Tem servido ainda para o lançamento de novos produtos e a divulgação da gama em geral”, referiu Machado Lobo, Director Comercial da empresa. A importância da participação na Automechanika é por isso “elevada dado ser a maior feira do sector automóvel pósvenda a nível mundial e visitada por profissionais de todo o mundo”. A presença da Indasa em Frankfurt iniciou-se em 1996, e tem-se mantido ininterrupta até agora. Como explicou Machado Lobo, “a Automechanika é um dos veículos de internacionalização da Indasa, e embora não sendo o único, é um dos mais importantes”. O principal objectivo da Indasa neste certame é a divulgação da imagem e contactos para o sector ART (Automotive Repair Trade), ou seja, para o pós-venda. Quanto à forma de participação, stand isolado ou em conjunto num espaço português, Machado Lobo explicou que “a participação da Indasa é, de alguns anos a esta parte, em stand próprio no Hall 9.2, ou seja, no Color Tech”. E acrescentou: “No primeiro ano, em 1996, estivemos incluídos no stand Português do ICEP, mas esta situação não se revelou de todo proveitosa, uma vez que, colocados num pavilhão que nada tinha a ver com a parte de repintura (Hall Colortech), não foi possível potenciar a nossa presença no local privilegiado, ou seja, PUB
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no Hall onde se apresentam todos os materiais para tratamento de superfícies como tintas, abrasivos, etc. Desde 1998 que nos apresentamos com stand próprio na localização própria, e temos vindo a repetir a nossa presença sempre do mesmo modo”. Machado Lobo concluiu: “Permita-me, aliás, formular uma crítica à existência dum único espaço português que albergue diferentes empresas dedicadas a produzir e comercializar diferentes produtos. A Automechanika é uma feira em que os pavilhões estão sensivelmente organizados por produtos e o stand isolado, do meu ponto de vista, tem um impacto muito maior para as empresas portuguesas, já que estas se podem posicionar nos pavilhões adequados”. Pelo número de edições em que já marcam presença, a resposta de como classificam a relação investimento versus retorno era previsível: “Tem sido uma relação francamente positiva”, concluiu Machado Lobo. A Indasa é actualmente um dos líderes europeus na produção de abrasivos flexíveis para a repintura automóvel. O Grupo Indasa integra sete filiais localizadas em Espanha, Reino Unido, França, Alemanha, Polónia, Brasil e EUA. Complementando a actividade das suas filiais, a Indasa fornece o sector da repintura automóvel a nível mundial, trabalhando em parceria com uma rede de importadores/distribuidores autorizados em mais de 70 países nos cinco continentes.
Camprovis
A Camprovis – Fabrico e Comércio de Sistemas de Escape, Lda., participa na Automechanika pela segunda vez. A actividade da empresa centraliza-se em sistemas de escape para veículos pesados, no campo do pós venda. A participação na edição deste ano visa cimentar e alargar a sua actividade para novos mercados. Para já, e como referiu Catarina Silva, Directora de Marketing da empresa, “os principais clientes além fronteiras localizam-se em Itália, França, Dinamarca, Espanha e Argélia. Penso que este leque de países para onde exportamos é por si um bom cartão de visita sobre a qualidade dos nossos produtos”. Mas nem só de aftermarket vive a Camprovis. “Também fornecemos para Primeiro Equipamento, mas apenas tubagens de escape para máquinas industriais”, concluiu Catarina Silva.
Fábrica Portuguesa de Segmentos
A FPS – Fábrica Portuguesa de Segmentos, Lda., é outra das importantes empresas nacionais com presença assídua na Automechanika. São já duas dezenas de anos na maior feira mundial do aftermarket, a divulgar os segmentos da marca SIM, mas também as camisas de motor centrifugadas, produtos especiais com grande aplicação nos carros de competição e fundamentalmente exportadas para os Estados Unidos da América. “A participação da FPS tem sido muito positiva ao longo dos anos”, começou por referir José Manuel, Presidente do Grupo. E acrescentou: “Começámos a participar
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ACTUALIDADE com o ICEP e a primeira participação foi logo um retumbante sucesso. Conseguimos na primeira presença mais de 150 contactos e mal tínhamos tempo para almoçar durante os dias que durou a feira”. Aliás, para a FPS, a Automechanika não funciona unicamente como centro de exposições. Isso mesmo sublinhou o Presidente do Grupo ao destacar que “este tipo de certames funciona antes de mais como centro de reuniões para cimentar relações estabelecidas e construir novos contactos, muitos dos quais acabam por se revelar frutíferos”. Assim, é ponto assente que a Automechanika tem contribuído grandemente para a internacionalização da empresa. Hoje exportam para todo o mundo, a maior parte com produtos para o aftermarket automóvel. A produção da unidade fabril localizada em Braga ascende a 20 mil segmentos por dia, o que permite uma abrangente cobertura dos mercados onde marcam presença. A subida vertiginosa das matérias-primas e o preço do dólar a cair, criaram dificuldades, mas não suficientes para travar a boa performance que alcançaram nos mercados internacionais. Alternam a presença na Automechanika com a participação na Equipa Auto. Um caso de sucesso na relação investimento / retorno da participação em grandes salões.
João de Deus & Filhos
A João de Deus & Filhos, S.A., é uma referência no panorama industrial português. Por direito próprio é uma empresa internacional, estatuto reforçado depois de passarem a integrar o Grupo Denso. A feira da Automechanika faz por isso todo o sentido. Não é por acaso que já participam no maior evento mundial do pós venda automóvel há 14 anos, onde fundamentalmente divulgam para o aftermarket. “É para nós uma feira referência”, ressaltou João Neves, Director de Vendas & Marketing da empresa. Quanto ao modo da presença, “no início participámos no âmbito das empresas apoiadas pelo ICEP, mas hoje possuímos um stand individual, embora junto com outras empresas portuguesas”. A gama de produtos que vão divulgar na grande montra do aftermarket engloba sistemas termais, como radiadores, “chauffage”, condensadores e electroventiladores, a que juntam os intercoolers. “Vinte por cento da nossa produção destina-se ao aftermarket, com grande predominância nos sistemas termais, sendo que os restantes 80 por cento da produção está virada para Primeiro Equipamento, nomeadamente através dos intercoolers”, explicou João Neves. Neste âmbito fornecem importantes construtores automóveis, como são exemplo o Grupo Fiat e as marcas Fiat, Lancia, Alfa Romeo, Iveco, o Grupo VW com grande predominância nos modelos Audi, estando em desenvolvimento intercoolers para a prestigiada Bentley. Para a Toyota são o único fabricante Europeu de intercoolers a fornecer o construtor nipónico. Porsche Cayene, Opel Corsa, Mitsubishi e Seat, são outras marcas clientes. Itália e República Checa são apenas dois exemplos de mercados para onde exportam no campo do aftermarket. E a Au-
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ACTUALIDADE NET e TUV segundo as normas ISO 9000 e a certificação dos seus produtos, bem como a homologação de uma vasta gama de referências segundo as directivas comunitárias, são “cartões de visita” que a Veneporte faz valer nas grande montras de exposição.
Petrotec
tomechanika tem sido um bom veículo para o alargamento dos mercados. “A João de Deus & Filhos fabricou 1 milhão de 200 mil interccolers em 2007, sendo o único centro de produção de intercoolers da Denso na Europa”, referiu o nosso interlocutor para sublinhar a importância que este produto, fundamentalmente para Primeiro Equipamento, assume para a empresa, mas que não será o principal item a divulgar em Frankfurt. Uma nota para o facto do Grupo ter vindo a apostar numa rede de pontos de venda para servir o aftermarket em território ibérico, composta actualmente por sete lojas, quatro destas localizadas em Portugal e três em Espanha.
CRAR
A iluminação automóvel é a área de negócio da CRAR – Comércio e Indústria de Plásticos, Lda. É curiosamente uma das empresas a participar há mais tempo na Automechanika. “Há vinte anos que a CRAR é assídua no maior evento do aftermarket automóvel”, disse com orgulho Celestino Ribeiro, Director Geral da empresa. Essa política de se darem a conhecer, está na base de actualmente venderem os seus produtos para todo o mundo. Vão estar numa “ilha” com mais algumas empresas portuguesas. Podem assim beneficiar das sinergias de um programa imaginado pela organização.
Veneporte
A Automechanika não podia vir em melhor altura para a Veneporte – Indústrias Metálicas Veneporte, S.A., empresa que há uma dúzia de anos marca presença assídua no salão. Como explicou Abílio
Cardoso, Director Geral da companhia que se dedica ao fabrico de sistemas de escape, “a Veneporte de há um ano a esta parte encetou uma grande aposta no mercado alemão, daí que este certame venha em boa altura e sirva como catalisador para a nossa presença neste exigente mercado”. Mas não se pense que a Veneporte estará de olhos virados unicamente para o mercado germânico. O certame vai permitir à empresa apresentar ao mundo as inovações de produto e defender a imagem corporativa e de marca que paulatinamente tem cimentado ao longo dos anos. Abílio Cardoso considera mesmo que “a Automechanika é a maior referência mundial em termos de exposições vocacionadas para o aftermarket e que é o veículo ideal para a divulgação da imagem de marca internacionalmente”. Ainda sobre a aposta da empresa de Águeda no mercado germânico, o Director Geral da Veneporte salientou que “é difícil, exigente, mas simultaneamente oferece oportunidades maiores que os outros mercados”. E concluiu a este propósito: “O mercado alemão exige das empresas um elevado nível organizacional para que possam triunfar”. Outros mercados têm vindo a assumir uma importância crescente para a Veneporte. “São os casos da Holanda, República Checa, Dinamarca, Espanha e França. Por outro lado, existem outros pontos que estão neste momento a despontar para a Veneporte, como sejam a Polónia, Rússia e Ucrânia”. Para explorarem todas as potencialidades, marcam presença não só na Automechanika como também na feira de Paris, Equip Auto. O investimento tem proporcionado um bom retorno. A certificação da empresa pelos organismos Iq-
A Petrotec – Assistência Técnica ao Ramo Petrolífero, S.A., voltará a ser uma das grandes atracções de mais uma edição da Automechanika. Não só no âmbito nacional, como também internacionalmente. A mais valia da sua presença sai reforçada com o facto de este ano se terem candidatado ao Prémio da Inovação, através do equipamento CleanAir, revolucionário sistema de recuperação de vapores. É a única empresa no lote dos expositores portugueses a avançar com este tipo de candidatura. A Petrotec tem já um longo historial de assiduidade na Automechanika e este ano volta a ter uma forte presença com um stand de 143m², no mesmo local. Como referiu Simão Cabral, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Petrotec, “os principais objectivos da nossa presença nesta Feira prendem-se com o lançamento de novos produtos e com a expansão da nossa rede de contactos para os mercados externos. Por outro lado, este ano, associaremos a nossa presença às Comemorações dos 25 Anos Petrotec e ‘Os Biocombustíveis’ será o tema escolhido pela Petrotec para assinalar a data”. Mas o que é afinal o CleanAir, candidato a trazer para Portugal o Prémio da Inovação? Trata-se de um sistema de re-
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cuperação de vapores que permite não só recuperar o valor perdido anteriormente sob a forma de poluição, como também a sua reciclagem. O sistema designado por CleanAir está a ser industrializado na unidade fabril de Guimarães, sob os mais rigorosos padrões de qualidade ISO 9001:2000 e de segurança ATEX. “Diversos clientes têm instalado esta nova tecnologia nos seus postos de abastecimento com resultados espantosos”, sublinhou Simão Cabral. Uma solução baseada num sistema rentável que consiste na reciclagem do vapor emitido pela gasolina, transformando-o em combustível líquido directamente na bomba (versão inpump) ou na unidade standalone posicionada na ilha (versão cabinet). Não sendo necessárias tubagens de recuperação de fase II aos tanques, ou trabalhos adicionais ao nível das infraestruturas, este sistema preconiza uma solução amiga do ambiente que vai de encontro à nova regulamentação da União Europeia (Fase II COV). “Na sua génese, esta solução transforma o vapor em energia para venda e consequente uso e distribuição. Baseado numa tecnologia única, o retorno do investimento poderá ser obtido a muito curto prazo, resultando num negócio lucrativo para o utilizador. A eficiência da recuperação de vapores foi reconhecida mediante a inspecção de uma entidade exterior devidamente acreditada para o efeito, encontrando-se actualmente disponível para instalação em quase todos os modelos de bombas do mercado, em versão submersível ou com grupo de bombagem”, concluiu o nosso interlocutor.
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EVENTO Dinâmica de iniciativas para 2008
Bosch recebe novos Bosch Car Service
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O evento contou com uma visita à Fábrica de Travões Bosch, situada em Abrantes. A marca germânica sublinha ainda 2008 como mais um ano de afirmação da Academia de Formação Empresarial Bosch Car Service.
Robert Bosch realizou uma acção de Boas Vindas de novos parceiros na rede de oficinas Bosch Car Service. O local escolhido para a realização deste evento de Boas Vindas foi a aprazível Herdade de Cadouços, situada em Abrantes, onde se reuniram cerca de 50 pessoas, entre os representantes da Robert Bosch e os responsáveis pelas 20 empresas que passaram a integrar a rede Bosch Car Service. Não foi a primeira vez que a Robert Bosch desenvolveu este tipo de evento em Portugal. Este acontecimento que se repete todos os anos segue um modelo internacional standard recomendado pela casa mãe, Robert Bosch GmbH. Visa acolher na família Bosch, os novos parceiros, que integram a rede Bosch Car Service, de forma a marcar a ocasião com toda a importância de que esta se reveste. Tal como no ano anterior, o evento teve início com uma visita à Fábrica de Travões Bosch, também situada em Abrantes. A fábrica de travões da Bosch é a terceira unidade portuguesa da Bosch a trabalhar para o automóvel. Está em Abrantes há 25 anos e nasceu para fornecer a fábrica da Renault em Setúbal. Resistiu à saída da fábrica francesa, foi comprada pela Bosch e continua a fabricar travões de tambor, exclusivamente para exportação, empregando 225 colaboradores, constituindo um dos maiores empregadores da região, em linha com a fábrica da Mitsubishi, no Tramagal. A visita foi bastante apreciada por todos os participantes, tendo-lhes permitido um contacto privilegiado com a produção deste produto com o qual trabalham no dia a dia, bem como, esclarecer todas as questões e curiosidades que a visita suscitou. Após a visita à fábrica, e já na Herdade de Cadouços, foi altura de uma apresentação do Grupo Bosch pela voz de Rui Silva, Director do departamento Automotive Aftermarket da Bosch, em Portugal, ao que se seguiu um jantar que culminou com a entrega de placas de nomeação aos novos parceiros Bosch Car Service. Chamados um a um, por Raquel Marinho, Trade Marketeer de Conceitos Oficinais Bosch, subiram ao palco para as receber das mãos de Rui Silva. Esta placa de nomeação, outorga os novos
parceiros como oficinas Bosch Car Service e simboliza o momento da sua integração na rede Bosch Car Service. Após este momento, foi altura de fazer silêncio e dar voz a uma “Grande Noite de Fado”!
Academia de Formação Empresarial Bosch Car Service Em 3 anos de actividade, 45 acções de formação e mais de 300 pessoas em sala, 2008 é mais um ano de afirmação da Academia de Formação Empresarial Bosch Car Service, com a introdução de novas acções de formação exclusivas para as oficinas integradas na rede. O ano de 2006 ficou marcado pela constituição da Academia de Formação Empresarial Bosch Car Service, estrutura criada em parceria com a Viragem, S.A., com o objectivo de envolver activamente
os colaboradores da rede ao nível da implementação do Manual de Métodos Bosch Car Service, dando-lhes uma componente teórica. Hoje, a Academia de Formação Empresarial Bosch Car Service constitui uma função determinante junto da rede Bosch Car Service, quer para as empresas recém-chegadas, a quem a Academia integra na cultura do conceito Bosch Car Service, quer para as empresas já integradas na rede desde o seu início e que através de uma orientação continua desenvolvem as suas competências funcionais de forma progressiva. Plano de Formação Empresarial 2008 Através do acesso à extranet Bosch www.bosch-automotive-extranet.com, poderá entrar no site da Academia de
Rui Silva, director de vendas do departamento de Acessórios Automóvel em Portugal, durante a apresentação aos novos membros. À Esquerda, a noite de fado no fim da recepção.
Formação Empresarial Bosch Car Service e consultar o Plano de Formação 2008, no qual se destacam as seguintes novidades: Gestão e Tratamento de Reclamações – Saiba como gerir eficazmente as reclamações dos seus clientes, transformando-as em oportunidades de melhoria do serviço prestado pela sua empresa. Tecnologia Simplificada – Noções de mecânica automóvel e de tecnologia automóvel para não técnicos. Uma competência fundamental para quem estabelece o elo de comunicação entre clientes e técnicos, garantindo uma maior credibilidade aos colaboradores que assumem estas funções. Relação - Cliente para Técnicos – Dirigido aqueles que, pela natureza da sua função centram 90% do seu tempo nos automóveis, de forma a que ganhem uma nova sensibilidade e orientação para o cliente. Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho – Além de contemplar a obrigatoriedade de frequência de 30 horas de formação anuais, para pelo menos 10% dos trabalhadores efectivos de uma empresa, o novo código do trabalho também reforça a obrigatoriedade dos colaboradores das empresas frequentarem acções de formação nesta área. Iniciação à Gestão Financeira e Fiscal – A área financeira e fiscal como uma forma das empresas da rede gerirem o seu negócio de uma forma, cada vez, mais eficaz! Segmentação de Clientes – Porque os clientes não são todos iguais e apresentam distintos tipos de necessidades.
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EVENT - Jose Cotrim:Jornal das Oficinas
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EVENTO José Cotrim Reis comemora 20 anos
Maior cliente DuPont de
A
empresa José Cotrim Reis Lda., vencedora dos prémios de maior e melhor distribuidor DuPont/Impoeste, comemorou 20 anos de actividade. Longe vão os tempos em que José Cotrim Reis, proprietário da empresa com o mesmo nome, iniciou o negócio de comércio de produtos de repintura automóvel. A odisseia ganhou novo fôlego quando se tornou distribuidor dos produtos de repintura DuPont no ano de 1990. A qualidade da prestigiada marca permitiu-lhe ganhar asas e alargar o leque dos seus clientes, que não quiseram deixar de assinalar conjuntamente com o fornecedor aniversariante este marco importante da vida da empresa. O Bonito espaço do “Flor da Mata” em Sesimbra serviu de palco para que profissionais da repintura pudessem reaver amigos e trocar impressões sobre o mercado em que se inserem. Como referiu José Cotrim Reis, “a presença maciça dos nossos clientes é a maior prova de como eles encaram bem esta parceria que vai muito além do aspecto meramente comercial. Sabem que o nosso apoio é incondicional, e para tal contamos na nossa retaguarda com o saber de marcas de prestígio como é o caso da DuPont, que representa a nossa principal marca para o mercado da repintura automóvel”. 3M, Devilbiss e Festol, entre algumas outras, são marcas que a José Cotrim Reis também disponibiliza aos seus clientes. A sucessão não é problema para a empresa que acabou de celebrar duas décadas. O seu filho faz parte da primeira linhagem do fundador e garante que “o trabalho com os clientes e a relação privilegiada com os principais fornecedores vai manter-se na mesma linha dos últimos 20 anos”.
parabéns
A empresa José Cotrim Reis reuniu amigos e parceiros de negócio para assinalar duas décadas ao serviço da repintura automóvel.
José Cotrim Reis (direita) junto com o filho, que representa a sucessão do bom trabalho realizado nos últimos 20 anos
José Cotrim Reis, Lda. Sede: R. Henrique Nogueira, 19-A/B 2700-448 Amadora Telefone: 214988100 Fax: 214914129
Interior da sala onde se realizou o jantar com cerca de 350 clientes da José Cotrim Reis Lda.
Luís Jorge Santos, Director Geral da Impoeste (segundo da esquerda), ao lado de participantes no jantar comemorativo
O importador para Portugal dos produtos DuPont, Impoeste, não faltou à chamada para esta reunião de amigos e fezse representar pelo seu Director Geral, Luís Jorge Santos. Sobre a parceria com o distribuidor aniversariante, que tem o exclusivo da distribuição dos produtos DuPont para as zonas de Lisboa e Alentejo, realçou o enorme sucesso da ligação e o exemplo que constitui a José Cotrim Reis para as demais empresas do sector. “A prova do trabalho fantástico que o nosso maior distribuidor realiza está no grande número de clientes que possui, a maior parte aqui presentes”. Ao contrário do que se possa pensar, o exclusivo da zona de Lisboa não é garante de sucesso fácil. O Director Geral da Impoeste realçou isso mesmo: “Muito embora a zona de Lisboa constitua o maior mercado nacional, convém não esquecer que é também aqui onde está concentrada toda a concorrência com grande agressividade na luta por quotas de mercado”. O sucesso de José Cotrim Reis passa não só pela qualidade dos produtos que vende, como também pela formação, aspecto particularmente importante nos produtos de pintura. A empresa dispõe de dois técnicos próprios para formação nas oficinas e conta com o Centro de Formação da Impoeste/DuPont em Torres Vedras para cursos de formação que complementam o trabalho dos técnicos no terreno. O desempenho da José Cotrim Reis é tanto mais valorizado quando se sabe que nos últimos quatro anos o mercado não tem beneficiado de tantos veículos sinistrados como acontecia num passado não muito longínquo. “À maior segurança rodoviária junta-se o preço do combustível e a pouca dinâmica do mercado em geral, o que leva as pessoas a retraírem-se no número de quilómetros percorridos anualmente”, referiu Luís Jorge Santos. Um factor que definitivamente correu sem percalços de percurso foi a passagem para os produtos amigos do ambiente. Se no início do processo de transição todos temiam que os hábitos enraizados tornassem a passagem numa tarefa extremamente complicada, a verdade é que a tecnologia dos novos produtos tornou a sua aplicação um processo extremamente fácil e rentável. Como sublimou José Cotrim Reis, “as novas tecnologias em prol do ambiente foram muito bem aceites pelos nossos clientes, a que não foi alheio o apoio incondicional da Impoeste/DuPont e também a qualidade dos produtos que proporcionam trabalhos muito rentáveis e com elevado nível de acabamento”. A festa terminou com música e promessas de mais duas décadas de sucesso.
A 1.ª Revista para o Mercado de Pneus e Serviços Rápidos
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PRÓXIMA EDIÇÃO: NOVEMBRO 2008 RESERVE A PUBLICIDADE ATÉ 10 OUTUBRO Departamento de Publicidade: AP Comunicação • 21 928 80 52 • geral@apcomunicacao.com Mário Carmo • 91 705 96 75 • mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado • 96 538 09 09 • anabela.machado@apcomunicacao.com
EMPREGO - Hays:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
EMPREGO Por: Nuno Veríssimo – Consultor Auto da Hays Portugal
Profissionais do sector Automóvel Na área comercial, temos fomentado o ingresso de profissionais com gosto genuíno pelo sector e sem experiência profissional no mesmo com excelentes resultados ao nível das vendas. No que concerne à área técnica, a época em que os pouco qualificados poderiam ingressar no sector como aprendizes está a terminar.
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s discursos empresariais têm vindo a reproduzir o axioma segundo o qual os recursos humanos são o mais importante dos activos de qualquer organização. Neste sentido, importa explorar um pouco o perfil procurado pelos nossos clientes e as perspectivas e novas tendências para o sector automóvel no momento. No que concerne à área técnica, a época em que os pouco qualificados poderiam ingressar no sector como aprendizes está a terminar. Para estes, o ingresso poderá ainda ser feito em pequenas oficinas, exigindo-se aos restantes novatos uma formação especializada no sector. Nesta área, somos geralmente confrontados com pedidos de profissionais com uma experiência consolidada em determinada especialidade, acompanhada de um elevado dinamismo, capacidade e disponibilidade para o trabalho e sólidas competências de trabalho em equipa. Na área comercial, temos fomentado o ingresso de profissionais com gosto genuíno pelo sector e sem experiência profissional no mesmo com excelentes resultados ao nível das vendas. Para este tipo de processos geralmente solicitam-nos a procura de profissionais com uma atitude muito pró-activa, uma natural predisposição e foco comercial, experiência de trabalho por objectivos, capacidade de auto-motivação, de gestão da pressão e de trabalho em equipa. A mudança Na área comercial, a evolução económica passa sobretudo pela mudança para uma marca com maior potencial de venda, para o sector dos pesados ou das máquinas. Caso contrário, será a troca pela troca. Numa área técnica a progressão na remuneração é difícil quando o profissional desenvolve a sua carreira muitos anos na mesma organização, apesar do seu méri-
Novas tendências O discurso negativo relativamente ao sector continua. Existem, contudo, boas oportunidades no exterior do país e temos sentido uma fuga de profissionais qualificados para África, sobretudo na área técnica, a bordo dos grandes grupos automóveis. Em Portugal, muitas pequenas oficinas fecham por falta de serviço enquanto que ao invés, em Espanha, deparam-se com o problema da falta de trabalhadores e, sobretudo, nas zonas fronteiriças são cada vez mais os jovens técnicos portugueses a serem procurados. Marcadamente um sector dominado pelos homens, são cada vez mais as mulheres a desenvolverem funções técnicas e comerciais no sector. Não sendo novidade as vendedoras de automóveis, e com bons resultados, notamos um número crescente de mulheres em áreas mais técnicas de recepção de viaturas, no negócio das peças e mesmo em funções operacionais de oficina. A crescente profissionalização e certificação do sector ajuda à crescente credibilização do mesmo sendo que neste sector, mais do que noutros, trabalham sobretudo profissionais com um gosto genuíno pelo mercado automóvel.
Hays to. A maioria dos profissionais técnicos do sector possui uma mentalidade aberta e de maior atenção ao mercado, beneficiando de imediato com uma possível troca. É aqui, na apresentação pontual de projectos de acordo com os seus interesses, que empresas de recrutamento e selecção especializadas poderão ajudar este tipo de profissionais, na vertente técnica e comercial.
Num sector onde se procura o candidato certo para determinada posição, com processos de recrutamento morosos e ainda muito baseados no conhecimento pessoal e no jornal, a consulta de base de dados de profissionais especializados é muitas vezes a forma eficaz, rápida e por conseguinte económica, de identificarem quem procuram, uma vez que o “match” de motivações e condições económicas é também logo garantido.
Delegação Norte: Ed. Tower Plaza, Rot. Eng.º Edgar Cardoso, 23 - 7º C 4400-676 Vila Nova Gaia Consultor Auto: Nuno Veríssimo Telefone: 22 607 86 10 Fax: 22 607 86 11 e-mail: nuno.verissimo@hays.pt Internet www.hays.pt PUB
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ENT - Corcet:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
ENTREVISTA César Teixeira, Director-Geral da Corcet
Aposta em marca
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de referência
A Corghi já tem um novo importador em Portugal. Trata-se da Corcet, empresa com sede em Penafiel, que assim passa a assumir a responsabilidade desta importante marca italiana de equipamentos.
epois de muitos anos no mercado nacional com outro importador, tornando-se a Corghi numa referência ao nível dos equipamentos para casa dos pneus, já em 2008 a Corcet assumiu a representação desta importante marca italiana. O Director-Geral da Corcet, César Teixeira, abordou o presente e o futuro da Corghi em Portugal no nosso país, mas também da própria Corcet.
enorme investimento. Por ouro lado dar resposta a todos as casas que já têm equipamentos Corghi instalados não é fácil, tanto mais que o parque instalado de equipamentos é enorme. Contudo, os clientes podem contar connosco.
Depois de dois anos em que a Corghi esteve quase parada em Portugal, quais foram as prioridades para a Corcert? Numa primeira fase tivémos que apagar alguns “fogos”. Para isso fizemos um grande investimento em stock para dar respostas às necessidades de reparação e manutenção dos equipamentos Corghi que estavam a necesitar desse serviço. Passada essa fase, a nossa preocupação actual é ter a sensibilidade do que existe no mercado em termos de Corghi, e ter resposta o mais rápida possível para todos os problemas que possam surgir, mas também afirmar a Corcet como uma empresa válida ao nível do fornecimento de soluções (máquinas e consumíveis) para as casas de pneus. Existe uma parte do mercado que ainda não assimilou que a Corghi já tem um novo representante. Por isso temos que trabalhar também neste aspecto.
Quando é que a Corcet assumiu a representação da Corghi em Portugal? A Corcet iniciou a sua actividade no início do mês de Janeiro de 2008, precisamente com a intenção de dar seguimento à presença da marca Corghi no mercado português. Porém, a Corcet é uma empresa independente, embora tenha administradores comuns com a Teixeira & Chorado. Para além da Corghi, que é exclusiva da Corcet, muito brevemente toda a gama de produtos que iremos comercalizar, nomeadamente os consumíveis, será feita apenas pela nossa empresa.
De que forma pretendem estar no mercado dos equipamentos e consumíveis para casas de pneus? A Corcet tem a sua equipa de vendas, segue a sua estratégia comercial e está no mercado em concorrência com qualquer outra empresa. A nossa abordagem ao mercado é a de primar pela seriedade como pela qualidade do serviço e do produto que vendemos.
Quais são os objectivos a curto prazo da Corcet? Ao nível da assistência técnica esperamos atingir um nível de resposta muito elevada, que passa por dar uma resposta imediata a pelos menos 80% das solicitações. Só assim se justifica investir em 15 pessoas, algumas delas já com conhecimento profundo da Corghi, 10 viaturas e num stock tão elevado de peças.
Corcet Sede: Zona Industrial, nº2, Lote 10 Apartado 95 4560-709 Penafiel Director-geral: César Teixeira Telefone: 255 728 220 Fax: 255 728 229 E-mail: cesar@corcet.pt Internet: www.corcet.pt
A Corcet é o novo importador da Corghi tendo as suas instalações (escitório, armazém, e showroom) em Penafiel, e uma filial próximo na Castanheira do Ribatejo
Quais são os meios técnicos e humanos que a Corcet dispõe? A Corcet formou uma equipa totalmente nova, com 15 pessoas, quatro na área técnica, seis na área comercial e o restante são administrativos e pessoal de armazém. Para além disso dispomos de uma sede, uma nova filial e ainda uma frota de 10 veículos que são usadas pela nossa equipa técnica e comercial. Investimos também num enorme stocks de peças, para satisfazer as necessidades do parque de máquinas Corghi existentes no mercado português.
Qual é actualmente a dimensão da Corghi em Portugal? Não sabemos ao certo quantos equipamentos Corghi é que existem em Portugal. Temos a noção de que a Corghi representa perto de 50% do total de máquinas.
A Corcet assumiu de pronto uma forte posição no mercado de equipamentos para casas de pneus. Como analisa essa situação? Sabemos que com a Corghi não estamos a partir do zero. Assumir esta marca é um acto de coragem, pois exigiu um
Que outros investimentos estão previstos na Corcet? Como disse vamos passar a ter uma gama de produtos totalmente nossa. Como queremos estar mais próximos dos nossos clientes, abrimos também, muito recentemente, uma filial da Corcet na Castanheira do Ribatejo, como forma de dar resposta célere ao mercado da Grande Lisboa, onde se concentra a maior parte do parque de máquinas da Corghi. Para terminar, como define a marca Corghi? Uma das principais apostas da Corghi tem sido sempre na inovação dos seus equipamentos, apresentando soluções que estão na vanguarda deste sector. Anda sempre na linha da frente em termos tecnológicos e não tem nenhuma lacuna na gama quando se fala em equipamentos para casas de pneus.
ENT - Ford Parts Plus:Jornal das Oficinas
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ENTREVISTA
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Carlos Martins, Director de Pós-Venda e Serviço da Ford Lusitana
Origem para independentes A
A Ford Lusitana desde 2001 que tem vindo a desenvolver um programa de comércio de peças originais Ford, designado por Ford Parts Plus, dirigido aos reparadores independentes.
s marcas de automóveis com maior presença no mercado nacional, estão cada vez mais presentes no mercado global de peças de automóveis. A Ford não é excepção, tendo para o efeito desenvolvido o programa Ford Parts Plus, que já possui uma notável presença junto dos reparadores independentes. Responsável pelo desenvolvimento do Ford Parts Plus, Carlos Martins, Director de Pós-Venda e Serviço da Ford Lusitana, abordou para o Jornal das Oficinas o desenvolvimento deste programa.
os Fornecedores Autorizados de Peças Ford Parts Plus têm uma equipa dedicada em exclusivo ao negócio das peças, com formação adequada, sempre disponíveis e atentos às necessidades dos clientes profissionais. Quantos aderentes tem o Ford Parts Plus? Contamos actualmente com cerca de 5.000 clientes profissionais activos e parceiros de negócio. Quais são os requisitos dos aderentes a este programa? Apenas comprar Peças e Acessórios Originais Ford a um dos Fornecedores Autorizados Ford Parts Plus, distribuídos por todo o país.
O que é o Ford Parts Plus? O Ford Parts Plus é um programa iniciado em 1996 no Reino Unido e desenvolvido a partir de 2001 em mais nove mercados europeus, incluindo Portugal. Este programa, destinado exclusivamente ao comércio de peças, tem como principal objectivo satisfazer os clientes profissionais quanto à rapidez de entrega, eficiência e preços competitivos das Peças Originais Ford.
Ford Lusitana Sede: Av. da Liberdade, 249, 6º / 7º andar 1250-143 Lisboa Director de Pós-Venda e Serviço Carlos Martins Telefone: 800 20 70 70 Fax: 213 122 381 E-mail: infopt@ford.com Internet: www.ford.pt
A quem se destina o Ford Parts Plus? A todos os clientes profissionais, ou seja, oficinas independentes, casas de peças e distribuidores independentes. Que peças estão incluídas no programa Ford Parts Plus? Peças e Acessórios Originais Ford, lubrificantes, todo o tipo de fluidos e peças Motorcraft. Todas estas peças apresentam qualidade certificada Ford a preços extraordinariamente competitivos.
Quais as vantagens para os reparadores independente de estarem no Ford Parts Plus? O programa Parts Plus procura aumentar a satisfação de todos os seus clientes profissionais e parceiros de negócio superando todas as suas necessidades. Com este programa procuramos estabelecer um canal de comunicação prático e eficiente. Todas as nossas campanhas têm duas vertentes: para além de pretenderem informar os nossos clientes da qualidade e competitividade dos nossos produtos queremos surpreendê-los com uma comunicação original, divertida e onde os clientes profissionais poderão ganhar excelentes prémios (brindes, electrónica, viagens, etc.) com as Peças e Acessórios Originais Ford. Queremos que sintam a diferença, como já acontece com toda a nossa comunicação da Ford. Mais concretamente, os nossos clientes profissionais podem contar com uma entrega rápida e correcta das peças com os melhores descontos e preços. Todos
Carlos Martins, Director de Pós-Venda e Serviço da Ford Lusitana
Quem tem a responsabilidade de promover o Ford Parts Plus junto dos clientes profissionais? O Ford Parts Plus é promovido diariamente através dos Fornecedores Autorizados de Peças Ford e das suas equipas de vendas, e periodicamente através de campanhas específicas e exclusivas promovidas pala marca.
Que serviços estão associados ao Ford Parts Plus? Todos os clientes profissionais podem contar com um serviço de excelência dos Fornecedores Autorizados de Peças Ford Parts Plus. Para isso foram estabelecidos requisitos mínimos, como por exemplo, entregas rápidas e correctas das peças solicitadas, gama alargada de peças Ford e multimarca com preço e descontos muito competitivos, manutenção permanente de um stock mínimo de peças, funcionários dedicados e especialistas, como também formação e apoio técnico.
ENT - Fernando Vicente:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
ENTREVISTA Fernando Vicente, Sócio-Gerente da GranMotor
“Há diferenças que compensam”
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Com estabelecimentos abertos em Torres Vedras e Rio de Mouro, a GranMotor conta já vinte anos de actividade, sempre ligada ao comércio de peças auto. A evolução da empresa deve-se à vontade dos proprietários, de quererem ser mais alguém no mercado e não apenas “mais um”.
ara rentabilizar os investimentos realizados na casa de Torres Vedras, a GranMotor resolveu expandir a sua actividade para uma área mais próxima da capital, uma vez que já tinha conhecimento do mercado local, através da acção de vendedores activos nesta zona. Dado o maior potencial existente, abriu uma casa em Rio do Mouro, local onde fomos encontrar Fernando Vicente, Sócio-Gerente da GranMotor, que nos contou como tem evoluído a empresa nesta zona de grande densidade populacional.
Como tem evoluído a GranMotor desde o início da sua actividade nestas instalações de Rio de Mouro? Por uma questão de custos, começámos por uma fase experimental, na qual vendiamos as peças que tinhamos já em stock. Como as instalações aqui são nossas, a ideia foi iniciar a actividade com aquilo que nos pudesse garantir o melhor retorno imediato. Basicamente, as duas principais marcas do arranque, e que ainda continuam a garantir a actividade da casa de Torres Vedras, foram a Opel e a Isuzu. Durante um período de 18 a 24 meses, foi este o figurino do negócio. Em seguida, começámos a apostar no mercado das peças multimarca, em grande parte pressionados pelos nossos próprios clientes. Neste momento, o volume de negócio da área de peças multimarca já ultrapassou a facturação da marca Opel/Isuzu, tendo chegado aos 60% do volume total da empresa. A vossa empresa também comercializa peças de origem de outras marcas? Material de origem de outras marcas também está disponível, quando o mercado o solicita, mas trata-se de um negócio pontual, pelo menos actualmente. Encaramos este nicho mais como um serviço ao cliente do que como uma nova área de negócio, mas tudo pode mudar, se a situação assim o justificar. A origem está a realizar um bom trabalho na promoção da peça original, com condições mais agressivas e competitivas, o que nós consideramos muito positivo para o mercado em geral, porque o que limita o mercado das peças de origem é a margem. Noutros tempos tinham preços mais elevados, mas com uma margem maior, que era vantajosa para as oficinas. Neste momento, os preços da origem baixaram, mas a margem também se reduziu, o que não seduz grandemente as oficinas, embora a qualidade original continue a ser uma referência no mercado de reparação automóvel.
GranMotor Sede: Rua Alto do Forte, Pavilhão F – 2635446 Rio de Mouro Sócio-Gerente. Fernando Vicente Telefone: 219.199.570 Fax: 219.199.579 e-mail: granmotor@hotmail.com Quais são as mais-valias da vossa oferta para os clientes? É ponto assento que ninguém gosta de ser maltratado. Quanto viemos para o mercado tentámos impor uma lógica de qualidade no acolhimento e no acompanhamento dos clientes. Também apostámos sempre em peças de qualidade, porque é a única forma de uma empresa se sustentar no mercado, ajudando os seus clientes a manter igualmente um negócio sustentável. Motivamos os nossos colaboradores e damos-lhes autonomia para criarem verdadeiros laços de colaboração e entendimento com os clientes. Dessa forma, estamos sempre 100% informados do grau de satisfação do cliente e das suas expectativas em relação aos nossos procedimentos e às nossas condições. Nos negócios tem que haver parcerias, que satisfaçam cabalmente as necessidades e os interesses de ambos os parceiros.
Que papel têm os preços na vossa estratégia de penetração no mercado? Há sempre muita gente a "pedir" preços. O mais importante, contudo, é que já temos muitos clientes que colocam a nossa imagem e a nossa maneira de estar
no mercado acima disso. Claro que tem que existir sempre um entendimento em torno do preço, mas a forma de trabalhar também tem um peso importante e o cliente já se apercebeu que há diferenças que compensam. Muitos desses clientes hoje já só se limitam a pedir o produto, porque sabem que o preço e o serviço fazem parte da nossa postura no mercado, dentro de uma oferta de qualidade garantida. A nossa confiança no futuro baseia-se precisamente nisto. Quais são as perspectivas de crescimento da empresa, no actual contexto de desaceleração da economia? Esta casa ainda está há relativamente pouco tempo no mercado, mas temos conseguido uma evolução segura e sustentada. No primeiro semestre de 2008, estamos a conseguir algum crescimento em relação ao ano anterior e outros anos passados. Ainda não tivemos indicações de que o mercado esteja a enfrentar uma situação menos positiva. Existem sempre ciclos e oscilações do mercado, pelo que as empresas têm que saber conviver com essas contingências, sem abrandar o ritmo. Quando sabemos criar verdadeiras
parcerias no mercado, ajudamos os clientes a atravessar fases menos boas e eles ajudam-nos a nós, seguindo ambos em frente. Como é que a GranMotor encara os desafios da concorrência? O facto de termos avançado para uma zona onde o mercado apresenta maior dinamismo é indicador das nossas ambições. Pretendemos consolidar progressivamente o negócio e criar uma imagem de referência no mercado aqui na região de Sintra. Parece que boa parte dessa aposta já está ganha.
Qual tem sido a política seguida pela vossa empresa, em relação aos fornecedores? Temos apostado num núcleo sólido de meia dúzia de fornecedores. Fortes e bons, em todos os sentidos. O que eu exijo dos meus fornecedores é condições para ter uma posição agressiva no mercado. O mercado está a caminho da maturidade e já lá vai o tempo em que havia muitos fornecedores e andávamos todos a jogar às escondidas uns com os outros. O distribuidor sabe que tem que ceder espaço ao revendedor, se quiser progredir no mercado.
ENT - Jose? Gomes:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
ENTREVISTA
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José Gomes, Administrador da Recauchutagem Nortenha S.A.
“O que nos move não é o preço” A
A Recauchutagem Nortenha é um especialista em pneus nas vertentes comercial e industrial. As preocupações ambientais também fazem parte das suas prioridades. José Gomes fez um balanço de uma empresa que está prestes a completar meio século de existência.
Recauchutagem Nortenha está na vanguarda dos processos de fabrico e gestão. José Gomes relatou os principais vectores por detrás deste especialista no comércio de pneus novos e recauchutagem de pneus usados.
Recauchutagem Nortenha Sede: Av. São Simão 4560-839 Urrô Penafiel Telefone 255729000 Fax 255729001 Internet www.nortenha.pt
Como caracteriza a Recauchutagem Nortenha? A Recauchutagem Nortenha é uma empresa familiar, já na segunda geração, com 49 anos de existência, e dedicada à actividade industrial e comercial de pneus. Na parte comercial tem dez postos situados na área do grande Porto. Devemos a curto/médio prazo estender a rede de lojas à zona Sul do país. Que tipo de pneus comercializam nos vossos postos? Comercializamos marcas premium e as económicas que são produzidas pelos mesmos fabricantes.
É uma opção estratégica? Sim, é uma opção estratégica. Primeiro permite-nos controlar o nosso stock, já que quantas mais marcas tivermos maior será o nosso stock. Depois permite-nos ter uma das nossas maiores vantagens competitivas que é possuímos pneus em stock para todo o tipo de soluções. Logisticamente conseguimos colocar pneus na nossa rede de postos no espaço de meia hora. Além do armazém em Penafiel, temos uma central logística junto ao espaço industrial, com cinco mil metros quadrados cobertos. Tudo computorizado. Depois temos ainda outro armazém junto da loja de Penafiel. São cerca de 35 mil pneus novos em stock, onde tudo o que seja segmentos altos também faz parte desse stock. Nós não movemos um cliente de uma marca para a outra devido à falta de medidas. As vossas lojas estão preparadas para fazer pesados? 90 por cento das nossas lojas fazem todo o tipo de pneus. Têm espaços próprios para isso. Além disso temos serviços móveis de assistência.
O que distingue a vossa rede de postos das outras redes? A nossa rede é, tal como o nome diz, nortenha, com todas as marcas de pneus e sem nenhuma marca forte encapotada na base. Todas as outras redes têm um objectivo de venda com base em duas ou três marcas de pneus. Nós somos completamente independentes, não temos nenhuma ligação contratual de exclusividade. Além disso, fazemos distribuição de pneus a nível nacional. Não temos uma
Valorização energética de resíduos O processo de valorização energética instalado na unidade fabril da Recauchutagem Nortenha visa a recuperação do elevado conteúdo energético de pneus em fim de vida e outros resíduos. Este aproveitamento, através dos mais elaborados processos tecnológicos, resulta na produção de energia térmica e eléctrica, também utilizadas na produção dos pneus recauchutados. A solução tecnológica escolhida permite reduzir ao mínimo os impactes decorrentes desta actividade, promovendo o cumprimento dos requisitos de qualidade ambiental estabelecidos pelas mais rigorosas normas em vigor. Este processo consiste num sistema de combustão constituído por um forno rotativo, onde o material a incinerar (pneus e outros resíduos de borracha) é introduzido e, sujeito a depressão e a temperaturas na ordem dos 1100 a 1200ºC, percorre todo o comprimento do forno em revolução contínua, com elevado grau de turbulência. A jusante encontra-se uma câmara de combustão secundária que assegura a inexistência de situações de combustão incompleta ou redutora. Depois da câmara de combustão secundária, os gases passam à caldeira, onde o seu calor será aproveitado para produzir o vapor sobreaquecido de alta pressão, utilizado para gerar energia eléctrica no grupo turbo-gerador. dinâmica muito agressiva no preço porque a nossa arma é termos produto em stock disponível, não é termos preço. Quem vai à Recauchutagem Nortenha sabe que encontra o produto que procura.
A Recauchutagem Nortenha também tem uma ligação com os clientes finais de grande dimensão? A Recauchutagem Nortenha, à parte da actividade das lojas, tem uma relação com os clientes finais tipo transportadores de mercadorias, de passageiros, empreiteiros, etc., isto é, clientes com alguma dimensão. São tratados de uma forma directa, até porque o revendedor do pequeno posto não tem condições para assistir esse tipo de clientes e porque não
dizê-lo, muitas vezes até foge deles, já que é nos grandes que por vezes se corre maior risco. E aí a margem de negócio também está muito esmagada. Depois esse tipo de cliente tem uma necessidade de assistência nacional. Também a pensar nisso iremos ter pontos de assistência na zona da grande Lisboa. Depois existe a actividade industrial… Sim, que é a recauchutam, onde produzimos todo o tipo de pneus. Temos uma fábrica em Penafiel, certificada com a norma ISO 9001, e os produtos são homologados. Em termos de capacidade industrial instalada já somos o maior recauchutador ibérico de pneus de grande dimensão, e pretendemos agora ser
também o maior recauchutador ibérico em número de pneus. Estamos a começar a penetrar em Espanha para que sejamos também aí uma referência. Temos já um armazém de distribuição em Palência, onde centralizamos as recolhas e as entregas para o mercado espanhol. É uma actividade que iniciámos em 2008. Em Espanha só existem dois recauchutadores de pneus industrias, e portanto podemos dizer que é um nicho de mercado com menos concorrentes, logo pretendemos disputar um “bolo” maior.
E a actividade ligada ao ambiente? É uma actividade complementar. Uma mais pequena que é a produção de tapetes para os parques infantis, com base em sub produtos oriundos da actividade de recauchutagem de pneus; e outra mais importante que é a valorização energética dos pneus que não servem para recauchutar, mas que são adequados para produzir energia térmica/eléctrica que nos permite ser auto suficientes em termos energéticos na nossa unidade de produção e ainda vender a energia suplementar à rede eléctrica nacional. O estado do mercado globalmente é um travão ao desenvolvimento da Recauchutagem Nortenha? O mercado está mal. A situação económica e financeira do país degradou-se. O investimento caiu, o preço do combustível está cada vez mais elevado e isso tudo são factores suficientes para depauperar uma economia e complicar a vida das empresas.
E a Recauchutagem Nortenha está estagnada? Embora estejamos a crescer pouco em vendas, estamos a fazer investimentos maciços de renovação em imagem, equipamentos de produção mais modernos, frota de distribuição e serviço, e também nos sistemas de controlo de gestão operacional de todos os processos.
ENT - Gunther:Jornal das Oficinas
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ENTREVISTA Gunther von Schwerin, Administrador da Liqui Moly Portugal
“É importante
defender uma única marca” L
A Liqui Moly apoia dois carros no exigente WTCC, o mais importante campeonato depois da Formula 1. Gunther von Schwerin falou desta ligação e sobre a evolução da marca germânica nos mercados mundiais.
iqui Moly é sinónimo de uma marca Premium. Os preços um pouco mais elevados são a principal dificuldade para este fabricante de aditivos, lubrificantes e produtos car care, factor que têm conseguido ultrapassar à custa da qualidade dos seus produtos.
buidores que possuem várias marcas concorrentes e que na menor dificuldade optam por vender as marcas mais baratas. Nós felizmente temos distribuidores que tudo fazem para crescer com a marca.
Isso significa então que os vossos distribuidores são todos exclusivos… Temos 2 / 3 distribuidores multimarca mas em produtos que não têm a ver com a gama Liqui Moly. Quando uma empresa não apoia 100% uma marca, nunca vai defendê-la como deve ser. Se tem dez marcas, somente pode dedicar 10% do seu tempo a cada marca. E isso não é suficiente para a Liqui Moly.
Porque investiu a Liqui Moly no WTCC e o que esperam deste investimento? É sempre difícil calcular o retorno deste tipo de investimentos. O importante é a visibilidade que proporciona. O WTCC com 13 corridas em todo o mundo e proporciona-nos isso mesmo. Temos muitos importadores espalhados pelo mundo e o evento também serve de pretexto para nos reunirmos. Estamos presentes nos países onde se realizam as provas do WTCC, por isso são grandes as vantagens. É mais eficaz que patrocinar, por exemplo, uma equipa de futebol, que dá grande parte da visibilidade a um único país.
A subida do petróleo reflecte-se nos vossos produtos, nomeadamente na gama de lubrificantes? Só para ter uma ideia, o produto principal do óleo lubrificante que compramos em milhões de litros, só no ano passado custou 550 dólares por tonelada e hoje custa 1000 dólares, e isso reflecte-se automaticamente nos preços. Este ano já tivemos de aumentar duas vezes o preço e está previsto para Setembro/Outubro termos de aumentar outra vez, isto porque se não o fizermos arriscamos a ter de fechar as portas.
A Equipa Engstler patrocinada pela Liqui Moly participa em todas as corridas? Sim, estamos presentes nas 13 provas do campeonato, sendo que em cada prova existem duas corridas, com grande visibilidade para a marca.
Uma palavra para os distribuidores portugueses… Neste momento o mercado atravessa um período de alta de preços do petróleo e isso reflecte-se na nossa actividade, porque como sabe grande parte dos nossos produtos são derivados do petróleo. Apesar disso a Liqui Moly está a crescer e quer crescer ainda mais, e ao mesmo tempo fazer tudo pelos seus clientes. Temos de ultrapassar este e o próximo ano que serão difíceis. Mas isso não tem a ver com o mercado português, é um factor mundial.
Como começou a ligação da Liqui Moly com a equipa que patrocina no WTCC, a Engstler Team? É uma longa história. Há 20 anos a Liqui Moly já patrocinou Franz Engstler, então numa equipa de Formula 3. Desde então ao longo dos anos sempre têm mantido uma estreita colaboração. Há muitos anos Franz Engstler pertenceu a uma equipa BMW na Alemanha. Entretanto formou uma equipa própria onde a relação com a BMW existe e é muito estreita. E nesse contexto a Liqui Moly já patrocina a equipa Engstler há 4 anos na Ásia no campeonato ATCS. Este ano ampliámos o patrocínio porque está presente em três diferentes campeonatos, ATCS na Ásia, WTCC mundial e também Procar na Alemanha. Em cada campeonato participam dois BMW 320.
A Liqui Moly obteve bons resultados em 2007. Como explica isso num mercado globalmente retraído? A grande chave do nosso sucesso é a qualidade dos nossos produtos e o facto de sermos uma “família” que está por detrás da marca. É o esforço de cada distribuidor que aposta tudo na Liqui Moly. Contrastam pela positiva com os distri-
LIQUI MOLY PORTUGAL
A Liqui Moly patrocina a Engstler Team (BMW) - 2 carros - no WTCC, onde Franz Engstler (foto) é proprietário da equipa e piloto, tendo como companheiro o Russo Andrei Romanov
Sede: Estrada Nacional 365-2, KM 9,8 Sítio do vale Verde 2070-230 Cartaxo Chefe de Vendas (Portugal): José Pinto Telefone: 243 77 00 69 Fax: 243 77 02 65 Telemóvel: 96 795 34 81 Internet: www.liqui-moly.de
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ANÚNCIOS CLASSIFICADOS
6 Módulos 150 € + iva
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OFIC MES - RFAuto:Jornal das Oficinas
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EMPRESA Ricardo Ferreira Auto
Visão de negócio Não são muitas as oficinas que têm uma visão de negócio baseada na especialização de serviços. A Ricardo Ferreira Auto é bom exemplo de uma oficina moderna virada para o futuro.
Ricardo Ferreira Auto Sede: Parque Industrial – Armazém A Casais da Marmeleira 2580-083 Cadafais Gerente: Ricardo Ferreira Telefone: 263 299 704 Fax: 263 299 704 E-mail: n.d. Internet: n.d.
S
ituada em Cadafais perto de Alenquer, a Ricardo Ferreira Auto nasceu da iniciativa de Ricardo Ferreira. Apesar dos cinco anos de história desta empresa, este jovem empresário sempre esteve ligado ao ramo da pintura, mesmo no sector aeronáutico (trabalhou nas OGMA), tendo passado pelos pesados e pelos ligeiros. Assim que se estabeleceu por conta própria, iniciou a sua actividade afecta aos veículos ligeiros, mas com a evolução do seu negócio chegou ao ponto de actualmente 90% da sua actividade no ramo da chapa e pintura ser orientada para os veículos pesados. Aliás, as actuais instalações onde se encontra a Ricardo Ferreira Auto, e os mais recentes investimentos com o alargamento das instalações, foram orientadas para o serviço de chapa e pintura de pesados. “Fazemos apenas reparações de chapa e pintura, desde o pequeno toque no párachoques até à recuperação de cabinas de pesados ou carroçarias de ligeiros”, começou por referir Ricardo Ferreira, Gerente da oficina, assumindo a especialização nestas áreas dizendo que “apostámos tudo na especialização na área de chapa e pintura, mas sabemos que o que fazemos é na realidade bem feito. Não queriamos ser mais uma oficina generalista no mercado, que tenta fazer tudo e que no fundo não se especiliza em nada. Desta forma somos reconhecidos como uma oficina de qualidade na chapa e na pintura”. Assim, toda a componente mecânica é fornecida por alguns dos clientes desta
oficina ou então por parceiros locais que têm oficinas que garantem esse serviço. Na opinião de Ricardo Ferreira “não existe crise no sector oficinal para as casas que apostaram na especialização e que têm citérios de qualidade bem definidos. Quem não investiu em equipamentos, na formação dos empregados e no cumprimento das questões ambientais, actualmente tem dificuldade em ter trabalho”. Segundo o responsável desta oficina, existem três factores fundamentais para se ter sucesso: preço, qualidade no serviço e prazo de entrega. “Temos os melhores profissionais nesta área da chapa e pintura, com formação e provas dadas neste sector”, refere Ricardo Ferreira, adiantando que investiu muito nos equipamentos e nos consumíveis. “Trabalhamos com fornecedores de refe-
rência e de prestígio que nos dão todas as garantias de que o serviço é bem executado, garantias essas que depois podemos repercutir para o nosso cliente”, refere o gerente da Ricardo Ferreira Auto. Fruto da especificidade do trabalho que realiza, a Ricardo Ferreira Auto investiu também na diferenciação, dispondo de uma estufa de pintura com 20 metros, que poucas oficinas dispõe em Portugal. “Estavamos a ser confrontados com a necessidade de ter equipamentos de grandes dimensões para a pintura de veículos especiais, por outro lado quisemos dar um passo que a concorrrência ainda não tinha dado” justifica Ricardo Ferreira tamanho investimento, tendo já alguns trabalhos de referência como, por exemplo, a pintura em “degradê” do Autocarro do Sporting, algo de inédito em Portugal. Para além desta estufa, esta oficina
possui ainda uma outra, com nove metros, vocacionada igualmente para o serviço de pesados. Apostando muito no cliente empresarial, esta oficina trabalha como outsourcing para outras empresas no domínio da chapa e pintura, como é o caso da DAF, mas também para outras grandes empresas frotistas. Com uma importante visão do negócio e do seu futuro, Ricardo Ferreira admite que “somos uma empresa jovem, que quer crescer e ser uma referência no seu sector”. Por isso este jovem empresário promete continuar a investir nos melhores equipamentos e nos melhores profissionais, sem esquecer as melhores práticas ambientais, como forma de garantir a qualidade do serviço.
EMP - Japanparts:Jornal das Oficinas
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EMPRESA
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JAPANPARTS
O Futuro por limite T
Para corresponder às necessidades dos seus clientes em toda a Europa, a Japanparts inaugurou uma nova sede operacional, em Verona, Itália, onde se inclui um armazém de 14.000 m2 totalmente mecanizado. É o resultado de uma aposta realizada 20 anos atrás, a fim de satisfazer a procura de peças para carros de origem asiática, cada vez mais comuns na Europa e também em Portugal.
odos os grandes empresários foram sempre aqueles que conseguiram descortinar, por entre a bruma do presente, as grandes oportunidades do futuro. Está neste caso o italiano Luca Finetto, que em 1988 fundou a Japanparts, para se dedicar à distribuição de peças e componentes para viaturas do parque asiático. Embora nessa altura já fossem visíveis os indícios daquilo que se veio a chamar globalização, nada fazia prever que o parque italiano de viaturas asiáticas se tornasse algo significativo. A Itália estava no apogeu da sua expansão industrial, era uma potência exportadora e o sector automóvel do país possuía uma sólida oferta, que ia do pequeno utilitário aos super desportivos de prestígio. Vender peças para algumas poucas marcas de carros japoneses era uma actividade arriscada, praticamente condenada a permanecer num nicho de mercado relativamente marginal. Mesmo assim, alguma coisa chamou a atenção de Luca Finetto, sempre atento às movimentações do mercado. Seriam a qualidade, a tecnologia e o valor acrescentado dos produtos japoneses, que mais tarde levariam a Toyota ao primeiro lugar da produção mundial? Seria a previsível expansão do mercado interno europeu e as vantagens cambiais proporcionadas pelo euro? Hoje é fácil lançar diversas hipóteses, mas naquela altura só as pessoas com grande capacidade de análise/síntese poderiam prever a evolução que se registou na Europa durante os últimos 20 anos.
cia, etc.). A partir desse momento, as linhas de produto da Japanparts nunca mais pararam de melhorar e de se actualizarem. Para corresponder a este fluxo incessante da oferta disponibilizada ao mercado, a Japanparts passou a dispor em 2005 de catálogos on-line na plataforma de comércio electrónico TecDoc, com dois sites diferentes na Internet (www.japanparts.it e www.ashika.it).
Todas as peças distribuídas pela Japanparts são importadas de fábricas asiáticas seleccionadas por um padrão qualitativo de alto nível. A empresa procura sempre melhorar na qualidade e no preço.
Da fundação à expansão Para chegar ao que é hoje, uma empresa de distribuição de peças de substituição para carros japoneses, coreanos, norte-americanos e indianos, presente em 70 países diferentes da Europa e de fora da Europa, com a sua própria marca de pro-
Os tempos de processamento das encomendas são muito curtos e vão de 24 horas para os urgentes, até um máximo de 72 horas para os pedidos de stock.
duto Ashika e cerca de 50 catálogos repletos de informação técnica e ilustrações, actualizados diariamente, a Japanparts teve que evoluir e teve que crescer ao longo dos anos. O primeiro passo a caminho da expansão ocorreu em 1992, quando a Japanparts começou a operar num armazém com 3.800 m2 de área útil e cerca de 250 m2 de escritórios. Outro importante passo da empresa para a consolidação da sua estratégia foi a criação da marca Ashika, em 1998, sob a qual passaram a ser comercializados e garantidos os produtos de vários fornecedores seleccionados e com qualidade de todo o mundo. Com as duas marcas, Japanparts e Ashika, a empresa já possuía uma gama completa de produtos, tanto para mecânica (filtros, pastilhas de travão, hidráulica de travões, amortecedores, embraiagens, etc.), como para reparação de motores (êmbolos, cabeças, bronzes, etc.), ou ainda para electricidade (motores de arranque, alternadores, velas de ignição e de incandescên-
Visão de futuro Na home page da empresa, na secção "catálogo on line", os clientes podem ter acesso aos stocks do armazém, actualizados em tempo real, de todos os produtos comercializados, efectuando a pesquisa através de qualquer parâmetro (construtor + modelo + versão + categoria, código japanparts, código OEM). A encomenda pode ser efectuada imediatamente, na modalidade urgente ou de fornecimento de stock, sendo as entregas efectuadas em 24 horas (no primeiro caso) e até 72 horas, para as encomendas normais. Também é possível efectuar a pesquisa na Internet através do código do motor. Com as novidades introduzidas no último ano, foram realizados catálogos por segmentos: sistemas de travagem, distribuição do motor, arrefecimento do motor (bombas de água, uniões viscosas, válvulas termostáticas, tampas de radiador), velas de ignição, cardans, kits de junta de cabeça, embraiagem (incluindo volantes e kits de volante + embraiagem) e juntas homocinéticas. Para corresponder ao movimento actual da Japanparts, a empresa inaugurou em Setembro de 2007 uma nova sede operacional, onde se inclui um armazém de 14.000 m2 totalmente mecanizado (busca automática) e cerca de 2.000 m2 de escritórios.
Japanparts Sede: Via della Meccanica, 1/A - 37139 Verona - Italy Director-Geral: Luca Finetto Telefone: +39 045 851 77 11 Fax: +39 045 851 07 14 e-mail: luca.finetto@japanparts.it Internet: www.japanparts.it e www.ashika.it
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EMPRESA SPR Peças e Acessórios Auto
O pormenor como meta
A
A SPR procura consolidar a posição que ocupa no mercado da distribuição de peças, oferecendo aos seus clientes uma vasta gama de serviços e produtos com a melhor relação preço-qualidade. O detalhe é outra preocupação da SPR.
SPR Peças e Acessórios Auto é uma jovem empresa de distribuição de peças localizada em Rio Tinto, concelho de Gondomar, que tem nos valores pessoais e vectores empresariais de gestão, as chaves do sucesso. Apesar da actual localização, a empresa foi fundada no início de 2005 em Castelo de Paiva. Paulo Dário e José Luís são os sócios gerentes da empresa. Mas os poucos anos que levam no mercado não têm qualquer repercussão no desempenho saudável deste empreendimento, já que Paulo Dário antes de iniciar o trabalho de empresário, acumulava já 23 anos como chefe geral numa concessão automóvel. “Tinha proposto para mim mesmo que quando perfizesse 20 anos de casa no trabalho onde me encontrava, iniciava um negócio próprio no ramo da distribuição de peças, referiu Paulo Dário. Uma experiência que se tem revelado fundamental para o bom desempenho do distribuidor de Rio Tinto, espelhado no facto de terem vindo a sofrer um crescimento continuado desde que iniciaram a sua actividade em 2005. “E a meta é continuarmos o nosso crescimento, pelo menos nos primeiros cinco anos de actividade da nossa empresa”, referiu o nosso interlocutor. Apesar do sucesso, as dificuldades também as há e estão fundamentalmente
SPR Acessórios Auto Sede: Estrada Exterior da Circunvalação, 1842 4435-182 Rio Tinto - Porto Portugal Telefones 224 802 385/6 Fax 224 802 387 Email geral@sprwebsite.com Internet www.sprwebsite.com
Paulo Dário (direita) e José Luís (esquerda), são os sócios gerentes da SPR Peças e Acessórios Auto, uma jovem empresa de distribuição localizada em Rio Tinto
A equipa da SPR presta especial atenção aos mais pequenos detalhes que marcam a diferença. A qualidade dos produtos e a diversidade do stock fazem o resto
associadas à pouca dinâmica do mercado em geral e também à fraca aposta de algumas oficinas clientes na formação dos seus activos humanos e actualização dos equipamentos. “Numa altura em que o domínio da tecnologia automóvel é determinante para o sucesso dos reparadores, vejo que no mercado em geral a grande aposta na formação e no investimento em tecnologia está adiada”, lamentou Paulo Dário. Neste domínio, sempre que solicitados aconselham e canalizam os clientes para soluções que os permitam acompanhar a avançada tecnologia automóvel. Outro aspecto que referiu como preocupante, são as cobranças. Um sinal comum a todo mercado, que depois também se reflecte nas vendas. “Abrimos novas contas somente a clientes referenciados, para que possamos controlar a nossa gestão”, disse Paulo Sérgio. Uma nova tendência do mercado são os particulares. “Vêm cada vez em maior número aos nossos balcões adquirir produtos para eles próprios os instalarem ou para os levarem à oficina para que sejam estas a fazer o serviço. É um novo mercado que obviamente não beneficia dos mesmos descontos que os profissionais, mas que está a despontar com grande força”, referiu Paulo Dário. Neste capítulo, são 25% a fatia dos particulares que ocorre à SPR. Mas afinal qual o segredo da SPR para levar a bom porto o seu negócio? “O pormenor em todos os aspectos do negócio é o que nos move em direcção ao sucesso”, garantiu Paulo Dário, que logo acrescentou: “Os pequenos detalhes são suficientes para levar os clientes a procurar outras paragens! Logo, dou especial importância aos pormenores”. Quando no final do dia todos os interlocutores no mundo do pós venda estão satisfeitos, isto é, condutor, oficina e distribuidor, “então não há razão para temermos sobre a continuidade do nosso crescimento”, acrescentou. “A nossa garantia é o nosso nome e procuraremos elevá-lo cada vez mais através da inovação, formação e qualificação dos nossos produtos e serviços, em conjunto com o apoio dos nossos clientes”. Por outro lado, “o preço não é tudo”, defende Paulo Dário. Sem stocks adequados para uma entrega rápida, assim como informação actualizada que possamos passar aos nossos clientes, nunca conseguiríamos alcançar o sucesso que alcançámos e que queremos aumentar”. Outra grande aposta da SPR vai ser a ampliação das suas instalações. Vão prolongar a actual zona de atendimento e “stockagem”, com a inauguração prevista para o próximo dia 15 de Setembro.
EMP - Pecaoeste:Jornal das Oficinas
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EMPRESA
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Peçaoeste
Trabalhar a qualidade
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A Peçaoeste é uma empresa de Torres Vedras que se dedica à comercialização de peças com especial vocação nos veículos Mercedes, sendo esse um dos elementos diferenciadores deste operador no mercado.
uma altura em que se presta para comemorar 22 anos de existência, a Peçaoeste tem-se mantido fiel à sua história e tradição continuando a apostar na especialização em peças e componentes para veículos ligeiros da Mercedes, embora por encomenda possa também vender peças para pesados da mesma marca. Pessoa com larga experiência na Mercedes, depois de ter trabalhado a marca em Angola e num concessionário já em Portugal, Edgar Mendonça (com outros sócios que já não estão na empresa) optou por potenciar esse Know-How num negócio próprio, sendo a Peçaoeste, desde o seu início, especializada nas peças Mercedes, mas também em filtros de aplicação geral. Apesar de trabalhar também peças originais da Mercedes, trabalham directamente com alguns concessionários da marca alemã, a Peçaoeste apostou contudo nas peças de qualidade equivalente, sobretudo de marcas que também fornecem o primeiro equipamento ou então primeiras marcas no aftermarket. “Estamos vocacionados em peças para Mercedes e não queremos diversificar a nossa gama de peças para outras de marcas de automóveis, sendo essa uma opção estratégica com a qual não nos temos dado mal”, refere Edgar Mendonça, aludindo ao facto de “não nos queremos dispersar pois dessa forma não serviriamos tão bem o cliente”. Para este grossista de peças, cerca de 90% do material que comercializa é importado, essencialmente da Alemanha, Espanha e Itália, com especial incidência no material de suspensão, mecânica, direcção e motor. As restantes linhas de produto, como iluminação e chapa são adquiridas no mercado nacional. “Trabalhamos essencialmente as marcas de primeiro equipamento, embora também tenhamos em algumas linhas de produtos a preços mais competitivos, mas sempre sem abdicar da qualidade”, revela Edgar Mendonça. Em termos de distribuição, a Peçaoeste possui um armazém com mais de 800 m2, que inclui uma loja com balcão aberto ao público. Logisticamente, esta empresa de Torres Vedras, recorre ao outsourcing para efectuar a distribuição das peças para os seus clientes em todo o país, mas dispõe também de distribuição própria com uma carrinha afecta à zona de Lisboa e outra para trabalhar localmente. Para além disso dispõe ainda de vendas ao balcão e ainda um comercial que cobre a toda a zona num raio de 50 Kms de Torres Vedras. A acção comercial desenvolvida pela Peçaoeste não se concentra apenas nos
fazer a diferença no mercado é o preço, mas esse não é o factor principal para a Peçaoeste. “Para nós o mais importante, sendo mesmo fundamental, é ter as peças na altura certa, pois os clientes já sabem que nós trabalhamos com peças de qualidade”, afirma o responsável da empresa, acescentando que “os reparadores independentes já não fazem stocks e por isso temos que os servir quando eles precisam da peça”. Considerando que o negócio das peças tem estado estável durante 2008, Edgar Mendonça refere que “as cobranças são a parte mais complicada nesta altura, sendo um problema com que se debate este sector”. Atendendo à recente reestrutução directiva da empresa, não estão previstos grandes investimentos para os próximos tempos na Peçaoeste.
Peçaoeste Sede: Estrada Nacional 8/2 – Km1 Espaço Serrano – Fracção A 2560-239 Torres vedras Gerente: Edgar Mendonça Telefone: 261 312 668 Fax: 261 313 689 E-mail: geral@pecaoeste.pt Internet: www.pecaoeste.pt
Marcas representadas A Peçaoeste trabalha essencialmente com a importação, isto é, cerca de 90% do material que comercializa vem do estrangeiro, apostando sempre em marcas de referências, preferencialmente as que fornecem o primeiro equipamento. Da sua gama de produtos destacamse as marcas Ate, Balo, Bilstein, Ernst, GK, GKN, Glyco, Goetze, Impartex, Ina, Iwis Ketten, Laso, Lemforder, Lux, Mahle, Meyle, Nural, PE, Reinz, Stabilus e Swag. retalhistas. “Vendemos tanto para oficinas como para casas de peças”, afirma Edgar Mendonça, revelando que “temos a nossa política comercial muito bem definida, não existindo qualquer concorrência com o retalhista, com quem trabalhamos preferencialmente”. Num mercado tão concorrencial, com muitos operadores neste sector das peças, para Edgar Mendonça o que está a
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EMPRESA Maxi Parts
Corresponder às necessidades A
A Maxi Parts aproveita toda a expriência da Sociedade Hispânica de Automóveis na distribuição de peças. Com objectivos de crescimento, a Maxi Parts aposta, entre outras marcas, na Meccanocar
desactivação do armazém de peças da Seat, pertencente à Sociedade Hispânica de Automóveis (antigo importador da marca) foi o detonador para o início do negócio da Maxi Parts. A experiência que tinha no mercado, a capacidade instalada, nomeadamente em termos logísticos, e o Know-how neste sector das peças, fez com a Maxi Parts inicia-se a comercialização de peças certificadas de diversas marcas. Nessa mesma altura a Maxi Parts passou a ser também a empresa que representa e distribuiu a Meccanocar em Portugal, marca que possui uma extensa linha de produtos para o sector automóvel, nomeadamente para oficinas. “Trata-se de uma linha de produtos muito concorrencial em termos de preço e qualidade, sendo uma gama totalmente europeia e muito adaptada às necessidades do mercado oficinal, com condições comerciais muito aliciantes”, refere Hipólito Pires, Presidente da Sociedade Hispânica de Automóveis. A Maxi Parts distribui também uma gama de lubrificantes, com marca própria (Meteor), onde “somos altamente competitivos quer em preço quer em qualidade, já que é um óleo que satisfaz todas as mais normas exigentes normas de construtores como a Volkswagen, Mercedes, BMW, Porsche, Volvo, entre outros”, refere o mesmo responsável da empresa. Para além das diversas representações e destas linhas de produto, a Maxi Parts disponibiliza também para o mercado peças com o mesmo nome. “Ter o melhor preço e o melhor produto não é exclusivo de uma marca de peças, por isso seguimos a estratégia de trabalhar com os melhores fabricantes de linhas de marca branca, que frabricam peças às quais demos o nome de Maxi Parts”, refere Hipólito Pires.
Cartão de crédito para as oficinas A Maxi Parts disponibiliza o Cartão Maxicrédito para as oficinas, que lhes permite comprar as peças com descontos e com outra condições. Trata-se de um serviço gratuito, assumido pela Maxi Parts, que permite a cada oficina aderente prazos de pagamento de 60 dias sem custos adicionais. Para além disso, os aderentes têm acesso a campanhas especiais e produtos exclusivos, informação e novidades em primeira mão e prémios de fidelização.
A Maxi Parts representa para Portugal a Meccanocar, que possui uma vasta gama de produtos para as oficinas
Maxi Parts Sede: E.N. 249/4 Km 5,9 – Trajouce 2785-034 S. Domingos de Rana Responsável: Hipólito Pires Telefone: 214 418 427 Fax: 214481 482 E-mail: geral@maxiparts.pt Internet: www.maxiparts.pt
Assim, as peças Maxi Parts funcionam como o “cavalo de batalha” da empresa para as oficinas, com uma gama muito abragente em termos de oferta. Não menos importante é a comercialização de peças de marca da BMW, Mercedes, Mazda, Fiat, Alfa Romeo, Lancia, Hyundai, Daihatsu, Audi e Volkswagen, já que a a Sociedade Hispânica de Automóveis tem concessionários de quase todas estas marcas. A estratégia da Maxi Parts é claramente de crescimento, como assume Hipólito Pires dizendo que “por isso não vamos condicionar essa estratégia só às peças do aftermarket ou às peças originais de marca. Para nós o importante é servir bem os nossos clientes tem em conta as suas necessidades. Não queremos ser selectivos, nem vamos dizer que apostamos mais nas peças originais ou nas de aftermarket, até porque acontece que o aftermarket pode ser mais caro que as peças de qualidade original”. Logisticamente a Maxi Parts dispõe de dois armazéns afectos ao negócio em Trajouce, para além da direcção comercial, gestores de produto, técnicos de armazém e uma pequena equipa de vendas, num total de 12 pessoas. Efectuando vendas para todo o país, através de transportes, a Maxi Parts assenta ainda parte da distribuição através de uma empresa associada, a Iberpeças, que trabalha o mercado de Lisboa. Nesta altura a Maxi Parts está a implementar um novo rumo na área de distribuiução, pois “estamos interessados em nomear diversos revendedores locais, que tenham já experiência neste sector das peças, para poderem comercializar as nossas representações”, refere Hipólito Pires, que diz não haver grandes requisitos para se tornar retalhista da Maxi Parts, pois “a única coisa que exigimos, e que muitos deles já têm, é uma boa capacidade logística regional e uma equipa de vendedores no terreno a visitarem as oficinas e que depois nos garantam um bom trabalho e que sejam eficientes”. Os objectivos da Maxi Parts passam por ter um distribuidor em cada cidade de distrito com zonas muito bem definidas de acção para cada um, com o compromisso que “nas zonas onde existem distribuidores locais, a Maxi Parts não vende às oficinas”, garante o mesmo responsável. O mais importante para a Maxi Parts é “poder corresponder a qualquer pedido de uma oficina. É por essa razão que queremos trabalhar com distribuidores locais, pois temos uma enorme capacidade de corresponder às necessidades das oficinas com uma enorme variedade de produtos”.
EMP - Seacc:Jornal das Oficinas
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EMPRESA
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Seacc Accumulatori, S.r.l.
Mais próximo do mercado A
No dinâmico mercado das baterias, a Seacc Accumulatori, pretende reforçar a sua presença quer em Portugal quer em Espanha. Para o efeito passou a ter uma delegação em Madrid.
Seacc Accumulatori S.r.l. nasceu em 2001 como a evolução natural da AP Batterie, uma empresa que tem as suas origens em 1964, sendo uma das fábricas com mais história na área das baterias em Itália. Tendo atingido um enorme Konwhow na produção de baterias de alta tecnologia, a Seacc tem hoje uma pequena mas sólida e dinâmica presença no mercado internacional. Os mais de 40 anos de experiência, apostando sempre num controlo rigoroso da qualidade e das características do produto, a Seacc apresenta uma quota de exportação na ordem dos 60% da sua produção, estando presente em mercados tão distintos como o Europeu, África e América Central. A fiabilidade do produto, a verificação constante da qualidade e a eficácia e flexibilidade do serviço são, segundo a empresa, a chave do sucesso da Seacc no mercado internacional. A Seaac comercializa a marca própria AP Activa, mas também outras marcas dos seus distribuidores, numa gama muito completa de produto que vai das baterias de tracção ligeira para máquinas de limpeza e de construção no primeiro equipamento. Esta também presente no aftermarket em todos os principais mercados da Europa e em alguns africanos. Porém, o principal negócio da Seacc é fornecer baterias cujas especificações técnicas de produção requerem uma alta especialização em termos de produção. Para o sector automóvel a Seacc dispõe de uma gama muito completa, dispondo mesmos de baterias de difícil localização dentro de um programa normal de produção. Em Portugal, onde o parque automóvel é muito mais variado que outros mercados europeus, este factor tem sido decisivo para a rápida penetração dos produtos Seacc no mercado. “Devido à flexibilidade de uma fábrica pequena, somos capazes de produzir quase todos os tipos de baterias, com uma excelente qualidade face às grandes fábricas que usam a tecnologia de metal expandido”, refere John Cancilla, responsável pela delegação Ibérica da Seacc. Em termos de especificações técnicas, as baterias Seacc são de placas de fundição plomo-cálcio de alta qualidade. Com placas de maior espessura, para garantirem um melhor arranque em condições extremas, as baterias Seacc apresentam ainda como ca-
SEACC Accumulatori, Srl Sede: Madrid Responsável Ibérico John Cancilla Telefone: +34 91 714 0864 Fax: +34 91 351 1654 E-mail: prodes@cherrygate.com Internet: www.apbatterie.com
racterísticas, uma maior duração, sendo fabricadas de acordo com as necessidades dos mais recentes veículos que obrigam a um grande consumo eléctrico. Outras características são a construção muito robusta, a capacidade de aguentar muitos ciclos de carga e descarga e os separadores em fibra de poliéster que praticamente eliminam o risco de curtocircuito. “As baterias de grande capacidade e de descarga são excepcionais”, refere o mesmo responsável, adiantando que as baterias Seacc “não são de forma alguma as mais baratas do mercado, mas o seu preço é seguramente dos melhores quando se analisa a concorrência”. Recentemente a Seacc abriu uma delegação em Madrid para trabalhar o mercado de Espanha e de Portugal. “Existem dois factores que nos levaram a abrir esta delegação ibérica: a rápida e crescente penetração no mercado português e a escassa penetração no mercado espanhol”, confessa John Cancilla, acrescentando que “para manter o nível de serviço para os nossos clientes portugueses, fazia falta uma delegação que estivesse mais próxima e dedicada a esse mercado”. Em termos estratégicos, a aposta dos responsáveis da Seacc para Portugal não vai modificar muito face ao que já é conhecido. “Temos já uma importante forma de trabalho, com base numa relação cliente e distribuidor. Contudo, existem certa zonas do país que não cobrimos de forma satisfatória e, por isso, estamos procurando novos distribuidores capazes de oferecer um serviço profissional, com o nosso apoio, em determinada zona geográfica”, revela o responsável da Seacc. Na opinião de John Cancilla o mercado das baterias em Portugal tem uma alta penetração de baterias de pouca qualidade. “Existe uma oportunidade para os fabricantes de qualidade como a Seacc, nomeadamente para aquele segmento de mercado que sabe sobre baterias e procura qualidade, pois este segmento está em crescendo em Portugal”, analisa o John Cancilla, concluindo que “os portugueses gostam muito do seu automóvel, e por isso é um mercado interessante para fornecedores capazes de garantir qualiade e serviço a um preço razoável. Está a converter-se no nosso primeiro mercado e esperamos estar em Portugal durante muitos anos”.
EMP - Hyundai:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Agosto 2008
EMPRESA Entreposto V.H., S.A.
Melhorar processos e procedimentos A
Depois de algumas reestruturações internas, o Entreposto V.H., representante dos veículos Hyundai em Portugal, reformulou diversos sectores, entre os quais, o das peças originais.
cada vez maior especialização do negócio de peças dentro do Entreposto V.H., levou a empresa a apostar numa estrutura dedicada a esse negócio. Hugo Martins passou a ser o Coordenador de Peças do Entreposto V.H., enquanto Luís Theotónio é agora o Director Geral Adjunto, sendo o responsável pelo Pós-Venda da Hyundai em Portugal. “A competição ao nível das vendas de automóveis novos é desgastante, com margens cada vez mais reduzidas. Por isso, os concessionários, para terem lucro têm que se virar para o pós-venda. Por isso, um importador, tem que ter cada vez mais como grande pilar o pós-venda que está intimamente ligado às peças”, começa por dizer Luís Theotónio. A Direcção de Peças do Entreposto V.H. está estruturada de forma a promover o constante desenvolvimento do negócio, prestando adicionalmente, um apoio consolidado nas várias vertentes do negócio, nomeadamente, no aconselhamento na área de gestão de negócio e práticas de comercialização, no acompanhamento em acções de marketing de peças e acessórios e no esclarecimento de questões técnicas. Todas estas actividades são asseguradas a uma Rede de 35 Reparadores Autorizados Hyundai, através de uma equipa local composta por três pessoas, à qual acrescem três gestores de área que prestam apoio genérico junto dos Reparadores Autorizados. Os serviços logísticos, sub-contratados, são providenciados pela SLOG – Serviços e Logística, S.A., empresa integrante do Grupo Entreposto, sediada em Setúbal. Esta empresa tem a responsabilidade de assegurar a eficiente distribuição das Peças e Acessórios Hyundai em Portugal, bem como o préstimo de apoio e esclarecimentos, à rede de Reparadores Autorizados Hyundai, sobre as demais ocorrências associadas à distribuição. A comercialização de peças Hyundai para os Reparadores Independentes resulta de um trabalho conjunto entre a marca e a Rede de Reparadores Autorizados Hyundai. O planeamento do negócio, política comercial e estratégia a adoptar são delineadas e propostas, pelo Entreposto V.H. a toda a rede, que depois a deve implementar. “O Entreposto V.H., não tem equipas de venda activa de peças, no entanto, nos reparadores de maior dimensão existem equipas de venda a actuar no terreno. Registamos, nos Reparadores Autorizados, um crescimento no investimento em equipas comerciais de peças”, revela Luís Theotónio.
Entreposto V.H., S.A. Sede: Av. Dr. Francisco Luís Gomes, 1 – 2º 1800-177 Lisboa Coordenador de peças Hugo Martins Telefone: 218 548 300 Fax: 218 520 615 E-mail: hugom@entrepostovh.pt Internet www.entrepostovh.pt
Segundo dados do Entreposto VH, em 2006, o volume de peças comercializado para as oficinas independentes representou cerca de 20% das vendas totais de Peças Hyundai, considerando o mesmo responsável da empresa que é “expectável um crescimento sustentado no volume transaccionado através deste canal de distribuição para os próximos anos”. Uma das apostas da Hyundai em Portugal continuará a ser na melhoria contínua de processos e procedimentos, de modo a reduzir tempos de entrega de peças e de manutenção de viaturas, porque “num mercado cada vez mais competitivo, apenas a constante satisfação dos nossos clientes assegurará o desenvolvimento contínuo do negócio quer a nível de vendas quer do pós-venda”, afirma Luís Thetónio. Em termos de preço das peças Hyundai, o responsável pelo pós-venda da marca coreana afirma que “se vendermos mais barato que as peças do circuito independente, os reparadores independentes passam a ter mais armas que os reparadores oficiais. Essa situação a longo prazo paga-se bem caro, pois é a própria rede após-venda que acaba por ser prejudicada, já que ficará com menos serviço e essa situação levará à venda de menos automóveis no futuro”. Para além das peças originais, está previsto o relançamento de uma marca de peças (restrita a peças de manutenção), que possa ajudar na fidelização daqueles clientes que já têm carros fora do prazo de garantia, e que estarão também disponíveis para os reparadores independentes. Contudo, conclui Luís Theotónio, “continuaremos a incentivar a constituição de equipas de venda de peças no terreno, como forma de incrementar volumes de venda através deste importante canal de distribuição, que são os reparadores independentes”.
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A validade das soluções
Os 10 mandamentos da satisfação do cliente
A
Embora as leis do mercado se mantenham constantes ao longo dos tempos, as soluções de gestão têm prazo de validade e aplicam-se enquanto se mantiverem as condições que as justificaram.
economia vive de ciclos de expansão e retracção, impondo soluções adequadas a cada situação. Não há soluções universais e eternas, embora muitos desejassem que assim fosse. Nos ciclos de expansão económica, as soluções são facilmente encontradas, porque a procura excede a oferta e é como pescar num lago cheio de peixes. Todos os que lançam a linha tiram peixe, e ninguém vai para casa sem levar um cesto cheio. Esta imagem alegórica corresponde ao período da reconstrução europeia, na segunda metade do século passado. Nessa altura, a capacidade empresarial resumia-se a lançar a empresa e esperar que os clientes aparecessem. Havendo liquidez abundante, é fácil pagar aos fornecedores, aos funcionários, à banca e às finanças, mesmo que a gestão seja empírica e o dinheiro se escape em todas as direcções menos aconselháveis. Nestas condições, cada um criava a empresa à medida das suas ambições, sem se importar com a evolução do mercado e com a possibilidade de poder haver oferta excedentária de serviços. Mas tudo muda radicalmente, quando a conjuntura económica se caracteriza pela estagnação e ainda mais se houver problemas cambiais e monetários à mistura, como é o caso presente. É nestes momentos que a verdadeira capacidade de gestão se torna imprescindível, encontrando as melhores soluções para os problemas mais complexos. Indicadores de gestão e clientes A utilização dos indicadores e das técnicas de gestão só pode ser útil quando há movimento na empresa e os clientes marcam uma presença regular, porque essa é
a sua matéria-prima. Antes disso, a empresa tem que garantir uma carteira de clientes e tem que fazer tudo para fidelizá-los. Os tempos em que as oficinas de reparação automóvel funcionavam como um transporte público, onde os clientes entravam e saíam quando bem lhes apetecia, já vão distantes e ninguém sabe quando voltarão ou se voltarão algum dia. Sendo assim, a primeira preocupação da oficina tem que ser a captação de clientes e a sua fidelização, como forma de garantir a sua actividade. Para isso, é necessário ser criativo e ter espírito de iniciativa, trabalhando as bases de dados de clientes próprios e de todos os potenciais interessados. Também não interessa andar à procura de clientes, se não se tem um produto atraente para lhes oferecer. Portanto, a segunda preocupação do empresário reparador terá que ser a de criar as condições para oferecer eficiência, qualidade e conveniência aos seus clientes.
A confiança dos clientes da oficina depende em grande parte (80%) das qualidades humanas e emocionais dos seus empregados, bem como das suas atitudes e do seu comportamento global.
A terceira preocupação da oficina, depois de ter o cliente e o produto apropriado, será a de fazer chegar a sua mensagem ao seu universo de clientes. Isso implica alguma eficácia, persistência e argumentos consistentes. Já ninguém compra promessas e ninguém acredita em experiências de desfecho duvidoso. Há que ultrapassar as desconfianças e reservas do cliente com demonstrações inequívocas de competência, idoneidade e transparência. Um cliente bem servido é naturalmente um cliente fidelizado, porque os automobilistas procuram sempre alguém a quem possam confiar tranquilamente o seu património, muitas vezes adquirido com alguns sacrifícios.
A satisfação dos clientes O cliente tem direito à satisfação, porque paga para ser bem servido. Não se trata de um favor ou de uma opção de quem presta o serviço, do mesmo modo que também não implica qualquer subserviência ou diminuição para si próprio, pelo contrário. A satisfação do cliente prestigia simultaneamente o cliente e o prestador de serviços. É o desfecho correcto, para uma relação comercial correcta. Embora tudo isto se torne facilmente líquido e compreensível, ainda há muitas pessoas que não o conseguem entender. Estudos de mercado realizados com consumidores em vários países europeus detectaram as principais causas para os clientes mudarem de oficina num determinado momento. Eis as principais causas de insatisfação e de reclamações: 1 - Comportamento pouco correcto ou amigável do pessoal da oficina. Indisponibilidade para debater todas as implicações e opções da reparação (68%). 2 - Má qualidade de serviço, trabalhos incompletos, repetição das reparações, etc. (14%).
3 - Problemas de facturação: valor da factura superior ao orçamento, serviços adicionais, falta de discriminação, etc. (9%). 4 - Preços elevados, sem explicações lógicas (9%).
Todas estas situações poderiam ser evitadas, se nas oficinas fossem cumpridos os 10 mandamentos da satisfação do cliente, que correspondem totalmente às legítimas expectativas e aos plenos direitos do consumidor: 1. O consumidor tem direito à garantia da reparação, mas o ideal é o trabalho ser bem efectuado, sem erros, sem repetições suspeitas de certos trabalhos, sem desculpas, sem incriminar terceiros e de acordo com o que estava combinado previamente. 2. A factura deve corresponder exactamente ao orçamento aprovado pelo cliente. Se houver trabalhos suplementares necessários, o cliente tem que ser avisado e dar o seu consentimento. É indesculpável alterar valores previamente acordados, atrasar os trabalhos, não apresentar factura, não restituir as peças substituídas, etc. 3. Quando há imobilização da viatura do cliente, a oficina deve garantir a sua mobilidade, de acordo com as necessidades efectivas reveladas. Devem ser normalmente garantidos os seguintes serviços: reboque de viaturas, carro de aluguer gratuito, estafeta da própria oficina, títulos de transportes públicos, etc. 4. Relação preço/serviço competitiva e justa. Os custos da reparação devem ser integralmente justificados e estar dentro da média do mercado. Adicionalmente, a oficina deve prever formas de pagamento e de financiamento adequadas a cada caso. 5. Antes de assinar a ordem de reparação o cliente deve ter chegado a acordo
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em relação aos três pontos essenciais seguintes: descrição completa de todas as operações, custo total da reparação e prazo de entrega da viatura. 6. Manter a soberania do cliente. O reparador tem a obrigação de prestar todos os esclarecimentos e fazer uso de todas as formas de aconselhamento credíveis, mas deve guardar todas as decisões para o cliente, sem nunca dar a entender que não seria essa a sua decisão. Quanto mais livre o cliente se sentir para decidir, mais facilmente estará de acordo em efectuar outros trabalhos ou a adquirir outros produtos. A pressão é geralmente contraproducente e pode ser até ilegítima, se o cliente verificar que decidiu contra a sua vontade e contra o seu interesse. 7. A função do reparador é a de utilizar os seus conhecimentos e experiência da tecnologia automóvel e dos procedimentos de manutenção para oferecer as opções mais favoráveis e economicamente viáveis aos seus clientes, de forma a manter o carro nas melhores condições de segurança, conforto e de apresentação. O seu apoio de consultoria automóvel é uma mais valia que serve para criar confiança no cliente e garantir o seu respeito e fidelidade. 8. A flexibilidade é nos dias de hoje uma das qualidades mais apreciadas pelos clientes das oficinas e que se pode traduzir pelas seguintes atitudes: - Serviços rápidos e proporcionais a cada situação; - Resolução imediata de problemas simples; - Serviços de manutenção corrente efectuados no mesmo dia; - Serviço de emergência 24 horas; - Horários alargados, horas extraordinárias para terminar serviços e abertura aos sábados, feriados, etc. - Pequenas ajudas "gratuitas" a clientes habituais.
GESTÃO OFICINAL 9. O cliente deve ser atendido com pontualidade a horas marcadas, sem necessidade de ter que esperar. Isso gera a confiança do cliente na organização e capacidade da oficina e faz com que se sinta "em casa". 10. Nas relações públicas, as normas da cortesia e as boas maneiras geram confiança e respeito mútuo. O cliente gosta de ser tratado pelo nome e de ser bem vindo à oficina. Cerca de 80% da valorização que o cliente faz da oficina depende da forma como é tratado ali. A oficina que cumprir convictamente estes "mandamentos" poderá facilmente garantir a satisfação dos seus clientes e fidelizá-los. Só por razões estranhas ao negócio perderá algum cliente.
Um cliente, um amigo! Os gestos de cordialidade e de boavontade inspiram respostas do mesmo tipo e ajudam a cimentar os relacionamentos saudáveis e mutuamente proveitosos. Um bom cliente, que seja compreensivo, atencioso, cumpridor e leal é de facto um amigo da oficina. Nos tempos que correm, estas pessoas não são bem a regra e sabem o que valem, esperando receber um tratamento personalizado e de conteúdo correspondente à dedicação que têm à oficina. No entanto, embora os clientes de topo não constituam a maioria da clientela, a oficina tem que estabelecer os seus padrões de atendimento e de relacionamento de acordo com eles. Os clientes "comuns" não devem sentirse discriminados e até podem vir a sentir vontade de pertencer ao "clube de elite" dos clientes e usufruir as vantagens desse estatuto. Se os clientes sentirem que as suas necessidades e os seus interesses são respeitados e atendidos, acabam por criar laços afectivos com a oficina e passam a utilizar sistematicamente os seus serviços, sem terem que andar a correr todas
Se o cliente estiver satisfeito e tiver confiança nas pessoas da oficina, a sua fidelidade está praticamente assegurada. O fundador do actual grupo com o seu nome, Robert Bosch, dizia que antes preferia perder dinheiro do que a confiança dos seus clientes.
as "capelas". No entanto, para granjear uma boa clientela, a oficina tem que garantir um padrão de serviço de qualidade e diferenciado da concorrência. Fornecemos a seguir alguns exemplos dos principais pontos a ter em atenção. • Serviço completo de manutenção/reparação. • Serviços rápidos, sem tempo de espera. • Mudança imediata de óleo/filtros. • Mudança de rodas/pneus, com armazenamento. • Reparação de falhas electrónicas. • Inspecções completas, incluindo escape e emissões. • Pessoal qualificado. • Equipamento de trabalho e de diagnóstico de alta qualidade e tecnologia. • Preços competitivos, com as tabelas de mão-de-obra expostas em local visível. • Peças e produtos de primeira qualidade. • Trabalho de qualidade garantido. • Horários de funcionamento alargados. Logicamente, esta opção só faz sentido se atrair mais clientes interessados nesses horários, porque seria negativo, sob vários prismas, manter a oficina a funcionar sem clientes.
Os tratamentos personalizados exigem, além deste conjunto de serviços, mais alguns complementos de conveniência. É óbvio que os clientes sabem que são eles a pagar tudo, mesmo as mordomias que a oficina lhes proporciona, mas pagam mais e melhor se forem tratados como verdadeiros senhores. Se a oficina estiver bem organizada e tiver pessoal competente e decente, não terá nada a perder com a prestação de serviços complementares, muito pelo contrário. Eis alguns exemplos que já são prática habitual nas melhores oficinas do mercado europeu. • Serviço de estafeta, para levar e trazer clientes (emprego, casa, etc.) • Lavagem do carro "gratuita". • Carro de substituição ou carro de aluguer de baixo custo. • Serviço de financiamento, conta corrente, cartão de crédito, etc. • Sala de espera de clientes, com serviço de bar. • Cartão de Cliente Elite/VIP. • Verificações e testes rápidos "gratuitos". • Garantia formal das reparações. • Opções de reparação e serviço por etapas, com soluções personalizadas. • Incentivos e prémios ao cliente. • Conselhos técnicos, calendário de manutenção e sistema de avisos prévios de reparação. • Serviço de reclamações benévolo para o cliente.
Avaliar a satisfação do cliente Além do serviço de recepção e do proprietário ou sócio gerente da oficina, é necessário que o cliente sinta que toda a empresa está realmente interessada em conseguir a sua satisfação. Todos os serviços e benefícios que os clientes podem obter devem estar visíveis, quer em placas ou em posters, quer ainda em folhetos ou cartões publicitários, facilmente acessíveis. Por seu turno, todos os funcionários devem receber formação sobre a política orientada para o cliente da ofi-
cina, tendo perfeito conhecimento de todas as condições e serviços que a casa oferece. Os empregados também devem estar motivados para conseguirem captar a simpatia dos clientes e proporcionar um atendimento correcto, para além de proporem activamente soluções e serviços que resultem da melhor forma para o cliente. A confiança dos clientes da oficina depende em grande parte (80%) das qualidades humanas e emocionais dos seus empregados, bem como das suas atitudes e do seu comportamento global. Se o cliente estiver satisfeito e tiver confiança nas pessoas da oficina, a sua fidelidade está praticamente assegurada. O fundador do actual grupo com o seu nome, Robert Bosch, dizia que antes preferia perder dinheiro do que a confiança dos seus clientes. Mesmo assim, o grau de satisfação dos clientes deve ser regularmente avaliado, a fim de manter a oficina orientada para a satisfação e fidelização da clientela. Através do questionário que fornecemos em seguida, o empresário ou gestor da oficina poderá facilmente perceber se o rumo está a ser mantido, ou se houve descuidos.
1. Como costuma avaliar o grau de satisfação e fidelização dos clientes? - Não tenho tempo para isso - O cliente volta se estiver satisfeito. Se não estiver contente, não volta… - A oficina tem um formulário sobre o grau de satisfação do cliente, que fornece aos seus clientes, com o pedido de preenchimento, motivando-os com a frase "É para podermos servir cada vez melhor os nossos clientes!" 2. Que grau de satisfação e fidelização atribui aos seus clientes? - Aí uns 50% - Pelo menos, 70% - Mais de 70%
3. Qual é a periodicidade de reuniões com o pessoal da oficina para debater as questões da satisfação e fidelidade dos clientes? - Todos os meses - De três em três meses - Uma vez por ano - Isso não é preciso… 4. Quais são os principais factores para a satisfação do cliente e para a sua fidelização? - Preços competitivos - Trabalho de qualidade - Qualidade de atendimento e serviço - Outras razões Se respondeu a estas quatro perguntas correctamente e com sinceridade, a sua oficina está no bom caminho e as respostas foram as seguintes: - A oficina tem um formulário… - Mais de 70%. - Todos os meses. - Preços competitivos, trabalho de qualidade e qualidade de atendimento. Caso tenha escolhido outras respostas, deve reavaliar seriamente a sua actividade, enquanto é tempo.
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MANUTENÇÃO DE TRAVÕES
Mercado forte e com potencial Os travões e a direcção são dos dois principais sistemas de segurança activa do veículo, com a diferença dos primeiros terem um desgaste mais rápido, porque a sua função é transformar a energia cinética da viatura, que podem atingir valores muito considerável, em calor, através do atrito.
E
mbora existam hipóteses de reduzir o desgaste, recuperando a energia cinética sob a forma de energia eléctrica (conceito híbrido), falando-se ainda em sistemas de travagem totalmente electrónicos, as limitações económicas e os custos ainda permitem que os " velhos " sistemas hidráulicos, com mais ou menos assistência electrónica, sejam a grande alternativa imediata. Assim sendo, os materiais de fricção e o aço continuam a manter-se como os grandes consumíveis de travagem. Atendendo ao contínuo crescimento do parque e uma utilização cada vez mais alargada do automóvel (fora da estrada, por exemplo), a procura mundial de consumíveis e componentes de travagem está sempre em crescimento. Apesar disso, ainda existe um grande mercado potencial, visto que os condutores usam quase sempre os seus travões no limite do uso e do desgaste, com sacrifício das sua segurança e da segurança rodoviária global. Na realidade, quando os consumíveis e componentes de travagem estão no limite do seu desgaste, o tempo de reacção do sistema e a possibilidade de desequilíbrios da força de travagem diminuem fortemente a margem de segurança de condução. Há, pois, um trabalho considerável de marketing a desenvolver, no sentido de passar a mensagem correcta e verdadeira de que os travões não devem ser usados até ao limite de desgaste e muito menos para além dele. Panorama da produção Todos os países com uma indústria automóvel de alcance global desenvolveram empresas e marcas de sistemas de travagem, como é o caso da Itália. A empresa Metelli, que cresceu à sombra do fornecimento de sistemas e componentes ao grupo Fiat/Iveco/Same, distribui os seus produtos à assistência oficial da marca e para o pós-venda independente, neste caso com a marca Cifam. Cerca de 1/4 da facturação da empresa (25%) são os componentes hidráulicos de travagem. A proporção de bombas centrais de travão e os êmbolos secundários (bombitos) é de 1:3 em facturação e de 1:10 em quantidade. A facturação da empresa tem-se mantido estável, mas o mercado de peças hidráulicas de substituição tem vindo a cair, devido à maior duração dos sistemas de travagem nas últimas gerações de veículos. As bombas centrais de travão são praticamente para toda a vida útil do carro. Mesmo assim, o futuro dos sistemas de travagem mistos (disco/tambor) tem o futuro garantido, sendo preferidos nos segmentos básicos e nos comerciais ligeiros, por questões de custo ini-
cial e de manutenção. A concorrência de países de produtos low cost é muito limitada, pois a oferta tem grandes faltas de linhas completas de produto e os operadores do mercado receiam arriscar a montagem de peças de baixo custo de travões, por se tratar de um elemento de segurança vital. A principal mudança tecnológica nos componentes hidráulicos foi a mudança do ferro fundido, para as ligas leves de alumínio. Na Europa, todos os construtores querem bombas centrais e secundárias de travagem em liga leve. Neste momento, apenas 3-4% dos carros novos têm ainda bombas em fundição, sendo na maioria carros japoneses. Esta tendência é irreversível, porque os construtores estão a apostar em peças com menor peso. Por outro lado, o alumínio anodizado resiste melhor à corrosão e as marcas sabem que os clientes de carros novos são sensíveis ao argumento da qualidade, mesmo que tenha custos suplementares razoáveis. As bombas principais de travagem são obtidas por fundição, mas os êmbolos das rodas (bombitos) são produzidos a partir de uma barra de alumínio de dimensões adequadas. Este processo evita a fusão, que requer muita energia e esta continua em alta de preço, devido à subida sustentada do petróleo. A utilização de materiais plásticos
nos componentes hidráulicos de travagem ainda não foi equacionada, embora o plástico já seja utilizado nas bombas de embraiagem, devido a questões de fiabilidade e à pressão dos circuitos de travagem, que é muito superior à do circuito da embraiagem. Uma novidade são os êmbolos dos tambores (bombitos) dos modelos da Peugeot-Citroen, que possuem um corrector de travagem incorporado. Não é uma nova tecnologia, mas implica uma miniaturização da válvula reguladora, que exige soluções delicadas. No mercado de substituição vão continuar a surgir componentes hidráulicos de travagem em fundição e em liga leve, devido às características do parque automóvel e à procura do mercado. Os dois materiais são completamente fiáveis. O que sofre desgaste são as guarnições dos êmbolos, embora sejam testadas em condições muito rigorosas de 300.000 ciclos de travagem, com temperaturas que oscilam entre a ambiente (24º C), -20º C e + 80º C. Além disso, os resguardos para o pó também desempenham um papel muito importante para a duração das guarnições dos êmbolos, devendo ser substituídos sempre que apresentem danos. Nos autocarros que eram lavados com máquinas de alta pressão, entravam água e detritos para o interior do êmbolo, de-
gradando rapidamente as bombas do travão. Actualmente, o resguardo do veio da bomba possui um sistema de fixação que resiste a condições extremas.
Problemas logísticos A Metelli utiliza um sistema de rotação de peças cuidado dos componentes hidráulicos de travagem, abastecendo sempre os seus distribuidores com produtos "frescos", ou seja, com pouco tempo de armazenamento. Sucede que as guarnições dos êmbolos das bombas, são protegidas por um produto viscoso, após o fabrico e até à montagem no veículo, onde passam a estar protegidas pelo fluido de travagem. Se decorrer um longo período de armazenamento, especialmente a elevadas temperaturas, um elemento volátil do produto de protecção das guarnições evapora-se e estas danificam-se, ao ser montada a bomba. A Metelli aconselha os seus distribuidores a garantirem boas condições de armazenamento (nem calor, nem humidade), seguindo a ordem de rotação das peças, pela data de fabrico. As embalagens utilizadas pela Metelli são de cartão ventilado, para evitar a condensação no seu interior e a oxidação das peças. Mesmo assim, o ambiente de armazenagem não deve ser húmido, a fim de prevenir o risco de oxidação das peças.
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Todas estas questões são muito importantes, para se evitarem as reclamações que encravam a distribuição de peças, especialmente no mercado de pós-venda, onde a Mettelli vende 80% das suas peças de substituição.
Qualidade exige formação Para falar sobre este tema, ninguém melhor do que Matteo Zucchi, responsável do centro de formação da ATE/Continental de Milão. A Continental Automotive System é um dos principais fornecedores de equipamento de origem das maior parte das marcas de veículos, graças à grande qualidade de produto e serviço que disponibiliza aos seus clientes. Parte deste bom serviço é a distribuição de peças de substituição mecânicas, hidráulicas e electrónicas (sensores), para sistemas de travagem. O primeiro conselho de Zucchi é subdividir as peças por grupos. No caso dos tubos de travão, por exemplo, é indispensável verificar a existência de fendas, inchaços ou fugas, assim como pontos de atrito com outras peças do veículo. A borracha dos tubos de travão está sujeita a condições de trabalho muito duras, quanto a pressão, temperatura e vibrações. A partir dos 5 anos de vida, os tubos devem ser cuidadosamente verificados e substituídos, se não se apresentarem em estado excelente. A data de fabrico está gravada no próprio tubo, sendo esta que interessa e não o ano de matrícula do carro. Com a eliminação do amianto das pastilhas e calços de travão, devido a questões de saúde pública, a temperatura dos travões tornou-se ainda mais elevada, podendo ultrapassar os 150º C, que a borracha pode suportar. Em certos modelos actuais, o tubo que sai da pinça é metálico, devido a essa situação. De qualquer modo, as fissuras no exterior do tubo indicam que a borracha indicam que esta se degradou e que apenas a parte interna do tubo (rayon) garante a resistência à pressão. Adicionalmente, as gretas e fissuras na borracha permitem a infiltração de água e produtos químicos agressivos, que provocam outros problemas. Em primeiro lugar, a água penetra mais facilmente no fluido de travagem, reduzindo o seu ponto de ebulição. Quanto aos produtos químicos (lubrificantes, ácidos, etc.), provocam deformações e inchaços na borracha, que dificultam a passagem do fluido de travões, podendo chegar a fechar completamente o tubo, desequilibrando totalmente a travagem. Na manutenção dos travões de disco, a verificação visual das pinças é fundamental para detectar fugas de óleo e ou sinais de corrosão. Antes de voltar a montar os travões as pinças devem ser completamente limpas ou polidas, sendo lubrificadas em seguida, com um produto adequado. A massa ATE Plastilube (700015), de uso externo, possui um temperatura de fusão alta, que resiste às travagens mais violentas, mantendo a protecção da pinça durante mais tempo. Esta massa também deve ser aplicada nas guias de deslizamento e no apoio da pinça com a pastilha, do lado da reacção, Nas pinças flutuantes, todas as peças que asseguram o deslizamento da pinça devem ser bem lubrificadas, para reduzir o
atrito ao valor mínimo. Deste modo, o desgaste das pastilhas é uniforme e a travagem mais efectiva. Além de reduzir os ruídos e garantir o desgaste uniforme, a massa lubrificante protege a pinça da corrosão, que ocorre facilmente, devido à existência de vários metais diferentes nos travões (ferro fundido, aço, liga de alumínio, cobre, etc.). O que não se deve fazer, como às vezes acontece, é usar massa de cobre. A massa de uso interno ATE para os êmbolos de roda (700009) é uma espécie de fluido de travões espesso, que deve utilizar-se exclusivamente quando os vedantes dos veios das bombas estão danificados. Isso acontece muitas vezes porque o operador de manutenção de travões usou uma chave de fendas, a fim de empurrar os êmbolos para trás, quando existem instrumentos mais simples e seguros, para efectuar o mesmo trabalho. Quando isto sucede, o pó acaba por entrar mais cedo ou mais tarde, degradando as guarnições do êmbolo. O circuito começa a perder óleo e o nível deste cai, tornando as travagens mais longas. Se o êmbolo e o cilindro não tiverem corrosão, basta polir tudo e montar um kit de guarnições, utilizando a referida massa lubrificante de uso interno. Também pode acontecer que as pastilhas fiquem muito encostadas ao disco.
Este problema resolve-se igualmente montando guarnições dos êmbolos da pinça, pois são elas que fazem as pastilhas voltar para o seu local certo de descanso.
A peça líquida No que respeita ao fluido de travões, um dos grandes ignorados da manutenção dos sistemas de travagem, deve ser usado o fluido especificado pelo construtor e a sua mudança deve ser efectuada pelo menos de dois em dois anos. O fluido de travagem é higroscópico e absorve a humidade da atmosfera, pelo que o seu ponto de ebulição, que deve ser o mais alto possível, vai-se tornando mais baixo. Quantos os travões são muito solicitados, a água existente no fluido transforma-se em vapor, que é compressível, o que leva o pedal de travão até ao limite do seu curso. Quando isto sucede, o carro já não trava, porque a pressão já não é transmitida aos travões. Tanto os condutores, como os reparadores ignoram que o fluido de travões é a peça líquida, sem a qual o sistema de travagem não funciona. Por outro lado, como ainda subiste na cabeça de muitos a ideia de que a mudança do fluido de travões implica muito tempo e duas pessoas para efectuar a tarefa de sangrar o circui-
O que diferencia as marcas de produtos de travagem nem sempre é perceptível pelo elevado patamar em que quase todas se posicionam. Os fabricantes possuem produtos de alta qualidade graças aos seus processos integrados de fabrico, a que juntam campanhas de marketing agressivas.
to, a resistência para mudar o fluido é ainda maior. No entanto, o mercado já dispõe de máquinas que efectuam a substituição do fluido em pouco tempo, a baixa pressão (2 bar). Estes equipamentos têm a vantagem de ocupar apenas um operador e efectuam a limpeza completa do circuito, que é indispensável para evitar a acumulação de resíduos e água, agentes promotores da corrosão, para além de impedirem o livre fluxo da pressão de travagem. Também existem equipamentos simples e de baixo custo que comprovam rapidamente o pondo de ebulição do fluido, tornando possível aferir se corresponde à especificação do construtor e efectuar a substituição, caso não esteja conforme. Outro erro cometido frequentemente na manutenção de travões, ao mudar as pastilhas, consiste em não abrir o orifício de purga da roda, antes de empurrar os êmbolos da pinça para trás. Desse modo, têm que fazer uma força muito mais elevada, sendo esta uma das principais razões pelas quais os vedantes dos êmbolos se danificam. Além disso, o fluido de travões que está junto da roda é o que encontra mais poluído. Se a roda não for purgada, o fluido contaminado é empurrado para dentro do circuito, podendo entupir os canais capilares da unidade do sistema ABS. Outra coisas que muitos ignoram é o facto de um sistema ABS apenas funcionar uma hora e 1/2 em 10 anos de vida de um veículo… Claro que, ele está lá para as ocasiões em que é preciso e faz a diferença. Só que ele pode não estar a funcionar correctamente e o condutor não se apercebe disso, a não ser quando já é tarde. Para manter os sistemas ABS sempre a 100% do seu rendimento, é indispensável usar um fluido de travagem de primeira classe e substituí-lo no período recomendado pelo construtor. Neste momento já existe um novo fluido Super Dot 4 no mercado, que é o I'SL.6 da ATE. Trata-se de um fluido Dot 4 da classe 6, o qual assegura uma viscosidade óptima, mesmo com temperaturas muito baixas, estando indicado para substituir os mais exigentes fluidos de travagem. Gestão de peças hidráulicas Os componentes hidráulicos de travões impõem, como já foi referido, uma gestão de stock que garanta a sua correcta conservação. Por outro lado, a distribuição tornou-se mais horizontal, pois só os grandes operadores de distribuição têm capacidade de gerir um número cada vez maior de referências (só a Metelli tem mais de 400..), com uma rotação relativamente baixa de stock. De facto, a facturação de peças hidráulicas apenas representa cerca de 15-20% do total, sendo a maior parte constituída por discos, pastilhas, tambores, kits de travagem, etc. Como está a acontecer com todas as outras peças, a logística dos componentes de travagem processa-se na horizontal, passando do distribuidor geral para o operador de substituição directamente. Esta é também uma forma do sector independente responder à crescente fidelização dos clientes com sistemas de travagem mais complexos, pelas redes de assistência oficial, reduzindo os custos.
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Afinação de sistemas de iluminação O sistema de iluminação do veículo destina-se a substituir a luz solar durante a condução nocturna, devendo proporcionar um visibilidade perfeita da estrada. Mas as falhas do sistema e a sua desafinação comprometem na prática o princípio de segurança para o qual foi concebido, isto é, proporcionar a máxima visibilidade, sem encandear terceiros condutores com os quais o veículo se cruza. Para regular correctamente os faróis, existe um equipamento chamado reguloscópio, que reproduz no espaço limitado da oficina o feixe de luz que o carro projecta na estrada. Nas linhas seguintes, iremos analisar a afinação da iluminação, em nove passos sucessivos.
7º PASSO Centrar o feixe de luz de cruzamento com as linhas assimétricas do reguloscópio, através dos parafusos de afinação do farol.
1º PASSO Colocar desde logo o veículo num superfície horizontal plana.
3º PASSO Verificar a correcta fixação dos faróis e das respectivas lâmpadas.
5º PASSO Alinhar o reguloscópio paralelamente ao eixo longitudinal do carro.
8º PASSO Comprovar que o feixe de lua de máximos coincide com o centro das linhas do reguloscópio.
2º PASSO Verificar a pressão de ar dos pneus e corrigi-la, se for necessário.
4º PASSO Afinar o botão de regulação interior para a posição mais alta.
6º PASSO Ajustar o equipamento à posição do farol.
9º PASSO O feixe de luz dos faróis de nevoeiro afina-se pela linha horizontal correspondente.
Centro Zaragoza Carretera Nacional, 232, Km 273 50690 Pedrola (Zaragoza) Espanha
Telefone: +34.976.549.690 Fax: + 34.976.615.679
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CURSOS
CURSOS DE FORMAÇÃO - OUTUBRO 2008
Recolha de dados na reconstrução de acidentes de viação Estratégias e Técnicas de negociação Organização de oficinas de carroçaria e pintura automóvel Processos de Acabamentos de pintura (Pintura 2) Actuação pericial em acidentes de pesados Controlo dos custos de danos materiais de veículos Actualização para técnicos de Centros de Inspecção Reconstituição de acidentes com motociclos Técnicas de Aerografia (nível avançado) Substituição e reparação de vidros Actuação pericial em motociclos acidentados Pequenas reparações de chapa Técnicas de reconstrução de acidentes de tráfico Prevenção de acidentes de trabalho em oficinas repintura Controlo de custos da oficina de repintura
DATAS
2 e 3 Outubro 6 a 8 Outubro 6 a 9 Outubro 6 a 9 Outubro 6 a 8 Outubro 15 Outubro 15 a 17 Outubro 16 e 17 Outubro 20 a 24 Outubro 21 e 22 Outubro 21 e 22 Outubro 23 e 24 Outubro 27 a 30 Outubro 28 Outubro 29 a 31 Outubro
DURAÇÃO
2 dias (10 horas) 3 dias (16 horas) 4 dias (22 horas) 4 dias (22 horas) 3 dias (16 horas) 1 dia (6 horas) 3 dias (16 horas) 2 dias (10 horas) 5 dias (28 horas) 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 4 dias (22 horas) 1 dia (4 horas) 3 dias (16 horas)
PREÇO
620 Euros (+IVA) 778 Euros (+IVA) 1.096 Euros (+IVA) 1.096 Euros (+IVA) 834 Euros (+IVA) 564 Euros (+IVA) 894 Euros (+IVA) 848 Euros (+IVA) 1.024 Euros (+IVA) 520 Euros (+IVA) 730 Euros (+IVA) 614 Euros (+IVA) 1.156 Euros (+IVA) 300 Euros (+IVA) 1.024 Euros (+IVA)
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SEGURANÇA
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Riscos laborais nas oficinas
Prevenção dos
A
riscos laborais
Na realização das tarefas inerentes aos diversos trabalhos efectuados numa oficina de reparação automóvel, os trabalhadores estão expostos a uma série de circunstâncias de natureza mecânica, física, química, psicológica, etc., que são denominadas as condições de trabalho, as quais podem geralmente implicar riscos para a segurança e a saúde dos indivíduos.
segurança e a saúde dos operadores das diversas actividades são consideradas um bem que permite gerar riqueza e satisfação social, pelo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado de bem estar físico, mental e social completo, o que está bastante para além da mera ausência de enfermidades. Sendo assim, existem leis de prevenção de acidentes laborais, que constituem um custo social indesejável e um factor de insatisfação nas empresas e nas famílias dos trabalhadores. Essas leis definem os meios e os procedimentos de que as empresas e outras entidades económicas se devem munir para evitar que as situações de risco se transformem em sinistros de consequências deploráveis. A legislação estabelece, de resto, responsabilidades específicas para os empresários e para os trabalhadores, devendo cada uma das partes assumir as suas e responder pelo cumprimento das normas. Avaliação dos riscos O primeiro instrumento de prevenção da sinistralidade laboral é a correcta avaliação dos riscos inerentes a cada actividade. Além disso, essa avaliação tem que ser permanente e contínua, atendendo às mudanças operadas na própria empresa e nas tecnologias e equipamentos utilizados. Como a avaliação deve ser anterior ao risco, esta é das responsabilidades atribuídas ao empresário, que deve criar um plano de prevenção proporcional aos riscos gerados pela actividade desenvolvida na empresa. Além desta obrigação legal, as empresas devem ainda proporcionar toda a informação e formação específicas dos operadores, plano de controlo do estado de saúde destes, bem como instrumentos e vestuário apropriados, para lá dos meios de protecção pessoais indispensáveis. Para as empresas que operam na U.E., é necessário atender ao quadro legislativo de cada país e às directivas gerais provenientes das instituições comunitárias. As infra estruturas da oficina Cada actividade laboral apresenta os seus riscos e a reparação automóvel não é excepção. Numa oficina de reparação automóvel, a prevenção de acidentes deve incidir basicamente em três áreas fundamentais: • Instalação eléctrica • Produção e distribuição de ar comprimido • Prevenção e combate a incêndios
• Os condutores, terminais, bornes, caixas de ligação, etc., devem estar bem isolados; • Todos os circuitos devem estar protegidos com disjuntores diferenciais de sensibilidade média (300 miliamperes), associados ao fio de terra, com possibilidade de proteger todos os aparelhos ligados à linha de potência; • Os circuitos de iluminação devem estar protegidos com disjuntores de alta sensibilidade (30 miliamperes); • Os aparelhos eléctricos portáteis devem possuir duplo isolamento; • Os quadros eléctricos devem estar completamente desobstruídos e serem de fácil acesso, nas situações de emergência.
Devido à existência de substâncias altamente inflamáveis na oficina, dentre as quais se destacam os combustíveis, lubrificantes e produtos de pintura, para além dos próprios veículos, também eles facilmente inflamáveis, a instalação eléctrica da oficina tem que estar adequadamente protegida e isolada, assim como em excelente estado de conservação. Nos casos em que as instalações da oficina possuam cabinas de transformação de corrente
próprias, estas devem estar localizadas num recinto independente, resistente ao fogo e fechado à chave, pois existe o risco de electrocussão, mesmo para os técnicos especializados. Além disso, os condutores de alta tensão devem estar bem isolados e a cabina deve ter um plano de manutenção adequado. No que respeita à instalação com tensão de serviço (230V), recomendam-se as seguintes medidas de prevenção:
Produção e Distribuição de ar comprimido Nem todas as oficinas possuem um local isolado para o compressor central da linha de ar comprimido, o que apresenta o inconveniente do stress laboral provocado pelo ruído do seu funcionamento, assim como o risco, felizmente remoto, de explosão em caso de avaria. Dentre as medidas de prevenção recomendadas para a instalação de ar comprimido, sugerimos as seguintes: • Montagem dos compressores em compartimento isolado, de preferência exterior à oficina;
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Colaboração:
• Plano de manutenção e de revisão periódica do compressor, linhas de ar comprimido, mangueiras, válvulas de segurança, manómetros, filtros, purgadores, etc.; • Limpeza frequente do compartimento do compressor, eliminando todas as manchas de óleos e massas lubrificantes; • No compartimento do compressor não podem ser armazenados mercadorias, equipamentos, detritos ou quaisquer outros objectos e produtos; • Todos os 10 anos os compressores devem ser verificados e testados por técnicos especializados ou empresas certificadas para o efeito.
Prevenção de incêndios Todas as indústrias são classificadas pelo grau de inflamabilidade e de combustão dos produtos que utilizam, processos de trabalho utilizados e condições de armazenamento desses produtos. Em oficinas com instalações e procedimentos de segurança certificados, o risco de incêndio pode classificar-se de médio/baixo, mas o grau de risco pode ser bastante mais elevado se as condições de segurança forem medíocres e os procedimentos inadequados. O problema é ainda mais grave se a oficina estiver implantada junto a blocos ou moradias residenciais, ou mesmo dentro destes. Os seguros de incêndio cobrem parte importante dos danos, mas não evitam os danos morais, incómodos, paralisações, etc. Como meio de combate
a incêndios, as oficinas têm geralmente extintores de pó químico, mas estes nem sempre são em número suficiente, nem estão dentro do prazo de validade. Este prazo é de 1-2 anos, findo o qual o extintor tem que ser testado e carregado, se for necessário. A cada 5 anos, o extintor deve ser totalmente revisto ou substituído. Se o extintor estiver parcialmente descarregado ou com os manípulos de accionamento encravados, será pouco eficaz no combate a focos de incêndio. Além disso, todos os profissionais da ofi-
cina devem ter formação para manejar os extintores e outros meios de combate a incêndios. Quanto às bocas de incêndio equipadas (B.I.E.), caso existam, é necessário que estejam bem localizadas e estrategicamente distribuídas em todos os pontos da oficina. Além disso, a pressão e a quantidade de água disponível deve ser proporcional à volumetria das instalações. Por outro lado, essas boas de incêndio não devem estar ligadas directamente à rede pública de abastecimento de água, que pode falhar inesperadamente (ruptu-
A melhor leitura para o seu negócio!
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ras, fugas, avarias, etc.). Em armazéns de produtos de pintura, combustíveis, lubrificantes e outros produtos altamente inflamáveis, pode ser aconselhável montar sistemas de detecção e extinção automáticos. De qualquer modo, deixamos aqui as regrais gerais para a prevenção de riscos de incêndios nas oficinas: • Os produtos mais inflamáveis devem ser armazenados em locais resistentes ao fogo e bem ventilados; se a ventilação natural não for suficiente, aconselha-se a ventilação forçada; • A instalação eléctrica deve ser de preferência exterior ao armazém; no caso disso não ser possível, essa instalação deve respeitar as recomendações técnicas indispensáveis ao efeito; • Nos postos de trabalho deve existir apenas a quantidade de produtos inflamáveis necessária à execução dos serviços imediatos: o mesmo se aplica aos resíduos de tintas e diluentes, que devem ser armazenados nos locais e contentores legalmente previstos para o efeito; • Os extintores devem estar regulamentares e dispostos por toda a oficina, a uma distância inferior a 15 metros entre eles; esses extintores devem estar colocados em suportes próprios, na posição vertical e a uma altura máxima de 1,7 metros; o local dos extintores deve estar correctamente assinalado e ser facilmente visível à distância; • As saídas de emergência devem estar correctamente assinaladas e totalmente desobstruídas.
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PRODUTO Europeças comercializa Equipamentos de Diagnóstico Delphi
Evoluir nos equipamentos P
Sendo um dos mais importantes grossistas de peças para o sector automóvel, a Europeças apostou também na comercialização de equipamentos de algumas das suas representadas.
ara além de fornecer as peças, a Europeças desde o início do ano que começou a comercialização de equipamentos da Delphi mas também da Gates. Na marca Delphi o destaque são os equipamentos de diagnóstico para sistemas de gestão electrónica de automóveis. Esta nova gama de produtos surge no seguimento do desenvolvimento de uma relação comercial mais forte e alargada entre a Europeças e a Delphi, fabricante de peças automóvel para o mercado de origem e para o mercado independente, com esta relação a ser iniciada através da respectiva gama de componentes de direcção e suspensão, no decorrer do ano passado. Neste seguimento, e aproveitando o know-how deste fabricante em termos de diagnóstico e componentes electrónicos, a Europeças passa a prestar um serviço de apoio técnico baseado em formação técnica específica de diagnóstico e respectiva assistência técnica, essenciais para o desenvolvimento e actualização técnica das oficinas clientes dos seus próprios distribuidores do mercado independente. Deste modo, consegue-se atingir uma dinamização de negócio e serviço vantajosas para todas as partes envolvidas; importador, distribuidor, oficina e cliente final. Em termos de equipamento de diagnóstico, a Europeças passa a disponibilizar dois equipamentos principais de características e funcionalidades distintas. O DS100E, equipamento de diagnóstico portátil, concebido essencialmente para as redes de serviço rápido, permite um acesso simplificado a funções como sejam, a leitura e eliminação de códigos de avaria, indicadores de serviço e afins, leitura de valores dinâmicos com possibilidade de teste em estrada e activação de actuadores – com acesso multi-marca e multi-sistema. A versatilidade deste equipamento é reforçada pelo facto do software funcionar num comum PDA e a comunicação com o veículo e respectivo cabo de diagnóstico utilizar a tecnologia sem fios Bluetooth. Este diagnóstico está ainda disponível em 3 níveis de acesso, de forma a permitir responder mais detalhadamente às diferentes exigências de cada oficina e respectivo serviço. Por sua vez, o DS500E assume-se como a ferramenta de diagnóstico por excelência, uma vez que acumula as funções de diagnóstico presentes no DS100E com uma base de dados técnicos Autodata, multímetro e osciloscópio de 2 canais, sensor de medição de temperatura e outros sensores para medição de pressão/vácuo, fluxo/caudal e afins (disponíveis como opcionais). Permite ainda
ser equipado com funções multimédia, como por exemplo, utilizar uma webcam para comunicação online de diagnóstico que necessite de apoio técnico directo. Também neste equipamento a versatilidade é reforçada pela mesma tecnologia Bluetooth, sistema operativo Windows XP integrado no “tablet” com ecran táctil utilizado como plataforma física. Outra importante novidade, também na marca Delphi, são as duas ferramentas destinadas ao desenvolvimento e profissionalização de quaisquer operações de manutenção e/ou reparação realizadas em sistemas de travagem pelas oficinas independentes, como são os casos do Ensaiador e do Sangrador de Óleo de Travões. O Ensaiador de Óleo de Travões permite aferir com exactidão e rapidez o ponto de ebulição de qualquer tipo de óleo de travões, confirmando imediatamente a necessidade de substituição do mesmo, caso valor registado se encontre abaixo dos valores de segurança definidos por respectivo fabricante. Trata-se de um equipamento independente e sem manutenção, uma vez que é alimentado pela bateria do próprio veículo e fornecido com maleta de transporte. Em relação ao Sangrador de Óleo de Travões, este equipamento facilita a respectiva substituição, sendo necessário
apenas um mecânico para efectuar o serviço completo, com as vantagens daí inerentes em termos de tempo e custo. De aplicação universal, fornecido com kit de acessórios multi-marca e sifão para recolha do óleo usado, este equipamento debita uma pressão de óleo novo constante e limitada automaticamente, não danificando vedantes nem bomba de travões principal. Na marca Gates, a Europeças lançou a nova gama de ferramentas oficinais específicas desta representada, como complemento da sua actual gama de peças de reparação. Esta nova gama é constituída por jogos de ferramentas específicas para manutenção/reparação de todos os tipos de motores dentro da mesma família. São ferramentas profissionais, que trabalham de acordo com especificações dos fabricantes de automóveis. A gama de ferramentas inclui ainda equipamentos de aferição para alinhamento e tensionamento correctos das correias e restantes componentes do sistema. A Europeças vai continuar a apostar na formação técnica em distribuição de motor, que agora pode ser incrementada por via da introdução desta novas ferramentas.
Europeças Sede: Rua José Afonso - Edificio A. Santos Quinta de Sta. Rosa 2685-583 Camarate Responsável técnico: Luís Parreira Telefone: 219 488 930 Fax: 219 488 939 E-mail: luis.parreira@europecas.pt Internet www.europecas.pt
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PRODUTO
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Marein representa Flennor e NE-NPR
Qualidade acima de tudo A Marein representa em Portugal diversas marcas de peças, quase todas elas de origem alemã. Recentemente reforçou a sua aposta em novas linhas de produto.
SM mudou para NE-NPR
A
Marein é uma empresa que foi constituída em 1994, por Christine Reinke e Gernot Reinke, trabalhando na área das representações no sector das peças e ferramentas para automóvel. Uma das marcas do seu portfolio de produtos, é a Flennor, pertencente ao grupo Walther Flender, que possui como Fornecedor profissional (e muito conhecido no accionamento de correias dentadas) um vasto programa de correias e complementa este programa com fabrico próprio de discos dentados. Um grande sortido de motores, engrenagens e embraiagens completa o programa desta empresa. O grupo Walther Flender com sede
Marein Sede: Rua João Ortigão Ramos 1-1º.Dto. 1500-361 Lisboa Director-Geral Gernot Reinke Telefone: 217 163 721 Fax: n.d. E-mail: marein@net.vodafone.pt Internet: n. d.
em Düsseldorf é um grupo independente, que se divide em quatro empresas, cada uma com a sua especialidade no domínio das peças: - FLENNOR GmbH Automotive, é fornecedora de acessórios de automóveis como material de direcção / suspensão, Rolamentos, Sensores, Correias de distribuição, correias trapezoidais, correias estriadas, escovas limpa-vidros, velas de ignição, e tubos de combustível em qualidade de equipamento original. - Walther Flender – Técnicas de movimentação, é um fornecedor de maior renome na Alemanha para accionamento de correias dentadas e fornece soluções completas desde embraiagens até motores de engrenagens. - DEUSSEN – Foerdertechnik, fornece aos clientes tudo que é necessário para a técnica de transporte, desde bandas grandes de transporte, transportadoras de correias de charneira, pés de suporte e revestimentos de máquinas. - ML Sinter Solutions, é especialista para peças em material sinterisado, segundo especificação do cliente. Todo o grupo Walther Flender com as suas 4 afiliadas foi novamente certificado pelo TÜV Rheinland em 2007 segundo DIN EN ISO 9001-2000 e garante assim o seu elevado grau de Qualidade, que cada vez mais é exigido por todos os clientes.
Novidade Uma das maiores novidades da FLENNOR GmbH é a oferta para o mercado de uma grande variedade de novos sensores, com destaque para uma gama de produto considerada especial, que são os novos sensores de ABS. Já no passado, a FLENNOR apresentou uma vasta gama de produtos e acessórios sobressalentes em qualidade original e reagiu a evoluções técnicas na industria automóvel com um constante alargamento da sua gama de produtos. Assim, a gama dos novos sensores FLENNOR constitui um aditamento à sua vasta gama de kits de rolamentos. À nova gama de produtos pertencem, por exemplo, os sensores para a rotação do rodado, das árvores de cames, cambotas, válvulas de redução, quilometragem percorrida, posição de óleo e de meios de refrigeração, pressão do tubo de sucção, e da temperatura do ar de sucção, sem esquecer os novos sensores de ABS. Todos os novos sensores estão disponíveis no mercado com uma garantia elevada e comprovada pela FLENNOR de 2 anos. Além disso, a FLENNOR oferece esta gama através de uma enorme disponibilidade de stock, que permite prazos de entrega curtos, a preços competitivos no mercado, segundo informou a Marein.
Desde 1973 que a Nippon Piston Ring (NPR) está presente no mercado ao nível de segmentos para motor, comercializando-os sob a marca SM. Nessa mesma década a NPR passou a fornecer a Mercedes Benz, para já na década de 80 aumentar substancialmente o seu leque de clientes em marcas como a BMW, MAN, Skoda, AMG e Audi. Sempre na vanguarda tecnológica, a NPR faz, no final dos anos 80, a implementação do primeiro segmento de compressão de aço na gama de reparação da SM bem como a primeira aplicação na Mercedes Benz dos segmentos de aço nitrados. Em 1990 a Nippon Piston Rings toma a totalidade das acções da Schöttle Motorenteile GmbH, tendo nessa mesma década obtido, juntamente com os seus parceiros, diversos sucessos desportivos, nomeadamente na Fórmula 1. Outro marco importante, para este especialista em segmentos, foi a implementação da tecnologia PVD em alguns motores dos veículos produzidos pela Daimler Chrysler. O ano de 2008 fica marcado por uma mudança estratégica ao nível da marca. Os segmentos SM passam a designarse NE – NPR Europe, em toda a linha de produtos, que sejam para equipamento original quer se destinem ao mercado de substituição. Mais informações sobre a NE poderão ser consultadas em www.npreurope.com.
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ACTUALIDADE Destaques
Portugueses preferem diesel
Observador Cetelem” apresentou recentemente um estudo, sobre o sector automóvel, onde diz que Portugal é um dos países onde é visível a tendência para aquisição de carros a diesel. Em 2006, 65% dos carros novos vendidos em Portugal eram a Diesel, sendo que a venda de carros a gasolina registou apenas 34% e a venda de carros movidos a partir de outra energias é de apenas 0,5%. Esta é uma tendência que se registou em 2007 e que tem vindo a aumentar prevendo-se que nos próximos anos Portugal seja um dos países onde mais se investe em carros a Diesel. A preferência dos Portugueses pelos carros a gasóleo deve-se sobretudo ao aumento da quilometragem anual feita pelos veículos, à diferença de preço por litro entre gasóleo e gasolina, e ao au-
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Audi Sportscar Experience
ão é todos os dias que se tem a oportunidade de conduzir um Audi R8 no Autódromo do Es-
toril. O Audi Sportscar Experience é um evento exclusivo que percorre os principais circuitos europeus, permitindo que instrutores profissionais transmitam conhecimentos práticos que levem os participantes a desenvolver as suas capacidades de condução. Aspectos como a correcta posição de condução, abordagem a uma curva, trajectória, travagem com ABS, entre ou-
A
mento da comodidade de condução inerente aos veículos a Gasóleo. No entanto, a avaliar pela constante subida no preço dos combustíveis e com a crescente preocupação ambiental, não só dos consumidores como também das marcas, começa a denotar-se uma progressiva adesão aos automóveis híbridos podendo, num futuro próximo, surgirem os automóveis híbridos a diesel.
tros, são abordados e depois desenvolvidos na prática, junramente com pilotos profissionais da Audi. Este ano o Audi Sportscar Experience levou ao Estoril os já famosos R8. Um automóvel soberbo, que está equipado com um motor V8 FSI que debita uma potência de 420 CV, tracção integral permanente quattro e uma estrutura em alumínio Audi Space Frame (ASF). Para além da potência, e da sonoridade do V8, o que mais impressiona é a poderosa capacidade dinâmica, quer seja a travar, a curvar e a acelerar. Fantástico.
Laps lança Cobra Connex
A Laps, uma empresa que se dedica à comercialização de acessórios automóveis, lançou no mercado nacional o Cobra Connex, um serviço de recuperação de veículos roubados (SVR), que foi desenvolvido pela Cobra Automotive Technologies. O sistema de detecção de veículos Cobra Connex permite ao proprietário do veículo estar sempre em contacto com o seu automóvel, sabendo sempre onde se encontra. Este sistema está ligado a um Centro de Operação de Segurança — Prosegur Activa em Portugal — disponível 24 horas por dia durante todo o ano e
sempre em contacto com as forças de segurança em Portugal e em mais 35 países da Europa. O serviço apresenta ainda uma garantia de segurança e privacidade de elevada qualidade ao proprietário. De fácil utilização, o Cobra Connex não só imobiliza a viatura em caso de detecção de movimento não autorizado como a localiza.
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Volkswagen Tiguan 2.0 TDi
Na terra ou no asfalto
om uma aparência moderna, o Tiguan sobressai pela sua maior distância ao solo, do que qualquer convencional Volkswagen, o que lhe permite, juntamente com a tracção 4Motion, enfrentar percursos fora de estrada mas também ganhar uma superior capacidade de tracção em estradas mais sinuosas. Por dentro, o Tiguan quase parece a versão “elevada” do VW Touran, tendo em conta as muitas semelhanças estilísticas, mas também pela aposta feita na qualidade dos materiais e da construção, que neste SUV merece grande destaque. A posição de condução é alta mas as diversas opções de regulação da coluna de direcção e do banco, permitem que se encontre um plano mais baixo e mais próximo de um veículo de passageiros tradicional.
P
O comportamento em estrada é excelente, assim como fora dela, nomeadamente em curva onde o Tiguan quase não adorna. A direcção não é tão directa como num Golf e a brecagem também não é famosa (o que é normal num SUV). O motor de 2.0 litros TDi com 140 cv serve para as necessidades, embora em estrada, nomeadamente em subidas prolongadas o peso do Tiguan (próximo dos 1600 Kg) se faça sentir. Volkswagen Tiguan 2.0 TDi Cilindrada cc: 4/1.968 Potência Cv/rpm: 140/4.000 Binário Nm/rpm: 310/1.750 Velocidade Km/h: 187 Acel.0-100 km/h seg.: 10,8 Cons.Médio L/100Km: 6,9 Preço (desde) 41.640 Euros
Citroen C5 2.0 HDi
Tal como um alemão
ara competir com a concorrência alemã, a Citroen deu um claro passo em frente com o novo C5, e logo a começar pela estética, tendo este automóvel a aparência robusta das berlinas germânicas. No interior seguiu a mesma filosofia, onde existem bons materiais, agradáveis ao toque, vivendo-se numa ambiente de tecnologia e conforto. Não faltam comandos e botões, nomeadamente na variante com caixa automática, onde se pode optar por uma atitude mais desportiva ou mais suave. Existe ainda a possibilidade de comandar manualmente a caixa de velocidades, mas as passagens são algo lentas para quem pretende praticar uma condução mais desportiva, que não é a vocação deste carro. Existe também botões para regular o amortecimento da suspensão pneumática
Hydractiva 3+, um verdadeiro regalo quando falamos de conforto de rolamento e comportamento em estrada. A direcção apresenta assistência variável em função da velocidade, sendo talvez demasiado leve quando se circula a baixa velocidade, enquanto os travões são de uma enorme eficácia. O motor é um 2.0 litros de “apenas” 138cv, que se recentem em algumas situações, embora os consumos sejam baixos. Citröen C5 2.0 TDi Cilindrada cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)
4/1997 138/4.000 320/2.000 201 11,8 6 44.142 Euros
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SUPTEC - Peugeot 206 (1,2,3):Jornal das Oficinas
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
COLECCIONÁVEL
Nº 33 Agosto 2008
BOLETIM TÉCNICO Colaboração:
PEUGEOT 206 1.4 KFX (1999) O Peugeot 206 foi um modelo que alcançou enorme popularidade na Europa, tendo conquistado o coração de muitos condutores(as), graças ao seu estilo elegante, conforto, prestações e economia. Mesmo assim, no "Olimpo" das máquinas também existem falhas técnicas e os modelos mais comprovados também necessitam de cuidados de manutenção/reparação rigorosos. De facto, Os técnicos da Texa detectaram em alguns modelos do construtor francês, principalmente com propulsores 1.1 e 1.4 de capacidade, nas versões Euro 2 e Euro 3, o acendimento da luz avisadora de avarias, tanto em casos de anomalias de funcionamento, como em casos em que tudo funcionava normalmente. Nas linhas a seguir, vamos estudar o modelo 206 1.4, equipado com injecção Bosch Motronic MP 7.3. Outro problema que pode ocorrer é o arranque a frio difícil, que exige uma análise completa à unidade central de controlo do motor. Com um aparelho da linha Axone/Navigator (Texa), vamos encontrar códigos de erro na memória do autodiagnóstico que correspondem a anomalias do sistema de injecção e/ou da bobina de ignição. Falta de ignição no cilindro n.º 1, falha de ignição no cilindro n.º 2, injector n.º 1, comando dos injectores, falhas de ignição, etc., são apenas alguns exemplos do que se pode geralmente encontrar ao efectuar a leitura dos códigos de avaria memorizados. Por vezes, a luz avisadora de avaria acende-se sem haver registo de qualquer anomalia (falhas ocasionais), podendo também acontecer que, uma vez limpa a memória do sistema de autodiagnóstico, não fiquem registadas outras anomalias diferentes das que foram anuladas. Portanto, antes de pensarmos em substituir os componentes dados como avariados, é necessário fazer uma verificação geral ao correcto funcionamento dos sistemas electrónicos que recebem informações e enviam comandos a essas peças. Isso pode ser efectuado graças aos múltiplos meios e recursos dos sistemas de diagnóstico actuais, cuja função ACTIVAÇÕES torna possível "comandar" os injectores por controlo remoto. No entanto, depois de efectuadas as verificações, a única anomalia detectada foi o funcionamento da bobina de ignição, cujas perturbações de funcionamento estavam a afectar o processador electrónico. A mera substituição deste não resolveria o problema por si só, sendo necessário montar um condensador de alta tensão, ligado entre o positivo de alimentação da bobina (pin n.º 4 da ficha da bobina) e a respectiva massa (Fig. 1). Graças à montagem do condensador, foi possível filtrar as interferências da bobina, que estavam a causar os problemas descritos anteriormente. Convém registar, no entanto, que as bobinas do 206 podem causar diversos tipos de problemas, incluindo a paragem do motor em andamento.
ESQUEMA BÁSICO Nº 01
Descrição ECU de gestão do motor
X-Y D32
02 03 04
L31 D32
05
Bobina AT Condensador Relé multifuncional de controlo do motor Electroválvula Canister
06 07 08 09
Injectores eléctricos Sensor de fase (efeito Hall) Sensor de temperatura motor Sensor de temperatura do ar
M32 P32 P32 Q32
10
Resistência de aquecimento
L31
Figura 1
11
Relé da bomba de ar
S33
O condensador montado entre a bobina e a massa permite suprimir os distúrbios provocados pela bobina no funcionamento do processador electrónico.
12
Bomba pulsair
S35
13
Interruptor segurança de inércia
R31
14 15
Bomba de combustível Sonda Lambda à entrada do catalisador Sonda Lambda à saída do catalisador Sensor posição borboleta Pressostato direcção assistida Sensor pressão ar admissão Sensor de aceleração Bateria de arranque
G12
16 17 18 19 20 21
F31
Localização Junto ao motor, atrás do grupo óptico direito
Junto à ECU controlo do motor Atrás do grupo óptico direito
Junto aos injectores Junto ao actuador de admissão da borboleta Junto ao corpo da Borboleta Cx. de fusíveis do compartimento motor Atrás do grupo óptico esquerdo Compartimento do motor esquerda Sob o banco posterior
22 23 24 25 26 27 28 29 30 F02
Comutador de ignição Sensor de velocidade veículo Painel de instrumentos Tomada de diagnóstico Pino da ECU, fusíveis e relé Actuador passo a passo (borboleta) Sensor de rpm Sensor de detonações Pino da unidade climatização Fusível de 5A
S27 G35 Q28 S27 S27 O31 M35 M33 L27 S27
F06
Fusível de 5A
S27
F24
Fusível de 5A
S33
F25 F26 F32 F34 MF08 MF12
Fusível de 10A Fusível de 10A Fusível de 10A Fusível de 5A Fusível de 70A Fusível de 50A
S33 S33 S33 S33 S33 S33
P33 P34 Q31 R31 N31 D31 P32
Junto à ECU Junto ao motor, à esquerda
2
Coluna direcção Bloco motor, junto à caixa Posto de condução Posto de condução Junto à bobina de ignição
Consola central Cx. de fusíveis junto ao volante Cx. de fusíveis junto ao volante Cx. de fusíveis junto ao motor Idem Idem Idem Idem Idem Idem
01
PEUGEOT 206 1.4 KFX Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) ANO 1999
SUPTEC - Peugeot 206 (1,2,3):Jornal das Oficinas
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
ESQUEMA ELÉCTRICO Tipo de Dispositivo Pin Out Bobina AT - Sinal dos cilindros 1 e 4 30 Bobina AT - Sinal dos cilindros 2 e 3 29 ECU de gestão do motor - Alimentação 49 ECU - Alimentação do relé multifuncional 33 ECU do motor - Alimentação pela chave 21 ECU de gestão do motor - Massa n.º 1 01 ECU de gestão do motor - Massa n.º 2 06 ECU de gestão do motor - Massa n.º 3 23 ECU de gestão do motor . Massa n.º 4 28 Ligação à climatização - Sinal n.º 1 24 Ligação à climatização - Sinal n.º 2 36 Injector do cilindro 1 - Sinal 27 Injector do cilindro 2 - Sinal 53 Injector do cilindro 3 - Sinal 54 Electroválvula Canister Alimentação negativa 51 Motor passo a passo - Sinal fase 1 32 Motor passo a passo - Sinal fase 2 04 Motor passo a passo - Sinal fase 3 31 Motor passo a passo - Sinal fase 4 03 Tomada de diagnóstico - Sinal linha K 20 Tomada de diagnóstico - Sinal linha L 19 Pressostato da direcção assistida - Sinal 09 Painel de instrumentos - Sinal da luz avisadora 43 Relé multifuncional controlo motor - Activação negativa (1) 15 Relé multifuncional controlo motor - Activação negativa (2) 50 Relé da bomba de ar - Activação negativa 84 Sensor de aceleração - Sinal 72 Sensor de aceleração e Sensor de pressão de ar de Admissão - Alimentação 42 Sensor de detonações - Sinal 1 10 Sensor de detonações - Sinal 2 38 Sensor de fase (efeito Hall) - Sinal 45 Sensor de fase (efeito Hall), Sensor de aceleração, Sensor de pressão de ar de admissão 37 Sensor de rpm e PMS - Sinal no arranque 18 Sensor de rpm e PMS - Sinal no arranque 46 Sensor de rpm e PMS - Sinal em marcha 18 Sensor de rpm e PMS - Sinal em marcha 46 Sensor da posição da borboleta - Alimentação 74 Sensor da posição da borboleta - Sinal 41 Sensor de pressão do ar de admissão - Sinal 14 Sensor de temperatura do ar de admissão - Sinal 12 Sensor de temperatura do motor - Sinal 39 Sensor da velocidade da viatura, Pino de painel de instrumentos, sinal de velocidade 17 Sonda Lambda à entrada do catalisador - Activação negativa de aquecimento 55 Sonda Lambda à entrada do catalisador - Massa 40 Sonda Lambda à entrada do catalisador - Sinal 13 Sonda Lambda à saída do catalisador - Activação negativa do aquecimento 86 Sonda Lambda à saída do catalisador - Massa 70 Sonda Lambda à saída do catalisador - Sinal 71 Pino do painel de instrumentos, Tomada de Diagnóstico, Sinal de rpm 44 Pino da UCR (Body computer) - Sinal 1 22 Pino da UCR (Body computer) - Sinal 2 48
Dificuldade de pegar a frio Quando surge este problema, é conveniente verificar a gestão electrónica do motor. De um modo geral, uma linha de activação negativa é uma ligação eléctrica, através da qual um sistema electrónico de comando (ECU, unidade de injecção, unidade ABS, unidade de climatização, etc.) um comando/mensagem eléctrica, para activar um dispositivo de actuação (relé, elctroválvula, injector, lâmpada, etc.). A linha de activação negativa, de um caso genérico como o da foto (Fig. 2), consegue identificar-se (na cor azul) por seguir o curso da corrente eléctrica, do terminal directo da bateria (+ 30) ou do positivo da chave de con-
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PEUGEOT 206 1.4 KFX Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) ANO 1999
tacto (+ 15), durante o seu longo percurso através de um actuador, até chegar ao pino da unidade de comando. Consumo elevado de combustível Há várias situações que podem contribuir para o aumento de consumo de combustível, neste modelo. Os técnicos da Texa aconselham a verificar o funcionamento da Sonda Lambda, antes da entrada e após a saída do catalisador, utilizando o pin out n.º 13/71. A ligação de testes deve ser feita a partir do terminal positivo do osciloscópio digital ao cabo de saída do sinal directamente da sonda, no pino da ECU ou através da "discovery box". Por seu tur-
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Colaboração: COLECCIONÁVEL
Nº 33 Agosto 2008
BOLETIM TÉCNICO
ACELERAÇÃO FRACA E IRREGULAR Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Injector cilindro 1 – Sinal 27 Injector cilindro 2 – Sinal 53 Injector cilindro 3 – Sinal 54 Injector cilindro 4 – Sinal 26 Sensor de detonação - Sinal 1 10 Sensor de detonação - Sinal 2 38 Sensor de fase (efeito Hall) – Sinal 45 Sensor de posição da borboleta – Sinal 41 Sensor da pressão de ar admissão – Sinal 14 Sensor de velocidade da viatura - Pino do painel 17 Sonda Lambda à entrada do catalisador – Sinal 13 Sonda Lambda à saída do catalisador – Sinal 71 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL ELEVADO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor de temperatura motor – Sinal 39 Injector cilindro 1 – Sinal 27 Injector cilindro 2 – Sinal 53 Injector cilindro 3 – Sinal 54 Injector cilindro 4 – Sinal 26 Sensor de posição borboleta – Sinal 41 Sensor de pressão ar de admissão – Sinal 14 Sensor de temperatura ar de admissão – Sinal 12 Sensor de velocidade do veículo - Pino do painel 17 Sonda Lambda à entrada do catalisador – Sinal 13 Sonda Lambda à saída do catalisador – Sinal 71 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria
Figura 2 Os cabos de revestimento azul no interior do compartimento motor correspondem aos circuitos de activação negativa.
DIFICULDADE DE PEGAR A FRIO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) ECU de gestão do motor – Alimentação 49 ECU de gestão do motor - Alimentação do relé 33 ECU de gestão do motor - Alimentação à chave 21 Injector cilindro 1 – Sinal 27 Injector cilindro 2 – Sinal 53 Injector cilindro 3 – Sinal 54 Injector cilindro 4 – Sinal 26 Sensor de rpm e PMS - Sinal no arranque 18 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria
Figura 3 A linha sinusoidal do oscilograma corresponde às variações de tensão da sonda Lambda. A linha vermelha ao centro corresponde ao valor 1.0 do factor Lambda (mistura perfeita).
PERDAS DE BINÁRIO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Bobina AT - Sinal cilindros 1 e 4 30 Bobina AT - Sinal cilindros 2 e 3 29 Injector cilindro 1 - Sinal 27 Injector cilindro 2 - Sinal 53 Injector cilindro 3 - Sinal 54 Injector cilindro 4 - Sinal 26 Sensor de detonação - Sinal 1 10 Sensor de detonação - Sinal 2 38 Sensor de fase (efeito Hall) - Sinal 45 Sensor de rpm e PMS - Sinal no arranque 18 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria
DIFICULDADE DE PEGAR A QUENTE Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) ECU de gestão do motor – Alimentação 49 ECU de gestão do motor - Alimentação do relé 33 ECU de gestão do motor - Alimentação à chave 21 Injector do cilindro 1 – Sinal 27 Injector do cilindro 2 – Sinal 53 Injector do cilindro 3 – Sinal 54 Injector do cilindro 4 – Sinal 26 Sensor de temperatura do motor – Sinal 39 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria
no, o terminal negativo do osciloscópio, deve ser ligado ao borne negativo da bateria ou ao cabo da massa de referência da sonda. Com o aparelho seleccionado na função automática, para proporcionar a melhor visualização da variação das tensões, com as imagens lentas ou paradas, podemos seguir o funcionamento da sonda Lambda: 1. Tensão correspondente à mistura rica (pico máximo); 2. Tensão relativa à mistura pobre (pico mínimo); 3. Frente de variação (inclinação); 4. Nível baixo, correspondente a mistura pobre (motor em cut-off, provavelmente); 5. Pontos de passagem no valor médio de 400 mV, onde a variação do factor Lambda é igual a 1.0 +_ 0,02. O funcionamento regular da sonda Lambda depende da análise de vários elementos (amplitude do sinal, rpm, condição de carga e temperatura do motor, entre outros), pelo que não pode ser correctamente avaliado em provas estáticas, mas com o motor a trabalhar. É importante verificar a fiabilidade dos sinais enviados pela sonda à unidade de gestão do motor, efectuando acelerações e desacelerações, a fim de comprovar que os valores são lógicos e coerentes. Isso confirmará outras indicações que o técnico irá recolhendo ao efectuar outros testes com o aparelho de diagnóstico. Dificuldade de pegar a quente Quando surge este tipo de problema, é conveniente verificar a alimentação da ECU, através do pin out 1, que se relaciona com alimentação da unidade de gestão. Um procedimento de rotina nestes casos consistem em detectar cabos que não estejam de acordo com os padrões de origem, tanto em cores, como em diâmetro. O diâmetro dos condutores de alimentação, bastante superior ao das linhas de sinal, é um factor muito importante de segurança e fiabilidade de funcionamento dos circuitos electrónicos. Um condutor apenas cumpre bem a sua missão, quando o potencial eléctrico no ponto de chegada é igual ao do ponto de partida. A verificação dos circuitos de alimentação pode ser facilmente efectuada com um osciloscópio digital, com o terminal negativo ligado ao borne negativo da bateria, enquanto o terminal positivo é colocado nos pontos em que pretende verificar-se a passagem de corrente. As imagens do aparelho em função automática são muito fáceis de interpretar e intuitivas. As quedas bruscas de tensão (linhas inclinadas para baixo) revelam obstáculos à passagem da corrente, que se impõe corrigir (Fig. 3).
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
Termóstato electrónico O termóstato que tem sido usado nos sistemas de refrigeração automóvel é uma peça que reage à temperatura do fluido de refrigeração, mantendo o circuito fechado quando o motor está frio, a fim deste atingir a temperatura normal de funcionamento mais rapidamente, ao ser ligado.
FIG. 1- Caixa de distribuição do líquido de refrigeração com termóstato regulado electronicamente Sensor de temperatura do líquido de refrigeração Alimentação de líquido de refrigeração para o dispositivo de arrefecimento do óleo da caixa de velocidades
Alimentação de líquido de refrigeração para o radiador Nível superior
Alimentação de líquido de refrigeração para o permutador de calor do aquecedor
Nível inferior
Ligação eléctrica do elemento de aquecimento do termóstato
Nível superior Retorno do líquido de refrigeração do dispositivo de arrefecimento do óleo da caixa de velocidades
Retorno do líquido de refrigeração do dispositivo de arrefecimento
Nível inferior
Alimentação de líquido de refrigeração para a bomba do líquido de refrigeração
Retorno do líquido de refrigeração do permutador de calor do aquecedor Termóstato do líquido de refrigeração regulado electronicamente
Ao atingir a temperatura normal do motor, o termóstato dilata-se pela acção do calor e abre o circuito de refrigeração, permitindo que o fluido circule pelo radiador, onde é arrefecido. A partir daí, a temperatura do fluido de refrigeração passa a depender essencialmente da carga do motor e da velocidade de deslocação do veículo. Normalmente a temperatura máxima é atingida a plena carga, ou quando o carro circula a velocidade muito reduzida ou está parado. A cargas médias e com o veículo em livre circulação, a temperatura estabilizada à volta dos 85-90º C. No entanto, a gestão térmica do motor não se esgota apenas nisto, porque a potência do motor e até as emissões de escape dependem de um controlo perfeito da refrigeração do motor. Na realidade, a combustão e a potência melhoram quando o motor está mais quente a carga parcial (95-110º C) e um pouco mais frio a plena carga (85-95º C), melhorando o consumo de combustível e o nível de emissões de escape. O desenvolvimento de um sistema de refrigeração controlado electronicamente, pela unidade de gestão do motor, tem como objectivo adequar a temperatura do motor ao estado de carga deste, mantendo-a dentro dos parâmetros ideais, fixados previamente. De acordo com os valores registados na memória do programa de gestão do motor, a ECU activa o aquecimento eléctrico do termóstato, que é independente da temperatura do fluido de refrigeração, e regula a velocidade do ventilador do radiador, a fim de obter os melhores resultados possíveis. Através do controlo da temperatura do motor, adaptando-a às situações concretas de funcionamento do motor no momento, obtêm-se as seguintes vantagens: •Redução das emissões de CO e HC •Redução do consumo de combustível a carga parcial, reduzindo igualmente as emissões de CO2.
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INFORMAÇÃO FEBI Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) PARA OFICINAS
FIG. 2 - Termostato do líquido de refrigeração regulado electronicamente com aquecimento por resistência Ligação eléctrica do elemento aquecedor
Disco de válvula para fechar o grande circuito do líquido de refrigeração
Mola de pressão
Elemento de aquecimento da resistência Disco da válvula para fechar o pequeno circuito do líquido de refrigeração Elemento de expansão em cera Pino de elevação
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Nº 33 Agosto 2008
MECÂNICA PRÁTICA
Termóstato activo: Estrutura e Funcionamento As modificações no circuito de refrigeração são mínimas, sendo integrados os componentes necessários ao comando electrónico do termóstato na estrutura clássica do circuito de refrigeração, como segue: •A caixa de distribuição do fluido de refrigeração e o termóstato formam uma unidade (Fig. 1); •Deixa de existir o termóstato no bloco do motor; •A unidade electrónica de comando do motor (ECU) contém um registo adicional dos parâmetros da refrigeração do motor controlada electronicamente. A caixa de distribuição do líquido de refrigeração, por sua vez, é montada directamente na cabeça do motor, possuindo dois níveis interiormente. O nível superior alimenta os componentes individuais com o fluido de refrigeração do motor, exceptuando a alimentação da bomba de água. O nível inferior destina-se ao retorno do fluido de refrigeração dos componentes individuais (permutador do aquecimento do habitáculo, radiador do óleo da caixa de velocidades, etc.). No interior da caixa de distribuição, existe um canal vertical que põe em contacto o nível superior com o nível inferior. Esse canal vertical é controlado pela válvula do termóstato (Fig.2). Além de outras funções, a caixa de distribuição do fluido de refrigeração funciona como uma estação de separação do pequeno circuito de refrigeração (dentro do motor e/ou através do permutador de calor do aquecimento do habitáculo) e do grande circuito de refrigeração, que abrange o radiador e outros dispositivos de arrefecimento (caixa de velocidades automática, por exemplo). Elemento de expansão em cera - Para efectuar o controlo do fecho de pequeno circuito, que evita a passagem do fluido de refrigeração para o radiador, provocando um aquecimento adicional do motor, existe dentro do termóstato (Fig. 2) um elemento de expansão em cera, que está permanentemente mergulhado no fluido de refrigeração do motor. Embora possua uma resistência controlada pela ECU, que permite fundir a cera do elemento, provocando a sua expansão, o elemento de expansão em cera também actua sem aquecimento, de acordo com a temperatura do fluido de refrigeração do motor. Deste modo, quando o motor está frio, o termóstato fecha o pequeno circuito, a fim de garantir o rápido aquecimento do motor. Até o fluido atingir 110º C, o termóstato funciona normalmente como qualquer outro. A única diferença é que neste sistema o
FIG. 3 Sensor solar
FIG. 4 Sensor solar
estado de carga do motor condiciona a temperatura do fluido de refrigeração do motor, pelo que esta temperatura é aceitável, quando o motor funciona a carga parcial. Se o motor passar ao regime de plena carga, o termóstato mantém aberto o grande circuito de arrefecimento do fluido, intensificando-se a velocidade do ventilador do radiador, a fim de baixar a temperatura do fluido de refrigeração para os 85-90º C. No entanto, se o motor voltar entretanto ao regime de carga parcial, o sistema de gestão do motor reduz a velocidade do ventilador e fecha o pequeno circuito de refrigeração, para que o fluido volte a atingir rapidamente uma temperatura da ordem dos 100-110º C. Isso é conseguido accionando-se a resistência do elemento em cera, a qual ao fundir-se provoca a expansão do elemento e a deslocação do pino de elevação, que fecha o pequeno circuito de refrigeração. Diagnóstico de sistemas de termóstato electrónico Os sistemas de controlo electrónico do termóstato ainda não estão generalizados, provavelmente devido a questões de custo, pese embora as vantagens que da sua utilização decorrem para a gestão térmica do motor e a consequente economia de combustível e redução de emissões de escape. Estas vantagens superam claramente e permitem amortizar economicamente eventuais diferenças de custo, pelo que este novo conceito acabará por impor-se no mercado de origem e no mercado de substituição. De qualquer modo, ao efectuar o diagnóstico dos sistemas de refrigeração do motor, é preciso ter em conta as especificidades de cada um, para não cometer erros lamentáveis. Sensor solar - Este tipo de sensores (Figuras 3 e 4) fazem parte do equipamento de todos os veículos actuais que possuem sistemas de climatização. Estão situados geralmente na parte superior do painel de instrumentos, junto ao pára-brisas, medindo a intensidade da radiação solar, que provoca o aquecimento adicional do habitáculo. Dependendo do sistema de gestão térmica do motor, estes sensores também podem ser utilizados para controlar a temperatura do circuito de refrigeração, sendo a sua informação recebida e tratada pelo módulo de gestão do motor. Para o sistema de climatização, a informação do sensor solar permite ajustar a válvula de expansão e a velocidade do ventilador do habitáculo, a fim de manter a temperatura seleccionada no interior do veículo. Este facto é importante, porque a ECU do motor nem sempre detecta a falha do sensor solar, que desta forma também não fica automaticamente registada na memória dos códigos de avaria.
UM CASO REAL Há algumas semanas, um cliente entrou numa oficina, queixando-se que o sistema de climatização do seu VW Passat 1.9 TDI (1998) não funcionava convenientemente, com temperaturas exteriores elevadas. Como é lógico, a primeira coisa a verificar nestes casos é o nível de refrigerante do circuito de A/C, assim como as pressões do sistema e a temperatura do ar à saída do difusor do habitáculo. Como estava tudo em conformidade relativamente às especificações do construtor, foi efectuada uma leitura aos códigos de avaria registados na memória do sistema de autodiagnóstico da gestão electrónica. Como não havia indicação de qualquer falha, resolveu-se efectuar a verificação dos registos de valores medidos, para avaliar se havia alguma falha no comando da válvula de expansão, seleccionando-se uma temperatura interior entre 21-23º C. Também neste caso tudo estava a funcionar perfeitamente. Uma das hipóteses de falha era o sensor solar, pelo que foram efectuadas medidas dos valores fornecidos por este sensor. Embora o veículo estivesse no interior da oficina, ao abrigo da radiação solar, o valor indicado pelo sistema era de 87º C, aparentemente excessivo e ilógico. Para confirmar as suspeitas, o sensor foi tapado com um pano, em primeiro lugar, sendo iluminado em seguida com uma lâmpada de raios UV. Tanto num caso, como no outro, não houve qualquer registo de alteração de valores, nem a velocidade do ventilador se alterou, pelo que a hipótese de avaria do sensor solar ganhou consistência. Depois de verificadas as ligações eléctricas do sensor, desligou-se a ficha de ligação do sensor ao módulo de comando. Em seguida, verificaram-se de novo os códigos de avaria do sistema e apareceu o código 00797 (sensor solar), tendo-se comprovado que a avaria era realmente do sensor solar. Depois de substituir o sensor e de apagar os códigos de avaria da memória do sistemas de autodiagnóstico, voltaram-se a verificar os valores medidos. O valor
inicial do sensor era 0%, tendo passado para 98%, quando se fez incidir uma lâmpada de raios UV nele, ao mesmo tempo que a velocidade do ventilador aumentava, o que demonstrou que o programa de gestão da climatização estava 100% operacional. Por outro lado, este caso alerta os técnicos de reparação para a eventualidade do sistema de autodiagnóstico não reconhecer as falhas de certos sensores ou outros componentes, exigindo formas de comprovação alternativas. Caso o técnico tenha um conhecimento profundo do funcionamento do sistema térmico, um meio auxiliar simples, como uma lâmpada de UV, pode ajudar a resolver com sucesso um diagnóstico aparentemente problemático.
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
Colaboração: COLECCIONÁVEL
Nº 33 Agosto 2008
SERVIÇO
Substituição do rolamento da roda São necessários procedimentos correctos na substituição dos rolamentos de roda, não apenas para garantir a normal duração da peça nova, mas também para proporcionar um funcionamento adequado do cubo da roda, da direcção e dos travões, componentes com um impacto directo na segurança e no conforto da condução.
Nos parágrafos seguintes serão descritos os passos recomendados para uma substituição do rolamento de roda recomendável, o que não dispensa a consulta das instruções do fabricante do veículo e/ou dos componentes que estão em contacto com o rolamento.
eventuais riscos, falhas, empenos, rosca danificada ou outros problemas. Limpar completamente todas as impurezas e sujidades. Seguir as instruções do construtor, em relação ao desgaste da ponteira admissível. Passar uma fina camada de massa lubrificante nos casquilhos dos rolamentos, a fim de facilitar a sua montagem e evitar o atrito e desgastes.
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Desmontagem do cubo de roda Devem seguir-se todas as recomendações do construtor em relação à desmontagem da roda, disco e pinça de travão, tampa de protecção do cubo, pino de segurança, porca de afinação e anilhas. Em seguida, puxar o disco para fora, a fim de soltar o rolamento cónico e retirá-lo. Depois disso, puxar o disco e todo o conjunto do cubo da roda para fora da ponteira do eixo, com o qual também se retiram o casquilho do rolamento interior e o vedante. A fim de desmontar o rolamento interno, utilizar um aparelho de desmontar vedantes ou puxá-lo por outro processo. O vedante será descartado, depois da desmontagem. Os casquilhos dos rolamentos retiram-se do interior do seu alojamento, com a ajuda de uma barra de ferro.
Montagem dos casquilhos do rolamento Utilizar uma ferramenta específica de montar casquilhos de rolamento ou uma barra de aço macio para empurrar o casquilho, até ficar solidamente fixo no interior do cubo. Recomenda-se o máximo cuidado, a fim de não danificar as superfícies exterior e interior do cubo. Nunca utilizar o rolamento cónico para montar o respectivo casquilho.
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tampa do cubo também com massa. Esta camada colocada na tampa evita a penetração de humidades e retém no seu lugar a massa dos rolamentos. Atenção: uma lubrificação incorrecta nos rolamentos de roda provoca a sua deterioração rápida, podendo a roda blocar, ou até mesmo saltar do carro, causando um acidente de consequências graves.
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Montagem do vedante de lubrificação Estes vedantes devem ser substituídos sempre que apresentem fugas de lubrificante, ou quando os rolamentos são novamente lubrificados ou substituídos. Montar primeiro o rolamento cónico interior e só depois o vedante. Verificar se os lábios do vedante estão apontados na direcção correcta. É conveniente utilizar a ferramenta específica de montar vedantes.
Limpar e verificar cubos e ponteiras do eixo Retirar todos os restos de massa lubrificante usada do cubo e da ponteira do eixo, limpado as peças seguidamente com petróleo ou óleo mineral fino. Inspeccionar a ponteira, a fim de detectar
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a prender ligeiramente, todas as peças do rolamento da roda estão no sítio correcto. Rodar então a porca ao contrário, cerca de 1/6 até 1/4 de volta, ou o suficiente para garantir uma folga de 0,0250,180 mm. Para finalizar, monta-se o novo pino de segurança, que impede a porca de desapertar. Atenção: a ausência da folga recomendada pelo construtor provoca o aquecimento do rolamento e poder blocar a roda ou até fazê-la saltar do carro, provocando um acidente de consequência graves.
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2 Lubrificação Lubrificar os rolamentos logo a seguir a retirá-los da embalagem, para impedir que se introduzam impurezas no seu interior. Uma máquina de lubrificar à pressão é recomendável, mas também se pode lubrificar os rolamentos à mão, pressionando a massa lubrificante para dentro da grade de suporte dos rolos. Introduzir massa do lado mais largo dos rolos, até sair no lado oposto, onde os rolos são mais estreitos. Encher igualmente o cubo de massa lubrificante, até às pistas do rolamento exterior e encher a
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Montagem da unidade do cubo e disco de travão Fazer deslizar o disco e o cubo no fuso do eixo, tendo o cuidado de evitar que o vedante se danifique. Em seguida, montar o rolamento exterior, a anilha e a porca de afinação. Afinação do rolamento Apertar a porca do cubo da roda, com uma chave de 300 mm, rodando o disco com uma mão. Quando o disco começar
Verificar a afinação do rolamento Para este efeito, utiliza-se um aparelho de medição específico. O aparelho monta-se o mais centrado possível com o cubo/disco, de modo que o sensor do indicador fique encostado à ponteira do eixo. Com o indicador a zero, segurar firmemente o disco, na posição 3 e 9 horas (mãos opostas na horizontal). Empurrar então o disco, fazendo-o oscilar de um lado para o outro e fixando a leitura do indicador. De seguida, puxar o disco e repetir o procedimento anterior, fixando a nova leitura do indicador. A folga do rolamento será igual à diferença das duas leituras do indicador do aparelho de teste. Caso a folga não coincida com as especificações do construtor, voltar a montar os componentes até conseguir obter a folga exacta especificada.
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Colaboração: COLECCIONÁVEL
Nº 33 Agosto 2008
SERVIÇO
Diagnóstico do consumo de óleo Quando o óleo é consumido na câmara de combustão, o tubo de escape emite um fumo azulado, que será tanto mais esbranquiçado, quanto maior for o consumo de óleo. recta lubrificação, enquanto que um nível acima do especificado provoca vapores de óleo excessivos e espumas, no caso do óleo ser muito usado ou de má qualidade, os quais, através do tubo de respiração do cárter, vão entrar no ar de admissão e ser queimados na câmara de combustão dos cilindros. Também, neste caso, os fumos de escape apresentam uma coloração azulada.
Nos modernos motores o consumo de óleo é muito prejudicial para o catalisador, provocando o seu sobreaquecimento. Além disso, quanto o óleo é queimado na câmara de combustão, gera-se uma carbonização excessiva das superfícies metálicas, dando origem à auto-inflamação do combustível, com as conhecidas graves consequências para o rendimento e duração do motor. As velas de ignição e de incandescência também são afectadas por esse fenómeno, o mesmo sucedendo com a cabeça e as sedes das válvulas. Nos parágrafos seguintes, iremos analisar as principais causas do consumo excessivo de óleo.
CURSO DO ÊMBOLO INADEQUADO Se o curso do êmbolo exceder os valores especificados, este irá colidir dom a cabeça do motor. Os impactos provocados por esta anomalia impedem que os injectores se fechem no momento indicado, encharcando a câmara de combustão. O combustível em excesso dilui o lubrificante, que é queimado junto com o combustível, degradando a película lubrificante dos cilindros, o que provoca o desgaste acelerado dos segmentos, do êmbolo e dos próprios cilindros. Em consequência disto, o consumo de óleo do motor atinge valores anormalmente elevados.
ROLAMENTOS DO TURBO COM FOLGAS Os rolamentos do veio do turbocompressor, que funciona a regimes muito elevados, são lubrificados com óleo à pressão, derivado do circuito de lubrificação do motor, através de um tubo. Quando o desgaste dos rolamentos atinge um grau excessivo, o óleo passa através dos rolamentos e penetra, tanto na turbina impulsora, como na turbina de compressão de ar (Fig. 1). No primeiro caso, o óleo mistura-se nos gases de escape e é parcialmente queimado, sendo conduzido junto com os gases de escape para o catalisador, onde os HC é reduzido a CO2 e vapor de água. Se o óleo penetrar na turbina compressora, é arrastado pelo ar de admissão para a câmara de combustão, onde é queimado. Antes disso, porém, pode provocar danos e/ou entupimento dos injectores. Em qualquer dos casos, o óleo perturba o processo de combustão e o funcionamento do catalisador, aumentando as emissões de HC. CIRCUITO DE ÓLEO DO TURBO OBSTRUÍDO Quando isto sucede, a pressão o óleo no interior do turbocompressor torna-se excessiva, obrigando o óleo a penetrar nas turbinas, através dos rolamentos, mesmo que estes estejam em bom estado ou apresentem um desgaste reduzido. As consequências são idênticas às referidas no ponto anterior. DESGASTE DA BOMBA DE INJECÇÃO Quando a bomba de injecção tem desgaste excessivo e folgas, o óleo de lubrificação mistura-se com o combustível e é queimado na câmara de combustão do motor, provocando um fumo de escape azulado. NÍVEL DE ÓLEO MUITO ALTO O nível de óleo do cárter tem que corresponder rigorosamente às especificações, pois um nível inferior não assegura a cor-
Figura 1 A linha verde indica o percurso normal do óleo de lubrificação / refrigeração dos rolamentos do turbocompressor, enquanto que a linha vermelha indica as fugas de óleo através dos rolamentos desgastados.
Figura 2 Deformação do cilindro Deformação com:
Sem aperto
Binário de aperto especificado
Binário de aperto excessivo
Fixação de 3 pontos
Geratrizes do cilindro Fixação de 4 pontos
Geratrizes do cilindro
Geratrizes do cilindro
ÓLEO COM FRACA CAPACIDADE DE CARGA Quando o óleo é usado para além do período especificado ou é de má qualidade, perde a sua capacidade de carga. Isto faz com que aumente o desgaste de todas as peças móveis do motor, o que faz aumentar o consumo de óleo. DEFORMAÇÃO DA CABEÇA DO MOTOR A montagem incorrecta da cabeça do motor, por falta de cumprimento da ordem de aperto dos respectivos parafusos e do seu correcto binário de aperto, provoca deformações nos cilindros e na própria cabeça do motor. Isto é frequente quando são utilizados os parafusos velhos da cabeça do motor, já estirados, que não conseguem assegurar o binário mínimo de aperto especificado. Por essa razão, cada vez que se monta a cabeça do motor, têm que ser utilizados parafusos rigorosamente novos e com as características de material originais. Caso este procedimento de segurança não seja respeitado, os cilindros ficam deformados, impedindo o correcto contacto dos segmentos com as paredes do cilindro, o que aumenta consideravelmente o consumo de lubrificante (Fig. 2). SEGMENTOS MUITO DESGASTADOS OU DANIFICADOS Quando há segmentos partidos, presos ou mal montados, a vedação do êmbolo com a parede do cilindro não pode ser garantida, permitindo a passagem de óleo para a câmara de combustão, onde é queimado.
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AS CAUSAS Fiat Punto (188) 1.9DE JTD (Euro 3) DO CONSUMO ÓLEO
SUPTEC -
Laguna (8):Jornal das Oficinas
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SUPLEMENTO TÉCNICO
Colaboração:
Suplemento do Jornal das Oficinas
Nº 33 Agosto 2008
SERVIÇO
Substituição da embraiagem Renault Laguna As últimas gerações do Renault Laguna conheceram um sucesso justificado, tanto pela sua aptidão como familiar, como pelas suas qualidades de estradista, apreciado por executivos de empresas e responsáveis comerciais. É, pois, um modelo que irá representar boas oportunidades para as oficinas de reparação independentes.
FIG. 1
Nesta reparação, o carro estava equipado com o motor 1.9 DCi (disponível a partir de 2001) e uma caixa de 6 velocidades. A dificuldade da reparação está na falta de espaço que existe junto da caixa de velocidades, pelo que esta tem que ser rodada, a fim de permitir levar a cabo a substituição da embraiagem. Para fazer o trabalho, é necessário um elevador de duas colunas, uma barra para suspender o motor e duas preguiças, para apoiar a caixa. Para começar, aliviam-se as porcas das rodas da frente e dos respectivos cubos, com o carro ainda no chão. A tampa da bateria e a protecção acústica do motor têm que ser desmontadas igualmente. Depois de desligar os terminais da bateria, retira-se esta e o respectivo suporte. Para desmontar a caixa da bateria, é preciso desmontar a caixa de fusíveis e a respectiva cablagem. Desaparafusar igualmente a ECU e desligar todas as fichas de ligação. Desapertar o suporte da cablagem e guardar a ECU em lugar seguro, junto com a sua placa de protecção. Desligar a ficha da tubagem de plástico do intercooler, abrir os fechos de ambas as extremidades, desaparafusar o suporte e retirar o tubo. O próprio intercooler de metal pode ser retirado, se forem abertos os fechos das mangueiras de cada lado. Desligar igualmente as mangueiras da água de refrigeração do motor e retirar o respectivo suporte, na parte da frente do motor, após desapertar as porcas e parafusos de fixação. Retirar o fecho do tubo hidráulico da embraiagem e suspendê-lo verticalmente, o mais alto possível, a fim de minimizar o óleo derramado. Os cabos das mudanças têm uma concepção excelente, bastando pressionar um botão na parte de trás dos mesmos, para retirá-los das respectivas juntas esféricas. Depois de retirar os cabos do seu suporte, estes podem ser
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Fiat SUBSTITUIÇÃO Punto (188)DA1.9EMBRAIAGEM JTD (Euro 3)
FIG. 2
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acomodados em segurança, junto à divisória motor/habitáculo. Feito isto, suspender o motor com a barra de suporte. Desligar a ficha dos faróis de marchaatrás e desapertar os restantes três parafusos da concha da caixa e velocidades, um dos quais também segura o motor de arranque. Desapertar o parafuso mais alto de fixação do apoio da caixa (Fig. 1), aliviando apenas a porca do apoio. Subir o carro e retirar a protecção inferior do motor. Esvaziar o óleo da caixa para uma vasilha adequada. Voltar a baixar o carro e retirar as rodas da frente. O braço do lado interior do sub-chassis tem que ser desmontado, para alcançar a protecção da roda dianteira interior (Fig. 2), que também deve ser retirado. Retirar do mesmo modo o painel de protecção da caixa, para deixar à vista as barras de apoio do sub-chassis (Fig. 3). Desapertar as duas barras verticais e levantar mais o veículo, para poder trabalhar por baixo dele. Desapertar a barra em cruzeta, entre os braços do sub-chassis e aliviar os parafusos do suporte do pára-choques dianteiro, para melhorar o acesso. Retirar os dois parafusos de fixação do braço interior do sub-chassis e retirá-lo da sua alça de suporte. Desmontar os dois parafusos que ligam os cubos às colunas da direcção (Fig. 4), retirar as porcas dos
semi-eixos e empurrar os cubos para trás, de modo a soltar as juntas exteriores da transmissão. Suspender os cubos com cuidado, para não danificar os tubos dos travões. Seguidamente, desmontar os três parafusos que apertam a junta interior da transmissão (Fig. 5), retirando o semi-eixo do carro. Desapertar os 4 parafusos que fixam o suporte do escape, que deve ser também retirado. A transmissão do lado oposto está fixa, por intermédio de um prato, que segura o rolamento central, mas pode ser retirada, se forem desapertados os dois parafusos do prato. Na parte de trás do motor, está na hora de retirar o outro parafuso do motor de arranque, a porca da concha da caixa e o último parafuso desta. Com a ponta de uma ferramenta Torx, retirar os dois pinos de montagem da concha da caixa (Fig. 6), pois eles dificultam a remoção da caixa de velocidades. Desaparafusar o sensor do volante e guardá-lo em local seguro. Desapertar a barra de reforço do motor, pois este tem que ser desviado um pouco para a frente, a fim de retirar a caixa. Apoiar a caixa com segurança e desapertar totalmente o respectivo apoio. Baixar em seguida o motor e a caixa o suficiente para desapertar o suporte do tubo PAS (direcção assistida) do apoio da caixa e desmonte dos restantes
dois parafusos dos suportes da caixa, dentro da cava da roda. Amarrar os tubos PAS e A/C longe da extremidade da caixa. Retirar agora os 3 parafusos restantes da concha da caixa e mais algum que foi deixado apertado, por segurança. Retirar a caixa, rodando-a no sentido dos ponteiros do relógio, de modo a retirar o diferencial do sub-chassis. S caixa pode agora ser retirada completamente e descida em segurança. Este carro está equipado com uma bomba secundária de embraiagem CSC (Concentric Slave Cylinder), que tem que ser substituída. Para isso, retira-se o tubo hidráulico de encaixar, aliviando a abraçadeira e desapertando a bomba CSC. Depois de retirar a embraiagem usada, o volante foi examinado e limpo a toda a volta. A embraiagem nova é montada com uma ferramenta de alinhamento universal. Quando se monta uma embraiagem auto-ajustável é sempre conveniente verificar, após a montagem do prato de pressão, as 3 pequenas molas da tampa da embraiagem, (Fig. 7), que devem estar completamente comprimidas. Depois de encher a caixa com 2,4 litros de óleo SX 75W90 GL-5, pode iniciar-se a montagem dos componentes retirados do veículo, seguindo a ordem inversa de desmontagem.