CAPA:Jornal das Oficinas
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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel
Director: João Vieira • Ano II • Mensal • 3 Euros
Nº 36 Novembro 2008
Comissão Europeia implementa medida para o aumento da segurança rodoviária
P
Luzes Diurnas
para novos veículos a partir de 2011
UE abranda requisitos de CO2
O Parlamento Europeu aprovou legislação restringindo as emissões de CO2 nos carros. Mas os requisitos de emissões originais da Comissão Europeia foram mais brandos. A Comissão pretendia um standard de emissões de 120 gramas de CO2 por km até 2012, mas obteve a oposição, especialmente dos construtores Alemães, que pretendem produzir carros com motorizações potentes. Em resposta, o Parlamento Europeu decidiu introduzir o limite de 120 gramas gradualmente, entre 2012 e 2017.
ara aumentar a segurança rodoviária, a Comissão Europeia (CE) decidiu introduzir luzes diurnas dedicadas (Daytime Running Light – DRL) em todos os novos veículos a motor a partir de 2011. Luzes diurnas dedicadas são lâmpadas especiais que se ligam automaticamente quando o motor arranca. Elas aumentam substancialmente a visibilidade dos veículos relativamente aos outros utilizadores da estrada, e têm um baixo consumo de energia comparativamente às lâmpadas tradicionais. Em países que já tornaram obrigatório o uso da DRL a experiência no campo da segurança rodoviária é muito positiva. O Vice-presidente da CE Günter Verheugen, responsável pela política das empresas e indústria, disse: “A introdução das luzes diurnas para carros, camiões e autocarros torna-os mais visíveis, o que por seu turno aumentará a segurança rodoviária. Isto dará uma contribuição positiva para a nossa meta de reduzir as fatalidades nas estradas Europeias, ao mesmo tempo que são mais eficientes no consumo de combustível relativamente às luzes existentes”. De acordo com a pesquisa disponível, a DRL é importante para a segurança na estrada. Todos os utilizadores da estrada, incluindo piões, ciclistas e
Limitar biocombustíveis
motociclistas, podem detectar, reconhecer e identificar veículos equipados com a DRL, melhor e mais cedo. A introdução obrigatória da DRL foi discutida pelo Grupo de Alto Nível da Comissão CARS21 (“Competitive Automotive Regulatory System for the 21st Century”), com executivos dos Estados Membros, indústria e organizações não governamentais (NGOs), e obteve uma aprovação unânime. A directiva que foi adoptada prevê que a partir de 7 de Fevereiro de 2011 todos os novos tipos de carros de passageiros e comerciais ligeiros terão de estar equipados com a DRL. Os camiões e os autocarros seguir-se-ão 18 meses mais tarde. PUB
Sumário Página 02 Página 04 Reportagem 2.º Simpósio Pós-venda Automóvel
Página 44 Rescaldo da 20.ª Automechanika
INSTITUTO
Página 50 Expoauto resiste à crise Oficina do mês: Lorenzini
23.ª Autopromotec já mexe
Comunicar com o cliente
Página 66
Os Euro Deputados concordaram no objectivo de encontrarem 10% dos recursos energéticos para transporte através de recursos renováveis até 2020, mas apelaram para limites mais restritos ao uso de biocombustíveis. Sugeriram que pelo menos 40% dos combustíveis renováveis nos carros sejam fornecidos pela electricidade ou hidrogénio derivados de recursos renováveis e biocombustíveis de “2ª geração”, que seriam fornecidos em grande parte dos desperdícios, vegetação não alimentar e algas.
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTÍNUO
Formação à
medida das suas necessidades.
Página 82
Formação adaptada à realidade da sua oficina.
Reparação de plásticos
Formação local com forte componente prática. Formação
técnica
global
nas
Realizada como habitualmente no recinto da feira de Bolonha, a Autopromotec 2009 decorrerá de 20 a 24 de Maio próximo. De um modo geral, todas as importantes novidades em equipamentos, produtos e serviços para o pós venda automóvel passam obrigatoriamente pela Autopromotec. Na edição de 2009 será dado ênfase às soluções de mobilidade sustentável, novos combustíveis e novas tecnologias de manutenção e reparação desses veículos.
tecnologias
do automóvel. Formação comercial orientada para o crescimento do seu negócio. Distribuidor Autorizado
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MERCADO OFERTA, PROCURA, RENTABILIDADE, PODER DE COMPRA
Editorial
Novas maneiras de
comunicar com o cliente N
Ferramentas invisíveis inguém ignora que estamos perante uma crise financeira de contornos complexos. Dizem os entendidos que são mudanças do ciclo económico, mas, uma calamidade nunca vem só. Crise de valores sociais e morais, crise da família, conflitos sociais e geracionais, desemprego, criminalidade, etc. Não falta nada! Para os empresários da reparação automóvel, a crise não é só fora de portas, porque o próprio sector automóvel anda à procura do Norte, com o petróleo em escalada de preços permanente, clientes falidos, carros parados, etc. Mesmo assim, a vida continua e é preciso ter respostas e soluções para os problemas que aparecem. Dizem os espíritos positivos e optimistas que os problemas existem para ser resolvidos, o que parece muito mais sensato do que ficar pelas lamentações ou ir bater à porta de quem está pior do que nós. O mais importante neste momento é o relacionamento que a oficina consegue estabelecer com o veículo, com o cliente e com o mercado. Se esse relacionamento for positivo, simples, directo e proveitoso a aposta está ganha. Contudo, um relacionamento deste tipo envolve bastante mais do que infra-estruturas, equipamentos e conhecimentos profissionais básicos, remetendo os operadores para uma cultura geral, técnica e empresarial sólida e sedimentada. Na realidade, são as ferramentas invisíveis que o operador traz na sua mente que tornam todos os outros meios de produção úteis e rentáveis, gerando eficiência e competitividade. O que as pessoas se têm que convencer é que não podem fazer bem sem saber bem e que já deixou de haver margem para não fazer bem. Formação contínua, um pouco de criatividade e ética nos negócios, são os factores chave que garantem nesta época de crise, a sustentabilidade das empresas. Quem só conseguiu fazer dívidas, não tem crédito dos fornecedores e não é capaz de requalificar o negócio, é provável que se tenha que preparar para grandes apertos. Pelo menos, é o que a lógica e a experiência nos dizem. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com
Ficha Técnica
Os consumidores tornaram-se um tanto indiferentes à publicidade pela publicidade e estão a tornar-se mais atentos ao conteúdo das mensagens, seleccionando as mais concretas e inteligentes. Por outro lado, a experiência directa de alguém de confiança do círculo de relacionamentos e a sua recomendação passaram a ter um valor de referência superior ao da mensagem de marketing.
O
tema que serve de base ao presente artigo relaciona-se com o marketing de vanguarda, ainda numa fase experimental, de certo modo ainda com elevado teor especulativo, embora as abordagens sejam sempre da maior utilidade, pois ajudam a perceber os movimentos do mercado e a psicologia/motivações dos consumidores, principalmente os actuais. É um marketing gerado pelas novas realidades das tecnologias da comunicação e da informação, que ainda não atingiram a plena maturidade no mercado e na sociedade portuguesa. De qualquer forma, parece incorrecto introduzir conceitos experimentais como dados adquiridos, principalmente quando no mercado português o marketing e a publicidade tradicionais ainda prestam bons serviços e ainda têm muito trabalho para realizar, no sentido de divulgarem a oferta existente e as suas características essenciais. É este o caso das oficinas de manutenção/reparação automóvel, as quais muitas vezes têm dificuldade em chegar ao consumidor com uma imagem real e completa do seu potencial, devido às modificações dos estilos de vida, perturbações económicas financeiras e sociais, etc. Se todas as oficinas do pós venda automóvel nacional conseguirem enviar e mails promocionais, informativos, orçamentos, etc. aos seus actuais e potenciais clientes, assim como SMS a avisar das datas de revisões, mudanças de óleo, manutenção de travões, etc., dentro do mais clássico conceito de marketing, tudo estaria muito avançado entre nós. Mais estaria, se as instalações da oficina estivessem organizadas e dotadas em função do cliente (conforto, rapidez, produtividade, preços), bem como, se tivéssemos a abordagem, atendimento e relacionamento aos clientes, segundo a óptica destes, ou seja, segundo as suas legítimas expectativas. O " produto oficina " ainda tem algum caminho a percorrer e o marketing clássico ainda é um meio adequado para promover a sua oferta no mercado nacional. Logicamente, ao promover a sua oferta, a oficina é obrigada e a promover-se. Saturação dos mercados A sociedade de consumo caracteriza-se pelo excesso de produção, nem sempre da melhor qualidade, nem sempre da maior utilidade. Os consumidores vêem-se, portanto, rodeados de coisas que muitas vezes se degradam rapidamente e não têm nenhuma aplicação prática rentável. As mensagens publicitárias visuais cruzam constantemente o seu olhar e as sonoras saturam os ouvidos, com ruídos e "músicas", nem sempre de gosto bem afinado e até duvidoso. Entretanto, os extractos das contas bancárias enchem-se de mensalidades e os portamoedas têm cada vez menos dinheiro. Isto deu origem a uma certa recusa da publicidade nas caixas dos correios e até existem agora programas de software para filtrar a publicidade na Web, pois de outro modo as pessoas perderiam uma boa parte do dia só a consultá-la. “Passa palavra”, porquê? Um dos gurus do marketing de vanguarda, Justin Kirby, publicou o livro "Connected Marketing: The Viral, Buss and Word of Mouth Revolution", que está a despertar algum entusiasmo e expectativas nos meios do marketing/relações públicas das empresas. Na sua passagem por Lisboa, Justin Kirby deu uma curta conferência de
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: João Vila PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares 2705-351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Mirandela - Estrada Nacional 115, Km 80 - Santo Antão Tojal - 2660-161 Loures Telef: 21.012.97.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas” COMUNICAÇÃO
Uma publicação da AP Comunicação
Quando acabar de ler este Jornal, por favor, coloque-o no Papelão para reciclagem
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MERCADO
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apresentação das suas ideias e do seu livro, da qual tentaremos apresentar uma síntese esclarecedora. O ponto de partida de J. Kirby é o seguinte: - As pessoas comunicam mais; - As mensagens vão mais longe e mais depressa; - As pessoas deixaram de se interessar pela publicidade; - As pessoas tendem a falar mais entre si sobre novas marcas/produtos; - A conversação acontece um pouco por todo o lado: cafés, empregos, nas casas, nos transportes, etc..
Por outro lado, o autor entende que a publicidade de massas está a agonizar, devido a várias causas: - Fragmentação dos meios de informação: há trinta anos, para atingir 8% de audiência, bastavam 3-4 meios de comunicação; hoje, são necessários 30, para alcançar o mesmo resultado; - As pessoas manifestam indiferença pelas múltiplas solicitações da publicidade omnipresente.
Havendo uma função importante na regulação do mercado que está a desaparecer, é importante apontar novas estratégias de comunicação entre empresas e consumidores. Embora a empresa tenha que ser a promotora das mensagens para o mercado, porque de outro modo mais ninguém o faria, é fundamental que não assuma esse papel perante os consumidores, deixando antes que estes criem a sua opinião de forma autónoma, através do diálogo. Esta ideia nasceu de certa maneira a partir da comunicação espontânea que se estabelece entre as pessoas ao utilizar a Internet. Verificou-se que as ideias geradas nesse ambiente virtual não alinhavam com as mensagens "absolutamente certas" dos vários situacionismos, assentando antes numa base de confiança entre as pessoas e no total descomprometimento com interesses estabelecidos. A eficácia das mensagens neste ambiente "suavemente" conspirativo revelou-se elevada, propagando-se exponencialmente de forma natural. A questão está em como é que nós podemos medir e gerir o efeito deste tipo de marketing. Além disso, pôr toda a gente a falar de nós, não quer dizer que toda a gente venha ter connosco. O que fica realmente na memória das pessoas é o que nos é recomendado por alguém em quem confiamos.
As pessoas que vão comprar um automóvel, pretendem geralmente uma marca/modelo que tenha um preço nivelado com o mercado, não exija muitas despesas de manutenção (incluindo o consumo de combustível) e que apresente garantias de maior valor residual. Através deste exemplo, podemos facilmente visualizar a forma como a procura funciona. Uma forma simples de ver como funciona o "passa palavra" é perguntar a uma pessoa se recomendaria uma marca/produto e dar-lhe uma escala de 1 a 10, para definir o empenho da recomendação. Geralmente as pessoas falam das experiências positivas que tiveram e tendem a omitir as más experiências. Para lançar um novo produto/serviço é preciso que as pessoas gostem de falar do assunto e tenham uma história emocional sobre o assunto. Quando passam a mensagem de consumidor a consumidor o efeito é tanto mais efectivo, quanto maiores forem as expectativas dos consumidores em relação ao assunto. Eis um exemplo: uma pessoa andava à procura de candidatos a trabalho voluntário e perguntava a cada um que encontrava em casa, quais seriam as melhores razões para realizar trabalho voluntário. Passadas duas semanas, a mesma pessoa voltou a contactar os mesmos inquiridos e utilizou os argumentos que elas próprias lhe tinham fornecido anteriormente. O certo, é que 80% dessas pessoas se ofereceram para o trabalho voluntário. Portanto, perguntar ao cliente o que ele pensa do produto/serviço/marca e ouvir atentamente o que ele diz, pode ser um excelente ponto de partida para uma acção de marketing consequente, independentemente do meio que for utilizado. Outra forma é pedir às pessoas para participarem numa acção para melhorar
um produto/serviço, fornecendo uma amostra, por exemplo. O facto do cliente poder participar e sentir que está a ser importante e útil para melhorar alguma coisa, é uma forma agradável de o envolver no assunto e criar o desejo de passar a palavra a outros amigos. A última coisa que um cliente espera que lhe digam é o que tem que fazer ou o que é melhor para si. Se o marketing não respeitar este sentido de liberdade de opção do cliente, não poderá despertar os seu interesse, nem a sua adesão. Outra maneira de encarar os clientes de uma forma mais positiva é valorizálos, não pelo seu nível de facturação, mas pela sua capacidade de atrair outros clientes para o negócio. Geralmente, o consumidor utiliza argumentos de consumidor ao comunicar com outros consumidores e isso cria maior empatia entre eles e é muito mais eficaz, do que utilizar argumentos impessoais (técnicos, económicos, culturais, etc.). Nos grupos de conversação da Net chegou-se à conclusão de que a maioria das pessoas estão ali de uma forma meramente passiva e que apenas 1% das pessoas são realmente dinâmicas e fazem as coisas acontecer. Portanto, para usar o marketing passa palavra, é preciso ir ter com as pessoas que possuem algum grau de influência. Um dos problemas relacionados com o "passa palavra" reside em tomá-lo como
outra forma qualquer de marketing, em que o objectivo é atingir o maior número de pessoas indiferenciadamente. Neste tipo de marketing, o importante é a capacidade de um cliente ser naturalmente capaz de convencer outros consumidores do seu ponto de vista, mesmo que seja um número reduzido de pessoas. A influência qualitativa e com intensidade consegue atingir mais pessoas a prazo, do que uma influência meramente quantitativa, de baixa intensidade. Todas as formas de marketing ou qualquer coisa pode gerar o "passa palavra", desde que haja qualquer outra coisa que atraia emocionalmente o consumidor, que ele admire, que esteja dentro das suas expectativas e ele não sinta simplesmente que lhe estão a querer extorquir mais algum dinheiro. Uma das coisas que pode tornar o "passa palavra" eficaz é a paixão com que a pessoa lida com o seu negócio / marca / produto e o esforço que faz por melhorá-lo, envolvendo o maior número de pessoas possível: empregados, clientes, fornecedores, parceiros, etc.. Também é preciso levar em consideração que os factores de influência alteram-se no tempo e no estrato social, profissional, etc. Em cada caso, é necessário criar razões para que a marca/produto seja falado e se torne motivo de conversação entre as pessoas, despertando o seu interesse. PUB
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DESTAQUE
2.º Simpósio Pós-Venda automóvel
Novas ideias
U
para vencer o mercado
O 2.º Simpósio Pós-Venda Automóvel reforçou a ideia da necessidade do sector do pós venda aumentar as suas competências para vencer um mercado em profunda mutação.
ma plateia com cerca de 250 participantes marcou presença no 2.º Simpósio Pós-Venda Automóvel, organizado pela AP Comunicação, proprietária do Jornal das Oficinas e da AP Magazine. O leque de oradores foi diversificado e rico, nomeadamente John Wormald, Consultor da Indústria Automóvel e Managing Partner AutoPOLIS, Tiago Farias, Professor do Instituto Superior Técnico, Jorge Lizardo Neves, Country Manager Precision Ibéria, Josef Frank, Director de Aftermarket do CLEPA, Dário Afonso, Director da ACM, Miguel Gavilanes, Director Ibérico Bosch Car Service, e Michel Vilatte, Presidente da FEDA. Tiago Farias, Professor do Instituto Superior Técnico, abriu as hostilidades e começou por abordar a temática “As Energias Alternativas e o Automóvel – Desafios e Oportunidades”, referindo as formas de promover a acessibilidade, nomeadamente a mobilidade, a proximidade e a “conectividade”. Um dos pontos-chave do seu discurso foi a relação mobilidade e energia, sendo que o consumo por passageiro (Km) de um carro a gasolina é
No discurso de Boas Vindas, João Vieira, Director da AP Comunicação, referiu a importância da realização de eventos que promovam o debate dos assuntos que mais afectam os operadores do sector e revelem novos caminhos para o futuro
de quase 3 MJoules, e o consumo da mobilidade por bicicleta é pouco acima de zero. Isto para referir que quanto maior o consumo, maiores são as emissões de CO2 para a atmosfera. No capítulo das soluções para reduzir consumos energéticos e emissões de poluentes, lembrou as fontes energéticas Biodiesel, Etanol, Gás Natural, Electricidade e Hidrogénio, sendo que no capítulo dos veículos, consegue-se se estes forem mais leves, mais eficientes, e com novos sistemas de propulsão (híbridos, “Plug in”). Já no capítulo da gestão da mobilidade, “mais transportes públicos, mais modos suaves, estacionamento e planeamento urbano” são parte da solução. A alteração comportamental foi outro factor sublinhado por Tiago Farias para a redução de consumos e emissões. “Mais de 100 anos de desenvolvimento tecnológico, mesma fonte energética… mesmo sistema de propulsão, e os clientes gostam!”, sublinhou o Professor do Instituto Superior Técnico. Entre as alternativas energéticas, apontou o Bio diesel, sendo que já hoje uma pequena parte do gasóleo integra Bio Diesel; O Gás Natu-
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DESTAQUE ral, sendo os pontos críticos a proximidade dos pontos de enchimento; Veículos 100% eléctricos – uma solução para nichos de mercado; Os Híbridos: já são uma realidade mas a fonte energética é a mesma; Os “Plug-ins”, “um sonho mais perto da realidade”; E por fim a alternativa hidrogénio, com as áreas chave da sua produção a serem o “transporte, armazenamento a bordo, estações de abastecimento, tecnologia dos veículos, segurança, custo e ciclo de vida”. Em conclusão, referiu que no capítulo das fontes energéticas para uma mobilidade mais sustentável é necessário diversificar, reduzir a dependência petrolífera nos veículos, incentivar veículos mais eficientes e promover a introdução de novas tecnologias; E no campo da mobilidade, mais transportes públicos, planos de mobilidade e planos de empresa. A Alteração comportamental é outro factor apontado para uma mobilidade mais sustentável, nomeadamente apostar na formação, informação e comunicação. Jorge Lizardo Neves, Country Manager Precision Ibéria, abordou a temática da reparação no período de garantia. No enquadramento da temática referiu que “O Regulamento (CE) nº 1400/2002, aplicável à distribuição e aos serviços de venda e pós-venda de veículos automóveis teve, como objectivo principal, aumentar a concorrência no sector em benefício dos consumidores. “No campo específico do pós-venda, veio permitir ao consumidor a livre escolha de um reparador, mesmo durante o período de garantia do fabricante, sem que isso implique a sua perda, tal como é explicado na Brochura Explicativa do Regulamento, elaborada pela Direcção Geral da Concorrência da Comissão Europeia. “Pretendeu-se, assim, criar condições para que os reparadores independentes pudessem, realmente, entrar em concorrência com as redes autorizadas”. Os principais pontos a abordados pelo Country Manager Precision Ibéria foram: 1 - Reparar onde quiser, um direito do consumidor; 2 - Reparar de forma correcta, uma obrigação do reparador; 3 - Acesso à informação e a peças, dois direitos do reparador; 4 - Informar, informar, informar, o ainda (!) desafio actual. Sobre o primeiro ponto (1 - Reparar onde quiser, um direito do consumidor), apontou o seguinte: “possibilidade de efectuar as vulgarmente chamadas ‘revisões do fabricante’ fora da rede recomendada, mesmo durante o período de garantia sem a perder…; possibilidade de efectuar reparações diversas pontuais fora da rede recomendada, mesmo durante o período de garantia sem a perder… desde que o reparador seleccionado ‘efectue os trabalhos de forma correcta’ ”. Sobre o segundo ponto (2 – Reparar de forma correcta, uma obrigação do reparador), mencionou os seguintes pontos: “revisões do fabricante seguindo os procedimentos preconizados pelos construtores; reparações diversas pontuais de acordo com os procedimentos preconizados pelos construtores; peças de ‘de origem’ ou de ‘qualidade equivalente’ … sendo, que para isto, é necessário que o reparador te-
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Mesa dos oradores, da esquerda para a direita: Josef Frank, Director de Aftermarket do CLEPA; Michel Vilatte, Presidente da FEDA; Dário Afonso, Director da ACM; John Wormald, Managing Partner da autoPOLIS e Jorge Lizardo Neves, Country Manager da Precision Iberia
Jorge Neves (Precision), João Vieira (AP Comunicação) e Tiago Farias (IST)
Tiago Farias, Professor do Instituto Superior Técnico
Michel Vilatte, Presidente da FEDA
José Pires (Atlantic Parts) e Joaquim Candeias (ADL) nha acesso à informação técnica disponível e a peças de origem ou de qualidade equivalente”. Quanto ao terceiro ponto (3 – Acesso à informação e a peças, dois direitos do reparador), Jorge Lizardo Neves referiu “o acesso à informação técnica igual ao facultado à rede autorizada, para todos os anos de fabrico das viaturas e a preços proporcionais à informação realmente necessária; acesso a peças ‘de origem’ e/ou de ‘qualidade equivalente’, independentemente da directiva 98/71/EC do Desenho Industrial e dos produtos ao abrigo de acordos de subcontratação”. Por fim, no ponto 4 (Informar, informar, informar, o “ainda” desafio actual), referiu que “apenas 20,2%* dos condutores portugueses têm conhecimento claro que um carro em garantia não a perde se fizer manutenção fora das oficinas autorizadas (* Estudo Condutores 2008, da GIPA); conhecimento reduzido e/ou confuso das normas de reparação dentro do período de garantia do fabricante entre os próprios reparadores independentes; Informar o mercado continua a ser, ainda hoje, o grande desafio para que o consumidor tenha Direito à livre escolha do reparador e para criar condições de Livre concorrência entre ‘autorizados’ e ‘independentes’ ”. Josef Frank, Director Aftermarket CLEPA (Associação Europeia dos Fornecedores para o sector Automóvel), foi o próximo orador e abordou o tema “Aftermarket Automóvel Europeu entre Regulamentos e empreendedorismo num mercado dinâmico”. Antes fez um resumo do
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que é o CLEPA: Representa mais de 3000 companhias, empregando mais de três milhões de pessoas e facturando cerca de 300 biliões de euros, cobrindo todos os produtos e serviços no âmbito da cadeia de fornecimento para o sector automóvel. A função do CLEPA é a de representar os interesses dos membros e contribuir para um diálogo construtivo com as Instituições Europeias (Comissão, Parlamento e Conselho), as Nações Unidas, outras associações e accionistas da indústria automóvel (ACEA, JAMA, KAMA MEMA, JAPIA, OESA), e organizações para o comércio e oficinas (FIGIEFA, CECRA). Melhora as relações entre os construtores de veículos e os Fornecedores nos dois sectores Equipamento Original e Aftermarket. Referiu alguns factos interessantes que atestam a importância da indústria fornecedora do sector automóvel: “50% dos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento provêm dos fornecedores; 75% do valor dos carros vêm dos fornecedores; um grande número de patentes é dos fornecedores; a principal contribuição para a redução do CO2 vem dos fornecedores. Alguns exemplos: ABS, ESP/ESC, Airbags, Driver Assistance e sistemas de injecção de alta pressão”. Josef Frank sublinhou a disputa entre o Aftermarket Independente (IAM) e o Equipamento Original (OES), que lutam cada um para ficarem com a maior fatia dos 60 biliões de euros que é o volume de negócios do aftermarket europeu. Referiu o que os analistas já vêm dizendo a algum tempo, isto é, que “os consumidores beneficiam com a competição entre os reparadores através dos custos de mão-de-obra mais baixos e peças de substituição mais baratas. O aumento da segurança na estrada também decorre dessa competição”.
Miguel Gavilanes, Director Ibérico Bosch Car Service
Nelson Gracias, Anabela Barreiros e Pedro Diaz (TRW Automotive)
Samuel Nunes e Miguel Batista (Samiparts)
Álvaro Sousa (ASB) e João Vieira (AP Comunicação)
Jorge Lizardo Neves, Country Manager da Precision Iberia
Para o novo BER (EC 1400/2002) que expira em Maio de 2010, o CLEPA exige que a informação para as actividades de reparação seja igual no IAM e OES, para todo o parque automóvel, incluindo os veículos pesados. Apelou ainda a que o IAM faça uso das suas principais forças, como são o conhecimento multi marcas, preços razoáveis para as peças e mão-de-obra, rede de distribuição eficiente e envelhecimento do parque automóvel. Apelou também a que os intervenientes do IAM combatam as fraquezas, nomeadamente a competência técnica inconsistente, a não certificação e o poder de “Lobbying” fraco. Fazer uso das oportunidades que se deparam ao sector independente foi também referido por Josef Frank, nomeadamente especificações do aftermarket, redes consistentes e mais fortes, a certificação, a melhoria da competência técnica e uso do Lobby que o movimento “Right to Repair” proporciona. A concluir, sublinhou que “os sistemas dos veículos modernos são complexos mas manejáveis com o pacote certo. Daí a necessidade em investimentos continuados em hardware, software e treino”. Por outro lado, fez questão em referir o aumento da idade dos veículos, sendo que as novas tecnologias requerem abordagens diferentes ao longo do tempo de vida de um carro. Terminou sublinhando que “o CLEPA apoia os interesses dos
fornecedores de peças em conjunto com as instituições europeias e Nações Unidas para assegurar o quadro certo para uma competição justa”. A Intervenção de John Wormald foi outro dos pontos altos do Simpósio. O tema que lhe foi atribuído foi muito vasto – “Passado presente e futuro do pós-venda independente”. Falou primeiro do passado. “George Santayana teve a seguinte famosa expressão: ‘Os que não aprendem com o passado estão condenados a repeti-lo’. De facto, para tentar prever o futuro do pós-venda independente, temos que compreender o estado em que ele está neste momento e como chegou até aqui. “Há três sectores principais em competição entre si: a distribuição de origem (OES); o pós-venda independente (IAM); e a Nova Distribuição (novos conceitos de serviço e retalho independentes)”.
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E prosseguiu: “Existe uma enorme dispersão ao nível das oficinas, porque elas têm que estar próximas dos seus clientes, para conveniência destes. São algumas centenas de milhares de oficinas em toda a Europa, embora o seu número total tenha vindo a decair progressivamente nos últimos anos. “O número das oficinas de concessionários foi-se reduzindo no âmbito do plano de reestruturação e de racionalização levado a cabo pelas marcas dos construtores de veículos. Esta política iniciou-se ainda bem antes do aparecimento do BER 2002 e não tem qualquer relação com essa regulamentação. “A redução do número de oficinas verdadeiramente independentes caiu claramente, enquanto que as oficinas aderentes a redes aumentaram, uma vez que as oficinas tentam recuperar algum apoio a nível técnico, gestão, etc. No meio dos dois principais sectores, as novas formas de distribuição e assistência (auto centros, serviços rápidos) têm vindo a crescer rapidamente. Sobre o BER, John Wormald referiu: “Entre 2000 e 2002 teve lugar uma dos maiores acontecimentos da história do Pós-Venda Automóvel, pelo menos a julgar pelas reacções daquela época, que geraram uma grande dose de excitação e de emoções fortes. No entanto, ao perspectivar o BER 1400/2002 no tempo, somos obrigados a concluir que o sector independente do pós-venda não lucrou grande coisa com ele.
“Quanto aos direitos dos concessionários nas vendas, o seu reforço foi apenas parcial, especialmente através da abolição da cláusula de localização, o direito de representar várias marcas e a liberdade de vender o negócio a outro membro da mesma rede da marca. Mesmo assim, nada de especial aconteceu de facto. “Mais visível foi a separação dos contratos de vendas, assistência e distribuição de peças, entre os construtores e as concessões, bem como a nova definição de Peça Original, tendo em conta mais quem a produz, do que quem a distribui”. No entanto, o facto mais importante não diz tanto respeito ao teor da nova regulamentação, como à atenção que se voltou para o pós-venda. “Os construtores de veículos ficaram mais conscientes da sua dependência dos lucros gerados no sector
DESTAQUE
Giorgio Festa e Barbara Abeni (Metelli)
Miguel Portolés (Brembo) e Nuno Palma (Autozitânia)
Cristina Pereira (Honeywell) e José Oliveira (SKF)
Rui Lopes (RPL Clima) e Nuno Reis (Valeo)
da assistência e da realidade do pós-venda independente, enquanto concorrente. Anteriormente, tinham essencialmente tentado ignorar ou minimizar esses factos. Para enfrentar a situação, responderam com uma série de medidas avulsas, entre as quais a extensão das garantias, a negligência do conceito de Reparador Autorizado; as suas próprias redes de distribuição multimarcas (já a Ford tinha tentado pôr em prática essa ideia há 30 anos, com a Motorcraft); e principalmente tentaram entravar o acesso à informação técnica (no que tiveram a oposição frontal da CE). “Surgiram, entretanto, mais e mais fortes cláusulas invioláveis (Black Clauses), para tentar proteger o pós-venda independente (IAM), que constitui a única alternativa a impedir que o sector de assistência oficial (OES) se torne num monopólio intolerável. Apesar de afirmar claramente que pretendia construir o Mercado Único e assegurar a livre concorrência, a CE não entrou no campo dos formatos das empresas, que entendia pertencer aos actores económicos, ou seja, aos empresários individuais. Creio que as autoridades europeias ficaram desapontadas com o facto do pós-venda independente (IAM) ter falhado numa reacção conjunta às novas oportunidades e à sua própria reestruturação. Para ser justo, é preciso afirmar que o sector da assistência oficial (OES) tudo fez para evitar que essa reacção pudesse ter lugar, mantendo-se inalterável a velha "guerra-fria" entre os sectores OES e IAM”.
John Wormald, Managing Partner da autoPOLIS
Dário Afonso (ACM) e Diogo Bordalo (Servidiesel)
Pedro Diaz (TRW),Rui Silva e Cristina Mourão (Bosch), Eduardo Barros (Bombóleo) e Dário Afonso (ACM)
Anabela Machado (AP Comunicação) e Jorge Lopes (Celette) Sobre a tecnicidade das reparações, o Consultor da Indústria Automóvel referiu que “o perigo para o pós-venda independente reside no crescimento dos sistemas electrónicos e na sua dificuldade em realizar diagnóstico”. Na distribuição grossista de peças, “o potencial do sector independente (IAM) e do sector das marcas automóveis (OES) está parcialmente invertido, uma vez que os grandes distribuidores independentes estão mais concentradas e focalizados do que as redes de assistência oficial”. À excepção da Itália, em todos os outros países a rede de distribuição oficial é maior do que a distribuição independente. “Isto é o resultado da política dos construtores de veículos, que privilegia a representação individual de cada mar-
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DESTAQUE ca, o que tem os seus custos e ineficiências evitáveis. O sistema OES funciona relativamente bem no plano interno, mas revela pouca capacidade de intervenção no mercado independente de pós-venda (IAM), que implicaria várias entregas diárias às oficinas de reparação independentes. Além disso, não está geralmente bem equipado para assegurar uma cobertura multimarca completa. Do mesmo modo, os distribuidores independentes pouco têm feito para vender peças às concessões, apesar destas terem o direito de comprar fora das redes oficiais de distribuição. Isto deve-se em grande parte ao apertado controlo que os construtores e marcas exercem sobre os seus concessionários, gerando um pós-venda automóvel dividido em duas grandes fatias: o mercado independente (IAM) e a assistência oficial da origem (OES)”. John Wormald acrescentou: “Já mencionei antes o despertar dos construtores de veículos para a importância do pósvenda automóvel. Nesta altura, todos eles já estão perfeitamente conscientes do potencial de lucro que ele envolve. “O mercado de pós-venda automóvel está praticamente dividido em duas metades, com a rede de assistência oficial das marcas a dominar nos carros novos e o sector independente de manutenção/reparação nos veículos mais velhos. “Os consumidores individuais estão assim a evitar comprar carros novos, sabendo que a oferta de carros usados re-
Bruno Padierna (Dayco) e Pedro Antão (KYB)
Pedro Barros (AZ Auto), Luis Filipe Costa (Cosimpor), Filomena Pires (Solucas) e David Gouveia (J. G. Neto)
Josef Frank, Director de Aftermarket do CLEPA
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lativamente novos e a preços muito atractivos está constantemente a aumentar. Este facto tende a reforçar ainda mais a dispersão do mercado de pósvenda”. O BER 1400/2002 é o único regulamento de isenção em bloco dedicado a um sector específico. John Wormald lembrou que “neste momento, o DG de Concorrência tem outras prioridades, nomeadamente os grandes casos antimonopólio, e entende que a sua função não é a de influenciar a estrutura dos sectores de actividade, excepto em casos graves de violação da livre concorrência e de excessiva dominação do mercado. Informalmente, creio que eles se fartaram um pouco com o facto do pós-venda automóvel independente (IAM) ter falhado quanto à sua própria reestruturação e com o interminável clima de queixas daí decorrente. Embora compreenda o ponto de vista deles, continuo preocupado com a atitude dos construtores de veículos, que não se deverá alterar fundamentalmente, tendo em conta os seus actuais problemas de rentabilidade”. Por outro lado, “como já referi antes, um grande assalto ao pós-venda independente por parte do sector OES não é previsível a curto termo, devido essencialmente aos seus próprios problemas de rentabilidade. O que não exclui acções tácticas localizadas e a criação de obstáculos, uma vez que as mentalidades parecem não ter mudado assim muito”. PUB
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A terminar, John Wormald sublinhou que “esta situação deixa uma janela temporal aberta por tempo limitado, para o Pós-Venda Independente Automóvel se reestruturar e promover globalmente. No entanto, sou obrigado a terminar com a mesma pergunta: quem irá liderar esse processo?” Miguel Gavilanes, Director Ibérico Bosch Car Service, abordou a temática das redes Independentes de Oficinas Automóvel. No campo das principais dificuldades da oficina, referiu a evolução técnica dos carros, uma ideia partilhada pela maioria dos presentes. As mudanças no mercado, segundo Miguel Gavilanes, passam pelo incremento da participação da electrónica, passagem de componentes a sistemas ou módulos complexos, aumentando ao mesmo tempo a quantidade de componentes Lembrou que os critérios de escolha do cliente passam pela fiabilidade e segurança na reparação. No campo da preparação técnica, referiu que 90% das oficinas que pertencem a uma rede dispõem de equipamentos, numa clara alusão à vantagem do agrupamento para maiores sinergias. Lembrou as respostas à pergunta “na sua opinião um veículo perde a garantia do fabricante se realiza a manutenção fora da rede de marca?”: Nas oficinas multimarca, 49% dos inqueridos respondeu que sim, o que é sintomático do trabalho que ainda há para fazer. Prosseguiu: “Uma rede oferece à ofici-
DESTAQUE
Jochen Staedtler, Alexandra Staedtler e Pedro Rodrigues (Alecarpeças)
João Seabra (Kia) e Eduardo Moreira (GM)
Guillermo de Llera, Director Geral da IF-4
João Vila (AP Comunicação) e Jorge Menezes (Schaefler)
Dário Afonso, Director da ACM
Jorge Neves (Precision), Hugo Martins e Luis Theotónio (Entreposto)
Túlio Gonçalves, Paulo Homem, Anabela Machado e João Vieira (AP Comunicação)
na adaptação técnica e comercial ao mercado (maior rapidez). A oficina fica mais preparada em termos de formação e informação”. Imagem de marca, diversificação de negócio, profissionalização das diferentes áreas da oficina, maior notoriedade, novas oportunidades de negócio, força e poder de negociação, são vantagens de uma rede. No fundo, poder concorrer no mercado com as “ferramentas” necessárias. Michel Vilatte, Presidente da FEDA, encerrou o debate com o tema “Os desafios para as empresas de Distribuição e Reparação Automóvel”. A FEDA (Fédération des Syndicats de la Distribution Automobile) representa principalmente os actores do IAM francês, incluindo os fornecedores de ferramentas e equipamentos, para carros, camiões e máquinas agrícolas, possuindo 310 associados que representam 1500 pontos de venda, 800 oficinas especializadas, com 23 mil trabalhadores e uma facturação de mais de 5 biliões de euros por ano. Representa uma quota de mercado de cerca de 50%, tanto quanto a performance do OES francês. Michel Vilatte referiu que é preciso ter bem presente a legislação Europeia, tal como o BER 1400/2002 e que as Autoridades Europeias tudo fizeram para garantir um mercado do pós venda concorrencial. Lembrou que “outra boa oportunidade espreita com a preocupação crescente acerca das emissões de CO2 e outros im-
John Wormald, Managing Partner da autoPOLIS e Michel Vilatte, Presidente da FEDA pactos de saúde pública negativos. A consciência desses perigos pode ser usada para abrir novas portas e janelas para o aftermarket automóvel, gerando um desenvolvimento sustentável”. Sabendo de todas as dificuldades, “as possibilidades de futuro do IAM não podem ser menores do que as anunciadas pela campanha ‘Right to Repair’ ”. A terminar, Michel Vilatte ressaltou a sua convicção de que “o IAM na Europa possui argumentos para um melhor futuro, mantendo a competição total com o OES, completando a sua oferta, para assegurar livre escolha, livre mobilidade e melhores preços para todos os proprietários de carros”.
Foto de grupo dos premiados com os Troféus “Melhor Marca 2008”
NOTA: Veja reportagem fotográfica do 2º Simpósio Pós-venda Automóvel em www.apcomunicacao.com
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Breves PARCERIA ENTRE WABCO E ZF PROLONGADA
O contrato de fornecimento que liga a empresa Wabco à ZF passará a vigorar por um prazo mais longo, que ainda não foi divulgado. O referido contrato implica o fornecimento pela Wabco de tecnologia de transmissão para as caixas AS Tronic e AS Tronic Lite, da ZF, podendo atingir vendas da ordem das centenas de milhões de dólares, durante a próxima década. Os sistemas fornecidos pela Wabco à ZF permitem transformar uma caixa de comando manual em automática, utilizando uma tecnologia que apela à mecatrónica e robótica, implicando a convergência de vários ramos da engenharia.
TELE ATLAS FAZ A empresa belga Tele Atlas, especializada em cartografia digital e conteúdos dinâmicos para soluções de navegação e localização, obteve um contrato de fornecimento para a Blaupunkt, em função do qual disponibilizará actualizações dos mapas directamente aos distribuidores e clientes finais da conhecida marca alemã. Este acordo vem na sequência de outros já alcançados pela Tele Atlas para actualização de navegadores das marcas MIO, TomTom e Dayton, entre outras, permitindo distribuir novas versões cartográficas para a gama de navegadores integrados (nos sistemas áudio/vídeo) Travel Pilot (standard, DX, E e EXV), assim como para os nevegadores portáteis da série Lucca (MP3, 3.3, 3.4 e 5.2), através dos diferentes canais on line da empresa.
CONTRATO COM A BLAUPUNKT
ESTACIONAR Esta é a aliciante alternativa da Bosch, através do seu sistema de apoio ao condutor Park Assist, com o qual todos os condutores, independentemente do seu grau de experiência, poderão estacionar os seus carros tranquilamente, mesmo naquelas situações em que sentiriam um dose reforçada de stress. Com efeito, o Park Assist detecta o melhor lugar para estacionar (mais 80cm do que o comprimento total do veículo, mesmo que este se desloque na rua, até uma velocidade até 35km/h), através de um sistema electrónico e sensores de ultra sons, avisando imediatamente o condutor com um sinal óptico, sonoro ou mensagem verbal, dependendo da marca e modelo da viatura. Depois de achar o local de estacionamento, o Park Assist mete o carro no espaço disponível, realizando todas as manobras necessárias para o efeito, enquanto o condutor literalmente assiste a tudo. Segundo a Bosch, este sistema será montado pela primeira vez de origem nos modelos das séries A e B da Mercedes-Benz.
NOTÍCIAS Runkel Training Academy
Depois de Coimbra e Lisboa foi a vez da cidade do Porto acolher a primeira acção de formação organizada pela Runkel & Andrade, no âmbito do projecto Runkel Training Academy (RTA). “Sistemas de Injecção a Gasolina (RK-2)” foi o curso ministrado, que como seria de esperar, se dirigiu essencialmente aos clientes da empresa situados na zona norte do país. O referido evento realizou-se no passado dia 20 de Setembro nas instalações da Dual. Contou com a presença de 17 técnicos oficinais, e começou pelas 9:00h, prolongando-se até às 18:00h. Conhecer e aprender o funcionamento dos vários sistemas de injecção a gasolina existentes no mercado, foram os objectivos principais deste curso, que se dividiu em 2 partes, uma teórica e outra em que se recorreu a exemplos práticos em ambiente oficinal. Até ao final de 2008 serão realizadas mais acções de formação na região norte, no seguimento da estratégia de descentralização da oferta formativa da RTA, que incide não só nos sistemas tecnológicos auto (diesel e gasolina), mas também na gestão e marketing direccionados para o mercado da reparação auto.
GNK fica com global Innovation Award
O prestigiado troféu atribuído pela Nissan foi em 2008 entregue à empresa GKN Driveline Torque Technology, pelo seu veio de transmissão independente, destinado a viaturas 4WD, como é o caso do novo Nissan GT-R. O prémio reconhece a inovação alcançada no plano do produto e na tecnologia, bem como no vasto leque de processos e controlos desenvolvidos. O novo sistema de transmissão da GNK Driveline Torque Technology foi desenvolvido conjuntamente com a Nissan para o seu modelo GT-R e cria um novo padrão em transmissões 4WD, conciliando alta performance com segurança. GKN Driveline fornece três elementos chave para a transmissão do novo modelo da Nissan a partir da sua fábrica de Tochigi (Japão). Um deles é a unidade final da transmissão - FDU - ultra-leve em alumínio, a caixa de transferência e um poderoso diferencial de deslizamento controlado (LSD) de 1,5 voltas. Todos estes elementos estão integrados no veio de transmissão, sendo que a caixa de transferência e a FDU estão na parte de trás do chassis, a fim de equilibrar a distribuição de pesos global do veículo.
SEM STRESS
Custo de peças aumenta perda total
As peças de alta tecnologia, nomeadamente os componentes electrónicos, bem como os novos materiais de carroçarias estão a provocar um aumento da perda total do veículo, em caso de sinistro. Segundo a confederação espanhola de oficinas CETRAA, um elevado número de veículos sinistrados, que alcança cerca de 5% do total, são dados como perdidos, uma vez que o custo da reparação ultrapassa o seu valor residual. O secretário geral da referida confederação afirma que qualquer pequeno " toque " pode custar facilmente mais de € 1.200. Desta forma, as oficinas entram muitas vezes em "colisão" com as seguradoras, pois estas forçam em muitos casos a perda total dos veículos, que constitui uma forma expedita de reduzir o montante global de indemnizações. Por outro lado, Mariano Bistuer, do Centro Zaragoza, afirma que a estrutura dos modernos veículos é concebida para absorver energia em caso de acidente, provocando mais danos periféricos, a fim de proteger o habitáculo e os ocupantes. Quando o veículo tem mais de 7-8 anos, as seguradoras têm todo o interesse em declarar a perda total, pois a indemnização ao segurado fica limitada a 7580% do valor do veículo antes do acidente.
Pós-venda automóvel dá lucro
Segundo a empresa consultora e de estudos de mercado Deloitte, o serviço de assistência a veículos pode ser até 54% mais rentável do que a própria venda dos veículos, cuja rentabilidade está em queda há vários anos, devido principalmente a uma estrutura de custos obsoleta. O estudo elaborado pela referida empresa é muito completo e acaba por revelar o que já sabíamos: o pós venda automóvel é uma excelente forma de gerar receitas, para as marcas e construtores da indústria automóvel. No entanto, essa fonte de receita depende de uma gestão muito cuidada da assistência que as marcas prestam aos seus clientes, conseguindo fidelizá-las. Se qualquer falhar a esse nível, a marca poderá ficar em situação muito crítica, face à sua forte dependência da rentabilidade do pós venda. Neste momento, o pós venda gera 36% do total da facturação do sector automóvel, mas proporciona 46% dos lucros totais. A Deloitte acaba por concluir que as empresas do sector centram a sua estratégia no serviço de assistência pós venda, de forma a garantirem o ritmo de vendas de veículos novos, reduzirem os custos globais de exploração e para manterem um nível elevado de satisfação dos clientes. As novas tecnologias desempenham uma parte importante da gestão das redes de assistência, fornecendo grande volume de dados, os quais, após adequado tratamento, fornecem indicadores preciosos para orientar a máquina do pós venda oficial das marcas. A mais recente novidade é a possibilidade de diagnóstico remoto dos veículos, " impedindo " que os clientes negligenciem a manutenção dos "seus" carros ou sofram avarias imprevistas.
Glasurit ensina a tratar a pintura
A pintura de um automóvel tem vários inimigos a temer, começando pelos excrementos ácidos dos pássaros, os raios inclementes do sol de verão, o sal que se espalha nas estradas geladas, etc. Durante todo o ano, a camada mais exterior da pintura de um carro enfrenta vários tipos de ataques sérios. Para evitar a perda do brilho e o aparecimento de manchas, é necessário contudo seguir algumas regras de manutenção da pintura, que a marca Glasurit não se cansa de divulgar, embora o seu negócio seja a repintura… Antes de aplicar promotores de brilho ou ceras de protecção, a pintura deve ser lavada a fundo. Quando o veículo secar completamente, aplicar uma cera de alto brilho com um algodão de polir e passar em seguida com um pano macio, até alcançar o brilho definitivo. Ao efectuar estas operações, é preferível que o carro não esteja exposto ao sol, pois a pintura é mais difícil de tratar quando está quente. De um modo geral, a aplicação de cera de alto brilho duas vezes por ano mantém a pintura como nova. Uma forma de detectar se a película protectora obtida por este método está degradada é ver se a água forma gotas à superfície ou se espalha. Quando a água se espalha, está na hora de repetir a operação. Quando a pintura foi reparada há pouco tempo, merece cuidados especiais. Nas quatro ou seis semanas posteriores à reparação, a pintura só deve ser lavada com água limpa, sem quaisquer produtos ou aditivos. Nesse período, não utilizar nunca uma máquina de lavagem automática. Após esse período, já a tinta endureceu o suficiente e poderá ser lavada da forma habitual. Nos carros novos existe um fina película que protege a pintura, podendo ser retirada com um polimento suave de alto brilho, que é retirado em seguida com uma camurça macia. As pinturas mais velhas, pelo contrário, necessitam de cuidados mais intensivos. Deve aplicar-se uma limpeza prévia com um produto de limpeza de pinturas, aplicando de seguida uma aplicação de cera de alto brilho, para promover a conservação da tinta.
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NOTÍCIAS
Breves
Stocks elevados
MAIS RAPIDEZ COM STANDOFLASH
A marca de produtos de repintura Standox lançou no mercado uma linha de produtos de tecnologia UV, cumprindo a legislação VOC, que aumenta consideravelmente a rapidez e a eficiência de pequenas reparações e retoques, até 70%. Trata-se do sistema Standoflash, pensado para atrair maior número de clientes às oficinas e criar um fluxo óptimo de trabalho, melhorando a produtividade e a rentabilidade do negócio. A linha completa Standoflash inclui uma massa de enchimento, um aparelho e um verniz de cobertura. Todos estes produtos se podem misturar e aplicar da forma habitual, sendo necessário menos tempo e menos energia durante o processo de secagem. A massa 1K, por exemplo, precisa menos de 45 segundo para curar, enquanto que o aparelho semitransparente seca em menos de 30 segundos.
FACTURAÇÃO DA ZF AUMENTA 3% EM 2008
Nos 8 primeiros meses deste ano, o volume de negócios do Grupo ZF cresceu 3%, relativamente ao mesmo período de 2007. Este resultado positivo permite projectar um total de € 13.000 milhões, no fecho do ano. A dinâmica do grupo também se tem caracterizado pelo aumento do investimento e do número de colaboradores., que já ultrapassa os 60.000, prevendo-se que sejam 61.500 até ao final de 2008. No plano dos investimentos, há a destacar um cifra recorde de investimento na área de I+D, totalizando € 700 milhões.
CENTRO ZARAGOZA Dispensando apresentações, o Centro Zaragoza é uma das instituições europeias líderes na área das tecnologias de reparação e de segurança automóvel, mantendo uma intensa actividade no plano da consultoria e da certificação de competências. Num estudo levado a cabo pelo Centro Zaragoza, que visava analisar a incidência da utilização do ESP (Controlo Electrónico Estabilidade) na segurança rodoviária, foi registado um aumento do número de modelos que estão equipados de origem com o ESP. De facto, no estudo que incidiu em 302 veículos, 63% dos carros novos que se venderam em Espanha durante 2008 estão equipados de série com ESP, contra 57% no ano passado. Actualmente, apenas 13% das viaturas não tem ESP de origem, o que supera em 7% o registo de 2007. De acordo com o mesmo estudo, a possibilidade do ESP evitar um acidente grave por perda de controlo do veículo pode chegar a 40%.
RECOMENDA ESP
Convenção ANECRA 14 e 15 Novembro
A ANECRA promove a sua Convenção anual de 14 a 15 de Novembro, no Centro de Congressos de Lisboa, este ano sob o lema: “Automóvel = Sector sustentável?”. Durante dois dias vão ser debatidos importantes temas relacionados com o sector automóvel, nomeadamente: “Sector automóvel e sector financeiro – como se vão relacionar?”, “Direito à Reparação: hoje e após 2010”, “Reparação Automóvel = actividade sustentável?”, “Perspectivas para o futuro e oportunidades face aos combustíveis alternativos”. No primeiro dia da Convenção terá lugar um Encontro Especializado subordinado ao tema: “Usados = negócio sustentável?”. Neste Encontro serão debatidos vários assuntos relacionados com o comércio de veículos usados, nomeadamente: “O papel dos leilões e do crédito aos stocks na gestão das empresas”, “A concorrência desleal dos stands TRATA”, “As iniciativas da ANECRA para o sector dos usados”. Mais informações e consulta do Programa da Convenção, estão disponíveis no site da Associação: www.anecra.pt
duplicam custos
Dados fornecidos pela federação espanhola de associações de concessionários (Faconauto) permitem concluir que a sobrecarga de stocks provocada pela queda das vendas acarreta perdas anuais aos concessionários de marca, que podem atingir os € 900 milhões. Nesta situação, a mesma entidade prevê que haja mais de 15.000 despedimentos nas concessões do ramo automóvel, até ao final deste ano. Este cenário contrasta, ainda segundo a Faconauto, com os lucros chorudos das multinacionais produtoras de veículos, entre as quais a VW (+31%), Volvo (+20%) e Fiat (+ 6%), só para referir algumas. Entretanto, os concessionários do país vizinho continuaram a acumular prejuízos durante os primeiros 6 meses deste ano, devido a uma quebra de facturação nas vendas de veículos novos da ordem dos 23,5%. Na origem deste problema, a Faconauto destaca os custos financeiros que as marcas estão a transferir veladamente para os seus distribuidores, obrigando-os a pagar adiantadamente os carros, por um preço superior ao que efectivamente depois irão vendê-los. Como a imobilização dos carros novos subiu de 45-55 dias em 2007, para cerca de 110 este ano, fácil é verificar o aumento de custos financeiros das concessões. Com a extensão crescente dos prazos de venda, as dificuldades de liquidez das empresas distribuidoras são reais, contribuindo ainda mais para aumentar os custos financeiros. Apesar de defender os interesses e os direitos dos concessionários, a Faconauto também vem denunciar que os consumidores são igualmente prejudicados com esta situação, devido ao aumento dos custos das concessões. Além disso, os carros vêm cada vez mais com equipamentos de série inúteis, que não promovem as vendas, pelo contrário, afastam os potenciais compradores. Embora o concessionário tenha que pagar esses extras, muitas vezes é obrigado a oferecê-los ao cliente final, a fim de concretizar certas vendas mais "difíceis".
Ford T soprou 100 velas
No dia 27 de Setembro foi comemorada uma das mais importantes datas no seio da Ford Motor Company. Foi neste dia que, há 100 anos, nasceu oficialmente o primeiro Ford Model T fruto do arranque da produção do modelo na Fábrica de Piquette, na cidade norte-americana de Detroit. A comercialização teria lugar três dias depois, a 1 de Outubro, iniciando-se um ciclo de sucesso que só terminaria em 1927 e depois de postas a circular por todo o Mundo mais de 15 milhões de unidades. Dentro do edifício em tijolo de três pisos, que ainda hoje se ergue naquela cidade, os empregados montaram as primeiras 12.000 unidades que puseram a América sobre rodas, num processo que ali teria lugar até ao final de 1909. A produção do Model T mudar-se-ia depois para não muito longe dali, a pouco mais de quatro quilómetros, para a nova e substancialmente maior fábrica de Highland Park. De referir que a 18 de Dezembro de 1999, o Ford Model T conquistou o título de 'Carro do Século', atribuído por um painel de 133 jornalistas e especialistas da indústria automóvel, sobressaindo de uma lista inicial definida em 1996 que contava com 700 candidatos.
Sonax Xtreme Spray & Clay
A remoção de certas sujidades na pintura nem sempre se revela uma tarefa fácil. Para essas situações existe o SONAX Xtreme Spray & Clay, um conjunto composto por um líquido lubrificante e plasticina abrasiva, para remoção de sujidade persistente das superfícies pintadas e vidradas, que não são removidas na lavagem normal da viatura (ferrugem, resíduos das árvores, alcatrão, dejectos de insectos, sujidade industrial, etc.). A sua aplicação é simples: Primeiramente lave o veículo para evitar riscos causados por partículas de sílica remanescentes; Pulverize o líquido lubrificante nas áreas a serem tratadas. Isto cria uma película lubrificante entre a plasticina e a superfície pintada; Aplique uma pressão ligeira na plasticina em movimentos circulares nas áreas afectadas até que a rugosidade desapareça da pintura. As partículas de sujidade são absorvidas pela plasticina; Se a área da plasticina ficar saturada com sujidade molde uma nova área limpa; Limpe o veículo com um pano macio; Trate a pintura com um polish ou com cera dura de protecção; Quando terminar o trabalho, a plasticina deve ser limpa com um pano e voltar a ser guardada na caixa. Se a sujidade agressiva (ex: excrementos de insectos) for deixada nas superfícies pintadas dos veículos por longos períodos, isto pode causar corrosão, a qual só pode ser removida por polimento com um polish adequado. O importador exclusivo para Portugal da linha Car Care SONAX é a empresa Sonicel.
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SOLUÇÕES S OLUÇÕES INOVADORAS INOVADORAS PARA PARA CADA TIPO TIPO DE OFICINA Escolha seg undo as sua s necessidad entre a tecn es ologia mais avançada
DIAGNÓSTICO CO VIA CABO
DIAGNÓSTICO SEM CABOS D DI OS
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ligado directamente ctamente à tomada de diagnóstico
BLUETOOTH BL UETOOTH com NAVIGATOR e TRIBOX; IBOX; total liberdade de movimentos
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TEXA IBERICA BERICA DIAGNOSIS, S.A. A.
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Breves CRECORDER A ferramenta de diagnóstico remoto Crecorder, desenvolvido pela Launch Ibérica, que regista a informação relativa ao sistema de gestão do motor, enquanto o veículo circula, venceu o prémio TOP 20 Tools nos EUA, após a votação de um júri de peritos de revistas especializadas no automóvel. Os principais critérios de votação foram a elevada capacidade de potenciar a actividade dos profissionais da reparação automóvel, simplicidade de utilização, grande precisão e poupança de tempo de reparação na oficina. A partir de Setembro deste ano, o Crecorder passa a ostentar o logótipo de vencedor dos prémios TOP 20 Tools, com todo o impacto promocional que tal implica, não apenas nos EUA, mas em todo o mundo. Em termos práticos, o Crecorder consegue armazenar em dados digitais todas as incidências do funcionamento do sistema electrónico de gestão do motor, durante 24 horas. Quando se liga o Crecorder a um PC é possível analisar imediatamente o funcionamento do motor e identificar os códigos de avaria, tornando a reparação mais rápida e linear.
DA LAUNCH VENCE NOS EUA
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NOTÍCIAS Novo site
CS-Peças Auto
Está on-line desde Outubro de 2008, o novo site CS-Peças Auto. O novo conceito não passa apenas por uma renovação visual mas também por uma renovação de potencial informativo, em quantidade e qualidade. CS-Peças Auto pretende com isto continuar a acompanhar a evolução das tecnologias de informação e reforçar a sua posição de liderança no mercado de peças para automóveis. A nova página web inclui toda a informação referente a CS-Peças Auto, Parceiros, Produtos, Serviços e Novidades. Encontra-se também disponível uma área de informação restrita com todas as Campanhas/Promoções, News e Documentação Técnica, apenas para aderentes. CS-Peças Auto passa assim a residir na internet em www.cs-asv.pt
Leirilis com campanha de equipamentos
A Leirilis lançou recentemente uma campanha de alguns equipamentos oficinais da sua representada Bosch, relacionados com baterias. No âmbito desta campanha está o Comprovador de Baterias (Bat 121), os Carregadores de Baterias (BML 2415; BML 2410 FW; BAT 415; BAT 430; BSL 2470) e os Arrancadores de Baterias (BAT 250; BAT 251). Segundo a Leirilis, todos estes equipamentos terão preços líquidos muito atractivos.
Alves Bandeira comercializa Meteor
Alves Bandeira celebrou recentemente um contrato com a empresa detentora da marca Meteor para o mercado Europeu, assumindo a representação em exclusivo (distribuidor oficial) desta marca para o mercado Português. A Meteor, marca de fabrico Tailandês, apresenta-se ao mercado com uma excelente opção na relação qualidade/preço. A Meteor oferece uma vasta gama de medidas desde a jante 13 a jante 19 num total de 58 medidas no imediato, cobrindo assim as principais necessidades do mercado. Desta marca fazem parte a gama Meteor Cruiser que se destina a automóveis ligeiros de turismo, o Meteor Sport HP para automóveis desportivos e a gama de Comercias com a gama Meteor Van. De destacar que os Pneus Meteor para além da excelente apresentação dos seus pisos, tem como outro ponto forte a protecção de jante em medidas pouco vistas nas restantes marcas, o que oferece uma garantia extra de qualidade e segurança. A marca Meteor encontra-se já neste momento a ser comercializada no mercado através de um grande número de estações de serviço, oficinas automóvel e centros de manutenção automóvel que são distribuidores autorizados Alves Bandeira.
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Breves NEXA “ENGINE BAY”
A Nexa Autocolor, lançou no mercado o primeiro sistema de base aquosa destinado especificamente à repintura do interior do compartimento do motor e da bagageira, cujo valor acrescentado consiste em facilitar e tornar mais rápidas as operações complexas de pintura que se têm que efectuar nesses pontos do veículo. O novo sistema é baseado na conhecida tecnologia da Nexa Autocolor Aquabase Plus e foi estudado para tornar mais simples as reparações mais delicadas, aumentando a produtividade e rentabilidade da oficina. O sistema é aplicado em quatro fases e possui um acabamento e um activador. Além das referidas vantagens, este novo sistema não requer novos investimentos da oficina, sendo acessível a qualquer tipo de empresa reparadora.
NOTÍCIAS Filtros de partículas
Walker
A Tenneco vai lançar brevemente no mercado português os Filtros de Partículas (DPF) da Walker. Como sempre, este produto da Tenneco oferece uma gama muito completa de Filtros de Partículas, com homologação, desenvolvidos tecnologicamente quer como equipamento original quer para o aftermarket. A Tenneco está assim presente num mercado em crescimento, que representa mais de 60.000 Filtros de Partículas substituídos por ano na Europa. O DPF Walker Original permite aos instaladores substituir um DPF de Equipamento Original com um DPF comparável em qualidade e tecnologia. O DPF é uma parte integral do sistema de gestão do motor e precisa ser substituído em cada 80.000/120.000 km, dependendo do sistema e do modo de condução. O DPF Walker Original é actualmente instalado nos modelos PSA (Citröen e Peugeot), os primeiros veículos equipados com este sistema. A Tenneco vai expandir a gama DPF Walker Original num futuro próximo, e fornecerá outras tecnologias, bem como informação técnica, material impresso e treino para os seus clientes.
A ÚLTIMA VOLTA DE PAUL NEWMAN
Adepto incondicional do desporto automóvel e de situações dinâmicas e estimulantes, dentro e fora da tela, famoso actor e produtor de cinema norte-americano Paul Newman encostou definitivamente à box, depois de uma corrida contra o tempo, que durou nada menos de 83 anos. Não querendo que o seu estatuto de ícone de Hollywood interferisse com a sua paixão pelo automóvel, utilizou sempre o nome anónimo de P.L. Newman, como piloto de competição, devendo os seus sucessos na pista apenas ao seu talento e empenho pessoais, sendo considerado um competidor implacável atrás do volante. Tudo começou em 1972, quando Paul Newman venceu a primeira de muitas corridas, ao volante de um Lotus Elan, no Circuito Internacional Thompson (Connecticut's). Tinha então 47 anos, mas o seu entusiasmo pela competição automóvel estava ainda a despontar. Essa paixão manter-se-ia intacta até ao fim, tendo calçado as luvas aos 70 anos para vencer a classe e alcançar o 3º lugar da geral, nas 24Horas de Daytona, com um Ford Mustantg muito competitivo. Era nessa altura o piloto mais velho da competição. Em 2005, tornou-se o piloto mais idoso de sempre a competir numa prova oficial, aos 80 anos, na Rolex 24, em Daytona. Era o epílogo da sua carreira como piloto. Uma vida realmente com uma densidade difícil de repetir.
Novidades
Carglass
A Carglass continua en crescimento em Portugal. Só em 2008 foram inaugurados mais dois novos centros, ambos na zona de Lisboa (Oriente e Carnaxide). Agora com um site remodelado, a Carglass passou a disponibilizar outros serviços, com destaque para a possibilidade de os clientes poderem proceder à marcação do Serviço On-Line. Outras novidades são as recentes acções de formação em Lisboa e Porto em parceria com a Companhia de Seguros Allianz. Destaque ainda para o serviço móvel, disponível agora em todo o país, mas também o número verde (808 23 53 53), que torna mais fácil falar com a Carglass.
Ganchos
Bosal em carros desportivos
Quando se pensa em montar um gancho de reboque em veículos desportivos, deve-se ter em conta para a selecção e montagem do referido gancho, que este tipo de carros esteja ajustado ao desenho da gama standard do veículo, segundo uma recomendação da Bosal. Em veículos como o Seat, modelos FR e Top Sport, Renault Clio Sport RS, Mercedes AMG e BMW serie M, deve assegurarse de que o gancho pode ser montado seguindo os seguintes critérios: 1 - O modelo e a versão do carro está incluído no catálogo. 2 - No caso de ser um veículo com suspensão mais baixa, deve comprovar que a bola fique entre 35 e 42 cm do chão (com o veículo plenamente carregado). 3 - Se existem especificações técnicas de chassis no catálogo Bosal, verifique que o veículo se aplica a esse chassis. 4 - Comprove que o pára-choques não alterou a posição da matrícula. Refira-se que o aplicador deverá sempre montar ganchos homologados, de acordo com a directiva 94/20, pois os mesmos cumprem com todas as normas de segurança na montagem e na utilização.
Novo programa de
panos de limpeza e polimento
A experiência recolhida ao longo de dezenas de anos no sector das oficinas de reparação automóvel tem proporcionado à Gillcar a capacidade de poder seleccionar, de entre os melhores a nível mundial, uma extensa e diferenciada gama de produtos. A mais recente selecção de alta qualidade para Portugal provém da tecnologia holandesa, sendo um programa de panos de limpeza e de polimento, que já mereceu particular destaque na preferência dos profissionais em diversos países europeus, com destaque para: - Panos de Limpeza, impregnados de desengordurante e com elevado grau de absorção, que garantem a aplicação uniforme de dissolvente nas carroçarias com a isenção absoluta de silicones e possuem ainda uma resistência térmica até 230ºC; - Telas de Limpeza, mais conhecidas por Tack-Rag, também impregnadas, inodora e não-agressivas para a pele dos operadores, eliminam todas as impurezas na superfície das carroçarias na preparação para a pintura em qualquer sistema, nomeadamente em pinturas com tintas à Base de Água; - Panos de Polimento, com uma capacidade única de absorção e de aplicação de polishs e ceras nas carroçarias. Trata-se de panos isentos de silicone, de grande suavidade e com baixa incidência estática, o que é uma garantia de resulta dos surpreendentes.
Quimidois lança WASX
Com mais de 20 anos de experiência na indústria química, a Quimidois lançou recentemente uma nova linha de produtos de limpeza para automóvel, designada WASX. Trata-se de uma gama muito completa de produtos, tecnologicamente desenvolvidos, destinados a quem desenvolve serviços profissionais de limpeza na área automóvel. Todos os produtos da gama WASX, são desenvolvidos pela departamento de investigação e desenvolvimento da Quimidois, apresentando essa gama champôs com nano partículas e com cera de carnaúba, proporcionando por isso níveis muito elevados de limpeza. Também as embalagens foram objecto de estudo, não só por questões de segurança, mas também de manuseamento e ergonomia. Com quase vinte produtos diferentes na sua gama, os produtos WASX contemplam aditivos limpa-vidros, jantes, tablier e estofos, bem como anticongelantes de motores, aromatizantes, removedor de insectos, ambrilhantador de pneus, entre outros. Para mais informações visitar o site www.quimidois.com
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Não há teste de Primeiro Equipamento mais rigoroso que o da Fórmula 1. As lições que aprendemos por estarmos no coração do desporto reflectem-se na nossa tecnologia para a estrada. Lições tais como criar cerâmicas tão resistentes que conseguem suportar as mais exigentes condições de um motor F1 a 18.000 r.p.m.. Desta forma criámos uma gama tão avançada e abrangente de velas de ignição que garante normas de Primeiro Equipamento e de desempenho sem paralelo.
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NOTÍCIAS
Breves NEGÓCIO DA SHELL BEM LUBRIFICADO
A Shell está à frente da lista dos principais fornecedores globais de lubrificantes, com uma quota de mercado de 13%, isto é, com 2% de vantagem sobre o competidor mais próximo. Quem o afirma é um estudo de mercado da Kline & Company, relativo a 2007. A performance é notável, pois a Shell aumentou a vendas 10% no ano passado, numa altura em que o mercado global apenas cresceu 2%. O vice-presidente executivo da Shell Lubricants atribui o primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo, à tecnologia do produto e à aposta de satisfazer as expectativas dos clientes. "Estamos a colher os frutos de uma estratégia coerente, que oferece a clientes exclusivos produtos diferenciados", afirma o mesmo responsável da empresa. A região Ásia/Pacífico parece ser a principal razão deste êxito, tendo a Shell aumentado as suas vendas na China (+20%), Indonésia (+14%) e Índia (+8%). Nos EUA, a Shell continua a liderar o mercado, com uma quota de 12%. Mesmo na Europa Ocidental, onde o mercado tende globalmente a diminuir, a Shell tem vindo a aumentar as suas vendas.
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Multi Spot para reparações e uniões rápidas
Com o Multi Spot, a R-M julga ter dado a resposta à qualidade nas reparções vs rapidez no trabalho. O Multi Spot é um novo diluente para misturas com conformidade VOC (Compostos Orgânicos Voláteis), concebido para eliminar o “overspray” ou bordas secas ao misturar a tinta directa UNO HD ou qualquer dos vernizes R-M, para uma reparação rápida e invisível. Quer esteja a terminar uma pequena reparação rápida ou a unir uma reparação de vários painéis, este produto pronto para uso reduz a preparação necessária e, na maioria dos casos, elimina completamente a necessidade de polimento ulterior. Com Multi Spot, a R-M pretende atingir uma técnica eficiente de união que garanta uma reparação invisível, bem como a redução de consumo de material e melhorá-la com este novo produto que permite reduzir consideravelmente o tempo do processo. R-M Multi Spot é fornecido pronto para uso e é aplicado em uma camada imediatamente depois da aplicação da tinta directa UNO HD ou do verniz, usando-se uma pistola de spray adequada ou, no caso de uma pequena reparação, uma minipistola de reparação específica. O Multi Spot não precisa ser misturado com o verniz pronto para uso.
Novo catálogo
Monroe
A Monroe acaba de lançar o seu novo catálogo já para 2009. Como sempre, trata-se de um catálogo muito completo e bastante informativo, orientado para simplificar o processo de pesquisa. As ferramentas de diagnóstico Monroe também estão incluídas no catálogo 2009. Estes produtos de apoio, como é o caso do teste de suspensão Expert e o aparelho de testes de suspensão portátil, são ferramentas profissionais que permitem aos instaladores monitorizar a segurança dos veículos ao determinar a necessidade ou não de substituição de amortecedores dos veículos. Adicionalmente, o Programa de Treinos da Tenneco (4T) e o merchandising Monroe e materiais impressos estão pela primeira vez incluídos no catálogo de produtos. Este Catálogo Monroe 2009, está também disponível em versão PDF para download imediato (Monroe/Molas/Magnum). Para isso basta seguir este link: www.taec.nl.
Bombóleo Formação como mais valia
Mantendo a aposta nesta ferramenta importantíssima nos dias de hoje, a Bombóleo realizou mais um Curso de Sistemas de Injecção Common Rail para profissionais da área Diesel. O curso teve a duração de dois dias, sendo composto por uma componente teórica e uma grande componente prática. Os formandos foram confrontados com algumas avarias e situações reais em termos de reparação de Bombas de Alta Pressão e Injectores, tendo sido necessária a desmontagem, análise e teste destes componentes em bancos de ensaio. Até ao final do ano a Bombóleo irá realizar mais acções de formação na área diesel.
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Breves PPG DÁ UMA O imenso mercado chinês continua a atrair investimentos de vários tipos, na tentativa das empresas mais proeminentes ocuparem pontos estratégicos para o futuro. Desta vez, a PPG Industries comprou totalmente uma fábrica de produtos de repintura chinesa, incluindo a lista de clientes, tecnologia, marcas, marcas registadas e capital operativo. O montante financeiro da operação não foi divulgado, mas fontes da PPG consideram que as vantagens para o futuro compensam o investimento, uma vez que permitirão ampliar a rede de distribuição da marca, a base de clientes e o acesso a novos segmentos de mercado. A empresa adquirida, Bonny Coating, produz essencialmente tintas e primários para a indústria de reparação automóvel, devendo 40 empregados a desempenhar as suas funções, às ordens do novo patrão. Para todos os efeitos, a empresa passará a ser uma filial indirecta do Grupo PPG Industries.
"PINCELADA" NA CHINA
BOSCH APERFEIÇOA A Bosch já iniciou a produção em série de uma sistema de controlo de estabilidade específico para veículos comerciais ligeiros. O novo produto denomina-se ESP 8T e a Bosch garante que permite uma óptima estabilidade da viatura, em torno dos eixos vertical e longitudinal. Os beneficiários desta inovação são as furgonetas, pik-ups e SUVs, traduzindo-se os benefícios numa redução da distância de travagem e melhor resposta do pedal de travão, devido ao fluxo optimizado do sistema. No caso dos modelos com ABS, a nova versão do ESP reduz a pressão mais rapidamente, e permite maior controlo do veículo, principalmente em superfícies com coeficientes de atrito diferentes. O primeiro fornecimento original em grande série será para a popular Ford F 150, uma pik-up multiusos quase exclusiva do mercado norteamericano. A letra T da nova denominação ESP 8T significa Truck (camião).
ESP PARA COMERCIAIS
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NOTÍCIAS Brigada de Diagnóstico
Fiat Service
Entre os passados dias 30 de Setembro e 24 de Outubro, a Fiat desenvolveu em Portugal uma iniciativa que designou por “Brigada de Diagnóstico Fiat Service”, que decorreu em Lisboa e Porto. Tratouse basicamente de um diagnóstico gratuito a todos os clientes Fiat. Este serviço móvel de assistência deslocou-se na hora e ao local indicados pelo Cliente para verificar o estado do veículo. Um técnico da Fiat, especificamente formado para esta acção e com amplo conhecimento de toda a gama da Marca, foi quem se deslocou na carrinha “Brigada de Diagnóstico Fiat Service” ao local e hora indicados pelo Cliente. Desta acção faz parte, também, o aconselhamento prático ao Cliente que, pelo facto de ter feito o diagnóstico ao seu veículo, recebeu como oferta um vale de desconto para utilizar no seu Concessionário Fiat.
Promoção com vernizes da
A Hörmann lançou no mercado português a nova porta de enrolar DecoTherm em alumínio, essencialmente dirigida à indústria, sendo muito usada em armazéns e também em oficinas. As principais características deste produto dizem respeito ao material utilizado, à geometria dos perfis de alumínio em detalhe, ao processo de enrolamento e ao seu design. Por outro lado, a nova DecoTherm não tem a espuma de poliuretano visível e resulta de um perfil de estrutura ligeira em alumínio que contribui para que seja extremamente silenciosa, de longa duração e de reduzido desgaste e manutenção. O novo modelo impede o desperdício térmico (perda de calor) e cria a união perfeita entre perfis e enrolador, evitando os habituais pontos de pressão e fricção, graças à forma em arco das superfícies interiores e exteriores e à técnica de dobradiças. A DecoTherm em alumínio surge como uma evolução natural do modelo “classic”, o qual já era comercializado anteriormente pela Hörmann, empresa líder mundial em portas, automatismos e niveladores de cais.
Lesonal
A Akzo Nobel – Lesonal lançou no passado dia 7 de Outubro de 2008, uma campanha promocional com os seus vernizes da marca Lesonal, campanha essa, que decorrerá até ao próximo dia 7 de Dezembro de 2008. Com esta campanha promocional as oficinas e os Distribuidores Akzo Nobel – Lesonal poderão ganhar fantásticos Coletes – Jaquetas alusivos aos 150 anos da marca. Informações mais detalhadas sobre esta campanha junto dos Distribuidores da Akzo Nobel – Lesonal.
Clientes da
Hörmann lança DecoTherm
Autozitânia visitam Glaser
No passado mês de Setembro, responsáveis da Autozitânia visitaram juntamente com alguns clientes a fábrica de juntas Glaser situada em Zaragoza (Espanha). A visita teve como objectivos melhorar o conhecimento do fabrico das juntas e estreitar ainda mais a relação entre as duas empresas. A visita de três dias encerrou com uma ida à Expo Zaragoza.
TRW lança Proequip para pesados
A TRW Automotive Aftermarket revelou um novo nome para o seu programa Europeu de produtos para veículos pesados (HCV): “TRW Proequip”. O programa foi lançado sob o slogan “introduzindo um novo peso pesado”. A sub marca cria uma identidade própria e diferencia o programa HCV do programa da TRW para carros de passageiros. Mark Thorpe, Marketing Manager do canal HCV da TRW Europa, disse: “A TRW tem sido o gigante adormecido nesta área. Temos uma gama de produtos HCV para o aftermarket, direcção e suspensão há três anos e um programa de pastilhas há quatro anos, mas chegou a altura de expandir e melhorar esta gama e premiá-la com uma identidade única para complementar os grandes “players” nesta arena. “O nosso principal objectivo é estabelecer um programa no mercado europeu de veículos comerciais e estabelecer a marca TRW HCV como líder de mercado nas tecnologias escolhidas de travagem, direcção e suspensão. Nós desejamos dotar o programa TRW Proequip com a qualidade OE de todos os construtores para distribuidores, frotas e mecânicos, e mostrar que a TRW é especialista no mercado de veículos pesados devido ao seu conhecimento, experiência e “pedigree” OE. Em última análise queremos desenvolver o programa HCV para que seja abrangentemente reconhecido como já acontece com os produtos TRW para carros de passageiros”.
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Com discos de travão TRW, não são só os condutores que se sentem mais seguros na estrada.
Enquanto pioneira no mundo da travagem, a TRW está empenhada em produzir os discos de travão mais seguros e com a mais elevada qualidade. Ao utilizar apenas os melhores materiais de fundição e testar exaustivamente os discos de travão, a TRW garante aos seus clientes segurança, desempenho e conforto excepcionais. Peças excepcionais constroem-se com materiais e processos excepcionais. Na produção dos discos de travão, a TRW utiliza a mais recente tecnologia, desenvolvida para os fabricantes de veículos, nas suas fábricas na Europa. Devido ao seu compromisso com a qualidade, a TRW continua a estabelecer o padrão de segurança. O que faz com que os discos de travão da TRW sejam sempre a escolha certa, para todos os que circulam na estrada. www.trw-eos.com
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Monroe Quick Strut
A Monroe lançou na Automekanicha a linha de suspensão Quick-Strut, que consiste num pacote completo, incluindo amortecedores, molas, espaçador e até molas de assento. Este sistema aumenta a segurança do instalador, bem como a qualidade de trabalho. Trata-se de um conceito desenvolvido com vista a simular o tipo de suspensão MacPhersons, actualmente presente como Equipamento Original na maioria dos veículos. O objectivo da Monroe com o lançamento deste novo produto é aumentar o seu negócio no pós-venda. O Monroe Quick-Strut é um produto que permite aos condutores substituirem todo o sistema de suspensão apenas com dois conjuntos, o direito e o esquerdo. É a solução ideal para os profissionais que pretendem beneficiar de uma instalação rápida e segura, proporcionando-lhes, além disso, um maior grau de conforto. Com o Monroe Quick-Strut, o tempo de substituição é reduzido significativamente. Substituir dois amortecedores é, pelo menos, três vezes mais rápido do que a média de substituição de dois amortecedores e respectivas partes (neste caso, a totalidade do sistema de suspensão). Não são necessárias ferramentas especiais para instalar o Monroe Quick-Strut e o processo minimiza os riscos para o instalador.
Precision comemora 7º aniversário
Segurança em suspensão e direcção Os principais construtores de veículos de passageiros confiam na nossa experiência. Anos de experiência em suspensão e direcção falam
O primeiro centro da Precision Oficina Automóvel na Península Ibérica fez, recentemente, 7 anos. A abertura em Outubro de 2001 do Precision Alameda iniciou um processo de expansão que resultou no desenvolvimento de uma verdadeira rede nacional de oficinas, rompendo com os paradigmas de um sector tradicionalmente pouco inovador. A Precision é uma marca de oficinas pertencente à empresa de capitais portugueses Precision Ibéria, que detém os direitos de franchising para Portugal, Espanha, Angola e Moçambique da norte americana P.A.C.I. – Precision Auto Care INC. Fundada em 1976, a PACI presta serviços completos de reparação automóvel a mais de 2,5 milhões de condutores por ano, através de uma rede superior a 400 centros, presentes em 11 países. A Precision baseia a sua relação com o Cliente na transparência, atendimento personalizado, proximidade, horários convenientes e na elevada qualificação dos seus técnicos. Encarando a formação técnica e comportamental dos seus colaboradores como uma prioridade estratégica, a Precision Ibéria criou a Academia Precision, que funciona com três ciclos anuais, seguidos de uma época de exames e de uma fase de certificação, à semelhança das escolas e universidades. Em 2007 foram ministradas mais de 11.000 horas de formação em sala e 500 horas nos postos de trabalho, assegurando aos colaboradores competências técnicas multimarca muito elevadas.
por si mesmo. LEMFÖRDER, a marca da origem no mercado independente”
www.zf-trading.es
Japanparts recebe visita de clientes
A Japanparts recebeu a visita de 35 dos melhores distribuidores, no seu novo Centro Logístico localizado em Verona, Itália, onde se inclui um armazém de 14.000 m2 totalmente mecanizado (busca automática) e cerca de 2.000 m2 de escritórios. Luca Finetto, fundador e Director-Geral da empresa, foi o anfitrião da visita efectuada às instalações, que incluiu uma apresentação do novo catálogo, agora disponível informaticamente. Com as duas marcas, Japanparts e Ashika, a empresa possui actualmente uma gama completa de produtos, tanto para mecânica (filtros, pastilhas de travão, hidráulica de travões, amortecedores, embraiagens, etc.), como para reparação de motores (êmbolos, cabeças, bronzes, etc.), ou ainda para electricidade (motores de arranque, alternadores, velas de ignição e de incandescência, etc.). Para corresponder a este fluxo incessante da oferta disponibilizada ao mercado, a Japanparts tem disponível desde 2005 todos os seus catálogos on-line na plataforma de comércio electrónico TecDoc, com dois sites diferentes na Internet (www.japanparts.it e www.ashika.it).
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Breves EUROPA QUER EMISSÕES DE CO2 ATÉ 120G
A comissão do Meio Ambiente do Parlamento Europeu deu provimento à proposta da CE, no sentido de se alcançarem os 120g/km, no máximo, a partir de 2012, considerando que os actuais 160g/km já estão fora de prazo. O membros desta comissão foram mesmo além da propostas da CE, exigindo que sejam criadas multas para os fabricantes que ultrapassem esse limite. Esta legislação faz parte de um pacote legislativo que Bruxelas pretende por em prática, no sentido de reduzir as emissões de CO2 até 20%, em 2020. A comissão de Meio Ambiente do PE, que votou favoravelmente por 46/19 votos, pretende que as metas sejam aplicadas a veículos de passageiros e industriais pesados ao mesmo tempo, tendo referido que são necessárias novas tecnologias, como sejam pneus mais avançados e aumento do consumo de biocombustíveis, entre outras. Os eurodeputados acordaram que o objectivo a partir de Janeiro de 2020 deve ser 95g/km, devendo as multas começar por € 20 por cada g/km a mais, já em 2012, para chegar progressivamente aos € 95 a partir de 2015.
CARTOGRAFIA A marca Tele Atlas, fornecedor global de cartografia digital e conteúdos dinâmicos para soluções de navegação/localização, vai passar a distribuir um sistema de cálculo de rotas baseado na velocidade real de circulação, em vez de considerar os limites legais de velocidade para cada via, como vinha sucedendo. Esta nova solução foi desenvolvida a partir de dados fornecidos por utilizadores de sistemas TomTom em 25 países e permitirá aos condutores encontrar melhor rota em cada momento, pois levará em conta todos os elementos pertinentes (semáforos, rotundas, stops, engarrafamentos, confusões, etc.) para a duração do trajecto, garantindo o percurso mais curto, mais económico e com um consumo mais eficiente.
ADAPTADA À VELOCIDADE REAL
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NOTÍCIAS Nova campanha promocional
SACHS e BOGE
Inauguração
CS Portalegre
Até ao próximo dia 20 de Novembro, as oficinas de Portugal podem ganhar uma prática Memória USB de 1 GB de capacidade. Para obter o presente cada oficina deverá dirigir-se ao seu distribuidor habitual de produtos SACHS e BOGE, que darão 1 memória USB por cada 2 Amortecedores de Turismo SACHS ou BOGE, ou por 1 Kit de Embraiagem SACHS de Turismo que comprem. Desta forma a ZF Trading Ibérica cuida uma vez mais das oficinas e premeia a sua fidelidade, com uma nova campanha promocional a nível nacional. A ZF Trading Ibérica dispõe de uma oferta completa de peças para o mercado de substituição e comercializa em Portugal os seus produtos sob as seguintes marcas: SACHS (amortecedores e embraiagens), LEMFÖRDER (Peças de suspensão e direcção, peças de borracha-metal e elevadores de vidros (manuais e eléctricos)), e BOGE (amortecedores).
A CS-Peças Auto acaba de inaugurar mais uma loja. O novo estabelecimento situa-se em Portalegre e fortalece a presença CS no interior do país. A funcionar desde 27 de Outubro de 2008, CS Portalegre conta com uma área total de 400 m2 e uma oferta de mais de 60 marcas e 50.000 referências de produto. CS disponibiliza um atendimento técnico, rápido e personalizado, oferecendo todas as últimas novidades do mercado com a garantia de qualidade a preços competitivos. CS-Peças Auto continua a apostar na proximidade com os seus parceiros de negócio, no fortalecimento de relações comerciais e no aumento da eficácia e eficiência de atendimento. A nova loja CS Portalegre fica situada na Zona Industrial de Portalegre, Av. Francisco Fino, nº 24. Telefone: 245.009.130 / email: csportalegre@cs-veiculos.pt
TRW easycheck
Elefante Azul prossegue expansão
A TRW lançou o easycheck, uma ferramenta electrónica de serviço, de intervenção manual, com uma impressionante gama de funções. Completamente portátil, pode ler e eliminar códigos de avaria e fazer intervenções no local – poupando tempo e dinheiro. Basta seleccionar as funções que precisa de imediato e, simplesmente, adicionar mais funções quando necessitar. Lê e elimina códigos de avaria e realiza intervenções para: - Travões: Travão de Estacionamento eléctrico e ABS. Incluindo verificações ao funcionamento do travão e substituição das partilhas do travão; - Climatização: Sistemas de Controlo Automático de Climatização; - Scan: Funcionalidade de Diagnóstico de Bordo Europeu exaustivo, incluindo dados activos, dados freeze frame, funcionamento do actuador, etc. Tem também uma extensa gama de códigos específicos do fabricante; - Serviço: Restauro dos dados do intervalo de manutenção e das luzes de aviso; - SRS: Sistema de airbag e pré-tensores.
Elefante Azul, a rede europeia de centros de lavagem automóvel com sistema de alta pressão, inaugurou o seu quinto centro em Marrocos e terceiro na cidade de Casablanca. Nos primeiros seis meses do ano, os valores de facturação dos centros marroquinos alcançaram valores na ordem dos 2.300 Euros por pista. Atendendo que cada centro tem uma média de três pistas, cada centro individualmente factura cerca de 7.000 Euros mensais, valores equiparáveis aos resultados do Elefante Azul na Península Ibérica e nos restantes países europeus em que opera (França, Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Itália, Noruega, Holanda e Suíça). Actualmente, Elefante Azul dispõe de 60 centros de lavagem em Portugal - 2 próprios e 58 em Franchise.
Brembo Compra 50% da BCBS à Daimler
A Brembo, líder em sistemas de travão de alta performance, assinou um acordo com a Daimler para adquirir 50% da Brembo Ceramic Brake Systems S.p.A. (BCBS), até agora uma joint-venture 5050%. Com base no acordo da joint-venture e num quadro de negociações mais amplas com a Daimler, o preço acordado é de 9 milhões de euros. A BCBS é líder no design, desenvolvimento e produção de discos de travão em Carbono/Cerâmica. A BCBS aprovou novos investimentos de mais de 10 milhões de euros para duplicar a sua capacidade de produção até 2009. A BCBS tem vindo a desenhar, desenvolver e fabricar discos de travão em Carbono/Cerâmica desde 2004 e deverá fechar o ano corrente com vendas de cerca de 27 milhões de euros, um lucro líquido a rondar o break even depois de custos de Pesquisa e Desenvolvimento iguais a 10% das vendas e com uma dívida líquida de cerca de 6 milhões de euros.
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NOTÍCIAS
Breves INOVAÇÃO É O MOTOR DA MANN+HUMMEL
A actividade e investigação de desenvolvimento de produtos é um dos factores mais importantes do sucesso da empresa alemã Mann+Hummel, absorvendo anualmente 4% do total da facturação e ocupando cerca de 700 colaboradores especializados. É este esforço que permite à empresa manter-se na linha da frente. A inovação passa na Mann+Hummel por três conceitos básicos: Gestão de inovações - Neste sector são estudados materiais, meios filtrantes e processos de filtragem, para além do design acústico. Paralelamente a esta actividade reflexiva, são desenvolvidos, avaliados e testados os processos e tecnologias necessários para obter os produtos; Desenvolvimento avançado Contrariamente à gestão das inovações, onde são identificadas as tendências correctas, nesta fase são desenvolvidos os produtos e sistemas correspondentes, ainda sem nenhum pedido específico de nenhum cliente; Projectos de desenvolvimento - Nesta fase, são os clientes que avançam com as suas necessidades concretas, para as quais a Mann+Hummel tem que encontrar soluções.
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Novidades
A. Nascimento
As embraiagens Egro, comercializadas pela A. Nascimento, destinam-se a aplicações industriais, como sejam camiões, autocarros e tractores. Trata-se de um produto para o Aftermarket, com qualidade equivalente, reconhecido pelo regulamento 1400/2002 da Comissão Europeia. Para garantir a qualidade, a empresa é também ela certificada através da norma ISO 9001:2000, no que diz respeito às áreas de desenho, desenvolvimento, fabricação de embraiagens e seus componentes. Também estão disponíveis na mesma empresa, os escapes para Camião do fabricantes italiano Asso. Como um gama extensa e muito completa, o fabicantes de escapes Asso é certificado pela norma ISO 9001:2000.
Campanha
Auto Sueco para camiões
Consciente das necessidades dos seus clientes nesta altura do ano, a Unidade de Negócio de Componentes da Auto Sueco e Rede Nacional de Concessionários de Camiões e Autocarros Volvo promovem uma redução de 15% sobre o Preço de Venda ao Público do Anticongelante Volvo e 10% sobre o Preço de Venda ao Público das Escovas limpa pára-brisas Volvo. Presente em toda a Rede Nacional de Concessionários de Camiões e Autocarros Volvo, esta Promoção, com início a 1 de Outubro, estende-se até 28 de Fevereiro de 2009.
Sifeca com catalisadores Bosal
Fedima Soma e Segue
A equipa de Mário Andrade, venceu de novo as 24 horas TT de França com pneus Fedima Partner. Entre as mais de 100 viaturas presentes (cerca de 350 pilotos) o destaque acabou por ser para o Renault da equipa de Mário Andrade, que continua a coleccionar vitórias no TT, utilizando os pneus Fedima. A Fedima voltará a marcar presença, com a mesma equipa, na 11º Edição das 24 horas TT em Portugal, na Vila de Fronteira, que se realizará nos dias 28,29 e 30 de Novembro. PUB
Sediada em Santarém, a Sifeca disponibiliza para o mercado oficinal catalisadores específicos para veículos a diesel e a gasolina da Bosal. Refira-se que a Bosal possui mais de 900 conversores catalíticos diferentes, que cobrem praticamente todos os veículos a gasolina e diesel. Para motores de gasolina, Bosal desenvolveu o seu próprio conversor catalítico de fluxo radial com uma carcaça inovativa de metal. O conceito de fluxo radial assegura uma distribuição uniforme do fluxo do gás no conversor. Para os motores diesel, a Bosal desenvolveu o seu próprio conversor catalítico diesel de fluxo axial, usando igualmente a tecnologia inovativa da carcaça de metal. A Sifeca tem agora em stock as referências mais “consumidas” pelo mercado, mas em apenas 24 horas poderá fornecer a referência que o cliente entender.
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Breves SENSORES ULTRASÓNICOS HELLA
O conhecido fornecedor alemão de componentes de iluminação, electricidade e electrónica Hella acaba de ampliar a sua oferta, por intermédio de um sensor de óleo do motor, o qual permite optimizar o funcionamento do motor e poupar combustível, reduzindo ainda as emissões de escape. Prevista para estar no mercado em 2010, a nova geração de sensores de óleo Hella PLUS (Packaged Ultrsonic Level Sensor), já está a ser fornecida de origem em vários modelos europeus topo de gama desde 2006, permite efectuar a indispensável verificação remota do nível de óleo do motor, sem recorrer à tradicional vareta do nível de óleo. De facto, com o sensor Hella PLUS, o condutor consegue verificar o nível de óleo em qualquer oportunidade, sem abrir o capot, sem ter que parar o carro ou sujar as mãos, através de um prático indicador de nível do óleo, situado no painel de instrumentos. Além de indicar o nível do óleo, o novo sensor Hella PLUS também confere as propriedades essenciais do óleo (viscosidade, densidade, conductibilidade eléctrica).
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NOTÍCIAS “Uni car” novo concessinário Skoda
A “Uni Car” é o novo Concessionário Škoda na cidade de Gaia. Para além do stand de exposição dos veículos da gama Skoda, dispõe ainda de instalações de Serviço Após-Venda, reforçando a presença da Marca na região de Gaia. Com sede na Rua da Chavinha nº 454, em Gaia, a “Uni car” dispõe de amplas instalações que reúnem as funções de Vendas e de Serviço de acordo com os padrões da Skoda, disponibilizando ainda as peças de origem e acessórios da Marca.
Tomarpeças investe na qualificação
A profissionalização e qualificação das pessoas são factores de extrema importância para a Tomarpeças. Nesse sentido tiveram lugar nas instalações de Tomar diversas acções de formação destinadas especificamente aos colaboradores do Grupo. Essas acções decorreram nos meses de Junho a Setembro, em horário pós laboral e visaram questões técnicos-comerciais nas áreas de lubrificantes, embraiagem, travagem e distribuição. Para isso a Tomarpeças teve a colaboração do Grupo Shaeffler (LuK / INA / FAG), da Quinton Hazell, da SKF, da BP / Castrol e da Gulf. Estas acções de formação irão ser alargadas a todos os clientes da Tomarpeças durante o ano de 2009, no âmbito das comemorações dos seus 25 anos de actividade.
Ted apresenta novidade Facom
A Ted – Sociedade de Representações, Lda, apresenta no mercado o novo Roquete J.360 da Facom. Este novo produto da conhecida marca de ferramentas apresenta uma cabo rotativo duas vezes mais rápido que o actualmente disponível. Outra das novidades desta ferramenta é o sistema de bloqueio da chave, importante em termos de segurança, mas também o nível de conforto, através do sistema palma da mão, que permite apoiar na cabeça do roquete durante o aperto evitando as inversões acidentais. Mais informações em www.ted.pt.
Campanha
RINO
A rede de oficinas de manutenção e reparação automóvel RINO, lançou uma campanha de escovas limpa pára-brisas, composta por dois packs: Pack 1 - Na compra de 60 jogos de "Valeo Compact" Oferta de 1 cx de 24 embalagens de líquido limpa vidros Exa Peças e 1 expositor; Pack 2 - Na compra de 75 jogos "Valeo Silencio X.TRM" oferta de 1 cx de 24 embalagens de líquido limpa vidros Exa Peças e 1 expositor; Pack 1 + Pack 2 - Oferta de 2 cx de 24 embalagens de líquido limpa vidros + 1 Kit Luc Alphant.
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“Equipamento de diagnóstico Bosch eu Confio na Melhor Marca” Pedro Lamy, piloto de automóveis
Pedro Lamy confia na melhor marca e as oficinas também.
Uma vez mais os profissionais das oficinas automóveis premiaram o equipamento de diagnóstico da Bosch, atribuindo-lhe o Troféu de Melhor Marca 2008. Desta vez, os equipamentos distinguidos foram: • Equipamentos de diagnóstico de motores • Analisadores de gases de escape • Opacímetros • Aparelhos de manutenção de ar condicionado • Alinhadores de direcção • Linhas de pré-inspecção • Frenómetros Esta distinção de Melhor Marca 2008, concedida à Bosch pelas oficinas que diariamente avaliam a qualidade dos nossos equipamentos, é para nós mais um incentivo para continuarmos a inovar e a desenvolver novos produtos de vanguarda, num mercado em constante evolução. O nosso agradecimento a todos os profissionais do automóvel que nos distinguiram com estes troféus.
www.bosch-automotive.pt.com
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AZ Auto realiza formação Diesel
A Academia de Formação da AZ Auto realizou mais uma importante e bem sucedida acção de formação no passado dia 9 de Outubro nas instalações da empresa Servidiesel, um dos mais importantes especialistas na reparação de sistemas Diesel. O tema lançado pela Academia de Formação da AZ Auto centrou-se na Gestão do Motor Diesel e o público-alvo foram os clientes oficinais, mais concretamente os técnicos auto com experiência em assistência a motores de automóveis com sistemas Diesel de injecção directa. Esta formação teve a sua componente teórica baseada num manual cujo conteúdo foi desenvolvido pela Academia de Formação da AZ Auto e ministrado pelo Engº Pedro Rosa, formador da Academia. A importância da actualização de conhecimentos e de um investimento tecnológico adequado foram questões amplamente valorizadas por todos os formandos que apesar de já terem participado noutras formações Diesel consideraram que esta em particular se destacou pelo seu carácter actual, dinamizador e altamente profissional - muito útil para o diagnóstico de avarias. Ao longo deste ano a Academia de Formação da AZ Auto já realizou 9 acções de formação onde se formaram mais de 100 profissionais e o resultado final é uníssono: os profissionais da reparação apreciam e valorizam a formação, apelando a que se realizem mais e novas acções.
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NOTÍCIAS AltaRoda lança ESCO "Maxi"
A empresa Altaroda apresentou as “garras” descoladoras “Maxi” para pneus de tractor e engenharia civil, ideais para assistência no exterior, assumindo-se como uma revolução. São da marca ESCO com origem nos Estados Unidos. O destalonador "Maxi" foi recentemente redesenhado, trabalhando em todas as rodas de três peças que substituem as rodas mais antigas de 5 peças. Desenhado para trabalhar na frente ou traseira, sem anexos ou acessórios. A unidade agarra-se facilmente à roda. Este dispositivo descola até os mais difíceis talões. As oficin a s de carroçaria muitas vezes criam uma afinidade com determinados produtos, especialmente com a subcapa do primário de uso geral, que pode vir a tornar-se um produto favorito dos pintores, para utilização numa ampla gama de trabalhos de rectificação/acabamento. Tendo isto em mente, a equipa de Investigação e Desenvolvimento da R-M desenvolveu o Perfectfiller e certificou-se de que esta subcapa de primário é não apenas confiável mas também de utilização muito fácil, graças à proporção de mistura standard, utilizando os mais recentes endurecedores de primário D 70 (rápido) e D 80 (normal). Perfectfiller foi formulado em cinzento médio para proporcionar uma capacidade de encobrimento óptima para as cores finais mais populares e a sua excelente dispersão por spray faz com que sejam necessárias apenas duas camadas de spray, em vez das habituais três aplicações com primários de lixamento normal, economizando assim tempo e material. Em caso de necessidade de uma maior espessura de filme para cobrir defeitos maiores, é também possível aplicar Perfectfiller em spray com 3 camadas. Economiza-se ainda mais tempo com a eliminação da aplicação de um primário de lixamento quando este revela pequenas áreas de metal nu, visto que Perfectfiller pode ser aplicado a estas áreas.
R-M
lança subcapa Perfectfiller Grey
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O programa completo
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Breves
NOTÍCIAS Glassdrive cresce em Viseu
CENTRO DE FORMAÇÃO BASF EM SHANGHAI
O novo centro de formação da BASF Coatings de Shanghai visa corresponder à crescente procura de pintores profissionais de repintura automóvel e outros elementos indispensáveis nas oficinas de carroçaria/repintura. Este novo centro irá permitir à marca apresentar na China as soluções de repintura mais avançadas do mercado, incluindo produtos de alta qualidade, as melhores técnicas de aplicação e um programa de formação permanente. Efectivamente, a reparação dos novos modelos é uma actividade exigente e complexa, que não pode ser levada a cabo através de processos empíricos. Com este centro, a BASF Coatings presta um excelente contributo à qualificação profissional na China, disponibilizando os produtos e processos de aplicação requeridos pelas melhores marcas de veículos (MercedesBenz, Audi, VW, Peugeot/Citroen, entre outras marcas líderes). O Centro de Formação da BASF Coatings está previsto para formar até 600 especialistas por ano. Recorde-se que a empresa tem mais de 47 centros de formação em todo o mundo.
A Glassdrive está em mudança em terras de Viriato. Com a importância de uma capital de distrito, impulsionada por todo o desenvolvimento empresarial desta região, era imprescindível a busca de novas instalações por parte da Glassdrive. As antigas já não eram as mais apropriadas, não permitiam um serviço com o nível de qualidade pretendido pela própria empresa. Daí a mudança inevitável para uma nave de grande visibilidade e luminosidade, com uma área de 500 m2, e com todas as condições necessárias e exigíveis. Localizado à face da Estrada do Caçador, via de referência em Viseu, esta nova unidade da Glassdrive está preparada para serviços a veículos pesados, bem como, com os mais recentes equipamentos para a reparação do vidro automóvel e para aplicação de película solar homologada.
Carregadores de baterias
CTEK
Atenta às necessidades das pessoas e dos profissionais, a Lisnova, disponibiliza para o mercado uma gama de carregadores de arranque da marca sueca CTEK. Os carregadores CTEK são totalmente automáticos pois analisam, corrigem, carregam e efectuam a manutenção de todos os tipos de baterias chumbo-ácido proporcionando uma grande facilidade de utilização. A gama de carregadores é muito vasta existindo modelos específicos para baterias de 6 volts até 24 volts, porém o destaque vai para o carregador Multi XS 25000 especialmente vocacionado para utilização em oficinas.
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Escovas Flat Blade da
Nipparts em exclusivo
Entrou no passado mês de Outubro no stock do Grupo Tomarpeças a linha de escovas tipo Flat Blade da Nipparts. Esta linha, composta por uma quantidade reduzida de referências (apenas 9), mas com uma enorme abrangência, permite uma excelente cobertura do parque automóvel. As escovas Flat Blade da Nipparts vão desde a de 40cm até à de 65cm e têm uma aplicabilidade universal, permitindo substituir a escova limpa vidros tradicional por uma cuja principal característica é uma menor resistência à deslocação do ar o que permite uma maior aderência ao pára-brisas.
Carlife abre em Águeda
A Carlife abriu um novo centro que foi inaugurado em Águeda no passado dia 15 Setembro. A CarLife é uma rede de Centros Auto em regime de franchising, independente, 100% portuguesa, cuja actividade assenta no Fast Fit (serviços rápidos) do âmbito automóvel, manutenção e reparação. Actualmente a rede Carlife possui diversas unidades de Norte a Sul do país, nomeadamente no Porto, Lisboa, Beja e agora Águeda. O responsável deste nova unidade Carlife é António José, que pertence à AJAP – Automóveis, Lda.
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Breves DESENVOLVIMENTO DA CONTINENTAL NA ÁSIA
Uma nova fábrica de componentes e sistemas electrónicos vai ser activada pela Continental, um dos cinco principais fornecedores do sector automóvel, na localidade filipina de Calamba, onde o grupo já possuía outra unidade produtiva. O investimento aproximado da iniciativa é de € 23 milhões, confirmando empenho da Continental em posicionar-se no mercado asiático, especialmente na zona ASEAN, que apresenta um potencial enorme. De qualquer forma, este investimento confirma o crescimento global do Grupo Continental, criando 800 novos empregos em 2009, para além da equipa de 585 colaboradores que a empresa já tem em Calamba (Filipinas), onde já opera desde 2004, na área dos componentes de chassis, motor e segurança. Quando iniciar a produção, a nova unidade da Continental irá fabricar anualmente 6 milhões de módulos de sensores em 3 linhas de produção, mais 1,3 milhões de módulos de controlo de transmissão, noutras 2 linhas produtivas.
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NOTÍCIAS Goodyear lança o pneu OptiGrip
A Goodyear apresentou o OptiGrip, um pneu de Verão inovador que oferece um excelente desempenho, nomeadamente a nível de travagem em piso molhado, resistência ao aquaplaning e aderência em piso molhado, mesmo quando o pneu já está bastante usado. A abordagem da Goodyear a problemas resultantes de pneus usados ganha forma no novo OptiGrip, com a inovadora SmartWear Technology. A SmartWear Technology foi especificamente desenvolvida para que, à medida que o piso superficial do pneu fica gasto, surjam novos compostos e sulcos para manter o desempenho em piso molhado e resistência ao aquaplaning a um nível elevado. Desta forma, o novo OptiGrip mantém um bom desempenho mesmo depois de bastante usado. O OptiGrip, que foi testado pela organização alemã independente TÜV SÜD Automotive, confere tranquilidade aos condutores, oferecendo-lhes um pneu que continua a apresentar um desempenho excepcional durante toda a sua vida útil.
Número de
Campanha Outono / Inverno
Spies Hecker
A Spies Hecker lançou uma campanha promocional de produtos, em vigor até ao final do ano 2008. Esta campanha, destinada às oficinas de reparação automóvel. Consiste na compra de um pacote de produtos, numa só encomenda, constituído por 24 Lts de Endurecedor + 36 Kg de Betume + 30 Lts de Aparelho + 30 Lts de Verniz, recebendo em troca uma Pistola de Pintura DeVilbiss GTi Pro Clear. O cliente apenas terá que comprovar a compra através do envio da respectiva factura para o fax do Serviço a Clientes da Spies Hecker, que procederá ao envio da respectiva pistola directamente para o nome de contacto e morada da factura. Os produtos em campanha são os seguintes: PS Verniz HS Optimum 8600; PS Verniz HS 8035; PS Verniz HS 8030; PS Aparelho HS Premium 5310; PS Aparelho HS m-s-m 5330; PS Aparelho HS Express 5250; RD Betume IR Premium 2035; PS Endurecedores HS 3307, 3309, 3310; PS Endurecedores VHS 3220, 3225, 3230, 3240
VFV recebidos cresceu 178% no 1º semestre
No 1º semestre deste ano foram entregues nos centros da rede Valorcar, um total de 47 581 Veículos em Fim de Vida (VFV), mais 30 454 VFV do que no período homólogo de 2007, o que corresponde a uma subida da ordem dos 178%. Assim, destaca-se que nos primeiros seis meses de 2008 foram já recebidos mais VFV do que em todo o ano passado. As princi-
pais origens dos VFV recebidos em 2008 foram os particulares, com 26 605 VFV, o programa de incentivo fiscal ao abate (entrega de um VFV com mais de 10 anos e aquisição de um veículo novo), com 12 672 VFV, e os municípios (veículos recolhidos por estarem abandonados e das frotas municipais), com 5 824 VFV.
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Glasurit
anuncia as novas tendências de cores
Segundo um estudo elaborado pelo fabricante de sistemas de pintura Glasurit, os tons discretos irão prevalecer nas carroçarias dos automóveis, durante os próximos anos. Também não haverá mudanças radicais nas tendências que se verificam neste momento, no que respeita a cores para carros. As alterações que se verificarem serão quase sempre discretas e graduais. A maior consciência ecológica da população está, efectivamente, a pautar de forma acentuada as tendências e comportamentos da sociedade europeia e a indústria automóvel está a seguir os mesmos passos. Contudo, paralelamente a um maior respeito pelo meio ambiente, outra tendência está a emergir lentamente: os recursos materiais e a necessidade de poupar. A convergência destas duas tendência está a levar a indústria automóvel a encaminhar-se para os veículos eléctricos, que ainda têm um custo elevado. Para satisfazer novas camadas de consumidores, os construtores do Leste Europeu e da Ásia estão a lançar pequenos carros de baixo custo no mercado. Tudo se mantém, pois em aberto. No que se refere a cores, no entanto, as cores dos carros novos matriculados não estão a mudar significativamente. Com efeito, o preto e o prateado dominam as preferências dos condutores europeus. O azul, o vermelho e o branco são as outras cores preferidas, a uma certa distância das primeiras. Para que não se entre numa certa monotonia, as variantes destas cores poderão tornar-se mais emocionais, com ligeiras variações, que evocam sentimentos diferentes.
ANECRA defende qualificação da mão-de-obra
A ANECRA, consciente de que a Formação Profissional, é um factor que permite o aumento da competitividade e produtividade do tecido empresarial do sector automóvel, candidatou-se no início de 2008, ao Plano Integrado de Formação, coordenado pela CCP, para levar a cabo acções de formação co-financiadas, no biénio 2008-2009, aplicável tanto aos profissionais do Comércio, como da Reparação e da Manutenção Automóvel, no âmbito do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH). Contudo, a ANECRA manifestou-se altamente preocupada com a informação de cortes muito avultados e incompreensíveis, nas candidaturas referentes à Região Norte e à Região de Lisboa e Vale do Tejo, em que se julga saber ser intenção do Governo, suprimir a formação da área da Reparação Automóvel. A ANECRA lamentou não só, o grande atraso nos processos de aprovação destas candidaturas, como e, fundamentalmente, manifestou o seu profundo descontentamento e por estas situações, ciente de que a aposta do Governo e do novo Quadro Comunitário, em elevar as qualificações dos trabalhadores portugueses, não está a ter em consideração o facto de a mão de obra do sector automóvel ser extremamente carenciada de formação profissional, assumindo-se assim o sector como aquele em que se torna mais premente formar e elevar as qualificações, dos respectivos profissionais, em especial na área da reparação e da manutenção automóvel.
Runkel & Andrade promove Challenge Bosch
A Runkel & Andrade lançou um Challenge de vendas direccionado aos seus Clientes preferenciais Bosch de Norte a Sul do País e Ilhas, válido de Outubro a Dezembro do corrente ano. A mecânica do mesmo consiste no atingimento de objectivo de compras, para o qual todos os produtos de marca Bosch (equipamento oficinal excluído) são considerados. Mais detalhadamente, existem 2 níveis de objectivo a alcançar e a realização de um deles dará direito a um Brinde Prestígio. No primeiro patamar o Cliente poderá ganhar um prático Televisor TFT 7" com ecran ultraplano e sintonizador de TV incorporado. Para o nível seguinte está reservada uma fantástica Playstation 3. De referir que os prémios não são acumuláveis. Este desafio tem como finalidade proporcionar aos Clientes da empresa a oportunidade de conquistar brindes de valor bastante atractivo, premiando assim a sua fidelização e confiança no serviço prestado pela Runkel.
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NOTÍCIAS
Breves NOVO CATÁLOGO DAYCO
Aproveitando a sua presença na Automechanika, a Dayco lançou no mercado o sem novo catálogo de produtos, cuja inovação consiste em compilar num só volume as correias e acessórios de distribuição, com as correias e acessórios auxiliares, que irá facilitar a consulta por parte dos profissionais de reparação automóvel. Este catálogo está organizado em diversas secções e traz as marcas de veículos classificadas por ordem alfabética, dispondo de fotografias dos produtos e dimensões de todos os componentes rígidos.
ZF ADQUIRE A CHERRY CORPORATION
O fabricante de componentes electrónicos Cherry Corporation, situado em Auerbach (Alemanha), passou a integrar o Grupo ZF. Em 2007, a empresa agora adquirida facturou € 250 milhões e possui uma equipa de 3.100 colaboradores. Peter Cherry, o proprietário da empresa, não se mostra minimamente preocupado com a aquisição, pois a integração no Grupo ZF tem um grande valor estratégico, na medida em que permite ampliar a carteira de clientes da sua fábrica.
WD-40
Valorpneu
lança um novo expositor
tem novo Site
A WD-40 lançou no mercado um novo expositor de gama que tem capacidade para todos os produtos da empresa em muito pouco espaço. Com o objectivo de facilitar aos clientes a exibição dos seus produtos, a WD-40 desenhou e fabricou este novo expositor com o qual consegue uma melhor visibilidade de toda a sua gama de produtos, tanto da marca WD-40 como da 3-EN-UNO, num espaço reduzido de 42 x 49 cm. O novo expositor destaca-se também pela sua resistência que se deve ao facto de ser fabricado em ferro, pela sua fácil montagem e também pela sua mobilidade uma vez que possui rodas que permitem o seu transporte para qualquer lado. Ainda assim, dispõe de cinco prateleiras onde colocar a mercadoria, para além de ter uma bandeja superior que pode servir para a instalação de outras ferramentas de apoio audiovisuais.
Com o lançamento da nova imagem institucional da Valorpneu, o site desta entidade gestora ganhou nova expressão. Um desenho gráfico mais dinâmico, apelativo e consentâneo com a actividade da Valorpneu e conteúdos mais abundantes e actualizados. Este site pretende constituir-se como uma de referência no domínio da gestão dos pneus usados disponibilizando um vasto conjunto de informações direccionadas para o público em geral, para os distribuidores e produtores de pneus e para todos os estudantes, técnicos e investigadores que procuram informação sobre os mais recentes desenvolvimentos nesta área. O site disponibiliza informação relativa à Valorpneu, ao modelo de funcionamento do sistema integrado de gestão de pneus usados, aos operadores do sistema, à identificação dos produtores e recauchutadores aderentes, bem como os procedimentos para a sua adesão. Consulte www.valorpneu.pt
Gestão de Resíduos: os CIRVER e o sector automóvel
Foram inaugurados no passado mês de Junho os CIRVER – Centro Integrado de Reciclagem, Valorização e Eliminação de Resíduos – localizados na Chamusca. Estas novas estruturas vêm apresentar novas soluções para o tratamento de resíduos perigosos em território nacional, dando resposta ao princípio preconizado pela UE de que cada país deve ser auto-suficiente em relação ao tratamento dos resíduos produzidos. O mercado do tratamento de resíduos tem vindo a evoluir nos últimos anos, sendo este mais um passo decisivo e importante. A grande maioria do resíduos perigosos
produzidos nas actividades de reparação e manutenção automóvel terão uma solução de tratamento nestas estruturas. É provável que os diversos operadores de gestão de resíduos a actuar no mercado passem a encaminhar alguns dos resíduos recolhidos para os CIRVER. Não é clara ainda a forma como os preços vão evoluir, mas a viabilização económica destas estruturas passará por reduzir o acesso a soluções alternativas que, por não terem existido até hoje alternativas, foram persistindo no mercado mas estão longe de ser as mais adequadas.
A melhor leitura para o seu negócio!
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3 Mรณdulos
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3 Mรณdulos
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4 Mรณdulos
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ANร NCIOS CLASSIFICADOS
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Velas Incandescentes: NGK
www.ngk-dpower.com
3 Mรณdulos = 75 euros
SALA?O - Automechanika:Jornal das Oficinas
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SALÃO Rescaldo da 20.ª Automechanika
Imune à crise A
A satisfação dos visitantes à 20.ª Automechanika alcançou uns impressionares 95 por cento. Na Automechanika deste ano, pudemos ver como a indústria automóvel pode tornar a condução mais segura, mais limpa e mais eficiente no futuro.
20.ª Automechanika confirmou de forma cabal o seu papel de feira internacional líder dedicada à industria automóvel. Estabeleceu um novo recorde este ano, com mais de 166 mil visitantes de um total de 146 países e 4.680 expositores de 80 países. A quota de visitantes internacionais aumentou cerca de 50 por cento. Detlef Braun, membro do quadro de gestores da Automechanka refere: “Estamos particularmente satisfeitos com os novos grupos de visitantes da Europa de Leste e América Latina". E acrescenta: "A Automechanika é uma das melhores feiras do nosso portfólio. É uma marca que é confiada hoje em todo o mundo. As áreas que destacamos na Automechanika 2008 reflectem verdadeiramente o sinal dos tempos. A protecção ambiental é o grande desafio, a inovação e a sustentabilidade para a mobilidade sustentada são as soluções. Na Automechanika deste ano, pudemos ver como a indústria automóvel pode tornar a condução mais segura, mais limpa e mais eficiente no futuro". Robert Rademacher, Presidente da “German Association for Motor Trade and Repairs”, destaca que “o mercado de serviços automóveis demonstrou uma estabilidade considerável e visão positiva em termos de investimentos, inovações e treino ocupacional, apesar da fase actual de incerteza económica. "A 20.ª Automechanika lançou uma mensagem positiva para toda a indústria automóvel: Mesmo num mercado no limite da saturação como o germânico, o domínio do serviço oferece oportunidades excepcionais para um crescimento médio de alta qualidade" A Robert Bosch é uma companhia empenhada no serviço e tem marcado presença em todas as Automechanikas de Frankfurt até hoje. O Presidente da Conselho de Administração para o Aftermarket do Grupo Robert Bosch, Hanser, refere: "Com os nossos novos produtos de diagnóstico e peças de substituição, esperamos ser o parceiro ideal para as casas de reparação no futuro. Na edição deste ano da Automechanika nós lançámos pela primeira vez a nossa nova ferramenta de diagnóstico, que é fácil de operar e que simplificará grandemente o trabalho de diagnóstico para o mecânico oficinal. As oficinas de reparação podem expandir grandemente o seu portfolio de serviços com os dispositivos de teste. O Feedback nos últimos dias tem sido muito grande". Muitos dos expositores da Automechanika estão muito satisfeitos acerca do aumento de visitantes internacionais. Os três países com mais visitas da Europa depois da Alemanha foram o Reino Uni-
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do, a Itália e a Polónia. No que toca a países fora da Europa, os Estados Unidos, a China e Brasil lideraram. A WashTec, um fornecedor de soluções inovadoras para lavagem de carros, ficou satisfeita de dar as boas vindas a visitantes da Rússia, Ucrânia, Kazakhstan e Azerbaijão pela primeira vez. O CEO Thorsten Krüger refere: “A Automechanika 2008 foi novamente um grande sucesso para a WashTec. Visitantes de mais de 60 países vieram ao nosso stand este ano, o que é uma indicação do aumento da importância da Automechanika no panorama internacional – uma grande vantagem para companhias como a nossa que opera internacionalmente. Nós estamos correntemente a considerar a participação na próxima Automechanika em Moscovo”. Alfred Kärcher Vertriebs-GmbH seleccionou as soluções amigas do ambiente como tema predominante durante a sua apresentação. Rolf Funk, Director da Divisão Industrial Cleaning Systems, comentou que “esta escolha reflecte verdadeiramente o espírito dos tempos; Os clientes de hoje estão interessados em soluções ecológicas que também tenham sentido no campo económico. Para nós, a Automechanika é a mais importante feira do mundo no campo da lavagem automóvel e soluções de limpeza”. A satisfação dos visitantes na 20.ª Automechanika alcançou uns impressionantes 95 por cento. O interesse foi particularmente elevado no Estudo da Automechanika, na Automechanika Innovation
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SALÃO Award e no “Green Directory”, que pela primeira vez informou os visitantes acerca dos produtos e serviços com um cariz ambiental relevante. Associações da indústria fornecedora também usaram a Automechanika pela primeira vez para apresentar as suas campanhas contra a contrafacção de produtos. A Messe Frankfurt contra a cópia juntou forças com a “VREI Association of the Independent Spare Parts Market”, o “CLEPA - European Association of Automobile Suppliers” e o “JAPIA - Japan Auto Parts Industries”. O grupo Americano “MEMA (Motor & Equipment Manufacturers Association)” também manteve uma ligação forte com a Messe Frankfurt nesta área. O Director do CLEPA, Josef Frank, explica: “Nós introduzimos o nosso código de segurança na Automechanika e encontrámos um forte interesse dos consumidores finais, armazenistas e oficinas de reparação. Os artigos podem ser autenticados usando um número de identificação na forma de um código de barras – 24 horas por dia, sete dias por semana. Fabricantes líderes em toda a Europa apoiaram a nossa iniciativa desde o primeiro momento, incluindo a Bosch, Conti Teves, Federal Mogul, GKN e Grupo Schaeffler”. “Uma experiência muito positiva com discussões de sucesso”, foi a forma como Bernd Hoffmann, Director de Vendas, Serviço aos Clientes e Peças Originais da Audi AG descreveu a sua experiência neste evento. “Nós gozámos de um semana frutífera de discussões interessantes com os visitantes à feira e imprensa. O interesse na feira foi grande nas soluções inovadoras de serviço apresentadas. O nosso serviço inovador foi além de mais confirmado pelo Prémio Inovação 2008, que vencemos com o Audi Quick Ammeter.” O domínio do pós venda é um sector chave de sucesso para a Audi, como evidenciado por Peter Schwarzenbauer, Membro do Conselho Directivo para o Marketing e Vendas, na conferência de imprensa realizada no primeiro dia da feira: “Eu considero minha responsabilidade pessoal transformar o Audi Service em Audi Top service”. Ferdinand Dudenhöffer, Director do “CAR Center of Automotive Research” e autor do “Automechanika Study”, explica que o crescimento na indústria automóvel será fortemente gerado pelo negócio de serviços. “O Automechanika Study 2008 conclui que o negócio de serviços será consideravelmente mais completo no futuro. A competição está também a tornarse mais intensa. Os despoletadores primários desses processos são os novos regulamentos concebidos para baixar as emissões, especialmente de dióxido de carbono”. “O combustível foi o tema principal da edição deste ano da Automechanika”, refere Klaus Hemmer, Director da Divisão de Aftermarket Automóveis da Webasto. “Os visitantes à feira perguntaram com frequência acerca do combustível consumido pelos nosso aquecedores auxiliares”. Andrea Anfossi, press officer para a Magneti Marelli: “A Automechanika foi uma vez mais ao encontro das nossas ex-
MOTOR SERVICE
VENEPORTE
UFI
DELPHI
FEBI
BERU
GNK
MANN FILTER
CORTECO
PETROTEC
TMD FRICTION
CELETTE
SOGEFI
METELLI
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pectativas. O grande número de visitantes ao nosso stand apesar das dificuldades económicas correntes é um sinal positivo. Nós vemos a Automechanika como o fórum para conhecermos os clientes da Ásia e África. Os representantes líderes da indústria também vieram à Automechanika. Isto significa que podemos realizar muito trabalho em poucos dias, que de outra forma levaria meses”. Pierantonio Gallu, Marketing Director do Grupo Nexion: “A Automechanika decorreu extremamente bem para as marcas do Grupo Nexion. Deu-nos a oportunidade de mostrar aos nossos clientes e parceiros em todo o mundo os nossos produtos. A feira decorreu melhor do que esperado. Especialmente em tempo de crise económica, nós investimos estrategicamente na participação na Feira para permanecermos na vanguarda”. “As nossas expectativas para a Automechanika antes do evento se ter iniciado eram de alguma forma menos optimistas, devido ao período menos bom que a indústria automóvel atravessa”, explica Reiner Mey, Vendedor da Adolf Würth GmbH & Co. KG. “Mas o interesse manifestado pelos visitantes internacionais foi surpreendentemente forte uma vez mais este ano. As dificuldades económicas não foram visíveis na Feira. As casas independentes que são muitas vezes inovadoras, estão correntemente a investir mais em equipamento oficinal do que os concessionários de marca autorizados”. Um factor de grande relevo na Automechanika foi a apresentação do estudo realizado pela Messe Frankfurt Exhibition GmbH, Conduzido pelo Prof. Dr. Dudenhöffer, Director do CAR Center of Automotive Research. Como plataforma de inovações, a Automechanika tradicionalmente analisa o futuro da motorização, com destaque nos mercados Europeus dos 27 países da União Europeia (UE). Esse facto levou a organização a explorar o desenvolvimento qualitativo e quantitativo da indústria na UE nos próximos 20 anos no âmbito do “Estudo Automechanika”. Este estudo prevê as tendências sobre as vendas de carros novos, o número total de carros e a estrutura da idade dos carros nos mercados primários da Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Espanha, assim como os blocos de mercado da antiga UE (EU-15) e novos membros da UE (UE-12). Providencia por isso um olhar no futuro dos automóveis na Europa. As previsões são baseadas nos desenvolvimentos esperados nos preços de combustível e regulamentos CO2. Esses dois desenvolvimentos levarão a mudanças no comportamento dos consumidores, o que significa alterações de longo prazo nos mercados europeus do automóvel, reparação, compras, manutenção e peças de substituição. O estudo indica que essas mudanças serão consideravelmente mais radicais e de prazo mais longo do que as mudanças que tiveram lugar nos últimos 50 anos na história automóvel. O mercado automóvel e de serviços na Europa e UE mudará drasticamente nos próximos 20 anos. Mudanças quantitativas e qualitativas. As vendas de novos veículos decrescerão enquanto que os
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carros serão cada vez mais caracterizados pelas novas tecnologias. Ambos os desenvolvimentos terão um impacto significativo no negócio de serviços. Pese embora o aumento dos preços do petróleo e regulamentos de protecção ao ambiente continuem a fazer a condução mais dispendiosa nos próximos anos, o número de veículos de passageiros nos 27 países da EU continuarão a aumentar. O estudo prevê um total de 278 milhões de veículos de passageiros na UE em 2025. Isto é um aumento de 52 milhões de veículos ou 23 por cento relativamente ao ano 2005. O número de veículos nos novos países UE está a crescer muito mais rapidamente do que nos antigos países da UE dos 15. O que não é surpreendente, refere o estudo. O que é surpreendente é que nos países muito motorizados tais como a Alemanha, França, Itália ou o Reino Unido, o número total de veículos continuará a aumentar até ao ano 2025, até atingir um nível de 233 milhões nos países da UE dos 15. A segunda descoberta do “Estudo Automechanika 2008”, revela que o mercado para os novos veículos de passageiros decrescerá depois de 2015. A situação geral para as oficinas de reparação e distribuidores de peças de substituição é positiva, devido ao aumento do número total de veículos. O panorama para as vendas de novos veículos não é no entanto tão promissor. As vendas de novos carros na UE-15 espera-se atinjam o pico por volta de 2010 e decrescerão daí para a frente. Nos mercados dos novos países aderentes à UE o pico será alcançado em 2015. As principais razões para um decréscimo nas vendas de novos veículos nos mercados da antiga UE (UE-15) tem a ver com a menor população, o efeito demográfico de uma sociedade a envelhecer, grande densidade de automóveis (saturação do mercado) e menores distâncias de viagem. Por volta do ano 2025, 25 por cento de todos os alemães terão 65 anos ou mais. Este número era de somente 16,2 por cento em 2000. O efeito da demografia é acompanhado pelo efeito do preço do combustível e os preços mais elevados dos novos veículos devido às regulações de CO. Estes dois efeitos - mudança demográfica e custos por quilómetro mais elevados - são a razão porque as vendas de veículos começarão a cair nos países da UE dos 15. Refere o respectivo estudo que a relativamente baixa densidade nos novos países da União Europeia atrasará o ponto de saturação, mas que em 2015 esses países estarão a enfrentar os mesmos efeitos que se verificam na UE dos 15. Para contrabalançar a baixa nas vendas de novos veículos, é importante para os fabricantes de carros aumentem a facturação por carro novo. O futuro é promissor nesse aspecto, considerando que a procura para assistência à condução e sistemas de conforto crescerá à medida que a população envelhece. Isto significa que as características de segurança e conforto tornar-se-ão valores importantes para os condutores. O estudo refere ainda que o declínio nas vendas de carros novos contrasta com o crescimento total de carros. Isto por sua
SALÃO TRW
KYB
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GATES
TIMKEN
PHILIPS
CONTINENTAL
HAWEKA
BOGE
TEXA
EXIDE
INDASA
DAYCO
CAR REPAIR SYSTEM
vez implica amento da idade média dos automóveis. O “Cuba Effect”, por outras palavras, o envelhecimento dos veículos existentes, continuará no futuro. Na Alemanha, por exemplo, a idade média dos carros aumentará para 10,2 anos até 2025. A idade média dos carros em França atingirá 13.1 anos nesta data, enquanto que a idade média dos carros na antiga UE dos 15 atingirá 11,7 anos e nos novos países da UE aumentará para 14 anos até 2025. A principal razão para a continuação do aumento da idade média dos veículos existentes é o menor número de quilómetros conduzidos cada ano por carro. Isto está relacionado primeiro com mudanças demográficas, por exemplo, envelhecimento da população, em segundo lugar com o aumento dos custos de combustível que leva os condutores a escolherem outras formas de transporte, especialmente para fins de diversão e viagens de negócio mais longas. A legislação é a terceira razão. Carros mais antigos têm vantagens nas taxas sobre CO2, porque os regulamentos fiscais na Europa aplicam taxas substancialmente mais elevadas em veículos novos. O estudo da Automechanika refere que ao mesmo tempo que o mercado dos carros está a tornar-se cada vez menos importante, o negócio das peças de reparação está a crescer na UE. O aumento em facturação na indústria de serviços e reparação é conduzido por três aspectos. Primeiro, o número total de veículos na UE aumentará 54,6 milhões entre 2005 e 2025. Segundo, a idade média dos veículos está a aumentar. Na Alemanha, por exemplo, 57 por cento de todos os veículos de passageiros terão mais de sete anos no ano 2025. Os veículos entre 6 e 10 anos requerem a maioria das reparações. O aumento da idade do veículo aumenta por isso a facturação da reparação. Em terceiro lugar as reparações no futuro envolverão quantidades altamente complexas de electrónica. Estes três motivos de venda serão parcialmente contrabalançados por intervalos de manutenção maiores devido ao menor número de quilómetros de condução anualmente realizados e conceitos de manutenção automóvel menos intensivos. Mas a facturação aumentará no total. A Messe Frankfurt é o maior organizador de feiras da Alemanha, com vendas de 424 milhões de euros (2007) e mais de 1400 empregados em todo o mundo. O Grupo Messe Frankfurt tem uma rede global de 29 subsidiárias, cinco sucursais e 48 Parceiros de Vendas internacionais, conferindo-lhe uma presença em mais de 150 países. Os eventos realizados pela Messe Frankfurt têm lugar em mais de 30 locais em todo o mundo. Em 2007, a Messe Frankfurt organizou um total de 112 feiras, das quais 68 tiveram lugar fora da Alemanha. Nos terrenos de exibição da Messe Frankfurt, 322.000 metros quadrados de dimensão, estão correntemente nove halls de exposição e um Centro de Congressos adjacente. A companhia é detida pelo Estado, com a Cidade de Frankfurt a deter 60 por cento e o Estado de Hessen 40 por cento. A próxima Automechanika decorrerá entre 14 e 19 de Setembro 2010.
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“Para ser competitivo é necessário ampliar constantemente a gama”
LARS BIESENBACH Director Comercial da Bilstein para a Europa do Sul
Quais são as características da oferta da Bilstein e quais são as novidades trazidas a este feira? Os nossos produtos estão dirigidos para segmentos específicos do mercado, onde se pretende uma mais valia em termos de comportamento das viaturas. Para além do tuning, existe o mercado de substituição para aplicações que trazem de origem Bilstein, assim como o mercado dos condutores que pretendem ter uma nova experiência de performance no seu veículo. As novidades que trazemos à Automechanika são as aplicações para novos modelos de carros que apareceram recentemente no mercado, incluindo alguns veículos de topo de gama.
Como é que a vossa empresa está a enfrentar as actuais dificuldades do mercado? O mercado de facto está difícil, sobretudo em certos países. No entanto, a Bilstein comercializa um produto premium que se sustenta a si próprio. Essa é a nossa filosofia. A resposta para as dificuldades do mercado é aumentar o alto nível de serviço ao cliente e investir sempre mais na qualidade do produto. Acho que estamos a conseguir isso e assim podemos enfrentar melhor a concorrência.
Como avalia a prestação da Bilstein na primeira parte deste ano? Somos um empresa com grande nível de organização e estamos constantemente a definir e a corrigir os objectivos. Neste momento, estamos em linha com os objectivos definidos, que são bastante positivos. Que acções promove a Bilstein para promover a notoriedade da marca? O nosso marketing passa pela presença nos grandes eventos do aftermarket internacional, como é caso aqui da Automechanika. Geralmente convidamos os nossos clientes, alguns dos quais são portugueses, para estarem presentes nesses
eventos e termos a oportunidade de trocar informações sobre os produtos e a sua introdução no mercado.
A subida do preço de petróleo e dos combustíveis é um problema sem solução? Os novos carros estão pensados para gastarem menos combustível e todos os seus componentes são estudados para esse objectivo. Acreditamos que os carros mais pequenos vão vender-se melhor no futuro e nós já estamos a adaptar a nossa oferta a essa nova realidade.
Qual será a melhor estratégia para ter sucesso no aftermarket? Para ser competitivo é necessário ter um programa completo de produtos, sendo necessário ampliar constantemente a gama. Uma marca bem conhecida e estimulante também ajuda a estar no mercado. A qualidade tem que estar em paralelo com o nome de prestígio da marca, sendo também muito importante a disponibilidade, que depende essencialmente de stocks adequados e flexibilidade na distribuição. O preço também é importante, mas não o mínimo preço. Nós não estamos a competir com os orientais, cujo único argumento é o preço. A chave para
o sucesso é a melhor qualidade ao melhor preço.
Que projectos e expectativas tem a Bilstein para o mercado português? Em Portugal, temos um agente que está a fazer um excelente trabalho junto dos nossos clientes, prestando todo o apoio necessário e acompanhando as suas necessidades momento a momento. O mercado de substituição português está estabilizado, mas ainda temos algumas oportunidades no sector do tuning, que ainda não está totalmente trabalhado pela marca. Com a nossa gama de produtos, a nossa qualidade e a nossa filosofia, acreditamos que ainda podemos crescer um pouco mais na quota de mercado no vosso país. A Bilstein apoia a formação dos seus clientes no mercado português? No capítulo da formação, temos um período do ano (final de Setembro e Outubro) em que contactamos os nossos clientes para a apresentar novidades técnicas, novas tecnologias, etc.. Até ao final do ano, apresentamos igualmente um programa de formação para o ano seguinte e os clientes inscrevem-se para as acções de formação que mais lhes interessam.
“Queremos voltar a ocupar a posição cimeira que tínhamos em Portugal”
GIUSEPPE ROMEO Director Comercial da Corghi para Portugal e América do Norte e do Sul
Que novidades tecnológicas apresentou a Corghi na Automechanika? A equilibradora topo de gama Blue Light é a principal novidade para a Automechanika, tendo aqui o seu lançamento oficial. É uma máquina que faz automaticamente todas as medições da roda, possuindo um ecrã táctil interactivo de fácil manejo. Com esta equilibradora Blue Light, a Corghi ambiciona justificadamente recuperar o primeiro lugar mundial neste tipo de equipamento. A máquina já está em produção e será lançada mundialmente a partir de Janeiro de 2009. Em Novembro, esta novidade será apresentada na feira de Las Vegas (EUA), tendo sido já apresentada em todos os outros mercados mundiais, incluindo os asiáticos.
Outro produto de destaque que a Corghi trouxe à Automechanika é a desmontadora para pneus de camião (tractores/máquinas industriais, etc.) Monster, podendo trabalhar com jantes de 58 polegadas de diâmetro e rodas até 700 kg de peso. Até 58", a desmontadora Monster não necessita de acessórios especiais, tendo garras que se adaptam automaticamente ao diâmetro da jante. A máquina é muito segura para o operador, trabalhando com a roda a uma altura ergonómica. A desmontagem não necessita de barra manual auxiliar, sendo totalmente efectuada pelo sistema patenteado pela Corghi, já utilizado na desmontadora de pneus para ligeiros Master. Nas máquinas de alinhamento, apresentámos alguns acessórios que permitem efectuar a manutenção dos sistemas electrónicos do chassis (ESP), dos faróis direccionais, veículos com 4 rodas direccionais, etc. Nas máquinas de equilibrar rodas a Corghi também lançou a 43/40 e a 32/40, mais acessíveis, que se destinam a mercados com menos exigências tecnológicas. Como está a decorrer o ano de 2008 para a Corghi? A Coorghi está a ter um ano positivo, relativamente ao ano passado, mas temos que ser realistas e ver que a conjuntura
mundial é realmente muito preocupante. Estamos em linha com os resultados anteriores, mas fechar este ano com menos 5% já se pode considerar um bom resultado. Quais são as previsões da marca para o mercado português? Em Portugal os resultados obtidos até agora superam as expectativas que tínhamos no início do ano, o que se deve em grande parte ao trabalho da família Teixeira (Corcet) em conjunto com a Corghi, que tem fornecido todo o apoio necessário. A nossa parceria está a resultar muito bem e em situações normais até poderíamos esperar um crescimento de 20/30% para o próximo ano. O mercado português, tal como o suíço, são mercados que já apresentaram um facturação elevada para nós, proporcionalmente à população do país. Preferem os equipamentos de topo de gama e investem na tecnologia que permite aumentar a produtividade. A nossa intenção é voltar a ocupar a posição cimeira que tínhamos até há 5 anos atrás, atendendo ao prestígio que a nossa marca tem no vosso país. Quais são os meios que a Corghi vai utilizar para alcançar os seus objectivos em Portugal? A nossa estratégia para o mercado por-
tuguês é apoiar os clientes o mais que pudermos. Durante 8 meses deste ano, já percorri Portugal 3 vezes de lés a lés, o que não consigo fazer noutros países. A nossa intenção é estar com os clientes todos os dias, a fim de resolver imediatamente todos os problemas que possam surgir. Técnicos portugueses vão regularmente à fábrica da Corghi actualizar os seus conhecimentos, para poderem tirar o melhor partido dos nossos equipamentos. Para nós, não há truques. Somos uma empresa série e temos a sorte de trabalhar com gente séria. Vamos continuar a trabalhar como até aqui, para garantir uma presença condigna da Corghi no mercado português. Na inauguração da nova loja de Lisboa, vamos fazer um dia de portas abertas, em data a definir.
Quantas máquinas da marca Corghi haverá neste momento em Portugal? Não temos ainda dados concretos sobre esse assunto, mas a nossa marca é seguramente uma das mais representadas em Portugal. Tenho visto por todo o país uma quantidade impressionante de máquinas com 15 anos ou mais, que continuam a trabalhar todos os dias. Um dos projectos que temos para o mercado português é a possibilidade de aceitar as máquinas antigas em troca de novos equipamentos.
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“Todas as nossas marcas conseguiram uma boa imagem em Portugal” sencialmente da qualidade do produto e do serviço prestado aos seus clientes. Com estas pastilhas de travão, a oferta da Metelli e da Cifam na gama de componentes de travagem passa a ser realmente completa.
PIERGIORGIO METELLI Director de Marketing da Metelli
Qual é a gama de produtos comercializada actualmente pela Metelli? A Metelli produz quatro linhas de produtos: Bombas de Água, Componentes de Transmissão, Componentes de Travagem e Peças de Motor. Esses produtos são comercializados com as marcas que pertencem neste momento ao Grupo Metelli e que são: Metelli, Graf, Cifam e KWP. Quais foram as novidades que a Metelli apresentou na Automechanika? A Metelli apresentou na Automechanika a sua nova linha de pastilhas de travão, das marcas Metelli e Cifam. Este novo produto é mais um grande desafio para a nossa empresa, cujo sucesso depende es-
Que resultados obteve a Metelli no 1º semestre deste ano e que expectativas alimenta para o segundo? Apesar da crise económica e financeira que assola todo o mundo, a nossa empresa aumentou o seu volume de negócios na primeira metade do ano e prevemos fechar 2008 dentro da mesma perspectiva. O que diferencia as vossas marcas da concorrência? A mais importante referência para as nossas marcas é o facto de elas estarem todas ao mesmo alto nível de qualidade, enquanto que algumas empresas concorrentes usam por vezes marcas diferentes para escalonar qualitativamente a sua oferta. Que iniciativas no plano do marketing estão programadas para promover as vossas marcas? O nosso objectivo imediato é desenvolver o CRM, de forma a melhorar o relacionamento com os nossos parceiros.
Como avalia o desempenho da Metelli em Portugal e quais são as previsões para o próximo ano? Todas as quatro marcas trabalhadas pela Metelli conseguiram uma boa imagem e boas quotas de mercado em Portugal, graças as seus produtos e nível de serviço, mas acima de tudo graças aos nossos parceiros portugueses. Como se processa a logística dos vossos produtos no mercado português? Trabalhamos com vários importadores e distribuidores ao longo de todo o país, com os quais conseguimos garantir uma excelente cobertura do mercado português.
Que tipo de apoio técnico e de formação profissional a Metelli e as suas marcas oferecem aos seus clientes portugueses? Os nossos departamentos de inovação (I+D) e de controlo técnico estão permanentemente a melhorar os nossos produtos até ao máximo nível tecnológico, de modo a corresponder às expectativas dos nossos clientes. Além disso, já editámos um pequeno manual para bombas de água e iremos alargar esse modelo a todos os nossos restantes produtos.
Como analisa a evolução futura do pós venda automóvel português? Temos perfeita consciência de que o mercado português está a diminuir, mas em 2008 estamos a conseguir os resultados previstos anteriormente. Penso que a tendência se irá manter e temos que realizar os ajustamentos necessários.
Do seu ponto de vista quais são as principais dificuldades que o aftermarket independente enfrenta hoje na Europa? Principalmente o aftermarket dos concessionários de marca (OES) mais agressivo nas suas políticas comerciais. Este é certamente um novo factor a considerar, mas não nos devemos esquecer das necessidades de sempre: a procura de um serviço eficiente está em contínuo crescimento para o IAM (Aftermarket Independente) e a necessidade de um contínuo desenvolvimento da gama existente é um factor determinante para um produtor IAM como a Metelli. O grupo distinguese, desde sempre, pela grande atenção colocada nestes factores e pelos grandes investimentos feitos nesse campo. Mesmo mantendo uma óptima relação qualidade/preço, a gama de produtos propostos pelo Grupo Metelli compreende também artigos dedicados a nichos de mercado. PUB
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“A satisfação do cliente é a melhor promoção da nossa marca”
LUCA FINETO Presidente e sócio maioritário da Japanparts
Que produtos oferece actualmente a Japanparts para o aftermarket? Temos uma gama completa de componentes para carros japoneses e coreanos, entre outros (filtros, travões, bombas de água, tensores, correias de distribuição, sistemas mecânicos, sistemas eléctricos e peças para reconstrução de motores). A Japanparts trouxe alguns produtos novos à Automechanika? Apresentámos aqui três novas linhas de
produto, começando por uma linha inteiramente nova de pastilhas de travão. Outra novidade são as escovas limpa párabrisas aerodinâmicas ( tipo flat blade). Trata-se de uma linha universal com adaptadores para todas as aplicações. Também estamos a apresentar nesta feira uma nova linha de termostatos com blindagem, para além do novo catálogo interactivo. Quais as particularidades deste novo catálogo interactivo? Trata-se de um catálogo inovador em formato USB, com actualização diária automática. O sistema de busca é muito rápido, podendo partir de referências, veículo, etc. sendo todos os produtos apresentados em fotos, incluindo detalhadas instruções de montagem, para evitar qualquer erro. Este novo catálogo está disponível nos principais idiomas, incluindo o português. Os vossos produtos são todos de origem japonesa?
Quase todos os nossos produtos são fabricados nos Japão e alguns na também na Coreia do Sul. Só trabalhamos com qualidade OEM e só compramos a fornecedores fabricantes da primeira linha e segunda linha. Como tem decorrido este ano para a Japanparts? Este ano está bastante difícil, como todos sabem, mas esperamos continuar a crescer na casa dos 5%. Em relação à situação actual do mercado, julgamos que isto é uma excelente performance.
Considera a visibilidade e a notoriedade da Japanparts suficientes? Estão previstas acções para promover a vossa marca? Somos uma empresa muito flexível e estamos sempre ao dispor dos nossos clientes para fornecer os produtos que eles entendam merecer mais atenção. A satisfação do cliente é a nossa melhor promoção da marca Japanparts. A concorrência está muito forte, mas nós temos
uma boa capacidade de resposta, a partir do novo centro logístico da Japanparts, com 40.000 m2 (98% das encomendas são entregues em 1 - 2 dias). Bom catálogo, entregas rápidas, TecDoc, são alguns dos argumentos da empresa para se tornar mais conhecida no mercado.
Como estão os negócios da Japanparts em Portugal? Temos projectos para progredir muito no mercado português, pois a nossa gama é muito interessante e temos um nível de serviço excelente. Trabalhamos com alguns importadores e distribuidores em Portugal, mas a nossa rede ainda vai melhorar. Estamos neste momento a estudar decisões nesse capítulo. Quais são as perspectivas da vossa empresa para 2009? Temos boas expectativas de progredir, porque os nossos preços são muito competitivos, os produtos são de boa qualidade e temos bons stocks e entregas imediatas.
“A relação entre o fabricante, o distribuidor e a reparação é fundamental”
RAINER BOSTEL Presidente de Materiais de Fricção Honeywell (Bendix e Jurid)
Qual é a oferta da Honeywell para o aftermarket em materiais de fricção? Para o aftermarlket temos uma linha completa de produtos para sistemas de travagem, com as marcas bem conhecidas Bendix e Jurid. Que novidades trazem as vossas marcas para a Automechanika? Na Automechanika quisemos demonstrar que não somos apenas uma grande empresa, com produção em grande escala e preços muito competitivos, mas também que nos preocupamos com a qualidade. Por isso trouxemos para cá a certificação dos nossos produtos, discos e pastilhas de travão, obtida por uma empresa independente ABE/TUV. É agradável constatar que somos os primeiros do aftermarket a apresentar este tipo de certificado, que ajuda bastante a nossa actual campanha como empresa ligada à alta qualidade do produto.
Como é que a vossa empresa está a lidar com a presente conjuntura económica internacional? A nossa forma de enfrentar as presentes dificuldades do mercado passa pela absorção dos impactos económicos dos materiais. Como o aço praticamente duplicou o preço nos últimos dois anos, somos obrigados a absorver internamente esse aumento de custos, para não serem repercutidos para os nossos clientes. Isso só é possível com uma produtividade muito elevada, o que nos tem obrigado a aumentar substancialmente os investimentos, que duplicarão nos próximos dois anos. Por outro lado, o mercado está a descer dramaticamente, o que tem afectado os nossos negócios de origem (OE). O aftermartket está estabilizado, porque as pessoas estão a evitar trocar de carros, devido aos preços dos combustíveis, e investem mais na manutenção dos veículos que possuem. É possível vender mais com a procura em retracção? Em primeiro lugar, vamos manter a nossa distribuição em três níveis, porque essas pessoas têm um contacto directo com a realidade de todos os dias e a sua evolução. Não tencionamos vender directamente os nossos produtos através da Net ou coisas desse tipo. A relação entre o fabricante, o distribuidor e a reparação é fundamental para absorver os impactos negativos do mercado e manter as condições mais competitivas em todas as situações. Neste momento, estamos também a
investir em campanhas de marketing sobre a qualidade dos nossos produtos, para transmitir confiança ao cliente final, que muitas vezes tem receio de arriscar em produtos duvidosos. No passado o nosso marketing estava associado às vendas, mas neste momento temos já um grupo especializado em marketing, no qual podemos investir nas melhores soluções para promover os nossos produtos. Como estão os negócios da Materiais de Fricção Honeywell em Portugal? As nossas vendas em Portugal estão este ano em linha com os resultados do ano passado, mas o final do ano pode revelar-se difícil, devido à instabilidade dos mercados financeiros e tudo o mais que tem vindo a suceder no plano internacional. Como se processa a distribuição dos vossos produtos no mercado português? O mercado português é abastecido pela nossa central logística em França, sendo depois a distribuição efectuada por empresas locais distribuidoras.
Está previsto pela Honeywell o apoia à formação dos seus clientes? O apoio ao cliente está incluído na nova política de marketing da Honeywell, a qual prevê uma série de mensagens inteligentes para o mercado, sobre as vantagens dos nossos produtos. Além disso, mantemos um programa de formação em toda a Europa, em parceria com os nossos
distribuidores, que organizam os eventos de acordo com os interesses e necessidades dos reparadores. O nosso catálogo de produto, por outro lado, é muito completo e traz todas as informações técnicas para o operador efectuar um trabalho de qualidade à primeira vez. Como encara a evolução da legislação comunitária específica para o sector automóvel? Na Automechanika realizou-se uma conferência com as principais associações profissionais do sector, no sentido de ser prolongado o regulamento de distribuição que está em vigor, a partir de 2010. Nós estamos associados ao lobby dos reparadores e esperamos que a nossa voz seja ouvida em Bruxelas.
Qual é a chave para ter sucesso no aftermarket? As três coisas mais importantes para ter sucesso no aftermarket, começam por manter um contacto permanente com o cliente, sendo necessário investir em equipas de vendas competentes. Em segundo lugar, é necessário possuir uma linha completa de produtos (fricção, hidráulica, etc.), porque o cliente prefere encomendar tudo ao mesmo fornecedor, pois já compreendeu que fazer misturas não dá bom resultado na mecânica. Em terceiro lugar, é necessário ter boa qualidade. O nosso cliente também já se habituou ao facto de ter de pagar um pouco mais, para conseguir a fidelização do cliente final.
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SALÃO Expoauto
RPL Clima
Resistir à crise Já na sua 17ª edição, a ExpoAuto voltou a reunir algumas das empresas do sector das peças, acessórios e equipamentos, que tentaram contornar a crise, apostando neste certame para dinamizar os seus negócios. Leiridiesel
Maxolit
Sousa Radiadores
M
arcado por um ambiente económico e financeiro muito desfavorável, no qual muitas empresas retraem o investimento, a ExpoAuto voltou a ser o único certame anual em que o sector das peças, acessórios e equipamentos se reuniu. A ausência de algumas empresas foi colmatada com a presença de outras não menos importantes, mantendo-se a ExpoAuto como a feira de referência neste sector de actividade. Nos expositores dedicados aos equipamentos, destaque para um aumento da procura embora baseada em produtos de preço mais baixo. Por outro lado notou-se a presença de empresas a propor equipamentos destinados ao desmantelamento de veículos em fim de vida, o que revela um aumento da procura neste sector, derivada da necessidade das empresas que operam neste ramo de actividade cumprirem com a lei em matéria ambiental. Aliás a questão ambiental esteve bem presente em muitos dos stand´s, através da aposta em soluções e equipamentos que ajudem as oficinas a serem mais “limpas”.
Dicotin
Os nove dias em que o certame se realiza, são actualmente considerados excessivos pela maioria dos expositores. De seguida damos-lhe, como já é hábito, todas as novidades e destaques da ExpoAuto. RPL Clima A empresa algarvia, tinha em destaque as tubagens para ar condicionado do VW Sharan, VW Passar 2.0 TDi e Corsa 1.7 DTi. Destaque ainda para o electroventilador para o BMW E39 (320d). Leiridiesel O realce no stand da Leiridiesel foi para o recondicionamento dos turbos e bombas injectoras, onde a empresa possui uma grande especialização, sendo uma das empresas de referência do sector em Portugal. Maxolit Neste stand o destaque foi para a nova gambiarra da KS Tools, um útil acessório oficinal recentemente lançado no mercado. Com 30 leds, uma autonomia de 10 horas, baterias que não viciam e a possibilidade de a ligar a um isqueiro de
um carro ou camião (para além da tomada de 200 v) fazem deste gambiarra uma referência no mercado. Sousa Radiadores Mais uma vez presente na ExpoAuto, a Sousa Radiadores divulgava a sua extensa gama de radiadores, para ligeiros e pesados, seja de fabrico próprio ou de importação. A empresa vende para todo o país. Dicotin Pela primeira vez presente com o nome de Dicotin, esta empresa de Braga representa em exclusivo para Portugal as tintas Lechler. A distribuição das tintas Lechler em Portugal são feitas segundo o circuito tradicional de revenda. Sparkes & Sparkes Continuando a apostar fortemente nas caixas de velocidades recondicionadas, a empresa de Santo Tirso evoluiu o seu conceito de negócio passando a comercializar também todo o tipo de material para quem pretende fazer a reparação das caixas de velocidades.
Sparkes & Sparkes
Leirilis
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SALÃO Altaroda
Equiassiste
Nascimento & Mota
Maticraber
Riera San Fernando
Domingos & Morgado
Ferrol 2
Leirilis Fruto do crescimento da actividade e da mais valia de vender material Bosch, a Leirilis apostou na exposição dos equipamentos Bosch, bem como em ferramentas da mesma marca. Para além disso tinha em exposição peças da mesma marca, incluindo as mais recentes novidades da Bosch neste domínio. Altaroda A aposta desta empresa foi claramente para a sua representação da TECH, que disponibiliza produtos para reparação de pneus mas também equipamentos. Na representada Launch o destaque vai para o facto desta marca passar a dispor também de equipamentos para casas de pneus. Equiassiste Da vasta gama de equipamentos e representações, destaque para a Lasatron (marca suíça) que dispõe do alinhamento de direcções robotizada, que passa a estar disponível para oficinas, e que segundo a Equiassiste vai revolucionar o alinhamento automóvel. Destaque ainda para o diagnóstico da Berton, agora também já disponível em PDA / Telemóvel. Nascimento & Mota A empresa de Porto de Mós mostrou a sua extensa gama de jantes, novas e recondicionadas, para veículos automóveis. Para além disso a empresa disponibiliza também serviços na área dos pneus e jantes, que aproveitou para divulgar neste certame. Maticraber Especialistas em produtos de lavagem auto, a Maticraber apresentava os novos equipamentos (lavadoras de alta pressão, entre outros) de marca própria, Hoosh, construídos em Itália, e que a empresa agora comercializa. Riera San Fernando Pela primeira vez presente em Portugal, esta empresa espanhola mostrava os seus equipamentos para oficinas e casas de pneus de marca própria – RSF. Já com muitas vendas feitas em Portugal, via internet, a empresa quer se expandir ainda mais no nosso mercado e também em Angola através de parceiros portugueses.
Outra área importante da Ferrol 2 é a dos equipamentos para a área ambiental, onde se destacam os equipamentos Gartec / Soleco.
Sotinar
Sotinar Dos diversos produtos que tinha em exposição, o destaque foi para os produtos de lixagem Autonet da Mirka. A novidade é que se trata de uma lixagem sem pó devido à nova tecnologia Abranet, que tem como outras vantagens o excelente rendimento e acabamento, com custos muito similares aos discos de papel. A gama de grãos abrasivos é muito versátil, permitindo um amplo leque de aplicações.
Interescape
Interescape Sem grandes novidades de produto (que poderão aparecer em breve), a Interescape mostrava as ponteiras de escape de marca própria IEPower, bem como outros produtos nesta área (onde a empresa é especializada), como as diversas representações que tem.
Ecodepur
Ecodepur Empresa especializada em soluções e equipamentos para a área ambiental, a Ecodepur tinha em destaque nesta feira o novo reciclador de águas de lavagem da gama Ecodetox. Uma das vantagens deste equipamento é que permite uma taxa de reutilização da água até 75%.
Lafec
Lafec Como é normal, a Lafec tinha apenas um equipamento em exposição neste certame, mais concretamente uma cabina de pintura. Berner Em 54m2 de área, a Berner tinha em exposição um resumo da sua gama de químicos, ferramentas, material eléctrico, sistemas de arrumação e máquinas. O destaque foi para os artigos de manutenção e reparação para ar condicionado, que pela primeira vez estavam em exposição na feira. Sarraipa A empresa de Leiria dava a conhecer grande parte da sua gama de equipamentos para o sector automóvel. O destaque foi para uma nova representação de ferramentas, de origem alemã, com a marca Ecora, tendo a Sarrapaia iniciado a sua distribuição.
Domingos & Morgado A empresa da Maia apostou forte neste salão. Em exposição estava a sua vasta gama de produtos (jantes e equipamentos John Bean), mas o destaque foi para a Prism, uma nova série de alinhadoras que combinam as vantagens da tecnologia CCD com as do método de alinhamento 3D.
Intermaco Presença habitual na Batalha, a Intermaco dava grandes destaque à sua nova representação, os equipamentos para oficinas e casas de pneus da Dunlop. Da Carbon Zapp, que a Intermaco já tinha, destaque para o equipamento de teste e limpeza de injectores para sistemas diesel injector-bomba.
Ferrol 2 Com dois espaços distintos na ExpoAuto, a Ferrol 2, também em mudança de imagem, tem vindo a apostar forte nos equipamentos para descontaminação de veículos em fim de vida, em parceria com a Soleco.
Sodicor A Sodicor é uma empresa de distribuição de tintas, consumíveis e equipamentos para a repintura automóvel, na região de Leiria. Na Expoauto mostrava os produtos das suas representadas, nomeadamente da Spies Hecker e da 3M.
Berner
Sarraipa
Intermaco
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SALÃO
Sodicor
Acramaq
Hélder Máquinas
Bombóleo
AXI Expert
Artepelle Hélder Máquinas
Vestindo a camisola da Brain Bee, a Hélder Máquinas apresentava neste certame a Máquina de Ar condicionado (Touch Screen) da Brain Bree, que se destaca pela facilidade de operação. Destaque também para o aparelho de limpeza de injectores Gasolina / GPl igualmente da representada Brain Bee. MGES-Equipamentos
Gutmann
Mastersensor
AXI Expert A AXi Expert disponibiliza no mercado o software de orçamentação automóvel com o mesmo nome. Este software, de grande detalhe técnico, está disponível em quatro versões (Lite, Plus, Pro e Pro+) sendo as constantes actualizações efectuadas via internet. MGES-Equipamentos Mais uma vez presente na ExpoAuto, a MGES – equipamentos, destacava a gama de diagnóstico da sua representada Protech, onde sobressaía o equipamento V-Max, uma potente consola de diagnóstico multimarca. Gutmann Presente mais uma vez na ExpoAuto, a Gutmann destacava o Mega Macs 50. Trata-se de um equipamento de diagnóstico, portátil, que dá uma grande liberdade de movimentos ao mecânico na sua actividade profissional, apresentando uma excelente relação preço / qualidade. Mastersensor A jovem empresa de Aveiro, estava na Batalha para mostrar as suas representações na área da segurança automóvel. Trata-se de acessórios e componentes da área eléctrica e electrónica, como sensores de estacionamento, leds, etc.
Pneus do Embra
Pneus do Embra Dedicado ao retalho e comércio de pneus, esta empresa situada na zona de Leiria e Marinha Grande, mostrava todos os produtos e serviços que disponibiliza ao mercado no seu sector de actividade. Acramaq Claramente sintonizada com as necessidades do mercado da reparação automó-
vel, a Acramaq mostrava o Axone Direct (um produto muito idêntico ao Axone Pad) que faz a ligação por cabo à ficha de diagnóstico do automóvel. Trata-se de um aparelho que tem a responsabilidade de substituir o famoso Axone 2000. Bombóleo Juntamente com a exposição de diversos material e equipamento Bosch, a Bombóleo / Iberoturbo dava grande destaque ao conceito Turbopoint, que está sendo desenvolvido em todo o país, e que potencia toda a experiência e conhecimento que esta empresa tem na área dos turbocompressores, trabalhando em parceria com os maiores construtores mundiais deste tipo de componentes. Artepelle Apostando na qualidade do seu serviço (maioritariamente feito à mão) esta empresa de Alcanena é especializada na recuperação de volantes, manetes de velocidades, foles e tabliers de qualquer marca. Um serviço que disponibiliza quer a clientes particulares quer às oficinas. MR Pneu Renovando a aposta nesta feira, a empresa nortenha dava destaque aos seus equipamentos para casa de pneus e oficinas da Mondolfo Ferro e da Cemb. Por sua vez a empresa parceira da Mr Pneu, a Grandestak, mostrava parte da gama de pneus GT, como a aposta no clube GT48. Cetrus Sempre próximo das oficinas, a Cetrus tinha como novidade a torre eléctrica para aspiração de óleo (Tower Service). Destaque também para os equipamentos da Spanesi, com homologação da BMW, bem como para as cabinas de pintura, que são uma imagem de marca desta empresa. Ambicarro Esta empresa das Caldas da Rainha dedica-se ao abate de veículos em fim de vida bem como trata de todo o processo de cancelamento de matrículas. A Ambicarro recolhe e trata gratuitamente veículos, peças e acessórios para desmantelamento e descontaminação.
MR Pneu
Cetrus
Ambicarro
Mitro Sport
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SALÃO Tecnotools
Autodiag
Reciquip
Mitro Sport Esta empresa da Póvoa de Lanhoso mostrava na ExpoAuto toda a sua extensa gama de produtos na área da electrónica (alarmes, car áudio, xénon, etc), ar condicionado, suspensões, jantes, pneus entre outros. Tecnotools Neste stand estava disponível uma extensa gama de equipamentos e ferramentas profissionais para o sector automóvel. A Tecnotools, de Ourém, que estava pela primeira vez nesta feira, tinha em destaque diversos produtos das marcas Mega, Motorscan, Facom, Beta, Cartull, Kraftwerk, Cascos, Meclube e OMCN. Autodiag Dedicada exclusivamente ao diagnóstico automóvel, a Autodiag é representante em Portugal dos equipamentos da Carman Scan, NexTech e Vag-Com. Na lógica de crescimento, a empresa de Amor (Leiria) vai também apostar nas vendas online, para além de querer aumentar a sua presença no território nacional. Reciquip A especialização deste empresa é nos equipamentos de descontaminação para centros de abate de veículos em fim de vida, que estavam em exposição na Expoauto. A empresa disponibiliza também equipamentos para testes de radiadores.
Best Stock Em exposição no stand da empresa de Oliveira de Frades estavam os produtos da Lucas Oil, produzidos por uma das maiores empresas de lubrificantes do mundo, e da qual é representante exclusivo para Portugal. A Best-Stock passou também a representar em exclusivo para o mercado português e espanhol os produtos anti-furo para pneus da Ride-On. Tecniverca Para a Expoauto a Tecniverca preparou o lançamento dos equipamentos de desmonstar e equilibrar rodas da Aero. Para além destes equipamentos, a Tecniverca esponha ainda diversos acessórios e equipamentos para oficinas de outras representadas como a Mechanix Wear e Serwo. Hélder Teixeira & Companhia Neste expositor a empresa de Vila do Conde tinha em exposição as centralinas adicionais da AnGenica, para aumento de potência apenas nos motores turbodiesel. A vantagem é que estas centralinas não alteram nada nas centralinas originais dos automóveis.
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Best Stock
Tecniverca
Hélder Teixeira & Companhia
APAMB A APAMB – Associação Portuguesa de Inspecção e Prevenção Ambiental, dava a conhecer na ExpoAuto os seus serviços na área da consultoria ambiental, neste caso para o sector das oficinas automóveis. PUB
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ACTUALIDADE GESAFA alerta para amortecedores em mau estado
Amortecedores na ordem do dia A
O GESAFA, Gabinete de Estudos para a Segurança do Automóvel dos Fabricantes de Amortecedores, integrado na SERNAUTO, e de que fazem parte os fabricantes Al-Ko Amortiguadores, KYB, Quinton Hazell (Lip), Tenneco (Monroe), TRW (Gabriel) e ZF Trading (Sachs e Boge), alerta para o perigo de se usarem amortecedores em mau estado.
Associação Espanhola de Fabricantes de Componentes de Automóveis, SERNAUTO, realizou recentemente no VIP Grand Hotel Lisboa, uma conferência de imprensa de apresentação do estudo realizado pelo GESAFA (Gabinete de Estudos para a Segurança do Automóvel dos Fabricantes de Amortecedores), denominado “Evolução dinâmica dos veículos com diferentes configurações de amortecedores”. Na base do estudo técnico esteve o IDIADA, organização que agrupa as competências de homologação, engenharia e testes de segurança automóvel, com o apoio do Ministério da Industria Turismo e Comércio Espanhol através do Programa PROFIT. Dois veículos, um com 65,000 Kms e o outro com 95,000 Kms serviram de modelo para os resultados do estudo. Os resultados desta investigação demonstraram, por exemplo, que uns amortecedores usados aumentam a distância de travagem até 2,5 metros num veículo a 100 km/h. Em traços gerais, as provas realizadas permitem afirmar que a capacidade de resposta e de estabilidade de um veículo com os amortecedores usados diminuem significativamente, o que acarreta um risco elevado de acidente em viragens bruscas, curvas e mudanças de faixa, especialmente a altas velocidades. O estudo refere que o funcionamento correcto de um amortecedor depende de diversos factores como o estado do piso, a carga do veículo, a quilometragem e os efeitos de desgaste como o frio, o calor e a humidade. Quando não se trata de um desgaste perceptível, a GESAFA recomenda realizar revisões periódicas a cada 20.000 quilómetros e uma substituição quando o carro tiver atingido os 65.000-90.000 quilómetros. Os sinais que alertariam para o desgaste dos amortecedores seriam os seguintes: fugas de óleo e ruídos, falta de controlo do veículo, oscilações laterais, vibrações, desgaste excessivo e irregular dos pneus. Juntamente com os travões e os pneus, esta peça integrada no sistema de suspensão do veículo forma o denominado Triângulo de Segurança do Automóvel. Apesar de ser a peça do sistema que mais desgaste sofre é, infelizmente, a mais esquecida. A inspecção visual realizada por um técnico é a melhor maneira de detectar se um amortecedor está em mau estado, uma vez que não só detecta danos no mesmo como também o faz em seu redor (deterioração dos pneus, revestimento de borracha, componentes da suspensão e fugas de óleo).
Todos os representantes das marcas de amortecedores presentes no mercado nacional estiveram presentes e apoiaram a iniciativa promovida pela GESAFA
Os amortecedores usados aumentam a distância de travagem até 2,5 metros num veículo a 100 km/h
A associação SERNAUTO realizou uma conferência de imprensa de apresentação do estudo realizado pelo GESAFA
Como remate final às acções levadas a cabo pelo GESAFA, foi apresentada a página web www.LosAmortiguadoresSalvanVidas.com, uma iniciativa com a qual se pretende consciencializar a sociedade sobre a importância que os amortecedores têm para a segurança rodoviária. Nesta página web, os utilizadores podem saber se os amortecedores dos seus veículos devem ser inspeccionados ou até substituídos através de um simples teste. Os testes encomendados à IDIADA são a coluna vertebral deste site. Nas diferentes secções podem visualizar-se vários vídeos que mostram os resultados dos testes, onde indubitavelmente se verifica que o mau estado dos amortecedores pode prolongar de maneira alarmante o tempo de travagem e originar acidentes. O GESAFA, Gabinete de Estudos para a Segurança do Automóvel dos Fabricantes de Amortecedores, integrado dentro da SERNAUTO, nasceu em 2003 com o objectivo de dar a conhecer ao condutor espanhol a importância que têm os amortecedores para a sua segurança e para o bom funcionamento do veículo. As empresas que integram este Gabinete de Estudos são: Al-Ko Amortiguadores, KYB, Quinton Hazell (Lip), Tenneco (Monroe), TRW (Gabriel) e ZF Trading (Sachs e Boge). Na ocasião da apresentação da campanha em Portugal, estiveram presentes Miguel Angel Obregón, Adjunto da Direcção da Sernauto, Juan Carlos Diez (Director da KYB Iberia), e Alexander Catalá, Manager Vehicle Dynamic IDIADA. A apresentação do site www.LosAmortiguadoresSalvanVidas.c om que visa comunicar a mensagem ao utilizador final, esteve a cargo de Chema Castan, Director do CUBE PRESS.
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ACTUALIDADE SISTEMAS DE SUSPENSÃO AVANÇADOS
O futuro do
amortecimento activo O comportamento dinâmico de um veículo, a sua condução e o conforto dos ocupantes dependem em grande medida do tipo de suspensão utilizada, especialmente o amortecimento. Quem conseguir oferecer o melhor compromisso conforto (incluindo o nível de ruído) / segurança / custo terá a porta aberta do mercado futuro.
O
compromisso rigidez / flexibilidade da estrutura da carroçaria, tem uma grande influência no conforto e segurança da condução. De facto, os amortecedores têm a importante função de controlar os movimentos da suspensão, por um lado, contribuindo ainda de forma clara na estabilização da carroçaria nas curvas e nas manobras de aceleração ou travagem, por outro lado. A este propósito, dois problemas emergem relativamente aos amortecedores hidráulicos convencionais: estão sujeitos a desgaste e reagem aos movimentos da suspensão e da carroçaria de forma passiva. No primeiro caso, o que resulta menos positivo é o facto do amortecedor, perder a sua capacidade original, deixando de contribuir de forma tão decisiva na estabilização da suspensão e dos movimentos da carroçaria. Esse problema poderia ser e é de facto ultrapassado pela substituição periódica dos amortecedores, de acordo com o intervalo previsto pelo construtor do veículo e pelo fabricante dos amortecedores, para os quais o amortecedor é um consumível de média rotação. Caso não se verifique a substituição dos amortecedores gastos, constata-se uma perda considerável das características originais da viatura, com prejuízo do conforto e da segurança da condução. Além disso, os amortecedores podem avariar-se antes do final do período previsto para a sua substituição, quer devido a impactos demasiado fortes, quer em resultado de utilizações intensivas ou em vias degradadas. Na pior hipótese, pode resultar de operações de manutenção mal conduzidas. De qualquer modo, em termos práticos, um amortecedor avariado
comporta-se como um amortecedor gasto e tem que ser substituído. Quanto ao facto do amortecedor reagir passivamente aos movimentos que tem como missão controlar, isso deriva do próprio conceito do amortecedor convencional e esse problema só pode ser ultrapassado com sistema activos, de controlo inteligente. Esses sistemas foram testados com sucesso em veículos de competição e hoje estão disponíveis para os carros de grande série, apresentando as seguintes importantes vantagens, tanto para o conforto, como para a segurança do automóvel: • O amortecimento é regulado em tempo real, adaptando-se imediatamente ao tipo de via, estilo de condução e outros episódios da deslocação do veículo, podendo também ser calibrado por opção do condutor. • Os efeitos do desgaste são minimizados, porque a pressão é regulada de forma constante, compensando eventuais perdas de eficiência do componente. • A suspensão reage de forma activa, quer aos incidentes da via, quer às manobras de condução, compensando e estabilizando imediatamente a carroçaria, através da variação inteligente da pressão atribuída a cada amortecedor. Custos inerentes ao amortecimento Em última análise, a função do amortecimento consiste em controlar as oscilações da suspensão, mantendo as rodas em contacto permanente com o solo. Se a roda perder o contacto com a via, devido ao mau estado do amortecedor, a deslocação do veículo torna-se desconfortá-
Nos veículos equipados com sistemas de suspensão activa, o amortecimento é regulado em tempo real, adaptando-se imediatamente ao tipo de via, estilo de condução e outros episódios da deslocação do veículo, podendo também ser calibrado por opção do condutor
vel, as trajectórias escolhidas pelo condutor tendem a desviar-se aleatoriamente, as rodas blocam ao travar, assim como também patinam ao acelerar. Excluindo os custos mais elevados de todos, ou sejam, a não preservação da integridade física dos ocupantes da viatura, um carro com a suspensão em mau estado gasta mais pneus, mais combustível e reduz a vida útil dos elementos da suspensão e da direcção, bem como da própria carroçaria. Portanto, logicamente, a substituição dos amortecedores é realmente compensadora, embora nem todas as pessoas tenha a capacidade ou paciência para fazer todas as contas dos custos dos amortecedores degradados. Partindo do princípio que o condutor já concluiu por A + B que manter a suspensão em bom estado é um negócio inteligente e uma forma de economia, podemos agora avançar para a comparação dos custos de uma suspensão convencional e de uma suspensão activa de controlo electrónico. Depois de analisar alguns dados, verifica-se facilmente que se está a registar uma convergência de custos efectiva, entre os dois sistemas. No caso dos amortecedores convencionais, para se obter uma qualidade premium, tanto no rendimento, como na duração, é necessário procurar componentes sofisticados e necessariamente caros. Se o cliente optar por baixo preço, terá que substituir as peças mais vezes, o que acaba por resultar em custos idênticos ou superiores. No caso dos sistemas mais evoluídos, o custo de aquisição está a baixar gradualmente, devido à produção de série em grande escala e à progressiva simplificação dos sistemas electrónicos. Acresce a esta circunstância o facto do sistema ser garantido por períodos que podem chegar aos 5 anos, nos carros novos, não implicando despesas de manutenção iniciais. Além disso, o custo inicial pode ser amortizado gradualmente com o financiamento da viatura, implicando menor desembolso imediato do que o sistema de suspensão tradicional. Por todas estas razões, é previsível que dos modelos de topo de gama as suspensões inteligentes passem em breve para os segmentos médios, acabando por alcançar os segmentos inferiores a médio prazo.
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ACTUALIDADE A oferta do mercado As principais marcas em competição, no domínio das suspensões activas para modelos de grande série, são neste momento três, como se descreve abaixo: 1 - Delphi - O último sistema deste fabricante de componentes para a indústria automóvel é o MagneRide, disponível para alguns veículos de topo de gama dos EUA e da Europa, entre os quais os Audi TT e R8 e alguns Ferrari, entre outros. 2 - Tenneco - Este fabricante de sistemas para automóveis desenvolveu o CES (Computerized Electronic Suspension), o qual é montado de origem em vários modelos das marcas Volvo, Mercedes-Benz, Ford e Audi, entre outras. 3 - ZF Sachs - O sistema desenvolvido por este fabricante é o CDC (Continuous Damping Control), sendo fornecido para modelos das marcas Audi, Opel, Porsche, BMW e Bentley. Embora existam outras marcas de equipamentos que também desenvolveram ou estão a desenvolver sistemas de suspensão electrónica activa, quase todos os sistemas se baseiam em unidades de gestão electrónica, que recebem informações de vários parâmetros de funcionamento do motor e do veículo, emitindo sinais de comando para os actuadores das válvulas dos amortecedores, que podem fechar ou abrir mais a passagem do óleo de amortecimento, segundo as necessidades de estabilização da viatura. A Delphi, no entanto, desenvolveu um conceito mais original, baseado no comportamento reológico de um fluido que contém partículas que podem ser activadas magneticamente, modificando a resistência do fluido ao escoamento. A activação das partículas contidas no fluido da suspensão é feita por bobinas indutivas. colocadas no êmbolo do amortecedor. A capacidade de resposta deste sistema é muito efectiva e evita a existência de válvulas, sujeitas a avarias mecânicas. Apesar disso, os engenheiros da Delphi continuam a aperfeiçoar o sistema MagneRide, tendo em vista ampliar as performances das próximas gerações do sistema. Os principais objectivos são a integração da informação de mais sistemas do veículo, a fim de corresponder mais rápida e adequadamente a situações de maior complexidade, por um lado, reduzindo o papel das molas e das barras estabilizadoras ao mínimo, por outro lado, para tornar o controlo da suspensão mais perfeito e imediato.
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apenas tem que accionar um botão no painel de instrumentos, para ter a suspensão CDC a funcionar. O carro torna-se imediatamente mais confortável e seguro, não fazendo chiar os pneus nas curvas ou nas acelerações. Na ZF Sachs, acreditam que os sistemas de suspensão com controlo electrónico se estão a afirmar nas viaturas de topo de gama, mas em breve passarão para os modelos das gamas médias. Mais de 50% dos automóveis montados na Europa passarão em breve a ter sistemas deste tipo, como já sucede com os sistemas de controlo de estabilidade ESP. Neste momento a penetração das suspensões electrónicas activas ainda é de apenas 10% na Europa, o que faz prever um forte crescimento do mercado nos próximos anos.
A Tenneco desenvolveu o CES (Computerized Electronic Suspension), um sistema de suspensão activa de controlo electrónico, o qual é montado de origem em vários modelos das marcas Volvo, Mercedes-Benz, Ford e Audi, entre outras.
Forte crescimento do mercado Enquanto que a Delphi aposta a médio prazo num sistema virtualmente sem concorrência, a Tenneco vai realizando bons negócios com o seu sistema CES, que já multiplicou por sete os rendimentos da empresa. De facto, a Tenneco identificou as principais prioridades dos construtores automóvel nas suas tomadas de decisão, que apontam para tecnologias de válvulas, fluidos, controlo do rolamento, elastómeros e molas que reduzam o nível global de ruído e vibrações dentro do habitáculo. Em relação à concorrência, o sistema CES tem a vantagem de reagir à escala dos milisegundos, passando rapidamente de uma afinação para conforto, para um comportamento de segurança, mais firme. A Tenneco afirma que os actuais sistemas são significativamente mais avançados do que os de 2003, quando lançou o conceito CES no mercado. Para o futuro imediato, a marca vai trabalhar nos componentes e na gestão electrónica, uma gama mais alargada de afinações e curvas de amortecimento optimizadas. A Tenneco sente-se estimulada a aperfeiçoar rapidamente o seu sistema, porque as perspectivas de mercado são excelentes, devendo as suspensões electronicamente controladas mais do que triplicar nos próximos três anos. Para além do esforço
de aperfeiçoamento tecnológico, a Tenneco não esquece que a redução de custos é uma meta indispensável para a generalização dos sistemas de suspensão inteligentes, que ainda são opcionais em muitos casos.
Informação ao condutor Para promover o seus sistema CDC no mercado, a ZF Sachs criou uma parceria com a Opel, tendo em vista a realização de sessões de formação e promoção do conceito, junto da rede de distribuição oficial da marca. Inicialmente, a iniciativa irá limitar-se à Alemanha e países vizinhos, mas é de esperar que se venha a estender a maior número de países. Nessas sessões de informação teórica e de condução prática, as equipas de vendas da Opel ficam a compreender melhor o impacto do sistema CDC no comportamento da viatura, estimulando o cliente final a optar por essa solução. O sistema CDC da Sachs permite controlar o amortecimento sem transições bruscas de uma afinação muito firme, para outra mais flexível. A unidade central do sistema (ECU) recolhe dados de vários sensores (ângulo do volante, binário do motor, etc.) e está em permanente interacção com os sistemas ABS e ESP, a fim de encontrar a melhor resposta para cada situação de condução. O condutor do veículo
Outras opções O sistema de suspensão hidropneumática exclusivo da Citroen está no mercado há mais de 50 anos e tem-se aperfeiçoado através de sucessivas beneficiações, incluindo a gestão electrónica, nas mais recentes gerações de veículos. A fornecedor de sistemas e componentes ArvinMeritor também se inspirou no sistema do construtor francês e está a desenvolver um sistema de suspensão pneumático activo, capaz de controlar o amortecimento e a inclinação da carroçaria nas curvas. Esta suspensão terá uma geometria variável, podendo os parâmetros variar até 300%. As molas são substituídas por um êmbolo pneumático, enquanto que o amortecimento e o sistema de controlo do rolamento em curva são hidráulicos, possuindo uma bomba de óleo central. O sistema da ArvinMeritor deverá estar no mercado até final de 2008 ou no início de 2009. A grande aposta da divisão de Chassis Systems da ArvinMeritor é na eliminação de ruídos e vibrações do chassis, estando a desenvolver módulos completos de suspensão, direcção e travões, para corresponder à procura dos novos construtores do sector automóvel, que se estão a tentar impor no plano mundial. Ao contrário do que se poderia pensar, os construtores chineses são dos mais interessados em tecnologias avançadas de chassis. Se bem que os sistemas de amortecimento tradicionais tenham vindo a evoluir consideravelmente, os seus custos também têm subido proporcionalmente, o que deixa antever uma batalha de custos entre os sistemas clássicos e os sistemas mais avançados do mercado. PUB
AMB - APAMB:Jornal das Oficinas
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AMBIENTE A APAMB – Associação Portuguesa de Inspecção e Prevenção Ambiental
O ambiente e as oficinas N
A APAMB – Associação Portuguesa de Inspecção e Prevenção Ambiental, é uma entidade que foi fundada com o objectivo de ajudar as empresas a cumprirem ambientalmente com as suas obrigações. E as oficinas bem precisam dessa ajuda.
ão estando unicamente orientada para o sector oficinal, a verdade é que mais de 2.000 oficinas de automóveis são associadas da APAMB, isto é, quase metade do total de associados que esta entidade detém. A falta de entidades que pudessem fornecer informação e serviços sobre questões ambientais às pequenas e médias empresas, acabou por levar à constituição da APAMB, que mesmo não tendo qualquer especialização na área das oficinas, acabou por estar fortemente representada neste sector, tão só, porque as oficinas precisavam deste tipo de serviços. “A partir de 2006 começou a haver uma grande pressão sobre as oficinas, no sentido de cumprirem com a legislação ambiental, como a APAMB apareceu nessa altura, rapidamente fomos solicitados por empresas desse sector”, começa por afirmar João Gonçalves, Director Geral da APAMB. Pela sua natureza e pela actividade que têm, as oficinas são importantes geradores de resíduos (a diversos níveis) que, segundo o mesmo interlocutor, “apesar da boa vontade que muitos responsáveis de oficina tinham, o facto é que não sabiam como orientar os resíduos e reduzir as emissões, bem como tornar a actividade ambientalmente dentro da legislação em vigor”. Atendendo às necessidades do mercado em geral, e das oficinas em particular, rapidamente a APAMB evolui no seu conceito, pois de uma função informativa passou rapidamente a ser uma prestadora de serviços. Actualmente, a APAMB é uma associação que presta serviços de consultadoria ambiental, apresentando soluções para questões ambientais, funcionando como se fosse uma estrutura empresarial, embora seja uma associação. Tal situação tem inegáveis vantagens, já que a APAMB, sendo uma associação e não uma empresa, não tem como objectivo final o lucro, pelo que “podemos
APAMB Sede: Av. 5 de Outubro, 148 – 5ºH Edifício Bocage 2900-309 Setúbal Director Geral João Gonçalves Telefone: 265 234 190 Fax: 265 234 186 E-mail: geral@apamb.pt Internet www.apamb.pt
João Gonçalves, Director Geral da APAMB, diz que existe muito trabalho por fazer nas oficinas em matéria ambiental
Serviços da APAMB São diversos os serviços prestados pela APAMB aos seus asssociados: 1 - Elaboração de mapas de resíduos e adequação de práticas às normas ambientais em vigor, incluindo os registo e as declarações para o SIRER. 2 - Informação Jurídica, Jurídico-Ambiental e Jurídico-Fiscal. 3 - Inspecções preventivas periódicas a estabelecimentos comerciais e industriais. 4 - Consultoria técnica-ambiental em Gestão de Resíduos. 5 - Representação dos interesses dos associados junto de entidades públicas. 6 - Implementação de Sistemas de Gestão Ambiental 7 - Auditorias ambientais externas para Certificação 8 - Serviços técnico-ambientais: Análises e medições / Licenciamentos.
reinvestir os lucros na qualidade dos serviços que prestamos mas também nos preços que praticamos aos nossos associados. De outra forma era impossível dar o serviço que damos com o preço que praticamos”, refere João Gonçalves. Com sede em Setúbal e escritórios no Porto, a APAMB possui já mais de 4.000 associados (2.000 dos quais são oficinas) estando presente em todo o território continental, com uma equipa de 20 técnicos que estão permanentemente no terreno. A equipa comercial da APAMB, quando visita uma nova oficina “apresenta as obrigatoriedades que a mesma tem face à actividade que desenvolve, alertando para a necessidade de resolver os problemas ambientais, mesmo que para isso recorram a outras empresas para o fazerem”, afirma o mesmo responsável, acrescentado que “após essa visita apresentamos um pré-relatório, fazendo um levantamento das situações que são mais complicados do ponto de vista de violação legal. Dizemos que situações a oficina tem que corrigir e depois ele contrata ou não os nossos serviços”. No caso de uma oficina contratar os serviços da APAMB, de pronto a mesma estará apta a fazer todo o tipo de prestações de serviços, desde licenciamentos até às mais diversas medições de ruídos, gases, etc. Noutras áreas, como sejam a gestão de resíduos, aferição de compressores, colocação de separadores de hidrocarbonetos, entre outras, a APAMB recorre a parceiros que estão no mercado e que fornecem esses serviços. Qualquer oficina que pretenda ser associado terá apenas que pagar uma jóia de entrada, no valor de 75 euros, e uma anuidade de 200 Euros. Depois de uma primeira inspecção à oficina por parte da APAMB, para identificar os problemas que existem e apontar as soluções, serão implementados as necessárias medidas de correcção, que serão monitorizadas pela APAMB.
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Acabaram-se as perguntas sem resposta na oficina! S e r v i c e . P o w e r. P a r t n e r s h i p .
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EMPREGO Por: António Costa – Consultor Auto da Hays Portugal
Do sonho à realidade
U
O consultor de recrutamento tem por vezes a árdua tarefa de chamar à razão os profissionais mais júniores com que se depara, utilizando o seu conhecimento do mercado de trabalho, como escreveu Miguel Unamuno “O homem vive de razão e sobrevive de sonhos”.
m consultor de recrutamento e selecção tem o privilégio de, no decorrer da sua actividade, entrevistar inúmeros profissionais das mais variadas origens. Neste contexto são analisados os sucessos e insucessos, expectativas e motivações, sonhos e realidade. Se tivesse que escolher um momento onde existe uma maior confrontação entre sonho e realidade, falaria sobre a formação académica. A escolha da formação académica está muitas vezes condicionada por factores exógenos que desviam os jovens do caminho inicialmente traçado como a sua ambição. Mas mesmo que estejam reunidas todas as condições para ingresso na formação desejada, por vezes é o motivo e a expectativa do que se pode fazer com ela que estão errados. Um dos exemplos emblemáticos desta realidade está no sector automóvel, onde grande parte das vezes os engenheiros mecânicos escolhem esta formação com a ideia de chegar ao desporto de competição, construir um motor ou alguma peça do automóvel que venha a ser reconhecida por aumentar a potência, diminuir o consumo ou mesmo aumentar a segurança. Trata-se de uma área que, à partida, se revela atractiva do ponto de vista de eventuais saídas profissionais, pela componente desportiva, competitiva e mesmo pela complexidade e desafio técnico que poderá acarretar. Este sonho morre amiúde muito cedo. Desde logo nas universidades Portuguesas onde a componente prática é diminuta não preparando convenientemente os jovens recém licenciados para o exigente mercado de trabalho. O conhecimento teórico por si só não dota tais estudantes das ferramentas pragmáticas necessárias para vingar num sector onde o “saber fazer” é ainda muito importante. Muitas vezes o recurso é a formação no estrangeiro, nomeadamente em Inglaterra que possui algumas instituições a preparar os PUB
Hays Sede: Av. República, 90 1º andar - Fracção 4 1600 – 206 Lisboa Consultor Auto: António Costa Telefone: 21 782 65 63 Fax: 21 782 65 66 e-mail: antonio.costa@hays.pt Internet: www.hays.pt
jovens de acordo com as necessidades do mercado, apostando numa forte componente técnica e vocacionada para as reais necessidades das marcas e componentes automóveis. Estes profissionais, ao longo da formação académica vão percebendo que ape-
nas uma ínfima parte chegará a concretizar os seus sonhos, sendo a grande maioria absorvida pela área do pós-venda do sector automóvel, em funções como recepcionista, gestor de garantias, responsável de zona, chefe de oficina e similares. Tratam-se de funções no sector de
eleição, mas claramente vocacionadas para a optimização de redes de retalho e concessionários, onde a margem ‘criativa ou produtiva’ é em si diminuta. Este primeiro impacto no mercado de trabalho traz geralmente algumas dificuldades, particularmente quando existe a necessidade de gerir técnicos especializados. A falta de saber prático inviabiliza muitas vezes a capacidade de liderar, por exemplo, equipas técnicas com um ‘saber fazer’ automatizado, pelo que os jovens acabam por recorrer à gestão de tais recursos humanos de uma forma informal ou excessivamente baseada na hierarquia da sua formação, fenómeno que mais tarde ou mais cedo acaba por falir, seja pela insatisfação do próprio neste contexto, seja pelo impacto pouco produtivo que possa ter nas equipas sob sua responsabilidade.
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PDM - Paulo Carvalho:Jornal das Oficinas
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PERSONALIDADE DO MÊS Paulo Carvalho, Director-Geral da CARF
“Temos que ser
flexíveis”
M
Pelo trabalho que tem vindo a desenvolver no sector da distribuição de peças para automóvel, a CARF ganhou o seu espaço neste sector. Um trabalho consolidado dia-a-dia pela perseverança de Paulo Carvalho.
uitos negócios no sector automóvel são a imagem de quem está à frente deles. Decidido na aposta que fez, mesmo num meio altamente concorrencial, como é o da distribuição, Paulo Carvalho apostou na especialização do negócio, tendo sido obviamente bem sucedido.
te), o apoio à renovação de frota (apenas para veículos de grande tonelagem) e o tão falado gasóleo profissional que se ficou pelos transportes públicos.
No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Nestes cinco anos de actividade que acabámos de celebrar, sem dúvida que o que mais temos aprendido e posto em prática é a necessidade de nos tornarmos cada vez mais flexíveis. Sabermos encarar os nossos clientes como parceiros, entender os seus objectivos e adaptarmos os nossos serviços às suas necessidades e realidades, tem-nos permitido algum destaque neste mercado de exigências.
Em poucas linhas resuma o seu percurso profissional? Comecei a trabalhar aos 14 anos em vários ramos de actividade, aos 16 entrei para as peças auto como estafeta de mota numa loja de retalho. Fiz depois um percurso em algumas das maiores empresas do sector onde desempenhei funções desde, caixeiro, comercial e por último responsável pela filial de Lisboa da Imporpeças.
De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Com serenidade, atenção e com o respeito que todos me merecem.
Qual o cargo que desempenha actualmente? Sócio gerente da Carf Distribuições.
Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? Embora se assista a uma “agressividade” muito grande das Marcas, que tentam fidelizar cada vez mais o cliente com os prolongamentos das garantias, da expressão cada vez maior e a ter em conta dos grandes centros de reparação rápida, continuo convicto que o retalho continua a ter uma palavra a dizer neste sector, não nos moldes tradicionais a que nos habituámos mas, como alguns retalhistas inteligentemente souberam por em prática, adaptando-se à realidade de um futuro cada vez mais presente. Pela experiência que têm continuam na minha opinião, a ser o melhor canal de escoamento de peças.
O que mais gosta na actividade que desempenha? Do apelo constante à dinâmica, criatividade e polivalência.
E o que menos gosta? A obrigatoriedade de ter de separar o homem do empresário.
O que mudaria na sua actividade? Sinceramente, nada. A intensidade do dia-a-dia dá-me um prazer imenso, mesmo nos momentos mais negativos consigo retirar algo de positivo e reforçar a confiança no meu trabalho. É optimista ou pessimista na sua actividade? Sou optimista por natureza.
O que mudaria no seu sector de actividade? Decididamente, as leis laborais. Mais do que as leis do sector, as leis laborais, tornam-se um atropelo ao desenvolvimento de uma empresa e são um apelo perigoso à falta de responsabilidade e profissionalismo.
CARF Sede: Rua Projectada à Rua José Afonso, Lt 5 Quinta Santa Rosa 2680 543 Camarate Sócio-gerente: Paulo Carvalho Telefone: 219 809 640 Fax: 219 809 649 E-mail: paulocarvalho@carfnet.com Internet: n.d.
CARF na distribuição de peças A CARF surgiu há cinco anos. A experiência e conhecimento do negócio das peças de automóveis por parte de Paulo Carvalho foi decisiva para avançar com este empresa. Actualmente com um enorme armazém em Camarate, e uma frota de duas dezenas de viaturas, a CARF tem como clientes os grossistas de peças mas também as marcas de automóveis, efectuando depois a entrega das peças nos retalhistas. O facto de se dedicar só à distribuição de peças, sendo por isso uma empresa especializada neste ramo de negócio, tem como mais-valia a proximidade aos clientes por via de uma maior flexibilidade na gestão do negócio.
A CARF é a única empresa especializada na logística de peças automóveis
Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Porquê? Carlos Ambrósio, Imporpeças. Pessoa de uma grandeza humana fora do comum. Foi a primeira pessoa a quem apresentei o projecto Carf e que, apesar de funcionário da empresa apoiou desde logo a ideia. O seu apoio incondicional, permitiu o desenvolvimento e o crescimento da Carf. Qual a notícia recente deste sector que mais o surpreendeu? Tenho tomado conhecimento de algumas notícias no sector dos transportes, (não sei se surpreendentes se curiosas) que dão conta de que, no meio de outras, passarão a existir benefícios nos custos das portagens (para quem circula de noi-
Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? Julgo que as recentes alterações em algumas leis do sector de transportes, irão por si contribuir para uma revitalização significativa, principalmente para as empresas que como a Carf se souberem estruturar e organizar.
Na sua opinião, qual é o futuro da distribuição de peças? Não virá certamente a ter a expressão que já teve, no entanto para nós que nos especializamos neste sector, encaramos o futuro com boas perspectivas.
Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Sou por norma uma pessoa difícil de se sentir realizada, e o projecto Carf está ainda muito no início, estando por isso longe de me trazer essa sensação.
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ENT - Mike Athanassiou:Jornal das Oficinas
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ENTREVISTA Mike Athanassiou, Sales Manager Saxid
“Na Saxid encontrará
qualidade e preço” C
Saxid é uma nova marca de travagem que compete com os actores globais para obter quota de mercado. Construída com o apoio de ex-colaboradores da TMD Friction, a nova fábrica alemã é flexível e combina qualidade com produtos a preço acessível.
onstruir uma fábrica dedicada a componentes de travagem no contexto económico actual é uma aventura na qual a Saxid apostou para satisfazer a procura do mercado por produtos de boa qualidade a preço médio. Mike Athanassiou, Director de vendas da Saxid, explicou como tudo começou e quais são os objectivos principais da empresa.
Nesta fase não estamos a pensar em números. O nosso primeiro objectivo é de entrar no mercado com as primeiras séries da nossa gama e de promover o nome. Temos de avançar passo a passo. Agora estamos a introduzir a marca Saxid em Portugal com a Auto Material e esperamos desenvolver o negócio. Com o negócio vêm as vendas.
Como começou a Saxid? A Saxid foi constituída em Junho de 2006 por ex-colaboradores da TMD: Eckhard Steeger foi Director de compras da TMD Friction durante 25 anos e Wilfried Schnell foi Director de vendas de primeiro equipamento responsável pela BMW durante 20 anos. Eu entrei na empresa em Novembro de 2006, após 12 anos de actividade na TMD Friction enquanto Gestor de produto e depois enquanto Director de vendas das marcas Textar, Pagid, Mintex e Don para a Europa e países do Médio Oriente durante 7 anos. Qual é o portfolio da Saxid para o aftermarket? A nossa ideia era de construir uma nova fábrica de produção na Alemanha para o negócio OEM e OES assim como para responder à procura do aftermarket a nível mundial. Durante estes dois últimos anos construímos esta nova fábrica e lançamos um programa para o aftermarket com aproximadamente 2500 referências para veículos ligeiros e pesados. Para viaturas ligeiras temos mais do que 1500 pastilhas de travão e aproximadamente 500 maxilas de travão no programa, e para os veículos pesados temos a gama completa de pastilhas e calços de travão. A cobertura do programa está à volta de 95% para a procura europeia, mas também para o Médio Oriente, o Extremo Oriente, a América do Sul e de futuro também para os Estados Unidos. Quem financiou o projecto? Este projecto é totalmente privado e independente, liderado por pessoas interessadas em construir uma nova alternativa para componentes de travagem. Qual é a estratégia da Saxid para ganhar quota de mercado? Os maiores actores a nível mundial são a TMD Friction, a Federal Mogul e a Honeywell. A Saxid oferece boa qualidade a preço competitivo. O nosso ob-
jectivo consiste em ganhar quota de mercado proporcionando uma taxa de serviço entre 90% e 95%, o que significa que uma encomenda pode ser fornecida imediatamente. Um ponto muito importante é o facto de podermos efectuar entregas “just-in-time”. Muitos clientes já não têm a capacidade de manter um stock alto devido à situação financeira que se tem notado a nível mundial. E eles têm vindo a pedir mais entregas “just-in-time”. Isto é uma grande vantagem para nós, e temos capacidade de resposta devido à pequena estrutura da nossa empresa. As nossas despesas não são tão altas como as de outras empresas, o que nos permite ter um stock grande no nosso armazém. Além disso, a Saxid evita a sobre-distribuição, ou seja concentrámo-nos nos nossos parceiros nos mercados e protegemo-los. A Saxid não os decepciona por satisfazer encomendas esporádicas simplesmente para gerar vendas.
Está a dizer que a Saxid é mais flexível que outros actores globais? Sim, nós somos mais flexíveis e isso é muito importante em países como Portugal em que muitos clientes têm os seus próprios requisitos, talvez até precisem de uma marca própria ou especial que nós também podemos fornecer. A Saxid fornece a que fabricante automóvel? BMW.
Como começou a ligação com a Auto Material? A ligação com a Auto Material existe há muitos anos, tem origem nos tempos em que a Auto Material era cliente da TMD Friction e que eu era colaborador da empresa. Quais são as expectativas que tem para o mercado português? A Saxid está à espera de atingir que objectivos?
Face ao declínio da economia, vê grandes oportunidades para a Saxid? De facto é uma oportunidade para a Saxid devido ao facto de sermos flexíveis e também porque sentimos que alguns clientes não estão satisfeitos com os actores globais. Esses actores globais estão sob uma pressão altíssima porque têm de atingir objectivos de vendas exigidos pela direcção, por vezes esquecendo-se dos clientes. Nós na Saxid falamos abertamente e honestamente com os clientes, e acabamos por atingir bons resultados. Nós não dizemos que voltaremos a falar no assunto na próxima vez, o que é precisamente o que os clientes têm ouvido nos últimos dez anos. O mercado é maioritariamente partilhado por actores globais e também por produtos low budget, esses últimos de pouca qualidade. A Saxid pode preencher a lacuna existente entre esses produtos baratos e os actores globais. Essa lacuna é a maior quota de mercado em Portugal. O nível de preço dos produtos Saxid é muito competitivo e ao mesmo tempo, a qualidade é muito elevada. O nível de preço é inferior a marcas tais como a Mintex? Não, é a nível equivalente, e não é mais baixo porque vendemos qualidade. Estamos também a fornecer o primeiro equipamento, o que significa que a Saxid já pertence à família de fornecedores de primeiro equipamento.
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ENT - Roland Schuler:Jornal das Oficinas
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ENTREVISTA
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Roland Schuler, Director Geral da Gutmann Messtechnik GmbH
“Estamos mais
O
fortes”
A Hella Gutmann Solutions é o resultado da joint venture entre a Hella e a Gutmann. Dois gigantes nas suas áreas de actuação que se uniram para tornar o diagnóstico numa “arma” imbatível. Roland Schuler revela os meandros da operação.
fornecedor de peças automóveis especialista nas áreas da iluminação, eléctrica e electrónica, Hella KGaA Hueck & Co., e o especialista em sistemas de diagnóstico, Gutmann Messtechnik GmbH, fundaram um joint venture para sistemas de diagnóstico de veículos. O objectivo desta joint venture denominada Hella Gutmann Solutions é o fornecimento de soluções oficinais avançadas na área do diagnóstico. A nova joint venture Hella Gutmann Solutions fortalecerá a capacidade da Gutmann para fornecimento de soluções aos seus mais de 20 mil clientes, ao mesmo tempo que permitirá alargar o seu público alvo por arrastamento da parceria com a Hella.
nergia criada para ambas saírem vencedores num mercado cada vez mais competitivo. Foi dessa forma que surgiu a Hella Gutmann Solutions. Numa altura em que o mercado Europeu está em baixa, esta operação visou de alguma forma contrabalançar esse ciclo menos bom da economia? Não. O sector do diagnóstico automóvel continua em grande expansão. A Hella é uma empresa muito saudável financeiramente, o mesmo acontece com a Gutmann, isto é, as duas empresas estão bem e esta união só vai permitir melhorar ainda mais a performance de ambas.
E como correu a primeira metade de 2008 para a Gutmann? Nos primeiros seis meses de 2008 a Gutmann registou mais uma vez um crescimento, principalmente na Alemanha e países do Leste Europeu. Mas na própria Europa Ocidental registámos um bom desempenho, o que prova o grande potencial deste mercado.
Qual a importância da joint venture Hella Gutmann Solutions? A joint venture entre a Hella e a Gutmann é de grande importância para ambas as companhias, num mercado global em que os veículos estão crescentemente equipados com dispositivos electrónicos. Em relação à Gutmann, posso acrescentar que esta parceria representa o equivalente ao primeiro prémio do Euromilhões, na medida em que a união vai possibilitar o fortalecimento da nossa imagem e simultaneamente a possibilidade de entrarmos em mercados internacionais novos muito mais rapidamente. Repare que a Hella está representada em cerca de 100 países em todo o mundo e só isso permitirá à Gutmann alargar a penetração dos seus produtos de uma forma muito substancial.
Sobre a Gutmann A Gutmann Messtechnik GmbH celebrará o seu 40º aniversário em Novembro de 2008. Os campos chave de competência desta companhia de diagnóstico com 200 empregados são o desenvolvimento e produção de testers de análise de gases e equipamento de diagnóstico para oficinas de carros e motos. Em todo o mundo, as ferramentas electrónicas Gutmann são usadas em cerca de 20.000 oficinas em 24 países. As suas principais características são o funcionamento estável e estruturas de software simples com muitas funções de ajuda e explicações técnicas. O software está disponível em detalhe em 13 idiomas.
Os equipamentos irão agora ser comercializados sob que designação? A nova joint venture denomina-se Hella Gutmann Solutions e como tal os equipamentos terão essa denominação. Cada uma das partes detém 50% das acções. As decisões continuarão a ser encabeçadas pelo Sr. Kurt Gutmann.
Como é que esta ligação teve início. As duas companhias já se conheciam? As empresas Hella e Gutmann já são velhas amigas e para este desfecho foram realizadas muitas reuniões para encontrarmos a melhor forma de trabalharmos juntos. O ponto forte da competência da Gutmann é a técnica de diagnóstico e o ponto forte da Hella são os sistemas de iluminação para a indústria automóvel, assim como os sistemas eléctricos e electrónicos. Após um longo processo chegámos à conclusão que as duas partes podiam beneficiar da si-
Sobre a Hella A Hella KGaA Hueck & Co., é um fornecedor automóvel que desenvolve e fabrica componentes e sistemas no campo da tecnologia de iluminação e electrónica para a indústria automóvel. As vendas do Grupo Hella no ano fiscal 2006-07 ascenderam 3,7 biliões de euros. A Hella é um dos 50 maiores fornecedores para o sector automóvel do mundo e uma das 100 maiores companhias industriais da Alemanha. Mais de 25.000 pessoas trabalham em 70 fábricas, subsidiárias de produção e joint ventures em todo o mundo. Mais de 3.000 engenheiros e técnicos trabalham na pesquisa e desenvolvimento em todo o Grupo. Os clientes são todos os fabricantes líderes de automóveis e de sistemas, assim como o aftermarket automóvel. Em mais de 100 países em todo o mundo, a Hella fornece o aftermarket automóvel e oficinas com gamas extensivas em quatro áreas de competência chave: Iluminação, Eléctrica, Electrónica e Gestão Termal.
OFIC MES - Lorenzini:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Novembro 2008
EMPRESA Lorenzini Autosports
Clássicos como
O
novos
Empresa especializada em veículos clássicos e históricos, a Lorenzini tem dedicado a sua actividade ao restauro e manutenção desde tipo de veículos, sendo por isso uma oficina com muitas especificidades.
nome do Lorenzini remonta a 1960, através de uma empresa sediada em Manchester, Inglaterra, que sempre esteve associada a carros clássicos. Os primeiros contactos desta empresa com Portugal foram no início da década de 90, quando recebeu nas suas instalações diversos automóveis clássicos para manutenção. Após sucessivas visitas do Sr. Lorenzini a Portugal, em 1999 é fundada a Lorenzini – Autosports Lisboa, empresa que, com base em toda a experiência adquirida ao longo de quase quatro décadas no restauro e manutenção de viaturas clássicas (para estrada e competição) das mais diversas marcas, resolve entrar no nosso país. Entretanto em Março de 2007, fruto de algumas alterações internas a Lorenzini Autosport, Lda, passou a dedicar-se exclusivamente aos veículos clássicos e históricos até porque o mercado da reparação neste sector não tem muitas oficinas especializadas e portanto a procura é muito grande. Sendo uma oficina multimarca, na Lorenzini cada um dos seis mecânicos possui uma especialização numa determinada marca, com destaque para a Aston Martin, Ferrari, Lamborghini, Lotus, Maserati, Mercedes e Porsche, embora todos estejam habilitados pela experiência e formação que têm a resolver qualquer problema em qualquer carro de qualquer marca. São diversificados os serviços que a Lorenzini Autosports, Lda, efectua aos automóveis clássicos, nomeadamente revisões regulares, restauros parciais, mas também o serviço de competição automóvel, quer ao nível da preparação quer da assistência nas provas (mesmo no estrangeiro), onde a empresa tem obtido diversas vitórias. À excepção dos trabalhos de chapa, pintura e estofador, nos quais a Lorenzini prefere trabalhar com parceiros especializados que lhe garantem a qualidade desejada em tudo o que tenha a ver com restauros, todos os serviços de mecânica são feitos internamente nas próprias instalações. Também o tipo de cliente da Lorenzini é em tudo diferente de um tradicional cliente de uma oficina. Não só se trata de um cliente com um maior poder económico, como também não exige, normalmente, rapidez no serviço, mas sim qualidade no restauro ou na reparação, mesmo que isso implique meses de espera. É também um cliente coleccionador que dispõe de mais do que um carro e que pretende que os mesmos estejam sempre em condições de funcionamento. Não menos importante é o acesso a pe-
A especialização da oficina é em carros clássicos, estando a Lorenzini Autosports apta a trabalhar qualquer marca ças para o tipo de veículos com que a Lorenzini trabalha. O tradicional mercado de aftermarket não funciona nos clássicos, excepção feita a alguns consumíveis tradicionais em qualquer oficina, pelo que o recurso passa por mandar vir as peças de Inglaterra e Alemanha no caso dos carros europeus, e dos Estados Unidos no caso de carros provenientes de lá. Segundo a própria oficina, não existem grandes dificuldades em conseguir ter acesso às peças para os carros com que trabalham, sejam novas ou mesmo recondicionadas, pois em alguns carros não é de todo possível dispor de peças originais. Contudo, a aposta passa sempre por ter peças originais das marcas dos carros que estão a ser trabalhados e só em últi-
mo recurso ter as peças de outras origens. Sendo uma oficina especializada em clássicos, também a questão das garantias se coloca. Todos os serviços têm garantia assim como as peças que são usadas na reparação / restauração, embora o bom senso também tenha que funcionar em algumas situações, nomeadamente quando a idade do carro já não perdoa. Em termos de organização oficinal, a Lorenzini não difere muito de uma tradicional oficina. Destaque para o facto de não haver equipamentos electrónicos de diagnóstico e para um espaço próprio onde são reparados e recondicionados os motores dos clássicos e históricos, que é um verdadeiro regalo para quem gosta de mecânica.
Lorenzini Sede: Estrada de Manique, 2 1750-166 Lisboa Telefone: 217 560 193 Fax: 217 560 195 E-mail: lorenzini@mail.telepac.pt Internet n.d. Refira-se ainda que a Lorenzini, para além de poder fornecer peças (consoante pedido), é também a representante em Portugal das jantes para clássicos da Ruote Borrani.
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ACT - AUTO MATERIAL:Jornal das Oficinas
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Jornal das Oficinas Novembro 2008
REPORTAGEM Auto Material comemora 75 anos
Bodas de sucesso
A
A Auto Material comemorou as bodas de diamante em tom descontraído, com um naipe de meia centena de clientes que usufruíram das belezas naturais proporcionadas por um passeio pela Serra de Sintra.
Auto Material aproveitou a passagem dos 75 anos da sua fundação para reunir clientes e amigos num passeio que proporcionou aos participantes as belas paisagens que a Serra de Sintra e arredores proporcionam. A partir das instalações da Auto Material em Alcoitão, o grupo de cerca de 50 participantes aventurou-se em pequenas equipas com destino à Serra, num passeio em jeeps com passagem pela barragem do Rio da Mula, miradouro do Pé da Serra, incluindo ainda jogos e actividades diversas. O almoço retemperador aconteceu na Adega de Colares, findo o qual o grupo prosseguiu com o passeio em veículos 4x4 rumo ao próximo destino que foi nada menos que o ponto mais ocidental do continente europeu – Cabo da Roca. Seguiu-se a Clareira da Peninha com paisagem que vislumbrou todos os participantes. A chegada às instalações de Auto Material em Alcoitão deu-se ao final do dia, com o anúncio da equipa vencedora dos vários jogos e questionários entretanto realizados e a consequente entrega de prémios, afinal o menos importante já que todos foram vencedores pelo tempo passado em conjunto e pelos laços fortalecidos entre fornecedor, clientes e amigos. A criação da Auto Material deu-se em 1933 através do pai do actual proprietário da firma, Sr. Helmuth Wittenburg, de nacionalidade alemã, que em 1927 fez escala em território Luso para aperfeiçoar o seu português antes de rumar a terras do Brasil. O gosto por Portugal fê-lo ficar por cá, estabelecendo-se por conta própria como comissionista e com representações que foi angariando ao longo dos tempos. Eram na altura negócios entre as fábricas e os clientes em Portugal. A determinada altura entendeu que era necessário stock em Portugal para servir mais rapidamente os clientes e criou a Auto Material com mais dois sócios. Estávamos no ano de 1933. Nessa época as peças que vendia não eram somente para automóveis. Possuía representações variadas que iam desde peças para bicicletas e motorizadas, a material para fabrico de malas, ferragens, ferramentas, etc. Em 1937 rumou à feira de automóveis de Berlim e conseguiu outras novas representações que começou a comercializar directamente como agente mas também através da Auto Material. A Segunda Grande Guerra esfriou as relações com a Alemanha e os negócios foram interrompidos. Só a partir de 1949 é que o pai do actual proprietário da Auto Material desenvolveu de novo os negócios com a Alemanha, desta feita com peças para au-
Auto Material Morada: Estr.de Manique (E.N. 247,5 - Entre Km 8-9) 2645-475 Alcabideche Telefone: 21 460 88 50 Fax: 21 460 88 59 Email: geral@auto-material.com
Hartmut Wittenburg, proprietário da Auto Material, num pequeno discurso na Adega de Colares no âmbito da iniciativa que assinalou os 75 anos da empresa
A Auto Material aproveitou a passagem dos 75 anos da sua fundação para reunir clientes e amigos num passeio pelas belas paisagens da Serra de Sintra e arredores
tomóveis, já que a indústria automóvel conhecia um verdadeiro “boom” no período pós guerra. Veio a Revolução dos Cravos e o actual proprietário da Auto Material, Hartmut Wittenburg, seguiu os passos de seu pai, montando um negócio próprio para servir melhor alguns clientes. Adquiriu na altura a Elauto. Em 1990 reactivou a Auto Material, começando a desenvolver negócios que perduram até hoje. Actualmente a empresa conta com uma carteira de cerca de 250 clientes, assim como com marcas de prestígio. São exemplos a Hella, Behr Hella Service, Behr Thermotronik, Mann Filter, Stabilus, Optibelt, Saxid, Vemo e Vaico, GK, Iwis, etc.. Um dos porta estandartes da Auto Material é a marca Hella, nos campos da iluminação, eléctrico, electrónica e ar condicionado. A ligação remonta a 1937 quando Helmuth Wittenburg se deslocou à Feira de Berlim e encetou contactos com responsáveis da empresa germânica. Uma relação que ainda hoje perdura e que permite à Auto Material oferecer qualidade e diversidade nas várias áreas de negócio que a Hella explora e desenvolve. “No aftermarket de ligeiros e comerciais pesados, as marcas que comercializamos são equivalentes às de origem e portanto o consumo e as grandes vendas são de certa forma limitadas”, referiu Hartmut Wittenburg sobre a evolução do negócio num momento em que o mercado se recente da crise financeira instalada. Sobre os 75 anos da Auto Material, refere que “a importância da data está bem espelhada no facto da Auto Material ser um nome forte e conhecido por todos os “players” do pós venda em Portugal”.
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ACTUALIDADE Petronas apresenta lubrificantes Syntium
Nova estrela na Europa A
A Petronas apresentou a sua gama de lubrificantes Syntium à imprensa nacional durante uma visita à sua fábrica de Villastellone, Itália. Trata-se de uma marca de lubrificantes Premium que dá os primeiros passos na Europa.
gama de lubrificantes para automóveis, Petronas Syntium, acaba de entrar no mercado português. O produtor Petronas Lubricants Internacional, uma das maiores multinacionais do sector petrolífero do mundo, com sede na Malásia, aproveitou a ocasião do lançamento para dar a conhecer a sua fábrica de Villastellone, Itália, uma unidade onde a tecnologia moderna e a tradição se congregam para o fabrico dos mais avançados lubrificantes do mundo. Os jornalistas puderam testemunhar os vários processos de fabrico da gama Syntium apresentada, assim como de outras linhas que fazem parte do universo de marcas da Petronas. O processo de fabrico da unidade fabril de Villastellone, inclui o know how acumulado da antiga FL, agora parte da Petronas, primeiro enchimento do Grupo Fiat e também o nome recomendado para o aftermarket do construtor italiano. O historial da FL é um trunfo do Grupo Petronas. Com efeito, a FL Fiat Lubrificanti foi fundada em Torino em 1912, com o objectivo de fornecer os lubrificantes para os veículos produzidos pela Fiat Automóveis. Em finais de 2007, a Petronas adquire os activos da empresa FL, assumindo e alargando o portfólio de produtos até então existentes (marcas Selènia, Tutela, Ambra, Urania, Paraflu, Arexons, etc.) com a introdução da nova gama de lubrificantes Syntium. Os lubrificantes Petronas Syntium são constituídos por sintéticos de última geração, sendo desenvolvidos para motores de alta performance. Superam as últimas especificações internacionais dos principais construtores automóveis. No complexo industrial que os jornalistas tiveram o privilégio de visitar, as "jóias da coroa" são os sofisticados laboratórios que realizam, para além de todas as análises para um processo de fabrico sem falhas, todos os processos de desenvolvimento de novos produtos, complementados pelas salas de teste de motores e bancos de ensaios. São pólos que encerram a mais elevada tecnologia de ponta e que tornam este fabricante num dos principais centros mundiais na área da lubrificação. O alvo a atingir com a marca de lubrificantes Syntium é o aftermarket (concessionários e oficinas independentes), mas não só, já que também “pisca o olho” a acordos com construtores automóveis, numa clara estratégia de diversificação de mercados, complementando o acordo que o Grupo Petronas já possui para fornecimento dos lubrificantes Selènia às marcas do Grupo Fiat. A Petronas, diminutivo de Petroliam Nasional Berhad, é a companhia nacional
Petronas Morada: Rua Quinta do Paizinho, n.º 2 - 1º Piso 2790-237 Carnaxide Telefone: 214 245 740 Fax: 214 245 742 E-mail: sede@pt.petronas.com
Syntium é sinónimo de “Óleo sintético para motores”. A gama Petronas Syntium responde a todas as exigências da nova geração de motores
Uma das muitas salas da unidade laboratorial da Petronas Lubricants Italy (Villastellone). A concepção e o controlo do produto final passam invariavelmente por aqui.
da Malásia, fundada em 1974, e que se tornou numa das maiores empresa de petróleo e gás, com negócios estratégicos em mais de 30 países. O Grupo está engajado num espectro largo de actividades e de valor acrescentado relacionados com o negócio petrolífero. A gama de lubrificantes sintéticos Syntium, agora em Portugal, encontra-se já disponível em mercados tão diversos como o da China, África do Sul, Índia, Indonésia, Japão, Tailândia, Suíça, Liechtenstein, Hong Kong, Macau, Sudão, Myanmar, Camboja, Filipinas e Malásia, com significativas quotas de mercado. A Petronas Lubricants Internacional é um "player" global de óleos lubrificantes com operações em mais de 20 países em todo o mundo, que inclui investigação, desenvolvimento, fabrico, marketing e distribuição de lubrificantes, fluidos de transmissão, líquidos anti-freeze e fluidos funcionais para automóveis, motos, camiões, tractores agrícolas e maquinaria de movimentação de terras, assim como para outro equipamento industrial. A companhia possui mais de 30 nomes de marcas e categorias diferentes, entre as quais a Syntium, Sprinta, Selènia, Urania, Paraflu, Tutela, AmbrA, Akcela e Arbor, para mencionar apenas algumas. A marca de lubrificantes Syntium agora apresentada ao mercado português é produzida utilizando a tecnologia das corridas de Formula 1, em virtude do envolvimento no mundo motorizado do Grupo Petronas. A Petronas Lubricants Internacional também mantém relações técnicas e comerciais com vários parceiros importantes OEM em todo o mundo. A Petronas é considerada pelos analistas da revista Forbes uma das empresas mais rentáveis em todo o mundo.
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REPORTAGEM Convenção Sotinar
Solidificar parcerias N
O Grupo Sotinar realizou na Exposalão uma Convenção com os seus clientes sobre a realidade actual do mundo da repintura automóvel. A plateia de presenças foi vasta, sinónimo da sinergia criada com os clientes e também do interesse sobre a temática da repintura automóvel.
o passado dia 19 de Outubro, o Grupo Sotinar realizou uma Convenção na Exposalão da Batalha subordinado ao tema “Repintura automóvel - Passado e Futuro, Desafios e Oportunidades”. Simultaneamente possuía um vasto espaço de exposição na ExpoAuto, no recinto dedicado ao pós venda automóvel, o que transformou este dia numa simbiose de temas de interesse a todos quantos rumaram à Batalha para conhecer de perto a realidade da vida do Grupo Sotinar nos dias de hoje. Trata-se de uma empresa especializada no retalho de produtos de repintura automóvel e produtos auxiliares. Algumas das mais importantes marcas que o sector utiliza são comercializadas pelo Grupo Sotinar. Com 30 anos de existência em Portugal, 50 trabalhadores, dos quais 30 são técnicos-comerciais especializados em repintura automóvel, e presente nas principais cidades do país – Lisboa, Porto, Coimbra, Leiria, Aveiro e Santa Maria da Feira, a que junta um Centro de Treino altamente equipado, a Sotinar é o maior grupo retalhista da repintura automóvel em Portugal, com uma facturação conjunta a rondar os 6.000.000 euros. A melhoria contínua de processos de trabalho – Certificação Qualidade norma ISO 9001 desde 2001 pela TUV Rheinland Portugal – é um dos seus porta estandartes. Como referiu António Prata, Sócio Gerente da Sotinar de Coimbra e Leiria, “mais do que oferecer produtos de qualidade, a Sotinar oferece soluções profissionais e competentes para as oficinas de repintura automóvel”. Aquele responsável apontou as transformações porque passa o mundo da repintura automóvel, especialmente o facto de hoje existirem menos acidentes, fruto de um ambiente rodoviário mais seguro, por um lado, e por outro lado, a crise económica, a perda de estatuto social do carro, os produtos e sistemas de trabalho mais rápidos e a concorrência mais aguerrida, para o menor número de reparações. Daí que tenha apontado a necessidade imperiosa dos presentes perceberem como podem ir buscar (mais) clientes e também perceberem o que é preciso fazer para melhorar as suas capacidades. Ainda sobre este tema sublinhou que “assim que o Cliente entra na oficina e é bem recebido, num ambiente que transmite limpeza, acolhimento e profissionalismo, é importante compreender as suas necessidades: não é só perceber o problema do carro mas também perceber os problemas pessoais do cliente (carro de substituição? Prazos de entrega curtos?….)”
Convenção Sotinar. Da esquerda para a direita: António Prata, Gerente Sotinar Coimbra e Leiria; Manuel Simões, Director Técnico Portepim; Nelson Simões, Director Técnico Carsistema; António Coelho, Gerente Sotinar Aveiro; Daniel Simões, Gerente Sotinar S.M.Feira; António Oliveira, Gerente Sotinar Porto; e José Ferreira, Gerente Sotinar Lisboa A terminar a sua apresentação, António Prata, referiu que “não basta sabermos chamar os clientes e perceber o que eles querem. É também essencial garantir que o trabalho é feito de forma rentável”. Manuel Simões, Director Técnico da Portepim SA, empresa representante para Portugal dos produtos de repintura MaxMeyer e parceira de negócio do Grupo Sotinar, começou por fazer um breve historial da marca italiana. No mercado há mais de 100 anos, tem como datas importantes o ano de 1997, quando passou a integrar o Grupo PPG Industries, o lançamento da linha Aquamax (1999), o lançamento da linha HP (2000) e o lançamento da linha UHS Extra (2006). Em Portugal
a MaxMeyer possui 650 sistemas de mistura Aquamax activos, 250 sistemas de mistura UHS Extra activos, mais de 300.000 litros anuais são vendidos, dos quais cerca de 100.000 litros de tintas. Manuel Simões referiu ainda que Portugal é o país da Europa onde a quota de Mercado da MaxMeyer é a mais elevada, com 16%. “A política comercial da Portepim toma a formação como o seu objectivo fundamental e o nosso Centro de Formação em Coimbra é prova cabal deste compromisso com os nossos Distribuidores e com as Oficinas de Repintura Automóvel!”, sublinhou o Director Técnico da Portepim. O último orador da noite foi Nelson Si-
mões, Director Técnico da Carsistema, empresa especialista em produtos auxiliares à repintura automóvel e também parceira de longa data do Grupo Sotinar. Nomes como os abrasivos Mirka, produtos de polimento Farécla, produtos de limpeza e renovação automóvel Concept, máquinas de lavar pistolas Rosauto, equipamentos de lixagem e aspiração Telesch, recicladores de solventes Formeco e IRAC, máscaras respiratórias Moldex, acabamentos para plásticos Gelson, e sprays técnicos Innotec, foram referidos como parte da solução proposta para o sucesso das oficinas. “Mas representar as melhores Marcas dos melhores Fabricantes mundiais não chega…, por isso a Carsistema procedeu ao desenvolvimento de produtos inovadores com marca própria: Car Repair System, uma marca própria registada em todo o mundo! Em resultado de um forte investimento anual em I&D, desenvolvemos os produtos Car Repair System no nosso Centro de Treino e nos laboratórios dos nossos fornecedores em função das especificações técnicas dos clientes e à medida das necessidades e requisitos específicos das oficinas de reparação automóvel em Portugal!”, concluiu Nelson Simões.
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REPO - Samiparts:Jornal das Oficinas
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REPORTAGEM Acção de formação Samiparts / INA
Conhecimento e aventura O
A Samiparts e a Schaeffler realizaram uma acção de formação sobre os componentes INA, numa jornada que aliou o conhecimento à aventura, para fortalecimento de laços profissionais.
FunPark onde se insere o Kartódromo de Fátima serviu de palco a uma iniciativa de formação suportada pelo distribuidor Samiparts e pela Schaeffler Iberia Automotive Aftermarket, que versou as peças de substituição da marca INA. O encontro foi preenchido por uma manhã de transmissão de conhecimentos por parte dos técnicos da Schaeffler a mais de 60 participantes clientes da Samiparts. Após as duas horas de formação, seguiu-se um almoço retemperador e uma tarde recheada de aventura, com destaque para a “Aventura Slide” - 250 metros de pura adrenalina - para uma disputada Prova de Karting e para uma experiência nos “Kartbuggie”. A formação foi seguida atentamente por todos e todos foram vencedores ao não faltarem à chamada. Os sistemas de transmissão por correia nos veículos a motor, nomeadamente Correias de distribuição / Sistemas de correia dentada, Accionamento por correia de equipamentos acessórios / Sistemas de accionamento por correia para componentes acessórios, Roletes tensores e roletes fixos para distribuição e accionamento de componentes acessórios; Diagnóstico de avarias; Manutenção, foram alguns temas em cima da mesa. Como referiu Samuel Nunes, um dos fundadores da Samiparts, “a ideia de realizar esta formação num local que permitisse aliar o conhecimento à aventura surgiu na sequência de uma outra iniciativa encetada por uma empresa fornecedora no mesmo local”. Da ideia à prática foi um passo, tendo contado com a preciosa colaboração da Schaeffler Iberia Automotive Aftermarket e seus técnicos. “Fortalecer os laços profissionais é um dos principais objectivos desta iniciativa”, sublinhou Samuel Nunes. Miguel Baptista, sócio gerente da Samiparts, alinhou pelo mesmo diapasão ao referir que “o conhecimento é hoje imprescindível para o sucesso profissional das oficinas e esta iniciativa de formação versando os componentes INA insere-se nessa filosofia. Ao mesmo tempo quisemos proporcionar aos presentes uma tarde agradável e com muita aventura à mistura”. A Samiparts iniciou a sua actividade em Julho de 2003, e foi criada pelos sócios gerentes Miguel Baptista e Samuel Nunes, que decidiram que era chegada a hora de experimentarem o sabor do desafio de uma casa de distribuição própria. A ideia inicial era a de serem somente os protagonistas da aventura a lidarem com os destinos da Samiparts, mas o serviço de excelência e a qualidade dos produtos cedo revelaram que o
SAMIPARTS
Após as duas horas de formação, seguiu-se um almoço retemperador e uma tarde recheada de aventura, com “Aventura Slide” e uma prova de Karts
Sede: Rua da Primavera, lote 10, r/c C Urbanização de Flandes Pombal Sócios Gerentes Miguel Baptista Samuel Nunes Telefone 236 207 701 Fax 236 207 702 Email samiparts@mail.telepac.pt
Miguel Baptista, Sócio Gerente da Samiparts, após a corrida de karts
Samuel Nunes, Sócio Gerente da Samiparts, aposta na formação dos clientes
Equipa vencedora da prova de Karts, com Pena Miranda, Director Geral da Sonicel
caminho passaria por abrir mais pontos de venda e recrutar alguns funcionários. O primeiro novo investimento surgiu em 2005 quando inauguraram um balcão de atendimento que serve simultaneamente de apoio para armazenagem das peças, situado em Ansião. A imagem cuidada é a mesma e a eficácia do serviço valeu mais uma vez o reconhecimento dos clientes. A esta eficácia não é alheio o facto dos
dois fundadores, Miguel Baptista e Samuel Nunes, terem uma larga experiência no sector da distribuição de peças. O mais recente investimento foi realizado na loja de Soure, em Janeiro deste ano, que fica a 20 km a Norte de Pombal. O anterior ponto inaugurado foi o de Ansião que fica também a 20 km de Pombal e que dá apoio ao interior do país. A primeira loja situada em Flandes, Pombal, possui um acesso privile-
giado. Todos os pontos de atendimento reflectem a postura com que enfrentam o mercado das peças em todas as suas vertentes: os espaços são amplos e a decoração exemplar. As oficinas são a razão de existir da Samiparts. Tentar dar o maior apoio possível aos profissionais da reparação e que passa muitas vezes pela formação em conjunto com as marcas de produtos que distribuem, tem sido a solução.
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EMPRESA IMA Ibérica
Confiança na assistência A
No ramo da assistência em viagem, a IMA Ibérica tem vindo a desenvolver os seus serviços em Portugal desde 1986, funcionando com uma sucursal da filial espanhola. Um dos seus projectos é o das “Oficinas de Confiança”. IMA Ibérica é uma empresa especializada na prestação de serviços de assistência a pessoas e
veículos. A companhia conta com uma extensa lista de parcerias, nomeadamente, empresas de reboques, taxis, empresas de aluguer de veículos, peritagens, ambulâncias, hospitais, hotéis, oficinas, etc, permitindo-lhe, deste modo, oferecer aos seus assegurados os serviços mais eficientes e que cubram essencialmente todas as suas necessidades. No seu capital não existe nenhuma entidade financeira, o que lhe concede uma independência total no que respeita a possíveis acordos. A companhia IMA Ibérica pertence ao grupo francês Inter Mutuelles Assistance, o qual foi constituído em 1981, possuindo 17,8 milhões de sócios e cerca de 40 milhões de beneficiários. Presta também serviços a outras seguradoras, sobretudo na área de assistência aos seus clientes e detém a liderança europeia nos seguros de assistência. O grupo Inter Mutuelles Assistance conta, actualmente, com 10 plataformas de assistência espalhadas pela Europa e no Magreb. Somando aproximadamente 2.000 funcionários, o grupo dispõe de equipas compostas por 14 nacionalidades e falando 23 línguas diferentes. O grupo IMA está presente noutros países da Europa e norte de África, nomeadamente Espanha, Alemanha, Bélgica, Itália, Reino Unido e Marrocos, possuindo mais de 55 000 empresas por todo o mundo e registando uma facturação de 331 Milhões de Euros. No mercado português, iniciou a sua actividade em Janeiro de 1986. “Existem diversos produtos e serviços que a IMA Ibérica disponibiliza ao mercado, mas em Portugal é a assistência rodoviária a pessoas e bens que mais enfoque tem na nossa actividade”, refere Manuel Silva, delegado da sucursal da IMA Ibérica em Portugal. Para além de vender os seus serviços ao cliente final mas também a marcas de automóveis, a IMA Ibérica dá também assistência aos clientes das seguradoras do grupo de outros países, quando estes estão em Portugal. Oficinas de confiança A IMA Ibérica desenvolveu um projecto inédito no nosso país com o intuito de oferecer aos seus clientes os melhores serviços de reparação dos seus veículos. Procedeu a uma selecção criteriosa das oficinas estabelecidas em Portugal, ava-
IMA IBÉRICA Sede: Empreendimento das Amoreiras Av. Engº Duarte Pacheco Torre 1, Piso 2, Sala 6 1070-101 Lisboa Delegada de Sucursal Manuel Silva Telefone: 213 877 210 Fax: 213 880 400 E-mail: imacolaboradores@imaiberica.com Internet n.d.
Diversas oficinas já foram distinguidas como “Oficina de Confiança”
A IMA Ibérica tem vindo a desenvolver o projecto “Oficina de Confiança”, como forma de dar resposta às necessidades dos seus clientes
liando o atendimento prestado tanto ao nível técnico, como ao nível de apoio ao lesado. Esta iniciativa dá pelo nome de “Oficinas de Confiança” e conta actualmente com um total de 16 estabelecimentos de reparação automóvel, distribuídos ao longo de todo o território português. Os critérios de selecção das Oficinas de Confiança abordam diferentes vertentes e apenas os centros que oferecem um serviço global e integrado recebem a certificação de qualidade atribuída pela IMA Ibérica. O equipamento técnico, a formação dos trabalhadores, o respeito pelas normas de segurança, o conforto proporcionado aos clientes durante o período de espera na oficina, são algumas das características que influem na avaliação. Todas as Oficinas de Confiança estão em contacto permanente com a central da IMA Ibérica, podendo o assegurado pedir outros serviços que necessite desde a oficina. “O projecto das Oficinas de Confiança, nasce da necessidade da redução dos tempos de espera dos clientes da IMA na oficina, nomeadamente nas alturas de maior fluxo, no Verão, em que as oficinas de marca têm pouca disponibilidade, atrasando muito a intervenção desejada”, refere Manuel Silva, adiantando que “este projecto assenta em oficinas de qualidade, e por isso os nossos critérios de selecção são muitos rigorosos”. Apesar de a IMA Ibérica ter considerado que a implementação deste projecto funcionou perfeitamente no último período de pico da actividade (no Verão), a rede de Oficinas de Confiança vai ser alargada a mais zonas do país. “Não queremos integrar oficinas neste projecto apenas por integrar. O nosso objectivo é acima de tudo ter qualidade nas oficinas escolhidas, mesmo que o processo de selecção seja mais moroso”, adverte Manuel Silva. Outra das premissas deste projecto é a disponibilidade das oficinas. “Assim que a IMA Ibérica solicita o serviço a oficina da rede terá que nos dar prioridade”, diz a mesma responsável, acrescentando que “para a oficina as vantagens são grandes, pois sabe que nós encaminhamos todos os clientes, naquela zona, para essa oficina. Depois existe um bónus que a IMA Ibérica atribui, e que está tabelado, por ele dar prioridade ao nosso cliente”. Apesar de ter uma equipa técnica no terreno, que analisa as oficinas que integram este projecto, a IMA Ibérica aceita também que as próprias oficinas se proponham a integrar o mesmo.
EMP - Caetano Parts:Jornal das Oficinas
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EMPRESA
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Caetano Parts
Abertura ao mercado O
Após mais de dois anos a operar com o nome de Auto Partner Peças, a agora Caetano Parts, é uma empresa que se dedica ao negócio da distribuição de peças de marca, na zona do grande Porto.
processo de reestruturação da Auto Partner, agora designado como Caetano Retail, teve efeitos em toda a actividade das respectivas empresas, que acabam por ser visíveis na designação das mesmas. Encontra-se nesta situação a Auto Partner Peças que agora chama-se Caetano Parts, a exemplo de outras estruturas idênticas que nasceram com esta designação. A Caetano Parts, como a designaremos a partir de agora, teve a sua origem no Grupo Auto Partner, entidade que nasceu do acordo entre o Grupo Salvador Caetano e o Grupo Fernando Simão. Com 13 marcas no seu portfolio, actualmente são já 16 marcas, a Caetano Parts existe “para tornar eficiente, com qualidade e produtivo o negócio de peças no âmbito da nossa rede de oficinas e de marcas representadas no retalho, ao nível do Grande Porto. Actualmente são já 16 as marcas geridas pela plataforma Caetano Retail Norte, e por inerência são 16 as marcas que trabalhamos ao nível das peças”, começou por referir Pedro Castro, na altura Director-Geral da Caetano Parts Esta empresa define-se claramente como uma distribuidora de peças de origem, funcionando como uma prestadora de serviços às concessões de marca da Caetano Retail, isto é, em vez de cada concessionário fazer a sua gestão de peças, existe uma unidade que gere o negócio de peças de todas elas, através da centralização de stocks e da optimização de recursos, obtendo com isso importantes ganhos a todos os níveis. Para além desta vertente de negócio voltada para a relação com os próprios concessionários, a Caetano Parts, é “para o mercado das oficinas independentes uma mais-valia em termos de prestação de serviços”. Dessa forma a Caetano Parts, tem uma estrutura comercial no terreno, um callcenter, e um balcão público, que “se posiciona no mercado como um player multimarca que pretende ser a solução global para as oficinas independentes, propondo algo que acreditamos ainda não existe no mercado”, refere Pedro Castro. Posicionados nas peças originais, e querendo ser uma solução global, o responsável da Caetano Parts afirma que “trocar peças de origem por peças de aftermarket para o mesmo nível de qualidade, já não é vantajoso, pois as marcas estão a ajustar-se ao mercado, e naturalmente as garantias de serviço e acompanhamento são melhores quando temos a segurança de uma reconhecida marca”. Logisticamente, este unidade de negócio está centralizada no Porto, onde tem
António Areias é o actual Director Geral da Caetano Parts, tendo ao seu lado Pedro Castro, pessoa que foi substituída nesse cargo
A Caetano Parts tem no Porto mais de 2 milhões de Euros de Stock, numa aposta clara no serviço e na disponiblidade um armazém central, com todas as peças das marcas representadas, que depois abastece as próprias oficinas da Caetano Retail bem como as oficinas independentes. Através de rotas definidas, com entregas bi-diárias (e até 3 vezes ao dia em algumas situações) e em horários definidos, a Caetano Parts assume a distribuição com frota (que apesar de ser sub-contratada) possui imagem própria. A equipa de vendas, com quatro elementos, apresenta às oficinas independentes o portfolio de marcas representadas pela Caetano Parts, fazendo prospecção e venda, numa lógica de serviço comercial às concessões da Caetano Retail. Possui 11 pessoas no Call-center, que recebem mais de 1.000 chamadas por dia, estando sempre em contacto com o cliente. Este call-center é também pró-activo abordando directamente o cliente. No entender de Pedro Castro, a Caetano Parts não se diferencia pelo preço da sua oferta, mas sim “disponibilidade do produto, isto é, ter as peças quando o cliente precisa delas. Acredito, hoje, que podemos ser a melhor solução para os nossos clientes, já que temos permanen-
temente em armazém mais de 40 mil referências de peças e um investimento efectivo de 2 milhões de euros em stock, que está disponível para o cliente receber quando pretender. Em segundo, o aspecto mais importante é a qualidade de serviço, que está relacionado com o investimento que fizemos na equipa de vendas e no call-center, bem como nas 38 pessoas que aqui trabalham”. Refira-se que a Caetano Parts (exAuto Partner Peças) passou a integrar uma estrutura de peças a nível nacional, existindo nesta altura mais duas centrais de peças da Caetano Parts (Lisboa e Setúbal), embora cada uma trabalhe uma zona geográfica específica. “Tendencialmente a gestão e a abordagem da Caetano Parts será global. Aliás, actualmente, já nos posicionamos de forma concertada, através dos responsáveis das diversas plataformas de peças, pensando de forma global tendo objectivos comuns. A lógica é pensar no negócio de forma global embora a acção seja local”, conclui Pedro Castro. Refira-se que Pedro Castro, foi entretanto substituído nas suas funções por António Areias.
Caetano Parts Sede: Rua Eng. Ferreira Dias, 793 4100-267 Porto Director Geral António Areias Telefone: 226 190 620 Fax: 225 500 473 E-mail: pecas.geral@caetanoretail.pt Internet www.caetanoretail.pt
EMP - Bortex:Jornal das Oficinas
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EMPRESA Bortex
Investir para o futuro A
Durante as mais de quatro décadas da empresa, em que passou por diversas fases, tendo-se especializado em escapes, a Bortex vai entrar agora num ciclo de investimentos.
Bortex entrou numa fase crucial da sua vida. Atravessa um momento de reestruturação, motivada pela necessidade de apostar em novos negócios, mas também porque a visão empresarial é agora outra por parte da segunda geração familiar. Aproveitando as enormes instalações que detém, na Pontinha, localizadas mesmo em frente aquele que vai ser o maior centro comercial do país, a Bortex vai apostar num moderno “Fast Fit” multimarca, mas também num outro projecto, que passa pela especialização e segmentação oficinal, muito vocacionado para carros Premium. Na fase inicial irá apenas dedicar-se em exclusivo a veículos Ferrari e Maserati, mas depois poderá evoluir para outras marcas de topo. “Esta será uma oficina VIP, muito fechada e exclusiva nos serviços de manutenção automóvel que irá disponibilizar aos seus clientes”, refere Mário Afonso, gerente da Bortex, acrescentando que “não será uma oficina oficial, por enquanto, mas tudo aquilo que iremos fazer será certificado, de modo a garantir a qualidade do nosso trabalho”. Actualidade Abandonada a parte industrial ligada aos escapes, que actualmente não era competitiva, a Bortex dedicou-se à importação dos escapes virando-se para o aftermarket, apostando também na venda e manutenção. Na realidade existem duas empresas na Bortex, uma que se dedica à importação e distribuição de escapes, e outra virada para a manutenção automóvel. “A nossa intenção é investir mais nos serviços virados para o público, através da parte oficinal, daí a aposta no novo centro de mecânica rápida”, afirma Mário Afonso acrescentando que “as outras duas oficinas da Bortex, que estão abertas ao público, vão ser recondicionadas, não só em termos de imagem mas também em termos de serviços”.
Especialização Até 2002 a Bortex sempre teve a sua actividade oficinal concentrada nos escapes, mas nos últimos anos, apesar de manter a tradição em escapes, evoluiu para outros serviços de mecânica seguindo um pouco a tendência do mercado. “Já sabiamos que o mercado iria evoluir no conceito de serviços rápidos, e por isso também apostamos neles, embora os escapes continuem a representar a nossa principal diferenciação, assim como o nome Bortex”, afirma Mário Afonso. Em termos de distribuição, a Bortex sempre importou algumas marcas de escapes, mas o crescimento que a indústria
Bortex Sede: Rua Cidade de Faro, Lote 86 Casalinho da Azenha 1675-008 Pontinha Gerente Mário Afonso Telefone: 214 788 160 Fax: 214 788 163 E-mail: comercial@bortex.pt Internet www.bortex.pt
A Bortex encontra-se numa fase de reestruturação profunda da sua actividade, tendo apostado forte em oficinas portuguesa de escapes tem vindo a registar, levou a Bortex a apostar em parcerias nacionais. “Muitas das compras que efectuamos de escapes actualmente são feitas em Portugal e não no estrangeiro”, refere Mário Afonso, adiantando que tal situação permite à empresa reduzir stocks, servir melhor o cliente e ter preços mais competitivos. Toda a distribuição de escapes é feita por frota própria (na zona da Grande Lisboa) ou utilizando transportadores para o resto do país. “Actualmente o negócio da distribuição de escapes e o negócio oficinal representam sensivelmente o mesmo em ter-
mos de facturação para a Bortex”, afirma o gerente da Bortex, acrescentando que “esperamos, com os investimentos previstos, que a área oficinal venha a representar a maior fatia da nossa actividade. É neste sentido que pretendemos caminhar nos próximos anos”. Actualmente, a Bortex tem ainda uma pequena unidade de produção de escapes, feitos a pedido, para determinados segmentos de mercado como carros antigos, pesados, veículos industriais, etc. Com uma equipa de 35 pessoas, a Bortex está a decididamente a relançar a sua actividade com os olhos postos no futuro.
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REP - Tecnicas Esbatimento:Jornal das Oficinas
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REPINTURA TÉCNICAS DE ESBATIMENTO
Arte ao serviço de soluções
O
práticas
No plano da repintura automóvel, as técnicas de esbatimento aplicam-se essencialmente na harmonização de zonas de reparação parcial com a pintura original do veículo, de modo a conseguir a tonalidade e o brilho mais parecido com o que prevalece na totalidade da carroçaria.
utra aplicação destas técnicas é a pintura automóvel criativa, que tem a sua plena expressão no tuning, nos veículos publicitários e em soluções de pintura personalizadas. Para além do efeito estético, as técnicas de esbatimento ajudam a optimizar o consumo de materiais utilizados e garantem a máxima qualidade do acabamento. Seja como for, para trabalhar com estas técnicas, o profissional tem que possuir alguma experiência e um certo talento inato, se bem que existem outros importantes factores que influem nos resultados obtidos. Entre eles, podemos salientar os seguintes: • A escolha da mistura de cor; • A temperatura de aplicação; • O tipo de pistola, o bico escolhido e a regulação do leque; • A distância de aplicação da tinta para a superfície da peça; • A pressão de aplicação e a viscosidade da mistura no momento de aplicar.
Procedimentos específicos A primeira demão destina-se a cobrir a mancha da reparação. Em seguida, o pintor deve estudar a distância de aplicação adequada. Na zona reparada, a distância entre o bico da pistola e a superfície a pintar será menor, pois é necessária maior quantidade de tinta. Contudo, à medida que nos afastamos da mancha resultante da reparação, a quantidade de tinta deve diminuir, pelo que o bico da pistola deve ficar mais distante da superfície que se está a pintar. A melhor forma é aplicar a tinta descrevendo com a mão uma espécie de arco, em ambos os sentidos, a fim de obter uma transição de cor suave. Em vez deste movimento em arco, é costume uti-
lizar-se a técnica de "varredura", na qual o movimento começa com a pistola mais próxima da mancha reparada, afastandose em seguida, tanto do centro da reparação, como da superfície da peça. Se o movimento se realizar de longe para perto da peça, a técnica tem o nome de " enchimento ". De um modo geral, a técnica de "varredura" é utilizada em peças em que não há limites para transição, como no centro do capot, por exemplo. Em locais mais apertados, a técnica de "enchi-
Para além do efeito estético, as técnicas de esbatimento ajudam a optimizar o consumo de materiais utilizados e garantem a máxima qualidade do acabamento
mento" dá melhores resultados, pois permite um controlo mais correcto da repartição da nuvem de pulverização sobre a superfície da peça. Geralmente, esta última técnica usa-se nos seguintes casos: • Esbatimento em áreas pequenas; • Quando a mancha da reparação está próxima de um limite físico qualquer (moldura dum vidro, junto ao limite de outra peça, etc.); • Por razões técnicas de afinação da cor.
Esbatimento a seco Os dois processos têm muitos pontos comuns, embora se registem algumas pequenas diferenças de procedimentos e de produtos utilizados. O esbatimento a seco é a própria técnica de esbatimento em geral, exigindo mais habilidade e maior grau de formação e de experiência, por parte do operador. O processo pode ser aplicado a sistemas monocapa ou a sistemas bicapa, simplesmente na cor ou na cor e no verniz. Qualquer que seja o sistema de pintura, o trabalho inicia-se com a lixagem do aparelho, começando com grão P400 a seco, passando a seguir para P600. Para se obter uma zona de transição, convém lixar também cerca de 2530 cm em volta da zona aparelhada. Para amaciar ainda mais a zona de trabalho, passa-se toda a área com um disco P1000 ou P1200, terminando com uma almofada ultra fina.
No esbatimento monocapa, podem seguir-se dois processos diferentes, executando o polimento antes ou depois de aplicar a tinta, com a técnica de esbatimento. No processo com polimento e abrilhantamento no fim, a primeira demão de cor aplica-se com a pressão regulada a 1 bar e com o leque do tamanho da reparação, para evitar pulverizar fora da zona aparelhada. A passagem seguinte já é realizada com a pressão a 1,5 bar, aplicando o acabamento a ultrapassar ligeiramente a demão anterior, sem no entanto sair da zona que foi amaciada previamente. Na terceira demão adiciona-se à tinta o produto de integração na proporção recomendada pelo fornecedor, aplicando o produto sem ultrapassar a zona já lixada. A quarta demão é aplicada apenas com diluente, mas exclusivamente na zona de transição. Para finalizar, seca-se a tinta em cabina ou com uma placa de infravermelhos, efectuando de seguida o polimento na zona de transição, bem como o abrilhantamento, com a boina específica. No processo de esbatimento com polimento prévio, toda a peça é polida e abrilhantada antes de aplicar a tinta. A primeira demão realiza-se à pressão de 1 bar, com uma pistola híbrida, afinando o leque para a dimensão do dano. Na segunda demão, a pressão passa para 1,5 bar, aplicando-se as técnicas de "varredu-
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REPINTURA ra" ou "enchimento", de acordo com as características da peça reparada. Na terceira demão, já se utiliza o produto integrador, começando com uma pulverização fina na zona de transição. De seguida, faz-se outra aplicação fina, numa área mais larga do que a anterior, terminando com uma terceira aplicação fina, numa zona ainda mas larga. Depois de aplicada a tinta, o trabalho está terminado. Em certos casos, dependendo da tinta e da cor, pode ser conveniente puxar o brilho à mão, utilizando um pano ou camurça.
Esbatimento em tintas de base aquosa Nestes casos, o esbatimento apenas se realiza na cor bicapa, sendo o verniz aplicado em toda a peça. Os dois procedimentos para o esbatimento da tinta de cor são os seguintes: - Baixar a pressão de entrada da pistola HVLP para 0,8 bar, na primeira demão pulverizada, passando em seguida a pressão para 0,5 bar, a fim de aplicar a segunda demão, igualmente pulverizada; - Trabalhar a pressão constante, adicionando produtos integradores, que reduzem a opacidade e aumentam a viscosidade, permitindo a correcta orientação dos pigmentos de alumínio, especialmente nas cores metalizadas. Após qualquer um deste procedimentos, aplica-se normalmente o verniz de 2 componentes (2K) sobre toda a peça, na qual a tinta foi previamente amaciada com lixa.
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máquina de baixa rotação e uma boina específica de polir. Para puxar o brilho, troca-se a boina e eleva-se a rotação da máquina.
Polimento da zona de integração do verniz, no final das fases de degradação do verniz e de integração ou união. Em certos casos, o pintor pode decidir aplicar o esbatimento da cor e a degradação do verniz na mesma peça. Para esse efeito, o esbatimento da cor é efectuado como já foi referido. No processo de degradação do verniz, aplica-se uma primeira demão de verniz, que deve andar sempre por fora da marcha de cor, sendo realizada com a pressão e a distância recomendada na ficha técnica do fabricante do verniz. A segunda demão deverá ser mais larga, entre 20-25 cm do que a anterior, jogando com o gatilho da pistola, a fim de reduzir gradualmente a quantidade de verniz aplicado. Depois de efectuada a degradação do verniz, a transição deste é efectuada com a adição de um integrador,
para aplicar na zona de união. A mistura é feita com uma parte de verniz catalisado com o produto integrador, na proporção recomendada pelo fabricante. Esta mistura é aplica em pequenas pulverizações, até que o verniz aplicado se consiga fundir com o original. Convém referir que já existe uma nova geração de diluentes integradores, criados para respeitar a normativa COV, prontos para usar, que não diluem excessivamente os vernizes. Terminado o processo de integração do verniz, realiza-se o polimento e abrilhantamento deste, depois de secar completamente e estar frio. Deve começar-se pela zona de integração, utilizando uma
Esbatimento a húmido Este processo é semelhante ao realizado a seco, com a diferença de ser aplicado previamente um produto específico de esbatimento. Para aplicar esta técnica não é necessário um grau de especialização tão elevado, sendo mais recomendável para cores difíceis e de efeitos, ou quando a reparação se situe numa zona da carroçaria muito visível. Aplica-se em primeiro lugar uma demão de produto hidrossolúvel para esbatimento a húmido, abrangendo toda a zona lixada previamente. Este produto facilita a correcta orientação das partículas de alumínio ou de efeito. Logo imediatamente a seguir, sem deixar que o produto aplicado se evapore, dá-se uma demão de tinta de cor em toda a área da reparação. Continua-se a dar demãos de tinta até obter a cobertura completa dessa área. A pressão de aplicação é sempre de 0,8 bar, com pistola HVLP. Depois de obter a perfeita cobertura da zona aparelhada, reduz-se a pressão para 0,5 bar e dá-se uma demão em esbatimento. Deste modo, é reduzida a atomização da tinta, tornando a cor mais homogénea. Para aplicar o verniz final, ajusta-se a pressão aos parâmetros normais de trabalho e aplica-se o verniz, tal como no processo de esbatimento a seco. PUB
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CARROÇARIA
Colaboração:
Peças em plástico
Reparação de plásticos no automóvel D
A indústria automóvel utiliza todos os dias um número crescente de peças de material plástico, tanto na carroçaria, como no motor e outras funções do veículo, devido fundamentalmente às características e vantagens que os plásticos apresentam em relação a outros materiais.
entre as vantagens que os plásticos apresentam, podemos salientar as seguintes: Resistência à corrosão; Baixo peso; Facilidade de moldagem; Reciclagem; Boas qualidades de isolamento eléctrico, térmico e acústico. Por outro lado, os plásticos têm evoluído constantemente e alcançaram níveis de resistência mecânica e térmica tão elevados, que permitem substituir os metais em peças como tampas de motor, colectores de admissão e outras peças sujeitas a solicitações de certa importância. Na carroçaria, podemos hoje encontrar facilmente em muitos modelos faróis, pára-choques, guarda-lamas, grelha frontal, peças de protecção contra a projecção de pedras, dispositivos aerodinâmicos, espelhos retrovisores, painel de instrumentos, portas posteriores, etc. totalmente em plástico. A estrutura da carroçaria, no entanto, bem como alguns painéis laterais, portas e o tejadilho, ainda são fabricados em chapa de aço, que apresenta vantagens económicas, ao mesmo tempo que garante um nível adequado de absorção de energia, em caso de impactos, indispensável para garantir a segurança passiva da viatura. Além disso, a maior resistência mecânica do aço resiste melhor às forças torsionais geradas pelo movimento do veículo. Sem dúvida que existem hoje em dia materiais plásticos reforçados a fibras de carbono e/ou kevlar tão resistentes como a chapa de aço, mas o seu custo é muito mais elevado e limita a sua utilização a veículos de competição. Apesar de preferido pelos construtores, o aço tem o grande inconveniente de ser muito sensível à oxidação e corrosão, implicando tratamentos prévios de protecção das chapas de aço. Esses tratamentos encarecem as peças de aço e têm que ser refeitos rapidamente, em caso de acidente, para impedir a degradação da carroçaria. Uma das formas de protecção das peças de aço é o seu revestimento a plástico, principalmente na parte inferior da carroçaria, evitando a penetração dos agentes agressivos para o aço. Além disso, o plástico é flexível e absorve melhor os impactos de objectos de elevada dureza (pedras, metais, etc.), protegendo a chapa de aço durante mais tempo. Uma das aplicações recentes do plástico são as linhas de alimentação de combustível, que não sofrem assim a corrosão, nem deformações, devido a impactos e choques.
capot não é ele próprio de plástico, são usadas placas de plástico expandido no interior do capot para absorver os ruídos mecânicos do motor. Por seu turno, as tubagens do ar de admissão, caixa do filtro de ar e outras condutas são fabricadas em plástico actualmente, porque este material é mais flexível e amortece vibrações e ressonâncias, tornando o funcionamento do motor mais confortável para os ocupantes. Também devido às qualidades de isolamento eléctrico, os plásticos são cada vez usados no fabrico das modernas cablagens de alta complexidade (CanBUS). A resistência mecânica do plástico, conjugada com a sua flexibilidade, torna as cablagens mais fiáveis e com uma duração muito mais prolongada.
Reparação de plásticos A presença de mais peças de plástico nos automóveis cria a necessidade da sua reparação, devido a danos provocados por acidentes e outros factores imponderáveis, gerando um mercado emergente de dimensões consideráveis. As técnicas de reparação de plástico, por seu turno, também se têm aperfeiçoado constantemente, permitindo obter excelentes resultados, o que torna a reparação numa opção economicamente vantajosa, face à substituição das peças danificadas por peças novas. No entanto, é sempre necessário avaliar correctamente todos os factores envolvidos na eventual reparação, entre os quais salientamos: • Processo de reparação a utilizar (soldadura/colagem) • Tipo de plástico que constitui a peça (termoplástico, termo estável, elastómero - ver caixa) • Grau de acessibilidade da peça • Formato da peça e localização do dano • Tipo e amplitude do dano Uma das grandes vantagens da utilização de plásticos nos automóveis é a redução do peso total dos veículos, que pode ser considerável, permitindo aumentar o desempenho do carro e diminuir simultaneamente o consumo de combustível. No que se refere às possibilidades de conformação, o plástico supera largamente os metais, permitindo obter formas de geometria complexa, que seriam impossíveis de alcançar em metal ou apenas por um preço muito elevado. Isso é particularmente patente no dese-
nho dos faróis, das grelhas do radiador, do painel de instrumentos, consola central e outros painéis interiores (Fig 1). As qualidades de isolamento térmico e acústico dos materiais plásticos, especialmente quando se encontram expandidos, são sobejamente conhecidas, sendo actualmente utilizados plásticos desse tipo para isolar o painel de instrumentos, portas, tejadilho e plataforma inferior da carroçaria. No compartimento do motor, os plástico também têm sido preciosos auxiliares na redução de ruídos e vibrações. Quando o
Técnicas de reparação de plásticos Os dois métodos utilizados para reparar plásticos são a soldadura e colagem, sendo ambos simples de executar e rápidos, não requerendo um grau muito elevado de especialização, apesar de se conseguirem reparações de grande qualidade. A reparação por soldadura consiste em unir a peça danificado com aplicação de calor e adição de material de solda, idêntico ao da peça. Para aplicar o calor nas operações de soldadura de plásticos, são utilizados maçaricos de ar quente (equipamento que emite um jacto de ar quente através de um bico, gerado por resistências eléctricas e
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FIG. 4
Fig. 1
Uma única peça de plástico pode apresentar formas complexas e de grande efeito estético e funcional.
FIG. 2 Na carroçaria, podemos hoje encontrar facilmente em muitos modelos, pára-choques, guarda-lamas, grelha frontal, dispositivos aerodinâmicos, espelhos retrovisores e portas posteriores, totalmente em plástico
TIPOS DE PLÁSTICOS Reparação de uma peça em termoplástico com aplicação de soldadura.
Para reparar correctamente uma peça de plástico, é necessário identificar em primeiro lugar o tipo de material utilizado na fabricação dessa peça. Na indústria automóvel, são utilizados três grandes grupos de materiais plásticos, que se podem classificar da seguinte forma: TERMOPLÁSTICOS - Apresentam um comportamento reversível em face da temperatura (fundem a alta temperatura e solidificam a baixa/média temperatura), podendo ser soldados, assim como conformados, pela aplicação de calor, tantas vezes quantas forem necessárias. De qualquer modo, também podem ser reparados por colagem, com aplicação de colas adequadas.
FIG. 3
TERMO ESTÁVEIS - A partir de uma certa temperatura entram em decomposição (carbonizam), sem alterar a sua forma, sendo impossível repará-los por soldadura. O método de reparação aconselhável é a colagem.
Aspecto da peça anterior, depois de regularizado o cordão de soldadura com um disco abrasivo. impulsionado por uma turbina igualmente eléctrica). Os maçaricos de ar quente podem ser regulados para cada tipo de plástico, pois cada tipo de material apresenta um ponto de fusão específico que é necessário respeitar, para reparar a peça, sem a danificar ainda mais. Uma vez alcançada a temperatura de soldadura, os materiais fundem-se em conjunto formam uma união tão sólida ou mais do que o próprio material de origem (Fig. 2). Apesar de ser bastante eficaz, o processo de reparação por soldadura apenas pode ser aplicado aos termoplásticos (que amolecem com o calor), sendo a resistência mecânica
ELASTÓMEROS - Como a designação sugere, estes plásticos apresentam uma certa elasticidade (semelhante à da borracha), deformando-se facilmente pela aplicação de uma força externa e recuperando a sua forma inicial quando esta cessa. Estes materiais também se degradam com calor excessivo, sendo reparados com colas específicas. da união superior à de outros sistemas de reparação (Fig. 3). Na reparação por colagem, a união da peça danificada opera-se pela aplicação de uma cola especial, que endurece e adere ao material, depois de decorrido o tempo de secagem ou cura. Este sistema de reparação é mais versátil que a soldadura, pois pode ser aplicado a todos os tipos de plásticos, embora a resistência mecânica da união seja inferior à que se obtém por soldadura (Fig. 4). Outros factores a considerar A reparação da peça de plástico é sempre vantajosa, quando se evitam
desmontagens complexas e excessivas, necessárias para substituir a peça danificada. Mesmo assim, é preciso ter em conta o espaço e a acessibilidade disponíveis para realizar a reparação. Por outro lado, também se deve levar em conta o local do dano e o tipo de peça a reparar, tendo em consideração a grandeza das solicitações que a peça tem que suportar. Os tipos de danos que se podem encontrar em peças de plástico são fendas, fissuras, perfurações, deformações ou simples arranhões, que é necessário eliminar, para recuperar as características técnicas e estéticas de origem (Fig. 5). Em função dos danos e da sua locali-
O método de colagem é aplicável a qualquer tipo de plástico. Nesta sequência de 3 imagens, de cima para baixo, pode ver-se a preparação do dano, o aspecto exterior do dano e o aspecto final da reparação, depois de regularizada a superfície reparada. zação, pode tornar-se mais conveniente um método de reparação do que outro, ou mesmo ser preferível a substituição.
Impacto ambiental A reparação de plásticos tem menor impacto na gestão ambiental do que a substituição das peças danificadas por outras novas, pois reduz a quantidade global de resíduos tóxicos produzidos. De qualquer modo, as peças danificadas que forem substituídas, devem ser armazenadas e separadas para reciclagem, de modo a evitar o seu extravio para parte incerta. Na realidade, o plástico não está sujeito a corrosão e permanece inalterável durante longo tempo, excepto se for queimado. Ao queimar, mesmo assim, o plástico liberta gases tóxicos que são perigosos para a saúde humana. Estes são alguns dos aspectos que confrontam os profissionais que se dediquem à reparação de plásticos em veículos, sendo necessário possuir os conhecimentos adequados e seguir os procedimentos correctos para ter sucesso nessa actividade.
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MECÂNICA PRÁTICA
Colaboração:
PASSO A PASSO
Criação de uma paisagem em aerografia
1º PASSO Ferramentas e equipamentos necessários
A aerografia é uma das técnicas mais admiradas na arte da pintura. Por ser uma técnica muito sofisticada, que depende tanto do artista quanto da qualidade dos equipamentos para aplicá-la, exige do profissional dedicação e conhecimentos. Utiliza-se nesta técnica, um aerógrafo, que executa pinturas através da pressão do ar, criando jactos de tinta. A criação de uma paisagem num suporte de papel, utiliza a mesma técnica da pintura aerográfica numa carroçaria automóvel, utilizando-se máscaras adesivas fixas e móveis.
2º PASSO Preparação do aerógrafo e ajuste de pressão
3º PASSO Aplicação de cor de fundo com técnica de esbatimento PUB
8º PASSO Rasgar uma folha para a criação de montanhas
9º PASSO Aplicação da cor simulando zona de montanhas 4º PASSO Decalque de uma silhueta sobre uma máscara adesiva
6º PASSO Aplicação da cor sobre o recorte da máscara
5º PASSO Recorte da máscara adesiva
7º PASSO Pintura do sol com uma máscara móvel
Pintura final
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ACTUALIDADE Destaques
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Blaupunkt acaba de introduzir no mercado uma novidade mundial, o TravelPilot 700, um equipamento universal de navegação, comunicação e multimédia, com funções únicas de assistência à condução, bem como novas características adicionais. Pode ser controlado por voz e proporciona uma orientação de percurso exacta em Lisboa, tal como em Moscovo, bem como o funcionamento mãos-livres através da ligação Bluetooth, para tornar segura a utilização do telemóvel dentro da viatura. Mais ainda, uma câmara integrada reconhece os sinais de trânsito com limites de velocidade e mostra-os no ecrã. E, como alternativa, o TravelPilot 700 também pode usar navegação por vídeo, para
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Utilização racional
novo Ford Kuga tem tudo aquilo que se pretende de um automóvel. È bonito por fora e por dentro, tem espaço para uma família tradicional de 4 pessoas, é extremamente funcional e está tão à vontade em qualquer centro urbano, como está numa estrada / auto-estrada ou num qualquer percurso de terra. Na versão com sistema AWD (4x4) pode-se levar o kuga a quase todo o lado, com enorme facilidade, porém, sendo um produto de preço elevado a imagem neste carro conta muito, sendo um aspecto em que este Ford ganha face à concorrência. Bons materiais e uma boa qualidade de construção destacam-se no interior, assim como a correcta posição de condução, que por ser mais elevada face a um Focus (com o qual partilha a plataforma), traz
grandes benefícios em matéria de visibilidade. O conforto a bordo merece referência, não só pelo correcto amortecimento da suspensão mas pela suavidade com que o Kuga pisa a estrada. O motor tem um desempenho muito bom, em qualquer tipo de utilização, sendo muito bem ajudado por uma caixa de 6 velocidades. Ford Kuga 2.0 TDCi AWD Cilindrada cc: 4/1.997 Potência Cv/rpm: 136/4.000 Binário Nm/rpm: 320/2.000 Velocidade Km/h: 180 Acel.0-100 km/h seg.: 10,7 Cons.Médio L/100Km: 6,4 Preço (desde) 43.030 Euros
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Auto Sueco com a Goupil
Soma, empresa do Grupo Auto Sueco, orientada para o negócio de limpeza urbana e industrial, assumiu a representação dos veículos eléctricos Goupil Industrie em Portugal e Angola, com total exclusividade. Os produtos Goupil constituem a maior gama de veículos ligeiros eléctricos “amigos” do ambiente do mercado. A diversidade de soluções dos veículos eléctricos Goupil permite ir ao encontro de todas as necessidades. Entre as maisvalias destes equipamentos destacam-se as dimensões reduzidas (apenas 1,10m de largura), a cabine ergonómica, projectada para obter a maior comodidade dos utilizadores, a durabilidade, conseguida através da sua estrutura em monobloco, autonomia,
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Ford Kuga 2.0 TDCi AWD
três packs de baterias em função das necessidades de utilização, e diversidade (15 soluções disponíveis). Entre os novos equipamentos comercializados pela SOMA destacam-se a Gama Citadina, Gama Industria e Gama Lazer. Com esta representação, a Soma diversifica o seu portfólio de produtos e disponibiliza a maior diversidade de veículos eléctricos do mercado, adaptando-se a qualquer necessidade e respeitando sempre o ambiente.
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Honda Accord 2.2 I-DTEC
Que boa experiência
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Honda desenvolver o Sistema EPS adaptável ao movimento. Não sendo de série, o novo Accord pode ainda ter o Sistema Avançado de Assistência à Condução (ADAS), que combina as vantagens de um Cruise Control Adaptativo a um Sistema de Assistência à Manutenção na Faixa de Rodagem (LKAS), que é sem dúvida um regalo ver (ou sentir) a funcionar, sendo um grande contributo em termos de segurança. Honda Accord 2.2 I-DTEC Cilindrada cc: 4/2.199 Potência Cv/rpm: 150/4.000 Binário Nm/rpm: 350/2.000 Velocidade Km/h: 212 Acel.0-100 km/h seg.: 9,6 Cons.Médio L/100Km: 5,3 Preço (desde) 36.500 Euros
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SUPTEC - VW Golf TEXA (1,2,3):Jornal das Oficinas
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
COLECCIONÁVEL
Nº 36 Novembro 2008
BOLETIM TÉCNICO Colaboração:
VW GOLF 1.9 TDI - ANO 2000 O motor AJM, com injecção Bosch EDC 15P 22.3, é um caso muito sério de sucesso, pois equipa praticamente todos os modelos e marcas do Grupo Volkswagen, desde os comerciais ligeiros, aos monovolumes, passando pelos SUV. Boa parte das qualidades deste motor, como sejam a potência, binário a baixo regime, velocidade máxima e economia, devem-se ao sistema de sobrealimentação, que dispõe de um turbocompressor de geometria variável. Como é lógico, quando o sistema de sobrealimentação apresenta falhas, a queda do rendimento do motor é abrupta, dando origem a acelerações e recuperações lentas, fumo negro no escape, falta de potência e dificuldade em atingir a velocidade máxima habitual, em cada mudança da caixa. Com um aparelho de diagnóstico Texa, no entanto, é possível chegar rapidamente às origens dos problemas. A primeira coisa a fazer é ligar o equipamento à memória de avarias da unidade de controlo da injecção, onde é provável que apareça o erro "Pressão de sobrealimentação". De seguida, convém verificar o sensor de massa de ar, mesmo que não exista nenhum erro de avaria na memória do sistema de autodiagnóstico sobre este componente, pois trata-se de um parâmetro fundamental para a gestão dos motores sobrealimentados. Para comprovar que o sensor de massa de ar está a funcionar correctamente, a melhor forma é fazer uma simulação dinâmica das suas capacidades, através de um teste de condução em estrada, levando o equipamento de diagnóstico no carro. Os procedimentos mais adequados são os seguintes: 1. Sintonizar o aparelho de diagnóstico na função de autodiagnóstico para o sistema de injecção; 2. Activar a leitura do parâmetro de massa de ar medida, expressa em mg/h, assim como a posição do pedal do acelerador expressa em %; 3. Com o motor a cerca de 1500 rpm, em 2ª velocidade, acelerar a fundo (cerca de 100% ), até às 3000 rpm; 4. Nestas condições a leitura da massa de ar deve superar 800 mg/h, ao atingir as 3000 rpm, com o acelerador a 100%; 5. Caso a leitura não supere os 550 mg/h, o sensor deve ser substituído, desde que os outros parâmetros estejam correctos, como seja o caso da "pressão de sobrealimentação medida".
Em cima o injector bomba que equipa o VW Golf e por baixo o misturador de massa de ar
ESQUEMA BÁSICO Nº Descrição 01 - ECU gestão motor 02 - Bateria de arranque 03 - Relé pré-aquecimento 04 - Velas de incandescência 05 - Electroválv.ª borboleta 06 - Electroválv.ª pressão sobreal. 07 - Electroválvula EGR 08 - Sensor de massa de ar 09 - Sensor de efeito Hall 10 - Relé principal 11 - Relé da bomba combustível 12 - Bomba de combustível 13 - Interruptor do pedal travão 14 - Interruptor da embraiagem 15 - Relé aquecimento/nível 1 16 - Relé aquecimento/nível 2 17 - Resistência aquec./água motor 18 - Resistência 19 - Ligação caixa de fusíveis 20 - Interruptor de ignição 21 - Ficha regulador/velocidade 22 - Linha BUS CAN 23 - Electroinjectores bomba 24 - Sensor temperat.ª combustível 25 - Sensor de rpm 26 - Sensor temperat.ª motor 27 - Ficha do painel de instrumentos 28 - Interruptor do ralenti 29 - Interruptor Kick down 30 - Sensor posição pedal/aceler. 31 - Sensor temperat.ª ar/adm. 32 - Sensor pressão ar/admissão 33 - Ficha do alternador 34 - Ficha da unidade arref./motor 35 - Ficha da unidade/climatização 36 - Ligação sistema cx. automática 37 - Ficha do painel de instrumentos
X-Y N 30 R 35
Localização Vão do motor Vão do motor (esq.ª)
H 31
Vão do motor Conduta admissão
N 12 P 28 P 28
Sob banco passag.º. Atrás pedal/travão Atrás pedal/embr.
P 28
Junto ao volante
I 36
Vão do motor Bloco motor/caixa Vão do motor
P 28 P 28
Atrás pedal/travão Pedal do acelerador
G 36
Vão do motor
FS 005 - Fusível de 7,5A FS 010 - Fusível de 5A FS 013 - Fusível de 10A FS 162 - Fusível de 50A FS 163 - Fusível de 50A FS 176 - Fusível de 110A FS 228 - Fusível de 15A FS 229 - Fusível de 10A FS 232 - Fusível de 30A FS 234 - Fusível de 10A FS 243 - Fusível de 10A
Cx. fusív. habitáculo Cx. fusív. habitáculo Cx. fusív. habitáculo Cx. fusív./vão motor Cx. fusív./vão motor Cx. fusív./vão motor Cx. fusív. habitáculo Cx. fusív. habitáculo Cx. fusív. habitáculo Cx. fusív. habitáculo Cx. fusív. habitáculo
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Motor AJM Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) com injecção Bosch EDC 15P 22.3
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
ESQUEMA ELÉCTRICO
Tipo de Dispositivo Pin Out ECU - alimentação nº 01 do relé principal 001 ECU - alimentação nº 02 do relé principal 002 ECU - alimentação de serviço 088 ECU - alimentação à chave 037 ECU - massa nº 01 004 ECU - massa nº 02 005 Ligação sistema caixa autom.ª - sinal de confirmação 019 Ligação sistema caixa autom.ª - sinal saída modulado 035 Ligação sistema caixa autom.ª, ficha do painel - sinal 020 Ligação à caixa de fusíveis - sinal nº 01 040 Ligação à caixa de fusíveis - sinal nº 02 028 Ligação à caixa de fusíveis - sinal nº 03 047 Ligação à caixa de fusíveis - sinal nº 04 033 Injectores bomba - alimentação comum 114 Injectores bomba - sinal nº 01 116 Injectores bomba - sinal nº 02 117 Injectores bomba - sinal nº 03 118 Injectores bomba - sinal nº 04 121 Electroválv.ª borboleta/colector/admissão - activação negat. 081 Electroválvula pressão/sobrealimentação - activação negat. 062 Electroválvula EGR - activação negativa 061 Interruptor de ralenti - sinal 070 Interruptor ralenti+interruptor Kick down - massa referênc. 051 Interruptor da embraiagem - sinal 066 Interruptor Kick down - sinal 063 Interruptor pedal travão - sinal contacto N.A. 032 Interruptor pedal travão - sinal contacto N.C. 065 Linha BUS CAN - sinal (H) 007 Linha BUS CAN - sinal (L) 006 Sensor de massa de ar - alimentação de referência 030 Sensor da massa de ar - massa de referência 049 Sensor da massa de ar - sinal 068 Relé velas de incandescência - activação negativa 042 Relé bomba de combustível - activação negativa 080 Relé principal - activação negativa 018 Relé de aquecimento motor 1º nível - activação negativa 021 Relé de aquecimento motor 2º nível - activação negativa 022 Sensor de rpm - massa de referência 102 Sensor de rpm - sinal 110 Sensor de efeito Hall - massa de referência 101 Sensor de efeito Hall - sinal 109 Sensor de posição pedal/acelerador - alimentação da ECU 012 Sensor de posição pedal/acelerador - massa de referência 050 Sensor de posição pedal/acelerador - sinal 069
Por outro lado, convém igualmente verificar o sistema de regulação da pressão de sobrealimentação, fazendo o teste à electroválvula de limitação da pressão de sobrealimentação. Isso pode ser efectuado com o equipamento de diagnóstico no programa de activação dos vários dispositivos electrónicos do motor. Ao efectuar a activação da referida válvula de limitação da pressão de sobrealimentação, deve ouvir-se o característico som tique-taque. Para ter uma ideia mais concreta
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Motor AJM Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) com injecção Bosch EDC 15P 22.3
Sensor de pressão do ar de admissão - sinal 071 Sensor de pressão+sensor temperat. ar/adm. - alimentação 031 Sensor de pressão+sensor temperat. ar/admissão - massa 052 Sensor de temperatura de ar/admissão - sinal 073 Sensor de temperatura de combustível - massa de referência 103 Sensor de temperatura de combustível - sinal 111 Sensor de temperatura do motor - massa de referência 104 Sensor de temperatura do motor - sinal 112 Ficha do alternador - sinal de carga 038
Ficha da unidade de gestão climatização - sinal no Pin C3 Ficha unidade/climatização+ligação à cx. autom.ª - sinal Ficha da unidade de refrigeração motor - sinal Pin B 02 Ficha do regulador/velocidade - ligação Pin 02 Ficha do regulador/velocidade - ligação Pin 03 Ficha do regulador/velocidade - ligação Pin 05 Ficha do regulador/velocidade - ligação Pin 07 e 04 Ficha do painel de instrumentos - ligação Pin A 05 Ficha do painel de instrumentos - sinal rpm Pin B 11
034 029 011 045 044 046 014 016 027
do seu funcionamento, deve segurar-se a peça com os dedos. Caso não se verifique nenhum ruído ou vibração, retira-se a ficha de ligação da electroválvula e mede-se a respectiva resistência, que deve estar compreendida entre 14 e 20 Ohm. Além deste teste, convém verificar também as linhas de ligação da electroválvula à unidade de controlo do motor ECU, para despistar curto-circuitos, massas insuficientes, contactos abertos, etc.
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Colaboração: COLECCIONÁVEL
Nº 36 Novembro 2008
BOLETIM TÉCNICO
FALTA DE ACELERAÇÃO, FALHAS Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor de massa de ar - sinal 068 Sensor de posição do pedal do acelerador - sinal 069 Sensor de pressão do ar de admissão -sinal 071 Sensor de rpm - sinal 110 * Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo
DIFICULDADE PEGAR A QUENTE Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) ECU motor - alimentação 01 do relé principal 001 ECU motor - alimentação 02 do relé principal 002 ECU motor - alimentação à chave 037 Sensor da massa de ar - sinal 068 ECU motor -alimentação de serviço 088 Sensor de temperatura do combustível - sinal 111 Sensor de temperatura do motor - sinal 112 Relé da bomba/combustível - activação negativa 080 *Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo
MOTOR NÃO ARRANCA Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) ECU motor - alimentação 01 do relé principal 001 ECU motor - alimentação 02 do relé principal 002 ECU motor - alimentação à chave 037 ECU motor - alimentação de serviço 088 Sensor de rpm - sinal 110 Sensor de temperatura de combustível - sinal 111 Sensor de temperatura do motor - sinal 112 *Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo
FALTA DE RENDIMENTO DO MOTOR Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor de posição do pedal do acelerador - sinal 069 Sensor de pressão do ar de admissão - sinal 071 *Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo
CONSUMO ELEVADO COMBUSTÍVEL Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor de massa de ar - sinal 068 Sensor de posição do pedal do acelerador - sinal 069 Sensor de pressão do ar de admissão - sinal 071 Sensor de temperatura do ar de admissão - sinal 073 Sensor de temperatura do combustível - sinal 111 Sensor de temperatura do motor 112 *Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo
PERDA DE BINÁRIO EM MOVIMENTO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Electroinjectores bomba - alimentação comum 110 Electroinjectores bomba - sinal nº 01 114 Electroinjectores bomba - sinal nº 02 116 Electroinjectores bomba - sinal nº 03 117 Electroinjectores bomba - sinal nº 04 118 Sensor de rpm - sinal 121 *Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo
Estado do circuito pneumático de controlo Embora a electroválvula de limitação da pressão de sobrealimentação seja accionada electronicamente, o comando da geometria variável do turbocompressor é operado pneumaticamente, através de um diafragma de vácuo, o qual é fornecido pela bomba de vácuo. A electroválvula controlo a passagem de vácuo para o diafragma e este, por seu turno, acciona uma vareta, que faz modificar a geometria do turbo. Desta forma, qualquer furo nos tubos do circuito pneumático de vácuo, ou qualquer fuga através das respectivas uniões, torna inoperacional a regulação de pressão do turbocompressor, causando as anomalias correspondentes no funcionamento do motor. Outro problema que pode ocorrer é a prisão do dispositivo de geometria variável do turbo. Neste caso, mesmo que tudo esteja a funcionar correctamente, a pressão também não varia de acordo com as condições de carga e funcionamento do motor, provocando anomalias de rendimento deste. Gestão da pressão de sobrealimentação A unidade de controlo do sistema de injecção EDC da Bosch utiliza vários parâmetros simultâneos para regular a pressão de sobrealimentação: regime do motor (rpm), temperatura do ar de admissão, pressão no colector de admissão, posição do pedal do acelerador, massa de ar de admissão, além da própria pressão de sobrealimentação, que varia em função dos restantes parâmetros. O controlo é efectuado através da pulsação da electroválvula de limitação da pressão de sobrealimentação. Para conferir o funcionamento do motor, a unidade de controlo do sistema EDC está permanentemente a comparar os valores da pressão existente no colector de admissão, com os valores teóricos ideais que se encontram registados na sua programação. Caso se verifique alguma discrepância, o sistema de autodiagnóstico regista imediatamente o erro " regulação da pressão de sobrealimentação ". Consumo excessivo de combustível De um modo geral, o diagnóstico do excesso de consumo começa pela alimentação da ECU de gestão do motor. Os técnicos da Texa chamam a atenção dos reparadores para a possibilidade dos cabos de alimentação da ECU não serem de diâmetro especificado. Isso pode ser imediatamente identificado pela cor dos referidos cabos de alimentação, de acordo com os critérios da marca do carro. Na
realidade, os cabos de alimentação da ECU são da máxima importância, porque esta unidade tem que gerar um grande número de sinais e controlo e de activação por segundo. Qualquer insuficiência da corrente de alimentação, distorce a voltagem dos sinais e o motor fica desregulado. No caso dos cabos originais de alimentação terem que ser substituídos, é essencial utilizar fios de diâmetro igual ou superior ao especificado de origem, a fim de evitar problemas de comando do motor. Os fios das linhas de sinal não são adequados para garantir a alimentação da ECU, devendo ser utilizados apenas em linhas de sinal. Para além da inspecção visual, convém ligar o osciloscópio às linhas de alimentação da ECU, a fim de comprovar que a voltagem de alimentação, que deve ser de 12V, para um potencial de massa correspondente. Além de comprovar o estado da alimentação, o osciloscópio detecta outras deficiências das linhas de alimentação, com é o caso de curto-circuitos, contactos abertos ou oxidados, etc.
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Motor AJM Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) com injecção Bosch EDC 15P 22.3
SUPTEC - Timken (4):Jornal das Oficinas
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
Colaboração: COLECCIONÁVEL
Nº 36 Novembro 2008
SERVIÇO
Avarias em rolamentos cónicos Os rolamentos destinam-se a ter uma longa vida útil, em condições normais e desejáveis de utilização e de manutenção das viaturas. Mesmo assim, surgem por vezes danos em rolamentos, que encurtam drasticamente a sua duração potencial. Existem várias causas que provocam danos nos rolamentos, nomeadamente: Manutenção insuficiente; Manipulação incorrecta; Montagem e/ou afinação incorrectas; e Lubrificação inadequada ou insuficiente. Seguidamente, passaremos a analisar as causas e consequências mais frequentes nos rolamentos cónicos utilizados em veículos. RUPTURA POR FADIGA Falhas concentradas num ponto indicam fadiga do material causada por desalinhamento, deformação ou carga excessiva. Falhas devidas a óxidos e outros inertes incluídos no material desde a fundição. Falhas provocadas por impurezas ou saliências de metal que excedem a espessura da película lubrificante. MATERIAIS ESTRANHOS Desgaste por abrasão, provocada pela poluição por partículas abrasivas. Erosão provocada por partículas metálicas de outras peças falhadas, devida a vedação deficiente e/ou falta de manutenção. Sulcos provocados por partículas de poluição que se encastraram no metal macio da caixa do rolamento. FALTA DE LUBRIFICAÇÃO Extremidades dos rolos riscadas devido ao atrito de metal com metal, provocado por falha de lubrificação. A face exterior mais larga do cone apresenta danos de sobreaquecimento, provocado pelo atrito de metal com metal.
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INFORMAÇÃO Fiat Punto 1.9TÉCNICA JTD (Euro 3) PARA(188) AS OFICINAS
Deformação e deterioração da face mais larga do cone, com perda de metal, provocada por aquecimento excessivo. Rolamento bloqueado, devido ao deslizamento dos rolos e deformação da sua grade de apoio. Nota: Pré-carga excessiva também provoca danos idênticos à falta de lubrificação. CORROSÃO Superfície manchada, embora sem corrosão significativa, devido à entrada de humidade no rolamento.
DANOS NA GRADE DOS ROLOS
FALSO POLIMENTO Desgaste provocado por vibrações e/ou movimentos axiais dos rolos em relação às respectiva pista. PROBLEMAS DE MANUSEAMENTO Metal levantado nas pistas a espaços, devido ao contacto com as esquinas dos rolos. Rolo picado ou marcado, devido a uma manipulação rude e/ou danos de montagem. Face do cone com falhas provocadas pelo instrumento de montagem do rolamento no cubo.
Dano provocado por um choque ou impacto.
Deformação da grade, devido a uma montagem incorrecta ou porque o rolamento caiu no chão. ARCOS ELÉCTRICOS Rolos inclinados transversalmente em relação ao eixo do rolamento, devido à pressão provocada no aro da grade durante a montagem ou qualquer impacto, durante operações de manutenção.
Pequenas picadelas de queimaduras, provocadas por arcos eléctricos, devido a problemas de corrente de massa, quando o rolamento está parado.
DESALINHAMENTO Pista dos rolos imprópria, devido a empenos, maquinação imperfeita ou desgaste excessivo.
Superfícies picadas pela ferrugem e corrosão instalada, devido à entrada de água/humidade no rolamento. Marcas de desgaste provocadas pelos rolos, depois da corrosão ter atacado o rolamento.
IMPACTOS
SALIÊNCIAS DOS CASQUILHOS
Riscos de pequenas queimadelas axiais, provocadas pela passagem de corrente, enquanto o rolamento está a girar. FOLGA EXCESSIVA DO ROLAMENTO
Falhas localizadas na pista do rolamento, devido ao esforço provocado por pontos salientes do casquilho de apoio do rolamento. MONTAGEM INCORRECTA Fractura interna do cone do rolamento, devido a um eixo deformado ou de diâmetro superior ao especificado. Danos provocados por folga interna do cubo, originando a rotação do cone do rolamento. CARGA OU PRÉ-CARGA EXCESSIVAS Falhas generalizadas e imediatas provocadas por um esforço inabitualmente elevado. A carga excessiva reduz a espessura da película lubrificante e provoca aquecimento do metal, dando origem aos danos generalizados.
Desgaste localizado desigual, provocado por incorrecto aperto da porca do cubo da roda. Desgaste da grade dos rolos, provocado por uma pressão excessiva dos rolos, devido à falta de aperto.
ADVERTÊNCIA O serviço de rolamentos de rodas é um trabalho de elevada responsabilidade, no qual o manuseamento das peças e os procedimentos de manutenção têm uma importância crítica. O rolamento nunca deve ser tratado com rudeza e é absolutamente desaconselhado fazer girar o rolamento com um jacto de ar comprimido. Além disso, é fundamental seguir sempre as instruções e especificações do construtor da viatura, a fim de evitar falhas de rolamentos, que podem provocar situações de risco graves.
SUPTEC - Bomba dagua (5):Jornal das Oficinas
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COLECCIONÁVEL
Nº 36 Novembro 2008
REPARAÇÕES FÁCEIS
O grau de dificuldade da reparação depende do modelo de veículo, embora a bomba de água esteja normalmente num local relativamente acessível do motor. Dentre os procedimentos preliminares que podem tornar a reparação mais fácil e com melhor nível de qualidade, citamos os seguintes: - A segurança é um ponto que nunca pode ser deixado para trás. Atenção aos objectos quentes, ferramentas e peças cortantes e produtos perigosos. O anticongelante tem um cheiro e um sabor adocicado, mas é tóxico. Manter afastado de crianças e animais. Utilizar sempre meios de protecção adequados e seguir as regras comuns dos bons profissionais. Neste caso, deixar o motor arrefecer, antes de iniciar a reparação; - Não improvisar com as ferramentas, pois isso gera maiores riscos para o reparador e compromete a qualidade final do trabalho; - Trabalhar com o veículo elevado. Se não houver elevador disponível, utilizar um macaco e preguiças. O chão deve ser firme e nivelado. Nunca permanecer debaixo de um carro levantado apenas com um macaco hidráulico; - Desligar a ignição e o borne de massa da bateria; - Reunir todas as ferramentas, peças e produtos necessários. No caso da bomba de substituição, conferir as características especificadas e comparar atentamente com a bomba avariada, a fim de comprovar que se trata da peça adequada para a reparação. Ferramentas e produtos necessários: • Jogo e chaves de bocas e de caixa. • Chave de roquete com extensões e junta universal. • Várias chaves de parafusos. • Aparadeira ou outro utensílio idêntico. • Faca para raspar a junta velha. • Bomba de substituição e juntas. • Vedante para as juntas (Permatex). • Abraçadeiras novas para as mangueiras de água. Se o carro tiver que ser elevado para alcançar a bomba de água, seguir as normas de segurança correntes. Se não estiver um elevador disponível, utilizar um macaco hidráulico para levantar a frente do carro, que ficará apoiada em preguiças. As rodas de trás devem ficar travadas e calçadas. DESMONTAR A BOMBA DE ÁGUA AVARIADA PASSO 1 - A primeira coisa a fazer é verificar o estado do fluido de refrigeração do motor, para saber se deve ser reutilizado, ou se tem que ser encaminhado para a reciclagem. Se o fluido se apresentar enferrujado, sujo ou já tiver mais de 2 anos no motor, tem que ser descartado como efluente residual. Além disso, todo o circuito de refrigeração deve ser lavado com água limpa, antes de montar a bomba nova, para evitar danos prematuros nesta. Se, pelo contrário, o fluido ainda se apre-
Substituir a bomba de água Quando a bomba de água começa a funcionar mal, o motor aquece e os riscos de haver uma avaria grave no motor crescem rapidamente. A única solução é substituir a bomba de água, que é um consumível com uma duração relativamente previsível, em função da utilização do veículo.
sentar em bom estado e dentro de período de validade (2 anos), deve ser despejado para um recipiente limpo, a fim de poder voltar a ser reintroduzido no circuito de refrigeração. Dependendo do modelo, o bujão de drenagem do circuito pode estar localizado no motor, na própria bomba de água ou no radiador. Noutros casos, é necessário desmontar uma ponta da mangueira do radiador mais baixa, para efectuar a drenagem. PASSO 2 - Para desmontar o ventilador do radiador e a respectiva embraiagem, se houver, começa-se por retirar a tampa central do ventilador. Depois de desapertar os parafusos, o conjunto sai ao mesmo tempo. A substituição da bomba de água é um bom momento para substituir igualmente a embraiagem do ventilador, pois a sua avaria pode provocar o mesmos danos no motor que uma bomba de água deficiente. Verificar o estado do ventilador (fendas, empenos, falhas, etc.) e substituílo se for caso disso. Nunca tentar reparar um ventilador de radiador. Todas as peças substituídas devem corresponder às especificações originais. PASSO 3 - Desmontar todos os componentes e acessórios que impeçam o acesso à bomba de água (correia de acessórios, polias, alternador, compressor do ar condicionado, bomba da direcção assistida, tubos, cablagens, etc. ). Em certos casos, basta apenas desapertar alguns componentes e afastá-los um pouco, para alcançar a bomba de água. Consultar sempre o manual de reparação do veículo, para perceber os detalhes da forma como os componentes estão organizados entre si. Há bombas de água que são accionadas pela correia de distribuição, sendo necessário desmontá-la. Desapertar todos os tubos que estão ligados à bomba de água. PASSO 4 - Desmontar os parafusos de fixação da bomba de água, anotando a sua
posição e comprimento relativo, para quando se voltar a montar a nova peça. Verificar o estado das roscas dos parafusos e outros eventuais danos. Quando a peça nova traz parafusos incluídos, aplicar sempre estes, pois os anteriores podem estar estirados e deixam de proporcionar um aperto correcto. Advertência: nem sempre a bomba é facilmente retirada do seu local. Não forçar, pois é possível que exista um parafuso mais escondido ou um pino de montagem, que dificultem a extracção da bomba. Algumas pancadas moderadas com um martelo de borracha/madeira podem soltar a bomba velha mais facilmente. PASSO 5 - Após retirar a bomba usada, limpar a superfície de contacto da bomba com o motor e as roscas dos parafusos, a fim de preparar o local para a montagem da peça nova. Se o ventilador trabalhar directamente com a bomba, este pode ser montado na nova bomba, o mesmo sucedendo à embraiagem, se for esse o caso. MONTAGEM DA BOMBA DE ÁGUA PASSO 1 - Antes de montar a bomba nova no seu local, verificar se a junta de vedação se ajusta perfeitamente à sua superfície de apoio e aplicar-lhe um fina camada de produto vedante, de cada lado. Aplicar igualmente uma fina camada de vedante que não endureça nas roscas e nos parafusos que forem banhados pelo refrigerante. Colocar a bomba no local e apontar os parafusos manualmente, nas suas posições de origem. Apertar depois os parafusos à chave, mas não excessivamente, para não danificar a bomba nova, nem os próprios parafusos. Fazer rodar a bomba à mão, para verificar que o veio está solto e não houve deformações. PASSO 2 - Voltar a montar os tubos à bomba, verificando o seu estado. Se esti-
verem endurecidos, dobrados ou com fendas, devem ser imediatamente substituídos. Usar novas abraçadeiras e parafusos nas uniões das mangueiras e aplicar um pouco de vedante adequado nas juntas. Ter especial cuidados para que os tubos e os respectivos acessórios não tocam uns nos outros, nem nas correias, polias ou no ventilador. Isto deve ser verificado com o motor desligado e a trabalhar, a fim de confirmar que as vibrações não provocam o contacto entre as peças montadas de novo. PASSO 3 - Voltar a montar os componentes anteriormente retirados do seu local, confirmando os detalhes pelo manual de reparação da viatura. Montar novamente a correia ou correias, se estiverem em bom estado. Caso contrário, é um bom momento para serem substituídas. Utilizar sempre a tensão especificada pelo construtor para as correias e tensores. PASSO 4 - Fechar o bujão de drenagem do circuito de refrigeração e confirmar o aperto de todos os tubos e mangueiras. Acrescentar o fluido refrigerante até ao nível especificado a frio, depois de encher o radiador. Uma mistura de 50%/50% é a que proporciona melhor protecção contra o congelamento e a fervura a alta temperatura. . PASSO 5 - Voltar a ligar o borne da bateria e pôr o motor a trabalhar, a fim de verificar possíveis fugas de água, depois do motor atingir a temperatura normal de funcionamento. Manter o radiador fechado, para o circuito ganhar a pressão normal de funcionamento, depois de deixar a tampa aberta durante algum tempo, para deixar sair as bolhas de ar retidas no interior do circuito. Verificar se o termostato funciona correctamente e se a água circula livremente. Verificar o nível a quente no reservatório de expansão. Acrescentar mais água só quando o nível estiver abaixo do recomendado. VERIFICAÇÕES FINAIS • Depois do motor ter funcionado durante cerca de 15 minutos, passar em revista todas as ligações e uniões do sistema de arrefecimento do motor, para detectar possíveis fugas. • Verificar a tensão da correia e corrigir se for necessário. • Verificar o funcionamento do sistema de aquecimento do habitáculo. Se não funcionar correctamente, deixar esfriar o motor e acrescentar mais fluido refrigerante (até ao nível especificado). • Efectuar um teste de condução com a viatura reparada, verificando a temperatura de funcionamento do motor (em andamento, parado, subidas, etc.). Confirmar que a direcção assistida e o ar condicionado estão a funcionar correctamente, depois da reparação. • Há motores que requerem procedimentos de purga do ar do sistema de arrefecimento específicos. Consultar o manual de reparação e utilização do veículo, a fim de localizar a válvula de purga e conferir os procedimentos recomendados.
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Fiat Punto REPARAÇÕES (188) 1.9FÁCEIS JTD (Euro 3)
SUPTEC - LUK (6):Jornal das Oficinas
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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
Colaboração: COLECCIONÁVEL
Nº 36 Novembro 2008
MECÂNICA PRÁTICA
Revisão do volante bimassa Para o correcto diagnóstico e manuseamento do Volante Bimassa é necessário seguir apenas quatro simples passos: identificação, prova, consulta e aplicação. O manual de anomalias e o Serviço Técnico da Schaeffler Ibéria (LuK) resolvem as dúvidas que possam surgir ao longo da reparação ou substituição.
Porque existe o Volante Bimassa?
Os sistemas de embraiagem do tipo Volante Bimassa são elementos comuns em muitos veículos que circulam nas nossas estradas. O correcto manuseamento destes componentes é por isso uma “obrigatoriedade” para os profissionais oficinais. O apoio técnico que algumas marcas proporcionam reveste-se por isso de uma importância inestimável. Nesse contexto, o Grupo Schaeffler, proprietária da prestigiada marca de sistemas de embraiagem LuK, elaborou os passos que devem ser seguidos para que a revisão do Volante Bimassa decorra sem sobressaltos. PASSO 1 - O primeiro passo que deve ser dado na revisão de um sistema de embraiagem do tipo Volante Bimassa, consiste em identificar se o veículo está realmente equipado com este tipo de componente. Quando existam dúvidas, deverá consultar o fornecedor habitual de embraiagens. O Serviço Técnico de Schaeffler Ibéria (+34 902 111 125) é uma alternativa de consulta. Os que já tenham desmontado a embraiagem irão distinguir o Volante Bimassa dos rígidos convencionais porque a zona de atrito (massa secundária) do Volante Bimassa (da LuK) permite um certo ângulo de rotação relativamente à massa primária, que está aparafusada na cambota.
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INFORMAÇÃO Fiat Punto 1.9TÉCNICA JTD (Euro 3) PARA(188) AS OFICINAS
Além disso, o Volante Bimassa tem quase o dobro da espessura do convencional, e o disco tem molas muito pequenas, quando as tem. PASSO 2 - Depois da identificação, o segundo passo será a prova do veículo. Procede-se ao arranque e paragem do motor de forma contínua até pelo menos três vezes e, entretanto, deverá ter-se em atenção à identificação de ruídos, tais como pancadas e vibrações no momento de desligar o motor, e também ruídos não cíclicos de pancadas metálicas. Esses são os ruídos que se produzem quando o Volante Bimassa está deteriorado. PASSO 3 - Segue-se a abordagem do terceiro ponto: a consulta do manual de anomalias e diagnóstico. A LuK possui esse manual. Se não foram detectados nenhuns ruídos, pancadas ou vibrações estranhas, o manual de anomalias ajudará a resolver as dúvidas. Pode ser solicitado ao distribuidor habitual de embraiagens. Se a dúvida persistir, uma hipótese é ligar para o Serviço Técnico da Schaeffler Ibéria. PASSO 4 - Por último, a regra geral de aplicação para a correcta reparação da embraiagem. Esta regra explica claramente que perante a dúvida, se o veículo que se vai reparar tiver mais de 100.000 quilómetros, o volante deve ser substituído por outro novo. Só assim se conseguirá uma reparação segura, completa e
O Volante Bimassa no Aftermarket Desde a sua introdução pela primeira vez como equipamento de origem há mais de 20 anos, só a LuK já fabricou mais de 40 milhões de unidades deste componente. Na actualidade, um em cada três veículos fabricados na Europa, equipam de origem um Volante Bimassa. Se nos concentrarmos nas motorizações diesel, que só em Espanha representam cerca de 70% das novas matrículas (2006), esta percentagem aumenta notavelmente até ultrapassar 75% dos veículos vendidos. Estes dados dão uma ideia do potencial de mercado que este produto está a gerar e vai continuar a gerar nos próximos anos.
profissional que evitará que ocorram danos noutros componentes, como a embraiagem, a cambota e a caixa de velocidades, devido a um Volante Bimassa em mau estado. Isto porque, entre outras consequências, um Volante Bimassa que não filtre adequadamente as vibrações produzidas pelo processo de combustão do motor, irá transferir essas vibrações para a embraiagem, para a cambota e para a caixa de velocidades.
Nos últimos vinte anos produziu-se uma revolução tecnológica no desenvolvimento de motores para automóveis. Esta evolução levou a motores cada vez mais eficientes, com menor consumo e maiores prestações, especialmente nas versões de ciclo diesel. Este incremento de eficiência trouxe também um aumento de ressonâncias e vibrações que de modo algum podiam afectar o conforto dos passageiros. Daí que os construtores e fabricantes de componentes estejam constantemente inovando para minimizar estes efeitos. Objectivo do Volante Bimassa O Volante Bimassa é o responsável pela eliminação das vibrações da cadeia cinemática, evitando ressonâncias não desejadas e assegurando um elevado conforto de andamento. Fundamentos da tecnologia Bimassa A chave do Volante Bimassa encontrase no sistema de amortização que comunica ambas as massas, uma que gira solidária com o motor e outra com a transmissão. A união (elástica) de ambas permite certa rotação, com o que se amortecem vibrações causadas pelo motor e se assegura um maior conforto no andamento. O volante de dupla massa cumpre duas funções: Serve de suporte à coroa dentada no processo de arranque e também amortece a vibração em todo o trem de propulsão. Não só evita o ruído e vibrações, como graças ao Volante Bimassa é possível conduzir a baixas revoluções, o que poupa combustível.
SUPTEC - CONTITECH (7):Jornal das Oficinas
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Colaboração: COLECCIONÁVEL
Nº 36 Novembro 2008
SERVIÇO
Conselhos técnicos para oficinas Alteração ao equipamento de origem dos tensores no Ford 2,5 Diesel (CT1055/ CT 1054) Problema:
Imagem 1 Modelo a substituir
O kit da versão fornecida contém um rolo tensor diferente do montado no veículo.
Imagem 2 Nova técnica de rolo tensor.
Tensão especificada (1)
Causa:
O novo modelo do rolo tensor, segundo a Ford, tem que ser montado em todos os motores diesel 2,5 aquando da mudança da correia dentada. Devido à construção totalmente diferente, coloca-se a questão da montagem e do ajuste correcto. Solução:
O novo modelo constitui um rolo tensor semi-automático que é montado em posição central em lugar do tensor manual. Após a montagem da correia dentada, a tensão é ajustada como de costume no disco, mediante uma chave para parafusos sextavados internos em direcção da seta. Aqui deve observar-se que a marcação de ponto em forma hemisférica deve coincidir com o bordo inferior (1) do entalhe.
Montagem do kit de correia dentada CT 919K4/K5 para Audi A4 1.8 20 V ( Alteração ao equipamento de origem para tensores hidráulicos, nos veículos construídos antes de 1998) Problema:
O accionamento da correia gera ruídos após pouco tempo de marcha.
Imagem 1 Modelo a substituir (1)
Causa:
Imagem 2 Nova técnica de rolo tensor.
Até nº id. * (3.1)
O rolo tensor acabado de instalar não tem a distância certa até ao motor e deixa a correia roçar lateralmente no rebordo do aro de polia interior (Erro de alinhamento).
A partir nº id.* (3.2) (2)
Solução:
Na alteração ao equipamento de origem dos veículos construídos até 1998, deve ser removida a cavilha roscada (1) do modelo antigo. Aqui, o novo modelo é agora enroscado no mesmo diâmetro com uma peça de afastamento premontada (2). O problema é que da parte do fabricante existem duas peças de afastamento de espessura diferente que definem a distância do rolo ao motor. Assim, apesar da delimitação existente pelo nº de id. do veículo (mês de fabrico 01/96), o kit certo a usar nem sempre é inequívoco, uma vez que o nº de id. do veículo pode divergir. Em todo o caso deve-se verificar se o rolo tensor substituído, foi montado alinhado no accionamento da correia. Caso contrário, os ruídos aparecem forçosamente, podendo até dar azo a graves danos no motor.
Alteração ao equipamento de origem dos tensores no Ford 1.8 Diesel (CT 983 K1/K2) Problema:
O rolo tensor no kit difere, em termos técnicos, do montado no veículo.
Imagem 1 Modelo a substituir
Imagem 2 Nova técnica de rolo tensor.
Imagem 3 Tensão especificada
Causa:
O novo modelo do rolo tensor, segundo a Ford, tem que ser montado em todos os motores diesel 1.8 aquando da mudança da correia dentada. Devido à construção totalmente diferente, coloca-se a questão da montagem e do ajuste correcto. Solução:
O novo modelo constitui um rolo tensor semiautomático que é montado em posição central em lugar do tensor manual (50 Nm). Após a montagem da correia dentada, a tensão é ajustada como de costume no disco, mediante uma chave para parafusos sextavados internos, em direcção da seta estampada. Aqui deve observar-se que o entalhe em posição de aprox. 3h00 fique defronte do ponto de encosto.
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INFORMAÇÃO Fiat Punto 1.9TÉCNICA JTD (Euro 3) PARA(188) AS OFICINAS
SUPTEC - INA (8):Jornal das Oficinas
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SUPLEMENTO TÉCNICO
Colaboração:
Suplemento do Jornal das Oficinas
Nº 36 Novembro 2008
SERVIÇO
SUBSTITUIÇÃO DA CORREIA DE DISTRIBUIÇÃO VW Passat 1.8 Turbo 20V, com MFE A substituição da correia de distribuição deste modelo é muito simples, mas para chegar até lá, é necessário desmontar toda a frente do carro, que obedece ao conceito Modular Front End (MFE), destinado a facilitar as reparações mecânicas. Este sistema permite que a parte dianteira do carro deslize para a frente deixando o motor e a caixa de velocidades acessíveis. Embora compensador em grandes intervenções, o sistema MFE implica um gasto de tempo considerável em operações mais simples, como é o caso da correia de distribuição. Quando se faz esta desmontagem pela primeira vez, as 2 horas e meia previstas para substituição poderão não ser suficientes. Pondo de parte esta circunstância, tudo o que é necessário para esta reparação é um elevador de 2 colunas, alguns pinos comuns e dois parafusos compridos de 8mm. Começar por retirar a tampa do filtro de ar, desapertar os dois apoios da conduta de ar frio de admissão e retirar a tubagem completa. Desmontar os dois parafusos dos apoios de borracha do capot, pois eles também ajudam a fixar o pára-choques dianteiro. Levantar o carro até uma altura conveniente para trabalhar e começar por desmontar os parafusos de fixação das caixas de rodas ao párachoques, assim como os parafusos verticais, que seguram o pára-choques ao suporte da grelha do radiador, de ambos os lados. Desmontar igualmente as fixações da protecção inferior do motor à saia do pára-choques, bem como a fixação do tubo do intercooler. Desligar o fecho secundário do capot, soltando as molas e afastando cuidadosamente as patilhas de plástico (Fig. 1). Retirar os farolins dos indicadores de direcção, desprendendo as molas de fixação e tirando o casquilho da lâmpada, o que permite visualizar os dois parafusos de fixação do pára-choques que também têm que ser desmontados (Fig.2). Retirar os dois parafusos mais exteriores do MEF (Fig. 3), que seguram os suportes de plástico dos faróis à barra de fixação da grelha do radiador (Fig. 4). Desapertar os suportes dos faróis da grelha, actuando sobre as molas que estão por trás (Fig. 5). Agora, retirar os dois suportes aparafusados que seguram o grelha ao MFE (Fig. 6). Retirar igualmente os três parafusos que fixam o pára-choques ao suporte do capot (Fig. 7). Retirar um dos parafusos da estrutura de cada lado e substituí-los pelos parafusos compridos de 8mm.(Fig. 8). Isto permitirá fazer deslizar a estrutura modelar frontal para diante. Retirar os cinco restantes parafusos da estrutura. Desligar a mangueira do intercooler do tubo respectivo (Fig. 9), que funciona como uma barra de suporte do ra-
diador e, então, a MFE pode ser empurrada ainda mais para a frente, de modo a facilitar o acesso à zona da correia da distribuição. Retirar a protecção superior do motor e solte as molas das duas mangueiras do cimo da protecção da correia da distribuição. O ventilados de acoplamento viscoso tem que ser retirado, a fim de travar o sistema com um pino apropriado (Fig. 10). O parafuso Allen que está por detrás pode ser aliviado, mas não convém retirá-lo nesta fase do trabalho. Se o carro tiver A/C, o que é normal no segmento, a respectiva correia tem que ser desmontada, aliviando o tensor da mesma. Utilizando uma chave, rodar o tensor da correia auxiliar e introduzir um pino apropriado, para o imobilizar. Desmontar os 3 parafusos do apoio e a unidade completa pode ser retirada. O ventilador viscoso e a correia auxiliar podem também ser retiradas. Desmontagem da correia de distribuição Soltar as duas molas que seguram a tampa da correia de distribuição e retirá-la. Rodar depois a cambota até que as marcas de sincronização fiquem alinhadas, tanto no amortecedor de vibrações (TV) (Fig. 11), como na polia da cambota (Fig. 12). Retirar os 4 parafusos Allen que seguram o amortecedor de vibrações, à polia da cambota (Nota: verificar novamente o alinhamento das marcas, após desapertar os parafusos, porque não existem marcas no interior da tampa). Retirar igualmente o 4 parafusos da tampa inferior da correia e desmontá-la. Neste ponto, a VW recomenda que se comprima a unidade hidráulica usada, mas os técnicos da INA acham que isso é muito complicado e pode causar danos na peça, pelo que recomendam a sua substituição. Portanto, desapertar a unidade e retirá-la, juntamente com as polia livre usada. Ao desapertar o parafuso do tensor a correia perde a tensão e pode ser retirada. Fazer uma limpeza completa
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à zona da correia de distribuição, tendo atenção aos vários vedantes de óleo, para detectar eventuais fugas. Montagem da correia nova Para facilitar a vida aos técnicos da oficina, o kit de substituição da INA é completo e traz a correia, o tensor, polia de guia, unidade hidráulica e até os parafusos de fixação das peças. Os técnicos da INA recomendam apertar a polia livre à unidade hidráulica (a 25 Nm) e colocar parafuso inferior da unidade hidráulica, deixando a parte superior deste ainda por apertar, pois o trabalho resulta mais simples. Apertar a nova polia do tensor a 40 Nm e começar a montar a correia, partindo da cambota, passando pela bomba de óleo, até chegar à arvore de cames. mantendo sempre a correia esticada do lado direito. Se ao chegar à polia da árvore de cames ainda falta meio dente, rodar a cambota no sentido dos ponteiros do relógio, a fim de acertar a correia, pois o tensor irá puxar a árvore de cames no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio, ao esticar a correia. Após a correia estar completamente assente, levantar o tensor e rodar a unidade hidráulica para a sua posição, apertando agora o parafuso superior. Ambos os parafusos desta unidade são apertados a 10 Nm. Voltar a colocar a tampa inferior da correia de distribuição e o amortecedor de vibrações TV, verificando se as marcas de sincronização de fase ainda estão alinhadas. Rodar a cambota lentamente durante duas voltas completas, a fim de confirmar que a sincronização ainda está correcta. Se assim for, já se pode retirar o pino de imobilização do tensor hidráulico, repetindo mais uma vez duas voltas completas da cambota, para confirmar que as marcas ainda estão alinhadas. Pequenas diferenças antes de apertar o tensor, devem acabar por ficar corrigidas ao esticar o tensor. Agora só falta voltar a montar todas as pelas desmontadas anteriormente, seguindo a ordem inversa da desmontagem. Antes de terminar o serviço, deve verificar-se o estado da correia auxiliar e do respectivo tensor, procedendo à sua substituição, se for caso disso. Qualquer dúvida que surja durante a reparação, pode ser apresentada na linha de apoio técnico da INA ou através do site www.repxpert.com.
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SUBSTITUIÇÃO DA CORREIA Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) DE DISTRIBUIÇÃO