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CAPA:Jornal das Oficinas

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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel

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Condenação de falsificadores

A pirataria nas peças de automóvel sofreu um revés importante. O Tribunal da Comarca de Xiapu, na província de Fujian (China) decretou recentemente uma condenação histórica contra a fábrica Huafeng da mesma localidade, considerando-a culpada e aos seus dirigentes de falsificar a marca comercial "Bendix" (Honeywell), para além de outras marcas. Na busca judicial efectuada na fábrica, foram encontradas 12. 560 pastilhas de travão com a marca Bendix falsificada.

Sumário Página 04 Controlo da rentabilidade

Página 32 Veículos eléctricos

Página 34 AZ Auto muda de instalações

Página 45 VTA – Novo serviço Dekra

Página 52 Sistemas de Filtragem de A/C

Página 58 Segurança da carroçaria

Página 60 Alinhamento de motociclos

Director: João Vieira • Ano IV • Mensal • 3 Euros

Nº 45 Agosto 2009

Crise reduz fusões entre fabricantes de peças

Menos compras e fusões no sector

volume de transacções de capitais, alianças e outras formas de consolidação entre empresas pode ser considerado um indicador seguro das expectativas do mercado e do dinamismo empresarial. Em 2008, o sector automóvel mundial registou um total € 22.733 milhões em fusões e aquisições de capitais, o que, sendo considerável, está aquém do volume registado em 2007, isto é, € 41.080 milhões, representando um decréscimo de - 44,6%. Em termos de transacções, o total de 2008 foi de 549, contra as 604 de 2007, registando-se uma diminuição das operações globais de 9%. Segundo a empresa consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), que recolheu e analisou os dados, a redução do número de operações no sector automóvel ficou a dever-se fundamentalmente à falta de liquidez dos mercados financeiros internacionais e a consequente diminuição de capacidade de financiamento. Desta forma, muitas empresas optaram por travar ou protelar as operações programadas, ou decidiram avançar com operações de menor envergadura. O bom desempenho global de 2007 poderá ter ficado a dever-se a duas mega operações, a compra da Siemens VDO pela Continental e a aquisição de 80,1% do capital da Chrysler por parte da Cerberus, que não se repetiram em 2008. Mais preocupante, no entanto, é a análise destes factos em termos financeiros, pois

verifica-se que em 2008 os compradores financeiros apenas representaram 17% do total do movimento (€ 3.956 milhões), quando em 2007 tinham alcançado 44% (€ 18.057 milhões), registando-se uma queda de - 27%. No que respeita a concentrações entre marcas e indústria auxiliar, podemos registar em 2008 a compra de 12% do capital do Grupo VW pela Porsche, no valor de € 3.700 milhões, o que poderá considerar-se um ajustamento "interno". Já o mesmo não se pode dizer da compra de 17% do fabricante de veículos industriais sueco Scania pelo grupo VW, por € 3.148 milhões. A compra de 100% da Jaguar Land Rover pela Tata Motors à Ford valeu € 1.654 milhões (2.300 milhões de dólares). A compra de 22% da Continental pelo Grupo Schaeffler € 2.302 milhões em 2008 também aponta para a consolidação do sector das peças e componentes, também indicada pela compra de 50% da Federal Mogul pela Thornwood Associates, por 900 milhões de dólares. Ainda no âmbito do pós-venda, registou-se no ano passado a compra da Speed pela Pirelli (€ 922 milhões). Neste contexto, a PricewaterhouseCoopers prevê que em 2009 as operações deste género sejam menos "ofensivas" e mais "defensivas", ou seja, para garantir a sobrevivência de empresas, perante um mercado e uma economia em que as incertezas se avolumam. PUB

R-M comemora

90º aniversário A R-M Automotive Refinish Paint foi fundada no Verão de 1919, estando agora a comemorar 90 anos de idade. A empresa deve o seu nome a Fred Rinshed e Herbert Mason, que em 1919 se juntaram para formar a Rinshed Mason Company (R-M). Depois de vários sucessos, entre os quais o lançamento de tintas base e sistema de mistura, que se tornou o padrão da indústria de tintas, a empresa R-M tornou-se parte da BASF Coatings, uma divisão do gigante “químico” BASF.

Lâmpadas Osram

sem mercúrio Após terem sido referenciados como portadores de risco para a saúde humana e para o ambiente, os metais pesados têm sido banidos sistematicamente da construção automóvel. A Osram torna-se agora no primeiro fabricante de lâmpadas para veículos totalmente isentas de mercúrio, passando a ostentar uma etiqueta "Hg free". Estão neste caso as lâmpadas Xenarc HID, com alto poder luminoso e óptima temperatura de cor.


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Editorial + Mercado:Jornal das Oficinas

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Jornal das Oficinas Agosto 2009

MERCADO

Editorial

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Discurso

positivo

economia mundial entrou num túnel escuro, do qual, mais tarde ou mais cedo, acabará por sair. Todos se sentem capazes de prever o futuro, mas o verdadeiro problema é ser capaz de gerir o presente. Claro que a vida continua e todos os empresários responsáveis de oficinas de reparação continuam a batalha de escolher os melhores produtos para reparar os carros, de aplicar o seu melhor conhecimento, de pensar na qualidade, de garantir todos os aspectos técnicos e funcionais, para ficarem finalmente orgulhosos do resultado do seu trabalho. Mas o problema de fundo não é bem esse: é preciso convencer o cliente que está a fazer um bom investimento, um bom negócio e que cada euro valeu realmente a pena ser gasto. Neste contexto de poupança e receios generalizados, chegou o momento de alterar o discurso, principalmente ao falar com os clientes: temos que começar a ser portadores, em primeiro lugar, da moderação, do respeito pelo ambiente, de confiança no passar do tempo e principalmente da revalorização económica do carro. Os clientes precisam ser tranquilizados e entrar em contacto com uma versão desdramatizada dos factos. É fundamental criar um fio de comunicação com os clientes, construindo uma imagem positiva assente na oferta de bons produtos e serviços, porque, quando os tempos mudarem, a poupança há-de tornar-se um anacronismo, mas os serviços terão cada vez mais valor. Neste sentido, convém que o empresário da oficina actualize a sua comunicação e a forma de se apresentar aos potenciais clientes, porque estes estão mais informados, com vontade de perceber as coisas, conhecer mais e partilhar mais. Através do diálogo, os potenciais clientes abrem-se mais e atrevem-se a dar as suas opiniões, o que é uma boa oportunidade para os profissionais demonstrarem as suas bases e a sua competência, abrindo a porta a novos negócios e mais serviços. João Vieira

Ficha Técnica

GESTÃO OFICINAL

Sem esquecer a rentabilidade Durante os ciclos de muito serviço e elevado nível de facturação, as empresas tendem a esquecer o controlo da rentabilidade e a facilitar nos pequenos detalhes que fazem toda a diferença na hora de fazer as contas. Isso pode ser fatal nos tempos actuais, em que os custos de exploração das oficinas estão a subir constantemente, podendo resultar em dívidas avolumadas, restrições de crédito e falta de liquidez.

É

preciso ter a noção dos custos, em primeiro lugar, passando depois a rentabilizar todos os factores que podem aumentar os lucros. Nos parágrafos seguintes, iremos analisar as áreas da actividade da oficina que apresentam mais potencial de controlo da rentabilidade, para proporcionar aos empresários oportunidades de aumentarem o retorno dos seus investimentos.

Cus to s x Vendas de mão -de-o bra Em termos muito simples, trata-se de verificar a diferença entre o que a oficina paga aos seus colaboradores para realizarem um trabalho e o que recebe do cliente por esse mesmo trabalho. Pode parecer uma coisa fácil de realizar, mas o complicado é escolher a forma de pagamento aos empregados mais rentável para a empresa. As hipóteses mais comuns são o ordenado (semanal, quinzenal, mensal), pagamento à hora, pagamento à tarefa, sem plano de comissões e com plano de comissões. No entanto, qualquer que seja o critério de remuneração do pessoal, o importante é ve-

rificar a eficiência de cada elemento, para saber se está a produzir em termos rentáveis para a casa. A eficiência é dada pela relação entre as horas facturadas e as horas disponíveis. Se um profissional facturar 60 horas, numa semana de apenas 40 horas, a sua eficiência é de 150%. Pode parecer uma performance excepcional, mas isto é o normal na indústria reparadora automóvel desenvolvida. A margem da empresa é a diferença do total das horas facturadas, para o total das horas pagas ao profissional. Não esquecer, no entanto, que isso é a margem de lucro bruta, sem contar com custos e taxas. Portanto, sempre que a taxa de eficiência do pessoal baixar do nível dos 150%, pode ser necessário aumentar o nível de formação e melhorar os processos de produção e organização do trabalho, bem como a produtividade dos equipamentos. "Obri g ar" a trabal har mai s No regime assalariado, a empresa assume o risco das flutuações do mercado, uma vez que tem que pagar o salário integral adianta-

do aos seus colaboradores. Isso obriga a efectuar as contas da eficiência do trabalho e da rentabilidade da actividade ao cabo de 6 ou 12 meses, chegando as conclusões atrasadas, porque as correcções só podem ser efectuadas em termos de futuro. No regime de pagamento à comissão ou à tarefa, a empresa pode desde logo garantir a sua margem de rentabilidade, independentemente da taxa de eficiência do trabalho e do nível de procura de serviços no mercado. Esta solução pode ser recomendável para os profissionais em início de carreira, quando ainda não têm compromissos muito elevados, nem deram ainda provas concludentes da sua capacidade profissional. Se a empresa pagar 40% da hora facturada ao colaborador, fica desde logo com uma margem bruta de 60%. Além dessa vantagem, a empresa que opte por este tipo de remuneração também "obriga" os seus empregados a trabalharem mais, para poderem garantir rendimentos superiores. Uma forma de adaptar a comissão ao nível de experiência profissional do empregado é estabelecer um

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDAÇÃO: Hugo Jorge PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares 2705-351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Tipografia Peres/Soctip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 - 2135-114 Samora Correia Telef: 263.00.99.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”

Uma publicação da AP Comunicação

Quando acabar de ler este Jornal, por favor, coloque-o no Papelão para reciclagem

COMUNICAÇÃO


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MERCADO tendem a desorganizar o processo de reparação e a descontrolar os tempos previstos para cada tarefa, tornando inoperante o desejável processo de acompanhamento do orçamento.

Quem pretenda ter uma boa margem de rentabilidade, não se pode dar ao luxo de repetir tarefas, que desperdiçam tempo, materiais e o capital de motivação dos profissionais plano progressivo de aumentos, em função das horas, orçamentadas/facturadas, como se pode ver abaixo: De 0 a 40 horas De 41 a 60 horas De 61 a 80 horas Acima de 81 horas

= = = =

34% de comissão 35% de comissão 37% de comissão 40% de comissão

O facto de ter empregados à comissão (ou tarefa) e com ordenados, permite à empresa controlar melhor as suas taxas de eficiência e de rentabilidade do trabalho, efectuando mais rapidamente as necessárias correcções de gestão, para manter os níveis de rentabilidade desejáveis.

Co n t ro l o de c us t o s e marg e n s no s materi ai s Para controlar os materiais utilizados na oficina é indispensável possuir registos completos dos movimentos. Um bom programa de gestão da oficina é capaz de efectuar todos os registos com eficiência, desde que os procedimentos estejam padronizados. Na falta de programas informáticos, é necessário fazer mapas e outros meios de registo de dados sobre o movimento de materiais. De qualquer forma, há várias opiniões sobre a margem que os materiais devem proporcionar. Um bom indicador dessa margem pode ser o fornecedor ou distribuidor de peças e outros produtos, devido à sua grande experiência na actividade, mas é geralmente aceitável que os custos com materiais de uma oficina representem de 3 a 8% do total da facturação mensal. É necessário encontrar um certo equilíbrio entre stocks disponíveis e desperdício

(extravio…), porque a disponibilidade pode ser um factor de rentabilidade, se puder ser evitado o desperdício. Mesmo assim, uma forma de reduzir os custos de materiais pode passar por encomendar apenas o necessário para os trabalhos em curso, controlando as facturas dos fornecedores e comparando-as com a facturação mensal da oficina. Outra forma de controlar os custos de materiais é passar o controlo de stocks para o fornecedor habitual da oficina, que fornece apenas para manter o nível de stock de segurança. Pode ser também aconselhável evitar vendas directas de materiais a empregados, pois isso baixa a rentabilidade desses produtos e "estimula" alguns profissionais a fazerem trabalhos de fins-de-semana e horas livres, entrando em concorrência à oficina que lhes paga o ordenado. Orçamento s co mpeti ti v o s , mas … Os orçamentos que não cumprem os cálculos dos custos correctamente abalam significativamente a rentabilidade da oficina. É necessário utilizar bases de dados, tabelas de preços e programas de cálculo actualizados na realização dos orçamentos. Por outro lado, os cálculos devem incluir todas as operações necessárias à correcta reparação. Se a oficina pretende fazer uma "atenção especial" a um cliente, isso deve ser efectuado no final da reparação, depois de todo processo ter sido examinado cuidadosamente. Os descontos antecipados podem resultar desastrosos, caso seja necessário corrigir algum trabalho ou surjam dificuldades não previstas inicialmente. Além disso, as tarefas não previstas no orçamento

O reto rno da o rg ani zação Para uma oficina poder apresentar um bom nível de produtividade e rentabilidade, é necessário que as instalações correspondam às necessidades da actividade, tanto em dimensões suficientemente amplas, como em distribuição de espaços, condições indispensáveis para se conseguir uma correcta organização do fluxo produtivo. No caso de uma oficina de chapa e pintura, o carro que vai ser reparado deve iniciar a o seu processamento na secção de carroçaria, passando daí para a secção de repintura, já completamente acabado de chapa. Na área de preparação são efectuados todos os passos necessários para aplicação da pintura, que terá lugar na cabina. O processo deve ser contínuo, no espaço e no tempo, de modo que o carro seguinte possa chegar à preparação, quando o anterior entrar para a cabina. A diferença de rentabilidade de uma oficina bem organizada é assustadoramente elevada, para uma oficina onde tudo se processa desorganizadamente e de forma improvisada. Quem pretenda ter uma boa margem de rentabilidade, não se pode dar ao luxo de repetir tarefas, que desperdiçam tempo, materiais e o capital de motivação dos profissionais. Um carro não ponde andar para a frente e para trás dentro da oficina, porque o pintor acha que a preparação não está bem feita ou ficou incompleta, ou porque a preparação entende que o serviço e chapa está imperfeito. Pior ainda é o carro ser entregue ao cliente e este aparecer depois a reclamar defeitos e a exigir a repetição do serviço. Neste caso, além da oficina perder a margem de rentabilidade, arrisca-se igualmente a perder o cliente. A única forma de garantir a máxima rentabilidade do trabalho é conseguir que tudo fique perfeitamente executado logo à primeira vez. Esta é a regra consagrada, que permitirá apenas algumas excepções casuais e acidentais. Co ntro l o do des perdí ci o É habitual as operações de reparação da área de carroçaria/repintura gerarem uma quantidade elevada de desperdício de materiais, representando importâncias volumosas ao final do ano. Só nas tintas,

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grandes quantidades de produto são perdidas, porque a mistura excede a quantidade necessária, ou porque a aplicação resulta incorrecta, seja porque demasiada tinta é aplicada na carroçaria, seja porque se perde por pulverização, devido a uma taxa de transferência insuficiente. O prejuízo é ainda maior, porque a legislação ambiental obriga a reciclar os produtos desperdiçados, o que envolve custos suplementares para a oficina. Na prática, a oficina tem que pagar duas vezes o material, devido a este tipo de erros, o que reduz consideravelmente a sua margem de lucro normal. Situações destas são facilmente evitáveis com formação adequada dos profissionais e equipamentos actualizados. Em caso de dificuldades, as marcas fornecedores de tintas proporcionam todos os esclarecimentos aos seus clientes sobre técnicas de misturas e técnicas de aplicação, porque o desperdício não lhes interessa, uma vez que onera desnecessariamente o seu produto, que elas pretendem que seja tão competitivo quanto o possível. Além disso, descontos nos prémios ou nas comissões podem levar os pintores e outros colaboradores a efectuarem uma gestão mais rigorosa dos produtos que utilizam nas suas tarefas. O sistema de reciclagem de solventes é igualmente uma aposta favorável à rentabilidade, porque permite reduzir a compra de solventes e a reciclagem de resíduos perigosos. Os sistemas de reciclagem de solventes recuperam o excesso de solvente perdido nas pistolas, latas de mistura e utensílios, amortizando-se por si próprios. Este facto pode dispensar a compra a pronto do equipamento, que poderá ser adquirido em leasing, que tem vantagens contabilísticas e de solvência. Tarefa s empre i nacabada A luta pela maximização da margem de lucro da actividade de reparação automóvel é um esforço permanente, porque a optimização não acontece por acaso, mas sim à custa de processos e sistemas de controlo eficientes e constantemente aplicados. Neste texto, apenas deixamos patentes os pontos mais evidentes de deterioração das margens, mas o gestor ou o proprietário da oficina terá que estar atento a todos os pormenores, porque nada é indiferente numa actividade produtiva: existe uma forma mais lucrativa de fazer as coisas e várias formas menos lucrativas. Só eliminando as segundas é que se pode alcançar a primeira. PUB


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SIST. DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL

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Com o patrocínio:

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MPA Guia Manutenc?a?o:Jornal das Oficinas

O que é?

Qual a sua função?

A linha que vai do depósito até ao motor chama-se linha de baixa pressão ou de transporte e inclui uma válvula e uma linha de retorno, para o caso do combustível não ser todo consumido pelo motor. O filtro de combustível, que retém as impurezas e a água existentes em suspensão, está montado entre a bomba de baixa pressão e o motor. Nos motores com sistema de "common rail" ou injecção directa, existe uma segunda bomba de alta pressão, que fornece a pressão necessária para a injecção. Quanto maior for a pressão do combustível, maior será a pulverização deste e assim a mistura com ar opera-se mais rapidamente com maior eficiência. Um sistema de recuperação de vapores de combustível encaminha-os para o colector de admissão, onde se misturam com o ar, antes de entrar na câmara de combustão, onde são consumidos.

Desgaste/Ciclo de vida

Os principais cuidados de manutenção com este sistema resumem-se a abastecer combustível de qualidade compatível e evitar que entrem água ou impurezas no reservatório. Uma forma de evitar o excesso de água de condensação no depósito, consiste em atestar o depósito regularmente (todas as semanas ou antes, quando for necessário). Os filtros de combustível devem substituir-se no prazo recomendado pelo construtor, ou quando se faz a mudança do óleo (sintético/semi-sintético), por volta dos 30/40.000km. Convém ter sempre presente que um filtro de combustível é bastante mais barato do que um injector, uma válvula de pressão ou uma bomba de alta pressão.

AU

O sistema de alimentação do motor é o conjunto de funções que leva o combustível do depósito (reservatório) até ao colector de admissão ou até à câmara de combustão (injecção directa). O ponto central deste sistema é a bomba de combustível, que encaminha este até ao motor. Na actualidade, as bombas estão montadas dentro do próprio depósito de combustível, pois isso contribui para a sua correcta lubrificação e arrefecimento, para além de evitar o risco de entrar ar na bomba. Estas bombas eléctricas actualmente são equipadas com um filtro de rede protector na entrada e podem operar normalmente durante toda a vida útil do veículo, salvo algum imponderável.

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Problemas/Anomalias

- A bomba de combustível pode ter problemas devido a impurezas e água, bem como devido a corrente de alimentação/massa inadequadas. Nesses casos, o motor não arranca e a luz avisadora "Check Engine" fica activada. - Se o filtro estiver entupido, o motor perde rendimento e o consumo aumenta proporcionalmente. - Se houver fugas nas linhas, o odor de combustível torna-se facilmente perceptível. O problema deve ser rapidamente solucionado, pois desperdiça combustível, contamina o ambiente e apresenta o risco de incêndio (nos carros a gasolina). - Excesso de condensação de água no reservatório cria problemas na bomba e no filtro, devido a partículas de oxidação, o que obriga a substituir o depósito.

Informação complementar

Muitos modelos hoje possuem bombas manuais de combustível junto ao motor, para o caso de faltar combustível no depósito, ou haver um retorno de combustível (carro parado durante muito tempo). Algumas destas bombas são uma espécie de " bisnaga " que se aperta com a mão, montada no tubo de abastecimento de combustível. Essas peças no entanto vibram muito e podem desapertar-se ou entrar em colisão com outras peças, deteriorando-se. Se entrar ar no combustível, o carro pode ter dificuldade em pegar, o consumo aumenta e o motor pode acelerar-se imprevisivelmente. É pois conveniente verificar a fixação dessas bombas e isolá-las, caso seja necessário, para evitar problemas a longo prazo.


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MANUTENÇÃO PREVENTIVA

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SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR

O que é?

Os motores de combustão apenas conseguem transformar mais ou menos 60% da energia potencial química existente no combustível em potência disponível nas rodas, sendo o restante eliminado sob a forma de calor. Como as temperaturas de combustão são da ordem das centenas de graus Celsius, o motor não poderia resistir muito tempo, sem o contributo do sistema de arrefecimento que lhe está associado.

Qual a sua função?

O sistema de arrefecimento do motor é pois uma bomba de calor, que faz circular um fluido à base de água (o líquido com maior potencial de absorção térmica à pressão atmosférica) entre o motor, onde existem cavidades distribuídas em torno dos cilindros e da câmara de combustão (cabeça do motor), e o radiador (permutador de calor), onde o calor é dissipado para a atmosfera. Para acelerar as trocas de calor entre o radiador e o meio ambiente, a passagem do ar é forçada através do radiador por um ventilador, o que é indispensável, principalmente quando o veículo se desloca a baixa velocidade ou está parado.

Desgaste/Ciclo de vida

Os elos mais fracos do sistema de arrefecimento do motor são a bomba de água e os tubos de ligação do motor ao radiador, por um lado, e ao sistema de aquecimento do habitáculo, por outro. Além disso, existe um reservatório de expansão anexo ao circuito de arrefecimento, que recebe o excesso fluido causado pela dilatação da água ao aquecer, servindo também para controlar o nível do fluido no sistema. Estas ligações flexíveis são necessárias, porque o motor sofre vibrações e oscilações, que não poderiam ser transmitidas à carroçaria, à qual está preso o radiador. Os tubos são por isso fabricados à base de borracha, que assegura a necessária elasticidade. Neste contexto, os principais cuidados de manutenção consistem em manter o nível do fluido, assegurar a tensão da correia da bomba de água e do ventilador (no caso deste não ser eléctrico), assim como verificar que não existem fugas através dos tubos e da suas ligações.

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Problemas/Anomalias

A bomba de água trabalha permanentemente com o motor em funcionamento e está sujeita a desgaste elevado. Esse desgaste é agravado, se o fluido não for regularmente substituído e o circuito lavado, sendo acrescentado novo fluido com a proporção correcta de aditivo. Outro inimigo da bomba de água é a tensão excessiva da correia de tracção, ou o incorrecto assentamento desta na respectiva polia. Isto faz com que o rolamento da bomba ganhe folga, inutilizando a peça. Por outro lado, se o circuito não estiver com o nível correcto, que assegura a pressão e a temperatura especificada do fluido de arrefecimento, ou a mistura do anti congelante for aleatória, formam-se bolhas de ar no circuito (cavitação), que também aceleram o desgaste da bomba de água. A bomba de água deve ser substituída no período recomendado pelo construtor, ou juntamente com a respectiva correia de accionamento (60/70.000km). A montagem de bombas não especificadas de qualidade inferior e erros de montagem (vedantes danificados, binários de aperto incorrectos, etc.) pode provocar avarias graves no motor, dando origem a reparações de elevado custo. Os tubos de ligação podem deteriorar-se com o calor, devendo ser substituídos sempre que apresentem fugas ou consistência fora do normal. As ligações deve estar sempre bem apertadas (binário especificado) e as abraçadeiras devem ser substituídas quando deixam de dar aperto, ou quando as mangueiras são trocadas.

Informação complementar

Os técnicos especializados em manutenção automóvel recomendam a verificação do fluido duas vezes por ano (Primavera e Outono), a fim de controlar a proporção especificada de aditivo, que não deve ser inferior ao preconizado, nem excessiva. Uma forma de evitar isto é acrescentar fluido já preparado, que existe já pronto para vender no mercado. Todos os 2 anos ou 40.000km o fluido deve ser trocado e o circuito de arrefecimento lavado, com detergente e descalcificante apropriados. Em vez de aplicar uma tensão elevada na correia da bomba de água/ventilador, esta deve obedecer ao especificado e ser vigiada periodicamente (todos os 6 meses). Além da limpeza interna, o radiador pode precisar de limpeza exterior, pois as impurezas nele depositadas dificultam a eliminação do calor. Essa é também uma boa oportunidade para verificar se apresenta fugas ou se está bem fixado à carroçaria.

SISTEMA DE ESCAPE

O que é?

O sistema de escape deixou de ser um mero tubo metálico, destinado a libertar os gases de escape atrás do carro, para se tornar parte integrante do sistema conjunto de gestão do motor e de controlo de emissões. Além do silenciador ("panela"), o sistema de escape passou a estar dotado de um catalisador, que se encarrega do tratamento das emissões, e de uma (ou 2) sonda de oxigénio (Lambda), cuja missão é orientar a unidade de controlo do motor para formar a mistura ar/combustível, a partir da composição dos gases de escape. Materiais mais resistentes tiveram que ser utilizados, para fazer frente a temperaturas máximas da ordem dos 600º C e à exigência de vedação total. Na realidade, se o escape tiver fugas (entrada de ar), o motor deixa de funcionar correctamente, perdendo rendimento, aumentando o consumo de combustível e gerando maior quantidade de emissões.

Desgaste/Ciclo de vida

Qual a sua função?

Informação complementar

Paralelamente às funções clássicas do sistema de escape (reduzir o ruído da combustão, desviar os gases de escape do habitáculo e fornecer a contrapressão necessária para o correcto fluxo de gases através do motor), o sistema de escape da actualidade tem que adaptar as emissões do motor à legislação vigente em diversos países, tanto no que se refere a gases tóxicos e poluentes (CO, HC e NOx), como ao valor total de CO2, ou ainda quanto a partículas (diesel). Para isso, tem que estar equipado com um ou mais catalisadores, filtro de partículas e dispositivos electrónicos sensores, para limitar na combustão a formação de gases nocivos.

Os novos tubos e peças utilizados nos sistemas de escape são de aço de alta resistência revestido a alumínio, proporcionando uma grande imunidade à corrosão (interna e externa), mas as sondas Lambda e os catalisadores são sensíveis ao estado de afinação do motor e aos impactos, podendo ter que ser substituídos.

Problemas/Anomalias

Quando o nível de emissões supera os valores limites, o sistema OBD activa a luz avisadora " Check Engine " e o motor passa a operar em modo de emergência, até à solução do problema. Isso implica limite de velocidade, maior consumo falta de potência. No que respeita a fugas, apesar da melhor qualidade dos tubos, é preciso vigiar as consequências de pancadas e outros incidentes nos suportes do tubo de escape e nas ligações dos diversos componentes (que em muitos casos são já totalmente soldadas). Se o tubo não estiver convenientemente fixado à carroçaria, podem surgir rupturas no colector de escape ou nas respectivas juntas. Quanto há qualquer tipo de fuga, o ruído do motor altera-se e começa a ser libertado CO, um gás tóxico incolor e inodoro que é letal para o ser humano, o que exige a imediata reparação da avaria. Todos os factores que enriquecem artificialmente a mistura (filtro de ar entupido, injectores sujos ou danificados, velas de ignição fora de prazo, sonda Lambda avariada, etc.), elevam a temperatura do catalisador até perto dos 1.000º C, dando-se a fusão do monólito. O desgaste normal do catalisador depende essencialmente da manutenção do veículo, da sua condução e da utilização que lhe é dada. Uma duração entre os 100 e os 200 mil/km é normal, num veículo operado com prudência e em estradas em bom estado. De qualquer modo, quando o nível de emissões ultrapassa os limites legais, o sistema OBD passa a "exigir" a substituição do catalisador.


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MANUTENÇÃO PREVENTIVA

TRANSMISSÃO

O que é?

Do mesmo modo que o motor transforma a energia potencial do combustível em energia cinética, a transmissão adapta e transforma o movimento rotativo do motor às condições reais de utilização do veículo e distribui a potência de tracção às rodas. Na actualidade, existe uma grande diversidade de sistemas de transmissão, embora o seu papel seja idêntico em todos os casos. Eis alguns exemplos: - Volante: simples e bimassa; - Embraiagem: disco simples, disco duplo, conversor hidráulico de binário, magnéticas, etc.; - Caixa de velocidades: manual, automática, pilotada, semi-automática e de variação contínua; caixa de transferência (4 x 4); todas elas com possibilidades de possuir de 5 a 7 velocidades para a frente e uma para trás; - Diferencial: diferencial simples, Torsen, autoblocante (c/ e s/ comando eléctrico). No que respeita a arquitectura, o modelo actualmente mais difundido é o da tracção anterior e motor transversal à frente, pois esta disposição maximiza o espaço interior (habitabilidade), em função do comprimento total do veículo. O sistema clássico, com motor longitudinal à frente, caixa central, veio de transmissão e tracção no eixo posterior, continua a ter adeptos na Europa e em todo o mundo, embora com sacrifício da habitabilidade, devido à sua maior resistência, incluindo a impactos, e excelente fiabilidade. A tracção às quatro rodas também tem vindo a ganhar adeptos em todas as categorias de veículos, incluindo os pequenos utilitários. O motor atrás e tracção posterior (ou total) está neste momento limitada a modelos desportivos com raízes históricas (Porsche, Ferrari, Lamborghini, etc.).

Qual a sua função?

A gama de rotações do motor é sempre limitada, podendo ir até um regime máximo de 4.000 rpm (diesel), ou até 7/8.000 rpm nos mais avançados motores a gasolina. Acontece que, no arranque, o carro necessita de um grande binário, para vencer o seu elevado momento de inércia, enquanto que, após o lançamento, apenas necessita de um pequeno binário, mas carece de potência para atingir velocidades elevadas. Portanto, a caixa de velocidades tem a função incontornável de desmultiplicar a potência e multiplicar o binário no arranque, passando desmultiplicar o binário e a multiplicar a potência a velocidades intermédias e superiores. Ao diferencial cabe o papel de garantir a desmultiplicação final fixa (antes das rodas), assim como a repartição de binário nas curvas, onde a roda interior percorre uma distância inferior à roda exterior. O volante permite regularizar o ritmo do motor, antes de transmitir o movimento à transmissão. A embraiagem é o dispositivo que permite interromper o movimento entre o motor e a transmissão, situação indispensável para arrancar o motor, iniciar a marcha e passar as mudanças de caixa. Nas caixas automáticas e de variação contínua não existe a embraiagem, mas existe uma função N (neutral) que tem a mesma utilidade.

Desgaste/Ciclo de vida

Todos os componentes da transmissão são concebidos para a vida útil do veículo, excepto o disco de fricção da embraiagem, mas o tipo de condução, a utilização do veículo e ausência de cuidados de manutenção podem encurtar consideravelmente a duração das peças. A manutenção consiste essencialmente em garantir a mudança de óleo (filtro) nos períodos recomendados e substituir o disco da embraiagem, quando este atinge o limite de desgaste. Isso pode ser notado quando as passagens de caixa se tornam mais difíceis e a embraiagem patina no arranque e/ou durante o ciclo de condução.

Problemas/Anomalias

O desgaste excessivo dos componentes provoca vários tipos de problemas, embora os que se relacionam com a embraiagem sejam mais notados, porque ela tem que ser utilizada permanentemente. Se o circuito hidráulico de comando da embraiagem tiver uma fuga de fluido, a embraiagem apanha ar e deixa de funcionar, sendo impossível arrancar o carro. O nível o fluido deve ser controlado com regularidade (mensalmente), para detectar alguma descida brusca, sinal evidente de que existe uma fuga. Os carretos, rolamentos e sincronizadores da caixa também se desgastam ao longo do tempo (mais de 500 mil/km), passando a fazer mais ruído. O mesmo se passa com o diferencial, que começa a emitir um zumbido característico, que não chega a ser deveras incomodativo. As reparações completas à caixa já não se fazem praticamente, porque envolve custos elevados e vários dias de paralisação da viatura. Em geral, compra-se o " miolo " completo da caixa de origem, ou caixas completas reconstruídas (por troca).

Informação complementar

As caixas de velocidade automáticas estão a preferir-se em muitos casos, devido às condições agravadas de circulação dentro e na proximidade dos grandes centros urbanos. Neste caso, o condutor tem apenas que seleccionar o " menu " da transmissão, controlando o movimento do carro apenas com o acelerador e o travão. Nas caixas de velocidades manuais, as passagens de mudanças excessivamente rápidas danificam os sincronizadores e encurtam claramente a vida da caixa. Do mesmo modo, os arranques rápidos por sistema acabam por reduzir a vida do disco da embraiagem a metade ou ainda menos. O diferencial e as juntas homocinéticas (à frente) também se danificam rapidamente com " séries " de arranques " à campeão ". A não ser que o carro esteja equipado com material de competição, que também se deteriora rapidamente e é muitíssimo mais caro…


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TRAVÕES

O que é?

Quando um carro, com uma tonelada e meia, está em movimento, desenvolve uma energia cinética muito significativa, que pode multiplicar várias vezes a massa do carro. Estas noções abstractas não significam muito, mas podemos perceber o seu impacto, ao ver imagens de acidentes em que os carros ficam totalmente destruídos. Assim sendo, a possibilidade do condutor poder reduzir a velocidade da viatura que conduz, em pouco tempo e numa distância curta, é fundamental para a segurança de condução. O sistema de travagem tem essa função vital, transformando a energia cinética acumulada no veículo em calor, através do contacto de materiais de fricção colocados nas rodas.

Qual a sua função?

Como estamos perante forças muito consideráveis, a força física do condutor não seria suficiente para deter rapidamente o veículo. Deste modo, criou-se um circuito hidráulico, com um bomba central de travão e cilindros em cada roda, que permitem reduzir o esforço de travagem e reparti-lo equilibradamente entre as 4 rodas. De facto, quando o carro trava, a massa deste é transferida para a parte dianteira, onde é necessário maior poder de travagem. Em contrapartida, o eixo traseiro levanta e a pressão sobre as rodas diminui, sendo necessário diminuir a força de travagem, para que as rodas não se prendam, o que diminui enormemente o poder de travagem e o efeito direccional dos pneus. Adicionalmente, o circuito hidráulico tem um servofreio e outros dispositivos que permitem aumentar a pressão do óleo dos travões, para o mesmo esforço aplicado pelo condutor no respectivo pedal. A partir dum certo momento, a performance dos carros, que ficam mais leves a alta velocidade, devido à pressão aerodinâmica de baixo para cima, por um lado, e a capacidade de assistência do sistema de travões, por outro lado, tornaram o risco de bloqueio das rodas mais frequente, tendo que ser inventado um sistema que impede a paragem da roda ao travar. Surge assim o ABS, um sistema de gestão electrónica da pressão do óleo de travões, que alivia a pressão de travagem, sempre que a roda revela tendência para parar, o que é reconhecido por um sensor de rotação da roda, montado no respectivo cubo.

Desgaste/Ciclo de vida

Os materiais de fricção têm que possuir uma certa aspereza, sem a qual o atrito é reduzido. Como é evidente, essa aspereza gera um grau de desgaste elevado, que é compensado pela capacidade de reduzir a velocidade do carro em pouco tempo e reduzida distância. Por outro lado, o estilo de condução e a carga do veículo, para além de anomalias no sistema de travagem, determinam o maior ou menor grau de desgaste dos materiais de fricção e outros componentes. As pastilhas dos travões de disco possuem um indicador de desgaste, que activa a luz avisadora dos travões no painel de instrumentos. Noutros casos, o desgaste é avaliado visualmente, porque o travão de disco é aberto e facilmente acessível, bastando virar as rodas dianteiras para um dos lados do carro. Os discos também têm indicadores de desgaste, mas podem ser facilmente medidos, a fim de determinar se ainda têm espessura especificada suficiente. Para inspeccionar os travões de tambor, ainda utilizados em muitos carros nas rodas posteriores, é necessário desmontar a roda e o tambor para verificar o seu estado. Como são menos solicitados, os travões de tambor das rodas de trás podem fazer mais de 200 mil/km, havendo actualmente Kits completos de reparação, uma vez que ao cabo de tantos quilómetros, vários outros componentes também necessitam ser substituídos.

Problemas/Anomalias

Os travões de disco estão concebidos para se afinarem automaticamente, em função do desgaste dos materiais, mas o curso do pedal de travão aumenta, porque a bomba tem que injectar mais óleo nas pinças, para obter o mesmo efeito de travagem. O aumento do curso representa um lapso de segundo na resposta do travão às solicitações, diminuindo a margem de segurança de condução, pelo que os materiais de fricção devem ser substituídos dentro dos parâmetros especificados e do bom senso. Se o metal da placa de apoio da pastilha entrar em contacto com o disco, danifica-o e obriga à sua rectificação ou substituição, dependendo dos danos. Os discos também têm que ser rectificados quando se desgastam de forma irregular, devido a anomalias do cubo da roda, pinça de travão, erros de montagem, etc. A rectificação tem um limite máximo, pois a partir daí a massa do disco deixa de suportar a carga térmica do esforço de travagem e pode partir-se. Além dos estilos de condução muito agressivos, os travões de disco podem deteriorar-se devido a sobreaquecimentos (forte solicitação muito prolongada), assim como após a entrada de objectos estranhos entre a pastilha e o disco (pedras, fragmentos metálicos, etc.). A presença de óleo/lubrificantes também inutiliza as pastilhas, pois não é fácil limpá-las. O ca-

lor talvez eliminasse o óleo, mas há o risco de alterar as propriedades da pastilha, devendo substituir-se, por segurança. Outro ponto importante da manutenção preventiva dos travões é a substituição do fluido de travagem e a limpeza do respectivo circuito. As impurezas acumuladas no interior do circuito podem prender os êmbolos das pinças, o que provoca o desgaste prematuro dos materiais de fricção, aumento do consumo de combustível e desequilíbrios durante a travagem. Nas unidades hidráulicas do sistema ABS, os detritos existentes no fluido de travagem entopem os finos canais de circulação deste, obrigando à limpeza ou substituição da peça, cujo preço é elevado. Em qualquer dos casos, o fluido deve ser o especificado pelo construtor, pois existem vários níveis do ponto de ebulição do fluido. Se isso suceder, formam-se bolhas de ar no interior do circuito e os travões deixam de actuar. Outro problema com os fluidos de travagem é a sua elevada capacidade de absorver a humidade atmosférica. Como a água ferve a 100º C, o risco dos travões deixarem de funcionar passa a ser constante. Dependendo o grau de intensidade de utilização da viatura, o fluido de travagem deve mudado todos os 12/18/24 meses. Existem aparelhos que testam o fluido de travagem no respectivo reservatório, sendo possível avaliar o seu estado imediatamente.

Informação complementar

Com o fogo não se brinca, diz o povo, com grande sensatez. A " economia " na manutenção de sistemas de travagem é a melhor forma de investir nas funerárias… Antes do " apito final ", mesmo assim, será ainda necessário gastar muito dinheiro no bate-chapas, na ortopedia, fisioterapia, etc. Com a capacidade de aceleração dos actuais veículos, mesmo os que estão equipados com motorizações diesel, as velocidades médias aumentaram consideravelmente, o que é facilitado pelo perfil adequado das modernas vias de comunicação. A dependência do condutor na capacidade de resposta dos seus travões é total, porque o tempo que há para resolver as situações imprevistas é muito curto. Neste contexto, recomendam-se os seguintes cuidados de manutenção: - Mudar sempre as pastilhas/discos aos pares (no mesmo eixo); - Utilizar sempre peças especificadas e de qualidade original ou equivalente; - A montagem dos discos deve obedecer às especificações originais (posição, binários de aperto, estado do cubo da roda, etc.); - Ao efectuar qualquer operação de manutenção de travões/pneus, verificar sempre o estado e o funcionamento das pinças de travão, bem como dos respectivos tubos de alimentação; - Verificar regularmente o nível do fluido de travagem (mensalmente); uma descida brusca de nível significa que há uma fuga que precisa ser detectada e reparada urgentemente; - Substituir todas as peças de aparência e/ou estado duvidoso imediatamente; grandes acidentes resultam muitas vezes de pequenos detalhes, mesmo aparentemente insignificantes; - Verificar imediatamente os travões, sempre que o pedal de travão enviar algum " sinal ": curso longo, vibrações, reacção " esponjosa ", etc. - Estar atento aos ruídos que aparecem ao travar; alguns são passageiros, mas se o problema persistir, verificar o estado das pastilhas/discos; - A travagem depende em grande medida do alinhamento da direcção, da geometria da suspensão e do estado/pressão dos pneus; quando se pensa nos travões, tudo isto deve estar em perfeitas condições.


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NOTÍCIAS

Breves NGK VENDE 200 MILHÕES A NGK Spark Plug Europe vendeu a sua 200.000.000ª vela V-Line, um produto de grande sucesso, que vendeu 100 milhões de velas em apenas 4 anos. Se fossem postas lado a lado as embalagens das velas V-Line comercializadas, ocupariam a área de 65 campos de futebol! As velas V-Line foram lançadas no mercado em 1991 e rapidamente se esgotaram no mercado europeu, devido essencialmente à sua elevada cobertura do parque automóvel, com um reduzido número total de referências. De facto, a gama de velas NGK V-Line dispõe apenas 39 referências, permitindo cobrir mais de 5.500 aplicações, cerca de 90% do parque, tornando-se uma pela de alta rotação e grande rentabilidade. Além disso, as velas V-Line utilizam uma numeração muito simples, que permite identificar e encontrar rapidamente a vela indicada, facilitando grandemente as vendas. Outra das vantagens da gama de velas de ignição V-Line é a sua permanente actualização, graças à presença da NGK no mercado de primeiro equipamento.

DE VELAS V-LINE

Nova série de alinhadores TD8000T da

Nova identidade corporativa

A VENEPORTE desenvolve e produz sistemas de escape para clientes OEM, OES e mercado de reposição (aftermarket). A sua missão é a produção de produtos de qualidade, que satisfaçam as necessidades e expectativas dos clientes, a preços competitivos e que cumpram as normas e os requisitos legais aplicáveis. Proporcionar a máxima satisfação aos colaboradores e accionistas e contribuir para o desenvolvimento sócio-económico. A mudança da identidade corporativa da Veneporte faz parte de uma estratégia global que pretende reforçar o seu posicionamento como um dos principais players do sector de componentes da indústria automóvel a nível nacional e internacional. A criação da marca Veneporte tem como objectivo a transmissão adequada dos valores e cultura da organização, bem como o reforço do seu posicionamento e diferenciação nos diferentes mercados onde se encontra presente. A marca encontra-se num processo crescente de afirmação nos mercados nacional e internacional. Sendo a Veneporte uma marca institucional e marca produto, pretende criar uma relação de proximidade, confiança, promovendo relações duradouras com todos os seus stakeholders, ao mesmo tempo que pretende transmitir os valores presentes nos seus produtos e serviços, nomeadamente, Excelência, Qualidade, inovação & Tecnologia e Responsabilidade Social e Ambiental.

A nova série Ravaglioli de alinhadores para camiões apresentada na última feira Autopromotec em Bolonha, está equipada com um novo programa, muito inovador particularmente vocacionado para os profissionais do sector que se dedicam em grande parte ao alinhamento de direcções de camiões e autocarros. Esta nova linha de alinhadores representa um avanço no sector, graças a novos acessórios e inovadoras características técnicas e de programação, nomeadamente: - Braços aumentados e muito longos para os receptores (até 16 m de alcance do sinal). - Alinhamento e cálculo múltiplo dos eixos a alinhar (alinhamento profis-

Ravaglioli

sional de camiões e reboques) - Inclinómetro duplo nos receptores (permite medir e fixar o avanço com as rodas a direito e não torcidas). A transmissão entre os receptores dianteiros e a consola faz-se via BlueTooth e a transmissão entre receptores dianteiros e traseiros via infravermelhos, pelo que ambas as comunicações são realizadas sem fios. Além disso, todos os receptores estão equipados com um teclado superior, com a função de controlo remoto (4 controlos remotos, um por cima de cada receptor) com possibilidade de carregamento das baterias sem recorrer a cabos, graças aos suportes especiais nas fachadas laterais da consola.

Novos catálogos

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A UFI/SOFIMA já tem disponíveis os novos catálogos 2009-2010. Estes novos catálogos incluem as mais recentes actualizações à gama de filtros UFI/SOFIMA. Trata-se de catálogos muito completos e actuais, com aplicações para todo o tipo de carros, que permitem ao profissional uma consulta rápida e completa das referências procuradas.

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á j : a e d n v e r g e a s a u e s R na 9 0

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0 e2 d o r mb e v o eN 7d

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a Batalh salão o p x E rio da Auditó

DEBATES • PARTICIPAÇÃO DE ESPECIALISTAS • ANÁLISE DO MERCADO

• GANHE VANTAGEM COMPETITIVA • COMPREENDA O QUE OS CLIENTES REALMENTE DESEJAM • CONHEÇA O FUTURO DO NEGÓCIO DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL PROGRAMA:

É com grande satisfação que apresentamos a Conferência Reparação Automóvel “Os novos modelos de negócio”, dedicada às Oficinas de Reparação Automóvel que operam nas áreas de Mecânica, Chapa & Pintura e Pneumáticos. Actualmente, os novos modelos de negócio não estão a ser explorados pelos responsáveis das oficinas de reparação automóvel. É necessário maximizar cada vez mais a sua utilização para potenciar a sua eficiência e rentabilizar os investimentos efectuados.

CONFERÊNCIA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL “Os novos modelos de negócio” MANHÃ CHAPA E PINTURA 09H00 10H00

10H15

Quem deve participar: - Proprietários / gerentes de oficinas multimarca de Mecânica, Chapa & Pintura e Pneumáticos - Distribuidores de Peças - Retalhistas de Peças - Responsáveis de Parque Automóvel - Responsáveis de Transportes - Responsáveis de Redes de Oficinas - Responsáveis de Serviços Rápidos

Abertura da Conferência Por: João Vieira, Director da AP Comunicação

1º PAINEL CONCEITO DE RENTABILIDADE / PRODUTIVIDADE NAS OFICINAS DE CHAPA & PINTURA

- Perspectiva de futuro e postura das seguradoras como sendo o principal cliente da oficina Por: Mário Túlio, Director do Departamento das Redes de Oficinas da Caixa Seguros - Grupo Caixa - Audapad e Audaflow como programas de orçamentação disponibilizados às oficinas Por: Mário Garrido, Director-Geral da Audatex

Assim, e por querer estar na vanguarda das novas tendências, a AP Comunicação vai realizar uma Conferência de Reparação Automóvel sobre “Os novos modelos de negócio no Pós-Venda Automóvel”. A Conferência vai decorrer em simultâneo com a ExpoAuto, o único Salão Nacional dedicado ao Aftermarket. Esta será também uma excelente oportunidade para todos os participantes ficarem a conhecer a últimas novidades em peças e equipamentos dos expositores presentes.

Recepção dos participantes

- Experiência como oficina independente na relação com as seguradoras Por: Manuel Monteiro, Administrador da Paint Drive

11H15 11h45

- Qual a importância da formação contínua no contexto da repintura automóvel? Por: Margarida Alves, Responsável do CEPRA Coffee-break

- Processo e Técnica de Reparação e a importância da utilização dos produtos e ferramentas indicados Por: Luis Santos, Administrador da Impoeste

- A importância do correcto layout e equipamento numa oficina de Chapa e Pintura Por: Rogério Costa, Sócio da CETRUS

13H00

- Inovação na Repintura Automóvel Por: Pedro Ganilho Director de Reparação Automóvel e Indústria da 3M Perguntas e Respostas Almoço

MECÂNICA E PNEUMÁTICOS

14H30

Recomeço da Conferência Por: Dário Afonso, Director da ACM (Moderador da Conferência)

14H45

2º PAINEL DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS INDEPENDENTES Por: Pedro Barros, Administrador da AZ Auto

15H15

3º PAINEL DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS DE ORIGEM Por: Miguel Melo, Administrador da MCoutinho Peças

15H45

4º PAINEL O NOVO MODELO DE NEGÓCIO DO COMÉRCIO DE PNEUS Por: Paulo Cristóvão, Administrador da Pneubase

16H15

Coffee Break

16H45

5º PAINEL A NOVA DISTRIBUIÇÃO E SUA ALTERAÇÃO NO MODELO DE NEGÓCIO Por: Júlio Albuquerque, Gerente do StationMarché

17H15

6º PAINEL O NOVO MODELO DE NEGÓCIO DOS AGREGADOS DIESEL Por: Alberto Novais, Administrador do Grupo Fafediesel

17H45

7º PAINEL OS DESAFIOS DO FUTURO PÓS-VENDA, FACE ÁS NOVAS TECNOLOGIAS Por: Dário Afonso, Director da ACM

18H15

Perguntas e Respostas

18H30

Encerramento da Conferência

Recomeço

- A importância das reparações de marcas na repintura automóvel Por: Manuel Monteiro, Project Manager OEM Europe South da DuPont Performance Coatings

12H45

TARDE

Para mais informações e inscrição consultar:

www.apcomunicacao.com/conferencia


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Breves STANDOX APOSTA EM FORMAÇÃO PRÁTICA

Ao contrário do que seria de esperar, a actual situação económica exige mais dinamismo do que prudência e contenção, pois a reparação dos veículos está a sofrer transformações constantes, o mesmo acontecendo com o mercado e os consumidores finais. Para acompanhar toda esta rápida evolução dos factos, a única forma consequente é investir na formação prática dos profissionais e na qualidade de serviço. Além disso, é preciso procurar novos nichos de mercado e novos grupos de clientes, a fim de compensar eventuais quebras da procura. Outra forma de dar o salto em frente consiste em introduzir outra linha de serviços paralela à que tradicionalmente a oficina executa. Para tudo isto, no entanto, é necessário descobrir formas de economizar e reduzir os custos, principalmente através da execução rápida e eficiente dos pedidos, investindo em tecnologia, a fim de atrair novas camadas de clientes. A oferta de formação da Standox é diversificada e orientada para satisfazer as necessidades actuais das oficinas de repintura, de forma personalizada e atendendo ao contexto regional e nacional de cada país.

RENAULT E ARVAL O construtor Renault e o seu principal parceiro da distribuição em leasing na Europa, a empresa Arval, estão em perfeita sintonia, no que respeita ao futuro da mobilidade zero emissões, tendo decidido pôr em prática soluções inovadoras partilhadas, dentro do projecto Renault-Nissan de veículos eléctricos. A Arval é uma empresa fortemente envolvida em projectos ambientais e de energias alternativas, constituindo um elo de ligação entre as autoridades locais e as grandes corporações desse sector. Não admira, pois, que tenha acordado com a Renault estudar um serviço completo de leasing adaptado aos novos tipos de energia e a veículos eléctricos. A Renault pretende dispor de uma gama completa de automóveis eléctricos a partir de 2011, defendendo que são a solução ideal, tanto em termos económicos, como no plano ambiental, principalmente para as frotas de autarquias locais e empresas.

SINTONIZADOS

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NOTÍCIAS Formação

Apresentações de Equipamentos

Ferodo

No Funchal em Junho, a Auto Silva Acessórios, SA, organizou um encontro com profissionais especializados do sector automóvel, principalmente mecânicos, com o patrocínio da marca Ferodo, no hotel “FourViews”. Este encontro, foi efectuado em parceira com dois dos mais importantes distribuidores dos produtos Ferodo actualmente, na ilha da Madeira, as empresas Auto Barreiros e Auto Pop e juntou 50 participantes. O programa começou ao fim do dia, pelas 17 horas com a recepção e boas-vindas aos participantes, sendo a formação ministrada por Pere Banus que versou: Política tecnológica; Aspectos Técnicos; Montagem dos discos e pastilhas; Ruídos e vibrações; Diagnóstico por aspecto e Visualização de vídeo sobre teste de travagem. Esta formação, serviu para acrescentar valor aos conhecimentos dos profissionais, pois são os pormenores tecnológicos que fazem a diferença e a mais valia nos técnicos e isso reflecte com o seu desempenho nos resultados das empresas que estes representam e prestam serviços. Foi um final de dia rico em conhecimentos adquiridos, e onde se juntou a formação e o convívio num jantar buffet no restaurante do hotel. Durante o ano a Auto Silva Acessórios, SA irá promover outras sessões de formação, com base na índole tecnológica.

Michelin investe nos recauchutados

A fabricação de pneus recauchutados teve uma importante evolução nos últimos anos devido às novas regulamentações e às exigências dos profissionais. Esta transformação teve como eixo motor o aumento da qualidade do produto, um facto que ficou demonstrado através das homologações e dos requisitos de verificação. A Michelin, mais uma vez, liderou esta revolução, e a melhor prova do mesmo é o processo vanguardista de renovação implantado na fábrica de Valladolid, junto à grande resposta obtida do mercado. A aposta da Michelin no produto renovado, como parte de um serviço global oferecido aos profissionais, permitiu desenvolver processos industriais de fabricação equivalentes aos que se utilizam para os pneus novos. Também lhe permite comercializar uma vasta gama dimensional para dar resposta a quase todas as necessidades dos utilizadores. Para conseguir o mesmo, a Michelin efectuou um grande investimento na fábrica de Valladolid com o fim de aumentar a capacidade de produção e a qualidade do produto. Os principais melhoramentos foram efectuados nos sistemas de verificação de carcaças e produto terminado, assim como nos processos que controlam a uniformidade do produto. Igualmente, ampliou-se a inclusão de flancos novos no REMIX para que o seu aspecto exterior seja igual ao do pneu novo. Prova da qualidade do processo e do resultado final, a modalidade mais estendida no Michelin REMIX é o sistema de renovação nominativo. Neste caso, é o próprio transportador, através de um distribuidor autorizado, que envia para a fábrica os seus pneus Michelin para que sejam renovados. Esta modalidade de renovação baseia-se no conhecimento que tem o profissional do estado dos seus pneus. Ele sabe melhor que ninguém em que condições, como e onde rodaram. Também é consciente de que a carcaça é a matéria-prima do renovado e a base na qual se sustenta o rendimento que vai obter nesta nova vida do seu pneu. A rastreabilidade do pneu está garantida graças à matrícula que aparece no flanco, o que assegura que o transportador receberá os seus pneus REMIX sobre as suas próprias carcaças Michelin.

Nova

de

Diagnóstico

A Civiparts começou este mês um conjunto de apresentações por todo o país, com o objectivo de dar a conhecer as diversas opções existentes no mercado ao nível dos Equipamentos de Diagnóstico para veículos pesados. Os Equipamentos de Diagnóstico são uma aposta muito forte por parte da Civiparts, sendo que é a única empresa do país, segundo a própria, com capacidade para dar apoio técnico pós-venda para este tipo de equipamentos, aproveitando o departamento de apoio técnico altamente especializado em equipamentos electrónicos para veiculos industriais. A Civiparts apresenta várias soluções de diversas marcas para este produto, desde a opção mais económica à mais complexa, incluíndo software para autocarros, onde se verificava uma grande lacuna até agora no mercado.

Glassdrive na Anadia

Em terras da Bairrada, a rede Glassdrive continua o seu crescimento e a aumentar a sua proximidade aos seus clientes. Um dos centros mais recentes abriu no concelho de Anadia, na localidade emblemática da Malaposta, referência para milhões de automobilistas que usaram durante muitos anos a Estrada Nacional 1. Com uma localização privilegiada face a essa via estruturante, este novo centro Glassdrive é facilmente localizado pelos seus clientes que pretendam fazer a substituição e reparação do vidro automóvel. Com a mesma gerência do centro Glassdrive Águeda, este polo está equipado com todas as ferramentas para responder às solicitações que irá ter, sejam elas para veículos ligeiros ou pesados, com a continuação da política de qualidade da rede Glassdrive.

Em tempos de crise,

o líder avança

O Grupo Autozitânia está de parabéns. As empresas Autozitânia e Autozitânia II foram mais uma vez reconhecidas pelo seu desempenho no sector das peças auto. Desta vez foram ambas galardoadas com o Prémio Excelência, pelo IAPMEI (Entidade do Ministério da Economia). Esta distinção tem especial importância, tendo em conta que foi conseguida numa altura de forte crise económica à qual o sector das peças para automóveis não é alheio. O Grupo Autozitânia demonstra mais uma vez que é uma organização forte e sólida, prevalecendo em tempos de crise com um crescimento invejável no mercado português. O sector das peças auto ficou representado por estas duas empresas, mostrando assim que mesmo em tempos de crise é possível inverter a tendência, usando as tácticas certas. A Autozitânia e Autozitânia II, dedicam esta distinção a todos os seus parceiros e concorrentes, porque são eles que a fazem evoluir todos os dias.


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NOTÍCIAS

Breves

Longa duração

Bridgestone

Um camião Volvo dinamarquês fez 801.090 kms com os pneus Bridgestone M729. Essa foi a distância total que o camionista Poul Jensen, da empresa Nielsens Fiskeeksport, completou com um jogo de pneus Bridgestone M729 montado no seu Volvo FH12. Apesar da maioria dessa quilometragem ter sido percorrida em boas estradas entre Nielsens Fiskeeksport, em Aalbæk, e vários destinos, principalmente Polónia e Alemanha, não deixa de constituir uma performance notável para um único jogo de pneus. O proprietário da empresa de camiões referiu que «nunca tinha sido atingida uma distância total desta envergadura com um único jogo de pneus e estivemos sempre muito satisfeitos com a aderência do pneu quer nas estradas de piso seco ou molhado ao longo de toda a vida do pneu.» Depois de cumpridos 600.000 km, Poul Jensen tratou de verificar o estado do piso dos pneus e isso permitiu-lhes ter uma segunda vida. Para tanto, o piso foi cortado de forma a aprofundar as ranhuras, como que recriando o desenho original do piso.

Campanha A chegada do Verão levou a Alfa Romeo a efectuar duas ofertas exclusivas para os seus clientes. Sob o mote “A sua paixão é a nossa”, a Alfa Services propõe a todos os “Alfistas” energia a dobrar para este Verão, através de duas ofertas exclusivas: Alfa Summer Check-up: para umas férias mais tranquilas, verificação gratuita de 26 pontos de se-

Alfa Summer

gurança, desde desgaste das pastilhas de travão, fugas de óleo, até à pressão e estado dos pneus.

Mudança de óleo desde 80€: inclui a substituição de óleo, filtro e mão-de-obra, assim como a oferta de um spray tablier Arexons.

A oferta estará em vigor na Rede Oficial Alfa Romeo aderente até dia 30 de Setembro.

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MANN+HUMMEL À medida que os motores têm que retirar mais potência de pequenas cilindradas, os turbo compressores revelam-se a solução mais eficiente, do ponto de vista energético e consequentemente no que toca às emissões de escape. Para tornar mais rápida a resposta das turbinas dos compressores, é frequente montarem-se dois compressores em série, de dimensões diferentes. Através da experiência obtida no fabrico de colectores de admissão e módulos de filtragem de óleo, entre outros produtos, a marca Mann+Hummel desenvolveu uma válvula de fecho de compressor, destinada ao motor diesel V6 de 3.0 da Jaguar, que permite passar do modo monoturbo a biturbo, sem se notar um aumento súbito de binário. No caso deste motor, o maior dos turbos está sempre activo, enquanto que o outro entra em acção apenas em condições de carga completa. Para equilibrar a pressão dos dois turbos, existe uma válvula que se abre apenas quando a pressão do 2º turbo supera a do primeiro. Isto permite que o motor tenha uma resposta adequada.

DESCOBRE NOVOS NICHOS

19 Oficinas

Vulco

A cadeia de pneus associada à Goodyear Dunlop Iberia, designada por Vulco, juntou à sua rede quatro novas oficinas durante o primeiro semestre deste ano e conta agora com 19 estabelecimentos em Portugal. As novas oficinas são: António Jorge Figueiredo na Moita (Setúbal), Nepilub na Quarteira (Faro), Sporoda na Trofa (Porto) e Recauchutagem Jucar na Figueira da Foz. Para além de Portugal, a Vulco está presente em Espanha, França, Bélgica, Eslovénia, Sérvia, Croácia, Marrocos e Gana, com mais de 500 oficinas no total, facto que a posiciona como uma das primeiras cadeias de oficinas multimarca a nível europeu.

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NOTĂ?CIAS

Breves

Ferramentas

A base da histĂłria de ĂŞxito da firma Heyco foi concebida hĂĄ 70 anos, com o registo em 1937 na ConservatĂłria do Registo Comercial de Remscheid na Alemanha. Desde aquele tempo, a orientação pelas necessidades do cliente e inovação levaram Ă expansĂŁo da empresa, a qual ĂŠ um dos fabricantes de ferramentas mais conhecidos. A Heyco pode afirmar seguramente que ĂŠ o nÂş. 1 na Europa no equipamento de bordo da indĂşstria automĂłvel. Construtores de renome de viaturas ligeiras e atĂŠ Ă classe inglesa de luxo, e os construtores de automĂłveis de desporto na Alemanha e no estrangeiro sĂŁo clientes da Heyco desde hĂĄ longos anos. Tecnologias avançadas de fabrico e equipamentos de produção constantemente actualizados, parcialmente automatizados sem intervenção de mĂŁo humana, garantem – conjuntamente com o sistema QS segundo normas VDA 6.1 – a superior qualidade. O grupo HEYCO emprega actualmente mais de 800 colaboradores e produz, a par de ferramentas para o comĂŠrcio especĂ­fico profissional e a industria automĂłvel, peças em metal e fibra para o automĂłvel e para a indĂşstria pesada, em quatro locais de produção na Alemanha e dois em outros paĂ­ses europeus.

CATĂ LOGO 09 DE CLIMATIZAĂ‡ĂƒO VALEO

O novo catålogo da Valeo de peças de substituição para sistemas de climatização estå organizado em 3 campos diferentes: Manutenção, Carroçaria e Reparação. A oferta completa inclui 15 famílias de produtos, atingindo 2.194 referências, havendo 134 novidades, dentre as quais 43 compressores e 41 filtros de habitåculo, que permitem 300 novas aplicaçþes (Renault MÊgane III, Mercedes Classe A, Citroen C3, etc.). Este catålogo contÊm uma secção específica que fornece as quantidades de carga de fluido refrigerante e de lubrificante para todos os modelos incluídos no catålogo, mesmo os mais recentes. Em anexo, o catålogo possui a oferta da Valeo em equipamentos para oficinas de A/C, como as estaçþes de carga ClimFill, ferramentas de diagnóstico de sistemas de climatização (ClimTest+) e a ferramenta de diagnóstico do filtro de habitåculo AirTest. Informaçþes sobre a rede de especialistas Valeo Clim Service estão igualmente disponíveis no catålogo, o primeiro conceito do gÊnero, que conta actualmente com 1.725 aderentes em toda a Europa.

Hayco na linha da frente

Airtex integra UCI

Novo diluente lento

A Airtex Products, S.A., (Zaragoza) estå integrada no Grupo United Components Inc (UCI), juntamente com a ASC Industries Inc., Airtex Products e TMM (Puebla, MÊxico), sendo o maior grupo independente de fabricantes de bombas de ågua e gasolina para o sector no mundo. A integração da Airtex e ASC Industries dentro do do Grupo UCI constitui uma poderosa e eficiente plataforma mundial de fabricação e distribuição de bombas de ågua e gasolina. Assim, a estratÊgia da UCI consiste em criar centros de excelência por linha de produto. Neste sentido a ASC Industries converte-se no centro de excelência para a fabricação e distribuição de bombas de ågua e a Airtex Products LP converte-se, por sua vez, no centro de excelência para a fabricação e distribuição de bombas de gasolina.

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De Beer

A Mota & Pimenta jå tem disponível para encomendas o novo Diluente Lento De Beer Waterbase 9-161 1L. Este diluente surge na sequência de múltiplas solicitaçþes por parte dos clientes da Mota & Pimenta para a necessidade de existir um diluente aquoso mais lento para ser usado no Verão. A utilização do diluente aquoso Lento 9-161 permite obter melhores resultados na aplicação da SÊrie 900 em ambientes com altas temperaturas, nomeadamente, melhorando o poder de cobertura de algumas cores, diminuindo a probabilidade de aparecimento de manchas ou riscas em cores metalizadas e permitindo maior facilidade de esbatido.

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Breves FILTRO DE GASÓLEO UFI NO AUDI A3

O novo motor 1.6 TDI do Audi A3 possui um sistema de injecção common rail, podendo atingir potências de 90 e 105 CV. Este novo motor vem substituir o anterior 1.9 com sistema de bomba injector. Esta nova solução permite manter as prestações do modelo, reduzindo o consumo e as emissões de CO2. De facto, será a primeira vez que o Audi A3 utiliza um motor tão pequeno, mas com maior rendimento específico. Para proteger a injecção deste novo modelo, a marca alemã confiou no filtro de gasóleo de alto rendimento, fabricado pela Ufi Filters.

STICKERFIX: Como a designação permite inferir, o StickerFix é um sistema adesivo desenvolvido pela AkzoNober Car Refinishes que permite ao próprio utilizador do veículo reparar pequenas imperfeições da pintura ou proteger zonas da carroçaria mais críticas. Lançado no mercado com o slogan "Mais fácil não há!", o novo produto é uma tecnologia de pintura patenteada pela AkzoNobel, combinada com um filme adesivo de vinil especial no formato A5 (meia página). O StickerFix será comercializado em cores estandardizadas, possuindo uma embalagem transparente, a fim do consumidor poder identificar rapidamente a cor pretendida. Embora possua grande adesão e resistência aos principais agentes de limpeza, assim como ao envelhecimento, o StickerFix pode ser descolado aplicando calor com um vulgar secador de cabelo. Longe de fazer concorrência às oficinas, o novo produto vem facilitar a sua vida e a dos clientes finais, evitando reparações economicamente inviáveis.

NOVA SOLUÇÃO AKZO NOBEL

NOTÍCIAS

Melhor do que ninguém, a Bosch sabe que o futuro das oficinas de reparação automóvel depende em grande parte do seu equipamento, uma vez que também patrocina uma rede de assistência, a Bosch Car Service. À cabeça da sua oferta, está logicamente o sistema de diagnóstico KTS 340, uma solução que combina uma grande versatilidade e facilidade de utilização, com uma enorme base de dados técnicos multimarca e funções avançadas e actualizadas, tornando-se uma ferramenta indispensável para a actividade de reparação automóvel. Tradicionalmente, a oferta da marca Bosch em equipamentos para oficinas estava limitada a aparelhos de diagnóstico e de análise de gases de escape, carregadores e analisadores de baterias, assim como equipamentos de assistência a sistemas diesel. Até agora, a Bosch oferecia estações de serviço para ar condicionado, máquinas de alinhar direcções e outros equipamentos com a sua marca, mas eram produzidos por outros fabricantes. Com a compra da empresa Beissbarth-Sicam e de outras fábricas, a Robert Bosch agora está em condições de oferecer agora uma gama completa de equipamentos para oficinas com tecnologia 100% Bosch. Dentre os novos equipamentos Bosch, podemos citar os seguintes: - Estações ACS 600 e 650 de recarga e reciclagem de gases de sistemas de ar condicionado. As novas estações são totalmente automatizadas, dispensando a abertura/fecho manual de válvulas. Um monitor a cores de 9 x 9 cm, exclusivo da Bosch, possui um menu de orientação em 29 idiomas, permitindo uma operação simples e intuitiva. Maior produtividade, mais clientes atendidos com rapidez todos os dias e mais lucros são as vantagens destes novos equipamentos da Bosch. - Gama de equipamentos de alinhar direcções FWA, com sistema CCD e 3D. - Gamas BSA e SDL de frenómetros de rolos e linhas de pré-inspecção, destinadas e automóveis e comerciais ligeiros. - Gama TSE de máquinas de desmontar e equilibrar pneus (hidráulicas, pneumáticas, automáticas e semi-automáticas). É uma novidade absoluta, pois é a primeira vez que a Bosch disponibiliza este tipo de equipamentos em catálogo.

com novas soluções

A partir do mês de Junho que a Midas passou a ter uma nova campanha de financiamento do valor das reparações para os seus clientes. Esta campanha, que estará em funcionamento para reparações acima dos 250 euros, permite ao cliente pagar a mesma através de um crédito a pagar três vezes sem juros. Trata-se de um produto financeiro virado para os clientes, desenvolvido pela Midas em parceria com o Banco Mais.

Impoeste apresenta New Cristal da DEVilbiss

No passado dia 27 de Junho de 2009, vésperas de S. Pedro, a impoeste realizou nas suas instalações em Torres Vedras, o lançamento da nova versão 2009 da pistola New Cristal da Gti Pro bem ao jeito das festas populares! O evento consistiu numa sardinhada acompanhada por música popular portuguesa e bom vinho! Além disso os convidados puderam assistir a uma apresentação da New Cristal e do sistema de PPS da 3M com que a nova pistola vem equipada. Esta pistola alia todas as qualidades da Gti Pro à sobriedade e elegância da cor preta. Além das questões técnicas, a versão de 2009, apresenta significativas melhorias no design da válvula de ar o que facilita os fade-outs e os blendins, o bico ultra produtivo foi melhorado e permite uma versatilidade muito grande na aplicação de viscosidades diferentes e os espalhadores com as tecnologias HVLP e Trans-Tech permitem uma aplicação excepcional de acabamentos à base de solventes e à base de água. Por tudo isto esta é uma pistola desenvolvida apenas para profissionais de pintura que exigem acabamentos de alta qualidade e que não abdicam da diferenciação, mesmo nos seus utensílios de trabalho. A Pistola New Cristal GTI Pro vem num estojo preto profissional.

Carro do ano usa pastilhas

VDO PREPARADA PARA A NOVA NORMATIVA

Desde o passado mês de Abril, os camiões com peso bruto superior a 3,5 toneladas estarão sujeitos à nova Directiva Europeia 2007/35 EC, que regula a aplicação de espelhos retrovisores a veículos industriais N2 e N3, cujo objectivo é melhorar a visibilidade do condutor para a retaguarda e reduzir o crítico ângulo morto lateral. A rede de Serviços Oficiais VDO já está preparada para atender a procura de espelhos ou adaptação dos mesmos, emitindo os certificados que os condutores terão que apresentar nos centos de ITVs, para justificar as modificações introduzidas. A ida dos veículos ao um agente VDO é também uma boa oportunidade para efectuar uma revisão ao tacógrafo digital, deixando o carro em perfeitas condições operacionais.

Midas

Bosch

aposta em equipamento oficinal

Para reforçar a sua oferta de ferramentas para oficinas, a Bosch criou ainda dois novos centros (Paris e Milão) para melhorar a cobertura europeia do software ESI(tronic). A Bosch já contava com 13 centros deste tipo em todo o Mundo e a partir de agora os seus aparelhos de diagnóstico já está preparados para aplica a normativa sobre emissões Euro 5. Para tornar coerente este esforço da Bosch ao serviço do pós-venda independente, foi criado o projecto SOL (Start of Launch), a partir do qual e em colaboração com os centros de trabalho da marca alemã, estarão disponíveis no sistema ESI(tronic) as funções de manutenção e serviço de qualquer modelo automóvel seis meses após o seu lançamento no mercado. Todos os equipamentos de diagnóstico Bosch estão já preparados para aplicar a normativa Euro V, o regulamento europeu sobre emissões. Foi também apresentado um novo conceito de apoio às oficinas designado Parts & Bytes, que tem como objectivo disponibilizar às empresas de reparação e manutenção automóvel, toda as ferramentas necessárias para um diagnóstico completo dos veículos mais recentes incluindo informação técnica através de uma linha de apoio “hotline”.

Textar

A TMD Friction foi a primeira escolha pela Opel em termos de travagem para o mais recente carro do ano. Aliás, a TMD anuncia mesmo que foi o único fornecedor de primeiro equipamento na área da fricção para o Opel Insignia no que diz respeito aos travões dianteiros e traseiros deste modelo automóvel. Quatro diferentes sistemas de travagem foram montados no Opel Insignia, que passaram (ou passarão) também a estar disponíveis no aftermarket com a marca Textar.

Contrato

Veneporte / Grupo Fiat…

Com base na importante e estável relação comercial entre a Veneporte e o Grupo Fiat, foi celebrado recentemente um novo contrato de fornecimento de sistemas de escape para o mercado de reposição oficial FIAT (OES), que visa, aproximadamente, a produção de 100 novos modelos.

… e fornecedor oficial

Mitsubishi

Enquadrado no início de produção do Modelo Canter Euro V, a Veneporte e a Mitsubishi celebraram o contrato para o início do fornecimento de sistema de escape para este modelo, sendo a Veneporte o fornecedor oficial.


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NOTÍCIAS McLaren recomenda

IV Encontro Nacional de Clientes

No dia 26 de Junho, a Auto Silva Acessórios, SA, com o apoio da KS (KolbenSchimdt) organizou um encontro com alguns clientes, com um objectivo definido de incentivar trocas de impressões entre retalhistas e rectificadores de várias regiões do país, onde juntou cerca de 40 participantes, no Hotel da Montanha em Pedrógão Pequeno. Usufruindo de um ambiente tranquilo os participantes tiveram a oportunidade de “parar e reflectir” fora do seu ambiente de trabalho e familiar, o seu próprio negócio em convivência com outras ideias de colegas, de outras regiões do país. O programa foi variado, constando café de boas-vindas, torneio de futebol de salão, almoço, degustação de vinhos e queijos, jantar e alojamento. Este evento é mais um, que esta empresa grossista de peças e acessórios auto, com armazéns no Porto e Lisboa, promove dentro do seu clube de clientes, de forma a partilhar ideias e valorizar o negócio de cada de um.

Sonax

A Vodafone McLaren Mercedes tem vindo a usar diversas produtos da linha professional da Sonax desde 2008, preparando a temporada de 2009 que está a decorrer. Para a McLaren o desafio passa pela utilização de produtos que tragam resultados imediatos e que tenham a melhor prestação possível. Eficiência e precisão são também muito importantes para a McLaren que os usa tanto nos carros como na oficina, obtendo a mais elevada prestação. A utilização dos produtos Sonax Professional pela McLaren acabam por trazer os resultados desejados para a equipa da F1, até porque cada produto desta linha profissional adapta-se às necessidades de um meio tão exigente como é o do desporto automóvel. Por estas razões a McLaren recomenda os produtos Sonax e afirma a intenção de os continuar a usar no seu programa de Fórmula 1.

Montenegro representa Limit

A partir de Julho 2009 a Montenegro, Fernandes & Cª. S.A. é a representante exclusiva para Portugal da ferramenta de medição LIMIT. A ferramente de medição Limit pertence a uma empresa sueca, líder no sector de medição. Estes aparelhos tanto servem as necessidades industriais como o sector automóvel, sendo aliás um complemento à marca Teng Tools também representada pela Montenegro, Fernandes & Cª. S.A.. A Limit possui uma gama muito completa que engloba esquadros, paquímetros, micrómetros, comparadores, compassos, apalpa folgas, medidores, níveis, testadores, multímetros, etc.

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Breves REMSA Apesar das dificuldades do sector de transportes rodoviários, estes continuam a ser a grande alternativa a nível europeu, possuindo um mercado estável. Para tirar partido das oportunidade desse mercado, a marca espanhola Remsa lançou um plano de desenvolvimento de produtos de fricção para V.I., tendo ampliado a sua fábrica de Arganda del Rey (Madrid). Com um investimento total superior a 3 milhões de euros, a ampliação das instalações permitirá aumentar a produção anual em 240.000 peças, nomeadamente através da ampliação da prensa rotativa automática de molde profundo IAG, que dispõe da tecnologia mais avançada do momento para a produção de materiais de fricção (pastilhas de travão). Com esta evolução, a Remsa pretende dar resposta a projectos de fornecimento para equipamento original e mercado de substituição, tanto do ponto de vista quantitativo, como qualitativo, passando a dispor dos parâmetros mais elevados e qualidade conhecidos para fabricantes de materiais de fricção.

AUMENTA CAPACIDADE

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Breves BOSCH: VENCEDOR A mítica corrida das 24 Horas de Le Mans, em França, é um dos maiores testes para as soluções mecânicas de veículos, pois os concorrentes percorrem uma distância total superior a uma temporada completa de Fórmula 1 e as suas 17 corridas de Grandes Prémios, sem haver tempo para intervenções de fundo nos carros. Com a evolução da técnica, os motores diesel tornaram-se os mais fiáveis em corridas de longas distâncias, tendo ocupado os 6 primeiros lugares da prova em 2008. Na base dos sucessos das motorizações diesel que propulsionam os Audi R 10 TDI e os Peugeot 908 HDI FAP, principais candidatos à vitória final, estão os sistemas de injecção de gasóleo desenvolvidos pela Bosch Motorsport, um departamento da Bosch Engineering. Deste modo, a Bosch, que tem ajudado automobilistas de competição a vencer provas desde 1903, tem antecipadamente assegurado sempre o primeiro lugar do pódio, quer o carro seja Audi, quer seja Peugeot, como aconteceu este ano em que a marca francesa conquistou o primeiro lugar.

ANTECIPADO DE LE MANS

NOTÍCIAS RPL sempre com novidades

Das muitas novidades apresentadas ao longo do ano, a RPL informa agora que já está disponível o compressor Denso 5SE12C para o Smart Forfour. É um compressor novo e tem as seguintes referências Denso: 4472600620, 4471903500. O Código RPL é o APCOSM0001. Também foi lançada uma campanha de compressores do Grupo Fiat pela RPL Clima. Um dos compressores desta campanha é o do Alfa Romeo 147 1.9 Jtd e do Fiat Stilo 1.9 Jtd. Trata-se do Denso 5SL12C com as referências 5A7975000, 46811244, 4471608960 e 4472208644. O código RPL é o APCOFT0032. A RPL Clima deixa ainda uma informação relativamente ao ar condicionado. As funções do Filtro Secador ou Desumificador é filtrar as impurezas e reter a humidade do sistema. Neste sentido a substituição do filtro secador do circuito A/C é indispensável para um correcto funcionamento do compressor. O filtro é montado entre o condensador e a válvula de expansão e a eficácia da válvula de expansão também depende do bom estado deste. Num processo normal de manutenção do sistema de ar condicionado, está comprovado que o filtro deve ser substituído ao fim de 3 anos, pois esgota a sua capacidade de filtrar. Sempre que o circuito é aberto, isto é, exposto ao ar, o filtro fica automaticamente saturado de humidade e deve ser substituído.

Bolas apresenta elevadores de tesoura Ravaglioli

Uma nova série de elevadores de tesoura “pantógrafos” da série RAV 660, passaram a estar disponíveis no mercado português, que assim se vai juntar à já famosa série RAV 600. Esta nova versão, com capacidade para 6 toneladas e plataformas com 5100 mm de largura, foi concebida para elevar comerciais ligeiros e de passageiros. Este novo tipo de elevador, à semelhança de todos os elevadores tradicionais Ravaglioli, ocupa um espaço muito reduzido dentro da oficina, graças à não existência de ligações mecânicas entre as plataformas. Estes elevadores estão disponíveis com peanhas simples para alinhamento total, com e sem detector de folgas, com e sem dupla elevação, tanto na versão “sobre o pavimento”como na versão encastrada.

Novo portal de negócios da

Vauner

O novo portal da Vauner Trading, S.A., entrou em funcionamento a 29 de Maio de 2009, sendo o fruto de horas de estudos, pesquisas e análises das necessidades dos clientes desta empresa. Este novo portal, com um layout mais moderno e dinâmico, com novas tecnologias e facilidades, tem como objectivo proporcionar maior objectividade e agilidade no acesso à informação nele contida. Pretende-se que seja um website em constante evolução, podendo os clientes contar com informações e/ou conteúdos actualizados, de forma a melhor atender às suas necessidades. Poderá visitar este site em www.vauner.pt, registar-se e usufruir de todas as potencialidades que o mesmo lhe proporciona, que segundo a Vauner, lhe poupará tempo e dinheiro.

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NOTÍCIAS CLEPA organiza conferência

Com o aparente impasse do pós-venda automóvel europeu, face aos interesses até ao momento irredutíveis dos vários sectores envolvidos, os diversos grupos de pressão tentam a seu modo esclarecer e motivar os seus associados e a opinião pública, para as inevitáveis mudanças e as opções que se perfilam no horizonte. Desta feita, surge no calendário a primeira Automotive Aftermarket Conference, que terá lugar a 19 de Novembro de 2009, em Bruxelas, Bélgica. Organizada pela Clepa, associação europeia de fabricantes de peças, acessórios e componentes para automóvel, esta Conferência tem a seguinte sequência de temas: - As futuras tecnologias automóvel e os efeitos da crise no aftermarket; - As futuras estratégias orientadas do pós-venda automóvel, segundo as perspectivas de um distribuidor independente, de um fornecedor de peças e de um construtor de veículos - Os desafios do futuro pós-venda, face ás novas tecnologias electrónicas (computadores nas rodas) e quanto às peças mais correctas para o parque automóvel envelhecido (peças reconstruídas, por exemplo).

Após a apresentação de cada um destes temas, dirigentes da Comissão Europeia, ligados à concorrência e ao sector automóvel falarão do papel da CE como regulador e o impacto desse facto no pós-venda automóvel europeu. Antes da conferência, na noite de 18 de Novembro, terá lugar um evento social com a participação de um orador de primeiro plano da CE, que criará as condições ideais para debates informais interpessoais. Mais informações poderão ser procuradas no website www.clepa.eu ("Aftermarkert Conference" box). Está igualmente aberta a participação de marcas e empresas como patrocinadoras do evento.

Stand Asla apresenta Dometic

Numa perspectiva de melhoria e enriquecimento contínuos da gama de produtos, o Stand Asla apresentou aos seus clientes uma nova marca dedicada à concepção de soluções de climatização: Dometic. Assim, no passado dia 27 de Junho, em Perafita, reuniram-se, mais uma vez, vários parceiros Stand Asla, desde clientes e colaboradores, bem como dois representantes da marca promovida – Javier Alapont e Vitor Silva. O Grupo Dometic, com presença em cerca de 100 países e 22 pontos de produção em todo o mundo, actua em parceria com a marca Waeco na elaboração e comercialização em soluções de climatização e refrigeração portátil, tendo também desenvolvido outros produtos complementares para a criação de ambientes rodoviários confortáveis e seguros. Salienta-se ainda, a particularidade da orientação destes produtos para o segmento de mercado específico de veículos Pesados. Desta forma, no Stand Asla foram apresentados com particular destaque as soluções de Ar Condicionado para Veículos Pesados, da Dometic/Waeco. Neste âmbito, cabem referir as características e vantagens das gamas Easy Cool e Cool Air (soluções para Caravanas) e o modelo Cool Air CA 800, para Camiões. No que diz respeito às soluções de Ar Condicionado para Caravanas, salienta-se, o facto, da sua aplicabilidade se estender também para o uso destes veículos em actividades profissionais (como laboratórios de medicina do trabalho, bibliotecas, etc). Estes produtos caracterizam-se, para além disso, pela possibilidade de funcionamento quer com o veículo parado (através de alimentação externa por via de um gerador ou de 230V), quer em movimento.

Kits de Reparação de Motor Completos

Dia Prático na

Leirilis

A Leirilis, S.A., Automotive Distribuidor Bosch, realizou nas suas instalações, em Marinheiros – Leiria, um “Dia Prático” inteiramente dedicado aos seus clientes. Durante a manhã o intuito principal foi dar a conhecer aos mesmos, toda a gama de equipamento oficinal Bosch que dispõem, o funcionamento do respectivo software ESI[tronic], e bem assim, as vantagens da aderência ao conceito Bosch Injection Systems. Após o almoço-convívio entre todos os presentes, os mesmos puderam ver, utilizar e comprovar toda a gama de equipamento exposta. O referido evento, que se realizou no passado dia 20 de Junho, contou com a presença de alguns elementos da Bosch, sobretudo daqueles que estão directamente ligados ao equipamento oficinal e ao conceito B.I.S. Segundo a administração da Leirilis, “este tipo de evento é sempre positivo, por um lado porque os nossos clientes, podem ter um contacto mais próximo com a “nova” era do sector automóvel – o equipamento oficinal, e por outro, porque é sempre gratificante estar lado a lado e em pleno convívio com os clientes, eles que são o “coração” de qualquer empresa”.

Volvo

A Unidade de Negócio de Peças e Componentes da Auto Sueco e a Rede de Concessionários Camiões e Autocarros Volvo promovem Kits de Reparação de Motor Completos Volvo no âmbito da Promoção Produto do Mês. Durante o mês de Julho, o produto a promover na rede de Concessionários de Camiões e Autocarros Volvo são os Kits de Reparação de Motor Completos Volvo. De fácil instalação e aplicação perfeita, os Kits de Reparação de Motor Completos Volvo, compostos tendo por base a vasta experiência da Volvo, contêm todas as peças necessárias ao recondicionamento do motor. Constituídos unicamente por Peças Genuínas Volvo, os Kits garantem não só um preço competitivo como total aplicabilidade e o perfeito funcionamento do motor Sobre as referências dos Kits de Reparação de Motor Completos Volvo, os clientes beneficiarão de uma redução de 10% sobre o Preço de Venda a Público. Esta Promoção, presente em toda a rede de Concessionários de Camiões e Autocarros Volvo, durará até dia 31 de Julho de 2009.

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Breves NOVO CATÁLOGO PORFLUX EM CD

A Sogefi Filtration, proprietária da marca de filtros Purflux, tem vindo por vários meios, difundindo informação pertinente aos profissionais da reparação sobre filtros de habitáculo e principalmente proporcionando catálogos completos e de fácil consulta, assim como instruções de montagem detalhadas. Estas são fundamentais para o bom desempenho dos filtros de habitáculo, pois um filtro errado ou mal montado não compre as normas de segurança do construtor, nem compensa o investimento realizado na sua substituição. O novo catálogo Purflux de filtros de habitáculo em CD-Rom, actualizável via Internet, possui todas as condições para ajudar os profissionais da manutenção automóvel a fazer um bom trabalho. Com efeito, o novo catálogo Purflux tem 61 páginas com aplicações, 179 páginas com planos e dimensões dos filtros e ainda 74 páginas de instruções de montagem dos mesmos.

APARELHOS DE NAVEGAÇÃO AUTO FINANCIAM-SE

A marca Naveteq, que fornece mapas digitalizados e soluções integradas de navegação, entre outros produtos e soluções, mandou realizar um estudo, a fim de verificar o impacto que tem o uso diário de navegadores automóvel nos custos operacionais. Os resultados desse estudo revelaram que os condutores que utilizam sistematicamente navegadores percorrem distâncias menores ou a mesma distância em menos tempo. A investigação foi realizada em duas áreas urbanas da Alemanha (Dusseldorf e Munique), tendo-se concluído que os condutores que utilizaram navegadores consumiram menos 12% de combustível aos 100km. Com apenas 2.500km percorridos anualmente, já é possível economizar € 416/ano. Juntando à economia de tempo, que também é dinheiro, a Naveteq concluiu que os seus navegadores portáteis se auto financiam logo no primeiro ano, mesmo com actualizações de mapas. PUB


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Breves

NOTÍCIAS Nova máquina de alinhar

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DINÂMICA HELLA

O fornecedor de sistema de iluminação Hella e a Daimler desenvolveram uma nova iluminação dinâmica para o novo Mercedes-Benz Classe E, que estará disponível opcionalmente. A maior vantagem deste novo sistema é a mudança automática de médios para máximos e inversamente, de acordo com as condições reais de circulação. Isto é possível graças a um sistema inteligente de apoio ao condutor desenvolvido pela Hella, o qual utiliza uma câmara situada no pára-brisas para identificar os carros que circulam adiante no mesmo sentido, ou em sentido contrário. O sistema opera apenas a partir dos 55 km/h, reagindo em poucos milissegundos à aproximação de um veículo a 800 metros de distância, adaptando a iluminação para médios. Esta opção é particularmente útil em casos de reduzida visibilidade à noite, tornando a condução mais descontraída e segura. O sistema pode ainda detectar peões e outros obstáculos existentes na berma via a 260 metros, ou seja, 150 metros antes de serem iluminados pelos médios do carro.

Beissbarth

A Lusilectra passou a ter disponível a nova máquina de alinhar direcções da sua representada Beissbarth. A máquina de alinhar direcções Easy 3D da Beissbarth consiste num sistema de alinhamento de direcções 3D totalmente inovador. A máquina pode ser utilizada em oficinas automóveis e serviços de pneus, onde o alinhamento da direcção é um serviço constante. Com a nova Easy 3D da Beissbarth, um mecânico necessitará apenas de sete minutos para efectuar um alinhamento preciso da direcção num veículo. Isto representa uma poupança de tempo de 50% quando comparado com as máquinas convencionais de alinhamento da direcção. Uma outra vantagem para a redução de custos é o facto do procedimento completo de medição, incluindo a compensação do empeno, poder ser efectuado apenas por uma pessoa. Isto significa, por exemplo, que o alinhamento da direcção pode ser efectuado ao mesmo tempo da substituição do pneu com um mínimo de esforço extra. Os ajustes ou reparações efectuados com base nos resultados da medição garantem vendas adicionais de peças e/ou acessórios. Contudo, a qualidade não é menos importante do que a velocidade. As medições são efectuadas utilizando duas câmaras de alta precisão por roda. O sistema de referência integrado com pêndulos para o camber e inclinação instalados em cada cabeça do sensor, garante resultados de medição fiáveis e repetíveis sem necessidade de calibrações complicadas e propensas a erros. A solução técnica que integra câmaras de alta precisão e um sistema de referência integrado, é a primeira da sua classe e está patenteada. Esta combinação inovadora, permite que os sensores sejam posicionados nos locais mais convenientes na oficina sem necessidade de calibrações prolongadas.

KYB equipa Toyota Verso

Prosseguindo a sua política de forte relacionamento como fornecedor da Toyota no que aos amortecedores diz respeito, a KYB anunciou que é primeiro equipamento no novo Toyota Verso. Feito na Turquia, a terceira geração do Verso (antes Corolla verso), foi lançada recentemente, sendo um veículo que alia conforto às funções familiares, do qual a Toyota espera vender 95.000 exemplares só em 2009. A KYB mantém assim a relacção de fornecedor com a Toyota, cumprindo o rigoroso caderno de encargos do construtor japonês.

Campanha

Kraftwerk

A Tecniverca representante em Portugal das ferramentas da Kraftwerk está a levar a efeito uma campanha. Esta campanha que estará a decorrer até ao início do mês de Setembro, prevê reduções de preços que tornam as ferramentas em promoção muito competitivas. Para além de ferramentas, também em campanha estão carros de ferramentas bem como ferramentas mais técnicas, jogos de chaves, fitas métricas, etc. Mais informações em www.tecniverca.pt.

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Breves KYB

RECEBE PRÉMIO DO GUAI

Como vem acontecendo nos últimos anos, a KYB Europa foi novamente considerada um dos melhores fornecedores (2º) do Grupo Auto Unión Internacional, um dos principais operadores da distribuição automóvel em Espanha e no exterior. Este prémio é atribuído em função da qualidade dos produtos, gama, disponibilidade e serviço, critérios nos quais a KYB obtém sempre elevadas pontuações, por parte dos membros do GUAI. Os bons resultados da parceria foram ressaltados por Hans Eisner, presidente e conselheiro delegado do GUAI, que entregou o prémio e fez votos para continuidade da colaboração positiva entre ambas as empresas.

ELEFANTE AZUL O conceito de centros de lavagem automóvel Elefante Azul aproveitou o Dia Mundial do Ambiente (5 de Junho) para sensibilizar os consumidores contra o desperdício de água, que representa, por exemplo, a lavagem convencional de carros. Dados fornecidos por esta empresa dão conta de cada espanhol lavar o seu carro 15 vezes por ano (média). Utilizando um sistema de lavagem à pressão como o que é proporcionado pela rede Elefante Azul, são necessários entre 40 a 50 litros de água, para lavar um carro de tamanho médio, o que daria 750 litros por ano, a fim de manter o carro limpo. Ao lavar o veículo com uma mangueira comum, gasta-se uma média de 500 l por lavagem. Tomando a mesma média de 15 lavagens anuais, o gasto de água da lavagem manual clássica vai até aos 7.500 l, mais 6.250 l do que a lavagem à pressão. Segundo os cálculos dos técnicos da Elefante Azul, a lavagem em túneis automáticos de lavagem pode variar entre 75 e os 300 litros de água por carro, o que continua um consumo excessivo, se a estação de serviço não tiver uma instalação de reciclagem de água de lavagem.

CONTRA DESPERDÍCIO

NOTÍCIAS Nova gama de polimentos

Abel Auto

A marca de produtos para automóveis Abel Auto acaba de lançar a sua nova gama de produtos de Polimento da Nova Geração. Como resultado de vários anos de investigação e desenvolvimento levados a cabo pela Abel Auto, a gama de Polimentos da Nova Geração preenchem amplamente as necessidades e exigências dos mercados actuais. Estes novos produtos caracterizam-se por uma superior qualidade, rapidez de trabalho, simplicidade de execução e preço competitivo. O Strong Polish é uma massa de Polir de Corte Rápido, para remoção de marcas de lixagem P1200 e P2500, e trabalhos em pinturas muito duras como as de Alta Protecção/ Cerâmica/ UV. O Medium Polish é uma massa de Polir de Corte Médio, para remoção de marcas de lixagem P3000 e P4000 e trabalhos em pinturas de dureza normal como as do tipo HS/ MS / UHS. Por sua vez, o Fine Polish (um litro) é também uma massa de Polir de Corte Fino para usar em todo o tipo de pintura para remover as marcas dos polimentos fortes. Destaque ainda para a Esponja Velcro Média (150x30mm). Tratase de um disco de esponja amarela de densidade exclusivamente concebida para ser usado com Strong Polish e Medium Polish permitindo resultados perfeitos. Nota também para a Esponja Velcro Fina que é disco de esponja verde e densidade exclusivamente concebida para ser usado com Fine Polish permitindo resultados excepcionais.

Civiparts tem novas instalações no Seixal A Civiparts inaugurou uma nova loja no Parque Industrial do Seixal. As novas instalações, mais modernas e funcionais, têm uma área de 1.000 m2 e uma capacidade de armazenagem capaz de dar resposta à rotação de todo o stock. A nova loja tem um espaço para formação que responde às crescentes solicitações dos nossos serviços técnicos e para todos os clientes está reservado um parque de estacionamento. Este investimento, nas novas instalações do Seixal, reflecte a constante preocupação da Civiparts com as necessidades e satisfação dos clientes. A nova loja Civiparts é na Rua José Vicente Gonçalves, Nº 9, no Parque Industrial do Seixal na Aldeia de Paio Pires.

Glasurit Color-Online agora ainda melhor

Este serviço electrónico da marca de tintas Glasurit possui mais opções e mais ferramentas, a mais importante das quais é a possibilidade de consultar em linha as fórmulas de mistura do serviço. As novas funções e os novos critérios introduzidos contribuem no seu conjunto para facilitar e tornar mais rápido o trabalho das oficinas de repintura que usam o programa Color-Online. Este programa é um dos maiores bancos de tonalidades de cor de todo o Mundo, podendo os pintores encontrar ali mais de 200.000 cores de todos os fabricantes. Mesmo assim, pode acontecer que um carro apresente uma cor diferente das soluções padronizadas que estão disponíveis na Net. De facto, a globalização do sector automóvel é responsável por essa situação, uma vez que o mesmo modelo pode ser produzido ao mesmo tempo em vários países diferentes. Isso explica porque existem tantas variantes da mesma cor. Para ajudar as oficinas a ultrapassar este desafio, a Glasurit publicou em Color-Online (www.glasurit.com) as fórmulas de mistura do Serviço, que são obtidas a partir de informações recebidas de diversos países em que se fabricam automóveis. Com um simples clic no "serviço de fórmulas de mistura" todos os pintores podem encontrar a fórmula da cor que pretendem, por mais estranha que possa parecer. Esta função inclui automaticamente uma ligação à respectiva ficha de segurança. Na revisão do Color-Online a Glasurit ånão só aumentou o número de variantes de cores disponíveis como também melhorou a facilidade de utilização. Em vez de seleccionar o fabricante numa lista por ordem alfabética basta agora inserir as primeiras letras do nome do fabricante. A nova visualização das cores oferece igualmente maior comodidade e segurança na identificação de uma cor. A reprodução das cores dispõe agora de uma gradação mais diferenciada ajudando a distinguir melhor diferenças dentro de um grupo de cores. Outra novidade que visa a facilidade de utilização é a possibilidade de alargar a procura de um ano específico de construção para um espaço de vários anos.

Titan ATF 4400 para caixa automáticas

A FUCHS lançou um óleo especial e exclusivo para caixas de velocidades automáticas, o Titan ATF 4400, que foi concebido para cumprir as exigências dos construtores de automóveis japoneses. O Titan ATF 4400 está indicado para utilização em oficinas de marca e também em oficinas convencionais que se qualificaram pela sua competência técnica elevada, elevado sentido de qualidade e orientação focada no cliente. Como especial característica deste novo produto realça-se a sua elevada capacidade ao torque, ajustada especialmente às necessidades de fricção e estabilidade das caixas automáticas da AisinWarner. O Titan ATF 4400 vai ao encontro dos requisitos de inúmeros fabricantes, com aprovações / especificações JASO M315 TYP 1ª.

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NOTÍCIAS Auto Delta é PME Líder

No ano em que a Auto Delta comemora 32 anos de vida no aftermarket do sector automóvel em Portugal é distinguida pelo IAPMEI com o estatuto de PME Líder. O estatuto de PME Líder é atribuído pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) e premeia as empresas que prosseguem estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva e com perfil posicionado nos melhores perfis de risco. Empresas como a Auto Delta, pelas suas qualidades de desempenho e perfil de risco, posicionam-se como verdadeiros motores da economia nacional em diferentes sectores de actividade, prosseguindo estratégias de crescimento e liderança competitiva.

Radiadores 4Seasons – AHE na

Autozitânia

A Autozitânia tem já disponível para o nosso mercado a gama completa de radiadores 4Seasons - AHE. A 4Seasons é uma empresa com sede em Itália e faz parte do grupo Standard Motor Products. Especialista em refrigeração de motor com a marca AHE, tem como principais trunfos uma gama completa que abrange praticamente na totalidade o parque automóvel de construção europeia e asiática, uma qualidade acima da média e para o nosso mercado (em conjunto com o importador exclusivo Autozitânia) a marca vai oferecer um nível de preços bastante competitivo, tendo em conta as marcas actualmente no nosso mercado. Esta gama está já disponível em todo o país na rede de parceiros Autozitânia.

“Peça Prémio”

Resultados do em www.autosilva.pt

A Auto Silva Acessórios, S.A. levou a efeito com referência aos meses de Junho e Julho, uma campanha onde sorteou dez prémios: 1 viajem à ilha de Madeira, para duas pessoas com estadia incluída; TV Lcd LG, máquina fotográfica e diferentes DVDs. Estarão disponíveis a partir de 7 de Agosto os resultados do concurso em www.autosilva.pt.

Especial

Motul para fabricantes alemães

O Motul 8100 X-clean+ 5W30, é um produto 100% sintético, desenvolvido para motores de última geração a gasolina ou diesel, com ou sem filtros de partículas diesel e catalizador. Graças às três homologações dos principais fabricantes alemães de automóveis, este trata-se de um verdadeiro produto de OEM (Original Equipment Manufacturer). Este lubrificante apresenta as normas ACEA A3/B4/C3, estando homologado para a Mercedes-Benz 229.31 e 229.51, a BMW LL 04 e a VW 504/507, o que o torna um produto dirigido a concessionários, especialistas em automóveis alemães, assim como para oficinas multimarca que com estas homologações abrangem a grande maioria das viaturas recentes e novas do nosso mercado. O produto Motul 8100 X-clean+ 5W30 apresenta um preço muito competitivo e estará muito brevemente disponível no mercado nacional.

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Breves SAFETYKLEEN A empresa especializada em soluções de limpeza à base de água da última geração Safetykleen acaba de lançar no mercado um produto inovador - Magnus especialmente concebido para limpar resinas, colas e outros adesivos resistentes, bem como borrachas, silicones e poliéster. O novo produto está orientado para todas as secções de manutenção e indústrias que utilizam nos seus processos produtos como os que referimos anteriormente. A dificuldade em limpar resíduos deste tipo é um contratempo importante e um problema para a produtividade das empresas de vários sectores, como o alimentar, engarrafamento, etiquetagem, imprensa e encadernação. O problema complica-se quando se utilizam produtos contra indicados, que são agressivos para equipamentos e operadores. Tratando-se de um produto de base aquosa, o Magnus permite respeitar e cumprir todos os requisitos e programas mais exigentes de prevenção laboral e de protecção do meio ambiente, não emitindo compostos orgânicos voláteis e sendo perfeitamente inócuo para os trabalhadores.

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Breves TINTAS GLASURIT HOMOLOGADAS PELA PSA

O poderoso grupo francês PSA (Peugeot e Citroen) aprovou as tintas Glasurit para a sua rede internacional de assistência. Os engenheiros da empresa francesa analisaram em profundidade a qualidade dos produtos, tendo levado em conta na sua decisão a qualidade das tintas Glasurit, bem como a extensa rede internacional de centros de formação e a presença global da marca Glasurit.

NOVA GAMA DE PRODUTOS

NORAUTO

A Norauto disponibiliza uma nova gama de produtos para limpar e embelezar o automóvel tanto no interior como no exterior. Apresentada numa nova embalagem, esta gama cresceu com novos produtos: limpa tampões, tira-nódoas têxteis com escova integrada, limpa insectos, bálsamo para cabedal, entre outros. Por outro lado, os produtos já existentes foram alterados de forma a melhorar o seu desempenho e eficácia, tal como o polish de alta protecção em PTFE (deposita uma camada protectora brilhante de longa duração).

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NOTÍCIAS Cellete na formação

Durante o mês de Julho tiveram lugar os cursos de formação, no Centro Zaragoza, para os formadores da rede internacional de distribuição da Seat, sobre a reparabilidade do novo Seat Exeo. Toda esta formação utilizou unicamente equipamentos da Cellete, como sejam o MZ, Pórticos, Naja e Scorpio 4G (Sat 5120).

Caixas de ferramentas A Beta acaba de apresentar novas caixas de ferramentas. Destaque para os produtos C41S e C41H, qualquer deles apresenta uma funcionalidade melhorada bem como uma repartição de espaço optimizada, o que torna estes equipamentos mais funcionais, nomeadamente no uso oficinal. O C41S é um carro tipo trolley, em chapa e topo de plástico, para uma me-

Beta

lhor robustez mas também para reduzir o peso. Este equipamento possui dois módulos removíveis, uma caixa de ferramentas superior, um módulo com duas gavetas e ainda um punho telecóspico para transporte em alumínio. O C41H é muito semelhante ao C41S, mas é mais alto devido ao facto de apresentar mais uma gaveta em plástico. Qualquer destes equipamentos possui fechadura central centralizada.

Moonconf, a formação através de Videoconferência

Inserida na estratégia de diminuição de custos para o Sector Automóvel, o Grupo Formoprojectos, tem prosseguido a sua política de implementação de novos métodos de formação junto das Redes de Concessionários. Destacamos particularmente a introdução generalizada de modelos que conciliam a formação à distância maioritariamente através da vídeoconferencia, concentrando a formação presencial no essencial de trabalho colaborativo entre os formandos, nomeadamente com as actividades práticas na parte técnica e com as actividades de prática simulada na parte comercial. O lançamento de novos produtos foi

também alvo de mudanças, tendo-se privilegiado os momentos presenciais para contacto com o produto e com a Marca, nomeadamente a condução ou no caso de após venda a observação dos pontos de manutenção e de contacto com o cliente. O suporte teórico e estratégico do produto são transmitidos através da videoconferência e/ou por auto estudo seguido de actividade online competitiva e lúdica, os Automotive Training Games, já testados com elevado sucesso junto de diversos Clientes. Do esforço realizado em 5 Redes de Concessionários desde Setembro de 2008, num total de aproximadamente duzentas acções envolvendo quase 1500 formandos, obtiveram-se poupanças importantes, ron-

dando mais de meio milhão de Euros. Estas poupanças foram basicamente devidas ao facto dos formandos se manterem no seu local de trabalho durante mais horas . Numa estimativa rápida podemos afirmar que 75% do valor referido resulta da manutenção dos colaboradores no posto de trabalho e 25% das despesas de deslocação. As diversas acções abrangeram as Redes da Jaguar Land Rover, Ford, Mazda, Kia e BMW. Dependendo de cada Marca as acções abrangeram a parte comercial e/ou a parte após venda. De momento a Formoprojectos está em conversações com mais quatro Marcas para a implementação destas metodologias, durante o presente ano.

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Breves HELLA GUTMANN SOLUTIONS A parceria recentemente formada entre as duas grandes empresas alemãs não perdeu tempo e acaba de lançar no mercado um aparelho de diagnóstico específico para motos, denominado mo macs 50, que permite às oficinas de veículos de 2 rodas efectuar rapidamente e solucionar problemas do foro electrónico. As motos actuais estão equipadas com complexos sistemas electrónicos, como é o caso dos sistemas "drive by wire" e injecção de combustível, que requerem equipamentos sofisticados de diagnóstico e reparação. O novo aparelho mo macs 50 da Hella Gutmann Solutions permite identificar rapidamente o tipo de moto, realizar um diagnóstico preciso da avaria e reparar o problema de imediato, devido a uma completa base de dados e um guia de reparação de grande utilidade para os reparadores. Apesar disso, a empresa proporciona aos seus clientes completa assistência técnica e apoio profissional, quando for necessário.

PARA MOTOS

GATES AMPLIA Com mais 34 novos termóstatos, a gama da Gates tem agora 402 referências, que permitem uma cobertura de 96% do parque automóvel circulante. Efectivamente, os kits de reparação da Gates incluem várias juntas e vedantes para o mesmo termóstato, o que permite a montagem em diferentes aplicações. No caso da referência TH00188G1, o kit pode ser montado em 437 aplicações diferentes (Peugeot 106, Skoda Otavia, Citroen Saxo, VW Golf, Audi A3, Renault Laguna, etc.). Nos motores cada vez mais electrónicos, o termóstato pode ser considerado uma peça muito primária, mas necessita de grande fiabilidade e tem que ser fabricado com alta qualidade. Além de impedir que o motor aqueça demasiado, o termóstato tem a importante função de estabilizar a temperatura de funcionamento deste, contribuindo para o seu óptimo rendimento e para o menor nível de emissões. Isto implica válvulas de termóstato de resposta rápida às variações de temperatura do motor. Os termóstatos da Gates são de primeiro equipamento e possuem válvulas com auto limpeza e auto afinação. Além dos termóstatos, a linha de produtos de arrefecimento da Gates inclui uma gama completa de tubos de radiador, tubos de aquecimento do habitáculo, tampas de radiador e de depósitos de expansão e o recente Unicoil, uma solução universal de protecção e conformação de mangueiras de arrefecimento.

GAMA DE TERMÓSTATOS

NOTÍCIAS manutenção

Guia para a das pistolas de pintura

A Sata desenvolveu um guia prático sobre “limpeza e manutenção de pistolas de pintura”. Ilustrado e com numerosos conselhos práticos, este novo manual informa sobre a forma correcta de usar uma pistola de pintura. O mesmo contém a descrição detalhada de todas as variantes de limpeza de uma pistola, desde a limpeza manual até à limpeza numa lavadora. Neste Guia está indicado de forma clara e de maneira compreensível as possíveis causas de erros que mais tarde podem frequentemente ser responsáveis por erros na pintura. Poderá fazer o download directo e gratuito do Guia de “limpeza e manutenção de pistolas de pintura” em www.sata.com.

50 anos

Novo site da

MG-Equipamentos

A MG-Equipamentos e Serviços renovou o conteúdo do seu site (www.mgequipamentos.com) disponibilizando uma informação mais completa sobre a sua vasta gama de produtos. “Atendendo à nossa forte implantação no mercado dos Centros de Inspecção de Viaturas, optámos por considerar 2 grupos de Equipamentos – Centros de Inspecção e Mercado Oficinal – de modo a facilitar a consulta aos diferentes tipos de utilizadores. É nosso propósito dinamizar o conteúdo técnico do Site, em colaboração com os nossos fornecedores, promovendo a vertente tecnológica que ao longo dos 13 anos de actividade da empresa se tem revelado um suporte fundamental para o sucesso da mesma”, disse José Mira, da MG-Equipamentos.

Bombóleo

Realizou-se no passado dia 27 de Junho a festa dos 50 Anos do Grupo Bombóleo. A mesma teve lugar na Quinta do Falcão perto Tomar e contou com a presença dos parceiros comerciais, amigos e colaboradores do Grupo Bombóleo. A recepção dos convidados deu-se partir das 10h30m com um cocktail de boas vindas e para quem quisesse, podiam tirar uma foto junto da mascote do Grupo Bombóleo, o Sr Bombóleo. Posteriormente seguiu-se uma visita à Quinta do Falcão com os seguintes focos de interesse: Exposição fotográfica a retratar as cinco décadas do Grupo Bombóleo, Evolução do Diesel em Portugal, Show Room com Stands das Marcas dos parceiros do Grupo, Sala de trajes e arreios tauromáquicos, Cavalos, picadeiros e boxes (volteio a cavalo), passeio de charrete, animação infantil com insufláveis, boi mecânico, jogos e pinturas com animadores. Por volta das 13h30m serviu-se um almoço a todos os convidados onde no final do mesmo foi mostrado um filme “O Grupo Bombóleo no Tempo” em que de uma maneira sucinta e com locução própria se retratou a história do Grupo. Por volta das 16h30m os convidados dirigiram-se para o tentadero (arena) da Quinta onde se cortou o bolo do aniversário dos 50 anos e se assistiu a uma divertida garraiada com a participação de alguns convidados. Tudo isto foi acompanhado com lanche e petiscos ao ar livre proporcionado assim um fim de tarde agradável e com boa disposição.

Autozitânia com Amortecedores de Mala - TUFF

A Autozitânia tem já disponível para o nosso mercado a gama de amortecedores de mala TUFF. A TUFF é uma marca do grupo norte americano Inseco, tendo a sua unidade produtiva para amortecedores de mala na Turquia. É uma marca que aposta forte na cobertura completa do parque automóvel circulante, aliada a uma oferta de preços bastante mais competitivos que o usual no nosso mercado. Com reconhecida qualidade e um design bastante sóbrio, esta marca vem preencher uma “lacuna” no nosso mercado, pois é facto que as marcas actualmente em Portugal têm uma cobertura do nosso parque automóvel, insuficiente. Com esta nova marca a Autozitânia oferece aos seus clientes uma nova marca de qualidade, para uma gama na qual já leva vários anos de experiência. Esta gama está já disponível em todo o país na rede de parceiros Autozitânia.

Alidata com Pneubase

Fruto da estratégia de crescimento do Grupo Pneubase, que gere actualmente diversas casas de pneus na região de Lisboa, a Alidata foi escolhida como parceiro tecnológico na área do software “Na nossa área não há um programa informático definido que se adapte totalmente à nossa realidade e além disso há uma nova geração de pessoas e de necessidades que obrigam a um sistema informático muito mais desenvolvido. E foi na procura de um software integrado e completo que a Alidata nos deu uma resposta que temos vindo a ajustar e a moldar à nossa medida e que já apresenta resultados visíveis, apesar de só estar a funcionar desde Janeiro de forma global em todas as nossas empresas”, diz Paulo Cristóvão. Com a implementação do novo software, a empresa pretende ganhar maior eficiência na interligação com os diferentes parceiros de negócio, nomeadamente clientes e fornecedores, e entre todos os processos internos, bem como ao nível da gestão de procedimentos relacionados com as diferentes empresas do grupo. As funcionalidades do software Alidata implementado e em fase de acompanhamento na Pneubase, inclui a gestão de compras, vendas e stocks na área de logística; contabilidade financeira, contabilidade analítica, bancos e tesouraria na área de finanças; CRM; relatórios de informação e serviços de assistência pós-venda para a gestão de todos os processos relacionados com a assistência dada às viaturas, assim como todos os procedimentos internos relacionados com a prestação desses serviços.

Inforap

Conferências para o Aftermarket

A Inforap, empresa de Braga que possui soluções informáticas para o sector automóvel, vai promover um ciclo de conferências, estando previstas duas numa primeira fase, Braga a 23 de Setembro e Lisboa a 14 de Outubro, em locais a designar. O Objectivo destas conferências passa pela apresentação de soluções de gestão integradas para empresas de distribuição de peças, oficinas multimarca, reparadores autorizados e distribuidores autorizados com o ERP/DMS Visual SGIX, da Inforap. As conferências, que têm a designação “Integração de Soluções AfterMarket” estão abertas a todas as empresas grossistas / retalhistas de peças auto e oficinas multimarca. Para mais informações poderá consultar a página www.inforap.pt.


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NOTÍCIAS Mais novidades

Rinder com catálogo 2009

Neocom

A Neocom passou a ter disponível no seu site (www.neocom.pt) o catálogo de kits de embraiagem completo. Outra novidade da empresa de Aveiro é a campanha de compressores de Ar condicionado. A Neocom prolongou a campanha de kits de rolamento e bieletes de marca MAPCO, assim como a campanha de braços de suspensão da mesma marca. Também novidade é a campanha de 10% sobre as pastilhas de travão e sensores. Todas estas campanhas estão sujeitas às condições vigentes de 01/07/2009 até 30/09/2009. Lembrar ainda que a Neocom está aberta todo o Verão em horário normal de expediente na sede e nas duas filiais (Braga e Lisboa).

Novo site

Veneporte

A Veneporte colocou on-line o seu novo site, no passado dia 1 de Julho de 2009. Nele poderá visualizar toda a informação institucional da empresa, dados técnicos sobre sistemas de escape e catalisadores, novos produtos, notícias e novidades. Brevemente estará disponível on-line o catálogo da marca, de forma a proporcionar uma procura mais rápida e eficaz por parte dos clientes. Poderá aceder ao site desta empresa em www.veneporte.pt.

O novo catálogo Rinder 2009 está já disponível. Este catálogo inclui as últimas actualizações à gama de produtos. A Rinder é um fabricante que possui mais de 50 anos de experiência no domínio da iluminação auto, apresentando agora o seu novo catálogo que está mais moderno e actual.

Plataforma de e-learning

CAMPUS CZ

Patrocinado por 23 seguradoras portuguesas e espanholas, o Centro Zaragoza é um dos principais pólos europeus de investigação sobre temas de segurança rodoviária e de reparação de veículos, tendo como objectivo estratégico difundir a informação e a experiência de que dispõe a todos os profissionais de reparação automóvel, da gestão e controlo de dados de veículos sinistrados e ainda aos responsáveis pela segurança rodoviária. Reconhecendo as limitações e os inconvenientes da formação presencial, que implica ausência dos postos de trabalho e deslocações eventualmente longas e dispendiosas, o Centro Zaragoza amplia a sua oferta de serviços e abre uma nova via de formação virtual, através de elearning, com o CAMPUS CZ, um site electrónico onde estão reunidos todos os dados sobre as investigações do CZ e conteúdos de formação, permitindo uma rápida transmissão de informações a todos os interessados. Os cursos disponibilizados desenvolvemse totalmente online (100% através da internet), através da página web do CZ - www.centro-zaragoza.com - que dá acesso ao CAMPUS CZ. A aprendizagem é muito fácil e intuitiva, sendo proporcionados textos interactivos, animações, gráficos. vídeos, áudios, foros, chats, videoconferências, etc., sob a orientação de investigadores-monitores credenciados do Centro Zaragoza.

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Breves MANN+HUMMEL RECEBE PRÉMIO VDI

A associação alemã de engenheiros VDI atribuiu à Mann+Hummel um prémio, pelo desenvolvimento de bioplásticos. Estes novos materiais não derivam do petróleo, sendo totalmente recicláveis e biodegradáveis. A primeira produção satisfatória foi conseguida com um meio filtrante de poliamida biodegradável, que está pronto para ser produzido em série. O filtro é produzido pela Mann+Hummel, enquanto que a poliamida especial do meio filtrante foi fornecida pela BASF, tendo por componente principal (60%) ácido sebáceo, extraído do óleo de rícino. A VDI Werkstofftechnik (departamento de tecnologia de materiais da associação de engenheiros alemães) premiou ainda outras empresas alemãs, entre as quais a Daimler AG, BASF SE e Robert Bosch GmbH. A via da produção dos bioplásticos, como é o caso das poliamidas biodegradáveis proporciona um material com menor absorção de água (excelente para filtros de ar), mais leve e com um impacto ambiental mais favorável. PUB

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NOTICIAS:Jornal das Oficinas

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Jornal das Oficinas Agosto 2009

NOTÍCIAS

Breves

Febi

Brindauto

Update ao catálogo de suspensão e direcção

BOSCH RECEBE PRÉMIO DA TEMOT

O "Quality Award" para o fornecedor com melhor performance global foi atribuído pela Temot International Autoparts à Bosch, para o período de 2008. A Temot International é uma rede estratégica de 23 grandes armazenistas distribuidores de peças automóvel, que exercem a sua actividade em 33 países. A avaliação é efectuada por períodos de 12 meses e inclui todos os 41 fornecedores que estão registados na Temot International, entre os quais se encontra a Bosch.

A Febi-Bilstein já tem disponível o “novo” catálogo da linha de produtos para veículos de passageiros ao nível da suspensão e direcção. Este novo catálogo inclui 243 novas referências, passando agora a apresentar mais 3510 referências. Todas as referências apresentam aplicações detalhadas, num catélogo que cresceu de 1.158 para 1.225 páginas. A Febi-Bilstein é representada por Jochen Staedtler - Import Export.

ACAP LANÇA PORTAL

A ACAP lançou um portal em substituição do seu website. Com o objectivo de dinamizar a sua presença na Internet e optimizar a comunicação com associados e público externo, a associação reformulou o seu sítio de conteúdos em várias vertentes. O aspecto gráfico agora apresentado e a actual estrutura do Portal passam a reflectir as diferentes áreas interventivas da ACAP e inovam na segmentação de informação dirigida a cada área de negócio representada, no âmbito do Sector Automóvel. O Portal ACAP está disponível: www.acap.pt.

Vencedores do Concurso

TRW Easycheck

Já estão encontrados os vencedores do Concurso "Ganhe um TRW easycheck!". As cinco primeiras oficinas que responderam correctamente ao questionário vão receber um TRW easycheck com cinco funções. Lista dos vencedores: * Artur Alves e Alves, Lda. - Mealhada * Auto Chapimeca - Amadora * Auto Mecânica Castelo - Penedono * Auto VC - Horta * S.A.S, Lda. - Samora Correia Parabéns aos vencedores

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ganha marca própria

A Brindauto Comptoir, S.A. ganhou o concurso internacional para o fornecimento de barras de tejadilho automóvel marca própria Carrefour em Espanha. Uma gama composta por 20 barras de tejadilho para diferentes marcas e modelos de automóveis, com elevada cobertura do parque automóvel Espanhol. Estará presente em 150 hipermercados com mais de 8000 m2 em Espanha. A gama cumpre todos os requisitos e normas de segurança europeias em vigor (ISO,TUV, etc.) e é disposta no linear através de um inovador expositor, que permite identificação rápida da barra adequada a cada automóvel. Expositor com modelo patenteado e registado pela Brindauto em toda a Europa. A empresa Brindauto era já fornecedora desta insígnia em Espanha através de produtos de várias marcas de onde se destacam a ELF, DISNEY, ECOQUATTRO e GO OUT, sendo um dos 4 fornecedores portugueses da insignia Carrefour em Espanha Presente no mercado desde 1964 a Brindauto é líder em Portugal, e está hoje presente nos mais diversos canais de distribuição em Portugal e Espanha, desde a distribuição moderna passando pelos auto centros e postos gasolina. É vista como uma referência no sector dos acessórios para automóvel pela dinâmica e inovação constante que imprime ao negócio, tendo sempre como objectivo principal a satisfação das necessidades do consumidor, sendo uma das empresas fundadoras do Fórum ECR.

Correcção

No dossier sobre equipamentos de diagnóstico, o JORNAL DAS OFICINAS transmitiu uma informação que não se encontra correcta, podendo levar a alguma confusão no mercado. O Stand Asla já não comercializa o equipamento de diagnóstico Uni-Check 2000 da Magneti Marelli, tendo disponível o novo equipamento Tester Tech, muto mais moderno e actual. Por este facto, o JORNAL DAS OFICINAS pede desculpa aos leitores e ao distribuidor em questão.

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EMPREGO Por: Paulo Dias, Consultor Auto da Hays Portugal

A Relatividade dos Recursos Humanos Algo que posso afirmar com toda a segurança é que, para além dos objectivos profissionais a cumprir, todos nós vivemos do relacionamento com pares, chefias e subordinados, bem como de um sentimento de integração, satisfação, motivação, de objectivo cumprido e, acima de tudo, do reconhecimento. Os profissionais do sector automóvel não são excepção.

A

través de um inquérito recentemente lançado a alguns candidatos entrevistados, procurei obter por parte destes a sua percepção em relação a algumas temáticas sobre o mercado e também as suas perspectivas no que toca à sua situação profissional e carreira. Relativamente a este último aspecto, as respostas foram distintas, havendo quem considerasse que a progressão na carreira teria sido interrompida ou suspensa devido à actual conjuntura. Houve também quem afirmasse que, mesmo apesar da crise sentida, continua a ter perspectivas de concretização relativamente ao projecto de carreira e que (no meio de alguma sorte) a ambição e determinação continuam a ser a chave do sucesso. Infelizmente, foi com surpresa que reparei que grande parte das respostas indicavam como fraca ou sem qualidade a formação profissional recebida no sector automóvel e que, pontualmente, poderia existir algum desenquadramento nessa formação. Inclusive, serão muitas vezes os próprios colaboradores a obter pelos seus próprios meios a informação necessária para o exercício da sua actividade. Tentei também perceber como estaria a ser implementada a partilha de informação no que toca aos resultados operacionais, sucessos, insucessos ou planos para o futuro da organização a que pertencem. As respostas não foram unânimes. Cerca de metade entende que é prática corrente a partilha de informação e a outra metade entende que não, ou então, essa seria por vezes criteriosamente seleccionada. É curioso o facto de, na sociedade de informação em que vivemos, continuar a existir um sentimento de secretismo e incerteza junto dos colaboradores do mercado automóvel. Outro dos aspectos abordados no questionário dizia respeito à admissão de jovens colaboradores. A verdade é que se verifica alguma dificuldade em encontrar jovens colaboradores para este mercado, nomeadamente nas funções no após-venPUB

Hays Portugal Sede: Av. República, 90 – 1º andar – Fracção 4 1600 – 206 Lisboa Consultor Auto: Paulo Dias Telefone: 21 782 65 63 Fax: 21 782 65 66 e-mail: paulo.dias@hays.pt Internet: www.hays.pt

da (ex: Bate Chapas, Pintores, Mecatrónicos etc.), ou mesmo para Vendedores / Gestores de Clientes. Houve quem apontasse a precariedade, relativamente à formação dos contratos, como a causa para alguma rotatividade e dificuldade em encontrar novos colaboradores. Não será desta forma que obtemos colaboradores satisfeitos profissionalmente. Apesar dos esforços louváveis por parte de muitas empresas do sector automóvel, é curioso o facto de não ser ainda

prática comum - à semelhança da avaliação periódica e da formação continua - a realização de um inquérito sobre o grau de satisfação dos colaboradores. É aqui que o Director de Recursos Humanos continua a ter um dos papéis mais importantes na sua interligação entre Administração e Colaboradores, no seu papel de avaliador, incentivador e visionário. Já não basta pagar salários a horas e cumprir a legislação em vigor, será necessário cada vez mais uma compreensão genuína

de cada colaborador, das suas mais-valias e competências e obviamente apoiá-lo onde necessário, de forma a garantir um colaborador profissionalmente realizado. É neste aspecto que tenho ainda muitas dúvidas sobre o papel do Director de Recursos Humanos (DRH) no sector automóvel, respeitando o esforço de quem cumpre estas difíceis funções, porque infelizmente continua vivo o mito do DRH, cuja presença só será notada quando se opta por algum despedimento. Algo que posso afirmar com toda a segurança é que, para além dos objectivos profissionais a cumprir, todos nós vivemos do relacionamento com pares, chefias e subordinados, bem como de um sentimento de integração, satisfação, motivação, de objectivo cumprido e, acima de tudo, do reconhecimento. Os profissionais do sector automóvel não são excepção.


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ACTUALIDADE Veículos eléctricos

Oportunidades de negócio ainda não são claras

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Os carros eléctricos estão para ficar. Depois do acordo assinado para o desenvolvimento da rede de carregamento no mês passado, resta a pergunta: que oportunidades existem para o pós-venda?

s veículos eléctricos não trazem motor. Não trazem embraiagem. Não têm caixa. Nem escape. É toda uma tecnologia que está para aparecer e, mais que isso, uma mudança de mentalidades para a área de reparação e após-venda. Os mecânicos irão passar a electricistas? E como se repara um motor eléctrico? A resposta a estas questões tinha ficado à distância de um futuro longínquo se não fosse a assinatura de um protocolo entre o Governo, empresas privadas e autarquias no sentido de dotar o país já este ano com 100 postos de abastecimento para veículo eléctricos. O acordo marca um antes e um depois porque um dos impedimentos para que não se desenvolvesse mais o mercado de veículos eléctricos até agora tinha sido a inexistência de uma rede de abastecimento. Estes carros são conhecidos pela sua fraca autonomia, que raramente ultrapassa os 150 km, inviabilizando desde logo as viagens de duração média. Mas agora, com este compromisso de desenvolver a rede de abastecimento, que pode crescer até aos 1.300 postos em 2011, o problema do carregamento pode ficar ultrapassado. Não há mais do que 50 veículos eléctricos a circular actualmente em Portugal. E, entre estes, há que contar com veículos de transporte colectivo, scooters e até Segways. É um mercado residual, mas com tendência para crescer. O consumo de energia é o principal argumento de força destes carros contra os de motores térmicos que circulam actualmente nas estradas. Percorrer 100 km com um veículo ficaria a cerca de 1,30 euros, contra os mais de seis para um que faça uma média de 7 l/100 km. Outro ponto é a fiabilidade. Os veículos eléctricos não têm tanto desgaste das peças como os de motor que funcionem com combustíveis fósseis. “Um veículo eléctrico tem menos operação de manutenção do que aquele que esteja equipado com um motor de combustão”, diz Rui Marques, gestor de projecto da EDP Inovação, que tem dedicado boa parte da sua actividade no contacto com os fornecedores de carros eléctricos e de componentes para veículos de propulsão eléctrica. “A operação mais frequente poderá ser a substituição dos pares de escovas do motor eléctrico, mas mesmo esta será cada vez mais rara porque a tecnologia tem-se desenvolvido para aumentar a fiabilidade. Até as pastilhas de travagem

gastam menos, devido à travagem regenerativa. Podia também existir algum mercado para a reparação de células das baterias, mas até essas têm vindo a sair invioláveis, para que a sua manutenção seja feita no fabricante”. Fernando de Pfaff, da Dilixi, que distribui, em conjunto com a FIAT, o modelo Dobló em versão eléctrica (ver caixa), também refere a simplicidade de manutenção e reparação dos veículos eléctricos. “As necessidades de reparação que existem no componente motor eléctrico são mínimas. Um veículo eléctrico tem quase 800 peças a menos que um de gasolina e a peças, incluindo o motor, são de substituição. Não se reparam, só têm reparação os elementos comuns aos de gasolina, como travões ou direcção”. As alterações mecânicas que têm que ser feitas para tornar um Dobló em eléctrico são muitas. “Desde o motor completo, à transmissão e tubos de escape, tudo isto é substituído por um conjunto eléctrico que consta de motor, caixa electrónica e Inverter, ocupando o mesmo espaço do motor a gasolina. A isto são acrescentadas 40 ou 60 baterias de lítio, na parte de baixo do veículo, número esse que varia conforme o modelo”, explica Pfaff. Se a manutenção deixa pouco espaço de manobra para operadores indepen-


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ACTUALIDADE FIAT Dobló em eléctrico

Quem vai entrar? Ainda é um nicho de mercado muito incipiente, mas já se alivinham alguns fornecedores.

Outra forma de chegar ao mercado é como a FIAT está a fazer com a Dilixi. A FIAT tem já em comercialização Dobló movidos a electricidade e possíveis de carregar em Plug-in, transformados pela Microvett, uma empresa italiana que faz a transformação destes modelos para eléctricos logo à saída da fábrica. A distribuição para Portugal fica a cargo da Dilixi, uma empresa espanhola, com o apoio da FIAT. É mesmo o importador que tem a responsabilidade da manutenção neste momento.

- A Mitsubishi teve recentemente o i-Miev disponível para testes a empresas, imprensa, mas também público em geral, num evento criado para o efeito em Belém. - As marcas que produzem micro-carros, como a Microcar e a Megacity também não querem perder o barco e têm já projectos em avançado estado de desenvolvimento. - A Th!nk, da Noruega, tem sido afirmada como uma das empresas mais inovadoras nesta área, e com grande potencial de expansão, mas actualmente o seu futuro é incerto. - A Daimler, com o Mercedes-Benz Classe A e o Smart Fortwo, também entrou na corrida. - A Renault-Nissan, como quem o Governo tem tido conversações no sentido de instalar uma unidade de produção de baterias de iões de lítio em Portugal. Além disso, prometeu lançar um carro eléctrico em finais de 2010.

Sistema eléctrico

O motor de um veículo eléctrico tem muito poucos serviços de reparação

Conector normal de carga (100V-200V) O carregamento de um veículo eléctrico pode ser feito a partir de casa ou de um posto de abstecimento

CAN

Medição controlada

Carregador on-board Unidade de gestão da bateria

Controlador (“Inverter”)

Conversor DC/DC

A/C ECU

Motor

EPS

CAN Unidade de monitorização da célula Módulo de bateria

Acelerador Bomba eléctrica de travões a pressão negativa

Travão

ECU Veículo eléctrico

Unidade de monitorização da célula Módulo de bateria

Transmissão

Selector Compressor A/C

Aquecimento

Carregador rápido

Do carregamento à condução

Fonte de energia

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Carregame nto normal

Carregamento on-board Bateria

Inverter

Motor

Transmissão

Condução

Carregamento rápido

Carregamento

dentes, a transformação de híbridos em eléctricos pode vir a ser uma realidade, à semelhança do que aconteceu com os veículos GPL. A EDP Inovação está a desenvolver projectos na conversão de híbridos para Plug-in. Pegando em Toyotas Prius, a eléctrica irá transformar um carro de propulsão híbrida num eléctrico, desaparecendo o motor de combustão. O fundamental nesta obra é aumentar a capacidade de armazenamento da bateria, que nos híbridos é menor. O projecto está a ser desenvolvido com uma empresa inglesa, mas a EDP pretende trazer parceiros nacionais. A Autosil também se está a preparar para o mercado que pode nascer com o advento dos veículos eléctricos. Neste momento, está a preparar baterias de lítio para veículos de tracção eléctrica, mas ainda não há um produto comercial. O

Condução a travagem regenerativa

Geração de electricidade

Tomada de carregamento doméstico

Controlador (“Inverter”) Carregador on-board

Motor Sistemas de baterias iões de lítio

Tomada de carregamento rápido

que existe são aplicações para veículos de pequeno volume e uma pequena parceria no desenvolvimento de um veículo eléctrico com o empresário João Oliveira, do Entrocamento, o ISEL e um fabricante de motores inglês. Mas as baterias de lítio da Autosil estão já a ser utilizadas num kart de golfe, no campo do Vale do Lobo. Outro modelo em teste é um Smart Fortwo, que foi transformado para eléctrico. Não se conhecem as necessidades de substituição destas baterias. “A questão dos veículos eléctricos, da sua reparação e manutenção vai durar anos a ter resposta”, diz João Sena, director comercial da Autosil. “O nível de informação que existe ainda não é suficiente para tirar conclusões. Mas não há dúvidas que haverá um mercado de aftermarket. O problema é que ainda nem sequer está claro qual irá ser o modelo de distribuição dos carros e das baterias”. O que se tem falado é que as baterias poderão ser distribuídas a leasing, um formato que irá abrir portas a muitas empresas com capacidade de produzir e distribuir baterias de lítio, como a Autosil. “Temos que saber é como a racionalidade e a emoção, que importam ambas muito na decisão de compra de um automóvel vão funcionar”, diz. Não é claro para este responsável que o mercado venha a ter uma adesão significativa ao veículo eléctrico. O que se sabe é que esta tecnologia aumenta a durabilidade dos veículos. A Autosil quer posicionar-se nessa tecnologia e, com a sua presença nos segmentos de golfe e máquinas de movimentação de mercadorias, tem já a tecnologia pronta para um hipotético arranque deste negócio. Mesmo a Mitsubishi, que irá introduzir o i-MIEV em 2011, não sabe ainda que modelo de distribuição irá utilizar para o automóvel. “Ainda não obtivemos formação sobre o pós-venda deste automóvel”, disse o Relações Públicas da marca, João Viegas. Ainda se sabe muito pouco sobre os veículos eléctricos e o seu modo de venda. E isto, mais que a tecnologia, é que poderá ser determinante para o pósvenda.


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EMPRESA

AZ AUTO MUDA DE INSTALAÇÕES

O início de uma

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nova era!

No início de Julho, a AZ Auto passou ter sede em novas instalações, localizadas em Camarate, Lisboa, assinalando-se assim um novo marco no processo de desenvolvimento da empresa, que conta mais de 25 anos de actividade dedicados à distribuição de peças.

om a abertura das novas instalações, a AZ Auto surge no mercado da distribuição de peças com uma filosofia totalmente diferente. “Deixámos de ser meramente fornecedores de peças, um papel que já não corresponde às necessidades do mercado actual, passando a ser fornecedores de soluções globais”, disse Pedro Barros, Director Geral da AZ Auto, na apresentação da nova sede. “Isto é possível através de uma gama completa de produtos em cada segmento de mercado e um conjunto de serviços integrados, nos quais se incluem novos conceitos oficinais, serviço de diagnóstico on-line, Jornadas técnicas e muita formação que pode ser dada nas nossas instalações ou na casa dos clientes”, acrescenta este responsável. Como é lógico, a AZ Auto possui uma equipa de colaboradores altamente qualificados e sustenta uma filosofia de Recursos Humanos que atrai, qualifica e promove os profissionais mais competentes em todas as especializações. Para dar suporte à nova estratégia comercial da empresa, a AZ Auto iniciou uma parceria ao nível logístico com a MCoutinho Peças, que se concretiza na partilha das novas instalações e na possibilidade de venderem os seus produtos para o universo de clientes de ambas. Seguindo o raciocínio de Pedro Barros “O parque automóvel está a ficar cada vez mais velho, e os clientes procuram alternativas às peças de origem. Neste

Um centro de formação e um área oficinal equipada com elevador, ferramentas e aparelhos de diagnóstico, são outros vectores que fazem parte da estratégia global da empresa, tendo em vista a sua consolidação e o crescimento das vendas.

AZ AUTO

Uli Zehnpfenning, CEO da TecDoc, apresentou os mais recentes desenvolvimentos deste conhecido Catálogo Electrónico

Pedro Barros, Director-Geral da AZ Auto, organizou a empresa para operar como um fornecedor global de soluções

Sede: Rua dos Bombeiros Voluntário de Camarate - 2680-490 CAMARATE Director-Geral: Pedro Barros Telefone: 21.942.80.00 Fax: 21.940.24.13 E-Mail: info@azauto.pt Internet: www.azauto.pt


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EMPRESA caso, a AZ Auto dispõe de uma gama alargada de produtos aftermarket capaz de satisfazer as necessidades desses clientes. Por outro lado, quem prefere peças de origem, pode adquiri-las também, pois o nosso parceiro MCoutinho Peças cobre mais de 80% das necessidades do mercado automóvel em termos de peças de marca”. Mas na visão de Pedro Barros, este conceito inovador, que aposta na complementaridade de produtos independentes e de marca, só fica completo com a oferta dos serviços de Formação Oficinal, Apoio Técnico e Soluções Informáticas – TecDoc, VIVID e Javauto. Neste sentido, as novas instalações contam com um armazém de 1.200 m2, um centro de formação em oficina e sala, um call center, um balcão de atendimento a profissionais e todo o back-office de apoio técnico, soluções informáticas e serviços administrativos. A localização estratégica das novas instalações em Camarate e toda a área projectada à medida das necessidades operacionais do negócio, conciliam neste novo espaço excelentes condições de trabalho. Para organizar este novo modelo de negócio a AZ Auto subdividiu-se em vários Departamentos, com funções e responsabilidades específicas, nomeadamente: AZ Parts (venda de peças), AZ Partner (Parcerias com clientes preferenciais), AZ Tec (Novo conceito oficinal para empresas de reparação e manuten-

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ção), AZ Service (Apoio técnico ao cliente com hotline, envio de boletins técnicos, relatório de garantias) e AZ Ti (Tecnologias de Informação).

Toda a área administrativa foi projectada à medida das necessidades operacionais do negócio, sendo partilhada com a equipa da MCoutinho Peças, que dispõe de armazém no mesmo edifício

O novo armazém da AZ Auto tem uma área de 1.200 m2. Noutros espaços funcionam a Academia de Formação, Loja para atendimento profissional e Serviços de Suporte Técnico

Novo conceito de negócio Com a parceria AZ Auto / MCoutinho Peças, nasceu um novo conceito de negócio no pós-venda automóvel. As duas empresas disponibilizam ofertas complementares no mercado e têm requisitos logísticos comuns, pelo que se projectam importantes ganhos de eficiência e redução de custos. Como resultado, ambas as empresas estarão mais competitivas e disponibilizarão um serviço de entregas mais alargado e adaptado às necessidades dos clientes. Mas embora partilhem o edifício, a MCoutinho Peças e a AZ Auto dispõem de espaços diferenciados e serviços distintos. A nível de produto, a AZ Auto oferece uma gama alargada e diversificada de peças, com destaque para a linha de sistemas de travagem ATE, amortecedores Bilstein, escovas limpa vidros SWF e o software TecDoc. Em complemento com a introdução dos produtos no mercado português, a AZ Auto desenvolve uma forte actividade de formação e serviços à indústria. Pedro Barros afirmou: “O objectivo principal de momento é reunir todos os pontos fortes da AZ Auto com a experiência da MCoutinho, para nos tornarmos num fornecedor global de soluções para o pós-venda automóvel”. PUB

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PDM - Alberto | Bragalis:Jornal das Oficinas

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PERSONALIDADE DO MÊS José Alberto, Sócio-Gerente Executivo da Bragalis

“O negócio não é uma luta mas uma parceria” A Bragalis possui um dos projectos mais credíveis e reais no panorama das peças para aftermarket em Portugal, onde assume claramente a sua posição de importador / grossista.

Bragalis Morada: Rua Costa Soares Lote 13, Braga 4700-001 BRAGA Sócio-Gerente Executivo José Alberto Telefone 253 602 570 Fax 253 331 153 E.mail: bragalis@mail.telepac.pt Internet www.bragalis.pt

A

Bragalis tem vindo a crescer. Já este ano investiu num novo armazém, em Vila Real, e alargou as suas instalações em Braga, esperando com isso crescer cerca de 20% nas vendas em 2009. José Alberto é um dos responsáveis da Bragalis e grande defensor do tradicional negócio de peças. Razões mais do que suficientes para ser a “Personalidade do Mês” para o JORNAL DAS OFICINAS. Em poucas palavras resuma o seu percurso profissional? Aos 18 anos, por minha vontade fui trabalhar para uma fábrica de componentes de metal onde estive 6 meses. Depois, desempenhei funções no Departamento de Logística da EDP durante 3 anos. Em 1987 entrei para a Bragalis como Empregado de Escritório e onde permaneço, agora como Sócio. Qual o cargo que desempenha actualmente? Sou Sócio-Gerente Executivo da empresa desde 1999. O que mais gosta na actividade que desempenha?

onde haverá mais a fazer. A criação de Centros de Formação particulares e lucrativos (nas capitais de distrito) será um negócio com retorno certo no futuro. Todos querem aprender e pagam para isso, não podem é deslocar-se sempre ao Porto ou a Lisboa. A venda de aparelhos de teste e diagnóstico de apoio às oficinas também pode acompanhar esta evolução, desde que sejam comercializados com preços razoáveis, por empresas que assegurem a formação, assistência e actualização dos mesmos. Do desafio permanente da gestão e do grupo de trabalho onde estou inserido.

E o que menos gosta? Da vaidade despropositada de alguns empresários deste sector. O que mudaria na sua actividade? A mentalidade dos que pensam que no negócio só têm direitos (boas condições de compra) e não têm deveres (cumprimento rigoroso dos prazos de pagamento).

Qual a notícia recente deste sector que mais o surpreendeu? Não é uma notícia, mas sim uma constatação. Surpreende-me esta nova atitude de Importadores/Grossistas que vão vender directamente os produtos às oficinas em condições absurdas, tentando aniquilar os Retalhistas que sempre foram e continuarão a ser, os fornecedores preferenciais de peças aos profissionais da reparação.

É optimista ou pessimista na sua actividade? Optimista. Vem aí um ciclo de vender muitas peças ganhando dinheiro.

No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Aprendi a deixar sempre as “portas abertas” pois o negócio não é uma luta mas uma parceria com direitos e deveres de todas as partes.

Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Porquê? José Soares do Grupo Soarauto/Braga, por ser amigo e um expert neste negócio.

Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? Será a área da formação dos profissionais, que é onde estamos mais atrasados e

O que mudaria no seu sector de actividade? Deveria ser criada uma Comissão Permanente de Controlo da regulamentação deste sector, de forma a fiscalizar e punir a concorrência desleal.

De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Olho com admiração para a concorrência positiva e vejo com preocupação a destrutiva.

Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? - Formação técnica e cívica dos profissionais das oficinas; - A obrigatoriedade de emissão de facturas em qualquer área do sector, com benefícios fiscais para o consumidor final; - A aplicação e controlo da regulamentação do sector; - Definição dos conceitos de negócio Grossistas / Retalhistas / Oficinas / Consumidor Final; - Justiça rápida e eficaz no tratamento dos processos em contencioso.

Na sua opinião, qual é o futuro da distribuição de peças? O futuro será próspero, já que a queda de venda das viaturas novas potencializa, num novo ciclo à distribuição de peças de reparação. No entanto, está nas mãos dos empresários tornar este negócio mais ou menos lucrativo.

Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Realizo-me todos os dias. Tenho saúde, família, trabalho e poucos amigos. Que quero mais?


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ENT - Helmut | Wolk:Jornal das Oficinas

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ENTREVISTA Helmut Wolk, da Wolk After Sales Experts

“A oficina tem que

saber para onde quer ir” A

O homem por detrás do relatório encomendado pela FIGIEFA falou com o JORNAL DAS OFICINAS sobre o futuro do aftermarket. Mais do que as estratégias operacionais, como no marketing, as oficinas têm é que ter os seus objectivos bem claros, disse.

presentado como o primeiro estudo do aftermarket europeu verdadeiramente pesquisado e detalhado, o relatório Car Aftermarket in Europe 2009, feito por encomenda para a FIGIEFA (Federação dos Distribuidores de Aftermarket), teve um nome por detrás: Helmut Wolk. O director e fundador da Wolk After Sales Experts tem mais de 25 anos como consultor na área automóvel, com especialização em aftermarket. As suas áreas de intervenção têm sido o desenvolvimento estratégico, a melhoria dos processos e o projecto de sistemas de marketing para oficinas. O JORNAL DAS OFICINAS falou com ele acerca das conclusões do relatório, mas também sobre algumas das estratégias que podem ser seguidas nesta área.

Como é que vê actualmente o aftermarket europeu? O volume do aftermarket para peças de veículos de passageiros é de 105 mil milhões de euros. O aftermarket europeu está fragmentado em diferentes cluster, por país (ver tabela). Nos países de grande volume, como a Alemanha, o aftermarket está em queda, apesar do crescimento do parque e da idade média dos veículos de passageiros. A melhor qualidade, os preços de combustível altos e uma quilometragem menor reduzem o peso do aftermarket a longo termo. Isso significa que o aftermarket irá decrescer em poucos anos, mas não de uma forma genérica. Em alguns nichos de mercado, como o dos turbocompressores, ou o smart repair ainda existirão mercados em crescimento. O mercado da Europa de Leste será o mercado de crescimento no futuro, especialmente a Rússia, a Ucrânia, a Polónia e a Roménia. Os mercados do Sul são caracterizados por pequenas oficinas e distribuidores. Ao nivel da distribuição, o aftermarket europeu é dominado pelos quatro grandes grupos (adi, ATRi, TIAG, Gaui) bem como outros grandes grupos como Trost Autoservice SE (Alemanha), Intercars (Polónia), Fota (Polónia), KGK and Mekonomen (Escandinávia/Países Bálticos), Rhiag (Itália), Stahlgruber (Alemanha), Autonet (Roménia), Uniparts (Reino Unido). Ao nível dos garagistas, os agentes dominantes são os centros auto como a Norauto (França) ou A.T.U. (Alemanha) e os fast fits como a Kwik Fit (Reino Unido). Os conceitos de marketing para oficinas como o Bosch Car Service ou o “ad garage” tornam-se cada vez mais populares.

Todos os países ocidentais se encontram sobredimensionados quanto a redes de distribuidores de peças e oficinas. Especialmente na Alemanha, França, Espanha e Itália, os distribuidores de peças estão a actuar nas suas áreas nacionais. Os distribuidores do Leste e Norte da Europa actuam também nos seus países vizinhos.

Quais são os maiores desafios para as PME neste sector? Nos 15 países da União Europeia, a percentagem de pequenas empresas distribuidoras é de 89%, seguidas de 10% de médios distribuidores. Apenas 1% deles são grandes distribuidores com um volume de negócio de mais de 20 milhões de euros. Mas esta fatia de 1% gera cerca de 32% do volume deste negócio. A posição de mercado dos pequenos e médios retalhistas é um dos seus principais problemas mas também uma das suas maiores oportunidades. É um dos seus maiores problemas porque estão a actuar entre o negócio online, os centros auto com vendas directas aos condutores e os grandes distribuidores que vendem mais e mais directamente para as oficinas. Isto significa que, no futuro, terão problemas de preço e de margens. Uma das suas maiores vantagens é que os retalhistas de pequena dimensão são mais flexíveis, têm as melhores relações pessoais e estão prontos para entregar mais depressa. Penso que é necessário diferenciar entre as PME das áreas metropolitanas e rurais. Nestas últimas, os grandes distribuidores precisam de pequenas empresas para assegurar a entrega às oficinas. Nas cidades, os grandes distribuidores irão gerir o negócio cada vez mais directamente com as oficinas.

A percentagem de pequenos distribuidores é de 89%, seguido de 10% de médios distribuidores. Apenas 1% tem um negócio de mais de 20 milhões de euros

O que é que as PME podem fazer? De forma a assegurar a sua eficiência e posição de mercado, têm que decidir com que grupo de clientes pretendem ter negócio: se com os clientes B2B (como as oficinas) ou com os condutores (B2C). No primeiro caso, têm que intensificar a sua relação pessoal com os clientes combinando-a com uma política de vendas profissional. Assegurar a sua posição de mercado implica aderir a um grupo ou a um conceito especial de negócio para pequenos parceiros de distribuição de grandes distribuidores. As PME precisam também de acesso a uma variada gama de produtos (stock centralizado com entregas rápidas), suporte técnico e assistência de marketing e vendas. Se quiserem estar perto dos consumi-


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ENTREVISTA dores, podem perder o negócio com os clientes B2B. Uma solução pode ser abrir essas lojas sob um novo nome ou ser parceiro de um conceito de negócio. Se o proprietário decide intensificar o negócio B2C tem que considerar uma localização com mais frequência de clientes, duas ou três baias de trabalho e contratar instaladores qualificados – este último ponto é importante. Além disso, precisa também de pessoal qualificado com know-how na relação com clientes, que é totalmente diferente do negócio B2B. Precisa ainda de uma estratégia de marketing e publicidade orientada ao condutor, para a qual deve alocar um investimento inicial de 2%. Outros agentes de mercado ficarão também perante este tipo de reestruturação do mercado. Por exemplo, os instaladores de pneus. Hoje em dia, encontramse principalmente locais de venda de pneus orientados aos clientes. Apenas algumas empresas, e de grande dimensão, são distribuidores de pneus. Mas, na Alemanha, os canais de comércio online ganharam uma fatia de mercado de 4% nos últimos três anos. A conclusão é que as decisões mais importantes para as PME são em que direcção pretendem seguir, o que significa ter as prioridades e os objectivos bem claros.

O futuro do negócio automóvel está no serviço e peças? Como? No campo das peças, encontra-se por toda a Europa muita competição, especialmente na Europa a 15. A distribuição sobrelotada força os distribuidores a intensificar também outras áreas de negócio, como os serviços. Os distribuidores são especialistas em logística (entregas na hora, mais de três vezes por dia). Eles tornaram-se mais activos no campo de suporte técnico e marketing. Isto tornouse um argumento de vendas de sucesso causado pelo facto de que especialmente os donos de oficinas são mecânicos e não gestores. Isto significa que um retalhista profissional de peças tem para oferecer aos seus cliente B2B mais serviços adicionais do que a mera logística tradicional ou o aconselhamento técnico e de marketing. Por exemplo, se as garagens não conseguem tomar conta de um negócio profissional de pneus, o retalhista de peças tem que estabelecer um “hotel de pneus” para gerir e levar o dono do carro para a garagem. As oficinas podem ser parceiros neste modelo de negócio. Outra actividade pode ser um “Centro de electrónica” para reduzir os investimentos das oficinas em equipamento técnico, com uma equipa qualificada e formação permanente. Basicamente, a mensagem para o grossista é que a margem das peças será menor no futuro. Além disso, os mercados de peças vão decrescer por causa da longevidade maior. Então, os grossistas terão que entrar em novos campos de negócio. Uma das estratégias mais interessantes para o futuro é estabelecer empresas de suporte para o serviço de reparação automóvel que tragam consumidores para os seus clientes de aftermarket.

As decisões mais importantes para as PME são em que direcção pretendem seguir, o que significa ter as prioridades e os objectivos bem claros

Falaram com alguns dos maiores distribuidores. A que é que estamos a assistir na área de distribuição? O processo de concentração irá continuar. Há uma orientação europeia. Há um aumento na fatia de distribuição directa para as oficinas. Há mais suporte nas vendas para os seus clientes B2B. A cooperação entre OEM e OES intensifica-se – a entrega das peças bem como utilização de sistemas de oficinas. Os desenvolvimentos potenciais podem ser tanto um aumento da gama (Alta, média e ainda produtos de baixa qualidade) como mais actividades online B2C debaixo de uma nova empresa e cadeias de desconto.

O relatório da FIGIEFA foi feito pela consultora de Helmut Wolk

Acha que a crise nos OEM poderá ter algum efeito no aftermarket? E qual? A crise nos OEM vai ter uma série de efeitos no aftermarket. Os fabricantes/importadores de carros começarão uma série de esforços para esta-

Características dos mercados: País/cluster

Característica

Italia, Espanha, Portugal, Grécia, Chipre, Malta

Empresas de muito pequena dimensão

Alemanha, Suíça, Áustria, Holanda

Demasiada distribuição, aftermarket estagnado

Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia

Nível de preços alto, aftermarket estagnado

Estónia, Letónia, Lituânia

Sem cadeias, partilha entre agentes de mercado independentes

Polónia, R. Checa, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Roménia, Bulgária

Grande futuro de aftermarket com distribuidores muito grandes e dominantes

Irlanda, Reino Unido

Muitas cadeias

França, Bélgica

Muitas cadeias auto, demasiada distribuição

Rússia, Ucrânia

Condutores compram peças em retalhistas, não há sistemas de marketing, muito potencial

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bilizar as suas “vacas sagradas” dos componentes para veículos. Isto significa que os OEM poderão vir a reforçar o seu negócio com componentes OE. No sector B2C, haverá o lançamento de novas linhas de produto (como o Renault Motrio, Toyota Optifit) com um nível de preço mais baixo, de forma a recapturar carros antigos de passageiros (4-8 anos). A presença de consumidores online via fornecedores online bastante frequentados como a e-bay motors ou a sua própria Web-shops também se verificará. Além disso, começaram a construir-se auto-centros multimarca (VW – Stop+Go) ou sistemas de marketing de oficinas multimarca como o Renault Minute. No sector B2B, ocorrerão lojas on-line para as oficinas aftermarket e promoções com preços especiais para as oficinas independentes de forma a vender peças originais. O OEM vai também cooperar directamente com os grupos de distribuição aftermarket para vender peças para as oficinas porque os seus distribuidores não são capazes de tomar conta do negócio B2B de peças originais (não há motivação, não há capacidade de pessoal, não há veículos de entrega) e para se conseguir o know-how dos sistemas de marketing das oficinas multimarca do aftermarket. Num futuro, a competição entre o OES e o IAM desaparecerá. Acerca do mercado português, o que é que se pode concluir da leitura deste relatório? A frota de carros de passageiros constitui cerca de 1,6% de todos os veículos de passageiros da Europa. Mas os distribuidores independentes portugueses têm uma fatia de mercado de 5,4% de todos os distribuidores independentes europeus. Há 412 veículos de passageiros registados em Portugal por cada 1000 habitantes. Isto é mais que a média europeia. Por cada carro de passageiros foram gastos cerca de 400 euros (inclui peças, pneus, óleo, etc…) montados numa oficina ou pelo próprio condutor. Cerca de 58% do volume de pós-venda pertence ao IAM (inclui o do-ityourself).

Wolk After Sales Experts Sede: TechnologiePark Friedrich-Ebert-Strasse 51429 Bergisch Gladbach Germany Director: Helmut Wolk Telefone: +49 (2204) 8425-31 Fax: +49 (2204) 8425-39 e-mail: helmut.wolk@wolk-aftersales.de site: http://www.wolk-aftersales.de


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ENTREVISTA Luis Santos, Director Administrativo da Impoeste

“Sentimos necessidade

de mudar”

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Para a Impoeste, 2009 está a ser um ano de mudança, ou melhor, de grandes mudanças, pois não só muda a imagem como a própria empresa reposiciona-se no mercado com uma atitude vincada.

os últimos meses a Impoeste deu início a um processo de mudança e de adaptação de condutas que considera ser o caminho mais correcto para enfrentar os novos tempos, bem como é a afirmação da sua forma de estar no mercado que sempre distinguiu a empresa ao logo do tempo. Mais do que nunca a Impoeste definese pela sua atitude proactiva, procurando soluções antes de surgirem os problemas, investindo no desenvolvimento de competências dos seus colaboradores, mantendo o espírito de equipa na sua organização e desenvolvendo novas formas de negócio no âmbito da sua especialidade. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Luis Santos, Director Administrativo da Impoeste, explica as razões da mudança de imagem da empresa e da aposta em novos projectos e iniciativas, como o Concurso “O Melhor Pintor Automóvel”, que se vai realizar já em Novembro. A que se deveu a recente alteração da imagem da Impoeste? Após a definição concreta da atitude da Impoeste, a pró-actividade, o espírito de equipa, a aposta na competência dos colaboradores, a criação de novas formas de estar no mercado e a aposta em novos negócios relacionados com a pintura, a Impoeste já não se reconhecia no seu logótipo, não éramos nós. Tal como um adolescente que no seu processo de crescimento muda de atitude e por isso acaba por mudar de penteado e indumentária, a Impoeste também sentiu a necessidade de mudar, pois a nossa imagem não reflectia o que a Impoeste fervilha dentro de si, a sua atitude. Como foi o desempenho da Impoeste neste 1º Semestre de 2009? Em linha com o mercado, mas, felizmente, sentindo uma quebra nas vendas inferior à média do sector.

Quais as linhas de produto que a Impoeste comercializa actualmente e como se processa a sua distribuição? A Impoeste apresenta-se ao mercado da repintura automóvel como um fornecedor global, como tal dispomos de uma gama completa de produtos nesta área. As mais importantes são sem dúvida a DuPont Refinish, 3M e DeVILBISS que são comercializadas através da nossa equipa de vendas e rede de distribuição. Em 2009 a Impoeste apostou também em dois novos nichos de mercados, são eles as tintas em pó e a linha náutica. A nível das tintas em pó conseguimos a representação da DuPont Alesta em Portugal, este mercado é explorado e desen-

Quais são as principais prioridades da Impoeste neste momento? Fazer recuperar a confiança dos clientes oficinais na gestão da actividade de repintura auto. Através da motivação e formação específica em campos como a Rentabilidade, Organização, Produção e Gestão Oficinal.

O que está a ser feito pela Impoeste a nível da formação técnica para os clientes? Para a Impoeste a formação é uma forma de valorizar os nossos clientes tornando-os mais qualificados. Os produtos e processos de trabalho estão em constante evolução e queremos proporcionar aos nossos clientes uma actualização constante dos seus conhecimentos para que possam ser mais produtivos e rentáveis nas suas secções ou nas suas oficinas.

volvido por uma equipa interna da Impoeste. No que respeita à linha náutica trabalhamos com a DuPont Marine sendo que esta é desenvolvida por um distribuidor nacional exclusivo para esta área.

Está previsto o lançamento de novos produtos? Vamos lançar em Portugal uma nova ferramenta da DuPont Refinish, o B.A.T. – Business Audit Tool. Trata-se de uma ferramenta que nos permite efectuar uma auditoria profunda ao negócio das oficinas e desenhar um plano de acção para o cliente que pode ser seguido com relatórios de acompanhamento. Com este software vamos poder analisar algumas áreas críticas dentro duma oficina, como por exemplo o cálculo do preço de mão-deobra, rácio de conversão de orçamentos e inclusivamente calcular índices de desempenho da oficina. Acreditamos que esta ferramenta é muito útil e que nos vai permitir ajudar os nossos em áreas chave

da oficina de modo a que eles consigam melhorar o seu negócio.

Qual o vosso posicionamento em termos de preço? Temos preços indicados para os segmentos de mercado elevados, no entanto não somos caros, o que é diferente de ter preços elevados. Para avaliarmos os preços temos que fazer duas análises: a análise qualidade/preço e no caso especifico da nossa actividade também temos que analisar o binómio produtividade/preço. O nosso binómio preço/qualidade é excelente, os nossos produtos são de alta qualidade e são dos mais avançados a nível tecnológicos e a relação produtividade preço é das melhores que conheço, temos produtos altamente produtivos o que torna os nossos preços altamente competitivos, basta fazer as contas! Gostamos de discutir o preço do resultado da pintura, não unicamente o preço dos componentes.

Qual a política de marketing que tem sido seguida pela empresa? A Impoeste adoptou uma política de diferenciação, isto porque desenvolvemos um trabalho ao nível das competências da força de vendas que nos permitirá actuar de uma forma altamente competitiva no mercado, desenvolvemos ferramentas de venda que se distinguem da restante concorrência e que nos evidenciarão como uma mais valia para as empresas que connosco trabalham, evidenciámos uma postura e atitude profissional no mercado que nos permite responder aos clientes de uma forma eficiente e eficaz, criámos um portfólio de produtos que responde a todas as necessidades de um profissional de repintura, oferecemos um serviço pós-venda especializado e competente, tudo isto permite que nos distingam como o parceiro especialista em pintura que apresenta soluções integradas para a oficina.

Promovem campanhas de produto? Sim, promovemos campanhas de produto. Analisamos constantemente o mercado e preocupamo-nos com o que o cliente necessita, muitas vezes tentamos mesmo antecipar as necessidades dos nossos clientes, criando campanhas apelativas e que possam ajudar os nossos clientes a desenvolverem a sua actividade da melhor forma. Quais as perspectivas de negócio até ao final do ano? E para 2010? Este é um péssimo ano para previsões. Fazendo nossas as palavras de um famoso jogador de futebol: previsões, previsões… só depois do jogo acabar!


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ENTREVISTA QUESTÕES SOBRE O MERCADO

Que análise faz da situação actual do mercado de repintura em Portugal e qual a tendência para o futuro? O mercado está a sofrer do mal estrutural de sobredimensionamento das suas estruturas de pós-venda. Os anos de ouro no mercado de retalho auto criaram a ilusão do crescimento infinito e os investimentos efectuados nas áreas de serviço pós-venda foram, salvo raras excepções, demasiado elevados para os níveis de negócio existentes. Este facto leva a que os gestores dessas empresas se deparem com um problema difícil de resolver: actualmente não existe serviço suficiente para rentabilizar as suas estruturas de produção. Como a solução exige coragem da parte da gestão o problema vai sendo arrastado para os exercícios seguintes, protelando as necessárias correcções, de redução de espaço, equipamentos e pessoal, e colocando sobre os fornecedores de peças e produtos uma enorme tensão comercial. Acreditamos que no futuro o mercado irá ter menos empresas a laborar nesta área. Que factores fazem agora a diferença, para angariar e fidelizar os clientes? As questões relacionadas com a Formação e Acompanhamento Financeiro do negócio pós-venda.

Considera que existem oficinas de repintura a mais no nosso país? Indiscutivelmente existem mais oficinas do que necessitamos. Basta ter atenção aos indicadores número de reparações por ano e ao valor médio das reparações que as oficinas portuguesas fazem em comparação com outros países da EU.

Desde Janeiro de 2007, entrou em vigor a legislação que limita as emissões de COV (Compostos Orgânicos Voláteis). Qual o impacto que esta legislação está a ter no mercado da repintura automóvel? A legislação veio alterar os produtos utilizados na repintura automóvel e consequentemente alguns processos de trabalho. A principal diferença viveu-se na passagem de tintas de base solventes para tintas de base aquosa o que levou a alterações nos processos de trabalho. Trata-se de uma evolução natural do mercado, e acaba por haver uma selecção natural dos profissionais que são pró-activos e que acompanham a mudança e os que não apresentam essa pró-actividade e resistem à mudança. Considera que as oficinas de repintura estão aptas a cumprir com a nova legislação? Nos últimos anos a legislação a nível oficinal tem “crescido” e o cumprimento da mesma acarreta muitos custos para os donos das oficinas. Aqui mais uma vez existirá uma selecção, as empresas que estão na linha da frente no mercado e apostam na evolução irão prevalecer. As restantes têm que se adaptar as novas legislações ou ficarão para trás.

B.A.T. Business Audit Tool A Impoeste vai lançar no mercado uma nova ferramenta da DuPont Refinish, o B.A.T. – Business Audit Tool. Trata-se de uma ferramenta que permite efectuar uma auditoria ao negócio das oficinas e desenhar um plano de acção que pode ser seguido com relatórios de acompanhamento.

1º Concurso “O Melhor Pintor Automóvel” É já no início de Novembro, que vai decorrer o 1º Concurso “O Melhor Pintor Automóvel”, organizado pela Impoeste e com o apoio do JORNAL DAS OFICINAS. Este evento decorrerá nos dias 4, 5 e 6 de Novembro de 2009 nas instalações do CEPRA, em Lisboa. Luis Santos, mentor desta iniciativa, inédita no nosso país, fala sobre os objectivos e orgânica do Concurso. Qual o objectivo da realização do 1º Concurso “O Melhor Pintor Automóvel”? Enquanto especialista em pintura, a Impoeste acredita que um evento como este é uma óptima forma de mostrar aos vários actores do mercado do ramo automóvel a importância da repintura automóvel, o que levará à dignificação da profissão, bem como à divulgação da profissão entre as camadas mais jovens. Por outro lado, o ênfase que se dá à formação num evento como este, é sem dúvida outro objectivo que temos em mente uma vez que no possibilita mostrar o quanto esta é importante na repintura automóvel. Que meios estão envolvidos na organização deste Concurso? Para a realização deste concurso será necessária toda a logística a nível de instalações, equipamentos e materiais que será realizada em grande parte pelo CEPRA, com o apoio da impoeste e a cooperação dos nossos patrocinadores DuPont Refinish, 3M e DEVILBISS. Toda a cobertura jornalística e divulgação do evento pertencem ao Jornal das Oficinas. Quais são os requisitos necessários para concorrer a este Concurso? É necessário ter 24 anos até 31 de Dezembro de 2009, frequentar um curso de formação de pintura ou estar a trabalhar há menos de 2 anos. Serão escolhidos dez jovens para participar no Concurso. Como vai ser a orgânica do concurso? O concurso está estruturado na elaboração de diferentes provas que abrangem os diferentes passos da repintura automóvel. Para cada uma delas existirá uma descrição das tarefas e a respectiva pontuação. Todos os concorrentes realizam todas as provas de modo a podermos avaliar o seu grau de conhecimento e desempenho. Vai haver prémios para os melhor classificados? Teremos um prémio monetário de 500 euros e um prémio extraordinário que consiste num kit de pintura completo da DeVILBISS de valor superior a 3.000€. Ao segundo e terceiros classificados será oferecida uma pistola Gti Pro da DeVILBISS e o prémio monetário de 300 euros e 250 euros respectivamente. O que espera das prestações dos jovens pintores que vão participar no concurso? Espero que as prestações dos concorrentes consigam reflectir o elevado nível técnico e profissional que Portugal evidencia neste sector. Este vai ser o 1º Concurso “O Melhor Pintor Automóvel”. Estão previstas mais edições no futuro? Sim, este ano o concurso substituirá o concurso nacional de Repintura Automóvel, e temos como objectivo envolver-nos no concurso europeu de 2010 que decorrerá em Lisboa e em 2011 ambicionamos participar no Mundial em Londres.

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Os profissionais de repintura automóvel existentes no mercado são suficientes para dar resposta às necessidades das oficinas, ou há falta de mão-de-obra qualificada? Não existe falta de mão-de-obra qualificada ao nível da repintura. A falta de especialização existe ao nível das chefias da secção da empresa oficinal.

Em que áreas da Formação Profissional as empresas de repintura automóvel devem apostar mais, de modo a tornarem-se mais competitivas? As empresas devem apostar na formação de uma forma geral. A formação deve ser interpretada como uma mais valia e não como um custo dentro da empresa. Nesta área é essencial apostar na formação, desde a orçamentação que vem estabelecer os tectos de uma reparação, à especialização das equipas de batechapas e pintores. Não menos importante é a formação na gestão oficinal, desde o desenho dos correctos layouts à análise da rentabilidade das secções. A opinião generalizada das empresas do sector aponta para uma diminuição da taxa de ocupação das oficinas de repintura. Como deve o sector reagir a esta realidade? Já referi atrás que os gestores oficinais têm que demonstrar coragem na correcção da situação de falta de serviço, através do correcto redimensionamento das estruturas técnicas e humanas. O que não é fácil no enquadramento legal existente. O que considera necessário fazer para que o mercado de repintura automóvel volte a crescer a nível de vendas e rentabilidade para os operadores do sector? Temos que voltar a ter a economia numa fase próspera, voltar a ter os níveis de carros a circular que existiam nos anos anteriores, voltar a ter a sinistralidade elevada, voltar a ter acesso a crédito fácil, não nos parece fácil de regressar a este cenário… Quais as suas perspectivas para 2009, relativamente à evolução do mercado da repintura automóvel em Portugal? Vai crescer, decrescer ou estabilizar? O mercado tenderá a decrescer. O segundo semestre historicamente é pior que o primeiro.

Impoeste S.A. Sede: Estrada Nacional N.º 8, km 44 2560-909 Torres Vedras Director Geral Luís Jorge Santos Telefone 261 337 250 Fax 261 337 271 Email luissantos@impoeste.pt Internet www.impoeste.pt


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ENTREVISTA Pedro Rodrigues, director da Jochen Staedtler-Representações

Jochen Staedtler lança

Open Parts

E

A Jochen Staedtler-Representações vai entrar com uma nova marca no mercado: é a Open Parts, da italiana Exo Automotive. A gama de produtos é composta por discos de travão, bombas de água, filtros de habitáculo e transmissões. mbora transmita alguma expectativa para os restantes artigos, foi por causa das transmissões, que faltavam no portfolio da Jochen Staedtler-Representações, que Pedro Rodrigues passou a representar a Open Parts em Portugal. Tudo começou quando, durante a feira alemã para o aftermarket Automechanika, a sua atenção foi chamada por um stand com uma apresentação “bastante coerente, atractiva e ao mesmo tempo eficiente”. O também representante da Febi-Bilstein procurava uma marca que lhe pudesse dar um portfolio de transmissões, porque tinha esta lacuna no seu programa de artigos. “Na primeira abordagem, eu não fazia ideia do que aquela marca comercializava e muito menos esperava que tivessem transmissões, mas foi a imagem atraente e apelativa do stand que me levou a entrar. Além disso, foi-me logo transmitido um conceito de peças para além da simples vertente técnica, que incluía um conceito de imagem cuidado, desde a simples embalagem dos artigos a todo o cuidado com a apresentação do produto, e isto foi algo que me cativou. O pormenor da apresentação do produto, que vai da qualidade do papel e da impressão das embalagens é algo que não se vê em muitas outras marcas”, disse Pedro Rodrigues ao JORNAL DAS OFICINAS. Quando chegou a Portugal e falou com os seus clientes para apresentar a nova marca, a reacção foi de que seria uma marca muito cara, dada a qualidade dos produtos e o cuidado de imagem invulgar que trazia. Mas não é. A Open Parts tem um bom posicionamento de preço/qualidade e há muita expectativa da parte do representante português para esta marca. “É todo o projecto em si: as brochuras que apresentam o produto, o próprio catálogo, as embalagens, as campanhas, a qualidade do produto”, tudo e extremamente interessante e apelativo.

Como é que trabalha o conceito da Open Parts em Portugal? O nosso mercado não está muito habituado a este conceito. O primeiro feedback foi: “produto bem apresentado, imagem bem conseguida, mas o produto é caro”. Foi preciso trabalhar e mostrar que o produto não é mais caro que os outros só por ter uma boa apresentação. As pessoas acabam por se habituar e gostam. Estamos com a Open Parts desde o princípio deste ano. Neste momento, estamos numa fase de divulgação da marca no mercado nacional. Já estão a aceitar encomendas? Sim, mas ainda não teve o feed-back que contávamos ter. Os clientes estão

Jochen Staedtler Sede: R. Armando Vilar, 15 1º. Fr2750-777 Cobre (Cascais) Director Pedro Rodrigues Telefone 214868498 Fax 214868404 Email j.staedtler@mail.telapac.pt Internet www.exoautomotive.com numa fase de expectativa e retracção em relação a novas apostas. Não quer dizer que eles não venham a apostar em gamas novas, mas mesmo o simples facto de substituírem a sua gama por uma outra nova, ainda não é imediato. O produto é apelativo, mas o mercado está na expectativa a aguardar as consequências de toda esta conjuntura económica menos favorável. Mas eu acho que esta é que é a altura certa para se fazer boas apostas. É mais difícil transmitir este estado de espírito aos nossos clientes e eles estarem abertos e receptivos a estas sugestões, porque depois na prática sentem as dificuldades do mercado. Mas o mercado de aftermarket não deveria andar em contra ciclo com situações económicas difíceis?

O nosso mercado de aftermarket também se está a reajustar. Desde os importadores aos retalhistas e oficinas todo este mercado se está a reestruturar. Quanto a mim, havia gente a mais nãoqualificada no mercado e este período mais exigente acaba por fazer uma limpeza natural. É um facto que a vendas de viaturas novas baixou, aumentando a vida útil dos carros usados e obrigando a investimentos nas manutenções. Mas o que é certo é que a falta de disponibilidade financeira para se vender carros novos acaba por se reflectir e afectar os usados. As pessoas adiam a reparação e os problemas vão-se protelando até que à ultima. Se antigamente as pessoas tomavam a iniciativa de fazer uma manutenção preventiva, agora só reagem quando têm um problema. O aftermarket poderá beneficiar desta crise, mas acho que esses benefícios reflectem-se numa limpeza natural em todos os aspectos. Quem tiver bem estruturado vai passar este período difícil e sair mais preparado no futuro. Quais são as maiores dificuldades que sente neste momento? São prazos de pagamento não cumpridos. Podem justificar-se uma série de factores como, concorrência de produtos de menor qualidade e preço mais reduzido, concorrência das marcas, dos grupos, a nova distribuição, mas uma das maiores preocupações são prazos de pagamento. A indisciplina que vigora nas

condições de pagamento não deixa espaço para as empresas se poderem estruturar convenientemente.

Nem sequer sente uma diminuição de encomendas? Não, não temos sentido. Quem trabalha directamente connosco, tem sentido alguma redução mas consciente. Foi obrigado a cortar nalgumas vendas que mantinha anteriormente, mas que agora se sente obrigada a controlar. Trata-se de uma selecção natural de clientes. No fundo, há duas questões fulcrais que se têm que prezar neste negócio: prazos de pagamento e margens de comercialização aceitáveis. O que está a acontecer no campo das margens de comercialização? Não há uma regra “sagrada” em que o mercado cumpra religiosamente e escrupulosamente esta regra. As pessoas não salvaguardam as suas margens de comercialização, da mesma forma que não cumprem prazos de pagamento, e isto não permite que o mercado avance de uma forma sustentada e equilibrada.

Isso não é porque as margens de comercialização ainda são muito elevadas? Não, acho que ainda há uma décalage muito grande nas margens. Há muitos intermediários até chegar ao consumidor final. O mercado está a trabalhar de uma forma que penaliza o consumidor


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ENTREVISTA

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final. Os escalões de desconto que se criaram foram para alimentar toda uma cadeia e esta cadeia emagreceu. Além disso, era uma cadeia que salvaguardava algumas regras mas hoje as coisas estão estruturadas de uma forma muito diferente. No entanto, os métodos ainda estão como anteriormente. Os preços de venda ao público continuam bastante altos, quando a cadeia é muito mais pequena desde o fabricante até ao consumidor final.

Mas uma empresa distribuidora consegue controlar isso? Esta iniciativa deveria partir dos fabricantes. Temos as tabelas de PVP com preços desajustados, cujos descontos servem para alimentar toda a cadeia de distribuição. Mas toda esta estrutura de distribuição alterou e hoje, facilmente o consumidor final vai comprar ao importador, que começam a ter as suas estruturas de vendas direccionadas para a venda final. Porque é que se há-de andar a criar preços para alimentar uma cadeia que já não existe ou pelos menos não está estruturada como há 20 anos atrás? Para querermos salvaguardar uma cadeia de distribuição, estamos a dar tiros nos nossos próprios pés. Os nossos preços muitas vezes são mais caros que nas marcas construtoras de automóveis. Veja-se o caso dos reparadores independentes em que a mais-valia deles é o conhecimento técnico e a mão-de-obra, mas muitas das vezes, estão preocupado nas margens das peças que aplicam. Porque é que têm que ganhar mais na peça do que toda a cadeia de distribuição? Eu sou cada vez mais apologista dos preços líquidos e cada elo da estrutura que defina os seus preços e por conseguinte as suas margens. É que o mercado está cada vez mais transparente, a informação está cada vez mais está ao alcance de todose o consumidor final está cada vez mais atento a isso.

As duas grandes questões que se colocam agora no negócio de peças, na perspectiva da Alecarpeças, são prazos de pagamento e margens de comercialização A apresentação dos produtos e o cuidado invulgar no design de toda a imagem são pontos de destaque da Open Parts

O que é que falta para terem os sistemas de diagnóstico na vossa oferta? Para já, falta a Febi encontrar o parceiro certo, embora esteja já em contactos com uma marca. E sendo uma área totalmente nova para nós, teremos que passar por toda uma fase de formação. Mas será algo a médio prazo. Outra área em que a Febi está a investir é nas ferramentas técnicas para aplicadores.

Como é que se via processar a entrada da Open Parts em Portugal? Nós queremos encontrar alguns parceiros, os certos, para fazer uma distribuição equilibrada a nível nacional. Não vamos querer pulverizar muito a rede de distribuição. Mas pela especificidade do artigo, poderá eventualmente obrigar a que a rede seja mais alargada. Mas vamos tentar que sejam os nossos parceiros a fazer a distribuição a nível nacional e o próprio mercado poderá ditar a forma de o fazer.

Vão apostar sobretudo nas peças que foram procurar à Open Parts, as transmissões? Vamos trabalhar todo o programa da Open Parts. Nos discos têm duas linhas em que o nosso mercado não tem muita oferta: uma que são os discos perfurados e ranhurados e outra linha em que os discos têm uma protecção anti-oxidante, que evitem que os discos ganhem ferrugem. É uma linha de discos para as viaturas de gama média/alta. Mas a ideia é começar com as transmissões e complementar com o resto da gama que a marca tem.

As transmissões eram a gama de peças que fazia mais falta à Jochen Staedtler-Representações, dentro da gama que já tem? Era uma gama de artigos que não tínhamos. Trabalhamos com a Febi-Bilstein e esta tem uma oferta muito transversal. O programa da Febi para transmissões tem poucas referências. Verificámos que o mercado tem procura e era uma lacuna que tínhamos. Apostámos também este ano numa linha de embraiagens (da KM) e, para já, temos tido um bom feedback. Não quer dizer que futuramente não possam surgir mais oportunidades. Os sistemas de diagnóstico são algo no qual gostaríamos de apostar.

Em relação à Open Parts, espera-se mais alguma gama de produtos além da que já tem? Para já, não tenho conhecimento de introdução de novas gamas.

As peças são embaladas com muito rigor e cuidado, embora isso não se reflicta no preço

Há alguma dificuldade da parte da Open Parts em substituir outras marcas? Tem a ver com o mercado em si. Não tem a ver com a marca, nem com o programa, nem com preços. A Open Parts é extremamente competitiva e, nas suas gamas de produtos, tem um programa completo e abrangente. Tem a ver um pouco com a conjuntura económica. Neste momento, as empresas estão na expectativa e isso acaba por os coibir de tomar decisões mais rápidas.


OFIC MES - Express/AS Glass:Jornal das Oficinas

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Jornal das Oficinas Agosto 2009 Express Glass / AS Glass

Centro modelo

F

É também uma oficina pois nele se podem substituir ou reparar vidros de automóveis. O novo centro Express Glass, no Porto, representa algo mais que uma oficina do vidro.

oi recentemente inaugurado no Porto o primeiro centro modelo da rede Express Glass, que marcará de forma decisiva o futuro desta rede de substituição e reparação de vidro. Localizado numa das zonas de maior tradição empresarial da cidade do Porto, o novo centro Express Glass, desenvolve a sua actividade focalizado nos serviços que qualquer centro desta rede pode proporcionar aos clientes. Para além da substituição e reparação de vidro automóvel, este centro comercializa e monta escovas limpa párabrisas da Valeo e desenvolvendo ainda o serviço de colocação de películas automóveis da marca Llumar. Dispondo de um espaço específico de recepção e atendimento ao cliente, dentro da oficina estão identificadas e seguidas quatro baias de serviço para a substituição do vidro (mais uma para pesados) e uma outra dedicada exclusivamente à reparação. Noutra área são efectuadas todas as operações de colocação de películas nos vidros automóveis, existindo ainda um espaço com um pequeno stock. “Este centro da Express Glass nasceu da necessidade de uma maior cobertura dos nossos serviços na cidade do Porto”, começou por comentar António Nunes, Director Comercial da Express Glass, adiantando que “trata-se também de um centro modelo, que será uma referência para outros centros que vamos abrir a nível nacional”. Em termos de conceito, consoante as possibilidades dos espaços disponíveis, os futuros centros da rede Express Glass seguirão a lógica desta nova unidade, pois também por causa deste centro foi lançado um novo manual corporativo para a rede. Outra novidade é, portanto, a imagem deste centro. A rede Express Glass está numa fase de “rebranding” e, neste centro, já se pode ver o reforço das cores dominantes da Express Glass (azul e vermelho), bem como o novo logotipo que, segundo a empresa, transmite valores tão importantes como confiança, juventude, agressividade, segurança, irreverência e determinação. Centro de fo rmação Uma das principais funções deste novo centro da Express Glass, tendo sido já montado nesse sentido, é o de fazer de centro de formação. “É um centro de formação técnico que nos vai permitir dar todo o apoio a toda a rede Express Glass quer em termos de novos colaboradores que entrem para a rede, quer na reciclagem dos actuais colaboradores da mesma”, refere António Nunes. Para o efeito, este centro de formação dispõe de uma sala própria para formação

Esta unidade da rede Express Glass serve de centro modelo e de centro de formação, onde é também possível ver a nova imagem corporativa

teórica que será utilizada não só pela Express Glass mas também por todos os seus parceiros (fornecedores de colas, vidros, equipamentos, películas, etc). Toda a parte prática da formação utilizará as instalações técnicas deste mesmo centro, que estão desenhadas para o efeito. “Temos vindo a forçar muito a reparação do vidro dentro da rede Express Glass e este centro servirá também para incrementar esse serviço dentro da nossa rede”, refere António Nunes. Este novo centro serve também de motivação interna e externa da rede segundo António Nunes, que explica que “permitirá aos actuais parceiros da rede Express Glass evoluirem os seus centros o mais rapidamente possível, tornando a rede mais moderna e competitiva. Por outro lado o feedback da rede a este centro foi muito positivo”. Refira-se que a rede Express Glass terá outro centro modelo, desta feita em Lisboa, que irá servir os mesmos objectivos deste centro do Porto.

Express Glass / AS Glass

Para além dos serviços de reparação e montagem de vidros em automóveis ligeiros e também em alguns veículos pesados, a Express Glass vai apostar também nas películas

Localização: Rua Manuel Pinto Azevedo, 711 4149-010-Porto CEO AS Glass José Luís Sousa Telefone: 229 617 600 Fax: 229 617 609 E-mail: geral@expressglass.pt Internet www.expressglass.pt


EMP - Dekra:Jornal das Oficinas

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EMPRESA

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Dekra

Garantia técnica do usado A

Líder europeia na prestação de serviço para o automóvel, a Dekra apresentou recentemente no mercado português um novo serviço, designado VTA – Verificação Técnica Automóvel. Conheça os pormenores.

credibilidade do mercado de veículos usados em Portugal é algo que certos operadores têm vindo a trabalhar das mais diversas formas. “Usado Certificado” é um termo corrente em certos operadores de veículos usados mas, na prática, não passa muitas vezes de uma mera revisão visual e de um pequeno recondicionamento a algo que evidentemente não estava bem. A Dekra veio agora propor algo que é um passo em frente na avaliação de um veículo usado. Chamado Verificação Técnica Automóvel (VTA), este serviço destina-se à avaliação do estado geral de uma viatura usada, classificando os principais elementos mecânicos, eléctricos e da carroçaria / habitáculo de um automóvel usado, segundo critérios técnicos rigorosos. Para além da verificação dos aspectos técnicos, o serviço VTA compreende ainda a informação detalhada sobre as características técnicas dos acessórios e extras opcionais que equipam o veículo. Na prestação deste serviço, a Dekra intervém como entidade neutral e independente face aos interesses do Comprador e do Vendedor de um veículo, ao mesmo tempo que, tendo em conta os processos e suportes técnicos utilizados, garante

DEKRA Sede: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 261 Lote 53 – 1º e 2º andar 2415-376 LEIRIA Administrador: José Medina Telefone: 244 820 890 Fax: 244 811 583 E-mail: josé.medina@dekra.pt Internet: www.dekra.com

transparência, objectividade e rigor técnico na avaliação do estado do veículo. O serviço é realizado em concessionários / oficinas em qualquer ponto do país, por equipas móveis de técnicos formados e qualificados na área da mecânica e engenharia automóvel, nas 24 horas seguintes à requisição. “Quem presta o serviço são técnicos da Dekra com formação específica para o efeito. Os técnicos são formados de acordo com as metodologias Dekra para a inspecção de veículos usados e contam com a larga experiência acumulada pela Dekra no que diz respeito aos serviços relacionados com a gestão de veículos usados, em termos nacionais e internacionais”, refere José Medina, Administrador Delegado da Dekra Portugal. A prestação deste serviço faz-se em, aproximadamente, 45 minutos, com emissão imediata de um relatório de classificação claro e conciso e que permite avaliar falhas, avarias e não conformidades, tendo em vista a sua correcção. Este serviço, tendo em conta o seu âmbito, e porque é prestado por uma entidade neutral e independente, pode igualmente ser utilizado na gestão de retomas. Neste caso a Dekra pode associar-lhe, como vertente opcional, a cotação de mercado do veículo.

Segundo José Medina o VTA tem um “preço que é muito competitivo considerando o detalhe de informação e o rigor técnico a que o comprador / vendedor poderão ter acesso através do serviço de Verificação Técnica Automóvel”. Através da “Verificação Técnica Au-

tomóvel”, realça José medina “o vendedor assegura a qualidade e o estado em que se encontra determinado veículo usado e o comprador irá comprar com mais confiança, dado que existe uma entidade neutral e independente que lhe oferece essa garantia do ponto de vista do estado técnico em que se encontra o veículo”. O serviço VTA não está condicionado pela idade do veículo, podendo ser solicitado para diversos tipos de veículo representando cerca de 99,8% do parque automóvel circulante nacional. Para concluir, José Medina refere que o serviço VTA “poderá contudo ser incorporado num programa de usados multi-marca que abranja outros serviços tais como: Cliente-Mistério, Auditoria, Formação de Força de Vendas / Após-Venda e Peritagens de Avarias Mecânicas / Electro-Mecânicas”. Neste ano de lançamento, a Dekra tem como objectivo chegar aos 7.500 veículos verificados.

A Verificação Técnica Automóvel é um novo serviço da Dekra que permite saber o estado de conservação de um automóvel usado com todo o rigor PUB


EMP - Federal Mogul:Jornal das Oficinas

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Jornal das Oficinas Agosto 2009

EMPRESA Federal-Mogul Corporation

Do original ao

C

aftermarket

A Federal-Mogul é um dos principais player´s do mercado de componentes para automóveis, estando na vanguarda tecnológica no que às peças de motor diz respeito.

omo líder global no desenvolvimento de componentes para automóveis, veículos comerciais e motores industriais – incluindo pistões, segmentos, chumaceiras, casquilhos e camisas de cilindro – a Federal-Mogul trabalha lado a lado com os melhores construtores de veículos automóveis e fabricantes de motores de toda a Europa, Ásia e América do Norte, sendo as mais recentes soluções para motores OE rapidamente introduzidas na vasta gama de produtos do Aftermarket sob as seguintes e acreditadas marcas: AE®, Goetze®, Glyco®, Nüral® e Payen®. “Qualquer pessoa que tenha acesso aos nossos catálogos de motor sabe que oferecemos as propostas mais completas de soluções de reparação avançadas para praticamente qualquer motor automóvel ligeiro ou industrial; e, cada um destes produtos representa precisamente a tecnologia certa – desde o material até à componente arquitectónica – para cada aplicação,” afirma Martin Hendricks, vice presidente da Federal-Mogul para a Europa, Médio Oriente e África. Pistões e segmentos Mais pequenos, mais leves, mais resistentes: estes objectivos de concepção aparentemente contraditórios podem ser encontrados em praticamente todos os pistões e segmentos fabricados pela Federal-Mogul para um motor moderno a gasolina ou a diesel. Ao disponibilizar uma impressão mais compacta do produto, juntamente com uma série de metalurgias inovadoras e tratamentos de superfície, a Federal-Mogul contribuiu significativamente para aumentar as capacidades mecânicas e térmicas dos actuais motores, tornando os mais pequenos e mais leves. “As tecnologias convencionais de pistões simplesmente não conseguiram resistir à crescente procura actual de motores turbo comprimidos a gasolina e a diesel,” explica Hendricks. “Quando estes motores entrarem no mercado da reparação, os reparadores vão conseguir ter acesso a peças de substituição adequadas apoiando-se nas marcas Nüral (pistões) e Goetze (segmentos).” Uma das soluções mais recentes de pistões da Federal-Mogul para o mercado OE e, em última análise, para o Aftermarket, é o pistão Low-Friction Economiser™, que permite uma redução de 45% na massa de desgaste e uma resistência à fadiga até 40% superior à observada com os pistões convencionais. A mesma dinâmica - aumento do rendimento, temperaturas do cilindro e pressões de combustão - deram origem ao desenvolvimento de uma nova era de pistões de liga leve. A Federal-Mogul respondeu a este desafio com ligas avan-

çadas de alumínio e com a melhoria arquitectónica do produto, o que permitiu aumentar as capacidades operacionais dos pistões até 400°C. Um elemento fundamental desta nova abordagem é o processo de fabrico através do qual a Federal-Mogul refunde os lados e os bordos da bossa do pistão para optimizar a microestrutura e a resistência do material. Ocorreram descobertas semelhantes nas tecnologias dos segmentos e seus revestimentos. O revestimento revolucionário do segmento, o GDC® (Goetze Diamond Coating), inclui uma matriz de crómio-diamante que reduz significativamente o desgaste da superfície do segmento e da parede do cilindro e melhora a resistência ao atrito. Esta solução exclusiva é já uma das opções preferidas dos OEMs, tendo sido introduzida na gama do Aftermarket da Goetze para a selecção de aplicações, pelo que a sua cobertura neste mercado irá continuar a crescer.

FCV Costa, Lda Sede: Av. das Forças Armadas, 2A-2ºA 1600-082 Lisboa Responsável: Luís Albuquerque Telefone: 217 991 220 Fax: 217 991 222 E-mail: mail@fcvc.pt Internet: www.fcvc.pt

A Federal-Mogul trabalha lado a lado com os melhores construtores de veículos automóveis e fabricantes de motores de toda a Europa

A diferença Glyco A Federal-Mogul também definiu novos padrões de excelência nas categorias de chumaceiras e casquilhos de motor. Este vasto portfolio OE é rapidamente introduzido no mercado de peças de substituição através da muito conceituada marca Glyco. Entre as mais recentes soluções que a empresa apresenta para a Origem, encontram se as chumaceiras com falanges soldadas a laser com um sistema integral anti rotação que garante o contacto perfeito com o bloco permitindo uma melhor resistência à fadiga e uma maior transferência térmica. Em resposta às cada vez mais rigorosas regulamentações ambientais, a FederalMogul desenvolveu uma série de revestimentos sem chumbo para chumaceiras que permite fazer face às altas cargas térmicas e mecânicas observadas nos motores actuais. Como um dos exemplos, o EC 88, o revestimento galvanizado sem chumbo, patenteado pela empresa, absorve o aumento das cargas térmicas e a acumulação da pressão através de um design revolucionário de revestimento adaptativo. O mais recente material de chumaceira sem chumbo – o material RC 9 de bronze sólido da Federal-Mogul – proporciona uma resistência à gripagem e propriedades de deslizamento excepcionais, uma extrema capacidade de alta carga e de condutividade térmica. Obviamente que a Federal-Mogul também é largamente reconhecida como pioneira na tecnologia de chumaceiras “Sputter”. “O sucesso na categoria de reparação de motores exige uma manutenção das relações tidas com fornecedores que tenham uma presença significativa ao nível OE,” concluiu Hendricks.


EMP - GT Motive:Jornal das Oficinas

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Jornal das Oficinas Agosto 2009

EMPRESA

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GT Motive

Informação ao

detalhe

O

A GT Motive é uma empresa espanhola que decidiu internacionalizar-se, chegando em 2009 a Portugal. Propõe o GT Estimate que mais não é do que uma ferramenta de orçamentação orientada para a colisão, a reparação e a manutenção.

Grupo Einsa, da qual a GT Motive faz parte, possui quase 40 anos de experiência em ferramentas de avaliação técnica, por sinal com grande sucesso no pós-venda automóvel. Começou com o Guia de Tarifas (em papel), daí o nome GT, mas actualmente utiliza suportes informáticos, ambiente onde se desenvolve o GT Estimate. Esta “ferramenta de orçamentação” mais não é do que uma solução aplicacional desenvolvida para a avaliação de danos por colisão, orçamentação de avarias mecânicas e electrónicas, custos de manutenção e foto peritagem para a maioria das marcas e modelos presentes no actual parque automóvel nacional. António Freire de Menezes, Country Manager para Portugal da GT Motive, diz que as vantagens do GT Estimate para as oficinas passam pelo “profissionalismo, imparcialidade, rigor e transparência quando apresentam um orçamento ao cliente. Com esta ferramenta a oficina consegue ser muito transparente para o cliente e este passa a ter mais confiança na oficina quando sabe que a informação é rigorosa”. Na opinião do mesmo responsável, a ferramenta de orçamentação para a oficina “não deve ser encarada como uma obrigação negativa, mas sim como uma necessidade muito positiva tendo em vista o cliente final e a própria oficina. A utilização desta ferramenta não serve só para disponilizar a referência e o preço, e embora não sendo um manual, serve para seguir uma determinada ordem de trabalho tendo em conta as operações que são necessárias para a substituição de peças”. Com uma estratégia que passa por entrar em mercados tão distintos como as gestoras de frotas e as seguradoras, também as oficinas serão um dos alvos da GT Motive, estando a empresa a desenvolver alguns protocolos “vantajosos”, com associações (por exemplo) para utilizarem o GT Estimate. Face a outras soluções, o responsável da GT Motive garante que esta ferramente de orçamentação consegue trazer algo de novo ao mercado. “O rigor da informação e a cobertura quase total do parque automóvel existente são dois aspectos que fazem claramente a diferença. Como temos três áreas de orçamentação, temos o cuidado de introduzir na nossa base os veículos novos, sendo por

Características do GT Estimate Sendo uma ferramenta de orçamentação, o GT Estimate possui diversas caraterísticas, entre as quais se destacam: - Enorme profundidade mecânica, sem precedentes no mercado (entre 4.500 e 7.000 por veículo); - Completa disponibilização dos dados sobre o cálculo de danos por colisão; - Elaboração correcta e precisa de planos de manutenção programada e correctiva (para os diferentes momentos: “pricing”; análise; autorizações, processos de controlo e facturação); - A única solução que oferece conjuntamente a possibilidade de efectuar a completa avaliação nas diversas áreas e tipos de intervenção automóvel: colisão, mecânica e serviços de manutenção; - Base de dados com toda a informação dos fabricantes, actualizada em tempo real (referências, preços, operações da marca e tempos de mão-de-obra), principal garantia de qualidade; - Identificação do modelo baseado no VIN decoder (número de chassis); - Um sistema de navegação fácil e intuitivo com gráficos de imagens de peças e conjuntos de peças; - Solução configurável pelo utilizador, de acordo com as suas necessidades; - Possibilidade de uso online, em qualquer parte bastando um computador com acesso à Internet; - Polivalência de uma licença, poder ter para vários utilizadores em instalação multiposto; - Exportação e transmissão electrónica dos cálculos de orçamentação, sendo editáveis por outro utilizador; - Compatível com a maioria dos outros sistemas de gestão, o que possibilita a integração dos diferentes sistemas: - Aprendizagem e utilização muito intuitiva e rápida (Certificações de Utilizadores Profissionais); - Atendimento ao cliente, através de um suporte técnico altamente qualificado e eficiente.

isso uma base muito completa. Temos também a preocupação de identificar e carregar na base de dados as peças que tenham um custo superior a um euro. Neste aspecto conseguimos diferenciarnos totalmente das outras empresas. A agilidade desta ferramenta é outro dos seus argumentos”, afirma António Freire Menezes. Estando em desenvolvimento uma solução “offline” para o mercado português, para aceder ao GT Estimate “online” basta uma ligação estável e segura à internet, sendo uma solução que se integra com a maioria dos sistemas de gestão informática existentes e que estão disponíveis nas oficinas. A GT Estimate tem também um avançado atendimento ao cliente dando todo o suporte técnico, administrativo e comercial, bem como um programa de formação ao utilizador com o objectivo de explorar ao máximo o potencial da aplicação. Quanto a custos, António Freire revela que “relativamente a outras soluções que existem, nós somos a melhor ferramenta do mercado no binómio preço / qualidade”. Como “cartão de visita”, a Faconauto – Associação de Concessionários de Espanha, atribuiu ao GT Estimate a classificação de “Melhor ferramenta de orçamentação do mercado automóvel do Ano de 2008 e de 2009.

O GT Estimate é uma solução de orçamentação orientada para a colisão, a reparação e a manutenção, que está disponível para o mercado oficinal

GT Motive Sede: Quinta da Fonte Rua dos Malhões, Ed. D. Pedro I 2701-071 Paço de Arcos Country Manager: António Freire Telefone: 210 001 815 Fax: 210 001 675 E-mail: Antonio.menezes@gtmotive.pt Internet: www.gtmotive.pt


EMP - Transporta:Jornal das Oficinas

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EMPRESA TRANSPORTA - Transportes Porta a Porta, S.A.

À imagem do cliente C

Com uma longa história no mercado, a Transporta é uma das empresas mais solicitadas para o transporte de peças e acessórios para o sector automóvel em Portugal.

riada ainda na década de 50, a Transporta foi uma empresa que passou um pouco pelas transformações que o país atravessou. Criada pela C.P., a então E.G.T.-Empresa Geral de Transportes, que usava o comboio e as estações ferroviárias como base operacional, evolui depois integrada na Rodoviária Nacional. Vendida em bolsa ao Grupo Tertir, veio depois a ser adquirida pelo Grupo Barraqueiro, do qual hoje faz parte, juntamente com mais de duas dezenas de outras empresas de Transporte de passageiros e carga, com um conjunto superior a 3.000 viaturas pesadas, além da Fertagus. No início deste século, e através de várias outras aquisições de empresas do sector de porta a porta, como a Freitas & Araújo e a Pinto Basto Transportes e Distribuição, o Grupo Barraqueiro, através da fusão das várias empresas (re)criou a Transporta de hoje, onde se reúne uma vasta série de meios humanos e materiais. Para que a distribuição seja possível em todas as zonas do país e de modo a garantir uma maior abrangência geográfica, a Transporta conta com oito Centros de Distribuição, cerca de 300 viaturas e um total de 400 trabalhadores. “O transporte de peças era (e é) o corebusiness da empresa Transporta, desde 1954, pelo que já tem largas dezenas de anos como um dos sectores privilegiados da nossa empresa”, refere Augusto Homem de Melo, Director Comercial da Transporta. Sendo um sector extremamente complexo do ponto de vista logístico e de organização, para o mesmo responsável a distribuição de peças “exige uma rede de transportes que permita uma distribuição nacional com entrega o mais cedo possível e, preferencialmente, com a entrega em regime nocturno, isto é, com o transportador a deixar as peças nos clientes ainda antes da hora da abertura”.

Transporta Sede: Av. Frei Miguel Contreiras, 54 - 1º 1749-017 Lisboa Direcção comercial Augusto Homem de Melo Telefone: 218 424 700 Fax: 218 405 278 E-mail: dc@transporta-sa.pt Internet: www.transporta-sa.pt

A Transporta é uma empresa especializada no transporte de peças auto

Para a transporta, trata-se de um requisito que não pode ser só preenchido nas zonas litorais, mas em todo o território continental, pois é exigido pelo cliente o mesmo padrão de serviço em todo o país. Ainda relativamente à questão da frota, Augusto Homem de Melo refere que “como a exigência de entrega é extensível às peças de médio porte, tal obriga a uma frota dotada de plataformas elevatórias”. Não menos importante é a gestão da informação diária em tempo real, um aspecto cada vez mais decisivo para quem está na distribuição de peças. Assim, “hoje são também indispensáveis instrumentos como o dos ficheiros informáticos e a leitura óptica das entregas de códigos de barras de cada volume quer à recolha/chegada ao transportador, quer ao destinatário”, assegura Augusto Homem de Melo, revelando-se este aspec-

A distribuição de pneus A Transporta possui uma larga experiência, de várias décadas, no transporte de pneus, possuindo actualmente estruturas dedicadas a este negócio. Na zona de Lisboa, a Transporta conta com um Centro de Distribuição dedicado com uma área de cerca de 750m2, o qual se situa na Avenida Infante D. Henrique. Este Centro dedicado em Lisboa dispõe de cerca de 25 viaturas de distribuição e recolha dedicada à operação dos pneus, contando com 24 elementos para fazer face às diversas fases de manuseamento dos pneus e toda a componente administrativa. Em Lisboa, a distribuição de pneus é ainda efectuada pelo Centro do Cacém na grande maioria para os destinatários Grandes Superfícies. Na região do Porto, dispõe no Centro da Maia de uma área com cerca de 600m2 dedicada à operação de pneus contando com um número variado de viaturas para fazer face a todas as entregas na zona Norte em distribuidores, clientes finais e Grandes Superfícies. A distribuição de pneus em todo o país envolve cerca de quarenta viaturas mas envolve um número maior sempre que ocorram períodos de maior fluxo de pneus, tais como as campanhas de promoções das marcas junto dos diversos compradores.

to, no entender deste responsável, como um factor muito importante para o desenvolvimento do negócio. Quais serão então os factores chave de sucesso na distribuição de peças? Neste aspecto Augusto Homem de Melo refere que “como factor chave de sucesso, e para além dos já anterioremente referidos, diria que a fiabilidade e regularidade quer da entrega quer da informação são fundamentais”. Não menos importante, ainda segundo o director comercial da Transporta é “ouvir os nossos clientes, sentir e compreender as suas necessidades e evoluir com eles”. Na história da Transporta neste sector, são vários os casos onde o cliente evoluiu duma distribuição nacional a partir de um armazém em Portugal (num dos casos até era gerido pela Transporta) para um armazém encarregue da distribuição para toda a Península Ibérica desde Madrid ou Barcelona, de onde a empresa já tem várias operações diariamente. “Para todos os clientes, soubemos adaptar um serviço onde, para os que não pretendem entregas em regime nocturno, a solução passa pela entrega até às 12h00 em qualquer ponto do país, mesmo nas zonas do interior”, refere Augusto Homem de Melo. Para garantir e comprovar a qualidade dos seus serviços, refira-se que a Transporta decidiu desenvolver um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a Norma NP EN ISO 9001: 2000. Assim, desde Janeiro de 2005 que a APCER fez a Certificação da Qualidade, integrando a Transporta no Sistema Português da Qualidade como Empresa Certificada.


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CONH - Correias Flennor:Jornal das Oficinas

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Jornal das Oficinas Agosto 2009

CONHECER NOVAS CORREIAS FLENNOR EPDM MULTI-V

Estado da tecnologia actual Fornecendo correias para o equipamento original, a Flennor teve que desenvolver uma tecnologia mais fiável, a partir de materiais da última geração, como é o caso do EPDM reforçado, que oferece a melhor performance e a mais longa duração do mercado.

N

Verificação das correias EPDM Multi-V As correias de sistemas de transmissão em serpentina desempenham uma tarefa rude, num ambiente de grandes solicitações térmicas, vibrações, produtos químicos, lubrificantes, etc.. O aquecimento gerado pela deslizamento sobre as poleias e as flexões e contra flexões constantes provocam desgaste e envelhecimento da correia, podendo ocasionar o seu colapso. Esperar pela situação em que a correia começa a fazer ruídos pode ser a pior solução, porque não evita contratempos, nem despesas suplementares. Devido ao seu desenho e concepção, as correias EPDM Multi-V apenas cumprem rigorosamente a sua função enquanto se encontram em bom estado. Por essa razão, sempre que for detectado algum dos seguintes problemas, a correia deverá ser substituída:

os veículos da actualidade, mais funções e mais acessórios são accionados pela cambota (direcção assistida, alternador, bomba de água, ar condicionado, etc.), exigindo a transmissão permanente de binário através da respectiva correia. A única forma de superar a perda de atrito entre a correia e a polia é a utilização da tecnologia Multi-V, a qual maximiza a área de contacto da correia com a polia, através dos seus vários perfis trapezoidais, geralmente 6. No entanto, como a correia tem que suportar grandes solicitações dinâmicas e térmicas, acaba por envelhecer e deixar de proporcionar a tracção necessária, pelo que as funções perdem o seu rendimento habitual e até o motor fica afectado, registando sobreaquecimento, baixa potência e excesso de consumo. A degradação das correias arrasta consigo a deterioração das poleias e tensores, obrigando a substituições caras.

Cobertura completa Os produtos de grande qualidade não são por vezes encontrados com facilidade no mercado. Isso não se aplica às correias Flennor EPDM Multi-V, pois a sua oferta inclui praticamente todos os veículos do parque circulante. A gama de 528 referências cobre 11.450 modelos de carros de passageiros. Além disso, os intervalos de espaço são reduzidos em 5 mm, assegurando uma montagem precisa, nas serpentinas de baixa tolerância, com tensores automáticos. Óptima montagem, relativamente ao comprimento de origem. Por outro lado, as correias são marcadas por tamanhos (Fig. 2), tornando fácil a identificação da correia necessária para um determinado modelo de carro.

FIG. 2 As correias EPDM Multi-V da Flennor, são marcadas por tamanhos

Comprimento real em mm

Secção dos perfis

6 PK 1070 Número de perfis

Tecnologia EPDM Multi-V da Flennor A marca alemã Flennor fornece correias para o equipamento original, onde a concorrência é grande e o nível de exigências elevado. Para corresponder às exigências dos fabricantes, teve que desenvolver uma tecnologia mais fiável, a partir de materiais da última geração, como é o caso do EPDM reforçado, que oferece a melhor performance e a mais longa duração do mercado. Esta tecnologia está agora igualmente disponível no mercado de substituição, garantindo uma solução superior à correia de origem. Para compreendermos como é que esta correia se tornou uma excelente opção do mercado para sistemas de transmissão em serpentina, temos que analisar em pormenor a sua construção (Fig. 1).

FIG. 1 Características das Correias EPDM Multi-V da Flennor CARACTERÍSTICAS 1 2

Tela posterior

- Alta resistência ao desgaste

Estrutura de cordões em poliéster

- Óptima capacidade de tracção a tensões elevadas - Deformação mínima

Perfis fabricados em EPDM reforçado a fibras

- Óptima resistência a temperaturas extremas - Excelente resistência a desgaste e solicitações extremas - Boa resistência a pingos de óleo - Elevada resistência a ozono - Deslizamento mínimo

Perfil de fraca espessura

- Excelente flexibilidade - Maior estabilidade em funcionamento - Baixo nível de vibrações e ruídos

3

4

DESEMPENHO

1 – Fissuras transversais As contínuas flexões, uma vez que a correia opera com as duas faces (interior e exterior), não raramente em poleias de reduzido diâmetro, bem como as elevadas temperaturas que se verificam no compartimento da correia, acabam por produzir esta anomalia. Isto deve-se ao envelhecimento do composto de que é feita a correia, começando pela ponta das estrias longitudinais até atingir a base estrutural da correia. Em geral, esta situação pode verificarse quando decorre mais de 70% da vida útil da correia. 2 – Ruptura das estrias Neste caso há desprendimento de material das estrias longitudinais, até à base da correia.


CONH - Correias Flennor:Jornal das Oficinas

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CONHECER

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DOIS EXEMPLOS DE CORREIAS DETERIORADAS 1 - Perfis de borracha com fissuras dispersas Aspecto: Pequenas rachadelas ao longo dos perfis da correia. Causa: A contínua exposição ao calor e o esforço da correia ao dobrar-se sobre as poleias acaba por provocar fissuras de reduzidas dimensões. No entanto, as fissuras começam pelo topo do perfil e avançam continuamente até à sua base. Como norma prática, se as fissuras aparecem entre 1 ou 2cm separadas entre si, cerca de 80% da duração da correia está esgotada e pode ser a altura ideal para a substituir. Solução: Substituir a correia danificada por uma Flennor EPDM Multi-V, que foi concebida para suportar as mais altas temperaturas e para resistir à fissuração.

2 - Correia picada Aspecto: Partículas do material da correia são arrancadas do topo dos perfis e depositadas nas estrias da correia. Causa: Esta anomalia pode ter diversas causas, incluindo tensão insuficiente da correia, desalinhamentos ou polias gastas, assim como várias combinações destes 3 factores. Este fenómeno é no entanto mais frequente nos motores diesel, embora não se limite a estes. Solução: Quando isto sucede, a correia começa a fazer ruído e vibra excessivamente, devendo ser substituída, antes que se parta.

TESTE DE RESISTÊNCIA À ABRASÃO TESTE DURAÇÃO CORREIAS EPDM MULTI-V PROTECÇÃO DO MOTOR

MV 61 Condições do Teste

Motor 4 cilindros diesel Condições do Teste

TIPO DE MATERIAL DOS PERFIS Isto pode acontecer na sequência do gretado referido no ponto 1, por deposição de sujidades e materiais nos canais entre as estrias ou devido a uma montagem da correia demasiado “violenta“.

3 - Depósito de materiais Embora não ocasione a ruptura da correia, este fenómeno provoca excesso de vibrações da correia e ruídos incómodos. A anomalia é provocada pelo depósito de partículas de material da correia nos sulcos existentes entre as estrias, que resultam do desgaste natural ou prematuro da borracha. A tensão incorrecta da correia (baixa), desalinhamento e/ ou desgaste das poleias, bem como a excessiva vibração dos motores diesel, podem potenciar este fenómeno.

Desgaste

APÓS O TESTE, AS CORREIAS EPDM NÃO APRESENTAM FISSURAS, MESMO DEPOIS DE ULTRAPASSAR AS 1.000 HORAS DE FUNCIONAMENTO CONTÍNUO NUM MOTOR DIESEL, ISTO É, MAIS DO DOBRO DA MÉDIA DE VIDA DE UMA CORREIA PRODUZIDA COM CLOROPRENO

A CORREIA DE EPDM REGISTOU UMA PERDA DE MATERIAL 20% INFERIOR À DA CORREIA FABRICADA COM CLOROPRENO

FIG. 3 Período de substituição das correias EPDM Multi-V da Flennor - Em termos estatísticos, o número de avarias em sistemas de correias de transmissão aumenta claramente a partir do 4º ano de utilização da viatura. As correias EPDM Multi-V garantem 4 anos de uso ou mais, dependendo das condições de utilização e manutenção. Veículos com avarias em correias (valores em milhares)

Horas de utilização

- Volante de motor leve = forças de torção elevadas - Temperatura = 120º C - Regime do motor = 700 rpm (+/- 50) - Critério de avaria = fissuração dos perfis

250 200 150 100 50 0

1

2

3

4

5

6

7

Diâmetro das polias Tipo de Correia Concorrente Carga Regime Temperatura da sala de ensaio Tensão Procedimento

= = = = =

60mm Flennor 3 PK 975 Fan Europe 5,3 KW 3.500 rpm

= 21º C = 1200 Nm = Funcionamento contínuo durante 24 horas, sendo pesada a correia antes e após o teste

Não compensa deixar funcionar uma correia em mau estado, pois uma avaria na estrada implica a chamada da assistência em viagem e uma reparação que pode ser mais cara do que habitual. Para que a correia funcione perfeitamente e garanta as funções que permitem ao motor o seu melhor desempenho, a marca Flennor recomenda a inspecção regular das correias EPDM Multi-V e a sua substituição no tempo correcto (Fig. 3). Há também muitas situações em que a correia falha devido a outras anomalias do sistema de transmissão. Portanto, a verificação da correia deve incluir sempre a análise das polias, tensores e roletes do sistema, a fim de detectar desgaste ou outros problemas. Se estes apresentarem defeitos, devem ser substituídos, antes que provoquem a ruína da correia de transmissão. PUB


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DOSSIER SISTEMAS DE AR CONDICIONADO (VI PARTE)

Sistemas de filtragem de A/C

T

Embora os circuitos de climatização sejam fechados, não estão imunes a problemas de poluição, devido à erosão provocada pelo funcionamento do compressor e da circulação do fluido, nem de humidades, que se introduzem quando há fugas nos circuitos e operações de manutenção mal conduzidas.

anto a poluição interna, como a humidade, são dois factores negativos no funcionamento dos sistemas de climatização, podendo provocar obstruções dos pontos mais estreitos do circuito (condensador, evaporador e válvula de expansão ou orifício calibrado), enquanto que a humidade acelera a corrosão de todos os componentes metálicos, para além de poder congelar certos pontos, nomeadamente a válvula de expansão e o evaporador. Assim sendo, o fluido refrigerante tem de estar permanentemente a ser filtrado e desumidificado, para permitir o correcto funcionamento do circuito de A/C. Para esse efeito, existem dois sistemas de filtragem do fluido, o filtro/desumidificador e o colector/desumidificador, estudados para funcionarem respectivamente com sistemas dotados de válvula de expansão ou com dispositivo de orifício calibrado. Ambos os sistemas de filtragem asseguram as seguintes funções: - Funcionar como reservatório do fluido, compensando contracções/dilatações, assim como eventuais fugas; - Efectuar a filtragem e desumidificação do fluido refrigerante. Mesmo assim, existem algumas diferenças entre ambos, pois o primeiro está situado no circuito de alta pressão, entre o condensador e a válvula de expansão, enquanto que o segundo é montado no circuito de baixa pressão, entre o evaporador e o compressor. Portanto, o primeiro acumula o fluido no estado líquido, enquanto que o segundo tem que o armazenar no estado gasoso. Além disso, o colector/desumidificador tem uma função suplementar de evitar que o fluido no estado líquido entre no compressor. Isso é necessário, porque o sistema de orifício calibrado deixa passar um fluxo constante de fluido no estado líquido, podendo haver situações em que nem todo o refrigerante se evapora. No sistema da válvula de expansão isso não sucede, porque a válvula de expansão apenas deixa passar a quantidade exacta de fluido líquido que se há-de evaporar.

Funcionamento dos sistemas No sistema do filtro/desumidificador, o fluido líquido a alta pressão entra no filtro pelo lado da admissão (Fig. 1), atravessando o elemento filtrante, e volta a sair pelo lado da descarga, depois de ficarem retidas as impurezas e as partículas de água, passando para a válvula de expansão. A água é retida por um agente desidratante. Quanto ao sistema de colector/desumidificador, o fluido gasoso entra pelo lado da admissão (Fig. 2), de-

pois de sair do evaporador, criando um turbilhão à volta do depósito. Através deste sistema, o remanescente do fluido no estado líquido evapora-se totalmente, voltando a sair pelo lado da descarga, rumo ao compressor. Se houver óleo acumulado no fundo do depósito, este mistura-se no fluxo do gás e ajuda a lubrificar melhor as peças móveis do compressor.

Caixa Filtro Material hidroscópio Microfiltro

FIG. 1 - Filtro / desumidificador O refrigerante líquido a alta pressão passa do condensador, através da admissão, para o desumidificador. Durante este processo, um elemento desumidificador extrai toda a humidade do refrigerante e filtra os corpos estranhos

FIG. 2 - Depósito colector / desumidificador Encontra-se no lado da baixa pressão. O refrigerante é aspirado através do acumulador e atravessa o tubo em U. À medida que o óleo se acumula no fundo, um pequeno furo permite que o refrigerante em circulação transporte óleo, assegurando assim, o regresso do óleo ao compressor

Interruptor da baixa pressão Tubo em “U” Agente desidratante Orifício do tubo Protecção do filtro Filtro Óleo

Manutenção dos filtros Todos os filtros têm um prazo de validade e estes não são excepção, devendo ser substituídos nos períodos de manutenção recomendados pelo fabricante do veículo. Se os filtros ficarem atascados de impurezas e deixarem de absorver a humidade, o funcionamento do sistema de climatização degrada-se rapidamente e pode mesmo deixar de funcionar completamente, devido à falência dos componentes. Uma reparação, neste caso, ultrapassa largamente o que poderia custar a substituição do elemento do filtro. Além do natural envelhecimento do elemento filtrante, é necessário verificar regularmente as ligações do filtro e a própria caixa do mesmo, a fim de detectar eventuais fugas de fluido refrigerante. Depois de substituir os filtros e eliminar fugas, caso existam, é necessário deixar o circuito com a carga de gás especificada. Normalmente, a altura de substituir os filtros coincide com o momento de limpeza do circuito e de reciclagem do fluido refrigerante, permitindo a completa renovação do circuito de climatização. FIG. 3 Válvula de expansão termostática É o componente que divide o lado da alta pressão e o lado da baixa pressão. A sua função é medir a quantidade de refrigerante líquido que entra no evaporador


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DOSSIER VÁLVULA DE EXPANSÃO TERMOSTÁTICA O circuito de um sistema de ar condicionado para automóveis está dividido em duas secções ou circuitos menores, nos quais prevalecem pressões do fluido de refrigeração diferentes. O circuito de alta pressão, começa na válvula de descarga do compressor e termina na válvula de expansão, depois de passar pelo condensador e pelo filtro/desumidificador. Nos sistemas de orifício calibrado, a secção de alta pressão parte igualmente da saída do compressor, mas passa apenas pelo condensador, antes de terminar no dispositivo de orifício calibrado. Quanto ao circuito de baixa pressão, ele inicia-se à saída da válvula de expansão (ou orifício calibrado) e termina na válvula de admissão do compressor, depois de atravessar o evaporador. Nos sistemas de orifício calibrado, o circuito de baixa pressão inclui ainda o colector/desumidificador, situado entre o evaporador e a entrada do compressor. Deste modo, a válvula de expansão (ou orifício calibrado) e o compressor são os pontos de transição da alta para a baixa pressão e da baixa para a alta pressão, respectivamente. Por seu turno, os pontos de transição do estado líquido a gasoso e deste a líquido, estão situados respectivamente no evaporador e no condensador, embora o fluido comece a mudar parcialmente de estado à saída da válvula de expansão (ou orifício calibrado), devido à rápida queda de pressão do fluido. Em termos de temperatura, os pontos de transição são o evaporador (mínima) e a saída do compressor (máxima), embora a temperatura do fluido comece logo a descer à saída da válvula de expansão, devido à evaporação. Para compreender bem FIG. 4 Funcionamento da válvula de expansão termostática Esta válvula é controlada por três pressões distintas: - A pressão do bolbo na parte superior do diafragma; - A pressão do evaporador debaixo do diafragma; - A pressão da mola debaixo do diafragma.

Anomalias dos sistemas de doseamento

Válvulas de expansão

Os principais sintomas de avarias nos sistemas de válvula de expansão ou de orifício calibrado são perda de rendimento ou o total colapso do sistema de climatização. Como se trata de componentes onde ocorre simultaneamente a mudança de estado, pressão e temperatura do fluido, os problemas de sobreaquecimento ou de congelamento podem ocorrer. Outra hipótese é a possibilidade da acumulação de resíduos, devido ao facto do ar condicionado não ter sido utilizado durante muito tempo. Também podem ocorrer danos nestes componentes, devido a falhas noutros pontos do circuito, nomeadamente nos componentes que ficam a montante, isto é, o condensador e o compressor. A verificação destes sistemas de doseamento de fluido pode ser efectuada de várias formas, começando pela inspecção visual exterior. Há certas válvulas de expansão que possuem um visor transparente no tubo de saída, para permitir a visualização do fluxo do fluido refrigerante. Se este for irregular ou insuficiente, o componente terá que ser desmontado, para analisar as causas. A verificação sonora também é possível, porque a normal operação destes sistemas produz um silvo característico de baixa intensidade. A temperatura exterior das mangueiras é outro factor que permite identificar as anomalias do circuito de A/C . As mangueiras à entrada e à saída do evaporador devem estar frias, enquanto que as mangueiras do condensador têm que estar quentes, mais a do lado do compressor, logicamente. A medição da pressão do fluido com o sistema de A/C em funcionamento também permite identificar os problemas destes componentes.

Sistema não lavado?

Orifícios calibrados O-Ring danificado durante a montagem

Danos durante o transporte ou a montagem?

Sistema não lavado?

FIG. 5 - Orifício Calibrado A injecção do fluido refrigerante para o evaporador difere em relação à válvula de expansão devido ao volume fixo do jacto. Regra geral, o restritor fixo é montado em sistemas com compressor de deslocamento variável

Filtros de admissão

Restritor

o papel da válvula de expansão, temos que concluir que é o único componente do circuito de A/C onde coincidem os três pontos de transição do fluido: estado, pressão e temperatura.

Função e modo de operar A válvula de expansão é também chamada termostática (TXV), porque a sua função é garantir a mínima temperatura no evaporador, doseando o fluido no estado líquido na quantidade exacta, para alcançar esse objectivo. O outro objectivo da válvula de expansão, que é garantido pelo primeiro, consiste em evitar que o fluido no estado líquido alcance o compressor, onde poderia causar danos. Para cumprir a sua função, a válvula de expansão termostática (Fig. 3), tem que "sentir" a temperatura do fluido que prevalece à saída do evaporador. Um bolbo térmico, localizado nesse ponto do circuito, contém fluido refrigerante, cuja pressão varia em função das modificações de tempera-

O-Rings

Filtro de saída

tura (Fig. 4). Através de um tubo capilar, a pressão do fluido é transmitida a um diafragma existente no corpo da válvula, que reage de forma correspondente. No entanto, este não é o único tipo de pressão a controlar o funcionamento da válvula de expansão termostática, existindo três tipos de pressão que condicionam a operação do diafragma:

1. A pressão do bolbo localizado no evaporador exerce-se na parte superior do diafragma e tende a abrir a válvula, aumentando o fluxo de fluido; 2. A pressão do evaporador, que está directamente relacionada com a quantidade de fluido refrigerante no interior deste, é exercida na parte de baixo do diafragma, tendendo a fechar a válvula, limitando a passagem do fluido; 3. A pressão de uma mola existente sob a mola, regulada de fábrica, e que tende igualmente a fechar a passagem no fluido.

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É o equilíbrio destas três formas de pressão que condiciona o funcionamento da válvula de expansão e o caudal de fluido refrigerante que passa do circuito de alta pressão, para o de baixa pressão. Como os dois últimos tipos de pressão tendem a fechar a válvula e a limitar a passagem de fluido, o único que pode desequilibrar o diafragma e abrir a válvula é a pressão que vem do bolbo junto do evaporador, cuja pressão aumenta, quando a temperatura também aumenta. Deste modo, se a válvula estiver a operar correctamente, a quantidade de fluido nunca pode ser excessiva, porque a mola e a pressão interna do evaporador impedem que a válvula se abra mais do que o estritamente necessário.

ORIFÍCIO CALIBRADO Como os dois sistemas coexistem indiferentemente no mercado e os fabricantes nunca explicaram claramente as vantagens técnicas ou de custo de um ou de outro sistema, somos obrigados a concluir que se trata de mera opção comercial ou até, simplesmente, de stock de peças, numa determinada oportunidade. De qualquer modo, a válvula de expansão é um componente mais complexo do que o dispositivo de orifício calibrado, pelo que somos levados a entender que se trata de uma opção de maior valor acrescentado, ou seja, de rentabilidade. Seja como for, os dois sistemas asseguram exactamente a mesma função, com os mesmos resultados práticos, ou seja, dosear a quantidade de fluido refrigerante que entra no evaporador, obrigando-o a mudar de estado e a arrefecer acentuadamente. A principal diferença entre os dois sistemas é a forma de auto regulação dos volumes e pressões do fluido que circula no circuito de climatização. No sistema de orifício calibrado, que é de fluxo constante, a regulação ocorre no acumulador/desumidificador, a posteriori, enquanto que no sistema da válvula de expansão é a própria válvula que efectua a regulação, aumentando ou diminuindo o fluxo do refrigerante, a priori.

Funcionamento do sistema O dispositivo de orifício calibrado é construído a partir de um tubo, dentro qual existe outro tubo ainda de menor diâmetro, cuja medida é calibrada (Fig. 5). O tubo exterior pode apresentar várias cores, que identificam em cada caso o diâmetro do orifício calibrado, adequado a cada modelo de viatura. Para evitar a passagem de fluido à volta do orifício calibrado, o tubo onde este está montado possui dois anéis de vedação. Tanto à entrada, como à saída do orifício calibrado existe um filtro para eliminar as impurezas que circulem no fluido refrigerante. O filtro de saída tem ainda a função de ajudar a diminuir a densidade do fluido refrigerante. A quantidade de fluido que atravessa o orifício calibrado é determinada pela pressão do circuito, que resulta da compressão do fluido realizada pelo compressor. Fonte: Behr Hella Service


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MERCADO Equipamentos de Lubrificação

Mudança de óleo Depois dos equipamentos manuais para mudanças de óleos, começam a aparecer as estações com aplicação directa nos bidons e de aspiração por ar e recolha e armazenamento imediato. Além disso, começam já a fazer sentido os sistemas de gestão de lubrificantes.

A

mudança de óleo deixou de ser um trabalho sujo para passar a ser uma actividade que, também por força das normas ambientais, exige alguns cuidados. As marcas fabricantes de equipamentos têm estado atentas às exigências do mercado e oferecem agora uma gama vasta de produtos relacionados com estes serviços. Embora os equipamentos de aspiração movidos a ar comprimido ou mesmo eléctrico estejam a ocupar o lugar dos antigos recipientes que apanhavam o óleo nas fossas das oficinas, há ainda muita oferta de equipamentos manuais, já que esta é uma actividade que tem diferentes níveis de complexidade. Para aqueles que tenham muito volume de serviço e onde o preço do óleo seja representativo no orçamento, há já sistemas completos de monitorização dos gastos. O JORNAL DAS OFICINAS apresenta alguma da oferta de mercado. MG Equipamentos Tel: 21 452 88 99

Coral

A MG centraliza a sua oferta para o sector da Lubrificação nos produtos do fabricante Coral, que conta com uma experiência da mais de 40 anos neste sector de actividade. As cada vez maiores exigências do sector da reparação automóvel têm motivado uma constante renovação na oferta deste tipo de produtos. A Normalização obriga ao cumprimento de requisitos relacionados com o controlo ambiental e com a segurança dos Equipamentos. Por outro lado, a competitividade actual aconselha à optimização de soluções em que a redução dos tempos de operação e a eliminação dos desperdícios assumem uma importância vital. Em resposta a estas exigências, a Coral desenvolveu o Sistema de Gestão Computorizada de Fluidos – MCO. Trata-se de um Sistema Modular, indistintamente aplicável a pequenas/médias oficinas ou a grandes Centros de Manutenção. O software controla a distribuição dos diversos fluidos, armazenados de forma centralizada e aplicados nos diversos

pontos da oficina, com um controlo de utilização que inclui a identificação do operador e a rigorosa contagem dos fluidos aplicados. Em complemento, as novas bombas “Vision” aplicadas aos Depósitos Centralizados, permitem regular o fluxo na rede de distribuição independentemente da pressão de trabalho, evitando os “fluxos pulsantes” e absorvendo as sobrepressões na rede. Para além destas novidades, a Coral oferece toda a gama de soluções convencionais aplicáveis a este domínio de actividade. JAM Santos Tel: 227418090 Comercializada pela JAM Santos, a Gartec é uma empresa italiana com uma gama de equipamentos de lubrificação muito extensa. Nos extractores de óleos usados, aparece o ER 1001 e o ER 1002, que funcionam a ar e têm, respectivamente, tanques de 24 litros e 80 litros. Outra diferença do segundo para o primeiro é o facto do esvaziamento deste último ser feito a ar comprimido. Aparece ainda nos extractores uma gama de quatro equipamentos que vai desde o ER 1003 ao

Gartec

rodas para suportar bidons equipado com os dispositivos necessários para fazer o carregamento/descarregamento de óleos. Do mais básico para o equipamento com maior tecnologia, aparecem os sistemas de monitorização de fluidos FMS, Maestro e Junior com uma boa gama de acessórios a completar. 1006, todos eles com uma capacidade de 80 litros, mas com as diferenças de poderem apresentar ou não o reservatório transparente e a tecnologia de despejo do tanque. O 1006 tem mesmo uma bomba de duplo diafragma, para quando é necessária uma potência de extracção maior, sendo que pode também ser utilizada para esvaziar o tanque. Tem a particularidade de transferir óleos a frio. A gama de distribuidores de óleo é ainda mais vasta. A Gartec tem bombas de aplicação directa para praticamente todas as medidas de bidons existentes, mas completa ainda com uma vasta panóplia de acessórios, onde se incluem, por exemplo, as bombas eléctricas da série NP em tudo semelhantes às que se utilizam para transferir água. Outro produto interessante são os kits de mobilidade, que consistem num carro de

Equiassiste Tel: 227887150 A Equiassiste apresenta a marca Meclube com uma série de equipamentos de lubrificação. Entre eles, as bombas para óleo de alta viscosidade, adaptada para utilização em tambores de 750 a 1500 litros, com um consumo de ar de 220 l/min. A bomba pode ser utilizada para distâncias entre 40 e 200 metros. Consegue um débito de 20l/min a 6 bar. Seme-

Meclube


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MERCADO lhante a esta é a bomba de parede, também para óleos de alta viscosidade e um consumo de ar de 220 l/min. A distância a que pode ser utilizada é menor – 100 m – mas o débito de lubrificante continua a ser 20 l/min. Outro produtos interessante distribuído pela Equiassiste é o carro para distribuição de óleo em tambores de 200 litros, equipado com bomba de rácio de 5:1, mangueira R1 ½ M-F de 3M, pistola digital e um enrolador de 10 metros. Há ainda que referir uma estação fixa para aspiração de óleo composta por bomba pneumática com rácio de 1:1, com ajuste de fluxo e manómetro, fixador de parede para a bomba, sondas e mangueira de aspiração. Traz um kit de nove sondas standart e uma mangueira de aspiração com 4 metros. Há outro modelo com um enrolador com 10 metros de mangueira. Na distribuição de óleo, há uma instalação para tambores de 200 litros composta por estrutura completa com suporte, bomba de rácio de 5:1 e enrolador R1 ½” de 10 metros. O tubo é um R1 ½” de 1500 mm e a pistola digital a que tem a referência 1233C. Existe uma variante para instalação de dois tambores, com todos os componentes em dose dupla. Cetrus Tel: 252 308 600

Piuisi/Cetrus

A Cetrus tem a sua própria torre de serviço para distribuição/aspiração de óleo. Trata-se da Tower Service, com enrolador de óleo com 10m, pistola de óleo com contador digital, pingadeira de recolha de óleo, enrolador de ar com 9 mm, enrolador eléctrico com tomada 220 V com 15m, e mangueira espiral com 6 m com pistola para água. Tem ainda uma gambiarra de iluminação sem fios, uma tomada 380 V de 5 pólos 16 A, uma tomada 220 V de 3 pólos 16 A e um grupo pneumático regulador/lubrificador com quatro conexões (1 conexão directa, 1 regulada e 2 lubrificadas). Como opcionais pode ainda incluir um kit pneumático de aspiração de óleo com enrolador. Neste caso, conta com uma bomba de diafragma de 1:1 com manómetro, enrolador de óleo com mangueira ½” e com 6 metros, portasondas e adaptadores e pingadeira antigotas. O kit de gestão de óleos, um suporte para sacos de lixo e outro para rolos de papel completam as opções. Mas a Cetrus comercializa ainda a marca Piusi, onde se destacam a máquina de mudança de óleo automática Vacubox, que retira todo o óleo e emite um sinal assim que a drenagem chega ao fim, e i COM System, que é um sistema de monitorização de distribuição de óleos e fluidos.

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para o tanque de armazenagem. Consegue-se ausência de contacto do operador com o óleo usado e não há necessidade de equipamento móvel. As sondas de sucção têm ligações rápidas e existe a possibilidade de instalação com enrolador de mangueira. Outro equipamento a merecer destaque são os sistemas de controlo e gestão digital de fluidos. Estes permitem controlar o acesso aos pontos de abastecimento de fluidos (unicamente a pessoas autorizadas), controlar todas as transacções assim como a quantidade de fluidos nos depósitos/cisternas. Todos estes controlos podem ser realizados através de um sistema de controlo e gestão digital de fluidos, o qual utiliza um microprocessador, que dá controlo de acesso ao sistema, de todas as transacções efectuadas e geração de informações e dos stocks. Lusilectra Tel: 226198750

Veylen

Bolas – Máquinas e Equipamentos Tel: 266749300 A Bolas, SA representa em exclusivo em Portugal o fabricante italiano de equipamentos de lubrificação RAASM desde 1997. Todos estes equipamentos estão incluídos na Campanha Autopro,

Raasm

que oferece preços promocionais até final de Outubro do corrente ano. Da gama de distribuidores de óleo contam-se os modelos 32024 e o 33024. Ambos têm um depósito de 24 litros com indicador de nivele um funil anti-salpicos. As diferenças são que o 32024 é um equipamento manual com mangueira de dois metros com bocal metálico curvo, ao passo que o 33024 é um distribuidor pneumático com uma mangueira no mesmo comprimento, mas acabando em pistola A gama de recuperadores de óleo tem seis modelos abrangidos dentro da campanha AutoPro. O mais barato deles, o 42085, é um recuperador de óleo por gravidade equipado com aparadeira de 16 l, depósito de 80 l, indicador do nível de óleo, tabuleiro porta-ferramentas e descarga pneumática. Depois, a gama avança por outras funcionalidades como manómetro, jogo de sondas, ou antecâmara transparente para culminar no 44085, de 80 l de capacidade, antecâmara de oito litros, manómetro e jogo de sondas. Tem ainda 16l de aparadeira, indicador de nível de óleo, tabuleiro porta-ferramentas e descarga pneumática.

Tem ainda o novo kit de aspiração e distribuição 45310 equipado com bomba de diafragma ½ polegada, manómetro, enrolador com mangueira de 10 metros, mangueira de aspiração e de alimentação de quatro metros, suporte, jogo de sondas e sonda flexível. Costa & Garcia Tel: 227155300

Samoa

Marca líder em equipamentos de lubrificação, segundo o seu distribuidor em Portugal, a Costa & Garcia, a Samoa oferece um kit dispensador de óleo que inclui enrolador, bomba pneumática e pistola contadora. O enrolador é o Reel Master 1 Emo 10 em compósito e monobraço em alumínio com 10 metros de mangueira para aplicações em serviços pesados que requerem mangueiras de grande dimensão. Já a bomba é a Pump Master 2, que faz parte de uma nova geração de bombas pneumáticas especialmente concebidas para transferir e dis¬pensar óleos lubrificantes. É adaptável para bidões e tanques de 200 l e o seu principal trunfo são as 3 partes moldadas e um “O” ring são componentes únicos e patenteados que formam o mecanismo do motor. No final do circuito encontra-se a pistola contadora volumétrica de registo electrónico, com precisão de contagem de 1 ml e caudal de saída até 10 l/min. Mas a Samoa tem ainda uma unidade de aspiração de óleo usado com bomba pneumática com sucção directa do motor

O Velyen V2 – Sistema de gestão pósrádio frequência simples consiste num sistema central e computorizado, fácil de utilizar, destinado a optimizar o controlo e stock dos fluidos. Trata-se de um sistema ajustado ao cliente final e apenas acessível a pessoas autorizadas. É um produto certificado com base na Directiva Europeia UNE 53 432/00 (1+2). É um sistema modular que possibilita o controlo, desde a pré-selecção até à gestão integral dos fluidos, conseguindo informação em tempo real de todas as operações realizadas. A Lusilectra refere que é um sistema funcional e prático, para múltiplas utilizações e vários pontos de distribuição do óleo. Tem um sistema de gestão dos vários tipos de fluidos, calibrando e ajustando cada um deles e informa sobre todo o tipo de dados, permitindo uma melhoria contínua de modo a aumentar a produtividade dos postos de trabalho. O Velyen V2 é um sistema ligado à rede central da oficina, que permite uma utilização máxima de 48 pontos de distribuição do óleo. O sistema é personalizado através de palavra-passe do utilizador e da correcta selecção do fluído a utilizar e sua quantidade correcta. A Lusilectra tem ainda o Velyen V3 – sistema de gestão por rádio-frequência com características semelhantes ao V2, mas ligado à rede central da oficina, com interligação a um PC, que permite uma utilização máxima de 99 pontos de distribuição do óleo, e a utilização em simultâneo por 150 utilizadores.


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MERCADO Embraiagens

Exigência de qualidade A

O mercado das embraiagens é disputado por muitas e diversas marcas. É talvez um dos produtos onde é maior a aproximação do primeiro equipamento ao aftermarket.

substituição da embraiagem de um automóvel consume normalmente algumas horas ao mecânico. A demora neste serviço obriga a que não se arrisque na qualidade da embraiagem no momento de o mecânico a substituir no carro do seu cliente. O JORNAL DAS OFICINAS fez um levantamento da “complexa” oferta de embraiagens no mercado português. Japopeças Telefone: 256 831 212

AISIN

As embraiagens “AISIN” são uma marca de renome mundial, propriedade da companhia japonesa Aisin Seiki Co., Ltd., sedeada na cidade de Kariya, Japão, o sexto maior fabricante mundial em Equipamento de Origem, que pela fiabilidade e qualidade de construção aplicada aos seus produtos, detém a maior quota de mercado de peças fabricadas e fornecidas para a marca Toyota. Utilizando a mesma tecnologia, tornou-se também um importante fornecedor de equipamento original para outros fabricantes de automóveis a nível mundial. Com 40 anos de experiência a fornecer também equipamento aftermarket com qualidade igual à original, utilizou até 2005 a sigla “ASCO”, passando desde então a utilizar uma nova embalagem com a denominação “AISIN”, já utilizada no equipamento original. Novas referências separadas ou em kits de embraiagem são lançadas regularmente de forma a acompanharem a crescente diversidade de modelos, cobrindo assim mais de 90% do parque automóvel actual. A Japopeças, Lda., como seu “Distribuidor Oficial” importa e comercializa toda a gama de produtos do fabricante Japonês “AISIN”, que pela sua localização estratégica no centro da Europa, (Bélgica), torna possível uma gestão de stocks mais eficaz e equilibrada, podendo assim responder de imediato às exigências do mercado. A Japopeças possui em stock os componentes de embraiagem para todos os construtores Japoneses, alargandose actualmente também com grande sucesso aos construtores Europeus. Distribuindo um produto tecnologicamente avançado, num mercado cada vez mais

competitivo, recompensa assim, à imagem do fabricante Nipónico, uma longa dedicação à "Qualidade em primeiro lugar", tendo sempre como finalidade a satisfação total de todos os seus clientes, mesmo os mais exigentes. CS - Acessórios Sobressalentes e Veículos, SA Telefone: 218 547 044

ASHIKA

A CS-Peças Auto é distribuidor exclusivo em Portugal da Ashika. É uma das principais marcas de componentes para veículos asiáticos e americanos presentes no mercado Europeu e foca a sua actividade na comercialização de componentes para o mercado automóvel. A gama Ashika caracteriza-se por uma forte aposta em veículos asiáticos e numa extensa gama de produtos que corresponda às exigências e necessidades dos seus clientes. A CS-Peças Auto tem mais de 150 referências em stock, onde se incluem discos, kits, rolamentos, ventiladores, pratos ou cilindros de embraiagem A CS-Peças Auto disponibiliza também a Aisin. Qualidade, Fiabilidade e experiência adquirida através da coopera-

ção com o mercado OEM (Original Equipment Manufacturer), são características reconhecidas mundialmente que conferem à AISIN uma posição de destaque no fornecimento de componentes para a origem e para o Aftermarket. A CS possui mais de 1.200 referências em stock (onde se incluem mais de 300 de discos de embraiagem e mais de 450 em kits de embraiagem) A Sachs é outra marca do Portfolio de embraiagens da CS-Peças Auto, que possui cerca de 2.000 referências em stock (mais de 600 em discos e mais de 750 em kits de embraiagem). Igualmente disponível na CS está a MECARM. É uma marca italiana de embraiagens para veículos ligeiros e pesados. Existem mais de 130 referências em stock em discos e kits de embraiagem. Destaque ainda para a Valeo, também comercializada pela CS, que dispõe mais de 700 referências em stock (onde se incluem mais de140 em discos e mais de 480 em kits de embraiagem). Automotive Distributors Ltd Telefone: 219 663 720 Esta é uma gama de produtos comercializada desde o princípio da Blue Print. A disponibilidade de componentes em separado e em Kit é uma realidade, porém as vendas destes últimos aumentam a olhos visto, em detrimento das peças vendidas em separado. Porém a Blue Print dá continuidade ao seu trabalho, seguindo com a catalogação de cada um dos componentes.

BLUE PRINT

De facto a Blue Print, tem recebido por parte dos seus Distribuidores, o parecer de que a cada dia a procura de Kits de Embraiagem aumenta. Perante este facto a marca tem-se vindo a revelar mais energética na promoção destes, ao mesmo tempo que vai moldando a sua política comercial e de preços à realidade presente. Porém todos os procedimentos (pesquisa, desenvolvimento de produto, análise de mercado) relativamente aos componentes de embraiagem enquanto produtos individuais, continuam a ser levados a cabo, pois na eventualidade do mercado alterar o seu comportamento é com facilidade que a Blue Print se irá adaptar. Mas não é apenas de Pratos, Discos e Rolamentos ao que nos referimos, quando falamos da embraiagem Blue Print. Os Volantes de Motor e Rolamentos de Encosto fazem já parte da gama. Estes componentes são comercializados em separado, porém são já algumas referências de Kits de Embraiagem que trazem incorporado o Volante de Motor. Estes são casos específicos para alguns veículos, que de origem vêm equipados com volantes


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MERCADO bimassa, mas que o próprio fabricante recomenda que sejam modificados para o “simples”. A este a Blue Print chama Kits de Modificação. Isto, é claro que não quer dizer que a marca não tenha disponíveis os bimassa para os seus distribuidores, quando estes assim o desejam. O preço, esse é sempre um factor decisivo na hora da compra. Os Kits com preços muito apetecíveis e competitivos acabam por aliciar o mercado. Tal política é possível porque a Blue Print negoceia em quantidade suficiente para servir todos os mercados em que está presente. Das quase 800 referências Blue Print de Kits de Embraiagem, todas passam por rigorosos testes de qualidade, não só dos fabricantes como da Automotive Distributors Ltd (ADL). Todos os detalhes das certificações de qualidade e inspecções de rotina são exigidas ao fabricante, enquanto que o departamento de controlo e qualidade da ADL faz as suas próprias verificações. Estas passam por fazer um comparativo com os produtos de origem para garantir a qualidade equivalente. Tal controlo é feito ao nível dimensional e visual, sendo que no caso dos Pratos de Embraiagem abrange, também, a medição da variação da força em quilogramas que podem ser exercidos nas molas/alhetes do próprio prato. Os Discos, Rolamentos, Volantes de Motor e são também verificados contra a origem e através dos desenhos técnicos. Mais uma vez a Blue Print revela-se bastante activa não só na pesquisa e catalogação de novos veículos/componentes, como na certificação de qualidade de todos os produtos. A. Nascimento Telefone: 214 689 174

EGRO

Fundada em 1993, a Egro dedica-se à fabricação e comercialização de embraiagens e peças de embraiagens para aplicações industriais (camiões, autocarros, tractores e máquinas industriais). Um dos destaques da Egro tem a ver com a qualidade de todos os produtos e serviços que presta. Para tal a empresa conta com a certificação ISSO 9001:2000 aplicada ao desenho, desenvolvimento e fabricação de embraiagens e seus componentes. A Egro certifica ainda, de acordo com o regulamento 1400/2002 da Comissão Europeia, que os seus produtos são de qualidade equivalente relativamente aos componentes originais. Sendo especialista nesta área das embraiagens para aplicações industriais a Egro possui uma oferta muito completa, dando resposta a praticamente todas as necessidades do mercado no aftermarket, apresentando um catálogo igualmente muito completo e de fácil utilização.

Gopauto Telefone: 224 853 960

EXEDY

Neocom Telefone: 234 302 150

EMB

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sendo esta oferta complementada pela JAPANPARTS e DAIKIN para o mercado asiático. A oferta conjunta destas marcas, num total de mais de 1.300 referências, assegura uma cobertura do parque automóvel português superior a 99%. Jochen Staedtler – Representações Telefone: 214 868 498

KM

A Exedy é uma marca de embraiagens com mais de 50 anos. Teve como fundador Kazuma Adachi que decidiu dedicarse à nascente indústria automobilística do Japão e começou a trabalhar seriamente no desenvolvimento de uma melhor embraiagem. Eventualmente os seus esforços deram os seus frutos na forma como os discos embraiagem são feitos hoje. O Objectivo da EXEDY é desenvolver novas e melhores tecnologias para ajudar a proteger o ambiente e tornar a vida mais confortável e conveniente, tendo ganho a confiança das principais marcas de automóveis do mundo. A produção da Exedy está certificada no âmbito do controlo de qualidade de ambas as normas ISO / TS 16949 e ISO-9001. As embraiagens EXEDY Europe Ltd foram inauguradas em 1990 com o objectivo de apoiar tanto o mercado de origem europeu como o Aftermarket. É uma marca líder de mercado no campo das embraiagens originais, fornecendo todos os fabricantes de automóveis japoneses. O armazém está baseado em Runcorn Inglaterra, tendo sido feitos investimentos para melhorar o stock Europeu no Aftermarket. Durante toda a década de 1990 a Exedy forneceu as embraiagens que deram à Ferrari Grand Prix muitas vitórias na Fórmula 1. Assim, fruto da sua especialização, a Exedy possui oferta de embraiagens para o Desporto Motorizado, existindo uma gama bastante completa para Rally, Drift, etc. Está também disponível uma nova gama para veículos agrícolas. Em Portugal a Exedy trabalha com a Gopauto, Sa desde 2005.

A gama de embraiagens reconstruídas da Neocom tem uma cobertura do parque de automóveis a circular em Portugal de cerca de 90%. A empresa de Aveiro importa kits de embraiagem reconstruídos a preços competitivos, que são embalados com a marca Neocom. Por sua vez a Neocom é também representante exclusivo dos kits de embraiagem novos EMB. É possível a visualização, desde Junho de 2009, do catálogo completo de kits de embraiagem EMB em www.neocom.pt. Auto Delta Telefone: 244 830 070

JAPANPARTS

A KM é um fabricante alemão de embraiagens para veículos ligeiros e de mercadorias. A mais valia da relação preço/qualidade é um dos atributos desta marca. O seu programa é composto por cerca de 850 referências. Com uma enorme expressão na linha de veículos pesados, a KM tem vindo nos últimos anos a apostar no programa de viaturas ligeiras o que demonstra a sua linha de cerca de 300 aplicações. Schaeffler Iberia, SL. Telefone: 917 777 050

LUK

Devido à importância que a embraiagem desempenha no automóvel a Auto Delta, à semelhança do que faz com todos os restantes produtos que comercializa, sempre pautou a escolha dos seus fornecedores por aqueles que lhe podiam oferecer uma maior garantia de qualidade, nomeadamente marcas que equipam a origem. Por esse motivo conta com marcas tão prestigiadas como a LUK, SACHS e a QUINTON HAZELL (embalando AP) para assegurar a quase total cobertura do parque automóvel existente em Portugal,

As soluções mais actuais na família de embraiagem passam pelos sistemas de desembraiagem hidráulicos, onde a LuK foi pioneira no seu desenvolvimento e posterior introdução no mercado de aftermarket. Destaque para o Repset PRO, o Kit de embraiagem com rolamento central hidráulico. Como inventor do sistema, LuK é fornecedor principal para os construtores de veículos de embraiagens autoajustáveis SAC, tecnologia que permite que o desgaste da embraiagem não afecte as condiçõs de utilização do condutor. Esta tecnologia é muito importante nos modernos veículos diesel de altas prestações equipados com embraiagens de grande diâmetro. O volante Bimassa da LuK é um dos produtos com maior potencial de desenvolvimento no Aftermarket. São mais de 400 referências disponíveis, tendo sido introduzidas 150 novas (entre 2008 e 2009), sendo a LuK o fornecedor de mais de 80% do parque circulante que usa o volante bimassa. A Luk acaba de apresentar as novas gamas de produto, o Repset DMF e a gama de parafusos de encaixe ao volante Bimassa.


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Jornal das Oficinas Agosto 2009 A. Vieira Telefone: 253 470 656

MECARM

MERCADO No total, a Tomarpeças e a Mundimotor têm no seu portfólio mais de 1200 referências de kit’s de embraiagem, distribuídas por quatro marcas de renome, o que garante ao cliente um serviço que se destaca da restante concorrência. Todas estas informações poderão ser ainda consultadas em www.tomarpecas.com. Quinton Hazell Automotive Telefone: 914 585 109

QH A MecArm é uma marca de embraiagens italiana, propriedade da companhia MecArm, fundada depois de 15 anos de pesquisa e com uma experiência de 30 anos em trabalhos com folhas de aço e construção de ferramentas de alta precisão. Embora não tão conhecida como outras marcas no mercado das embraiagens, a qualidade MecArm tem a garantia da certificação ISO 9001-2000. Através dos seus laboratórios participa em pesquisas conjuntas com Institutos e Universidades da União Europeia. A MecArm tem mais de 1.500 referências disponíveis cobrindo assim cerca 95% do parque automóvel de ligeiros. Em Portugal é distribuída pela empresa A. Vieira, SA ( www.avieirasa.pt) que tem sede em Guimarães. Tomarpeças Telefone: 249 310 370

NIPPARTS

Dentro do portfólio de produtos das empresas Tomarpeças e Mundimotor o grande destaque na linha de embraiagens e kit’s de embraiagem vai para a Nipparts.. Com uma gama que cobre a quase totalidade do parque automóvel asiático em Portugal, a Nipparts prima por ter dentro das suas caixas peças com qualidade de 1º equipamento. Com cerca de 200 referências e constantes adições à gama, a Tomarpeças e a Mundimotor oferecem ao seu cliente um produto de excelente qualidade a um preço extremamente competitivo. A outra marca de referência na Tomarpeças / Mundimotor é a JBS, caracterizada por um posicionamento de preços em relação à concorrência bastante atractivo. As cerca de 200 referências em stock permanente garantem a cobertura total do parque automóvel mais “popular”, não descurando o nível de qualidade exigido, mesmo para esta gama de automóveis. Além destas duas marcas de referência, a Tomarpeças e a Mundimotor também distribuem marcas de reconhecida qualidade como é o caso da LuK e da Quinton Hazell .

As Embraiagens são um dos produtos mais antigos do portfólio da Quinton Hazell. Durante muitos anos foram fabricadas na nossa unidade de Colwyn Bay, no País de Gales. Hoje a fábrica está em Leammington Spa, no centro de Inglaterra e é o resultado de uma joint-venture assinada em 2008 com a AP Driveline, desde há muitos anos um dos mais reputados fabricantes de OE. A oferta da QH abarca Kits de Embraiagem e depois as diversas peças em separado, Discos, Prensas e Rolamentos. Dentro da gama de rolamentos disponibiliza os Rolamentos Mecânicos e os Rolamentos de Accionamento Hidráulico. Em 2009 alargou a sua oferta aos chamados Kits de 4 Peças, que para além do tradicional Kit de Embraiagem, incorporam também um Volante de Motor. Este Kit de 4 Peças pode ser utilizado em alternativa ao volante bimassa, já que permite manter as mesmas prestações e é mais económico. Neste momento a QH oferece aplicações para Ford Transit e uma ampla gama de motores do Grupo VAG. O objectivo de curto prazo da QH passa por incrementar as referências que compõem esta gama. Dentro da filosofia de serviço que a caracteriza vai também colocar à disposição dos seus clientes, a partir de Setembro, uma gama de Volantes Bimassa. Desta forma estará também presentes num segmento de mercado que tem registado, nos últimos anos, um forte crescimento. Todas as informações sobre a gama podem ser encontradas nos catálogos QH8 (Papel), QHMedia (electrónico) e também no TecDoc. ZF Services Telefone: 218 954 175 A ZF Trading Aftermarket Ibérica, SA é uma subsidiária da ZF, que tem mais de 100 anos de experiência na fabricação de componentes para o sector automóvel, principalmente para o sistema de transmissão e suspensão. Os produtos comercializados pela ZF (amortecedores, rotúlas, braços de suspensão, direcção, complementos de suspensão e embraiagens) são fabricados

SACHS

materiais de marketing e os melhores catálogos do mercado. O compromisso da TRW é continuar a oferecer o melhor apoio possível, de forma a assegurar o sucesso dos negócios dos seus clientes num mercado competitivo. Valeo Telefone: 962 552 468

VALEO principalmente na Alemanha, mas também em outras fábricas, noutros países. A Sachs dispõe um dos mais abrangentes programas de embraiagens do mercado automóvel de turismo, industrial e agrícola, com mais de 4.000 referências de kits de embraiagem, discos, rolamentos, etc. Além disso, possui uma linha de produtos complementares para melhorar o serviço: cabos, embraiagens, volantes e viscoembraiagens, volante de motor bimassa. Tudo isto permite à ZF oferecer uma cobertura de mais de 98% de todos os veículos europeus. As embraiagens SACHS conseguem garantir a confiabilidade da transmissão e da suavidade da passagem de caixa, além de ser capaz de suportar os mais severos esforços, sendo caracterizada pela sua longa duração. TRW Automotive Portugal, Lda. Telefone: 214 228 344

TRW

A TRW Automotive Portugal oferece um programa completo de kits de embraiagens TRW, com a qualidade do equipamento original. A gama foi lançada no mercado nacional há cerca de 5 anos, como complemento às gamas de Travagem, Direcção & Suspensão e Amortecedores TRW. Construída segundo as especificações do Equipamento Original e em parceria com um fabricante de embraiagens, a gama TRW é constituída por kits de embraiagem novos tipo Pull & Push, 2in1 ou 3in1, e isenta de metais pesados. Todos os kits de embraiagem TRW são fornecidos com instruções de montagem em vários idiomas. A TRW disponibiliza uma gama de 1.500 referências de embraiagens, que asseguram uma cobertura de 95% do parque automóvel europeu, em aplicações europeias e asiáticas. Com a capacidade de fabrico e a credibilidade do Equipamento Original no centro do seu negócio, a TRW tem como um dos principais objectivos assegurar que é o parceiro certo para a sua rede de clientes no mercado independente de pós-venda europeu. Isto implica ter uma oferta abrangente em termos de apoio, desde informação técnica e formação, a

A Valeo é um fabricante do primeiro equipamento, com mais de 121 fábricas espalhadas pelo Mundo. A Valeo tem como clientes os principais construtores do sector automóvel. A sua oferta para o aftermarket é muito vasta, possuíndo uma cobertura de 94% do parque automóvel ao nível dos Kits Completos de embraiagem. Um dos produtos mais recentes da Valeo é o “Kit 4 Peças”. Este Kit de Embraiagem com volante motor foi desenvolvido pela Valeo para substituir a embraiagem original com volante bimassa. Este desenho simplificado, mas extremadamente robusto, diferencia-se no seu aspecto exterior da embraiagem original. No lugar de um volante bimassa com um disco de embraiagem rígido, utiliza-se um volante rígido e um disco com sistema de amortecimento torsional de altas prestações. A Valeo garante que este kit de Embraiagem quando montado correctamente num veículo, assegura a sua qualidade, fiabilidade e durabilidade que satisfazem os elevados standards dos clientes. Outra das apostas tem sido na gama asiática. A Valeo apresenta neste mercado uma Gama de 300 Kits de Embraiagem para Turismos, com uma cobertura de mais de 95% do Parque Asiático. A gama Valeo beneficia da tecnología e da experiência das suas fábricas instaladas na Ásia, especialistas no conhecimento das Embraiagens para veículos asiáticos para o Primeiro Equipamento e mercado de substituição. A gama está constantemente em actualização, para cobrir os últimos modelos de Turismos postos em circulação e abrangendo todas as tecnologias: Kits Tradicionais de “puxar” ou “empurrar”, rolamentos hidráulicos, duplo volante motor, volantes fléxiveis, etc. A gama asiática Valeo está certificada com a etiqueta Valeorigin, beneficiando da qualidade de um fabricante presente no Primeiro Equipamento. A sua produção realiza-se principalmente nas duas fábricas Valeo no Japão e Coreia, as quais fornecem no Primeiro Equipamento os Construtores locais, e as fábricas da Valeo na Europa fornecem as fábricas dos Construtores Asiáticos presentes na Europa.


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O programa completo

• Hengst é desde á muitos anos um parceiro de desenvolvimento e fornecedor em série de todos os importantes fabricantes de veículos • Oferecemos ao mercado de peças de reposição uma gama completa de filtros, com a qualidade de equipamento original, serviço de confiança, bem como grande disponibilidade e flexibilidade

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CARROÇARIA

Colaboração:

Segurança da carroçaria de viaturas de turismo

Absorver em vez de reflectir Pela simples avaliação empírica, todas as pessoas julgam que uma protecção rígida é a melhor defesa contra impactos. De facto isso é verdade, desde que não esteja envolvido o corpo humano nessa protecção rígida, porque a transmissão do impacto poderia causar os mesmos danos do que esse impacto sem qualquer protecção.

E

stão neste caso os capacetes de protecção, cuja rigidez é apenas aparente, pois eles protegem a cabeça de quem os usa ao deformaremse e partirem-se, absorvendo desse modo o impacto. Na carroçaria dos veículos passa-se exactamente a mesma coisa, devendo a carroçaria absorver a energia dos choques, através da sua própria deformação. Se os pára-choques e toda a estrutura entre eles e o habitáculo fossem rígidos, os ocupantes sentiriam o mesmo impacto do próprio veículo, sofrendo acelerações elevadas. Esta evolução do conceito da segurança automóvel permitiu construir carroçarias simultaneamente mais leves, mais aerodinâmicas e mais seguras. Isso só se tornou possível com a emergência da electrónica e das novas tecnologias, permitindo realizar simulação virtual de modelos e testes muito exactos das reacções dos materiais e das peças em face de impactos (Fig. 1).

Funções da carroçaria A carroçaria é a parte do automóvel em que se instalam os passageiros e a carga, tendo ainda a função de suportar os componentes mecânicos de propulsão, direcção, travagem, etc.. Portanto, a carroçaria deve desenvolver-se e ser construída para resistir às deformações provocadas pelas forças decorrentes da deslocação do veículo. Esses esforços são de tracção (acelerações e travagens), de flexão, provocada pelo peso do carro e da respectiva carga, assim como de torção, provocada pelo desnivelamento do perfil das vias. Além disso, a carroçaria deve oferecer segurança e protecção aos ocupantes, em caso de choques, devendo possuir estruturas com capacidade de absorção de energia. Em caso de colisão, a estrutura absorve efectivamente uma parte importante da energia do impacto, transformando-a em energia de deformação. Portanto, se a capacidade de deformação for maior, também a absorção de energia será superior, garantindo uma célula de sobrevivência no interior do habitáculo. Componentes da carroçaria A maior parte dos veículos ligeiros de passageiros e mesmo os SUV, bem como certas Pik-ups utilizam uma carroçaria autoportante, formada por uma grande quantidade de peças unidas de modo a formarem um conjunto homogéneo, na qual todos os elementos participam na segurança do veículo e na função de suportar a sua carga estrutural global. Para cumprir satisfatoriamente a sua missão, a carroçaria possui zonas de

FIG. 1

As novas tecnologias e a electrónica permitem obter respostas concretas imediatas sobre o desempenho de todos os componentes da carroçaria

FIG. 2

Os gabinetes de estudo e desenho de carroçarias automóvel dispõem de ferramentas avançadas de cálculo computorizado e de programas de simulação dinâmica em 3D

deformação específicas, na parte dianteira e na zona posterior, que asseguram a protecção da zona central. Em caso de impacto, a energia das forças de reacção não se transmite ao habitáculo, protegendo os ocupantes. Para que essa protecção seja mais eficaz, a parte central da carroçaria é constituída por peças de maior rigidez, sempre com um certo grau de deformação, de forma a garantir uma célula de sobrevivência em situações de acidente. Além dessas características, o interior da parte central da carroçaria está isenta de peças de elevada dureza e com esquinas ou pontas que possam constituir um risco para os ocupantes. Também está projectada para impedir a penetração da coluna da direcção, pedais e outros componentes mecânicos potencialmente perigosos. As referidas três zonas da carroçaria cumprem uma função estrutural diferenciada, embora a análise do conjunto seja necessária para avaliar o desempenho final. Do mesmo modo, cada componente é estudado isoladamente e em interacção com os restantes, a fim de optimizar o seu desempenho no conjunto da estrutura. É assim que é determinada a espessura das peças, a sua forma, o material a utilizar e o seu processo de fabrico. Para proteger os passageiros contra impactos laterais, as portas e os pilares da carroçaria são reforçados, sendo colocadas barras metálicas transversais e blocos de poliuretano expandido no interior das portas. Concepção e fabrico Os dois principais desafios que os construtores enfrentam no desenvolvimento de um novo modelo, no plano da carroçaria, são a segurança (activa e passiva) e o menor consumo de combustível, o qual depende essencialmente da aerodinâmica e do peso total do veículo. O compromisso ideal entre estes factores é obtido com recurso inclui o cálculo exacto de valores, através de avançados programas de desenho assistido por computador, com os quais se obtém uma imagem tridimensional da carroçaria. A partir daí são realizadas diferentes simulações, a fim de comprovar as diferentes hipóteses de comportamento da estrutura em caso de colisão (Fig. 2). Passo a passo, torna-se possível optimizar os parâmetros mais importantes, como a máxima capacidade de absorção de energia. Este estudo de base teórica é sem seguida complementado por testes reais de impactos (crash-test), que permitem validar as opções dimensionais, o comportamento dinâmico de certos elementos básicos (longarinas, travessas, pilares, tecto, etc.).


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CARROÇARIA A eficiência aerodinâmica é confirmada com um modelo de escala reduzida no túnel de vento. Os painéis de chapa de menores espessuras são conformados em prensas hidráulicas. De seguida, todas as peças são soldadas entre si, obtendo-se um módulo mais complexo. A carroçaria completa obtém-se através da montagem de todos os módulos, geralmente através de soldadura robotizada (Fig. 3). O tipo de soldadura mais utilizado é a soldadura por pontos. Em menor grau, também são utilizados outros tipos de soldadura (laser, mig-brazing) ou a própria colagem dos componentes. As peças exteriores da carroçaria (guarda-lamas, portas, capot do motor e porta posterior) são geralmente aparafusadas à estrutura já obtida. Nas carroçarias da última geração, os próprios vidros são colados à carroçaria e passam a fazer parte desta, contribuindo para a rigidez e resistência do conjunto.

Materiais utilizados A resistência e a capacidade de absorção de energia de uma carroçaria dependem basicamente dos materiais utilizados na sua construção, bem como da espessura e da forma das peças que a integram. O aço é o material mais utilizado, desde logo pelo seu custo relativamente reduzido e pelas suas características técnicas, comparativamente ao outros materiais (resistência, rigidez, facilidade de moldagem, etc.). Os aços mais utilizados nos processos de conformação a frio são os convencionais, assim como os de alto limite elástico ((HSS). Devido à sua tendência para a oxidação, os aços são geralmente protegidos contra a corrosão (galvanização, fosfatação, etc.), a fim de garantirem a qualidade e fiabilidade das carroçarias. Os aços de alto limite elástico, mais caros, permitem reduzir o peso dos veículos, mantendo o seu nível de segurança, estando a ser utilizados em escala crescente nos componentes da carroçaria. De facto, para se obter o nível desejado de rigidez com aços convencionais, é necessário empresar chapas de espessura maior, aumentando o peso total da estrutura. Idêntica rigidez é possível obter com chapas mais finas de aços HSS, respondendo à crescente necessidade de reduzir o peso dos veículos. Os plásticos e o alumínio também são utilizados na construção de carroçarias

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Colaboração:

FIG. 3

A automatização dos processos de montagem das carroçarias permite obter níveis superiores de qualidade de construção, com custos de produção mais reduzidos

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em menor escala, devido ao seu custo mais elevado (no caso do alumínio), mas possuem algumas características vantajosas, entre as quais se contam a maior leveza, facilidade de reciclagem e maior resistência à oxidação. O alumínio é utilizado principalmente nos painéis exteriores, podendo também dar origem a carroçarias completas de veículos mais exclusivos (Audi A 8, Jaguar XJ, etc.) e de grandes dimensões, onde a vantagem do peso é mais evidente. O plástico também está a ser muito utilizado em várias peças não estruturais (pára-choques, grelhas do radiador, painéis de instrumentos, consolas centrais, guarda-lamas, capots, etc.). O plástico tem custos mais económicos, não oxida e pode ser moldado facilmente em formas de geometria complexa. A sua baixa resistência mecânica limita, no entanto, a sua utilização em carroçarias completas. A carroçaria de um veículo deve desenvolverse e ser construída para resistir às deformações provocadas pelas forças decorrentes da deslocação do veículo

FIG. 4

Nenhum novo modelo de automóvel pode ser homologado para comercialização, sem passar por ensaios conclusivos de segurança

Modelos de automóveis de competição e desportivos possuem peças estruturais e até chassis em plástico, mas reforçados com fibras de custo elevado (carbono, kevlar), o que também limita a sua aplicação. O plástico reforçado com fibra de vidro, material mais económico, permite fabricar peças com boa resistência mecânica (pára-choques, capots, portas posteriores, depósitos de combustível, assentos, etc.). Em qualquer dos casos, a utilização dos materiais na carroçaria de veículos passa por rigorosos cálculos prévios e testes virtuais do seu desempenho no plano da segurança, assim como por testes práticos intensivos (Fig. 4), de forma a garantir padrões elevados de conforto e segurança. PUB

UM MUNDO DE MARCAS À SUA ESCOLHA

Praceta D. Álvaro Vaz de Almada, 10 - Arm. B - 2615-358 Alverca - Tel: 219584273 - Fax: 219577133 - Email: tecniverca@tecniverca.pt - www.tecniverca.pt


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MOTOCICLOS

Colaboração:

PASSO A PASSO

Verificar o alinhamento de motociclos

1º PASSO A moto é colocada na posição vertical.

As motos são veículos de uma certa fragilidade, podendo sofrer danos e deformações estruturais, que não são perceptíveis a uma mera inspecção visual. Um problema frequente é o desalinhamento pouco acentuado entre a roda da frente e a roda de trás. Para verificar este tipo de anomalias, que podem ter graves consequências na estabilidade dinâmica da moto, utilizaremos um sistema mecânico muito prático, cuja forma de utilização explicaremos em dez passos sucessivos.

8º PASSO Verificação guiador da moto, utilizando dois pontos simétricos.

2º PASSO Verificação do estado dos pneus, cujos desgaste irregular revela desalinhamentos.

4º PASSO Montagem dos medidores angulares.

6º PASSO Centragem da roda dianteira.

9º PASSO Verificação da forquilha dianteira.

3º PASSO Desmontagem dos guarda-lamas e colocação dos suportes dos medidores.

5º PASSO Colocação das borrachas alinhadoras.

7º PASSO Colocar o medidor a zero, com a ajuda do nível.

10º PASSO Comparação do ângulo de queda dianteiro e de trás.

Telefone: +34.976.549.690 Fax: + 34.976.615.679

e-mail: czinf@centro-zaragoza.com Internet: www.centro-zaragoza.com

Centro Zaragoza Carretera Nacional, 232, Km 273 50690 Pedrola (Zaragoza) Espanha

CURSOS

CURSOS DE FORMAÇÃO - SETEMBRO 2009

Novos Peritos de Seguros de Automóveis Circuitos e Sistemas Eléctricos e Electrónicos Diagnóstico Processos de Preparação de Pintura Formação Comercial para Vendedores Detecção de fraude Organização da oficina de Chapa e Pintura Técnicas de Aerografia 1 (nível iniciação) Identificação das Peças de Caroçaria Sistemas de valoração (Tempários) Processos de Soldadura na Reparação Automóvel Estratégias e Técnicas de Negociação

DATAS

17 Set. A 18 Dez. 7 e 8 Setembro 9 e 10 Setembro 14 a 17 Setembro 16 a 18 Setembro 21 Setembro 21 a 24 Setembro 21 A 25 Setembro 22 Setembro 23 a 25 Setembro 28 e 29 Setembro 28 a 30 Setembro

DURAÇÃO

443 horas 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 4 dias (22 horas) 3 dias (16 horas) 1 dia (4 horas) 4 dias (28 horas) 5 dias (28 horas) 1 dia (4 horas) 3 dias (16 horas) 2 dias (10 horas) 3 dias (16 horas)

PREÇO

4.725 Euros (+ IVA) 528 Euros (+ IVA) 528 Euros (+ IVA) 1.112 Euros (+ IVA) 790 Euros (+ IVA) 335 Euros (+ IVA) 1.112 Euros (+ IVA) 1.216 Euros (+ IVA) 304 Euros (+ IVA) 730 Euros (+ IVA) 608 Euros (+ IVA) 790 Euros (+ IVA)


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ACTUALIDADE

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Destaques

Soluções Bio Car

Inforbelt lançou recentemente duas soluções para combater o roubo, utilização indevida e Carjacking de veículos automóveis (e também motos). O Bio RF Car é um sistema de RF, desenhado e concebido para instalar em carros e motos de forma a poder proteger estes bens. Inclui dois cartões RF, que poderá e deverá colocar na carteira. O Bio RF Car, reconhecará os cartões até um raio de 20 metros. Em caso de furto do veículo, quando sair do raio de acção do Bio RF Car o mesmo se imobilizará imediatamente. Outro sistema comercializado pelo Inforbelt é o Bio Car, que mais não é do que um sistema biométrico para protecção do automóvel.

A

Com este sistema, que não deixa de ser inovador, permite unicamente que uma pessoa (ou alguém autorizado por ela) possa conduzir determinado veículo com este sistema. O mesmo funciona através das impressões digitais, reconhecendo dessa forma o utilizador do veículo, através da colocação do dedo num pequeno aparelho. Este aparelho é fácil de instalar, entra em acção 30 segundos após desligar o carro, tendo uma memória para 10 impressões digitais e uma memória interna para até 50 eventos. Para além de outras características, algumas delas mais técnicas, não foram informados os preços destes dois equipamentos, que são uma mais-valia no combate ao roubo de veículos.

Rotas Online agora em Português

TomTom, líder mundial no fornecimento de sistemas de navegação portátil, acaba de anunciar a disponibilização da Solução de Planeamento de Rotas Online em Português. Este software da TomTom, previamente acessível em Inglês, Alemão, Italiano, Espanhol, Francês e Holandês, permitirá aos utilizadores facilmente pré-planearem as suas rotas na sua própria língua. Após a introdução da hora de partida desejada, o Planeamento de Rotas calcula o percurso mais rápido graças à tecnologia inovadora TomTom IQ Routes™. Esta ferramenta inteligente considera todos os factores que possam influenciar os tempos de viagem, incluindo semáforos, rotundas ou lombas, para uma informação mais precisa mediante a hora e o dia da semana. “A disponibilização da solução de Planeamento de Rotas Online da

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TomTom irá tornar esta ferramenta acessível a um maior número de utilizadores que poderão usufruir das nossas tecnologias premiadas para optimizar o seu diaa-dia,” refere Nuno Gomes de Azevedo, Country Manager Ibéria da TomTom. “Este software é ideal para tirar melhor partido da época de férias que se aproxima, permitindo aos condutores planearem o seu percurso em detalhe antes de iniciarem viagem.” Mais informações sobre a solução de Planeamento de Rotas online da TomTom em http://routes.tomtom.com.

Garmin CityXplorer

Garmin acaba de anunciar a chegada dos novos mapas CityXplorer, que constituem a última novidade em matéria de navegação. Os mapas CityXplorer podem ser descarregados para os novos GPS nüvi® 1200, 1300 e 1400 permitindo ao utilizador planear e fazer viagens por um vasto conjunto de cidades de todo o mundo utilizando a mais recente tecnologia de navegação pedestre. CityXplorer oferece o modo Transporte Público que permite ao utilizador viajar por rotas que possam incluir autocarros, eléctricos e metro. Com estes novos mapas, o GPS indica que percurso e respectivo transporte público o utilizador tem que apanhar para chegar ao destino escolhido. As regiões que estão cobertas pelo CityXplorer e disponíveis para down-

load no site da Garmin incluem cidades como Nova Iorque, Atenas, Londres, Lisboa, Paris, Roma entre mais de 55 cidades. Os downloads estão disponíveis a partir de 8.99€ por cidade em www.garmin.pt O CityXplorer é a mais recente novidade da Garmin, que celebra este ano 20 anos de inovação e tecnologia. A Garmin é uma empresa reconhecida mundialmente nas áreas automóvel, aviação, marítima, outdoor e fitness.

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VW Caddy TDi 75 cv

Trabalhador

O motor 1.9 TDi continua ainda a dar frutos. Desta feita foi introduzido no comercial Caddy numa nova versão com 75 cv, que tem por missão dar descanso à versão SDi. Pelos números fornecidos pela VW as vantagens desta nova versão fase à antiga são óbvias, tanto mais que ambos têm o mesmo preço. Para além de ter mais potência (mais 6 cv) o grande argumento da nova versão 1.9 TDi está no binário, quaVW Caddy TDi 75 cv Cilindrada cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)

U

4/1.896 75/4.000 210/1.900 165 6,0 16.400 Euros

se 50% superior ao anterior modelo. Os actuais 210 Nm do motor 1.9 TDi da Caddy (obtidos apenas às 1.900 rpm) garantem-lhe um excelente desempenho na distribuição urbana, evitando não só o recurso constante à caixa de velocidades como uma linearidade no desempnho, que se traduz em conforto para quem passa umas horas “valentes” ao seu volante. O menor esforço deste motor traduz-se também em consumos mais comedidos, cerca de 6 litros aos 100 Kms. Com a motorização TDI de 75 cv acelera-se dos 0 aos 100 km/h em menos 3 segundos do que com o motor SDi e recupera-se dos 80 para os 120 km/h em menos 4,5 s. Podendo suportar longas distâncias, claramente que com este motor a Caddy sente-se bem é nos percursos de cidade, sendo este veículo fácil de conduzir, prático e robusto.

Hyundai i20

“Mais” carro

Sucessor do Getz, o Hyundai i20, surge na lógica das novas designações da marca coreana. Porém, do Getz o i20 nada recebeu, já que a Hyundai apostou em dar “mais” a este modelo. Mais funcionalidade graças à configuração do habitáculo com excelentes níveis de qualidade para o segmento, melhor equipamento de segurança e um comportamento francamente melhor, tudo porque o i20 possui um novo chassis e umas novas suspensões. A atribuição de cinco estrelas nos testes EuroNCAP reforçam precisamente a ideia de que a Hyundai não só dotou o i20 com boas soluções técnicas, como não facilitou na construção e nos materiais. O interior do i20 é muito amplo e espaçoso (e bem insonorizado), que o posiciona num patamar intermédio entre o

segmento B e o C, disponibilizando este carro uma boa posição de condução e uma bagageira de 295 litros. Mecanicamente o i20 também é “mais” carro. O motor de 1.4 litros TD é muito solicito e dinâmico, proporcionando baixos consumos e performances interessantes. Os travões são eficazes a responder, a caixa de velocidades está bem escalonada e a direcção é rápida e precisa, tornando o i20 um carro fácil de conduzir. Hyundai i20 Cilindrada cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)

4/1.396 90/4.000 220/1.750 171 4,4 16.950 Euros


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SUPTEC - Lancia Y (1,2):Jornal das Oficinas

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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

COLECCIONÁVEL

Nº 45 Agosto 2009

BOLETIM TÉCNICO Colaboração:

Lancia Ypsilon 1.2 16V e Lybra 1.6 16V Nos modelos Lancia Ypsilon 1.2 16V e Lybra 1.6 16V, podem ocorrer anomalias de funcionamento, que não são imediatamente solucionadas pela substituição de peças.

Muitos mecânicos da nova geração pensam que para efectuar a reparação basta detectar o código de erro na memória da unidade electrónica de controlo e substituir o componente correspondente à anomalia, mas isso nem sempre é tão linear assim. Com efeito, nestes modelos da Lancia podem ocorrer anomalias de funcionamento, que não são imediatamente solucionadas pela substituição de peças. No exemplo que estamos a tratar, um Ypsilon 1.2 16V acusou avaria no "sensor de pressão", através da ligação a um aparelho Axone 2000/Navigator (Texa). No entanto, antes de substituir o sensor, é necessário verificar o estado de limpeza do corpo da borboleta do acelerador, especialmente o disco da borboleta e o seu ponto de encosto. Na maior parte dos casos em que se verificam anomalias de carburação, através das emissões de escape, há problemas de limpeza na borboleta do acelerador, cujo movimento fica alterado, o mesmo sucedendo ao fluxo de ar de admissão. Se, mesmo depois de efectuar uma limpeza completa ao corpo da borboleta, à própria válvula e ao seu perímetro de encosto, o erro de autodiagnóstico ainda se mantiver, é necessário verificar a continuidade eléctrica da linha entre a ECU motor e o sensor de pressão de admissão, cujo esquema eléctrico se pode encontrar no banco de dados dos equipamentos de diagnóstico. Para que não reste a menor dúvida, deve-se igualmente verificar o estado dos parâmetros de pressão de admissão, utilizando a página de parâmetros do aparelho Axone 2000/Navigator. Os valores normais devem ser os seguintes: - 1020 mbar com o motor desligado; - 300 a 350 mbar ao ralenti - Um pico de 900 mbar, a seguir a uma aceleração.

EMISSÕES REVELAM MÁ CARBURAÇÃO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Electroinjector do cilindro nº 01 - sinal B 28 Electroinjector do cilindro nº 02 - sinal B 36 Electroinjector do cilindro nº 03 - sinal B 37 Electroinjector do cilindro nº 04 - sinal B27 Sensor de posição borboleta/acelerador - sinal B 03 Sensor de pressão do ar de admissão - sinal B 13 Sensor da temperatura do ar - sinal B 14 Sensor da temperatura do motor - sinal B 05 Sonda Lambda pré-catalisador - sinal A 31 *Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo

MOTOR SEM DESENVOLVER E COM FALHAS Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Electroinjector do cilindro nº 01 - sinal B 28 Electroinjector do cilindro nº 02 - sinal B 36 Electroinjector do cilindro nº 03 - sinal B 37 Electroinjector do cilindro nº 04 - sinal B 27 Sensor de posição borboleta/acelerador - sinal B 03 Sensor de batimento - sinal nº 01 B 15 Sensor de batimento - sinal nº 02 B 06 Sensor de efeito Hall - sinal B 24 Sensor de pressão do ar de admissão - sinal B 13 Sonda Lambda pré-catalisador - sinal A 31 *Todas as operações de controlo se referem à massa da bateria do veículo

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COM SISTEMA DE INJECÇÃO Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) MARELLI IAW 5AF


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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

Colaboração:

COLECCIONÁVEL

Nº 45 Agosto 2009

BOLETIM TÉCNICO

ESQUEMA ELÉCTRICO

Tipo de Dispositivo Pin Out Actuador do ralenti - sinal nº 01 B 17 Actuador do ralenti - sinal nº 02 B 19 Actuador do ralenti - sinal nº 03 B 09 Actuador do ralenti - sinal nº 04 B 18 Bobina AT - sinal dos cilindros 02 e 04 B 38 Bobina AT - sinal dos cilindros 01 e 03 B 10 ECU motor – alimentação A 04 ECU motor - alimentação à chave A 17 ECU motor – massa C 01 Ligação sistema/climatização - sinal activação/compressor A 12 Ligação sistema aquecimento (opcional) – sinal A 08 Ligação sistema aquecimento -sinal nº 02 A 18 Ligação sistema/climatização - sinal de resposta/compr. A 27 Electroinjectores - sinal cilindro nº 01 B 28 Electroinjectores - sinal cilindro nº 02 B 36 Electroinjectores - sinal cilindro nº 03 B 37 Electroinjectores - sinal cilindro nº 04 B 27 Electroválvula canister (vapor/gasolina) - sinal B 26

Relé principal - activação negativa A 06 Sensor de batimento - massa de referência B 08 Sensor de batimento - sinal nº 01 B 15 Sensor de batimento - sinal nº 02 B 06 Sensor de rpm - massa de fecho B 34 Sensor de rpm - sinal no arranque B 25 Sensor de rpm - sinal no arranque B 35 Sensor de rpm - sinal em movimento B 25 Sensor de rpm - sinal em movimento B 35 Sensor de efeito Hall – sinal B 24 Sensor Hall+sensor da borboleta/aceler. - massa referência B 20 Sensor linear do electroventilador – sinal A 23 Sensor linear electroventilador + sensor temperatura ar/admissão + sensor pressão admissão - massa de referência B 22 Sensor de posição da borboleta/acelerador - sinal B 03 Sensor posição borboleta+sensor Hall – alimentação B 32 Sensor de pressão do ar de admissão - sinal B 13 Sensor de pressão de óleo motor – sinal B 23 Sensor de temperatura do ar/admissão – sinal B 14

Sensor temperatura ar/admissão+sensor linear electroventilador + sensor pressão ar/admissão + sensor de temperatura do motor - massa de referência B 29 Sensor de temperatura do motor – sinal B 05 Sonda Lambda pré-catalisador - massa aquecimento A 01 Sonda Lambda pré-catalisador - massa de referência A 21 Sonda Lambda pré-catalisador – sinal A 31 Sonda Lambda pré-catalisador e Sonda Lambda pós -catalisador - massa de fecho A 34 Sonda Lambda pós-catalisador - massa de aquecimento A 11 Sonda Lambda pós catalisador - massa de referência A 32 Sonda Lambda pós-catalisador - sinal A 22 Ficha unidade/ABS +ficha unidade direcção assistida – sinal linha BUS CAN (L) A 29 Ficha da unidade do imobilizador - ligação Pin B 29 A 07 Ficha da unidade/direcção assistida + unidade ABS - sinal linha BUS CAN (H) A 20 Ficha do painel de instrumentos - ligação Pin B 10 A 18 Ficha UCR (unidade/chassis) - ligação Pin D 20 A 16

Caso os valores detectados não estejam correctos, verificar a linha da admissão de ar (filtros sujos ou não especificados, ligações com fugas, etc.) e confirmar os valores de oxigénio anormais nos gases de escape. Se tudo apontar então no mesmo sentido, só resta mesmo substituir o sensor de pressão de admissão, para resolver o problema.

troinjectores. A alimentação de corrente eléctrica pode ser facilmente analisada com um osciloscópio electrónico, na função automática, que mantém os valores fixos no monitor, a fim de tornar o diagnóstico mais simples e exacto para o técnico. Os principais parâmetros a verificar são os seguintes: - Tensão de alimentação, que deve andar à volta de 12V, se os injectores não tiverem resistência em série; - Tempos de injecção, que devem acompanhar as variações de carga do motor (mais longos a plena carga e mais curtos ao ralenti); - Ponto de potencial mínimo, correspondente à máxima

absorção de corrente pelo injector, que deve ser igual em todos os electroinjectores. Nos sistemas com limitação da corrente de serviço, também se deve verificar a fase de regulação da corrente. No entanto, para que o injector funcione perfeitamente, a parte hidráulica também deve estar a 100% (bicos, agulhas, molas, etc.), de modo a obter-se um cone de pulverização da gasolina homogéneo. Nos motores de 2 válvulas de admissão por cilindro, os injectores produzem dois cones de pulverização de combustível, na direcção de cada uma das válvulas. Para se obterem valores de carburação e emissões de escape coerentes, é indispensável que os injectores estejam a funcionar nas melhores condições, devendo seguir-se o respectivo plano de manutenção. Quando existirem avarias irrecuperáveis, o injector terá que ser substituído por outro novo.

Injectores 100% em forma Quando se detectam problemas de aceleração insuficiente, falhas de funcionamento do motor e falta de potência, convém verificar completamente os elec-

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COM SISTEMA DE INJECÇÃO Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) MARELLI IAW 5AF


SUPTEC - Cons. Contitec (3):Jornal das Oficinas

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Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 45 Agosto 2009

CONSELHOS TÉCNICOS

Substituição do kit de correia dentada CT 946 K2 pelo kit CT 1044 K1

Avaria do rolete de desvio do CT941K1 devido a sobreaquecimento Mitsubishi 1.8 GDI, Volvo V40/ S40 1.8

Problema: A correia fornecida com o CT 1044 K1 difere – em termos ópticos e numéricos da correia CT 946 montada até aqui (Imagem 1).

Problema: Pouco tempo após a montagem do kit, o rolete de desvio avaria por desintegração / sobreaquecimento (Imagem 1). Causa: Bloqueio da polia tensora. Isto conduz a um sobreaquecimento da correia que transmite o calor ao rolete de desvio. Em consequência o porta-rolos de plástico derrete levando à avaria da polia. O bloqueio da polia tensora é gerado por fricção da polia com o suporte de montagem (Imagem 2). Solução: A polia tensora quando é apertada mediante excêntrico, deve ser apertada no sentido inverso aos ponteiros do relógio. Deve ser garantida a livre rotação da polia no suporte de montagem. Deve ser cumprido o binário de aperto de 48 Nm no parafuso de fixação.

Imagem 1

Rolete de desvio desintegrado

Causa: O CT 1044 encontra-se reforçado com tecido dorsal adicional, podendo ser aplicado também a título retroactivo para motores TDI mais velhos (Imagem 2).

Imagem 1

CT 946

Solução: O kit CT 946 K2 já não se encontra à venda e foi substituído pelo CT 1044 K1. Assim, deixa de existir a delimitação do número de motor.

Imagem 2

Polia tensora mecanicamente bloqueada por dentro

Imagem 2

CT 1044 com tecido dorsal

Situações de defeitos com os amortecedores de anti-vibração de torsão (TSD) Em muitos veículos encontra-se um amortecedor de anti-vibração de torsão (TSD) que anula as vibrações da cambota. Sobretudo os modernos motores Diesel já não poderiam ser operados sem aquelas polias. Nos amortecedores de anti-vibração de torsão desacoplados (e TSD), adicionalmente é desacoplado o accionamento da correia dos grupos auxiliares para poupar as correias e os grupos accionados. Além disso, o TSD acciona os grupos auxiliares do veículo. Se o TSD estiver

avariado, as vibrações de torção da cambota deixam de ser anuladas, danificando então as correias e os grupos. Nos amortecedores de anti-vibração o envelhecimento conduz a um endurecimento da superfície com microfissuras e cargas aumentadas (imagens 1 e 2). As mesmas acabam por levar a uma avaria do TSD. Quando a frente das polias em muitos casos ainda está boa, o verso já apresenta danificações (imagem 4, nítida deformação da banda elastomérica). Porém,

frequentemente elas não são detectadas nas inspecções porque as próprias polias não são desmontadas durante um controlo visual. Os mecânicos deveriam controlar o TSD minuciosamente para prevenir avarias com danos subsequentes. Isto vale sobretudo para veículos que chamam a atenção por ruídos, avarias e desgaste pouco natural da correia ou da correia dentada trapezoidal. A ContiTech recomenda um controlo aos amortecedores de anti-vibração de

torsão cada 60.000 kms, verificando a existência de formação de fissuras, deformação e vestígios de corrosão. Faz sentido uma mudança cada 120.000 kms, uma vez que nem todos os processos de envelhecimento ou de carga levam a defeitos abertamente visíveis mas podem muito bem afectar o bom andamento do motor. Ao mudar as correias e o TSD/eTSD, as oficinas aumentam a segurança – uma vez que então as componentes se encontram em perfeita sintonia.

Correia dentada CT 817 Daihatsu Cuore todos os anos de construção Problema: A correia encontra-se desfiada nos flancos e parece fabrico de má qualidade. Causa: A tirante de tracção da CT817 é de Kev-

lar. Por razões técnicas, ao cortar Naparece uma formação de bordo tal como mostrado na imagem 1. Solução: A correia pode ser utilizada sem problemas. Não se trata de um defeito de material.

Imagem 1

Imagem 2

Bordos da CT 817

Correia dentada tradicional

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INFORMAÇÕES Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) PARA AS OFICINAS


SUPTEC - Op. Reparacao (4,5):Jornal das Oficinas

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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

Camisas sobredimensionadas Motores de veículos que fazem muitos milhares de quilómetros por ano têm que ser reparados várias vezes ao longo da sua vida útil, quer devido ao desgaste e envelhecimento das peças, quer devido a avarias diversas. Em certas situações, o desgaste excessivo e a corrosão no bloco dos cilindros impede a montagem de camisas novas. Os principais problemas ocorrem nas superfícies de vedação entre o bloco e a camisa (Figs. 1 e 2). Se esses problemas não forem solucionados convenientemente, anomalias e até avarias acabam por suceder a curto prazo. Isto significa que os reparadores e oficinas de reconstrução de motores têm que rectificar o bloco até obter superfícies com a qualidade de vedação correcta. O que acontece muitas vezes é o trabalho de limpeza das superfícies do bloco de cilindros alterar significativamente as medi-

das originais deste, tornando impossível a montagem de peças de substituição normais. É para esses casos que são fabricadas camisas de dimensões maiores do que o normal. Além disso, as medidas podem ser alteradas na cavidade onde encaixa a parte inferior da camisa, ou na parte superior do bloco, onde assenta a aba da camisa. Deste modo, são fabricados dois tipos de camisas sobredimensionadas: - Camisas com a parede exterior mais larga; - Camisas com a aba de fixação superior sobrelevada.

FIG. 1 As zonas marcada a vermelho indicam os pontos onde pode haver problemas de vedação e fixação da camisa, devido a variações dimensionais do bloco de cilindros.

FIG. 2 Opções do mercado Os principais fabricantes de peças para motores oferecem geralmente várias opções em termos de medidas das camisas de substituição, para satisfazerem as diversas necessidades do mercado (Fig. 3). Em relação ao extracto da página do catálogo da marca KS "Êmbolos / Cilindros / Jogos de Reparação", temos as seguintes opções: Nº 1 - A primeira opção é sempre a medida original, para o caso de motores que não necessitam de cortar muito o bloco. As dimensões desta camisa correspondem às especificações de origem.

FIG. 3

Os círculos a vermelho indicam as variantes de camisas para a mesma medida de êmbolo. As caixas a linha azul indicam as diferenças dimensionais das camisas opcionais.

Nº 2 - Neste caso, a camisa tem um diâmetro exterior mais largo. Pode ver-se claramente na 3ª coluna que a camisa tem mais 0,5 mm de cada lado.

FIG. 4

Após a reparação do motor, a distância " A " tem que corresponder ao especificado pelo construtor, para a protrusão da camisa.

Nº 3/4 - Estas camisas têm a aba de assento mais alta do que as originais. Desta forma, fica assegurada a protrusão da camisa em relação ao nível do bloco de cilindros (Fig. 4), que garante a completa vedação e imobilização da camisa. Se não for montada uma camisa de aba mais alta num assento rebaixado, verificam-se perdas de fluido de refrigeração do motor e a camisa parte-se, devido às tensões geradas pela fixação incorrecta.

Borboleta de activação electrónica EDR-Di Este dispositivo é utilizado em vários motores diesel de injecção directa (SDI), contribuindo em grande medida para a optimização da combustão, economia e reduzidas emissões das últimas gerações dos modernos motores deste ciclo. Contrariamente aos motores a gasolina, que desde os primeiros tempos do automóvel possuíam borboleta do acelerador, sendo esta que controlava a potência do motor. nos motores diesel só muito recentemente se passou a utilizar a borboleta, pois nos motores clássicos a potência era ditada pela quantidade de gasóleo injectada pela bomba injectora. A introdução das borboletas nos motores diesel foi em grande parte ditada pela necessidade de controlo das emissões de escape, designadamente nos motores equipados com sistemas de recirculação de gases de escape (EGR). Efectivamente, nestes motores a recirculação é proporcionada automaticamente pela dife-

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INFORMAÇÃO Fiat Punto (188) 1.9TÉCNICA JTD (Euro 3) PARA OFICINAS

rença de pressões entre o colector de escape (superior) e o colector de admissão (inferior). Como, porém, a recirculação se destina a limitar a formação de óxidos de azoto (Nox) e estes se formam principalmente a cargas baixas ou médias, quando a depressão no colector de admissão não é muito elevada, surgiu a necessidade de utilizar " borboletas reguladoras ". Estas são accionadas pela unidade de gestão do motor (ECU) e aumentam a depressão de admissão nos regimes de funcionamento requeridos, de forma a optimizar a recirculação de gases de escape, que pode atingir proporções até 60% (Fig. 1). Estas borboletas são de corpo único e movem-se pela acção de uma

engrenagem, movida por um actuador eléctrico, equipado com feedback de posição, a fim de informar a unidade de gestão do motor do grau de abertura da borboleta em cada momento. Funções da borboleta EDR-DI A principal função desta borboleta ou válvula de admissão consiste em ajustar a depressão do colector de admissão às necessidades da gestão do motor, designadamente no que se refere ao controlo da recirculação de gases de escape. Suplementarmente, a borboleta também se fecha antecipadamente, quando o motor é desligado,


SUPTEC - Op. Reparacao (4,5):Jornal das Oficinas

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Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 45 Agosto 2009

OPERAÇÕES DE REPARAÇÃO

Chanfro excessivo do cilindro Os segmentos dos êmbolos de veículos ligeiros e pesados têm evoluído no sentido de apresentarem menor altura, tendo em vista reduzir o atrito do êmbolo com o cilindro e minimizar o consumo de combustível, assim como o nível associado de emissões de escape. Nas reparações de blocos de cilindros em que estes são alargados e rectificados, verificam-se frequentemente danos nos êmbolos durante a sua montagem, devido a um chanfro excessivo da extremidade superior do cilindro. De facto, os actuais segmentos de altura reduzida penetram no chanfro e travam o êmbolo. Para resolver a situação, os técnicos de reparação forçam o êmbolo para sua posição normal, utilizando um martelo macio, o que provoca fissuras ou mesmo fracturas incompletas na cabeça no êmbolo (Fig. 1). Isto sucede porque o operador não consegue visualizar a zona do problema, devido à utilização da ferramenta de montagem do êmbolo. Melhor seria que o êmbolo se partisse imediatamente, porque seria logo substituído e não daria origem a uma nova reparação do motor, ao partir-se com este em funcionamento (Figs. 4/5). Os sintomas imediatos deste problema são a perda de rendimento do motor e consumo excessivo de óleo. Se não houver reparação imediata, poderão surgir proble-

FIG. 3

Especificação correcta do chanfro para os motores actuais, com êmbolos equipados com segmentos de altura reduzida.

Martelo

Ferramenta de montagem do êmbolo Bloco de cilindros

Ferramenta de montagem do êmbolo Bloco de cilindros

Êmbolo

Êmbolo

FIG. 1

FIG. 2

Chanfro excessivo

Dimensão correcta do chanfro

mas mais graves nas válvulas, no êmbolo e no catalisador. Função do chanfro do cilindro Ao contrário do que se poderia supor, o chanfro da extremidade superior do cilindro não visa facilitar a inserção do êmbolo, pois está numa posição demasiado horizontal (Fig. 3). O verdadeiro objectivo do chanfro após a rectificação é eliminar as irregularidades da aresta do cilindro, resultantes das operações de corte e rectificação. Sendo assim, a altura total do chanfro não deve ultrapassar 0,5mm em qualquer tipo de motor, independentemente da sua cilindrada. Esta altura é apenas metade da face do segmento mais estreito, o que evita que este se encavalite no chanfro. Nestas condições, o êmbolo entra correctamente no cilindro, bastando aplicar a força de um dedo da mão para o levar ao seu local de funcionamento (Fig. 2).

FIG. 4 e 5

Danos provocados na cabeça de êmbolos, devido a erros de chanfro e montagem. Solução Fazer um chanfro mais alto apenas por questões estéticas torna a montagem do êmbolo problemática e de consequências pouco recomendáveis. Outro problema ainda mais grave é o facto do chanfro muito pronunciado diminuir a compressão do motor, alterando as

evitando as " clássicas " sacudidelas dos motores diesel ao parar. As outras principais características das borboletas diesel EDR-DI são as seguintes: • Controlo de alta precisão da recirculação de gases de escape, através de uma posição da borboleta milimetricamente variável; • Sinal de activação através de largura de frequência modulada (PWM); • Fornecida como componente independente… • …Ou numa unidade integrada com válvula EGR; • Se a voltagem de alimentação é interrompida, um sistema mecânico de " reset " mantém a borboleta na posição sempre aberta (função de emergência).

FIG. 1

As borboletas de activação electrónica são cada vez mais usadas nos motores diesel da última geração.

Manutenção da borboleta EDR-DI Estes dispositivos não requerem em princípio qualquer tipo de manutenção, mas podem ocorrer problemas de poluição da borboleta, especialmente no sistema em que é montada junto â válvula EGR. A limpeza do corpo da

condições de combustão, o que provoca nos motores diesel arranques a frio mais difíceis e menor potência do motor a qualquer regime de funcionamento. Nos motores a gasolina, esse defeito origina um teor elevado de HC nos gases de escape, consumo de combustível superior e maior nível de emissões.

borboleta deve pois ser verificada com uma certa periodicidade. Além disso, os gases de admissão com elevado teor de óleo podem originar depósitos, os quais provocam: - Redução do diâmetro do corpo da borboleta - Erros de posição da borboleta. - Prisão do sistema de movimentação da borboleta. Quando estes problemas ocorrem, o sistema de autodiagnóstico (E)OBD regista este tipo de problemas, para posterior reparação. Os motores com elevado consumo de óleo (segmentos e cilindros gastos) e o sistema de ventilação do cárter são os principais " fornecedores " de óleo ao colector de admissão. Outros pontos que devem ser verificados na inspecção a estas borboletas são os seguintes: - Interruptores e ligações existentes - Desgaste do veio da borboleta, no caso de veículos com quilometragens elevadas - Funcionamento do sensor de massa de ar, que afecta a posição da borboleta, via ECU.

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INFORMAÇÃO Fiat Punto (188) 1.9TÉCNICA JTD (Euro 3) PARA OFICINAS


SUPTEC - Diagnostico (6,7):Jornal das Oficinas

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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

Diagnóstico do motor, através do sensor A partir do princípio de que uma tensão elevada do sensor de oxigénio indica uma mistura rica, do mesmo modo que uma reduzida voltagem se refere a uma mistura pobre, podemos analisar o funcionamento global do motor pelas variações de tensão o sensor. Para isso, é necessário que este esteja a funcionar perfeitamente, pelo que se deve efectuar previamente o teste do sensor de oxigénio. Além disso, o motor do veículo deve estar quente. Assegurar também a seguinte programação ou configuração do osciloscópio electrónico: - Escala de tensão - 200mV por divisão - Base de tempo - 1 segundo por divisão - Nível de accionamento - Auto On - Accionar declive - Sem importância - Colocar a tensão baixa ao fundo da imagem (display) Se aparecer uma tensão fixa alta (Fig. 1), isso indicar mistura rica ou excesso de combustível. O excesso de combustível pode ser causado por um injector avariado/desafinado, pressão excessiva do combustível, infiltração de combustível na admissão, válvula de purga do sistema canister defeituosa, assim como por um sinal errado de outro sensor fornecido para a ECU. Se aparecer uma tensão baixa fixa (Fig. 2), existe uma situação de excesso de oxigénio, que pode resultar de problemas de alimentação (bomba de combustível, válvulas de controlo de pressão, etc.), bem como de sinais incorrectos fornecidos por outros sensores à ECU. Além dos sintomas visíveis através das variações da mistura, podemos igualmente referir alguns problemas mecâni-

cos que são indicados pelo aumento do tempo de resposta do sensor de oxigénio, que ultrapassará os 100mS que devem ser esperados. Nesses casos, a oscilação típica do sensor pode ficar reduzida ou mesmo interrompida por um certo período de tempo, voltando novamente a oscilar novamente (Fig. 3). Geralmente, esta situação deve-se a uma falha (obstrução) de vácuo para o sensor de pressão da admissão (MAP), ou uma outra fuga de vácuo qualquer. Também pode verificar-se um sinal do sensor de oxigénio parcial. Este sinal não é fácil de detectar, porque é semelhante ao sinal ideal do sensor. Analisando melhor, contudo, vemos que as tensões superiores estão relativamente normais, mas as tensões inferiores nunca descem abaixo de 200mV (Fig. 4). Isto pode provocar que a oscilação do sensor eleve as tensões superiores acima dos 450mV, que corresponde à mistura estequiométrica ideal. Se as tensões superiores andarem à volta de 500mV, a unidade electrónica de gestão do motor pensa que estamos perante uma mistura rica e reduz o débito de combustível, para empobrecer a mistura. Mas, como se trata de um sinal incorrecto, o motor apresentará uma perda de rendimento mais ou menos visível. Falhas de ignição Um dos problemas do motor mais facilmente identificados pelo sensor de oxigénio é a falha de ignição, embora

FIG. 1

FIG. 2

Mistura excessivamente rica dá origem a um sinal fixo de tensão elevada.

Mistura pobre origina um sinal fixo de tensão fraca.

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SENSOR DE OXIGÉNIO / SONDA LAMBDA Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) II PARTE


SUPTEC - Diagnostico (6,7):Jornal das Oficinas

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Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 45 Agosto 2009

DIAGNÓSTICO

muitos técnicos de diagnóstico tenham dificuldade em reconhecer esse sinal no osciloscópio. Na verdade, o sinal correspondente a falhas de ignição é semelhante ao sinal normal do sensor, mas com uma elevada frequência de oscilação, passando mais rapidamente das tensões altas às baixas muito mais rapidamente do que o sinal normal (Fig. 5). Este padrão do sinal é provocado pelas variações bruscas do teor de oxigénio nos gases de escape, provocadas pelas falhas de ignição, pois, se a mistura não se inflamar, oxigénio desta passa totalmente para o sistema de escape. Além disso, para se detectar este sinal de elevada frequência, é necessário que a mistura não esteja fixada no padrão de pobre ou rica, mas sim no padrão oscilante normal. Para saber qual ou quais os cilindros em que há falhas de ignição, é necessário analisar o sistema de ignição directamente.

Teste o sensor de banda larga Para realizar o teste deste tipo de sensores de oxigénio, é necessário configurar o osciloscópio electrónico deste modo: - Escala de tensão - 500mV por divisão - Base de tempo - 200mS por divisão - Nível de accionamento - Auto On - Accionar declive - Sem efeito - Ajustar o nível zero de tensão para a zona média da imagem (display). O motor deve estar quente, pelo que deve ser posto a funcionar durante 3 minutos a 2.500 rpm. • Tornando a mistura rica, através da aplicação de combustível pulverizado na borboleta de admissão, a tensão do sensor deve passar para um valor negativo. Anotar o valor da tensão mínima, que em condições normais andará à volta de 980mV.

FIG. 3

Sinal típico de uma falha do circuito de vácuo do sensor de pressão de admissão (MAP).

• Interrompendo bruscamente o enriquecimento artificial da mistura, o sinal do sensor deve passar a positivo. Anotar igualmente o valor positivo, que deverá rondar os 420mV. • Com a mistura pobre (ralenti), acelerar o motor rapidamente, o que fará a tensão variar em menos de 100mS. Se o tempo de resposta for superior, o sensor pode estar poluído ou avariado. • Adicionar agora os dois valores registados de tensão negativa e positiva, ignorando os sinais (Ex. - 980 + 420 = 1400). Reduzindo o total a volt, obtemos 1,4V. Para que o sensor de banda larga esteja a funcionar correctamente, a soma das tensões de pico a pico de tensão deve ser superior a 1,0V. Se isso não acontecer, é provável que o sensor esteja com alguma anomalia.

FIG. 4

FIG. 5

O sinal parcial altera o sentido da mensagem do sensor para a unidade central de gestão do motor.

A rápida alternância de valores de oxigénio provocada por falhas de ignição dá origem a um padrão mais apertado de oscilações de tensão.

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SENSOR DE OXIGÉNIO / SONDA LAMBDA Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) II PARTE


SUPTEC - Servic?o Timken (8):Jornal das Oficinas

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Colaboração: COLECCIONÁVEL

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SERVIÇO

Lubrificação de rolamentos cónicos A elevada performance permitida pela qualidade de fabrico dos rolamentos fica limitada se não forem cumpridos os requisitos fundamentais, no que respeita à sua lubrificação, bem como quanto à afinação da respectiva folga, depois de montados. Nos rolamentos de roda, as condições de operação são muito duras, começando pelas grandes variações de temperatura, mas também pela humidade, poeiras e impactos constantes. A lubrificação correcta do rolamento ajuda-o a cumprir a sua missão e prolonga a sua vida útil, amortecendo os choques térmicos e mecânicos, assim como protegendo o rolamento da corrosão e do desgaste provocado pelo atrito. Nas linhas abaixo, transcrevemos as "dicas" da Timken para os profissionais que pretendam efectuar reparações de elevada qualidade.

ADVERTÊNCIA: Para se alcançarem resultados excelentes, o interior do cubo também deverá ser enchido com massa lubrificante, de 1/3 do volume até 1/2 do volume total interior. Demasiado lubrificante torna a pressão interior do cubo excessiva a altas temperaturas. Na medida exacta, no entanto, essa quantidade de massa introduzida no cubo ajuda dissipar o calor transmitido pelo disco de travão.

Lubrificação à mão: 1. Lavar bem as mãos ou enfiar luvas apropriadas (latex); 2. Numa das palmas das mãos, colocar uma quantidade de massa lubrificante de tipo especificado, aproximadamente igual à de uma bola de golf; 3. Com a outra mão, comprimir a parte mais larga do rolamento cónico contra o lubrificante, fazendo com que este passe através dos rolos e penetre na sua estrutura; 4. Continuar a forçar a entrada do lubrificante pelo lado mas largo, até ela sair ligeiramente na parte mais estreita do rolamentos; 5. O restante lubrificante é distribuído na superfície exterior do rolamento.

Lubrificação mecânica 1. Lavar bem as mãos ou enfiar luvas apropriadas (latex); 2. Colocar o rolamento dentro do funil de lubrificação, com a parte mais estreita para baixo (Fig. 2); 3. Empurrar para baixo a parte larga do rolamento, com o retentor cónico; 4. Comprimir com firmeza o retentor cónico do equipamento, a fim de introduzir o lubrificante no interior do rolamento; 5. O lubrificante que estiver em excesso é distribuído pela superfície exterior do rolamento.

Poluição nos rolamentos A poluição nos rolamentos é uma consequência indirecta dos problemas de lubrificação, que representam no seu conjunto cerca de 50% de todas as causas de avarias de rolamentos. Esse facto remete-nos para a necessidade de seguir o mais escrupulosamente possível todas as instruções e especificações técnicas dos fabricantes de veículos e dos próprios rolamentos. Seguidamente, iremos analisar detalhadamente as causas e as consequências da poluição nos rolamentos, assim como as formas de prevenir esse tipo de problemas. Contaminação pela água A "sobrevivência" dos rolamentos depende em grande parte do seu perfeito isolamento das condições exteriores potencialmente perigosas para o seu normal funcionamento. Apenas 1% de humidade no lubrificante do rolamento é suficiente para ter um impacto significativo na vida útil do rolamento. Contudo, na maior parte de casos de poluição do lubrificante pela água a situação é bem mais grave. Quando o lubrificante tem uma quantidade de cerca de 30% de água, fica meio dissolvido, apresentando um cor parecida com natas de leite (Fig. 1). Nesse ponto, o lubrificante deixa de poder assegurar cabalmente as suas funções, deixando o rolamento entregue aos efeitos do atrito e das elevadas temperaturas, que provocam a sua rápida deterioração (Figs. 2 e 3).

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INFORMAÇÃO Fiat Punto 1.9 JTD (Euro 3) PARA(188) AS OFICINAS

Teste rápido para identificar teor de água do lubrificante Um processo empírico e simples de verificar se a massa lubrificante tem água, consiste em colocar uma pequena amostra de massa numa folha de alumínio (Fig. 4), aquecendo-a por baixo com uma chama (Fig. 5). Se o lubrificante derreter e emitir um ligeiro fumo, o teor de água é mínimo ou inexistente. Se, pelo contrário, a massa crepitar, chiar e saltar, é porque contém uma considerável quantidade de água. Atenção: para efectuar este teste, devem ser respeitadas as normas de segurança, tanto no que se refere a ventilação, como no respeitante a equipamentos de segurança (óculos, luvas e fato de protecção). Poluição por resíduos A contaminação do lubrificante por resíduos por ser causada por agentes exteriores (pó, areias e outras partículas), bem como pelas partículas provenientes do desgaste ou avaria das peças do próprio veículo (roscas, engrenagens, uniões estriadas, vedantes, travões, etc.). Todas essas partículas são arrastadas juntamente com o lubrificante para todos os elementos do rolamento, iniciando a corrosão das superfícies (Figs. 6, 7 e 8), que reduzem drasticamente a vida útil do rolamento.

FIG. 5

Massa lubrificante fresca

Teste com chama indirecta Massa c/ 30% de água

FIG. 1

Efeito da água no lubrificante

FIG. 6

Pequena saliência causada por poluição na pista de um rolamento, aumentada ao microscópio.

FIG. 2

Corrosão dos elementos de um rolamento cónico, causada pela água.

FIG. 3

Pista exterior de um rolamento de esferas e esferas oxidadas e picadas pela humidade.

FIG. 7

Mapa digital do dano causado pela mesma partícula

FIG. 4

FIG. 8

Amostra de massa lubrificante

Pista interior de um rolamento cónico (cone) danificada por partículas poluentes.


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