JORNAL DAS
OFICINAS
JORNAL INDEPENDENTE DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS
Director: João Vieira • Ano VI • Mensal • 3 Euros
N.º 57 AgostO 2010
CAMPANHA REPARAÇÃO Denso compra CTR Obedecendo à sua estratégia de reforço da sua posição no mercado europeu, a Denso adquiriu recentemente a CTR, empresa especializada em componentes de ar condicionado para o pós-venda independente de países do Sul da Europa (Espanha, França e Itália, sobretudo), tais como compressores, evaporadores, condensadores, etc. Ao confirmar a realização do negócio, que tem efeito a partir de 1 de Junho deste ano, o líder dos Sistemas Térmicos Denso, Akio Shikamura, destacou a complementaridade de produtos e de redes de distribuição de ambas as empresas.
Sumário Página 04 Trabalhar no Verão
Página 14 Actualidade: Tuningparty
Página 35 Um dia na distribuição de peças com a CARF
Página 38 Dona Cusca Visita Sonicel
Página 44 Mecânico de corridas por um Fim-de-Semana
Página 51 Oficina do mês: Auto Espírito Santo
LIVRE OFICINAS JORNAL DAS
Sobreprodução de carros eléctricos
JORNAL INDEPENDENTE DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS
Uma iniciativa do JORNAL DAS OFICINAS
Campanha Reparação Livre A Comissão Europeia aprovou o novo Regulamento do Pós-venda 461/2010, que veio reforçar a posição do sector da Reparação e Manutenção Automóvel e abre novas oportunidades às oficinas independentes multimarca. O JORNAL DAS OFICINAS lança nesta edição uma Campanha de informação sobre o Direito à Reparação. É o nosso contributo para a divulgação deste Regulamento (pag.8) PUB
A consultora Roland Berger prevê para 2015 uma capacidade de produção instalada de carros eléctricos 200% superior à procura previsivelmente existente nesse ano. Esta previsão assenta nos fortes investimentos dos 20 maiores construtores do sector automóvel neste novo conceito, que totalizam já € 8.500 milhões. A sobreprodução será mais sentida no Japão e nos EUA, segundo a referida consultora. No entanto, essa evolução também depende da consolidação que se está a verificar no sector das baterias de ião de lítio, que ainda levará de 5 a 7 anos.
Reclassificação dos amortecedores Os amortecedores são um elemento crítico do comportamento e da estabilidade do veículo, estando na origem de muitos acidentes por despistes. Por isso, vários fabricantes europeus de amortecedores têm realizado testes e outras iniciativas de divulgação do problema, que já levou as autoridades francesas a incluir nas inspecções IPO um teste de fugas de óleo nos amortecedores. Falta agora ser tomada uma decisão da U.E., no sentido de tornar obrigatória a verificação anual dos amortecedores.
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R. Comb. Grande Guerra, Lote 106 B - Quinta Mendes Avenida D. José I, 5 Loja - Reboleira Sul Rua dos Correios, 21-33 Terra Comprida, Lote 4 Lg. Antero de Quental, 4-A/B - Cova da Piedade
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Telefone : 219348830 Telefone: 214996290 Telefone: 212308300 Telefone: 219527430 Telefone: 212739430
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Jornal das Oficinas Agosto 2010
MERCADO
Editorial
Campanha Reparação Livre
A
Comissão Europeia aprovou o novo Regulamento do Pós-venda 461/2010, que veio reforçar a posição do sector da Reparação e Manutenção Automóvel e abre novas oportunidades às oficinas independentes multimarca. O novo Regulamento veio tornar mais claro o direito que todos os automobilistas têm de escolher a oficina onde pretendem fazer as operações de reparação e manutenção dos seus veículos, inclusive durante o período de garantia. A grande questão que se põe neste momento é que grande parte do mercado de pós-venda independente, ainda não sabe que pode dar assistência a veículos no período de garantia, sem que isso implique a perda de direitos por parte do utilizador. Isso também se verifica entre os condutores. O desafio actual é informar os profissionais do pós-venda e os condutores do seu direito de escolher livremente a oficina onde querem reparar o seu veículo. Por isso, o JORNAL DAS OFICINAS lança nesta edição uma Campanha de informação sobre o Direito à Reparação, cuja face mais visível será a publicação de dois Posters dirigidos aos condutores e oficinas, e a criação de um site específico da Campanha (www.reparacaolivre.com). O primeiro poster dirigido aos automobilistas é encartado nesta edição de Agosto e o segundo poster dirigido às oficinas sairá na próxima edição de Setembro, destinando-se ambos a serem colocados nas recepções das oficinas, de modo a informar os automobilistas sobre os seus direitos. É o nosso contributo para a divulgação deste novo Regulamento, que traz aquilo que era óbvio e praticamente inevitável: A informação técnica dos veículos pertence ao dono da viatura por direito próprio e o mesmo se passa com a garantia. O cliente paga a garantia e tem direito a ela. Em relação às peças, o novo Regulamento mais uma vez esclarece: o que é original é a especificação, não a peça. Com um horizonte de validade até 2023, o novo Regulamento da Pós-venda irá contribuir para a consolidação do sector ao nível das melhores práticas. João Vieira
Ficha Técnica JORNAL DAS
OFICINAS
TRABALHAR NO VERÃO
Missão (quase) impossível! Manter os colaboradores focados e motivados no seu trabalho, quando os dias começam a ficar com as tardes longas, convidando ao ameno convívio, e eles começam a ver as pessoas passar a caminho da praia em calções, pode ser uma tarefa (quase) impossível, que requer alguma imaginação e criatividade.
P
rocurar formas de motivar os empregados ajuda a manter a produtividade e a performance da oficina, evitando faltas injustificadas e outras formas de absentismo, para não falar do baixo rendimento do trabalho dos empregados que comparecem contrariados. Nos próximos parágrafos iremos analisar dez maneiras de contornar este problema, durante os dias quentes de Verão que estamos a passar. 1 - Ofereça um pequeno almoço, lanche ou almoço aos seus empregados. Umas pizzas e umas cervejas, assim como outros snacks e bebidas, interrompem a rotina e criam um ambiente de retemperante convívio. O efeito será tanto melhor, quanto mais inesperada for a oportunidade escolhida e o tipo de local para o evento. 2 - Coloque um cartaz semanal com todos
os factos mais interessantes, divertidos ou motivadores relacionados com os empregados da empresa. Fotos, desenhos e outros materiais gráficos ajudam a passar as mensagens pretendidas e tornar-se-ão motivo de conversa durante vários dias, rompendo a monotonia da actividade profissional. 3 - Convide um empregado de cada um dos departamentos da empresa uma vez por semana, para jantar com alguém da área da gestão. Isso tem a função de dar ao colaborador a sensação de ser "promovido", servindo também aos gestores para "sentir" o ambiente laboral da oficina. 4 - Quando menos for previsto, ofereça aos colaboradores bilhetes de cinema, eventos desportivos e outros espectáculos relacionados com actividades agradáveis. 5 - Crie um "Dia do Empregado", rechea-
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDAÇÃO: Hugo Jorge PROPRIEDADE: João Vieira SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares - 2705351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira, Paula Veloso Amaral, António Lopes PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Peres-Soctip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 - 2135-114 Samora Correia Telef: 263.00.99.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares. Membro: © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas” ®
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Uma publicação da AP Comunicação
do de actividades e entretenimentos, nos quais todos os empregados possam participar em conjunto. 6 - Crie alguns prémios inteligentes para os melhores desempenhos em tempo de férias. Uma hipótese é dar a tarde de sextafeira ou a manhã de segunda-feira aos colaboradores mais produtivos da semana anterior. O fim-de-semana "prolongado" é muito valorizado pelos empregados. 7 - Arranje um voluntário para fazer a tarefa que um colaborador menos aprecie. Isto pode favorecer a proximidade e cumplicidade entre os empregados, porque há sempre uma coisa que um detesta fazer, que outro não se importa de realizar ou até gosta de fazer. 8 - Organize uma festa para todos os empregados da empresa, na própria oficina, na
Quando acabar de ler este Jornal, por favor, coloque-o no Papelão para reciclagem
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MERCADO casa do gerente ou num restaurante conhecido. 9 - Promova a troca de funções por um dia, incluindo a de gestor da oficina. Além das muitas situações inesperadas, divertidas e até caricatas que possam surgir e alimentar as conversas nos dias seguintes, a troca de funções faz com que cada um dê valor ao que o outro faz, o que nem sempre sucede nos ambientes de trabalho. 10 - Desde que não prejudique o serviço da oficina, torne os horários flexíveis durante os meses de verão, incluindo saídas mais cedo às sextas-feiras. Embora nenhum destes pontos se refira a prémios salariais ou compensações monetárias, o que é intencional, porque está demonstrado que este género de situações é mais eficaz em termos de motivação do pessoal, esses prémios em produtos, serviços ou espécie devem ser considerados, sempre que seja vantajoso para elevar o moral das "tropas". Do que el es real mente g o s tam Todos os gostos são em menor ou maior grau subjectivos, pelo que é importante realizar estudos de mercado e inquéritos de opinião, a fim de balizar as expectativas e desejos dos vários tipos de grupos sociais. No que se refere aos empregados, os empregadores raramente têm uma noção exacta do que eles realmente pretendem. Neste caso, vamos ter acesso aos dados de um estudo realizado por uma consultora especializada em selecção e recrutamento de RH – Recursos Humanos. Basicamente, foram realizadas 457 entrevistas telefónicas aleatórias a um grupo de empregados administrativos com mais de 18 anos de idade. O inquérito estava estruturado em várias hipóteses das mais desejadas pelos empregados para o período de Verão, tendo as respostas apurado os seguintes resultados: 38% - Horários flexíveis 32% - Sair mais cedo na 6ª feira à tarde 6% - Actividades de grupo na empresa 5% - Poder usar vestuário mais leve e informal 4% - Outras hipóteses 15% - Não responderam/Não sabiam. No que se refere à primeira situação mais sufragada, horários flexíveis, a empresa realmente não tem que dar nada aos seus colaboradores, para os manter motivados no trabalho. Como os dias são
Durante os dias quentes de Verão é necessário arranjar soluções que motivem os empregados e ajudem a elevar o moral das "tropas" maiores no período estival, trata-se apenas do empregado ceder as horas habituais ao seu emprego, de forma a poder dispor de alguns períodos de liberdade por sua conta. Cada um terá a sua preferência, que poderá ser dispor algumas horas ao fim do dia, entrando mais cedo e aproveitando a hora do almoço, ter meio dia ou um dia por semana livre, trabalhando mais horas nos outros dias, etc. Quando não for possível a oficina dar esse privilégio aos seus profissionais, por
ter muito serviço e não dispor de substitutos, uma forma de motivar a equipa é proporcionar a saída mais cedo à 6º feira, o que permite aos colaboradores aproveitar melhor as suas viagens de fim-de-semana. Essa regalia poderá ser ou não cedida a troco de contrapartidas, dependendo da situação da empresa, do serviço existente e da disponibilidade de pessoal. É preciso ter em conta que é no Verão que a maior parte dos empregados goza as suas férias. Uma contrapartida ade-
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quada seria pedir aos funcionários que gozassem férias repartidas, de modo a haver sempre capacidade de trabalho na oficina. Curiosamente, as hipóteses mais pretendidas pelos colaboradores são individualistas e não contribuem para a dimensão social do emprego. A terceira hipótese mais desejada, as actividades de grupo na empresa, constitui uma oportunidade de equilibrar o reforço colectivo da equipa, devendo ser promovida a troco das outras. Ou seja, desde que esta hipótese não seja descurada, as outras também serão viabilizadas. Caberá ao gestor jogar com esse equilíbrio, de modo a conseguir a máxima motivação pessoal e reforçar o espírito de equipa. No que se refere ao vestuário para o calor, há que considerar nas oficinas de reparação automóvel os limites impostos pela segurança profissional e pelos limites do bom gosto. Fatos de manga curta e em tecidos mais leves podem ser encarados e até podem ser aproveitados pelas empresas de média ou grande dimensão para criar um estilo de apresentação pessoal mais criativa dentro da empresa. Nos parágrafos a seguir, fornecemos algumas ideias que podem ajudar a balizar equilibradamente esta situação: 1 - Os códigos do vestuário variam consideravelmente de acordo com a actividade exercida, cultura da empresa, situação geográfica, etc. Nos casos em que há atendimento e relacionamento com o público, como sucede nas oficinas de reparação, há um mínimo de formalismo a respeitar. 2 - O facto de vestir roupa mais fresca e leve, não deve impedir que ela esteja bem limpa e passada a ferro. Isso é válido para qualquer estação do ano. 3 - Roupa fresca e tecidos finos não implicam roupa transparente. Há certos tecidos que deixam ver a roupa interior em contra luz, o que pode não ser muito apropriado para ambientes profissionais. 4 - Roupa de praia quer dizer isso mesmo. Também os profissionais que não trabalham na reparação de veículos, como recepcionistas, administrativos, das peças, lavadores de carros, etc., devem alinhar pelo conceito geral do vestuário utilizado na empresa, sem cometer exageros. 5 - Uma forma de estabelecer um padrão de apresentação aceitável é olhar-se ao espelho e perguntar a si próprio: "Se eu entrar numa oficina e vir um tipo vestido assim o que vou pensar?" PUB
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CAMPANHA REPARAÇÃO LIVRE
CAMPANHA REPARAÇÃO
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NOVO REGULAMENTO PÓS-VENDA 461/2010
Novas oportunidades para as oficinas O objectivo da Campanha Reparação Livre é informar os automobilistas sobre os seus direitos de livre escolha da oficinas para repararem os seus veículos e também informar as próprias oficinas das vantagens competitivas que o novo Regulamento lhes proporciona.
E
stas são as boas notícias possíveis. A Comissão Europeia esforçou-se por apresentar e aprovar um novo Regulamento equilibrado, realista e sustentável, até onde é possível falar em sustentabilidade, num contexto nada estimulante, com o Euro a ser ameaçado e a tremer por todos os lados, com a crise económica em pano de fundo e o conceito automóvel em fim de estação e em mudança acelerada, com as mudanças climáticas e as emissões de CO2. Mesmo assim, temos um novo século pela frente (o século 21) e é para ele que temos que olhar. Temos que saber o que havemos de fazer dele, temos que ter um projecto para ele e, sobretudo, não o podemos adiar, sem nos adiarmos a nós próprios. Basicamente, este novo Regulamento é o esperado e pelo qual muita gente lutou denodadamente. Traz aquilo que era óbvio e praticamente inevitável. A informação técnica dos veículos pertence ao
dono da viatura por direito próprio. O mesmo se passa com a garantia. O cliente paga a garantia e tem direito a ela, mesmo que o seu carro seja reparado numa oficina ao pé de casa. Isso é consensual e transparente. O contrário é que não. Depois, há as peças originais, as cativas e as que são iguais. O que é original é a especificação, não a peça. A peça original é um marketing estafado e já ninguém acredita nele. As pessoas querem custos ajustados para a manutenção dos seus carros, em linha com os preços em baixa dos carros novos, não podendo ser empurradas para soluções sem alternativa. Condutores, clientes, consumidores e que mais? A mobilidade é um dos grandes factores de dinamização da sociedade e da economia, porque promove simultaneamente a produtividade e a criação de riqueza, bem como o consumo e a satisfa-
ção das necessidades das pessoas. Isto é válido em tempos de prosperidade, mas é ainda mais verdade em tempos de dificuldades económicas. É lógico, portanto, que as autoridades da União tentem assegurar as melhores condições para garantir essa mobilidade, mas sem esquecer o problema da sustentabilidade, os seja, da minimização dos danos colaterais que essa mobilidade poderá causar e causa a nível social, ambiental e estrutural. Há, por conseguinte, um objectivo múltiplo no novo Regulamento para o Pós-venda. Desde logo, afastar os factores de ineficiência e de inflação de custos e preços, promovendo uma concorrência mais efectiva entre os diversos agentes do mercado, nomeadamente entre as duas grandes opções para o consumidor: a assistência oficial das marcas e a reparação independente. Essa concorrência, no entanto, só poderá ser efectiva se a assistência oficial abandonar os factores de
aumento de custos e se o sector independente promover a sua indispensável qualificação técnica e de serviço ao cliente. Essa convergência entre os dois grandes blocos em confronto tem sido lenta e problemática, mas é inevitável e este novo Regulamento não deixa a mínima dúvida quanto a isso. É indispensável criar sinergias no mercado, que facilitem a vida aos operadores e criem melhores condições de acesso aos serviços por parte dos consumidores. Em termos de custos sociais, os principais obstáculos a superar são o endividamento e a sinistralidade, aparentemente, duas faces da mesma moeda. A Comissão Europeia considera intolerável que o custo de distribuição de um veículo atinja 30% do seu preço e já tomou providências para lá chegar, através da suspensão da isenção, para quotas de mercado superiores a 30%. Isso apenas entrará em vigor em 2013, para dar tempo aos
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CAMPANHA REPARAÇÃO LIVRE AS 8 VANTAGENS MAIS IMPORTANTES DO NOVO REGULAMENTO PARA AS OFICINAS INDEPENDENTES MULTIMARCA 1
Não se perde a garantia do veículo por se fazer a sua manutenção, segundo as operações preconizadas pela marca (construtor) no livro das revisões periódicas da viatura, fora dos serviços oficiais da marca.
2
A oficina independente pode e deve carimbar o livro das revisões periódicas do veículo, para que este fique coberto pela garantia do construtor, embora não tenha feito a revisão num concessionário da marca do carro.
3
Não se perde a garantia do veículo por se fazerem reparações, fora das oficinas oficiais, não cobertas pela garantia (faróis partidos, amolgadelas na chapa, etc.).
4
Todas as oficinas independentes ou concessionários de marca, podem utilizar peças da marca do carro ou de outra marca, para qualquer tipo de reparação.
5
As reparações por defeito de fabrico, nos veículos em garantia, serão feitas na oficina indicada pelo construtor do automóvel, seguindo-se assim o espírito do Regulamento que se baseia em “Quem paga, manda”.
6
O construtor deve responsabilizar-se pelas reparações cobertas pela garantia, mesmo que o cliente tenha reparado e feito a manutenção periódica do veículo numa oficina independente, sempre que essa oficina tenha respeitado as especificações e operações definidas pelo construtor.
7
O construtor do veículo apenas pode negar uma reclamação em garantia se for demonstrado que o problema está relacionado a um erro da oficina ou à utilização de peças de fraca qualidade, tal como especificado na directriz número 69 do novo Regulamento.
8
O novo Regulamento garante o acesso à informação técnica necessária, para realizar as operações de reparação e manutenção, quer às oficinas independentes, quer aos fabricantes de peças não oficiais. O objectivo é promover a concorrência entre as empresas reparadoras, tendo em conta que as operações de reparação e manutenção dos veículos representam, segundo a CE, 40% do custo total de possuir um carro.
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Com o patrocínio:
Para mais informações sobre a Campanha Reparação Livre pode consultar o site: www.jornaldasoficinas.pt/reparacaolivre operadores do mercado no sentido de "ajustarem" as suas estruturas. A grande ideia subjacente é conseguir o acesso directo do consumidor ao produto, com um mínimo de intermediários e custos desnecessários, como todos os restantes bens de consumo. A "especificidade" do automóvel como objecto de consumo está-se a diluir, porque os meios de comunicação de massas e a cultura que lhe é subjacente aproximam o consumidor dos padrões de utilização requeridos. Resolvidos os problemas do acesso ao automóvel sem endividamento e à manutenção sem custos excessivos, o problema da sinistralidade está meio resolvido, porque deixam de aparecer nas oficinas aqueles "clientes" que apenas querem "um jeito", para "ir à inspecção", para “aguentar até trocar” ou “é só para a minha mulher andar” e "argumentos” do mesmo tipo. É óbvio que só pode haver no mercado um tipo de reparação, isto é, aquela que deixa o veículo em condições técnicas de circular em perfeitas condi-
ções de segurança. A outra metade da segurança rodoviária pertence ao Estado, porque se trata de garantir as melhores condições das vias de circulação e a fiscalização de condutores e veículos. Pós-venda em velocidade de cruzeiro? Com um horizonte de validade até 2023, o novo Regulamento do Pós-venda vai prolongar-se por 13 anos contribuindo para a consolidação do pós-venda automóvel europeu, ao nível das melhores práticas. Apesar desta característica de longo fôlego, a CE e a direcção geral de Concorrência vão manter-se atentas à evolução do processo e prometem intervir, sempre que for necessário, para repor o espírito e a filosofia da legislação agora aprovada. Essa filosofia é herdada do Regulamento anterior (1400/2002), apostando no reforço da concorrência no pósvenda automóvel, no sentido de melhorar o nível de serviço e a diversidade da oferta, sem aumentos injustificados de preços, pelo contrário.
Com as sinergias possíveis em termos de distribuição de peças, sistemas de diagnóstico, equipamentos e tecnologias, o pós-venda europeu tem agora condições de entrar numa fase de velocidade de cruzeiro, com aumento da rentabilidade e das margens, apesar da esperada contenção de preços, derivada da maior oferta e da maior concorrência entre os diversos modelos de assistência a veículos. Não será de estranhar que apareçam no mercado as soluções de mobilidade a preços controlados, do tipo carro ao quilómetro. Os condutores passarão efectivamente a dar mais valor à disponibilidade do carro, do que propriamente ao estatuto de proprietário. Isso poderá permitir o acesso a veículos do tipo super desportivos ou SUV de topo de gama, sem que isso tenha que implicar investimentos e custos proibitivos. Pacotes de utilização fim-desemana e férias tornarão possível o usufruto de carros de sonho, que também
não teriam qualquer interesse no dia-adia urbano da maior parte das pessoas. A assistência aos veículos deverá passar a ser totalmente "computorizada", ou seja, programada e agendada milimetricamente, em termos de quilómetros e de funcionalidades. A discussão dos custos de manutenção provavelmente deixará de estar centrada em cada reparação em si, mas sim em planos e programas de manutenção com garantia e a custos fixos. Programas de assistência a nível ibérico e/ou europeu acabarão igualmente por aparecer, independentemente do ponto em que o condutor efectue a manutenção do veículo. Isto implicará elevados padrões de harmonização e de estandardização do pós-venda automóvel, a única fórmula de conciliar altos níveis de qualidade de serviço, com custos aceitáveis e comportáveis para a maioria dos clientes. De facto, não é nada que já não esteja a acontecer, mas tornar-se-á de certo modo mais óbvio e até pretendido por todas as partes envolvidas.
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CAMPANHA REPARAÇÃO LIVRE REGULAMENTO (UE) Nº 461/2010 DA COMISSÃO de 27 de Maio de 2010
relativo à aplicação do artigo 101.º , n.º 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia a certas categorias de acordos verticais e práticas concertadas no sector dos veículos automóveis (Texto relevante para efeitos do EEE) A COMISSÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta o Regulamento n. o 19/65/CEE do Conselho, de 2 de Março de 1965, relativo à aplicação do n.º 3 do artigo 85.º do Tratado a certas categorias de acordos e práticas concertadas ( 1 ), e, nomeadamente, o seu artigo 1º, Após publicação do projecto do presente regulamento, Após consulta do Comité Consultivo em matéria de decisões, acordos e práticas concertadas e de posições dominantes, Considerando o seguinte: (1) O Regulamento n.º 19/65/CEE confere poderes à Comissão para aplicar o artigo 101.º , n.º 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (*), mediante regulamento, a certas categorias de acordos verticais e às correspondentes práticas concertadas abrangidas pelo artigo 101.º , nº 1. Os regulamentos de isenção por categoria são aplicáveis aos acordos verticais que preenchem certas condições e podem ter um âmbito geral ou sectorial. (2) A Comissão definiu uma categoria de acordos verticais que considera como satisfazendo normalmente as condições estabelecidas no artigo 101, nº 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia e, para este efeito, adoptou o Regulamento (UE) n.º 330/2010 da Comissão, de 20 de Abril de 2010, relativo à aplicação do artigo 101.º , nº 3, do Tratado a certas categorias de acordos verticais e práticas concertadas ( 2 ), que substitui o Regulamento (CE) n.º 2790/1999 da Comissão ( 3 ). (3) O sector automóvel, que abrange tanto os veículos de passageiros como os veículos comerciais, tem sido sujeito a regulamentos de isenção por categoria específicos desde 1985, sendo o mais recente o Regulamento (CE) n.º 1400/2002 da Comissão, de 31 de Julho de 2002, relativo à aplicação do n.º 3 do artigo 81.º do Tratado a certas categorias de acordos verticais e práticas concertadas no sector automóvel ( 4 ). O Regulamento (CE) n.º 2790/1999 estabeleceu expressamente que não era aplicável aos acordos verticais abrangidos por outro regulamento de isenção por categoria. Deste modo, o sector automóvel não foi incluído no âmbito de aplicação desse regulamento. (4) O Regulamento (CE) n.º 1400/2002 caduca em 31 de Maio de 2010. No entanto, o sector automóvel deve continuar a beneficiar de uma isenção por categoria, a fim de simplificar a administração e reduzir os custos destinados a assegurar a conformidade para as empresas em questão, embora garantindo uma fiscalização eficaz dos mercados em conformidade com o artigo 103.º , n.º 2, alínea b), do Tratado. (5) A experiência adquirida desde 2002 relativamente à distribuição de veículos a motor novos, à distribuição de peças sobressalentes e à prestação de serviços de reparação e manutenção de veículos a motor permite a definição de uma categoria de acordos verticais no sector dos veículos a motor que podem ser considerados como satisfazendo normalmente as condições estabelecidas no artigo 101.º , n.º 3, do Tratado. (6) Incluem-se nesta categoria os acordos verticais para a compra, venda ou revenda de veículos a motor novos, os acordos verticais para a compra, venda ou revenda de peças sobressalentes para veículos a motor e os acordos verticais para a prestação de serviços de reparação e manutenção de tais veículos, sempre que os referidos acordos sejam concluídos entre empresas não concorrentes, entre determinados concorrentes ou por certas associações de retalhistas ou de oficinas de reparação. Estão também incluídos os acordos verticais que incluam disposições acessórias relativas à atribuição ou utilização de direitos de propriedade intelectual. A expressão «acordos verticais» deve ser definida em conformidade, a fim de incluir esses acordos e as correspondentes práticas concertadas. (7) Certos tipos de acordos verticais podem melhorar a eficiência económica no âmbito de uma cadeia de produção ou de distribuição, melhorando a coordenação entre as empresas participantes. Em especial, estes acordos podem conduzir a uma redução dos custos de transacção e distribuição das partes e garantir uma optimização das suas vendas e níveis de investimento. (8) A possibilidade de tais ganhos de eficiência compensarem eventuais efeitos anticoncorrenciais resultantes de restrições incluídas em acordos verticais depende do grau de poder de mercado das partes no acordo e, por conseguinte, da medida em que essas empresas enfrentem a concorrência de outros fornecedores de bens ou serviços considerados permutáveis ou substituíveis pelo comprador, devido às características, preço e utilização pretendida dos produtos. Os acordos verticais que contenham restrições que possam limitar a concorrência e prejudicar os consumidores, ou que não sejam indispensáveis para alcançar os efeitos positivos supramencionados, não devem beneficiar da isenção por categoria. (9) Para definir o âmbito de aplicação adequado do presente regulamento, a Comissão deve ter em conta as condições concorrenciais no sector relevante. Em relação a este aspecto, as conclusões do acompanhamento aprofundado do sector dos veículos a motor constantes do Relatório de Avaliação sobre a aplicação do Regulamento (CE) n.º 1400/2002 da Comissão de 28 de Maio ( 5 ) e da Comunicação da Comissão «O futuro quadro normativo da concorrência aplicável ao sector automóvel», de 22 de Julho de 2009 ( 6 ), mostraram que deve ser estabelecida uma distinção entre acordos para a distribuição de veículos a motor novos e acordos para a prestação de serviços de reparação e manutenção e distribuição de peças sobressalentes. (10) Em relação à distribuição de veículos a motor novos, afigura-se não existirem quaisquer deficiências significativas a nível da concorrência que distingam este de outros sectores económicos e que possam obrigar à aplicação de regras diferentes e mais rigorosas do que as consagradas no Regulamento (UE) n.º 330/2010. O limiar da quota de mercado, a exclusão de certos acordos verticais da isenção e as outras condições estabelecidas no referido regulamento garantem, em condições normais, que a distribuição de veículos a motor novos cumpre os requisitos do artigo 101.º , n.º 3, do Tratado. Por conseguinte, esses acordos devem beneficiar da isenção concedida pelo Regulamento (UE) n.º 330/2010, sem prejuízo de todas as condições nele estabelecidas. (1) (*)
(2) (3) (4) (5) (6)
JO 36 de 6.3.1965, p. 533/65. Com efeitos a partir de 1 de Dezembro de 2009, o artigo 81.º do Tratado CE passou a ser o artigo 101.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. Os dois artigos são idênticos em termos de substância. Para efeitos do presente regulamento, deve considerar-se que as referências ao artigo 101.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia são feitas, quando apropriado, para o artigo 81.º do Tratado CE. JO L 102 de 23.4.2010, p. 1. JO L 336 de 29.12.1999, p. 21. JO L 203 de 1.8.2002, p. 30. SEC(2008) 1946. COM(2009) 388.
(11) Em relação aos acordos de distribuição de peças sobressalentes e de prestação de serviços de reparação e manutenção, devem ser tomadas em consideração determinadas características específicas do mercado dos serviços pós-venda de veículos a motor. Em particular, a experiência adquirida pela Comissão com a aplicação do Regulamento (CE) n.º 1400/2002 demonstra que os aumentos de preços de trabalhos de reparação específicos apenas se reflectem parcialmente na fiabilidade cada vez maior dos veículos modernos e no alargamento dos intervalos de manutenção. Estas últimas tendências estão associadas à evolução tecnológica e à maior complexidade e fiabilidade dos componentes automóveis que são adquiridos pelos construtores de veículos aos fornecedores de equipamento original. Estes fornecedores vendem os seus produtos como peças sobressalentes no sector dos serviços pós-venda tanto através das redes de oficinas de reparação autorizadas dos construtores de veículos como através de canais independentes, representando assim uma importante força concorrencial nos serviços pós-venda do sector dos veículos a motor. Os custos médios suportados pelos consumidores da União por serviços de reparação e manutenção de veículos a motor representam uma parte muito significativa dos gastos totais dos consumidores em veículos a motor. (12) As condições concorrenciais no mercado dos serviços pós-venda de veículos a motor também se repercutem directamente na segurança pública, pois os veículos podem ser inseguros caso não tenham sido reparados correctamente, assim como na saúde pública e no ambiente, devido às emissões de dióxido de carbono e outros poluentes do ar, se não forem sujeitos a uma manutenção regular. (13) Na medida em que se possa definir um mercado de serviços pós-venda distinto, a concorrência efectiva nos mercados de compra e venda de peças sobressalentes e de serviços de reparação e manutenção para veículos a motor depende do grau de interacção concorrencial entre as oficinas de reparação autorizadas, isto é, as oficinas pertencentes a uma rede criada directa ou indirectamente pelo construtor de veículos, bem como entre os operadores autorizados e independentes, incluindo os fornecedores de peças sobressalentes e as oficinas de reparação independentes. A possibilidade de estes últimos competirem depende de um acesso sem restrições a factores de produção essenciais, como peças sobressalentes e informação técnica. (14) Tendo em conta estas especificidades, as regras consagradas no Regulamento (UE) n.º 330/2010 incluindo o limiar uniforme do mercado de 30 % são necessárias, mas não suficientes, para garantir que o benefício da isenção por categoria esteja reservado apenas aos acordos verticais de distribuição de peças sobressalentes e de prestação de serviços de reparação e manutenção, para os quais se pode assumir, com um grau de certeza suficiente, que as condições do artigo 101.º , n.º 3, do Tratado estão satisfeitas. (15) Por conseguinte, os acordos verticais de distribuição de peças sobressalentes e de prestação de serviços de reparação e manutenção devem beneficiar da isenção por categoria se, além das condições de isenção estabelecidas no Regulamento (UE) n.º 330/2010, cumprirem requisitos mais exigentes no que respeita a certos tipos de restrições graves da concorrência que possam limitar o abastecimento e a utilização de peças sobressalentes no mercado de serviços pós-venda do sector dos veículos a motor. (16) Em particular, não devem beneficiar da isenção por categoria os acordos que restrinjam a venda de peças sobressalentes pelos membros do sistema de distribuição selectiva de um construtor de veículos a oficinas de reparação independentes que as utilizem para a prestação de serviços de reparação ou manutenção. Sem o acesso a tais peças sobressalentes, as oficinas de reparação independentes não poderão concorrer eficazmente com as oficinas de reparação autorizadas, uma vez que não poderão oferecer aos consumidores serviços de boa qualidade que permitam o funcionamento seguro e fiável dos veículos a motor. (17) Além disso, a fim de garantir a concorrência efectiva nos mercados da reparação e da manutenção e permitir que as oficinas de reparação ofereçam aos utilizadores finais peças sobressalentes concorrentes, a isenção por categoria não deve abranger os acordos verticais que, não obstante estarem em conformidade com o Regulamento (UE) n.º 330/2010, restrinjam a possibilidade de um fabricante de peças sobressalentes vender essas peças a oficinas de reparação autorizadas no âmbito do sistema de distribuição de um construtor de veículos, a distribuidores independentes de peças sobressalentes, a oficinas de reparação independentes ou a utilizadores finais. Tal não afecta a responsabilidade civil dos fabricantes de peças sobressalentes ou a possibilidade de os construtores de veículos exigirem que as oficinas de reparação autorizadas no âmbito do seu sistema de distribuição utilizem apenas peças sobressalentes que possuam a mesma qualidade que os componentes utilizados na construção de dado veículo a motor. Além disso, tendo em conta o envolvimento contratual directo dos construtores de veículos nas reparações sob garantia, na assistência gratuita e nas operações de convocação de veículos para trabalhos específicos, os acordos que incluam a obrigação de as oficinas de reparação autorizadas utilizarem nessas reparações apenas peças sobressalentes originais fornecidas pelo construtor do veículo devem ser abrangidos pela isenção. (18) Por último, a fim de permitir às oficinas de reparação autorizadas e às oficinas de reparação independentes, bem como aos utilizadores finais identificarem o fabricante dos componentes do veículo a motor ou das peças sobressalentes e escolherem entre peças sobressalentes alternativas, a isenção por categoria não deve abranger os acordos através dos quais os construtores de veículos a motor limitam a possibilidade de o fabricante de componentes ou de peças sobressalentes originais colocar a sua marca ou logótipo nestas peças de forma efectiva e visível. (19) A fim de permitir que todos os operadores tenham tempo para se adaptarem ao disposto no presente regulamento, afigura-se adequado prolongar o período de aplicação das disposições do Regulamento (CE) n.º 1400/2002, respeitantes aos acordos verticais para a compra, venda ou revenda de veículos a motor novos até 31 de Maio de 2013. Em relação aos acordos de distribuição de peças sobressalentes e de prestação de serviços de reparação e manutenção, o presente regulamento deve ser aplicável a partir de 1 de Junho de 2010, a fim de continuar a garantir uma protecção adequada da concorrência no mercado dos serviços pós-venda do sector dos veículos a motor. (20) A Comissão controlará regularmente a evolução do sector dos veículos a motor e adoptará medidas adequadas correctivas no caso de surgirem problemas de concorrência susceptíveis de prejudicar os consumidores no mercado da distribuição de veículos a motor novos, no mercado do fornecimento de peças sobressalentes ou no mercado dos serviços pós-venda de veículos a motor. (21) A Comissão pode retirar o benefício da aplicação do presente regulamento, em conformidade com o artigo 29.º , n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1/2003 do Conselho, de 16 de Dezembro de 2002, relativo à execução das regras de
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concorrência estabelecidas nos artigos 81.º e 82.º do Tratado ( 1 ), se considerar que, num determinado caso, um acordo abrangido por esse regulamento de isenção produz, não obstante, efeitos incompatíveis com o artigo 101.º , n.º 3, do Tratado.
d) As empresas nas quais uma parte no acordo juntamente com uma ou mais das empresas mencionadas nas alíneas a), b) ou c) ou nas quais duas ou mais destas últimas empresas disponham conjuntamente dos direitos ou poderes enumerados na alínea a);
(22) No termos do artigo 29.º , n.º 2, do Regulamento (CE) n.º 1/2003, a autoridade responsável em matéria de concorrência de um Estado-Membro pode retirar o benefício da aplicação do presente regulamento no seu território, ou numa parte desse território, se considerar que, num determinado caso, um acordo a que é aplicável a isenção prevista no presente regulamento produz, não obstante, efeitos incompatíveis com o artigo 101.º , n.º 3, do Tratado no território desse Estado-Membro, ou numa parte desse território, que apresente todas as características de um mercado geográfico distinto.
e) As empresas em que os direitos ou poderes enumerados na alínea (a) pertençam conjuntamente: I) às partes no acordo ou às suas respectivas empresas ligadas mencionadas nas alíneas a) a d), ou II) a uma ou mais das partes no acordo ou a uma ou mais das suas empresas ligadas mencionadas nas alíneas a) a d) e a um ou mais terceiros.
(23) A fim de determinar se o benefício do presente regulamento deve ser retirado ao abrigo do artigo 29.º do Regulamento (CE) n.º 1/2003, é necessário ter em especial atenção os efeitos anticoncorrenciais que podem decorrer da existência de redes paralelas de acordos verticais com efeitos similares que restringem significativamente o acesso a um mercado relevante ou a concorrência nesse mercado. Tais efeitos cumulativos podem, por exemplo, verificar-se no caso de uma distribuição selectiva ou de obrigações de não concorrência. (24) A fim de reforçar o controlo das redes paralelas de acordos verticais com efeitos anticoncorrenciais similares e que abranjam mais de 50 % de um determinado mercado, a Comissão pode, mediante regulamento, declarar o presente regulamento inaplicável a acordos verticais que contenham restrições específicas respeitantes ao mercado em causa, restabelecendo assim a plena aplicação do artigo 101.º do Tratado a tais acordos. (25) A fim de analisar os efeitos do presente regulamento sobre a concorrência no mercado comum a nível das vendas a retalho de veículos a motor, do fornecimento de peças sobressalentes e dos serviços pós-venda de veículos a motor, é conveniente que a Comissão elabore um relatório de avaliação da aplicação do presente regulamento,
CAPÍTULO II ACORDOS VERTICAIS RELATIVOS À COMPRA, VENDA E REVENDA DE VEÍCULOS A MOTOR NOVOS Artigo 2.º Aplicação do Regulamento (CE) n.º 1400/2002 Nos termos do artigo 101.º , n.º 3, do Tratado, o artigo 101.º , n.º 1, do Tratado é inaplicável entre 1 de Junho de 2010 e 31 de Maio de 2013 aos acordos verticais que digam respeito às condições em que as partes possam comprar, vender ou revender veículos a motor novos, e que preencham os requisitos para a concessão de uma isenção previstos no Regulamento (CE) n.º 1400/2002, que digam especificamente respeito aos acordos verticais de compra, venda ou revenda de veículos a motor novos. Artigo 3.º Aplicação do Regulamento (UE) n.º 330/2010 Com efeitos a partir de 1 de Junho de 2013, o Regulamento (UE) n.º 330/2010 é aplicável aos acordos verticais relativos à compra, venda ou revenda de veículos a motor novos.
ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:
1.
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES COMUNS
CAPÍTULO III ACORDOS VERTICAIS RELATIVOS AOS SERVIÇOS PÓS- -VENDA DO SECTOR DOS VEÍCULOS A MOTOR
Artigo 1.º Definições
Artigo 4.º Isenção
Para efeitos do presente regulamento, entende-se por: a) «Acordo vertical», um acordo ou prática concertada entre duas ou mais empresas, exercendo cada uma delas as suas actividades, para efeitos do acordo ou da prática concertada, a um nível diferente da cadeia de produção ou distribuição e que digam respeito às condições em que as partes podem adquirir, vender ou revender certos bens ou serviços; b) «Restrição vertical», uma restrição da concorrência num acordo vertical abrangido pelo artigo 101.º , n.º 1, do Tratado; c) «Oficina de reparação autorizada», o prestador de serviços de reparação e manutenção de veículos a motor que exerça as suas actividades no âmbito de um sistema de distribuição criado por um fornecedor de veículos a motor; d) «Distribuidor autorizado», o distribuidor de peças sobressalentes para veículos a motor que exerce as suas actividades no âmbito de um sistema de distribuição criado por um fornecedor de veículos a motor; e) «Oficina de reparação independente»: I) o prestador de serviços de reparação e manutenção de veículos a motor que não exerce as suas actividades no âmbito de um sistema de distribuição criado pelo fornecedor dos veículos a motor aos quais presta serviços de reparação ou manutenção, II) uma oficina de reparação autorizada no âmbito do sistema de distribuição de um determinado fornecedor, desde que preste serviços de reparação ou manutenção a veículos a motor relativamente aos quais não é membro do sistema de distribuição do respectivo fornecedor; f) «Distribuidor independente»: I) o distribuidor de peças sobressalentes para veículos a motor que não exerce as suas actividades no âmbito do sistema de distribuição criado pelo fornecedor de veículos a motor dos quais ele distribui peças sobressalentes, II) um distribuidor autorizado no âmbito do sistema de distribuição de um dado fornecedor, na medida em que distribui peças sobressalentes de veículos a motor relativamente aos quais ele não pertence ao respectivo sistema de distribuição do fornecedor; g) «Veículo a motor», o veículo provido de um dispositivo de propulsão destinado a ser utilizado na via pública e que disponha de três ou mais rodas; h) «Peças sobressalentes», os bens destinados a serem instalados num veículo a motor de forma a substituir componentes desse veículo, incluindo bens tais como os lubrificantes, necessários para a utilização de um veículo a motor, à excepção do combustível; i) «Sistema de distribuição selectiva», o sistema de distribuição em que o fornecedor se compromete a vender os bens ou serviços contratuais, quer directa quer indirectamente, apenas a distribuidores seleccionados com base em critérios específicos e em que estes distribuidores se comprometem a não vender esses bens ou serviços a distribuidores não autorizados, no território reservado pelo fornecedor para o funcionamento desse sistema.
2.
Para efeitos do presente regulamento, os termos «empresa», «fornecedor», «construtor» e «comprador» incluem as suas respectivas empresas ligadas.
«Empresas ligadas»: a) As empresas em que uma parte no acordo disponha, directa ou indirectamente: I) do poder de exercer mais de metade dos direitos de voto, ou II) do poder de designar mais de metade dos membros do Conselho Fiscal ou de Administração ou dos órgãos que representam legalmente a empresa, ou III) do direito de conduzir os negócios da empresa; b) As empresas que directa ou indirectamente disponham, sobre uma das partes no acordo, dos direitos ou poderes enumerados na alínea a); c) As empresas nas quais as empresas referidas na alínea b) disponham, directa ou indirectamente, dos direitos ou poderes enumerados na alínea a); (1)
JO L 1 de 4.1.2003, p. 1.
Nos termos do artigo 101.º , n.º 3, do Tratado e de acordo com o estabelecido no presente regulamento, o artigo 101.º , n.º 1 do Tratado, não se aplica aos acordos verticais que digam respeito às condições em que as partes podem comprar, vender ou revender peças sobressalentes para veículos a motor ou prestar serviços de reparação e manutenção para veículos a motor, e que preencham os requisitos para beneficiar de uma isenção ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 330/2010 e não contenham nenhuma das cláusulas com restrições graves enumeradas no artigo 5.º do presente regulamento. A presente isenção é aplicável na medida em que tais acordos contenham restrições verticais. Artigo 5.º Restrições que eliminam o benefício da isenção por categoria — restrições graves A isenção prevista no artigo 4.º não é aplicável a acordos verticais que, directa ou indirectamente, isoladamente ou em combinação com outros factores que sejam controlados pelas partes, tenham por objecto: a) A restrição das vendas de peças sobressalentes para veículos a motor por membros de um sistema de distribuição selectiva a oficinas de reparação independentes que utilizem estas peças para a reparação e manutenção de um veículo a motor; b) A restrição acordada entre um fornecedor de peças sobressalentes, ferramentas de reparação ou equipamento de diagnóstico ou outros e um construtor de veículos a motor, que limite a possibilidade de o fornecedor vender estes bens ou serviços a distribuidores autorizados ou independentes, a oficinas de reparação autorizadas ou independentes ou a utilizadores finais; c) A restrição acordada entre um construtor de veículos a motor, que utiliza componentes para a montagem inicial de veículos a motor, e o fornecedor desses componentes, que limite a possibilidade de este último colocar a sua marca ou logótipo efectivamente e de forma facilmente visível nos componentes fornecidos ou nas peças sobressalentes. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 6.º Não aplicação do presente regulamento Nos termos do artigo 1.º - A do Regulamento n.º 19/65/CEE, a Comissão pode, mediante regulamento, declarar que, no caso em que redes paralelas de restrições verticais com efeitos similares abranjam mais de 50 % de um determinado mercado, o presente regulamento não é aplicável a acordos verticais que contenham restrições específicas respeitantes ao mercado em causa. Artigo 7.º Acompanhamento e relatório de avaliação A Comissão acompanhará a aplicação do presente regulamento e elaborará um relatório sobre a sua aplicação o mais tardar em 31 de Maio de 2021, tendo em especial atenção as condições estabelecidas no artigo 101.º , n.º 3, do Tratado. Artigo 8.º Período de validade O presente regulamento entra em vigor em 1 de Junho de 2010. O presente regulamento caduca em 31 de Maio de 2023. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros. Feito em Bruxelas, em 27 de Maio de 2010. Pela Comissão O Presidente José Manuel BARROSO
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II CAPÍTULO - Modelo de Gestão
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2.3 - Papel do gestor na dinâmica da oficina
Gestão dinâmica e proactividade Antes de conseguir dinamizar a sua equipa e a sua oficina, o gestor tem que dinamizar-se a si próprio, o que significa fazer com que as coisas aconteçam, em vez de ficar à espera de que elas possam acontecer.
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ara atingir esse objectivo, tem que partir do princípio de que as pessoas não são obrigadas a ir à sua oficina, mas que irão tentar sempre encontrar um local onde se sintam bem e onde tenham a certeza de resolver melhor os problemas de manutenção dos seus carros, pelo custo mais atractivo. Sendo assim, a primeira preocupação de um gestor de uma oficina automóvel é dominar completamente o seu ficheiro ou carteira de clientes passados, actuais e potenciais. Isso implica ter um registo completo de dados sobre o cliente e a(s) sua(s) viatura(s) incluindo contactos, hábitos e preferências, últimas intervenções, revisões e diagnósticos, intervalos de manutenção, etc. Na melhor das hipóteses, o gestor da oficina dispõe de um software actualizado de gestão de clientes, que é capaz de promover os contactos automaticamente (e-mail, sms, fax, etc.), sempre que é oportuno realizar alguma intervenção ou revisão ao veículo do cliente. Desta forma, a última coisa que o gestor da oficina deve fazer antes de encerrar o expediente é passar em revista o seu ficheiro de clientes e ver se a agenda está em ordem e se as marcações estão em dia. Do mesmo modo, a primeira coisas que o gestor deve fazer ao chegar à oficina é conferir as marcações e o programa
de trabalho do dia, bem como os clientes que devem ser contactados, por uma razão ou outra, nem que seja para lembrar que a oficina está atenta às suas necessidades e problemas. Inevitavelmente, o gestor da oficina será provavelmente o último a deixar a empresa e o primeiro a abrir a porta, quer seja contratado, quer seja o próprio dono ou accionista do negócio. Meeting matinal De facto, a única maneira de um gestor saber e confirmar que está tudo em ordem para mais um dia de trabalho, é estar lá antes. Um líder que não está na primeira linha de combate é um líder ausente, ineficaz e pouco respeitado. Por outro lado, o espírito de equipa e a motivação têm que ser avivados e sustentados com certos procedimentos organizados e alguns rituais conjuntos, que estimulem o comprometimento e a responsabilidade. O meeting matinal é um ponto alto de sustentação do espírito de equipa. Importa que seja ao mesmo tempo formal e informal, constituindo uma oportunidade para alinhavar e confirmar os passos concretos que têm que ser dados durante o dia, como e por quem, assim como para manter uns bons momentos de convívio agradável e descontraído, em torno de uma chávena de café. No final, importa que to-
dos saibam o que têm efectivamente que fazer e que estejam possuídos pela energia positiva da equipa e do seu desejo de vencer. As dúvidas e as questões são apresentadas no princípio da reunião, para que as certezas apareçam no final e nada impeça a "máquina" de funcionar. Mapa de actividades Melhor do que ninguém, o técnico de reparação automóvel sabe que uma máquina só funciona bem quando os seus movimentos estão perfeitamente sincronizados. Uma oficina não pode deixar-se empurrar pelos acontecimentos, nem deve deixar-se andar a navegar à deriva, porque tem objectivos a cumprir, salários a pagar e compromissos para solver. Todas as actividades da empresa de reparação devem estar inscritas num mapa, estruturado cronologicamente e de acordo com a regra das prioridades. Esse mapa pode ser realizado em suporte físico ou virtual, sendo importante que esteja permanentemente visível por todos os que estão envolvidos nas actividades nele inscritas, assim como pelo próprio gestor, embora este possa não estar directamente envolvido na sua organização. Um bom funcionário administrativo ou secretária(o) poderá encarregar-se dessa tarefa. Nesse
mapa, devem figurar obrigatoriamente o nº do orçamento e/ou da ordem de reparação, matrícula do veículo e/ou nome/contacto do cliente, técnico ou técnicos encarregados da intervenção, assim como a matriz horária em que o serviço está balizado, incluindo a hora de início e a hora do termo do serviço. No caso do trabalho depender de algum fornecedor ou fornecedores, estes deverão igualmente figurar no mapa. Obviamente, o mapa deve estar em permanente actualização, inscrevendo-se oportunamente as actividades que vão ser realizadas e excluindo-se as que já foram concluídas. Em termos de imagem interna e externa da oficina, o mapa de actividades é um poderoso factor de qualidade e de prestígio. Gestão de fornecedores A gestão dos fornecedores de uma oficina deve ser dinâmica e não pode limitar-se à selecção aleatória das empresas distribuidoras de peças e produtos. Dependendo da área ou áreas em que a oficina exerce a sua acção, é fundamental considerar parcerias com fornecedores. Essas parcerias devem ter valor acrescentado para a oficina, em termos logísticos, serviço e extensão de gamas. Como é evidente, o preço faz parte do serviço do fornecedor ao cliente, mas não pode constituir o único critério, porque é necessário considerar outros custos e valores associados ao produto. A qualidade da comunicação entre a oficina e os seus fornecedores é muito importante e não deve limitarse aos mecanismos automáticos ou semi-automáticos de encomendas, facturação e pagamentos. As relações comerciais devem ser acompanhadas permanentemente em termos de desempenho e as relações pessoais não devem ficar esquecidas. Por outro lado, os fornecedores de serviços não devem ser considerados parceiros de negócio de segunda ordem, sendo imperioso que a qualidade dos serviços prestados se mantenha inalterável ao longo do tempo. A substituição dos fornecedores deve estar sempre em cima da mesa, quando esta for benéfica para a oficina e ajudar a melhorar o desempenho do negócio. O facto dos fornecedores saberem que uma oficina tem critérios e selecção definidos, acaba também por influenciar positivamente o desempenho desses fornecedores. Prospecção de mercado Poder-se-ia pensar que o trabalho de prospecção de novos clientes e de novos nichos de mercado está reservado para os períodos de menos serviço e de menor afluência de clientes, tratando-se de uma responsabilidade meramente ocasional, mas é exactamente o oposto disso. Para ser economicamente mais rentável e para poder manter um nível de motivação elevado da equipa, um negócio qualquer deve crescer sempre alguma coisa. Mesmo nos períodos de estagnação económica, como o que actualmente vivemos, isso é um objectivo realizável, porque nesse caso a manutenção do nível de negócio é já uma forma de crescimento, atendendo ao recuo do mercado. Assim sendo, prospecção de novos clientes é uma actividade que deve estar sempre presente em qualquer empresa, desde o primeiro ao último minuto da sua existência, envolvendo todos os colaboradores e todas as oportunidades. Também ainda se ouve falar em clientes permanentes e clientes ocasionais, mas isso já está desfasado da realidade, porque mesmo os chamados clientes permanentes ou habituais apenas procuram a oficina ocasionalmente, devido à própria evolução técnica do automóvel e das suas funções. Outra possibilidade é esse cliente habitual querer "experimentar" outra oficina qualquer. Isso faz com que o número total de clientes de uma oficina tenha que ser de certo modo avultado, de maneira a proporcionar um fluxo de trabalho permanente aceitável. A prospecção de clientes pode e deve ser efectuada
de forma directa, através de todos os clientes que entram na oficina, ou de forma indirecta, através de iniciativas de marketing, convencionais ou online. De qualquer das maneiras, é importante a oficina dispor de informação para os clientes potenciais, na qual devem estar bem visíveis os factores diferenciadores, as vantagens, as opções e os contactos principais. Além dos chamados clientes particulares ou individuais, há um número cada vez maior que procura dispor de um veículo através do aluguer operacional, leasing e outras modalidades de fruição de mobilidade privada. Isso implica que a prospecção actualmente deva incluir igualmente as empresas de aluguer e gestoras de frotas. Além disso, é preciso estar atento e trabalhar os nichos de mercado, um dos mais promissores dos quais é o dos carros com garantia de fábrica. A própria oficina deve criar também os seus planos de manutenção e garantias particulares, como forma de ampliar a sua oferta de serviços e fidelizar a sua clientela. Manutenção Não seria lógico que uma oficina recomendasse permanentemente aos seus clientes para apostarem na manutenção preventiva dos seus veículos, descurando a sua própria manutenção. Do mesmo modo que um carro deve estar preparado para responder às necessidades e expectativas do seu condutor, uma empresa de reparação automóvel tem que manter a sua capacidade de resposta ao máximo nível, para permitir ultrapassar com sucesso os picos de negócio e garantir o maior número de clientes satisfeitos com os seus serviços. Isso implica que deve haver um plano anual de manutenção de infra estruturas, instalações, equipamentos e ferramentas. Além das revisões nos intervalos correctos, todos estes elementos devem estar sob vigilância permanente, equacionando-se reparações ou a substituição quando for necessário. A actualização é nos dias de hoje também uma parte integrante do processo de manutenção dos meios disponíveis na oficina. Além disso, a empresa deve estimular entre os seus colaboradores o zelo pelo património comum, de forma a maximizar a rentabilidade do negócio e aumentar as oportunidades de actualização das remunerações. No que se refere à força de trabalho, a oficina deve encarar a manutenção dos seus profissionais com programas de higiene e segurança, seguros de saúde e formação específica nessa área, para além da formação técnica indispensável para o exercício da actividade.
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Também na área da saúde a manutenção preventiva compensa, porque as faltas por doença constituem um obstáculo a ter em conta para a concretização dos objectivos da empresa. No que diz respeito à segurança no local de trabalho, deve ser o mais abrangente e completa possível, porque nada paga os prejuízos materiais e morais provocados pelos acidentes de trabalho. Reciclagem Na actividade de manutenção e reparação automóvel há que prestar a máxima atenção aos fluxos e refluxos de peças e produtos, tendo em vista a sustentabilidade do sector, devido à formação de inúmeros resíduos e emissões, alguns dos quais perigosos, como é caso de pneus, baterias e lubrificantes fora de uso. Um gestor atento, competente e dinâmico coloca a indispensável energia no controlo dos refluxos, dotando a oficina de todos os meios indispensáveis ao cumprimento da legislação vigente sobre a reciclagem de resíduos e efluentes, que inclui separação, armazenamento e encaminhamento de resíduos. Além de todos os colaboradores da empresa deverem possuir formação específica adequada a este tema, é hoje em dia praticamente indispensável que a oficina possua parcerias nesta área, cuja especificidade requer procedimentos e prazos prédeterminados. As coimas relativas à violação das leis de protecção do ambiente são elevadas e tornam os custos da reciclagem desproporcionais, devendo ser evitadas a todo o custo. Os custos correntes com a gestão de resíduos, efluentes e emissões, que podem atingir volumes importantes na actividade de carroçaria e repintura, devem ser encarados como um tributo à sustentabilidade do negócio, cujo retorno em termos de imagem e de responsabilidade social acaba por compensar.
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ACTUALIDADE Tuningparty
Tuning dá festa Foi a edição de maior sucesso da Tuningparty. Cerca de 20 mil pessoas e 3.400 carros confirmados mostraram que o tuning está vivo e que é uma modalidade para todos os gostos e feitios
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á tunings e tunings. Uns entram para o recinto da Tuningparty com alterações que não existem; outros são exuberantes e modificam o carro até ficar quase irreconhecível. O acontecimento do dia eram os drifts do Team Triple Black – Monster Energy. Um desses veículos tinha participado no Gumball 3000, uma prova de culto dos Estados Unidos da América e que recebe muitos fãs do mundo do tuning. A prova decorreu numa zona de espectáculos ainda dentro do recinto. O espaço onde decorria a feira é tão extenso que se viam frequentemente mini-motos e scooters para circular no espaço. Para quem viesse a chegar à Nersant, em Santarém, parecia que se tratavam de dois acontecimentos diferentes. Numa das pontas do recinto, era a zona de dirfting e da prova de arranques. No outro, era a zona de entrada e de acampamento. Era obrigatório para quem quisesse mostrar o carro passar pela estrada onde estavam os expositores de peças e acessórios. Num deles, vendiam-se jogos de pedais da Recaro por 25 euros. Outros negócios eram os carros. Algumas das pessoas que lá se encontravam, aproveitavam para tentar vender os seus carros, com as tradicionais folhas de papel com o modelo, o preço e as alterações. Menos Márcio Gomes, do Alentejo. Este tunner trouxe o seu carro, My Precious, um BMW 325 TDS, que esteve parado um ano e meio para fazer aerografia. As imagens e as cores remetem para o universo do Senhor dos Anéis. A cor-base é o roxo e no capot tem as faces dos personagens principais como se fossem fotografias. É um trabalho de milhares de horas, resguardado por uma cerca de cordas. Márcio Gomes não o vende. “É uma paixão ter os carros personalizados ao nosso gosto e ter aquilo que a gente gosta”, diz. Do lado oposto, está Tiago Santos, com um Citroen Saxo Cup. Por fora, era apenas um carro rebaixado e com jantes especiais. “Vendo uns carros e compro outros”, explica. Todos os anos troca de carro. Não é o adepto mais fervoroso do evento – de certeza. “Faço tuning assim moderado. Nada de mais”, dizia Tiago Santos. “Estou a pensar em pintá-lo de dourado”. Há quem traga cá os seus carros, embrulhados numa pintura à sua maneira. Outros acrescentam desenho ao desenho original do carro. Em frente a um deles, nem se distinguia se era um Ford Fiesta ou um Opel Corsa. Outros sobem-lhes a potência. Há es-
paços próprios para os “picanços”, mas há quem não ceda à tentação de comparar arranques durante 20 metros. Outros aumentam o volume: há mesmo um concurso para a qualidade de som. De vez em quando, enquanto se anda nas estradas da Nersant, houve-se muita aceleração. As cabines de vendas, que têm som, discutem entre si, cada uma com a música mais alto. Não é raro uma pessoa encontrar-se um local onde cada um dos ouvidos ouve uma coisa diferente. Mas o Tuningparty é assim. Um evento que apela aos sentidos e, como tal, às paixões e ódios. “Dos eventos que já fui este é o melhor. Sempre que posso, nunca falto em Santarém”, diz Márcio Gomes, do My Precious. “Isto não é nada street racer, é apenas tuning e nada mais”. No recinto, só entram viaturas que tenham um número mínimo de alterações, dizia uma placa que estava ao pé do Tuning Bar. O mesmo cartaz avisava ainda que as viaturas têm que estar limpas e que existe um local próprio para o efeito. A Sumex foi uma das empresas que esteve presente no evento, com um expositor próprio. Através da sua representada ODC Custom, apresentou a Car Deco, uma espécie de tatuagens para carros, conforme explica Luzia Sá Pereira. “Da mesma forma que as tatuagens estão na moda, os carros também podem ser personalizados com estes autocolantes. Só que estes podem ser retirados”, diz a gerente da empresa de Vila do Conde. A Vredstein, de pneus, também esteve no evento. Joel Alentado, responsável de marketing, disse ao JORNAL DAS OFICINAS que este tipo de feiras interessa muito à marca porque é uma forma de estar mais perto do cliente. “E este cliente é um cliente que dá muita atenção ao seu carro e que só escolhe produtos de qualidade”, explica. O mesmo diz Manuel Sousa, do marketing da Pioneer. “São clientes que investem muito no seu automóvel. Viemos à Tuningparty porque queríamos mostrar que estamos presentes no mercado e voltar a ter os aficionados”, diz. A marca tinha um stand no interior do pavilhão coberto, onde procurava contactar com os clientes directamente. O Car Audio é a área com mais presença no Tuningparty. “Sabemos que as necessidades dessas empresas são muito específicas. Para o ano, vamos ter o espaço comercial alargado no interior para que mais marcas possam mostrar os seus produtos com melhores condições”, disse Alexandre Tomás, da Tuningparty.
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SALÃO
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MOTORTEC AUTOMECHANIKA IBÉRICA
Reformular o conceito O sector do pós-venda encontrar-se-á novamente em Madrid, por ocasião da realização do Salão Internacional de Equipamentos e Componentes para o Automóvel, Motortec Automechanika Ibéria, organizado pela Ifema, de 30 de Março a 2 de Abril de 2011.
A
s feiras tradicionais do Pós-venda Automóvel europeu estavam a viver de grandes empresas e grupos já estruturados há muito no mercado e eram praticamente um meio de glorificação das marcas vencedoras, onde restava pouco espaço para os grupos e empresas emergentes, tanto de origem europeia, como provenientes dos novos pólos de desenvolvimento da indústria automóvel, como é o caso dos chamados países do bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). A pressão dessas empresas e desses mercados já tinham motivado a dinamização da Automechanika de Frankfurt e a sua internacionalização pelos cinco continentes. A Espanha e Madrid, plataformas por excelência de cruzamento de fluxos entre a Europa e a América Latina e a África de expressão portuguesa e não só, não poderiam escapar a uma reformulação do seu maior evento do pós-venda automóvel, a Motortec. Para não falhar à primeira tentativa, a entidade organizadora da Motortec, a Ifema, procurou associar-se com uma entidade promotora de eventos a nível global com provas dadas, a Messe Frankfurt, organizadora das feiras internacionais com o conceito Automechanika em 14 cidades de todo o Mundo e tem uma rede de vendas com 52 parceiros de negócio com representação em 150 países. Além da transferência de know how estratégico, a convergência entre as duas entidades permitiu promover importantes sinergias e introduzir novos conceitos de organização de eventos deste tipo, tornando-os mais atractivos e mais rentáveis para as empresas e marcas à procura do seu lugar no mercado e do indispensável êxito. Liderança renovada Com um novo projecto em cima da mesa, neste caso a Motortec Automechanika Ibérica, era necessário encontrar uma liderança que desse forma ao novo conceito e traduzisse em iniciativas e realizações as motivações subjacentes a esse projecto. A Ifema não precisou procurar muito, porque Raúl Calleja já era um dos seus promissores quadros, com provas dadas na organização e na liderança de outros eventos promovidos pela organização madrilena. Natural de Aranda do Duero (Burgos), Calleja é um jovem quadro licenciado em Económicas, seguindo-se um mestrado em Marketing e Comunicação, que proporcionam um enquadramento técnico perfeito para o exercício das suas actuais funções. Encarregado de devolver e acrescentar à feira do pósvenda de Madrid o seu prestígio con-
lúdico de mini férias das exposições anteriores é assim transformado num ambiente de trabalho mais produtivo e mais orientado para a realização de contratos, parcerias e projectos de colaboração entre empresas. O que os operadores do mercado actualmente esperam de uma feira ou exposição é a oportunidade de se actualizarem com os mais recentes conceitos e de poderem fazer os contacto bilaterais B2B (Business to Business) indispensáveis ao desenvolvimento da sua actividade. Foi este o principal factor do êxito da Automechanika de Frankfurt, que após percorrer várias cidades do Mundo inteiro, acabou inevitavelmente por visitar a cidade de Madrid. A vantagem para o pósvenda automóvel português e ibérico é poderem ter à mão uma montra viva de tudo o que acontece em tempo real, não apenas na Europa, mas no Mundo inteiro, alargando as oportunidades de negócio locais e noutras zonas de influência dos povos ibéricos, que representam um enorme potencial para a indústria e comércio automóvel.
Raúl Calleja, Director da Motortec Automechanika Ibérica, pretende que a Feira seja rentável para os expositores
Motortec Automechanika Ibérica Morada: Feria de Madrid – 28042 Madrid España Director: Raúl Calleja Telefone: 0034.91.722.30.00 Fax: 0034.91.722.58.03 e-mail: motortec-automechanika-iberica@ifema.es Internet: www.motortec-automechanika-iberica.com
quistado ao longo dos anos, Raúl Calleja não quer apenas o título de Director da Motortec Automechanika Ibérica, estando principalmente interessado em promover um conceito mais dinâmico, mais criativo e mais virado para as expectativas e necessidades dos expositores. Nas suas próprias palavras, "Estamos a falar de um novo produto expositivo baseado no conhecimento do que pretende o expositor, transformando esse produto numa ferramenta comercial à sua medida. Sabendo o que pretende o expositor e tendo o seu formulário de participação nas mãos, estamos em condições de lhe apresentar uma proposta inovadora, estimulante e à sua medida. Não procuramos objectivos meramente quantitativos e vender muitos metros quadrados de espaço de exposição, mas que a participação do expositor na Motortec Automechanika Ibérica se torne rentável e sirva de impulso à sua actividade". Com poucas palavras, Calleja resume o essencial da renovação que a sua liderança pretende imprimir à feira de Madrid, em conjunto e a favor das forças vivas do sector de pós-venda automóvel. A melhor demonstração disso foi a redução da duração da feira de cinco para quatro dias (de quarta a sábado: de 30 de Março a 2 de Abril de 2011). O carácter
A Motortec dos expositores Raúl Calleja, o actual director da Motortec Automehanika Ibérica, tinha prometido fazer uma Feira de acordo com as expectativas e opiniões dos expositores, à sua medida, e parece que está a conseguir o seu objectivo. A oito meses da realização da próxima edição da feira do pós-venda automóvel de Madrid, estão reunidas todas as condições para atrair expositores de todos os quadrantes e de todas as dimensões, o que será sem dúvida o maior pólo de interesse dos visitantes profissionais que aqui acorrerão de todos os pontos do planeta. Com a ideia brilhante da rentabilidade dos expositores em mente, que nunca fez tanto sentido como no actual contexto da economia mundial, Raúl Calleja está a reunir os parceiros que permitirão oferecer a esses expositores os serviços de valor acrescentado de natureza comercial e de marketing, que permitirão optimizar a visibilidade e as oportunidades de negócio, antes, durante e após a realização da Motortec Automechanika Ibérica. Porque uma exposição deste tipo só pode ser uma excelente oportunidade dos expositores poderem contactar todos os actuais e potenciais clientes de uma só vez, do mesmo modo que é para esses clientes a grande oportunidade de verem todos os seus actuais e potenciais fornecedores ao mesmo tempo. Essa é a grande força destas reuniões, a sua grande mais valia e o seu evidente significado económico e social.
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NOTÍCIAS
Breves
ProvMec cada vez mais perto dos seus clientes
NOVO SISTEMA DE PINTURA PPG O fabricante de tintas PPG lançou nos EUA o seu inovador sistema à base de água B1:B2 (húmido sobre húmido), que foi utilizado pela primeira vez nas linhas de produção da BMW de Spartanburg (Carolina do sul). O principal objectivo deste novo sistema é reduzir o impacto ambiental das instalações de pintura automóvel, simplificando o trabalho dos pintores, sem comprometer o resultado final. Nos sistemas de pintura convencionais, o processo é iniciado com a aplicação de uma camada por electroforese na chapa, sendo em seguida aplicado um primário. Quando este está curado, é aplicada uma base de acabamento, sobre a qual é finalmente aplicado o verniz. Depois de muito analisar este processo, a PPG chegou à conclusão de que implicava custos desnecessários e era muito demorado. Com o sistema da nova geração B1:B2 o processo global de pintura passa directamente do primário para o acabamento, eliminando a cura do primário em estufa e todos os procedimentos relacionados com o tradicional processamento. A primeira camada de tinta desta nova tecnologia B1 garante as propriedades de primário, aparelho de enchimento, aderência e protecção, podendo receber directamente a camada B2, que proporciona o acabamento, a cor, o brilho e a protecção suplementar. As duas camadas B1 e B2 são aplicadas pelo sistema húmido sobre húmido, dispensando secagem ou cura em estufa entre as aplicações. A redução dos passos necessários para aplicar a tinta reduz consideravelmente o tempo de aplicação e a energia gasta no processo.
NOVO DIRECTOR DAS REDE VULCO Alberto Vellareal foi nomeado director da rede de oficinas Vulco, um conceito patrocinado pela Goodyear Dunlop, cargo em que substitui Gonzalo Merodio. Este último passará a encarregar-se do desenvolvimento do retalho na zona Médio Oriente e África, após a experiência adquirida a nível ibérico. Quanto a Alberto Villareal, tem já uma longa carreira de mais de 15 anos no sector dos pneus e trabalha na Goodyear Dunlop Iberia há mais de seis anos, tendo ultimamente desempenhado funções na divisão comercial de concessionários e o cargo de Trade Marketing Manager para Espanha e Portugal. Para o actual cargo, Alberto Villareal expressou a seguinte filosofia; “Cada vez mais, as necessidades dos consumidores finais nos exigem melhor oferta de serviço e isso já faz parte do ADN da rede Vulco. Ao ser nomeado para este cargo, assumo a grande responsabilidade de defender e aplicar os valores que nos tornam diferentes no mercado".
Domingos & Morgado lança gama abrangente de jantes A Domingos & Morgado oferece actualmente aos seus clientes uma gama de jantes que ultrapassa largamente os 300 modelos diferentes. Estão disponíveis praticamente todos os estilos de jantes, desde o mais recente e inovador até ao mais tradicional e clássico. Numa oferta em que a aposta é na qualidade do produto e na excelência do serviço de informação técnica e aconselhamento, a Domingos & Morgado possui uma equipa profissional e com larga experiência no sector. Com o lançamento do novo Catálogo de Jantes 2010, com uma nova imagem, é possível consultar toda a gama da Domingos & Morgado numa ferramenta essencial para os distribuidores na sua função de aconselhamento ao cliente. A Mak é uma das marcas de moda mais representativas e para o corrente ano de 2010 lançou uma gama de 9 novos modelos de jantes que se destacam pelo seu design e acabamento. Saliência para o modelo Mistral, caracterizado pelo seu fabricante como uma jante que é a “expressão máxima do dinamismo” e que se produz na cor Gun Metallic – Mirror, de 15” até 18” de diâmetro. O modelo Seven “outros limites“ é também já um modelo de sucesso e está disponível em acabamentos Matt Black, Red e Black Smoke Ring, de 15” a 17” de diâmetro. Neste catálogo 2010, destaque também para duas novas tendências para personalização de viaturas com os inovadores modelos RR1, da Rosso Ruote e o KR210 da KYOWA Racing. A nova RR1, da Rosso Ruote, disponível na cor Matt Black Polished, de 15” a 17” de diâmetro, é uma jante de 5 raios com um design desportivo e inovador, capaz de marcar toda a diferença para a concorrência colocando acima de tudo uma componente forte na identidade do automóvel. A KR210, da Kyowa Racing é a tradicional jante de 5 raios mas com uma elegância acima da média, fazendo dela uma das jantes mais bem sucedidas na Domingos & Morgado. A inovadora pintura Aluminate Gold Full Polished torna a KR210 uma jante de fortíssimo impacto visual. Esta e outra novidades estão também disponíveis para consulta em www.domingos-morgado.pt.
Metelli apresenta novidades em Frankfurt Por ocasião da Automechanika Frankfurt 2010, a Metelli irá apresentar oficialmente suas novas Pastilhas de Travões e Discos de Travões Revestidos (DSP). Estes novos produtos completam a gama de peças de travões, aumentando-a com 530 referências de "Pastilhas de Travões" que cobrem o parque automóvel europeu e com 66 "Discos de Travões Revestidos", destinados a aplicações em carros de gama média-alta. Em particular, os Discos de Travões Revestidos são inovadoras porque do seu tratamento com uma cobertura especial - chamado DSP (Disc Surface Protection) - aplicando a toda a superfície dos discos uma pintura especial que evita a oxidação da porção que não entra em contacto com as pastilhas dos travões e torna os discos da Metelli prontos para usar.
A ProvMec, Profissionais de Venda Mecânica encontra-se a preparar um arranque pós-férias totalmente centrado no cliente. Irá avançar com várias iniciativas de forma a informar e chegar cada vez mais perto do seu cliente. - InfoMecânica: Informar os seus clientes sobre motores reconstruídos, usados e reparados, através de um boletim informativo com as principais diferenças, vantagens e desvantagens de ambos, tendo em conta os benefícios acrescentados nos produtos ProvMec. - Comunicação: Encontra-se também a preparar uma nova campanha publicitária, apostando no contacto mais directo e permanente com o cliente, através do espaço correspondente ao maior outdoor da estrada mais movimentada do país a IC19, no sentido Lisboa Sintra, bem como novas campanhas nos principais Jornais e Revistas da especialidade e directamente com os clientes. Estas iniciativas que surgirão a partir de Setembro vão ao encontro do conceito de uma empresa pensada para o cliente seguindo a linha de outras iniciativas já em curso como: questionários pós-venda ao cliente de forma levar o cliente a participar e a dar a sua opinião dizendo onde a ProvMec pode melhorar para garantir o melhor serviço; a adesão às novas redes sociais, nomeadamente o Facebook, que permite o contacto directo com o cliente e marcando a presença da empresa nesta constante evolução de meios.
Liqui Moly lança massa com MoS2 A LM47 é uma massa lubrificante especial de elevada qualidade produzida pela Liqui Moly. O MoS2 contido nesta massa confere-lhe uma capacidade de lubrificação e de resistência à carga muito superior às massas lubrificantes normais, isto acontece pois o seu funcionamento torna-se diferente. Durante o funcionamento forma-se uma camada extremamente fina e aderente de dissulfeto de molibdénio (MoS2) sobre as superfícies deslizantes que reduz o atrito e permanece por um prolongado período de tempo, mesmo depois da aplicação da massa. Produz uma acção lubrificante extremamente longa e é compatível com sistemas de lubrificação central. A temperatura operacional está entre os -30ºC e os +125ºC, cumprindo também a norma DIN 51502 KPF 2 K-30. Está indicada para a montagem, reparação e manutenção de veículos motorizados, maquinaria industrial e de construção de diversos tipos, também para junções sujeitas a cargas elevadas, fusos com ranhura, roscas e guias. É também apropriada para juntas de velocidade constante. Existe nos formatos: 100g, 400g, 1 kg, 5kg e 25kg.
Correcção Na edição nº 56 do Jornal das Oficinas, referente ao mês de Julho 2010, no artigo sobre a Autozitânia publicado na página 49, fizemos menção que foram os Srs. Francisco José das Neves Venâncio e Samuel de Almeida Henriques quem fundou a empresa em 1986. De facto não foi dessa forma. A empresa Autozitânia foi fundada em 1986 pelos Srs. Mário Joaquim da Conceição Pinheiro e Samuel de Almeida Henriques. Apenas posteriormente o Sr. Francisco José das Neves Venâncio se juntou à sociedade. A Autozitânia implementouse no mercado com o esforço e dedicação dos três sócios gerentes. Em 2005, já como sociedade anónima, houve a saída de um dos sócios e actualmente o Grupo Autozitânia é pertença dos Srs. Francisco José das Neves Venâncio e Samuel de Almeida Henriques. Na mesma edição do Jornal das Oficinas, no artigo sobre a ATM – Auto Torre da Marinha, publicado na página 47, o nome do gerente não é Paulo Mota, mas sim Paulo Costa. Pelo nosso engano, pedimos desculpa aos visados.
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NOTÍCIAS
Breves
Leirilis com novo site
PRIMAZIA AO CLIENTE NA FEU VERT A rede de oficinas Feu Vert realizou recentemente a sua XIV Convenção de gerentes de Portugal e Espanha, em Salamanca, na qual se reafirmaram os princípios fundamentais da empresa, com destaque para a meta nº 1: " Alcançar a excelência no relacionamento com o cliente ". O director geral da Feu Vert, Ricardo López Francos analisou a actual conjuntura do mercado e definiu a melhor estratégia para garantir o futuro a excelência no relacionamento com o cliente. Embora reconhecendo a dificuldade do objectivo, os responsáveis da Feu Vert consideram que a valorização da empresa tem desta meta acabará por levar a Feu Vert adiante da concorrência, de acordo com os inquéritos de satisfação dos utentes da rede, que já foram realizados. Outro importante objectivo estratégico definido por López Franco é o cumprimento das regulamentações ambientais e de reciclagem governamentais e europeias, dentro da tradição da Feu Vert, " que é levar avante todos os protocolos técnicos e de qualificação que permitam à empresa continuar o seu crescimento e a sua expansão imparável no mercado ".
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MCoutinho Peças
Como o objectivo é servir melhor os seus clientes a Leirilis, SA. tem disponível um novo site em www.leirilis.com, no qual o cliente tem acesso a diversas informações. Para além de informações de carácter geral sobre a empresa, estão disponíveis informações sobre os produtos e serviços comercializados, podendo realizar downloads de catálogos e ainda pode consultar as promoções que estão em vigor. Para proporcionar mais conforto e comodidade aos clientes é possível, também, realizar encomendas on-line através do Portal Leirilis, onde tem acesso ao preço e disponibilidade de cada produto.
com serviço Expresso A MCoutinho Peças acaba de lançar um novo serviço de entregas rápidas em mota, a operar em Lisboa, o MCoutinho Expresso. Contemplando entregas em 90 minutos, nos pedidos de manhã até às 10h30 e à tarde até às 15h00, os clientes que usufruam deste serviço passam a contar com 4 entregas diárias (2 normais e 2 expresso). O MCoutinho Expresso está vocacionado essencialmente para produtos de manutenção e desgaste, como filtros, velas e outros, com peso até 10Kg e dimensões inferiores a 40x30x20cm, excepto produtos frágeis como, por exemplo, faróis. A MCoutinho Peças reforçou este lançamento com a criação de packs de manutenção (filtros e distribuição) adaptados às necessidades dos clientes, com preços muito competitivos, que tornam o processo de encomenda ainda mais fácil. O serviço MCoutinho Expresso estará disponível gratuitamente até 31 de Dezembro, em exclusivo nos distritos de Lisboa e Setúbal.
Remodelação da imagem prossegue A loja ExpressGlass da Rotunda do Relógio, em Lisboa, foi recentemente alvo de um refresh, enquadrado num processo que a rede tem vindo a levar a cabo de renovação da imagem para um conceito mais moderno e adequado à actual realidade da empresa. Aproveitando a localização estratégica da loja, no que se refere às excelentes acessibilidades e à proximidade do aeroporto de Lisboa, optou-se por dar maior destaque ao espaço para, deste modo, aumentar a notoriedade para os milhares de pessoas que circulam diariamente pela zona. Recorde-se que este novo passo surge na sequência do anúncio efectuado pela rede, no início deste ano, da pretensão de reforçar a sua presença na Grande Lisboa, dado o aumento exponencial dos níveis de adesão da região aos serviços prestados por este operador na área da reparação e substituição de vidro automóvel. Além desta loja, a ExpressGlass assegura presença na região da capital, em locais como Belém, Sete Rios, Camarate, Amadora, Odivelas, Cacém, Trajouce, Cascais e D. Maria (Sintra). PUB
AT TRW RW llevou-me evou-me aao o ccentro entro d da a aacção cção
A TRW TRW deu u a José Batista, vencedor vencedor do concurso “Mecânico “M Mecânico de Corridass por um Fim-de-Semana”, Fim-de-Sem mana”, a fantástica oportunidade o to ornar mecânico do WTCC. TCC. Com um programa program ma completo junto da a equipa de se tornar WT técnica da Chevrolet, José Batista Batistta esteve no centro da a acção, no Autódromo o do Algarve, trabalhando trabalha ando em alguns l dos d s carros d i ma ais i rápidos á id do d mundo. d de tturismo mais “Quero agradecer “ Quero a gradecer à TRW TRW por por me me proporcionar proporcio ionar um um fim-de-semana fim-de-semana espectacular, espectacular, cheio ch heiio o de de acção. acçã ão. Trabalhar Trabalhar c om esta esta equipa, equipa, n este es carros ca arros fantásticos fantásticos e estar estar no no centro centro da da acção, acçã ão, é uma uma experiência exp xperiiê ênciia única únicca a e inesquecível. inesquecíível..” com nestes A TRW TRW org ulha-se de ser parceiro o oficial do WTCC, mass não queremos levá-lo levá-lo apenas para perto da da acção, orgulha-se entre nesta história e veja online,, no site da TRW, queremos que faça parte dela. Portanto, P TRW, como com mo é ser d corridas. mecânico de
mais perto da acção, visite visite www.trwaftermarket/wtcc www.trwaftermark ket/wtcc Fique mais
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Breves CATALISADORES
HOMOLOGADOS O problema dos escapes não homologados pelos construtores no Reino Unido chegou aparentemente a um impasse, que está a afastar aquele país da média europeia e possui o pior índice de poluição rodoviária da Europa. Recentemente, a marca Klarius pressionou o governo do Reino Unido a tornar os catalisadores homologados obrigatórios para os carros fabricados a partir de 2001, o que já foi tornado lei recentemente. Mesmo assim, Paul Hannah, director de desenvolvimento de negócios da Klarius Group, denunciou na sequência que “A venda de sistemas de escape não homologados no Reino Unido é um verdadeiro escândalo e torna o país no mais sujo da Europa. Não conseguimos compreender porque é que não são tomadas medidas para por cobro a esta situação, uma vez que os produtos homologados garantem maior duração, eficiência energética, menos emissões e redução do nível de ruído provocado pela circulação automóvel”. Testes independentes realizados com um Vauxhall Astra 1,6L a gasolina, equipado com um sistema de escape não homologado, revelaram um consumo 3% superior a um carro idêntico, com um escape homologado, o que dá razão aos que lutam pela obrigatoriedade da venda de escapes homologados no Reino Unido.
NOTÍCIAS Nova geração de copos
Novas máquinas
DeVilbiss
A/C Ecotechnics para pesados
A DeVilbiss apresentou a nova geração do sistema de copos de tinta descartáveis, designados por DeKups, que representa a forma mais rápida, fácil e segura de pintar. O material inovador, fino e flexível, do copo interior, reduz-se facilmente, permitindo um fluco constante e um desperdício mínimo de tinta, beneficiando tanto a oficina como o meio ambiente. Esta nova geração da DeKups, apresenta as seguintes características: - conexão rígida e estável entre o copo e a pistola; - fluxo de tinta constante, minimizando risco de alterações de desempenho da pulverização; - Prática dimensão de 710 ml, proporciona o rácio ideal peso / quantidade; - Possibilidade de opção entre filtros de discos para tinta à base de água ou filtros de gravidade laváveis para verniz e primários; - Fornecido em cómodos dispensadores montáveis em parede; - Adaptador de pistola com mecanismo de fixação em espiral; - Sem roscas nas tampas do copo exterior que possam ficar contaminadas ou sujas; - Tampões de armazenamento fornecidos com o kit; - Disponíveis funis para enchimento do copo interior e de garrafas de lavagem de pistolas. - Dispensador de parede pronto a usar, completo com 50 tampas e copos descartáveis; - Fluxo constante de tinta para uma correspondência precisa da cor; - Pulverização em qualquer ângulo, mesmo se invertido. A Devilbiss e a nova geração DeKups são representados e distribuídos em Portugal pela Carsistema SA (www.carsistema.pt).
BILSTEIN DÁ ASAS AO NOVO VW POLO O desenho desportivo da carroçaria do novo VW Polo e os seus motores mais potentes do que nunca inspiraram a Bilstein para criar uma suspensão sport para este modelo, que fará as delícias dos condutores mais ousados. Trata-se da suspensão desportiva Bilstein B14, que é capaz de conjugar conforto e equilíbrio na cidade e em auto estrada, com um temperamento mais dinâmico em traçados mais sinuosos. Os amortecedores seleccionados para esta suspensão são de tecnologia monotubo a gás invertidos, proporcionando grande estabilidade direccional a alta velocidade e em travagens. A montagem desta suspensão não implica nova inspecção técnica do veículo, embora a suspensão frontal fique ligeiramente rebaixada (35-50mm), assim como o trem posterior (menos 30-45mm). Além dos amortecedores específicos, esta suspensão faz apelo a novas molas e acessórios de suspensão, incluindo pratos de molas e porcas em liga de alumínio de alta resistência, garantindo robustez e longa duração a este kit. Como todos os produtos da Bilstein esta suspensão B14 para o VW Polo foi afinada cuidadosamente e testada pelos engenheiros da marca alemã no circuito Norte de Nurburgring e no centro de testes da Bilstein.
Webparts para os clientes da Tec-Atlântica A Tec-Atlântica, representante da Mercedes nas Caldas da Rainha, está a desenvolver uma série de campanhas para os clientes (profissionais e particulares) da marca. A campanha de lavagens e o “check-up” gratuito a todas as viaturas Mercedes-Benz, são acções que a Tec-Atlântica está a desenvolver para o cliente final. Para o profissional, a Tec-Atlântica deu início à actividade de venda de peças originais e óleo Mercedes-Benz. Esta actividade iniciou-se com bases muito sustentáveis e pretende oferecer um serviço, às oficinas independentes e lojistas de peças Multimarca da região, de elevada qualidade, essencialmente ao nível das condições de preços e logística de encomenda e posterior entrega. Assim, ao nível da encomenda, a Tec-Atlântica está a disponibilizar gratuitamente a instalação de um programa da marca, o Webparts, que simplifica o processo de identificação e encomenda directa das peças pretendidas, de uma forma cómoda e imediata, tudo sustentado num processo online que este programa suporta. A formação ao técnicos dos parceiros da Tec-Atlântica, é um dos pilares deste projecto, garantindo assim uma eficácia muito positiva para os intervenientes. Também o novo produto “óleo Mercedes-Benz” é uma das apostas da Tec-Atlântica, quer em termos de consumo interno na oficina, quer em termos de oferta ao mercado do público em geral. Produto de elevada qualidade, condizente com a marca e a um preço muito competitivo, na linha das outras peças originais Mercedes-Benz, quer de manutenção quer de reparação.
A Lusilectra, SA deu a conhecer as novas máquinas de carregar / reciclar A/C totalmente automáticas para veículos pesados e industriais da sua representada Ecotechnics, a ECK BUSPRO e a ECK BUS. Partindo dos actuais modelos da ECK Truck (especificamente desenvolvidos para veículos industriais) e graças à experiência acumulada durante vários anos, a Ecotechnics desenvolveu dois modelos para veículos pesados. Ambos os modelos estão equipados com uma garrafa de 40 litros, a qual satisfaz todas as exigências dos sistemas A/C de grandes dimensões, incluindo um compressor de 21 cc e uma bomba de vácuo de 170 L/min. Tal como na ECK Truck Evolution, a ECK BUS PRO está equipada com uma bomba de 1 Kg/min. Assim, é possível obter procedimentos rápidos de carga, o que é uma vantagem essencial, especialmente em sistemas de A/C de grandes dimensões.
Record de
“Non-Paint” na Gillcar
A Gillcar, S.A., que desde há muito se especializou na distribuição de materiais ‘non-paint’ para as secções de pintura atingiu, no primeiro semestre de 2010, a facturação record de 404.300 itens fornecidos às oficinas em Portugal. Os consumíveis ‘nonpaint’ – abrasivos, mastiques, massas de polir e polishs, anti-corrosivos e insonorizantes, filtros de máscaras, de tintas e para cabinas de pintura, sistemas de reparação de plásticos, sistemas de mascarar com filme plástico e com papel, elementos de protecção e higiene dos operadores, sistemas de preparação de tintas, pistolas de pintura, lixadoras, polidoras e outros equipamentos – registaram um substancial aumento comparativamente aos números alcançados no período homólogo do ano transacto. O grupo de produtos maioritariamente destinados às necessidades das secções de reparação de pintura automóvel inclui ainda, nos 404.300 itens vendidos, mais de três dezenas de referências exclusivamente destinadas ao trabalho dos chapeiros, mecânicos e electricistas. O aumento reflectiu a crescente confiança dos operadores na criteriosa selecção de marcas de qualidade feita pela Gillcar, S.A. a par de uma política de preços direccionada no sentido da redução de custos das oficinas com os chamados materiais acessórios de pintura e vem confirmar a atribuição do Prémio Excelência 2009 por parte da imprensa especializada.
Audatex reúne utilizadores A Audatex realizou no passado dia 17 de Junho, o seu primeiro “Audatex Coffee Break”, onde contou com a participação de um alargado conjunto de utilizadores e especialistas no uso das suas soluções tecnológicas. Ao longo dos últimos 16 anos a Audatex tem apostado na melhoria contínua da sua oferta, através da introdução de serviços inovadores e de valor acrescentado, dos quais podem ser destacados o AudaFlow, o AudaVin, o baremo de pintura Cesvimap, o AudaSource, a bolsa de salvados AudaSalvage, de entre muitos outros. Eventos deste tipo, retrospectivos e prospectivos, visam sustentar um importante contributo para se reavaliarem expectativas e descortinarem novos desafios, impelindo os participantes para uma intervenção activa e objectiva, fruto do seu conhecimento, experiência e opiniões, para assim ajudarem a Audatex na sua busca contínua de mais e melhor Inovação e Desenvolvimento.
Jornal das Oficinas Agosto 2010
Nova geração de carregadores
Bosch
A Bosch caba de apresentar uma nova geração de carregadores de bateria inteligentes, que carregam a bateria de forma simples e rápida, sempre que necessário. Os carregadores C3 e C7 podem ser utilizados para carregar não só baterias frias de chumbo–ácido, como também baterias AGM, húmidas ou de gel. Um carregamento que se realiza de uma forma “inteligente” graças ao sistema electrónico de carga que verifica, com base na curva característica, quanta carga a bateria necessita e tolera. Além disso, a função de conservação de carga dos novos carregadores Bosch C3 e C7 é especialmente útil para veículos que passam temporadas imobilizados, fundamentalmente no Inverno. Nestes casos, é conveniente realizar recargas periódicas durante o período em que não sejam utilizados. Enquanto estiver ligado ao veículo, o carregador supervisiona a bateria e mantém-na com um elevado nível de carga. Para isso, os novos carregadores contam com as funções “Refresh” e “Boost” (função de regeneração) do C7, que permitem efectuar a regeneração da bateria quando esta já se encontra totalmente descarregada (por exemplo, por se terem deixado as luzes de posição ligadas durante toda a noite). Neste caso, se o processo de sulfatação (formação de cristais) não estiver excessivamente avançado, é possível recarregar a bateria. O C7, além de tudo, mantém constante o fornecimento de energia para evitar que, quando se muda a bateria, se interrompa a alimentação dos sistemas electrónicos e que estes percam a configuração (ter em conta as especificações do fabricante).
Optima relançada em Portugal A Mota & Pimenta, empresa especializada em pintura automóvel, está fazer o relançamento das pistolas Optima em Portugal. Estas pistolas de fabrico alemão têm índices de fiabilidade muito elevados, tecnologia actual, cumprem com os requisitos VOC e são especialmente desenvolvidas para poupar material na aplicação, sem perda de qualidade de acabamento. Testes recentes elaborados por várias marcas de tintas para automóveis revelaram que a pistola de pintura Optima 900 LVLP é a pistola com maior índice de poupança de material actualmente no mercado e permite manter um alto nível de acabamento final, tanto em aplicações com tintas base aquosa como com vernizes e tintas brilho directo. A par destas vantagens, a Mota & Pimenta, Lda. lançou uma nova tabela de preços de produtos Optima com propostas mais vantajosas, tanto a nível de equipamentos completos como a nível de kits e acessórios. Desta forma, a Mota & Pimenta, Lda. espera contribuir positivamente, com este conjunto de factores associados às pistolas Optima, para um melhor favorecimento e poupança nas oficinas de repintura automóvel. Para mais informações ou demonstrações basta que nos contactem via telefónica 252323909 ou e-mail: comercial@motapimenta.com.
AutoPamplona visita Cosworth No final do passado do mês de Junho, a Cosworth realizou o “Distributor VIP Weekend”, onde estiveram representantes da marca de vários países, incluíndo Portugal. A representação portuguesa esteve a cargo da Auto Pamplona como representante da marca no nosso país. No Circuito de Brands Hatch realizou-se mais uma prova dos campeonatos "Time Attack" e Europeu de Drift, onde a Cosworth apresentou alguns dos seus novos produtos bem como o Subaru Cosworth Impeza STI CS400. Refira-se que a AutoPamplona, para além da Cosworth, representa marcas tão importantes como a HKS, Motec, AEM, Helix Autosport, Pipercams, EBC Brakes, Sachs Racing, AP Racing, entre outros.
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NOTÍCIAS
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Breves NOVOS PRODUTOS DA LOCTITE A indústria química Henkel optimizou as fórmulas das colas Loctite 243 e Loctite 270, os seus produtos de fixação de uniões roscadas mais utilizados, fornecendo aos seus clientes as melhores opções para enfrentar as complexas e varáveis necessidades da indústria. Estes produtos são agora mais tolerantes a lubrificantes, podendo ser utilizados em peças com ligeiras quantidades de óleo de motores, fluidos de corte e anticorrosivos. A sua resistência ao calor também passou para os 180º C. Além disso, são capazes de curar em contacto com substratos activos (ferro, cobre, bronze e aço), assim como com materiais passivos, incluindo aço inox, superfícies zincadas e revestimentos orgânicos e inorgânicos. Esta subida de rendimento foi possível mantendo as propriedades características da Loctite 243 e da Loctite 270. As especificações do material Loctite, incluindo a aparência, fluorescência, viscosidade e resistência ao corte continuam a ser as mesmas das anteriores formulações, pelo que os utilizadores habituais poderão beneficiar das evoluções, sem abdicar dos seus métodos de aplicação.
NOTÍCIAS Febi
Leirilis distribui Rinder
lança catálogo de motor e transmissão Já está disponivel o novo catálogo de apoios de motor e transmissão da Febi, que apresenta uma série de importantes novidades. Assim, este novo catálogo passa a ter mais de 300 novas referências nesta nova edição 2010/2011, que apresenta sete novos tipos de veículos, ilustrações e fotos para uma mais fácil identificação das peças e ainda referências cruzadas com as da origem.A Febi-Bilstein é representada por Jochen Staedtler - Representações.
Soulima
A Leirlis, S.A, é agora distribuidora da marca de equipamento de iluminação Rinder. A Rinder é líder mundial em design e produção de equipamento de iluminação para a indústria automóvel. O principal objectivo da Rinder é desenvolver, produzir e fornecer produtos com preços, qualidade, fiabilidade e segurança que vão ao encontro das necessidades dos seus clientes. Cumpre ainda todos os requisitos legais, pois todos os produtos contam com a marca de homologação europeia “E” e cumprem também a normativa americana SAE DOT. A Rinder tem disponível uma vasta gama de produtos de iluminação e sinalização, assim como outros produtos relacionados com o sector automóvel, desde faróis ou farolins a triângulos de sinalização.
parceiro Liqui Moly A Liqui Moly Portugal iniciou uma nova parceria com a Soulima Comércio de Peças, SA. A Soulima está no mercado português desde 1991, sendo uma empresa que desde essa altura aposta na qualidade e tem como missão oferecer uma nova dinâmica no mercado. A sua posição foi-se consolidando e conseguiu diversos acordos com fabricantes e fornecedores de equipamento original para o sector auto. Em 2007, sofreu uma reestruturação accionista, apostando fortemente no aftermarket. Em 2008 inaugurou o armazém/sede no Parque Industrial da Granja em Vialonga. No ano de 2009 implementa uma nova ferramenta informática que facilita a relação e o trabalho com os seus clientes. Para a Liqui-Moly este é um parceiro de peso devido à sua credibilidade no mercado, atingida por via de uma aposta em artigos de qualidade visando a satisfação do cliente. Tendo por base esta filosofia a Liqui Moly e a Soulima criam uma simbiose que irá beneficiar o cliente final com um produto de qualidade e um excelente serviço.
Campanha de velas
Bosch
Embalada pelas recentes grandes vitórias nas 24 horas de Le Mans, no DTM e na Indy Racing, entre outras competições, com a suas velas de ignição e incandescência a Bosch lançou uma campanha para este material, que decorre até finais de Outubro. Com uma excelente cobertura do mercado, já que possui gamas muito completas de velas de ignição e de incandescência, a Bosch oferece uma bancada de trabalho para criança na compra de 80 velas de ignição, e uma tesoura corta-sebes na aquisição de 100 velas de incandescência. Se guardar as embalagens poderá ainda concorrer a outra campanha, a BoschBox, que está a decorrer até final de Novembro e assim ganhar mais prémios.
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Na Quinton temos uma paixão pela qualidade É por isso que os amortecedores SUPRA têm todas as características que colocaram os nossos produtos no topo das preferências do mercado. Uma gama completa de amortecedores a gás e hidráulicos, complementada com uma das mais fortes gamas de amortecedores de mala e capot.
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NOTÍCIAS
Breves FRANÇA APERTA O CONTROLO AOS PNEUS O Ministério do Ambiente francês comprometeu-se com o sistema integrado de gestão de pneus em fim de vida (SIG) Aliapur reforçar os controlos para determinar a origem de todo e qualquer pneu usado fora de uso e definir até ao final de 2010 sanções eficazes contra os produtores que não contribuem para a reciclagem dos seus produtos. A Aliapur reclama uma multa de no mínimo € 1,5 por cada quilo não declarado. Ainda que não sejam vinculativas em relação a terceiros países, as modificações da legislação francesa podem contribuir para outros países melhorarem as suas ferramentas legais e declararem combate à fraude. Além dos distribuidores retalhistas de pneus pouco transparentes na gestão dos seus resíduos, a venda de pneus pela Internet está a descontrolar a gestão dos pneus em fim de vida, embora os consumidores paguem a respectiva taxa de reciclagem ou ecotaxa em todos os casos. À primeira vista, trata-se de uma deficiente gestão financeira do sector, porque os resíduos têm valor económico, os consumidores pagam a ecotaxa e o estado financia a recolha e processamento dos pneus.
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ATM Peças comercializa Bilstein e ATE A Auto Torre da Marinha Peças, um dos mais dinâmicos retalhistas de peças na Margem Sul, alargou o seu portefólio de marcas, apostando em marcas de referência. Assim, a Auto Torre da Marinha Peças, passou a ser a distribuidora na Margem Sul dos amortecedores Bilstein e material de travagem da ATE. Esta empresa de peças fundada em 2004, que possui actualmente instalações na Torre da Marinha no Seixal, onde funciona o armazém, prossegue assim a sua política de produto que passa pela aposta em marcas que estejam presente no primeiro equipamento.
Rede Alfa também em Corroios A Rede Alfa volta a alargar o número de lojas, e agora são 10! A décima loja Rede Alfa está situada em Corroios – no parque industrial de Santa Marta do Pinhal – e pertence ao parceiro da Rede José Cotrim Reis, Lda. Aberta desde o dia 1 de Julho, esta loja é uma aposta no desenvolvimento da margem sul e nas oficinas a laborar na zona. José Cotrim Reis, Gerente e Proprietário da empresa afirma: “Ao abrirmos esta loja temos como principal objectivo uma presença mais efectiva na margem sul, um mercado que apesar da crise se tem mostrado atractivo e esperamos que após a recuperação económica do país demonstre o seu verdadeiro potencial ao nível da repintura”. Em tudo igual às outras duas lojas do parceiro José Cotrim Reis, Lda., a loja de Corroios conta com um espaço de atendimento ao público e com um armazém de apoio, tendo de momento uma consultora comercial afecta ao balcão. Após a visita às novas instalações da José Cotrim Reis, Lda., Luís Santos, Administrador da impoeste e mentor da Rede Alfa, afirma: “Estamos muito entusiasmados com a expansão da Rede Alfa, significa que os esforços feitos estão a dar os seus frutos, e esperamos sinceramente o maior sucesso para a nova loja, nós tudo faremos nesse sentido!”
Novo Airbox Cleaner
Berner A Berner lançou este Verão uma nova solução para limpeza e desinfestações de sistemas de ventilação e ar condicionado automóvel. Este aparelho revolucionário possibilita a limpeza dos circuitos de ar condicionado das viaturas sem qualquer esforço e em alguns minutos, deixando o automóvel com um agradável aroma a limão. O Airbox Cleaner é o sistema ideal para todas as oficinas, pois com este aparelho, consegue efectuar limpezas e desinfestações ao circuito de ar condicionado sem interromper o trabalho e apenas em alguns minutos, deixando os clientes satisfeitos com um agradável aroma e frescura na sua viatura.
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Breves CARTA DE CORES DE ACESSÓRIOS DUPONT A DuPont Refinish apresentou uma nova Carta de Cores para Acessórios, que inclui a maior parte das cores do interior do automóvel. Esta nova Carta de Cores de Acessórios está dividida em duas partes, sendo a primeira consagrada a pára-choques, espelhos retrovisores e grelhas de radiador, com um total de 599 cores. A segunda parte tem 867 cores e refere-se ao interior do veículo, compartimento do motor. As primeiras cores estão ordenadas por construtor e código de tinta, mas as segundas só estão ordenadas por construtor. Esta nova ferramenta é indispensável para as oficinas que utilizam o espectrofotómetro ChromaVision da DuPont Refinish, porque a maior parte das cores de pára-choques e do compartimento do motor são mates, tornando a identificação difícil com este instrumento. As 1.466 amostras de cor têm o tamanho de 30 x 90mm, têm esquinas arredondadas e estão laminadas por trás, a fim de não se dobrarem. Estão agrupadas em leques de 22 amostras, sendo 9 para as cores de pára-choques e 13 para cores do compartimento motor, sendo guardadas num prático estojo.
NOTÍCIAS Airbag light da
Sika e Glassdrive
Bosch
apostam em inovação A Bosch deu início ao fabrico em série do AB Light, ampliando a sua oferta de módulos de controlo de airbag, neste caso destinados a veículos low cost. A nova variante AB Light foi desenvolvida especificamente seguindo as necessidades dos veículos de baixo custo, cujo número de unidade em circulação vai crescer rapidamente, nomeadamente em mercado emergentes como a China, India e Brasil. Trata-se de um conceito standard de módulos, que usam até oito terminais e dois interfaces para os sensores, que serão usados em veículos de baixo custo. A fabricação em série destes módulos de “Airbag Light” por parte da Bosch teve início na China, em Suzhou, para os modelos de automóveis da Dongfeng Motor Corporation.
Campanha de férias
Teng Tools
A Montenegro, Fernandes & Cª. S.A. tem a decorrer a sua campanha de férias com novos conjuntos e novos artigos da Teng Tools. O destaque vai para o novo carro de ferramentas que é composto por sete gavetas, das quais seis são totalmente preenchidas com ferramentas diversas colocadas no seu próprio tabuleiro para não ficarem soltas na gaveta. De realçar que este novo carro vem também com o painel traseiro para colocação de ferramenta. A mochila e o saco, que fazem parte das novidades em campanha, são mais um complemento para atrair os entusiastas de ferramentas que queiram transportar as suas ferramentas de um lado para o outro de uma forma simples e comóda. O novo conjunto é o Kit de ferramentas “Do it Yourself” em se encontra a ferramenta básica para o arranjo do dia a dia.
Após dezenas de testes com membros da rede Glassdrive a Sika Portugal lançou no passado mês de Junho no VII congresso Glassdrive, o novo adesivo SikaTack-MOVEIT. Com a introdução deste novo adesivo para a colagem de vidro, a rede Glassdrive coloca-se na vanguarda da utilização destes produtos, diminuindo em cerca de 50% o tempo de imobilização das viaturas face à concorrência, que utiliza adesivos de 2 horas de tempo de imobilização. A utilização deste novo adesivo trás vantagens obvias para profissionais e clientes, pois reduz significativamente o tempo de imobilização. O SikaTack-MOVEIT pode ser utilizado todo o ano e é ideal para ser aplicado em trabalhos móveis ou na oficina, sendo o tempo de imobilização de 60 minutos, independentemente da temperatura ou humidade ambiente que se faça sentir. Este novo produto é produzido de acordo com as normas ISO 9001/14001 de qualidade e actuação ambiental responsável. Sendo assim, a Glassdrive tem uma ferramenta única no mercado para satisfazer clientes que neste mundo com cada vez menos tempo, não podem esperar! Uma nota importante é o facto deste adesivo só poder ser utilizado por profissionais altamente qualificados, pelo que a escola de formação da Glassdrive em colaboração com a Sika teve e têm dado um contributo decisivo na formação de profissionais capazes de aplicar este adesivo, como foi verificado nos testes realizados. Os adesivos Sika cumprem com a norma FMVSS 212/208 para veículos com duplo air-bag.
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Fabricante para as principais marcas de Automóveis
ENCARREGADO DE EQUIPAMENTOS (M/F) GESTÃO E LIDERANÇA NUMA EXPLORAÇÃO MINEIRA Angola Participe num projecto extremamente desafiante a nível pessoal e profissional, juntando-se a esta empresa que vai gerir toda a frota de viaturas e equipamentos numa exploração mineira em Angola. Terá a seu cargo a gestão de toda a manutenção preventiva e correctiva dos equipamentos, e a gestão e liderança da equipa técnica. Tratará ainda da gestão de stocks de peças e dos pedidos de encomendas, entre outros. Deve possuir pelo menos o 12º ano escolaridade e formação profissional adequada à função. Bons conhecimentos técnicos de equipamentos e viaturas pesadas, experiência na liderança de equipas de estaleiro e gosto por desafios são fundamentais. Para saber mais acerca desta oportunidade, contacte o nosso consultor Paulo Dias através do email paulo.dias@hays.pt, ligue para o 21 782 6563, mencionando a referência 1003297 ou aceda a hays.pt
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CHEFE DE EQUIPA MECÂNICA (M/F) MANUTENÇÃO MULTIMARCA
ASSESSOR DE SERVIÇO APÓS-VENDA (M/F) ASSEGURAR A FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES
Grande Lisboa
Distrito de Setúbal
Integre uma empresa de referência no sector Automóvel, de manutenção multimarca, enquanto Chefe de Oficina de um dos seus centros na Grande Lisboa.
O seu papel será garantir a fidelização dos clientes no Após-Venda, na unidade oficinal de um prestigiado concessionário automóvel.
Para este desafio, procuramos um candidato com um mínimo de cinco anos de experiência em mecânica automóvel e que domine as ferramentas informáticas. Deve ser experiente em liderança de equipas, possuir capacidade de autonomia e decisão e um claro gosto pelo contacto com o público. Esta empresa em franco crescimento proporciona-lhe formação e acompanhamento permanente. Terá fortes possibilidades de progressão e desenvolvimento profissional, de acordo com as suas capacidades. Para saber mais acerca desta oportunidade, contacte o nosso consultor Paulo Dias através do email paulo.dias@hays.pt, ligue para o 21 782 6563, mencionando a referência 1003473 ou aceda a hays.pt.
hays.pt
Será responsável pela recepção a clientes, abertura e fecho de ordens de reparação e acompanhamento das viaturas sob intervenção. Vai também gerir o contacto com os clientes e o acompanhamento dos processos oficinais, entre outras responsabilidades. Deve possuir residência no concelho de Setúbal, gosto pelo atendimento ao público e experiência efectiva numa marca alemã. Deve ter conhecimentos de informática na óptica do utilizador, espírito dinâmico e pró-activo e gosto por automóveis. Além de um atractivo pacote salarial, a empresa oferece-lhe prémios mensais e possibilidades de evolução. Para saber mais acerca desta oportunidade, contacte o nosso consultor Paulo Dias através do email paulo.dias@hays.pt, ligue para o 21 782 6563 mencionando a referência 1003378, ou aceda a hays.pt.
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Breves GATES ALARGA GAMA DE POLIAS A linha de polias livres de alternador DeiveAlign da Gates foi ampliada. A marca dispõe agora de uma gama completa de produtos para sistemas de transmissão de acessórios, desde correias, ferramentas especializadas, até amortecedores de vibração de torção. Na actualidade, todos os últimos modelos estão equipados com polias livres de alternador, pelo que a Gates oferece 84 referências de polias livres de alternador, idênticas ao equipamento original. Com as ferramentas profissionais da Gates a sua montagem é simples e rápida. Como estas polias desempenham uma função essencial do sistema de transmissão, devem ser verificadas em todas as revisões do sistema, sendo também conveniente substituir essas polias ao trocar o alternador. As novas polias já estão disponíveis no catálogo de aplicações online (www.gatesautocat.com).
CATÁLOGO DENSO SONDAS LAMBDA 2010/11 O novo catálogo da Denso de Sondas Lambda (ref.ª nº DLS 100001) traz informação de valor acrescentado, incluindo um capítulo sobre a tecnologia destes componentes, com grande número de dados sobre os tipos de sensores, papel na tecnologia do veículo e características de funcionamento. Sendo um dos fornecedores globais de sondas Lambda, a Denso domina integralmente a tecnologia destes sensores e pretende passar toda a informação necessária para um serviço de qualidade aos reparadores, utilizando repostas simples e directas para as principais dúvidas que os distribuidores e técnicos de reparação geralmente têm sobre as sondas Lambda. Fornecendo a sondas Denso a muitos construtores, entre os quais estão a Toyota, Honda, Jaguar, Volvo, Mazda, Subaru, Land Rover, Daimler Chrysler, GM e Opel, a marca sabe exactamente que tipo de sonda Lambda deve ser montada num determinado, onde elas são montadas e como é necessário proceder para obter um resultado excelente. A gama Denso de sondas Lambda de substituição é das mais completas e inclui sondas com e sem aquecimento, de tipo plano ou cilíndrico, sondas A/F (de tipo linear), de mistura pobre e de Titânio, num total de 263 referências com 1.700 aplicações. Nos primeiro equipamento, a Denso fornece 503 referências, quais 283 são exclusivas da marca e não podem ser vendidas por mais ninguém. A Denso iniciou a produção de sondas Lambda em 1977 e desde então já foram utilizadas centenas de milhões de sondas Denso em todo o Mundo.
NOTÍCIAS UFI Filters com filtros de cabine A empresa multinacional UFI Filters está agora a fabricar filtros de cabine, juntamente com a sua extensa gama de filtros de combustível e óleo. O objetivo principal de um filtro de cabine é protegernos do ar poluído (poeira, fuligem, gases, bactérias, pólens, etc) que respiramos dentro dos nossos veículos, mesmo sem sequer repararmos nisso. Essas micropartículas provocam um aumento das alergias e outras doenças respiratórias, por isso a UFI Filters recomenda a substituição deste elemento de filtragem, de modo a assegurar a saúde e o bem-estar do condutor e passageiros. Os filtros de cabine UFI Filters, fabricados com não-tecido, material sintético de filtragem, ou material não-tecido combinado com carvão activo, de acordo com cada aplicação, oferecem em média mais de 90% de contenção de partículas com diâmetro superior a 3 mícron (pólens) e de 0,01 a 2 mícron (gás, bactérias, fungos), garantindo, definitivamente, um melhor ar dentro do seu veículo. Para além disso, o filtro de carvão filtra os gases nocivos que causam mau cheiro e, pior ainda, doenças respiratórias graves. De forma a assegurar a elevada retenção de partículas nocivas e optimizar o funcionamento do sistema de ar condicionado, a UFI Filters recomenda a substituição regular do filtro de cabine a cada 15.000 km ou a cada 12 meses.
Novo
Motul Specific dexos2 TM 5W30
A Motul lançou o Specific dexos2 TM, um produto 100% sintético “fuel economy” de alto rendimento com uma formulação exclusiva para os motores GM-OPEL. Trata-se de um óleo de motor universal para a maioria dos veículos GM-OPEL de última geração que pode alcançar uma lubrificação efectiva (HTHS alta> 3,5 mPa.s) assim como uma poupança de combustível considerável Também é adequado para os motores que preconizem níveis de serviço API SM / CF e ACEA C3. Motul Specific dexos2TM 5W-30 responde a todas as exigências de muito alto rendimento e durabilidade da GM-OPEL, incluindo a particularidade da norma dexos2TM, de plena compatibilidade com combustíveis alternativos como o GLP, GNV, Biodiesel (quando disponíveis em Estações de Serviço) e o bioetanol (bioetanol - E85). Em comparação com as antigas normas GM-LL-A/B-025, o lubrificante dexos2TM reduz o conteúdo de cinzas sulfatadas, fósforo e enxofre (Mid SAPS), para garantir a longevidade dos sistemas de controlo de contaminação, tais como os catalisadores (CAT) e, especialmente, os FAP. A norma dexos2TM é indicada para a maioria dos motores a gasolina e a todos os diesel (com FAP) GM-OPEL a partir do ano 2010. A norma dexos2TM substitui integralmente as anteriores GM: GM-LL-A-025 (Gasolina) e GM-LL-B-025 (Diesel). Este produto já está disponível nos distribuidores Motul.
Macos com novidades de Verão Especialista em acessórios para automóveis, a Macos disponibiliza aos seus clientes algumas novidades para o Verão e para quem pretende transportar muita carga e nem sempre tem espaço disponível no carro. Uma das novidades é o porta bagagens em alumínio para barras longitudinais, de origem Dozer, com 120 cm. Estes jogo de barras multi-usos, são universais de aplicação às barras longitudinais e prémontadas nos automóveis. São construídas em alumínio à prova de
Bosal
lança nova gama de porta-bicicletas A empresa espanhola Bosal, especialista em ganchos de reboque e afins, acaba de lançar uma nova gama de porta-bicicletas, para veículos híbridos e compactos, mesmo a tempo da época de férias e lazer que se aproxima. Os veículos híbridos e compactos (pequenos carros urbanos) devido ao peso reduzido ou à sua escassa potência, não estão homologados para arrastar peso e portanto não podem instalar gancho de reboque. Foi a pensar essencialmente neste tipo de carros, que a Bosal lançou no mercado o porta-bicicletas Twinny load, desenhado para se instalar num suporte similar a um gancho. Dessa forma as bicicletas vão na parte traseira do veículo, sem problemas de aerodinâmica nem perigosidade, e com a comodidade de levantar e baixar facilmente as bicicletas. A operação de montagem ou desmontagem deste porta-bicicletas é também muito simples e rápido, não demorando mais de um minuto. Este acessório está homologado dentro da categoría de acessórios, de acordo com as directivas EC 97/488 e EC 87/354, não necessitando por isso passar a Inspecção Técnica depois da instalação.
Sotérmica em Espanha Especialista em películas para automóveis, a Sotérmica apostou na renovação da sua imagem e na expansão para o mercado espanhol. A empresa importadora e distribuidora da marca LLumar em Portugal, a Sotérmica redesenhou o seu logótipo apostado numa imagem forte e actual que se aproxima da marca LLumar, adoptando o vermelho, que representa a garra e a dedicação que emprega no desenvolvimento da sua actividade, associando-o ao Preto que representa o profissionalismo e idoneidade com que este líder de mercado se destaca no seu segmento comercial. Associada a esta activa mudança de imagem, a Sotérmica torna-se na Sotérmica Ibérica, entrando assim no mercado espanhol, comercializando películas para vidros nas áreas da arquitectura e automóvel, a nível ibérico. Para além da distribuição de películas LLumar a nível nacional, actuará nas regiões da Galiza, Astúrias, Pais Vasco, La Rioja, Aragón, Catalunha, Madrid, Castilha e León, Extremadura, Castilha la Mancha, Múrcia e Comunidade Valenciana.
DuPont com betume especial para aço A DuPont Refinish introduziu o PP0490 Kit de Betume Especial para Aço, um kit de betume poliéster, de dois componentes, específico para a reparação de superfícies em aço susceptíveis ao desgaste e a estragos. Fornecido como um kit completo, o PP0490 inclui betume em pó, (Betume em Pó para Aço PP0491), um diluente reactivo (Activador de Betume para Aço PP0492), alguns copos de mistura, colheres e espátulas. O PP0490 é específico para o uso em substratos como o aço ou ferro previamente limpos e lixados, painéis de aço nu e lâminas de aço zincado. A DuPont Refinish recomenda o uso do PP0490, em conformidade com COV, para reparações invisíveis em juntas soldadas, fendas e rebites, bem como em áreas propensas à corrosão extrema como por exemplo à volta da tampa do combustível.
riscos, tendo uma área de carga revestida em PVC anti-deslizante e também à prova de riscos. A versatilidade, a grande resistência ao uso, o bonito design e o sistema anti-roubo são algumas das suas características. Outra novidade é a mala bagageira Mania 320. Com capacidade de 320 litros (dimensões: 138 x 79 x 37 cm) esta mala apresenta uma carga máxima de 50 Kg e um peso de 12 Kg, sendo comercializada em cor cinza. Possui abertura lateral com fechadura, sendo fácil de montar no veículo pois não necessita de ferramentas. A terceira novidade é o suporte de bicicleta vertical com anti-roubo, construído em alumínio anodizado. Serve para todo o tipo de bicicletas, possuindo apoio de rodas e contactos em borracha.
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NOTÍCIAS
Breves
Sofegi lança novos catálogos
EBERSPACHER ULTRAPASSA CRISE Após um ano de 2009 em que perdeu € 63 milhões e as vendas baixaram 40%, até € 1,3242 milhões, a empresa alemã de componentes automóvel Eberspacher adaptou as suas estruturas à nova situação do mercado e conseguiu recuperar a rentabilidade, preparando a recuperação futura. A maior área de negócio da empresa, a tecnologia de escapes, baixou 41% e a venda dos aquecedores para veículos baixou 35%. A empresa adoptou uma gestão de redução generalizada de custos e teve que corrigir a capacidade de mão-de-obra, que era de 5.260 empregados permanentes a nível global. Foram cortados 315 empregos permanentes e 400 temporários, dos quais 87 na Alemanha, passando a recorrer-se apenas a contratos de curto termo. O sector de escapes fechou duas fábricas sem perspectivas de sucesso a longo prazo e as encomendas passaram para a fábrica mãe da empresa. Essa unidade, a maior do Grupo Eberspacher, voltou assim à máxima capacidade de produção. Nos últimos meses do ano passado a empresa saiu da zona vermelha e tem vindo desde então a operar com rentabilidade. PUB
Expressglass no “São João” em Braga A ExpressGlass, cadeia nacional de lojas de reparação e substituição de vidro automóvel, decidiu, este ano, juntar-se aos festejos municipais de São João, em Braga, numa acção marcada pelo entusiasmo e clima de constante diversão. Durante uma semana, a marca procurou interagir com os milhares de pessoas que acorreram ao centro da cidade nesta quadra festiva, através da promoção de jogos e distribuição dos famosos martelos de São João. Para receber da melhor forma os seus visitantes, o espaço ExpressGlass contou com a presença de uma enérgica equipa de promotores que garantiu a animação geral. No local, foi também instalado um enorme balão de São João com a imagem da marca, cujo objectivo passou pelo aumento da visibilidade da iniciativa mas também pelo desejo de dar ainda mais cor às ruas de Braga. Relembre-se que a ExpressGlass tem duas lojas em actividade na zona de Braga (centro da cidade e Ferreiros), assegurando também presença em localidades das imediações, como Guimarães, Fafe, Vila Nova de Famalicão e Barcelos.
O Grupo Sogefi, que fabrica e comercializa as marcas de filtros Purflux, Tecnocar e Coopers Fiaam, representadas em Portugal pela José G. Neto, Lda., está a efectuar a renovação dos catálogos desta marcas. Assim, em Julho foi apresentado o novo catálogo da Coopers Fiaam, para em Agosto ser apresentado o da Tecnocar, ficando o da Purflux para o derradeiro trimestre de 2010. Todos estes catálogos também estão disponíveis numa versão online mas também em CD. As versões em CD ficaram já disponíveis em Julho.
WD-40 para soltar porcas das rodas A WD-40 diz que o seu produto permite que as porcas que seguram as rodas no veículo se desenrosquem com o mínimo esforço e no menor tempo possível graças às propriedades especiais deste multiusos. Além de lubrificar, limpar e proteger as jantes do veículo, o WD-40 também se apresenta como um excelente produto para soltar tudo, refere a empresa. Isso permite reduzir o tempo de exposição dos condutores aos perigos quando são vítimas de um furo, por exemplo, diminuindo assim o risco de acidente pela paragem do seu veículo nas vias, ruas e estradas. O WD-40 aposta na segurança e considera que um produto para soltar tudo é imprescindível nos veículos, tal como o são os triângulos e os coletes reflectores. É fácil de usar e resolve o problema de parafusos presos de modo imediato diminuindo a pressão e o esforço necessários para desenroscar as porcas de fixação da roda. PUB
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NOTÍCIAS Automechanika
Baterias ecológicas
divulga programa complementar
reconhecidas com prémio
A Automechanika divulgou o seu programa complementar para a edição deste ano, que se realizará de 14 a 19 de Setembro, em Frankfurt, na Alemanha. A maior feira de peças e acessórios irá continuar assim com a edição do Innovation Award e do Directório Verde, que começou o ano passado. O Fórum Automechanika Aftermarket terá mais um dia de duração do que na edição anterior. E contará com uam série de reputados especialistas nas diversas áreas e onde será apresentado um estudo de Willi Diez sobre a “Nova Era no Serviço Automóvel”. Pela primeira vez, irá decorrer uma competição em cooperação com a Associação Independente de Peças sob o mote “Off to Frankfurt! 1º Rally Automechanika – A Plataforma para o seu automóvel”. Além destes e outros eventos, espera-se ainda a continuação da iniciativa “Messe Frankfurt Against Copying”, que irá oferecer informação sobre a protecção de marcas e design.
A Johnson Controls desenvolveu em colaboração com a Volkswagen uma bateria para veículos com start-stop que se caracteriza tanto pela sua potência como pela sua baixa sensibilidade às altas temperaturas. Esta inovação, cujo maior desenvolvimento está na insensibilidade ao calor, ajuda a Volkswagen na sua estratégia de sustentabilidade através das diferentes zonas climáticas. Por isso, o Grupo Volkswagen distinguiu estas novas baterias com o Volkswagen Group Award. Os especialistas estão de acordo em que a electro-mobilidade se deve realizar em vários passos individuais. “Nos próximos anos vão ser produzidos muitos mais carros com tecnologia start-stop. As soluções que reduzem o consumo de combustível e as emissões nestes veículos vão ser especialmente solicitadas”, assinala Eric Mitchell, Vice-presidente e Director-Geral da Johnson Controls Power Solutions EMEA. A solução chama-se bateria AGM (Absorbent Glass Mat). O que distingue a tecnologia AGM em relação a uma bateria convencional é que aquela garante uma aceitação de carga dinâmica. Isto acontece quando o condutor não acelera e o carro roda em reprise ou quando trava. Além disso, a energia cinética é utilizada para recarregar rapidamente a bateria através de um aumento da tensão do gerador.
Denso amplia centro de energia A Denso ampliou o seu centro de engenharia AEC (Aachen Engineering Centre) na cidade alemã de Wegberg. Desta forma, a marca pretende aumentar a sua capacidade de desenho, desenvolvimento e ensaio de veículos na Europa. Com esta nova aplicação, a AEC dispõe dos méis para servir os seus clientes europeus nas áreas de cadeia cinemática, electrónica e sistemas eléctricos. A Denso investiu cerca de 19,3 milhões de euros nesta ampliação. “Com o sector automóvel num momento crucial em relação à economia de combustível e às emissões de CO2, a Denso pode oferecer tecnologias chave que respondem às cada vez mais estritas normas reguladoras”, disse Hiromi Tokuda, director executivo responsável por todas as actividades de investigação e desenvolvimento da Denso na Europa. “Isto exige uma actuação integrada e uma colaboração estreita com os nossos clientes. A AEC vai desempenhar um papel central no desenvolvimento de tecnologias para veículos de gasolina, diesel commonrail, eléctricos e híbridos, assim como sistemas de gestão térmica e de motor”.
Mann+Hummel com resultados positivo em 2009 A Mann+Hummel apresentou um resultado positivo de exploração em 2009. Ainda assim, as vendas desceram 8,4% para os 1672 milhões de euros. Alfred Weber considerou estes resultados como “uma agradável surpresa”, já que, entre os principais clientes deste fabricante de filtros, contam-se as marcas automóveis. “Aproximadamente 90% das nossas vendas são geradas pela indústria automóvel, que sofreu a maior quebra da sua história”, disse na apresentação destes números à imprensa. “Os riscos para o crescimento da actividade são a economia mundial, que recupera muito lentamente, o aumento do preço das matérias-primas, os acontecimentos da política internacional e os desenvolvimentos nos mercados financeiros”, disse o presidente. Alfred Weber admitiu ainda que a empresa não está tão bem como podia estar. “Motivação e compromisso, criatividade e inovação, enfoque no cliente, consciência da qualidade e fiabilidade, são qualidades que possuímos em abundância e só temos que as aplicar com maior eficácia do que anteriormente”, disse.
Jornada Solar pintado com
Glasurit vence corrida
O BOcruiser, um veículo solar que utilizou tintas Glasurit, destronou o seu antecessor, o SolarWorld No. 1, no "Global Green Challenge", uma corrida destinada a carros deste tipo com mais de 3000 quilómetros percorridos em território australiano. Os organizadores distinguiram o BOcruiser da Escola Superior Técnica de Bochum, pintado com tintas Glasurit, com o prémio Design. Já em 2007, o modelo anterior, o SolarWorld No. 1, também pintado com tintas Glasurit, tinha sido distinguido com o prémio Design. No discurso proferido por ocasião da entrega do prémio, o responsável pelo evento, Chris Selwood, dirigiu-se a todos aqueles que viram o BOcruiser durante o teste de resistência por "Down Under", afirmando que não poderiam existir dúvidas quanto ao digno vencedor do prémio Design. O júbilo foi grande entre a equipa da Escola Superior Técnica de Bochum e o chefe de equipa Julian Stentenbach, a Glasurit e o pintor Rainer Lennartz de Lünen-Brambauer e a equipa de pintura Lennartz local.
Runkel sobre equipamentos Bosch
A Runkel organizou, em conjunto com a Robert Bosch, no passado dia 29 de Junho uma Jornada Técnica/Comercial sobre como a crescente complexidade técnica do automóvel cria a necessidade de capacitar e dotar a oficina das ferramentas necessárias para garantir a sobrevivência e o crescimento da mesma. Este evento realizou-se nas instalações da Runkel no Porto e durou o dia inteiro. Na parte da manhã, foi apresentado o conceito Bosch Injection Systems (BIS), acompanhado de uma explicação teórica, recorrendo ao software ESItronic desenvolvido pela Bosch, acerca dos sistemas de gestão do motor, sistemas de travagem e sistemas de gestão de bordo. A primeira esteve a cargo da Dra. Mónica Alves e a segunda do Eng. Pedro Baptista, ambos da Robert Bosch. Durante a parte da tarde, demonstrou-se, através de diferentes simulações práticas com equipamento de diagnóstico, osciloscópio e analisador de gases, como o conhecimento e equipamento técnico oficinal afectam directamente as possibilidades de trabalho da oficina.
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Breves UFI FILTERS EQUIPA ALFA ROMEO O novo modelo 2010 do Alfa Romeo Giulietta será equipado com filtros do Grupo UFI Filters, que foi seleccionado como fornecedor e parceiro tecnológico do fabricante italiano. Nos motores diesel, a Ufi Filters fornecerá o filtro de gasóleo, enquanto que na motorização a gasolina mais potente será fornecido um módulo completo de lubrificação. A gama Giullieta, que substitui o Alfa 147, tem motores a gasolina de 1,4 e 1,8 litros de capacidade, com potências de 140, 170 e 235 CV. Os motores diesel terão cilindradas de 1.6 e 2.0 litros e o sistema de injecção directa JTDm, debitando 105 e 170 CV, respectivamente. O filtro de gasóleo é do tipo compacto long-life da 3º geração, sendo constituído por fibras sintéticas a 100%, o que lhe dá alta eficiência de partículas sólidas de 3-5 micros e um grau de separação de água superior a 99%, A referência para o pós-venda é UFI 24.ONE.01/SOFIMA S1ONE NR. No filtro de óleo, UFI fornece o módulo completo de origem e o cartucho filtrante para o pós-venda, sendo este de tipo ecológico, à base de fibras celulósicas de elevado poder filtrante e intervalo de substituição superior a 30.000km. A referência deste cartucho para o pós venda é UFI 25.061.00/SOFIMA S5061 PE. Ambos os filtros cumprem a 100% as exigências da normativa Euro 5.
CURSOS CZ COM NOVAS TECNOLOGIAS A partir da promoção dos novos cursos do Curso Superior de Perito de Seguros Automóvel ("PS" XXXVIII e XXXIX, que terão início a 6 e 13 de Setembro respectivamente, o Centro Zaragoza renovou a metodologia formativa, adaptando-se às solicitações do mercado e ao uso das novas tecnologias, como parte do novo figurino de aprendizagem. A carga horária dos cursos será a mesma dos que foram anteriormente promovidos (443h), mas o sistema de formação será desta vez "semi presencial", ficando o curso dividido em duas partes: - Uma parte leccionada à distância, através da plataforma de formação electrónica - Campus CZ - que terá conteúdos e recursos educativos de modo a que o formando organize e distribua o seu tempo de estudo em função das suas necessidades; - Outra parte do curso será presencial, sendo leccionada nas instalações do CZ de Pedrola. As aulas contam com material informático da última geração, bem como de oficinas cuja superfície total é de 4.000m2, com secções de carroçaria, pintura, mecânica, electricidade, motos e veículos industriais, onde há equipamentos para efectuar todos tipos de reparação.
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EMPREGO Motivar e estimular o sentimento de pertença
Motivar e estimular o sentimento de pertença No Pós-venda quem manda é o consumidor / utilizador da oficina, que irá analisar a relação preço / qualidade / benefício. Continua a ser necessário para a satisfação e fidelização do cliente uma boa recepção, uma oficina limpa, boas ferramentas e equipamentos e o activo principal de qualquer empresa, os Recursos Humanos.
P
reocupa-me actualmente a dificuldade sentida na renovação das equipas, tanto na área comercial como no pós-venda do sector automóvel. Há 10/15 anos atrás não era difícil recrutar-se um elemento júnior, independentemente da especialidade (colisão, pintura, mecânica, electricidade, peças, etc). Actualmente as coisas estão bem diferentes. As famílias têm no seu conjunto melhores remunerações (felizmente), e melhor qualidade de vida, não se predispondo a qualquer profissão, a não ser por motivos óbvios de necessidade. As escolas de formação direccionadas para o sector têm contribuído de forma positiva para este necessário rejuvenescimento, mas não será provavelmente o suficiente. Conto aqui um episódio real. Uma turma de doze formandos em electricidade e electrónica automóvel. Um curso que durou três anos iniciou com doze formandos e terminou com seis. Um desses finalistas faleceu infelizmente entretanto. Um evoluiu para Técnico de Garantias, dois passaram para departamentos de formação em Importadores, um licenciou-se e saiu das oficinas, continuando apenas um a trabalhar numa concessão automóvel. Arrisco-me a dizer que poderá existir alguma leviandade, falta de dedicação e empenho em muitos colaboradores do sector automóvel. Mas não teremos também uma elevada percentagem de patronato arrogante e prepotente? Talvez? Talvez isso possa ter contribuído para algum afastamento. O desempenho de cada colaborador depende de dois factores essenciais: as capacidades / competências e a motivação. Infelizmente já muitos de nós ouvimos a célebre frase atribuída ao patronato “Eu pago-lhe é para você trabalhar”. A verdade é que existe ainda muito patronaPUB
Por: Paulo Dias, Consultor Auto da Hays
Hays Portugal Sede: Av. Republica, 90 1º andar – Fracção 4 1600 – 206 Lisboa Consultor Auto: Paulo Dias Telefone: 21 782 65 63 Fax: 21 782 65 66 paulo.dias@hays.pt Internet: www.hays.pt
to que não sabe implementar a motivação e o necessário sentimento de pertença nos seus colaboradores. Infelizmente conheço alguns casos desses. É essencial sentirmos que fazemos parte da organização onde trabalhamos. Não basta pagar o salário e dar formação técnica ou comportamental, é necessária a motivação. Se um elemento directivo não falar com os seus colaboradores não o conhece, não o
conhecendo não o compreenderá e consequentemente não o conseguirá motivar. Foi infelizmente este estilo de liderança que governou maioritariamente o sector automóvel nas últimas décadas. Lidávamos, é verdade, em grande parte com pessoas no pós-venda pouco instruídas, que foram obrigadas a trabalhar desde muito jovens devido à necessidade financeira, impossibilitadas por isso de fre-
quentar o ensino escolar básico de forma razoável. Actualmente, e felizmente, a realidade social é bem diferente, mas lidamos agora com a dificuldade de encontrar pessoas que queiram apostar neste sector. As novas tecnologias obrigaram a admitir pessoas mais qualificadas de forma a poderem estar preparadas para os novos desafios tecnológicos. Oxalá a actual visão empresarial, mais moderna, mais ecológica e sensibilizada para o equilíbrio necessário entre a responsabilidade social e a sobrevivência da empresa (com algum lucro para bem do patrão e seus colaboradores), consiga garantir a retenção do principal activo das organização. A falta de recursos qualificados a isso obriga. Houve alguém que disse um dia, só haver duas situações que não podem ser controladas pelo Homem, são elas o Ontem (porque já aconteceu ) e o Amanhã (porque não sabemos o que vai acontecer). Podemos no entanto tentar influenciar positivamente o presente, pois esse depende apenas das nossas acções (ideias e projectos para o futuro).
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UM DIA NA...
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... DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS: COM A CARF
Todos os minutos contam A CARF, empresa especializada em distribuição de peças auto, passou, desde Abril, a ter duas novas rotas que lhe permitem desenvolver a sua actividade em novas zonas do país, nomeadamente em Leiria, Tomar e Abrantes. Fomos conhecer a realidade bem por dentro.
P
or ter nascido no meio das peças de automóveis, Paulo Carvalho, gerente da CARF, homem de trabalho e muito dinâmico, um dia teve uma ideia. Desenvolver uma empresa de transporte especializada em peças, nomeadamente as da área auto. Cauteloso, mas qual peixe na água, pois as peças sempre foram a sua vida, Paulo Carvalho cedo percebeu toda a evolução do negócio logístico associado às peças e decidiu, em 2003, fundar a CARF. Primeiro com duas carrinhas, depois quatro e actualmente com cerca de 30 furgões, que duas vezes ao dia (fora os urgentes) vão recolher e entregar peças, a CARF cresceu mas sempre com as rodas bem assentes no asfalto, embora nunca tenha saído da zona da grande Lisboa. Fruto de insistentes pedidos de alguns clientes, Paulo Carvalho analisou e decidiu alargar a zona de recolhas e entregas para rotas com destino a Ourém, Fátima, Tomar, Entroncamento, Abrantes, Marinha Grande, Alcobaça, Porto de Mós, Pataias, Torres Novas, Alcanena e Leiria. Para se conhecer um pouco melhor esta actividade e uma das novas rotas, neste caso a Leiria, nada melhor que acompanhar António Teixeira, 48 anos, motorista da CARF e um excelente comunicador, que apresenta ainda a enorme vantagem de perceber e de gostar daquilo que faz.
Leiria São 7h30m da manhã. Paulo Carvalho, como sempre, ultima com a sua equipa os derradeiros pormenores e acompanha nas instalações da CARF a saída de todos os motoristas. António Teixeira, experiente motorista, já tem tudo preparado, aliás como compete a cada um. As guias, a rota e o furgão que leva as entregas da manhã, num percurso que nesse dia nos levou a Rio Maior, Benedita, Alcobaça, entrada no IC2 (antiga Nacional 1) e Leiria. Nesse dia nada havia a entregar em Pataias, em Porto de Mós ou na Batalha, mas se os clientes tiverem entregas para estes destinos (ou outros próximos) a rota pode-se ir moldando às necessidades. Depois de um percurso até Rio Maior, a primeira entrega foi feita na Schmitz Cargobull, tendo sido entregues umas peças para camião fornecidas pela Civipartes. “Era uma entrega complicada. Agora existe um responsável que de pronto recebe a encomenda e já não se perde tempo nesta entrega”, revela António Teixeira, deixando antever que o tempo é algo muito importante nesta actividade. “A planificação da rota é importante para não se perder tempo em lado nenhum”, diz António Teixeira, garantindo também que todas as entregas são feitas o mais cedo possível, normalmente até às 10 horas. A poucos quilómetros dali tenta-se entregar um escape fornecido pela Secaparts
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numa oficina que ainda estava fechada. “Não se pode colocar em risco 12 clientes por causa de uma entrega. Se o cliente não está entrega-se à tarde”, diz o motorista da CARF. Contudo, a flexibilidade e conhecimento das zonas é importante neste caso. Como estávamos ainda em Rio Maior optou-se, para não se perder tempo, entregar na Goipeças material da Europeças e na Inácio Galvão Tirano, oficina Citroen, peças fornecidas pela Auto Industrial Peças de Leiria. “Há transportadores que quando o cliente não tem as instalações abertas, deixam na porta ao lado. Nós não fazemos isso. Quero sempre entregar em mão”, revela António Teixeira explicando ainda que “temos sempre a responsabilidade de fazer a descarga do material”. Entregue o tal escape, 15 minutos depois, retoma-se a rota inicial e despachase material da Bretescar (concessão Ford em Torres Vedras) na Maiorpeças, um retalhista de peças ainda em Rio Maior. “Existem clientes porreiros, mas outros não dá mesmo. Parece que não entendem a nossa actividade e a urgência que temos no nosso dia-a-dia”, afirma António Teixeira, antevendo o que poderia vir a acontecer.
UM DIA NA...
António Teixeira é um dos trabalhadores da CARF com mais experiência ao nível das entregas de peças Já a caminho da Benedita e Alcobaça deixa-se mais algum material na Auto Nogueiras (oficina Citroen) e na Opel de Alcobaça vindo da Auto Industrial Peças. Em alguns clientes, António Teixeira faz também de cobrador. “Se não há dinheiro não há entregas”, diz referindo-se ao facto de não estar autorizado a deixar as peças nos casos em que é obrigatório o pagamento e ele não acontece. Nesses ca-
sos a entrega fica para a tarde ou para o outro dia e nesse caso o fornecedor que se entenda com o cliente. Já a manhã vai longa quando o telefone toca. Da CARF surge a chamada para se efectuar uma recolha na Leiridiesel, que não estava definida na rota de António Teixeira. Nada que não esteja previamente pensado na actividade da CARF. Neste dia António Teixeira teve com-
panhia, mas para quem gosta tanto de falar como se consegue enfrentar 700 Kms por dia (nesta rota) sem companhia? “O rádio é uma boa companhia, sem dúvida, mas tudo é uma questão de hábito, quando se gosta daquilo que se faz”, assegura, argumentando ainda “até há dois anos não conhecia nada sobre peças. Não sabia que isto movimentava tanta coisa. É giro e por isso gosto daquilo que faço”. Na Cister Peças ainda em Alcobaça efectua-se uma das últimas entregas da manhã de material enviado pela Europeças. Este retalhista está numa rua estreia, mas isso não complicada a vida a António Teixeira, tanto mais que existe uma lei que protege este tipo de serviços dentro de zonas urbanas. “Estamos preparados para trabalhar em todos os locais. O mais complicado é quando lá vamos a primeira vez e o acesso é difícil e não sabemos o local exacto”, argumenta António Teixeira. Mais uns quilómetros pelo interior do país, qual visita turística, chegamos a Leiria, onde se faz mais uma entrega na Injectoturbo, seguindo-se depois para a Leiridiesel, onde é feita a primeira recolha volante, de três volumes para serem entregues à tarde noutros clientes no Samouco e em Lousa.
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UM DIA NA...
Segue-se a primeira recolha obrigatória, neste caso na Civipartes em Leiria, mas nada havia a trazer. “Neste cliente, como noutros, a recolha obrigatória quer dizer que temos que passar nas instalações do cliente obrigatoriamente, quer ele tenha ou não material para ser levantado”, explica o motorista da CARF, que tem de seguida uma segunda recolha obrigatória numa empresa da área industrial. “Vemos as mesmas pessoas todos os dias, e isso é muito bom, pois gera-se muitas vezes uma relação de confiança que é importante para que tudo corra bem”, afirma António Teixeira. Nova chamada telefónica da CARF, neste caso para dizer que da Leiridiesel ainda havia mais uma encomenda. Mais telefonema, menos telefonema, e já com o tempo apertado, a solução encontrada passou por alguém da Leiridiesel vir ter com António Teixeira à Auto Delta. Pelo caminho paramos em mais uma recolha, na Leirilis, que foi mesmo muito rápida, levando o motorista da CARF a desabafar: “se todos fossem assim”. Entretanto chega-se à quinta recolha, neste caso também obrigatória, é na Auto Industrial Peças de Leiria onde se recolhe mercadoria para ser entregue noutros estabelecimentos da Auto Industrial (Alco-
baça), mas também na Sifrauto (Tomar), Maiorpeças (Rio Maior), Helpcar (Cadaval) entre outros locais. A manhã de recolhas termina na Auto Delta em Leiria, com Marcelo Silva, gerente da Auto Delta a considerar que “a CARF é muito importante para nós, pois deu uma grande ajuda, nomeadamente nas entregas à tarde”. A espera é um pouco mais longa, pois a hora é de aperto na empresa e todos os braços são poucos para despachar tanta encomenda. Algumas delas seguem no furgão da CARF para serem depois entregues, à tarde, na Diapauto (Sintra), ATM (Seixal) e noutras casas de peças. “Neste fase do dia, todos os minutos contam”, comenta António Teixeira que agora palmilha a auto-estrada a um ritmo mais elevado. Sem paragens à vista na próxima hora, António Teixeira revela dados interessantes em mais dois dedos de conversa. “A primeira semana de cada mês é, por norma, a mais intensa em termos de serviço”, diz-lhe a experiência, acrescentando que “é por causa dos pagamentos. Na última semana do mês fazem-se menos entregas”. Os cerca de 30 furgões da CARF regressam das suas rotas. Chegados ao ar-
mazém da CARF a azáfama é enorme, e todos ajudam, pois é preciso levar as encomendas de uns furgões para os outros consoante o destino de cada encomenda. Pelo meio conferem-se guias, notas de encomenda e em pouco mais de meiahora os furgões voltam a sair para repetir as rotas matinais, numa lógica de entregas bidiárias. Nesse dia não foi António Teixeira que fez a rota de Leiria da parte da tarde, mas pela sua experiência diz que “à tarde é um pouco mais complicado e anda-se um pouco mais depressa, pois normalmente existem mais entregas e recolhas para fazer. De um modo geral tudo funciona bem e está bem controlado em termos logísticos”. A CARF mantém sempre alguns motoristas em “plantão” para as entregas urgentes. “Conseguimos fazer quatro entregas diárias”, revela Paulo Carvalho, reconhecendo que “é um stress saudável”. Refira-se que a CARF é a única empresa especializada em transporte e logística de peças auto em Portugal, visitando diariamente mais de 400 grossistas, casa de peças e oficinas. Paulo Homem paulo.homem@apcomunicacao.com
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O relacionamento com o cliente é importante para que tudo corra conforme o previsto
CARF Sede: Rua Projectada à Rua José Afonso, Lt 5 Quinta Santa Rosa 2680 543 Camarate Sócio-gerente: Paulo Carvalho Telefone: 219 809 640 Fax: 219 809 649 E-mail: geral@carfnet.com Internet: n.d.
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D onaCusc
DONA CUSCA* VISITA...
...DISTRIBUIDOR DE PEÇAS: Sonicel
A empresa que mima
os clientes
Não há nada mais agradável do que estarmos a trabalhar e sentirmos que o nosso parceiro de negócios tem em conta as nossas necessidades. Na Sonicel mimam os clientes e o JORNAL DAS OFICINAS foi conhecer a empresa… para lhe contar tudo!
N
o segundo pavilhão gigantesco da antiga fábrica da Tetrapack funciona a Sonicel - electrónica, peças e assistência técnica – e, mais recentemente a AD Portugal, “empresas que funcionam de forma distinta embora partilhando recursos logísticos”, conforme explica o nosso cicerone Manuel da Fonseca, gestor das gamas de negócios de lubrificantes e car care, que complementa a informação sobre o espaço, explicando que “a Sonicel peças ocupa cerca de 60 a 70 por cento da área”. Numa perspectiva mais feminina, vou mais longe ao explicar ao leitores – pelo menos àqueles que não conhecem o espaço físico da Sonicel em Lisboa (existe outro armazém na Maia) como são funcionais estas instalações. O acesso ao armazém para cargas e descargas é feito por uma rua larguíssima, onde apenas circulam as viaturas da logística, que têm assim a vida facilitada, pois não obriga a grandes manobras.
A entrada principal… bem, a entrada principal tem o estacionamento mesmo em frente, o que mais uma vez revela a funcionalidade das instalações para clientes e funcionários. Mas o melhor é que está rodeada por uma generosa zona ajardinada, com palmeiras, bordas de flores de que desconheço o nome e belas buganvíleas fuschia - as minhas preferidas! – também na fachada principal do edíficio… onde apenas se lê Panasonic… “Quem cá vem sabe as empresas que cá funcionam”. E eu, se lá trabalhasse, queria a minha mesa virada para a janela! A condizer com o logótipo da empresa, algures entre o cinza e o metalizado, a parte do edifício onde funcionam administração e serviços administrativos é claramente espaçosa com corredores bem largos e as paredes e alcatifas cinzentas, um tom neutro que não choca rigorosamente nada e até faz sobressair as plantas que vão surgindo enquanto conhecemos o espaço.
Empresa de importação e distribuição de peças auto desde 1982, a nossa anfitriã integra o Grupo que tem o seu nome e funciona em três âmbitos distintos – electrónica de consumo, ar condicionado e peças auto, que acumula com a representação da Panasonic. Na vertente que mais nos interessa, por ser esse o âmbito do Jornal que está a ler, a Sonicel representa actualmente cerca de 40 marcas, que se multiplicam para além do quase impensável quando idealizamos quantidades: “Tomando como exemplo uma folha das antigas de Excel onde cabiam 65 mil linhas, já temos de utilizar a segunda porque apenas uma não chega para enumerar o stock existente de referências”, diz Manuel da Fonseca. Tal como certamente sucede noutras empresas do mesmo ramo, organização é palavra de ordem no imenso armazém, onde uma pequena parte ganhou andares onde se arrumam peças mais pequenas como, por exemplo, lâmpadas e velas.
“Era bom se carros da mesma marca usassem a mesma lâmpada, mas há sempre diferenças mínimas”, o que multiplica referências. Tal como sucede nos lubrificantes, área em que o nosso interlocutor, com passado profissional ligado às petrolíferas, explica que na Sonicel existe “uma gama que abarca 95 por cento do que se consome em Portugal”. Política da casa é envidar todos os esforços para que o cliente fique satisfeito: “Nunca procuramos uma marca pelo preço, mas pela qualidade e pela garantia que dá à empresa e aos clientes. Assentamos na qualidade do produto e do serviço que se presta. É esta procura que fazemos das últimas novidades no mercado que assegura a quem connosco trabalha que somos capazes de responder sempre às solicitações do mercado e dos clientes.” Ou seja, “a nossa política assenta numa satisfação total do cliente. Ter as melhores marcas com o melhor serviço!” Até agora não tinha encontrado quem
* Dona Cusca é a nova colaboradora do JORNAL DAS OFICINAS. Excessivamente curiosa em relação a tudo o que se relaciona com o sector automóvel, conhece este mercado melhor do que qualquer dona de casa e mesmo do que muitos homens. Intrometendo-se de forma mais ou menos indiscreta para satisfazer a sua curiosidade, os seus artigos representam uma visão particular, alheia ao sector, que pensamos ser de interesse para todos os leitores. Sejam por isso compreensivos em relação às suas opiniões.
SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
COLECCIONÁVEL
N.º 57 Agosto 2010
BOLETIM TÉCNICO Colaboração:
Fiat Grande Punto 1.9 MJ 120 cv - Ano 2007 Nos modelos das últimas gerações, têm aparecido novas luzes avisadoras no painel de instrumentos. Estão neste caso os modelos da Fiat equipados com o filtro de partículas DPF, os quais possuem uma luz avisadora suplementar, para além da luz normal de sistema do motor.
O grau de degradação do óleo do motor não é detectado por nenhum sensor específico, mas é calculado por uma programa inserido da unidade central electrónica de gestão do motor (ECU), tomando como parâmetros os seguintes dados: nº de operações de limpeza do filtro de partículas (DPF), quilómetros percorridos, nº de arranques do motor, nº de arranques a frio, valor médio da temperatura do óleo, etc. Em função disto, a colocação a zero do aviso de mudança do óleo do motor é efectuada no interior da ficha de diagnóstico EDC 16 C 39. Na página de Afinações e dados técnicos da marca é sugerido escolher a função "Mudança de óleo" e seguir as várias instruções seguintes. Quando as revisões de manutenção programadas (no respectivo talão do livro de revisões) se aproximam da data prevista, aparece uma mensagem visual no painel de instrumentos (após a revisão inicial) com a palavra Service e um ícone em forma de chave inglesa, seguido do número de quilómetros que ainda faltam para a operação de manutenção do veículo. Quando isso acontece, é necessário apagar o aviso, utilizando a função do aparelho de diagnóstico "Cancelamento de Informações de Serviço" ou "Colocar a zero SERVICE", existente no interior da ficha de diagnóstico Instrumentação. Nos carros equipados com filtros de partículas DPF, o sistema de avisos de manutenção tem algumas particularidades. De facto, nestas viaturas, o intervalo efectivo de mudança de óleo e filtro de óleo do motor depende das condições de utilização das mesmas, sendo assinaladas por uma luz ou mensagem (se estiver previsto) no painel de instrumentos. Esta situação particular deve-se ao facto de que durante a operação de limpeza do filtro e a pós-injecção utilizada para o efeito poder haver poluição do óleo do motor. Por essa razão, nos motores com filtro DPF pode activar-se a luz avisadora de "pressão de óleo mínima" intermitente, acompanhada da mensagem de mudança de óleo ("Substituir o óleo" ou "Fazer substituir o óleo motor"), quando o sistema detecta uma certa degradação do lubrificante. Desta forma, pode a mudança de óleo ser antecipada relativamente à data inicial prevista (sempre gerida pela função Service do painel de instrumentos).
Sensor de massa de ar digital Ao contrário dos sistemas Euro 3, equipados com unidades electrónicas Bosch EDC 16C8, a nova ECU EDC 16C39 (tal como a ECU Bosch EDC 16C9), que equipa o Fiat Grande Punto (199), diferencia-se pelo seguinte: - Utilização de um novo sensor de massa de ar digital HFM6; - Utilização de uma sonda Lambda LSU4 (nos carros com sonda). O nosso sensor HFM6 funciona pelo princípio da variação do período e do ciclo de serviço do sinal, a fim de medir o caudal de ar de admissão e a sua temperatura. Concretamente, a informação sobre a temperatura do ar de admissão varia em função do ciclo de serviço do sinal do sensor, enquanto que a informação sobre o caudal de ar varia segundo as mudanças de frequência. Este sistema permite uma avaliação muito mais precisa do ar de admissão, relativamente ao sensor analógico anterior, permitindo realizar um diagnóstico mais rápido e eficaz. Por seu turno, a sonda Bosch LSU4 permite avaliar as emissões de escape dos motores JTD, que podem ser homologadas segundo a directiva Euro 4. Ao contrário dos motores a gasolina, o objectivo da sonda Lambda para os motores diesel é verificar se as emissões de escape, com uma certa antecipação em relação ao sistema no seu conjunto (motor, sensores e actuadores), está dentro dos limites programados ou se existe algum desvio desses limites. Na realidade, esta sonda Lambda dos diesel não funciona em circuito fechado com o sistema de controlo do tempo
de injecção e da pressão de alimentação, não interferindo com o rendimento do motor. Nos motores a gasolina, pelo contrário, a sonda Lambda faz parte do sistema de controlo da mistura e altera consideravelmente as prestações dos motores. Além destas diferenças, a nova ECU EDC 16C39 caracteriza-se por operar com um regulador de fluxo (MPROP), montado na bomba de alta pressão, do lado do circuito de baixa pressão, bem como por um regulador de pressão (DRV), montado na bomba de alta pressão, do lado do circuito de alta pressão ou no próprio rail. Operações possíveis com equipamentos Texa Entre muitas outras operações, os aparelhos de diagnóstico da marca Texa permitem efectuar as seguintes: "Mudança de óleo" Com este comando é possível actualizar os parâmetros relativos à substituição do óleo/filtro do motor (incluindo a limpeza da mensagem de aviso do painel de instrumentos). Esta operação tem que ser efectuada sempre que se faz a substituição do óleo do motor. "Substituição do pré-catalisador" Este procedimento deve ser efectuado ao seguir à substituição do pré-catalisador. Este comando permite limpar na ECU os parâmetros relativos ao envelhecimento do dispositivo e o nº de limpezas não terminadas.
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Injecção electrónica Bosch
SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
ESQUEMA ELÉCTRICO
Tipo de Dispositivo Pin Out ECU do motor - alimentação do relé principal nº 01 A01 ECU do motor - alimentação do relé principal nº 02 A05 ECU do motor - alimentação do relé sinal 15 A28 ECU do motor - massa nº 01 A06 ECU do motor - massa nº 02 A04 ECU do motor - massa nº 03 A02 Ligação aos farolins de marcha-atrás, A57 interruptor dos farolins de marcha-atrás – sinal Electroinjector nº 01 - sinal nº 01 B47 Electroinjector nº 01 - sinal nº 02 B16 Electroinjector nº 02 - sinal nº 01 B31 Electroinjector nº 02 - sinal nº 02 B02 Electroinjector nº 03 - sinal nº 01 B46 Electroinjector nº 03 - sinal nº 02 B01 Electroinjector nº 04 - sinal nº 01 B33 Electroinjector nº 04 - sinal nº 02 B17 Electroválvula de comando da turbina de geometria A07 variável - activação negativa Electroválvula EGR - activação negativa B60 Interruptor do pedal do travão - sinal de contacto N.A. A17 Interruptor do pedal da embraiagem - sinal A40 Sensor de massa de ar - sinal B42 Sensor/massa/ar+sensor/temperat./ar/admissão – massa B44 Módulo/electrónico/velas/incandescência - sinal de comando A93 Módulo/electrónico/velas/incandescência - sinal/diagnóstico A52 Potenciómetro/pedal/acelerador - alimentação/pista nº 01 A45 Potenciómetro/pedal/acelerador - alimentação/pista nº 02 A46 Potenciómetro/pedal/acelerador - massa/refer./pista nº 01 A09 Potenciómetro/pedal/acelerador - massa/refer./pista nº 02 A08 Potenciómetro/pedal/acelerador - sinal da pista nº 01 A30 Potenciómetro/pedal/acelerador - sinal da pista nº 02 A31 Regulador/pressão/combustível - sinal nº 01 B19 Potenciómetro/pedal/acelerador - sinal nº 02 B49 Relé/ligação/compressor/ar condicionado - activação negativa A29 Relé do motor de arranque - activação positiva A55 Relé da bomba de combustível - activação positiva A20 Relé principal - activação negativa A72 Relé/arrefecimento/motor/alta velocid. - activação negativa A94 Relé/arrefecimento/motor /baixa velocid. - activação negativa A90 Relé/arrefecimento/motor /média velocidade A69 + relé/velocidade/ventilador +relé/comutador/electroventil. - activação negativa Sensor de fase – alimentação B11 Sensor de fase – massa B20
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Injecção electrónica Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) Bosch
Sensor de fase – sinal Sensor de rpm - sinal no arranque nº01 Sensor de rpm - sinal no arranque nº 02 Sensor de rpm - sinal em movimento nº 01 Sensor de rpm - sinal em movimento nº 02 Sensor de nível de óleo motor – sinal Sensor de água no filtro de gasóleo – sinal Sensor de pressão de combustível – alimentação Sensor de pressão de combustível – massa Sensor de pressão de combustível – sinal Sensor de pressão de sobrealimentação – alimentação Sensor de pressão de sobrealimentação – sinal Sensor de pressão do freon – alimentação Sensor de pressão do freon – massa Sensor de pressão do freon - sinal Sensor de pressão do óleo do motor – sinal Sensor de temperatura do ar de admissão – sinal Sensor de temperatura do ar de sobrealimentação – sinal
B50 B27 B12 B27 B12 B21 A74 B28 B08 B43 B13 B40 A22 A12 A13 B56 B37 B53
Sensor/temperat./ar/sobrealiment. + sensor de pressão de sobrealimentação - massa de referência Sensor de temperatura de gasóleo – massa Sensor de temperatura de gasóleo – sinal Sensor da temperatura do fluido de arrefecimento – massa Sensor da temperatura do fluido de arrefecimento – sinal Sonda Lambda - activação negativa do aquecimento Sonda Lambda - sinal nº 01 Sonda Lambda - sinal nº 02 Sonda Lambda - sinal nº 03 Sonda Lambda - sinal nº 04 Espinha do alternador - ligação ao Pin D+ Espinha do actuador integrado da borboleta – alimentação Espinha do actuador integrado da borboleta – massa Espinha do actuador integrado da borboleta – sinal Espinha do processador ABS - sinal linha BUS CAN (H) Espinha do processador ABS - sinal linha BUS CAN (L) Espinha do painel de instrumentos - activação/luz avisadora
B23 A10 A11 B41 B58 A51 A65 A86 A87 A64 A19 B59 B39 B52 A84 A83 A71
Colaboração: COLECCIONÁVEL
N.º 56 Julho 2010
BOLETIM TÉCNICO
ESQUEMA DE LOCALIZAÇÃO Nº Descrição do Dispositivo 01 ECU de gestão/motor 02 Espinha UCR 03 Interruptor/pedal/travão 04 Interrupt./pedal/embraiag. 05 Relé de alimentação eléctrica, ficha 15 06 Relé/motor de arranque 07 Ligação/motor/arranque 08 Ligação/luz/marcha-atrás 09 Interrupt./luz/marcha-atrás 10 Sensor de massa de ar 11 Sensor/temperat./ar/adm. 12 Sensor/água/filtro/gasóleo 13 Sensor/temperat./gasóleo 14 Relé principal 15 Módulo/velas/incandesc. 16 Interruptor de inércia 17 Bomba de combustível 18 Relé/bomba/combustível 19 Relé/arrefec./motor (alta) 20 Motor/electrov../mot. nº01 21 Resistência/electrov. nº 01 22 Relé/velocidade/electrov. 23 Relé/comutador/electrov. 24 Motor/electrov./mot.nº 02 25 Resistência/electrov. nº02 26 Relé/arrefecimento/motor (baixa velocidade) 27 Relé/arrefecimento/motor (média velocidade) 28 Bateria de arranque 29 Velas/incandescência 30 Potencióm./ped./acelerad. 31 Sensor/temper./ar/sobreal. 32 Sensor/pressão/sobrealim. 33 Sensor/pressão/gasóleo 34 Sensor de fase 35 Sensor/nível/óleo/motor 36 Sonda Lambda 37 Electroválvula EGR 38 Electrov./com./turbina 39 Espinha/actuad./borboleta 40 Espinha/painel/instrument. 41 Espinha do alternador 42 Espinha/unidade/ABS 43 Sensor/pressão/óleo/motor 44 Sensor de rpm 45 Sensor/temperatura/fluido arrefecimento/motor 46 Sensor/pressão/freon 47 Relé/accionamento/A/C 48 Embraiagem/compressor 49 Ligação/comando/A/C
X-Y Localização M32 Vão do motor, centro R28 Junto ao volante O27 Acima do pedaleiro P27 Acima do pedaleiro Q33 Cx./fusíveis/relés/vão/motor Q33 L35 P2 P35 E36 E36 G32 G32 Q33 N33 M33 N15 Q33 Q33 I39 L38 Q33 Q33 N39 N38 Q33
Cx./fusíveis/relés/vão/motor Vão do motor, centro Grupo óptico posterior À frente da bateria Vão do motor, direita Vão do motor, direita Vão do motor, direita Vão do motor, direita Cx./fusíveis/relés/vão/motor Vão do motor, centro Vão do motor, centro Sob o assento posterior Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Dentro do electroventilador Dentro do electroventilador Cx./fusíveis relés/vão/motor Cx./fusíveis relés/vão/motor Dentro do electroventilador Dentro do electroventilador Cx./fusíveis/relés/vão/motor
FALTA DE ACELERAÇÃO, FALHAS Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor de fase - sinal B50 Potenciómetro do pedal do acelerador A09/A31 - sinal das pistas nº 01 e nº 02 Sensor da massa de ar B44 e sensor de temperatura do ar de admissão - massa Sensor da massa de ar - sinal B42 Sensor de pressão de combustível - sinal B43 Sensor de pressão de sobrealimentação - sinal B40 Sensor de rpm - sinal em movimento B12/B27
DIFICULDADE DE ARRANQUE A QUENTE
Q33 Cx./fusíveis/relés/vão/motor P34 I33 N27 N34 N27 M33 E36 I36 O36 L35 N36 M33 O27 I34
Vão do motor, esquerda Vão do motor, centro Integrado no pedaleiro Vão do motor, centro Vão do motor, centro Vão do motor, centro Vão do motor, direita Vão do motor, centro À frente da bateria À esquerda do motor À esquerda do motor Vão do motor, centro Habitáculo/junto/volante
H36 M36 I32 H39
Vão do motor, centro Vão do motor, centro Junto à ECU Junto ao radiador
"Substituição do filtro de partículas" Procedimento que deve seguir-se à substituição do filtro de partículas diesel. Com este comando, é possível actualizar alguns dados internos da ECU e limpar o nº de limpezas não terminadas. "Regeneração do filtro de partículas" Este comando deve ser utilizado sempre que: - A luz avisadora do filtro está activada, o que significa que o condutor andou muitos quilómetros na cidade e nunca conseguir realizar a regeneração espontânea. - Presença dos códigos de avaria P1206/P2002 na memória do sistema de autodiagnóstico, em virtude do filtro estar obstruído com partículas. A Texa recomenda todas as precauções durante esta operação, porque gera uma temperatura muito elevada no escape da viatura. Desta forma, antes de iniciar a operação
Nº Descrição do Dispositivo 50 Regulador/pressão/gasóleo 51 Electroinjectores F 001 F 002 F 003 F 004 F 005 F 006 F 007 F 008 F 009 F 010 F 011 F 012 F 013 F 014
Fusível 059 de 10A Fusível 020 de 7,5 A Fusível 030 de 15 A Fusível 043 de 7,5 A Fusível 029 de 10 A Fusível 028 de 15 A Fusível 007 de 50 A Fusível 027 de 15 A Fusível 013 de 50 A Fusível 012 de 40 A Fusível 035 de 30 A Fusível 034 de 7,5 A Fusível 024 de 7,5 A Fusível 002 de 60 A
X-Y M35 I34 R34 R34 R34 R34 R34 R34 P34 R34 R34 R34 R34 R34 R34 P34
Localização À esquerda do motor Cabeça do motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./maxi/fusív./sobre/bater. Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./fusíveis/relés/vão/motor Cx./maxi/fusív./sobre/bater.
de regeneração do filtro, verificar o seguinte: - Estado de limpeza do tubo de escape e zonas próximas (resíduos, óleo, lubrificante, plásticos, etc.); - Retirar do tubo de escape o tubo de extracção dos gases de escape; - Impedir que alguém se aproxime do tubo de escape e da sua extremidade, durante a realização da limpeza do filtro; - A água do circuito de arrefecimento do motor deve estar a mais de 70º C; - O reservatório de combustível deve ser abastecido até pelo menos 1/4 da sua capacidade; Nota: Este procedimento deve ser efectuado ao mesmo tempo da substituição da sonda e/ou do sensor de massa de ar, executada nos prazos previstos, mantendo o ruído do motor em níveis moderados e cumprindo as normas sobre as emissões de escape.
Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor de fase - alimentação B11 ECU - alimentação do relé principal A01/A05 Relé da bomba de combustível - activação positiva A20 ECU - alimentação da chave de ignição A28 Sensor/massa/ar, sensor/temperatura/ar/adm. - massa B44 Sensor do fluido de arrefecimento do motor - sinal B58
DIFICULDADE DE ARRANQUE A FRIO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor de fase - sinal B50 Relé da bomba de combustível - activação positiva A20 ECU - alimentação do relé principal A01/A05 ECU - alimentação da chave de ignição A28 Sensor/massa/ar, sensor/temperatura/ar/adm. - massa B44 Sensor do fluido de arrefecimento do motor - sinal B58 Sensor de rpm - sinal em movimento B12/B27
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL ELEVADO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor/massa/ar, sensor/temperat./ar/adm. - massa B44 Sensor de massa de ar - sinal B42 Potencióm./pedal/acelerador A09/A31 -sinal/pistas nº01 e nº 02 Sensor do fluido de arrefecimento do motor - sinal B58 Sensor de pressão de combustível - sinal B43 Sensor de pressão de sobrealimentação - sinal B40
COMBUSTÃO INCORRECTA NO ESCAPE Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor/massa/ar, sensor/temper./ar/adm. - massa B44 Sensor de massa de ar - sinal B42 Potencióm./pedal/acelerador A09/A31 - sinal/pista nº01 e nº 02 Sensor do fluido de arrefecimento do motor - sinal B58 Sensor de pressão de combustível - sinal B43 Sensor de pressão de sobrealimentação - sinal B40 * Todas as operações de controlo referem-se à massa da bateria
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Injecção electrónica Bosch
SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas
Colaboração: COLECCIONÁVEL
N.º 57 Agosto 2010
OPERAÇÕES REPARAÇÃO
Vedação em Bombas de água Em relação aos vedantes de veios metálicos do motor, à base de elastómeros (polímeros), os sistemas de vedação usados nas bombas de água do circuito de arrefecimento são baseados num princípio totalmente diferente, até porque o fluido (água) é completamente diferente do óleo. Estas perdas são geralmente inexpressivas e o líquido derramado evapora-se na própria bomba. Mesmo assim, em certos casos formam-se depósitos de fluido de arrefecimento no orifício de drenagem da bomba (Fig. 2). Este fenómeno é tecnicamente normal e não deve ser considerado anomalia, implicando a substituição do conjunto de vedação ou da própria bomba de água. Estas perdas são mais notadas depois de montar uma bomba de água nova, mas após 1 a 3 horas de funcionamento do motor a perda volta a ser mínima. Para evitar dúvidas por parte do condutor ou do técnico de manutenção, algumas bombas conservam a água que verte do vedante dentro do próprio cárter, até que ela se evapore com o calor do motor, sem que se torne visível do exterior.
De facto, o princípio em que se fundamentam os vedantes das bombas de água é o dos anéis deslizantes. Estes anéis possuem uma composição complexa, na qual entram, entre outros, os seguintes elementos, dependendo das características do motor: - Grafite - Óxido de alumínio - Carboneto de tungsténio - Carboneto de silicone Os dois anéis de vedação deslizantes entre si são geralmente fornecidos e montados dentro de uma única peça (Fig. 1), juntamente com uma mola, que se destina a manter os anéis em contacto um com o outro, mesmo quando o circuito de arrefecimento não está com pressão. Para assegurar a correcta vedação da água, bem como para garantir a duração e fiabilidade do vedante, dá-se uma perda mínima de líquido através dos anéis, que se destina a lubrificar a superfície de contacto destes.
Fig. 1
Conjunto de vedação da bomba de água, incluindo os discos deslizantes e a respectiva mola de encosto.
Mola Disco deslizante fixo Disco deslizante rotativo
Fole de dilatação
Orifício de drenagem
Fig. 2
Corte esquemático de uma bomba de água
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INFORMAÇÃO TÉCNICA Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) PARA OFICINAS
Avarias do sistema de vedação Este sistema é geralmente concebido para a vida útil da bomba de água, ou seja, até que o veio desta ou o respectivo rolamento ganhem folga excessiva, devido ao desgaste. Há, no entanto, algumas situações em que os anéis deslizantes de vedação ficam inutilizados, como podemos ver a seguir: 1. Quando a bomba trabalha em seco, devido a um nível muito baixo do fluido de arrefecimento, na sequência de falta de manutenção e verificação de níveis, ou por ruptura de uma mangueira, radiador, bloco de cilindros, cabeça do motor, junta da cabeça, etc.. Quando os anéis de vedação rodam em seco, sem a acção lubrificante do líquido de arrefecimento do motor, desgastam-se rapidamente pelo atrito e deixam de assegurar a sua função vedante. 2. Por outro lado, se o próprio fluido do circuito de arrefecimento estiver muito poluído (calcário, ferrugem, limalha metálica, etc.), os anéis de vedação também se desgastam pelo atrito, apesar da presença do líquido. É por esta razão que se recomenda sempre uma limpeza total do circuito de arrefecimento do motor, sempre que se muda a bomba de água ou se efectua outra qualquer reparação ao motor. 3. Outras vezes, os anéis partem-se devido a impactos (pancadas na bomba ou no motor, marteladas ao montar a bomba, etc.). Neste caso, a bomba tem que ser novamente substituída, pois o vedante deixa de assegurar a retenção da água dentro da bomba.
Jornal das Oficinas Agosto 2010
DONA CUSCA* VISITA...
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Tratar bem os clientes Apoio e formação contínua são duas das grandes bandeiras da Sonicel, numa preocupação partilhada com os clientes para que a informação seja transmitida de forma clara e concisa. “Todos damos muito valor ao apoio e à formação contínua”. Para que esta seja possível há que unir esforços, o que equivale a dizer, “no nosso caso, deixamos sempre ao cliente a liberdade de escolher data, hora e local em que quer fazer a formação”, refere Manuel da Fonseca. “Ah, vocês mimam os vossos clientes!...”, digo. A resposta não se faz esperar: “Temos de tratá-los bem. Temos consciência de que às vezes é mais fácil dar formação aos mecânicos à noite, num sábado à tarde, num domingo ou feriado. Temos sempre essa abertura…” Quanto à estrutura, as formações não diferem em muito. Basicamente, “há sempre uma componente lúdica e outra técnica, mais técnica até que comercial”, tanto mais que a oferta é mais refinada e diversificada. Na gestão de uma empresa como a Sonicel, torna-se imprescindível ter em conta todos os inputs, ou seja, “é muito importante o feedback dos vendedores porque os negócios já não são de família, muitas vezes são os empregados que os adquirem e com esta transacção surge a gestão de negócios e não de lojas de venda a retalho, com estes estabelecimentos a focalizarem a sua acção no apoio e serviço ao cliente. É essencial para o desenvolvimento e consolidação do próprio negócio que a loja de peças tenha suporte”, remata.
Apoio e formação contínua são duas das grandes bandeiras da Sonicel, numa preocupação partilhada com os clientes para que a informação seja transmitida de forma clara e concisa.
Comprar online é mais rápido
A Sonicel nunca procura uma marca pelo preço, mas pela qualidade e pela garantia que dá à empresa e aos seus clientes.
no sector me falasse declaradamente em crise. Sem alarde, Manuel da Fonseca afirma: “Sente-se a crise. Estamos num mercado de peças para veículos e, hoje em dia, só quando o carro já quase não consegue andar ou pára é que as pessoas compram a peça de substituição. Depois, há aquelas peças a que as pessoas não ligam ou que não se notam tanto – como amortecedores, escovas, travões menos eficazes… - e isso vai andando, aguentando até acabar mesmo de funcionar. Aí não resta outra solução que não seja comprar!” Há muito que a Sonicel adoptou dois veículos de informação: o digital que consiste na newsletter, que “divulga campanhas e produtos novos, sendo enviada aos clientes em regime quinzenal, que é o
da facturação”, e o Sonicel Magazine que “vai voltar a ser editado”. Quis saber se a newsletter ajuda a combater a crise. “Há quem aproveite as campanhas mas, hoje em dia, com as alterações que houve na logística, as lojas de peças deixaram de ter necessidade de fazer stock, de investir tanto nele. Excepto nas campanhas, porque a nossa logística responde à tarde a pedidos da manhã. Temos empresas de logística contratadas que fazem entregas bi-diárias no Porto e Lisboa, e no resto do país diárias. Basicamente, hoje em dia as oficinas têm stock de óleos para as mudas e as lojas de peças nem vale a pena pensar nisso.” Já o regresso da revista, “uma publicação de que os clientes gostavam por estar assente na divulgação das marcas, no re-
Embora não exista um padrão definido dos clientes que aderiram ao sistema de compras online, logicamente são as lojas de peças e os distribuidores “que estão mais virados para as novas tecnologias” os principais utilizadores do balcão online. “Começámos recentemente, tem tido boa aceitação e a tendência é continuar a crescer. Isto, porque as compras online não são meras listas de encomendas. Este sistema permite ao cliente consultar o stock e, no nosso caso, até pode escolher o armazém de onde quer que a peça vá… Tudo isto é fundamental para a poupança de tempo”. Claro que para os mais renitentes o call center vai sempre funcionar, mas o atendimento fica sempre condicionado pela afluência de telefonemas que podem restringir as comunicações e, consequentemente, o acesso à informação, disponível online e de consulta fácil: “está lá tudo, por categorias de produto, marcas ou referências”.
conhecimento de alguns dos nossos clientes, com entrevistas e opiniões, é também uma forma de lhes dar a conhecer quem está aqui por trás”. Aliás, é igualmente com o objectivo de dar rosto às pessoas que trabalham na empresa que “todos os anos fazemos uma convenção com os clientes. Temos um colega no call center, o Fernando Pinto, que está cá há 30 anos e quem fala com ele ao telefone quer depois conhecê-lo. Dá-se rosto às pessoas e o interlocutor torna-se mais aberto. Por isso é que no Sonicel Magazine, nas entrevistas aos colaboradores, optámos por fazê-las a quem está menos visível, às pessoas do call center e do armazém, comerciais, gestores de produto, direcção. É importante dar rosto!”.
SONICEL Sede: Praceta das Fábricas, 5 2794-012 Carnaxide Contacto: Manuel da Fonseca Telefone: 214.245.300 Fax: 214.245.330 e-mail: sonicel.sa@sonicel.pt Internet: www.pecas-sonicel.com
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Jornal das Oficinas Agosto 2010
RETRATO Miguel Barata
“Não me vejo a jogar dominó no jardim!” Miguel Barata, mecânico de 73 anos, revela manter-se na profissão que desde sempre o apaixona e que não pretende trocar por uma jogatina de dominó num qualquer banco de jardim.
E
screver, ou falar, sobre Miguel Barata - mecânico de profissão, piloto por diversão - implica mencionar a paixão pelos automóveis que desde cedo o levou a tornar-se “empresário” das excursões com a garotada do Bairro da Bica, em Lisboa, onde nasceu, mas também referir a sua marca de eleição que é a Datsun. Contemporâneo de pilotos como César Torres, Mário Gonzaga Ribeiro e António Augusto Parente, tendo privado especialmente com o director do saudoso Rali de Portugal “à antiga”, também ele se tornou piloto mal surgiu a oportunidade. Aos 73 anos, Miguel Barata mantém a jovialidade de sempre e faz rir mesmo os mais sisudos, tais as peripécias que viveu e a forma peculiar como as conta, sempre devidamente apimentadas. No entanto, quando conversa sobre a sua faceta de empresário, perde a leveza no discurso, mesmo se nunca se esquivou a dar resposta aos mais inesperados e complicados desagradáveis desafios. “Trabalhar” por conta própria foi algo que começou a fazer ainda muito jovem. “Fernandinho”, como era conhecido no pitoresco bairro da Bica, que o viu nascer foi um jovem traquinas que sempre deu dores de cabeça à mãe, que ambicionava vê-lo formado engenheiro. “Fui estudar para a escola comercial, a Fonseca Benevides, em Santos, e conheci Gago Coutinho, aquele do avião, já muito velhinho e corcunda que, sempre que me via me desafiava ‘Ainda bem que estás aí para jogarmos um dominó.’ Já não ia à escola e ainda consegui tirar o segundo ano muito à justa, mas disse à minha mãe que estava farto daquilo e queria trabalhar”. A caminho dos 14 anos, começou a trabalhar numa garagem, a Electro Fronteira, na Rua do Século, onde se preparavam as “bombas” britânicas para Monte Carlo e Madrid / Lisboa / Madrid. “Os dois sócios, antigos empregados da Ford, tinham montado aquela oficina e eu fui para lá aprender. Ganhava dez escudos por dia, o que era muito bem pago! E, como gostava muito de automóveis, era bom rapazinho e aprendia depressa, toda a gente gostava de mim!” Mal conseguiu juntar dinheiro suficiente, graças também a algumas boas gorjetas que foi recebendo, nem hesitou: “Fui à Rua do Alvito, onde era a sucata em Alcântara e comprei um Ford Modelo A. Arranjava dinheiro organizando excursões pagas com os miúdos para todo o lado. Íamos seis ou sete, misturávamos gasolina com petróleo e consegui juntar
Aos 73 anos, Miguel Barata mantém a jovialidade de sempre e faz rir mesmo os mais sisudos, tais as peripécias que viveu e a forma peculiar como as conta.
500 escudos para trocar de carro. Um dia consegui comprar um Morris modelo T, que era uma carrinha e levava onze putos. Chegámos a Castelo Branco, parámos no Jardim e não reparámos que um polícia estava a contar quantos saíam do carro… Pediu os documentos e, quando chegou à carta de condução, levou-nos para a esquadra, onde recebemos bilhetes de comboio para o regresso. Depois, era um problema porque tinha de arranjar um encartado, pagar-lhe o bilhete para ir buscar o carro… se fosse hoje…” Peripécia atrás de peripécia, “uma vez estava na Serra da Estrela e um dos miúdos estava a ler o jornal e perguntou-me: ‘esta foto não é tua?’ A minha mãe já não me via há mais de uma semana e tinha posto um anúncio no jornal…” Paredes meias com a oficina vivia César Torres: “Gostava muito de automóveis e tive a sorte de o conhecer. O pai dele tinha umas sapatarias na Calçada do Combro e um Morris de 1947. O César também não tinha carta e, quando eu saia da oficina, passeávamos no carro os dois porque ele tinha medo que houvesse uma avaria e o pai ficasse a saber dos nossos passeios, mas nunca descobriu!” Sem finalizar o curso comercial, César Torres ingressou na Tranquilidade, passando a visitar as delegações da seguradora e começou a entrar em ralis, “com um Volkswagen série 19”. Fernandinho era “muito aventureiro, mas o verdadeiro aventureiro era Fernando Laidley, que estive para acompanhar na primeira volta a África que ele fez. Fiquei com uma pena doida porque era uma aventura mesmo a meu jeito, mas nunca me passaram o passaporte… possivelmente porque o meu pai quando era miúdo conseguia ser pior do que eu!” Aos 18 anos emancipou-se: “tirei a cartinha e continuei a fazer as minhas excursõezinhas para ganhar dinheiro. Aos 19 mandei vir um Simca descapotável de França, um carrinho novo”. Perdeu a conta ao número de carros que teve ao longo da vida mas, “até tirar a carta, tive 42! Cheguei a ter um Rolls Royce de 1937, de uma duquesa que vivia ao pé do Camões. Comprei-o por dois contos e quinhentos e fazia excursões até ao Casino do Estoril e à Boca do Inferno. Mas mesmo a petróleo era impossível”. Experiência ganha, arranjou emprego no Entreposto: “Puseram-me como chefe em Benfica e estive lá até 1975. Entretanto, dois empresários vindos de Angola montaram a Auto Parque Glória que geri durante dois anos, tornando-me então seu
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RETRATO
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A estreia na competição
Vaidoso, eu?!
Inesperadamente, estreou-se “aos 18 anos no circuito de Monsanto com um Joaninha”. Recorda que César Torres deveria ter estado aos comandos do Renault mas teve de ser “operado a uma apendicite e eu substitui-o. Mário Gonzaga Ribeiro, o César e o António Augusto Parente tinham sido contratados pela marca francesa “para vencerem a classe dos 850 cm3 aos Panhards, seguindo-se o arranque da comercialização do carro.” Os três foram obrigados a desistir: “As bielas saíram pelo bloco porque na oficina a grande preparação era cortar as cabeças. Só que o chefe dos mecânicos achou que tirar meio milímetro era pouco e decidiu tirar 1,5… A taxa de compressão aumentou e a dilatação rebentou a cabeça”, recorda.
Começou a conversar com os óculos encarrapitados na ponta do nariz, como de costume. Chegada a hora das fotos, arrumou-os no fundinho do bolso da camisa. Mas a vaidade de que nos fala é outra: “Sim, sou um bocado! Estou velho mas fiz um carro a partir do zero – desde caixa, motor, diferenciais - para correr. Os clientes chegam aqui e perguntam “Então, mas você ainda vai correr? E com este carro?! Pensei que fosse para um cliente?!” Trata-se de um Datsun 1000, “carro que nunca tive e é raro, pois corre apenas no Japão. Isto é um trabalho artesanal, sem peças novas.” E remata: “Só vou deixar de correr quando a polícia achar que já não tenho condições para ter carta. E aí acabou, não tenho outro remédio…”
proprietário”. O negócio, repartido entre o pisos superior para as retomas, e o inferior onde funcionava a oficina com todas as valências asseguradas por 22 funcionários e capacidade para 60 automóveis, viveu uma época gloriosa. Até ao dia em que o dono da DECO nessa época comprou um apartamento no prédio onde estava a Auto Parque. O vendedor tinha-lhe dito que tinha direito a um parqueamento no piso de cima, mas quando Miguel Barata disse o preço tirou o carro e, como vingança, denunciou a altura do tecto, 21 centímetros abaixo do legalmente permitido, algo que também eu desconhecia. De facto não cabia lá um carro de bombeiros e, depois de irmos para tribunal, acabei por ter de fechar.” Encerrava-se assim um belo capítulo da vida profissional deste mecânico: “Tive de indemnizar todos, foram 42 mil contos que não tinha mas paguei tudo!” Com o terminus da Auto Parque Glória o nosso interlocutor aproximou-se de casa e passou a trabalhar sozinho. “Apesar de ser muito aventureiro, essa foi uma lição aprendida. Montei outra oficina em Loures, onde hoje é o Carriço & Monteiro, numa fábrica de gessos falida e fiquei
com os valores da falência. Arrisquei, porque não sabia de quanto era….até que recebi uma carta da Caixa de Previdência com uma dívida de 18 mil contos… Felizmente naquela altura tinha sempre muito trabalho e fisicamente aguentava noites sem ir à cama, fazia muito dinheiro, mas já eram dívidas a mais. Acabei por passá-la ao Carriço que assumiu as dívidas iniciais da fábrica de gesso, mas ainda lá fiquei durante 18 meses”. Mais tarde, com ele passou a trabalhar
Fernando Jorge, o garoto que acompanhava a família Barata nas corridas e que se viria a tornar braço direito na oficina: “Quis dar-lha, prometi que vinha ajudálo… mas ele não quis!” Recorda que, nos tempos do Auto Parque, planeara “reduzir o pessoal quando fizesse 55 anos, deixando o sócio que entretanto aceitara na empresa a tomar conta do negócio e ele ia para as corridas”. Tem 73 e continua a cumprir escrupulosamente horários. Como sempre!
Preferências “Não sei, todas as provas”. Mas lá acabou por deixar escapar onde recaem as preferências tanto em termos de provas como de bólides. “Nos Ralis de Portugal, tive sempre grandes resultados: entre cento e muitos concorrentes, cheguei a ter o número 14 com um Datsun 1200. É um rali que me deixou saudades, uma prova ao sprint que dava um grande cansaço mas que ficaram como as provas da minha vida! Mas as provas são todas boas, quando vou para uma corrida interessa-me é andar lá. Liguei-me muito à Datsun, mesmo se em Vila do Conde, com o MG Midget, consegui a minha única vitória.”
Vai continuar a trabalhar. “Gosto muito de mecânica e não me vejo num banco de jardim a jogar dominó. A melhor distracção é o trabalho. Aparecem os problemas, principalmente os destes carros novos com as electrónicas e até é giro porque matamos a cabeça. Às vezes até acordo a pensar!” Sentiu dificuldades em acompanhar a evolução tecnológica? “Sim, sim…Na minha idade até utilizar as funções de um telemóvel se torna complicado…Hoje em dia, parece que os jovens nasceram a perceber tudo. Nós temos mais dificuldades, mas a nível de carros vale-nos a experiência acumulada ao longo de muitos anos. Tivemos uma escola, mas hoje apanha-se o comboio a meio e isso vê-se.”
Miguel Barata Morada: Rua Combatentes do Ultramar, 172 Guerreiros 2670 Loures Telemóvel: 965388293 PUB
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COMPETIÇÃO
Prolama Celebra 10 anos – Reparador oficial Isuzu
Da competição para o
dia-a-dia
Quem aprecia competição de todo-o-terreno sabe que o termo Prolama nasceu enquanto nome de equipa – ou seja, como concorrente moral – para, com o tempo, se tornar designação de uma oficina, e surgir associado a inúmeros outros projectos ligados aos 4x4 mas também à Prevenção Rodoviária, ao ambiente e não só.
N
o escritório da oficina, situada em Vila Nova da Rainha, a menos de cinco minutos do nó da A1 para o Carregado/Azambuja, Rui Sousa e Carlos Silva contam a história da sua oficina, falam das suas prestações passadas e da Isuzu no presente e futuro. “A Prolama como projecto nasce em 2000. Até aí corríamos com uma pequena estrutura privada e nesse ano fomos convidados para integrar a Equipa Oficial do Entreposto Comercial, mas não queríamos deixar cair o trabalho desenvolvido.” Quando, em 2004, terminou o envolvimento com a equipa oficial Nissan, “a Prolama cresceu e nasceu a oficina para dar apoio ao nosso projecto, tanto mais que não tínhamos cumprido o objectivo estabelecido e que era ganhar um campeonato… Assim, foi adquirida “toda a estrutura do ex-Entreposto e montada a Prolama, enquanto estrutura com capacidade técnica e humana para preparar e desenvolver os carros, construindo ainda carros de raiz. Nessa altura encontrámos este espaço físico e começámos a fazer a preparação dos nossos carros. Depois foram surgindo novos clientes e outros projectos…” A escolha de Vila Nova da Rainha surgiu pela proximidade da residência mas, principalmente pela ligação à empresa de
metalomecânica de Rui Sousa. “Fazíamos lá algumas coisas mas o espaço não chegava para tanto. Por outro lado, quis separar a Prolama da minha actividade particular e aqui temos facilidade para testar os carros…” Carlos Silva salienta a grande vantagem de contarem com a empresa do seu piloto: “estamos dotados de uma capacidade de resposta a problemas muito acima do normal e que nenhum outro preparador tem. A Hermaf é uma mais-valia muito grande para a preparação dos nossos carros.” Algo indispensável quando se inicia
um projecto com um carro sem história na competição, como foi o caso da Isuzu, uma marca que se associa de imediato a camiões, o que gerou alguma descrença de outros pilotos… A dupla não hesitou em lançar o repto: “Talvez tenham uma surpresa!” Claro que esta foi a reacção inicial em 2006, “quando competimos com o primeiro T2, desenvolvido em cima do joelho. No ano seguinte a surpresa concretizou-se. “Ganhámos a Taça FIA de Bajas, vencendo provas internacionais, como a Baja de Espanha e Hungria, e Portalegre, trazendo para Portugal
o primeiro título FIA de um piloto português ao volante de uma viatura preparada numa oficina portuguesa. As pessoas compreenderam que afinal o projecto não era assim tão mau, que os carros tinham fiabilidade e resistência. Hoje, a Isuzu é sobejamente conhecida no nosso campeonato e não só, pois temos feito um trabalho enorme com eles… É também isto que nos faz mover: queremos desenvolver algo que deixe marca.” Como tem acontecido o desenvolvimento do vosso protótipo? “Depende do tipo de modificações que fazemos. Às
Estórias de oficina “Ui, há muitos episódios para contar!” diz Rui a sorrir. “Em competição nunca há horários. Há sempre problemas ou coisinhas de última hora que nos obrigam a ficar até mais tarde. Uma vez estivemos uma noite inteira a reparar o carro e o Lois - que é sempre o primeiro a chegar e o último a sair - aí pelas quatro, cinco horas da manhã, estava sentado no carro para sangrar travões para a corrida e o cansaço era tal que lhe estavam a dizer ‘injecta, trava, injecta, trava’ e ele estava encostado à bacquet a ressonar.” Carlos recorda outra história, com um final feliz: “Transformámos o nosso primeiro Terrano de gasolina para diesel, era preciso rodar o motor fui fazê-lo na sexta feira à noite. Pela meia-noite tive um acidente porque chovia e um carro em sentido contrário despistouse e veio bater na traseira fazendo-o capotar e derrubar um poste eléctrico. O carro regressou de reboque à oficina destroçado, pelas
quatro da manhã, e a prova de Fronteira era no dia seguinte. Fomos para casa, com a prova arrumada. Os mecânicos chegaram pelas nove da manhã, com os saquinhos para irem para a corrida, e viram o carro, com o eixo de trás metido na mala… Olharam para o carro e disseram ‘Só não vais à corrida se não quiseres!’ O Rui chamou funcionários da empresa dele, eram torneiros, pintores, bate-chapas e mecânicos, uma confusão, todos a trabalharem ao mesmo tempo… Disse-me para arrancar para Fronteira e fazer as verificações documentais e falar com o José Megre para autorizar as técnicas no dia seguinte, pelas sete da manhã. Quando cheguei à oficina havia uns 20 a trabalhar no carro, uma coisa indescritível e o Rui acabou a prova em segundo lugar! Isso só mostrou a capacidade da rapaziada a fazer as coisas!”
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COMPETIÇÃO vezes, arriscamos porque estamos a desenvolver um projecto inovador, sem referências em que possamos apoiar-nos e estamos a pagar a factura disso mesmo. Se corre bem somos os maiores, se corre mal… mas é mesmo assim! Desistimos em três corridas porque evoluímos de cabeça para este projecto mas os meios disponíveis não são tão desafogados quanto desejaríamos… Temos de fazer gradualmente. Devíamos montar outro turbo e uma unidade electrónica de competição de maior recurso, mas como não temos essa capacidade estamos a desenvolver a que existe. Por vezes temos de arriscar tudo, outras temos de medir os passos.” Carlos assume que, em termos de mecânica os seus conhecimentos “são limitados aos sintomas da própria competição, mas essa parte sempre foi da competência do Rui. A escola dele é ir fazendo, rodeado de profissionais. Em corrida não há grandes segredos: quando comunicamos um problema para a assistência ele já está identificado o que não acontece em muitas outras equipas de competição. O Rui sabe dizer concretamente o que se passa e os técnicos já sabem o que fazer. Só lá ficamos quando o carro deixa mesmo de andar!” (risos) Eles, são a equipa de cinco elementos que trabalha a tempo inteiro na Prolama. “O Lois (Luís Bizarrro) está connosco desde o princípio, em 96, quando comprámos um Nissan em França. Era chefe de oficina no departamento de competição do Entreposto Comercial e tudo o que se faz aqui é supervisionado por ele e pelo Rui, que todos os dias passa pela oficina”, explica Carlos, prosseguindo na descrição da equipa: “o Bruno Pereira, Francisco Carapinha e Sérgio Gameiro são os outros mecânicos e ainda o Bruno Matos, que trata da parte administrativa, contabilidade e logística.” Com os habituais cinco carros em competição, esta equipa trabalha permanentemente na sua preparação e manutenção, embora ainda reste algum tempo para atenderem veículos de clientes que vão surgindo, uma situação que tende a mudar, conforme explicam. “Temos feito algumas transformações nesse sentido, muitas vezes ligadas à marca. A Isuzu, tudo o que aparece a este nível, de clientes que compram um carro e depois querem aplicar um guincho ou montar uma suspensão diferente, canaliza esses trabalhos para cá, somos um pouco a imagem do especialista de competição e lazer 4x4 da marca…” Actualmente, anunciam, “já
Prolama Aventura O sector da Aventura é uma das áreas que surgiu e tem vindo a consolidar-se. “Houve um ano em que alguém nos pediu para organizarmos um passeio de todo-oterreno, as coisas correram tão bem que nos pediram mais. Então, começámos a desenvolver esta vertente” No ano em que assinala uma década também este sector reserva surpresas: “A nova iniciativa da Prolama Aventura será um passeio TT, que daqui por diante acontecerá anualmente, na mesma altura.” E tal como sucede noutros programas elaborados para terceiros, também este se pautará por algumas novidades: “Não nos limitamos a fazer um percursozinho de 40 quilómetros, antes desenvolvemos uma série de actividades, fazendo algo diferente do habitual… E colocamos os nossos carros de corrida como sal, para as pessoas perceberem que há diferença!”
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ISUZU D-MAX Proto T1 Características Técnicas Protótipo desenvolvido pelo departamento Técnico da Prolama, assente num chassis tubular, onde foi acoplado um motor 3.0 TDI CommonRail de última geração Isuzu, evoluído mecânica e electronicamente para um nível de potência superior a 280 cv/din, e com elevado binário. - Motor TFS 88 - Caixa Sequencial Sadev 6 Velocidades - Diferencial Central c/ Bloqueio Sadev - 8 Amortecedores Olhins de 3 vias - Carroçaria em Carbono/Kevlar
Amigos do ambiente Dando continuidade a diversas iniciativas de responsabilidade social em que têm participado ou promovido, os responsáveis da Prolama aceitaram a sugestão de Lenine, “o nosso estratega” e aderiram no início do ano ao programa Carbono Zero, com o fito de reduzir e compensar a pegada carbónica da sua participação nas provas do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno. Ou seja, em parceria com a Carbono Zero / E. Value, contabilizam-se as emissões de carbono efectuadas pelos Isuzu em prova e a equipa adquire créditos de carbono a utilizar na reflorestação e preservação da Tapada de Mafra.
somos reparadores autorizados o que nos permite assistir tudo o que é pick-up e camiões de médio porte com todo o serviço feito pelos concessionários. Vamos agora trabalhar a imagem e mudar o”layout”, fazer algumas obras e provavelmente a estrutura tem que engordar! Step by step!” Verdade é que, “neste momento, ainda há uma forte componente de competição que não nos deixa grandes margens pelo que temos de compreender bem o que irá crescer com esta nova aventura. Esta oficina tem um crescimento contrário ao da maioria dos outros preparadores. Normalmente, as oficinas começaram no dia a dia e abriram um departamento para tratarem de carros de competição. Aqui o processo é absolutamente inverso: começámos exclusivamente com competição e temos vindo gradualmente a abrir aos carros do dia a dia.”
PROLAMA ISUZU D-MAX Proto T1 Características Técnicas Protótipo desenvolvido pelo departamento Técnico da Prolama, assente num chassis tubular, onde foi acoplado um motor 3.0 TDI Common-Rail de última geração Isuzu, evoluído mecânica e electronicamente para um nível de potência superior a 280 cv/din, e com elevado binário. - Motor TFS 88 - Caixa Sequencial Sadev 6 Velocidades - Diferencial Central c/ Bloqueio Sadev - 8 Amortecedores Olhins de 3 vias - Carroçaria em Carbono/Kevlar
Morada: Rua dos Arneiros, 8 2050-524 Vila Nova da Rainha Gerentes: Rui Sousa e Carlos Silva Telefone: 263861750 Fax: 263861750 e-mail: info@prolama.com Internet: www.prolama.com PUB
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REPORTAGEM
Mecânico de Corridas por um Fim-de-Semana
Uma experiência inesquecível! Durante o passado fim-de-semana de 3 e 4 de Julho, José Batista, 32 anos, natural de Ourém e mecânico de profissão, viveu uma experiência inesquecível. Foi o vencedor do concurso promovido pela TRW “Mecânico de corridas por um Fim-de-Semana” e durante dois dias acompanhou todo o trabalho da equipa Chevrolet, actual líder do Campeonato WTCC.
C
om 22 emocionantes corridas em 11 países de quatro continentes, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo WTCC é actualmente um dos mais importantes organizados pela FIA – Federação Internacional do Automóvel. A sua popularidade entre os aficionados do automobilismo apenas é superada pela Fórmula 1. Todas as corridas são transmitidas em directo pelo Eurosport, sendo seguidas por mais de 430 milhões de telespectadores em mais de 160 países e 70 canais. O WTCC é o primeiro evento de desporto motorizado a ser produzido e transmitido em HD. Com etapas nos circuitos mais prestigiados, a competição é fortemente apoiada por importantes construtores de automóveis como a BMW, Chevrolet e Seat. Inclui automóveis compactos e de média dimensão com base nas regras do Grupo N, embora sejam modificados de acordo com os regulamentos Super 2000 ou Diesel 2000, um nível intermédio entre
os automóveis de Super Produção ligeiramente modificados e a extinta classe Supertouring. Os motores estão limitados a 2000 cc e devem ser utilizados no mínimo durante quatro corridas consecutivas. Muitas tecnologias existentes nos automóveis de produção não são permitidas, incluindo a abertura variável das válvulas, a geometria de admissão variável das válvulas, a geometria de admissão variável, os travões ABS e o sistema de controlo de tracção. O aparato logístico no paddock e nas boxes impressiona até os mais habituados a estas lides do desporto automóvel. Os 30 carros que alinham na grelha de partida para as provas do WTCC são transportados por outros tantos camiões TIR, que transportam também todo o material de apoio às equipas, nomeadamente: ferramentas, pneus (mais de 600 para cada prova), computadores, equipamentos oficinais e comida para todo o fim-de-semana das provas, entre muitos
outros produtos essenciais para o bom desempenho das equipas. São mais de 1.500, as pessoas directamente ligadas a este campeonato que, todos os anos, tem crescido em número de participantes e de audiências na televisão. As corridas do WTCC têm lugar num único fim-de-semana e decorrem em duas sessões, sendo que os oito primeiros classificados da primeira sessão começam na segunda sessão por ordem inversa, o que aumenta o interesse e competitividade das provas. Os pontos são atribuídos de forma análoga à da Fórmula 1. Comunicar segurança Atenta à grande visibilidade que as provas do WTCC têm obtido em todos os países por onde passam e também às grandes audiências das suas transmissões televisivas, a TRW decidiu este ano fazer uma parceria com a organização, tornando-se no primeiro patrocinador de sempre do Safety Car do WTCC. Esta iniciativa oferece à TRW uma oportunidade
para favorecer ainda mais as relações entre os clientes, uma vez que em todas as corridas do WTCC são convidados vários clientes da marca para acompanharem o desenrolar das provas e inclusive sentirem a adrenalina de darem uma volta à pista ao lado dos pilotos. Por outro lado, o patrocínio do Safety Car está de acordo com a mensagem de segurança que a TRW quer transmitir aos automobilistas. O empenho da TRW em ser líder mundial na área da segurança automóvel foi um dos principais factores que fez com que fosse convidada para parceiro oficial do Safety Car. Enquanto fabricante de peças críticas para a segurança automóvel, a TRW está empenhada em aumentar a consciência para as questões de segurança dos veículos que circulam nas estradas. Essa mensagem de segurança precisa de chegar a todos os públicos e o WTCC é uma plataforma ideal para conseguir atingir esses objectivos. Para além do patrocínio do “Safety Car”, a TRW envolve-se em diversas ac-
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REPORTAGEM
tividades durante a realização das provas do WTCC, como é o caso do concurso “Mecânico de corridas por um Fim-deSemana”, que permitiu a José Batista viver momentos inesquecíveis e sentir as emoções de um verdadeiro mecânico de competição. Organização e alta tecnologia. O JORNAL DAS OFICINAS acompanhou a aventura vivida por José Batista no fim-de-semana em que prestou assistência à equipa Chevrolet, actual líder do Campeonato WTCC. A jornada começou Sábado bem cedo, pois o programa incluía um briefing de apresentação das tarefas para todos os membros da equipa, onde estava incluído José Batista. A caminho do Autódromo aproveitamos para lhe perguntar há quanto tempo trabalha na actividade de mecânico. “Desde sempre estive ligado à reparação automóvel, pois o meu pai também é mecânico. Trabalho na sua oficina como profissional desde 2000, mas o gosto pela mecânica e pelos motores começou bem cedo, quando ainda criança ajudava o meu pai na reparação dos carros”. Para além de gostar daquilo que faz, José Batista procura manter-se actualizado com a mecânica dos veículos. Frequenta todos os cursos de formação que o CEPRA realiza na sua zona, lê informação técnica nas revistas da especialidade e pesquisa a internet à procura de novidades em peças e equipamentos. O desporto automóvel é outra das suas
paixões, e segue com regularidade as provas do WTCC, foi por isso com enorme satisfação que recebeu a notícia de ter sido o vencedor do concurso promovido pela TRW. Chegados ao Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, houve ainda tempo para tomar o pequeno almoço com os membros da equipa Chevrolet, antes de seguir para a box, onde José Batista vestiu a camisa oficial da marca e recebeu a lista de tarefas que iria ter de cumprir ao logo de todo o fim-de-semana. Ficou integrado na equipa que deu assistência ao carro de Robert Huff, um dos três pilotos da equipa Chevrolet. A manhã de Sábado foi ocupada na preparação e afinação do carro para a sessão de qualificação que teria lugar na parte da tarde. As sessões de treinos livres que decorreram durante a parte da manhã, serviram para os pilotos conhecerem a pista e darem informações aos engenheiros sobre o comportamento do carro. Após cada sessão de treinos, seguiamse minutos intermináveis de afinações, quer das suspensões, quer do motor, travões e até da inclinação do aileron traseiro, entre muitos outros acertos. O carro tinha de ficar a 100% para a qualificação e por isso nenhum pormenor podia ser esquecido. Os técnicos da equipa foram extraordinários e mostraram-se sempre disponíveis para ajudar José Batista a aprofundar os conhecimentos técnicos para a corrida, porque embora ele seja mecânico de profissão, ser mecânico de competição é
uma experiência muito diferente. “É um trabalho muito específico, e embora a base seja apertar e desapertar parafusos, a mecânica destes carros de competição não tem nada a ver com os carros normais. Tudo é diferente, desde a suspensão aos sistemas de injecção, travagem e direcção. É realmente necessário ter muita experiência, conhecimentos e haver um grande trabalho de equipa, para que nada falhe e o resultado final ajude o piloto a ganhar provas”, disse José Batista. No Sábado, depois da qualificação dos carros para a grelha de partida da primeira prova de Domingo, houve ainda tempo para clientes da TRW assistirem a uma apresentação de Bruno Correia, que é português e piloto oficial do Safety Car patrocinado pela TRW, onde ele deu uma explicação sobre o circuito e os cuidados que devem ser tomados. Para fechar o dia em grande, José Batista teve a oportunidade de participar na “hot lap” (volta à pista) ao lado do piloto da Chevrolet Alain Menu. Vestido com um fato de corrida, à prova de fogo, José Batista vibrou ao ver a pista de tão perto e sentir o poder de aceleração e a performance do Chevrolet Cruze. O dia do tudo ou nada No Domingo, pelas 8H30 deu-se início ao Warm Up, uma sessão que permitiu o aquecimento dos carros e nova preparação para a corrida. No dia das provas a concentração da equipa estava ao máximo e foi um verdadeiro espectáculo ver a eficiência do tra-
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balho desenvolvido por todos os mecânicos e engenheiros. “Há uma sintonia perfeita entre todos os mecânicos, pois eles não precisam de falar uns com os outros para saber o que têm de fazer. Tudo está perfeitamente planeado e cada um faz o seu trabalho específico de maneira exemplar”, comentou José Batista, que estava impressionado com a eficiência da equipa. A classificação final da equipa Chevrolet, cujos pilotos ocuparam sempre lugares no pódio, veio confirmar que as vitórias não acontecem por acaso, mas são fruto de um trabalho exaustivo, muito bem planeado e organizado. Porque independente do mérito dos pilotos, o que realmente faz a diferença nas corridas do WTCC é a afinação correcta dos carros para cada tipo de circuito. E neste aspecto, os engenheiros e mecânicos da Chevrolet não deixam os seus créditos por mãos alheias, pois conseguiram vencer e convencer, reforçando a liderança do Campeonato. Na primeira corrida, o piloto Yvan Muller conquistou o segundo lugar do pódio e Alain Menu ficou em quinto. Na segunda corrida Yvan Muller repetiu a sua classificação, enquanto que Alain Menu obteve o terceiro lugar. No final do dia, o chefe dos mecânicos da equipa de Robert Huff, entregou a José Batista um Certificado assinado por todos os pilotos. Uma lembrança que o fará recordar uma experiência diferente e um fim-de-semana fantástico com a melhor equipa de mecânicos do WTCC.
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FABRICANTE
Monroe
Para lá das corridas Depois de uma presença no WTCC patrocinando uma equipa privada, a Monroe apostou em 2010 numa nova estratégia de patrocínio através de uma parceria mais ampla com o promotor desta competição.
A
Tenneco através da sua marca Monroe alterou completamente a sua estratégia de patrocínio no WTCC (World Touring Car Championship) para 2010. No passado apostava forte no apoio a uma equipa privada, mas agora a estratégia foi ainda mais longe, tornando-se parceiro do próprio WTCC, permitindo dessa forma uma abordagem diferente em termos de divulgação dos seus produtos e uma maior aproximação dos clientes ao universo das marcas representadas pela Tenneco, sobretudo a Monroe e a Walker. Dessa forma a Monroe tornou-se parceiro oficial de suspensões do WTCC, atribuindo prémios aos concorrentes que efectuem a volta mais rápida. Na categoria de independentes (pilotos e equipas que não são de fábrica) a Monroe fornece 3.500 Euros ao vencedor de cada corrida e ainda o título de “Monroe Performer”. Os vencedores da categoria de carros oficiais recebem uma bicicleta de montanha e um relógio exclusivo Monroe Performer. Segundo os responsáveis da Monroe, o objectivo destas acções nas provas do WTCC tem em vista a promoção da qualidade e do valor dos produtos da marca Monroe. Por isso, a Monroe chega a disponibilizar 3.000 entradas por fim-desemana, de modo a potenciar a presença de distribuidores, oficinas e até consumidor final. Em todos os eventos do WTCC, e em Portimão não foi excepção, a Tenneco monta um “Village Center” no qual recebe todos os seus convidados, proporcionando-lhes um fim-de-semana “Monroe” que inclui mesmo algumas voltas à pista num carro pintado com as cores da Monroe e pilotado por experientes pilotos do
WTCC, de modo a se poder viver bem por dentro as emoções da competição. No caso da corrida de Portimão, onde a Monroe esteve presente, estiveram mais de uma centena de convidados, muitos deles ligados ao negócio da marca em Portugal, mas também jornalista portugueses que tiveram oportunidade de conhecer melhor qual é a realidade global da Tenneco.
A Monroe tornou-se parceira do WTCC de modo a conseguir promover mundialmente os seus produtos
Universo Tenneco Em conferência de imprensa em Portimão, a Tenneco deu a conhecer com algum detalhe a dimensão do seu negócio a nível mundial. Líder mundial na concepção, fabrico e comercialização de sistemas de controlo de emissões e suspensão, quer em equipamento original quer no aftermarket, a Tenneco tem a sua sede em Lake Forest, no Illinois (Estados Unidos) tendo factuado em 2009 cerca de 5.900 milhões de dólares. Os seus produtos vendem-se em mais de cem países sob as marcas registadas Monroe (sistemas de suspensão) e Fonos / Walker (sistemas de escape), possuindo 80 fábricas e 14 centros de desenvolvimento (emprega 21.000 pessoas), sendo que na Europa as operações estão concentradas em Bruxelas que funciona como uma sede para as restantes unidades de produção. Dados de 2007 indicam que a Tenneco detém 47 por cento do negócio no sector nos E.U.A.; 44 por cento na Europa, América do Sul e Índia; 9 por cento na Ásia-Pacífico. Dessas vendas 70 por cento são em sistemas de escape, 30 por cento em sistemas de suspensão, 82 por cento em equipamento original e 18 por cento em equipamento de substituição ou reposição. A Tenneco alcançou uma forte carteira de clientes através de uma rede internacional de produção, vendas e distribuição a fabricantes de equipamento original de renome como a General Motors, Ford, Volkswagen, Mercedes-Benz, PSA Peugeot Citroen, BMW, Toyota, Honda, Nissan e Chrysler Shanghai Automotive. No pós-venda, a Tenneco fornece para mais de 500 distribuidores, incluindo a
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FABRICANTE Temote Autoteile International, NAPA, Advance Auto Parts, ADI, Uni-Select, O'Reilly Automotive, Grupo Auto Union, Mekonomen AB, Kwik-Fit Europa, Pep Boys, Sonicel, Civipartes, entre outros. Para além da Monroe e Fonos / Walker, a Tenneco comercializa ainda muitas outras marcas, nomeadamente a Kinetic, Phones, Gillet, Rancho, Dynomax, Thrush, Fric-Rot, Axios e Elastómeros Clevite. No que toca ao sistema de escape comercializa catalisadores, colectores montados com tubo, colunas, permutadores de calor, silenciadores, filtro de partículas diesel e sistemas de exaustão para motores diesel. Já em matéria de sistemas de suspensão os produtos são os amortecedores, colunas, rolamentos de suspensão, molas de bobine, molas pneumáticas, hastes de torsão e suportes de motor. Todo este material está disponível tanto para veículos ligeiros (passageiros ou comerciais) como para veículos especiais, motos, todo-o-terreno, camiões, agrícolas e camiões de construção. Uma das fortes apostas da Tenneco é na formação, pois a empresa sabe que ter competência técnica e uma formação sólida e profissional é cada vez mais importante para as empresas, por isso adopta programas de formação específicos, destacando-se: - eXponentia: é um parceiro da Tenneco e uma iniciativa a nível europeu de seis fornecedores de componentes para
Os convidados da Monroe tiveram oportunidade de sentir as sensações da competição, num fim-de-semana cheio de adrenalina equipamento original e de reposição. Durante o curso eXponentia os especialistas da indústria automóvel recebem conhecimentos técnicos necessários para o seu trabalho diário. - Programa 4T - Tenneco Train The Trainer (formar os formadores) – é um programa que visa assegurar a competitividade das formações. Nestes cursos os especialistas recebem informação sobre sistemas de suspensão e de exaustão. Além disso, o programa inclui um curso técnico em vendas e negociação. Em 2006 e 2007 a Tenneco treinou mais de 30 mil especialistas na Europa, no Médio Oriente e na África. PUB
climatização e refrigeração automóvel
Comercialização Fabrico Reparação Serviço de encomendas online
wWw
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geral@sousadosradiadores.pt
V.N.GAIA Rua das Mestras, 893 - Feiteira 4415-390 Pedroso - Portugal Tel. 22 747 22 10
PORTO Rua Duque de Saldanha, 302 4300-461 Porto - Portugal Tel. 22 537 73 80
LISBOA Rua Ramiro Correia, lote 23 Armazém 2680-051 Camarate Loures - Portugal Tel. 21 947 74 94
Tenneco Automotive Morada: Frandelos s/n 3850-574 Branca ALB Manager Portugal Pedro Santos Telefone: 939557755 Fax: E.mail: psantos@Tenneco.com Internet: www.tenneco.com
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Para o diagnóstico nas oficinas, a Tenneco oferece ferramentas simples e garante um serviço eficaz na inspecção e reparação. Nestes temas destacam-se: - 4 Gas Analyser Advanced Reader (4G-AGAR) é um programa especial, apresentado em 2007 pela Walker, que apoia as oficinas na elaboração de diagnósticos precisos das falhas nos veículos em poucos segundos; - Banco de suspensão Expert: este teste de três minutos tem como objectivo verificar a reacção dos amortecedores em diferentes frequências de ressonância. Os resultados deste teste informam se os amortecedores estão gastos e se devem ou não ser substituídos. Em 2007, na feira Motortec Madrid, a Tenneco recebeu o prémio de inovação por esta nova ferramenta de diagnóstico; - Dias de teste de segurança: durante três anos enviaram veículos devidamente equipados por toda a Europa a fim de realizarem testes gratuitos de segurança em veículos de clientes nalgumas oficinas seleccionadas. A dimensão global deste operador coincide como facilmente se entende com a dimensão mundial do WTCC. Desta forma, nomeadamente através da marca Monroe, pretende-se massificar o seu nome junto do consumidor final, utilizando para isso a parceria com o canal Eurosport, entidade também ela responsável pelo WTCC. PUB
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FABRICANTE
Liqui Moly
Juntar a família Liqui Moly A Liqui Moly é um dos parceiros do WTCC, sendo também patrocinadora do Team Engstler, uma equipa privada que corre com dois BMW 320is nesta competição, nos quais são usados os produtos Liqui Moly.
A
Liqui Moly é uma marca que está presente no WTCC (World Touring Car Championship) quase desde o início desta competição, mas a parceria com o Team Engstler, nomeadamente com o piloto Franz Engstler já remonta aos anos 90. Em 2010, por ocasião da visita do WTCC ao Autódromo de Portimão, a Liqui Moly montou uma gigantesca operação comercial e de marketing, proporcionando um fim-de-semana inesquecível a muitos clientes, não só de Portugal, mas vindos de países tão distantes como o Cazaquistão, Rússia e Polónia, entre outros. Durante quatro dias os clientes Liqui Moly tiveram oportunidade de conhecer melhor o Algarve, as suas praias, a sua gastronomia e por fim estar bem por dentro de uma organização, como é a do WTCC, sendo recebidos como clientes VIP na tenda que alberga os convidados dos parceiros que apoiam o WTCC. Ouve também oportunidade para conviver com os pilotos do Team Engstler, Franz Engstler e Andrei Romanov, estar com eles na grelha de partida momentos antes das corridas e ainda conhecer bem de perto a equipa, nomeadamente como ela funciona durante um fim-de-semana de competição. Foi assim um fim-de-semana carregado de emoções fortes, mas também uma forma de envolver os clientes dentro do espírito Liqui Moly, num evento que todos consideraram marcante. “É sempre uma forma de proporcionar uns dias agradáveis aos nossos clientes,
Os convidados da Liqui Moly tiveram oportunidade de estar bem por dentro do WTCC em Portimão
Gerard Riedmuller, responsável de exportação da Liqui Moly, junto a Tiago Alves da Liqui Moly em Portugal
O Team Engstler corre no WTCC com dois BMW 320 is, entregues a Franz Engstler e Alex Romanov, tendo o apoio da Liqui Moly
mas também é uma forma de os colocar em confronto com o universo Liqui Moly, verificando a eficácia dos produtos já que o Team Engstler só utiliza os nossos produtos nos seus carros”, refere Tiago Alves, Key Account Manager da Liqui Moly em Portugal, acrescentando que “com este tipo de acções, os clientes ficam a saber que os produtos Liqui Moly funcionam mesmo quando levados ao extremo, como é o caso da competição”. Logicamente que toda esta acção comercial e de marketing é também importante para se poder potenciar “o contacto entre diversos patamares do nosso mercado. Por isso não convidamos apenas os grandes retalhistas, mas também trouxemos representantes de casas de peças e de oficinas. No fundo o mais importante é este contacto com a família Liqui Moly”. Sendo este evento muito importante para a Liqui Moly, Tiago Alves não deixa contudo de referir a importância de estar sempre perto do cliente. “Através da Liqui Moly Academy, que é transferida para os nossos clientes, acabamos por proporcionar a eles e aos clientes deles muita formação sobre os nossos produtos e isso é também importante no acompanhamento e suporte que lhes proporcionamos”, refere o mesmo responsável. Soarauto, Barcelpeças, Setparts, Centrauto, Starlub, Atlantic Parts e A. Maia Sport, foram alguns dos clientes que tiveram a oportunidade de estar com a Liqui Moly em Portimão no WTCC.
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FABRICANTE
Dimensão mundial A Liqui Moly apostou em trazer muitos clientes internacionais a Portimão para este evento do WTCC. A razão para tal é muito simples, pois a marca alemã de lubrificantes, aditivos e Car-care está presente em 95 países a nível mundial com delegações em países de todos os continentes. “O nosso objectivo para os próximos anos é estar presente em 120 países. Queremos apostar muito nos países da América latina, nomeadamente no Brasil, pois sabemos que é um mercado com muito potencial mas onde não é fácil entrar”, revela Gerard Riedmüller, responsável de exportação da Liqui Moly, também ele presente em Portimão. Estando em Portugal e sendo o responsável pela presença da Liqui Moly fora da Alemanha, Gerard Riedmüller, falou também sobre o mercado português e a sua importância dentro da empresa. “É um país grande mas o mercado é pequeno. Existem dois ou três grandes centros, onde circulam a maioria dos carros, e onde se localizam todos os grandes opera-
Liqui Moly Portugal Sede: Estrada Nacional 365-2, KM 9,8 Sítio do vale Verde 2070-230 Cartaxo Telefone: 243 77 00 69 Fax: 243 77 02 65 E.mail: tiago.almeida@liqui-moly.pt Internet: www.liqui-moly.de
dores deste ramo”, refere Gerard Riedmüller, acrescentando que “espero que nos próximos dois anos o mercado português para a Liqui Moly cresca mais de 100%. Temos condições para que tal suceda”. Tal não quer dizer que a Liqui Moly vá crescer em meios humanos e materiais no nosso país, mas esse crescimento previsto, que segundo Tiago Alves e Paulo Augusto (também ele responsável da Liqui Moly em Portugal) já está a registar-se este ano,
Retalhistas de peças e oficinas acompanharam a Liqui Moly num fim-desemana muito acelerado deve-se acima de tudo a uma alteração da estratégia. “Temos vindo a potenciar outro tipo de parcerias, como foi o caso da Atlantic Parts e mais recentemente da Bragalis e da Soulima. Será essa estratégia que nos levará a um maior crescimento”, refere Tiago Alves. Muito importante para Gerard Riedmüller é o acompanhar também das novas evoluções tecnológicas ao nível dos motores, podendo a competição também ser
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importante pela vanguarda tecnológica. “O crescimento da Liqui Moly não se fará apenas pelo lançamento de novos produtos. É muito importante acompanhar os novos desenvolvimentos tecnológicos, pois são eles que marcam o ritmo de desenvolvimento de novos lubrificantes. Não nos limitamos a dizer que os nossos lubrificantes cumprem as normas dos fabricantes. De facto os nossos lubrificantes são testados e comprovados pelas marcas e isso é muito importante para os nossos clientes”, afirma Gerard Riedmüller. Qual será a importância de a Liqui Moly patrocinar o WTCC e uma equipa do WTCC? Gerard Riedmüller é bem claro na sua resposta: “é muito importante”. E passa a explicar, dizendo que é “muito importante devido à parceria que temos com o Eurosport, que é a entidade que gere o WTCC. Trata-se de uma competição transmitida em directo para dezenas de países em todo o mundo, o que vai de encontro à nossa estratégia de crescimento. É um excelente investimento que fazemos pela grande divulgação que podemos fazer da nossa marca”. PUB
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PERSONALIDADE DO MÊS Bruno Carvalho, Gerente da Rubber Vulk
“Sem concorrência não haveria termo de comparação e o cliente permaneceria na dúvida” A Rubber Vulk é uma empresa que vende para os quatro cantos do mundo, tendo iniciado a sua actividade apenas em 2001. Bruno Carvalho acompanhou todo o desenvolvimento da empresa.
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ocacionada para o acessório consumível da casa de pneus, que inclui na sua gama itens tão diversificados como os pesos, as válvulas, os remendos, entre muitos outros, a Rubber Vulk cedo entendeu que o seu negócio só poderia ter expressão se fosse desenvolvido para outros mercados. Por toda a estratégia que ajudou a desenvolver e a implementar, a Personalidade do Mês é Bruno Carvalho. Em poucas linhas resuma o seu percurso profissional? Sempre trabalhei no sector automóvel. De electricista auto, trabalhei no sector das peças de concessionários, fui vendedor de acessórios para pneus e em 2001 iniciei o projecto “Rubber Vulk”. Qual o cargo que desempenha actualmente? Sou responsável pela gerência da empresa em Portugal e director de exportação do grupo. O que mais gosta na actividade que desempenha? O desafio! Ter um projecto e implementá-lo é muito motivador. Sobretudo quando se acredita no que se faz. E o que menos gosta? Tenho alguma dificuldade em trabalhar com pessoas que não se conseguem motivar e organizar… O que mudaria na sua actividade? Sempre fiz o que conscientemente achei melhor para a organização. Se tivesse que repetir, faria o mesmo. Alguns equívocos também nos ajudam a melhorar. É optimista ou pessimista na sua actividade? Sou optimista. O dia-a-dia vivido com pessimismo deve ser um tédio. O que mudaria no seu sector de actividade? Este sector, tal como outros, são sectores novos da economia. Não tem mais de cem anos. As profissões antigas
como a medicina, advocacia, entre outras, já passaram pelas dificuldades que este sector passa hoje e encontraram soluções. O nosso sector mais cedo ou mais tarde vai ter que se regulamentar. O problema fundamental está relacionado com o excesso de oferta, falta de formação e responsabilização dos agentes. Se pudesse mudar alguma coisa neste sector de actividade seria no sentido de antecipar quanto antes a regulamentação. O profissional deve ter carteira profissional e o estabelecimento deve cumprir a legislação e ser supervisionado ou licenciado por uma entidade reguladora independente e/ou associada ao sector, como acontece com as ordens ou outros organismos em outras actividades. Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Porquê? Poderia referir muitas organizações e pessoas com as quais tenho o privilégio de manter bom relacionamento e apreço, mas para não sobrepor nenhuma, queria deixar uma palavra de apreço e agradecimento às pessoas com as quais trabalho e trabalhei directamente, que entenderam os valores da marca e da organização e das quais conto ou contei diariamente com o seu empenho para implementar o nosso projecto. Qual a notícia recente deste sector que mais o surpreendeu? Surpreendeu-me especialmente o facto de o nosso país ter uma das maiores taxas de oferta da União Europeia e das menores taxas de lucro; de sermos um dos melhores clientes de maquinaria topo de gama dos fabricantes de máquinas e de mais de metade dos estabelecimentos não estarem licenciados. Este sumário revela o estado do sector e dos agentes. No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Com o cliente/parceiro sério aprendi que quando as coisas se fazem bem, mais cedo ou mais tarde se colhem os frutos; com o cliente esperto, quase aprendi que o crime compensa…e o
mercado português está cheio disso em diversos sectores. De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Costumo dizer que a concorrência é muito importante no mercado porque é a prova que as organizações sérias (como a nossa) dispõem-se a ser realmente boas, pois sem concorrência não haveria termo de comparação e o cliente permaneceria na dúvida. Pelo que tenho presenciado nos últimos anos em Portugal, são infelizmente raras as excepções das empresas, que como nós, continuam a investir na organização, no produto, na qualidade e na formação. O que se tem visto é sugar a organização para investir no preço e incoerência nas decisões. Essa postura só pode ser reflectida num decréscimo de qualidade perante o cliente. Obviamente que nos deparamos também com concorrentes que lutam com as mesmas armas que nós, como sejam a qualidade do produto, a formação dos quadros, o sistema de controlo da qualidade implementado e cumprido, o que beneficia o cliente e nos motiva a melhorar ainda mais. Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? A tendência é que economicamente, será muito difícil cada área subsistir isoladamente, pelo que estarão cada vez mais agrupadas de forma a sustentar o negócio que será cada vez mais sobrecarregado de impostos e taxas. Infelizmente, acredito que vai ser esta carga fiscal e administrativa que vai ajudar a filtrar a oferta, já que quem não rentabilizar o negócio para as pagar vai ter que fechar. Logicamente que quem não actualizar o seu conhecimento sobretudo no que diz respeito à tecnologia, e a sua oficina com ferramentas adequadas vai ter muita dificuldade. Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? Considero urgente a criação de uma associação que realmente represente os
Rubber Vulk Sede: Zona Industrial – Lote 21 3680 – 133 Oliveira de Frades Gerente Bruno de Carvalho Telefone: 232 763 109 Fax: 232 763 110 E-mail: info@rubbervulk.com Internet: www.rubbervulk.com
profissionais e os interesses dos profissionais dos pneus, que tenha capacidade de influência nos centros de decisão de forma a ajudar à regulamentação do sector e atribuição de alvarás de funcionamento ou outro qualquer tipo de licenciamento que garanta a segurança dos clientes. Não nos podemos esquecer que o Estado tem investido muito dinheiro em campanhas de segurança rodoviária e no que respeita aos veículos só se controla a inspecção. A manutenção é muito importante e se for feita de forma deficiente pode resultar igualmente em problemas sérios… Na sua opinião, qual é o futuro da distribuição de peças”? O negócio irá seguir a sua evolução natural que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Começou por ser um negócio local, depois agrupou-se regionalmente ou num plano nacional e agora entraremos na fase de concorrer com outros grupos europeus que, devido à facilidade e baixo custo logístico tendem a operar em toda a Europa. Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Considero-me muito feliz e orgulhoso por ter atingido uma parte dos objectivos a que me propus, mas realizado ainda não. Aos 35 anos ninguém pode estar realizado. A marca está presente em 52 países mas ainda faltam alguns mercados estratégicos e ainda não estamos em “velocidade cruzeiro”. Conseguimos fazer em menos de 10 anos o que muitas empresas não conseguiram em toda a sua vida mas temos consciência que é mais difícil manter que fazer.
EMPRESA Auto Espírito Santo
De degrau em
degrau
Num momento em que muitas das oficinas que existem em Portugal vêem a sua sobrevivência ameaçada, tanto pela rápida evolução técnica do sector, como pelo declínio do mercado, é estimulante ver como oficinas comuns se conseguem manter à tona de água, com tempo ainda para pensarem no seu futuro.
E
stá neste caso a Auto Espírito Santo, uma empresa familiar de reparação automóvel situada na zona de Sintra. Esta oficina foi fundada em 19 de Março de 1998, tendo agora completado 12 anos. Os começos foram difíceis, porque todos eram profissionais do ramo e trabalhavam em horários normais. O projecto nasceu da união de esforços entre o pai Armando Jorge e os seus dois filhos, Vítor e Paulo Espírito Santo, que aproveitavam todos os tempos livres e as mínimas poupanças para investir na sua oficina. Quando a oficina começou a ter pernas para andar, passaram a dedicar-se a tempo inteiro a ela. Habituados aos sacrifícios do arranque do projecto, frequentemente trabalhavam para além do horário normal e aos fins de semana. Afinal, isso valeu a pena, porque as instalações iniciais eram exíguas e tinham reduzidas condições para trabalhar. Se melhoram pensaram, melhor fizeram e mudaram a oficina para novas instalações. No v o pas s o em frente Quando o que se possui foi conseguido com suor e sacrifícios tem mais valor e é defendido com mais afinco. A Auto Espírito Santo ultrapassou as fases mais críticas do desenvolvimento do negócio e hoje pode dar-se ao luxo de criar melhores condições para o futuro. A mudança de instalações permitiu dispor de mais es-
por particulares, mas também trabalha com algumas empresas. Os clientes são de longa data e atraíram-se uns aos outros, acabando por formar uma grande família. Outros clientes comuns são outras oficinas e comerciantes de veículos, com os quais a Auto Espírito Santo desenvolve uma sábia política de cooperação e inter ajuda. O processo de angariação de clientes é muito simples: os clientes satisfeitos trazem outros. Isso não que dizer que na oficina sejam todos infalíveis, mas que sabem assumir as suas responsabilidades em caso de falha e resolver os problemas com toda a transparência. A resposta para a presente crise é dada com a criação de melhores condições de trabalho, maior produtividade e garantias de reparação. O facto é que existe actualmente mais negócio no mercado, devido ao facto dos clientes conservarem os carros durante mais tempo. Aparecem mais reparações de maior volume e duração, como ao motor, suspensões e transmissões. As reparações são feitas por marcação e as reparações mais demoradas condicionam a entrada de novos carros para reparar. Os carros não são deixados na via pública, para evitar actos de vandalismo nas viaturas.
paço num único piso, quando na anterior oficina a área estava distribuída por 2 pisos. O negócio beneficiou em termos de imagem e em termos de melhores condições de trabalho, para além de proporcionar melhores condições de atendimento ao público. A oferta de serviços inclui mecânica geral, mecânica rápida, assistência a sistemas de climatização, diagnóstico electrónico multimarca e outros serviços. Para serviços de chapa e pintura, a Auto Espírito Santo conseguiu uma parceria com outra oficina, encaminhando os carros com obra de carroçaria para lá. A maior parte dos clientes é constituída
Auto Espírito Santo Morada: Travessa da Lapa, Armazém nº9, Cabriz 2710-118 Sintra Gerentes: Vítor e Paulo Espírito Santo Telefone: 219.244.598 Fax: 211452.311 e-mail: autoespiritosanto@mail.telepac.pt Internet: n.d. Susana, Vitor, Paulo e Armando Jorge, formam a equipa da Auto Espírito Santo.
Só l i da bas e pro fi s s i o nal O pessoal da Auto Espírito Santo tem uma sólida formação profissional, obtida em vários anos de trabalho no ramo. Como são todos familiares, os conhecimentos circulam facilmente entre todos e acabam por alcançar um somatório de competências invejável. A oficina especializou-se em marcas alemãs, como a BMW, Audi e Mercedes. Vítor Espírito Santo trabalhou 12 anos na BMW e acabou por dominar a tecnologia e sistemas das principais marcas alemãs. Isso não impede que as marcas do Grupo Fiat sejam tratadas com a mesma idoneidade, como qualquer outra marca. Um dos factores de sucesso da Auto Espírito Santo foi ter dominado desde o início a tecnologia do diagnóstico electrónico, a principal chave da actual reparação multimarca. Neste momento, a oficina tem dois aparelhos de diagnóstico da marca Gutmann. Muitas oficinas com dificuldades em acertar no diagnóstico vão ter com os colegas da Auto Espírito Santo e as soluções aparecem. Na Auto Espírito Santos, todos os Sábados e horários alargados ao final do dia são aproveitados, para entregar rapidamente o carro ao cliente, pois sabem que esse é um dos principais motivos para obter a sua satisfação e fidelidade.
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EMPRESA
Centro logístico de armazenagem e gestão operacional de distribuição
Embalagem de produtos auto para o aftermarket
Laboratório de Investigação & Desenvolvimento para a indústria
Produção de SikaLastomer para a indústria nacional e para exportação
SIKA
Sika comemora
um século de vida A Sika comemora este ano um século de existência. Para assinalar este feito histórico, a empresa portuguesa do Grupo realizou na sua unidade de produção de Ovar, o “Sika Open Day”, um evento que deu a conhecer a cerca de uma centena de convidados as actividades e tecnologias desenvolvidas nesta unidade.
O
evento realizou-se no dia 2 de Julho e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Ovar, um representante do Governo Civil de Aveiro e representantes de associações, universidades e institutos públicos, clientes das áreas da construção e da indústria, entre outros. A Sika Portugal tem origem na Sital, uma empresa fundada em 1957 e adquirida pela Sika em 1982, aquando da integração da companhia alemã que àquela data era detentora da maioria do capital da Sital. Presentemente, emprega 112 colaboradores e para além das instalações fabris em Ovar, possui também delegações em Vila Nova de Gaia e Alfragide. Em Ovar são fabricados produtos para a construção, indústria e aftermarket, tanto para os mercados nacional como internacional. Existem também laboratórios afectos às áreas de Investigação & Desenvolvimento onde são testados produtos, um centro logístico de armazenagem e gestão operacional de distribuição, serviços técnicos e serviços de gestão de segurança e ambiente. Uma das principais marcas para a indústria automóvel produzidas em Ovar é o SikaLastomer, um selante de base quí-
mica butílica, especialmente adequado para selagens com possibilidade de desmontagem posterior. Pode ser usado em automóveis, autocarros, camiões, reboques e semi-reboques e caravanas industriais. A Sika Portugal exporta este produ-
to para mais de 30 países, inclusivamente para a indústria automóvel espanhola. Segundo avançou ao JORNAL DAS OFICINAS o Director-Geral da Sika Portugal, José Soares: “desta fábrica chegámos a fornecer a linha de montagem da
“Para 2010 estimamos um volume de negócios na ordem dos 34 milhões de euros”, referiu José Soares, Director-Geral da Sika Portugal
Toyota, a Caetano Bus é nosso cliente há mais de 15 anos, e para além dos clientes aftermarket, em termos de linhas de montagem temos clientes como a Salvador Caetano Ovar, Irmãos Mota, a CAMO em Vila Nova de Gaia actualmente propriedade da UNVI, e na indústria de transformação de veículos temos clientes como a Honório e a AutoRibeiro”, esta última especializada na transformação de carroçarias para ambulâncias, viaturas blindadas, minibus e transportes especiais. O Grupo Sika participa mesmo no processo de criação dos novos modelos, uma vez que “grande parte das inovações são feitas na primeira linha de montagem”, isto é, o processo desencadeia-se junto do construtor muitas vezes ainda na fase de desenvolvimento de produto. Indústria pesa 25% no volume global de negócios Ainda segundo José Soares, “em Ovar é produzido cerca de 55% de tudo aquilo que facturamos no mercado interno, para 2010 estimamos um volume de negócios na ordem dos 34 milhões de euros, cerca de 15% deste valor será resultante de exportações”.
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EMPRESA O Director-Geral da Sika Portugal referiu ainda que a indústria em Portugal tem um peso de cerca de 10% no volume de negócios da empresa e a nível mundial na ordem dos 25%. Esta diferença é explicada pelo facto de, neste momento, “a esse nível a nossa indústria estar um bocado desfalcada, tivemos no passado a Bombardier, fechou recentemente a Marcopolo em Coimbra, que era um dos nossos grandes clientes, dentro da indústria estaria seguramente no top cinco, Portugal era a porta de entrada da Marcopolo para o mercado europeu”. O maior fabricante brasileiro de carroçarias para autocarro continua, contudo, a ser cliente da Sika a nível mundial, nas diversas fábricas que tem espalhadas pelos cinco cantos do mundo. A Carris e a Metro do Porto figuram também entre os grandes clientes para as aplicações pós-venda da Sika Portugal, uma vez que “hoje uma grande percentagem das aplicações nos veículos são colagens e há várias empresas a fazer essa aplicação”. Sika Portugal prepara-se para abrir Sucursal em Angola A Sika Portugal tem também os olhos postos nas oportunidades de internacionalização nos países lusófonos. Os projectos de expansão em curso visam, nesta fase, Angola e Cabo Verde. “Em Angola vamos abrir uma sucursal da companhia portuguesa já no
Unidade de produção de Ovar
Uma das principais marcas para a indústria automóvel produzidas em Ovar é o SikaLastomer
Uma história cheia de sucesso A Sika tem origem numa empresa fundada em 1910 pelo austríaco Kaspar Winkler, na cidade suíça de Zurique. Nos primeiros anos de actividade celebrizouse pela impermeabilização de túneis ferroviários, nomeadamente o famoso Túnel Gottard. Nos anos trinta já se encontrava presente na Ásia/Pacífico e na América, estendendo a sua actividade a países como a Alemanha, França, Espanha, Inglaterra, Argentina, Brasil, Canadá e Japão. A sua incursão na indústria automóvel e no aftermarket surge no final dos anos setenta com o lançamento de Sikaflex, um produto elástico de colagem à base de poliuretano. Hoje, na construção e reparação de qualquer veículo é líder de mercado nas suas áreas de competência tecnológica.
No final dos anos oitenta a holding atinge um bilião de francos suíços de volume de negócios. Entre 1990 e 1995 cria 16 novas subsidiárias, fundamentalmente na Europa de Leste e na Ásia. Na primeira década deste século sofre a maior evolução da sua história, com o volume de negócios a evoluir de 2 para 4,6 biliões de francos suíços, tendo contribuído para isso a aquisição de 36 novas empresas. Actualmente, a Sika emprega cerca de 13.000 colaboradores, tem mais de uma centena de subsidiárias em 74 países, estruturada por seis regiões a nível global (Europa do Norte, Europa do Sul, América do Norte, América Latina, IMEA - Índia, Médio Oriente, África - e Ásia/Pacífico), operando quatro unidades de negócio distintas: betão, aplicação, distribuição e indústria.
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próximo mês de Setembro. Será em Luanda. Angola tem uma enorme dimensão, vamos criar uma rede de distribuição dos nossos produtos em todo o país e iremos ter também o fabrico local de alguns produtos” – explica José Soares. Na última década a Sika Portugal “mais do que duplicou o volume de vendas e nos próximos anos seria bom mantermos os actuais níveis de negócios e focarmo-nos muito nos nossos projectos de expansão” – conclui. O trabalho e o enorme prestígio da Sika Portugal foram reconhecidos pela própria Sika, que acaba de premiar a subsidiária portuguesa com um troféu atribuído à empresa do Grupo que mais se destacou em 2010.
Sika Portugal Sede: Lugar do Brejo 3880-009 Ovar Director Geral: José Soares Telefone: 223776900 Fax: 223702012 E-mail: info@pt.sika.com Internet: www.sika.pt PUB
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A Precision é uma marca de oficinas com mais de 400 centros de manutenção e reparação automóvel espalhados por todo o mundo. Em Portugal, existem 40 oficinas Precision em funcionamento. A Precision oferece uma gama completa de serviços de diagnóstico, manutenção e reparação automóvel, desde os serviços mais simples - conhecidos como serviços rápidos, como, por exemplo, as mudanças de óleo - mas também
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EMPRESA Representação dos lubrificantes Verkol
Sulcate-Peças
cresce a mais de 30% A importação da Verkol, uma marca de lubrificantes, é a principal actividade da Sulcate-Peças, sedeada em Vila Viçosa. A empresa está à procura de um representante para o Norte do país
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Sulcate-Peças, uma empresa de comércio de peças, em Vila Viçosa, tem crescido a um ritmo de 30 a 40% anualmente. Contudo, o seu negócio principal não é o das peças. É a importação da Verkol, uma marca de lubrificantes que a empresa distribui para as frotas de pesados e maquinaria agrícola e de obras públicas. O aumento nas vendas que a empresa tem tido pode ser explicado através de uma nova abordagem comercial desenvolvida nos últimos tempos. “Crescemos muito em 2008/2009, porque coincide com o período em que passámos de dois vendedores para quatro”, explica Inácio Mira, manager da empresa. Este ano, o volume de negócio tem sido menor. A explicação está na chuva. “Foi um ano em que choveu muito. Por causa disso, as máquinas são obrigadas a parar porque não conseguem trabalhar”, explica. Mas ainda assim, a Sulcate-Peças espera ter um crescimento entre os 5 e os 10% para 2010. Embora esta marca esteja presente na empresa há 15 anos, Inácio Mira já a trabalha há mais. “Já vendia estes óleos na empresa onde trabalhava anteriormente. Depois, continuei a ser agente para esta gama e, em 98/99, passei a importar directamente a partir de Navarra”. Hoje, a Sulcate-Peças tem a distribuição exclusiva desta marca. Até há cerca de um ano, havia ainda um distribuidor no Norte e outro em Lisboa. A Sulcate-Peças tem vendedores residentes no Algarve, Beja, Portalegre e Moita. A empresa pensa entrar no mercado do Norte do país e para isso está neste momento a recrutar distribuidores. “Esse poderá vir a comprar directamente na fábrica, em Espanha, mas o controlo do negócio continua com a Sulcate-Peças”, explica Inácio Mira. “O produto tem uma relação entre a qualidade e o preço muito aceitável”, diz. Outro valor que a empresa dá a quem compra estes lubrificantes é o serviço de qualificação. Neste, encontra-se uma correspondência entre o produto e a máquina, já que com o sistema que a SulcatePeças tem, indica quantos litros gasta essa máquina e em que componentes. A Sulcate-Peças está situada em Vila Viçosa, no Alentejo. É uma zona com muita indústria, comenta Mira, “principalmente na área de movimentação de terras”. Mas a zona de intervenção desta empresa não se fica por aqui. O Algarve também conhece os lubrificantes Verkol pelas mãos da Sulcate-Peças. Para Norte, no interior, a área geográfica de actuação
Sulcate-Peças
A Sulcate-Peças está situada em Vila Viçosa, no Alentejo. Trata-se de uma zona com muita indústria de contrução, onde os lubrificantes Verkol entram com facilidade. Mas a empresa quer todo o país
Sede: Parque Industrial, Lote 137 Apartado 79 7160-292 Évora Manager: Inácio MIra Telefone: 268889300 Fax: 268889309 E-mail: inacio@sulcatepecas.pt Internet: www.sulcatepecas.pt
“O produto tem uma relação entre a qualidade e o preço muito aceitável”, diz Inácio Mira, manager da Sulcate-Peças, referindo-se aos lubrificantes Verkol
chega a Castelo Branco. Na faixa litoral, Setúbal é o limite. O produto, do qual é importado cerca de 320 toneladas de óleos por ano, é trabalhado sobretudo no mercado de pesados. “A área de pesados tem muitos clientes, as frotas gastam muito deste tipo de óleos”, disse o gestor ao JORNAL DAS OFICINAS. Outros clientes com muito peso são os de maquinaria de obras públicas. Mas, nesta marca, na Sulcate-Peças, os óleos para veículos pesados de transportes representam cerca de 60 a 70 por cento. “Depois, isto acaba por ter impacto nos ligeiros. É que todos os que têm carros de transporte, têm também ligeiros e compram-nos aqui”, diz. Além dos lubrificantes, a empresa também tem peças para várias marcas de pesados. Mas Inácio Mira relativiza este negócio, principalmente quando se trata de ir tão longe como com os óleos. “Trata-se de um mercado pouco interessante, já que tem muito mais custos de distribuição e também por causa dos créditos que ficam por pagar”. Nas peças, são a Cat, a Komatsu, a JCB as marcas principais comercializadas. “Temos muito stock destes produtos”, assegura Inácio Mira. Já em filtros, ainda para pesados, a marca principal é a Baldwin. A empresa tem ainda o material de desgaste da ETE para os baldes das máquinas de movimentação de terras. Além de todo este material, são ainda distribuidores das ferramentas manuais Irimo. As peças para automóveis chegam pela CS Acessórios. “Os clientes de maquinaria compram também as peças de ligeiros aqui, mas apenas as de desgaste”, explica.
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EMPRESA
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Protocolo de colaboração APAMB / Alidata
Desenvolver soluções conjuntas A APAMB- Associação Portuguesa de Inspecção e Prevenção Ambiental e a Alidata – Soluções Informáticas, celebraram no passado mês de Julho um Protocolo de Colaboração, que vai permitir unir sinergias em prol da prestação de serviços ainda mais úteis e abrangentes para as oficinas.
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s contactos desenvolvidos quando da realização do 3.º Simpósio de Pós-Venda Automóvel no Estoril, foram o ponto de partida para a celebração do Protocolo entre a APAMB e a Alidata, duas empresas que partilham opiniões semelhantes sobre a actividade automóvel, a indústria e seus problemas. Na área de manutenção e reparação automóvel a APAMB detém uma importante implementação e a Alidata software dedicado. Na indústria, apesar de menor expressão por parte da APAMB existem nichos de mercado em que ambas as empresas também estão empenhadas, como por exemplo no caso da indústria da madeira que tenha linhas de produção em série. A Alidata pretende ainda, com o apoio da APAMB, ajustar todo o seu ERP ao cumprimento de todas as normas ambientais (caso ainda não respeite na totalidade todos os princípios ambientais a que a lei obriga), para que as empresas possam implementá-las automaticamente no seu dia-a-dia de trabalho. O respeito pelas normas ambientais e possuir software de gestão oficinal, são dois factores fundamentais para o sucesso das oficinas, embora estas soluções tenham sempre custos. Mas para os responsáveis da APAMB e Alidata, o importante é mudar a palavra “custo” por “investimento” e “crise” por “oportunidade”. É certo que o problema nasce na capacidade (ou falta dela) para a gestão, uma vez que a esmagadora maioria do pequeno e médio empresário não é um gestor eficaz porque reparte muito do seu tempo sendo também elemento produtivo. Importa pois transformar esses custos em proveitos para as empresas. Neste momento a aposta num serviço diferenciado é, sem dúvida, uma oportunidade. Cabe aos Gestores saber aproveitar essas oportunidades. Agilizar processos e aproveitar recursos Com o desenvolvimento de soluções conjuntas e globais, que permitam poupar tempo, agilizar processos e aproveitar ou reaproveitar recursos, a APAMB e a Alidata podem ajudar as oficinas a imple-
Uma estreita colaboração fazendo da informática um meio de auxílio aos reportes ambientais, por um lado, e a componente ambiental melhorar os reportes e performance de gestão nas empresas, são os principais objectivos deste Protocolo de Colaboração APAMB / Alidata mentarem soluções técnicas em prol do ambiente e sistemas de gestão oficinais actuais. Existe ainda muito trabalho a desenvolver na área da poupança energética (redução de consumos de água, electricidade e resíduos produzidos pela actividade). Também ao nível da produtividade de cada indivíduo ou posto de trabalho é sabido que é possível melhorar as performances e gerar mais riqueza para as empresas. O software Alidata possui funcionalidades que automatizam muitos processos da gestão de uma oficina, inclusive processos de gestão do tratamento de matérias relacionadas com o ambiente. Por exemplo, o débito automático de Ecotaxas (Ecoree, Ecovalor, Ecolub…), bem como, débito automático de valores que se destinam ao tratamento das peças substituídas (usadas, para reciclar ou recondicionar), em função do valor das peças. Um dos projectos que a Alidata pretende, num curto prazo, colocar em prática é a interligação do ERP com o portal SIRAPA. O objectivo é disponibilizar informação ao portal de uma forma directa e automática. No âmbito deste protocolo, a APAMB realiza auditorias ambientais, dá suporte
técnico e jurídico na área ambiental, proporciona um acompanhamento próximo às actividades desenvolvidas pelos seus associados, implementa boas práticas ambientais de acordo com a legislação em vigor, proporciona serviços de Higiene e Segurança no Trabalho e de Licenciamento (serviços, indústria e operadores de resíduos). A Alidata não é apenas uma softwarehouse, pois além de desenvolver soluções que se adaptam às exigências das empresas, presta também um leque alargado de serviços, nomeadamente: consultoria, montagem de sistemas de videovigilência e cablagens estruturadas, bem como assemblagem de Servidores e Computadores. Dentro em breve vão existir algumas visitas conjuntas a clientes da Alidata para que a APAMB possa avaliar as áreas onde pode dar o seu contributo na melhoria do software existente. Vantagens do Protocolo para as oficinas As vantagens mais imediatas deste Protocolo de Colaboração para as empresas clientes da APAMB e Alidata, serão as mais valias que o acompanhamento da APAMB pode fazer pelas empresas, garantindo que atingem um mais elevado
grau de cumprimento das metas ambientais preconizadas pela Lei Portuguesa. A curto-prazo, poderão utilizar o software da Alidata cada vez mais bem preparado para os desafios que são exigidos às empresas que pensam no seu futuro. As empresas clientes da Alidata e da APAMB podem ainda usufruir de algumas vantagens financeiras. Essas vantagens consistem na isenção do pagamento da jóia de inscrição na APAMB (para clientes da Alidata) e 10% de desconto na aquisição de todo o software Alidata (para Associados da APAMB). A APAMB considera que tem havido uma evolução positiva no cumprimento por parte das oficinas, das exigências legislativas ambientais, quer por força das acções concertadas das entidades inspectivas, quer pelo empenho que a própria APAMB e outras entidades sectoriais têm tido desde 2006. A sensibilização é hoje muito mais evidente e eficaz, o ambiente deixou de ser “uma mera moda” para se transformar em preocupação. Na verdade tudo isto acontece fruto de um crescimento exponencial da legislação dedicada à componente ambiental. Relativamente aos sistemas de software oficinal, a Alidata considera que existem ainda muitas oficinas, principalmente, micro-empresas, que não possuem, sequer, sistemas de gestão. Muito menos sistemas de gestão adequados à sua área de negócio, uma aplicação da qual consigam extrair toda a informação que necessitam (através de um simples clique de rato). No entanto, as empresas que procuram e solicitam os serviços da Alidata, já se mostram muito preocupadas com o Controlo de Gestão e, consequentemente, encaram a aquisição de um ERP, não como um custo, mas sim como um investimento, que tem que oferecer retorno à empresa. A forte experiência no sector automóvel tem proporcionado à Alidata uma posição confortável, uma vez que a sua especialização neste mercado vertical tem sido alvo da procura de muitos clientes e parceiros, que sentem a falta de uma solução que integre as áreas comercial, financeira, contabilística com todas as actividades oficinais. PUB
Não há teste de Primeiro Equipamento mais rigoroso que o da Fórmula 1. As lições que aprendemos por estarmos no coração do desporto reflectem-se na nossa tecnologia para a estrada. Lições tais como criar cerâmicas tão resistentes que conseguem suportar as mais exigentes condições de um motor F1 a 18.000 r.p.m.. Desta forma criámos uma gama tão avançada e abrangente de velas de ignição que garante normas de Primeiro Equipamento e de desempenho sem paralelo.
Performance Driven
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EMPRESA ACPL Auto
Um nascimento por acaso Em Castelo Branco, quatro homens ligados às peças juntam-se e criam uma loja de peças – a ACPL Auto. Para já, os rolamentos são os produtos mais fortes deste espaço, mas avizinha-se uma linha inteira de uma marca de distribuição e o desenvolvimento do negócio de peças para máquinas agrícolas
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ntes de ser a ACPL Auto, a loja situada no 12C da Rua Amaro Lusitano, em Castelo Branco, era uma das mais antigas casas de peças dessa cidade. Numa reunião de execução de dívida, às portas dessa casa, António Roseiro, Américo Marques e Paulo Leitão resolveram que havia outra hipótese além da que os tinha levado ali – resolver uma questão de créditos. “Eu disse para o outro credor: e se ficássemos com esta casa?”, conta Paulo Leitão. A ideia foi logo discutida ali à porta. O bem ficava viabilizado e cada um destes sócios poderia retirar benefícios a nível individual. Faltava apenas trazer o sócio de Paulo Leitão na CentralBat, a sua empresa que fica apenas a algumas ruas de distância e que pertence à rede AD Portugal. Nesse encontro, e nos seguintes, as reuniões correram sobre rodas. Os actuais sócios eram concorrentes em Castelo Branco. Alguns deles nem se conheciam. Mas a vontade de chegar ao fim e meter a máquina a rolar foi mais forte. “Desde o início houve um bom diálogo entre colegas. Além disso, também existiu muita confiança entre os sócios”, recorda. O nome ACPL Auto já existia. Pertencia a uma empresa já criada por Paulo Leitão e António Castanho e que ainda não exercia actividade. Em Novembro de 2009, a empresa começa a trabalhar. Os quatro sócios em partes iguais mantêm as suas lojas e, com a APCL Auto, estão a tentar ganhar marcas que, por razões estratégicas, não estavam ainda nas lojas de cada um. Essas marcas ainda não estão garantidas, mas a actividade da empresa deixa algumas pistas. A ACPL Auto está a trabalhar as oficinas na área de rolamentos e retentores e vende também estes produtos para a indústria. “Mas queremos desenvolver também as peças generalistas. Já tivemos uma reunião com uma marca de distribuição, com a qual temos quase tudo acertado”, explica. Essa marca vai entrar na APCL – e em Castelo Branco – com todas as linhas de peças. A loja tem duas pessoas que trabalham a tempo inteiro no balcão. Um deles faz distribuição na zona de Castelo Branco. Os clientes regulares da APCL Auto são já 50. Além das oficinas, é preciso considerar ainda as pequenas indústrias e câmaras. O objectivo da empresa é claro. “Queremos ter um espaço aberto, mas manter os clientes de cada um. Ao mesmo tempo, evitámos a chegada de um concorrente a este mercado”. A ACPL Auto aposta muito no seu responsável de loja, Luís Gabriel. Além de
A ACPL Auto nasce no centro de Castelo Branco pela vontade de quatro sócios. Brevemente, prevê distribuir uma linha inteira de peças para automóveis fazer a gestão do stock da loja, ele tem visitado também alguns clientes, durante as entregas, para compreender as suas necessidades. As entregas não são programadas e acontecem, nestes primeiros tempos, conforme a encomenda. Luís Gabriel vem de uma casa de peças agrícolas, onde ganhou alguma experiência que traz agora para esta empresa. Aliás, a ACPL Auto pretende trabalhar também peças agrícolas. Dada a actividade económica da zona de Castelo Branco, os sócios da ACPL Auto esperam que este negócio venha a contribuir também para o crescimento da empresa.
ACPL Auto Sede: R. Amato Lusitano, nº 12 C 6000-150 Castelo Branco Sócio-gerente: Paulo Leitão Telefone: 272323741 Fax: 272323744 E-mail: apcl.leitao@mail.telepac.pt Internet: n/d
Car Division
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EMPRESA A. M. Esteves (Irmãos Bolacha)
Sucesso chama-se experiência Uma oficina em Castelo Branco que recusa perder a independência e que vai conquistando o trabalho aos concessionários da zona e a confiança às empresas de frotas médias: é isto a Irmãos Bolacha
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onhecida pelos clientes da zona por Irmãos Bolacha, a oficina chama-se na realidade A. M. Esteves, o nome de um dos dois irmãos que a fundou há seis anos atrás. O local da oficina sempre foi na Zona Industrial de Castelo Branco. A oficina faz todos os serviços, excepto pneus. Por enquanto. A Irmãos Bolacha pensa vir a ter esse serviço. “Neste momento, já encomendámos equipamentos e esperamos trabalhar a área de pneus até ao final do ano”, disse António Mergulho Esteves. A empresa trabalha com os sistemas de módulos da Bosch e faz todos os serviços preconizados pelos equipamentos deste fabricante. Sistemas de injecção, diagnóstico e electrónica são os trabalhos mais requisitados – no diagnóstico trabalha ainda com a Texa. Na empresa trabalham cinco colaboradores. Três deles são mecânicos e outros dois são pintores. Os próprios irmãos também trabalham na oficina. E em que áreas? “Sou um pouco tutti-frutti, faço de tudo um pouco”. No dia em que o JORNAL DAS OFICINAS encontrou Mergulho Esteves, ele estava muito ocupado e a curta conversa foi feita enquanto fechava algumas obras e compunha umas facturas. Esteves começou num concessionário Volkswagen/Audi da região, até que resolveu estabelecer-se por conta própria. Com ele, vieram também muitos clientes. Hoje, a Irmãos Bolacha repara muitos veículos dessas marcas e alguns ainda em período de garantia. Na oficina entram cerca de 12 carros por dia. “O negócio corre bem, temos muito serviço”, diz. Lá fora, na rua, dezenas de carros estavam estacionados e aparentavam nem sequer ser desta oficina. “Esses também são para reparar”.
Conhecida na zona de Castelo Branco como Irmãos Bolacha, a oficina A. M. Esteves tem clientes com carros ainda dentro de garantia e algumas pequenas frotas da região Entre os clientes desta oficina, contam-se a GNR e algumas grandes empresas da zona. Outro cliente que assegura bastante volume é a rent-a-car Guérin. O nível de trabalho da Irmãos Bolacha é tão profissional que alguns concessionários entregam serviço à oficina para carros ainda dentro de garantia. A relação da Irmãos Bolacha com os concessionários é amigável. Esta oficina compra, inclusivamente, muitas peças às concessões da zona. “Gasto muito de peças de origem por causa da fiabilidade do material e dos prazos de entrega”, explica. António Esteves já foi convidado para fazer parte da rede Bosch Car Service,
A.M. Esteves (Irmãos Bolacha) Sede: Zona Industrial, Rua F, Lote K 8 6000-909 Castelo Branco Gerente: António Mergulho Esteves Telefone: 272329402 Fax: 272329402 E-mail: antoniobolacha@hotmail.com Internet: s/d
mas declinou. A Irmãos Bolacha teria tudo para integrar essa rede. Os processos foram aprendidos na reparação oficinal, os equipamentos estão já adquiridos, o edifício onde a oficina está instalada propicia-se facilmente a quaisquer obras ligeiras que fossem precisas, a localização é boa e conhecida. Faltaria apenas a chancela da marca. Mas Esteves não está interessado. “A minha imagem sou eu, não é a Bosch”, diz. “O maior trunfo que a empresa tem é a experiência”, diz. “Como as pessoas conheciam o meu trabalho, vieram atrás de mim para aqui”. Além disso, há que contar com o preço. “As reparações são mais baratas do que no concessionário. Neste momento é a 30 euros/hora, mas ainda há pouco tempo estava a 24 euros/hora”, refere. Tal como acontece com muitas empresas deste sector, os pagamentos são um ponto crítico da actividade de hoje. “O serviço existe, o problema está em receber”, confessa. Os próximos investimentos da oficina vão ser em máquinas de alinhar direcções e de desmontagem e montagem de pneus e equipamento de bate-chapa, como bancos de ensaio. Além disso, vai instalar mais um elevador. Planeia ainda contratar um bate-chapas. “Se tudo correr bem, depois coloco ainda outro”, acrescenta.
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EMPRESA
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Eticadata
Duas décadas de experiência Empresa especializa no domínio do software para empresas do sector automóvel, a Eticadata evoluiu muito a sua oferta nos mais de 20 anos que leva de mercado, disponibilizando outras soluções nesta área.
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Autogest foi o primeiro produto que a Eticadata lançou no mercado, tornando-se uma referência. Fundada em 1990, a Eticadata, foi desenvolvendo outras soluções transversais, mas também módulos verticais que permitem a especialização da informação em determinados sectores de actividade. Porém, o sector automóvel sempre foi um dos pilares de toda a estratégia da Eticadata, sendo o segmento onde a empresa conta com mais anos de experiência, e onde dispõe de uma oferta para diferentes áreas do sector automóvel. O Autogest Stands é uma solução completa para gerir todo o processo de compra e venda de viaturas, novas ou usadas, incluindo retomas. As possíveis parametrizações, ausência de limites de registos e a customização fazem com que esteja dirigido tanto ao pequeno stand como ao concessionário de uma marca. Por seu turno o Autogest Oficinas facilita a gestão de todas as áreas da oficina, recursos, clientes e suas viaturas e contribui para o aumento da produtividade dos funcionários, melhor controlo dos stocks e custos e melhor acompanhamento dos clientes (ver caixa). Por último neste segmento automóvel, sendo também o mais recente, é o Autogest Rent-a-Car que permite a gestão e o controlo de viaturas, clientes e contratos de aluguer, fornecendo ao gestor, ferramentas que lhe possibilitam tirar maior rentabilidade da frota de veículos. Em termos de soluções transversais, a Eticadata disponibiliza a Gestão Comercial, composta por módulos de gestão de encomendas, compras, stocks, vendas, contas correntes e tesouraria, a gestão comercial responde às necessidades das empresas comerciais e de serviços em geral. Outra solução é a Gestão Administrativa, que permite tratar de forma eficaz todos os processos inerentes às obrigações fiscais e legais, de forma simples e abrangente, rápida e muito prática. Os módulos de contabilidade, gestão de recursos humanos e investimentos, fornecem às empresas úteis indicadores de gestão, assim como respondem às exigentes necessidades dos gabinetes de contabilidade. Um dos pontos fortes das soluções, segundo a Eticadata, é a facilidade de utilização das mesmas. O ERP eticadata foi concebido para que o utilizador consiga executar, de forma intuitiva, as suas tarefas com o mínimo de esforço e dificuldade. Desta forma, menos erros serão cometidos na introdução de dados permitindo uma maior fiabilidade e qualidade da informação. A disposição das opções está pensada de forma a que o gestor aceda rapidamen-
te à informação que realmente lhe interessa permitindo assim decidir em tempo útil e responder melhor às mudanças do mercado. A Eticadata apresenta ainda uma poderosíssima ferramenta que permite ir de encontro às necessidades individuais de cada empresa dotando o sistema de funcionalidades específicas durante a sua implementação.
Assim é possível beneficiar de todas as vantagens de um ERP standard sem prescindir das vantagens de um software à medida. A customização só é possível uma vez que o ERP eticadata foi desenvolvido com recurso às mais recentes tecnologias de programação permitindo criar uma plataforma altamente customizável e adaptável.
Ligação com a Fleetdata A eticadata software, empenhada em simplificar o trabalho das empresas ligadas ao ramo automóvel disponibiliza agora uma integração com os dados da FleetData. A FleetData é uma empresa especializada em fornecer produtos e serviços para o sector automóvel, posicionando-se como uma empresa especializada e com uma oferta abrangente e integrada de soluções de Market Intelligence. A longa experiência da equipa FleetData no sector automóvel mundial, uma constante análise das tendências e best practices e a recolha exaustiva e sistemática de dados permitem o desenvolvimento e aperfeiçoamento de soluções que vão ao encontro das principais necessidades das empresas desta área. A ligação com a FleetData consiste num módulo de integração que, através de webservices, obtém e actualiza a seguinte informação no ERP: Marcas, Modelos, Versões e Características das versões. Com esta ligação, deixa de ser necessário consultar publicações da especialidade e preencher as tabelas no ERP pois estas são actualizadas periodicamente.
Lista de Funcionalidades Autogest Oficinas • Base de dados de todas as viaturas dos clientes • Agenda de marcações com controlo de disponibilidade por funcionário. • Gestão de orçamentos de reparações • Recepção da viatura • Gestão de ordens de reparação/folhas de obra • Gestão de requisições e devoluções de material • Entrega e facturação • Controlo de funcionários • Controlo dos documentos • Integração de movimentos. Ex: cliente aceita orçamento. Basta integrar um orçamento numa OR ou através de um orçamento gerar uma OR. Dessa forma dispensa a reintrodução dos dados • Integração com os restantes módulos eticadata (stands, gestão comercial, Gestão de recursos humanos, contabilidade) • Consultas e Mapas • Módulo de Recolha de tarefas
Eticadata Software, Lda
A Eticadata possui 20 anos de experiências ao nível do software para o sector das oficinas de automóveis
Sede: Rua Alexandre Vieira, 35 Apartado 2021 4705 – 163 Braga Director Comercial: Antero Gama Telefone: 253208280 Fax: 253208289 E-mail: antero@eticadata.pt Internet: www.eticadata.pt
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EMPRESA EcoBat, Baterias
Baterias PBS na Margem Sul A EcoBat distribui uma marca própria directamente às oficinas e clientes finais. Para já, trabalha na zona da Margem Sul. Este Inverno, vai lançar uma gama nova
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aterias é um negócio sazonal, disse ao JORNAL DAS OFICINAS Fernando Carreira, o gerente da Eco-Bat. Esta é uma empresa situada na Sobreda da Caparica com uma marca própria de baterias e que trabalha apenas aquela zona. São dois sócios a gerir esta empresa. Um ocupa-se do negócio das baterias e o outro de uma oficina de electricidade, uma nova área que eles pretendem explorar. “Abrimos aquela oficina porque queríamos estar mais próximos do cliente e também compreender melhor este negócio”, diz Fernando Carreira. Fernando Carreira já trabalha há algum tempo nesta área. Mas o início da sua ligação a este mercado não foi com baterias novas e muito menos com marca própria. Era com recondicionamento de baterias, através de um franchising. Nessa altura, a sua loja era em Lazarim. Depois passou para baterias novas e só então passou para estas instalações, que não serão as últimas. “Pensamos levar o armazém para junto da oficina para concentrarmos toda a actividade. Não se justifica termos umas instalações a 12 quilómetros das outras”, diz. Além disso, o espaço começa a ser pouco. “Precisamos de uma armazém que tenha, pelo menos, 200 metros quadrados”, diz. A marca de baterias que vende é a PBS. “Este é um mercado complicado”, explica. “Foi por isso que investimos na oficina de electricidade. Queríamos perceber melhor no que estamos”. Nessa oficina de electricidade, a EcoBat ainda tem um contrato com a Lumar para aplicação de películas. O volume de negócio da EcoBat é de cerca de 100 mil euros anuais. Tem 160 clientes fixos, espalhados por toda a zona de Setúbal, e alguns na periferia de Lisboa, bem como outros em concelhos limítrofes, já no Alentejo. A oficina irá ter o mesmo nome da empresa que faz a distribuição de bate-
EcoBat, Baterias Sede: Sede: Av. da República, 1 A-C/V 2815-800 Sobreda da Caparica Gerente: Paulo Soares Telefone: 210963770 Fax: 210963770 E-mail: ecobat.bateriaslda@gmail.com Internet: www.ecobatlda.com
“Estamos a pensar subir a fasquia e lançar uma gama ainda com mais qualidade”, explica Fernando Carreira, o gerente da Eco-Bat
rias – EcoBat. A linha de baterias começa os ligeiros, passando para pesados e terminando em baterias para painéis solares (de aplicação em autocaravanas, por exemplo), veículos de tracção e motos. A origem destas baterias é numa fábrica europeia. A nível de preço, tratase de uma bateria de gama média. “Mas estamos a pensar subir a fasquia e lançar uma gama ainda com mais qualidade”, explica Fernando Carreira. Não se pense que as baterias PBS são de fraca qualidade. A Eco-Bat dá dois anos de garantia actual, conjuntamente com o que o restante mercado oferece. O preço é concorrencial, garantiu Fernando Carreira. Mas a Eco-Bat não vende a retalhistas. É um mercado que, até pela dispersão geográfica, a empresa não pensa desenvolver. Neste momento, faz a distribuição directamente às oficinas. Noutros casos, é o próprio mecânico ou o consumidor final que se dirige à Av. da República, na Sobreda da Caparica. O pico maior do negócio de baterias é em Setembro. Recentemente, a Eco-Bat meteu mais um comercial, que é quem faz também as entregas.
No sítio certo. No momento certo. Direcção e suspensão TRW.
A segurança não está só nas peças de travagem. Nem a experiência e a competência técnica da TRW. Enquanto líder global no desenvolvimento e fabrico de sistemas de segurança automóvel, a TRW é especialista em todas as peças fundamentais para a segurança dos veículos, incluindo os componentes de direcção e suspensão. De facto, com cerca de 4000 peças que abrangem mais de 92% do parque automóvel europeu, a gama de direcção e suspensão representa uma parte importante da nossa actividade. E uma parte vital da sua. Tal como acontece com todas as peças TRW, os componentes de direcção e suspensão são submetidos a testes rigorosos que cumprem as normas dos fabricantes de veículos, para que você tenha confiança absoluta na sua capacidade de resposta, no momento certo. A maior gama. O melhor serviço. TRW – a única escolha para componentes de direcção e suspensão.
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MERCADO Climatização e refrigeração Auto
Bom ambiente São muitos os componentes e acessórios que podem integrar directa ou indirectamente o sistema de refrigeração e climatização. Fomos conhecer um pouco da oferta que existe no mercado português.
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adiadores, condensadores, chaufagens, intercoolers, radiadores de óleo, electroventiladores, ventiladores, evaporadores e compressores de AC são alguns dos componentes que fazem parte do sistema de refrigeração e climatização automóvel. O JORNAL DAS OFICINAS recolheu informação sobre a oferta de mercado em Portugal.
4SEASONS – AHE Autozitânia Telefone: 214 789 100
A Autozitânia tem disponível para o mercado português a gama completa de radiadores 4Seasons - AHE. A 4Seasons é uma empresa com sede em Itália e faz parte do grupo Standard Motor Products. Especialista em refrigeração de motor com a marca AHE, tem como principais trunfos uma gama completa que abrange praticamente na totalidade o parque automóvel de construção europeia e asiática, uma qualidade acima da média e um nível de preços bastante competitivo.
AUTOGAMMA Stand Barata Telefone: 212 110 600
Valeo, Magneti Marelli e Autogamma. Estas são marcas europeias conceituadas e certificadas por exigentes controlos de qualidade, com o requisito obrigatório de garantirem igual performance que as peças de primeiro equipamento. No total, os clientes Stand Barata têm à sua disposição mais de 1000 referências, cobrindo 95% do parque automóvel nacional. A primeira tecnologia aliada ao rigor e competitividade, em paralelo com a actualização constante das suas referências, contribuem para a satisfação das necessidades dos clientes, destacando-se o Stand Barata como fornecedor de referência no mercado, através das nove lojas que actualmente possui.
BEHR HELLA SERVICE Helmuth Wittenburg. Lda Telefone: 214 824 010 O Stand Barata, empresa do grupo Auto Sueco, actua no mercado como importador, grossista e retalhista de todos os componentes de refrigeração de motor. A oferta de produtos da gama de refrigeração de motor no Stand Barata é extensa e diversificada, abrangendo Radiadores para o líquido de refrigeração do motor, Radiadores de Óleo, Radiadores de Chaufagem, Condensadores, Intercoolers, Electroventiladores, Evaporadores e Compressores de AC. Todos estes componentes são vitais ao funcionamento do motor garantindo a sua temperatura óptima, levando a um consequente melhor desempenho e rendimento do mesmo. Estes produtos são comercializados no Stand Barata nas marcas: João de Deus,
permitindo uma excelente cobertura das necessidades do mercado, em praticamente todas as marcas e modelos de automóvel. Uma das apostas da Behr Hella Service tem sido num Clima Check. Trata-se de um programa orientado para as oficinas, que aborda a necessidade de pelo menos uma vez por ano ou de 15.000 em 15.000 Kms se fazer uma inspecção visual de todos os componentes da climatização, uma inspecção de funções e desempenho, a mudança do filtro de habitáculo e caso necessário a desinfecção do evaporador. O serviço de ar condicionado, deverá ser realizado de dois em dois anos, sendo mais profundo que o Clima Check, já que inclui o teste de estanquicidade, a mudança do filtro desumidificador entre outros operações. No catálogo “Thermocontrol” para veículos comerciais e pesados, já disponível na sua versão 2010/2011, está tabém disponível toda a gama de componentes, incluindo neste caso os radiadores. A Behr Hella Service tem também disponível em exclusivo um óleo universal (PAO – Oil 68) indicado para compressores de sistema de ar condcionado.
DENSO Especialista mundial em sistemas de climatização automóvel, a Behr Hella Service possui uma linha muito completa de acessórios, peças e componentes. O portfólio para veículos ligeiros (turismo e comerciais) é bastante vasto e contempla os condensadores, ventiladores do condensador, roletes, filtro secador, evaporadores, válvulas de expansão, regulador, condensadores, entre outros,
RPL Clima Telefone: 289 381 720 A RPL Clima comercializa todos os artigos que fazem parte do sistema de ar condicionado automóvel desde o compressor ate à válvula de expansão, sendo um dos principais fornecedores a nível nacional e nas ilhas.
Uma das suas principais metas, em termos de diferenciação no mercado, tem sido a aposta feita no stock, com cada vez mais referências de produto e uma boa disponibilidade de stock. Em termos de representações a RPL Clima trabalha com a Sanden, Harrison, Delphi, Seltec, Unicla, York, Seiko, HCC e Zexel, mas o destaque mais recente vai para a Denso (que já possui há 3 anos) mas que agora é distribuidor oficial para os produtos de climatização. Uma das principais novidades tecnológicas que dispõe são os compressores com válvulas de pressão variável activando assim o conjunto de embraiagem. A novidade é o site, recentemente evoluído, que passa a ter a disponibilidade de consultar preços, stocks e fazer a respectiva compra (www.rplclima.com). A gama de produtos distribuída pela RPL abrange Compressores, Condensadores, Evaporadores, Chauffagens, Filtros de Habitaculo, Motoventiladores de Habitaculo, Valvulas expansivas, Filtros, Pressostatos, Resistências, Motores Actuadores, Sensores e sondas de temperatura.
FRIGAIR Stand Asla Telefone: 220 917 056
Na gama de climatização e refrigeração apresentada pelo Stand Asla surge a Frigair como marca de destaque ao nível da oferta de radiadores, condensadores e electroventiladores. Sendo parte integrante do Grupo Hactec, a Frigair, fundada em Itália, dispõe de instalações em França, Alemanha e Espanha. Desta forma, possibilita uma entrega atempada dos produtos que comercializa. A vasta gama de itens produzidos pela Frigair e comercializados pelo Stand Asla prima pela qualidade, dado que todo o processo de concepção reflecte os requisitos e a tecnologia do equipamento original (para o qual a marca fornece). A marca Frigair renova constantemente a sua gama de artigos, sendo que no presente ano conta já com mais de 800 novas referências. No que diz respeito à climatização, o Stand Asla comercializa compressores novos das marcas Denso e CTR (que também dispõe de electroventiladores), sendo que no mês de Julho introduziu a marca DRI, disponibilizando compressores reconstruídos.
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MERCADO Assim, no Stand Asla os produtos de refrigeração e climatização são bastante abrangentes em termos de extensão de gama, contando com preços competitivos, bem como respondendo às exigências de fabrico de equipamento original.
J.DEUS João de Deus & Filhos, S.A. Telefone: 263 650 240
A J.Deus é fabricante de radiadores, condensadores, chauffages, intercoolers e ventiladores para a indústria automóvel. Fornece as linhas de montagem dos principais fabricantes de automóveis Europeus e Japoneses tais como : Alfa Romeo, Audi, Citroen, Fiat, Ford, Iveco, Lancia, Ligier, Maserati, Mitsubishi, Opel, Peugeot, Porsche, Renault, Seat, Toyota e Volkswagen. A qualidade dos seus produtos é baseada nos elevados e exigentes padrões e critérios de qualidade dos principais fabricantes da indústria automóvel que tem
como objectivo a total satisfação dos seus clientes. A J.Deus é certificada pelas Norma ISSO 9001 e ISO/TS 16949. Para uma melhor cobertura do mercado de reposição nacional na área da refrigeração motor e climatização, além dos produtos fabricados pela empresa, a J.Deus importa produtos de qualidade original ou equivalente, comprovada nos seus laboratórios de ensaios térmicos e de resistência estrutural. Em termos de extensão de gama, com a apresentação do novo Catálogo J.Deus que decorreu no passado mês de Julho, a empresa incrementou a sua gama em 320 referências. Esta é uma actividade continua no objectivo da empresa de acompanhar o mercado, dando uma maior cobertura às suas necessidades. Tendo em conta a ligação da empresa aos construtores automóveis a J.Deus dá especial importância à inovação. Com novas matrizes de trocas térmicas a J.Deus desenvolve com os fabricantes desta indústria, o aumento da potência dos motores e a redução das emissões poluentes. O Know How adquirido ao longo dos 96 anos dedicados ao desenvolvimento e fabrico de sistemas térmicos, a constante extensão da gama, a qualidade dos produtos colocados no mercado, a proximidade do mercado com serviço de distribuição apoiado em quatro empresas do grupo que contam com stock próprio, reposto diariamente a partir do armazém central (que mantém cerca de 50 mil pe-
ças em stock) permitem à J.Deus diferenciar-se neste mercado. De realçar que a Toyota Motor Europe distinguiu a João de Deus & Filhos com o prémio “Supplier Award for Superior Performance in Quality “. Este prémio é atribuído anualmente, por este grande construtor reconhecido mundialmente pelo seu elevado nível de qualidade, aos fornecedores que demonstram um desempenho exemplar em termos qualitativos. Esta é a segunda vez que a Toyota distingue a João de Deus, empresa fabricante de intercoolers e radiadores, para a qual fornece actualmente os modelos Auris , Yaris , Corolla e Avensis. Além da Toyota a João de Deus fornece também os mais importantes construtores europeus de automóveis.
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NISSENS Nissens Portugal Telefone: 227 537 140
A Nissens é uma referência a nível internacional quando se fala em radiadores. Esta centenária marca dinamarquesa tem uma filial em Portugal desde 1993, que comercializa no nosso país os radiadores Nissens (água, ar condicionado, intercooler, óleo, evaporadores e refrigeração). PUB
SENSORES DE MASSA DE AR COM A QUALIDADE PIERBURG ORIGINAL Os sensores de massa de ar pertencem aos componentes mais importantes da gestão do motor. O seu sinal serve para calcular o caudal de injecção ou ainda para comandar a recirculação dos gases de escape. São portanto componentes centrais no sistema de alimentação de ar e na redução das substâncias poluentes.
KRAUTLI LISBOA (Sede) · Tel: 21 953 56 00 · Fax: 21 953 56 01 KRAUTLI PORTO (Filial) · Tel: 22 947 64 94 · Fax: 22 947 64 96 contact@krautli.pt · www.krautli.pt
LEIRIA · Tel: 244 830 070 · Fax: 244 841 277 geral@autodelta.pt · www.autodelta.pt
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Os seus radiadores são equipamento de origem de muitas marcas de automóveis (Fiat, Volkswagen, BMW, Mercedes, Honda, Toyota, Mazda, etc), estando também disponíveis para o aftermarket, mercado que absorve a maioria destes componentes. A qualidade dos radiadores Nissens é atestada pelo certificado de aprovação da BVQi, uma empresa privada que realiza certificações de acordo com as normas ISO, OHSAS e SA, e que comprova os padrões de qualidade de produção, comercialização e respeito pelo meio ambiente. A gama de radiadores Nissens não contempla apenas os veículos ligeiros, mas também os veículos comerciais e os pesados, o que faz com que neste momento a Nissens disponibilize mais de 15.000 referências. Além dos radiadores completos, a Nissens fornece também os ninhos, ventiladores e líquidos refrigerantes (de marca própria), como muitas outras peças que estão associados a este tipo de componente, numa oferta de produto global e muito completa. O representante exclusivo dos radiadores Nissens em Portugal, possui instalações (armazéns) em Vila Nova de Gaia (que é a sede) e em Linda-a-Velha.
MERCADO
de todo o tipo de radiadores e outros componentes, como radiadores de água, condensadores, chaufagens, radiadores de óleo, intercoolers, ventiladores, compressores AC, viscos e outros acessórios Fabrica também todo o tipo de radiadores por medida. O seu início remonta ao ano de 1964, tendo no ano de 1976 iniciado o fabrico próprio, encetando por um contínuo crescimento e actualização da sua gama de produtos. Os processos de fabrico vão desde a tradicional estanhagem à moderna soldadura TIG para os radiadores de alumínio. Possui na sua sede em Vila Nova de Gaia com um área coberta de 1.600 m2, onde detém um vasto stock permanente de radiadores. Com o objectivo de melhorar continuamente o serviço que presta aos seus clientes, para além da loja que possui no Porto, abriu em Junho de 2009 uma loja em Lisboa.
LUCAS
A gama de compressores de ar condicionado Lucas apresenta mais de 700 referências, de fácil instalação nos veículos, pois todas as unidades vêm equipadas com polia, cabos e fichas. Todas as unidades Lucas contêm o tipo e quantidade correcta de óleo. O programa de compressores de ar condicionado é suportado por um catálogo em papel muito completo e actualizado e para uma identificação fácil, todas as referências da gama têm o prefixo ACP (exemplo: ACP241). O catálogo e informação técnica sobre esta gama também estão disponíveis online em www.lucasee.com e no TecDoc. Certificada pelas normas ISO9001:2008 e ISO14001:2001, a produção dos recondicionados Lucas utiliza os mais modernos métodos e equipamentos, conferindo ao produto final qualidade e acabamento excepcionais.
VALEO Valeo Telefone: 0034 914 958 500
TRW Telefone: 214 228 344
SOUSA DOS RADIADORES Sousa dos Radiadores Telefone: 227 472 210
A empresa Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) dedica-se ao fabrico, reparação e comercialização
Há cerca de dois anos, a TRW Automotive Portugal, Lda. adicionou, à sua oferta de recondicionados Lucas, a gama de compressores de ar condicionado. Trata-se de um programa que complementa a conhecida gama de motores de arranque e alternadores, que a companhia já comercializa há várias décadas no mercado nacional.
Todos os veículos automóveis equipados com um motor térmico, têm a necessidade de um sistema de refrigeração adaptado a um funcionamento óptimo. Com 48 milhões de sistemas de refrigeração produzidos anualmente em 14 fábricas, a Valeo é um dos “players” mais importantes do mundo em sistemas térmicos. Como fornecedor das linhas principais dos fabricantes de automóveis de produção, a Valeo oferece uma gama completa para o mercado de reposição independente. O programa Valeo cobre 95% do par-
que automóvel europeu, com cerca de 2.900 referências em 13 grupos de produtos, incluindo todos os tipos de sistemas de arrefecimento (água, ar, óleo, gás, líquido de arrefecimento), mas também bombas de água, termostatos, válvulas EGR. Como primeira escolha de grandes grupos de peças de reposição de compra, a Valeo pode oferecer a confiança e a experiência de um líder europeu no arrefecimento do motor. Seguindo a sua actividade OEM, a Valeo oferece uma vasta gama de produtos para automóveis de passageiros e comerciais de passageiros para o mercado Independente. O números de referências é de 2.281, que inclui: - Radiadores (1454 Referências); - Condensadores (245 Referências); - Sistema de ventilação (214 Referências); - Intercoolers (156 Referências); - Refrigeradores de Óleo (8 Referências); - Módulos de refrigeração (7 Ref.); - Radiadores sofagem (184 Referências); - Refrigeradores EGR (7 Referências); - EFAP (5 Referências). Destaque ainda para as quase 100 novas aplicações, incluindo os produtos para o Alfa Romeo 159, Citroen C4, Fiat Grande Punto, Ford Focus 04 (e posterior), Nissan Qashqai, Peugeot 308, VW Golf V, entre outros.
ZEXEL Nelson Tripa Telefone: 261 335 050 Empresa Nelson Tripa, LDA dedica-se a importar e distribuir peças e equipamentos para climatização automóvel, primando desde o seu início por um serviço personalizado com qualidade e rapidez na entrega dos produtos aos Clientes. Possui modernas instalações e infra-estruturas equipadas e informatizadas para um rápido e eficaz atendimento. Dispõe de uma completa gama de produtos para climatização automóvel (condensadores, filtros desidratadores e válvulas de expansão) em stock e de um conjunto de fornecedores que lhe permitem entregar qualquer encomenda até ao máximo de 24 horas em qualquer ponto do país. A empresa de Torres Vedras comercializa uma gama completa de equipamentos e acessórios para ar condicionado, especialmente das marcas Zexel, Sanden, Delphi e York. Para além da venda de todo o tipo de peças e acessórios de A/C, a Nelson Tripa, Lda., também faz a reparação desses componentes, desde os compressores e condensadores, passando pela tubagem. Para este efeito possui uma sala específica e técnicos qualificados que reparam todo o tipo de componentes.
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SERVIÇO DIAGNÓSTICO AUTOMÓVEL
Valorizar o diagnóstico Para combater os mitos e a desinformação sobre o processo de diagnóstico automóvel, é necessário mostrar aos clientes que é preciso fazer muito mais do que ligar o aparelho de diagnóstico na ficha do sistema OBD.
C
laro que seria muito mais simples, para o cliente e para o reparador, se o serviço de diagnóstico fosse simplesmente ligar o aparelho de verificação à ficha OBD e ler o que lá está. Provavelmente, será exactamente por isso que muitos clientes e muitos reparadores preferem ficar apenas por aí, embora se sujeitem a contratempos desnecessários. Na realidade, nem tudo o que aparece no aparelho de diagnóstico e no sistema de auto diagnóstico do veículo é verdade e nem sempre se podem tomar as informações meramente pelas aparências ou pelo seu significado mais directo e óbvio. De facto, a capacidade de interpretação do dados e a capacidade de ligação de várias informações, para alcançar um diagnóstico mais rigoroso e preciso, são indispensáveis no serviço de diagnóstico de avarias ou anomalias dos carros de hoje. Ao longo dos próximos parágrafos, vamos tentar perceber o que está realmente em causa na actividade de diagnóstico automóvel. Porque se acende a MIL A luz avisadora MIL (Malfunction Indicator Lamp) ocupa um lugar de destaque no painel de instrumentos dos automóveis da actualidade, porque tem a função de avisar o condutor e o pessoal técnico da rede de assistência pós-venda de alguma anomalia que tem necessidade de ser verificada. Logicamente, esse aviso é feito necessariamente por excesso e nunca por carência, porque se o veículo não for assistido, pode haver risco e/ou prejuízo, com eventual paralisação da viatura. Isto significa que muitas vezes a luz avisadora MIL se activa devido a falhas aleatórias dos sistemas electrónicos ou por dados incoerentes em circunstâncias transitórias, que embora se possam repetir, não configuram situações de risco. De qualquer modo, a atitude mais correcta do técnico e do reparador será sempre verificar o que se passa e tentar solucionar o problema. No caso de uma falha aleatória, que se pode facilmente comprovar pela conformidade da respectiva função, basta apagar da memória OBD o respectivo código de erro, para que a luz avisadora se apague. No caso de ser uma anomalia com implicações mais profundas e de certa gravidade (motor, emissões de escape, ABS, etc.), o sistema inteligente de controlo do motor pode limitar a potência deste (binário), para acautelar eventuais danos, caso o condutor ignore o aviso. Em casos de emergência, o binário disponível pode ser apenas suficiente para o carro se deslocar a baixa velocidade até
um ponto de assistência. Noutros casos, o motor simplesmente não arranca. Portanto, ignorar o aviso da MIL nunca será a melhor atitude, mesmo que não haja qualquer risco imediato aparente e o carro funcione de forma normal. Às vezes, aparecem durante a condução certas hesitações ou falhas do motor esporádicas, que indicam que efectivamente algum problema real existe. E aqui é que começa a verdadeira selecção entre os técnicos de diagnóstico competentes e responsáveis, por um lado e os “negociantes" de diagnóstico sem responsabilidade, por outro. Para lá das aparências A primeira coisa que um oportunista do diagnóstico faz é apagar o código de erro da memória da ECU, para que a luz avisadora deixe de estar activa. Se o código de erro se refere a algum componente (Sonda Lambda, por exemplo), vai lá e substitui a sonda, mas desinteressa-se completamente por causas remotas ou simples falhas do sistema (mau contacto eléctrico, por exemplo), O seu negócio está feito: passa a factura e recebe o dinheiro do cliente, que está satisfeito, porque pensa que se livrou do problema de uma forma rápida. Decorridos alguns quilómetros, no entanto, a luz avisadora MIL volta a activar-se e o nosso bom condutor cai das nuvens e começa a maldizer todos os mecânicos e todas as oficinas do planeta. Como sempre e mais uma vez, paga o justo pelo pecador.
A capacidade de interpretação do dados e a capacidade de ligação de várias informações, para alcançar um diagnóstico mais rigoroso e preciso, são indispensáveis no serviço de diagnóstico de avarias ou anomalias dos carros de hoje.
Um caso concreto No caso dos carros a gasolina do Grupo VAG (VW, Audi), pode acontecer a luz avisadora MIL acender-se, sem problemas de funcionamento do motor. Quando muito, o motor parece perder potência momentaneamente, ao conduzir, mas tudo continua aparentemente como dantes. Na memória da ECU, o código de erro que costuma aparecer é o P1128, que se refere a problemas da mistura ar/combustível. Ou seja, o computador chegou aos seus limites de afinação da mistura e já não consegue dar mais conta do recado. Isso pode suceder, por exemplo, quando a ECU aumenta o tempo de abertura do injector, mas o sinal que lhe chega da sonda Lambda é de mistura pobre (teor de oxigénio elevado). Claro que uma das causas para isto suceder pode ser efectivamente uma avaria no sensor de oxigénio, mas existe todo um outro universo de causas para o mesmo problema. Para o mesmo código de erro (P1128), existem na Internet para cima de 26.000 diagnósticos diferentes! Às vezes, o
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SERVIÇO problema está exactamente no ponto oposto à sonda Lambda, ou seja, no sensor de massa de ar (MAF), outro dos sensores chave utilizados pela ECU, para efectuar a afinação da mistura. Se o sensor MAF tiver um problema, o mais comum dos quais é ficar tapado pela poluição do colector de admissão (poeiras, humidade e refluxo de vapores de óleo/gasolina), o sinal da massa de ar de admissão correcta deixa de ser enviado à ECU e esta começa a baralhar a formação da mistura, geralmente em todas as faixas de regime de funcionamento do motor. Naturalmente, a luz avisadora MIL acende-se e o código de erro fica registado na memória do sistema OBD, porque as emissões deixam de estar conformes e o carro está a consumir mais combustível do que o necessário. Das pseudo soluções ao diagnóstico Quando o cliente aparece na oficina um tanto agastado e desconfiado, costuma dizer: - “Tem uma luz de avarias acesa no painel. Basta ligar o v/ aparelho de diagnóstico para apagar a luz?” Para “acalmar” o cliente, o técnico reparador deve perguntar-lhe "ingenuamente": - “Mas o senhor quer que lhe apague a luz, ou que lhe resolva o problema?". - “Então não é a mesma coisa?", volta o cliente à carga. Neste ponto, basta o técnico sorrir deli-
Numa operação de diagnóstico pode-se detectar uma luz avisadora (MIL - Malfunction Indicator Lamp) activada no painel de instrumentos. Ao eliminar o código de erro a luz avisadora apaga-se, mas isso pode ser apenas uma forma de não resolver o problema. cadamente e abanar a cabeça negativamente, dizendo: “Muito pelo contrário! " Claro que o técnico já sabe que o cliente esteve em duas ou três oficinas antes de aparecer e que lhe cobraram dinheiro a troco de nada. - “Então isto não é tudo electrónica?", insiste o cliente. Chegando aqui, o técnico de reparação já dominou a situação e está em vantagem perante o cliente, bastando responder calmamente: - “De facto, é quase tudo electrónica,
mais ainda há muita coisa que não é. Os problemas aparecem quando a electrónica e a mecânica deixam de se entender perfeitamente… Nós estamos cá para isso mesmo". Complexidade do diagnóstico Como já vimos, a ECU de gestão do motor baseia-se nas informações do sensor de oxigénio (Lambda) e do sensor de massa de ar (MAF), assim como de outros parâmetros, tais como a velocidade do veículo, posição do pedal do
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acelerador e do pedal de travão, regime e carga do motor, posição da borboleta do acelerador, posição da válvula EGR, pressões de admissão e do turbo, temperaturas do ar, óleo, água, gases de escape, etc., a fim de controlar a formação da mistura, através da injecção de combustível. Todos os valores em questão têm que apresentar coerência com os valores que estão gravados na memória da ECU. Caso isso não aconteça, o sistema de auto diagnóstico interno da ECU (OBD) detecta um erro e grava o respectivo código, acendendo-se a luz avisadora, para que o técnico tenha uma pista de orientação. No entanto, o universo de falhas relacionadas com o mesmo problema é imenso, como já vimos, sendo necessário avançar no diagnóstico por exclusão de partes, ou seja, vendo as funções que estão a funcionar correctamente. É evidente que a experiência e a cultura mecânica e electrónica (mecatrónica…) do técnico ajudam a orientar o diagnóstico, mas é necessário encontrar sempre a origem ou origens do problema. Não basta a intuição (palpite). A vantagem de ter um sistema de diagnóstico avançado "Scan tool" consiste em poder ler no programa da ECU os valores correctos para cada função e compará-los com os sinais dos sensores e outros dispositivos electrónicos. Qualquer discrepância é um indício valioso para o diagnóstico, mas não mais do que isso. PUB
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A lógica do sensor MAF Este sensor está situado à entrada do colector de admissão e possui uma película aquecida electricamente que está em contacto com o ar de admissão. Quanto maior for a quantidade de ar, tanto mais a película do sensor arrefece, obrigando a ECU a aumentar a voltagem de alimentação do sensor. A diferença de potencial eléctrico de alimentação é pois suficiente para a ECU saber exactamente a quantidade de ar que entra no motor, após conferir a pressão e temperatura desse mesmo ar. Para além de todos os problemas de massa e alimentação de corrente, o próprio sensor pode avariar-se (vibrações, impactos, poluição), passando a enviar valores não coerentes à ECU. Cada um dos problemas tem logicamente uma solução diferente, embora possam ser todos facilmente identificados com um osciloscópio electrónico. Contudo, mesmo que o sensor funcione perfeitamente e os seus valores sejam lógicos, existe ainda a possibilidade de haver uma fuga (entrada e ar) no colector de admissão. Como o colector está em depressão relativa, qualquer pequena fuga pode traduzir-se pela entrada de uma quantidade apreciável de ar não medido pelo sensor MAF, o que vai provocar um equívoco na ECU. De facto, esta passa a injectar menos combustível na câmara de combustão do que o necessário, provocando uma mistura pobre (menos potência do motor em aceleração), porque a informação que recebe do sensor indica menos quantidade de ar do que a que realmente entra no motor. Por outro lado, se o sistema EGR estiver a enviar demasiada quantidade de gases de escape para o colector de admissão, a pressão de admissão aumenta e a quantidade de oxigénio é alterada, pelo que a mistura também é prejudicada. Como todos os parâmetros são regulados com enorme precisão, qualquer pequena variação dos dados tem resultados mais avultados do que se poderia pensar. A lógica da sonda Lambda Partindo do princípio que as hipóteses do sensor de massa de ar já foram todas despistadas, temos que agora pensar no sensor de oxigénio. A primeira coisa a conferir são as ligações eléctricas da sonda Lambda e o seu intervalo de substituição. Se este tiver sido ultrapassado, é provável que a substituição seja aconselhável, porque o sensor vai perdendo a sua acuidade com excesso de uso. O sensor de oxigénio está em contacto com os gases de escape e tem por função identificar a proporção de oxigénio neles existente. Menos oxigénio nos gases de escape significa uma mistura rica, porque durante a combustão o oxigénio se combinou com o combustível. No caso inverso, isto é, se há mais oxigénio nos gases de escape, a mistura é pobre e houve uma parte significativa do oxigénio do ar de admissão que não se combinou com o combustível. A ECU tenta manter a mistura à volta do valor Lambda = 1, porque este corresponde à mistura estequiométrica (14,7:1), a que proporciona menores emissões de escape. Se o sensor não detectar exactamente a quantidade de oxigénio (O2) existente nos gases de escape, a ECU não
SERVIÇO
Explique ao seu cliente porque utiliza outros sistemas complementares de diagnóstico (osciloscópio, sistema de detecção de fugas, teste de pressão de combustível, bomba de vácuo, etc.) que são necessários para confirmar ou seguir a pista do diagnóstico. consegue afinar correctamente a mistura, aumentando as emissões de escape e o consumo de combustível. Em contrapartida, a potência do motor diminui. Por outro lado, as falhas de injectores também interferem com a formação da mistura, porque o débito de combustível não corresponde ao que é comandado pela unidade central de gestão do motor. Se o injector estiver preso, pode haver falta de combustível numas situações, excesso noutras ou um débito constante irregular, o que é uma situação grave, porque pode destruir o catalisador. A falta de pressão correcta de combustível também altera a formação da mistura, porque isso provoca uma quantidade de combustível injectado insuficiente, mesmo que o injector esteja a funcionar a 100%. Ora, tudo isto e muito mais é suficiente para activar a luz avisadora MIL, a propósito dos problemas de formação de mistura. Num carro que tem uma assistência regular e de qualidade, o problema pode ser facilmente identificado, porque há muito menos problemas acumulados.
Nos carros com mais quilómetros e uma manutenção irregular ou inexistente, pode ser necessário passar quase tudo em revista, o que implica bastante tempo. Aumentar o grau de confiança A enorme evolução tecnológica do automóvel nas duas últimas décadas fez alterar radicalmente a forma como pensamos o seu funcionamento e a sua manutenção. Isso reflectiu-se com alguma intensidade no sector de pós-venda automóvel, que ainda está a caminho de acertar o passo com a tremenda aceleração que se verificou, mas ainda mais profundamente se repercutiu nos condutores, que em muitos casos deixaram de fazer a mínima ideia como é que as coisas se passam actualmente. Isso faz com que os clientes das oficinas por vezes sintam o receio não declarado de ser mal atendidos e até enganados, inibindo a sua relação com a assistência pós-venda e até a frequência com que a procuram. Os reparadores devem contrariar e inverter rapidamente esta situação, valorizando o diag-
Os reparadores devem valorizar o diagnóstico, não através do distanciamento, mas abrindo o jogo com os clientes e ajudando-os a compreenderem melhor os seus carros.
nóstico da actualidade, não através do segredo e do distanciamento, mas, pelo contrário, abrindo o jogo com os clientes e ajudando-os a compreenderem melhor os seus carros e a tratarem melhor deles. Essa é a única forma do cliente valorizar e apreciar o trabalho e a competência dos técnicos de diagnóstico, aumentando o seu grau de confiança nas oficinas de reparação. Apresentamos a seguir algumas sugestões que podem ajudar os técnicos de reparação a criarem laços de maior confiança com a sua clientela: 1 - Fale abertamente com o cliente e faça-o participar no processo de diagnóstico de forma transparente, explicando como e porquê a luz avisadora de avarias MIL se activa e o que se deve fazer nessa circunstância. 2 - Indique ao condutor um código de avaria do seu carro, utilizando o aparelho de diagnóstico que costuma usar em casos desses. Mostre-lhe uma lista, não exaustiva, a fim de não maçar nem baralhar o cliente, com todos os componentes e funções que podem concorrer ou originar o referido código de erro. Peça-lhe para escolher dessa lista o factor que acha ser o principal responsável pela anomalia presente. 3 - Explique ao seu cliente porque utiliza outros sistemas complementares de diagnóstico (osciloscópio, sistema de detecção de fugas, teste de pressão de combustível, bomba de vácuo, etc.) que são necessários para confirmar ou seguir a pista do diagnóstico. 4 - Realizar apenas a reparação ou substituição de peças e componentes, após a confirmação do diagnóstico e após obter a aprovação total do cliente. 5 - Ofereça ao cliente os relatórios de diagnóstico efectuados e outros elementos, como artigos deste tipo, através dos quais ele possa começar a compreender melhor e a valorizar o trabalho e o serviço de diagnóstico, bem como a sua importância para a manutenção e segurança do seu veículo.
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OFICINAS
Colaboração:
Oficinas Certificadas CZ em Portugal
Mudança de mentalidade A implantação de um sistema de controlo de não conformidades e as acções correctoras correspondentes constituem o grande teste que a Direcção de uma oficina de reparação tem que superar, ao optar pela Certificação CZ. Para ter pleno sucesso, a vontade de melhorar tem que ser acompanhada por uma clara mudança de mentalidade.
O
perfeito conhecimento da natureza e da organização das oficinas certificadas revela imediatamente os requerimentos cujo cumprimento lhes exige maior esforço. Parece claro que o compromisso de controlo e posterior tratamento de não conformidades nunca acontece de forma natural no início do processo de actividade das oficinas de reparação automóvel, pelo que o esforço necessário para cumprir esse requerimento, não só tem origem em implantações do tipo logístico e a utilização de meios mais ou menos mecanizados, como também exige, além disso, para se conseguir uma boa implantação, um processo de mentalização da Gestão da Oficina. O Centro Zaragoza tem verificado que em grande parte das oficinas esse processo é muitas vezes lento, consolidando-se apenas com o decorrer do tempo.
O processo mais comum para alcançar a implantação de um sistema de qualidade parte da definição documental do sistema, através do manual de qualidade e dos manuais de procedimentos, um dos quais é o tratamento de não conformidades. A implantação adequada de todos os procedimentos documentais resultará na implantação do sistema de qualidade pretendido. A estrutura da Certificação CZ, baseada em três níveis de realização, permite escalonar estas implantações, formando parte do primeiro nível de três estrelas o controlo e o tratamento de não conformidades e a melhor forma de levar a cabo as necessárias acções correctoras. O objectivo é fazer com que as coisas corram desta maneira, tentando envolver os responsáveis da oficina na detecção e definição dos problemas, a fim de chegar ao estudo e investigação das causas que os
ToledoCar Lda. Na génese desta empresa, esteve a AutoSousa, uma Sociedade Unipessoal fundada em 1975 por João Manuel da Silva Sousa, exclusivamente dedicada a serviços de chapa e pintura. Em Abril de 1998, a AutoSousa tornou-se a ToledoCar, Lda, passando a ser uma Sociedade por Quotas, com o capital social inicial de 49.879,79 Euros. A fim de alcançar o máximo nível de satisfação dos seus clientes, a ToledoCar passou a dispor de novas instalações a partir de Novembro de 2004, com mais de 2.000 m2 de área oficinal e de escritório, estando dotadas com os mais recentes equipamentos. Na área envolvente das novas instalações, foram criadas zonas de parqueamento de viaturas, uma das quais coberta. As novas condições criadas e a qualidade dos serviços de repintura prestados tornaram possível a adesão à rede de oficinas CUI, da Spies Hecker, a partir de Novembro de 2004. O notável trabalho desenvolvido na ToledoCar foi reconhecido pelas principais seguradoras que operam em Portugal, passando a ser uma oficina recomendada por elas a partir de 2005. Dentro de uma evolução previsível, a empresa recebe em 2008 a Certificação CZ de três estrelas, para a qualidade de reparação de chapa e pintura. Na actualidade, a ToledoCar possui uma vasta equipa de profissionais qualificados, que permite dar resposta a todos os tipos de solicitações. A formação profissional contínua está a cargo do fornecedor de sistemas de pintura Spies Hecker, com destaque para os programas de actualização em electrónica e em técnicas de pintura. De todo o excelente parque de equipamentos da ToledoCar, podemos destacar um aparelho de soldadura por pontos e um moderno sistema electrónico de medição de carroçarias monoponto da marca Car-o-Liner. A ToledoCar é definida pelo seu Director João Manuel da Silva Sousa como uma empresa com uma sólida experiência e vastos conhecimentos adquiridos, preparada para novas aprendizagens no futuro. Além das competências adquiridas, a ToledoCar diferencia-se pela sua qualidade de serviço e pela vontade permanente de aumentar a satisfação do cliente, uma das principais razões que levou a empresa a obter a Certifica-
provocam, tendo em vista eliminá-las e impedir a sua repetição. Este processo implica um trabalho de mentalização e de conhecimento das funções e responsabilidades das pessoas que estão ligadas à actividade de onde surgem os problemas, bem como ao estabelecimento de procedimentos adequados, para conseguir resultados permanentes e fiáveis. Em última análise, a documentação necessária é uma ferramenta que nasce de uma necessidade concreta, seguida de um trabalho que visa pôr em marcha uma melhoria. O somatório das acções para eliminar os problemas provoca a adequação de muitos processos de trabalho dentro da actividade das oficinas de reparação, surgindo a documentação necessária de forma natural para garantir a qualidade. Relativamente aos procedimentos de um sistema de qualidade, é preciso ter em
conta que somente os que se encontram escritos têm verdadeira importância dentro da estrutura da empresa. De qualquer modo, não é habitual implantar um sistema de qualidade a partir da análise e resolução de problemas, nem isso constitui a parte mais efectiva do sistema global. Partir de um esquema de documentos que a oficina deve implantar, também apresenta algumas dificuldades. Não temos dúvidas de que a opção de trabalhar em ambas as direcções é a que ajuda a oficina a compreender mais claramente o que envolve a implantação de um sistema de qualidade, adaptando este à sua estrutura e às suas necessidades concretas, acabando por medir e verificar as melhoras que se geram para a actividade desde o primeiro momento, o que permite alcançar algumas satisfações durante o período de implantação, que em muitos casos se torna longo e até ingrato.
Estrutura e Equipamentos da ToledoCar Sector de actividade
Pessoal
Área (m2)
Equipamentos 2 Bancos de Carroçaria
Chapa
1 Elevador de pesados
3
6 Elevadores de ligeiros 3 Aparelhos de soldar 1.000
Pintura
4
1 Cabina de pintura 2 Zonas de preparação 1 Secador IV
Mecânica
2
Electricidade
1
Lavagem de viaturas
1
Recepção
1
Serviços administrativos
2
Serviços auxiliares (recolha/entrega de viaturas, transporte de clientes, etc.)
1
2 Aparelhos de diagnóstico electrónico
150
Parqueamento
2.500
Atenção ao cliente
100
Aluguer de viaturas
400
Chefe da oficina
1
Director/Gerente
1
TOTAL
17
4.150
ção CZ. Esta certificação também reforçou a imagem da empresa, que presta ao mercado serviços garantidos e dispõe de instalações modelares. A Satisfação do cliente é conseguida pela qualidade dos serviços e produtos, bem como pelo rigoroso cumprimento dos parâmetros e procedimentos recomendados pelos construtores de veículos. Outra forma de garantir aos clientes serviços de valor acrescentado são as viaturas de substituição disponíveis. Os aspectos que definem a Política da Empresa são o respeito, humildade, qualidade e honestidade, base a partir da qual a empresa garante a consecução dos seus objectivos, que prevêem o aumento do espaço de reparação e do número de profissionais, sem esquecer a formação contínua destes. A divulgação do balcão de recepção de Torres Vedras, mais conveniente para muitos clientes, será levada a cabo de forma incansável, sendo igualmente criados os mecanismos para o seu óptimo funcionamento.
OFICINAS
Jornal das Oficinas Agosto 2010
Colaboração:
71
RealBig, Comércio e Reparação de Automóveis, Lda. Esta jovem oficina foi constituída em 2005 por Martinho Sousa, Sandra Sousa e Paulo Fernandes, situando-se na Zona Industrial de Vila Real de Santo António, Lote 61/62. Para a Direcção da empresa, os factores mais importantes são a especialização e o investimento em equipamentos que permitam acompanhar o mercado, cada vez mais exigente. As instalações da oficina ocupam uma nave industrial com 425 m2 ao mesmo nível, estando os escritórios instalados num piso superior. O espaço de trabalho está projectado para o futuro e com uma organização que fundamenta as opções estratégicas, na busca de consensos, princípios e valores. Na RealBig, a existência de um coordenador geral é fundamental, estando encarregado de formar as equipas de trabalho e de administrar o tempo disponível. O sistema de funcionamento da oficina baseia-se no princípio de que cada tarefa requer conhecimentos, habilitações e perfis psicológicos diferentes. Para o actual Director, Martinho de Sousa, "acreditamos que a diferença vital entre o êxito e o fracasso de uma empresa assenta em grande parte no aproveitamento pela organização da energia e do talento do seu pessoal. Trabalhamos com um objectivo de um futuro com uma unidade de acção coerente e com uma planificação estratégica em que o crescimento, a rentabilidade, a produtividade e a qualidade é o lema para a sobrevivência da empresa". A política da Empresa pauta-se por princípios éticos, que garantem a honestidade. Para a Direcção, é muito importante haver um ambiente de trabalho excepcional, seguro e saudável, através de relações duradouras, no respeito e confiança mútuos com empregados, clientes, fornecedores e comunidades. O principal motivo que levou Martinho de Sousa a pretender obter a Certificação CZ foi para aproveitar essa ferramenta como método de implantar um sistema de qualidade e métodos de trabalho que proporcionassem à empresa uma estrutura mais sólida para o futuro. A administração da oficina considera a qualidade um valor acrescentado para a
Estrutura e Equipamentos da RealBig Sector de actividade
Pessoal
Chapa
1
Área (m2)
Equipamentos 1 Banco de Carroçaria 1 Mini banco 2 Máquinas de soldar 1 Cabina de pintura
325 Pintura
1
Mecânica
2
Electricidade
1
Recepção
1
Serviços administrativos
1
1 Zona de preparação 1 Aparelho de secagem IV
Parqueamento
53
Atenção ao cliente
1
Chefe da oficina
1
Director/Gerente
1
TOTAL
10
30
408
oficina, proporcionando o reconhecimento e a satisfação dos clientes e outras partes interessadas, a promoção da imagem da empresa, para além da redução dos custos por ineficiências, através de métodos mais avançados de trabalho e da sensibilização dos colaboradores. A RealBig, aparece em diversas publicações do Algarve e na Internet, como forma de se promover e tem como visão estratégica o desenvolvimento e a detecção das necessidades dos seus clientes, para não perder oportunidades, através da adaptação e mudanças rápidas, oferecendo respostas imediatas. A Direcção da RealBig tem ainda uma visão estratégica cuja missão se baseia em interpretar quais serão as tendências do futuro. A empresa deve saber procurar conhecer quais as modificações e adaptações que terá que sofrer, para satisfazer as necessidades dos seus clientes. PUB
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72
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OFICINAS
Colaboração:
Estrutura de Pessoal da LITOCAR
Grupo LITOCAR
O Grupo LITOCAR foi fundado em 1982 e actualmente integra os centros de reparação da Figueira da Foz (Estrada Nacional 109, Brenha) e de Coimbra Sul (Quinta da Boavista, Cernache). Em 1982 surge a concessão Renault da Figueira da Foz, como estrutura autónoma de uma presente na cidade desde 1970. No ano de 1996, a sua área de influência já chegava à zona de Coimbra. A inauguração das novas instalações de Coimbra Sul coincidem com a celebração dos 25 anos de actividade do Grupo, no ano de 2007. Dois anos depois, em 2009, teve lugar a aquisição da empresa Auto Jardim Automóveis S.A., com delegações na Beira Interior (Covilhã, Castelo Branco e Guarda). As instalações da Figueira da Foz e de Coimbra estão situadas em edifícios construídos para a actividade de comercialização e reparação automóvel, fora de zonas habitacionais. Na estrutura situada em Coimbra Sul, existe um espaço integrado na recepção de carroçaria e sala de peritos destinado a peritagens, com elevadores de apoio. Ao definirem a LITOCAR, os actuais responsáveis pela sua Direcção, o Eng.º João Cardoso e o Dr. Gonçalo Cardoso, consideram-na um negócio de distribuição automóvel, apoiado no desenvolvimento de competências dos seus recursos humanos, na qualidade dos meios técnicos disponíveis, assim como na excelência da gestão, tendo como principal objectivo a satisfação do cliente. São igualmente estes aspectos que conformam a Política da Empresa. A clientela da LITOCAR é composta por particulares independentes, bem como acordos de assistência técnica com empresas seguradoras e gestoras de frotas, dispondo de serviços de valor acrescentado, como frotas de veículos de cortesia na Figueira da Foz (20) e em Coimbra (40), para além de um serviço permanente de recolha e entrega de viaturas 24h. A satisfação do cliente resulta na LITOCAR da detecção de novas necessidades do mercado, que são imediatamente convertidas em oportunidades de negócio. Exemplos disso são as actividades de marketing contínuas, nas quais se inclui o Dia do Cliente LITOCAR, Campanhas de Segurança (pára-brisas e pneus, entre outras) e Serviços Rápidos de carroçaria. Para enquadrar os seus ambiciosos objectivos, a Direcção da empresa apoia o desenvolvimento de competências em sistemas de qualidade, sejam generalistas (ISO9001 desde 2003), sejam específicos, como a Certificação CZ de excelência na reparação de carroçarias, que foi obtida em 2008. Oficinas folgadamente dimensionadas, bem equipadas e dotadas de pessoal com actualização técnica permanente permitem à LITOCAR efectuar a reparação integral e perfeita de todos os tipos de veículos. A formação contínua é teórica e prática, sendo proporcionada por programas disponibilizados pela marca representada, a Renault, bem como pelo Centro Zaragoza, a partir deste ano. PUB
Actividade Profissional
Figueira da Foz
Coimbra
Totais
Chapeiros
2
4
6
Pintores
2
4
6
Mecânicos
2
4
6
Electromecânicos
2
2
4
Lavagem de veículos
1
2
3
Gestores de Cliente
2
3
5
Atenção ao Cliente
1
2
3
Coordenador de Serviços
1
1
2
Gerente de Estabelecimento
1
1
2
Administradores
2
2
4
Total das Equipas
16
25
41
Distribuição de espaços na LITOCAR, por actividade (m2) Actividade Profissional
Figueira da Foz
Coimbra
Totais
Reparação
800
3.650
4.450
Parqueamento
4.000
4.000
8.000
Atenção ao Cliente
25
100
125
Lavagem manual
60
40
100
Lavagem automática
50
50
100
Total das concessões
8.870
14.000
22.870
Principais equipamentos de produção da LITOCAR Actividade Profissional
Figueira da Foz
Coimbra
Totais
Cabinas de pintura
1
1
2
Zonas de preparação aspiradas
2
4
6
Secadores de raios Infravermelhos
2
3
5
Banco de carroçaria
1
Mini bancos de carroçaria
1
1
2
Aparelhos de soldadura
2
3
5
1
1
Linha de pré-Inspecção
1
Aparelhos de diagnóstico electrónicos
1
2
3
Sistemas de alinhar direcções
1
2
3
Como principais factores de sucesso das suas oficinas, a Direcção da LITOCAR destaca os rigorosos processos de reparação, com equipamentos adequados e pessoal qualificado, atenção ao cliente e cumprimento estrito dos prazos de entrega da viatura acordados previamente. Em termos de evolução futura, o principal objectivo continua a ser alcançar a excelência na qualidade dos serviços prestados, no contexto de um processo de melhoria contínua, que possa ser facilmente perceptível pelo cliente.
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CONHECER
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Evolução dos motores de combustão
Potencial de aperfeiçoamento Os motores de combustão interna surgiram há mais de 130 anos, no final do séc. XIX. Os motores hoje em dia mais utilizados na propulsão de veículos ainda possuem a mesma tecnologia desenvolvida pelos técnicos e inventores alemães Nikolaus August Otto e Rudolf Diesel nessa altura, a qual foi beneficiando de melhoramentos constantes ao longo do século passado.
O
motor a gasolina (ciclo Otto) dominou a propulsão automóvel no início do século passado e só recentemente se viu a ameaçado pelo motor a gasóleo (ciclo diesel), devido a uma grande evolução deste último. Os dois tipos de motores obedecem ao ciclo de funcionamento de 4 tempos e possuem uma arquitectura idêntica, incluindo os sistemas de arrefecimento, de lubrificação, injecção de combustível e de distribuição. As grandes diferenças entre ambos residem no modo de formação da mistura e de ignição desta. Apesar da grande evolução do motor de combustão interna, o seu "pecado original" são as emissões de escape. As emissões poluentes têm sido contornadas com sistemas de tratamento de gases de escape (catalisadores e filtros de partículas), mas o CO2 continua a ser a grande pecha dos motores a combustão, apesar do nível de emissões com efeito de estufa ter vindo a reduzir-se regularmente, desde o início do século 21. Grande margem de aperfeiçoamento Forçado a evoluir pelas normas de redução de emissões de escape e pela concorrência de novos modos de propulsão alternativos, os motores de combustão têm revelando grande potencial de aperfeiçoamento. Uma das fórmulas actualmente utilizadas para promover a eficiência energética dos motores e reduzir o seu impacto ambiental é a redução do seu tamanho e peso, melhorando o rendimento específico (Downsizing). A Mahle, um dos grandes fornecedores de peças para motores de primeiro equipamento e para o mercado de substituição, apresentou recentemente um motor de 3 cilindros que obedece a este conceito (Fig. 1), permitindo reduzir o consumo em 30%. Este motor apresenta várias inovações técnicas, que se tornarão certamente tendências nas futuras gerações de motores, passando pelas seguintes áreas: - Redução do atrito interno das peças móveis; - Mudança de carga, - Optimização da combustão - Dimensões compactas e menor peso (Downsizing). Redução do atrito Uma das formas que a Mahle descobriu para reduzir o atrito interno do motor foi a aplicação de êmbolos fabricados com a tecnologia de aço Monotherm, patenteada pela Mahle, que permite reduzir o atrito até 35%. Esta tecnologia é combinada com um jogo de segmentos optimizado, que também consegue reduzir o atrito com o cilindro até 32%. As árvores
Fig. 1
Motores mais compactos e de alta tecnologia, como o da Mahle, permitem aumentar a eficiência energética do motor de combustão, abrindo perspectivas para a sua futura utilização.
de cames com rolamentos também foram desenhadas para reduzir o atrito combinado. Por outro lado, a bomba de óleo de palhetas pendulares, igualmente patenteada pela Mahle (Fig. 2), também reduz as perdas de accionamento secundário, conseguindo maior eficiência volumétrica (+10%). O total de redução de atrito deste motor é de 20%, permitindo reduzir as emissões de CO2 em 4%. Mudança de carga Um dos pontos fracos do motor de combustão é a sua resposta a mudanças de regime e de carga. Para ultrapassar esta limitação, a Mahle desenvolveu um sistema de árvore de cames com excêntricos CaminCam (Fig. 3), que possui uma dupla afinação, permitindo variar a sequência de ignição dos cilindros. A plena carga, este sistema permite obter mais 10% de potência e reduzir o consumo de combustível de 3-8%. Outra vantagem desta tecnologia VLD (Variable Lift and Duration) da Mahle é aumentar o binário, mesmo a baixas rotações, evitando as perdas por estrangulamento (dificuldade de enchimento óptimo da câmara de combustão). Optimização do processo de combustão A estratégia de optimização da combustão passa essencialmente pela redução da própria temperatura de combustão, por um lado, bem como por minimizar as perdas de carga nas vias de admissão e escape, por outro lado. A recirculação de gases de escape oferece uma grande mar-
gem de evolução, permitindo reduzir 10% do consumo de combustível, em situações de utilização reais. Para minimizar as perdas de carga nas vias de admissão e escape, a solução consiste na utilização de turbo compressores, em conjunto com a diminuição da cilindrada dos motores e a injecção de combustível. Menor protagonismo Mesmo com todos os potenciais ganhos de eficiência, o centenário motor de combustão parece não poder resistir ao esgotamento das reservas de petróleo, por um lado, nem às letais emissões de CO2 e o consequente efeito de estufa, por outro lado. No sector automóvel, a via de utilização de motores de tecnologia térmica será previsivelmente o seu uso em conjunto com a propulsão eléctrica e o armazenamento de energia, o que reduzirá substancialmente o seu papel propulsor e o seu protagonismo económico. A grande alternativa que restaria ao motor térmico seria a utilização de um combustível limpo (zero emissões), sendo o hidrogénio o único conhecido neste momento. Para isso no entanto se tornar possível, seria necessário recorrer a novas técnicas de produção de hidrogénio, através de energias renováveis e mais económicas. Como essas energias estão " sequestradas " pelos consórcios petrolíferos, que detêm os seus direitos de exploração a nível global, o motor térmico terá que esperar pela sua última oportunidade mais algum tempo. Fonte: Mahle
Fig. 2 A bomba de óleo lubrificante desenvolvida e patenteada pela Mahle permite reduzir as perdas por atrito e melhora a eficiência volumétrica de bombagem.
Fig. 3
A tecnologia desenvolvida e patenteada pela Mahle CaminCam, permite dois tipos de afinação independentes da árvore de cames (altura e tempo de abertura das válvulas variáveis), permitindo optimizar a eficiência do motor de combustão.
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Jornal das Oficinas Agosto 2010
ACTUALIDADE Destaques
Tecmic promove serviço
A
Tecmic, empresa portuguesa líder nacional em sistemas profissionais de localização e gestão de frotas, meios e ocorrências, lançou a campanha “Já fez as contas às voltas?”, para promoção do novo serviço Dispatch & Navigation para profissionais que integra, pela primeira vez, num só sistema, a tecnologia de gestão de frotas, com o despacho de serviços e navegação GPS. A campanha será lançada em simultâneo pela Vodafone, para o conjunto de clientes da solução iZiTran e tem como principal objectivo a divulgação das mais-valias do serviço, oferecendo descontos significativos para os primeiros aderentes. O novo produto é o culminar de uma já longa parceria entre a Vodafone e a Tecmic para a área das tecnologias de gestão de frotas, permitindo oferecer aos clientes uma solução inovadora que dá resposta às necessidades profissionais de negócio. Pela primeira vez os clientes de ambas as empresas podem, com um só
Volvo XC70 DRIVe produto, fazer um acompanhamento de todo o ciclo de vida do serviço, com um grau de controlo ímpar, independentemente da sua natureza. A campanha, que decorre sobre o slogan ‘Já fez as contas às voltas?’, é direccionada para os diversos sectores de actividade que operam com frotas profissionais, tendo como suporte diversas acções de marketing como publicidade na Internet e em todos os agentes autorizados Tecmic e Vodafone, com acções de promoção por parte das forças de vendas directas de ambas as empresas, reforçadas por outros meios bellow-the-line.
Zurich Safe Car
C
om a segurança dos automobilistas em mente, a Zurich reforçou a solução Zurich Safe Car, uma solução de base tecnológica para acompanhar preferencialmente o seguro de danos próprios da viatura. Em 2009, numa parceria exclusiva para Portugal com a Vodafone e a I-Mob, o Zurich Safe Car concebeu uma resposta pioneira e inovadora ao aumento significativo de roubos de viaturas nos últimos anos, e à emergência de fenómenos como o furto violento de uma viatura com o seu condutor presente, popularizado pela designação carjacking. Com base numa plataforma tecnológica de vanguarda, o Zurich Safe Car permite monitorizar constantemente o estado do veículo através do telemóvel e agir imediatamente, se necessário. O Zurich Safe Car consiste num sistema, instalado de forma dissimulada na viatura, que inclui um módulo para comunicações através de GSM via cartão da Vodafone e uma antena de GPS que permite localizar a viatura rapidamente, a qualquer altura e em qualquer lugar. Sempre que for detectado algum problema, o utilizador recebe um alerta via SMS ou chamada de voz. Na eventualidade de um carjacking, o condutor e restantes ocupantes não deverão oferecer qualquer resistência nem correr riscos desnecessários. Através de uma chamada de voz ou envio de um SMS para o cartão SIM instalado na viatura, poderá ser dado o comando para imobilizar a viatura. As funcionalidades de GPS permitem ainda saber rapidamente a localização da viatura em tempo real.
A sua voz no sistema de navegação
A
Garmin International Inc., líder mundial em navegação por satélite, apresentou o Voice Studio, uma aplicação gratuita para o PC que permite gravar a sua voz ou de outra pessoa, para criar indicações de navegação personalizadas e posteriormente utilizar em equipamentos de navegação Garmin compatíveis. Simplesmente, faça o download gratuito da aplicação Voice Studio em http://www.garmin.com/voicestudio e instale no seu computador. Pode então gravar várias frases e editá-las directamente na aplicação Voice Studio. Quanto terminada a gravação e edição o ficheiro de voz basta carregar o mesmo para um equipamento de navegação Garmin compatível. O processo todo não deverá demorar mais de 30 minutos.
Classe económica
A
linha “económica” da Volvo, designada por DRIVe, chegou também ao polivalente XC70. Para entrar nesta linha, o XC70 perdeu a tracção total e o motor de 5 cilindros 2.4 D5 passou a ter apenas 175 cv, mas que na prática são suficientes em qualquer situação de estrada. A ausência de tracção integral faz com que tenhamos que ser menos optimistas em algumas abordagens a curvas de Volvo XC70 DRIVe Cilindrada cc: 4/2.400 Potência Cv/rpm: 175/4.000 Binário Nm/rpm: 420/1.500 Velocidade Km/h: 210 Acel.0-100 km/h seg.: 9,6 Cons.Médio L/100Km: 6,7 Preço (desde) 49.960 Euros
maior apoio, mas segurança é algo que não falta nesta carrinha. No fundo a imagem de carro de “campo” mantém-se inalterada, mas as suas prestações ficaram um pouco limitadas nomeadamente quando se pretende abordar estradas de terra, mas não só. O incrível binário de 420 Nm, transmitido apenas às rodas dianteiras, origina em algumas situações perdas de tracção. Com um amplo espaço interior, viajar a bordo do XC70 é um imenso prazer, tanto mais que parece que vamos sentados sobre uma imensa almofada, tal o conforto que se tem a bordo. O interior é refinado e possui apenas o essencial, mas o bom gosto está presente em muitos pormenores. Destaque para a boa posição de condução, um pouco alta, mas excelente para quem gosta do estilo.
Peugeot 308 CC 1.6 HDi
Preço justo
C
om o Verão sabe sempre bem um passeio refrescante ao final da tarde ou nas noites mais quentes. Não sendo um cabrio de luxo, o 308 cc não deixa contudo as pessoas indiferentes ao seu passar. Qualquer operação de recolha da capota, é vista por um transeunte como algo só ao alcance de alguns eleitos mais endinheirados. No caso do 308 cc pode não ser assim. O seu preço acima dos 32.000 Euros, o económico motor diesel, a capota rígida, a excelente utilização quotidiana, a mala de 400 litros (200 quando tem a capota recolhida) e o facto de poder transportar quatro pessoas (desde que duas sejam crianças até aos 12 anos) permite que este modelo seja uma opção para o dia-a-dia. A posição de condução é um pouco mais “deitada” do que é normal noutro 308, mas não deixa de ser, mesmo assim,
ergonómica, com todos os comandos bem posicionados. A qualidade de construção é muito boa para um cabrio e os materiais empregues são na generalidade bons e não provocam ruídos. Os 112 cv do motor 1.6 HDi são suficientes para todo o tipo de utilização (estrada ou cidade), a caixa de 6 velocidades está bem escalonada, e os consumos são em média pouco superiores aos 6 litros. Peugeot 308 CC 1.6 HDi Cilindrada cc: 4/1.560 Potência Cv/rpm: 112/3.500 Binário Nm/rpm: 270/1.750 Velocidade Km/h: 192 Acel.0-100 km/h seg.: 12,2 Cons.Médio L/100Km: 6,2 Preço (desde) 32.000 Euros