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JORNAL DAS

OFICINAS

JORNAL INDEPENDENTE DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS

Director: João Vieira • Ano VI • Mensal • 3 Euros

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Nº61 DEZEMBRO 2010

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inaugura novas instalações

revestidos a prata A Honeywell Aftermarket Europe oferece uma série de discos de travões Jurid revestidos, dotados de um revestimento prateado especial. Este revestimento evita a formação de vestígios de oxidação inestéticos. Como tal, estes discos de travões Nonox da marca Jurid são particularmente interessantes para os condutores cujos automóveis estão equipados com jantes de liga leve. O revestimento Nonox evita acumulações agressivas de sujidade, abrasão e ferrugem. Para além disso, a protecção da superfície permite a montagem dos discos de travões sem qualquer limpeza adicional.

Sumário Página 04 Satisfação do cliente

Página 30 D. Cusca visita Runkel

Página 34 Visita à Contitech

Página 64 Tecnologia de Travagem

Página 66 Pressão de combustível

Página 70 Substituição de turbocompressores

Decorreu no passado dia 11 de Novembro a inauguração oficial das novas instalações do Centro Zaragoza, situadas no parque Tecnológico do Motor “Technopark” - Motorland, em Alcañiz. Estas novas instalações são um complemento às já existentes em Pedrola, perto de Saragoça, e apresentam uma superfície urbanizada de 13.332 m2, dos quais 7.170 são edifícios onde se incluem os Laboratórios (1.800 m2) para investigação de veículos e segurança rodoviária, onde de destaca um simulador de impactos para ensaios de viaturas.

Software de gestão oficinal

Informática para oficinas Onze empresas compõem o leque de fornecedores de software de gestão oficinal do dossier de mercado desta edição. Trata-se de uma ferramenta essencial para as oficinas que queiram acompanhar as exigências a nível de processos e de contabilidade dos dias de hoje. É na organização da oficina e dos seus colaboradores que se ganha mais, mas a relação com os clientes também sai beneficiada (pag.60)

Novos Kits PUB

ContiTech com TVD O amortecedor de vibrações de torção (TVD) é um componente indispensável dos sistemas de transmissão multiV, porque protege a correia, polias e os acessórios que são accionados por esta, aumentando o seu rendimento e a sua vida útil. A ContiTech acaba de lançar novos kits destas correias, que incluem a correia, o amortecedor TVD e os necessários parafusos de aperto deste. A ContiTech está a fornecer as suas correias de qualidade original apenas com o kit completo.


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Jornal das Oficinas Dezembro 2010

MERCADO

Editorial

As novas regras

do jogo

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s mudanças no pós-venda continuam a acontecer a um ritmo cada vez mais rápido. Há pouco mais de dez anos, ainda era rentável para a oficina fazer grandes reparações de carroçaria e mecânica, mas actualmente essa prática é economicamente insustentável para a maioria das oficinas. Hoje, é normal a substituição de componentes, como alternadores, motores de arranque, transmissões, caixas ou motores, porque o seu custo em novo, reconstruído ou usado, já não justifica a reparação. O que tanto os consumidores, como os construtores querem, é uma assistência do tipo que se faz na competição automóvel, em que o carro pára apenas o tempo indispensável para substituir as peças gastas e segue outra vez para a estrada. Esse é o padrão de eficiência do qual ninguém já abre mão. Por outro lado, os construtores não podem correr o risco de obrigar o cliente a gastar um dinheirão a reparar um motor completo, quando depois uma pequena falha ou lapso provoca nova avaria e deita a imagem da marca a perder, com tudo o que nela foi investido. A lógica da perda total vai também aplicar-se à mecânica, porque os construtores querem é vender carros e não reparações. A oficina só tem que mudar o que o construtor quer no momento em que convém e depois encaminha o carro KO para a fábrica e entrega um carro OK ao cliente. Este é o modelo de assistência que a indústria automóvel vai colocar no terreno, porque é a assistência que serve para os carros que estão para chegar: os híbridos e os eléctricos. Será um pós-venda técnico-comercial e não apenas técnico como estávamos habituados a ter. Os carros actuais de motores térmicos vão ser somente as cobaias para fazer a transição, mas ninguém já quer ouvir falar em lavar peças com óleo e ver o óleo espalhado no chão das oficinas. Este é um cenário que inevitavelmente vai acontecer, só não sabemos quando. Por isso convém estar atento às mudanças e ter espírito aberto para aceitar as novas regras do jogo. João Vieira

Ficha Técnica

SATISFAÇÃO DO CLIENTE

Como num espelho Quando pretendemos comprar qualquer coisa ou obter um serviço, procuramos recordar-nos de um local agradável, com bom nível de atendimento, colaboradores simpáticos, etc.. Portanto, quando queremos perceber o que é a satisfação do cliente, basta colocarmo-nos no seu lugar e imaginar o que ele espera encontrar da nossa parte.

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comunicação verbal é sem dúvida importante, mas a comunicação não verbal é ainda mais, pois chega mais depressa ao destinatário. Neste sentido, a expressão facial, que demonstra mais receptividade ao sorrir, bem como a postura corporal, que deve demonstrar aprumo, agilidade e prontidão, são fundamentais. De facto, qualquer que seja a profissão, a comunicação humana é o ponto de partida para chegar com eficácia ao cliente. Isso faz com que nos devamos preocupar permanentemente com a forma como nos relacionamos com os nossos clientes. Logo, mais importante do que técnicas psicológicas e outros truques, que muitas vezes são apontados como factores de satisfação e fidelização de clientes, é a capacidade de manter um bom nível de relacionamento consistente ao longo do dia de trabalho, o que exige mais concentração no que estamos a fazer e mais auto domínio do que outra coisa qualquer. É absolutamente básico que não falemos, nem

nos comportemos com os clientes de uma forma que nós próprios não gostaríamos de encontrar nos outros. Pers o nal i zação O facto é que em 80% das situações necessitamos de estabelecer um relacionamento satisfatório com a pessoa que nos está a atender, para que nos sintamos satisfeitos como clientes. Curiosamente, os momentos mais marcantes desse relacionamento e os que recordamos mais facilmente são o momento do acolhimento e o da despedida. É nesses dois frágeis (ou fortes!) momentos que o profissional pode marcar pontos. Claro que a organização da oficina e o seu desempenho global também contam e são importantes, mas em termos da satisfação do cliente, algo que tem muito de subjectivo, isso apenas pesa 20%. A realidade é que todos gostamos de ser desejados e não rejeitados, independentemente dos aspectos práticos do negócio, como as soluções, o preço e

a garantia. Aquilo que cala fundo nos sentimentos dos clientes é o gesto e o aspecto franco de quem faz o acolhimento, o sentir que está ali alguém que gostou genuinamente de o ver e que pretende servi-lo da melhor maneira. Mais ainda, o momento da despedida tem um significado mais profundo, porque já tudo foi resolvido, pelo que a franqueza e a gentileza da despedida significam que alguém pretende que o cliente volte e se sinta contente, seguro e confiante. Isso só se consegue quando olhamos o cliente nos olhos, para que ele confirme que nós sentimos a mesma satisfação que desejamos que ele sinta. Po nto s chav e da i nteracção A partir do momento em que percebemos que o cliente só começa a interessar-se pelo que nós somos capazes de fazer pelo seu carro depois de ser bem recebido e após estar convencido de que tem pela frente um interlocutor válido e idóneo, começamos a ser

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDAÇÃO: Hugo Jorge PROPRIEDADE: João Vieira SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares - 2705351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira, Paula Veloso Amaral (reflexosdaescrita@gmail.com), António Lopes PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Peres-Soctip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 - 2135-114 Samora Correia Telef: 263.00.99.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares. Membro:

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Jornal das Oficinas Dezembro 2010

MERCADO mais cautelosos com as nossas palavras e atitudes relativamente aos clientes e começamos a dar-lhes a importância que realmente têm. Na verdade, o pior erro que hoje um profissional de reparação automóvel pode cometer é sobrevalorizarse, subvalorizando o cliente. Para uma relação poder ser equilibrada, construtiva e com resultados positivos para ambos os lados, ambas as pessoas têm que estar à partida em estrito pé de igualdade. As competências e qualidades de cada um virão naturalmente ao de cimo com naturalidade e sem esforço. A verdadeira competição entre o cliente e o profissional de reparação não é sobre quem sabe mais sobre carros e a sua tecnologia, mas sim sobre a capacidade de cada um para compreender o que o outro quer e encontrar o ponto de entendimento mais justo e mais correcto. Obviamente, partimos do princípio de que o cliente pretenderá o melhor serviço com um custo ajustado e o profissional está interessado em fazer o melhor que sabe para satisfazer o cliente. Por conseguinte, se o objectivo é a convergência e o entendimento, torna-se necessário criar todas as condições ideais para que as duas partes consigam levar a sua negociação a bom termo e possam emergir dois vencedores e não apenas um vencedor e um vencido. Os pontos que se seguem permitem criar as melhores condições para a relação profissional/cliente ser bem sucedida e duradoura.

1 . Ol har o o utro no s o l ho s - Sem o contacto visual, a comunicação é deficiente e revela pouco interesse num diálogo sério. O ponto para onde se dirige o olhar de uma pessoa é o seu foco de interesse. Se o profissional está nervoso e inquieto, olhando em várias direcções, enquanto fala com o cliente, estará a dar uma primeira grave demonstração de incapacidade, porque demonstra que não consegue gerir convenientemente as suas preocupações, nem consegue estabelecer uma comunicação aceitável com o interlocutor. Obviamente, o olhar deve ser tranquilo e natural, pois um olhar demasiado incisivo pode ser encarado como provocação ou como falta de tacto. O fundamental é o cliente sentir que estamos sinceramente atentos e interessados em ouvir o que nos tem a dizer. 2 . Ro s to aberto , po s i ti v o - Além dos olhos, que são as "janelas da alma", com bem diz o povo, transmitindo imediatamente todas as emoções e estados de espírito que experimentamos, sendo o melhor bilhete de identidade de que dispomos, o rosto é o segundo factor mais importante de expressão não verbal. Por conseguinte, toda a carga emocional que pretendemos imprimir a um encontro com outra pessoa está espelhada no nosso rosto. O cliente identifica imediatamente se é bem vindo, se estamos dispostos a perceber o que se passa e se queremos resolver de forma adequada o problema do seu car-

A competência profissional no sector e reparação automóvel só existe verdadeiramente quando há a plena satisfação do cliente. A ideia não é nova, mas merece ser repetida as vezes que forem necessárias.

ro. A expressão facial é pois da máxima importância para criar a tal insubstituível primeira impressão. Em qualquer caso, a vinda de um cliente deve ser motivo de satisfação para o profissional que o atende. Essa satisfação deve traduzir-se por um sorriso moderado, discreto e natural, se for o primeiro encontro. Se o cliente já é conhecido, o sorriso deverá ser mais aberto, proporcionalmente ao grau de confiança entre ambos, mas nunca deverá parecer exagerado, porque poderá ser entendido como fraqueza ou até patetice. Pior do que isso, só mesmo um sorriso forçado ou "amarelo", que não tem a mínima justificação. Muito importante também é não perder o aspecto facial afável, mesmo quando o cliente não concorda connosco ou quando pretende apresentar alguma reclamação ou queixa. Discordar de alguém não significa estar contra e temos que demonstrar isso de forma coerente. 3 . A art e de c ump ri me n t ar - O cumprimento é uma forma de expressão verbal e gestual que completa de maneira insubstituível o ritual de acolhimento ou boas vindas a alguém. A fórmula de cumprimento consagrada é o aperto de mão, que deve ser pronto, franco e moderado, acompanhado de uma expressão verbal positiva (bom dia, boa tarde, como está? passou bem?, etc.). Se o nome do cliente é conhecido, deve ser pronunciado no cumprimento, pois o próprio nome é a referência mais profunda que alguém traz consigo, criando laços de proximidade e confiança. Se as pessoas se conhecem há mais tempo e têm mais confiança, podem optar por outras formas de contacto físico, como o abraço ou passar a mão à volta dos ombros. É através do cumprimento que sentimos que pertencemos à mesma família humana e civilizada, na qual todos cabem por inerência. Obviamente, para cumprimentarmos alguém, devemos ter as mãos e a roupa limpas. Também é de bom tom pousar alguma coisa que se traga na mão (uma peça, um papel, uma ferramenta, etc.), porque significa que o interlocutor merece toda a nossa atenção. De qualquer modo, esse momento não deve desviarnos das nossas obrigações profissionais, pelo contrário. Um simples "Só um momento, s.f.f.", anula a desagradável interrupção do diálogo e reforça a imagem de profissionalismo que devemos defender. 4 . Po s tura co rpo ral - Em princípio, não se cumprimenta ninguém sentado ou a efectuar qualquer tarefa ou acção de

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outro tipo. Além disso, a postura define a atitude de serviço, indiferença ou até desdém. Quando nos inclinamos para a frente em direcção a alguém, significa que estamos prontos para o servir, ouvir melhor e perceber o que nos tem a dizer e tudo isso traduz inegável apelo à proximidade. Se nos mantemos de lado ou de costas para o cliente, mesmo que estejamos a fazer alguma coisa útil, falharemos o nosso objectivo de criar proximidade e confiança com o cliente. Por outro lado, falar com o cliente inclinado para trás revela altivez, distanciamento e até grosseria, devendo ser evitado esse tipo de postura. 5 . Des pedi da - A despedida é o fecho lógico do ciclo de permanência do cliente na oficina. É comum retermos mais facilmente as derradeiras imagens de um local ou de uma pessoa, sendo importante dar um destaque especial à despedida, dentro do mesmo tom do acolhimento. Devemos deixar bem explícito que a presença do cliente foi uma satisfação para nós e que desejamos sinceramente voltar a vê-lo em breve. O agradecimento é também uma fórmula efectiva de demonstrar ao cliente que é uma pessoa bem vinda à oficina e que merece a nossa melhor estima e consideração E depo i s do adeus … Provavelmente, tudo o que aqui foi ventilado neste artigo não constitui novidade para a maior parte dos profissionais da reparação automóvel e até haverá muitos que utilizam estes conhecimentos e procedimentos para fidelizarem os seus clientes mais importantes. A única verdadeira novidade é a satisfação do cliente. Há muitos profissionais, activos, diligentes e voluntariosos, com excelentes conhecimentos técnicos e grande competência para a reparação de veículos, que julgam que o trabalho é tudo, acabando por desfazer com uma mão o que fazem com a outra. Através da utilização metódica e sistemática destes simples conselhos, fundamentados na comprovada psicologia do relacionamento humano, é possível tornar esses profissionais em empresários de sucesso, ajudando-os a vencer os seus pequenos "demónios" internos e a superar as suas limitações em termos de interacção. Porque, efectivamente, a competência profissional no sector e reparação automóvel só existe verdadeiramente quando há a plena satisfação do cliente. A ideia não é nova, mas merece ser repetida as vezes que forem necessárias. PUB


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III CAPÍTULO - Pós-gestão

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3.3 - Gestão do projecto no tempo

Evolução conjuntural Raro é o projecto de empresa e o negócio que nasce, cresce e se desenvolve, mantendo exactamente as mesmas características originais. As transformações da sociedade, da economia e do mercado ditam quase sempre modificações do conceito de negócio e da estratégia iniciais.

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s modificações mais ou menos profundas, dependendo do tipo de negócio, da concorrência emergente, do crescimento ou contracção do mercado e vários outros factores mais ou menos imponderáveis, condicionam cada vez mais o desenvolvimento das empresas. Isso é ainda mais patente quando se caminha mais ou menos rapidamente para a globalização económica e política, na qual as transformações são mais amplas e mais estruturais. Deste modo, todos os empresários ou gestores são confrontados mais tarde ou mais cedo com a necessidade de reorientar estrategicamente o seu empreendimento e tomar medidas para relançar o negócio em bases sustentáveis, mantendo ou ampliando a rentabilidade do novos e anteriores investimentos. No caso do sector de reparação automóvel, além das condições envolventes globais e generalizadas, há a considerar a evolução específica da indústria automóvel, por um lado, bem como o desenvolvimento do parque automóvel e do sector de pós-venda, por outro. Efectivamente, estamos a passar por um fase sem paralelo de grandes transformações, quer do próprio conceito do automóvel, quer da própria mobilidade, quer ainda do sector de assistência a veículos, nas suas diversas vertentes. Nesse contexto, é necessário recorrer

a análises pluridisciplinares tão amplas quanto possível, a fim de contextualizar as opções de mudança, os seus critérios e as suas prováveis consequências. Inflexões de posicionamento Muitos negócios nascem e desenvolvem-se em condições geradas pelo desenvolvimento social e económico, como sejam uma nova urbanização, uma nova fábrica, uma nova via de comunicação e assim por diante. As oficinas de reparação automóvel necessitam de um aglomerado populacional envolvente, dentro do qual estão os seus potenciais clientes. Como é evidente, a proliferação das vias rápidas e a expansão da urbanização indiferenciada reduziram as distâncias e ampliaram a área de influência dos negócios, mas os custos de deslocação ainda pesam e continuarão a pesar. Claro que passou a existir a Internet e todas as outras facilidades de comunicação, mas o carro não "vai" online, tem que ir "presencialmente". Dessa forma, o posicionamento no mercado continua a ser uma espécie de jogo de xadrez, onde cada qual busca uma posição mais segura e da qual consiga dominar os seus opositores. Muitas vezes, modificar o posicionamento estratégico não implica mudar totalmente o conceito do negó-

cio, bastando muitas vezes mudar de local, ampliar as instalações, alargar ou reduzir a oferta, diferenciar a oferta, escolher uma especialização, etc.. Neste momento, não faltam opções de negócio dentro do pósvenda automóvel nacional e até europeu, com vários conceitos diferenciados a tentarem lutar por um lugar ao sol. Qualquer que seja a opção, no entanto, a quadrícula de preenchimento do território apresenta as suas limitações, que podem ser agravadas pelo encerramento de uma fábrica ou outro grande empreendimento, mudança de serviços públicos, fenómenos de emigração, etc.. Por outro lado, ninguém vai abrir uma oficina do outro lado da rua onde já existe uma, mas podem ocorrer situações de proximidade, que exigem mudanças de posicionamento adequadas. Critérios de posicionamento Os principais critérios que são usados para definir o posicionamento de um negócio são o tipo de clientes potenciais, características da oferta, assim como imagem e comunicação da empresa, incluindo os profissionais, como parte integrante dessa imagem e dessa comunicação. As oficinas multimarca independentes acabam por se posicionar geralmente de uma forma abrangente, incluindo todos os tipos de clientes e ofe-


recendo todo o tipo de serviços, ignorando muitas vezes os segmentos e os nichos de mercado e as suas especificidades. Essa é geralmente a opção mais simples, porque corresponde à maior fatia do mercado, mas não é no entanto uma condição automática de acesso bem sucedido a esse mercado. Nesses casos, as clivagens a nível de posicionamento dependem essencialmente da classe do atendimento praticado e da forma como o trabalho é efectuado, o que exige boa preparação e qualificação do pessoal, organização e métodos eficientes de trabalho. A diferenciação é muitas vezes conseguida através de uma habilitação acima da média (diagnóstico, pintura, electrónica, etc.). Os negócios independentes devem muito às qualidades do líder da oficina, ao seu grau de flexibilidade e polivalência, bem como à sua capacidade de relacionamento (inter) pessoal. Nesses casos, as apostas quanto ao posicionamento têm que levar em conta esse tipo de capital técnico, humano e de imagem. Globalização e padronização O posicionamento era e ainda é levado a cabo de modo artesanal e intuitivo, mas a globalização da sociedade e da economia está a fazer caminhar as formas de posicionamento dos negócios para a padronização, na qual o consumidor encara as diversas opções do mercado como uma espécie de catálogo, onde pode escolher aquilo que mais lhe interessa e que sabe que vai encontrar exactamente o que pretende, de acordo com as suas expectativas. A esse facto se deve em grande medida o sucesso dos novos conceitos oficinais em rede, nos quais o posicionamento, a organização a oferta e o público alvo são definidos previamente, em função dos perfis da procura existentes no mercado. Aqui, o empresário apenas tem que escolher e aderir ao conceito que entende que vai de encontro às suas características pessoais e do seu negócio, bem como aquele que tem mais probabilidades de triunfar no mercado, atendendo aos condicionalismos, geográficos, regionais e sociais desse mercado. A grande vantagem inerente a esses conceitos decorre do facto de serem geralmente organizações multinacionais, que emergiram em mercados mais maduros e dos quais possuem uma ampla e directa experiência. Os conceitos foram estudados em profundidade e ao pormenor, para corresponderem às necessidades do mercado e para gozarem de uma boa sustentabilidade económica e financeira. Além disso, dispõem de sinergias e parcerias de negócio que tornam as apostas mais previsíveis e com um grau mais elevado de segurança. Isso permite competir com melhores preços, sem sacrificar a rentabilidade e conquistar assim fatias importantes do mercado. Por outro lado, as ligações desses conceitos à grande indústria automóvel permitelhes manter a actualização tecnológica, o factor actualmente e no futuro mais determinante, para ter sucesso profissional nas actividades do pós-venda automóvel. É o adeus aos mecânicos? A resposta a esta pergunta não pode ser linear, porque o mecânico de chave inglesa, chave de parafusos e os seus cinco sentidos teve os seus tempos áureos e prestou bons serviços ao automóvel e à mobilidade da sua época. Eram mecânicos competentes e sabiam o que faziam, deixando os carros em boas condições de funcionamento, com escassos recursos. O problema desses profissionais é que nos tempos de hoje isso já não é possível. Mesmo os engenheiros que estudam e fazem os carros só conseguem intervir nas mecânicas actuais com meios tecnológicos evoluídos. Esse já é um obstáculo de monta para alguém com uma preparação profissional insuficiente, mas verdade é que o mecânico apenas, verdadeiramente, já não tem lugar na actual profissão de reparador. O próprio diagnóstico tornou-se num diálogo de máquinas, cabendo ao

técnico apenas dar seguimento aos procedimentos estabelecidos para cada situação detectada. Mesmo que o técnico ainda não tenha muita experiência, liga-se com um canal de apoio técnico das marcas e o diagnóstico é feito pelos especialistas, à distância. Quanto aos procedimentos, estão na Internet, nos catálogos electrónicos de peças e nos sites dos fornecedores e distribuidores. No fundo, o técnico tem é que saber traduzir a nova linguagem do automóvel, saber interpretar os novos símbolos da profissão e relacionar os novos conceitos da tecnologia. Muitas vezes, nem pega na chave de bocas ou na chave Philips, porque o problema se resolve com os botões do aparelho de diagnóstico ou com o ecrã táctil deste. Claro que ainda há trabalhos em que é preciso pegar nas ferramentas e sujar as mãos com óleo. É por isso que os novos técnicos se chamam mecatrónicos. Podem ter que substituir uma sonda Lambda ou uma válvula EGR, mas depois têm que calibrar os respectivos sistemas electrónicos para que tudo fique a funcionar correctamente. Essa é que se tornou a parte mais difícil da profissão. Apertar parafusos é uma acção intuitiva e sem qualquer dificuldade aparente. É preciso é saber que tipo de parafuso utilizar, qual o aperto e a melhor ferramenta para esse efeito. Tudo isso faz parte da nova cultura técnica do automóvel. Estamos nos tempos em que os robots fazem os carros perfeitos e os carros auto pilotados (sem condutor…) atravessam continentes sem bater em nada, nem atropelar ninguém. O novo profissional de reparação

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automóvel tem antes de tudo de aprender a trabalhar com a cabeça, estudando as novas tecnologias e habituando-se a usá-las no dia-a-dia. Além de tratar os modernos carros por tu, o novo profissional tem que ter igualmente um relacionamento fluido e construtivo com colegas, clientes, formadores e outros intervenientes da vida corrente da oficina. Tem que ver o negócio nas suas implicações globais, sociais, económicas e ambientais, passando a ter uma visão mais comercial e menos obreira da profissão. Isto nada tem de extraordinário, porque os reparadores de hoje não são iguais aos de ontem e os de amanhã não serão certamente iguais aos de hoje. É preciso acompanhar a evolução das coisas e adaptarmo-nos a elas, só isso. A mudança pode ser, mas não é, nem tem que ser, um drama.


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NATAL 2010

Vox populi em tempo de balanço…

Com o nosso desejo de Boas Festas! Aproxima-se a quadra festiva, que não quisemos deixar passar em branco. Época para estar em família e com os amigos mais próximos, este é também um período de fecho de contas e programação financeira para as empresas.

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JORNAL DAS OFICINAS pediu a uma série de intervenientes do sector do pós-venda automóvel que respondessem a quatro curtas questões. Quisemos saber onde e com quem vão passar o Natal e o que gostariam de receber no sapatinho. Não pedimos qualquer balanço sobre o ano que agora termina. Desafiámo-los, isso sim, a esboçarem três desejos para 2011. Entre o toque dos sinos, o som dos guizos das renas e a felicidade das crianças encantadas com histórias que fazem sonhar e prendas que concretizam desejos, convidamos os nossos leitores a brindarem connosco por um 2011 mais optimista, com melhores resultados empresariais, mas acima de tudo por um ano muito feliz, repleto de saúde, amizade e honestidade. E as questões são: 1. Onde e com quem vai passar o Natal? 2. Qual a melhor prenda que poderia ter em termos pessoais? 3. E profissionalmente? 4. Formule três desejos para 2001.

Joaquim Candeias Board Director da ADL 1- Vou ficar por Lisboa com a família, tal como habitualmente apesar de este ano ser diferente, pois será o primeiro Natal do meu primeiro neto, o Dinis! 2. Já que falamos de netos, porque não receber a noticia que iria ser Avô outra vez? Seria fantástico! 3. Em virtude da conjuntura económica actual, seria uma prenda enorme para mim se todos, sem excepção, que trabalham no nosso sector, se encaixassem para criar condições de subsistência e evolução para o futuro, e se sentissem realizados como eu. 4. Existem duas coisas que me regulam diariamente: Organização e Comunicação. Assim, parece-me que se lhe juntar apenas Honestidade tenho os meus três desejos para 2011. Que 2011 seja um Ano com muita Organização e uma boa Comunicação baseados na Honestidade! Pedro Diaz Director da TRW Automotive 1. Este ano irei passar o Natal em Elvas com a família da minha mulher. 2. Desejo muita saúde para os meus filhos e família. 3. Atingir o plano de vendas e margem.

4. Conseguir atingir os objectivos pessoais e profissionais. Desejo ainda a retoma da economia Portuguesa e consequentemente do nosso mercado. Que 2011 seja ainda melhor que 2010! Carlos Silva Gerente da Prolama 1. Vou passar este Natal em casa, na companhia dos meus filhos. 2. Em termos pessoais... nem sei, gostaria de receber uma viagem ao Tibete. 3. Gostaria ver o mercado automóvel estabilizado, de forma a dar ao sector esperança de sobrevivência. 4. Saúde, a concretização de objectivos pessoais e uma sociedade mais justa. Rosário Sottomayor Auditora da Mercedes Benz Portugal 1. Este ano vou passar o Natal em casa com a minha família. 2. A melhor prenda que poderia receber seria um patrocínio para fazer um campeonato com condições para discutir o título. 3. Profissionalmente, uma promoção e salto qualitativo na carreira. 4. Que a economia nacional melhore rapidamente e Portugal prospere internacionalmente; que o terrorismo pare por completo; que seja um ano cheio de saúde para a minha mãe e o meu irmão.

Manuel da Fonseca Director de Marketing da Sonicel 1. Vou ficar em casa, com a família. 2. Espero que os nossos desejos sejam concretizados. 3. Estabilização do mercado, que voltasse ao que era. 4. Tudo quanto já falei: mercado estável, melhoria de vida e saúde para todos. Jorge Carlos Gerente da Auto João e Jorge 1. Vou com a minha família passar o Natal a Castelo Branco, na companhia dos sogros. 2. Saúde e paz para a família. 3. Que as coisas corram, se não melhor, pelo menos igual. 4. Que a situação melhore, que sejamos todos mais competitivos, que haja trabalho para todos. Paula Arriscado, Relações Públicas da Toyota Caetano Portugal 1. Vamos passar o Natal em família, no lar. 2. Quero ter a minha família reunida e alegre. 3. Assegurar a preferência dos portugueses pela marca Toyota, nos moldes

que vínhamos conquistando, num ano que se perspectiva particularmente difícil. 4. Felicidade, equidade e prosperidade. Nuno Palma Director de Importação da Autozitania 1. O Natal representa para mim a união e a comunhão com a família mais chegada, mas também representa um marco religioso importante. Irá ser passado em minha casa, em Mafra, onde não faltarão as batatas com couves e bacalhau, os tradicionais doces e a sempre boa disposição. 2. A presença dos meus três irmãos, que por motivos pessoais e profissionais estão ausentes de Portugal e com quem já não tenho o prazer de privar um Natal há alguns anos. 3. Os últimos anos têm sido generosos em termos profissionais, e a empresa que represento tem sabido reconhecer o empenho dos seus colaboradores. Espero mais uma vez que o saibam fazer. 4. Saúde, porque sem ela nada feito, desculpem a banalidade mas é um facto que senti em especial este ano de 2010. Ambição porque sem ser exagerada é essencial para crescermos como indivíduos e ajudarmos os outros a crescerem. Coragem porque os tempos que se aproximam não são fáceis e com ela (a coragem) daremos os passos certos para nos sentirmos realizados.



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NOTÍCIAS Petronas lança Syntium 5000 FR

5 Anos a fazer a diferença O Car Refinishes Instruction Center da Akzo Nobel no Carregado celebra 5 anos. Em 2010, a celebração dos 5 anos do Car Refinishes Instruction Center – CRIC no Carregado, marca e sublinha a forte e determinada aposta da AkzoNobel Car Refinishes na Formação. Neste Centro de Formação especial, as oficinas de pintura profissionais podem dominar os aspectos mais importantes da técnica com todo o suporte e instrução necessários, por outras palavras, neste Centro de Formação, os profissionais podem aplicar os sistemas de repintura mais avançados sob a supervisão de formadores, que orientam as acções de formação no sentido de serem obtidos os melhores acabamentos no menor tempo possível. Poderá obter mais informações detalhadas sobre o Car Refinishes Instruction Center – CRIC, através do site da marca Sikkens®, em www.sikkens.pt.

Dando seguimento à sua política de desenvolvimento de novos produtos, a Petronas Lubricants acaba de alargar a gama Syntium com a introdução do Syntium 5000 FR, lubrificante sintético topo de gama, especialmente formulado para lubrificação de motores a gasolina e diesel das marcas Ford e Renault, apresentando características “Fuel Economy”, superando as normais europeias A5/B5. Graças à sua formulação desenvolvida com base na mais moderna tecnologia, o novo Syntium 5000 FR permite elevada redução dos atritos entre os componentes mecânico do motor, superior protecção contra o desgaste e consequente melhoria das prestações com redução dos consumos, assegurando ainda a máxima protecção do motor. O novo Syntium 5000 FR já está à venda no mercado nacional em embalagens de 1 e 5 litros, para além de bidões de 200 litros.

Glassdrive abre em Loures Existe uma aposta muito clara por parte da Glassdrive na abertura de centros em zonas urbanas densamente povoadas para assim responder às exigências dos seus parceiros, sendo o exemplo mais claro dessa estratégia a recente abertura do centro Glassdrive Loures em local visível e com excelentes acessos, na proximidade da unidade comercial de referência da região (Ikea). Apresentando internamente uma tipologia e lay-out característico, este centro possui uma área de 300 metros quadrados contando com uma equipa de profissionais experientes para responder às solicitações dos seus clientes. A Glassdrive Loures está localizada na Rua Cidade de Loures em Frielas. PUB

Automechanika

Feiras em todo o mundo A mais importante Feira Internacional de peças, componentes e acessórios para automóveis, que se realiza em Frankfurt, já tem a sua edição para 2012 marcada entre os dias 18 a 23 de Setembro. A última edição do certame registou um número record de visitantes internacionais com cerca de 155.000 profissionais vindos de 180 países diferentes. Mas a Automechanika estendeu a sua influência um pouco por todo o mundo, com a organização de diferentes salões em importantes regiões. Assim, a Automechanika Shanghai decorre de 8 a 11 de Dezembro de 2010, precisamente em Xangai. No ano passado a Feira acolheu a participação de mais de 2.400 expositores que ocuparam 103.500 metros quadrados de espaço de exposição. Este ano, a Feira conta com a participação de nove pavilhões nacionais da França, Alemanha, Coreia, Malásia, Singapura, Espanha, Taiwan, Tailândia e Estados Unidos da América. A Automechanika Shanghai tem registado nos últimos anos aumentos significativos no número de expositores e visitantes e este ano não será excepção, com 2.800 expositores confirmados. Aqui ficam a localização das próximas Automechanika: A Automechanika St. Petersburg na Rússia realiza-se de 17 a 19 de Fevereiro de 2011 no Centro de Exposições Lenexpo. As datas foram alteradas para que a Feira coincida com a 5ª AutoInvest Conferência Internacional de Investimento para a Indústria Automóvel. A Messe Frankfurt estreia em 2011 a Feira Motortec Automechanika Ibérica em Madrid. O certame, que decorre de 30 de Março a 2 de Abril de 2011, nasce de uma cooperação entre a Messe Frankfurt e a IFEMA. A Automechanika South Africa decorre de 9 a 12 de Março de 2011, em Joanesburgo. Na Turquia, a Feira Automechanika Istanbul decorre de 7 a 10 de Abril de 2011 no Centro de Congressos e Convenções, Feira do TUYAP. A Feira no Dubai tem como público-alvo os países envolventes e o continente africano. O certame do Médio Oriente decorre de 7 a 9 de Junho de 2011 no Centro Internacional de Convenções do Dubai. A PAACE Automechanika na Cidade do México decorre de 13 a 15 de Julho de 2011. Automechanika Rome, é uma Feira bianual, que vai regressar a Itália em Fevereiro de 2012. Automechanika Thailand vai decorrer em Março de 2012 no Centro de Exposições e Convenções IMPACT, Muang Thong Thani de Banguecoque. Refira-se ainda que no passado dia 17 a 20 de Novembro de 2010 realizou-se a Automechanika Argentina, em Buenos Aires.


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Jurid Nonox revestidos a prata A Honeywell Aftermarket Europe oferece uma série de discos de travões Jurid revestidos, dotados de um revestimento prateado especial. Este revestimento evita a formação de vestígios de oxidação inestéticos. Como tal, estes discos de travões Nonox da marca Jurid são particularmente interessantes para os condutores cujos automóveis estão equipados com jantes de liga leve. A sujidade e a ferrugem acumulam-se imediatamente na câmara dos discos de travões, entrando em combustão insolúvel. Isto restringe o brilho das jantes de alta qualidade. O revestimento Nonox evita estas acumulações agressivas de sujidade, abrasão e ferrugem. Para além disso, a protecção da superfície permite a montagem dos discos de travões sem qualquer limpeza adicional. É garantido todo o desempenho de travagem logo na primeira travagem. A gama de discos de travões Nonox revestidos faz parte da iniciativa de produtos e serviços com a qual a Honeywell marca pontos no mercado aftermarket europeu. Enquanto líder no fabrico de revestimentos de fricção, a Honeywell desenvolve os seus revestimentos de travões em estreita colaboração com fabricantes de automóveis e de sistemas de travagem, estabelecendo como tal padrões de segurança e qualidade tanto no equipamento original como no mercado aftermarket. A Honeywell continua a alargar a sua oferta com os discos de travões Nonox e abrange hoje em dia, graças a mais de 130 referências, uma vasta gama de veículos, incluindo inúmeros modelos dos líderes dos respectivos segmentos de mercado como a Volkswagen, a Audi, a BMW e a Mercedes.

Febi lança novos catálogos Os últimos meses de 2010 serviram também para a Febi lançar novos catálogos. Assim, foram apresentados novos catálogos de peças borracha / metal para suspensão e o catálogo suspensão / direcção (ligeiros) para 2011. Assim, o catálogo de peças borracha / metal para suspensão é uma edição completamente revista do anterior onde se destacam mais de 480 novos artigos nesta edição de 2011 e mais de 2800 referências. Este catálogo aumentou de 768 para 922 páginas, passando a incluir referências para os modelos mais recentes dos principais construtores. Nesta edição a identificação tem, à semelhança da edição anterior, as seguintes características: - Apresentação da suspensão completa através de gráficos; - Gráficos separados por eixo da frente e eixo traseiro e por modelo de viatura. Como em todos os catálogos de linhas de artigos da Febi, pode encontrar as listas de equivalências no final do catálogo. No catálogo suspensão / direcção (ligeiros) existem mais de 350 novos artigos e mais de 3.100 referências (este catálogo aumentou de 1225 para 1309 páginas). Trata-se de um catálogo de fácil identificação devido a variadas ilustrações e fotografias e uma detalhada descrição de todos os artigos, possui gráficos separados por eixo da frente e eixo traseiro e por modelo de viatura, permitindo ainda a localização e identificação de artigos através de gráficos no Tec-Doc.

Presidente da República recebe ACAP Por ocasião das comemorações do seu centenário, a ACAP foi recebida pelo Presidente da República Cavaco Silva. Com este encontro, a ACAP aproveitou para abordar alguns acontecimentos marcantes vividos ao longo dos últimos 100 anos ao serviço do Sector Automóvel, os quais demonstram, simultaneamente, o crescente impacto sócio-económico deste Sector e a sua presença marcante na história de Portugal. Num momento particularmente difícil da conjuntura económica, a ACAP pretendeu, ainda, sensibilizar o Chefe de Estado, no âmbito do seu relacionamento com os outros Órgãos de Soberania, para a relevância da adopção de medidas dinamizadoras do empreendedorismo e da competitividade dos agentes económicos. Preservar simultaneamente o consumo e as exportações, enquanto motores da Economia, onde se enquadram, respectivamente, o comércio e a indústria automóvel, foi uma das mensagens que a Direcção da ACAP também deixou ao Presidente da República, considerando que o sector automóvel ocupa, actualmente, o primeiro lugar em termos do seu peso total nas exportações nacionais e o sector é responsável por 128000 postos de trabalho.


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Davasa certifica “João Mateus Lopes” A Davasa certificou recentemente mais um seu parceiro comercial como "Bosch Injection Systems". Desta vez a oficina certificada foi João Mateus Lopes em Lisboa. Com a necessidade cada vez mais crescente de formação e informação a que estão obrigados os reparadores auto na área de Sistemas de Injecção (especialmente em Diesel) é crucial a integração a este conceito oficinal desenvolvido pela Bosch. Os instrumentos disponiveis por parte deste fabricante em parceria com a Davsa vão desde uma linha de apoio técnico, equipamentos e todo um programa de desenvolvimento com o objectivo de reconhecer os aderentes como especialistas em Sistemas de Injecção.

ChromaVision para quem procura rentabilidade Durante mais de uma década a DuPont Refinish tem proporcionado a todas as suas oficinas a possibilidade de beneficiar da mais alta produtividade graças ao uso da ferramenta de medida digital de cor, o ChromaVision®. O espectrofotómetro é uma ferramenta essencial para todos os repintores ocupados que precisam de uma correspondência de cor perfeita e rápida, aliada às técnicas de medida mais avançadas – e é tão fácil de utilizar. A ferramenta é colocada sobre o veículo, em três pontos diferentes perto da área danificada, onde se obtêm as leituras de cor através dos três ângulos patenteados da DuPont. Por tudo isto, aliado a uma história direccionada em atingir uma correspondência de cor de excelência, não é de admirar que a DuPont Refinish tenha mais de 2.000 espectrofotómetros somente na EMEA. É a combinação entre o hardware e o software que torna o ChromaVision® uma peça fundamental para as oficinas com um grande volume de trabalho. O ColorNet® Pro, o sistema computorizado de gestão de pintura, e o ColorQuick Pro, o software de correspondência de cor, foram concebidos para satisfazer perfeitamente as necessidades dos repintores e as oficinas recebem automaticamente todos os trimestres actualizações de cor. A Impoeste S.A., importador exclusivo da DuPont Refinish para Portugal, recomenda vivamente a utilização diária do ChromaVision® em todas as oficinas que realmente procuram o aumento da sua produtividade e eficiência, pois esta é uma ferramenta que evita incertezas e quando associada ao ColorQuick Pro e ao ColorNet® Pro torna-se de facto a ferramenta de cor mais produtiva que conhecemos. A DuPont Refinish tem também um site dedicado à correspondência de cor, através do acesso directo à página inicial da DuPont Refinish no site www.dupontrefinish.com, que fornece aos repintores uma forma ainda mais flexível e produtiva de obter fórmulas de cor.

Alugar com base no CO2 A Europcar fez o lançamento do seu renovado website, totalmente concebido para melhorar a experiência de reserva do cliente. O novo site disponibiliza um motor de reservas muito simplificado com uma navegação ainda mais intuitiva e fluida, informações importantes em todos os passos do processo de aluguer e com um leque alargado de opções, para que o cliente possa optar pela solução de aluguer e valor que mais lhe convém. Contudo, uma das grandes novidades deste site é que os clientes podem agora escolher a sua viatura com base não só no seu preço e nas suas dimensões, mas tendo em conta também com as suas emissões de CO2, o que reflecte o compromisso da Europcar em “cuidar do Planeta”. Esta versão melhorada é mais simples de utilizar e integra as mais recentes inovações tecnológicas, tal como a adaptação automática das necessidades dos clientes através da memorização de informações previamente inseridas e a exibição dos elementos mais frequentemente utilizados, logo na primeira página. O Site está disponível em www.europcar.pt.


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Pirelli em força no desporto automóvel Desde há anos que a Pirelli tem um vasto envolvimento no automobilismo desportivo em Portugal, como uma montra da capacidade dos seus produtos, mas também como laboratório para os mesmos. Actualmente, segundos dados da própria Pirelli, a marca tem cerca de 60% de quota de mercado na distribuição de pneus para o sector dos desportos motorizados no país, desfrutando de forte presença e destaque nos campeonatos de ralis e de provas de velocidade. Através de Bernardo Sousa a Pirelli foi campeã de ralis em Portugal em 2010, “calçando” o Ford Fiesta S2000. Também no Open de Ralis, o segundo mais importante campeonato de ralis em Portugal, a Pirelli equipou o Mitsubishi Lancer campeão tripulado por Manuel Coutinho. Ainda nesta competição a Pirelli equipou os 17 carros que integraram o Desafio Modelstand, uma competição monomarca que utiliza os Peugeot 206 GTi. Para além da forte presença em ralis, a Pirelli também teve a sua representação nas provas de pista, sendo o pneu oficial para o PTCC – Campeonato de Portugal de Circuitos que viu, a uma jornada do final da temporada, José Monroy e o seu Mitsubishi Lancer Evo IX sagrarem-se Campeões. Também o novo Campeonato de Portugal de GT e de Sport-Protótipos é equipado em exclusivo com pneumáticos Pirelli. Respondendo a um convite da Ford Lusitana e da Q&F, a Pirelli assumiu o papel de fornecedor do inédito Ford Transit Trophy. A ideia foi a de colocar mais de uma dezena de Ford Transit a competirem entre si em corridas de pista, e a Pirelli teve a responsabilidade de fornecer um pneu que respondesse às especificidades desta competição. Refira-se que a Q&F é a distribuidora que fornece a maior parte das provas desportivas, incluindo a Ford Transit Trophy, cabendo à S.D.P. fornecer as provas de PTCC, GT e Sport-Protótipos.

Novos produtos na

Civiparts

A Civiparts, empresa especializada na comercialização de componentes para veículos pesados e equipamentos oficinais, lança duas novidades no mercado: o Filtro WABCO ASP Plus e o Elevador Autolift Profimaster 3000. O novo filtro desumidificador e de coalescência WABCO é considerado a nova geração de protecção dos sistemas de travagem pneumáticos. Além disso, possui características muito avançadas de dupla filtração e maior capacidade de secagem. Pode ser aplicado a todos os tipos de veículos pesados, em especial com alto consumo de ar e compreende ainda prazos de substituição alargados em 50%. Para acompanhar o lançamento desta novidade, a Civiparts está a efectuar um preço especial de lançamento. A Euroaro, Unidade de Negócios pertencente à Civiparts, apresenta agora o Autolift Profimaster 3000, um novo elevador de coluna móvel. Ideal para serviços de carroçaria em veículos ligeiros, este elevador oferece elevadas características técnicas e dimensões compactas. Possui uma capacidade de elevação de 1250 kg a uma altura de elevação de 1000mm, esta atingida em apenas 25 segundos. Sempre atenta às necessidades dos seus clientes, a Civiparts propõe um preço especial de lançamento na aquisição deste equipamento.

Optimal na Menapeças A Menapeças, S.A. acaba de apresentar uma nova parceria com a marca Optimal no que respeita a jogos de rolamentos como também a cubos de roda. A Optimal é uma empresa sediada na Alemanha, de renome no mercado e que assenta na contínua procura da Menapeças em estar cada vez mais perto do seu cliente no que ao mercado de veículos Europeus diz respeito, contando com um cada vez mais completo leque de linhas de produto e com uma oferta de preços cada vez mais competitiva.



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NOTÍCIAS Jornadas técnicas

Davasa / Bosch Acreditando que a informação e a formação são chaves essenciais para o negócio da reparação auto, a Davasa em colaboração com a Bosch, realizou nas suas instalações de Coimbra e de Massamá mais uma Jornada Técnica. Estas jornadas têm o objectivo de apresentar o conceito oficinal B.I.S. (BOSCH INJECTION SYSTEMS) - programa desenvolvido pela Robert Bosch para certificação de oficinas. A certificação de B.I.S. consiste em reconhecer o reparador auto (oficinas livres; concessionários de marca; etc.) por parte da Bosch como capaz de realizar intervenções em diversas áreas que vão desde os mais modernos sistemas de injecção Diesel (Common Rail) e Gasolina aos sistemas de segurança (activa e passiva). Para esta certificação, a Davasa como Distribuidor Bosch coloca ao dispôr dos seus clientes o acesso à formação técnica (cursos ministrados por técnicos Bosch), à subscrição da Hotline Técnica BOSCH, à aquisição de ferramentas especificas e também ao mais conceituado equipamento de Diagnóstico do mercado - o KTS, e seu respectivo Software - o programa de diagnóstico ESI[tronic]. Sendo este um conceito oficinal proporcionado pela Davasa ao seu cliente, possui também instrumentos de fidelização tais como bonificações, campanhas especiais, etc. Em Portugal, o conceito oficinal B.I.S. conta já com dezenas de aderentes.

Centro Zaragoza inaugura novas instalações Decorreu no passado dia 11 de Novembro a inauguração oficial das novas instalações do Centro Zaragoza, situadas no parque Tecnológico do Motor “Technopark” – Motorland, em Alcañiz. O JORNAL DAS OFICINAS esteve presente na cerimónia de inauguração, que contou com a participação de diversas personalidades portuguesas ligadas ao mercado segurador, nomeadamente António de Sousa Noronha, Administrador da Fidelidade e Império Bonança, e Pedro Seixas, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradoras. Estas novas instalações são um complemento às já existentes em Pedrola, perto de Saragoça, e apresentam uma superfície urbanizada de 13.332 m2, dos quais 7.170 são edifícios onde se incluem os Laboratórios (1.800 m2) para investigação de veículos e segurança rodoviária, onde de destaca um simulador de impactos para ensaios de viaturas. A investigação na gestão e controlo dos danos materiais, assim como na prevenção dos danos físicos, dentro do seguro automóvel, e o fomento de iniciativas para a melhoria da segurança rodoviária, vão ficar mais fortalecidos com estas novas instalações do Centro Zaragoza.

Queres ser piloto de ralis? O Rally Talent quer colocar a correr no Open de Ralis de 2011, dois jovens talentosos pilotos, com idade até 25 anos e que nunca tenham tido uma licença desportiva como condutor nos ralis. Esses dois pilotos irão utilizar um Peugeot 206 GTi de Troféu, em quatro provas (duas de asfalto e duas de terra), permitindo dessa forma que os pilotos possam evoluir a sua condução de prova para prova, ao lado de um experiente navegador. A fase eliminatória (disputada com os Peugeot 206 GTI de rali) decorrerá de 7 a 9 de Janeiro na Pista de Sever de Vouga, com os candidatos a submeterem-se a provas dinâmicas, sendo avaliados por alguns Campeões Nacionais de Ralis (Bruno Magalhães, Miguel Campos e Adruzilo Lopes). O período de inscrição decorre até ao dia 20 de Dezembro, podendo o Boletim de Inscrição e o Regulamento do “Rally Talent” ser pedido em exporacing@sapo.pt ou pelo telefone 937 031 657.


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NOTÍCIAS

Nova imagem e novos serviços As empresas “Socar” e “Reta” já tinham unido as áreas comerciais em 2005 e passam agora a assumir a denominação Reta - Serviços Técnicos e Rent-a-cargo, S.A. Com uma imagem mais atractiva, moderna e dinâmica, mantém as cores laranja e azul-escuro, antigas cores da Socar. A Reta está a apresentar dois novos serviços: aluguer de tractores de curta duração e protecção total. O aluguer de tractores por períodos de curta duração prevê que os clientes da Reta possam alugar um tractor mediante os picos de trabalho ou quando os seus tractores estão em reparação – este serviço é uma inovação, já que não existia em Portugal. Protecção total é uma cobertura opcional para o seguro de aluguer de semi-reboques – super CDW – em que o cliente da Reta fica isento do pagamento da franquia ob-

Reta

rigatória e isento de responsabilidade por colisão. A Reta possui uma rede de oficinas em Portugal (Carregado, Vila Nova de Gaia e Perafita) onde disponibiliza, num conceito pioneiro em Portugal, uma oferta integrada e transversal de serviços de apoio ao transporte rodoviário de mercadorias: aluguer de semi-reboques e de tractores, montagem e venda de semireboques novos e usados, e serviços de manutenção e reparação. Em 2009, as duas empresas, Socar e Reta facturaram 12 milhões de euros. Para 2010 e 2011, o foco da Reta vai ser o crescimento das vendas no segmento de manutenção e reparação de semi-reboques, assim como a exploração do aluguer de viaturas, enquanto vantagem competitiva para os operadores de transporte e de logística.

Autodata com mais actualizações Já está disponível a mais recente versão do Autodata em DVD. A edição 38 inclui mais 80 modelos de automóveis, bem como uma série de informação actualizada em diversos modelos BMW, Mazda e Mercedes. Foi acrescentada informação nova e actualizada sobre a correia da distribuição, incluindo alte-

Novas soluções

rações aos intervalos de substituição, para a Audi, Fiat, Renault, Skoda, Subaru e Suzuki. Passou igualmente a estar disponível informação nova sobre carretos e correntes da distribuição para Audi, Citroën, Peugeot e Volkswagen. Neste software foi também renovada a informação sobre intervalos de revisão de diversos modelos de automóveis.

Brain Bee

Esta marca apresentou o seu novo aparelho de diagnóstico b.Touch (ST 9000), com um ecrã táctil, totalmente integrado num PC, o que permite actualização permanente das bases de dados. As funções de busca rápida e autodiagnóstico por sistemas, permite localizar e corrigir facilmente as avarias, tirando partido da base de dados, com parâmetros de afinação, gráficos comparativos e visualização dos parâmetros analisados. Outra novidade é a sua nova linha Clima, já adaptada ao novo fluido refrigerante R1234yf. O custo elevado deste novo fluido exige que sejam optimizadas as quantidades de gás recuperadas e reintroduzidas no circuito, a fim de evitar anomalias e desperdícios de material. Por essa razão, ao conceber a sua nova geração de equipamentos Clima, a Brain Bee prestou a máxima atenção às quantidades de carga de gás. Esta precisão é uma das principais características das novas estações de A/C Brain Bee 1234. As máquinas com a tecnologia de injecção volumétrica (Clima 1234P) a variação das quantidades de gás é inferior a 1%, optimizando o uso do gás e reduzindo consequentemente os custos de manutenção.

Bridgestone lança website sobre segurança de pneus A Bridgestone lançou um novo website desenvolvido para aumentar a percepção da importância da segurança dos pneus. Este website teve ajuda de Tony Jardine, especialista sobre temas automóveis na Inglaterra, que participa no site através de uma série de pequenos vídeos demonstrando os três pilares da segurança de pneus: pressão, profundidade e dano/desgaste irregular. O site é o novo elemento da Bridgestone da campanha de segurança dos pneus (Pense Antes de Conduzir), que inclui também mais de 50 mil inspecções a pneus realizadas anualmente na Europa. Para mais informações, visite o site em www.TyreSafety.eu

Caetano Retail inova em serviços O Caetano Retail Apoio 24 é um serviço de assistência completo, válido em caso de acidente automóvel, que foi desenvolvido por esta empresa. Este serviço está disponível através do número 707 10 23 45 e coloca à disposição do automobilista vantagens e condições exclusivas: · Apoio e aconselhamento desde o momento do acidente até à conclusão do processo; · Envio de reboque ao abrigo da Assistência em Viagem, caso esteja contratado com a sua Seguradora; · Viatura de substituição (quando prevista no seu seguro); · Gestão e acompanhamento do processo junto das oficinas e seguradoras, incluindo marcação de peritagens, controlo dos custos de reparação, controlo do processamento de indemnizações e instrução de processos de pedido de reembolsos de despesas; · Aconselhamento na venda de salvados, caso o veículo seja considerado como “perda total”; · Defesa e reclamação jurídica quando necessária. · Informação permanente sobre o estado do processo. Todos estes serviços incluídos no Caetano Retail Apoio 24 são prestados por profissionais altamente qualificados que estão prontos para garantir um apoio rápido, eficaz e personalizado, 24 horas por dia, incluindo fins-de-semana e feriados.

Novidades da

Launch Ibérica

A Launch Ibérica reuniu os seus distribuidores e delegações, num total de mais de 80 pessoas, para apresentar as novidades para 2011. No que respeita a sistemas de diagnóstico, foi apresentado o Autobook, com sistema operativo Linux e ecrã táctil, possuindo bases de dados com mais de 40 marcas de automóveis. Este aparelho está preparado para detectar e apagar códigos de avaria, efectuar o diagnóstico de componentes, realizar afinações, etc. Trata-se de uma solução dirigida para oficinas que pretendem ter acesso ao diagnóstico por um custo acessível e sem grandes complicações. O Autobook tem ligações específicas para todas as marcas, sendo da maior utilidade em locais onde é exigida grande cobertura do parque, como as oficinas de colisão, serviços rápidos, casas de pneus (e não só...), etc. Foi igualmente apresentado o aparelho X 431 NCP, que vem substituir o X-431 Top. Este sistema é composto por módulos ligados entre si pelo sistema wifi (mais rápido do que o Bluetooth), constando de um monitor de 7", uma impressora térmica, um osciloscópio de 4 canais, um aparelho de teste para sensores com multímetro, bem como um sistema de alinhamento de direcções, que apenas necessita de 4 captadores de sinal. O sistema wifi permite entre outras vantagens as actualizações mais rápidas, procurar informação técnica na Net e reconverter a ECU do motor, através do site do construtor, segundo a norma J2534. Outra novidade na área do diagnóstico foi o X431 Solo, um sistema monomarca com um ecrã táctil de 4.3". O sistema pode ser carregado com dados de qualquer marca à escolha. A sua função é trabalhar como segundo equipamento de diagnóstico, para uma marca com menos cobertura nos outros aparelhos. O Solo estará disponível ainda antes do fim do ano. Para fechar as novidades de diagnóstico, a Launch Ibérica apresentou o Creader 6, que se destina a substituir o Creader 5, oferecendo uma imagem renovada e um ecrã de cores que permite a visualização de gráficos. Paralelamente, foi apresentado um novo elevador de 2 colunas TLT 250 AT de 5 toneladas e 3,98m de elevação (para furgões e chassis/cabina de médio porte), a nova máquina de equilibrar KWB-503 e o mini banco de carroçaria TRC 3, assim como uma estação automática de reciclagem e recarga de sistemas de A/C. A Launch também informou que a empresa obterá a Certificação ISO9001 até ao final de 2010.



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Novo Director de Peças da

Peugeot A Peugeot Portugal Automóveis alterou a sua estrutura dirigente ao promover a mudança de funções de dois dos seus Directores. António Santos, até agora Director da Peugeot Portugal Automóveis Distribuição (Rede Própria), assume a Direcção de Peças e Serviço, sucedendo a João Mendes, que passa a dirigir a Rede Própria da Marca em Portugal. António Santos está ligado profissionalmente à Peugeot desde 1995 e nos últimos quatro anos esteve à frente dos destinos da Rede Própria da marca em Portugal. A sua carreira na empresa começou na área Comercial, onde desempenhou as funções de Delegado de Frotas, de Responsável Comercial Rede e de Responsável de Frotas. A partir de 1999 dirigiu as concessões da Marca Peugeot do Grupo Sousa Lima, tendo regressado ao Grupo em 2004, para o Banque PSA Finance como Director de Vendas. Em Setembro de 2006 foi convidado a integrar a Peugeot Portugal Automóveis Distribuição, Rede Própria, como Director, pasando agora a assumir funções na Direcção de Peças e Serviço.

Auto Torre da Marinha com Valvoline A Auto Torre da Marinha, um dos mais dinâmicos retalhitas de peças da margem sul, juntou à sua gama de produtos mais uma marca de relevo. Assim, a ATM passou a partir do mês de Outubro a ser o distribuidor oficial da Valvoline no distrito de Setúbal, depois desta conhecida marca de lubrificantes passar a ser distribuída em Portugal pela Krautli. PUB

NOTÍCIAS ContiTech

Novos Kits com TVD

O amortecedor de vibrações de torção (TVD) é um componente indispensável dos sistemas de transmissão multi-V, porque protege a correia, polias e os acessórios que são accionados por esta, aumentando o seu rendimento e a sua vida útil. A ContiTech acaba de lançar novos kits destas correias para as principais marcas francesas e do grupo Fiat/Lancia, que incluem a correia, o amortecedor TVD e os necessários parafusos de aperto deste. A ContiTech está a fornecer as suas correias de qualidade original apenas com o kit completo. Embora as polias não façam parte destes kits. A ContiTech recomenda a sua verificação regular e a sua substituição a cada 120.000km, pois os defeitos e anomalias não são facilmente detectáveis pelos técnicos. Os kits CONTI-V MULTIRIB KIT facilitam a montagem nas oficinas e garantem um serviço de qualidade ao cliente final, porque as peças vendidas separadamente geralmente não se ajustam de uma forma óptima. Os tempos de substituição para os amortecedores de vibrações de torção podem, conforme o veículo, divergir fortemente. No entanto, estima-se um valor de referência médio de uma hora para a montagem de um TVD. Os kits com TVD estão disponíveis também na TecDoc, que fornece toda a informação técnica para os retalhistas e reparadores.

Novas instalações

Domingos & Morgado A Domingos & Morgado, empresa que se dedica ao sector da jantes de liga leve e equipamentos para casas de pneus e oficinas auto, acaba de mudar de instalações. Devido à dinâmica de crescimento da empresa e à necessidade de prosseguir a política de excelência junto dos seus clientes, desde o dia 1 de Novembro que passou a operar a partir das suas novas instalações. Localizada na Via Central de Milheirós, distante pouco mais de 1km da antiga sede, as novas instalações reúnem excelentes condições para o desenvolvimento da Domingos & Morgado, tanto na vertente das jantes de liga leve, como na dos equipamentos para casas de pneus e oficinas auto. Será, talvez, a área dos equipamentos a mais beneficiada com esta mudança de instalações, uma vez que lhe permitirá albergar um novo “Centro de Formação”. Embora não restrito ao sector dos equipamentos será, sem dúvida, este a retirar o maior partido do novo centro de formação, devido à necessidade de formar técnicos qualificados para operar com equipamentos cada vez mais sofisticados, segundo informou um dos responsáveis da empresa. Completamente equipado e recorrendo às mais recentes tecnologias, o novo centro de formação constitui um pólo de excelência no relacionamento com os clientes para a Domingos & Morgado, garantindolhes a possibilidade de uma formação contínua em diversos sectores da sua actividade.

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Jornal das Oficinas Dezembro 2010

NOTÍCIAS

Haweka lança DuoExpert A Haweka Portugal lançou um sistema indicado para 99% de viaturas ligeiras de passageiros, em termos de equilíbrio de rodas de um automóvel. A solução apresentada por esta empresa especialista na área do equilíbrio de rodas chama-se DuoExpert, sendo um sistema que garante Tolerância Zero na centragem, entre o veio e o adaptador bem como entre o adaptador e o centro da jante a equilibrar. Apenas dois DuoExperts são necessários para cobrir 80% do mercado de viaturas ligeiras, necessitando apenas de mais um DuoExpert para os restantes 20%. O DuoExpert é muito simples de usar segundo a Haweka, sendo um sistema que tem a aprovação dos principais os fabricantes automóveis.

Flashlube protege válvulas A Atwoo Car Cosmetic de Armindo Oliveira & Oliveira, lda, acaba de lançar no mercado um novo produto. Trata-se do novo sistema Kit Electrónico Flashlube Protecção de Válvulas, um produto que é a solução para injectar directamente no sistema de combustível dos veículos. Um reservatório cheio (400 ml) concede protecção a um veículo até 4000 Kms, tratando 400 litros de combustível. É um produto indicado para motores de automóveis a gasolina, GPL, CNG, mas também mo-

tores de empilhadores, motores industriais ou agrícolas. Entre as características deste produto destacam-se as seguintes: - Protege as válvulas e os assentos das válvulas do desgaste. - Faculta uma economia de combustível até 5.3%. - Limpeza dos injectores e sistema do combustível. - Lubrifica a área superior dos cilindros. - Seguro para os veículos mais recentes. - Reduz as emissões poluentes. - Preserva a duração do motor e reduz o seu aquecimento.

Syntium

Clientes visitam fábrica de Barcelona A Petronas Lubricants Portugal promoveu uma viagem a Barcelona, onde um animado grupo de clientes da rede Syntium, oriundos de vários pontos do continente e ilha da Madeira, teve a oportunidade de conhecer as modernas instalações da fábrica de Barcelona, unidade responsável pela produção da gama de lubrificantes Syntium. Durante quatro dias quase duas dezenas de clientes da rede Syntium passaram a conhecer as actividades das empresas que compõem o Grupo Petronas, bem como as etapas de produção, embalagem e distribuição dos lubrificantes, para além de visitarem os modernos laboratórios localizados na fábrica de Barcelona. A viagem dos clientes da rede Syntium culminou com uma visita guiada num city tour pelos principais pontos de atracção da capital da Catalunha denotando-se entre todos um indisfarçável desejo de novas participações em futuras acções da Petronas Lubricants Portugal.

Fill One para encher aerossóis

Tonalidades

Glasurit com a Magic Collection

A Glasurit Magic Collection é uma colecção de tonalidades que se destacam pelo seu extremo efeito de alternância. De acordo com o ângulo de visão e incidência da luz, as cores da pintura com efeito mudam como por magia, por exemplo de verde para dourado, de violeta para turquesa passando pelo rosé ou de azul para cinzento. A causa desta mudança de cores são pigmentos especiais que possuem um espectro muito rico em cores. No total, a Glasurit Magic Collection engloba nove tonalidades, cujos nomes nos cativam como por magia. Os seus nomes são Blue Moon [luz de luar], Rising Phoenix [pena de fénix], Tempting Illusion [tentação], Perfect Spell [encantamento], Shiny Blaze [poder do fogo], Mighty Dragon [coração de dragão], Romantic Fairytale [magia do amor], Mystic Fire [fogo mágico] e Enchanted Forest [floresta encantada]. PUB

A nova pintura com efeitos substitui as Glasurit Fantasy Colors. A Glasurit Magic Collection não disponibiliza apenas numerosas tonalidades para os proprietários dos automóveis, como também uma nova concepção, da qual as oficinas tiram proveito. Ao contrário do que acontecia com as Fantasy Colors, as oficinas podem adquirir a Glasurit Magic Collection directamente junto do seu fornecedor – com prazos de fornecimento mais reduzidos e tamanhos de embalagem mais flexíveis. As tonalidades da Glasurit Magic Collection existem como tinta de acabamento à base de água ou solventes. Este é trabalhado como pintura bicamada, muito simples e sem complicações numa relação de mistura de 2:1 para a Glasurit série 90 ou relação 2:1 para Glasurit série 55. Para obter o efeito de cor pretendido apenas é necessário um substrato uniforme cinzento claro.

A Mota & Pimenta, Lda, acaba de lançar no mercado uma nova máquina carregadora de aerossóis para tintas em spray, a Fill One. Este inovador sistema de enchimento de aerossóis é 100% pneumático e quando comparado com os sistemas tradicionais existentes no mercado proporciona inúmeras vantagens, nomeadamente: - Não requer trabalho de limpeza; - Não desperdiça tinta; - Enchimento em tempo recorde (3-4 segundos); - Respeito pelo ambiente; - Não emite cheiros; - Proporciona um ambiente limpo e saudável ao utilizador; - Serviço muito rápido (perfeito para vendas a balcão); - Máquina pequena e compacta para poupança de espaço; - Indicação da cor na tampa do aerossol; - Sem avarias eléctricas. Graças a este conceito inovador desenvolvido pela Fillon Technologies é possível poupar tempo, reduzir custos e esforços, bem como libertar o funcionário dos constrangimentos de limpeza graças à utilização desta nova tecnologia patenteada de cápsulas de enchimento de aerossóis.



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REDE DE DISTRIBUIDORES DO JORNAL DAS OFICINAS

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VIBOCAR

QUASIPEÇA

undada em 1990 por três sócios, a Vibocar viria a ficar em 2000 propriedade de apenas um dos sócios fundadores, Bashir Ismail. Desde então, este retalhista de peças tem marcado a sua posição no Concelho de Cascais, embora venda a nível nacional, incluindo as ilhas. A Mundimotor é parceiro comercial, tendo recentemente acordado a distribuição dos óleo Gulf. Como fornecedores preferenciais para as peças aftermarket, tem a Autozitânia, CS Peças Auto, AS Parts e Davasa. Para as peças originais conta com a M Coutinho. A qualidade de serviço é a grande aposta da Vibocar e tem a haver com entregas rápidas, atendimento profissional e material Premium. Serve uma clientela que não procura preços, mas sim qualidade no produto e serviço. Tem actualmente 5 oficinas fidelizadas e quer aumentar esse número.

Quasipeça foi criada em 1995 por Carlos Manuel Sanches Garcia, empresário com uma vasta experiência no sector da distribuição de peças, tendo sido Administrador da Europeças de 1980 a 1995. A empresa começou em Benfica, mas mudou para as actuais instalações na Buraca, em 1998. Com o decorrer dos anos, houve necessidade de aumentar o espaço, por isso adquiriu mais 2 lojas, possuindo um total de 3 lojas com uma área de 320m2. Para Carlos Garcia, 2011 vai ser um ano de consolidação com os clientes que tem. “Vamos manter quem confia em nós e em quem nós temos confiado também”, diz este responsável, que espera manter a facturação para 2011 igual à deste ano. O bom desempenho da Quasipeça devese a uma gestão criteriosa, que vai permitir terminar o ano com menos vendas mas maior rentabilidade, graças a uma melhor gestão de custos.

F

A

Largo do Chafariz, 60 Loja B, Galiza 2765-311 S. João do Estoril Telefone: 21.468.97.03 Fax: 21.467.46.76 Gerente: Bashir Ismail Data da fundação: 1990 Nº de empregados: 7 Área total das Instalações: 400 m2 Número de clientes activos: 100

Morada: Estrada do Zambujal, Lote 25 – Lj ½ Buraca 2720-417 Amadora Telefone: 21.472.54.60/1 Fax: 21.472.54.69 E-mail: c.garcia@sapo.pt Cargos Directivos: Carlos Garcia e Rui Conde Data da fundação: 1995 Nº de empregados: 9 Área total das Instalações: 320 m2 Número de clientes activos: 120

PRINCIPAIS MARCAS: Ferodo, Sachs, Fiamm, Bosch, SKF, Gates, Monroe, Luk, INA, Brembo, Payen, FAG, Febi, Champion, Textar, FAE, Hengst, Doga, QH

PRINCIPAIS MARCAS: Ferodo, Sachs, Luk, , Bendix, , Champion, Contitech, FAG, Ferodo, INA, Mann Filter, Mintex, Monroe, NGK, Optimal, Osram, Valeo

Morada:

SANTOS & REBELO

A

Santos & Rebelo conta já com quase um quarto de século de existência, sempre nas mesmas instalações, o que é revelador do bom trabalho feito ao longo de tantos anos de actividade. Tem conseguido sempre evoluir e adaptarse ás mudanças do mercado, sendo reconhecida pelos bons preços que pratica e pela oferta alargada de produto. Localizada numa zona com muita concorrência de casas de peças, a Santos & Rebelo marca a diferença pelo profissionalismo e apoio dados aos clientes. Dá prioridade às marcas Premium, mas também dispõe de uma 2ª linha alternativa ao cliente. Neste caso preocupa-se em explicar as diferenças dos produtos a nível de preços e qualidade do material. Para 2011, Luzia Rebelo diz estar confiante em manter o mesmo volume de vendas, pois acredita que as pessoas vão continuar a manter os seus veículos. “Recebemos cada vez mais, pedidos de peças para modelos de carros antigos, o que não era normal acontecer”, diz esta responsável.

MCD GARCIA

F

undada em 1990 por Manuel Angelino, a MCD Garcia começou a sua actividade no centro de Pêro Pinheiro, tendo mudado para as actuais instalações em 1998. Passou de 120m2 de área para mais de 1200m2, o que proporcionou um aumento substancial do número de clientes e respectivas vendas. Roberto Angelino, filho do fundador, considera que os pontos fortes da empresa são a proximidade com o cliente que gera uma relação de confiança mútua. “Com o tempo adquirimos as ferramentas necessárias para ajudar o cliente. Quando tem dúvidas contacta-nos e nós ajudamos a encontrar a solução para os seus problemas”, diz. Neste momento a empresa está a ser remodelada e a escoar o stock, para conseguir fazer novos investimentos em recursos humanos, desenvolver novas linhas de distribuição e oferecer um melhor serviço ao cliente.

Morada:

Av. Tomás Ribeiro, 58 B 2795-184 Linda-a-Velha Telefone: 21.419.09.78 Fax: 21.419.09.78 E-mail: santos.e.rebelo@gmail.com Internet: www.santoserebelo.blogspot.com Cargos Directivos: Maria Luzia Rebelo e António Augusto Santos Data da fundação: 1986 Nº de empregados: 3 Área total das Instalações: 60 m2 Número de clientes activos: 20

Morada:

Av. 1º de Dezembro, 20 2715-109 Pêro Pinheiro Telefone: 21.967.44.19 Telemóvel: 96.235.20.26 E-mail: mcd.garcia@mail.telepac.pt Cargos Directivos: Manuel Angelino, Roberto Angelino, Joana Angelino e Maria Celeste Data da fundação: 1990 Nº de empregados: 20 Área total das Instalações: 1.200 m2 Número de clientes activos: 200

PRINCIPAIS MARCAS: Contitech, Gates, Ina, SWF, Delphi, Purflux, Mahle, Sofima, Ate, Ferodo, Lucas, Dolz, kWP, Luk, Sachs,TRW, NGK, Beru, Victor Reinz, FAI

PRINCIPAIS MARCAS: AMC, Glaser, INA, HEPU, Airtex, Luk, Brembo, Payen, FAG, Aisin, Febi, Champion, Textar, Bilstein, Boge, FAE, Hengst, Sachs, Doga, QH, Lemforder, FAI, Hella


REDE DE DISTRIBUIDORES DO JORNAL DAS OFICINAS

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Com o apoio:

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AUTO VIPEÇAS

AZ AUTO

elebra este ano o 25º Aniversário de actividade. Começou apenas com uma loja, mas ao fim de cinco anos adquiriu a loja ao lado, ficando com 300m2 de área para balcão e stock de peças. Fez recentemente uma parceria com a Autozitânia e tem sempre disponível grande stock de peças de marcas Premium, mas também tem outras opções para o cliente poder decidir. Concentra a sua actividade na zona de Cascais, pois quer manter um relacionamento de proximidade com os clientes, para ter sempre uma resposta rápida na entrega de material. Está actualmente a preparar um site da empresa que promete novidades. Para o próximo ano, Vitor Alves, sócio gerente, prevê tempos difíceis, mas confia que vai manter o volume de negócio “porque as pessoas não vão ter poder de compra para comprar carros novos e por isso vão investir na manutenção dos carros que têm”, diz.

AZ Auto iniciou a sua actividade em Janeiro de 1983. Com um crescimento sustentado e uma visão estratégica empreendedora, foi alargando a sua gama de produtos e a sua oferta de serviços, tendo hoje adquirido uma posição de destaque no mercado onde opera. Integrada no canal do mercado independente, dedica-se às marcas que trabalha numa perspectiva de especialização, seleccionando apenas produtos de qualidade original. Em 2009 realizou uma parceria estratégica com a M Coutinho Peças, que se concretiza na partilha de novas instalações em Camarate, onde a AZ Auto tem a sede, e no âmbito logístico onde acrescem serviços altamente diferenciadores que acrescentam valor ao negócio e promovem relações de longo prazo. Desenvolve um modelo de negócio direccionado às oficinas independentes, cujo principal objectivo é aumentar competências para desenvolver o negócio sem que a oficina perca a sua identidade.

C

Morada: Rua de S. José, Lote B, Loja Dta., Fontainhas 2750-135 Cascais Telefone: 21.483.22.05 Fax: 21.483.71.55 E-mail: autovipecas@netcabo.pt Cargos Directivos: Vitor Alves e Paulo Alves Data da fundação: 1985 Nº de empregados: 12 Área total das Instalações: 300 m2 Número de clientes activos: 80

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Morada: Rua dos Bombeiros Voluntários de Camarate 2680-490 CAMARATE Telefone: 21 942 80 00 Fax: 21 940 24 13 e-mai: info@azauto.pt Internet: www.azauto.pt Director-Geral: Pedro Barros Data da fundação: Janeiro 1983 Área total das instalações: 1.200m2

PRINCIPAIS MARCAS: Contitech, Gates, Ina, SWF, Delphi, Purflux, Mahle, Sofima, Ate, Ferodo, Lucas, Dolz, kWP, Blue Print, Luk, Sachs,TRW, NGK, Beru, Victor Reinz, FAI

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D onaCusc

DONA CUSCA* VISITA...

... DISTRIBUIDOR DE PEÇAS: Runkel

“Ainda é cedo

para falar de outras áreas” Embora não o querendo admitir directamente, Marco Amaral deixou escapar a vontade da Runkel adoptar novas áreas de negócios. Quais? Essa foi uma resposta que a D. Cusca não conseguiu obter, embora aqui trace o retrato da empresa.

Q

uem passa na Estrada Nacional 10 encontra um maciço de árvores bastante altas e extremamente frondosas, que contrastam com a quase geral ausência de verde ao longo desta artéria já ribatejana ladeada em longas extensões por indústrias que praticamente param quando chegam à malha residencial. Ao quilómetro onze da Nacional 10, por detrás de um arvoredo que sempre reteve o meu olhar a cada passagem ainda miúda, vislumbra-se o edifício Cimpomóvel, que aloja as empresas do Grupo com o mesmo nome. Conheci-o profissionalmente mas nem me lembrava bem das salas onde estive nessa ocasião. Por isso, nesta edição, ao visitar a Runkel, acabo por recordar-me de alguns lugares mesmo que tenha havido obras de remodelação. As árvores tornam este local num espaço aprazível para tra-

Ricardo Antunes, Pedro Silva, Gabriel José, Antonio Fernandes e José Ramos

balhar. Sortudos são os que trabalham no andar térreo em frente à “verdura”… nada mais, nada menos, que os funcionários da loja da empresa-anfitriã. No mesmo piso ficam ainda os escritórios e o armazém… mas vamos por partes. Primeiro, há que justificar a ausência de imagens do nosso guia. Marco Amaral é gestor de produto júnior avesso a fotografias. Mas revelou-se um precioso contador da história e de factos da Runkel! A génese da empresa está mais abaixo, por agora vamos mesmo ficar a conhecer o espaço… Com quatro áreas de negócio, entre as quais duas que dizem respeito ao segmento a que pertencem os nossos leitores – a da distribuição de peças e acessórios auto multimarca e a da distribuição de equipamento oficinal – a Runkel emprega “46 funcionários, dando grande im-

* Dona Cusca é a nova colaboradora do JORNAL DAS OFICINAS. Excessivamente curiosa em relação a tudo o que se relaciona com o sector automóvel, conhece este mercado melhor do que qualquer dona de casa e mesmo do que muitos homens. Intrometendo-se de forma mais ou menos indiscreta para satisfazer a sua curiosidade, os seus artigos representam uma visão particular, alheia ao sector, que pensamos ser de interesse para todos os leitores. Sejam por isso compreensivos em relação às suas opiniões.


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DONA CUSCA* VISITA... No Universo Cimpomóvel A Runkel ocupa grande parte do piso térreo do Edifício Cimpomóvel, com a loja, escritórios e armazém. A loja – aberta também ao público, com as empresas a representarem 80 por cento dos movimentos - e o armazém – partilhado com o importador da Suzuki, embora fisicamente separado - funcionam em dois turnos, entre as 8h30 e as 19 horas. “No piso de cima está o importador” e, no segundo andar, situam-se a Administração, os serviços partilhados (informática e contabilidade) e um simpático “refeitório que funciona entre as 8h30 e as 16 horas”. Marco confessa que se vive um “ambiente bastante bom no Grupo Cimpomóvel. E até mesmo com as pessoas da Scania que, apesar de ter sido vendida a outra empresa, se mantém nas suas instalações de sempre: aqui!”

A loja da Runkel serve profissionais e particulares, funcionando com dois turnos portância ao departamento comercial com 16 vendedores. Destes, todos vendem peças, acessórios e equipamento oficinal, embora existam duas pessoas a tratar apenas desta área e uma que trata da assistência técnica”, explica Marco. “Juridicamente sediada em Coimbra, onde existem armazém, loja e administração” e garantindo a cobertura da zona centro, a Runkel acaba por ter nas instalações de Lisboa, que cobrem o sul e ilhas, a sua casa-mãe, enquanto a loja do Porto presta serviço na região norte. Aliás, é principalmente à filial do Porto que Marco Amaral atribui os louros pela forma como a empresa tem encarado tempos economicamente nefastos para a sociedade global e a nossa em concreto… “Sem o apoio logístico no norte o nosso crescimento teria sido quase nulo. Demos um grande salto no volume de vendas porque, embora sempre tenhamos trabalhado o país inteiro, a partir do momento em que abrimos instalações no Porto tornouse mais fácil a cobertura geográfica tanto mais que não só estabilizámos a equipa comercial, como a reforçámos. Passámos de uma facturação de cinco milhões de euros em 2007 para oito milhões em 2008!” Tendo em conta a actual conjuntura, o nosso interlocutor é positivo na análise do estado actual: “Mesmo não tendo crescido nestes dois últimos anos, temos conseguido manter os resultados”. Neste ponto há que ressalvar a importância do programa informático que, desde 2004, é instalado nos principais clientes. “Ficam directamente ligados ao sistema do Grupo Cimpomóvel, tal como

A rotatividade de stock a cada dois, três meses, permite que a Runkel e o importador Suzuki continuem a partilhar o armazém

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sucede com os nossos concessionários Suzuki.” Com uma base de dados com 2.000 clientes, a ligação informática estende-se a cem, que usufruem de uma ferramenta “vantajosa: vêem logo o preço e a disponibilidade, fazendo de imediato as encomendas”. Mas como dizia Marco Amaral antes deste parêntesis, embora não tenham “sentido a crise, esse é o retorno dado pelos clientes”. Uma situação que levou as empresas distribuidoras a acautelarem pagamentos. “É uma questão sempre complicada, tanto dos nossos clientes, como dos clientes deles. E os nossos dizem-nos que também não recebem de imediato dos deles...” De qualquer forma, “a concessão do crédito está cada vez mais apertada e há limites de crédito que não são ultrapassáveis”, adianta. Também por isso, a Runkel reforça condições na prestação de serviços: “O preço é sempre muito importante, num mercado em que há muita oferta. Tal como o stock, a distribuição e o prazo de entrega…” Marco dá um exemplo prático. “Para além de trabalharmos com retalhistas, somos distribuidores oficiais Bosch, que é a nossa principal marca e tem cerca de 15 distribuidores. Nós estamos entre os principais – fornecemos cerca de 40 Bosch Car Service, o que equivale a 30 por cento da rede - mas, mesmo assim, se não tivermos algo, o cliente vai comprar a outro lado, ainda que o tenhamos fidelizado nos últimos anos.” E, se por um lado, é real a importância da presença física da Runkel a norte, tam-

Um pouco de História

Runkel Sede: EN 10, Km 11, Edifício Cimpomóvel 2694-003 Santa Iria de Azóia Tel.: 219 569 478 Fax: 219 569 479 E-mail: marketing@runkel.biz Internet: www.runkel.biz

Corria o ano de 1951 quando Albert Runkel abriu a primeira oficina na Guarda Inglesa em Santa Clara (Coimbra). 13 anos volvidos nascia a Runkel & Andrade, sociedade de três partes iguais, partilhadas pelo fundador, Alberto Runkel Iturrizaga e Armindo da Silva Andrade. Actualmente, a Runkel mantém-se na cidade do Mondego nas mesmas instalações desde Novembro de 1965, na Avenida Fernão de Magalhães, então com o número 199. E a Runkel foi crescendo… Tornou-se distribuidora da Robert Bosch Portugal, agente na área de electrodmésticos, rádios, televisões, gravadores, radiadores, ar condicionado, material fotográfico, ferramentas eléctricas, material Eise-Mann e intercomunicadores. No fantástico Maio de 1968, abre instalações em Aveiro, que depressa recebem a extensão de contrato da Bosch. Quando o Grupo Cimpomóvel a adquire em Dezembro de 2001, transforma-a numa sociedade anónima e dinamiza-a, quer pela remodelação das instalações existentes, quer com a abertura de novas instalações no edíficio-sede do grupo, quer mais recentemente com as novas instalações no Porto. Faz dois anos em Janeiro que a Runkel adoptou a nova imagem.

Grupo Cimpomóvel O segundo termo desta designação prontamente é associado ao do importador exclusivo de veículos ligeiros Suzuki. Mas muito mais se aloja neste ninho de braços abertos a uma panóplia de negócios. - Cimpomóvel - Gestão e Participações, SA; - Cimpomóvel - Imobiliária, SA; - Cimpomóvel - Veículos Ligeiros, SA (importador Suzuki); - Cimpomotor - Veículos Automóveis, SA (concessionário Suzuki e Chevrolet em Lisboa, KIA em Lisboa e Cascais, serviço autorizado em Lisboa); - Cimpomóvel Dealer - Veículos Automóveis, SA (concessionário Suzuki e Saab no Porto); - Cimpomóvel - Tecnologias e Comunicações, SA (agente empresarial Vodafone); - Disegur - Sociedade Mediadora de Seguros, Lda.; - e a Runkel & Andrade, SA, vista à lupa nesta edição do Jornal das Oficinas.

bém é verdade que “a concorrência em Lisboa aumentou. Penso que no ano passado éramos os únicos mas como outros distribuidores alargaram os seus raios de acção...” Por isso, na Runkel os objectivos para 2011 são claros: “O que mais valorizamos é arranjar mais parcerias, mais fornecedores alternativos e alargar a oferta em termos de equipamentos oficinais e de outros serviços.” Haverá áreas a que gostassem de “piscar o olho”? “Se calhar, algumas! Mas é cedo para falar nisso. Claro que o ideal seria podermos fornecer tudo quanto o cliente desejasse. E que ele não procurasse outro fornecedor. Esta é uma área tão vasta…”


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MULHERES NO PÓS-VENDA Alexandra Domingues, Inspectora de IPO

“Já me mandaram coser

meias…”

A história de uma mulher que inesperadamente se tornou inspectora e no seu local de trabalho conheceu um colega, com quem hoje partilha a ansiedade do nascimento da filha de ambos, como se de uma espantosa prenda de Natal se tratasse, pois é perto dessa data que deverá nascer.

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ontinuassem os desencontros e correríamos o risco de já não conseguir falar com Alexandra Domingues, 35 anos, inspectora do Inspezalves, antes de gozar os seus meses de licença de maternidade. É que, para além de vos querermos dar a conhecer uma mulher neste feudo ainda tão masculino, queríamos mesmo que fosse ela a nossa interlocutora, apenas e tão somente pela graça da barriguinha proeminente onde se aloja uma menina ainda sem nome escolhido. Desconhecemos, no entanto, se à hora da saída deste JORNAL DAS OFICINAS a menina não terá já decidido nascer, embora a data prevista para o grande acontecimento seja 27 de Dezembro de 2010. Mas, antes de mais, recuemos no tempo para perceber como é que Alexandra enveredou por esta profissão. “Tudo aconteceu por acaso”, diz a pré-mamã, recordando a época em que a sua vida profissional seguiu um rumo inesperado. “Eu era para ser secretária do dono de um centro que tem diversos negócios no ramo automóvel. E acabaram por me convidar para fazer o curso porque necessitavam de inspectores.” Foi desta forma que Alexandra voltou a estudar… “Não fazia a mínima ideia do que era um centro de inspecção mas fui tirar o curso ao Cepra, durante um mês” e tornou-se detentora da carta de pesados. “Tudo por minha conta…” Confessa que esta área estivera sempre longe do seu percurso: “Nunca pensei em nada relacionado com automóveis. No oitavo ano tinha decidido ser jornalista, acredita?!” Anos volvidos, Alexandra apurou os sentidos. Sabe o que aprecia e do que não gosta no seu trabalho, tendo mesmo dificuldade em recordar um episódio engraçado que tivesse lugar enquanto trabalhava numa “linha”. “Gosto mais do contacto com o público.” E menos? “Do ar que respiro. E dos clientes que acham que estamos ali para os avisar de que o carro não está bom em algum ponto, mas fica aprovado.” Não será exagero dizer que Alexandra fica furiosa quando alguém leva um carro à IPO e, mesmo depois de se verificar que algo não está conforme as especificações, o condutor do veículo queira mesmo assim receber a folha verde. “Detesto esta maneira pequenina de pensar do português!”, esclarece para que não restem dúvidas sobre a sua forma de estar na vida. Quanto a episódios giros que possa ter vivido é peremptória ao afirmar: “devo ter mais histórias apalhaçadas do que giras, mas nem me lembro de nenhuma...” Bem presente estão as diversas reacções dos

Ana Vitorino, Sofia, Manuela Redondo e Andreia Lopes são outros rostos femininos que trabalham no atendimento ao público e como administrativas deste IPO

clientes da Inspezalves à sua presença. “A maior parte dos homens reage bem e até acha engraçado. Depois também são capazes de tecer comentários, como o de que as mulheres são mais perspicazes e vão mais ao pormenor. Do lado oposto surgem outros homens, os mais retrógrados, que não acham piada nenhuma e até já me mandaram para casa coser meias…” Quem gostou da sua presença no Centro de Inspecções de Camarate foi Emanuel Lobo, de 33 anos, colega de profissão de Alexandra e pai da bebé. “Conhecemonos aqui!” O relacionamento progrediu e hoje partilham responsabilidades no futuro da filha que os ligou de uma forma inesperada para o resto das suas vidas! Para Alexandra a maternidade até era um assunto (quase) encerrado na sua vida, tal o receio de ter alguma desilusão. “Já não estava a pensar nisso. Por um lado queria, por outro tinha medo”. Por isso, mesmo quando teve a certeza do seu estado de graça, optou por se resguardar, tal como a todos quantos lhe são queridos. “No início não disse nada a ninguém. A barriga andava a crescer e eu via que os meus colegas me olhavam de lado, até porque aos três meses já tinha uma boa barriguinha, mas nunca disse nada a ninguém. Via-os olhar de esguelha e um dia um deles chamou o Emanuel e perguntou-lhe se já tinha olhado bem para “a barriga da Xana”, ao que ele lhe respondeu: “E o que é que tem? Está gorda…” Verdade, verdadinha é que o progenitor “também só soube mais tarde porque eu não quis criar ilusões a ninguém. Foi uma opção minha e assumo-a plenamente. Foi um bebé feito pelos dois e se fosse para a alegria ou para sofrer deveria ser para os dois. Mas nem sei… é daquelas coisas que se fazem e não se consegue explicar. Mesmo a minha mãe só soube mais tarde.” Alexandra começa por dizer que não foi complicado esconder de Emanuel que estava grávida mas, “às vezes, via-o a olhar para mim e ficava ansiosa por lhe contar… depois tinha medo que algo falhasse. Posso ter agido mal mas para mim fez sentido proceder assim porque tinha estabelecido só contar no final das 12 semanas. Quando ele soube, ficou contente com a notícia”, embora melindrado por não terem partilhado os meses iniciais da gravidez. Profissionalmente, Alexandra nada alterou no seu quotidiano embora o seu trabalho “não seja mesmo nada adequado para uma grávida”. Gases de escape, escadas para a fossa e horas a fio em pé não foram elementos suficientes para a médica lhe passar os papéis para uma baixa de risco, mesmo se este era verdadeiramente o decorrente do trabalho. “Ela nem deve


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MULHERES NO PÓS-VENDA sequer saber o que é um centro de inspecções. Pedi-lhe baixa no verão quando não conseguia estar aqui porque era um calor horrível… deu-ma mas disse que não me podia dar a de risco porque não era o caso da minha gravidez…” Foram “alguns colegas” que a ajudaram no que era possível. “Passaram a dizer-me para ter cuidado ou ‘dá cá que eu faço’. Ás vezes, alguns vêm ajudar-me a colocar as sondas, há quem diga para eu fazer a reinspecção que eles fazem a inspecção. Isso sim, mudou!” Foi “entre o sétimo e oitavo mês que comecei a ficar cansada, a sentir-me verdadeiramente saturada de estar grávida.” Com a entrevista a assumir-se como uma

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troca de (in)confidências, Alexandra conta o que lhe vai na alma e o desabafo fazme recordar o verdadeiro peso dos derradeiros meses de gravidez, incompreensível para alguns homens… “Deus me perdoe mas já estou grávida há tanto tempo. Tenho saudades de me mexer à-vontade, de dormir de barriga para baixo… E estou ansiosa por vê-la!” Será nesse momento que os pais da menina vão decidir qual o seu nome. “Tenho de olhar para a cara dela. Primeiro, vou contar-lhe os dedinhos todos, depois…. Bem, depois, acho que vou chorar de emoção”. E não será a única a ter os sentimentos à flor da pele: a seu lado estará Emanuel, que conta assistir ao parto.

CEPRA forma Inspectores Os inspectores de veículos recebem formação para que fiquem aptos a realizar inspecções periódicas a veículos ligeiros e a pesados e reboques com peso bruto superior a 3500 kg, bem como inspecções extraordinárias e para atribuição de matrículas a automóveis ligeiros e a pesados e reboques com peso bruto superior a 3500kg. No final do curso, os inspectores devem demonstrar ter adquirido profundos conhecimentos técnicos (teóricos e práticos) que lhe permitam desempenhar correctamente a sua função, bem como ter capacidade de relacionamento com os clientes, fornecedores e outros profissionais do sector das inspecções técnicas a veículos. A actividade profissional de Inspecções Técnicas a Veículos (ITV) está regulamentada no Decreto-Lei nº 258/2003, podendo ser exercida pelos titulares das licenças tipo: A - Inspecções periódicas a automóveis ligeiros;

B - Inspecções periódicas a automóveis ligeiros, pesados e reboques com peso bruto superior a 3500 kg; C - Inspecções periódicas, extraordinárias e para atribuição de matrículas a automóveis ligeiros; D - Inspecções periódicas, extraordinárias e para atribuição de matrículas a automóveis ligeiros, pesados e reboques com peso bruto superior a 3500 kg. A renovação das licenças a cada cinco anos depende do cumprimento de requisitos respeitantes ao tempo de exercício da profissão e da frequência de formação contínua de actualização de conhecimentos. Para se frequentar cada uma das licenças há requisitos obrigatórios. Fonte: www.cepra.pt

Emanuel espera assistir ao parto, partilhando assim uma ocasião inesquecível com Alexandra PUB


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REPORTAGEM

Contitech

Estratégia para Portugal pronta O mercado nacional é um exemplo a seguir para Espanha. Num evento para jornalistas ibéricos, a Contitech falou da sua estratégia a curto e médio prazo: formação, marketing e apoio nas vendas

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Contitech não está contente com a sua posição no mercado ibérico e vai fazer tudo para a mudar. Mesmo cientes de que a Gates e a Dayco são grandes concorrentes, a marca acredita que há espaço para as três. E o director mundial para esta divisão avisa: “Temos tudo para singrar”. Helmut Engel referia-se à capacidade que a marca tem de se posicionar no mercado e que é bem visível nos números. Este é um grupo que aumentou os resultados de 124 para 180 milhões de euros no último ano. E 40% vieram das vendas no mercado independente. Mas, além disso há outras surpresas. Parte da equipa que vai gerir o espaço português é nova. A direcção de marketing mantém-se com Catherine Chatellard, mas o responsável de vendas é agora Manel Real, que vem da ATE, também do mesmo grupo. O próximo ano já está alinhavado. Nos objectivos a curto prazo, a Contitech quer consolidar o negócio com os clientes existentes, seguir as actividades de formação técnica e definir e implementar o plano de marketing traçado. Mas, a médio prazo, a marca pretende crescer através dos clientes existentes, dando acompanhamento especial nas vendas, colaborando no marketing e se-

guir o plano de formação. A nível de preços, vão continuar a acertar os preços da mesma forma que o têm feito até agora: com um acerto com as marcas de equipamento original. Um exemplo para Espanha Dados disponibilizados pela própria marca durante a apresentação que fez para a imprensa espanhola e portuguesa, mostraram que a Contitech é a primeira na Alemanha e segunda na Europa, mas que pretende atingir o terceiro lugar do ranking em Espanha. Já em Portugal, ba-

Novos produtos A Contitech aproveitou este evento para falar dos últimos desenvolvimentos de produto. Um deles é a ferramenta universal para montagem das correias elásticas Conti Unitool Elast, uma mala de ferramentas para a mudança profissional das correias de distribuição, a Conti Tool Box Asian Cars, e as correias em kit completo com amortecedores de vibrações soltos.

seados na percepção comercial que têm do mercado (os responsáveis chamaram a atenção para a pouca exactidão desta informação), dizem ser a segunda marca de correias de distribuição. “Portugal é um mercado que a Espanha deve olhar como exemplo”, defendeu a directora de marketing para estes países, Catherine Chatellard. Não só consegue agregar a distribuição dos produtos em poucos distribuidores (a Sonicel e a Atlantic Parts nos ligeiros, Civiparts nos camiões), como o faz da melhor forma. Helmut Engel, director da divisão de af-

termarket da marca, disse, num encontro informal com os jornalistas, que a relação de décadas com a Sonicel é de extrema confiança e que é assim a melhor forma de chegar ao mercado. Mesmo o mix de produtos português reflecte uma coincidência perfeita entre o que as oficinas portuguesas compram e aquilo que a Contitech quer vender. É um país onde a distribuição de kits e de peças soltas se salda em 50/50, que é precisamente o que a marca pretende: fazer evoluir o negócio da sua gama de kits completos. Além disso, e contrariamente ao


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REPORTAGEM que acontece em Espanha, os produtos chegam directamente de Hannover, cortando um dos degraus da cadeia de distribuição. Quanto aos kits completos, que têm sido um sucesso junto dos mecânicos portugueses, a estratégia é continuar esse trabalho comercial. “Esses kits foram pensados para que o reparador possa ter tudo junto no momento da aquisição”, disse. “Temos que ter ferramentas para que o mecânico não tenha que ir adquirir a outra marca”. Outro plano de ataque passa pela formação. A Contitech tem investido muito nesse campo. “Temos que ajudar os reparadores independentes a sobreviver”, disse o director da empresa. “Estamos no mesmo mercado e, por isso, também temos responsabilidade de o manter”. Em Portugal, a Contitech vai continuar as suas sessões de formação, com Acir Silva. A primeira vai ser como reduzir custos na mudança da correia, fazendo esses serviços mais depressa. Além destes serviços técnicos, também haverá colóquios que duram um dia inteiro com várias motorizações. Crise passa ao lado Nesse mesmo encontro, os directores disseram que, no ano passado, toda a gente esperava problemas, mas a Contitech, enquanto grupo, não os sentiu. “Crescemos 9% e esperamos o mesmo para este ano”, disse Engel. No entanto, também deixou claro que os mercados

por onde quer sustentar esse conhecimento são os países da Europa de Leste e, em particular, a Rússia. “Vamos ter uma unidade de produção na Rússia, que entendemos ser um mercado crescente”, disse. “ No entanto, iremos tratar sempre esse mercado em conjunto com a divisão de equipamento original e, por vezes, até com as correias industriais”. Esta ligação com as outras duas divisões viu-se bem durante a visita à fábri-

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ca. Situada mesmo no centro de Hannover, este equipamento faz também de sede da empresa e armazém. É aí que se produzem as correias que fazem parte da gama de aftermarket, mas também as de equipamento original. Mais ainda, nessa mesma fábrica produzem-se as correias industriais. E é também aí, num edifício do sec. XIX, que se faz também o desenvolvimento de produto e alguma da distribuição europeia.

Manel Real, chefe de vendas, e Christine Chaterllard, directora de marketing, são os dois rostos da Contitech para o mercado ibérico

Contitech

Helmut Engel, director da divisão de aftermarket da Contitech, disse que a relação com a Sonicel é de extrema confiança e que é assim a melhor forma de chegar ao mercado

Sede: Cityparc Ronda de Dalt Carretera de L’Hospitalet, 147 08940 Cornellà (Barcelona) Sales Manager: Manel Real Telefone: +34934800414 Fax: +34934800401 E-mail: manel.real@contitech.es Internet: www.contitech.pt PUB


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PERSONALIDADE DO MÊS

Manuel Esteves, Gerente e Director-Geral da Berner

“Há saúde no mercado” A Berner em Portugal surge de um projecto de Manuel Esteves. Hoje é uma empresa consolidada, muito dinâmica e com forte pendor comercial, que se destaca no seu ramo de negócio.

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omeçou na JBF, primeiro na contabilidade, depois na informática e gestão de stocks, muitos anos mais tarde ingressou na Würth e entrou na área de marketing. Em 1985 começou um projecto pessoal que em 1995 se converteu na filial portuguesa do Grupo Berner. Estamos a falar de Manuel Esteves, Gerente e Director-Geral da Berner, que é Personalidade do Mês no JORNAL DAS OFICINAS. O que mais gosta na actividade que desempenha? O que mais gosto de fazer na empresa é contratar pessoas, bons profissionais para a tornar melhor, mais competente, ao mesmo tempo dando-lhes a oportunidade de trabalhar numa das melhores empresas do País. E o que menos gosta? Não gosto, seja qual for a circunstância, de prescindir de um colaborador, sinto-o sempre como um desafio perdido. O mesmo se passa em relação a clientes, seja qual for o motivo, custa-me prescindir de um deles que seja. O que mudaria na sua actividade? Mudaria alguma atitude passiva que tem tendência para existir quando as organizações crescem. É necessária toda a pró actividade, mais rapidez. Hoje é tudo muito veloz. É optimista ou pessimista na sua actividade? Sou optimista acerca do negócio. Temos uma boa marca, trabalhamos muito, temos que ser os melhores. Acredito no reconhecimento do nosso valor, os nossos parceiros ficam mais ricos fazendo parte do nosso círculo. Acredito nas parcerias profissionais, sinto que, continuamos hoje, a levar ao cliente, o ânimo necessário para que encare o seu negócio com maior força. Essa força transmite-se mutuamente. O meu pessimismo está na dificuldade em encontrar pessoas que acreditem na grande carreira que representa a venda directa de uma boa marca, gente com ganas de vencer uma competição/maratona. Considero no entanto um jogo muito bem remunerado que encanta muitos profissionais, mas não os suficientes, essencialmente nas regiões onde, por vezes, deles necessitamos. O que mudaria no seu sector de actividade? Muito do que penso ser necessário mudar no meu sector de actividade, também o é em todos os outros. Para desenvolver

economicamente Portugal é necessário ajustar leis e alguns impostos. As leis do trabalho são uma dor de cabeça para as empresas. A situação portuguesa é muito complicada. Na teoria não parece, mas a prática é muito diferente. As empresas querem promover trabalho, mas querem obter produtividade e o Estado não compreende isso e tem objectivos muito diferentes. Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Porquê? O meu sócio e amigo Pedro Nuno de Castro deu-me a oportunidade de trabalhar com ele de uma maneira leal e sincera, a sua confiança proporcionou uma extraordinária parceria. Não tenho dúvida alguma de que sem o seu empenho não teria a Abraçoflex sido capaz de chamar a atenção do grupo Berner. A minha gratidão é enorme e nunca o esquecerei. Qual a notícia recente deste sector que mais o surpreendeu? Não é necessariamente uma notícia, mas sim a observação do desenvolvimento do sector. Fico muito satisfeito com a contradição que significa a entrada de novos parceiros em concorrência, num mercado que quase todos dizem estar a par com a economia, em perfeita queda e até desagregação, falta de clientes ou clientes à beira de ruptura, sem negócio, com excesso de concentração na oferta, etc. Ainda bem que é assim, com tantos interessados, significa que há saúde no mercado. No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Após mais de 25 anos a trabalhar com clientes/oficinas de todos os tamanhos e estádios de desenvolvimento técnico e financeiro, aprendi que, para quem vende consumíveis e quer ser melhor do que os outros, a verdade é o artigo mais valioso, a autenticidade, o conhecimento e o acreditar no que se tem para vender, a compreensão das necessidades dos parceiros, estar perto tanto nos bons como nos maus momentos, não desistir mesmo quando tudo parece estar mal encaminhado é o que necessitamos para vencer. Desde muito novo, aprendi a componente sociológica deste trabalho e quero acreditar que, ser autêntico, ajuda a crescer e ser bem sucedido. Aprendi e ensino a todos os que comigo trabalham. De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Olho a concorrência com muito respeito e admiração por todos. Eu sei o que

custa concorrer. Frequentemente digo que a grande dificuldade não é a “crise”, a falta de trabalho ou de dinheiro. A verdadeira dificuldade é o bom desempenho do meu concorrente. Se eu for melhor do que ele, não terei, falta de trabalho nem de sucesso. Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? Esta resposta está muito datada, pois depende de factores externos à actividade, ou seja, se a conjuntura económica for propícia à venda de viaturas novas, esta área tem um comportamento diferente, diria mais negativo. Se, como agora, houver uma contenção do parque por dificuldade de financiamento, teremos muita actividade algo esquecida, como motores abertos, pinturas gerais, até alterações de cor. Esta situação beneficia todos, pois temos hoje muito bons profissionais, bem equipados que podem dar resposta a solicitações novas de manutenção para além das organizadas e concentradas fórmulas de resposta à colisão e manutenção preconizada pelas marcas. Se aumentar o tempo de permanência de uma viatura no mesmo proprietário, muita coisa vai mudar a começar pela noção de manutenção, alguma já em desuso há muito tempo. A reparação tem mais futuro neste ambiente económico, fazê-la com qualidade vai depender de todos, da noção do permanente e do efémero. Eu acredito que a médio prazo, os parceiros, bem equipados com vontade de trabalhar, com colaboradores empenhados, proporcionarão o justo equilíbrio entre os carros novos e os que, com alguns anos, têm bom aspecto e qualidade, assim as inspecções façam bem o seu trabalho. Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? São aplicadas taxas ou dão-se incentivos em nome da gestão da poluição e seguranças, goste-se ou não, estão correctas. No entanto, basta abrir os olhos e verificar que continuamos a ter um parque que não está em boas condições de circulação, apesar das inspecções. Um exemplo muito visível é o parque de transportes públicos de passageiros e pesados de mercadorias. No meio do nosso trânsito respira-se e vê-se aquilo que é a verdadeira realidade do parque. Ficam assim por facturar, muitas reparações essenciais. Sobretudo ao nível da poluição muito mais deve ser feito, só encontro semelhanças em alguns países da Europa de leste.

Outras medidas do ponto de vista fiscal como as taxas de IVA equivalentes ou os custos sociais do trabalho por parte dos empregadores portugueses, são evidentes distorções competitivas no mercado aberto que partilhamos, essencialmente com Espanha. Podia enumerar muitas mais no mesmo âmbito. Na sua opinião, qual é o futuro da distribuição de peças / consumíveis / acessórios? O futuro na Península Ibérica e em toda a Europa do Sul, vai continuar a depender das relações entre parceiros que se querem conhecer, que gostam de partilhar, criar empatias. Há vários canais de vendas a emergir, pessoalmente quero os alternativos, quero acreditar que até ao fim da minha carreira, pelo menos, a venda pessoal e directa vai ser a principal via do negócio. Mais ou menos concentrada, mas feita com pessoas, empresários, vendedores, administrativos e clientes presentes em todos os níveis da cadeia. Com mais ou menos electrónica, com mais ou menos contratos escritos, ou com um simples aperto de mão, à mesa do gabinete ou no meio da oficina. Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Não me considero realizado, estou sempre à espera de um novo dia como um desafio, uma nova experiência para acrescentar, boa ou má. Mas sinto-me muito orgulhoso pelo que tenho conseguido para muitas pessoas, sinto-me acima de tudo feliz por fazer parte de uma equipa que formei, que está muito motivada, que gosta de trabalhar e aprender, que me aceita, apesar de ser cada vez mais jovem. Que tem a mesma noção de sucesso com humanidade que eu. A mesma que encontramos no fundador do grupo Berner. Albert Berner é, aos 75 anos, um grande senhor, nos negócios, e na sua pegada social, contribuindo com o seu exemplo para a participação social de todos os responsáveis do grupo Berner. Satisfaz-me particularmente, poder garantir trabalho, formação e boa remuneração a todos os colaboradores da empresa, tento que sejamos um exemplo no nosso sector e até no País. A responsabilidade social começa em casa, às vezes com pequenas coisas, mas sempre com a melhoria da humanidade no horizonte. Tenho um objectivo de realização pessoal: Motivar a minha equipa dirigente para tentar ser sempre a melhor do Grupo Berner e também aquela que os clientes portugueses consideram a melhor empresa para trabalhar.


Feliz Natal Bom Ano Novo! Aproveitamos esta oportunidade para desejar a todos aqueles que fazem parte da familia febi um ano de 2011 cheio de Saúde, Felicidade e Prosperidade.

febi Bilstein Ennepetal – Germany rrepresentado epresentado por: Jochen Staedtler Staedttler Import – Export Expo ort - Representações Representações T el e 2 14868498 | Fax Fax 2 14868404 Tel 214868498 214868404

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Jornal das Oficinas Dezembro 2010 Multicister

No caminho certo Era uma oficina independente, como tantas outras que existem em Portugal, que um dia viu que a única solução que tinha para o seu futuro era investir na total modernização do seu negócio.

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Multicister bem pode ser considerada como um exemplo do caminho que as oficinas independentes deveriam seguir para poderem ser competitivas no futuro. Durante muitos e muitos anos, Patrick Palmeira acompanhou e trabalhou na oficina do seu Pai (Fernando Palmeira). Seguiu com os estudos, formou-se em Engenharia Mecânica e esteve durante seis anos ligado ao sector automóvel. Em 2009 teve a ideia de dar continuidade ao negócio oficinal de família, mas teria que o fazer apostando em algo diferente para que o futuro fosse encarado de forma também diferente. “Estudei várias hipóteses e optei pelo conceito Bosch Car Service, até porque a Bosch equipa grande parte dos automóveis mas também pelo seu Kwon-how, formação, equipamentos, peças, entre outros factores que estão de acordo com aquilo que queria para esta oficina”, começa por afirmar Patrick Palmeira, sóciogerente da Multicister. Ao dar este salto, o responsável da oficina garante que foi também feito um enorme desenvolvimento em termos de gestão. Toda a oficina está ligada em rede, com controlo de tempos, de stock e de outros aspectos que influenciam a gestão diária, pois “nos dias de hoje a oficina tem que ser muito bem gerida, tendo um cuidado especial com todos os pormenores”, refere Patrick Palmeira, que reconhece que a sua formação académica foi também importante no momento de se envolver neste projecto de modernização da Multicister. Outro aspecto analisado para o investimento feito na Multicister, teve a ver com a “desertificação” oficinal na zona de Alcobaça e Nazaré. As marcas estão a “fugir” para Leiria ou para as Caldas da Rainha e apenas existem algumas oficinas independentes. Nesta zona não existia nenhum Bosch Car Service, sendo essa posição ocupada pela Multicister. Apesar de ter estar próximo de Alcobaça e de ter muito espaço para parqueamento e ser uma zona com pouco ou nenhum trânsito, Partick Palmeira considera que a localização deveria ser mais central. Por isso, o mesmo responsável já pensa no futuro e quem sabe na abertura de um outro novo espaço Multicister (mais pequeno), possivelmente na Nazaré “onde temos muitos clientes e que nos traga mais carros para estas instalações onde fazemos todos os serviços”. Com quase 1.000 m2 de área, dos quais 600 m2 de área oficinal, a Multicister vai ainda alargar as suas actuais instalações, com mais um pequeno pavilhão, onde se irão prestar mais serviços. “Um dos nossos pontos fortes é preci-

samente o facto de prestamos praticamente todo o tipo de serviços que uma oficina pode desenvolver”, revela Patrick Palmeira confirmando que à excepção dos pneus, que também tem actualmente, esta oficina sempre teve a mecânica e a pintura, pois “o objectivo é que o cliente deixe o seu carro e fique descansado pois nós temos todos os serviços”. Internamente a aposta na formação é contínua, quer na Bosch quer no Cepra, pois “é sempre fundamental estar actualizado. Considero que a formação é um investimento e nunca um custo para a oficina”, reconhece Patrick Palmeira. Inaugurada em Outubro passado, com a nova imagem, a Multicister pretende também apostar muito no Marketing, como meio de se tornar uma presença constante no cliente e de ser proactiva. “O investimento que fizemos na informática permite-nos também acompanhar o cliente. Isso será muito importante na fidelização dos clientes”, reconhece o responsável desta empresa que olha para o futuro com o objectivo claro de crescer e de tornar a Multicister uma oficina de futuro.

Multicister

Hoje a Multicister é uma moderna oficina multiserviço virada para o presente e para o futuro que pretende ser uma referência na zona de Alcobaça

Sede: Rua Miguel Subtil 2460 – 302 Bárrio ACB Sócio-gerente Patrick Palmeira Telefone: 262 581 991 Fax: 262 283 711 E-mail: geral@multicister.com Internet www.multicister.com



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Jornal das Oficinas Dezembro 2010

EMPRESA Leirilis

Evolução constante Numa altura em que se prepara para celebrar as bodas de prata, a Leirilis revela uma boa dinâmica empresarial quer ao nível do produto quer no desenvolvimento do seu negócio.

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o desenvolvimento da nossa actividade profissional aqui no JORNAL DAS OFICINAS acabamos por também acompanhar a evolução de muitas empresas. O caso da Leirilis é uma dessas empresas, que foi objecto de reportagem no nº3 do Jornal e que daí para cá tem vindo regularmente a aparecer nesta publicação. Dessa forma temos tido a possibilidade de ir conhecendo o crescimento da mesma, nomeadamente por via dos projectos que tem vindo a desenvolver em conjunto com a Bosch (o programa de módulos), mas também pela regular introdução de novas linhas de produto e acrescento de gama nas já existentes. “Sempre estivemos ligados à Bosch e continua a ser o nosso primeiro produto, contudo temos vindo a apostar em linhas de produto para completar aquelas que a Bosch não tem, outras vezes para conseguir ter produtos mais económicos” afirma Saúlo Saco, responsável da Leirilis, dando de pronto alguns exemplos como o material da SIDAT (bobines, medidores de massa de ar, relés e interruptores), Cargo (componentes para compressores de ar condicionado), Saleri (bombas de água) entre outras. “A nossa ideia é ter produtos que apresentem uma excelente relação preço / qualidade e não focalizar apenas no preço. Temos outros projectos em mente, mas refira-se que a própria Bosch tem também alargado muito a sua gama de produtos e nós temos vindo a apostar nisso”, refere Saúlo Saco. Outra linha seguida pela Leirilis em termos de política de produto, foi a criação de uma marca própria. A Sacorge vai dar nome a uma linha de produtos, que já começou com as baterias (de construção Steco) e com os alternadores e motores de arranque. “Temos ideia de estender esta marca a outro tipo de produtos, desenvolvendo uma imagem uniforme dentro dessas diferentes gamas de produto”, refere o responsável da Leirilis. Mantendo-se ainda como especialista em material eléctrico, actualmente é o material diesel responsável pela maior fatia de facturação da empresa, o que representa bem a diversificação da oferta operada na Leirilis. Se um dos objectivos do alargamento de gama de produtos é poder também conquistar novos clientes, a Leirilis tem vindo também a crescer geograficamente, trabalhando novas zonas, como por exemplo Lisboa e uma parte da zona central do país. “Não poderemos para já estar em zonas onde é difícil garantir a mesma qualidade de serviço que temos actualmente nas zonas que trabalhamos. Se o mercado

O crescimento da Leirilis tem sido sustentado ao longo dos anos também com a introdução de novas linhas de produto

Sendo durante muitos anos especialista em material eléctrico, condição que ainda mantém, actualmente a Leirilis é muito forte noutras áreas

quer as entregas bi-diárias, temos que nos concentrar nisso para continuar a ser competitivos no mercado”, admite Saúlo Saco. Trabalhando com as oficinas, a Leirilis tem também orientado a sua actividade para o retalho. Alguns dos produtos são trabalhados pela Leirilis numa óptica de revenda, estando posicionados dessa forma, mas “sempre com total respeito pelos diferentes canais, pois não queremos fazer concorrência aos nossos distribuidores” refere. Face a esta dinâmica, a Leirilis reforçou também a sua equipa comercial, dis-


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EMPRESA pondo actualmente de quatro comerciais, divididos por zonas que acompanham os clientes no terreno. Sendo uma empresa que vende peças para automóveis, a Leirilis não fechou também a porta aos equipamentos, nomeadamente quando a Bosch lhes concedeu essa possibilidade em 2006. “Temos feito um bom trabalho nesta área, na qual temos sempre um técnico que dá assistência aos equipamentos e que acompanha os clientes”, revela Saúlo Saco. Uma das novidades, que está para ser introduzida em breve, é na área das ferramentas. A Leirilis vai trabalhar a marca Sonic, de origem escandinava, que possui uma gama de ferramentas muito vasta para o sector automóvel. Um dos projectos que a Leirilis está a desenvolver é o da escola de formação. Aproveitando a abertura de umas novas instalações (embora a empresa mantenha as actuais) e tendo em conta o espaço disponível, decidiu a Leirilis desenvolver um espaço de formação, com componente teórica e prática. “Queremos proporcionar aos nossos clientes e potenciais clientes o acesso à formação, não só pela componente teórica mas também prática. Trata-se de um investimento feito a pensar no cliente e no alargamento da nossa base de clientes”, refere Saúlo Saco. Nessas mesmas instalações, existe ainda um grande espaço de armazém, onde tem os lubrificantes Motul e outros produtos (baterias), mas também uma loja que permitirá a exposição de um diversi-

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ficado leque de equipamentos, como também de outros produtos, incluindo as ferramentas Sonic. A inauguração deste espaço (que está bem próximo das actuais instalações) está programado para Março de 2011, numa altura em que a empresa vai comemorar condignamente o marco histórico que são os 25 anos. Neste momento trabalham na Leirilis 25 pessoas, o que representa um crescimento de quase 50% face a 2005. “Sinceramente o negócio tem corrido bem para nós. Temos vindo a crescer todos os anos por via de um trabalho cada vez mais profissional mas também pela introdução de novos produtos, sem esquecer que temos tentado sempre corresponder às necessidades e expectativas dos clientes”, comenta em jeito de balanço Saúlo Saco.

Internet Uma das novidades lançadas pela Leirilis em 2010 foi o novo website da empresa, disponível em www.leirilis.com, que inclui também o Portal Web. Neste Portal Web, que já funciona há dois anos, os clientes da empresa podem consultar preços e disponibilidade de stock em cada produto que a empresa comercializa. Trata-se de uma plataforma que serve para acompanhamento comercial (uma ferramenta de trabalho para o comercial da Leirilis), como serve também para consulta dos clientes podendo os mesmos fazer encomendas. Para além do Portal Web, no website o cliente tem acesso a informações de carácter geral sobre a empresa, estando disponíveis informações sobre os produtos e serviços comercializados, podendo realizar downloads de catálogos e ainda consultar as promoções que estão em vigor.

Leirilis

A Leirilis passou a contar com um novo espaço de armazém, onde irá funcionar um centro de formação e uma área de exposição de algubs dos seus produtos

Sede: Rua dos Camponeses, nº 159 Casal do Cego - Covinhas 2415 - 315 Marinheiros Director Comercial Saulo Saco Telefone: 244 850 080 Fax: 244 850 089 E-mail: marketing@leirilis.com Internet www.leirilis.com PUB

Lisboa

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Jornal das Oficinas Dezembro 2010

EMPRESA Trabalho de Mestre

De velho a

novo

Desde serviços de recondicionamento para frotas e empresas de vendas de usados, a Trabalho de Mestre, no Porto, recupera as rugas dos automóveis. Além disso, tem ainda a distribuição das ceras Swissvax

T

alvez os clássicos sejam a montra da Trabalho de Mestre, uma empresa de limpeza e conservação automóvel que opera na zona do Porto. É neles que é possível ver o melhor trabalho deste centro de limpeza e conservação. Os desafios nestes carros são sempre maiores, já que a pintura e os interiores se encontram mais degradados. Ainda mais, os materiais destes automóveis são frequentemente demasiado antigos fazendo com que a intervenção seja ainda mais meticulosa. É por isso que uma boa parte das entradas neste espaço da R. Augusto Luso são de clássicos. Mas, além destes, que são de particulares, chegam à Trabalho de Mestre também carros de outras empresas do sector automóvel. Algumas delas são stands que levam os carros para serem preparados para venda. As mossas de chapa e alguns materiais danificados, seja no interior ou exterior dos veículos, são preparados para ficar com um aspecto como novo. Outros clientes são as gestoras de frota que, no final do contrato de aluguer, fazem um recondicionamento ao carro para que este mantenha o valor residual [o preço pelo qual é aceite a retoma] mais alto possível. A operação de recondicionamento para estes carros pouco difere da que é feita para os stands, mas estes clientes entregam veículos mais recentes porque os contratos de aluguer normalmente têm um período de dois a três anos. Além dos clássicos e dos clientes empresariais, sejam eles comércio de automóveis usados ou gestoras de frota, aparecem também na Trabalho de Mestre alguns carros particulares, dos segmentos superiores. No recondicionamento, pode procederse à lavagem de toda a superfície da viatura, desde os tectos, quartelas ou chão até aos bancos e restantes superfícies. Restitui-se o estado original de todos estes materiais, tornando-os isentos de qualquer sujidade. Nalguns casos, pode fazer-se também a eliminação de odores e bactérias nocivas. O recondicionamento passa muitas vezes por uma reparação de detalhe da pintura. Aqui, o processo é dividido em três fases. A primeira é a descontaminação, a que se segue o polimento, onde se consegue o restauro e a recuperação da pintura. No fim, cuida-se da protecção da viatura. Os colaboradores da empresa trabalham com as ceras Swissvax para o recondicionamento. Apenas na pintura de estofos é que utilizam tintas próprias para pele. A Trabalho de Mestre é a única empresa a distribuir os produtos da marca suiça e o único Car Center autorizado a utilizar

O martelinho de ouro A técnica para desamolgar exige muita experiência

O técnico avança por dentro da porta com uma vara de metal

esses produtos. A Swissvax faz ceras desde 1930 e tem mantido padrões elevados de qualidade desde essa altura. Um exemplo é a quantidade de cera natural que emprega nos seus produtos (ver caixa) e o rigor com que exige que sejam empregues. As ceras da Swissvax não contêm abrasivos e podem ser utilizadas em todos os tipos de trabalhos de pintura, incluindo laqueamentos, sistemas de tintas a base de água e as nano-tintas. O sistema tem dois componentes: um óleo de limpeza e a cera. A marca garante que estas ceras não deixam resíduos brancos. Vendem para outras oficinas, embora a maior parte dos produtos requeira algum conhecimento para os utilizar. “Neste mercado, ainda há pouca gente que os saiba utilizar da melhor forma”, explica Ricardo Gomes, um dos sócios da empresa. No serviço de chapa, a Trabalho de

Mestre emprega a técnica do “martelinho de ouro”, que retira a mossa sem danificar a pintura. Trata-se de um processo desenvolvido no Brasil e que começa a aparecer em muitos centros rápidos. A mossa do carro é retirada com o auxílio a ferramentas manuais e muita perícia por parte do operador. Nesta empresa, é um colaborador brasileiro que executa esses serviços. De um lado, entra uma ferramenta que vai empurrar a chapa para fora e assim desamolgar o painel. Do outro lado, com o tal “martelinho de ouro” fazem-se os acertos necessários até a chapa estar certa. O “martelinho de ouro” não é de ouro, mas a cor é igual. O desta empresa foi idealizado e mandado fazer num torno mecânico pelo próprio colaborador da empresa. São requintes como este que resultam no serviço de excelência da Trabalho de Mestre.

Com alguma pressão, empurra a amolgadela para fora

De seguida, faz os ajustes maiores directamente no painel

O final é um trabalho de precisão para eliminar todos os defeitos

Trabalho de Mestre

A Trabalho de Mestre confia inteiramente na experiência e profissionalismo dos seus colaboradores. São eles que fazem a casa e é por isso que aparecem na foto

Sede: R. Augusto Luso, 166 4050-072 Porto Sócio-gerente: Ricardo Gomes Telefone: 224025221 Fax: 224025679 E-mail: geral@trabalhodemestre.pt Internet: www.trabalhodemestre.pt



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EMPRESA XDrive

Ideias próprias para o negócio É um dos mais recentes retalhistas de peças do distrito de Coimbra, mas a experiência dos seus recursos humanos nesta área já é grande. Dar aos clientes aquilo que eles procuram é o objectivo claro da XDrive.

D

epois de vários anos a trabalhar num retalhista de peças, e como pessoa dinâmica que é, Filipe Teixeira tinha ideias próprias que queria colocar em prática neste sector. Como não as conseguiu “vender” na empresa em que trabalha, este dinâmico empresário decidiu investir num negócio próprio ligado às peças de automóveis. “Queria ter uma loja com aspecto mais moderno que não fosse igual às outras”, recorda Filipe Teixeira, responsável da empresa sobre os primeiros tempos da XDrive, acrescentando que “como o preço é basicamente igual para todos, apostámos também em nos colar um pouco mais ao cliente, dando-lhe formação e um maior acompanhamento”. Como queria desenvolver algo diferente, nasceu assim a XDrive (que esteve para se chamar NParts), tendo agora pouco mais de um ano de existência. “Sempre tive uma ligação muito próxima com as oficinas, depois de 12 anos de trabalho neste sector, o que leva a que os clientes me liguem para esclarecer dúvidas técnicas sobre produtos”, revela Filipe Teixeira, que aproveitou esse seu Konwhow em prol do desenvolvimento de negócio da XDrive, sendo também considerado pelo responsável como uma maisvalia face à muita concorrência local na zona de Coimbra. Sempre disponível para resolver os problemas aos seus clientes, numa postura claramente orientada para a vertente técnico-comercial, a XDrive possui em termos logísticos um grande armazém em Coimbra com mais de 400 m2, explorando uma área geográfica que vai de Mira a Miranda do Corvo, passando logicamente por Coimbra. Para estar continuamente próximo do cliente, a XDrive possui quatro viaturas na distribuição, com múltiplas entregas diárias. “Nós temos capacidade de acompanhar o cliente que nos é fiel e que mantém connosco uma boa relação comercial”, afirma Filipe Teixeira, que prefere concentrar a sua actividade nesse tipo de clientes em detrimento de uma alargada base de clientes que muitas vezes trazem grandes problemas de incumprimento. Logicamente que as vendas em balcão continuam a ser importantes no negócio da XDrive, mas “temos que acompanhar o mercado. Ir aos clientes fazer as entregas trás também outras vantagens que temos sabido explorar”. Conhecedor das marcas e da qualidade das peças em geral, Filipe Teixeira sempre teve a política de não comercializar aquele material que “pode trazer muitas dores de cabeça mas também temos que dar atenção aquilo que o cliente quer na realidade”. Por isso a aposta é em material

XDrive Sede: Rua do Vale Paraíso Ponte de Eiras 3020 324 Coimbra Gerente: Filipe Teixeira Telefone: 239 432 494 Fax: 239 432 496 E-mail: xdrive.auto@gmail.com Internet: n.d.

Virada para os seus clientes a XDrive tentou trazer para o negócio das peças na zona de Coimbra novos conceitos

de marcas de referência onde a qualidade é insuspeita, mas “dispomos também de material para aquele cliente que só quer preço”, refere o responsável da XDrive, que aposta sobretudo em material de desgaste. Funcionando como intermediário entre as marcas de peças e os clientes utilizadores (as oficinas), Filipe Teixeira tem vindo a apostar na formação dos seus clientes, sendo essa uma forma de os apoiar e de lhes proporcionar conhecimentos técnicos à realidade actual do mercado automóvel. Sobre a evolução que o mercado dos retalhistas de peças tem vindo a registar, com o aparecimento de redes organizadas, Filipe Teixeira está atento, mas refere que a Xdrive não irá por esse caminho. “Quando estamos ligados a um único grande fornecedor nunca se consegue agradar depois a todos os nossos clientes. Por isso, temos que trabalhar com diversos fornecedores que nos garantem um portfólio de peças e de marcas mais alargada e mais de acordo com aquilo que os clientes nos pedem. Não posso perder vendas por estar apenas ligado a um fornecedor”, refere Filipe Teixeira. Sobre o mercado em si, o responsável da XDrive diz que a concorrência tem acontecido essencialmente ao nível do material barato e que não nota que estejam a fechar muitas oficinas. “O que se nota é que o valor por intervenção em cada carro é cada vez menor, isto é, o cliente só vai à oficina para meter o que é necessário para continuar a ter o carro em circulação”, conclui Filipe Teixeira.



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EMPRESA Divpax

Trabalhar com os parceiros

certos

Já lá vão cinco anos desde que três sócios e amigos decidiram dar um novo rumo às suas carreiras na área das peças para automóvel. Durante este período de tempo conseguiram tornar a Divpax uma referência nas peças na zona de Beja.

H

á coisas na vida que acontecem e que não estão planeadas. Devido a uma feliz coincidência de factores, Alexandre Calado, José Barqueta e Luís Penacho, depois de muitos anos a trabalhar nas peças, deram início a 5 de Dezembro de 2005 à Divpax. Depois de decidirem avançar com a Divpax, a primeira decisão importante foi a localização das instalações, que estão na Zona Industrial de Beja. “A entrar num negócio destes então teríamos que apostar nesta localização”, diz Alexandre Calado referindo-se ao facto de ser uma zona povoada por empresas da área automóvel, mas também por poder receber os clientes sem que houvesse problemas de estacionamento, tendo ainda excelentes acessos e uma localização privilegiada na cidade, pois “o cliente não quer perder tempo”. Dado esse passo importante, outras das mais-valias que os responsáveis da Divpax trouxeram para o mercado de Beja foi a aposta num tipo de produto “com excelente qualidade-preço”, onde se destaca a parceria com a TRW que é uma marca “em que apostamos forte e que nem era bem trabalhada em Beja”, revela o mesmo responsável. Nunca foi estratégico para a Divpax trabalhar com segundas linhas de peças, “por causa das reclamações que geram” diz Alexandre Calado que assegura que “mesmo com material de qualidade nos surgem reclamações, que na grande maioria das vezes surgem por deficiente aplicação”. Trata-se de uma questão sensível para a Divpax, pois no entender dos seus responsáveis algumas oficinas não apostam na formação e estão por isso a perder o comboio da actualização tecnológica o que lhes pode ser fatal no futuro. “Só não fazemos mais formações apenas porque não existe mais abertura para tal”, revela Alexandre Calado resignado com tal situação. Desenvolvendo a sua actividade num meio onde existem 6 ou 7 operadores do mesmo género, para este responsável da Divpax não existe concorrência nos preços, mas sim nos descontos!!! “O que está a acontecer é que os retalhistas de peças estão a tirar da sua margem para dar às oficinas. Estão de facto a descapitalizar o seu negócio só para dizer que estão a vender muito”, afirma Alexandre Calado que revela que a Divpax não tem parado de crescer, fruto de políticas comerciais mais equilibradas e numa aposta clara de trabalhar com os clientes que querem de facto ser parceiros de negócio.

Divpax Sede: Praça Cooperação 8, Beja 7800-006 BEJA Gerente: Alexandre Calado José Barqueta Luís Penacho Telefone: 284320480 Fax: 284 320 481 E-mail: divpax@hotmail.com Internet: n.d.

A Divpax possui instalações na Zona Industrial de Beja, apostando numa distribuição moderna e de proximidade com os seus clientes

Na linha de inovação e de proximidade com o cliente, a Divpax apostou forte, em 2008, na logística da distribuição. Para além da venda de balcão, todos os dias da semana existem voltas programadas para diferentes zonas (Mértola, Almodôvar, Ferreira do Alentejo, etc) para efectuar entregas, trabalhando com três transportadoras que recolhem de manhã e entregam à tarde. Comercialmente no terreno trabalham duas pessoas, que visitam clientes e fazem cobranças, enquanto internamente trabalham quatro pessoas. Os sócios da Divpax nem por isso sentem a crise económica (que está instalada no país) no sector onde operam, nem sequer são de opinião que tenham fechado oficinas na região que trabalham. O problema é outro. “Temos notado, isso sim, que os importadores /grossistas querem fazer o nosso trabalho. Acabam por nos fazer concorrência vendendo a nós e aos nossos clientes. É algo que se tem vindo a notar cada vez mais”, refere Alexandre Calado, revelando que é a maior dificuldade que estão a enfrentar neste momento e, por isso, “vamos continuar a trabalhar com os importadores que não nos fazem concorrência”. Para finalizar, na opinião dos responsáveis da Divpax, o que neste momento faz a diferença no mercado das peças, neste zona do país, é a disponibilidade de stock que a empresa apresenta, sendo uma aposta que a mesma vai manter.


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EMPRESA Auto-Jardim da Maia

40 anos de experiência feita A Auto-Jardim da Maia fez há pouco tempo 40 anos. Foi um tempo de constante evolução até chegar à oficina actual com um número de entradas e nível de serviço invejável

P

or ter começado há 40 anos como oficina de porta fechada, a Auto Jardim da Maia merece ainda mais respeito. Trata-se, hoje, de uma grande oficina situada no Porto, que trabalha com muitas das seguradoras do mercado e estende o seu negócio através de duas outras empresas, a AutoJardim da Maia II e a Pronto-Socorros AutoJardim da Maia. Aníbal Azevedo é sócio-gerente desta oficina e recebeu o JORNAL DAS OFICINAS no meio da azáfama de controlo em todas as baias de trabalho. “É sempre assim”, confessou. “Todos os dias”. Depois, subiu para uma sala do primeiro andar, onde iria decorrer a entrevista. A movimentação de lá debaixo desaparece, mas a pressão continua em cima deste homem. “Tenho pouco tempo”, avisou. “E sou muito directo nas respostas”. Lá em baixo, 28 funcionários faziam tudo para que não houvesse atrasos nas entregas dos carros. São cinco mecânicos, seis bate-chapas, seis pintores, três electricistas, e mais a secção de peças a fazer mexer a Auto-Jardim da Maia. A Auto-Jardim da Maia é uma oficina sem grande esplendor, mas com um grande nível de organização. Cada tipo de serviço tem a sua zona própria e a disposição dessas zonas está estudada para que a circulação dos carros tenha o máximo de eficiência. É preciso não esquecer que esta é uma oficina que faz essencialmente chapa e pintura, pelo que todas as áreas de reparação são chamadas ao serviço, desde a desmontagem de peças, reparação e substituição, pintura e montagem de todos os componentes. O maior marco da empresa foi quando resolveram passar de chapa e pintura e começar a fazer também reparação geral. Além das reparações dos carros, a AutoJardim da Maia tem, logo à direita, na entrada, uma oficina onde se trabalha a tempo inteiro no recondicionamento de motores. E esses motores entram não só através dos carros que dão entrada para outras reparações, como há também clientes que os vão entregar. “Fazemos muito negócio com estes motores, pelo menos três ou quatro por mês”, diz Aníbal Azevedo. Há cerca de 13 anos, a empresa investiu numa grande secção de chapa e pintura, com áreas de preparação. Neste momento, a oficina atingiu um ponto de maturidade que não obriga a mais investimentos. “Queremos manter a empresa como está durante dois ou três anos, salvo alguma máquina de operação para fazer um diagnóstico. De qualquer forma, tenho tudo o que é preciso para trabalhar dentro dos critérios das marcas”, explica Aníbal Azevedo.

Auto-Jardim da Maia Sede: Avenida Vasco Gama 4470-383 MAIA Sócio-gerente: Aníbal Azevedo Telefone: 229440459 Fax: 229 482 631 E-mail: n/d Internet: www.autojardimdamaia.pai.pt

Os motores reconstruídos também fazem parte do negócio da Auto-Jardim da Maia. Um mecânico trabalha a tempo inteiro nessa área

Alcançar o ponto em que está a Auto Jardim da Maia só é possível com muita dedicação. “O segredo é muito trabalho, sacrifício e conhecimento”, diz o sóciogerente. “Estou nos automóveis há 46 anos – passaram milhares de carros por mim. Sei tudo o que se passa em todas as áreas”. É assim que a Auto Jardim da Maia consegue clientes como a Cerealis e o Azeite Serrate, entre muitas outras empresas de menor dimensão. Há diferenças entre a reparação como é hoje em dia e como era feita há alguns anos. “Hoje, as reparações têm que ser muito mais rápidas”, diz Aníbal. “O controlo é mais apertado e os custos têm que ser mais limitados. Tem que se trabalhar muito mais do que se trabalhava há 15 anos atrás para ter o mesmo rendimento”. No controlo de custos, este sócio-gerente organiza tempos, os ficheiros de cada profissional, chama a atenção de quem ultrapassa os tempos. E dá um exemplo. “Num serviço ganho através de uma entidade nacional, que me pediu o recondicionamento dos carros para entregar às empresas de leasing, esses são todos controlados para que não haja retornos de serviço. Quanto mais viaturas voltarem a entrar na oficina, mais prejuízo tem a empresa”, explica. Os clientes mais comuns nesta oficina são as seguradoras. A Auto Jardim da Maia trabalha há algum tempo com essas empresas e a relação tem sido sempre boa. “Estou sempre pronto para ajudar, mesmo que não seja o meu serviço”, diz. “Além disso, limito os meus custos para resolver o problema do cliente e da companhia de seguros quando é necessário”.



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EMPRESA Lancar

Lubrificantes especiais A marca de lubrificantes especiais Lancar está neste momento a apostar forte na implementação dos seus produtos por todo o país. A distribuição é dividida por duas empresas

A

Lancar tem agora dois distribuidores – um deles representa a marca na área que vai desde Setúbal até Aveiro e o outro fica com o resto do país. Foi com este último que o JORNAL DAS OFICINAS falou, num pequeno armazém, no centro do país, sobre os produtos da marca. João Paulino está com a marca de lubrificantes especiais desde o início. Ele pertenceu à equipa que trouxe a Lancar para o país e tem uma forma especial de trabalhar o produto. Todos os investimentos que possa fazer em marketing e publicidade, são feitos. Desde patrocínios a equipas de BTT (a Lancar tem um lubrificante de correntes bem colocado nesse desporto), à presença em feiras dentro da sua área comercial onde possa apresentar os seus produtos a novos clientes, João Paulino procura todas as alternativas para levar o nome da Lancar mais adiante. Neste momento, tem para a sua área cerca de oito distribuidores que se encarregam de fazer chegar as embalagens aos mecânicos. A estratégia de Paulino passa por distribuir directamente às oficinas, porque entende que só dessa forma é possível explicar as vantagens do lubrificante. Nas suas incursões pelas empresas de reparação, este representante leva um banco de ensaios para lubrificantes. Com ela, compara os produtos utilizados pelos mecânicos com aquele que vende. O equipamento vai aumentando o grau de fricção entre duas peças de aço em rotação, para onde vai caindo o óleo. Quanto mais tempo demorar a gripar o sistema, melhor é a qualidade do óleo. É isso que define o produto Lancar vendido às oficinas: “Tratamento anti-fricção que diminui o desgaste que se produz entre peças submetidas á fricção”. O produto mais conhecido da Lancar para a reparação e manutenção automóvel é o TA, aplicável em motores a gasolina e diesel. Trata-se de um tratamento anti-fricção que diminui drasticamente o desgaste

que se produz entre peças submetidas a fricção. O composto reduz a temperatura de trabalho e os ruídos produzidos por fricção. Além disso, consegue que o óleo trabalhe em melhores condições. O resultado final é que se consegue reduções de consumo de energia ou combustível e prolonga-se a vida das peças em contínua fricção. As embalagens vendem-se nas quantidades de 1000, 200 e 100 mililitros. Outro produto importante na gama da Lancar, que tem sede em Espanha, é o LSI. Trata-se de um limpador e acondicionador de combustível, utilizado para melhorar a qualidade do diesel e manter uma elevada eficiência no motor. A empresa garante que o LSI reduzirá drasticamente os problemas causados actualmente pela impureza do combustível. Ou seja, mantém o sistema de injecção limpo e ajuda na prevenção do desgaste dos injectores. Além disso, melhora a tolerância com água, a combustão e o arranque, e o fluxo de combustível nos dias frios (pode-se usar como anticongelante de combustível). É compatível com todos os combustíveis diesel. A Lancar vai ainda colocar no mercado os produtos de base cerâmica, com maior resistência às forças mecânicas existentes nas peças dos automóveis.

João Paulino, a cara da Lancar para as regiões do interior, Algarve e Norte

Lancar

Lancar

(Litoral)

(Interior, Algarve e Norte)

Sede: R. Bom Jesus do Alto, 4 2735-071 Agualva Comercial: Bruno Ribeiro Telefone: 99716503 Fax: 2111454104 E-mail: geral@lancar.com.pt Internet: www.lancar.com.pt

João Paulino leva um banco de ensaios para demonstrar, junto dos clientes, a qualidade dos lubrificantes especiais que vende

Sede: R. da Portela, 4 223-131 Sardoal Comercial: João Paulino Telefone: 968980645 Fax: n/d E-mail: comercial@lancar.biz Internet: www.lancar.biz


A FORÇA MOTRIZ DE START-STOP. Até 2015, 70 % dos fabricantes de automóveis na Europa, vão implementar a tecnologia Start-Stop. Com a função StartStop poupa-se combustível uma vez que o motor é desligado quando o veículo pára devido ao trânsito ou qualquer outra situação– o consumo de combustível e as emissões de CO2 são muito menores. A bateria é o coração do sistema Start-Stop: disponibilizamos aos fabricantes de veículos duas tecnologias de baterias inovadoras:

A VARTA Start-Stop Plus com tecnologia AGM para veículos com recuperação da energia de travagem e outras tecnologias economizadoras de combustível adicionais. A VARTA Start-Stop com tecnologia EFB concebida para veículos equipados com a função Start-Stop básica. Sem a bateria de tecnologia adequada, o sistema Start-Stop não funciona e tanto o efeito de poupança de combustível como o de benefício para o ambiente, derivado de menor consumo e de menos emissões de CO2, perdem-se. Em cooperação estreita com fabricantes de automóveis líderes como a Audi, BMW, Ford, Mercedes-Benz, Volvo e VW, a VARTA desenvolveu soluções de baterias inovadoras, adequadas aos sistemas Start-Stop. Actualmente, 80 % dos veículos Start-Stop, já estão equipados de origem com uma bateria VARTA. Baterias Start-Stop da VARTA. Confie na força motriz de Start-Stop. Saiba mais em: www.varta-startstop.com


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ENTREVISTA Damião Monho, National Sales Manager da AkzoNobel

“Ambiente adverso valoriza ainda mais o nosso trabalho” Num ano tão difícil como este de 2010, também o mercado da Repintura Automóvel sofreu com isso, mas a AkzoNobel tem vindo a fazer um trabalho estruturante que já está a dar os seus frutos.

M

esmo em ambiente económico adverso, a AkzoNobel não ficou parada em 2010. Investiu em importantes sectores da sua actividade para continuar a crescer. Damião Monho, National Sales Manager fez para o JORNAL DAS OFICINAS um balanço da actividade da empresa ao longo deste ano que está quase a terminar. Estamos quase no final do ano. Qual a avaliação que faz do ano de 2010, ao nível da presença da AkzoNobel no mercado da Repintura Automóvel em Portugal? Antes de mais, quero realçar que o ano de 2010 foi marcado por um ambiente económico adverso. O que estou a realçar não é propriamente uma novidade, mas a verdade é que este ambiente fez-se sentir um pouco em todos os mercados. Logicamente, que o mercado da Repintura Automóvel não foi excepção. Perante isto, facilmente, compreendemos que não tem sido fácil, todo o trabalho que temos vindo a desenvolver na AkzoNobel no mercado da Repintura Automóvel em Portugal. Quero sublinhar que o trabalho estruturante que temos vindo a desenvolver, reflecte-se não só através do reforço consistente da nossa posição no mercado, mas também a nível interno, através do aperfeiçoamento dos nossos processos de trabalho, na disponibilização de ferramentas de trabalho cada vez mais actualizadas e adaptadas às necessidades dos nossos parceiros de negócio. Por outras palavras, esta forte aposta num processo de desenvolvimento contínuo e consistente, não só a nível interno, como também a nível externo, reflecte o nosso posicionamento e as nossas crenças em relação ao caminho que devemos desenvolver e trilhar para enfrentar todos os desafios que esta realidade adversa nos coloca. Pode exemplificar-nos algumas faces desta política que tem vindo a ser implementada na AkzoNobel Car Refinishes? Vou dar dois exemplos concretos que reflectem na perfeição, a nossa política empresarial, o nosso posicionamento e os nossos valores. Primeiro exemplo, em 2010, lançamos os novos sites da Sikkens CR e da Lesonal em Portugal. Estes lançamentos são a implementação da nossa política de actualização contínua de todas as ferramentas que disponibilizamos no mercado. Estes novos sites, são a face visível de todo um trabalho interno que realizamos no sentido aprofundar e melhorar

lhores formas de avaliar os nossos processos internos de melhoria continua. Se quiser é a face, é o resultado de todo um trabalho de base que sustenta os resultados finais que temos vindo a obter nos últimos anos. Mas não posso deixar de salientar que por um lado, o ambiente económico adverso que enfrentamos no nosso dia-adia acaba por valorizar ainda mais todo o trabalho e todos os resultados que temos vindo a desenvolver e a obter. E por outro lado, não quero deixar de evocar que o facto de termos vindo a definir os alicerces do nosso crescimento e desenvolvimento, não só a nível externo, como também a nível interno tem sido, verdadeiramente, decisivo e fulcral no nosso processo evolutivo.

de forma contínua os canais de comunicação que vamos disponibilizando a todos os nossos receptores. Desde já, lanço o desafio para nos visitarem, quer através do site www.sikkens.pt, quer através do site www.lesonal.pt onde poderão encontrar informações, não só sobre o universo da AkzoNobel, mas também sobre o mercado de repintura automóvel. Segundo exemplo, este ano, o nosso Car Refinishes Instruction Center – CRIC foi palco, mais uma vez, de uma forte aposta na formação. Esta é, claramente, mais uma face visível do empenho e dedicação que depositamos nesta matéria. O nosso CRIC no Carregado, que celebra agora cinco anos, tem vindo a ser um palco privilegiado, ao nível da transmissão de conhecimentos relativamente às melhores práticas e aos melhores processos de trabalho do mercado de repintura automóvel.

Na prática explanei dois exemplos, podia fornecer-lhe, felizmente, muitos mais. Aquilo que quero salientar é que temos delineado, claramente, que a força motriz que nos move no dia-a-dia está expressa em “Tomorrow’s Answers Today”, quer isto dizer, que o que nos alimenta no mercado é o talento e o desenvolvimento continuo dos nosso processos de trabalho, a procura constante e diária das melhores respostas para os desafios futuros que nos são colocados. Podemos concluir que a evolução da AkzoNobel Car Refinishes no mercado da Repintura Automóvel nos últimos anos em Portugal é uma consequência deste constante desenvolvimento a nível interno? Sem dúvida que a nossa evolução e desenvolvimento no mercado da Repintura Automóvel em Portugal é uma das me-

E como não poderia deixar de ser, quais os desafios e objectivos da AkzoNobel para 2011? Sabe que a nível macroeconómico, todos os dados que dispomos neste momento indicam que iremos continuar a viver momentos extremamente complexos, por outras palavras, o mercado da Repintura Automóvel em Portugal irá, muito provavelmente, registar os impactos de todo o ambiente Politico-legal, Económico e Social que temos vindo a viver. Perante tudo isto, logicamente, que os nossos desafios passam por implementar no nosso dia-a-dia o máximo de integridade e responsabilidade nas nossas acções, por ter coragem e curiosidade para questionar sempre o que vamos fazendo e implementando, por reconhecer e desenvolver os talentos dos nossos colaboradores e adoptar um pensamento permanentemente empreendedor focando sempre o futuro dos nossos clientes em primeiro lugar.

Akzo Nobel Sede: Núcleo Empresarial-Carregado Park Quinta do Peixoto-Lugar da Torre 2580-512 Carregado National Sales Manager: Damião Monho Telefone: 263 856 063 Fax: 263 856 068 E-mail: paulo.caetano@akzonobel.com Internet: www.sikkens.pt



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Jornal das Oficinas Dezembro 2010

OPINIÃO

Por: Nuno Virgílio, Técnico de Controlo de Prestadores Automóvel da Allianz Portugal

Adaptação frequente face às exigências do mercado Para melhorar o relacionamento entre a seguradora e oficina a Allianz foi construindo, pouco a pouco, a rede de oficinas através da cuidada negociação com cada uma delas

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esde o ano de 2002, altura em que criámos a nossa área de Controlo de Prestadores na Allianz Portugal, várias têm sido as adaptações realizadas no contexto dos reparadores automóveis, de ano para ano, em prol da existência de estruturas cada vez mais profissionais, equipamentos cada vez mais sofisticados, incremento do número de horas de formação, certificações, tintas à base de água, planificação de trabalhos, etc. Não obstante, no nosso caso, em que estamos numa relação comprador/vendedor, sem dúvida que a maior mudança residiu em termos de mentalidades o que, automaticamente, implica todas as mencionadas anteriormente. Lembramo-nos perfeitamente de, no remoto ano de 2002, sairmos de algumas oficinas visitadas algo desanimados, com imensas perguntas por responder. Quem é que deixará aqui o seu veículo para reparar? Onde é que está o serviço ao Cliente não ao veículo, mas sim ao Cliente? Sendo uma das principais preocupações da Allianz Portugal a prestação de um serviço de qualidade e especialmente a Satisfação do Cliente, esta situação preocupavanos bastante em termos de futuro. Para melhorar o relacionamento entre a seguradora e oficina fomos construindo, pouco a pouco, a nossa rede de oficinas, através da cuidada negociação com cada uma delas, procurando sempre poder fornecer aos clientes a melhor qualidade de serviço e as melhores condições. Para isso, contámos também com a preciosa colaboração do nosso call-center, que atende os clientes, explica as vantagens e dá toda a informação que podem necessitar em caso de sinistro. Com todas estas ferramentas conseguimos garantir aos nossos clientes um serviço de qualidade e valor acrescentado, proporcionando um atendimento personaliza-

do, oferecendo uma viatura de cortesia no dia da peritagem e durante o período de reparação, de forma a minimizar qualquer transtorno. Desta forma, em colaboração com as oficinas, conseguimos um conjunto de vantagens que traz excelentes resultados a todas as partes envolvidas. Mas este processo não foi fácil. Ao longo dos anos fomos assistindo a uma enorme mudança de fundo de muitas oficinas

tradicionais para estruturas profissionais. Hoje, as oficinas têm ao seu dispor equipamentos que não só permitem fazer a reparação mais rápida, mas também com muito melhor qualidade. Actualmente fazem reparações de pára-choques, capas de espelho e pára-brisas, mantendo sempre os níveis de segurança do veículo. Além disso, hoje as oficinas olham para o veículo e vêem qual a melhor técnica de

reparação de acordo com as indicações online do importador, fazem cálculos de reparação baseados em sistemas de orçamentação aceites por ambas as partes, comunicam internamente os pedidos de peças pelo seu sistema de informação. Foi, sem dúvida, uma evolução tremenda em termos de qualidade e de eficiência. E, ainda assim, as tecnologias continuam sempre a evoluir e é importante o esforço, de parte a parte, para nos mantermos actualizados sobre as novas técnicas e materiais. A título de exemplo, podemos referir a reparação de peças de alumínio ou a reprogramação dos componentes electrónicos, as centralinas. O mundo não pára e a Allianz e as Oficinas querem acompanhar essa mudança e liderá-la. Temos, pois, a noção de que há ainda um longo caminho pela frente na senda da qualidade e sempre com o enfoque na satisfação do cliente. Da parte da Allianz Portugal haverá sempre uma atitude próactiva na divulgação e aplicação de novas técnicas de orçamentação e reparação, para em conjunto atingirmos um desempenho de excelência. Hoje em dia é com muito orgulho que damos exemplos das melhores práticas em Portugal e que a posteriori vimos a saber que foram implementadas também fora do nosso país. Algo que nos deixa bastante satisfeitos é o facto de, por exemplo, entrarmos numa oficina e termos um serviço totalmente virado para o cliente, onde somos tratados pelo nosso nome, recebemos um SMS a dizer que o nosso veículo está reparado, temos um acompanhamento pós-reparação e até inquéritos de satisfação. Hoje em dia temos orgulho em ter oficinas que são nossos parceiros na reparação, que são parte integrante na nossa tomada de decisão e acima de tudo constatamos que, em conjunto, crescemos e fazemos crescer!

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Importador exclusivo para Portugal Estrada Municipal 1022 - RN 339 - Pinhal da Areia - 2860-302 Moita - Tel: 219584273 - Fax: 219577133 - Email: tecniverca@tecniverca.pt - www.tecniverca.pt



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EMPRESA Nova oficina Scania em Leiria com mais valências

Crescer na região centro de Portugal O JORNAL DAS OFICINAS visitou as novas instalações da Scania Região Centro – Leiria, a funcionar desde o dia 6 de Outubro, onde a marca assegura todos os serviços de manutenção e reparação de camiões, autocarros e motores.

N

as novas instalações, para além das áreas comerciais e de financiamento, a Scania também disponibiliza peças e acessórios oficinais de origem e uma equipa afecta ao serviço de assistência na estrada 24 horas, Scania Assistance, apoiado por um moderno carro oficina. Questionado sobre o facto das instalações terem começado a funcionar antes do previsto, Francisco Rézio, Director Regional da Scania Região Centro, responsável pelas unidades de Leiria e Coimbra, explicou o motivo dessa urgência: “Fomos obrigados a sair das antigas instalações do Alto do Vieiro, devido ao facto de ir ser construída uma nova ligação entre a EN 1 e a EN 8, e o nó de ligação ficou, em termos de projecto, sobre as nossas antigas instalações. Inclusivamente, já tínhamos adquirido um terreno, nesta zona. Era nossa ideia, a curto prazo, construirmos novas instalações, mas quando fomos informados da decisão por parte da Brisa que tínhamos de sair, já não houve tempo. Deu-se a coincidência de sabermos que a Renault queria alugar estas instalações, e tivemos que agir”.

Nova oficina Scania Leiria

Francisco Rézio, Director Regional da Scania Região Centro

Oficina vista do exterior


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EMPRESA

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Pirelli forma técnicos de oficina Scania em Leiria

Área de preparação de viaturas novas

Oficina mecânica

Armazém de peças Depois de um trabalho profundo na adaptação das instalações para os veículos pesados, e de vultuosos investimentos em equipamentos oficinais, a Scania começou a laborar nas novas instalações, situadas na Zona Industrial da Zicofa, junto à EN 1, com rápidos e cómodos acessos à A 1 e A 8. “Na área de serviço acrescentámos algumas valências que não tínhamos nas instalações anteriores, como é o caso da lavagem de viaturas e outras que ainda não estão a funcionar. É nosso objectivo fazermos a inauguração oficial apenas quando todas as valências estejam a funcionar em pleno. Queremos mostrar aos nossos clientes a realidade completa e não meias soluções”. A moderna oficina conta com 15 baias para entrada e saída de viaturas pesadas, presta serviços de assistência mecânica, eléctrica, chapa e pintura, preparo de viaturas para inspecção, manutenção preventiva e serviços rápidos. Dispõe de modernos equipamentos, incluindo rolos para testes de travagem. As áreas de lavagem, aferição de tacógrafos digitais e analógicos, lubrificação por controlo electrónico e de preparação de viaturas novas, funcionam em anexos próprios, embora integrados no mesmo edifício da oficina principal. “Trabalhávamos nas antigas instalações do Alto do Vieiro há cerca de 35 anos e estávamos um pouco apreensivos sobre o que poderia acontecer com esta deslocalização, no entanto, tem sido uma experiência positiva, e neste momento Já temos uma média de entradas diárias na nossa oficina entre 15 e 20 viaturas. São índices de ocupação muito bons” – garante Francisco Rézio. Por sua vez, Telmo Lage, responsável de Serviços da unidade de Leiria, explica: “desenvolvemos um novo conceito de oficina, temos capacidade para 18 viaturas pesadas dentro da oficina, optámos por uma filosofia mais moderna em que o veículo só permanece na mesma o tempo

indispensável à intervenção necessária. Hoje em dia o custo de espaço coberto é muito caro, por isso trabalhamos mais o planeamento e como temos amplas áreas exteriores de parqueamento a rotatividade torna-se mais fácil”. As novas instalações têm uma área total de 11.847 m2, dos quais 2.530 m2 correspondem à zona coberta onde se encontram a oficina, armazém de peças, escritórios, recepção, zona de exposição de viaturas e sala de formação, 5.500 m2 encontram-se afectos ao parqueamento ex-

A Scania, fruto duma parceria com a Pirelli, vai distribuir e montar em Portugal filtros de partículas Feelpure sistema DPF da marca italiana, em camiões e autocarros multimarca. Técnicos da Pirelli levaram a cabo uma acção de formação nas novas instalações oficinais da Scania em Leiria, entre os dias 3 e 5 de Novembro. O JORNAL DAS OFICINAS foi convidado, em regime de exclusividade, para efectuar a reportagem das primeiras montagens de filtros de partículas em camiões de clientes da Scania. Nesta acção de formação participaram técnicos da maior parte da rede de oficinas Scania a nível nacional, e técnicos formadores, uma vez que, futuramente, serão estes a ministrar esta formação internamente. Segundo Rui Timóteo, responsável pelo Departamento de Formação & Apoio Técnico da Scania a nível nacional, esta formação visa “preparar a nossa rede de assistência para poder assistir, fazer a montagem, o diagnóstico, etc., de filtros de partículas diesel da Pirelli. Neste momento estamos a fazer a montagem de filtros de partículas em 22 camiões da empresa Transportes Mariano & Filhos”. Acção de formação de instalação de filtros Os filtros de partículas Pirelli Feelpure de partículas com técnicos da Pirelli podem ser instalados em veículos com motores Euro 0 a Euro 4. Para os veículos afectos ao transporte internacional, a montagem destes equipamentos, que têm uma redução mínima de 90% nos níveis de emissões de partículas e de 99% de nanopartículas, ambas certificadas pelo IMTT, permitem-lhes a redução de taxas ambientais de circulação em países como a Suíça, Áustria e Alemanha (LKW-Maut), e a sua passagem em áreas urbanas com restrições ambientais, como é o caso das Instalação de filtro de partículas num “Low Emission Zone”, das ZTL e das camião Scania Ecopass Area. Este benefício resulta do facto dum veículo Euro 1/2/3 poder passar a Euro 5 a nível de emissão de partículas, e um Euro 0 a Euro 3. Mas não se ficam por aqui as vantagens: “para além dessas taxas de circulação, permite a redução da idade do veículo em 5 anos, o que logicamente também irá afectar a idade média de frota, podendo desta forma adiar a substituição de alguns veículos da frota, uma vez que a legislação portuguesa só permite que estejam no mercado transportadores com uma idade média de parque inferior a 10 anos de idade” – sublinha Rui Timóteo.

Feelpure DPF System já foi certificado pelo IMTT A tecnologia da Pirelli Feelpure DPF System (Filtragem de Partículas Diesel) destina-se à redução de emissões de partículas em veículos com motores diesel, tendo sido concebido para ser integrado no sistema completo de escape de camiões, autocarros, veículos comerciais ligeiros, motores-geradores e equipamentos Off-Road conformes às normas de emissões Euro 0 a Euro 4. O equipamento integra a panela de escape, o aditivo e uma unidade de controlo electrónico (UCE). Existem duas versões básicas do sistema, para camiões e autocarros utiliza-se uma versão baseada no princípio de regeneração passiva usando um aditivo catalisador, para veículos comerciais ligeiros o princípio é baseado na regeneração assistida. A panela de escape é composta por um filtro de carboreto de silício com uma estrutura de favo de mel onde os gases de escape são filtrados. A UCE monitoriza o nível de contrapressão e a temperatura dos gases de escape, regula a dosagem do aditivo, controla a ignição automática das velas incandescentes e fornece toda a informação relativa ao estado operacional do sistema ao condutor através de um LED de aviso instalado no painel de bordo. O aditivo utilizado, à base de ferro, é dissolvido no gasóleo e armazenado num reservatório Pirelli Feelpure instalado no veículo. Reduz em cerca de 50% a temperatura de ignição do carbono residual. Para além da redução dos níveis de emissões de partículas e de nanopartículas, a tecnologia DPF da Pirelli ainda garante uma redução média de 50% dos níveis de NO2. Segundo Rui Timóteo, “uma equipa com experiência na montagem destes equipamentos poderá fazê-lo em 6 horas. A variedade de modelos de filtros é muito grande, logicamente não iremos fazer stock, iremos ter em stock apenas aqueles que são mais utilizados. No mínimo, a disponibilidade será de 48 horas, depende também da disponibilidade do filtro na fábrica da Pirelli, em Itália”.

clusivo de pesados, 3.000 m2 à circulação de viaturas e 1.000 m2 de área verde. Com mais de três dezenas de colaboradores, a Scania emprega em Leiria 18 produtivos, 14 dos quais técnicos de oficina, mantendo a anterior estrutura de chefias, incluindo Adelino Pereira como chefe de oficina e Carlos João como responsável comercial. Segundo Francisco Rézio, “previamente fizemos um estudo sobre o nosso parque rolante, e nos próximos 3 a 4 anos não temos perspectivas de grandes crescimentos. Estas instalações estão extremamente bem dimensionadas para a procura espectável.”

Scania Região Centro - Leiria Morada: Rua da Sismaria, Lote 11 Zicofa – Zona Industrial da Cova das Faias 2415-809 Leiria Dir. regional Scania Região Centro: Francisco Rézio Telefone: 244 848 750 Fax: 244 848 768 e-mail: francisco.rezio@scania.com Internet: www.scania.pt


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EMPRESA Truck & Bus Center TAR Braga

TAR inaugura nova oficina MAN em Braga Foi inaugurado em Braga, no passado dia 16 de Outubro, o novo Truck & Bus Center da MAN, uma aposta do Grupo espanhol TAR que investiu cerca de 1,5 milhões de euros nas novas e modernas instalações, as quais ocupam uma área de 2.100 m2.

C

arlos Pais, da MAN Portugal, declarou ao JORNAL DAS OFICINAS que “a TAR Braga vai comercializar camiões MAN e providenciar serviços completos para os camiões MAN bem como autocarros das marcas MAN e Neoplan. A TAR investiu fortemente em equipamentos de oficina bem como num armazém de peças originais de modo a fornecer o melhor serviço aos seus clientes. Os funcionários da TAR também vão operar o serviço de assistência na estrada Mobile 24 com um veículo oficina, de acordo com os standards da MAN”. Com quarenta e três anos de existência em Espanha, o Grupo TAR expandiu-se assim para Portugal, inaugurando na Zona Industrial de Adaúfe, em Braga, as instalações daquela que é a quarta empresa do grupo, a TAR Braga. A estrutura consiste num Truck & Bus Center da MAN, a funcionar vinte e quatro horas por dia, e equipado com a mais moderna tecnologia no que diz respeito à assistência técnica de viaturas do universo MAN. “Estimamos uma entrada diária de 10 a 15 unidades na nossa nova oficina de Braga a partir de Janeiro de 2011. Escolhemos a MAN pela qualidade dos seus produtos e da sua imagem de marca, com a qual trabalhamos há mais de 20 anos em Orense, onde operamos o Truck & Bus Center MAN: Comercial V.I. TAR s.l.” – disse ao JORNAL DAS OFICINAS Juan Dopazo, Gerente do Grupo TAR. Por sua vez, Santiago Calvarro, da MAN Ibéria, fez questão de sublinhar que “a TAR tem uma relação com a MAN de três décadas, a cooperação entre nós foi sempre boa e a TAR tem uma equipa bastante profissional com origem em Orense, que fica perto de Braga, o que permite estarem o mais perto possível dos seus clientes. A quota de mercado da TAR na zona de Orense é superior a 20%, está a efectuar um excelente trabalho na Galiza e nós acreditamos também que o vão fazer na região de Braga”. Uma oficina completa Para além de instalações modernas, o novo Truck & Bus Center conta também com uma equipa de trabalho com anos de experiência, tendo sido feito um enorme investimento em equipamento técnico e peças, aliando os mais eficientes serviços de venda aos serviços de assistência à disposição dos profissionais do ramo.

O investimento ao nível dos equipamentos de oficina integra ferramentas de diagnóstico e assistência técnica para veículos MAN, ponte grua com capacidade para cinco toneladas, rolos de ensaio, frenómetro, alinhador digital de direcções, entre muitos outros. Por seu turno, o armazém de peças possui todos os componentes essenciais para assegurar uma rápida intervenção em qualquer avaria. “O stock de peças ronda os 100.000 euros em valor e prevemos vendas na casa de 1 milhão de euros em 2011” – garante Juan Dopazo. Quanto ao volume global de facturação previsto pela TAR Braga no próximo ano, este responsável refere que a mesma “rondará os 5 milhões de euros”.

Truck & Bus Center TAR Morada: Parque Industrial Adaúfe Rua Baltazar Abreu Simões, Cabo 1 4710-571 Braga Administrador: Juan Manuel Lopez Dupazo Telefone: 253 281 221 Fax: 253 281 285 e-mail: juanmanuel.lopezdopazo@es.man-mn.com Internet: www.man-mn.com

Unidades de controlo electrónico de lubrificação

Mais de uma centena de convidados na cerimónia de inauguração A cerimónia de inauguração das novas infra-estruturas da TAR Braga contou com a presença de cerca de 120 convidados. Durante o evento estiveram expostos camiões das várias gamas da MAN e um divertido simulador de Fórmula 1. Antes do almoço, Carlos Pais agradeceu o investimento feito na região, sublinhando que a MAN Portugal tem o orgulho de trabalhar com pessoas que conseguem passar o conceito de família, de apoio mútuo, para os clientes. “Por isso mesmo, com orgulho, podemos dizer que um cliente MAN muito raramente muda de marca, pois pertence à nossa família”. Dando ao Grupo TAR as boas vindas à família MAN Portugal. Santiago Calvarro, reforçou a importância estratégica do norte de Portugal e congratulou-se com o crescimento da marca na Península Ibérica, já que, “neste momento, treze por cento dos camiões e vinte e cinco por cento dos autocarros de passageiros que circulam nas estradas ibéricas são da marca MAN”. Finalmente, segundo Juan Dopazo “a zona do Minho surpreendeu-me agradavelmente, pois é muito forte, com muitas empresas importantes, e aqui estamos para trabalhar e oferecer as soluções mais adequadas possíveis, com um serviço integrado de vendas, pós-venda, assistência e peças”. Refira-se que a TAR Braga vem preencher importantes lacunas ao nível da proximidade junto dos clientes MAN nos distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real, tanto ao nível do serviço pósvenda como comercial “um défice que durava vai já para 2 anos” garante Carlos Pais, com a extinção da MAN Braga.



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DOSSIER

Software de gestão oficinal

Controlo na ponta de um dedo A oficina apetrechada com uma solução informática de gestão consegue mais produtividade, porque os recursos estão mais organizados. Além disso, a relação com o cliente evolui muito

O

JORNAL DAS OFICINAS foi ao mercado procurar programas informáticos que possam ajudar as oficinas a gerir melhor as entradas de obras, compras de peças e gestão com os clientes. Desde o mais simples de utilizar até ao mais complexo, desenhado à medida do cliente e com integração com outros sistemas, a oferta é variada. O tipo de empresas que vende estes programas reflecte essa diversidade e tanto aparecem algumas com formação para a utilização do programa e com um bom apoio de pós-venda, como algumas que apostam no preço e assim simplificam ao máximo as suas soluções para que a utilização seja fácil. De parte, ficaram as soluções de gestão de stock de peças, os softwares de orçamentação e os de informação.

Alidata Software Alidata Gestão De Obras e Oficinas Telefone: 244 850 030

ramo automóvel, de qualquer dimensão, sejam oficinas, concessionários e representantes auto, empresas de máquinas e equipamentos, de peças, pneus, etc. Satisfaz as empresas de assistência técnica, reparações, serviços ou de produção não estandardizada, que pretendam trabalhar com obras que controlam matrículas, números de série ou chassi. Foi desenvolvido de raiz para responder às necessidades específicas do sector. Permite efectuar a gestão de todo o ambiente oficinal, desde serviços, marcações, obras, orçamentos, tempos de empregados, material, garantias, custos por obra, históricos, entre outras funcionalidades. A aplicação está concebida de forma a poder trabalhar num ambiente multi-oficinal, em diferentes secções e/ou oficinas. Isto permite não só uma melhor percepção de toda a informação, como também possibilita o cruzamento de toda essa informação.

CIL ERP/Millennium as a Service Telefone: 214156500

No caso das soluções para oficinas, destacam-se as principais possibilidades: Gestão de Utilizadores e Perfis de Acesso; Definição de Horários e Turnos; Agenda de Marcações de Ordens de Reparação; Indicação dos trabalhos a efectuar na viatura; Pré-abertura da OR, para possibilitar a Reserva de Produtos essenciais à intervenção; Criação automática de Encomendas ao Fornecedor, a partir da Ordem de Reparação; Gestão de Orçamentos com integração automática na Ordem de Reparação; Possibilidade de utilizar vários Perfis de Facturação, na mesma Ordem de Reparação; Estruturação da OR em Acções, as quais agregam conjuntos de operações; Abertura de uma única Ordem de Reparação por viatura; Campanhas a Preço Certo ou Variável; Plano de Revisões Programadas, por Marca e Gama de Veículo e Relatórios de Actividade Oficinal. A oferta desta empresa inclui ainda uma média de oito horas de formação inicial por cada área de utilização do ERP Millennium (entende-se como área, o BackOffice, Gestão de Produtos).

Eticadata

A Alidata é especializada no desenvolvimento de software ERP e presta serviços consultoria, implementação e formação que respeitam elevados níveis de qualidade. Com quase 27 anos de experiência no mercado de software, considera-se especialista nas áreas automóvel (oficinas de reparação, concessionários, pneus, peças e acessórios, representantes auto, entre outros) e indústria. A Gestão de Obras e Oficinas do Software Alidata® destina-se empresas do

Fundada em 1978, a CIL é uma empresa especializada na definição, concepção e implementação de soluções na área dos Sistemas e Tecnologias de Informação. A oferta de serviços e sistemas cobre todo o ciclo de vida das soluções, desde os serviços de consultoria para a sua definição e planeamento estratégico até à implementação das plataformas de Hardware, Software e Comunicações que as suportam.

Autogest Telefone: 253 208 280 A Eticadata é uma das mais antigas empresas de Braga que se dedicam a desenvolver software para gestão de empresas. Uma das áreas mais explorada é a da reparação automóvel, onde a experiência de décadas chegou a um produto final: o Autogest. Esta solução procura optimizar o processo de tomada de decisão e melhorar a qualidade de informação. O ERP Eticadata está concebido para que o utilizador consiga executar, de forma intuitiva, as tarefas do mecânico com o mínimo de esforço e dificuldade. Desta forma, menos

erros serão cometidos na introdução de dados, permitindo uma maior fiabilidade da informação. As soluções da Eticadata também conseguem decisões mais rápidas. A disposição das opções está pensada de forma que o gestor aceda rapidamente à informação que realmente lhe interessa permitindo assim decidir em tempo útil e responder melhor às mudanças do mercado. A empresa garante ainda que se consegue maior produtividade com as suas soluções. A simplicidade e a organização da aplicação permitem eliminar a redundância de actividades e que estas sejam executadas em menos tempo o que origina ganhos de produtividade em toda a organização. O custo de implementação também é baixo. O ERP Eticadata já contempla de base a maior parte das funcionalidades mais usadas pelo que a implementação do software é mais rápida e menos dispendiosa. Entre elas, e na Gestão Comercial, estão as encomendas, orçamentos, compras, stocks, vendas, contas correntes e tesouraria.

LocalSoft TopGarage Telefone: 304 500 410 A LocalSoft tem já no mercado casos reais na informatização de empresas de reparação e manutenção com grande suces-


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DOSSIER so e enorme satisfação por parte dos seus clientes. O TopGarage é o produto desta empresa. Permite controlar a oficina ao nível operacional e ao nível dos stocks, custos e da facturação e integra informação na Gestão Comercial Primavera (GCP) ou na Contabilidade Primavera (outros softwares do mercado). Na Gestão de Agenda, tem Marcação e agendamento das intervenções pedidas pelo cliente, Gestão das vagas em função da parametrização inicial do número de vagas diárias e Gestão de nomes, contactos telefónicos e e-mails. Quanto à Gestão de Clientes, faz Análise Financeira , Análise Comercial e Gestão das viaturas e suas características, como a análise de obras do cliente e suas datas, análise de peças e análise de contratos. Na área Movimento, faz lançamentos, recibos em função das facturas pendentes totais ou parciais, letras a receber, facturação extra operacional, notas de lançamento, quitações e pesquisas variadas por tipos de documento, cliente ou entre datas. Quanto às listagens, faz mapas de análi-

se de contas correntes pendentes, mapa analise ABC, mapa análise facturação, listagem de IVA, listagem de movimentos de facturação e letras a receber por cliente.

SAGE GesPOS Telefone: 22 120 24 78

A Sage Portugal integra o Grupo Sage, líder mundial no desenvolvimento de software de gestão e serviços para pequenas e médias empresas (PME). Com uma ampla oferta de produtos e serviços desenvolvidos para o mercado nacional, de acordo com a dimensão das empresas, tem capacidade para responder adequadamente às necessidades dos seus clientes. No âmbito da Gestão de Oficinas, o GesPOS está preparado para a facturação/folhas de obra em Oficinas de Automóveis, disponibilizando uma tabela específica para criação de viaturas que podem ser classificadas com identificação da matrícula, marca, modelo, ano e associá-la ao respectivo cliente. É possível obter ainda listagens e mapas específicos para consulta de toda a informação relati-

va às viaturas ou às “Obras”. No caso de Stands de Automóveis, é possível facturarem-se produtos usados, variando o tipo de IVA, aplicando o regime de IVA para bens em segunda mão. Neste programa, ainda se destacamos outras funcionalidades, como Facturação a cliente com pesquisa de veículos, Pesquisa na ficha do cliente das várias viaturas e respectivos movimentos, Executável independente para consulta de viaturas e respectivos movimentos, Conversão de documentos (reparações / folhas de obra) em vendas a dinheiro/ facturas e Agenda de marcações com parametrização de lembretes. Na própria factura/folha de obra, pode pesquisar-se movimento da viatura, sendo possível consultar as intervenções anteriores que essa viatura sofreu e registar nova contagem de quilómetros.

Inforap VisualSGIX Telefone: 253691577 O VisualSGIX é uma solução vertical para os sectores de AfterMarket (importação, distribuição e retalho de peças e acessórios auto), Automóvel (importação, distribuição, reparação e venda de veículos automóveis) e Oficinas (reparadores autorizados e oficinas multimarca). É uma solução modular e multi-empresa que cobre as áreas aplicacionais de Gestão de Peças (encomendas de clientes e fornecedores, stocks, gestão de armazéns, comissões, rappel, facturação) e Gestão de Oficinas (agenda oficinal, orça-

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mentos e ordens de reparação, controle de ponto oficinal, facturação, gestão de garantias). Além disso, faz ainda Gestão comercial auto (encomendas de clientes e a fornecedores, configurador auto, facturação, comissões), Gestão de pessoal (salários, recursos humanos) e Gestão contabilístico/financeira (Contabilidade geral e analítica, contabilidade orçamentar, gestão de imobilizado, gestão de letras, gestão de cheques, gestão de bancos, tesouraria e contas correntes, conciliação bancária). O VisualSGIX traz ainda as funcionalidades de C.R.M. – Customer Relationship Management, Aplicações WEB B2B e B2C (consulta de catalogo de produtos e existências, colocação de encomendas, consulta de conta corrente), Gestão documental e Soluções de mobilidade PDA’s (prévenda, venda directa e consultas) É colocada à disposição do cliente uma Garantia Bancária, no valor do investimento em software VisualSGIX e serviços, com a duração considerada suficiente para se confirmarem as funcionalidades do VisualSGIX e a capacidade técnica da Inforap. Salvo negociação em contrário, a duração da garantia será de 4 meses.

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Apostamos na diferenciação de produtos e serviços para ser o seu parceiro de negócio de referência


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Ponto 25 Informática Falperra – Gestão de Oficinas/Stands Telefone: 253265899

Destinado ao ramo das oficinas de automóveis, o Falperra é um sistema completo para gestão de oficinas que cuida, desde a entrada da viatura na oficina, até à respectiva facturação e tesouraria, sem esquecer a manutenção. É composto pelos módulos de Oficina, Compras/ Vendas, Contas Correntes, Stocks, Tesouraria e Bancos/Caixa, totalmente integrados num único sistema. O programa é vendido por módulos e números de postos, de acordo com as necessidades do cliente. Pode ser encontrado através da rede de agentes em todos o território nacional e PALOP.

DOSSIER mentos, pagamentos (de conta corrente ou adiantamentos), gestão de Tesouraria real, previsional e orçamental e Gestão de Comissões (por vendedor, por tipo de cliente, por famílias de produtos, etc.). Por ser baseada no sistema PHC, comunica com a comunidade de utilizadores PHC, um sistema business-tobusiness e eProcurement de troca de documentos entre clientes e fornecedores, em formato XML. O software dá ainda o rappel de clientes e fornecedores, promoções, campanhas e stocks cativos. Em opção, tem grelha de cores e tamanhos (para actividades de vestuário e calçado), lotes, ligação a terminais portáteis, ligação a EDI e módulo PHC Obras.

WinOficinas JSCB Telefone: 21 847 49 99

Sisgrabe Pacote para Oficinas e Casas de Pneus Telefone: 289899620

A Sisgrabe vende software de gestão de PHC, sobre o qual faz as implementações e desenvolvimentos com alto valor acrescentado para os seus clientes. No pacote para oficinas e casas de pneus, a empresa algarvia contempla Gestão completa de Clientes e Fornecedores com contas correntes; Gestão de Stocks e Serviços e Encomendas, folhas de obra, propostas, consignação, em dossiers Internos (documentos parametrizáveis pelo utilizador para uso interno). Além disso, o programa processa ainda documentos de facturação (com retenção de IRS se necessário), recibos para clientes (de conta corrente ou de adiantamento) e controlo completo de cobranças a clientes. Ainda faz compras a fornecedores com gestão de aprovação para pagaPUB

O WinOficinas aplica-se a todas as empresas de reparação do ramo automóvel. Permite gerir todo o ambiente oficinal tal como, serviços, marcações, obras, orçamentos, tempos de empregados, garantias, histórico de Viaturas e Clientes, entre outras funcionalidades. Trabalha em rede e poderá ser instalado sem custos adicionais noutras estações de trabalho. Como módulos principais, conta com a Gestão de fornecedores, clientes, artigos/stocks, viaturas e seu historial, facturação, folhas de obra, orçamentos, etc, inspecções, agenda telefónica, despesas de oficina e agenda de marcações. Além disso, faz a gestão documental de documentos enviados e recebidos (PDF/JPG) e de funcionários/folhas de ponto/Controlo de Tempos. Com ele, faz-se a entrada de Facturas de Fornecedores para entrada de material em stock, a atribuição de preços de artigos a determinado tipo de clientes, as Contas Correntes de Facturação e contencioso e o Controlo de visitas à oficina das respectivas viaturas. Depois, é possível fazer Análise de Informação, Pesquisas avançadas, Colocação de fotografia de Veículo e Consulta do Historial da Viatura à Oficina. Faz

ainda Avisos Automáticos de Aniversários de Clientes, Próximas revisões de veículos e Agenda de marcações.

Solunext SoluAuto Telefone: 256310110

existência de dívidas atrasadas; permite a saída de stock ao referenciar os materiais na Folha de Obra; emissão de garantias para os materiais e/ou serviços descritos nas Folhas de Obra; permite o envio de SMS directamente a partir da Folha de Obra de forma a informar o cliente do término da Folha de Obra.

Guisoft EnterpriseSnap Telefone: 707 200 608

A Solunext é uma empresa fundada em 2002 e especializada no fornecimento, implementação, adaptação e costumização de soluções informáticas (nomeadamente PHC). A SoluAuto (designação da solução desenvolvida) foi um desenvolvimento da Solunext assentado na plataforma PHC. Trata-se de um produto costumizado que reúne as necessidades sentidas no sector das oficinas multimarcas. No que toca à sua comercialização é imprescindível possuir o Software PHC e posteriormente adquirir o Template SoluAuto. A SoluAuto é uma solução que permite o controlo geral das oficinas de automóveis, passando pelas diversas áreas, agendamento, orçamento até à factura, passando pelo pedido de orçamento a fornecedor, requisição externa /interna, folhas de obra e custos, registo on-line de intervenções dos funcionários, tempos dos funcionários, emissão das garantias, histórico de visitas e muito mais. As Folhas de Obra integram um conjunto de funcionalidades essenciais para uma gestão eficaz da oficina: criação de viaturas a partir da Folha de Obra; controlo de matrículas repetidas na criação de Folhas de Obra (Situações de mudança de proprietário); controlo de inspecções vazias na criação de folhas de obra de forma a actualizá-la imediatamente; controlo imediato de inspecções atrasadas de forma a que o recepcionista actue imediatamente junto do cliente; controlo dos km´s efectuados desde a última visita do cliente; criação de Folhas de Obra por matrícula ou cliente; permite aprovações sobre folhas de obra de forma a impossibilitar a sua facturação; constante controlo da entrega de viatura: ao criar uma Folha de Obra é perguntado ao utilizador quantos dias são necessários para a reparação; permite ainda controlar a abertura uma Folha de Obra mediante a

A GUISOFT é uma empresa de capitais 100% nacionais, com mais de 10 anos no mercado e que tem como objecto o desenvolvimento de software para segmentos de mercado específicos, usando a sua marca registada “EnterpriseSnap”. Inicialmente todos os seus produtos eram vendidos em grandes superfícies, mas este canal de distribuição foi sendo abandonado com o crescimento de uma rede de parceiros, empresas do ramo Informático que distribuem o software aos seus clientes finais, podendo a assistência ser contratada ao parceiro ou directamente á Guisoft, dependendo do acordo e nível de parceria. O seu produto para o sector oficinal é a ferramenta imprescindível para aumentar a qualidade do serviço e a produtividade, pois permite de uma forma integrada gerir com facilidade todas as áreas da oficina. Com um aspecto inovador, a aplicação é baseada em base de dados SQLSERVER, permitindo o tratamento de grandes volumes de informação de uma forma simples e intuitiva, usando uma noção de “Filtros”. Disponível em versão Elite (MonoPosto) e Profissional (Multi-Posto) adapta-se aos vários perfis de oficinas e respectivas dimensões de negócio. Algumas das características do programa são a Gestão das viaturas (dados gerais), plano de manutenções e observações e Gestão de clientes dados gerais, contactos, financeiros e viaturas.


Sempre pontual, sempre em segurança!

Em qualquer negócio, a coisa mais importante é estar sempre na linha da frente. Se pretende fazê-lo de forma segura, tem de optar por peças com a qualidade do equipamento original. Com travagem e componentes de direcção e suspensão TRW, as suas cargas preciosas chegam ao destino pontualmente e em segurança. A integração perfeita de todos os componentes TRW assegura o melhor desempenho em qualquer situação. Confie na TRW, um parceiro de eleição de todos os fabricantes de automóveis – e chegue sempre no momento certo, com segurança.

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TÉCNICA PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL

Além da electrónica Um dos casos recorrentes de anomalias provocadas por sistemas de controlo electrónico é a injecção de combustível, causando dificuldades de condução e perdas de rendimento do motor, o que nos obriga a verificar a pressão e o volume de combustível, bem como o estado dos filtros (de ar e/ou combustível).

A

moderna tecnologia automóvel recorre amplamente à electrónica, especialmente para funções de controlo de parâmetros de funcionamento e funções de comando de componentes mecatrónicos (actuadores, electroválvulas, motores, bombas, etc.). Isto implica que o diagnóstico imediato começa pelos sistemas electrónicos, mas o técnico de reparação não deve perder de vista a base mecânica do veículo, que essencialmente continua a ser a mesma de sempre. Isso pode levar a situações em que os sistemas electrónicos estão a operar correctamente, mas a anomalia de funcionamento do motor, por exemplo, persiste. Outras vezes, é o código de avaria da memória da ECU que indica um componente directamente responsável pela anomalia, mas de facto a origem do problema está noutro local. Isto obriganos a prever todas as hipóteses, ao efectuar o diagnóstico de um problema mais complexo. Problemas de pressão de combustível A injecção electrónica de combustível, que apareceu pela primeira vez num VW (1968), tornou-se ao longo do tempo extremamente fiável e precisa, tendo substituído totalmente os carburadores, que necessitavam de afinações e reparações frequentes. Os primeiros sistemas electrónicos de injecção de combustível foram fabricados pela Bosch, a partir de uma patente da Bendix. A principal razão da fiabilidade dos sistemas electrónicos é o facto de operarem sem movimento (solid state), não sofrendo desgaste. Sendo assim, a princiFIG. 1 Mesmo nos casos em que encontramos a pressão especificada pelo construtor, isso não quer dizer que o volume proporcionado pela bomba seja suficiente. Há casos em que ligar simplesmente o manómetro faz o motor ir abaixo (por falta de combustível).

pal origem de avaria dos sistemas electrónicos são falhas eléctricas provocadas por avarias em cabos, baterias e outros componentes eléctricos. Entretanto, a lógica de funcionamento dos sistemas de injecção electrónica permite aumentar o rendimento do motor e reduzir o consumo de combustível e as emissões de escape, devido ao excelente acerto da mistura ar/combustível. Apesar disso, os sistemas de injecção dependem de forma crítica de componentes mecânicos, como a bomba de combustível e os filtros, que se deterioram e têm prazos de validade. Havendo falhas de manutenção do veículo, os problemas começam a surgir, embora a parte electrónica do sistema de injecção esteja a funcionar perfeitamente. Os principais sintomas de pressão e volume insuficientes de combustível são as sacudidelas a velocidade de cruzeiro, falhas de funcionamento do motor, hesitações deste, falta de potência e paragem do motor. Neste caso, é normal que o motor volte a funcionar após arrefecer. Naturalmente, os consumos são elevados, as emissões de escape estão fora de controlo e o motor tem dificuldade em arrancar ou não arranca mesmo. Procedimentos correctos A diferença entre um verdadeiro reparador e alguns "substituidores" é que estes começam logo a substituir sensores e a própria unidade electrónica de comando do motor (ECU), enquanto que o primeiro vai verificar de imediato

a pressão e o fluxo de combustível. Para não perder tempo, convém consultar as especificações do veículo em questão. Nos carros mais antigos, equipados com injecção de combustível de corpo de acelerador (borboleta húmida) é conveniente dispor de um manómetro de 0-1 bar (15 psi), porque um sistema standard de baixa pressão funciona entre 0,6-0,7 bar (9-11psi), algo que passará facilmente despercebido numa escala de 7 bar (100 psi). Um manómetro digital mais recente também resolve esta situação. Ao verificar a pressão, é importante notar se há oscilações violentas da agulha do mostrador. O aumento lento da pressão também significa que há problemas. No entanto, o facto de se obter a pressão especificada pelo construtor, não quer dizer que o fluxo de combustível seja o correcto. O volume total do sistema de 450 cc na válvula Schrader, durante 20 segundos, faz funcionar qualquer carro. Há casos em que o simples facto de accionar o manómetro faz o motor ir abaixo, mesmo que a pressão esteja ao nível especificado (Fig. 1). Claro que para efectuar este tipo de diagnóstico é conveniente substituir o filtro de combustível, porque a sua substituição é sempre aconselhável, para o bom funcionamento e conservação do sistema de injecção. Se o filtro substituído estiver em mau estado, já temos uma hipótese de diagnóstico. Origens do problema A partir do momento em que temos a certeza que existe um problema de ali-


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TÉCNICA mentação de combustível, ainda falta descobrir qual a sua origem, havendo cinco possibilidades: - Passagem do combustível pelo filtro restringida, devido a acumulação excessiva de impurezas ou por defeito do captador de água. - Bomba de combustível fraca. As bombas de combustível são estudadas para operar correctamente durante 800.000km, pelo menos, mas o abastecimento com combustível de má qualidade e as falhas de substituição do filtro de combustível ou a falta de limpeza do depósito de combustível pode reduzir drasticamente a sua vida útil (Fig. 2 ). - Circuito de alimentação de corrente da bomba de combustível. Na maior parte dos casos, o problema é uma ligação à massa deficiente, mas também podem surgir problemas no relé da bomba ou no circuito de corrente de alimentação. - Regulador de pressão com fugas pelo diafragma ou com um sinal de vácuo incorrecto. - Deformação ou outra restrição de uma linha de alimentação. Análise, caso a caso FILTRO - À cabeça dos motivos que causam problemas de falta de pressão e volume de combustível estão os filtros de combustível. Estes filtros deveriam

FIG. 2 As bombas eléctricas de combustível estão pensadas para trabalhar durante longos períodos, sem a mínima falha. No entanto, as impurezas contidas no combustível e os filtros entupidos reduzem de forma clara a sua fiabilidade e duração.

FIG. 3 É útil abrir os filtros usados ou cortar mesmo o elemento filtrante, para identificar o tipo de resíduos. Se houver grandes quantidades de óxido, isso pode exigir a limpeza do depósito de combustível e das linhas de alimentação

ser substituídos todos os 50-60 mil km, independentemente do intervalo recomendado pela fábrica. Um mecânico experimentado diz que a maior parte dos filtros que muda estão tão entupidos que não se consegue soprar através deles. Nos sistemas de injecção de alta pressão, com injectores mais sensíveis, os construtores não arriscam e começaram a montar filtros para a vida do carro com muito maior capacidade de retenção de impurezas, integrados no chamado módulo de combustível, que inclui a bomba e outros dispositivos de alimentação. Apesar disso, muitos modelos possuem um segundo filtro substituível, para garantir a máxima pureza do combustível.

Dentre as impurezas que aparecem no combustível, desenvolvendo-se nos depósitos das refinarias, nos camiões tanque de transporte e nas estações de abastecimento, estão os limos (algas), óxidos, aditivos e outras substâncias, que formam autênticas lamas capazes de entupir rapidamente o melhor dos filtros. Os bons profissionais de manutenção e reparação de veículos deviam substituir os

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filtros à mínima dúvida sobre o seu estado, pois o seu custo relativamente inócuo torna essa operação de valor acrescentado para o funcionamento do carro e para o cliente. Além disso, o filtro usado deve ser cortado transversalmente, para poder observar-se atentamente o seu interior (Fig. 3). Se houver grande quantidade de óxidos, pode ser altura de fazer uma limpeza ao depósito de combustível ou mesmo substituí-lo. As linhas de combustível também necessitam de manutenção, devendo ser lavadas à pressão. Se a oxidação estiver muito avançada, é também necessário substituí-las, para evitar paragens inesperadas do veículo. Se o condutor se recusar a pagar estes serviços, deve ser confrontado com a necessidade de fazer em alternativa mudanças mais frequentes de filtros, se quiser evitar problemas de injecção. Há casos em que o motor pára, porque grandes bocados de óxido tapam o chupador da bomba de combustível. Se o motor estiver parado uns minutos, volta novamente a funcionar, pois os óxidos volta a cair para o fundo do depósito. BOMBAS - O primeiro componente a ser sacrificado pela obstrução dos filtros por impurezas é a bomba de combustível, cuja amperagem de consumo pode duplicar, passando de 4 ou 6A, para 8 ou 12. Quando a pressão sobe na linha antes do filtro, podendo a linha de saída do filtro até apresentar uma pressão inferior à especificada, a bomba trabalha em esforço, PUB


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aumentando a formação de arco, calor e desgaste. As escovas (carvões) são as primeiras a sofrer esse desgaste (Fig. 4), comprometendo o rendimento da própria bomba. Quando a bomba já não tem recuperação, é necessário substituí-la, seguindo as especificações do construtor. Além disso, a montagem da nova bomba deve implicar sempre a limpeza do depósito de combustível e a substituição de todos os elementos que trabalham directamente com a bomba (chupador, crivo, ligações, etc.), a fim de garantir o bom rendimento do sistema de injecção e do motor. O combustível usado do depósito velho deve ser descartado ou bem filtrado, se for possível, porque as impurezas permanecem em suspensão no combustível. .De qualquer modo, é imperativo seguir todas as instruções do fabricante da própria bomba de substituição. A garantia desta fica comprometida, se a sua instalação não tiver sido correcta. Infelizmente, a sujidade não é a única causa de avaria das bombas de combustível. A maior parte das bombas trabalham imersas no combustível, para serem convenientemente refrigeradas. Portanto, se o depósito estiver permanentemente com o nível de combustível baixo, a bomba corre o risco de sobreaquecimento e danifica-se. Nos depósitos com pouco combustível, o lixo fica mais concentrado e os problemas provocados pela poluição do combustível duplicam. É uma regra de bom senso conduzir regularmente pelo menos com metade da capacidade do depósito. PROBLEMAS ELÉCTRICOS Antes de pensar em fazer substituições, nomeadamente do relé da bomba, é necessário passar em revista todos os contactos e passagens de corrente e massa, que são a causa mais frequente de baixo rendimento da bomba e falta de pressão de combustível. Também é preciso ver o estado do fusível, porque o facto da bomba trabalhar em esforço ou haver um curto-circuito na sua linha de alimentação e massa pode ser suficiente para queimar o fusível. Substituir o fusível sempre por outro da amperagem recomendada pelo construtor, pois isso é suficiente, desde que tudo esteja a funcionar correctamente. Em princípio, a resistência nos circuitos eléctricos não deve superar 0,2 volt, o que pode ser verificado com um bom voltímetro ou multímetro. Como os sistemas electrónicos fazem PUB

TÉCNICA geralmente um bom controlo dos circuitos eléctricos, pode ajudar a detectar problemas eléctricos do sistema de injecção e alimentação passar em revista os códigos de avaria da ECU.

FIG. 4 Quando o desgaste das escovas da bomba é excessivo, a passagem de corrente passa a ser feita apenas pela respectiva mola, sendo insuficiente.

O primeiro componente a ser sacrificado pela obstrução dos filtros por impurezas é a bomba de combustível, cuja amperagem de consumo pode duplicar, passando de 4 ou 6A, para 8 ou 12.

REGULADOR DE PRESSÃO - O regulador de pressão de combustível é um dispositivo muito simples, mas a sua influência no funcionamento do motor não deve ser subestimada. Sempre que houver emissões de escape elevadas, deve-se retirar o tubo de vácuo do regulador de pressão, ligado ao colector de admissão, a fim de verificar se há sinais de combustível. Quando o diafragma do regulador se rompe, o combustível passa para o motor directamente. Nos piores casos, vê-se gasolina a sair pelo escape e o motor pode sofrer um bloqueio hidráulico, porque os cilindros ficam cheios de combustível. Fugas menores de combustível podem originar arranques difíceis , entre outros problemas. Se a pressão de combustível não se mantém, deve-se comprimir a linha de alimentação. Se não se verificar nenhuma alteração, a esfera de retenção é a responsável pelo problema. Nos casos em que a fuga desaparece ao comprimir a linha de retorno do combustível, o problema é um diafragma perfurado no regulador de pressão. Se isto não se produzir qualquer alteração, o problema é uma fuga através de um injector. LINHAS OBSTRUÍDAS - Embora não seja uma situação muito frequente, isso pode acontecer por deformação da linha, defeito desta ou acumulação de detritos no seu interior. Para detectar este tipo de problema, é necessário levantar o carro (ou deitar-se em baixo do chassis), com alguma dose de paciência e uma boa lâmpada de iluminação. Um espelho também pode ajudar a ver o lado de trás das linhas de combustível. Ao utilizar lâmpadas, é preferível não usar lâmpadas de filamento incandescente, pois gastam mais energia e têm o risco potencial de inflamação do combustível, ao partirem-se. Há mais incêndios em oficinas por causa de lâmpadas partidas, do que por qualquer outra razão. Por conseguinte, o trabalhar em sistemas de combustível, é totalmente aconselhável utilizar lâmpadas fluorescentes ou de tecnologia LED. Estas últimas têm a vantagem de apresentar um consumo de energia mínimo e não aquecerem praticamente nada.


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TÉCNICA ÓLEO DO MOTOR

Degradação do

lubrificante do motor Com a degradação do óleo do motor, a sua pressão e velocidade de circulação diminuem, gerando depósitos no circuito de óleo que agravam ainda mais o défice de lubrificação do motor, potenciando o desgaste suplementar deste.

O

s chamados motores de combustão interna desenvolvem intensas temperaturas e conseguem transformar a energia elástica dos gases da combustão em energia cinética, graças a um conjunto de peças metálicas - êmbolo, biela e cambota - que estão em permanente movimento, enquanto o motor funciona. Nestas condições, o motor não poderia funcionar muito tempo, sem sistemas de arrefecimento e sem um lubrificante, que eliminasse o atrito entre as peças que estão em movimento e em contacto umas com as outras. Além disso, o próprio funcionamento do motor gera subprodutos de combustão, partículas e substâncias químicas, que devem ser neutralizadas, para não acelerar o desgaste das peças do motor. Estamos, portanto, a ver que o óleo lubrificante do motor tem pelo menos três importantes funções: 1 - Arrefecimento do motor, transportando o calor da combustão, concentrado na cabeça do motor e nos cilindros, para o cárter do motor, para o filtro de óleo e para o radiador de óleo (caso exista); 2 - Lubrificação das peças móveis, criando uma película entre elas, que permite o seu fácil deslizamento. 3 - Limpeza das impurezas geradas pelo funcionamento do motor, arrastandoas para o filtro de óleo. Adicionalmente, o lubrificante também previne a oxidação das peças metálicas do motor, preservando-as da corrosão. Consequentemente, podemos tirar algumas conclusões lógicas desta situação: 1ª - O óleo lubrificante necessita, para

cumprir a sua função de limpeza e de arrefecimento, de um filtro, onde se possam acumular as impurezas arrastadas pelo óleo; além desse filtro, existe outro à entrada da bomba de óleo do cárter do motor, a fim de impedir que espumas e lamas ali geradas entrem na circulação do óleo à pressão; 2ª - O óleo e o filtro de óleo precisam ser substituídos regularmente, pois o primeiro envelhece e degrada-se pelo efeito das elevadas pressões, temperaturas e

Cada motor é projectado para funcionar dentro de determinados parâmetros, exigindo um lubrificante específico e um filtro adequado às característica e capacidade do motor

agentes químicos agressivos, enquanto que o segundo vai acumulando as impurezas, até ficar totalmente entupido; 3ª - A substituição do óleo do motor e do respectivo filtro de óleo deve ocorrer enquanto estes conservam as suas propriedades originais, que lhes permitem cumprir as suas funções; para esse efeito, os construtores dos veículos recomendam intervalos de mudança criteriosamente calculados, sem o cumprimento dos quais a protecção do motor não fica assegurada; 4º - O desgaste do motor e a falta de rendimento e aumento de consumo representam danos funcionais e patrimoniais que ultrapassam largamente os custos da substituição regular do lubrificante e do seu filtro. Progresso tecnológico - Os lubrificantes minerais clássicos tinham que ser substituídos a intervalos relativamente curtos (5-8 mil km), porque eram mais vulneráveis aos factores externos agressivos, envelhecendo rapidamente. No entanto, como a engenharia dos carros mais antigo trabalhava com tolerâncias maiores, esses óleos eram adequados aos motores em que se utilizavam. Com o progresso da engenharia e das técnicas de produção, as tolerâncias dimensionais dos motores foram sendo reduzidas, permitindo o uso de óleos sintéticos de menor viscosidade. Além disso, os novos óleos para motores utilizam uma gama

extensa de aditivos que melhoram o seu rendimento e estabilizam a sua estrutura. Todos esses factores, juntamente com o aparecimento de filtros de alto rendimento, permitiram que os períodos de substituição do óleo/filtro fossem sendo alargados, podendo atingir entre 30-50 mil km nos carros ligeiros e de 70-90 mil km para os veículos industriais. Isso é possível porque os óleos de motor das últimas gerações não envelhecem tão rapidamente como os clássicos e porque os filtros actuais conseguem filtrar partículas (poeiras do ar, limalhas metálicas e resíduos de carbono) de dimensões entre 8 e 60 micros, as mais nocivas para o motor, pelo seu elevado potencial abrasivo. Os novos filtros de óleo, conseguem uma filtragem mais efectiva dos detritos em suspensão no óleo e possuem uma capacidade de retenção de partículas superior, permitindo intervalos de substituição mais alargados, dentro do critério do construtor da viatura. Comportamentos de risco - Não efectuar a mudança de óleo nos intervalos recomendados pelo fabricante do motor, nem o respectivo filtro, produz efeitos devastadores em qualquer motor, mesmo que a sua construção e engenharia sejam de primeira qualidade. Como já vimos, a existência de partículas abrasivas no lubrificante provoca o desgaste acelerado das peças do motor, especialmente, os


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TÉCNICA êmbolos, segmentos destes, paredes dos cilindros e rolamentos da cambota e das bielas, mas as peças da distribuição são igualmente afectadas (árvore de ressaltos e impulsores das válvulas). Com a degradação do óleo do motor, a sua pressão e velocidade de circulação diminuem, gerando depósitos no circuito de óleo que agravam ainda mais o défice de lubrificação do motor, potenciando o desgaste suplementar deste. O arrefecimento do motor começa também a ser menos efectivo e em condições extremas pode ocorrer um sobreaquecimento, falha da junta da cabeça do motor e a avaria total do deste. Contudo, os inconvenientes dos atrasos na substituição do óleo lubrificante do motor, não são meramente mecânicos, pois existem ainda os factores químicos. Estes são geralmente ignorados, mas não são menos graves. De facto, o óleo do motor é contaminado pelos gases da combustão, que se escapam através dos segmentos do êmbolo. Estes gases levam para o cárter do motor óxidos de azoto, bem como combustível e enxofre por queimar, os quais reagem quimicamente com o vapor de água e dão origem a ácido sulfúrico e ácido nítrico. Estes ácidos são uma grave ameaça para todos os componentes do motor, especialmente os retentores de óleo, e atacam o lubrificante e os seus aditivos, reduzindo praticamente a zero as suas características originais, eliminando as defesas do motor.Este acaba por perder o seu rendimento de origem e passa a consumir mais combustível e a emitir mais

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gases de escape poluentes, desvalorizando o veículo.

O óleo e o filtro de óleo precisam ser substituídos regularmente, pois o primeiro envelhece e degrada-se pelo efeito das elevadas pressões, temperaturas e agentes químicos agressivos, enquanto que o segundo vai acumulando as impurezas, até ficar totalmente entupido

Especificações originais - Cada motor é projectado para funcionar dentro de determinados parâmetros, exigindo um lubrificante específico e um filtro adequado às característica e capacidade do motor. A utilização de óleos lubrificantes e filtros não especificados altera radicalmente os intervalos de manutenção do motor, o que na prática equivale a circular com óleo e filtro degradados e que deixaram de cumprir as suas funções. O cenário piora ainda mais, se os filtros de ar de admissão e de combustível também não tiverem sido substituídos na altura correcta. Dentro do período de garantia do veículo, a utilização de produtos e componentes impróprios, bem como o não cumprimento dos intervalos de substituição destes é uma das razões de denúncia das condições de garantia por parte da marca, porque o desgaste do motor deixa de estar controlado e as suas características ficam gravemente alteradas, mesmo em termos de contaminação ambiental. Fora do período de garantia, a correcta manutenção do motor é o seu único seguro contra avarias e contra perdas económicas graves. Isto não constitui nenhum enigma e basta pegar numa calculadora de bolso para verificar que assim é. Portanto, em caso de dúvidas consulte um ponto de assistência automóvel idóneo, que o pode aconselhar a efectuar a manutenção do seu veículo com a máxima rentabilidade.

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SERVIÇO SUBSTITUIÇÃO DE TURBO COMPRESSORES

Segmento de mercado forte O turbo compressor não é uma peça barata e exige bom nível de competência técnica e eficiência de serviço. Além disso, é uma peça fulcral para o motor e sê-lo-á cada vez mais.

O

turbo compressor já existe há muitas décadas e chegou até a marcar uma época da Fórmula 1. O conceito do motor de combustão não pode prescindir do turbo compressor, até porque o conceito emergente desse motor é o "downsizing". De facto, eficiência energética e baixo nível de emissões de escape não estão ao alcance do conceito atmosférico tradicional, porque a redução do peso e da cilindrada dos motores exige elevado rendimento específico, o que só é possível com um fluxo de ar optimizado nas câmaras de combustão, como o que é proporcionado pelos turbo compressores. Estas tendências estão a criar um aliciante mercado de primeiro equipamento e consequentemente de substituição também, que está atrair novos operadores, novas marcas e a gerar um novo impulso de concorrência que não existia. Isto significa maior evolução técnica do turbo compressor, por um lado, com o aparecimento de novas variantes e soluções ainda mais eficientes, mas também um crescimento de oportunidades no mercado de pós-venda. Fragilidades técnicas O turbo compressor é uma peça de elevada tecnologia, mas de concepção técnica relativamente simples. No fundo, é constituído por duas conchas, dentro das

quais trabalham duas turbinas, sendo uma activa (compressor) e outra passiva (impulsor). As duas conchas estão ligadas por uma peça na qual se apoiam e dentro da qual funciona o veio que faz a ligação entre ambas, permitindo que a pressão dos gases de escape seja transformada em pressão de alimentação (Fig. 1). Como as

peças móveis rodam todas à mesma velocidade e no mesmo sentido, o nível de desgaste é muito reduzido e o turbo poderia durar toda a vida útil do carro, se a manutenção deste fosse consistente, o que está longe de ser a regra. Isto apesar do regime das turbinas e do respectivo veio ser da ordem das dezenas de milha-

FIG. 1 Turbo compressor em corte • A VERMELHO Os gases de escape entram na concha da turbina do impulsor a temperaturas da ordem dos 950º C, a alta velocidade e com uma certa pressão. • EM AMARELO O óleo que entra no turbo vem do circuito geral de lubrificação do motor e destina-se a lubrificar o veio e rolamentos, bem como a provocar o arrefecimento dessas peças, devendo fluir livremente e com o caudal especificado. • EM AZUL O ar de admissão entra na concha da turbina do compressor vindo do filtro de ar e sai em direcção ao colector de admissão e à borboleta do acelerador. Devido às altas temperaturas dos gases de escape, o ar de admissão também aquece ao passar pelo compressor, razão pela qual antes de entrar no colector de admissão passa geralmente por um permutador de calor (intercooler), que reduz a sua temperatura.

Orifício de entrada de óleo de lubrificação

Saída de ar com pressão

Veio das turbinas

Turbina Turbina do compressor

Entrada de ar atmosférico

Saída dos gases de escape

Entrada de gases de escape

Orifício de saída de óleo de retorno

res de rotações por minuto, algo difícil de imaginar. Deste modo, as anomalias do turbo compressor têm que ser encontrada em factores externos à própria peça. Isto é a pedra de toque do diagnóstico e da reparação, porque substituir um turbo sem resolver o problema que originou a sua avaria é condenar o novo turbo rapidamente à mesma sorte. As duas grandes causas de avaria dos turbos são os impactos de partículas nas turbinas e os problemas de lubrificação do veio. Efectivamente, como o turbo opera a altas rotações (até 300.000 rpm), o veio tem que ser lubrificado à pressão, utilizando o circuito do óleo do motor. O lubrificante também tem uma importante função de arrefecimento do veio das turbinas, devendo o seu fluxo ser constante. Em qualquer dos casos, se o veio perder a velocidade, porque os respectivos rolamentos se deterioraram, em virtude de óleo com grande quantidade de impurezas e temperaturas muito elevadas, por falta de óleo, o motor deixa de funcionar correctamente e pode mesmo parar. O problema das partículas deriva de impurezas contidas no ar de admissão ou nos gases de escape. em ambos os casos, o impacto a alta velocidade com as turbinas danifica-as, por muito pequenas que possam parecer as partículas causadoras do problema. A erosão provocada nas turbinas altera o equilíbrio dinâmico destas, que é de origem o mais perfeito possível, fazendo gerar vibrações, as quais danificam o veio e os rolamentos, causando a falha do turbo. Em relação ao escape, este deve ser mantido limpo no seu interior, pelo menos na secção de ligação ao


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SERVIÇO turbo, incluindo o sistema de recirculação de gases de escape EGR. A limpeza deve ser efectuada em todas as substituições de válvulas e sensores, ou quando o motor tiver problemas de combustão. Manutenção preventiva Tal como noutros componentes mecânicos do motor, transmissão, suspensão, direcção, etc., a manutenção preventiva prolonga a vida útil das peças e evita problemas e custos derivados de avarias, no caso do turbo compressor a manutenção preventiva é fundamental para o seu bom funcionamento e duração. Começando pelo ar de admissão, o filtro deve ser mudado nos intervalos recomendados pelo construtor e a qualidade e características do filtro devem ser as de origem. Além disso, as uniões das condutas de admissão e de ligação ao turbo devem estar limpas e bem apertadas, para evitar fugas de ar e de pressão. Quanto ao lubrificante, um dos pontos mais importantes da manutenção para o turbo compressor, deve ser o especificado pelo construtor ou equivalente, na mesma quantidade e com o mesmo nível no cárter. Além disso, o filtro de óleo deve ser igualmente o especificado de origem. Tanto o óleo do motor, como o respectivo filtro devem ser mudados nos intervalos recomendados ou antes, no caso de utilizações mais intensivas do motor. Não utilizar aditivos não especificados pelo construtor. Além disso, o radiador de óleo deve ser mantido bem limpo exteriormente e os tubos

O turbo compressor é uma peça de elevada tecnologia, mas de concepção técnica relativamente simples. No fundo, é constituído por duas conchas, dentro das quais trabalham duas turbinas de óleo de ligação ao turbo e o respectivo aperto devem ser verificados em todas as revisões, ou em caso de haver fugas de lubrificante. Procedimentos de substituição Cumprida a primeira fase da reparação, que é como já vimos a correcta identificação e eliminação da causa ou causas que estiveram na origem da falha do turbo compressor, é necessário seleccionar a peça de substituição. A melhor opção será sempre um turbo novo da mesma marca e características do turbo original. Na impossibilidade de arranjar a mesma peça em tempo útil, um turbo compressor reconstruído da mesma marca e especificações também serve de forma ideal, por-

que as peças reconstruídas têm as mesas garantias da peças novas e ainda têm a vantagem do menor custo e de serem um contributo para a conservação dos recursos, reduzindo a formação de resíduos. A hipótese de um turbo de outra marca, mas homologado pelo construtor do motor, é igualmente viável, desde que sejam respeitadas de forma estrita todas as especificações originais. Está fora de questão montar um turbo compressor de geometria variável onde não está de origem, bem como o inverso desta hipótese. A variação da geometria do turbo é comandada pela ECU de gestão do motor e as respectivas ligações electrónicas têm que estar correctas, ou o motor não funciona. Havendo a peça indicada, o passo se-

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guinte é verificar visualmente o seu estado. Não convém tocar nas palhetas das turbinas, para ver se o veio gira correctamente, porque isso pode deformar as turbinas e causar posteriores avarias. Os turbos são testados no construtor com meios adequados e essa verificação é dispensável. Se o kit de montagem do turbo não tiver os tubos de alimentação e de retorno do óleo de lubrificação do veio, é conveniente encomendá-los ao mesmo tempo, para efectuar a montagem correctamente. Não faz sentido montar um turbo novo com tubos de óleo que podem dar problemas a curto prazo e danificar novamente o turbo. A lubrificação é um aspecto fundamental do funcionamento do turbo e tudo deve estar em bom estado por esse lado. Com a peça nova ainda antes de ser colocada no seu local de montagem, é aconselhável deitar um pouco de óleo novo (o mesmo que será utilizado no motor do carro) no orifício de lubrificação do veio do turbo, onde se liga o tubo de alimentação do óleo (Fig. 2). Os kits de montagem dos turbos de algumas marcas (da Mahle, por exemplo), trazem uma seringa apropriada para esse efeito, mas qualquer dispositivo de lubrificação manual é indicado para esse efeito, desde que o óleo seja o mesmo do motor. Com o turbo já montado no motor e antes de ligar o respectivo tubo de lubrificação, é conveniente deitar mais um pouco de óleo no mesmo orifício. Ao montar o tubo de retorno do óleo, que deve ser novo ou estar em muito bom estado e PUB


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bem limpo interiormente, é indispensável verificar que ele não fique dobrado ou apertado por outro componente do motor. Se a pressão do óleo no turbo for excessiva, o óleo verte para a turbina do compressor e vai causar problemas de combustão no motor, ou pior A mesma situação ocorre se o sistema de ventilação do cárter não funcionar correctamente e houver excesso de pressão de óleo no turbo, por falta de retorno do óleo. Conferir passos da montagem Ao montar o novo turbo, todas as suas ligações devem ficar bem vedadas, o que exige juntas em bom estado e parafusos/porcas sem defeitos. Os kits de turbos de substituição geralmente trazem tudo o que é necessário, mas é necessário reunir o material de confiança (OE), caso isso não suceda. A utilização das juntas usadas é completamente desaconselhada, pois apresentam geralmente deformações e fissuras, para além do material se poder apresentar poroso, devido a altas temperaturas e vibrações. Também não é aconselhado utilizar massas e outros produtos de vedação não especificados, porque diminuem o diâmetro das passagens. No caso dos tubos do lubrificante, isso é provocar uma avaria certa. Neste ponto, o óleo do motor e o filtro já devem estar mudados. Por precaução, todos os tubos de óleo, ar, e água devem estar apertados durante mudança de óleo. O nível de óleo deve ser o recomendado, porque excesso de óleo no motor provoca fugas de óleo no interior do turbo e isso causa avarias no motor. O sistema de arrefecimento do motor também deve ser passado em revista e limpo, para poder assegurar a temperatura ideal de funcionamento do motor em todas as circunstâncias. De qualquer modo, o motor não deve ser ligado durante a montagem do turbo compressor e muitos profissionais retiram o fusível da bomba de combustível, para evitar imprevistos. O aperto inicial deve ser o especificado pelo fabricante do turbo e/ou pelo construtor do veículo. Um novo aperto deve ser efectuado após o motor funcionar durante alguns minutos. Um bom profissional dará um terceiro aperto aos parafusos do turbo após 1.000km de uso ou 20 horas de funcionamento do motor. Utilizar sempre ferramentas especificadas para a montagem do turbo compressor. Ao arrancar o motor após a montagem do turbo compressor, é importante esperar dois minutos com o motor a trabalhar ao ralenti, antes de o acelerar, para dar tempo ao lubrificante de actuar no veio do turbo e de a temperatura chegar a um ponto mínimo recomendável. Isso protege os rolamentos do veio das turbinas e evita futuros problemas de desgaste e folgas. Manutenção profissional do turbo Paradoxalmente, o maior trabalho de manutenção do turbo é seguir as recomendações do construtor sobre a substituição dos filtros, mudanças de óleo, limpeza da admissão, verificação da pressão de óleo, etc. Normalmente, esses procedimentos estão previstos no livro de revisões e só não os faz quem pretende ter problemas e gastar dinheiro desnecessa-

SERVIÇO riamente. Adicionalmente, é conveniente efectuar regularmente uma inspecção visual ao turbo, a fim de identificar possíveis fugas de óleo, sinais de sobreaquecimento, defeitos nos tubos, etc. Ao limpar a conduta de admissão, por outro lado, colocar um pano limpo na entrada do turbo, para evitar a entrada de impurezas. No caso de haver intercooler, o que é comum, este deve estar limpo, sem danos e as respectivas ligações bem estanques.

• Falta de potência/baixa pressão de sobrealimentação: 1) filtro de ar usado e/ou sujo; 2) Deformação ou fuga na conduta de admissão e/ou no tubo de ar de admissão pressurizado; 3) Excesso de contrapressão no escape e/ou fugas na turbina do compressor; 4) Problemas de alimentação/injecção; 5) Problemas de motor, tais como guias de válvulas gastas, segmentos gastos ou danificados, bloco motor ou camisas dos cilindros

FIG. 2 Com a peça nova ainda antes de ser colocada no seu local de montagem, é aconselhável deitar um pouco de óleo novo (o mesmo que será utilizado no motor do carro) no orifício de lubrificação do veio do turbo, onde se liga o tubo de alimentação do óleo. Seguidamente coloque um pano limpo por cima do orifício da entrada do óleo e distribua o óleo pelos cavidades do turbo através de uma ligeira pressão de ar comprimido.

controlo da pressão de sobrealimentação (wastegate) abre mal ou não abre; • Fumo de escape negro: 1) Filtro de ar usado ou sujo; 2) Conduta de admissão ou tubo de ar de admissão pressurizado deformados ou com fugas; 3) Excessiva contrapressão no tubo de escape ou fuga na turbina; 4) Problemas de alimentação/injecção de combustível; 5) Problemas de desgaste e folgas do motor; 6) Turbina do compressor ou intercooler poluídos; 7) Válvula wastegate fecha mal ou não fecha; 8) Problemas nos rolamentos do veio do turbo; 9) Danos provocados por corpo estranho nas turbinas; 10) Conchas das turbinas danificadas; 11) Problemas de lubrificação. • Fumo de escape azulado: 1) Filtro de ar usado ou sujo; 2) Excessiva contrapressão de escape ou fuga na turbina do compressor; 3) Tubos de óleo do turbo deformados ou entupidos; 4) Respirador do cárter deformado ou entupido; 5) Concha do impulsor carbonizada ou poluída; 6) Problemas de desgaste e folgas do motor; 7) Turbina do compressor ou intercooler poluídos; 8) Segmentos de compressão com fugas; 9) Problemas de rolamentos do veio do turbo; • Ruídos no turbo compressor: 1) Excessiva contrapressão no escape ou fugas nas turbinas; 2) Deformação ou fugas na admissão e/ou no tubo de ar de admissão pressurizado; 3) Concha do impulsor carbonizada ou poluída; 4) Problemas de rolamentos do veio do turbo; 5) Conchas das turbinas e deflectores deformados ou danificados; 6) Problemas de lubrificação. • Consumo de óleo elevado: 1) Filtro de ar usado ou sujo; 2) Excessiva contrapressão de escape ou fugas nas turbinas; 3) Tubos de óleo do turbo deformados ou entupidos; 4) Respirador do cárter deformado ou entupido; 5) Concha do impulsor carbonizada ou poluída; 6) Problemas de desgaste e folgas de motor; 7) Compressor ou intercooler poluídos; 8) Segmentos de compressão com fugas; 9) Problemas de rolamentos do veio do turbo; 10) Danos provocados por corpos estranhos nas turbinas; 11) Fuga de gases entre o escape e a concha do impulsor; 12) Conchas ou deflectores danificados; 13) Problemas de lubrificação.

Dicas de diagnóstico - Nem sempre a falta de potência do motor é da responsabilidade do turbo compressor. Este pode estar a funcionar perfeitamente e haver perda de potência, devido a outros factores. De qualquer forma, damos de seguida algumas ideias sobre os problemas relacionados com o turbo compressor, para ajudar os profissionais a encontrarem a respectiva origem. • Danos nas turbinas: 1) Rolamentos do veio danificados e/ou com folga; 2) Entrada de um corpo estranho no turbo; 3) Concha ou deflector das turbinas danificados; 4) Problemas de lubrificação.

deformados pelo desgaste, fugas de compressão, etc.; 6) Compressor e/ou intercooler poluídos; 7) Válvula de controlo de pressão do turbo (wastegate) fecha mal ou não fecha; 8) Rolamentos do veio das turbinas danificados e /ou com folgas; 9) Danos provocados nas turbinas por corpos estranhos; 10) Caixa do filtro de ar partida, com fugas ou junta solta; 11) Conchas/deflectores das turbinas danificados; 12) problemas de lubrificação. • Pressão de sobrealimentação excessiva: 1) Problemas de alimentação de combustível e ou injecção; 2) Válvula de

• Fugas de óleo no compressor: 1) Filtro de ar usado ou sujo; 2) Excessiva contrapressão de escape ou fugas nas turbinas; 3) Tubos de óleo do turbo deformados ou entupidos; 4)Respirador do cárter deformado ou entupido; 5) Concha do impulsor carbonizada ou poluída; 6) Problemas de desgaste e folgas no motor; 7) Compressor ou intercooler poluídos; 8) Segmentos de compressão com fugas; 9) Problemas de rolamentos do veio do turbo. • Fugas de óleo nas turbinas: 1) Tubos de óleo do compressor deformados ou entupidos; 2) Respirador do cárter deformado ou entupido; 3) Concha do impulsor carbonizada ou poluída; 4) Problemas


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SERVIÇO de desgaste e folgas no motor; 5) Segmentos de compressão com fugas; 6) Problemas nos rolamentos do veio do turbo. Prolongar a vida do turbo compressor Para captar a confiança dos seus clientes e conseguir fidelizá-los à sua oficina, o reparador tem que se colocar na posição de quem defende o carro, a mecânica e a bolsa do cliente. Quando se trata de peças caras e com um papel vital no funcionamento do motor, como é o caso do turbo compressor, fica bem ao responsável da oficina e ao mecânico passarem ao condutor toda a informação que permite manter o seu turbo a funcionar correctamente durante muitos quilómetros e vários anos. Ao comprovar que essa informação é adequada ao fim em vista, o cliente reforça a confiança que tem na parceria com a sua oficina e terá mais razões para se querer manter leal. Dá-se precisamente o contrário, quando o cliente nota que o seu carro e os assuntos com ele relacionados são tratados com pouco interesse e apenas com o fito de maximizar o custo das reparações. Desta forma, deixamos a seguir alguns dos conselhos que zelam pela saúde do turbo e evitam problemas ao cliente. • Colocar apenas profissionais qualificados e com formação específica na assistência a turbo compressores. • Não alterar rigorosamente nada no turbo compressor. Muitos condutores pensam que se pode alterar sem problemas a pressão do turbo, a fim de obter

Como as peças móveis rodam todas à mesma velocidade e no mesmo sentido, o nível de desgaste é muito reduzido e o turbo poderia durar toda a vida útil do carro, se a sua manutenção fosse consistente, o que está longe de ser a regra

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mais potência do motor, mas isso é totalmente errado, porque o excesso de pressão do turbo provoca o sobreaquecimento do motor e diversas avarias neste, incluindo a sua completa gripagem. • Utilizar apenas o óleo especificado pelo construtor e sem aditivos susceptíveis de provocar depósitos ou fenómenos de corrosão. Também o filtro de óleo deve ser de origem ou equivalente, respeitando-se os intervalos de substituição, tanto do filtro, como do óleo. O óleo degradado e cheio de impurezas é um dos piores inimigos do turbo compressor. • Se o cliente notar ruídos, vibrações ou fugas de óleo no turbo compressor, deve parar o motor e levar o carro à oficina, ou chamar o profissional de assistência técnica. Não acelerar o motor até detectar a origem do problema do turbo, pois isso pode agravar a avaria ou até provocar outras piores. • Aconselhar o condutor a não acelerar o motor até altos regimes ainda a frio. Até haver suficiente óleo no veio do turbo podem decorrer 30 segundos ou um minuto, dependendo da temperatura exterior. Do mesmo modo e pela mesma razão, o motor não deve ser desligado ou parado depois de se ter acelerado a altos regimes. É necessário deixar o motor a funcionar ao ralenti durante 20-30 segundos, antes de o desligar, para evitar que o veio do turbo fique a rodar a alto regime sem ter adequada lubrificação. Fonte: Mahle PUB

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MECÂNICA PRÁTICA MAZDA MX3

Substituição da embraiagem Quando este modelo apareceu, fez uma certa sensação, por ser um simples ligeiro de passageiros, mas com linhas desportivas ousadas, com destaque para a frente mergulhante e os faróis principais escamoteáveis.

Fig. 1

Fig. 2

O

preço a pagar por essa ousadia foi o reduzido espaço disponível sob o capot do motor, onde tudo tem um espaço rigorosamente atribuído. Como é evidente, quando se trata de reparar o motor ou a transmissão, grande parte do trabalho consiste em desmontar tudo o que está no caminho das peças que é necessário substituir. Para substituir a embraiagem do MX3, tudo o que é necessário é um elevador de duas colunas e dois macacos de transmissão, sendo um para suportar o motor e outro para descer a caixa de velocidades. Com o carro ainda no chão, retira-se a fixação e a tampa da bateria, para poder desligar os respectivos cabos, a fim de desmontar bateria e pô-la de parte. Retirar o suporte da bateria, depois de desligar a cablagem que está junto dele. Retirar também os dois parafusos de cima do motor de arranque, um dos quais tem um suporte para uma cablagem. Para alcançar os parafusos da concha da embraiagem, é preciso tirar o parafuso do suporte do tubo de recirculação de gases de escape (EGR). Desligar a ficha múltipla do sensor de massa de ar e retirar a caixa do filtro de ar. Retirar os parafusos de cima da concha da embraiagem, um dos quais (à frente) também suporta uma abraçadeira do tubo do sistema EGR. Como o motor deste Mazda tem uma barra de apoio à frente e outra atrás, o apoio da caixa de velocidades pode ser retirado, sem haver necessidade de suspender o motor. Desmontar os 4 parafusos que fixam o suporte à longarina e as 3 porcas do apoio da caixa, para poder retirar completamente o apoio (Fig. 1). Depois de levantar o carro para uma altura de trabalho confortável, retirar as duas rodas da frente. Desmontar o painel

de fecho do pára-choques e a protecção da caixa. Neste ponto, convém apoiar o motor e caixa, cada um com o seu macaco de transmissão, a fim de desmontar as duas fixações da barra de suporte da caixa de velocidades, à frente e atrás (Fig. 2). Desapertar igualmente as porcas do apoio da caixa ligadas à barra de suporte, para poder retirar esta última. Desapertar ainda os 2 parafusos de fixação da bomba da embraiagem (Fig. 3), a fim de colocá-la de lado. Com a barra desmontada (Fig. 4), o sistema da alavanca de mudanças e o tirante de ligação podem ser retirados. Um dos parafusos da concha da embraiagem da parte de trás está escondido pelo suporte do escape, sendo necessário desmontar este, a fim de alcançar o parafuso. Desmontar igualmente os outros dois parafusos posteriores da concha e o parafuso inferior do motor de arranque. Esvaziar a caixa de velocidades, recolhendo o óleo para uma vasilha adequada e limpa. Retirar os dois parafusos de fixação do apoio posterior da caixa e soltar a cablagem ligada a ele. Desligar também a cablagem da parte da frente da caixa e retirar o respectivo suporte (Fig. 5). Desmontar ambas as rótulas da parte inferior (Fig. 6) e retirar os dois semi-eixos, depois de desapertar o parafuso do suporte do rolamento exterior, tendo cuidado para não danificar os vedantes da caixa de velocidades. Retirar o apoio da caixa à frente, pois esconde mais um parafuso da concha. Após desapertar todos os parafusos da concha da embraiagem, a caixa pode ser desmontada e descida, com a ajuda do macaco. Desapertar a embraiagem usada, tomando nota da forma como é que o prato de encosto está montado. Verificar o estado do volante e limpar todas as impurezas

com um solvente adequado. Verificar se o vedante posterior da cambota e o vedante do veio da caixa estão em bom estado e não apresentam fugas de óleo. Retirar o rolamento de encosto usado e verifique o estado do casquilho da caixa. Limpar o casquilho e o estriado do veio primário, eliminando todas as impurezas do interior da concha da embraiagem. Isto é particularmente importante se o rolamento substituído estiver gripado. Verificar o estado de uso e eventuais danos no braço de desembraiar, na forquilha e nos respectivos parafusos. Lubrificar a forquilha com massa adequada (resistente à temperatura) e montar o novo rolamento, o qual só deve ser lubrificado, se o respectivo casquilho for metálico. Os casquilhos de plástico não necessitam de lubrificação. Após colocar um pouco de massa no estriado do veio da caixa, verificar se o novo disco desliza livremente para a frente e para trás. Isso permite espalhar a massa no veio e verificar se o novo disco contido no kit é adequado para esta aplicação. Retirar o excesso de lubrificante e montar a nova embraiagem, utilizando um aparelho de alinhamento universal. Após verificar que o prato está voltado para o lado da caixa de velocidades, a embraiagem pode ser apertada progressivamente e na sequência correcta. Agora, só falta voltar a montar tudo, seguindo a ordem inversa da desmontagem, tendo o cuidado de verificar o estado dos pinos de encaixe da caixa de velocidades, antes de apertá-la. Voltar a encher a caixa com a quantidade de óleo correcta e com a graduação especificada. O óleo pode ser introduzido na caixa pelo orifício da bicha do conta-quilómetros, antes desta ser montada. Fonte: Luk

Fig. 3

Fig. 4

Fig. 5

Fig. 6


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CONSULTÓRIO TÉCNICO

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PERGUNTE À TRW

Direcção Assistida O Director Técnico da TRW Automotive Aftermarket, Brian Newell, responde este mês a uma questão relacionada com a direcção assistida de um Opel Astra de 2000.

P

ergunta: Tenho um cliente com um Opel Astra de 10 anos e vou substituir a caixa da direcção do carro. Devo também substituir a bomba da direcção assistida? Resposta - Essa é uma excelente questão, mas não há uma única resposta para essa dúvida, porque há vários factores que entram em jogo nesse problema. Em primeiro lugar, não sabemos porque é que a caixa da direcção (cremalheira) vai ser substituída, podendo haver várias razões para isso. Atendendo à idade do veículo, a bomba da D.A. já deve ter um desgaste considerável e está certamente fora da sua forma ideal. Isto não quer dizer que seja o seu fim, mas o seu rendimento deve estar a decair e pode tornarse pouco fiável a qualquer momento (geralmente, quando estamos a fazer uma manobra complicada…). Os carretos da bomba e as peças da cremalheira são fabricados com tolerâncias dimensionais

Princípios básicos da reparação Uma vez decidido em conjunto com o cliente o que deve ser feito, há algumas regras que devem ser tomadas em consideração, para se alcançar um serviço de qualidade. Eis aqui alguns exemplos: • Aposte na máxima limpeza das peças do carro, especialmente nos pontos junto das ligações das mangueiras do sistema hidráulico. Toda a sujidade pode ser facilmente removida com a utilização do fluido de limpeza para travões e um pano isento de fibras de linho. • Antes de desmontar a caixa de direcção, coloque o volante na posição central e fixeo nessa posição. • Limpe totalmente o sistema hidráulico, antes de ligar os tubos à nova caixa de direcção. Isso pode ser feito enchendo o reservatório de fluido novo, até ele sair pelo tubo de retorno, para uma aparadeira ou outro recipiente colocada por baixo do carro. NUNCA utilize novamente um fluido usado, porque está cheio de partículas abrasivas e outras impurezas. • Em qualquer ponto do serviço, seguir sempre rigorosamente as instruções do construtor. • Para sangrar o sistema hidráulico da D.A., enche-se o reservatório de fluido até ao nível "MAX", ligando depois o motor. O nível do fluido irá descer rapidamente. Após alguns minutos, levantar a parte da frente do veículo do chão e rodar a direcção de um lado para o outro, lentamente, cerca de 10 a 15 vezes. Acrescentar sempre fluido no reservatório, sempre antes deste chegar ao nível mínimo. Se aparecerem bolhas de ar ou vapores no reservatório, é necessário repetir os procedimentos de sangrar o sistema. Deve desligar-se o motor e esperar cerca de 15 minutos, antes de voltar a efectuar a operação. • Terminada a operação de sangrar o sistema hidráulico, o fluido deve ser colocado ao nível "MAX" do respectivo reservatório. Fazer um teste de condução na estrada, após o qual é necessário passar todo o sistema em revista, para localizar possíveis fugas de fluido. Se for necessário, voltar a pôr o nível no máximo.

mínimas, da ordem de apenas algumas poucas décimas de micron. Com o desgaste natural das peças, ficam partículas retidas no fluido do sistema juntamente com outros detritos, causando diversos problemas, incluindo a falha do sistema da direcção. É por essa razão que o fluido da D.A. deve ser mudado nos momentos recomendados pelo construtor do veícu-

lo. Portanto, qualquer que seja a opção que seja tomada em relação à nova bomba, todo o sistema deve ser limpo e o fluido substituído, eliminando-se eventuais fugas, caso existam. Isso é essencial para que a nova caixa da direcção não tenha problemas. De qualquer modo, em termos de serviço ao cliente, um reparador consciente optaria pela substituição da bomba também, para evitar que o cliente venha novamente à oficina dentro de 6 meses, para mudar a bomba. O cliente fica decepcionado sempre que tem que pagar uma conta, sendo portanto preferível que pague uma conta maior do que duas menores. Além de que a mão-de-obra é economizada, fazendo as duas intervenções ao mesmo tempo. Convém não esquecer que os clientes pagam de boa vontade as peças e os produtos utilizados nas reparações, mas ficam sempre com a impressão de que o serviço poderia ter sido realizado em menos tempo. Uma das tácticas para alcançar a satisfação do cliente passa exactamente por lhe demonstrar que está a pagar uma ninharia de mão-de-obra. Portanto, se o cliente é seu amigo, se bem que todos os clientes são num certo grau amigos do reparador, porque o ajudam a ganhar a vida, a melhor opção é reparar totalmente o sistema de direcção, que ficará a funcionar perfeitamente, durante vários anos. Tudo será diferente se o cliente tenciona trocar ou vender o carro em breve, embora uma factura de uma reparação recente seja sempre um bom argumento de venda. De qualquer modo, todos estes temas devem ser debatidos abertamente com o cliente, de forma a obter da parte deste um acordo satisfatório para os trabalhos a realizar. A lógica da máxima facturação é geralmente sempre pior do que a lógica da máxima satisfação do cliente, porque não prevê a fidelização deste, nem a sustentabilidade do negócio.

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OFICINAS

Colaboração:

Oficinas Certificadas CZ em Portugal

Tornar as oficinas portuguesas

mais rentáveis Aos gestores de uma oficina não basta ter a noção de que a empresa está a ganhar dinheiro e de que por consequência dispõe de uma certa margem de lucro. De facto, é muito mais importante saber o dinheiro que está a deixar de ganhar, a fim de programar objectivos que permitam ao negócio evoluir de uma forma consistente.

O

potencial produtivo de uma oficina ou facturação potencial resulta da previsão do número de horas disponíveis por parte dos seus técnicos. Desse modo a Administração da oficina deve saber pelo menos o histórico das reparações realizadas, com especial incidência na parte relativa à mão-de-obra. Com estes dados, a oficina já pode estabelecer o seu máximo potencial de facturação anual. Infelizmente, pela experiência do CZ, a grande maioria das oficinas não dispõe de dados sobre as horas disponíveis e portanto não estão habituadas a fazer previsões para estabelecer objectivos a médio/longo prazo. Tomemos o exemplo de uma oficina de carroçaria com uma pequena estrutura de 4 chapeiros, 3 pintores e um mecânico, na qual não é realizado um controlo adequado das horas investidas nas reparações, faltando desse modo dados sobre a produtividade, pelo que é necessário fazer uma análise do balanço final do exercício, para termos uma ideia dessa produtividade. As horas disponíveis nessa oficina, em todos os sectores, serão previsivelmente 15.200, conhecendo o calendário laboral e as horas extraordinárias que os técnicos podem realizar. Ao fazer a análise do histórico dos exercícios anteriores, verifica-se que a facturação de mão-de-obra é de cerca de 38,7%. Por outro lado, analisando os resultados, chegamos às seguintes conclusões: com um preço de venda ao público de € 29/hora, a oficina factura € 797.725, podendo deduzir-se (descontando as peças facturadas, materiais e outros custos) que € 308.560 correspondem a mão-de-obra.

Se dividirmos a facturação de mão-de-obra pelo preço de venda ao público (€ 29), verificamos que foram facturadas 10.640 horas, de um total de 15.200 disponíveis (70%). Isto significa que a produtividade da oficina do exemplo é de apenas 70%, havendo um desperdício de 30% de horas de mão-de-obra, o que pode ser atribuído a falta de organização, falta de eficiência e outros aspectos contrários à produtividade. Logo, excluindo a hipótese de uma produtividade de 100%, que não é impossível mas torna-se difícil de alcançar, a oficina poderia ter apontado para uma meta potencial de 0,9 (90%) de horas facturadas, o que daria 0,9 x 15.200 = 13.680 horas. Neste caso, a sua facturação total passaria para € 1.025.116 e a sua facturação de mãode-obra situar-se-ia nos € 396.720, mantendo o preço de € 29/h, o que superaria os € 797.725 reais. Analisando esses resultados reais, verificamos que os custos directos dessa oficina escolhida para exemplo somariam € 611.780, gerando um lucro bruto de € 185.945. Deduzindo os custos estruturais de € 110.804, obtém-se o lucro líquido de € 75.141, correspondendo a

9,42 da facturação. Convém, pois, vermos de seguida qual seria a evolução dos lucros, em função de aumentos de produtividade, o que está disponível no quadro. Como podemos verificar, com um aumento de 20% na produtividade, esta oficina passava a ter mais 6,14% de lucros líquidos, cujo total mais que duplicava. O conhecimento da realidade do mercado de reparação e a constatação de que existem muitas oficinas com baixas produtividades determinaram que a Certificação CZ, para oficinas de reparação ao nível de 4 estrelas, preveja requisitos dirigidos à adopção dos sistemas necessários para serem determinados os parâmetros essenciais de controlo dos custos de mão-de-obra, tendo em vista o cálculo da produtividade, a fim de se estabelecerem os procedimentos indispensáveis para melhorar os aspectos organizativos da empresa. Esta é uma boa razão para que as oficinas que já obtiveram o nível de 3 estrelas de Certificação CZ continuem a investir em nível de certificação superiores, que permitam ao negócio evoluir adequada e satisfatoriamente.

Situação inicial

Variação da Produtividade

Produtividade

70%

75%

80%

85%

90%

Lucro líquido

75.141

96.251

117.361

138.471

159.581

Lucro percentual líquido

9,42%

11,26%

12,87%

14,3%

15,56%

C.J.O.A. Oficina de Automóveis Unipessoal, Lda. A designação desta empresa é concretizada pelas iniciais do seu fundador, Carlos José, tratando-se de uma louvável iniciativa tipicamente individual. De facto, após ter trabalhado 10 anos como técnico na Volkswagen de Lisboa, Carlos José regressou à sua zona de origem, Bragança, onde trabalhou ainda dois anos em empresas do ramo automóvel, até concluir que essa actividade não era totalmente satisfatória para si. Desde logo pensou em ter uma empresa de reparação própria, o que conseguiu materializar em 1980, depois de vários sacrifícios e muito emprenho para reunir as condições económicas necessárias ao empreendimento. As instalações iniciais, situadas na Zona Industrial de Mirandela, apenas dispunham de 200m2 e de uma pequena estrutura de três empregados, dedicando-se exclusivamente à reparação automóvel. Com o decorrer dos anos o negócio desenvolveu-se e a área disponível tornou-se insuficiente para satisfazer as necessidades de todos os clientes da C.J.O.A.. Foi assim que surgiu junto às anteriores instalações um novo edifício de 220m2, que passou a estar reservado unicamente para serviços de mecânica, ficando a oficina anterior com os restantes serviços. Juntamente com esta ampliação, que teve lugar em 1988, a C.J.O.A. também alargou a sua gama de negócios, passando a dispor de um carro de reboque para veículos, para além da actividade de venda de peças usadas e acessórios para automóveis. Posteriormente, a frota de reboques passou a ser de duas viaturas, tendo passado a estrutura de pessoal para cinco colaboradores. O negócio da empresa sofreu então um impulso bastante positivo, porque os clientes podiam optar por reparações mais económicas, efectuadas com peças usadas, embora com a garantia de qualidade idêntica a todas as outras reparações. Vendo as perspectivas de negócio alargarem-se, Carlos José comprou em 1993 um terreno de 2.300m2, em frente à sua oficina, no qual construiu um pavilhão industrial condizente com as suas aspirações. O novo edifício passou a albergar de forma racional e organizada as secções de chapa e pintura, mecânica e electricidade, para além dos serviços de contabilidade. Esse investimento veio a revelar-se oportuno e estrategicamente correcto, permitindo enfrentar a concorrência directa emergente. Nos anos de 1994 e 1995, a C.J.O.A. continuou a investir em equipamentos modernos de carroçaria e repintura, o que permitiu realizar contratos com algumas empresas seguradoras, aumentando o volume de serviço e a equipa de empregados. O passo seguinte foi a abertura de um negócio de compra e venda de veículos usados, diversificando a actividade da C.J.O.A.. Com a evolução favorável do mercado local e a facilidade com que a empresa captava novos clientes, motivou


OFICINAS

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Colaboração:

a aquisição de uma nova área de 4.100m2, na qual foi possível incluir a recolha de veículos sinistrados, assim como um amplo sótão, para armazenamento e classificação de peças usadas destinadas à venda. No ano de 2004, a empresa inicia também a actividade de serviços rápidos de colocação e reparação de vidros para veículos, que teve o apoio de várias companhias de seguros. Para a C.J.O.A. os clientes resultantes dos acordos com a Grupo Caixa Seguros, Accenture, Cepres e Glassdrive têm uma importância especial. Por outro lado, a exigência de algumas Seguradoras no sentido de proporcionar veículo de substituição aos respectivos clientes, foi aproveitado pela C.J.O.A. numa oportunidade para prestar um serviço de valor acrescentado aos seus próprios clientes. Isto é utilizado pela oficina para maximizar a satisfação do cliente, para além da realização de verificações mecânicas gratuitas, permitindo diferenciar-se da concorrência. O desporto automóvel a nível local e regional é também utilizado para promover diversas acções de marketing, com o objectivo de sondar novas oportunidades de negócio e captar novos clientes. O Director da C.J.O.A., Carlos José, considera que a sua oficina é uma empresa qualificada para efectuar reparações com a qualidade requerida, tendo metas e objectivos definidos para atingir, contando com uma equipa motivada de quinze profissionais, que garantem empenho, rigor técnico e serviços de qualidade. A C.J.O.A. está certificada pela marca CZ desde 8 de Outubro de 2008, o que constitui motivo de orgulho e satisfação para toda a equipa, que considera o Centro Zaragoza uma referência no sector de reparação de carroçarias e repintura. Para a Direcção da empresa, o objectivo futuro continua a ser lutar pela máxima qualidade, melhorando cada vez mais os seus serviços, o que passa pela actualização permanente, de modo a manter-se na vanguarda das novas técnicas e novidades do sector. Para 2011, está prevista a Certificação CZ de nível 4 estrelas, um passo mais na concretização dos ambiciosos objectivos dos responsáveis da C.J.O.A.

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Estrutura e Equipamentos da C.J.O.A. Sectores de actividade

Pessoal

Área (m2)

Chapa Reparação/Substituição de vidros

Equipamentos 1 Banco de carroçarias 4 Máquinas de soldar

3

Reparação de ópticas

1 Máquina de rep. Ópticas

Reparação de plásticos

1 Máquina rep. Plásticos 2.000

Pintura

1 Cabina de pintura 3 Zonas de preparação

4

1 Aparelho de secagem de infravermelhos Mecânica

3

1 Aparelho de diagnóstico

Electricidade

1

3 Linhas de pré-inspecção

Recepção Aluguer de veículos Comércio de veículos Lavagem de viaturas Serviços Administrativos

70 3

Serviços de apoio (recolha e entrega de veículos, transporte de clientes, etc.) Parqueamento

500

Atenção ao cliente Chefe de Oficina

100 1

Director/Gerente

1

Total

16

2.670 PUB


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OFICINAS

Colaboração:

Auto João & Jorge, Lda.

Recursos Humanos e Equipamentos da Auto João & Jorge Zonas de actividade

Pessoal

Chapa

4

Área (m2)

Equipamentos

1 Banco de carroçaria 1 Mini banco de carroçaria 2 Máquinas de soldar 2 Cabinas e pintura 1.400 Pintura

4 Zonas de preparação

6

2 Aparelhos de secagem por raios infravermelhos Mecânica

3

1 Aparelho de diagnóstico

Electricidade

1

1 Linha de pré-inspecção

Lavagem manual de viaturas

100 1

Túnel de lavagem automática Recepção

100 2

Aluguer de viaturas Comércio de viaturas Serviços Administrativos

2

Serviços de apoio (recolha e entrega de veículos, transporte de clientes, etc.)

1

Parqueamento

1.500

Jardim

Esta empresa foi fundada pelos seus dois sócios gerentes Jorge Carlos e João Serra, tendo iniciado a sua actividade numas modestas instalações, situadas na Cruz de Pau. Com o desenvolvimento do negócio, as instalações iniciais tornaram-se demasiado pequenas, tendo sido construído um novo edifício para a oficina no Parque Industrial de Santa Marta do Pinhal, onde a Auto João & Jorge se encontra desde 1999. No entanto, o êxito da empresa era tal que foi necessário realizar a mudança para um pavilhão industrial de 3.500m2, tendo-se aproveitado a ocasião para reestruturar as secções de reparação. Neste momento, as instalações completas são constituídas por dois pavilhões separados de dois andares, pelos quais se dividem as secções de chapa, pintura, mecânica e electricidade. A Direcção da João & Jorge define a sua oficina como uma estrutura onde se processa um grande volume de trabalho, desenvolvido com rapidez e eficiência, com destaque para a qualidade das intervenções, respeitando as normativas ambientais. Os técnicos disponíveis recebem formação contínua, de modo a sustentar a sua qualificação, incluindo a reparação de materiais de alumínio e plástico. PUB

300

Atenção ao cliente

1

Chefe de Oficina

1

Director/Gerente

2

Total

24

100

3.500

A oficina João & Jorge pertence à rede Idêntica, que lhe garante formação e assessoria na área da pintura. A decisão de obter a Certificação CZ deve-se à intenção de dar ao cliente uma imagem de qualidade e rigor técnico, sendo o objectivo atingido através da eficiência e rendimento dos profissionais da empresa, apoiados por um excelente relacionamento com os clientes. Esta oficina está certificada na área da segurança pelos Bombeiros de Cacilhas desde 1 de Janeiro de 2007, para além da Certificação de Qualidade do Grupo Idêntica, desde Janeiro de 2004. A clientela da João & Jorge provém maioritariamente do mercado segurador (80%), sendo os restantes clientes constituídos por frotas de Municípios e corporações de bombeiros, além de várias outras empresas da região. No plano dos serviços de valor acrescentado, a João & Jorge dispõe de uma frota de 20 carros de cortesia, serviço de transporte de clientes, assim como limpeza de todos os veículos reparados, distinguindo-se da concorrência directa pela positiva. Novas oportunidades de negócio e captação de novos clientes são tentadas através de actividades de marketing, com o apoio da rede de oficinas Idêntica, bem como directamente em clubes desportivos da área. Os sócios Jorge Carlos e João Serra caracterizam a política da empresa com os valores da honestidade e competência profissional, apostando para o futuro na melhoria contínua e no máximo serviço ao cliente.


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