JORNAL DAS
OFICINAS
JORNAL INDEPENDENTE DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS
Director: João Vieira • Ano VII • Mensal • 3 Euros
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Nº62 janeiro 2011
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Lexus com pintura
Sumário Página 02 Como gerir um blogue
Página 06 Convenção da ANECRA
Página 10 Garantias das peças
Página 56 Equipamentos ambientais
Página 63 Tecnologia Common Rail
Página 70 Identificação da cor: Critério de qualidade crítico
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Sogefi
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A marca de automóveis de prestígio Lexus, passa a dispor de um sistema de pintura que consegue reparar por si e automaticamente pequenos riscos decorrentes da utilização diária normal do veículo. Para já, esta inovação será destinada ao topo de gama LS, tanto na versão LS 460 de propulsão convencional, como na versão híbrida LS 600h. O segredo está na composição da camada superficial da pintura, que possui simultaneamente alta densidade e grande elasticidade. São estas características que permitem que os riscos se reparem automaticamente, devolvendo ao carro o aspecto original.
E BI AM
auto regeneradora
Estratégia comercial
NT ÇA EE N S EG U RA
CAMPANHA JORNAL DAS OFICINAS
2011 - Ano da Oficina Verde O Jornal das Oficinas elegeu 2011 como o ano da “Oficina Verde”. O compromisso para com o meio ambiente deve orientar a actividades das oficinas de reparação automóvel para a adopção de práticas e critérios de gestão rigorosos tendo em vista a optimização dos custos e do valor acrescentado. Assim deve ser a oficina ideal do século XXI, um lugar limpo, organizado e confortável (pag.04)
O fabricante de filtros para automóvel Sogefi, vai fazer da marca PBR o seu cavalo de batalha para o mercado europeu, apresentando um catálogo básico e um posicionamento agressivo para esta marca. No que se refere à estratégia global de marcas, a Sogefi divide-as em duas categorias, sendo uma a "premium", na qual inclui as marcas Purflux, Fram e CoopersFiaam. Para estas marcas a estratégia passa por grande disponibilidade de códigos novos e gama ampla. Na segunda categoria, denominada “basic", a Sogefi coloca a PBR.
Produção automóvel nos PUB
69,9 milhões Caso se confirme a previsão, foram construídos em 2010 perto de 70 milhões de automóveis, o que estabelece um novo recorde de produção, que supera o anterior máximo de 2007. A informação parte da consultora PricewaterhouseCoopers, para a qual o maior impulso na produção automóvel veio dos países do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e do Sudeste asiático. Nos EUA, Japão e Europa, a estagnação das vendas tem impedido o crescimento normal da produção automóvel e essa tendência deverá manter-se.
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OFICINAS
JORNAL INDEPENDENTE DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS
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Jornal das Oficinas Janeiro 2011
MERCADO
Editorial
Uma nova Campanha
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o seguimento das Campanhas “Manutenção Preventiva” (2009) e “Manual de Gestão Oficinal” (2010), o Jornal das Oficinas apresenta em 2011 a Campanha “OFICINA VERDE”, dedicada à protecção do ambiente e segurança no local de trabalho. Com o lançamento desta Campanha, pretendemos informar as Oficinas sobre as normas legais vigentes e dar exemplos de boas práticas em matéria de ambiente, segurança e higiene no local de trabalho. Trata-se de um trabalho para ser publicado ao longo das 12 edições de 2011 do Jornal das Oficinas. Os temas abordados nos vários capítulos contêm informação útil sobre os procedimentos que as oficinas devem seguir para serem amigas do ambiente, cumprirem com a legislação em vigor e garantirem a segurança dos seus trabalhadores. Hoje em dia é impensável ter uma oficina aberta sem respeitar o meio ambiente e a segurança dos trabalhadores, até porque as entidades fiscalizadores andam no terreno e são cada vez mais os casos em que as oficinas têm de fechar por falta de condições no tratamento dos resíduos e na prevenção de acidentes laborais. O compromisso para com o meio ambiente deve orientar a actividades das oficinas de reparação automóvel para a adopção de práticas e critérios de gestão rigorosos tendo em vista a optimização dos custos e do valor acrescentado. Assim deve ser a oficina ideal do século XXI, um lugar limpo, organizado e confortável, que trabalha com profissionais treinados e capacitados para realização dos serviços mecânicos, tendo em vista sempre a satisfação dos clientes. A oficina ideal é uma realidade hoje em muitas regiões do País, mas ainda falta muito trabalho para transformar todo o universo da reparação em modelo para a sociedade, com respeito pelo meio ambiente. Com o lançamento da Campanha Oficina Verde, o Jornal das Oficinas vem dar o seu contributo para melhorar as condições de trabalho dentro das oficinas em Portugal tornando-as um exemplo de boas práticas ambientais, de segurança e higiene. João Vieira
Ficha Técnica
Comunicação virtual
Como gerir um blogue Para as empresas do pós-venda automóvel em geral e para as oficinas de reparação particularmente, os blogues são mais uma ferramenta de comunicação com o mercado e potenciais clientes, dentro das opções que já existem na esfera da comunicação virtual.
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ara alguém que pretenda apenas uma boa forma de passar o tempo e trocar ideias com outras pessoas, iniciando um diálogo multilateral interessante e motivador, a abertura de um Blogue é relativamente simples e não tem quaisquer riscos ou responsabilidades. Existem já soluções prontas no mercado, desenvolvidas pelos principais servidores da rede web, pelo que tudo o que há a fazer é começar a lançar mensagens pessoais na chamada blogosfera e esperar pelas respostas. A partir daí, basta simplesmente gerir o correio electrónico e devolver as respostas aos bloguistas que pescaram o tema e querem desenvolvê-lo em parceria com outros navegantes com as mesmas motivações. Tudo se torna um pouco diferente quando uma marca ou empresa pretende alargar a sua base social e projectar a sua imagem na apetecível blogosfera, onde gravitam muitos milhões de olhos curiosos e potenciais simpatizantes com os produtos/serviços que tem na sua oferta. Calcula-se que 5% de todos os grandes negócios dos EUA têm blogues mais ou menos oficiais ou geridos por terceiras pessoas em seu proveito. Nesse caso, é necessário tomar algumas providências, seguir alguns procedimentos menos informais e diletantes e apostar numa estratégia de comunicação virtual, sem cair no marketing puro e directo, que tem muito
pouca chance de vingar nesse universo em linha, onde os temas e o nível da conversação estão acima de outros motivos e interesses. Quando se pretende pescar, não se pode assustar o peixe… Bl o g ues pro fi s s i o nai s ? De modo nenhum. Um blogue tem que viver na atmosfera dos tempos livres e das conversações sem compromissos, o que não impede que se passem conceitos, ideias, formas de estar e emoções em vários sentidos e em diversas direcções. A atmosfera de um blogue tem que ser criativa, inovadora e desafiante. Discursos cinzentos, com ideias feitas e num tom institucional terão poucas hipóteses de vingar. Quem entra num blogue e começa a ler os posts que lá existem está à espera de ver ideias e conceitos defendidos com vigor, empenho e convicção, bem como respostas onde os erros, os mitos e os enganos sejam desmontados e esclarecidos com eficácia. Repetições monótonas e monocórdicas são ignoradas rápida e liminarmente. Quem pretender iniciar, desenvolver e gerir eficientemente um blogue com uma afluência razoável tem que apostar numa comunicação criativa, fluente, clara e apoiada em conceitos sólidos e ideias inovadoras, interessantes e motivadoras. Não nos podemos esquecer que um blogue é uma espécie de
jornal on line partilhado por várias pessoas, que ali vão depositando por ordem cronológica os seus pontos de vista opiniões, discordâncias, intenções e todos os tipos de experiências diárias. A apetência de frequentar um blogue é idêntica à que sentimos quando folheamos um jornal diário ou escutamos um noticiário. Esperamos ouvir coisas novas e expressar a nossa opinião sobre elas, adicionando alguma coisa de pessoal. Essa será a maior riqueza e a força que faz vingar este tipo de iniciativas. Co mo fazer? O que ev i tar? A melhor forma de iniciar um blogue é solicitar uma listserv, ou seja, uma lista de endereços electrónicos já organizada em função de temas, sectores de actividade, ocupações, zonas de residência, etc.. Essas listserv são disponibilizadas pelos principais servidores da rede web e permitem obter logo de entrada um número de respostas que permite organizar um blogue com um certa dimensão. No entanto, essas listas só devem ser utilizadas no lançamento do blogue, para fazer perguntas à "audiência" e para lançar novos tópicos de discussão, porque na dinâmica natural do blogue é a pergunta/resposta, o que permite manter uma atmosfera de debate e de interactividade realmente estimulante. As listserv podem ser simples listas de endereços, mas as verdadeiras listserv são serviços que enviam
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDAÇÃO: Hugo Jorge PROPRIEDADE: João Vieira SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares - 2705351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira, Paula Veloso Amaral(paulavelosoamaral@apcomunicacao.com) PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Peres-Soctip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 - 2135-114 Samora Correia Telef: 263.00.99.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares. Membro:
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Jornal das Oficinas Janeiro 2011
MERCADO a mesma mensagem a uma audiência, recebem as respostas e encaminham estas para o blogue. Isto implica que uma vez dado o sinal de partida para a discussão, é necessário ver o correio electrónico diariamente e responder individualmente ou em conjunto aos bloguistas que estão a participar no blogue. É deste modo que o blogue é alimentado, porque sem conversação as pessoas perdem o interesse por ele e deixam de intervir. Mesmo assim, é possível "fechar" o blogue durante alguns dias de "férias", desde que as pessoas sejam avisadas e com a garantia de que todas as respostas (pelo menos as mais interessantes…) serão respondidas. A práti ca faz o mes tre A primeira coisa que um promotor de um blogue deve fazer é devorar "toneladas" de blogues e percorrer muitos "quilómetros" na blogosfera. Isto dar-lhe-á uma ideia como as coisas são feitas e especialmente como podem ser bem feitas. Embora sejam necessárias à partida algumas aptidões no capítulo da comunicação escrita e na arte da conversação, a verdadeira mestria só poderá surgir com o tempo, consagrando um estilo próprio, que é aquilo que as pessoas da audiência valorizam mais. Mais importante do que uma linguagem empolada e rebuscada, é fundamental que a comunicação seja natural, clara, precisa e que transmita a saudável dose de emoção e de entusiasmo. A própria interacção com os participantes do blogue desenvolverá o estilo apropriado e imagem de marca que tornará o blogue único. Além disso, sugerimos as seguintes soluções, para o caso de se tratar de um blogue relacionado com a promoção da imagem de uma empresa de serviços: - As mensagens devem ter títulos ou "assuntos", bem como chamadas em destaque para as passagens mais relevantes do texto, porque os interessados usam motores de busca para encontrar os blogues e geralmente utilizam uma só palavra para identificar aquilo que pretendem e procuram. - O texto não deve ser uma espécie de press release ou uma fotocópia de um folheto de publicidade, mas uma peça original, com uma forma inovadora de apresentação e com vários apêndices multimédia (links, imagens, vídeos, etc.). As pessoas têm que perceber que o assunto tem interesse e vantagens para a audiência e que isso é apresentado de uma forma convincente.
- Não tenha medo de cometer erros. Um blogue não é um catálogo on line que as pessoas folheiam mais ou menos indiferentes, mas uma forma comunicação em que o promotor assume as suas ideias e opiniões com uma certa dose de risco, sabendo posteriormente aceitar críticas, sugestões e até correcções. Esse é o verdadeiro material do blogue, isto é, a conversação. - Transparência e abertura são mais importantes do que a busca de uma verdade única e de soluções únicas. As novas mensagens devem referir opiniões discordantes e fomentar a discussão, porque será daí que poderá sair a luz. Os participantes do blogue sentem-se mais compensados quando alguém lhes responde, mesmo discordando, do que ficar sem qualquer tipo de resposta.
pondidas de forma indirecta e impessoal passado algum tempo, para evitar conflitos. O teor das mensagens de resposta deve ser sempre afável, bem intencionado e positivo, mesmo quando alguém se mostrar crítico ou até agressivo. Nesses casos, a mensagem ou passagem da mesma deve ser colocada em evidência no blogue, para que todos os participantes possam avaliar da sua justeza e tomar uma posição por si próprios. Não tente meter o lixo debaixo do tapete… Por outro lado, o blogue deve ser actualizado e organizado periodicamente, mantendo os arquivos com interesse para consulta. A utilização de hiperlinks a outros blogues e sites alarga o âmbito da discussão e introduz novas perspectivas dos assuntos, o que verdadeiramente interessa às audiências.
Quem entra num blogue e começa a ler os posts que lá existem está à espera de ver ideias e conceitos defendidos com vigor, empenho e convicção. Manter o i nteres s e v i v o O volume e a frequência das mensagens que chegam ao blogue, bem como o seu teor, dão a medida do sucesso desse blogue. Para estimular esse interesse, a pessoa que dinamiza o blogue deve perceber quais são os verdadeiros interesses da sua audiência e manter uma conversação animada e credível sobre os temas que mais despertam a atenção das pessoas. Nas respostas, é fundamental que as pessoas são se sintam frustradas ou incompreendidas. Cada mensagem deve ser analisada cuidadosamente e respondida de forma concisa, directa e objectiva. As mensagens negativas e até adversas devem ser ignoradas directamente e res-
Bl o g ue de neg ó ci o s Num blogue através do qual se pretende promover uma empresa e a sua oferta, o promotor da iniciativa deve evitar tornar-se egocêntrico e a vedeta do blogue, por muito mérito que a sua comunicação possa ter. Também não resulta centrar os temas na própria empresa e na sua oferta. A arte aqui está em se partir de um debate aberto sobre a reparação automóvel, por exemplo, levando depois a conversação para o ponto que nos interessa, ou seja, nós fazemos melhor, nós temos a solução mais proveitosa e nós estamos lá para resolver todos os problemas. No fundo, trata-se de desafiar os potenciais interessados a comprovar o que se afirma. Eles têm que sentir que o que dizemos pode
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ser verdade e se for isso interessa-lhes. Portanto, a comunicação deve ser muito objectiva, sem chegar a ser demasiado profissional e aborrecida. Se explicarmos bem como se montam umas pastilhas de travão, os problemas que resultam da má manutenção, escolha errada de materiais, montagem incorrecta, etc., a audiência está a receber conhecimentos úteis e no fim até pode pensar que afinal, se sabemos tudo isso, talvez sejamos capazes de fazer as coisas bem. E depois, há a tal promoção para os participantes do blogue… Outra coisa importante é as pessoas que vão ao blogue sentirem que é sempre o mesmo interlocutor que "está" lá, que o seu discurso é coerente e consistente e que não está sempre a mudar de atitude e de opiniões. É isso que inspira confiança à audiência e permite a aproximação do blogue aos seus participantes. Num certo ponto da comunicação, é como se uma só voz falasse para toda a audiência. Por outro lado, convém não esquecer que um blogue tem uma parte importante de entretenimento e que um tom bem humorado, sem chegar a ser sarcástico, ajuda a manter um bom ambiente e ao fluir da comunicação. Além disso, as pessoas estão à espera de saber novidades e conhecer novas ideias, pelo que o blogue deve preocupar-se em abordar de forma permanente temas inovadores, ainda que não tenham relação directa com o negócio. Depois, há que dirigir a conversação na direcção que mais nos convém. Bl o g ues em Po rtug al Para quem deseje iniciar um blogue no nosso país, existe já algum trabalho realizado e pode ser muito simples, desde que se possua equipamento informático adequado e um site de empresa já devidamente organizado. As empresas que em Portugal dão apoio aos bloguistas iniciados são a Sapo (PT), a Blogger e a Wordpress. Qualquer desses servidores tem soluções gratuitas para quem quiser lançar um blogue. A dificuldade pode ser mesmo a escolha do "layout " para o blogue, porque há várias centenas de hipóteses à escolha… Depois, é só registar um endereço (online) e acertar os detalhes da comunicação entre o servidor e o cliente. De qualquer modo, o blogue deve ter uma assistência diária uma vez iniciado, de acordo com o que já foi anteriormente mencionado. Todos os documentos enviados pelo servidor devem ser arquivados, seja na forma digital, seja em formato impresso, para posterior confirmação dos dados. PUB
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CAMPANHA OFICINA VERDE
I CAPÍTULO - Metas da Campanha Oficina Verde
2011 - Ano da Oficina Verde
Razões e objectivos O Jornal das Oficinas elegeu 2011 como o ano da “Oficina Verde”. A partir desta edição, vamos iniciar a publicação de uma série de artigos dedicados à protecção do ambiente e segurança no local de trabalho, que têm por objectivo informar as oficinas sobre os procedimentos que devem seguir para serem amigas do ambiente e garantirem a segurança dos seus trabalhadores.
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o longo dos cinco anos de publicação do Jornal das Oficinas, foram já muitas as oficinas que visitámos e em todas elas verificámos que existe respeito pelo meio ambiente, colocando as peças retiradas dos carros em locais apropriados e reciclando óleos, baterias e pneus usados. Mas a legislação sobre resíduos é muito complexa, devendo ser bem consultada por todos os proprietários de oficinas, para saberem quais as exigências da lei e quais os procedimentos que devem tomar para não serem multados pela fiscalização, que é cada vez mais rigorosa. O investimento que é necessário fazer para ter uma oficina legal é sempre menor do que o lucro que essa situação traz em termos de imagem, eficácia e orgulho de toda a equipa que trabalha na oficina, num ambiente seguro e saudável. No que diz respeito ao resíduos produzidos na oficina, são os próprios proprietários que devem informar através do Sistema Integrado de Registo SIRAPA, a quantidade de resíduos que produzem, assim como o seu destino. Já no que se refere à Segurança e Higiene, de acordo com o Código do Trabalho, o empregador tem a obrigação de organizar as actividades de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, prevenindo os riscos profissionais e promovendo a saúde dos trabalhadores, garantindo-lhes o direito a condições de tra-
balho que não ponham em risco quer a integridade física, quer a saúde de uma forma geral. Evolução natural Com o evoluir do nosso parque automóvel, as oficinas foram obrigadas a modernizar-se através de novos processos e formas de trabalho. Há duas décadas atrás, as oficinas reparavam um parque automóvel ainda pequeno, composto por modelos que eram substituídos com pouca frequência, o que exigia apenas uma manutenção básica sem nenhum tipo de atendimento mais personalizado. Com a abertura do mercado surgiu a necessidade de conhecer as novas tecnologias e oferecer cada vez mais qualidade ao cliente, agora mais exigente. O reparador começou a perceber que para acompanhar todas essas mudanças, deveria agir como um empresário e assim administrar e gerir o seu negócio de maneira mais profissional. O mercado procurava outro tipo de ambiente, que deveria ser mais limpo, organizado e visualmente mais agradável. Além disso, o consumidor começou a procurar preço, confiança, serviço bem feito e garantia. Com o objectivo de contribuir para que a oficina independente tivesse condições de garantir e aperfeiçoar a qualidade no serviço, várias entidades têm vindo a informar as oficinas que não se devem preocupar ape-
nas em resolver o problema do cliente, mas também ampliar os seus procedimentos para outros itens, como organização, boa administração, limpeza, formação, ferramentas adequadas para cada serviço e excelência no atendimento. As novas exigências contribuíram para que as oficinas independentes evoluíssem ao ponto de, em alguns casos, conseguirem superar a eficiência encontrada nos concessionários. Investir na qualidade passou a ser uma questão de sobrevivência. O grande desafio é aliar ao mesmo tempo a oferta de soluções rápidas, diagnósticos precisos e preços competitivos. Em defesa do meio ambiente Todas essas mudanças e a busca pela qualidade também contribuíram para a preocupação com uma das questões de maior importância da actualidade: o meio ambiente. As oficinas automóveis, assim como as indústrias e fábricas, podem ser consideradas como actividades responsáveis pela poluição do meio ambiente, com uma agravante: quase todos os resíduos que produzem são perigosos, ou seja, apresentam riscos para a saúde pública e para a natureza, exigindo armazenamento e tratamentos específicos. Algumas oficinas de reparação, conscientes desse problema, criaram sistemas especiais de recolha selectiva, para contribuir com a reciclagem e garantir que
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Campanha “Oficina Verde” Calendário da publicação de artigos Em todas as edições 2011 do Jornal das Oficinas serão publicados artigos sobre a Campanha “OFICINA VERDE”, que está dividida nos seguintes Capítulos: JANEIRO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 62 I CAPÍTULO Introdução: Metas da Campanha “Oficina Verde” FEVEREIRO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 63 II CAPÍTULO Resíduos Perigosos: Riscos e Prevenção MARÇO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 64 III CAPÍTULO SIRAPA: Legalidade e Conformidade ABRIL 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 65 IV CAPÍTULO Legislação: O crime não compensa MAIO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 66 V CAPÍTULO Entidades gestoras de resíduos: Onde e Quando? JUNHO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 67 os resíduos gerados nas suas empresas tenham um destino correcto e assim possam contribuir para a redução dos impactos causados para a sociedade e a natureza. Oficina Verde: escola de valores O crescente envelhecimento do parque automóvel circulante leva mais carros às oficinas para substituir peças, durante um certo período, mas o apertar do cerco às condições técnicas dos veículos em circulação ditará o seu abate mais cedo, o que irá transferir a prazo as oportunidades de negócio para os centros de desmantelamento de VFV. Com este tipo de evolução, o conceito tradicional da oficina de reparação automóvel tenderá gradualmente para se tornar residual. Os conceitos que dominarão o mercado serão os serviços rápidos, até aos 7/8 anos de vida do veículo, assim como a venda/montagem de acessórios, cujo objectivo será dar uma segunda ou terceira vida a carros com uns anos, que já não são o último grito da moda. Este segmento poderá ter desenvolvimentos ainda não totalmente previsíveis, dependendo da evolução da oferta de soluções no mercado. A curto prazo, vão estar disponíveis baterias de iões de lítio e kits de motorização híbrida, que poderão dar um enorme impulso às "clínicas de rejuvenescimento" para veículos, muito para além das jantes, suspensões, interiores e renovação de carroçarias que estamos habituados a ver. A nova geração de ofertas no plano dos equipamentos electrónicos para veículos também terá uma palavra a dizer.
Isto provavelmente tornará o espaço oficinal muito mais criativo do que é actualmente, se quiser expandir o negócio e acompanhar as novas tendências do mercado. O que parece inevitável é uma total reconversão de mentalidades. À luz da informação de que dispomos sobre a crise ambiental e civilizacional que ameaça o planeta, o automóvel convencional vai inevitavelmente transformar-se num automóvel mais amigo do ambiente, movido a energias alternativas e com outras necessidades a nível de manutenção e reparação. As concepções emergentes da mobilidade individual e privada terão forçosamente que restabelecer a esperança num futuro melhor, mais seguro, mais limpo e ambientalmente mais sustentável. Claramente, as oficinas automóvel que quiserem sobreviver ao século que agora começou, terão que ser portadoras dessa nova mensagem, desses novos valores e dessa nova esperança. O projecto de uma nova mobilidade automóvel exigirá cuidados de assistência, que serão minorados na origem, ao construir os veículos, pela utilização sensata e inteligente destes, bem como por uma rede de pósvenda mais polivalente e mais vocacionada para partilhar conhecimentos e boas práticas com os condutores e com os clientes. De certo modo, as oficinas irão tornar-se escolas práticas de manutenção de veículos, tornando-se assim indirectamente escolas de condução para a preservação do ambiente, para a segurança dos clientes e para o fortalecimento da economia da colectividade, que é outra forma de dizer sociedade.
VI CAPÍTULO Parcerias para o ambiente: Reparação mais Verde JULHO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 68 VII CAPÍTULO Tecnologias de lavagem: Salvar a Água AGOSTO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 69 VIII CAPÍTULO Manual de Boas Práticas Ambientais: Cidadania SETEMBRO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 70 IX CAPÍTULO Autodiagnóstico ambiental: Em que época vivo eu? OUTUBRO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 71 X CAPÍTULO Qualidade e Ambiente: A imagem de serviço total NOVEMBRO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 72 XI CAPÍTULO Higiene e Segurança no trabalho: Mais motivação DEZEMBRO 2011 - JORNAL DAS OFICINAS Nº 73 XII CAPÍTULO Assistência e Assessoria: Mais perto do futuro Nota: Toda a informação sobre a Campanha “OFICINA VERDE” vai estar também disponível na internet no site www.jornaldasoficinas.pt
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ACTUALIDADE Convenção do Centenário da ANECRA
Restabelecer a confiança Na Convenção do Centenário da ANECRA, falou-se do futuro do negócio das peças e da reparação automóvel. O debate entre os participantes foi intenso
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ara se enfrentar o futuro e perspectivar a tão desejada recuperação sócio-económica, os empresários e profissionais da reparação e manutenção automóvel, necessitarão de restabelecer a confiança e aproveitar as oportunidades do mercado. Além disso, terão também de apostar na especialização e na adopção de diferentes soluções em função do tipo de cliente. Estas são as soluções para a crise que saíram da Convenção do Centenário da Anecra, realizado em Novembro, em Lisboa. O objectivo é chegar ao cliente feliz através de soluções inovadoras. Um dos painéis desse evento foi “A reparação automóvel e o negócio das peças na hora da verdade”. A Anecra convidou diversos especialista do sector para debater este painel, que tiveram a oportunidade de responder a uma série de perguntas. Sobre o decréscimo do número de oficinas independentes em Portugal, Marco Barreiros, da Renault, confirmou que existiu uma forte remodelação da rede oficinal de marca, com a integração em grandes grupos. Já os reparadores independentes não souberam acompanhar a evolução do mercado e, por isso, apareceram os centro-auto. Outros dos temas teve a ver com as redes oficinais. Na opinião de Manuel Mota, da Rino Master, a associação das oficinas independentes em rede é a melhor solução para elas no presente e no futuro. Para Armando Higueras, do CETRA (congénere espanhola da ANECRA), uma rede oficinal permite a partilha de poder (junto de fornecedores, p.e.) mas também a partilha de tecnologia e ainda o desenvolvimento da imagem e do marketing dessa oficinas. Qual é o futuro dos reparadores independentes? A competência técnica foi uma resposta comum para Marco Barreiros e Pedro Barros. O responsável da Renault falou ainda da aposta em equipamentos, a fidelização dos clientes, a capacidade de cumprir com as questões ambientais, e a capacidade de financiamento. Para Isabel Basto, da MCoutinho, passará pela questão do associativismo, mas também pela relação de confiança que se estabeleça entre o reparador e o condutor – apostar na fidelização. Pedro Barros considerou abertamente que a reparação independente tem um grande futuro pela frente. Para tal, entre outras coisas, tem que estar atenta a novos modelos de negócios – não lutando contra eles, mas entende-los como uma oportunidade de negócio. Quanto à questão se as oficinas devem abrir linhas de crédito para o seus clientes, Isabel Basto, considerou não ser essa uma solução no actual contexto, tanto
mais que as oficinas já facilitam em demasia no aspecto dos pagamentos. Pedro Barros disse que tem havido demasiado facilitismo das oficinas, aceitando que as mesmas possam ter linhas de crédito para os clientes mas sempre geridas por alguém especializado na matéria. Peças: a velha questão Na segunda parte, o tema foi peças. Foi aqui que surgiu o maior debate quando a plateia interpelou a mesa para saber que origem têm as peças de origem e se isso interfere na sua qualidade. A questão era dirigida a Nuno Roldão, da Lubrigaz, um concessionário Volkswagen recentemente premiado pela casamãe, que dissera pouco tempo antes que só utilizava peças “de marca”. Quem perguntava queria chegar a um ponto: as peças que não são de qualidade têm a mesma qualidade porque o fabri-
cante é o mesmo. Roldão disse que admitia que isso fosse verdade, mas que não podia assegurar porque não utilizava peças sem ser as da sua marca. Marco Barreiros, da Renault, lançou mais achas para a fogueira ao dizer que as peças originais têm um caderno de encargos a partir do qual é garantida a sua qualidade. Na sua forma de ver, representando a distribuição oficial, o argumento fazia todo o sentido. “Seria incoerente da nossa parte não trabalhar com as peças originais, porque senão iria dispersar actividade por todas as outras marcas para as quais o nosso negócio não está vocacionado”, disse. Portanto, havia diferença na garantia que apresentava cada uma destes tipos de peças? Pedro Barros, da AZ Auto, chamou a atenção para um pormenor na definição das peças de qualidade equivalente
onde se diz que podem ser utilizadas pela rede da marca sem colocar em risco a sua imagem. Parecia então que se tratava apenas de transmitir uma imagem de confiança junto do cliente final, mas o tema era mais complexo. Pedro Barros lembrou que as marcas também têm linhas económicas na sua oferta e que o problema era outro. “Não tem a ver de onde as peças vêem, mas de quem certifica a sua qualidade”, disse. Isabel Barros, da MCoutinho Peças, que distribui apenas peças de marca, disse logo que são essas que têm qualidade indiscutível e garantem a qualidade da reparação. “Além disso”, acrescentou, “este tipo de abordagem facilita a vida aos grandes clientes, já que utilizam preçário único”. A discussão só abrandou quando José de Athaíde Tavares leu a definição de peças de qualidade equivalente que está escrita no Regulamento Europeu 1400/2002 e se passou ao tema seguinte. Pretendia-se saber se os clientes – os grandes frotistas – têm qualquer tipo de intervenção na escolha destes componentes. Athaíde Tavares disse que é cliente quem tem mais poder e que, por isso, os grandes clientes podem escolher as suas peças. Mas Luís Albergaria, do Grupo Caixa Seguros, estabeleceu o seu ponto de vista: “Não faz sentido perguntar ao cliente qual a peças que ele mesmo nos pediu para colocar!”. E acrescentou, como corolário à discussão anterior: “Não há nenhum problema de garantia nem de colocação de peças. O que está em causa é a reputação da oficina pelas peças que utiliza”.
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ACTUALIDADE
Euroskills
Austríaco é
melhor mecatrónico O Campeonato Europeu das Profissões acabou e teve como vencedor Daniel Weigl, um estudante da Áustria. Portugueses só chegaram ao pódio na competição de motociclos
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aniel Weigl é oficialmente o melhor técnico de mecatrónica automóvel da Europa, dentro de todos aqueles que estão a aprender esta profissão. O prémio foi atribuído na cerimónia de encerramento do Euroskills, o Campeonato Europeu de Profissões que decorreu este ano em Lisboa, de 9 a 12 de Dezembro. Em segundo lugar ficou Vitalij Kabelis, da Lituânia e, no terceiro, Charles Kaufmann, do Luxemburgo. Portugal recebeu uma medalha de excelência pela participação de Jorge Manuel Simões, tal como a Alemanha, com Jona Weller. O Euroskills é um evento onde concorrem estudantes nas várias profissões de toda a Europa. Este ano contou com mais de 500 concorrentes e 62 mil visitantes. Além das provas em reparação de automóveis, o evento tinha ainda uma prova na reparação de motos. Foi nesta que David Gamito trouxe o terceiro lugar para Portugal. A prova de mecatrónica automóvel não correu tão bem como se esperava para os participantes portugueses. Na edição passada, em 2008, na Holanda, a delegação nacional tinha ganho uma medalha de bronze, com a participação de Luis Filipe Roleira Barbosa.
A competição decorreu em seis módulos diferentes. No primeiro, tinha que prestar provas de reparação de motores, com um tempo limite de duas horas. No
segundo, tratava-se da reparação em sistemas de direcção e suspensão, também com o mesmo tempo limite. O módulo seguinte seria de diagnóstico de motores a
Intervenientes nas Competições da Área Automóvel: Automotive Technology - Light Vehicle Concorrente oficial - David José da Cruz Simões Concorrente oficioso - João Miguel Henriques Casquilho Expert - Dr. Eduardo Fonseca Shopmaster - Bruno Marques Assistent shopmaster – Bruno Marques (Cepra) Motorcycle Technology Concorrente oficial - David Manuel Nunes Manita Concorrente oficioso - Pedro de Oliveira e Castro Reinhau Barreiros Expert - Engº José Contreiras Shopmaster - António Ortega Assistent shopmaster – João Monteiro Patrocínios - Lusilectra - Patrocinadora de equipamentos e ferramentas - Autoeuropa / SIVA / Autovision - Patrocinadoras de Automóveis e ferramentas especiais Volkswagen - Honda - Patrocinadora de Motociclos e ferramentas especiais Honda - Metec - Patrocinadora de extracção de gases de escape - Wurth - Patrocinadora de materiais de consumo - Emílio Azevedo Campos - Patrocinadora de equipamento de Metrologia
gasolina e depois o de reparação de travões e sistemas de controlo de estabilidade. Os motores Diesel também tinham uma prova dedicada ao seu diagnóstico de avarias, tal como a reparação eléctrica. Esta última prova e a de travagem eram as únicas onde o tempo limite era de uma hora. A organização destas provas para todos os concorrentes e para automóvel e motociclos ficou a cargo do CEPRA. O centro de formação fez um balanço positivo da sua participação e agradeceu o apoio dos patrocinadores. Em comunicado, diz que “importa relevar o contributo da equipa de técnicos que estiveram associados a este evento, dos concorrentes e dos patrocinadores, sem os quais não se teria atingido os bons resultados obtidos”. Os patrocinadores foram a Lusilectra (Patrocinadora de equipamentos e ferramentas), Autoeuropa /SIVA/Autovision (Patrocinadoras de Automóveis e ferramentas especiais Volkswagen), a Honda (Patrocinadora de Motociclos e ferramentas especiais Honda), a Metec (Patrocinadora de extracção de gases de escape), a Wurth (Patrocinadora de materiais de consumo) e a Emílio Azevedo Campos (Patrocinadora de equipamento de Metrologia).
Protegem a natureza. Protegem-no a si. Pastilhas de travão isentas de metais pesados da TRW.
As pastilhas de travão da TRW têm tudo – excepto materiais pesados desnecessários. Porque todas as pastilhas, com o símbolo HeavyMetalFree, estão isentas dos metais pesados que poluem o ambiente e prejudicam a saúde. Mas os condutores podem continuar a confiar no comportamento excepcional da travagem TRW, exactamente da mesma forma que confiavam quando os seus automóveis eram novos. Existem pastilhas de travão TRW isentas de metais pesados para quase todos os veículos e todas cumprem os requisitos rigorosos dos fabricantes de equipamento original.
Travagem – Direcção – Suspensão
www.trwaftermarket.com
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ACTUALIDADE Garantias das peças
Responsabilidades em escada A questão da garantia é um tema quente no negócio das peças em Portugal, que tem vindo a minar as relações entre empresas e ganhou mais relevo com a crise económica.
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á por diversas vezes muitos operadores do ramo das peças de automóveis, sejam grossistas ou retalhistas, encaram o problema das garantias, que também é um problema das oficinas em relação ao seu cliente final. O abrandamento da economia não deixou de levar os carros às oficinas, o que se tem passado é que o cliente quer normalmente gastar menos por reparação, aceita apenas substituir o essencial e… depois surgem diversos problemas. A oficina procura muitas vezes material mais barato, em alguns casos muito barato, e lá diz o ditado que o “barato sai caro”, isto é, a oficina coloca-se numa posição de maior fragilidade perante o seu cliente e até perante o seu fornecedor, pois na maioria dos casos tem a perfeita noção da peça que está a montar no carro do seu cliente. Também começam a existir problemas a outro nível. Muitas peças já atingiram um grau tecnológico muito elevado e dependem também que a oficina tenha formação adequada para a saber montar no carro do seu cliente como exige à oficina meios tecnológicos que ajudam nessa operação. Ora uma incorrecta montagem trás também problemas para a oficina quer com o cliente final quer com quem lhe forneceu a peça. O cliente reclama, a oficina diz que montou bem a peça, a casa de peças diz que a mesma foi vendida em condições e o problema avolumase e volta à baila o tema das garantias. Nestas duas situações relatadas, muito comuns, e noutras similares todos “chutam” a responsabilidade de uns para outros, como se o problema fosse sempre do outro. Haverá soluções para estes casos? Claramente que sim, até porque a lei é clara no que diz respeito a este tipo de bem, embora provar que determinada peça tem defeito ou foi mal montada nem sempre é fácil provar.
O que diz a Lei O DL 84/2008 é aplicável aos contratos de compra e venda entre profissionais e consumidores, nova redação o 67/2003, na medida em que inclui também os contratos de empreitada no âmbito da garantia. Quer isto dizer que não é apenas o bem que está em causa é também o serviço e os consumíveis utilizados para aplicar determinados produtos. No prazo de garantia, que é legamente de dois anos, se existir uma não conformidade ou uma anomalia do bem, quem responde primeiro é o vendedor, atendendo à relação entre a casa de peças e a oficina. Ao consumidor, neste caso a oficina, são concedidos os direitos de solicitar a reparação, a substituição, a redução adequada do preço ou então a resolução do contrato, com a reposição do custo da peça, colocando assim termo ao contrato inicial. Contudo, na questão do prazo de dois anos de garantia existe a questão das peças consumíveis, isto é, aquelas que têm um desgaste normal num período de tempo mais curto que o próprio prazo da garantia.
ACTUALIDADE No caso do automobilista exigir numa oficina a substituição de determinado bem, no objecto de um contrato de empreitada (uma manutenção ou reparação), não haverá encargos para ele se estiver dentro do prazo da garantia. O que se verifica (erradamente) é que alguns vendedores (das peças) respondem primeiramente, e suportam alguns custos, no âmbito da garantia. É aqui que entra o “Direito de Regresso” sobre esses bens, sendo exigido o mesmo a quem o forneceu. Contudo, o direito de regresso pode ser afastado no caso de se provar que o defeito não existiu quando se entregou a peça. No caso de se provar a incorrecta montagem, os custos de tal situação para com o consumidor serão suportados, neste caso, pela oficina sendo esta que se responsabiliza pela garantia. Responsabilidade O JORNAL DAS OFICINAS contactou a DECO (Defesa do Consumidor) para nos esclarecer um pouco mais sobre este assunto das garantias, atendendo à especificidade do sector da reparação automóvel e da relação da casa de peças com a oficina. Em primeiro lugar, o que está escrito no DL 84 /2008 são normas imperativas que não podem ser afastadas pelas partes, independentemente de algum acordo em contrário entre as partes envolvidas. A venda de uma peça de um retalhista à oficina, no caso de a mesma ter defeito,
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a responsabilidade será sempre do retalhista. Por sua vez o problema coloca-se depois entre o retalhista e quem lhe forneceu a peça (grossitas ou produtor). Quer isto dizer que as responsabilidades passam de intermediário em intermediário (em cascata) até ao produtor. Contudo, neste DL 84 /2008, no seu artigo 6 nº1 é dito que o consumidor poderá também pedir responsabilidades ao vendedor e produtor. Quer isto dizer que a oficina pode também responsabilizar o produtor da peça directamente. No caso de ter que se verificar se a peça estava ou não defeituosa ou foi simplesmente mau uso, existe um prazo legal máximo para o fazer que é de 30 dias. Conclusão Obviamente que este artigo apenas pretende alertar para o enquadramento legal da situação das garantias do sector das peças de automóveis. Existem muitas outras questões que podem (e devem) ser levantadas por todos os intervenientes na compra e venda de peças. Contudo, a conclusão é que a responsabilidade de dar a garantia é vista em cascata, isto é, do produtor para o grossita, do grossita para o retalhista, do retalhista para a oficina e, por fim, da oficina para o consumidor final. As “garantias comerciais” que tantos operadores oferecem aos seus clientes não servem de facto para nada em termos legais. PUB
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NOTÍCIAS
Breves
TRW com a melhor cobertura global
CONTINENTAL
A TRW Automotive Aftermarket acaba de anunciar que, segundo os últimos números divulgados pelo TecDoc, alcançou a melhor cobertura global de aplicações para sistemas de chassis, nos principais mercados da Europa, durante o quarto trimestre de 2010. A TRW é o fornecedor líder na Europa do "módulo completo de eixo" com a qualidade do Equipamento Original (EO). O termo "módulo completo de eixo" (corner module) foi criado pela TRW para descrever como as suas competências chave - travagem (incluindo a electrónica com o negócio de sensores), direcção e suspensão e amortecedores - formam uma solução de sistemas de chassis única e completa. Os números divulgados pelo TecDoc validam a posição da TRW no mercado. Foram comparados dados de aplicações de 34 fornecedores de diversos componentes do "módulo completo de eixo", com a TRW a assegurar os lugares cimeiros em diversas áreas importantes, como por exemplo: fricção (discos, tambores e pastilhas), hidráulica (cilindros e pinças) e direcção e suspensão (colunas da direcção, barras e terminais de direcção).
NO NORTE DO PAÍS A marca alemã de pneus Continental não perdeu a oportunidade de marcar o seu território e organizou no Porto o seu ContiTechnikForum 2010, durante a qual foram vedetas suas últimas criações, o novo pneu ContiSportContact 5 e o ContiEcoContact 5. Uma visita dos responsáveis da empresa à fábrica da marca situada em Lousada serviu para recordar os 64 anos de actividade no local. O novo ContiSportContact 5, que estará no mercado na próxima Primavera, tem como alvo os veículos de alta performance, desportivos e SUV de elevada performance. Os responsáveis pelo desenvolvimento do novo pneu não esconderam as dificuldades que tiveram para superar o pneu antecessor, tendo realizado inúmeras investigações e ensaios de estrada e de laboratório, antes de confirmarem uma redução das distâncias de travagem em molhado (-20%), redução da resistência ao rolamento (-10%) e maior rendimento quilométrico (+13%). Uma mistura inovadora, para além de outros aperfeiçoamentos na estrutura e no desenho do pneu, foram responsáveis pelos avanços verificados. O novo composto chama-se BlackChilli Compound e permite uma condução mais desportiva. O pneu será posto à venda com as medidas de 17 e 18 polegadas (carros) e 1810-20 polegadas (SUV), ambos com homologação até 300 km/h.
MAIOR COBERTURA PARA VELAS D-POWER A marca NGK Spark Plug Europe, fornecedor de velas e sondas Lambda, acrescentou 4 novas referências à sua gama D-Power, duas das quais são equipamento original. As novas referências DPower estão numeradas por ordem crescente (DP 56, DP 57, DP 58 e DP 59), cobrindo cerca de 100 novos modelos de várias marcas. Estas velas de incandescência permitem um arranque rápido a frio, mesmo a baixas temperaturas, reduzindo as emissões de escape. A referência DP 56 (Y1005J) cobre 50 modelos recentes das marcas Citroen, Fiat, Ford e Peugeot, sendo a aplicação mais antiga de 2004. A referência DP 57 (Y1002AS) cobre vários modelos do Grupo VW, sendo primeiro equipamento no Audi A3 e TT Quatro, VW Polo e Golf Plus, para além do Skoda Octavia, entre outros. Esta vela tem um terminal de apenas 3,5mm de diâmetro, alcançando os 1.000º C em menos de 2 segundos, o que permite arranques imediatos. A DP 57 é fornecida também ao Grupo PSA, o mesmo sucedendo com a DP 58 (Y8001AS), que é utilizada como equipamento original de vários modelos, como os Citroen Picasso e Grand Picasso, assim como os Peugeot 3008 e 5008.
Alidata
conquista estatuto PME Excelência 2010 A Alidata foi, mais uma vez, distinguida com o estatuto PME EXCELÊNCIA 2010. Segundo o IAPMEI, este Estatuto contribui para dar notoriedade às PME que marcam a capacidade competitiva do nosso País. Trata-se de um estatuto de qualificação empresarial criado pelo IAPMEI, em parceria com os principais bancos, que tem como objectivo distinguir as pequenas e médias empresas que evidenciaram os melhores desempenhos e indicadores de gestão, no contexto da estrutura nacional. A renovação deste estatuto é encarada como mais um factor de afirmação da Alidata e do Software Alidata no mercado. Jaime Gomes, Director da Alidata, refere que “temos tido um crescimento sustentado baseado na qualidade dos produtos e recursos humanos, que incrementam elevados índices de confiança e satisfação no mercado, construindo relações de longo prazo com os nossos clientes”. Para a Alidata, que já era PME Líder, é mais uma distinção que muito nos orgulha e que reflecte todo o esforço e investimento que tem sido realizado pela empresa, no sentido de se tornar cada vez mais uma empresa de referência no desenvolvimento de software ERP.
Motul
Novo para veículos Ford A Motul lançou um novo lubrificante 100% sintético de alta performance, com baixo teor de cinzas sulfatadas, fosforo e enxofre (Mid SAPS). Trata-se de um produto “Fuel Economy” especialmente desenvolvido para veículos Ford que requerem lubrificantes com baixo HTHS (High Temperature High Shear) e viscosidade (entre 2,9 e 3,5 mPa.s). É um lubrificante de última geração para motores a Gasolina ou Diesel com conversores cataliticos ou filtros de particulas diesel (DPF) A especificação 913C requer um filme lubrificante extra resistente de modo a garantir a viscosidade correcta durante todo o periodo entre revisões. Esta caracteristica é ainda mais importante no contexto actual de utilização de uso de biocombustíveis como o biodiesel. Assim, o Motul Specific 913C 5W-30 garante uma proteção anti desgaste exepcional quando o veículo utiliza biodiesel na proporção de 7% (Biodiesel - B7). A nova especificação Ford WSS M2C 913 C é perfeitamente compatível com as anteriores normas Ford WSS M2C 913 A e 913 B. Este produto proporciona uma real economia de combustível (0.5% menos em comparação com a norma anterior 913 B) de modo cumprir o compromisso da Ford na redução de emissões CO2.
Catálogo de tambores
Road House A J.G. Neto já tem disponível para os seus cliente um novo catálogo de tambores de travão. Trata-se do catálogo de tambores de travão da marca Road House, onde se destacam as mais recentes novidades de produto desta marca de material de fricção.
Formoprojectos forma Chefias de Centro e de Equipa da Midas Equipas motivadas e conscientes da importância da uma eficaz liderança foi o mote para a acção de Formação que a Formoprojectos, desenvolveu para a Midas e onde participaram cerca de 80 chefias dos mais diversos pontos do País. Num sector particularmente competitivo, apostar na qualidade dos seus Recursos Humanos é investir no futuro. A Midas que opera em Portugal desde 2001, confiou á Formoprojectos o importante papel de preparar os seus Chefes de Centro e de Equipa para o objectivo de servir melhor os seus inúmeros Clientes, que ano após ano, têm confiado na Midas para assistir os seus veículos. Neste sentido a Formoprojectos, Empresa de referência em Portugal na área da formação automóvel, onde opera há 21 anos, desenvolveu uma metodologia de treino específica para este efeito, onde através da aplicação de um conjunto de técnicas planeadas e implementadas para este Cliente, tiveram como objectivo central trabalhar a liderança e motivação daqueles que personificam em muitos casos o rosto desta empresa junto dos seus Clientes no dia-a-dia. Através da parceria com a Formoprojectos, a Midas empresa de referência na assistência automóvel, com mais de 50 anos de experiência e presença em mais de 3000 pontos de venda em 24 Países , reforçou o seu compromisso de servir cada vez melhor os seus clientes, objectivo bem patente através do lema da transparência e qualidade de serviço. A Formoprojectos, congratula-se pelo êxito como decorreu esta acção, pois foi um marco importante na sua estratégia comercial junto do sector automóvel, onde a importância da inovação e formação continua, são pilares de actuação fundamentais para a satisfação do Cliente, ou seja um dos eixos centrais na história de sucesso da desta Empresa no nosso País.
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NOTÍCIAS 3M lança
“Dirt Trap”
Para melhorar a produtividade da área de pintura, a 3M apresenta o Sistema de Protecção Dirt Trap,que captura sujidade e pulverizações, reduz e facilita a manutenção da cabine de pintura e protege o investimento. O Sistema de Protecção 3M Dirt Trap é composto por Material de Protecção e Película Protectora. O Material de Protecção é branco e auto-adesivo e foi criado para proteger as paredes e chão da cabine de pintura, atrair as poeiras, sujidade e pulverizações e melhorar a luminosidade das áreas de trabalho. Já a Película Protectora 3M Dirt Trap é transparente e auto-adesiva, protegendo as janelas e luzes de acumulação de pulverizações. As vantagens do Sistema de Protecção 3M Dirt Trap passam pelo aumento da produtividade da cabine de pintura, reduzindo a manutenção diária e períodica, pela economia de tempo de acabamento e aumento da satisfação do cliente, pela protecção do investimento, minimizando o tempo de inactividade da cabine, e é o ideal para sistemas de pintura à base de água, agarrando a sujidade e ajudando a reduzir o tempo de polimento e acabamento.
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RECTIFICAÇÕES No artigo Personalidade do Mês da edição nº61 do Jornal das Oficinas, o nome da pessoa em causa estava errado. De facto, em vez de Manuel Esteves, o nome da Personalidade do Mês é CARLOS ESTEVES. Ao Gerente e Director-geral da Berner em Portugal, Carlos Esteves, o Jornal das Oficinas pede desculpas pela lamantável troca de nomes.
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Norauto lança a “revisão oficial” A Norauto disponibiliza, nos seus centros auto, o novo serviço de Revisão Oficial que vai permitir a todos os seus clientes fazer a manutenção automóvel sem perda da garantia oficial da marca, permitindo igualmente uma poupança no orçamento. Este novo serviço de manutenção automóvel personalizado é equivalente ao recomendado pelo fabricante com mais de 4.800 planos de Revisão automóvel e com uma base de dados superior a 100.000 modelos de automóveis. Segundo o novo Regulamento, um automobilista pode realizar a manutenção do seu veículo fora dos concessionários oficiais sem perder a garantia do fabricante. Assim desde o primeiro momento, um cliente tem liberdade para escolher onde deseja realizar a manutenção do seu veículo. Qualquer cliente, ao realizar a Revisão Oficial Norauto, tem a garantia de obter uma manutenção de qualidade personalizada com peças de qualidade equivalente às de origem a um preço baixo, seja qual for a marca, o modelo ou a idade do veículo. Para isso, poderá contar com equipamentos e ferramentas de última geração: tem à sua disposição máquinas de alinhamento 3D, diagnóstico electrónico, entre outros que permitem aos técnicos da oficina eliminar tempos improdutivos na revisão automóvel. A Revisão Oficial Norauto assenta sobre 3 pilares fundamentais: garante uma poupança considerável, ou seja, o cliente pode realizar a mesma revisão que faria na marca a um preço mais baixo; redução do tempo de espera: a Norauto garante a realização da revisão automóvel com ou sem marcação prévia e, finalmente, a utilização de peças de origem: a Norauto trabalha com as marcas dos maiores fabricantes de equipamento e utiliza peças de qualidade equivalente às de origem. Ainda a pensar num melhor serviço prestado ao cliente, a Norauto procedeu à informatização da oficina com utilização de PDA por parte dos técnicos, permitindo um atendimento mais profissional ao cliente e um seguimento mais eficaz das prestações na oficina. Poderá realizar uma simulação on-line em http://revisaooficial.norauto.pt.
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NOTÍCIAS
Breves OFICINAS DEBAIXO DE FOGO Num evento de troca de impressões sobre o Pós-Venda Automóvel, organizado pelo clube espanhol Club Automación Esade Alumni, em que estiveram presentes diversos representantes do sector, entre os quais a Faconauto (concessionários), Cetraa (oficinas multimarca), Mapfre (seguros) e Ancera (distribuidores de peças), ficaram patentes as dificuldades que o sector irá enfrentar a curto prazo, sendo previsível o desaparecimento de várias empresas (concessões e independentes), dentro do próximo lustro. Outras conclusões deste evento, que não são de todo uma novidade, foram a diminuição da sinistralidade, intervalos de manutenção cada vez mais longos, maior influência no negócio de clientes institucionais (seguradoras, frotistas, gestoras de frotas, etc.), possibilidade dos veículos em garantia serem assistidos em oficinas independentes e possibilidade de montar peças independentes. Segundo as estatísticas da Cetraa, associação de reparadores independentes, os negócios com três empregados ou menos, que trabalhem num espaço alugado, têm grandes possibilidades de encerrar a actividade. A situação não é melhor nas concessões, com o presidente da respectiva associação (Faconauto) a reconhecer que as empresas são assustadoramente ineficazes.
AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA O principal desafio dos construtores de veículos na actualidade é conseguirem aumentar a segurança dos seus modelos e diminuir o consumo dos motores, mantendo custos de produção com alguma rentabilidade. O recurso a novos materiais é por isso indispensável, dentro de certos limites. Para a construção da estrutura da carroçaria, o material que oferece um compromisso custo resistência mais favorável ainda continua a ser o aço, especialmente os aços avançados de alta resistência (AHSS). Segundo o fabricante sueco de aços SSAB, um parceiro da indústria automóvel e da indústria de peças desde há várias décadas, a procura de aços avançados de alta resistência está a aumentar exponencialmente, pois permite aumentar a segurança dos veículos, diminuindo o seu peso, o que favorece a eficiência energética global dos carros, embora mantendo custos de produção competitivos. Uma das vedetas da empresa sueca é o aço AHSS Docol, um dos aços laminados a frio mais resistentes do mercado, o qual está a ser fornecido a 30 construtores e fabricantes de peças de 30 países. O destino desse aço é prioritariamente a estrutura dos veículos, barras contra impactos laterais das portas, suportes para pára-choques e estrutura de bancos.
Lusilectra apoiou Euroskills
Motortec
Automechanika Ibérica em movimento
Mais de 300 empresas já reservaram o seu espaço de exposição na feira madrilena Motortec Automechanika Ibérica, que decorrerá de 30 de Março a 2 de Abril de 2011. Efectivamente, a primeira fase da comercialização já se concluiu com a atribuição dos espaços preferenciais às empresas inscritas, tendo sido adjudicados já no passado mês de Novembro os segmentos de Peças e Mecânica, Reparação e Manutenção, Estações de Serviço e Lavagem, TIC e Gestão, bem como Tuning e Acessórios. A lista das empresas participantes, que está a aumentar a cada momento, está disponível no endereço electrónico da Internet (www.motortec-automechanika-ibérica.com), continuando aberta as reservas para o grande evento ibérico e latino-americano do pós-venda automóvel. Como é lógico, os incentivos que a organização proporciona às empresas que efectuem a sua inscrição em primeiro lugar já estão em final de campanha, assim como o espaço disponível, especialmente as localizações com mais convenientes do ponto de vista do impacto para o público. De uma maneira geral, o sector de Pós-Venda tem respondido de uma forma muito positiva à proposta do novo modelo de feira desenvolvido por IFEMA e pela Messe Frankfurt, que o director do evento, Raul Calleja define como "ferramenta comercial global". Este conceito passa por um apoio de valor acrescentado ao expositor antes, durante e após a feira, garantindo o retorno do investimento, uma preocupação legítima para todos os operadores do mercado, nestes tempos de apertos económicos em que vivemos.
Decorreu na FIL em Dezembro passado, o Campeonato Europeu das Profissões (Euroskills) onde estiveram presentes cerca de 500 participantes, representando cerca de 31 países e 50 profissões. A Lusilectra foi convidada pela organização do Euroskills a estar presente neste importante evento, como fornecedora de equipamentos para as áreas de Mecatrónicos e Mecânicos de Motos, instalando todo o equipamento e ferramenta essenciais a um bom funcionamento das várias baias de competição.
GRA Massa Especial Antifricção A Mundialub, Comércio de Lubrificantes, Lda, lançou o GRA Massa Especial antifricção da Faher. Trata-se de uma massa semi-sintética em spray, grande aderência, resistente à força centrífuga para kits de transmissão, (corrente de motos, p.e.) e qualquer sistema de mecanismos abertos. Suporta altas temperaturas, excessos de fricção e contaminação (areia, lama, pó, água, etc.). Esta massa especial reforçada antifricção com PTFE micronizado, reduz fricção e perdas de potência por falta de lubrificação nos kits de transmissão e correias. Suporta cargas elevadas e alta temperatura. Não descola. Repele a água do mar, pó, fluidos corrosivos, agentes químicos correntes, terra e areia. Evita ferrugem e corrosão. Deixa uma película volumosa e lubrificante. Refira-se ainda que é um produto de fácil aplicação em acessos difíceis, que está disponível em embalagem aerossol de 400 ml.
Proximidade
ExpressGlass / Liberty Seguros
Metelli reforça presença em Portugal No mercado português há mais de 20 anos, com todas as suas linhas de produto e marcas próprias (Metelli, Graf, Cifam e KWP), a Metelli é hoje reconhecida como marca de topo, uma vez que para a empresa italiana de Brescia, Portugal é o país com a mais alta taxa percentual de penetração, a seguir ao mercado italiano. Os produtos mais vendidos, e com os quais a Metelli S.p.A. é indiscutivelmente líder de mercado, são as bombas de água (especialmente das marcas Graf e KWP). Devido às bombas de água Graf e à qualidade da sua construção, confiança e alargada gama, a Metelli recebeu ainda, por diversos anos consecutivos, o prémio de “melhor marca”, atribuído pela revista AP Magazine. Em Portugal, a Metelli propõe-se a alcançar melhorias no âmbito das vendas de produtos de fricção (discos, pastilhas, e tambores) e ainda a consolidar as quotas de mercado nos outros sectores. Factores que permitem continuar o crescimento originado pelo aumento da facturação nos últimos três anos.
Dando continuidade à sua política de prevenção de acidentes de trabalho e prevenção rodoviária, a Liberty Seguros, em parceria com o INML, I.P. e a APADAC, organizou a 2ª Edição do Congresso “Acidentes de Trabalho e Rodoviários: Prevenir e Reparar”. O evento realizou-se no dia 18 e 19 de Novembro no Centro de Congressos de Lisboa. Tendo como tema central de debate a prevenção e reparação em acidentes de trabalho e rodoviários, o Congresso teve como principal objectivo divulgar as últimas novidades nestas áreas, partilhar práticas internacionais e iniciativas legislativas. Intensificando a sua parceria com a Liberty Seguros, a ExpressGlass esteve presente neste congresso como patrocinador gold, efectuando demonstrações dos seus serviços de substituição e reparação de vidros a todos os presentes. Como contrapartida ao patrocínio, a Liberty Seguros endereçou um convite à administração da ExpressGlass para integrar a comitiva que se deslocou ao Centro de Segurança Rodoviária da seguradora (Liberty Mutual research Institute), em Hopkinton, Boston. “Foi uma experiência muito positiva e enriquecedora. Tivemos o privilégio de conhecer o presidente da Liberty Internacional, Luis Bonell, e saber, em primeira mão, qual a estratégia de expansão internacional da seguradora. Acreditamos que, no curto prazo, reforçaremos noutros países os fortes laços já existentes entre as 2 empresas, em Portugal e no Brasil.” referiu Tiago Prista, CEO da Holding ExpressGlass.
Jornal das Oficinas Janeiro 2011
NOTÍCIAS Mais duas aberturas
Breves
Midas
A Midas abriu mais dois novos centros que contribuem para consolidar a sua presença em território nacional: Midas Vasco da Gama & Midas Palmela. Estes novos centros provam a consolidação do grupo e o forte investimento feito em 2010, ano que conta já com 9 novos centros Midas. Com estas inaugurações a Midas passa a ter 43 centros e uma maior presença a nível nacional nos principais centros urbanos. Desde o início do ano a Midas já abriu 9 centros, apostando em localizações dentro ou próximo de centros comerciais traduzindo-se numa solução prática e de rentabilização de tempo para o cliente, pois pode optar por fazer a manutenção do carro enquanto faz compras, uma vez que o tempo médio dos serviços são de 1 hora. As Midas dentro de centros comerciais beneficiam ainda de horários de funcionamento mais alargados característicos destes espaços. Esta expansão vai ao encontro das exigências dos consumidores que cada vez mais procuram os centros de reparação como o compromisso mais sólido, económico e fiável em alternativa ao habitual recurso às concessões oficiais das marcas automóveis. Os novos centros Midas abertos em 2010, traduzem-se na criação de 80 novos postos de trabalhos, com um retorno financeiro de 5 milhões de euros.
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BOSCH DENOXTRONIC 2 RETROFIT
Blue Print no Dakar A Red Line Off Road Team e a Blue Print estão juntos no Dakar Argentina Chile 2011. A marca líder na Europa de peças para veículos Japoneses e Coreanos é o patrocinador oficial da equipa de Francisco Inocêncio naquela que será a quinta participação da Red Line Off Road Team na mítica prova de todo o terreno. Joaquim Candeias, Managing Director - European Operations da marca, referiu: “Esta parceria com a Red Line Off Road Team ajusta-se na perfeição com a filosofia da Blue Print, porque a equipa conduz um veículo Japonês, e pela ligação óbvia entre os atributos da nossa marca – qualidade, durabilidade e fiabilidade – e os requisitos de uma equipa e um veículo participante no Dakar. A Equipa Red Line tem uma oportunidade fantástica no Dakar e nós estamos muito orgulhosos e entusiasmados de nos associarmos a eles.” A gama Blue Print contém mais de 22.000 referências de peças com mais de 200 gamas de produtos diferentes, abrangendo não só todos os populares modelos Japoneses, Coreanos e Americanos, mas também todos os veículos europeus lançados a partir de 2008.
Este novo sistema lançado pela Bosch destina-se a reduzir as emissões de óxidos de azoto (NOx) dos motores diesel e tem vindo a ser aplicado em veículos industriais desde 2004 e em ligeiros de passageiros, desde 2009, com ligeiras variações. Com esta solução, os motores diesel conseguem cumprir a normativa Euro 6. A versão Denoxtronic 2 Retrofit foi especificamente pensada para veículos que não dispõem de origem do sistema Denoxtronic original, podendo ser aplicada a veículos pesados, motores estacionários e motores marítimos, chegando a reduzir as emissões de NOx até 90%. O sistema Denoxtronic, em combinação com um catalisador SCR (Redução Catalítica Selectiva), transforma os óxidos de azoto em elementos inofensivos: azoto ( gás inerte e o maior constituinte do ar da atmosfera) e água (H2O). Para o seu funcionamento, é necessário injectar no colector de escape uma solução de água e ureia, que actua como agente redutor. Este sistema Denoxtronic 2 Retrofi não necessita da intervenção da gestão electrónica do motor (ECU), nem do sistema de dados CAN Bus.
TRW Proequip em crescimento
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A marca para veículos comerciais pesados TRW Proequip está a crescer, tanto em vendas e quota de mercado como na especificação do programa. Desde o relançamento sob novo nome Proequip, há dois anos atrás, o programa de direcção e suspensão já triplicou em dimensão e inclui agora 1000 referências. Relançado sob a marca TRW Proequip, em 2008, com o mote "O Novo Peso Pesado", este programa com a qualidade do equipamento original inclui agora direcção e suspensão, pastilhas de travão, amortecedores e caixas de direcção. A última extensão da gama abrange um total de 17 novas referências de peças de direcção e suspensão, incluindo quatro barras radiais, oito barras de direcção, três kits de reparação e dois V-Links.
Nova loja
Civiparts em Leça
A Civiparts, distribuidor independente de componentes para veículos pesados e equipamentos oficinais, optimizou a sua actividade na região do Grande Porto, com a abertura de uma nova loja em Leça da Palmeira. Mantendo basicamente a mesma localização, as novas instalações abriram ao público no dia 9 de Dezembro e vão permitir manter a proximidade com os seus actuais clientes e potenciar novos contactos. O investimento na abertura da nova loja, é mais uma prova da confiança da Civiparts no mercado Português, e permite-lhe oferecer um conjunto de produtos e serviços complementares, incluindo também um espaço para Formação. A nova loja da Civiparts possui uma área total de 1100m², dos quais 730m² estão afectos à área de armazenagem e 120m² em área de atendimento ao público, contando esta loja com cinco Colaboradores. A Civiparts continua a fortalecer assim, a sua vasta presença a nível nacional, destacando-se o facto de apenas em 3 meses ter inaugurado duas novas lojas na região do Grande Porto: V. N. Gaia e Leça da Palmeira e uma nova loja em Lisboa, optimizando assim o seu relacionamento com os seus clientes. A rede da Civiparts em Portugal conta, também, com instalações em Braga, Albergaria, Leiria, Carregado, Lisboa, Seixal e Loulé.
Soluções em a/c automóvel e refrigeração de transporte Rua Fernando Vicente, 15 – Bairro Arenes – 2560-677 – Torres Vedras Telef.: 261 33 50 50 - Fax: 261 33 50 59 www.nelsontripa.pt - e-mail: geral@nelsontripa.pt
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Breves MOBICAR É O CARRO ELÉCTRICO PORTUGUÊS As primeiras 350 unidades de um veículo 100% eléctrico e 100% português serão fabricadas num fábrica situada no Alentejo, resultando o projecto de uma parceria entre o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA), de Portugal, e o Centro Tecnológico de la Automación de Galícia (CTAG), de Vigo, Espanha. Mais concretamente, a montagem do novo veículo será efectuada nas instalações que a marca japonesa Isuzu tem no Alentejo, próximo de Lisboa (Venda Nova - Évora). As primeiras 350 unidades destinam-se exclusivamente a ensaios, iniciando-se a produção industrial para venda ao público em 2012, estando previstas 6.250 unidades por ano. Neste projecto inovador, estão envolvidas conhecidas empresas nacionais como a Inapal Metal, Cabelauto, Caetnanobus, IPETEX, Moldit, Efacec, Simmens e Galp, entre outras. Embora as características do Mobicar ainda sejam confidenciais, sabe-se que terá um peso aproximado de 400kg, uma velocidade máxima de 100k/h e uma autonomia da ordem dos 100-120km. Terá uma estrutura versátil, que poderá ser utilizada para transportar pessoas, cargas ou utilização mista. Para já, ainda não é conhecido o fornecedor das baterias de iões de lítio, embora haja suspeitas de que poderá ser o consórcio Renault-Nissan, que já investiu € 250 milhões numa fábrica de baterias situada em Aveiro. Se tudo correr como planeado, haverá no final de 2011 no país 1.300 pontos de recarga de baterias, que tornarão a utilização dos carros eléctricos viável para grande número de utilizadores.
PIRELLI DIABLO ROSSO II O novo pneu desportivo da Pirelli para motos de alta performance é a reedição de um sucesso da marca milanesa, dentro e fora das pistas, com mais alguns argumentos para convencer os apaixonados pelas duas rodas. De facto a geração de pneus Rosso da Pirelli já tem um palmarés invejável, incluindo a participação no campeonato mundial de superbikes (WSBK), onde a Pirelli adquiriu uma importante experiência, tendo desenvolvido a tecnologia EPT (superfície de contacto optimizada), que passa para este pneu tipicamente de competição cliente, para dar todo o prazer e segurança na condução em estrada. Além disso, o desenho do pneu é específico, tem dois compostos na banda de rolamento e pode ser personalizado pelo cliente, através do site (www.pirellimoto.es), podendo ostentar nos flancos os símbolos, nomes e frases provocadoras ao gosto do " piloto ". O novo pneu Pirelli Diablo Rosso II tem como alvo as motos super desportivas e Naked.
NOTÍCIAS Daily com reforço de garantia e manutenção programada A Iveco acaba de implementar uma forte campanha com vista à dinamização das vendas do modelo Daily, em que se garante um conjunto de serviços muito atractivo aos seus clientes. Denominada “+ 3 anos por nossa conta”, esta campanha integra a oferta de uma Extensão de Garantia para o 3º ano (ou até aos 300.000 km), solução que é aindacomplementada por um Contrato de Manutenção Programada válido para o mesmo período de tempo ou uma quilometragem de 120.000 km. Válida até final do corrente ano, a campanha “+ 3 anos por nossa conta” da Iveco já em termos de comunicação, nomeadamente em alguns órgãos de imprensa, entre outros suportes. Novo centro logístico da MAN A MAN investiu cerca de 60 milhões de
Barreiro recebe
euros no novo Centro de Logística de Salzgitter, que irá começar a funcionar já no inicio de 2011, gerido pela nova empresa logística do Grupo, a MAN Logistik GmbH. O novo centro destina-se a optimizar o abastecimento de peças sobresselentes para camiões e autocarros da marca às redes de serviços de assistência da MAN a nível global.
Norauto
A Norauto abriu em Novembro passado, uma nova loja no Barreiro Retail Planet. Este novo centro tem uma área total de 800 m2 e vai funcionar como superfície de venda de peças e de produtos para o automóvel e como oficina de reparações auto. A abertura de mais um centro Norauto, inserido no projecto comercial Barreiro Retail Planet, vem dar novo fôlego a esta zona, no que se refere ao emprego, visto ser uma boa oportunidade para a Península de Setúbal, e sobretudo para a zona do Barreiro, que tem estado a perder mão-de-obra. Este novo centro do Barreiro está dividido em áreas bem definidas como Lazer Viagens, Som e Multimédia (equipamento electrónico), Prazer e Paixão (personalização), Conforto e Segurança e Peças Técnicas. Com esta divisão, a Norauto pretende oferecer mais de 5 000 referências em produtos para automóvel, com destaque para os pneus, baterias, travagem, som, navegação, entre outros produtos. O novo espaço comercial Barreiro Retail Planet, onde o novo centro Norauto está inserido, é uma aposta ganha no que diz respeito à sustentabilidade, já que é dotado de espaços verdes e com uma construção de qualidade que respeita o ambiente. Neste contexto, a Norauto não podia deixar de se aliar a este projecto, já que o Desenvolvimento Sustentável é parte integrante da sua estratégia de crescimento.
KYB
Segundo o Director de Gestão de Peças Sobresselentes da MAN Nutzfahrzeuge: “o novo centro de Logística vai assumir tarefas que actualmente são em parte realizadas por prestadores de serviços externos, e vai participar no futuro crescimento do sector. Para isto ser assegurado a longo prazo, são necessárias estruturas de custos competitivas”. Implantado numa área de 52.000 metros quadrados, o centro de Saltzgitter irá criar mais de 250 novos postos de trabalho. Actualmente, a MAN Logisitk emprega cerca de 30 colaboradores provenientes da Área de Peças Sobresselentes da MAN Nutzfahrzeuge AG. A nova empresa foi criada no âmbito da estratégia de crescimento delineada pela MAN para os próximos anos no negócio de peças originais.
Maxilub na internet A Maxilub é uma empresa que tem desenvolvido a sua actividade na área dos lubrificantes. Por forma a ir de encontro às necessidades dos clientes e potenciais clientes, a Maxilub passou a estar presente na internet. Neste site muito simpes de consulta, a empresa tem disponível alguma informação sobre os produtos que comercializa bem como as respectivas marcas que representa. De momento ainda não se podem fazer compras online, mas segundo Coelho Abrantes, gerente da empresa, “já recebemos muitos clientes pela internet por isso é importante este site da Maxilub”. Para fazer uma visita basta digitar no computador www.maxilub.pt.
lança catálogo de molas 2011
Mazda completa rede
A KYB lançou recentemente o seu novo catálogo de molas para 2011. O catálogo apresenta mais de 330 novas referências de molas, o que permite que o mesmo contennha uma completa gama de 2.100 referências para o aftermarket europeu. Desde o lançamento das molas helicoidais, em 2002, a KYB tem vindo a trabalhar bastante no aumento da extensão degama, tendo agora a melhor cobertura do parque ao nível do aftermarket. As novas aplicações incluem: Fiat Grand Punto, Ford Transit Connect, Opel Astra e Vectra com suspensão desportiva, Peugeot 207, Seat Toledo III, VW Golf plus, VW Passat V e Volvo V50. O novo catálogo apresenta uma revisão completa da gama KYB, que resulta numa consolidação do número de peças. Isto significa que os distribuidores têm uma cobertura mais ampla com menor número de peças para escolher por aplicação. Este catálogo está disponível para Donwlod em PDF no site europeu da KY, bem como faz parte da maioria dos catálogos electrónicos como o TecDoc.
A Rede de Concessionários e Reparadores Autorizados da Mazda Portugal tem um novo reforço no nosso país, através da empresa Z. Sousa & Camilo. Com instalações sitas em Vila Real permite-se, assim, preencher uma lacuna de representação da Marca, em vendas e assistência pós-venda, numa cidade importante do interior norte do país. O salão de exposição situa-se bem no centro desta cidade (na Avenida da Noruega, Lote 5, Lojas 1, 2 e 3), ocupando uma área de 317 m2. Já o espaço de oficina, inerente ao reparador autorizado com o mesmo nome, começará a operar nas novas instalações na zona industrial a partir de Janeiro, integrando serviços de pósvenda como assistência técnica e mecânica, bate-chapa, pintura e comercialização de peças e acessórios. Acrescente-se que a gerência deste espaço está a cargo de Emanuel Camilo, contando com um total de 10 colaboradores, entre os que estão adstritos ao salão de vendas e escritórios e os que efectuam a sua actividade na oficina. Com a entrada da Z. Sousa & Camilo, a Mazda passa a contar com um representante no distrito de Vila Real completando, desta forma, a cobertura integral do território nacional.
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Iberequipe parceira da Autocom Desde o primeiro trimestre de 2010, a Iberequipe (empresa 100% especializada em equipamentos e serviços de diagnóstico automóvel) iniciou uma negociação com o fabricante Sueco de equipamentos de diagnóstico multimarca Autocom. Esta negociação serve para estabelecer uma parceria nos mercados onde a Iberequipe está consolidada em oferecer serviços comerciais e suporte técnico (Portugal, Espanha e países de língua oficial Portuguesa como Brasil e Angola). O objectivo desta colaboração é comercializar, apoiar e ampliar os clientes existentes no mercado português. O equipamento CDP da Autocom é exclusivo no seu segmento devido à cobertura para veículos ligeiros e pesados contendo excelentes ecrãs de ajuda para o diagnóstico, adaptação e programação.
Grupo Sotinar é PME Líder As unidades de negócio integrantes do Grupo Sotinar, acabam de ver renovadas as suas certificações de qualidade por referência à norma EN NP ISO 9001, após auditoria realizada pela TUV Rheinland, principal entidade certificadora a nível mundial e em concreto no sector automóvel e no caso da Sotinar II, Lda, pelo APCER, maior entidade certificador nacional. Praticamente em simultâneo, e pelo segundo ano consecutivo, foi também atribuído pelo IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas o Prémio de PME Líder, a todas as unidades de negócio do Grupo Sotinar, atributo que visa distinguir o conjunto das PME que evidenciaram em 2009, o melhor desempenho e perfil de risco no contexto da estrutura empresarial nacional.
AkzoNobel anuncia Vencedor “Top Gun” Depois de uma forte e intensa competição durante os últimos seis meses, a AkzoNobel Car Refinishes anunciou o vencedor da Competição bi-anual “Top Gun” para escolher o Técnico de Reparação vencedor na região Europa, Médio Oriente e África (EMEA). O vencedor foi Dariusz Zygadlo da Polónia, que bateu o viceCampeão Pepe Frances do Reino Unido e Antonis Kiosses da Grécia. O Júri também premiou Dietmar Schmidt da Alemanha, com o Prémio “5S” em reconhecimento da permanente demonstração das mais elevadas competências e capacidades ao nível das operações de limpeza, manutenção e gestão das ferramentas e correcta organização do ambiente de trabalho. Esta competição Top Gun é bi-anual e testa os Técnicos da região EMEA relativamente à combinação das competências ao nível técnico e comercial. Esta competição baseia-se em experiências que se assumem como réplicas de situações de reparação do dia-a-dia. Os finalistas são avaliados em relação ao color matching, gestão de custos, optimização da margem e competências técnicas, com especial atenção a algumas capacidades como a estimativa de custos, velocidade, e exactidão de cor. Com a competição Top Gun 2010, Dariusz irá estar presente durante dois dias na oficina de pintura da sede da equipa McLaren Racing em Woking (UK), como membro da equipa Vodafone McLaren Mercedes, preparando para 2011 o novo carro para a nova temporada da Fórmula 1. AkzoNobel Car Refinishes é um fornecedor oficial da Equipa McLaren e fornece a impressionante pintura prata que adorna o carro Vodafone McLaren Mercedes MP4-25 Formula 1.
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Breves EAGLE MUDA GOODYEAR/DUNLOP O projecto de reestruturação interna EAGLE visa preparar o futuro do grupo anglo-americano, tornando a organização mais eficiente, com processos e estruturas internas mais simples, que permitam proporcionar um melhor serviço aos clientes da marca. O referido projecto pretende levar aos processos de gestão interna da empresa a inovação que caracteriza o desenvolvimento dos seus produtos, estando a decorrer já há vários meses. Em 13 dos países que compreendem a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), o projecto EAGLE representa a maior mudança que a empresa sofreu ao longo da sua história, permitindo que se concentre mais no mercado e nos seus clientes, segundo afirmou o presidente da Goodyear Dunlop para a EMEA, Arthur de Bok. Efectivamente, o projecto EAGLE implica um novo modelo de negócio, com mudanças e aperfeiçoamentos em todas as divisões da empresa, desde as unidades de produção, até aos serviços de vendas, logística e gestão financeira. Basicamente, a empresa passa a usar menos energia para o plano interno, simplificando, coordenando e harmonizando os processos e centralizando várias áreas de actividade, de modo a concentrar os seus esforços numa cooperação mais eficaz com os seus clientes.
BRABUS SV 12 R BITURBO 800 CV O último trabalho do preparador alemão Brabus, que tem uma certa preferência pelos modelos Mercedes-Benz, resultou no familiar de luxo de 4 lugares mais potente e mais rápido do Mundo, cujos 800 CV a 5.500 rpm e o binário de 1.420 Nm, a partir das 2.100 rpm, fazem voar literalmente o carro, capaz de alcançar os 350 km/h, depois de percorrer os 0-100 km/h em 3,9 s e os 0-200 km/h em 10,3 s. O motor base é o famoso V12 de 6,3 litros preparado pela Brabus, que neste caso recebe dois turbo compressores, quatro intercoolers, lubrificação por cárter seco , êmbolos forjados e uma longa lista de mimos, como é possível calcular. A carroçaria é a do Mercedes Classe S, que leva jantes específicas de 21 polegadas e um sistema de travagem de altas prestações, como é lógico. O interior inclui um sistema multimédia avançado "iBusiness", com iPads Apple e outros componentes. Além do upgrade dos travões, a Brabus não esqueceu o sistema de suspensão e a aerodinâmica, incluindo um módulo electrónico Active Body Control. Os Leds diurnos de posição e as entradas de ar dos travões da frente dão ao Brabus SV 12 R Biturbo 800 um ar de tubarão das estradas, ao qual pouco ficarão indiferentes.
NOTÍCIAS Repsol
Guia ainda mais tecnológico O Guia Repsol 2011 foi apresentado recentemente em Madrid como a plataforma multi-suporte mais completa para o viajante, numa clara aposta pelas novas tecnologias. A edição 2011 do Guia Repsol apresenta-se sob um conceito de multi-plataforma de viagem (edição impressa, digital, para iPhone e iPad, e presença nas redes sociais), o que a converte no guia mais completo e com melhor informação para o viajante. O Guia Repsol 2011 renova e amplia os seus conteúdos e serviços, pensando em todo tipo de viajantes, tanto na edição impressa como na sua versão digital. O Guia conta com informação turística adicional, uma cartografia actualizada e uma ampla oferta gastronómica de qualidade e prestígio, com uma selecção dos melhores hotéis, restaurantes e vinhos espanhóis. A edição impressa inclui "três Guias com tudo para a viagem": o Guia de Mapas e Estradas, o Guia de Rotas com Denominação de Origem e o Guia dos Melhores Vinhos. Em www.guiarepsol.com continua a aposta pelos conteúdos multimédia e de alta qualidade, concebidos para satisfazer as necessidades do internauta.
Projecto
Transportadores podem perder incentivos Os transportadores rodoviários de mercadorias podem ficar sem incentivos à instalação de filtros de partículas, denúncia a Associação de Transportadores de Terras, Inertes, Madeiras e Afins (ATTIMA). As novas metas orçamentais aprovadas pela Assembleia da República, poderão impedir os transportadores de receber os incentivos a que se tinham candidatado junto do IMTT. Um despacho do ministro das Finanças, datado de 28 de Setembro, determina que a partir dessa data não possam ser assumidos novos compromissos no âmbito do Capítulo 50 – Investimentos do Plano (PIDDAC), e que só sejam autorizados os pagamentos correspondentes a compromissos já registados no sistema informático da Direcção-Geral do Orçamento. Como àquela data as candidaturas a incentivos à instalação de filtros de partículas ainda estavam em fase de análise nos serviços do IMTT, caberá agora ao próprio Ministro das Finanças a decisão final sobre a viabilização desses apoios.
“Labirinto de Pneus” premiado
Ana Arribas e Cátia Fernandes, alunas do 2.º ano de Arte e Design do Instituto Politécnico de Bragança, foram as vencedoras do Prémio Inovação Valorpneu 2010 com o projecto “Labirinto de Pneus”. O projecto consiste na construção de um labirinto para um espaço público, reutilizando cerca de 650 pneus em fim de vida. “Para a elaboração deste projecto inspirámo-nos na artista plástica portuguesa de re-
nome internacional, Joana Vasconcelos”, referem as alunas. Adiantando que, “na escolha do projecto tivemos em conta todas as variáveis envolvidas, desde a exequibilidade do mesmo, aos custos associados e, obviamente, à sua contribuição para a sustentabilidade económica e ambiental do sistema integrado de gestão de pneus usados (SGPU) gerido pela Valorpneu”. A maqueta do trabalho começou a ser feita pelas alu-
nas em Março e ficou concluída em meados de Junho. Agora é esperar que alguém se interesse pelo projecto e o queira colocar em prática.
Carsistema é PME Excelência
Filinto Mota certifica mais oficinas BIS O Grupo Filinto Mota na qualidade de distribuidos Bosch, realizou recentemente a entrega dos Certificados e das Placas Identificadora às Oficinas“Volante de Lamas”, “Auto Mecânica Dias & Pinheiro”, “Maria Manuela Dias Moreira - Rep. Autom.” e “Mecanicar – Miguel G. G.Silva”, que concluiram o processo de certificação do conceito oficinal Bosch Injection Systems. Mais quatro oficinas que se preparam para o futuro, apostando na formação dos seus colaboradores e na utilização do equipamento de diagnóstico como ferramenta essencial para quem pretende estar a par da evolução do sector automóvel. Segundo a Filinto Mota ”este conceito oficinal reúne a solução para todas as necessidades que hoje as oficinas enfrentam, que vai desde os Equipamentos de Diagnóstico, Formação Técnica, Apoio Telefónico ao Diagnóstico (Hotline) até às Peças de Substituição, tudo com a garantia e qualidade a que marca Bosch”.
A Carsistema SA acaba de ver premiado o seu desempenho económico-financeiro pelo IAPMEI, com a atribuição do Prémio de PME EXCELÊNCIA. Este tributo, que foi atribuído em 14/12/2010 em cerimónia presidida pelo Ministro da Economia Vieira da Silva, distingue as PME que em 2009 cumpriram com os critérios de selecção que constam de rácios financeiros e operacionais de elevado padrão de exigência. Em todo o país, este prémio distinguiu apenas cerca de 1.100 PME dum universo de 350.000 PME’s existentes. Quase em simultâneo, a Carsistema SA viu-lhe também ser renovada a certificação de qualidade por referência à norma EN NP ISO 9001, após auditoria realizada pela TUV Rheinland, principal entidade certificadora líder a nível mundial e em concreto no sector automóvel. Segundo um comunicado da empresa, muito mais que estas distinções, interessa à Carsistema relevar o facto de elas demonstrarem o esforço contínuo de melhoria da organização, visando diariamente ir de encontro às necessidades dos seus clientes. Este mérito agora premiado é, para a Carsistema, repartido com a qualidade e empenho ímpar dos seus clientes, que obrigam a empresa, pela sua exigência permanente de melhoria, a trabalhar também cada vez mais e melhor.
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Multiusos super lubrificante da
Faher
Já está disponível, por intermédioda Mundialub, o novo Multiusos super lubrificante da Faher. Trata-se de super lubrificante multiusos com alto poder de penetração, que incorpora PTFE micronizado, destinando a trabalhos que exijam um alto grau de lubrificação, limpeza e longa duração. É um produto quer serve para a lubrificação e protecção de correias, casquilhos, parafusos, pernes, rolamentos, articulações, cabos, cabos de aço, veios de aço, correias de transporte, guias, ferramentas, etc. O Faher Super lubrificante multiusos aumenta a resistência à temperatura, consegue uma lubrificação de longa duração, elimina o chiar provocado por fricção, sujidade, ou falta de uso, reduz o stick-slip (deslizamento a sacudidelas). Repele a humidade, lubrifica e protege as partes móveis e previne a corrosão interna. Penetra nas superfícies de metal oxidadas, congeladas, com sujidade ou bloqueadas.
Federal Mogul afina "máquina" O novo director geral para o mercado de pós-venda da Federal Mogul de Espanha e Portugal, David Zapata, está a ultimar a configuração da sua nova equipa de trabalho, a fim de fazer frente aos ambiciosos objectivos que a empresa tem agendados, após a recente reestruturação ibérica. Para a área do Marketing, Zapata, vai apostar em Pere Banús, um quadro que tal como ele fez a sua carreira dentro da Federal Mogul. No caso de David Zapata, os seus antecedentes passaram por funções na logística e na área comercial, enquanto que Pere Banús vinha desempenhando a função de responsável pela comunicação, após ter passado por responsável de competição das marcas Ferodo e Necto. O desafio principal para o novo responsável pelo Marketing da Federal Mogul ibérica passa por reforçar o posicionamento das marcas do grupo no mercado dos dois países, tais como Ferodo, Champion, Necto, Wagner, Payen e Goetze, que em tempos já fizeram parte do vocabulário comum das oficinas. A divulgação da marca de travões Wagner, bastante popular noutros países europeus é um objectivo paralelo para Pere Banús. O novo responsável pelo Marketing da Federal Mogul estudou Engenharia Electrónica, mas foi uma licenciatura de Comunicação Industrial e um mestrado em Marketing que impulsionaram a sua actual carreira. A participação na publicação do livro "Guia de Travões para Veículos de Turismo" e a sua actividade como coordenador da equipa oficial de ralis da Renault Sport España, entre 1994 e 1996, são outros dados biográficos que definem Pere Banús.
LuK, INA e FAG apostam na Motortec A Schaeffler Iberia acredita que a Motortec Automechanika Ibérica é a plataforma ideal para promover as suas marcas LuK, INA e FAG, constituindo a oportunidade ideal para as empresas profissionais do sector melhorarem a sua competitividade. Tendo em conta as suas cinco experiências anteriores bem sucedidas, a empresa entende que a feira tem que ser trabalhada previamente e que o plano de acção completo começa alguns meses antes do evento. Ignacio Naranjo, director de Marketing e Vendas da Schaeffler Iberia, não tem dúvidas quanto ao interesse da Motortec para a sua empresa e os seus clientes, pois "a feira mostra o posicionamento, não só das empresas que expõem os seus produtos e serviços ao mercado, mas também para os visitantes profissionais, para os quais é uma oportunidade única de terem acesso a cada dois anos a toda a informação de que necessitam para potenciar a sua competitividade, num ambiente de mercado cada vez mais complexo". Desta forma, para os responsáveis da Schaeffler Iberia, o sucesso da feira não se decide apenas nos dias de intenso trabalho da própria exposição, mas num longo esforço de preparação da mesma, assim como num exaustivo empenho de todos os departamentos da empresa depois da feira, para deixar os visitantes com a certeza de terem encontrado algo de novo e interessante. A próxima Motortec Automechanika Ibérica será pois para as marcas LuK, INA e FAG mais uma oportunidade de demonstrarem a forte orientação para o cliente, qualidade de serviço e inovação, num segmento de consumíveis de segurança e rendimento, onde as meias soluções geralmente não compensam a oficina e deixam o cliente final sem qualquer garantia de retorno. Para lá das consagradas linhas de produto, a Schaeffler Iberia dispõe de serviços de valor acrescentado para o cliente, como sejam o portal da Internet para oficinas RepXpert (www.repxpert.com), Serviço de Pós-Venda e Serviço de Formação, para distribuidores e reparadores.
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Breves MOTOR MECÂNICA ZARAGOZA PROMOVE-SE A "outra" feira do pós-venda ibérico, que ousou desafiar a toda poderosa Motortec, vai fazendo pela vida e não parece querer contentar-se com as sobras da exposição madrilena. Em primeiro lugar, porque se realiza temporalmente antes da Motortec, de 23 a 26 de Fevereiro de 2011, o que já constitui um pequeno trunfo. Além disso, os organizadores da MotorMecânica Zaragoza estão no terreno desde há muito, não perdendo uma oportunidade de promover o seu evento. A presença em encontros e feiras do sector automóvel está a ser uma das formas dos organizadores da MMZ entrarem em novos mercados e captar novos expositores, sem descuidar o contacto directo com empresas de âmbito ibérico e internacionais. Nas palavras dos seus organizadores, a "MotorMecânicaZaragoza tem encontrado um excelente resposta profissional e um acolhimento muito favorável por parte do sector, que está a valorizar positivamente a presença do salão aragonês nos encontros principais que se têm realizado. Isso está a provocar um aumento claro dos pedidos de participação recebidos ultimamente, por parte de todos os segmentos de mercado que estarão presentes na MMZ.
VERNIZ RÁPIDO
PERMASOLID HS 8650 A Spies Hecker desenvolveu um novo verniz rápido da última geração, Permasolid HS 8650, que torna a aplicação do produto muito mais simples e seca em tempos espectacularmente curtos. Por estas características, trata-se de um produto apontado para as reparações rápidas, um segmento de mercado em expansão e com grande procura. O tempo total de secagem varia entre 10 e 35 minutos, para uma temperatura de metal da ordem dos 60º C, o que permite optimizar todo o processo de trabalho, diminuindo os tempos de espera. Além disso, o verniz Permasolid HS 8650 pode ser utilizado em combinação com o endurecedor VHS e diluentes, oferecendo soluções flexíveis para uma grande variedade de opções de aplicação. Trata-se de um verniz de altos sólidos e baixo teor de solvente, facilmente adaptável, tanto a pequenas reparações, como a pinturas globais da carroçaria, quer em cabina, como fora dela. O novo verniz HS 8650 adapta-se perfeitamente com as bases do sistema Permahyd da Spies Hecker, sendo aplicado numa demão e 1/2. Com o acelerador Permasolid HS 9025 podem ser obtidos resultados praticamente instantâneos e com o endurecedor Permasolid VHS é possível flexibilizar o tempo de secagem, a fim de garantir uma cura óptima do produto, em diferentes condições.
NOTÍCIAS Novos sistemas de aspiração
Festool A nova linha de sistemas de aspiração móveis AutoClean AC foram apresentados pela marca Festool, incluindo o Cleantex CT 26 e o CT 36 AC, dotados de limpeza automática do filtro principal, garantindo a máxima capacidade de aspiração em qualquer momento. Para os casos de excesso de poeiras e partículas, os novos modelos permitem igualmente a limpeza manual. As principais características destes novos equipamentos é o seu filtro plano de reduzidas dimensões e uma turbina de alto rendimento, resultando os aparelhos compactos e leves, o que permite a sua utilização individualizada. A Festool recorda que a necessidade de protecção da saúde dos operadores e a manutenção de instalações de trabalho limpas e isentas de poeiras exige a utilização de sistemas de aspiração. Maior produtividade do trabalho e melhor qualidade de serviço são assim possíveis, aumentando a capacidade da oficina facturar e oferecendo uma imagem mais credível ao cliente final. Em pequenos trabalhos, ou que gerem pouca quantidade de poeiras, a função automática pode ser suprimida, havendo ainda a hipótese de regular os intervalos de limpeza automática, desde 15 segundos, até 2 minutos. A função de limpeza automática tem a vantagem de deixar o aparelho limpo ao desligar-se, ficando pronto para nova utilização. As designações CT 26 AC e CT 36 AC indicam a capacidade dos reservatórios respectivos, que é de 26 litros e 36 litros. Os custos de manutenção reduzidos assentam na longa vida útil do filtro principal. Para tornar estes sistema fixos, vêm equipados com equipados com uma mangueira, um tubo flexível e o cabo de alimentação, que ficam protegidos num compartimento estanque (Systainer). Este compartimento também serve para guardar ferramentas e acessórios. A Festool dispõe ainda de todos os acessórios necessários para cada utilização específica, tudo com a garantia " Made in Germany ".
Drive-In nos Centros Os Cientes da Liberty Seguros têm agora à sua disposição um conceito inovador no âmbito da regularização dos sinistros automóveis, o Centro Liberty Auto Drive-In, ou CLA Drive-In. Nestes centros one stop shop, localizados em oficinas de qualidade e cuidadosamente seleccionadas, é possível resolver o sinistro (danos materiais) em 30 minutos: os Clientes participam o acidente e fazem a peritagem na hora, sem ser preciso marcação prévia. Se a peritagem for considerada como definitiva, podem deixar o veículo a reparar
Novo centro de formação
Spies Hecker
Para satisfazer as necessidades de evolução do processo de motorização e da economia de mercado na Polónia, o fabricante de sistemas de pintura para automóvel Spies Hecker inaugurou um novo centro de formação para pintores, estando equipado com as mais recentes tecnologias e produtos avançados. A formação incidirá prioritariamente nas técnicas adequadas aos produtos à base de água, bem como nos últimos sistemas de identificação de cor, aplicação de produtos e secagem, sem esquecer a prevenção de riscos laborais. O novo centro tem condições de trabalho excelentes, possuindo áreas diferenciadas para cada uma das fazes de uma reparação profissional: área de preparação de substratos, sala de misturas, preparação da base, cabina de pintura e zona para polimento e retoques finais. Um auditório para conferências e um armazém completam as instalações do novo centro de formação da Spies Hecker na Polónia, demonstrando o compromisso da marca com uma repintura de qualidade. O investimento total atingiu os € 5,8 milhões, sendo capaz de proporcionar um retorno de 1.000 novos pintores profissionais formados anualmente na Polónia. O novo centro de formação dará apoio ao sector independente e aos reparadores autorizados, segundo as suas necessidades de pessoal especializado. Com mais esta iniciativa, a Spies Hecker passa a contar com 55 centros de formação de pintores em todo o Mundo, que se transformaram com o tempo em locais de referência para a qualificação e actualização profissional em todas as latitudes.
Liberty Auto e sair do CLA Drive-In com um veículo de substituição por todo o tempo da reparação. “Esta é mais uma solução inovadora da Liberty Seguros, com o objectivo de facilitar a vida do Cliente na hora de resolver um sinistro, com total comodidade, transparência, profissionalismo e rapidez”, explica Bernardo Marquez, responsável pela área de sinistros auto da Liberty Seguros. Estes centros de serviço desenvolvidos pela Liberty Seguros também recebem terceiros envolvidos em acidentes com os clientes da seguradora, que beneficiam as-
Iveco distinguida em Espanha A Iveco foi distinguida em Espanha com o prémio Agora, atribuído ao seu projecto “Bullder Trailer Program”, o qual propõe serviços de assistência integrados mais completos, alarga as garantias, a qualidade dos serviços e a redução dos tempos de imobilização dos veículos. O conceito é apresentado no mercado sob a forma de um “camião canivete suíço” que depois de aberto exibe um conjunto de ferramentas. O prémio Agora distingue a melhor imagem corporativa da indústria do país vizinho.
sim do atendimento exclusivo dos CLA Drive-In. A Liberty Seguros tem espaços CLA Drive-In em Lisboa, Porto, Évora, Leiria, Portimão, Viseu e Torres Vedras, e pretende abrir mais centros em localizações estratégicas em Portugal nos próximos meses.
Nova assinatura
Europ Assistance O Grupo Europ Assistance lançou a nova assinatura – you live, we care – adoptada simultaneamente nas 36 empresas do Grupo, em todo o mundo, como parte integrante do seu logótipo. Este lançamento antecede a implementação do plano estratégico 2011-2015, designado Plano Galileo, que visa tornar a empresa na mais inovadora no sector de prestação de cuidados de assistência. A assinatura reflecte o novo posicionamento da Europ Assistance que agora suporta os seus clientes em todas as circunstâncias da vida, das rotineiras às mais excepcionais, oferecendo-lhes protecção, prevenção e serviços de assistência nas áreas da mobilidade – Viagens e Automóvel – Saúde, Lar e Família. O conceito de cuidado reflecte as ideias de atenção individual, cobertura, protecção contínua e confiança, afirmando o objectivo da Europ Assistance em tornar-se líder de também nesta actividade.
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NOTÍCIAS Brembo de boa saúde financeira
Bergé com pesados Hyundai A Bergé Automoción apresentou um novo projecto com o apoio total da Hyundai Motor Company, para distribuição da sua gama de veículos pesados em toda a Península Ibérica (Espanha e Portugal). Com este acordo, que decorre de uma longa relação comercial de mais de 20 anos entre as duas empresas, cria-se uma nova unidade de negocio, designada “Hyundai Trucks Iberia”, dando o primeiro passo da estratégia da Hyundai Motor Company para o desenvolvimento da sua gama actual de veículos pesados dentro da Europa Ocidental. O objectivo é a breve trecho oferecer, num curto espaço de tempo, uma nova gama de pesados, perfeitamente adaptada aos standards europeus, que inclui os furgões, camiões ligeiros de mercadorias, gama média e pesada, que vai desde as 3,5 até às 40 toneladas, bem como autocarros. O produto inicial da ““Hyundai Trucks Iberia”, tanto para Espanha como para Portugal, inclui modelos de 5.5 e 6.5 toneladas, com 10 variantes de chassis e 2 tipos de cabine. O objectivo não é outro que o de atrair uma tipologia de Clientes que valorizem todos os atributos que os produtos Hyundai podem oferecer, constituindo-se numa excelente alternativa à concorrência mais directa, quer pelo seu preço, quer pela sua versatilidade. “Hyundai Trucks Iberia” irá oferecer uma garantia de 3 anos ou 200.000 km, o que permite, desde já, comunicar as melhores condições de garantia oferecidas actualmente neste segmento.
Os resultados consolidados do 3º trimestre deste ano revelaram receitas no valor de € 268,9 milhões, mais 28% do que em idêntico período de 2009. O grande salto verificado registou-se no sector dos veículos comerciais, com um crescimento de 39,5% em relação a 2009. O sector das motos também ajudou a sustentar a subida, com um crescimento de 34,3%, graças à recuperação dos principais clientes e ao bom desempenho no mercado indiano. No sector automóvel as coisas também correram bem, apresentando um crescimento de 27,5% relativamente a 2009. devido especialmente à recuperação do mercado norteamericano e dos principais clientes europeus. Após vários trimestres de equilíbrio precário, o sector de competição também cresceu 4,7%, o mesmo sucedendo ao sector de sistemas de segurança passiva (+9,7%). Em termos geográficos, a China lidera o crescimento (+74,1%), seguida da Índia (+72,2%) e do Brasil (+19,7%). O mercado europeu, por seu turno, progrediu fortemente, devido ao difícil 3º trimestre de 2009, tendo a França crescido 60,8%, a Alemanha 44,7%, a Itália 28,7% e o Reino Unido 18%.
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Breves ARMAZÉM DA ZF SERVICES EM VITÓRIA Com o objectivo de alcançar a excelência logística e melhorar o serviço ao cliente, dois objectivos prioritários da ZF Services España, a empresa transferiu o armazém de Sant Quirze del Vallés (Barcelona) para Vitória, tendo aproveitado para implantar um novo sistema de gestão do mesmo. A nova plataforma logística da ZF dispõe de 4.700m2, onde se concentram os produtos das marcas Sachs, Boge e Lemforder, tendo uma capacidade para 8.500 paletes e cerca de 11.000 localizações, para um total de mais de 13.000 referências. O armazém é operado por 30 empregados, trabalhando em regime de três turnos (24 horas). O novo Armazém de Vitória da ZF Services España é um bom exemplo do que deve ser a logística do pós-venda automóvel actualmente, estando preparado para uma taxa de serviço da ordem dos 99% e equipado com um sistema de gestão integrado, assim como as últimas tecnologias, como a transmissão de dados por rádio frequência. Possui ainda um serviços de urgências a funcionar 24 horas e um serviço de atenção ao cliente com base em 12 linhas telefónicas.
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Distribuidores:
ATM Auto Torre da Marinha, Lda. Av. Resistentes Anti-Faschistas, 81A/C/D Torre da Marinha 2840-404 Seixal
StopS evolui nos serviços A oficina Stop´s Autogest, de Barcelos, passou a disponilizar mais um serviço oficinal, juntando-se assim à grande diversidade de serviços auto que presta aos seus cliente. Assim, a Stop´s passou a ter uma nova área de colisão com “serviços expresso”, indo de encontro às tendências actuais da reparação automóvel. A área coberta das instalações cresceu, passando a Stop´s a disponibilizar 1.500 m2 de oficina, onde desenvolve também um outro novo serviço, neste caso, de cosmética automóvel. A Stop´s aposta regularmente em campanhas e promoções, bem como desenvolve alguns serviços de cortesia para os seus clientes. Mais informações em www.stops.pt.
REVENDA CHAPARIA §PÁRA-CHOQUES §ÓPTICAS §CAPÔS §GUARDA-LAMAS
Tels.: 210 879 460/1 • Fax: 210 879 462 • E-mail: paulo@atm.com.pt www.atm.com.pt
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Breves REPARAR MOTOS CUSTA +14% Não parece lógico, mas é a realidade. O custo médio de reparação de uma moto fica em € 1.140, enquanto que a reparação de um automóvel normal custa apenas € 1.000, em média. Esta conclusão deriva de um estudo realizado pela Audatex, empresa especializada em soluções e serviços de avaliação de sinistros. O estudo partiu da análise de 4,2 milhões de orçamentos em mais de mil modelos de 63 marcas, o que representa praticamente 99% do parque circulante de quatro rodas e de duas rodas. Uma das razões para o resultado do estudo é o facto das intervenções na motos serem em 54% referentes a sinistros, cujas reparações superam sempre os € 600. No caso dos automóveis, apenas 41% das reparações se referem a colisão. Outra causa é o facto das reparações de motos terem 79,4% de peças e materiais no valor final da factura, quando nos carros a mesma percentagem é apenas 51,4%. Também a mão-de-obra especializada é mais cara nas motos, representando 14,3% da factura, ao passo que nos carros apenas é de 1,9%.
BILSTEIN RECOMENDA REVISÃO DE CHASSIS Muitos condutores não perdem tempo a mudar os seus pneus para pneus de Inverno, mas esquecem-se que o seu investimento em segurança fica comprometido, se não for efectuada uma revisão ao chassis do veículo. Amortecedores em mau estado, geometria desafinada e peças com folgas tornam a condução muito mais arriscada em situações climáticas difíceis e aumentam muito para lá do recomendável as distâncias de travagem. É por essas razões que a Bilstein recomenda o momento da mudança de pneus para efectuar o alinhamento da direcção e verificar as peças da suspensão e direcção, com especial destaque para os amortecedores, que são normalmente negligenciados. Os amortecedores em perfeito estado são uma das principais condições para garantir a aderência das rodas ao pavimento, mais ainda quando as condições de aderência são precárias. Podem reconhecerse amortecedores em mau estado num banco de teste de suspensões, pelas fugas de óleo no exterior dos tubos, desgaste irregular dos pneus, inclinação excessiva do carro ao arrancar e ao travar, apoios com folga e danos externos. Em veículos com alguns anos, as molas também devem ser verificadas, pois molas deformadas provocam diferenças de amortecimento das várias rodas, desequilibrando o veículo. Para as oficinas, estas revisões são uma oportunidade de efectuar um serviço rentável.
NOTÍCIAS Portepim SA
Denso reforça presença na China e Brasil
renova estatuto de PME EXCELÊNCIA No passado dia 14 de Dezembro, em cerimónia presidida pelo Ministro da Economia Vieira da Silva, foi entregue pelo segundo ano consecutivo o prémio de PME EXCELÊNCIA à Portepim, SA, reconhecendo o IAPMEI o elevadíssimo padrão de desempenho económico-financeiro da Portepim SA. É de realçar a dificuldade de obtenção este prémio pois em todo o país, este prémio distinguiu apenas cerca de 1.100 PME dum universo de 350.000 PME’s existentes. Quase em simultâneo, a Portepim SA viu-lhe também ser renovada a certificação de qualidade por referência à norma EN NP ISO 9001, após auditoria realizada pela TUV Rheinland, principal entidade certificadora líder a nível mundial e em concreto no sector automóvel. “Com estes prémios demonstramos o esforço contínuo de melhoria da nossa organização, buscando dia a dia a satisfação plena das necessidades dos nossos clientes, objectivo único do nosso empenho diário”, refere a Portepim em comunicado.
A marca japonesa de componentes e tecnologias para equipamento original e pós-venda está a reforçar a sua presença nos mercados emergentes, designadamente na China e no Brasil, onde já possui estruturas implantadas. Assim, a Denso do Brasil (DNBR) está a construir um centro técnico junto da fábrica que já possui naquele país (Santa Bárbara d' Oeste City). Este novo centro, que implica um investimento de 50 milhões de US dólares, irá reforçar a capacidade da empresa nos mercados latino-americanos, onde já possui cinco fábricas no Brasil e outra na Argentina. Com uma área total de 6.000m2, o novo centro tecnológico da Denso do Brasil estará concluído em 2015, criando novos 100 postos de trabalho especializados. Por outro lado, uma nova fábrica na China irá igualmente nascer em Cangchun, no Nordeste do país, onde a Denso possui um terreno de 40.000m2, que serão ocupados com uma unidade de produção de cerca de 15.000m2. O investimento previsto rondará os 20 milhões de US dólares. A nova fábrica ficará sob o controlo da Fawer Denso Air-Conditioner, empresa situada em Tianjin, que resulta de uma parceria entre o construtor chinês FAW e a Denso. Está fábrica estará operacional em 2012 e os seus primeiros clientes já garantidos serão os parceiros do grupo FAW, como a Toyota e a Volkswagen.
Continental aumenta preços dos pneus A Continental aumenta os preços dos pneus para veículos médios e pesados na Europa em até 7%, a 1 de Fevereiro de 2011. O fornecedor do sector automóvel internacional e fabricante de pneus reage assim ao aumento constante do preço da borracha natural, que registou um novo recorde nestes dias. Esta situação afecta especialmente os pneus para veículos médios e pesados, cuja percentagem de borracha natural é claramente superior à utilizada na produção de pneus para veículos ligeiros. Face a este cenário, o aumento de preços em até 7% para todos os pneus para veículos médios e pesados do grupo na Europa é a solução lógica. "A evolução dos preços da borracha natural não nos deixa outra alternativa", disse Herbert Mensching, responsável de Marketing e Vendas para a Região EMEA. E acrescenta: "O nível e a velocidade da subida fizeram com que seguíssemos a evolução efectiva dos custos durante algum tempo, com os nossos aumentos de preços. Estamos a tomar em consideração o facto de que os nossos clientes de revenda, bem como os consumidores têm apenas possibilidades limitadas de aplicar ou aceitar, respectivamente, o necessário aumento dos preços."
Calendário O calendário da marca italiana de pneus Pirelli tem-se revelado um instrumento de marketing insuperável, sendo invariavelmente notícia todos os anos. Na publicação para 2011, que já alcançou a 38ª edição, o tema principal será a mitologia greco-romana. Composto pelo polifacetado artista Karl Lagerfeld, o calendário Pirelli 2011 recebe o título "Mythology" e é constituído por 36 fotos, que representam 24 personagens, entre divindades, heróis e mitos. Para compor os quadros de inspiração clássica, Lagerfeld reuniu 21 pro-
Klarius fez “negócio” na Automechanika O dinâmico Grupo Klarius, fabricante e fornecedor de artigos de após venda da indústria automóvel e que adquiriu recentemente Quinton Hazell, acrescentou € 20 milhões de negócios potenciais à linha de vendas da sua companhia como resultado de reuniões que tiveram lugar no seu stand durante a feira Automechanika de 2010. O Presidente do Grupo Klarius, Tony Wilson, afirmou que “considerando o êxito de vendas na feira, a reacção positiva de clientes existentes e novos, o crescimento orgânico que estamos a ter e as possíveis aquisições no futuro, calculo que dentro de dois anos – quando a feira regressar a Frankfurt - teremos de novo duplicado o nosso movimento de vendas”. Durante a feira, o Grupo Klarius teve um número recorde de reuniões de vendas durante a exposição com mais de 250 pessoas, entregou mais de 3 000 folhetos de literatura e distribuiu 100 kits de imprensa aos jornalistas.
Pirelli 2011
tagonistas, sendo 15 modelos femininos, cinco masculinos e a actriz norte-americana Julianne Moore. Dentre as belas “divindades" que ilustram o novo calendário 2011 da
Pirelli, algumas são repetentes, como a brasileira Isabel Fontana, que já tinha emprestado o seu charme às edições de 2005 e 2009. A americana Erin Wasson já tinha "decorado" a edição de 2005, o mesmo acontecendo com a holandesa Lara Stone e a canadiana Daria Werbowy, na edição de 2009. As outras "divindades" são estreantes, o que não lhes retira o mítico encanto. Esperamos que a opção estética das fotos a preto e branco para 2011 não retire a inefável beleza a que os calendários Pirelli nos têm habituado.
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NOTÍCIAS Valvoline
Serca e GT Motive cooperam
Breves
O acordo firmado entre as duas organizações irá permitir que todos os canais do Grupo Serca possam utilizar a ferramenta GT Estimate, passando a beneficiar das vantagens resultantes da utilização da solução de avaliação que lidera no pós-venda automóvel. Este acordo de cooperação foi firmado um dia antes do XXI Congresso do grupo, pondo em relêvo a aposta da Serca nas melhores tecnologias, para garantir serviço, profissionalismo e máxima garantia das oficinas suas clientes. Estas, irão juntar-se às 11.500 oficinas e aos 25.000 utilizadores que já trabalham diariamente em Espanha com a ferramenta GT Estimate. Desta forma, todas as oficinas clientes dos distribuidores que integram o Grupo Serca passam a ter condições especiais para a utilização do programa GT Estimate, podendo garantir um serviço melhor aos seus clientes. Com esta iniciativa, o Grupo Serca reforça a aposta no seu lema " Toda uma organização ao serviço do distribuidor de peças e da oficina ". O objectivo continua a ser melhorar a organização dos seus clientes, contribuindo para o aumento do volume de negócios, da produtividade e da rentabilidade as oficinas independentes. A grande vantagem da ferramenta GT Estimate é permitir efectuar na hora um orçamento prévio para o cliente, a partir das bases de dados objectivos e certos, assim como do programa de cálculo específico para esse efeito, aumentando as hipóteses da oficina ganhar serviços.
TONY WILSON,
patrocinou A.H. Almeida em Fronteira As 24 Horas de Fronteira constituem um marco histórico nas provas de resistência que desde a sua primeira edição em 1998, logo assumiu o carácter de grande festa do TT nacional. Esta prova encerra uma temporada da modalidade, num evento único e que desde logo conquistou fiéis seguidores nacionais e internacionais. A Krautli Portugal na qualidade de distribuidor oficial da marca Valvoline para Portugal, aliou-se ao projecto desenvolvido pela empresa A.H. Almeida, para a participação nesta prova mediática. Os resultados inicialmente definidos para esta participação foram altamente superados, e a equipa Prolama Competição ao volante de um Nissan Terrano II, composta pelos pilotos Nélson Beiró, Mário Alfaia, Paulo Almeida e Rui Almeida, terminaram esta difícil prova, num honroso 6º lugar na sua categoria e 32º lugar da geral.
R-M detém o padrão com uno HD CP Uno HD é considerado pelo sector como o padrão para a tecnologia de pintura de cores sólidas de alta densidade, graças ao seu conteúdo de pigmento muito concentrado, que teve um papel chave na redução das emissões de solventes. Na actualidade, o Uno HD é utilizada numa ampla gama de cores base, juntamente com o endurecedor H420 e dois aditivos. Com o lançamento de dois novos aditivos SC07 e SC17, que substituem os produtos SC05 e SC15 o Uno de HD de R-M dá um passo de gigante para se tornar na última tecnologia de pintura de cores sólidas, com a denominação Uno HD CP. Tal como o
seu antecessor, o Uno HD CP garante o rendimento excepcional e resultados de alta qualidade, devido à sua excepcional cobertura. A tecnologia de pigmentos de alta densidade, que está na base do desenvolvimento do Uno HD CP permite que seja necessária uma quantidade mínima de produto para se alcançarem resultados perfeitos, acelerando a produtividade, através de tempos de ciclo mais curtos, para além de emissões mais baixas, aumentando a rentabilidade da empresa e protegendo o meio ambiente. Os referidos novos aditivos deve utilizarse na proporção 10:15:75. Em seguida, deve misturar-se esta composição com o en-
Novo site do grupo
Metelli
O novo website da empresa Metelli está online (www.metellispa.it), completamente renovado em termos gráficos, de conteúdos e de serviços para os utilizadores. Pretende a Metelli com este site reforçar a imagem da empresa e o seu papel de liderança no mercado automóvel. O portal foi concebido para responder às necessidades dos utilizadores e está repleto de novidades e de informações técnicas sobre as quatro linhas de produtos: peças para motores, peças de travões, de transmissão e bombas de água. A secção principal do website é o catálogo on-line no qual é possível pesquisar pela referência de cada peça começando pelo modelo, motor, OE ou referências dos produtos concorrentes. Ao mesmo tempo, também estão disponíveis os novos websites da (www.metelli.com), Graf (www.graf.it), Cifam (www.cifam.it) e KWP (www.kwp.it) para que o utilizador possa obter informação específica sobre os produtos propostos. Os projectos dos novos websites constituem parte da estratégia de comunicação visando manter todos os clientes constantemente actualizados sobre as actividades da empresa Metelli, dos seus produtos (ampliação da gama, informações técnicas e instruções, disponibilidade, etc) e sobre as inicitaivas do Grupo (feiras e exposições, programas de incentivos, sessões técnicas, visitas à empresa etc).
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durecedor H420, na proporção 100:25:25, seguindo-se os dissolventes SC820, SC850 e SC880. Ao longo dos próximos meses, o Uno HD CP irá substituindo gradualmente a gama Uno HD 420, havendo um período em que estarão disponíveis as duas linhas, para permitir a transição sem sobressaltos. No entanto, é necessário ter a máxima atenção, porque todas as fórmulas relevantes sofreram alterações de uma linha de produto para outra. Além disso, os antigos aditivos não deve ser misturados com os novos, pois há riscos de problemas no trabalho.
Beru
Velas de platina para a PSA A BorgWarner BERU Systems está a fornecer velas de primeiro equipamento para o grupo construtor PSA, que fabrica as marcas Peugeot e Citroen. As velas de ignição de tecnologia de platina são fornecidas para o motor a gasolina 1.4 de 95 CV (70 kW), que equipa os Citroen DS3 e Picasso, assim como os Peugeot 207 e 308. A nova tecnologia de platina das velas BorgWarner BERU favorece os arranques a frio e permite atingir os padrões de emissões da norma Euro 5, que exige 25% de redução das emissões de NOx. Já não é a primeira vez que a BorgWarner BERU Systems ajuda a PSA e outros construtores a melhorarem o seu desempenho a nível das emissões de escape. A grande vantagem da nova tecnologia de platina da BorgWarner BERU é a sua maior resistência ao desgaste, permitindo ao motor manter fielmente a sua performance original em termos de emissões de escape. Nesta nova vela, os dois eléctrodos laterais (massa) estão perfeitamente alinhados com o eléctrodo central, impedindo que os resíduos de combustão se acumulem no bico da vela. Por outro lado, os eléctrodos de massa estão revestidos a platina, apresentando grande duração e permitindo uma faísca efectiva logo no arranque a frio.
EMPREENDEDOR DO ANO O presidente do Grupo Klarius, Tony Wilson, ficou com os louros de ter comprado e rentabilizado rapidamente em 2007 a divisão de controlo de emissões da Arvin Meritor. Em Fevereiro deste ano, voltou a realizar um grande investimento (300 milhões de Libras), com a compra da Quinton Hazel, restabelecendo a rentabilidade deste novo negócio em apenas três meses, ficando o mercado com a opinião de que tinha salvo outro grande negócio da falência. Estes factos levaram um júri de peritos da revista EN "A revista dos Empresários" a outorgar a Wilson o título de " Empreendedor do Ano". Perante esta distinção, o presidente da Klarius tem já em vista outros negócios, aquisições e investimentos. Interrogado sobre as razões do seu êxito, Wilson referiu que apenas tem uma visão pragmática dos negócios e que a motivação e empenho dos colaboradores é fundamental para a rentabilidade de qualquer empresa.
CHINA MANTÉM LIDERANÇA NO AUTOMÓVEL Segundo dados divulgados pela Jato Dynamics sobre o sector automóvel à escala global, a China continua a ocupar o primeiro lugar do ranking, tendo registado um crescimento de 39,2%. O período de análise decorreu de Janeiro a Setembro e a China foi penalizada pelo facto do estudo apenas considerar os seus carros ligeiros de passageiros, enquanto que nos outros países os dados contemplam igualmente os comerciais ligeiros. No referido período, a China comercializou 9,5 milhões de automóveis. Os EUA e o Japão ocupam os lugares imediatos do ranking mundial do sector, enquanto que o Brasil continua em 4º lugar, à frente da Alemanha, cujo mercado decresceu 26,1%.
20 MILHÕES DE DISCOS DA KNORR-BREMSE Esta empresa de componentes e sistemas para veículos comerciais começou a fabricar discos de travão em 1992, quando deu início a pequenas séries de discos para autocarros. Quatro anos volvidos (1996), as óbvias vantagens dos discos de travão para pesados levaram a que a empresa iniciasse a produção de discos em grande escala, tendo alcançado o 1º milhão de discos produzidos passados apenas 3 anos (1999). Em Janeiro de 2006, a Knorr-Bremse já ia no seu disco 10 milhões, passando depois a fabricar os seus discos à razão de três milhões por ano. Os discos de travão VI desta marca são fabricados na localidade alemã de Alders-bach e devem o seu sucesso a um alto nível de segurança, dimensões compactas, baixo peso, manutenção simples e excelente nível de qualidade.
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NOTÍCIAS
Breves
Catálogos
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CONFORT AUTO Durante o primeiro semestre de 2010, a rede de oficinas independentes multimarca de serviços rápidos e venda de peças/acessórios Confort Auto abriu 42 dois novos autocentros em território espanhol e 4 em Portugal, alcançando um total de 649 negócios na Europa. Com esta evolução, a rede Confort Auto continua o seu desenvolvimento, apesar das dificuldades económicas reinantes, demonstrando que é um conceito que corresponde às necessidades do condutor do século 21 que e tem capacidade de se adaptar às situações difíceis. A Confort Auto é uma associação de reparadores independentes, fundada em 1996, sem fins lucrativos e cujo único objectivo consiste em promover os seus associados, melhorando a sua competitividade e adaptandose às continuas mudanças do mercado e às novas exigências do consumidor. Desde o início da sua actividade a Confort Auto defendeu que a sua expansão não passava apenas pelo crescimento dos seus associados, mas também e principalmente pela melhoria contínua dos seus processos e serviços ao cliente. O lema da fundação e que ainda se mantém é: "A força da Confort Auto baseia-se na força dos seus associados".
NOVO DETECTOR DE FADIGA BOSCH O cansaço ao volante é reconhecidamente um dos factores na génese da sinistralidade grave, o que tem levado vários fabricantes a procurar soluções para o problema. A nova solução da Bosch neste domínio parte do sensor de ângulo do volante ou do sistema de assistência eléctrica da direcção. O sensor do ângulo do volante já constitui equipamento de origem de muitos dos novos modelos, estando integrado no sistema ESP. Esse facto permite operar uma função de detecção de fadiga e sonolência de forma económica, prestando um grande serviço à segurança rodoviária. A necessidade de dormir revela-se geralmente por pequenos lapsos de atenção do condutor, que resultam em determinados padrões de condução típicos, como o andar em zig-zag. O processador deste sistema possui um algoritmo que analisa os padrões de condução, de forma a registar os chamados pontos mortos da condução (em que o condutor não reage, nem conduz efectivamente). Quando o condutor recupera a consciência, faz correcções rápidas da posição do volante, o que revela claramente falta de concentração. O sistema inteligente de detecção analisa a frequência desses lapsos e outros dados complementares, calculando o grau de cansaço. Ao superar um determinado valor crítico, é activado imediatamente um aviso ao condutor.
Equip Auto 2011 já arrancou A primeira novidade sobre este importante evento do PósVenda europeu e mundial é a redução de 6 para 5 dias a duração total da exposição, o que se justifica pela necessidade de redução de custos e para deixar o Domingo livre a expositores e visitantes. O facto do evento estar mais concentrado não representa para os organizadores (Comexposium, Fiev e Federação Francesa de Carroçaria) uma diminuição da sua frequência, estando previstos aumentos de +12,5% de expositores, +5% de visitantes e uma área bruta total de exposição superior em 25%. Depois do ano de crise que foi 2009, os organizadores querem recuperar o ritmo e contam para isso com mais participantes da Rússia e dos países do Leste europeu. Apesar de tudo, o tema ainda não totalmente assumido de " Reequipar o Futuro " tem ressonâncias filosóficas e ambientais típicas dos franceses e que vão bem com o clima de dificuldades que continua a fustigar a economia e o sector automóvel em especial. Talvez por isso, o posicionamento do salão de Paris foi redefinido, deixando de haver " discriminações " entre primeiro equipamento e pós-venda, entre marcas e entre tipos de veículos. O objectivo e criar melhores condições para a concretização de negócios e simbolizar de algum modo os grandes desafios da profissão, porque, " O produto automóvel está a caminho de se integrar na oferta global de mobilidade, mais complexa de apreender. A função do salão é traduzir estas novas tendências e fornecer aos profissionais as ferramentas para que eles possam antecipar estas evoluções ", declarou o Presidente do salão e da Fiev. Outra característica da edição 2011 da Equip Auto será o esforço de recuperar o interesse do sector de repintura e carroçaria, que estava a revelar uma certa tendência para " faltar à escola ". Uma nova área de 6.000m2 acolherá o espaço " Carroçaria Pintura ". Esta pequena " aldeia " irá ser palco de colóquios e de mesas redondas e tentará sobressair pelo profissionalismo na apresentação dos seus produtos e pela sua convivência. Para responder à importância do segmento, a Equip Auto dará destaque a um espaço de Sistemas Informáticos & NTIC, com 1.000m2. Além dos últimos equipamentos e soluções desta área, irão funcionar ateliers de formação para 10 pessoas de cada vez e será realizado um fórum sobre boas práticas para fidelizar a clientela. Na ante câmara da Equip Auto 2011, a agência SalesFactory realizou um inquérito aos reparadores franceses, que surpreendentemente revelou que 3 em cada 4 garagistas já tinham realizado intervenções em pelo menos um veículo do tipo híbrido, eléctrico, com combustíveis alternativos ou com um sistema start/stop. Os reparadores independentes, mais do que os concessionários, pensam que os novos conceitos de veículos terão um impacto reduzido na sua actividade normal. De um modo geral, os reparadores julgam que as famílias de produtos mais afectadas pela evolução da mobilidade automóvel serão as baterias (38%), os pneus (29%) e os equipamentos eléctricos e electrónicos (12%). Para os profissionais de carroçaria, os veículos eléctricos serão mais simples, mais leves e com maior quantidade de materiais compósitos. Por outro lado, a maior parte das empresas de reparação não vê os veículos zero emissões ou de emissões reduzidas como uma nova fonte de receita e 90% dos empresários estão convencidos que a evolução tecnológica não porá em risco os seus negócios.
Metelli e Cifam
O novo Catálogo de fricção (travões de disco e de tambor) da Metelli e da Cifam, com 911 novos códigos num total de 3 259 referências divididas em categorias, constitui uma referência e uma ferramenta qualificada para todos os operadores do sector das peças de reposição. Em detalhe, este catálogo inclui 1 301 pastilhas de travão, 820 discos (dos quais 66 são do novo tipo pintado), 530 calços de travão, 383 travões de tambor e 225 kits rápidos. Entre as novidades estão os calços de travão – 530 códigos – e os discos de travão pintados – 66 códigos. É importante salientar que a Metelli e os disco de travão pintados da Cifam são tratados com um procedimento especial chamado DSP – Protecção da Superfície do Disco, o que significa que estes discos estão cobertos com uma tinta especial que previne a oxidação da parte da peça que não é solicitada pelas pastilhas de travão. Os discos de travão DSP pintados estão prontos para serem utilizados ou seja não exigem a remoção do lubrificante protector antes de serem utilizados. Finalmente, foi integrado no catálogo um novo e útil desenho à escala 1:1 para as pastilhas disponíveis, a fim de permitir uma identificação do produto mais fácil e rápida. Para maior facilidade de consulta, o novo catálogo também está on-line no site da empresa. A Metelli e a Cifam também são marcas certificadas como Tec Doc Certified Data Suppliers.
Prémios
Tenneco "Cliente do ano"
O fabricante e fornecedor global de sistemas de suspensão e de controlo de emissões Tenneco realizou pela quarta vez a entrega de prémios aos seus melhores cientes, evento que teve lugar no BMW Museum de Munique, no final do Outubro deste ano. Na ocasião, a Tenneco reconheceu a excepcional performance dos seus clientes directos na região Europa, Médio Oriente e África, tendo entregue os prémios " Cliente do Ano 2009 " nas seguintes categorias: - Qualidade - Van Heck Automaterialen (Holanda) - Colaboração - Doyen Auto SA (Benelux) e Mohamed Omer Kabli (Arábia Saudita) - Criatividade empresarial - Stockauto/EXIST (Rússia). Prémios adicionais foram ainda concedidos a Hess Autoteile GmbH (Alemanha), IRBIS Auto (Ucrânia), Autonet (Roménia), Europauto (Sérvia) e Scazikis Marangos (Grécia). O responsável pelo pós-venda da Tenneco na Europa destacou a prioridade dada pelos premiados à qualidade e ao excelente rendimento comercial revelado ao longo de 2009. As vendas, aliás, são um dos critérios principais destes prémios, sendo consideradas pela empresa essenciais para a afirmação do sector independente de pós-venda. Mais de 300 clientes da Tenneco foram convidados a participar nestes prémios, através do site (www.tennecoclub.com), valorizando projectos novos de marketing, logística ou associação. Um Júri de peritos ligados ao pós-venda independente analisou as candidaturas e assessorou as mais válidas, que vieram a ganhar os prémios. O Evento serviu ainda para vários convidados da Tenneco passarem em revista temas actuais e desafios do sector, como por exemplo: Concorrência de acordo com a legislação do pós-venda automóvel; PósVenda: guerra fria, guerra aberta ou colaboração?; Riscos e oportunidades derivados da legislação ambiental - focalização nos resíduos; Faça a mudança que gostaria de ver os outros fazer; Gestão do crescimento e desenvolvimento da sua empresa.
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REDE DE DISTRIBUIDORES DO JORNAL DAS OFICINAS
Com o apoio:
ADL
AS PARTS
Empresa por detrás da marca Blue Print é a Automotive Distributors Ltd (ADL). Tendo surgido como parte da Mazda Cars Ltd, a empresa cresceu durante os últimos 20 anos e transformou-se numa empresa internacional totalmente independente, e com uma facturação anual de vários milhões de euros. A Blue Print é a marca líder em peças de qualidade equivalente para veículos Japoneses, Coreanos e Americanos. Tem disponível, no mercado independente, mais de 19.000 referências, abrangendo cerca de 100 gamas distintas de produtos. Através do Blue Print Live, uma revolucionária ferramenta de Negócio-a-Negócio (B2B), os clientes têm acesso ao catálogo on-line e a muitas outras funções, como consultar a disponibilidade de stock ou fazer encomendas através da Internet. A ADL é uma empresa dinâmica, mas estável, que apresenta constantemente um crescimento anual significativo, mesmo quando as tendências da indústria indicaram um declínio global do mercado.
om armazéns em Lisboa e Porto, a AS Parts iniciou, em Abril de 2006, a sua actividade como Grossista independente na área das peças de mecânica e carroçaria para o sector automóvel. A AS Parts é uma empresa detida maioritariamente pelo Grupo Auto Sueco, contando também com a participação da DiverParts. Face à elevada experiência na área de componentes que as empresas accionistas da AS Parts possuem, concluíram as mesmas que, perante um desafio altamente aliciante como este se revelava, deveriam apostar na criação de uma empresa que preenchesse esse espaço existente. E assim decidiram constituir a AS Parts, cujo projecto foi concluído e aprovado em Dezembro de 2005. De Dezembro até 26 de Abril, em que foi emitida a primeira factura, tudo foi realizado em tempo recorde. A AS Parts dispõe de dois armazéns, um em Lisboa com duplo piso garantindo quase 2.700m2 de área coberta e um outro no Porto, com uma área total aproximada de 6.800m2.
A
Morada:
Quinta dos Estrangeiros Rua A, Pavilhão 7, Apartado 125 2669-908 Venda do Pinheiro Telefone: 219 663 720 Fax: 219 663 729 Internet: www.blueprint-adl.com Administrador: Joaquim Candeias Data da fundação: 1983 Nº de empregados: 36
C
Morada:
Quinta São João das Areias Rua C, nº 16 - 2685-012 Sacavém Telefone: 219.406.700 Fax: 219.406.702 e-mail: geral@asparts.pt Internet: www.asparts.pt Director executivo: Fernando Moreira Data da fundação: 2006 Nº de empregados: 43 Área total das instalações: 2.700 m2
PRINCIPAIS MARCAS: Valeo, Lpr, Champion, Ferodo, QH, Gabriel, TYC, Wolf, SKF, OCAP, Phira, Fuchs, KYB, Denso, Blue Print, Gates, Alkar, Bosch
PRINCIPAIS MARCAS: Blue Print
AUTOZITÂNIA
APL EXPRESSO
história do Grupo, remonta a 12 de Novembro de 1986 quando foi constituída uma sociedade por quotas denominada Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, Lda., tendo como actividade principal a importação e comercialização de peças e acessórios para automóveis. O nome Autozitânia, surgiu da Auto Lusitânia de Alfredo Duarte, Lda, uma das primeiras casas de peças em Portugal e uma das "escolas" de muitos dos profissionais de peças no mercado português. Dois dos fundadores da Autozitânia, antigos funcionários da Auto Lusitânia baseando-se na sua vasta experiência em vendas e importação decidiram que esta era a altura ideal e criaram um novo interveniente no mercado de peças e acessórios em Portugal. A Autozitânia posiciona-se no mercado como uma empresa que disponibiliza capacidade de comercialização de peças e acessórios para automóveis com soluções e serviços adequados aos seus clientes, e nesta missão assume a Qualidade como um factor decisivo para o seu sucesso.
APL Expresso foi criada em 2005 pelo seu mais antigo sócio Adelino Pedro Lopes, que graças ao seu know-how, permitiu à empresa um crescimento sólido e sempre orientado para as ilhas. Em 2007 a APL Expresso torna-se accionista do Grupo Create Business o que, indubitavelmente, vem expandir e diversificar, não só a comercialização dos seus produtos mas também as suas áreas de competência. Com a entrada no Grupo Create Business, a APL iniciou um modelo de negócios completamente diferente, o que lhe permitiu a partir de então, ser mais competitiva e proporcionar aos seus clientes uma oferta diferenciadora em relação à concorrência. Outro marco importante na história da empresa foi a abertura em Outubro de 2009 da Loja/Sede em S. Miguel, que tem possibilitado estar mais perto dos clientes. O completo domínio da logística, tanto marítima como aérea, sempre complicada para as Ilhas do Arquipélago dos Açores, é sem dúvida um dos factores chave do sucesso da APL Expresso.
A
Morada: Telefone: Fax: e-mail: Internet: Cargos directivos: Data da fundação:
Estrada Paiã, 3 - 1º - Odivelas 1675-076 Pontinha 214.780.188 214.780.188 vendas.odivelas@autozitania.pt www.autozitania.pt Francisco Venâncio Samuel Henriques 1986
PRINCIPAIS MARCAS: AE, Aistex, Aisin, Al-ko, AMC, Beru, Boge, BP, Brembo, Castrol, Champion, Cifam, Crosland, FAE, FAG, FAI, Ferodo, Glaser, Goetze, Hella, Herth+Buss, INA, Lemforder, Lpr, Luk, Osram, Payen, Purflux, QH, Road House, Sachs, Sofima, Textar, Timken
A
Morada: Rua Engenheiro Eugénio Ataíde, nº 16 -Valados 9500-681 Ponta Delgada Telefone: 296 682 490 Fax: 296 683 216 E-mail: aplexpresso@aplexpresso.com Internet: www.aplexpresso.com Cargos directivos: Rosa Rodrigues, Miguel Lopes, Adelino Lopes e Vasco Lopes Data da fundação: 2005 Nº de empregados: 15 Área total das instalações: 1000m2 Número de clientes activos: 350
PRINCIPAIS MARCAS: TRW, Texaco, Mahle, Valeo, KYB, Dayco, SNR, Bosch, Energizer, NGK, Blue Print
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CS-PEÇAS AUTO
MOTICRISTO
S - Acessórios Sobressalentes e Veículos, SA (CS-Peças Auto), é uma organização com mais de 70 anos no mercado, importadora/distribuidora de peças de substituição automóvel. Inicialmente integrada no Grupo Eminco/C.Santos, CS-Peças Auto tornou-se uma empresa independente em 1986. A sua ascensão à liderança do mercado de peças sobressalentes valeu-lhe a atribuição de diversos prémios PME Excelência e prémios Internacionais como reconhecimento do percurso e evolução conseguidos. A presença da empresa faz-se sentir em Portugal com lojas em Lisboa (sede), Maia, Gaia, Coimbra, Figueira da Foz, Portalegre, Sintra, Almada, Quinta do Conde, Grândola, Portimão, Albufeira, Faro e distribuição em todo o território, incluindo ilhas da Madeira e Açores. A expansão do negócio para o mercado Africano deu-se praticamente desde a fundação da empresa. Hoje, CS-Peças Auto conta com fortes parcerias em vários países de África com um vasto catálogo de marcas e produtos, tanto em aplicações para veículos Europeus como Asiáticos.
Moticristo SA foi fundada no ano de 1986 em Igreja Nova-Mafra. Com actividade principal centrada no comércio automóvel, desde cedo que a satisfação dos clientes foi a grande preocupação desta empresa. Com uma equipa de vendas dinâmica e atenciosa, acompanhada dum serviço pósvenda que garantia a satisfação dos clientes, a empresa cresceu bastante e tornou-se uma referência no mercado nacional “Multimarcas”. A expansão do departamento de vendas iniciou-se em 1994, com a abertura de mais um ponto de venda, em Queluz. No ano de 1997 a Moticristo SA deu mais um passo importante na ampliação das suas infra-estruturas. Foi construído o novo Edifício Sede, em Mafra, onde foram centralizados e informatizados os serviços administrativos, e, foi também construído neste local o novo parque de vendas “Europark”. Na entrada do novo milénio, em 2000, foi feito o maior investimento da empresa. Em Vilãs-Mafra, foram construídas as novas Oficinas Auto, que dispõem de uma área descoberta de 12.000 m2 e 6.000 m2 de área coberta.
C
Morada: Telefone: Fax: e-mail: Internet: Cargos Directivos: Data da fundação:
Av. Infante D. Henrique, 367 1802-805 Lisboa 218.547.000 218.534.141 cslisboa.oficinas@cs-veiculos.pt www.cs-asv.pt Carlos Ferreira e Francisco Pita 1986
PRINCIPAIS MARCAS: Aisin, AMC, Bendix, Champion, Coopers Fiaam, Delphi, Doga, FAI, Febi, Flennor, Ferodo, Graf, KYB, KS, Metelli, NGK, Purflux, Remsa, Sachs, SKF, Timken, Valeo, Varta, Veneporte
A
Morada:
Vilãs 2640-580 Mafra Telefone: 261.816.630 Fax: 261.816.69 Internet: www.moticristo.pt Pres. Conselho de Administração: Antonino Florindo "José Cristo" Data da fundação: 1986
PRINCIPAIS MARCAS: Ferodo, Sachs, Luk, Bendix, Champion, Contitech, FAG, Ferodo, INA, Mann Filter, Mintex, Monroe, NGK, Optimal, Osram, Valeo
PAP
RAVPEÇAS
PAP - Pereira Alves & Prazeres, começou numa oficina criada em 1984 pelo pai do actual Sócio-Gerente Luis Pereira. O nome foi aproveitado para fundar em 1986 a actual PAP, totalmente dedicada ao comércio de peças auto. Quando nasceu era uma empresa sedeada apenas na Póvoa de Santo Adrião. Depois, em 2003, com a adesão ao grupo Create Business, abriu uma loja no Montijo, e passados dois anos abriu simultaneamente um armazém no Barreiro e Cacém. Em 2009 abriu nova loja em Correios, tendo neste momento 5 pontos de vendas. Diferencia-se pelos serviços de valor acrescentado, recebendo para tal todo o apoio do grupo Create Business, que dá formação aos seus clientes. Apenas comercializa produtos de qualidade Primeiro Equipamento, mas com preços concorrenciais. Ter a peça certa, na hora e no local certo, é o lema da PAP, que aposta no apoio às oficinas suas clientes, para que elas possam crescer. Todos os meses faz Campanhas de produto, integradas no calendário da Create Business, havendo sempre um desconto adicional na marca que está em promoção.
undada em 1999, a Ravpeças tem instalações na Achada, perto da Ericeira. Tem tido uma evolução contínua do negócio e em 2010, ao contrário das previsões, conseguiu aumentar as vendas. A área geográfica de actuação abrange Torres Vedras, Mafra e Malveira. Faz a entrega de material directamente às oficinas, mas há muitas que preferem deslocar-se ao balcão para comprarem as peças. O grande trunfo da Ravpeças para triunfar no mercado é o bom serviço que presta aos clientes, assente numa relação de amizade de longa data com a maioria. Tendo em atenção o mercado fortemente condicionado pelo factor preço, praticar um nível de preços competitivo é uma das prioridades da Ravpeças, que comercializa maioritariamente produtos de qualidade que garantem a máxima satisfação aos seus clientes. Em termos de descontos não consegue competir com a concorrência, nomeadamente com os importadores que vendem directamente às oficinas, por isso aposta tudo na prestação de um bom serviço.
A
F
Morada:
Rua Almirante gago Coutinho, 90 2676-801 Póvoa de Santo Adrião Telefone: 219.379.380 Fax: 219.379.389 e-mail: povoa.pap@createbusiness.pt Sócios-Gerentes: Luis Pereira e Fábio Ribeiro Nº de empregados: 27 empregados Área total das instalações: 1500 m2 Clientes activos: 120
Morada:
Estrada Nacional 116 – Achada 2640-401 Mafra Telefone: 261.81.94.61 Fax: 261.81.94.62 e-mail: ravpecas@quik.com.pt Sócios-Gerentes: Luis Santos e Anselmo Gomes Nº de empregados: 3 Área total das instalações: 300 m2 Clientes activos: 50
PRINCIPAIS MARCAS: TRW, Mahle, Valeo, Dayco, Texaco, SNR, Febi, Fulmen, INA, KYB, Luk, NGK, Osram, QH, Texa, Texaco, Textar, Castrol, Spidan
PRINCIPAIS MARCAS: FAG, LUK, INA Mahle, BP, Bendix, Delphi, Gates, Hutchinson, KYB, Graf, Lucas, Pagid, SKF, Sofima, Lip, Cifam, Bleu Print
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PERSONALIDADE DO MÊS Marcelo Silva, responsável Comercial da Auto Delta
“Falta um maior investimento na modernização das empresas” A Auto Delta foi fundada em 1977 estando desde essa altura dedicada ao comércio de peças. Em 1985 iniciou a importação de peças para no final dessa década se tornar exclusivamente grossista. Marcelo Silva é o responsável comercial da empresa de Leiria.
A
Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Porquê? Entre colaboradores, clientes e fornecedores é extremamente difícil escolher apenas um pois todos contribuíram para o meu crescimento enquanto indivíduo e profissional. Há contudo uma figura incontornável que não poderia deixar de mencionar: o meu pai e fundador da Auto Delta, Armindo Romão.
Auto Delta é uma das mais importantes empresas de peças para o Aftermarket. Situada em Leiria, a Auto Delta tem como gerente o histórico Armindo Romão, mas o seu filho Marcelo Silva tem vindo a assumir importantes funções na empresa. Por representar também uma nova geração de gestores, Marcelo Silva é Personalidade do Mês no JORNAL DAS OFICINAS. Em poucas linhas resuma o seu percurso profissional? Comecei em 1999 numa empresa de venda a retalho quando ainda estudava. Após uma breve experiência na QUINTON HAZELL em Inglaterra regressei a Portugal onde ingressei na Auto Delta em 2001.
No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Que, por muitos anos que trabalhe, todos os dias irei aprender algo de novo.
Qual o cargo que desempenha actualmente? Sou o responsável comercial da empresa.
De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Quando a concorrência é séria e trabalha tendo em vista a criação de valor futuro só pode ser benéfica para o mercado pois evita a estagnação e obriga à evolução e crescimento das empresas.
O que mais gosta na actividade que desempenha? O facto de proporcionar constantemente novos projectos e desafios é extremamente motivante. Também a relação com os parceiros de negócios torna cada dia diferente do anterior.
Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? Sem dúvida a área da reparação automóvel devido ao envelhecimento do parque. Contudo o actual modelo necessita de uma reformulação profunda a nível de mentalidades e profissionalismo.
E o que menos gosta? A (infelizmente cada vez mais comum) falta de lealdade para com os parceiros de negócios. O que mudaria na sua actividade? Creio que não mudaria nada, o facto de existir uma multiplicidade de desafios diários torna a actividade tudo menos aborrecida. É optimista ou pessimista na sua actividade? Sou optimista por natureza pois considero o pessimismo como um factor destabilizador da organização. Embora seja sempre necessária cautela a abordar qualquer situação nova, entendo que sem acreditar no nosso produto e na entidade que representamos nunca poderemos efectivamente ter sucesso na nossa actividade. O que mudaria no seu sector de actividade? Falta um maior investimento na modernização das empresas através da profissionalização e melhoria de competências, sem esta aposta não é possível crescer de forma sustentada. PUB
Auto Delta Sede: Rua das Fontaínhas - Andrinos - Apartado 776 2401-978 Leiria Responsável comercial Marcelo Silva Telefone: 244 830 070 Fax: 244 813 047 E-mail: geral@autodelta.pt Internet: www.autodelta.pt
Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? A aposta na formação constante dos quadros das empresas é factor-chave para a revitalização do sector. Na sua opinião, qual é o futuro da distribuição de peças / consumíveis / acessórios? Devido às vantagens inerentes à negociação conjunta, o futuro passa pela organização, em qualquer elo da cadeia, em grupos de compras. Contudo, a distribuição “tradicional” está assegurada em todos aqueles que souberem definir a melhor estratégia através da adaptação às condições sempre mutáveis do mercado. Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Profissionalmente não, sou um crente na máxima “parar é morrer!”.
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Jornal das Oficinas Janeiro 2011 JP Auto – Joaquim Pereira & Duarte, Lda
Marcar a
diferença pela positiva
Para quem vê de fora não consegue aperceber-se da dimensão da JP Auto. Uma oficina numa zona urbana em Coimbrões (Vila Nova de Gaia) que surpreende, nem que seja pelo investimento feito.
N
ão percebo nada disto, estou a aprender todos os dias. É com esta expressão, meio a sério meio a brincar, que Joaquim Pereira, proprietário da JP Auto, profissional de mecânica (e de outras áreas) há mais de 30 anos, começa a nossa reportagem a esta oficina. Iniciou-se na actividade com 13 anos e passou por todas as vertentes do sector automóvel. Trabalhou nas peças (foi estafeta e esteve num balcão), passou por vendedor de automóveis e regressou de novo à mecânica. Quando começou a sua actividade por contra própria não tinha nada, nem ferramentas, nem clientes, nem dinheiro. “Comecei abaixo do zero” diz Joaquim Pereira, que há 14 anos atrás abriu um espaço com 100 m2, primeiro em nome próprio, depois mudou de instalações e só mais tarde, já como JP Auto, deu o salto para as actuais instalações que inaugurou há pouco mais de três meses. “Este era o meu sonho”, diz com indisfarçável orgulho Joaquim Pereira. E não é caso para menos, atendendo ao avultado investimento feito e aos quase 2.000 m2 de área das instalações, metade dos quais dedicados à área oficinal. “Sei bem que estamos num período de crise, mas atendendo a que está cada vez mais difícil obter alvarás para estabelecimentos deste género dentro de zonas habitacionais, ao facto de as oficinas estarem a ir todas para as zonas industriais, outras terem fechado e sendo o último ano de incentivo ao abate, decidi investir nesta instalações”, refere Joaquim Pereira. Apesar de ser uma oficina independente nada foi deixado ao acaso. Tudo está organizado, identificado e limpo, como deveria ser normal encontrar em todas as oficinas. Ao nível do equipamento também se nota que a aposta foi grande. “Actualmente tem que se estar tecnologicamente
apetrechado”, assegura Joaquim Pereira que possui quatro máquinas de diagnóstico, fora o restante equipamento dividido por seis baias de trabalho. Apenas a área de chapa e pintura é feita em parceria com outra empresa, de resto a JP Auto presta todo o tipo de serviços (mecânica, eletricidade, limpeza, pré-inspec-
JP Auto Joaquim Pereira & Duarte, Lda Sede: Rua da Regueira, 76 4400-278 Vila Nova de Gaia Gerente: Joaquim Pereira Telefone: 227 134 666 Fax: n. d. E-mail: joaquimpereiraauto@sapo.pt Internet: n. d.
A JP Auto é uma oficina independente que serve de exemplo do que deveria ser uma oficina modelo
ção, etc), tendo também entrado nos pneus assim que passou a operar nestas novas instalações. “Apostamos na marca Vredestein, pois estamos numa zona onde existem quatro ou cinco casas de pneus, mas nenhuma delas trabalha esta marca”, revela Joaquim Pereira, acrescentando que “tal
como em tudo o resto, também nos pneus apostei na diferenciação. Quero marcar a diferença pela positiva e para isso é preciso apostar na qualidade”. Na JP Auto existem mecânicos especializados em cada sector, mas “todos nós fazemos um pouco de tudo. Pois se alguém faltar os outros sabem fazer o trabalho”, refere o responsável da JP Auto, assegurando que “não me adianta nada ter equipamentos se não tiver pessoal especializado para trabalhar com eles. Por isso, a formação é algo de prioritário para nós todos os anos”. Com a oficina totalmente informatizada, que permite ao seu responsável gerir o negócio de uma forma activa, Joaquim Pereira também não quis deixar nada ao acaso em termos de segurança e ambiente. “Segurança… sou a única oficina do país, segundo sei, que tem uma cortina corta fogo. Foi um investimento pesado, mas queremos cumprir com tudo aquilo que a lei exige”, revela este empresário. Apesar de ter feito este pesado investimento, Joaquim Pereira não quer parar. Em aberto está a hipótese de ter uma loja (tipo boutique auto), mas também aumentar a parte coberta das instalações, investimento em mais três baias de serviço. Dos 130 carros mês, a JP Auto já faz mais de 250 serviços e “todos os dias tenho novos clientes”, refere Joaquim Pereira que diz que cerca de 70% dos clientes da sua oficina são mulheres e, por isso, “tenho um cuidado redobrado com elas”. No final, Joaquim Pereira, não quis deixar de revelar o segredo do seu sucesso, afirmando que “tenho uma relação excelente com os meus colaboradores, todos remamos para o mesmo lado. Quando investi nestas instalações eles foram os primeiros a saber, eles estão envolvidos neste projecto… pois isto não é só para mim é para todos”.
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EMPRESA Old Racers
“Movem-nos os trabalhos difíceis” Entrar na Old Racers é recuar no tempo em todos os sentidos, apenas com uma grande diferença: hoje é muitas vezes impossível encontrar peças de substituição para os modelos pelo que essas são feitas “à mão” na serralharia da oficina.
C
om 950 metros quadrados de piso térreo, mais 400 conquistados por uma generosa mezanina, a Old Racers é uma garagem de clássicos de características suis generis, ou não tivesse um dos sócios da empresa passado pelo mundo dos cenários. Aliás, descrever o cuidado colocado no aspecto deste espaço mesmo às portas da capital é trabalho inglório, tal a criatividade e gosto que o resultado final demonstra. Carlos Aniceto, sócio gerente da Old Racers, é o cicerone desta visita do JORNAL das OFICINAS a um universo exclusivamente dedicado aos automóveis de outrora, de novo na moda, mais numa perspectiva lúdica que utilitária. Curiosamente, o nível etário dos seus funcionários está abaixo dos trinta anos… Com um investimento inicial “superior a 200 mil euros, gastos nas obras de remodelação do imenso armazém outrora dividido em escritórios”, a Old Racers mudou-se, de armas e bagagens, “em Agosto de 2008, para as novas instalações que são mesmo em frente às antigas”, que tinham a área da actual mezanina… Actualmente, “contando comigo somos cinco funcionários: a minha filha Cândida no escritório, três mecânicos e eu que, infelizmente, passo muito tempo entre o escritório, a oficina e outros afazeres inerentes à Old Racers.” Em época de vacas magras, o nosso interlocutor admite que “é mesmo suicídio ter uma oficina destas. Sobretudo porque para ter umas instalações e ferramentas como deve ser, sem ajudas, é muito complicado”, tanto mais que apenas em renda já tem um valor considerável. Carlos admite que aquilo que o move “é mesmo a paixão: não sou nem quero ser especialista em nenhuma marca. Isso até seria mais fácil - mexer só em Porsches ou Alfa Romeo – tanto mais que há mercado para isso. Mas na Old Racers tratamos de todo o género de automóveis clássicos e essa é a parte gira”. O discurso sai-lhe fluente e coerente, sem papas na língua, quando questionado sobre os clientes que tem e os que surgem frequentemente: “Acho é que há pessoas que andam eternamente a ser enganadas porque qualquer oficina trata de Clássicos e normalmente não fazem a mínima ideia do que fazem.” Na Old Racers “fazemos rigorosamente tudo, menos pintura, que deixamos para quem sabe. E funcionamos melhor nas coisas difíceis, nos desafios: quando não há uma peça, faz-se e é isso que nos move!” Há um factor essencial nas recuperações: “não gosto muito de um carro que tenha fácil acesso às peças. Isso não quer
Rafael trabalha num magnífico e vistoso Sumbeam Talbot Alpine
Propriedade de um conhecido empresário e verdadeiro amante dos Clássicos, o carro amarelo é um Lótus 26R, que “nasceu carro de corrida e sempre o foi. É a versão de corrida do Lótus Elan, veio dos Estados Unidos, sendo mais leve e mais potente que o seu percussor. Já o verde mantém-se nas mãos do seu primeiro proprietário, “que ia nele daqui para a Suiça estudar”.
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EMPRESA dizer que não o faça, até porque se passa isso com o Talbot e é um grande desafio porque o carro veio todo desmontado de outra oficina”. Aliás, reflecte, “eu acho que, muitas vezes, a grande dificuldade que temos em receber é porque as pessoas vêm cá em último recurso, depois de terem gasto as verbas que tinham pensado noutras oficinas. E depois, quando cá chegam já não têm a mínima vontade de gastar e nós, que eu tenha conhecimento, sempre resolvemos os problemas e os carros saem daqui bons. Somos talvez, da cadeia toda, os que temos mais dificuldade de receber porque as pessoas já gastaram o que tinham para pagar o trabalho.” Depois, “há alguns – poucos, felizmente – que não pagam. Mesmo se, por portas travessas, eu saiba que gostam do resultado do trabalho da Old Racers…” Num terceiro grupo estão os que, para além de não pagarem, ainda têm coragem para desdenhar de certo tipo de situações, tal como a recordada por Carlos Aniceto: “A última corrida de automóveis que fiz foi com o Porsche do meu sócio João Abrantes e, em casa de ferreiros espeto de pau, porque me esqueci de comprar material e acabámos por lhe montar pastilhas de 13 euros… Como tinha de tratar dos carros dos clientes nem me lembrei do meu… Era uma prova de Velocidade e a minha mulher e a minha filha foram de A110 fazer a Regularidade. Um dos maus clientes que aqui tenho - que tem uma continha para pagar! - virou-se para a minha mulher e perguntou-lhe: ‘Como
Maquetista, cenarista e… mecânico? “Não! Não sou mecânico, nem tenho pretensões de o ser. Felizmente para mim tenho os cursos geral e complementar de mecanotecnia. Fiz o 12° ano na área profissional e quando percebi que esta não dava para continuar desisti de tirar engenharia em Inglaterra”. Carlos Aniceto só vê vantagens na formação em mecanotecnia: “Um motor são várias peças que trabalham juntas, mas que resultam da mecanotecnia: têm de ser fundidas, feitas na fresa… e é essa a mais valia da Old Racers: quando não há uma peça, nós fazemo-la! E fazemos rollbars, chapa, trabalhamos fibra, tudo!” E prossegue: “A minha história nos automóveis tem apenas seis anos. Comecei no cinema, na construção de cenários. Durante o tempo que trabalhei fiz tudo o que foi bom filme estrangeiro que passou por Portugal. Estreei-me no Aqui d’El Rei, Casa dos Espíritos, Inverno em Lisboa, Casa da Rússia. Tive a sorte de trabalhar na empresa do Zé Matos, que era a melhor… Tínhamos sempre os filmes estrangeiros que vinham para Portugal, fomos nós que fizemos o Casino de Vilamoura, do Estoril, da Póvoa…” Recuando mais no tempo, “antes disso fazia maquetas e costumo dizer que sobrevivi na tropa a fazer maquetas de automóvel! Em 1986 fui colocado em Santa Margarida, de castigo. Mas também lá consegui, tal como na escola, não fazer nada do que os outros faziam. Fui sempre contra a inutilidade e na tropa só se aproveita a recruta, depois anda-se a criar vícios… Mas cada vez que era preciso fazer algo estranho, era eu que fazia!” Tal como quando “houve a visita do comandante geral das forças na Nato com parada em Santa Margarida. Todos os esquadrões tinham as armas nos seus carros e à última da hora era preciso logótipos para colar nos carros mas já não havia tempo. Nas costas de um cartão desenhei o logótipo e com as folhas de acetato da fotocopiadora fiz máscaras para pintar e passámos a noite a decorá-los com várias camadas de acetatos”. Maquetista, sim. Cenarista, sim. Mecânico, não! E artista? “É preciso inventar muito, sobretudo quando se quer reproduzir as coisa como eram na época. Se há coisa que eu detesto é um clássico ter preparação moderna, rollbar e jantes modernas que nada têm a ver com a idade do carro…”
Paixão de longa data Apesar da sua história de trabalhar com clássicos ser recente, a paixão pelos vetustos automóveis vem de longe: “Tive sempre automóveis clássicos, mas nessa altura não lhes fazia nada. O meu primeiro carro foi um Cooper S, cabeça de oito janelas, caixa close, autoblocante… um verdadeiro carro de corrida que tinha vindo de Brighton, que os putos malucos compravam nos anos 80 quando a gasolina era super cara! Troquei-o por um Cortina Lotus, seguiu-se um Escort… tive mais de 100 carros e apenas o Fiat 127 Surf preto foi comprado novo!” E o Cooper, sabe o que lhe aconteceu? “Acabou enfardado numa sucata.” Hoje, na sua garagem pessoal tem “dois Hillman Imp, um 127, BMW 2000, Peugeot 104 ZS, Anglia Fascinante, Cortina GT, Nissan Stanza e o Golf GTi 16 V”.
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é possível virem para aqui sem travões?! Nem parece da Old Racers…’ A minha mulher só lhe disse: ‘Para que os carros dos clientes estivessem em condições não houve tempo para o da casa.’ Mesmo assim, fiz quarto tempo nos treinos e durante a corrida passei-os a todos…” Com a oficina a funcionar com três mecânicos a tempo inteiro e Carlos Aniceto parcialmente, ele admite que “precisava de ter mais gente, mas com as nossa leis laborais e o peso dos impostos é impossível. Se tenho aqui uma pessoa a contrato de seis meses que, ao fim de um mês se sente seguro e muda a sua forma de trabalhar, se tiver de o dispensar quando terminar o contrato tenho de pagar por isso… Sou quase obrigado a ficar com alguém que não me serve e está a tirar o lugar a quem tenha prazer em cá trabalhar. A verdade é que em alguns casos eu devia cobrar para cá estarem, pelos ensinamentos que algumas pessoas cá receberam.” O rosto pensativo de Carlos Aniceto desanuvia para dar um bom exemplo: “Tenho um funcionário que era help desk da TV Cabo e que, desde o dia em que para cá veio sem saber rigorosamente nada de mecânica, passou a acompanharme para todo o lado”, tal o empenho de Pedro Luís, que depressa passou a dominar as áreas trabalhadas na Old Racers (ver caixa). Carlos lamenta que “muitos que passaram por cá foram para concessionários onde se limitam a trocar peças. Aqui iriam aprender a fazer peças novas e um dia poderiam trabalhar noutras oficinas ou ter o seu próprio negócio. Mas preferem não aprender…” Mas nem só a mão-de-obra motivada é escassa… “Tenho uma dificuldade imensa em comprar uma mola ou um parafuso, que antigamente havia. Em Portugal é muito complicado encontrar matéria-prima porque as pessoas deixaram de fazer stocks por pensarem que já não se vende… E, à guisa de exemplo, prossegue: “Uma vulgar anilha de estofador, cónicas para os dois lados tem de vir do estrangeiro.”
O grande apoio Pedro Luís chegou à Old Racers sem nunca ter sido sequer aprendiz de mecânico. Era a informática que lhe pagava o salário ao fim do mês, mas o homem de 31 anos recorda que “já fiz um pouco de tudo”. O volte-face aconteceu porque “a filha do senhor Carlos e eu somos amigos. Ele estava a precisar de alguém e como a Cândida sabia que eu gostava, disse-me.” Claro que “pouco sabia, mas fui aprendendo e ao fim de três anos estou autónomo”. Teve como professor Carlos Aniceto: “Foi ele que me ensinou tudo. A ideia com que fico é que a maior parte das pessoas não reparam mas trocam peças. Mas há muitas peças que têm de se fazer como acontece aqui e isso é o verdadeiro desafio!” Mas será que Pedro tem um automóvel que se tenha transformado no seu preferido? “Não, não tenho preferências por nenhum dos carros. O que me acontece é que algumas vezes, à medida que vou trabalhando neles, vou gostando mais.” Haverá alguma tarefa preferida?! “Gosto de fazer tudo e preciso de variar. Mas aquilo de que mais gostei em termos de carros foram as corridas.” E como vê o seu futuro? “Quero ver se fico pelos automóveis: encontrei aquilo que gosto mesmo de fazer! E é essencial que se goste do emprego que se tem e de tudo quanto abarca, para que se fique bem! E eu acho que sim, que este emprego é tudo isso!!!”
Old Racers Morada: Estrada do Forte da Ameixoeira nº 9 – A 1750-112 Lisboa Sócio Gerente: Carlos Aniceto Telefone: 217 595 204 Fax: 217 595 204 E-mail: old.racers@gmail.com Internet: www.oldracers.pt
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EMPRESA Convenção AD Millennium 2010
AD continua a
apostar em formação A AD apresentou os resultados do ano passado na sua convenção anual. Com a presença de alguns dos fornecedores do grupo, foi palco também para estar próximo dos clientes finais
A
AD Logistics realizou a Convenção Millennium 2010, no passado dia 4 de Dezembro, no Indoor Kart Center de Matosinhos. O grupo aproveitou para efectuar uma resenha da actividade do ano 2010 e apresentar o que se perspectivará para o ano 2011, onde pretende essencialmente promover a troca de experiências entre todas as oficinas envolvidas nos diversos pack’s Millennium e evidenciar a dimensão nacional deste projecto. A AD pretendia explicar o compromisso que tem com os seus associados e clientes e de que forma esse se tem vindo a materializar. “O sucesso deste projecto tem a ver com a própria natureza dele”, explicou ao JORNAL DAS OFICINAS Francisco Delfino, director de formação do grupo. “Só há projecto porque os clientes se envolveram”. O programa Millennium é um programa que procura diferenciar-se e inovar na forma de abordar o negócio tradicional de venda de peças. O programa adiciona complementos extra para as oficinas, como este programa de treino Millennium. O centro de treino começou em 2004 e fez com que as oficinas aderentes tivessem o seu trabalho mais facilitado. Por outro lado, o serviço de acessoria AD Service poderá dar, através do telefone, mail ou fax informação necessária das marcas. “Esta informação é técnica e de origem, portanto, semelhante à disponibilizada para os concessionários”, disse Delfino. “Trata-se de um serviço de subscrição, que pode ser gratuito ou não, dependendo do volume de compras anual de cada cliente. Mas a acessoria é sempre gratuita”, acrescentou. O balanço que a marca faz deste serviço é muito positivo. Só em 2010 teve quatro mil contactos. Ainda não existe um inquérito de satisfação, mas o sentimento é positivo. O AD Service dá apoio aos reparadores com 150 mil intervenções registadas, a partir de uma base de contactos e de problemas mais frequentes em Portugal, Espanha, França e Roménia. Dos cerca de 18 acessores que trabalham neste serviço, em Espanha, dois deles são portugueses. A linha nacional é em português. Dentro do programa Millennium, a AD também dá um tipo de formação inovadora: trata-se das acções de intervenção em viatura real. A primeira, que o JORNAL DAS OFICINAS acompanhou, foi com um Ford Flexifuel. Já a segunda será com um BMW Serie 1 HPI, a gasolina, onde falarão do sistema de in-
AD Logistics
Francisco Delfino, director de formação da AD, disse que foram os clientes que fizeram o sucesso do projecto Millennium
Sede: Praceta das Fábricas, nº 5 – Outurela 2794-012 Carnaxide Director de Compras e Marketing: Ricardo Ribeiro Telefone: 214245300 Fax: 214245359 e-mail: Ricardo.Ribeiro@adportugal.com Internet: www.adportugal.com
No Indoor Kart Center de Matosnhos, onde se realizou o evento, alguns ds fornecedores puderam expor os seus produtos. A AD também o fez
jecção e dos sub-sistemas deste modelo. A escolha do veículo está relacionada com o facto de este motor vir a equipar todos os modelos a gasolina do construtor alemão, desde os 1.000 cc até aos 3.000 cc. “Tratam-de de viaturas que podem antecipar a chegada de novos modelos às oficinas”, explicou o director da AD, acrescentando que se procura ter um componente de novidade nesses programas e não de repetição da informação que já circula no meio. Outro ponto é a própria organização das acções: cerca de 70% do tempo passado nelas é de conteúdos práticos em contexto de oficina. Em 2010, foram realizados cerca de 15 cursos sobre o sistema flexifuel, para 240 pessoas. Com o BMW, estão previstos 25 acções, dirigidas a 400 pessoas. Outro conceito importante para a evolução das oficinas é a informação técnica disponibilizada pela marca, quer através de um centro técnico de atendimento ou de um CD com o estudo de um sistema em particular (com o da injecção Bosch, na Renault). Também este segue o critério de antecipação do parque, vendidos ou oferecidos no âmbito dos pacotes Millennium. Para 2011, a AD vai continuar a investir no programa Millennium e captar mais aderentes. As viaturas previstas são, no primeiro semestre, o MercedesBenz C220 CDI, com caixa automática, onde vão tratar da resolução de alguns problemas que até costumam parecer simples para os mecânicos, mas que depois se tornam mais complicados. Já no segundo semestre, a formação será sobre o Toyota Prius HSD, focalizando-se no seu sistema híbrido. A marca pretende preparar um calendário mais ambicioso, principalmente junto das oficinas independentes. Esta convenção foi um projecto de âmbito nacional, onde se procurou ter um espaço para partilha de experiência. O projecto AD, diz o director, não está circunscrito à loja, mas é muito mais vasto. A presença dos fornecedores mostrou que a AD procura manter laços de solidez e de parcerias duradouras. Pretendese que os mecânicos percebam que, por detrás das marcas de qualidade da AD, há um rosto que se responsabiliza por elas. “Este é um projecto centrado na oficina, é preciso ter humildade para perceber o que é o negócio da oficina”, disse Francisco Delfino. “Estamos interessados em conhecê-los, apresentar soluções. São eles que constroem o sucesso da AD”.
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EMPRESA
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Fuchs
XTL: a nova tecnologia de motores A Fuchs lançou uma nova e exclusiva tecnologia para lubrificantes de motores exclusiva. Qualidades mantidas ao longo do período de serviço é um dos argumentos de venda
A
Fuchs escolheu Tomar para levar os seus distribuidores a assistir ao lançamento oficial de uma nova tecnologia de óleo de motor que a marca desenvolveu. Trata-se da XTL (Xtreme Temperature Lubrication), que torna o arranque a frio mais rápido e fácil, o consumo de óleo mais baixo e a degradação por envelhecimento menorizada. O lançamento desta nova linha de produtos representa, para a Fuchs, uma oportunidade única, conforme referiu Paul Cezanne, director-geral da marca, na apresentação desta tecnologia. “[Temos] uma nova história para contar, um excelente produto que nos vai diferenciar da concorrência e nos permitirá abrir novas portas e desenvolver o negócio de valor acrescentado que, hoje em dia, é o mais importante para as nossas organizações”. O avanço tecnológico que foi decisivo para esta nova tecnologia de óleos foi a optimização da relação ViscosidadeTemperatura. Comparado com óleos modernos já com economia de combustível, a tecnologia XTL tem um índice de viscosidade único. Desta forma, as relações
entre a temperatura e a viscosidade variam muito pouco, conseguindo-se assim um potencial de performance em condições ambientais frias e quentes. O desempenho desta tecnologia foi comprovado em testes. Em condições extremas de arranque a frio, um óleo convencional de tecnologia SAE 5W30 e outro com a mesma viscosidade, mas de tecnologia XTL, obtém resultados bastante diferentes. A circulação de óleo é até 55% mais rápida e os arranques também se operam em cerca de 35% mais depressa. O consumo de combustível foi reduzido em cerca de 1,7%; o de óleo é 18% mais baixo. Na resistência ao envelhecimento, consegue-se uma redução de 38% na variação de viscosidade. Isto significa que óleos com esta nova tecnologia mantêm as suas características durante muito mais tempo, conforme explicou João Oliveira, gestor de produto da linha Automotive da Fuchs. Na prática, este óleo é indicado para as novas gerações de motores, seja qual a gama onde se situem. O esforço que se pede a um óleo é, por exemplo, muito maior devido à redução do tamanho dos
O lançamento desta nova linha de produtos representa, para a Fuchs, uma oportunidade única, conforme referiu Paul Cezanne, director-geral da marca motores. E, tecnologias como o sistema start-stop exigem características melhores no arranque e uma lubrificação de maior confiança. De acordo com a marca, a carga suportada pelo óleo do motor aumenta significativamente durante todo o tempo de intervalo de mudança de óleo recomendado pelo fabricante. A Fuchs aposta muito na sua rede para
Fuchs Lubrificantes
A Fuchs escolheu Tomar para levar os seus distribuidores a assistir ao lançamento oficial de uma nova tecnologia de óleo de motor que a marca desenvolveu.
Sede: Zona Industrial, Maia 1 Sector VII – Rua E 4470-435 Moreira-Maia Director-geral: Paul Cezanne Telefone: 229479362 Fax: 229487765 E-mail: p.cezanne@fuchs.pt Internet: www.fuchs.pt
conseguir escoar o produto. Os cerca de trinta distribuidores que estiveram presentes ouviram Paul Cezanne dizer que se tem que vender benefícios e não produtos. “A nós independentes, onde incluo todos os profissionais aqui presentes, interessa a rentabilidade do negócio que hoje em dia só é possível pela diferenciação da oferta e da percepção individual do binómio qualidade/preço”, disse. Com estas características, a Fuchs acredita que a tecnologia XTL poderá trazer poupanças para os condutores. Um exemplo dado pelo gestor de produto mostrava que era possível ganhar 42,84 euros entre mudas. Isso será um bom argumento para conseguir preços de venda aos clientes finais mais elevados e, com isso, maiores margens de comercialização. Mas, para o conseguir, a mensagem teria que ser bem percebida e transmitida. Foi isso que levou os distribuidores a Tomar. A tecnologia XTL vai estar presente nos óleos Titan GT1 SAE 0W20, Titan GT1 Pro Flex SAE 5w30, GT1 C-3 SAE 5W30 e Titan GT1 SAE 5W40. PUB
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EMPRESA Maxilub
Desenvolver uma marca Especialista em lubrificantes, a Maxilub tem vindo a crescer sustentamente neste mercado. Foram dados passos seguros sempre com os pés bem assentes na terra, mas houve também espaço para a inovação, só possível para quem de facto conhece este negócio.
A
Maxilub é uma empresa de distribuição de lubrificantes que está no mercado há mais de 10 anos. Os seus sócios são pessoas com uma carreira profissional no sector, num percurso que atravessou as multinacionais, mas que conseguiu aliar a vertente comercial a um espírito empreendedor. Numa importante fase da vida da empresa, a Maxilub mudou de instalações, desenvolveu parcerias e arrancou com novos projectos, motivada pelo crescimento da própria empresa mas também devido à concorrência desenfreada que se instalou no mercado. Uma das razões para a mudança de instalações teve a haver não só com o espaço (que antes era muito pequeno), mas com a cada vez maior pressão da ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho) que impõe regras cada vez mais restritivas. Logisticamente este novo espaço permite também outra mobilidade nas cargas e descargas (especialmente de camiões), sempre importante numa actividade como a da distribuição de lubrificantes. Mas existem ainda mais razões para que a Maxilub tenha ido para maiores instalações, que entroncam precisamente num novo projecto que a empresa tem vindo a desenvolver, e que obriga a ter maior capacidade de resposta ao nível de espaço para armazenagem. Em 2008, foi criada a Lubrimaster, uma outra empresa que se dedica exclusivamente à importação de lubrificantes, que cumpre escrupulosamente com todas as imposições legais que um negócio desse género obriga, preparando-se dessa forma para o futuro. A Maxilub, por sua vez, compra à Lubrimaster e faz a distribuição pelos clientes. Em Agosto passado, a Lubrimaster entrou num novo projecto, com mais quatro empresas do ramo, formando um Aglomerado Complementar de Empresas, denominado GTO Car Solutions, ACE, que em distritos diferentes passam a representar uma marca própria de lubrificantes. “Temos vindo a sentir a importância de ter uma marca própria. Como conhecemos o mercado e o sector, propusemos a essas quatro empresas distribuir uma marca que apenas a GTO trabalhasse” refere Coelho Abrantes, gerente da Maxilub. Com esta organização estrutural, a intenção da GTO Car Solutions, que inclui as empresas Lubrimaster, Boas Vias (Porto), Petroflow (Viseu), Mundimotor (Leiria) e Realauto (Vila Real), é ter uma maior capacidade de negocial, podendo dessa forma comprar melhor ao fornecedor, mas também haver uma maior pro-
Maxilub Escritório: Rua João da Matta, Nº 86 Armazém 7-A - Polima 2785-537 São Domingos de Rana Gerência Coelho Abrantes / Carlos Pereira Telefone: 214 447 767 Fax: 214 447 767 E-mail: maxilub@gmail.com Internet www.maxilub.pt
Quando a concorrência aperta existem sempre formas de inovar e de trazer valor acrescentado para o negócio, neste caso dos lubrificantes tecção e controlo dos preços relativamente ao cliente. Depois de um processo de selecção do fornecedor, que implicou inúmeras visitas a fábricas no estrangeiro, decidiu-se avançar com a GTO Car Solutions que passou a ter uma marca de lubrificantes que é a GTO Oil Solutions. Para já são cinco as empresas que vão fazer a distribuição dos lubrificantes GTO Oil Solutions, mas “não excluímos a hipótese de poder vir a entrar mais um ou
outro distribuidor para cobrir determinada zona do país”, refere Coelho Abrantes. Não menos importante foi a escolha do fornecedor. Aliás, algum do atraso que houve neste projecto deve-se exactamente a esse facto, como explica o responsável da Maxilub: “houve muito cuidado na selecção do fornecedor. Escolhemos uma empresa que nos garante qualidade, com as aprovações certas e que tem capacidade de resposta no fornecimento, pois não
podemos correr o risco de o lubrificante não ter qualidade ou de o mesmo poder faltar no mercado”. Em termos de posicionamento, este produto vai ter preços muito competitivos, aplicando-se aqui o chavão “excelente relação qualidade / preço” diz Coelho Abrantes, explicando que “é uma marca que está a começar e por isso não pode ter o mesmo preço de outras marcas já conhecidas no mercado”. A gama de produtos GTO Oil Solutions é muito completa, incluindo os óleos sintéticos, passando por outros óleos de motor, transmissões e caixas de velocidade, fluidos de transmissão, óleos de travões e anti-congelantes, ficando para uma segunda fase os spray´s e outros produtos mais específicos. Apesar deste novo projecto, a Maxilub continua a apostar nos lubrificantes de outras marcas, disponibilizando os produtos da G-Oil, Fuchs, BP, Galp e Agip, permitindo dessa forma ter produtos diferenciados em qualidade e preço podendo satisfazer todas as necessidades dos seus clientes.
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EMPRESA
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Demove
Aproveitar as oportunidades Mais do que uma oficina, a Demove Car Service quer ser um novo conceito oficinal sustentado numa pequena rede onde a gestão e a tecnologia estão de mãos dadas. O cliente sai a ganhar.
A
Demove Car Service pode-se considerar como o resultado de um processo natural de evolução, dentro do Grupo Demove, onde já pontifica uma oficina especialista em BMW e Mini que dá pelo nome de Deutsch Motor. Aliás, a ancora da Demove Car Service foi mesmo a Deutsch Motor, como nos explica o Director Geral António Soares Ortega: “temos muitos clientes que nos trazem os BMW e Mini, e esses clientes têm outros carros de outras marcas e que nos pediam para sermos nós a dar assistência, o que sempre recusamos fazer pelo facto de sermos especializados nessas duas marcas”. Como os tempos não são de desperdiçar nem clientes nem trabalho, e atendendo às solicitações dos clientes, a Demove colocou em curso o projecto Demove Car Service, tendo já aberto o primeiro centro precisamente junto às instalações da Deutsch Motor. O facto de se passar agora a fazer um serviço multimarca com a Demove Car Service, muitos dos conceitos que já funcionam na Deutsch Motor serão também aplicados nesta nova oficina. “É fácil dar assistência a outros carros quando somos especialistas em BMW”, reconhece António Soares Ortega, mas o importante aqui “é vender a qualidade e não o barato, sem esquecer que os clientes actualmente não têm tempo e por isso temos que lhes falicitar a vida. É por isso que propomos ao cliente, entre outros serviços, ir buscar o carro e entregá-lo onde mais lhe convier”. O facto de também estar profissionalmente ligado à formação, António Soares Ortega aposta muito na formação dos recursos humanos da Demove Car Service, assim como num forte investimento em equipamentos e tecnologia. De 1 a 6 Mas o conceito oficinal que é a Demove Car Service não fica por aqui. “O nosso obejctivo é de nos próximos dois anos termos seis Demove Car Service abertos, com três estabelecimentos próprios e outros três num regime parecido com um franchising” afirma o mesmo responsável. A ideia de António Soares Ortega é de poder contar com pessoas que já estejam ligadas à mecânica, que têm a sua própria oficina, que sabem tecnicamente aquilo que fazem, mas que tiveram pouca formação profissional e nunca desenvolveram conceitos de gestão e de marketing, para além de estarem tecnologicamente ultrapassados em algumas áreas. “Queremos propor-lhes a nossa marca e a nossa imagem, pois é funda-
mental o conceito de rede”, diz o responsável da Demove, acrescentando que é também importante “aproveitar aquelas oficinas que querem crescer e adaptar-se à realidade actual, quer em termos de gestão quer tecnologicamente”. O que se pretende também com a Demove Car Service é ter uma maior abrangência geográfica, nesta fase na zona da grande Lisboa, numa lógica de maior proximidade ao cliente. Outra processo a ser implementado, aproveitando também as novas tecnologias, é a centralização das compras junto dos forncedores, obtendo com isso ganhos de quantidade, que beneficiam todos os que integrarem a rede. A Demove Car Service vai ter um ou dois técnicos que podem prestar todo o acompanhamento técnico na rede, como
poderá ceder certo tipo de equipamentos e de ferramentas especiais, evitando a aquisição que implica custos elevados por parte dos aderentes à rede. “A rede não tem que ser grande. Tem que ser é uma boa rede, com grande capacidade de resolução dos problemas, com organização, método e gestão”, revela António Soares Ortega. Em termos de localização está previsto que a rede Demove Car Service cresça na margem sul do Tejo, mas também em outras locais em redor de Lisboa, sempre junto de zonas de maior densidade populacional. As regras deste “franchising” estão a ser desenvolvidas pela Demove Car Service, podendo ser apresentadas a qualquer interessado, embora os custos sejam muito mais controlados pois não se trata
de um negócio financeiro, mas sim de uma real rede de oficinas que pretende servir o cliente. “Queremos que todos os aderentes ganhem também com este conceito. Só haverá sucesso se assim acontecer”, refere o Director-geral da Demove, acrescentando que “a melhor forma de se provar aquilo que se pretende fazer é mostrar o que nós somos. Por isso, já temos a primeira oficina aberta e em funcionamento, que nos permitirá mostrar melhor o nosso conceito”. Neste momento a Demove Car Service já está a estabelecer diversos contratos e protocolos com empresas, mas António Soares Ortiga considera que “o nosso cliente alvo é o cliente final, sendo também aquele que mais nos interessa, pois é o que melhor pode valorizar o nosso serviço. Estamos convencidos que o passa palavra vai ser a nossa melhor publicidade”.
Demove Car Service
A Demove Car Service não é apenas uma oficina mas também um conceito que se transformará em rede oficinal
Sede: Rua Agualva dos Açores, nº3A 2735-557 Agualva-Cacém Director-geral: António Soares Ortega Telefone: 917 961 589 Fax: 214 312 079 E-mail: geral@demovecarservice.com Internet: http://demovecarservice.com
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REPORTAGEM
Conferência de clientes TRW
Rumo ao sucesso A TRW Automotive Portugal realizou no passado dia 20 de Novembro uma Conferência de clientes, no Hotel Melia Aldeia dos Capuchos, Caparica. Durante um dia, mais de 150 profissionais assistiram à apresentação da estratégia da empresa para 2011 e conheceram os novos produtos e serviços.
P
edro Diaz, Director-Geral da TRW Automotive Portugal, começou por apresentar a empresa a nível mundial, onde se posiciona com um dos fornecedores líderes de componentes para o primeiro equipamento. Com sede em Livonia, Michigan, EUA, a empresa opera em 28 países, através das suas subsidiárias e emprega mais de 63.600 pessoas em todo o mundo, tendo facturado 11,6 mil milhões de dólares em 2009. Os produtos da TRW Automotive incluem o controlo integrado de veículos e sistemas de assistência ao condutor, sistemas de travagem, sistemas de direcção, sistemas de suspensão, sistemas de segurança dos ocupantes do veículo (cintos de segurança e airbags), electrónica, componentes de motores, sistemas de fi-
xação e ainda peças de substituição e serviços para o mercado independente de pós-venda. Apesar da Europa continuar a ser o principal mercado para a TRW Automotive, a Ásia revela-se como o mais promissor, pelo que a empresa mantém um forte investimento na Índia e China, construindo fábricas que produzem maioritariamente componentes para o primeiro equipamento. Mas o aftermarket nestes países vai crescer de forma exponencial, prevendo-se que o parque automóvel atinja os 217 milhões de veículos em 2020. Sobre o mercado da reparação automóvel, Pedro Diaz afirma “A alteração do modelo de negócio dos concessionários de marca é uma evidência, pois a quebra na venda de carros novos, obri-
gou-os a arranjar alternativas para manter o serviço nas suas oficinas, como as extensões de garantia “tudo incluído” para carros novos, linhas de peças para carros com mais de 4 anos e fornecimentos directos de peças e de informação a oficinas independentes”. Os instaladores independentes terão de responder com as suas próprias iniciativas de marketing e estas terão de ser suportadas pelos distribuidores de peças. O futuro rege-se pela tecnologia, o que significa que os instaladores têm de investir e se adaptar de forma a acompanharem a evolução tecnológica. A formação, as ferramentas de diagnóstico e a organização de informação técnica são as chaves para o sucesso. Os distribuidores têm um papel fundamental neste novo cenário. O seu desafio
A TRW Automotive Portugal reuniu cerca de 150 clientes, para lhes apresentar a estratégia da empresa para 2011 e os seus novos produtos e serviços.
não é só fornecer a peça certa no momento certo, como também assegurar progressivamente que os instaladores com quem colabora têm acesso a formação e dados técnicos. Os distribuidores terão de integrar o seu modelo de cadeia de distribuição no da cadeia de distribuição dos fornecedores de componentes. Para obterem um sistema de logística mais eficiente, os fornecedores e distribuidores de peças têm de trabalhar em forte parceria. Dar este passo essencial significa que é necessário investir de modo significativo na gestão do negócio. Cada vez mais, os distribuidores escolhem como parceiros os fornecedores de componentes que apresentam os mais vastos portfolios de produtos, como forma de simplificarem o processo. Por sua vez, a interdependência dos
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REPORTAGEM distribuidores e instaladores está a ficar cada vez mais forte. A capacidade de cada um dos intervenientes em suportar os desenvolvimentos irá determinar o sucesso global do mercado independente de pós-venda. Os dois intervenientes (distribuidores e instaladores) desempenham um papel importante e apenas poderão avançar lado a lado. Mercado diesel O programa da Conferência incluiu as apresentações das linhas de produtos e equipamentos Diesel da Delphi e Hartridge. As apresentações destas duas marcas foram dirigidas aos clientes de produtos diesel da TRW Automotive Portugal. Carlos Gomes, gestor de produto, apresentou a vasta gama de componentes diesel que a marca Delphi dispõe actualmente para o aftermarket, nomeadamente: sistemas Common Rail, injectores, bombas de alta pressão, entre outros. Foi também anunciada a expansão da sua rede de oficinas de Serviço Diesel - Delphi Service Centre - quer pelo desenvolvimento e upgrade das actuais, quer pela adesão de novos negócios ao conceito Delphi. Serão realizadas auditorias pela própria Delphi no terreno, para avaliar as condições actuais das empresas, de forma a garantir os melhoramentos que permitam assegurar a qualidade premium em toda a rede da marca. No universo das opções em conceitos oficinais avançados, o DSC - Delphi Service Centre é uma alternativa a considerar com atenção, pois visa colocar-se no topo da oferta, desde logo oferecendo aos condutores uma alternativa ao reparador da marca. Isso passa por garantir o acesso das oficinas aderentes a peças de qualidade original, capacidade para efectuar intervenções garantidas em sistemas Delphi, assim como manter os seus técnicos actualizados e com acesso à mais recente informação técnica. A oficina DSC estará ligada a um reparador diesel de excelência e disporá de boa capacidade de diagnóstico, condições necessárias para reforçar a sua posição no mercado e para se afirmar como um conceito tecnologicamente evoluído. A adesão de uma oficina Delphi Service Centre permite-lhe passar a beneficiar das seguintes vantagens: - Tornar-se especializada em novas tecnologias
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- Diferenciar-se dos concorrentes - Maximizar o retorno por metro quadrado de área - Manter os clientes, qualquer que seja o seu novo veículo - Obter novas oportunidades de negócio, como frotas e serviços a outras oficinas - Manter os pessoal técnico na linha da frente do mercado - Trabalhar com padrões da indústria automóvel - Fornecer um serviço focado no cliente.
Gama líder em referências de peças A TRW Automotive é um fornecedor de peças de qualidade do equipamento original para o mercado independente Pós-venda. Ao fornecer aos instaladores informações técnicas e de produtos, oferece-lhes tudo aquilo que necessitam para realizarem o seu trabalho com rapidez e eficiência. Trabalha em nove áreas chave da reparação automóvel: 1 - Direcção e suspensão As peças de direcção e suspensão cobrem 90% do parque automóvel europeu. A gama inclui uma vasta gama de peças, desde sistemas de direcção manual tradicionais até aos sistemas eléctricos mais recentes. 2 - Amortecedores Tendo em conta que os amortecedores devem ser substituídos aos pares, os amortecedores da TRW são também fornecidos aos pares para tornar a vida de todos os intervenientes – distribuidor, instalador e consumidor final – mais fácil e segura. 3 - Pinças A TRW concebeu a pinça de travão mais famosa do mundo: a Collette. Actualmente tem um total de 2.400 referências disponíveis, incluindo uma vasta gama de pinças reconstruídas, que são submetidas aos mesmos testes do equipamento original, garantindo assim o melhor comportamento, conforto e segurança. 4 - Pastilhas As pastilhas de travão produzidas pela TRW cobrem 98% do parque automóvel europeu. São lançadas, em média, mais de 100 referências por ano. Os materiais utilizados no fabrico são isentos de metais pesados para uma melhor protecção do ambiente. Os kits de acessórios são incluídos, para que se realize uma reparação segura e rápida. 5 - Discos Para a fundição e a maquinagem dos discos, a TRW trabalha com as tolerâncias mais rígidas – GG20 e GG15, com um elevado teor de carbono que distribui o calor uniformemente pelo disco, de modo a eliminar a trepidação. Todos os discos são pintados de preto, o que reduz a corrosão e oferece um acabamento esteticamente agradável. Cobertura de 96% do parque automóvel. 6 - Hidráulica A TRW fornece cilindros hidráulicos de travão com a estrutura em alumínio. Todos os cilindros são testados 100% na linha de produção e têm uma garantia de 3 anos. Para ajudar os mecânicos nas operações de reparação do tambor do travao, a TRW dispõe do Superkit. Cada caixa contém as maxilas, os cilindros de roda e todas as peças e acessórios. Até inclui a massa lubrificante. 7 - TRW easycheck O TRW easycheck é uma gama de ferramentas de serviço portáteis para oficinas, que permite que as intervenções de revisão e manutenção sejam realizadas no local por uma fracção do custo de um sistema de diagnóstico completo, poupando tempo e dinheiro. As actualizações são disponibilizadas na internet, mediante a subscrição de pacotes de actualização. 8 - Peças reconstruídas Actualmente a TRW dispõe de uma gama completa de pinças, bombas e caixas de direcção reconstruídas. Todas as peças reconstruídas da TRW são submetidas a testes rigorosos, com especial ênfase na qualidade do core. A qualidade é comparável à das peças novas e oferece a mesma garantia. 9 - Proequip para Veículos Pesados Relançado sob a marca TRW Proequip em 2008, o programa para veículos pesados da TRW inclui pastilhas de travão, amortecedores, caixas de direcção e componentes de direcção e suspensão. Todos os produtos são fabricados de acordo com a qualidade do equipamento original TRW e submetidos a testes exaustivos.
Além de uma imagem corporativa prestigiante, o conceito Delphi Service Centre garante ao reparador os seis elementos básicos para o sucesso na sua actividade: - Sistemas de diagnóstico avançado - Ferramentas de apoio - Formação técnica - Acesso a informação técnica - Apoio de Marketing - Gama de produtos de qualidade As novidades da Hartridge foram apresentadas por António Nunes, gestor de produto, que começou por fazer um breve historial da marca que celebrou em 2010 o seu 80º aniversário. A Hartridge investe anualmente 1 milhão de euros em Pesquisa e Desenvolvimento, de modo a permanecer actualizada face às novidades lançadas pelos fabricantes de sistemas common-rail e injectores. Hoje, a Hartridge dispõe de equipamentos para sistemas common rail até 2.500 bar a 6.500 rpm. Foram apresentados os mais recentes equipamentos desta marca, para teste de bombas Common Rail, rotativas, em linha e electrónicas. Trata-se da máquina AVM2-PC e do controlo automático de pressão HB401, que permite até 50% de aumento de produtividade do operador, pois liberta-o para outras tarefas, como a preparação da próxima bomba a testar, acabamentos na última bomba testada ou ainda, supervisionar teste noutro equipamento. De referir ainda o novo equipamento de limpeza de injectores IFR-50, a máquina de teste de injectores Common Rail CRI-PC, o equipamento de teste de bombas Common Rail CRp-PC e ainda os equipamentos para limpeza, nomeadamente os tanques de enxaguamento e de ultrasons.
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EMPRESA Autopeças cab
“Refrescar” as peças A Autopeças é uma nova estrutura de peças que nasceu na zona do Seixal. Marcas de qualidade, serviço rápido, preços ajustados e proximidade ao cliente são alguns dos pontos fortes da Autopeças.
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ão existem muitos casos destes em Portugal. A Autopeças é uma nova estrutura de peças, gerida por Carlos Barata, que abriu portas recentemente no Seixal. Tudo foi feito a partir do zero. De um terreno construiuse um enorme armazém, investiu-se muito em stock, contratou-se uma equipa de profissionais conhecedores do sector e, de pronto, começou-se a trabalhar. É grande e vasto o conhecimento de Carlos Barata deste sector das peças. A vontade de regressar ao activo era grande, pois sente-se bem a trabalhar e nutre um gosto muito especial pelas peças, atendendo à zona do país em que se encontra depois de muitos anos de contacto com as oficinas. A Autopeças aparece no mercado numa altura de crise económica e financeira em que o país se encontra, mas considera o seu responsável que o momento é o ideal para o aparecimento de um projecto como este atendendo aquilo que a empresa pode trazer de novo a este mercado das peças na sua região de influência, mesmo que a concorrência seja grande e cada fez mais aguerrida. Muito clara é a postura da Autopeças no mercado. No lado sul do Tejo (até ao Algarve) a empresa funciona como um retalhista de peças, privilegiando o contacto directo com as oficinas, apostando por isso na abertura de mais dois pontos de vendas (filiais próprias), um deles em Almada e outro em Faro, num prazo máximo de seis meses. A norte do Tejo, concentrando-se exclusivamente na Grande Lisboa, a Autopeças funcionará como um grossista de peças, efectuando a revenda para outros retalhistas, através de uma equipa comercial de duas pessoas. Em termos de estratégia de produto, é claro o posicionamento da Autopeças. Grande parte do seu portfolio de produtos são de marcas conhecidas no mercado e conhecidas dos responsáveis da empresa,
de modo a evitar problemas de reclamações. Portanto a aposta foi claramente em marcas de qualidade com produtos de reconhecida valia pelo mercado. Contudo, e atendendo que é também importante satisfazer as necessidades de todo o tipo de clientes, em alguns produtos existem diversas marcas, cada uma com o seu posicionamento de preço. De qualquer forma, a Autopeças espera ainda aumentar o seu portfolio de podutos e marcas, embora tudo dependa das necessidades sentidas pelos clientes. Nesta fase de arranque são quase 2,5 milhões de euros em stock, pois é muito
Autopeças cab Sede: Rua Rodrigo Sarmento de Beires, 11 e 11ª Armazém A- Parque Industrial do Seixal, 1 2840-068 Aldeia de Paio Pires Sócio Gerente: Carlos Barata Telefone: 212 110 400 Fax: 212 110 406 E-mail: geral@autopecas-cab.pt Internet: www.autopeças-cab.pt
A Autopeças cab pretende trazer “ar fresco” ao sector do aftermarket trabalhando como grossita em Lisboa e como retalhista na margem sul
importante para a Autopeças ter disponibilidade e variedade de produto. Outras das aposta é na distribuição. Entregar rápido, ou melhor, muito rápido, é uma das permissas da Autopeças. Não é por acaso que a empresa apostou inicialmente em 12 carrinhas (furgões) de distribuição, que irão aproximar a empresa dos seus clientes. Tal como em Lisboa para a actividade de revenda, onde possui dois vendedores, a Autopeças apostou também numa equipa comercial para o retalho, para já de quatro vendedores (mas que brevemente serão mais) que irão visitar as oficinas. A curto prazo a Autopeças irá ter sete vendedores, existindo mesmo nas instalações uma sala para os vendedores, próximo do balcão. Ao todo são 20 as pessoas que iniciaram o projecto da Autopeças. Trazer uma nova frescura às peças é esse o objectivo de Carlos Barata com a aposta que fez com a Autopeças, que reconhece que o essencial para se ter sucesso no mercado das peças é ter produtos de qualidade, bons preços, extensão de gama e recursos humanos preparados para aquilo que vendem. Para além das duas aberturas já programadas (Almada e Faro), a Autopeças espera também vir a apostar nas vendas online, num futuro a médio prazo, bem como noutros projectos que para já estão no “segredo dos deuses”.
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EMPRESA
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Davasa / TomTom
Diversificar e especializar oferta A Davasa e a TomTom uniram-se comercialmente para trabalhar esta conhecida marca de aparelhos de localização, especializando a oferta na área automóvel.
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onhecida por trabalhar a Bosch e por ser um dos maiores distribuidores nacionais desta marca, a Davasa é uma empresa especializada em peças para automóveis, possuindo diversos estabelecimentos em Portugal. Contudo, a Davasa possui muitas outras linhas de produto, mesmo na área automóvel, como sejam os produtos designados por “Car Audio & Acessórios”, onde se incluem os autorádios, colunas áudio, sistemas mãos-livres Bluetooth e aparelhos de localização, vulgo GPS. Presente na grande distribuição, a TomTom já trabalhava especificamente o canal automóvel em Portugal, sendo no entanto possível ampliar a rede de distribuição a novos canais dentro do sector automóvel. É neste cenário, numa conjugação de vontades e de interesses comerciais, que a Davasa passou a trabalhar a marca TomTom e os seus produtos respectivamente em todo o sector automóvel. Assim, a Davasa passa a fornecer, com produtos TomTom, as oficinas independentes, os centros auto, os retalhistas de peças e os importadores que representam marcas de automóveis. “Havia necessidade de ter um acompanhamento mais próximo junto do sector auto com os produtos TomTom. São oportunidades que se têm que aproveitar tanto mais que podemos potenciar toda a nossa força comercial e logística”, refere Nelson Reis, Gestor de produto da Davasa para o sector Car Audio e Acessórios.
A Davasa passou a trabalhar a marca TomTom e os seus produtos em todo o sector automóvel
Davasa Sede: Av. Salgueiro Maia, Nº 100 a 104 Urbanização Massamá Norte 2605-229 Belas Product Manager Car Audio & Accesórios: Nelson Reis Telefone: 214 318 135 Fax: 214 318 137 E-mail: nelson.reis@davasa.com Internet: www.davasa.es
Oferta Davasa No departamento Car Audio & Acessórios da Davasa, para além da representação da TomTom, existem outras marcas, que são uma referência para a empresa e para o sector automóvel. Uma das marcas é a Blaupunkt, representando a Davasa (a nível ibérico) todos os seus produtos para o aftermarket, mas também para outros canais (como a grande distribuição). Os autorádios fazem o maior volume de vendas, mas a gama Blaupunkt possui também altifalantes e amplificadores. Nestes produtos existem uma série de novidades, com novas gamas de produtos quer nos autorádios quer nos altifalantes. Outra novidade de 2011 é o kit mãos livres, sem instalação, que a Blaupunkt passou agora a disponibilizar no mercado através da Davasa. Outra marca que a Davasa disponibiliza é a Seecode. Trata-se de uma marca Premium de kits de mãos livres com Bluetooth sem instalação.
Esta exclusividade da Davasa relativamente aos produtos TomTom para o sector automóvel, nasce também do facto de a Blaupunkt (que a Davasa representa para toda a Peninsula Ibérica) ter abandonado o sector da navegação automóvel. Dessa forma a Davasa volta a ter o produto de navegação para propor aos seus clientes. “Actualmente o mercado da navegação automóvel está na mãos dos especialistas, como a TomTom, permitindo-nos dessa forma voltar a trabalhar um produto que já conheciamos e que está muito em voga”, afirma o responsável da Davasa. Sendo uma marca líder de mercado que está presente nas grandes superfícies comerciais, para a TomTom havia também a necessidade de estar de uma forma ainda mais próxima no sector automóvel. Por isso, houve uma conjugação de vontades entre a TomTom e a Davasa, para se procurar explorar melhor o canal automóvel”, observa Nelson Reis. Se a TomTom já trabalhava com importadores auto e com alguns centros auto, o certo é que o mercado oficinal especialista e o retalho de peças são segmentos que a Davasa trás de novo para a própria TomTom. “A mais-valia que podemos trazer para a TomTom é a presença de um comercial na loja, que para nós é uma prática corrente”, refere o responsável da Davasa.
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EMPRESA Sotinar Lisboa
Imagem reconhecida Criada em Janeiro de 2000, a Sotinar Lisboa integra o maior grupo retalhista da repintura automóvel em Portugal – GRUPO SOTINAR (www.sotinar.pt), e tem como principal missão a melhoria contínua dos processos de trabalho e a oferta de soluções profissionais, competentes e rentáveis para as oficinas de repintura automóvel.
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mbora a Sotinar Lisboa tenha sido criada no ano 2000, uma parte do mercado já existia, porque o Grupo Sotinar já está no mercado há mais de 25 anos. O que era antes uma filial do importador, deu origem à Sotinar Lisboa Lda, autonomizando-se a actividade da filial anterior, aproximandoa das necessidades dos clientes locais. Portanto, quando iniciou a actividade já tinha alguns clientes, embora não tantos como logicamente tem hoje. Durante os dez anos de actividade, algumas alterações mudaram a face da empresa, adaptando-a às exigências dos clientes e dos tempos modernos, nomeadamente com a transferência para as novas instalações em 2007, assim como com a Certificação de Qualidade norma ISO 9001 pela TUV Rheinland, em 2006. A certificação foi um passo determinante para o crescimento e solidificação da Sotinar Lisboa, porque além de lhe permitir desenvolver uma reestruturação da sua organização interna, virando-o para a busca da excelência na prestação de serviços aos seus clientes, lhe permitiu também por isso abordar outro tipo de clientes, como é o caso dos grandes grupos económicos, que actualmente constam maioritariamente na sua carteira de clientes, e que reconheceram a qualidade do desempenho e dos produtos da Sotinar Lisboa Lda. Nas instalações localizadas em Odivelas, trabalham actualmente dez pessoas, sendo três administrativos, um responsável de armazém, dois na distribuição e quatro técnico-comerciais, que andam na rua no acompanhamento de clientes e na prospecção do mercado. Dado o bom desempenho registado, com crescimento de 50% de 2005 até 2010 na facturação, esta equipa está claramente a dar boa conta do recado, devendo como tal continuar como está. O referido crescimento da empresa tem-se dado de forma sustentada, admitindo pessoas e reforçando a estrutura organizativa em termos de sistemas informáticos de apoio à gestão, de uma forma planeada e tranquila, sempre por recurso a autofinanciamentos, continuando o passivo bancário da empresa a ser nulo. Gama completa de produtos A Sotinar Lisboa orgulha-se de comercializar a mais completa gama de produtos disponibilizada em Portugal às oficinas de repintura automóvel. Tudo o que qualquer oficina necessita para o seu dia-a-dia, desde os equipamentos e ferramentas, até às tintas e todos os consumíveis, incluindo a cosmética automóvel, que é um segmento de mercado
muito interessante, que inclui produtos de lavagem, limpeza e preparação do carro. A marca de tintas é a MaxMeyer, marca com a melhor relação qualidade/ preço do mercado. Destaca-se a sua linha Aquamax e a linha HP, que é muito importante para as oficinas, porque permite realizar trabalhos eficientes e com qualidade de acabamento de topo, em muito pouco tempo. Cada vez mais os carros estão pouco tempo nas oficinas e têm reparações localizadas, o chamado SMART REPAIR. Esta linha HP da MaxMeyer dá uma grande produtividade às oficinas e aumenta a sua rentabilidade, porque gastam pouco produto e poupam muito tempo. Na restante gama de produtos, a Sotinar Lisboa disponibiliza pistolas de pintura DeVilbiss e SATA, equipamentos de lixagem e polimento RUPES, eléctricos e pneumáticos, infra-vermelhos IRT, TRISK, Máquinas lavar pistolas DRESTER e ROSAUTO, polimentos FARÉCLA, Abrasivos MIRKA, 3M e INDASA, e gama completa Car Repair System, entre muitos outros. São cerca de 4500 referências de produtos das melhores marcas que em conjunto com um serviço de após venda e de formação dos utilizadores dos produtos de excelência, tem permitido este crescimento ímpar, numa época recessiva na economia nacional. O mercado reconhece pois a qualidade da oferta Sotinar Lisboa!
A Sotinar Lisboa e o Grupo Sotinar têm feito um esforço ao longo dos anos para melhorarem o mercado e conseguiram criar uma imagem que é reconhecida
350 clientes activos Com cerca de noventa máquinas misturadoras no mercado e 350 clientes activos, entre os quais se contam diversos concessionários, a Sotinar Lisboa actua preferencialmente na zona da capital, mas a partir do segundo semestre de 2010 estendeu a distribuição ao Alentejo. “É uma zona muito interessante de trabalho, onde existem oficinas de grande qualidade, as quais de facto estavam carentes de um outro tipo de parceiro de negócios, com outra maneira de estar no mercado”, afirma José Ferreira, Gerente da Sotinar Lisboa. A aposta no Alentejo surge no seguimento de um levantamento, realizado pela equipa da Sotinar Lisboa, das necessidades das oficinas locais. “Não podíamos ir para o Alentejo oferecer um serviço de segunda, mas sim o mesmo tipo de serviço que damos aos nossos clientes da zona de Lisboa. De facto, estamos todos os dias no Alentejo e essa é a única maneira de trabalhar bem o mercado e dar toda a assistência de que os clientes necessitam. Felizmente, estamos a sentir uma compensação do nosso
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EMPRESA esforço, com resultados muito positivos. Neste momento, já temos elementos radicados na zona e está prevista a montagem de uma estrutura física no Alentejo, com a abertura de uma loja. Refira-se no entanto que nesta altura o cliente tem já o técnico-comercial da Sotinar Lisboa todos os dias presente e disponível e recebe os produtos em 24 horas”, diz José Ferreira. Para o sócio gerente da Sotinar Lisboa Lda, o sucesso da empresa deve-se à relação de proximidade com o cliente, que é um factor de valor acrescentado estratégico. “O cliente tem que ser acompanhado, temos que detectar as suas necessidades e as suas expectativas, ajudando-o a melhorar e a rentabilizar a sua actividade e o seu negócio. Há oficinas rentáveis e outras que nem tanto, mas isso é também algumas vezes da responsabilidade dos próprios fornecedores das oficinas. Muitas vezes, são estes que dificultam a vida das oficinas, com políticas comerciais muito agressivas, voltadas apenas para a venda do produto, acabando por desequilibrar financeiramente as oficinas”, afirma. Apoio ao cliente O apoio que a Sotinar Lisboa presta aos seus clientes, passa por todas as áreas do negócio, incluindo a gestão. “Nós fazemos um levantamento da situação em que está o cliente e começamos por explicar onde é que pode melhorar para começar a ganhar dinheiro. Queremos que os nossos clientes ganhem dinheiro e passamos para nós a responsabilidade de tornar rentável a sua actividade. O fornecedor tem que se responsabilizar pela rentabilidade do sistema que fornece ao seu cliente. Não basta entregar-lhe o produto e dizer: agora desenrasque-se”, diz José Ferreira. Esta estratégia que se tem seguido em Lisboa é também a que se está a seguir no Alentejo, atendendo aos problemas de gestão, problemas de equipamentos, problemas de organização do espaço (layout), com os quais a oficina perde imenso tempo e não consegue dar rendimento ao trabalho. Em caso de necessidade, é enviado um especialista em questões económico-financeiras, para verificar todas as contas, ver se estão a orçamentar bem ou a orçamentar mal, por falta ou por excesso. A Sotinar disponibiliza também software que ajudam as oficinas a fazer orçamentos correctos. A partir daí, é feito um plano de reestruturação das actividades e fornecidos sistemas para rentabilizar a oficina. Refirase também o apoio à gestão de stocks pois com entregas diárias em Lisboa e entregas em 24h no Alentejo, as oficinas não precisam de “empatar” capital em stock, libertando-o para onde verdadeiramente é necessário que é o financiamento da sua actividade diária. Promoções à medida É usual a Sotinar Lisboa realizar promoções fortes, com desconto máximo sem exigir quantidades elevadas. Isto revela bem a sua maneira de actuar, “Porque é que um cliente há-de ter que comprar 500 ou 600 litros de verniz,
“Vamos continuar a manter uma grande proximidade com o cliente e estar muito atento às suas verdadeiras necessidades”, diz José Ferreira, Sócio Gerente da Sotinar Lisboa
Sotinar Lisboa Morada: Estrada da Paiã Quinta do Troca – Armazém 8 2675-421 Odivelas Sócio Gerente: José Ferreira Telefone: 214.793.165 Fax: 214.793.166 e-mail: sotinar.lisboa@sotinar.pt Internet: www.sotinar.pt
Nas instalações da Sotinar, trabalham actualmente dez pessoas, sendo três administrativos, um responsável de armazém, dois na distribuição e quatro técnico-comerciais.
A Sotinar Lisboa oferece um serviço de apoio ao cliente que inclui as formulações e ajustes de cor, feitas por uma técnica especializada em colorimetria
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para ter 50% de desconto? Isso só vai descapitalizar as empresas e criar-lhes ainda mais dificuldades. A política das quantidades teve algum sentido no passado, algo longínquo. Hoje em dia, com a conjuntura económica que temos, somos obrigados a ajudar a oficina. Eu tenho de promover produtos para ele ganhar dinheiro e poder comprar-me mais. O negócio tem de ser bom para os 2 lados e só assim as parcerias entre nós e oficinas se manterão por muitos e bons anos. É esse o nosso objectivo! As nossas promoções acontecem ao longo de todo o ano e são para todos, à medida de todos. Cada um encomenda aquilo que precisa, para poder pagar quando receber a retribuição do seu trabalho. O fornecedor deve orientar o cliente para ele não gastar dinheiro inútil com stocks inúteis ou excessivos. Quando o cliente tem um bom serviço, prefere comprar ao fornecedor em que confia e até pode aceitar comprar menos barato”, afirma José Ferreira. Mercado em mudança O sócio gerente da Sotinar Lisboa apontou as transformações porque passa o mundo da repintura automóvel, especialmente o facto de hoje existirem menos acidentes, fruto de um ambiente rodoviário mais seguro, por um lado, e por outro lado, a crise económica, a perda de estatuto social do carro, os produtos e sistemas de trabalho mais rápidos e a concorrência mais aguerrida, para o menor número de reparações. Daí que tenha apontado a necessidade imperiosa das oficinas perceberem como podem ir buscar mais clientes e também perceberem o que é preciso fazer para melhorarem as suas capacidades. “Nós sabemos perfeitamente que o mercado de reparação tem emagrecido ao longo dos anos. A forma de ultrapassar isso é ajudando as oficinas a captarem mais clientes e tornarem os clientes fiéis à oficina. Temos que criar incentivos para que as oficinas também possam cativar mais clientes e ampliar a sua base de suporte. Também têm que ser mais agressivos e irem à procura dos clientes, demonstrando-lhes que têm uma boa solução para o problema deles” “Alertamos as oficinas para não dependerem totalmente das seguradoras, porque esse mercado depende dos sinistros e a sinistralidade está a diminuir. Têm que arranjar clientes particulares e despertar-lhes o interesse pelo visual do seu carro. Uma limpeza à pintura ou um polimento oferecido pode ajudar o cliente a perceber o valor disso. Hoje em dia, podem ser feitas pequenas reparações de pintura num carro que são económicas para o cliente e económicas para a oficina. Há nichos de mercado rentáveis, mas que têm que ser explorados e promovidos. Se uma oficina depende de um grande cliente e essa empresa atravessa um período de dificuldades, a oficina é arrastada para uma crise, porque não tem alternativas. Além disso, o cliente particular é um eficiente veículo de promoção da oficina, levando-a até junto de familiares, amigos, colegas de trabalho, etc..”, conclui José Ferreira.
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EMPRESA Europart
O gigante alemão Primeiro surgiu como marca e só depois passou a ter a mesma designação como empresa. A Europart é uma multinacional alemã que desde 2007 apostou fortemente no mercado português e os resultados estão à vista.
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Europart é uma empresa de origem alemã que há 62 anos iniciou a sua actividade dedicada à produção de molas de suspensão. A expansão começa a dar-se no final da década de 70, quando a Europart (na altura designada WFZ) se começou a dedicar cada vez mais à área comercial, através da venda de certos componentes e acessórios para as oficinas. Em 1995, nasce pela primeira vez o nome, ou melhor, a marca Europart, associado neste caso a uma linha de produtos, mas em 2000 surge a Europart Holding GmbH, na altura já uma sólida empresa de dimensão europeia e líder do mercado de peças para veículos comerciais, equipamentos e acessórios para oficinas. O exponencial crescimento da empresa levou a que em 2004/2005 a Europart inaugurasse um gigantesco armazém central, em Werl, como forma de potenciar as suas operações em toda a Europa e naturalmente na Alemanha. Actualmente, a Europart tem 190 pontos de venda na Europa, sendo que está presente em 29 países. Em Portugal A Europart está em Portugal desde 1998. Começou com uma ligação com a Fleximol, que produzia molas, tendo aberto instalações próprias no Cartaxo (com o nome de CVC). O potencial de crescimento de uma empresa como a Europart era grande, mas o negócio não estava a ser potenciado devidamente, algo que mudou por completo em 2007. Com uma nova administração, encabeçada por Heitor Manuel Santos, apostouse decididamente na componente humana. “Sabia que existia um enorme potencial nesta empresa e nos seus produtos. Eramos conhecidos como o gigante adormecido. Fomos por isso contratar bons profissionais que nos pudessem ajudar a crescer pelo conhecimento e experiência que tinham neste ramo de actividade”, refere o administrador da Europart em Portugal. Em 2008 e 2009 a empresa mais que duplicou a sua facturação, revelando-se acertada a aposta que a Europart tinha feito em 2007, tanto mais que todos os novos recursos humanos tiveram que se adaptar a uma nova filosofia de empresa, muito ligado à casa mãe na Alemanha. “A junção das três vertentes (novas localizações geográficas, o capital humano e a força do grupo) permitiu que Europart Portugal tivesse tido um desempenho muito bom”, refere Heitor Manuel Santos. Actualmente, a presença geográfica da Europart no nosso país está de acordo com a estratégia da empresa, isto é, possui a sede na zona do Carregado, a 48 Kms de
distância tem uma filial na Malveira (uma pequena loja), em Vila do Conde e mais recentemente em Leiria (abertura em Abril de 2010) possui estruturas maiores, que permitem que a empresa disponha mais de 2.500 m2 de armazém no total, sendo que 1500 m2 são na sede. A gestão de compras, stocks, marketing, qualidade e financeira de todas as filiais é centralizada no Carregado, sendo que todas as lojas têm a sua estrutura comercial, efectuando também vendas de balcão, inclusivamente ao Sábado de manhã. Em termos comerciais, das 32 pessoas que trabalham na Europart em Portugal, cerca de 20 dedicam-se às vendas no terreno, junto de clientes que são na sua grande maioria as oficinas de pesados.
Em três anos a Europart deu um novo rumo aos negócios em Portugal com um projecto bem consolidado
Produto A Europart faz a distribuição das marcas Wabco, Mann-Hummel e ZF, contudo o grande fornecedor da empresa em Portugal é a própria Europart na Alemanha. Actualmente a Europart Portugal disponibiliza 7.500 referências de produtos com marca própria, que vai desde os acessórios, consumíveis e pequenas peças, até às peças mais técnicas (como discos de travão, pastilhas de travão, filtros, etc). Refira-se que só no armazém central na Alemanha existem mais de 96.000 referências, sendo que 95% efectivamente são peças para camiões. Logicamente que a Europart também comercializa produtos originais, pois existem clientes que assim o exigem, “sendo essa a nossa política de produto, embora nos últimos dois anos sabemos que o cliente também procura produtos mais económicos mas com qualidade, que
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EMPRESA é onde se insere a nossa marca”, refere Heitor Manuel Santos. O tema da qualidade em marcas próprias é sempre uma questão importante para a Europart. Por isso recorre a fabricantes que também produzem para a origem e na sede da Alemanha existe um departamento de testes que comprava constantemente a qualidade dos produtos que comercializa sobe a marca Europart. “O produto Europart tem tido uma evolução muito positiva e actualmente é bem aceite pelos nossos clientes”, adianta o administrador da empresa. Para além das peças, a Europart em Portugal comercializa também alguns equipamentos (actividade que iniciou este ano), mas “onde somos muitos competitivos é no nosso core business que é o Truck&Trailer”, assegura Heitor Manuel Santos. Depois de três anos de investimentos, o responsável pela Europart Portugal considera que neste momento tem a estrutura necessária para dar resposta ao mercado nacional, sendo agora o momento “de ganhar dimensão e até crescer, embora 2011 seja o ano de todas as incógnitas”. Mesmo tendo presente o cenário actual, e a “grande dificuldade que existe nos pagamentos, que é algo difícil explicar na casa mãe, mas que é uma grande problema em Portugal”, Heitor Manuel Santos confia muito na Europart e nos seus activos para cimentar ainda mais a sua presença no mercado português nos próximos anos.
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Curiosidade Apesar de se ter especializado em peças para veículos pesados, curiosamente o maior cliente da Europart Portugal não é deste sector!!! Tendo a casa mãe investido muito em consumíveis, material de fixação, etc, passou a ter como cliente a Enercon, empresa alemã produtora de torres eólicas, que desde 2007 tem em Portugal (na zona de Viana do Castelo) diversas fábricas. Por inerência, a Europart em Portugal passou a fornecer produtos (basicamente consumíveis) para a Enercon, tornando-se assim num cliente de referência.
Europart
Heitor Manuel Santos é o Administrador da Europart que assume que a aposta nos recursos humanos é fundamental para o sucesso do negócio
Sede: Quinta da Ferraguda Carambancha, Lt 8 Apartado 40 2850-653 Carregado Administrador: Heitor Manuel Santos Telefone: 263 860 110 Fax: 263 860 119 E-mail: h.manuel@europart.net Internet www.europart.net PUB
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EMPRESA Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa
Nova oficina autorizada Renault Trucks A Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa já é Reparador Oficial da Renault Trucks, preenchendo assim uma lacuna ao nível da assistência pós-venda da conceituada marca francesa de veículos pesados, na região da Mealhada.
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ara poder integrar a rede oficial de reparadores Renault Trucks a empresa teve de desenvolver um longo e dispendioso processo que culminou com a readaptação das suas instalações e dos respectivos equipamentos oficinais. “Temos aqui um investimento global na ordem dos 560 mil euros” – revelou Carlos Rosa, administrador da Auto Reparadora Carlos Rosa, ao JORNAL DAS OFICINAS – “só na adaptação relativa ao Projecto Renault Trucks, em obras, equipamentos e peças investimos já cerca de 350 mil euros”. Os principais benefícios são poder passar a servir os clientes da marca francesa de acordo com os seus elevados padrões de qualidade, numas instalações modernas, situadas na Zona Industrial de Viadores, na Mealhada, numa área operacional de cerca de 3.800 m2, dos quais 900 m2 são de área coberta. A nova oficina dispõe duma capacidade máxima de entradas diárias de 8 viaturas pesadas. Actualmente, emprega oito funcionários. “Já trabalhávamos com a Renault Trucks desde 2002, mas como Reparador Oficial só desde Março de 2010” – esclarece Carlos Rosa – “escolhi a Renault como parceiro por ser uma marca pela qual nutro um carinho muito especial e pela existência duma lacuna na região, uma vez que o parceiro mais próximo encontra-se a cerca de 60 km das nossas instalações. O potencial de mercado na região é bastante atractivo, no ano passado, só aqui na nossa zona, o parque rolante Renault Trucks rondava os 330 camiões”. O empresário reconhece que com a existência de um reparador oficial na zona Centro as possibilidades de cresci-
A equipa da Auto Reparadora
Balcão de peças de venda ao público
Cerimónia de inauguração das novas instalações
Recepção e sala de motoristas
mento e expansão da empresa são maiores, pretendendo “prestar assistência a todas as frotas que façam parte do distrito de Coimbra e a todos os veículos de passagem que necessitem de intervenção”. Além duma oficina da marca Renault, a empresa também efectua reparações multimarca, assistindo camiões rígidos, tractores, semi-reboques, super-estruturas e veículos comerciais ligeiros. Efectua dentro de portas todos os serviços de mecânica geral e electricidade, desenvolvendo as actividades de manutenção, reparação, preparação de viaturas e venda de peças da Renault Trucks. Os serviços de chapa e pintura são efectuados em regime de outsourcing, tal como a aferição de tacógrafos. Em relação a este último serviço “está definido prestá-lo também no futuro”. “Também temos um serviço 24 horas de assistência na estradas e também operamos o serviço 24 horas da Renault Trucks. Para esse efeito, temos um furgão Renault Master com todo o equipamento necessário para desenvolver a actividade de assistência na estrada” – acrescenta o empresário. A Auto Reparadora Carlos Rosa dispõe também duma secção de peças com aproximadamente 60.000 euros de valor de stock em material de reposição Renault Trucks, e de um outro tanto para as restantes marcas e semi-reboques. Segundo Carlos Rosa: “já estávamos a laborar nas novas instalações desde finais de 2009. No processo de acompa-
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EMPRESA nhamento da edificação destas instalações contámos com o apoio do Governo Civil de Aveiro, da Direcção Regional de Economia do Centro e da Câmara Municipal da Mealhada. Face ao conhecimento técnico adquirido ao longo dos anos de serviço nas várias organizações por onde passei, com formações constantes, fui adquirindo o Know-how que me ajudou a levar a Auto Reparadora a crescer sustentadamente”. Renault satisfeita com o seu novo agente reparador A inauguração oficial das novas instalações da Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda. realizou-se no dia 26 de Novembro, com a presença do Governador Civil de Aveiro, José Mota, do DirectorGeral da Renault Trucks Portugal, Miguel Ramalheira, do Director Regional de Economia do Centro, Armando França, da Vice-Presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Filomena Pinheiro, entre outras individualidades. Miguel Ramalheira da Renault Trucks, mostrou-se visivelmente satisfeito com esta nova parceria, garantindo estar “convencido que esta relação vai durar muitos anos. Recordo-me que quando tivemos o primeiro contacto para a consolidação deste projecto que está hoje de pé, o Sr. Carlos Rosa disse-me que ainda há margem para crescer, até pela dimensão do terreno. Isto demonstra a sua determinação e vontade”. Também o Governador Civil de Avei-
Mais de três décadas de experiência profissional Carlos Rosa iniciou a sua actividade profissional como ajudante de mecânico com a tenra idade de 16 anos, na oficina de um familiar. Em 1981, numa outra empresa de Ansião já reparava motores, caixas de velocidades, etc.. Anos mais tarde, ao serviço da marinha, tirou vários cursos relacionados com motores marítimos, turbinas e motores fora de bordo. Depois de concluir o serviço militar teve várias propostas de trabalho de empresas como a Volvo e a Scania, mas acabou por aceitar uma da Eurobus em 1988, como chefe de equipa. Naquela época a Eurobus pertencia à Evicar e Carlos Rosa acabaria mesmo por ingressar na Evicar/DAF onde desempenhou as funções de mecânico. Em 1993 deu novo rumo à sua vida, aventurando-se pela primeira vez numa actividade por conta própria. Adquiriu e equipou um carro oficina e começou a prestar serviços de assistência na estrada. Em 1996 constituiu com a esposa a sociedade “Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda, continuando a desenvolver a actividade de assistência 24 horas, numa área geográfica que não se limitava exclusivamente ao território nacional. Três anos mais tarde alugou Carlos Rosa, Administrador da Auto Reparadora Carlos Rosa um armazém que viria a transformar em oficina. Em 2004 adquiriu instalações próprias na Zona Industrial da Mealhada, tendo nessa altura começado a fazer prospecção de mercado no sentido de adquirir representação de uma marca de renome internacional. Subsequentemente, iniciaram-se as negociações com a Renault Trucks, tendo os responsáveis da marca visitado as instalações para as avaliarem, conjuntamente com a qualidade de serviço e as potencialidades do mercado local. No ano passado foram concluídos todos os requisitos legais para que a empresa pudesse tornar-se num Reparador Oficial da marca francesa. Em 2010 foi formalizado e concluído todo esse processo.
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ro dirigiu ao empresário as seguintes palavras: “Admiro o seu empreendedorismo, Era importante que este exemplo fosse transmitido para o exterior”. Finalmente, a vice-presidente da autarquia local. Filomena Pinheiro, frisou “o concelho da Mealhada sente-se muito orgulhoso de o ter acolhido, de o ter visto crescer e de sentir que fez muito pelo concelho e nós iremos apoiá-lo”. O potencial de crescimento desta empresa é enorme, uma vez que se situa numa região ainda com alguma indústria activa, vários centros de distribuição logística, e fácil acesso a vias com enorme tráfego de pesados como a A1, IC2 e IP3. A região esteve vários anos sem qualquer reparador oficial Renault Trucks e o maior desejo de Carlos Rosa, é que a sua empresa contribua para que a marca francesa “seja cada dia mais forte”.
Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa Morada: Zona Industrial Viadores, Lote 19 3050-482 Mealhada Administrador: Carlos Rosa Telefone: 231205591 Fax: 231281374 e-mail: carlosrosaa@sapo.pt PUB
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EMPRESA Evicar Algarve inaugurou nova oficina em Loulé
Localização estratégica A Evicar Algarve, reparador DAF, acaba de inaugurar uma nova oficina na Zona Industrial de Loulé, com cerca de 4.120 m2 e uma área volumétrica de construção de 9.960 metros cúbicos. O investimento global nas novas instalações ascendeu a 1,5 milhões de euros.
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responsável pós-venda da Evicar Algarve, João Silva, adiantou ao JORNAL DAS OFICINAS que a nova oficina, ”tendo em conta o espaço e os meios humanos disponíveis, tem uma capacidade diária para 10 viaturas, prestando todos os serviços de reparação e manutenção de acordo com os padrões da marca holandesa, serviços rápidos, verificação de travões, sistema eléctrico, etc.”. O serviço de assistência 24 horas é assegurado por um carro oficina equipado de acordo os standards DAF, cobrindo uma área territorial que integra não só a região do Algarve mas também o Baixo Alentejo, operando com 2 funcionários afectos ao serviço de assistência internacional DAF – ITS. “Como concessionário oficial DAF, a grande maioria dos serviços prestados são a camiões DAF” – esclarece João Silva – “no entanto, também prestamos serviço a qualquer outra marca de camiões e a semi-reboques multimarca”. A aferição de tacógrafos é feita em regime de outsourcing, em parceria com empresas qualificadas. Com uma localização privilegiada e bons acessos à rede rodoviária, a área oficinal “permite-nos superar as expectativas dos nossos clientes. A nível de imagem foi uma volta de 360 graus”, relativamente às anteriores instalações da Evicar Algarve. Em termos de disponibilidade de stock de peças, segundo João Silva, “o volume do nosso stock está de acordo com o parque circulante DAF na nossa zona de intervenção, permitindo-nos disponibilizar de imediato aos nossos clientes 90% das peças necessárias e 98% no prazo de 24 horas. Também temos um serviço de fornecimento de AdBlue”. A Evicar Algarve é uma empresa do Grupo Evicar, inserida numa região onde o parque circulante DAF tende a aumentar. João Silva garante que “o transporte
João Silva, responsável pós-venda, Evicar Algarve
Martins Pereira, Administrador do Grupo Evicar, no uso da palavra na cerimónia de inauguração
rodoviário profissional tem boas perspectivas de crescimento na zona sul do país, nomeadamente na área do transporte de frio, com picos sazonais”, especialmente no período de Verão. Novas instalações respondem aos desafios dos clientes A cerimónia de inauguração das novas instalações da Evicar Algarve contou com a presença do Presidente do Grupo Evicar, Martins Pereira, do Administrador Delegado da DAF, Veículos Industriais, SA, Javier Ardavin e do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Sebastião Seruca. Martins Pereira, frisou no seu discurso o seguinte: “com a entrada em funcionamento destas novas instalações satisfazemos as reais necessidades dos nossos clientes e, para além disso, iremos cobrir outras oportunidades de negócio que o mercado nos possa proporcionar, graças a uma estrutura sólida capaz de oferecer aos transportadores os serviços pré-venda e pós-venda de qualidade tradicionalmente
Evicar Algarve Morada: Edifício Evicar Parque Industrial de Loulé, Lote 4 8100-272 Loulé Gestor Pós-Venda: João Silva Telefone: 289 420 090 Fax: 289 420 091 e-mail: evicar.algarve@evicar.algarve.pt Internet: www.evicar.pt Cerimónia de inauguração da nova oficina Evicar Algarve, em Loulé
operados pela DAF. A partir de agora, a Evicar Algarve será um dos pontos estratégicos onde o Grupo irá apoiar os clientes DAF do sul do país”. Por sua vez, Javier Ardavin, referiu que “as instalações agora inauguradas são o melhor meio para dar resposta ao desafio que representa atender às necessidades de uma marca em crescimento como a DAF, a qual proporciona aos seus clientes cada vez mais serviços desenhados à medida do seu negócio, como é o caso dos contratos de manutenção e reparação, permitindo assim programar e minimizar os tempos de imobilização para realizar operações na oficina. Em nome da direcção da DAF Trucks quero também expressar o nosso agradecimento ao Grupo Evicar, e em especial ao seu Conselho de Administração, por este investimento realizado numa altura em que os ventos não sopram a favor da economia”. Um gigante do mercado automóvel O Grupo Evicar representa, através da sua rede de distribuidores e de reparadores, em todo o território nacional, e ainda em Espanha, a marca de veículos pesados DAF e, em diversas zonas do país, as marcas automóveis Audi, Alfa Romeo, BMW, Chevrolet, Citröen, Fiat, Ford, Honda, Hyundai, Isuzu, Kia, Lancia, Mazda, Opel, Renault, e Seat, bem como a marca de semi-reboques Listrailer. As principais actividades do Grupo são o comércio de veículos pesados, comerciais ligeiros e ligeiros de passageiros, acessórios e peças, bem como a prestação de serviços pós-venda. O Grupo integra ainda sociedades imobiliárias e de prestação de serviços financeiros. Encontra-se também em Angola, desde 2003, onde comercializa veículos pesados e controla uma empresa de transportes.
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ENTREVISTA Juan Menendez, Presidente da Jumasa
“As nossas ideias
são muito claras!”
Nos cinco anos de presença no mercado português, a Jumasa tem vindo a crescer de forma gradual e sustentada, aumentando a quota de mercado e conseguindo melhor a resposta às necessidades dos clientes. Neste momento tem cerca de 200 clientes activos e uma facturação de 2 milhões de Euros ao ano.
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m entrevista ao JO, Juan Menendez, Presidente da Jumasa, faz o balanço dos cinco anos de presença da sua marca em Portugal e as previsões para 2011. “Nós não viemos conquistar Portugal! A nossa presença visa ajudar o mercado a melhorar e a conseguir maiores benefícios com os nossos produtos, tanto para os nossos clientes, como para nós próprios”, diz Juan Menendez. Para este responsável, os próximos anos não vão ser fáceis, mas acredita que com sacrifício e persistência os resultados vão aparecer.
marcas europeias e algumas coreanas (Hyundai e Kia). Nas peças coreanas, trabalhamos com peças originais da própria marca. Também vendem peças ao retalho e às oficinas? Só vendemos a pequenos armazenistas distribuidores. Não vendemos a sucateiros, com todo o respeito por esses profissionais, nem a particulares, nem directamente às oficinas de reparação. Também não vendemos a concessionários, porque são nossos adversários no mercado. Como está organizada a distribuição dos produtos Jumasa em Portugal? A nossa distribuição é muito simples. Os clientes fazem as encomendas nos nossos armazéns e nós distribuímos as peças com carros próprios e, caso seja necessário, com carros subcontratados a transportadores. As entregas são feitas até 24 horas. De Coimbra para baixo, as peças são distribuídas a partir de Lisboa. A partir de Coimbra e até Valença usamos a nossa plataforma logística de Vigo, na Galiza.
Que balanço faz da presença da Jumasa no mercado português? Tem sido muito positiva a nossa experiência no mercado português, onde conseguimos organizar a nossa actividade de acordo com a situação do negócio e com a realidade. Os nossos clientes compreendem bem o método da Jumasa e aplicamno com grande zelo, porque está a dar bons resultados. A nossa metodologia tem em conta os resultados, para que o sector da reparação possa beneficiar-se da nossa presença. A forma de trabalhar que estava a ser praticada em Portugal era antiquada, sem preços, sem qualidade, sem garantias e sem responsabilidades. As nossas peças agora têm qualidade e a nossa maneira de trabalhar é exactamente igual à da origem.
A peças comercializadas pela Jumasa estão homologadas? As únicas peças que têm que estar homologadas são as que envolvem riscos, como os espelhos retrovisores, os vidros e os faróis. Todas as outras não carecem de homologação. As homologações são realizadas pelos ministérios da indústria de cada país. A certificação já pode ser feita pelo fabricante da peça, pelo distribuidor ou por uma entidade externa especializada.
O que representa o mercado português para a Jumasa? Em termos da Holding Jumasa, tanto em Espanha, como na Europa, o mercado português representa cerca de 10% das vendas totais, que são de cerca de € 2 milhões ao ano. Isto, mesmo com a crise que se tem estado a viver, quer em Portugal, quer em Espanha. Qual tem sido a estratégia da Jumasa para se afirmar no mercado português? Nós tentamos não criar inimigos. Sabemos que temos adversários, mas temos que avançar com imaginação e com eficiência. Quem aposta nos golpes, não consegue avançar no mercado e nós queremos progredir cada vez mais. Os nossos argumentos são uma capacidade de satisfação de encomendas da ordem dos 93%, um serviço 100% eficiente e preços adequados ao mercado actual. Por outro lado, garantimos totalmente a qualidade das nossas peças. Quando é necessário, passamos certificados de qualidade, que garantem a qualidade original dos produtos. Temos certificações do Centro Zaragoza, da TUV, da IATA (EUA) e outros
organismos credenciados. O nosso critério número um é a qualidade, em qualquer ponto em que estejamos a trabalhar. O preço e tudo o resto vem a seguir. Qual é a actual gama de produtos da Jumasa? Só para falar em peças de carroçaria, a nossa gama compreende toda a parte frontal do veículo em chapa, os pára-choques e as grelhas em plástico, componentes de sinalização (faróis, ópticas e pilotos), assim como pára-brisas, vidros laterais e elevadores de vidros. Em 2011 teremos mais 2.000 referências novas, o que fará subir o total de peças de carroçaria para mais de 16.000. Com esta oferta, cobrimos cerca de 80% da gama de colisão dos veículos, pelo menos para as
Jumasa Parts Lisboa Morada: Rua Barnabé António Ferreira nº2, Bairro do Ginjal - Dona Maria 2715 Almargem do Bispo Presidente: Juan Menendez Responsável Portugal: Luis Queirós Telefone: 219817410 Fax: 219817419 e-mail: lrq@jumasa.pt Internet: www.jumasa.es
Que apoio dá a vossa empresa aos clientes do mercado português? Temos os melhores sistemas didácticos para comprar, controlar a actividade e para poder vender. Têm preços originais, preços de venda, referências originais e referências da nossa marca. Com os nossos sistemas, os clientes podem vender melhor com os nossos preços, do que a concorrência e os seus preços. Temos todos os modelos de veículos em bases de dados, com as referência de origem e as nossas referências. Temos catálogos técnicos, tácticos e didácticos, para o cliente identificar rapidamente a peça e oferecer o preço mais competitivo. Informamos os nossos clientes dos lançamentos, das peças futuras, da evolução do mercado e tudo o que diga respeita ao negócio. Nós apoiamos a gestão do nosso cliente em tudo o que esteja dentro do nosso campo de actividade. O bom vendedor tem que saber vender e não ficar à espera que lhe
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peçam a encomenda. Nós damos formação profissional aos nossos clientes para terem sucesso.
ainda fazem e continuarão a fazer parte dos bons princípios para qualquer negócio.
Que actividades promocionais e de marketing desenvolve a Jumasa no nosso país? Temos campanhas promocionais, campanhas de produtos novos, campanhas de preços e também campanhas de apoio ao cliente, para dar formação, fazer visitas a fabricantes, etc. Temos igualmente um site na web, que pode ser visitado por todos os interessados, desde o cliente distribuidor, até ao utilizador e ao reparador, a fim de obterem informações sobre peças, modelos de carros, referências, etc. É uma página muito extensa, com grande quantidade de informação e bem organizada.
O que falta na sua óptica para o mercado português ficar mais actualizado? O mercado português está amadurecido e tem experiência, mas falta-lhe ainda um pouco para se aproximar dos conceitos europeus e da maneira de estar no mercado dos europeus. É preciso apostar mais na Internet, apostar mais na qualidade, apostar mais no serviço e dar ao cliente aquilo que o cliente quer e não o que nós queremos. Para estar no mercado é preciso ter responsabilidade. É isso que nós esperamos dos nossos clientes portugueses, no futuro, incluindo do cliente final reparador.
Considera que o mercado português ainda tem potencial para crescer? Claro que tem boas hipóteses de crescer. Mesmo com a crise profunda que temos, os negócios estão a correr normalmente e acredito que no futuro ainda será melhor. O que é necessário aos operadores de mercado nestas alturas é fazer um pouco de sacrifício, para se manterem no terreno e desenvolverem esforços para avançar. Só os cobardes abandonam a batalha a meio… As nossas ideias são muito claras. Adaptamos o nosso negócio à situação presente e persistimos até conseguirmos os nossos objectivos. Há outros que tomam atitudes negativas e destruti-
Que balanço tem da actividade em 2010 e que previsões faz para 2011? Em 2010, conseguimos alcançar os objectivos previstos, mas ainda não temos certezas para 2011, porque as condições do mercado não estão muito claras. Há muitos especuladores e oportunistas, o que torna o mercado um tanto imprevisível. Se o poderoso Obama disse que em 2011 não vai criar nenhum posto de trabalho, imaginemos o que será em Portugal e em Espanha, na situação em que estão. Vamos ter um ano difícil e durante três anos não haverá muitas facilidades. Talvez a partir de 2015 se comece a ver a luz ao fundo do túnel…
vas, vendendo a preços demasiado baixos e de qualquer maneira, para destruir o mercado. Nós temos que manter o mercado e temos que olhar para dentro das nossas empresas, zelando para que o nosso pessoal mantenha a motivação, a eficiência e não entre em reivindicações fantasistas. Temos colaboradores portugueses muito bons e confiamos plenamente neles para melhorar no futuro. Está portanto optimista em relação ao futuro do negócio?
Estou optimista, porque estamos a desenvolver actividades para melhorar no futuro. Nós somos camaleões e adaptamo-nos ao mercado português. Não queremos mudá-lo, mas estamos a tentar mostrar que no resto da Europa se está já a trabalhar de maneira diferente e talvez melhor. As pessoas lá fora adaptam-se mais rapidamente aos novos conceitos e não insistem em soluções já gastas e antiquadas, como os preços baixos, a conversa fiada, a falta de qualidade e a falta de serviço. A honradez, a ética e a moral
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Equipamentos Ambientais - I PARTE
Criar bom ambiente Com a fiscalização a apertar cada vez mais junto das oficinas, nomeadamente nas questões ecológicas, a utilização de equipamentais ambientais é, mais que uma necessidade, uma imposição legal.
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nfelizmente ainda se observa em Portugal que a utilização de equipamentais ambientais nem sempre é uma prática comum por parte de muitas oficinas. Óleos derramados no chão, baterias usadas mal acondicionadas, incorrecta separação de resíduos e detritos espalhados pela oficina são situações frequentes de ver. Nesta edição do JORNAL DAS OFICINAS o que lhe propomos é uma recolha da oferta existente em termos de equipamentos ambientais (separadores de hidrocarbonetos, decantadores de sólidos, caixas para armazenamento de baterias, óleos, bacias de retenção, etc) para as oficinas.
ALMAQUA Tel.: 212 975 304 Um Separador de Hidrocarbonetos é um equipamento destinado a separar e reter no seu interior os óleos minerais em suspensão nas águas sujas. O Separador de Hidrocarbonetos deverá ser precedido de um Decantador incorporado no separador ou externo, para a retenção das matérias pesadas (Lamas e Areias). Assim, os Separadores de Hidrocarbonetos da Almaqua
são fabricados de acordo com a norma EN 858-1 e EN 858-2. É fundamental a colocação de um Separador de Hidrocarbonetos nas estações de serviço automóvel, parques de estacionamento, áreas de lavagem de veículos e em todas as instalações em que ocorra produção de águas residuais contendo hidrocarbonetos. O separador de hidrocarbonetos deve ser instalado numa canalização de águas pluviais e/ou oleosas. O equipamento encontra-se dividido em três compartimentos: um decantador à entrada e um compartimento de separação de hidrocarbonetos, dividido em dois compartimentos. Funcionamento : 1. O efluente ao entrar no separador choca com um deflector. Este deflector serve para reter as lamas decantadas e os hidrocarbonetos. 2. Ao entrar as partículas com densidades superiores a 1, depositam-se no fundo do primeiro compartimento.3. O efluente passa para o compartimento de hidrocarbonetos, através de uma abertura que contem uma grelha que não permite a passagem de objectos flutuantes ao compartimento de separação dos hidrocarbonetos. 4. Esta separação é realizada através de uma célula ou filtro coalescente, o qual é constituído por vários módulos em PVC rígido numa estrutura cruzada. O efluente atra-
vessa a célula de baixo para cima o que favorece a subida dos hidrocarbonetos. 5. O efluente já liberto de lamas e de hidrocarbonetos sai do separador, através de um tubo sifonado. Vantagens do separador de hidrocarbonetos da Almaqua: - Cumprem os limites Legais Classe I (DL 236/98) - Construídos de acordo com a EN 858-1 - Célula coalescente amovível para limpeza - Maior capacidade de Separação e Decantação - Paredes em PEAD mais espessas e resistentes - Pegas para movimentação humana - Caudais de 1 l/seg. a 1.000 l/seg.
ALTARODA Tel: 255 783 600 A Altaroda, apesar de estar ligado ao sector dos consumíveis para pneus, disponibiliza uma gama de equipamentos ambientais. Um dos equipamentos são as caixas para transporte e armazenamento de baterias. As oficinas são obrigado por lei a armazenar as baterias em recepientes estan-
ques e que não reajam com os componentes dessas mesmas bateriais. Assim, a gama disponibilizada é fabricada em Polietileno de Alta Densidade, munida de elevada resistência química, sem qualquer reacção ao eventual derrame do ácido de uma bateria, o que permite a função de isolante eléctrico. A susperfície do fundo é dotada de elementos em alto-relevo com forma de canais, para evitar que, aquando do eventual derrame do ácido de uma bateria haja alguma descarga eléctrica. Existem vários modelos disponíveis. A empresa de Paredes comercializa também uma completa gama de bases de retenção.
ECO-ALCANCE Tel: 232 422 040 A Eco-Alcance dedica-se à comercialização de equipamentos destinados ao tratamento ou armazenamento de águas limpas ou sujas, domésticas ou industriais. Com grande experiência no ramo, conta com o apoio técnico de quadros especializados, elaborando sempre soluções adequadas à realidade dos clientes. Os produtos comercializados tem presente a preservação do ambiente tendo
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DOSSIER sempre em conta a legislação vigente, sendo montados pela Eco-Alcance, possuindo marca própria. A empresa está preparada para prestar todo o tipo de apoio por telefone, Internet e nos casos mais complicados com a visita de um técnico no local, estando ainda apta a passar os respectivos certificados quando exigidos pelas entidades fiscalizadoras. Em termos de equipamentos a empresa possui uma gama muito vasta, a saber: - Separadores de hidrocarbonetos ( de 1.5L/s a 100 L/s), - Bacia de retenção para óleos / baterias - Oleões; - Decantador de sólidos (de 800L a 10.500L) - Depósitos para armazenamento de combustíveis líquidos; - Reservatórios de água (de 50L a 150.000L) de superfície ou para enterrar.
ECODEPUR Tel: 249 571 500 A empresa de Caxarias (Ourém) é especializada em equipamentos ambientais para o sector automóvel, disponibilizando uma gama muito completa, de construção própria. Separador de Hidrocarbonetos ECODEPUR DEPUROIL - são equipamentos destinados à separação de hidrocarbonetos de águas residuais oleosas.
Os Separadores de Hidrocarbonetos, Ecodepur Depuroil, apresentam marcação CE, de acordo com a obrigatoriedade legal que advém da entrada em vigor da Directiva 89/106/CEE dos Produtos de Construção, cumprindo todos os requisitos da Norma Europeia EN 858-1:2002. Concebidos e desenvolvidos para permitir a obtenção de elevados níveis de tratamento (Sistema de Dupla Filtração), apresentam elevada segurança funcional (Pré decantação, Válvula de obturação automática maciça e dupla vedação, tampa EN 124, etc.) e elevada durabilidade (Garantia de 5 anos). Os separadores de Hidrocarbonetos Ecodepur Depuroil são a solução ideal para aplicações de 1,5l/s até 500l/s. Decantador de Sólidos Lamelar ECODEPUR DEKTECH - Os decantadores de sólidos lamelares Ecodepur Dektech são equipamentos destinados à separação das areias e lamas que são arrastadas pelo efluente contaminado antes de ser encaminhado para o separador de hidrocarbonetos. Os decantadores de sólidos lamelar Ecodepur Dektech permitem aumentar exponencialmente a quantidade de subprodutos acumulados (lamas/hidrocarbonetos), reduzindo deste modo a periodicidade e os custos associados à limpeza do sistema, permitindo ainda proteger componentes instalados a jusante (nomeadamente células coalescentes) e melhorando a qualidade do efluente final. Os decantadores de sólidos lamelar
Ecodepur Dektech são construídos com base na matéria-prima testada ao abrigo dos requisitos da Norma EN 858-1, garantindo que não existe contaminação do meio envolvente ao contrário das soluções tradicionais construídas em betão. Caixa para Armazenamento de Baterias - ECODEPUR ECOBOX - A Caixa para Transporte e Armazenamento de Baterias, tipo Ecodepur, modelo Ecobox 220 é um recipiente estanque e de composição que não reage com os componentes dos acumuladores, com o objectivo de cumprir os requisitos do Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro. Este equipamento posui a seguintes características: - Pré-fabricado em Polietileno Linear, Sistema de Rotomoldagem, com tratamento UV; - Resistência química, sem reacção ao ácido de um acumulador; - Fundo da caixa com alto-relevo, de modo a evitar que um eventual derrame do ácido de um acumulador provoque alguma descarga eléctrica; - Existência de tampa para armazenamento exterior. Oleão Aéreo Parede Dupla, tipo ECODEPUR, modelo OILSAFE A500 - É uma solução totalmente concebida a pensar na higiene, segurança e nas normas legais que têm de cumprir no armazenamento e transporte de óleos usados (Decreto Lei n.º 88/91 de 23 de Fevereiro).
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Construído por rotomoldagem, uma técnica que permite produzir oleões de uma só peça, sem junções que o tornam mais resistente aos choques violentos. As características físico-químicas do polietileno (material 100% reciclável) tornam o oleão inalterável no tempo, mesmo após longa exposição aos agentes atmosféricos. Bacias de Retenção, tipo ECODEPUR®, modelo ECOSPILL - São recipientes estanques dentro dos quais estão os depósitos e são destinados à recepção e armazenamento de derrames de óleos e produtos químicos.
ROTOPORT Tel: 212 899 650
A Rotoport disponibiliza uma completa gama de produtos que asseguram o armazenamento e transporte de resíduos oficinais, cumprindo com a legislação ambiental. A gama de produtos da Rotoport para o sector das oficinas é bastante diversificada, destinando-se a diferentes aplicações. No fundo, a gama de produtos Rotoport PUB
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permite dar resposta a quase todas as necessidades ambientais de uma oficina. Uma das vantagens da Rotoport é dominar também todo o processo de fabrico (em rotmoldagem) dos produtos que vende, podendo por isso responder mais facilmente às solicitações do cliente, mesmo na cor dos próprios produtos. Os produtos são fabricados em polietileno de alta densidade, que é uma material imputrescível, resistente a longo prazo às agressões químicas. Outra vantagem de alguns destes produtos é o peso reduzido dos mesmos, o que torna fácil o seu transporte e manuseamento. Alguns dos equipamentos estão também disponíveis com fecho anti-intrusão nas tampas. Ecoil - É um equipamento para recolha de óleos usados para posterior reciclagem e reaproveitamento dos mesmos. Disponível em quadro modelos distintos de 30, 300, 600 e 1200 litros, no Ecoil existe ainda um Kit exterior com tubagem de aspiração, grelha inviolável e fecho de segurança. Ecofusto - Trata-se de um equipamento muito usado para recolha, guarda e transporte de resíduos perigosos. Apresenta-se em duas versões, com tampa lisa e com tampa curva. A versão com tampa lisa destina-se ao transporte de líquidos ou resíduos perigosos, para o que possui um sistema de fecho hermético por anel de aço galvanizado. Pode funcionar também estaticamente como bacia de retenção dos líquidos contidos. Contudo, é a versão com tampa curva que mais se destina ao armazenamento de resíduos de cariz mais oficinal. Para os Ecofusto existe ainda uma base amovível, que é um despositivo que permite a fácil deslocação ou transporte dos mesmos. Bacia de retenção - Equipamento de prevenção de derrames de produtos químicos. O armazenamento de produtos químicos obedece a regras precisas de segurança, destinadas a proteger os operadores e o ambiente em caso de derrames (fugas). Para cumprir este objectivo qualquer tipo de produto químico deve ser armazenado com uma tina de retenção. Existem de momento cinco versões de bacias de retenção e ainda um escorredouro e um susporte. Separadores de hidrocarbonetos Consiste num equipamento de pré-trata-
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mento, destinado a fazer a separação de combustíveis e óleos, presentes nas águas de lavagem provenientes da actividade oficinal. Estão disponíveis separadores de hidrocarbonetos com capacidades de 1,5 a 100 litros por segundo.
SOLECO Tel: 229 613 170 A Soleco é empresa com uma dinâmica inovadora que tem como objectivo ser uma referência na distribuição de produtos, serviços e equipamentos de vanguarda nas áreas da reciclagem, tratamento, contenção, acondicionamento de resíduos e limpeza, que contribuam para a preservação do meio ambiente e a defesa dos recursos naturais. Para além de outros sectores, a Soleco está também presente no sector automóvel, com soluções que cumprem a regulamentação legal vigente quer no que respeita à segurança dos operadores bem como à protecção do meio ambiente. A empresa disponibiliza para o mercado diversos equipamentos. 1 – O Separador de Hidrocarbonetos é um elemento essencial no tratamento de águas residuais que possam estar conta-
minadas por óleos de origem mineral. É necessária a sua instalação em estações de serviço, oficinas mecânicas, sucatas, garagens, locais de lavagem de veículos, etc. O tratamento destas águas tem lugar em duas etapas: Decantação prévia de areias e lodos, processo que tem lugar no decantador. Separação dos Hidrocarbonetos e óleos, que é feita no Separador de Hidrocarbonetos. Os separadores de hidrocarbonetos Soleco são fabricados seguindo as indicações da norma UNE-EN 858. 2 – O Ecotank é um reservatório destinado aos óleos usados, construído com dupla parede em Polietileno de alta densidade. As características do Polietileno tornam o Ecotank inalterável ao longo do tempo (material 100% reciclável), mesmo após longa exposição aos agentes atmosféricos, apropriada para óleo usado, cumprindo as normas legais para o armazenamento e transporte de óleos usados (D.L. Nº 88/91 de 23 de Fevereiro). Disponível em quatro versões e três níveis de volume (300, 600 e 1200 litros). 3 – As Bases de retenção são equipamentos construídas em polietileno de alta densidade (PEHD), nos quais se colocam bidões ou cisternas, retendo algum derrame de óleo ou outro líquido. Estas bases de retenção apresentam uma total insensi-
bilidade à corrosão, são estanques e dispõem de uma elevada resistência química e mecânica. A gama de bases de retenção, com diversos modelos para dois e quadro bidões, e ainda para cisternas é constútída também por porta bidões horizontais.
TUBOFURO Tel: 244 616 073 Um dos produtos do portfolio da Tubofuro para as oficinas de automóveis são as bacias de retenção, sendo um equipamento que previne derrames de óleos, seguindo regras de segurança, que protegem o ambiente e também os operadores. A oferta contempla também os oleões. Como o nome indica é um reservatório que permite guardar os óleos usados para posterior encaminhamento e reciclagem. Destaque para o separador de hidrocarbonetos, que se destina à separação de hidrocarbonetos de águas residuais oleosas. É imprescindível a sua aplicação em estações de serviço, estações de lavagem de veículos, oficinas, centros de abate de veículos, garagens, entre outros estabelecimentos similiares. Este equipamento é produzido em Polietileno Linear de alta densidade, com aditivo anti-UV, tendo assim uma elevada resistência mecânica. Com caudais de 1 a 100 litros/segundo, os separadores de hidrocarbonetos são fabricados de acordo com a norma EN 8581 e DIN1999, e cumprem com os limites legais Classe 1 (DL 236/98). A Tubofuro possui ainda caixas para baterias (em dois modelos), que permitem acondicionar este tipo de produto, cumprindo também com as normas em vigor. Em termos comerciais, a Tubofuro não faz venda directa às oficinas, apoiando-se em muitos revendedores para fazer chegar os seus produtos às oficinas. Contudo, a empresa dispõe de uma equipa comercial no terreno que visitam os revendedores, prestando também todo o aconselhamento técnico e comercial.
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TÉCNICA SISTEMAS HIDRÁULICOS DE TRAVÕES
Compreender o sistema de travagem Os travões hidráulicos já estão ao serviço do automóvel e dos condutores há perto de um século. Apesar disso, hoje ainda acontece que esse sistema de travagem continua a não ser bem compreendido. De seguida, vamos tentar compreender como é possível evitar que isso aconteça.
A
primeira coisa a ter em mente é que todos os travões hidráulicos partilham os mesmos princípios básicos. São accionados pela força muscular do condutor, que é amplificada pelo princípio da alavanca (o pedal), pela hidráulica (diferença de diâmetro do êmbolo principal para os êmbolos de roda) e pelo servo freio (na maior parte dos casos). Assim, a pressão do fluido dentro do circuito fechado sobe rapidamente, ultrapassado a força elástica dos vedantes dos êmbolos das pinças e das molas dos calços dos tambores. Os materiais de fricção entram em contacto com as peças rotativas presas às rodas (discos e tambores), transformando desse modo a energia cinética do veículo em calor, que é eliminado para a atmosfera. Em consequência, o carro trava. Tudo isto é muito evidente, mas as pequenas subtilezas dos modernos travões que estão em acção no mundo real e os princípios adicionais do ABS (Sistema Anti Bloqueio) merecem algumas explicações. Esta a razão de ser destas linhas, que incluem ainda informações importantes para os técnicos de reparação de travões. Êmbolo duplo Embora esteja no mercado há várias décadas em todo o mundo, o êmbolo principal duplo, também chamado dividido (split) ou emparelhado (tandem) ainda é largamente mal compreendido (Fig. 1). Um êmbolo desses recente terá vários materiais (alumínio, com um reservatório de plástico). Acontece que dois êmbolos deslocam-se dentro do mesmo cilindro e aí é que se encontram por vezes terminologias confusas. O êmbolo de trás é o primário e o da frente é que é o secundário. Esta aparente troca de nomes resulta do facto do êmbolo posterior receber em primeiro lugar a pressão do pé do condutor. Cada êmbolo têm um vedante primário à frente e um secundário atrás, portanto é normal que se fale em êmbolo primário/vedante secundário, êmbolo secundário/vedante primário, etc. No entanto, os vedantes primários são os principais, porque são eles que empurram o fluido que irá entrar nos tubos de travões. O vedante secundário do êmbolo primário limita-se a evitar que o fluido passe para trás do cilindro, empurrado pela pressão (indo parar ao servo freio na maior parte dos casos). Por seu turno, o vedante secundário do êmbolo secundário tem a importante missão de separar o cilindro em dois corpos estanques. Numa travagem normal, o veio do pedal do travão ou do servo freio empurra o êmbolo primário para a frente. Não se forma qualquer pressão, enquanto o ve-
dante primário não tapar o furo de compensação ou passagem do reservatório. A partir do momento em que o furo fica tapado (pela deslocação do vedante) o fluido fica preso na câmara entre os dois êmbolos e torna-se para todos os efeitos uma coluna sólida. A pressão escapa desse modo para duas rodas (1º dos circuitos separados). De seguida, o fluido preso e a mola do êmbolo primário empurram o êmbolo secundário para a frente, criando pressão na câmara situada à frente do vedante primário do êmbolo secundário, à qual está ligada a linha que leva o fluido para as outras duas rodas (2º circuito independente). Quando o pedal é aliviado, cria-se um vácuo parcial em ambas as câmaras, devido à inércia e viscosidade do fluido de travões, que impedem que ele volte imediatamente ao cilindro principal. Para os travões ficarem armados novamente de
forma instantânea, os vedantes primários são concebidos para deixar passar o fluido numa só direcção (para a frente), a partir da parte de trás de cada vedante, para as respectivas câmaras de pressão. Os furos de enchimento deixam estão o fluido passar livremente das câmaras para o reservatório, consoante a dilatação ou contracção causadas pelas mudanças de temperatura. Fuga perigosa Se um dos tubos de travões se romper ou uma linha ficar perfurada devido à corrosão, dá-se uma fuga perigosa de fluido em metade do sistema de travagem e ficamos só com um dos circuitos independentes a funcionar, o que ainda permite desacelerar o veículo, mas mais lentamente, com reduzido poder de travagem e com o pedal de travão em baixo. Felizmente, ambos os êmbolos pos-
A melhor solução para o sistema hidráulico de travagem é a divisão do sistema em dois circuitos diagonais, nos quais uma roda de um dos lados partilha o circuito da roda oposta do outro eixo.
suem extensões se projectam à frente dos seus vedantes primários. Uma falha no circuito que está ligado à câmara de pressão do êmbolo primário permite que p êmbolo se mova o suficiente para diante, de modo a que a extensão empurre o êmbolo secundário e crie pressão no outro circuito. Se, pelo contrário, a fuga ocorre na câmara secundária, a extensão do êmbolo secundário bate da parte frontal do cilindro e o fluido preso entre os dois êmbolos faz funcionar os travões alternativos (2 rodas apenas). No entanto, não há só uma maneira de dividir o circuito total (4 rodas) em dois circuitos independentes. Nos carros de tracção posterior (RWD) a solução inicial era deixar um circuito para as (2) rodas da frente e outro para as (2) rodas de trás. Só que esta solução funciona bem, se forem os travões de trás a falhar. No caso contrário, o poder de travagem fica muito reduzido e no limite as rodas de trás bloqueiam e o carro derrapa lateralmente. Nos modelos de tracção à frente (FWD), as rodas de trás não têm peso suficiente sobre elas e isso torna a travagem impossível, caso falhe o meio circuito das rodas da frente. A melhor solução para qualquer tipo de tracção passou a ser a divisão do sistema em dois circuitos diagonais, nos quais uma roda de um dos lados partilha o circuito da roda oposta do outro eixo. Neste caso, a sequência de sangrar passa da tradicional TD/FD e FE/TE, para a sequência TD/EF e DF/TE. Baixa resistência A parir do momento em que os construtores de veículos foram obrigados a reduzir o consumo de combustível ao máximo, para limitarem as emissões de CO2, a eficiência energética passou a ser obrigatória. Mesmos os pneus foram obrigados a reduzir a sua resistência ao rolamento. Naturalmente, o atrito das pastilhas nos discos passou a ser um objectivo a eliminar e foram lançadas pinças de baixo atrito. Nestas, os vedantes têm sulcos em ângulo, que obrigam os êmbolos a recuar o suficiente para eliminar contactos parasitas. Isto no entanto obriga a que o cilindro principal de travões envie maior quantidade de fluido na parte inicial da travagem, para permitir o rápido encosto das pastilhas ao disco, mantendo o mesmo curso do pedal e a mesma sensação de condução. Uma solução que se tornou comum para estes casos foi criar cilindros com maior diâmetro, o que implica um ressalto num certo ponto do seu curso. Nesse caso, o êmbolo primário tem maior diâmetro atrás e menor à frente. No início do curso, a parte mais larga do êmbolo desloca
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TÉCNICA maior quantidade de fluido do que a parte mais estreita, pelo que o excesso de fluido passa pelo lábio do vedante menor para a câmara entre os dois êmbolos, movendo o êmbolo secundário proporcionalmente mais do que a distância que o veio da bomba percorreu. Isto faz entrar mais fluido em ambos os (meios) circuitos. Uma válvula especial, ligada à câmara de maior volume passa o excesso de fluido para o reservatório, a partir de um certo nível de pressão. Ela também actual para voltar a encher a passagem para a câmara mais larga, quando os travões são aliviados. Fig. 1 As modernas bombas centrais de travões têm dois êmbolos, sendo um primário e o outro secundário. Muitas vezes, são apontadas como causa de problemas pelos quais não são responsáveis.
Mais sobre as bombas centrais A falta de sangrar as bombas centrais de travões na bancada é a causa de uma grande parte das queixas por pedal de travão esponjoso, sendo devolvidas à fábrica bombas em perfeito estado (Fig. 1). Para evitar isto, muitos fabricantes de bombas centrais de travões incluem nas suas embalagens fixações, ligações, mangueiras e instruções de sangrar as bombas (Fig. 2). Embora se consiga sangrar a bomba na bancada mantendo os dedos nas saídas, para evitar a entrada de ar no movimento de retorno do êmbolo, é recomendável o método dos tubos ou linhas de fluido. Prenda a bomba num torno por uma das orelhas de montagem (nunca prender a bomba à volta do cilindro, para não o deformar), tentando que ela fique o mais nivelada possível. No caso de usar tubos, monte-os nas saídas da bomba, colocando as respectivas pontas abaixo do nível do fluido de reservatório. Então, empurrar o êmbolo muito LENTAMENTE, com um veio o uma pequena barra. Esperar cerca de 10 segundos no mínimo entre cada movimento do êmbolo, para permitir que as câmaras expulsem as bolhas de ar que há no seu interior e fiquem completamente cheias. Continue a empurrar o êmbolo até que não saia a mínima porção de ar pelos tubos ou saídas da bomba. Outra boa maneira de sangrar uma bomba principal na bancada é ligar as duas saídas uma à outra, ou simplesmente tapá-las. Em seguida, empurre o êmbolo normalmente (até 25mm ou 1") várias ve-
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Fig. 2 O processo de sangrar as bombas de travões na bancada é tantas vezes posto de parte, que alguns fabricantes de peças para travões resolveram incluir kits de sangrar na caixa das bombas, com as respectivas instruções. Bolhas de ar no interior das bombas são responsáveis por muitos problemas de travões, que poderiam ser evitados e resolvidos rapidamente.
zes. O ar começará então a sair pelos furos de compensação, até que já não é possível comprimir mais o êmbolo (ele só se desloca cerca de 2mm). Isso diz-lhe duas coisas importantes: 1ª- Todo o ar foi expelido da bomba; 2ª - A bomba central não está a deixar passar fluido (ovalizada). Muitas vezes, as bombas principais são acusadas de provocar pedal esponjoso ou muito baixo, quando de facto estão bem e
o problema está numa das rodas. Portanto, antes de pensar em problemas da bomba principal, convém tapar a passagem de fluido para as rodas. Se o pedal estiver alto e oferecer boa resistência, está evidente que o problema é nas rodas. Uma forma prática de realizar este teste é colocar molas ou grampos nos tubos das rodas, desde que o construtor autorize esse tipo de procedimento. PUB
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TÉCNICA
Fluido e tubos Há pequenos detalhes que podem transformar um mecânico vulgar num técnico especializado e com grande procura por parte dos clientes. A limpeza e a mudança regular do fluido de travões é um desses detalhes, porque o sistema de travagem, especialmente os das últimas gerações, não podem funcionar correctamente sem um fluido apropriado e em bom estado. Se despertar o cliente para as vantagens da manutenção preventiva e lhe demonstrar que pode economizar dinheiro e gozar de muitos e longos quilómetros de condução agradável e sem problemas, terá um cliente para muito tempo. Claro que para sangrar completamente um circuito de travagem e eliminar totalmente o velho fluido e as impurezas que ele contém, é necessário desmontar as pinças e os bombitos das maxilas. Só que isso tem um curo elevado de mão de obra e o cliente pode não ter tempo, nem estar disposto a pagar esse tipo de mudança de fluido. Com os actuais equipamentos de limpeza de circuitos de travões, é possível eliminar quase totalmente o fluido e a humidade existente nos tubos em pouco tempo, sem desmontar nada. Essa economia compensa uma mudança de fluido seguinte com um intervalo mais curto e o sistema pode assim manter-se em boas condições por muito tempo. Isso é especialmente recomendado nos travões com ABS, porque a corrosão dos componentes hidráulicos desses sistemas pode significar muito dinheiro e, antes disso, muitos problemas de travagem. Outro argumento importante é a segurança. Se o fluido tiver um teor de água elevado, o que acontece automaticamente com o tempo, a temperatura de ebulição do fluido desce dramaticamente e o cliente pode ficar sem travões no pior momento, mesmo que tenha mudado os discos e as pastilhas na semana anterior. O teste da fita que muda de cor ao ser mergulhada no fluido é uma excelente forma de demonstrar aos clientes os riscos que correm, usando fluidos fora de prazo (Fig. 3). O prazo recomendado pelos construtores pode variar entre 20.000 e 50.000km, para a mudança do fluido, dependendo da qualidade deste e do estado do próprio sistema de travagem. No entanto, nos carros que fazem uma quilometragem mais reduzida, o que se está a tornar normal, devido à subida dos combustíveis, o fluido envelhece mais cedo, porque podem decorrer dois anos ou mais até a quilometragem ser alcançada. Um ano ou no máximo 18 me-
Fig. 3 A melhor regra de segurança e de conservação dos travões é substituir o fluido de travões regulamente. Uma forma simples de motivar os clientes para a mudança do fluido e demonstrar o risco que correm é fazer o teste do fluido usado com fitas específicas, que mudam de cor, consoante o nível de humidade contida no fluido.
ses é um prazo razoável para a substituição do fluido, para um condutor consciente e responsável, que faz da sua segurança e dos outros um objectivo prioritário. Tecnologia ABS Os princípios básicos de funcionamento do sistema ABS são fáceis de compreender. O sistema electrónico vigia a velocidade de cada roda, por meio de um carreto montado no disco ou no cubo na roda, junto do qual está montado um sensor indutivo, que conta os dentes do rotor que passam à sua frente. A unidade processadora electrónica compara permanentemente os sinais desses sensores, o que significa que processa milhares de sinais
por segundo. Se uma das rodas começa a girar mais devagar durante uma travagem ou desaceleração e deixar de encaixar nos valores retidos na memória do processador, o módulo de controlo responde imediatamente, enviando sinais de comando electromagnéticos às válvulas hidráulicas do fluido de travões, as quais mantêm ou baixam a pressão hidráulica nessa roda, consoante a diferença de velocidade verificada. Logo que a roda acelera novamente, a pressão é de novo aumentada, repetindo-se este ciclo de subida e descida da pressão de travagem nessa roda à razão de 15 vezes por segundo. O ruído que o condutor ouve (tic-tic) quando as electroválvulas do ABS estão a actuar, corresponde
a esse ciclo de subida e descida da pressão de travagem na roda ou rodas em questão. O melhor condutor do mundo seria incapaz de fazer isso mais do que uma vez por segundo e mesmo assim estaria a controlar a pressão de todas as rodas e não apenas de uma especificamente. Isto significaria que a redução de velocidade seria muito menor, porque levantar o pé do travão o carro deixaria de travar. Além disso, a estabilidade do veículo ficaria comprometida, devido às oscilações da suspensão. Isso explica facilmente o sucesso do ABS, pois o condutor pode aplicar a máxima pressão no pedal de travão e concentrar-se no controlo direccional do veículo, enquanto o sistema controla automaticamente a aderência de cada roda. Numa travagem normal, em que nenhuma das rodas revela tendência para perder aderência, as válvulas hidráulicas que controlam a pressão de cada roda não interferem com a travagem e é como se lá não estivessem. A unidade electrónica do ABS mantém vigilante, mas não actua em condições normais. Se uma das rodas revela tendência para deslizar (perdendo rotação), a válvula do módulo hidráulico recebe um impulso eléctrico e diminui a passagem do fluido de travões para essa roda. Se isso não for suficiente para inverter a tendência do movimento da roda, a válvula corta totalmente a pressão para a pinça, abrindo-se a saída de descarga da válvula, para que o fluido possa entrar num acumulador e posteriormente regressar à bomba de travões. Este circuito alternativo de descarga destina-se a permitir que os travões recuem, quando a bomba central deixar de ser pressionada. Como se trata de um sistema electrónico, o ABS possui uma luz avisadora de avaria e uma memória com códigos de avarias, existindo diversas soluções, dependendo do construtor do veículo. Geralmente, é necessário um aparelho de diagnóstico e informação sobre os códigos de avaria, a fim de efectuar o diagnóstico e realizar a reparação. Cada construtor tem igualmente procedimentos específicos de sangrar os circuitos e outras operações de manutenção, sendo necessário consultar o manual do condutor ou o manual de reparação do veículo. A substituição dos sensores e outros componentes electrónicos obriga a instalar a nova peça no software do sistema, para que este passe a reconhecer a nova peça. Se isso não for efectuado, o sistema continua a dar sinal de avaria, mesmo que funcione correctamente.
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SERVIÇO
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TECNOLOGIA COMMON RAIL
Competências e equipamento A manutenção/reparação de sistemas Common Rail é um serviço especializado, que pode gerar bons índices de facturação, mas é necessário que a oficina esteja bem preparada para este tipo de serviço. Antes de se lançar neste nicho de negócio, convém efectuar um teste rápido de auto avaliação, colocando as seguintes questões:
O
pessoal técnico recebeu formação suficiente, através de entidade ou formador qualificados? A oficina tem acesso aos dados e especificações técnicas de origem e a procedimentos específicos da marca? A oficina tem os equipamentos necessários para levar a bom termo o diagnóstico e a reparação deste tipo de sistemas? A oficina tem equipamentos pessoais de segurança/higiene e capacidade de prestar primeiros socorros? A oficina possui sistemas e procedimentos de reciclagem de combustível contaminado e local de armazenamento específico? Que métodos utiliza a oficina para limpar as peças envolvidas na reparação? As instalações da oficina têm espaço, ventilação e iluminação suficientes para este tipo de serviço? Se ao tentar responder a estas questões restarem dúvidas ou se não se sentir seguro para realizar este género de serviço, o melhor é não começar. O risco de ocorrerem danos materiais e/ou pessoais é suficientemente elevado para não arriscar. Princípios de segurança A pressão do gasóleo no interior dos sistemas Common Rail pode oscilar entre 300 e 1.600 bar, atingindo temperaturas correspondentes a estas pressões. Isto pode provocar ferimentos nos operadores mais sérios e mais rapidamente do que guilhotinas e rampas de elevadores, por exemplo. Luvas, óculos de protecção e creme de protecção para a pele são precauções elementares, que não devem ser ignoradas de maneira nenhuma. Por outro lado, a voltagem de activação dos injectores e outros componentes electrónicos pode ter picos de risco, requerendo procedimentos e protecção adequados. Tal
como é normal em certas indústrias, as oficinas de reparação automóvel deveriam identificar e sinalizar os postos de trabalho com riscos mais elevados do que o habitual, a fim de evitar que outros operadores e ajudantes possam sofrer danos inadvertidamente. Há certos testes e verificações que têm que ser realizados com o motor a trabalhar normalmente, não devendo ser desapertadas ligações de fisco nessas alturas. Para que a pressão do sistema de injecção baixe significativamente, é necessário esperar menos de 1 minuto, o que não justifica precipitações. Outro ponto muito importante é a limpeza do posto de trabalho, incluindo o chão da oficina. Humidade e poeiras são inimigos mortais para estes sistemas de injecção de alta pressão, que devem ser evitados a todo o custo.
O serviço de diagnóstico e reparação de sistemas Common Rail exige precauções redobradas e equipamento de segurança por parte dos técnicos.
Procedimentos específicos Cada sistema Common Rail tem um fabricante e as respectivas especificações de origem. A Delphi, por exemplo, recomenda que todos os tubos de alta pressão sejam substituídos, após a desmontagem das linhas. As principais razões para esta recomendação são, em primeiro lugar, o facto do tubo se deformar ligeiramente ao ser apertado, assegurando uma vedação complementar permanente e segura. Em segundo lugar, ao reutilizar os tubos originais usados, estes têm que ser apertados com um binário superior ao original, o que pode danificar as roscas e os próprios vedantes, dando origem a fugas de gasóleo. Durante o funcionamento do motor, as extremidades dos tubos têm grandes probabilidades de se racharem ou griparem, permitindo a entrada de limalhas e outras impurezas para o circuito de alta pressão. obviamente, se isto é válido para sistemas Delphi, nada impede que o seja igualmente para outros sistemas. De qualquer modo, ao apertar os tubos de alta pressão, estes devem estar perfeitamente alinhados com as peças onde são montados, para reduzir a necessidade de utilizar binário de aperto excessivo. Por outro lado, as porcas, flanges e anilhas de vedação devem ser substituídas, pois é muito pouco provável que venham a garantir as necessária vedação. Equipamentos necessários Os furos dos injectores devem ser rectificados e necessitam e uma escova específica, para remover depósitos de carvão. O assento de alta pressão da agulha também deve necessitar de rectificação. É sempre necessário muito cuidado, para não deixar
cair aparas de metal e outros resíduos dentro da câmara de combustão. Mesmo assim, o êmbolo deve ser colocado no PMS, de modo que as válvulas fiquem ambas fechadas. Existem adaptadores para a mangueira de ar comprimido, que permite limpar totalmente todos os resíduos da câmara de combustão. Limpar totalmente todas as roscas da cabeça do motor e evitar colocar óleo nessas roscas. De facto, a pressão do óleo, ao apertar os injectores ou as velas de incandescência é suficiente para provocar fendas na cabeça do motor. Usar sempre panos limpos e sem fios ou papel absorvente específico (de engenharia) para limpar o motor ou protegê-lo. enquanto se realizam operações de rectificação ou outras que envolvam a formação de resíduos. Além disso, usar sempre as ferramentas adequadas para cada operação, especialmente para efectuar apertos. Peças danificadas Actualmente, muitos fornecedores de peças não pagam peças danificadas ou injectores desmontados, pelo menos de marcas de primeiro plano. As garantias do passado já não funcionam nos nossos dias, porque os defeitos de fabrico são despistados na origem. Portanto, é necessário prever nos orçamentos a margem necessária para essas eventualidades. A reparação de sistemas Common Rail diesel é lucrativa, mas é necessário possuir as competências e equipamentos indispensáveis. Para garantir a rentabilidade da oficina, o reparador deve repercutir nos seus preços o investimento realizado em formação e em equipamentos avançados de trabalho.
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MECÂNICA PRÁTICA Renault Clio II 1.6 16V
Substituir correias de distribuição A Renault tem um grande número de carros do modelo Clio II com o motor 1.6 16V a circular na Europa, mas com divergências na cilindrada. Ao substituir a correia de distribuição, ocorrem problemas de montagem graves demasiadas vezes, que danificam o sistema da distribuição e a própria correia.
P
ara garantir que a substituição das suas correias decorre em perfeita normalidade, a ContiTech fornece aos técnicos de montagem os procedimentos de montagem correctos. Passo a passo, os peritos da ContiTech explicam como tudo deve ser feito. A primeira recomendação é de que ao mudar a correia de distribuição a polia tensora, a polia guia e a bomba de água devem ser substituídas a mesmo tempo. A Renault recomenda a substituição da correia todos os 100.000km, para os modelos até 1999, e todos os 120.000km para os modelos posteriores. Para realizar esta operação, os técnicos de reparação devem possuir um pino para travar a cambota. Trata-se da ferramenta especial da Renault com o código MOT1489, bem como um afinador para a árvore de cames, que tem o código Renault de ferramentas MOT1496. O tempo de trabalho para efectuar a substituição é de 2,7 horas para o Clio, 3,6 h para o modelo Mégane, 3,9 h para o Mégane Scénic e 2,5 h para o Laguna. Preparativos Identificar em primeiro lugar o veículo, através do número do motor do bloco motor (Fig. 1). Em seguida, desligar a bateria de arranque do carro. Desmontagem Esvaziar o sistema de arrefecimento do motor e apoiar o motor. Desmontar em seguida o apoio do motor do lado direito e os acessórios da correia de periféricos (multi-V). Retirar as tampas da parte posterior das árvores de cames e do bloco motor (Fig. 2). Rodar a cambota para a direita, até à posição de montagem. Nesse ponto, os sulcos das árvores de cames devem estar alinhados um pelo outro (Fig. 3). Nota: Os sulcos das árvores de cames ficam um pouco abaixo do topo da cabeça do motor. Montar a seguir o pino de fixação da cambota (ferramenta Renault MOT1489 Fig. 4). A manivela da cambota deve estar para cima e encostada ao pino de fixação. Montar depois a ferramenta de comando das árvores de cames (ferramenta Renault MOT1496 - Fig. 5). Fixar igualmente o volante do motor, usando uma chave de parafusos grande ou outra ferramenta adequada, para desapertar e desmontar o parafuso da polia da correia montada na cambota. Nota: É importante que o volante esteja bem preso, para que o pino de fixação da cambota não se parta ou fique empenado, podendo ainda haver danos na ferramenta de controlo da distribuição e nas próprias
Fig. 1
Fig. 4
Fig. 2
Fig. 5
Fig. 3
Fig. 6
árvores de cames, devido à rotação indevida da cambota. Depois de retirar o parafuso e a polia da cambota, desmontar as tampas da correia de distribuição de cima e de baixo. Aliviar a porca da polia tensora, para que esta se afaste da correia da distribuição. Em seguida, desmontar a porca do tensor, a polia do tensor, a polia guia, a correia de distribuição usada e a bomba de água. Nota: Atenção para que o pinhão da cambota não saia da sua posição. Montagem da nova correia Verificar se o pino de fixação da cambota está na sua posição correcta. A cambota deve estar encostada firmemente contra o pino de fixação. Verificar também se os sulcos das árvores de cames estão alinhados, assim se a respectiva ferramenta de comando está correctamente montada. Montar de seguida a nova bomba de água, tendo o cuidado de limpar antes completamente a superfície do bloco motor onde se apoia a bomba (Fig. 7). Nota: Prestar muita atenção ao aperto do parafuso que suporta a polia tensora, situado na tampa da bomba de água (Fig. 8A). Montar a polia guia e apertar com o binário de 45 Nm. Sem seguida, montar a nova polia tensora e apertar a respectiva porca com 7 Nm, nesta altura.
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MECÂNICA PRÁTICA Fig. 7
Nota: Verificar se a patilha de segurança na parte de trás da polia tensora está perfeitamente encaixada no sulco existente na tampa da bomba de água (Fig. 8B). Desmontar agora o pinhão da cambota e eliminar o lubrificante da extremidade da cambota. Voltar a montar o pinhão da cambota da cambota. Montar a nova correia de distribuição, começando pelo pinhão da cambota e seguindo pela esquerda. Verificar se a correia de distribuição está bem justa do lado dentado. Limpar bem a polia da correia de distribuição da cambota e montá-la no seu lo-
Fig. 8
Fig. 10
Fig. 9
Fig. 11
cal. Verificar o comprimento do parafuso da polia da cambota, cujo comprimento máximo não deverá exceder 49,1 mm. Se for maior, deverá ser substituído por um novo, com esta especificação. Apertar a polia com o respectivo parafuso, que deve ficar com uma folga de 2-3 mm para a polia. O parafuso da polia não deve ser oleado antes de ser montado. Aliviar a porca da polia tensora. Agora, virar a polia para o lado direito até que o ponteiro móvel fique no batente do lado direito. Usar uma chave hexagonal de 6 mm. Nota: O ponteiro móvel deve ficar afastado do ponteiro fixo cerca de 7- 8 mm (Fig. 9).
Apertar a porca da polia tensora a 7 Nm de binário, nesta altura. Fixar o volante motor com uma chave de parafusos grande e apertar o parafuso da polia da correia da cambota, com um binário de 40 Nm, nesta altura. Retirar o pino de fixação da cambota e a ferramenta de sincronização das árvores de cames. Voltar a fixar o volante do motor com uma chave de parafusos grande e aplicar um aperto angular ao parafuso da polia da cambota de mais 120 - 150 graus. Fazer rodar a cambota duas voltas completas para a direita, até à posição de mon-
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tagem. Este procedimento é muito importante, porque se isto não for efectuado a correia começará a fazer ruídos, devido à falta de tensão. Voltar a colocar o pino da cambota no bloco motor, verificando que a manivela da cambota se apoia no pino. Verificar se a ferramenta de sincronização das árvores de cames pode ser colocada sem dificuldade. Fixar a polia tensora, usando uma chave hexagonal de 6 mm. Aliviar a porca da polia tensora. Virar a polia tensora para a esquerda, até que o ponteiro ficar alinhado com o entalhe (Fig. 10). Apertar então a porca da polia com o binário de 27 Nm. O pino da cambota já pode ser retirado. Voltar a dar duas voltas ao motor e acertar alguma coisa, se for necessário. Voltar a colocar a tampa do bloco motor rodando-a e montar duas novas tampas nas extremidades das árvores de cames. Voltar a montar os componentes desmontados, na ordem inversa da desmontagem. Colocar novo fluido no circuito de refrigeração e sangrar o sistema, até ficar sem bolhas de ar. Preencher a etiqueta de substituição da correia da distribuição ContiTech (quilometragem actual e data da operação), afixando-a num local visível do compartimento do motor (Fig. 11). Para finalizar, colocar o motor em funcionamento e/ou efectuar um teste de estrada. Fonte: ContiTech PUB
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MECÂNICA PRÁTICA SEGMENTOS DE ÊMBOLO
Um esforço controlado Os segmentos do êmbolo do motor requerem exigências técnicas muito elevadas. Apenas com uma adaptação perfeita das especificações dos segmentos a cada motor consegue proporcionar uma vida útil prolongada dos mesmos e o cumprimento das normas de protecção ambiental.
A
concepção dos segmentos de êmbolo, as suas dimensões e a composição dos materiais, obedecendo a um processo de fabrico de elevada precisão, são condições indispensáveis para que o esforço dos segmentos durante o funcionamento do motor esteja perfeitamente controlado (Fig. 1). Para evitar que o metal dos segmentos sofra queimaduras pontuais, a sua superfície de contacto pode ser enchida com Molibdénio ou totalmente revestida com o mesmo. Estas operações podem ser realizada, seja pelo processo de metalização à chama, seja pela projecção de plasma. Em virtude do seu ponto de fusão muito elevado (2.620º C), o Molibdénio permite uma alta resistência da estrutura porosa, optimizando a lubrificação da superfície de contacto dos segmentos. Muito mais que uma simples vedação Uma das principais funções dos segmentos do êmbolo é a gestão do calor da combustão. Efectivamente, a maior parte do calor absorvido pelo êmbolo (até 70%) durante a combustão é transmitida para a parede dos cilindros pelos segmentos (Fig. 2). Sem essa contínua dissipação de calor, os êmbolos de liga de alumínio, indispensáveis para aumentar o rendimento do motor, entrariam em fusão após alguns minutos de funcionamento do motor. Por outro lado, a forte pressão dos gases de combustão é um factor de desgaste e stress dos materiais, mas torna-se indispensável para garantir o correcto funcionamento dos segmentos de compressão, maximizando o efeito de vedação dos cilindros. Na realidade, a pressão elástica dos segmentos apenas exerce a pressão inicial necessária para encostar o segmento à parede do cilindro. Toda a força de compressão efectiva do segmento na parede do cilindro (cerca de 90%) é proporcionada pela pressão dos gases de combustão, que se concentram na parte posterior do segmento (Fig. 3). Ao contrário do que se poderia supor, a película de óleo que reveste a parede dos
FIG. 3 Efeito de compressão dos gases de combustão
FIG. 2 Transmissão de calor em cada segmento. Os segmentos de compressão transmitem até 70% do calor do êmbolo ao bloco do motor.
Calor total absorvido
FIG. 4 Funcionamento do segmento duplo de limpeza de óleo
FIG. 1 Processo de fabrico de segmentos A - Colocação do metal fundido em moldes B - Maquinação das superfícies de contacto dos segmentos C - Rectificação do interior do segmento D - Máquina de fosfatação.
cilindros não pode exceder 1-2 micros, a fim de garantir um consumo reduzido de lubrificante e a máxima vedação dos gases, para além de assegurar longa duração às peças móveis do motor. Para conseguir manter a mesma quantidade de óleo constante na parede do cilindro, os segmentos de limpeza possuem duas arestas, por entre as quais o excesso de lubrificante é enviado para a parte interior do êmbolo, voltando para o cárter do óleo por gravidade (Fig. 4). Fonte: KS
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MECÂNICA PRÁTICA
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DIAGNÓSTICO E RESOLUÇÃO DE AVARIAS Problemas por rectificação incorrecta 1. Contacto do êmbolo com a cabeça do motor Após uma rectificação para regularizar a superfície do bloco motor, a montagem de êmbolos com altura normal de compressão pode dar origem ao contacto destes com a cabeça do motor. Idêntica situação pode ser encontrada nos casos em que é montada um junta de cabeça do motor com espessura inferior à especificada. Nas sequência dos impactos violentos do êmbolo na cabeça do motor os segmentos tornam-se instáveis e deixam de assegurar a necessária vedação do cilindro.
Consequências: Consumo elevado de lubrificante e desgaste acelerado do cilindro. Isto é provocado pela passagem de mistura para a parede do cilindro, provocando a diluição da película lubrificante.
2. Folga insuficiente no corte do segmento A folga do corte dos segmentos pode ser comparada à folga das válvulas, uma vez que em ambos os casos essa folga destina-se a compensar a dilatação do metal provocada pela subida da temperatura do motor, que altera o comprimento total da peça. Portanto, o corte do segmento destina-se a impedir que o segmento fique comprimido contra a parede do cilindro, após sofrer a esperada dilatação térmica. Se a folga do corte do segmento for insuficiente a frio, devido à montagem de êmbolos e/ou segmentos não especificados pelo construtor, verifica-se um desgaste prematuro dos segmentos e falta de vedação do cilindro, provocando a avaria do motor.
Consequências: Desgaste excessivo dos segmentos, gripagem do êmbolo e consumo elevado de lubrificante.
3. Curso do êmbolo oblíquo A haste das bielas pode empenar, devido a problemas de combustão, mecânicos e desgaste dos rolamentos da cambota, na sequência de prolongada degradação do motor. A deformação da biela obriga o êmbolo a trabalhar inclinado dentro do cilindro. Nestas condições, os segmentos tornam-se instáveis e deixam de cumprir correctamente a sua função.
Consequências: Desgaste excessivo e ruptura dos segmentos, provocando consumo de lubrificante excessivo e perda de rendimento do motor.
Solução: Montar êmbolos que respeitem o curso total correcto e montagem de junta de cabeça do motor com a espessura especificada.
Solução: A folga do corte do segmento especificada tem que ser imperativamente respeitada. A redução dessa folga durante uma reparação ao motor constitui uma prática errada e ilícita.
Solução: Controlo obrigatório da geometria das bielas antes da montagem e substituição das peças deformadas.
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MECÂNICA PRÁTICA
DIAGNÓSTICO E RESOLUÇÃO DE AVARIAS Montagem de peças usadas 1. Cilindros descentrados Ao efectuar a rectificação dos cilindros, a geometria destes deve ficar perfeita. Os segmentos podem compensar pequenas diferenças na forma circular do cilindro, mas a vedação do cilindro deixa de ser possível a partir da ovalização de terceira ou quarta categoria. Este desgaste irregular do cilindro pode ser devido a um aperto excessivo dos parafusos da cabeça do motor. Em consequência, formam-se pequenos espaços em forma de lua minguante, entre o segmento (perfeitamente circular) e a parede do cilindro.
Tipos de ovalização:
Terceira categoria
Quarta categoria
Consequência: Fraco rendimento do motor, consumo de óleo excessivo, dificuldade para pegar e outras avarias do motor. Solução: Respeitar sempre os binários de aperto dos parafusos da cabeça do motor e evitar deformações dos cilindros, ao efectuar a rectificação destes.
2 . Folga excessiva do corte do segmento Esta situação verifica-se geralmente em motores com elevadas quilometragens, durante as quais se processou um desgaste uniforme dos cilindros e dos segmentos. Nestes casos, a folga pode ser dupla ou tripla da folga original, provocando falta de compressão, perda de potência do motor e consumo excessivo de óleo. Se os cilindros estiverem em bom estado, a solução é substituir os êmbolos e os segmentos, seguindo as medidas recomendadas para o estado de desgaste dos cilindros. Quando os cilindros estão em mau estado, estes devem ser rectificados ou as camisas substituídas.
3. Cilindros com elevado desgaste Quando são montados êmbolos e segmentos novos no motor e os cilindros apresentam elevado desgaste (calo), os segmentos batem na saliência do material do cilindro que não sofreu desgaste. Isto provoca a instabilidade dos segmentos na respectiva caixa e a vedação do cilindro deixa de ser perfeita.
Consequência: Consumo muito elevado de óleo e degradação rápida dos segmentos. Solução: Rectificar ou substituir os cilindros/camisas.
Erros de manutenção 1. Impurezas no ar de admissão Os detritos acumulados na câmara de combustão entram para as caixas dos segmentos, provocando um desgaste por abrasão das arestas do segmento. Isto dá origem a um aumento considerável da folga radial deste e perturba os movimentos do segmento na sua caixa. Além disso, os segmentos torcem-se durante o funcionamento do êmbolo e começam a ficar instáveis. Quando as arestas dos segmentos estão muito gastas (arredondadas), a possibilidade deles se partirem é bastante mais elevada.
2. Segmentos presos Exceptuando nos motores a dois tempos, os segmentos devem rodar livremente nas respectivas caixas. Se isto não suceder, devido à acumulação de detritos ou depósitos de calcário, os segmentos deixam de assegurar a correcta vedação do cilindro e começam a sofrer um desgaste irregular localizado. Nestas situações, os gases de combustão passam pelos segmentos de limpeza do óleo e estes deixam de cumprir a sua função, deixando os cilindros mal lubrificados.
Consequência: Aumento do consumo de óleo e perda de rendimento do motor. Solução: Substituição do filtro de ar nos intervalos especificados de manutenção. Em locais com muita poeira (obras, estaleiros, pedreiras, etc.), a substituição do filtro deve ser efectuada a intervalos mais curtos ou optar por filtros de ar em banho de óleo.
Consequência: Gripagem do êmbolo, degradação do cilindro e elevado consumo de lubrificante. Solução: Manutenção regular do motor, incluindo mudança dos filtros de ar e de óleo nos intervalos recomendados, assim como a utilização de lubrificante especificado para o motor, devendo este também ser mudado nos intervalos correctos.
Atrito misto
Atrito por deslizamento
Problemas de combustão 1. Detonações e ignição por incandescência Quando a combustão ocorre por detonação ou é provocada por ignição de incandescência (fora do tempo), originam-se picos de pressão muito elevados na câmara de combustão, que provocam impactos mecânicos em várias peças do motor. Geralmente, os segmentos começam a vibrar e partem-se. Mesmo nos segmentos revestidos a Molibdénio, a própria camada deste metal pode partir-se.
Consequência: Gripagem do êmbolo, perda de potência do motor e aumento do consumo de lubrificante.
2. Excesso de combustível Quando a combustão é incompleta ou a mistura excessivamente rica, a película de lubrificante dos cilindros dissolve-se e o êmbolo passa a deslizar sobre a parede do cilindro em seco.
Consequência: Desgaste acelerado dos segmentos e dos cilindros, com elevado consumo de lubrificante.
Solução: Utilizar combustíveis de qualidade adequada e substituir/limpar as velas de ignição nos intervalos recomendados.
Solução: Afinação do motor e/ou substituição de injectores. Verificar igualmente o filtro de ar, sensor de massa de ar e vedação da conduta de admissão.
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REPINTURA
Colaboração:
IDENTIFICAÇÃO DA COR
Critério de qualidade crítico O espectrofotómetro é uma ferramenta essencial para todos os pintores que precisam de uma correspondência de cor perfeita e rápida, aliada às técnicas de medida mais avançadas. A ferramenta é colocada sobre o veículo, em vários pontos diferentes perto da área danificada, onde se obtêm as leituras de cor.
P
ara se conseguir uma reparação de qualidade hoje em dia, exigida por todos os clientes, mas especialmente pelos especialistas das gestoras de frotas e das seguradoras, é necessário possuir bons conhecimentos a respeito das técnicas de aplicação e tratamento de produtos de pintura, bem como de acabamento de superfícies. Tudo isso no entanto é insuficiente, se os técnicos de repintura não possuírem sólida formação de colorimetria e equipamentos adequados para determinarem com exactidão a cor da pintura original, das várias centenas que existem actualmente no mercado. É esse casamento perfeito entre a cor original e a cor da tinta aplicada durante a reparação que permite restituir a condição de origem ao veículo, um dos critérios principais da qualidade da intervenção. Felizmente, os fabricantes de sistemas e produtos de pintura oferecem aos reparadores uma ampla gama de ferramentas de identificação da cor, tais como os cartões padrão, os programas informáticos de busca de fórmulas de cor, base de dados na Internet e apoio técnico online, entre outras. Mais recentemente, foi lançado no mercado o espectrofotómetro, que identifica de uma forma simples, directa, rápida e exacta a cor do acabamento de qualquer viatura. Na realidade, trata-se de um aparelho de visão electrónica, que identifica no espectro cromático global as tonalidades que compõem uma cor específica. Processo de identificação da cor Presentemente, o processo de identificação da tinta original, ou de uma intervenção anterior, começa pela busca do código da tinta no próprio veículo, pela identificação da variante ou tonalidade alternativa
que mais se aproxima da cor dos cartões padrão e pela realização de uma prova pintada numa placa, a fim de efectuar a comparação com a cor da carroçaria do veículo. Todos estes passos se processam visualmente, pelo que é necessário trabalhar em locais com uma boa iluminação. Nos casos em que não existe código, ou se verifica uma certa variação entre o código e a cor do veículo, ou ainda entre a tinta preparada e a do veículo, como é que podemos avaliar as diferenças entre ambas as cores? Para resolver esta questão, são necessários conhecimentos de colorimetria, que permitam identificar os desvios entre ambas as cores, para se poder tomar a decisão mais acertada. Isso, no entanto, poderia exigir alguns procedimentos suplementares e algum tempo precioso, pelo que a utilização do espectrofotómetro surge como a melhor alternativa à visão humana natural. De facto, este aparelho indica-nos automaticamente a formulação da cor mais ajustada, de forma segura e precisa, sem necessidade de empregar outros métodos mais lentos, como o dos cartões padrão (Fig. 1). Mesmo assim, para compreender o funcionamento do espectrofotómetro, temos que entender como realizamos a diferenciação das cores com os nossos próprios olhos. Como actua o olho humano? Na percepção que temos das diversas cores entram três elementos fundamentais: a luz, o objecto e o olho. Dessa forma, a cor dos objectos que vemos não depende unicamente das propriedades intrínsecas do objecto, mas também da luz que incide nesse objecto e no olho que o observa. Na verdade, o que nós percebemos como cor não é mais do que o resultado da interpretação que o nosso cérebro reali-
FIG 1 O espectrofotómetro é o sistema mais avançado de identificação de cores, indicando os valores numéricos correspondentes a cada cor.
Espectro visível pelo homem (Luz) Infravermelhos
Ultravioleta
Raios cósmicos
Raios Gamma
Raios X
UVA/B/C Ultravioleta
Infravermelhos
Radar Microondas
UHF VHF
Ondas médias Ondas curtas Ondas longas
Frequência extremamente baixa
Radio
Comprimento de onda (m) Frequência (Hz)
FIG 2 Os objectos recebem a luz e absorvem uma parte desta, reflectindo a restante, de acordo com as suas propriedades, que é captada pelo olho humano.
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za a partir de uma série de fenómenos captados pelos nossos receptores sensoriais, os olhos. O fenómeno físico que é capaz de impressionar directamente os nossos receptores sensoriais é a luz que ilumina os objectos, sendo depois reflectida por eles, segundo as suas características e propriedades, o que nos permite ver cores diferentes. Importa, pois, saber que a luz é um tipo de radiação electromagnética, que é definida pelos seus comprimentos de onda. A radiação compreendida entre 380 mm e 750 mm de comprimento de onda é a única perceptível pelos nossos olhos, recebendo por isso o nome de espectro visível de luz. Os valores mais baixos correspondem à radiação ultraviloleta e os valores mais elevados constituem a radiação infravermelha, sendo invisíveis para a visão humana. Dentro do espectro visível, os diversos comprimentos de onda correspondem a diferentes cores, desde o violeta (400 mm) até ao vermelho (700 mm). Quanto aos objectos, eles recebem a luz e absorvem uma parte desta, reflectindo a restante, de acordo com as suas propriedades, que é captada pelo olho humano (Fig. 2). Dentro deste, existem células que contêm substâncias sensíveis às radiações electromagnéticas do espectro visível , sendo denominadas bastões e cones. As primeiras percebem a intensidade da luz, sendo responsáveis pela visão a intensidades de luz baixas. Os cones, por seu turno, são necessários para a diferenciação das diferentes cores. Basicamente, existem três categorias de cones, sendo cada uma delas sensível a uma determinada franja do espectro visível, correspondentes ao azul, verde e vermelho. É por essa razão que se diz que temos uma visão tricromática. É segundo esse princípio que funcionam os televisores do sistema RGB (Red-GreenBlue). As restantes cores percebemo-las quando mais de uma categoria de cones é estimulada pelas radiações luminosas. Vemos um objecto amarelo, por exemplo, quando ele absorve as radiações correspondentes ao azul, reflectindo as vermelhas e verdes, cuja mistura captada pelos nossos olhos resultam na cor amarela. O que é a colorimetria? É a ciência que estuda a medição cor, desenvolvendo métodos de quantificação desta, ou seja, a obtenção de valores numéricos, com base na quantidade de luz reflectida por um objecto. Uma vez que a cor é em grande parte um fenómeno subjectivo, porque se trata de uma percepção sensorial individual, a colorimetria transforma as percepções em números, tendo em vista poder medir, comparar e reproduzir as diferentes tonalidades de cores. A verificação e comparação das cores pode ser efectuada visualmente, mas também já existem equipamentos desenvolvidos para nos darem valores numéricos das respectivas diferenças. Os dois tipos de aparelhos para medir as cores são os colorímetros e os espectrofotómetros de reflexão. O colorímetro mede a resposta para cada um dos três valores de triplo estímulo (azul, verde e vermelho), enquanto que o espectrofotómetro consegue medir a resposta em todo a gama de radiações do espectro visível, recolhendo mais infor-
REPINTURA
Colaboração:
Espelho
Monocromático
Esfera integradora
Fonte de luz
Matriz de fotodetectores
Iluminação difusa
Mostra de cor
Análise do espectro da amostra
FIG 3 O processo de identificação da cor do espectrofotómetro é basicamente idêntico ao realizado pelo olho humano.
mação. Devido a esse facto, este último é mais preciso do que o colorímetro. Funcionamento do espectrofotómetro Basicamente, o espectrofotómetro identifica as cores da mesma forma que o olho humano, fazendo incidir uma luz branca no objecto da amostra, calculando em seguida a quantidade de luz reflectida numa série de intervalos de comprimentos de onda. Normalmente, são obtidos intervalos de 10 nanómetros dentro do espectro visível, desde os 400 mm, até aos 700 mm (410, 420, 430, 440, etc….). Isto consegue-se fazendo passar a luz reflectida através de um dispositivo que a divide em diversos intervalos de comprimentos de onda. No final, com os valores recolhidos, é possível reproduzir o espectro de reflexão, isto é, a representação gráfica da quantidade de luz reflectida pelo objecto, relativamente à quantidade de luz inci-
dente (Fig. 3). Além disso, para se obter uma leitura correcta, é importante calibrar previamente o espectrofotómetro como placas de afinação brancas e pretas, cuja reflexão e cada segmento de comprimentos de onda já se conhecem. Sistemas de identificação de cor Devido ao enorme impacto que os sistemas de identificação de cor têm na qualidade final de serviço e na produtividade da oficina de repintura, as principais marcas fornecedoras de produtos de pintura do mercado dispõem de ferramentas completas nesse domínio. Tal é o caso da DuPont e o seu sistema ChromaVision, da PPG e do seu sistema Prophet II, ou da Standox e do seu Genius+, entre outros fornecedores. Além do espectrofotómetro ou outro dispositivo de medição da cor, que fornece os valores numéricos relativos a uma cor, são necessários programas
FIG 4/5 Cada fabricante de sistemas de pintura automóvel tem o seu sistema completo de identificação da cor, sendo necessário obter informações e formação específica para cada sistema, a fim de comparar as respectivas vantagens ou desvantagens comparativas. É sempre preferível optar pelos sistemas da última geração.
informáticos e bases de dados importantes, que efectuam rapidamente a comparação dos valores recolhidos com dos dados memorizados, permitindo uma rápida identificação da cor e da sua variante mais aproximada, incluindo a respectiva fórmula de mistura (Figs. 4 e 5). Devido à complexidade das pinturas actuais, que incluem produtos de efeitos, metalizados e nacarados, os espectrofotómetros das últimas gerações são multiangulares, que permitem efectuar medições em vários ângulos de incidência da luz. A grande vantagem destes novos aparelhos é a possibilidade de identificar rapidamente cores complexas, que poderiam demorar dias a identificar correctamente, depois de muitas tentativas frustradas. Os principais passos do processo de identificação da cor com um espectrofotómetro podem ser resumidos da seguinte maneira: - Calibrar o aparelho com os padrões pretos e brancos para afinar a medição. - Limpar perfeitamente a superfície do veículo cuja cor se pretende identificar. Caso existam riscos na tinta ou perda de brilho, é necessário polir a pintura antes de efectuar a medição, a fim de evitar erros de medição. - Colocar o aparelho numa superfície plana, próxima da zona que vai ser efectuada a repintura. Em seguida, fazem-se várias leituras, mudando a posição do aparelho, para conseguir apanhar todos os ângulos de incidência da luz. É importante que a temperatura da superfície do veículo não esteja muito quente, nem muito fria, para evitar erros na identificação da cor. - Ligar seguidamente o aparelho ao sistema informático, geralmente com base num PC. É possível fazer a medição de vários veículos a repintar, descarregando-se todos os dados em conjunto no sistema informático, porque o programa irá apresentar os resultados da identificação de cor separadamente. - Dependendo do programa, são possíveis vários tipos de buscas. Após a análise dos dados das leituras realizadas, o programa indicará as fórmulas de cor (código e variante) que mais se aproximam da cor procurada. O grau de aproximação é indicado e permite a sua formulação de acordo com a linha de produto seleccionada. Para uma busca mais rápida e precisa, é conveniente indicar o fabricante do veículo. - As fórmulas podem ser aperfeiçoadas posteriormente, a fim de corrigir a cor e aproximá-la da cor da carroçaria. Para isso, no entanto, é necessário efectuar pintar placas de amostra e verificar os resultados obtidos. Finalmente, existem todas as técnicas de aplicação e tratamento dos produtos que também têm influência no resultado da cor e que os técnicos de repintura devem usar para obter o melhor resultado possível.
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CARROÇARIA
Colaboração:
ESTRATÉGIA ANTI CORROSÃO
A longa vida do bom aço Apesar do avanço gradual de outros materiais mais resistentes à corrosão, o aço ainda continua a ser o material mais utilizado nas carroçarias de veículos, principalmente devido às suas excelentes qualidades mecânicas (resistência e ductilidade, ou facilidade de conformação), assim como ao seu custo mais económico, relativamente a outras opções.
A
pesar de um sucesso que não tem fim à vista, o aço tem uma fragilidade ou doença congénita, que é a corrosão, uma espécie de lepra do metal, que o vai corroendo até inutilizar as peças mais sólidas. Não é de estranhar portanto que os construtores de automóveis estejam a reforçar de forma clara a sua estratégia anti corrosão, investindo em melhores soluções de protecção contra a corrosão das chapas de aço e oferecendo períodos mais longos de garantia por corrosão nas carroçarias. A corrosão é um processo químico derivado a progressiva oxidação das partículas de ferro que constituem o aço, que se combinam facilmente com o oxigénio da atmosfera, especialmente em ambientes quentes e húmidos, que se encontram facilmente nas zonas costeiras e urbanizadas de todo o Mundo. A corrosão altera naturalmente a estrutura do metal e diminui as suas capacidades físicas e mecânicas. No caso das carroçarias monobloco, que são utilizadas de uma forma geral em todos os veículos ligeiros de passageiros, o enfraquecimento progressivo das peças estruturais do veículo levanta graves questões de segurança, tanto activa, como passiva, devido a deformações ou rupturas, enquanto que o corrosão dos painéis exteriores da carroçaria afecta a pintura e o aspecto exterior desta. Etapas da prevenção A estratégia de combate à corrosão começa logo na fase de estudo e concepção de um novo modelo, evitando-se soluções nas quais anteriormente se verificou ter havido maior incidência de fenómenos de corrosão. Uma das formas de alcançar o objectivo de uma maior duração da carroçaria é reduzir o número de peças e componentes da estrutura, evitando-se os pontos de soldadura, isto é, os pontos onde o aço fica mais vulnerável ao ataque da corrosão. Além disso, as zonas onde se efectuaram soldaduras ficam geralmente pouco expostas ao contacto com os agentes atmosféricos adversos, ar e água. Um dos pontos críticos das carroçarias, as cavidades e os pontos ocos, onde pode ocorrer a acumulação de poeiras e humidade, formando uma lama de longa duração, que é um dos piores agentes iniciadores da corrosão, são reduzidos ao mínimo e fechados ao máximo, como massas e outros elementos isolantes. A forma mais eficaz de proteger essas cavidades e ocos consiste em injectar substâncias inertes, como o poliuretano expandido, que ocupa todo o espaço e evita a entrada do ar, poeiras e humidade. Evitando-se assim tanto quanto possível os problemas de corrosão derivados
Produtos geralmente utilizados na protecção anticorrosiva: primários electro-soldáveis, massas de isolamento, vedantes de estanquecidade, revestimentos da parte inferior da carroçaria e cera de cavidades. de uma concepção menos cuidada, a fase seguinte da prevenção consiste em recorrer às soluções tecnológicas mais adequadas à protecção das peças da carroçaria, sendo geralmente utilizadas as seguintes opções: • Substituição do aço por outro material ou materiais mais resistentes ou mesmo imunes à corrosão (alumínio ou plástico) nos pontos onde de antemão é previsível o seu aparecimento, como é o caso do depósito de combustível, cavidades das rodas, guarda-lamas e párachoques. • Utilização de revestimentos metálicos de protecção para o aço, que o tornem mais resistente à corrosão, sendo os tra-
tamentos mais utilizados os à base de zinco. • Aplicação de produtos não metálicos de protecção no exterior da chapa, especialmente na parte inferior da carroçaria. A protecção dos revestimentos metálicos, também chamada protecção catódica, porque a combinação dos metais torna o aço cátodo e o outro metal (geralmente o zinco ) ânodo, sendo este o sacrificado pela corrosão, a fim de proteger o aço. O metal de revestimento é por isso chamado " ânodo de sacrifício ". O facto do tratamento catódico proteger a chapa, não dispensa a protecção dos produtos de pintu-
Principais revestimentos de chapas utilizados: galvanização a quente, galvannealed e eletro-zincagem. ra, sendo mais uma protecção suplementar, para o caso da pintura sofrer danos. Além do zinco, que é o material que apresenta melhores condições técnicas e económicas para ser aplicado no aço, também são utilizados o alumínio e o cádmio, entre outros. Por seu turno, os tratamentos à base de zinco podem obedecer a diversas tecnologias, sendo mais comuns a seguintes técnicas: Galvanizado a quente - A chapa de aço é mergulhada num banho de zinco fundido a cerca de 450º C. Electro-zincagem - Neste caso o zinco é aplicado na chapa de aço pelo processo de electro-deposição, numa chapa de aço laminada a frio.
CARROÇARIA
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Colaboração:
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Revestimento com ligas - Outros metais, como o alumínio, são adicionados ao banho de zinco, durante o processo de galvanização. "Galvannealed" - Trata-se de um tratamento térmico aplicado à chapa já galvanizada, destinado a criar uma camada externa de zinco puro, podendo ser também de liga de ferro e zinco, a fim de melhorar o comportamento da chapa durante as operações de prensagem e de soldadura. Para tornar o processo de produção industrial destas chapas revestidas mais produtivo e mais rentável, favorecendo a sua maior difusão, a chapa de aço utilizada é geralmente fornecida em bobinas, sendo os revestimentos aplicados em contínuo. Os revestimentos não metálicos são geralmente aplicados por cima das chapas já revestidas, tendo em vista aumentar o grau de protecção do aço. No caso de certos produtos, mais espessos, a sua função é também amortecer os impactos de pedras e outros objectos, funcionando como um amortecedor. Os revestimentos não metálicos mais utilizados são os primários, as massas e mastiques, vedantes, massas electro-soldáveis, isolantes e cera, sendo esta geralmente usada nas cavidades e no interior das portas. As massas electro-soldáveis destinam-se a proteger a face interna das uniões soldadas por pontos, que já não poderão ser pintadas após a soldadura. Estes produtos podem apresentar-se na forma de massas aplicadas à
As protecções do fundo da carroçaria são aplicadas na parte inferior central do veículo, tanto pelo interior, como pelo exterior. Produtos anti gravilha são aplicados nas embaladeiras em baixo das portas, sob os párachoques, partes laterais inferiores de traseiras e cavidades das rodas. espátula, primários aplicados à pistola, ou fitas adesivas aplicadas manualmente. Outra importante função dos produtos não metálicos de revestimento é o isolamento e vedação de juntas e orifícios, actuando ainda como elemento amortecedor de ruídos e vibrações na carroçaria. Existe uma grande variedade destes produtos, sendo as tendências mais recentes os vedantes à base de poliuretanos, os vedantes pulverizáveis e os cordões de borracha sintética butílica. No revestimento da parte inferior da carroçaria foram e ainda são utilizados produtos asfálticos com diversas cargas para aumentar a sua resistência, mas a última tendência é aplicar placas de plástico, que têm a vantagem de melhorar o comportamento aerodinâmico do veículo,
para além do isolamento e da protecção que proporcionam. Todos estes produtos podem ser pintados por cima, a fim de melhorar o aspecto final da carroçaria, mesmo nos pontos habitualmente menos visíveis. Prevenção durante a reparação Apesar da protecção original ser cada vez mais eficiente e proporcionar maior duração das carroçarias, o seu efeito perde-se em caso de haver danos por acidentes. Em pequenos danos é relativamente simples reconstituir os elementos de protecção de origem, mas em danos mais profundos isso é quase impossível, uma das razões pela quais a perda total é cada vez mais frequente. Efectivamente, a experiência e estudos
realizados sobre o assunto demonstram que o fenómeno da corrosão em carroçarias pode tornar-se num problema grave, casos não sejam aplicados todos os tratamentos e elementos de protecção anticorrosivos recomendados pelo construtor. Para além da oxidação do aço pelo oxigénio da atmosfera, a poluição ambiente tem na verdade um impacto muito directo nos fenómenos de corrosão. Por outro lado, os consumidores finais e os utilizadores das viaturas sabem que a corrosão é um factor crítico de desvalorização dos seus carros, havendo países em que a legislação exige uma período de garantia mínimo contra o aparecimento da corrosão. Adicionalmente, os processos e padrões de reparação de carroçarias utilizados pelas marcas e reparadores autorizados criam pressão no mercado, no sentido de se garantir nas reparações o mesmo nível de protecção contra a corrosão da origem. PUB
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CONSULTÓRIO TÉCNICO PERGUNTE À TRW
Problemas de travões Mais uma vez com a ajuda do experiente Brian Newell, Director Técnico da TRW Automotive Aftermarket, vamos tentar perceber como evitar problemas de vibração nos travões, na sequência da montagem de pastilhas e/ou discos
P
ergunta: Temos verificado um número anormal de casos em vibrações no pedal do travão, depois da montagem de discos e pastilhas novos. Isso verificou-se com várias marcas de discos e pastilhas e não noto qualquer diferença entre elas. Em vários casos, a garantia é recusada nos discos devolvidos. Geralmente, mudamos os discos e as pastilhas ao mesmo tempo, Estaremos a fazer alguma coisa mal? Resposta: É um caso interessante do ponto de vista técnico, embora as causas possam ser atribuídas a vários factores. Claro que partimos do princípio que o técnico que faz a substituição das peças tem formação adequada e alguma experiência da função. Também é muito importante que as peças sejam as especificadas pelo construtor, tanto do ponto de vista da qualidade, como de outras características essenciais, como as dimensões. Por outro lado, é curioso que a garantia tenha sido rejeitada na devolução dos discos. É sempre importante saber as razões pelas quais a garantia é recusada, pois o problema pode resultar da peça, do carro ou da própria montagem. Como a investigação rigorosa da reclamação envolve custos, geralmente as marcas preferem trocar as peças sem mais demoras. De qualquer forma, na montagem de discos novos há um factor crítico a considerar, que é a superfície de contacto do disco com o cubo da roda. É fundamental que a superfície do cubo esteja completamente limpa antes da montagem do disco. Recomendamos a utilização do fluido de limpeza de travões TRW Brake Cleaner, que torna a operação de limpeza rápida e eficaz. No caso de haver oxidação e/ou corrosão, deve ser usada uma escova metálica para remover todos os vestígios de ferrugem e corrosão. A limpeza é uma operação de rotina, boas práticas e senso comum, mas a verificação da existência da corrosão é crucial por duas razões. A primeira e mais óbvia razão é que a corrosão impede que o disco fique completamente apoiado no cubo, o que provoca a sua oscilação lateral ao girar. Basta uma diferença de 0,0015mm no PUB
É importante que a oficina tenha equipamento específico para medir a oscilação lateral do disco (run-out). Este parâmetro é medido com o disco já montado e correctamente apertado, não devendo o desvio lateral em todo o perímetro do disco ultrapassar 0,1mm.
cubo para provocar uma oscilação do disco de 0,15mm. Em segundo lugar, porque a corrosão pode resultar de pernos da roda mal apertados durante um certo período, especialmente nas aplicações em que o disco não tem parafusos, sendo apertado juntamente com a roda. Havendo folga entre o disco e a superfície exterior do cubo a humidade e resíduos acumulam-se, provocando a corrosão, Esta, por sua vez, impede o correcto aperto do disco, mesmo que seja aplicado o binário inicial especificado, acabando por ficar com folga permanentemente. Quando a corrosão atinge proporções sérias, o cubo tem que ser substituído. É importante que a oficina tenha equipamento específico para medir a oscilação lateral do disco (run-out). Este parâmetro é medido com o disco já montado e correctamente apertado, não devendo o desvio lateral em todo o perímetro do disco ultrapassar 0,1mm. Outras vezes, o desvio lateral da roda é já provocado pelo cubo, que deve ser substituído. O desvio lateral do cubo da roda não deve exceder 0,002mm. Outra causa comum para o desvio lateral do disco de travão é o rolamento de roda com folgas, devido a desgaste e/ou aperto incorrecto. Se não forem conseguidas as especificações do construtor, o rolamento também deve ser substituído. Por outro lado, mesmo que tudo isso esteja em perfeito estado (cubo, rolamento e disco) é frequente surgirem problemas de vibração no disco, devido a excesso de massa lubrificante aplicada na superfície do cubo, após a limpeza deste. O lubrificante é um meio correcto para prevenir a corrosão do cubo, mas deve ficar aplicado apenas numa fina e uniforme película. A massa que é aplicada em muitos casos é um verdadeiro desperdício e impede o pleno contacto do disco com o cubo da roda, provocando a oscilação lateral deste. Em certos casos, o disco pode mesmo deformar-se em certas travagens, devido ao problema da massa em excesso no cubo da roda. Portanto, vale a pena investir mais cinco minutos de serviço e deixar o disco bem montado, economizando massa lubrificante…
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Jornal das Oficinas Janeiro 2011
ACTUALIDADE Destaques
Interguincho abre oficina
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nquadrado no esforço de investimento e crescimento qualitativo da Rede Oficial de Concessionários e Reparadores Hyundai, a Concessão Interguincho que até então, apenas continha serviço de vendas, alarga agora a sua área de actuação ao serviço de assistência técnica e pós-venda, com a abertura de um Centro de Assistência Técnica, num espaço de 350 m2. Este novo Concessionário Hyundai conta com a experiência e competência de uma vasta equipa de funcionários e
técnicos certificados na marca oferecendo resposta a qualquer tipo de serviço, encontrando-se Localizado no Zoom Business Park no Cacém, junto à estrada nacional (EN 249-3). Para além da sua excelente localização, bem como a qualidade do atendimento e do serviço dos técnicos da marca, este novo centro oficinal está equipado para assistir viaturas ligeiras e comerciais em serviços rápidos, alinhamentos e mudanças de pneus e em todos os serviços de manutenções periódicas e assistência.
Audi A1 1.6 TDi
Concentrado de Audi
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postas passadas da Audi nos utilitários deram à marca a prudência necessária para voltar a encarar este segmento. Agora, surgiu com o mais previsível A1, um carro que deriva da base do VW Polo, mas que nada tem a ver com este. Na versão Sport e com jantes de 17 polegadas, o que se ganha em desportividade perde-se um pouco em conforto, mas Audi A1 1.6 TDi Cilindrada cc: 4/1.598 Potência Cv/rpm: 105/4.400 Binário Nm/rpm: 250/1.500 Velocidade Km/h: 190 Acel.0-100 km/h seg.: 10,5 Cons.Médio L/100Km: 3,9 Preço (desde) 21.600 Euros
40 anos Pneuvita
não se pense que o A1 é rijo ou que vai a todas as saliências do asfalto. O comportamento dinâmico é divertido, seguro e sempre previsível, sendo um carro simples e fácil de conduzir pela leveza dos pedais, caixa de velocidades e mesmo da direcção. A posição de condução é excelente, ou não fosse um Audi, e o espaço à frente não oferece problemas aos ocupantes, o mesmo já não se pode dizer a quem viaja atrás, pois as quotas de altura são muito limitadas. O motor 1.6 TDi é o ideal para este A1. Com os 105 cv tem suficiente vigor e está acoplado a uma caixa de 5 velocidades perfeitamente adaptada a qualquer tipo de utilização. Os consumos estiveram sempre acima dos 5,5 litros (anunciados são 3,9 l/100 Km).
A
Pneuvita, empresa de referência na área dos pneus, assinala quatro décadas de actividade no mercado nacional. Especialista em pneus desde 1970, a empresa anunciou em ambiente de festa que irá expandir em 2011 a sua rede de oficinas com a abertura de dois novos pontos situados na área da Grande Lisboa. Inicialmente dedicada à indústria da reconstrução de pneus, a Pneuvita assumiu-se a partir do início da década de 70 do século passado como "Especialista em Pneus" - uma aposta que perdurou até hoje e que foi entretanto complementada por uma oferta de serviços rápidos de assistência automóvel. Da sede no Alto do Cacém, a empresa desenvolveu um processo de crescimento que começou na Grande Lisboa - com postos em Mem Martins, Prior Velho, Linda-a-Velha e Columbano Bordalo Pinheiro - chegando mais tarde ao Porto.
90 anos do Grupo Auto-Industrial
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Auto-Industrial, fundada em 1920, foi pioneira no Sector Automóvel em Portugal e hoje representa as mais conceituadas marcas do mundo. Ao longo dos 90 anos de actividade, além do ramo automóvel (comércio de automóveis novos, usados e comércio de peças multimarca para automóveis), o Grupo Auto-Industrial alargou a sua actividade ao Sector Agrícola, Marítimo, Industrial e Financeiro. Os 90 anos da Auto-Industrial marcam, ainda, uma nova aposta do grupo com a apresentação do novo website (www.grupoautoindustrial.pt). O website surge com uma imagem mais apelativa, mais comple-
to e dinâmico permitindo ao utilizador consultar todas as informações e novidades sobre as empresas do grupo. A principal novidade do website é a área destinada às Promoções Exclusivas Automóveis Novos onde o utilizador pode encontrar veículos a preços únicos e exclusivos para compras através da internet. Na comemoração do 90º aniversário a Auto-Industrial comemora, também, 9 décadas recheadas de sucesso em todas as áreas e nas mais diversas zonas do país: Alcobaça, Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Figueira da Foz, Malveira, Leiria, Lisboa, Pombal, Porto e Setúbal, representando actualmente 18 marcas automóveis novos e 2 marcas próprias de automóveis usados.
Skoda Octavia 1.2TSi
Será que aguenta?
N
ão é normal que uma carrinha deste segmento utilize um motor de 1.2 litros. Não é normal mas a Skoda assumiu o risco e em boa hora o fez. Primeiro porque permite que uma Octavia Break se possa adquirir por um valor pouco superior aos 21.000 euros. Em segundo porque se tem acesso a um excelente veículo, muito confortável e muito espaçoso. No fundo um típico carSkoda Octavia 1.2TSi Cilindrada cc: 4/1.197 Potência Cv/rpm: 105/5.000 Binário Nm/rpm: 175/1.550 Velocidade Km/h: 191 Acel.0-100 km/h seg.: 10,9 Cons.Médio L/100Km: 5,7 Preço (desde) 21.200 Euros
ro de família que pode levar cinco passageiros e mais de 520 litros de bagagem. Outro aspecto importante é que com este motor de 1.2 TSi (turbo a gasolina) a Octavia não se arrasta, ou melhor, permite uma excelente utilização em baixos regimes, mas também tem alguma garra até aos médios regimes, quando se puxam pelos 105 cv e se consegue obter uma vivacidade interessante, embora nos altos regimes se note algum ruído do motor. Logicamente que a faixa de consumos é muito díspar. Consegue-se obter valores abaixo dos 6 litros numa utilização calma e supera os 9 litros facilmente em situações de estrada (onde seja necessário recorrer mais vezes à caixa de velocidades) e na cidade. Para quem faça poucos quilómetros por ano, o Octavia 1.2 TSi pode ser uma boa e económica aposta.
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