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JORNAL DAS

OFICINAS

JORNAL INDEPENDENTE DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS

Director: João Vieira • Ano VII • Mensal • 3 Euros

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Nº63 fevereiro 2011

Serca

PPG com Audatex

cresce 15% em 2010 Um acordo alcançado entre a Audatex e o Grupo PPG irá permitir que as oficinas da rede CertifiedFirst passem a beneficiar dos serviços do Centro Integrado de Serviços Audatex (CSA). Actualmente, a Audatex está a disponibilizar uma solução integral única, com a qual é possível melhorar a eficiência e rentabilidade de todas as operações de avaliação e reparação realizadas. A ferramenta de avaliação de danos utilizada é a AudaPlus, com a qual se consegue identificar o veículo e o seu equipamento, através do nº de chassis, permitindo à oficina economizar tempo no processo de encomenda de peças.

SUPLEMENTO “VEÍCULOS EM FIM DE VIDA”

O grupo de distribuição espanhol Serca atribui a um sofisticado sistema de gestão e ao desenvolvimento de actuais e novos sócios o seu crescimento em 2010. Com o futuro reforço da sua presença nos mercados francês e português, o grupo pretende crescer de forma ambiciosa 40% em quatro anos. Além do mercado das oficinas independentes, o Serca pretende explorar brevemente os mercados de pneus e do renting automóvel. A presença na próxima Motortec Automechanika Ibérica será uma oportunidade para chegar ao grande público.

A segunda vida do automóvel Calcula-se que o investimento na criação dos cerca de 130 centros de desmantelamento actualmente existentes em Portugal, se cifra em cerca de 75 milhões de euros e o volume de facturação destes centros durante 2010 foi superior a € 350 milhões. A comercialização das peças retiradas de veículos sinistrados com poucos anos de idade são o negócio mais lucrativo, mas a reciclagem e valorização dos resíduos provenientes dos VFV são também negócio rentável e cada vez mais procurado (Ver Suplemento VFV)

TRW

Sumário Página 04 Saber mais sobre clientes

Página 32 Visita à CESVIMAP

Página 36 Um dia na formação Bosch

Página 42 Oficina do Mês: Premium Center

Página 50 Filtros partículas Pirelli

Página 58 Pintura grandes superfícies

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OFICINAS

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Negócios na China

O sistema de direcção assistida eléctrico EPS da TRW irá ser fornecido a quatro construtores chineses para o mercado doméstico, para serem instalados em várias plataformas. Os sistemas serão fabricados na fábrica de Anting (China) da TRW e os primeiros fornecimentos estão previstos para o início de 2012. A principal vantagem do sistema direccional EPS, que já foi galardoado em vários eventos internacionais, é não retirar potência ao motor, permitindo reduzir o consumo de combustível e as emissões de escape.


AUTOZITÂNIA II - ODIVELAS AUTOZITÂNIA II - AMADORA AUTOZITÂNIA II - MONTIJO AUTOZITÂNIA II - VIALONGA AUTOZITÂNIA II - ALMADA

R. Comb. Grande Guerra, Lote 106 B - Quinta Mendes Avenida D. José I, 5 Loja - Reboleira Sul Rua dos Correios, 21-33 Terra Comprida, Lote 4 Lg. Antero de Quental, 4-A/B - Cova da Piedade

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2675 Odivelas 2720 Amadora 2870-132 Montijo 2625-716 Vialonga 2800-345 Almada

Telefone : 219348830 Telefone: 214996290 Telefone: 212308300 Telefone: 219527430 Telefone: 212739430

Fax: 219330050 Fax: 214996299 Fax: 212308301 Fax: 219527439 Fax: 212739439

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Avenida D. Nuno Alvares Pereira Nº48A Loja Dta, Cacem, 2735 Cacem Rua Candido de Oliveira, Lote CC1, Póvoa de Santo Adrão, 2675 Odivelas Rua Dr. Gastão Deus de Figueira, Nº 13, São Martinho, 9020-214 Funchal Avenida 1º de Dezembro, Nº20, 2715-109 Pero Pinheiro Largo de Santo António, 2705-866 Terrugem E. N. Nº 249, KM 4, Bairro Massapes, Aboboda, 2785-035 Cascais

Telefone: 219140299 Telefone: 219385402 Telefone: 291762175 Telefone: 219674419 Telefone: 219609510 Telefone: 214455373

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25 anos ao seu dispor


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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

MERCADO

Editorial

Peças usadas: um negócio florescente

C

umprindo a Directiva europeia sobre VFV, desde há seis anos em Portugal, mais de 400 mil toneladas de resíduos provenientes destes automóveis foram sujeitas a reciclagem e os ácidos, óleos, chumbo e outros poluentes foram recolhidos. Calcula-se que o investimento na criação dos cerca de 130 centros de desmantelamento actualmente existentes em Portugal se cifra em cerca de 75 milhões de euros. Em 2004 apenas existiam quatro centos de abate licenciados no país e hoje temos centros com instalações e equipamentos ao nível do que melhor existe na Europa. Só na rede Valorcar existem 64 Centros de Abate espalhados por todo o território nacional, incluindo as regiões autónomas. Por outro lado, esta rede tem conseguido dar cumprimento sucessivo às metas de reciclagem e de valorização de VFV definidas na Directiva. O grande desafio será preparar o sector para o cumprimento das novas taxas de valorização previstas na Directiva para 2015, que são ainda mais altas do que as que vigoram actualmente. Para atingir o objectivo terão de ser introduzidas tecnologias que permitam o aproveitamento sistemáticos dos resíduos de fragmentação, que hoje em dia são na sua maioria encaminhados para aterro. Apesar de se tratar de uma actividade recente, o mercado está a começar a ficar sobrelotado de Centros de Abate, o que pode ter o efeito perverso de aumentar a concorrência para níveis pouco saudáveis e levar a um decréscimo da qualidade de funcionamento dos centros licenciados. Esta situação exige que as autoridades competentes sejam bastante rigorosas na fase de atribuição de licenças e no controlo de funcionamento de todos os Centros. Para conhecer melhor esta nova actividade de desmantelamento de Veículos em Fim de Vida e do negócio das peças usadas, fomos para o terreno e percorremos o país de norte a sul, para visitar alguns dos mais importantes Centros de Desmantelamento e comércio de peças usadas. Veja a reportagem no Suplemento VFV publicado nesta edição. João Vieira

Ficha Técnica

SATISFAÇÃO DO CLIENTE

Saber mais sobre clientes A maior parte dos reparadores independentes, ao contrário do que se passa com os concessionários mais organizados, negligenciam a recolha e tratamento da informação sobre os seus clientes, julgando já saber o "suficiente”.

P

ara se conseguir tirar algum proveito do conhecimento que a oficina tem dos seus clientes, é necessário ter informação mais específica e esta tem que estar devidamente sistematizada, para ser possível perceber como é que a oferta de serviços tem que se orientada de forma óptima. Claro que esta manipulação da informação pessoal deve estar limitada à utilização legítima, ou seja, a que é permitida pela legislação de protecção de dados pessoais. Nesse sentido, a recolha de informação sobre os clientes deve ser voluntária por parte destes e em certos casos deve ser tratada anonimamente, para meros objectivos estatísticos. De qualquer modo, saber o primeiro nome do cliente, a marca do carro e o seu telefone não chega para a oficina poder orientar o seu marketing, a sua estratégia de serviços e até a sua estratégia de preços. A oficina tem que saber mais para poder me-

lhorar a sua actuação e os seus serviços. Aliás, este deve ser o único pretexto e a única justificação que o reparador deve invocar para recolher dados sobre os clientes, não só porque dá a estes a hipótese de recusar ceder dados que não lhes interessa revelar, como ainda torna mais simpática e motivadora a iniciativa. A maior parte até encara geralmente de forma positiva o facto da oficina querer saber mais sobre o seu carro, os seus hábitos e outros dados pertinentes, considerando isso uma atitude de proximidade e confiança desejável. Ges tão es tati s ti camente o ri entada A oficina de reparação automóvel não se pode dar ao luxo de andar ao sabor dos acontecimentos, nem deixar os seus clientes e respectivos veículos ao acaso. Pelo contrário, deve definir perfis de clientes, segmentos de procura e tipologias de veículos,

de modo a poder organizar proveitosamente a sua comunicação, ofertas promocionais, campanhas de rastreio, etc.. Geralmente, para a oficina poder angariar as informações de que necessita sobre os seus clientes, são organizados dois tipos de inquérito: a entrevista interactiva e o questionário de satisfação. As primeiras devem ser levadas a cabo de forma espontânea na recepção, tanto na hora de receber os carros, como no final das intervenções. Cada cliente deve ter um ficheiro informático com dados, o qual vai sendo actualizado, aumentado e aprofundado à medida que o relacionamento com o cliente evolui. Outra das formas de fazer evoluir o relacionamento é precisamente através dos inquéritos de satisfação, que devem ser realizados obrigatoriamente após cada intervenção e/ou de forma periódica (semestral,

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDAÇÃO: Hugo Jorge PROPRIEDADE: João Vieira SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares - 2705351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira, Paula Veloso Amaral(paulavelosoamaral@apcomunicacao.com) PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Peres-Soctip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 - 2135-114 Samora Correia Telef: 263.00.99.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares. Membro:

JORNAL DAS

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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

MERCADO

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anual, trimestral, dependendo da frequência com que o cliente visita a oficina). Dados especialmente relevantes sobre o condutor e o seu carro são a profissão, estatuto sócio-económico, marca e modelo de carro, tempo de garantia decorrido e a decorrer, quilometragens (diária/mensal/anual), tipo de utilização predominante (urbana, estrada, mista, fora da estrada, etc.), data das inspecções técnicas ITV, bem como outras intervenções já realizadas no veículo. Dados técnicos como o combustível, tipo de transmissão, jantes/pneus, sistema de travagem, etc. são igualmente importantes para perceber as necessidades de manutenção do cliente. Embora são seja obrigatório em oficinas de pequena ou média dimensão, os programas de gestão de clientes são aconselháveis. Outras formas de organização de dados são possíveis com a ajuda de um técnico de informática, sendo importante que o gestor da oficina consiga entender e relacionar os dados disponíveis. Av al i ação da s ati s fação A oficina não pode assumir que fez tudo o que estava ao seu alcance para agradar ao cliente e que isso basta. É vital ter elementos concretos da opinião objectiva desse cliente, sob o seu próprio grau de satisfação, pelo desempenho da oficina. Isso implica a realização de inquéritos sistemáticos à satisfação do cliente, principalmente por ocasião da entrega do carro após a realização de uma intervenção. Um pequeno questionário de 8 ou 10 perguntas ajustadas ao fim em vista, poderiam mesmo ser incluídas num pequeno destacável da factura, que o cliente devolveria no momento de efectuar o pagamento. Inquéritos um pouco mais completos deveriam igualmente ser enviados para casa ou emprego do cliente durante o ano. Pontos obrigatórios desse inquérito seriam naturalmente a facilidade de identificar e chegar à oficina, eficiência e gentileza do atendimento, opções de mobilidade, rigor do diagnóstico e da orçamentação, rapidez de execução da intervenção e resultado final dessa intervenção. Qualquer desvio em relação ao pleno da satisfação do cliente, deve ser imperativamente interpretado pela oficina como uma excelente oportunidade para corrigir ou aperfeiçoar o seu desempenho e nunca como uma ingratidão ou falta de justiça por parte do cliente. A frequência da incidência

tornar excelente a resposta da oficina ao mercado. Do mesmo modo, é da máxima importância saber o que o cliente valoriza mais numa oficina.

A oficina deve definir perfis de clientes, segmentos de procura e tipologias de veículos, de modo a poder organizar proveitosamente a sua comunicação, ofertas promocionais, campanhas de rastreio, etc.. desses desvios ou mesmo a existência de reclamações deve dar origem sempre a um apuramento dos factos e a medidas de correcção das causas que os originaram. Quem avalia a satisfação do cliente deve valorizar acima de tudo a sinceridade das respostas dos clientes e desprezar as respostas eventualmente de circunstância ou até simplesmente para agradar.

Neste caso, a simpatia não ajuda efectivamente. O oficina tem que ter um perfil claro da qualidade do seu trabalho e do seu desempenho global. Nesse sentido, os questionários de satisfação do cliente devem incluir habitualmente perguntas sobre os pontos fortes e fracos da oficina, na perspectiva do cliente, bem como espaço para sugestões que possam melhorar ou

Pl ano de acção De pouco valeria recolher informação sobre os clientes, se esta não ficar bem organizada, sistematizada e com sentido de tendências. Além disso, os dados devem estar cruzados, para se obter uma avaliação do ponto de vista da importância dos vários factores e da valorização que o cliente lhes dá. Nem sempre os factos objectivos são avaliados subjectivamente da mesma forma e isso é fundamental na avaliação da satisfação do cliente. Obviamente, todo o trabalho e investimento na recolha e tratamento da informação sobre o cliente não trará qualquer retorno, se não houver um plano de acção para adaptar a oferta da oficina e o seu desempenho global às expectativas e necessidades dos seus clientes. Esse plano deverá ter medidas concretas e metas para alcançar resultados. Logicamente, toda a equipa deve estar envolvida e implicada nesse plano estratégico de aperfeiçoamento, cujo objectivo final é alcançar o máximo grau de satisfação do cliente e a consequente elevação dos níveis de rentabilidade e sustentabilidade do negócio. PUB


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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

CAMPANHA OFICINA VERDE

II CAPÍTULO - Resíduos Perigosos: riscos e prevenção

Fontes de poluição

Quem é o inimigo, afinal? O mal do automóvel é congénito, é o motor de combustão. São os combustíveis e os lubrificantes, sem os quais estes carros que conhecemos não andam. Apesar de lidarmos todos os dias com esse inimigo, ele tem a assustadora capacidade de passar para o ar, para a água e para o solo, através dos quais se insinua nos alimentos e no ar que respiramos.

D

urante um pouco mais de um século, o automóvel cresceu em atributos, eficiência e poder de sedução. Inegavelmente, ao contemplar um belo topo de gama ou um super desportivo da actualidade, com todo o seu excelente nível de impacto estético, conforto, segurança e prestações, somos levados a crer que nada de mau ou negativo pode sair dali, excepto o eventual risco de acidente. No entanto, o perigo está lá bem escondido, como o cianeto ou outro veneno letal pode ter sido misturado num esplendoroso bolo de sobremesa. Os sentidos apenas captam as impressões saborosas e agradáveis, ficando a cargo da inteligência e do sentido da sobrevivência de cada um passar além deles e identificar a origem do mal, o inimigo. Isso não é nada simples, porque esse dito inimigo esfuma-se em emissões de CO2, HC e COV que ninguém realmente vê. Não conseguimos efectivamente escapar, pelo menos no actual estádio de prevenção, dos riscos de po-

luição pelos hidrocarbonetos (HC). Para nos conseguirmos furtar à sua agressão, os motores teriam que ter uma combustão sempre perfeita, o combustível tinha que ser vendido e introduzido no veículo através de embalagens estanques (como as do gás) e os veículos não poderiam perder nem uma gota de lubrificante ou combustível. A realidade, todos sabemos, está muito longe disso. De qualquer modo, algo pode ser feito, algo deve ser feito e algo está a ser feito. A melhoria e o aperfeiçoamento da tecnologia dos veículos ajuda, o tratamento das águas residuais ajuda, a separação e a reciclagem dos resíduos ajuda e esse é e continua a ser neste momento o grande desafio do pós-venda automóvel global. Ainda não é a derrota total e irreversível do inimigo, mas pelo menos já lhe conseguimos colocar um açaime, se todos fizerem o que está ao seu alcance e dentro da sua responsabilidade. Nós assumimos claramente a nossa própria.

Domesticar os motores O carros que deixam as linhas de montagem das fábricas e passam pelos rigorosos controlos de qualidade estão em condições de defender minimamente o ambiente e a sustentabilidade do actual conceito automóvel, que felizmente já é plural. Os motores não perdem óleo ou combustível, a combustão é tão perfeita quanto o permitem os actuais sistemas de injecção e de gestão do motor, os filtros estão em bom estado, o mesmo acontecendo com os fluidos (óleo e arrefecimento). Os vapores de gasolina e de óleo são encaminhados para o sistema de admissão e tudo funciona como se pretende. Os problemas surgem com o desgaste do veículo e com a forma como a sua assistência é realizada. Se todos os componentes fossem substituídos de acordo com as recomendações do construtor, no que respeita a intervalos e procedimentos, praticamente o estado do veículo poderia ser mantido em condições de novo por tempo in-


OFI

CAMPANHA OFICINA VERDE

E RD

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10

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Com o patrocínio:

NT ÇA EE S EG U RA N

definido, mas isso não acontece de facto, porque o pós-venda tem vários níveis de qualidade e há pessoas que ainda não conseguirem associar a economia de custos na reparação e manutenção dos veículos como um prejuízo para a sociedade e para o meio ambiente. E indirectamente ou directamente para elas próprias. As juntas de vedação e os vedantes têm prazos de substituição, para poderem desempenhar efectivamente a sua função. Portanto, o grande desafio do pós-venda automóvel, tanto em Portugal, como globalmente, é a sua qualificação técnica e em termos de cidadania. Só assim poderá contribuir de forma decisiva para a sustentabilidade do automóvel e naturalmente para a sua própria sustentabilidade. Os outros inimigos Só por si, o motor já é suficientemente perigoso para o meio ambiente, isto é, para todos nós, mas ainda temos o sistema de escape e os dispositivos de controlo de emissões, ou seja, os catalisadores. As reacções químicas que se geram no catalisador são provocadas por uma fina película de metais raros, que reveste as paredes do monólito, por onde passam os gases de escape. Esses metais são um grave risco para o ambiente, impondo a recuperação total das peças usadas e a sua completa reciclagem. Os metais raros, entre os quais a Platina e o Ródio, são bastante caros, pelo que interessa recuperá-los para novas aplicações, pois de outro modo o preço da tecnologia dos catalisadores poderia tornar-se exorbitante a curto prazo, devido à escassez desses metais. Fluidos - Por outro lado, temos os fluidos, que é imperioso recuperar, após a sua extracção, devido ao uso. Estamos a falar dos lubrificantes do motor e da transmissão, dos fluidos das direcções assistidas e dos travões, assim como o fluido dos sistemas de A/C. O ambiente não precisa deles para nada, pelo contrário, faria

tudo para os evitar, mas as indústrias podem reaproveitar alguns dos elementos e voltar a lançá-los no mercado novamente. Mais uma vez, o esforço de reciclagem tem uma recompensa económica, tanto para os operadores do mercado, como para os utilizadores finais. O lubrificante usado é classificado como um resíduo perigoso de elevado risco para a saúde e meio ambiente. Como tal, a sua recolha, armazenagem, tratamento e encaminhamento, são fundamentais. Os produtores de óleos usados têm a responsabilidade de contactar o operador de gestão de resíduos, da sua área, para a recolha e encaminhamento dos seus óleos usados. Depois de recolhidos, os lubrificantes usados são tratados e enviados para empresas licenciadas, para procederem à sua regeneração, reciclagem ou valorização energética. Baterias – O ácido e o chumbo que fazem parte da constituição das baterias, são produtos extremamente poluentes, mas têm um valor de mercado, que recompensa a recolha das peças usadas, com benefício para o consumidor. Os produtores e importadores de baterias são obrigados a submeter a gestão das suas baterias a uma de duas alternativas, podendo assumir individualmente as suas obrigações, ou transferir para uma entidade credenciada a responsabilidade de gestão de um conjunto de operações que asseguram a recolha selectiva, armazenagem temporária, triagem e reciclagem das baterias recolhidas. Materiais de fricção - Os resíduos dos materiais de fricção são de dois tipos: os que são pulverizados para o meio ambiente, enquanto as peças são utilizadas (discos de embraiagem, pastilhas e calços de travão), assim como as próprias peças em fim de vida. O impacto destes materiais no meio ambiente é por essa razão muito considerável, exigindo o controlo dos produtos utilizados no seu fabrico, por um lado, bem como a recolha selectiva das peças inutilizadas. A

grande ameaça era o amianto, produto reconhecidamente cancerígeno, que já foi eliminado da composição dos materiais de fricção. Mesmo assim, ainda restam alguns metais que é necessário controlar, como é o caso do cobre, que ainda está a ser utilizado no fabrico de algumas pastilhas para travão. Pneus - O problema principal dos pneus é o enorme volume de resíduos constituído pelas carcaças fora de uso, embora as partículas de pneu que ficam nas vias também tenham que ser controladas. É por essa razão que os chamados óleos aromáticos foram banidos da composição das misturas de borracha, tendo sido substituídos por outros produtos não agressivos. No que respeita às carcaças usadas, o seu abandono também envolve a passagem de produtos químicos nocivos para o meio ambiente, estando presentemente a ser efectuada a sua gestão a nível europeu e internacional. Essa gestão é financiada pelo valor económico da própria carcaça, que pode permitir a recauchutagem, desde que esteja em bom estado. Outros produtos são recuperados através da fragmentação, sendo em último caso usados para a valorização energética. Oficinas ambientalmente compatíveis Que é outra forma de dizer oficinas viáveis e sustentáveis, implica grandes modificações nas mentalidades, no nível de conhecimentos e nas actuações práticas. Todo o pós-venda deveria estar envolvido nesse esforço, especialmente na transmissão de conhecimentos e informação técnica relacionada com o impacto de produtos, bem como a sua correcta utilização e recuperação final, pois de outro modo a actualização ambiental das oficinas poderá demorar muito mais do que o necessário e do que o desejável. Seja nas oficinas de mecânica, seja nas oficinas de carroçaria e pintura, é necessário um grande avanço no tratamento das águas residuais e nos resíduos poluídos. No caso das oficinas de pintura, as emissões de gases para a atmosfera também exige controlo e acompanhamento. De pouco valerá as oficinas estarem muito limpinhas e bem apresentadas, se as águas residuais não forem tratadas como é exigido e se os resíduos perigosos forem misturados com resíduos indiferenciados. Uma forma concreta de envolver mais eficientemente as oficinas na recuperação de peças e produtos seria fazê-las participar na cadeia de valor dessa recuperação. Esse tipo de incentivo resulta sempre e tem plena justificação e inteira justiça. Quando os procedimentos decorrem apenas de uma obrigação legal ou moral, há menos probabilidades de serem integralmente seguidos e cumpridos. Muito se tem falado do direito à reparação, como forma de garantir a sobrevivência das oficinas de reparação automóvel, mas isso meramente pode conduzir a curto prazo ao direito de reparar sucatas, se não for incluído nesse direito à reparação o direito ao ambiente, sem o qual as oficinas terão pouco ou nenhum significado no futuro.


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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

ACTUALIDADE 135 casos em 2010

Insolvências crescem no sector As insolvências de oficinas têm vindo a crescer nos últimos anos. O distrito do Porto é onde existem mais casos destes, que acontecem quando todas as outras soluções foram esgotadas. Para o evitar, é muito importante actuar antes de a empresa estar moribunda

A

s insolvência de empresas de manutenção e reparação têm vindo a crescer ao longo dos últimos anos. De acordo com dados recolhidos pelo Instituto Informador Comercial, uma empresa que presta serviços de consultoria para gestão de crédito, em 2010 foram 135 as empresas do sector que declararam insolvência nos tribunais. No ano passado, esse número tinha sido cifrado nas 116 empresas, enquanto que em 2009 apenas 73 oficinas tinham sido declaradas insolventes. “Os reparadores só entram nesta situação quando todas as outras soluções forem esgotadas”, diz António Ferreira Nunes, presidente da ANECRA. “Quando a empresa chega a uma situação de insolvência, já os possíveis interessados abandonaram o barco. Se a empresa tem atractivo, nunca chega a ser insolvente – é vendida antes de chegar a morrer”. Os motivos para que existam cada vez mais oficinas nesta situação são muitos, mas Ferreira Nunes, da associação que defende a reparação independente, aponta alguns. “O problema é grave porque há uma menor afluência às oficinas. Na colisão, há menos trabalho porque existem menos acidentes. Trata-se de uma situação inevitável. Mas existem ainda razões financeiras e falta de herdeiros das oficinas, que levam ao encerramento das oficinas quando os antigos reparadores se reformam”. A situação pode continuar assim, na opinião do dirigente associativo. “Enquanto houver uma situação de manifesta crise, o problema tem tendência a agudizar-se. A própria quebra na venda de veículos já em Fevereiro é um sinal disso”, disse. Luís M. Martins, um advogado que já lidou com casos dentro do sector da reparação, diz que tudo tem a ver com os compromissos assumidos. “Em alturas de crise, as receitas diminuem. Todavia, as obrigações e pagamentos são alheios à crise e são mensalmente exigidas, sejam prestações a bancos ou salários. Tudo isto faz com que as empresas incorram no incumprimento das suas obrigações e necessidade de adoptar uma medida de protecção legal. Mas depende de cada situação concreta”, explica. “O sector de reparação automóvel, e por questões de mercado, não está a ser muito afectado pela crise. Mas não se diga que não a sente - existem pequenas empresas, sobretudo de estrutura familiar, em que os gerentes não ganham ou recebem pouco para manter a estrutura”. O processo de insolvência acontece tanto para liquidações como recuperações das empresas. No primeiro caso, en-

cerra-se a empresa porque esta tem dívidas e não revela autosuficiência económica. Mas Luís M. Martins chama a atenção para que, fora da insolvência, a liquidação da empresa extrajudicial não seja viável nem aconselhável. O outro caso é da recuperação. “Esta existe quando a empresa tem negócio, mas tem uma conjuntura complexa e ala-

vancada que não permite o seu equilíbrio económico-financeiro”, diz o mesmo advogado. É então possível a recuperação através de um plano de insolvência. “Trata-se de recorrer ao tribunal e tentar aprovar um plano de insolvência e pagamentos aos credores que permita manter a actividade e ir pagando – sem asfixiar a actividade”, explica Luís M. Martins.

Insolvências de oficinas por distrito Distrito

2008

2009

2010

AVEIRO

9

15

8

BEJA

0

1

0

BRAGA

10

15

18

BRAGANCA

0

0

2

C. BRANCO

3

2

0

COIMBRA

1

9

4

EVORA

2

0

0

FARO

2

1

1

GUARDA

4

2

2

GUIMARAES

0

0

1

MADEIRA

0

4

5

SAO MIGUEL

0

0

2

LEIRIA

4

9

10 26

LISBOA

9

24

PORTALEGRE

2

2

0

PORTO

14

13

31

SANTAREM

3

5

14

SETUBAL

5

4

2

V. DO CASTELO

2

4

3

VILA REAL

2

3

0

VISEU

1

3

6

TOTAL

73

116

135

Fonte: IIC - Instituto Informador Comercial

Uma pequena parte António Ferreira Nunes diz que as 135 oficinas insolventes são apenas uma pequena parte das empresas do sector que estão em fecho de actividade. “Não que ache poucas, mas há mais algumas dezenas que nem sequer estão a ser contabilizadas”, diz. Pelo mesmo caminho segue Teixeira Lopes, presidente da ARAN. “Neste momento há dois tipos de empresas do sector. Aquelas que lutam pela sobrevivência e as que têm os seus dias contados”, diz. “Em 2014, vamos ter metade das empresas que operavam em 2006”. E aparecem tanto as grandes empresas como os empresários em nome individual. “Quer as grandes empresas como as pequenas passam pelos mesmos ciclos”, diz Luís M. Martins. “A diferença está na capacidade de se alavancarem e conseguirem financiamento. Neste campo, quanto mais pequena for a empresa mais dificuldade terá: com frequência surgem os avales e garantias dos gerentes e sócios para conseguir aprovar crédito”. Quando estas empresas fecham, os seus bens vão a leilão para pagar dúvidas. Muitas vezes aparecem compradores para esses bens, que podem ir desde equipamentos a stock de peças. Porém, o resgate pode ser demorado. “As falências em Portugal demoram muito tempo a serem feitas”, diz Ferreira Nunes. E, entre os credores mais comuns, aparecem o fisco e a segurança social, diz Luís M. Martins. O distrito do Porto é a zona com mais insolvências, com 31 empresas declaradas e com um crescimento bastante acentuado de há dois anos para cá. Em 2009, tinha sido o pior ano destes três, com 13 empresas insolventes, uma a menos que em 2008. Também no distrito de Lisboa 2010 foi o ano com mais empresas insolventes. Foram 26 as empresas sem condições para continuar a exercer actividade. O ano anterior já tinha tido resultados semelhantes (24 empresas), mostrando uma grande subida face a 2008, quando apenas nove empresas se declararam insolventes. Braga é outra zona onde há muitas empresas que são declaradas insolventes. Em 2010, foram 18 as empresas daquele distrito que encerraram actividade por ordem do tribunal, quando nos anos anteriores tinham sido 15 (2009) e 10 (2008). Luís M. Martins diz ainda que se deve actuar por antecipação e nunca deixar que a situação chegue ao limite. “É possível concretizar planos de recuperação que permitem a viabilidade das empresas com dificuldade”, diz. “Mas convém que se actue antes de a mesma estar moribunda”.


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Breves PREÇOS DA

BRIDGESTONE EUROPA SOBEM 6% A Bridgestone Europa NV/SA começou já a aumentar os preços de toda a sua gama de pneus novos e recauchutados, prevendo-se que esses aumentos se processem de forma progressiva ao longo de todo o primeiro trimestre de 2011, em toda a Europa. Esses aumentos serão variáveis, dependendo dos mercados e das categorias de produtos, prevendo-se que em média a subida será de 6%. O presidente e CEO da Bridgestone Europa, Makio Ohashi atribui esta actualização de preços à subida das matérias-primas, especialmente da borracha natural, que têm aumentado constantemente, desde a última rectificação de preços da marca, há cerca de 4 meses. Como já tinha prevenido antes, Makio Ohashi referiu que a pressão dos custos obrigará a correcções dos preços de venda dos pneus. Para contrariar esta tendência, as fábricas da Bridgestone estão a trabalhar à sua máxima capacidade. No entanto, a grande procura dos pneus de qualidade Bridgestone e a subida dos custos, que parece não ter fim, continuam a ser os grandes desafios deste fabricante.

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NOTÍCIAS Polivalor pode fazer formação

Glassdrive abre em Odemira

de veículos eléctricos Renault A Polivalor, empresa do Grupo Formoprojectos foi eleita entre inúmeras Empresas Europeias de Formação, para integrar um exclusivo leque de 4 finalistas que concorrem para a formação em toda a Europa sobre os novos veículos e soluções eléctricas do Grupo Renault. Num processo de decisão liderado pela Renault Academy em Paris, é com muita satisfação que a Polivalor se congratula por estar entre um grupo tão restrito de finalistas que foram seleccionados para a fase final do concurso deste projecto tão importante para a Renault em 2011 e nos anos seguintes. A este respeito, Jorge Zózimo da Fonseca, Director e fundador da Polivalor comentou: “neste concurso que ainda está a decorrer estiveram representadas grande parte das maiores referências da área da formação de toda a Europa. Este projecto liderado pela Renault Academy em França, marca indiscutivelmente uma tendência que se alastrará a todos os grandes construtores automóveis por esse mundo fora. Para nós Polivalor e Grupo Formoprojectos, é uma honra para já, fazer parte do núcleo restrito de Empresas que ainda estão na corrida para formarem os técnicos que por essa Europa fora vão ser responsáveis pela implantação com sucesso destes veículos movidos a esta energia alternativa». Zózimo da Fonseca acrescenta ainda, «o facto da Polivalor estar nesta fase adiantada do processo de decisão, é também a demonstração da qualidade que possuímos e a prova do empreendedorismo que é necessário agarrar as oportunidades que surgem para crescer também além fronteiras». A decisão final sobre qual será a empresa vencedora não está ainda tomada, estando prevista para breve a divulgação da decisão da Renault Academy .

A abertura de um centro Glassdrive no coração do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina era já um antigo desejo e que acabou de se concretizar. Localizado numa das principais vias de Odemira e servido por um equipa jovem com uma forte aposta na formação técnica inicial, a perspectiva é que este centro se vá afirmar nesta zona alentejana como a referência para a substituição e reparação de vidro automóvel. Perfeitamente equipado para todas as solicitações indexadas a esta actividade, inclusivamente serviço móvel, este centro Glassdrive está localizado na Estrada da Circunvalação em Odemira.

PME Excelência para a

Veneporte

A Veneporte foi seleccionada para a atribuição do Estatuto PME Excelência 2010, uma iniciativa do IAPMEI, criada com o objectivo de premiar as PME nacionais que se evidenciam pela qualidade dos seus desempenhos económico-financeiros e que com conta com a parceria do Banco Espírito Santo, do Banco BPI, da Caixa Geral de Depósitos, do Millenium BCP e do Santander Totta. Este reconhecimento, premeia as organizações que têm sabido manter altos padrões competitivos, com apostas em estratégias de inovação e internacionalização e que têm contributos activos nas dinâmicas de desenvolvimento social e económico regional e nacional. Em comunicado, lê-se ainda que, a Administração da Veneporte agradece a todos os colaboradores e clientes, a colaboração prestada, com a certeza de que, juntos, construiremos um futuro mais risonho e sustentável.



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Breves FIRST STOP APOSTA NA ATENÇÃO AO CLIENTE A rede de oficinas de pneus e mecânica rápida do Grupo Bridgestone First Stop desenvolveu um programa inovador de marketing antecipativo, que se chama "First & One", em colaboração com a empresa de serviços profissionais PwC. O objectivo da iniciativa é melhorar a atenção ao cliente e aumentar o seu grau de satisfação, respondendo às suas expectativas e necessidades reais. Trata-se de um programa de gestão avança que regista e conserva informações sobre os serviços prestados pela oficina a cada um dos clientes. Após o tratamento dos dados, o programa First & One é capaz de prever quando o cliente vai necessitar de novos serviços, permitindo o envio de mensagens oportunas aos interessados. Além da conveniência para o cliente, esta solução demonstra o compromisso da Bridgestone com a segurança dos seus clientes e com a segurança rodoviária em geral. O marketing antecipativo é uma das fórmulas reconhecidas de aumentar o grau de fidelidade dos clientes das oficinas, um dos factores decisivos para o sucesso das empresas do sector.

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NOTÍCIAS BPN abre nova unidade de negócio

Liqui-Moly lança novos óleos da gama Toptec

A BPN, Comérico de Peças para Camião, na procura da melhoria contínua do serviço prestado aos seus clientes, acaba de abrir uma nova Unidade de Negócio na Branca, Albergaria-a-Velha. Situada na EN1 (IC2), esta nova Unidade de Negócio irá proporcionar um serviço de qualidade e maior proximidade aos clientes desta região. Nesta nova unidade a empresa dispõe da habitual gama de produtos e serviços, visando o desenvolvimento das marcas distribuídas pela BPN, bem com contribuir para a melhoria da oferta nesta zona do país. Esta nova unidade de negócio desenvolverá acções de âmbito comercial e de armazém, tal como acontece em Matosinhos e no Carregado, mantendo-se todos os serviços habituais na sede em Leiria.

Auto Silva Acessórios

Continuando a sua aposta na tecnologia Hidrocrac, a LiquiMoly fortaleceu a sua gama Toptec com as versões 4400 e 4600. São óleos de última geração desenvolvidos a partir de óleos base de qualidade superior e enriquecidos com um pacote de aditivos que inclui agente anti-fricção de alta performance. Deste modo promovem um funcionamento eficaz reduzindo o consumo de combustível e de óleo assegurando uma penetração rápida em todas as partes móveis do motor, assegurando uma longevidade acrescida do automóvel. O Toptec 4400 foi desenvolvido especialmente para a última geração de motores Renault equipadas com filtros de partículas, enquanto o Toptec 4600 foi desenvolvido especialmente para a última geração de motores Opel equipadas com filtros de partículas, abrangendo, no entanto normas BMW, Mercedes, etc.

é PME Excelência

Wash & Care

O universo Auto Silva Acessórios está de parabéns! Recentemente, esta empresa recebeu a comunicação pelo IAPMEI do seu estatuto PME Excelência, que a distingue no mundo empresarial. A atribuição deste estatuto como reconhecimento do desempenho global da empresa, “enche de orgulho e satisfação a organização e todos parceiros de negócio”, refereem os responsáveis da empresa. Refira-se que no decorrer deste ano a empresa celebra o seu 35º aniversário e promete continuar servir melhor os seus clientes.

um produto 2 em 1 A Atwoo Car Cosmetics acaba de lançar um novidade no mercado. O Wash & Care é um produto típico 2 em 1, que faz a combinação de um produto para limpeza das mãos com um hidratante para a pele. Trata-se de um produto ideal para a remoção da sujidade difícil (trabalhos em oficina e indústria). Este produto possui um doseador incorporado e é muito económico.



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NOTÍCIAS PUB

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RECTIFICAÇÃO Na Reportagem da Conferência de Clientes da TRW, publicada na edição nº 62 do Jornal das Oficinas, os cargos das pessoas referidas no artigo tinham algumas incorrecções: Pedro Díaz é Director Comercial da TRW Automotive Portugal (e não Director Geral) A apresentação dos produtos Diesel da Delphi foi feita por Nelson Gracias

(e não por Carlos Gomes) - gestor dos produtos Delphi Diesel e equipamentos Hartridge. A apresentação das novidades Hartridge foi feita por António Nunes - consultor técnico da TRW para a área Diesel (e não gestor de produto). Pedimos desculpa à TRW e às pessoas visadas, pela troca dos nomes e cargos desempenhados.

Novo e revolucionário sistema doseador A prevenção é fundamental e é muitas vezes com ideias simples que essa prevenção é feita de modo eficiente. Todos sabemos que o trabalho de repintura automóvel é minucioso e sensível a contaminações. Sejam contaminações atmosféricas, provocadas pelo muito pó que anda no ar das oficinas de pintura ou mesmo pelas mão dos trabalhadores. A parte mais sensível a essas contaminações é precisamente a tinta que se aplica nas viaturas. Lixo não identificado nas tintas, leva a que o seu aparecimento seja notado apenas após a secagem da pintura ou em fase do processo de repintura em que já nada pode ser feito para evitar o seu aparecimento. Quando isto acontece, há que repintar a viatura, cortar os lixos, polir, etc… em suma, há que executar trabalho extra. Ora, para que não apareça lixo nas tintas, essas tintas são sempre coadas, isto é, passam por coadores de mesh apertada (190 a 125 micons) na tentativa de reter as partículas de lixo e assim evitar que as mesmas sejam projectadas para a pintura. Mas para que isso aconteça, é condição absoluta e necessária que os coadores de tinta a serem utilizados estejam isentos de contaminações. O que nem sempre acontece e muitas vezes verifica-se que são esses coadores os responsáveis por levar contaminações às tintas. Isto pelo simples facto de não estarem armazenados nas oficinas em locais protegidos de poeiras e afins. Precavendo estas situações, a Mota & Pimenta lançou o Doseador/Protector de coadores de tinta Elite da Gerson. Este simples e agradável sistema evita que os coadores de tinta estejam sujeitos a qualquer tipo de contaminação, seja através do ar ou mesmo através do contacto com as mãos. Uma ideia simples mas que pode evitar muitas horas de trabalho extra e consumo de material extra, o que se traduz em muito Euros de poupança. Com este sistema preventivo, é assegurado um trabalho de melhor qualidade e mais eficiente.

Gama de

lubrificantes AB renovada

A Alves Bandeira renovou recentemente a sua linha de lubrificantes, dando seguimento à sua estratégia de desenvolvimento da sua marca própria. Nesta nova linha de lubrificantes AB, foi reforçada a aposta na inovação de forma a apresentar uma oferta tecnologicamente avançada e de elevada qualidade para as diferentes necessidades do mercado. São muitas as novidades desta nova gama de produtos, com destaque para a nova imagem com a alteração dos rótulos e principalmente do design das embalagens, pretendo-se dar uma maior modernidade, funcionalidade, ergonomia e consistência nas embalagens, melhorando a experiência de utilização e a identificação do produto. A renovada linha de produtos AB, oferece ao mercado, lubrificantes de alta performance e de última geração, como comprovam as especificações dos seus produtos, reconhecidos e aprovados pelos principais construtores automóvel. O novo lubrificante auto AB Tech Ultra C3 5W30 espelha a real aposta da Aves Bandeira na inovação e desenvolvimento de lubrificantes de alta performance, sendo este um Lubrificante 100% sintético para os modernos motores a gasolina e gasóleo compatível com os novos sistemas DPF e catalisadores, e que conta com aprovação Mercedes Benz, Grupo Volkswagen e BMW o que comprova a qualidade e segurança destes lubrificantes. A gama de lubrificantes AB cobre hoje as mais distintas aplicações, oferecendo soluções para o Automóvel, Moto, Veículos Pesados, Agrícola e Indústria, posicionando-se no mercado como um produto de excelente relação qualidade/preço.



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NOTÍCIAS

Breves

Sistema

MOTORTEC ATRAI EXPOSITORES DE FORA A estratégia de propor a Motortec Automechanika Ibérica como porta de entrada para os mercados ibérico e latino americano, seguida pelo actual director da Motortec, Raúl Calleja, está aparentemente a resultar, uma vez que dos 400 expositores já inscritos no evento há 20% de empresas estrangeiras. Provavelmente, quando as portas do centro de exposições de Madrid se abrirem para dar lugar ao evento, de 30 de Março a 2 de Abril próximos, o objectivo de atrair expositores de fora da Espanha estará ainda mais consolidado, tendo em conta a dimensão do mercado ibérico. Só no mercado espanhol, são vendidos anualmente € 41 milhões de peças e equipamentos, dos quais apenas € 23 milhões são produzidos localmente. Além de empresas que dispõem de stands individuais, várias outras estarão presentes em stands colectivos, como é o caso de algumas empresas provenientes da Alemanha, China, Eslováquia, Marrocos, Malásia, Taiwan e Turquia, o que poderá ajudar a reduzir os seus custos de participação. Dos países europeus, Portugal e Itália dispõem das presenças mais fortes, seguidos do Benelux, França, Polónia, Grécia, República Checa e Reino Unido. Como habitualmente, a presença de empresas dos EUA é igualmente notada na feira de Madrid. Entretanto, o processo de comercialização da feira continua em aberto, prevendo-se ainda mais adesões. Os 70.000m2 de área bruta de exposição da Motortec Automechanika Ibérica estarão ocupados por pavilhões sectorizados, para facilitar a visita, ficando o pavilhão 10 com as soluções de Reparação e Manutenção, incluindo Tecnologias da Informação e Gestão. Nos pavilhões 8 e 6 ficarão as Peças de Substituição e as propostas para Mecânica, enquanto que o pavilhão 4 reunirá os expositores de Acessórios e Tuning, assim como as soluções para Estações de Serviço e Áreas de Lavagem. O pavilhão 2 ficará reservado para demonstrações e outras actividades complementares do evento.

Ir à Motortec “sem pagar” Se é um dos 12.500 sócios do Clube RepXpert poderá assistir gratuitamente à maior feira do sector de componentes que se realiza em Espanha. Para tal, a organização da Motortec Automechanika Ibérica e a RepXpert, o portal da oficina, vão fretar autocarros desde as principais capitais (Espanha e Portugal), para que possa conhecer, na primeira pessoa, as últimas novidades do sector de componentes no stand da LuK-INA-FAG. A Schaeffler Iberia e a Motortec Automechanika Ibérica, nesta nova edição, deram mais um passo no seu compromisso com as oficinas, pelo que colocam à sua disposição, de uma forma fácil e gratuita, a possibilidade de aceder à feira, que irá ter lugar entre 30 de Março e 2 de Abril. Para isso, a Schaeffler Ibéria, através do seu portal www.repxpert.com, e a Motortec Automechanika Ibérica organizaram uma série de autocarros, que partirão das principais províncias espanholas e de Portugal rumo ao recinto da feira, para que, tanto a deslocação como o acesso sejam da responsabilidade deste operador. Para poder reservar um lugar num dos autocarros da organização deve inscrever-se em www.repxpert.com.

Novo site da

Autodiag

A AutoDiag colocou recentemente online o seu novo website. Trata-se de um website mais moderno, dinâmico que apresenta os produtos da empresa de uma forma mais apelativa. Este novo projecto permitirá à Autodiag responder de forma mais eficaz às exigências dos seus clientes, que têm agora acesso a uma área reservada na qual encontrarão diverso material de suporte. Os clientes da Autodiag, nomeadamente os que já utilizam os seus produtos (Carman Scan; DEC Automotive; Vag-Com Português VCDS), poderão solicitar à própria empresa o registo neste site, tendo assim acesso a actualizações de uma forma mais rápida. Para o fazer, pode utilizar o separador "Solicitar Demo" ou "Contactos" em www.autodiag.pt.

Accuspray em pistola da 3M

Desenvolvido para uma aplicação eficiente e económica do aparelho, o Sistema Accuspray, Pistola de Aparelho HVLP, da 3M é o equipamento ideal para quem alia a velocidade ao rendimento. Este sistema reduz o consumo do aparelho, melhora a produtividade e maximiza o benefício do Sistema de Preparação de Pinturas PPS, da 3M. O utilizador tem ao seu dispor um equipamento que reduz a pulverização, melhora a relação da transferência, o consumo do aparelho, possibilita um acabamento mais fino, diminui o tempo de lixagem e reduz o consumo de solventes e o tempo de limpeza. Devido à boquilha pulverizadora descartável da pistola, o utilizador tem uma nova pistola em cada aplicação. Estas boquilhas descartáveis facilitam o trabalho, com muito pouca pulverização e uma óptima atomação. Maximiza o benefício do Sistema de Preparação de Pinturas PPS, da 3M, reduzindo o tempo de limpeza da pistola, utilizando menos solventes de limpeza, diminuindo o custo de reciclagem e melhorando a produtividade e a rentabilidade.

Coperol lança produto inovador para fixar cargas A Coperol é a partir de agora representante exclusivo em Portugal dum novo produto anti-deslizamento de revestimento para as caixas de carga. Trata-se dum produto de extrema utilidade para os transportadores que pretendam evitar danos nas mercadorias ou outros inconvenientes resultantes do seu deslizamento no compartimento de carga. Idealizado para manter a carga imobilizada durante as operações de transporte, integra qualidades como uma elevada durabilidade, o facto de ser totalmente impermeável, lavável, flexível, inodoro e resistente, inclusivamente quando submetido a altas temperaturas. Encontra-se disponível em vários formatos e tamanhos, e pode ser aplicado nas plataformas de carga de camiões rígidos, reboques, semi-reboques e furgões. Apresenta também níveis elevados de desempenho no transporte de bobinas de aço.

AZ Auto

apresenta crescimento de vendas acima dos 20% A AZ Auto apresentou em 2010 o maior crescimento de vendas na história da empresa, fruto do seu empenho e motivação na implementação da estratégia que traçou para o seu negócio. A AZ Auto é hoje não só uma empresa especializada nos produtos e marcas que comercializa mas também reconhecida pela oferta de serviços técnicos e comerciais que acrescentam valor ao negócio. Com o objectivo de se manter na rota do crescimento sustentado, a AZ Auto vai capitalizar parte deste crescimento para estimular novos investimentos ainda durante 2011, nomeadamente apostando em novas ferramentas internas no sentido de potenciar o seu modelo de negócio. Assim, estará disponível já a partir de Março um novo serviço de suporte técnico à reparação automóvel, bem como diversas novas acções de formação já calendarizadas com alguns parceiros de mercado.

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Breves CETRAA ACONSELHA FORMAÇÃO A federação espanhola de empresários de reparação automóvel Cetraa, tem como dado adquirido que os construtores têm que disponibilizar a informação técnica relativa aos seus veículos, mas isso não quer dizer que todas as oficinas sejam capazes de ter acesso a essa informação, porque ela está disponível em diferentes soluções de plataformas tecnológicas, soluções informáticas e formatos de documentação utilizadas por cada construtor. A Cetraa sugere uma urgente actualização dos currículos dos formandos do sector automóvel, tendo em vista a sua preparação para o acesso informático aos dados técnicos dos diversos construtores. Também aconselha um curso básico para donos e encarregados de oficinas que neste momento ainda têm dificuldades em chegar à informação técnica de que necessitam. Essa actualização interessa às oficinas e às entidades que prestam formação profissional, pelo que a Cetraa enviou uma comunicação à Direcção Geral da Formação Profissional espanhola no sentido da imediata actualização dos conteúdos didácticos dos formandos do sector automóvel.

MARÍA REHBINDER SUBSTITUI PAOLO CESARINI A finlandesa María Rehbinder, especialista em direito, substituiu Paolo Cesarini na responsabilidade pelo sector automóvel dentro da Direcção Geral da Concorrência europeia. Este último estava no cargo desde há muito, tendo trabalhado entre outros com o comissário Mário Monti e com Neelie Kroes. A nova Chefe de Unidade da DGC não tem experiência do sector automóvel, mas está na DGC desde 2003, tendo já desempenhado funções como Chefe de Unidade. Entretanto, a Comissão Europeia reserva para Março a divulgação do seu Guia do Regulamento 461, no qual serão esclarecidas as dúvidas ainda remanescentes na mente de muitos sectores do mercado de pósvenda automóvel.

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NOTÍCIAS Nova Eco-Oficina na vila de

Cucujães

Com o objectivo de servir melhor os seus clientes e resolver algumas questões ambientais, o Sr. Agostinho Silva decidiu aderir à rede de Eco-Oficinas através de uma candidatura apresentada pelo parceiro Humberpeças, que é o responsável para a zona de São João da Madeira pelos processos de pré-selecção. Especialista em recuperação mecânica de clássicos, este estabelecimento vai efectuar uma serie de alterações ao espaço existente para se adaptar às exigências do projecto com vista também ao cumprimento legal de certas disposições para este sector. Com larga experiência em alguns modelos como Jaguar E, Mercedes “pagode” e Rolls-Royce, esta casa beneficia agora de melhores condições e serviços mais actuais. Fazendo os serviços de mecânica, pintura até à electricidade, clássicos das épocas de 50 a 80 são o “prato da casa”. Com instalações renovadas os amantes de automóveis destas épocas podem encontrar alguém que com a especialização adquirida ao longo dos anos neste segmento, garante um serviço de elevada qualidade com pronta solução para os casos mais complicados que por vezes estes automóveis apresentam, tais como peças difíceis de encontrar e soluções de torno e adaptações específicas.

Alves Bandeira representa Hercules A Hercules Tires, no mercado desde 1952 e com sede nos EUA, é hoje umas das principais marcas internacionais de Pneus, com clientes espalhados em mais de 100 países. Dando seguimento à sua estratégia de desenvolvimento no mercado europeu, a marca Americana terá a Alves Bandeira como o seu parceiro estratégico para o mercado português, ficando esta empresa, com sede em V.N.Poiares, representante oficial da marca para Portugal, sendo um reconhecimento do trabalho que a Alves Bandeira tem vindo a desenvolver neste mercado nos últimos anos, onde é hoje um dos principais operadores. A Hercules Tires fabrica actualmente pneus para viaturas ligeiras e Suvs, comerciais ligeiros, viaturas 4 x 4 e camiões de média carga oferecendo uma alargada gama competitiva de produtos de alta qualidade que se baseia no valor, sendo a sua relação qualidade/preço a sua principal característica cumprindo todos os novos regulamentos europeus relativos aos pneus.

Novo catálogo

Teng Tools

A Montenegro, Fernandes & Cª é a representante das ferramentas Teng Tools no mercado nacional. Em Janeiro a empresa de Gondomar lançou o novo catálogo Teng Tools 2011. Um dos destaques deste novo catálogo é o aumento da gama de produtos em cerca de 200 novos itens, onde sobressai a a linha de roupa de trabalho.

Expedição

Berner a Marrocos

Durante o passado mês de Dezembro, a Berner lançou mais um desafio a alguns dos seus clientes e colaboradores de maior sucesso, para passar 5 dias em expedição nos desertos inóspitos e pistas inebriantes de Marrocos, num ambiente exótico, com uma paisagem totalmente diferente daquelas que vemos todos os dias, fazendo reviver o espírito do anterior Rali Lisboa-Dakar. Foram cerca de 35 pessoas e nove Jipes, que durante estes dias foram conduzidos pelo piloto profissional de Todo terreno, Ricardo Leal dos Santos, num percurso por Marrocos profundo, iniciado em Marraquech e que contou com cinco etapas. Passagens por Agadir, Tata, Zagora e Ouarzazate, onde todos tiveram a oportunidade de conduzir o Jipe, tanto em estrada, como em pista de montanha ou mesmo sobre extensos areais de dunas. A expedição contou com representantes de grandes nomes do mercado automóvel e indústria, seleccionados pela parceria de sucesso que mantêm com a Berner. O balanço foi sem dúvida o melhor possível, segundo a Berner, partilhado por todos os participantes, que consideraram esta viagem como uma das mais memoráveis de sempre.

Balanço muito positivo para a

Leatronic

O ano de 2010 passou e a Leatronic fez a passagem de ano com os melhores resultados jamais alcançados pela empresa. “Vencemos todos os desafios da última década com nota positiva e estamos todos orgulhosos do nosso crescimento. Conquistamos e provamos que merecemos ser o parceiro de negócio de variadas marcas de automóveis”, referiu em comunicado José Carlos, gerente da empresa. O segredo deste sucesso, para o mesmo responsável, “é a dedicação pessoal de todos os colaboradores da Leatronic, a motivação geral na dinâmica de trabalho e particularmente a preferência dos nossos clientes” Para 2011 a empresa quer manter a mesma dinâmica, aumentado os postos de trabalho mas também uma melhor organização física para tornar a empresa ainda mais competitiva. “Aos nossos clientes, queremos agradecer a sua preferência e renovar os votos de confiança para o futuro. Aproveitamos para anunciar em primeira mão que o departamento de Investigação e Desenvolvimento da GT está a preparar um produto inovador com lançamento para os próximos meses”, conclui José Carlos.


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Breves CHINA FACTURA 1/5 DO SECTOR AUTOMÓVEL No ano passado foram matriculados no mercado chinês 11 milhões de veículos, mas as previsões para 2015 apontam já para os 18 milhões de unidades, ou seja, mais 63%. Estes dados resultam de um estudo realizado pela empresa Roland Berger Strategy Consultants, que adiantou igualmente que o mercado chinês cresceu 35% ao no, entre 2001 e 2007, mas esse ritmo de crescimento irá abrandar nos próximos anos. Na análise da Roland Berger aponta-se ainda o facto de 18% da facturação das empresas do sector automóvel da Europa virem da China. Estes fornecedores irão ser confrontados com uma redução do volume de produção automóvel em 2011 e com a crescente pressão de fabricantes de primeiro equipamento que estão a instalar-se na China. Isso levará a que os fornecedores europeus tenham que rever os seus modelos de negócio actuais em relação à China, a fim de conseguirem manter as suas quotas de penetração.

TOYOTAS

NOTÍCIAS UFI de origem no Fiat 500 TwinAir A UFI Filters fornece o filtro de ar para o novo motor de dois cilindros do Fiat 500 como equipamento de origem (referência do filtro OE Fiat 500 Twin Air 5188014). Os 900 cm3 e 85 CV do motor dois cilindros com distribuição MultiAir são um passo importante para a redução de custos: a nova geração de turbo-compressores é agrupada a motores com deslocamento reduzido que garantem um alto desempenho, mas emissões e consumo baixos. O novo filtro completo UFI Filters para o 500 Twin Air Turbo, concebido na fábrica de Nogarole Rocca, está integrado na caixa de ar, tornando-se um componente único. O filtro de ar é um elemento básico na vida dos veículos, uma vez que limpa o ar que passa pela câmara de combustão. Se este componente faltasse, o motor estaria exposto a partículas de sujidade (poeira, areia, ...) que podem sufocar os injectores e alterar o fluxo de combustível no carburador, provocando a perda de potência e aumento do consumo e emissões na atmosfera. A peça desenhada pela UFI FILTERS adiciona à caixa de ar uma estrutura de painel. O meio filtrante é feito de fibras sintéticas plissadas, com não-tecido, que melhor retém, inclusive, as partículas mais pequenas; tem uma capacidade de filtragem de 4 microns e precisa ser substituída a cada 30.000 km. Esta peça estará também disponível no catálogo de Aftermarket das marcas UFI FILTERS e SOFIMA FILTER.

VÃO MENOS À OFICINA Segundo um estudo da revista alemã Auto Bild, denominado TUV 2011, os modelos da Toyota não são o melhor negócio para o pósvenda automóvel, necessitando de menos operações de manutenção e sofrendo menos avarias. Os bons resultados da Toyota e de outros carros japoneses nos testes de fiabilidade europeus não são uma novidade, embora o mesmo não suceda nos EUA. No caso do referido estudo, o modelo híbrido Prius é o mais fiável da sua categoria, com uma incidência de defeitos de apenas 2,2%. O segundo lugar na mesma categoria ficou para o Auris híbrido, com 2,3% de anomalias. O Corolla Verso, que tinha vencido os testes de 2009, ficou este ano em primeiro lugar na categoria de carros com 4/5 anos, com um índice de defeitos de 4,2%. Outros modelos que revelaram elevada fiabilidade nas respectivas categorias e escalões etários foram o Toyota Avensis, o RAV4 e o Corolla.

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AZ Auto

Stand Barata reúne colaboradores O Stand Barata, retalhista de peças automóveis multimarcas, realizou, no passado dia 15 de Janeiro a sua reunião anual de colaboradores. Nesta reunião estiveram presentes 102 colaboradores oriundos de vários pontos do país: a estrutura central de gestão, localizada no Seixal; os colaboradores das 9 lojas do Stand Barata a Sul do Tejo, região tradicional de actuação da marca; e ainda, os colaboradores da mais recente loja, inaugurada em Novembro, a loja de Lisboa, o primeiro marco do Stand Barata a norte do rio Tejo. À semelhança dos anos anteriores, esta reunião teve como principal objectivo efectuar um balanço do ano de 2010 e apresentar, a todos os colaboradores da empresa, os objectivos e metas para o ano de 2011. “Para o Stand Barata, é fundamental que todos os colaboradores conheçam as linhas orientadoras da empresa para o ano de 2011. Todos sabemos que este ano será um ano particularmente difícil, e o facto de toda a equipa estar unida na persecução clara dos objectivos da empresa é o primeiro passo para o sucesso.”, referiu Margarida Pina, administradora. À reunião, seguiu-se um almoço, onde, num registo informal, todos os colaboradores puderam interagir e conviver.

nomeia novos revendedores TecDoc As empresas Autozitânia, Inforap e Infortronica foram distinguidas com estatuto de “TecDoc Authorised Reseller”, estando nomeados em 2011 como Revendedores Certificados TecDoc. Para assinalar o acontecimento Pedro Barros, administrador da AZ Auto, entregou pessoalmente o certificado oficial emitido pela TecDoc. Com esta nomeação a AZ Auto e a TecDoc reconhecem o empenho e a competência destas empresas na dinamização da marca TecDoc, sendo interessante referir que cada uma das empresas nomeadas se destacou numa área diferente, nomeadamente pelo excelente resultado de vendas alcançado no produto catálogo TecDoc, ora pelo trabalho de implementação de um novo interface entre o catálogo TecDoc e o ERP SGIX. A obtenção deste certificado oficial permite igualmente distinguir a qualidade do suporte técnico TecDoc que estas empresas prestam aos seus clientes.

“Sou

100% Volvo”

A Auto Sueco acaba de lançar a Campanha “Sou 100% Volvo”, uma acção que pretende reforçar a relação de confiança entre a marca e o consumidor. A aposta nesta inovadora campanha realça a importância que as peças genuínas Volvo conferem a nível de performance, fiabilidade e principalmente segurança de um pesado Volvo. Através desta iniciativa, é também reforçado o trabalho de equipa que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos anos com a marca Volvo, assegurando os padrões de qualidade da marca para todos os clientes. Desde o ano de 1949, que a Auto Sueco está, continuamente, empenhada em apresentar aos seus clientes produtos e serviços de elevada qualidade. A confiança na mais-valia da marca Volvo e nas suas peças genuínas é um motivo de orgulho tanto para os clientes como para a equipa que, ao longo destes anos, sempre respeitou valores como a solidez, integridade e segurança. “Sou 100% Volvo” é o novo desafio que a Auto Sueco lança aos seus clientes, reforçando a confiança e disponibilidade de peças genuínas Volvo.


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NOTÍCIAS Kits modulares de Airbag da

TRW

A TRW Automotive está a lançar uma gama de kits modulares de airbag, que foram desenvolvidos para reduzir significativamente o tempo de implementação nos modelos de veículos no desenvolvimento e tornar os sistemas mais acessíveis em termos de preço. Os produtos são desenhados para serem aplicados em diversos veículos e consistem num produto base que pode ser dimensionado e adaptado às plataformas globais dos veículos. Até muito recentemente, os módulos de airbag eram, muitas vezes, soluções individuais projectadas à volta do insuflador, para caber no espaço disponível do pacote de equipamento desejado, que pode levar vários anos a desenvolver. Carros semelhantes – até mesmo aqueles da mesma companhia – exigem frequentemente níveis variados de equipamentos para diferentes regiões, tornando a tarefa do desenvolvimento dos airbags cada vez mais complexa. A TRW respondeu a este desafio com o lançamento dos kits modulares para os airbags do condutor e do passageiro, airbags de impacto lateral, airbags de cortina e airbags de protecção no joelho. Por exemplo, a sua mais recente geração de insufladores de airbags – a série de DI10 – é uma grande inovação no desenvolvimento de airbags modulares. Os produtos são desenhados para serem montados a partir de kits de construção de componentes padrão, com muitas partes comuns a todos os tipos. Todos esses insufladores DI10 tem o mesmo diâmetro, com o volume de gás a ser controlado por modelos de alturas diferentes, para acomodar as cargas de propulsor necessárias. Devido às dimensões compactas e à saída escalonada de gás, a TRW pode integrar a tecnologia do insuflador DI10 em módulos de airbag do condutor e do passageiro.

Menapeças é PME Excelência 2010 A Menapeças foi distinguida com o prémio PME Excelência 2010. Esta distinção, atribuída em parceria, pelo IAPMEI e pelos principais bancos a operar no nosso país, tem como objectivo distinguir as pequenas e médias empresas, que evidenciam os melhores desempenhos e indicadores de gestão, no contexto da estrutura empresarial nacional. Efectuada a 14 de Dezembro de 2010, em cerimónia pública no Europarque em Santa Maria da Feira, a atribuição deste galardão visou homenagear e destacar o mérito de um segmento de PME´s de reconhecida importância na economia portuguesa. Com este estatuto, a Menapeças pretende dar continuidade a um trabalho que visa a contínua melhoria da qualidade do serviço prestado aos clientes.

Vulco consolida parceria com Cometil A rede de oficinas especialistas em pneus e serviços de mecânica rápida Vulco consolida em 2011 a parceria com a Cometil – um dos mais importantes importadores de equipamentos oficinais - através da introdução de auditorias e consultadoria. A busca de uma identidade reforçada levou a rede Vulco a estabelecer parcerias e a realizar investimentos sem paralelo ao nível das redes de mecânica rápida em Portugal. Qualidade de serviço e aposta numa cadeia de reparação e manutenção cada vez mais uniformizada estão na base da estratégia implementada pela Vulco. O mais recente capítulo neste percurso é a recente parceria com a empresa Cometil, uma referência nacional no campo dos equipamentos para assistência a rodas, consumíveis e equipamentos de diagnóstico. A empresa com sede em S. Julião do Tojal - Loures, representa para Portugal importantes marcas como a Hunter, Cemb, Butler, Haweka, Omer, Rotary, Filcar e Schrader.

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Breves II CONFERÊNCIA DE PÓS-VENDA DO CLEPA Não surgiram grandes surpresas na II Conferência Europeia do Pòs-Venda, organizada no final do ano passado em Bruxelas, pela federação dos fabricantes de componentes e peças de substituição automóvel. Mais de 180 pessoas integravam a assistência, entre quadros superiores das empresas do sector e membros da Comissão Europeia. A esperada intervenção de Paolo Cesarini, da Direcção Geral da Concorrência, acabou por não desfazer as dúvidas em torno do novo Regulamento 461/2010, como sejam as garantias dos construtores e as garantias dos concessionários, a distribuição de peças de marca por operadores independentes e outros temas ainda pouco clarificados. Em termos de conclusões, sobre os temas abordados, ficou apenas a opinião de que a concorrência entre oficinas independentes e autorizadas se irá intensificar, o que não espanta ninguém, uma vez que isso se traduz num certo nivelamento do serviço, que interessa, tanto às autoridades europeias, como aos construtores de veículos e fabricantes e peças, como ainda às associações de consumidores.

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Breves LAUNCH APOSTA EM DIAGNÓSTICO A Launch Ibérica pensa que é tão importante conhecer a tecnologia do veículo, como ser capaz de diagnosticá-la com os equipamentos da marca. Neste sentido, desenvolveu um programa de cursos em que se pretende formar o mecânico, não somente no conhecimento dos sistemas mais importantes, mas também na forma de os reparar com o seu equipamento de diagnóstico. Desta forma, a Lauch Ibérica proporcionará 7 módulos formativos ao longo de 2011, com cerca de 12 horas cada um, que se caracterizam pela sua natureza eminentemente prática (40% teoria, 60% prática). Na primeira parte, são explicadas detalhadamente as características do sistema, tendo em conta os problemas mais habituais e como é possível diagnosticá-los com um aparelho de diagnóstico. Na parte prática, são simulados os problemas referidos anteriormente, aplicando o método de trabalho mais eficaz para encontrar e solucionar a avaria com o equipamento de diagnóstico, Estes cursos terão um máximo de 15 participantes, sendo entregue no final um diploma certificando os conhecimentos.

NOTÍCIAS 3M com novo Sistema

Fluído para válvulas da

Flash Lube

de Mistura Dinâmica A 3M lançou um novo Sistema de Mistura Dinâmica (DMS) que revoluciona a reparação de cavidades, contribuindo para uma reparação de melhor qualidade com menos resíduos e maior produtividade. Com este sistema poupa trabalho extra ao eliminar virtualmente os poros, pois o ambiente fechado da boquilha de Mistura Dinâmica impossibilita a introdução de ar na mistura de betume e catalisador, proporcionando um acabamento de elevada qualidade. Reduz os desperdícios ao aplicar directamente na chapa e misturando apenas o betume que necessita, evitando os desperdícios. Por último, aumenta a produtividade através da rentabilidade de produto sem necessitar de manipular latas, fazer misturas e limpar a zona de trabalho, conseguindo um acabamento mais rápido e de elevada qualidade. Com este sistema as suas mãos, a área de trabalho e o próprio veículo mantêmse limpos de salpicos e resíduos. O Sistema de Mistura Dinâmica contém um aplicador, uma caixa de boquilhas de Mistura Dinâmica, um suporte para o aplicador e outro para as boquilhas.

A Atwoo Car Cosmetics lançou no mercado o Flash Lube Valve Saver Fluid. Trata-se de um aditivo concentrado, seguro e aprovado, formulado para minimizar o desgaste do assento das válvulas em GPL e outros veículos a gasolina. Uma fórmula única com aditivos para limpeza dos injectores e sistema de combustível. Este produto faculta uma economia de combustível, preserva o motor e reduz as emissões poluentes. Limpa, arrefece e lubrifica a área superior dos cilindros. Também é indicado para os veículos mais recentes. O modo de usar Flashlube Valve Saver Fluid é simples. Adicionar 50 ml de Flash Lube em 50 litros de combustível directamente no depósito de combustível antes ou depois de encher. Pode ser utilizado em cada enchimento.

Expressglass com nova loja em Águeda A ExpressGlass, rede internacional de substituição e reparação de vidros automóveis, reforçou no passado mês de Janeiro a sua rede de lojas em Portugal, com a abertura de instalações em Águeda. Situada na estrada nacional, nas antigas instalações da Renault e junto à escola de condução nº 1, a ExpressGlass de Águeda conta com uma área total de trezentos e cinquenta metros quadrados, uma zona dedicada à substituição e reparação de viaturas pesadas e um amplo espaço para stockagem de vidros. “Estamos muito satisfeitos com esta abertura. Trata-se de uma loja com muita visibilidade para os inúmeros condutores que circulam na estrada nacional, numa região com vários pólos industriais e dinamismo empresarial.” refere Rui Amaral, o responsável da ExpressGlass de Águeda. A ExpressGlass conta agora com 92 lojas que cobrem todo o território nacional, bem como uma frota automóvel, designada de Serviço Móvel, que se desloca até às instalações do Cliente para resolver os seus problemas com comodidade e rapidez.

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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

Breves BOSCH NO DAKAR 2011, PARA GANHAR DE NOVO Os VW Race Touareg confirmaram o favoritismo e venceram de forma incontestável o último Dakar disputado em terras sul-americanas, sendo a única marca a vencer três edições consecutivas desta prova com motorizações diesel. Nem todos sabem, no entanto, que por trás dessas vitórias concludentes está a Bosch Motorsport, que fornece uma versão específica do seu sistema de injecção diesel MS 16.1, a bomba de injecção de alta pressão e injectores adaptados, para conseguirem superar os desafios do tórrido deserto de Atacama ou dos gélidos picos dos Andes, a mais de 4.000 metros de altitude. Vários sensores electrónicos do motor do VW Race Touareg 3 são igualmente fornecidos pela Bosch. Devido ao alto teor de impurezas do gasóleo disponível nas condições do rali, a Bosch revestiu as peças do sistema de injecção com uma protecção especial, destinada a garantir a fiabilidade do sistema, durante as duas semanas que dura esta prova, uma das mais duras do calendário desportivo de 4 rodas.

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NOTÍCIAS Eco-Oficina

Primeira de Sever do Vouga

Sever do Vouga recebeu a sua primeira Eco-Oficina, Auto Serviços Toby, no final do ano de 2010. Inserida num local de grande beleza paisagística este conceito de modernização e requalificação ambiental para as oficinas independentes, apresenta-se como a solução ideal nestas zonas tão sensíveis à acção do homem. Ao adoptar o programa ambiental SIGRES, este estabelecimento garante o cumprimento legal de todas as exigências para o sector através da correcta aplicação da legislação em vigor. Com uma área total de 1.000m2 a gama de serviços oferecidos varia desde a colisão com bate-chapa e pintura até à estação de serviço, passando pela mecânica e electricidade, sem esquecer uma área de parque e zona para recepção dos clientes agradável e moderna. É um espaço moderno com boas instalações que oferece um serviço ímpar no local, estando agora mais preparada e de acordo com a responsabilidade ecológica que a zona implica. Foi a correcta consciência social do empresário Rogério Paulo desenvolvida ao longo de anos a trabalhar em Países mais desenvolvidos nesta matéria, que o levou a optar por uma solução como esta. Foi uma aposta estratégica tomada pelo empresário com vista ao crescimento sustentado, para que melhor se possa focar na gestão operacional do seu negócio e deixar as questões do marketing, imagem, comunicação e cumprimento legal para quem sabe. Esta é a nova forma de gestão adoptada para quem quer vingar e sobreviver nos conturbados tempos que se avizinham para este sector.

Mondego Peças é PME Líder. A Mondego Peças foi distinguida pelo IAPMEI como PME Líder. O estatuto PME Líder tem como objectivo distinguir as empresas com melhores desempenhos e perfis de risco, valorizando os seus resultados e criando condições para a consolidação das suas estratégias de crescimento e liderança.

R-M lança Speedflash S New e nova gama de cores A Speedflash S New oferece uma gama de melhoramentos para aumentar a produtividade da sua oficina e proporciona versatilidade para permitir-lhe a si escolher como realizar as economias, seja por tempos de estufagem mais curtos, temperaturas de estufagem mais baixas ou custos energéticos reduzidos. A Speedflash S New da R-M é, na sua essência, um acelerador de diluente, mas a constituição química avançada deste novo produto altamente eficiente transforma-o em muito mais do que isso. Trata-se de um melhorador total de performance para os melhores esmaltes transparentes conformes da R-M. Desenvolvido especificamente para complementar os vernizes VOC conformes de R-M Diamont Clear CP, Starlux CP, Crystalclear CP e Chronolux CP, Speedflash S New é de utilização ainda mais fácil. O conceito Carizzma já oferece uma ampla gama de cores e efeitos para uma personalização rápida e fácil de rectificação/acabamento automotivo e, a partir de Junho, a escolha fica ainda maior com o lançamento de 11 novos efeitos de cor chamados: Carizzma Special Crystals. Estas 11 novas cores não surgiram por nenhum acaso: foram criadas pelo laboratório de cores da R-M, que está em contacto permanente com os fabricantes de automóveis para que os técnicos possam sentir o pulso às tendências emergentes. Os próprios nomes dos novos efeitos de cores já são uma viagem a outros mundos: Sunshine Reggae, Waterfall, Moonlight River, Autumn Mood, Silvershine, Rainbow, Tahitian Sunset, Copperhead Bronze, Electric Plum, Ocean e Caribbean Night.


Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

NOTÍCIAS Parceria GT Motive / Tintas Robbialac

Liqui Moly continua a crescer

A GT Motive assinou recentemente com a empresa Tintas Robbialac, S.A. um acordo de parceria. Através deste acordo, a Tintas Robbialac, S.A. passa a recomendar aos seus clientes o uso da ferramenta Gt Estimate, uma solução online que disponibiliza ferramentas de cálculo de orçamentação para danos de colisão, bate-chapa, pintura, repintura, mecânica e manutenção programada e correctiva. Esta parceria centra-se numa vertente de formação, em que a Tintas Robbialac, S.A. poderá demonstrar as vantagens na utilização de uma ferramenta para a área da colisão, mais precisamente para a pintura, com enfoque principal na demonstração da importante “métrica” aos seus clientes do ramo automóvel. Em todas as suas acções de formação, a Tintas Robbialac, S.A. reservará uma parte da carga horária para poder demonstrar quais as principais vantagens na utilização de uma ferramenta que disponibiliza vários sistemas de pintura baseados no método de superfície, estudado e calculado através dos baremos. Para a Tintas Robbialac, S.A. a existência de uma ferramenta de cálculo com 3 baremos de pintura incluídos, tem uma enorme importância pois permite que o seu cliente eleja o baremo que melhor se enquadre ao seu trabalho diário de orçamentação de pintura, nomeadamente com o baremo do Fabricante, Cesvimap e Centro de Zaragoza. Toda a equipa comercial da Tintas Robbialac, S.A. irá ter acesso à ferramenta Gt Estimate e respectiva formação, para que possa assim demonstrar aos seus clientes como poderão rentabilizar e potenciar a utilização do Gt Estimate na área da pintura. Segundo António Freire de Menezes, Country Manager da Gt Motive Portugal, “Esta parceria é a confirmação da qualidade e eficácia da solução Gt Estimate, é o resultado da optimização de recursos e aumento de rentabilidade que a ferramenta Gt Estimate possibilita aos seus utilizadores e principalmente aos seus próprios negócios”. Todos os clientes Robbialac, têm condições especiais de adesão ao Gt Estimate.

O ano de 2010 foi muito positive para a Liqui Moly, especialista alemão em óleo do motor e aditivos. O volume de negócios do grupo empresarial cresceu 24,1 por cento, aproximando-se dos 290 milhões de euros, e foram contratados mais 38 colaboradores, perfazendo agora um total de 500. Para poder gerir o crescimento futuro, segue-se agora um programa de investimentos no valor aproximado de 30 milhões de euros. "O volume de negócios e o lucro são importantes para que as pessoas da empresa tenham trabalho e sustento. No entanto, só conseguimos alcançar todos estes números fantásticos no balanço graças a um outro número, que não surge em balanço algum e que, por isso, não adquire a importância que lhe é de facto devida: o número de colaboradores", afirma Ernst Prost, dono e gerente da Liqui Moly. Refira-se ainda que este grupo empresarial gera cerca de 40 por cento do volume de negócios da marca Liqui Moly no estrangeiro. Em 2010, foram 72,6 milhões de euro, o que representa mais 17 milhões de euros do que no ano anterior, correspondentes a um aumento de 31 por cento. A Liqui Moly está presente em mais de 90 países, sendo o mais recentes o Gana, a Nigéria, o Tajiquistão, o Brunei, o Camboja, o Vietname e o Senegal. Como perspectiva de mercado para os próximos anos, surgem para Ernst Prost a China, o Japão, os E.U.A., o México, a Espanha e a Escandinávia. A sua mais importante entrada de mercado dos próximos cinco anos: o Brasil.

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Breves JOSÉ MARIA PLAZA À FRENTE DO CZ No decorrer do último Conselho de Administração do Centro Zaragoza, realizado em meados de Dezembro passado, foi nomeado para presidir a mesmo Conselho de Administração José Maria Plaza Lozano, um quadro superior da AXA Seguros, que não é cara nova no CZ, pois presidiu ao Comité Executivo da instituição nos últimos cinco anos. Será caso para dizer que no Centro Zaragoza " ano novo, vida nova ", presidente novo e instalações novas, o que corresponde a uma total e promissora refundação do projecto, do qual muito se espera no futuro. Boas notícias portanto para os sectores de seguros, reparação automóvel, peritagem, construção automóvel e fabrico de componentes, que passarão a dispor de um apoio técnico mais efectivo e mais amplo. A isso mesmo se referiu o novo presidente José Maria Plaza, na altura da sua nomeação, tendo afirmado " O êxito do CZ Alcañiz, junto ao do CZ Pedrola, permitirá consolidar a posição do Centro Zaragoza como um dos principais Institutos de Investigação a nível mundial e estender os seus serviços no plano internacional ".

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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

Breves NOVO ABS 9 BOSCH PARA MOTOS A aderência dos pneus durante a travagem é um factor de segurança crítico nos veículos de 4 rodas, mas é ainda mais nas 2 rodas, porque a área de contacto com a estrada é dramaticamente menor neste caso. Depois de ter resolvido o problemas dos automóveis, com o lançamento do seu sistema ABS, a Bosch está a resolver agora o problema das motos, com uma solução electrónica específica. A última versão ABS 9 do sistema anti bloqueio da Bosch para motos dá um passo em frente, sendo o mais pequeno (50%) e mais leve sistema deste tipo no mundo, como convém à tecnologia das 2 rodas. Um sensor adicional de pressão de travagem integrado no sistema permite agora detectar imediatamente a perda de aderência da roda de trás, mantendo a estabilidade da moto durante as travagens mais fortes. Esta nova solução, que entrou na produção de grande série, está já a ser montada em dois modelos de alta performance, como é o caso da Kawasaki Ninja ZX-10R, na qual passa a chamar-se KIBS (Kawasaki Intelligent Anti-Lock Brake System), por razões obviamente comerciais.

NOTÍCIAS Dekra cresce 8% A Dekra espera um crescimento nas vendas de cerca de 8% para o ano fiscal de 2010. Este resultado corresponde a 1.84 mil milhões de euros. O desenvolvimento positivo da empresa está reflectido também no número de empregados. A Dekra aumentou a sua força de trabalho em mais de 1.800 novos colaboradores no ano passado. Actualmente, são mais de 10.000 as pessoas que trabalham na empresa. Os pontos mais altos do anterior ano fiscal incluem a aquisição da empresa sueca AF-Kontroll. Este negócio foi um passo decisivo para posicionar a Dekra como um fornecedor líder em testes para os sectores de refinaria, energia nuclear e renováveis. Mas o sector automóvel foi um dos motores de crescimento em 2010. As vendas dessa divisão subiram em mais de 5% para os 1.1 mil milhões de euros. Um dos temas predominantes foi a mobilidade eléctrica. A Dekra está a preparar-se intensivamente para a chegada desta nova forma de propulsão. Os testes para utilização diária destes veículos estão a ser feitos em diversas direcções.

Bosch Car Service com nova campanha Terminada a Campanha de Natal, a rede Bosch Car Service entrou em 2011 com uma forte divulgação institucional nos media nacionais, a manter ao longo dos meses de Janeiro e Fevereiro. Para além da publicidade no ponto de venda, no site web, na imprensa e nos ecrãs das caixas ATM a nível nacional e do lançamento de uma acção de fidelização de clientes... novos spots estão no ar, em três rádios líderes do nosso país.

Esta campanha institucional Bosch Car Service foca, essencialmente, os factores que diferenciam esta rede, como seja a cobertura, a competência técnica e os níveis de garantias que oferece. A imagem Bosch Car Service está presente nos ecrãs das caixas multibanco... e porque para além da angariação de novos clientes é fundamental manter e fidelizar os actuais, a partir de Janeiro as oficinas Bosch Car Service oferecem aos seus clientes uma caderneta com diversos vales de descontos em produtos e serviços, que os clientes poderão beneficiar nas próximas visitas à oficina.

Iberequipe distribui Autologic em Portugal e Brasil A Iberequipe converteu-se no distribuidor principal da Autologic para Portugal e para o Brasil. A excelente prestação e resultados de negócio da Iberequipe no ano de 2010, convenceram o fabricante Autologic que a Iberequipe seria o melhor aliado da marca no mercado de Portugal e Brasil. A Autologic toma a iniciativa de oferecer às oficinas um equipamento em tudo comparável ao equipamento original e empenhou-se com todos os meios de o tornar o mais simples possível de utilizar, ou seja, qualquer técnico poderá obter o maior rendimento no menor tempo possível, com uma curva de aprendizagem muito rápida. A combinação vantagens “Produtos + Serviço” coloca os clientes da Iberquipe em situação de concorrência a nível superior ao do concessionário, no que respeita a tempo gasto e custo imputado ao consumidor final. 2011 será um ano de trabalho intenso e com um grande desafio para uma empresa portuguesa, através do controlo de um mercado global de 200.000.000 de habitantes, um parque automóvel inimaginável e um mercado superior a 140.000 oficinas de reparação. A Iberequipe já dispõe de instalações próprias no Brasil, com serviço técnico, armazém e uma rede de distribuição que cobre a maior parte do território brasileiro.

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SOPEÇAS

AUTO GERMANO

Sopeças foi criada por Eugénio Garcez em 1992 e faz parte do Grupo AD Portugal desde 2002, beneficiando desde aí de todas as vantagens de ser membro da AD, nomeadamente a nível de portefolio de produtos e campanhas de serviço ao cliente. O conjunto de serviços e produtos de valor acrescentado, fazem com que a Sopeças consiga manter um ritmo de crescimento anual constante “Temos estado cada vez mais próximo dos nossos clientes”, diz Eugénio Garcez, para quem “Os proprietários das oficinas antes de serem meus clientes, têm de ser meus amigos, porque são eles que fazem a minha casa”. A Sopeças tem um serviço dedicado à oficina que garante a máxima satisfação dos produtos, quer pela qualidade e disponibilidade, quer pela proximidade dos seus serviços junto das oficinas suas clientes. Pelo facto de ser membro da AD, a Sopeças recebe uma assessoria total, nomeadamente através do projecto Millennium, que inclui um vasto programa de formação, cuja adesão tem sido um sucesso. Em 2011 a Sopeças tenciona aumentar a área das instalações e a nível da logística, vai ter mais um call center dedicado

Auto Germano e Cândido celebra este ano o 15º Aniversário de actividade, sempre ligada ao comércio de peças, em especial da área eléctrica e electrónica onde se especializou. É por isso bem conhecida por quem procura produtos eléctricos para a reparação de viaturas, nomeadamente, alternadores, bobinas, bombas de combustível eléctricas, sensores e actuadores. Trabalha com vários fornecedores de peças e privilegia as marcas Premium, que oferecem mais qualidade. A nível de peças de origem, só mesmo quando o cliente pede ou as marcas do aftermarket não têm a peça pretendida. Concentra a sua actividade na zona do Barreiro, onde se encontra instalada, pois quer manter um relacionamento de proximidade com os clientes, para ter sempre uma resposta rápida na entrega de material. Está previsto o aumento das instalações, mas “a actual conjuntura não está propícia para grandes investimentos, por isso vamos adiar este projecto para outra altura”, diz Germano Cândido, fundador e administrador da empresa. Para 2011, este responsável está um pouco pessimista, pois acredita que as pessoas vão conter os custos na reparação dos veículos e isso vai-se fazer sentir na vendas das peças.

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Praceta Marcelo Curto, 7 Casal do Marco - 2840-163 Seixal Telefone: 21.226.77.10 Fax: 21.225.41.90 e-mail: adsopecas.sopecas@gmail.com Internet: www.adportugal.com Sócios-Gerentes: Eugénio Garcez, Sérgio Costa e Luciana Barros Ferreira Data da Fundação: 1992 Nº empregados: 10 (4 vendedores) Área total das instalações: 520 m2 Clientes activos: 90

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Morada:

PRINCIPAIS MARCAS: Blue Print, SKF, Gates, Monroe, Luk, INA, Beru, Girling, Wix, Glaser, Airtex, Texa

Morada:

Rua Manuel Carrapeto, 50 - Vila Chã 2830-000 Barreiro Telefone: 21.214.85.30 Fax: 21.214.11.57 e-mail: germanoecandido@hotmail.com Administrador: Germano Cândido Data da Fundação: 1996 Nº de empregados: 7 Área total das instalações: 500 m2 (3 armazéns) Clientes activos: 50

PRINCIPAIS MARCAS: Contitech, Delphi, Purflux, Mahle, Sofima, Ate, Ferodo, Lucas, Dolz, kWP, Luk, Sachs,TRW, NGK, Beru

TURBOMAX

REAL MIRANDA

Turbomax foi criada por José Luís Pepe em 1997 e aderiu ao projecto Create Business em 2004, sendo actualmente um associado deste grupo. A entrada da empresa na Create Business veio proporcionar um conjunto de mais valias muito importantes para o crescimento do negócio, a começar pela gama alargada de produtos com qualidade de 1º equipamento e pelo completo programa de formação, que contempla áreas que vão desde o ar condicionado aos sistemas de gestão de motores a diesel e gasolina, passando pela segurança passiva e activa e sistemas de travagem. Informação técnica de qualidade permanentemente actualizada, apoio técnico constante e campanhas de produto, são alguns dos serviços que a Turbomax disponibiliza aos seus clientes. A qualidade da informação que disponibiliza é sem dúvida uma importante ferramenta comercial. Através destas acções a Turbomax tem como objectivo melhorar a competitividade dos seus clientes e prepará-los para os automóveis que no futuro visitarão as suas oficinas. “Apenas vendemos produtos com a qualidade das peças originais, mas se o cliente pedir uma marca de segunda linha, também arranjamos”, diz José Luís Pepe.

Real Miranda, localizada na localidade de Amora, foi criada há apenas 5 anos, mas o seu fundador José Miranda, conta com uma vasta experiência profissional de 32 anos de actividade sempre dedicados à comercialização de peças. Começou por ser vendedor em várias empresas conhecidas do sector e chegou a gerir o negócio de mais duas empresas de peças. O know how adquirido ao longo de tantos anos de actividade tem ajudado José Miranda a conseguir evoluir no negócio apesar da conjuntura desfavorável do mercado. “Estamos numa zona com grandes dificuldades devido ao fecho de muitas indústrias, pelo que vejo com apreensão os próximos tempos”, diz José Miranda. Para conseguir ser competitivo e marcar a diferença em relação à concorrência, este responsável aposta em representações exclusivas, como são os casos das marcas Flennor (distribuição) e JPS (Embraiagens e travões), que distribui em exclusivo na zona geográfica que a sua distribuição abrange. Para outro tipo de peças, trabalha com fornecedores conhecidos, estando actualmente a preferir empresas do norte do país. Possui dois vendedores que são responsáveis pela distribuição das peças pelas cerca de 50 oficinas clientes, embora também faça vendas ao balcão.

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Morada:

Av. D. João II, 26 – B 2910-548 Setúbal Telefone: 265.548.600 Fax: 265.548.608 e-mail: turbomax@createbusiness.pt Internet: www.crestebusiness.pt Sócios-Gerentes: José Luís Pepe e Isabel Pepe Data da Fundação: 1997 Nº empregados: 11 (4 vendedores) Área total das instalações: 900 m2 Clientes activos: 200

Morada: R. Cooperativa Operária Amorense, 13 A/B 2845-446 Amora Telefone: 21.099.57.59 Fax: 21.221.72.19 e-mail: realmiranda@netcabo.pt Administrador: José Miranda Data da fundação: 2006 Nº empregados: 4 (2 vendedores) Área total das instalações: 250 m2 Clientes activos: 50

PRINCIPAIS MARCAS: TRW, Texaco, Mahle, Valeo, KYB, Dayco, SNR, Bosch, Energizer, NGK, Blue Print

PRINCIPAIS MARCAS: Valeo, Lpr, Champion, Ferodo, QH, Gabriel, TYC, Wolf, SKF, OCAP, Phira, Fuchs, KYB, Denso


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Com o apoio:

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AUTO JOTA

AUTO PALMEIRAS

om uma experiência acumulada ao longo de mais de 30 anos, a Auto Jota criou uma imagem e reputação sólida junto das oficinas de reparação da margem sul do Tejo. Actualmente possui duas lojas, uma na Amora e outra na Torre da Marinha, mas o espaço é cada vez mais pequeno para o movimento que este retalhista tem registado nos últimos anos. Assim, está nos planos dos responsáveis investir em novas instalações e centralizar os serviços das duas lojas num só espaço. “Temos estado à procura de um espaço maior onde possamos centralizar os nossos serviços, mas tem sido difícil encontrar nesta zona o local ideal. Outra opção será manter as duas lojas e arranjar um armazém onde futuramente possamos ter uma oficina”, diz Paulo Jota, um dos quatro sócios-gerentes. O critério de escolha de clientes é muito selectivo, e a selecção das oficinas é rigorosa de modo a trabalharem apenas com os melhores da sua zona. A venda de peças para novos mercados foi mais uma aposta ganha pela Auto Jota, que actualmente tem negócios com importantes clientes em Angola, para onde envia material regularmente.

undada em 1973 por Vitor Pires, a Auto Acessórios das Palmeiras é uma das mais antigas casas de peças do Barreiro, contando com muitos clientes fiéis desde o princípio. A evolução deste retalhista tem sido constante ao longo de quase quatro décadas de actividade. O crescimento do negócio tem obrigado Vitor Pires a adquirir novos espaços para armazém de peças, mas o balcão tem-se mantido no mesmo local desde o início, pois é muito procurado e onde faz a maior parte das vendas. Também faz entregas directas às oficinas, dispondo para o efeito de duas pessoas que apenas se dedicam a esse trabalho. “Nunca tive necessidade de ter vendedores, porque os clientes habituaram-se à nossa maneira de trabalhar e sabem que basta um telefonema para terem a peça na hora. Apostamos muito na distribuição e este ano queremos ser ainda mais eficazes nas entregas”, diz Vitor Pires. De modo a promover e divulgar a imagem da empresa, Vitor Pires faz regularmente publicidade em outdoors, com o apoio das marcas fornecedoras. Apesar de fazer parte da Direcção da Atlantic Parts, Vitor Pires conta com outras empresas fornecedoras de peças e procura vender sempre material Premium.

C

Av. Forças Armadas, 24 - Loja B Correr d’Água - 2845-380 Amora Telefone: 212.247.303 Fax: 212.247.066 Internet: www.autojota.com Sócios-Gerentes: Paulo Jota, Fernando Jota, Isamara Jota e Paula Jota Data da fundação: 1979 Nº empregados: 6 (4 vendedores) Área total das instalações: 750 m2 Clientes activos: 130 (nas 2 lojas)

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Morada:

PRINCIPAIS MARCAS: Beru, BP, Brembo, Castrol, Gabriel, Gates, Luk, Monroe, Textar

Morada:

Rua 1º Maio, 9 2830-131 Barreiro Telefone: 21.207.62.28 Fax: 21.206.11.30 e-mail: autoapalmeiraslda@mail.telepac.pt Sócio-Gerente: Vitor Pires Data da fundação: 1973 Nº empregados: 7 Área total das instalações: 700 m2

PRINCIPAIS MARCAS: INA, HEPU, Airtex, Luk, Brembo, Payen, FAG, Aisin, Febi, Champion, Textar, Bilstein, Boge, FAE, Hengst, Sachs PUB


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REPORTAGEM CESVIMAP - Centro de Experimentación y Seguridad Vial Mapfre

Conhecimento: a peça nº 1 A convite da direcção da Cesvimap, o JORNAL DAS OFICINAS visitou em Ávila, Espanha, as instalações deste Centro de Pesquisa que se dedica à investigação de reparação de danos em viaturas, resultantes de acidentes rodoviários. O rigor do trabalho desenvolvido ao longo de quase três décadas de actividade, granjeou-lhe credibilidade, tendo-se tornado numa referência para o mercado.

É

o know how que permite conjugar homens, equipamentos e ferramentas, para criar riqueza. Isso é válido em qualquer sector de actividade e naturalmente o mesmo se verifica no pósvenda automóvel. Mais ainda, quando os conceitos técnicos, comerciais e de gestão entram em período de mudanças aceleradas. Felizmente, há instituições e grupos de pessoas que dedicam as suas vidas para desenvolver esse conhecimento, recolhendo, organizando e relacionando dados, perseguindo a clarificação de questões, através da investigação, assim como testando soluções de forma sistemática e metódica. Está neste caso a Cesvimap, uma empresa espanhola que nasceu já com a incumbência explícita de desenvolver esse know how de forma contínua e aprofundada. Hoje é uma realidade que espalha competências e formas de actuação produtivas e eficientes a todos os agentes do mercado interessados, sendo procurada por indivíduos e por empresas de vários quadrantes, incluindo por profissionais e grupos empresariais portugueses. Isso é perfeitamente natural, porque uma empresa é uma máquina encravada, desde que lhe falte a peça nº 1, o conhecimento. Mais de duas décadas Ao serviço de um conhecimento mais detalhado dos veículos e das formas de os reparar de forma eficiente e rentável, tal é o balanço que podermos desde já fazer da Cesvimap. Inicialmente funcionou como um centro de pesquisa, para desenvolver conhecimentos que pudessem ser úteis à companhia de seguros que patrocinou o projecto: A Mapfre. Quando criou a Cesvimap, em 1983, a Mapfre sentia que

CESVIMAP Morada: Ctra. De Valladolid, Km 1 05004 Ávila - Espanha Director-Geral: Ignacio Juárez Pérez Telefone: 0034.920.20.63.00 Fax: 0034.920.20.63.23 e-mail: ijuarez@cesvimap.com Internet: www.cesvimap.com

"Além da pesquisa, fazemos a recolha de dados técnicos e realizamos ensaios que são relevantes para a nossa companhia de seguros Mapfre", esclarece Ignacio Juárez Pérez, Director-Geral da Cesvimap

eram necessários conhecimentos técnicos dos veículos para desenvolver o seu negócio, com menor grau de risco e com mais rentabilidade. Como não havia resposta no mercado para satisfazer essas necessidades, a empresa criou a Cesvimap. Num primeiro momento, apenas se pensava no pós-venda do ponto de vista do seguro, na área de chapa e pintura, até porque estes itens representavam mais de 80% da reparação de um veículo sinistrado. Os objectivos continuam a ser essencialmente os mesmos, mas o campo de actividade do centro ampliou-se a mais sectores, passando a incluir veículos industriais, motos, tractores e outras máquinas agrícolas e de construção. Ou seja, todos os veículos que estão legalmente obrigados a ter um seguro. A partir de um certo ponto, a investigação alargou-se também à parte mecânica e eléctrica do veículo, não apenas para controlar o pósvenda do seguro, mas igualmente para orientar a pré-venda do seguro e o cálculo mais científico e rigoroso dos prémios de seguro, factor essencial de competitividade no mercado segurador. "Além da pesquisa, fazemos a recolha de dados técnicos e realizamos ensaios que são relevantes para a nossa companhia de seguros", esclarece Ignacio Juárez, actual Director Geral da Cesvimap. A julgar pelos resultados, a actividade desta empresa tem sido muito bem sucedida, porque a Mapfre é hoje líder de mercado em Espanha, com mais de 6 milhões de veículos segurados, mais do dobro do que a sua concorrente mais próxima.

Do económico, ao social O crescimento da Cesvimap, no entanto, não foi apenas provocado pelas necessidades específicas da Mapfre, mas pelas necessidades de todo o mercado ligado à mobilidade automóvel. A Mapfre apenas foi pioneira na detecção das necessidades de informação e conhecimento nesta área, porque outras seguradoras, redes de concessionários, oficinas independentes e outros operadores de mercado sentem as mesmas necessidades de conhecer a tecnologia dos veículos, os materiais utilizados na sua reparação, métodos de reparação, custos de reparação, técnicas de avaliação de danos, etc. Nesse sentido, a Mapfre abriu as portas da Cesvimap a todos os interessados nas suas actividades e nos seus serviços de valor acrescentado. Isso aconteceu por volta de 1985, quando o mercado começou a revelar enorme interesse pelo trabalho da Cesvimap. Outro ponto marcante da Cesvimap foi a publicação das primeiras tabelas de tempos de pintura (Baremo), em 1988. Em 1989 foi criada a primeira oficina piloto da Cesvimap, onde podia verificar directamente o acerto dos seus conhecimentos e das suas orientações para a reparação de veículos. "Era também uma forma de testar o interesse que a nossa informação tinha efectivamente para o mercado. Com essa oficina verificámos que os nossos métodos eram úteis e válidos, não só para as oficinas de reparação, como para os seus clientes” , esclarece mais uma vez Ignacio Juárez.


Suplemento Veículos em Fim de Vida

Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV)

Nada se cria, nada se perde… …tudo se transforma! Este princípio do célebre físico francês Lavoisier, bem poderia ser com propriedade o lema fundador da sustentabilidade e da conservação do ambiente. Sustentabilidade que é também o princípio fundador e a razão de ser da Valorcar, a entidade que entre nós tem por missão enquadrar os Veículos em FIm de Vida (VFV) dentro da lógica racional da sustentabilidade do meio ambiente e da rentabilidade sócio económica.

E

fectivamente, um carro em fim de vida é um resíduo altamente perigoso, que coloca vários problemas graves para a conservação do ambiente, para o equilíbrio ecológico e para a saúde pública. Desde logo, pela presença de substâncias tão lesivas como os ácidos, metais pesados, hidrocarbonetos, polímeros, entre outros. Em seguida, porque a carcaça de um automóvel representa um peso e um volume não desprezíveis, com impacto na paisagem e no espaço penalizantes.

No sistema de desmantelamento empírico vigente no país até à criação da Valorcar, só as peças e os materiais com valor comercial eram considerados de interesse, sendo tudo o mais negligenciado, constituindo uma acumulação insustentável de detritos perigosos e inestéticos. Essa situação ofendia gravemente a crescente consciência ecológica das populações, alertadas pelos meios de comunicação públicos, pelo sistema educativo e pela experiência directa dos malefícios. Para as marcas produtoras dos veículos,

essa situação era também um ónus altamente incómodo e lesivo da fulgurante imagem que o marketing se afadigava em gerar. De facto, a imagem que restava na retina das pessoas era o desperdício intolerável de recursos naturais, financeiros e meios humanos, que só poderia ser explicado pela alta rentabilidade do negócio, ou seja, o desperdício era também pago pelo consumidor, que em troca se via a braços com montanhas de lixo incómodo e perigoso.

A caminho dos ciclos fechados A grande e sábia lição da Natureza é o ciclo natural de regeneração fechado, segundo o qual todos os recursos voltam ao seu ponto de origem. Isto quer dizer que o fruto que a árvore dá é decomposto pelos micro organismos ou pelo consumo humano e de outras espécies, regressando os elementos constituintes desse fruto às raízes da árvore que o gerou, para dar origem a um novo fruto e assim sucessivamente. Esse processo é tão bem concebido e funciona de forma


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VEÍCULOS EM FIM DE VIDA

Processo de desmantelamento Desde a sua concepção que os materiais que constituem um automóvel, são seleccionados em função da capacidade de serem recuperados. No futuro, os carros deverão ser construídos na quase totalidade por peças recicláveis e marcadas, para maior facilidade na sua identificação, mas também para serem mais fáceis de desmontar. Depois de devidamente tratados os restos de um VFV servirão para produzir elementos para os modelos actuais. A figura central de todo este processo é o automobilista, que tem a obrigação de entregar o veículo no final da sua vida útil, num centro autorizado de desmantelamento, que fará a sua descontaminação. Quando os veículos chegam ao Centro de Desmantelamento, têm lugar as medidas de despoluição e de segurança. O operador de desmantelamento recebe o VFV nas suas instalações, livre de encargos para o último proprietário ou detentor salvo quando o VFV não contiver o motor, os veios de transmissão, a caixa de velocidades, os catalisadores, as unidades de comando electrónico ou a carroçaria.

1

O cancelamento da matrícula de VFV é obrigatório por lei. Para o efeito, é necessário entregar ao IMTT um Certificado de Destruição emitido pelo Operador de Desmantelamento Autorizado. Assim, quando da entrega de um VFV num desmantelador, o seu proprietário deve entregar o livrete e o título de registo de propriedade do veículo, e requerer o cancelamento da respectiva matrícula, através do preenchimento de impresso modelo legal, que será disponibilizado pelo operador de desmantelamento.

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Os automóveis são, então, colocados num elevador, sendo-lhes retirado o depósito de combustível, as rodas (incluindo o pneu de reserva), o filtro de óleo, a bateria – um elemento bastante poluente devido ao chumbo que contém – e a remoção ou neutralização dos componentes pirotécnicos.

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Remover o combustível (gasóleo, gasolina ou GPL), o óleo lubrificante (do motor e da caixa de velocidades), o óleo dos sistemas hidráulicos, dos amortecedores, o líquido de arrefecimento, o fluido dos travões e o fluido do sistema de ar condicionado, a menos que sejam necessários para efeitos de reutilização das peças visadas.

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Remover igualmente todos os componentes susceptíveis de reutilização como peças em segunda mão, quando técnica e economicamente viável. Nos modelos que funcionam a GPL, é feita a neutralização do reservatório. O carro segue depois para um local onde todos os outros líquidos são retirados para serem incinerados ou recuperados.

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Numa segunda fase tem lugar a desmontagem dos elementos que podem ser recicláveis e a sua separação por famílias. Os vidros e os diferentes plásticos são objecto de um trabalho minucioso em função do tipo de material, assim como os catalisadores, enquanto que os órgãos mecânicos como o motor, a caixa de velocidades e o alternador, podem ser reutilizados como peças para o mercado pós-venda. Remover os grandes plásticos, a menos que seja garantida sua triagem após a fragmentação.

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O desmantelador deve fazer um registo das quantidades totais de componentes e materiais resultantes do processamento de VFV, incluindo as carcaças, bem como dos respectivos destinatários. Devem ser registados separadamente: as peças para revenda em segunda mão, baterias, combustível, óleos lubrificantes e dos sistemas hidráulicos, líquido de arrefecimento, fluido de travões, filtro de óleo, catalisadores, pneus, componentes de plástico, vidros, carcaça e outros materiais resultantes do desmantelamento.

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tão discreta e automática, que o ser humano muitas vezes nem se apercebe dele. Obviamente, com os produtos industriais nada se passa da mesma maneira, sendo os ciclos geralmente abertos, ou seja, os materiais não regressam à sua origem e isso conduz inevitavelmente ao esgotamento dos recursos. A rápida circulação da informação, felizmente, permitiu que o Homem se desse conta do grave equívoco em que a sociedade industrial estava a laborar, sucedendo-se os alertas e as medidas destinadas a minorar a catástrofe ambiental eminente. A gestão dos VFV é o resultado dessa maior consciência de que é necessário reverter a depauperação do ecossistema que sustenta a humanidade. Através da reutilização e da valorização dos componentes e materiais dos veículos desmantelados cria-se um ciclo de produção fechado, que é sustentável e pode ser indefinidamente perpetuado. Claro que a lógica dessa gestão ainda é comercial e

assenta na rentabilidade, mas traz benefícios inequívocos para o ambiente e para a sociedade. A segunda vida do automóvel Quando um veículo chega ao final da sua vida útil gera múltiplos resíduos sólidos e líquidos que constituem uma grande fonte de contaminação ambiental. Foi por isso que surgiu a Directiva nº 2000/53/CE, que veio definir o regime aplicável à gestão dos Veículos em Fim de Vida (VFV), tendo em vista, a prevenção da produção de resíduos provenientes de veículos e a promoção da reutilização, da reciclagem e de outras formas de valorização dos VFV. Com a publicação da legislação que transpôs para o regime jurídico português a Directiva 2000/53/CE, iniciou-se em Portugal um processo profundo de reorganização do sector das sucatas automóvel, com o encerramento de centenas de sucatas clandestinas e a criação de centros de desmantelamento modernos, efi-


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O operador de desmantelamento realiza as operações de tratamento para despoluição e reciclagem, suportando os custos resultantes destas operações. Aufere os proveitos relacionados com a comercialização dos componentes e materiais resultantes das operações de tratamento.

cientes e de acordo com as mais exigentes normas ambientais. Finalmente, o cenário negro das sucatas auto mudou radicalmente e o negócio da sucata automóvel passou a constituir uma fileira moderna, eficiente, socialmente útil, gerou empregos qualificados, criou riqueza e gerou receita. O mercado dispõe hoje de uma oferta abrangente e diversificada de peças usadas que, por força da lei, têm uma garantia de dois anos, à semelhança das peças novas. A imposição da garantia por um lado e a responsabilização civil por outro desincentivaram a venda de peças sem qualidade, impondo aos agentes procedimentos de controlo e verificação de qualidade, sob pena de terem de devolver o preço ou incorrerem em responsabilidade civil no caso de alguma peça vendida com defeito vir a causar danos. Em termos médios o preço da peça usada situa-se entre os 30 e os 40% do preço da peça nova de origem.

INFRA-ESTRUTURA DE PROCESSAMENTO DE VFV Os principais operadores da infra-estrutura nacional de processamento de VFV são os desmanteladores e os fragmentadores. Os fluxos de massa mais significativos, entre os principais operadores encontram-se representados no esquema abaixo:

Detentor de VFV Centro de recepção Transporte de VFV

Uso

Peças

Desmantelador 4 Reutilização

Baterias, óleos, etc. Fabrico

4

Reciclagem

Outros ciclos de vida

Transporte de carcaça do VFV

Metais

Fragmentador 4 Siderurgia, fundição

Resíduos de fragmentação 4

Aterro, valorização

Outros ciclos de vida

A generalidade dos agentes dispõe hoje de redes de distribuição que lhes permitem colocar as peças em menos de 24h em qualquer ponto do país. Comprar peças usadas passou a ser um negócio fácil, seguro e lucrativo para o consumidor. Os consumidores de peças usadas são em primeiro lugar as oficinas independentes das marcas, em segundo lugar os consumidores finais e em terceiro lugar as oficinas dos concessionários que tradicionalmente sempre olharam para o negócio com desconfiança. Felizmente as coisas estão a mudar e embora timidamente, verifica-se um movimento ascendente nas compras das oficinas de marca. De notar que são as peças extraídas dos VFV que, ao serem comercializadas para reutilização, permitem em grande parte financiar as operações de descontaminação e reciclagem, pelo que esta actividade associada ao abate de VFV é muito importante para a viabilidade económica de todo o processo.


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O que é um Centro

de Abate de VFV?

U

m Centro de Abate é uma instalação industrial destinada a efectuar a recepção e tratamento de VFV, processo que inclui a remoção e separação dos seus materiais, fluidos e componentes, assim como o posterior envio destes para reutilização, valorização ou eliminação ambientalmente adequada. Veículo em Fim de Vida é um carro que deixou de ter interesse comercial e de utilização, geralmente porque o custo da sua recuperação excede o seu valor residual, que se traduz pelo somatório das peças e componentes reutilizáveis, materiais recicláveis e substâncias susceptíveis de valorização. Há casos em que um VFV pode tornar-se num carro Clássico ou Antigo, desde que o seu estado, marca e modelo permitam uma recuperação, cujo investimento é inferior ao seu valor de mercado. Os carros Antigos e Clássicos podem circular nas condições previstas na legislação e estão sujeitos a todas as obrigações legais dos restantes veículos. Nos restantes casos, os VFV são geralmente abandonados nas ruas das cidades ou em propriedades rústicas e vendidos para sucatas. Além dos problemas de ocupação de espaço, os VFV apresentam um risco potencial para o Meio Ambiente, que é inversamente proporcional ao seu estado e ao seu valor pecuniário.

Para evitar ou minimizar esses riscos, a legislação comunitária prevê que os VFV sejam desmantelados em Centros de Abate especificamente montados para esse efeito e abrangidos por regulamentos destinados a salvaguardar o Meio Ambiente e o interesse social. O valor residual dos VFV permite sustentar a actividade de desmantelamento dos Centros de Abate, gerando emprego e retorno sócio-económico. A legislação que regula a actividade dos centros de abate é composta pelo Decreto-Lei nº 186/2003, na redacção conferida pelo Decreto-Lei nº 64/2008, sendo obrigatório o seu licenciamento nos termos do Decreto-Lei nº 178/2008. Além de todas operações destinadas a garantirem a defesa do ambiente, os centros de abate devem assegurar diversos procedimentos administrativos que dão início ao processo de cancelamento da matrícula e do registo dos VFV.

Os desmanteladores lidam com VFV que podem, grosso modo, ser divididos em dois tipos: “novos” que são os VFV de idade mais recente (normalmente inferior a 10 anos) e os “velhos” (idade superior a 10 anos).

Rede Valorcar Esta rede pretende apoiar a actividade dos centros de abate devidamente legalizados e gerar sinergias que permitam tornar mais eficiente e rentável o seu funcionamento. Após obter o licenciamento, o centro de abate pode candidatar-se a integrar a Rede Valorcar, que é de âmbito nacional, devendo passar por um pro-


VEÍCULOS EM FIM DE VIDA cesso de avaliação com duas fases, a primeira das quais visa a análise documental da candidatura apresentada, enquanto que a segunda assenta numa ou mais vistorias ou auditorias, cujo objectivo é avaliar in situ, as instalações, equipamentos e a forma de funcionamento do centro proponente. Os requisitos que os centros de abate têm que respeitar para fazerem parte da Valorcar são definidas pela própria organização e são geralmente de vários tipos: - Administrativos - O centro deve possuir todos os licenciamentos e seguros e autorizações indispensáveis para exercer a actividade; - Financeiros - Não existirem dívidas ao Estado, entre outros. - Infra estruturas - Impermeabilização do solo e existência de meios adequados de detecção e combate a incêndios. - Equipamentos - Ferramentas de corte para remover vidros e sistema de ar comprimido, entre outros. - Procedimentos - Retirar todos os fluidos dos motores, entre outros. Depois de concluído com aprovação o processo de avaliação da candidatura do centro proponente, é estabelecido um contrato entre ambas as partes, pelo qual a Valorcar se compromete apoiar a actividade do centro, publicitando-o, assegurando que os VFV produzidos no país sejam canalizados para ele, divulgando informações relacionadas com as melhores técnicas disponíveis para o efeito e promovendo a investigação e o desenvolvimento de conceitos, entre outras formas de sinergia. Em contrapartida, os centros de abate da Rede Valorcar comprometem-se a aceitarem gratuitamente os VFV do último proprietário/detentor e cumprirem todos os requisitos relacionados com a recepção e tratamento de VFV e a respectiva gestão de materiais e componentes. Características dos centros de abate de VFV Um centro de abate de VFV ocupa uma área considerável, pois tem que possuir zonas separadas com as seguintes funções: • Recepção de VFV • Armazenamento de VFV não desmantelados • Área de desmantelamento de VFV • Locais de armazenamento para materiais, fluidos e componentes retirados de VFV e as respectivas carcaças. Todas estas zonas das instalações dos centros de abate de VFV têm que satisfazer os seguintes requisitos: - Claramente separadas e identificadas - A delimitação das áreas pode ser realizada com o recurso a grades amovíveis, ou traços de cor viva pintados no pavimento, desde que sejam complementados por placas ou letreiros de identificação; - Superfícies impermeabilizadas - É indispensável o recurso a betão e/ou outros materiais com um nível de impermeabilização adequado e fiável.

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Nas áreas de desmantelamento, o recurso a um revestimento com garantias adicionais de impermeabilização, facilidade de limpeza e boa aderência, devido ao maior risco de ocorrerem derrames. Uma boa solução são as tintas de base epoxy. - Sistemas de drenagem - Todas as zonas do centro de abate devem possuir sistemas de recolha de águas pluviais limpas, águas pluviais contaminadas e águas residuais, de acordo com a legislação nacional relativa a águas residuais. As águas contaminadas devem ser canalizadas para sistemas de separação/decantação de hidrocarbonetos. A existência de uma rede separada para águas pluviais não contaminadas (dos telhados, por exemplo), permite a sua posterior utilização para fins úteis (lavagem, rega, combate a incêndios, sanitários, etc.), o que se insere perfeitamente dentro da lógica de defesa do ambiente dos centros de abate. Por outro lado, a totalidade das instalações deve estar rodeada por uma vedação que impeça o livre acesso (fácil), devendo ser preferencialmente opaca, para reduzir o impacto visual eventualmente inestético dos VFV. Área de Recepção de VFV A zona de recepção dos centros de abate de VFV tem que ser constituída por duas áreas, devendo ser a primeira exterior, a fim de permitir o estacionamento do VFV, enquanto o seu titular ou detentor cumpre as formalidades da entrega. Embora deva estar próxima da entrada das instalações, esta área não pode bloquear o acesso à entrada, permitindo a circulação de pessoas em segurança. A área interior ficará localizada junto aos serviços administrativos do centro, onde se cumprem as formalidades da entrega do VFV, recepção e controlo da documentação, registo dos dados do VFV e emissão do correspondente certificado de destruição. Como é evidente, o registo de dados deve ser feito em suporte informático, de modo a serem facilmente reproduzidos ou transferidos. Os dados pertinentes incluem a data de recepção do VFV, matrícula, nº de chassis, categoria, marca e modelo, assim como os dados pessoais do último proprietário ou detentor. Área de armazenamento de VFV A zona de armazenamento ou estacionamento de VFV não desmantelados pode situar-se num local a céu aberto, com uma área superior a 500m2, de modo a permitir a entrada de veículos a um ritmo superior ao do desmantelamento, bem como a circulação e manobra de empilhadores, que se encarregam da transferência dos VFV de uma zona para a outra. Caso seja necessário, esta zona pode estar equipada com estruturas metálicas, destinadas a ampliar a área de armazenamento em altura. Área de Desmantelamento de VFV Esta é a zona estratégica no centro de abate, onde se processam as operações de remoção dos fluidos, materiais e componentes dos VFV, tendo obrigatoriamente


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que possuir características adequadas ao fim em vista. Dentre estas, destacamos as seguintes: - As paredes e tectos devem ser constituídos por materiais resistentes ao fogo e o pavimento deve suportar a circulação dos empilhadores, cujo peso bruto em carga pode ultrapassar 2/3 toneladas facilmente. - Apesar de estar fechada, de modo a impedir a entrada de chuva e ventos, a zona de desmantelamento deve ser suficientemente ventilada, a fim de evitar a concentração de vapores tóxicos e/ou explosivos, possuindo por outro lado boa iluminação natural e/ou artificial. - O local deve estar equipado com meios rápidos de combate a incêndios. O extintor da categoria ABC (líquidos, sólidos e gases inflamáveis), com capacidade igual ou superior a 5kg, deve estar obrigatoriamente colocado a menos de 20 metros, em lugar sinalizado e acessível. Produtos absorventes, para limpar eventuais derrames, devem estar igualmente acessíveis e sinalizados. - É necessário um compressor de ar e a respectiva rede de distribuição de ar comprimido, pois os equipamentos geralmente utilizados nas operações de desmantelamento e despoluição são pneumáticos, por razões evidentes de segurança. No caso do compressor ter uma pressão máxima igual ou superior a 2 bar ou se tiver uma PS multiplicada pelo volume total igual ou superior a 3.000 bar/litro, passa a estar abrangido pelo Decreto-Lei nº 97/2000. - A zona de desmantelamento deve estar bem organizada, a fim de permitir a instalação de pelo menos um unidade de despoluição e a fácil circulação de empilhadores. - O local tem que possuir pelo menos uma unidade de despoluição e o respectivo equipamento complementar, que permitam realizar em condições de segurança todas as operações de remoção de fluidos, materiais e componentes dos VFV. Armazéns de materiais, componentes e carcaças Os produtos resultantes do desmantelamento de VFV devem estar organizados e armazenados de modo a permitir a sua rápida identificação, movimentação e transferência. Por razões de segurança, a zona de armazenamento destes produtos deve estar dividida numa área interior e outra exterior. - A área interior deve possuir paredes e tectos de materiais resistentes ao fogo e pavimento suficientemente sólido para resistir à circulação e manobras de empilhadores. - A sua cobertura deve impedir a entrada de chuvas e ventos, mas é necessário garantir a suficiente ventilação e iluminação. - Deve possuir meios rápidos de combate a incêndios, em tudo idênticos aos existentes na zona de desmantelamento de VFV, assim produtos absorventes para assegura a recolha de derrames. - Os componentes avulsos devem ser colocados em contentores apropriados, sendo separados os seguintes: baterias

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Proprietários de VFV Os Proprietários/Detentores de um VFV devem entregá-lo num centro de desmantelamento licenciado. Esta entrega é gratuita se o veículo estiver completo e garante que o VFV será tratado de forma ambientalmente correcta e que os respectivos registo de propriedade e matricula serão cancelados. Assim, quando da entrega de um VFV o seu proprietário/detentor deve: - Entregar os originais do Livrete e do Título de Registo de Propriedade do veículo (ou o Certificado de Matrícula); - Entregar cópias do seu Bilhete de Identidade e do Cartão de Contribuinte; - Requerer o cancelamento da matrícula, através do preenchimento do impresso modelo 9 do IMTT (que será disponibilizado pelo centro – este impresso só pode ser assinado pelo proprietário do veículo. No caso de empresas a assinatura tem que ser reconhecida notarialmente). Em seguida, o centro de abate identifica o veículo e confere a respectiva documentação. Se tudo estiver bem, procede à emissão do Certificado de Destruição (modelo legal publicado em Diário da República de 10 Maio de 2004 - Despacho n.º 9276/2004) e entrega imediatamente o original ao proprietário/detentor do veículo (que fica assim com o comprovativo que entregou o veículo numa empresa licenciada e que não tem mais responsabilidades). Posteriormente, o centro remete ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) uma cópia do Certificado de Destruição, acompanhada da documentação do veículo e do seu proprietário. Logo que receba a documentação, o IMTT procede ao cancelamento da matrícula e comunica tal facto à Conservatória do Registo Automóvel (CRA) para que se proceda também ao cancelamento do registo de propriedade. NOTAS IMPORTANTES: - O cancelamento do registo e da matrícula de um VFV apenas é possível mediante a apresentação de um Certificado de Destruição emitido por centros de desmantelamento licenciados. É a única forma de cancelar o pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC), criado pela Lei n.º 22-A/2007 (se o veículo for abandonado ou entregue a centros não licenciados, o titular do registo continuará a pagar o IUC). - A emissão dos Certificados de Destruição é efectuada através de um sistema informático, onde ficam registados os dados dos veículos e dos seus proprietários. Esta base de dados foi notificada à Comissão Nacional de Protecção de Dados.

- catalisadores - filtros de óleo - fluido refrigerante de A/C - peças de plástico volumosas (pára-choques, guarda-lamas, capots, etc.) - vidros. - Por seu turno, os seguintes fluidos devem ser armazenados em contentores com uma capacidade mínima recomendada: fluido de travões (60l) - gasolina (1.000l) - gasóleo (1.000l) - fluido de arrefecimento/motor (650l) - óleos usados (1.000l). - Os depósitos dos fluidos devem ser construídos em parede dupla ou estar colocados dentro de uma bacia ou plataforma de retenção. - É essencial que todos os contentores e depósitos de armazenamento de produtos de desmantelamento e despoluição estejam identificados com o nome do produto que contêm, o respectivo código LER e sempre que aplicável o código de perigosidade (natureza dos riscos) e conselhos de segurança. - As peças/componentes destinados à reutilização devem esta separados e organizados por categorias em estantes com prateleiras. - Motores e peças de motores têm que ser lavados para serem reutilizados, para o que tem que existir uma máquina de lavar peças, cujo funcionamento deve ser à base de água e detergentes (em vez de solventes), como um circuito fechado, para a mesma água poder ser reutilizada várias vezes, antes de ser enviada para o separador de hidrocarbonetos. Quanto à área exterior de armazenamento de produtos de desmantelamento, são exigíveis as seguintes condições: - Espaço apropriado para o armazenamento de pneus usados. - Contentores para grandes peças de plástico e vidros, caso estes não sejam armazenados no interior do armazém. - O espaço destinado ao armazenamento de carcaças de VFV desmantelados deve permitir a circulação de empilhadores e veículos pesados de transporte. - Nos casos em que seja conveniente, pode existir um espaço exterior de exposição de carros despoluídos e parcialmente desmantelados, tendo em vista a venda de componentes para posterior reutilização.



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VEÍCULOS EM FIM DE VIDA

Megapeças

Um histórico em Canelas A Megapeças é um centro de abate de veículos em fim de vida que funciona com o propósito de alimentar a venda de peças da empresa, o seu principal negócio e que foi por onde começaram

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osé Inácio é, com o seu irmão, Jorge Silva, o responsável pela Megapeças, empresa de desmantelamento de veículos em fim de vida, situada em Canelas, perto do Porto. A história da empresa já vem de longos tempos, gerações anteriores quando, em 1977, foi o pai de ambos que ficou com uma empresa de venda de sucata para pesados e ligeiros. Em 1992, resolveram alterar os métodos de trabalho. Passaram a dedicar-se apenas ao negócio de ligeiros e, sete anos mais tarde, em 1999, compram e equipam as instalações actuais, num investimento que ficou acima dos três milhões de euros. Nessa altura tentaram legalizar a empresa, mas as contradições foram muitas. Uma delas teve mesmo a ver com a designação. José Inácio insistia que essa deveria ser centro de abate e não qualquer das alternativas sugeridas pelas entidades competentes da altura. A insistência deu os seus resultados porque a Megapeças é agora um centro de abate licenciado pela Valorcar, o que significa que recebe os veículos em fim de vida e procede ao desmantelamento, dentro do que a lei exige. Mas, como todos os centros colocados aqui neste traba-

lho temático, a Megapeças tem também um negócio de peças. A diferença é que esta é uma empresa onde o licenciamento de desmantelamento de veículos é um meio para atingir um fim: a venda de peças. Esta venda é feita ao balcão, mas a Megapeças tem também um carro de prospecção de clientes na rua. Além disso, lançou recentemente a sua marca própria de baterias: a Inácios. Trata-se de uma gama de produtos novos, vendidas com rotulagem própria e destinadas a quem pretende comprar uma bateria a um custo mais ajustado. “Mas este é apenas um negócio complementar e de marketing”, explica José Inácio. A marca Inácios referese ao nome pelo qual a empresa é conhecida na zona e que até foi a primeira proposta para nome da empresa. No balcão, os clientes pedem a peça que pretendem e o colaborador encarrega-se de ver, no stock, se ela existe. Caso não se encontre nas prateleiras da superfície coberta das instalações da Megapeças, os carros que estão arrumados na secção traseira da empresa podem ver a sua peça retirada. Quando assim não for, o critério para extrair a peça do automóvel tem a ver com algum conhecimento de quem

está a fazer a descontaminação. É esse colaborador que decide que peças retirar, em função do seu estado e da marca, modelo e ano do carro. As peças que saem desta empresa têm assim também o seu preço variável, conforme for o seu estado e a raridade da mesma. José Inácio garante que o preço destas peças não ultrapassa, em média, metade do valor das mesmas em novas, tendo como referência a peça da marca. E acrescenta que para vingar neste negócio é preciso ter muita experiência. A tabulação dos preços é variável mas de acordo com uma tabela feita por José Inácio periodicamente. Para lidar com as questões de stock, por exemplo, José Inácio socorre-se dessa experiência. Há determinadas peças de determinados modelos que têm mais saída. São os calcanhares de Aquiles de cada marca, como lhes chama. Neste momento, a Megapeças tem o negócio consolidado e não pretende fazer grandes investimentos de futuro. Vende peças para todo o país, mas escusa-se a dizer o número de clientes activos que já tem neste momento. Mas adianta que a proveniência é de todas as oficinas: desde as independentes às de concessionários.

Megapeças Sede: Travessa da Urtigueira, 171 Zona Industrial S. Caetano 4414-006 Canelas VNG Sócio-gerente: José Inácio Telefone: 227 123 116 Fax: 227 123 156 E-mail: geral@megapecas.pt Internet: www.megapecas.pt


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S.B.L., Comércio de Componentes Auto, Lda

Continuar a investir no negócio É um dos operadores de Veículos em Fim de Vida que mais carros abateu em 2010, demonstrando assim a sua capacidade para operar neste mercado. Em vista estão novos projectos.

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os últimos meses de 2010 houve um grande crescimento da actividade devido ao fim do incentivo ao abate dado pelo Estado. Com excesso de carros a S.B.L. não virou a cara ao negócio, e mesmo com algumas dificuldades foi dando resposta às necessidades. Mesmo com o fim do incentivo ao abate, a S.B.L. não vai deixar de investir neste negócio, tendo já um novo projecto para montar um segundo centro de abate. “Sabemos que o negócio vai decrescer mas carros não me faltam, já que o negócio da importação de carros para peças se irá manter”, refere Mário Sá, gerente da S.B.L. que para além dos VFV tem outras actividades na gestão de resíduos perigosos, não perigosos e banais, como também metais ferrosos e não ferrosos, papel, resíduos têxteis, construção ou demolição, madeiras, plásticos entre outros resíduos. A S.B.L. tem tudo para desenvolver a actividade de VFV. Recolhe os carros, trazem-nos para as instalações, descontaminam-os e, dependendo dos casos, são retiradas peças ou não, para depois seguiram para o destino final, terminando aqui todo o processo de intervenção da empresa. Concorrência tem havido muita nos VFV. Mário Sá garante que cada VFV

pode custar no mercado entre 100 e 400 Euros. “Tivémos uma despesa enorme por mês em carros de abate. Ningém entrega um carro de abate de borla, como existe procura os preços subiram”, revela o responsável. Outra dificuldade tem a ver com o prazo legal de 45 dias em que o carro pode estar em stock até ter que ser enviado para triturar. “É obrigatório que a lei mude neste aspecto, caso contrário não conseguimos rentabilizar o investimento”, diz Mário Sá. Pelo meio, como se disse, existe associado o negócio de peças usadas. “Neste aspecto não nos falta nada. Temos centenas de carros que são do mesmo modelo e versão, mas acabamos só por selecionar 20 ou 30 para aproveitar para peças, os restantes seguem para o destino final”, refere Mário Sá. Quanto ao que se pode aproveitar de um carro para peças, o responsável da S.B.L. assegura que “só o chassis é que não serve para nada. De resto, tudo se aproveita para peças desde a área da chapa até ao motor, passando por componentes mecânicos”. Sendo um especialista em peças usadas, com uma experiência que remonta ao início dos anos 80 do século passado, a

S.B.L. já tem Konw-how mais que suficiente para garantir a qualidade nas peças que comercializa. “O cliente que nos procura, e são muitos, sabe que tipo de peças está a adquirir. Nós damos sempre uma garantia aos clientes que passa pela troca imediata da peça caso ela não esteja em condições”, afirma Mário Sá, porém quando a peça é mais recente “chegamos a dar um ano de garantia”. O mais importante, na opinião do responsável da S.B.L., é estar sempre disponível para ajudar os clientes e as oficinas. “Felizmente temos muitos clientes e até oficinas de marca vêm aqui buscar peças”, assegura Mário Sá, explicando também que existem muitos clientes de outras zonas do país que se deslocam a Esposende especificamente para adquirir peças usadas. “Vende-se de facto muita peça usada por dia” afirma Mário Sá explicando que muito clientes optam, ao nível do material de chapa por exemplo, por peças usadas em vez de peças da concorrência, pois “são peças que são realmente originais”. Para além da venda das peças em balcão e de uma presença na internet (com alguns clientes a pedirem peças via

e.mail), a S.B.L. não possui qualquer estrutura comercial no terreno para vender peças usadas. Considerando que existe uma muito maior organização em todo o processo que se tem vindo a desenvolver com os VFV nos últimos anos, Mário Sá revela que “se tem conseguido limpar o país das sucatas que existiam, contudo, no que diz respeito aos carros em fim de vida existe muito concorrência e estamos a passar uns por cima dos outros. Neste aspecto o mercado piorou muito”.

S.B.L. Sede: Rua Comendador Rodrigo Leite, 25 Bouro – Granda 4730-473 Esposende Sócio Gerente: Mário Sá Telefone: 253 969 300 Fax: 253 969 309 E-mail: sbl@sapo.pt Internet: www.sbl-pt.com


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AUTO VFV Morada: Estrada Municipal da Mourisca Quinta Vale da Rosa, Armazém 1 2910-276 SETÚBAL Director: André Além Telefone: 925 480 814 Fax: 265 734 094 E-mail: pecas@autovfv.pt Internet: www.ambigroup.com

AUTO VFV

Vontade de crescer Com apenas um ano de actividade, a Auto VFV encontra-se ainda em fase de aperfeiçoamento dos processos de desmantelamento e armazenagem de peças usadas, mas a grande aposta deste centro vai ser nos recursos humanos, que são o factor chave para o sucesso.

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Auto VFV faz parte da Ambigroup, SGPS, S.A., uma holding moderna com experiência acumulada de 30 anos nas mais diversas áreas ambientais, nomeadamente: desmantelamentos e demolições de grandes infra-estruturas; valorização e gestão de resíduos; reciclagem de resíduos industriais e resíduos perigosos, entre outros. A articulação de sinergias entre as várias unidades do grupo permite reforçar as suas competências ao nível da logística e capacidade de resposta no âmbito da sua esfera de intervenção, como sejam os desmantelamentos, demolições ou gestão global de resíduos. Sabendo que os veículos fora de circulação podem constituir graves prejuízos para a degradação do meio ambiente, o Ambigroup decidiu criar a Auto VFV que assumiu desde o início de 2010, a gestão e reaproveitamento dos componentes dos Veículos em Fim de Vida. Em Julho de 2010 integra a rede Valorcar. Com uma capacidade instalada para desmantelamento de 7500 viaturas ao ano, a Auto VFV procede à descontaminação e desmantelamento dos veículos recebidos nas suas instalações e posterior

envio para reciclagem dos materiais obtidos. A aposta na reutilização de componentes automóveis, actividade posicionada num dos níveis mais elevados da hierarquia das operações de prevenção e gestão de resíduos adoptada pela legislação em Portugal, acentua a importância que o Ambigroup tem vindo a atribuir a este tipo de projectos. A origem dos VFV vem dentro do grupo, mas também são adquiridos em leilões e alguns vêm de particulares. O processo de desmantelamento está muito bem organizado, com uma linha própria para o efeito, onde o carro entra para ser descontaminado e vai passando por várias etapas até ao desmantelamento total das diversas peças e componentes. No armazém com mais de 5.000 m2 são armazenadas as peças desmontadas, por marcas e categorias. O processo de catalogação das peças e respectiva armazenagem ainda está em fase de aperfeiçoamento, mas todos os passos estão a ser dados de forma a que no futuro todo o processo esteja informatizado. Está também a ser organizado um Manual de Procedimentos, para que todas as fases do processo de desmantelamento sejam devi-

damente realizadas com qualidade e segurança, de modo a conseguir, a breve prazo, tornar-se numa empresa Certificada. André Além, Director da Auto VFV, considera que o negócio das peças usadas tem um grande futuro, mas lamenta a forma como a maioria dos intervenientes trabalha este mercado. “O cliente ainda vem aqui como ia ao sucateiro e as pessoas que vêm trabalhar para cá não conseguem olhar para este negócio como uma actividade nova e de futuro, pois têm hábitos difíceis de mudar. A falta de pessoal competente e com uma nova visão desta actividade é o que está a faltar para podermos desenvolver a empresa mais rapidamente”, diz André Além. A nível da entrega das peças aos clientes, a Auto VFV utiliza a logística interna do grupo, conseguindo assim satisfazer com rapidez as necessidades dos clientes, principalmente se forem grandes encomendas. A Auto VFV também faz venda directa no balcão, envios urgentes por empresas transportadoras, e recebe pedidos através da internet. Questionado sobre qual o tipo de peças mais procuradas, André Além diz que “nas estatísticas internas já realizadas, ve-

rificámos que a procura de peças faz-se por fases. Há meses que vendemos muitos motores e outros não. O mesmo se passa com determinados modelos de carros. Mas as peças que se vendem mais é o material de carroçaria da frente, onde se inclui os pára-choques, capots e faróis”. O objectivo é evoluir no âmbito da revenda e para isso estão já a ser tomadas algumas medidas, nomeadamente aumentar o stock de peças usadas e contratar uma equipa de comerciais para andarem no terreno. O futuro da Auto VFV passa também pela exportação para os países africanos, onde tem já alguns clientes, nomeadamente em São Tomé, Guiné e Cabo Verde. Trata-se de mercados importantes, pois têm muita carência de peças para veículos com alguns anos, principalmente das marcas Toyota e Nissan. Relativamente a novos investimentos, está prevista a aquisição de um novo empilhador lateral, para maior rapidez no armazenamento das peças, assim como uma remodelação total do balcão de atendimento, que será separado do armazém por uma parede de vidro, de modo que os clientes possam ver todo o processo de desmantelamento e armazenagem.


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Recife

Dimensão regional Com cinco centros de abate a Recife é um dos maiores operadores dentro da rede Valorcar. Para além do negócio dos VFV, a Recife é um importante operador de peças usadas.

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Recife é uma empresa que nasceu com o intuito de trabalhar especificamente os veículos em fim de vida. Fundada em 2000, numa altura em que surgiu a lei europeia sobre os VFV, só no ano de 2007, quando se deu a expansão do incentivo ao abate, é que a Recife iniciou o seu processo de crescimento. Primeiro apareceu o centro de Viana do Castelo, depois Vila Real e Braga, tudo em 2007, para no ano seguinte iniciar operações em Bragança e Chaves. Nos quase quatro anos em que está neste negócio a Recife já vez quase 27.000 abates, representando uma média anual de 10% dos abates que são feitos ao nível da rede da Valorcar. Braga, onde funciona a sede da empresa, Viana do Castelo e Vila Real são os centros com maior representatividade na Recife. “A aposta foi num rápido crescimento da nossa actividade, dando privilégio em termos de organizativos a uma centralização das operações”, refere Agostinho Carvalho que revela que ainda existe muito trabalho a fazer em termos de informatização da área das peças, o que permitirá também ter no próprio site informação a esse nível.

Para além da vantagem que representa ter cinco centros de abate, um dos pontos fortes da actividade da Recife no mercado é a sua capacidade de resposta que tem no terreno. A empresa tem um sistema de elaboração de certificado de uma forma rápida, através da utilização de portáteis, que lhe permite ser mais célere nesta fase do processo do veículo em fim de vida. “Isto é muito importante para o vendedor de um automóvel, pois quando mais rápido for este processo, mas depressa ele pode entregar o carro novo ao cliente” esclarece Agostinho Carvalho. Porém, uma das grandes dificuldades para este operador é o valor que os VFV têm vindo a atingir no mercado. “O ideal era existir um valor padrão para os VFV e não esta desregulação que não beneficia ninguém”, afirma o mesmo responsável, que sabendo que o Estado não dá qualquer apoio aos operadores deste sector, não aceita que “ainda existem operadores que façam muita concorrência desleal”. Como tal, mesmo que considere que o negócio não esteja comprometido, Agostinho Carvalho explica que a opção passou pela importação de carros para vender às peças, com grande ênfase para veículos provenientes de Inglaterra bastante mais

recentes (até 2007). Os carros para abate nacionais acabam por ser também um pequeno complemento nesse negócio das peças, mas o responsável da Recife diz que “não faz sentido, só para dar um exemplo, estar a guardar peças para um Fiat Uno quando esses carros estão a ser todos abatidos”. Porém, é mesmo na venda de peças que a Recife tem apostado muito, dispondo para isso de uma estrutura comercial vocacionada para o efeito. Nos centros de abate da Recife existem balcões de peças, dispondo a empresa também de cinco vendedores que estão no terreno a visitar as oficinas. Esses vendedores trabalham nos distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo e Vila Real. Algumas das peças usadas que comercializa são testadas, nomeadamente as que envolvem partes eléctricas, sendo também marcadas, o que permite não só um controlo da empresa como o facto de as mesmas poderem ser trocadas caso o cliente veja que não estão em condições. Refira-se, mesmo assim, que a taxa de devolução na Recife é muito baixa, segundo Agostinho Carvalho. Ao nível dos motores e da chapa, por exemplo, o responsável da Recife revela

que estas peças usadas são economicamente vantajosas para as oficinas face às peças não originais, pois de um “modo geral a peça usada é sempre um bom negócio”. Para finalizar Agostinho Carvalho não quis deixar de dar uma palavra de incentivo ao trabalho desenvolvido pela Valorcar, não só pela enorme mudança de mentalidades que o sector tem vindo a atravessar mas também “pelo mérito de passar muitos sucateiros a gestores de resíduos”.

Recife Sede: Rua do Regueiro, lote 5, Zona Industrial de Sobreposta 4715-553 Braga Responsável Comercial: Agostinho Carvalho Telefone: 253 690 662 Fax: 253 691 236 E-mail: geral@recife.com.pt Internet: www.recife.com.pt


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RDR

Um projecto em desenvolvimento Em Castelo Branco, a RDR desenvolve um negócio de peças usadas totalmente licenciado. Em média, entram cerca de 50 clientes por dia

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erca de 50 clientes por dia entram na RDR, em Castelo Branco, um centro de desmantelamento de veículos com pouco mais de um ano de actividade. Muitos vêm comprar peças usadas que provêem dos veículos em fim de vida, mas o facto de se situar nessas recentes instalações uma loja de retalho de peças que vende também componentes usados não é de deixar de parte. Quando, em Outubro de 2009, João Lucas resolveu construir de raiz este centro de abate aproveitou para deixar também aqui o negócio de peças novas. Apesar disso, a sua ligação aos veículos em fim de vida na região é feita essencialmente no mundo das peças usadas. É que antes da RDR, ele já era proprietário de uma sucata. Mas como faz questão de afirmar: “nunca trabalhei os metais [vendidos ao peso], dedicava-me apenas à venda de peças. Depois, prensamos e enviamos para a Siderurgia Nacional”. E foi com esta experiência que nasceu a RDR. Hoje em dia, tem 12 pessoas a trabalhar a tempo inteiro e que desmantelam uma média de 120 carros por mês. O seu mercado de actuação é apenas local. João Lucas dimensiona a ambição da em-

presa ao mercado que trabalha, o que o leva a dizer que tem sido uma boa área de negócio. Mas por vezes surgem clientes de outras localizações com encomendas específicas, que são atendidas como se fossem da zona de Castelo Branco. “Só através da Internet, conseguiríamos vender para mais longe”, diz. A sua carrinha de distribuição de peças novas, mas que aproveita também para entregar usadas, vai fazendo algma prospecção jnto dos clientes, mas é sobretudo ao balcão que estes se dirigem para encontrar o que pretendem. A logística da RDR segue o modelo tradicional nestes casos, com algumas das peças já separadas em prateleiras, mas com outros pedidos que são desmontados directamente nos carros, conforme as necessidades. O preço é feito ao balcão também. Como a RDR tem peças novas, os seus preços são utilizados como referência para as peças que vêem dos veículos em fim de vida. Em geral, as peças de maior rotação e dos veículos mais recentes são tabeladas a metade do seu valor em novas. Quanto a peças de maior complexidade, como motores ou caixas, o desconto em relação a novas é maior. “Dado o preço elevadíssimo destes com-

ponentes em novo, nunca poderia pedir apenas metade desse valor, porque senão ninguém compraria”, explica João Lucas. Assim, esses grupo costumam ser vendidos a cerca de 30% do seu valor em novos. Já peças de veículos com mais de 15 anos, também sofrem alguma desvalorização. Estas podem chegar também a 30% do seu valor em novas. Por detrás desse balcão de venda, acontece o desmantelamento. Há duas pessoas especialmente colocadas apenas para descontaminar os carros. Uma terceira, que é o responsável pela área de peças usadas, escolhe o que é colocado em stock. Nestas, as mais procuradas dependem novamente da idade do carro. Se for recente, há mais interessados nas peças de chapa e carroçaria, especialmente as frentes. “Mas nunca sabemos muito bem o que vendemos”, adianta João Lucas. “Todas as marcas de automóveis têm um ponto fraco. Há sempre um modelo que se vende aqui muito bem; o melhor carro para o centro de abate é o pior carro para andar na estrada”. Os projectos de futuro para a RDR estão relacionados com a prensa de carros. Na altura em que montou estas instalaçõs, com seis mil metros de área, João Lucas

projectou também uma prensa. Ele queria reduzir a área que os carros ocupavam para rentabilizar o transporte até à siderurgia. “Com esta prensa consigo carregar um camião com 16 carros, em vez dos seis inteiros a que estaria limitado de outra forma”, explica. “O espaço é sempre pouco”, diz. Além do investimento na prensa, vai ainda fazer pórticos para conseguir colocar nas suas instalações cerca de 600 carros.

RDR Recepção, Desmantelamento e Reciclagem Sede: Zona Industrial, Rua D, Lote 104 6000-459 Castelo Branco Gerente: João Lucas Telefone: 272 325 453 Fax: 272 325 457 E-mail: geral@rdr-reciclagem.pt Internet: www.rdr-reciclagem.pt


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BENTOS

Desmontar, pagar e levar A empresa Bentos tem um historial de mais de 30 anos ligado à gestão de resíduos, tendo-se tornado um Centro de Desmantelamento de VFV licenciado pela Valorcar em 2006. Desde então não tem parado de crescer e hoje as instalações já são pequenas para os mais de 1000 carros que tem sempre em stock.

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om Sede na Estrada Nacional Nº 10, km 107.4 ao Porto Alto, a Bentos criou condições que lhe permite em segurança, cumprir a sua missão de uma forma profissional e onde os requisitos legais são a sua referência e linha de orientação. Licenciada pelo Instituto de Resíduos em 2006-05-08, em 200605-12 foi Certificada pela Valorcar como Centro de Desmantelamento de VFV’s. Como Centro de Recepção e Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV) é da sua competência e responsabilidade fazer a selecção e triagem dos diversos componentes com vista a reciclagem e reaproveitamento dos seus materiais. Com uma área de 13.000 m2, sendo 3.200 m2 cobertos, a Bentos tem capacidade de armazenamento para 1000 VFV. Presentemente desmantela uma média de 30 veículos por dia. Em finais de 2008 obteve a Certificação Integrada em Qualidade, Ambiente e Segurança, pelas Normas NP EN ISO 9001/2000, NP EN ISO 14000 e OSHAS 18000, com o objectivo principal de garantir, de uma forma segura e duradoira, o sucesso da empresa e a defesa do Meio Ambiente.

Sendo uma forte defensora do desenvolvimento sustentável do Planeta, a Bentos aderiu desde a primeira hora à "Ecologia Industrial", pelo que põe à disposição de todas as Organizações e Instituições, quer privadas quer públicas os serviços de recepção, descontaminação e desmantelamento dos veículos em fim de vida com a emissão dos respectivos certificados de destruição; armazenamento temporário de pneus e baterias usados; assim como o transporte e acondicionamento de resíduos a destino final autorizados. Após a recepção, o VFV é submetido à operação de descontaminação, sendo-lhe desactivado os air-bags cintos-desegurança e armazenados em depósitos apropriados os óleos do motor, travões e suspensão, restos de combustível, águas do radiador e outros materiais perigosos. Os materiais recepcionados depois de devidamente separados e inventariados, são armazenados em locais adequados, tendo em conta a sua natureza e especificidade sendo encaminhados para o tratamento e reciclagem em tempo oportuno. Na Bentos é o próprio cliente que desmonta a peça do carro que pretende, não existindo por isso stock de peças em arma-

zém. A generalidade da oferta dos carros está limitada aos modelos mais correntes de há dez ou quinze anos atrás, como por exemplo o Fiat Punto, o Opel Corsa, o Peugeot 106 ou o Renault Clio. Mas também se conseguem encontrar modelos mais recentes e de marcas de prestígio como Mercedes e BMW. “É uma actividade que exige um grande investimento, nas máquinas de desmantelamento, nos reboques, nas instalações e no pessoal. Se não tivéssemos o conhecimento e os meios para funcionar como temos, seria impossível rentabilizar o negócio”, diz Jorge Bento, administrador da empresa. Os carros estão em parque apenas o tempo suficientes para os clientes retirarem as peças que necessitam. Quando entra um novo lote de VFV, os carros existentes, mesmo que não tenham sido desmontadas todas as peças, seguem para o desmantelamento total e respectiva reciclagem dos componentes. “Não faço stock de peças porque não consigo rentabilizar o tempo de mão de obra necessário para desmontar as peças e fazer a respectiva catalogação e armazenagem”, diz Jorge Bento, que prefere conti-

nuar a funcionar na modalidade de ser o próprio cliente a procurar a peça e a desmontá-la dos carros que estão em parque. Os principais clientes são as oficinas, mas há cada vez mais particulares a adquirirem peças usadas na Bentos, inclusive mulheres, que segundo afirma Jorge Bento “sabem tirar peças melhor do que muitos homens”. Conta actualmente com 21 funcionários, sendo grande parte deles de origem brasileira e com muita experiência pois estão na empresa desde o início.

BENTOS Morada: Estrada Nacional 10, km 107,4, Porto Alto 2135-114 Samora Correia Administrador: Jorge Bento Telefone: 263 659 570 Fax: 263 659 577 E-mail: bentos.lda@sapo.pt Internet: www.bentos.pt


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SVP Auto

Experiência e conhecimento A SVP Auto é uma empresa associada à rede Valocar (com dois centros) remontando a sua história a 1987. Todos estes anos que lidou com veículos em fim de vida dão à empresa de Coimbra um grande know-how no mercado das peças usadas.

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o final da década de 80 o parque automóvel em Portugal era muito envelhecido (a idade média rondava os 16 anos). A SVP Auto começou desde logo a importar salvados do estrangeiro, através de um parceiro francês, com cerca de 4 a 5 anos de idade. Desde o começo que a SVP Auto se posicionou como especialista em peças usadas, um mercado que, verdadeiramente não existia em Portugal. “O negócio era simples: peças de qualidade, com garantia e a preços competitivos, isto é, em média 30% do preço da peça nova”, revela Manuel Rodrigues, Sócio-Gerente da SVP Auto. Um dos aspectos diferenciadores está precisamente na garantia de um ano, algo que faz parte da política da empresa ao longo dos 23 anos de história da mesma. Trata-se de uma garantia convencionada por escrito na própria venda a dinheiro. “As pessoas ignoram que têm que dar garantia, por força da lei, quando muito ela pode ser reduzida para um ano, que é o que nós fazemos”, afirma Manuel Rodrigues. Em apenas dois anos depois do início da empresa em Coimbra, a SVP Auto já estava representada no Porto, Viseu, Setúbal e Oliveira de Azemeis.

O negócio prosperou imenso até que os países de leste se tornaram mais abertos e inflacionaram o mercado de salvados no centro da Europa, ao mesmo tempo que nos anos 90 o parque automóvel nacional também se modernizou bastante. Quer isto dizer que o negócio das peças usadas decresceu na SVP Auto, apostando a empresa para compensar tal quebra na comercialização de peças novas (que chegaram a representar a maioria das vendas) e entrou nos serviços rápidos de mecânica. De ciclo em ciclo a SVP Auto voltou a passar por dificuldades por ocasião da lei dos licenciamentos, já que nenhum dos centros estava localizado numa zona industrial. Mesmo, assim a empresa conseguiu, por via da alteração da lei, licenciar quatro centros (que ainda hoje mantém), sendo que dois deles integram a rede Valorcar. Desde essa altura a SVP Auto começou também a trabalhar com veículos nacionais, provenientes do incentivo ao abate, mas “em rigor, poderei dizer que somos verdadeiramente a única empresa com vocação para a venda de peças usadas”, assegura Manuel Rodrigues, recorrendo às próprias estatísticas da Valorcar para confirmar a sua afirmação. Por cada tonelada de peso de veículo, a

média de aproveitamento de peças na rede Valorcar é de 7,37% enquanto na SVP Auto é de 32,17%. “Para nós um automóvel que entre nos nossos centros destina-se fundamentalmente ao aproveitamento de peças”, explica Manuel Rodrigues acentuando a vocação principal da SVP Auto. A empresa ainda continua a importar salvados do estrangeiro, embora em menor escala, mas recorre também aos leilões online de salvados (das diversas companhias de seguros). “Somos dos maiores licitadores nacionais neste tipo de leilões, o que é para nós uma boa fonte de abastecimento”, explica o responsável da SVP Auto. Uma quarta fonte de abastecimento da empresa são os VFV sinistrados. Trata-se de veículos que não foram vendidos nas plataformas online (por ninguém ter licitado), mas que a SVP Auto negoceia directamente com as companhias de seguro. “Uma empresa como a SVP Auto tem que estar presente em todos os segmentos de mercado, e garantir por isso um bom aprovisionamento das peças”, refere Manuel Rodrigues. Sobre a rede Valorcar, o responsável da SVP Auto refere que “do ponto de vista

ambiental a Valorcar foi um sucesso extraordinário. Raramente se vê uma sucata e os carros abandonados acabaram definitivamente”. Com o fim do incentivo ao abate, Manuel Rodrigues considera que alguns centros podem vir a fechar, pois deixa de haver “produto suficiente para assegurar a rentabilidades de todos os centros licenciados” mas “estou na expectativa para ver como o sector se vai organizar, pois não são muitos aqueles que sabem estar no mercado das peças usadas”.

SVP Auto Sede: Estrada da Adémia, Cidreira - Alqueves 3020-072 Coimbra Sócio-Gerente Manuel Rodrigues Telefone: 239. 433 060 Fax: 239 433 660 E-mail: svpauto@mail.telepac.pt Internet www.svpauto.com


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Re-Source

Linha de desmontagem Na Re-Source, em Amarante, a venda de peças usadas é levada de forma tão séria que têm venda online a partir de um catálogo de encomendas online com preços fixos

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ituada em Amarante, a Re-Source é uma empresa de desmantelamento que começou a operar em Março do ano passado. Os processos utilizados são novos e pensados de raiz. A empresa consegue tirar 65 a 70% das peças dos carros para aproveitamento. O segredo está no próprio processo de desmantelamento. Este foi um dos projectos mais ambiciosos da empresa. “Normalmente, há uma pessoa que decide por sensibilidade o que deve ser aproveitado”, explicou ao JORNALDAS OFICINAS o responsável técnico da ReSource, Vítor Marques. No pavilhão de desmantelamento, existe uma linha com sete postos fixos e um de apoio ao grupo propulsor: motor e caixa. “Nesta linha existe uma única pessoa que decide o que se vai fazer”, explica. “Ele decide em função das encomendas o que vai ser feito em determinada viatura e toda a restante linha trabalha de acordo com as instruções que essa pessoa dá”. Em cada ponto, as peças são desmontadas sem que o operador saiba para quem se destina. O responsável da Re-Source diz que basta colocar no carrinho de compras e a peça chega ao seu destino. “A peça já sai

devidamente identificada, com o seu próprio código, para ser armazenada”, explica ele. “É uma linha que está sempre a funcionar permanentemente. É esse o nosso maior trunfo.” Há muito rigor informático nas operações. Cada posto na linha de desmantelamento tem um écran de computador que indica quais as peças a desmantelar para cada carro. Esta informação será mais tarde utilizada na gestão do stock, já no armazém. “Desde o início que queríamos ter um bom sistema de identificação de peças e de localização”, diz o responsável. Por causa do seu valor e do volume que ocupam, algumas peças são colocadas de lado desde o início, como os assentos e tabliers. “Não podemos guardar todo o tipo de peças, mas tentamos ter um pouco de tudo”, diz Vítor Marques. Os stocks para as peças que a Re-Source pensam serem indispensáveis estão quase todos configurados. O critério tem a ver com o item mais consumido, como os motores de arranque, alternadores e os componentes de colisão frontal (os mais vendáveis). Catalisadores (cuja procura tem vindo a aumentar) e outras peças de desgaste,

como caixas, transmissões também fazem parte deste lote indispensável para ter em casa. Artigos como os que fazem parte da traseira do automóvel não ficam nas prateleiras da Re-Source. “Como normalmente não são culpados dos acidentes, é a companhia de seguro que paga e recorre à distribuição de peças novas”, explica Vítor Marques. “O espaço custa dinheiro e por isso não é possível guardar tudo o que queremos.” A empresa tem uma postura empresarial muito forte, diz Vítor Marques. Talvez por isso, faz também valorização de plásticos, inclusive de outros centros. O recondicionamento de peças é um projecto que está no horizonte. Mas, por enquanto, vão-se vendendo as peças da forma tradicional, isto é, ao balcão. Mas a Re-Source tem também um site de encomendas online activo. Aqui, é possível aceder a uma lista de veículos, por famílias e de todas as viaturas em parque, com carrinho de compras, dados de livrete e preços para clientes autorizados. Os clientes procuram entre os cerca de 120.000 artigos geridos. “Embora não os tenhamos que ter sempre em stock [que tem perto de sete mil peças], temos o

parque actualizado duas vezes por semana”, diz Vítor Marques. São vendidas cerca de 150 peças por dia, com preço fixo. Este é calculado a partir de um algoritmo de cálculo de preços por modelos relacionais. Na prática, as peças ficam em um terço do seu valor em novas. Os processos da Re-Source estão de acordo com os critérios ambientais, fazendo parte da Valorcar e com a certificação SGS há cerca de dez meses para qualidade e ambiente.

Re-source Sede: Rua da igreja, 1296 Apartado 291 4600-591 Fregim - Amarante Dep. Técnico: Vítor Marques Telefone: 255410050 Fax: 255410058 E-mail: geral@re-source.pt Internet: www.re-source.pt



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REPORTAGEM Em 1992, a Cesvimap começou a investigar para as companhias de seguros que a Mapfre possuía na América do Sul. Essa actividade daria origem em 1996 aos primeiros centros latino-americanos (Argentina e Brasil). Em 1997, aparece o centro do México e em 1999 é a vez dos centros de França e da Colômbia. Em todos os centros a Mapfre é a proprietária ou tem a maior parte do capital, excepto no México, em que todos os sócios têm a mesma quota de capital, e na França, onde o centro pertence a duas seguradoras francesas e a Mapfre tem 10% do capital. O ano de 1996 foi importante para a Cesvimap, porque se realizou a mudança para as actuais instalações. Também porque se abriu uma segunda oficina, sem os factores condicionantes da primeira, que foi aberta com as mesmas condicionantes de uma pessoa qualquer que abre uma oficina. "Na primeira, alugámos um espaço, que era uma nave industrial onde tinha estado um armazém de cerveja, nada adaptado ao fim em vista. Tivemos que comprar os equipamentos necessários e contratar pessoal, que não era especializado. Tudo isto em Madrid, em concorrência directa com outras oficinas bem consolidadas. Para isso, foi necessário recorrer a um endividamento elevado", revelou Ignacio Juárez. Na segunda oficina, também em Madrid, foi tudo muito diferente, porque a Cesvimap já tinha demonstrado que era possível fazer as coisas bem feitas, trabalhar com qualidade e ganhar dinheiro. Por isso, não foi difícil arranjar dinheiro para comprar bons equipamentos e ferramentas, formar o pessoal e criar todas as condições para trabalhar ainda melhor. O facto das Cesvimap ter duas oficinas foi muito positivo, porque ao trabalhar com outras oficinas tinham referências de uma oficina normal e de uma oficina mais evoluída e bem preparada. Isto deu à empresa uma grande autoridade perante o mercado, porque "quanto nós falávamos tínhamos por trás a experiência concreta das oficinas e os conhecimentos que isso implicava. Isso permitiu-nos abrir as portas e mostrar como estávamos a trabalhar com método, a controlar os tempos, etc.", esclareceu Ignacio Juárez. A Cesvimap ganhou grande credibilidade a partir daí e tornou-se numa referência para o mercado. Nova vida para VFV Outro passo importante da Cesvimap foi a criação de uma unidade de reparação de plásticos. Esta iniciativa veio na sequência de se verificar que os reparadores preferiam substituir as peças de plástico, nomeadamente os pára-choques, porque era mais lucrativo. No entanto, para o cliente (e seguradoras) essa solução era mais dispendiosa. A partir do momento em que a Cesvimap tinha o centro de reparação de plásticos, os peritos mandavam reparar as peças à Cesvimap e esta devolvia a peça reparada. “Chegámos a um ponto em que tínhamos 20 pessoas a trabalhar permanentemente, em 2 turnos, para reparar cerca de 40 pára-choques por dia" disse-nos Ignacio Juárez. A partir de um certo ponto, no entanto, as oficinas

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começaram a pagar a reparação dos plásticos e optaram por começar a fazer elas a reparação das peças . Nessa altura, várias pessoas da Cesvimap chegaram à conclusão que a gestão dos veículos em perda total não estava a ser correctamente rentabilizada. Como a unidade de reparação de plásticos tinha menos movimento, aproveitaram as pessoas para começarem a reciclar Veículos em Fim de Vida – VFV, que eram propriedade da Mapfre (neste momento, Cesvimap está a tratar cerca de 3.000 unidades/ano). No futuro, a unidade de reciclagem da Cesvimap deverá começar a comprar carros para desmantelar, porque já tem uma boa estrutura de comercialização de peças usadas. O processo de reciclagem de veículos da Cesvimap é uma referência em métodos e eficiência. Cerca de 45% das peças recicladas são exportadas, incluindo para Portugal. Os restantes 55% são para clientes particulares e oficinas.

O acordo que a Cesvimap tem com a Mapfre é renovado todos os anos e a seguradora decide que modelos a Cesvimap tem que investigar e que tecnologias tem que testar.

A Cesvimap tem actualmente 88 colaboradores, que operam em instalações com cerca de 9.000m2, dedicando-se à pesquisa, formação, publicações e cursos.

Método e produtividade O acordo que a Cesvimap tem com a Mapfre é renovado todos os anos e a seguradora decide que modelos a Cesvimap tem que investigar, que tecnologias tem que testar, que materiais e peças é necessário verificar, que formação tem que dar aos peritos, gestores de sinistros, etc.. Para alcançar os seus objectivos, a Cesvimap divide-se em duas grandes áreas de trabalho. Uma dedica-se à pesquisa, formação, publicações e cursos, com 88 pessoas, que operam em instalações com cerca de 9.000m2. A outra área é a de reciclagem de veículos, que ocupa uma área de 4.600m2 e conta com 26 pessoas. No total, trabalham 114 pessoas na Cesvimap. Ao cabo de 27 anos de actividade, a Cesvimap tem mais meios do que necessitaria se trabalhasse somente para a Mapfre. Todos os anos passam pelo centro mais de 3.660 pessoas, na área da formação. Os visitantes são mais de 4.000, geralmente profissionais ligados ao ramo automóvel. No total, passam por ano no centro mais de 7.000 pessoas, fabricantes de veículos, fabricantes de componentes e equipamentos, peritos de seguradoras, alunos e professores de formação profissional, etc., que encontram tudo o que é necessário para a sua formação. Para satisfazer as necessidades de todos os que a procuram, a Cesvimap tem duas áreas: uma de investigação/testes e outra de consultoria. A investigação incide sobre a tecnologia dos veículos, métodos de reparação, ferramentas, produtos, etc.. O relacionamento directo com os construtores, permite-lhe conhecer a maior parte dos modelos que vão ser lançados. Quando o veículo é lançado no mercado, a Cesvimap compra uma unidade e desmonta-a totalmente, para verificar como é feita a sua construção, que peças e materiais tem, como são feitas as reparações, quais as peças de substituição, etc. Tudo tem influência no custo de reparação. São feitos testes de impacto a baixa velocidade, para verificar a danificabilidade e a reparabilidade do modelo. Esses testes obedecem a uma norma acordada entre todos os centros que estudam a reparação de veículos e que são propriedade das seguradoras (25


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REPORTAGEM

centros em todo o Mundo agrupados no Research Council for Automobile Repairs, RCAR), que permite classificar o veículo. O estudo dos veículos é realizado quantitativamente em função da sua participação no parque automóvel.

dial, a Cesvimap está disponível como empresa a trabalhar em tudo o que estiver relacionado com veículos, materiais, reparações, segurança rodoviária, etc.. Esta abertura ao mercado faz parte da filosofia da Cesvimap e da sua função social. Isso é positivo para o sector de pós-venda, para os automobilistas e acaba por ter retorno também para a Mapfre, através de clientes mais satisfeitos e uma imagem mais favorável em face do consumidor.

Serviços de valor acrescentado Na área de consultoria, há na Cesvimap dois tipos de serviços: para seguradoras e para oficinas. No primeiro caso, são geralmente questões simples, que não envolvem custos. Nos casos mais complexos, é apresentado um orçamento, em função do tempo necessário para efectuar a pesquisa e investigação. Se for aceite o orçamento, o centro realiza a investigação. A reconstituição de acidentes é outro serviço disponível, que interessa a particulares, seguradoras, forças policiais e tribunais, especialmente quando os valores em causa são elevados. Há um serviço que é exclusivo para a Mapfre: classificação dos veículos, considerando o risco que representam para as diferentes garantias do seguro. Formação e Ensino A cooperação com a Universidade Católica de Ávila, UCAV, entre outras instituições de ensino, surgiu pela necessidade de qualificar e dar reconhecimento público a profissionais com vastos conhecimentos do sector automóvel. Através da Universidade, esses profissionais podem receber títulos académicos, que certificam determinadas habilitações e permitem obter mais oportunidades de carreira e melhores remunerações. Posteriormente, surgiu a participação como docentes no curso de Engenharia Automóvel da UCAV, cujos alunos tinham muita procura por parte dos fabricantes de veículos. Mais de 140 alunos foram formados neste curso. Actualmente, os cursos on line podem formar mais alunos. No total, mais de 500 alunos foram formados através da parceria do Cesvimap com a UCAV, com uma empregabilidade próxima dos 100%. Ao todo, a Cesvimap realiza cerca de 290 cursos/ano sendo presenciais, on line ou mistos. Os cursos presenciais podem ir de dois dias a seis semanas, enquanto que os cursos on line podem durar de 20 dias a 9 meses, dependendo do curso e do tempo diário dedicado por cada aluno à aprendizagem. De qualquer modo, 80% dos cursos são organizados à medida do cliente, em função das suas necessidades específicas. A tendência na formação é para os cursos serem cada vez mais leccionados via electrónica, on line, embora exista sempre uma parte prática e visual que exige aprendizagem presencial. Em qualquer dos casos, o formando é permanentemente acompanhado pelo formador e a taxa de abandono dos cursos é muito baixa. Os profissionais portugueses têm demonstrado elevado interesse pelos cursos da Cesvimap, entre os quais muitos reparadores independentes, interessados em temas como a gestão oficinal, reparação de carroçarias, avaliação de danos, etc. Nestes casos, a formação é geralmente presencial e com elevado conteúdo prático e visual.

“Todos os anos passam pelo centro mais de 3.660 pessoas, na área da formação, e os visitantes são mais de 4.000, geralmente profissionais ligados ao ramo automóvel”, diz Ignacio Juárez Pérez Projecto sustentável e de continuidade No futuro, a prioridade mais importante é continuar a proporcionar serviços para a Mapfre. Para a Cesvimap, isso representa mais de 36% da sua receita, mas a relação com a Mapfre é fundamental, porque a seguradora tem interesse no centro enquanto ele proporcionar retorno em termos de serviços de valor acrescen-

tado para a actividade seguradora. O seu investimento na Cesvimap não visava lucro financeiro, mas sim lucro na forma de serviços de valor estratégico. Claro que a Cesvimap pode realizar lucros através de uma gestão correcta e bem direccionada, o que beneficia igualmente a Mapfre, mesmo que indirectamente. Paralelamente a essa função primor-

CESVIRECAMBIO

A Cesvirecambio trata actualmente cerca de 3.000 VFV/ano e utiliza um processo de desmantelamento que é uma referência em métodos e eficiência.

Certificação e qualificação Como a Cesvimap tem oficinas e faz a sua gestão directa, possui conhecimentos profundos da área de reparação automóvel. Além disso, ajuda a montar oficinas ou a reorganizar oficinas já estabelecidas. Geralmente, a participação da Cesvimap nos projectos das oficinas, inclui também a gestão técnica e a gestão global do negócio. Há cerca de 250 oficinas em Espanha que estão nestas condições. Outras oficinas foram montadas em Itália, França, África, Médio Oriente e América Latina pela Cesvimap. Em muitos casos, o layout, o equipamento, a selecção e a formação do pessoal foram realizadas por pessoas ligadas ao departamento de engenharia da Cesvimap. A passagem para o mercado da certificação de qualidade sucedeu porque um grande frotista do mercado quis saber como poderia controlar a qualidade das reparações que eram efectuadas nos seus veículos pelas oficinas. A partir daí, foi desenvolvida uma ferramenta que tem o nome de TQ, que despertou muito interesse no mercado. Este conceito da Cesvimap tem cerca de 300 oficinas certificadas em Espanha, embora algumas não tenham placa de identificação. Isso no caso de oficinas de concessionários, cujas marcas não gostam da colocação de placas nas suas instalações. Paralelamente, a Cesvimap tem um sistema de controlo de qualidade muito próximo do TQ, mas que teve possibilidade de ser alargado a cerca de 2.800 oficinas. Vários grupos e redes de oficinas recorrem à consultoria da Cesvimap, para conhecerem conceitos e procedimentos, desenvolvendo depois os seus próprios sistemas de qualidade internos. Impacto do mercado português O mercado português sempre teve muita importância para a Cesvimap. Os grandes actores do mercado português conhecem bem a empresa e recorrem com frequência aos seus serviços. "Temos utilizados vários tipos de comunicação, inclusive correio electrónico, para promover as nossas peças recicladas no mercado português e tivemos um bom retorno dessa iniciativa. Neste momento, temos distribuidores a trabalhar essas peças, mas há também oficinas que compram directamente à Cesvimap", revelou Ignacio Juárez. Há também três oficinas de topo portuguesas, que aderiram à certificação TQ e a outros serviços de apoio e de consultoria. Um dos factores de aproximação da Cesvimap ao mercado português é a sua relativa proximidade geográfica, bem como o fácil acesso por via electrónica, através do site da empresa na Internet.


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REPORTAGEM Um dia na Formação Bosch

A aprender sistemas de gestão de motores a gasolina Para se prestar um bom serviço é essencial ter formação de forma a conseguir-se resolver situações porque se conhecem os sistemas. Na Bosch aposta-se neste serviço como forma de garantir a qualidade do serviço prestado pelas oficinas que integram a rede Bosch Car Service.

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valor alto de CO2 é bom? pergunta Pedro Baptista. Os formandos trocam impressões entre eles e respondem às questões do formador. Todos querem saber e sair do curso sem dúvidas, ou pelo menos com o menor número possível de incertezas. “O CO2 alto é bom porque quanto maior for, maior é a queima”. Pedro responde, resumindo as intervenções que foi ouvindo. Mas prossegue nas explicações: “Se o valor de CO2 estiver bom é porque tudo na queima funciona bem. Se o valor de CO2 fosse muito baixo, os hidrocarbonetos subiam e vice-versa. Os homens espalham-se, uns à frente do compartimento do motor do Leon vermelho, outros em torno do equipamento de diagnóstico. Alguns, mais familiarizados com o sistema de ensino, respondem às questões que vão surgindo, experimentam na busca de respostas para os problemas diagnosticados. Fala-se de igual para igual, parece que ninguém hesita em colocar dúvidas, volta e meia há tempo para trocarem impressões entre eles. E quando chega a hora da resolução de problemas, é engraçado estar de fora a vê-los quererem ser o primeiro a responder. Tiram-se alguns ensinamentos, deixam-se dúvidas. “Como é que algo tão simples como ligar a ignição ou abrir a porta despressuriza?! O sensor que se

destinou-se a participantes que tenham presenciado formações sobre sistemas de gestão de motores a gasolina. Teve a duração de dois dias e as inseparáveis componente teórica - para apresentação do sistema MED e de suas vantagens face ao anterior ME – e a vertente prática com localização e identificação dos componentes da viatura e leitura de sinais com osciloscópio e restantes aparelhos de diagnóstico. No final, Pedro Trigo, que viera da oficina Vítor Manuel Garrigo, Lda – BCS, em Cascais, estava satisfeito com a formação: “Disseram que é um sistema novo de injecção e ficámos a conhecer múltiplas injecções e sua optimização. Além de que havia parâmetros de que não tinha conhecimento, tal como os do VTi e as Valvetronic”. ‘queixa’, fá-lo porque detectou a avaria, não porque está avariado!” Claro que, por vezes, “estamos limitados aos códigos de avaria do construtor. Por isso, Pedro explica que “cada vez mais os manómetros são precisos para carros de injecção directa porque as máquinas de diagnóstico não reconhecem problemas como tubos rasgados porque os sensores não acusam qualquer erro”. Este foi um curso sobre injecção de gasolina intitulado MED – Motronic para especialistas. Com a duração de dois dias,

Sabe quem foi Robert Bosch? De facto, muito se fala de Bosch. Mas quantos saberemos um pouco sobre Robert Bosch, sua vida e obra? Nasceu e estudou em Ulm, onde se tornou mecânico de precisão. Numa breve pesquisa pela Internet, fica-se a saber que trabalhou em diversas empresas alemães, que trabalhou para Thomas Edison nos Estados Unidos e Sir William Siemens, em Inglaterra. Em 1886, Robert Bosch, então com 25 anos, fundou a Oficina de Mecânica de Precisão e Engenharia Eléctrica em Estugarda. Os dois colaboradores de Bosch montavam e instalavam aparelhos eléctricos, onde se incluiam sistemas telefónicos e indicadores eléctricos remotos de nível de água. A herança que Robert recebera do pai depressa se esgotou e a subsistência encontrava-se num equilíbrio muito precário. Durante os primeiros 14 anos, a Bosch era uma empresa artesanal. Quando, a pedido de um cliente, Robert Bosch fabricara um dispositivo de ignição magnética melhorando o conceito do fabricante de motores Deutz, em Colónia, estava longe de imaginar o alcance desta evolução. Com o desenvolvimento subsequente da ignição magnética para automóveis surgiram as primeiras encomendas da indústria automóvel, em 1898. A Bosch tornou-se fornecedora da indústria automóvel e gozou de um crescimento impensável graças ao sucesso dos automóveis. Em breve estava representada em quase todos os países da Europa e, a partir de 1906, noutros continentes também. Entre 1925 e 1960, foram fundadas novas unidades de negócio, cobrindo áreas fora da tecnologia automóvel e a constituição da empresa foi redesenhada. Durante esta fase, Robert Bosch retirou-se da parte operacional do negócio. No seu último testamento datado de 1937, cinco anos antes da sua morte, em 1942, estabeleceu as bases para a constituição empresarial que ainda hoje são válidas.

Na sala de formação da Bosch estão permanentemente três automóveis, duas bancadas de motor e diversos aparelhos de diagnóstico


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REPORTAGEM Aos 23 anos, o jovem decidiu recentemente trabalhar na empresa do pai: “Trabalhei noutras oficinas, conheci outros métodos, outras formas de tratamento. Aqui, apesar de ser empregado, não deixo de ser filho do patrão…” Nos bastidores “Só podemos fazer um bom trabalho se nos identificarmos totalmente com a sua ideia e a sua realização”, dizia Robert Bosch. Esse era um dos princípios basilares do fundador da Bosch, que permanece intacto – e porque não dizer melhorado? – nos tempos que correm. Um dos aspectos que contribui para que os técnicos Bosch Car Service façam um bom trabalho é a formação contínua disponibilizada pela casa-mãe. “A palavra de ordem da empresa é a formação … Para se pertencer à rede BCS é preciso ter uma série de formações, seja para os técnicos, seja para os técnicos de sistemas. Quem vem da Caixa de Comércio Alemã tem de fazer um exame para receber o diploma”, quem dá estas explicações é Mário Maia, responsável pela área Técnica e formador de sistemas, nosso “cicerone” no centro de formação em Lisboa. “Na sala 1 ensinase Informática Esotronic, equipamentos e dá-se formação de produto.” Avançamos para a sala do meio, com as mesas a demonstrarem que é nesta que decorre a formação que nos propusemos assistir. “Aqui, fala-se de injecção directa.” Mário Maia alonga-se nas explicações. “A formação de hoje é para a rede BCS.

Os números da formação “Estamos a gastar mais em formação do que antes da crise”, diz Mário Maia, que tem bem presentes os números destas acções: “Em 2010, entre Lisboa e Porto, organizámos perto de 80 formações que duraram 180 dias e em que recebemos de 700 a 800 formandos. O ideal para fazermos uma gestão ajustada dos cursos seria que, a partir do plano de formação disponível em Janeiro, começassem a inscrever-se em Fevereiro ou Março. Complica-se tudo quando as inscrições são à última da hora…” Para além da formação técnica, a Bosch oferece formação empresarial. Já Pedro Baptista, formador de sistemas de ignição, injecção a gasolina, electrónica auto e ABS ligeiros, enumera os itens da formação para os técnicos Bosch Car Service: - Formação de electricidade básica e electrónica. - Formação básica em sistemas de travagem e sistemas de segurança activa avançada (ABS, ESP, ASR, BAS, ….) - Formação em sistemas de segurança passiva (Airbag), sistemas multiplexados (CAN-BUS, LIN, VAN, MOST) e redes eléctricas de bordo. - Sistemas de gestão de motores a gasolina (Motronic) e diesel (Common-Rail, VP-44, e Injector Bomba) - Sistemas de ar condicionado automóvel. - Formação do sistema operativo (EsiTronic) da máquina de diagnóstico (KTS) - Formação do equipamento diagnóstico (FSA) e do mais restante equipamento oficinal.”

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Normalmente, estas acções duram dois, três dias, acontecem aqui ou no Porto e destinam-se não só à rede BCS, mas também às Oficinas Independentes Multimarca, especialistas em injecção e travagem.” Já “a Rede Diesel precisa de técnicos de sistemas diesel”, explica à medida que avançamos para o “verdadeiro laboratório” onde trabalha o engenheiro Sérgio, responsável pela formação diesel. “Devemos ser os únicos a fazer formação diesel no país, tal o investimento de meio milhão de euros necessário para montar esta estrutura tão específica”. Seguiu-se uma passagem pela sala da manutenção, um laboratório para a formação de rede de distribuidores e também uma olhadela à “despensa” que aloja uma multiplicidade de bombas injectoras. Na oficina estão permanentemente três automóveis e duas bancadas de motor.

Robert Bosch Sede: Av. Infante D. Henrique, Lt 2E e 3E 1800-220 Lisboa Responsável Formação Mário Maia Telefone: 218 500 000 Fax: 218 500 164 Internet: www.bosch.pt PUB

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COMPETIÇÃO Campeonato Open de Ralis 2011 / Equipa Roady

Potenciar imagem Não é muito comum, mas acontece. Em torno de um projecto que tem como ponto de partida uma rede oficinal, diversos parceiros reuniram-se no apoio a uma equipa de ralis. Conheça os detalhes.

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ormalmente aqui no JORNAL DAS OFICINAS estamos habituados a escrever e a comunicar sobre empresas e produtos que tenham a ver com o sector das oficinas. Desta vez o contexto é diferente, mas nem por isso, o sector oficinal deixa de estar associado ao que aqui trazemos desta vez: uma equipa de ralis!!! Costuma dizer-se que “onde existe um piloto, existe pelo menos um mecânico”. Nos ralis e no caso desta equipa existe não um mas sim três mecânicos, mas o ponto de partida foi mesmo a Roady, os

BETA Costa & Garcia Filipe Garcia “A empresa tem apostado em diversos sectores do desporto nacional, como exemplo recente em provas de BTT, fundamentalmente no desporto motorizado para o qual os nossos equipamentos e ferramentas estão vocacionadas. Desde o Karting, Ralis, PTCC, troféu Ford Transit, diversos troféus, e no campeonato GT, etc. todos têm sido utilizados como meios de divulgação das nossas marcas mais representativas. Obviamente que os ralis em particular têm um maior impacto ao nível da opinião publica por se tratar de um desporto de massas. A adesão dos espectadores é substancialmente superior a qualquer outra competição automóvel nacional. Temos uma ligação com o grupo Roady de longa data a nível comercial e esta parceria surge naturalmente como uma forma de estreitar relacionamentos e acima de tudo a aposta em projectos desportivos com valor, que vão valorizar ainda mais o cenário dos ralis em Portugal”.

conhecidos centros auto que estão presentes um pouco por todo o país. Assim, a Equipa Roady, que tem como pilotos a dupla Armindo Neves / Bernardo Gusmão, surge com o apoio de importantes parceiros, todo eles associados a este projecto como Premium Sponsors, que são a Costa & Garcia, SKF, Krautli e

Mitsubishi Lancer Evo VII Ralliart Alemanha Motor 1997cc - Turbo Gasolina, 280 cv, Tracção às 4 rodas, Electrónica de Motor Motec M-800, Caixa de 5 velocidade Gatmo de Dentes Direitos, Suspensões Reiger, Travões Alcon para Asfalto e Brembo para Terra, Jantes 18" para Asfalto e 15" para Terra, Depósito Premier 80 Lts.

VALVOLINE e BERU Krautli Carlos Silva “A associação das marcas VALVOLINE e BERU a esta modalidade desportiva tornam esta participação numa mais-valia na dinamização da imagem das marcas e reforça a percepção dos consumidores quanto à qualidade das respectivas marcas. O apoio a uma equipa já com provas dadas e com claros objectivos de lutar pelo título surge como outra oportunidade de realçar e dignificar as marcas patrocinadas”.

Sonicel, respectivamente com as marcas Beta, SKF, Valvoline, Beru e Sonax. Esta equipa vai disputar em 2011 o Campeonato Open de Ralis, dispondo para tal de um dos carros mais competitivos de todo o plantel, um Mitsubishi Lancer Evo VII – Ralliart e os objectivos passam por “lutar pelo pódio e dar visibilidade e retorno aos patrocinadores” refere o piloto Armindo Neves. Para além da dupla de pilotos, a equipa possui ainda um responsável técnico (Rosalino Moisés), um coordenador da logís-

tica e também mecânico (Luís Gonçalves), como ainda um mecânico ajudante (Daniel Serra). Para todas as provas a equipa desloca o carro de prova, como também um furgão oficina, sem esquecer duas tendas, uma para assistência e outra fechada para receber o staff, patrocinadores e convidados. Contada a envolvência da equipa, em anexo poderá ficar a conhecer o que cada patrocinador pensa deste projecto e as razões porque está nele envolvido.

SKF

SONAX ROADY Roady Nuno Abreu “Para a nossa empresa, o desporto automóvel e os ralis em particular, são um excelente meio para a mediatização da marca Roady. Projectos como o apoio a uma equipa no Open de Ralis 2011, contribuem para reforçar a nossa posição de líderes de mercado, evidenciando a qualidade de excelência dos nossos serviços e produtos. Acreditamos no forte potencial desta equipa para a obtenção de resultados positivos. Nada melhor do que a exposição num evento com esta projecção, para aumentar a notoriedade do naming Roady. Com esta aposta, acreditamos que vamos estar mais próximos do nosso público-alvo e dos nossos potenciais consumidores”.

Sonicel Manuel da Fonseca “No desporto automóvel, desde que os média deêm informação sobre todos os concorrentes, é importante. Infelizmente só os de topo é que têm destaque. Isto torna difícil o investimento em equipas mais pequenas, pois não há retorno para quem investe. Não podemos esquecer que se não fossem as equipas pequenas, os campeonatos seriam disputados por meia dúzia de equipas e, penso que não teria grande interesse para o público. Sendo a Roady um cliente preferencial da Sonicel através dos produtos Sonax, sentimos que, com grande esforço, tinhamos que estar neste projecto”.

Skf Grisélia Afonso "Tendo em conta a estratégia de comunicação da SKF, cada vez mais perto do cliente final, é de extrema importância a visibilidade da marca, especialmente aliada à mensagem de "install confidence" já que sempre que possível o Mitsubishi lancer Evo VII (CT9A) será equipado com material SKF. Por outro lado, iremos convidar e envolver os clientes SKF, desde os nossos Distribuidores, aos Revendedores e Garagens que elegem a SKF como marca preferencial e que terão, enquanto parcerios de negócio SKF acesso à equipa e espaços VIP dedicados aos apoiantes deste desporto automóvel de grande destaque no nosso país”.


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OPINIÃO

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Por: François Augnet, vice-presidente da TRW Aftermarket

“A contrafacção

é um problema global” A contrafacção ameaça a indústria automóvel e causa danos reais ao automobilista em termos de segurança e custos. Neste artigo de opinião, François Augnet analisa a questão das peças contrafeitas na área automóvel e dos riscos e perigos que elas constituem para o consumidor.

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e acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), os produtos falsificados representam entre 5 e 7 % do comércio global total. As estimativas sugerem que os custos da contrafacção na indústria automóvel global ascendem a 5-10 mil milhões de euros por ano. A Associação Americana de Fabricantes de Motores e Equipamento (American Motors and Equipment Manufacturers Association, MEMA) estima que a contrafacção tenha um custo de 750.000 postos de trabalho apenas na indústria automóvel. A contrafacção é um fenómeno global e é causa de preocupação para numerosos líderes políticos e económicos. A TRW está a cumprir o seu papel nesta batalha, juntamente com outros grandes fornecedores de peças para automóveis. A sua missão: indicar às autoridades as áreas do sector das peças para automóveis que estão em risco, informá-las das consequências da contrafacção e prestar-lhes assistência no desenvolvimento de regulamentação adequada para proteger o consumidor. O que precisamos saber A regulamentação automóvel está muito bem definida em termos de primeira montagem, pois cada peça montada de origem num veículo tem de ser oficialmente reconhecida. No entanto, no que diz respeito às peças de substituição, existem grandes lacunas na regulamentação, o que significa que, em muitos casos, é possível instalar qualquer tipo de peça num veículo durante os trabalhos de reparação. As autoridades legislativas garantem que um veículo que entra em circulação cumpre as normas de segurança, mas tal não evita que algumas pessoas transformem o mesmo veículo numa armadilha mortal por ignorarem a qualidade das peças que podem – de forma absolutamente legal – ser instaladas no veículo durante a sua vida útil. Os perigos da contrafacção Existem muitos riscos e perigos associados à contrafacção, com consequências que afectam todo o espectro económico: o consumidor; os profissionais do sector automóvel (distribuidores e oficinas de reparações); a indústria automóvel; a sociedade e os governos. O risco para os consumidores é, de longe, maior do que estes têm noção. Tendo em consideração que as peças para auto-

móveis contrafeitas não são produzidas em condições que garantam a sua segurança, não são sujeitas a testes e não seguem os rigorosos processos de fabrico dos fabricantes, muitas destas peças têm um impacto directo na segurança, como é o caso dos travões, amortecedores, direcção e pneus. Uma só peça contrafeita poderá causar um acidente que, por sua vez, pode custar uma vida. No entanto, e deixando de parte as considerações sobre segurança, os consumidores pagam frequentemente o preço de comprar peças contrafeitas através do consumo excessivo de combustível, da redução dos níveis de desempenho e da redução do tempo de vida útil da peça. Um exemplo simples: consideremos que a mão-de-obra de uma reparação equivale a 50% do seu custo total; assim, mesmo que a peça contrafeita custe metade do preço de uma peça autêntica, o consumidor continua a perder, pois a peça contrafeita tem uma vida útil reduzida. Além disso, as peças produzidas por grandes fabricantes de peças para automóveis são o resultado de um grande investimento na investigação e desenvolvimento (I&D), com vista à optimização do desempenho e do consumo de combustível, em linha com as regras de segurança e de protecção ambiental. Uma peça de contrafacção não beneficia sequer das primeiras fases de I&D e só é testada no mercado, pela primeira vez, num verdadeiro acidente. O consumidor não tem conhecimentos

suficientes para poder avaliar a qualidade de uma peça. Para garantir a segurança do consumidor, é essencial que este esteja protegido por um ambiente regulamentado pelas autoridades legislativas. Existem muitas situações em que o consumidor pode agir com total confiança. A medicina é apenas um exemplo: os médicos e farmacêuticos garantem, eles próprios, que cada consumidor recebe a medicação correcta. A indústria alimentar também está regulamentada para evitar quaisquer acidentes.Mas as peças para automóveis ainda não possuem a regulamentação adequada para proteger o consumidor dos abusos. A contrafacção também é um elemento prejudicial para o crescimento económico da indústria automóvel, pois esta perde quota de mercado para o mercado paralelo e o mercado negro. A nível económico, os resultados são a perda de postos de trabalho, a redução da produtividade e a perda de receitas nos países afectados. Para além dos aspectos económicos e de segurança deste problema, as peças de baixa qualidade podem aumentar a poluição. “Actualmente, a Europa está a lutar por uma redução de 1% das emissões nos 15 milhões de veículos novos vendidos todos os anos, enquanto, simultaneamente, corre o risco de aumentar o consumo de combustível numa frota de 200 milhões de veículos, em 1% a 2%, devido à aplicação nos veículos de peças de substituição contrafeitas”.

Um exemplo de sucesso: peças reconstruídas Quando possível, as peças reconstruídas são uma excelente alternativa às peças novas, beneficiando os profissionais da indústria (produtores e fornecedores de peças para automóveis, distribuidores e oficinas) e o consumidor final, que pode comprar peças mais baratas e manter o seu impacto ambiental no mínimo. Uma peça reconstruída funciona da mesma forma que a original. É produzida num processo industrial padronizado de acordo com especificações técnicas claramente definidas. Qualquer peça que a TRW reconstrói é testada de acordo com os mesmos padrões rigorosos que as peças de equipamento original, que são montadas nos veículos novos. E todas as peças reconstruídas da TRW recebem a mesma garantia de uma peça de substituição nova. Actualmente, não existe qualquer legislação que evite a instalação de travões provenientes de um automóvel abatido e entregue para sucata. A menos que o consumidor adquira uma peça reconstruída totalmente testada, com garantia e marca, ele não tem forma de saber se os travões causaram, realmente, o acidente ou se as peças estão, de alguma forma, danificadas. Recentemente, a TRW visitou anonimamente uma sucata para verificar se era possível comprar um airbag – um dispositivo pirotécnico considerado perigoso quando não é sujeito a testes. Apesar do risco real de explosão, foi retirado um airbag de um veículo na sucata. A TRW e outros fornecedores de peças estão, actualmente, empenhados numa campanha para criar legislação que irá assegurar requisitos de segurança para peças renovadas. Neste momento, não existe nenhuma legislação que regule este sector de pós-venda e não existem testes ou controlos à produção de tais produtos. O papel da TRW A TRW está a trabalhar em conjunto com outros fornecedores de peças no desenvolvimento de regulamentação para a etiquetagem com um código de barras a 2-D, que poderia permitir a todos, desde os funcionários das alfândegas até aos distribuidores e oficinas, identificar a origem de um produto. Trinta por cento dos produtos da TRW já apresentam este tipo de etiqueta com códigos únicos. No final de 2010, 60% dos produtos dos fornecedores de peças já estavam etiquetados e, no final de 2011, esse número chegará aos 95%.


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PERSONALIDADE DO MÊS José Pires, Director Geral / CEO da Krautli Portugal, Lda.

“Existem oficinas, revendedores e importadores/distribuidores a mais” Tem sido muito consistente e progressivo o trabalho que a krautli Portugal tem feito no mercado nacional. Actualmente é uma referência no sector das peças, tendo introduzido novas marcas e novas linhas de produto.

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ituada em Santa Iria de Azóia, a Krautli Portugal nunca deu passos maiores do que a sua dimensão permitia. José Pires, Director Geral da Krautli Portugal é o principal responsável pela história que esta empresa já tem no mercado. Como tal é a Personalidade do Mês no JORNAL DAS OFICINAS. Em poucas linhas resuma o seu percurso profissional? Comecei no ramo automóvel em 1982 a trabalhar com o meu pai (que sempre esteve ligado ao ramo), primeiro num concessionário de marca na gestão de stocks e depois numa empresa da família, de produtos químicos auto, onde tive o primeiro contacto efectivo com o mercado independente. No fim dos anos 80 surgiu a oportunidade de começar o meu próprio negócio, com a obrigatoriedade da instalação de tacógrafos em camiões. Criei uma empresa para esta actividade. Em 1990, devido à necessidade de maiores investimentos para desenvolver o negócio, associei-me ao Markus Krautli e a empresa passou a chamar-se Krautli Portugal. Actualmente somos na Krautli Portugal 42 colaboradores e temos vendas de € 10 milhões. Qual o cargo que desempenha actualmente? Além de ser sócio da empresa, desempenho na Krautli Portugal as funções de Director Geral. Tenho ainda algumas responsabilidades internacionais de coordenação interna dentro do Grupo Krautli. O que mais gosta na actividade que desempenha? O que mais gosto é de desenvolver novos projectos, seja o arranque de uma nova gama de produtos, uma adaptação a novos requisitos do mercado ou a implementação de novas ferramentas de trabalho – identificar as necessidades, agregar os meios necessários, planificar o arranque, motivar a equipa envolvida (normalmente toda a empresa), acompanhar o desenvolvimento do projecto e depois fazer os ajustes determinados pelos resultados. E o que menos gosta? Ter de despedir alguém. Felizmente acontece muito raramente… O que mudaria na sua actividade? Gostava de ter mais tempo disponível para visitar e acompanhar os nossos parceiros de negócio. Um dos meus objectivos para 2011 é (re)visitar todos os nos-

Com a evolução tecnológica e as mudanças contínuas em todas as áreas, o futuro está certamente na especialização – em produtos ou em serviços. Em concreto, considero que as áreas da mecatrónica e da electrónica embarcada / infotainment são das que têm maior potencial.

sos 250 “Clientes A”.Tenho uma excelente equipa comercial, direccionada para as necessidades dos Clientes, que me permite concentrar-me noutras áreas da actividade, mas nada substitui o contacto pessoal. É optimista ou pessimista na sua actividade? Não tenho razões para ser pessimista. Vivemos dos automóveis, veículos de transporte e industriais. Mesmo que estes estejam parados algum tempo devido a circunstâncias económicas adversas, mais cedo ou mais tarde voltarão a circular e a necessitar de manutenção. O que mudaria no seu sector de actividade? Principalmente o número de operadores. Tendo em conta a dimensão do mercado, existem em Portugal oficinas a mais, revendedores a mais e importadores/distribuidores a mais. Isso faz com que a rentabilidade das empresas do sector em geral seja muito baixa. Faz com que exista uma concorrência interna (dentro do aftermarket independente) que é desnecessária porque não cria mais-valias para o utilizador final. Falando genericamente, as margens a montante da cadeia de distribuição são “cilindradas” em benefício das oficinas, que acabam por necessitar das margens exageradas que têm para compensar volumes de negócio insuficientes. Obviamente, há muito boas excepções. Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Porquê? Markus Krautli, o meu sócio. Desde o início que existiu e se foi fortalecendo entre nós a confiança mútua, sintonia e comunhão de objectivos. Isto é que nos tem

permitido cimentar a base para todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos por nós e pelos nossos parceiros internos e externos. Qual a notícia recente deste sector que mais o surpreendeu? Acho que já não há notícias que me surpreendam. Às vezes são tão estranhas que não as compreendo à primeira, mas normalmente chego lá… No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Aprendi que a nossa actividade é primordialmente logística – ter o produto certo disponível no local certo à hora certa. Mas acima de tudo aprendi que o que conta são as pessoas e que cada pessoa é única, diferente de todas as outras. Cada uma tem a sua maneira de ser própria, os seus gostos pessoais e as suas necessidades específicas. E temos de nos adaptar a cada uma delas. De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Olho para a concorrência como um desafio. A nossa concorrência (importadores e redes das marcas, OES) são em geral empresas bem estruturadas, com meios disponíveis superiores aos nossos devido às sinergias que conseguem pela sua dimensão. E a nossa vantagem de preço deixou praticamente de existir. O desafio que encaro sempre é conseguir prestar um serviço que acrescente valor para os nossos parceiros e lhes permita manter e reforçar uma posição preferencial no mercado. Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê?

Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? Acima de tudo, Formação. Esta é ainda a maior lacuna do sector. Muitos empresários ainda não entenderam a importância da qualificação do seu pessoal e a sua própria, e não relacionam os seus insucessos com esta necessidade. Continuam a fazer tudo como aprenderam e vão aprendendo empiricamente. Não alocam constantemente recursos para que a formação de todos seja contínua e abrangente. Na sua opinião, qual é o futuro da distribuição de peças / consumíveis / acessórios? Nos últimos anos temos visto casos de agregação entre os canais OES e IAM, casos de verticalidade na distribuição com bypass à revenda local, alguma concentração de operadores, o crescimento da Nova Distribuição, novas ferramentas TIC disponíveis com as consequentes alterações de procedimentos e hábitos, e muito mais. Independentemente do que o futuro nos reserve, os contactos pessoais, a proximidade física às oficinas e a disponibilidade local de produto terão sempre a maior importância. Na minha opinião a melhor forma de o conseguir será sempre através de revendedores locais. Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Quando olho para trás, principalmente para os últimos 20 anos da minha actividade profissional, sinto orgulho naquilo que eu e a minha equipa junto com os nossos parceiros de negócio conseguimos realizar, mas sei que muito mais pode ainda ser feito, por isso não posso dizer que me sinto completamente realizado. Estou limitado nesse sentido pelo querer sempre mais. Penso que só me sentirei verdadeiramente realizado quando forem atingidos alguns dos meus objectivos pessoais. Um dos principais é ver os meus 3 filhos ainda adolescentes concretizarem os seus objectivos e serem adultos felizes. Outro objectivo que tenho, por exemplo, é conhecer 100 países durante a minha vida (vou em 47…).


Sempre pontual, sempre em segurança!

Em qualquer negócio, a coisa mais importante é estar sempre na linha da frente. Se pretende fazê-lo de forma segura, tem de optar por peças com a qualidade do equipamento original. Com travagem e componentes de direcção e suspensão TRW, as suas cargas preciosas chegam ao destino pontualmente e em segurança. A integração perfeita de todos os componentes TRW assegura o melhor desempenho em qualquer situação. Confie na TRW, um parceiro de eleição de todos os fabricantes de automóveis – e chegue sempre no momento certo, com segurança.

travagem – direcção – suspensão

www.trwaftermarket.com


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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011 Premium Center, Lda

Potenciar negócios Num contexto económico difícil as razões que levam a grandes investimentos nem sempre são fáceis de explicar. No caso da Premium Center existem razões objectivas que levaram a esta nova aposta.

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naugurada muito recentemente, a Premium Center é uma oficina multimarca, situada no Entroncamento, que pode ser considerada um fenómeno na perspectiva em que ainda existem empresários com capacidade e vontade de investimento no sector oficinal. Ora esses empresários dão pelo nome de José Pimenta e Rui Gonçalves, contando este último como tudo começou: “há dois anos começamos com um negócio de representação automóvel, iniciando desde logo com uma boa parceria com a Mercedes em Leiria. Depois também passamos a vender outras marcas de automóveis e a fazer outras parcerias, surgindo então uma outra oportunidade“. Um bom mecânico chefe, de nome Eduardo Domingos, que trabalhava numa outra oficina da região ficou disponível, e como já havia intenção de dar início a um negócio oficinal por parte de José Pimenta e Rui Gonçalves, juntou-se a fome com a vontade de comer e começou-se a trabalhar no projecto. O Eduardo Domingos ficou responsável por toda a parte técnica deste projecto, isto é, saber quais as necessidades de equipamento, enquanto os outros dois sócios discutiam outros pormenores. “Como tínhamos também de dar garantia aos usados que vendíamos, achamos que seria muito importante apostar num negócio oficinal, pois assim até poderemos potenciar ambos”, revela Rui Gonçalves, a desenvolver com toda a motivação, no momento em que visitámos as instalações da Premium Center, as funções de recepcionista, onde não faltava o vestuário a condizer e identificado com as cores da casa. Mas existiram mais razões para este investimento. Na opinião de Rui Gonçalves, nos últimos anos, por razões diversas, tem-se vindo a desertificar o panorama oficinal no Entroncamento. “Praticamente não há oficinas aqui. Aliás, foi o que fomos ouvindo por aqui das pessoas, falando dessa escassez de oficinas, que nos levou também a investir”, explica o mesmo responsável. A Premium Center não tem ainda um mês de existência e, mesmo não havendo muito concorrência, os seus responsáveis não quiseram deixar de se diferenciar em diversos aspectos. Ao nível do serviços, a Premium Center aposta muito na mecânica, mas também desenvolve a área dos pneus, enquanto a chapa, pintura e lavagem recorre a parceiros externos. Um dos serviços que disponibiliza para quem tem veículos Mercedes e BMW, caso o cliente o entenda, passa por levar os seus carros à marca sem custos para o cliente. Se a aposta passa também por prestar

Premium Center, Lda Sede: Rua Infante de Sagres, nº1 2330 – 165 Entroncamento Sócios-Gerentes José Pimenta e Rui Gonçalves Telefone: 249 094 744 Fax: 249 094 744 E-mail: oficina@premiumcenter.pt Internet: www.premiumcenter.pt

A Premium Center é uma nova oficina do Entroncamento que aposta no multimarca e nos multiserviços um serviço técnico reconhecido pela qualidade, não menos importante para os responsáveis da Premium Center é a imagem que se quer transmitir para os clientes. “Os olhos comem e a imagem vende”, diz Rui Gonçalves aludindo ao facto de a

imagem corporativa da empresa (que inclui a fachada, cartões, os logótipos, lettring, as cores, etc) ter sido desenvolvida por um designer, respeitando uma determinada linha. Sendo oficina multimarca, nem por isso as peças montadas nos carros dos

clientes são do aftermarket. “Temos diferentes fontes de abastecimento, quer nas peças de marca quer nas outras”, refere Rui Gonçalves adiantado que “temos sempre um stock mínimo, mas hoje podemos encomendar de manhã as peças e receber à tarde e isso é muito importante”. Apesar dos poucos dias de existência desta oficina, os projectos e as ideiais não pararam. Existe um outro projecto, para abrir uma segunda Premium Center, na Zona Industrial do Entroncamento, um pouco mais vocacionada para os serviços rápidos.


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EMPRESA

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100%

Febi compra ADL Blueprint A Febi vai entrar no negócio de peças para veículos asiáticos com a aquisição de 100% de um dos maiores operadores europeus: a ADL, que tem a marca BluePrint. Mas, para já, as empresas continuam a trabalhar da mesma forma

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fabricante alemão de peças para automóveis Febi Bilstein adquiriu a Automotive Distributors Ltd (ADL), a empresa britânica por detrás da marca Blue Print de peças para o aftermarket. A Ferdinand Bilstein GmbH + Co. KG, empresa mãe do grupo Bilstein, concluiu a aquisição de 100% das acções da ADL a 04 de Janeiro de 2011 e, como tal, tornou-se o único proprietário da ADL, incluindo as suas subsidiárias em Espanha e Itália e dos direitos da marca Blue Print. O Managing Director do Grupo ADL, Daren Ambrose, foi rápido ao afirmar aos clientes e fornecedores da ADL que a actividade irá continuar normalmente. "Os clientes e fornecedores não notarão qualquer alteração imediata na sequência da mudança de propriedade da ADL," disse. "Nós somos a mesma empresa, com a mesma equipa e vamos continuar a focar-nos na nossa especialização na área de peças para veículos Japoneses, Coreanos e Americanos. Iremos ter o tempo necessário para estar com clientes e fornecedores chave ao longo dos próximos meses para lhes dar a oportunidade de nos fazerem todas as perguntas e para dissiparmos quaisquer preocupações. " Ambrose acrescentou: "Este é um passo muito positivo para o futuro da ADL e dá-nos acesso aos recursos para fornecer segurança de longo termo para os nossos colaboradores e a oportunidade de verdadeiramente internacionalizar a marca Blue Print". O Managing Director da Febi Bilstein, Karsten Schüßler-Bilstein, comentou: Estamos muito felizes em receber a ADL no grupo Bilstein. Esta aquisição irá re-

forçar a oferta do grupo aos clientes a nível internacional, e entre nós Febi e ADL existem as informações, conhecimentos e relações de produção para fornecer as peças no aftermarket para todo o mundo como uma verdadeira solução completa e independente para todas as marcas e modelos de veículos. A ADL vai encaixar-se perfeitamente na família Febi, uma vez que partilham o nosso compromisso com a qualidade total, a exactidão das informações e o desenvolvimento de produtos pró-activo. Eles também trazem competências essenciais em pesquisa, logística e marketing que só vai fortalecer o grupo. As implicações futuras, como o reforço da marca Febi, como uma solução para veículos europeus e camiões, e a internacionalização da marca Blue Print como uma solução no grupo Bilstein para aplicações asiáticas e americanos, são muito emocionantes. " O actual Conselho de Administração da ADL e os restantes directores permanecem os mesmos, com excepção do Presidente cessante Chris Jeffries que se aposenta depois de liderar a ADL por mais de 27 anos. A ADL foi comprada à Mazda Ltd em 1988, estabelecendo-se desde logo como um dos principais fornecedores de peças Japonesas e Coreanas para o aftermarket europeu, e um grande importador do Extremo Oriente. A empresa lançou a marca Blue Print em 1994, tornando-a numa das mais reconhecidas no mercado de reposição, sinónimo de produto de alta qualidade e precisão de catálogo. Como parte do grupo Bilstein, a ADL irá focar-se no desenvolvimento da Blue Print como uma marca internacional especialista em peças para veículos Japoneses, Coreanos, Americanos e derivados.

Reacções em Portugal Pedro Rodriques, Febi Bilstein “Este negócio veio reforçar a política empreendedora da Febi. Pretendia-se alargar para a linha asiática através do alargamento de portfolio ou de aquisição de outras empresas. Proporcionou-se esta oportunidade, que já estava em conversações em algum tempo, e é a forma da Febi chegar ao mercado das peças para carros asiáticos indirectamente. As estruturas vão ficar independentes e todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido vai continuar nos mesmos moldes. Mas é evidente que vamos aproveitar sinergias”

Joaquim Candeias, ADL “Trata-se de um negócio muito bom para ambas as partes. Para nós, traz a possibilidade de crescer bastante mais, apesar de estarmos já numa fase de crescimento sustentado. Deixaremos de ser uma empresa líder europeia para ser uma líder mundial no nicho de asiáticos, americanos e derivados. Mas continuamos apenas com a marca Blueprint, que já tínhamos. Sinto-me extremamente motivado para abraçar os desafios que aí vêm. No futuro, poderá existir mais qualquer coisa, mas para já não há nada falado”.


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EMPRESA Cister Peças

O mais próximo possível dos clientes Tipico retalhista de peças, a Cister Peças está situada bem dentro de Alcobaça. Aposta muito nos seus clientes para os fidelizar, mantendo-os diariamente em contacto, para com isso saber sempre as suas necessidades.

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epois de longos minutos de telefone colado à orelha e com os dedos a dançar sobre o teclado, num frenesim constante de chamadas, Carlos Estanqueiro conseguiu alhear-se 15 minutos para uma pequena conversa sobre a Cister Peças. “Este é o nosso dia a dia”, comenta o responsável máximo da Cister Peças. Este profissional das peças trabalha no ramo desde os 13 anos de idade, mas só 14 anos depois de o fazer por conta de outrém é que se estabeleceu, juntamente com um sócio, fundando a Cister Peças no ano de 1987. Nos últimos quatro anos Carlos Estanqueiro passou a ser o único sócio da empresa, mas o percurso da Cister Peças não abalou, antes pelo contrário. “Temos um know-how do sector das peças muito grande e um grande conhecimento do sector oficinal este zona”, observa Carlos Estanqueiro valorizando os anos que leva desta actividade como um factor de reconhecida valia. A Cister Peças está situada bem dentro de Alcobaça, onde possui um balcão de peças para atendimento aos clientes, como também cerca de 600 m2 de armazém. Curiosamente a Cister Peças não possui qualquer equipa comercial no terreno, apesar de algumas experiências nessa área, por isso a aposta para um relaciomanento mais próximo com o cliente está no telefone. “Temos uma rotina em que ligamos aos nossos clientes, em horários determinados de manhã e à tarde, apontamos as suas necessidades e depois vamos entregar”, revela Carlos Estanqueiro. Para esse serviço de entregas, a Cister Peças possui dois carros que abrangem todo o concelho de Alcobaça e da Nazaré, pois “não nos interesse ir para outras zonas, onde já existem muitos outros operadores a proporem o que nós também vendemos. Por isso, preferimos apostar nas zonas que conhecemos bem”, refere o responsável da empresa. Num olhar atento em redor do balcão, de pressa se nota que existe algum cuidado na política de produto. “Em diversas gamas temos produtos com marcas de referência, que nos garantem qualidade. Para algumas necessidades, em diverso material temos uma linha um pouco mais económica, o que permite que o cliente se mantenha connosco”, explica Carlos Estanqueiro revelando que “começa a existir alguma tendência para o cliente apostar mais na linha económica, mas nós tentamos sempre explicar isso ao cliente para que fique bem servido e para que ele sirva bem o seu cliente”.

Cister Peças Sede: Rua Vasco da Gama, 6-8 2460-077 Alcobaça Sócio-Gerente Carlos Estanqueiro Telefone: 262 598 194 Fax: 262 581 537 E-mail: cisterpecas@sapo.pt Internet: n. d.

Estar sempre em contacto com os clientes é uma forma de os fidelizar e também de poder corresponder às suas necessidades. É assim que funciona a Cister Peças.

Existindo alguma concorrência directa de outros retalhistas em Alcobaça, Carlos Estanqueiro afirma que “a que vem de fora é que acaba por ser a mais agressiva comercialmente”. Por isso, uma das forma de combater a concorrência encontrase no stock que a Cister Peças disponibiliza. “Para nós é muito importante ter a peça. Como tal, apostamos muito na diversificação do stock, o que exige um pouco mais de investimento, mas dessa forma conseguimos servir melhor o cliente”, afirma o mesmo responsável, relevando que consegue satisfazer mais de 90% das necessidades de peças dos seus clientes. Mais do que tentar expandir a actividade, a aposta agora é de “fidelizar cada vez mais os clientes”, afirma Carlos Estanqueiro, explicando que “a concorrência e alguma falta de lealdade no mercado, obriga-nos a estar atentos e a concentrar esforços com quem quer trabalhar realmente com a Cister Peças. Quando aparece aqui um cliente que não vinha cá habitualmente, normalmente tentamos saber a razão disso. Era isto que todos os concorrentes deveriam fazer”. Para bom entendedor…


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EMPRESA

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Maia & Marques

Em crescimento a partir do Fundão A Maia & Marques começou por uma pequena oficina de máquinas e equipamentos para se tornar um dos maiores distribuidores da Beira Interior e um dos importadores da Mobil

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esde sempre no Fundão, a Maia & Marques é uma das empresas mais antigas a operar naquela zona. Hoje em dia, encarrega-se mais da importação e distribuição de lubrificantes e outros produtos mas, no início, em 1984, dedicava-se exclusivamente à reparação de máquinas e peças na oficina, a única instalação laboral existente. Ao longo do tempo foram crescendo e, hoje, a Maia & Marques é uma empresa que comercializa também para o distrito de Castelo Branco, da Guarda e Portalegre. Os lubrificantes tornaram-se o maior negócio da empresa, já que é hoje um dos dez maiores distribuidores da marca Mobil. Além disso, pertence a um grupo de oito empresas que ficaram com a importação da marca para o mercado nacional. Ainda assim, 2010 não foi um dos melhores anos para a Maia & Marques. “Estamos a sentir alguma quebra”, disse Helder Maia, o gerente e um dos sócios fundadores da empresa, o único agora na estrutura da empresa. Ferramentas, produtos de limpez e manutenção de veículos, segurança e higiene no trabalho, soldadura, soluções para carroçaria e mecânica são algumas das gamas vendidas pela empresa do Fundão – além das peças. Nas marcas, destacamse a CRC, Loctite e Henkel no Car Care e a Coma nos anticongelantes. Foi em 1994 que abriu ao público a loja para venda dos produtos que utilizava na oficina, como as máquinas e consumíveis de soldadura e as ferramentas. Desta forma, a Maia & Marques conseguia também realizar e organizar o stock de peças e acessórios que eram indispensáveis para o funcionamento da sua oficina. A política de stocks e a honestidade e procura de produtos de qualidade levou a um reconhecimento geral da comunidade do Fundão. A actividade estendeu-se à região da Cova da Beira. E depois, foi sem grande surpresa que

Maia & Marques, Lda Sede: Zona industrial, Lote 50 - 81 Apartado 303 6230-900 Fundão Gerente: Hélder Maia Telefone: 275753211 Fax: 275751650 E-mail: maiamarques@sapo.pt Internet: www.maiamarques.pt

Hélder Maia, o gerente da Maia & Marques, desde o início ligado à empresa que é uma das mais antigas do sector a operar no Fundão

a comercialização dos produtos se sobrepôs à reparação de máquinas na oficina. Era a política nova de distribuição para revenda dos seus produtos. A mudança de instalações foi inevitável. O Largo do Cabecinho, no Fundão, concentra as três áreas de negócio: loja de atendimento ao público, armazém de produtos para distribuição e oficina. As políticas de atendimento personalizado, os serviços de excelência e o enfoque no cliente fazem com que a procura nos seus produtos não pare de crescer. Cinco anos depois, o território comercial da empresa passa do distrito de Castelo Branco para a Guarda e Portalegre. E, em 2001, faz a sua última mudança de instalações para a Zona Industrial do Fundão, onde se encontra agora. Na empresa, trabalham 15 pessoas. Com as suas quatro carrinhas de distribuição e vendas, a Maia & Marques faz entregas semanais pela região. Os seus clientes sabem também que têm, neste momento, acções de formação para profissionais do sector.


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EMPRESA Caetano Retail Sintra

Serviços partilhados no mesmo espaço Com várias valências e representando várias marcas, a Caetano Retail Sintra tem partilha de alguns serviços e equipamentos em comum, mas ainda não integra todas as marcas na mesma oficina

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Caetano Retail começa a ter problemas de espaço com os 23 mil metros quadrados que ocupa no Sintra Retail Park. É esta a opinião de Neves Martins, o director de pólo, que tem a responsabilidade de dirigir este complexo que agrupa cinco marcas, um rent-a-car, um centro de formação e um stand de usados. À medida que as ordens de entrada nas oficinas das marcas aumentaram, a área de trabalho começou a ficar confinada. “Hoje temos que implementar mais disciplina para gerir o espaço”, diz Neves Martins. Nissan, Opel, Peugeot, Toyota e Volkwagen são as marcas presentes no espaço aberto há pouco mais de um ano. Cada uma delas tem a sua oficina, mas o que faz da Caetano Retail Sintra um caso especial é o facto de partilhar alguns serviços entre todas as marcas. Claro que tudo se torna mais fácil quando estes concessionários pertencem ao mesmo grupo. A Toyota pertence à Caetano Auto, enquanto todas as restantes pertencem à Caetano Retail. Há uma zona central com os serviços e alguns equipamentos partilhados. Na área de produção, em open-space, são comuns os serviços de pneus e os equipamentos de teste de diagnóstico (travões, alinhamento e faróis). Mas isto não significa que se trate de um centro multimarca, conforme explica Duarte Botelho, director da Caetano Retail. “São apenas cinco marcas que partilham do mesmo espaço”, diz. Em resumo, é assim: as áreas de cliente são monomarca, enquanto a colisão é multimarca. Ao contrário das oficinas de marca, que reparam em exclusivo carros do seu emblema, o centro de colisão trabalha com todos os tipos de clientes. Existem acordos com seguradoras, gestoras de frotas e mesmo alguns clientes em particular. Quanto às outras, são verdadeiramente cinco oficinas. Cada cliente é recebido no ambiente próprio. A recepção dos trabalhos para as oficinas é feita no stand de cada uma das marcas. Para que a imagem não colida entre elas, tudo é pensado ao pormenor. Dessa recepção não se vêm as outras marcas. Foi logo assim no planeamento da arquitectura – o espaço foi desenhado de raiz. Sintra era um território onde se tornava importante para a Caetano Retail abrir distribuição e serviços de reparação. “Nós tínhamos alguma carência de presença física”, explica Neves Martins. “Havia a necessidade de cobrir território e de apostar numa zona que para nós terá um grande potencial e onde vale a pena estar presente com uma estrutura desta dimensão”.

Quem está na Caetano Retail Na Caetano Retail de Sintra estão várias empresas. Além das vendas e pós-venda, há ainda uma de usados e um rent-a-car: - Guerin (Rent-a-Car) - Caetano Auto (Lisboa - Sintra) - Toyota - Caetano Colisão (Sintra) - Caetano Drive (Sintra) - VW Veículos Comerciais - Caetano Drive (Sintra) - VW - Caetano Motors (Sintra) - Peugeot - Caetano Power (Sintra) - Nissan - Caetano Technik (Sintra) - Opel - CarPlus (Sintra)

Algumas equipas foram transferidas para o espaço, pelo que agora têm técnicos quase especialistas em cada uma das áreas. “Há medida que essa equipa foi crescendo, tentámos procurar técnicos para chapa que a marca não tinha, como foi o caso da Peugeot e da Opel”, diz o responsável da Caetano Auto. Alguns vieram da Autovaga, porque se encerrou o centro de colisão da Autovaga de Cascais e também da oficina de Alcabideche. Também na oficina de Alfragide, ficou só um chapa-pintor para serviços de conveniência. Os outros, que eram técnicos Toyota, foram para a Caetano Retail. Neste momento, são 18 técnicos neste centro de colisão. “Estamos em estádios de desenvolvimento diferentes, onde a Toyota desactivou algumas das estruturas que tinha e as trouxe para aqui”, explica Neves Martins. A marca tem o seu mercado muito estabilizado, o que não acontece nas outras: “estamos há pouco tempo e temos que ir conquistando mercado”. Cada uma das marcas tem uma equipa de técnicos em

Caetano Retail

Ao contrário das oficinas de marca, que reparam em exclusivo carros do seu emblema, o centro de colisão da Caetano Retail Sintra trabalha com todos os tipos de clientes

Sede: Estrada Terras da Lagoa, 66 – Albarraque 2635-595 Rio de Mouro Director: Duarte Botelho Telefone: 219256301 Fax: 219256294 E-mail: duarte.botelho@caetanoretail.pt Internet: www.caetanoretail.pt


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EMPRESA Pneus em outsourcing Nos pneus, existe um player de outsourcing com equipas permanentes e stock garantido. Mas para o cliente, o serviço é sempre prestado por cada uma das marcas. “Temos a particularidade de ter um verdadeiro especialista de pneus nas instalações e um stock adequado às necessidades que seria sempre difícil se o fizéssemos individualmente”, diz Duarte Botelho, director da Caetano Retail. Esta empresa faz apenas serviços para as marcas que estão localizadas naquele espaço e utiliza as instalações e os equipamentos que são do grupo. O mesmo acontece com as lavagens.

Formação no local O edifício da Caetano Retail, em Sintra, tem ainda um centro de formação com duas turmas permanentemente em aulas. Trata-se de uma valência conseguida ao abrigo de um protocolo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Cada turma tem cerca de 18 formandos e a espera-se que abra mais uma brevemente. Em curso, estão já as obras de renovação para aumento das salas. O centro foi inaugurado em Outubro e forma técnicos de mecatrónica. Já é o terceiro que o grupo tem: os outros dois são no Carregado e no Porto, ambos maiores que este.

Peças arrumadas por marca Serviços Rápidos em desenvolvimento Na área comum onde se situam as oficinas, implementou-se uma linha de serviços rápidos. Esta faz a reparação de chapa rápida numa área de buffer e já tem o layout para colocar uma estufa quando o fluxo o justificar. Logo a seguir, poderá levar um forno de cozer. Noutra linha, tem o equipamento ultra-violeta, o speed-repair. A Caetano Retail já tem duas empresas frotistas com quem está a fazer as reparações de finais de contrato. Neste momento, parte da equipa está em formação.

Para a compra das peças há uma central dentro do grupo – a Caetano Parts – que abastece todas as oficinas do grupo. No caso das que estão no Caetano Retail Sintra, são abastecidas por armazéns locais. As peças de maior volume ou de grande rotação são armazenadas num espaço comum, com os stocks separados por cada marca. Para garantir a independência entre cada marca, essa área é analisada em separado.

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formação mas, com a oscilação de serviço que existe nas outras marcas, é difícil resistir à transferência de recursos nos serviços mais simples. E esse é um dos objectivos apontados pelos responsáveis para o futuro deste espaço. “Quando houver uma relação consolidada entre todos os recursos de todas as oficinas, porque não apostar nessa partilha?”, pergunta Neves Martins. De qualquer forma, os resultados das cinco oficinas são analisados em separado, com a ferramenta de gestão Cognos. “O facto de estarem aqui estas sete entidades, permite ter algumas economias de escala”, explica Neves Martins. “São sete entidades a partilhar e a custear esse espaço. De outra forma, dificilmente teríamos estas sete entidades com a grandeza e dignidade que queremos transmitir”.

Caetano Auto (Lisboa) Sede: Estrada Terras da Lagoa, 66 – Albarraque 2635-595 Rio de Mouro Director de Pólo: Neves Martins Telefone: 219256281 Fax: 219256289 E-mail: jnmartins@caetanoauto.pt Internet: www.caetanoauto.pt PUB


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EMPRESA Reunião anual de colaboradores da Civiparts,

Civiparts cresce em todos os mercados A Civiparts obteve em 2010 um volume global de negócios de 54,169 milhões de euros, tendo registado crescimento em todos os mercados onde está presente: Portugal, Angola, Espanha Marrocos e Cabo Verde. O volume total de facturação cresceu cerca 12,3% em relação a 2009.

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Júlio Rodrigues, Director Geral da Civiparts, em declarações ao JORNAL DAS OFICINAS, sublinhou o seguinte: “a Civiparts terminou o ano com o crescimento do volume de negócios, quer a nível das quatro empresas, Civiparts Portugal, Espanha, Angola e Marrocos, quer ao nível individual de todas as operações, com a particularidade da operação em Portugal ter registado um crescimento de 1,8%, o que para nós é emblemático, uma vez que contraria uma tendência que nos preocupava nos últimos 4 anos”. A Civiparts Portugal facturou cerca de 34 milhões de euros em 2010, tendo assim reforçado a sua quota de mercado que aumentou de 35% para 40,04%. O ano de 2010 fica também marcado pela abertura de novas lojas em Leça da Palmeira, Vila Nova de Gaia e Lisboa Oriente. Nesta última localidade foram concentrados os serviços administrativos e o armazém central, onde a empresa-mãe desenvolveu já uma operação logística mais eficiente que pretende implementar transversalmente em todos os armazéns e lojas. No decurso da reunião anual de colaboradores, João Jervell, Director Executivo da Civiparts, enumerou algumas famílias de produtos onde o crescimento foi particularmente relevante: “em material da Sachs aumentámos as vendas em 41% com cerca de 101.000 unidades comercializadas, a nível de pastilhas de travão foi um ano extraordinário com mais 45% e de duas dezenas de milhar de jogos de pastilhas vendidos, as baterias foram um sucesso com mais 25,3%, nos lubrificantes da Cepsa chegámos aos 207.000 litros (+35%), no AdBlue, que é o produto número um da Civiparts, o crescimento foi de 17% e no anticongelante 20%”. Realçou também o papel dos vendedores externos, responsáveis por cerca de dois terços das vendas da empresa, os quais aumentaram a sua performance em 4,73% em relação a 2009. Por segmentos de actividade, sublinhou o aumento da importância dos transportadores e das oficinas, que absorveram cerca de 47% das vendas. O Top 10 de vendas Civiparts Portugal 2010 foi liderado pela Transportes Paulo Duarte (transportadores), Tracarsav, uma empresa do Grupo Tracar (oficinas), Transportes Sul do Tejo (autocarros), Arunpeças (revenda), entre outros. “Não posso dissociar este sucesso das medidas que foram implementadas ao nível da organização” – explicou Júlio Rodrigues – “a Civiparts Portugal sofreu uma alteração profunda do seu modelo

Júlio Rodrigues, Director Geral da Civiparts organizacional que teve início em Janeiro de 2010. Foi um processo que levou ao achatamento da estrutura, nomeadamente no que diz respeito à estrutura comercial, a qual passou a estar muito mais próxima do mercado. Por outro lado, com esta alteração tornámo-nos mais agressivos nas actividades de mercado e na nossa estratégia de marketing”.

João Jervell revelou o bom desempenho da Civiparts Portugal

Forte consolidação nos mercados internacionais Com um volume de vendas de 10,9 milhões de euros, a Civiparts Angola foi a segunda empresa em termos de facturação. Presentemente opera com cinco lojas naquele território, encontrando-se prevista a abertura de duas novas lojas em Cabinda e Malange. A Civiparts Espanha obteve um volume de negócios na casa dos 8,9 milhões de euros, num ano em que a nova organização reintegrou a Servitrans e passou a fazer parte do Group Autounion España,

Volume de negócios de peças e componentes cresceu 100M€ na Auto-Sueco

Francisco Ramos, administrador da Unidade Peças e Componentes da Auto-Sueco

Em 2010, o volume de facturação da Unidade de Negócios Peças e Componentes da Auto-Sueco ascendeu aos 175 milhões de euros (aftermarket de pesados e ligeiros mais peças de origem pesados), e aos 137 milhões de euros (só no aftermarket). “Nos últimos 5 anos o volume de negócios desta unidade cresceu qualquer coisa como 100 milhões de euros” – revelou Francisco Ramos, Administrador da Unidade de Negócio Peças e Componentes do Grupo Auto-Sueco – “tendo em 2010, em relação ao ano anterior, aumentado 47 milhões de euros”. Para além da liderança da Civiparts nos mercados português e angolano do aftermarket de pesados, aquela Unidade assumiu também a liderança no mercado nacional de ligeiros, com uma facturação de 26,6 milhões de euros e já conseguiu conquistar 33,3% do mercado brasileiro de reparação de vidros automóveis (ExpressGlass). Francisco Ramos aponta como principais desafios para 2011, o desenvolvimento da operação logística e do marketing transversal.


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EMPRESA a maior rede mundial de compras especializada em aftermarket. Abriu também novas lojas em Barcelona e Mérida. A Civiparts Marrocos atingiu praticamente 1,9 milhões de euros de facturação. Em Cabo Verde o negócio é assegurado por uma loja, na cidade da Praia, integrada na Civiparts Portugal. Objectivos ambiciosos Para 2011 a Civiparts tem por objectivo atingir um volume global de vendas de 63,7 milhões de euros, esperando chegar aos 83,6 milhões em 2014. Por mercados, em 2011, a Civiparts prevê atingir em 2011 os 35,9 milhões de euros, em Angola facturar 13,7 milhões, em Espanha 11,5 milhões e em Marrocos 2,5 milhões. Em 2014, estima um volume de negócios na ordem dos 37,4 milhões em Portugal, 23,5 milhões em Angola, 18,6 milhões em Espanha e 5 milhões de euros em Marrocos. Segundo Júlio Rodrigues, “2011 é um ano de consolidação do novo modelo e da nova operação de retalho da Civiparts nos vários mercados onde opera. É um ano onde nos vamos dedicar essencialmente a desenvolver a actividade de retalho e a actividade comercial, sem estarmos sujeitos às perturbações que tivemos em 2010, fruto dos investimentos que fomos fazendo em novas lojas, expansão geográfica em Espanha, etc”. Em Portugal, um dos segmentos que pretende atacar é o dos autocarros, “uma área que” - explica Júlio Rodrigues -

“sentimos que temos vindo a perder terreno e que pode dar um contributo muito importante para acrescentarmos resultados, vamos também trabalhar melhor os transportadores e nomeadamente as grandes contas que podem gerar volumes muito interessantes, e as oficinas também” – prometendo mesmo importantes novidades neste segmento para muito breve.

A Civiparts prevê continuar a trabalhar em 2011 num clima macro-económico adverso nos vários mercados onde opera. Mas está confiante, até porque não podemos esquecer que 2010 foi marcado também, por exemplo, “pela redução do parque circulante no mercado nacional e por fortes condicionalismos devido ao efeito do crédito”, e conseguiu dar a volta por cima.

Prémios Civiparts Improvement 2010 A reunião anual de colaboradores serviu também de palco à entrega dos prémios Civiparts Improvement 2010. Nos prémios “Equipa”, Albergaria arrebatou o primeiro lugar “Loja do Ano”, seguida pela de Leiria, com a do Seixal a fechar os lugares do pódio. No capítulo dos prémios individuais, Ricardo Jesus foi o motorista Civiparts do ano, Edgar Santos o melhor colaborador de armazém, Célia Neto ficou com o galardão de melhor gestor de Stocks, Nuno Roberto foi o melhor vendedor interno e Rui Castro o melhor vendedor externo.

Albergaria foi a Loja do Ano 2010 da Civiparts

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Civiparts ataca mercado de pesados chineses em Angola Fruto de acordos firmados em Abril de 2010 na China com a Sinotruk, o maior construtor chinês de camiões, a FAW, o segundo fabricante no segmento de pesados, e a Foton Motor Company, construtor de referência de autocarros completos, a Civiparts Angola prepara-se para dar início à comercialização de peças e componentes destas três marcas no mercado local. “A primeira encomenda é da Sinotruk e chega agora em Janeiro, gradualmente, à medida que o ano for avançando, vamos receber também encomendas da FAW e da Foton” – revelou ao JORNAL DAS OFICINAS, Júlio Rodrigues – “o nosso objectivo é blindar um pouco o mercado angolano de peças para estes veículos pesados chineses e garantir, a quem actua nesse mercado, a continuidade operacional, uma vez que estamos a falar dum mercado já muito significativo que em Angola não tinha peças de reposição”. Segundo estimativas da Civiparts existem em operação em Angola entre 3.500 e 4.000 camiões da Sinotruk, cerca de 2.000 camiões da FAW e entre 500 e 700 autocarros da Foton. “Somos o primeiro player do aftermarket em Angola que claramente assume que vai trabalhar as marcas chinesas. Este ano vamos promover acções de marketing junto da embaixada chinesa e dos construtores chineses que estão em Angola” – concluiu. PUB


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PRODUTO Filtros de Partículas Pirelli Feelpure

CIMA confirma aptidões do sistema Pirelli DPF Os primeiros camiões equipados com filtros de partículas diesel Fellpure da Pirelli começaram a ser inspeccionados em Portugal pela CIMA, encontrando-se já na fase final do respectivo processo de certificação ambiental.

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Pirelli e a CIMA promoveram um workshop conjunto subordinado ao tema “Tecnologias em prol do Ambiente em Portugal”, realizado no Centro de Inspecções Técnicas de Veículos da CIMA, no Poço do Bispo, em Lisboa, no decurso do qual foi inspeccionado com sucesso mais um camião Scania da empresa Transportes Mariano & Filhos com o sistema de filtro de partículas diesel Eco Technology. A CIMA foi a primeira empresa a adquirir os novos e sofisticados equipamentos de monitorização de emissões poluentes, indispensáveis para completar o processo legal de certificação do governo, relativo às candidaturas de incentivos aprovadas em 2009 pelo IMTT, para instalar filtros de partículas diesel (DPF – Diesel Particulate Filter)) nos veículos pesados de mercadorias, em conformidade com o Despacho nº 12771/2010, da Secretaria de Estado dos Transportes. A empresa Transportes Mariano & Filhos, sediada na Figueira da Foz, encontra-se finalmente a concluir um longo e penoso processo de certificação da instalação de DPF num total de 22 viaturas, apoiadas pelo QREN, no âmbito do concurso lançado no Verão de 2009 pelo IMTT. Um dos administradores da empresa adiantou ao JORNAL DAS OFICINAS, que estão a contar “receber as verbas de co-financiamento até ao final do mês de Janeiro de 2011”, quanto às candidaturas de 2010, “continua tudo no segredo dos deuses”. A Transportes Mariano & Filhos beneficiará de 5 anos de vida útil por cada camião equipado com o sistema DPF da Pirelli, num total de 110 anos de extensão do limite da idade legal para a sua frota Euro 3 e 4. “Neste momento operamos nos transportes nacional e internacional com uma frota de cerca de 65 camiões, e graças à instalação de filtros de partículas vamos manter uma idade média de frota bastante baixa, inferior a 4 anos” – disse-nos o mesmo responsável. Este sistema da Pirelli, o único certificado em Portugal até à presente data, permite igualmente a extensão de 15 para 20 anos na idade limite para os camiões em circulação no nosso país. Os filtros de partículas Pirelli Feelpure podem ser instalados em veículos com motores Euro 0 a Euro 4. Para os veículos afectos ao transporte internacional, a montagem destes equipamentos, que têm uma redução mínima de 90% nos níveis de emissões de partículas sólidas, podendo chegar aos 99,7%, e de 99% de nanopartículas, ambas certificadas pelo

O Professor Domingos Bastos da CIMA efectuou as medições dos níveis de partículas

Os filtros de partículas diesel da Pirelli já conquistaram vários continentes.

IMTT, permitem-lhes a redução de taxas ambientais de circulação em países como a Suíça, Áustria e Alemanha (LKW-Maut), e a sua passagem em áreas urbanas com restrições ambientais, como é o caso das “Low Emission Zone”, das ZTL, das Ecopass Area, entre outras. Estes benefícios resultam do facto dum veículo Euro 1/2/3 poder passar a Euro 5 a nível de emissão de partículas. Quanto aos veículos Euro 0, os valores destas emissões podem ser reduzidas para as de um veículo Euro 3. A inspecção foi realizada integralmente in loco pelo Professor Domingos Bastos da CIMA, utilizando para o efeito uma unidade de medição de partículas MPM 4, um equipamento que permite medir, inclusivamente, os níveis de partículas mais finas, precisamente aquelas que são mais cancerígenas. No que diz respeito às medições de opacidade, registaram-se valores de redução superiores a 60%, ultrapassando com folga os parâmetros mínimos legalmente exigidos. Sistema Pirelli DPF conquista mercados europeu e chinês A Pirelli Eco Technology é uma empresa do Grupo italiano especialista em pneumáticos. Foi criada em 2004, e tem por principal missão o desenvolvimento de soluções em prol da mobilidade sustentável. Stefano Sanchini, director comercial da Pirelli Eco Technology, destacou que o sistema desenvolvido pela empresa “é de tal forma inovador, que tem tido su-


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PRODUTO cesso em todos os mercados onde tem sido lançado”. O trabalho de pesquisa continua, estando neste momento a ser desenvolvido “um sistema que não precisa de catalisador líquido”, com o qual um veículo pesado Euro 0 poderá chegar a Euro 5, “proporcionando um salto ecológico de 20 anos”. Quanto ao Feelpure, foi concebido para ser integrado no sistema de escape completo de camiões, autocarros, veículos comerciais ligeiros, geradores e equipamentos todo o terreno. Substituem a panela de escape original sem necessidade de modificar o chassis do veículo, a carroçaria ou qualquer outro equipamento original. A Pirelli Eco Technology opera em Portugal desde finais de 2008. O ano passado, no âmbito do interesse manifestado pelo ministério do Ambiente nas matérias referentes à qualidade do ar e ao pedido de prova da tecnologia DPF em veículos pesados, a Pirelli assinou um protocolo com o governo, a Comissão para o Desenvolvimento da Região de Lisboa, a Comissão para o Desenvolvimento da Região do Porto e o IMTT, para testar os filtros Fellpure no nosso país, havendo já contratos com empresas e entidades públicas como a Rodoviária de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, TIBA, STCP, Maiambiente, Tracar e Transportes Sardão. Questionado pelo JORNAL DAS OFICINAS sobre porque é que os primeiros processos de inspecção e de certi-

ficação só agora começaram a ser concluídos, Sanchini explicou que “em todos os países a fase de arranque do processo demorou algum tempo, Portugal não é excepção à regra, é natural que a partir de agora as coisas comecem a acelerar e a processar-se cada vez maior número de instalações e de certificações”. A Pirelli Eco Technology actua nos mercados europeus e na China, essencialmente com dois produtos que reduzem as emissões dos veículos a gasóleo: os filtros de partículas e o “Gasóleo Branco”, um combustível de impacto ambiental reduzido. Na Europa, para além de Itália desde 2006, os filtros de partículas Fellpure são

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comercializados na Alemanha, França, Reino Unido, Suíça, Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, Finlândia, Grécia, Polónia, Dinamarca, Espanha, e agora também em Portugal. Fora da Europa, já chegam a países como a China, Brasil e Chile. A empresa tem em curso vários contratos importantes de instalação de DPF, tendo começado a instalar filtros de partículas em 900 autocarros da região italiana de Piemonte. Foram-lhe também adjudicados contratos de fornecimento para veículos da SITA, uma importante empresa de recolha de resíduos, e para as frotas de autocarros das empresas espanholas EMT Madrid e Barcelona TMB.

Stefano Sanchini, Director Comercial da Pirelli Eco Technology

Pirelli Eco Technology Morada: Viale Sarca, 222 20126 Milão – Itália Director Comercial: Stefano Sanchini Telefone / Fax: 0039.02.64.42.42.70 Internet: www.pirelli.com Responsáveis da Pirelli, da CIMA e dos Transportes Mariano & Filhos PUB

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DOSSIER

Equipamentos ambientais (PARTE II)

Cumprir ambientalmente Dando continuidade ao trabalho efectuado na edição passada do JORNAL DAS OFICINAS, voltamos ao tema dos equipamentos ambientais, que muito podem ajudar a oficina a cumprir com o ambiente.

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eja de mecânica, chapa ou de pneus, os resíduos gerados por uma oficina são imensos. Existem equipamentos que podem ajudar bastante no bom ambiente que se pode ter dentro de uma oficina. Neste número vamos dar a conhecer um pouco da oferta que existe em Portugal ao nível das máquinas de lavar peças, motores, travões ou pistolas de pintura, prensas para latas, filtros e papelão, entre muitos outros equipamentos que só melhoram o ambiente na oficina.

AUTOTEC Smartwasher Telefone: 21 472 73 00 É vasto o leque de equipamentos ambientais que a Autotec coloca ao dispor dos seus clientes. Máquinas de lavar peças da Magido, dos seguintes modelos: SERIE X81(água quente, automática, detergente biodegradável) que vem equipada com o controlador de nível água; L35c (para peças muito pequenas); L-55c (para peças pequenas); L-90 (para peças pequenas/médias).

Máquina de lavar pistolas “diluente automática” da marca Vemec, modelo 20904-TCMA46, que permite lavar pistolas de forma automática (duas pistolas lavadas em 5 minutos). Prensa para esmagamento de latas, filtros, latas de óleo, cilindros, etc, da Comap, onde se destaca o funcionamento hidráulico e o ciclo de trabalho semi-automático. Reciclador de solventes automático SET – 10 T/C1, que funciona com temporizador de paragem segundo tempo estipulado no temporizador pelo operador. Este modelo é particularmente indicado para as pequenas e médias empresas, com um consumo limitado de solvente. O ciclo de trabalho é regulado por um temporizador. A empresa disponiliza também equipamentos de extracção de fumos e sistemas de aspiração (rail em alumínio, charriots, ventilador e braço de aspiração). O destaque final vai para a Smartwasher. Trata-se de um sistema de lavagem biológica de peças sem solventes. Este equipamento não liberta vapores nocivos, através da utilização de um produto de limpeza seguro de base aquosa não inflamável e não tóxico. Este equipamento é a alternativa às máquinas de lavagem com solventes.

CETRUS

COMETIL

Spanesi Telefone: 252 308 600 Especialista nacional em equipamento para oficinas, a Cetrus dispõe de um extensa gama de produtos nesta área ambiental. Ao nível das máquinas de lavar pistolas destaque para o modelo Drester 9000 TT, uma máquina 2 em 1, indicada para todos os sistemas de pintura (é uma máquina de economia inteligente). Sobressai também a máquina de lavar pistolas semi-automática, Drester 3600, bem como a Drester 950/1000 uma máquina de lavar pistolas a água. Da Spanesi a Cetrus tem as prensas para latas, filtros e papelão, com destaque para os modelos SP.783001 (manual), SP.715001 e SP.726301 (prensa de filtros de óleo electro hidráulica). No âmbito das linhas de extracção de gases, a Cetrus tem a marca Future, que disponibiliza calhas em alumínio; flange de fecho de linha; flange de ligação ao ventilador; flange de ligação intermédia; Suportes para fixação de canalina; Enrolador com carro deslizante com tubo; Ventilador trifásico em alumínio.

Filcar Telefone: A Cometil adicionou à sua já vasta gama de oferta de produtos, os sistemas de extracção de fumos da Filcar. A empresa efectua desde os respectivos projectos de implementação à instalação e manutenção dos referidos sistemas. A variedade de aplicações vai desde a exaustão de gases de escape a fuligens, poeiras e fumos de soldaduras bem como os respectivos sistemas de filtragem para todo o tipo de instalações. Concebidos a pensar na facilidade de utilização e ergonomia / polivalência do equipamento a gama de oferta de sistemas de exaustão da Filcar pretende única e exclusivamente focar o seu objectivo em proporcionar soluções viáveis de maneira a garantir uma satisfação total do cliente. Desta forma a Filcar dispõe desde sistemas simples, duplos, exaustores, braços deslizantes, rails c/múltiplos carros de exaustão, aplicações de parede, tecto, chão, assim como instalações industriais de fabricação própria de componentes.


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DOSSIER FORCH Forch Telefone: +34 958 401 776 O especialista em consumíveis, ferramentas e pequenos equipamentos Forch, disponibiliza dois equipamentos ambientais no seu catálogo. Por um lado um aspirador de gases de escape com marca própria Forch, mas também um máquina de lavar peças igualmente com marca própria. A Forch comercializa ainda um produto absorvente de óleo, para deitar no chão, sempre que o mesmo está manchado.

FORTUNA Filcar Telefone: 227 475 100 Da marca Filcar, a Fortuna disponibiliza uma completa gama de extractores de fumo, quer fixos quer móveis quer ainda para utilização em carros ou em trabalhos de soldadura. Nos sistema fixos, a Filcar disponibiliza desde os carris, ao braço como ao próprio extractor, existindo soluções diversas consoante a dimensão e as necessidades da oficina. Ao nível das máquinas para lavar peças, motores e travões, a Fortuna disponi-

biliza os equipamentos da Flexbimec, Forcar e Magido. Nesta úlitma marca tratam-se de lavadoras automáticas de peças, com diferentes séries, tecnologicamente evoluídas. A oferta da Fortuna nas máquinas de lavar peças é da marca Rosauto. Também aqui a gama de modelos é vasta, como modelos de limpeza a água e solvente. Da marca Forcar existe também uma gama de prensas para latas, filtros e papelão, com tecnologias hidráulica e electrohidráulica. Com um design mais moderno, a Fortuna disponibiliza ainda as prensas da OMCN, tanto para filtros, latas ou papelão. A Fortuna tem também no seu portfolio um equipamento regenerador de solventes, da marca SET, disponibilizando os modelos C1 e C2, que se destinam a pequenas e médias oficinas que tenham um consumo limitado de diluente.

LUSILECTRA Herkules Telefone: 226 198 750

A Lusilectra, SA, como empresa fornecedora de equipamentos e prestadora de serviços, possui uma vasta gama de equipamentos e ferramentas destinados ao mercado automóvel, na qual estão incluí-

dos equipamentos que visam reduzir os impactos ambientais causados pela actividade das oficinas, demonstrando a clara preocupação que a Lusilectra tem para com o meio ambiente. Assim, a Lusilectra possui na sua gama de produtos as máquinas de lavar pistolas, as quais cobrem não só as tintas aquosas como também as tintas à base de solventes. Estas máquinas, da marca alemã Herkules, possuem ciclos de lavagem automático e manual e estão disponíveis nos modelos CP-AQUA, CP-MANU, CPDUPLO e CP-DUPLO AQUA. A Lusilectra inclui também na sua gama da marca alemã Herkules, prensas para compactação de latas de tinta (DOS01 e DOS-02), cartão (PAP-01 e PAP-02) e filtros de óleo (OEL-01, OEL-02 e OEL-03). Todos estes modelos são fabricados segundo os mais elevados padrões de qualidade e respeitam integralmente as exigências ambientais, reduzindo significativamente os impactos causados no meio ambiente. Disponibiliza também sistemas de exaustão para gases de escape, que vão desde os sistemas mais simples (compostos por um ventilador e um tubo de extracção com bocal) até aos mais complexos, de instalação aérea ou subterrânea, com ou sem enroladores, permitindo uma vasta gama de soluções eficientes e de baixo custo Os Serviços Técnicos, assim como o Gabinete de Desenho da Lusilectra, estão

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disponíveis para, em face do tipo de organização, estudar a solução técnica que melhor se adapte à oficina e que menos impacto tenha no funcionamento regular da mesma.

MG EQUIPAMENTOS Coral Telefone: 214 528 899 A instalação de Sistema de Extracção de Gases de Escape tem vindo a tornar-se prioritária no seio das oficinas de reparação. Inevitavelmente, trata-se de uma situação que, nalguns casos resulta directamente das imposições legais aplicáveis a este sector de actividade. No entanto, é com satisfação que regista que um cada vez maior número de empresários toma decisões com critérios que revelam uma consciência ambiental adequada à preservação da saúde publica e das condições de trabalho que oferecem aos seus colaboradores. A MGES - Equipamentos e Serviços Auto, Lda. conta com a representação dos produtos Coral na sua gama de equipamentos. As diferentes soluções podem ser consultadas em www.mgequipamentos.com e incluem os sistemas com enroladores, em Rail, instalações fixas, pequenos kits, modelos móveis e sistemas de extracção com instalação subterrânea. PUB


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Beneficiando da implantação no mercado das Inspecções Técnicas a Viaturas, esta empresa tem tido a possibilidade de instalar alguns sistemas nos IPO. No que respeita a máquina de Lavar Peças, a MGES - Equipamentos e Serviços Auto, Lda. representa os produtos da marca Sírio, onde se incluem máquinas que utilizam detergentes alcalinos biodegradáveis.

MOTA&PIMENTA Fillon Technologies Telefone: 252.323.909 A Mota & Pimenta disponibiliza, dentro da sua especialidade, as máquinas de lavar pistolas da representada Fillon Technologies, oferecendo ao mercado dois conceitos: AQUALINE 30 - Máquina de lavar pistolas apenas para tintas aquosas. Não contém elementos eléctricos nem bombas que possam avariar. Funciona apenas com a força motriz do ar comprimido e da água. Permite filtrar a água resultante da lavagem das pistolas até ficar cristalina. Esta água pode ser despejada sem causar qualquer interferência ambiental nos efluentes. Permite recuperar os resíduos sólidos resultantes de modo a serem despojados em volumes muito pequenos, o que se traduz em poupança na reciclagem. Não gera vapores. JET CLEAN - O melhor conceito de máquina de lavar pistolas jamais elaborado até hoje. Permite lavar qualquer pistola, solvente ou água, em 20 segundos. Não utiliza energia eléctrica nem bombas de qualquer tipo. Trabalha com dois tipos de aerossol, solvente e água, para a lavagem de pistolas que trabalhem respectivamente com produtos solventados ou aquosos. Muito pequena, compacta e leve, ocupa muito pouco espaço. Pode ser deslocada muito facilmente e pode inclusive ser suspensa na parede o que leva a uma boa poupança de área de base. Tem um depósito de resíduos de 2 L que só enche ao fim da lavagem de mais de 150 pistolas.

NEOPARTS Karcher Telefone: 21 855 83 00 A unidade biológica de lavagem de peças da KÄRCHER, faz o seu trabalho sem necessidade de qualquer produto químico. As bactérias digerem as gorduras e óleos soltos durante a lavagem das peças, de forma ecologicamente correcta. A qualidade de trabalho nas oficinas automóveis, depende do grau de limpeza das mesmas. Como os veículos “atraem a sujidade”, as oficinas têm que realizar um grande esforço de limpeza durante os vários tipos de trabalhos de manutenção. Os componentes e as peças desmonta-

DOSSIER das a reutilizar, têm que ser previamente limpos. Para a lavagem de peças e componentes dos mais variados tamanhos, a KÄRCHER desenvolveu a máquina para a lavagem de peças “PC 100 M2 Bio”. A característica especial desta máquina, é que a lavagem das peças é efectuada sem necessidade de utilizar solventes, as substâncias orgânicas são digeridas por acção biológica das bactérias. As peças são lavadas com uma solução à base de água. Conforme indicações da KÄRCHER, está solução apresenta um pH neutro e não agride, ao contrário de outras soluções comuns no nosso mercado, a pele dos utilizadores. As partículas de sujidade de maior dimensão, e as peças de pequeno tamanho, são recolhidas num cesto metálico. Um filtro especial retém as partículas de sujidade a partir de uma dimensão de 50 µm. As restantes substâncias orgânicas como óleos e gorduras, são eliminadas no depósito pelas bactérias, dando origem a água e CO2. O elemento filtrante tem que ser substituído, conforme o grau de sujidade, a cada quatro a oito semanas. Altura em que são adicionados novas bactérias ao sistema, garantindo o processo de eliminação biológico. A solução de limpeza é mantida dentro do depósito a uma temperatura constante de 38ºC, proporcionando um crescimento optimizado dos micro-organismos e permitindo adicionalmente melhores resultados de limpeza. Tudo isto, sem formação de odores incómodos. As soluções utilizadas não são inflamáveis. Conforme indicações do fabricante, a solução de limpeza não tem que ser substituída. A capacidade do depósito de máquina de lavagem de peças é de 80 litros. As perdas de líquidos resultantes da evaporação ou do transporte das peças, são compensadas por simples adição de novo líquido de lavagem. Evitam-se deste modo os habituais custos da deposição de solventes de limpeza. A oficina ou o seu fornecedor não terão custos de transporte, armazenamento e deposição de substâncias perigosas. Conforme as áreas de utilização, a KÄRCHER tem à disposição dois agentes de limpeza, que oferecem uma protecção contra a corrosão das peças lavadas. A cuba de lavagem é fabricada em PVC de alta resistência. A unidade pode ser carregada com peças para lavar até 100 kg. A unidade pode ser utilizada por dois operadores simultaneamente, e está dotada de dois pincéis de lavagem. Este novo conceito ecológico da máquina de lavagem de peças KÄRCHER “PC 100 M2 Bio” foi premiado na Automechanika de Frankfurt com o galardão “Green Directory”.

SARRAIPA Sferaline Telefone: 244 819 060 É muito vasta a gama de marcas de equipamentos ambientais que a Sarraipa disponibiliza aos seus clientes. Para além das máquinas de lavar peças da marca Essedue (Série H, HX e

LFX), a Sarraipa disponibiliza as prensas para latas da Sferaline, as prensas para filtros da Werther, o regenerador de solventes da Termomecanica, a extracção de fumos (simples e duplos) da Coral. Nas máquinas de lavar pistolas de pintura referência para a marca Sferaline. O destaque vai para o modelo S427. Trata-se de lavadora-pulverizadora dupla, completamente de aço inoxidável, com funcionamento pneumático ou por aspiração de vapores, com combinação de duas lavadoras-pulverizadoras. Por um lado executa-se a lavagem em modo automática ou manual das pistolas de pulverização, sujas com verniz à base de água e, por outro lado, lavam-se as pistolas de pulverização sujas com verniz à base de diluente. Lavagem com água: Executa-se a lavagem em modo automática com bomba de membrana controlada por um temporizador, que alimenta uma série de bocas de pulverização. O equipamento é fornecido com uma bomba pequena, um pulverizador e um pincel alimentado com água limpa para lavar manualmente ou executar a enxaguamento final. A máquina á fornecida com um recipiente de recolha da água suja de verniz dentro de um misturador para a coagulação e a separação do verniz da água. Os depósitos coagulados de cor enxaguam-se logo com o kit com préfiltro ou com filtro de saco, onde se executa a separação das partículas sólidas da água. Logo é possível utilizar outra vez a água filtrada para as lavagens seguintes. Lavagem com diluente: A lavagem com diluente executa-se de maneira automática com uma bomba de membrana, controlada por um temporizador que alimenta a lavadora automática fornecida com uma série de bocas de pulverização para a lavagem prévia e por outra bomba de membrana para o enxaguamento final. A máquina é fornecida assim com uma bomba pequena e um pulverizador para a lavagem manual ou para executar a enxaguamento final com diluente limpo. Assim é possível efectuar as provas de cor com diluente (Opcional: é possível montar na chaminé de descarga dos vapores um depurador de carvão activo para a completa eliminação das partículas gasosas poluentes). A Sarraipa também disponibiliza na Sferaline os modelos S16 (com solvente de água - lavagem manual) e S47 (com solvente de água - lavagem automática e manual).

SEF PORTUGAL SEF Telefone: 926 259 325 A SEF Portugal disponibiliza chaminés com chapéu tipo holandês para oficina de pintura. Nos efluentes gasosos, do que são exemplo as saídas das cabines de pintura auto, para dar cumprimento ao DL38/2004, temos a necessidade de que as suas descargas se-

jam efectuadas na vertical e sem qualquer perturbação da saída. Como tal, a aplicação do chapéu de descarga vertical, mais conhecido com chapéu holandês impõese, assim como várias características que o efluente deve ter (altura, tomas de medição, plataformas, etc.). A caracterização do efluente, vulgarmente chamada por medição, só pode ser efectuada convenientemente caso a chaminé esteja conforme o DL78/2004. A SEF fornece, com ou sem montagem incluída, este tipo de equipamento.

SODICOR Ecofriend Telefone: 244 850 130 A Sodicor – Tintas, Equipamentos e Acessórios, S.A. comercializa, há vários anos, a Prensa Ecofriend, concebida especificamente para a Repitura Automóvel. Projectada e desenvolvida com a colaboração do Instituto Politécnico de Leiria, a Prensa Ecofriend permite compactar embalagens metálicas, filmes de plástico e papéis, reduzindo substancialmente o número de recolhas e, consequentemente, os custos do encaminhamento dos resíduos para o seu destino final. Aquando da entrada em vigor da legislação sobre resíduos, não existiam, ainda, equipamentos deste tipo, fabricados em Portugal. Neste contexto, a Sodicor decidiu apostar na concepção de um produto com as características adequadas às oficinas de reparação, que permitisse uma rápida rentabilização do capital investido. A Prensa Ecofriend é accionada por um sistema pneumático, sendo alimentada a uma pressão que pode variar entre 6 e 8 bars. Representa um investimento importante na redução dos custos de tratamento de resíduos, ocupando um lugar significativo junto dos equipamentos de qualquer secção de pintura. Outro equipamento disponibilizado pela Sodicor é o regenerador de solventes. O reaproveitamento de solventes é uma solução sustentável e, por isso, a Sodicor, distribuidora autorizada da marca italiana IST, comercializa uma gama completa de regeneradores de solventes. O processo de regeneração começa no depósito de aço inoxidável, onde o solvente contaminado é aquecido. Ao transformar-se em vapor, o solvente é separado de resíduos como tinta, pigmentos ou resinas e, após condensação, pode ser recolhido e reutilizado. A capacidade dos dois modelos mais comercializados (C1 – até 10 lts, C2 – até 15 lts, ambos com 1,6 Kw de potência), as dimensões e o peso estão perfeitamente adaptados às necessidades da maioria das oficinas de reparação. Além dos modelos referidos, existem outros, com múltiplas funções (controlo digital, microprocessador, sistema antideflagrante, etc.), indicados para empresas que tenham consumo de solventes mais elevado.



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MECÂNICA PRÁTICA Audi A4, A6 e A8 / VW Passat

Substituir correias de distribuição No que se refere ao motor 2.8 l 30V (V6) montado em grande número de carros das marcas Audi (A4, A6 e A8) e Volkswagen (Passat), ocorrem por vezes erros de montagem com consequências críticas, como a incorrecta tensão da correia.

P

ara evitar esses erros e as desagradáveis consequências para clientes finais e reparadores, a ContiTech fornece instruções de montagem detalhadas, para garantir que a montagem dos seus kits obedece aos padrões de qualidade da marca e dos construtores dos veículos. Essas instruções serão fornecidas passo a passo, de acordo com a experiência dos técnicos especializados da ContiTech.

placa de suporte do radiador deve ser colocada na posição de serviço: - Desmontar o pára-choques dianteiro; - Retirar o tubo de ar de admissão que vai do painel frontal ao filtro do ar; - Desmontar os parafusos do painel frontal; - Mover o painel frontal para a frente; - Colocar os parafusos superiores de trás nos furos da frente, a fim de suspender o painel.

Ponto nº 1 - A Audi e VW recomendam a substituição das correias de distribuição deste motor a cada 120.000 km, a fim de evitar surpresas e avarias desagradáveis. Além disso, ao substituir a correia de distribuição, a polia tensora, o tensor, a polia guia, a bomba de água e o termostato devem ser igualmente substituídos, para garantir um período de funcionamento do motor sem problemas de mais 120.000km. Ponto nº 2 - São necessárias ferramentas especiais para efectuar este tipo de substituição, que podem ser visualizadas na Fig. 1: 1 - Ferramenta de desmontar os carretos das árvores de cames nº 3032; 2 - Ferramenta de fixação da cambota nº 3242 (que pode ser encontrada na Conti Tool Box, por exemplo); 3 - Ferramenta de fixação das árvores de cames nº 3391; 4 - Casquilhos de apoio nº 3369.

Fig. 1

Fig. 5

Fig. 2

Fig. 6

Nota: O tempo total de substituição para o Audi A 4 é de 2,9 horas. Para o Audi A6, até 1997, o tempo é de 2,5 horas, mas para os modelos acima de 1997 já é de 3,5 horas. No Audi A8, o trabalho dura apenas 1,9 horas, enquanto que no VW Passat são necessárias 3,3 horas. Preparativos - Identificar correctamente o veículo, utilizando o nº do motor, desligando ao mesmo tempo a bateria de arranque. Convém ter em mente que ao retirar a correia usada as árvores de cames e a cambota não se movem. Desmontar as velas de ignição, para que o motor rode mais facilmente (sem compressão). Rodar o motor no sentido de funcionamento (na direcção dos ponteiros do relógio). O motor deve ser rodado apenas com o carreto da cambota e não com outros carretos. Atenção aos binários de aperto especificados. Desmontagem 1 - Levantar e apoiar a parte da frente do carro. 2 - No Audi A4 e A6 (a partir de 1997) a

Fig. 3

Fig. 4

Fig. 7

Fig. 8

3 - Desmontar o ventilador viscoso , os componentes auxiliares da correia de distribuição e as tampas da correia (esquerda e direita). 4 - Rodar a cambota até ao PMS do 3º cilindro. As marcas de controlo devem coincidir na parte superior (Fig. 2). 5 - Os 4 furos dos discos de montagem dos carretos das árvores de cames devem ficar todos alinhados (Fig. 3 ). Se isto não se verificar, rodar a cambota mais uma volta completa para a direita. 6 - Retirar o tampão do roscado do imobilizador da cambota e inserir a ferramenta de fixação da cambota nº 3242 (Fig. 4). Atenção: o furo da manivela da cambota no PMS deve estar alinhado com o furo do imobilizador da cambota. 7 - Voltar a polia tensora para a direita, até os furos do braço do tensor coincidirem com os furos do corpo do tensor. Utilizar para esse efeito uma chave hexagonal de 8 mm. A fim de imobilizar o braço do tensor, inserir um pino de fixação com o diâmetro de 2 mm no orifício do corpo do tensor (Fig. 5). Nota: Enfiar sempre a chave hexagonal completamente na cavidade do parafuso da polia tensora (Fig. 6), para conseguir aplicar a força suficiente ao empurrar a polia tensora de encontro ao êmbolo do amortecedor, numa área adequada. Caso contrário, o excêntrico da polia tensora pode partir-se ou ficar danificado. Nota: É necessária alguma paciência ao empurrar o êmbolo no corpo do amortecedor, por intermédio da polia tensora, pois demora algum tempo a que o êmbolo desloque o óleo do amortecedor. 8 - Desmontar ainda: - Os parafusos da polia da cambota da correia de distribuição (não da polia da cambota); - A polia da cambota da correia de distribuição: - O suporte do ventilador viscoso (no caso dos modelos da Audi, os


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MECÂNICA PRÁTICA parafusos do suporte podem ser desmontados através do furo da polia da correia); - A tampa inferior da correia de distribuição; - A própria correia de distribuição usada.

Fig. 9

Fig. 10

Nota: Ao desmontar a polia tensora, convém não esquecer de colocar outra vez o espaçador entre o motor e a polia tensora (Fig. 7). Operações de montagem: 1 - Retirar os carretos das árvores de cames. 2 - Apertar um parafuso M10 nas árvores de cames, a fim de fazer contra rotação com a ferramenta de desmontar os carretos. 3 - Aliviar e retirar os carretos do seu assento cónico. Utilizar a ferramenta nº 3032. 4 - Montar as placas de suporte e respectivos parafusos. 5 - Apertar levemente os carretos das árvores de cames. 6 - Colocar a correia de distribuição nova à volta dos carretos das árvores de cames e da polia da bomba de água. 7 - Aplicar a ferramenta de imobilização das árvores de cames nº 3391 (Fig. 9). 8 - A ferramenta da cambota deve continuar a estar no seu lugar. 9 - Passar agora a correia da distribuição à volta da polia guia, carreto da cambota e polia tensora (Fig. 9).

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10 - Desviar a polia tensora ligeiramente para a direita (com a chave hexagonal de 8 mm), a fim de retirar o pino de fixação do braço do tensor. 11 - Montar a chave dinamométrica no parafuso da polia tensora. 12 - Aplicar uma tensão à correia de distribuição até 15 Nm, rodando para a esquerda (Fig. 10). 13 - Retirar agora a chave dinamométrica. 14 - Apertar o parafuso dos carretos das árvores de cames com 55 Nm. 15 - Podem agora ser retiradas as ferramentas de imobilização das árvores de cames e da cambota. 16 - Voltar a montar o tampão do cárter, retirado para imobilizar a cambota. 17 - Montar a polia da correia da cambota. Os entalhes devem ficar alinhados pela saliência do carreto do carreto da cambota (Audi). 18 - Apertar os parafusos da polia da cambota a 25 Nm (VW) e 20 Nm (Audi). 19 - Voltar a montar as restantes peças pela ordem inversa da desmontagem. Após terminar a substituição, deve ser preenchida a etiqueta original da correia de distribuição da ContiTech, com a data e a quilometragem do veículo. A etiqueta deve ficar afixada no compartimento do motor, em local visível. De seguida, colocar o motor em movimento e/ou realizar um pequeno teste de condução. Fonte: ContiTech PUB

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CARROÇARIA

Colaboração:

PINTURA DE GRANDES SUPERFÍCIES

Linhas de produto específicas Se bem que basicamente as tintas, os equipamentos e os processos de utilizados na repintura de veículos comerciais e industriais sejam semelhantes aos da repintura de automóveis de passageiros, verificam-se algumas diferenças, derivadas principalmente das maiores dimensões dos primeiros e do facto de serem utilizados como instrumentos de trabalho.

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esta forma os fabricantes de produtos de pintura têm para as oficinas de reparação e para os fabricantes de veículos comerciais e industriais linhas de produtos adaptadas e especificamente desenvolvidas para esse fim, capazes de conseguirem bons resultados em todos os tipos de substratos e em diferentes tipos de acabamento, permitidos pelo uso de produtos versáteis e eficientes. Nesse sentido, iremos de seguida apontar as principais linhas de tintas de acabamento para veículos comerciais e industriais, indicando as principais marcas e fabricantes pela respectiva ordem alfabética.

AKZO NOBEL Sikkens Autocoat BT Representante: Akzo Nobel Telemóvel: 96.204.35.50

BERNARDO ECENARRO Urki-System Representante: Bernardo Ecenarro Telefone: 0034.943.74.28.00

A linha de produtos de pintura para V.I. da Akzo Nobel está incluída na gama de produtos Sikkens, sendo denominada Autocoat BT. Este sistema obedece aos critérios da normativa sobre emissões de solventes (VOC), possuindo dois tipos de acabamento: - Autocoat BT LV 351 MM - Trata-se de um acabamento à base de poliuretano de dois componentes (2K), com a tecnologia mais recente, tanto para novos trabalhos, como para repintura de veículos comerciais. É aplicado numa demão e 1/2 e possui 20 cores básicas, uma resina e uma pasta colorante, que se misturam com diversos endurecedores e diluentes, em função do trabalho a realizar; - Autocoat BT LV 851 Clear - É um verniz de base poliéster de dois componentes (2K), com alto teor de sólidos, sendo compatível com a base bicapa aquosa Autobase Plus ou com os produtos monocapa Autocoat BT LV, proporcionando grande resistência química aos agentes externos. A linha Autocoat BT inclui ainda primários, aparelhos, aditivos e diluentes, permitindo adaptar-se a vários substratos, de forma a proporcionar um trabalho de qualidade.

De 1992 a 2008 a Bernardo Ecenarro teve um crescimento anual ininterrupto, tendo facturado nesse ano cerca de 40 milhões de euros. Em 2009, devido à crise, a facturação baixou, mas mesmo assim acabou o exercício com bons valores. Em 2010 começou a recuperar parte da facturação perdida e em 2011 espera conseguir fechar o ano com valores próximos aos de 2008. Durante o ano 2010 desenvolveu uma ampla gama de novos produtos, centrados basicamente em pinturas UHS e Hidrossolúveis. Para este ano o destaque vai para o “Guia de Pintura Industrial”, lançado em meados de 2010. Trata-se do Guia mais completo e prático dedicado ao mercado da pintura industrial. Nesta obra, a Bernardo Ecenarro dá conselhos sobre uma grande variedade de processos de pintura, baseados nas necessidades de cada cliente. Aconselha e orienta os clientes sobre manuseamento de tintas e dissolventes, medidas de prevenção, armazenamento de produtops inflamáveis, tratamento e gestão de resíduos, etc..

Com o lançamento deste Guia, a Bernardo Ecenarro não se limita a ser apenas mais um fornecedor, mas sim um parceiro no qual o cliente pode encontrar respostas e conselhos perante as mudanças constantes que acontecem nesta actividade da repintura de veículos industriais. O projecto mais importante da Bernardo Ecenarro para este ano 2011 é o começo da construção da nova fábrica num terreno com 100.000 m2, recentemente adquirido e que se localiza próximo das instalações actuais. Actualmente a empresa vende produtos para 35 países espalhados pelos cinco continentes, embora o mercado principal continue a ser a Europa, para onde exporta 40% da sua produção. Em 2010 registou um crescimento de 17% nas exportações e este ano o objectivo é crescer acima dos 20%. O produto estrela da empresa é o UrkiSystem, um sistema tintométrico com o qual os seus clientes podem fazer mais de 70 qualidades de tintas industriais e mais de 15.000 cores diferentes, destinando-se uma grande parte ao sector do veículo industrial e das frotas. Ainda recentemente lançou no mercado o PIP (Processo Integral de Pintura), especialmente dirigido aos frotistas, sendo a única empresa em toda a Espanha que tem capacidade para homologar o sistema de pintura de frota. Os principais fornecedores da Bernardo Ecenarro são as multinacionais que operam no sector químico: Basf, Bayer, Akzo, etc.. E em relação ao mercado de exportação, um dos principais clientes é a Renault, de quem já conseguiu a homologação para a pintura das suas unidades no começo de 2011.

DE BEER BeroThane HS420 Série 3000 Representante: Mota & Pimenta Telefone: 252.32.39.09 Há mais de uma década atrás, a De Beer Refiniches lançou a sua gama de produtos VOC-compliant (cumpre os COV), a qual deu origem desde então a um programa completo VOC-compliant, incluindo o BeroThane HS420 Série 3000. Esta série foi especialmente desenvolvida dentro das normas VOC 420 gr/l para ser usada na pintura de veículos comerciais. A gama de produtos VOC-compliant da De Beer, foi desenvolvida pelos seus laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento em Leystad, na Holanda, onde também tem lugar a produção. A fábrica é certificada com as normas ISO 9001 e ISO 14001 para assegurar uma excelente qualidade, bons produtos, distribuição eficiente e um proeminente apoio técnico e comercial. O BeroThane HS420 Série 3000 foi especialmente desenvolvido tanto para a repintura de chaparia de veículos comerciais, como para o chassis. É um sistema de mistura polioretano VOC-compliant, que é indicado para qualquer tipo de aplicação uma vez que pode ser combinado com diferentes endurecedores. Para além de uma fácil aplicação e boa cobertura, o sistema tem uma excelente resistência química, um alto brilho e grande durabilidade. Usando pigmentos seleccionados, a De


CARROÇARIA Beer limitou o número de cores de mistura a 16, o que não obstante, resultou num óptimo leque de cores. Menos cores de mistura significam menor investimento, menor stock e maior rentabilidade dos serviços prestados. As fórmulas de cor estão disponíveis no CD-Rom ICRIS e no website da marca.

DUPONT Imron Fleet Line Representante: Impoeste Telefone: 261.337.250

A Imron Fleet Line da DuPont Refinish é um sistema de repintura muito completo e versátil, que oferece a máxima qualidade para a repintura de veículos comerciais e industriais. Fazem parte deste sistema vinte e sete corantes de última geração, Power Tints, e várias resinas de qualidade, que combinados permitem obter vários tipos de acabamentos brilhantes, acetinados ou mates, monocapa ou bicapa, com grande resistência e flexibilidade. Os principais acabamentos desta marca são o Imron Elite HS (para aplicação em

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uma demão e 1/2) e o Imron Elite HDC HS de alta produtividade (para aplicação numa só mão), bem como o verniz Imron Elite Clear. Todos estes três produtos cumprem a actual legislação VOC sobre emissões de solventes orgânicos. Da gama completa fazem ainda parte primários, aparelhos, aditivos e diluentes, adaptáveis a vários tipos de substratos e diferentes tipos de reparação. Esta marca dispõe ainda de ferramentas de cor avançadas, que permitem identificar rapidamente e com grande precisão qualquer cor, das 30.000 referências disponíveis, incluindo cores RAL e cores corporativas, para além de 3.000 pastilhas de cores para frotas.

estruturais e contentores, como chassis e autocarros. Dispõe de aditivos para acabamento mate, estrutural, para aplicação à brocha e ao rolo, assim como para secagem rápida, permitindo pinturas de várias cores num processo mais ágil. - Serie 90 CV - Este produto recupera as bases bicapa utilizadas na repintura de carros ligeiros, com aditivos específicos (o 90-M 4 CV e o 93-E 3 CV), dispondo de 57 cores básicas e 20 de múltiplo efeito, que permitem obter 50.000 tonalidades diferentes. - Verniz HS 924-68 - Acabamento de alto brilho e resistente a riscos.

GLASURIT Ratio-Truck

A gama completa conta ainda com primários, aparelhos, diluentes e aditivos.

Representante: BASF Coatings Telemóvel: 910.510.765 O sistema RatioTruck foi criado pela Glasurit para o mercado de frotas de V.I., incluindo os seguintes acabamentos: - Serie 58 - É um esmalte 2k desenvolvido para aplicação nos chassis e contentores, permitindo um acabamento de grande resistência e aspecto mate. - Serie 68 - Este esmalte HS de 2k foi pensado para pintar, tanto elementos

LECHLER Isofan HS

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Representante: Dicotin/Coteq Telefone: 253.670.663

O sistema Isofan HS desenvolvido pela Lechler é composto por 31 tintas base e 6 resinas. Graças às bases de cor MacrobaPUB

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UM PASSADO COM FUTURO

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se, com uma elevada concentração de pigmentos e às resinas neutras, o sistema permite realizar acabamentos com grande rapidez, inclusive no caso de pequenas quantidades pois consegue-se dosificar o produto necessário para o trabalho, evitando-se assim desperdícios e perdas de produto. Este sistema obedece aos critérios da normativa sobre emissões de solventes (VOC), possuindo três tipos de acabamento: - ISO 4 (blinder TK 400) ISOFAN ULTRA HS top coat Trata-se de um esmalte brilhante de acabamento poliacrílico 2:1, ultra resistente e com elevado rendimento. É ideal para grandes superfícies, oferece uma boa cobertura e rapidez de aplicação. - ISO 5 (blinder TK 500) ISOFAN ULTRA HS top coat É um esmalte brilhante com acabamento de elevada resistência 2:1, bom aspecto estético e uma grande facilidade de aplicação sobre grandes superfícies. - ISO 55 (blinder TK 550) ISOFAN ULTRA HS Matt top coat Esmalte opaco com acabamento de elevada resistência e fácil aplicação, uniformemente acetinado, com excelente capacidade anti-reflexo. A Lechler dispõe de mais de 6.000 cores de utilização habitual no sector dos veículos industriais, comerciais e máquinas agrícolas.


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MIPA Pur HS Mixing System Representante: Dupauto Telefone: 252.372.932 O sistema Mipa Pur HS foi desenvolvido especificamente para a repintura de veículos comerciais. A gama completa de primários, aparelhos, acabamentos e vernizes contribui para os bons resultados. A alta resistência à luz e ao clima, entre outros, foi comprovada nos teste que a Mipa efectuou sob o sol da Florida e na neve e gelo da Finlândia. O Mipa Pur HS oferece uma grande variedade de tonalidades de cor. A gama começa a partir RAL, BS e tons de cores para frotas de camiões. É compatível com todas as cores do programa de repintura da Mipa. Dentre as principais características do sistema, destacamos: - Excelente cobertura (até 30% e redução nos materiais; - Maior eficiência devido à menor pulverização e aos tempos de secagem mais reduzidos; - Brilho perfeito; - Várias possibilidades de variação para todas as aplicações; - Todas as cores sólidas para camiões e veículos comerciais. Com as suas características e aplicação económica, o Mipa PUR sistema HS cria superfícies duráveis que permitem manter o valor dos veículos comerciais.

NEXA AUTOCOLOR EHS Turbo Plus Representante: Lacose Sotinco Telefone: 226.061.860

- Verniz P190-1250 - É um produto desenvolvido para o mercado de frotas, com brilho elevado, fácil aplicação e grande resistência a riscos. Completam a gama primários, aparelhos, diluentes e aditivos.

PPG Delfleet Representante: PPG Ibérica Telefone: 0034.935.752.028 A proposta da PPG para V.I. é a linha de produtos Delfleet, especializados para o mercado das grandes superfícies. Este sistema de pintura é baseado em 27 cores principais de alta concentração, que se misturam com uma das sete resinas disponíveis para os diversos acabamentos, sendo possível obter fórmulas de acordo com os requerimentos da aplicação. Os acabamentos que fazem parte desta linha são o 280 (2k de alto brilho e grande economia), o 350 (2k de alta resistência aos agentes químicos). o BC (sistema bicapa para pinturas de várias cores), o UHS (2k de alta qualidade e baixo teor de VOC), o QD (monocomponente sintético de grande duração e economia), o PU Matt (2k para acabamentos mate) e Epoxy (monocomponente para pintura de chassis). Três vernizes completam esta linha de acabamentos Delfleet, começando pelo F380 (2k de alta resistência a agentes químicos e com propriedades anti grafiti), o F390 (2k acrílico de alto brilho e duração) e o F3460 (2k UHS, que cumpre a normativa VOC e é específico para veículos comerciais. A linha Delfleet conta com 11 catalisadores, para além de outros produtos complementares, como aparelhos, primários, aditivos e diluentes.

R-M: Graphite HD CV Refinishing System Representante: BASF Coatings Telemóvel: 916.623.082

O sistema EHS Turbo Plus da Nexa Autocolor para veículos comerciais e industriais é uma solução acrílica e tintométrica, cuja versatilidade extrema permite adaptar-se a todas as necessidades específicas de cada cliente, cumprindo além disso a normativa europeia VOC. Os acabamentos disponíveis são os seguintes: - Serie P498-P494 - Trata-se de um acabamento 2k HS de alto brilho e duração. Dispõe de 24 bases de cor e vários endurecedores, diluentes e aditivos (matizante e acelerador para secagem rápida em trabalhos de várias cores). Estão disponíveis mais de 7.000 fórmulas de cor, incluindo cores de originais, de frotas e cores estandardizadas como NCS, RAL e Pantone.

CARROÇARIA

Colaboração:

A linha de pintura R-M Graphite HD é um sistema que está conforme a normativa VOC para o mercado e inclui uma série de primários e betumes que oferecem ao cliente a flexibilidade necessária para abordar qualquer trabalho com confiança. Incluído no seio da família dos primários/aparelhos o “Chassismix”, pode ser pintado e usado como um revestimento DTM Semi brilho ou como um Aparelho colorido. A gama inclui também primários Cromados, bem como produtos não Cromados.

Para completar o sistema, há uma gama completa de aditivos, tais como: Aditivos Multi Cor, agentes flexíveis e betumes. Existe também uma ferramenta de Cor da R-M dedicada ao mercado de Veículos Comerciais. A classificação por grupos de cores contém 11 mostruários e 2.035 cores sólidas, que estão constantemente a ser actualizadas. As vantagens do sistema Graphite HD são, entre outras: Rapidez de aplicação; Bom nível de poder de cobertura e espessura da película; Facilidade de aplicação. O Guia de Cores Graphite HD ajuda a encontrar rapidamente a cor adequada.

SPIES HECKER Permafleet CV Representante: DuPont Portugal Telemóvel: 912.836.830 O sistema Permafleet foi desenvolvido especialmente pela Spies Hecker para V.I., possuindo três opções, para cada tipo de serviço. O sistema "Hi-Class" destina-se a trabalhos de alta qualidade, em 3-4 demãos (wash primer, aparelho para lixar e acabamento monocapa ou bicapa). O sistema "Top" é recomendado para trabalhos eficientes em 3-4 demãos (idêntico ao anterior, mas em húmido sobre húmido). Quanto ao sistema “Economy", destina-se como o nome indica para trabalhos onde o custo é fundamental, sendo aplicado em 2 demãos (primário/aparelho e acabamento em húmido sobre húmido). As 25 bases concentradas permitem oferecer mais de 16.000 fórmulas, nas quais se encontram todas as cores de série e CV europeias, para lá das cores de frotas. O produto topo de gama desta linha é o acabamento Permasolid HS Serie 670, um sistema de dois componentes (2k), que inclui uma nova tecnologia de resinas e está compreendido na gama GREENTEC, na qual todos os produtos cumprem a legislação VOC. O Permasolid HS Serie 675 Vario é um produto 2k, para aplicação industrial. O verniz Permasolid HS 8320 cumpre a legislação VOC e aplica-se numa demão e meia, obtendo-se um brilho elevado e grande resistência química e mecânica. Aparelhos, primários, catalisadores, diluentes e aditivos (acabamento mate e acabamentos multicolores de secagem rápida), completam a linha Permafleet CV.

SELEMIX: Gama de tintas e primários Representante: Portepim Telefone: 239 431 998 A oferta da Portepim SA para o mercado das tintas de repintura de veículos comerciais e industriais consiste numa gama de Tintas e Primários extremamente competitiva em preços e de elevadíssima qualidade da marca Selemix, marca integrante do grupo PPG, líder mundial deste sector de actividade. Com apenas 19 corantes e uma vasta

gama de Resinas disponível, a Portepim SA com o Selemix cobre todas as necessidades de pintura neste segmento de mercado, desde a pintura de chassis até ao acabamento final com elevada qualidade, tudo é possível com Selemix. As necessidades na pintura de veículos comerciais e industriais são distintas do sector automóvel, devido ao tipo de substratos que compõem este tipo de veículos e das necessidades extras de resistência exigida aos materiais de pintura. Assim para se conseguir um trabalho de qualidade é necessário recorrer a vários tipos de produtos específicos, que são possíveis de encontrar na linha Selemix. Também em colorimetria os veículos comerciais são distintos, com cores de frota e cores personalizadas nem sempre possíveis de encontrar na base de dados das marcas de tintas para automóveis. Para solucionar esse problema a Portepim SA disponibiliza um Espectrofotómetro específico para a gama Selemix que permite formular qualquer cor em poucos segundos.

STANDOX Standofleet Representante: Robbialac Telefone: 219.947.700 A linha Standofleet tem como estrutura 26 bases de mistura, com uma nova tecnologia de pigmentos, que permite reproduzir toda a gama de cores e vários tipos de acabamento para V.I. O sistema assenta na combinação de várias resinas com as bases de mistura, o que permite obter vários níveis de resistência, secagem e brilho do acabamento, em função da selecção dos componentes. A linha Standofleet possui cerca de 7.500 fórmulas para veículos comerciais, com aproximadamente 20.000 referências, entre as quais se incluem cores RAL e NCS, além de várias tonalidades corporativas de grandes frotas. A gama completa de produtos Standofleet é muito ampla. Nos produtos que cumprem a legislação sobre emissões (VOC), encontramos os acabamentos CV630 2K HS Topcoat (brilho e estabilidade muito elevados), CV632 2k HS Topcoat (boa espessura e grande capacidade de cobertura) e o CV633 2k HS Topcoat RAL 9006 (monocapa metalizado e colorível), para além dos vernizes CV653 2K HS Clear e CV651 2k VOC Clear. A gama completa de produtos inclui ainda primários, aparelhos, diluentes, catalisadores e aditivos (mate, flexível e de textura).


Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

CONSULTÓRIO TÉCNICO

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PERGUNTE À TRW

Segredos da electrónica Vamos ver como é que o Director Técnico da TRW Automotive Aftermarket, Brian Newell resolve desta vez um problema de interferências entre sensores do sistema ABS e o sistema electrónico de controlo da pressão dos pneus (TPMS).

H

abituados a pensar o automóvel como um conceito mecânico, os técnicos de reparação nem sempre se sentem confortáveis nesta nova área tecnológica, mas o facto é que há respostas para os problemas. Pergunta: Apareceu-me outro dia um Mini de um cliente com problemas no sistema de controlo da pressão de pneus (TPMS). Como não tinha aparelho de diagnóstico aqui, tive que me deslocar ao concessionário principal da marca aqui na zona, que me diagnosticou uma anomalia num sensor ABS. Como é que explica que um sensor de ABS possa afectar o sistema TPMS? Que ferramenta poderei usar para não ter que levar o carro ao concessionário, noutra situação idêntica? Resposta: Vejamos em primeiro lugar a parte final da sua pergunta. Existe uma excelente ferramenta de diagnóstico para resolver problemas deste tipo, que é a solução Easycheck na TRW. Esse aparelho inclui ao ser adquirido uma função de actualização válida por três anos, que permite actualizar em qualquer momento a base de dados, através da Internet. As outras principais funções do Easycheck são seis, designadamente: Travões (ABS & EPB), Climatização, Busca (EOBD), Reparação, SRS e Sensor do Ângulo do Volante (SAS). Ao activar a função de actualização (update), aparecem novos sistemas, como o TPMS, sem qualquer encargo adicional. Com esta função, é possível ver todos os códigos de erro do sistema TPMS e instalar os sensores de válvula na ECU principal. Isso é necessário quando uma roda é mudada de local. Em certos sistemas, torna-se necessário activar os sensores de válvula no final da intervenção e a TRW tem como é evidente uma função opcional Valve Activator, que é fornecida como extra. Quanto à primeira parte da pergunta, poderíamos estar a falar toda a vida sobre o assunto. Na verdade, existem dois tipos diferentes de sistemas TPMS, sen-

do um directo e outro indirecto. Os sistemas com medição directa, têm sensores dentro do pneu (na válvula de enchimento) ou na jante, que enviam um sinal à unidade central de processamento (ECU) do sistema TPMS, que apresenta o resultado dessa informação no painel de instrumentos. Esses sistemas podem identificar diferenças de pressão nos quatro pneus ao mesmo tempo. Esses sistemas são imunes a mudanças de tempo e a mudanças de temperatura no contacto do pneu com a estrada. Quando o tempo está muito frio, o programa da ECU tem uma função que indica as pressões adequadas para encher os pneus, segundo a

recomendação do construtor. Nos sistemas de medição indirecta, não há sensores instalados em cada roda ou pneu, pelo que a ECU recebe e processa a informação recebida por via indirecta. No caso do Mini de que falava, o sistema de controlo de pressão dos pneus é de medição indirecta, que avalia o estado da pressão dos pneus pela velocidade de rotação das rodas (um pneu vazio tem menor diâmetro e roda mais depressa). Esse tipo de informação está disponível no sistema ABS, através dos sensores de roda, cuja função é precisamente indicar

Com o sistema de diagnóstico da TRW Easycheck, na função Busca (Scan) podemos ver todos os códigos de erro, tanto do sistema ABS, como TPMS.

a velocidade de rotação de cada roda, para detectar perdas de aderência. A desvantagem destes sistemas é que só conseguem indicar a baixa pressão com o carro em movimento e depois atingir um certo valor mínimo, o que não acontece com os sistemas de medição directa, que são capazes de verificar a baixa pressão com o carro parado e com tendência para perder ar, o que é bastante mais seguro. Outro problema dos sistemas de medição indirecta é que necessitam ser calibrados após cada mudança de pressão dos pneus, quando o condutor verifica e corrige a pressão dos seus pneus. Isso geralmente é realizado através de um botão existente no painel de bordo do carro, mas se o sistema não for calibrado (por esquecimento do condutor) a informação proporcionada pela ECU deixa de ser fiável. Ou seja, o pneu pode estar vazio e o sistema não dá aviso, ou o pneu está correctamente cheio e o sistema acusa baixa pressão. Se compreendermos como funcionam estes dois tipos de medição, é fácil perceber que a falha de um sensor de ABS possa dar um código de erro na ECU do sistema TPMS. Com o sistema de diagnóstico da TRW Easycheck, na função Busca (Scan) podemos ver todos os códigos de erro, tanto do sistema ABS, como TPMS. Além disso, a TRW tem também uma gama completa e actualizada de sensores de roda ABS, que podem resolver rapidamente um problema do tipo que relatou. PUB

Não há teste de Primeiro Equipamento mais rigoroso que o da Fórmula 1. As lições que aprendemos por estarmos no coração do desporto reflectem-se na nossa tecnologia para a estrada. Lições tais como criar cerâmicas tão resistentes que conseguem suportar as mais exigentes condições de um motor F1 a 18.000 r.p.m.. Desta forma criámos uma gama tão avançada e abrangente de velas de ignição que garante normas de Primeiro Equipamento e de desempenho sem paralelo.

Performance Driven


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Jornal das Oficinas Fevereiro 2011

ACTUALIDADE Destaques

Liberty desenvolve CLA Drive-in

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CLA Drive-In é um centro de serviço desenvolvido para apoiar os Clientes da Liberty Seguros, onde podem participar o sinistro e realizar de imediato a peritagem, sem necessidade de marcação prévia, tudo num período de tempo de apenas 30 minutos. Todo o processo de regularização é fei-

to de forma remota, através do suporte prestado pela própria oficina onde está localizado o CLA Drive-In. A Liberty Seguros tem espaços CLA Drive-In em Lisboa, Porto, Évora, Leiria, Portimão, Viseu e Torres Vedras, e pretende abrir mais centros em localizações estratégicas em Portugal nos próximos meses.

Mitsubishi ASX

Entrar na moda SLN Multiauto passa a ser Multiauto Galilei

N

a sequência de uma completa reformulação da sua estratégia e modelo de gestão, o Grupo SLN Multiauto alterou a sua designação para Grupo Multiauto Galilei, apresentando-se com uma nova imagem e um novo site, com conteúdos actualizados e mais fáceis de utilizar. O novo site www.multiauto-galilei.pt será uma referência no sector, permitindo fazer comparativos de diferentes marcas e modelos, solicitar pedidos de test-drive, visualizar as viaturas usadas em stock, bem como marcar uma revisão online ou ainda alugar uma viatura na Multiauto Rent, a empresa de Rent-a-Car do Grupo. O Grupo Multiauto Galilei representa, quer directamente, quer através da sua participada Grupo Sorel, catorze marcas - Audi, Chevrolet, Citroen, Dacia, Ford, Mazda, Mercedes Mitsubishi, Opel, Peugeot, Renault, Smart, Suzuki e Volkswagen - nas suas diversas localizações – distritos de Viseu, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro – tendo como objectivo ser a referência do sector automóvel na qualidade dos seus serviços e na orientação para a satisfação do Cliente, possuindo para tal, quadros altamente especializados, bem como equipamentos com a mais moderna tecnologia.

E

specialista em veículos TT, a Mitsubishi não fugiu à tendência do mercado, entrando no domínio dos Crossover com o ASX. De aspecto robusto, o ASX mais se aproxima de um TT, mas o seu conceito está obviamente mais próximo de um veículo de passageiros. Com vocação citadina o ASX é muito compacto nas suas dimensões exteriores mas possui uma distância entre eixos muito longa, numa Mitsubishi ASX 1.8 DI-D Cilindrada cc: 4/1.798 Potência Cv/rpm: 150/4.000 Binário Nm/rpm: 300/2.000 Velocidade Km/h: 200 Acel.0-100 km/h seg.: 9,7 Cons.Médio L/100Km: 5,5 Preço (desde) 28.900 Euros

aposta clara de privilegiar o espaço interior. Para que nada falte, os 442 litros de bagageira completam o posicionamento familiar deste veículo. Apostando no conforto, a Mitsubishi dotou o ASX com umas suspensões demasiado brandas, que tornam o comportamento deste veículo muito sensível em estradas com piso ondulado, apresentado alguma tendência para alargar em demasia as trajectórias. Virado para os baixos consumos, o ASX inclui o pack ClearTec de baixas emissões que possui o sistema automático “Stop&Go”, direcção assistida electricamente, sistema de controlo da regeneração de energia e pneus de baixa resistência ao atrito. O motor é o novo bloco de 1.8 litros DI-D, bastante suave e silencioso no seu funcionamento e até algo brando para quem apresenta 150 cv.

Kia Sportage

Quem diria… SIVA continua a crescer

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om um desempenho superior ao do mercado global de veículos ligeiros, em 2010 a SIVA vendeu 33.702 automóveis das seis marcas do Grupo Volkswagen representadas – Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini, Skoda e Volkswagen Veículos Comerciais –, o que representa um crescimento de 35,2% face às 24.928 unidades comercializadas em 2009. No mercado de veículos de passageiros, no qual a SIVA está presente com cinco marcas, os 31.761 automóveis vendidos (23.466 em 2009) permitiram consolidar a liderança entre os importadores detida desde 2007, com uma quota de mercado de 14,2%. Do volume de vendas do mercado de ligeiros resulta uma quota de 12,5%, idêntica à de 2010, e o segundo lugar no ranking dos importadores de veículos ligeiros, categoria que inclui os automóveis de passageiros e os comerciais ligeiros até 3,5 toneladas. Entre os vários momentos marcantes deste ano, destaca-se a distinção atribuída à SIVA pela Volkswagen AG que a escolheu como Importador do Ano Volkswagen, em reconhecimento do extraordinário desempenho da empresa SIVA no desenvolvimento da Marca ao longo dos últimos anos.

A

evolução da marca Kia é notável. Um produto como o novo Sportage demonstra o caminho que este construtor está a trilhar. No estilo exterior o Sportage é arrebatador. A silhueta é alta e desportiva, e quer de frente quer de traseira estamos em presença de um SUV compacto muito bonito, que nada tem a ver com os seus antepassados. No interior, apesar da decoração em Kia Sportage Cilindrada cc: 4/1.685 Potência Cv/rpm: 115/4.000 Binário Nm/rpm: 255/1.800 Velocidade Km/h: 180 Acel.0-100 km/h seg.: 12,1 Cons.Médio L/100Km: 5,7 Preço (desde) 25.990 Euros

tons escuros, o desenho é jovem, moderno e respira-se um bom ambiente. A posição de condução é envolvente (os bancos têm um excelente apoio lombar). Os diversos comandos parecem estar todos bem posicionados o que incrementa ainda mais o conforto e o prazer de utilização desde SUV. Com uma direcção precisa e uma caixa fácil de dosear, conduzir o Sportage é uma boa sensação, tanto mais que as suas reacções estão muito próximas das de um ligeiro de passageiros, com a vantagem de irmos numa posição mais elevada face ao trânsito. O motor de 1.7 litros de 115 cv é também um excelente aliado no comportamento dinâmico desde SUV, apresentando sempre disponível em qualquer situação de condução.


O MAIOR EVENTO DE PNEUS EM PORTUGAL

18 MARÇO 2011

2.a CONFERÊNCIA PNEUMÁTICOS

PARA MAIS INFORMAÇÕES CONSULTE:

www.apcomunicacao.com/2confpneus

Um evento

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