74 JANEIRO 2012 ANO VIII
Desejamos a todos os nossos clientes
BOM ANO de 2012
JORNAL INDEPENDENTE DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE AUTOMÓVEIS LIGEIROS E PESADOS WWW.JORNALDASOFICINAS. COM || WWW.APCOMUNICACAO.COM
FORMAÇÃO 2012
|| O JORNAL DAS OFICINAS elegeu 2012 como o ano da Formação. A partir desta edição, vamos iniciar a publicação de uma série de artigos dedicados à Formação para Gestores de Oficinas e Distribuidores de Peças Automóvel. A Campanha “Formação 2012” tem por objectivo demonstrar como a Formação pode ser um factor de enorme influência nos resultados do negócio das empresas do sector pós-venda
COMPETIÇÃO É SAUDÁVEL || PÁG. 02
TECNOLOGIA DIRECÇÃO ASSISTIDA || PÁG. 56
A competição e a concorrência não são um factor pernicioso ao mercado, mas antes o seu elemento dinamizador mais importante
Actualmente, 99% dos carros fabricado têm direcção assistida. Neste artigo vamos falar dos tipos de direcção assistida que existem e do seu funcionamento
RISCOS DA PROFISSÃO || PÁG. 52
PAVIMENTOS PARA OFICINAS || PÁG. 69
A profissão de mecânico pode ser muito compensadora sob diversos pontos de vista, desde que não existam problemas
O RaceDeck é a marca de um produto de pavimentos para oficinas, que a empresa Street Customs representa em Portugal
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JANEIRO 2012
MERCADO CONCORRÊNCIA
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DITORIAL
COMPETIÇÃO É
ECONOMIA PARALELA Num momento em que a conjuntura internacional não é animadora e os tempos são de contenção a nível nacional, a economia paralela tem naturalmente tendência a aumentar e o sector pós-venda automóvel tem de estar atento a esta realidade, procurando antecipar os problemas. O risco de crescimento desta economia paralela (ganchos e biscates), surge por duas razões, uma das quais é o encerramento de empresas de reparação que são obrigadas a fechar por razões fiscais e outros motivos. No fundo fecham, retiram a sinalética exterior, não atendem ao público, mas estão a funcionar “normalmente”. Outro risco, vem da necessidade que as pessoas têm de aumentarem o seu rendimento. Empregados de concessionários e outras oficinas fazem serviços avulsos depois de saírem dos empregos, por esse motivo. Cada vez mais acontece o cliente particular ir comprar a peça aos balcões dos concessionários e retalhistas. Mas é claro que não é ele que vai aplicar a peça no veículo. Será alguém amigo ou indicado por terceira pessoa. A limitação deste fenómeno terá de passar por novas políticas laborais e fiscais, que favoreçam de facto os trabalhadores e as empresas. Por certo haverá muitos técnicos que não se importariam de trabalhar mais horas nas suas empresas, se fossem remunerados por isso, mas toda a legislação que vigora é impeditiva dessa possibilidade. Se existisse um mecanismo legal que permitisse ás empresas remunerarem os seus empregados por horas extras, sem os impedimentos que temos hoje em dia, a maior parte deles não se sentiria motivada para continuar a fazer ganchos e biscates, a arriscar pagar multas pesadas ou até ser despedido da empresa. Outra maneira de combater esta tendência será a possibilidade dos contribuintes poderem abater o IVA dos serviços de reparação e manutenção no IRS. Os clientes das oficinas não sentiriam tanta necessidade de procurarem alternativas de reparação irregulares, se os custos de manutenção dos seus veículos fossem mais equilibrados. A possibilidade de abaterem o IVA e outras compensações fiscais poderiam ajudar a minorar a economia paralela e fomentar a actividade das oficinas.
SAUDÁVEL
|| A competição e a concorrência não são um factor pernicioso ao mercado, mas antes o seu elemento dinamizador mais importante. Sem produtores motivados a produzir mais e melhor, não há progresso, mas estagnação
A
base da economia em todos os tempos e em todos os lugares é a capacidade de produzir mais, produzir melhor e de uma forma mais eficiente. No entanto, a motivação para que tal aconteça é a existência de um mercado, que é o ponto de encontro da oferta e da procura, ou, dito de outro modo, onde existem produtos e soluções para as mais diversas necessidades das populações. O mercado é um local onde as pessoas trocam dinheiro por valor e valor por dinheiro, sendo que este já é uma forma simbólica ou equivalente de valor. Explicitando melhor, mercado é onde as pessoas que produzem valor o trocam por dinheiro e onde as pessoas que têm dinheiro o trocam por valor. Se houver apenas um produtor e um comprador, o mercado começa e acaba com
a transacção do valor pelo dinheiro. Neste mercado, não existe qualquer competição, nem qualquer progresso, porque o produtor não é estimulado a produzir mais valor, nem o comprador motivado para pagar mais. É um círculo vicioso, onde tudo volta sempre ao mesmo ponto de partida. Ao longo dos séculos, muitas feiras acabaram desta forma, com o último produtor a vender a sua mercadoria ao último comprador. Em contrapartida, muitas outras feiras deram origem a lugares, vilas e cidades, que ainda hoje não escondem as suas origens ou até mantêm orgulhosamente as suas feiras. Nestes casos, sucedeu aquilo que é normal e saudável acontecer: mais produtores atraíram mais compradores e mais compradores atraíram mais produtores. Havendo mais produtores e mais
compradores, existe competição ou concorrência entre eles e isso é que dá vida ao mercado, porque os produtores tentam oferecer mais qualidade a menor preço, para conquistarem mais clientes, enquanto que os compradores se dispõem a dar mais qualquer coisa pelos produtos que pretendem, para levarem o que precisam para casa. Desta margem de troca e negociação é que nasce o preço de mercado, que é aquilo que as pessoas estão dispostas a dar por um produto ou serviço, para que ele continue a existir no mercado, em quantidade e qualidade aceitáveis. Disto resulta logicamente que, sem produtores motivados a produzir mais e melhor e sem compradores dispostos a consumir mais, não há progresso, mas estagnação.
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: Hugo Jorge PROPRIEDADE: João Vieira SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares - 2705- 351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira, Paula Veloso Amaral (paulavelosoamaral@apcomunicacao.com) PAGINAÇÃO: Pedro Vieira ARTE FINAL: António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Peres-Soctip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 - 2135-114 Samora Correia Telef: 263.00.99.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares.
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JANEIRO 2012
MERCADO CONCORRÊNCIA
A competição e a concorrência não são portanto um factor pernicioso ao mercado, mas antes o seu elemento dinamizador mais importante. Sem o saberem, os concorrentes estão a criar oportunidades e riqueza uns para os outros, do mesmos modo que os consumidores, no seu afã de comprarem mais do que outros ou primeiro do que os outros, também estão a criar mais valor, gerando produtos e serviços de maior qualidade, a preços mais competitivos.
Limites da concorrência Como é evidente, a oferta e a procura equilibram-se mutuamente e esse equilíbrio resulta quase sempre de tentativa e erro, ou seja, a oferta diminui ao diminuir a procura e a procura estabiliza ou aumenta ligeiramente, ao diminuir a oferta. Os ciclos de prosperidade acontecem quando a oferta e a procura sobem ao mesmo tempo, em virtude de liquidez abundante e de tecnologias de produção avançadas, que tornam os produtos melhores e mais acessíveis. A não percepção desses ciclos é que origina as crises económicas, porque as pessoas consomem até esgotarem a liquidez
|| A competição e a concorrência não são um factor pernicioso ao mercado,
mas antes o seu elemento dinamizador mais importante.
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Resta obviamente a diferenciação, o factor estratégico emergente do actual processo de mudança. Ser diferente, por inerência, é ser melhor, senão em tudo, pelo menos em aspectos chave do negócio. Desde logo, no conceito, na imagem e no marketing. Depois, para além das garantias dadas na recepção e no atendimento, é preciso ter processos ágeis e eficientes, com qualidade e rapidez. As novas tecnologias têm muito a contribuir para isto, sendo indispensável dominá-las completamente. O serviço ao cliente, por seu turno, não tem limites, porque o cliente paga tudo o que tiver valor acrescentado para ele e ainda agradece. A oferta de serviços ao cliente será no futuro tão importante como os serviços convencionais ou ainda mais. Finalmente, há a diferenciação pela qualidade emocional, pela transparência e pela afabilidade. As pessoas gostam de ir a um sítio e de estar com outras pessoas porque gostam. Muitas vezes, nem elas sabem porquê. Não há somatório de motivos racionais e de factores utilitários que justifiquem o facto de nos sentirmos melhor em certas circunstâncias, com certas pessoas. Esse é o valor intangível disso mesmo. PUB
disponível, fazendo cair a procura de forma brusca e colocando a oferta em certas dificuldades. Como na condução de um veículo, os ciclos de prosperidade deveriam ser geridos cuidadosamente, tanto do lado da oferta, como da procura, a fim de manterem a economia num ponto óptimo de equilíbrio, sem acelerações e desacelerações bruscas. O controlo dos principais indicadores económicos e estatísticos seriam suficientes para isso suceder, se a gestão das sociedades fosse mais racional e orientada por critérios de gestão comprovados. O facto de existir a competição ou concorrência política, leva a que a liquidez seja muitas vezes sacrificada para a efémera conquista de eleitorados, em vez de investimentos com efeitos sustentáveis para a economia. Se o bom senso muitas vezes não existe do lado do poder político dominante, cabe aos operadores económicos respeitar os indicadores disponíveis e os limites que eles aconselham. Isso permite aos operadores de mercado ajustar a oferta mais para o valor e menos para o desperdício, mantendo o número de empresas e a sua dimensão adequados ao potencial de consumo efectivo. Isso é válido para todos os sectores
de actividade, incluindo naturalmente o pós-venda automóvel, onde a mudança sustentável terá que ser mais qualitativa do que quantitativa.
Competição desleal? Claro que existe uma cadeia de valor que os operadores do mercado pós-venda devem aceitar e respeitar, mas a distribuição é em muitos casos demasiado “flexível” e os fabricantes vendem a importadores, canais de marca, centrais de compra, grossistas, pequenos distribuidores, etc.. Nas redes de oficinas, a central de compras funciona como distribuidor e faz efectivamente concorrência aos retalhistas, mas não é desleal, porque as oficinas podem comprar onde quiserem, se entenderem que há vantagem nisso. Quebrado o monopólio da peça original de marca, a concorrência é generalizada e isso pode ser positivo, se beneficiar o consumidor final e tornar a mobilidade mais acessível, favorecendo a recuperação económica e social. Muito pior do que isso são as peças contrafeitas e as de baixo custo, que não respeitam as normas de segurança e de defesa do consumidor. Claro que estas peças
são vendidas e montadas nos carros, porque a rede de assistência multimarca ainda tem pontos fracos, onde a sobrevivência a qualquer custo é a regra vigente. A consolidação do pós-venda e a sua crescente padronização técnica e de serviço ao cliente acabará por remeter essas peças para os circuitos marginais dos carros roubados, viciados, ilegais e dos países à espera de serem emergentes.
Ser competitivo A competição ou concorrência entre as redes de assistência de marca e o sector de reparação independente irá intensificar-se e as regras básicas de competitividade passam a ser válidas para todos. Estamos a falar de profissionalismo, com tudo o que isso implica de competências técnicas, actualização tecnológica, organização empresarial, eficiência de processos, gestão de clientes e serviço ao cliente. Isso não significa que as oficinas se vão tornar todas iguais, pelo contrário, mas que haverá padrões mínimos de qualidade de serviço, produtividade e rentabilidade que terão que se generalizar, para que as empresas se afirmem com credibilidade e sustentabilidade.
FACTOS A oferta diminui ao diminuir a procura e a procura estabiliza ou aumenta ligeiramente, ao diminuir a oferta Os ciclos de prosperidade devem ser geridos cuidadosamente, tanto do lado da oferta, como da procura Ser diferente é ser melhor, senão em tudo, pelo menos em aspectos chave do negócio O serviço ao cliente não tem limites, porque o cliente paga tudo o que tiver valor acrescentado para ele e ainda agradece A oferta de serviços ao cliente será no futuro tão importante como os serviços convencionais ou ainda mais As pessoas gostam de ir a um sítio e de estar com outras pessoas porque gostam. Muitas vezes, nem elas sabem porquê
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CAMPANHA FORMAÇÃO 2012 I CAPÍTULO – ATENDIMENTO AO CLIENTE
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O MOMENTO
DA VERDADE
|| Se perguntarmos a alguém se sabe “Atender um Cliente” a resposta será, na maioria dos casos, um sim com convicção. Mas, será que esta convicção faz jus às reais necessidades das empresas?
S
erá que no mundo real efectuar o atendimento a um cliente é algo tão “banal” que qualquer pessoa o consegue fazer, sem a necessidade de ser “formado” para tal? Se assim fosse, não existiria a diferença entre um Bom Atendimento e um Mau Atendimento. Todos nós, como consumidores (quando estamos no papel de clientes), sabemos a diferença entre um e outro. Quem faz esta diferença? As Pessoas.
Podemos mesmo designar estas Pessoas como “Pessoas da Linha da Frente” já que são elas que fazem a “Ligação” entre o Cliente e a Empresa que representam. O que pretendem as Empresas com as Pessoas da Linha da Frente: - Contribuir para a Satisfação dos Clientes da Empresa; - Percepcionarem as Necessidades e desejos dos Clientes; - Contribuírem para a Fidelização dos Clientes; - Aumento de Vendas nas suas áreas de actividade; - Melhoria contínua do atendimento e do Serviço pós-venda; - Promover a Imagem da Empresa. Seja empregado ou patrão, analise os 6 itens anteriormente expostos e avalie-os de forma objectiva e isenta. Já o fez? E qual foi a sua conclusão? Não está a fazer tudo o que deve, em todos os 6 itens? Bem-vindo ao mundo real das empresas... Hoje, mais do que nunca, as Pessoas da Linha da Frente são um factor crítico de sucesso de um negócio, porque aquilo que lhes é exigido vai muito além do “atender o cliente”... Para adicionar um pouco mais de “complexidade” ao que acima expomos, o Atendimento a Clientes tem várias formas. Damos aqui os exemplos mais comuns (FIG. 1): - Contactamos com o cliente na nossa empresa (quando ele nos visita);
|| FIG. 1 – Objectivos das empresas com as Pessoas da Linha da Frente
- Contactamos o Cliente na empresa dele (quando o visitamos); - Contactamos com o cliente p/ internet; - Contactamos o cliente por telefone. Quando contactamos telefonicamente uma empresa qualquer, a imagem percebida dessa empresa é o resultado desse atendimento.
CONTACTO PESSOAL
CONTACTO TELEFÓNICO
|| FIG. 2 – Apresente as 3 principais características que mais aprecia quando é atendido por alguém (Quando é Cliente):
1 – ___________________________________________________________ 2 – ___________________________________________________________ 3 – ___________________________________________________________
O que é normalmente avaliado: - Facilidade de Identificação do nº “directo”; - Tempo de espera para o atendimento; - Simpatia e Profissionalismo da pessoa da linha da frente; - Capacidade de resolução do tema apresentado; - Transferência do tema apresentado para outros Departamentos; - Duração do atendimento; - Conclusão do atendimento.
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CAMPANHA FORMAÇÃO 2012 I CAPÍTULO – ATENDIMENTO AO CLIENTE
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PATROCINADORES
No que diz respeito ao atendimento pela internet (via e-mail), muitas empresas mantêm uma postura muito afastada da dinâmica que este meio normalmente exige. Na avaliação deste meio, a rapidez da resposta é crucial. Se a resposta ao cliente (se ele for atendido!) for rápida, então a imagem percebida pelo cliente relativamente à empresa, é positiva. Mas o contrário também é verdade e, para muitas empresas que se dão ao trabalho de divulgar um e-mail “geral”, esse, normalmente, é da responsabilidade de ninguém e a resposta ao cliente tarda ou não existe de todo. O contacto pessoal com clientes, quando efectuado na nossa empresa, é normalmente mais fácil e mais eficaz. Porque estamos no nosso habitat e a comunicar directamente com o cliente, teremos maior possibilidade de ir ao encontro das suas necessidades e dos objectivos da nossa empresa. O contacto pessoal com clientes, quando efectuado na empresa destes é normalmente mais difícil (estamos dependentes da agenda do cliente) e agora estamos no habitat do cliente (onde ele é rei). A promoção da Imagem da nossa empresa, também fica mais limitada. Em situações que são mais comuns do que poderíamos pensar, há Clientes de uma determinada empresa, que só conhecem a empresa pelo Estafeta ou pelo Vendedor, ou, ainda, pelo cobrador que os visita. Assim, a imagem percebida fundamentase muito na imagem do interlocutor que os visita. O que poderá ser redutor no desenvolvimento de uma relação mais duradoura e de confiança com a empresa em causa. Por tudo o que já apresentámos, será seguramente de uma enorme responsabilidade e complexidade o Atendimento a Clientes. Como já referimos, todos somos clientes, mas seguramente a nossa apreciação sobre uma mesma situação pode ser interpretada de forma diferente por outros. Faça o seguinte exercício (FIG. 2): “Apresente as 3 principais características que MAIS aprecia quando é atendido(a)
|| FIG. 3 – Em quem você confiaria para fazer um negócio?
|| FIG. 4 - Profissional do Atendimento a Clientes
da empresa que este representa. Não só o seu aspecto, como a forma de vestir e a linguagem corporal, são factores importantíssimos. Para que seja imediata a interpretação do acima referido, identifique A FIG. 3 e faça a sua escolha. Se não escolheu o do meio, é porque conhece um dos outros dois..., porque numa situação de igualdade, a escolha racional recai no homem do centro. Para que o profissional do Atendimento a Clientes seja completo (leia-se, munido de todas as ferramentas para conseguir desempenhar com sucesso a sua função) necessita do seguinte (FIG. 4): - Conhecer o Produto / Serviço que representa; - Possuir Técnicas de Comunicação; - Perfil comportamental ajustado à função; - Conhecer o Negócio em que está a operar. Em forma de resumo, podemos afirmar que as Razões para a Excelência no atendimento ao Cliente são: - Um cliente bem atendido volta sempre; - O profissional de atendimento, tem 68% de responsabilidade sobre a satisfação do cliente; - Nem sempre se tem uma segunda hipótese de causar uma boa impressão; - Relações eficazes com os clientes, aliadas à qualidade técnica e preço justo, fortalecem a opinião favorável à empresa.
por alguém (quando está no papel de cliente) ”. Se já fez, então chegámos à conclusão de como gosta de ser atendido(a). No entanto, isto não significa que todos os seus clientes gostem (apreciem/valorizem) de ser atendidos desta forma! Faz parte da função, conseguir adaptar o “discurso” ao interlocutor. Apesar de tal, nunca nos devemos desviar do “padrão” e
respectivos limites, traçados pela empresa. Se isso acontecer, corre-se o risco de termos na mesma empresa, Pessoas da Linha da Frente com perfis profissionais completamente diferentes. A interpretação do cliente é que existem micro-empresas dentro da empresa... No Atendimento ao Cliente, a imagem da Pessoa da Linha da Frente é fundamental para a construção da Imagem percebida
No atendimento a clientes nas Oficinas, há algo que é muito comum acontecer e que muitas vezes leva à insatisfação do cliente. Para a Oficina, ela existe para reparar automóveis. No que diz respeito ao cliente, a oficina existe para garantir a sua mobilidade. E, dito assim parece não existir qualquer conflito entre as duas visões, no entanto ela é geradora de conflito e perda de clientes. Se trabalharmos individualmente e em grupo, todos os pontos anteriormente abordados, vamos ter mais clientes satisfeitos nas Oficinas Portuguesas. Bom trabalho!
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4º SIMPÓSIO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL
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ste é um evento que ninguém, com interesse no futuro do pós-venda em Portugal, deve perder. O tema escolhido “Estratégias para o futuro!” é um assunto que preocupa justificadamente o sector, num momento em que, não é novidade para ninguém, atravessamos uma crise que atinge o sector automóvel de uma forma significativa e outras áreas para além deste sector. Durante um dia vão ser debatidos os principais temas que mais preocupam os empresários do Pós-venda automóvel, numa altura em que o sector procura o rumo e a estabilidade que lhe tem faltado nos últimos anos. Os oradores convidados irão passar em revista as principais ameaças que o sector da Reparação Automóvel irá enfrentar no futuro. As suas intervenções serão dinâmicas e focalizadas nos aspectos mais
relevantes dos negócios relacionados com o Pós-venda Automóvel. A 4ª edição do Simpósio Pós-venda Automóvel pretende contribuir para relançar o debate sobre as prioridades para o desenvolvimento das empresas que operam nos mercados da distribuição de peças e da reparação automóvel e coloca-se ao seu lado, procurando revelar as melhores soluções e estratégias comerciais para ganhar o mercado. Propomo-nos reflectir sobre as medidas que devem ser tomadas para ultrapassarmos a grave situação que afecta todo este sector, numa época de forte instabilidade como é aquela que hoje vivemos.Vamos analisar através de debates vivos, pragmáticos e actuais, o que é que de facto acontece no quotidiano das empresas e quais as medidas que podemos e devemos tomar para ultrapassarmos as
4º SIMP
|| É já no próximo dia 30 de Março que se realiza no Centro de Congressos do Estoril, o 4º Simpósio Pós-venda Automóvel. Será o cenário mais indicado para os profissionais do aftermarket conhecerem os desafios que vão enfrentar e as oportunidades que se abrem ao negócio da reparação automóvel em Portugal
situações que agravam o negócio de todos aqueles que têm a ver, directa ou indirectamente, com a reparação automóvel em Portugal. A AP Comunicação está convicta que a realização de iniciativas deste género se revestem de particular importância e têm como fim último a troca de experiências e a discussão de assuntos que envolvem o sector automóvel em geral e o pós-venda, em particular, bem assim como pensar em estratégias de desenvolvimento para o futuro. Não temos por isso qualquer dúvida de que as conclusões deste Simpósio darão um contributo significativo para uma nova dinâmica das organizações relacionadas com as actividades económicas e sociais do pós-venda automóvel, em prol da defesa de um sector mais moderno e competitivo. Ao longo deste Simpósio serão evocados
OMÓVEL AUT
PARA O FUTURO!
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ESTRATÉGIAS
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alguns dos problemas que afectam o sector pós-venda automóvel, que nos preocupam a todos e sublinham a importância e urgência das respectivas soluções. O 4º Simpósio Pós-venda Automóvel, não irá por certo resolver a crise do sector automóvel em Portugal, nem é esse o seu objectivo, mas estamos convictos que irá contribuir para que todos tenhamos uma visão mais clara dos problemas do sector e das formas de os podermos ultrapassar. Alguém disse que um pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade e o optimista uma oportunidade em cada dificuldade. A organização do Simpósio e os oradores tudo farão para que no final dos trabalhos, todos os participantes saiam com algum optimismo, para poderem enfrentar as dificuldades dos tempos mais próximos.
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4º SIMPÓSIO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL
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PROGRAMA Parte da Manhã 09H00
Recepção dos participantes
09H20
Abertura da Conferência
09H30
1º PAINEL DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL
10H00
2º PAINEL A ESTRATÉGIA DOS GRUPOS DE COMPRAS INTERNACIONAIS
10H30
3º PAINEL TENDÊNCIAS DO PÓS-VENDA EUROPEU
11H00
Coffee Break
11H30
4º PAINEL FACE À CRISE COMO EVITAR A FALÊNCIA
12H00
5º PAINEL COMO PROMOVER A PROCURA DE PEÇAS
12H30
6º PAINEL EVOLUÇÃO DAS FAMÍLIAS DE PRODUTOS
13H00
Almoço
ALGUMAS DAS RAZÕES PARA NÃO PERDER ESTE EVENTO: O 4º Simpósio Pós-venda Automóvel vai ser um acontecimento onde os operadores do sector vão obter informação estratégica vital sobre o futuro do mercado, conseguindo assim uma importante mais valia para o seu negócio. Os oradores irão passar em revista as principais ameaças que o sector Pós-Venda irá enfrentar no futuro. - Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos dos especialistas - Aprenda novas técnicas de fidelização de clientes - Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu negócio - Fique a saber o que os clientes realmente querem - Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio - Identifique os mercados onde o seu negócio deve estar presente - Conheça as melhores estratégias para aumentar as vendas da sua empresa - Como construir um modelo de vendas eficiente - Quais as estratégias para aumentar a sua base de clientes - Como usar a motivação para alavancar as vendas - Como aprender com os seus concorrentes internos e externos A intervenção dos oradores será dinâmica e focalizada nos aspectos mais relevantes da Reparação Automóvel actual e futura. Queremos que este evento contribua para a sua estratégia de conquista e fidelização de novos clientes.
Parte da tarde 14H30
Apresentação de Produto Patrocinador Diamante
14H45
7º PAINEL OS PRINCIPAIS RÁCIOS FINANCEIROS E ECONÓMICOS DO SECTOR PÓS-VENDA
15H15
8º PAINEL DIREITO À REPARAÇÃO AFTERMARKET MAIS CREDÍVEL
15H45
9º PAINEL ANÁLISE DO SECTOR PÓS-VENDA AUTOMÓVEL EM PORTUGAL DIAGNÓSTICO E SOLUÇÕES
17H00
Encerramento do Simpósio
PÚBLICO ALVO Fabricantes de Peças e Equipamentos Oficinais Importadores de Peças Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de Peças Distribuidores de Peças e Equipamentos para Oficinas Proprietários e Gerentes de Oficinas Multimarca Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços Rápidos Redes Organizadas de Oficinas Directores Pós-Venda das Oficinas de Marca Entidades diversas ligadas ao Pós-venda Automóvel
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EVENTO 22ª CONVENÇÃO ANECRA
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SOBRE(VIVER) NO PÓS-VENDA || A 22ª Convenção Anual da ANECRA, que decorreu no passado mês e Novembro, reuniu cerca de 600 participantes e demonstrou a capacidade de mobilização e comunicação da Associação, que consegue questionar o que no momento é questionável
E
ste fórum de debate que se repete há já 22 anos consecutivos, assume-se como um dos mais importantes acontecimentos anuais do sector automóvel em Portugal. Os painéis escolhidos e a qualidade dos oradores contribuiram mais uma vez para o sucesso da 22ª Convenção, que trouxe ao debate alguns dos temas mais quentes da actualidade. Das principais conclusões, destacamos as seguintes: O tema da Nova Legislação Laboral, propôs uma séria reflexão, sobre a importância de relevantes alterações legislativas neste domínio, para o desenvolvimento sustentável das empresas, designadamente, em matéria de flexibilização das relações de trabalho, despedimentos, extinção do posto de trabalho e operacionalização da figura da inadaptação, com reforço da contratação colectiva, enquanto condição, para a competitividade das empresas e para o crescimento do Emprego. Há pois, que discutir reformas laborais, aliando a produção legislativa, com a realidade da empresa, num contexto de mudança. Por outro lado, torna-se imperioso combater a economia “Paralela” praticada por operadores que, desenvolvem a sua actividade, muitas vezes na rua ou mesmo à porta fechada, fugindo assim, às malhas da inspecção pelo facto de “não existirem” como empresa, numa total desregulação do mercado de trabalho, fiscal e ambiental e não assumindo encargos de gestão, originando uma concorrência desleal, face às empresas e profissionais do sector. No domínio da Segurança Social, torna-se
imperiosa a alteração do Sistema de Prestações de Desemprego e proceder a reformas na Protecção no Emprego, tendo os Centros de Emprego importância vital no aproximar da Oferta à Procura de Emprego. A fiscalização e a acção inspectiva por parte da ACT, deverá aliar, rigor e isenção, a uma atitude pedagógica e de sensibilização, penalizando quem não cumpre e que não se pode
confundir com os profissionais do Sector, que de forma responsável, sempre assumiram o cumprimento das suas obrigações. A Certificação do Comércio de Usados e dos seus operadores, assume importância vital na fixação de factores de Confiança e Transparência, na relação a estabelecer entre Vendedor e Comprador, desde que assente em critérios de Qualidade e constituirá
STAND RINO PRESENTE NA CONVENÇÃO ANECRA Desde sempre associada à ANECRA, a Rino não desperdiçou a oportunidade de deixar a sua marca no evento e apresentou um stand em que simulava o seu ambiente oficinal. A presença na Convenção constituiu uma excelente oportunidade para divulgar a nova imagem e a oferta de serviços nas oficinas, bem como para a divulgação do conceito RINO aos potenciais interessados em aderir à rede. Um dos pontos altos da Convenção foi a participação de Manuel Mota, Director Geral da Rino Master, convidado a participar no painel sobre casos de sucesso e as estratégias de sobrevivência no mercado da reparação automóvel, no actual contexto económico.
condição necessária para moralizar o Comércio de Usados e combater a actividade clandestina. Foi consensual a ideia de que o Comércio Electrónico com a utilização da Internet no Mercado Automóvel que concorre com as formas de comércio tradicional e as redes sociais, aumenta a visibilidade das transacções comerciais, reduz tempos e custos de processamento e localiza com maior rapidez novos parceiros, contribuindo para uma maior eficiência e dinâmica nas novas relações de negócio. A revitalização do Comércio de Usados, que na actual conjuntura, surge como nova oportunidade de negócio, carece do reforço do crédito e das condições de financiamento que condicionam o Consumo. Os desafios colocados à Reparação Independente e às estruturas empresariais multimarca, exigem o reforço do associativismo e determinam a criação de Redes de Oficinas, com uma gestão mais eficiente, maior optimização dos recursos existentes na prestação de um melhor serviço que fidelize o Cliente, maior acessibilidade à Formação Profissional, e em que a Certificação de Qualidade, constitua sinal distintivo e de diferenciação, num Mercado cada vez mais exigente e competitivo. Por outro lado, os veículos eléctricos/híbridos oferecerão, num futuro próximo, uma oportunidade de afirmação e constituirão uma nova área de negócio para os Reparadores Independentes. A Manutenção em Garantia, depende do acesso à Formação Profissional e da adopção de Peças de Marca ou de Qualidade Equivalente, com respeito pela escolha do Cliente que não perde o Direito à Garantia de Marca, mesmo que a manutenção do seu veículo seja efectuada fora da rede oficial, desde que cumpra as especificações técnicas da marca. Inovação, criatividade, persistência e inconformismo deverão constituir fonte de inspiração para o sucesso das nossas empresas. Neste contexto, foram apresentados diversos casos bem sucedidos, muitos deles, aparentemente distantes da realidade do pós-venda automóvel. Porém, neste sector, como em qualquer outra actividade, criar inovação, acreditar nas nossas capacidades, fazer opções inteligentes e valorizar as novas oportunidades, são os segredos para gerar riqueza e potenciar o sucesso.
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EVENTO 22ª CONVENÇÃO ANECRA
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A REPARAÇÃO AUTOMÓVEL
EM ANÁLISE
|| Há vida para além dos reparadores de marca e redes de oficinas independentes? Para responder a esta questão e outras que se seguiram, o Painel dedicado à Reparação Automóvel contou com a participação de seis credenciados oradores, que muito contribuíram para esclarecer a plateia sobre os vários assuntos que foram abordados
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icardo Kendall, Director-Geral da Midas, começou por referir que “o nosso país tem uma realidade inédita dentro da Europa. Segundo os dados estatísticos, os reparadores autorizados valem 30% da reparação automóvel. A reparação rápida e os Auto Centros valem cerca de 6-7% e os reparadores independentes valem cerca de 60% do mercado. Portanto, achamos que Portugal é um paraíso para as oficinas independentes, porque a maior parte destas oficinas não cobra IVA, não paga Segurança Social, não trata os seus resíduos, não tem seguros de acidentes de trabalho, etc. Só nessas evasões conseguem uma redução de custos de 50-60%. Se o governo do país fizesse o seu trabalho de casa na regulação e no controlo da economia, metade destas oficinas que se dizem multimarca fechavam as portas. Esta economia paralela é grave, porque costuma valer € 1.500 milhões/ano, o que prejudica o país em termos fiscais e económicos. Não basta a componente financeira, sendo que hoje temos que ter um especial cuidado com a componente social, porque os colaboradores podem ficar sem apoio por acidentes ou doenças profissionais. Nós, portugueses, temos uma característica de querermos mudar rapidamente, mas temos falta de associativismo. Temos apenas meia dúzia de redes. Em Espanha, por exemplo, têm mais de 70 redes com cerca de 30 oficinas cada uma em média. As redes de oficinas trazem como principal vantagem uma imagem forte, um poder de compra mais forte, uma comunicação mais forte, uma capacidade de gestão mais forte, etc.” Manuel Mota, Director Geral da RinoMaster referiu que “no caso concreto das redes de oficinas independentes, elas têm que oferecer aquilo que as oficinas não conseguem obter por si. A vantagem de uma oficina é ter um rosto e uma identidade, ter alguém que lhe dá a cara e transmite confiança ao cliente, isso é muito importante, principalmente num mercado latino como o nosso, em que a viatura é sentida com uma peso emocional muito forte. A confiança que a oficina transmite em face do dono do veículo é uma vantagem que tem que ser assegurada. Ao suprir os pontos menos consistentes que uma oficina isolada apresenta, a rede
permite-lhe o acesso efectivo ao mercado e à rentabilidade, incluindo uma central de compras, que permite adquirir peças e serviços em condições competitivas, acesso a clientes institucionais, como gestoras de frotas e seguradoras, investimento de marketing concertado a nível nacional junto do consumidor final, formação técnica, comercial, de gestão e comportamental, especialização diferenciadora em
A oficina deve procurar na rede não um investidor, mas alguém que esteja presente no mercado, que tenha um rosto com aceitação e que tenha experiência em soluções que resultam.” João Paulo Cruz, responsável da Precision, disse “Não tenho dúvidas que mais cedo ou mais tarde o executivo do país acabará por fazer o que tem a fazer, para eliminar as
|| Guillermo de Llera, Director da GIPA Portugal, foi o moderador do Painel da Convenção dedicado à Reparação Automóvel segmentos e nichos rentáveis e apoio ao negócio. Esse apoio inclui soluções de financiamento e serviços a jusante do processo de reparação, como os da área ambiental. Tudo isto se torna mais facilmente acessível aos aderentes de uma rede. Há de facto um défice de associativismo entre nós, mas as crises trazem oportunidades e uma delas é passar a enfrentar o mercado ao lado de quem sabe como o fazer, construindo massa crítica negocial e sinergias.
situações de concorrência desleal que existem e que são um atentado ao próprio mercado, ao contribuinte e ao consumidor. Os que pretenderem sobreviver terão que associar-se a um projecto que lhes permita alcançar o patamar que na sua visão é o futuro do sector automóvel. Falando nas oficinas multimarca, todos nós nascemos como especialistas. A Precision, por exemplo, nasceu nos EUA nos anos 70, como especialista em componentes e substituíveis de ignição, como as velas,
cabos, fusíveis, bobinas, etc. Daí evoluiu para “one stop shopping” (tudo no mesmo local) que é o nosso posicionamento actual. Todas as redes acabaram por fazer um percurso de certo modo idêntico, porque os automóveis têm evoluído significativamente, fazendo diminuir as necessidades de manutenção. O especialista se quiser neste momento crescer, terá que diversificar a sua oferta e dedicar-se a uma actividade mais abrangente na manutenção automóvel. Os independentes, ao olharem para uma rede, têm que perguntar o que é que essa rede tem para oferecer em termo de poder de compra, formação completa, etc. Obviamente, se queremos entrar o mercado em grande, a formação é essencial e a dimensão da oferta também. Nos apostamos e investimos muito fortemente na formação, a todos os níveis, incluindo veículos de tecnologia híbrida e eléctrica. Há cerca de um ano que temos um módulo de formação sobre os híbridos, porque neste momento o parque automóvel já inclui um número significativo de carros híbridos, principalmente nos EUA, onde já existe perto de um milhão de unidades em circulação. Já começamos a ter um número significativo de clientes com híbridos e estamos a gerar um nicho de mercado que trará certamente rentabilidade no futuro.” Vítor Martins, Gerente da oficina independente Auto Teste VMCM, referiu “tenho bastante experiência dos problemas de uma oficina e sendo do Norte do país ainda mais, porque é mais difícil encontrar tudo o que precisamos. Tenho tentado acompanhar e recolher a informação técnica que eu considero indispensável para nós, mas na parte em que a oficina independente tem vantagem, que é a relação contínua com o cliente, não acho que tenha muito que aprender. Cada vez mais sinto a necessidade de apoio em certas áreas da minha actividade, mas ainda estou na fase de ponderar o que é melhor ou não para o meu negócio, o que me tem dado bastante que fazer. De facto, não é fácil avaliar e decidir rapidamente qual a melhor opção, mas é verdade que venho sentindo a necessidade de aderir a um grupo ou a uma rede. Sinto que se não o fizer acabarei por fixar asfixiado por falta de informação, sobretudo informação
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técnica específica. Há certas reparações e garantias nas quais ficamos “pendurados”, se não tivermos esse apoio valioso. Acho que esse é o factor essencial de crescimento do negócio. Quanto a escolher uma rede, o assunto é por vezes apresentado de uma forma mais simples do que realmente é e do que as implicações que existem por detrás dessa aparente simplicidade. O que me assusta mais é o tamanho do compromisso que terei que assumir para aderir a uma rede. Pode ser demais para a dimensão do meu negócio. De qualquer modo, a confiança na pessoa ou pessoas com quem pretendemos fazer essa parceria é a parte mais importante para chegar a uma conclusão. É o mesmo que se passa com os clientes em relação a nós.”
Viaturas em garantia A assistência a viaturas em garantia é uma oportunidade de negócio para os independentes ou também para as marcas? Sobre esta questão, Artur Paranhos, representante da marca Suzuki, responde “temos que compreender que os automóveis são produtos com uma grande complexidade tecnológica, em que as marcas fizeram grandes investimentos em equipamentos adequados e de formação específica. Também há a questão das peças originais, embora isso já tenha sido ultrapassado pelas peças de qualidade equivalente, mesmo em termos de preços. De qualquer modo, o cliente é exigente e pretende obter vantagens, sabendo da opção que existe de fazer a manutenção nas oficinas fora da rede da marca. Esse tabu também já caiu. Desde que os clientes façam prova de que realizaram essa manutenção, a marca não rejeita a garantia que é dada por fábrica. Essa opção passa no entanto por inúmeros factores. Nos estudos que a GIPA tem efectuado aparecem factores como a confiança. A localização hoje em dia também é muito importante, porque o cliente quer ter o serviço à porta. De qualquer forma, temos neste mercado um grande número de operadores legalizados e de porta aberta, pelo que a discussão
EVENTO 22ª CONVENÇÃO ANECRA
muitas vezes é colocada em termos de oposição marca/independentes. Julgo que é uma falsa questão e que devemos ser mais aliados do que opositores. Com a crise em que o sector está e pelo que se perspectiva para o futuro, só pode levar a que sejamos aliados, para podermos vencer este grande desafio de mudança. As marcas não podem estar em todo o lado e estão disponíveis para ceder tudo o que for necessário a uma boa assistência aos seus veículos, no contexto de parcerias e acordos de colaboração entre oficinas. No vértice disto tudo está o cliente e ele é que vai escolher o que lhe é mais conveniente. Logicamente, a marca que lhe vendeu o carro tem que lhe dar apoio nessa opção e ajudar a oficina escolhida pelo cliente a dar a resposta que a marca gostaria de dar ao seu cliente. O que nós estamos a assistir é que o cliente que está insatisfeito com uma oficina independente vai à marca e o cliente que está insatisfeito com uma marca vai uma oficina independente. É um direito que o cliente tem de experimentar e escolher aquilo que mais o satisfaz por variadas razões. Devemos ser aliados neste negócio, porque a grande oportunidade é o cliente visitar a oficina e fazer a manutenção recomendada pela fábrica e não escolher uma ou outra oficina. Devemos desfazer os tabus e os mitos, para trabalharmos em conjunto na defesa dos clientes e do mercado, que é o que nos deve interessar. Ricardo Kendall referiu que “a legislação europeia diz que se forem cumpridos os procedimentos recomendados pelo construtor e se utilizarem peças de especificação OE a garantia não pode ser posta em causa. Trata-se de uma grande oportunidade para os operadores profissionais exercerem a sua actividade. Na Midas, as revisões valem 49% do nosso negócio. Não vemos os concessionários como os nossos maiores concorrentes. O nosso maior concorrente são as oficinas multimarca vulgo “vão de escada”, que conseguem iludir 50 ou 60% dos custos obrigatórios do negócio. Esses são efectivamente os meus concorrentes mais perigosos. Não sabemos ainda por quanto tempo mais.
Manuel Mota, disse “Parece-me evidente que todos os operadores do mercado têm que estar presentes no período completo de vida útil do veículo, dentro e fora da garantia. O contrário seria um mercado protegido e sem concorrência, adverso ao consumidor. Isso já foi discutido e ultrapassado a todos os níveis. Custa-me a perceber porque é que uma oficina não esteja preparada para uma intervenção que a lei permite e de que o mercado precisa. Desde que a oficina tenha a formação técnica que deve ter, uma linha de apoio de diagnóstico para resolver as dúvidas, as peças adequadas e a lista de procedimentos em revisões dentro da garantia, não existe nenhuma razão para que não aproveite todas as oportunidades que se lhe apresentam de realizar um serviço. O facto de pertencer a uma rede facilita a obtenção dos requisitos básicos para entrar nesse mercado, que é fundamental para a sustentabilidade do sector multimarca independente. Do mesmo modo que as reparações multimarca são também indispensáveis para a sobrevivência dos reparadores autorizados. Vítor Martins, disse que “os independentes jogam bastante nesses serviços, mas o apoio que as marcas dão aos independentes nem sempre é o melhor e o mais fácil. As marcas com quem se trabalha mais à vontade abrem-nos as portas, porque todos trabalhamos para o mesmo objectivo. Mesmo assim, nem em todos os casos são tão abertos. Na pinha experiência pessoal, há casos em que se nos puderem dificultar um pouco a vida fazem isso. Em termos de qualidade e do preço, não vejo diferenças, porque, quem quiser fazer um bom serviço, tem que provar que tem qualidade e essa qualidade tem um preço. Em termos de podermos dar mais assistência e cativar o cliente, penso que temos a vantagem de estarmos mais próximos do cliente e isso pode jogar claramente a nosso favor. Na minha experiência, esse é o factor que mais me tem ajudado ao longo de toda a carreira profissional.
Projecto Oficina+ ANECRA No final do painel dedicado à Reparação Automóvel, Alexandre Ferreira, Vice-
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Presidente da Anecra, falou das vantagens competitivas que resultam da certificação e qualificação das oficinas. “Este Projecto Oficina+ ANECRA é a nossa grande iniciativa junto dos nossos associados, sendo o grande objectivo da Anecra para 2012. Antes de mais, o Projecto Oficina+ ANECRA é uma iniciativa criada em 1996, no âmbito da padronização das oficinas Anecra. Visa reconhecer a qualidade dos serviços prestados pelas oficinas criadas pela Anecra, que voluntariamente cumprem as condições de adesão. Existem requisitos de imagem comuns entre as Oficinas+ da Anecra. Em 2011, as condições de adesão foram novamente reformuladas, actualizando o nível de exigência à realidade actual deste sector. O referencial foi submetido à aprovação de uma Comissão Técnica liderada pela SGS, passando a constituir especificação técnica. O objectivo número um é levar o conceito Oficina+ ANECRA ao nível da referência na reparação automóvel, o qual, com a nova especificação técnica, passa a constituir um Certificado de Qualidade. Logicamente, trata-se de uma iniciativa de valor acrescentado, que visa proporcionar uma vantagem competitiva aos associados da Anecra, face a um mercado em contracção e cada vez mais concorrencial. Os requisitos da especificação técnica da Oficina+ ANECRA foram concebidos levando em conta as normas internacionais de referência nesta área. Cumprem por isso alguns dos requisitos da norma ISO9001. Isto constitui um passo significativo da oficina para diante, visando uma certificação de qualidade, segundo esta Norma internacional. Assim, o nível de exigência da especificação técnica leva em conta a dimensão e características das empresas de reparação automóvel, permitindo a empresas de pequena dimensão cumprir os requisitos na sua actividade diária normal, com os recursos disponíveis. A marca Oficina+ ANECRA é uma marca registada em função do seu uso exclusivo pelos associados. A credibilização das empresas associadas pela inclusão no Projecto Oficina+ ANECRA será para elas uma forte vantagem competitiva. Esta é a nossa aposta, esta é a nossa convicção.”
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MERCADO PME EXCELÊNCIA
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30 EMPRESAS DISTINGUIDAS
Comércio a retalho de peças e acessórios para veículos automóveis (CAE 45320) Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis (CAE 45310)
A
s empresas de reparação e venda de peças que foram reconhecidas como PME Excelência já são conhecidas. Estas 30 empresas destacaram-se pelos melhores desempenhos económicofinanceiros e de gestão do seu sector. “São empresas que apresentam rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional, que têm sabido manter altos padrões competitivos num contexto particularmente exigente e que estão a conseguir ultrapassar a crise com crescimento, consolidação de resultados, e contributos activos na criação de riqueza e de emprego das regiões onde se inserem”, refere o comunicado do IAPMEI sobre este assunto. Foi o Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis, que corresponde ao CAE 45320, o sector com mais empresas reconhecidas. Ao todo, foram 17 as empresas desta área galardoadas, embora se incluam aqui alguns distribuidores de pneus, como a Dacunha, a Dispnal, José Aniceto & Irmão e Recabibe. Houve 10 oficinas reconhecidas como PME Excelência. Mostrando uma grande diversidade geográfica, para provar que nem só nos grandes centros existem empresas fortalecidas, encontram-se reparadores PME Excelência nos distritos de Lisboa, Porto, Braga, Leiria, Évora, Aveiro e Castelo Branco. Todas estas correspondem ao CAE 45200. O comércio a retalho de peças foi o sector com menos presença. Seis empresas foram reconhecidas pelo instituto, mas duas delas trabalham sobretudo a área de pneus: a José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal Lda e a José Lourenço & Filhos, Lda. As outras quatro são a Caldeira & Caldeira, D. M. S. Trucks, Leirilis e Servcarros. O Estatuto PME Excelência foi atribuído este ano a 1368 empresas em vários sectores de actividade. Em conjunto, as PME Excelência’11 geram perto de 47 mil postos de trabalho directo e foram responsáveis por um volume de negócios superior a 7,9 mil milhões de euros no último ano, que representou um crescimento médio de 27%. Com um activo líquido global de 5,4 mil milhões de euros, as PME Excelência’11 apresentam uma autonomia financeira média de 51% e níveis de rendibilidade dos capitais próprios, do investimento, e das vendas superiores à média. São empresas que tiveram um crescimento de 21% nos seus resultados líquidos e que viram aumentar o seu activo em 12%.
Manutenção e reparação de veículos automóveis (CAE 45200)
|| 30 empresas do sector de reparação e comércio a retalho e grosso de peças foram distinguidas como PME Excelência este ano. Mais de metade foram empresas de comércio por grosso de peças Auto Cambota, Lda
Odivelas
Auto Duque - Oficinas de Reparações Automóveis, Lda
Porto
Autoengenhocas - Reparações de Automóveis, Lda
Alenquer
Calçada & Costa, Reparação de Automóveis, Lda
Ponte de Lima
Centro Glass - Comercialização e Aplicação de Vidros em Viaturas, Lda
Leiria
Evoramotores - Reparações Auto, Lda
Évora
Lusodiesel - Reparações de Bombas Injectoras Diesel e Eléctricas, Lda
Paredes
Penetras - Assistência Auto, Lda
Fundão
Portela & Oliveira, Lda
Águeda
U. I. C. - Unidade de Indústria Auto Mecânica do Centro, Lda
Sertã
Caldeira & Caldeira, Lda
Figueira da Foz
D. M. S. - Trucks, Lda
Leiria
José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal Lda
Proença-a-Nova
José Lourenço & Filhos, Lda
Proença-a-Nova
Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A.
Leiria
Servcarros - Comercialização, Importação e Exportação de Veículos e Peças, Lda
Esposende
A. Vieira, S.A.
Guimarães
Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda
Leiria
Auto Peças Barlavento, Lda
Lagoa
Auto Silva - Acessórios, S.A.
Porto
Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A.
Odivelas
Carsistema Portugal - Representações, S.A.
Coimbra
Dacunha - Comércio de Pneus e Acessórios, Unipessoal Lda
Maia
Dispnal Pneus, S.A.
Penafiel
Granmotor - Comércio de Peças Auto, Lda
Torres Vedras
João Pedro Lopes da Rocha, Lda
Oliveira do Bairro
José Aniceto & Irmão, Lda
Cantanhede
Menapeças - Comércio e Importação de Peças e Acessórios para Automóveis e Camiões, S.A.
Alenquer
Motormáquina - Comércio de Máquinas e Peças, Lda
Loures
Nipocar - Importação e Comércio, Lda
Gondomar
Recabibe - Recauchutagem da Beira, Lda
Fundão
Soturbo - Sociedade de Representações, Lda
Leiria
Vieira & Freitas, Lda
Braga
Filtros Travagem Embraiagem e Transmissão Direcção e Suspensão Gestão de Motor Distribuição Sistema Eléctrico Refrigeração
Gamas Especiais
Produtos Específicos
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Ferramentas
Informação Técnica
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NOTÍCIAS
BREMBO DOMINA NO DESPORTO AUTOMÓVEL A Brembo celebrou o seu 50º aniversário com várias vitórias no desporto motorizado. Além das 12 vitórias no Mundial de Fórmula 1, com Sebastian Vettel e a escuderia Red Bull Racing, conquistou ainda títulos no Campeonato FIA GT, nas 24 Horas de Le Mans e no Campeonato do Mundo de Ralis Super 2000, bem como títulos europeus e italianos deste último desporto. Outros sucessos internacionais incluem títulos no GP2, GP3, F3 Euroseries e no campeonato principal e troféus de carros Grand Touring. A marca italiana trabalhou de perto com o principais fabricantes de carros e motas, comprometendo-se a desenvolver os produtos mais avançados.
MCOUTINHO PEÇAS LANÇA CAMPANHA FIAT A segurança deve ser sempre uma prioridade para todos os automobilistas e este inverno a MCoutinho Peças oferece aos condutores de veículos Fiat, a possibilidade de aumentar a segurança dos seus automóveis, a preços ainda mais competitivos. A campanha FIAT “Na Condução em Segurança” está em vigor entre 2 de Janeiro e 29 de Fevereiro de 2012, oferecendo aos clientes MCoutinho Peças a possibilidade de obter um desconto imediato de 54% e 49%, para todas as encomendas efetuadas, respetivamente, nas famílias Pastilhas de Travão e Escovas Limpa-vidros, com exceção feita às referências para o modelo Fiat Freemont. Esta ação comercial é igualmente válida para outras marcas do Grupo Fiat, como a Alfa Romeo e Lancia. Desta forma, a MCoutinho Peças espera contribuir para a segurança rodoviária, oferecendo aos automobilistas a possibilidade de melhorar a eficácia do seu sistema de travagem e a sua visibilidade. Mais detalhes em www.mcoutinhopecas.pt.
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RECTIFICAÇÕES Na edição nº 74 do JORNAL DAS OFICINAS, de Dezembro de 2011, no artigo “Disposição de oficina é fulcral”, na página 71, o nome da empresa Paindrive aparece escrito em separado (Paint Drive), quando na verdade se escreve unido (Paindrive). O nome do responsável citado também foi confundido. O administrador da Paintdrive (e não responsável de produção, como foi identificado) chama-se Francisco Sarmento e não Francisco Sismeiro. Na página 67, no artigo “Energia e seguros ambientais são novidade”, onde se diz que se “torna bastante plausível ocorrer um acidente”, deve ler-se “se torna bastante plausível ocorrer contaminação ambiental na sequência de um acidente”. Nos valores indicados no primeiro parágrafo da terceira coluna, o valor desse seguro é entre os 40 e os 100 euros por mês e não pouco mais de 100 euros mensais, como era referido. A certificação que é referida por engano como a ISO 2001 é, na verdade, a ISO 14001. Na página 93, no artigo “Substituir vidros com segurança”, a foto de abertura do artigo não está correcta, pois refere-se a outra marca e produto. Pedimos desculpa às empresas visadas, pelos erros ocorridos.
LUBRIFICANTES EUROL NO DAKAR 2012 A marca de lubrificantes Eurol, representada em Portugal pela Solucas, foi o patrocinador principal do Veka Racing Team que participou com três camiões. Para além do apoio a este Team, a Eurol foi fornecedor oficial de lubrificantes de outras consagradas equipas, nomeadamente: Tim Coronel, Smink, Henk Knuiman, Go2Dakar e Mcrae.
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O futuro está presente
Pesquisa e Desenvolvimento: o futuro está nos laboratórios da UFI FILTERS. Aqui, uma equipa especializada projecta os avançados sistemas de filtragem, graças ao recurso às novas tecnologias. Redução nos consumos e nas emissões, aumento do desempenho e da segurança têm sido as principais preocupações do sector automóvel que os filtros UFI – combustível, óleo, ar, habitáculo GPL e metano foram capazes de prever e realizar. O compromisso da UFI na utilização de materiais ecológicos, design de novos sistemas integrados e aplicação de meios inovadores de filtragem, permitiram a criação de produtos de última geração com elevado desempenho. A equipa de técnicos da UFI FILTERS coloca a experiência da Origem ao serviço das oficinas e do consumidor que escolham a qualidade de um filtro original. Ultrapasse o futuro com a UFI FILTERS. UFI FILTERS spa Via dell’Industria, 4 37060 Nogarole Rocca (VR) Italy T. +39 045 6339911 F. +39 045 6395060 commerc@ufi.it www.ufifilters.com
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NOTÍCIAS
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STAND ASLA
TOOL CONNECTION
CONVÍVIO DE COLABORADORES
ADQUIRE POWER-TEC
A equipa do Stand Asla esteve reunida num almoço convívio, no passado dia 30 de Dezembro, reunindo os colaboradores das três áreas de atividade da empresa (comércio de peças, grande distribuição e telecomunicações). A referida iniciativa decorreu nas instalações da sede do Stand Asla, em Perafita, e contou com a boa disposição de todos e em ambiente totalmente informal e amigável. Este convívio teve como objetivo promover o espírito de equipa entre os colaboradores da empresa e incentivar o entusiamo no arranque do novo ano. À semelhança do decorrido em Perafita, também se realizou um jantar, no passado dia 22 de Dezembro, reunindo os colaboradores do Stand Asla, do armazém de Lisboa. O propósito desta iniciativa prendeu-se, igualmente, com a valorização do convívio informal e descontraído entre colegas, proporcionando maior espirito de equipa e entreajuda. Sem dúvida que este tipo de iniciativas são extremamente salutares para a força interna da empresa, permitindo que a equipa de funcionários seja cooperante no trabalho quotidiano e se sinta envolvida na persecução de objetivos comuns.
Na sequência da aquisição da Eldon Tool and Engineering em Sheffield, há três anos, a Tool Connection continuou a expandir o seu portofólio de produtos, tendo adquirido recentemente a marca de ferramentas Power-Tec com o objectivo de alargar a sua oferta aos clientes. Martin Smith, director da Connection Tool, disse: “Power-Tec é um fornecedor respeitado e, como nós, orgulha-se do seu elevado nível de satisfação dos clientes. Pretendemos agora aumentar o leque de acções e melhorar as embalagens, para desenvolver uma imagem uniforme para todos os produtos e implementá-los através de nossas redes de distribuição própria. O nosso objectivo é fornecer ferramentas da melhor qualidade e o melhor serviço possível aos nossos clientes. A união das duas empresas vai ajudar-nos a continuar a fazer exactamente isso”, disse. A Power-Tec possui veículos comerciais de demonstração totalmente equipados, concebidos para mostrar toda a gama de ferramentas na casa dos clientes. A Tool Connection é representada em Portugal pela Tecniverca.
ACAP CULPA GOVERNO POR ESTADO DO SECTOR A ACAP responsabiliza o Governo pelo agravamento da situação do mercado automóvel este ano. A associação diz que o Orçamento de Estado aprovado penaliza sobretudo o comerciais ligeiros. “A proposta agora aprovada”, disse a ACAP em comunicado, “define um agravamento médio do ISV (Imposto sobre Veículos) de 76,1%. Como exemplo, nos denominados veículos derivados de passageiros (de dois lugares) o agravamento é de 91%. Nas “pick-up” de cabine dupla, e tracção às quatro rodas, o agravamento é de 75%. Por outro lado, existem veículos comerciais da categoria de furgões (muitos deles produzidos em Portugal) que estavam isentos de Imposto e vão passar a ser tributados”. Quando foi conhecida a Proposta de Orçamento, a ACAP enviou, ao Governo e aos Grupos Parlamentares, várias contrapropostas que, a serem aprovadas, garantiam a receita fiscal e não penalizariam desta forma as empresas do sector. “Todavia, o Governo adoptou uma postura de total insensibilidade para as propostas que apresentámos e manteve os agravamentos fiscais da sua Proposta inicial de Orçamento”, referiu a Associação em comunicado. PUB
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NOTÍCIAS
MIAC
CIVIPARTS
REFORÇA COM PETRODISEL
TEM NOVO SITE
A MIAC reforçou a sua presença em Portugal com um novo agente, a Petrodisel. O novo delegado português dispõe de oficinas centrais em Lisboa. Jorge Vaz, distribuidor oficial da marca MIAC no país, espera fortalecer a actuação da rede espanhola na capital portuguesa, especializada na venda de equipamentos de diagnóstico. A marca superou as suas expectativas como líder no mercado de diagnóstico em 2011, com um aumento no número de vendas realizadas em comparação com o ano anterior. Com a colaboração da Petrodiesel, a MIAC tem objectivo de fortalece a sua imagem e a liderança mais uma vez, distanciando-se da concorrência e posicionando-se como a empresa de diagnóstico de referencia, que define a tendência para a evolução do sector. Para mais informações, pode contactar com Estefanía Pérez pelo e-mail: estefania@miac.es ou www.miac.es e www.dacarsa.net
NOVA LOJA NORAUTO
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Com o intuito de se aproximar dos seus potenciais e actuais clientes e se distinguir no mercado de peças aftermarket para Veículos Comerciais Pesados, a Civiparts lança o seu novo website, apostando numa nova imagem, novos conteúdos e novas funcionalidades. O novo site da Civiparts, em www.civiparts.com, vai assim apresentar-se com um carácter mais comercial tendo em vista a promoção das suas vendas, conter mais informação para clientes e prestar um melhor apoio técnico. O site irá ainda oferecer novas funcionalidades para clientes, como a loja virtual para compras online e acesso TecDoc para clientes autorizados (previsto para o início de 2012). A rede da Civiparts em Portugal conta com instalações em Vila Nova de Gaia, Leça da Palmeira, Lisboa, Braga, Albergaria, Leiria, Carregado, Lisboa, Seixal e Loulé.
CAMAC
EM ODIVELAS
COM GAMA ACTUALIZADA E RENOVADA
A Norauto, está presente em Odivelas com uma nova loja, junto ao Odivelas Parque. Este novo centro, inaugurado no final do passado mês de Novembro, tem uma área total de 860 m2 e vai funcionar como superfície de venda de peças e de produtos para o automóvel e como oficina de reparações auto. Implementada em Portugal desde 1996, a Norauto tem consolidado a sua posição, de norte a sul, como a superfície comercial ideal para a manutenção automóvel, contabilizando em Portugal um total de 15 centros auto. Este novo centro de Odivelas está dividido em áreas bem definidas como Lazer Viagens, Som e Multimédia (equipamento electrónico), Prazer e Paixão (personalização), Conforto e Segurança e Peças Técnicas. Com esta divisão, a Norauto pretende oferecer mais de 5 000 referências em produtos para automóvel, com destaque para os pneus, baterias, travagem, som, mobilidade, entre outros produtos.
A CNB-Camac, único fabricante nacional de pneus, viu, em 2011, as suas gamas renovadas e actualizadas. Para viaturas comerciais surge o 145R13C – NC80 e para veículos ligeiros surge o 165R15 Alpus - (Pneu de Inverno). Estas duas referências surgem após o lançamento das novas dimensões na gama CYGNUS (ligeiros de passageiros), Terra e Atlas (4x4) e Fargo (VAN) efectuada no primeiro trimestre de 2011. A empresa pretende, agora, continuar a crescer e a conquistar quota de mercado, aumentando a sua presença nos mercados nacional e internacional onde se insere. O lançamento de novas dimensões de pneus (a concretizar no 1ª trimestre de 2012), são alguns dos trunfos da marca para chegar a cada vez mais consumidores.
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NOTÍCIAS
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REDICOM
IBIS 2012
FAZ LOJA ONLINE PARA STAND ASLA
PRIMEIROS ORADORES CONFIRMADOS
A Redicom, empresa que se dedica à conceptualização e implementação de projectos de e-commerce, webdesign e aplicações web acaba de alargar a sua carteira de clientes através do seu mais recente projecto ganho para o Stand Asla. O Stand Asla, um dos maiores grupos distribuidores de peças e acessórios para automóveis, confiou à Redicom a concepção e desenvolvimento do seu portal B2B para a sua área de peças. Este projecto irá ainda beneficiar da integração com a Base de Dados TecDoc – a maior base de dados de referências mundiais de peças e acessórios de automóveis - na qual a Redicom é a única empresa em Portugal detentora de uma parceria estratégica. Este novo portal vai permitir ao Stand Asla a disponibilização de um catálogo de produtos online completo e sempre actualizado, uma área reservada que possibilita a consulta e pesquisa de stocks, gestão de encomendas, entre outras potencialidades e mais-valias que se reflectem numa maior agilização de processos que resultam numa maior satisfação e melhor serviço prestado ao parceiro, centralizando toda a informação numa só ferramenta.
O IBIS 2012, um dos eventos mais importantes do sector de repintura, já tem mais cinco oradores confirmados. A decorrer em Barcelona, de 21 a 23 de Maio, o simpósio internacional vai contar com Felix Teniglo, director-geral da seguradora holandesa InShared, numa apresentação conjunta com Cees Klaassen, director da rede de repintura ABS Autohersel. Estes dois responsáveis vão explicar como criaram uma oferta para seguradoras chamada InShared 100%. Em 2011, o IBIS atraiu mais de 300 pessoas de 30 mercados mundiais. Tal como nesse ano, o JORNAL DAS OFICINAS vai estar presente para fazer a cobertura para os leitores portugueses.
GATES LANÇA CATÁLOGO DE REFRIGERAÇÃO A Gates lanço lançou o último catálogo de refrigeração e promete boas notícias para os distribuidores e instaladores destas peças. Com 109 novas dis referências, referênc os reparadores têm agora acesso a 37 novas referências de curvas, curva 66 novos termóstatos (a cobertura é agora de 92%), bem como acrescentos para o radiador e gamas de cobertura dos tanques. acre Todas as referências antecipadas estão no catálogo, incluindo T uma nova lista por ordem alfabética por construtor de veículo, tamanho, número de fabricante e uma lista dos produtos t cancelados ou substituídos. ca
CALL CENTER STAND BARATA De forma a melhorar todo o processo logístico inerente à satisfação das encomendas dos seus clientes, o Stand Barata disponibiliza um novo número de apoio ao cliente profissional, o 808 501 600. Com uma equipa totalmente dedicada a profissionais, este novo Call Center irá disponibilizar aos seus Clientes um atendimento especializado, rápido e profissional. Este serviço pretende melhorar significativamente o tempo de entrega das encomendas, ao aliar as mais-valias do novo fluxo de atendimento às actuais entregas frequentes. Este número de atendimento estará disponível para todas as lojas da margem Sul de Lisboa e abrangerá toda a tipologia de pedidos dos Clientes profissionais. A origem desta iniciativa prende-se com a necessidade da criação de processos internos mais orientados para o Cliente de forma a reforçar a posição do Stand Barata como o parceiro de eleição no fornecimento de peças automóveis. PUB
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CORREIAS OPTIBELT
UFI COM FILTROS
NA AZ AUTO
PARA JAGUAR E LAND ROVER
A AZ Auto acaba de anunciar o início de uma importante parceria estratégica com a marca Optibelt, a qual integra o Grupo Arntz Optibelt - líder no fabrico de correias de transmissão de alto desempenho – passando assim a distribuir o programa de correias Optibelt ao mercado nacional de peças independentes. A Optibelt é especialista na produção de sistemas de transmissão e um dos principais fabricantes de correias para o 1º equipamento a nível mundial. A marca, sediada da Alemanha, é suportada por uma vasta rede internacional de representantes e por 8 unidades de produção distribuídas pela Europa, onde são produzidas diariamente mais de 9.000 tamanhos e tipos de correias. Fruto desta parceria, a AZ Auto iniciou a comercialização das seguintes gamas: Correia de Distribuição (ZRK), Correia Estriada (RBK) e Correia em “V” (Marathon1). A ZRK é uma correia de distribuição de alta performance para veículos ligeiros. Destacase a extrema resistência ao desgaste e às altas temperaturas do motor. A correia estriada RBK é uma aplicação para veículos de passageiros, pesados e autocarros. Com uma grande capacidade de reduzir a vibração, otimiza a potência para dispositivos como o alternador, o compressor de ar condicionado, a bomba de direção e ainda, para o turbo. A Marathon 1 é uma correia dentada de perfil em “V”, que proporciona uma vida útil longa e um funcionamento mais suave do motor. Não necessita de manutenção e tem um comportamento de tensão excelente.
Os sistemas de filtragem de óleo da UFI Filters foram escolhidos pelos construtores Jaguar e Land Rover para os seus motores 5.0 litros V8. O cartucho do filtro de óleo para o Jaguar e Land Rover é do tipo de imersão ecológica. A eficiência de filtragem é de 99.9% para partículas superiores a 30 micron (isto é, menor que o diâmetro de um fio de cabelo). O filtro está também disponível no aftermarket com as marcas UFI Filters e Sofima Filter.
CAMPANHA FARÓIS E FAROLINS SPK A SPK disponibiliza uma vasta gama de acessórios tuning e extras para automóveis. A empresa do Porto tem a decorrer uma campanha de Faróis e Farolins, segundo a SPK, aos melhores preços do mercado. Mais informações em www.spk.pt, onde pode consultar toda a gama de produtos da empresa.
TOP CAR COM 14 OFICINAS ASSOCIADAS A Top Car conta já com 14 oficinas associadas, três meses depois de ter sido lançada. A abertura oficial da rede de oficinas Top Car foi no dia 7 de Outubro. Em apenas três meses, do Sul ao Norte do país, oficinas de Albufeira, Beja, Setúbal, Algés, Alfragide, S. Domingos de Rana, Sesimbra, Feijó, Barcelos, Figueira da Foz, Leça da Palmeira, Porto, Maia e Viana do Castelo já se associaram a este projecto. A rede Top Car pretende, a médio prazo, assegurar uma ampla cobertura geográfica, apostando no crescimento da sua rede até 120 oficinas em território nacional. A adesão das oficinas multimarca à rede Top Car é feita através de acordos de parceria com a entidade gestora da rede, sendo efectuada uma criteriosa selecção das oficinas aderentes. A Top Car apresenta-se como a referência na assistência técnica multimarca, disponibilizando uma vasta oferta de peças originais e um serviço global de excelência, a preços altamente competitivos, com elevadas competências tecnológicas para dar resposta às necessidades dos automobilistas.
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ASPARTS
NOVA CAIXA 8 VELOCIDADES ADES ZF
COMERCIALIZA MINTEX
NO LANCIA
A AS Parts, grossista de peças aftermarket do Grupo Auto Sueco, tem agora disponível na sua gama a marca especialista em travagem, Mintex. A Mintex é conhecida como uma das marcas pioneiras em artigos de travagem, proporcionando alto rendimento a qualquer veículo, graças à boa relação entre performance e vida útil da peça, característica diferenciadora desta marca. Qualidade, Segurança, Estabilidade e Conforto são elementos necessários em altas performances e presentes nas peças Mintex. A Mintex tem como base os mesmos padrões de qualidade que os utilizados pelo grupo a qual pertence, a TMD, líder no mercado de fabrico de peças de travagem para fabricantes automóveis. No âmbito deste lançamento serão realizadas iniciativas promocionais para divulgação da marca no mercado. Esta marca está também disponível nas empresas retalhistas do Grupo Auto Sueco, Stand Barata, Arrábida Peças e Norvicar.
O novo Lancia Thema será lançado nas versões a gasolina com uma nova caixa de velocidades automática de 8 relações. Com esta nova caixa consegue-se uma poupança no consumo de combustível de 14% face a uma tradicional caixa dee 5 velocidades automática. Por outro lado, garante a ZF, que com esta nova caixa se consegue um aumento da potência devido ao novo conceito do jogo de satélites.
VAUNER V VA INICIA COMERCIALIZAÇÃO AL-KO INI A Va Vauner, empresa importadora de peças e automóveis, sediada em Fânzeres e com ccomponentes om ffiliais iliai em Coimbra e Lisboa, iniciou a comercialização em em Outubro passado de kit’s de rolamentos da marca AL-KO. A LL da prestigiada marca fabricante espanhola JJáá cliente c dee amortecedores AL-KO, a Vauner aposta agora na d gama g a de Kit´s de rolamentos desta, introduzindo uma gama g a que até ao momento era inexistente. A Vauner conta agora com uma completa gama de KKit´s de rolamentos para automóveis europeus e aasiáticos. Esta nova linha de Produto já se encontra disponível a todos os seus clientes nos armazéns de d Coimbra e Lisboa. FFânzeres, ânze PUB
COLABORAÇÃO WABCO / EUROPART No final de novo ano de intensa colaboração entre a WABCO e a EUROPART Portugal, as duas empresas proporcionaram aos seus clientes uma Reunião para divulgação de novos produtos e equipamentos oferecidos pela WABCO para o segmento do Tractor e Atrelado. A Reunião decorreu no Hotel VIP Sta. Iria, no dia 10 de Novembro, com presença de clientes oriundos das regiões do Porto, Leiria e da grande Lisboa, convidados através das respectivas filiais da EUROPART aí situadas. Após as boas-vindas e uma breve apresentação da EUROPART em Portugal pelo seu Director-Geral Heitor Manuel Santos, o Delegado Comercial da WABCO no nosso país, Sr. José Bento, iniciou a apresentação das mais recentes soluções desenvolvidas por aquele fabricante mundial. Dos produtos apresentados, destaque para: IVTM – Sistema integrado de Monitorização da pressão dos pneus; Programa “Intelligent Trailer”; Sistema de Telemática “Trailer GUARD” e Cartucho Air System Protector PLUS (ASP+). A EUROPART e a WABCO irão agora definir o calendário de iniciativas conjuntas para 2012, quer ao nível de Acções de Formação quer ao nível deste tipo de reuniões. PUB
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PRETO É A COR
AZ AUTO
PREFERIDA DOS EUROPEUS
APOSTA NA QUALIDADE BOSCH
Durante quase 60 anos, o relatório Global sobre a Popularidade de Cor Automóvel da DuPont tem registado as tendências sobre as diferentes gamas de cor da indústria automóvel mundial. Lançado pela primeira vez em 1952, o compromisso da DuPont na análise sobre as tendências de cor determinou que o seu relatório anual seja considerado como o mais fidedigno da indústria. Linda Van Calster, Marketing Communications Manager da DuPont Refinish EMEA, diz, “este relatório é aguardado todos os anos, ansiosamente, pelas nossas oficinas dado que proporciona um óptimo indicador das cores que poderão atravessar as portas das suas cabines de pintura.” O relatório de 2011 foi lançado em Novembro de 2011 e anuncia que o preto e o preto com efeitos mantêm a liderança como as cores mais populares na Europa. Com 25 por cento de quota global – 40 por cento somente no segmento dos veículos de luxo e SUV de luxo - estes tons escuros têm liderado na Europa desde 2007 e os especialistas da DuPont prevêem que o seu domínio se mantenha num futuro próximo. Na Europa, em segundo lugar encontra-se o branco / branco pérola, que obteve um aumento repentino de cinco pontos percentuais durante o ano de 2010, atingindo uma quota de 20 por cento. De acordo com a DuPont este aumento deve-se principalmente à popularidade dos brancos sólidos em todos os segmentos. O aparecimento continuado do branco / branco pérola ultrapassa o preto e cinza, as suas cores rivais, juntando-se ao prateado como cor principal no ranking de cor mundial do relatório deste ano.
A AZ Auto mantém firme a aposta na diversificação da sua oferta ao mercado de peças independente e anuncia mais uma novidade, a gama de produtos BOSCH, uma marca com o carimbo da Qualidade Original. Actualmente a Bosch é o maior fabricante mundial de componentes para automóveis no Primeiro Equipamento, tal como para o aftermarket, possuindo cerca de 146 fábricas distribuídas por 26 países. Trata-se de uma marca alemã, pertencente ao Grupo Bosch, com grande prestígio na indústria e que comercializa alguns dos produtos, serviços e sistemas automóvel de maior qualidade no mundo. O Grupo Bosch opera em várias áreas além da tecnologia automóvel, apesar de esta ser uma das mais importantes unidades de negócio, representando segundo os dados de 2010, cerca de 59% das suas vendas mundiais. No ano de 2010, o volume de negócios no grupo Bosch a nível mundial ascendeu a 47,3 mil milhões de euros com cerca de 283.500 colaboradores. O peso do investimento em Investigação e Desenvolvimento continua a ser notável: 3,8 mil milhões de euros. O programa da Bosch, disponível na AZ Auto, é constituído por: Baterias; Velas (ignição e incandescência); Escovas; Filtos; Travões; Iluminação; Motores de arranque; Alternadores; Parkpilot; Sistemas Diesel; Sistemas Gasolina; Produtos Exchange; Esi Tronic e Equipamento oficinal.
VIEIRA & FREITAS AJUDA QUEM MENOS TEM As empresas do grupo Vieira & Freitas / PPT a exemplo do que já fizeram em 2010, destinaram parte significativa das habituais verbas dispendidas em brindes e prendas de Natal aos clientes e fornecedores, para com essas adquirir algumas toneladas de alimentos para distribuir a organizações humanitárias nacionais, em nome de todos os seus clientes, fornecedores e amigos. Em 2010 destinou-se uma verba importante ao Banco alimentar contra a fome, em 2011 foram distribuídos alimentos, nomeadamente arroz, massas e salsichas por essa e mais algumas organizações locais. “Bem hajam todos os nossos clientes que se orgulham de fazer parte desta iniciativa”, comentou um responsável da empresa. PUB
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FORMAÇÃO
EVENTO ANUAL
EM LEIRIA
COLABORADORES ADL
No período de 7 a 15 de Novembro decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Leiria, uma formação intitulada “Unidades de Comando de Motor Programáveis”, organizada pelo Núcleo de Engenharia Automóvel (NEAU). O objectivo desta formação foi proporcionar a alunos da licenciatura e mestrado em Engenharia Automóvel, um complemento à sua formação superior ao nível da instalação e programação de sistemas electrónicos de controlo de motores. Foram leccionadas 8 horas de formação teórica e 8 horas de formação prática que decorreram no laboratório de Engenharia Automóvel recorrendo a algumas das diversas unidades electrónicas de controlo de motores existentes. Estas unidades, que podem ser aplicadas a qualquer tipo de motor mediante programação, foram configuradas, programadas e afinadas no banco de potência pelos alunos. Esta formação teve uma forte adesão do público-alvo, ficando assim a possibilidade de, futuramente, poder vir a existir uma nova edição desta formação.
A Automotive Distributors Ltd em Portugal, empresa detentora da marca Blue Print, realizou no passado dia 26 de Novembro o seu habitual Evento Anual de colaboradores, que teve lugar na histórica Quinta de Sant’Ana, na pitoresca vila de Gradil, concelho de Mafra. O encontro que juntou 43 colaboradores da empresa em Portugal, foi uma excelente oportunidade de confraternização, divertimento e também balanço das actividades do ano de 2011. Durante o evento foram desenvolvidas actividades de ‘Team-Building’, onde se misturou trabalho em equipa com muita diversão. Também durante o almoço houve oportunidade de efectuar a distribuição dos Prémios Anuais e de Serviço da empresa. Nas palavras de Joaquim Candeias, Managing Director da empresa, “O evento foi extremamente positivo e as actividades desenvolvidas irão certamente ajudar a fortalecer ainda mais o espírito de equipa na companhia, que considero ser fundamental para atingirmos os objectivos ambiciosos a que nos propomos nos próximos anos.” Citando o basquetebolista Michael Jordan “O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipa ganha campeonatos”.
INAUGURADO
PETRONAS
NOVO CENTRO GLASSDRIVE
LANÇA SELÈNIA K POWER No âmbito do macro conceito Fluid Techology Solutions, a Petronas acaba de alargar a gama Selènia com a introdução de dois novos produtos automotive denominados Selènia K POWER 5W20 e Selènia K POWER 5W30, lubrificantes sintéticos topo de gama especialmente indicados para lubrificação de motores das marcas do Grupo Chrysler. Os novos lubrificantes Selènia K POWER permitem reduções de consumo de combustível devido às suas características de viscosidade, assegurando a máxima protecção do motor em condições de funcionamento a elevadas temperaturas, já estando disponível no mercado nacional em embalagens de 5 litros e de 200 litros. O Selènia K POWER é um lubrificante sintético garantindo, entre outras vantagens: Resistência a oxidação; Superior proteção contra o desgaste e limpeza do motor; Excede as classificações API SN; Excede os requisitos da ISLAC GF-5; Excede as especificações Chyrsler MS 6395; Excelente economia de combustível; Particularmente indicado para motores do Grupo Chrysler.
TRW ALERTA PARA ESCOLHA DOS COMPONENTES A TRW Automotive Aftermarket dirigiu-se ao mercado e aos consumidores para realçar a importância da escolha dos componentes que compõem o Corner Module. A companhia recomenda que estas peças, críticas para a segurança dos automóveis, devem ser obtidas de um fornecedor de Equipamento Original (OE). Estudos sugerem que mesmo tecnologias básicas e amplamente difundidas, como por exemplo, o sistema de travagem antibloqueio (ABS) podem ser negativamente afectadas com a utilização de componentes de baixas especificações, tais como: pastilhas de travão; maxilas; amortecedores e sensores ABS. A TRW defende que, no mercado independente de pósvenda, compensa aplicar peças de substituição de qualidade original, fabricadas por uma companhia que também desenvolveu as tecnologias que suportam essas peças e que agora utiliza a electrónica para a integração de sistemas.
Na cidade de Oliveira de Azeméis foi inaugurado mais um centro Glassdrive, fruto da ambição da Vidrolândia para a expansão do centro existente na zona industrial do Pindelo para a zona urbana de Oliveira de Azeméis. Com uma área de 200 metros quadrados e tendo como referência de localização as antigas instalações da Caima-Car, este novo centro vai prosseguir os parâmetros de qualidade de serviço Glassdrive, tendo como alicerce a experiência adquirida no centro Glassdrive original. Com a manutenção do centro Glassdrive na zona industrial do Pindelo, é assim assegurada a perfeita cobertura aos clientes Glassdrive residentes neste concelho, garantindo assim rapidez e eficácia no atendimento. Para mais informações pode contactar o novo Glassdrive Oliveira de Azeméis Centro pelo telefone 256 866 706.
VENEPORTE ALCANÇA IMPORTANTE CERTIFICAÇÃO A Veneporte alcançou recentemente mais um dos seus objectivos, a certificação ISO/TS 16949:2009. Esta certificação é um padrão internacional para sistemas de gestão da qualidade, mais especificamente para a indústria automóvel. O objectivo da norma é o desenvolvimento de um sistema de gestão da qualidade que promova a melhoria contínua, enfatizando a prevenção de defeitos e a redução do desperdício, sempre no sentido da satisfação de clientes, colaboradores, accionistas, fornecedores e sociedade. Desta forma, “pretendemos aplicar as exigências internacionais padronizadas e consistentes de um sistema de qualidade, promovendo os processos de melhoria contínua, alcançando assim uma maior eficácia e eficiência tanto no processo produtivo, como nos processos organizacionais”, revela um fonte da empresa. Este objectivo foi enquadrado no plano estratégico da empresa como mais um passo no reforço da sua posição como fornecedor oficial da indústria automóvel, nomeadamente nos clientes OEM e OES. Esta certificação vem reforçar o posicionamento da Veneporte como um parceiro global de qualidade elevada.
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CIVIPARTS
4º ENCONTRO DISTRIBUIDORES
REFORÇA OFERTA
JONNESWAY
A Civiparts acaba de reforçar a sua oferta de produto para veículos comerciais ligeiros. Este lançamento, considerado estratégico em termos de desenvolvimento, vai permitir de uma forma estruturada e com uma oferta de produto mais completa, abordar os seus actuais clientes, possuidores deste tipo de veículos nas suas frotas, bem como outros segmentos de mercado, proporcionando-lhes soluções capazes e competitivas. O lançamento traduz-se pelo aumento da oferta existente, passando a Civiparts a disponibilizar agora cerca de 400 referências para diversas aplicações. Estas consideram os seguintes grupos: suspensão e amortecedores; motor, embraiagem, iluminação, travões, vidros e pára-brisas. Para o efeito a equipa comercial da Civiparts tem à sua disposição um catálogo da oferta, podendo esta se complementada mediante novas necessidades dos seus clientes. Através deste lançamento, a Civiparts alarga o seu leque de oferta para este tipo de veículos, oferecendo aos seus clientes a possibilidade de adquirirem mais equipamentos de elevada qualidade, a preços muito competitivos.
Decorreu no passado dia 22 de Novembro, no Hotel Santana em Vila do Conde, o 4º Encontro de Distribuidores de Ferramentas Jonnesway. Com base na política de consolidação e continuidade definida pela Lusilectra para esta actividade, este evento, que contou com a presença de 39 Distribuidores, serviu para a apresentação do novo catálogo para 2012, que inclui uma gama mais completa de ferramentas com a introdução de novos itens, no sentido de ir ao encontro das necessidades dos nossos distribuidores e clientes. Foi também apresentado o novo site www.jonneswaytools.com, o qual irá possibilitar a todos os clientes finais a realização de encomendas, e que inclui uma área reservada aos distribuidores para execução de encomendas, visualização de campanhas em curso e novidades. Aproveitou-se esta oportunidade para apresentar a nova viatura JONNESWAY, totalmente equipada e que estará disponível a todos os distribuidores para apresentação a clientes finais.
CENTRO LIBERTY AUTO EM COIMBRA No âmbito da sua política de expansão geográfica, a Liberty Seguros inaugura hoje mais um Centro Liberty Auto (CLA) na região centro do país, desta vez na cidade Coimbra. Este é o décimo sexto CLA da seguradora e pretende, à semelhança dos anteriores, ser um conceito inovador que permite a regularização integral de um sinistro automóvel num único local, de forma rápida, cómoda e transparente para o Cliente. O novo CLA Drive-IN está localizado nas instalações da Oficina Auto-industrial de Coimbra, na Av. Fernão Magalhães, 333, em Coimbra. A Liberty Seguros já dispõe de quatro CLA Drive-IN na zona centro do país, passando agora a disponibilizar mais um novo espaço de prestação de serviços aos Clientes, na cidade de Coimbra. “A nossa presença na região centro tem vindo a acompanhar o seu desenvolvimento económico e, por isso, sentimos que seria fundamental garantir mais uma oferta dos nossos serviços, principalmente na cidade de Coimbra que é um polo dinamizador desta zona do país”, refere Luís Cardoso. PUB
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DAS PEÇAS INDEPENDENTES EM 2012 Em reunião realizada no passado dia 24 de Novembro, a Comissão Especializada de Fabricantes de Peças da ACAP, teve oportunidade de fazer uma breve análise e discutir sobre o que se perspectiva vir a acontecer no negócio de peças independentes em 2012. Considerando que: t 0 QBÓT BUSBWFTTB VNB TJUVBÎÍP FDPOØNJDB EJGÓDJM t $POUJOVB B WFSJGJDBS TF VN EFDSÏTDJNP OBT WFOEBT EF BVUPNØWFJT OPWPT t 7FSJGJDB TF P FOWFMIFDJNFOUP EP QBSRVF BVUPNØWFM t "MHVOT QMBZFST UFSÍP EJGJDVMEBEF FN TPCSFWJWFS Os membros desta Comissão têm uma opinião unânime considerando que o mercado de peças independente irá manter um volume total de negócio idêntico em 2012 comparando com 2011, apesar de apresentar inúmeras variantes, estando empresas no sector com perspectivas claras de crescimentos e outras com probabilidades de perda de negócio. Consideram ainda que, a reparação preventiva poderá diminuir em 2012, mas e em WJSUVEF EP FOWFMIFDJNFOUP EP QBSRVF BVUPNØWFM BT JOUFSWFOÎÜFT DPSSFDUJWBT JSÍP UFS uma expressão mais significativa, compensando assim as percas da reparação preventiva. " DBQBDJEBEF EF SFTQPTUB WBJ TFS JOEJTQFOTÈWFM PT ÓOEJDFT OB QSFTUBÎÍP EF TFSWJÎP irão ser mais elevados, assim como a qualidade dos produtos será fundamental. Por FTUBT SB[ÜFT FTUB $PNJTTÍP DPOTJEFSB RVF PT QSPEVUPT EF i2VBMJEBEF &RVJWBMFOUFw irão apresentar crescimentos consideráveis, proporcionando economia, competitividade e rentabilidades acrescidas a quem as comercializar. De salientar ainda a importância e o esforço que este sector terá que suportar com JOWFTUJNFOUPT FN GPSNBÎÍP F FN FRVJQBNFOUPT QBSB BDPNQBOIBS B DPOTUBOUF evolução da tecnologia, não deixando de se manter devidamente preparados para GB[FSFN BT EFWJEBT JOUFSWFOÎÜFT /P DBNQP GJOBODFJSP JSÍP TVSHJS BMUFSBÎÜFT TJHOJGJDBUJWBT B GBMUB EF BQPJP QPS QBSUF EPT #BODPT Ï VNB SFBMJEBEF TFOEP DBEB WF[ NBJT JNQPSUBOUF RVF BT FNQSFTBT OP TFDUPS EP BGUFSNBSLFU TF EFGJOBN DPN FTUSBUÏHJBT EF EJTUSJCVJÎÍP GJEFMJ[BOEP TF B QSPKFDUPT .BSDBT EF 2VBMJEBEF &RVJWBMFOUF F PCKFDUJWPT DMBSPT EF NÏEJP MPOHP QSB[P DSJBOEP BTTJN DPOEJÎÜFT EF DPOGJBOÎB F DPOUJOVJEBEF Embora não se antevejam perspectivas de crescimento, a Comissão Especializada de Fabricantes de Peças, não está pessimista quanto ao futuro do mercado de peças independente, pois considera que este sector irá cada vez mais estar ordenado, metódico e organizado no futuro.
FACOM LANÇA CHAVE INOVADORA Preocupada com a segurança, e a fim de NFMIPSBS BT DPOEJÎÜFT EF USBCBMIP B '"$0. introduz um novo conceito no mercado – a OPWB DIBWF % QBSB B ESFOBHFN EF ØMFP F BT DPSSFTQPOEFOUFT QPOUBT NBHOÏUJDBT EP cárter, o que torna as mudanças de óleo mais simples, rápidas e sem risco de queimaduras. As oficinas, frequentemente, recorrem à TPMVÎÍP EP i'BÎB WPDÐ NFTNPw o VNB DIBWF de roquete onde colocam na parte superior uma garrafa de plástico cortada. Mas com a OPWB DIBWF EF ESFOBHFN EB 'BDPN PT mecânicos podem remover o tampão do depósito de óleo com facilidade e sem que o óleo entre em contacto com as mãos. Para remover o parafuso tampão do cárter de ØMFP PT NFDÉOJDPT DPMPDBN B DIBWF OB QPTJÎÍP EF iGPSÎBw OB IPSJ[POUBM F TFHVJEBNFOUF USBOTGFSFN iB DIBWFw QBSB B QPTJÎÍP WFSUJDBM B GJN EF EFTBQFSUBS P tampão do cárter rapidamente. Isto significa que os mecânicos já não vão precisar de TPMUBS QBSBGVTP UBNQÍP EP DÈSUFS EF ØMFP PV EF SFNPWF MP DPN BT TVBT QSØQSJBT mãos evitando deste modo o risco de queimaduras provocadas pelo óleo do depósito. "T QPOUBT NBHOÏUJDBT QBSB P EFQØTJUP EF ØMFP RVF BDPNQBOIBN B OPWB DIBWF EF drenagem de óleo da FACOM previnem que o parafuso tampão de drenagem caia sobre o tabuleiro de drenagem, eliminando assim outro problema comum na NVEBOÎB EF ØMFP F BJOEB P SJTDP EF RVFJNBEVSBT OBT NÍPT EPT NFDÉOJDPT " DIBWF foi equipada com um ejector tornando mais fácil a remoção das pontas, mesmo quando as mesmas estão cobertas de óleo – o mecânico só precisará de pressionar a tampa de protecção.
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ETICADATA
PETRONAS
NA REDE PME INOVAÇÃO COTEC
NO RALI DAKAR
Teve lugar no passado dia 6 de Dezembro, na Culturgest, o 5º Encontro da Rede PME Inovação COTEC, durante o qual foi apresentada a eticadata software como novo membro da Rede, pelo Senhor Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Engenheiro Carlos Oliveira. Esta entrada da eticadata para a rede PME Inovação COTEC - que passa agora a ser constituída por um total de 174 pequenas e médias empresas inovadoras -, é mais um reconhecimento dos esforços desenvolvidos pela eticadata em se afirmar como uma empresa de vanguarda na área do desenvolvimento de soluções de software de gestão empresarial, constituindo um exemplo de criação de valor para o país. Com o objectivo de promover o aumento da competitividade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e de uma prática de inovação, bem como do conhecimento residente no País, a Rede PME Inovação COTEC visa ser um agente determinante de inovação empresarial em Portugal, desafiando e ajudando as entidades públicas e não-públicas do sistema nacional de inovação a articular a sua intervenção.
A PETRONAS Lubricants é a principal patrocinadora da IVECO no Rali Dakar de 2012 e fornecedora exclusiva de lubrificantes e fluidos funcionais para todos os camiões da equipa De Rooy (composta por 4 viaturas IVECO Trakker e um protótipo Stratos), bem como para os camiões de serviço (quatro Trakkers), sendo ainda o principal parceiro técnico, dando assim o seu nome à equipa Petronas De Rooy IVECO. A parceria entre a PETRONAS e a marca IVECO já tem uma longa história de sucesso e essa duradoura cooperação tecnológica foi alicerçada através do recentemente anunciado acordo de patrocínio à equipa Petronas De Rooy IVECO. Os primeiros passos desta parceria técnica e desportiva entre a PETRONAS Lubricants e a equipa De Rooy IVECO foram iniciados na prova teste realizada no passado mês de Outubro por ocasião do Rali de Marrocos, onde a equipe De Rooy conquistou os dois primeiros lugares do pódio na categoria de camiões e 5 º e 6 º na classificação geral. Todas as viaturas (de competição e de apoio) utilizadas pela equipa De Rooy estarão personalizadas com as cores do tradicional verde Petronas, para além da inclusão dos logótipos das marcas de lubrificantes a serem utilizados em todas as viaturas da equipa, nomeadamente os produtos da linha Petronas URANIA, óleo de motor mundialmente recomendado para toda a gama de viaturas IVECO. A PETRONAS Lubricants é hoje um sponsor activo no vasto panorama automobilístico internacional, onde mantém importantes parcerias com equipas do mais alto nível, tais como a Mercedes na F1 e no DTM; a Yamaha no MotoGP, e a Abarth nas competições de Rally.
ALIDATA ESTABELECE PARCERIA COM ANECRA A Alidata firmou recentemente uma parceira com a ANECRA. Através desta parceria, a Alidata passa a ser a entidade exclusiva de aconselhamento dos associados, relativamente a soluções informáticas. “A parceria entre a Alidata e a ANECRA é um dos passos para chegarmos mais longe nos objectivos que sempre impusemos a nós próprios. Sendo líderes nacionais no sector da reparação, manutenção e equipamento automóvel temos a obrigação de nos associarmos aos melhores e a ANECRA é uma associação com mais de cem anos que conta com mais de 4200 associados”, reforça o partner da Alidata, Fernando Amaral. Já no âmbito da parceria, a Alidata apoiou a 22ª Convenção Anual da ANECRA que decorreu no final de Novembro em Lisboa, sobre o tema ‘Sector Automóvel: Vamos Sobre(viver)!...’, tendo igualmente celebrado o centenário da Associação que comemorou cem anos de existência em 2010.
LEIRILIS CERTIFICA MAIS UMA OFICINA B.I.S. A Leirilis SA, como distribuidor Bosch, entregou recentemente a placa identificadora à oficina Fernando Antunes Santos Silva, que concluiu o processo de certificação no âmbito do conceito B.I.S. (Bosch Injection Systems). Esta oficina tem consciência das exigências do futuro, apostando assim na formação dos colaboradores e no equipamento de diagnóstico, o que lhe permite acompanhar as novidades do sector automóvel.
MONTENEGRO & FERNANDES M LANÇA JORNAL LA A Montenegro & Fernandes vai ter um novo suporte de para os seus clientes e para o mercado em geral. A ccomunicação o de ferramentas vai lançar um jornal trimestral (já em eempresa m com o propósito de informar “os nossos clientes para as JJaneiro), a aacções que irão ser tomadas relativamente à TENG TOOLS em diz José Coelho, responsável da empresa. PPortugal”, or Terá também no interior campanhas que podem ser de baixa de preços ou produtos com ofertas associadas. Este jornal servirá também para explicar o funcionamento para algumas ferramentas mais especiais. Mais informações em www.montenegrofernandes.pt.
MOTIP BETUME PARA PLÁSTICOS A Atwoo Car Cosmetics disponibilizou recentemente uma novidade, um betume de reparação de párachoques da Motip. O betume de reparação párachoques é um betume para plásticos, com 2 componentes, ideal para nivelar imperfeições em todos os tipos de plástico, à excepção de polietileno (PE). Características do produto: Fácil de lixar; Elástico; Repulverizável com todos os sistemas de tinta, incluindo a pintura estática em pó; Estrutura bastante fina; Resistente a produtos químicos e às influências climatéricas; Excelente adesão; Resistente ao calor até 120º C; Tempo de actuação de 3 a 5 minutos; Endurecedor a ser acrescentado em 2 a 4%. Refira-se que este produto pode ser aplicado em camadas com espessura até 1 cm.
DUPONT ACTUALIZA GAMA DE APARELHOS Com o intuito de atender à popularidade sempre presente das cores preto e branco dos veículos, a DuPont Refinish acaba de actualizar os seus aparelhos altamente produtivos e em conformidade com COV. Os Aparelhos Altamente Produtivos 1051R e 1057R – um branco e um preto – podem ser misturados em diferentes proporções para proporcionar cinco tons de cinza adicionais. Estas sete tonalidades compõem o conceito ValueShade® patenteado pela DuPont, que associa cada revestimento de cor a uma das tonalidades, de a forma a optimizar a cobertura e economizar no consumo de tinta. Dirk Weymiens, product and technical support leader DuPont Refinish EMEA, diz, “constatamos uma necessidade no mercado e resolvemos colmatá-la de forma rápida. Agora, as nossas oficinas dispõem do conceito ValueShade por completo – com os setes tons de cinza – através destes aparelhos. E como todos os produtos da DuPont Refinish, estes aparelhos vão contribuir, certamente, para aumentar a produtividade nas oficinas.” Os Aparelhos Altamente Produtivos 1051R e 1057R são ambos aparelhos de 2 componentes, de alto teor em sólidos que oferecem dois métodos de aplicação – maxi aparelho de enchimento e aparelho lixável. São de rápida aplicação, possuem uma fluidez regular e são fáceis de lixar – mesmo após uma hora de secagem ao ar. O 1051R e 1057R podem receber todos os acabamentos da DuPont Refinish.
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HÉLDER PEREIRA MARKETING MANAGER VALEO PORTUGAL
“PIOR É A
CONCORRÊNCIA SEM ROSTO”
|| Ligado há muitos anos ao negócio das peças, sempre em grandes operadores do ramo, Hélder Pereira é uma pessoa com uma opinião muito profunda e conhecedora do meio.
Q
uem não conhece a Valeo? São muitos os operadores do negócio das peças que têm nas suas prateleiras e que montam nas suas oficinas peças desta marca. Hélder Pereira, Marketing Manager Valeo Portugal, é a Personalidade do Mês, nesta edição do JORNAL DOS OFICINAS.
Marketing e demonstram muita vontade em aprender e desenvolver essa mesma área e um dos nossos desafios é de as apoiar e incentivar a desenvolver a área, uma vez que os negócios hoje têm de se reinventar para sermos diferentes dos outros.
Em poucas linhas resuma o seu percurso profissional?
Optimista sempre por convicção, devemos acreditar e melhorar sempre a actividade onde trabalhamos e essa melhora só é possível pensando com optimismo.
Gestor de Produto na Lucas/Trw entre 1999 e 2001, Gestor de Produto e RRW onsável de Marketing na Europeças SA de 2001 a 2004 e Marketing Manager Portugal na Valeo Service España de 2004 até hoje.
O que mais gosta na actividade que desempenha? Aprender todos os dias com as pessoas com quem me relaciono profissionalmente, pessoas diferentes de níveis educacionais diferentes, mas com cada uma delas algo a aprender.
E o que menos gosta? O boato mais que a mentira, na nossa área onde a confiança é uma das nossas maiores ferramentas de trabalho, os boatos muitas vezes destroem uma marca ou estratégia, e esses boatos nunca têm rosto.
O que mudaria na sua actividade? Acho que nada, a área de Marketing por ser uma área de constantes adaptações às realidades que nos surgem, é por si só uma área sem rotinas em que nos adaptamos à concorrência, aos desafios dessa mesma concorrência e dos nossos clientes. Hoje em dia todas as empresas fazem um pouco de
|| FICHA TÉCNICA
É optimista ou pessimista na sua actividade?
O que mudaria no seu sector de actividade? Uma maior estabilidade económica nesta área, só isso nos permitiria fazer planeamentos a largo prazo e verificar o sucesso e insucesso dos mesmos, mas hoje isso não é possível. Os desafios de ano após ano apenas nos permitem planearmos ano a ano, uma vez que as mudanças são constantes e muitas delas inesperadas.
Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Porquê? Sou obrigado a revelar 3 nomes, Rodrigo Alho da Europeças SA pessoa que me ensinou muito deste mercado quando trabalhamos na Lucas/TRW, Manuel Morales da Valeo que mais que colega é amigo e por último Fernando Moreira da AS Parts, uma pessoa especial no meu percurso profissional e a nível pessoal.
Qual a notícia recente deste sector que mais o surpreendeu? A questão das insolvências que se tornou hoje em dia num “fait divers”, algo normal
PERSONALIDADE DO MÊS
para quem a “utiliza” e a impotência daqueles que sofrem com essas insolvências.
No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Internacionalmente no Grupo que represento um background muito forte que me permite hoje em dia conhecer realidades de outros países e aplicá-las no meu dia a dia, seja em métodos de trabalho ou realidades de outros mercados. Com os clientes uma aprendizagem diária, são eles que me desafiam a ser melhor e é para eles que procuro ser.
De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Saudável, é a palavra, pior é a concorrência sem rosto, essa sim preocupa-me. Os fabricantes presentes no nosso mercado com quem temos relações institucionais e mesmo de amizade são aquilo a que chamo a concorrência saudável, umas vezes ganhamos nós, outras vezes ganham eles, mas a que me preocupa é aquela concorrência que eu digo “sem rosto”, cuja fonte não conhecemos nem o rosto da mesma.
Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? A utilização da internet. Portugal ainda é uma país “verde” nesta área ao contrário de outros paises. A experiência que tenho visto noutros mercados é a de que cada vez mais o cliente final procura saber informação das peças dos seus veículos, e por esta razão apareceram empresas especializadas no
internet a disponibilizar esta informação com disponibilidade das mesmas. Penso que a médio prazo estas também surgirão no nosso mercado. Nós próprios em Portugal recebemos todos os dias questões de clientes particulares que entram no nosso sítio da internet e nos enviam essas questões.
Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? A sustentabilidade financeira das empresas, sejam grandes ou pequenas, casas de peças ou oficinas, hoje em dia face ao panorama económico que atravessamos em particular em Portugal, aquelas empresas que forem geridas com critérios de sustentabilidade são as que irão ter menos dificuldades. O mercado embora com a quebra normal que irá sofrer, irá estar aí, mas apenas as empresas que derem garantias aos seus fornecedores serão as que terão condições de prestar um serviço. A banca deixa de financiar o negócio e será o negócio quem se tem de financiar a si mesmo.
Na sua opinião, qual o futuro do sector oficinal / distribuição de peças? Um não vive sem o outro. O distribuidor não vive sem a oficina, nem a oficina sem o distribuidor. O serviço e disponibilidade dará sempre o distribuidor e experiência e relação com o cliente dará a oficina.
Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Sim, o que não significa que queira evoluir a atingir novos desafios e metas.
Valeo | Sede: Area Empr. Andalucia - Calle Rio Almanzora, Nº5 28906 Getafe – Madrid - Espanha | Marketing Manager Portugal: Hélder Pereira | Telefone: (+34) 91 495 85 00 | Fax: (+34) 91 495 86 99 | E-mail: helder.pereira@valeo.com | Internet: www.valeoservice.com
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ENTREVISTA
JORNAL DAS OFICINAS
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FERNANDO SILVA SENIOR PARTNER DA VIRAGEM
“FORMAÇÃO NÃO É UM SUBSTITUTO DA GESTÃO” || Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Fernando Silva, Consultor de vendas e áreas comportamentais da Viragem, falou-nos das necessidades que as oficinas têm a nível de formação e dos desafios que vão enfrentar nesta área
E
mbora não sendo o único factor de mudança, a formação ajuda a mudar o que deve ser mudado, principalmente agora que se aproximam tempos difíceis em que as organizações têm de mudar os seus procedimentos e estratégias para se manterem vivas e rentáveis. A formação é, simplesmente, o instrumento para que a organização mantenha os níveis de motivação elevados, mantenha as pessoas com orgulho de pertencerem àquela organização e se tornem assim mais rentáveis. Claro que isso deve ser reconhecido sobre a forma de remuneração, pelo facto de trazer valor para a própria organização. A formação para uma oficina é cara? A formação é um instrumento e uma necessidade de gestão da própria empresa. Não é a formação que resolve os problemas de gestão das empresas. Enquanto instrumento da gestão, a formação deve estar ao serviço das próprias empresas. Investir na formação é investir no “retardar” da degradação das margens, pelo facto de potenciar o valor individual aumentando não só a motivação interior como o valor das negociações / vendas pela “competência” de cada um. A formação é uma ferramenta da organização para aumentar a sua competitividade.
desenvolvimento de competências comportamentais em especial as vendas. O pragmatismo e situação económica só pode apontar para isso: As acções de formação têm que ter resultados a curto prazo. Sabemos da importância das acções de médio longo prazo, mas temos o realismo do momento histórico. As acções têm que ajudar a aumentar a facturação do dia seguinte à sua realização. E claro que o dia a dia também é um espaço formativo. Por exemplo o controlo das “Perdas” e a sua análise é um excelente momento de aprendizagem.
pagar para a sua resolução. Como profissional, tenho que saber a qualidade dos produtos/serviços que tenho e torná-las perceptíveis aos clientes. Se nós pomos o cliente a decidir meramente com base do preço, não conseguimos, nem qualidade, nem preço justo. Para vendermos qualidade a um preço justo, temos que vender ao cliente a solução que responde melhor às necessidades e expectativas do cliente. Quando isso acontece, o preço é justo, seja ele qual for.
Existem casos em que o problema identificado pela oficina como falta de formação tenha outra origem?
Boa questão. E acrescento: Como conseguem os nossos profissionais tornar perceptível ao cliente o valor de tal produto? Num acto de venda, o poder dos argumentos é essencial. A dinâmica é o trabalhar os argumentos de forma convicta. Os nossos profissionais têm que conhecer muito bem os produtos com que lidam e todas as vantagens que proporcionam aos utilizadores. Depois, têm que acreditar nas soluções que propõem e comunicar isso de uma forma natural e eficiente. E claro que depois seguir-se-á a “prova real”: O chamado “customer experience”. A Gestão das Expectativas. A partir daqui o desejo de voltar acontece ou não.
Em que áreas tem recebido mais pedidos de formação?
O Preço de um produto que dadas as suas qualidades/características perceptivas é adequado às necessidades deste cliente em função daquilo que ele está disposto a
Sentimos cada vez mais que as necessidades formativas são cada vez mais centradas no
|| FICHA TÉCNICA
Efectivamente há, porque a formação não é um substituto da gestão, mas um complemento da estratégia de gestão adoptada. É difícil lidar com alguns desabafos de alguns responsáveis organizacionais que no acto de planear a formação, desabafam “coisas” do género: “… o que eles precisam é de….” O que eu quero é que….” Por que já estou farto de….” Pois… muitas vezes está farto e nota-se mesmo!
Como conseguir qualidade a um preço justo?
Como consegue o cliente reconhecer o valor do produto ou serviço?
O que permitem os programas do tipo CRM e que objectivos garantem? A Palavra CRM por vezes não passa de mais
uma sigla encobrindo um sem número de intenções que muito têm a ver com o verdadeiro CRM. CRM (Customer Relationship Management) como diz: Gestão da Relação com os Clientes. A palavra Relação trás consigo uma enorme responsabilidade operacional. Por vezes ao ver em execução o que supostamente chamam de CRM, eu pergunto: - Relação ou Ralação? A forma pouco cuidada e sem orientação da acção, despertam nos clientes sentimentos de Ralação. - Relação Ou Perseguição? Os conceitos de CRM, (Don Peppers & Martha Rogers) conceitos de comunicação one-to-one, apontam como orientação estratégica, o grande princípio: - “Tudo o que fazemos aos nossos clientes é para que na hora da verdade ele se lembre de nós”. Investir na relação, estar próximo do cliente, de forma a que na hora da verdade possamos fazer parte das suas opções. Como se trata de gestão de um número elevado de clientes, a componente tecnológica é fundamental: - Plataformas de Gestão de CRM, em Cloud computing; - Contact Centers de forma a poder estar perto do cliente através dos canais de comunicação: Telefone, E-mail, chat, etc. - Redes Sociais, são hoje uma das ferramentas complementares dos nossos CRMs.
Viragem | Sede: Bela Vista Office, Estrada de Paço de Arcos, 66 e 66-A - 2735-336 Cacém | Senior Partner: Fernando Silva | Telefone: 917 247 669 | E-mail: fernandosilva@viragem.com | Internet: www.viragem.com
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ENTREVISTA
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PEDRO PROENÇA AREA MANAGER KLARIUS/QUINTON HAZELL
“KLARIUS PERCEBEU AS NECESSIDADES DA QH” || Mais colaboradores em Portugal e a hipótese de ter uma estrutura própria no país mostram o investimento que a o Grupo Klarius está a fazer na Quinton Hazell. A primeira fase termina em Março, quando todos os clientes estiverem a ser abastecidos a partir de Madrid
P
ouco mais de um ano e meio da Quinton Hazell ter sido adquirida pelo Grupo Klarius, o JORNAL DAS OFICINAS foi falar com Pedro Proença, o responsável para o mercado português destas marcas. O Grupo Klarius investiu na marca e percebeu que o caminho correcto teria que ser através do fornecimento de peças de qualidade. O fabricante de componentes de emissão ganhou canais de fornecimento bem preparados e novos clientes e passou também a fabricar bombas de água, amortecedores, alterndores e motores de arranque. No conjunto, a representação portuguesa terá subido as vendas em 7%. A partir de Março, todos os clientes portugueses serão abastecidos a partir do novo armazém em Madrid.
Que balanço faz até agora da união entre a Klarius e a QH? Do ponto de vista da Quinton Hazell (QH), que recebe o terceiro accionista desde que estou na empresa há sete anos, trata-se da maior mudança de todas. A Klarius percebeu bem as necessidades que a marca tem e está a tentar suprimi-las.
Como é que os clientes receberam esta novidade? A Klarius tinha uma agente comercial em Portugal, mas passado algum tempo ficou decidido que seria depois eu o responsável por ambas as marcas. No início, houve alguma expectativa da parte dos clientes.
|| FICHA TÉCNICA
Alguns desconheciam o que era a Klarius, outros sabiam o que ela tinha feito quando comprou o negócio de escape à Arvin Meritor. Neste momento, podemos dizer que as expectativas estão perfeitamente cumpridas. As pessoas percebem que a QH hoje é uma empresa diferente, que tem projectos para desenvolver que os podem beneficiar. As pessoas acreditam que ambas as marcas podem ser úteis ao seu negócio.
E houve conflitos da parte dos distribuidores de ambas as marcas? Uma das coisas interessantes é que a Klarius era uma marca de produtos de emissão e a QH era uma empresa de mecânica. Ou seja, as ofertas eram complementares. Os clientes eram complementares, não tinham as mesmas linhas de produto. O que permitiu tirar algumas sinergias. O que a QH tinha de bom era a sua distribuição, bem implementada em vários países, que fez com que os produtos Klarius entrassem também nos clientes. Em Portugal, os distribuidores passaram a ter acesso aos produtos da Klarius para poder distribuir. Conseguimos ter um peso maior nos clientes e dar uma oferta maior.
A distribuição das marcas é separada? Não. Em Junho do ano passado, abrimos um centro de distribuição ibérico, em Madrid, onde estão os produtos de ambas
as marcas. O objectivo é fornecer todos os clientes de Portugal, a partir desse centro de distribuição. Estamos numa fase de transição, onde alguns clientes já estão a ser abastecidos a partir desse centro de distribuição. Prevemos que, a partir de Março, todos os clientes nacionais sejam abastecidos a partir daí.
Que resultados conseguiram atingir em 2011? Ainda não fechámos o ano, mas contamos crescer 7% entre as duas marcas. É um crescimento muto sustentado pela QH, porque a respeito da Klarius ainda estamos numa fase de entender o mercado. E a QH tem um peso muito maior no volume de vendas. Como se trata de um produto novo para nós, estamos a estudar como é que podemos ser competitivos com as especificidades que o mercado português tem.
Os investimentos que a Klarius está a fazer na QH traduzem-se em quê? A Klarius tem um “claim” que é ser grande em entrega, na disponibilidade e na qualidade. Ou seja, quer ter uma boa capacidade de distribuição e uma boa disponibilidade de fornecimento de referências. Mas quer também ser um fabricante de referência. Além dos produtos de emissões, fabricamos os amortecedores, bombas de água, alternadores e motores de arranque. Uma boa parte dos investimentos que estão a
Klarius Group | Area Manager: Pedro Proença Telefone: 914585109 | E-mail: pedro.proenca@klarius.eu | Internet: www.klarius.eu
ser feitos é na qualidade dos produtos e na eficiência das nossas fábricas. A QH é uma empresa europeia que se orgulha de fazer os produtos na Europa e que pode ter um modelo de negócio de acordo com isso.
Vão aparecer mais linhas de produto? Neste momento, não temos nada previsto. A Klarius tem os escapes e os catalisadores, além dos filtros de partículas que têm vindo a desenvolver-se ao longo destes últimos anos. Na QH, a nossa gama cobre praticamente todo o mercado dos produtos de mecânica. O objectivo é melhorar essas gamas e torná-las mais apelativas para os nossos clientes. Podemos até começar a fabricar alguns dos produtos que actualmente embalamos com a nossa marca.
Pertencendo à Klarius, justifica-se uma presença directa em Portugal? Temos um plano de quatro anos. Numa primeira fase, o objectivo é que o mercado seja abastecido pelo armazém em Madrid. O segundo pilar é ter mais pessoas em Portugal, para dar mais serviço aos clientes. E existe a possibilidade de ter uma estrutura no país. Estamos já numa grande evolução. Há meses atrás, a nossa distribuição era feita a partir de Inglaterra. Neste momento, temos grandes expectativas ao passar a distribuição para Madrid. O que já é certo é que vamos ter mais pessoas da área técnica e comercial para formação e desenvolvimento de relações com os clientes.
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AMADEU BORDALO GERENTE DA SERVIDIESEL
MÉRITO
RECONHECIDO || A Servidiesel foi premiada na Convenção Comemorativa dos 90 Anos da Rede Bosch Service com o Troféu do Melhor Bosch Diesel Center de Portugal, um prémio que vem reconhecer todo o trabalho que a empresa tem desenvolvido na área dos agregados diesel.
O
prémio foi recebido com muita satisfação e orgulho por Amadeu Bordalo e seu filho Diogo Bordalo, que viram assim reconhecido o esforço de toda a equipa. A Servidiesel tem conseguido adaptar-se às novas tendências do negócio da reparação dos agregados Diesel e, mais uma vez esta empresa percebeu a tempo, que a partir de um certo ponto iria tendencialmente perder volume de negócio, num dos seus canais mais importantes que são os concessionários das marcas de automóveis. Porque, se os concessionários tiverem menos serviço, também menos o dão a fazer. Perante esta inevitabilidade condicionada pela situação económica que o país atravessa, a Servidiesel teve de procurar novos clientes. Os Serviços Rápidos e Auto Centros que continuam a crescer em Portugal, são conceitos de negócio com um marketing muito agressivo e em que conseguem comunicar preço com grande eficácia. A Servidiesel tem desenvolvido parcerias sustentadas e de longa duração com estas Redes de Oficinas, sendo de momento o seu canal estratégico mais relevante. No meio das alterações das tendências e dos modelos de negócio no sector automóvel em Portugal, surgiu entretanto outro negócio, que é o da distribuição de peças. A Servidiesel não consegue vender ao retalhista de peças ou a uma central de compras os Serviços de Reparação, mas consegue vender um produto que ela própria criou e que coloca dentro de uma embalagem com uma marca sua. Foi esta oportunidade que a Servidiesel
“agarrou”, passando a oferecer um serviço onde está um produto acabado, com todas as garantias e a um preço muito atractivo. Para conseguir isso, teve que trabalhar a força de vendas, habitualmente vocacionada para vender serviços, adicionando-lhes peças, ferramentas e componentes reconstruídos. Teve que dar formação aos vendedores, no sentido de eles compreenderem que irem a uma oficina vender um serviço é uma coisa muito diferente de irem a uma casa de peças vender um negócio. Claro que o processo não foi fácil, porque um vendedor, ao cabo de uns quantos anos a trabalhar de uma forma, não aceita facilmente mudar para outra abordagem da sua actividade. Houve no entanto aqui uma série de factores que se conjugaram para obter essa mudança, entre os quais a liderança do processo assumida pelo próprio Diogo Bordalo. O importante foi a Servidiesel ter compreendido que houve uma mudança no mercado e que era necessário reagir, criando uma adaptação da empresa a essa mudança. Foi graças a isso que conseguiu terminar o ano 2011 com bons resultados, estando já a preparar-se para as mudanças de 2012, tendo em conta que o mercado da reparação está a ceder lugar à reconstrução, que de certo modo é uma reparação antecipada. Esta é a nova abordagem, a abordagem que resulta, conforme explica Amadeu Bordalo, Gerente da Servidiesel, na entrevista que deu ao JORNAL DAS OFICINAS.
Que tipos de serviços presta actualmente a Servidiesel aos seus clientes na área Diesel? Actualmente dedicamo-nos à reparação e comercialização dos Agregados Diesel, injectores e bombas injectoras, dos mais convencionais às mais modernas. Fazemos também a reparação e comercialização de turbocompressores, reconstruídos e novos. Todo o material reconstruído comercializado por nós é reconstruído na Servidiesel, tanto turbocompressores, como agregados diesel, segundo as especificações dos fabricantes originais.
Que investimentos relevantes efectuou a Servidiesel na área dos Agregados Diesel? Os investimentos que fizemos ultimamente dizem respeito à 3ª fase da tecnologia common rail Bosch e a entrada do serviço Siemens/VDO. Comprámos também uma máquina para calibragem de injectores Delphi. No caso do serviço Bosch, temos tudo máquinas Bosch. Nos outros casos, temos equipamentos oficiais de cada uma das marcas. No caso da Siemens/VDO, da Delphi e da Denso as máquinas especificadas são as mesmas. A Denso ainda não tem conceito de serviço de reparação de injectores CR oficial da marca, mas isso já está em teste em certos países. A Siemens deve lançar o seu conceito de reparação oficial já em 2012, serviço para o qual já estamos preparados. Neste momento, já temos a tecnologia das bombas injectoras e isso é meio caminho para entrarmos também nos injectores da marca, da qual somos representantes.
Qual tem sido a evolução recente do mercado de serviços diesel? O volume do mercado está estabilizado, mas está-se a notar a tendência do serviço de bombas convencionais passar para os sistemas mais modernos, dependendo da vida útil dos veículos. As bombas convencionais diminuíram ligeiramente a procura, mas aumentou a procura de serviços de sistemas common rail. O serviço de turbos tem tendência para aumentar, porque hoje o parque automóvel de carros recentes traz quase sempre de origem turbocompressores. O envelhecimento do parque também tem feito aumentar em termos gerais os serviços de reparação.
A actividade da Servidiesel esgotase no mercado nacional ou tem também clientes no exterior do país? A expansão para os mercados externos está a ser felizmente uma realidade, tanto para Espanha, como para os países de língua oficial portuguesa, Cabo Verde e principalmente Angola. A procura dos nossos serviços nesses mercados tem vindo a aumentar a bom ritmo.
Que oportunidades existem presentemente neste segmento de mercado em que se posiciona a Servidiesel? A nossa estratégia de mercado é o serviço de qualidade, porque o mercado dos serviços que se afirmam através da guerra dos preços está saturado. As oportunidades a nível internacional
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ENTREVISTA
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|| A reconstrução de bombas injectoras e turbocompressores é actualmente o negócio principal da Servidiesel, que tem como clientes as oficinas multimarca, concessionários e outras firmas, para além da venda directa a retalhistas de peças
também serão bem exploradas, mantendo a mesma qualidade de serviço, havendo boas hipóteses de crescimento aí. O nosso mercado nacional e a nossa economia são limitados e não permitem neste momento prever um alto ritmo de crescimento, para este tipo de serviços.
Quais são as vantagens e sinergias resultantes de integrar as Redes Bosch Car Service e Bosch Diesel Center? A parte do negócio do Bosch Car Service é uma mais valia para a Servidiesel, porque permite angariar clientes e serviços para o BDC. Há muitas pequenas oficinas multimarca que trazem aqui os carros, porque não conseguem resolver os problemas com as condições que têm dentro de portas. Ou não têm equipamento de diagnóstico actualizado, ou faltam ferramentas especiais, etc.. Por outro lado, há clientes do serviço diesel que aproveitam e fazem aqui outros serviços, como as revisões e manutenção geral dos seus veículos. Os dois tipos de negócio apoiam-se um ao outro e ajudam a conseguir os resultados da empresa.
Quais são os argumentos que a Servidiesel utiliza para captar e fidelizar a sua clientela? A esse propósito, nós costumamos dizer aos nossos clientes com quem temos mais confiança, que a Servidiesel não tem clientes, tem parceiros de negócio. Esse é um posicionamento correcto, porque os clientes não nos vêem como meros fornecedores de serviços, mas como alguém
com que eles podem contar para resolver problemas e situações mais complicadas. Além disso, temos sempre o que é preciso dentro de casa. Isso é um argumento importante para as reparações, porque as pessoas hoje precisam do carro para a sua vida diária, seja particular, seja profissional. Fazemos a reparação com rapidez e dentro do prazo que o cliente aponta como melhor, sem prejudicar a nossa forma de fazer o serviço.
Que tipo de formação beneficiam os colaboradores da Servidiesel? A formação aqui é dada pelas marcas. Temos um plano de formação anual por parte da Bosch, tanto para o BCS, como para o BDC. Nas outras marcas, seguimos as acções formativas que elas entendem servir melhor os nossos objectivos comuns.
Qual é o balanço que fazem da vossa múltipla parceria com a Bosch? O Bosch Diesel Center é o topo da assistência a sistemas diesel e coloca-nos na “Premier League” do mercado. Tanto pelo prestígio, como pelas competências técnicas. No caso da Bosch Car Service, é igualmente o melhor conceito de reparação multimarca da actualidade, com uma marca de prestígio por trás, know how, produtos e ligação preferencial a muitas empresas que são potenciais clientes. Muitos frotistas vêm ter aqui no âmbito do acordo global de assistência que temos com a Bosch.
A clientela da Servidiesel é diversificada ou obedece a alguma tipologia especial?
Neste momento temos clientes de muitos tipos, começando pelos particulares, que têm vindo a aumentar ultimamente. Depois, temos empresas de transporte, construtores e outras firmas, como reparadores de veículos, para além de venda directa a retalhistas de peças. Este é um segmento com grande potencial que estamos a desenvolver neste momento e onde há excelentes perspectivas de colocação para os nossos produtos. Nos reparadores multimarca, temos a vantagem deles nos enviarem os clientes particulares com turbos ou bombas injectoras e outras peças, que eles não reparam. Os clientes pagam-nos a nós directamente o serviço e depois vão montar a peça na oficina onde têm o carro.
Que balanço faz da vossa parceria de serviços de consultoria com a ACM? A ACM é uma mais valia para a Servidiesel, porque nós estamos dentro do mercado e conhecemos bem o mercado, mas precisamos de alguém que nos mostre nas reuniões internas quais são os aspectos e tendências mais marcantes desse mercado, tanto interno, como externo, porque não temos tempo para acompanhar tudo. Recebemos da ACM um apoio muito importante nas vendas, na formação comportamental, motivação e outros pontos que hoje fazem a diferença nas empresas. É uma parceria para manter durante muitos anos, tantos quantos forem precisos.
O que representou para a Servidiesel o Prémio Melhor Bosch Diesel Center atribuído na última Convenção Ibérica Bosch? Para nós foi uma surpresa. Embora todos os dias lutemos para estarmos na linha da frente da nossa Rede, os prémios dependem dos outros e não de nós. Fazemos um investimento muito forte em equipamento, em formação e outros aspectos, sabendo bem receber um prémio destes, porque é o momento em que reconhecemos que o
esforço valeu a pena. Os nossos clientes passam a ter ainda mais confiança nos nossos serviços e nós iremos aproveitar todas as oportunidades que isso nos puder proporcionar no futuro. Estamos fortemente motivados para renovar o nosso esforço e melhorar ainda mais no que for possível.
Como é possível motivar uma Que avaliação faz do ano 2011 no plano das vendas e que projecções existem na Servidiesel para 2012? Foi um ano positivo. Estaria a mentir se dissesse que foi excelente, porque a situação não está excelente para ninguém. De qualquer modo, superámos as nossas expectativas e conseguimos vendas acima do que tínhamos previsto. Isso dá-nos ânimo para 2012, onde esperamos ter um crescimento mais de acordo com a forma como estamos a trabalhar. Pelo menos, é com esta convicção que iremos entrar no novo ano. O mercado está sempre a mudar, mas nós temos que o acompanhar e ter novas ideias onde possamos desenvolver o negócio. Hoje temos uma gama diversificada de serviços e produtos, que nos permite enfrentar com segurança os desafios que temos pela frente. Temos uma marca de ferramentas, acessórios diesel e outros produtos com potencial de vendas, que não limitam o nosso desempenho apenas à reparação e alargam consideravelmente a oferta da Servidiesel.
|| FICHA TÉCNICA Servidiesel Gerente: Amadeu Bordalo Sede: Estrada Nac. 9 Km 17 Sitio da Galega – Ral – 2710-458 Sintra Telefone: 21 923 03 29 Fax: 21 924 04 29 E-mail: geral@servidiesel.pt Internet: www.servidiesel.pt
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VAGPOWER
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PREPARADÍSSIMA PARA O FUTURO
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oficina
mes
|| A Vagpower é uma pequena oficina independente em que o seu responsável tem um imenso orgulho em mostrar aquilo que a empresa sabe fazer bem. Um excelente exemplo para o aftermarket
do
|| A Vagpower é uma oficina independente que aposta fortemente na componente de diagnóstico automóvel
U
m pequeno pavilhão num antigo parque empresarial, bem próximo do Odivelas Park, não mostra por fora o que lá vai dentro. Bruno Lopes, ainda um jovem técnico de electrónica, dono da Vagpower, sabe disso. Apesar da fachada limpa, a imagem é muito simples, mas a Vagpower compensa noutros aspectos, nomeadamente naquilo que tem para oferecer dentro de portas. Uma olhadela rápida aos poucos mais de 200 m2, deixam rapidamente a entender o que por ali se passa. Oficina cheia de carros, diverso equipamento de diagnóstico e outros equipamentos de referência, fardamento igual para todos, enfim, nota-se cuidado com alguns detalhes, pouco comuns em oficinas independentes. Não é preciso muito para que Bruno Lopes depressa aponte os pontos fortes da sua casa. “O sucesso da Vagpower é mesmo na área do diagnóstico. Temos máquinas para tudo ou quase tudo”, refere o responsável da empresa reforçando que “hoje é muito complexo trabalhar num automóvel. Uma simples revisão obriga a ter máquinas, caso contrário não podemos fazer muita coisa num automóvel”.
A Vagpower já existe na prática desde 2001, mas como oficina propriamente dita abriu há cinco anos, depois de um percurso de Bruno Lopes por marcas tão importantes como a Volkswagen, Audi e Mercedes. Hoje assume que a Vagpower é especialista nas marcas do grupo VAG e em Mercedes, mas pode dar resposta em termos de serviço a clientes que tenham outras marcas de carros, embora reconheça que nessas outras marcas esteja um pouco mais limitado em termos de diagnóstico. Segundo Bruno Lopes, a Vagpower é a única oficina independente em Portugal que tem o mesmo equipamento de diagnóstico que existe nos concessionários das marcas do Grupo Vag no nosso país. “Recebemos mensalmente todas as actualizações originais da marca, mas também já adquirimos outros equipamentos que estão na origem, como é o caso de um recente investimento numa máquina para limpeza de injectores”, diz com orgulho Bruno Lopes que sabe bem o trunfo que tem nas mãos, apesar de na Vagpower existirem ainda
outros equipamentos de diagnóstico, nomeadamente da Bosch. Mas as apostas de Bruno Lopes não ficam pelos equipamentos. Na parede da oficina estão bem visíveis os diplomas de muitas acções de formação, sendo esta uma área que a Vagpower não descura como forma de estar pronto para responder a qualquer serviço. Tendo em conta a qualidade desse serviço que disponibiliza aos seus clientes, Bruno Lopes também prefere apostar nas peças originais. Segundo o próprio mais de 80% das peças que incorpora nos carros dos seus clientes são peças originais. “É uma questão de dar uma maior garantia de qualidade ao cliente daquilo que fazemos. Prefiro sempre aplicar material original, mas em algum material aposto também em aplicar peças de aftermarket mas que estejam no primeiro equipamento”, explica Bruno Lopes. Exceptuando chapa, pintura e pneus, a Vagpower faz todo o tipo de serviços técnicos de mecânica que um automóvel precise, mas o diagnóstico (e algumas reprogramações) são o forte da empresa. Com tudo isto, não é pois de estranhar
que quase 90% dos clientes da Vagpower sejam proprietários de carros do Grupo Volkswagen, como também não é de estranhar que a lista de marcações para serviço ultrapasse os 8 dias. Não menos curioso é que a maioria das oficinas da região sejam também elas clientes da Vagpower ao nível do diagnóstico. “Por incrível que pareça tenha agora mais trabalho que tinha há um ano atrás” diz Bruno Lopes. Em tempos de crise poucos se podem gabar disto!!!
|| FICHA TÉCNICA Vagpower Sede: Quinta da troca, Armazém nº3 Estrada Paiã, Patameiras 1600-075 Pontinha Responsável: Bruno Lopes Telefone: 968 585 829 Fax: n.d. E-mail: vagpower@hotmail.com Internet: www.vagpower.com CONGRATULA A OFICINA DO MÊS
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EMPRESA ARSIPEÇAS
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SERVIÇO: A MAIS-VALIA DAS PEÇAS || Desde que esteve envolvido na criação da Create Business, o gerente da Arsipeças mudou a sua visão empresarial e conseguiu dar a volta à entrada de outros operadores no seu mercado
|| A Arsipeças sempre preferiu apostar em marcas em vez de famílias de produtos. Mas serviços como a formação contribuem para que os seus clientes tenham uma visão cada vez mais profissional do negócio de reparação
A
história da Arsipeças é indissociável da Create Business. O gerente da empresa, José Assis, é, ao mesmo tempo, um dos fundadores do conhecido distribuidor de peças. Foi há nove anos que José Assis percebeu que estava na altura de dar um novo rumo ao negócio e que a fundação de um novo conceito, que mais tarde viria a dar a Create Business, seria o primeiro passo. “O mercado começava a alterar-se muito. Os grandes importadores estavam a entrar nas nossas zonas de influência”, explica José Assis. “O meu maior concorrente não podia ser o meu fornecedor. Eu vi a Create Business como uma oportunidade de ficarmos completamente independentes”. Desde a sua fundação, no início dos anos 90, que a Arsipeças tinha um posicionamento especial. A empresa de S. João da Madeira tentava apostar em marcas e não em produtos isoladamente, como ainda hoje sucede. “Com a entrada no grupo, juntámos o útil ao agradável: se éramos marca a marca, a partir daí tomamos o rumo daquilo que desejávamos”, diz José Assis, que é também um dos administradores da Create Business.
A partir desse momento, a Arsipeças começou a crescer. Todos foram obrigados a mudar os métodos de trabalho. O mesmo aconteceu na gestão da empresa. “Deixámos de trabalhar com armazéns, que seria muito mais fácil”, explica o gerente. O modelo de funcionamento da Create Business assenta numa rede de retalhistas que fazem a sua própria armazenagem de peças. As encomendas são feitas directamente aos fabricantes, através da conta da Create Business. Mas trabalhar com os próprios produtores das peças obriga a um conhecimento profundo do produto em si e uma gestão muito cuidada do stock. “Além das devoluções não serem possíveis, temos ainda que saber que estamos a milhares de quilómetros do armazém e, por isso, gerir o stock com um prazo correcto”, explica José Assis. Hoje em dia, a Arsipeças praticamente só compra à Create Business. O retalhista recorre ao mercado para comprar apenas 2 ou 3% do volume transaccionado, onde se incluem algumas peças originais. “Se somos accionistas da empresa, porque é que hei-de dar força a um concorrente? Quero é dar valor à minha empresa”, diz.
Uma novidade recente para a empresa foi a abertura do armazém onde se situam agora, na Zona Industrial da Devesa Velha. Foi há três anos que vieram das instalações situadas no centro da cidade para as actuais, onde há outras condições de trabalho. Além do problema de estacionamento para fazer as descargas, a Arsipeças não tinha, na altura, possibilidade de entrada de um empilhador para as suas instalações. Isso obrigava a soluções imaginativas que faziam com que as operações logísticas não fossem tão eficientes como deviam. Este foi apenas mais um dos investimentos feitos na empresa. Para José Assis, todo o ganho de uma empresa deve ser reinvestido. “O negócio é de futuro e temos que estar preparados para qualquer coisa que possa acontecer”, diz. Tal como é costume nas lojas Create Business, uma grande aposta são os serviços associados à venda de peças. A formação, que é uma das maiores necessidades dos clientes da região, segundo o gerente, é dada numa outra empresa situada em Arouca. Trata-se da ASS, que tem uma sala com 200 m2, especialmente preparada para o efeito. É
numa oficina com três baias e equipamentos de elevada qualidade que as turmas de doze ou mais alunos recebem formação nas diversas áreas. “Além de oferecer peças, queremos oferecer todo o tipo de serviços que o cliente precisa”, diz José Assis. A formação é feita de acordo com as necessidades que os clientes têm. É o contacto diário dos colaboradores da empresa com os mecânicos que permite saber o que é que estes últimos precisam. Para quê? Para que eles desenvolvam cada vez mais o seu negócio na direcção certa. “O objectivo da Arsipeças é que o cliente seja um cliente-modelo na sua actividade”, diz.
|| FICHA TÉCNICA Arsipeças Sede: Rua Mestre de Avis Lote 10 Zona Industrial Devesa Velha 3700-053 S. João Madeira Gerente: José Assis Telefone: 256201080 Fax: 256201088 E-mail: arsipecas@createbusiness.pt Internet: www.createbusiness.pt
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EMPRESA MAXOLIT
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ESPECIALISTA EM FERRAMENTAS ESPECIAIS || Já com mais de 10 anos de experiência no mercado, a Maxolit tornou-se por direito próprio uma referência no mercado em Portugal quando o tema é ferramenta, sobretudo especial, para o sector automóvel
|| Se existe empresa em Portugal que tem na ferramenta especial um dos seus pontos fortes, sem dúvida que a Maxolit é uma delas
F
oi em 2001 que a Maxolit apareceu no mercado. Três sócios com quotas iguais (na altura eram quatro), decidiram abraçar um novo projecto que tinha um objectivo muito bem definido: especialização em ferramenta especial para o sector automóvel. “Quase em exclusivo que optámos por vender ferramenta especial. Sabiamos que era um risco, pois é uma ferramenta que não se vende todos os dias e que o cliente só compra quando precisa mesmo dela”, recorda Artur Tomás, Director Comercial da Maxolit, que mesmo assim reconhece que foi uma boa aposta pois “actualmente quando algum mecânico pensa em
|| FICHA TÉCNICA Maxolit Sede: Rua Quinta da Pala Vereda 3, Nº29 – Gulpilhares 4405-625 Vila Nova de Gaia Director Comercial: Artur Tomás Telefone: 227 538 007 Fax: 227 538 009 E-mail: maxolit@iol.pt Internet: www.maxolit.com
ferramenta especial normalmente é de nós que se lembra em primeiro lugar”. Sempre forçando na sua especialidade ao longo dos anos, a Maxolit foi adicionando outros produtos de consumo oficinal, como é o caso dos produtos químicos e outros que “nos permitem estar em constante contacto com a oficina e assim fomentar a rotação comercial”. Para além da Govoni e ProAxxo, marcas de ferramenta especial, a Maxolit representa outras importantes marcas como a KS Tools, Spanjaard, Nexus, Keepower, Bahco, Portasol, Loctite, Teroson, Norton, entre outras. “Todas as marcas e representações permitiram também um crescimento da nossa empresa, mas para nós houve sempre uma aposta muita clara em produtos da máxima qualidade”, revela Artur Tomás, acrescentando que “existem muitas marcas para este tipo de produtos mas poucas fábricas a produzi-los. O que procuramos sempre foi ter o produto da fábrica, pois isso permite-nos desenvolver estas marcas e ter uma vantagem face à concorrência”. Esta estratégia tem dado os seus frutos já que em alguns destes produtos “somos dos principais fornecedores em Portugal dentro do sector automóvel” afirma o mesmo responsável.
Uma das áreas onde a Maxolit se sente particularmente à vontade é na componente comercial. A Maxolit encarrega-se de efectuar as vendas directamente ao cliente, fazendo-o em toda a zona norte até Leiria, recorrendo depois a distribuidores, revendedores e comissionistas, com uma estratégia clara e bem definida. “Não queremos sobrecarregar o mercado, evitando que exista concorrência nos nosso próprios produtos” afirma Artur Tomás, que conta com mais seis pessoas na Maxolit, sendo ao todo quatro os comerciais que estão no terreno. Tendo uma equipa mais pequena actualmente, 2010 foi para a Maxolit o melhor ano de sempre e em que a produtividade foi maior, sendo diversas as razões para tal facto. A maior gama de produtos, os anos de experiência no mercado e o lançamento constante de novidades são alguns dos factores que “levam a que a Maxolit seja procurada no mercado por parte dos clientes. Muitos fornecedores já nos procuram também para sermos nós ” assegura Artur Tomás. Outra das grandes apostas da Maxolit é a presença em feiras e exposições do sector, quer como visitante quer como expositor, sendo esta uma forma de marcar uma forte
presença no mercado, mas também potenciar novos contactos e novos produtos. “Uma feira é uma oportunidade de mostrar tudo aquilo que temos, que felizmente nos tem trazido grandes vantagens. As pessoas conhecem-nos bem em parte devido às feiras e exposições em que estamos presentes” garante o responsável da empresa. Logisticamente a Maxolit possui a sua sede e armazém em Gulpilhares, no qual existe uma grande sala de exposição, onde a empresa consegue mostrar grande parte da sua gama de produtos. “Todas as semanas temos sempre uma novidade para o cliente. Faz parte da nossa forma de estar no mercado e nos podermos diferenciar da concorrência” afirma Artur Tomás, que assegura que a principal dificuldade neste sector “não é a venda é a cobrança. A crise oficinal é grande e isso obriga o vendedor a ter que pensar bem a quem deve vender”. Maior atenção ao cliente, cuidado na venda e rigor nos recebimentos são aspectos que a Maxolit não quer abdicar, pelo que “todos os novos clientes que entram recebemos a pronto pagamento. É uma nova abordagem que será cada vez mais a nossa prática”, conclui Artur Tomás.
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EMPRESA SOBRAL & IRMÃO, LDA / RADIADORES SOBRAL
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A EXPERIÊNCIA
QUE VEM DE LONGE
|| Já passou por diversas gerações, mas ainda hoje continua a combater a concorrência com o seu Know-how em matéria de radiadores, nomeadamente ao nível da reparação, pois é um negócio que voltou a ganhar espaço, pelo menos na Sobral & Irmão, Lda.
|| É longa a história e a experiência da Sobral & Irmão no domínio dos radiadores para automóveis
Q
uando a empresa nasceu havia apenas um carro em Cantanhede. De uma latoaria, o gerente Virgílio Sobral Simões, pensou em evoluir o trabalho. Nasceu assim um negócio dedicado à reparação de radiadores para todo o tipo de máquinas, trabalhando na época para grandes fábricas da região centro. Na altura a estrada Aveiro / Coimbra passava à porta daquelas que ainda são hoje as instalações da empresa. A reparação e construção de radiadores para automóveis veio assim por acréscimo e a empresa atingiu nos anos 70 o seu auge, não faltando nem clientes nem trabalho. Obviamente que de 1949 até aos dias de hoje tudo mudou. Se estruturalmente a empresa ainda mantém a imagem de outras épocas, operacional e comercialmente teve que se adaptar ao que é hoje o negócio dos radiadores para automóveis e outros veículos, muito vocacionado para a troca do velho pelo novo. A empresa dedica-se ao fabrico de radiadores para automóveis, tractores,
camiões e máquinas industriais, mas apesar de existir muito trabalho feito em cobre a tecnologia em alumínio também começa a ganhar espaço. Obviamente que também a reparação é um dos pontos fortes da empresa. “Hoje em dia há duas hipóteses para o cliente. Ou manda-se vir um radiador novo ou então fabricamos nós um radiador para o mesmo fim. Esta é claramente a melhor hipótese para o nosso cliente e que mais satisfaz o cliente final”, afirma João Sobral, que esclarece que “esse é um ponto forte da nossa empresa. Fazemos tudo. Temos bons desenhadores e bons soldadores que efectuam um excelente trabalho”. O cliente tem por hábito ir à Sobral & Irmão, pois conhece a casa há muitos anos e “confia no nosso trabalho. As oficinas já nos conhecem e são um excelente meio para divulgar aquilo que sabemos fazer bem”, refere o mesmo responsável. Porém, não tendo uma forte acção comercial no mercado a nível nacional, a empresa trabalha com oficinas de todo o país. “Todo o trabalho que executamos é feito em concordância com o cliente.
Recebemos os radiadores, analisamos e vemos se dá para reparar ou teremos que fazer um novo. A questão económica é importante, mas deixamos que seja o cliente a escolher” esclarece João Sobral. Para que não fiquem dúvidas sobre a qualidade do trabalho que é feito na Sobral & Irmão, Lda, todos os radiadores que são reparados ou construídos na empresa têm a garantia de dois anos. Outra vertente do negócio da empresa é a revenda, nomeadamente de radiadores para camiões, mas a Sobral & Irmão, Lda não tem qualquer representação trabalhando com operadores grossistas que operam no mercado nacional. Mesmo assim a empresa dispõe de um vasto stock de radiadores, a maioria de fabrico próprio, com o objectivo de “fornecer rapidamente o cliente. Também podemos disponibilizar componentes, nomeadamente o favo, para que determinados clientes que ainda fazem reparação”, adianta João Sobral. Dar continudade à empresa é agora o objectivo da Sobral & Irmão, Lda, mesmo que a crise e o aumento dos custos da
matéria prima (bem como dos factores de produção) seja evidente. Por isso, “a reparação continua a ser uma boa aposta”, considera João Sobral que gere uma equipa de seis pessoas, numa empresa que olha para outros mercados com muita atenção, como exemplo Angola. Mudar de instalações, para algo mais moderno é um dos objectivos da empresa, mas “agora não se pode pensar nisso, pelo que temos que apostar no serviço e na qualidade dos nossos produtos”, conclui o responsável da Sobral & Irmão, Lda.
|| FICHA TÉCNICA Sobral & Irmão, Lda Sede: Rua Marquês de Marialva, 16 Apartado 23 3060 - 184 Cantanhede Responsável: João Sobral Telefone: 231 420 790 Fax: 231 420 405 E-mail: geral@sobralradiadores.com.pt Internet: www.sobralradiadores.com.pt
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COMPRAR AO MELHOR PREÇO || Para proporcionar as melhores condições aos seus clientes, Nelson Tripa, administrador da empresa com o mesmo nome, segue uma política negocial e de compras totalmente livre e independente
|| As novas tecnologias vão ser a grande aposta de Nelson Tripa em 2012, porque acredita que o futuro das vendas vai passar pela internet
S
edeada há 28 anos em Torres Vedras, a Nelson Tripa especializou-se no comércio de peças para A/C automóvel, sendo actualmente um dos grandes distribuidores nacionais destes componentes. O armazém com mais de 1000 m2 permite uma excelente capacidade logística de armazenamento para assegurar uma rápida resposta às solicitações dos clientes, muitos dos quais têm já décadas de relação comercial com a empresa. Nelson Tripa mantém-se atento à evolução do mercado e é assíduo nas feiras do sector em todo o mundo, onde procura novos produtos que permitam à sua empresa satisfazer continuamente as necessidades dos clientes. “Não sou representante oficial de nenhuma marca, mas comercializo todas. Compro componentes de origem e alternativos em vários países, desde a América, Ásia e na própria Europa. Dou garantia de todo o material que vendo, mas desde que seja montado por técnicos especializados, porque o grande problema deste sector é a falta de formação dos técnicos que
montam componentes de A/C”. Sobre a falta de qualificação dos profissionais que trabalham neste ramo da reparação automóvel, Nelson Tripa afirma que “as oficinas devem investir na formação de técnicos especializados em ar condicionado, porque não podemos ser nós distribuidores a dar essa formação, pois tem custos muito elevados e os resultados comerciais são irrelevantes. O que normalmente faço é dar informações pelo telefone e quando o cliente visita as instalações explico o funcionamento dos modernos sistema de A/C e aconselho as boas práticas para a montagem de compressores e outros componentes”. A Nelson Tripa conta actualmente com uma equipa de dez colaboradores, que inclui um técnico dedicado unicamente à reparação de compressores fora de garantia e recuperação de tubagem de A/C. Devido à crise económica que o pais atravessa, o cliente procura cada vez mais a peça barata, o que não traz problemas, pois como diz Nelson Tripa “desde que os procedimentos de montagem sejam
respeitados, os componentes funcionam sempre bem, quer se trate de compressores alternativos ou de marca. O técnico deve ter o brio de fazer sempre o trabalho com qualidade, porque se a peça for mal instalada e o cliente reclamar, perde o técnico que deixa de merecer a confiança do cliente e perde a oficina que fica mal vista”. As novas tecnologias vão ser a grande aposta de Nelson Tripa em 2012, porque acredita que o futuro das vendas vai passar pela internet. “A internet é o vendedor nº 1 e o meu objectivo é ter todos os produtos on-line, de forma que o cliente possa escolher e comprar a peça de forma rápida e eficiente. Para isso estamos a desenvolver um novo site, onde vai estar o catálogo de produtos on-line, dividido por cinco categorias de artigos, onde o mecânico pode encontrar tudo para ar condicionado de veículos, desde sistemas completos a peças e componentes diversos. Este novo site vai permitir aos clientes fazerem compras on-line com toda a segurança e a garantia de receberem a encomenda na sua morada num tempo recorde”.
As perspectivas para 2012 são por isso muito optimistas, apesar dos problemas de cobrança que têm surgido nos últimos tempos e do decréscimo das margens de comercialização. “Tivemos de baixar as nossa margens para podermos combater as marcas de origem, que estão a entrar no mercado independente com preços cada vez mais baixos”, afirma Nelson Tripa, que conclui dizendo “a nossa grande preocupação é conseguir responder sempre às necessidades do cliente, porque um cliente bem servido volta sempre”.
|| FICHA TÉCNICA Nelson Tripa, Lda Sede: Rua Fernando Vicente, 15 Zona Industrial Arenes 2560-677 Torres Vedras Director-Geral: Nelson C. Tripa Telefone: 261.335.050 Fax: 261.335.059 e-mail: nelson@nelsontripa.pt ( !? não entra site !? )
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EMPRESA 1º ANIVERSÁRIO STAND BARATA CACÉM
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À CONQUISTA DE LISBOA || A loja Stand Barata do Cacém comemorou o 1º Aniversário. É a primeira situada a norte do Tejo e insere-se numa estratégia de alargamento da rede de retalho do Grupo Auto Sueco no mercado pós-venda de Lisboa
|| O desempenho do Stand Barata do Cacém tem sido muito positivo, graças ao excelente trabalho da equipa de profissionais que trabalha na loja
A
comemoração do 1º Aniversário do Stand Barata decorreu no passado mês de Novembro e proporcionou um momento único de convívio entre clientes e fornecedores. Nesse dia, o armazém esteve aberto para todos os clientes visita rem e os principais fornecedores estiveram presentes para apresentarem os seus novos produtos e avaliarem o mercado, saberem quais são as necessidades das oficinas e o que precisam fazer para trabalharem melhor. O desempenho do Stand Barata do Cacém tem sido muito positivo, graças ao excelente trabalho da equipa de profissionais que trabalha na loja. “Está a fazer um percurso de consolidação, mas ainda tem muito para crescer”, disse Margarida Pina Directora de Aftermarket Veículos Ligeiros do Grupo Auto Sueco, que considera o mercado onde a loja e situa, muito difícil, pois tem muita concorrência, já que os grandes players estão lá todos. “Somos mais um, mas temos um posicionamento de diferenciação relativamente aos outros players”, diz esta responsável, que acrescenta “Temos dois segmentos de preço como sempre tivemos e trabalhamos com segmentos de clientes
que já envolvem negociações com outras entidades, como por exemplo as seguradoras. Por isso, acho que esta rede de distribuição, que é uma rede de conveniência, tem de estar cada vez mais próxima das oficinas, de modo a conseguir uma logística de distribuição com raios de acção mais curtos que proporcionem entregas mais rápidas.” O Grupo Auto Sueco continua com uma estratégia de crescimento via aquisição, contando actualmente com dez lojas Stand Barata, uma empresa de retalho no norte, que é a Arrábida Peças, e três lojas da Norvicar, em Viseu, Covilhã e Guarda. “Hoje temos uma rede de retalho com 14 lojas e o futuro passa pelo desenvolvimento da nossa rede de retalho própria, mas também pelo desenvolvimento de uma rede de retalho de parceiros, localizados em áreas nacionais que ainda não estão cobertas pela nossa rede própria de distribuição”, acrescentou esta responsável.
Rede TopCar sempre a crescer Aproveitando a presença da Dra. Margarida Pina na festa do 1º aniversário do Stand Barata do Cacém, questionámo-la sobre o
ponto de situação da Rede de oficinas Top Car lançada há pouco mais de 1 mês. “Temos uma estratégia de desenvolvimento da rede, que neste momento conta já 20 oficinas Top Car com contrato fechado e daqui a dois anos teremos 120, porque achamos que é o número correcto para fazer a cobertura do mercado nacional. Estas redes de oficinas estão assentes numa lógica de proximidade exactamente através das nossas lojas de retalho. Por exemplo, esta loja Stand Barata do Cacém, à semelhança das outras lojas, fornece as nossas oficinas Top Car na área circundante. O projecto Top Car está baseado numa estratégia de distribuição de peças com respeito pela cadeia de valor. Assim, temos o importador a distribuir peças para os retalhistas, os quais distribuem às oficinas Top Car. Vamos respeitar esta cadeia, porque é o que o mercado nos exige e a postura mais séria para desenvolver o negócio. A receptividade ao conceito da rede Top Car tem sido enorme. A identificação das oficinas tem sido feita em conjunto com as nossas lojas de retalho, porque elas é que conhecem os seus clientes. Temos critérios quantitativos para escolher as oficinas, mas principalmente temos critérios de qualidade
que se prendem com a visão a médio e longo prazo que os gestores da própria oficina têm, no investimento que têm feito nas instalações, nomeadamente a nível de equipamento. Mas mais importante do que o número de produtivos e dos metros quadrados, é a visão do próprio gestor que nos interessa. Se é uma visão de médio e longo prazo, de investimento e de querer estar no futuro no mercado. Deste modo a oficina tem todas as condições para pertencer à rede Top Car e temos recebido vários contactos de oficinas que pedem para serem visitadas e isso para nós é a concretização do sucesso da rede.”
|| FICHA TÉCNICA Stand Barata Loja: Centro Empresarial do Cacém Paço de Arcos - Pavilhão J - EN 249-3, Km 1.8 São Marcos - 2735-307 Cacém Coordenador de Loja: José Andrade Telefone: 210 031 280 Fax: 210 031 281 E-mail: pdcaixa@standbarata.pt Internet: www.standbarata.pt
PODER DE TRAVAGEM DESDE 1925
A Girling tem sido a força por detrás da travagem desde 1925 e, apesar do mercado independente de pós-venda ter mudado bastante desde essa altura, o que não mudou foi a nossa dedicação no fornecimento de peças de qualidade, que os nossos clientes podem instalar com confiança. As peças Girling, fabricadas em instalações de classe mundial e rigorosamente testadas na estrada, incluem, sempre que necessário, os acessórios para efectuar uma reparação perfeita.
www.girlingauto.com
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AVENTURA TROFÉU SAHARA AVENTURA 2011
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INESQUECÍVEL SAHARA
|| Paula Castanho, jornalista da SIC, faz uma abordagem da sua participação no Troféu Sahara Aventura 2011 - uma prova de orientação e estratégia que decorreu nas areias do Sahara Maroquino - no “Diário de Bordo” que publicamos
O
Troféu Sahara Aventura 2011, que é o maior evento europeu amador de orientação apto para qualquer veículo todo-o-terreno, já se realiza há 11 anos no norte de África. Este ano a prova contou com a participação de uma equipa feminina portuguesa, constituída pela Jornalista da SIC, Paula Castanho e pela Secretária Geral Adjunta da ACAP, Catarina Correia. O Jornal das Oficinas apoiou a iniciativa como media partner e várias empresas ligadas ao sector do pós-venda automóvel e dos pneus patrocinaram a equipa, nomeadamente a Blue Print, MCoutinho Peças e Michelin. Estavam definidas 4 etapas com enquadramentos paisagísticos fantásticos e divergentes – neve, deserto, montanha, etc., muitos com acesso bastante complexo. A tangibilidade dos mesmos constituía um enorme desafio. Todavia, a dificuldade compensava, não só pelo maior número de pontos conquistados, mas igualmente pela enorme beleza inexplorada dos locais.
DIÁRIO DE BORDO
5 DEZEMBRO “Bonjour madame”!!! Os olhos das meninas brilharam ao ver dois jipes nas ruas da aldeia, mais fascinadas ainda com as mulheres estrangeiras… Ait-Kalla, é uma povoação perdida no cume da cordilheira do Atlas, por esta altura coberta de neve, tão perdida quanto nós… O despertar foi cedo, às 6 da manhã, depois de dois dias de viagem entre Lisboa e Ouarzazate, a nossa orientação ainda estava dispersa entre as estradas de Portugal, Espanha e Marrocos. Foi nesta confusão de coordenadas que chegamos a Ait-Kalla, à hora em que as crianças saíam da escola. As casas desordenadas, encostadas à serra desenhavam ruas estreitas pouco marcadas, com piso de pedras gigantes… Cada equipa em prova corre com 2 carros, a estratégia é livre de tal forma que fomos
os únicos a optar chegar, primeiro, ao ponto mais distante a norte do Atlas, em pistas pouco trilhadas. A opção teve um preço: pontuamos poucos pontos mas vimos o espanto das crianças quando saíram do recreio para almoço: Os “forasteiros” estavam confusos, por quatro vezes cruzamos os trilhos que definem o que mais se parece com uma “rua”, as meninas olhavam encantadas para as mulheres da equipa, os rapazes metiam conversa com os homens e em berbere tentavam ajudar, mas numa língua que desconhecíamos, apontavam direcções diferentes e foi neste desencontro de conversas que passamos quase uma hora a fazer inversão de marcha e a observar aquelas crianças que fazem quilómetros, por entre pedras e neve, para aprender a ler o que vem nos livros. O contacto mais próximo que tiveram com a civilização foi esta passagem de jipes, do “Sahara Aventura”.
6 DEZEMBRO Etapa longa com piso diversificado, foi esta a advertência dada no briefing para o segundo dia de prova desta vez no deserto de Erg. As cores terra das montanhas cobertas de pedra deixavam pouco visíveis os locais para pontuar. O espírito de competição marcou o dia. Em prova 15 equipas, 30 carros, de Espanha e Portugal. Os portugueses começaram a dominar a prova nos últimos anos do Sahara Aventura. O segundo dia de competição foi um teste à resistência das viaturas e perícia dos condutores. A meio da prova, no meio do deserto, um ponto obrigatório serviu para medir forças. Por estrada, a distância entre Ouarzazate e Zagora marcava 180 quilómetros, por pistas e trilhos fizemos perto de 300. A paisagem quente embora inóspita e árida, onde os oásis emergem nas linhas de água vai ficar na memória, a lembrar os filmes de western gravados na região.
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AVENTURA TROFÉU SAHARA AVENTURA 2011
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|| Paula Castanho, Jornalista da SIC, descreve no “Diário de Bordo” a experiência inesquecível que viveu com Catarina Correia, Secretária-Geral Adjunta da ACAP, durante os dias de prova do Troféu Sahara Aventura 2011
As mulheres em competição (uma equipa espanhola e nós) continuam a marcar pontos numa prova marcada há anos pelo universo masculino. Metade das equipas foram desclassificadas nesta etapa por terem chegado muito depois da hora limite. Ao olhar para a tabela fiquei surpreendida, ultrapassamos a equipa feminina espanhola e muitas masculinas. Ficamos num honroso quinto lugar.
7 DEZEMBRO O barulho dos motores acordou Zagora, sobrou pouco tempo para ouvir as histórias de quem chegou noite dentro, da prova anterior. Foi preciso percorrer 80 quilómetros até à partida desta vez no deserto de areia. Conduzir em dunas pela primeira vez era um misto de nervosismo e adrenalina. A segurança do nosso assistente, experiente em todo-o-terreno embora caloiro nesta prova, Francisco Esperto, transmitia confiança. O primeiro waitpoint foi logo um desafio, obrigava a passar por várias dunas de areia muito fina, tão fina que se tornava difícil respirar. O Land Cruizer reagiu bem mas dificilmente alguém não atola nos montes de areia, em poucos segundos as pás saíram do porta-bagagem para escavar e abrir o caminho. A confiança deu lugar a prudência a estratégia foi repensada. Apostamos em zonas de piso mais duro para voltar às dunas apenas no final do percurso.
O Sahara aventura é uma competição de estratégia, não fosse para poupar o jipe, a minha vontade seria fazer um percurso mais longo nas dunas, onde alimentei o imaginário que me trouxe a estas paisagens inesquecíveis do deserto do Sahara. Já quase noite, de regresso a Zagora, milhares de pessoas davam vida a um mercado de rua, em Mhamid. No chão, comida, roupa em cima de plásticos sujos onde o pó dominava o ambiente. Uma imagem do sul de Marrocos, aqui tão perto da Europa. Enquanto os jipes atravessavam a feira, uma carrinha Mercedes de 9 lugares, transportava mais de duas dezena de pessoas, no “regresso” a casa…
8 DEZEMBRO Baton nos lábios com sabor a framboesa, o cheiro agradável invadiu o carro das meninas, preparadas para o frio de um dia que ainda não tinha nascido. Largamos em oitavo lugar, para uma jornada que se previa longa com uma última etapa nocturna. O pó dos carros da frente formava uma nuvem sobre a pista, meia hora depois ficamos sem direcção o tubo de retorno da bomba de direcção rompeu. Foi o primeiro incidente em prova, sorte de principiantes só tínhamos ouvido falar das avarias nos carros dos homens. O assistente, Francisco Esperto, provou os conhecimentos de mecânica. Usei um dos meus recursos, o baton
framboesa Ághata Ruiz la Prada, serviu para encaixar os tubos depois de terem sido “aparados”, em meia hora voltamos aos trilhos ainda a tempo de marcar um ponto fora da pista principal. Mais uma hora de caminho o travão deu de si, pé a fundo e nada. pelo rosto do Francisco o problema não era grave, em minutos afinou o travão e lá fomos nós na expectativa de chegar ao controlo de passagem (CP) a meio da prova. A pista bem marcada deu-nos esperança… mas por pouco tempo, o carro começou a perder estabilidade, mais uma paragem. O nosso “guru” fez a análise e decidiu desmontar o cubo da roda dianteira. Um touareg, de olhar expressivo, juntou-se a nós começou sem palavras a juntar pedras para colocar por baixo do carro. A anilha que segura a porca do cubo do rolamento da roda dianteira esquerda partiu e o carro ficou sem estabilidade. Com poucos meios para resolver, agora, um problema mais grave usamos força e paciência, durante horas, para desencaixar as anilhas e resolver o problema da roda. Com sorte chegamos a tempo, a Erfeud, de aproveitar o fim do dia no melhor hotel escolhido pela organização, o “Xaluca”.
9 DEZEMBRO O Hotel Xaluca é um paraíso no meio do deserto. O cenário perfeito para descansar depois de cinco dias (mais dois de Lisboa a Marrocos) colada ao banco do Land Cruiser
mas a pausa é por pouco tempo, o último dia de prova leva-nos para o erg Rachadia, é o fim do “Sahara Aventura” e de várias idas aos mecânicos de Erfoud e Zagora . Depois da penalização da quarta etapa, partimos em último enquanto a equipa feminina espanhola abandonou a prova com um dos carros avariado na pista. Ficam as memórias de momentos de tensão, boa disposição e paisagens deslumbrantes onde se dá valor a muito pouco… Recordo o rosto de um homem ainda jovem, fez sinal para pararmos porque estava com sede, pediu água senti-me frustrada por não o poder ajudar. Já só restavam garrafas vazias dentro do jipe. A água não se nega a ninguém, no meio do deserto, sem querer, vamos contra os nossos princípios!!! Missão cumprida chegamos ao fim. Parabéns aos portugueses “Proseries Desert Team” foram os vencedores da XII edição do Sahara Aventura.
|| FICHA TÉCNICA Equipa “Pocas” Carro 2 : Paula Castanho; Catarina Correia Carro 1 : Cristovão Leitão; Luís Lancastre Assistente: Francisco Esperto Media Partners: Jornal das Oficinas, Revista dos Pneus, Revista Mais Alentejo e Activa Patrocinadores: Blue Print, Michelin, Portugal Fresh, MCoutinho Peças e FlY London
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ESPECIALISTA EM EIXOS E SUSPENSÕES || A Suspartes, representante oficial em Portugal do Grupo SAF Holland, comemora este ano duas décadas e meia de vida. Para além da comercialização de equipamento original, também presta serviços de assistência aos produtos da marca alemã em oficina própria || A SAF é um dos gigantes mundiais da indústria de eixos e suspensões para pesados
A
Suspartes - Comércio Internacional de Suspensões e Peças, Lda. – foi criada em 1987, dedicando-se fundamentalmente ao comércio de suspensões, eixos e equipamentos de engate para viaturas pesadas, áreas nas quais também presta todos os serviços de assistência pós-venda em oficina própria, através da empresa do grupo, a Parabólica – Construção e Reparação de Molas e Carroçarias, Lda. - fundada em 1989. Ambas as empresas encontram-se sediadas no limite noroeste do concelho de Palmela, em instalações próprias inauguradas há cerca de 10 anos, com 5.000 m2 de área total, 1.900 m2 dos quais de área coberta. Herbert Kemp, sócio-gerente da Suspartes, explica ao JORNAL DAS OFICINAS: “nos primeiros anos de actividade começámos como fornecedores de primeiro equipamento para os fabricantes de reboques, nessa época só fornecíamos suspensões mecânicas e algumas peças de reposição”, isto numa altura em que a indústria de reboques ainda tinha um conjunto muito significativo de boas empresas a operar no nosso país. “Nessa época cem por cento do material que era vendido fabricava-se em Portugal, tratava-se dum mercado muito interessante e com um volume de vendas elevado”.
SAF ajuda empresa a crescer Em 1989 a Suspartes torna-se representante oficial em Portugal da SAF, uma empresa de origem alemã que se tornou num dos gigantes mundiais da indústria de eixos e suspensões. “Nós tínhamos bons contactos com os fabricantes e surgiu-nos esse convite” – recorda Herbert Kemp – “a SAF era um dos pioneiros na Europa na produção de suspensões pneumáticas”, numa altura em que a liberalização do transporte rodoviário e a livre circulação de pessoas e bens na UE provocaram uma enorme expansão do transporte internacional de mercadorias, o que levou também, ao nível da indústria, à “transição da suspensão de molas para a pneumática”. A SAF fornece eixos de primeiro equipamento aos principais construtores europeus de reboques, bem como eixos e suspensões para o aftermarket. Presentemente, o negócio de reposição já representa entre 25 e 30% do volume de facturação da SAF, e tem margens um pouco mais elevadas do que no primeiro equipamento. Nos últimos anos a multinacional alemã tem vindo a alargar a sua gama de equipamentos através da aquisição e de parcerias com outros fabricantes de renome.
O primeiro grande passo nesse sentido foi dado em 2007, estabelecendo um acordo de joint-venture com a empresa norteamericana Holland, o qual deu origem à actual denominação do Grupo: SAF Holland. Segundo Kemp, “a Holland é o principal construtor norte-americano de quintas rodas e de pernas de apoio. Nos EUA tem mais de 50% de quota de mercado”. Como os equipamentos da Holland não foram bem aceites pelo mercado europeu, em 2008, a SAF adquiriu a G+F, o segundo maior fabricante europeu de quintas rodas. Com esta aquisição veio também a Trilex, uma marca da G+F, que fornece um sistema próprio de fixação da roda a jantes especiais. No último balanço de exercício a SAF Holland registou um volume de negócios na casa dos 750 milhões de euros, prevendo um aumento de 20% no corrente ano. Emprega presentemente 3.000 funcionários. A SAF fornece também terceiros eixos (eixo elevatório não motriz) como primeiro equipamento para os construtores de camiões e fornece eixos especiais para autocarros. “Por exemplo, a Caetanobus recebe um eixo especial da SAF para autocarros de piso rebaixado que faz uma abertura no meio”.
A parceria de mais de duas décadas de trabalho em conjunto com a Suspartes, e a qualidade de serviço da Parabólica, fazem com que a SAF Holland eleja Portugal na sua política de I&D, para desenvolver testes e ensaios com novos produtos, antes do seu lançamento nos mercados mundiais. “O facto de Portugal ser um país com clima quente, ter algumas estradas acidentadas e de termos a nossa própria oficina, tem levado a SAF a ensaiar cá todas as suas inovações em matéria de produto. Estes testes dinâmicos servem de complemento aos ensaios que são feitos no laboratório que existe na fábrica, com tecnologia de última geração” – explica Kemp.
Novidades de produto A nível de novidades de produto, foi lançada este ano a pinça de travão SAF SBS 2220 destinada aos eixos dos semireboques, cujo principal argumento passa por conseguir aumentar o volume de carga útil dum camião articulado em cerca de 40 kg, uma vez que este equipamento, quando aplicado nas seis rodas do trailer permite uma poupança de peso de cerca de 7 kg por roda, em relação às pinças de travão convencionais.
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PESADOS SUSPARTES
|| Operação de reparação na oficina da Parabólica
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|| Testes de travões em banco de rolos
Relativamente ao volume de serviço, “a Parabólica tinha entre 10 e 15 entradas PARABÓLICA - UMA OFICINA ALTAMENTE ESPECIALIZADA diárias na oficina, mas, com a crise, está-se a sentir uma quebra de cerca de 20%” – A Parabólica tem oficina própria na Vila Amélia, no concelho de Palmela, paredes conclui. meias com as instalações da Suspartes, e nasceu fruto da necessidade de satisfazer os A Parabólica também tem um carro-oficina para poder prestar assistência na estrada, requisitos de serviço da SAF. e dá formação nas empresas clientes. João Loureiro, responsável pela garantia e “Na Parabólica montamos eixos, suspensões, reparamos molas e travões, assistência do pós-venda, salienta o seguinte: “o nosso auxílio é solicitado com alguma independentemente de serem ou não da SAF, uma vez que a nossa equipa é frequência, fora da empresa dou apoio técnico sempre que seja solicitada a minha altamente especializada neste tipo de serviços” – afirma Inácio Ramalho, sócio-gerente presença numa oficina dum cliente. O mercado está de tal maneira que nós hoje em e chefe de oficina da empresa – “também fazemos pequenas reparações em chassis e dia temos de utilizar todas estratégias para os nossos clientes habitualmente calçam aqui satisfazer as necessidades dos clientes e resolver os carros”. A oficina está bem equipada para o os problemas”. tipo de serviços que desenvolve, possuindo, O apoio às empresas clientes passa muito inclusivamente, um banco de travagem de rolos também pelo fornecimento de informação controlado por frenómetro e fossa para que os técnica. “Desenvolvemos uma estratégia de técnicos possam trabalhar sob o chassis. dar apoio ao cliente antecipando as situações, “Damos cobertura, sobretudo, às empresas da divulgamos o máximo de informação dos área metropolitana de Lisboa, mas também equipamentos que comercializamos, de todo o temos alguns clientes na nossa oficina do conhecimento que fomos adquirindo ao longo Alentejo e do Algarve, e até mesmo do resto do do tempo, e explicamos ao cliente a forma país, uma vez que os veículos estão deslocados como deve utilizar o equipamento, quais os em serviço” – sublinha Inácio Ramalho. Existem tipos de problemas que podem advir da sua igualmente parcerias em todo o país bem como má utilização, e procuramos sensibilizá-los com todos os fabricantes nacionais de reboques para a importância e os benefícios da que fazem manutenção ao equipamento da || Da direita para a esquerda: Inácio Ramalho e João Loureiro utilização de peças de substituição originais”. SAF.
“A SAF está também a trabalhar no desenvolvimento duma nova tecnologia que consiste na fixação directa da jante ao cubo do eixo”, trata-se dum conceito inovador que permite reduzir o peso e aumentar a carga útil, com ganhos de cerca de 12 kg por eixo. “Outra das vantagens deste sistema é que permite eliminar uma peça, a flange, aumentandose a dimensão da jante. Os fabricantes de jantes vão ter de acompanhar este desenvolvimento tecnológico. Tenho a certeza que daqui a dois ou três anos este novo conceito da SAF vai ser standard a nível dos veículos pesados” – garante Kemp. Em Março do próximo ano, este novo produto, que já se encontra disponível no mercado, vai realizar mais uma fase de ensaios em Portugal.
“Portugal é um mercado muito difícil” Em 2010, o Grupo registou um volume global de negócios de 2,3 milhões de euros, tendo a Suspartes obtido uma facturação de 1,5 milhões de euros (1,1 milhões só em peças) e a Parabólica cerca de 800.000 euros. Isto sem contar com os fornecimentos que são feitos directamente da fábrica da SAF para os
fabricantes nacionais de reboques. Também em matéria da política de preços a empresa tem vindo a acompanhar de perto a concorrência nestes tempos difíceis. “Chegámos à conclusão que se conseguirmos uma diferença de preço até 20%, quase todos os clientes optam pela garantia dada pelo equipamento original” – sublinha kemp – “até porque nós damos garantias muito longas, nos eixos, por exemplo, podem estender-se até 6 anos ou 1 milhão de quilómetros”. Em Portugal, a SAF tem presentemente cerca de 40% de quota de mercado na primeira montagem, enquanto a quota das peças no aftermarket deve rondar somente os 10%, ficando em aberto um grande potencial de crescimento na venda de peças originais. Quanto às principais especificidades do nosso mercado, Herbert Kemp considera “Portugal um mercado muito difícil, sobretudo devido a um excesso de oferta, o que gera preços muito baixos e o esmagamento das margens”. Também em relação à sobrevivência da indústria antevê muitas dificuldades para o futuro. “Do ponto de vista geográfico não estamos bem localizados. Temos uma vantagem que advém da ligação a África, nomeadamente Angola e Moçambique,
que neste momento está a pedir veículos especiais, são viaturas que ainda são montadas à medida e é um nicho de mercado interessante. No entanto, esses países também se estão a desenvolver, e é possível que daqui a uma década só queiram viaturas standard”.
Boa disponibilidade de stock de peças A Suspartes integra nas suas instalações dois armazéns de peças, um para fornecer a oficina da Parabólica e outro para o mercado, composto essencialmente por transportadores, frotas municipais, fabricantes de reboques e oficinas. “Nós trabalhamos com um transportador que entrega as peças diariamente. As nossas peças são entregues, normalmente, até ao meio-dia do dia seguinte ao da encomenda. Outra das vantagens do nosso produto é que nós temos muitas peças standard e quase todos os nossos clientes têm algum stock no material de maior consumo”. Com uma disponibilidade de stock da ordem dos 95%, a Suspartes garante a entrega em 3 a 4 dias para peças com menos de 30 kg que não estejam disponíveis em armazém, graças a um serviço acordado com a própria fábrica.
|| Herbert Kemp, Sócio-gerente da Suspartes
|| FICHA TÉCNICA Suspartes Sede: Palmela Lote 107- Vila Amélia 2950-805 Quinta do Anjo Sócio-gerente: Herbert Kemp Telefone: 21 213 47 10 Fax: 21 210 32 06 E-mail: h.kemp@.pt Internet: www.suspartes.pt
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MERCADO A IMPORTÂNCIA DA CAIXA
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A SEGURANÇA COMEÇA NA EMBALAGEM” || Caixas de origem acondicionadas para não se estragarem na distribuição, embalagens reforçadas ou de dimensões adaptadas aos produtos, são alguns dos tópicos abordados numa viagem a um mundo de cartão… geralmente reciclado e reciclável!
P
artimos à descoberta do universo das embalagens a que habitualmente ligamos tão pouco, mas que assumem primordial importância quando acomodam peças que necessitam de especial cuidado no seu manuseamento e transporte. Para além de tudo o que nos foi dado a conhecer, ficámos certos e seguros de que também o mundo do cartão, na maioria dos casos reciclado, é outro dos misteres bem guardados pelas marcas. “Todos os nossos produtos são fornecidos em embalagens próprias, adequadas à sua dimensão e peso. O design das embalagens possui um fundo vermelho; inclui o logótipo a branco e também desenhos dos produtos das nossas principais tecnologias. As embalagens da gama TRW Proequip para veículos comerciais pesados, que possuem uma imagem própria associada à marca, são mais robustas e reforçadas, pois o peso dos componentes para veículos pesados assim o exige”, explica Carlos Bronze, responsável pelo armazém da TRW. Pelo mesmo diapasão alinha a ZF Services, conforme explica Miguel Pérez Schwarz. “As nossas embalagens cumprem as directrizes da imagem corporativa, bem como os requisitos da logística, de forma a evitar estragos durante o transporte e a facilitar o armazenamento dos produtos.” É no departamento de logística da ZF que se estudam as melhores soluções para as embalagens de cartão reciclado e reciclável, cuja resistência aos choques, à quantidade de caixas empilhadas e ao próprio peso do componente que acondiciona varia, consoante as necessidades. E se é certo que “na maioria dos casos a embalagem normal é mais do que suficiente”, situações há em que “os produtos são mais sensíveis ou pesados, obrigando ao reforço das caixas”. Nuno Wheelhouse diz que “os fornecedores mais importantes e que comercializam peças que exigem cuidados específicos em termos de armazenagem e/ou transporte, fornecem toda a informação necessária ao seu correcto manuseamento e transporte”. Ao mesmo tempo que pedem aos parceiros de negócio que tenham em atenção determinados parâmetros cujo cumprimento contribui para a preservação de caixas e conteúdos, os
fabricantes investem e o responsável máximo do Stand Barata menciona “progressos na forma como os produtos são acondicionados”. A verdade é que existe um “especial cuidado com o cumprimento das normas vigentes no que se refere aos limites de peso e aos artigos de alguma perigosidade. A evolução tende naturalmente a ser mais significativa por parte dos fornecedores que comercializam peças frágeis ou que acondicionam peças de peso elevado juntamente com outras mais sensíveis”. Embalagens de origem do fabricante à parte, a realidade é que na altura da expedição por vezes as empresas optam por recorrer ao embalamento antes do envio para os clientes. No Stand Barata, “se as peças forem enviadas através de uma empresa externa, embalamos de acordo com os procedimentos definidos de forma a garantir que estas chegarão em bom estado aos nossos clientes. No caso das peças entregues directamente por nós através dos nossos distribuidores, as caixas de cada produto são suficientes para garantir o bom estado das mesmas”. Carlos Bronze salienta que a preocupação primeira é “a preservação da embalagem
original do produto. É nossa convicção de que a nossa imagem deve chegar intacta ao cliente final.” Sobretudo porque a TRW é uma empresa “vocacionada para o fornecimento de segurança automóvel”. Embalam-se e acondicionam-se os produtos para se “garantir a sua integridade física”, pelo recurso a “embalagens de elevada qualidade e resistência, feitas a partir de matérias recicladas. O cartão reciclado é previamente cortado numa máquina que possuímos para esse efeito. Cerca de 80% do cartão das embalagens que recebemos, é reciclado desta forma. Os restantes 20% são enviados para empresas de reciclagem autorizadas.” Outra preocupação com as embalagens de expedição de material prende-se com a sua dimensão. “As nossas embalagens são, desde há muitos anos, estandardizadas As alterações que eventualmente tenham acontecido, prendem-se com a introdução de alguma gama de produtos, o que pode influenciar o tamanho padrão da caixa a utilizar, não afectando, no entanto, a sua qualidade e robustez, tendo em conta o fim a que se destina.” Por outro lado, a existência de
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MERCADO A IMPORTÂNCIA DA CAIXA
diversas medidas-padrão, “além de facilitar o transporte, cria uma cultura de reconhecimento das nossas embalagens, quer pelo transportador, quer pelos nossos clientes.” Entre os produtos mais complexos que obrigam a adoptar especiais cuidados no acondicionamento estão “as barras de direcção e os triângulos de suspensão para veículos pesados da marca TRW Proequip. Devido ao seu peso e dimensões consideráveis, o processo de manuseamento e expedição torna-se mais moroso, além de ser complicado encontrar o tipo de embalagem ideal a um preço competitivo.” A situação complica-se quando numa mesma encomenda convivem peças de características opostas… “Outra das complexidades que faz parte da nossa área de negócio são os pedidos conjuntos de materiais com pesos e fragilidade completamente distintos. É normal, um cliente pedir em simultâneo, lâmpadas e discos de travão. Claro que a solução para estes casos, passa pela utilização de materiais de acondicionamento que garantam a integridade física de todos os produtos. Sempre que possível, separamos os diversos tipos de produtos, de modo a evitar o risco de danos nos produtos mais frágeis. Quando isso não é possível, recorremos à utilização de caixas
|| Os fabricantes de peças têm um cuidado cada vez maior no acondicionamento dos produtos, com o objectivo de preservar ao máximo a qualidade e bom funcionamento dos mesmos
mais pequenas colocadas dentro das maiores, de modo a criar uma barreira física mais eficaz. Nunca é demais referir que a segurança começa na embalagem.” Depois há as devoluções! E, se há empresas que aceitam as devoluções sem que haja qualquer exigência quanto ao estado das embalagens originais, outras há em que caixas em mau estado de preservação podem implicar a aplicação de penalizações ou até mesmo recusa da sua recepção. Neste último caso, pode acontecer efectivamente que a situação se revele penalizadora para quem vende e não para quem supostamente havia comprado… “Quando recebemos uma devolução de uma peça cuja caixa impede
que esta possa ser vendida, efectuamos a devolução ao fornecedor de modo a que este possa proceder ao seu reacondicionamento. Habitualmente este processo supõe uma penalização por parte do fornecedor pelos custos envolvidos”, refere Nuno Wheelhouse. Catarina Rodrigues, gestora de produto na Iberoturbo, explica que “a Garrett mudou de instalações e aproveitou para acabar com as reclamações por turbos partidos no decurso das entregas”. Muita pesquisa e algum desenvolvimento depois, surgiram as novas caixas, “embalagens maiores que as anteriores e transportam mais ar… mas agora a peça vem mais segura e devidamente acondicionada.”
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Acresce o facto de que “o cartão e as peças que suportam os turbos, tudo pode ser reciclável”, com todos os benefícios que daí advenham para o ambiente . Aliás, o ano em curso representa uma nova fase dos recursos logísticos dos Turbos Honeywell no mercado de reposição, privilegiando fabricante e clientes. As novas instalações a que Catarina se refere são as da plataforma logística situada em Thaon-Les-Vosges (França), paredes-meias com uma das fábricas da Honeywell. Uma proximidade que facilita o transporte dos produtos, mercê também do surgimento de um vínculo directo com os fornecedores do fabricante. Essas iniciativas resultarão em serviços do mais alto nível aos distribuidores, enquanto permitem maior divulgação da marca Honeywell e oferecem melhor protecção aos turbos de alto valor durante o transporte. “A plataforma de logística também fornecerá melhor capacidade de rastreio do produto”, salientou Ed Goodwin director geral da Honeywell Turbo Technologies para o após-venda, referindo-se à criação de uma nova embalagem do turbo no mercado de reposição, dotadas de protecção reforçada. E no exterior estão as novas etiquetas com código de barra, referência e número de série.” PUB
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CLUBES DE AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS VW AR CLUBE PORTUGAL
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PRESERVAR , DIVULGAR & CONDUZIR || O VW Ar Clube de Portugal preocupa-se não apenas com a componente lúdica, que é normal num clube de clássicos, mas também com a componente técnica, dispondo de um departamento técnico
|| O Volkswagen Ar Clube de Portugal possui um departamento técnico que ajuda a manter estes carros o mais originais possível
O
VW Ar Clube de Portugal foi fundado a 3 de Março de 1992. Dos seus objectivos destaca-se a prestação de assistência na manutenção, exibição e restauro de todos os veículos da marca Volkswagen, com motor refrigerado a ar, pertencentes aos seus associados, mas também a organização de actividades destinadas a fomentar a convivência e a troca de informações entre os associados. Em Maio de 1992 realizou-se o primeiro encontro nacional, com o propósito de reunir o maior número de entusiastas possível. Embora sem recurso aos actuais meios de divulgação - a internet era ainda uma miragem – foi possível reunir mais de uma centena de Volkswagens refrigerados a ar, em Viana do Castelo. Desde logo ficou assente que haveria um II Encontro Nacional no ano seguinte, o que veio efectivamente a acontecer, mas desta vez com 218 carros inscritos. Terá sido
|| FICHA TÉCNICA VW Ar Clube Portugal Sede: Avenida da Povoença, nº 191 - Areosa 4900-489 Viana do Castelo Presidente: José Rui de Sousa Alves Telefone: 258 828 063 E-mail: geral@vwarcp.com Internet: www.vwarcp.com
seguramente um dos maiores encontros de Volkswagens refrigerados a ar de sempre realizado no nosso país. A perspectiva de um aumento do número de participantes na terceira edição do Encontro Nacional levou a equipa responsável pela organização deste evento a limitar o número máximo de participantes a 100 carros, a bem da qualidade de serviços e da segurança rodoviária. Esta limitação mantém-se ainda actualmente. Em 1996, ainda no rescaldo do V Encontro Nacional, foi tomada a decisão de se organizar um encontro de Outono, limitado a 50 carros, que teria a particularidade de apenas permitir a participação de Volkswagens refrigerados a ar mantidos no seu estado de origem ou devidamente restaurados. Convirá, talvez, esclarecer que, à época, era considerado normal admitir qualquer veículo, independentemente do seu estado, ou das transformações de que tivesse sido alvo, desde que fosse um Volkswagen e tivesse motor refrigerado a ar. Será também pertinente fazer notar que uma boa percentagem dos participantes nestes encontros se faziam deslocar nos seus carros de utilização diária. Nascia assim o 1º Clássico VW que teve por cenário as belíssimas muralhas da cidade de Valença. Cinquenta Volkswagens refrigerados a ar, conservados no seu estado de origem, ou restaurados de
acordo com as especificações de fábrica, ficaram, para memória futura, ligados ao primeiro encontro de Volkswagens Clássicos realizado em Portugal. O êxito do 1º Clássico VW deixou claro, para a direcção do clube, que o caminho a seguir no futuro deveria ser o da protecção e preservação do Volkswagen refrigerado a ar no seu estado de origem. Ainda em 1996, em Dezembro, foi convocada uma Assembleia Geral Extraordinária na qual os sócios presentes deliberaram, por unanimidade, que a partir dessa data, só seriam aceites no clube veículos conservados no seu estado de origem ou restaurados de acordo com as especificações de fábrica. Em dezanove anos de vida o VW Ar Clube de Portugal realizou dezanove encontros nacionais, em Viana do Castelo, Ponte de Lima, Braga, Guimarães, Tomar, Lisboa, Arouca e Mafra, e quinze Clássicos VW, em Valença, Arcos de Valdevez, Melgaço, Esposende, Vila Nova de Cerveira, Braga, Ourém, Viana do Castelo, Caldas da Rainha, Peniche, Gaia, Estremoz e Porto. Paralelamente a estas actividades o Clube disponibiliza ainda aos seus associados um seguro especial - quer no que respeita ao prémio quer às condições da apólice - e publica regularmente “O Boxer” – órgão informativo que é distribuído gratuitamente aos associados e que vai, actualmente, na sua centésima edição. Os associados que assim o desejarem têm à
sua disposição um processo de certificação das suas viaturas, da responsabilidade do departamento técnico, com os seguintes objectivos: 1 - Valorização do parque automóvel do clube (nos casos em que o veículo não está em condições de ser certificado, o associado é informado das alterações que deve efectuar com vista à obtenção da certificação). Em caso de certificação ficam registados no certificado entregue ao associado os defeitos detectados na viatura, sendo este encorajado a corrigi-los até à data de revalidação. Nos casos em que a viatura está irrepreensível o associado recebe um certificado sem anotações e os parabéns pelo estado do seu magnífico exemplar; 2 - Apoio ao associado nas situações em que se torne necessário atestar o estado da sua viatura. (O restauro de um Volkswagen refrigerado a ar é um processo meticuloso e moroso que envolve normalmente recursos económicos significativos. São várias as situações em que pode ser necessário fazer prova do real estado de uma viatura no sentido de proceder à sua avaliação). Para ser sócio do VW Ar Clube de Portugal basta gostar de Volkswagens refrigerados a ar – sócio simpatizante – ou ser proprietário de um ou mais Volkswagens com motor refrigerado a ar, em estado original ou devidamente restaurado – sócio efectivo.
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|| SERVIÇO
COLABORAÇÃO: IBEREQUIPE www.iberequipe.com
PROGRAMAÇÃO FLASH || Hoje em dia, a programação Flash é parte integrante da manutenção e reparação na maioria dos veículos novos. Isto é devido ao facto que os fabricantes de veículos estão aumentar a sua complexidade, com o aumento de ECU’s na concepção do veículo
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uando qualquer veículo é colocado no mercado é normal que ocorram problemas derivados do seu uso diário. Estes problemas são frequentemente solucionados pelos fabricantes pelo lançamento de uma rectificação de software (reflashing) para a ECU, similares às actualizações regulares lançadas pela Microsoft para resolver problemas relacionados com software. A programação Flash pode resolver problemas relacionados com a transmissão, hesitação no motor, ralenti do motor irregular, condução difícil, luzes de avaria do motor, aumento de emissões de gases, performance baixa e outros problemas de funcionamento. É cada vez mais frequente que a programação Flash seja a única maneira para reparar um veículo, solucionando estes problemas. Mais de100 milhões de automóveis a circular actualmente aceitam a programação Flash. Todas as peças de um veículo sofrem desgaste natural derivado ao uso diário. Por exemplo, uma caixa de mudanças automática pode sofrer “saltos” nas mudanças. A reprogramação Flash pode permitir que as pressões na transmissão possam ser usadas de um modo diferente, melhorando a condução do veículo e resultando num maior tempo de vida dos seus componentes
Outra situação possível ocorre por exemplo com temperaturas extremamente baixas. Estas condições podem provocar picos de tensão durante a utilização de um booster ou uma segunda bateria para por o motor a funcionar. Estes picos de tensão poderão danificar o software da ECU. A programação Flash é a única maneira de restaurar a ECU ao seu estado original. A programação flash também é importante quando se instala novas ECU’s. O software base que uma ECU possui de origem tem funcionalidades limitadas. O software de calibração deve ser sincronizado com a especificação do veículo e posteriormente à ECU para que funcione corretamente. O flashing também pode ser necessário para permitir que os acessórios instalados funcionem adequadamente. Um exemplo: o Dension Gateway 500 pode permitir a interacção entre um iPOD e o sistema de entretenimento do veículo. No entanto, tal só é possível caso o veículo tenha sido programado para reconhecer que o interface Gateway está presente. Adicionalmente, quando certos componentes são instalados, o software interno do motor tem de ser atualizado, caso contrário, esse novo componente não funcionará correctamente. Um exemplo do caso anterior é a substituição do medidor de massa de ar nos motores diesel BMW da
série 3 (E46). Os novos medidores não são compatíveis com os anteriores e, como tal, não podem ser apenas trocados sem comprometer as emissões de gases de escape. O Sistema de Gestão do Motor necessitava de uma actualização flash (reflashing) com uma actualização de software para que a ECM pudesse interpretar o sinal correcto do novo medidor. Diagnosticar e reparar muitos destes novos veículos implica acesso total às ferramentas dispendiosas dos concessionários, deixando reféns as oficinas independentes. Sem ferramentas de diagnóstico com capacidades de programação Flash, as oficinas independentes acabam por desperdiçar tempo e dinheiro na tentativa de reparar algo impossível de fazer com ferramentas normais. Um reflash de problemas mais comuns não é considerado pelos fabricantes dos veículos como justificação para um recall, por isso a menos que seja identificado como parte da manutenção normal do veículo, os proprietários dos veículos não terão noção de alguns problemas potenciais que podem ser facilmente retificados com um simples reflash. Isto fornece às oficinas independentes uma razão adicional para investirem num equipamento de diagnóstico com programação Flash.
Se as oficinas disponibilizarem aos clientes a oportunidade de actualizarem o seu veículo com a última versão da calibração Flash, o dono do veículo poderá notar alguns benefícios na performance, na condução e mesmo na economia de combustível. A atualização da calibração Flash também serve como manutenção preventiva e para evitar quaisquer problemas que se pretendiam corrigir. Um ponto importante a ter em conta antes de efectuar uma programação Flash é assegurar a existência de uma fonte de alimentação constante. É imperativo que a tensão de alimentação não falhe durante o procedimento de programação Flash, com o risco de destruir a ECU que está a ser programada! Já existem disponíveis no mercado alguns carregadores de bateria e unidades de suporte adequados: Fronius, AVL, Deutronic e Traction. Nestas alturas de crise económica quando todos os centavos contam e os consumidores procuram sempre o melhor negócio, se os seus concorrentes oferecem um serviço de programação, não seria sensato fazê-lo também? O Autologic é reconhecido como sendo o único equipamento de diagnóstico no pós venda que inclui programação Flash e codificação da ECU. Funções de serviço, DTC’s, dados reais/atuadores e logging de dados são também funções standard.
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RISCOS DA PROFISSÃO
|| Todos os profissionais de assistência a veículos devem a si mesmos, às suas empresas e à sociedade o correcto atendimento das regras de segurança da profissão. Essa profissão tem as suas dificuldades e os seus momentos menos bons, mas é compensadora desde que não existam problemas.
Q
ualquer automóvel, mesmo relativamente pequeno, pode pesar cerca de 1.500 kg, ou mais. Há pessoas que têm morrido esmagadas por não terem esse facto em linha de conta. Já não falando dos trabalhos de reparação que se realizam debaixo do veículo, que são manifestamente arriscados, uma mudança de pneu, o carregamento de bagagens/mercadorias ou a entrada/saída de uma garagem já têm custado uma ida ao hospital ou mesmo a vida a muitas pessoas. Outros casos que se têm passado recentemente no país são de carros estacionados, aparentemente bem, sem ninguém ao volante, que começam a andar por si e atropelam mortalmente peões desprevenidos. Uma situação assustadoramente frequente é a de pessoas que param o carro com o motor a trabalhar, mal travado ou mesmo destravado, e deixam o volante para abrir portões, carregar ou descarregar bagagens ou simplesmente para ir ver qualquer coisa ou falar com alguém. Claro que pode não acontecer nada nas situações ideais, que são os casos em que essa manobra é efectuada rapidamente, com o carro numa superfície
perfeitamente plana e sem fazer muitas vibrações (motor desafinado, apoios de motor e transmissão em mau estado, suspensões deterioradas, etc.). O número de vezes que a pessoa faz isso com sucesso, gera um sentimento de confiança e de segurança errado. Um certo dia, alguma coisa não corre exactamente da mesma maneira e o carro começa a andar e bate em alguma coisa ou alguém. Muitos condutores têm ficado feridos ou morrido ao tentarem parar carros nessas condições ou a tentarem entrar dentro deles já em andamento. Mecânicos em serviço ou fora dele não são excepção. A verdade é que um carro só está bem parado com o motor desligado, o travão de estacionamento (afinado) correctamente accionado e com a 1ª velocidade ou marcha-atrás engrenada. Tudo o mais é arriscar um acidente desnecessariamente. Quanto à actividade profissional com veículos, é preciso saber mais alguma coisa. Ainda este Verão andou nos noticiários o caso de um mecânico experiente (50 anos de idade) que morreu porque um carro lhe caiu por cima. Embora socorrido rapidamente por colegas de profissão, as lesões eram
irreversíveis e morreu mesmo, antes de ser socorrido. Não foi o primeiro, mas seria bom que fosse o último, porque trabalhar com automóveis não é a mesma coisa que ir à guerra.
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA A profissão de mecânico pode ser muito compensadora sob diversos pontos de vista, desde que não existam problemas. A primeira regra é estar equipado com vestuário profissional e calçado de segurança, tendo à mão todos os acessórios de segurança habituais, como as luvas (de acordo com a tarefa), óculos e máscaras. A segunda regra é consultar obrigatoriamente e seguir “religiosamente” as instruções do construtor, constantes no manual de reparação do veículo. Isso assegurará a qualidade do serviço, mas também proporciona um enquadramento correcto às normas de segurança, para protecção do operador e do próprio veículo do cliente. De acordo com a reparação, o veículo deve estar parado no local correcto e bem travado, de preferência com calços nas
rodas de trás. A chave de ignição nunca deve estar na respectiva fechadura, excepto quando for necessário ligar o motor. O bolso do responsável pela reparação ou a recepção são os locais indicados para guardar as chaves dos veículos para reparação. Antes de iniciar qualquer trabalho, a bateria deve ser desligada, excepto se for necessário ligar o motor. Em qualquer serviço, só devem ser utilizadas as ferramentas e equipamentos recomendados para cada tarefa e estes devem estar em bom estado. Dependendo das operações a realizar, o carro deve estar colocado a uma altura que facilite a boa execução do trabalho. Se este tiver que ser realizado ao nível das rodas, o melhor é colocar o carro no elevador. Nas reparações mais exigentes em tempo, como as reparações do motor, suspensão e transmissão. O carro deve ser colocado em suportes (preguiças) adequados, devendo estes corresponder ao peso da viatura e estar colocados num piso bem nivelado. Ao desapertar os apoios do motor e da transmissão é necessário suspender o motor ou a transmissão, com um guincho, com um macaco ou com uma barra de metal adequada. Muitos acidentes
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ocorrem por desrespeito a esta regra. Para desmontar as suspensões, o carro também deve estar elevado e imobilizado em descansos. Os procedimentos do construtor devem ser seguidos pela respectiva ordem, porque uma mola comprimida contém uma força susceptível de causar ferimentos graves ou morte a um operador ou qualquer outra pessoa presente no local.
PROCEDIMENTOS DE RISCO Nas tarefas que impliquem riscos graves ou suplementares, não pode haver pressões de tempo, porque um profissional no hospital representa um prejuízo para a empresa que não se compara com o valor da factura do serviço em questão. Tudo deve ser realizado de forma metódica, organizada e sem distracções por parte de quem realiza as operações mais delicadas. Ao desmontar peças em baixo do veículo, é necessário ter em conta possíveis flexões da estrutura do próprio veículo, quando a distribuição do peso é alterada. Esse detalhe trai muitos profissionais, porque eles consideram a estrutura do veículo totalmente rígida, o que não é correcto. Todas as peças sem excepção devem estar apoiadas antes de se desapertarem os respectivos pernos ou parafusos. Quando for necessário movimentar peças pesadas (caixas de velocidades, motores, eixos completos, etc.) devem ser utilizados dispositivos com rodas e mais do que um operador, se for necessário, porque uma oficina não é propriamente um ginásio.
ao chefe da oficina ou outro técnico mais experiente que esteja presente. Em último caso, existem as linhas de apoio técnico das marcas de componentes e dos construtores, que devem ser sempre utilizadas, em caso de dúvidas.
ILUMINAÇÃO ACIMA DO PADRÃO COMUM Muitas vezes, os empresários e os profissionais de reparação de veículos esquecem-se que a iluminação é um dos factores principais de produtividade, segurança e qualidade de serviço. Todas as áreas da oficina devem estar sempre bem iluminadas nas horas de laboração, seja por meio de fontes de luz naturais, seja através de iluminação artificial. Além
FACTOR COMPORTAMENTAL A segurança também depende obviamente do comportamento dos indivíduos. Deve reinar a boa disposição e até um certo humor no ambiente de trabalho, porque isso é saudável e motivador. No entanto, excessiva descontracção e falta de concentração nos trabalhos mais exigentes não é prova de bom profissionalismo. Fumar, logicamente, não faz bem ao mecânico, nem à oficina. Se o profissional ainda não se conseguiu libertar dessa dependência, deve escolher para tal momentos e locais em que não perturbe o normal funcionamento da empresa, nem ponha em risco ou atrase o trabalho. É impensável fumar junto dos carros que estão a ser reparados ou de combustíveis e
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psicomotora. Se o profissional esteve ocasionalmente numa festa ou almoçou “muito bem”, deve pedir uma folga e retirar-se do serviço, tanto para seu próprio bem, como para proteger a empresa de imponderáveis. Depois do trabalho e aos fins de semana há tempo de sobra para diversão e para cometer alguns exageros, embora estes tenham o seu preço, quer na saúde, quer na profissão e até na vida pessoal. Outro factor que influi de forma muito concreta na segurança da oficina é o espírito de equipa e de entreajuda. É lógico que dois mecânicos não devem estar juntos apenas com o pretexto para conversarem sobre a “bola” e outras questões fúteis, nem para fazerem o que poderiam e deveriam fazer cada um por si.
INFORMAÇÃO TÉCNICA O profissional de reparação automóvel deve possuir a formação indispensável para interpretar correctamente toda a informação disponível sobre os veículos que repara. Além disso, deve ser capaz de seguir passo a passo as instruções do construtor, porque isso é um dos principais factores de segurança no trabalho. A vontade de improvisar de “atalhar caminho” é muitas vezes responsável por situações de risco escusadas e por uma qualidade final de serviço abaixo das expectativas da empresa e do cliente. Em caso de necessidade, devem-se pedir explicações
|| A profissão de mecânico pode ser muito compensadora sob diversos pontos de vista, desde que não existam problemas
do ambiente em geral, os postos de trabalho e os próprios veículos devem possuir lâmpadas portáteis para fazer face a necessidades superiores de iluminação. Muitas das novas fontes luminosas, como a tecnologia LED, fornecem uma excelente iluminação, por custos de energia e manutenção muito acessíveis. “Economias” que resultem em falta de segurança e deficiente qualidade são o oposto da correcta gestão dos meios disponíveis para o negócio.
outros produtos inflamáveis, porque o risco de incêndio ou explosão é real. Claro que o melhor é não fumar nunca no ambiente de trabalho, porque é possível que a empresa tenha isso em conta como factor de selecção de pessoal. O trabalho manual e intelectual que desenvolve um técnico de reparação automóvel é também incompatível com o consumo de álcool e outras substâncias que alterem o comportamento, retirem a sensibilidade e perturbem a coordenação
No entanto, há muitos momentos e muitas situações em que a presença de outro profissional melhora o desempenho de um que estava isolado e cria condições de segurança mais favoráveis. Só o espírito de equipa e a vontade de realizar mais e melhor em conjunto é capaz de distinguir esses momentos e essas situações. Outra razão para ninguém ficar isolado muito tempo é a necessidade de socorro em caso de um acidente imprevisto, como o são todos os acidentes. PUB
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TÉCNICA COMO FUNCIONA A EPHS
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|| TÉCNICA
COLABORAÇÃO: TRW AUTOMOTIVE www.trwaftermarket.com
NA DIRECÇÃO CERTA
|| Neste artigo explicamos como funciona a Direcção Assistida Electro-Hidráulica (EPHS, sigla em inglês) e o que procurar durante e após as reparações, numa altura em que o mercado aponta para uma solução de direcção totalmente eléctrica
A
Direcção Assistida Electro-Hidráulica é uma tecnologia de transição para a direcção assistida electromecânica (EPS, sigla em inglês). Trata-se de um sistema electro-hidráulico que, por motivos de eficiência e economia de combustível, é instalado em muitos modelos produzidos em massa. A pressão hidráulica é gerada por uma unidade de bomba motorizada (MPU, sigla em inglês) compacta que combina: um motor sem escovas de comutação electrónica; uma bomba com um ressonador; um depósito para o líquido hidráulico e uma unidade de controlo electrónico (ECU, sigla em inglês) – com a electrónica de comando e de alimentação numa única estrutura. As vantagens da EPHS face aos sistemas hidráulicos convencionais são que esta não precisa de uma correia para accionar uma bomba de palhetas; não possui polias de desvio nem tem qualquer contacto directo com o motor. O pequeno motor eléctrico da MPU é alimentado pelo circuito eléctrico de 12 V do veículo. A bomba trabalha continuamente a baixa velocidade. A velocidade é aumentada quando é necessário, o que permite melhorar a economia de combustível e reduzir as emissões de CO2. Quando comparado com um sistema de direcção assistida puramente hidráulico convencional, o sistema EPHS oferece uma redução de aproximadamente 0,3 L/100 km no consumo de combustível. Hoje em dia, uma redução de 0,1 litros pode ser
considerada uma grande proeza. O futuro, porém, pertence à direcção assistida electromecânica (EPS). Para além do potencial de economia de combustível oferecido pela EPHS electro-hidráulica, a EPS tem a vantagem de a respectiva unidade de controlo electrónico poder ser ligada em rede com os outros sistemas activos do veículo. Informações adicionais dos sensores dos travões ou de ambiente podem ser utilizadas para exercerem uma influência directa e activa sobre o sistema da direcção. No Ford Focus C-Max, por exemplo, a MPU está situada na cava da roda dianteira direita. Tubos flexíveis especiais, isolados a borracha para amortecer oscilações em sistemas electro-hidráulicos, bem como os impulsos de pressão e as vibrações, ligam a MPU à caixa da direcção. Veículos equipados com direcção electrohidráulica são comuns nas estradas hoje em dia e, por essa razão, é provável que todas as oficinas independentes se cruzem com elas num dado momento. Quando um condutor se queixa de ruídos elevados ao rodar o volante, o técnico deverá realizar uma investigação minuciosa antes de pensar em substituir imediatamente a MPU. As análises realizadas pelos técnicos da TRW, mostram que ruídos ocorrem principalmente depois de se realizarem trabalhos de reparação no sistema da direcção ou nos componentes do chassis mais próximos. Muitas MPU são devolvidas como defeituosas, mas trabalham de forma perfeita no banco de
ensaios, porque a causa dos ruídos se encontra noutro ponto qualquer. No caso da EPHS, deverá contar-se com um determinado nível de ruído, especialmente à medida que a direcção se aproxima do fim do curso de viragem. Trata-se simplesmente de uma indicação de que a direcção atingiu o limite do raio de acção e o mecânico deverá ocupar algum tempo a explicar este comportamento ao cliente. No entanto, se se ouvir um uivo estridente no caso de uma inversão de carga na direcção assistida, tal sugere um problema algures, perto da MPU. O trabalho de detective deverá começar com uma inspecção minuciosa do veículo e respectivos periféricos. Isto também inclui uma comprovação da carga da bateria. Se estiver muito baixa (menos do que 13 V), a corrente absorvida pela direcção aumenta, o que poderá resultar em ruídos que poderão ser ouvidos no habitáculo do veículo. Até mesmo a electrónica da direcção deverá ser eliminada, à partida, das investigações, bem como a temperatura, condição e nível do líquido. Em seguida, comprove a instalação da tubagem. Em resposta a uma entrada da direcção, a bomba motorizada tem de aumentar a velocidade a uma taxa incrível e bombear líquido da direcção assistida para a caixa da direcção. Isto desencadeia um impulso de pressão substancial e causa vibrações fortes nos tubos. Por isso, os tubos são isolados com borracha e fixados, durante a produção, a pontos especiais na carroçaria através de braçadeiras.
Sempre que uma reparação é realizada numa MPU ou nos tubos, o técnico tem de cumprir rigorosamente as instruções do fabricante do veículo. Se o tubo entrar em contacto com uma peça da carroçaria ou se a MPU não tiver sido instalada com o binário de aperto correcto, os níveis de ruído poderão aumentar dentro do habitáculo do veículo. Os tubos utilizados têm de estar aptos a amortecer pulsações de pressão. Procure quaisquer dobras excessivas e comprove se não estão sob esforço indevido; caso contrário, perderão as propriedades de amortecimento. A mesma atenção deverá ser dada às fixações dos tubos e cabos eléctricos. Um cabo eléctrico em contacto com o suporte da MPU ou o depósito de expansão também pode ser uma causa de ruído. A unidade da bomba motorizada está assente de forma proeminente sobre amortecedores de borracha num suporte concebido especificamente para o efeito. Se o suporte não tiver sido instalado correctamente, seja devido a manuseamento incorrecto ou por ter saído de posição devido a uma pancada a seguir a um choque ligeiro na parte dianteira, tem de ser trocado por uma peça original. Por último, durante os trabalhos numa EPHS, as oficinas deverão instalar todas as pequenas peças associadas, que são fornecidas. Para facilitar a vida ao técnico da oficina, a TRW fornece kits de substituição que não contêm apenas os componentes principais mas também todos os acessórios necessários.
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|| REPARAÇÃO
COLABORAÇÃO: AUTOTECNIC2000 www.autotecnic2000.com
SISTEMA ESP DO SEAT LEON 1.9 TDI, DE 2000 || Acabei de reparar um impacto no lado direito do carro e queria entregá-lo ao cliente, mas a luz avisadora de ESP está activada e ao ligar o aparelho de diagnóstico ao sistema EOBD dá-me uma avaria no sensor do ângulo da direcção. Como resolvo esta situação?
O
sensor de ângulo da direcção ou sensor goniométrico (Fig. 1) é um dos principais sensores do sistema de controlo de estabilidade ESP, que permite à unidade lógica de processamento de dados verificar se a posição do volante é coerente com os restantes parâmetros de que dispõe, como a velocidade de rotação de cada roda, posição do pedal do acelerador, posição do pedal do travão, valor da aceleração lateral da carroçaria, etc.
Este sensor está colocado na coluna da direcção, por detrás do volante. A primeira coisa a fazer é verificar se o sensor está a funcionar correctamente. Para esse efeito, temos ligar o aparelho ao terminal de diagnóstico e seleccionar a função de leitura de parâmetros em tempo real. Aí, verificamos se o sensor está centrado e se os valores indicados se modificam ao rodar o volante. Se não houver variação de valores é porque o sensor está avariado e tem que ser substituído. No caso do sensor estar a funcionar correctamente, a questão que resta é a do alinhamento do volante. Se houve um impacto do lado direito da carroçaria, é provável que a roda direccional desse lado tenha
Fig.
01
|| O sensor de ângulo da direcção
é um dos principais sensores do sistema ESP
sofrido um desvio de alinhamento, ou esse desvio já existia antes do impacto. Ao alinhar a direcção, é necessário colocar o sensor no seu ponto médio de funcionamento. No entanto, a centragem do sensor só deve acontecer depois dos ângulos da direcção estarem devidamente corrigidos.
EXEMPLO PRÁTICO Antes de fazer o alinhamento da direcção, o valor indicado pelo sensor era de -361,2º (indica que há um pequeno desvio de 1,2º). Após alinhar a direcção, o valor apresentado passa a ser 0º (Fig. 2). No entanto, para corrigir os ângulos da direcção, há que respeitar as seguintes condições:
Fig.
02
t O volante tem que estar perfeitamente centrado;
t As rodas da frente têm que estar alinhadas pela linha central longitudinal do veículo. Agora, há que voltar a colocar o sensor goniométrico na sua posição teórica correcta “ volante a direito “, o que é conseguido com o equipamento de diagnóstico na função de correcção de parâmetros. Uma vez efectuada essa correcção, a luz avisadora do ESP deixará de estar activa. De qualquer modo, antes de terminar o serviço, é necessário limpar todos os códigos de avaria da memória EOBD, porque a existência do código de avaria do sistema ESP pode provocar novamente a activação da luz avisadora.
|| Antes de fazer o alinhamento da direcção, o valor indicado pelo sensor era de -361,2º. Após alinhar a direcção, o valor apresentado passa a ser 0º
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CONHECER SISTEMAS DE DIRECÇÃO ASSISTIDA
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TECNOLOGIA DA DIRECÇÃO ASSISTIDA || Basicamente, o sistema de direcção assistida consiste num dispositivo que ajuda o condutor a vencer a resistência do volante, impulsionando a caixa da direcção no mesmo sentido em que o condutor acciona o volante. Neste artigo vamos falar dos tipos de direcção assistida que existem e do seu funcionamento
C
om o veículo a circular a velocidade de cruzeiro, a geometria do sistema direccional está estudada para oferecer uma pequena resistência ao condutor no volante, independentemente do peso do veículo e das dimensões dos pneus. O mesmo não se passa com veículo parado ou a baixa velocidade, condições em que o esforço necessário para virar a direcção é bastante mais elevado, devido ao maior atrito dos pneus com o solo. Isso pode tornar-se problemático durante a realização de manobras, especialmente com carros de peso elevado, com carga completa e pneus de largura acima da média. Mais ainda, se a pressão dos pneus estiver abaixo do recomendado pelo construtor. Com a generalização da tracção dianteira, os problemas agravaram-se, não só porque o peso sobre o eixo direccional passou a ser superior, mas também porque a transmissão de binário às rodas direccionais gera forças de secundárias, que podem provocar reacções inesperadas para os condutores menos experimentados. Tudo isso, a par com o desenvolvimento do urbanismo e da condução em ambiente urbano, com frequentes manobras de estacionamento e mudanças de direcção, tornaram a direcção assistida uma exigência quase geral do mercado. Isso também se deve ao aparecimento de modelos como os SUV, monovolumes e familiares de grandes dimensões e alta cilindrada, que combinam peso, potência e pneus de grandes dimensões, tornando inviável a condução, especialmente em terrenos fora da estrada. O sistema mais clássico e mais divulgado é constituído por uma bomba hidráulica e respectivo circuito hidráulico, que leva o fluido a alta pressão até à caixa de direcção, a qual possui um êmbolo ou outro sistema de impulsão idêntico, destinado a complementar a força muscular que o condutor aplica no volante.
Voltando um pouco atrás Devido à abundância de recursos naturais e económicos, os norte-americanos desde cedo optaram por um conceito de mobilidade automóvel assente em carros espaçosos, motores de altas cilindradas e pneus de grandes dimensões. Esta foi a
Fig.
01
SISTEMA INTEGRAL
Bomba hidráulica
Reservatório de fluido Linha com pressão
Caixa da direcção (pinhão e sector)
Linha de retorno Barra da direcção
Válvula de controlo do fluido Êmbolo de comando
Braço de comando da direcção
tónica desde logo adoptada, apenas interrompida pela grande depressão e pela 2ª Grande Guerra (1930-1945), sendo retomada no pós-guerra, até ao final do século. Este clima e esta mentalidade forneciam as condições ideais para inovações que favorecessem a potência, o conforto e o status, não sendo de admirar que o primeiro sistema de direcção assistida tenha aparecido em 1925, pela mão do fabricante de bombas Vickers, uma empresa de Detroit. No ano seguinte, aparecia o primeiro carro com direcção assistida de série, o Pierce Arrow. Ainda antes dos tempos difíceis, a marca Cadillac passou a fornecer em 1933 a sua gama de carros com motores de 12 cilindros (?) com direcção assistida. Poder-se-ia pensar que a grande depressão e a guerra mundial que se lhe seguiu interromperia a carreira dos sistemas de direcção assistida, mas foi exactamente o contrário que aconteceu. A partir do momento em que o conceito foi
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conhecido, os construtores de veículos de maior tonelagem, como os comerciais ligeiros, camiões e autocarros, passaram a oferecer essa funcionalidade, como forma de atracção de novos clientes. Mesmo durante o anos do conflito armado, os veículos de transporte e de combate das forças militares passaram a dispor de sistemas de direcção assistida, como forma de potenciar a sua agilidade táctica e a sua operacionalidade. A partir dos anos 50 do século passado, a euforia do crescimento económico voltou aos EUA e um pouco a todo o Mundo, tendo os grandes construtores como a General Motors e a Chrysler passado a oferecer opcionalmente a direcção assistida em todos os modelos de topo de gama.
Fig.
02
DIRECÇÃO DE PINHÃO E CREMALHEIRA
Válvula de controlo (junto ao pinhão)
Linhas de pressão e retorno
Caixa da direcção
Cremalheira
Fig.
03
Êmbolo de comando
SISTEMA COM SERVO-FREIO INTEGRADO
Linha primária de pressão
Tubo de retorno do servo-freio
Evolução dos sistemas A primeira geração de sistemas de direcção assistida era tecnicamente limitada e muitos condutores consideravam a DA perigosa, porque provocava a perda aparente de contacto do condutor com a estrada. Isso era particularmente grave a altas velocidades, porque obrigava o carro a ziguezaguear ao mínimo toque do condutor no volante. Isso limitou de início a expansão da DA, especialmente entre os condutores mais rápidos e com maiores quilometragens anuais. Apenas nas gerações seguintes esse problema foi ultrapassado, tendo começado a ser fabricados sistemas com assistência variável, os quais proporcionavam a máxima assistência a baixa velocidade, mínima assistência a alta velocidade e uma assistência progressiva a velocidades intermédias. A invasão da electrónica na indústria automóvel veio tornar ainda mais simples e eficiente esse conceito de assistência variável, que hoje constitui o padrão genérico dos sistemas disponíveis no mercado, em especial nos modelos de prestações mais elevadas. Apesar dessa e doutras evoluções, os sistemas de DA com base em bombas hidráulicas acabaram por encontrar alguns obstáculos, nomeadamente em termos de elevados custos de manutenção e de impacto ambiental, que ainda não conseguiram ser solucionados. Fugas de fluido hidráulico para o solo são a principal causa de apreensão no plano da protecção do ambiente, mas o aumento
Linha de pressão secundária Bomba hidráulica da DA
Bomba central de travões
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do consumo e de emissões que provoca a bomba hidráulica também gera preocupações. De facto, a bomba da DA é accionada pela cambota do motor, seja através de uma correia ou por intermédio de uma engrenagem, aumentando a carga do motor e absorvendo uma quantidade de binário reduzida, mas que acaba por ter impacto ao longo dos quilómetros. Para responder a essas questões, alguns construtores estão a apostar em sistemas de DA eléctricos, que são alimentados pela bateria e não pelo motor. Além disso, esses novos sistemas são mais leves, mais fiáveis e com uma manutenção reduzida. O único entrave é a limitação dos sistemas eléctricos em termos de potência de assistência, o que para já impede a sua aplicação a veículos de maior peso. Para esses casos, poderão aparecer sistemas intermédios ou híbridos, com bombas accionadas electricamente, tal como também já acontece em certas bombas de ar condicionado.
TIPOS DE DIRECÇÕES ASSISTIDAS Colector em T Tubo de retorno principal
Fig.
04
Caixa de direcção de parafuso e sector
SISTEMA DE ASSISTÊNCIA À BARRA Bomba
Polia de accionamento da bomba
Tubo do retorno
Tubo com pressão Braço de comando da caixa da direcção
Êmbolo de comando
Tubos de pressão/retorno
Válvula de controlo da pressão do fluido
Só para falarmos de sistemas de assistência hidráulica, existem neste momento no parque circulante cinco tipo principais de tecnologias de DA, que passaremos a analisar, quer do ponto de vista da sua estruturação técnica, quer no que interessa à sua manutenção. SISTEMA INTEGRAL - Este sistema é utilizado principalmente nas direcções do tradicional tipo parafuso e sector, que é montado nos automóveis de maiores dimensões e nos veículos comerciais. Designa-se integral porque a caixa da direcção integra o êmbolo de assistência e a válvula de controlo, que orienta o fluxo do fluido à pressão no sentido de rotação do volante, para além do mecanismo dentado que acciona o braço da direcção. Este conjunto está geralmente montado na extremidade da coluna de direcção. Como estas caixas de direcção não têm movimento linear, mas rotacional, a assistência é aplicada no sentido de rotação do volante, que é o mesmo da caixa da direcção, a qual funciona como uma bomba passiva. Do ponto de vista da manutenção, importa saber que este sistema tem uma linha de fluido à pressão, da bomba para a caixa da direcção. Quando só existe uma
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linha de retorno, esta vai directamente para a bomba hidráulica. Se existirem duas linhas de retorno, uma é dirigida à bomba e outra vai para o reservatório de fluido, que está geralmente integrado na própria bomba (Fig. 1). A gama de pressões que o sistema desenvolve e os tubos de fluido têm que suportar é da ordem dos 800 a 1.300 psi (de 56,24 a 91,40 kg/cm2), enquanto que a(s) linha(s) de retorno não excede 50 psi (3,51 kg/cm2). Estes valores são importantes para identificar a especificação dos tubos e de outras peças de substituição. DIRECÇÃO DE PINHÃO E CREMALHEIRA Este sistema é o mais difundido em automóveis de passageiros e comerciais ligeiros, porque a caixa da direcção desempenha também a função da barra de direcção dos sistemas convencionais, tornando o conjunto mais compacto, mais leve e menos sujeito a desafinações. Quando estas caixas de direcção recebem o sistema de direcção assistida, o êmbolo de comando é montado junto com a cremalheira (barra transversal dentada de um lado), enquanto que a válvula de controlo fica junto do pinhão, que indica o sentido de rotação do volante (Fig. 2). As pressões de serviço nestes sistemas são bastante mais baixas e possuem duas linhas de pressão e duas de retorno, sendo duas de ligação da bomba à válvula de controlo e outras duas de ligação desta ao êmbolo da cremalheira. SISTEMA COM SERVO-FREIO INTEGRADO - Este sistema tem aparecido recentemente em certos SUV e comerciais ligeiros ou mesmo camiões de baixa e média tonelagem. Em termos práticos, este sistema aproveita a pressão da bomba da DA para fornecer assistência também à bomba central de travões (Fig. 3). Trata-se assim de uma alternativa vantajosa ao servo-freio por vácuo, que depende da depressão existente no colector de admissão do motor, a qual por sua vez depende da posição do acelerador e da velocidade do veículo. Como há muitos condutores que carregam na embraiagem ao travar, a depressão no servo freio pode ser em muitos casos insuficiente para proporcionar uma travagem rápida. Com este sistema, a pressão do servo-freio hidráulico é constante a qualquer velocidade, mesmo a baixas velocidades. Para garantir a máxima pressão servo hidráulica, a linha de pressão segue directamente da bomba hidráulica para o cilindro principal de travões e daqui é derivada para a caixa da direcção. O
Fig.
SISTEMA COM RESERVATÓRIO SEPARADO
05
Reservatório de fluido separado
Bomba hidráulica
Tubo de alta pressão para a caixa de direcção
retorno pode processar-se directamente do cilindro principal e da caixa da direcção para a bomba da DA, ou então convergem num colector em “T” e daí para a bomba. Nestes sistemas, há portanto duas linhas de pressão e duas ou três linhas de retorno. SISTEMA DE ASSISTÊNCIA À BARRA - Estes sistemas são aplicados a direcções com caixa de parafuso e sector, mas a válvula de controlo e o êmbolo de comando são exteriores à própria caixa (Fig. 4). Isto permite que este sistema seja aplicado a veículos que não trazem de
O MERCADO DA DIRECÇÃO ASSISTIDA Actualmente, 99% dos carros fabricados têm Direcção Assistida. Em consequência, além do enorme mercado de primeiro equipamento que isso significa, as oportunidades no mercado de pós-venda são ainda maiores, porque os sistemas de DA têm elevadas necessidades de assistência, tanto em consumíveis, como em bombas e caixas de direcção. Além disso, as operações de manutenção desses sistemas são facilmente realizadas sem recurso a sofisticados meios técnicos e equipamentos, o que facilita e torna atractiva a sua execução.
Tubo de alimentação da bomba
Linha de retorno ao reservatório
Caixa de direcção de pinhão e cremalheira
origem DA ou a veículos novos em que a DA é proposta opcionalmente, sendo montada após o negócio da venda do veículo. Outras vantagens deste sistema é a direcção funcionar perfeitamente sem assistência e o facto dos componentes da DA poderem ser substituídos individualmente, sem ter que se mexer ou desmontar a caixa da direcção. O funcionamento deste sistema segue a mesma lógica dos restantes, sendo a válvula de controlo montada entre o braço da caixa da direcção e a barra da direcção intermédia, o que lhe permite identificar imediatamente o sentido de rotação do volante e distribuir o fluido à pressão para o êmbolo de comando, que está fixado à barra de direcção por uma extremidade e ao chassis do veículo pela outra. Este êmbolo possui duas linhas de pressão, que funcionam também como linhas de retorno alternadamente, consoante o êmbolo aplica a pressão numa direcção ou na inversa. Da válvula de controlo, segue depois um tubo de retorno geral para a bomba hidráulica.
As pressões de serviço deste sistema são idênticas às do sistema integral, escalonando-se de 800 a 1.100 psi (56,24 a 77,33 kg/cm2). Na linha de retorno, a pressão não excede 2,81 kg/cm2 (40 psi). Em condições normais de condução, a pressão no cilindro de comando é da ordem de 7.03 kg/cm2 (100 psi), mas esta pode subir para 28,12 kg/cm2 (400 psi) nas curvas ou chegar mesmo aos valores máximos (entre 63,27 e 77,33 kg/cm2 (de 900 a 1.100 psi) nas manobras de estacionamento, inversão de marcha e outras. SISTEMA COM RESERVATÓRIO SEPARADO - Embora muitas bombas hidráulicas de DA tenham depósitos com reserva de fluido incorporados, a solução de montar um reservatório de fluido separado acabou por fazer escola, pelo menos nos pequenos modelos, onde o espaço sob o capot é disputado ao milímetro pelos diversos componentes. Este sistema está geralmente associado às direcções de pinhão e cremalheira (Fig. 5), mas é aplicável a qualquer outro sistema de direcção assistida. Para além da melhor ocupação do espaço, o reservatório separado fica mais visível e facilita o controlo do nível do fluido pelo condutor ou pelos técnicos de manutenção do veículo, tornando também mais cómodas e rápidas as operações de verificação da qualidade do fluido e de reposição do nível. Com esta solução, o tubo de retorno passa a ir directamente para o reservatório, de onde sai um tubo de alimentação da bomba hidráulica. O único tubo de alta pressão é o que liga a bomba à caixa da direcção assistida. Fonte: Gates
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INTERNET TEXOLEO.COM
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LUBRIFICANTES
A PREÇO JUSTO
|| O Texoleo.com é o primeiro site de vendas online de lubrificantes que existe em Portugal. Um novo projeto, aberto a todo o tipo de clientes, de mais um player no já competitivo mercado dos lubrificantes auto || Os responsáveis pelo lançamento do site Texoleo pretendem no futuro evoluir este projecto para outro tipo de produtos, propondo sempre soluções mais económicas. Também um site dirigido a profissionais do sector oficinal pode vir a ser uma realidade
LUBRIFICANTES WWW.TEXOLEO.COM O processo de encomenda de lubrificantes no texoleo.com segue a lógica que é normal em qualquer site de vendas online, sendo que no máximo em 4 horas a mesma é processada. No prazo máximo de 48 horas o cliente terá o lubrificante em casa, tendo aos seu dispor diversas formas de pagamento (à cobrança, transferência bancária, visa, paypal e mastercard). Ao preço disponibilizado existe ainda o pagamento de portes, que variam em função do peso, estando nesta fase do site disponíveis apenas embalagens pequenas (1 a 5 litros).
A
actividade profissional de Hermínio Serra é muita vasta e diversa no domínio dos pneus, tendo também já tido negócios ligados a estações de serviço e, por inerência, aos lubrificantes. Grande parte da sua actividade profissional tem sido passada no estrangeiro ou relacionando-se profissionalmente com empresas internacionais, sendo por exemplo fornecedor de pneus feitos ou recauchutados em Portugal para um site em França. A sua experiência e conhecimento da realidade internacional, levou a olhar para o negócio online de uma outra forma, nomeadamente o que está relacionado com lubrificantes, pois o que não falta em Espanha, França e na Alemanha são sites de vendas online para este tipo de produto e que em Portugal não existia nenhum, pelo menos de forma estruturada. “Vivemos numa economia muito competitiva, e nos lubrificantes o que se assiste é que o preço dos mesmos, desde a origem ao público final, tem uma grande disparidade que não é de modo algum aceitável”, refere Hermínio Serra.
Encontrado o motivo e o meio para o realizar, desenvolveu-se rapidamente a ideia de ter um site de vendas online dedicado a lubrificantes. “A nossa ideia foi muito simples. Ter um site onde qualquer um tenha acesso a comprar uma enorme variedade de marcas de lubrificantes, a um preço razoável face ao que se pratica no mercado e mesmo nas grandes superfícies”, explica a Hermínio Serra. O Texoleo torna-se assim em mais um player do mercado a comercializar lubrificantes, que utiliza uma plataforma tecnológica para se dirigir a todo e qualquer cliente (seja ele profissional ou não), mas com o objectivo de “não cair no exagero de praticar nem as margens nem os descontos absurdos que se praticam”, revela o mesmo responsável, que mesmo assim irá ter produtos promocionais e campanhas no próprio site. Operacionalmente a Texoleo abastece-se em fornecedores nacionais mas também no estrangeiro. “Compramos onde é mais barato” revela Hermínio Serra, que comercializa neste site quase todas as marcas de relevo no mercado bem como alguns lubrificantes de origem (com marca
do construtor automóvel). A empresa dispõe de stock em armazém próprio, tendo disponível para expedição imediata cerca de 90% dos produtos que se encontram no site, que seguem para os clientes por transportador. Através deste site o cliente pode ter acesso aos sites dos fabricantes de lufricante, ficando assim a saber qual o óleo que deve usar para o seu automóvel, embora a Texoleo possa ceder as fichas técnicas dos lubrificantes que vende (que também estão disponíveis online). Tendo o Texoleo sido lançado em Outubro, o objectivo prioritário “é credibilizar o site, pois os preços são muito diferentes daquilo que se pede nas oficinas ou nos concessionários e isso pode causar desconfiança no cliente”, argumenta o mesmo responsável, acrescentando que para já “o que nos interessa são as vendas aos particulares, mas todos podem comprar neste site. Recebemos muitas propostas de empresas e até de oficinas que querem adquirir os nossos lubrificantes ou pedem orçamentos”. Diga-se que a curto prazo o Texoleo poderá vir a ter uma ferramenta
que permita ao profissional efectuar compras online, com preços dedicados ao próprio profissional. “Este é apenas o embrião do nosso projecto. Ambicionamos vir a ter filtros, baterias, car care, entre outros produtos e pretendemos fazer parcerias com as oficinas que queiram mudar o óleo ao carro dos clientes que compram via Texoleo”, revela Hermínio Serra, que promete mais novidades para o futuro em termos de vendas online.
|| FICHA TÉCNICA Texoleo Sede: Rua Direita, nº2 2580-376 Alenquer Responsável: Hermínio Serra / Vitor Barros Telefone: 263 738 277 Fax: 263 738 277 E-mail: geral@texoleo.com Internet: www.texoleo.com
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|| CARROÇARIA
COLABORAÇÃO: CESVIMAP www.cesvimap.com
FOTOGRAFIA DIGITAL
NO APOIO À PERITAGEM
|| Vale mais uma imagem do que mil palavras, diz o ditado e é bem verdade. Mais ainda quando a tecnologia digital permite armazenar uma quantidade impensável de imagens num pequeno chip electrónico, que cabe num porta moedas
U
ma das áreas de actividade em que as imagens podem economizar milhares de palavras e tempo inútil a processar texto é a peritagem de seguros, que implica a realização de relatórios periciais, investigação de acidentes rodoviários ou a peritagem à distância (dita remota ou diferida). Estes são apenas alguns dos exemplos mais significativos do apoio valioso que a fotografia digital pode proporcionar aos métodos tradicionais de avaliação de danos. Além disso, permite documentar danos, sem margem para dúvidas, acompanhar o avanço de operações de reparação e registar de forma permanente as operações efectuadas nas oficinas. Nos casos em que surgem divergências sobre estas fases críticas do relacionamento dos peritos com as oficinas e os segurados, a imagem torna-se um juíz implacável. Por outro lado, o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação deu um enorme impulso às imagens digitalizadas para apoio à peritagem. O número de imagens ou mesmo filmes torna-se praticamente ilimitado para uma determinada situação,
podendo ser classificadas e arquivadas facilmente, para além de ser possível acrescentar simulações e outros elementos gráficos que tornam mais explícitos e compreensíveis os factos. Através da Internet, a transmissão e troca de imagens e arquivos fotográficos é igualmente possível com incrível facilidade, podendo ser efectuada em tempo real ou quase. Tudo isto vem agilizar a tramitação e regularização de sinistros, permitindo às seguradoras elevar o seu ritmo de produtividade e aumentar o grau de satisfação dos seus clientes.
Tipologia das fotos Para determinar quantas e quais as fotografias que são necessárias para apoiar uma peritagem, devem-se diferenciar cada uma das fases do processo. Há fotografias puramente administrativas, como o local do acidente, a posição relativa dos veículos e outros obstáculos, enquanto outras têm um valor técnico específico e permitem ao perito orçamentista definir o alcance dos danos, documentar o processo de reparação e validar este em relação aos danos peritados.
TIPOS DE FOTOGRAFIAS Administrativas
Sobre os danos
Sobre a reparação
Identificam o veículo peritado, matrícula, VIN, placa do construtor, etc. GERAIS
Enquadram os danos na carroçaria do veículo
DE DETALHES
Definem os danos com mais exactidão
DE ACOMPANHAMENTO
Documentam as diversas operações da reparação
PÓS REPARAÇÃO
Documentam a reparação realizada (operações e peças de substituição)
ADMINISTRATIVAS - Estas são as primeiras fotografias realizadas pelo perito, que permitem confirmar que o veículo em questão é o que efectivamente tem que ser peritado. Sempre que possível, o perito deverá fotografar a placa de matrícula (montada no veículo e com enquadramento da carroçaria), o número do chassis e a documentação do veículo. A fotografia do VIN será sempre o que está
gravado no chassis, para evitar possíveis fraudes (e mesmo assim…). A documentação fotografada do veículo fornece informações complementares, que podem ser consultadas em qualquer momento da avaliação dos danos. Nos casos em que há suspeitas de fraude e não se disponha de uma identificação completa do veículo por outros meios, é fundamental utilizar este tipo de fotografias.
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|| As imagens obtidas devem ser tomadas a partir das linhas diagonais da carroçaria e a partir dos quatro cantos desta. Nos danos localizados, ĂŠ pertinente fotografar a ĂĄrea especĂfica do veĂculo
FOTOGRAFIAS DE DANOS - SĂŁo as que se realizam na fase seguinte da avaliação, estando o seu nĂşmero e tipo dependentes da tipologia do acidente. Nos sinistros em que ĂŠ necessĂĄrio um relatĂłrio pericial, o perito nĂŁo deve limitar o nĂşmero de fotos, assegurando-se de que disporĂĄ posteriormente de imagens suficientes para complementar o relatĂłrio com todos os dados requeridos pelo sinistro t (&3"*4 Visam proporcionar a localização dos danos globais no veĂculo. Nestes instantâneos, nĂŁo se pretende avaliar a extensĂŁo ou a intensidade dos danos, mas demonstrar que sĂŁo coerentes com a mecânica do acidente e a descrição contida no pedido de peritagem. Podem servir igualmente para situar os danos no conjunto de veĂculo. As imagens obtidas devem ser tomadas a partir das linhas diagonais da carroçaria e a partir dos quatro cantos desta. Nos danos localizados, ĂŠ pertinente fotografar a ĂĄrea especĂfica do veĂculo, dando relevo aos pontos em que se verificaram as deformaçþes mais importantes. t %& %&5"-)& Estas imagens devem demonstrar simultaneamente a intensidade e a extensĂŁo dos danos. A função destas fotos ĂŠ complementar as imagens gerais, permitindo definir o alcance e amplitude dos danos, dando indicaçþes sobre o processo de reparação e a respectiva atribuição de tempos de intervenção. As rupturas de peças devem ficar documentadas (pĂĄra-choques ou patilhas de fixação dos farĂłis, por exemplo), do mesmo modo que as deformaçþes dos painĂŠis exteriores da carroçaria e as rugas dos componentes (no fundo da mala, longarinas. Cavas de rodas, etc.)
cuja documentação em imagens permite enfrentar posteriores reclamaçþes ou divergências (defeitos de pintura, alinhamento de peças, peças diferentes das avaliadas, etc.).
FOTOGRAFIAS DA REPARAĂ‡ĂƒO Pretendem documentar e validar cada um dos passos e operaçþes que tenham sido realizados durante a intervenção. TambĂŠm devem constar fotografias dos resultados obtidos pelas operaçþes de reparação, para arquivo.
.FUPEPMPHJB
t '0504 %& "$0.1"/)".&/50 O perito deve registar imagens de determinadas operaçþes de reparação especĂficas, que tenham sido avaliadas pela peritagem. Se o veĂculo tiver que ser levantado para o banco de carroçaria, se houver conjuntos mecânicos que tenham que ser desmontados, etc., ĂŠ fundamental que essas fases da reparação fiquem documentadas em imagens. t '0504 1Âť4 3&1"3"¹°0 Ao efectuar a vistoria ao veĂculo reparado e ao avaliar a qualidade da reparação, o perito pode detectar determinadas imperfeiçþes ou mesmo deficiĂŞncias e inconformidades,
Para se conseguir uma boa fotografia deste tipo, ĂŠ necessĂĄrio escolher o ângulo mais indicado de captação da imagem, de modo que a iluminação e os seus reflexos permitam identificar plenamente o dano ou outro aspecto que se pretende evidenciar. Tecnicamente, a utilização do Flash ĂŠ desaconselhada, porque pode deixar sem o necessĂĄrio volume e profundidade o objecto fotografado. Os melhores resultados em captação de imagens sĂŁo obtidos com uma iluminação difusa de mĂŠdia intensidade, sem grandes contrastes luz/ sombra. A iluminação em interiores deve ser homogĂŠnea e nos exteriores os dias nublados sĂŁo preferĂveis, porque evitam
brilho e reflexos indesejados. Os riscos e arranhĂľes podem ser fotografados de frente, mas as amolgadelas tornam-se mais perceptĂveis num enquadramento lateral, que permite revelar a totalidade dos danos. Para pequenos danos, o melhor ĂŠ utilizar a função “macroâ€? (ou zoom) da câmara, sinalizando o dano com qualquer elemento adesivo. Esta função ĂŠ igualmente indicada para fotografar documentos e nĂşmeros do chassis, nĂşmero VIN, placa do construtor, etc. Mais Ăştil ainda ĂŠ na captação e imagens de danos nos vidros. Neste caso, ĂŠ recomendĂĄvel colocar uma pasta de cartolina, um pedaço de cartĂŁo ou plĂĄstico de cĂ´r uniforme, pelo lado de dentro do vido, de modo a identificar com nitidez o dano (rachadela, fissuras, picadas, etc.). Quanto ao tamanho da foto em bytes, nĂŁo deverĂĄ ser tĂŁo pequena que nĂŁo permita uma ampliação ou impressĂŁo, nem tĂŁo grande que seja difĂcil de manejar no computador ou difĂcil de enviar pelo correio electrĂłnico. Tomando como referĂŞncia uma câmara de 7 megapĂxies, basta trabalhar com metade da resolução (qualidade normal). HĂĄ que ter em conta tambĂŠm a dificuldade em reproduzir uma fotografia de danos sofridos por um veĂculo, ainda mais quando os conhecimentos especĂficos da pessoa que efectua a captação das imagens sĂŁo muito bĂĄsicos. A cĂ´r do veĂculo e a iluminação da oficina tĂŞm grande influĂŞncia na qualidade da imagem e na identificação clara dos danos. De qualquer modo, hĂĄ um certo nĂşmero de fotografias que nĂŁo devem ser deixadas de tirar e sem as quais a avaliação por imagem nĂŁo poderĂĄ ser efectuada com um mĂnimo de garantias.
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|| CARROÇARIA
COLABORAÇÃO: CENTRO ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
MAIS VALE PREVENIR! || A sábia sentença popular “É mais fácil prevenir do que remediar” é muito mais fácil de dizer do que realizar na prática. A razão é muito simples: os problemas, os acidentes e as doenças só acontecem aos outros
E
ste optimismo exagerado tem algum suporte estatístico, porque de facto há muitos acidentados e muitos doentes, mas ainda há mais pessoas sãs, o que leva muitos a levantarem a guarda em relação aos perigos mais ou menos evidentes. No caso das actividades que são desenvolvidas nas oficinas de pintura, por exemplo, há claros riscos para a saúde e segurança dos operadores, porque muitos produtos são inflamáveis e até explosivos, tóxicos e/ou agressivos. Gases, vapores e poeiras de vários tipos são uma ameaça constante para os olhos, para as vias respiratórias e para a pele. Este contacto permanente com os elementos agressivos pode não provocar reacções alérgicas ou problemas de saúde imediatos, mas acaba por gerar problemas de saúde mais ou menos graves a prazo. Em muitos casos, a incidência só é detectada quando a saúde está seriamente ameaçada, impondo terapias prolongadas e interrupção da actividade laboral, com todos os impactos que isso implica para o operador e para a empresa em que labora. No entanto, tudo isso é facilmente evitável com a correcta utilização dos Equipamentos de Protecção Individual (EPIs), que os empregadores são obrigados a disponibilizar por lei e que devem usar por sistema, como forma de garantir a sua saúde e segurança, um bem que é não somente individual, mas também social e económico.
Prioridade das prioridades Há muita gente que pensa que produtividade e eficiência é fazer, fazer, fazer, sem olhar a como, quando e com que meios. Isso acaba por gerar ineficiências e faltas de produtividade óbvias, causadas pela desorganização e pela imprevidência. A prioridade quando existem riscos é evitá-los, prevendo as acções que permitem realizar as tarefas laborais de forma segura e organizada. O meios e equipamentos de protecção individual, assim como as adequadas condições gerais de laboração são uma condição básica de qualquer empresa e um imperativo legal. Essas regras estão em qualquer manual de boas práticas e são procedimentos incontornáveis em qualquer sistema de qualidade. Dentre as medidas que a empresa deve tomar para reduzir ou eliminar os riscos, contam-se s seguintes: 1 - Seleccionar produtos e substâncias com menor impacto na saúde e segurança dos operadores, substituindo os prejudiciais, como o chumbo e o cromo (metais pesados) que entram na composição das tintas. 2 - Actuar sobre as condições ambientais, através da ventilação, aspiração e criação de barreiras físicas contra os produtos de risco (zonas de preparação de produtos e cabinas de pintura). 3 - Proteger individualmente os operadores com meios adequados, sempre que as operações e serviços impliquem riscos adicionais para a sua segurança e saúde. Por outro lado, é necessário em cada caso seleccionar os melhores equipamentos de
protecção, seguindo os procedimentos que citamos: t *EFOUJGJDBS F BOBMJTBS PT FMFNFOUPT BDUJWPT de risco ou poluentes a que está sujeito o operador. t %FUFSNJOBS BT DPOTFRVÐODJBT QSPWPDBEBT pelos produtos e substâncias utilizados. Cada um dos produtos de pintura tem uma Ficha de Dados se Segurança (FDS), na qual vêm explicitados os riscos e as medidas de segurança e higiene necessárias para os contornar. t 6UJMJ[BS TFNQSF DPSSFDUBNFOUF P equipamento de protecção e efectuar a sua devida manutenção. t 5PEPT PT FRVJQBNFOUPT &1*T EFWFN FTUBS homologados e marcados com grafismo CE.
Protecção ocular 5BOUP EVSBOUF B QSFQBSBÎÍP EBT UJOUBT FN que o técnico de pintura tem que vazar os produtos de umas embalagens para outro recipiente e misturá-los para tornar a mistura homogénea, como ao efectuar a limpeza de equipamentos e ferramentas, o operador está sujeito a projecções de partículas, que podem causar lesões nos olhos. Esse risco evita-se com a utilização de óculos de segurança (Fig. 1). Ao trabalhar com sistemas de secagem por 6MUSBWJPMFUBT Ï JHVBMNFOUF JNQFSBUJWP utilizar óculos de protecção específicos, pois B FYQPTJÎÍP QSPMPOHBEB Ë SBEJBÎÍP 67 provoca lesões oculares irreversíveis.
Protecção auditiva Nos trabalhos de pintura não se produzem
geralmente níveis de ruído elevados, mas pode haver momentos em que o ruído acumulado se torna prejudicial (aspiração, lixadoras, cabina, etc.). Se o nível de ruído ultrapassar os 80 decibéis em períodos prolongados, é aconselhável utilizar tampões auriculares de protecção acústica, quer sejam em espuma, quer de outros materiais, que não causem risco de lesão na parte interna do ouvido (Fig. 2). 5BNCÏN são utilizados protectores auditivos externos do tipo “auscultadores”, mas estes por vezes são menos práticos de utilizar e/ ou incompatíveis com outros equipamentos de protecção. Os protectores acústicos são identificados pela sigla SRN, tendo o nível médio de protecção indicado em db. Muitas pessoas subestimam os efeitos do ruído, mas convém saber que a surdez causada por um nível de ruído elevado não é curável.
Protecção da pele Os diluentes e dissolventes eliminam a camada oleosa protectora da pele, causando pequenas fissuras e escamas, que a deixam exposta aos agentes patogénicos. Para evitar este risco, existem no mercado diversos tipos de luvas, fabricadas com materiais como látex, nitrilo, e vinil, que devem ser utilizadas pelos pintores. É importante, no entanto, que o tamanho da luva seja adequado, a fim de não dificultar a circulação sanguínea ou dificultar as operações. 5BNCÏN FYJTUFN DSFNFT QSPUFDUPSFT eficazes, que se chamam “luvas invisíveis”,
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cuja vantagem é manter perfeita sensibilidade táctil e permitir todo o tipo de acções laborais. A pele dos membros e do corpo deve estar protegida por fatos de macaco completos específicos para pintores, que evitam o contacto com partículas sólidas e com as névoas de tinta pulverizada. Os tecidos destes fatos também são fabricados com tecidos que não soltam fibras (tyvek), capazes de prejudicar o trabalho e a película de tinta fresca. Para trabalhar dentro das cabinas, são utilizados igualmente capuzes, que protegem a cabeça e o cabelo.
dificuldade em respirar. Passagem Código p/ interior %
Fig.
01
Óculos profissionais de protecção
Fig.
02
Protectores auriculares em espuma sintética
FFP1
< 22%
Até 4 x TLV p/ partículas de 0,2-5 mícron
FFP2
< 8%
Até 12 x TLV p/ partículas < 0,2 mícron
FFP3
< 2%
Até 50 x TLV p/ partículas < 0,2 mícron
Obs.: TLV=Thresold Limit Value (umbral do valor limite). Indica o nível de exposição para trabalhar em segurança.
Protecção do aparelho respiratório Partículas sólidas resultantes da lixagem, algumas delas tóxicas, vapores de solventes e partículas de tinta atomizada são alguns dos elementos que o pintor tem que enfrentar no seu ambiente de trabalho. Se não estiver protegido em cada fase do seu trabalho, as vias respiratórias podem sofrer irritações de vários graus de gravidade, depósitos nos alvéolos, obstrução dos brônquios, etc.. O nível de poluição das vias respiratórias pode ser tão elevado, que chega a provocar o sangramento das vias respiratórias. Naturalmente, o fígado e os rins, entre outros orgãos internos, são também afectados pela absorção dos produtos tóxicos e poluentes. O risco neste caso depende do nível de toxidade do produto, da sua concentração na atmosfera, do tempo de exposição do operador e da sua própria sensibilidade aos agentes agressivos. Existem no entanto várias formas de proteger o pintor, entre as quais citamos: Equipamento autónomo de filtragem - Este sistema proporciona o fornecimento de ar filtrado a um escafandro colocado na face do pintor (Fig. 3), permitindo a este respirar livremente, sem qualquer risco de ser afectado pelos produtos tóxicos e poluentes. Tem ainda a vantagem de fornecer ar oxigenado, evitando a fadiga provocada por ambientes com carência de oxigénio. Para muitos pintores, o problema está no incómodo em colocar o equipamento e de se movimentar com ele. Máscaras filtrantes - Estas máscaras são colocadas em frente do nariz e da boca do operador, retendo as partículas em suspensão no ar. Como há muitas variedades destas máscaras, é conveniente verificar a sua eficiência de filtragem e os produtos contra os quais oferecem protecção efectiva, de acordo com a tarefa em que se pretendem utilizar. Máscaras contra partículas - Formam uma barreira física fabricada com fibra celulósica, impedindo a respiração de partículas resultantes de lixagens ou de operações de limpeza com ar comprimido. A sua eficácia não é total (100% de retenção de partículas), devendo ser utilizadas em áreas com boa ventilação ou sistemas de ar filtrado. Estas máscaras têm um código alfa numérico, que consiste num “P”, seguido de um número, que indica a passagem de partículas para o seu interior. Os números mais baixos permitem maior nível de passagem, mas tornam a respiração mais fácil. Nos números mais elevados, sucede o oposto, ou seja, maior nível de protecção, mas mais
Factor de protecção nominal
Fig.
03
Este equipamento oferece a protecção máxima, devido à alimentação autónoma de ar filtrado. A protecção pode ser completada em operações mais demoradas com um capuz adequado
Máscaras contra vapores - São máscaras com elementos descartáveis de carvão activo (Fig. 4). A sua protecção é sempre de 100%, desde que seja adequado ao produto contra o qual se pretende assegurar a protecção, este esteja dentro dos limites admissíveis e o filtro não se encontre já saturado. Estas máscaras são utilizadas geralmente nas operações de limpeza das pistolas e a sua codificação consiste na letra “A” (correspondente a gases e vapores orgânicos), seguido de 1, 2 ou 3. Código
Nível de toxidade
1
1.000 ppm
2
5.000 ppm
3
10.000 ppm
Obs.: ppm = partes por milhão Além deste código, estas máscaras podem ser identificadas por uma faixa adesiva colorida, com os seguintes códigos de côr: CÓDIGO
Fig.
04
Fig.
05
Os elementos de carvão activado que se observam na parte de baixo da imagem devem ser substituídos nos prazos recomendados, para garantir a protecção desejada
Este código combinado de uma máscara mista indica o nível de protecção contra partículas e contra gases e vapores separadamente. A côr da etiqueta revela o tipo de poluente contra o qual a máscara garante protecção
CÔR
PROTECÇÃO
A
Gases e vapores Castanho orgânicos (dissolventes)
B
Cinzento
Gases e vapores inorgânicos
E
Amarelo
Gases e vapores ácidos
K
Verde
Amoníaco e derivados orgânicos
P
Branco
Partículas sólidas e líquidas
Máscaras mistas - Estas máscaras asseguram a protecção, não só contra partículas em suspensão no ar, mas igualmente contra gases e vapores, devendo ser utilizadas nas operações de pintura à pistola, nas operações de limpeza com diluentes e de um modo geral em todos os ambientes em que existam gases ou vapores nocivos. Neste caso, a codificação tem um “A” e um “P”, cada um dos quais seguido de um número correspondente (Fig. 5). É importante ter em conta que todas as máscaras aqui descritas têm um prazo de validade ou limite de vida útil, dependendo do tipo de poluente, da sua concentração na atmosfera e do tempo de exposição ao mesmo. Ultrapassado o limite de validade da máscara, é necessário substituí-la, a fim de manter a protecção ao operador.
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CONHECER COMO NASCE UM LUBRIFICANTE
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DESENVOLVIMENTO
DE UM LUBRIFICANTE
|| Criar um novo lubrificante é um processo longo e dispendioso. Uma ampla escolha de produtos de base permite produzir lubrificantes muito eficientes. Uma necessidade para responder a exigências cada vez mais severas dos motores que equipam os novos modelos automóveis
Q
uando uma empresa produtora de lubrificantes decide desenvolver um novo produto, baseia-se geralmente num estudo de mercado que demonstra a existência duma nova necessidade por parte dos consumidores. A decisão terá também em conta outros elementos, tais como: - A estratégia comercial da empresa; - As acções inovadoras da concorrência; - A identificação de um componente ou de uma propriedade original; - Considerações económicas e ecológicas; - A necessidade de utilizar preferencialmente componentes disponíveis na empresa.
O caderno de encargos Uma vez tomada a decisão de criar um novo lubrificante, é necessário estabelecer um caderno de encargos destinado ao centro de investigação, onde são descritas as características do novo produto. O estabelecimento deste caderno de encargos obriga a conhecer as classificações e especificações editadas por vários organismos. Em primeiro lugar, ter-se-ão em conta as últimas exigências dos construtores de automóveis ou de equipamentos industriais, geralmente expressos nas especificações publicadas ou, na sua falta, obtidas após discussão com os especialistas. Seguidamente, far-se-á o ponto da situação sobre a evolução previsível das principais especificações internacionais a que o produto deverá imperativamente responder à data da sua comercialização.
Exigências sempre mais severas As tendências actuais que visam reduzir o peso dos materiais utilizados e aumentar as potências específicas transmitidas, traduzem-se num aumento generalizado das temperaturas de utilização dos lubrificantes. A estas exigências técnicas juntam-se as relativas à protecção do ambiente e dos utilizadores, assim como o aumento generalizado do tempo de serviço dos óleos para automóveis e veículos industriais. Todas estas exigências levaram a criar novos óleos de base que permitem fabricar lubrificantes sensivelmente mais fluidos a baixas temperaturas, menos voláteis e mais eficientes que os formulados a partir dos óleos minerais clássicos.
Composição de um lubrificante Um lubrificante para automóvel compõe-se principalmente por um óleo de base, ou uma mistura de óleos de base que
constituem a própria estrutura do produto final. Este óleo de base deve ter características físico-químicas tão próximas quanto possível do lubrificante desejado. A esta base acrescentam-se aditivos para reforçar ou acrescentar certas propriedades. Quando da selecção dos aditivos a utilizar, é necessário assegurar que estes não exercem entre si efeitos antagónicos prejudiciais à qualidade do produto acabado. Um lubrificante para motor de “topo de gama” pode ser constituído por quatro óleos de base diferentes, aos quais se acrescentam por vezes até cerca de quinze aditivos diferentes e que representam, em certos casos, cerca de um quarto do volume do lubrificante. Apresentamos seguidamente uma síntese da extensa gama de óleos de base e de aditivos para a produção de lubrificantes.
OS ÓLEOS DE BASE Actualmente, a grande maioria dos lubrificantes produzem-se a partir de 4 categorias diferentes de óleos de base. 1. AS BASES MINERAIS CONVENCIONAIS Estes produtos obtidos pela refinação clássica caracterizam-se por um teor relativamente elevado de hidrocarbonetos com uma estrutura química “isoparafínica”, o que lhes confere uma propriedade
reológica muito apreciada na lubrificação, a saber uma fraca variação de viscosidade com a temperatura (índice de viscosidade elevado: 95-105). As bases minerais contêm uma proporção de compostos aromáticos relativamente importante mas tolerável, assim como fracas quantidades de produtos sulfatados e azotados. A sua vasta gama de viscosidades e o seu baixo custo de produção são vantagens determinantes na sua utilização para a preparação dos lubrificantes mais correntes.
As bases hidrocraqueadas Estes óleos obtêm-se por um “craqueamento” muito severo com hidrogénio dos produtos destilados em vácuo obtidos a partir do petróleo bruto. Contêm ainda menos impurezas que os óleos precedentes, um teor em compostos isoparafínicos ainda maior, uma menor volatilidade ainda que com uma fraca viscosidade e uma boa estabilidade térmica. Estas vantagens são aproveitadas para preparar lubrificantes relativamente pouco voláteis e mais fluidos a baixa temperatura.
2. AS BASES MINERAIS NÃO CONVENCIONAIS
As bases hidro-isomerisadas Trata-se também aqui dum processo de tratamento com hidrogénio, mas desta vez a carga tratada é uma parafina que provém do processo de refinação clássico. O tratamento leva a um “craqueamento” e a um rearranjo das moléculas das parafinas em moléculas essencialmente isoparafínicas. Consequentemente, os índices de viscosidade podem ser muito elevados (140-150), a volatilidade é ainda menor, e os teores de impurezas aromáticas e sulfatadas são extremamente reduzidos. Estes óleos são utilizados para lubrificantes “topo de gama” muito fluidos a baixa temperatura.
As bases hidro-refinadas Estas bases minerais obtêm-se a partir dum processo original de refinação, que consiste em craquear (dividir em moléculas mais simples) sob uma forte pressão de hidrogénio certas moléculas indesejáveis resultantes do resíduo e dos cortes de destilação em vácuo do petróleo bruto. Têm um índice de viscosidade idêntico ao das bases minerais clássicas, diferenciando-se por uma proporção mais fraca em compostos aromáticos e por um teor de enxofre e de azoto sensivelmente reduzido. A maior pureza destas bases constitui um passo importante no que diz respeito à protecção dos utilizadores e do ambiente.
GTL – Gas-To-Liquid GTL é um processo químico na qual se produz combustível líquido e outros
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componentes a partir de gás natural ou outros gases hidrocarbonetos. Este processo inicia-se com a transformação do gás natural em gás sintético, composto essencialmente por monóxido de carbono e hidrogénio. Este gás é de seguido submetido a um processo catalítico Fischer-Tropsch, sob pressão e calor, sendo transformado em hidrocarbonetos de vários tamanhos de cadeia interna, sendo os de cadeia mais pequena separados e compatíveis com a queima (combustíveis) e os parafínicos de cadeia longa usados para o fabrico de óleo base. Estas últimas são sujeitas a uma transformação química de isomerização e adicionadas cadeias de hidrocarbonetos, sendo convertidos em óleo base do tipo II e III. Estes óleos base são utilizados no fabrico de lubrificantes. 3. BASES MINERAIS PROVENIENTES DA REGENERAÇÃO Os óleos usados podem ser regenerados eliminando 15 a 20% das impurezas e aditivos que contêm. Por razões de protecção do ambiente, os antigos processos de regeneração muito poluentes vão cada vez mais cedendo o lugar a processos limpos, baseados na destilação em vácuo e num tratamento final com hidrogénio. Estas bases minerais regeneradas têm características comparáveis às das bases minerais convencionais, se e só se o tratamento for devidamente realizado, sendo a sua utilização cada vez maior.
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4. AS BASES DE SÍNTESE As PoliAlfaOlefinas hidrogenadas ou PAO As PAO provêm da transformação química do etileno em n-deceno-1, sendo este em seguida ligeiramente polimerizado ou oligomerizado. A mistura obtida é depois hidrogenada e destilada em diferentes fracções. Estes produtos inteiramente isoparafínicos caracterizam-se por uma ausência total de compostos aromáticos e de impurezas, índices de viscosidade muito elevados (120-170), uma gama de viscosidade muito larga associada a uma volatilidade muito fraca, uma excelente estabilidade térmica e uma notável fluidez a baixa temperatura. Características tão excepcionais fazem destas bases uma escolha de primeiríssima ordem para preparar lubrificantes topo de gama.
|| Um lubrificante para motor de “topo de gama” pode ser constituído por quatro óleos de base diferentes, aos quais se acrescentam por vezes até cerca de quinze aditivos diferentes
Os ésteres orgânicos Estes produtos obtêm-se por reacção química entre monoálcoois (e/ou poliálcoois) e monoácidos orgânicos (e/ou poliácidos orgânicos) e têm as mesmas características excepcionais que as PAO. Têm a vantagem em relação às PAO e às bases minerais de possuir uma propriedade anti-desgaste natural e são biodegradáveis até 95%. Apresentam no entanto o inconveniente de, quando utilizados puros, incharem as juntas de estanquidade dos mecanismos com os quais entram em contacto. É pois necessário controlar bem o seu doseamento. PUB
" N o m e i o d e q u a l q u e r d i f i c u l d a d e e n c o n t r a s e o p o r t u n i d a d e " A l b e r t E i n s t e i n
C o n n o s c o , a l c a n c e o s s e u s o b j e c t i v o s ! c o n s u l t o r i a | f o r m a ç ã o | c o a c h i n g
A u t o c o a c h M a n a g e m e n t , L d a . | R u a d o M o i n h o V e r m e l h o E d i f í c i o C a s c a i s O f f i c e 2 º G | 2 6 4 5 4 4 9 A l c a b i d e c h e ( C a s c a i s ) a t 3 8 . 7 2 8 | L n g 9 . 7 1 4 \ w w w . a c m p t . c o m T e l e f o n e : + 3 5 1 2 1 1 9 5 3 3 0 7 \ F a x : + 3 5 1 2 1 1 9 5 3 3 0 1 \ e m a i l : c o n t a c t @ a c m p t . c o m \ G P S : L
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|| Um lubrificante para automĂłvel compĂľe-se principalmente por um Ăłleo de base, ou uma mistura de Ăłleos de base que constituem a prĂłpria estrutura do produto final. Este Ăłleo de base deve ter caracterĂsticas fĂsicoquĂmicas tĂŁo prĂłximas quanto possĂvel do lubrificante desejado. A esta base acrescentamse aditivos para reforçar ou acrescentar certas propriedades
OS ADITIVOS Escolhido o Ăłleo de base, ou a mistura de Ăłleos de base, o formulador de lubrificantes deverĂĄ entĂŁo escolher a mistura de aditivos (chamado pacote ou â&#x20AC;&#x153;packageâ&#x20AC;?) que permita ao lubrificante atingir o nĂvel de desempenho visado. Este â&#x20AC;&#x153;pacote de performancesâ&#x20AC;? ĂŠ constituĂdo por aditivos elementares exercendo cada um, uma ou mais acçþes especĂficas. 1. ADITIVOS ANTI-OXIDANTES O tempo de vida dum lubrificante depende antes de mais da sua resistĂŞncia Ă oxidação. Ă&#x2030; possĂvel limitar este fenĂłmeno utilizando composto quĂmicos dotados duma actividade particular numa ou vĂĄrias das diferentes etapas quĂmicas da reacção de oxidação dos hidrocarbonetos: t 0T JOJCJEPSFT SBEJDBMBSFT RVF BDUVBN OP inĂcio da oxidação; t 0T EFTUSVJEPSFT EF IJESPQFSĂ&#x2DC;YJEPT RVF travam a propagação da reacção em cadeia. 2. ADITIVOS DETERGENTES Estes aditivos fornecem a detergĂŞncia necessĂĄria para prevenir depĂłsitos a quente nas superfĂcies e para manter limpos os circuitos de distribuição do lubrificante. SĂŁo sais organo-solĂşveis da famĂlia dos alquilarilosulfonatos, alquilofenatos e alquilsalicilatos de cĂĄlcio e/ou magnĂŠsio, utilizados quer puros, quer em misturas. 3. ADITIVOS DISPERSANTES A acção destes produtos inteiramente orgânicos consiste em fixarem-se pela sua polaridade a partĂculas sĂłlidas e a poluentes lĂquidos incluĂdos nos lubrificantes. A utilização destes aditivos permite reduzir sensivelmente os riscos de desgaste devidos a defeitos de lubrificação e Ă s consequĂŞncias frequentemente desastrosas que daĂ
resultam. A maior parte destes produtos, que contĂŞm azoto, possuem uma basicidade natural que lhes confere propriedades neutralizantes e anticorrosivas que se acrescentam Ă s dos aditivos detergentes. 4. ADITIVOS ANTI-DESGASTE Os mais conhecidos sĂŁo os ditiofosfatos de zinco, aditivos antioxidantes que sĂŁo tambĂŠm aditivos anti-desgaste extremamente activos. Estes produtos sĂŁo muitas vezes utilizados em misturas ou preparados a partir duma mistura de ĂĄlcoois, para melhor cobrir a amplitude tĂŠrmica da aplicação visada. A sua estabilidade tĂŠrmica, o seu poder antioxidante e a sua actividade antidesgaste sĂŁo variĂĄveis em função das matĂŠrias-primas utilizadas quando da sua sĂntese. Actuam formando com as superfĂcies metĂĄlicas um filme protector autolubrificante por reacção quĂmica. 5. ADITIVOS ANTI-FERRUGEM A protecção dos metais ferrosos contra a corrosĂŁo hĂşmida ĂŠ assegurada por aditivos detergentes e dispersantes, em particular os sulfonatos de cĂĄlcio e sobretudo de magnĂŠsio, e tambĂŠm por ĂĄcidos carboxĂlicos de longa cadeia orgânica. 6. ADITIVOS ANTI-CORROSIVOS Os metais reactivos Ă base de cobre sĂŁo protegidos contra a corrosĂŁo por aditivos especĂficos, entre os quais os derivados orgânicos de benzotriazol ou os derivados sulfatados de tiazol, diazol, imidazol, etc.. Aderem Ă s superfĂcies metĂĄlicas sensĂveis para formar um filme protector de passivação. Os aditivos detergentes e dispersantes desempenham tambĂŠm este papel de forma mais ou menos directa. 7. OUTROS ADITIVOS
Para lĂĄ dos aditivos incluĂdos no pacote de performances, o formulador deve acrescentar outros compostos ao lubrificante, seja para corrigir certos defeitos dos Ăłleos de base e/ou do conjunto de aditivos, seja para melhorar outras propriedades da formulação. t "EJUJWPT RVF NFMIPSBN P Ă&#x201C;OEJDF EF viscosidade: estes produtos espessam o lubrificante quando a temperatura sobe. Contrariam assim a queda da viscosidade registada a quente, sem perturbar muito o espessamento do Ăłleo a baixa temperatura. t "EJUJWPT RVF CBJYBN P QPOUP EF congelação: estes produtos dificultam o processo de cristalização das parafinas contidas nos Ăłleos de base de tendĂŞncia parafĂnica. Limitando o crescimento dos cristais, asseguram uma melhor fluidez dos lubrificantes a baixa temperatura. t "EJUJWPT BOUJ FTQVNB para corrigir a tendĂŞncia do lubrificante para criar espuma (devida aos aditivos lubrificantes e dispersantes), utilizam-se pequenas quantidades destes aditivos geralmente siliconados. t "EJUJWPT SFEVUPSFT EF BUSJUP estes aditivos sĂŁo compostos polares que aderem Ă s superfĂcies metĂĄlicas para formar um filme anti-atrito. t "EJUJWPT NPEJGJDBEPSFT EF BUSJUP a utilização destes produtos permite que se previna o atrito pulsatĂłrio que afecta os ĂłrgĂŁos imersos no Ăłleo: por exemplo travĂľes imersos.
OS Ă&#x201C;LEOS INDUSTRIAIS Os Ăłleos industriais devem tambĂŠm satisfazer as exigĂŞncias cada vez mais severas. A tĂŠcnica foi evoluindo e a
protecção do ambiente tornou-se uma preocupação maior. As principais exigĂŞncias sĂŁo: t PT NFOPSFT UFPSFT QPTTĂ&#x201C;WFJT EF FOYPGSF F de compostos aromĂĄticos; t WPMBUJMJEBEF SFEV[JEB QBSB EJNJOVJS BT perdas na atmosfera e proteger o utilizador; t CJPEFHSBCJMJEBEF DBEB WF[ NBJT FYJHJEB em certa aplicaçþes; t MVCSJGJDBOUFT DPNQBUĂ&#x201C;WFJT DPN PT OPWPT fluidos frigorĂgenos que protegem a camada de ozono; t NFMIPS FTUBCJMJEBEF UĂ?SNJDB F NFMIPS resistĂŞncia Ă oxidação para responder aos aumentos de temperaturas de utilização e ao aumento do tempo entre mudanças de Ăłleo; t NFMIPSJB EBT DBSBDUFSĂ&#x201C;TUJDBT SFPMĂ&#x2DC;HJDBT B frio para facilitar o arranque das mĂĄquinas e para reduzir atritos; t SFEVĂ&#x17D;Ă?P EBT QFSEBT QPS BUSJUP B UPEBT BT temperaturas por aumento do Ăndice de viscosidade dos Ăłleos e pela utilização de aditivos redutores de atrito; t OĂ?P BHSFTTJWJEBEF QBSB BT KVOUBT F BT pinturas. Utilizam-se tambĂŠm agentes que melhoram a aderĂŞncia do lubrificante Ă s superfĂcies e permitem limitar a projecção de Ăłleo nas aplicaçþes em que o lubrificante estĂĄ em contacto directo com o utilizador. Ă&#x161;ltima nota: A fĂłrmula de certos lubrificantes ĂŠ secreta. Incluem-se por vezes aditivos simulados que se destinam a tornar a anĂĄlise difĂcil. Existem tambĂŠm produtos chamados â&#x20AC;&#x153;mĂĄscaras de odorâ&#x20AC;? para evitar inconvenientes Ă utilização que provĂŞm do Ăłleo de base ou dos aditivos. Fonte: SintĂŠtica www.sintetica.pt
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PRODUTO TINTAS IXELL
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TINTAS DA RENAULT PARA
INDEPENDENTES
|| A marca para repintura da Renault tem já 190 clientes com máquinas misturadoras no país. É o conceito e não o produto que fazem a diferença da Ixell, com oferta desde as coberturas para chapa nua ao verniz
|| A Renault garante que os produtos da Ixell são de aplicação racional e eficaz. A gama cobre todas as actividades de reparação de carroçaria
P
resente junto dos reparadores com cerca de 190 máquinas, a Ixell é a marca de produtos para repintura da Renault. O nome está presente no mercado há mais de trinta anos e foi pensado inicialmente para utilização no universo automóvel Renault. Em 1986, implanta-se no mercado internacional com soluções adaptadas a todos os reparadores multi-marca. O circuito de comercialização é, desta forma, idêntico ao de qualquer peça Renault. Isto significa que os produtos Ixell são distribuídos através do armazém
|| FICHA TÉCNICA Renault Portugal Sede: Lagoas Park - Edificio 4 2740-267 PORTO SALVO Dir. Qualidade e Serviço: Marco Barreiros Telefone: 218 361 011 Fax: 218 361 096 E-mail: marco.barreiros@renault.pt Internet: www.renault.pt
central de peças do construtor e daí para os concessionários e agentes. Mas no que consiste esta linha Ixell? “São produtos de rigorosa qualidade e relações baseadas na confiança”, explica Marco Barreiros, director de Qualidade e Serviço da Renault. “A Ixell desenvolve com os profissionais da carroçaria uma verdadeira parceria em volta da cor”. Sejam os próprios produtos, ou mesmo os métodos e o suporte técnico, a marca garante uma resposta para todas as actividades, desde chapeiro, preparador, pintor, ou especialista de vidro. “Estes produtos foram pensados para uma aplicação racional e eficaz . A sua utilização é muito fácil”, acrescenta o responsável. Em Portugal, existem cerca de 190 máquinas Ixell instaladas neste sistema de repintura. Estes juntam-se aos 5.400 clientes activos na Europa, Norte de Africa e América do Sul. Embora não tenham máquina misturadora Ixell, há ainda outros clientes que consomem com regularidade os produtos da marca e aplicam os métodos de trabalho que lhes são aconselhados. Quanto às oficinas da
marca, concessionários e agentes Renault, estes são fiéis à marca de pintura. Em vez de encarar esta linha apenas pelos produtos, a Renault prefere falar no conceito da Ixell. “Trata-se de uma abordagem única, global, de multiespecialista da carroçaria, que cobre todas as actividades, desde a chapa nua ao verniz”, diz Marco Barreiros. “Esta especialização em todas as actividades da carroçaria permite à Ixell propor aos profissionais soluções simples e eficazes, as únicas que garantem a melhor rentabilidade”. A Renault está a apostar na fidelização dos seus clientes instalados, mas também na conquista de grandes oficinas independentes. Para isso, dispõe de profissionais formados internamente pela marca e considera a sua gama de produtos como um verdadeiro trunfo. “É uma resposta perfeita e completa às exigências legislativas em matéria de protecção ambiental e às evoluções tecnológicas”, diz o responsável. Em concreto, a compatibilidade e a complementaridade da gama permitem trabalhar de modo simples, etapa por
etapa. Para além das qualidades colorimétricas, as tintas Ixell caracterizamse por uma excelente resistência à projecção de gravilha, aos ultravioletas, aos hidrocarbonetos e às agressões químicas. As acções comerciais desenvolvidas pela Ixell têm em conta a especificidade dos vários parceiros de negócio e muito particularmente dos operadores independentes. Na comercialização do produto, são utilizados os mecanismos e as alavancas que em cada momento são definidas como as mais correctas. Nestas, não se exclui a venda conjunta com outros produtos da marca. O acompanhamento e as soluções técnicas e comerciais apresentadas pela equipa técnica Ixell às oficinas são bastante desenvolvidos. Os conselheiros técnicos Ixell intervêm a todos os níveis nas oficinas, quer desenvolvendo formações técnicas e demonstração de novos produtos, novas técnicas e processos, formações colorimétricas e formações comerciais para desenvolvimento das vendas e fidelização dos clientes.
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PRODUTO NOVA GAMA DE ÓLEO DE MOTOR MAXLIFE
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MAIS VIDA PARA O MOTOR || Com a idade do parque automóvel a aumentar e o consequente aumento do número de quilómetros por veículo, os motores exigem um lubrificante adequado ao maior desgaste. Para esse fim a Valvoline (re)lançou o Maxlife
H
á muitos anos que a Valvoline aposta na gama de produtos Maxlife, tendo até criado uma rede de especialistas em lubrificantes com este nome, que chegou em tempos a existir também no nosso país. O momento agora é outro, já que desde que assumiu a representação da Valvoline para Portugal, a Krautli tem vindo a fazer trabalhar esta reconhecida marca de lubrificantes de uma forma sustentada e muito profissional. As novidades agora são os produtos MaxLife 5W30 e MaxLife 5W40, que vêm juntar-se aos três produtos já existentes: MaxLife 10W40, MaxLife 10W40 Diesel e MaxLife 15W40. Desta forma e apenas com cinco lubrificantes tem-se uma abrangência alargada com um baixo número de referências. Os lubrificantes Maxlife são reconhecidos pela elevada facilidade de utilização, diminuindo a probabilidade de se efectuar
|| FICHA TÉCNICA Krautli Portugal Lda Sede: Rua Horta dos Bacelos, 17-19 2691-002 Santa Iria de Azóia Director Geral: José Novais Pires Telefone: 219 535 600 Fax: 219 535 601 E-mail: contact@krautli.pt Internet: www.krautli.com
uma mistura deficiente, já o produto está pronto a utilizar e não carece de dosagens. Outra vantagem deste produto é a eleva a probabilidade de fidelização do cliente final, associada à qualidade do produto, fácil de constatar por parte do cliente final através da alteração de desempenho da viatura (menor consumo de óleo, aspecto mais limpo do motor…). Este produto dentro da gama Valvoline é considerado como um produto de “elevada prioridade e extremamente adequado as necessidades actuais do nosso mercado”, refere Paulo Santos, Brand Manager da marca Valvoline, acrescentando que “como todos os produtos de valor acrescido carece de ser bem apresentado e explicado de forma que o cliente final possa optar pela utilização do mesmo e tenha perfeita consciência da sua opção e dos benefícios da sua aplicação”. A política de preços para a gama MaxLife, enquadra-se na política de preços da Valvoline para produtos de elevada qualidade e tem por objectivo ter um preço final mais atractivo que a soma de um óleo equivalente e respectivo aditivo. “A nossa expectativa para a gama MaxLife é bastante elevada, e de acordo com o que passamos para a nossa rede de Distribuidores Oficias, deve ser visto como uma porta de entrada para ganhar a confiança dos proprietários das viaturas”, refere Paulo Santos, explicando que “quando existem problemas que carecem
VANTAGENS MAXLIFE 1º - Reduz as fugas de óleo, através de condicionadores que ajudam a melhorar a elasticidade dos vedantes, diminuindo assim as fugas de óleo e a formação de depósitos. 2º - Reduz o consumo de óleo, através de aditivos de elevada qualidade que minimizam a necessidade de atestos, diminuindo o risco de danos no motor devido ao funcionamento com baixos níveis de óleo. 3º - Reduz o desgaste, através da elevada qualidade do pacote de aditivos antifricção e anti-desgaste que ajudam a prevenir a rotura dos componentes. 4º - Reduz a oxidação, através da elevada qualidades extra dos detergentes e dispersantes, que previnem a formação de depósitos nocivos de verniz e lamas que provocam o espessamento do óleo.
de uma solução efectiva é que se conseguem distinguir os produtos premium dos produtos de qualidade inferior ou aplicação incorrecta. Com a aplicação de um produto da gama MaxLife, a primeira pessoa a aperceber-se da qualidade do produto é o utilizador da viatura, o que em condições normais não acontece, pois a utilização de produtos de baixa qualidade e na maioria dos casos a utilização de produtos errados só se vai reflectir na maioria dos casos com o passar do tempo. Esta gama de produtos MaxLife por sua vez vai tentar restabelecer todos esses erros e irá criar um clima de confiança e associar a marca Valvoline a uma marca de elevada qualidade. Nesse sentido as nossas expectativas são elevadas e consideramos a gama MaxLife, um trunfo importante e diferenciador no actual mercado dos lubrificantes”.
Sendo um produto que está extremamente adaptado ao nosso mercado, segundo a Krautli, visto ser uma solução abrangente de valor acrescentado que vem facilitar a solução de inúmeros problemas associados ao aumento da idade média parque automóvel, Paulo Santos adianta ainda que “se levarmos em consideração a actual conjuntura económica e o espírito de poupança que está a ganhar forma no seio de grande parte das famílias Portuguesas, está é sem duvida a forma correcta de poupar o motor da viatura, diminuindo assim a possibilidade de reparações de elevado valor, que podem conduzir à imobilização temporária da mesma”. Refira-se que esta gama de produtos MaxLife é indicada para todas as viaturas com mais de 100.000Km e pode ser utilizada com regularidade após atingida essa quilometragem.
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PRODUTO RACEDECK
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PAVIMENTOS PARA OFICINAS || Não é uma peça, não é um equipamento, nem sequer é um consumível. O RaceDeck é a marca de um produto de pavimentos para garagens e afins, que a empresa Street Customs representa em Portugal
|| Pavimentos para garagens, oficinas e stand´s. É esta a proposta de uma empresa de Coimbra, que ainda disponibiliza outros produtos de nicho
E
xistem 1001 fornecedores numa oficina. Mil são os tradicionais e o “um” é a Street Customs que propõe um produto diferente de tudo o normalmente se pode disponibiliza a uma oficina: pavimentos!!! A Street Customs é uma empresa de importação e exportação que se posiciona como oferecendo produtos e soluções de nicho dentro do sector automóvel. Nos Estados Unidos, onde a Street Customs importa algumas das suas representações, as oficinas dão alguma importância à decoração. A empresa de Coimbra quer apostar precisamente aí. Contudo, também tem oferta noutras áreas, nomeadamente
|| FICHA TÉCNICA Street Costums Sede: Avenida Fernão de Magalhães, nº 170 Cave 3000-171 Coimbra Responsável: Pedro Simões Telefone: 919 666 620 Fax: n.d. E-mail: info@streetcustoms.pt Internet: www.streetcostums.pt
em componentes para a competição, altas prestações ou tuning. A marca que claramente mais se diferencia na gama é a RaceDeck. Trata-se de uma marca líder na indústria de pavimentos para garagens, com mais de 30 anos de experiência na fabricação de um sistema patenteado para cobrir o chão das oficinas e afins. “Sabemos que não é fácil vender um produto destes em Portugal, até porque o mesmo vai contra a mentalidade instalada”, reconhece Pedro Simões da Street Customs advertindo que “se trata obviamente de um produto moderno, a pensar no futuro e ideal para quem se preocupa com a imagem”. Os pavimentos da RaceDeck podem ter uma infinidade de aplicações. Para além das oficinas, os mesmos podem decorar stand´s de automóveis, concessionários, expositores em feiras, garagens de habitações, entre outras aplicações. A gama de produtos RaceDeck (ver caixa) permite ter um tipo de pavimento específico consoante o uso tipo de oficina e o trabalho que a mesma efectuar. “É um produto muito inovador, que apresenta muitas vantagens face aos pisos tradicionais, nomeadamente os
GAMA RACEDECK Diamond – O sistema original de pavimento para garagens com o padrão em diamante (estando também disponível em Tuffshield, isto é, com brilho); XL – Igualmente com o padrão em diamante, estas são as maiores peças de pavimento para garagem (46x46 cm). Disponível também com acabamento Tuffshield. Circletrac – Sistema tradicional de pavimentos para garagens com padrão em círculo. Disponível igualmente com acabamento Tuffshield. Pro – Sistema de pavimentos para garagens com padrão diamante em alumínio polido. Ideal para stand´s e pontos de exposição sendo muito fácil a sua montagem e desmontagem em exposições. Também disponíel em tamanho XL. Free-flow – O pavimento free-flow oferece o máximo de arejamento e grande uma drenagem de água e detritos. As suas qualidades anti-derrapantes aumentam a segurança em condições onde exista água (lavagens). Revolution – É uma novidade recente da RaceDeck. O padrão industrial em diamante patenteado oferece a qualquer superfície um aspecto profissional. O design octagonal e em arco desta super-estrutura faz do Revolution o sistema de pavimentos flutuantes mais forte de toda a gama. Desenhado para ser mais resistente (tem mais ponto de fixação entre peças) esta super-estrutura melhora as características base deste produto.
revestimentos epoxy. Destaco a facilidade de instalação, a possibilidade de remover e colocar noutro lugar, a garantia de 15 anos e a enorme funcionalidade do mesmo”, refere Pedro Simões. Normalmente vendido à unidade (cada peça tem 30,5x30,5 cm) o material do RaceDeck é
extremamente resistente, não parte nem racha, quando unido funciona como uma única peça, suporta até 20 toneladas por m2 e resiste a grandes variações térmicas. Através do sistema de ligação das peças (Fastdeck) o pavimento RaceDeck depois de montado é facilmente transportável.
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ACTUALIDADE
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DESTAQUES
NOVIDADES PIONEER A Pioneer, empresa de produtos electrónicos, vai lançar quatro novos sintonizadores com leitor de CD que permitem a leitura de praticamente todas as fontes, incluindo iPod, iPhone e USB. Os modelos DEH-4400BT, DEH-3400UB, DEH-2400UB e DEH-1400UB incluem um display maior e mais luminoso, o que facilita ainda mais a sua utilização. Apostando cada vez mais na versatilidade e na qualidade de som dos seus equipamentos, a Pioneer lança agora quatro novos sintonizadores capazes de surpreender os utilizadores mais exigentes. Estes modelos produzem um som sólido de 50W x 4 canais e suportam a leitura de ficheiros de música MP3, WMA e WAV. Como complemento de potência, podem ainda ser ligados amplificadores, colunas e subwoofers extra. Para além do leitor de CD e do terminal USB frontal, os novos sintonizadores integram uma entrada Aux-in que torna o equipamento compatível com qualquer tipo
de leitor de áudio portátil. Esta entrada permite ao utilizador fazer uma ligação rápida e segura enquanto conduz. O DEH 4400BT dispõe de um módulo Parrot Bluetooth integrado e microfone externo, o que permite utilizar o telemóvel em sistema mãos-livres. O protocolo Bluetooth A2DP torna possível a transmissão de áudio sem fios a partir de equipamentos com Bluetooth activado e facilita o accionamento do leitor de áudio através do sintonizador. Por outro lado, o suporte do perfil SSP assegura uma rápida transferência de dados entre equipamentos com capacidade Bluetooth. A fácil ligação a equipamentos externos, como iPhone ou iPod são também uma mais-valia, já que o condutor pode desfrutar das suas músicas preferidas sem estar dependente de um emissor FM. Ainda que ligados aos sintonizadores, estes equipamentos não são afectados no seu desempenho visto que estão a ser carregados enquanto funcionam como fonte de música.
CARTÃO DE CRÉDITO CEPSA EXCLUSIVO A CEPSA Portuguesa, em parceria com o Barclays Portugal, acaba de lançar um produto inovador face à oferta disponível no mercado: CEPSA Porque EU Volto, um novo cartão de crédito Barclaycard, que servirá também como cartão de descontos em combustíveis. O novo cartão CEPSA Porque EU Volto traz consigo a possibilidade de ganhar pontos que valem descontos quando utiliza para abastecimentos. Sempre que o titular abastecer num posto Cepsa aderente ou utilizar o novo cartão de crédito, para pagar compras do dia-a-dia, acumula pontos-desconto que são creditados na conta Cepsa Porque EU Volto, que valem descontos em combustível. “O lançamento deste cartão, inserido no actual contexto económico, foi concebido de forma a aumentar o poder de compra dos portugueses, constituindo um cartão de crédito diferenciador que vai permitir obter descontos iguais ou superiores a 4%. Nas compras do dia-a-dia, o cartão revela ainda claros benefícios para os portugueses, em qualquer contexto (cinema, restauração, etc.)”, explica Luís Sobral, Administrador-Delegado da CEPSA Portuguesa.
GEFCO FAZ LOGÍSTICA OPEL A GEFCO Portugal foi o operador logístico escolhido pela General Motors (GM) para gerir o seu parque com centro de armazenamento de veículos (VSC – vehicle storage center). O parque tem capacidade para 5.600 automóveis e situa-se na Azambuja. Desde Agosto, a GEFCO Portugal controla a chegada dos veículos da Opel e da Chevrolet, que chegam por via terrestre e ferroviária ao parque da GM, e assegura a manutenção dos veículos em stock. O processo inclui a recepção dos veículos, a introdução da informação no sistema informático da GM, colocação dos acessórios no interior dos veículos e a sua disposição por ordem de destino nas filas de carga. “Esta operação constitui um reforço das nossas operações automóveis e será semelhante ao que já fazemos para a Peugeot e Citroën, no parque de Setúbal”, explica Fernando Reis Pinto, Director Geral da GEFCO Portugal.
LANCIA YPSILON 1.2 VENHA A CIDADE Se existe automóvel que melhor se pode definir como feminino, por certo que o Lancia Y é um deles. Nesta nova geração, agora com a variante 5 portas (que mais parece 3 portas devido ao desenho dos puxadores das portas traseiras nos pilares da carroçaria), e com o motor 1.2 litros de 69 cv, o Y assume-se totalmente como um veículo 100% citadino.
|| FICHA TÉCNICA Lancia Ypsilon 1.2 Cilindrada cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)
4/1.242 69/5.500 102/3.000 163 14,5 4,9 14.300 Euros
Para além das suas dimensões reduzidas, nesta versão do Y temos uma direcção dual-drive, o que permite que a direcção se torne ultra leve, o que é ideal para a maioria das manobras que se fazem na cidade. Outra vantagem é o sistema Start&Stop, que se torna uma excelente ajuda nos consumos desde pequeno motor a gasolina, que já de si é muito económico numa utilização “poupadinha”. Fulgor é coisa que não existe mesmo nestes 69 cv deste 1.2 litros a gasolina, e quanto mais alta é a relação de caixa menos apetite tem para se mover. Por isso a estrada e as auto-estradas não são para esta versão, obrigando o condutor a redobrada atenção no momento de ultrapassar. Na cidade felizmente não é preciso potência e como o Y funciona bem nas primeiras três velocidades, o desempenho acaba por ser satisfatório.
OPEL ASTRA 1.7 CDTI ECOFLEX CONSUMOS E EMISSÕES DIMINUÍDOS Embora tudo apontasse para que a motorização 1.3 CDTI fosse a mais adequada o Astra, esta versão em 1.7 CDTI ecoFlex traz argumentos de peso para que isso não seja assim tão óbvio. Apesar de ser maior, o motor 1.7 é aquele que consome menos (3,7 l/100 km) e emite menos CO2 (99 g). Isso é conseguido com uma
|| FICHA TÉCNICA Opel Astra 1.7 CDTI ecoFlex Cilindrada cc:Motor (c/c) 4/ 1.686 Potência (cv/rpm) 130/ 4.000 Binário (Nm/rpm) 300/2.000-2.500 Vel. Máxima (Km/h) 201 Aceleração (0-100 Kmh) 11,2 Consumo 3,7 Preço em Euros (desde) 25.150
evolução da tecnologia de combustão CLean Tech e uma nova gestão electrónica do motor e nova gestão térmica. De resto, o sistema Start/Stop, a regeneração de energia na travagem, a caixa de velocidades de atrito reduzido específica para este modelo, uma aerodinâmica revista, que inclui defletor activo na grelha dianteira e pneus de reduzido atrito também dão uma ajuda. Na condução, as diferenças são maiores. Embora consuma menos, a Opel conseguiu a proeza de acrescentar mais potência e trazer este motor para a fasquia dos 130 cv e 300Nm logo às 2.000 rpm/min. Assim, os poços do motor 1.3 CDTI que surgiam nas situações em que era preciso uma variação da velocidade diminuem e a aceleração deste modelo torna-se mais fluida.
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