78 MAIO 2012 ANO VIII
JORNAL INDEPENDENTE DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS WWW.JORNALDASOFICINAS. COM || WWW.APCOMUNICACAO.COM
UM MARCO NO PÓS-VENDA
|| Abrangendo diversos sectores da actividade do pós-venda automóvel, o 4º Simpósio organizado pela AP COMUNICAÇÃO / JORNAL DAS OFICINAS, acolheu um número recorde de cerca de 200 participantes no Centro de Congressos do Estoril, no passado dia 30 de Março, assinalando assim um marco importante na história recente do pós-venda automóvel nacional
MARKETING DIRECTO PÁG. 04
LIMPEZA A FUNDO! PÁG. 68
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Neste artigo falamos do marketing directo, através do qual a oficina faz chegar a sua oferta de serviços, produtos, promoções e campanhas a uma larga audiência
Para tornar a lavagem de chassis, jantes, motores e carroçarias de veículos mais rápida e efectiva, as máquinas de lavar por jacto de água de alta pressão são a mellhor solução
MARCAS INVESTEM NOS CLÁSSICOS || PÁG. 66 Os construtores de automóveis estão a apostar cada vez mais na construção e distribuição de peças para veículos clássicos, procurando manter dessa forma a sua identidade com este tipo de clientes
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CONTROLO TÉRMICO EM HÍBRIDOS || PÁG. 72 O termo híbrido significa o resultado de uma combinação de duas coisas diferentes. No automóvel trata-se do conceito do motor de combustão que combina com propulsão eléctrica
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MAIO 2012
MERCADO GESTÃO DO NEGÓCIO
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DITORIAL
CAMPANHA MERITÓRIA
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erminada a primeira fase da Campanha “Exija Peças de Qualidade Garantida”, lançada pela Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, e apesar de não termos dados estatísticos para avaliar o seu impacto junto dos automobilistas, o balanço que fazemos não pode deixar de ser muito positivo, pois trata-se da primeira grande iniciativa destinada a melhorar a imagem do pós-venda independente junto do consumidor final, que só se tornou possível graças ao apoio de todas as marcas que integram a recém formada Comissão Especializada de Fabricantes de Peças da ACAP. Desde a entrada em vigor do BER, diversas empresas do sector realizaram acções de divulgação do mesmo, junto dos retalhistas e das oficinas. No entanto, por muito boas que fossem as suas intenções, estavam essencialmente a comunicar com os profissionais do Sector. Esta Campanha visou chegar um pouco mais longe, estabelecendo a comunicação com o público em geral e com o utilizador final do veículo, dizendo claramente que pode e deve escolher onde reparar a sua viatura. Utilizando o lema “Exija peças de qualidade garantida”, a Campanha pretendeu essencialmente divulgar os direitos do consumidor, principalmente durante o período de garantia do seu veículo, para além de contribuir para melhorar a imagem do pós-venda independente. Perante as dificuldades de um mercado em recessão, a Comissão veio demonstrar com esta iniciativa, que o pós-venda independente não baixou os braços e está unido para ultrapassar as suas fraquezas e conseguir reforçar a comunicação, a cooperação e a organização dentro do sector. Se os responsáveis tiverem capacidade para fazer “o que ainda não foi feito” terão certamente um futuro mais de acordo com as suas expectativas e as necessidades das suas empresas. Só depende deles co nseguir que o aftermarket cresça, se torne mais forte e se afirme dentro daquilo que todos querem para o sector.
PRIORIDADE
AO MARKETING DIRECTO
|| Quando se fala em marketing, as pessoas imaginam logo mais investimentos e mais custos em publicidade, mas nós estamos a falar do bom e velho marketing directo, através do qual a oficina faz chegar a sua oferta de serviços, produtos, promoções e campanhas a uma larga audiência
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outros tempos, isso poderia implicar custos elevados, porque era preciso mandar imprimir os folhetos, tabelas e anúncios e em seguida enviá-los pelo correio e/ou mandar alguém distribuí-los manualmente. Além dos custos, a eficácia desse sistema nem sempre era a melhor, porque as pessoas já estavam saturadas de ter as caixas de correio cheias de publicidade mais ou menos inútil. Agora, no entanto, temos a Internet, os endereços electrónicos e os e-mails, cuja grande vantagem é um custo muito
acessível, rapidez e grande eficácia junto dos consumidores, porque os apanha tranquilos em frente ao seu portátil ou outro qualquer terminal com acesso à Internet. Até aqui, toda a gente sabe mais ou menos que é assim, mas a eterna questão é o tempo para criar e enviar os e-mails e depois ficar a ler as respostas. Isso é quando nós pensamos na Internet com a mente ainda sintonizada na tecnologia anterior. Actualmente as coisas podem ser feitas de outras maneiras e melhor.
Entre no universo digital Muitos jovens nos dias de hoje dominam com incrível facilidade os meios electrónicos e a linguagem digital que lhes está associada, porque foram criados praticamente ligados à Internet e a sua curiosidade e talento pessoal fizeram o resto. Muitos técnicos de oficinas e empregados administrativos estão nesse caso, podendo em part-time dar um contributo, remunerado ou não, dependendo das contrapartidas oferecidas pela empresa, para o marketing da sua oficina.
DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: Hugo Jorge PROPRIEDADE: João Vieira SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares - 2705- 351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira PAGINAÇÃO: Pedro Vieira IMAGEM: António Valente MARKETING E GESTÃO DE VENDAS: Director: Ricardo Miranda - E-mail: ricardo. miranda@apcomunicacao.com PUBLICIDADE: Director: Mário Carmo - E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Peres-Soctip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 - 2135-114 Samora Correia Telef: 263.00.99.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares.
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Se não houver ninguém na empresa interessado em participar nessas actividades de marketing, há os amigos deles e muitos outros jovens que oferecem os seus serviços electrónicos na Web e de outras formas habituais. Não é pois necessariamente obrigatório a oficina ter um empregado fixo para esse tipo de actividades. Além disso, hoje existem já milhares de formulários, múltiplos grafismos e anúncios formatados disponíveis livremente da Web, que permitem criar e personalizar em pouco tempo todo o tipo de mensagens publicitárias e de marketing. Basta a pessoa saber quais são os conceitos e os dados que é necessário transmitir. Por outro lado, existem hoje programas que enviam e recebem automaticamente e-mails aos milhares, bastando praticamente carregar num botão. Como se isso não bastasse, certos programas podem mesmo classificar e organizar as respostas por temas, tipos de questões, zona de emissão, etc., o que facilita enormemente a sua posterior análise. Basta contactar com um especialista nesse tipo de soluções.
|| Agora temos a Internet, os endereços electrónicos e os e-mails, cuja grande vantagem é um custo muito acessível, rapidez e grande eficácia junto dos consumidores, porque os apanha tranquilos em frente ao seu portátil com acesso à Internet
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oportunamente, para não se perderem. O marketing directo via Web deve ser uma prioridade das prioridades de qualquer boa oficina, como forma de ampliar a sua base de clientes, a sua facturação e a sua ocupação e rentabilidade. Obviamente, para se lançar numa campanha de marketing de grande envergadura deste tipo, a oficina tem de possuir capacidade de resposta para todos os novos clientes que apareçam, tanto em nível de serviço e qualidade de atendimento, como em capacidade de execução. Não se pode cair no erro de colocar o carro à frente dos bois, porque assim ninguém vai a lado nenhum. O marketing só faz sentido quando a capacidade instalada tende a ficar subaproveitada, o que é frequente em novos empreendimentos, ou quando uma oficina amplia a sua capacidade ou introduz novos serviços. De qualquer modo, com a tendência actual da manutenção dos veículos ser cada vez mais reduzida, nunca é demais ter clientes “em linha de espera “, sem terem que esperar, obviamente… PUB
Bases de dados Para tirar partido deste tipo de estratégia de marketing, é necessário no entanto fazer algum trabalho de casa, porque o “segredo“ do sucesso está na base de dados de actuais e potenciais clientes. Como não existe relação directa entre a quantidade de mensagens enviadas e o custo, quanto maior for o número de mensagens mais económico se torna o processo. Obviamente, quanto mais mensagens forem enviadas, também é maior a probabilidade de receber um número significativo de respostas. Para ter uma base de dados realmente importante, é preciso mesmo assim trabalhar com um certo método e de forma sistemática. Todos os clientes que passam pela oficina, mesmo os que vão pedir só informações ou perguntar preços, entre muitos outros motivos, “têm“ que deixar o seu endereço electrónico. Todos os colaboradores da empresa devem estar empenhados nessa tarefa e levá-la a cabo de forma sistemática. Trata-se de uma tarefa a tempo inteiro. Para se conseguir realmente um número
muito significativo de nomes e de endereços para a base de dados de clientes, pode ser necessário lançar iniciativas de angariação de amigos ou conhecidos desses clientes, oferecendo em troca uma recompensa atractiva. Não estamos a falar de porta-chaves ou esferográficas, porque isso pode não motivar as pessoas, mas de serviços da própria oficina (revisões gratuitas, diagnósticos, etc.), por cada dois ou três nomes de potenciais clientes interessados. Os clubes de fãs presentes nas redes sociais utilizam com muito sucesso esta táctica, angariando milhares de aderentes em pouco tempo.
Acompanhamento Quando se fala em lealdade, pensamos imediatamente no cão, porque anda sempre atrás do seu dono(s) e espera pacientemente por ele onde quer que seja, tempos infinitos. Pois bem: se a oficina quiser obter a lealdade dos seus clientes, terá que fazer exactamente o que o cão faz, seguindo os clientes por todo o lado e esperando pacientemente que eles venham ter à oficina. A seguir a uma boa base de dados
bem organizada, o acompanhamento é o segundo maior segredo do marketing directo. Claro que não se trata de massacrar um cliente habitual com mensagens gratuitas, porque neste caso o que interessa é recordar-lhe os momentos principais de manutenção do seu veículo. Os clientes habituais requerem um acompanhamento mais específico e personalizado. As informações de natureza genérica são mais adequadas para os clientes menos frequentes ou pessoas que só entraram uma vez na oficina ou ainda nem sequer lá entraram, mas que há que fazer entrar. Claro que este tipo de acompanhamento não dispensa outros meios de comunicação com o cliente, como o telefone de viva voz ou SMS, correio e telegramas.
Bola de neve Depois de uma oficina ter uma forte base de dados de clientes e começar a fazer o seu acompanhamento, muito mais informação sobre esses clientes e outros potenciais clientes começa a fluir naturalmente para o computador, havendo somente que registar os dados
FACTOS Tirar o máximo partido da ligação à Internet é uma prioridade para qualquer oficina de reparação e manutenção automóvel. Com a Internet é possível estabelecer relações mais próximas e frequentes com os clientes habituais, mas não menos importante é a possibilidade de captar novos clientes. A Internet não é por si só uma poção mágica para o negócio, mas é a principal ferramenta que pode potenciar decisivamente outros factores, como a gestão adequada, competência técnica, boas práticas e boas instalações. Ter uma página da Internet ou nas redes sociais e depois não acompanhar o seu movimento é como ter um balcão de atendimento ao público e depois não estar lá… Estar em rede é poder utilizar o correio electrónico (e-mail), que permite reduzir custos de forma significativa e chegar mais rapidamente a clientes e fornecedores.
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CAMPANHA FORMAÇÃO 2012 V CAPÍTULO – GESTÃO OFICINAL (ÁREA PRODUTIVA)
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QUAL O SEU MODELO DE NEGÓCIO? || Perante as dificuldades que o Meio Envolvente coloca ao negócio, perguntamo-nos, muitas vezes, se estamos a fazer tudo correctamente. Profissionais e empresários, há anos neste ramo, perante situações de insucesso, perguntam-se: “Será que já não sei gerir uma Oficina?”
E
mesmo, das Oficinas Independentes. Na Fig. 2 apresentamos um exemplo do Modelo de Negócio Tradicional, em que, de uma forma genérica, a MDO (Mão-deObra) representa 1/3 da facturação e as peças representam 2/3 da mesma. O preço de custo das peças representa 1/3 e a margem de comercialização representa outro 1/3. Na Fig. 3 disponibilizamos o modelo representado anteriormente para que o leitor o possa preencher. Faça um teste! Verifique a realidade do seu negócio. Tenha particular atenção para aquilo que normalmente se faz e que distorce este gráfico.
ste Capítulo tem como objectivo fornecer ao leitor algumas ferramentas para o ajudar a perceber o que está a mudar no nosso Modelo de Negócio e, nomeadamente, como podemos criar Indicadores de Performance que nos permitam “medir” o nosso negócio. O Modelo de Negócio de uma Oficina Automóvel teve, durante décadas, a configuração que apresentamos na Fig. 1. Todos sabemos que ao longo dos últimos anos este Modelo foi sendo alterado. Basta analisar o Modelo de Negócio da chamada Nova Distribuição e algumas Redes de Car Service, em que se destacam: - Preços fixos (Peças + MDO); - Serviço Sem Marcação; - Disponibilidade de Horário Alargado (Fins de semana e horários que podem ir até às 22h); - Marketing agressivo e com forte enfâse no “baixo preço”; - Localização estratégica em zona de elevado tráfego.
Por exemplo: Quando vendo uma peça (ou peças) e incluo a MDO no preço, posso estar a sacrificar o Volume de Vendas de MDO em benefício do Volume de Vendas das Peças e da margem destas. O contrário também acontece, se eu vender um serviço em que o desconto atribuído à peça é superior ao normal, estou a reduzir a minha margem. Esta representação gráfica do modelo de negócio é muito interessante, já que de forma directa nos mostra em que ponto se encontra o nosso negócio...
Os itens acima, todos agregados num só conceito, conferiram durante os últimos anos um Modelo de Negócio diferente das Oficinas Autorizadas de Reparação e, até
Fig.
01
MODELO DE NEGÓCIO TRADICIONAL DA OFICINA AUTO
Fig.
02
EXEMPLO DE UM MODELO DE NEGÓCIO TRADICIONAL
50%
MARGEM PEÇAS
MDO
CUSTO PEÇAS
MARGEM PEÇAS 66.000€
Fig.
03
QUAL O SEU MODELO DE NEGÓCIO?
50%
CUSTO PEÇAS 33.000€
MARGEM PEÇAS _______€
CUSTO PEÇAS _______€
MDO 33.000€
MDO ________€
TOTAL: 99.000€
TOTAL: _______€
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CAMPANHA FORMAÇÃO 2012 V CAPÍTULO – GESTÃO OFICINAL (ÁREA PRODUTIVA)
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PATROCINADORES
Conceito assente em Peças: Se o Modelo de Negócio for assente na venda de peças, então a Oficina tem MDO para “vender” peças e, neste caso, o custo da MDO tem de ser o mais barato possível. Normalmente as peças são vendidas com MDO incluída (preços fixos). O grande volume de compra de peças permite melhorar condições e o rapel anual é muitas vezes importante para o resultado da empresa. Neste caso, a “fatia” das peças é muito grande. Independentemente do conceito, a Oficina Automóvel é uma Unidade Produtiva (possui Mão-de-Obra) e perante o nível tecnológico dos automóveis de hoje, qualquer oficina necessita de MDO técnica e, se possível, especializada. Se assim é, os Gestores necessitam de conseguir medir a performance da sua Unidade Produtiva. Em baixo, indicamos apenas alguns exemplos de Indicadores de Performance:
TÉCNICAS DE “ORIENTAÇÃO AO CLIENTE” ORGANIZAÇÃO; OBJECTIVOS
Conceito assente em MDO: Quando fazemos descontos nas peças a “fatia” da margem começa a ficar menor (logo aumenta a “fatia” da MDO). Para compensar o negócio, aumentamos o valor de MDO ou o nº de horas por tarefa efectuada e a “fatia” da MDO fica ainda maior.
PERFIL DO GESTOR OFICINAL
Fig.
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ATITUDE; ENTUSIASMO
Para percebermos os Modelos de Negócio Oficinais distintos apresentamos 2 exemplos:
CONHECIMENTO TÉCNICO
PERFIL DO GESTOR OFICINAL
Fig.
05
MAU
RAZOÁVEL
BOM
MUITO BOM
Técnicas de “Orientação ao Cliente” Conhecimento Técnico Atitude; Entusiasmo Organização; Objectivos
PRINCIPAIS INDICADORES DE UMA OFICINA: Grau de Eficiência em %
Produtividade em %
Rendimento do Serviço em %
Objectivo: Superior a 100% Cálculo: (Horas Vendidas / Horas Produtivas) x 100
Objectivo: Superior a 90% Cálculo: (Horas Produtivas / Horas Presença) x 100
Objectivo: Superior a 80% Cálculo: (Horas Vendidas / Horas Pagas) x 100
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Horas Vendidas: 22 dias úteis x 7h = 154h / Técnico Horas Produtivas: 22 dias úteis x 7h = 154h / Técnico 100%
Horas Produtivas: 22 dias úteis x 6h = 132h / Técnico Horas Presença: 22 dias úteis x 8h = 176h / Técnico 75%
Horas Vendidas: 22 dias úteis x 7h = 154h / Técnico Horas Pagas: 22 dias úteis x 8h = 176h / Técnico 87,5%
No Indicador relativo ao Rendimento do Serviço (Horas Vendidas / Horas Pagas), no que diz respeito às “Horas Pagas” deveremos ter em atenção que o técnico trabalha 11 meses (1 está de férias) e é remunerado 14 vezes/ano. Por outro lado, deveremos incluir nas “Horas Pagas” todos os custos sociais e outros que o técnico representa para a empresa. Por tudo o que anteriormente foi exposto, não temos dúvidas de que o “Custo” da MDO é um factor crítico para o sucesso do Negócio Oficinal. Como tal, necessita de Gestão permanente e contínua. Gerir um Oficina Automóvel é hoje em dia um grande desafio, já que a tecnologia crescente nos automóveis, o aumento do grau de exigência dos clientes e o meio envolvente económico-financeiro e legal, coloca a Gestão Oficinal num outro patamar. Como em todas as profissões, o Gestor Oficinal deverá ter um perfil indicado para a mesma. Acreditamos que o Perfil do Gestor Oficinal (Fig. 4) deverá integrar os seguintes requisitos: - Possuir Conhecimento Técnico; - Ser “Orientado ao Cliente”; - Ser Organizado e ter Objectivos; - Ter Atitude e Entusiasmo. Com base neste Perfil preencha o quadro da Fig. 5 e efectue a sua auto-avaliação. Então...? Qual o resultado? Sente-se com Perfil de Gestor Oficinal? Todos nós, em qualquer profissão, temos Pontos Fortes e Pontos Fracos. O “segredo” é manter os Fortes e trabalhar os Fracos para se tornarem Fortes, ou, no mínimo, menos fracos...
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EVENTO 4º SIMPÓSIO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL
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UM MARCO
NO PÓS-VENDA || O 4º Simpósio Pós-Venda Automóvel acolheu um número recorde de cerca de 200 participantes no Centro de Congressos do Estoril, no passado dia 30 de Março, assinalando assim um marco importante na história recente do pós-venda automóvel nacional
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oi com uma enorme satisfação que vimos o Auditório do Centro de Congressos do Estoril, completamente cheio com muitos profissionais de diferentes áreas ligadas ao aftermarket, muitos deles responsáveis pelas principais marcas de peças comercializadas no nosso país. A organização tudo fez para que este
Simpósio fosse um valioso contributo para o desenvolvimento do sector pós-venda Automóvel em Portugal, e estamos certos que as intervenções dos oradores contribuiram para aumentar os conhecimentos de todos os presentes sobre os temas em debate. Abrangendo diversos sectores da actividade do pós-venda automóvel, o
Simpósio abordou temas concretos que preocupam os empresários do sector e apontou tendências e caminhos para novos modelos de negócio mais eficazes e rentáveis. Consideramos que este Simpósio, ao contar com a contribuição de mais de dez oradores e cerca de 200 participantes, representou um contributo significativo
para o desenvolvimento do sector Pós-venda Automóvel em Portugal. Nas páginas seguintes pode ler um resumo das intervenções dos oradores, que esperamos sejam úteis para todos os profissionais do mercado, na tomada de decisões das suas estratégias de negócio para os tempos difíceis que o sector vive na actualidade.
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EVENTO 4º SIMPÓSIO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL
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1º PAINEL
DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL
Pela: Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP
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s trabalhos do Simpósio arrancaram com a intervenção de 3 responsáveis da Divisão de Peças e Acessórios da ACAP (DPAI), Joaquim Candeias, Pedro Proença e Pedro Antão, num painel subordinado ao tema “Desafios para a distribuição de peças automóvel”. Joaquim Candeias começou por referir que “O 4º Simpósio Pós-Venda Automóvel é uma excelente oportunidade para criar mais união entre os operadores do sector pós-venda, a fim de podermos de facto crescer, evoluir e gerar um futuro melhor para o nosso sector. Estamos no momento ideal para debatermos as estratégias para o futuro da nossa actividade”. Na ACAP existe desde sempre uma Divisão de Peças e Acessórios Independentes, a qual foi recentemente reforçada com a criação de uma Comissão Especializada de Fabricantes de Peças (em 2011.09.08). A actividade desta comissão no seio da
ACAP gira em torno de três áreas da cadeia de distribuição das peças, que são os fabricantes, grossistas e os retalhistas. Foi criado um logo próprio que está sempre associado ao da ACAP e a composição dessa Divisão assenta em
quatro elementos, que têm vindo a desenvolver as acções apropriadas aos fins em vista. O Plano de Acções inclui o Mini Ber “Pós-Venda”, que reúne a legislação que defende e enquadra a actividade do
sector, a Qualificação Profissional, Estudos de Mercado e finalmente Organização e Estruturação do Aftermarket ou pósvenda. Relativamente ao primeiro ponto do Plano, esta Divisão de Peças tem acompanhado o assunto junto da Figiefa, organização na qual se encontra filiada, no sentido de conseguir obter a manutenção de legislação específica para o Sector de Pós-Venda e das orientações que traduzem a interpretação da Comissão Europeia sobre este âmbito. Falando da Qualificação Profissional, que tem sido uma das principais preocupações desta Divisão, o objectivo é conseguir uma maior qualificação de todos os trabalhadores que exercem a sua actividade no Pós-Venda Automóvel. Em 2011, foi criado uma módulo de formação específico “Gestão e Organização da Oficina”, que irá ser frequentado pelos responsáveis técnicos dessas oficinas. Esse
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módulo de formação integra o Catálogo Nacional de Qualificações, atribuindo ao formandos um estatuto profissional de âmbito nacional e europeu. A acção relacionada com Estudos de Mercado “Rácios do Sector”, trata-se de dados globais da actividade de distribuição de peças e acessórios, que permitem analisar e visualizar o posicionamento de cada empresa face ao conjunto do Sector. Referindo a Organização e Estruturação do Aftermarket é algo que a Divisão considera extremamente importante e que tem ocupado um lugar de primeiro plano nas suas preocupações. Porque uma das formas do sector conseguir assegurar a continuidade da actividade, passa pelo reforço da comunicação dentro do sector e nesse sentido, a Divisão tem promovido Reuniões Sectoriais com Empresários, nas quais tem sido analisada a concorrência com a Origem e a necessidade do Pós-Venda Independente (IAM) ter maior coesão e ferramentas de actuação
conjunta mais eficazes. Na qualidade de Membro da Comissão Especializada de Fabricantes de Peças, Pedro Antão apresentou aquela que foi a primeira grande iniciativa desta Comissão: uma campanha destinada a melhorar a imagem do pós-venda independente junto do consumidor final, que só se tornou possível graças ao apoio de todas as marcas que integram esta Comissão.
Utilizando o lema “Exija peças de qualidade garantida”, a Campanha procurou sensibilizar os cidadãos para a sua total liberdade de poder escolher uma oficina independente para efectuar as operações de manutenção e reparação dos seus veículos, mesmo durante o período de vigência das garantias de marca, ao abrigo da legislação em vigor. Para reforçar o efeito da Campanha que
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decorreu em diversos órgãos de comunicação, foram impressos 10.000 autocolantes com a mesma mensagem “Quer, Pode, Manda!”, os quais foram utilizados pelos retalhistas de peças e oficinas independentes que se associaram à campanha. No segundo semestre deste ano, a mensagem será novamente passada na Imprensa escrita e também na Rádio, com o objectivo de chegar a mais pessoas e alertar o consumidor final para a defesa efectiva e intransigente dos seus direitos. Pedro Proença encerrou este painel referindo que “Todas as nossas iniciativas e acções dentro da Comissão Especializada de Fabricantes de Peças é no sentido de tornarmos o Aftermarket mais forte e conseguir que o bolo a dividir por todos seja maior e permita melhorar a situação de todos os operadores do mercado. Quando o mercado cresce, beneficiam todos os agentes da cadeia de distribuição e julgamos que chegou a altura de levarmos o Aftermarket para a posição que lhe pertence por direito”.
2º PAINEL TENDÊNCIAS DO PÓS-VENDA EUROPEU Por: François Passaga, Director da GIPA Internacional
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campanhas, descontos, etc.), o que significa menor rentabilidade, para manter o volume de facturação. Outra tendência que parece irreversível é o facto das oficinas independentes e auto centros estarem a aumentar a sua quota de mercado todos os anos. No Reino Unido, os condutores estão a mudar em massa dos concessionários de marca para os operadores independentes, apesar de ser o país com o parque automóvel mais jovem da Europa. Para concluir, François Passaga refere que “o aftermarket tem um grande futuro, bem mais do que outras indústrias e actividades. No entanto, vai ter que se adaptar a tempos mais difíceis. Portugal, por exemplo, vai ficar muito mais bem preparado para enfrentar as crises do mercado e para trabalhar num ambiente sem crescimento económico, do que antes, o que é muito positivo”.
rançois Passaga, Director da GIPA Internacional, no painel “Tendências do pós-venda europeu”, fez questão de sublinhar logo no início da sua intervenção que “a GIPA efectua recolha de dados do pós-venda através da realização de mais de 100.000 inquéritos por ano”, em todos os Continentes. Este trabalho permite revelar dados surpreendentes, por exemplo, “o crescimento de novos registos de veículos automóveis já não está nos mercados europeus”, onde o número de unidades está a decrescer. É sobretudo nos BRIC, com a China à cabeça, que o boom das novas matrículas de faz sentir. Nenhum país europeu tem expectativas de vendas de carros novos que possa fazer prever daqui a dez anos um mercado de após-venda muito maior. Neste contexto, o critério mais importante para motivar o condutor é o preço dos produtos e das intervenções (promoções, PUB
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3º PAINEL
FACE À CRISE COMO EVITAR A FALÊNCIA
Por: Paulo Luz, Director-Geral da tcaGEST.com
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aulo Luz, Director-Geral da tcaGEST. com, numa intervenção extremamente interessante para o actual contexto económico que se vive em Portugal, abordando a temática “Face à crise como evitar a falência”, deixou algumas dicas muito importantes para a sobrevivência das empresas do sector. “Em momentos de crise, já a imaginação é mais importante do que o conhecimento. As PME têm de estar atentas ao cerne do seu negócio” – alertou o orador – manter uma situação financeira saudável, reduzir despesas operacionais, aumentar a eficiência e fortalecer as relações com clientes e fornecedores”, constituem apenas alguns dos aspectos chave para as empresas se manterem no activo. A par disso, “hoje em dia as empresas precisam de renovar-se constantemente”
- salientou Paulo Luz, que enumerou dez dicas fundamentais para a sobrevivência das empresas em tempos de crise, das quais, mais tarde no decurso do debate, esclareceu que consideraria como as mais importantes, “uma análise permanente do cash flow da empresa e a contabilidade, cuja elaboração tem de ser feita em tempo real”. Os contextos económicos adversos também podem constituir e geralmente constituem boas oportunidades, pelo que o investimento contínuo durante uma recessão até se pode tornar na medida mais importante e inteligente a tomar pela empresa nessas situações. É também indispensável ser determinado nos objectivos e hábil e proactivo na detecção de oportunidades de crescimento.
Desde que o empresário tome as medidas preventivas adequadas, a empresa ficará numa posição muito mais forte durante uma recessão e estará preparada para
reagir, quando o mercado recuperar. Paulo Luz terminou a sua intervenção com a frase “Quem perdeu a confiança já não tem mais nada para perder”.
4º PAINEL
COMO PROMOVER A PROCURA DE PEÇAS
Por: Margarida Pina, Directora de Aftermarket Ligeiros da Unidade de Negócio de Peças e Componentes do Grupo Auto Sueco
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argarida Pina, afirmou que as mudanças que se estão a sentir no mercado são estruturais, motivadas também por alterações ao nível do “enquadramento jurídico, pela necessidade de reduzir os custos, em face do menor poder de compra do consumidor final. Esta é a forma das oficinas e de todos os operadores do mercado se manterem competitivos na actualidade. Além disto, o cliente tornou-se mais exigente e há-de ficar cada vez mais exigente. O acesso à informação é mais fácil e a informação está mais organizada e tem mais qualidade. Qualquer pessoa hoje tem acesso a dados que permite tomar uma decisão mais fundamentada.”
Ao nível da tecnologia, a complexidade crescente dos veículos e dos seus sistemas está a tornar o produto igualmente mais complexo e específico. O próprio mercado de aftermarket mudou substancialmente, tendo-se tornado melhor, mais eficiente e mais profissional. Isto aumentou a rentabilidade de toda a cadeia da distribuição de peças, tendo-se tornado num negócio absolutamente estratégico para o futuro dos operadores e das marcas. Mesmo assim, há coisas e valores que não mudam e que os operadores têm de respeitar, adaptando-se a eles. Uma dessas coisas é a conveniência das operações. Estas têm que ser simples, próximas e cómodas. Há também o valor percepcionado pelo PUB
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necessidades do mercado. Devemos olhar para os mercados mais maduros e desenvolvidos e procurar ali inspiração para as soluções futuras. Não nos podemos esquecer do segmento do “do it yourself”, cuja expressão começaremos a encontrar no mercado português. Também não nos podemos esquecer da mobilidade. Hoje em dia, o cliente quer soluções completas, em qualquer dia da semana, a qualquer hora do dia, em qualquer local. Temos que investir a tempo no que traz vantagens competitivas”, concluiu Margarida Pina.
cliente, que é o factor que determina a opção de compra, tanto no passado, como hoje e no futuro. Depois, o cliente é quem decide, porque sempre foi assim e não pode ser de outra forma. O que as empresas podem fazer é dar mais e melhor informação ao cliente, para que ele possa escolher com mais critério e mais responsabilidade. As perspectivas do aftermarket global apontam para um mercado tendencialmente mais pequeno, mas muito pode ainda ser feito para garantir a sua sustentabilidade e a sua rentabilidade. “Temos que antecipar as tendências e as
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EVOLUÇÃO DAS FAMÍLIAS DE PRODUTOS
Por: Vicente de las Heras Bañón, Director de Assistência Técnica Ibéria da Robert Bosch
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icente de las Heras Bañón, Director de Assistência Técnica Ibéria da Robert Bosch, falou do forte contributo tecnológico da multinacional alemã no sector automóvel nos domínios da segurança, redução de custos no consumo combustível, mobilidade eléctrica e interface homem-máquina, num painel subordinado ao tema “Evolução das famílias de produtos”. A Bosch é um dos grupos industriais que mais se tem empenhado no objectivo da ONU de salvar 5 milhões de vidas nos números da sinistralidade rodoviária até 2020. Dispositivos desenvolvidos pela Bosch como o ABS, o ESP, os sensores de estacionamento, o aviso de saída de faixa de rodagem, alguns deles com legislação que irá tornar obrigatória a sua introdução na indústria europeia de automóveis, “são muito importantes no capítulo da segurança”. Em matéria de consumo propõe sistemas que melhoram a eficiência dos processos de combustão, “a incorporação do common rail nos carros irá aumentar cerca de 10% até 2015” e a Bosch está a desenvolver tecnologia que permite “aumentar a pressão de injecção diesel até 2500 bar. Mas não se fica por aqui, uma vez que é responsável pela introdução do chamado sistema start/stop. “Este sistema
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proporciona uma poupança de combustível de cerca de 4%” – explicou Bañón – “será introduzido em 2,6 milhões de veículos em 2012, e a Bosch está a desenvolver um sistema que permite desligar o motor nas desacelerações com o veículo a circular, permitindo uma poupança adicional de cerca de 5% no consumo”. A Bosch está a investir 400 milhões de euros por ano na mobilidade eléctrica, com 800
engenheiros a trabalhar neste segmento, tanto para sistemas híbridos paralelo como axle-split e para híbridos plug-in, mas Bañón acredita que estas tecnologias só se irão impor verdadeiramente no mercado “daqui a mais de uma década”. Neste momento, a Bosch já fornece dois sistemas híbridos completos de alta tecnologia, que permitem recuperar a energia cinética do veículo e reduzir
significativamente o consumo de combustível. Estes sistemas podem ser carregados directamente da rede eléctrica, aumentando a sua eficiência energética. No sistema Híbrido Paralelo o motor eléctrico actua na transmissão do veículo, enquanto que no sistema Híbrido Axle-Split o motor eléctrico é colocado no eixo posterior, permitindo a tracção às quatro rodas. Em qualquer dos casos, o veículo pode ser conduzido no modo totalmente eléctrico, durante pequenos percursos. A Bosch está também muito atenta às possibilidades oferecidas pela Internet para o desenvolvimento da mobilidade automóvel. Sistemas de Internet no automóvel e do automóvel na Internet estão a ser desenvolvidos, permitindo ao condutor e ocupantes disporem de todos os conteúdos áudio e vídeo online, Por lado, o veículo pode estar a enviar ao mesmo tempo dados sobre as condições de circulação, permitindo aos sistemas de navegação de outros condutores receberem informação em tempo real, para apoiar as suas decisões de condução. A transformação estrutural na indústria automóvel ocorrerá em paralelo com profundas modificações da economia global, que já se estão a sentir neste momento. Todos os processos de mudança implicam que haja vencedores e perdedores.
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OS PRINCIPAIS RÁCIOS FINANCEIROS E ECONÓMICOS DO SECTOR PÓS-VENDA
Por: Pedro Barros, Presidente da Comissão Executiva de Peças Independentes da ACAP
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edro Barros, Presidente da Comissão Executiva de Peças Independentes da ACAP, na intervenção “Os principais rácios financeiros e económicos do sector pós-venda”, divulgou os resultados deste estudo que divide as PME do sector em 5 escalões, em função dos seus volumes de facturação. (Escalão A até 500 mil euros, B entre 500 mil e 2 milhões, C entre 2 e 5 milhões, D mais de 5 milhões e PME Excelência). Em praticamente todos os itens analisados pelo estudo conseguiram-se destacar as PME Excelência. Por exemplo, no domínio dos níveis de endividamento, as empresas do escalão A atingem os 79%, do B 66%, do C 65%, do D 55% e PME excelência 48%. Pedro Barros sublinhou que em Portugal, “em média o negócio das peças independentes necessita de stocks elevados e com uma tendência de crescimento, até porque temos mais de 9.000 modelos de automóveis em circulação”. Este estudo analisa também parâmetros como os prazos médios de recebimentos e pagamentos das empresas, as vendas por trabalhador, a evolução da estrutura de custos, a rentabilidade das vendas, entre outros.
Os rácios são importantes para a gestão porque conseguem sintetizar apenas num número uma determinada situação de um negócio, ou até mesmo uma evolução desse negócio, permitindo visualizar os parâmetros chave da actividade. Servem para determinar objectivos, preparar decisões e enquadrar a gestão. São uma espécie de “semáforo”, que deve desencadear uma análise e conduzir a uma
determinada decisão. Obviamente, são também um instrumento incontornável para efectuar comparações com outros dados disponíveis e calcular as distâncias em relação às metas próprias, à concorrência e aos indicadores internacionais, entre outras. Um indicador de grande importância para o negócio de peças é sem dúvida o volume de stocks. A forma de avaliar os stocks é
pela sua velocidade de rotação, isto é, o número de vezes que esse stock se renova. Outra forma de avaliar os stocks é a taxa de permanência, que se obtém dividindo 365 dias pela velocidade de rotação. Neste estudo, são apresentados os dois indicadores, para quem estiver mais habituado a lidar com um ou com outro. O estudo revelou que as empresas do Escalão A têm uma velocidade de rotação muito lenta (1,2) o que dá uma permanência excessiva de stocks (297 dias). São geralmente retalhistas que são obrigados a ter um pouco de tudo. De qualquer modo, o negócio das peças independentes exige por natureza em média stocks elevados, que representam um rácio de permanência geralmente acima dos 100 dias. Isso traduz investimentos importantes em stocks e a necessidade de uma gestão muito controlada, para evitar a queda das margens. A situação ao longo dos anos não apresenta grandes variações em nenhum dos escalões analisados, nem é de prever que se registem grandes variações, porque o número elevado de veículos diferentes existentes no parque circulante não deixa de forma alguma inverter a tendência.
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A ESTRATÉGIA DOS GRUPOS DE DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAIS
Por: Fernando Pardo, Conselheiro de Groupauto International
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ernando Pardo, Conselheiro da Groupauto Internacional, que integra na Europa as redes de oficinas multimarca abandeiradas Eurogarage (automóveis particulares e VCL), Top Truck e G Truck (comerciais pesados), representadas em Portugal pela TopCar e OnTruck, respectivamente, desenvolveu o tema “A estratégia dos grupos de distribuição internacionais”. A Groupauto assegura a esta vasta rede de oficinas a distribuição de peças a preços vantajosos, está presente em 36 países, conta com 951 distribuidores e 2104 lojas. Por sua vez, a rede Eurogarage integra 4.600 oficinas, a Top Truck 550 oficinas e a G Truck 209 oficinas. Segundo Fernando Pardo, a Groupauto desenvolveu “uma estratégia de distribuição em linha com os interesses da reparação multimarca e dos distribuidores independentes”, marcada pela “disponibilidade de produto e por preços competitivos para a rede”, e servindo de
“correia de distribuição entre o fabricante e a oficina”, tendo por principal objectivo, “assegurar o futuro da oficina multimarca”. O objectivo principal da Groupauto Internacional é iniciar ou reagrupar
Grupos de Distribuição nacionais e Redes de assistência para veículos nos países onde se encontra. Naturalmente, o objectivo seguinte consiste em animar, formar e desenvolver as estruturas de
distribuição e redes organizadas nos moldes e dentro da filosofia definidos pela Groupauto. Um desses pontos comuns é a estratégia de comunicação, marketing e imagem. Tem um canal de TV privado para todos os seus estabelecimentos, que passa informações gerais e temas relacionados com a assistência a veículos. A comunicação online com os clientes é outro serviço que os nossos pontos de assistência garantem. Além disso, a Groupauto promove a produção de linhas de peças de reposição de classe mundial e qualidade de origem, estimulando os seus parceiros distribuidores a trabalhar prioritariamente essas linhas de produtos. Outra opção estratégica da Groupauto é o apoio total ao lóbi da Figiefa e às suas iniciativas para defender e promover o pós venda independente. Uma das campanhas em que participa activamente é a R2R (direito à reparação).
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8º PAINEL
DIREITO À REPARAÇÃO AFTERMARKET MAIS CREDÍVEL
Por: Carlos Nascimento, Director-Geral da Create Business
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arlos Nascimento, Director-Geral da Create Bussiness, num painel dedicado ao “Direito à reparação – Aftermarket mais credível”, garantiu que a campanha europeia “Right to Repair”, se mantém viva à luz do novo regulamento, ao abrigo do qual “os carros podem ser reparados durante a garantia nas oficinas independentes. As marcas são obrigadas a dar informação a um preço aceitável” – sublinhou. Infelizmente, “em Portugal temos de trabalhar bastante para que as oficinas tenham acesso à informação a um preço aceitável”, por outro lado, “é fundamental que o aftermarket também tenha acesso à codificação das peças, até mesmo porque “o aftermarket competitivo é fundamental para que exista mobilidade na Europa”. A campanha R2R é uma campanha que se mantém actualmente viva por dois motivos principais: Em primeiro, para conseguir ampla divulgação junto dos profissionais dos
sector, da opinião pública e dos consumidores, que a reparação dos carros em período de garantia de fábrica por oficinas independentes está prevista na legislação e não implica qualquer perda de direitos em relação à garantia. No entanto, para que as oficinas independentes multimarca possam ter acesso a esse mercado dos carros novos, têm necessidade de quatro novas competências principais: ferramentas de identificação das peças adequadas, acesso à informação técnica dos veículos, equipamentos de diagnóstico actualizados e formação profissional. A legislação prevê o acesso das oficinas independentes a toda a informação técnica necessária para a reparação de veículos, sendo esta disponibilizada pelas marcas a preços aceitáveis. Ora, esse preço razoável para a Finlândia, pode ser incomportável para Portugal, devido ao desnível do poder aquisitivo da população e à crise orçamental do nosso país. Portanto, todos os intervenientes do sector pós-venda têm que
trabalhar para que o direito consagrado na lei possa realmente traduzir-se num acesso à informação a preços comportáveis para os portugueses. Se os actores do pós-venda independente não travarem essa luta, ninguém o fará por eles. A segunda grande razão para manter a campanha R2R activa é pelo direito ao acesso à codificação das peças, o célebre VIN. As peças montadas nos veículos são produzidas pelos fabricantes de peças, mas quem efectua a sua montagem no veículo é o construtor. Peças diferentes, de fabricantes diferentes podem ser montadas no mesmo veículo. Se a oficina não tiver acesso à informação da peça que foi montada no veículo, nunca conseguirá acertar com a peça certa, porque há várias alternativas. “É um jogo de adivinha que não faz sentido.
O reparador precisa do código da peça exacto e para isso necessita de acesso ao número de identificação do veículo. Vivendo numa sociedade da informação, em que todos os tipos de informação estão disponíveis para todas as pessoas, é estranho que tenhamos que lutar por um direito que a lei nos atribui. Portanto, se queremos ter um aftermarket competitivo, temos que continuar a lutar pelos nossos direitos e todos têm um papel importante e insubstituível. Temos que ter a inteligência suficiente para perceber que o mecânico precisa neste momento do nosso apoio, para conseguir montar a peça no futuro. Precisa de uma organização que tenha, não somente as peças disponíveis, mas também uma cadeia de distribuição que entregue valor, neste caso, a informação técnica associada à peça”. PUB
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PORTUGUESES COM EXPECTATIVAS ELEVADAS || Novos clientes e alargamento das operações para outros mercados é o que as empresas nacionais vão querer trazer da sua presença na Automechanika. O investimento compensa, dizem os que retornam à feira alemã
A
do sistema de colagem e reparação estrutural Q-Bond de que somos representantes oficiais em Portugal, Espanha e noutros países europeus”, diz Nuno Mendonça, da empresa brancarense. Colocando 2012 como o definitivo ano para as exportações, a MF Pinto diz que chegou a pensar noutras opções antes de se decidir pelo certame alemão. “Este ano queríamos ir a determinadas feiras, como a Automechanika do Dubai, mas chegámos à conclusão que se optarmos por estar em Frankfurt vamos chegar a mais contactos por menos dinheiro. É onde estará toda a gente”, diz Jorge Costa Pinto, administrador da empresa. O facto de a Automechanika ser o local onde se concentra toda a indústria de peças para automóveis coloca as expectativas das empresas portuguesas
s empresas nacionais que vão estar na Automechanika, em Frankfurt, esperam que a feira seja uma oportunidade para aumentar a sua quota de exportação. Optimistas quanto baste, uma boa parte delas tem experiência como expositor naquela que é considerada a maior exposição dedicada ao sector de peças e acessórios para automóveis. Mas há ainda as que, de 11 a 16 de Setembro, vão entrar pela primeira vez numa aventura desta dimensão. É o caso da Hispanor e da MF Pinto, que vão procurar clientes estrangeiros nesta feira alemã. “O objectivo é aumentar a quota de exportação da Hispanor através da angariação de clientes estrangeiros para a nossa gama de produtos de manutenção automóvel da marca Wetor e PUB
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AS EMPRESAS PRESENTES C.T.E.Q. - Centro Técnico de Estudos Químicos Cortigon Unipessoal H. S. Peças Hispanor, Produtos Industriais INCOMCAR Industria de Componentes p/ Carroçarias Auto INDASA - Industria de Abrasivos para cima. “Será um lugar de reunião com muitos dos nossos clientes e onde teremos a possibilidade de mostrar os nossos produtos e realizar novos negócios”, diz Machado Lobo, director comercial da Indasa, que regressa pela sexta vez à feira. João Neves, que ocupa o mesmo cargo mas na João de Deus & Filhos, diz que a Automechanika é a feira mais importante da Europa. “Embora a crise esteja a afectar o mercado de reposição automóvel acreditamos que esta edição continuará a ser o ponto de encontro dos profissionais do sector. A expectativa que temos para esta edição é de que esteja ao nível da edição anterior, que consideramos positiva”.
Para a Veneporte, esta é também a sexta edição como expositor. Está optimista com a sua presença, dado que vai apresentar novos catalisadores e filtros de partículas. “Vão circular milhares de clientes e potenciais clientes que nos vão passar a conhecer”, diz José Ferreira. A exportação é representativa nestas empresas. Na Indasa, representam cerca de 90% das vendas. Na Veneporte também. Na João de Deus & Filhos, que já vai na décima edição como expositor, 88% vai para mercados externos. Na Incomcar, pela quinta vez na Automechanika, é também cerca de 80 por cento. Na MF Pinto, é 30% mas com tendência para subir, segundo prevê a empresa. E a Hispanor coloca 16% do seu material lá
fora, mas quer aumentar para 33% num prazo de dois anos. Entre os mercados preferenciais destas empresas estão a Europa, mas também Marrocos, Turquia, Brasil, Médio Oriente e África. As empresas confiam no investimento que fazem. A Indasa refere que alguns dos seus distribuidores actuais resultaram da presença em edições anteriores da feira. A Veneporte espera novos contactos, novos clientes e notoriedade da marca. “Temos que estar presentes para nos afirmarmos como um dos principais players deste mercado e para criar e reforçar novos laços com os clientes”, diz o responsável da empresa. A João de Deus & Filhos simplesmente invoca a sua participação
Indústrias Metálicas Veneporte João de Deus & Filhos MF Pinto PETROTEC - Inovação e Indústria SIM- Sociedade Irmãos Miranda Starextrasline (em confirmação) nas últimas dez edições como prova de que vale a pena estar presente. A Hispanor refere que só se tem resposta a essa questão depois de lá estar. Mas adianta que, de acordo com as suas projecções, o retorno do investimento será conseguido. PUB
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ACTUALIDADE PEÇAS SUBSTITUÍDAS
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OFICINAS DEVEM REENCAMINHAR RESÍDUOS
|| Nada impede um cliente de levar as peças substituídas no seu carro, segundo a lei existente. No entanto, as oficinas devem fazer tudo o quer for possível para serem elas a dar seguimento a esse resíduo
A
s peças que foram substituídas devem ser encaminhadas pelas oficinas para operadores habilitados a lidar com este tipo de resíduos, mas o consumidor tem direito a levá-las consigo se o quiser fazer. Esta é a interpretação das leis que regem este assunto feita pela APAMB (Associação Portuguesa de Inspecção e Prevenção Ambiental) e pela Anecra. Ambas as associações estão por dentro do assunto, já que vários têm sido os contactos para saber que direitos assistem a cada uma das partes: a oficina e o seu cliente. Por um lado, o condutor quer ter as peças que foram substituídas no seu carro como forma de garantir que efectivamente foram trocadas – ou, pelo menos, vê-las. A Deco (Associação para a Defesa do Consumidor), aconselhava recentemente os clientes das oficinas a pedir as peças que foram substituídas. No entanto, está neste momento a reavaliar a situação porque há uma série de dados recentes que tornam a questão mais complexa do que anteriormente, referiu ao JORNAL DAS OFICINAS no âmbito deste trabalho. As oficinas têm a obrigação de encaminhar
esses componentes para locais habilitados para lidar com isso. E podem ser penalizadas se não o fizerem. O que coloca a seguinte questão: se o cliente pedir a peça, ela deve ser entregue? “De facto, nunca houve processos de tribunal que o dissessem taxativamente ou multas por causa disso”, diz João Patrício, do gabinete técnico da Anecra. “A falta de jurisprudência torna a questão difícil de responder”. A posição desta associação é de que se desaconselha a entrega de peças a clientes. Entre outras razões porque estas não se tratam de resíduos urbanos, como o lixo de uma habitação, conforme explica João Patrício. Mesmo do ponto de vista legal, existe cobertura para que o cliente não leve as peças para casa. O primeiro ponto é que este não se encontra habilitado a fazer o transporte dessas peças. Além disso, como nenhuma entidade tratadora de resíduos aceita esse material das mãos de um particular, ele não tem como se desfazer dele, a não ser de forma ilegal. “Actualmente, os donos dos carros não podem transportar essas peças porque
não se encontram licenciados para o efeito”, diz João Patrício. “Mesmo as oficinas só o podem fazer desde o local de produção do resíduo até ao gestor de resíduos. E, por exemplo, se o mesmo proprietário tiver duas oficinas, não está autorizado a transportar os resíduos de uma oficina para a outra. Terá que o fazer directamente para a entidade gestora”. É isto que explica também a APAMB, em conversa com o JORNAL DAS OFICINAS. “Nada impede legalmente o cidadão de levar as peças consigo, a não ser a obrigação moral ou o dever cívico que até está inscrito na lei-base do Ambiente”, diz Paulo Almeida. “O problema é que, como tal, não se posso entregar uma peça que provenha da reparação de um carro para reciclar”. Resíduos é, aliás, a palavra-chave nesta discussão. Conforme é referido numa missiva sobre o assunto que a Anecra dirigiu às oficinas associadas, resíduo “pode ser qualquer substância ou objecto de que o detentor se desfaz ou tem a obrigação de se desfazer”. No caso de uma reparação, o resíduo é a
peça antiga que é substituída. O que faz da oficina o produtor de resíduos. Como tal, é ele o responsável, segundo o Decreto-Lei nº 73/2011, de 17 de Junho, “pela gestão de resíduos, incluindo os respectivos custos”. A oficina deve portanto apelar à responsabilidade do cliente para deixar que seja ela própria a encaminhar as peças. Se o cliente insistir em levar a peça consigo, a oficina tem que o permitir. Contudo, deve adverti-lo de que está ir contra o Principio da Responsabilidade do Cidadão, que indica que os cidadãos devem adoptar práticas que facilitem a reutilização e valorização de resíduos. Neste caso, APAMB aconselha a oficina a passar um documento, que deverá estar anexado à factura, indicando que o cliente tomou a responsabilidade daquele resíduo. Convém ainda indicar também que este toma ao seu encargo uma peça que foi substituída, conforme fica descrito na factura, impedindo a oficina de fazer com esse resíduo percorra o circuito normal. Desta forma, a oficina pode comprovar que cumpriu até ao fim a sua obrigação.
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NOTÍCIAS
BERU
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RECTIFICAÇÃO
100 ANOS DE INOVAÇÃO A BorgWarner BERU Systems está a comemorar o seu 100º aniversário como fornecedor inovador e de confiança de componentes de equipamento original (OEM) para automóveis e para o mercado pós-venda. A BorgWarner BERU Systems produz velas de ignição, bobines de ignição e componentes de ignição para praticamente qualquer aplicação, assim como sensores de alta tecnologia para baixas emissões e aquecedores elétricos de habitáculo para o conforto dos passageiros, para melhorar o desempenho e reduzir emissões. Além disso, a BorgWarner BERU Systems tornou tornou-se se no líder de mercado em sistemas de arranque a frio para motores diesel, estabelecendo um marco com a galardoada vela incandescente com sensor de pressão (PSG), um componente chave na redução das emissões de NOx e CO2. Para veículos elétricos e híbridos, a BorgWarner BERU Systems produz aquecedores eléctricos do habitáculo para criar rapidamente calor de forma eficiente, e descongelar o para-brisas para uma panorâmica perfeita e aumento da segurança. As soluções inovadoras de sensores da BorgWarner BERU Systems para conjuntos propulsores e sistemas de exaustão proporcionam medidas personalizadas que visam reduzir emissões e optimizar o desempenho do motor. “Há 100 anos que a marca BERU representa as tecnologias mais inovadoras e seguras e possui uma reputação de alta qualidade,” afirmou Brady Ericson, Presidente e DiretorGeral, BorgWarner BERU Systems and Emissions Systems. “Com base em muitos anos de experiência, somos especialistas em sistemas de arranque a frio para motores diesel, em tecnologia de ignição, sensores e aquecedores elétricos de habitáculo, podemos assim apoiar os nossos parceiros na indústria automóvel global ao desenvolver tecnologias chave projetadas para melhorar o desempenho e reduzir emissões. Olhamos com expectativa para o próximo século em que pretendemos continuar a inovar com segurança e a fornecer aos nossos clientes tecnologias líderes de mercado que os ajudem a ultrapassar os desafios do futuro.”
Na edição Nº 77 do JORNAL DAS OFICINAS, referente ao mês de Abril, no artigo sobre Repintura, publicado no Suplemento “Região de Setúbal”, o nome do Administrador da Loja das Tintas é Bruno Pereira e não Bruno Correia, como foi escrito. Na mesma edição do JORNAL DAS OFICINAS, na Entrevista de Júlio Rodrigues, publicada na página 52, o cargo referido na Ficha Técnica está incompleto. O actual cargo de Júlio Rodrigues é: Director da Unidade de Negócios de Camiões, Autocarros e Equipamentos Industriais da Auto Sueco.
BLUE PRINT AUMENTA GAMA EM JOGOS DE ROLAMENTOS DE RODA Nos últimos 12 meses a Blue Print introduziu no mercado 154 novas referências de Jogos de Rolamentos de Roda, a juntar às já existentes 670 referências disponíveis no catálogo, o que significa um aumento de 27% em apenas 12 meses. Este aumento significou o preenchimento de 850 faltas no catálogo e permitiu satisfazer 1.554 pedidos recebidos pela Blue Print por parte dos seus clientes. Pesquisas realizadas através do TecDoc, permitiram chegar à conclusão que 60% destas novas referências de Kits de Rolamentos de Roda só estão disponíveis no aftermarket através da Blue Print. Os Jogos de Rolamentos de Roda da Blue Print são um produto com uma elevada procura, e as vendas duplicaram desde 2008, e continuam a crescer. Uma das mais populares referências é o Jogo de Rolamentos da Roda dianteira para a Nissan Navara D40 2.5DT – ADN18253. Como em todos os produtos Blue Print, os Kits de Rolamento de Roda estão abrangidos pelos 3 Anos de Garantia contra defeitos de fabrico.
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REDE OFICIAL FORD COM MANUTENÇÕES A PREÇOS ULTRA-COMPETITIVOS A Ford Lusitana acaba de lançar a “Campanha de Serviço Primavera / Verão” na sua Rede de Reparadores Autorizados Ford aderentes, reforçando, com ela, a competitividade das suas operações de manutenção. A acção, que decorre até 30 de Junho de 2012, assenta em três frentes: nas operações de manutenção periódica recomendadas pela marca, na retoma de peças usadas e no plano SARA – Ford Assistance, o serviço de assistência em viagem vitalício. Disponibilizando menus de preços competitivos e fechados, para todos os modelos de passageiros, tal permite aos clientes planear os seus custos de manutenção sem que haja surpresas no orçamento disponível. Note-se ainda que estas operações de manutenção integram-se na política da Ford denominada ‘Desafio Preço Baixo’ cujo conceito assenta na afirmação “se encontrar mais baixo, igualamos o preço”.
Prosseguindo na sua aposta de cariz ambiental, a Ford decidiu dar mais uma ajuda lançando a iniciativa “Campanha de Retomas Ford”. Na compra de pneus, filtros de odores, baterias, pastilhas de travões e escovas limpa párabrisas, a Ford retoma as peças usadas valorizando-as em 10, 5, 20, 10 e 5 euros, respectivamente. Todas as peças recolhidas ao abrigo desta campanha que decorre até ao dia 30 de Junho são depois encaminhadas para tratamento de resíduos. Finalmente, um serviço de assistência em viagem para toda a vida do veículo, o SARA – Serviço de Assistência
com Renovação Automática. Este serviço destina-se a qualquer veículo Ford, de qualquer idade, desde que o plano de manutenção seja efectuado na rede oficial Ford. É válido em toda a Europa e renovável por períodos de 12 meses ou até à próxima revisão oficial, o que ocorrer primeiro e inclui uma série de serviços.
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XUXAS TEAM SPORT
A Algarpneus expandiu, no início deste ano, o seu leque de serviços, passando a disponibilizar aos clientes serviços de mecânica e preparação de viaturas 4x4. Outra novidade, mais recente, é que a Algarpneus passou a integrar a rede Valvoline Service Center. Assim, a empresa, para além do serviços de pneus, onde é especialista, passou a ter também serviços de mecânica, focagem faróis, diagnósticos auto, travões e amortecedores. Refira-se ainda que o site da empresa, disponível em www.algarpneus.pt irá ser atualizado brevemente.
A reconhecida marca de ferramentas kraftwerk renovou o apoio ao Xuxas Team Sport para a presente época do campeonato nacional de todo o terreno. A equipa fica assim reforçada a nível técnico e estrutural, num ano em que a luta pelo título do Desafio Total/Mazda vai estar ao rubro, título conquistado na época transacta pelo Xuxas Team Sport, com o piloto João Rato ao volante de uma Mazda BT-50. A kraftwerk (representada pela Tecniverca) marca assim pontos na parceria com os campeões em título do Desafio Total/Mazda, numa aliança assente num projeto ganhador e altamente competitivo, que fica agora ainda mais forte para uma temporada que se prevê dura e emocionante. PUB
END OF LIFE “END OF LIFE” SKF 2012 Referência SKF
Em resposta a muitas solicitações dos nossos Distribuidores, Revendedores de Peças e Garagens que priveligiam a marca SKF como sua marca preferencial, e em linha com o nosso compromisso de proporcionarmos uma maior competitividade bem como um negócio sustentável, temos o prazer de informar que a SKF lança na Europa a linha “End Of Life”, para aplicações acima dos 10 anos.
A partir de 02 de Maio, no seu fornecedor SKF habitual, “a melhor Qualidade ao melhor Preço!" Informe-se no seu fornecedor SKF habitual! SKF Portugal - Rolamentos, Lda. Francisco Teixeira: 912 522 583 - Grisélia Afonso: 917 201 662 - José Oliveira: 917 205 181 www.skf.pt www.vsm.skf.com
APLICAÇÃO
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Ford
VKBA 1366
Hyundai/Mitsubishi
VKBA 1459
BMW
VKBA 1480
Ford
VKBA 1481
Ford
VKBA 1482
Ford
VKBA 3403
Opel
VKBA 3413
Fiat
VKBA 3478
Citroen
VKBA 3495
Renault
VKBA 3704
Nissan
VKBA 3729
Toyota
VKBA 3730
Toyota
VKBA 3731
Toyota
VKBA 529
Vw
VKBA 542
Audi / Vw
VKBA 663
Opel
VKBA 743
Psa
VKBA 941
Mercedes
VKBA 944
Opel
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NOTÍCIAS
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TRW ATENTA AOS TRAVÕES DE TAMBOR Globalmente, 45% dos automóveis novos estão equipados com Travões de Tambor e este valor irá permanecer superior a 40% durante os próximos cinco anos. A potência dos motores está a diminuir devido à economia e à necessidade de reduzir as emissões. Os travões de tambor são a solução mais rentável, para os travões traseiros, na maioria dos veículos. Dessa forma a TRW assegura uma
excelente oferta para este tipo de produto, sendo a empresa número um na cobertura de aplicações no TecDoc. Para além disso, a TRW possui um gama que cobre 94% do parque automóvel europeu, incluindo aplicações da Ásia/Extremo Oriente, num total de mais de 340 referências. Para além de serem fabricados de
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Tecnicamente fortes, Strong in support, gama ampla big on range*
acordo com as especificações de equipamento original da TRW, todos os acessórios necessários para montar os travões de tambor estão na caixa (massa lubrificante, anel de retenção, porca e instruções de montagem).
OSRAM COM NOVIDADES EM LEDS A Osram acaba de lançar os novos kits de condução diurna LED LIGHT@DAY e LEDriving DRL, com tecnologia LED de fácil instalação e ligação eléctrica “plug&play”, sem necessidade de modificações no automóvel. O Kit LED LIGHT@DAY com luz homogénea está apto para ser montado (com parafusos, encaixe ou colagem) em 80% dos veículos no mercado. Este Kit de luz de condução diurna está aprovado pela ECE. Por sua vez o Kit LEDriving DRL com efeito “pontos de luz” apresenta uma configuração ultra compacta e adapta-se à maioria dos modelos de automóvel. Trata-se de uma luminária desenhada para ser facilmente integrada mesmo em grelhas (160x30x23 mm). Fácil instalação e ligação elétrica feitas em oficina, este Kit não obriga a modificações no automóvel, estando de acordo com as normas ECE R87 (apenas luz de condução diurna), SAE, CCC e IP67.
AUTOMECHANIKA APRESENTA DIRETÓRIO PARA VEÍCULOS COMERCIAIS E DE TRANSPORTE
Tudo o que precisa para uma tracção fiável de correias de distribuição Evite falhas prematuras e dispendiosas substituindo correias de distribuição, poleas e tensores ao mesmo tempo. Não necessita de encomendar peças soltas. O PowerGrip® Kit da Gates fornece todos os componentes apropriados mais as instruções de instalação numa caixa. As nossas peças EO garantidas fixam-se perfeitamente e são de fácil instalação. Não se conforme por menos do que a qualidade EO. Insista na Gates.
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Pela primeira vez, os visitantes da próxima Automechanika, que decorre de 11 a 16 de setembro em Frankfurt, podem encontrar informação especializada sobre veículos comerciais e de transporte muito antes do início da Feira. Um novo guia para visitante designado por ‘Truck Competence’ será publicado em Junho e vai oferecer orientação a todos os visitantes interessados em produtos e soluções nas áreas de veículos comerciais, empresas de transporte, agentes, operadores de frotas e empresas de serviços relacionados. O diretório lista todos os expositores com produtos e soluções para o setor dos veículos comerciais e encontra-se organizado em função dos grupos de produto da Automechanika. Dentro de alguns dias, mais de 120 expositores vão fornecer todos os dados e informação relevante para incluir neste diretório exclusivo. A variedade de artigos e serviços é grande e de acordo com o conceito da Feira abrange toda a cadeia de valor dos veículos comerciais desde as peças e acessórios, passando pelo equipamento de oficinas, até reparações de chapa e tratamento de veículos. A partir de meados de julho, os visitantes vão poder pesquisar especificamente expositores e produtos utilizando o filtro online ‘Truck Competence’ em www. automechanika.com Está também previsto um evento para os profissionais dos veículos de transporte na zona exterior sudoeste da Feira. Os visitantes podem facilmente identificar os expositores deste segmento na Feira através do logotipo cor-de-laranja ‘Truck Competence’ que vai figurar no stand das empresas.
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NOTĂ?CIAS
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CONEPA ANALISA O SECTOR OFICINAL Na Ăşltima feira ExpomĂłvil Comercial 2012, a federação empresarial de oficinas de reparação automĂłvel espanhola (Conepa) promoveu uma mesa redonda com a presença de representantes de todas as regiĂľes do paĂs vizinho, a fim de debaterem a actual situação do sector de manutenção e reparação automĂłvel. Ă€ semelhança do que ocorre entre nĂłs, as oficinas espanholas começaram o ano em clima de dificuldades, confrontadas que estĂŁo com uma quebra generalizada da procura, entre 4% e 7%, dependendo da regiĂŁo, relativamente a 2010, por um lado, bem como um aumento igualmente generalizado dos custos, taxas e impostos, por outro. O risco que decorre desta situação ĂŠ o facto das oficinas se focarem exclusivamente na sobrevivĂŞncia do dia a dia, perdendo de vista o mĂŠdio e o longo prazo, o que pode ser fatal para muitas empresas. Uma das conclusĂľes da mesa redonda, que decorreu a 15 de Março, em Barcelona, aponta pois para a necessidade de se manter no sector a mĂĄxima calma e preservar sempre a rentabilidade, a Ăşnica garantia de sustentabilidade das empresas. Fruto da conjuntura, dois problemas avultam neste momento nas oficinas: atrasos na entrega dos carros na oficina para reparação por parte dos utilizadores e o abandono de carros nas oficinas, com a consequente falta ou atraso de pagamento das reparaçþes. Tal como entre nĂłs, alguĂŠm assinalou na reuniĂŁo que “falta uma cultura de manutenção responsĂĄvel no paĂs, com a consequente deterioração do parque automĂłvel espanholâ€?. Temas recorrentes como as oficinas “ilegaisâ€? e a reparação no meio da rua foram igualmente referidos, ao que se juntaram os tĂŠcnicos desempregados, que utilizam os conceitos de aluguer de instalaçþes, o que na prĂĄtica tambĂŠm representa uma forma de concorrĂŞncia difĂcil de enfrentar por parte das oficinas estabelecidas. Tudo isto acontece sem que as entidades responsĂĄveis tentem colocar um ponto final nessas situaçþes, exactamente como em Portugal. Outra tendĂŞncia nefasta do mercado ĂŠ a actual guerra de preços entre as seguradoras, o que estĂĄ a colocar pressĂŁo nos custos dos fornecedores de serviços respectivos, como sĂŁo as oficinas de reparação de veĂculos. O “filĂŁoâ€? das empresas seguradoras, que pagam a tempo e horas, estĂĄ assim a sofrer uma erosĂŁo das margens de serviço. Para concluir, a referida mesa redonda organizada pela Conepa, veio confirmar que o futuro passa como sempre por intensificar a vertente empresarial dos negĂłcios e a profissionalização dos seus gestores, traduzindo-se isso por uma melhoria constante de tĂŠcnicos e de instalaçþes, com investimentos permanentes em formação e em equipamentos competitivos, com uma orientação mais comercial, em relação Ă s reais necessidades e expectativas dos utilizadores de veĂculos.
O Volante Bimassa Ê a solução perfeita
para aumentar o conforto! Cada vez mais as expectativas dos condutores aumentam no que respeita ĂĄ redução de ruĂdos e a suavidade de condução. Os Volantes Bimassa SACHS cumprem com os requerimentos de transmissĂŁo de vibraçþes determinados pelos fabricantes de veĂculos. Vantagens dos Volantes Bimassa SACHS: t &MJNJOBĂŽĂ?P EBT WJCSBĂŽĂœFT EP NPUPS t 1PVQBOĂŽB EF DPNCVTUĂ“WFM NFEJBOUF regimes de revoluçþes mais baixos. t 1FSNJUF EJNJOVJS P SFHJNF EF revoluçþes ao ralentĂ. t 3FEVĂŽĂ?P EF SVĂ“EPT t .BJPS DPOGPSUP EF DPOEVĂŽĂ?P t 1SPUFHF B DBJYB EF WFMPDJEBEFT F PVUSPT componentes (silentblocks, suportes, etc.)
GOCARMAT LANÇA NOVO SITE OFICIAL A Gocarmat (rede de serviços auto com capitais 100% nacionais) apostou na renovação online da empresa com o lançamento do novo site e da pĂĄgina oficial no Facebook. Vasco Sousa, CEO da Gocarmat, defende que â€œĂŠ preciso acompanhar as tendĂŞncias e estar lado ao lado com o consumidor. A Internet ĂŠ o caminho, ĂŠ indiscutĂvel!â€?. A Minuto Zen, agĂŞncia de design e comunicação que atua nos mais variados sectores de mercado, ĂŠ a empresa responsĂĄvel pela conceção do novo site oficial da Gocarmat. A principal preocupação foi criar uma pĂĄgina eficiente, preparada para uma consulta rĂĄpida sobre a empresa e os seus serviços. O novo site estĂĄ disponĂvel em www.gocarmat.pt
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BILSTEIN ELEITA
STONERIDGE LANÇA
MELHOR MARCA
TACÓGRAFO SE5000 EXAKT, COM TECNOLOGIA DUO
A Bilstein foi eleita pela sétima vez consecutiva como a “melhor marca”. Este foi o resultado da votação dos leitores da Revista alemã “Auto Motor und Sport” na categoria de suspensões desportivas/ molas/amortecedores. Este resultado, segundo a marca, vem comprovar a qualidade dos produtos Bilstein por parte dos leitores desta prestigiada revista, o que acontece pela pela sétima vez consecutiva.
A Stoneridge anunciou o lançamento do novo SE5000 Exakt, tacógrafo digital da Regra Um Minuto (One Minute Rule), agora com tecnologia Duo. O tacógrafo recebeu a Aprovação de Modelo em 27 de Março e na sequência da poupança da Regra Um Minuto do último ano, é novamente a primeira no mercado a oferecer um produto com novas especificações que ajudam os condutores a organizar e a gerir os tempos de condução de forma mais eficaz. As novas especificações irão providenciar aos condutores informações em tempo real sobre a sua situação atual, incluindo as contagens decrescentes nos tempos de condução e de
LOJAS WÜRTH “CADA VEZ MAIS PRÓXIMOS DE SI” A História das Filiais-Loja da Würth Portugal inicia-se em 1979, com a abertura do primeiro estabelecimento no Porto. A inauguração de 3 novos espaços em 2011 permitiu ampliar para 13 a rede Nacional de Lojas, estando agora presentes em Braga, Maia, Paredes, Gaia, Viseu, Aveiro, Coimbra, Leiria, Loures, Sintra, Montijo, Quarteira e Funchal. Este canal de vendas com a porta aberta durante os 12 meses do ano, procura oferecer um serviço personalizado, dedicado e especializado, disponibilizando uma montra com mais de 2.000 referências dos mais diversos sectores de actividade: Automóvel; Cargo; Madeira; Metalomecânica; Construção Civil; Electricidade; Sanitários e Manutenção. Sendo que as demais 18.000 referências disponíveis no catalogo da Würth Portugal, podem estar em qualquer Loja do Continente em 24h. As Lojas Würth Portugal são dominadas por um espírito dinâmico e irreverente, desenvolvendo frequentes actividades promocionais, eventos temáticos com clientes e acções de demonstração e apresentação de artigos novos. Em Portugal, o plano de expansão continuará a ser ambicioso nos próximos anos, procurando seguir o lema que pautou o início deste projecto: “Cada vez mais próximos de si” PUB
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descanso, para além de fornecer avisos úteis quando se aproximar dos limites de condução (incluindo as 9 horas diárias de tempo de condução, tempo máximo diário de condução e tempo de condução semanal e bi-semanal). Peter Hafmar, Gestor de Produto de Tacógrafos na Stoneridge Electronics, afirmou, “Sabemos que mais de 75% das infrações relativas às Horas dos Condutores detetadas pelas Autoridades legais reduzem-se a cálculos errados relativos aos tempos de condução ou pausa/ descanso. Por isso, desenvolvemos o Duo para ajudar os condutores a gerir estes tempos mais facilmente e a cumprir com a legislação relativa às Horas dos Condutores.”
ESCOLHA A BATERIA DO CARRO NO SEU IPHONE A Exide Technologies, o líder global em soluções para o armazenamento de energia eléctrica, é o primeiro na Europa a desenvolver e lançar o motor de busca para baterias com aplicação no iPhone. A aplicação do Motor de Busca de baterias da Exide Technologies (Exide Technologies Battery Finder), está disponível para importação a partir do servidor da APP, proporcionando um catálogo online para que os utilizadores possam encontrar a bateria de substituição mais adequada ao seu veículo quer seja ligeiro e/ou comercial. Os utilizadores podem selecionar a marca EXIDE, ou qualquer outra das principais marcas Europeias do Grupo Exide, em função do país selecionado: CENTRA, DETA, FULMEN, SONNAK e TUDOR. O Motor de Busca de baterias está disponível em 12 idiomas Europeus e será actualizado a cada trimestre com novos dados e características. Com a aplicação do Motor de Busca para baterias da Exide Technologies, o utilizador pode selecionar a bateria correcta para o seu veículo, digitando qualquer uma das seguintes informações do veículo: matrícula ou número de registo, marca e modelo do veículo, código da bateria. Depois de cada busca de bateria, o utilizador recebe informações úteis para o ajudar a escolher a bateria adequada tendo em conta o uso e tipo do veículo. Tambem se incluem informações tais como: especificações técnicas, imagens e possibilidades de montagem das baterias.
EXPRESSGLASS COM NOVA LOCALIZAÇÃO EM MATOSINHOS A ExpressGlass mudou a sua loja de Matosinhos para um novo local. Mais central e acessível, a nova localização da ExpressGlass de Matosinhos vai permitir agora aos seus Clientes, de uma forma mais cómoda, solucionar os seus problemas relacionados com vidro automóvel. Esta alteração na sua rede de reparação e substituição de vidro automóvel teve por objetivo melhorar o serviço da ExpressGlass de Matosinhos aos seus clientes. A nova loja ExpressGlass de Matosinhos apresenta uma área de 250m2 dividida em 3 boxes de substituição e 1 boxe de reparação. Este novo espaço constitui uma mais-valia para a Rede ExpressGlass, que diariamente procura garantir um crescimento sustentado numa maior proximidade geográfica junto dos seus Clientes.
A loja está situada na Rua Sousa Aroso Nº433 e poderá ser contactada através do telefone 229 351 344 ou do Nº Azul 808 211 690. O horário de funcionamento mantém-se de segunda a sexta das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às18:30, e ao sábado, das 09:00 às 12:30. A ExpressGlass conta agora com 94 lojas que cobrem todo o território nacional, bem como uma frota automóvel, designada de Serviço Móvel, que se desloca até às instalações do Cliente para resolver os seus problemas com comodidade e uma maior rapidez.
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EQUIPAMENTOS M&G
TECNOLOGIA LED
NA GONÇALTEAM
INVADE O AUTOMÓVEL
A Gonçalteam deu início à comercialização dos equipamentos oficinais da M&B. Trata-se de um marca italiana de equipamentos, com larga experiência no sector, que se destaca pela qualidade / preço dos seus produtos. Neste momento a Gonçalteam disponibiliza os equipamentos de (des)montar rodas tradicionais (e especificas para RFT) em 3 níveis de produto, mas também máquinas de equilibrar ligeiros e pesados com gama média e alta com 3 modelos diferentes. A Gonçalteam está também a proceder à formação técnica em diversas áreas de interesse nas oficinas (tanto na área técnica como na área comportamental) com certificação para efeitos legais. A empresa da margem sul abrir ainda um sector que acompanha todo o processo de exportação (desde a cotação até a contentorização) dos produtos vendidos pela empresa ou não.
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Tal como na iluminação doméstica e comercial, os LED estão a fazer valer o seu baixo consumo e grande fiabilidade, juntando agora a vantagem do custo final mais conveniente, através da venda pela Internet. Além das utilizações já tornadas habituais, como os faróis principais, farolins, stops, faróis de condução diurna e luzes interiores, a tecnologia LED entrou agora a grande velocidade na iluminação decorativa ou artística de veículos, tanto no interior como no exterior, criando ambientes e imagens de elevado poder sugestivo. Tudo isto com baixo consumo de energia, porque o LED (díodo emissor de luz) transforma praticamente toda a energia que recebe em luz, havendo apenas uma pequena parcela residual dessa energia que é perdida sob a forma de calor. Sem calor, a duração e a fiabilidade estão garantidas, tornando a iluminação LED no investimento correcto do momento, seja em casa, no carro ou até mesmo na oficina.
CARHOST CONTINUA
RINO NOMEIA AUTOFLEX
MUITO ACTIVA
DISTRIBUIDOR DE TINTAS SPIES HECKER
Depois da aposta no cartão cliente, a CarHost oficina auto multimarca continua a potenciar outras iniciativas para os seus clientes e potenciais clientes. Assim, a oficina de Sintra fez uma parceria com o Wellness Center de Manique, de modo a motivar que os seus cliente possam fazer exercício físico. No dia 5 de Maio realiza-se também um Open day nesse mesmo Wellness Spa, onde poderá experimentar uma série e actividades (piscina, ginástica, etc), uma acção que está também a ser promovida pela CarHost.
Apostando forte numa política de parcerias estratégicas que acrescentem valor e qualidade aos seus serviços, a Rino Master, entidade gestora da rede de oficinas Rino, nomeou a Autoflex como distribuidor de Tintas e Acessórios de Pintura da Spies Hecker. A Spies Hecker é uma marca com mais de 125 anos de experiência no segmento da repintura automóvel, tendo construído a sua reputação no mercado através do desenvolvimento de produtos de alta qualidade. Fruto desta nova parceria, a Rino realizou já este ano, duas sessões de apresentação da nova linha de produtos Bicamada Base-água “Hi-Tec 480”, destinada aos gestores e técnicos de pintura automóvel da sua rede de oficinas. Empenhada em reunir os melhores parceiros de negócio, a rede Rino, dá mais um passo na consolidação da qualidade dos serviços automóvel que oferece ao mercado de reparação independente. PUB
Prepare-se para o calor do Verão! O programa de compressores A/C Lucas destaca-se por ser um dos mais completos do mercado: -
Cobrimos mais de 90% do parque automóvel europeu Alta qualidade = Elevada fiabilidade Todas as unidades contêm o tipo correcto de óleo Instalação fácil, todas as unidades vêm equipadas com polia, cabos e fichas
Mais informação em: www.lucasee.com
Sobre a Lucas Electrical Europe: A Lucas oferece o programa mais alargado de máquinas eléctricas reconstruídas. Além dos compressores A/C, a Lucas dispõe de um extenso programa de motores de arranque e alternadores que cobre mais de 96% do parque automóvel europeu. Para mais informação contacte: TRW Automotive Portugal, Lda. Centro Empresarial de Talaíde Estrada Octávio Pato – Talaíde 2785-723 S. Domingos de Rana Tel: 214 228 300 marketing.portugal@trw.com
Trust Lucas
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CIVIPARTS REFORÇA OFERTA PARA COMERCIAIS LIGEIROS A Civiparts acaba de atualizar a sua oferta de produto para veículos comerciais ligeiros. A oferta global disponibilizada aos seus clientes é agora composta por um vasto conjunto de referências divididas por mais de 90 famílias comerciais. Este reforço na oferta de mais variedade de produtos, considerado estratégico em termos de desenvolvimento, vai permitir de uma forma estruturada e com uma oferta de produto mais completa, abordar os seus atuais clientes, possuidores deste tipo de veículos nas suas frotas, bem como outros segmentos de mercado, proporcionando-lhes soluções capazes e competitivas. O reforço traduz-se pelo aumento da oferta existente, passando a Civiparts a disponibilizar agora composta por um vasto conjunto de referências divididas por mais de 90 famílias, para diversas aplicações. Estas consideram os seguintes grupos: suspensão e direção (foles, amortecedores, barras suspensão); motor (peças de reparação, turbo compressores, filtros, tensores, correias, kits
anti-roubo de combustível, panelas de escape e filtros de partículas); embraiagem; iluminação (faróis, farolins, eléctrico); escovas limpa pára-brisas; travagem (discos, pastilhas de travão, maxilas, sensores); vidros e pára-brisas; entre outros. Para o efeito, a equipa comercial da Civiparts tem à sua disposição um catálogo da oferta, podendo esta ser complementada mediante novas necessidades dos seus clientes. A Civiparts alarga assim o seu leque de oferta para este tipo de veículos, oferecendo aos seus clientes a possibilidade de adquirirem mais equipamentos de elevada qualidade, a preços muito competitivos.
LIQUI MOLY EM CRESCIMENTO A Liqui Moly começou o novo ano com excelentes resultados. No primeiro trimestre de 2012, a empresa registou um volume de negócios de 95,5 milhões de euros, o que reflete um crescimento de 26% em relação aos três primeiros meses de 2011. Nem a acentuada subida dos preços das matérias-primas travou o crescimento da empresa. Na Alemanha, as vendas aumentaram 17%. «Foram muitos os novos clientes que se converteram à nossa marca e que aproveitam todas as oportunidades para adquirir os nossos produtos», afirma o diretor nacional de vendas, Günter Hiermaier, para justificar este aumento do volume de negócios. A marca é também cada vez mais reconhecida no estrangeiro, com um surpreendente crescimento de 34% em relação ao primeiro trimestre de 2011. O diretor de exportações Gerhard Riedmüller e a sua equipa asseguram a distribuição de óleo para motores, aditivos e produtos de manutenção e serviço «made in Germany» para 110 países em todos os continentes.
NEOCOM INAUGURA FILIAL Com o objectivo de prestar melhores serviços e responder de forma rápida e eficiente aos seus clientes, a Neocom inaugurou mais uma filial (armazém). Desta feita, a nova filial da Neocom foi inaugurado no passado dia 2 de Maio no Sul do País, mais precisamente em Portimão. Este investimento corresponde ao crescimento e expansão da Neocom, que prossegue a sua política comercial, assente em “material de qualidade a preços acessíveis a todas as bolsas, na rapidez do atendimento e na satisfação do cliente”, diz uma fonte da empresa. Refira-se que a nova filial tem a sua localização na Quinta das Nespereiras, Lote 3, Aldeia do Carrasco, em Portimão.
MENOS CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS EM 2011 Segundo a APETRO (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas), continua a verificar-se a crescente dieselização do mercado português, com o consequente aumento relativo do consumo do gasóleo em detrimento do de gasolina, tendência que também se verifica a nível europeu. Comparando 2011 com o ano anterior, verificou-se em Portugal um decréscimo de 5,4% no consumo de gasóleo rodoviário, de 7,9% na gasolina 95 e de 24,2% na gasolina 98. Comprovando a tendência, enquanto no ano 2000 se venderam 2083 milhares de toneladas de gasolinas, em 2011 venderam-se 1255. No caso do gasóleo a tendência de queda é mais recente. Assim, comparando 2004 com 2011, venderam-se 4915 e 4608 milhares de toneladas de gasóleo, respetivamente.
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COMO TECDOC “CERTIFIED DATA SUPPLIER” No decorrer do mês de Março, a Veneporte foi reconhecida como fornecedor certificado de dados para o Tecdoc (“Certified Data Supplier”). Este reconhecimento, baseado em critérios rigorosos, determina que para toda a informação/ tabelas de dados fornecidas, a margem de erro tem de ser inferior a 1%, isto é, 99% dos dados têm que estar em conformidade. Esta distinção é o reconhecimento do trabalho realizado por parte da Veneporte, que reconhece a importância de fornecer e disponibilizar ao mercado informação assertiva, com qualidade e rigor.
FORMAÇÃO NA GLASURIT LEVADA A SÉRIO Quando se trata de pintura, as pessoas são um elemento essencial e quem deseja ter sucesso no mercado precisa de funcionários qualificados e experientes, capazes de oferecer uma real mais-valia aos clientes. A unidade de reparação automóvel da Glasurit Automotive Refinish decidiu por isso enriquecer o seu programa de formação, introduzindo um programa obrigatório de formação técnica e desenvolvimento destinado a todos os Formadores-chefe Nacionais. Os primeiros formandos receberam agora os seus certificados, das mãos do chefe da academia, Kevin McDermott, do director do Refinish Competence Center (RCC, Centro de Competências de Reparação ) de Münster, Hendrik Franke e da Directora Executiva da BASF Coatings, Eva Müller. A certificação é válida por três anos, após o que os formandos precisarão de a renovar, devendo para tal ultrapassar com êxito um conjunto de testes práticos e teóricos. Os Formadores-chefe Nacionais em todo o mundo terão de ultrapassar testes em nove disciplinas difíceis: - correspondência da cor - reparações com esbatimento - resolução de problemas com Spot-Repair - e uma demonstração de produtos profissionais. Após uma análise de pontos fortes e fracos, cada Formador-chefe Nacional receberá um plano de desenvolvimento pessoal com uma lista das tarefas que necessita de realizar. “O programa global de formação e desenvolvimento é um módulo importante da nossa qualidade. Funcionários com uma boa formação constituem uma real vantagem no mercado e para os clientes,” disse McDermott.
AS PARTS COMERCIALIZA MARCA AJUSA A AS Parts, grossista de peças aftermarket do Grupo Auto Sueco, vai comercializar em regime de exclusividade o portfólio de produtos da marca AJUSA. A AJUSA é conhecida como uma marca de qualidade, que conta com uma gama completa de produtos como juntas, parafusos de motor, retentores, árvores de cames, colas, vedantes de válvulas, tuches hidráulicas, entre outros, e de uma ampla cobertura, também para veículos asiáticos. Qualidade e Diversidade estão presentes nas peças AJUSA. O catálogo da marca apresenta inúmeras referências em diferentes grupos de produto. A AS Parts disponibiliza toda a informação sobre a gama de produtos AJUSA.
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VENEPORTE RECONHECIDA
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ENI PATROCINADORA PRINCIPAL E FORNECEDORA OFICIAL DO SUPERBIKE WORLD CHAMPIONSHIP
CENTRO NORAUTO VAI ABRIR EM MATOSINHOS Com o objectivo de continuar a reforçar a sua estratégia de expansão nacional, a Norauto fortalece a sua presença na zona do Grande Porto, com a abertura de um centro-auto na zona de Matosinhos. Este novo centro-auto permitirá criar 21 novos postos de trabalho, estando actualmente a decorrer o processo de recrutamento para funções de Vendas, funções técnicas (Técnicos de Oficina e Electricistas) e Caixa. Actualmente, a Norauto Portugal emprega um total de 380 colaboradores, distribuídos pelos vários centros de Norte a Sul do país. Entre 2010 e 2011, foram criados cerca de 62 novos postos de trabalho, com a abertura dos centros de Guia, Barreiro e Odivelas.
NOVO CICLO DE FORMAÇÃO ETICADATA A eticadata anunciou um novo ciclo de formação que terá início a 15 de Maio, concebido de forma a poder corresponder às necessidades formativas dos seus parceiros de negócio nas suas diversas soluções de software empresarial, tendo em conta as novidades do ERP 2012, com destaque para: Assistência pós venda (apv), e-portal´s (portais web), erm – entity relationship management, autogest frotas e outras novidades Este novo ciclo, composto por formações teórico/ práticas presenciais, workshop´s e webcast´s não se cinge ao mercado nacional, uma vez que no que diz respeito à estratégia de internacionalização, a eticadata continua a garantir um crescimento sustentado do número de utilizadores nos PALOP., com destaque para Moçambique, Angola e Cabo Verde onde mais de 2.000 empresas já utilizam software eticadata. A adequação do software às exigências legais e funcionais aliado à facilidade de utilização explica o sucesso da eticadata nestes mercados e a necessidade de uma aposta forte na formação.
O anúncio foi feito pela eni e pela Infront Motor Sports durante uma conferência de imprensa no Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari em Imola. É o início de uma colaboração que confirma o compromisso da eni para o crescimento no mundo da competição, como parceiro de tecnologia de ponta ao lado dos pilotos, equipas e fabricantes. A eni vai ser o fornecedor de Combustível e Lubrificante de Competição da classe Superbike, Supersport e Superstock. Esta acção irá permitir à eni, assim como às equipas e fabricantes que fazem parte da classe Superbike e das classes de suporte, usufruir das importantes oportunidades no desenvolvimento tecnológico e comercial. Devido à sua posição de patrocinador principal do eni FIM Superbike World Championship, eni está numa posição vantajosa para testar os seus produtos num ambiente real de competição e trocar experiências com os fabricantes
presentes no mercado, num desafio tecnológico ao mais alto nível. Outra novidade por parte da eni é o seu novo site, dedicado aos apaixonados pela competição em duas rodas de todo o mundo, seguindo de perto as Superbikes, MotoGP, Moto2, Moto3 e CIV, através de notícias, regulamentos e artigos técnicos. Veja tudo em www.eniwebracing.com.
FITA PREMIUM 3M PARA MASCARAR AUTOMÓVEL A 3M desenvolveu uma nova fita de mascarar de cor verde, levemente enrugada, para se adaptar a uma ampla variedade de aplicações dentro das oficinas. Oferecendo resistência à temperatura até 100ºC e uma resistência superior à água, a 3M Fita Premium Scotch 3030 permanece colada à superficie sem se descolar, permitindo no entanto uma remoção fácil e sem resíduos. Usando um adesivo especialmente formulado de fibras cruzadas de borracha e resina, a Fita Premium Scotch 3030 é ideal para pinturas à base de água, adere facilmente e resiste ao levantamento, não sendo é necessário voltar a mascarar depois de lixagens a húmido e a sua remoção é fácil e resistente a rasgões. Algumas das suas caracteristicas são: boa conformabilidade, fácil de cortar à mão e de desenrolar, a superficie suave proporciona uma boa linha de pintura e previne o “sangramento”, melhor desempenho sobre tinta a descascar ou humedecida, boa adesividade inicial e superior poder de fixação e excelente removabilidade sem deixar residuos.
ATWOO LANÇA LIBRIFICANTE DE PRECISÃO A Atwoo Car Cosmetics, de Armindo Oliveira & Oliveira, lançou no mercado nacional um lubrificante de elevada qualidade e precisão, da marca Tri-Flow. Este produto que pode ser utilizado em inúmeras aplicações no sector automóvel (e não só), possui uma série de caraterísticas, destacando-se as seguintes: - Recarregável; - Lubrificante, Penetrante & Protector. - Precisão com uma única gota. - Formulado com P.T.F.E. - Utilização segura em metal, madeira, plástico e borracha. - Prolonga a durabilidade das peças.
- Lubrificação duradoura com um elevado rendimento. - Resistente a temperaturas extremas, sais e elevada humidade. - Inibe a formação de corrosão e de ferrugem. - Protecção elevada devido à sua fórmula única de qualidade premiada. - Produto de penetração rápida. - Reduz drasticamente a fricção e o desgaste nas peças móveis. - O equipamento funciona mais suavemente, com menos ruído e por muito mais tempo. - Solta as peças oxidadas.
TIPS4Y INFORMAÇÃO PARA O SECTOR AUTO TIPS 4Y é o mais recente projeto na área das tecnologias de informação para o sector automóvel e o atual Agente TecDoc para Portugal. A empresa TIPS 4Y (Tips For You / Ideias para o seu negócio) um projeto recentemente lançado no mercado que se dedica exclusivamente às soluções de informação para o mercado automóvel, iniciando a sua atividade com as conceituadas marcas TecDoc e Vivid.
Os responsáveis por este projeto são Pedro Barros e Susana Barros que após 24 anos de dedicação à empresa AZ Auto e uma parceria bem sucedida com o Grupo MCoutinho decidiram dedicar todo o seu know-how ao
longo das últimas duas décadas a este novo projeto, fruto da sua visão empreendedora e face à premente necessidade de especialização desta área de negócio. A criação da TIPS 4Y tem por base a transferência da área das Tecnologias de Informação da empresa AZ Auto S.A., autonomizando o negócio das TI´s nesta nova entidade independente com maior enfoque e visando o desenvolvimento de novos projetos, nomeadamente plataformas de comércio eletrónico em B2B e B2C. Poderá consultar mais informações em www. tecdocportugal.com ou brevemente na página oficial da empresa TIPS 4Y em http://www.tips4y.pt.
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NOVA SERRA DE METAIS FACOM
REDE RINO INICIA ACÇÕES DE FORMAÇÃO A RINO realizou no passado dia 3 de Abril, no Porto, a primeira das acções previstas no Plano de Formação para os técnicos da sua rede de oficinas, em 2012. Nesta formação sobre “Electricidade & Electrónica” as unidades RINO da região Norte tiveram a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre o funcionamento dos principais sistemas e circuitos eléctricos de um automóvel, nomeadamente: Princípios Gerais da Electricidade; Grandezas e Unidades
Eléctricas; Sensores; Actuadores, Esquemas Eléctricos e ainda sobre as Normas DIN e SAE. A próxima sessão irá abordar os princípios de funcionamento dos sistemas de CAN-BUS, estando prevista para o início de Junho, em Lisboa e no Porto. A aposta na qualificação dos técnicos de reparação e manutenção automóvel, garante ao cliente final um bom serviço prestado em qualquer uma das oficinas Rino.
FERREIRA & FILHOS NOVO CONCESSIONÁRIO OFICIAL IVECO Com nomeação efetiva ao passado mês de Janeiro a Iveco alarga a sua rede de Concessionários a um novo representante, a Ferreira & Filhos, a quem atribui a responsabilidade pela região centro do país, abrangendo as áreas de Leiria e Coimbra. A empresa, que já era oficina autorizada da marca, aumenta assim os seus horizontes em termos da sua representação, engrandecendo a presença da Iveco numa região particularmente importante na economia do nosso país. No ano em que comemora o seu 20º aniversário, a Ferreira & Filhos vê, assim, reconhecido o bom trabalho realizado até ao momento na área de assistência pós-venda do construtor italiano. Provas inequívocas desse bom desempenho com os veículos Iveco, são os prémios de ‘Melhor Oficina Autorizada’ em Portugal obtidos em 2003 e 2004 e, mais recentemente, em 2010, um reconhecimento ainda de maior envergadura, ao ser nomeada ‘Melhor Oficina da Península Ibérica’ entre as cerca de 600 entidades, entre concessionários e oficinas, que trabalham para a Iveco. Com esta nomeação a Iveco passa a contar com 6 representações oficiais, 11 pontos de venda e 21 reparadores autorizados.
DUPONT LANÇA NOVO VERNIZ A DuPont Refinish acaba de lançar o verniz CC6300 COV Protect Clear, um verniz de 2 componentes baseado numa tecnologia de resina de alta espessura, que proporciona uma excelente resistência a riscos. Através do verniz CC6300 COV Protect Clear as oficinas podem alcançar um acabamento de longa duração e de alto brilho, mantendo-se em conformidade com COV, apesar de todos os vernizes anti riscos estarem ainda classificados sob a subcategoria E de COV – acabamentos especiais. Indicado quer para a reparação de painéis quer para pinturas gerais, o verniz CC6300 possui uma resistência química e climática excelente. Pode ser usado sobre qualquer base bicamada da DuPont Refinish, e é igualmente adequado para ser utilizado em todos os acabamentos OEM, limpos e lixados. Este verniz possui flexibilidade para ser aplicado em 1,5 demãos com um intervalo de secagem de 0-3 minutos, ou em 2 demãos com um tempo de secagem de 10 minutos entre demãos. Os valores de COV do verniz CC6300 pronto a usar encontram-se abaixo de 420 g/l, o que significa que ainda estaria em conformidade com COV mesmo que a Directiva se tornasse mais rigorosa.
A Facom acaba de lançar a serra de metais 603F, uma ferramenta concebida em prol da eficiência e durabilidade. Esta nova serra está equipada com um inovador sistema automático de tensão de lâmina, que é exclusivo da Facom. Com o design patenteado da Facom, a tensão exercida nesta nova serra é controlada automaticamente graças a um mecanismo de ressalto com mola, que garante sempre um corte perfeito e preciso. E uma vez que o ajuste é feito automaticamente, não se perde tempo a tentar corrigir a tensão manualmente. A serra possui uma armação de liga de alumínio altamente resistente para proporcionar uma maior estabilidade durante o corte, minimizando as vibrações, o que confere maior conforto ao trabalho. O formato da armação, exclusivo da Facom, permite uma capacidade de corte constante de 100 mm através de todo o comprimento da lâmina. Esta particularidade é especialmente útil quando se trata de cortar objectos cujo diâmetro é bastante largo, assim como reduz o tempo necessário para efectuar o trabalho.
DELPHI INOVA COM LINKED DIAGNOSTICS Este novo conceito de interligação dos meios de diagnóstico, de informação e de comunicação da oficina introduz uma era completamente nova na reparação automóvel. Efectivamente, com o seu software de base PC, os técnicos da oficina ligam o seu netbook Delphi ao cabo do interface de comunicação do veículo (VCI), na ficha universal J1962 em baixo do painel de bordo, acedendo imediatamente aos códigos de avaria e sendo guiados até à função ou componente que está a causar o problema. Ainda antes de terem começado, ou quase, os técnicos podem finalizar o seu relatório de diagnóstico, consultando os parâmetros e dados técnicos, o historial da viatura ou irem à procura de informação adicional à Internet. Ao contrário das ferramentas manuais, esta solução Linked Diagnostics permite passar de um modo para outro, evitando passos atrás. Além disso, quando o diagnóstico fica concluído, esta ferramenta ajuda os técnicos a encontrarem a peça indicada para a reparação, passando directamente ao catálogo do distribuidor, ao catálogo da Delphi ou à TecDoc. a maior base de dados de peças de substituição da Europa.
TOPCAR ABRE NOVA UNIDADE A TOPCAR ampliou a sua rede de oficinas com a inauguração de um novo espaço em Corroios. Com uma área de 600m2, a nova oficina Ignição do Tempo, aderente à rede TOPCAR, oferece serviços de manutenção e reparação multimarca nas áreas de mecânica, electrónica, climatização, diagnóstico, colisão (chapa e pintura) e lavagem, entre outras. Projectada para responder às necessidades dos seus clientes, a nova oficina TOPCAR de Corroios está equipada com a tecnologia mais avançada, instalada em 12 estações de trabalho, estufa de pintura, zona de preparação e um posto de lavagem de veículos. A rede TOPCAR em Portugal conta já com 21 instalações em: Ponte de Lima, Barcelos, Viana do Castelo, Baião, Porto – Z.I., Leça da Palmeira, Maia – Gueifães, Maia – Vermoim, Figueira da Foz, Guarda, Cascais, Algés, Alfragide, Almada, Corroios, Fernão Ferro, Sesimbra, Azeitão, Setúbal, Beja e Albufeira.
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Missão concluída. CORNER MODULE. Enquanto parceiro líder da indústria automóvel, disponibilizamos uma competência única na tecnologia “Corner Module” (módulo completo de eixo): travagem, direcção e suspensão. Com a nova gama de amortecedores, molas helicoidais e kits de protecção TRW, da nossa fábrica na Europa, completamos a nossa missão. Você e os seus clientes podem confiar na experiência e capacidade de fabrico e no conhecimento dos produtos de um fabricante líder de equipamento original. A TRW é a sua solução simples para adquirir um sistema de peças complexo. Para saber mais sobre o “Corner Module” visite o nosso site.
Travagem. Direcção. Suspensão.
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ALIDATA E OFICINAVIRTUAL.PT
HONDA RENOVA
JUNTAS NA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL
IMAGEM CORPORATIVA
A Alidata e a OficinaVirtual.pt estabeleceram recentemente uma parceria no sector da manutenção e reparação automóvel. A complementaridade das empresas permite oferecer às oficinas e clientes vantagem competitiva face a outras soluções no mercado, destinando-se a oficinas, concessionários, representantes automóvel, estações de serviços rápidos, empresas de máquinas e equipamentos, de peças e pneus. A parceria Alidata e OficinaVirtual.pt visa abordar o mercado, os interlocutores, as oficinas e as respetivas necessidades de forma eficaz e rápida com soluções para o sector. A Alidata e a OficinaVirtual.pt têm como objetivo estratégico incorporar vantagens comerciais para as empresas do sector automóvel na aquisição de soluções de ambas as empresas e estabelecer laços com o mercado onde operam. Nascida em 2010, a OficinaVirtual.pt, é uma empresa 100% nacional que se dedica à angariação de clientes para as oficinas através da internet, recorrendo a uma presença ativa neste canal e nas redes sociais, tendo estabelecido parcerias com diversas empresas, com benefícios para os colaboradores e clientes, e atualmente tem protocolos assinados com o ACP, Unicre, Barclays, Liberty Seguros entre outras entidades. Na área Corporate, onde é possível um gestor de frota profissional criar a sua própria rede de oficinas, é possível interagir de forma fácil, rápida e automática com todos os fornecedores ligados ao sector da manutenção e da reparação automóvel. A Alidata é uma empresa 100% nacional, no mercado desde 1984, que opera no sector das tecnologias informáticas, onde desenvolve e implementa soluções de gestão integradas, hardware e software, com software 100% português, tendo em 2008 aderido ao projeto ‘Compro O Que É Nosso’.
A Honda Portugal iniciou a renovação da imagem corporativa da marca. Este processo iniciou-se nas instalações do Concessionário Soonda em Setúbal, que foi concluído durante o passado mês de Março. Esta renovação de identidade corporativa, insere-se numa ambiciosa estratégia de reforço da imagem de marca nos locais onde está representada. Desta forma, a Honda pretende de forma contínua, aumentar os seus padrões de qualidade e desempenho procurando a máxima satisfação para os seus clientes.
NOVO EXTRATOR DE RÓTULAS AXIAIS DE DIREÇÃO DA FACOM A Gonçalteam inclui na sua gama de ferramentas, o novo extrator de rótulas axiais de direção da marca Facom. Esta nova ferramenta apresenta como vantagens: - Economia de tempo – Permite a montagem e a desmontagem das rótulas axiais de direção no veículo sem ter de desmontar a cremalheira. - Potência – Acionamento sextavado 30 mm permite um binário de aperto ou desaperto grande (exemplo 200 Nm num Golf VI). - Manutenção fácil – O compartimento desmontável facilita a limpeza e manutenção da ferramenta. - A cabeça é composta por um compartimento com 3 rolos em aço tratado. A rotação da ferramenta provoca o bloqueio automático dos rolos entre o corpo e a rótula a apertar ou a desapertar! - Capacidade de diâmetro de 35-45 mm – Cobre a maioria dos diâmetros correntes nas viaturas! No lançamento deste produto a Gonçalteam está a fazer uma promoção.
FESTOOL ANUNCIA MAIS RENDIMENTO Existem diferentes possibilidades para que a reparação de imperfeições seja um processo mais eficiente. Uma delas é a melhoria contínua dos processos de trabalho. Isto é importante no acabamento, já que as exigências do cliente em quanto a um resultado perfeito são cada vez maiores. O acabamento como cartão-de-visita da oficina requer que o resultado seja perfeito, o que implica normalmente um grande investimento de tempo. Este serviço não é facturado por tempo e requer, portanto, que a aplicação seja simples e segura. Por este motivo, as empresas atribuem uma grande importância à fase do acabamento: máxima rapidez e resultado perfeito. O facto de que nesta fase não sejam contabilizadas as
horas de mão-de-obra dos empregados supõe uma redução da produtividade. É aqui quando a Solução de Polido 1500 Automotive Systems entra em acção: com apenas dois passos, o pintor obtém um resultado perfeito.
Isto é possível graças à combinação única dos produtos de Polido 1500: para a lixagem de zonas defeituosas precisa unicamente de uma granulação de lixado. Imediatamente depois, já é possível polir. Com um só passo de polido, consegue-se um brilho perfeito. Esta nova solução de acabamento reduz o tempo necessário para realizar actividades que não se facturam por horas. A força de trabalho que fica agora disponível pode dedicar-se a outras tarefas que sim são facturadas. Por exemplo, a preparação prévia à lixagem. Como consequência, a produtividade é maior. Uma comparação empírica com outros processos de acabamento em 4 passos demonstra uma redução de até 30% por trabalho de acabamento: a eliminação de um passo de lixado com a Solução de Polido 1500 reduz o tempo até um 10% e a eliminação de um passo de polido supõe uma redução de até 20% de tempo.
PEDROSO & MATIAS
PAP ABRE
LANÇA ADITIVOS CERÂMICOS PM
NOVAS INSTALAÇÕES NO CACÉM
A Pedroso & Matias, representante exclusiva para Portugal Continental e Ilhas, das marcas PM e Xeramic da fábrica Petromark, acaba de apresentar uma nova gama de produtos: o PM Tratamento Cerâmico para caixas de velocidades. Trata-se de um aditivo moderno para caixas de velocidade, de excelentes propriedades, fabricado à base de materiais cerâmicos, concebido para a tecnologia espacial. O o PM Tratamento Cerâmico para caixas de velocidades reduz a fricção de forma considerável facilitando a mudança de velocidades, como silencia e aumenta a vida da caixa de velocidades. Refira-se que este produto pode ser usado com todas a transmissões regulares e óleos de transmissão.
A Pereira, Alves & Prazeres acaba de inaugura um novo armazém e loja de retalho. Com diversos localizações na zona da grande Lisboa, a Pereira, Alves & Prazeres possui agora uma nova loja no Cacém, na Estrada de Paços de Arcos, no Cacém Park, Pavilhão 34.
NOVAS OFICINAS J.ALVES A rede de oficinas J.Alves ganhou em 2011 duas novas oficinas. A primeira foi aberta em Vila de Andorinho a segunda em Aves. Desta forma esta rede oficinal, que se tem vindo a implementar com grande força na zona norte de Portugal, já disponibiliza 8 oficinas. Guimarães, Penafiel, Santo Tirso, Gaia, Felgueiras, Porto, Famalicão e Aves são as localizações das oficinas auto da J.Alves.
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FILTROS DE PARTÍCULAS DIESEL NO CATÁLOGO BLUE PRINT
Fabricante de peças d e o r i g e m . . .
... ao serviço da reparação auto
A Blue Print introduziu no mercado uma nova gama de Filtros de Partículas Diesel, para importantes veículos Japoneses e Coreanos. A função do FAP é a de “aprisionar” a fuligem dos motores diesel e impedir que a mesma entre na atmosfera. Um FAP bloqueado é normalmente resultante da falha na regeneração ativa ou passiva, causada pelas condições e estilo de condução, podendo ser ainda devido à falha de outros componentes, como o sistema de recirculação dos gases de escape (EGR). De maneira geral, o condutor poderá fazer uma regeneração ativa através de uma condução prolongada e a uma velocidade estável (autoestrada). No entanto, quando devido ao estilo de condução praticado não for possível fazer esta autorregeneração e o veículo entra em “modo de segurança”, é ainda possível fazer uma regeneração forçada numa oficina qualificada, através de uma ferramenta de diagnóstico avançada. No entanto se a luz de aviso do Filtro de Partículas for ignorada, o filtro ficará completamente bloqueado e terá que ser substituído. Tendo por base os comentários e solicitações dos clientes, a Blue Print desenvolveu uma gama composta por 10 Filtros de Partículas Diesel para viaturas populares que vão desde o Mazda 6 até à Nissan Navara D40. Esta gama será aumentada durante o ano de 2012. Para mais informações sobre esta família de produtos, apenas terá que consultar a secção “Sistema de Escapes” no catálogo eletrónico Blue Print LIVE! Como em todos os produtos Blue Print, os Filtros de Partícula Diesel estão abrangidos pelos 3 Anos de Garantia contra defeitos de fabrico, não estando incluídos bloqueios causados pela produção excessiva de fuligem.
STATUSGRAU APRESENTA ALINHADOR DE DIRECÇÕES COM 8 SENSORES Da sua nova representada Twin Busch, uma marca alemã de equipamentos oficinais, a StatusGrau acaba de lançar no mercado um equipamento de alinhamento de direções com 8 sensores por Bluetooth. Trata-se de um alinhador de direcções completamente automático, com software avançado e base de dados atualizada. A navegação por menus é muito simples, possuindo este equipamento um monitor grande e comunicação via Bluetooth. Trata-se ainda de um equipamento certificado pela CE, de acordo com a ISO 9001.
MAHA CARLIFT II 5.0 APROVADO PELA MERCEDES-BENZ
SOULIMA Comércio de Peças, SA Parque Empresarial de Granja - Casal do Bagulho Armazém 49 e 50 - 2625-593 Vialonga Tel 219 379 820 - Fax 219 379 859 soulima@soulima.pt - www.soulima.pt
A Lusilectra informou que a sua representada MAHA Maschinenbau Haldenwang GmbH & Co. KG. recebeu a aprovação da MercedesBenz para o seu elevador de quatro colunas CARLIFT II 5.0 destinado ao alinhamento dos veículos, com uma capacidade de carga de 5 toneladas. A MAHA, representada pela Lusilectra, SA em Portugal há mais de 25 anos, é o fabricante líder mundial de equipamentos para oficinas e centros de inspeção. A fiabilidade, robustez e elevados níveis de qualidade dos seus equipamentos são mundialmente reconhecidos, representando esta aprovação mais uma opção na vasta gama de produtos a disponibilizar aos seus clientes, neste caso especificamente, aos concessionários e reparadores autorizados Mercedes-Benz. A MAHA/Lusilectra procuram continuamente novas soluções e tecnologias que se adaptem às novas exigências dos seus clientes, tendo em consideração os baixos custos de manutenção e excelentes níveis de qualidade, que se irão refletir num aumento da produtividade.
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VALVOLINE PARTNER DO WTCC A Valvoline volta a ser um parceiro do WTCC não só em 2012, mas por vários anos, depois do bem sucedido contrato de 2011. Assim, ao longo das seis provas europeias do WTCC, mais a prova Marrocos, a Valvoline vai não só ter as famosas “Grid-Girls” como irá desenvolver uma série de acções para os seus clientes no decorrer dos eventos. A Valvoline, como parte deste acordo, apostou também num spot comercial de 30 segundos, que é exibido no canal Eursoport em torno dos eventos do WTCC.
VOLVO CAR PORTUGAL LANÇA “SERVICE 2.0”
ASC AUTOPARTS APOSTA NA OPEN PARTS Procurando manter-se fiel à sua estratégia, que consiste em oferecer aos seus clientes marcas de qualidade a preços competitivos, a ASC AutoParts tornou a marca italiana Open Parts na sua principal linha de produto no que à travagem de disco diz respeito. Discos “Adaptive” e “Radiance”, pastilhas de travão “Advance”, que também inclui a oferta dos discos desportivos perfurados “Radiance Sport” são a oferta Open Parts, que inclui ainda bombas de água “Aquaflu”, filtros de habitáculo “Activair”, e por fim a linha “Spin”, que inclui juntas homocinéticas, kits de foles e transmissões completas. Para além da qualidade do produto, a marca italiana apresenta uma imagem forte, fresca e totalmente inovadora, segundo a ASC AutoParts.
A Volvo Car Portugal lançou no mercado o Service 2.0 – um serviço de assistência técnica muito além do comum. O Service 2.0 inclui actualizações gratuitas de software (que melhoram o funcionamento da viatura a cada revisão), transporte alternativo e um check-up gratuito de verificação geral e dos elementos de segurança do automóvel. Este serviço também inclui lavagem da viatura, contacto personalizado e, se o automóvel tiver mais de 4 anos, a Volvo efetua a preparação dos itens analisados na inspeção periódica obrigatória, garantindo que será aprovado na IPO. Para Thomas Scmutz, director Geral da Volvo Car Portugal: “Esta é mais uma medida que vem contribuir para a aposta de elevarmos a fasquia na qualidade do serviço após venda na senda da satisfação total dos nossos clientes.”
Desenvolvido pela 3M, o sistema Perfect-It III Sistema de Conexão Rápida, para reparação automóvel, é uma nova gama de Boinas de Polimento de dupla face que, quando usadas com a tecnologia do novo Adaptador de Conexão Rápida e com Compostos e Polimentos 3M, oferece um sistema de retificação inigualável. Boinas de polimento de duas faces de longa duração, mudança rápida e fácil, um conector universal e equilibrio perfeito são algumas das carateristicas que se destacam neste produto. A fácil troca de boinas e uma construção duradoura do adaptador significam uma retificação de pintura livre de preocupação quando usado com a gama líder de mercado de Compostos e Polimentos Perfect-it III.
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NOVO CATÁLODO EM DVD DA ZF SERVICES Um ano depois, a ZF Services volta a oferecer aos seus distribuidores e a todas as oficinas a informação atualizada da marca quer ao nível de produto quer de serviço, em DVD. Já está disponível portanto a nova edição do catálogo eletrónico de reposição InCat, que disponibiliza mais de 35.000 referências das marcas Sachs, Lemförder, Boge e ZF Parts. Toda a informação está disponível em 11 idomas, podendo este DVD ser solicitado no distribuidor ou enviando um e.mail para info.zf-services.es@zf.com.
RPL CLIMA E CEPRA NA FORMAÇÃO TÉCNICA A RPL Clima, em parceria com o CEPRA, realizam cursos no âmbito da certificação de técnicos de sistemas de ar condicionado para veículos a motor, de acordo com o disposto no artigo nº 8 do Declreto-lei nº 56/2011 de 21 de Abril. A procura foi superior ao previsto pelo que em vez de uma foram organizadas duas acções de formação. Segundo os responsáveis da RPL Clima esta parceria pretende ampliar e projetar cursos de ar condicionado de veículos a motor no Algarve. Para mais informações sobre os futuros cursos poderá contatar a RPL Clima por telefone (289 381 720) ou por e.mail (comercial@rplclima.com). PUB
KRAUTLI PORTUGAL DISTRIBUI MANN FILTER A Krautli Portugal acaba de celebrar um acordo com a empresa de filtros MANN+HUMMEL para a distribuição da sua prestigiada marca MANN FILTER no mercado português. A MANN FILTER é líder mundial de filtragem no setor automóvel, sendo fornecedor dos principais fabricantes europeus e asiáticos de automóveis. Com a marca MANN FILTER, a Krautli Portugal passa a comercializar toda a gama de filtros de ar, óleo, combustível e de habitáculo. O programa é composto por mais de 1.900 referência e tem uma cobertura do parque circulante europeu e asiático de cerca de 95%. Os filtros são um dos componentes de maior consumo no automóvel. Ao incorporar mais esta categoria de produtos ao seu portefólio, a Krautli Portugal aumenta também a sua gama de produtos na área mecânica, seguindo o seu objetivo de acrescentar novos produtos e reforçar a sua importância de empresa de referência no setor aftermarket.
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NUNO GUERRA SÓCIO-GERENTE EXECUTIVO DA POLIBATERIAS
“IREMOS ATRAVESSAR O DESERTO
EM VIRTUDE DA CRISE
SÓCIO-ECONÓMICA” || No negócio das baterias de automóveis existem muitos operadores, mas nem todos se dedicam exclusivamente a este componente, como acontece com Nuno Guerra.
A
conselhamento técnico, formação e corresponder as necessidades dos clientes são questões diárias para Nuno Guerra, a Personalidade do Mês, no JORNAL DAS OFICINAS.
Em poucas linhas resuma o seu percurso profissional? Exerci diversas funções administrativas na área da informática em organismos públicos, nomeadamente nos Ministérios da Indústria e dos Transportes. Tive depois o primeiro contacto com a área comercial ao desenvolver numa empresa do ramo na área das motos.
O que mais gosta na atividade que desempenha? Da boa disposição que prima o trabalho com os meus colaboradores, e também das amizades que o contacto com estes e vários clientes e parceiros proporcionam ao longo de vários anos.
E o que menos gosta? Da forma pouco elegante com que alguns concorrentes tentam ganhar mercado, denegrindo a imagem uns dos outros, e também a falta de formação técnica que existe nesta área de produtos, em que à maioria dos operadores do mercado falta um conhecimento mais aprofundado do artigo que estão a comercializar, induzindo muitas vezes ao cliente ou instalador falsas ideias, que conduzem a aplicações erradas e consequentemente, também a orçamentos incorretos.
|| FICHA TÉCNICA
O que mudaria na sua atividade? Já estamos a mudar, com a implementação da área de formação, sector fundamental para dar aos nossos clientes e colaboradores condições para abordar todas as eventualidades desta área de negócio sem quaisquer dificuldades.
É otimista ou pessimista na sua atividade? O pessimismo não nos leva a lado nenhum. Temos de ser otimistas, e por mais adversas que sejam as condições do mercado, temos de procurar ser objetivos e analisar os pontos positivos dessa conjuntura, em vez de procurarmos na crise desculpas para a ineficácia e falta de preparação comercial.
O que mudaria no seu sector de atividade? A oferta em excesso, seja em termos de marcas como de representantes, para um mercado nitidamente pequeno para tantos operadores. Por outro lado, corrigir a falta de lealdade que existe entre os vários operadores.
Revele um nome de um amigo / empresa na sua actividade? Para alem de vários clientes e fornecedores que ao longo dos anos se tornaram verdadeiros Amigos com “A” grande, não poderia deixar de salientar o meu Pai, Afonso Guerra, ex-Chefe Geral de Vendas da Tudor em Portugal (agora
PERSONALIDADE DO MÊS
Exide) e entretanto reformado, que me impulsionou para esta atividade, uma referência para mim, e também para muitos que o acompanharam no seu percurso profissional, que foi pautado por um elevado sentido de responsabilidade e apoio direto aos clientes, para além de um conhecimento técnico do produto e do sector que poucos ainda hoje possuem.
No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Que acima de tudo, somos pessoas e humanos, temos virtudes e defeitos, mas o mais importante é o respeito mútuo e a amizade que fica.
De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? Respeito e uma fonte de inspiração, que não deixam de a tornar um obstáculo a ser ultrapassado.
Qual considera ser a área de negócio, no sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? Qualquer área de produto que esteja ligada diretamente às novas tecnologias automóveis terá provavelmente um futuro mais auspicioso, como sejam os sistemas para veículos híbridos e para veículos com stop-start.
Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? Investir na formação de clientes, por
forma a dar aos nossos parceiros uma importante ferramenta de análise e decisão para as novas tecnologias, como sejam as baterias AGM para os veículos Stop-Start. Por outro lado, regular o mercado e os seus intervenientes. Era importante existir uma entidade que regulamentasse esta atividade e os seus produtos, por forma a que pudesse existir maior transparência e qualidade evitando-se assim os produtos de mercados emergentes e do leste, com pouca qualidade e premissa no preço.
Qual o futuro do sector oficinal / distribuição de peças? Iremos atravessar o “deserto” em virtude da crise sócio-económica que atravessamos. O mercado automóvel não é exceção, e a quebra na venda de veículos novos e usados já está a ter repercussões negativas no nosso sector. Todavia, os “camelos” mais bem preparados deverão chegar ao fim desta travessia com novas e melhores perspetivas de futuro
Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Em termos familiares sim, pois sou Pai de duas lindas crianças que considero os elos mais importantes da minha vida. Em termos profissionais, digamos que estou a meio caminho, pois tenho ainda alguns projetos por realizar, para além de continuar a implementação do projeto FIAMM.
Polibaterias | Sede: Av. 25 de Abril nº11 R/C Cacilhas - 2800-301 Almada Portugal | Sócio-Gerente Executivo: Nuno Guerra Telefone: 212 751 597 | Fax: 212 733 925 | Email: geral@polibaterias.com | Internet: www.polibaterias.com
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UM PASSADO IMPRESSIONANTE UM FUTURO AMBICIOSO
Qualidade. Paixão. História. Inovação. A travagem Girling tem muito que contar. Desde as primeiras provas do desporto automóvel aos veículos da última geração, a nossa aposta no desenvolvimento de sistemas de travagem nunca foi tão forte como agora. O nosso compromisso é com a inovação novas ideias e novos materiais.
A Girling é uma marca com um passado impressionante e um futuro ambicioso. Os nossos componentes de travagem são fabricados segundo as mesmas normas do equipamento original, o que torna evidente a excelente qualidade dos produtos Girling. Definitivamente, consideramo-nos especialistas em sistemas de travagem, porque travagem é tudo o que fazemos.
A INOVAR EM TRAVAGEM DESDE 1925
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MAIS UM PASSO PARA A
EXCELÊNCIA
|| A Autozitânia foi admitida oficialmente na Temot International em Janeiro de 2012. Com a entrada neste grupo de distribuição internacional, a Autozitânia dá mais um passo para atingir a excelência nas áreas onde actua
|| Management Team da Autozitânia para o Grupo Temot International (da esquerda para a direita) - Nuno Palma, Director de Importação; Ricardo Venâncio, Adninistrador; Samuel Henriques, Administrador; Francisco Neves Venâncio, Administrador e Vasco Peres, Gestor de Stock
O
principal objectivo da Autozitânia com a entrada no grupo Temot International é a redução e a racionalização de custos e, consequentemente, a extrapolação da sua performance para com os seus clientes e a obtenção de um crescimento sustentado com os seus parceiros. A entrada na Temot oferece à Autozitânia a possibilidade de estar um passo à frente nas melhores práticas, sistemas e conceitos dentro do amplo mercado internacional do aftermarket. Antecipa um melhor e mais directo contacto com os seus fornecedores estratégicos, o acesso a sistemas de informação de gestão, a interligação a projectos relevantes como gestão de dados, diagnóstico, transferência de conhecimentos e a criação de sinergias. “No entanto, na Autozitania, temos já uma longa história no aftermarket português e os valores com que nos pautamos
mantêm-se. Continuamos focados na satisfação dos nossos clientes, oferendolhes um relevante portfólio de produtos de qualidade e competitivos, e claro está, com um alto nível de serviço”, refere Nuno Palma, Director de Importação da Autozitânia. Questionado sobre os benefícios para os clientes com a entrada neste grupo internacional, Nuno Palma diz: “Os nossos clientes são sempre o motivo para as nossas decisões estratégicas, como a de integrar um grupo como a Temot. Transferência de conhecimentos em todas as áreas da rede de distribuição, estreita cooperação com fornecedores chave, portfólio de produtos enriquecido…tudo é feito para os nossos clientes e nesse sentido, tudo faremos para obter da Temot International e dos nossos parceiros accionistas, a melhor contribuição possível para aumentar o nível de serviço para os nossos clientes”.
Gama alargada de produtos e serviços O objectivo da Temot é o de apoiar os seus accionistas na determinação, procura e administração de peças, acessórios e ferramentas auto a nível internacional. Isto significa por definição que não há limitações na gama de, não apenas, produtos, mas também serviços, ferramentas, sistemas e instrumentos. Os accionistas têm acesso a um grande leque de fornecedores que cobrem todas as necessidades possíveis de um automóvel. Claro está que cabe à soberania de cada accionista e concretamente à Autozitânia decidir dentro do vasto portfólio aqueles que serão considerados e utilizados a médio prazo.
Fornecedores de topo A Temot classifica os fornecedores segundo critérios de qualidade e quantidade, pela sua performance
operacional e importância estratégica. Os fornecedores devem oferecer uma marca forte, produtos de alta qualidade e serviço, excelência em competências essenciais e pedigree original. Devem ser pioneiros em inovação e líderes em tecnologia. Elevada qualidade em gestão central e local com continuidade e com orientação consistente para o futuro. Uma estratégia coerente e sustentável é indispensável. “Na Autozitânia, partilhamos estes princípios, e decidimos de acordo com as necessidades do mercado, e dos nossos clientes, quais as escolhas a fazer. Iremos examinar cuidadosamente e reavaliar o nosso portfólio de produtos, na procura de uma melhor cobertura e uma mais competitiva, e qualitativa oferta para os nossos clientes. Haverá seguramente, num futuro próximo alguns aditamentos e melhorias ao nosso portfólio. Na introdução de novos segmentos de produtos iremos levar em consideração as recomendações
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da Temot e a experiência dos restantes colegas. Iremos também procurar novas oportunidades de negócio para os nossos clientes e tomar as medidas necessárias para as explorar da melhor forma”.
Benefícios da cooperação A Temot International é um parceiro estratégico, e orientado para o futuro, no Aftermarket independente. O tema é sempre como acrescentar valor à rede. Isto significa que a Temot apenas pode agir como unificadora de uma rede de valores, líder nas organizações do aftermarket, acumulando e distribuindo conhecimentos, fornecendo conselhos para a tomada de decisões estratégicas, explorando sinergias e melhorando a competitividade de todos os participantes do grupo. Esta é uma ambição nobre, mas tal como em todas as organizações desta natureza e estrutura, a diferença advém do grau e da qualidade da cooperação dos seus membros. Os accionistas Temot são empresas líderes e de sucesso, que desempenham, há muitos anos, um papel importante, não apenas na indústria do aftermarket, mas também na economia dos seus próprios países. Investem significativamente em pessoas, projectos que começam na cadeia de fornecimento, da gestão de dados ao diagnóstico, e que têm relações de longo prazo com os fornecedores, e implementam conceitos de mercado inovadores. Isto faz toda a diferença e é o
|| “Na Autozitânia seremos activos e || Equipa “Business Development” da Temot International (da esquerda para a direita): Kai Guijo-Müller, Business Development Executive; Fotios Katsardis, President & CEO e Janne Rouhunkoski, Business Development Manager
cliente, que ao estar atento, ganha com os benefícios da cooperação. É importante clarificar que todos os accionistas Temot compram e distribuem de uma forma directa e autónoma. A Temot International não tem qualquer interferência nas aquisições e na política de distribuição dos seus accionistas. Assuntos referentes a regras internacionais de concorrência tal como todos os assuntos relacionados com preços, quantidades e condições de negócio, são
acordados localmente de uma forma que permitam aos accionistas Temot competir no seu mercado. “A Autozitânia decidirá enquanto empresa individual, no que for necessário para o mercado português, e de acordo com as necessidades prevalecentes. E continuaremos (apesar da filiação Temot) a ajustar as nossas políticas e estratégias aos novos requisitos na procura constante de novas e benéficas soluções”, conclui Nuno Palma.
contribuiremos o máximo para o grupo Temot. O objetivo mais ambicionado é a contínua melhoria de processos e procedimentos, em todas as actividades comerciais para a satisfação dos clientes”, diz Nuno Palma, Director de Importação
|| FICHA TÉCNICA Autozitânia Sede: Quinta das Urmeiras, Lote 3 - 1º 2675-953 Odivelas Director de Importação: Nuno Palma Telefone: 214789135 e-mail: nuno-palma@autozitania.pt Internet: www.autozitania.com
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TEMOT INTERNATIONAL
O PRODUTO É A EFICIÊNCIA S
endo um dos principais grupos europeus da distribuição de peças e componentes automóvel, a Temot International sabe que a eficiência é a alma do negócio. A Temot International é constituída, desde Abril de 2012, por 26 accionistas, que operam em quase todos os grandes países europeus e em Israel. O seu propósito e objectivo é o de promover a cooperação internacional nos seguintes aspectos: Desenvolvimento de negócios e internacionalização de compras; Optimização de logística; Desenvolvimento esenvolvimento de programas electrónicos de processamento de dados; Desenvolvimento de programas amas estratégicos de marketing. Os 26 accionistas do grupo Temot International empregam directamente ectamente mais de 19.000 funcionários e têm mais de 15.000 oficinas associadas (directa ou indirectamente) através de conceitos de oficinas. Em 2011 os accionistas da Temot International obtiveram uma facturação acumulada superior a 3,8 biliões de Euros e tudo no aftermarket. A Temot é também accionista da Aftermarket Auto Parts Alliance (AAPA) uma organização Americana, sobejamente conhecida pelo conceito de oficinas “Bumper to Bumper and Auto Value”. A organização é formada por 59 accionistas, está activa nos EUA, Canada e México e obteve teve um total de receitas em 20111 de 2,5 biliões de dólares. Juntamente mente com AAPA a Temot é uma organização rganização de 5,5 biliões de Euros.
os accionistas da Temot International, que se juntaram para gerar as melhores soluções possíveis. A elevada qualidade dos dados, a sua extrema precisão e a sua total compatibilidade constituem um factor chave competitivo para os accionistas do Grupo Temot, potenciando as suas vendas e reduzindo a logística inversa (devoluções). Outra preocupação foi evitar produtos de grande concorrência e baixa rentabilidade, optando-se por peças de boa rotação, mas com valor acrescentado e com tecnologia.
barras estabilizadoras, etc. O programa de componentes de escape tem mais de 32.000 referências, incluindo todos os grupos de produtos habituais, como kits de montagem, catalisadores, silenciadores, filtros de partículas DPF, colectores de escape e muito mais.
O catálogo de peças de gestão do motor inclui velas de ignição, cabos de ignição e sensores Lambda, mas também passará a incluir software de gestão do motor, sensores de batimento, válvulas EGR e componentes de alimentação, como bombas de combustível e injectores. Nos componentes de direcção, cuja base de dados tem mais de 10.000 referências, a partir de 14.000 referências OE, incluem-se kits completos de reparação e peças isoladas, como rótulas, casquilhos, foles de caixas de direcção, braços de direcção,
fornecedores, fornecedores chamado TISS. Ser fornecedor da Temot é uma grande oportunidade e uma enorme responsabilidade. Os fornecedores de produtos e serviços da Temot estão classificados por critérios qualitativos e quantitativos, performance operacional e acima de tudo pela sua importância estratégica. Para conseguir criar valor para os seus accionistas e consequentemente para os fornecedores, a Temot International optou por uma estratégia deliberadamente selectiva, trabalhando
TISS Temot International Supplier System A política de aquisições coordenadas da Temot International assenta no seu sistema de selecção e gestão de
Oferta especializada Uma das formas da Temot International nternational te às responder de forma eficiente necessidades de gestão de um número crescente de dados foi agrupar a sua oferta em três áreas especializadas de peças de gestão motor (Engine Management Systems - EMS), peças de direcção (Steering) e peças de sistemas de escape (Exhaust). Esta divisão deu origem a três bases de dados em actualização permanente, das quais emergiram três catálogos electrónicos. Isto quer dizer que toda a oferta do Grupo está em três catálogos apenas, o que foi possível graças à formação de equipas especializadas em produto e em gestão de dados de todos
apenas com os fornecedores que alcancem os mais elevados requisitos. Esta selecção extremamente exclusiva deu origem a duas cat egorias de fornecedores: Preferred Suppliers (Fornecedores Preferenciais) e Associated Suppliers (Fornecedores Associados). Os fornecedores que estão em fase experimental de avaliação formam um grupo à parte, enquanto aguardam a promoção a uma das categorias referidas. De salientar, que essas categorias de fornecedores funcionam de certo modo futebol, podendo haver como Ligas de fu despromoções, em face do promoções e des desempenho global glo das empresas fornecedoras. De facto, para ser um da Temot é Fornecedor Preferencial Prefe necessário atingir ating os mais elevados de gestão de padrões da filosofia f fornecedores do Grupo, que fornecedo assenta em expectativas de parcerias parce a longo prazo e elevado nível de cooperação elev e ccumplicidade. O ccrescimento do negócio é um objectivo comum aos parceiros e ambos lutam ombro a ombro por alcançá-lo. Neste momento, há 21 Fornecedores Preferenciais na Temot International, que atingiram a excelência nos critérios qualitativos e quantitativos, tendo provado além disso de forma muito consistente o seu compromisso. Marcas como a Bosch, M Brembo, Febi Bilstein, Bre Federal Mogul, Gates, Mann Fede Filter, NGK, SKF, entre outras, Fornecedores Preferenciais da são Forn Temot. Na categoria de Fornecedores militam neste momento Associados milit fornecedores de elite, que igualmente 21 fo apenas aguardam uma oportunidade de escalão superior, com base promoção ao esc no relacionamento relacionamen concreto com as empresas do Grupo Gru Temot ao longo do tempo. Marcas nada inferiores às primeiras, como a AISIN, BERU, Bosal, Dayco, Delphi, Elring, Exide, Klarius, Herth+Buss, Mahle, ZF, NTN/SNR, entre outras, fazem parte dos Fornecedores Associados da Temot. O Conselho de Gestão da Temot Internacional é auxiliado e aconselhado na sua selecção de produtos e fornecedores pelo Products and Suppliers Council, cujos membros são cuidadosamente escolhidos pelo seu know how e pela sua intransigente defesa dos interesses dos accionistas do Grupo.
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da Temot e a experiência dos restantes colegas. Iremos também procurar novas oportunidades de negócio para os nossos clientes e tomar as medidas necessárias para as explorar da melhor forma”.
Benefícios da cooperação A Temot International é um parceiro estratégico, e orientado para o futuro, no Aftermarket independente. O tema é sempre como acrescentar valor à rede. Isto significa que a Temot apenas pode agir como unificadora de uma rede de valores, líder nas organizações do aftermarket, acumulando e distribuindo conhecimentos, fornecendo conselhos para a tomada de decisões estratégicas, explorando sinergias e melhorando a competitividade de todos os participantes do grupo. Esta é uma ambição nobre, mas tal como em todas as organizações desta natureza e estrutura, a diferença advém do grau e da qualidade da cooperação dos seus membros. Os accionistas Temot são empresas líderes e de sucesso, que desempenham, há muitos anos, um papel importante, não apenas na indústria do aftermarket, mas também na economia dos seus próprios países. Investem significativamente em pessoas, projectos que começam na cadeia de fornecimento, da gestão de dados ao diagnóstico, e que têm relações de longo prazo com os fornecedores, e implementam conceitos de mercado inovadores. Isto faz toda a diferença e é o
|| “Na Autozitânia seremos activos e || Equipa “Business Development” da Temot International (da esquerda para a direita): Kai Guijo-Müller, Business Development Executive; Fotios Katsardis, President & CEO e Janne Rouhunkoski, Business Development Manager
cliente, que ao estar atento, ganha com os benefícios da cooperação. É importante clarificar que todos os accionistas Temot compram e distribuem de uma forma directa e autónoma. A Temot International não tem qualquer interferência nas aquisições e na política de distribuição dos seus accionistas. Assuntos referentes a regras internacionais de concorrência tal como todos os assuntos relacionados com preços, quantidades e condições de negócio, são
acordados localmente de uma forma que permitam aos accionistas Temot competir no seu mercado. “A Autozitânia decidirá enquanto empresa individual, no que for necessário para o mercado português, e de acordo com as necessidades prevalecentes. E continuaremos (apesar da filiação Temot) a ajustar as nossas políticas e estratégias aos novos requisitos na procura constante de novas e benéficas soluções”, conclui Nuno Palma.
contribuiremos o máximo para o grupo Temot. O objetivo mais ambicionado é a contínua melhoria de processos e procedimentos, em todas as actividades comerciais para a satisfação dos clientes”, diz Nuno Palma, Director de Importação
|| FICHA TÉCNICA Autozitânia Sede: Quinta das Urmeiras, Lote 3 - 1º 2675-953 Odivelas Director de Importação: Nuno Palma Telefone: 214789135 e-mail: nuno-palma@autozitania.pt Internet: www.autozitania.com
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endo um dos principais grupos europeus da distribuição de peças e componentes automóvel, a Temot International sabe que a eficiência é a alma do negócio. A Temot International é constituída, desde Abril de 2012, por 26 accionistas, que operam em quase todos os grandes países europeus e em Israel. O seu propósito e objectivo é o de promover a cooperação internacional nos seguintes aspectos: Desenvolvimento de negócios e internacionalização de compras; Optimização de logística; Desenvolvimento esenvolvimento de programas electrónicos de processamento de dados; Desenvolvimento de programas amas estratégicos de marketing. Os 26 accionistas do grupo Temot International empregam directamente ectamente mais de 19.000 funcionários e têm mais de 15.000 oficinas associadas (directa ou indirectamente) através de conceitos de oficinas. Em 2011 os accionistas da Temot International obtiveram uma facturação acumulada superior a 3,8 biliões de Euros e tudo no aftermarket. A Temot é também accionista da Aftermarket Auto Parts Alliance (AAPA) uma organização Americana, sobejamente conhecida pelo conceito de oficinas “Bumper to Bumper and Auto Value”. A organização é formada por 59 accionistas, está activa nos EUA, Canada e México e obteve teve um total de receitas em 20111 de 2,5 biliões de dólares. Juntamente mente com AAPA a Temot é uma organização rganização de 5,5 biliões de Euros.
os accionistas da Temot International, que se juntaram para gerar as melhores soluções possíveis. A elevada qualidade dos dados, a sua extrema precisão e a sua total compatibilidade constituem um factor chave competitivo para os accionistas do Grupo Temot, potenciando as suas vendas e reduzindo a logística inversa (devoluções). Outra preocupação foi evitar produtos de grande concorrência e baixa rentabilidade, optando-se por peças de boa rotação, mas com valor acrescentado e com tecnologia.
barras estabilizadoras, etc. O programa de componentes de escape tem mais de 32.000 referências, incluindo todos os grupos de produtos habituais, como kits de montagem, catalisadores, silenciadores, filtros de partículas DPF, colectores de escape e muito mais.
O catálogo de peças de gestão do motor inclui velas de ignição, cabos de ignição e sensores Lambda, mas também passará a incluir software de gestão do motor, sensores de batimento, válvulas EGR e componentes de alimentação, como bombas de combustível e injectores. Nos componentes de direcção, cuja base de dados tem mais de 10.000 referências, a partir de 14.000 referências OE, incluem-se kits completos de reparação e peças isoladas, como rótulas, casquilhos, foles de caixas de direcção, braços de direcção,
fornecedores, fornecedores chamado TISS. Ser fornecedor da Temot é uma grande oportunidade e uma enorme responsabilidade. Os fornecedores de produtos e serviços da Temot estão classificados por critérios qualitativos e quantitativos, performance operacional e acima de tudo pela sua importância estratégica. Para conseguir criar valor para os seus accionistas e consequentemente para os fornecedores, a Temot International optou por uma estratégia deliberadamente selectiva, trabalhando
TISS Temot International Supplier System A política de aquisições coordenadas da Temot International assenta no seu sistema de selecção e gestão de
Oferta especializada Uma das formas da Temot International nternational te às responder de forma eficiente necessidades de gestão de um número crescente de dados foi agrupar a sua oferta em três áreas especializadas de peças de gestão motor (Engine Management Systems - EMS), peças de direcção (Steering) e peças de sistemas de escape (Exhaust). Esta divisão deu origem a três bases de dados em actualização permanente, das quais emergiram três catálogos electrónicos. Isto quer dizer que toda a oferta do Grupo está em três catálogos apenas, o que foi possível graças à formação de equipas especializadas em produto e em gestão de dados de todos
apenas com os fornecedores que alcancem os mais elevados requisitos. Esta selecção extremamente exclusiva deu origem a duas cat egorias de fornecedores: Preferred Suppliers (Fornecedores Preferenciais) e Associated Suppliers (Fornecedores Associados). Os fornecedores que estão em fase experimental de avaliação formam um grupo à parte, enquanto aguardam a promoção a uma das categorias referidas. De salientar, que essas categorias de fornecedores funcionam de certo modo futebol, podendo haver como Ligas de fu despromoções, em face do promoções e des desempenho global glo das empresas fornecedoras. De facto, para ser um da Temot é Fornecedor Preferencial Prefe necessário atingir ating os mais elevados de gestão de padrões da filosofia f fornecedores do Grupo, que fornecedo assenta em expectativas de parcerias parce a longo prazo e elevado nível de cooperação elev e ccumplicidade. O ccrescimento do negócio é um objectivo comum aos parceiros e ambos lutam ombro a ombro por alcançá-lo. Neste momento, há 21 Fornecedores Preferenciais na Temot International, que atingiram a excelência nos critérios qualitativos e quantitativos, tendo provado além disso de forma muito consistente o seu compromisso. Marcas como a Bosch, M Brembo, Febi Bilstein, Bre Federal Mogul, Gates, Mann Fede Filter, NGK, SKF, entre outras, Fornecedores Preferenciais da são Forn Temot. Na categoria de Fornecedores militam neste momento Associados milit fornecedores de elite, que igualmente 21 fo apenas aguardam uma oportunidade de escalão superior, com base promoção ao esc no relacionamento relacionamen concreto com as empresas do Grupo Gru Temot ao longo do tempo. Marcas nada inferiores às primeiras, como a AISIN, BERU, Bosal, Dayco, Delphi, Elring, Exide, Klarius, Herth+Buss, Mahle, ZF, NTN/SNR, entre outras, fazem parte dos Fornecedores Associados da Temot. O Conselho de Gestão da Temot Internacional é auxiliado e aconselhado na sua selecção de produtos e fornecedores pelo Products and Suppliers Council, cujos membros são cuidadosamente escolhidos pelo seu know how e pela sua intransigente defesa dos interesses dos accionistas do Grupo.
ABRIL 2012
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HELOÍSA MONZANI DIRECTORA-COMERCIAL IBÉRICA DA KLARIUS
“OS PROJECTOS PARA PORTUGAL SÃO
AMBICIOSOS”
|| Nomeada no mês passado como directora-comercial da Klarius para Portugal e Espanha, Heloísa Monzani tem já uma vasta experiência no mercado luso. É isso que lhe permite ter confiança num crescimento acima de outros países europeus
H
eloísa Monzani faz parte do lote de profissionais que o Grupo Klarius nomeou recentemente numa reestruturação do grupo. Directora comercial para o mercado ibérico, conta com uma experiência de 13 anos no pós-venda luso que lhe traz alguma confiança na capacidade de enfrentar adversidades. “Os projectos para Portugal são mais ambiciosos do que para Espanha ou outros países”, diz nesta primeira entrevista concedida ao JORNAL DAS OFICINA. E, para isso, conta com a melhoria do serviço proporcionada pelo novo armazém em Madrid que pode ajudar os clientes a gerir e diminuir os stocks.
O que representa para si o facto de ter passado a ser a nova representante do Grupo Klarius para Portugal e Espanha? O que era considerado anteriormente uma exportação para nós, hoje é uma estrutura que montámos que serve os clientes portugueses a partir de Madrid. Antigamente, os clientes eram atendidos desde Inglaterra. Isso é uma melhoria no serviço. Gosto muito de trabalhar em Portugal, insisti para que este mercado viesse para dentro desta estrutura. Conheço bem o mercado português, sei que está bem organizado, acredito no potencial por razões sentimentais, já que sou brasileira.
De uma forma geral, como caracterizaria o mercado nacional? Portugal sente um pouco menos a crise do que Espanha, porque está mais acostumado a enfrentar estas condições.
|| FICHA TÉCNICA
Mas é um mercado maduro, com grandes empresas que estão bem consolidadas e com uma implantação nacional. O mercado português é diferente de outros países, porque é muito especializado. Há especialistas em escapes, outros em travagem. Isso faz com que sejam profundos conhecedores dos produtos que montam.
Alemanha. Passámos de três semanas para 48 horas. Com este serviço, os clientes podem aliviar um pouco mais os seus stocks.
Há pouco tempo, em conversa com Pedro Proença (ver JO 74), falou-se na hipótese do grupo vir a ter uma presença mais directa em Portugal, já que conta agora com duas marcas (QH e Klarius). A sua nomeação poderá ser o primeiro passo para isso acontecer?
O retorno dos clientes é positivo, não só nos pedidos que consideramos normais como naqueles que estão a ser preparados num prazo bastante diminuto.
A presença mais directa em Portugal foi primeiro o facto de, em Julho do ano passado, termos mudado para um armazém central para os dois países e juntado as duas marcas nesta estrutura. A filosofia do grupo é que a distância do serviço entre Madrid e Barcelona é a mesma entre Madrid e Lisboa. A mudança é que, desde Março, toda a operação se começou a fazer a partir daqui com a mesma qualidade de serviço e tempos do que outra qualquer localidade dentro de Espanha. A única diferença é que os transportes em algumas zonas de Portugal demoram um pouco mais do que aqui dentro. Mas a preparação dos pedidos internamente é a mesma. Saem na mesma noite para Portugal ou Espanha. Isso proporciona-nos uma presença mais directa em Portugal. Antes disto, os clientes tinham que fazer grandes pedidos porque tinham que ser feitos para Inglaterra ou
A partir de Março, as entregas para Portugal começaram a ser feitas a partir do armazém de Madrid. Como é que está a decorrer esse processo?
A Klarius é uma marca com menos expressão em Portugal do que a QH e, mesmo comparativamente, com menos expressão do que noutros mercados europeus. Que planos tem o grupo para ultrapassar esta situação? Queremos crescer com a marca Klarius. Esta é a cabeça do grupo e a marca de emissões. O trabalho que está a ser feito é para crescer com os escapes e catalisadores. E o serviço que temos agora é que é muito importante. Se antes os clientes tinham que fazer muitos pedidos, hoje somos capazes de dar aquilo que a nossa concorrência já dava.
Essa melhoria logística vai ter impacto nos preços? Não, faz apenas parte da estratégia do grupo para centralizar.
A situação económica portuguesa interfere nas suas ambições comerciais para o grupo?
Não, talvez sejamos bastante optimistas, mas os projectos para Portugal são mais ambiciosos do que para Espanha ou outros países. Talvez até pelo serviço que possamos dar, ajudando os clientes a gerir e diminuir os stocks, isso possa ser conseguido. Como temos uma linha de produtos muito completa, faz com que sejamos um fornecedor bastante apetecível.
Os resultados positivos do Grupo Klarius mostram uma empresa capaz de contrariar a actividade deste mercado na Europa. Como directora comercial, quais diria que são os factores mais importantes para que isso aconteça? O principal é uma coesão dentro do grupo. É um projecto a longo prazo, uma expansão a nível de produtos. Mais do que acreditar é investir para fazer com que as coisas aconteçam. Lutar contra a corrente negativista em que as pessoas estão a retrair-se. O grupo acredita que esta é uma crise passageira e que sobrevivem os que investem.
O preço de produto é um assunto importante quando faz o seu plano anual? Sim, é importante porque vivemos numa economia globalizada. Não estamos isolados. Temos que ver o que faz a nossa concorrência, mas tendo em conta que temos um nível de qualidade e uma estrutura que têm um preço. Queremos ser competitivos mas não queremos criar uma guerra de preços em que ninguém ganha dinheiro.
KLARIUS | Morada: C/ Rumania, 9 - 28821 Coslada - Madrid - Espanha | Directora Comercial Ibérica: Heloísa Monzani Telefone: 00.34.91.674.64.62 | Fax: 00.34.91.672.79.05 | E-mail: heloisa.monzani@klarius.eu | Internet: www.pt.qh.com
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MAIO 2012
ENTREVISTA
JORNAL DAS OFICINAS
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ACIR DONISETE SILVA FORMADOR CONTITECH
“O IDIOMA É UMA BARREIRA QUE NÓS CONSEGUIMOS ULTRAPASSAR”
|| A ContiTech iniciou no passado mês de Março uma série de acções de formação em Portugal, com o objectivo de chamar a atenção dos técnicos para os pontos fortes e fracos da montagem das correias de distribuição e como evitar cometer erros
A
s acções de formação ContiTech foram realizadas de norte a sul do país - nomeadamente em Braga, São João da Madeira, Porto, Coimbra, Lisboa e Lagoa - em colaboração com os vários distribuidores nacionais da marca. Para o efeito, deslocaram-se a Portugal um formador com grande experiência, Acir Donisete Silva, e a responsável de vendas para Portugal, Catherine Chatellard. As acções de formação foram bastante concorridas, com uma média de 50 participantes por acção, onde foram dados ensinamentos técnicos sobre o produto e também informações sobre a política da empresa para o pós-venda, o seu papel no primeiro equipamento e as vantagens que há em trabalhar com um fornecedor desta dimensão. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Acir Donisete e Catherine Chatellard, explicaram os objectivos destas acções de formação e também do posicionamento da marca no mercado português.
Quais são os principais destinatários das vossas acções de formação em Portugal? Os destinatários deste tipo de formação são em primeiro lugar os técnicos de mecânica que montam as nossas peças e também os elementos comerciais das oficinas, para saberem explicar ao utilizador final todas as vantagens da nossa marca e do nosso produto. De qualquer modo, a nossa formação está aberta a todos os interessados, uma vez que os eventos geralmente são organizados pelos nossos distribuidores, que convidam os seus clientes para participarem. Qualquer oficina pode
participar, desde que tenha conhecimento do evento e tenha possibilidades de estar presente. Os leitores do Jornal das Oficinas, por exemplo, tendo tomado conhecimento da data, local e hora do evento de formação, também podem participar, porque esta formação é aberta ao público em geral. Em Espanha, por exemplo, a imprensa especializada divulga as nossas acções de formação. O limite de participantes é geralmente de cerca de 50 pessoas, para que todos possam ver, ouvir e participar correctamente.
Quais são os temas dominantes das acções de formação levadas a cabo pela ContiTech entre nós? Os temas abrangem a empresa, a sua posição no mercado, a tecnologia do automóvel e a sua evolução, como teremos que trabalhar no futuro, o crescimento do mercado automóvel e a forma correcta de estar na profissão. Na parte mais prática, explicamos como efectuar o diagnóstico das avarias, a melhor forma de instalar as peças, a importância dos agregados da correia, para além do valor que tem a função crítica do mecânico no mercado.
Qual tem sido a receptividade dos potenciais interessados às vossas acções de formação ContiTech? As pessoas têm gostado, porque não nos limitamos a falar do produto em si, da correia, mas damos uma visão mais alargada do enquadramento profissional e da forma adequada de estar no negócio do pós venda. Por outro lado, a minha experiência nesta área também pesa um pouco. Já dou formação a mecânicos há
18 anos, tendo passado pelas marcas como a LuK, Sachs, Valeo e outras. Agora, estou no Grupo Continental, mas a tecnologia e os veículos são os mesmos, pelo que vamos ganhando maior capacidade de comunicar aquilo que realmente interessa ao auditório.
dia são dadas entre duas a três horas de formação. Cada participante recebe um certificado, que permite comprovar que recebeu a formação durante aquele período. Nem todos os formadores estão a cumprir esta exigência, o que prejudica os profissionais e tira crédito à formação.
Que importância tem neste momento a formação para os profissionais do pós venda automóvel português?
Estas acções de formação são iniciativas isoladas ou existe uma política de acompanhamento prevista para as oficias portuguesas, por parte da ContiTech?
Neste momento, o conhecimento tem que ser muito dinâmico, porque a evolução tecnológica é constante. Nós temos que saber hoje o que vamos fazer amanhã, quando nos aparecer um carro com uma solução que ainda não tinha saído para o mercado. O técnico de mecânica tem que estar a par dos últimos avanços da tecnologia e as marcas devem fazer um esforço para passar esse conhecimento ao mercado. É preciso explicar de uma forma simples, para que as pessoas que vão à formação compreendam facilmente as nossas explicações e recolham as competências que interessam. Nós temos que partir do princípio que nenhum profissional de reparação erra porque quer. Muitas vezes, o erro resulta do excesso de confiança e por desconhecimento do método de trabalho certo para um produto novo, que tem diferenças para os outros que o técnico se habituou a montar.
Qual é o programa de formação previsto pela ContiTech para este ano, em Portugal? Desta vez, vamos dar dois cursos em Portugal, um por cada semestre, com a duração de uma semana e meia. Em cada
A partir do momento em que temos o contacto das pessoas que assistem à formação, fazemos todos os possíveis para actualizar toda a informação e dar o acompanhamento que for necessário. Outra forma dos técnicos profissionais manterem o contacto com a Continental e a ContiTech é visitarem o nosso site, porque todas as informações que prestamos nas acções de formação estão igualmente disponíveis na Internet em www.contitech.es Uma das informações importantes disponíveis no nosso site são os diagramas técnicos e os esquemas dos circuitos do veículo, base indispensável para o diagnóstico de problemas.
As ferramentas especiais e kits de montagem são indispensáveis para um serviço de qualidade? As ferramentas especiais são necessárias para os produtos específicos, como as correias elásticas, sem tensores, e/ou aplicações igualmente específicas. A utilidade dos kits de ferramenta ContiTech é proporcionar maior produtividade, rentabilidade e qualidade de serviço. A
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estão previstas para potenciar a notoriedade da marca entre nós?
correia pode ser mudada com outras ferramentas, mas leva mais tempo, há o risco de danificar a correia e/ou as polias, tornando o trabalho menos perfeito, com reflexos negativos na satisfação do cliente. Possivelmente, a correia dura menos tempo e o cliente irá reclamar, o que pode ser evitado, seguindo os procedimentos correctos especificados pela ContiTech.
As acções de marketing e campanhas de produto são realizadas pelos distribuidores da ContiTech, dentro dos moldes previstos nos acordos que são celebrados entre as duas partes. A marca apoia todas as iniciativas relevantes, desde que estejam previstas nos acordos previamente estabelecidos com os distribuidores. Claro que a visibilidade da marca pode sempre melhorar, mas o trabalho realizado até agora tem sido exemplar por parte dos distribuidores portugueses. Julgo até que a notoriedade em Portugal é superior à de Espanha, por exemplo, porque a Continental tem a fábrica de pneus no país e vários outros negócios que ajudam a divulgar a imagem de marca. Prova disso é que a marca tem registado crescimento sustentado no mercado nacional e prevemos crescer também este ano.
Que mais razões podem os interessados encontrar para se deslocarem aos eventos de formação da ContiTech? Um dos pontos que gostava de destacar é o facto da nossa formação ser efectuada em português, uma coisa relativamente rara, porque a maior parte dos formadores que operam no pós venda em Portugal dão formação em espanhol (Castelhano), razão pela qual nem sempre conseguem fazer passar a informação correctamente e captar totalmente o interesse dos ouvintes. O idioma é uma barreira que nós conseguimos ultrapassar, porque sou brasileiro e falo português, o que torna a comunicação muito mais simples, eficaz e completa. As nossas acções de formação são deste modo uma das raras oportunidades de tomar contacto com uma informação actualizada de nível europeu em idioma português.
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|| Catherine Chatellard, Responsável de Vendas para Portugal da ContiTech e Acir Silva, Formador, estiveram durante vários dias no nosso país, a fazer acções de formação para os mecânicos interessados em saber mais sobre a montagem de correias de distribuição
|| FICHA TÉCNICA ContiTech Morada: Cityparc Ronda de Dalt Carretera de L’Hospitalet, 147 08940 Cornellà (Barcelona) - Espanha Resp. Vendas: Catherine Chatellard Resp. Formação: Acir Silva Telefone: 0034.934.800.409 Fax: 0034.934.800.401 e-mail: catherine.chatellard@contitech.es Internet: www.contitech.es
A marca ContiTech está satisfeita com o grau de visibilidade que tem no mercado português? Que acções
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ENTREVISTA
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ENG. FERNANDO SOARES PRODUCT LEADER DA SPIES HECKER
“MAIOR EFICIÊNCIA
NOS PROCESSOS DE TRABALHO”
|| Com o lançamento do novo sistema de pintura Permahyd Hi-TEC 480, a Spies Hecker oferece um produto que tecnologicamente é o estado da arte, respondendo com eficácia aos desafios lançados pelos diversos actores do mercado
O
novo sistema de pintura da Spies Hecker - Permahyd Hi-TEC, beneficia de uma avançada tecnologia híbrida, cujas propriedades serão a base e a máxima referência de todos os técnicos encarregados de estudar e de criar as tintas do futuro. Nesta entrevista, o Eng. Fernando Soares, Product Leader da Spies Hecker, explica as características e vantagens deste novo sistema de pintura, além de fazer uma análise realista da actual situação do sector da colisão em Portugal e das perspectivas para o seu futuro.
Quando foi lançado em Portugal o novo sistema de pintura Spies Hecker Permahyd Hi-TEC 480? O Permahyd Hi-TEC Base Bicamada 480 da Spies Hecker é a nova base bicamada de natureza aquosa da Spies Hecker e que será o novo referencial nos próximos anos na repintura automóvel. Iniciamos a introdução do Permahyd Hi-TEC 480 com o arranque em Março de 2011. Em Julho de 2011 demos por finalizada esta fase introdutória e iniciamos a apresentação personalizada aos nossos clientes: distribuidores, utilizadores finais.
resultados obtidos conduzem a uma enorme confiança no processo contribuindo também para o aumento do fluxo de trabalho. Os automóveis novos mostram cada vez mais uma tendência no sentido de cores de efeito mais sofisticadas, como por exemplo as cores tri-camada, ou pinturas de interiores sem aplicação de verniz. Para estes novos desafios, o Hi-TEC 480 apresenta uma resposta flexível e de grande eficiência com o Endurecedor 3080. Resumindo, o Permahyd Hi-TEC 480 e a eficiência de processos caminham lado a lado.
Existem requisitos especiais a ter em conta na aplicação do Permahyd Hi-TEC 480?
Em que consiste a nova tecnologia híbrida utilizada no sistema Permahyd Hi-TEC 480?
Quais as alterações que uma oficina de repintura tem de fazer para começar a utilizar o novo sistema Permahyd Hi-TEC 480?
Historicamente é costume caracterizar uma tinta ligando o nome do produto à respectiva natureza química: primário epóxi, esmalte acrílico, etc. Relativamente ao Permahyd Hi-TEC 480 não se pode dizer o mesmo porque é uma simbiose de diferentes tecnologias químicas: acrílica e poliuretano. Por isso a designação de tecnologia híbrida.
Quais as principais características do Permahyd Hi-TEC 480?
Quais as vantagens deste novo sistema, comparativamente com o anterior Permahyd 280/285?
O Permahyd Hi-TEC 480 caracteriza-se sobretudo por conduzir a uma maior eficiência nos processos de trabalho na oficina. Por um lado permite maior rapidez quer pela simplicidade de aplicação quer porque os tempos de processo são mais curtos: evapora mais rapidamente, aplicação em 1 operação, sem intervalo entre demãos e, se necessário, a superfície pode ser corrigida logo após evaporação. Por outro lado a robustez e fiabilidade dos
O Permahyd Base Bicamada 280/285 é um marco da repintura automóvel. Continua a ser muito competitivo no actual mercado da repintura e para o provar estão os clientes ganhos este ano com este sistema. No entanto, há uma parte do mercado que reclama mais eficiência e é neste tipo de oficinas, em que o fluxo de trabalho é grande e a exigência de obtenção rápida de resultados é contínua, que se posiciona o Permahyd Hi-TEC 480.
|| FICHA TÉCNICA
Os requisitos para aplicação de Permahyd Hi-TEC 480 são os mesmos que se exigem para a aplicação do Permahyd 280/285 ou para outra base bicamada aquosa. Estamos na presença de um produto industrial de natureza aquosa, ou seja, há que ter em atenção a forma de armazenar o produto (atenção às baixas temperaturas), como se trata de uma tinta o profissional deve proteger-se quando o manipula e o aplica e finalmente os resíduos devem ser tratados de acordo com as regras vigentes.
Se a oficina já trabalha com sucesso com produtos de natureza aquosa, apenas tem de alterar o produto que utiliza e passar a usar o Permahyd Hi-TEC 480. Do ponto de vista das instalações e equipamentos, não há nenhuma condição especial para utilizar o Hi-TEC 480.
Que tipo de apoio / colaboração é prestado pela Spies Hecker às oficinas que decidam optar pelo novo sistema Permahyd Hi-TEC 480? A Spies Hecker através dos seus meios técnicos e comerciais e através dos serviços cada vez mais competentes dos seus distribuidores dá o suporte ao arranque de cada sistema Permahyd Hi-TEC 480. São disponibilizadas competências técnicas que permitirão que a fase de transição seja suave e sem sobressaltos.
Que benefícios pode ter a oficina de repintura ao passar a utilizar o
Permahyd Hi-TEC 480? As oficinas que optarem pelo Permahyd HI-TEC 480 usufruirão de um produto que tecnologicamente é o estado da arte, que permitirá tornar os seus processos mais eficientes, com resultados mais robustos e fiáveis e com a resposta adequada aos desafios lançados pelos diversos actores do mercado; construtores automóveis, seguradoras, empresas de frotas, retalhistas e clientes individuais.
Como é que esta crise está a afectar as oficinas de chapa & pintura? A generalidade das oficinas, como qualquer outro negócio, é afectada por esta realidade que se não pode escamotear. No entanto, existem oficinas que prosperam neste clima. Outras há que vêem diminuir as suas receitas ou mesmo que encerram. Aquelas que são mais afectadas são precisamente as que têm uma carteira de clientes menos diversificada, principalmente se forem apenas clientes particulares. É verdade também que estes fenómenos funcionam muitas vezes como crivo, permanecendo no mercado aqueles com alicerces mais robustos.
A crise tem contribuído para a redução do número de operadores ou não? O excesso de operadores nunca vai acabar? Em ambiente de crise é natural que o negócio se retraia e que, por consequência, os operadores menos sólidos fiquem pelo caminho. Por esta razão podemos dizer que a crise é uma causa da redução do número de oficinas. O mercado tende a regular-se por ele mesmo e caminha no sentido de menor número de oficinas. Esta diminuição poderá ser acelerada devido ao ambiente de crise,
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|| O novo sistema Permahyd Hi-TEC torna os processos de trabalho nas oficinas de pintura mais fáceis e com resultados mais fiáveis
mas não nos esqueçamos de um fenómeno contrário; a idade média do parque automóvel tem vindo a aumentar e as viaturas mais antigas têm mais necessidades de manutenção, logo também tenderá a aumentar a procura de oficinas de reparação.
O que é que hoje em dia faz mais a diferença neste mercado? Em primeiro lugar há que dominar as técnicas de reparação ou dispor de meios para o fazer. Por isso é fundamental trabalhar com profissionais qualificados colocando à sua disposição produtos eficientes e de qualidade. A Spies Hecker tem sempre mantido uma relação de parceria com os seus clientes possibilitandolhes estes valores. Um trabalho de repintura deve ficar bem executado desde a primeira vez. Se há lugar a repetições qualquer potencial lucro da operação desaparece.
As oficinas de repintura devem apostar apenas nas reparações de chapa ou também nas reparações mecânicas? Muitas vezes o insucesso de empresas explica-se pela falta de competências para abordar o mercado ou determinado segmento de mercado. Se determinada empresa tem conhecimentos para abordar os diversos segmentos do mercado pois então, é possível fazê-lo. Claro que em mercados maiores como os das grandes cidades é mais natural a especialização, enquanto em pequenos mercados a abordagem pode ser mais global. Julgo que não há uma resposta que seja absoluta sobre este tema.
Que papéis os fornecedores de tintas devem desempenhar como parceiros de negócio? A Spies Hecker sempre privilegiou a transmissão de conhecimento para as oficinas no que diz respeito à utilização dos seus produtos, tendo em conta que não basta utilizar bem um dado produto mas também que essa utilização traga valor acrescentado para a oficina. Para a Spies Hecker é ponto essencial não só vender a tinta mas sobretudo criar condições para que após a sua utilização esta proporcione o maior valor acrescentado à oficina.
Até que ponto a oficina de repintura está dependente da cadeia de fornecimento no que diz respeito à informação técnica, formação de gestão e profissional, gestão de stocks, logística e apoio operacional? Julgo que cada vez mais as oficinas de repintura têm ao dispor informação e oportunidades de formação para que tenham um desempenho cada vez melhor. Alguns fornecedores de tintas como a Spies Hecker disponibilizam acções de formação de diversos tipos, desde a aplicação de produtos até à gestão oficinal, para além do que é oferecido por organismos estatais e empresas privadas. A Spies Hecker dispõe de um conjunto de serviços direccionado para auxiliar o utilizador final. Paralelamente a sua rede de distribuição que cobre todo o país, com capacidade técnica e comercial, presta apoio em todos os aspectos às oficinas. A Spies Hecker e a sua rede de distribuição estão muito perto dos seus clientes contribuindo com soluções óptimas para que o trabalho seja mais fácil e eficiente.
Ainda há oportunidades pouco exploradas no mercado? É sempre possível fazer mais e melhor. Há que analisar o que as entidades alimentadoras de serviço para as oficinas estão a solicitar e apetrecharmo-nos das ferramentas necessárias para satisfazer aquelas solicitações. Por outro lado, às vezes olhamos para o mercado global sem nos determos no mercado que nos é mais próximo, perdendo oportunidades que são específicas do nosso local. Não deixa também de ser importante analisar a forma de trabalho actual pois pode ser possível um exercício de reengenharia que permita a libertação de meios para outras funções.
A Certificação da Oficina pode ser uma vantagem decisiva? As oficinas não devem olhar a Certificação da Oficina como um fim. Ela deve ser tida como uma oportunidade para tornar o negócio mais consistente e robusto. Uma oficina certificada dispõe de conhecimentos e ferramentas que permitem visões mais abertas e profundas sobre o negócio, antecipando soluções para eventuais
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|| Permahyd Hi-TEC é baseado numa tecnologia híbrida completamente nova. Devido à elevada pigmentação, obtém-se uma opacidade extremamente elevada
contrariedades. Também é verdade que alguns grupos seguradores já solicitam a certificação para que os acordos se possam estabelecer. Por tudo isto, concordo que as oficinas certificadas possam estar em vantagem.
O que deve ser feito a nível da formação dos recursos humanos dentro das oficinas de repintura? Que tipo de formação pode trazer valor acrescentado ao negócio? A oferta de formação técnica já é bastante vasta embora aqui e ali se notem algumas lacunas. No entanto, áreas com a gestão do negócio, nomeadamente a área de gestão de clientes, e a gestão dos recursos humanos são temas que devem merecer bastante aprofundamento. Existe algo que me preocupa neste negócio que é a renovação dos técnicos. Os técnicos novos que entram para este negócio deveriam possuir uma formação académica sobre a repintura automóvel do que realmente têm.
Os clientes chamados particulares tendem a tornar-se residuais (comerciantes de automóveis, vendedores particulares, etc.). Quais as consequências desta realidade para as oficinas de repintura? Os gestores das oficinas têm de muito rapidamente adaptar-se à nova realidade e aprender a lidar com clientes que são mais informados sobre este negócio e que constantemente fazem estudos comparativos. Por isso, a necessidade de formação na gestão do negócio nas diferentes vertentes. Aqueles que não forem capazes de dar o salto terão mais dificuldades no futuro. No entanto, devemos relembrar que os clientes individuais apesar de não serem a principal fonte de trabalho são sobretudo em oficinas de tamanho médio ou pequeno ainda muito importantes, principalmente em mercados pequenos sobre a imagem que se transmite do negócio.
As oficinas de chapa & pintura estão sujeitas a um número cada vez maior de pressões, quer da parte dos construtores, quer das seguradoras e dos próprios clientes finais. Quais as
respostas que as oficinas podem dar a esta situação? Só há uma forma que é aumentar e melhorar as competências. Quer se trate da recepção do cliente, da orçamentação ou da entrega da viatura, as funções têm de ser desempenhadas por pessoal competente e formado para o efeito. Estaremos a enganar-nos se pensarmos que será decretada uma regra pela qual iremos gerir o nosso negócio. A abordagem de uma oficina ao mercado é uma abordagem específica com as suas características e uma oficina terá mais sucesso se conseguir valorizar as suas competências satisfazendo os seus clientes.
Analisando a segmentação do mercado, verificamos que este se modificou radicalmente. Os três principais actores são agora as seguradoras, as frotas e os retalhistas. Os clientes individuais deixaram de ter significado. Como estão as oficinas de repintura automóvel a lidar com esta situação? A grande maioria das oficinas está a adaptar-se bem à nova realidade. Actualizam as formas de trabalhar, são mais exigentes relativamente aos seus fornecedores, participam em mais acções de formação, mais criteriosos na selecção dos recursos humanos, enfim organizam-se de forma mais profissional. No entanto, por diversas circunstâncias algumas tendem a desaparecer. São principalmente aquelas com mais dificuldade em obter conhecimentos. Entretanto nascem também novos negócios preparados desde raiz para estas solicitações e que representam a forma mais moderna de trabalhar.
As exigências de cada segmento do mercado (Seguradoras, Frotas e Retalho) são diferentes ou idênticas? Basicamente a exigência é a mesma; uma reparação eficiente e de boa qualidade. Há depois aspectos particulares que uns destacam mais que outros: a existência de viatura de substituição ou a certificação por determinados organismos para as seguradoras, a parametrização da reparação relativamente ao custo para os frotistas, ou o nível de acabamento para os retalhistas.
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RH TEC TECNOLOGIA AUTO
DIFERENCIAÇÃO
NA TECNOLOGIA
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oficina
mes do
|| A necessidade de dar assistência técnica a um negócio de veículos usados, despoletou aquilo que é atualmente a RH TEC, uma oficina multimarca e multiserviço na bonita zona de Vila Praia de âncora.
|| A RH TEC diferencia-se pela qualidade dos serviços e pela tecnologia que disponibiliza aos serviços prestados aos seus clientes
A
pesar de ter começado como empregado, Hugo Afonso é atualmente o gerente, sócio e único electricista da RH TEC. Conhece bem a empresa desde o seu início e sempre soube quais as necessidades do negócio que agora gere. Por isso é que desde a sua fundação (há poucos mais de quatro anos) que a RH TEC entrou para o conceito Bosch Car Service. “Sabíamos que o tipo de serviço que prestávamos tinha que ter uma imagem associada que pudesse cativar o cliente final. Não basta ser a oficina do Zé ou do Manel, era preciso uma identificação que desse credibilidade da nossa casa ao cliente”, justifica Hugo Afonso a opção feita por integrar a rede Bosch Car Service. Mas as vantagens de estar numa rede são também para a própria oficina, como nos diz o mesmo responsável: “era muito importante ter um suporte técnico, mas também o acesso a informação, formação e equipamentos, que de uma outra forma era muito difícil obter para uma oficina como a nossa que estava a começar”. Os custos inerentes a integrar a rede
Bosch Car Service (é a que está mais a norte de Portugal) são largamente compensados pelas vantagens que a RH TEC apresenta face a muitas outras oficinas independentes na região. Quem o diz é Hugo Afonso dando muito importância ao facto de a sua oficina estar muito bem apetrechada tecnologicamente para dar resposta a qualquer tipo de carro. “O nosso conceito de trabalho, desde a receção do carro, passando pelo serviço até à entrega do mesmo ao cliente, leva-me a dizer que não tenho concorrência nesta zona. O tipo de serviço que nós fazemos é muito diferente daquele que outras fazem”, afirma convicto Hugo Afonso, dando como exemplo o facto de “receber aqui muito serviço de outras oficinas, em que não é o cliente que trás o carro mas sim a oficina. O nosso conhecimento técnico e os equipamentos que dispomos fazem a diferença”. Na opinião de Hugo Afonso, o argumento preço ainda sai reforçado quando se dispõe de uma oficina como a sua. “Julgo
que o cliente ainda consegue poupar se vier a uma oficina como a nossa. Não só fazemos o diagnóstico mais rápido, como temos pessoal especializado que pode resolver o problema mais depressa e melhor. Quem ganha com isso é o cliente, como é óbvio”. Dizendo que a sua concorrência está nos concessionários de marca e não nas oficinas independentes, Hugo Afonso diz que na RH TEC a aposta em termos de peças é também na marca Bosch. “Cerca de 90% do material que aplicamos nos carros dos nossos clientes é Bosch. Queremos estar descansados com as peças que incorporamos no carro do cliente”, afirma o mesmo responsável. Ao nível da chapa / pintura e dos pneus a RH TEC trabalha com alguns parceiros, mas todos os restantes serviços de mecânica, eletricidade e diagnóstico são feitos na empresa. “O negócio está difícil para toda a gente. Não podemos desanimar. Temos atualmente mais clientes, mas fazem operações de menos valor”, analisa Hugo Afonso acrescentando que “temos muitos
clientes que fogem dos concessionários de marca. Aqui procuram qualidade e bom preço”. Atualmente trabalham seis pessoas na RH TEC, dos quais quatro são técnicos, existindo ainda uma pessoa na receção e outra nas peças, que olham para o futuro com otimismo no qual o investimento continuará a ser na qualificação do serviço que prestam aos seus clientes.
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ACONTECIMENTO DIA DO CLIENTE RINO
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NOVA CAMPANHA
DE SUCESSO
|| A rede multimarca de oficinas Rino promoveu, no dia 31 de Março, o “Dia do Cliente”, uma iniciativa que contou com 12 oficinas aderentes a nível nacional, dirigida tanto a actuais como potenciais clientes da rede
O
JORNAL DAS OFICINAS acompanhou esta campanha na Auto Nurse, uma oficina da rede Rino situada nas imediações da pitoresca vila de Sesimbra, onde a partir do meio da manhã se começou a fazer sentir uma boa afluência de viaturas. Mário Santos, sócio-gerente da Auto Nurse, referiu na ocasião que “o nosso objectivo é atrairmos hoje cerca de 20 clientes com esta campanha. Estamos a fazer um check-up gratuito em cerca de 30 pontos de verificação na viatura e também oferecemos a lavagem exterior dos veículos. Aderimos a esta campanha porque achámos que tem potencial para a angariação de novos clientes, ao mesmo tempo que podemos brindar os actuais.” Por sua vez, Nuno Faro, director de marketing da Rino, adiantou-nos o seguinte: “esta campanha já vai na segunda edição, na prática estamos a reeditar uma iniciativa que foi inovadora no ano passado e cujos resultados se revelaram muito positivos.” O check-up gratuito contemplou a verificação dos componentes de suspensão e direcção, estado do sistema de travagem, níveis dos fluidos do motor, || A Campanha ofereceu um check-up gratuito às viaturas, descontos especiais em peças e mão-de-obra e um cheque no valor de 600 euros para futuras reparações.
AUTO NURSE CRESCE DE FORMA SUSTENTADA A Auto Nurse é uma empresa familiar criada em 2007. Mário Santos, sócio-gerente desta oficina arrancou com o seu projecto empresarial depois de uma longa experiência no pós-venda automóvel. “Desde os 14 anos trabalhei sempre nesta área, passei por vários concessionários, trabalhei para a Fiat, Nissan, Hyundai e Ford. “Comecei nas lavagens, passei para a mecânica e cheguei a chefe de equipa e responsável” – recorda Mário Santos. A Auto Nurse emprega actualmente sete funcionários, entre técnicos de oficina e administrativos, e registou o ano passado um volume de facturação na casa dos 300.000 euros, com um crescimento anual contínuo desde a sua criação entre os 5 e os 10%. Não obstante estes bons resultados, Mário Santos, sublinha que “o concelho de Sesimbra está a atravessar uma fase muito difícil.” A empresa já tem uma carteira de clientes superior a meio milhar, contando com um número médio mensal de entradas na oficina entre as 100 e as 110 viaturas. Opera serviços de mecânica, electricidade, climatização, colisão, diagnóstico, pneus, serviços rápidos e lavagem de viaturas. “A nível de chapa o serviço é feito aqui mas temos um contrato externo para a pintura” – esclarece Mário Santos – “temos também muitas ferramentas especiais para fazer determinados trabalhos, sobretudo em modelos automóveis mais recentes.”
iluminação, sinalização, pneus, bateria, etc.. Nuno Faro revelou que este check-up dá lugar “a uma ficha de diagnóstico completo que o cliente leva. No caso de pretender fazer reparações que até podem ter sido identificadas no check-up, beneficia também de 10% de desconto na mão-de-obra e de 15% nas peças, e ainda estamos a comunicar ofertas no valor de 600 euros, que depois se materializam na oferta dum livro de cheques, com descontos e ofertas de reparação válidas por um período de 3 anos”. Mas não são apenas os clientes que ficam a ganhar, na medida em que “para a oficina funciona
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ACONTECIMENTO DIA DO CLIENTE RINO
como uma ferramenta de fidelização, pelo menos durante esse período de 3 anos.” A campanha “Dia do Cliente” Rino foi amplamente divulgada nos media, com presença visível na imprensa diária generalista, na rádio, na imprensa especializada automóvel, nos órgãos de comunicação de âmbito regional e local, e ainda em outdoors.
50 oficinas Rino até ao final do ano
REUNIÃO ANUAL OFICINAS RINO Decorreu no passado dia 10 de Março, na Quinta do Encontro, Mealhada, a reunião anual das oficinas RINO Master, que contou com a presença de representantes das oficinas associadas e também de alguns potenciais aderentes. Do programa da reunião constavam a apresentação do balanço do ano de 2011 e a apresentação do plano de trabalho e objectivos para 2012. Das certezas que ficaram deste encontro, podemos apontar o facto da RINO continuar a ser uma iniciativa 100% nacional, com capitais e gestão de portugueses. A segunda certeza é a de que o projecto só tem um sentido: crescimento. Esse crescimento será causa e consequência da consolidação do conceito, que necessita de escala, sinergias e diluição de custos para se afirmar com as máximas competitividade e rentabilidade. Outra forte decisão emergente da Reunião das Oficinas da Rede RINO é a de conseguir uma visibilidade e uma notoriedade da Rede RINO condignas com as ambições do projecto. No primeiro ano de vigência da nova fase RINO Master do projecto, foram dedicados 6% do volume de negócios a iniciativas de marketing, a que não faltará certamente uma reavaliação cosmética das próprias oficinas. Para 2012, o orçamento de marketing sobe para os 7,2% do volume de facturação, incluindo uma forte presença na Internet. Além de um site próprio polivalente, a RINO estará presente noutras plataformas electrónicas. O posicionamento no mercado será também da máxima importância, incluindo uma ampla oferta de serviços. Além da formação técnica, os elementos das Oficinas RINO beneficiam de formação Comportamental e de Gestão. Os cursos têm a duração de um dia, excepto os cursos de gestão. A rede RINO também prevê serviços de Consultoria de gestão para as suas oficinas. Algumas das oficinas RINO já têm centros especializados de travagem e outras irão seguir o mesmo caminho. Os travões são consumíveis de elevada rotação e têm impacto directo no conforto e na segurança de condução, sendo essa a razão pela qual ao cliente, agrade a máxima qualidade de serviço. Outras áreas de especialização previstas para este ano na Rede RINO são: Diagnóstico; Climatização; Serviço de pneus e Serviço de vidros. No final de 2012, prevê-se que a RINO Master tenha 50 oficinas e uma facturação anual superior a 2 milhões de euros.
O projecto da rede de oficinas Rino foi relançado pela Rino Master em fevereiro de 2011. “Temos por objectivo atingir um número de 50 oficinas na rede Rino até ao final do ano” – sublinha Nuno Faro. Mais de metade do objectivo já está cumprido, “com a rede a crescer muito rapidamente.” Neste momento há um peso maior nas regiões Norte e Centro Norte, tanto no litoral como no interior. Na região da Grande Lisboa já existem também 6 oficinas aderentes. “De momento temos o sul como região prioritária para prospecção, o nosso objectivo é cobrir todo o território nacional, o Alentejo e o Algarve são zonas onde vamos ter novas unidades nos próximos meses.” Quando à forma que preside a esse trabalho de prospecção, para além da procura de uma cobertura territorial a nível nacional, segundo o responsável de marketing da Rino, também são tidas em conta “as necessidades dos nossos parceiros na área de frotas e de seguradoras, eles próprios vão-nos dando indicações onde é que não têm cobertura e precisam de ter oficinas.” A Rino Master apoia a rede de oficinas transversalmente, desde a área do marketing e comunicação, passando por uma central de compras que permite à oficina adquirir peças e equipamentos a preços muito vantajosos e por programas de formação para técnicos de oficina, gestores e área comportamental, até ao apoio directo à gestão na vertente financeira. Desenvolve igualmente um
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mas também porque integra “um conceito de serviço completo, com um enfoque muito grande na confiança e na proximidade com o cliente.” Neste momento também já é possível avaliar o nível de satisfação das oficinas que integram a rede, garantindo Nuno Faro que este é muito positivo: “realizámos há algumas semanas a Convenção Nacional da Rede Rino, onde estiveram presentes representantes de toda a rede actual e também de algums potenciais aderentes. Aquilo que sentimos é que existe um enorme entusiasmo à volta do projecto, toda a gente tem trabalhado com muito profissionalismo e empenho, tanto ao nível das oficinas da rede como da equipa da Rino Master. É uma equipa pequena e jovem mas muito motivada que trabalha afincadamente para servir a rede.”
Parceria perspectiva aumento da carteira de clientes Mário Santos, em declarações ao JORNAL DAS OFICINAS, revelou que o processo de adesão da Auto Nurse à rede de oficinas Rino “teve início em Janeiro, foi um processo um pouco complexo que demorou algum tempo, mas correu tudo bem. Do lado do investimento este também não foi muito significativo, uma vez que se prendeu basicamente com a sinalética. A nível de oficina já estávamos equipados com os requisitos exigidos. De futuro, poderão ter de se fazer investimentos nalguns equipamentos específicos a nível da colisão, mas para já não são necessários,” Apesar da nova imagem só ter sido colocada em finais do mês de Março, a Auto Nurse já tem alguns contratos de serviço subscritos com a Rino. “Penso que vamos ter algum feedback já a partir do mês de Abril, temos em perspectiva novos clientes no âmbito desta parceria. Acredito que a rede Rino tem um forte potencial.”
|| A campanha “Dia do Cliente” Rino foi amplamente divulgada nos media, com presença visível na imprensa diária generalista, na rádio e ainda em outdoors
trabalho de angariação de serviço através de acordos com gestoras de frota, seguradoras e frotistas, muito valorizado pelas oficinas, e gestores de rede que juntamente com os gerentes fazem um trabalho de angariação de serviço local, “acompanhando-os nas visitas a entidades locais, câmaras, empresas, etc., com o objectivo de estabelecerem acordos para a obtenção de serviços.” Trata-se dum projecto diferente no panorama da reparação automóvel em Portugal, não só por ser 100% nacional,
|| FICHA TÉCNICA Auto Nurse Morada: Estrada Nacional 379, Zambujal de Cima 2970-129 Sesimbra Sócio-gerente: Mário Santos Telefone: 212 683 256 Fax: 212 683 256 E-mail: auto.nurs@gmail.com
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ACONTECIMENTO FORMAÇÃO SOBRE ÓLEOS MÉGUIN
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APOIO TÉCNICO
AOS CLIENTES
|| A Autozitânia realizou uma acção de formação nas instalações da sua sede em Lisboa (Odivelas), sobre os lubrificantes da conceituada marca alemã Méguin, que distribui no mercado nacional em regime de exclusividade
E
sta acção foi dirigida por Paulo Augusto, responsável do Departamento Técnico da Liqui Moly em Portugal e Angola e contou com a participação de cerca de 15 formandos, na sua esmagadora maioria gerentes de loja, vendedores de balcão e vendedores de rua. A Méguin produz lubrificantes e aditivos para motos, automóveis ligeiros, veículos pesados, maquinaria agrícola e industrial, motores marítimos, entre outros. Possui uma fábrica no Sul da Alemanha e neste momento está a construir uma nova fábrica “cerca de três vezes maior do que a actual”. Paulo Augusto falou da importância da qualidade dos lubrificantes e seus aditivos para uma boa manutenção e conservação dos motores, “é aqui que reside a diferença de preço”. Falou também das principais causas de desgaste dos motores, dos perigos de dano causados pelos contaminantes, sobretudo no arranque a frio e no tempo que os diferentes tipos de óleos demoram a percorrer todo o circuito a partir do momento em que o veículo é ligado. “A coisa mais prejudicial no óleo é o enxofre” – referiu – “uma vez que corta a qualidade e a duração dos aditivos”.
Aprofundou bastante a questão dos chamados óleos hidrocarcados, um óleo de base mineral produzido a partir do crude através da refinação e destilação, cuja novidade tecnológica mais recente é o hidrocarcado sintético. Revelou também que “a Méguin trabalha com hidrocarcados há cerca de uma década”. “Os óleos sintéticos são mais caros mas baixam os custos operacionais” – garantiu Paulo Augusto. O formador desenvolveu ainda questões relacionadas com as especificações técnicas dos diversos tipos de óleos, falou na necessidade de se aplicar a cada viatura o óleo e as valvulinas correctas, advertindo para os problemas mais prováveis que daí advêm, ao nível da viatura, quando isso não acontece. Não conseguindo esconder alguma ironia, disse mesmo que “qualquer dia cada carro tem de usar um óleo próprio”. O Departamento Técnico da Liqui Moly desenvolve acções de formação, apoio técnico, acompanhamento, apresentação de novos produtos e demonstrações práticas dirigidas a engenheiros mecânicos e químicos-chefes de oficina, mecânicos, gerentes de loja, vendedores de balcão e vendedores de zona. Segundo Paulo Augusto o apoio técnico
|| A Méguin é uma marca da Liqui Moly que será comercializada em exclusivo pela Autozitânia, tendo já se iniciado a formação dos clientes deste grossista sobre esta marca de lubrificantes
às oficinas e lojas não se fica por aqui, uma vez que também é feito “pessoalmente, por comunicação telefónica ou via e-mail. Fazemos também o acompanhamento aos profissionais no terreno através da visita com estes aos consumidores finais”. As demonstrações práticas constituem uma das outras áreas de actuação, “feitas tanto a pedida do cliente como agendadas por nós em veículos ou máquinas”.
|| FICHA TÉCNICA Liqui Moly Portugal Sede: Sintra Business Park Edificio 01, 1Q 2710-089 Sintra Resp. Dep. Técnico: Paulo Augusto Telefone: 219.250.732 Fax: 219.250.734 e-mail: paulo.augusto@liqui-moly.pt Internet: www.liqui-moly.com
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EMPRESA CENTRAUTO CANTANHEDE
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APROVEITAR
SINERGIAS
|| Pertencente à maior rede de retalho nacional, a Centrauto Cantanhede posiciona-se como um retalhista de referência na sua área geográfica. Uma associação que tem dado os seus frutos e que é para continuar
|| Aproveitar as sinergias de estar integrado na rede Centrauto permite a este retalhista de Cantanhede ser muito competitivo na sua área de acção, focalizando a sua acção na satisfação do cliente
H
á oito anos que a loja de peças da Centrauto existe em Cantanhede. O actual responsável, Agostinho Moura, ficou com esta loja, que antes pertencia também a um outro aderente da rede Centrauto. Com uma equipa pequena de quatro pessoas, José Carlos costuma estar ao balcão desta Centrauto. Os telefones tocam a um bom ritmo e pelo meio vão chegando clientes enquanto sai uma carrinha para a distribuição. A azáfama é controlada pela experiência de José Carlos que consulta catálogos atrás de catálogos, bem como a internet, com uma enorme facilidade. “Não conheço bem o que se passa noutros aderentes, mas aqui estamos muito satisfeitos com esta ligação à Centrauto”, diz José Carlos, para início de conversa. Todos os dias recebe stock vindo da central ou é a própria Centrauto Cantanhede que se desloca à sede para ir levantar material. “Funciona tudo muito bem”, reconhece este responsável de balcão.
Qualquer loja da rede Centrauto adquire peças exclusivamente à sede, não sendo a Centrauto Cantanhede uma excepção, isso acaba por ser em certa medida limitativo. “Certamente que isso limita um pouco”, reconhece José Carlos que mesmo assim sabe que se trata de uma situação que apresenta também aspectos muito positivos, nomeadamente no acesso e na partilha de informação, mas também na limitação geográfica de vendas, “evitando-se que uns andem a roubar vendas aos outros”. A Centrauto Cantanhede não tem nenhum vendedor no terreno a visitar os clientes. Quer isso dizer que todo o negócio passa pelo balcão e pelo telefone. “São as duas formas que temos de vender. Depois temos dois veículos que estão constantemente na rua ao serviço dos clientes, com a finalidade de entregarem as peças que nos são solicitadas via telefone”, afirma José Carlos. Comercializando apenas as marcas de peças que a sede disponibiliza, na opinião de José Carlos isso não causa qualquer
problema, pois “de uma maneira geral a oferta que temos corresponde em grande parte às necessidades dos nossos clientes. De uma forma geral temos produto que possui uma boa qualidade / preço mas também temos material de qualidade. Com a crise que o mercado atravessa damos sempre hipótese ao cliente de escolher aquilo que mais lhe interessa”. Possuindo várias dezenas de clientes, o potencial de crescimento do negócio da Centrauto Cantanhede não é muito grande até porque muitas oficinas continuam a não se querer actualizar. “Algumas oficinas continuam a não se querer actualizar de facto. Algumas entram em dificuldade e acabam por encostar à box”, refere José Carlos, reconhecendo que os recebimentos são cada vez mais um problema neste sector. Mesmo assim, a Centrauto Cantanhede funciona com preços líquidos, apesar de “muitos clientes nos pedirem desconto. Porém, com preços líquidos evitamos as guerras. Como temos muita venda em balcão, conseguimos também diferenciar
o preço para o cliente particular do cliente profissional”, refere o mesmo responsável, adiantando que “não temos margens muito grandes. Assim, evitamos carregar muito o cliente”. As instalações da Centrauto Cantanhede estão localizadas na Zona Industrial daquela cidade, onde funcionam os escritórios e o armazém, que tem mais de 1.000 m2. A aposta tem sido nas peças de desgaste, que é o que representa grande parte das vendas, mas a Centrauto Cantanhede também pode vender material de choque apesar de não fazer stock desse material.
|| FICHA TÉCNICA Centrauto Cantanhede Loja: Zona Industrial de Cantanhede 3060 – 197 Cantanhede Telefone: 231 429 042 Fax: 231 423 546 E-mail: cantanhede@centrauto.com.pt Internet: www.centrauto.pt
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EMPRESA N PEÇAS
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TRABALHAR
O PÓS-VENDA NAS PEÇAS || Apesar de ser uma jovem empresa retalhista de peças, a experiência e competências dos seus recursos humanos acabam por fazer com que a empresa aposte em inovação na forma de trabalhar e de pensar.
A
pesar de jovem a experiência de João Marques no ramo do aftermarkert é grande. No seu curriculum trabalhou em grandes grossistas de peças e numa rede oficinal desenvolvendo o seu trabalho em áreas tão distintas como a importação, compras, exportação, revenda, casas de peças, etc. Quer isso dizer que este responsável da N Peças tem uma visão global do aftermarket, mas o seu sonho era ter um negócio próprio. Juntou competências à empresa na área do marketing, convidando um familiar (Carla Marques) a integrar este negócio e… seguiu em frente, mesmo num ambiente económico desfavorável. “Vejo as coisas ao contrário. Acho que nesta altura de crise existem oportunidades a explorar”, afirma João Marques, explicando que começou por apostar (em termos de localização das instalações) numa área geográfica, na região de Lisboa, onde fisicamente não existe outra casa de peças, sendo também uma zona onde é fácil chegar a qualquer parte da cidade. A diferenciação, no entender do mesmo responsável, faz-se também no conceito de negócio existindo uma clara distinção entra a venda de peças e a entrega de peças. “A N Peças não é uma empresa de venda de peças mas sim uma empresa de distribuição de peças”, afirma João Marques explicando que “vamos trabalhar um pouco mais na área de serviço e de apoio ao cliente, sem deixar de sermos competitivos no preço, mas fugindo um pouco da tradicional casa de peças”. Sem poder fazer grande diferença no preço e no produto, a N Peças quer claramente focar a sua acção no atendimento ao cliente, num processo evolutivo e gradual. “Sabemos que temos que evoluir passo a passo, fazendo uma coisa de cada vez. Nesta fase de arranque queremos assegurar um bom apoio ao cliente, fornecendo todo o tipo de peças que ele precise de uma forma rápida”, afirma João Marques que aponta como caminho para o futuro o desenvolvimento da formação técnica (em parceria com os fornecedores) para os clientes, como algo estratégico e que traga mais qualificações ao mecânico. Serviços de entregas urgentes e entregas por estafeta de moto, são apenas mais duas das muitas ideias da empresa, mas muitas outras serão implementadas. “Não pretendemos que a relação com o
cliente termine na entrega da peça. Estamos a desenvolver um serviço pós-venda que assegure, juntamente com a peça que o cliente adquire, todo o apoio técnico”, revela Carla Marques, assegurando que “ainda existe espaço para fazer algo diferente neste mercado e é nisso que estamos a apostar de forma a manter uma relação profissional e de apoio constante ao nosso cliente”. O marketing também não foi esquecido. A imagem da loja e da marca, bem como diversas acções que estão pensadas, fazem parte de um conceito onde a ideia é “dizer ao cliente que somos profissionais e sérios, que estamos a pensar neles e a trabalhar para lhes dar mais do que aquilo que eles hoje recebem”, revela Carla Marques. Outras das apostas muito forte da N Peças foi na qualidade do produto e das marcas que representa, quer na área das peças de mecânica quer de chapa. Para além dos produtos de primeira linha, a N Peças possui também algumas gamas de produtos “com uma relação qualidade / preço muito boa”, diz João Marques, deixando de fora os produtos que tenham apenas enfoque no preço. “Temos produtos que nos dão garantia de qualidade, que são fiáveis e que não trazem problemas para nós e para o cliente”, afirma o mesmo responsável. Logisticamente a N Peças possui instalações com pouco mais de 220 m2 na zona do Lumiar em Lisboa, apostando em determinadas linhas de produto, com o foco “em mais variedade e não tanto na quantidade, pois dessa forma conseguimos dar resposta a 90% das necessidades do parque automóvel”, refere João Marques. Com uma equipa de quatro pessoas, sendo um deles um comercial, que tem como função visitar as oficinas, a NPeças tem projetos para o futuro, mas por agora o objetivo é mostrar aos clientes a sua
|| FICHA TÉCNICA N Peças
|| A N Peças pretende implementar uma nova forma de estar no negócio de retalho de peças, pois consideram os seus responsáveis que ainda existe espaço para trabalhar o pós-venda neste setor
Sede: Rua Prof. Manuel Valadores, 21 B 1750-232 Lisboa Gestor de negócio: João Marques Telefone: 215 908 200 Fax: 210 968 232 E-mail: geral@npecas.com.pt Internet: www.npecas.com.pt
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EMPRESA DELPHI SERVICE CENTRE
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RUMO À ESPECIALIZAÇÃO
TECNOLÓGICA
|| É longa e rica a história da Delphi no sector automóvel. O próximo desafio, neste caso para o Aftermarket, é o Delphi Service Centre. Um conceito de rede, alicerçado em qualificação tecnológica, que a Krautli está a desenvolver em Portugal a pensar nas oficinas independentes
O
cenário oficinal para os próximos anos, no sector independente, encerra em si diversas interrogações. Primeiro, porque a tendência dos últimos quatro anos é que as oficinas independentes tenham perdido em média 8% de faturação, o que se poderá acentuar nos próximos anos. Os que não investiram em tecnologia e formação tendencialmente terão um parque automóvel cada vez mais reduzido para trabalhar, já para não falar da concorrência, da redução do parque circulante, da diminuição do número de quilómetros médio percorrido por cada carro, etc, etc. Quer isso dizer que vai haver menos negócio. O que fazer? A Krautli apresenta uma solução chamada “Delphi Service Centre”. Percebendo bem as necessidades de muitas oficinas independentes, em aspetos como a competência técnica, formação, equipamentos de diagnóstico, informação técnica, qualidade dos produtos, marketing e até parcerias com fornecedores, a Krautli lançou este novo conceito. O objetivo do mesmo é estabelecer uma rede de oficinas independentes altamente qualificadas, garantir que as oficinas independentes tenham acesso a peças de substituição com qualidade original, providenciar informação técnica e serviço pós-venda para sistemas da Delphi, manter as capacidades dos técnicos atualizadas através de formações qualificadas e informação técnica fidedigna, oferecer uma forte proposta de valor através de uma solução tecnológica válida e garantir informação preferencial dos produtos “OE Delphi”. Percebendo o enorme potencial tecnológico da Delphi, e as imensas vantagens das tecnologias de informação, atualmente qualquer oficina que passe a integrar esta rede terá acesso privilegiado a
|| FICHA TÉCNICA Krautli Portugal Lda. Sede: Rua Horta dos Bacelos, 17-19 2691-002 Santa Iria de Azóia Diretor de Vendas e MKT: Carlos Silva Telefone: 219 535 626 Fax: 219 535 601 E-mail: c.silva@krautli.pt Internet: www.krautli.com www.delphi.com/dsc
um número muito alargado de informação técnica, essencial para o desenvolvimento do negócio.
Módulos
DELPHI SERVICE CENTRE PERMITE À OFICINA: - Tornar-se um especialista na tecnologia do veículo. - Diferenciar-se da concorrência local. - Maximizar o espaço utilizado e retorno do investimento. - Fidelização dos clientes actuais - Ganhar mais serviços através de frotas ou outras oficinas. - Manter os técnicos por meio do desenvolvimento pessoal. - Providenciar uma abordagem de serviço focada no cliente. - Fazer parte da rede e da insígnia Delphi
Para se ser um Service Centre da Delphi uma oficina terá que possuir pelo menos um dos quatro módulos deste conceito, que estão divididos em “Diesel”, “Ar condicionado”, “Travagem, Direcção e Suspensão” e “Gestão de Motor a Gasolina”. Em qualquer dos módulos é garantida toda a formação técnica, bem como os meios (equipamentos) e as peças para que qualquer oficina obtenha a necessária especialização e posso fornecer um serviço de qualidade técnica inegável ao seu cliente. Como qualquer conceito de rede, também no Delphi Service Centre existe uma imagem a defender. Assim, obrigatoriamente, um Delphi Service Centre terá que incluir na fachada da oficina a informação de que é especialista em um ou mais módulos, tendo também acesso a um conjunto de outras opções (placard exterior, artigos de merchandising e promocionais, outdoors, roupa corporativa, consumíveis, etc) que permitam potenciar a imagem da Delphi e da oficina. Para além das ações de Marketing que serão desenvolvidas, em colaboração com a Delphi, a Krautli providencia à oficina uma linha de apoio dedicada e exclusiva, com atendimento por técnicos qualificados. Através dessa linha poderá identificar códigos de erro, obter informações sobre as principais operações, obter apoio detalhado para a montagem de produtos Delphi, informação / orientação sobre o uso de equipamentos de teste Delphi, aconselhamento sobre o sistema de diagnóstico e resolução de problemas e obter também assistência remota.
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EMPRESA PECILOURES
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DO LADO DO CLIENTE || Seja na gama de peças de qualidade ou na formação dos seus clientes, a Peciloures pontua a sua atitude pela seriedade no trabalho que presta. Ligado à AD Portugal, tem o balcão como um dos seus pontos fortes
O
último investimento que a Peciloures fez foi numa sala de formação para os seus clientes. Neste momento, está já a preparar a sétima edição destas sessões. É mais uma forma de estar do lado dos clientes. Este é um tipo de investimento que Vitor Domingues, o gerente desta casa de peças, diz que vale a pena. “Estas acções de formação têm tido resultados. Não são resultados palpáveis, mas servem para o cliente ver que estamos do lado deles”, explica. Os custos de formação por vezes são elevados, mas com algum investimento dos mecânicos que os frequentam é possível diluir o preço dessas sessões. Mecânica e electrónica são as áreas mais visadas por estas acções. A periodicidade ainda não é certa. Depende em grande parte da quantidade de profissionais que Vitor Domingues consegue convocar, trabalho que admite não ser muito fácil. “Há muitas oficinas que acham que a formação é necessária, mas também há muitos profissionais que pensam que não vão aprender nada”. Na Peciloures trabalham nove pessoas, sendo que três delas se encontram ao balcão a atender clientes. Mesmo o próprio Vitor Domingues passa muito tempo nesse “departamento” a resolver situações mais delicadas que os clientes lhe pedem. O ponto forte da Peciloures é o balcão. Com uma distribuição dos seus clientes apenas pela zona de Loures, o retalhista está sempre a receber clientes no seu balcão. Vitor Domingues diz mesmo que vende tanto ao balcão como através de distribuição com os seus carros. No total terá mais de 200 clientes a comprar frequentemente e cerca de 600 em carteira. A nível de entregas tem um carro de
distribuição que entrega a meio da manhã e ao fim do dia. Mas também conta com o vendedor itinerante que vai fazendo entregas na sua volta comercial. Em Loures, as oficinas estão paradas. É com estas palavras que Vitor Domingues define o mercado oficinal dessa zona. “Poucas oficinas têm investido. Há alguns que o fazem, mas uma boa parte deles não. Preferem recorrer ao colega do lado quando precisam de alguma intervenção mais aprofundada”, diz o gerente. “E o futuro delas é estar informadas”. Desde sempre nas instalações onde agora se encontra, na Rua Padre António Vieira, a Peciloures começou como um retalhista de peças da Talbot, a marca de carros francesa já desaparecida. Mas um dos maiores marcos da empresa aconteceu quando, há cerca de nove anos, se uniu à AD Portugal. “Foi muito bom em todos os aspectos”, recorda Vitor Domingues. A Peciloures começou assim a trabalhar com melhores marcas e melhores produtos. Foi mais uma ajuda para uma aposta na qualidade, que continua até hoje. O maior desafio com que o gerente da casa de peças de Loures se depara neste momento são algumas atitudes da sua concorrência. Nada de novo neste mercado, já que as suas queixas alinham com outras tantas vezes repetidas por outros seus colegas. Preços praticados bem abaixo do que seria recomendável pressionam as suas vendas. “Acho que alguns dos meus concorrentes não fazem bem as contas quando levam este material para os seus clientes”, explica. Mas, para ele, a aposta está na qualidade e seriedade no serviço. E isso no interesse do cliente. “É que às vezes o barato sai caro”, diz. “E nós pontuamos pela seriedade”.
|| FICHA TÉCNICA Peciloures
|| A formação tem sido uma das últimas apostas da Peciloures. Os custos por vezes são elevados, diz o gerente, mas servem para o cliente ver que o retalhista está do lado dele
Sede: R. Padre António Vieira, 25 2670-410 LOURES Gerente: Vitor Domingues Telefone: 219839590 Fax: 219822901 E-mail: peciloures@gmail.com Internet: n/d
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ABRIL 2012
EMPRESA NEWCAR
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POTENCIAR
O NEGÓCIO DO VIDRO || Um dos aspectos que identifica o percurso que a rede NewCar teve ao longo da sua história, foi a capacidade que a mesma sempre apresentou para se reinventar. 2012 volta a ser um ano marcante para a actividade desta insígnia.
A
NewCar sempre foi uma marca da Hispanor. Actualmente já não é. É sim uma empresa autónoma, com nome próprio NewCar, uma nova assinatura e implicitamente um novo posicionamento que mantém contudo todas as suas mais-valias de um já longo historial. Já foi Centro de Rejuvenescimento Automóvel e Centro de Tratamento automóvel, que são valências que ainda mantém, mas agora a NewCar tem como assinatura marcante “Vidros para Automóveis”, o que só por si indica claramente onde esta rede se pretende posicionar nesta nova etapa da sua vida iniciada em 1997. “Existia a necessidade de fazer crescer o negócio NewCar. Tinhamos a ideia de o autonomizar o que acabou por acontecer, até por via da entrada de uma nova pessoa que passou a integrar os quadros da empresa”, começa por explicar Luís Oliveira, diretor da NewCar. Com larga experiência no sector dos vidros, António Nunes, agora Directorgeral da NewCar, passou a integrar esta rede. “O que me levou a entrar neste novo projeto é o facto de a rede NewCar ter muito mais para oferecer ao cliente do que passar a ser uma aposta exclusivamente na área do vidro”, revela António Nunes, explicando que “definimos uma nova estratégia, para os próximos anos, partindo da ideia de que os pequenos centros que trabalhem exclusivamente o vidro automóvel terão muitas dificuldades no futuro”. Desde que foi fundada a empresa NewCar, em Outubro passado, que estrategicamente foi assumido que esta rede seria também um player no mercado dos vidros para automóveis, mas mantendo todos os restantes serviços, alguns deles complementares ao vidro, como seja o polimento de ópticas, a reparação do vidro (onde foi mesmo pioneiro em Portugal), a aplicação de películas homologadas, o restauro de plásticos, a lavagem profissional, a reparação de estofos, entre muitos outros. “É esta pluralidade de serviços que permite a cada um dos centros NewCar fazer diluir todos os custos fixos que tem pelos diversos serviços que pode disponibilizar aos clientes. E isso é uma grande vantagem face a outras redes do vidro” refere António Nunes.
No entender do Diretor Geral da NewCar, esta estratégia permite “que a rede se torne muito competitiva a nível de preço mantendo os mesmos padrões de qualidade”. Já com alguns meses de trabalho nesta nova fase de vida da NewCar, numa estratégia que foi amplamente aceite por todos os franchisados que já pertenciam à
mesma, a aposta tem sido também dar uma maior visibilidade à rede neste seu novo posicionamento. “Vamos apostar fortemente no vidro de automóvel, mas como disse não descurando todos os outros serviços”, afirma António Nunes, completando Luís Oliveira que “já trabalhamos o vidro há alguns anos e sempre tivemos alguns
acordos com seguradoras. Contudo, esta é uma nova fase onde queremos que a NewCar seja reconhecida como instaladora de vidros de automóvel”. No entender dos mesmos responsáveis o nome NewCar vai ser uma marca diferenciadora na área do vidro, tendo em conta que é um nome que se diferencia dos restantes já existentes no mercado que utilizam a palavra “Glass” nos seus nomes. Neste momento a rede NewCar dispõe de 35 centros, espalhados por todo o país, mas é intenção da empresa, não de forma muito ativa, “fazer o desenvolvimento da rede não numa perspetiva de quantidade mas sim da qualidade, fazendo ainda passar o conceito de que é uma rede de valor acrescentando em termos de serviços, especializada em vidro automóvel”, refere Luís Oliveira. Outra das apostas da NewCar é potenciar ainda mais o serviço móvel de reparação e substituição de vidro, até porque é uma forma de poder prestar um serviço de âmbito verdadeiramente nacional. Cerca de 70% das seguradoras a nível nacional já tem acordos com a NewCar, sendo objetivo da empresa fechar novos acordos com outras seguradoras de modo a poder trabalhar com todo o mercado. Relativamente à qualidade do vidro, a rede NewCar aposta unicamente em produtos certificados e de qualidade equivalente ao original, trabalhando com um novo operador (GestGlass) mas também com outras empresas de revenda de vidro.
|| FICHA TÉCNICA NewCar
|| Com 35 centros a nível nacional, a rede NewCar passou a ser uma empresa, apostando num novo posicionamento onde o Vidro assume preponderância
Sede: Rua das Indústrias, Lote 12 Parque Industrial de Frossos Apartado 293 4711-912 Braga Director Geral: António Nunes Telefone: 253 300 340 Fax: 253 625 560 E-mail: info@newcar.pt Internet: www.newcar.pt
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EMPRESA SOLECO
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CRIAR
BOM AMBIENTE || Dedicada a um tipo de equipamentos muito específicos para a área oficinal, a Soleco disponibiliza uma diversificada gama de produtos que se destinam ao cumprimento das regras ambientais
PRODUTOS SOLECO Proteção Ambiental: Bacias de Retenção Caixas Baterias Depósitos Óleos Usados Armários de Segurança Absorventes de Derrames Depósitos de Combustível Tratamento Águas Residuais: Depósitos Fossas Sépticas ETAR’s Separadores Hidrocarbonetos Separadores Gorduras
C
om cinco anos de mercado, a Soleco é uma empresa jovem, orientada para o meio ambiente, focando a sua atividade no sector industrial e também muito no sector automóvel. O seu crescimento inicial ficou a dever-se à comercialização das bacias de contenção (para a prevenção de derrames), caixa de baterias e aos depósitos para armazenamento de óleos usados, mas também às centrais para descontaminação dos veículos em fim-de-vida. Se foram estes os equipamentos que no fundo alavancaram a atividade da Soleco, rapidamente a empresa se apercebeu de outras necessidades dos seus clientes, tendo procurado no mercado (externo e interno) os investimentos que era necessário fazer para responder a essas necessidades. “O que está na génese da empresa é a proteção do meio ambiente”, afirma Edgardo Rodrigues, responsável da Soleco, empresa que tem a sua sede na zona da Maia e que opera no mercado de forma indirecta. “A nossa presença no mercado é feita através de revendedores. O que podemos fazer é acompanhar o nosso revendedor ao cliente final, ajudando-o na área comercial e técnica, fazendo manutenção, formação, montagem, etc.”, explica o mesmo responsável, argumentado que a defesa do revendedor é fundamental para o equilíbrio da atividade da Soleco, embora a exclusividade geográfica de revendedor só exista quando se
apresentam de facto resultados. Em termos logísticos as instalações da Soleco encontram-se na Maia, onde a empresa tem o seu armazém principal, mas existe um segundo armazém, neste caso em Leiria, que “nos permite garantir entregas num prazo de 24 a 48 horas, mesmo de máquinas de maior volume, em todo o país”, refere Edgardo Rodrigues. Também para um negócio como o da Soleco esta questão é muito importante, atendendo a que muitos clientes só ficam sensibilizados para a questão ambiental quanto têm uma fiscalização, pelo que a partir desse momento querem logo o equipamento. Por outro lado, explica o mesmo responsável “a forma como o mercado está, o revendedor utiliza muito o armazém do distribuidor e, se queremos satisfazer o mercado, temos que ter stock e disponibilidade imediata”. Não menos importante neste sector é a consultoria ambiental e o levantamento das necessidades ambientais de uma oficina ou o acompanhamento das mesmas. Neste aspeto, a Soleco tem acordos preferenciais com gabinetes de licenciamento ambiental, que fazem o levantamento das necessidades oficinais, fornecendo a Soleco depois os equipamentos.
Produto Para além da lista que pode consultar em anexo com a gama de produtos que a Soleco comercializa, a política da empresa
concentra-se essencialmente em dois planos, os equipamentos de proteção ambiental e os equipamentos de tratamento de superfícies, existindo depois outro tipo de equipamentos. Em termos de novidades de produto, destaque para o sistema de lavagens de peças por ultra-sons, estando a empresa a apostar também na área da reciclagem virada para a sucata, disponibilizando a Soleco moinhos de trituração, linhas de recuperação de cobre a partir de cablagens e pistolas selecionadoras de metais. “Muitos dos nossos clientes que estão nos centros de abate de automóveis, têm atividade na recolha de outro género de sucatas e por isso é importante propor-lhe outros equipamentos que possam valorizar a sua atividade”, afirma Edgardo Rodrigues. Apesar das alterações legislativas em termos das regras ambientais, o responsável da Soleco diz que isso não altera grandemente a atividade da empresa pois “os nossos equipamentos cumprem com todas essas regras e por isso estão sempre atualizados face às exigências ambientais”. Com uma equipa de oito pessoas, a Soleco possui também técnicos que podem responder a qualquer cliente rapidamente, estando a ser estudada a hipótese de num futuro evoluir para contratos de manutenção, que serão também mais um argumento comercial. Sendo um operador de equipamentos para oficinas, Edgardo Rodrigues
Tratamento Superfícies: Fonte de Limpeza de Peças Biológica Máquinas de Lavar Peças Automáticas Máquinas de Lavar Peças por Ultra-Sons Máquinas de Lavar Pistolas de Pintura Reciclagem: Centrais Descontaminação V.F.V. Moinhos Desfragmentadores Descarnadores de Cablagens Tesouras Crocodilo Linhas de Reciclagem de Cablagens Linhas de Trituração de Pneus Analisador Portátil de Metais
|| FICHA TÉCNICA Soleco Sede: R. Francisco de Almeida, nº80, Fr.5 4476-908 Vila Nova da Telha - Maia Responsável: Edgardo Rodrigues Telefone: 229 613 170 Fax: 229 429 325 E-mail: geral@soleco.pt Internet: www.soleco.pt
reconhece que a Soleco está num mercado um pouco à parte, onde mesmo assim existe alguma concorrência. “Com a filosofia com que estamos no mercado, de apoio ao cliente, e que conhece o sector automóvel como nós conhecemos, de facto a Soleco destaca-se bastante neste mercado”, afirma Edgardo Rodrigues, adiantando que “é muito importante a relação que temos com os nossos clientes, que têm uma grande confiança no nosso trabalho”.
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EMPRESA ROBERLO PORTUGAL
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INOVAÇÃO
NA REPINTURA
|| A Roberlo é uma multinacional espanhola, com presença em Portugal há quase 20 anos, que possui uma extensa gama de produtos para a repintura automóvel. Inovação é uma das características da Roberlo
O MUNDO ROBERLO O Grupo Roberlo está presente desde o fabrico até ao consumidor final. A sede é em Espanha, mas a sua presença já ultrapassa as fronteiras europeias. Possui filiais em Portugal, França, Holanda, Itália, Inglaterra, Argentina, Brasil e Estados Unidos, enquanto as unidades produtivas está sediadas em Espanha, Brasil e Russia (através de uma joint-venture). A Roberlo possui ainda a Dexia, uma estrutura de retalho com vários armazéns espalhados por toda a Espanha. A Roberlo investe fortemente em investigação e desenvolvimento de novos produtos, numa lógica de constante inovação e melhoria continua de produtos. Desde 1997 que a qualidade do processo de fabrico está certificada pela ISO 9001, e desde 2002 que existe um forte compromisso com a gestão ambiental através da ISO 14001.
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ode não se ter a noção da dimensão da Roberlo, mas é actualmente um colosso no seu sector. Fundada em 1968, em Espanha, na localidade de Girona, a Roberlo é uma empresa familiar especializada no fabrico e desenvolvimento de produtos químicos para a repintura automóvel. Muito dedicada ao mercado espanhol, apesar de fazer alguma exportação, só na década de 90 a Roberlo entra no mercado português, quando em 1993 foi constituída a sede no nosso país (foi a primeira filial da Roberlo). Numa primeira fase a Roberlo em Portugal só vendia a revendedores, mas logo em 1995 foi testada a venda directa a oficinas, numa estratégia de Grupo que ainda hoje se mantém “mesmo preservando alguns revendedores que em determinadas zonas (de Portugal) trabalham com a Roberlo”, começa por referir Fernando Machado, gerente da empresa desde o seu início. Com esta estratégia de estar presente diretamente na oficina, a Roberlo tem em Portugal treze pessoas, das quais dez estão dedicadas à venda, sendo um deles um técnico que tem a responsabilidade de demonstrar, aplicar e aconselhar tecnicamente, tudo o que tenha a ver com os produtos da empresa.
Logisticamente a Roberlo Portugal tem o seu armazém em Albergaria a Velha, que tem a responsabilidade de abastecer o mercado português dando resposta a todos os pedidos dos clientes (revenda e oficinas) em menos de 24 horas, isto é, pedidos até às 16h30m (algumas vezes até um pouco mais tarde) a encomenda é entregue no dia seguinte, sem custos de transporte para valores superiores a 70 Euros.
Produto “Estamos muito concentrados no negócio Roberlo e nos seus produtos. Apenas 0,2% dos produtos que vendemos não são da Roberlo”, esclarece Fernando Machado, argumentando que “podemos fornecer totalmente uma oficina de repintura da A a Z”. O posicionamento de produto para a Roberlo tem sido claro. A empresa é especialista em todo o tipo de produtos para a repintura, sendo a tinta um acessório e um complemento apenas. Só no final de 1999 é que a Robelo introduziu a Valhyd, uma marca de tinta “com boa colorimetria, que é boa e não é barata, mas é um produto acessório na política de produto da nossa casa. A nossa força de vendas está concentrada nos betumes,
primários, vernizes, entre outros produtos”. Na opinião de Fernando Machado, outro aspecto que se destaca na Roberlo é a capacidade da empresa em inovar, que resulta de todo o seu processo de pesquisa e muita investigação. “A Roberlo está orientada para o desenvolvimento de produtos específicos, tecnológicos e com valor acrescentado, isto é, que aumentam a produtividade e que acompanham a evolução tecnológico dos automóveis”. Neste caso encontra-se o Betume Multiextender, com peso específico mais baixo, tendo sido a primeira na Europa a fazê-lo. Lançou também o Betume Futura, que foi patenteado, tendo sido no seu momento uma inovação. Outra novidade, que ninguém tem neste formato no mercado, que junta Betume e Catalisador numa só embalagem (embalagem inovadora para aplicar sem necessitar de misturar o catalisador), que poupa muito tempo em termos de aplicação e que tem a designação de Fusion. “Estes são alguns exemplos da forma como a Roberlo trabalha, mas existem muitos outros”, afirma Fernando Machado, garantindo que “somos a empresa mais inovadora do mercado”. A Roberlo comercializa ainda, apenas para
a revenda, a marca GTi, uma linha de produtos muito reduzida, constituída por dois betumes, um primário e dois vernizes. Em termos de posicionamento de preço, o responsável da Roberlo Portugal diz que “não somos dos mais baratos. O nosso posicionamento é na qualidade num patamar médio / alto”. Mesmo reconhecendo que o mercado é demasiado concorrencial e olha muito para a questão preço, Fernando Machado diz que “é um mercado que tem produtos de qualidade de uma forma geral. É um mercado maduro, que vai consumindo cada vez menos por diversos motivos e que por isso é que a Roberlo tem apostado muito na diversificação da sua gama de produtos”.
|| FICHA TÉCNICA Roberlo Sede: Variante do Sobreiro Pavilhão I – Semouqueira 3850-131 Albergaria a Velha Gerente: Fernando Machado Telefone: 234 524 108 Fax: 234 524 107 E-mail: roberlo@mail.telepac.pt Internet: www.roberlo.com
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FORMAÇÃO LIQUI MOLY
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A IMPORTÂNCIA DA
INFORMAÇÃO
|| A Liqui Moly tem vindo a desenvolver o conceito de Academia de Formação nos últimos anos junto de diversos parceiros. A importância da informação técnica no desenvolvimento do negócio retalhista assume cada vez mais destaque
|| Preparar o retalho das peças para uma correcta informação sobre lubrificantes é um dos objectivos dos módulos de formação da Liqui Moly
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uitos retalhistas dizem que as oficinas pouco ou nada percebem de lubrificantes. Apesar de exagerada, esta afirmação pode entroncar na realidade do dia-a-dia. Quantas serão as oficinas que têm diversos tipos de lubrificantes em stock para dar resposta aos diversos tipos de carros que os clientes dispõem? É precisamente neste ponto que a questão da informação se coloca. Atenta a essa realidade, isto é, que a informação corre à frente das necessidades das oficinas, a Liqui Moly desenvolveu há algum tempo a “Liqui Moly Academy”, que mais não são do que módulos de formação / informação, destinados a diferentes públicos alvos que interagem com o sector oficinal, sobre os lubrificantes de uma forma genérica e sobre os produtos desta empresa alemã em particular. O JORNAL DAS OFICINAS foi assistir a uma ação de formação / informação para os parceiros retalhistas da Bragalis, sobre as normas e as aprovações dos lubrificantes, e a importância de se escolher o lubrificante correto para cada carro, como forma de evitar futuros (grandes) problemas. Coube ao departamento técnico da Liqui Moly, encabeçado por Paulo Augusto, efetuar toda essa apresentação, ficando bem evidente que existe um caminho a percorrer no sentido de formar / informar
|| FICHA TÉCNICA
INFORMAÇÃO ONLINE Através do site www. liqui-moly.pt a empresa alemã coloca ao dispor do mercado um manancial de informação muito importante, a grande maioria dela em português. Neste site, para além de muitas informações sobre a Liqui Moly, poderá ter acesso às fichas técnicas dos produtos, com todas as indicações sobre em que situações devem ser aplicados, bem como as folhas de dados de segurança.
os diversos player´s de mercado sobre a aplicação dos lubrificantes ao fim correto a que se destinam.
Módulos de formação Consoante as necessidades e o cliente alvo a que se destinam, as formações da Liqui Moly dados pelo departamento técnico são compostas por diveros módulos de formação. Em cada módulo de formação podem ser abordados um ou mais temas, que podem ir de uma apresentação geral de produtos, passando pelos lubrificantes “hidrocarcados”, até uma apresentação sobre aditivos, sem esquecer a informação puramente técnica. “Nesta formação não se fala de questões comerciais nem de preços”, revela Paulo
Augusto, aqui “o objetivo é apoio que podemos prestar em termos de informação técnica, que lhes é útil para que eles estejam mais informados sobre tudo o que tenha a ver com lubrificantes e com os nossos lubrificantes”. Esta formação na Bragalis foi orientada para vendedores de balcão e vendedores de zona (que trabalham em retalhistas), mas a mesma pode ser destinada a engenheiros mecânicos e químicos, chefes de oficina, mecânicos e gerentes de loja, existindo para o efeito formação / informação à medida das necessidades de cada um. Posteriormente a estas formações de grupo, as funções do departamento técnico estendem-se ao terreno,
Liqui Moly Portugal Sede: Sintra Business Park Edf 01, Número 1Q - 2710-089 Sintra Departamento técnico: Paulo Augusto Telefone: 219 250 732 Fax: 219 250 734 E-mail: paulo.augusto@liqui-moly.pt Internet: www.liqui-moly.pt
acompanhando no local os clientes quer dando apoio técnico ou apresentando novos produtos, quer fazendo demonstrações práticas. Para além deste acompanhamento no local, o departamento técnico está também disponível por telefone ou por e.mail a dar todos os esclarecimentos ou retirar dúvidas sobre qualquer situação que tenha a ver com lubrificantes ou aditivos. “Estas formações são muito importantes, pois existe muita confusão em relação aos lubrificantes. O objetivo é que quem trabalhe com Liqui Moly, use sempre o lubrificante ou aditivo correto para cada carro e isso exige que apostemos muito na formação e na informação”, refere Paulo Augusto, concluindo que “quer o mecânico quer o retalhista podem sempre contatar a qualquer momento o departamento técnico, pois todas as dúvidas são esclarecidas no momento”.
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CLÁSSICOS PEÇAS ORIGINAIS
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MARCAS INVESTEM
NOS CLÁSSICOS
|| Os construtores de automóveis estão a apostar cada vez mais na construção e distribuição de peças para clássicos, procurando manter dessa forma a sua identidade com este tipo de clientes
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epois de ter concluído que as caixas de velocidades que equipam os BMW 328 existentes nada têm já a ver com a original da década de 1930, a marca resolveu contactar a ZF, o conhecido fabricante destes componentes, para fazer uma linha nova para os coleccionadores. Casos destes, em que os construtores de automóveis estão cada vez mais interessados no património que desenvolveram ao longo dos anos, são cada vez mais comuns. Em duas importantes feiras alemãs, realizadas na mesma semana, em Essen e Estugarda, a Volkswagen, a Mercedes-Benz, a BMW e a Porsche estiveram presentes oficialmente para mostrar os seus clássicos mais conhecidos, mas também para divulgar a sua oferta de peças e componentes para estes modelos. PUB
O futuro está presente
Pesquisa e Desenvolvimento: o futuro está nos laboratórios da UFI FILTERS. Aqui, uma equipa especializada projecta os avançados sistemas de filtragem, graças ao recurso às novas tecnologias. Redução nos consumos e nas emissões, aumento do desempenho e da segurança têm sido as principais preocupações do sector automóvel que os filtros UFI – combustível, óleo, ar, habitáculo GPL e metano foram capazes de prever e realizar. O compromisso da UFI na utilização de materiais ecológicos, design de novos sistemas integrados e aplicação de meios inovadores de filtragem, permitiram a criação de produtos de última geração com elevado desempenho. A equipa de técnicos da UFI FILTERS coloca a experiência da Origem ao serviço das oficinas e do consumidor que escolham a qualidade de um filtro original. Ultrapasse o futuro com a UFI FILTERS. UFI FILTERS spa Via dell’Industria, 4 37060 Nogarole Rocca (VR) Italy T. +39 045 6339911 F. +39 045 6395060 commerc@ufi.it www.ufifilters.com
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CLÁSSICOS PEÇAS ORIGINAIS
A tendência não é nova. Há já vários anos que os construtores começaram a perceber o valor da sua herança histórica e começaram a adquirir os seus modelos. Com algum stock de peças em casa, a documentação bem organizada e o conhecimento técnico dos profissionais, as marcas perceberam que podiam enveredar por este caminho. Para a BMW, o maior desafio era precisamente conseguir uma peça que fosse o mais fiável possível, já que até hoje as caixas existentes têm sido sujeitas a toda a espécie de modificações. E os requisitos têm sido tão apertados que a ZF considerou o projecto da mesma forma como se se tratasse de um protótipo para caixas actuais. Uma peculariedade desta peça é que a primeira e segunda velocidade na caixa original da marca Hurth não eram sincronizadas enquanto as terceira e quarta eram. Mesmo a Bosch começou a revitalizar alguns dos seus componentes, que têm vindo a acompanhar a história da indústria automóvel, e lançou, há pouco tempo, na Alemanha, Áustria e Suiça, o Classic Service, uma rede de oficinas dedicada à reparação de clássicos. A Glasurit, uma marca de repintura, tem um serviço especial para a repintura de automóveis mais antigos, dado o seu historial de mais de cem anos no sector. A ATE, líder mundial no fornecimento de sistemas de travagem ao primeiro equipamento, disponibiliza ao mercado de peças
|| Marcas como a Mercedes-Benz ou a BMW estão a investir cada vez mais na produção e distribuição de peças para os seus modelos clássicos. Mesmo a Bosch, que também tem uma linha semelhante, lançou uma rede de oficinas na Europa central
independentes uma gama de travões concebida especificamente para veículos com mais de 20 anos. Nos construtores, a escala é maior. Pelo menos estes quatro alemães, que fizeram questão de assinalar a sua presença na Retro Classics e na Techno Classic, têm divisões próprias dedicadas ao “redesenvolvimento” dos seus antigos modelos. Tiago Patrício Gouveia, do Museu do Caramulo, diz que estes esforços podem ser bastante úteis aos colecionadores. “Há muitas peças que podem ser extremamente complicadas de encontrar”, diz o director do museu e também do salão ExpoClássicos, que decorreu em Abril. “É uma ajuda brutal que sejam as próprias marcas a assumir este compromisso”.
Na Retro Classics, a Mercedes-Benz apresentou os 60 anos do SL e exibiu um 300 SL de 1952. Mas além deste, teve também uma exposição de peças das diversas séries do SL – W 198, W 113, R 107, R 129 e R230 – que davam para ter uma ideia de como é que este modelo tinha evoluído. Um facto para o qual chamou a atenção é que estas peças estão ainda disponíveis para os automóveis clássicos da marca. Isso para que os veículos se mantenham originais e em excelente forma, disse em comunicado. Na Techno Classica esteve a Porsche. Além do lendário Carrera RS 2.7, que celebra o seu 40º aniversário, as peças ocuparam também um lugar de destaque. Ailerons, jantes da Fuchs, entre outras peças, foram apresentadas numa área específica para o efeito. Esta área, dirigida para especialistas,
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concentrava as actividades de reparação, manutenção e restauro dos modelos da marca, mas também o aprovisionamento de peças originais para clássicos. Já a BMW, que lançou recentemente a sua loja online para peças de clássicos, em http://shop.bmw-classic.de, esteve na Techno Classic. Com 40 mil peças para carros e motos, a loja representa a próxima fase do realinhamento da divisão de clássicos para ir de encontro ao que os clientes pretendem, explicou o chefe de vendas Ralf Vierlein. Os protótipos já começaram a ser ensaiados. A BMW espera começar a vender estas caixas no final deste ano ou início do próximo. Nenhuma das marcas foi tão longe como a Volkswagen. Na Techno Classic, onde apresentou uma versão melhorada do seu site para clássicos (http://www. volkswagen-classic.de), aproveitou ainda para lançar uma linha de peças para tuning de clássicos. Em conjunto com a Nothele, fez a “n-Classic”, que inclui componentes de alto desempenho com a garantia e originalidade da marca. No Motorclássico, estiveram alguns comerciantes de peças, mas as marcas não marcaram presença. “As marcas encaram o Motorclássico como os outros salões de automóveis”, explica Tiago Patrício Gouveia. “Embora houvesse vontade de algumas para estar presente, a realidade nacional não o permite neste momento”. PUB
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EQUIPAMENTOS MÁQUINAS DE LAVAR DE ALTA PRESSÃO
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LIMPEZA
A FUNDO!
|| Para tornar a lavagem de chassis, jantes, motores e carroçarias de veículos mais rápida e efectiva, as máquinas de lavar por jacto de água de alta pressão aliam a eficiência à eficácia, sendo resposta para as oficinas onde a lavagem de veículos é um imperativo quotidiano
A
evolução da economia e da sociedade tornou pouco viáveis certas formas de trabalhar, cujo tempo excessivo para realizar as tarefas necessárias impede a necessária satisfação das oportunidades e a rentabilidade dos negócios. Além disso, a protecção do ambiente impõe a recuperação das águas residuais de lavagem de veículos, cujo tratamento evita a poluição e permite a recuperação de detritos de lubrificantes, que podem entrar desse modo noutro ciclo de utilização. As máquinas de lavar por jacto de água de alta pressão são a melhor resposta para estabelecimentos do pós-venda automóvel onde a lavagem de veículos é uma tarefa diária. Apesar disso, a compra de uma máquina de lavar de alta pressão está longe de ser uma tarefa simples, devido essencialmente à grande diversidade da oferta, às mais diversas utilizações e condições de trabalho variáveis. Neste artigo, iremos analisar os diversos sistemas de produção de água quente, comentaremos os principais aspectos a ter em conta na altura da compra, assim como passaremos em revista os acessórios e produtos disponíveis para tornar a pulverização e a lavagem mais eficientes e rápidas.
A quente ou a frio? A lavagem de manchas de óleo e de massas lubrificantes, entre outros produtos, pode ser uma tarefa demorada ou mesmo impossível com água fria a jacto de alta pressão. O tempo e a água gastos entretanto, não compensam a economia em relação à água quente. Nas piores situações, um jacto de água até um máximo de 80º C permite eliminar de uma forma expedita e segura todos os tipos de resíduos, com a ajudar de detergentes adequados. A água fria poderá ser utilizada para eliminar somente poeiras e restos de lama, que se dissolvem facilmente na água.
Conhecimentos básicos Uma máquina de lavar de alta pressão a quente móvel é constituída nos seus traços gerais por um chassis com rodas, um depósito de combustível integrado de capacidade variável e uma caldeira com componentes em aço inox, com regulação de temperatura da água. Um reservatório com detergente torna o equipamento
ACESSÓRIOS As máquinas de lavar de alta pressão a quente podem obviamente também trabalhar com água fria ou quase, estando equipadas geralmente com diversos acessórios de grande utilidade, dentre os quais citamos: - Diversos tipos de escovas, podendo ser de nylon ou sedas naturais, algumas das quais rotativas; - Kit de lavagem do chassis, que facilita a lavagem das cavas de roda e outros pontos menos acessíveis; - Lança telescópica, que permite chegar a pontos mais altos de certos veículos, portas, vidros, etc.; - Lança flexível, que permite lavar em locais menos acessíveis; - Vários bicos de pulverização, a fim de optimizar a dispersão da água em todos os tipos de superfícies; - Lança dupla, com um bico para mousse integrado, que permite a lavagem simultânea com detergente; - Um dispositivo de limpeza para o chão, que permite limpar os acessos à oficina e o parque de estacionamento, entre outros pontos.
autónomo. A bomba de alta pressão é geralmente do tipo axial, com três êmbolos cerâmicos. Para evitar que impurezas entrem na lança de pulverização e obstruam o bico, a maior parte dos modelos está equipada com filtros de rede. Geralmente, um manómetro permite ao operador identificar a pressão de serviço. Para evitar excesso de pressão ao desligar a pistola de pulverização, a linha possui uma válvula by-pass. Uma mangueira de alta pressão leva a água até à lança e um cabo eléctrico de ligação à corrente completam o equipamento da máquina. O conjunto está protegido por uma cobertura de protecção resistente, capaz de suportar impactos, arranhões e corrosão.
Modelos industriais As máquinas industriais apresentam um desempenho superior e possuem maior resistência, tendo em vista uma utilização contínua e maior produtividade do trabalho. A estrutura é geralmente em aço pintado a pó, possuindo protecções exteriores em aço reforçado com plástico de alta resistência. Os reservatórios para produtos químicos são de maior capacidade, podendo em certos casos ser abastecidos do exterior por um tubo ligado a um sistema de aspiração, com um torneira reguladora. Alguns modelos têm sistemas de amaciamento da água automático, com controlo electrónico. Outros modelos mais evoluídos possuem um painel de controlo com um ecrã alfa
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EQUIPAMENTOS MÁQUINAS DE LAVAR DE ALTA PRESSÃO
numérico, através do qual é possível ler a pressão e a temperatura e efectuar a respectiva regulação dos parâmetros de funcionamento. Sistemas de protecção suplementares são geralmente montados de origem nestas máquinas, como o controlo de chama, contra o funcionamento a seco, detecção de fugas, assim como protecção contra temperatura excessiva.
Pressão e fluxo Estes dois parâmetros são indissociáveis, porque uma pressão superior implica maior volume de água. Contudo, um equipamento com boa pressão e um fluxo de água abundante permite obter resultados superiores. A pressão também depende da superfície que se pretende lavar. Quanto maior a superfície, maior terá que ser a pressão. Por outro lado, uma pressão mais elevada permite eliminar mais rapidamente as impurezas. Há que ter em conta, no entanto, que nem todas as superfícies suportam pressões muito elevadas, podendo deteriorar-se. O débito de água da máquina depende geralmente da quantidade de água que a mesma consegue tratar num certo lapso de tempo. Um fluxo abundante é importante durante a fase de pulverização, mas ainda mais na fase de enxaguamento, podendo economizar muito tempo de operação. Geralmente os utilizadores dão mais importância à pressão de serviço (em bar ou MPa) do equipamento, mas o fluxo das
|| Na lavagem de rodas com máquinas de lavar de alta pressão, tem de se ter cuidado para não apontar o jacto directamente para os pneus, pois pode deteriorar a borracha
máquinas de alta pressão é também um factor essencial para um bom resultado. Após a pulverização, é necessário eliminar os restos de sujidade e de água suja com um fluxo de água suficiente. Um fluxo insuficiente obriga a perder mais tempo. A pressão e o fluxo dependem em última análise da potência do motor, mas motores da mesma potência podem apresentar rendimentos diferentes, em função da tecnologia utilizada. Há modelos que permitem ajustar várias relações de pressão/fluxo. No caso de um motor de 7,5 KW, podemos obter relações pressão/fluxo de 215/15, 165/20 ou 140/25. Em princípio, o critério é escolher uma máquina com a pressão e o fluxo mais elevados. Na impossibilidade de conciliar os dois parâmetros ao máximo nível, pelo
menos um deles deve ser suficientemente elevado.
Produção de água quente A maior parte das máquinas de lavagem a alta pressão aquecem a água por intermédio de um motor de combustão, embora também existam equipamentos em que o aquecimento é eléctrico. Cada um dos sistemas tem vantagens e desvantagens, dependendo das condições de utilização e dos resultados que se pretendem obter. De um modo geral, os equipamentos de tecnologia eléctrica são utilizados no interior e em todos os locais em que os gases de escape são proibidos ou indesejados. No entanto, estes aparelhos são raramente encontrados nas oficinas e
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outros estabelecimentos do pós-venda automóvel, onde as máquinas de combustão são preferidas. As máquinas eléctricas mais pequenas dispõem de voltagem 220/230 V, mas os equipamentos industriais eléctricos necessitam de corrente trifásica de 380/400 V, para uma utilização mais intensiva e contínua. Os dispositivos de aquecimento de água variam entre 12 a 24 KW. Nos casos em que o equipamento móvel é utilizado sempre no interior das instalações, a tecnologia eléctrica é habitualmente preferida, devido à ausência de gases e de um nível de ruído elevado.
Motores de combustão O aquecimento de água com motores de combustão é economicamente mais rentável (aos preços actuais dos combustíveis), porque os gases de combustão atingem cerca de 400º C. Portanto, a água de arrefecimento do motor aquece rapidamente, porque mais de 60% do combustível é convertido em energia calorífera. As máquinas de lavar com motores de combustão possuem depósitos de combustível de 15 a 25 litros, sendo a maior parte dos equipamentos fixos e alimentados a gasóleo ou biodiesel. Menos frequente é a utilização de motores a gás natural ou a gasolina. As mais recentes tecnologias aplicadas aos motores de combustão permitiram entretanto reduzir o consumo e as PUB
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LEIRIA * COIMBRA * ALBERGARIA VISEU * CASTELO BRANCO
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EQUIPAMENTOS MÁQUINAS DE LAVAR DE ALTA PRESSÃO
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emissões de CO2 consideravelmente, embora estes equipamentos sejam utilizados geralmente em locais exteriores ou com excelente ventilação, por razões de segurança.
Doméstico ou industrial? Os aparelhos de lavar a alta pressão com motor de combustão podem ser agrupados em três categorias, em função das suas prestações e do tipo de aplicação associado a cada uma delas, como descrevemos a seguir: - Na primeira categoria incluiremos as máquinas de dimensões compactas e com um reservatório até 15 litros de combustível, que são utilizadas esporadicamente em limpeza de superfícies, geralmente domésticas. - Quando são necessárias pressões mais elevadas ou um fluxo de água superior, ou quando pensamos numa utilização mais frequente, o melhor é escolher máquinas de média dimensão. Estas podem chegar a pressões da ordem dos 180 bar e uma capacidade de debitar mais de 800 litros por hora. São equipamentos deste tipo que nós encontramos na maior parte das oficinas de carroçaria/repintura, estações de serviço, garagens e outros estabelecimentos do mesmo género. - Na terceira categoria incluímos os equipamentos que podem chegar a pressões de serviço à volta de 200 bar e um débito de água acima de 1.300 l/h, podendo chegar mesmo aos 1.650 l/h. Estas máquinas estão indicadas para lavagem de frotas de camiões/autocarros, contentores, cisternas, equipamentos agrícolas e outros do mesmo tipo. Este grupo de equipamentos é constituído geralmente por instalações fixas, mas a oferta também inclui máquinas móveis. As primeiras interessam principalmente a instalações nas quais existe gás canalizado, uma solução mais prática e económica do que o gasóleo ou o biodiesel.
Comandos Quase todos os equipamentos de lavagem a alta pressão a quente têm que estar ligados à corrente eléctrica, para alimentar os circuitos de comando. Nos modelos mais pequenos, é frequente necessitarem apenas de corrente monofásica (220/230V), mas a grande maioria dos equipamentos deste tipo exige corrente trifásica (380/400V). Nos casos em que não há corrente eléctrica disponível, há máquinas especiais, cujo motor de combustão garante não só água quente, como também a corrente eléctrica e a bombagem. Estas máquinas são fornecidas em diversas dimensões, para satisfazer vários tipos de necessidades e utilizações.
Utilização rentável Quando pensamos numa utilização profissional para máquinas de lavar de alta pressão a quente, não se aconselham máquinas domésticas ou para fins particulares. A principal diferença entre os equipamentos profissionais e domésticos é o preço, mas as diferenças não ficam por aqui. Os materiais utilizados na construção
de uma máquina de uso profissional são melhores e garantem uma longevidade superior. Os acessórios dessas máquinas, como as lanças e as escovas são também de melhor qualidade e mais resistentes. Consequentemente, o retorno do investimento é mais seguro e mais rápido num equipamento profissional, devido sobretudo à sua maior produtividade. De qualquer modo, a oferta destes equipamentos é enorme, exigindo que sejam definidos à partida certos critérios de compra, dos quais daremos conta de seguida.
DETERGENTES Boa parte da eficácia dos equipamentos de lavagem de alta pressão depende dos detergentes utilizados, sendo recomendados detergentes de boa qualidade e biodegradáveis, se não for pedir muito. Para oficinas e estações de serviço, há ainda outros produtos de limpeza ou embelezamento e protecção específicos, entre os quais destacamos: Limpeza de jantes - Existem produtos que eliminam o pó gerado pelos travões e pelos pneus, além de sal de degelo e outras impurezas existentes nas estradas. Além de limpar, estes produtos têm um efeito de protecção durável, que defende as jantes dos elementos externos. Hot wax - É um produto que ajuda a conservar a pintura dos veículos, dando ainda um brilho mais intenso à tinta. A dureza da água não interfere com a aplicação deste produto, que tem um efeito protector de longo prazo e não implica secagem após a aplicação. Shampoo em pó - É um produto que protege os materiais, incluindo na lavagem do motor dos veículos. Elimina o óleo e a massa consistente, as cinzas e as manchas dos gases de escape. Produto de limpeza alcalino - Muito eficaz em manchas de lubrificantes, sendo indicado para lavagem de motores. Além disso, protege os materiais depois da limpeza. Cera de pulverização - Trata-se de um detergente líquido, que deixa uma película protectora brilhante de grande duração em todo o veículo. A eficácia deste produto também não depende da qualidade da água. O resultado final não apresenta manchas e fica brilhante, sem necessidade de secagem por ar forçado.
Prestações - Uma utilização frequente requer máquinas de uma capacidade pelo menos média, para não estar a interromper o trabalho a fim de abastecer o equipamento. O rendimento de lavagem também deve ser satisfatório, em especial quando se trata de limpar grandes superfícies. Capacidade - Para lidar constantemente com detritos e sujidades de vários tipos, incluindo óleos e massas lubrificantes de grande tenacidade, são necessários equipamentos com pressões de serviço elevadas. Se temos além disso grandes superfícies para limpar, um grande fluxo de água quente é necessário para se obter rendimento. A capacidade de fornecer água quente e detergente durante longos períodos é assim um factor essencial de escolha. Neste caso pode ser recomendado equipamentos alimentados por gás canalizado ou por grandes depósitos de combustível e detergente, ligados directamente às máquinas. Fiabilidade - Os motores de regimes de funcionamento mais baixos garantem em princípio mais fiabilidade e longa vida útil de serviço. Há casos em que a rotação dos motores é metade de outros, para se obterem as mesmas pressões e o mesmo fluxo de água quente. Além disso, os
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EQUIPAMENTOS MÁQUINAS DE LAVAR DE ALTA PRESSÃO
factores externos, especialmente a bomba. É pois aconselhável utilizar água tratada e com um caudal mínimo garantido, sem falhas. Pode utilizar-se água da chuva armazenada em poços ou cisternas, mas é necessário evitar que areias e outras impurezas entrem na máquina. Além de danificarem as juntas da bomba de alta pressão, para além de entupirem o bico da lança de pulverização. Nesses casos, devem ser utilizados filtros que garantam a pureza da água.
motores menos rotativos fazem menos ruído e geram em princípio menos calor, para além de trabalharem longos períodos sem problemas, desde que tenham um nível correcto de lubrificante adequado e filtros em dia. Condições locais - As infra estruturas locais podem condicionar a escolha dos equipamentos. No caso de não haver corrente trifásica, é necessário optar por uma máquina monofásica, sem prejuízo da sua capacidade e do seu rendimento. No caso de instalações com uma grande área ou vários andares, onde não é possível garantir em todos os locais um comando eléctrico, é necessário recorrer a equipamentos de combustão autónomos. Por seu turno, a disponibilidade de água canalizada também condiciona o equipamento. Se o caudal de água disponível é limitado, o equipamento tem que ser dimensionado ligeiramente abaixo desse limite, para não haver problemas. Fixo ou móvel - Neste caso, o problema será essencialmente económico, porque um equipamento móvel pode operar como uma instalação fixa, desde que seja previsto um local adequado para o seu funcionamento. Nas instalações fixas é condição que as lavagens se efectuem sempre no memo local, embora seja possível criar canalizações para outros pontos, se a capacidade do equipamento o permitir.
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MANUTENÇÃO/REPARAÇÃO Não sendo obrigatórios, os contratos de manutenção podem ser uma solução adequada para máquinas com utilização intensiva. Além da manutenção efectuada pelo fabricante ou fornecedor garantir maior fiabilidade e uma vida útil mais longa, assegura igualmente assistência pronta em caso de emergência e peças de origem. Uma máquina de lavar à pressão não é neste aspecto muito diferente de um veículo qualquer, onde a manutenção preventiva resulta em maior fiabilidade e custos de manutenção mais reduzidos.
Factores externos Extensões eléctricas - Nos equipamentos de alta pressão móveis, são necessárias frequentemente extensões de cabos eléctricos. Convém ter em conta que o diâmetro e o comprimento do condutor determina directamente a resistência: para o mesmo diâmetro, a resistência aumenta com a distância. Portanto, para grandes
distâncias, são necessários cabos de maior diâmetro. Se a resistência for muito elevada, o consumo de energia aumenta e os equipamentos podem sobreaquecer ou sofrer um curto-circuito. O diâmetro mínimo aconselhado em extensões eléctricas é pois de 2,5 mm2. Qualidade da água - As máquinas de lavar de alta pressão são muito sensíveis a
Quantidade de água - Uma quantidade de água suficiente é uma condição básica indispensável para as máquinas de lavar de alta pressão. Mesmo assim, é um requisito que é menos atendido em mais ocasiões do que se poderia esperar. Há locais em que a água falta, sempre que vários utilizadores consomem mais água do que a média. Mas também há os entupimentos das canalizações, devido ao calcário e à oxidação, principalmente. Noutros casos, são os filtros que ficam entupidos, impedindo a passagem da água. A falta de água pode em certos casos provocar a cavitação (bolhas de ar) na bomba e destruir os êmbolos. Para evitar imprevistos desta ordem, alguns equipamentos trazem de origem um depósito de água com uma bóia, que garante abastecimento de emergência, pelo menos até ser possível desligar a máquina, quando é interrompido o fornecimento de água. PUB
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INTELIGÊNCIA
“HÍBRIDA”
|| O conceito da propulsão automóvel híbrida vai ganhando um tímido protagonismo, tanto no plano das vendas, como da utilização dos veículos e ainda no pós-venda
O
termo híbrido significa literalmente o resultado de um cruzamento e/ou combinação de duas coisas diferentes. No caso do automóvel, trata-se de um conceito de propulsão de veículos em que o motor de combustão clássico se combina com a propulsão eléctrica. Vejamos o que o mercado automóvel oferece em termos de híbridos: MICRO HÍBRIDOS - Estes veículos são idênticos a um carro convencional com motor de combustão, ao qual foram aplicados os conceitos Start/Stop e de travagem regenerativa. Essas modificações permitem melhorar a eficiência energética global do veículo, traduzida por uma economia de 10% de combustível. HÍBRIDOS LIGEIROS - Neste caso, já existe propulsão híbrida, através de um grupo motor/transmissão convencional e um motor eléctrico, apoiado por baterias. O motor neste caso é meramente auxiliar, tendo a função de apoiar o motor térmico nos arranques e nas acelerações (ultrapassagens, por exemplo). A bateria recupera energia através da travagem regenerativa e do alternador da viatura. O sistema eléctrico tem meramente função de “Booster” (10-15 KW). Mesmo assim, a economia pode chegar até aos 20% de combustível, o que significa um aumento da eficiência energética do veículo. O BMW ActiveHybrid 7 e o Mercedes-Benz
Embraiagem
Caixa de velocidades
S400 (F04) são exemplos comerciais de carros híbridos ligeiros. HÍBRIDOS COMPLETOS - O conjunto motor/transmissão clássico mantém-se nestes modelos, enquanto que o motor eléctrico e as baterias são mais potentes, permitindo a função “Booster” e a tracção
Regime do motor
Embraiagem
totalmente eléctrica (> 15 KW), até um número limitado de quilómetros (20-30km). A travagem regenerativa mantém-se, havendo igualmente a opção de recarregar as baterias através de fonte exterior (Plug-in). Neste caso, o veículo mantém a temperatura do habitáculo durante a noite, preparando o arranque
Caixa de velocidades
Regime do motor
do veículo na manhã seguinte. A economia de combustível é geralmente superior a 20%, dependendo da utilização e da carga das baterias a partir da rede doméstica. Exemplo de modelos híbridos completos são o Toyota Prius, o BMW ActiveHybrid X6 (E72) e o VW Touareg Hybrid, por exemplo. Em temos de manutenção, encontramos circuitos de corrente com tensões de 42 a 150 V nos híbridos ligeiros e tensões acima dos 100 V nos híbridos completos.
Funções dos modelos híbridos As funções presentes nos carros híbridos destinam-se a promover a economia de combustível e a consequente eficiência energética do automóvel. Vejamos então as principais funções em questão:
|| FIG. 1 - Num veículo equipado com o sistema Start/Stop, o motor desliga automaticamente, sempre que o condutor tem a embraiagem em cima, a caixa em ponto morto e o motor ao ralenti, com o carro parado (esquerda). Ao carregar na embraiagem e engrenar a primeira velocidade, o motor arranca novamente de forma automática (direita).
Função Start/Stop - Esta função destina-se a evitar o consumo inútil de combustível nos momentos em que o veículo está parado. Um sistema electrónico dotado de um software inteligente actua no circuito de ignição do veículo, desligando-a quando o veículo pára e accionando o motor de arranque, quando o veículo necessita iniciar o
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Motor Bateria
Motor/gerador Caixa de velocidades
Bateria
Motor/gerador
|| FIG. 3 - Quando o condutor necessita de mais potência, o motor/gerador || FIG. 2 - Ao travar, o motor/gerador é activado pelo movimento das rodas,
recebe corrente da bateria e apoia a transmissão do veículo com um binário suplementar. No caso do VW Touareg Hybrid, por exemplo, esse apoio é de 34 KW, o que corresponde a um binário muito considerável. Isso melhora o arranque e as acelerações, quando necessário.
fornecendo uma carga suplementar à bateria. Entretanto, o alternador continua a gerar corrente, que é armazenada na bateria de serviço e na bateria do sistema híbrido.
movimento. Parra arrancar novamente, o sistema apenas precisa que o condutor carregue na embraiagem e engrene a 1ª velocidade da caixa de mudanças (Fig. 1). O motor de arranque e a bateria são de maior capacidade, assim como o alternador, para permitir a sequência de arranques em ciclo urbano, sem prejuízo de outras funções eléctricas. Só esta função permite economizar de 4 a 5% de combustível na condução urbana. Função de recuperação - Num veículo convencional, a travagem transforma a energia cinética da carroçaria em calor, através do atrito dos materiais de fricção, desperdiçando-a. Uma pequena parte residual da energia é recuperada no alternador que carrega a bateria e no sistema de vácuo de assistência dos próprios travões. Outra pequena parte da energia é aproveitada sob a forma de freio motor, para arrefecer os cilindros e a câmara de combustão. Num veículo eléctrico ou híbrido, o motor eléctrico é reversível e transforma-se em gerador durante a desaceleração, transformando e aproveitando a energia cinética como corrente de carga das baterias (Fig. 2). Para optimizar a carga das baterias, a energia é transformada pelo módulo electrónico de potência em alta tensão. Na fase de propulsão, o modulo electrónico de potência também optimiza a corrente da bateria, para obter o máximo binário do motor eléctrico. Ao efectuar a conversão da energia cinética, que também se processa em menor grau no alternador, o motor eléctrico trava o veículo, juntando-se ao freio motor do motor de combustão. Isso permite economizar os materiais de fricção dos travões, aumentando a economia global de manutenção do veículo híbrido. Função de apoio (Boost) - Quando o motor térmico necessita debitar mais binário, no arranque, recuperações e
Zero emissões
Nenhum consumo de combustível
Motor
Motor
|| Fig. 4 - No modo eléctrico, o motor/gerador acciona directamente a transmissão, recebendo corrente da bateria, enquanto o motor de combustão está desligado. Este modo pode ser usado como opção de condução, para poupar combustível, circular em silêncio ou porque a rua/zona onde circula o veículo é interdita a carros com motor de combustão.
um isolamento de cor laranja luminoso, qualquer que seja a marca do veículo. Desse modo, salvo instruções em contrário do manual de manutenção do veículo, todas as operações de manutenção de veículos híbridos devem ser precedidas dos seguintes procedimentos: 1 - Colocar o sistema eléctrico fora de tensão; 2 - Tomar precauções para que a tensão não possa ser reposta inadvertidamente; 3 - Verificar que não existe tensão nos componentes, antes de iniciar as operações de manutenção. 4 - Seguir sempre as instruções do construtor, em termos de manutenção do veículo.
Climatização do habitáculo acelerações, o motor eléctrico dos híbridos apoia-o, tornando as manobras mais rápidas e mais previsíveis. Recorde-se que o binário dos motores eléctricos se mantém praticamente inalterável a todos os regimes, permitindo o apoio também a qualquer velocidade e a qualquer regime do motor de combustão. Outra vantagem desse apoio é o facto da mistura do motor de combustão não ter que ser tão enriquecida, porque a borboleta do acelerador não necessita de abrir tanto, o que se traduz por mais economia de combustível nessas acelerações. Isso também permite reduzir a cilindrada e a potência do motor de combustão, o que tem vantagens económicas e em termos de emissões de escape (Fig. 3). Função modo de condução eléctrico - Nas deslocações a baixa velocidade, comuns na circulação urbana, ou nas manobras de estacionamento e entradas e saídas de garagens e estacionamentos, o modelo híbrido completo pode ser conduzido apenas com a propulsão do
motor eléctrico, alimentado pelas baterias. O motor de combustão mantém-se desactivado, o que significa menor nível sonoro, zero consumo de combustível e zero emissões de escape (Fig. 4).
Questões de segurança Como já vimos, as tensões de vários componentes dos sistemas eléctricos e electrónicos dos híbridos podem atingir dezenas ou mesmo centenas de volts, o que levanta problemas de segurança na manutenção do veículo, tendo em conta que a partir dos 60 volts há sérios riscos para a saúde humana (Fig. 5). De facto, segundo a norma internacional ISO, estabelece que tensões superiores a 25V de corrente alterna e 60V de corrente contínua são consideradas alta tensão e portanto perigosas para o ser humano, podendo provocar em caso de contacto queimaduras e até paragens cardíacas. Por essa razão, os componentes de alta tensão dos veículos híbridos estão identificados por placas avisadoras (Fig. 6). Além disso, as linhas de alta tensão são revestidas com
O controlo térmico dos veículos híbridos tem algumas particularidades na sua concepção e portanto na manutenção, muito embora obedecendo aos mesmos princípios gerais dos restantes veículos. Nos veículos comuns de propulsão convencional, o compressor de ar condicionado é accionado mecanicamente, através de uma polia ligada à cambota do motor. Isso faz com que ao desligar o motor a temperatura no evaporador comece imediatamente a subir, apenas 2 segundos após desligar a chave de ignição, privando os ocupantes do veículo das vantagens da climatização. Para evitar este problema, foram desenvolvidos evaporadores de acumulação, que estão disponíveis desde há pouco tempo no mercado de origem (Fig.7/8). Estes novos evaporadores estão divididos em duas partes, sendo uma idêntica a qualquer outro evaporador, onde circula o fluido refrigerante. Na outra parte do evaporador, existe um fluido latente, que se congela quando a temperatura do evaporador baixa, PUB
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passando a funcionar como um acumulador de frio. Neste caso, o sistema de climatização continua a funcionar normalmente com o motor desligado, até que o fluido latente de acumulação descongele totalmente. Ao ligar novamente o motor, o processo de arrefecimento volta a processar-se decorrido apenas um segundo. A climatização inclui obviamente também a possibilidade de conjugar ar quente com o ar seco do ar condicionado, quando a temperatura exterior é baixa. Esse ar quente é proveniente de um radiador auxiliar, que está ligado ao circuito de arrefecimento do motor de combustão. Nos veículos híbridos, a questão que se põe é a continuidade da climatização nos ciclos de condução em modo eléctrico, quando o motor de combustão está desactivado. Quanto ao aquecimento, os híbridos possuem aquecedores eléctricos de tipo PTC, cujo princípio de funcionamento é semelhante ao dos secadores de cabelo, onde o ar atravessa uma resistência eléctrica, que o aquece, antes de entrar no habitáculo do veículo. Para o ar condicionado, os híbridos completos estão equipados com compressores eléctricos de alta tensão, que funcionam mesmo com o motor de combustão desligado, alimentados pelas baterias (Fig. 9).
Compressores de alta tensão A possibilidade do compressor de alta tensão poder funcionar independentemente do motor de combustão abre novas perspectivas de conforto para a climatização dos veículos. Com um comando à distância, podemos aquecer ou arrefecer o habitáculo do nosso carro da forma que mais nos convenha, antes de nos sentarmos ao volante, quer o veículo esteja na garagem do bloco habitacional, no estacionamento da empresa, junto à superfície comercial, junto ao restaurante, junto à praia, etc. Esse tipo de climatização telecomandada apenas tem por limite a carga das baterias, o que impõe que não se ligue logo a climatização no máximo, mas exactamente no mínimo, até as baterias poderem ser carregadas pelo motor de combustão. Outra vantagem da climatização com compressores de alta tensão é a adequação da potência de refrigeração automaticamente, por patamares de 50 rpm do regime do motor, não sendo necessário regular a potência do ar condicionado manualmente. Por outro lado, em vez do sistema de pratos oscilantes que é utilizado nos compressores convencionais accionados pela polia da cambota, os compressores de alta tensão utilizam o sistema de parafuso ou espiral, que permite reduzir o seu peso e volume na ordem dos 20%. Para accionar um compressor deste tipo, é necessária uma tensão contínua de cerca de 200 V, que está disponível neste tipo de veículos híbridos. Para transformar essa corrente em corrente alterna trifásica, necessária para accionar o motor sem escovas do compressor, este tem um rectificador de corrente integrado. O
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especialmente nos meses quentes do Verão. Se esse limiar for ultrapassado regularmente, a vida útil da bateria, que é normalmente de 8 a 10 anos, fica gravemente encurtada. Há necessidade portanto de garantir o controlo térmico das baterias, havendo actualmente três formas de o efectuar.
Híbrido completo
|| Fig. 5 - Gama de tensões existentes num veículo híbrido completo.
Sistema nº 1
|| Fig. 6 - A segurança dos operadores de manutenção de veículos híbridos depende do respeito pelos avisos de perigo existentes nas linhas e componentes de alta tensão. Quando encontrar um destes sinais, procure informações no manual de manutenção do veículo ou na informação técnica do construtor.
arrefecimento do rectificador de corrente e das bobinas do motor é assegurado pelo próprio fluido refrigerante, na entrada do lado do circuito de baixa pressão. O diagrama de um sistema completo de climatização utilizado em automóveis híbridos pode ser observado na Fig. 10.
Controlo térmico da bateria A bateria de alta tensão de grande capacidade é um elemento fundamental da tecnologia híbrida. Essa bateria deve ser capaz de fornecer energia suficiente para permitir a função de apoio ao motor de combustão e para assegurar o modo de condução eléctrico, assim como todas as necessidades de controlo térmico do habitáculo e outros consumos, de forma fiável. Essas baterias são geralmente de
tecnologia Níquel-metal-hybrida, mas as baterias de iões de Lítio estão a conquistar o mercado rapidamente, o que permite diminuir o volume e peso deste tipo de baterias. Em qualquer dos casos, as baterias têm uma temperatura de funcionamento balizada, que não deve ser ultrapassada. A partir de +40º C a vida útil da bateria fica comprometida e abaixo de -10º C o rendimento da bateria e a potência da corrente diminuem consideravelmente. Além disso, a diferença de temperatura entre as diversas células das baterias não deve ultrapassar 5 - 10º C. Quando a bateria cede grandes quantidades de corrente, no modo de apoio ou no modo de condução eléctrico, a temperatura das células chega rapidamente ao limiar dos 40º C,
Uma das hipóteses de arrefecimento da bateria é aproveitar o ar fresco da climatização do habitáculo, instalando um ventilador suplementar e condutas de ar do habitáculo para a caixa da bateria, geralmente situada na parte posterior do veículo, mas esta solução tem alguns inconvenientes graves, como enunciaremos de seguida: - A eficácia de arrefecimento é reduzida, porque a diferença de temperaturas não ultrapassa os 10-15º C; além disso, a temperatura do habitáculo não é uniforme, dependendo do número de ocupantes, da temperatura exterior e da exposição solar do veículo; - A canalização do ar do habitáculo para a bateria envolve custos e diminuição do espaço disponível na carroçaria; - Possivelmente, o segundo ventilador irá aumentar o nível de ruído no habitáculo; - Existem problemas de segurança na ligação directa da bateria para o habitáculo, porque esta pode libertar gases tóxicos e/ou inflamáveis, em situações em que a ventilação não esteja a funcionar (com o veículo parado, por exemplo); - A comunicação do habitáculo com a bateria envolve a poluição desta pela poeira e fumos existentes no habitáculo, cuja deposição nas células da bateria favorece os fenómenos de passagem de 1
Espessura do bloco evaporador: 40mm
2
Espessura do bloco acumulador: 15mm
3
Fluido refrigerante
4
Fluido latente
5
Rebite cego
|| Fig. 7 - Evaporador da última geração, com acumulador de frio. || Fig. 8 - Detalhes de um evaporador com acumulador de frio.
Válvula de expansão
|| Fig. 9 - Em vez duma polia, o compressor de alta tensão possui terminais de alimentação de corrente de alta tensão. Estes compressores utilizam um lubrificante específico isolador de corrente.
Evaporador de alto rendimento
Compressor eléctrico (junto ao condensador)
Aquecedor de alta tensão PTC
|| Fig. 10 - Esquema de climatização de um híbrido
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corrente e curto-circuito, juntamente com a humidade; a filtragem do ar que vai para a bateria responde a este problema, mas envolve mais custos, incluindo de manutenção.
do arrefecimento, esta solução ainda tem os inconvenientes de custo, ocupação de espaço e provável nível de ruído. Uma forma de contornar estes inconvenientes é
instalar na própria bateria placas evaporadoras (Fig. 12), mas ainda falta resolver o problema do controlo térmico a baixa temperatura, que afecta o
Bateria
Evaporador da bateria
Habitáculo
Compressor
Tal como já existe em certos modelos de topo de gama com carroçarias muito espaçosas, um evaporador à frente e outro atrás, existe a hipótese de montar um segundo evaporador junto do caixa da bateria (Fig. 11). Isto é possível montando uma derivação no circuito de alta pressão e outra no circuito de baixa pressão, mas é necessário adaptar o compressor, o condensador e outros componentes do sistema à maior capacidade de evaporação total. Apesar de mais eficaz do ponto de vista
Condensador
Sistema nº 2
Circuito do fluido refrigerante (com derivação)
|| Fig. 11 - Existe a hipótese de montar um segundo evaporador junto do caixa da bateria
Circuito de ar condicionado (com derivação)
Bateria
Placa de evaporação
Evaporador
Condensador
Compressor
Placa de evaporação
|| Fig. 12 – Instalação na própria bateria de placas evaporadoras Nota: Nas baterias equipadas com placa(s) de evaporação, o conjunto completo tem que ser substituído em caso de avaria/colisão.
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rendimento da bateria. Isto é fundamental nas baterias de grande capacidade.
Sistema 3 Para solucionar totalmente o problema do controlo térmico das baterias, é necessário pensar num sistema de climatização exclusivo para a bateria, capaz de manter uma temperatura de serviço desta estabilizada entre 15º C e 30º C (Fig. 13). Esta solução é tecnicamente mais complexa e envolve sustos superiores, mas oferece total eficácia e protege a bateria efectivamente, obtendo retorno económico por essa via. Para o arrefecimento, uma placa de refrigeração é instalada na caixa da bateria, sendo atravessada pelo fluido refrigerante semelhante ao do motor do veículo (água+glicol). A temperaturas normais, o calor libertado pela bateria é eliminado através de um radiador específico, instalado junto do radiador do motor, montado na frente do veículo (Fig. 14). Se a temperatura da bateria aumenta, em resultado da utilização das funções híbridas e de temperatura exterior elevada, o fluido de arrefecimento passa por um permutador de calor especial, ligado ao circuito de ar condicionado da climatização, que também funciona como evaporador. Para controlar as baixas temperaturas, o fluido de arrefecimento da bateria é aquecido por um aquecedor especial eléctrico, que faz subir a sua temperatura rapidamente (Fig. 15). PUB
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Evaporador
Condensador
Os técnicos que fazem a manutenção de sistemas de controlo térmico complexos de veículos híbridos necessitam de formação técnica contínua especializada. Na Alemanha, os técnicos necessitam pelo menos de um módulo de formação de dois dias para sistemas de alta tensão de veículos. Sem essa habilitação, ninguém está autorizado a fazer a manutenção de modelos híbridos. Isso é válido mesmo para operações de manutenção correntes, como a mudança de óleo, reparação ou substituição de pneus, reparações de escape, serviços de suspensão, transmissão e direcção, etc. Além disso, as oficinas devem possuir equipamentos específicos para sistemas de controlo térmico de veículos híbridos. Os compressores eléctricos de alta tensão não são lubrificados com os óleos PAG correntes, necessitando de produtos específicos, com propriedades de isolamentos especiais. Só os óleos POE possuem essas características. São portanto necessárias máquinas com reservatórios de óleo separados e outras funcionalidades de diagnóstico, que não existem em equipamentos para viaturas convencionais (Fig. 16).
Radiador da bateria
Manutenção dos sistemas
Circuito de arrefecimento
Compressor
Permutador de calor especial
Circuito de ar condicionado (com derivação)
Bateria
Quando o motor de combustão está quente, a proximidade dos dois radiadores assegura o equilíbrio da temperatura do fluido de arrefecimento da bateria, que nunca cai abaixo dos 15º C.
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Placa de arrefecimento
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Aquecedor especial
|| Fig. 13 - Sistema de climatização capaz de manter uma temperatura de serviço da bateria estabilizada
Radiador da bateria Condensador Estrutura metálica Radiador electrónico de alto rendimento Radiador do motor Estrutura dos ventiladores
Motores dos ventiladores
|| Fig. 14 Conjunto de um radiador híbrido
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|| Fig. 15 - Permutador especial de aquecimento do fluido refrigerante da bateria.
|| Fig. 16 - Equipamento de diagnóstico e serviço de sistemas de climatização híbridos.
Perspectivas para o futuro É lógico e sensato pensar que a mobilidade eléctrica e híbrida irá ganhar maior presença no parque automóvel, com as consequentes necessidades de manutenção específicas. As empresas fornecedoras de electricidade em toda a Europa estão a desenvolver uma oferta especializada para estes veículos, incluindo terminais de carga de alto rendimento e carregadores rápidos. Marcas como a Nissan+Renault e Peugeot+Mitsubishi têm projectos em grande escala para veículos eléctricos de grande difusão, que naturalmente chegarão em primeiro lugar ao mercado de aluguer e à utilização em ambiente urbano/suburbano. Por alturas de 2020, os especialistas estão a prever um forte crescimento da mobilidade eléctrica/híbrida, induzido pelo aumento imparável dos preços dos combustíveis e pelas normas cada vez mais apertadas de emissões de veículos. Empresas especializadas em controlo térmico, como a Behr Hella Service, que são fornecedores de componentes de primeiro equipamento e de substituição, possuem as tecnologias, a informação técnica e os equipamentos adequados, estão em excelente posição para fornecerem aos técnicos das oficinas a formação indispensável para este segmento de serviço, para além de todos os produtos e serviços que são necessários à manutenção dos veículos. Uma das tendência do mercado é a oferta dos chamados “extensores de autonomia”, que mais são do que pequenos motores de combustão que ajudam a carregar as baterias, aumentando consideravelmente o raio de acção de veículos híbridos e eléctricos. Essas adaptações, quando são realizadas à margem dos construtores, podem não resultar convenientemente e ainda trazer problemas ao veículo. Na Behr Hella Service, possuem todas as competências para analisar todos os casos, principalmente aqueles em que a origem dos problemas assenta no controlo térmico dos veículos. O futuro da mobilidade eléctrica/híbrida depende do equilíbrio entre todas as funções do veículo e em grande medida da eficiência das soluções de controlo térmico, que tenderão a ser cada vez mais sofisticadas, complexas e eficientes. Fonte: Hella
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SISTEMA
ESSENCIAL
|| O desenvolvimento dos motores modernos, mais poderoso e capazes de fornecer um binário cada vez maior, fez com que as juntas de velocidade constante (homocinéticas) se tornassem capazes de suportar níveis de “stress” extremamente altos
C
omo qualquer outra máquina criada pelo homem, também os automóveis sofreram uma enorme evolução ao longo dos tempos tendo estas mudanças incidido, inevitavelmente, em todos os aspectos do próprio automóvel. As suspensões, em particular, são componentes sujeitos a forças verdadeiramente radicais, nomeadamente quando a potência e o binário do motor são transmitidos para as rodas. Os primeiros automóveis foram equipados
com um eixo rígido sem diferencial, ligado ao motor através de uma simples corrente de metal. Nos veículos onde existia suspensão esta era exclusivamente do tipo “lâminas” sobrepostas: dura, desconfortável e com uma flexibilidade muito limitada. Não é muito difícil imaginar como o conforto, estabilidade e comportamento dinâmico deste veículo bem como seu o desempenho geral, seriam actualmente algo considerado como totalmente inaceitável num automóvel.
A introdução de um diferencial no velho eixo rígido, foi a primeira grande inovação cuja consequência imediata levou à introdução de semi-eixos. A procura de esquemas de suspensão mais sofisticados (como rodas independentes) para substituir o eixo rígido, tornou inadequadas as juntas cardan, única solução prática que havia sido adoptada nos eixos existentes nessa altura. A invenção e o aperfeiçoamento das juntas de velocidade constante (homocinéticas) permitiu obter veículos mais confortáveis e
com melhor suspensão, contribuindo sobretudo para o desenvolvimento do primeiro veículo de tracção dianteira, uma tecnologia que ainda hoje está amplamente difundida. As velhas juntas de cardan (que também requerem inspecção e manutenção regular) são actualmente usadas, quase exclusivamente, em veículos pesados e foram completamente substituídas nos automóveis ligeiros por juntas de velocidade constante (homocinéticas).
I - DESMONTAGEM DAS JUNTAS USADAS DO LADO DA RODA
1
Apertar fortemente o semi-eixo a um torno e começar por desapertar as abraçadeiras metálicas do fole e retirar este, fazendo-o deslizar ao longo do veio de transmissão.
2
Se a anilha de retenção estiver visível, retirá-la e desmontar a junta, fazendo-a deslizar ao longo do veio, batendo cuidadosamente com um martelo adequado (de plástico).
3
Se a anilha de retenção for interna e estiver invisível, a junta tem que ser desmontada batendo com energia suficiente na face externa da pista interior da junta.
4
Retirar a anilha de segurança, se esta ficar no veio, e desviar o fole para o lado, fazendo-o deslizar no veio. Limpar completamente o estriado do semi-eixo e examinar cuidadosamente a existência de danos (estrias partidas). Se o semi-eixo tiver danos terá que ser substituído.
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SERVIÇO JUNTAS HOMOCINÉTICAS
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II - MONTAGEM DAS JUNTAS NOVAS NO VEIO DE TRANSMISSÃO 1
2
1
3
Colocar o fole de borracha com a abraçadeira mais pequena no semi-eixo. Se a junta tiver anilhas de retenção, colocá-las no veio.
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2
Se o anel de retenção for interior, tem que ser colocado no entalhe respectivo existente no veio. Utilizar sempre um anel de segurança novo. Qualquer outro componente de montagem é fornecido pelo fabricante juntamente com a junta, já montado nesta.
indicado para as duas juntas, devendo ser colocado metade da massa lubrificante em cada junta.
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4
A norma da Mettelli consiste em fornecer as juntas de substituição já devidamente lubrificadas, com a quantidade de massa lubrificante ideal. Em certos casos, o lubrificante é fornecido à parte, em pequenas bisnagas de plástico. O conteúdo é
Depois de acertar cuidadosamente a junta nas estrias do veio, prestando atenção à anilha de retenção. Com um martelo de plástico, introduzir gradualmente a junta no estriado do veio, até que o anel de retenção (mola) se fixar no veio. É fundamental que a
junta fique bem fixa no veio e não deslize para nenhum dos lados.
5
Nos casos em que a massa lubrificante é fornecida separadamente, aplicar o lubrificante restante na junta e colocar o fole de protecção na sua posição correcta, apertando a abraçadeira maior com um alicate específico. Verificar se o fole está bem preso à junta.
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Sem danificar o fole, introduzir uma chave de fendas fina entre o veio e a extremidade do fole, para deixar sair o excesso de ar do interior do fole.
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Apertar agora a abraçadeira do fole mais pequena, com a ferramenta adequada, verificando que o fole está perfeitamente vedado. Fazer rodar a junta algumas vezes para confirmar que está correctamente montada.
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SERVIÇO JUNTAS HOMOCINÉTICAS
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III - DESMONTAGEM DAS JUNTAS USADAS DO LADO DA TRANSMISSÃO
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Apertar com firmeza o semi-eixo num torno e desapertar a abraçadeira pequena do fole. Afastar o fole da junta, fazendo-o deslizar ao longo do veio.
2
Retirar a tampa da junta com cuidado para não a danificar, porque ela terá que ser usada outra vez na montagem da junta nova.
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Colocar o semi-eixo verticalmente no torno, de modo que a junta da transmissão fique com a parte exterior para cima. Retirar a mola de segurança com um alicate específico adequado.
Desmontar a junta batendo na parte central do veio, enquanto este está colocado verticalmente no torno, apenas aconchegado. Retirar o fole e a tampa da junta da transmissão do veio, bem como alguma anilha que porventura exista. Limpar o veio e verificar se as estrias estão em bom estado.
IV - MONTAGEM DAS JUNTAS NOVAS NO VEIO DA TRANSMISSÃO 1
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Nos casos em que a junta traz uma tampa, colocá-la sobre a junta, de modo a casar os orifícios de ambas as peças.
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2
8
1
Com o veio preso no torno na posição vertical, colocar o fole no veio de transmissão, com a abraçadeira pequena montada. Se a junta tiver anilhas de segurança, colocá-las igualmente no veio, no local próprio.
2
Colocar a junta nova no veio, acertando cuidadosamente as estrias das duas peças. Se for necessário, bater suavemente na pista interior da junta para esta entrar no veio.
A importância das juntas A transmissão define-se como o conjunto de peças e componentes mecânicos localizadas entre a caixa de velocidades e as rodas. Tecnicamente, é a parte do veículo que transmite a potência e o binário da caixa de velocidades para as rodas. É um sistema essencial para um automóvel e, embora nos carros modernos seja feito para durar tanto quanto o próprio carro, uma inspecção regular e a intervenção imediata em caso de avaria suspeita pode proteger o condutor de situações desagradáveis. Nos veículos com tracção nas rodas dianteiras é um sistema relativamente simples constituído de poucos elementos.
Colocar o anel de segurança (mola) no respectivo entalhe do veio, utilizando sempre uma peça nova. Encher a junta do lado oposto ao fole com massa lubrificante, utilizando apenas metade da bisnaga fornecida juntamente com a junta nova.
No caso de veículos de quatro rodas motrizes, o funcionamento da transmissão pode ser muito complexo, sendo vários os componentes que contribuem para transmitir e distribuir adequadamente a tracção nas quatro rodas. As juntas usadas nos semi-eixos têm assumido grande importância para os clientes auto de hoje que são cada vez mais exigentes. Estes componentes melhoram nomeadamente a estabilidade e o desempenho activo da tracção disponível para as rodas em função da sua aderência ao piso. Mesmo esses dispositivos que agem “de forma independente” na tracção do veículo têm o seu impacto sobre as
Colocar o resto da massa lubrificante na junta do lado do fole.
“condições de trabalho” dos semi-eixos. A procura de veículos com um raio de viragem progressivamente menor, exigiu a colocação nas rodas dianteiras de juntas capazes de trabalhar em ângulos de viragem muito alto, tendo o design destes componentes atingido os limites permitidos pela geometria.
Características e especificações Duas juntas ligadas entre si por um veio formam um semi-eixo. Cada um destes três componentes deve ter as suas características individuais bem definidas pois contribuem para o desempenho do semi-eixo como um todo. Existem diferentes modelos de juntas de
Colocar a tampa da junta que foi anteriormente desmontada, acertando os orifícios desta com os da junta. Apertar a abraçadeira pequena do fole, de modo a ficar perfeitamente segura.
velocidade constante (homocinéticas). Diferem na forma e no método de construção, mas todas elas podem dividir-se em dois grupos principais: as juntas deslizantes e as não deslizantes. Cada semi-eixo possui uma junta pertencente a cada um destes dois grupos, de forma a satisfazer a necessidade dos eixos na adequada transmissão do binário para as rodas, deixando-as livres para se moverem de acordo com as necessidades do veículo. As juntas de deslizamento permitem que o eixo fique livre podendo o seu comprimento total variar para poder acompanhar o movimento da suspensão durante as oscilações provocadas pelas irregularidades da superfície da estrada.
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SERVIĂ&#x2021;O JUNTAS HOMOCINĂ&#x2030;TICAS
As juntas laterais localizadas junto Ă s rodas pertencem ao grupo â&#x20AC;&#x153;nĂŁo deslizanteâ&#x20AC;? permitindo grande amplitude angular. TĂŞm como tarefa principal transmitir o movimento para as rodas de direcção mesmo em ângulos de viragem no mĂĄximo.
O estado das juntas As juntas velocidade constante (homocinĂŠticas) sĂŁo concebidas para durar toda a vida Ăştil do automĂłvel mas, na prĂĄtica, isso nem sempre acontece. Diversos factores tĂŞm influĂŞncia directa na vida das juntas, exigindo a sua substituição. Durante a manutenção de rotina do veĂculo, deve-se inspeccionar sempre as partes mecânicas, incluindo as juntas. O diagnĂłstico precoce de qualquer anomalia protege de situaçþes desagradĂĄveis. O que deve ser verificado numa transmissĂŁo? t 7FSJGJDBS P BQFSUP EPT QBSBGVTPT t 7FSJGJDBS P FTUBEP HFSBM EBT TVQFSGĂ&#x201C;DJFT FYQPTUBT BP BS t 7FSJGJDBS P BQFSUP EBT CSBĂ&#x17D;BEFJSBT EPT GPMFT t 7FSJGJDBS P CPN FTUBEP EPT GPMFT HBSBOUJS que nĂŁo hĂĄ rachas, furos ou cortes, e que OĂ?P IĂ&#x2C6; GVHB EB NBTTB DPOTJTUFOUF t .PWFS B IBTUF EP TFNJ FJYP QBSB HBSBOUJS RVF OĂ?P IĂ&#x2C6; GPMHB MPOHJUVEJOBM FYDFTTJWB t $POEV[JS MFOUBNFOUF P WFĂ&#x201C;DVMP GB[FOEP
manobras em forma de â&#x20AC;&#x153;oitoâ&#x20AC;?, usando todo o ângulo de direcção para ambos PT MBEPT HBSBOUJS RVF OĂ?P FYJTUF OFOIVN SVĂ&#x201C;EP QSPWFOJFOUF EBT KVOUBT t 4F P TFNJ FJYP GPS SFNPWJEP WFSJGJDBS que a rosca e a ranhura dos parafusos FTUĂ?P FN CPBT DPOEJĂ&#x17D;Ă&#x153;FT BOUFT EF PT substituir, limpar cuidadosamente as ranhuras. TambĂŠm ĂŠ aconselhĂĄvel colocar uma pequena quantidade de NBTTB DPOTJTUFOUF t 4FNQSF RVF BT QPSDBT EF BDPQMBNFOUP sejam apertadas com uma chave de binĂĄrio, fazĂŞ-lo de acordo com os valores de binĂĄrio recomendados. Apertar as porcas com binĂĄrio excessivo pode danificar as juntas.
Factores que influenciam a vida de uma junta Como mencionado anteriormente, a junta de velocidade constante (homocinĂŠtica) foi projectada para durar toda a vida Ăştil do veĂculo no qual estĂĄ montada, mas hĂĄ alguns casos onde isso nĂŁo acontece. Cada veĂculo ĂŠ projectado e construĂdo atravĂŠs da simulação de um possĂvel cenĂĄrio de uso. Como pode imaginar-se, um conjunto assim projectado mas montado num carro de cidade serĂĄ usado num ambiente puramente urbano, o que ĂŠ muito diferente de um conjunto destinado a um veĂculo Todo-o-terreno que ĂŠ projectado para suportar picos de binĂĄrio extremamente elevados, que
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muitas vezes ocorrem em situaçþes de condução em terreno muito acidentado. Estas condicionantes afectam muito os projectos de design, levando Ă definição de produtos adequados de acordo com seu uso provĂĄvel. O uso do veĂculo em situaçþes particularmente difĂceis, aproximando-se dos limites de utilização para que o veĂculo foi projectado, leva as juntas velocidade constante (homocinĂŠticas), a trabalhar inevitavelmente em condiçþes de sobrecarga, com a consequente redução da sua vida Ăştil. O uso do veĂculo com condiçþes de temperaturas muito baixas ou muito altas, ĂŠ um teste severo em especial para os foles. O material termoplĂĄstico de que sĂŁo feitos os foles sofrem com temperaturas extremas e uma falha prematura do fole leva a junta a ficar exposta ao ar e ambiente externo, pode perder massa lubrificante e, consequentemente, deteriorar-se muito rapidamente. Da mesma forma sabe-se que o uso do veĂculo em ambientes salĂneos (ĂĄreas prĂłximas ao mar, estradas de montanha que sĂŁo salgadas durante o inverno para derreter a neve) tĂŞm como efeito acelerar a corrosĂŁo para alĂŠm do desgaste normal. Este fenĂłmeno leva muitas vezes Ă degradação prematura das ranhuras e roscas, tornando necessĂĄrio, nestes casos, a substituição de todo o conjunto. Fonte: Metelli PUB
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SERVIÇO ANOMALIAS DO CHASSIS
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DIAGNÓSTICO DOS CASQUILHOS DE SUSPENSÃO || Os actuais chassis são desenvolvidos a pensar na optimização do conforto e da segurança, oferecendo um grau elevado de fiabilidade. Apesar de tudo, as avarias podem aparecer, fruto de desgaste e de esforços exagerados
A
condições de utilização e o tipo de condução podem de facto provocar um desgaste prematuro dos componentes de suspensão. Além disso, o estado degradado das vias de circulação, as condições climáticas, o nível de carga do veículo e a sua distribuição podem afectar de forma muito directa a suspensão. Também não são de excluir (infelizmente) os problemas originados por reparações incorrectas, montagem de peças fora de especificação e a utilização de ferramentas inapropriadas. Dentre as causas mais frequentes de avarias das suspensões estão as seguintes: - Peças de borracha danificadas; - Corrosão de engorduramento; - Articulações gastas; - Peças de borracha rompidas.
DIAGNÓSTICO DO CHASSIS Para descobrir a causa de anomalias do chassis não chega dar uma olhadela rápida ao veículo. Para as rótulas das articulações, por exemplo, todas devem ser submetidas a um teste alternado de tracção e compressão, para se concluir se existe uma folga excessiva ou não. Este trabalho deve ser realizado com duas pessoas, ou em alternativa com um equipamento de detecção de folgas no chassis. Por outro lado, a única forma de se conseguir uma manutenção preventiva adequada é efectuar verificações regulares do estado da suspensão e direcção.
TESTE DE CONDUÇÃO - Falta de estabilidade ao conduzir o veículo e excesso de ruído das suspensões são uma indicação clara de degradação da suspensão, dependendo o grau de desgaste do tipo de utilização do veículo. Como o condutor habitual do veículo adapta automaticamente a sua condução às reacções da suspensão, só muito mais tarde é que se apercebe que alguma coisa não está bem.
Avarias frequentes - Separação da borracha - Ruptura de peças em borracha - Borracha porosa Causas - Solicitações de elevada intensidade - Anomalias noutras peças da suspensão - Desgaste devido ao envelhecimento
|| FIG. 1 - Na imagem pode ver-se perfeitamente que o casquilho deixou de suportar o braço na sua posição correcta, provocando do desalinhamento da suspensão.
|| FIG. 2 - Não é possível improvisar na montagem de casquilhos e braços de suspensão, porque qualquer alteração das especificações de origem afecta negativamente a geometria do chassis do veículo e a segurança da condução. A falta de uma anilha ou um aperto incorrecto é suficiente para ser notado no alinhamento da direcção.
Consequências - Ruídos no eixo dianteiro - Comportamento dinâmico do veículo instável - Peças vizinhas danificadas - Desgaste excessivo e/ou irregular dos pneus Solução - Substituição das peças danificadas com ferramentas apropriadas. - Verificação de outras anomalias provocadas pela avaria em todo o chassis. - Verificar a geometria do chassis.
DIAGNÓSTICO DE CASQUILHOS Os casquilhos dos braços de suspensão da frente e de trás desempenham todos os dias nos modernos chassis um trabalho enorme. Em função das elevadas solicitações dinâmicas que suportam e do envelhecimento natural dos materiais, esses casquilhos sofrem um desgaste mais ou menos rápido. Não podemos localizar um casquilho deteriorado com uma mera análise visual, sendo necessário utilizar equipamentos de diagnóstico de folgas nas articulações ou uma barra de desmontar pneus.
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SERVIÇO ANOMALIAS DO CHASSIS
Leva-se o veículo para um fosso ou um elevador e alguém tem que accionar os travões, para não deixar as rodas girarem. O técnico que trava as rodas deve rodar ao mesmo tempo o volante de um lado para o outro, enquanto que outro verifica o estado da suspensão. Se um casquilho estiver danificado é possível verificar visualmente ou manualmente o desalinhamento da peça (Fig. 1). Com a barra de desmontar pneus prende-se a roda e torna-se patente se o casquilho deixou de desempenhar a sua função. Se for esse o caso, é necessário substituir o casquilho, para evitar danos noutros componentes da suspensão e problemas de condução. Ao montar a peça nova de substituição é preciso evitar danificar outras peças, pois só deste modo é que o serviço é realizado profissionalmente.
MONTAGEM DE CASQUILHOS DE BRAÇOS HORIZONTAIS
|| FIG. 3 - Ao montar o casquilho, é fundamental que nem este nem o braço de suspensão fujam da sua posição, porque isso é susceptível de causar danos nas peças e colocar em risco o operador.
|| FIG. 4 - Um martelo de inércia permite desmontar rapidamente os casquilhos de borracha, desde que o braço de suspensão esteja devidamente imobilizado. Convém ter sempre em perspectiva o risco de danificar as peças e de colocar em risco os operadores, devendo aplicar-se as forças de forma gradual e controlada.
Para baixar o braço da suspensão é necessário suportar os outros componentes da suspensão, para evitar que possam sair da sua posição. Entretanto, temos muitos tipos diversos de casquilhos de braços da suspensão, sendo necessário respeitar em todos os casos a sua correcta posição de montagem. Todas as particularidades de cada suspensão devem ser consideradas inalteráveis, sendo para isso muito importante seguir as instruções de manutenção e montagem do construtor e/ ou do fabricante da peça (Fig. 2). A maior parte dos casquilhos são peças compostas de metal e borracha, possuindo alguma elasticidade, que impõe certas precauções. O braço de suspensão deve estar bem apoiado ou fixado, para evitar que possa mover-se do seu lugar e causar deformações em qualquer peça da suspensão e nele próprio. Ao introduzir o novo casquilho no orifício do braço da suspensão, é necessário aplicar a pressão apenas na parte metálica da peça, para evitar danificar a borracha. Deve utilizar-se um pouco de massa lubrificante com grafite para facilitar a montagem. Quando os casquilhos têm um rebordo, este deve ficar para o lado de fora do braço da suspensão, porque a função do rebordo de borracha é manter o casquilho na sua posição correcta. Se isso não acontecer, o casquilho pode sair do seu local de montagem, quando o veiculo começar a circular.
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Nota: A montagem dos casquilhos dos braços de suspensão é uma operação de risco para o operador e devem ser tomadas todas as medidas de segurança, incluindo meios individuais de protecção (Fig. 3).
Casquilhos de borracha Estes casquilhos podem ser facilmente desmontados com um martelo de inércia (Fig. 4). Para tal, é necessário fixar bem o braço da suspensão num torno de bancada. Ao montar o casquilho de borracha, pode ser utilizado silicone, que não é agressivo para a borracha. Mais uma vez é necessário evitar que o braço ou o casquilho resvalem durante a montagem, para evitar danificar as peças e poder provocar lesões no técnico operador.
Assentamento Depois de montar o(s) casquilho(s), é necessário voltar a montar o braço da suspensão no seu correcto lugar, mas ainda sem aplicar o binário de aperto final das porcas ou parafusos. O aperto final só deve ser aplicado quando o carro estiver assente no solo e a roda na sua posição de equilíbrio estático. Isso evita que o casquilho fique torcido dentro do braço de suspensão, sendo solicitado para além dos limites quando a suspensão se deformar, o que provocaria a sua rápida deterioração. Fonte: Ruville PUB
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MECÂNICA PRÁTICA SUBSTITUIÇÃO DE VALVULAS
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MERCADO EM EXPANSÃO || O crescimento e o envelhecimento simultâneos do parque automóvel actual explicam em parte o aumento do mercado de substituição de válvulas de distribuição, mas há outros indicadores que concorrem para o mesmo fenómeno.
T
emos que excluir o desgaste natural das válvulas, porque nunca a sua qualidade foi tão excelente (metal sinterizado), nem as distribuições, com o conceito generalizado dos impulsores hidráulicos, foram tão gentis para estas peças vitais do motor. Outra grande causa para avarias nas válvulas é a incorrecta manutenção e o uso abusivo dos veículos, ou mais precisamente dos motores. De facto, mudanças de óleo retardadas, correias de distribuição fora de prazo e combustíveis impróprios são razões sobejas para danos nas válvulas, mas as solicitações térmicas e mecânicas extremas (sobre regimes continuados) também contribuem a seu modo para a mesma situação. A primeira grande causa, no entanto, para que haja tanta corrida às válvulas do motor, são as emissões de escape. Efectivamente, o papel chave das válvulas é assegurar a vedação completa da câmara de combustão no momento crítico do tempo útil do motor, que engloba as fases de compressão, combustão e expansão dos gases resultantes. Qualquer falha neste capítulo implica problemas de combustão, que se traduzem por ineficiência energética, perda de potência e aumento de emissões de escape. Ou seja, um carro não passa numa inspecção técnica com as válvulas danificadas. Quanto mais rigorosos forem os limites de emissões de escape, menos falhas, mesmo as quase imperceptíveis, serão toleradas, o que ressalta a necessidade de efectuar uma correcta manutenção do motor, sem exagerar nas solicitações do mesmo. Também existem casos em que as avarias resultam de montagens e reparações incorrectas, uma situação que não interessa de modo algum ao bom nome e à boa imagem dos profissionais de reparação automóvel. É por essa razão que dedicaremos uma parte deste trabalho às boas práticas e aos procedimentos tecnicamente correctos.
sedes de válvulas. Em tempos, praticava-se o “rodar válvulas”, uma operação que consistia em esmerilar as sedes das válvulas, para eliminar irregularidades que provocavam fugas de compressão, mas o custo dessa operação, face ao custo de uma peça nova não compensa de maneira nenhuma. Além disso, as tolerâncias dimensionais dos motores modernos não permitem soluções do tipo mais ou menos, devido às elevadas relações de compressão que são actualmente actualizadas. Outro tanto se pode dizer em relação ao controlo das emissões de escape, que têm limites rigorosos. Ou a reparação restitui a cotas originais e a funcionalidade original do motor, ou mais vale substituir o próprio motor, o que vem sucedendo com frequência, exactamente porque não são hoje aceitáveis reparações mal feitas.
DESMONTAGEM DA CABEÇA DO MOTOR Muitos dos problemas relacionados com reparações que se revelam pouco fiáveis começam na desmontagem da cabeça do motor e das válvulas. Além de seguir procedimentos recomendados, o técnico deve fazer um diagnóstico global ao estado
Fig.
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do motor, porque não faz sentido encerrar a reparação com peças fora de condição ou mesmo deterioradas, pois isso é negativo para o cliente, mas pior ainda para a oficina, que deixa de facturar peças e serviços exigíveis. Isso é mais evidente quando o motor avariou devido a problemas da distribuição ou da junta da cabeça do motor, mas também se podem verificar outros danos em motores cujos sintomas aparentes são apenas o desgaste normal das peças. Uma revisão geral aos êmbolos, cilindros e cabeça do motor é indispensável para despistar anomalias potencialmente responsáveis por avarias posteriores. Se os êmbolos ou a superfície das câmaras de combustão apresentarem falhas, isso pode dar origem a auto inflamação e o motor nunca mais funcionará correctamente, mesmo com as melhores válvulas novas do mercado. Por outro lado, antes de desmontar as válvulas, é necessário descomprimir as respectivas molas, que são especialmente fortes, para conseguirem uma recuperação rápida da válvula ao seu assento. Sem ferramentas especiais de compressão das molas (Fig. 1), que tornam a desmontagem mais segura e cómoda para o operador,
Fig.
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|| As ferramentas de compressão das
|| As molas de válvula mal apoiadas
molas de válvulas são indispensáveis para assegurar o serviço de qualidade.
(inclinadas) deformam a haste da válvula e provocam desse modo avarias no motor.
Fig.
02
Fig.
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PEÇAS USADAS? Montar válvulas usadas não é certamente uma prática aconselhável, porque os danos térmicos ou mecânicos sofridos pelas válvulas provocam micro rupturas e alterações permanentes das propriedades do metal, que não garantem de modo algum o grau de fiabilidade e de segurança que uma reparação ao motor exige. O mesmo raciocínio se aplica aos assentos ou
podem resultar danos irreparáveis na cabeça do motor, para além dos riscos de ferimentos no próprio operador. Outra ferramenta específica muito útil para retirar as válvulas da cabeça do motor é uma vareta magnetizada, que se “cola” às válvulas, tornando a sua extracção segura e rentável, em termos de produtividade. Entretanto, as peças usadas devem ser guardadas, não para serem montadas novamente, mas para efectuar uma comparação cuidada com as peças de substituição, o que permite evitar enganos nas medidas, ângulos e na forma dessas peças. São pontos fundamentais o diâmetro e o comprimento da haste da válvula, o diâmetro e forma da cabeça da válvula (disco), bem como o ângulo de assento. É indispensável que a cabeça da válvula e o respectivo assento vedem perfeitamente entre si. Além da substituição dos assentos das válvulas, que muitas vezes escondem fissuras da cabeça do motor, as guias das válvulas têm que ser verificadas. Se o desgaste ainda permitir a rectificação, esta deve ser efectuada de acordo com as normas, mas em motores com muitos quilómetros a substituição das guias é o procedimento mais correcto. A folga entre a haste da válvula e a guia é especificada pelo construtor e deve ser rigorosamente respeitada. Para eliminar rebarbas e irregularidades do interior das guias, que poderiam provocar gripagens subsequentes, o furo deve ser rectificado com uma broca de dimensões e características adequadas. Esta delicada operação deve ser efectuada com o recurso a lubrificação com fluido de corte (óleo), para evitar sobreaquecimento (Fig.2).
PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM || Para fazer um trabalho perfeito
|| As chavetas usadas têm folga e não
e seguro, deve derramar-se manualmente fluido de corte nas guias de válvulas, ao efectuar a sua rectificação.
se ajustam de forma adequada ao pé da válvula. Isto leva a que a chaveta se parte e danifique a válvula e a seguir o motor.
Após verificar que todas as condições estão reunidas para efectuar a montagem (válvulas, guias e assentos novos ou recuperados), é necessário fixar as válvulas nas molas e verificar depois se a válvula se
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MECÂNICA PRÁTICA SUBSTITUIÇÃO DE VALVULAS
Fig.
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move livremente dentro da respectiva guia. O pé da haste da válvula tem um entalhe onde se insere um retentor, que assegura a fixação do prato da mola à haste da válvula. Para proteger o rebordo do retentor, existe um casquilho, que evita que o retentor salte,
soltando a válvula, o que seria desastroso com o motor a funcionar. Esse casquilho deve ser montado em todos os casos, sem excepção. Outro ponto da máxima importância na montagem da válvula é o correcto alinhamento entre a haste da válvula e a mola. Se a mola ficar inclinada em relação à haste da válvula, esta empena-se e o motor deixa de funcionar. A deformação da válvula resulta do facto do binário da mola se aplicar de um só lado, obrigando a haste a flectir (Fig. 3). Este problema é mais grave em certos motores do que outros, devido à forma do alojamento da válvula na cabeça do motor. Nas válvulas com múltiplas ranhuras, a fixação ao pé da válvula efectua-se por meio de chavetas anelares. Estas peças desgastam-se com o uso e não encaixam perfeitamente nas válvulas novas de substituição. Quando se voltam a montar estas chavetas em cada válvula de maneira
|| Para que o motor funcione de acordo com as especificações de origem e a legislação sobre emissões, a substituição das válvulas tem que assegurar perfeita vedação da câmara de combustão. Testes de vácuo ou com um fluido compatível asseguram o resultado da reparação.
aleatória, geram-se cargas desiguais, esforços de torção e picos de pressão, acabando por partir a chaveta pela zona das ranhuras (Fig. 4), o que vai provocar avarias no motor. Como regra, montam-se chavetas novas nas válvulas novas e as principais marcas de peças do motor do mercado, já fornecem novas chavetas junto com as válvulas de substituição.
PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO As válvulas devem rodar em torno na sua haste, porque isso favorece a eliminação de calor, reduz o desgaste do pé e mantém o assento da válvula limpo de depósitos, melhorando a vedação. O mesmo princípio se aplica às válvulas de ranhura múltipla, cujo movimento de rotação deve ser verificado após a montagem das respectivas chavetas. Todas as válvulas se deve mover livremente, porque uma válvula encravada corre o risco de cravar-se
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na cabeça do motor, em virtude do sobreaquecimento. Para que o técnico fique com a certeza de que as válvulas estão a vedar perfeitamente, realiza-se um teste de vácuo na cabeça do motor (Fig. 5). Outra forma de fazer o mesmo teste consiste em virar a cabeça do motor com as cabeças das válvulas para cima e deitar um fluido de baixa viscosidade (gasolina ou fluido de limpeza de travões, por exemplo) nas câmaras de combustão. Passado algum tempo, as válvulas que não vedam bem deixam correr o fluido para o lado contrário. Ao contrário do que se fazia noutros tempos, as válvulas de alta qualidade actuais não precisam ser esmeriladas (rodadas), porque são maquinadas com alta precisão e o seu material específico garante a perfeita vedação. Nos motores equipados com impulsores de válvula hidráulicos, que constituem a quase totalidade do parque circulante, é necessário deixar passar 12 horas antes de por o motor a funcionar. Isto é obrigatório, para que os impulsores possam drenar excesso de óleo que fica no seu interior (reservatório). Uma alternativa consiste em drenar os impulsores manualmente, antes de os montar no motor. Se houver excesso de óleo nos impulsores, o motor faz um elevado ruído e os impulsores danificam-se. Fonte: Mahle PUB
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COLABORAĂ&#x2021;Ă&#x192;O: CESVIMAP www.cesvimap.com
INDICADORES OPERATIVOS DA OFICINA || Como qualquer outra empresa, uma oficina necessita de uma gestĂŁo apoiada em indicadores e rĂĄcios. A melhor forma de realizar essa gestĂŁo, no entanto, ĂŠ utilizar ferramentas que mostrem em tempo real a marcha dos negĂłcios
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esse sentido, os indicadores operativos constituem uma dessas ferramentas, traduzindo-se numa sĂŠrie de valores numĂŠricos que servem para avaliar de forma simples e objectiva os principais aspectos chave do correcto funcionamento da oficina. Para se conseguir antecipar os factos e ser capaz de tomar decisĂľes apoiadas em critĂŠrios objectivos, ĂŠ necessĂĄrio bastante mais do que a simples intuição. A boa gestĂŁo de uma oficina passa por estabelecer um controlo permanente sobre uma sĂŠrie de parâmetros, que constituem o verdadeiro barĂłmetro da sua actividade. Esses parâmetros servem de informação e avaliação, relacionando elementos correspondentes a operaçþes diferentes, que sĂŁo efectuadas nas diversas ĂĄreas da oficina. Os indicadores fornecem um valor numĂŠrico, que por vezes sĂł assume um significado relevante, se esses valores forem comparados ao longo do tempo, a fim de perceber a situação real da oficina e facilitar a tomada de decisĂľes em tempo oportuno. Dependendo dos aspectos que pretendemos avaliar, existem trĂŞs tipos diferentes de Ăndices habituais: tĂŠcnicos, econĂłmicos e de rentabilidade.
Ă?ndices TĂŠcnicos Estes indicadores fornecem dados sobre a eficĂĄcia com que se desenvolve a actividade da oficina. Relacionam o tempo facturado nas intervençþes com o tempo disponĂvel e o que ĂŠ utilizado nos diversos trabalhos. Para conseguir essa informação, ĂŠ necessĂĄrio registar os tempos gastos nas diferentes operaçþes. Estes indicadores, que se podem multiplicar por cada ĂĄrea da oficina e atĂŠ por cada colaborador, sĂŁo os seguintes: PRODUTIVIDADE - Ă&#x2030; a relação entre as horas utilizadas em ordens de reparação, as horas produtivas e as horas produtivas. Mede a ocupação produtiva da oficina, que em mĂŠdia deve ser igual ou superior a 0,85, para garantir bons resultados. Produtividade
Horas produtivas = -----------------------------------------Horas disponĂveis
EFICĂ CIA OPERATIVA - Estabelece a relação entre o tempo e o tempo efectivamente utilizado nas ordens de reparação ou tempo produtivo, sendo um Ăndice do ganho em tempo obtido.
O seu valor deve por sistema superar 1,2. Horas facturadas EficĂĄcia operativa = -----------------------------------------Horas produtivas EFICIĂ&#x160;NCIA GLOBAL DA OFICINA - Ă&#x2030; a sĂntese dos dois Ăndices anteriores, podendo obter-se multiplicando-os. Estabelece a relação entre o tempo facturado e o tempo total disponĂvel, demonstrando o Ăndice de ocupação da oficina, que deve superar 1,02. Horas facturadas EficiĂŞncia Global = -----------------------------------------Horas disponĂveis
t 'BDUVSBĂ&#x17D;Ă?P EF QFĂ&#x17D;BT QPS 0SEFOT EF 3FQBSBĂ&#x17D;Ă?P Ă&#x2030; a relação entre a facturação de peças e o nÂş de Ordens de Reparação, num determinado perĂodo de tempo. Representa a facturação mĂŠdia de peças em cada intervenção realizada. Facturação de Peças por Ordens de Reparação
Facturação de peças = ---------------------------- x 100 Número de OR
t 'BDUVSBĂ&#x17D;Ă?P EF QFĂ&#x17D;BT QPS IPSB GBDUVSBEB Ă&#x2030; o Ăndice que revela a facturação mĂŠdia de peças por cada hora facturada pela oficina.
Indicadores econĂłmicos Proporcionam ao gestor informação sobre a rentabilidade do uso dos materiais utilizados nas reparaçþes, basicamente, as peças de substituição e materiais de pintura. PEĂ&#x2021;AS DE SUBSTITUIĂ&#x2021;Ă&#x192;O - A rentabilidade das peças utilizadas nas reparaçþes ĂŠ avaliada com trĂŞs indicadores, que indicam o seu potencial de facturação, a margem de lucro obtida com a sua venda.
Facturação de peças por hora facturada
Facturação de Peças = ---------------------------- x 100 Horas facturadas
t .BSHFN EF MVDSP EF QFĂ&#x17D;BT EF TVCTUJUVJĂ&#x17D;Ă?P O preço que consta na factura ao cliente ĂŠ o preço de venda ao pĂşblico (PVP) de peças e materiais que estĂĄ nas tabelas dos fornecedores e da prĂłpria oficina. A oficina no entanto, compra as peças mais baratas, com
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|| A boa gestĂŁo de
descontos variĂĄveis, em função de volumes, acordos com fornecedores, promoçþes, etc. A margem de lucro das peças ĂŠ a diferença entre o preço de compra e o preço facturado, ou seja, o desconto. Neste sentido, pode ser importante ter o desconto mĂŠdio por fornecedor, por tipo de peça, por marca e modelo de veĂculo, etc., a fim de controlar a rentabilidade das peças de substituição. MATERIAIS DE PINTURA - Os trĂŞs principais indicadores relacionados com o controlo dos materiais de pintura usados nas reparaçþes sĂŁo: consumo, sobras e margem de lucro. t ÂśOEJDF EF DPOTVNP EF NBUFSJBJT EF QJOUVSB Estabelece a relação entre os materiais consumidos e os facturados, dando a ideia do lucro que se obtĂŠm atravĂŠs dos produtos de pintura. Materiais Ă?ndice consumidos (â&#x201A;Ź) = ---------------------------------- x 100 de consumo Materiais facturados (â&#x201A;Ź) t ÂśOEJDF EF SFTUPT EF NBUFSJBJT EF QJOUVSB Mostra a percentagem de desperdĂcio de material de pintura, ou seja, a diferença entre a tinta preparada e a tinta utilizada na obra. Este cĂĄlculo inclui todos os produtos utilizados na repintura, tais como solventes de
uma oficina passa por estabelecer um controlo permanente sobre uma sÊrie de parâmetros, que constituem o verdadeiro barómetro da sua actividade
limpeza, verniz, tinta base de cor, aparelhos e diluentes, catalisadores, etc.
Ă?ndice de sobras
Restos de materiais (â&#x201A;Ź) = ---------------------------------- x 100 Material consumido (â&#x201A;Ź)
Em relação Ă margem de lucro, o procedimento ĂŠ idĂŞntico ao utilizado nas peças, isto ĂŠ, o desconto mĂŠdio obtido nos fornecedores. Neste caso, hĂĄ que descontar o Ăndice de sobras da diferença de preços facturados e de aquisição.
cålculo da rentabilidade vêm dos balanços e balancetes, conta de ganhos e perdas, informação que relaciona as receitas e resultados, com os activos que lhes deram origem. Os indicadores de rentabilidade mais utilizados são o ROS, ROA e ROI (nas iniciais em inglês). 304 3FTVMU 0WFS 4BMFT PV 3FOUBCJMJEBEF EBT 7FOEBT Indica o lucro que a empresa tira sobre as vendas ou receitas, mostrando a margem que se obtÊm por unidade monetåria facturada.
*OEJDBEPSFT EF SFOUBCJMJEBEF
BenefĂcio total ROS = --------------------------------------------------------- x 100 Volume de vendas
O estudo da rentabilidade da oficina deve revelar a capacidade da empresa para gerar resultados positivos, num determinado perĂodo. Os dados para o
30" 3FUVSO PO "TTFUT PV 3PUBĂ&#x17D;Ă?P EF "DUJWP Mede a capacidade da empresa para gerar vendas e receitas a partir de um
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investimento determinado em activos. Indica a quantidade de unidades monetĂĄrias de vendas geradas por cada unidade monetĂĄria de activos disponĂveis. Volume de vendas ROA = --------------------------------------------------------- x 100 Investimento total 30* 3FTVMU 0WFS *OWFTUNFOU PV 3FUPSOP TPCSF P *OWFTUJNFOUP DĂĄ-nos a rentabilidade obtida a partir de investimentos efectuados. BenefĂcio total ROI = --------------------------------------------------------- x 100 Investimento total Outra maneira de calcular este indicador ĂŠ multiplicando os Ăndices ROS e ROA um pelo outro, ou seja: BenefĂcio Volume total de vendas ROI = ---------------------------- x ------------------------ x 100 Volume Investimento de vendas total Este rĂĄcio tambĂŠm se pode obter a partir do balanço contabilĂstico da empresa, devendo estar acima do juro que a oficina obtĂŠm com depĂłsitos em bancos e outras entidades financeiras. Com este indicador ĂŠ possĂvel controlar a actividade a mĂŠdio prazo, ao contrĂĄrio do ROS, que ĂŠ um indicador a curto prazo. PUB
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|| CARROÇARIA
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BANCOS DE CARROÇARIA
PARA LIGEIROS
|| Existem no mercado diversos tipos de bancos de carroçaria, que visam responder a necessidades específicas de segmentos de veículos, tipos de oficinas e respectivos métodos de trabalho, bem como preferências dos profissionais de reparação
Q
uando se fala da tecnologia automóvel actual é comum considerar apenas os sistemas mecânicos, eléctricos, electrónicos e mecatrónicos, esquecendo que a evolução das carroçarias, ao nível das tecnologias de construção, comportamento dinâmico da estrutura, tolerâncias e materiais, tem vindo a conhecer avanços permanentes. Consequentemente, do mesmo modo que os métodos de diagnóstico e de reparação tiveram que ser adaptados do lado da mecânica e da electricidade às novas tecnologias, também na recuperação e reparação de carroçarias os métodos de trabalho e sistemas de diagnóstico sofreram revisões, por vezes, de certa profundidade. Na realidade, as novas carroçarias autoportantes, nas quais os elementos mecânicos e o habitáculo são posteriormente montados, possuem uma concepção geral mais complexa, visando produzir deformações previamente programadas, tanto para responder ao comportamento dinâmico da viatura, como para absorver a energia de impactos, através de deformações previstas, protegendo os ocupantes do veículo.
Um despiste aparentemente sem importância a baixa velocidade pode originar danos estruturais, tanto no local do impacto, uma roda ou pára-choques, por exemplo, como noutro ponto qualquer da carroçaria, devido às reacções desta, em função da energia libertada. Se não houver um diagnóstico correcto dos danos e a reparação se limitar aos aspectos cosméticos (reconformação das peças exteriores, pintura, etc.), a estrutura do veículo e a sua geometria podem ficar negativamente afectadas, provocando reacções inesperadas ou erráticas do veículo em situações de elevada solicitação (travagens de emergência, curvas a alta velocidade, etc.). Outras vezes, podem ocorrer igualmente perdas de motricidade, devido a danos mal reparados. Para responder às necessidades de reparação das carroçarias dos novos modelos, incluindo o diagnóstico de deformações estruturais, recuperação destas e alinhamento final da estrutura, existem os bancos de carroçaria, nos quais a carroçaria danificada é colocada, medida e reconformada. O banco de carroçaria deriva directamente de um conceito da engenharia industrial automóvel, o JIG de montagem,
um sólido chassis de barras longitudinais e transversais soldadas em ângulo recto, que permite a montagem em série de veículos, sempre com as mesmas especificações, como é indispensável que aconteça, para poderem ser montadas posteriormente as peças de mecânica e de carroçaria, resultando no final cada unidade idêntica à anterior e em linha com o projecto de produção definido. A principal diferença de um banco de carroçaria para um JIG da indústria automóvel, que muitas vezes são também utilizados nas oficinas dos concessionários, é que um banco de carroçaria deve permitir soluções multimarca, enquanto que um JIG se destina exclusivamente a uma marca de veículo e mesmo a um só modelo ou plataforma dessa marca. Por essa razão, no mercado existem diversos tipos de bancos de carroçaria, que visam responder a necessidades específicas de segmentos de veículos, tipos de oficinas e respectivos métodos de trabalho, bem como preferências dos profissionais de reparação. De qualquer maneira, todos os bancos de carroçaria visam responder a um objectivo comum, que é a recuperação da carroçaria, restabelecendo as suas cotas originais. Por
outro lado, o tipo de banco também depende da sua utilização e da dimensão dos danos registados na carroçaria. Um banco que é utilizado principalmente para diagnóstico, para medições e para reparações ligeiras pode ser mais leve e versátil, do que outro que é geralmente usado para a correcção de deformações da estrutura profundas. Basicamente, no entanto, todos os bancos possuem os seguintes elementos: Chassis - Tem que apresentar a solidez e rigidez necessárias para suportar, não somente o peso do veículo, como as cargas geradas pelas operações de conformação das peças deformadas. Dependendo da oficina e da sua forma de trabalhar, este chassis pode estar apoiado em suportes estáticos, geralmente reguláveis em altura, ou assente em rodas, que permitem a sua fácil deslocação para qualquer ponto da oficina. Cada vez mais, no entanto, os chassis dos bancos de carroçaria estão associados a elevadores (de colunas, de tesouras ou hidráulicos), pois a elevação facilita todas as operações de medição, conformação e reparação da carroçaria. Há
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Sistema de medição - Enquanto o chassis e o sistema de fixação são estáticos e visam imobilizar a carroçaria do veículo, o sistema de medição é móvel e geralmente multimarca, permitindo aferir os pontos de controlo da carroçaria do veículo e as cotas dimensionais desta. O controlo dos pontos da carroçaria e das suas cotas são indispensáveis para o diagnóstico, para orientar a recuperação das peças e para efectuar a montagem dos elementos mecânicos do carro e peças novas de carroçaria Para esse fim, são utilizados os mais diversos sistemas, como veremos de seguida. Sistema de estiramento - O banco de carroçaria possui um conjunto de acessórios destinados a obter a conformação de peças deformadas, aplicando uma força idêntica e em sentido oposto à força que provocou o
Fichas de reparação - Estas fichas contêm a informação técnica relacionada com o veículo que se pretende reparar, incluindo geralmente a localização dos pontos de controlo da carroçaria. Esses pontos variam com a mecânica montada ou desmontada, estando os parâmetros devidamente definidos por cada construtor. A dimensão das juntas das peças exteriores da carroçaria (portas, guarda-lamas, etc.) também vem geralmente especificada nessa ficha, entre outros dados técnicos.
TIPOS DE BANCOS Uma das formas de classificação dos bancos de carroçaria é através das suas funções, como podemos ver no quadro abaixo.
UNIVERSAL
Sistema de fixação - Para que não se registem erros nas medições e para garantir a segurança dos operadores durante as operações de conformação das peças, o banco possui diversos acessórios para fixar solidamente a carroçaria do veículo ao chassis do banco, que são geralmente aparafusados em perfurações ou calhas, que existem nas longarinas e nas travessas.
dano. Para desenvolver forças de tracção de elevado valor, são utilizados macacos e cilindros hidráulicos, esquadros hidráulicos e torres hidráulicas. Esses elementos são fixados ao veículo ou ao chassis do banco, de modo a obter o sentido e a direcção de tracção pretendidos, através de correntes, correias, ganchos, argolas, garras metálicas, etc.
TIPOS DE BANCOS
outros casos em que as oficinas preferem fixar os chassis no solo, especialmente se esse banco se destinar à recuperação de danos estruturais profundos.
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Sistema de Medição Electrónico
Monoponto Multiponto
Sistema de Medição Óptico Sistema de Medição Mecânico
Medidor Independente Acessórios universais
ACESSÓRIOS ESPECÍFICOS
Fig.
01
O trabalho prévio de montagem das torres e dos respectivos calibres específicos é que permite verificar os pontos de controlo da carroçaria, ao colocá-la depois sobre o banco.
Apesar de haver uma vasta oferta de bancos de carroçaria no mercado de todos estes tipos, iremos analisar neste artigo apenas os Bancos de Acessórios Específicos e os Bancos Universais, com sistemas de medição mecânicos. Os restantes tipos de bancos serão analisados em artigos posteriores, essencialmente por questões de espaço.
BANCO DE ACESSÓRIOS ESPECÍFICOS Nestes bancos, as cotas da carroçaria são verificadas com umas peças específicas para cada modelo de veículo, chamadas calibres. Cada carro tem um jogo especial de calibres que são montados no banco de carroçaria como se pode ver na Fig 1. Ao assentar no banco a carroçaria do veículo, os pontos de referências desta devem coincidir com os calibres. A não suceder isso, a carroçaria está
estruturalmente deformada. As principais características deste tipo de banco são, além da forma de controlo dos pontos já descrita, as seguintes: - Sistema robusto e resistente, que inclui torres onde são montados os calibres. - Grande precisão de medida, devido à existência de acessórios calibrados especificamente para cada modelo de veículo. - Esta vantagem é também uma desvantagem, porque uma oficina multimarca teria que possuir uma quantidade de acessórios incomportável, tanto em termos económicos, como de espaço. Estes bancos são geralmente utilizados por oficinas autorizadas de marca ou por oficinas independentes que se especializaram num determinado modelo ou marca de veículos. Outra PUB
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solução é o fornecedor do banco alugar a cada oficina o tipo de calibres que esta necessita, consoante o modelo de carro que está a reparar na altura, os quais são devolvidos de seguida. A robustez dos acessórios permite esta permuta das peças durante longo tempo (vida útil de cada modelo).
BANCOS UNIVERSAIS Desta vez, iremos analisar os bancos com sistemas de medição mecânicos, que podem ser de medidor independente ou de acessórios universais, como veremos de seguida. A grande vantagem destes bancos, especialmente para as oficinas multimarca, é a possibilidade de medirem qualquer tipo de carroçaria de todas as marcas e modelos de veículos, desde que se disponha das fichas técnicas respectivas. Esta característica faz destes bancos os mais utilizados em todos os países e regiões do planeta. Quanto o banco está equipado com um sistema mecânico de medidor independente, são montados diversos acessórios universais, a partir dos quais se realiza a medição dos pontos de controlo de carroçaria, com a ajuda de uma régua ou ponteiro (Fig. 2). Os dados constam de uma ficha técnica fornecida pelo fabricante do banco, a partir dos dados do construtor do veículo. A dificuldade deste sistema está em definir as coordenadas do espaço (comprimento, largura e altura), devendo a base da carroçaria estar perfeitamente
Fig.
02
Tal como em todos os outros sistemas de medida mecânicos, este sistema é baseado na colocação de acessórios universais nos pontos constantes da ficha técnica. A verificação é efectuada com a carroçaria colocada no banco e a ajuda de um instrumento de medida, através do qual são definidas as coordenadas tridimensionais no espaço.
paralela à superfície do banco, porque esta é a origem das cotas verticais. As cotas transversais são obtidas a partir da linha de simetria longitudinal da carroçaria, enquanto que as cotas longitudinais são aferidas a partir de um ponto aleatório escolhido na carroçaria, cujo único critério de selecção é não estar tanto quanto possível num zona deformada. Apesar de permitir realizar o diagnóstico e medições em carroçarias de todos os modelos e marcas de veículos, estes bancos são essencialmente bancos de medida, porque não possuem a robustez necessária para efectuar a operações de conformação estrutural por tracção. Também não possuem sistema de fixação da carroçaria ao chassis, ficando esta somente apoiada no banco.
Fig.
03
Neste sistema, os acessórios são os mesmos para todos os modelos e marcas de veículos, pelo que a chave do controlo dos pontos de referência da carroçaria é a posição de colocação das travessas onde assentam os acessórios e a posição específica destes.
Deste modo a sua utilização fica condicionada à existência de outro banco de reparação na oficina, o que pressupõe um certo investimento, que só tem justificação em oficinas de grande movimento e elevada rotação de veículos reparados. Nos bancos universais de Acessórios Universais vamos encontrar um sistema que está a meio caminho dos bancos de calibre específicos e dos bancos de medidor independente. Aqui, no entanto, não é necessário definir pontos no espaço a partir das três dimensões, porque são colocadas umas travessas sobre o banco, utilizando uns furos que existem nas longarinas. Em seguida, são colocados os calibres universais nessas travessas, atendendo a medidas de largura e comprimento especificadas,
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ficando definidos os pontos da carroçaria, de acordo com a ficha técnica do modelo (Fig. 3). Para efectuar o controlo, basta colocar a carroçaria em cima do banco e verificar a coincidência dos pontos de referência com os calibres. Também estes bancos são essencialmente bancos de controlo dimensional e de diagnóstico, não estando destinados a grandes reparações estruturais. Os bancos mais vocacionados para reparação possuem maior robustez e sistemas de tracção complementares, enquanto que os sistemas de medida são virtuais (ópticos ou electrónicos), que permitem acompanhar e orientar em tempo real as operações de conformação das peças danificadas, sem entrarem em contacto com a carroçaria.
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|| PASSO A PASSO
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SUBSTITUIÇÃO DE PÁRA-BRISAS COLADOS || Sendo um processo relativamente simples de executar, a diferença está nos detalhes, sendo fundamental prestar especial atenção a dois passos: a preparação das superfícies de colagem e a aplic ação do cordão de cola. Vejamos então os 10 passos necessários para executar uma substituição profissional de um párabrisas colado
01
Preparação e organização dos produtos e ferramentas necessários para este trabalho
02
Protecção do veículo, especialmente nas zonas de apoio dos operadores.
05
Cortar os restos de cola usada do aro da carroçaria, deixando apenas uma espessura de 1 ou 2 mm
08
Reparar possíveis danos existentes no aro da carroçaria, utilizando um produto anti-corrosivo
03
Desmontagem de peças e acessórios que impeçam a remoção do pára-brisas danificado
06
Limpeza das superfícies, seguida da aplicação no vidro do produto promotor de aderência para a cola
09
Aplicar o cordão de cola fresca, optando por uma das superfícies: aro da carroçaria ou vidro.
04
Corte do cordão de cola de fixação do vidro utilizando a ferramenta mais apropriada
07
Limpeza e aplicação do produto promotor de aderência no aro da carroçaria onde assenta o vidro
10
Colocar o vidro na sua posição correcta e montar os acessórios e peças antes desmontados
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TÉCNICA TECNOLOGIA DE TRAVAGEM
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ELECTRÓNICA DOS SISTEMAS DE TRAVÕES || Enquanto milhões de automobilistas continuam a circular com os fluidos de travões inadequados ou deteriorados, pastilhas gastas e de má qualidade, discos usados para lá do limite e/ou empenados ou rachados, arriscando as suas vidas em cada quilómetro, a tecnologia não pára.
A
base do sistema ABS (sigla que significa Antilock Brake System) são os sensores WSS (Wheel Speed Sensors), que enviam ao programa de comando dos travões a crítica informação sobre a rotação ou velocidade de cada roda. Com a chegada dos novos sensores “activos”, no entanto, os métodos e procedimentos de diagnóstico electrónico dos sistemas ABS sofreram algumas alterações. Sendo assim, os técnicos de reparação têm necessidade de saber que tipo de sensores estão montados no veículo em que estão a trabalhar. Acontece que, exteriormente, o novo sensor “activo”, ou melhor, de resistência magnética, acaba por não se diferenciar dos anteriores sensores “passivos” ou indutivos. De qualquer modo, a sua construção interna, funcionamento e sinal de serviço são muito diferentes. As únicas semelhanças entre os dois tipos de sensores é que ambos têm um íman permanente, uma roda de modulação e dois fios de ligação. Aqui acabam as semelhanças. Vejamos então as diferenças:
t O sensor de resistência magnética WSS utiliza um cabo de dois condutores, sendo um de corrente de alimentação e outro do sinal de saída; t Apesar de serem chamados activos, estes novos sensores não geram um sinal de corrente por si próprios e têm que ter uma linha de alimentação eléctrica exterior. Em termos práticos, a unidade de controlo ABS fornece uma corrente de 12V ou 5V ao sensor WSS. No interior deste, está presente um pequeno circuito integrado que contém uma ponte de resistência magnética. Esta ponte varia a sua resistência em
função da relação entre a roda de modulação e o campo magnético do sensor. O circuito electrónico do sensor transforma então essa resistência variável num sinal de voltagem contínua (DC). Deste modo, a velocidade de rotação da roda é transformada num sinal de corrente, que é enviado à unidade de comando do sistema.
danificar os novos sensores do tipo WSS. Em alternativa, apresentamos seguidamente algumas sugestões para realizar uma verificação sem problemas:
DIAGNÓSTICO SEM PROBLEMAS
2. É preciso ter cautela, porque alguns aparelhos de diagnóstico têm a sua esquerda e direita misturadas. Para não perder tempo, desligue um sensor WSS que esteja bom e verifique se o código
1. Verificar um dos sensores (que não tenha gerado nenhum código de avaria) para determinar que tipo de sensor está montado no veículo.
Anteriormente, os técnicos verificavam o estado dos sensores de roda medindo a sua resistência, mas este processo pode
Fig.
01
|| Esta imagem mostra a secção do cubo da roda. O anel magnético de modulação está integrado no próprio rolamento. O sensor está localizada de tal modo que o campo magnético do anel actua directamente nele.
Voltagem de alimentação
Fig.
02 Rolamento da roda magnética Voltagem do sinal
Velocidade da roda
|| O diagrama revela de forma esquemática como funciona o sensor de roda activo: o anel magnético inserido no rolamento modifica a voltagem do sensor, colocado a curta distância, à medida que a roda gira. A relação entre o movimento da roda e a voltagem pode ser observada no pequeno gráfico ao fundo.
de avaria refere o sensor desligado. Deste modo é possível confirmar se os códigos estão certos ou errados (lado esquerdo ou lado direito do carro). 3. Verificar sempre o estado do cabo do sensor WSS e dos respectivos condutores (mau contacto ou sem isolamento). Verificar também o estado do cubo da roda e do disco, assim como do local de apoio do sensor e a sua folga. 4. Com a ignição ligada, os sensores activos são alimentados por uma corrente que pode ser de 5V ou 12V. Os sensores passivos também são alimentados por uma corrente ao ligar a ignição, mas a voltagem destes é muito menos (geralmente de 0,5V a 2,5V). 5. Utilizar um multímetro ou um osciloscópio para verificar a voltagem de saída do sensor. Os sensores activos debitam uma corrente DC, enquanto que os sensores passivos geram uma corrente alterna (AC). Os melhores resultados são obtidos com o osciloscópio regulado para 20V e 200 milisegundos como base de tempo.
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ACTUALIDADE
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DESTAQUES
OPEL REVOLUCIONA ILUMINAÇÃO AUTO A Opel desenvolveu um sistema revolucionário de faróis para automóveis, capaz de tornar a condução noturna mais segura e confortável. A nova tecnologia, pioneira na indústria automóvel, baseia-se em matrizes de diodos eletroluminescentes (LED, Light Emitting Diode). A Opel é o primeiro construtor de automóveis a testar em protótipos, em condições reais, um sistema totalmente integrado de iluminação por matriz. Este sistema segue uma filosofia inédita nas tecnologias de iluminação. Em vez de utilizar as luzes de médios como predefinição, o sistema mantém sempre a posição de luzes de máximos, que se adaptam automaticamente de acordo com as situações do tráfego e eliminam brilhos ofuscantes. Nesse sentido a matriz de diodos gere os feixes de forma inteligente, garantindo uma condução mais cómoda com os níveis mais elevados de segurança. Os feixes de luz são ajustados de forma mais rápida do que em todas as tecnologias atuais, as quais estão sempre dependentes da ação do condutor ou de elementos móveis mecânicos. A nova tecnologia de iluminação por matriz de LED será gradualmente inserida na gama de modelos da Opel nos próximos anos.
POUPAR COMBUSTÍVEL COM O TELEMÓVEL Numa altura em que o preço dos combustíveis atinge valores recorde, a Optimus, através da nova aplicação Gasol, ajuda a encontrar o posto de abastecimento mais próximo e económico. A aplicação Gasol é gratuita e já está disponível para utilizadores de smartphones na loja de aplicações da Apple e AndroidMarket. Nem sempre o posto mais barato é a melhor solução para quem procura abastecer a um preço mais económico, principalmente se implicar uma deslocação de largos quilómetros. Por esse motivo, a aplicação Gasol tem disponível a função ‘génio’ que permite calcular, caso a caso, a melhor solução de abastecimento, através da avaliação integrada de factores como o consumo médio, quantidade de combustível a abastecer, consumo ida ou ida e volta, postos abertos no momento da pesquisa e descontos nas marcas. A informação utilizada nesta aplicação é prestada pelos titulares das explorações de postos de abastecimento à Direcção Geral de Energia e Geologia, pelo que deste modo, a aplicação fornece a informação oficial mais actualizada e precisa possível, para que a mesma possa ser útil aos utilizadores no seu dia-a-dia.
SUZUKI SWIFT 1.3 DDIS GLX 5P EQUILIBRADO O motor diesel na gama Suzuki Swift acaba por conseguir aliar duas caraterísticas deste modelo: a estética e os baixos consumos. A estética sempre foi um dos aspetos positivos deste pequeno modelo japonês, que surge agora reforçado pela introdução de umas óticas dianteiras ainda mais rasgadas, bem como alguns pequenos detalhes valorizaram bastante o carro.
|| FICHA TÉCNICA Suzuki Swift 1.3 DDiS Cilindrada cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)
4/1.248 75/4.000 190/1.750 165 12,7 4,2 19.630 Euros
Novo é também o bloco 1.3 DDiS do Swift. Mantendo a cilindrada da anterior geração, este motor common-rail foi atualizado para mais facilmente cumprir as normas ambientais (Euro 5), até por via da montagem de um novo sistema de filtro de partículas com catalisador incorporado. O motor é muito dócil em qualquer gama de rotações, tornando-se muito económico nas deslocações em ambientes urbanos. Sente-se um pouco mais de vigor, com a entrada do turbo, mas quando se chega ao regime máximo do binário (1.750 rpm) depressa tudo volta ao normal, ficando a sensação de que não é um carro para grandes velocidades. O comportamento dinâmico é outro bom argumento do Swift, que possui uma direcção precisa, uns travões eficazes e caixa bem escalonada para o motor em causa.
GPS COM MUITAS FUNCIONALIDADES A Garmin, líder mundial em soluções de navegação pelo quarto ano consecutivo*, acaba de apresentar o seu último GPS topo de gama: nüvi® 2585TV. Este equipamento combina as melhores funcionalidades e desempenho em termos de navegação, com as melhores soluções de entretenimento. Para além de chegar sempre ao destino sem qualquer complicação, com este GPS o condutor pode ainda ver televisão e ouvir rádio, ambas opções que vêm já incluídas, e usufruir de serviços de gravação. O nüvi® 2585TV é a solução ideal para a toda a família, tornando mais divertidas as horas de viagem na estrada e as ocasionais paragens para descanso. Graças ao novo GPS da Garmin nunca mais vai ter de perder os seus filmes favoritos, ou aquele jogo de futebol que gostaria de ver, simplesmente porque vai viajar. Poderá gravar os conteúdos antes de começar a viagem, ou aproveitar o potente recetor DVB-T MPEG2./H.264, que em conjunto com as antenas incorporadas, proporciona uma incrível cobertura, permitindo a visualização de múltiplos canais, inclusive se viajar para o estrangeiro. Quando chegar ao hotel, ou no regresso a casa, poderá conectar o GPS a um televisor e desfrutar dos vídeos, ou demais conteúdos, num ecrã maior (neste caso é necessário adquirir um cabo opcional). O nüvi® 2585TV oferece uma série de outras funcionalidades que fazem deste topo de gama da Garmin o parceiro perfeito para as suas viagens: - Ligação Bluetooth para atender chamadas sem ter de tirar as mãos do volante; - Navegação por foto, que permite descarregar imagens geolocalizadas e associá-las a um destino. Para navegar até lá basta selecionar a foto; - “Onde estou? e Onde estive?”, opções que permitem ao utilizador conhecer a todo o momento a sua localização exata mediante coordenadas de latitude e longitude, e aceder a outras informações úteis como estações de serviço e hospitais mais perto; - ecoRoute™, que ajuda a uma condução mais eficiente, económica e amiga do meio ambiente; - Cartografía de toda a Europa (incluídos países de Leste); - Ranhura para cartões micro SD.
RANGE ROVER EVOQUE 2.2 SD4 SUPER-JIPE Não existem dúvidas sobre a enorme classe do Range Rover Evoque. É um veículo elegante, majestoso, dinâmico e confortável. Ninguém fica indiferente à sua passagem e quando está parado é o alvo de atenções. O interior é riquíssimo. Bancos e volante de couro de muita qualidade e uma posição de condução que nos deixa com o domínio de tudo, tal a quantidade de ajustes que temos
|| FICHA TÉCNICA Range Rover Evoque 2.2 SD4 Cilindrada cc: 4/2.179 Potência Cv/rpm: 190/Binário Nm/rpm: 420/Velocidade Km/h: 195 Acel.0-100 km/h seg.: 8,5 Cons.Médio L/100Km: 6,4 Preço 56.973 Euros
ao nosso dispor. Equipamento e eletrónica é o que também não falta neste carro. A dinâmica deste “super-jipe” é muito convincente. Nota-se algo excesso de peso nas transferências de massa de curva para curva, mas dispondo este Evoque de Controlo de Estabilidade (DSC), Controlo de Tracção (TCS), Distribuição Eléctrica da Força de Travagem (EDB), Travagem Assistida de Emergência (EBA) e Controlo de Travagem em Curva (CBC), temos sempre o controlo dinâmico deste veículo que curva como um desportivo. A caixa automática é lenta e nem a opção por comando manual (atrás do volante) melhora muito as coisas, pelo que nem sempre se sai de algumas curvas com a rotação ideal. Quanto ao motor transborda binário e potência. Sendo um Range Rover, obviamente que as suas aptidões no fora de estrada são também excelentes.
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