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JANEIRO 2013 ANO IX 3 EUROS

Desejamos a todos os nossos clientes

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BOM ANO de 2013

*OTUBMM $POÎEFODF JORNAL INDEPENDENTE DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS WWW.JORNALDASOFICINAS. COM || WWW.APCOMUNICACAO.COM

GUIA DA MANUTENÇÃO RESPONSÁVEL

|| O número de entradas de veículos nas oficinas tem vindo a decrescer de forma acentuada desde o início de 2012. Cada vez mais, os condutores atrasam as visitas à oficina, limitando-se a resolver os problemas mais at ccríticos, quando lá vão. Isto significa que o parque automóvel português sse está a degradar a um ritmo assustador. O JORNAL DAS OFICINAS ttem consciência da gravidade da situação e por isso decidiu avançar ccom a publicação do “Guia da Manutenção Responsável” dirigido aos automobilistas, informando-os dos benefícios de uma manutenção preventiva responsável

PEÇAS USADAS

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Com o aparecimento dos Centros de Abate certificados, que vieram ocupar o lugar das antigas sucatas de automóveis, as peças usadas ganharam um novo estatuto, tornando-se mais fiáveis e credíveis

A manutenção de caixas automáticas constitui mais uma oportunidade de negócio, mas é necessário ter um mínimo de preparação teórica e equipamentos adequados para prestar um serviço de valor acrescentado

PIRATARIA INFORMÁTICA

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As versões de software ilegais, com dados técnicos dos veículos, continuam a grassar nas oficinas de reparação automóvel. Resta o controlo das autoridades, que é aleatório e depende das necessidades de receitas do estado PUB

CAIXAS AUTOMÁTICAS

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FIBRA DE CARBONO

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A fibra de carbono é um produto de engenharia especialmente desenvolvido no campo dos materiais compostos, que se caracteriza pela sua alta qualidade e baixa densidade

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(Pag. 06)


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MERCADO RELAÇÃO CLIENTE / OFICINA

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DITORIAL

COMUNICAR VALOR AO CLIENTE

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izer que o cliente é a coisa mais importante para qualquer empresa e depois não o tratar com a consideração e zelo que isso implica é pelo menos lamentável, porque isso significa que temos a chave do sucesso no bolso, mas não a tiramos de lá. Há também aqueles que dizem que o importante não é que o cliente venha à oficina, mas que volte. Tudo certo, mas já foi. Esse filão já está explorado. Nós agora estamos a entrar numa era em que o cliente não precisa ir à oficina, nem voltar. A oficina é que tem que ir ter com ele, quantas vezes ele necessitar. Com a chegada da telemática, a oficina tem que seguir o carro, ver o que ele necessita e estar à porta do cliente com a solução. Os clientes precisam de soluções de mobilidade e não de peças, óleos, filtros, pneus e coisas assim. Isso é trabalho para a oficina. Alguns poderão ficar espantados com esta rápida e inesperada evolução, mas a telemática já existe há décadas. Existe obviamente nos aviões, desde há muito, mas também já muitos sistemas informáticos estão sob vigilância remota e os empregados do fornecedor deslocam-se à empresa, reparam os equipamentos e repõem os consumíveis, sempre que for necessário. Devemos estar gratos que assim seja, porque isso irá permitir-nos oferecer serviços de maior valor acrescentado, contratar mais pessoal e expandir o negócio. Isso já é ponto assente. O que devemos perguntar é se devemos ficar à espera que as coisas evoluam por si ou se devemos nós avançar em direção ao futuro. Mesmo sem telemática, é possível estabelecer um vínculo solidário com o cliente e fazer verificações in situ do veículo, seja em casa do cliente, no escritório ou no parque de estacionamento onde fica o carro. Esse mundo perfeito em que o cliente conduz, o reparador repara e o fornecedor entrega as peças não precisa ficar à espera. Pode ser já, mas temos que saber comunicar valor ao cliente e apresentar as contas bem feitas. Se você é daqueles para quem ficar à espera do cliente já é muito trabalho, desista! Vai ter que fazer investimentos, desenvolver o negócio e sobretudo arranjar maneiras de pôr a cabeça a funcionar, para saber onde estão os clientes. Aceita o desafio? Provavelmente não tem outra opção.

INIMIGOS OU ALIADOS? || Todos estão empenhados em levar os seus negócios para a frente, mas poucos têm uma noção exata do papel que os relacionamentos e as relações pessoais têm na evolução desses negócios

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uitas vezes, pensamos que é tudo uma questão de ter bons equipamentos na oficina, pessoal tecnicamente competente e umas finanças minimamente equilibradas. Quanto aos clientes, bem! Claro que temos que os aturar, mas somente até termos na mão o pagamento da fatura. Depois, ala, que se faz tarde! Julgamos ingenuamente que um Mundo decente pode ser feito desta maneira, utilizando-nos uns aos outros e trocando a cortesia pela hipocrisia e os

valores autênticos por meia dúzia de patacos. Na realidade, os clientes vão às oficinas porque acreditam que as pessoas que estão à frente desses negócios são seres humanos confiáveis, nas mãos dos quais podem colocar a sua segurança e o seu património sem problemas. Claro que há uns com um feitio melhor do que outros, há também os dias bons e os dias maus e temos que nos desculpar uns aos outros, dentro do possível. Sem esse crédito

fundamental, as oficinas de reparação e manutenção automóvel, começando obviamente pelas mal frequentadas, estariam todas vazias definitivamente, até se encontrar outra maneira de cuidar dos veículos. Isto não quer dizer que está tudo irremediavelmente comprometido, mas significa simplesmente que as relações entre as pessoas envolvidas nos processos de manutenção automóvel têm que passar por uma evolução qualitativa profunda e

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: Hugo Jorge EDITOR E PROPRIETÁRIO: João Vieira SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares - 2705- 351 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira PAGINAÇÃO: Pedro Vieira IMAGEM: António Valente SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE: Paula Catela MARKETING E GESTÃO DE VENDAS: Director: Ricardo Miranda - E-mail: ricardo.miranda@apcomunicacao.com PUBLICIDADE: Director: Mário Carmo - E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares.

APCOMUNICAÇÃo O SEU PARCEIRO DE NEGÓCIO

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MERCADO RELAÇÃO CLIENTE / OFICINA

voltada para o futuro, esquecendo o passado. Ou melhor, esquecendo o que do passado não interessa e o que não contribui para nenhuma evolução significativa. Temos que partir de uma base nova, assente em regras, não só meramente legais, mas também deontológicas, tanto para operadores do mercado, como para os clientes, que todos se comprometem cumprir e que servem de ponto de partida para negociações e entendimentos equilibrados, equitativos, transparentes e justos. Não podemos continuar a viver num mundo canino, em que prevalece o cão que ladra mais alto e o que tem os dentes mais afiados para cravar na carne do opositor mais fraco. O pós-venda automóvel tem que ser uma comunidade de prestadores e utilizadores de serviços em prol de uma mobilidade automóvel mais segura, mais económica e mais amiga do ambiente, tendo o automóvel como fulcro e as relações entre todos assentes na boa fé e na justiça como regra de ouro. Não é pedir o céu, mas pedir e lutar apenas por aquilo a que todos temos legitimamente direito.

são pessoas que pautam as suas vidas pela confiança recíproca, pela discussão aberta dos interesses próprios e alheios e pelo equilíbrio dos negócios e contratos. Portanto, há por um lado que congregar todo esse imenso potencial, para transformar o pós-venda automóvel num sector de prosperidade, credibilidade e segurança, em todos os sentidos, sendo por outro lado também essencial definir de uma forma muito séria o acesso ás profissões e ao mercado. Não se consegue fazer pão com farinha estragada, do mesmo modo que um prédio feito só de cimento e areia cai em pouco tempo. O betão necessita da consistência da pedra e da segurança do ferro, para poder resistir ao tempo e ao desgaste. Para nós, que estamos num sector diferente, a pedra são os princípios morais e deontológicos, enquanto que o ferro são as leis, regras e os princípios de ação flexíveis, mas definidos.

Todos somos pessoas Por enquanto, os carros ainda não falam entre si, nem se cumprimentam, excepto nos filmes de desenhos animados que as

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assegurar a plena satisfação dos seus clientes e conseguir assim a sua fidelização à marca. Obviamente, a qualidade de serviço tinha (tem) um custo, que nos bons tempos era assegurado tranquilamente, tanto pelas marcas, como pelos clientes. Com a exacerbação da concorrência entre marcas e grupos construtores, assim como devido à vulgarização da mobilidade automóvel, esses custos com uma assistência de qualidade passaram a ter dificuldade em encontrar quem os pagasse, excepto os concessionários, quase por obrigação. Os operadores independentes nunca se sentiram obrigados a zelar pela imagem das marcas e os reparadores autorizados foram uma tentativa falhada de os “converter” às marcas. Salvo as dignas e honrosas exceções das oficinas independentes que compreenderam que tinham que zelar pelos seus clientes, não pelas marcas dos veículos, mas por eles próprios e no seu próprio interesse, o cliente do pós-venda automóvel tem sido um mal amado que nunca tem dinheiro suficiente para pagar a tal casa de férias com piscina que os

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disponível pelo preço que o pagámos por ele no século passado. O que era preciso fazer está a ser feito. O automóvel está a diversificar as suas formas de propulsão e as mudanças na economia e na sociedade vão pelo mesmo caminho. Não há mesmo nenhuma volta a dar, senão fazer pela vida. No caso do pós-venda automóvel, todos estamos a ver que é necessário otimizar a gestão dos negócios e a sua eficiência, bem como minimizar os custos, mas é preciso também que os clientes consigam gerir adequadamente os seus orçamentos, para poderem pagar as faturas. Essa é a base do pacto de sobrevivência no pós-venda automóvel atual, mas tudo está em mudança acelerada e o que é válido hoje, pode não ser amanhã. Enquanto os clientes não se tornam numa espécie em vias de extinção, está na hora de fazer as pazes e de procurar tornar a vida menos complicada para todos e para cada um. Empresários, técnicos e clientes do pós-venda automóvel, uni-vos! A época das promessas mal cozinhadas e da galinha dos ovos de ouro já era. PUB

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donos das oficinas sonham. Deste modo, tem vigorado a pobre filosofia do “tal ordenadito, tal trabalhito”, cada vez mais acentuado esse problema por uma concorrência desenfreada, tanto leal e legal, como desleal e ilegal.

Pacto de sobrevivência?

|| Os clientes vão às oficinas porque acreditam que as pessoas que estão à frente desses negócios são seres humanos confiáveis

De todos os clientes que frequentam as oficinas, dizem as estatísticas que apenas 5% são avessos a compromissos e a entendimentos estáveis, preferindo escolher em cada momento a solução que mais lhes convém. Isso quer dizer que a grande maioria de 95% desses clientes

novas tecnologias tornaram possíveis… Pós-venda automóvel é portanto um assunto entre pessoas, que devem a si próprias o respeito e a dignidade de um relacionamento humano. Historicamente, as marcas dominaram o pós-venda, exatamente como meio de

Passado o período das vacas gordas, dos combustíveis baratos, das peças baratas e dos custos de exploração das empresas acessíveis, de que a crise presente é um mero reflexo, condutores e prestadores de serviços de manutenção automóvel estão ambos com crescente dificuldade em assegurar os custos. A nova distribuição, os serviços rápidos e os auto centros são a resposta para essa asfixia, mas a subida dos custos é imparável, desde logo porque a energia e os recursos escasseiam. Ainda recentemente os mexicanos exultaram com a descoberta de uma jazida colossal de petróleo na sua plataforma continental, mas a muitos quilómetros de profundidade e com grandes riscos de impacto ambiental. É muito fácil perceber que esse petróleo ao chegar à superfície nunca vai estar

FACTOS O pós-venda automóvel tem que ser uma comunidade de prestadores e utilizadores de serviços em prol de uma mobilidade automóvel mais segura, mais económica e mais amiga do ambiente. De todos os clientes que frequentam as oficinas, dizem as estatísticas que apenas 5% são avessos a compromissos e a entendimentos estáveis. Pós-venda automóvel é um assunto entre pessoas, que devem a si próprias o respeito e a dignidade de um relacionamento humano. No pós-venda automóvel, todos estamos a ver que é necessário otimizar a gestão dos negócios e a sua eficiência, bem como minimizar os custos. Enquanto os clientes não se tornam numa espécie em vias de extinção, está na hora de fazer as pazes e de procurar tornar a vida menos complicada para todos e para cada um.


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CAMPANHA REDUÇÃO DE CUSTOS I CAPÍTULO  CONTABILIDADE

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PARCEIRO DE NEGÓCIO || Para muitos gestores oficinais, a contabilidade é ainda uma entidade afastada do negócio real. É quem apura impostos a pagar, e importuna a solicitar “papéis”

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sta interpretação da função da contabilidade tem de ser alterada, já que, o prestador de serviços contabilísticos é um dos parceiros mais importantes na empresa, e é urgente, que os gestores o reconheçam como tal. Até há pouco tempo atrás, para a maioria das Oficinas Auto de pequena e média dimensão, a contabilidade foi considerada como uma entidade externa à empresa e separada do negócio. Infelizmente, por responsabilidade de ambas as partes, este facto foi uma verdade durante décadas. Hoje, devido a várias condicionantes, tal não é possível. Mais, se é daqueles que considera

que a sua empresa é pequena e isto só é válido para os “grandes”, está enganado. Algumas razões para que a contabilidade faça parte integrante do seu negócio: - Meio Económico fortemente retraído e completamente atípico; - Meio Financeiro com alteração brusca do seu papel na economia; - Alteração dos Custos Financeiros e dos Serviços Bancários; - Legislação laboral em constante alteração; - Legislação Fiscal em constante e profunda alteração;

- Leis, Normas e Procedimentos que são obrigatórios para as empresas. O seu incumprimento é sujeito a coimas; - Decisões de gestão baseadas em factos, em detrimento do “feeling”. A 1ª forma de conseguirmos reduzir custos, na nossa empresa, através da contabilidade é…sabendo onde eles estão (ou seja, onde estamos a “gastar”). Através de uma Demonstração de Resultados (D.R.) mensal, rigorosa nos números apresentados, e realizada de forma atempada, conseguimos saber em detalhe para onde está a “caminhar” o

nosso negócio e o nosso dinheiro… (não é interessante do ponto de vista da gestão, estar em Dezembro a analisar uma D.R. de Junho…). Este é um documento que a Contabilidade deve colocar à disposição do gestor, com um prazo máximo de 2 meses. Isto é, se estamos em Dezembro, devemos estar, ao limite, a analisar a D.R. de Outubro. Para aqueles que estão menos familiarizados com estes nomes, a Demonstração de Resultados dá-nos o resultado líquido do nosso negócio em termos económicos (Fig. 1) num determinado momento.


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CAMPANHA REDUÇÃO DE CUSTOS I CAPÍTULO  CONTABILIDADE

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PATROCINADORES

O que devemos ter em atenção numa D.R.? As contas que normalmente levantam questões importantes para o resultado do nosso negócio são, designadamente: - Custo das Mercadorias Vendidas Atenção aos stocks e aos preços de custo das mercadorias que são imputados no sistema informático. Estes dois pontos podem alterar por completo a realidade das margens com que a empresa está a trabalhar. - Depreciações Os equipamentos oficinais são, normalmente, uma parte importante nas depreciações. A interpretação do tempo de depreciação depende muitas vezes da informação que é passada ao TOC. O TOC não sabe se um elevador é depreciado em 5 ou 10 anos…para ele, é apenas um elevador. Em termos de resultados pode ser diferente um equipamento ser depreciado em 5 ou em 10 anos. Pode, efetivamente, ser a diferença entre um resultado positivo ou negativo na D.R. Outra forma de reduzir custos na empresa, através da contabilidade, será conhecer em profundidade as melhores opções fiscais para a sua empresa. O Fisco pesa muito na actividade das empresas. No entanto, dentro da absoluta legalidade, existem opções de titular gastos, menos onerosas que outras. Muitas vezes assistimos, por desconhecimento ou inércia, as empresas a insistirem num modelo de “gestão de gastos”, que estão desfasados da realidade fiscal actual. A chamada tributação autónoma que incide directamente em gastos relacionados com deslocações e estadas numa proporção mínima de 10% do valor em causa, (sempre que não devidamente documentadas ou quando contabilizadas como despesas de representação), faz com que as empresas paguem um imposto sobre um gasto. Este imposto poderá ser agravado para o dobro, se as empresas apresentarem Resultados Anuais Negativos.

|| FIG. 1  DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Outro parceiro de negócio, que tem vindo a incrementar o seu peso, na actividade das empresas é a Banca. É essencial para o gestor ter um mapa que lhe demonstre todos os custos que possui com cada Banco com que trabalha. Como os TOCs têm de fazer periodicamente a chamada Reconciliação Bancária, é-lhes muito fácil colocar esta informação à disposição do gestor. Quando o gestor tiver esta ferramenta de análise na sua posse, poderá facilmente perceber qual o Banco que está a cobrar mais que outro e, se assim for possível, renegociar condições ou,…mudar de Banco. Este tema reverte-se de ainda de maior importância, quando a partir de 2013 inclusive, a dedução de gastos de financiamento ( de qualquer tipo ), deixam de se poder deduzir a 100% nas contas da empresa. Na D.R. da Fig.1 temos as Vendas como um todo, no entanto, uma Oficina Auto vende Peças e Serviços (Mão-de-obra). Estas duas rubricas devem estar espelhadas de forma independente nas Vendas. É muito importante saber quanto a oficina vende de peças e de MDO. No negócio oficinal, as peças têm vindo a sofrer uma tendência de diminuição de margem. A MDO tendo uma margem de 100% continua a ser (para aqueles que não oferecem descontos na MDO) um importante contribuinte da margem para o negócio. Se a Oficina Auto conciliar várias áreas de negócio, (p/ Ex.: Oficina de Mecânica; Oficina Colisão; Balcão de Peças), deverá conseguir obter a informação de cada “Centro de Custo” da sua empresa. Ou seja, quais aqueles que obtêm resultados positivos, ou não. Com esta informação deverá tomar as medidas necessárias para que todas as áreas de negócio contribuam positivamente para o conjunto. Se após o que foi exposto anteriormente, a atitude de alguns gestores perante a contabilidade não mudou, então é porque não estão interessados em melhorar o seu negócio e, em ganhar dinheiro!… Nota: Dário Afonso, autor deste artigo, escreve de acordo com a antiga ortografia


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DESTAQUE MANUTENÇÃO RESPONSÁVEL

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PACTO DE

MANUTENÇÃO PREVENTIVA || Como o utilizador do veículo não tem que ser um técnico de manutenção automóvel, é necessário alcançar um pacto entre as duas partes, que incida sobre a manutenção preventiva dos veículos, a única que defende efetivamente os interesses dos automobilistas

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número de entrada de veículos nas oficinas tem vindo a decrescer de forma acentuada desde o início de 2012. Cada vez mais, os condutores atrasam as visitas à oficina, limitando-se a resolver os problemas mais críticos, quando lá vão. Entretanto, um em cada cinco carros deixou de ir às inspeções obrigatórias periódicas (IPO) e corre o risco de sofrer coimas. Isto significa que o parque automóvel português se está a degradar a um ritmo assustador e que os veículos podem parar a qualquer momento na estrada, depois de andarem meses ou anos a poluir o ambiente e a gastar mais combustível, lubrificantes e pneus do que a conta. Carros avariados significa maiores despesas e o afundar da situação dos seus utilizadores. Mal menor, se compararmos com os acidentes que ocorrem diariamente e que representam danos pessoais e patrimoniais muito elevados.

Estamos portanto numa emergência que é social e humana e temos que reagir com urgência, porque os sintomas ignorados significam o agravamento da situação e a vinda de consequências ainda piores.

Manutenção preventiva, porquê? O tema não é novo e portanto não nos vamos alongar muito nas explicações, dizendo apenas que a manutenção preventiva é a melhor solução comprovada do ponto de vista técnico, do ponto de vista da segurança e do ponto de vista da rentabilidade, tanto para os operadores do pós-venda, como para os utilizadores de veículos: - Do ponto de vista técnico, porque mantém até onde é possível as características originais do veículo e consequentemente o seu rendimento, a sua eficiência energética, o seu conforto de condução, a sua segurança e a sua conformidade em relação à legislação de

controlo de emissões e de proteção ambiental. - Do ponto de vista da segurança, o mais óbvio de todos, a manutenção preventiva responsável permite reduzir muito significativamente quaisquer probabilidades de acidentes rodoviários, atuando no triângulo crítico de segurança ativa “travões, direção/ suspensão e pneus”. - Do ponto de vista da rentabilidade, é de todo evidente que um fluxo regular de clientes garante à oficina a justa retribuição da sua capacidade instalada, a qual é de vital interesse para toda a sociedade, do mesmo modo que permite ao condutor impedir a escalada dos custos de manutenção do seu veículo, mantendo a sua mobilidade em patamares de custo equilibrados e sustentáveis. O triângulo crítico aqui é o do motor - “óleo, filtros e arrefecimento”. - Um quarto ponto de vista pode ser aqui

acrescentado sem surpresas, porque é o do conforto. O triângulo crítico aqui é “ventilação/climatização, visibilidade e informação”, que também constitui um segundo patamar de segurança, como podemos facilmente verificar. Manutenção preventiva responsável significa da parte dos reparadores que estes assumem sem complexos o seu papel de assessores em mobilidade automóvel, promovendo gratuitamente revisões e diagnóstico de anomalias/ desgaste de componentes e sistemas. O seu compromisso no entanto prolonga-se até ao ponto de garantirem intervenções de qualidade original, fiáveis e com garantia de proteção ambiental e da saúde pública. Da parte dos utilizadores de veículos, a manutenção preventiva responsável significa que não abdicam do seu conceito de cidadania plena, que mantêm o seu


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DESTAQUE MANUTENÇÃO RESPONSÁVEL

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Os amortecedores estão previstos para uma duração entre os 40/70 mil km, dependendo da utilização do veículo e do modelo em questão. De qualquer modo, a partir dos 25.000 km em diante devem ser verificados e testados, para saber se devem ser substituídos. Quanto às molas, o seu estado reflete-se no alinhamento das rodas e portanto é fácil determinar quando é o momento de as substituir.

PORQUÊ A PUBLICAÇÃO DO GUIA “MANUTENÇÃO RESPONSÁVEL”? O JORNAL DAS OFICINAS tem consciência da gravidade da situação e por isso decidiu avançar com a publicação do “Guia da Manutenção Responsável” dirigido aos automobilistas, informando-os dos benefícios de uma manutenção preventiva responsável. A publicação deste Guia tem por objectivo juntar os reparadores e os condutores em torno dos interesses comuns, que são a mobilidade a custos controlados, o combate à sinistralidade rodoviária e a defesa do meio ambiente. Esforços e sacrifícios de ambos os lados são exigidos, para se alcançarem as metas desejadas, mas a estratégia é vencedora para os dois aliados. As oficinas recuperam clientes afastados e os condutores recuperam o direito a conduzir com segurança, higiene e conforto. Ambos recuperam assim a confiança, a rentabilidade e o optimismo que lhes têm vindo a faltar.

PNEUS

NOTA IMPORTANTE: Este Guia está disponível em PDF no site: www.jornaldasoficinas.pt Pode fazer o download e imprimir as cópias que desejar para oferecer aos seus clientes, ou simplesmente enviar o PDF do Guia por e-mail para a base de dados dos clientes. O objectivo é sensibilizar os automobilistas para a importância da Manutenção Preventiva Responsável

compromisso para com a muito competitiva mobilidade automóvel sustentável e que pretendem para si e para as suas famílias níveis de conforto, segurança e dignidade inquestionáveis.

OS TRÊS TRIÂNGULOS DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL 1º - TRIÂNGULO DE SEGURANÇA - Travões, Direção/Suspensão e Pneus.

2º - TRIÂNGULO DO MOTOR - Óleo/Filtros, Arrefecimento e Correia do Motor. 3º - TRIÂNGULO DO CONFORTO - Ventilação/Climatização, Visibilidade e Informação

1º - TRIÂNGULO DE SEGURANÇA O triângulo de ouro da manutenção preventiva é sem dúvida o “Triângulo de Segurança”, que inclui os principais comandos do veículo, travões e direção, juntamente com os componentes dos quais dependem diretamente, a suspensão e os pneus. Todos os condutores minimamente habilitados sabem que nestes sistemas ninguém pode desinvestir, sem correr sérios riscos de vida.

TRAVÕES Manter os travões em forma é muito mais do que substituir as pastilhas, mesmo que estas sejam de boa qualidade, equivalente à original. Temos ainda o estado dos discos, o fluido de travões e o sistema hidráulico. No caso de carros com ABS, este é a prioridade. Sem dúvida que os técnicos de manutenção não têm qualquer dificuldade em fazer o diagnóstico do sistema de travagem, mas o condutor também tem responsabilidades nessa matéria, porque qualquer mudança no comportamento do pedal de travões é um sinal de alarme de primeiro plano. Tendência para o carro se desviar lateralmente durante a travagem é outra clara indicação de travões (ou direção) em mau estado.

Ruídos durante ou fora das travagens ajudam a confirmar que alguma coisa não está totalmente bem.

DIREÇÃO No caso dos principais componentes da direção (caixa de direção, barra de direção e terminais), são elementos que podem durar muitas dezenas ou centenas de milhares de quilómetros sem problemas, no entanto, é conveniente verificar o seu estado regularmente, pelo menos quando o carro está levantado no elevador da oficina para, por exemplo, trocar de pneus, mudar pastilhas/discos, substituir amortecedores e outras operações do mesmo tipo. O mesmo não se passa com os casquilhos e rótulas da direção, que são consumíveis,

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cuja duração depende do tipo de utilização do veículo (condução agressiva, carga excessiva, estradas degradadas, etc.). Essas peças de ligação metal/ borracha criam folgas e podem mesmo partir-se, se não forem substituídas a tempo, tornando a condução menos fiável e mais perigosa.

O desgaste do pneu tem um limite legal de1,6 mm de profundidade da banda de rolamento. Abaixo deste limite a condução fica comprometida e convém montar pneus novos. As medidas e características originais dos pneus devem ser mantidas ao substituí-los, não só porque é legal, mas também porque resulta melhor para a segurança e para a economia global do veículo. Para finalizar, basta dizer que o pneu está sujeito ao princípio da reciprocidade, isto é, degrada-se mais rapidamente com travões, direção e suspensões em mau estado, mas pneus incorretos ou degradados também apressam o desgaste dos outros vértices do “Triângulo de Segurança”.

SUSPENSÃO Os amortecedores, molas e braços de suspensão são consumíveis de primeira importância, que fazem variar negativamente a geometria da direção e tornam a condução menos confortável e menos segura. A duração das peças da suspensão depende do tipo de condução, das estradas utilizadas, da carga do veículo e outros factores.

Ao mandar reparar o “Triângulo de Segurança” nunca se deve dizer “…o mais barato possível…”, mas “O melhor possível! “.

2º - TRIÂNGULO DO MOTOR O segundo triângulo crítico da manutenção preventiva é o “Triângulo do Motor”, tanto em consequências para a mobilidade, como em termos económicos.

AS PARTES INTERESSADAS: AUTOMOBILISTAS E OFICINAS Neste artigo, onde são abordadas as principais necessidades de manutenção de um veículo, ficou claramente explícito que o automóvel é uma unidade funcional de sistemas interdependentes e que a sua manutenção obedece a uma lógica de integração e síntese, que não se compadece com as vontades e recursos dos utilizadores. A ruptura dos ciclos de manutenção e a consequente disfuncionalidade técnica tem incidências negativas para os custos globais de manutenção e para a conservação do valor económico e patrimonial da viatura, contrariando o objectivo de sustentabilidade que a todos interessa. Como o utilizador do veículo não tem que ser um técnico de manutenção automóvel, nem este tem que estar a financiar a manutenção do veículo dos respectivos utentes, é necessário alcançar um pacto público entre as duas partes, que incida sobre a manutenção preventiva dos veículos, a única que defende efetivamente os interesses dos particulares e da sociedade no seu todo. Em vez da total desarticulação atual entre a oferta e a procura de serviços de manutenção automóvel, é do interesse de todos que o atual conceito de preço seja substituído pelo de valor. Valor, para o utilizador final do veículo, significa mobilidade pelo menor custo, com a máxima segurança, o que implica uma manutenção preventiva continuada do seu veículo, realizada por técnicos especializados e idóneos. Para os técnicos reparadores, valor significa ter clientes assíduos e com sustentabilidade financeira, que retribuam de forma adequada os seus serviços e competências. O ponto de encontro entre as partes interessadas do mercado pós-venda automóvel, reparadores e utilizadores, tem que assentar no máximo valor para ambos, ou seja, máximo serviço, por preços equilibrados e competitivos, com

rentabilidade transparente e atrativa para ambos os lados da balança. As formas de atingir este ponto de encontro são várias e apelam à criatividade de todos. Acreditamos que a manutenção preventiva é a forma mais económica do automobilista manter o seu veículo em bom estado de conservação, factor importante para a valorização na hora da revenda O mecânico deve ser um consultor, e quanto mais informações ele tiver do condutor, melhor será o diagnóstico do problema, além de prever possíveis falhas. A sensibilização dos condutores, para os benefícios da “Manutenção Preventiva” dos seus veículos, não é uma tarefa fácil. É necessário o empenho de todos, para que a mensagem consiga chegar ao maior número possível de automobilistas. As oficinas, são um meio privilegiado para informar e sensibilizar os automobilistas das vantagens da Manutenção Preventiva, pois é incontestável o peso que o consumidor final atribui à opinião do seu mecânico de confiança, sobre os itens que se referem à manutenção do automóvel Contamos com a colaboração de todos, para divulgarem junto dos automobilistas as vantagens da manutenção preventiva.


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DESTAQUE MANUTENÇÃO RESPONSÁVEL

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Óleo/Filtros, Arrefecimento e Correia do Motor, são os componentes que fazem parte deste triângulo de importância vital para o funcionamento da veículo. Com o motor não se brinca porque as reparações custam muito dinheiro.

ÓLEO A saúde do motor é a “peça líquida”, o lubrificante, o qual deve ser mudado com a frequência indicada no livro de manutenção do veículo, bem como o respectivo filtro do óleo, elemento crítico para o desempenho do lubrificante e para a conservação do motor. Ninguém põe comida nova num prato sujo e portanto também repugna que se ponha óleo novo num filtro sujo, porque estamos perante o mesmo problema de contaminação.

FILTROS Outro ponto inquestionável para a saúde do motor é o filtro do ar. Os modernos sistemas de injeção são extremamente sensíveis a impurezas e a eficiência energética do motor é prejudicada com filtros de ar entupidos. Mas o filtro de combustível também está lá para ser mudado. Se não fosse preciso, porque iam gastar os construtores dinheiro com esses filtros?

CLIMATIZAÇÃO

ESCAPE, CATALISADOR E EMISSÕES Os automóveis atuais estão obrigados pela legislação a terem um controlo de emissões poluentes, que é proporcionado pela tecnologia de gestão electrónica do motor e pelo catalisador. Se estes sistemas não funcionarem devidamente, o veículo perde rendimento e o seu consumo de combustível aumenta, ao mesmo tempo que as emissões também ultrapassam os mínimos legais. O tubo de escape, por outro lado, também interfere no rendimento do motor, ao proporcionar uma contra pressão tecnicamente especificada. Se houver fugas no escape, o rendimento do motor é afectado e o nível de emissões alterado, para além de poder haver produção de ruídos acima do permitido e do que é confortável para a condução. Estes problemas são evitados com a verificação regular da gestão do motor, do sistema de controlo de emissões e do tubo de escape. O catalisador, dependendo do modelo e do construtor, deve ser substituído no prazo especificado, mas considera-se que a partir dos 80.000 km o catalisador deixa de funcionar a 100%, devendo ser inspeccionado e substituído, caso necessário.

CORREIA DE DISTRIBUIÇÃO As correias de distribuição são o sistema de controlo do motor, sem o qual este não pode funcionar. A degradação e ruptura de uma correia de distribuição tem custos muito superiores ao da sua substituição, sendo incongruente não respeitar o intervalo de substituição destas correias. De qualquer modo, o sistema tem que ser verificado preventivamente de forma regular, tanto em termos de tensão da correia, como do estado desta. Basta um dente ou dois da correia saltar por cima da polia, para que o motor deixe de funcionar corretamente, passando a apresentar problemas de falta de rendimento, consumo excessivo e emissões sem controlo. As reparações de motor são geralmente dispendiosas, por isso é necessário o máximo cuidado na sua manutenção.

O sistema de climatização tem a missão estratégica de manter a temperatura do habitáculo dentro da zona confortável (18º C - 24º C), factor de segurança de condução comprovado. Isto significa que deve arrefecer o ar no tempo quente e aquecê-lo nos dias mais frios. Em climas temperados é relativamente fácil encontrar o ponto de equilíbrio térmico, mas em climas mais extremados pode ser conveniente dispor de um sistema de ar condicionado, opção cada vez mais comum no mercado. O ar condicionado efetua um controlo efetivo da temperatura máxima e garante um excelente nível de humidade do ar, condensando-a previamente à sua entrada no habitáculo.

VISIBILIDADE

automobilista, que tem de ter consciência dos cuidados a ter com o seu automóvel

Quanto à visibilidade diurna, ultrapassado o problema da condensação interna dos vidros, depende essencialmente da limpeza exterior destes, o que é assegurado pelo sistema mecânico que limpa e láv vidros. Para que isto suceda, é necessário que as escovas limpa-vidros estejam em bom estado, sendo recomendável a sua substituição pelo menos uma vez por ano. O nível do depósito de água para lavar os vidros também deve ser mantido, adicionando um detergente específico, que não deteriore a pintura ou as borrachas. Para a condução noturna, o sistema de iluminação deve estar em perfeito estado, para poder garantir a indispensável segurança. Esta também depende da função sinalizadora do sistema de iluminação do veículo, que inclui as luzes intermitentes de emergência e de mudança de direção, para além dos sinais de stop.

3º - TRIÂNGULO DO CONFORTO

VENTILAÇÃO

INFORMAÇÃO

- Ventilação/Climatização, Visibilidade e Informação No terceiro triângulo crítico de manutenção preventiva responsável, vamos encontrar sistemas com impacto, tanto no conforto e eficiência de condução, como na segurança geral do mesmo, como é o caso dos sistemas de Ventilação / Climatização, Visibilidade e Informação. Sem adequada renovação do ar do habitáculo os níveis de humidade, de oxigénio e de monóxido de carbono ficam deteriorados, levantando problemas sérios de saúde e de segurança.

O oxigénio é um factor vital para a condução, porque esta é uma atividade em elevado grau mental e intelectual, consumindo o cérebro 1/3 do oxigénio total existente no organismo humano. Quanto ao CO, é um gás que condiciona a fixação de oxigénio no sangue, provocando sonolência e falta de reflexos. Para haver adequada renovação do ar no habitáculo, é necessário que o sistema de ventilação e o respectivo filtro estejam em boas condições. Para conseguir um nível adequado de filtragem de impurezas, o filtro do habitáculo deve ser substituído pelo menos uma vez por ano.

Para fechar o “Triângulo do Conforto” e da segurança de condução, temos ainda que garantir o correto funcionamento de todos os sistemas de informação do condutor, o que inclui todos os instrumentos do painel de bordo, o rádio e o sistema de navegação. O rádio é um factor de entretenimento, mas também pode fornecer informação em tempo real sobre a circulação rodoviária. Os sistemas de navegação da última geração também incluem esta função, mas a sua principal vantagem é assegurar o melhor itinerário através de avisos de voz e imagens do respectivo monitor LCD.

ARREFECIMENTO O sistema de arrefecimento tem vários pontos críticos, com impactos devastadores no motor. Dentre esses pontos de verificação e manutenção preventiva obrigatória temos a bomba de água e respectiva correia, o radiador e as respectivas mangueiras, o termostato e o ventilador do radiador, sem esquecer o próprio fluido anti-congelante, que também é um factor de eficiência e conservação do sistema. De facto, um sobreaquecimento sério do motor danifica várias peças irreversivelmente, começando pela junta da cabeça do motor, mas os segmentos dos êmbolos, os próprios êmbolos e os cilindros ou camisas levam um tratamento que irá condicionar negativamente o seu rendimento futuro.

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|| O primeiro passo para uma correta manutenção preventiva tem de ser dado pelo

BATERIA DE ARRANQUE: O CORAÇÃO DO AUTOMÓVEL Hoje, estamos na era das baterias ditas sem manutenção ou de manutenção reduzida, mas a bateria continua a ser um consumível e tem que ser vigiada regularmente. Uma voltagem baixa afecta o funcionamento dos principais sistemas electrónicos do veículo e este começa a funcionar mal ou pode mesmo deixar de funcionar. O ciclo de vida da bateria está em média nos 3/4 anos, mas tudo depende do veículo e do uso que dele é feito. Além disso, o tempo frio faz coincidir o pico de rendimento energético mínimo da bateria, como o pico de máxima solicitação do sistema eléctrico do veículo, o que pode antecipar o seu fim a qualquer momento. Além da bateria em si, que deve ser testada pelo menos uma vez por ano, todo o sistema de carga (alternador, correia, rectificadores de corrente, etc.) deve ser verificado ao mesmo tempo, corrigindo-se eventuais anomalias, antes que causem problemas mais sérios.



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DESTAQUE PEÇAS USADAS

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MERCADO COM POTENCIAL || Com o aparecimento dos Centros de Abate certificados, que vieram ocupar o lugar das antigas sucatas de automóveis, as peças usadas ganharam um novo estatuto, tornando-se mais fiáveis e credíveis

C

om a entrada em vigor da legislação comunitária e nacional sobre gestão de Veículos em Fim de Vida, surgiram os Centros de Abate de VFV, onde se procede ao desmantelamento dos veículos de forma segura e ambientalmente correta. Deste modo, os operadores começaram a selecionar todos os componentes com potencial de serem reutilizados, existindo atualmente muitas empresas com infra-estruturas modernas e uma organização e gestão de stocks bem delineadas. O desmantelamento é efetuado com recurso a métodos oficinais não destrutivos a fim de não danificar as peças. Os motores e os seus componentes são lavados em equipamento específico e envolvidos em película plástica.

O armazenamento das peças é preferencialmente realizado em prateleiras, utilizando-se já em muitas empresas um sistema informático de catalogação e rotulagem. Não obstante, existem também Centros de Abate que preferem manter o VFV em exposição, devidamente despoluído, no sentido de fomentar a revenda de peças. Os grupos de peças mais reutilizadas são os da componente mecânica devido ao seu maior desgaste, como por exemplo: o motor, alternador e caixa de velocidades, mas também os de proteção exterior devido ao elevado número de acidentes com danos menores na carroçaria, nomeadamente: pára-choques, retrovisores, faróis e portas.

Prioridade à segurança É necessário ter em atenção que a segurança rodoviária e a proteção do ambiente não poderão ser prejudicados pela reutilização de alguns componentes.

|| FICHA TÉCNICA Realização do Inquérito: WebFlyForms Activetech Responsável: João Medina Telefone: 244.040.833 E-mail: joao.medina@activetech.pt Internet: www.webflyforms.com Universo: Leitores do Jornal das Oficinas Número de Respostas recebidas: 306 Período de preenchimento: 16.11.2012 – 30.11.2012

Por exemplo: - Não existe a garantia que determinados componentes retirados dos VFV, como os catalisadores ou os silenciadores de escape ofereçam o nível de proteção do ambiente exigido. - Alguns dos componentes retirados de VFV envolvidos em acidentes podem ter sofrido danos que põem em causa a sua reutilização em segurança. - A utilização intensiva de alguns componentes durante o período de vida útil do veículo poderá inviabilizar a sua reutilização em segurança. Por essa razão, o Centro de Abate deverá efetuar uma análise rigorosa das peças que pretende reutilizar, especialmente das


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DESTAQUE PEÇAS USADAS

JANEIRO 2013

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GARANTIAS DAS PEÇAS USADAS De acordo com o Decreto-Lei nº 84/2008, na venda de peças usadas a particulares o Centro de Abate terá que oferecer a garantia de 2 anos, sendo que este período poderá ser reduzido a 1 ano por acordo entre as partes. Por exemplo, através de menção expressa na fatura de venda. Já que no que diz respeito à venda de peças usadas a empresas, o regime legal aplicável é o Código Civil (artigos 913º e seguintes), sendo neste caso de 6 meses o prazo da garantia.

EXPORTAÇÃO DE PEÇAS USADAS Desde 2009 que a Agência Portuguesa do Ambiente fixou critérios aplicáveis à exportação de peças usadas: 1 - Deverá ser apresentado um documento que comprove que as peças tiveram origem num Centro de Abate licenciado; 2 - Deverá ser apresentada fatura com descriminação de todas as peças e respetivo preço, incluindo lista exaustiva de peças; 3 - As peças deverão estar esvaziadas de líquidos perigosos; 4 - Deverá ser utilizado material absorvente no fundo do contentor de transporte; 5 - Deverá ser apresentada uma declaração, sob compromisso de honra, em como as peças estão aptas a funcionar ou são passíveis de reparação.

diretamente relacionadas com a segurança dos veículos e dos ocupantes. Por exemplo: sistemas de travagem, suspensão, coluna de direção, etc.). A reutilização de componentes pirotécnicos (Airbgs e pré-tensores dos cintos de segurança) e de chassis inteiros não deve, em caso algum, ser efetuada. Poderão, no entanto, ser reutilizadas partes do chassis (Por exemplo: traseira e dianteira), sendo nesses casos necessário retirar ou apagar todos os seus elementos identificativos (os veículos modernos têm o número de chassis gravado em vários locais do chassis).

Economia real Normalmente, o custo das peças usadas é de menos 50% do que as mesmas peças novas.

Em relação à peças usadas originais, as diferenças apenas se resumem ao possível desgaste das mesmas. Em muitos casos, as peças usadas de chaparia têm padrões de qualidade similares às peças novas, isto em viaturas recentes. Quanto às viaturas mais antigas é preciso ter alguma atenção a focos de ferrugem, amolgadelas, etc. Em relação ás peças de mecânica, o desgaste é mais evidente, o que obriga a uma análise mais cuidada e feita por profissionais, o que não invalida a qualidade das peças. Relativamente ao ambiente, a reutilização destes componentes para o mesmo uso original, tem evidentes vantagens, pois não obriga a recorrer à transformação dos materiais, tornando-se assim uma reciclagem sem poluição. PUB

Visor de 6, 1”

Visor de 8”

INE-W928R

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DESTAQUE PEÇAS USADAS

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RESULTADOS DO INQUÉRITO “UTILIZAÇÃO DE PEÇAS USADAS NA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL” || Realizámos no passado mês de novembro um Inquérito aos Leitores do JORNAL DAS OFICINAS, para sabermos qual a sua opinião sobre Peças Usadas. Com mais de 300 respostas recebidas, o resultado deste Inquérito veio demonstrar que já existe uma percentagem significativa de oficinas a utilizarem peças usadas nas reparações

A

maioria das respostas recebidas do Inquérito vieram das oficinas independentes, sendo que 47% das oficinas que responderam utilizam peças usadas nas suas reparações. Relativamente àquelas que responderam não utilizar peças usadas, as razões são várias, mas a principal tem a ver com a desconfiança na qualidade das peças, logo seguida pela garantia que é pouco adequada e pelo preço, que ainda não

compensa. Outros ainda alegam dificuldade na obtenção de fatura, na disponibilidade e gestão de stocks. Quanto a informarem o cliente sobre a decisão de utilizarem peças usadas na reparação da sua viatura a quase totalidade das oficinas (97%) diz que o faz. E o principal motivo pelo qual as oficinas optam por utilizar Peças Usadas tem a ver com o preço (68%), logo seguido pela dificuldade em obter peças originais ou

|| 1  QUAL É O SEU TIPO DE OFICINA?

16%

de aftermarket no mercado (26%), principalmente no caso dos veículos mais antigos. Algumas vezes, a opção é do cliente, que pede especificamente à oficina para montar peças usadas. Na resposta à questão sobre se prefere peças usadas, novas de origem ou peças novas de aftermarket, a percentagem mais elevada vai para a preferência das peças de origem. Os componentes/peças usadas mais utilizados nas reparações são o

|| 2  UTILIZA PEÇAS USADAS NAS SUAS

motor, seguido pela caixa de velocidades e de peças de carroçaria, nomeadamente portas e pára-choques. Outro componente que tem bastante procura é o airbag e os pré-tensores dos cintos de segurança. A idade dos veículos onde são mais utilizadas peças usadas situa-se entre os 8 a 15 anos (47%), enquanto os veículos com idade entre os 3 a 7 anos representam 23% e com mais de 15 anos 26%.

|| 4  A DECISÃO SOBRE O USO DE

REPARAÇÕES?

PEÇAS USADAS NUMA REPARAÇÃO É PARTILHADA COM O SEU CLIENTE?

23% 97% 53%

47%

61%

Rede de marca

Rede Independente

Independente

Sim

Sim

Não

Não

|| 3  NÃO UTILIZA

7%

17%

O preço não compensa

|| 5  QUAL É O

6%

PEÇAS USADAS. INDIQUE QUAL O MOTIVO?

PRINCIPAL MOTIVO PARA O USO DE PEÇAS USADAS?

26%

Preço

Desconfia da qualidade

35% 34% 7%

Tem dificuldade em encontrar as peças de que necessita Não lhe é fornecida garantia adequada Outro

3%

68%

Dificuldade em obter peças originais / aftermarket no mercado (caso de veículos mais antigos) Outro


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DESTAQUE PEÇAS USADAS

|| 6  PREFERE PEÇAS USADAS, NOVAS

DE ORIGEM OU PEÇAS NOVAS DE AFTERMARKET?

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JANEIRO 2013

|| 7  QUAIS OS COMPONENTES/PEÇAS USADAS QUE UTILIZA EM REPARAÇÕES?

|| 8  QUAL A IDADE DOS VEÍCULOS

EM CUJA REPARAÇÃO UTILIZA PEÇAS USADAS?

Outro

Centralina

Bateria

Banco

Porta

Jantes

Farol

Alternador

Airbag Pré-tensores Cintos segurança

Peças novas Peças novas de origem de aftermarket

Pára-choques

Peças usadas

Caixa de velocidades

Motor

(Ordem de preferência – 1, 2 ou 3, sendo que 1 corresponde à preferida)

|| 9  QUAIS AS MARCAS DOS VEÍCULOS EM CUJA REPARAÇÃO UTILIZA PEÇAS USADAS?

4%

26%

0 a 2 anos

8 a 15 anos

3 a 7 anos

Mais de 15 anos

|| 10  QUAIS OS MEIOS QUE UTILIZA

PARA PESQUISAR A DISPONIBILIDADE DUMA PEÇA USADA?

“À DISTÂNCIA”, I.E. SEM SE DESLOCAR AO SEU FORNECEDOR?

|| 12  QUANDO SE DESLOCA A UM

FORNECEDOR PARA ADQUIRIR UMA PEÇA USADA PREFERE:

22%

22% 38%

33% 48%

12%

67% 30% 28%

Vê-la ainda montada no veículo de origem Telefone

E-mail

Sim

Que se encontre já arrumada no armazém, pronta a levar

Internet

Desloca-se ao seu fornecedor

Não

É-lhe indiferente

Outro

Volvo

Toyota

Volkawagen

Seat

Rover

Renault

Opel

Peugeot

Nissan

Mitsubishi

Lancia

Mercedes-Benz

Hyundai

Ford

|| 11  ADQUIRE PEÇAS USADAS

Honda

Fiat

Citroen

Audi

BMW

47%

Alfa Romeo

Todas as marcas

23%


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DESTAQUE PEÇAS USADAS

JANEIRO 2013

|| 13  QUAL O NÚMERO DE

FORNECEDORES AOS QUAIS ADQUIRE HABITUALMENTE PEÇAS USADAS?

|| 14  JÁ TEVE PROBLEMAS COM A

QUALIDADE DAS PEÇAS USADAS QUE UTILIZA EM REPARAÇÕES?

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|| 15  QUANDO ADQUIRE UMA PEÇA

USADA O SEU FORNECEDOR DÁLHE UMA GARANTIA?

2%

18% 32%

29%

68%

71%

80%

1

Sim

Sim

2a5

Não

Não

Mais de 5

Qual? – detalhes || 16  CASO A PEÇA USADA NÃO SE

ENCONTRE EM CONDIÇÕES QUAL É A SOLUÇÃO QUE PREFERE?

|| 18  JÁ ADQUIRIU PEÇAS USADAS A

FORNECEDORES ESTRANGEIROS?

2%

25%

35%

65%

73%

Troca por outra peça usada semelhante

Sim

Devolução da peça e reembolso do montante pago

Não

Outro

|| 17  O SEU FORNECEDOR HABITUAL DE PEÇAS USADAS É:

1 Substituição da peça ou reembolso do montante; 2 3 meses em motores e caixas de velocidades; 3 Em caso de defeito faz troca, na falta de peça para troca devolve o valor pago; 4 Depende da peça, se for um motor ou uma caixa são 6 meses, outras peças é só até montar e ver se está a funcionar; 6 meses; 5 Normalmente 1 ou 3 meses; 6 1 Ano; 7 Dependendo da utilização da peça, pode ir até 1 ano; 8 Varia consoante o tipo de peça adquirida; 9 Entre 3 a 6 meses de garantia, Substituir por outra; 10 Caso a peça tenha um defeito ou troca ou devolve o dinheiro; 11 Se não estiver em condições de funcionamento troca; 12 Em casos de motor e caixas 6 meses, nos air bags não há; 13 Depende da peça; 14 Garantia normalmente é de 3 a 6 meses consoante a peça; 15 Por vezes nós reparadores, mesmo os mais especializados, temos dificuldades em definir qual a peça avariada e então socorremo-nos dos fornecedores de peças usadas que nos facilitam a devolução da peça no caso de não ser essa que esteja avariada. Nas peças novas isso é de todo impossível; 16 Possibilidade de experimentar; 17 A garantia normal que uma factura implica, ou seja, dois anos; 18 Substituir por outra ou devolver o dinheiro; 19 O fornecedor troca a peça se a própria não funcionar ou não ser a indicada; 20 Dependendo do tipo de peça, varia entre os dez dias e os três meses

|| 19  DE QUE PAÍSES JÁ ADQUIRIU

PEÇAS USADAS?

6%

20% 53%

21%

Um Centro de Abate da Rede valorcar

Apenas uma loja de peças

Outras Oficinas

Não tem, pois aproveita peças doutros veículos existentes na sua oficina

Outro Espanha

Alemanha

França

Outro


TRW-Safety

PODE ESTAR HABITUADO A FERRAMENTAS MAIORES…

ABS

AIRBAG

CLIMATIZAÇÃO

EMS

MAS ESTA SUPERA TODAS O TRW easycheck é uma ferramenta de serviço com um gama impressionante de funções. Lê e elimina códigos de avaria, efectua tarefas de manutenção, calibração e inicialização de componentes para as diversas funções.

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SAS

SERVIÇO

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Para mais informações visite: www.trwaftermarket.com/nuts

TRAVÃO DE ESTACIONAMENTO ELÉCTRICO


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EVENTO 23ª CONVENÇÃO ANECRA

JANEIRO 2013

FRONTALMENTE

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BASTA

|| Sob o lema “Frontalmente Basta”, decorreu no final do mês de novembro, em Lisboa, a 23ª Convenção da Anecra, onde foi apresentado um Manifesto em defesa do sector automóvel

O

Manifesto apresentado pela Anecra no final da sua Convenção, foi subscrito por todos os participantes e resulta do descontentamento generalizado de todos os operadores do sector automóvel, quer na área do comércio, quer na área da reparação. Com a apresentação deste documento, a Anecra quer, frontalmente, dizer que basta de políticas que provocam o estrangulamento da economia do país e, consequentemente, da destruição das empresas do sector automóvel; e também que basta de aumentar os impostos sobre o automóvel.

O presidente da Direção da Anecra, António Chícharo, na sua intervenção, manifestou a grande preocupação da Associação pelo rumo que o sector está a levar devido à crise económica. Grande parte do tecido empresarial está na falência, com efeitos gravíssimos ao nível do desemprego, agravado com o aumento da carga fiscal incidente sobre o Automóvel, com a redução do poder de compra das famílias e, ainda, com as restrições ao crédito. O volume de negócios das empresas do Setor Automóvel caiu 20%. O número de desempregados aumentou, no Comércio,

Reparação e Manutenção, 37,%, entre Setembro de 2011 e Setembro de 2012, ficando sem trabalho, 10 pessoas por dia. No subsector da Reparação, metade das oficinas tem taxas de ocupação inferiores a 50% e no Comércio Automóvel, o mercado de veículos automóveis novos caiu 40,8% entre Janeiro e Outubro de 2012, face ao período homólogo de 2011. Esta acentuada quebra das vendas registada entre Janeiro e Setembro de 2012, veio confirmar as previsões da Anecra e traduziu-se numa significativa redução da receita fiscal incidente sobre o Automóvel, contrariando os objectivos que o Governo

se propunha alcançar, visto que só conseguiu arrecadar, menos de metade do ISV previsto para este ano. A Anecra prevê que para 2013 o aumento da carga fiscal acentue ainda mais esta dramática situação, em consequência da diminuição do rendimento disponível, com efeitos recessivos no consumo e no investimento e defende o incentivo à concessão de crédito e a redução da carga fiscal das empresas, sem esquecer a necessária racionalização e desburocratização dos processos administrativos. Defende, ao mesmo tempo, a urgente


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EVENTO 23ª CONVENÇÃO ANECRA

JANEIRO 2013

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|| Jorge Neves da Silva encerrou a Convenção da ANECRA com a apresentação de um Manifesto em defesa do sector automóvel

|| Nuno Roldão, da direção da Anecra, foi o moderador do painel dedicado à fiscalização, ambiente e concorrência desleal

|| Manuel Valadas, Country Manager DuPont Portugal, moderou o painel sobre as relações entre oficinas e seguradoras

reposição do incentivo ao abate de veículos em fim de vida, tendentes à dinamização do mercado automóvel, ao rejuvenescimento do parque, à salvaguarda do ambiente e à promoção da segurança rodoviária, bem como, a suspensão do pagamento do IUC em relação aos veículos usados que não circulam na via pública por se encontrarem nos parques dos revendedores profissionais.

Combater os clandestinos O tema da economia paralela e o aumento dos biscateiros foi profundamente debatido no principal painel desta Convenção, mas nenhum dos oradores presentes foi capaz de apresentar soluções para acabar com o negócio clandestino da reparação automóvel. Manuel Mota, Diretor Geral da AZ Auto, diz que os retalhistas não podem deixar de vender peças aos particulares e biscateiros, pois se eles não o fizerem, alguém fará. António Cordovil, presidente da assembleia geral da Anecra, desafiou o representante da ASAE presente, Fernando Pinto, a fiscalizar e autuar os operadores clandestinos, mas este diz que não tem

poderes legais para entrar nas oficinas clandestinas, pois precisa de um mandato de busca assinado por um juiz, por isso a única fiscalização que as brigadas da ASAE podem fazer é às oficinas que estão abertas ao público e já devidamente licenciadas. Entretanto, os efeitos da economia paralela no Comércio e Reparação automóvel continua a agravar a situação difícil das empresas que cumprem as exigências legais, aplicáveis ao Setor. Por isso, a Anecra voltou a defender a definição de regras de regulação e validação da capacidade profissional que permitam assegurar o licenciamento das empresas, tornando a legislação mais adequada para este sector, bem como, o reforço da fiscalização dirigida a quem está a provocar a destruição deste sector. Segundo a Anecra, esta é a única forma de resgatar o sector da reparação a generalizações negativas, motivadas por atuações menos corretas de oficinas marginais e até ilegais. Por estes tempos de crise, não falta quem sinta a tentação de atalhar caminho e proceder de forma irregular, tentando ganhar vantagem através

da concorrência desleal. A Anecra dá conta de um certo aumento das oficinas totalmente ilegais e de outras que apenas cumprem parcialmente os seus deveres, cortando nos custos e na falta de liquidez através de evasão fiscal, atrasos nos pagamentos a fornecedores e até incumprimentos vários. Algumas montam peças de origem duvidosa e outras cobram por serviços que não realizam. Ao procederem desta forma, tiram clientes às oficinas que trabalham com seriedade e não podem competir com estes “concorrentes” que fazem concorrência desleal.

Protocolo valorizado O painel dedicado ao relacionamento entre as oficinas e seguradoras, foi moderado por Manuel Valadas, Country Manager da DuPont, e apresentou as vantagens e benefícios do protocolo recentemente celebrado entre a Anecra e APS, quer para o consumidor, quer para as oficinas em geral. As duas associações procuraram a convergência em torno do interesse comum, que é satisfazer as necessidades e expectativas do cidadão motorizado, de

modo a que este protocolo possa ser um factor de dinamização de uma melhor qualidade de serviço, com mais eficiência, para que haja redução do custo das reparações, que se reflete nos custos gerais da mobilidade, incluindo naturalmente no seguro automóvel. Sobre este protocolo, Jorge Neves da Silva, Secretário Geral da Anecra, afirma que o objectivo, foi que este protocolo pudesse servir de farol ao relacionamento entre seguradoras e reparadores, conseguisse prevenir a existência de conflitos no futuro e conduzisse a uma melhoria da qualidade do serviço. “Foi nossa intenção salientar aquilo que une seguradoras e reparadores de veículos, promovendo a confluência de pontos de vista e desvalorizando os aspectos que nos dividiam. Estamos convencidos que chegamos a entendimento que favorece os associados de ambas as entidades, os consumidores e a própria sociedade portuguesa. A prática irá certamente comprovar isto mesmo e os princípios de abertura, diálogo e consenso que conduziram a este acordo”, conclui Jorge Neves da Silva.


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MERCADO PIRATARIA INFORMÁTICA

JANEIRO 2013

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BECO SEM SAÍDA || As versões de software ilegais, com dados técnicos dos veículos, continuam a grassar nas oficinas de reparação automóvel. Resta o controlo das autoridades, que é aleatório e depende das necessidades de receitas do estado que as controla

D

esde sempre, o êxito em qualquer atividade ou negócio tem resultado de opções inteligentes, capacidade organizativa, competência profissional e esforço diligente e honesto ao longo de um período não muito curto de vários anos. Deste modo, o sucesso na vida acaba por ser um justo prémio e um exemplo para toda a sociedade, onde se conjugam, não apenas o avolumar do património, mas também, e não menos importante, o desenvolvimento de um reconhecimento público de idoneidade, credibilidade e de dignidade. Com esta “coisa” a que se vai dando o nome de globalização e ninguém ainda sabe muito bem ao certo o que é, parece que, repentinamente, o dinheiro passou a ser a única credencial legítima para todos e que a detenção de património constitui por si um atestado de idoneidade e de dignidade acima de quaisquer suspeitas.

Trata-se de um atalho muito perigoso para o sucesso, onde se avolumam todas as suspeitas e onde atuam impunemente todas as espécies de salteadores, oportunistas e delinquentes da pior qualidade. O pensamento distorcido e perverso de que a ética é coisa do passado e de que o verdadeiro alicerce da sociedade é a economia ameaça assim tornar a idílica ideia de uma “aldeia global” numa visão dantesca e apocalíptica de um “bordel global” em fase de dissolução absoluta. Vamos a tempo de salvar alguma coisa? Sem dúvida, desde que cada um se tente salvar a si próprio, porque a génese de todo o mal é o abandono irresponsável e inconsequente desse bem precioso que é a moral, ou seja, a convicção intransigente de que o bem individual não é alheio ao bem comum e de que os fins, por melhores que sejam, não justificam os meios.

Pirataria, o que é? O problema da avaliação das coisas nos tempos que correm resulta da desinformação “global”, que tenta convencer-nos de que os “bois” não têm nome. Claro que têm! Se não chamarmos os “bois” pelo nome, aparece-nos à frente uma ovelha, um coelho ou até um rato. Os nomes não são indiferentes e a rápida e praticamente automática “absolvição” dos nomes que atormentaram e escureceram o passado da humanidade significa que eles podem voltar a qualquer momento, se é que já não estão a caminho ou que até já voltaram. Piratas, todos sabemos, eram criminosos que atacavam as suas vítimas no alto mar, onde não havia testemunhas e onde apenas o silêncio das ondas respondia às suas imprecações vergonhosas. Não estaremos nós agora a navegar novamente nas mesmas águas turvas?

Tal como nos ignominiosos tempos dos piratas, que tinham na proveniência duvidosa das riquezas que saqueavam o ardiloso álibi para os seus crimes e arbitrariedades, também estes salteadores dos nossos tempos se abrigam na precária legitimidade e nas condutas discutíveis das suas vítimas. Por isso, em vez de piratas, podem ser chamados corsários. Estes, eram piratas no pleno sentido do termo e dedicavam-se à mesma “profissão”, mas tinham o “alvará” dos estados europeus da época, com os quais repartiam as riquezas pilhadas. O argumento era sempre os mesmo: as riquezas transportadas nos navios eram “roubadas” e ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão! Quantos filmes não terão sido feitos nos estúdios de todo o Mundo para convencer os espectadores (a opinião pública…) da “justa causa” desses antepassados!


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MERCADO PIRATARIA INFORMÁTICA

JANEIRO 2013

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aceitável e até desejável. O pequeno delito passou a ser abrangido por essa visão “benevolente” e não é sancionado ou apenas sancionado muito levemente. Neste contexto “socializante”, os “grupos de opinião”, os “grupos de interesses” e os grupos políticos, para não falar nos gangues armados, vão fazendo a “justa” redistribuição do rendimento global disponível, que muitas vezes é sacado sorrateiramente às gerações futuras, como podemos ver pela ponta do iceberg do descontrolo orçamental das finanças públicas na Europa e nos EUA, também.

Que futuro queremos?

COMO EVITAR OS PROBLEMAS A forma de evitar problemas relacionados com o combate à pirataria informática, será seguir cuidadosamente as recomendações abaixo indicadas, que constituem boas práticas para os compradores de software: 1 - Comprar sempre equipamentos e software através do canal de distribuição autorizado. 2 - As compras de software na Internet devem ser efectuadas apenas em páginas web seguras, do fabricante ou credenciadas e devidamente certificadas. 3 - Identificar corretamente o que se está a comprar e os direitos e deveres associados à compra (EULA, contrato de licenciamento americano). Obviamente, um dos deveres é a não reprodução do software (cópias), mesmo que seja no interior da empresa ou entre sócios, por exemplo. 4 - Conferir os preços e exigir factura detalhada (incluindo o nº de série, se for caso disso). 5 - Exigir uma embalagem selada e verificar o respectivo conteúdo. 6 - Guardar sempre os originais, as licenças e a fatura da transação. Isto é fundamental para fazer prova de que a empresa adquiriu corretamente o software, perante as entidades fiscalizadoras. 7 - Preços muito baixos são motivo para suspeitar que se trata de um produto ilegal. Em caso de dúvidas ou para colocar questões relacionadas com este tema, os técnicos da ASSOFT estão ao dispor dos interessados no telefone 21 361 70 40 ou através do e-mail (geral@assoft.pt).

PRINCIPAIS ATIVIDADES DA ASSOFT A ASSOFT tem como principais atividades: Prestar apoio jurídico na elaboração de contratos de utilização e licenciamento de equipamentos informáticos, bem como na resolução de conflitos entre empresas e técnicos de software; Cooperar com produtores, distribuidores e agentes de software através da organização de seminários e campanhas de sensibilização, ações de luta anti-pirataria, campanhas de divulgação educativas junto de escolas, universidades e outras organizações no que diz respeito à legalidade, dispondo de um vasto conjunto de documentação de apoio às empresas sobre o uso legal de software.

|| A utilização de software ilegal é punida com pena de prisão até três anos do responsável da empresa e a entidade judicial pode decretar o encerramento e dissolução da empresa infratora, no caso de infração grave repetida e/ou continuada

É no entanto óbvio que todos esses “heróis” estão já no fundo do mar ou no fundo da terra e que ninguém vai a lado nenhum por esses caminhos.

A riqueza dos outros… Felizmente, do mesmo modo que as mentiras perpetuam as mentiras, as verdades também perpetuam as verdades. O facto é que as riquezas alheias sempre foram o alvo preferencial dos incapazes e incompetentes, assim como dos oportunistas e dos “salvadores da pátria” ou “amigos do povo”. Já assim era no tempo de Robin Hood e daí para a frente. Antes não, porque o roubo nas sociedades tradicionais era severamente sancionado. Todos podem ver isso claramente no célebre quadro do “bom ladrão” e do “mau ladrão” pendurados ao

lado de Jesus Cristo. Ainda hoje, em certos pontos do globo (no Irão, por exemplo) se cortam as mãos aos ladrões. Isso era (é) assim, porque nessas sociedades o património era (é) adquirido com extrema dificuldade e com grandes sacrifícios. Com a chegada da Revolução Industrial e depois do petróleo ter começado a trabalhar para todos, a riqueza tornou-se banal e portanto o roubo deixou de ser aquele pecado medonho que antes era. O património alheio e o património público passaram a ser vistos como legítima “propriedade comum” e daí à “Revolução Socialista” (aquela que depois de o ser nunca foi…) apenas representou um pequeno passo. As sociedades em que hoje vivemos são “legítimas herdeiras” desses factos e hoje é aceite globalmente que a “redistribuição” dos rendimentos é

Como introdução para o problema dos equipamentos e das versões de software ilegais que grassam nas oficinas de reparação automóvel a nível europeu, este texto já vai longo, mas também pouco falta dizer, excepto aquilo que efetivamente queremos para nós todos no futuro. A lógica da organização global da economia foi pensada numa óptica de trazer máximos benefícios para os acionistas dos grandes grupos económicos e das multinacionais do sector financeiro. Azar para os contribuintes e para os consumidores anónimos, diríamos nós, que terão que pagar a fatura, como sempre tem acontecido em todos os contextos históricos reais conhecidos. Mas, também ninguém é impedido de se tornar acionista de qualquer coisa e começar a beber do mesmo leite que os outros bebem. Em termos estritamente legais, estamos num beco sem saída, porque qualquer pessoa pode descarregar conteúdos da Internet e o controlo desses fluxos já foi reconhecido que ficaria mais caro do que os prejuízos por eles causados. Quem chegou a essa conclusão foram as editoras de grupos musicais, que não são propriamente as empresas mais “pobrezinhas”, podendo agir judicialmente onde e quando quiserem. O facto é que a pirataria não está a afectar seriamente a rentabilidade dos grandes grupos económicos e pode mesmo ser “rentabilizada” por eles como marketing marginal. Resta o controlo das autoridades, que é aleatório e depende das necessidades de receitas do estado que as controla. Nada a fazer? Tudo depende de nos contentarmos ou não com um conceito de idoneidade, credibilidade e de dignidade em “2ª mão” ou até “faz de conta”. Se isso nos satisfaz, é o que já temos. Se não é, então teremos por lutar por qualquer coisa mais verdadeira e com mais valor. O sector independente do pós-venda automóvel já tem revelado dinamismo e inconformismo, nomeadamente através da ação da sua cúpula representativa, a FIGIEFA. Se continuarmos a lutar contra os compromissos impostos, contra as falsas promessas, contra as falsas soluções e contra a falta de ética, acabaremos por chegar a uma classe profissional mais dignificada e com mais futuro. O poder dos outros é somente o poder que nós próprios lhes metemos nas mãos, tanto por ação direta, como por omissão.


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MERCADO PIRATARIA INFORMÁTICA

JANEIRO 2013

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LUÍS SOUSA PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ASSOFT

ASSOFT REVELA: PIRATARIA EM PORTUGAL ESTÁ ACIMA DA MÉDIA A ASSOFT é uma associação do tipo empresarial que surgiu em 1991, tendo-se focado inicialmente nas questões da propriedade intelectual, para a qual na altura ainda não havia muita legislação. Esta associação congrega pessoas e empresas que desenvolvem software, na defesa dos seus legítimos interesses e objectivos. Tornou-se assim uma entidade pública sem fins lucrativos desde logo, tendo a partir de 1994 sido reconhecida como entidade de gestão colectiva de direito de autor e direitos conexos (relativamente ao software). Isto significa que no espaço do software, a ASSOFT é competente para ajudar o mercado a defender aquilo que produz. Desde o início, a pedra fundamental da atuação da associação foi a articulação com as autoridades, desde os legisladores, às forças policiais, tendo colaborado na definição de estratégias, na Formação e em Perícias. A Missão da ASSOFT não espanta ninguém, porque pretende garantir a promoção e a defesa dos interesses de quem em Portugal produz e comercializa software, facilitando o crescimento sustentado do sector e criando as melhores condições para a exportação e para a internacionalização do software português. Os grandes pilares da atividade da ASSOFT são deste modo a defesa da propriedade intelectual em todos os contextos e em especial em relação à Internet, bem como o combate à pirataria, que passa pela aplicação da legislação vigente. A incidência legal, no entanto, não retira a todos o dever de contrariar a atividade da pirataria, que causa sérios prejuízos à economia nacional, aos operadores do mercado e a todos os cidadãos. Outro importante pilar da atividade da ASSOFT está relacionado com a função de interface entre a indústria de software e as Entidades Governamentais. “Estamos empenhados em ajudar a combater a fraude e a evasão fiscal e isso não se faz sem metodologias e processos que são espelhados na indústria. A parte mais grata da nossa missão consiste em apoiar o crescimento e a internacionalização da indústria do sector, sendo quase criminoso não aproveitar as verbas comunitárias de apoio à internacionalização, desde que as empresas estejam a trabalhar com

elevados níveis de qualidade e de profissionalismo e tenham projetos de internacionalização no exterior”, diz Luís Sousa, presidente da ASSOFT.

Taxa de pirataria acima da média A propriedade intelectual é imprescindível ao crescimento e à saúde de uma economia de mercado. Neste tipo de economias, a criação de riqueza deve-se à ação independente dos agentes económicos, no sentido da qualidade, da excelência e da eficiência. O investimento depende assim do respeito pela propriedade, uma vez que a sociedade se rege pelos princípios da livre e voluntária troca de capitais, bens e produtos. Neste contexto, a propriedade intelectual é o motor da inovação e do progresso tecnológico, gerando emprego, desenvolvimento social e riqueza. Um estudo da conceituada Universidade Católica Portuguesa revelou que uma redução apenas de 10% nas ações de pirataria elevaria o PIB nacional (2011) de 0,6%, geraria mais € 320 milhões de impostos e criaria mais 4.244 postos de trabalho. Se andam pessoas o oferecer software ou a vendê-lo a preços meramente simbólicos (porque resultou de uma apropriação gratuita = roubo), nada do que atrás foi referido é possível. Nos países mais desenvolvidos, com níveis de educação, cultura e princípios éticos elevados, a taxa de pirataria é reduzia e quase marginal. No caso do nosso país, temos uma taxa de pirataria de 40%, significando que apenas 60% das vendas criam emprego e riqueza, gerando impostos. A mesma taxa em Espanha é idêntica à nossa (42%), mas em Itália é bastante pior (52%). Em contrapartida, na Bélgica e na Áustria só têm 25%. Mesmo países muito desenvolvidos como os EUA ou o Japão, onde a propriedade intelectual é estimulada e respeitada, a taxa de pirataria ainda é de 19%. Se considerarmos países como a Bélgica e Áustria, cuja população está ao nível da população portuguesa, vemos que têm uma indústria de software que vale quase o dobro da nossa indústria. A taxa de pirataria de 25% (1/4) ainda é elevada, mas deixa a indústria respirar, realizando vendas no mercado interno e através da exportação. Isso pode querer dizer que a

nossa indústria de software também poderia ser mais sólida e com maior peso na economia nacional, se não houvesse o flagelo da pirataria a contrariar os esforços de progresso da mesma. Mesmo assim, ao cabo de mais de 20 anos de esforços da ASSOFT no mercado e junto das autoridades do país, já existe hoje em Portugal um enquadramento legal adequado para punir eficazmente a pirataria informática. A defesa da propriedade intelectual de software está deste modo assegurada, na medida em que a fiscalização pode detectar e punir os infractores, tal como se passa com a propriedade intelectual de obras musicais ou literárias. Software ilegal dá 3 anos de prisão Nestes últimos anos de trabalho da ASSOFT, já foram levadas a tribunal empresas e houve condenações, tendo sido gerada jurisprudência para futuras situações. O crime informático está sob a jurisdição direta da PJ, mas todas as forças policiais podem atuar em defesa da lei. O crime é punível com penas até 3 anos de prisão, dependendo da gravidade da infracção. Uma dificuldade que os técnicos da ASSOFT e outros agentes de fiscalização encontram é a alta volatilidade do software. Este pode ser apagado rapidamente e a prova do crime deixa de existir. A única hipótese de chegar a atribuir culpas é através do flagrante delito ou de denúncia fundamentada. De qualquer modo, a lei permite a interposição de providência cautelares, sempre que houver suspeitas de que algum indivíduo ou empresa se dedica a atividades de pirataria informática. Esta é uma área que merece cada vez mais atenção das autoridades, porque o cibercrime online não conhece fronteiras e o crime organizado está a utilizar cada vez mais a Internet para as suas práticas delituosas (extorsão, lavagem de capitais, invasão de contas alheias, etc). A legislação portuguesa está atenta ao fenómeno e foram criadas já ferramentas jurídicas robustas para combater o cibercrime. Moeda de duas faces A pirataria é uma moeda com duas faces: existe a pirataria ativa, levada a cabo pelos

que se dedicam à contrafação de software, e a pirataria passiva, que é a dos que procuram ou mesmo sem procurar adquirem software ilegal. Tornam-se desse modo receptadores de um produto indevidamente comercializado. Para as pessoas de boa fé e que pretendem cumprir escrupulosamente a lei, é conveniente estarem informadas dos riscos que impendem sobre as práticas de pirataria informática. Os riscos menos graves são os que estão associados com menor qualidade de serviço ou até erros mais ou menos importantes. Além disso, a imagem da empresa ou do negócio fica seriamente prejudicada, se o consumidor final tiver chegado à evidência de que o software utilizado pela empresa é ilegal. No caso das oficinas de reparação automóvel, os riscos mais graves estão relacionados com o software dos equipamentos de diagnóstico e outros, porque podem gerar avarias nos veículos dos clientes. O menos grave é o técnico não conseguir efetuar sequer o diagnóstico, porque assim manda o cliente embora e não cria responsabilidades. Mesmo que o dono ou gestor da oficina não tenha conhecimento do ilícito, a lei penaliza-os, com base na razão de não terem tomado as devidas providências para evitar a pirataria nas suas empresas. Uma das consequências disto é a apreensão dos equipamentos com software ilegal, o que pode paralisar parcialmente ou mesmo totalmente a empresa. Outros riscos e inconvenientes são o pagamento de coimas e de indemnizações aos produtores legais do software e seus representantes. A lei obriga também que a empresa efetue o investimento compulsivo em software legal e certificado. Provavelmente, não será o que a empresa mais desejaria, mas a lei exige a reposição da legalidade. Para trás, ficam os custos jurídicos, perdas de tempo e desorganização temporária do negócio. Além da possível pena de prisão até três anos do responsável da empresa, a entidade judicial pode decretar o encerramento e dissolução da empresa infratora, no caso de infração grave, repetida e/ou continuada.



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NOTÍCIAS

JANEIRO 2013

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GLASSDRIVE VIANA DO CASTELO

NOVOS CATÁLOGOS

COM NOVA LOCALIZAÇÃO

DE EMBRAIAGENS DA SACHS

A beleza e tradição da cidade de Viana do Castelo é bem conhecida de todos e como tal a mudança do centro Glassdrive para um local de fácil acesso e boa visibilidade vem honrar as tradições desta região minhota na qualidade do seu bem-receber. A mudança do centro Glassdrive era já uma ambição antiga que se acabou de concretizar com a inauguração das novas instalações na Meadela, face à estrada que liga Viana do Castelo a Ponte de Lima. Com uma área de 450 metros quadrados interiores e parque exterior para clientes, este novo centro Glassdrive vai continuar a tradição de qualidade no serviço pois está alicerçado numa equipa experiente e profissional. Mais informações deste novo Glassdrive, através do telefone 258 824 633 ou pelo E-mail: viana.docastelo@glassdrive.pt.

A Sachs lançou o novo catálogo de embraiagens para veículos de turismo edição 2013/14. O novo catálogo da Zf Services tem 1.296 páginas e contém mais de 350 novas referências, a maioria delas correspondentes a veículos da nova geração, o que permite a esta empresa oferecer uma das gamas mais completas do mercado e com uma cobertura superior a 98%. Entre as novas incorporações destacam-se: Alfa Romeo Giulietta (2010), Mito; Audi A1, A5, Q3; Bmw X1; Citroen C3 II, C4 II, Ds3, Ds5; Dacia Duster, Sandero; Ford Grand C-Max, Focus Iii; Hyundai Ix20, Ix35; Opel Astra J, Meriva B; Peugeot 3008, 5008; Renault Fluence, Koleos, Scenic III; Seat Alhambra (2010), Exeo; Skoda Yeti; Suzuki Splash; Vw Passat (2010), Polo (2009); entre outros. Este novo catálogo está também disponível para consulta “online” através da web em www.zf.com/es.

FORMAÇÃO TÉCNICA AUTO DELTA / WULF GAERTNER Nos dias 27 e 28 de Novembro, a Wulf Gaertner Autoparts AG e a Auto Delta Lda organizaram formações técnicas em conjunto com os seus parceiros locais, especialmente para mecânicos. Os eventos tiveram lugar em Setúbal e Aveiro. Depois das bem-sucedidas ações de formação que ocorreram em Maio, destinadas a retalhistas do Norte e Centro de Portugal, os destinatários foram agora as oficinas de mecânica e as suas necessidades do dia-a-dia. As empresas alemãs Wulf Gaertner Autoparts e Sauer Spezialwerkzeug apresentaram ferramentas profissionais e respetivos sobresselentes de alta qualidade para uma superior eficiência no trabalho. Durante os dois dias de formação técnica, foi dado aos mecânicos convidados uma visão detalhada da marca MEYLE da Wulf Gaertner Autoparts e das suas peças tecnicamente avançadas MEYLE-HD. Tal como em cursos de formação anteriores, a equipa de Engenheiros Técnicos da Alemães mostrou tanto as peças otimizadas como o desenvolvimento da empresa. “O nosso objetivo é dar informações detalhadas sobre o nosso desenvolvimento, bem como conselhos práticos para a instalação. A qualidade e satisfação dos clientes é o que importa”, explica Sven Nielsen, Engenheiro-Chefe da Wulf Gaertner Autoparts. Pela primeira vez, a empresa alemã Sauer Spezialwerkzeug também esteve presente nestas formações técnicas e demonstrou as vantagens das suas ferramentas de reparação, especialmente concebidas para satisfazer as necessidades essenciais dos mecânicos. “Estamos felizes em realizar esta ação de formação técnica com a Sauer Spezialwerkzeug pois é fundamental para permitir uma correta instalação e/ou reparação. Peças de alta qualidade e ferramentas de alta qualidade levam a serviços eficientes e de alta qualidade”, afirma o engenheiro Nielsen. Durante o curso de formação, os mecânicos obtiveram informações sobre peças, tais como casquilhos, rolamentos de roda ou bombas de água. Houve ainda a possibilidade de fazer perguntas a qualquer momento e um diálogo dinâmico entre os organizadores e participantes foi incentivado. Estas ações conjuntas de formação técnica entre a Auto Delta e Wulf Gaertner Autoparts ocorrem regularmente, sendo que este programa de treino técnico deverá ser ampliado no futuro.

RPL CLIMA PRESENTE EM FEIRA EM LUANDA A RPL clima esteve em Luanda na Feira Motor Show 2012 que se realizou em Novembro na FIL . A internacionalização da empresa além fronteiras formalizou-se de uma forma mais profissional com a participação da RPL Clima neste evento, tendo Rui Lopes, responsável da empresa afirmado que “foi uma agradável surpresa pois tivemos imensos contactos e daí trabalharmos mais afincadamente na exportação para este país”. A RPL Clima contou ainda com a presença no seu stand do Ministro dos Transportes de Angola, Dr. Augusto Tomás.

VASCO CALLIXTO LANÇA OPÚSCULO Decano do jornalismo automóvel, Vasco Callixto comemorou recentemente meio século de atividade com o lançamento do livro “Dos primórdios do Automóvel em Portugal à presença de Portugal no mundo”, da editora Acalanto (www.acalanto.pt). Trata-se da compilação de histórias do automóvel já referidas noutras obras da sua autoria, que retratam um período áureo do automóvel em Portugal. O livro começa com as memórias da “Velha Guarda”, onde Vasco Callixto descreve os melhores momentos das entrevistas que fez a diversas personalidades do sector automóvel, desde o Conde de Vinhó e Almedina, passando Dr. José Caetano Tavares de Melo, D. António Herédia e o Visconde de Merceana. Mais à frente, Vasco Callixto faz uma viagem por todos os locais que visitou e encontrou a presença de Portugal. Em 50 anos de viagens mais ou menos anuais, deu sempre preferência ao automóvel e à condução. Porque as circunstâncias não favoreceram, só não conduziu em Israel, na Índia, no Japão, em Singapura, na Malásia e em Malta. Parabéns a este intrépido globetrotter, como alguém lhe chamou, e votos de muitos mais anos de vida para continuar a escrever livros. Na foto, João Vieira, diretor do JORNAL DAS OFICINAS, com Vasco Callixto, autor do opúsculo.

NOVA LAVADORA DE ALTA PRESSAO KARCHER A Neoparts tem disponível para o mercado uma nova lavadora de alta pressão. A HDS 8/18-4 C é uma Lavadora trifásica, de elevado desempenho, de água quente da classe compacta e está equipada com um motor elétrico de 4 pólos, arrefecido a água. O modo único “Eco” garante uma operação ecológica e econômica. A operação com apenas um botão central garante fácil utilização e manuseamento. As grandes rodas e a roda de direção garantem a mobilidade excecional. A estrutura robusta protege os tanques integrados para agente de limpeza e de combustível. O punho ergonômico está equipado com Softgrip para um contínuo controlo de ajuste de pressão / fluxo de água sobre a superfície a limpar. Compartimentos de arrumação práticos para acessórios, bicos, etc., completam a gama de equipamentos atraente da HDS 8/18-4 C.


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NOTÍCIAS

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GT MOTIVE

EUROMASTER CRESCE

CELEBRA ALIANÇA COM A MITCHELL INTERNATIONAL

EM PORTUGAL

A Gt Motive anunciou a assinatura de um contrato pelo qual a empresa americana Mitchell Internacional passa a integrar o núcleo acionista da empresa. Nesta aliança, o Grupo Einsa mantém-se como acionista maioritário e a atual equipa de gestão da Gt Motive permanecerá responsável pela condução e liderança do projeto, permitindo assim enfrentar os desafios numa nova dimensão. A GT Motive contará não só com as diversas plataformas de comunicação e de sistemas de gestão, líderes nos Estados Unidos da América, que serão absolutamente inovadores na Europa, assim como com recursos financeiros adicionais para adaptar estes produtos aos mercados, para continuar com o desenvolvimento da presença da Gt Motive em novos paíse e para investir em desenvolvimentos internos nos produtos atuais. A Mitchell, com mais de 65 anos de história, é uma companhia norte americana que lidera o mercado de soluções tecnológicas para a gestão de sinistros (materiais e corporais), tanto nos EUA como no Canadá. Processa mais de 50 milhões de transações por ano, através de mais de 300 empresas Seguradoras e de tramitação de Sinistros e de 30.000 oficinas suas Clientes. Conta com mais de 1.700 funcionários.

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A Euromaster iniciou com força a sua atividade em Portugal, contado já com 55 centros de serviço franquiados estando a quase totalidade deles já identificados com as cores da rede. No contexto económico atual, realça-se o plano de expansão da Euromaster em Portugal que prevê atingir os 100 centros de serviço num horizonte de cinco anos. O arranque da Euromaster em Portugal já está a ter efeitos práticos nos serviços e promoções oferecidos aos consumidores. Estão em vigor as seguintes promoções na rede Euromaster portuguesa: Oferta de um cartão Dá Valor de 25€ ou 10€ na compra de 4 ou 2 pneus da marca MICHELIN. Oferta de descontos em Travões e mudanças de Óleo. Uma Revisão de Segurança que verifica 12 pontos essenciais do carro e repõe os níveis necessários.

NOVIDADES NO CATÁLOGO ELECTRÓNICO TECCAT PARA 2013 A Krautli Portugal anunciou algumas novidades no catálogo electrónico TecCat para 2013. Em primeiro lugar o novo módulo incorporado no catálogo On-line com a pesquisa gráfica dos produtos. Este módulo está disponível gratuitamente até fim deste mês de Janeiro 2013 em todos os clientes Krautli do TecCat On-line. Outra novidade é a versão mobile para Tablets Iphone e Ipad App. Além da pesquisa de produtos simples e direta por referência, também permite identificação por Veículo / modelo / tipo. Diga-se também que o TecCat permite a integração completa do Autodata no catálogo TecCat On-line, tendo assim disponível toda a informação técnica de tempos de reparação, dados de inspeção e muito mais. Refira-se que outra novidade a ser disponibilizada durante 2013 será a pesquisa por matrícula.

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BRAÇO DE SUSPENSÃO MEYLE HD

MAIS EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE

PARA BMW SÉRIE 5, 6 E 7

COM O VISUAL SGIX

A Wulf Gaertner Autoparts AG apresentou o braço de suspensão para os BMW séries 5, 6 e 7. Três diferentes versões da peça original podem agora ser substituídas por um único produto, com qualidade HD, que prolonga a vida útil da peça. Sendo assim, as oficinas apenas precisam de fazer stock de uma só versão MEYLE. E graças a uma construção melhorada, o braço de suspensão MEYLE-HD também é mais duradouro do que a peça original. Graças a um suave ajuste de graduação na rótula, apenas um braço de suspensão substitui três versões diferentes da peça original - isto permite que a procura crescente por esta peça possa ser atendida com facilidade e flexibilidade. Outro serviço para a mecânica: não é só a rótula que é produzida para que possa ser substituída individualmente, também o casquilho reforçado pode ser trocado de forma independente. Para a substituição adequada do casquilho, a Wulf Gaertner Autoparts AG recomenda a ferramenta ref.617.68.050 do seu parceiro SAUER Spezialwerkzeug. O braço de suspensão HD está disponível para os modelos BMW da série 5 (F07, F10, F11), série 6 (F06, F12, F13) e série 7 (F0, F02, F04). Como resultado das melhorias técnicas em relação à versão original, a Wulf Gaertner Autoparts oferece uma garantia de 4 anos para esta nova peça MEYLE-HD.

A inforap está consciente das dificuldades cada vez maiores que o sector do Aftermarket atravessa. Para ajudar as empresas a serem mais eficientes e produtivas sem diminuírem os seus recursos, depois da integração feita como o GtEstimate da GTMOTIVE, a Inforap passa a disponibilizar para o sector Aftermarket o interface com o GtGo. O GtGo é uma aplicação web desenvolvida pela GTMOTIVE e que permite consultar referências, preços, manutenções e se a oficina desejar, pode efetuar um orçamento completo, para veículos comerciais ligeiros e todo o terreno. Com a importação direta para o software de gestão Visual SGIX qualquer organização seja pequena ou grande passa a ter um controle mais real dos seus orçamentos, uma vez que terá sempre disponível as informações sobre as referências e os preços das peças com preços OEM (preços do fabricante). Mais informações em ww.inforap.pt.

AUTOZITÂNIA COM CAMPANHA TEXTAR A Autozitânia vai entrar em força em 2013 , dinamizando uma série de campanhas para os seus clientes. Uma dessas campanhas, exclusiva, será com a marca Texar. Assim, durante os primeiros quatro meses do ano 2013, as compras em produtos Textar na Autozitânia podem valer um IPHONE 5. Mais informações sobre esta e outras campanhas em www.autozitanianews.pt. PUB

ATLANTIC PARTS APRESENTA NOVOS PRODUTOS A Atlantic Parts disponibiliza para o mercado, através da sua rede de membros, a gama de Lubrificantes Global. Esta gama de lubrificantes conta com 3 novos produtos: GLOBAL 75W80; GLOBAL 75W90; e GLOBAL 80W90. Com mais de 40 marcas de produtos no seu portfolio, a Atlantic Parts acaba de lançar mais uma novidade. Trata-se das Bombas de água RAL, apostando a empresa em qualidade a “outro preço”!.



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NOVO TITAN

+BATERIAS ENERGY STORE

HYD MR 1030

ABRE EM MEM MARTINS

A FUCHS coloca à disposição dos seus clientes um lubrificante para sistemas hidráulicos, o TITAN HYD MR 1030, que permite ter apenas um produto para satisfazer as diferentes viscosidades exigidas pelos diversos fabricantes de equipamentos. Este lubrificante distingue-se de outros existentes no mercado, principalmente pela sua grande qualidade e versatilidade. Estamos na presença de um óleo hidráulico HVLP, com alto índice de viscosidade de acordo com a norma DIN 51524 e que cumpre as normas ISO VG 32, 46, 68 e 100. Tem como principal vantagem a possibilidade de uma eficaz racionalização de produtos, permitindo a diminuição dos stocks e consequentemente uma redução nos custos operacionais. Este lubrificante é fabricado com aditivos selecionados de alta qualidade que asseguram a manutenção da viscosidade após longas horas de laboração, mesmo com temperaturas elevadas. O TITAN HYD MR 1030 é um óleo hidráulico de última geração que promove a limpeza de todo o sistema hidráulico, protege-o contra a corrosão mesmo com presença de água e possui uma grande resistência ao envelhecimento. Não ataca os vedantes nem colmata os filtros. É miscível com outros óleos tradicionais para sistemas hidráulicos.

Já abriu na Estrada de Mem Martins, logo a seguir ao “DeBorla” o novo distribuidor para o concelho de Sintra das baterias FIAMM e Eurocell, a +BATERIAS energy store. Esta nova loja visa aproximar a marca FIAMM do público em geral, mas também criar um balcão de apoio aos revendedores (instaladores, reparadores, etc) da área em que se insere. Com uma política comercial agressiva, em que se comtemplam ótimas condições para os revendedores, e com produtos de última geração, como sejam as baterias Fiamm AGM Ecoforce para os veículos híbridos e Stop-Start, a +BATERIAS irá apoiar o seu trabalho no balcão, não estando previsto por agora distribuição em viaturas, e desta forma poder proporcionar aos reparadores, melhores condições comerciais em toda a gama de produtos que comercializa. A +BATERIAS disponibiliza baterias para todas as aplicações: auto, moto, pesados, máquinas, estacionárias, tração, etc, e com várias tecnologias, desde a bateria chumbo ácida, passando pelas seladas de cálcio, mas tambem tecnologia agm, gel e placas tubulares por forma proporcionar ao cliente uma vasta escolha onde encontrará sempre o produto que necessita.

LIMPEZA DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO COM CABEÇA DE PULVERIZAÇÃO PERMANENTE A Einszett tem disponível um sistema de limpeza do ar condicionado com uma fragância fresca (lima). O Einszett Klima Cleaner é um produto de alta qualidade à base de álcool. Atua como fungicida e bactericida juntamente com eliminador de cheiros, sendo extremamente suave para a pele e mucosas.

O Einszett Klima Cleaner é um produto multiefetividade em função da sua composição. Por um lado, propriedades germicidas para com bactérias gram-positivas e bactérias gram-negativas. Por outro lado funciona como bactericida e antimicótico. Além disso uma combinação especialmente

desenvolvida de ingredientes eficazes, remove odores desagradáveis e patógeneos perigosos na unidade de evaporação. Também exerce grande proteção contra novas infeções de fungos e bactérias. Mais informações através do Email: antonio.monteiro@einszett.pt.

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RM E EQUIPA PETRONAS DE ROOY IVECO EXTRASECURITY COM SENSORES CONTINUAM PARCERIA NO DAKAR

DE ÂNGULO MORTO PARA O AFTERMARKET

Após a retumbante dupla vitória no Rally Dakar 2012, a Equipa Petronas de Rooy IVECO e a R-M Automotive Refinish, anunciaram que irão continuar com a sua parceria de grande sucesso, que já resultou num primeiro lugar na classe T4 no Rally Oilibya, em Marrocos. O passo seguinte é o assalto da equipa ao Dakar, o mais duro rally do mundo, que tem lugar entre os dias 5 e 20 de Janeiro de 2013. São mais de 8 000 quilómetros de estradas e trilhas duríssimas, de Lima no Peru, passando por regiões remotas da Argentina, até Santiago do Chile. A ultra-competitiva equipa Petronas de Rooy IVECO é composta por cinco camiões de corrida IVECO, incluindo o Powerstar de Gerard de Rooy e quatro Trakker Evolution III e II. Todos eles são pintados no verde da Petronas, apenas uma dentre as 50 000 cores disponíveis na GRAPHITE HD, a tecnologia de tintas de primeira qualidade desenvolvida pela R-M, especificamente para veículos comerciais. A GRAPHITE HD da RM não só garante que os camiões da Rooy atraiam os olhares do grande número de entusiastas que acompanham o Rally Dakar. A excecional resistência da tinta garante também que o trabalho de pintura dos camiões permaneça em excelente estado em condições meteorológicas extremas, com temperaturas diurnas que chegam aos 40 ºC e o ataque constante das pedras, areia e sal que fazem parte deste rigoroso evento. O sistema GRAPHITE HD funciona perfeitamente com a ampla gama de substratos que constituem a carroçaria dos camiões e a utilização da GRAPHITE HD DECO A permite que o verde da Petronas e as três outras cores que compõem o design sejam aplicadas respeitando-se os prazos muito exigentes do mundo das corridas automóveis.

Com o aumento de veículos, a colisão lateral ocorre com frequência e um dos principais motivos é o ponto cego do retrovisor. Em más condições, como chuva forte, neblina ou à noite, o espelho retrovisor têm uma visibilidade reduzida ou mesmo nula, que pode facilmente levar a um acidente resultante de mudança de faixa. Os acidentes de mudança de faixa representam mais de 30% dos acidentes de trânsito. “Blind Spot Assist” sensor de ângulo morto, pode efetivamente resolver este problema. Quando um veículo entrar no ponto cego, as luzes de advertência LED serão ativadas nesse momento, se o motorista estiver pronto para mudar de faixa, o sistema irá dar aviso sonoro e acende alerta luminoso. Este sistema pode prevenir acidentes na mudança de faixa auxiliar lateral. Este sistema é universal e poderá ser instalado em qualquer viatura de 12v ou 24v. Com dois indicadores de iluminação LED (autocolantes) e aviso sonoro. Este produto tem três anos de garantia.

CIVIPARTS APRESENTA CALIPERS RECONDICIONADOS DA MERITOR A Civiparts, como distribuidor da marca Meritor para veículos comerciais pesados, promove o lançamento de uma nova oferta da marca Meritor, uma das mais reconhecidas marcas fabricantes OEM mundiais, nomeadamente Calipers Recondicionados. Assim a Civiparts passa a disponibilizar aos seus Clientes esta nova solução, com aplicações e referências para camiões e atrelados. Esta solução de recondicionamento permite oferecer aos Clientes Civiparts a melhor reparação de calipers ao nível do mercado, com preços competitivos. O processo compreende a sua desmontagem, limpeza e substituição de todos os componentes que revelam desgaste excessivo por novos, reconstruídos, testados e aprovados. PUB

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VALVOLINE DISPONIBILIZA NOVO SYNPOWER MST C3 5W40 A Valvoline acaba de lançar em Portugal, através da Krautli, o novo SYNPOWER MST C3 5W-40. Este produto vem no sentido de satisfazer a grande procura do mercado por um óleo de motor com elevado desempenho e que cumpra o maior leque de aplicações ao nível das viaturas equipadas com filtros de partículas, tendo sido especialmente pensado para o aftermarket. A grande diversidade de produtos da gama de óleos de motor SYNPOWER, óleos de elevado desempenho de base sintética, fica agora reforçada com um produto de alargada taxa de aplicação que será uma forte referência para o sector. Desta forma a Valvoline demonstra mais uma vez a sua elevada capacidade de desenvolvimento e empenho em garantir uma oferta adequada as mais diversas necessidades do mercado. Este produto garante as seguintes normas: API – SM, SN / CF; ACEA – A3 / B4-04, C3-10. O SYNPOWER tem as seguintes aprovações: MB 229,31, 229,51; BMW LL-04; Ford WSS-

5º ENCONTRO DE DISTRIBUIDORES JONNESWAY Decorreu no passado dia 10 de dezembro, no Atlântico Golfe Hotel em Peniche, o 5º Encontro de Distribuidores de Ferramentas Jonnesway. Uma vez mais, os Distribuidores aderiram com entusiasmo a mais um evento Jonnesway, onde se fez uma análise da atividade durante o ano de 2012 e se discutiram novas estratégias de consolidação da marca para o próximo ano. Como já é habitual, foram apresentados novos produtos que irão contribuir para melhorar ainda mais a já vasta gama de ferramentas profissionais que a Jonnesway disponibiliza a todos os seus Distribuidores e Clientes. Destas novidades, destacamos a nova linha completa de ferramentas especialmente dedicadas a motos e ciclomotores. A recetividade foi bastante positiva e todos concordaram que este aumento e melhoria da gama de ferramentas Jonnesway é um ponto bastante forte no sentido de continuarem a aumentar o volume de vendas e consequente penetração no mercado desta atividade. Perspetiva-se que o crescimento da atividade Jonnesway continuará a ser consolidado, estando apoiado numa estrutura forte e fiável, quer da parte do Fabricante, quer da parte do Importador e seus Distribuidores.

DUPONT REFINISH LANÇA NOVO CORANTE CROMAX PRO A DuPont Refinish alargou a sua gama de corantes com cores especiais do Cromax Pro através da introdução do novo corante WB1735 Alumínio Ultra Fino, utilizado em cores para acabamentos OEM, tais como a Nissan KAB, a Mercedes 047 Alubeam Silver e a BMW Pure Silver. Desenvolvido através de um novo pigmento especial, este novo corante permite que os pintores acompanhem, através do Cromax Pro, a procura crescente do mercado de pós-venda por soluções de cores prata com efeitos “alu-shine”. O novo corante base bicamada aquosa encontra-se disponível em embalagens de 0.5 litros e a DuPont Refinish fornecê-lo-á sob pedido. As fórmulas da Nissan KAB e da Mercedes 047 Alubeam Silver para o corante WB1735 estão já disponíveis online através do Sistema Online de Correspondência de Cor (www. dupontrefinish.com) e a fórmula para a BMW Pure Silver será atualizada no fim de 2012. Em Fevereiro de 2013 serão atualizados os CD’s para o ColorQuick Pro e ColorNet Pro com a informação sobre este novo corante especial.

AS PARTS ANGOLA COMEMOROU 5º ANIVERSÁRIO Durante a cerimónia, que contou com a presença da Administração do Grupo Auto Sueco e Direção da AS Parts Angola, Francisco Ramos, Administrador do Grupo Auto Sueco, fez um balanço sobre a atividade da empresa desde a sua abertura em 2007. “Ao longo dos últimos 5 anos, a AS Parts Angola tem registado um percurso de inequívoco sucesso. No primeiro ano de atividade, a loja de Mulemba registou uma faturação de 764 Mil Euros (1M USD) e hoje, passados apenas 5 anos, atingiremos no final do ano os 8,7 Milhões de Euros (11,5 M USD) de faturação, o que obviamente nos deixa muito satisfeitos”, referiu Francisco Ramos. “Atualmente, a AS Parts Angola é líder de mercado, disponibilizando aos seus clientes uma vasta oferta de produtos - 60 marcas, 258 linhas de produtos, 14.493 referências ativas e 1,9 Milhões de Euros (2,5MUSD) em stock espalhados pela nossa rede de 6 lojas -que cobrem quase a totalidade do parque circulante, e acreditamos que, para além da preocupação que colocamos no atendimento e nível de serviço, é este forte e constante investimento que tem merecido a confiança e preferência dos nossos clientes ”, reforçou o Administrador do Grupo Auto Sueco. Na ocasião, Jorge Amaral, Diretor Executivo da AS Parts Angola, referiu que: “Desde o início da atividade, a AS Parts sempre teve como grande objetivo a cobertura nacional, de modo a poder ir de encontro às necessidades dos nossos clientes e acompanhar o desenvolvimento das diferentes Províncias do País.” A AS Parts Angola tem 6 lojas localizadas em Luanda (Mulemba, Viana e Vila Alice), Huambo, Lobito e Benguela e conta com uma equipa de 35 colaboradores.

TURBOS GARRETT DE AFTERMARKET NA TECDOC Os turbos Garrett farão a sua estreia na TecDoc no dia 1 de janeiro de 2013. O TecDoc é o diretório de peças sobressalentes eletrónicas líder da Europa, fornecendo dados abrangentes para identificação e encomenda de peças – tanto para VP como VC – sob a forma de um catálogo standardizado. Começando em 2013, serão incluídas 1500 referências de peças relativas aos produtos Garrett com imagens de alta qualidade. Isso está na base da formação da nova organização global do aftermarket de sistemas de transporte da Honeywell, que tem como objetivo a otimização de sinergias entre seus materiais de frição e as marcas de turbo para garantir que uma informação melhorada do produto esteja mais amplamente disponível para os clientes.

AUTODATA PREPARADO PARA 2013 Durante o ano de 2012, foram adicionadas as habituais atualizações no Autodata, cerca de 7.800, que incluem 2.000 modelos novos. Também foram acrescentados três novos módulos de informação técnica. Procedimentos de ligar e desligar a bateria, que agora inclui informação adicional de problemas complexos associados a veículos híbridos. Pós-tratamento dos gases de escape de motores diesel, onde estão disponíveis todas as operações e informações necessárias para o serviço dos sistemas de Filtros de Partículas Diesel e Redutores Catalíticos Seletivos. Inclui procedimentos adicionais de regeneração top-up, e informações de ferramentas especiais. Correias de acionamento dos acessórios, contém os procedimentos, passo-a-passo e listas de todos os componentes que devem ser substituídos, bem como binários de aperto, ferramentas especiais, os valores de tensão e ilustrações detalhada. Ainda em 2012, o software AUTODATA renovou a sua imagem, permitindo ao utilizador uma identificação mais intuitiva e uma navegação, entre módulos, mais acessível. O Autodata Online, o produto mais avançado disponível para oficinas, conta com mais atualizações e novidades em 2013. Para mais informações sobre o Autodata Online em www.autodata.pt.


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HELLA LANÇA NOVAS ESCOVAS

LÂMPADAS OSRAM VENCEM

SEM ARTICULAÇÕES

PRESTIGIADO PRÉMIO AUTO EXPRESS BEST BUY 2012

A HELLA acaba de lançar as suas novas escovas sem articulações com o objetivo de garantir a visibilidade do condutor nesta época de chuvas. As novas escovas, de aplicação universal, estão numa embalagem individual, permitindo à oficina comprar o número exato conforme as necessidades reais do cliente e sem ter que incorrer no gasto extra que supõe adquirir o jogo completo. Desta forma, as escovas da HELLA, desenhadas com qualidade de equipamento original, diferenciam-se das convencionais pela sua estética plana e pelas suas lâminas flexíveis que permitem a limpeza completa do cristal e se adaptam às características próprias de cada pára-brisas. Entre todas as escovas sem articulações, destacam-se 16 tipos de escovas com o nome de Dyna. Graças ao seu desenho inovador, que substitui as articulações tradicionais, são extremadamente silenciosas e fáceis de montar, sem molduras metálicas que impedem a acumulação de pó no verão ou a formação de gelo no inverno. As escovas Dyna contam com um multi-adaptador, já pré-montado, sendo fáceis de montar, podendo utilizar-se em 98% do parque em circulação.

As lâmpadas H4 NIGHT BREAKER PLUS e as lâmpadas H4 SILVERSTAR da OSRAM ganharam o prestigiado Best Buy 2012 da revista britânica Auto Express, conforme publicado na edição de 24 de outubro de 2012. As lâmpadas da OSRAM destacaram-se largamente das restantes marcas quer pela luminosidade, quer pelo alcance do feixe de luz, tendo ganho o prémio nas categorias de até 60% mais luz (H4 SILVERSTAR) e acima de 60% mais luz (H4 NIGHT BREAKER PLUS) face às lâmpadas standard. Segundo a revista Auto Express no caso da OSRAM SILVERSTAR H4 um alcance de quase 75m foi a chave do seu sucesso. Já em relação às OSRAM NIGHT BREAKER PLUS H4 a revista destaca como pontos fortes o facto de a penetração aos 75m estar bem à frente da concorrência, um padrão de feixe definido que mantém o encandeamento bem controlado e ainda uma incidência ampla, brilhante e uniforme.

SOGEFI COM NOVOS CATÁLOGOS O grupo Sogefi apresentou recentemente o novo catálogo para 2013. Devidamente atualizado e com um novo desenho para cada uma das suas marcas de filtros no pós-venda (Fram, CoopersFiaam e Purflux), o destaque vai para o catálogo da recentemente criada Sogefi Pro, destinada a veículos pesados. Esta é a primeira vez que a Sogefi lançou de forma simultânea todos os novos catálogos de filtros, que incorporam uma série de novidades, tendo em vista uma mais rápida e muito facilitada consulta. Cada um dos novos catálogos cobre mais de 1.100 veículos, incorporando mais de 150 novas referências de filtros para o Aftermarket.

SISTEMA DE REPARAÇÃO DE FARÓIS EM QUATRO PASSOS A 3M concebeu um sistema de reparação de Faróis que consiste num kit profissional para devolver a transparência dos faróis opacos e com falta de brilho e transparência. O sistema elimina riscos, a degradação geral dos faróis de plástico e as imperfeições que frequentemente são causadas por pequenas colisões, desgaste geral e descoloração provocada pela luz solar. A marca garante que com um processo simples de quatro etapas se consegue melhorar a eficácia dos faróis e a segurança na condução.

VENEPORTE PREMIADA PELA PSA A PSA atribuiu à Veneporte, o prémio “Replacement Parts Service Quality” pelo seu elevado nível de serviço, no fornecimento de peças OES e mercado de substituição – aftermarket. Este prémio, premeia a Veneporte pelo seu elevado nível de serviço tanto ao nível do OES, como do mercado de reposição/Aftermarket. Esta distinção valoriza a qualidade e a elevada taxa de cumprimento dos prazos de entrega ao longo do ano de 2011. Mais de 150 fornecedores foram convidados pela PSA para o ” Supplier Day”, organizado pelo “Group Purchasing Division”. Os prémios atribuídos, premiaram os fornecedores que ao longo do ano de 2011, demonstraram um compromisso empresarial exemplar e foram capazes de responder às exigências do grupo PSA.

REDE ON TRUCK COM FORMAÇÃO EM EURO 4 E 5 A Rede On Truck promoveu mais uma ação de Formação para os seus técnicos, desta vez abordando os sistemas de controlo de emissões EURO 4 e EURO 5. No encerramento do plano de formação de 2012, a Rede promoveu uma ação que visou o estudo dos avançados sistemas de controlo de emissões poluentes, presentes nos mais modernos veículos pesados. Uma das tecnologias que está cada vez mais presente no mercado de veículos industriais é o sistema SCR (Selective Catalytic Reduction, ou seja, Redução Catalítica Seletiva) que utiliza AdBlue para controlar as emissões de escape. Foi precisamente sobre este sistema que a Formação ON TRUCK se debruçou, abordando a construção, funcionamento e avarias mais frequentes desta simples mas eficaz tecnologia. PUB


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AUTOPROMOTEC

LOCTITE APRESENTA

JÁ COM VÁRIAS CONFIRMAÇÕES

REMOVEDOR DE COLA

Alguns dos pavilhões da Autopromotec dedicados a áreas específicas já estão completos, adiantou a organização da feira italiana numa nota publicada recentemente. Equipamento para oficinas, elevadores e pneus são as áreas já fechadas. Os pavilhões dedicados a ferramentas e compressores estão também com uma tendência positiva de subscrições, de tal forma que a organização teve que arranjar áreas maiores para albergar empresas desses sectores. A Autopromotec vai ter ainda um espaço totalmente dedicado ao diagnóstico, entre os pavilhões 14 e 15. A feira decorre em Bolonha, de 22 a 26 de Maio.

A Loctite, um dos maiores fabricantes mundiais de colas, apresentou um removedor de colas, para aquelas situações em que a cola é derramada sem querer. O Loctite Removedor de Cola é um produto de uso universal, aplicável de forma prática e limpa a quase todas as colas do mercado, incluindo a gama Loctite Super Cola 3. Apresentando-se com uma fórmula exclusiva em gel que não goteja, especialmente desenvolvida pela Henkel, o Loctite Removedor de Cola universal permite uma aplicação muito fácil e cómoda, inclusive em superfícies verticais. Garante a máxima eficácia em todo o tipo de materiais, sendo aplicável sobre superfícies metálicas, porcelana, vidro, alguns tipos de plásticos e tecidos, assim como na superfície da pele (excepto olhos e boca).

FACOM COM FERRAMENTA DE RECUO DE ÊMBOLO D A Fa Facom lançou o reposicionador de êmbolo de tra travão DF.23, uma única e excelente ferramenta adequada para a sua utilização em pinças fixas e oscilantes dos travões, o que significa que pode ser utilizada em carros desportivos de alta cilindrada. O design iinteligente da DF.23 previne danos nos pistões, eixos e pinças e garante a reposição de início de curso do êmbolo ou êmbolos paralelos nas maxilas. A mudança das pastilhas de travão continua a ser uma das operações mais comuns realizadas durante a vida útil de um carro. À medida que as pastilhas se desgastam, os pistões de pinça permanecem estendidos, pelo que é necessário uma ferramenta específica para repocionar e rodar os pistões a fim de colocar as pastilhas. As ferramentas actuais disponíveis no mercado só funcionam com um tipo de pinças. PUB

EQUIP AUTO COM MAIS EVENTOS EM 2013 A Equip Auto, que decorre de 16 a 20 de outubro, em Paris, vai ter mais eventos, tal como foi sugerido pelos profissionais que têm visitado a feira francesa. Vão ter lugar três novos eventos. O Fórum Internacional vai focar-se nos pavilhões internacionais. O Forum de Pós-venda Europeu vai falar sobre distribuição de equipamentos e peças. Já o Forum de Fabricantes Pós-venda vai mostrar aos distribuidores participantes como podem aumentar a rentabilidade do seu negócio. Outro evento que a organização destaca é a abertura do salão até mais tarde nos dias 18 e 19 de Outubro. Estas noites, promete a organização, serão propícias ao encontro de parceiros de negócio.

BATERIAS DE ELÉTRICOS PODEM SER REUTILIZADAS A General Motors (GM) e a ABB apresentaram a próxima fase da reutilização de baterias de automóveis eléctricos, com o reacondicionamento de cinco baterias já utilizadas do Chevrolet Volt numa unidade modular capaz de fornecer duas horas da energia eléctrica em três a cinco habitações médias americanas. O sistema de equilíbrio entre alimentação ininterrupta autónoma com energia da rede foi demonstrado durante o evento “GM’s Electrification Experience”. A unidade-protótipo forneceu 25 kW de potência e 50 kW/h de energia para alimentar todo o equipamento de iluminação e audiovisual de apoio, numa estrutura ‘fora da rede’ utilizada para o efeito.


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DELPHI COMPRA EMPRESA

BILSTEIN ENTRE AS

E MOSTRA PRODUTOS

“MARCAS DO SÉCULO”

Com a bem-sucedida aquisição da Divisão de Veículos Motorizados do Grupo FCI, a Delphi Automotive passa a dispor de uma gama ampla e abrangente de sistemas de interligação inovadores e de elevado valor, de forma a oferecer soluções em veículos seguros, ecológicos e conectados aos seus clientes globais. A empresa mostrou esta gama completa na feira Electronica, que decorreu de 13 a 16 de novembro, em Munique. Neste certame estiveram em exposição a nova tecnologia para o segmento dos Sistemas de Retenção de Segurança (SRS), as soluções de distribuição elétrica, as ligações de elevada potência e as unidades de controlo do motor.

A Bilstein é novamente membro do exclusivo “Marcas do Século”, que chama marcas representantes de cada indústria para serem incluídas numa edição de aniversário do editor alemão Florian Langenscheidt. Este volume, publicado em alemão, inglês e chinês tem o título em inglês de “Beacons in the SEa of Brands” e está associado ao Prémio de Marcas da Deutsche Standards. Esta foi a segunda vez que a Bilstein recebeu o prémio. Em 2010, o fabricante de componentes de suspensão representou a indústria automóvel no Marcas do Século.

ROADSHOW FESTOOL PASSOU POR PORTUGAL A Festool Automotive Systems organizou este ano, pela primeira vez, um ‘roadshow’ internacional, que passou por Portugal no passado mês de novembro, tendo visitado os distribuidores Coteq e Acrilac. Com este “Showtruck”, a Festool pretende percorrer vários países da Europa sempre com o mesmo elemento em foco: processos de trabalho rápidos, seguros e económicos, para uma rentabilidade duradoura. Tratou-se de um evento dinâmico, onde os profissionais demonstraram grande interesse, trocando experiências e conhecimentos técnicos entre eles. Estes encontros culminaram com um almoço convívio, onde os participantes puderam conversar de uma forma descontraída sobre todos os produtos apresentados. Condutores continuam a querer automóveis Um novo estudo encomendado pela Ford Motor Company conclui que a maioria dos europeus continua a querer manter a propriedade de um automóvel, mas que têm preocupações crescentes com o congestionamento de trânsito, custos de condução e com o meio ambiente. O estudo da Ford mostrou que a maioria das pessoas dizem que a vida seria “impossível” sem um automóvel mas 76% dos europeus dizem que são afetados pelo stress provocado pelo congestionamento de trânsito e pelos preços dos combustíveis. Demonstra também que 74% utiliza transportes públicos, 37% partilham automóveis para fazer o mesmo percurso e 3% recorrem a planos formais de partilha de automóveis.

DIESEL TECHNIC COM NOVO ARMAZÉM A Diesel Technic Iberia mudou-se para um novo armazém, no Polígono Industrial LA Garena, em Alcalá de Henares. A sucursal espanhola da marca alemã de peças para pesados cresceu de tal forma nos últimos anos que as ampliações consecutivas de naves nas antigas instalações já não eram suficientes. “Necessitávamos de mais superfície, tanto de escritórios como de armazenamento para dar saída ao crescente número de referências da marca DT Spare Parts. Os novos programas de peças para Autocarros e Trailer e, sobretudo, aqueles dedicados à Renault Trucks e Iveco têm vindo a requerer um considerável aumento da capacidade de armazenamento.

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HELLA APRESENTA GAMA DE ILUMINAÇÃO A Hella acaba de apresentar sua gama de produtos de Iluminação em Portugal com o objetivo de tornar mais acessível toda sua gama às oficinas e profissionais portugueses. Recorde-se que, desde o passado mês de maio, que a empresa tem uma delegação própria em Lisboa para impulsar o desenvolvimento do mercado da pós-venda no país. Desta forma, a Hella, que oferece mais de 26 mil referencias de produtos entre as suas quatro linhas de negócio –Iluminação, Eletrónica, Eletricidade e Termocontrolo - impulsa uma das suas áreas-emblema, onde se destacam os faróis, farolins, refletores, sistemas de cablagem, rotativos, ajustadores de faróis ou lâmpadas, entre outros produtos.

APETRO TOMA POSIÇÃO SOBRE A CAMPANHA DA DECO Perante a recente campanha mediática que tem vindo a ser promovida pela Deco, com o slogan “É tudo igual ao litro”, e na qual se afirma que todos os combustíveis comercializados em Portugal têm o mesmo grau de desempenho, a APETRO - Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas considera pertinente esclarecer alguns aspetos e reiterar a sua posição. Depois de atentamente visualizados os vídeos e lidos os textos disponibilizados pela Deco no seu site e nos Órgãos de Comunicação Social relativos ao teste realizado, a APETRO julga que as afirmações contidas na campanha que estão a promover não estão devidamente fundamentadas pelas seguintes razões: - O teste foi efetuado em apenas 12.000 Km, valor incomparavelmente inferior ao que é normalmente utilizado em ensaios desta natureza, que se costumam situar nos 60.000 Kms, sendo portanto insuficiente para retirar conclusões o terem sido verificados, em termos de desgaste e de criação de depósitos, apenas os êmbolos, e não outros componentes como, p. ex. as válvulas e o sistema de injeção, mais sensíveis às diferenças de qualidade do combustível no caso do motor diesel - Terem sido testados apenas alguns tipos de gasóleo e se estar a generalizar os resultados obtidos a todos os combustíveis, de forma claramente abusiva. Para além disso, a APETRO tem conhecimento que algumas das suas Associadas terão, em devido tempo, respondido às questões levantadas pela Deco, disponibilizando inclusivamente a possibilidade de contactos diretos com os Laboratórios Europeus responsáveis pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento dos combustíveis. PUB


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PONTUAÇÃO MÁXIMA PARA TUBOS DE TRAVÃO TRW A divisão de aftermarket da TRW viu o seu programa de tubos de travão, fabricado segundo as especificações de Equipamento Original (OE) da TRW, colocado no topo da tabela num teste comparativo. Paralelamente, a TRW anunciou grandes desenvolvimentos no programa, incluindo a introdução de uma gama de tubos entrançados em aço inoxidável, para veículos ligeiros de passageiros, e um aumento significativo da cobertura para aplicações asiáticas. Os tubos de travão foram testados juntamente com os principais concorrentes pela Agência de Conformidade de Equipamento de Fabricantes da Indústria Automóvel (AMECA). No teste de expansão volumétrica, os produtos da TRW destacaram-se, com baixa taxa de expansão volumétrica, oferecendo maior sensação do pedal e tempos de paragem superiores. Os tubos TRW em aço inoxidável, entrançados e revestidos com Poliamida (PA - polímero termoplástico) têm, por base, a mesma construção dos tubos de borracha, mas os materiais diferentes nos tubos entrançados de aço inoxidável oferecem características substancialmente diferentes e melhores. Os benefícios que os definem são: a trança com fio de aço inoxidável resiste mais eficazmente à expansão, devido à pressão no interior do núcleo do tubo; melhor sensação do pedal e maior resistência a danos.

JOHNSONS CONTROLS ALERTA

KAVO DISPONIBILIZA

SOBRE CUIDADOS NAS BATERIAS

NOVOS CATÁLOGOS

A Jonhsons Controls, fabricante das baterias Varta e de outras marcas, emitiu um comunicado onde alerta para a necessidade dos condutores olharem para o estado das baterias dos seus automóveis. De acordo com a marca, é no inverno, devido ao clima rigoroso, que as baterias são mais expostas a “grandes exigências”. Nestes casos, o consumo elétrico aumenta e a potência diminui. As baterias são normalmente apontadas como uma das primeiras causas de avarias no inverno. Nesta estação do ano, em trajetos curtos, o gerador não consegue carregar por completo a bateria antes do arranque seguinte. Por outro lado, a potência diminui já que as baixas temperaturas minimizam os processos químicos. PUB

CAEA Distribuidor para a Região Autónoma da Madeira das prestigiadas marcas:

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SPR AUTO LIMPEZA DUDU IT A SPR Auto tem disponível o DUDU iT. Trata-de de um produto de limpeza auto (dá para motos, bicicletas, etc), em forma de toalhitas que vão permitir lavar o carro ou mota sem ter que utilizar água nem outros detergentes, pois as próprias toalhitas têm agentes de limpeza. As toalhitas DUDU iT estão aptas para usar sobre qualquer tipo de superfícies: carroçaria, vidros, plástico, vinil e jantes. O DUDU iT é composto por uma fórmula que inclui 8 componentes: anti-mosquitos, anti-alcatrão, limpeza de jantes, limpeza de vidros, detergente, abrilhantador, abrilhantador de plásticos e um agente anti-sujidade. Isto significa que se vai poupar dinheiro nessa quantidade de produtos, e sobretudo, tempo ao lavar o carro ou mota! Mais informações pelo telefone 220 937 629 ou pelo site www.sprauto.pt.

A Kavo lançou os seus novos catálogos de produto. Discos de travão, embraiagens e rótulas de direção são as famílias de peças que têm, a partir de agora, uma nova edição de consulta para as suas referências.

ESCOVAS AQUABLADE DISPONÍVEIS PARA AUTOCARROS As escovas Aquablade, da Valeo, vão estar disponíveis, pela primeira vez, para autocarros. A partir de agora, o setor de reposição já tem disponíveis estes produtos da marca francesa. Este produto elimina a necessidade de ajuste que normalmente as escovas de metro requerem. A Aquablade distribui uniformemente o líquido da lavagem ao longo de toda a lâmina, independentemente da velocidade ou do ângulo do pára-brisas.

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PELA DISTRIBUIÇÃO SWAG EM PORTUGAL A Automotive Distributors LTD (ADL), a empresa por detrás da marca Blue Print, irá a partir de Janeiro de 2013 ser também responsável pela distribuição em Portugal da SWAG, outra marca do bilstein group. Com a introdução da SWAG, marca especializada em peças para veículos Europeus, a ADL consegue complementar a atual distribuição da Blue Print, especialista em peças para veículos Asiáticos e Americanos, aumentando a sua oferta de soluções para o pós-venda independente nacional. Tal como existe hoje com a Blue Print, a ADL irá disponibilizar também para o mercado nacional um completo stock SWAG, garantindo assim elevados níveis de serviço. A SWAG significa mais de 14.000 referências populares para todos os veículos Alemães e Europeus, nas gamas de produtos de motor, direção, suspensão e travagem, assim como em sistemas elétricos, SWAG extra, lubrificantes e aditivos. Uma gama profissional de reparação para todo o tipo de veículos populares, sempre atualizada, com tecnologias de fabrico de vanguarda e com a qualidade equivalente ao equipamento original. Mais informações sobre a marca SWAG poderão ser encontradas em www.swag.de


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ENTREVISTA

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PAULO SANTOS ADMINISTRADOR DA ENDAL

“EXPORTAR É UM DOS PRINCIPAIS OBJETIVOS” || Com 30 anos de atividade, a Endal é hoje uma empresa com forte presença em Portugal, nomeadamente no sector automóvel, onde tem muitos e importantes clientes

P

rocurando desde sempre a diversificação da sua gama de ofertas, a Endal, iniciou em 1980 a comercialização de Estantes Metálicas e Sistemas de Armazenagem. A especialização adquirida ao longo dos anos, permite à empresa oferecer consultoria e apoio logístico industrial com soluções globais de armazenagem. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Paulo Santos, administrador da Endal, faz um balanço da atividade da empresa em 2012 e anuncia a estratégia de internacionalização, como forma de

crescer e diversificar a sua carteira de clientes.

Que balanço faz da atividade da sua empresa durante este ano de 2012? O ano não foi negativo de todo, porque tivemos algumas fases do ano com bastante trabalho e vendas muito positivas, mas também tivemos alguns períodos do ano em que a quebra de vendas foi significativa. Em todo caso, estamos a prever que as vendas possam vir a ser iguais ás do ano passado ou mesmo ultrapassá-las.

Atendendo às condições do mercado, não podemos considerar o balanço negativo de todo.

Qual tem sido a procura dos produtos da Endal por parte das empresas do sector automóvel? Dentro das várias gamas de produto que nós temos, temos um específico e que foi pensado para responder às necessidades do sector automóvel. Foi concebido já com vários acessórios e componentes específicos que se adaptam muito bem ao sector das oficinas. Estamos a falar de

suportes para pneus e para jantes, por exemplo, bem como separadores metálicos, gavetas, etc. Tudo isso ajuda a que esse produto tenha uma boa receptividade no sector automóvel.

Que tipo de oficinas ou empresas de retalho procuram os vossos produtos e soluções de armazenagem? Quando o mercado estava em boas condições, chagámos a vender bastante bem esse produto para os concessionários do sector automóvel, principalmente para

PARA TODAS AS NECESSIDADES A Endal possui soluções de armazenagem para qualquer tipo de empresa, desde estantes para carga média a estantes de carga pesada de grande dimensão e móveis. Na gama de carga média, dispõe das estantes metálicas Séries SUPER 1/2/3 e UNIRACK, dois sistemas de armazenagem avançados e versáteis A diferença entre estas duas soluções, reside na capacidade de carga dos bastidores, sendo esta mais elevada na Série UNIRACK. Estas soluções, têm como componentes principais, os Bastidores e as Prateleiras, com profundidades desde 320 até 800 mm e alturas desde 1972 até 7000 mm. O sistema de montagem das prateleiras, por encaixe nos bastidores, permite uma efetiva redução dos custos de instalação. Para carga pesada a Endal tem os sistemas SUPERBUILD ou SUPER 4/5/6. Estes sistemas de elevada robustez, permitem a armazenagem até 12 metros de altura, aumentando significativamente a capacidade do armazém. Os Bastidores e a Vigas, são os componentes principais destes versáteis sistemas de armazenagem. A disponibilidade de vigas com comprimento até 4,50 metros, permite a armazenagem de volumes de grandes dimensões. A Endal oferece ainda a armazenagem convencional, que é, sem dúvida, o mais utilizado, devido à sua simplicidade, flexibilidade e facilidade de acesso direto às cargas armazenadas. Neste caso, as paletes ou cargas a armazenar, são colocadas diretamente sobre as vigas, estando totalmente acessíveis.


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ENTREVISTA

JANEIRO 2013

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os seus armazéns de peças. Também vendemos bem para revendedores retalhistas de peças de veículos. Com o sector das oficinas a passar por uma crise de investimento, as vendas ultimamente têm sido mais direcionadas para os revendedores de peças.

Quais os argumentos mais fortes que têm os vossos sistemas de armazenagem relativamente à concorrência existente? Relativamente a este equipamento específico para o sector automóvel, as principais vantagens para os nossos concorrentes são os acessórios específicos que oferecemos e as soluções que propomos aos nossos clientes, para a armazenagem concreta dos produtos do sector automóvel. Há produtos de armazenagem um tanto complicada, como é o caso da chaparia, escapes, vidros, pára-brisas, amortecedores, etc., entre outros. Todos esses componentes são mais difíceis de armazenar, mas nós já temos soluções específicas para contornar esse problema. Nesse aspecto, estamos um pouco à frente dos nossos concorrentes.

Trabalham geralmente com soluções à medida ou com equipamentos já terminados?

|| FICHA TÉCNICA

Temos basicamente dimensões standard nos nossos equipamentos, para conseguir vantagens de custo, mas conseguimos adaptar bem essas dimensões aos vários casos e a necessidades de espaço concretas de cada cliente. Temos sempre uma boa forma de os adaptar satisfatoriamente.

críticas. Aproveitamento do espaço optimizado e mais acessórios acabam por ser duas vantagens que tornam o produto atrativo.

No último ExpoAuto Mecânica da Batalha estiveram presentes com umas estantes amovíveis. Trata-se de algum produto novo?

Exportar é efetivamente um dos objectivos da empresa. O mercado angolano já tem um peso significativo nas nossas exportações e na nossa faturação global. Isso leva-nos a pensar que teremos brevemente que efetuar alguns investimentos em Angola. Em função da evolução do mercado angolano, poderemos vir a ter um escritório lá ou constituir localmente uma sociedade. Ainda não está nada definido nesse sentido. Atualmente, ainda fornecemos diretamente os nossos clientes. Atendendo ao número de empresas portuguesas que estão estabelecidas em Angola e ao facto do mercado local não estar muito apetrechado com empresas especializadas neste ramo da armazenagem, os clientes optam por nos contactar diretamente aqui em Portugal, fazem a importação e na maior parte dos casos fazem também a montagem e instalação dos equipamentos. No início do ano vamos fazer lá uma

Não é novo, nem tem revelado uma procura excepcional, porque tem um valor um pouco elevado e não tem aparecido muita procura por parte das casas de peças para automóveis. É por essa razão que temos promovido mais esse produto. Já o tínhamos promovido este ano na FIL, quando estivemos presentes na Tectónica e promovemos também na Batalha, porque acreditamos que o produto tem interesse, apesar do preço ser um pouco mais elevado do que as estantes normais. Praticamente, permite o dobro do aproveitamento do espaço, em relação a estantes convencionais. Considerando esse aspecto, o custo superior acaba por ser compensado. Por outro lado, essas estantes beneficiam também de uma vasta gama de acessórios existentes, o que permite armazenar as tais peças mais

Estão a preparar neste momento uma encomenda para Angola. A vossa empresa está a apostar na exportação?

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montagem, enviando dois colaboradores da empresa. Juntamente com outros colaboradores do cliente, será efectuada a instalação em cerca de dois meses. Trata-se do importador da Hyundai em Angola e já estamos perante uma obra de certa dimensão.

A Endal está a preparar o lançamento de alguma novidade para breve? As novidades neste tipo de equipamentos não são muito frequentes, porque isto está quase tudo inventado no capítulo da armazenagem. Há por vezes umas atualizações e reajustamentos dos equipamentos e pouco mais. O sector não evolui muito em termos de conceitos de equipamentos em si.

Que perspectivas prevê para 2013 na vossa empresa? Em Portugal, a expectativa é de que seja um ano complicado. Estamos a pensar é diversificar um pouco o destino dos nossos produtos, como é o caso do mercado angolano. Eventualmente, iniciaremos também alguma prospecção no mercado moçambicano. Vamos a ver se conseguimos equilibrar a quebra que temos em Portugal com novas perspectivas de negócio nesses dois mercados africanos.

ENDAL | Sede: Rua das Sesmarias, 24 – Abrunheira - 2710-083 Sintra Administrador: Paulo Santos | Telefone: 219.150.189 | Fax: 219.150.101 | E-mail: geral@endal.pt | Internet: www.endal.pt PUB

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AUTO RECAR

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NEGÓCIO

COM DIMENSÃO

Patrocinio secção:

|| Quer pela área das instalações quer pelo número de funcionários que tem, a Auto Recar está claramente acima da média nacional quando falamos em oficinas independentes. Também no serviço quer estar no topo

C

hegar às instalações da Auto Recar é fácil. Próxima de Águeda, a primeira impressão é que daqueles enormes pavilhões apenas uma parte é que deve ser a oficina. Puro engano. A Auto Recar é uma oficina independente enorme, que não tem qualquer identificação exterior, mas que está divida pelas diversas áreas em que opera. Foi no início da década de 80 que tudo começou. Primeiro foi a mecânica propriamente dita, depois foi desenvolvendo outros serviços como a chapa e pintura, os pneus e até o serviço de reboque, embora este se destine ao serviço interno da oficina. Atualmente a Auto Recar praticamente faz tudo o que seja serviço oficinal, pois segundo os seus responsáveis “não estamos na época de deixar o cliente fugir para fazer serviços fora que afinal também pode fazer aqui”, refere Maria José, gerente da empresa, adiantando que “neste momento também já lá vai o tempo das marcações de agenda. Agora tem que se

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fazer tudo o que aparece, seja qual for o serviço para fazer”. Estando disponível para servir todo o tipo de cliente e todo o tipo de necessidades dos seus clientes, na Auto Recar existe também uma total abertura face aos fornecedores. A empresa trabalha com diversos operadores de mercado, seja ao nível do Aftermarket seja nas peças originais, exceto ao nível das tintas, onde a aposta recai na Spies Hecker como fornecedor, e na chapa, onde só trabalha com material de origem. Uma das grandes apostas da Auto Recar é na componente eletrónica. A oficina está muito bem equipada, mas é ao nível do diagnóstico que se destaca um pouco mais, até porque “se não houver uma forte aposta nesta área então é o fim, pois nada se consegue fazer sem recurso às máquinas e afinar por ouvido é coisa do passado”, refere Maria José. Não menos importante para a empresa é a aposta na formação. Aqui na Auto Recar leva-se muito a sério este aspeto, ao ponto de a própria oficina dispor de uma sala de

formação. Apesar de alguma formação ter que ser feita fora de portas, muita outra já é potenciada internamente com inegáveis vantagens tanto para a própria oficina como para os fornecedores. “É algo que para nós é muito importante. Apostar na formação é a única forma de nos mantermos sempre atualizados, o que se reflete na qualidade do serviço que damos ao cliente”, afirma a mesma responsável. A mais recente área de negócio da empresa são os pneus. Foi uma forma da Auto Recar potenciar a presença do cliente na oficina oferecendo mais serviço, mas também de o fidelizar. Com uma equipa de 10 pessoas, das quais 8 são técnicos (mecânicos, pintores, etc), a Auto Recar, a par com o que tem sucedido no mercado, tem vindo a registar uma quebra na área da chapa e pintura, mas “ao nível da mecânica temos vindo a conseguir manter o serviço e os clientes, fruto também de todas essas apostas que temos feito”, assegura Maria José, dizendo ainda que “cada vez mais temos que orçamentar o

oficina

mes do

serviço para que o cliente saiba antecipadamente quando vai pagar. Estamos numa fase em que o cliente só quer gastar o mínimo possível com o seu carro”. Dispondo de excelentes instalações não estão previstos grandes investimentos para o futuro nesta oficina, retirando obviamente aqueles que decorrem da sua atividade, Por isso, continuar a investir na formação e na atualização dos equipamentos são sempre apostas que a Auto Recar irá continuar a fazer.

|| FICHA TÉCNICA Auto Recar Morada: Ferreirós, nº82 3750-726 Recardães - Águeda Responsável: Maria José Telefone: 234 623 904 Fax: 234 623 906 E.mail: n.d. Website: n.d. CONGRATULA A OFICINA DO MÊS


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QUALIDADE E INOVAÇÃO

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ARTIGO PATROCINADO POR:

CONSTANTE || Distribuidor dos componentes de travagem da marca Jurid desde 2003, o Stand Asla assume-se como um dos principais players no mercado de peças para automóveis e conta com a qualidade e prestígio desta marca alemã para crescer em 2013

A

atuação do Stand Asla no sector pós-venda automóvel é caracterizada por uma forte credibilidade, bem como devido à presença em todo o país (continente e ilhas). A dinâmica que caracteriza a atuação da empresa está patente nas várias alterações na mesma ao longo do tempo, apostando sempre em marcas premium e de 1º equipamento, como é o caso da Jurid. A comercialização desta marca tem tido uma evolução semelhante à tendência geral do sector, ou seja, de retração, mas para Jorge Sá, Administrador do Stand Asla “A Jurid, sendo uma marca de 1º equipamento, traz muita notoriedade à nossa empresa, que sempre defendeu a qualidade dos produtos e as garantias que essa qualidade proporciona na cadeia de valor da distribuição”. O facto de se tratar de uma marca premium com um nível de preço superior, tem sido um handicap para a evolução da Jurid no nosso país. “Este fator é mais relevante ainda se pensarmos que o mercado assume o fator preço como um dos principais decisores no momento da compra, o que não acontecia no passado”, mas as encomendas mantêm-se a um nível razoável e os clientes habituados à qualidade dos componentes Jurid permanecem fiéis à marca”, diz Jorge Sá. Claro que, como todas as marcas, há ciclos de altos e baixos, e a Jurid também conheceu períodos melhores e outros piores, mas o Stand Asla tem-se mantido fiel à marca desde que iniciou a sua distribuição em 2003, já lá vão dez anos. “Nunca desistimos da sua representação e a Jurid já faz parte do nosso portefólio de produtos por tradição, pois desejamos oferecer o melhor aos nossos clientes”. A marca Jurid tem uma oferta muito ampla de produtos, que inclui os fluidos

|| FICHA TÉCNICA Stand Asla Sede: Rua do Progresso 330 4455-530 Perafita Administrador: Jorge Sá Telefone: 22 091 70 56 Fax: 30 001 30 83 E-Mail: geral@stand-asla.pt Internet: www.stand-asla.pt

de travagem os tubos do circuito de travões, tubos flexíveis, bombas hidráulicas, bombitos, produtos de fricção (discos, pastilhas, maxilas e kits de montagem completos), ferramentas, etc.. Esta grande diversidade de produtos de travagem numa só marca é uma grande vantagem para as oficinas e o Stand Asla valoriza este aspeto, assim como a resposta pronta às encomendas que são feitas diretamente à responsável da marca em Portugal, Cristina Almeida. A inovação constante é outro argumento forte da Jurid, que lançou recentemente durante o Salão Automechanika, em Frankfurt, as suas inovadoras pastilhas de travão Jurid White, que conseguem evitar os habituais resíduos poluentes e a sonoridade indesejável. Jantes mais limpas e brilhantes mais tempo, maior conforto de condução e longa duração

são as vantagens da nova pastilha Jurid White, exclusiva para o mercado de pós-venda, que mantém o habitual coeficiente de fricção indispensável para obter travagens seguras e rápidas. O segredo destas novas pastilhas Jurid White está na substituição de partículas de aço e abrasivas na mistura do material de fricção por partículas cerâmicas, tendo sido já homologadas para primeiro equipamento de algumas aplicações da VW e da BMW nos EUA. A vida útil dos discos é também prolongada, o que torna as novas pastilhas da Honeywell um dos produtos mais avançados do mercado de substituição. A redução do ruído é conseguida com a introdução de várias inovações geométricas no fabrico da pastilha, o que permite minimizar a vibração desta ao travar, para além de tornar a travagem mais suave. As

primeiras aplicações a chegar ao mercado das pastilhas Jurid White serão para modelos da BMW, mas em meados de 2013 os circuitos de distribuição já deverão ter estas pastilhas para a maior parte dos modelos do parque circulante, que irão sendo introduzidas gradualmente até essa data. A nível de divulgação da marca no mercado, a Honeywell, fabricante da marca Jurid, envia regularmente Press Releases para os órgão de comunicação sobre as novidades e também promove Campanhas de Incentivo para os clientes, sendo umas mais dirigidas aos retalhistas e outras às oficinas. “Para o início de 2013 estão já a ser preparadas algumas campanhas promocionais, que consideramos muito benéficas para a fidelização dos nossos clientes a esta marca de prestígio”, conclui Jorge Sá.


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EMPRESA EUROCOFEMA

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APOSTAR

NUMA MARCA PRÓPRIA || A ECF é uma marca de equipamentos comercializada pela Eurocofema. Esta empresa de Ermesinde dispõe de uma vasta gama de equipamentos para oficinas, desta e de outras marcas, mas também disponibiliza ferramentas e serviços || A Eurocofema disponibiliza uma vasta gama de equipamentos oficinais para todo o tipo de oficinas, trabalhando uma marca própria, designada ECF

D

ecorrente de um negócio familiar, a Eurocofema passou a ter este nome no ano 2000. Jorge Barbosa é quem gere o negócio, tendo a seu lado José Costa, também ele com veia comercial e uma forte experiência no negócio dos equipamentos e das ferramentas. Disponibilizando todo o tipo de equipamentos que uma oficina possa ter, a Eurocofema decidiu concentrar-se muito numa marca própria, por si desenvolvida e designada ECF, que permite à empresa diferentes abordagens ao mercado. Por um lado, disponibiliza ao cliente de uma forma rápida o equipamento, dispondo para isso de um bom stock, mas por outro potenciar a revenda, já que a Eurocofema consegue ter preços muitos atrativos para quem pretenda trabalhar a marca.

ECF A ECF é uma marca própria da Eurocofema, mas esta empresa não é naturalmente quem constrói os referidos equipamentos, apenas os adquire junto de diversos fornecedores / construtores, quer no mercado europeu quer oriental,

colocando posteriormente a sua própria marca. “Podemos considerar que são produtos de marca branca, construídos como OEM, que depois são vendidos para diversos clientes, incluindo os concessionários, que posteriormente colocam a sua marca nos próprios equipamentos” afirma Jorge Barbosa, gerente da empresa. Se parte da diferenciação destes equipamentos é feita pela marca ECF, a restante é atribuída ao posicionamento de preço, considerado pela empresa como entrada de gama. “Tem sido um trabalho difícil conseguir dar notoriedade a uma marca como a ECF”, reconhece Jorge Barbosa, mas “a qualidade dos equipamentos e o excelente trabalho que temos feito com os nossos clientes permite que a marca já comece a ser conhecida”. Em termos gerais a gama é constituída por diversos tipos de elevadores (duas colunas, tesoura, pistão, etc), máquinas para montar pneus, equilibradoras de pneus, cabinas de pintura, áreas de preparação para repintura, infravermelhos, equipamentos pneumáticos e

equipamentos de lubrificação, entre outros. “Temos uma gama muito abrangente com a marca ECF. É uma estratégia em que apostamos e que temos vindo a seguir e que é para continuar”, explica o gerente da Eurocofema, dizendo que “podemos equipar uma oficina praticamente na totalidade, seja ela de mecânica, de pintura ou de pneus”. Para além destes e de outros equipamentos com outras marcas (com menor expressão no negócio da empresa) a Eurocofema aposta também numa larga gama de produtos (ferramentas) e nos serviços (manutenção). “Não se vende equipamentos todos os dias, pelo que todos os outros produtos que comercializamos servem para manter a relação com os clientes ou para angariar novos clientes”, afirma Jorge Barbosa. Apesar da forte componente comercial, a Eurocofema disponibiliza também aos seus clientes a necessária manutenção e assistência técnica, fazendo-o não só por intermédio de uma pequena equipa técnica interna (com duas pessoas), tendo desenvolvido também parcerias com outras empresas que se dedicam

especificamente a esta atividade. “Somos uma empresa pequena e não poderíamos ter uma estrutura muita pesada. O que acontece é que alguns parceiros na manutenção e assistência técnica, são também nossos revendedores” revela Jorge Barbosa. Concentrando a sua atividade na zona norte do país (o restante é revenda), a Eurocofema possui instalações em Ermesinde e um total de sete empregados, dispondo entre o seu alargado leque de clientes alguns grupos de retalho de referência em Portugal, como também muitas oficinas e casas de pneus independentes.

|| FICHA TÉCNICA Eurocofema Rua das Laranjeiras, 80/82 4445/491 Ermesinde Gerente: Jorge Barbosa Telefone: 229 758 579 Fax: 229 758 580 E-mail: geral@eurocofema.pt Internet: www.eurocofema.pt


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EMPRESA AUTOFLEX

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O SIGNIFICADO DE PARCERIA

|| Pela sua dimensão e pelos anos que leva no mercado da repintura automóvel, a Autoflex é por direito próprio uma referência neste sector, numa empresa onde o conceito de parceria é levado mesmo a sério

|| 95% do negócio Autoflex é dedicado à repintura automóvel, os restantes 5% são para a indústria especializada

|| A Autoflex faturou em 2011 cerca de 7 milhões de euros exclusivamente como distribuidor de tintas, consumíveis e equipamentos para a reparação automóvel

T

udo começou em 1984. A partir desse ano Manuel Silva e António Silva não mais têm parado de fazer crescer o negócio Autoflex. A par com algumas aquisições, que fizeram expandir o negócio geograficamente, um marco importante na empresa foram as novas (e atuais) instalações, inauguradas em 2000, que permitiram dois anos depois ter um moderno centro de formação, que tornou esta empresa referencial em matéria de serviço ao cliente. O conceito de parceria, para com fornecedores e clientes, ganhou a partir de então um alento ainda maior. “Naquele ano não era muito comum ver uma empresa a apostar na formação. Nós entendemos, como distribuidores de tintas, que era importante ter um centro de formação e por isso fomos das primeiras empresas a apostar nessa área”, começa por referir Manuel Silva, sócio gerente da Autoflex. Com o dinamismo que lhe era reconhecido e porque entendiam os responsáveis desta empresa que nesta área de negócio a Autoflex tinha que ter dimensão e massa crítica, os investimentos não pararam, fazendo a

empresa crescer geograficamente. A Autoflex é representante da Spies Hecker nas regiões “concessionadas”, onde tem aliás estruturas físicas, nomeadamente nas regiões de Fiães, Aveiro, Viana do Castelo, Guarda, Covilhã, Castelo Branco e Coimbra. Fora destas regiões a Autoflex está presente de norte a sul (como também nas ilhas), através de diversos distribuidores dos seus produtos (excepto Spies Hecker). De Pombal para norte a Autoflex tem uma cobertura de quase 90% do mercado com presença própria, mas a empresa comercializa os seus produtos para todo o país e ilhas. “Chegamos a cerca de 215 clientes com sistema Spies Hecker instalado, porém, comercializamos produtos para mais de 600 oficinas de repintura”, revela Manuel Silva, explicando que “não temos qualquer oficina própria. É uma questão de respeito pelos nossos clientes. Queremos continuar a apostar na venda direta nas zonas onde estamos fisicamente presentes e na distribuição para outras zonas do país”. Com esta dimensão e estrutura, a Autoflex dispõe de 16 vendedores e cinco técnicos,

divididos pelas diferentes estruturas físicas que dispõe. “Temos uma forte estratégia de proximidade ao nosso cliente”, revela Manuel Silva, sócio gerente da Autoflex, acrescentando que “para nós as parcerias são mesmo parcerias”.

Produto Fruto da sua participação na empresa espanhola Refinish Caar, a Autoflex representa em exclusivo para Portugal os produtos da marca caarQ. Ter produtos exclusivos e de qualidade sempre foi a política dos responsáveis da Autoflex, mas a empresa portuguesa não comercializa entre nós toda a gama caarQ. De facto, de toda a gama de produtos e acessórios para a reparação automóvel da caarQ, a Autoflex apenas não comercializa os químicos. A razão é simples de compreender. Para além dos consumíveis de oficina e equipamentos caarQ, a Autoflex dispõe de uma marca própria, a Kensay, de produtos para diversos setores (metalomecânica, madeira, etc) e químicos para o setor da reparação automóvel. Para além destas marcas, a Autoflex aposta em marcas de referência como são

a Indasa, 3M, Sata e a própria Spies Hecker. Sabendo que o mercado se irá reduzir nos próximos anos, a Autoflex olha para o futuro com enorme confiança, como nos revela Manuel Silva, dizendo que “temos ambições e pretendemos continuar a crescer. Por isso, não colocamos de parte adquirir outras empresas de retalho e de distribuição. A aquisição é a única forma de podermos crescer neste mercado, pois já não existe lugar para mais operadores. Aliás, considero que seremos cada vez menos neste setor, pelo que estamos dispostos, através de parcerias ou por aquisição, a crescer neste mercado”.

|| FICHA TÉCNICA Autoflex Avenida da Zona Industrial, Soutelo Apartado 28 - 4509-908 Fiães VFR Diretor Geral: Manuel Silva Telefone: 256 910 300 Fax: 256 910 339 E-mail: autoflex@autoflex.pt Internet: www.autoflex.pt


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EMPRESA IVEPEÇAS

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A EXPERIÊNCIA

DO CONHECIMENTO || São anos e anos de experiência e de conhecimento no setor das peças para veículos pesados. A Ivepeças soma a isso a forte aposta que faz na qualidade das peças e das marcas que representa || Apostar na qualidade do material que comercializa sempre foi um dos fatores diferenciadores da Ivepeças no mercado

A

pesar de existir desde 1988, a Ivepeças é uma empresa que foi fundada por Rui Tavares, após 20 anos de trabalho nas peças numa grande empresa nacional. O Know-how aí adquirido, tanto em peças de automóveis como de veículos pesados, levou este empresário a estabelecer-se no negócio com uma empresa que assumiu o nome de Ivepeças, precisamente porque trabalhou durante anos a marca Iveco e os seus produtos. “Apesar de ter também experiência em peças de automóveis, optei por me lançar nas peças de pesados por uma questão de oportunidade de negócio, pois na realidade não existiam muitos operadores nesta área nessa época”, argumenta Rui Tavares, sócio-gerente da Ivepeças. Alguns acordos feitos diretamente com Itália, permitiu que Ivepeças trabalhasse as peças originais da Iveco, mas depois alargou a importação, através de parceiros, de outros produtos originais de outras marcas. Para além das peças originais, a Ivepeças foi também adicionando os produtos de Aftermarket de marcas conceituadas.

“Atualmente cerca de 90% de tudo o que vendemos é importado, e a tendência é para que essa percentagem seja ainda maior”, diz Rui Tavares, acrescentando que “a logística permite que de Espanha o material chegue de um dia para o outro e da Alemanha demore 24 horas, sem que existam custos muito elevados”. Na marca Iveco, a Ivepeças tem toda a linha de produtos de A a Z, enquanto ao nível de MAN dispõe de um stock muito forte para peças de chassis (e também algum material de choque). A empresa trabalha também alguns produtos Mercedes, dispondo depois de uma oferta muito alargada no Aftermarket, apostando muito em material de mecânica de marcas de qualidade que também fabricam para a origem como sejam a Federal Mogul e KS, enquanto ao nível de suspensões e embraiagens são distribuidores autorizados da Sachs. ZF, Mahle, Euro Recambio, Lambforder são outras apostas da Ivepeças. “Em todos os produtos que vendemos a nossa preocupação é de facto a qualidade máxima a preços muito competitivos. Por isso, temos poucos produtos de segunda linha, pois se existe coisa que o cliente não

quer mesmo ter… é problemas”, refere o sócio-gerente da Ivepeças, adiantando que “trabalhar com marcas de qualidade é uma garantia para nós e para o nosso cliente. A nossa política não é vender um produto qualquer afirmando que ele tem qualidade, quando na realidade não tem”. A Ivepeças, empresa certificada pela norma EN ISO 9001:2008, possui instalações em Vila Nova de Gaia (Canidelo), onde se concentram todos os serviços da empresa (em cerca de 600 m2), tendo apenas uma equipa interna, abdicando por razões estratégicas e por custos de ter comerciais no terreno. “O cliente agora pede material para o momento, já não faz stock, e como a logística é muito rápida não compensa ter vendedores, até porque a informação também ela corre muito depressa”, afirma Rui Tavares. Diga-se que grande parte dos clientes são oficinas e frotistas, mas no último ano as vendas para outros retalhistas tem crescido (sobretudo nos produtos Iveco). Em termos de mercado, tal como muitos outros operadores, também a Ivepeças tem notado uma quebra, que se deve essencialmente “a uma diminuição do

serviço, nomeadamente em certos setores de atividade que quase pararam, como é a construção. Também a concorrência é grande e existem agora alguns problemas nos recebimentos”, afirma Rui Tavares, adiantando que “o que faz a diferença nesta altura é a relação duradoura que temos com clientes e com fornecedores”. Antes mesmo de terminar, o responsável da Ivepeças não deixou passar a oportunidade de revelar que “os pontos fortes da empresa são a honestidade e seriedade com que estamos no negócio, mas também a especialização no produto e na qualidade do mesmo, que sempre foram áreas em que apostamos bastante”.

|| FICHA TÉCNICA Ivepeças Rua de Barbeitos, 90/92 – Canidelo 440-377 V.N. Gaia Sócio-Gerente: Rui Tavares Telefone: 227 727 280 Fax: 227 727 281 E-mail: geral@ivepecas.com Internet: www.ivepecas.com


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EMPRESA PETRODISEL

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CONTINUAR A APOSTAR

EM NOVAS MARCAS || Ao longo dos últimos anos a Petrodisel tem continuamente investido no seu negócio, com destaque para a ampliação das instalações, e também na introdução de novos produtos e equipamentos

|| Apesar das dificuldades do mercado a Petrodisel vai continua a apostar em novos produtos, focando-se sempre na satisfação do cliente

A

primeira reportagem que o JORNAL DAS OFICINAS fez na Petrodisel data do início de 2008. De então para cá a empresa alfacinha tem vindo continuamente a reforçar a sua presença no mercado, através de uma série de investimentos e de novas representações, alargando o seu âmbito de especialização (as peças para a reparação de componentes diesel) a outro tipo de componentes. Foi por isso o momento ideal para revisitar esta empresa, fundada em 1974, conhecendo o efeito das suas mais recentes decisões. Uma das mais importantes foi a mudança de instalações, curiosamente da Loja B para a Loja A do Lote 2 da Calçada das Lages em Lisboa, permitindo aumentar para o dobro, o espaço disponível para armazenamento, o que é significativo num operador de peças. “O espaço que tínhamos disponível, face ao volume de stock, começava a tornar-se restritivo e muito complicado para a nossa atividade operar numa área tão pequena”, revela Adelino Vaz, sócio-gerente da empresa há mais de 38 anos. Inicialmente a empresa especializada em material para componentes diesel, e posteriormente apostando também na

área eléctrica e ferramentas, a quantidade de stock e o número de referências que integrou, levou a Petrodisel decidir-se pelo investimento nessas novas instalações. “Foi um investimento importante, feito com capitais próprios, mas que esperamos que nos traga resultados melhores”, afirma o mesmo responsável adiantando que “mesmo tendo aumentado a sua força de venda, as condições de mercado alteraram-se muito, sendo agora necessário fazer um maior esforço para atingir os nossos objectivos. Certo é que nunca tivemos tanto material em stock como temos neste momento, o que se deve essencialmente à aposta que fizemos em novas marcas e novos produtos”. Para além da histórica Bosch, a Petrodisel passou a distribuir e representar também outras marcas como a Hoffer, Flag e Klaxcar, entre outras, de material elétrico, que foram incrementando o portfólio da empresa numa perspetiva de “alargamento da gama, de melhores oportunidades de negócio e de preços mais competitivos, indo também ao encontro do que o mercado procura”, explica Adelino Vaz. Para além do “back-office”, com três pessoas, que se encontram nas atuais

instalações da Petrodisel, a empresa mantém uma força de vendas que, por áreas, marca presença em todo o país. Mais recentemente (no início de 2012) uma das apostas foi também nos equipamentos de diagnóstico da MIAC. Jorge Vaz é o responsável por esta área, que se tem vindo a desenvolver progressivamente, numa aposta da empresa face “aquilo que vínhamos notando ser uma necessidade dos nossos clientes. Já fizemos ações de formação e estamos a dinamizar a venda destes equipamentos, mas o mercado leva agora muito mais tempo a tomar as suas decisões. Contudo, a adesão tem sido boa” assegura Adelino Vaz. Não menos interessante tem sido o potencial de consulta que o site da Petrodisel tem gerado nos clientes e potenciais clientes, provocando um acréscimo de procura e de pedidos de informação que têm crescido de forma exponencial. Aguardando a reorganização do mercado nacional, não prevê de momento grandes investimentos para o futuro, continuando a Petrodisel a apostar em novas representações e novos produtos (perspetiva-se o lançamento de uma marca de lubrificantes), sempre com o

objetivo de poder fornecer qualidade e preço de acordo com as necessidades e satisfação dos seus clientes. Nesta actividade, o futuro é para Adelino Vaz, de espera. O filme que traça do mercado actualmente tem contornos negativos pela ativação desordenada e desesperada de alguns concorrentes, também à imposição de determinadas políticas económico-financeiras, mas “estou convencido que este cenário não poderá manter-se por muito mais tempo. Nós temos investido na esperança de que o mercado retome, embora existam muitas oficinas a passar por dificuldades. Por outro lado a concorrência é também muito grande e julgo não haver espaço para todos”.

|| FICHA TÉCNICA Petrodisel Calçada das Lages, 61 A, Lote 2 - Loja A 1900 - 291 Lisboa Sócio-Gerente: Adelino Vaz Telefone: 218 128 561 Fax: 218 128 567 E-mail: petro@petrodisel.pt Internet: www.petrodisel.com.pt


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EMPRESA CLASSIC CARE CENTER

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MUITO MAIS

QUE UMA OFICINA || Foi recentemente inaugurado em Alcabideche, um espaço inteiramente dedicado a veículos clássicos, que pretende trazer para Portugal uma nova abordagem a esta temática, que vai muito além de um mero serviço oficinal || O Classic Car Center presta um conjunto de serviços que vão muito mais além do que uma tradicional oficina de clássicos pode oferecer

O

s clássicos são uma paixão. Porém, como qualquer paixão, também a dos clássicos se pode perfeitamente transformar em negócio. Que o digam Carlos Silva e Jorge Paulo, dois amigos e sócios que recentemente fundaram o Classic Care Center, com o objetivo claro de desenvolver em Portugal um projeto pioneiro neste âmbito. “Gostamos de clássicos há muitos anos e achamos que existia uma lacuna nesta área, por não haver nenhum negócio como este associado aos carros clássicos”, começa por afirmar Carlos Silva, gerente da Classic Care Center. No fundo o conceito principal deste espaço é de um serviço global, que inclui uma oficina, que poderá fazer manutenções ou reconstruções de clássicos, uma área de 120 lugares para parqueamento de clássicos com condições, um espaço em que funcionará uma exposição / museu vivo (com carros de clientes), aluguer de carros clássicos (para já com 5 carros) e uma sala para tertúlias com o objetivo de ser constituído um género de clube onde se cultive um pouco o culto dos clássicos. É também objetivo dos responsáveis do Classic Care Center dinamizar um série de outros eventos quer dentro quer fora das enormes instalações, como sejam

encontros, passeios e outras ações com particulares e empresas. As vendas de clássicos serão contudo um negócio residual. “Admitimos também fazer vendas, colocando carros à consignação mas dentro de certos padrões, vendendo os carros pelo seu real valor”, refere Carlos Silva. Um dos projetos bem interessantes da empresa é o Museu Vivo. A ideia é ter uma exposição permanente de carros dos clientes, nomeadamente os mais emblemáticos, mas proporcionando-lhes a possibilidade de sempre que o entenderem poderem levar os seus carros a eventos ou a um simples passeio, preocupando-se apenas em disfrutar do prazer de conduzir. O resto, isto é, a manutenção (verificação de níveis, estado mecânico, pressão dos pneus, limpeza, bateria, etc.) ficará a cargo do Classic Car Center. “Basta o cliente avisar com um dia de antecedência, para que nós lhe preparemos o carro para ele apenas disfrutar a sua condução, tendo a certeza que o carro está em condições técnicas para circular”, afirma o mesmo responsável. Em paralelo a empresa disponibiliza 120 lugares de estacionamento, com excelentes condições físicas para parquear

clássicos (que podem ir alternando com o Museu), garantindo obviamente o mesmo serviço de manutenção. Como nada foi deixado ao acaso, e como forma de transmitir ainda mais confiança aos seus clientes, a Classic Care Center dispõe de um sistema de segurança 24 horas e ainda dispõe de seguros. “Sabemos que quem tem clássicos está muito receoso face a outras más experiências que já teve no passado. Aqui, o objetivo é prestar um serviço global, diferenciador de tudo o que se tem feito nos clássicos em Portugal, transmitindo ao cliente toda a segurança para que ele confie em nós”, assegura Carlos Silva. A Classic Care Center desenvolve todos os serviços de mecânica, pneus e batechapas, subcontratando outros serviços como a pintura e estofador. Também no serviço oficinal existe uma clara diferenciação face ao que é conhecido. “Aqui não vai haver carros amontoados, nem peças espalhadas por todo o lado, nem sujidade no chão”, diz Carlos Silva, explicando que “vamos quantificar bem os serviços que pretendemos fazer, seja de manutenção seja de reconstrução, ou outro qualquer, para que o cliente não tenha uma surpresa com a fatura final. Vamos ter uma atitude positiva,

mostrando que aqui tudo é feito com pés e cabeça”. Em termos de peças a Classic Care Center sabe perfeitamente os canais que deve procurar para as obter, tendo também uma equipa técnica jovem de quatro pessoas, já com Know-how e com formação, para que se possa prestar todo o tipo de serviços técnicos necessários. Para os clientes, esta oficina disponibiliza diversos Serviços Classic Care, com planos pré-definidos, onde são agrupados os diferentes serviços que a empresa disponibiliza. Com 4.500 m2 de área, o Classic Care Center é um “negócio de oportunidade. É nas alturas de crise que se investem em negócios diferentes. Este é diferente e inovador”, conclui Carlos Silva.

|| FICHA TÉCNICA Classic Car Center Estrada de Manique, nº1604 2645-550 Manique Sócios-Gerentes: Carlos Silva Jorge Paulo Telefone: 214 693 072 Fax: 214 693 074 E-mail: jorgepaulo@classiccarcenter.pt Internet www.classiccarcenter.pt


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EMPRESA PEUGEOT PORTUGAL AUTOMÓVEIS

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MOTAQUIP, UMA MARCA PEUGEOT || Para além das peças originais, a Peugeot disponibiliza uma gama de peças para veículos com mais idade que designou por Motaquip, que associou ao “Serviço 5+” destinada a reparar veículos com mais idade

C

om uma política bem estruturada e dinamizada há vários anos, a Peugeot Portugal Automóveis tem como único canal de venda, utilizado pela marca para a venda de Peças e Acessórios de Origem, a “Rede de Distribuidores de Peças Peugeot”. A Direcção de Peças e Serviço da Peugeot Portugal Automóveis está dimensionada de acordo com a sua atividade e volume de negócios. Nesse sentido, mais de 65% dos seus colaboradores estão direcionados para o “Front-Office”, dando apoio direto no terreno aos Distribuidores de Peças Peugeot. A rede está, desde 2005, dimensionada para ter uma cobertura total do território nacional, concentrando-se em 16 entidades (14 no Continente e 2 nas Regiões Autónomas). O armazém ibérico, situado em Madrid, usa 4 plataformas nacionais para abastecer diariamente cada um dos Distribuidores de Peças. A dinamização das vendas de Peças de Origem fora da rede de concessionários (aos reparadores independentes) é feita pelos Distribuidores de Peças Peugeot, declinando as operações comerciais que a marca vai promovendo ao longo do ano, quer se tratem de ações de fidelização ou de conquista.

“Atualmente, o volume de vendas de peças aos Reparadores Independentes é igual ao volume de vendas aos Reparadores Autorizados. Na rede Peugeot, esta percentagem tem vindo a aumentar progressivamente (2 a 3% em cada ano), no entanto a quebra nas vendas também regista igual valor”, afirma Vitor Martins, responsável operacional de Peças na Peugeot Portugal Automóveis. Apesar desta forte presença na reparação independente, a Peugeot Portugal Automóveis não seguiu o caminho de outras marcas na dinamização de um “Clubes de Peças” para esse tipo de reparadores, apostando noutro tipo de ações.

Motaquip Para veículos com mais idade, a marca Peugeot dispõe do “Serviço 5+”, que é composto por um conjunto de operações de manutenção a preço fechado (forfaits), cuja gama de peças aplicada se chama Motaquip. A gama Motaquip tem um conjunto de referências alargado, sendo as peças de manutenção corrente as mais comercializadas.

A existência desta gama de peças para viaturas com mais idade está relacionada precisamente com o lançamento do Serviço 5+, o qual está disponível em todos os Reparadores Autorizados Peugeot de forma permanente. Em suporte, a marca faz junto da rede ações de comunicação e promoção, com uma periodicidade de 2 a 3 vezes por ano. A gama Motaquip é utilizada na rede oficial, para as viaturas mais antigas e com os ‘pacotes’ de serviço anunciados, assim como no recondicionamento de viaturas usadas de outras marcas, estando também disponível na rede de Distribuidores de Peças Peugeot para o mercado independente. No que diz respeito ao posicionamento dos preços, Vitor Martins diz que “a Peugeot diferencia a actividade de Carroçaria e a de Manutenção. Em ambas os preços são muito competitivos, quer com as Peças de Origem, quer com a segunda gama Motaquip”. Num contexto económico difícil, que se agravará em 2013, a marca Peugeot “irá continuar a reforçar as ações que já tem em curso”, nomeadamente agrupando famílias de peças e promovendo ‘Packs’ direcionados a modelos ou motorizações

específicos. “Procuramos assim proporcionar aos Distribuidores de Peças condições de venda competitivas no mercado independente”, refere o meso responsável. Para terminar, Vitor Martins, refere que tal como acontece em todas as atividades, “as dificuldades no negócio de Peças vão continuar. Apesar da Rede de Distribuidores de Peças Peugeot ser constituída por Grupos económicos fortes, a quebra nas vendas continuará. Assim, uma gestão equilibrada do stock ideal, da tesouraria e das cobranças será determinante. Apesar de a Peugeot contar com uma Rede ‘concentrada’ e quase toda multimarca, os impactos da atual crise continuarão a fazer-se sentir, obrigando a redimensionar as empresas”.

|| FICHA TÉCNICA Peugeot Portugal Automóveis Rua Vasco da Gama, 20 2685-244 Portela – Loures Responsável: Vitor Martins Telefone: 808 265 005 Website: www.servico.peugeot.pt/pecas-origem/


Freudenberg Sealing Technologies

O novo centro logístico na Alemanha, outro passo na consolidação da excelência

CORTECO TRABALHA PARA A SATISFAÇÃO DO CLIENTE A Corteco, empresa do Grupo Freudenberg, produtora de componentes para motor, suspensão. direção e filtros de habitáculo, destinados ao sector de pós-venda independente, dispõe desde há uns meses de instalações ultra modernas, através das quais optimizou os processos de armazenamento e de distribuição de produtos, em linha com a qualidade original desses produtos.

A

cidade alemã de Hisrchberg, situada a cerca de 75 km a sul de Frankfurt, foi o local escolhido pela Corteco para concretizar a modernização do seu sistema de distribuição. Nas novas instalações, cuja superfície alcança 8.000 m2, este fabricante dispõe agora de uma capacidade para gerir eficazmente o armazenamento de mais de 18.000 referências, graças ao desenvolvimento de uma cadeia logística mais segura e eficiente, dotada de um equipamento da última geração. Este novo armazém permite à Corteco reforçar o

seu stock e optimizar os seus processos, com o objectivo fundamental de oferecer uma melhoria de serviço e, por conseguinte, uma maior satisfação dos seus clientes. Desta forma, a Corteco reforça a sua posição no seio do Grupo Freudenberg, a partir de cuja fábrica central de Weinheim (Alemanha) se processa o fabrico de peças de vedação, peças anti vibração e filtros de habitáculo para primeiro equipamento (para construtores como Daimler, BMW, Grupo VAG, PSA Peugeot-Citroen, Fiat, Mitsubishi, Ford, MAN e Renault-Nissan),

Freudenberg defende o máximo compromisso com o cliente, através da melhor atenção e do melhor serviço.

atividade em que é líder mundial. Presente em 58 países, o Grupo Freudenberg emprega 37.000 trabalhadores em todo o Mundo, responsáveis por uma faturação superior 6.000 milhões de euros, dos quais 2.300 milhões resultam da indústria automóvel. Para conseguir estes resultados, a empresa baseia-se em seis princípios e valores, cujo objectivo principal é, tal como sustenta Reinner Martsfeld, director geral da empresa, alcançar o máximo compromisso com o cliente, através da melhor atenção e do melhor serviço. Deste modo, todas as atividades da empresa regem-se pelos princípios da proximidade do cliente, inovação, liderança, as pessoas, responsabilidade e orientação para o longo prazo. O PAPEL DA CORTECO Dentro desta multinacional alemã, a Corteco é a organização que tem a seu cargo a comercialização para o mercado de substituição independente, fabricando e distribuindo as mesmas peças de qualidade original que o Grupo Freudenberg produz para o primeiro equipamento, partilhando conhecimentos e processos desenvolvidos com os construtores de veículos. Esse facto permite à Corteco oferecer inovação constante na gama mais vasta do mercado de retentores e filtros de habitáculo, além de inovadoras soluções para redução das emissões de CO2. Para lá da excelência do serviço, potenciada pelo novo armazém de Hisrchberg e com as plataformas regionais, que no caso de Espanha está localizada na cidade Parets del Vallés, junto a Barcelona (fornecimento de 95% dos pedidos em 24/48 horas), a Corteco coloca à disposição dos seus clientes um completo programa de formação de produto, dirigido à distribuição. Os catálogos de fácil consulta e as tabelas de preços são independentes para cada gama de produto, podendo a respectiva informação ser encontrada atualizada no TecDoc e na página web www.corteco.com


PUBLIREPORTAGEM

A gama de produtos Corteco O catálogo da Corteco divide-se fundamentalmente em quatro áreas: VEDAÇÃO. Este segmento inclui mais de 9.000 referências de juntas de motor, além de juntas individuais para termostatos, cárters, escapes, tampas, balanceiros, admissões e bombas de água, bem como kits de descarbonização e parafusos para cabeças de motor. A tudo isto há que acrescentar mais de 7.000 referências de retentores radiais e da caixa de velocidades, motor, cambota e árvore de cames, cubo de roda, eixo dianteiro, eixo traseiro e diferencial para veículos ligeiros, camiões e máquinas de obras púbicas e agricultura. PEÇAS DE CONTROLO DE VIBRAÇÕES. Sob a marca Vibracoustic, o grupo Freudenberg é um dos líderes

mundiais na produção de peças de borracha e metal para controlo de vibrações, contando com 1.400 referências de apoios de motor e mais cerca de 200 polias da cambota, num catálogo que inclui desde apoios convencionais e hidráulicos para motores e caixas de velocidades, suspensão (braços, amortecedores, etc.), fletores de transmissão e carburadores. FILTROS DE HABITÁCULO. Os filtros Freudenberg Nonwovens são uma das referências na filtragem de habitáculos de automóveis, equipando de origem mais de 50% dos carros novos. Com a gama Micronair de 600 referências de filtros de carvão activo, a Corteco cobre mais de 95% do parque europeu de veículos, distribuindo-os em embalagens

individuais, com as respectivas instruções e a etiqueta de controlo de uso TUBOS FLEXÍVEIS DE TRAVÃO. Quarenta anos de experiência avalizam a trajetória da Freudenberg como produtor de tubos flexíveis de travões para o primeiro equipamento. Fazendo uso desses conhecimentos, a Corteco desenha e fabrica estes componentes para o mercado de substituição, sob os mesmos padrões de qualidade exigidos pelos construtores de veículos. Todas as cerca de 1.700 referências permitem uma cobertura de 90% do parque europeu, sendo todas as peças submetidas a testes de pressão e verificadas segundo as normas D.O.T. e MVSS 106. A fábrica de produção está além disso certificada pela norma ISO-2000. Suportes de suspensão

Filtros de habitáculo Juntas e parafusos de cabeça motor

Fletores de Cardan Válvulas e retentores de válvula

Suportes de motor, chassis e transmissão Retentores radiais

Polia da cambota

Nossa gama de Peças de Qualidade Original

A Corteco tem a seu cargo as vendas para o mercado de substituição independente, fabricando e distribuindo as mesmas peças de qualidade original que o grupo Freudenberg produz para o primeiro equipamento. O representante em Portugal da Corteco é José G. Neto, Lda.


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SERVIÇO DIAGNÓSTICO E MANUTENÇÃO DE BATERIAS

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SEGMENTO EM MUDANÇA || Os serviços de manutenção preventiva de baterias têm um valor acrescentado apreciável para os clientes, e para a oficina são uma forma de utilizar rentavelmente a sua capacidade instalada e de aumentar o grau de satisfação e de fidelização dos clientes

A

mesmo pelo condutor. Era habitual os mecânicos passarem para um chip os dados em memória do aparelho, quando tinham que desligar a bateria, para voltar a introduzir esses dados após a reparação. Com a gestão centralizada do motor e de outros sistemas do veículo, a qualidade corrente (voltagem e frequência) passou a ser fundamental, podendo as variações inesperadas de corrente provocar o mau funcionamento do veículo e até a sua paragem. Perdas de dados em memória nas ECUs e outros problemas com o software passaram a ser comuns.

inda não há muito tempo, era relativamente frequente ver um condutor com uma bateria na mão, para ir carregar, ou então com uma bateria carregada, para ir dar “apoio” a uma bateria descarregada. Os próprios serviços de assistência na estrada estavam equipados com baterias do tipo “booster”, a fim de permitir o arranque de veículos com a bateria sem carga. Os condutores davam relativamente pouca importância à carga da bateria e ao seu estado geral, porque, uma vez que o carro arrancava, o alternador começava a carregar a bateria e tudo continuava como dantes. O limite para trocar de bateria era geralmente quando esta deixava de aceitar carga ou apenas a conservava por um par de horas. Claro que o mau estado da bateria não se devia somente ao excesso de uso e/ou uso abusivo, porque o estado da correia do alternador, do próprio ou alternador e do circuito de carga era frequentemente negligenciado. A tecnologia basicamente mecânica e elétrica dos veículos permitia esta enorme flexibilidade na manutenção das baterias e do seu circuito de carga. Com a estrada do novo milénio e a prevalência da electrónica nos sistemas de controlo do veículo, tudo mudou radicalmente na manutenção de baterias, porque a alimentação de corrente fiável passou a ser uma condição para o correto funcionamento desses sistemas. Já anteriormente se tinha começado a sentir o problema da fiabilidade da corrente eléctrica, porque os rádios, as telefonias e os sistemas de som mais avançados tinham problemas com a falta de corrente, perdendo o “set up” do software e as opções introduzidas no

Novo paradigma tecnológico

ANÁLISE VISUAL A inspeção visual dos componentes de um veículo ainda não tem substituto, porque é um método rápido, produtivo, económico e eficaz, que deve acompanhar todas as outras metodologias mais avançadas de diagnóstico e resolução de avarias. Eis os principais pontos de detecção visual: - Fissuras na caixa da bateria ou bornes partidos são locais por onde se podem originar fugas, que são lesivas para o ambiente e provocam a perda de rendimento da bateria. Sempre que tal suceder, a bateria deve ser substituída. - Cabos de ligação e respectivas uniões danificados podem provocar falhas de corrente e curto-circuitos, exigindo imediata reparação. - No caso de haver óxidos nos terminais das baterias e na tampa destas, devem ser removidos com uma escova de arames e limpos com água desmineralizada. Antes de montar os cabos da bateria, unte os bornes com vaselina ou outro produto adequado. O facto de aparecerem óxidos nos bornes da bateria indica um processo de fosfatação, que revela uma bateria envelhecida. Faça um conjunto de testes

completo à bateria para comprovar esta teoria e substitua-a em caso de perda de rendimento. - A bateria deve estar montada no local próprio previsto pelo construtor do veículo e a sua fixação deve ser tão firme quanto possível. Verificar o aperto dos acessórios de fixação da bateria e dos cabos de ligação desta ao sistema eléctrico do veículo.

Com a evolução da tecnologia, não só a qualidade de fabrico das baterias se tornou muito mais fiável, dando lugar às baterias sem manutenção ou de manutenção reduzida, como os cuidados de controlo e manutenção das baterias e dos sistemas dependentes passaram a ser muito mais rigorosos e regulares. As diferentes tecnologias das baterias também passaram a exigir métodos de carga específicos e carregadores mais versáteis. Com o aumento dos consumos de energia eléctrica nos veículos, devido a mais sistemas consumidores (climatização, start/stop, etc.), o próprio sistema de carga da bateria evoluiu para uma solução inteligente de carga, de acordo com as necessidades pontuais do veículo e do estado atual da bateria. Devido à importância crítica da corrente eléctrica para os modernos automóveis, a manutenção e diagnóstico de baterias e dos seus sistemas dependentes passou a ter um volume de negócio mais elevado, o que deve ser levado em conta pelas oficinas, numa altura em que outros serviços têm intervalos de manutenção mais longos e logo menor volume de faturação. A oportunidade de negócio é portanto apresentar uma oferta de serviços para baterias em linha com as novas tecnologias e com as novas necessidades de manutenção dos sistemas. O diagnóstico é desde logo fundamental, porque o serviço de carregar a bateria passou a ser um recurso para casos pontuais e não uma prática corrente. De facto, cada carro deve gerar a corrente de carga necessária para manter a bateria em boas condições. Com os novos sistemas de carga inteligentes do veículo, a bateria não se descarrega nunca, excepto devido a avarias internas ou devido a problemas nos circuitos do próprio veículo. A lógica passou a ser portanto a de substituição da bateria e não de carga da bateria, embora esta possa ter que ocorrer, devido a certos imponderáveis. O objectivo fundamental da manutenção é manter um fluxo de corrente adequado de


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SERVIÇO DIAGNÓSTICO E MANUTENÇÃO DE BATERIAS

forma permanente, pelo que as baterias que comecem a revelar dificuldades em receber carga ou em conservá-la devem ser logo substituídas, antes que causem problemas mais graves. Certos componentes, como uma unidade central de processamento (ECU), podem custar facilmente mais do que duas ou três baterias, não sendo profissionalmente correto arriscar uma avaria no veículo por causa de uma bateria deficiente.

Outras oportunidades de negócio Um carro atual tem em média 5 kg ou mais de cabos eléctricos, que absorvem uma quantidade apreciável de corrente. Além disso, os vários sistemas inteligentes do veículo estão em carga permanente e absorvem igualmente energia da bateria. Mesmo um carro em excelente estado técnico pode descarregar uma bateria completamente em poucos dias. Uma das soluções para evitar esse problema, caso o veículo não esteja equipado de origem com nenhum sistema de aviso da carga da bateria, é montar um dispositivo de medição de carga tricolor, que permite ao condutor verificar o estado de carga das sua bateria, no caso de ter o carro parado alguns dias, ou com uma utilização muito reduzida. Em termos de conclusão, podemos afirmar que os serviços de manutenção preventiva de baterias têm um valor acrescentado apreciável para os clientes. Para a oficina, são uma forma de utilizar rentavelmente a sua capacidade instalada e de aumentar o grau de satisfação dos seus clientes.

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OFERTA AVANÇADA DE SERVIÇOS PARA BATERIAS Como já vimos anteriormente, os circuitos do veículo devem estar alimentados permanentemente por uma corrente adequada, não sendo correto desligar ou desmontar a bateria, excepto nos casos exigíveis. Para carregar a bateria, usam-se por esse motivo carregadores “Inteligentes” da nova geração, que efetuam automaticamente a carga com a bateria montada no veículo e informam o técnico das condições de carga e outros parâmetros de funcionamento da bateria. Indicadores luminosos LED permitem ao técnico acompanhar o processo de carga à distância, sem ter que se deslocar até junto da bateria que está a ser carregada. Outras notáveis características dos carregadores de baterias da última geração são as seguintes: - Controlo da sulfatação - O carregador efetua a limpeza das placas da bateria antes de mais, prevenindo os processos de sulfatação, o pior dos inimigos das baterias de chumbo/ ácido. - Carga reforçada - A corrente de carga é controlada para uma voltagem máxima de 14,4 V, o que permite tornar a carga rápida e efetiva. No final do ciclo de carga, a bateria fica com 80% da sua capacidade total. - Controlo de corrente - Para evitar sobrecargas da bateria, sobreaquecimento ou danos nos componentes do veículo, o carregador controla automaticamente a voltagem em cada fase do ciclo e de acordo com outros parâmetros disponíveis. - Teste da bateria - O carregador inteligente efetua automaticamente o teste à bateria enquanto a carrega, indicando os dados ao operador. No caso da bateria apresentar um nível de auto descarga muito elevado, o ciclo

de carga é interrompido e ativa-se o sinal de avaria, o que significa que a bateria deve ser substituída. - Carga de recuperação - Quando a bateria sobre uma descarga severa, o ácido estratifica-se e torna a recarga mais difícil e demorada. Para ultrapassar essa situação, os carregadores inteligentes usam uma corrente temporária de carga acima do normal (15,8V), que permite reverter o processo de estratificação do ácido e repor as condições normais de funcionamento da bateria. - Modo de manutenção - Quando há reparações que demoram vários dias ou exigem a remoção da bateria (carros acidentados). esta pode ser conservada em carga, num modo de manutenção específico, que opera por impulsos, sempre que a carga da bateria desce para menos de 95% da carga máxima. No final do ciclo de manutenção, a bateria encontra-se em grande forma e no máximo da sua capacidade nominal.

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SERVIÇO MANUTENÇÃO DE CAIXAS AUTOMÁTICAS

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OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO || A manutenção de caixas automáticas constitui mais uma oportunidade de negócio, mas é necessário ter um mínimo de preparação teórica e equipamentos adequados para prestar um serviço de valor acrescentado

U

m dos desafios da tecnologia automóvel consiste em sincronizar o funcionamento do motor de combustão, que é contínuo, com o movimento variável da transmissão, que pode mesmo imobilizar-se, quando o veículo pára. A embraiagem de fricção foi o sistema que se impôs globalmente há muito tempo, mas não deixa de ter os seus inconvenientes, começando porque o disco de fricção se gasta e tem que ser substituído, uma operação que é muito diferente de mudar uma roda, por exemplo. Em termos de condução, este sistema resulta plenamente para quem tem bom ouvido, boa coordenação motora e gosta de conduzir, porque a transmissão manual requer alguma prática e algum “feeling”. A emblemática manobra de arrancar numa subida é disso bem demonstrativo. Além disso, quem não trabalhar corretamente com a caixa de velocidades manual, arrisca-se a ter um consumo de combustível elevado, a desafinar o motor e a provocar vários tipos de avarias na transmissão. No caso dos condutores para os quais o carro não é um parceiro de diversão, os construtores tentam oferecer sistemas alternativos de transmissão, o que se veio tornar mais simples, devido à introdução da eletrónica. Assim, a oferta hoje inclui uma grande variedade de soluções, começando pelas caixas manuais pilotadas eletronicamente, as embraiagens duplas, transmissões semi-automáticas e as transmissões totalmente automatizadas. Nestas últimas, a embraiagem de fricção é substituída por um conversor de binário, um dispositivo hidráulico constituído basicamente por duas turbinas, em que a turbina impulsora, ligada ao motor, arrasta a outra turbina passiva, ligada à caixa de velocidades, à media que o regime de rotação do veio primário aumenta. Nas primeiras gerações de transmissões automáticas, o deslizamento do conversor de binário a certos regimes penalizava as acelerações do veículo, a sua velocidade máxima e naturalmente o consumo de combustível. Isso levou a que as transmissões automáticas se tivessem tornado populares na América do Norte, onde o consumo de combustível foi

durante muito tempo um assunto de menor importância. Ainda no início deste século, a gasolina era vendida nos EUA ao galão (3,78 litros aproximadamente), a muito menos de metade do custo da gasolina na Europa. Isso ajuda a perceber porque é que a economia norteamericana é tão competitiva e as reticências que os condutores europeus têm geralmente, em relação às caixas automáticas. No entanto, tudo isso se foi alterando no final do século passado e início deste, devido principalmente à grande melhoria da eficiência dos conversores de binário e à tecnologia das próprias caixas de velocidades automáticas. Hoje em dia, as transmissões automáticas são verdadeiras

maravilhas tecnológicas (Fig. 1), que rivalizam com as melhores caixas manuais manobradas por um piloto de F1. Os conversores de binário evoluíram muito do ponto de vista hidrodinâmico e a própria hidráulica passou a ser comandada por electroválvulas, geridas por um programa electrónico. Isso proporciona uma excelente taxa de transmissão de binário entre o motor e a caixa, o que garante boas acelerações, mudanças rápidas e progressivas, além de óptima eficiência energética. A parte mecânica das caixas de velocidades automáticas é constituída por dois ou três trens de engrenagens epicicloidais, que proporcionam cada um três relações de transmissão diferentes.

Podem assim ser obtidas até 7 velocidades ou mais, em conjunto com um overdrive, além da inversão do sentido de rotação. A mecânica das caixas automáticas é muito robusta e raramente dá problemas, uma vez que o conversor de binário protege os trens de engrenagens de solicitações mecânicas excessivas.

Princípios de manutenção O calcanhar de Aquiles das transmissões automáticas é o fluido, porque o funcionamento do conversor de binário e o comando das mudanças depende em muito grande parte dele. A alteração das características originais do fluido influencia negativamente o desempenho da transmissão e as partículas duras em


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SERVIÇO MANUTENÇÃO DE CAIXAS AUTOMÁTICAS

|| FIG. 1 - Nesta caixa, foi efectuado um corte no respectivo cárter, para se poder ver a sua tecnologia e avaliar o seu grau de complexidade. O elevado custo de um componente deste tipo aconselha todos os cuidados de manutenção possíveis.

|| FIG.3 - As modernas caixas automáticas têm os circuitos hidráulicos comandados por válvulas electromagnéticas de controlo electrónico, o que permite obter um funcionamento mais suave e rápido. Estas válvulas desgastam-se devido à elevada frequência de serviço e pressão do fluido, devendo ser substituídas.

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|| FIG. 5 - O topo de gama dos fluidos

|| FIG. 7 - A manutenção do nível de fluido

ATF são os fluidos sintéticos, um excelente contributo para o correto funcionamento e manutenção das novas caixas automáticas. O seu desempenho compensa o custo elevado.

especificado de origem é fundamental para prevenir os problemas. Certas caixas possuem varetas de nível e outras bujões de controlo de nível. As operações de controlo do nível da caixa são uma óptima oportunidade para verificar também o estado do fluido e promover a sua substituição, quando for necessário.

|| FIG. 2 - As caixas de velocidades

|| FIG. 6 - A função do radiador do fluido

automáticas requerem uma vedação cuidada, porque o fluido ATF tem menor viscosidade do que o óleo do motor, potenciando as fugas. Em caso de reparação, é aconselhável substituir todas as juntas de vedação da caixa, havendo já kits completos para esse efeito no mercado.

ATF é proporcionar uma temperatura estável do fluido da transmissão, garantindo a sua viscosidade óptima e prevenindo a sua degradação. Para alcançar esses objectivos, o radiador deve estar permanentemente limpo, a fim de promover a circulação do fluido adequada.

suspensão no fluido são factores de rápido desgaste das turbinas do conversor e outras peças chave da caixa. Desse modo, grande parte da manutenção das caixas automáticas é a manutenção preventiva, que consiste em controlar o estado do fluido, bem como do respectivo filtro e do radiador, substituindo-o sempre que for necessário. A manutenção preventiva é bom negócio em relação a todo o veículo, mas é especialmente atrativa no caso das transmissões automáticas, porque o custo de reparação ou substituição (nova ou reconstruída) é geralmente muito elevado. A reparação das caixas automáticas está geralmente a cargo de especialistas, aos quais as oficinas generalistas confiam os serviços. No entanto, há certo tipo de intervenções que todas as oficinas podem fazer, desde que estejam minimamente dentro do assunto, como por exemplo: - Mudança de fluido e de filtro, bem como limpeza dos circuitos hidráulicos; - Diagnóstico de avarias e elaboração de relatórios técnicos; - Reprogramação do software da caixa, quer para recuperar o programa inicial, quer para alterar as características da transmissão (torná-la mais desportiva, por exemplo); - Diagnóstico e substituição das electroválvulas do sistema hidráulico (Fig. 3/4); - Reparação de fugas de fluido (uma caixa automática pode ter mais de uma dezena de juntas de vedação - Fig. 2).

|| FIG. 4 - Para garantir um funcionamento correto da caixa e evitar frequentes intervenções na mesma, os técnicos especializados recomendam a substituição do jogo completo de electro válvulas, sempre que for necessário.

A oficina pode ainda propor aos clientes fluidos alternativos mais avançados, os ATF sintéticos (Fig. 5), ou produtos de limpeza evoluídos, que evitam a substituição de componentes (Fig. 6). Electrónica - Desde que a oficina disponha de um equipamento de diagnóstico compatível, o diagnóstico das transmissões automáticas resume-se à identificação dos códigos de avaria registados na memória da respectiva ECU e na verificação do estado dos componentes e dos parâmetros de funcionamento dos sistemas. Quanto à reprogramação, trata-se de recuperar o estado original da transmissão e no fundo substitui as afinações clássicas que se faziam nas transmissões, de acordo com os respectivos boletins técnicos (TSB). Muitas das transmissões automáticas posteriores à década de 90 do século passado podem ser afinadas e recuperadas através do seu software. Os aparelhos de diagnóstico avançados têm essa função, que consiste em apagar da ECU o software desatualizado ou com defeitos e gravar o novo software, que geralmente é fornecido num CD ou outro suporte digital do mesmo tipo, no lugar do anterior. Há certo tipo de avarias, como vibrações ao passar as mudanças ou demora nas passagens das mudanças, que são típicas de um software com problemas. Os clientes vão geralmente aos concessionários por causa disso, mas as

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oficinas independentes também podem ter acesso a esses serviços, se publicitarem devidamente as suas competências. Controlo do fluido - O fluido é o factor crítico das transmissões automáticas e deve concentrar todas as atenções da manutenção preventiva, porque é efetivamente a origem de todos os problemas. Desde logo, pela má escolha do produto. Este deve obedecer aos critérios do construtor ou excedê-los, se quisermos que a transmissão automática tenha uma longa vida útil e com um mínimo de problemas. O preço nunca deveria ser o primeiro ou o único critério de seleção do fluido, porque as avarias resultantes de uma má opção ultrapassam muito largamente o custo do fluido mais caro. Os fluidos sintéticos são significativamente mais caros do que o fluido corrente, mas oferecem um nível de garantia muito superior. Em carros de elevado custo devem constituir a primeira opção. A principal razão é a sua grande estabilidade de viscosidade, desde -54º C, até um nível de temperaturas extremamente elevado, que sucedem quando se circula, por exemplo, com uma temperatura ambiente da ordem dos 40º C. Também reduzem consideravelmente o desgaste dos componentes da transmissão e são compatíveis com a maioria dos fluidos minerais, o que significa que se pode atestar o nível da caixa em qualquer lado sem problemas. De qualquer modo, não devemos entrar em euforias e dizer, como

|| FIG. 8 - Confiar apenas nos quilómetros percorridos pelo carro pode ser insuficiente para avaliar a necessidade de substituição do fluido ATF. Na imagem, o fluido usado tem apenas 50.000 km, mas está já muito poluído e degradado.

certos técnicos dizem, que o fluido sintético é para a vida do carro. Longe disso. Um intervalo de substituição prudente para os melhores fluidos deveria ser de 80.000 km, mas há que ter em conta vários outros factores, como o estilo de condução do utilizador, idade do veículo, estabilidade do nível da caixa e temperaturas de utilização. De qualquer maneira, as verificações do nível do fluido da caixa são uma excelente oportunidade para comprovar o estado do fluido, o seu grau de poluição e a existência de materiais abrasivos (Fig. 7). Há situações em que o fluido já está muito degradado com quilometragens relativamente baixas (Fig. 8). Por outro lado, a forma de substituir o fluido também influi na conservação da caixa automática. Há carros que possuem bujões de purga no fundo do cárter da caixa e bujões de controlo de nível laterais. Não é difícil substituir o fluido nestes casos. No entanto, a melhor maneira é utilizar equipamentos de limpeza à pressão, que retiram a totalidade do fluido usado e todas as impurezas que ele possa conter. A substituição do fluido e posterior limpeza da caixa é uma boa forma de assegurar o bom estado da mecânica da transmissão, mas não assegura proteção durante o intervalo em que o fluido não é substituído, que pode ser relativamente longo. Existem no entanto filtros magnéticos que conseguem reter a maior parte das aparas metálicas e outras partículas de materiais resilientes. Estes filtros do tipo “Transguard”


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SERVIÇO MANUTENÇÃO DE CAIXAS AUTOMÁTICAS

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já deram provas nos sistemas de ar condicionado, onde são instalados no circuito de baixa pressão, antes do compressor (Fig. 9). Os compressores chegam assim a durar três vezes mais com esses filtros, justificando a sua instalação. Nas transmissões automáticas, são montados na linha de entrada do radiador do fluido ATF, protegendo-o da poluição. Há técnicos que sugerem a substituição do radiador de fluido durante as mudanças deste, porque os finos canais do permutador de calor se entopem com relativa facilidade com as impurezas transportadas no fluido. No entanto, com a mudança frequente do fluido, fluidos de boa qualidade e a utilização de sistemas de filtragem adequados, provavelmente o radiador dura toda a vida do veículo (salvo acidentes). Para finalizar, convém referir que as modernas caixas automáticas têm geralmente um sensor de temperatura do fluido, o que pode levar em erro os utilizadores e técnicos de manutenção do veículo. De facto, embora o sensor permita ao condutor ser avisado de temperaturas excessivas, quando isso sucede provavelmente já o problemas e os danos não podem ser evitados. Se a pessoa vai numa auto estrada a fazer uma viagem de 600 ou 700 km, não pode parar o carro, retirar toda a bagagem e apanhar um avião, só porque a temperatura do fluido ATF está muito alta. O mais provável é que tente moderar a marcha e procure

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|| FIG. 9 - Filtros magnéticos do tipo “Transguard” efetuam uma retenção total das partículas duras contidas no fluido, que muitos técnicos chamam “metralha”. De facto, esse tipo de impurezas agressivas têm um alto poder de erosão das pás das turbinas do conversor de binário, das engrenagens e de outros componentes vitais da caixa, comprometendo seriamente a sua duração.

assistência no local mais conveniente do caminho, mas entretanto já pode ter havido danos na caixa. A melhor maneira de prevenir problemas nas caixas automáticas é controlar o estado e o nível do fluido.

Conclusão A estratégia de manutenção preventiva de caixas automáticas é a que realmente resulta em termos económicos de conveniência para o utilizador do veículo, tendo ainda a vantagem de criar hábitos de fidelização do

cliente. De facto, se o cliente estiver habituado a ir à oficina controlar o nível de fluido ATF da sua caixa automática, é provável que surjam outras oportunidades de negócio a talhe de foice, porque um veículo está sempre a precisar de qualquer coisa, se tiver uma manutenção cuidada. Cabe ao técnico da oficina esclarecer o cliente sobre as vantagens de uma manutenção em cima da hora, a única forma de prevenir custos desproporcionais e outros inconvenientes, incluindo acidentes. Acontece que muitas vezes o próprio PUB

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técnico da oficina não tem uma cultura de prevenção plenamente desenvolvida, nem uma prática efetiva de manutenção preventiva diária, acabando por isso a falhar o seu objectivo na comunicação construtiva com os seus clientes. O grande salto cultural no universo das oficinas de reparação automóvel acontece quando elas percebem plenamente que existe uma efetiva convergência de interesses entre cliente e reparador, em vez da tradicional oposição de interesses, que infelizmente ainda é muitas vezes cultivada.


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acompanhando a tendĂŞncia de mercado.


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SERVIÇO DETECÇÃO DE FUGAS DE ÓLEO

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TÉCNICA SEM ÉTICA?

|| Qualquer motor de um automóvel tarde ou cedo começa a gerar fugas de óleo. O problema permanece ignorado, talvez porque a detecção das perdas de óleo é difícil, excepto quando se substituem juntas ou vedantes deteriorados

C

em auto estrada, velocidades médias mais elevadas, condução agressiva, frequentes engarrafamentos nas regiões urbanas, etc.). Além disso, nos ciclos de condução curtos, a sucessão contínua de aquecimentos e arrefecimentos provoca dilatações e contrações constantes dos materiais, que têm dificuldade em criar uma linha de vedação realmente sólida. - Pressão interior no cárter de óleo é um facto na maior parte dos carros, que obriga o motor a espirrar óleo por todos os pequenos orifícios que nem sequer faltam. Na origem, os motores têm um sistema PCV (Positive Cranckcase Ventilation), que ger a uma ligeira depressão no interior do cárter e leva os vapores de óleo para o colector de admissão. No entanto, basta que o tubo ou a válvula desse sistema fiquem obstruídos, para que as fugas de compressão dos cilindros gerem pressão no interior do cárter, favorecendo as fugas de óleo. Mesmo assim, a probabilidade desse problema ser solucionado é baixa, excepto se o consumo de óleo se tornar excessivo e o utilizador do carro levar o mesmo à oficina, o que é em princípio duvidoso. Para mais, muitos “reparadores” limitar-se-ão a lavar o motor, porque o aparelho de diagnóstico nada acusa de “grave”.

laro que um motor “babado” é sinónimo de manutenção incorreta, à qual se junta uma condução igualmente inconsequente, porque basta apenas um aquecimento excessivo do motor para deformar as peças, especialmente a cabeça do motor. Para quem vive desse “negócio”, o problema nem se põe, porque é somente uma questão de lata gasta, lata nova! O que é difícil de entender é que neste momento de tanta “inquietação” ecológica ninguém tente resolver o problema, que é grave e cuja solução não se esgota nas inspeções técnicas anuais obrigatórias.

Acumulação de factores Falemos um pouco dos novos óleos sintéticos, cuja popularidade não cessa de crescer. São óleos com formulações químicas e aditivações muito sofisticadas, que efetivamente tornam os lubrificantes mais eficientes e mais duráveis, protegendo a mecânica e tornando o motor energeticamente mais eficiente. Diríamos que o custo superior nem conta, porque os intervalos de substituição são mais longos, acertando-se o saldo ao fim de um ou dois anos. Arranques a frio em climas frios não há problema, porque os lubrificantes de muito baixa viscosidade 0W-20 (Fig. 1) estão lá para eliminar o atrito e dar uma ajuda às novas tecnologias dos motores atuais. No entanto, as características desses novos lubrificantes sintéticos favorecem as fugas de óleo através de juntas e vedantes, provavelmente porque a tecnologia dos óleos evoluiu muito mais depressa do que a tecnologia dos vedantes e da juntas, até porque se trata de negócios com volumes e rentabilidades completamente diferentes. Seria no entanto injusto não reconhecer os avanços da tecnologia de vedação atual, que em condições normais responde satisfatoriamente a todos os desafios. O problema não é redutível a um único factor, nem dois ou três. Estamos perante uma acumulação de factores que trabalha a favor das perdas de óleo. Senão, vejamos: - Intervalos de manutenção menos frequentes, facilitam descuidos e erros na manutenção. - Ciclos de condução que favorecem o aquecimento excessivo (longos trajetos

|| FIG. 1- Os lubrificantes não têm a obrigação de impedir as fugas, mas sim de lubrificar com eficiência o motor. O resto compete ao utilizador do carro, à rede de assistência a veículos e à própria sociedade, que se quer organizada e civilizada.

|| FIG. 2 - Na detecção de fugas de óleo, a iluminação de proximidade e de elevada intensidade é fundamental.


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Diagnóstico é fundamental

|| FIG. 3 - A limpeza por si até pode revelar alguma fuga, mas a ideia principal é tornar visíveis as fugas ainda não detectadas por estarem cobertas com sujidades e óleo seco.

|| FIG. 4 - O produto corante para detecção com raios UV encontra-se facilmente no mercado.

As fugas de óleo no motor podem ter os contornos mais variados e atingir níveis mais ou menos graves. É importante para o reparador e para o seu cliente saber exatamente o que se passa e qual é a dimensão do problema. Como não é proibido andar com o carro a perder óleo (embora seja despejar o lubrificante usado na rua ou nos esgotos e se faça isso), a correta argumentação perante o cliente é o gasto inútil em lubrificante e o risco de um dia queimar literalmente o motor, quando as fugas forem de tal ordem que ponham em risco o funcionamento do motor. Além disso, há pessoas com algum sentimento ético, para as quais lembrar-lhes que estão a sacar da conta corrente ambiental das novas gerações e dos seus filhos, significa alguma coisa.

|| FIG. 5 - Se o teste com a lâmpada de raios UV não revelar grandes fugas após o motor funcionar ao ralenti, pode ser necessário rodar um pouco com o carro (a velocidade moderada, para não espalhar o óleo derramado), usando regimes médios e mudanças de caixa baixas. Ver por baixo do motor/caixa e usar o espelho nos pontos menos visíveis.

|| FIG. 6 - Neste motor, o problema da fuga de óleo era simplesmente os vedantes dos orifícios de montagem das velas.

Batalha perdida? Felizmente ainda há muitos condutores conscientes e reparadores responsáveis, sobre os quais recai alguma esperança. Os primeiros, dão total atenção à manutenção preventiva do seu carro e a uma condução sustentável, levando o veículo à oficina mal detetam leves resíduos de lubrificante algures no motor. Não ficam à espera que haja óleo por todo o lado, até começar a saltar para o pára-brisas. Quanto aos segundos, olham a todas as oportunidades para fazer algum negócio honesto, mas não descuram a deontologia profissional e as preocupações sérias com o meio ambiente. Portanto, tentam realmente eliminar as fugas de óleo do motor do cliente, dentro de certos limites, porque ninguém certamente está disposto a comprar um motor novo, para evitar uma fuga de óleo. A primeira coisa que o técnico deve ter à mão nestes casos é uma fonte de iluminação realmente potente. Esse foco de luz serve para chegar às primeiras indicações sobre fugas, na inspeção visual inicial (Fig. 2). Esta deve ser efectuada com o carro no chão e no elevador, para termos uma visão global do problema. De momento, não ficamos com certezas, porque o óleo pode perder-se por um lado e pingar no outro. Para termos indicações mais seguras sobre a origem das fugas, temos que dar uma boa

|| FIG. 7 - A substituição dos vedantes da cambota, partindo do princípio que esta não necessita de rectificação ou substituição, implica custos elevados, porque é necessário desmontar a transmissão e eventualmente retirar o motor do carro, para além de outros eventuais problemas ainda não detectados com o motor no sítio dele.

limpeza ao motor, utilizando um produto adequado específico (Fig. 3). Para pouparmos tempo, ao cliente e a nós próprios, um produto de detecção de fugas em sistemas de ar condicionado (que é compatível com lubrificantes) pode ser uma boa ajuda (Fig. 4). Esse produto adiciona-se ao óleo do cárter e coloca-se o motor em marcha ao ralenti, durante pelo menos 20-30 minutos. De seguida, faz-se incidir uma lâmpada de UV

(Fig. 5) no motor e o corante tornar-se-á visível nos locais das fugas (com óculos amarelos, o corante torna-se ainda mais visível e brilhante). Para confirmar as indicações recolhidas com este método, efetua-se nova inspeção ao motor no dia seguinte (mais óleo se perdeu entretanto). Nos locais não visíveis diretamente, usa-se um espelho de mecânico com o cabo comprido.

De seguida, vêm as questões técnicas, porque há fugas tão simples e tão fáceis de reparar como os orifícios das velas e da junta da tampa do motor (Fig, 6), mas também há outras mais complicadas, começando pela substituição da junta ou da cabeça do motor, da junta do cárter do óleo ou deste, se estiver perfurado, retentores da cambota (Fig. 7), sistema de distribuição, etc. Nas reparações mais complexas, há sempre o risco de aparecerem outros “podres”, como fissuras no bloco do motor, bomba de água avariada, veios desgastados (cambota, árvores de cames, etc.) Nos casos mais graves, pode ser preferível trocar o motor, porque já não tem ponta por onde se pegue. Existem motores reconstruídos com garantia e preços compatíveis, mediante a entrega do motor usado. Além disso, as reparações de grande monta implicam a paragem do carro por vários dias (8, 10, 12…), dependendo de vários factores, como disponibilidade de peças, mão-de-obra e outros motivos. Nas reparações mais importantes, a oficina e os seus parceiros de negócio devem ter respostas para dar apoio ao cliente, como um carro de substituição, financiamento da reparação, etc. Sobretudo, é necessário prestar um serviço de qualidade e com valor patrimonial e moral para o cliente.


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TÉCNICA CONSELHOS TÉCNICOS DE TRAVÕES

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COMO IMPEDIR O

“VAPOUR LOCK”

|| O sistema de travagem constitui um dos pilares da segurança ativa do veículo, devendo ser conservado em perfeito estado. Neste artigo, vamos analisar o que é o “Vapour Lock” e como impedir o seu aparecimento

A

perda de eficiência de travagem é uma situação muito embaraçosa e perigosa para os condutores, podendo ocorrer por várias razões: sobreaquecimento, fadiga dos travões (fading) e pastilhas degradadas são apenas algumas das suas causas mais comuns. Vamos agora tentar saber como evitar que isso aconteça.

O que é um fluido de travões? Para entendermos perfeitamente o que é o “Vapour Lock”, temos que perceber qual é a função do fluido de travões no sistema de travagem. Na realidade, trata-se de uma mistura de elementos químicos sintéticos e orgânicos, cuja função consiste em transmitir a pressão do pedal de travão através das linhas do sistema hidráulico, até aos componentes de acionamento dos travões, colocados em cada roda. Para que isso possa suceder, uma das principais características desse fluido é não ser compressível (não varia o seu volume em função da pressão). Devido ao seu papel crítico na segurança do veículo, a sua qualidade e as suas especificações são objecto de um controlo rigoroso.

Qual a relação entre o fluido de travões e “Vapour Lock”? A travagem é um processo em que a energia cinética do veículo é transformada em calor, através do atrito dos materiais de fricção, gerando uma quantidade apreciável de calor, proporcional à energia cinética dissipada. Esta, por seu turno, depende da velocidade do veículo e do seu peso total. Como o fluido de travagem tem que ir até aos êmbolos das pinças ou dos calços de travões, entra em contacto direto com esse calor gerado na travagem, tendo que resistir-lhe sem sofrer qualquer tipo de alteração, nem entrar em ebulição. É por essa razão que o fluido de travões tem um ponto de ebulição elevado e não se altera com o calor. No entanto, como nada é perfeito, o fluido é higroscópico, ou seja, absorve a humidade existente no ar atmosférico. Qualquer que seja o sistema de travagem, o fluido absorve gradualmente a humidade, através somente dos pequenos poros dos tubos flexíveis dos travões e do pequeno orifício do respirador do reservatório de fluido de travões. É pois um processo lento, mas inexorável, isto é, avança sempre. Como é sabido, a água ferve a cerca de 100º C, o que significa que o teor de água do fluido baixa gradualmente o ponto de

ebulição deste, até ao ponto de ferver com relativa facilidade, em qualquer travagem de mediana intensidade, especialmente se a temperatura ambiente for elevada. Ao ferver, a água liberta vapor de água, que é extremamente compressível. Isto resulta que o condutor ao pressionar o pedal de travão sente que este vai abaixo e que o carro não trava. Péssima sensação, especialmente se à frente do veículo estiver um obstáculo contundente! É isto que se chama vulgarmente “Vapour Lock” na gíria da reparação automóvel.

Como impedir o “Vapour Lock”? Cada construtor coloca no sistema de travões dos seus carros um fluido adequado ao desempenho e características do modelo em questão. Isso significa que em condições normais e durante um certo período, que pode atingir um ano ou dois, dependendo das condições de utilização do veículo, o correto funcionamento do sistema de travagem está garantido. Portanto, o tipo e a qualidade do fluido de travões é fundamental para manter a garantia inicial contra imponderáveis. No momento de substituir o fluido, o utilizador do veículo deve resistir à tentação de colocar o produto

mais económico, porque isso pode sair-lhe muito caro.

substituindo-o sempre que o ponto de ebulição for inferior a 150º

Características de um bom fluido de travões: - Ser incompressível, o que se traduz por um pedal de travão duro e sólido. - Ter um ponto de ebulição elevado. - Conservar o melhor desempenho depois de absorver humidade. - Possuir uma viscosidade estável e dentro de parâmetros definidos. - Proporcionar um nível adequado de lubrificação. - Prevenir a corrosão. - Ser compatível com as borrachas vedantes, para evitar fugas de fluido.

Quando se deve mudar o fluido de travões?

A fim de garantir a máxima segurança, os fluidos de travões estão obrigados a passar em determinados testes, para poderem ser homologados legalmente. O teste de ebulição em húmido é realizado depois do fluido passar um certo tempo específico num ambiente de humidade específica. De qualquer modo, todos os tipos de fluido descem mais de 60% do seu ponto de ebulição a seco, depois de absorverem humidade, o que ressalta a necessidade de verificar regularmente o estado do fluido,

No ponto anterior, já tínhamos visto que o carro não trava, se o ponto de ebulição do respectivo fluido de travões for muito baixo, porque se gera vapor de água dentro do circuito de travões. Importa portanto saber o momento de mudar o fluido, porque não faz sentido descartar fluido em bom estado, nem andar com um fluido que não oferece segurança. A indicação do intervalo de tempo decorrido após a última substituição do fluido e dos quilómetros percorridos desde então dá uma referência aproximada do momento da próxima mudança, mas não exata, porque tudo depende do estilo de condução do condutor, das condições climáticas e outros factores de certo modo aleatórios. A única forma de saber exatamente qual é o estado do fluido de travões num determinado momento é efetuar um teste ao próprio fluido, existindo fartura de equipamentos para esse efeito. Logicamente, testar um fluido de travões é ver a que temperatura ele entra em ebulição de facto.


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TÉCNICA CONSELHOS TÉCNICOS DE TRAVÕES

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Há no entanto outras tecnologias para avaliar o grau de humidade do fluido e a partir daí saber qual é o seu ponto de ebulição. A electrónica de certos equipamentos determina o grau de humidade pela condutividade eléctrica do fluido, porque, em teoria, quanto maior for a humidade, maior será a condutividade do fluido. Esse sistema no entanto não apresenta resultados 100% seguros e a fervura é mesmo a única solução infalível de avaliar o ponto de ebulição de um fluido.

Como substituir o fluido de travões? A forma segura de substituir um fluido de travões é sangrar os respectivos circuitos de travagem. Há equipamentos que retiram o fluido usado à pressão, sem sangrar os circuitos, mas dessa forma perde-se uma excelente oportunidade de verificar o estado geral dos travões. Para sabermos se a bomba principal de travões ou outro qualquer elemento do sistema tem fugas, a forma é colocarmos o circuito à pressão. Para isso, ligamos um manómetro de ar comprimido ao tubo da maxila de travões mais próxima da bomba central de travões e aplicamos uma pressão até 50 bar, durante 45 segundos. Uma queda de pressão até 4 bar pode ser considerada normal, mas, acima desse valor, há indicação de que existe passagem de fluido no cilindro principal da bomba de travões, exigindo uma verificação ao seu estado. Um segundo teste com uma pressão de 10 bar e durante mais tempo, permite

|| O tipo e a qualidade do fluido de travões é fundamental para nanter a garantia contra imponderáveis. No momento de substituir o fluido, o utilizador do veículo deve resistir à tentação de colocar o produto mais económico, porque isso pode sair-lhe muito caro.

confirmar as suspeitas anteriores e verificar se existe variação no curso do pedal do travão e outros sinais de fugas de fluido. Após confirmar que os circuitos de travões estão em bom estado, podemos dar início ao processo de sangrar, que tem uma lógica e uma ordem definidas.

Veículos com quatro discos Cada veículo tem dois circuitos hidráulicos independentes, para haver uma reserva de

poder de travagem, caso um dos circuitos falhe. Certos modelos possuem circuitos independentes para as rodas de frente e para as rodas de trás, mas o sistema mais utilizado é o sistema em “ X “, no qual um dos circuitos fica com uma roda da frente e a de trás do lado oposto, ficando o outro com as restantes duas rodas. Este sistema oferece mais equilíbrio de travagem, caso o condutor fique apenas com um dos circuitos em estado de utilização.

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Para sangrar os circuitos, começa-se pela roda mais afastada da bomba principal de travões, que pode ser a de trás esquerda ou direita, segundo se trate de um carro com volante à direita ou à esquerda. - Com todos os pontos de sangrar fechados, coloca-se um tubo de sangrar na primeira pinça e abre-se o orifício de sangrar. - De seguida, aperta-se o pedal de travão de forma lenta e progressiva, mas firme e continuada, até sair fluido de travões limpo e sem bolhas de ar, no respectivo depósito de sangrar. - Com o pedal de travão bem apertado, fechamos o orifício de sangrar aberto e retiramos o tubo de sangrar da primeira roda. - O processo continua na roda de trás do lado oposto, seguindo os mesmos procedimentos anteriores. - À frente, começa-se igualmente pela pinça mais distante da bomba principal de travões e acaba-se na que fica mais perto, verificando que não há bolhas de ar no fluido, antes de fechar os respectivos furos de sangrar. - No final, confirma-se a firmeza do pedal de travão, que não deve ter variações de curso Nos sistemas de travões mistos ou de tambor apenas, o processo decorre da mesma forma, usando os furos de sangrar de uma das rodas, Há no entanto que afinar previamente a folga dos calços de travão, de acordo com as especificações do construtor. PUB


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|| CARROÇARIA

COLABORAÇÃO: CESVIMAP www.cesvimap.com

FIBRA DE CARBONO

EM CARROÇARIAS || A fibra de carbono é um produto de engenharia especialmente desenvolvido no campo dos materiais compostos, que se caracteriza pela sua alta qualidade, baixa densidade, assim como grande resistência mecânica e durabilidade

F

oi o material escolhido para os chassis e para as carroçarias dos carros de Fórmula 1, exactamente devido a estas qualidades, cuja conjunção é extremamente rara. Estando mais do que comprovado, este material é pretendido desde há muito pela indústria automóvel, para uma utilização mais ampla em carros de utilização corrente. Até ao momento, o custo de produção relativamente elevado tem atrasado o processo, mas a força da razão acaba por vencer e a fibra de carbono está finalmente a chegar ao consumidor final. Com efeito, desde 2010 que um número crescente de construtores está a utilizar a fibra de carbono em peças da carroçaria, dentro da sua estratégia global de tornar os carros mais leves e mais eficientes do ponto de vista energético. Como é lógico, quanto maior for a escala de produção do material, maiores reduções de custos se poderão obter. Enquanto isso não alcança o limiar da rentabilidade padrão da indústria automóvel, o uso da fibra de carbono está ainda limitado, sendo mais evidente o avanço nos veículos eléctricos, como forma de aumentar a sua autonomia, um dos

grandes obstáculos à vulgarização do conceito de mobilidade eléctrica. De facto, um carro fabricado com materiais compostos pode pesar menos 40% do que outro construído com materiais convencionais, o que faz toda a diferença, em termos de eficiência energética.

Pioneiros Já em 1879, o célebre inventor da lâmpada Thomas Edison tinha realizado algumas experiências com filamentos de carbono, a fim de testar o seu uso no fabrico de lâmpadas. Só muito mais recentemente, em 1958, é que estudos mais consistentes permitiram demonstrar a excepcional resistência à tracção de muitos fios de carbono unidos em forma de cordão. Desde logo, o nome fibra de carbono marcou as investigações. Sendo um material inovador e de características fora do habitual, o seu valor estratégico foi reconhecido por especialistas em soluções militares, tendo a sua aplicação começado nos anos 60 no fabrico de aviões, barcos e satélites, entre outros, por iniciativa do Ministério da Defesa britânico. Na realidade, a fibra de carbono é em termos

comparativos mais forte e mais resistente do que o aço, mais leve do que o alumínio e tão rígido como o titânio.

O que é afinal? Como já referimos, a fibra de carbono é um produto de engenharia, apresentando uma morfologia fibrosa, que resulta de um teor de filamentos de carbono nunca inferior a 92%. Esses fios são obtidos a partir de produtos derivados do petróleo, entre os quais se podem referir o breu de alcatrão de hulha, resinas fenólicas, poliacrinolitrilo, rayon, etc. Só este facto deveria inspirar uma utilização mais consequente dos produtos petrolíferos, mas parece que a evidência ainda não chegou às mentes efetivamente decisoras. À matéria prima com que se realiza a fibra de carbono, dá-se o nome de precursor, o que faz todo o sentido. De seguida, o processo de fabrico consiste em submeter o precursor a vários tratamentos por etapas (estabilização, carbonização, grafitação), recebendo no final um tratamento de superfície, durante o qual é aplicado um produto que garante a adesão da resina, o outro constituinte principal do material.

Estes processos podem demorar semanas ou meses, obtendo-se uma fibra composta por filamentos de carbono, chamados mechas, de 5-10 micros entrançados. Continuando o processo de tecelagem, obtêm-se fios com 5.000 a 400.000 filamentos, denominados roving. De qualquer modo, destas etapas todas, cujo custo deriva da utilização de energia, resultam vários tipos de fibras de carbono: - Fibras de alta resistência; - Fibras de módulo intermédio e - Fibras de alto módulo, ou grafite. Partindo dos fios de fibra de carbono ou roving, podem ser entretecidas diversas telas ou malhas, cuja orientação ditará a sua resistência numa determinada direção ou em todas as direções. Os melhores resultados são obtidos quando as fibras são entretecidas contando com as direções das forças que terão que suportar. É por essa razão que podem aguentar impactos de muitas toneladas deformando-se minimamente, uma vez que as forças do choque são distribuídas uniformemente e amortecidas pela malha.


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Materiais compostos A fibra de carbono por si tem reduzida ou nula utilidade, sendo utilizada para reforço de outros materiais, entre os quais as resinas e os endurecedores ou catalisadores, que operam a polimerização da resina. No final, obtém-se um material chamado CFRP (plástico reforçado com fibra de carbono, em português), que se caracteriza, como já vimos, por alta qualidade, baixa densidade, boa rigidez e grande durabilidade e resistência. Nos materiais compostos, há dois elementos fundamentais a distinguir: - A matriz, que se apresenta em fase contínua, atuando como ligante, a resina; - O reforço, em base descontínua, que constitui o elemento resistente ou fibra. Além destes constituintes básicos, são ainda adicionadas cargas e aditivos ao material, que contribuem para obter a solução final, incluindo obviamente uma determinada coloração, de acordo com a aplicação que será dada a esse material. No automóvel, os compostos mais avançados são utilizados nas peças estruturais. Os mais habituais são os de matriz orgânica do tipo resinas, com reforços em forma de fibras. Os dois materiais formam um conjunto de alta coesão, que resiste à ruptura e aos agentes químicos mais comuns. Nos materiais de altas prestações são utilizadas matrizes termo estáveis, que se obtêm a partir de polímeros líquidos ou semi líquidos, os quais endurecem irreversivelmente ao polimerizar no final do processo. A resina líquida converte-se num sólido duro, com cadeias moleculares entrecruzadas e estáveis. A matriz mais utilizada é a resina epoxy, uma classe de polímero termo estável que se endurece com um catalisador e não se pode voltar a fundir. Tem grande dureza, excelente aderência, resiste à temperatura, à corrosão e aos agentes atmosféricos e químicos habituais. O material final é identificado pela sigla EP-FC (resina epoxy reforçada com fibra de carbono).

Fig.

01

Fig.

02

A técnica de produção de fibra de carbono por infusão é muito utilizada, podendo originar peças acabadas ou simplesmente produtos impregnados, que irão passar para outros processos de moldagem.

Linha de produção de tectos de automóvel em fibra de carbono, a partir de produto semi acabado e processo de moldagem a quente. Ao aquecer, a resina que envolve a fibra polimeriza, adquirindo a rigidez definitiva.

Técnicas de fabrico Para fabricar peças em fibra de carbono ou qualquer outro material compósito, podem ser utilizados diversos sistemas, começando pelo mais artesanal, isto é, a moldagem manual. Este processo consiste em revestir o molde com a tela ou malha de reforço e aplicar seguidamente as

Fig.

03

No seu modelo eléctrico i3, a BMW utilizou o alumínio para o módulo da carroçaria, denominado “Drive”. Entretanto, o construtor testou uma versão do mesmo módulo em fibra de carbono (“Life”) e os resultados foram mais do que concludentes, a favor da última versão: menor peso, maior autonomia, melhores prestações, maior resistência estrutural, melhor comportamento dinâmico e maior segurança.

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resinas de baixa ou média viscosidade, com um rolo ou uma brocha. Depois das fibras estarem bem impregnadas, resta aguardar pela reação química da resina, para esta endurecer. No final, regulariza-se a superfície com um disco abrasivo de corte, a fim de preparar o terreno para aplicação dos produtos de pintura. Nos processos industriais, há grande variedade de sistemas, dependendo da quantidade de peças pretendidas e da sua configuração. O sistema mais económico é a pultrusão, um método de produção contínuo, automático e de alto volume. As fibras impregnadas com resina são movidas a uma velocidade constante, de modo a obter um produto de secção prédeterminada, geralmente placas de diversas dimensões. Estas são posteriormente cortadas em peças mais pequenas, de acordo com a utilização pretendida. Outro processo de produção muito usado é a infusão (Fig. 1). Com este método, podem obter-se peças de vários formatos. Para favorecer e tornar mais rápida a impregnação das fibras pela resina, geralmente termo estáveis de baixa viscosidade, é utilizado o vácuo, que retira o ar do interior da peça. Os materiais pré-impregnados são ideais para os processos de moldagem de peças de várias formas, podendo a produção ser efectuada à unidade ou de modo contínuo, em grande série (Fig 2). A base do processo são semi produtos laminados (fibras+resina), ainda no estado flexível e inicial da polimerização. Para permitir a moldagem das peças, a resina é do tipo termo endurecível, polimerizando apenas depois da peça estar pronta, com um aquecimento da ordem dos 140º C. Outra das técnicas mais utilizadas para produzir peças de materiais compostos consiste na utilização de estruturas tipo sandwich. Como a denominação sugere, neste processo é utilizado um material como núcleo (aramida, alumínio, balsa, PVC, cortiça, etc.), que pode ter a forma de favos de abelha (estrutura que combina a máxima rigidez com o mínimo peso), sendo de seguida aplicado um revestimento de fibra de carbono de ambos os lados. O resultado é uma peça muito leve, mas de elevada rigidez e resistência a impactos. Este método é utilizado, por exemplo, nos chassis de carros de F1 e outros modelos desportivos de alto rendimento. PUB


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Recapitulando: Sabendo como sĂŁo produzidas as peças de fibras de carbono, convĂŠm agora fazer uma sĂ­ntese das respectivas propriedades: t #BJYB EFOTJEBEF F QFTP NĂ“OJNP t &YDFMFOUF UFOBDJEBEF NBOUĂ?N BT DBSBDUFSĂ“TUJDBT JOJDJBJT JOBMUFSĂˆWFJT t 3FTJTUĂ?ODJB Ă‹ DPSSPTĂ?P F BP FOWFMIFDJNFOUP OĂ?P EFHSBEĂˆWFM t #PBT QSPQSJFEBEFT BOUJ FTUĂˆUJDBT F EF JTPMBNFOUP FMĂ?USJDP t "MUB SFTJTUĂ?ODJB B ĂˆDJEPT TVCTUÉODJBT BMDBMJOBT F B BMHVOT EJTTPMWFOUFT t #PB SFTJTUĂ?ODJB Ă‹ DPNCVTUĂ?P JHOĂ“GVHB t "MUB SFTJTUĂ?ODJB B JNQBDUPT t &MFWBEP NĂ˜EVMP EF FMBTUJDJEBEF t &MFWBEB SFTJTUĂ?ODJB Ă‹ GBEJHB t (SBOEF GMFYJCJMJEBEF DPN VN GPSNB adequada, a fibra de carbono pode substituir muito vantajosamente o aço nas NPMBT IFMJDPJEBJT PV EF MÉNJOBT t 4FN NBOVUFOĂŽĂ?P t 'ĂˆDJM EF SFQBSBS t &UD B #.8 UFSĂˆ KĂˆ VNB VOJEBEF EF produção especĂ­fica para o fabrico de carroçarias de fibra de carbono em larga escala.

&TUF DPOKVOUP EF DBSBDUFSĂ“TUJDBT UPSOB B GJCSB de carbono muito Ăştil em praticamente todas BT JOEĂžTUSJBT /P DBTP EB JOEĂžTUSJB BVUPNĂ˜WFM a carroçaria e muitas outras peças poderiam ser fabricadas integralmente em fibra de carbono, resolvido o problema ainda em aberto dos custos de produção, embora a relação custo/benefĂ­cio seja jĂĄ muito GBWPSĂˆWFM QPSRVF OĂ?P IĂˆ DVTUPT EJGFSJEPT PV sĂŁo muito reduzidos.

Reparabilidade

Fibra de carbono em veĂ­culos 0 NFMIPS DFSUJGJDBEP EF RVBMJEBEF EB GJCSB EF DBSCPOP QBSB B JOEĂžTUSJB BVUPNĂ˜WFM Ă? B TVB NVJUP MBSHB VUJMJ[BĂŽĂ?P OB 'Ă˜SNVMB &TTB opção garante nĂ­veis muito elevados de FGJDJĂ?ODJB FOFSHĂ?UJDB EF FGJDJĂ?ODJB EJOÉNJDB F de segurança ativa e passiva. HĂĄ tambĂŠm a considerar os menores custos de NBOVUFOĂŽĂ?P EBT FRVJQBT EF ' /Ă?P TFSĂˆ QPJT EF FTUSBOIBS RVF IPKF FN EJB NVJUPT modelos desportivos recorram em grande NFEJEB Ă‹ GJCSB EF DBSCPOP P NFTNP acontecendo com as motos e com as bicicletas. Nos veĂ­culos de grande sĂŠrie, tanto em carros de passageiros, como em comerciais ligeiros e veĂ­culos industriais, sĂŁo jĂĄ inĂşmeras as peças em fibra de carbono, embora passem despercebidas, porque nĂŁo

Fig.

04

O estudo da reparabilidade de carroçarias em ďŹ bra de carbono passa naturalmente pela realização de testes, a ďŹ m de avaliar a extensĂŁo dos danos por efeitos de forças de choque e/ou pressĂŁo. Na imagem, vemos uma carroçaria de ďŹ bra de carbono a ser submetida a um teste de colisĂŁo lateral simulada.

estão obviamente identificadas. Depois de pintada, uma peça de metal, plåstico ou fibra EF DBSCPOP UFN FYBUBNFOUF P NFTNP BTQFDUP FYUFSJPS Um dos construtores que apostou forte na GJCSB EF DBSCPOP GPJ B #.8 DVKB DMJFOUFMB � especialmente receptiva aos argumentos de

que as vantagens compensam largamente o custo, sem esquecer a imagem de marca FYDMVTJWB " GJCSB EF DBSCPOP FTUĂˆ QSFTFOUF em menor ou maior grau em todos os NPEFMPT BUVBJT EB #.8 F B NBSDB GBCSJDB KĂˆ modelos elĂŠctricos com a carroçaria UPUBMNFOUF FN GJCSB EF DBSCPOP 'JH &N

Se a fibra de carbono tivesse muitas vantagens, mas fosse muito difĂ­cil de reparar nunca seria uma opção, porque o risco de colisĂŁo em veĂ­culos ĂŠ uma quase JOFWJUBCJMJEBEF .BT FTUBNPT KVTUBNFOUF OP caso oposto, ou seja, a fibra de carbono sofre menos danos, tem menos manutenção e ĂŠ NBJT GĂˆDJM EF SFQBSBS 'JH 0 DFOUSP EF JOWFTUJHBĂŽĂ?P BVUPNĂ˜WFM $&47*."1 Ă? VNB EBT FOUJEBEFT RVF UFN BDPNQBOIBEP EF QFSUP PT QSPDFTTPT EF reparação de fibra de carbono, mantendo um labor de investigação constante em QFĂŽBT DPNP PT QĂˆSB DIPRVFT UBNQBT EP DPNQBSUJNFOUP EP NPUPS DBQPU UFDUPT EF BVUPNĂ˜WFJT DBSFOBHFOT EF NPUPT F RVBESPT de bicicletas. Os danos possĂ­veis estĂŁo classificados em riscos superficiais, fissuras no material e faltas EF NBUFSJBM UFOEP PT UĂ?DOJDPT EB $&47*."1 desenvolvido tĂŠcnicas e processos de reparação adequados a cada caso, tendo em WJTUB VNB SFQBSBĂŽĂ?P EF BMUB RVBMJEBEF 'JH

Fig.

05

Nestas imagens, vemos a sequĂŞncia de reparação de um quadro de bicicleta em ďŹ bra de carbono, com falta de material no garfo frontal. O processo de reparação inclui as fases de preparação da superfĂ­cie, para posterior aplicação de reforço e resina. ApĂłs a secagem da resina, a superfĂ­cie ĂŠ lixada e o quadro pode ser pintado novamente.



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|| CARROÇARIA

COLABORAÇÃO: CENTRO ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com

BANCOS DE REPARAÇÃO

PARA CAMIÕES || O principal sistema de reparação de carroçarias de camiões continua a ser o banco de reparação. Estes equipamentos permitem efetuar a conformação dos diferentes elementos estruturais do veículo, que se tenham deformado em caso de acidente

N

a reparação dos diferentes tipos de carroçarias e veículos existentes, são necessários equipamentos específicos e adaptados a cada tipologia de veículo. As características dos camiões, no que respeita a dimensões, peso e tipo de carroçaria, diferenciam estes veículos dos carros ligeiros de passageiros, pelo que, embora utilizando meios semelhantes em funções para a sua reparação, diferem estes consideravelmente em características e dimensões globais. É por esta razão que os bancos de reparação para camiões e outros veículos industriais de grande gabarito, sejam específicos e exclusivos em relação a outros sistemas de conformação do mercado. No entanto, o mais representativo sistema de reparação de carroçarias de camiões continua a ser sem dúvida o banco de reparação. A sua utilização tem vindo a aumentar neste tipo de veículos, devido à grande tonelagem das cargas que transportam, pois em caso de acidente as deformações de elementos estruturais são praticamente inevitáveis, quer ao nível do chassis, quer da cabina. Devido à estrutura e configuração das suas cabinas, os camiões necessitam de uma metodologia de reparação diferente, na qual

cada num dos principais elementos da carroçaria requer uma reparação específica. Deste modo, encontramos no mercado equipamentos de conformação diferentes, segundo se pretenda reparar a cabina, o chassis ou carroçarias. De qualquer modo,

apesar das suas grandes dimensões, os equipamentos de conformação para camiões garantem grande qualidade de reparação, graças a sistemas de medição e verificação que os tornam extraordinariamente rápidos e precisos.

Tal como nos bancos de reparação para ligeiros de passageiros, os bancos específicos para camiões podem ser divididos em várias partes: - Chassis - Sistema de fixação e imobilização - Sistema de medição e verificação - Dispositivos de tracção para estiramento - Fichas de reparação

BANCOS PARA CHASSIS

Fig.

01

Nos bancos de chassis de solo, existem no chão da oficina diversos carris metálicos de grande resistência, que permitem montar e deslocar os sistemas de fixação e de tracção dos chassis danificados.

Os chassis de camiões diferem pelo facto de haver veículos rígidos e articulados. Esta diferença principal deve-se ao facto de um camião rígido de grande tonelagem ser obrigatoriamente muito comprido, tornando a sua condução problemática e até perigosa. A partir de um certo momento, para tonelagem acima de 15 toneladas de peso bruto, começaram a utilizar-se conjuntos articulados, que podem ser um camião rígido com reboque, ou um trator com semi-reboque. As principais diferenças neste caso são que o trator é um camião com uma curta distância entre eixos, cuja função é exclusivamente servir de apoio e dar tração ao semi-reboque, que não tem rodas na


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Fig.

Fig.

02

Este banco de cabinas está preso nos carris metálicos do banco de chassis de solo da oficina. A cabina é assente em moldes de medidas padronizadas, que permitem simultaneamente fixar solidamente a cabina e efetuar a verificação dimensional da mesma, com precisão e rapidez.

03

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Neste banco de reparação de carroçarias, podemos observar a altura das torres de conformação de danos, cuja função é corrigir deformações na parte superior da cabina, bem como em qualquer outra peça danificada. Este banco está assente em rodas, o que permite mover a cabina, optimizando o aproveitamento do espaço da oficina.

implantadas na própria plataforma, podendo deslocar-se para a posição mais adequada a cada reparação. Dependendo do banco, as forças de tração possíveis podem atingir valores de 10 a 50 toneladas. Além dos chassis de veículos e reboques, alguns destes bancos possuem acessórios que permitem fixar cabinas de camião, beneficiando dos mesmos sistemas de estiramento existentes.

BANCOS DE CABINAS

parte frontal. Nos camiões com reboque, estes possuem caixa de carga e o seu reboque é simplesmente puxado, dispondo de sistema direcional nas rodas da frente. Em alternativa, os reboques dos camiões podem ter uma arquitetura semelhante a um semi-reboque, sem rodas direcionais, mas de dimensões consideravelmente inferiores (cerca de metade do comprimento daquele). Neste caso, o reboque também se apoia no camião, tal como nos tratores com semi-reboque. Nos camiões carroçados, a caixa de carga é substituída por uma carroçaria fechada, cuja estrutura é semelhante a um autocarro de passageiros sem bancos. Os bancos de reparação de chassis possuem elementos e equipamentos, que permitem identificar e corrigir vários tipos de deformações possíveis num chassis, que podem ser laterais, verticais e de torção. Apesar de não terem placas, nem fichas de reparação, estes bancos conseguem

identificar de forma muito precisa e eficaz as deformações, recorrendo a sistemas de medição ópticos ou de raios laser, que conseguem verificar com exatidão a posição relativa das longarinas e das travessas do chassis. Os principais tipos de bancos de reparação de chassis podem ser classificados da seguinte maneira: Banco de solo - É formado por um conjunto de vigas metálicas cruzadas de grande resistência, embutidas no solo da oficina, sendo capaz de suportar as forças geradas pelas operações de conformação do chassis (Fig. 1). Estas vigas formam uma espécie de carris, por onde se movem os acessórios de tração necessários à reparação. As dimensões deste tipo de banco de solo podem atingir 20 metros de comprimento por seis de largura, dependendo das necessidades e do espaço disponível na oficina. Os acessórios de fixação são constituídos por correntes, ganchos e grampos, capazes

de suportar forças da ordem 10 a 40 toneladas. Os sistemas de estiramento são geralmente hidráulicos, podendo gerar pressões até 70 Mpa. Uma das vantagens destes bancos de solo é a possibilidade de utilização do respectivo espaço para a realização de outros serviços, quando não estão a ser utilizados. A versatilidade destes bancos é aumentada pela existência de fossos de serviço, que permitem realizar intervenções parte inferior da carroçaria. Banco de plataforma - Neste tipo de banco, há como o nome indica uma plataforma metálica que se apoia e está fixa ao solo da oficina. Essa placa pode ter dimensões que chegam aos 14 metros de comprimento e quatro de largura, para permitir a entrada dos chassis dos veículos. Neste caso, os equipamentos e ferramentas de fixação e tração, basicamente correntes e ganchos, estão ligados à própria plataforma e não ao solo. Para conformação dos danos, existem várias torres de tração do tipo coluna, que estão

Para a reparação de cabinas de camião, existem bancos específicos, adaptados às dimensões e às exigências de fixação destas (Fig. 2). A base destes bancos é uma estrutura rígida e resistentes, que utiliza os carris metálicos dos bancos de chassis. Para reparar a cabina, esta é desmontada do chassis do veículo e montada no banco. Nos casos em que as cabinas são mais pequenas ou não apresentam danos estruturais muito graves, podem ser reparadas no próprio chassis do veículo, que funciona temporariamente como banco de reparação da cabina. Na fixação das cabinas são utilizados moldes universais e outros específicos, que permitem verificar as cotas dimensionais da cabina, por intermédio de fichas de reparação para cada modelo. Além destes moldes, são também utilizadas correntes, ganchos e grampos, tanto para imobilizar a cabina, como para efetuar operações de estiramento de peças danificadas. Há diversos tipos de sistemas de tração, podendo fazer parte do banco ou ser independentes. Geralmente, são utilizadas torres de altura considerável, para permitir rectificar danos na parte superior da cabina (Fig. 3), efetuando operações de tração vetoriais. Nos sistemas de medição, além dos moldes e fichas de reparação para cada cabina, existem sistemas de medição e verificação universais por raios laser ou ópticos, de grande precisão.


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ATUALIDADE

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DESTAQUES

NOVOS LEITORES MULTIMÉDIA DA PIONEER A Pioneer acaba de lançar no mercado os novos modelos multimédia DEH-X9500BT, DEHX8500BT, DEH-X85OODAB e DEH-X7500SD. Concebidos para incorporar o estilo de vida em conectividade dentro do automóvel, os novos modelos oferecem funções de conveniência e de entretenimento assim como a exclusiva tecnologia MIXTRAX EZ virtual DJ, reprodução de CD, ligação USB, entrada para cartão de memória, compatibilidade com smartphones e muito mais. Os modelos DEH-X9500BT e DEH-X8500BT integram tecnologia Parrot Bluetooth, o modelo DEH-X8500DAB inclui sintonizador DAB e o leitor DEH-X7500SD leitor de cartões SD. A tecnologia revolucionária MIXTRAX EZ virtual DJ está incorporada em todos os modelos, transformando a sua biblioteca de música numa lista de reprodução imparável. Mixtrax EZ virtual DJ adiciona transições e efeitos à música reproduzida a partir do iPhone, iPod, cartão SD ou dispositivos USB. A iluminação e o visor podem ser configurados para pulsar e alterar a cor consoante o ritmo a intensidade da música, criando um ambiente de discoteca no carro. A nova gama de leitores da Pioneer é compatível com a maior parte dos smartphones por forma a corresponder às exigências do consumidor em relação à conectividade. A porta USB facilita a ligação dos dispositivos e os utilizadores de iPhone e iPod poderão reproduzir a sua música a partir da biblioteca do iTunes ao utilizar os controlos do painel frontal do leitor. Ao ligar um smartphone à porta USB, o utilizador pode desfrutar da função App Control, tecnologia exclusiva da Pioneer, que permite a reprodução das suas faixas favoritas e o controlo das aplicações de áudio do dispositivo móvel.

ALPINE COM NOVO DISTRIBUIDOR EM PORTUGAL Com um espírito de serviço local, a Alpine Electronics de España assumiu a distribuição e comercialização dos produtos Alpine em Portugal, através da sua rede de vendedores locais no nosso país. A Lycka Import será a empresa grossista com a qual os instaladores portugueses poderão entrar em contacto para receber os produtos Alpine, enquanto que as cadeias comerciais serão servidas de maneira direta. O serviço de assistência técnica e atenção pós-venda da marca também será oferecido localmente por uma empresa portuguesa bem conhecida, a WorkinLab. A Alpine Electronics de España, S.A. foi fundada como a filial espanhola da matriz Alpine Electronics Inc. em 1990. A filosofia da Alpine é proporcionar equipamentos de áudio, multimédia e de navegação que proporcionem qualidade, comodidade e segurança na condução a motoristas e fabricantes de veículos. Para tal, desenvolve equipamentos de áudio com a melhor qualidade de som e produtos avançados baseados no conceito AVNC+D, o que significa a possibilidade de integrar nos seus produtos áudio, visualização, navegação, comunicação e assistência na condução sob a identidade corporativa “Driving Mobile Media Solutions”. Desde uma perspetiva ibérica, o compromisso da Alpine é proporcionar o melhor serviço em Portugal, a partir de uma relação comercial próxima, garantindo um fornecimento rápido e regular aos seus clientes, bem como a melhor assistência pós-venda.

HERTZ LANÇA MINILEASE A Hertz lançou o MiniLease, uma solução de frota que pretende facilitar o negócio a quem necessita de um automóvel por um período mais alargado. O MiniLease Hertz afirma-se como uma alternativa ao leasing, oferecendo um aluguer mensal de automóveis (em Portugal), possibilitando a escolha exata do número de dias do aluguer. Com a adesão a esta campanha, os clientes podem tirar partido de outras vantagens como assistência completa, incluindo veículos de substituição, preços competitivos, seguros obrigatórios incluídos e adesão gratuita ao “Hertz #1 Club Gold”. A Hertz reforça assim a sua área Business to Business, disponibilizando um serviço de gestão de frota simplificado, que vai facilitar o negócio aos seus clientes.

BMW 116D ED PROPOSTA ACESSÍVEL Nunca um BMW a diesel foi tão acessível e tão tentador. O novo 116d ED, tendo mesmo um motor de 1.6 litros (e não o anterior 2.0 litros de menor potência) consegue proporcionar na mesma prazer de condução ou excelentes consumos. Fazer médias de estrada de 4,5 litros, com velocidades entre os 90 e os 130 Km/h, é possível com este BMW sem tornar o ritmo de viagem demasiado lento e aborrecido,

|| FICHA TÉCNICA BMW 116d ED Cilindrada C/cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)

4/1.598 116/4.000 260/1.750 195 10,5 3,8 27.900 Euros

devido à colaboração do sistema Efficient Dynamics. O funcionamento deste motor a baixos regimes é um dos seus trunfos, mesmo com relações de caixas altas, não se notando quaisquer “soluços” no seu trabalhar. Em cidade é dos melhores motores diesel que existem. Se a vontade for aproveitar as capacidades dinâmicas do chassis e do 1.6 litros, este BMW também não se sai nada mal. Os pneus de perfil mais alto (e mesmo apesar da suspensão ser rebaixada) dão um conforto de rolamento superior ao que é normal nos série 1 da BMW, mas a precisão do chassis é notável. A eficácia dos travões, a direção muito direta e a qualidade da caixa de 6 velocidades (sem falar na posição de condução), garantem o restante prazer de conduzir este carro.

FIAT PUNTO TWINAIR BOA PROPOSTA O Punto ainda continua a dar sinais de vida e recebeu um importante aliado, o motor TwinAir, que no fundo dá nome a esta versão. Já visto no 500, aqui montado no Punto parece que o motor ganha outra desenvoltura e outro dinamismo, talvez por a base mecânica ser mais robusta (é o carro do segmento B) e de ter acoplado uma caixa de seis velocidades. A primeira nota é para o ruído (tipo moto) desde motor de 2 cilindros, que se torna tanto ou mais audível assim que começam a subir as rotações. Esta sonoridade também engana um pouco relativamente à dinâmica do carro, pois muitas vezes parece que vamos bem depressa (pelo ruído do motor) mas tal não acontece na realidade. Mostrando-se bastante disponível, pela

forma como sobe de rotação, a verdade é que num motor de 0.9 litros com 85 cv não podemos esperar muito em termos de dinamismo, ao contrário do que sucede se o objetivo forem os baixos consumos. Também devido à ação do Start&Stop conseguem-se valores pouco acima dos 6 litros por 100 Kms.

|| FICHA TÉCNICA Fiat Punto TwinAir Cilindrada C/cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)

2/875 85/5.500 145/1.900 172 12,7 4,2 15.750 Euros




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