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91 Junho 2013 ANO IX 3 euros
*OTUBMM $POÎEFODF
Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
EMPRESA
Carglass Estratégia de liderança
Pós-venda 2013
D
epois de perceber quem são os parceiros de negócio da Carglass, dificilmente poderíamos imaginar que escolhesse para Portugal outra estratégia que não fosse de liderança. A vontade da Carglass estar na frente do mercado começa logo pela sua prioridade à satisfação do cliente.
MERCADO 3
em
(Pág. 66)
queda!
fatores que mais influenciam o mercado pós-venda
MERCADO
PARQUE Queda moderada, precisa voltar a vendas de novos de 150 mil carros/ano para estabilizar.
Internacionalização
QUILOMETRAGEM ANUAL Queda continuada e não só provocada pela crise económica. INVESTIMENTO NA MANUTENÇÃO DO CARRO Queda importante em 2012.
Pág. 08
Com a crise instalada e perspectivas de não abrandar nos tempos mais próximos, a solução para muitos empresários é procurar novos mercados para conseguirem rentabilizarem os seus negócios. Moçambique é o mercado alvo mais apetecível neste momento para a internacionalização
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(Pág. 44)
EVENTO
Encontros ONEDRIVE Mais próximo dos clientes
A
ONEDRIVE tem realizado desde o início do ano diversos encontros de clientes nas suas lojas espalhadas por todo a país. O objetivo destes encontros é sedimentar a relação com as oficinas cliente (Pág. 60)
CONHECER
Capotamento de veículos Estamos perante uma “manobra” de alto risco, felizmente não tão frequente em termos estatísticos como outros acidentes rodoviários, mas mesmo assim suficientemente verificável. (Pág. 70)
ODIVELAS
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DITORIAL
Pensar melhor
MERCADO
Alguns dos melhores especialistas em Inteligência Emocional acabam de realizar um estudo em que concluíram que o êxito pessoal depende 23% da nossa capacidade intelectual e 77% das nossas aptidões emocionais. Isso obviamente levanta a questão de saber o que é realmente pensar melhor. Podemos passar um dia inteiro a pensar ou a falar nos motivos porque gostamos de um carro ou outra coisa qualquer, mas basta apenas a emoção de um momento para saber que gostamos desse carro. É o Momento Zero da Verdade, ou simplesmente ZMOT (www.zeromomentoftruth. com) Aliás, é essa emoção que desperta depois a curiosidade intelectual para saber mais sobre aquilo de que gostamos. Devemos portanto confiar um pouco mais nas emoções. Nos relacionamentos e na comunicação entre as pessoas as emoções têm um papel insubstituível. São elas que permitem ultrapassar rapidamente as barreiras culturais, linguísticas, etárias e sociais, entre outras, e chegar a um entendimento pleno e saudável com a outra pessoa. Se não fossem as emoções, nem sequer haveria vendas. A venda não é um processo simplesmente intelectual em que a pessoa equaciona o preço, as vantagens e as garantias de um produto. Para existir uma venda, o vendedor tem que transmitir ao comprador o gosto e o entusiasmo que sente em relação ao que está a vender. No fundo, é essa “fé” e essa confiança no produto que o comprador compra, porque as pessoas precisam sentir emoções, precisam gostar e precisam entusiasmar-se com aquilo que fazem e com aquilo que têm. De certo modo, o preço é totalmente secundário relativamente à satisfação emocional. O problema das pessoas não é serem demasiado emocionais, mas sim de não serem suficientemente emocionais. Se fossem, saberiam com muito mais facilidade e com muito mais intensidade aquilo de que gostam e aquilo que efetivamente querem. Muita da incapacidade emocional das pessoas resulta de alimentarem emoções contraditórias e não serem capazes de fazer uma gestão plenamente equilibrada da sua energia interior.
Capacidade de resposta
A crise social e económica
iTodos os sectores de atividade sofrem com o desemprego e a dramática perda de poder de compra das famílias e indivíduos nessa situação
O
s meios de informação fazem-se caixa de ressonância de todos os dramas e problemas emergentes da crise social arrastada pela crise económica, mas poucos tentam ir à origem das coisas e escalpelizar as situações devidamente. Provavelmente, porque as meias verdades e as mentiras “confortáveis” têm mais audiência do que algumas verdades mais desconfortáveis. O impacto negativo da crise social nos diversos ramos de negócio é óbvio, porque não há clientes sem dinheiro, sendo também evidente que as oficinas de reparação de veículos não estão acima nem para lá desta realidade. Será portanto da maior utilidade “radiografar” o estado de saúde desses clientes, para percebermos o que fazer e como fazer.
O Os jovens não têm emprego e refugiam-se nas casas dos pais, criando ainda maior pressão nos fracos rendimentos familiares. O A taxa de poupança está a subir, o que significa que a economia está descapitalizada e sem liquidez. O dinheiro não “flui”.
No entanto, clientes “falidos” não é o único problema das oficinas neste momento. Quem tem um carro, tenta colmatar as lacunas de manutenção com o recurso a “biscateiros”, isto é, os que trabalham na rua ou na porta das traseiras do prédio. Este tipo de concorrência é letal, porque “fura” todos
O Cerca de 20% dos clientes das oficinas estão no desemprego. É claro que a taxa de desemprego (ainda) não chegou a este valor, mas não podemos esquecer que os problemas financeiros chegam em primeiro lugar às pessoas e famílias de (relativamente) maiores rendimentos (e despesas…). Os utilizadores de veículos estão obviamente neste estrato de risco. O Além disso, muitos dos que trabalham estão a viver com um rendimento mensal inferior a € 1000. É difícil que este valor chegue para tudo. Poderá chegar para a casa, mas dificilmente chegará para manter o carro. O As famílias que têm empréstimos hipotecários sobre a habitação podem ver os juros subir, juntamente com outros impostos e taxas. O Muita gente está a comprar marcas “brancas” e em menor quantidade. Mesmo assim, o limite mínimo já bateu à porta de muitas pessoas. O Os poucos novos contratos de emprego estão a ser negociados na base de € 600 mensais, nas empresas que antes pagavam € 1000.
DIRETOR: João Vieira - joao.vieira@apcomunicacao.com Publicidade: Mário Carmo - mario.carmo@apcomunicacao.com Arte e Multimédia: António Valente Redação: Bela Vista Office, Sala 2.29 - Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A - 2735-336 Cacém - Portugal - Tel.: +351 219 288 052/4 - Fax: +351 219 288 053 Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com Periodicidade: Mensal Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS” IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares
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.es Parceiro em Espanha
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Factos O Mantenha elevado nível de contacto e de coopera-
ção (onde for possível) com colegas da profissão. Há muitas sinergias entre oficinas que são esquecidas, o que é deplorável. O
Reforce os laços com parceiros de negócio fiáveis e abertos à cooperação. Ponha de lado os que só aparecem para vender o que não interessa. Só há bons negócios se forem proveitosos para ambas as partes. O Não tente fazer brilharetes nesta altura. Tente ser consistente e responder o melhor possível a todas as situações. Os resultados excepcionais hão-de voltar, mas ainda é cedo. O
Ative a atividade comercial e o marketing direto! As pessoas têm que saber que está vivo e se preocupa com elas, fazendo promoções e campanhas de produto e serviços. O Se reconhecer algum erro, falha ou omissão na sua
gestão ou na sua atividade corrente, tome decisões imediatas. Não perpetue indefinidamente situações de risco e potencialmente perigosas! PUB
os custos que uma oficina legalizada tem que pagar. A crise, no entanto, aliviou a vigilância das autoridades, para descomprimir a pressão social, o que significa que na maior parte dos casos a infracção fica impune. É pena, porque há óleo usado entornado nas valetas ou nas sarjetas e o meio ambiente não tem culpa! Pena é também que distribuidores de peças e retalhistas vendam material com desconto a “biscateiros”, deixando as oficinas ainda com menos margem de manobra. Não é competente legalizar atividades ilegais! Não é sério fintar o acordo comercial que a distribuição tem com as oficinas! Esses “senhores” estão a querer transformar o pós venda automóvel numa verdadeira “feira da ladra”, para não dizer pior! Que fazer, então? Eis algumas ideias de recurso: O Tente selecionar os seus clientes, evitando os que andam atrás de “ganchos” e só aparecem para pedir “batatinhas”. Se der prioridade aos clientes que ainda se podem aproveitar, os outros podem esperar. As-
sim, defende a sua margem, se é que ainda tem alguma! O Ajuste os custos o mais possível à faturação. Não se pode gastar dinheiro quando ele não entra. Facture sempre com a margem comercial correta. Em casos de grande pressão final do cliente, pode sempre fazer um desconto “especial de última hora”. O Atue com a maior rapidez possí-
vel. Tome as decisões certas nos momentos certos! Mantenha os sentidos alerta e nunca deixe para o dia seguinte o que pode fazer hoje. O Monto ou não monto a peça que o cliente me traz? Nunca deixe de fazer um trabalho normal, para atender um cliente que anda com peças debaixo do braço! Essa peça pode dar problemas e o cliente esquece rapidamente o favor, reclamando o problema, se a peça der problemas. O Cumpra sempre as suas obrigações legais e evite coimas e outros
problemas, para juntar aos que já existem! Durma tranquilo, para poder trabalhar com eficiência e segurança. O Denuncie todas as atividades ilegais de que tiver conhecimento e recorra a associações profissionais e outras instâncias legais. Não feche os olhos, porque é a sua sobrevivência que está em jogo! O Faça ajustamentos pontuais de preços, mas nunca em serviços de valor acrescentado e em trabalhos de qualidade garantida. Alguns preços mais baixos podem chamar clientes, mas isso não deve afectar o negócio, a imagem e a rentabilidade da oficina. O Para enfrentar um guerra, a tropa tem que estar unida! Mantenha uma comunicação de exigência, responsabilidade e cooperação com a sua equipa. Nenhum empresário pode garantir o emprego e o salário, se o empregado não cumprir a 105% em situações difíceis.
O Utilize sempre os equipamentos e os métodos de trabalho mais produtivos e rentáveis. Se ainda for possível, melhore o que puder ser melhorado nesse aspecto. O Máxima atenção ao controlo de crédito e às cobranças. Crédito só com garantias e cobranças sempre em cima da data. Proponha planos de financiamento externos e seguros aos seus clientes idóneos.
Para terminar, podemos recapitular as duas grandes estratégias de negócio para os tempos de crise: A primeira, é abrir-se ao mercado com boas campanhas, desde que isso não implique desestabilizar o negócio (fazer grandes stocks, aumentar os custos correntes, etc.). A segunda estratégia é mais defensiva e implica fazer só o que somos capazes de fazer, com grande eficiência e rentabilidade. A correta gestão temporal das duas estratégias pode dar os seus frutos, desde que a oficina e a equipa tenham capacidade de resposta para os desafios.
DUÇÃO RE06 junho 2013
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2013
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O
valor da Imagem Corporativa (IC) de uma empresa, e respetiva marca que esta representa, é um ativo intangível, ou seja, não é contabilizável. O que não significa que não tenha um valor. A título de exemplo: A marca de automóveis SAAB, como sabemos, entrou em colapso financeiro e a empresa que produzia os automóveis SAAB teve de pedir insolvência. No entanto, a marca SAAB continua a ser um dos maiores ativos desta empresa, com grande notoriedade mundial e posicionamento de viaturas topo de gama, apesar de tal facto não estar expresso nas peças contabilísticas. Este ativo é tão importante que em muitas empresas a gestão da marca é um dos fatores críticos na tomada de decisões. Quando estamos ao nível da Oficina Auto com caris regional, e muitas vezes familiar, a Imagem Corporativa não deixa de ser igualmente importante. Uma empresa que investe numa sólida imagem corporativa está a transmitir ao mercado (clientes, fornecedores, parceiros,…) uma mensagem de intenção de permanência no mercado a médio e longo prazo, mas também, de aposta no seu negócio. Esta mensagem é do mesmo modo relevante para “dentro de casa”. Ou seja, os colaboradores da empresa tendem a identificarem-se com a empresa, a acreditarem no projeto e a sentirem orgulho em representá-lo. Este é, sem dúvida alguma, um fator crítico de sucesso das empresas. Qualquer Oficina Auto poderá desenvolver a sua própria IC, e durante muito tempo este foi o mote para muitas destas empresas, que pretendiam permanecer totalmente independentes de conceitos de redes oficinais. A independência é diferente de “solidão”. Como muitos já perceberam, sozinhos terão mais dificuldades de conseguir vencer
dentro de um contexto cada vez mais dominado por grandes estruturas de distribuição e marketing. Um dos benefícios da IC é a estandardização de todos os meios que promovam a imagem visual da empresa em qualquer meio publicitário. Este benefício reconhece-se através da eficiência da comunicação e do potencial de redução de custos. Se multiplicarmos este benefício por X empresas aderentes a uma Rede de Oficinas, seguramente ganhamos em escala e conseguiremos negociar melhores condições e reduzir, ainda mais, os custos. Fazer parte de uma rede de oficinas, e partilhar uma IC com outros aderentes, não implica que se abdique da sua própria “marca”. O uso de um logotipo da empresa, que deverá ser comunicado em conjunto com a IC da rede a que pertence, poderá
ser uma forma da criação/manutenção da sua marca. A IC é a imagem física da marca da empresa. A IC tem de estar diretamente relacionada com outras duas variáveis muito importantes: A Identidade e a Imagem da Marca. De uma forma sumária explicamos cada uma delas, em baixo: - Identidade da Marca: É a promessa que a empresa faz aos clientes através dos seus produtos e serviços. - Imagem de Marca: É como os clientes percebem/interpretam a sua marca. Em resumo: A Identidade da Marca é como pretendemos que o cliente (consumidor) perceba a nossa marca e a Imagem da Marca é como ela é efetivamente per-
cebida por este. Pode acontecer o Consumidor formar uma Imagem diferente da Identidade pretendida pela empresa. Exemplo típico do que acima expomos: Uma empresa do setor de reparação automóvel investe fortemente numa IC que somente é reconhecida pelo próprio setor mas desconhecida pelo consumidor (cliente final). A construção da Imagem de Marca perante os clientes, nestes casos, leva anos a ser conseguida. Ter uma IC uniforme em toda a comunicação da empresa é, tal como já referimos, muito relevante, mas a dimensão da IC no impacto do negócio, não deverá ser encarado como algo estático ou cíclico. Quando atualmente a comunicação online (via site próprio da empresa; Via site da rede
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de marca
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i A Imagem Corporativa de uma empresa é um dos seus ativos mais importantes. Porquê? Porque é através desta que muitas vezes o “valor” da empresa é percebido pelos clientes, fornecedores e parceiros Por: Dário Afonso
Patrocinadores oficin al a que se pertence; Via Facebook;…) é tão, ou mais importante, que a comunicação tradicional. Nestes meios, à custa da sua própria dinâmica, é inevitável a Identidade da Marca estar em constante adaptação. Da mesma forma que o ciclo de vida dos produtos tem vindo a diminuir ao longo dos anos, a adaptação da Imagem da Marca tem também sofrido pressões nesse sentido. Gostaríamos de dar neste caso um exemplo que nos parece ser muito atual. O Negócio das Casas de Pneus (assim foram conhecidas durante décadas) tem sofrido grandes alterações nos últimos anos. Primeiro, entrou no negócio dos pneus a chamada Nova Distribuição (Norauto; Roady; Feu Vert; Midas;…); Depois, ou quase em simultâneo, um novo Canal de Distribuição apareceu a Vender Pneus, as vendas Online (Pneucity;…). Hoje, alguns fabricantes de pneus possuem conceitos de Auto Centro para os seus parceiros de sempre (as casas de pneus), com um forte incentivo ao alargamento dos serviços prestados à mecânica rápida. Uma das formas mais contundentes de conseguir mudar a Identidade da Marca perante o cliente é alterando a IC, tornando-a mais abrangente nos serviços prestados e dissociando-a de outros conceitos anteriores mais focados só no negócio dos pneus. Quando falamos em redução de custos, este tema é também importante, já que o custo da execução de um flyer ou de um outdoor (para percebermos o que está em causa) tem o mesmo custo para anunciar só pneus, ou para anunciar Serviços Rápidos de Pneus e Mecânica. Alguns conceitos de nicho, como os Vidros ou os Car Care, procuram também encontrar serviços adicionais que consigam incorporar nas suas operações, tornando-as mais transversais nos serviços prestados, e menos dependentes dos seus negócios principais, mas um dos obstáculos para tal processo (que economicamente faz todo
o sentido) é a Imagem da Marca…o compromisso com o cliente. Imagine o que seria, o consumidor final ver num outdoor que a XGlass (Rede de Vidros Auto) agora, também muda o óleo e filtro por X Euros. Quais os danos causados à Imagem da Marca, se esta não for cuidadosamente trabalhada para o efeito pretendido? Conforme mencionado no início deste artigo, a Imagem Corporativa é um ativo do negócio. É como tal que deverá ser sempre tratado. Devemos ter em conta o passado da empresa e aquilo que foi a Imagem da Marca da empresa no seu processo de desenvol-
vimento. A IC deverá transmitir essa evolução. Note-se que designamos uma evolução, e não, revolução. Essa, se por vezes é necessária, impondo uma rotura com o passado - quando se trata de um “passivo”pesado, ao invés de um ativo – em muitos casos a melhor solução é fazer a IC evoluir em conformidade com a mudança, inovação e competitividade. Esta nova sociedade assente numa “efervescência” de circulação de informação, caracterizada pela instantaneidade, globalidade, mas também pela sua célere desatualização, vem transformar inequivocamente o mundo empresarial. Estamos perante a imposição de alteração de hábitos e atitudes que em nada com-
pactuam com o conformismo e com a alheação. Há que manter uma empresa com espírito moderno, empreendedor, na vanguarda da tecnologia e do serviço ao cliente. Se a empresa evolui, se os seus quadros têm formação contínua, se estamos perante um quadro de globalização, a IC tem de ser o espelho da sua “(longa) vida no mercado”. Se para alguns a IC seria um bonito placard colocado na porta de entrada, aqui ficaram algumas ideias sobre o elevado nível de impacto que a IC pode ter em qualquer negócio. Como outro qualquer ativo do seu negócio, trate bem a sua IC!
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MERCADO
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Estudo GIPA Pós-venda 2013
N
um contexto de recessão económica e de baixo poder de compra dos consumidores, o sector pós-venda está a passar por uma profunda mudança, marcada por alterações a nível de novos conceitos de negócio e o crescimento inevitável do mercado paralelo. De facto, o número de fecho de oficinas é grande, mas em grande parte está a ser compensado pela abertura de outras, muitas delas no mesmo local, com outro dono e sem estarem legalmente constituídas. Estes são alguns dos dados referidos no Estudo da GIPA sobre o mercado Pós-venda em Portugal. Q PARQUE AUTOMÓVEL DIMINUI Fruto da conjuntura económica e social pouco dinâmica, o parque nacional acelera o seu envelhecimento. Com a venda de carros novos a decrescer nos últimos 3 anos, o total do parque automóvel avaliado em 5 milhões de veículos tende a diminuir. Em 3 anos, o número de carros que saem de circulação é superior ao que entra. Se a venda de carros novos não aumentar em 150.000 carros novos / ano, o parque automóvel vai continuar em queda. Relativamente à idade média dos veículos, passou de 6,7 anos em 2001, para 10,1 anos em 2013. Hoje, metade dos carros que circula no parque tem 10 ou mais anos. As oficinas autorizadas que dizem que os modelos com mais de dez anos não interessam, estão a desprezar 50% do mercado.
Alerta máximo!
i Segundo o Estudo da GIPA 2013 sobre o Mercado Pós-venda em Portugal, que divulgamos neste artigo, a tendência do mercado é continuar a descer, em volume e em margem, pelo menos enquanto as vendas de novos não aumentarem
O aumento da idade dos veículos seria muito positivo para o mercado potencial de reparação automóvel do sector independente, se o poder de compra da população fosse elevado. Como manifestamente não é, nem se vê como possa vir a ser, será quando muito um indicador de sucata rolante. O mesmo raciocínio se pode aplicar ao aumento da quilometragem anual média, que passou de 11.329 km (1997), para 13.865Km (2008). Depois disso, a quilometragem anual média estabilizou ou mesmo desceu, tendo-se fixado em 13.500 km, em 2013. Em princípio, isso poderia ser um indicador de crescimento do mercado potencial, mas, com a limitação do poder de compra vigente, apenas se irá reflectir positivamente nas operações
de manutenção mais prioritárias, quando muito. Reflexo da estagnação da quilometragem anual é igualmente a estabilização do consumo de combustível, que não tem revelado variações significativas desde meados do ano passado. Em termos comparativos, de referir que a quilometragem média anual dos condutores portugueses é superior à maioria dos países da União europeia, com exceção dos condutores do Reino Unido, onde fazem mais quilómetros. Em França e na Alemanha os condutores fazem menos quilómetros. Q MERCADO OFICINAL Obviamente, se o mercado não cresce, os operadores profissionais do sector também não podem aumentar. A questão que fica, no entanto, é se não seria prefe-
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rível haver uma diminuição dos agentes económicos, tornando mais viáveis os negócios remanescentes. Oficinas de marca autorizadas há neste momento em Portugal cerca de 1.000 e estão a perder quota para as oficinas multimarca desde 2003 de forma acelerada (mais de 1% ao ano, nos últimos 5 anos). Passaram de 30% para 21%, em consequência do envelhecimento do parque e da não fidelização dos clientes. O condutor mantém-se fiel à oficina autorizada durante os primeiros 3 a 4 anos de vida do carro. Depois passa a ir a uma oficina multimarca independente. Se esse hábito continuar e os carros continuarem a envelhecer, as oficinas autorizadas vão ficar com menos clientes, até porque os condutores começam a optar pela oficina independente cada vez mais cedo, ou seja, no fim de 3 anos de vida do carro. Para além de uma perda de quota de mercado derivado ao envelhecimento do parque, há também uma perda de clientes por abandono, porque as oficina autorizadas não têm conseguido fidelizar os seus clientes. Neste aspecto, uma nota positiva este ano para as oficinas autorizadas, que pela primeira vez não tiveram quebra de fidelização de clientes. Provavelmente tem a ver com as campanhas de divulgação de serviços, descontos e promoções levadas
Factos O As Oficinas Autorizadas perdem quota (mais de 1% ao ano, nos
últimos 5 anos), em consequência do envelhecimento do parque e da não fidelizar clientes, embora em 2012 recuperaram fidelização. O As Oficinas Independentes Multimarca ajustaram a oferta (diminuindo o seu número), mas mantêm quota. O
Os especialistas em pneus, mantêm elevada quota, mas com alguma regressão. O A Nova Distribuição (Auto-centros e Serviços Rápidos) são o circuito em crescimento, ganhando quota de mercado pela adequação da sua oferta. O Cerca da metade dos acidentes não são declarados ás seguradoras, e quase 1 de cada 4 não são reparados. O As oficinas Autorizadas reparam a metade dos acidentes dos condutores com seguros contra todos os riscos, mas unicamente 1 de cada 8 carros com seguros a terceiros. O 3 de cada 4 € das reparações são pagos pelas seguradoras.
a efeito pelas marcas nos grandes meios de comunicação, como a rádio e televisão. Alargaram horários e adaptaram-se às necessidades dos novos condutores. Resta
Perfil do novo condutor O Estudo da GIPA também consegue caracterizar o perfil do novo condutor. Na compra - alarga a posse do carro, é sensível às segundas marcas e ás novas tecnologias. Na utilização - atingida a maturidade na quilometragem anual; acusa o efeito da austeridade. Crescimento do combustível diesel. Na manutenção - concentra mais as reparações, diminuindo o número de idas as oficinas. No local de reparação - Abandono mais cedo das oficinas autorizadas, em benefício dos especialistas e da Nova Distribuição. Sensível ao Marketing e Publicidade: Promoções, Preços Fechados, Serviços Alargados, Horários,…. Interveniente no preço - consultas em Internet, pede vários orçamentos para comparar preços.
saber como irão suportar o “assalto” dos independentes ao mercado dos carros em garantia, que irá tornar-se ainda mais consistente. Nos retalhistas de peças continua a haver muita pulverização do negócio, que está repartido por 2.000 estabelecimentos. Se atendermos ao facto de que a Espanha, com território e população muito superiores, tem 3.400 retalhistas de peças, somos obrigados a concluir que muitos dos negócios do nosso mercado não devem ultrapassar o limiar da difícil sobrevivência. Em termos de nível de sucesso, a Nova Distribuição (Auto-centros e Serviços Rápidos), são o circuito com mais crescimento, ganhando quota de mercado pela adequação à oferta. Os especialistas em pneus, mantêm quota elevada, mas com alguma regressão. Q DESPESA MÉDIA EM BAIXA O investimento que as pessoas fazem na manutenção dos seus carros manteve-se idêntico durante os últimos anos, mas do ano passado para este ano houve um decréscimo significativo. Passou de 490 euros anuais para 470 euros, o que representa uma queda importante. Neste último ano, a queda foi maior do que nos dois anos anteriores e aqui poderá haver recuperação se a situação macro-
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económica melhorar, mas para já é o fator mais negativo da evolução do mercado. Este fenómeno da queda do investimento na manutenção do carro pode ser apreciado no menor número de vezes que o condutor leva o carro à oficina e no aumento de utilização de componentes mais económicos, como é o caso dos pneus em 2ª mão, cujas vendas têm crescido de forma exponencial, representando já 20% do negócio de pneus de substituição em Portugal. As oficinas na generalidade têm-se adaptado a esta realidade fazendo contenção de preços, mas esta solução não tem evitado a quebra generalizada de visitas e o mínimo de despesa na manutenção do carro. Atualmente a média de visitas à oficina é 1,8 visitas / ano. A solução para inverter esta tendência tem que assentar em progressos na eficiência e na produtividade, o que significa facturar mais, com menor utilização dos meios de produção, entre os quais a mão-de-obra. Portugal continua a ser o país europeu onde as oficinas independentes multimarca têm maior quota de mercado (60%). Este facto é baseado em pontos muito fortes que não se devem perder, como a proximidade, que é um dos critérios mais apreciado pelos condutores. O número de oficinas multimarca é de facto muito grande, o que se torna uma vantagem para o condutor, pois encontra sempre uma oficina de reparação perto da sua casa ou emprego. A favor da oficina autorizada multimarca está também a imagem positiva que os condutores têm do seu serviço, o que faz deles verdadeiros promotores da oficina, recomendando-a junto dos familiares e amigos. Q COLISÃO UM SECTOR ESPECÍFICO Devido aos carros andarem menos e não haver tantos acidentes, o sector da colisão também tem registado uma quebra de visitas às oficinas. Metade dos acidentes não são declarados às companhias de seguros e 1 em cada 4 não são reparados, porque os proprietários não têm dinheiro para o arranjo. Trata-se de um mercado eventualmente a recuperar mediante ações de Marketing. As oficinas autorizadas reparam metade dos veículos com seguros contra todos os riscos, mas unicamente 1 em cada 8 carros com seguros contra terceiros. De referir que 3 de cada 4 euros das reparações são pagos pelas seguradoras.
Número de oficinas em janeiro 2013 Oficinas de Marca Autorizadas
1.000
Oficinas Multimarca
5.600 (2.300 Chapa e Pintura)
Oficinas de Pneus
1.200 (500 em rede)
Autocentros e Serviços Rápidos
180
Retalhistas de peças
2.000
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ACONTECIMENTO
XI Convenção ARAN
ARAN anuncia posições i Realizou-se no passado dia 18 de maio a XI Convenção ARAN, no Europarque, em Santa Maria da Feira. António Teixeira Lopes, Presidente, anunciou que vai avançar judicialmente contra algumas autoridades portuguesas, por ausência de respostas às várias solicitações apresentadas pela ARAN
E
ste ano, a ARAN apostou num programa prático, com grande enfoque na ajuda à gestão e aumento de rentabilidade das empresas. Foram por isso analisados, por vários oradores, diversos temas do maior interesse e atualidade para o sector. Da parte da manhã, Guillermo de Llera, apresentou os resultados do estudo mais recente da GIPA sobre o mercado pós-venda nacional. Francisco Costa, da ASE – Automotive Solutions, falou da assistência pós-venda automóvel e referiu vários fatores decisivos para o bom funcionamento das oficinas na atualidade: remuneração variável; controlo diários dos principais fatores de rentabilidade; BD atualizadas e análise constante do custo/benefício. José Nunes da Sintética falou da importância da formação técnica em lubrificantes, justificando que se trata de um componente cada vez mais evoluído e com um número crescente de referências para aplicações muito específicas.
A XI Convenção da ARAN contou com a intervenção de vários oradores que fizeram apresentações dirigidas para as oficinas auto
Teixeira Lopes foi muito crítico relativamente às políticas do governo para o setor auto
Pedro de Jesus da Cometil destacou as oportunidades que ainda existem no sector da assistência e apresentou como exemplo um novo sistema de alinhamento de direções que verifica se o veículo está alinhado em apenas 58 segundos. Os testemunhos de oficinas que utilizaram este sistema, relatam que em alguns casos conseguiram triplicar ou até mesmo quadruplicar o número de serviços de alinhamento. Da parte da tarde, os responsáveis da ARAN apresentaram os projetos Oficina Certa e Usado Certo, franchisings disponíveis exclusivamente para os seus associados e que se destinam a dar uma imagem de qualidade às empresas. No final, António Teixeira Lopes proferiu duras críticas às autoridades que persistem em não dar resposta às inúmeras solicitações sobre problemas urgentes e importantes que afetam as empresas do setor automóvel. A ARAN não percebe a falta de respostas dessas instituições. Até porque muitas daquelas questões já foram levantadas pela direção da Associação na Assembleia da República, na Comissão de Assuntos Económicos ou junto de partidos políticos, bem como dado conhecimento à Presidência da República e, mesmo assim, as respostas tardam ou são evasivas.
António Teixeira Lopes referiu, no seu discurso, que nunca viu um “Governo como o atual” na falta de capacidade de, pelo menos, acusar respostas às solicitações, numa crítica que o presidente da ARAN estende a vários organismos públicos, não se ficando pelo Executivo liderado por Pedro Passos Coelho. “Dada a constante indiferença, de há anos, vamos avançar juridicamente contra alguns organismos públicos, por abandono de funções”, avisou Teixeira Lopes. A forma como algumas entidades não dão, sequer, resposta aos pedidos de esclarecimento da ARAN “só vem”, segundo a mesma fonte “cimentar a ideia que os anos de presidência” da associação lhe deram, “de que os grandes interesses se sobrepõem a tudo” em Portugal, país em que, ironiza António Teixeira Lopes, “acabam por ser os mais inocentes a pagar as asneiras de gestores ‘muito qualificados’”. “Enquanto um gestor de uma entidade privada pode ser chamado à responsabilidade pelos seus atos de gestão, estes senhores passam, por regra, incólumes aos seus erros”, acrescenta. De acordo com António Teixeira Lopes “Não é com instituições a trabalharem desta forma que o país vai a algum lado. Portugal nunca poderá recuperar a trabalhar assim”, defendeu o presidente da ARAN.
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ACONTECIMENTO
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Reunião de distribuidores SKF
SKF anuncia novos serviços i No passado dia 20 de maio, a SKF reuniu os seus Distribuidores Auto no Hotel Onyria Marinha, em Cascais. Durante a reunião foram apresentados os novos Serviços SKF “Call Center” de Assistência Técnica e entregas 24 Horas
O
s novos serviços “Call Center” da SKF, dão continuidade ao projeto Garagens iniciado em 2009 que até hoje já proporcionou formação profissional na área da Distribuição e Manutenção a mais de 920 mecânicos que dão preferência à marca SKF. Sempre com o focus nos seus clientes e com o compromisso de desenvolver mais ações de valor acrescentado ao negócio das gamas SKF para o mercado de reposição auto, foi também anunciado neste encontro, o lançamento do Serviço de entregas 24 horas, a partir de um Stock Remoto Local sediado em Madrid, para além da logística habitual para pedidos de stock mensal a partir do armazém central em Tongeren, Bélgica. Na mesma reunião foi ainda lançada uma
nova linha de produtos, Foles de Direção em complemento da gama já existente de Foles de Transmissão. As novidades não ficaram por aqui, pois foi igualmente lançada a já habitual Campanha de Verão SKF, desta vez tendo como produto principal a gama de Bombas de Água. Na compra de um Kit bomba de água SKF o cliente receberá uma T-shirt e na compra de 500 Euros de toda a gama SKF receberá um atrativo puff. A Campanha é válida de 1 a 30 de junho de 2013. Para fechar com chave de ouro, e tendo como base o tema do evento “Hole-in-one” após um agradável almoço servido no restaurante Story do Hotel Onyria Marinha, os clientes tiveram oportunidade de se divertir e praticar os dotes de potenciais golfistas na “Clínica do Golf” no Driving Range da Quinta da Marinha.
A Campanha de Verão 2013 da SKF tem como produto principal a gama de Bombas de Água. Na compra de um Kit bomba de água o cliente recebe uma T-shirt e na compra de 500 euros de toda a gama SKF recebe um atrativo puff
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Pedro de Jesus (1930-2013)
Um homem visionário i Pedro de Jesus iniciou o seu percurso muito jovem, aos 14 anos de idade já trabalhava, tendo completado os seus estudos à noite. Desde cedo revelou o seu interesse e entusiasmo pelo ramo automóvel, sendo que em Janeiro de 1955 iniciou o seu p percurso profissional de maior relevo…
N
a década de cinquenta, o início da VW em Portugal, foi uma altura de grande procura do famoso carocha, um carro feio mas barato e fiável, tornando-se rapidamente o líder do mercado. Desta demanda nasce a necessidade de criar um serviço de pós-venda que apoiasse os clientes, muitos procuraram integrar a equipa da VW e foi nesta altura que o então jovem Pedro de Jesus entrou como um mecânico promissor na VW, revelando desde cedo o seu empenho e entusiasmo. No decorrer do seu trabalho, todos destacavam, o seu brio profissional, talento excepcional e incansável dedicação à empresa e ao cumprimento da sua missão. Em resposta ao seu constante estudo e vontade de aperfeiçoamento, mais tarde dedicou-se a mecânicas mais sofisticadas tendo o seu conhecimento sido utilizado em carros de competição. Neste domínio chegou a participar como piloto em vários rallys, circuitos e voltas a Portugal. Já perto da década de 60 entra para o Departamento de Serviço da VW como formador de mecânica onde mais uma vez provou a sua real classe e sabedoria… Foi várias vezes à fábrica da VW onde foi distinguido pelo excepcional serviço
Pedro de Jesus começou a sua atividade como mecânico da VW, revelando desde cedo o seu empenho e entusiasmo. Mais tarde dedicou-se a mecânicas mais sofisticadas, tendo o seu conhecimento sido utilizado em carros de competição e chegou a participar como piloto em vários ralis, circuitos e voltas a Portugal
prestado com uma medalha de ouro, com a esfinge do Dr. Nordoff. Por esta altura chegou a chefe de serviços técnicos da VW (Guerin) tendo demonstrado grande capacidade e espírito de liderança e motivação de toda a equipa. Conheceu toda a família VW, de Vila Real a Portimão, às ilhas e províncias ultramarinas onde era sobejamente conhecido e tido como
o homem que detinha o maior e melhor nível de conhecimento da VW no país. Na década de 70, surgem em Portugal, os veículos japoneses, com um produto mais moderno, e com forte representação no mercado. Face a esta nova realidade procuraram alguém de valor que os representasse à semelhança do que era feito com o “carocha”, o carro que até
então era o líder do mercado. Na sua procura rapidamente chegaram ao nome de Pedro de Jesus, sendo que o mesmo acabou por i ntegrar a equipa de Salvador Caetano (Toyota) onde assumiu um papel semelhante ao que tinha na VW. Ainda na década de 70, numa altura de mudança no nosso país, Pedro de Jesus aceita um novo desafio, integrando
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Pedro de Jesus foi distinguido em 1963 pelo Presidente da VW com uma medalha de ouro com a esfinge do Dr. Nordoff, pelo excepcional serviço prestado à marca em Portugal. Nesta altura era chefe de serviços técnicos da VW.
uma nova vertente na sua carreira profissional, virando-se agora para o sector dos equipamentos oficinais na empresa Walter Cudell. Mais do que estar ligado a uma marca é estar ligado a todo o mundo automóvel nas suas várias marcas e representações. Quis o destino que o seu percurso não
ficasse por aqui, e a caminho dos 60 anos, em 1985, empurrado por circunstâncias e vicissitudes várias, abraçou um projecto em conjunto com a sua esposa (Deolinda de Jesus), tendo contado desde cedo com o apoio incondicional dos seus dois filhos (Irene de Jesus e Pedro de Jesus) que desde muito jovens fizeram questão
de acompanhar este projecto tomando-o também como seu. Foi então que surgiu a actual empresa de sucesso COMETIL (Comércio de Equipamento Técnico Industrial Limitada). Nesta altura o seu percurso e valor profissional era já reconhecido por todos os que coabitavam este meio, e daí surge
Representante da marca Hunter desde a fundação da Cometil, Pedro de Jesus foi por diversas vezes distinguido como melhor distribuidor da marca na Europa
Em Outubro de 2009 , mais uma página de sucesso foi virada na história da Cometil, com a inauguração de modelares instalações em S. Julião do Tojal (Loures)
o convite da prestigiada marca norte americana Hunter, para que a representasse em exclusivo no mercado português. A razão da escolha da referida marca prende-se não apenas com o aspecto comercial da empresa mas sim, e sobretudo, pelo seu reconhecido valor técnico no âmbito da assistência e formação. Outros fabricantes se foram juntando, e com a dedicação, empenho e valor técnico de Pedro De Jesus e da sua equipa, lentamente e de forma sustentada a COMETIL passou de uma empresa pequena e familiar, para uma empresa de referência nacional no sector e conhecida internacionalmente, tendo inclusive ganho várias distinções, quer na vertente comercial, quer na vertente técnica e de formação de reconhecido valor internacional. Importante referir, também, que inerente à formação e percurso profissional de Pedro de Jesus, à altura da criação da COMETIL foi criada como não podia deixar de ser, uma escola de formação de mecânicos, ideia pioneira em Portugal e que acresceu valor ao sector e à empresa assim como o seu modelo de assistência técnica aos clientes, rápido e eficiente, sendo que estes ainda são os dois pilares que sustentam e distinguem o trabalho da COMETIL em Portugal. A empresa que começou numa pequena loja na Póvoa de Santo Adrião, após um trabalho de grande dedicação e empenho, em 2003 abre uma filial em Santo Tirso e em 2009 abre as portas da sua nova sede, desta feita em Loures. Um edifício projetado de raiz e que de certa forma representa a solidez, e confiança deste projeto no mercado português e internacional. Fiel ao seu percurso, Pedro de Jesus, sempre imprimiu um mote de ação para a sua equipa e clientes, mote este que é ainda o lema pelo qual a equipa da COMETIL se rege e do qual se orgulha: “COM BOA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E FORMAÇÃO AS VENDAS ACONTECEM” Pedro de Jesus (1930-2013)
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Mann+Hummel O A empresa alemã especializada
em tecnologias de filtragem MANN+HUMMEL acaba de lançar duas novas soluções no mercado, com valor acrescentado para os utilizadores. Uma delas é um inovador filtro de óleo para circuitos de A/C, que possui uma saída de drenagem, permitindo retirar o óleo limpo do filtro e dos tubos do circuito, antes de substituir o filtro. Isto evita que o óleo escorra sem controlo ao mudar o filtro, tendo vantagens para evitar o desperdício do óleo e o impacto ambiental negativo de derrames de lubrificante. A segunda inovação da marca é o lançamento da 2ª geração dos filtros StarBox - StarBox2 -, que efetuam a separação do óleo e do ar nos compressores de ar comprimido. Esta inovação é fornecida para o primeiro equipamento e para o mercado de substituição de compressores móveis e fixos, permitindo eliminar o óleo do ar comprimido, uma solução indispensável para oficinas de repintura, por exemplo. Além da total separação do óleo produzido pelo compressor, o novo filtro StaBox2 reduz 15% a queda de pressão na linha de abastecimento, comparativamente a filtros convencionais.
Auto-Silva promove Campanhas O A Auto Silva Acessórios SA promove durante o mês de Junho uma campanha de kits de distribuição da IPD. A IPD oferece uma vasta gama de kits de distribuição de marcas líderes como a INA, FAG, SKF, LITENS, NTN e ContiTech. Estes produtos de qualidade nas embalagens IPD garantem segurança e fiabilidade nos padrões de qualidade estabelecidos internacionalmente pelos fabricantes de equipamento original. Neste mês de Junho, destaque ainda para a campanha dos tensores BREDA.
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OTA Tome N
Diagnóstico da atitude
N
inguém nasce perfeito e na posse de todas as suas capacidades, Todos temos que nos esforçar por reconhecer as nossas falhas e limitações, bem como para tentar melhorar de forma consistente em todos os aspectos pessoais, profissionais e sociais. Também ninguém nasce infalível, dependendo em grande parte do contributo dos outros para ter sucesso e para que lhe sejam desculpados erros e omissões mais ou menos graves. Este pensamento é fundamental para cultivar a humildade e a tolerância, vectores estruturais de uma atitude correta. Todos devíamos empregar diariamente cinco minutos para fazermos uma “auditoria” à nossa própria atitude.
O Recusa alterar as decisões antes de
ver os factos?
Eis as questões chave desse auto inquérito:
O Acha que os outros procuram obter de si conselhos, informações ou indicações? Ou as pessoas veem-no como alguém que não pára no mesmo sítio e nunca tem tempo para duas palavrinhas?
O As pessoas gostam de si e respei-
O Considera que está frequentemente
tam-no? Os seus sócios ou acionistas confiam em si e têm fé nas suas opções? Os seus relacionamentos são sólidos?
irritado ou frustrado com os outros, por não verem as coisas como você as vê e por não fazerem o que você espera?
Caso a maior parte das suas conversas e interações sejam de algum modo negativas e uma forma de confrontação com os outros, é provável que tenha um problema de atitude. Mesmo quando somos provocados ou até mesmo importunados devemos manter o nosso perfil de conduta, porque é essa verticalidade que desmotiva os nossos opositores. Se queremos que os outros aceitem as nossas ideias e as nossas opções, temos que lhes comprovar a superioridade das mesmas e dar tempo para que se habituem à mudança de perspectiva. Grande parte da nossa agressividade deriva da convicção de que podemos mudar o Mundo e os outros pela força ou pela violência, quando de facto a única forma de mudar os outros e a nós próprios é através da persuasão. As atitudes e estados de espírito são tão contagiosos como qualquer constipação! As atitudes positivas são inputs de energia colectiva, do mesmo modo que as atitudes e emoções negativas são um curto-circuito geral!
Star Extras Line distinguida PME LIDER 2013 A Star Extras Line, através das suas marcas Linextras, Kayzen e LKA Design, foi novamente reconhecida como PME LÍDER 2013, devido à qualidade do seu desempenho e perfil de risco, no âmbito do programa FINCRESCE, em parcerias com grupos bancários a operar em Portugal. Esta renovação efetivou-se sobretudo devido aos seus elevados indicadores de excelência na gestão, em termos de eficiência e competitividade, à sua forte presença na exportação e à grande aposta em inovação na melhoria dos seus produtos/serviços. Tendo em conta que atualmente vivemos num ambiente económico bastante afetado, esta distinção vem provar que a equipa da Star Extras Line continua forte, empenhada e responsabilizada com os resultados.
Novos kits cabeças motor Payen A marca Federal Mogul acaba de apresentar a nova linha de kits de reparação completos para cabeças do motor, incluindo os parafusos da cabeça, válvulas, árvore de cames, junta de vedação e tudo o que é necessário para uma reparação geral à cabeça do motor. Esta linha de kits tem 40 referências é completada por mais 140 referências de cabeças de motor de substituição fornecidas apenas com os parafusos de fixação ao bloco motor. Todos os parafusos das cabeças de motor da Federal Mogul são de
qualidade e especificação original da marca Payen. Para efeito de pedidos, as novas peças são identificadas com a sigla FMCH2XXX (kits completos) e FMCH1XXX (cabeças de motor simples). Paralelamente a este lançamento, a Federal Mogul apresentou o seu novo catálogo exclusivamente para cabeças de motor, que está dividido em três secções principais: Aplicações por construtor, fotografias reais das cabeças do motor e referências cruzadas com produtos da concorrência e peças originais.
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Parceria RPL Clima / Rede Rino O A RPL Clima foi escolhida como
fornecedor preferencial da rede de oficinas RINO. Com esta parceria, a RPL Clima vai conseguir incrementar as vendas e oferecer produtos de qualidade a um maior leque de oficinas. O grande objectivo é a fidelização dos clientes atuais, aumentando as vendas e perseguindo a conquista de novos clientes. Para isso, a empresa está a investir na comunicação direta, fazendo cursos, enviando as novidades via e-mail e estando presente nas oficinas de uma forma indireta e não presencialmente. Com estas iniciativas, a RPL Clima revela-se uma empresa dinâmica e cada vez mais procurada por parceiros de grande nome a nível nacional.
Filtros para pesados Sogefi Pro A estratégia de negócios do Grupo Sogefi continua imparável, segundo deu conta recentemente o seu Director Geral, Andrea Taschini, num encontro com os meios de informação portugueses e espanhóis, que decorreu em Madrid. Com um volume de negócios superior a € 1,3 biliões, o Grupo Sogefi conseguiu em 2012 um crescimento de 13,9% em face do ano anterior, fruto do bom desempenho das empresas do grupo e da política de aquisições, que levou à compra da Systèmes Moteurs, que já está a contribuir para os resultados globais da Sogefi. A oferta do Grupo Sogefi inclui neste momento sistemas de filtragem, sistemas para motores e componentes de suspensões, sendo a face mais visível no pós-venda automóvel da sua atividade as marcas de filtros Sogefi, Fram, CoopersFiaam, Purflux e Tecnocar. A estas cinco marcas de filtros vem agora juntar-se a Sogefi Pro, destinada a veículos industriais, cujo mercado potencial oferece novas oportunidades. A nova marca entra em força no mercado de comerciais li-
geiros, camiões e autocarros, propondo de início 500 referências de filtros, que cobrem cerca de 90% das aplicações do parque circulante europeu.
STREMA - Suporte Técnico à Reparação e Manutenção Automóvel Pedro Barros da TIPS 4Y e Sérgio Pinto da Mecatrónica Online juntaram-se para desenvolver um novo serviço, STREMA – disponível desde 30 de Abril 2013 para o mercado da reparação e pós-venda. Este novo serviço destina-se a disponibilizar uma solução técnica de apoio à manutenção e reparação através da combinação de um programa de dados técnicos online MAIS
uma linha de apoio técnico telefónica. STREMA e STREMA Plus são as 2 versões disponíveis, sendo que a primeira é constituída pelo módulo TÉCNICO do Vivid e por um pack de 40 consultas técnicas mensais, enquanto a versão mais completa é constituída pelo módulo PACOTE DE NEGÓCIO do Vivid e por um pack de 200 consultas técnicas.
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Novo posto de trabalho da Facom O A substituição de molas e, em
muitos casos de amortecedores, exige a compressão das mesmas durante o processo. Dado que estas se têm tornado cada vez mais rijas, especialmente no caso de carrinhas e veículos 4x4, algumas oficinas não possuem os níveis de pressão de ar necessários para a sua compressão eficaz. Tendo em atenção que a segurança e eficiência são prioridades numa oficina, a Facom desenvolveu o DLS.500HPPB, um posto de compressão de molas que se adapta a circuitos de ar de baixa pressão.
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Mirka lança conceito Deros
D
entro do seu compromisso com a inovação constante, a marca Mirka apresentou uma nova máquina de lixar eléctrica roto orbital. Denominada Deros 650 CV, é a primeira do género com motor sem escovas (menor manutenção, maior segurança), sem transformador e com a melhor relação peso/potência do mercado. Efetivamente, a nova Deros pesa apenas 1 kg, tem uma altura de apenas 95 mm e dispõe de 350 W de potência, o que significa maior poder de lixagem e de aspiração de pós. Na verdade, o novo motor sem escovas tem uma potência equivalente a uma máquina convencional de 500 W, equipada com um motor de escovas. O novo motor
da Deros sem escovas tem além disso a vantagem de poder estar blindado, evitando a contaminação por poeiras, humidades e outros resíduos. Outras
inovações da nova Mirka Deros são o arranque progressivo, a função de travão electrónico interno e uma tecla de controlo do motor ergonómica.
Kits bomba de água KAVO Kits de bomba de água são a mais recente adição à gama de produtos KAVO. O kit consiste numa correia de distribuição e uma bomba de água. Esta gama de kits é composta por cerca de 40 referências e todas as informações estão disponíveis no Tec-
-Doc e Aldoc. Agora, a oficina pode procurar bomba de água indicada para cada carro usando o E-catálogo TecDoc carro-ID. Ao digitar o TecDoc carro-ID, a oficina vai encontrar imediatamente o veículo correto e os produtos certos.
Clientes Auto Silva visitam fábrica da Bilstein Nos passado mês de abril, uma comitiva de clientes liderada pela Administradora da Auto Silva Acessórios, Engª Helena Magalhães, visitou a fábrica e armazém da Bilstein na Alemanha com o objectivo de verem o processo produtivo. Em complemento e para satisfação dos clientes realizou-se uma visita ao Circuito de Testes de Papenburg, onde os participantes puderam testar diferentes gamas de amortecedores Bilstein em diferentes veículos. PUB
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Civiparts lança novo óleo Wolf A Civiparts anunciou o lançamento oficial na gama de lubrificantes do novo óleo de motor OfficialTech 10W30 MS, com nível ACEA E9-08 e aprovação Volvo VDS4. Os óleos da gama OfficialTech cumprem as mais elevadas exigências dos fabricantes, pelos quais estão autorizados. A Wolf está assim na mais avançada linha de produtos disponíveis para as mais recentes aplicações em veículos EuroV e EuroVI, equipados com sistemas de pós-tratamento de gases.
TMD Friction lança brakebook O fabricante líder de pastilhas de travão criou uma plataforma online para os catálogos das suas marcas Textar, Mintex e Don, que torna a consulta e a impressão de dados mais simples. Em relação ao TecDoc, a nova plataforma possui uma nova função de busca baseada no número de identificação do veículo, mantendo a vantagem da atualização semanal contínua. Além da mais rápida e exata identificação
da peça pretendida, o novo Brakebook da TMD Friction permite aos utilizadores configurar imprimir catálogos, usando o mesmo sistema que a empresa utiliza para imprimir os seus próprios catálogos de peças. Podem assim obter catálogos por marcas de veículos, modelos de viaturas e outros critérios que julguem mais convenientes e úteis para a sua atividade de distribuição ou reparação.
Tenneco recebe Prémio Inovação John Deere A Tenneco foi escolhida para receber o Prémio Fornecedor de Inovação John Deere 2012 pelo desenvolvimento da redução catalítica selectiva integrada (SCR) e sistema de mistura que está incorporado no Tier 4 Final sistema de pós-tratamento diesel. O prémio é concedido a um seleto grupo de fornecedores que tenham demonstrado inovação num produto ou serviço que prestam à John Deere. A atribuição do Prémio é baseada em quatro fatores: a criatividade, viabilidade, colaboração e impacto na linha de fundo.
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Neocom alarga gama O Continuamente determinada a aumentar a sua gama de produtos para melhor servir os seus clientes e abranger o maior nicho de mercado, a Neocom alargou recentemente a gama de compressores de ar condicionado e kits de embraiagem, tendo também recalculado e ajustado os preços às dificuldades e necessidades do consumidor. A Neocom oferece também uma grande variedade de polias de alternadores a preços igualmente apelativos.
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OTA N e m o T
Muito obrigado!
Por estar a ler este texto. Muito obrigado por dar trabalho a todos os que tornam possível você estar a ler este texto e muito obrigado por achar que vale a pena ler este texto e por entender que ele tem algum valor para a sua atividade e para o seu negócio.
A
universalidade destas duas palavras comprova-se por ser possível pronunciá-las em todos os idiomas do Mundo. Algo de muito bom está por detrás destas duas simples palavras, porque são pronunciadas por todos os biliões de seres humanos que povoam este planeta e ajudam-nos a viver com mais dignidade, mais respeito mútuo, mais incentivo para praticar o bem e mais esperança. Provavelmente, foram-nos legadas por algum ser metafísico, que queria que o Mundo do ser humano fosse diferente do mundo cão e do mundo selvagem, onde prevalece a lei do mais forte e sobrevive apenas quem tem os dentes mais afiados e menos piedade pelos opositores e pelas vítimas. Seja como for, elas são também muito úteis no ambiente profissional e nos negócios. O empresário consciente e bem intencionado diz sempre muito obrigado a todos os seus clientes, fornecedores,
empregados e parceiros de negócio, porque sabe que sem eles não seria o que é, nem chegaria onde chegou. Por seu turno, os empregados inteligentes também dizem muito obrigado ao seu patrão por investir na empresa e gerir os
negócios de forma sustentável e rentável, remunerando-os com justiça e a tempo e horas. Se todos dissermos muito obrigado, estamos todos de parabéns e no final merecemos também o mais sincero muito obrigado!
Nova marca de óleo ENEOS Civiparts criou Call Center nacional O No sentido de disponibilizar um melhor serviço aos seus clientes, a Civiparts criou um Call Center nacional, a operar desde abril, com postos de atendimento distribuídos pela rede de lojas. Este Call Center disponibiliza um serviço de identificação de peças, orçamentos e encomendas. As equipas de atendimento são compostas por técnicos especializados, formados para prestar um atendimento de excelência colmatando as necessidades atuais do mercado.
Já presente em países como os Estados Unidos, a marca japonesa de lubrificantes Eneos dá agora os seus primeiros passos na Europa, estando disponível em Portugal com os seus óleos lubrificantes, fluidos de transmissão e travões. Muitos destes são especificamente recomendados pelas marcas e elaborados para ir ao encontro das mais rigorosas exigências dos modernos motores e transmissões. A gama de sintéticos Sustina, por exemplo, elaborada a partir da tecnologia “W BASE” exclusiva à Eneos, foi comprovada em testes comparativos como oferecendo um incremento de rendimento, já que ao utilizar menores graus de viscosidade, liberta potência do motor, mas mantém ao mesmo tempo proteção excepcional, aumentando
ainda a economia de combustível em cerca de 2%. A tecnologia ZP dos seus aditivos especiais, livres de enxofres, também minimiza a formação de ácido sulfúrico no motor, contribuindo para detergência ideal, mantendo, por exemplo, a coroa dos êmbolos mais limpa. A gama, que inclui as graduações mais populares nos automóveis modernos como 5W30 e 10W40, é constituída na sua maioria por sintéticos, oferecendo mesmo um avançado 0W15, além de lubrificantes próprios para pesados e transmissões. Em termos de preços, os produtos Eneos são muito competitivos, constituindo uma opção premium económica para quem exige o melhor em termos de lubrificantes.
TIPS 4Y lança website A empresa TIPS 4Y anunciou o lançamento do seu website www. tips4y.pt, que para além da importante vertente corporativa, se destaca pelo carácter inovador e dinâmico da sua plataforma de comércio online. Como agentes em Portugal das marcas que comercializam, nomeadamente TecDoc e Vivid/HaynesPro, disponibilizam agora online toda a informação correspondente: características, detalhes técnicos, principais vantagens, folhetos comerciais e vídeos tutoriais. Para além do portfolio geral de produtos, organizado por marca, o utilizador pode também pesquisar quais as soluções disponíveis para a sua área de negócio, ou ainda por categoria de produto. Por exemplo, se é reparador, quais as soluções que o podem ajudar. Os clientes do catálogo TecDoc online podem também efetuar agora o seu login na homepage da TIPS 4Y www.tips4y.pt, aproveitando para verificar novidades e promoções.
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Alves Bandeira presente no Quénia
Atwoo lança Airco Refresher O A ATWOO aposta num
produto inovador e com uma aplicação extremamente funcional, o Airco Refresher. Trata-se de um spray de alta qualidade para limpar e refrescar o ar condicionado e o sistema de circulação de ar nos veículos. De aplicação rápida e fácil, está disponível com várias fragrâncias: Limão, Lavanda e Laranja.
Spies Hecker lança aditivos de cor A evolução dos sistemas de cor dos últimos modelos das marcas de automóveis mais populares do mercado permite efeitos verdadeiramente espantosos. De facto, muitos desses modelos apresentam cores vistosas e originais, porque se baseiam em efeitos especiais gerados por verniz colorido. Não sendo sistemas tricapa, o seu efeito é muito semelhante à vista, mesmo sendo sistemas bicapa. Os problemas surgem na hora da reparação das carroçarias, porque recuperar a cor original pode ser um verdadeiro quebra-cabeças. Consciente dessa dificuldade, a marca de produtos de repintura Spies Hecker lançou uma gama de Aditivos de Cor para Verniz Permasolid, os quais, devidamente selecionados e misturados ao verniz do acabamento, permitem recuperar o aspecto original das pinturas mais difíceis.
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A Alves Bandeira International FZE, empresa do Grupo Alves Bandeira com sede nos Emirados Árabes Unidos, continua a dar seguimento à sua estratégia de apresentação dos seus produtos e serviços, nos mais diversos países e continentes, alargando assim a sua posição apostando em novos mercados. Neste sentido, bem recen-
temente, a empresa esteve presente numa Feira de componentes para Automóvel, Petróleo e Gás, que se realizou no Quénia, - país Africano onde a marca AB se quer instalar, através da distribuição de pneus, das mais diversas maraas que representa, bem como, na comercialização dos lubrificantes da marca Alves Bandeira.
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Metelli relança bomba de água Entre as grandes empresas do pós-venda, a Metelli continua a fortalecer a sua posição no mercado com uma nova estratégia de negócios, uma vasta gama atualizada e um poster técnico para ajudar os mecânicos durante a montagem do seu produto principal, a bomba de água, que representa um ponto de referência no mercado de pós-venda através das três marcas: Metelli, Graf e KWP. A qualidade e fiabilidade das bombas de água da Metelli são o resultado do considerável know-how da empresa baseado na capacidade de projetar e produzir a quase totalidade dos componentes. A utilização de componentes de alta qualidade,
a seleção de materiais de alto nível (rolamentos e empanques mecânicos) e os processos de produção tecnologicamente inovativos são os aspetos nos quais a Metelli investe todos os anos de forma a obter os melhores resultados para uma posição de liderança no mercado automóvel.
TRW promove campanha “Corner Module” A TRW está a levar a sua mensagem sobre a segurança dos componentes dos veículos a um público global, com a campanha publicitária sobre o “Corner Module”. Introduzido em 2011, este conceito descreve a forma como as competências da TRW nas peças de travagem, direção e suspensão para o equipamento original (EO), estão aplicadas em cada “canto” do veículo. Vocacionada para os sistemas de direção e de suspensão, esta campanha apresentará imagens de veículos a circular por vários de locais do mundo, bem conhecidos. Simultaneamente, a TRW está a realizar uma promoção de componentes de direção e suspensão com o
TRW Diamonds, o programa de fidelização para oficinas. A mensagem central da campanha é que compensa, a todos os níveis, utilizar peças de substituição da mais elevada qualidade. Em conjugação com o investimento na produção em massa de componentes mais seguros, leves e duradouros, a TRW trabalha para a melhoria da segurança rodoviária, juntamente com outras empresas líderes do sector e entidades reguladoras. Um exemplo disto é o trabalho desenvolvido pela TRW para chamar a atenção da importância do bom estado dos amortecedores para a segurança rodoviária.
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Novidades CaarQ A estratégia de negócio da CaarQ é ter uma oferta tão completa quanto possível de produtos para oficinas de carroçaria e repintura, entre outros negócios. Com mais de 3.500 de referências em stock e 12 famílias de produto, não deve estar muito longe de atingir o seu objectivo. Quanto a novidades exclusivas, a CaarQ lançou o seu sistema de recuperação de faróis, que permite devolver às ópticas a sua transparência original. Nos equipamentos, a CaarQ apostou nas soluções para promover a produtividade nas oficinas, como é o caso da sua gama de cinco secadores de infravermelhos de onda curta, tecnologia que permite secagem mais rápida. Nas máquinas de soldar, CaarQ apresentou os aparelhos da marca GYS, que representa em exclusivo para a Península Ibérica. Uma das propostas é o versátil equipamento de soldar T3GYS, com tecnologia MIG/MAG, que cobre praticamente todas as necessidades de soldadura de carroçarias atuais.
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Equip Auto 2013 renovada O Salão Internacional Equip Auto 2013 colocou a sua 21ª edição sob o signo da renovação. Com uma oferta enriquecida e uma nova implantação sectorial, o Salão Equip Auto 2013, que se realiza entre os dias 16 e 20 de Outubro de 2013, pretende otimizar a visibilidade dos expositores que contam este ano com um espaço mais alargado, que se estenderá por 4 halls e de uma implantação sectorial mais nítida. Vão ser criados dois novos sectores: O sector “Trade & Sourcing” e o sector “Réseaux”, situado no centro do salão.
NGK lança catálogo de motos A NGK reformulou e atualizou o seu catálogo de motos, o qual inclui informações sobre todos os produtos NGK disponíveis para motos, scooters, quadriciclos e motos de neve. Este novo catálogo inclui velas de ignição para praticamente todos os modelos de duas rodas à venda no mercado. Além disso, para muitos modelos, uma coluna adicional mostra as
referências equivalentes da gama Iridium IX, como uma alternativa para as velas de ignição convencionais. Estas velas têm liga de irídio na ponta do elétrodo central, que é soldada através de um procedimento especial usando um laser. Este material pode duplicar o tempo de vida útil das velas de ignição convencionais.
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Renault aprova Texa Konfort 760R A Renault aprovou o uso da máquina de ar condicionado Texa Konfort 760R para todos os veículos, tanto para o gás R134a tradicional, como para o mais recente R1234yf. Trata-se de um prestigioso prémio para as estações de manutenção e carga de ar condicionado Texa. A Konfort 760R pode ser adquirida preparada para trabalhar com o gás R134a ou com o R1234yf e, eventualmente. Para obter a aprovação da prestigiada marca francesa, a Texa teve de apresentar altos padrões de produção, de capacidade de distribuição e de serviço de assistência pós-venda, para além das características técnicas e de construção das suas estações de carregamento.
Nova rede de oficinas Center’s Auto A Tiresur, distribuidor da marca GT Radial, realizou no passado dia 3 de maio a I Convenção Center’s Auto em Portugal, uma nova rede de oficinas com forte imagem corporativa. A rede de oficinas Center’s Auto é uma iniciativa da GT Radial e do grupo Tiresur. A GT Radial é um dos maiores fabricantes de pneus mundial, com capacidade de produção de 143.000 unidades / dia e cerca de 19.000 empregados, enquanto a Tiresur é uma empresa com 80 anos de his-
tória, que se tornou uma referência empresarial no mercado espanhol e internacional no sector da distribuição de pneus. Criada em 2010, a rede de oficinas Center’s Auto conta atualmente com mais de 106 oficinas associadas em Espanha, cujo sucesso pode ser comprovado pela boa aceitação e contínuo crescimento que a rede tem registado no país vizinho. Motivados pelo sucesso obtido, os responsáveis da Tiresur não hesitaram em trazer este conceito para Portugal.
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ONEDRIVE reforça gama Carroçaria e Kit’s O A ONEDRIVE reforçou a sua
gama de Carroçaria, alargando o nº de referências em Chapa e Plásticos, em marcas como a Phira, Oran e Isam. O reforço de gama tem em perspectiva o aumento de competitividade da empresa e consequentemente o aumento de penetração no mercado. A oferta destes produtos aumentou em cerca de 800 referências que abrangem diversas aplicações do parque automóvel de ligeiros. No que diz respeito aos Kit’s de Corrente, a ONEDRIVE reforça o número de referências de kit’s de distribuição de corrente com a marca SWAG.
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Delphi lança Kit Testes Injetores Eletrónicos
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Delphi Product & Service Solutions lançou o primeiro Kit de Testes para Injetores Eletrónicos do seu género e o Limpador de Solventes para Injetores com o objetivo de que as reparações dos sistemas common rail sejam mais rápidas e simples. Trata-se de uma solução de diagnóstico e limpeza dos componentes internos do injetor (válvula) para os injetores common rail com válvula solenoide de todas as marcas sem necessidade de desmontá-los do veículo. Este produto, combinado com o Limpador de Solventes para Injetores - que limpa os componentes internos da válvula sem necessidade de demonstrar o injetor – permite oferecer uma solução de diagnóstico rápida e resolver um problema específico das primeiras fases da formação de lacas.
Fuchs XTL para motores de veículos pesados
Formação Corteco Bragalis O No passado dia 2 de Maio, rea-
lizou-se nas instalações da Bragalis uma sessão de formação Corteco. Cerca de trinta colaboradores da Bragalis seguiram com muito interesse a Apresentação feita pelo Sr. Raul Pacho – Director de Vendas da Corteco para Espanha e Portugal. A Corteco é a marca utilizada no mercado independente para a venda de peças do grupo Freudenberg que comercializa, no Aftermarket, todas as peças que este grupo fabrica para o primeiro equipamento. A Corteco está presente no Tec Doc e é representada em Portugal por: José G. Neto, Lda.
Após o bem-sucedido lançamento para automóveis de passageiros, a FUCHS apresenta agora os novos óleos de tecnologia XTL para motores de veículos pesados. Economia de combustível, menor consumo de óleo, melhor desempenho de arranque a frio e menos depósitos no turbocompressor são as vantagens imediatas de que os veículos pesados podem agora beneficiar com a mais recente tecnologia XTL de óleo de motor FUCHS. XTL (Xtreme Temperature Lubrication) é uma tecnologia exclusiva da FUCHS que permite obter um óleo de motor com um índice de viscosidade muito elevado. Isto significa que a viscosidade é menos dependente da temperatura e apresenta uma excelente estabilidade ao envelhecimento e um potencial desempenho em todas as condições de funcionamento.
Suspensão Bilstein para o Audi A6 Melhorar o que é excelente é difícil, mas quando alguém consegue essa proeza, então é porque estamos perante uma obra de arte. Neste caso, o artista é a marca especializada em suspensões desportivas Bilstein e a obra de arte é a sua nova suspensão B16 PSS10, com dez op-
ções diferentes de afinação do amortecimento. O que já é excelente, ninguém duvida, é a última edição do Audi A6, tanto na versão automóvel, como na superlativa Station Avant, pois estamos perante o familiar do segmento médio/alto com um temperamento marcadamente
desportivo, mas também muito sofisticado no plano da segurança e do conforto. A suspensão Bilstein rebaixada, cujo kit já está disponível no mercado de pós-venda, dá ao novo Audi um aspecto irresistível de dinamismo, agilidade, conforto e inexcedível classe.
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Acordo Grupo MCoutinho / CETRA Foi assinado no dia 17 de Abril um acordo entre o Grupo Caixa Seguros e o Grupo MCoutinho estabelecendo um Contrato de parceria entre ambas as instituições para a gestão operacional daquele Centro de reparação chapa e pintura por parte da Unidade de negócio MCoutinho Colisão do durante os próximos anos. Esta parceria além de permitir reforçar a pre-
sença do Grupo MCoutinho em Lisboa, complementando a operação da Unidade de negócio Peças, permitirá melhorias significativas na operação do atual Centro de Colisão com ganhos significativos na qualidade do serviço e celeridade das reparações, bem como o crescimento sustentado do negócio Colisão para o Grupo MCoutinho.
RINO com Formação em Lubrificantes BP A Rino, em parceria com a marca de Lubrificantes BP, proporcionou duas ações de formação (Lisboa e Porto) destinada aos Responsáveis e Mecânicos das suas oficinas. O Plano de Formação é uma aposta forte na Rede Rino. A comprovar isso mesmo, realizaram-se duas novas ações de formação sobre Lubrificantes BP, no passado dia 20 de Março em Lisboa, e a 4 de Abril no PUB
Porto. Com uma grande adesão entre os Responsáveis e os Mecânicos da rede, a formação serviu para aprofundar conhecimentos sobre as diversas gamas de lubrificantes. Os tipos de óleo base, as vantagens das bases sintéticas, a viscosidade, bem como, as especificações dos Fabricantes automóveis e Normas ambientais, foram outros dos temas abordados.
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Brembo eleita “Best Brand 2013”
TOPCAR lança Passatempo Revisão Oficial O Este passatempo consiste na realização de um sorteio mensal, em que o vencedor receberá como oferta, uma revisão oficial ao seu veículo (inclui mudança de óleo, filtro de óleo e ar e mão-de-obra). Para participar, todos os interessados deverão aceder à página oficial da TOPCAR, no Facebook, efetuar um “Like” (Gosto) e registar-se, através do formulário criado para o efeito. Todos os meses, os participantes registados serão inseridos numa tômbola digital, que sorteará apenas um vencedor.
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Catálogo de aplicação Gates 2013 A Gates iniciou o ano com a publicação do seu Catálogo de aplicação de sistemas de transmissão.. O Catálogo de sistemas de transmissão impresso é dividido em dois volumes devido ao acrescento maciço de novos produtos e aplicações. Trata-se de um catálogo onde os mecânicos e distribuidores de automóveis podem encontrar facilmente o produto de substituição adequado para o sistema de transmissão. Com uma extensão de 245 componentes DriveAlign, incluindo tensores, polias, amortecedores de vibração de torção e polias livres do alternador, bem como 1689 kits Micro-V, a Gates designa-se ela própria como o fornecedor de sistemas completos de componentes de transmissão por correia de qualidade OE. Além disso, a Gates adicionou 27 referências novas de correias (PowerGrip® e Micro-V® Horizon™), 13 kits PowerGrip®, 46 kits de bombas de água PowerGrip®, 9 kits de ferramentas de regulação.
Receber prémios e distinções já se tornou uma rotina para a marca italiana de travões Brembo, mas este prémio é especialmente saboroso, porque foi concedido pelos utilizadores finais que são leitores das revistas alemãs da especialidade Motorrad, Auto Motor und Sport e
Auto Bild. Outro motivo de orgulho é ser eleita a melhor marca de travões do ano num mercado extremamente competitivo como o alemão e onde existem fabricantes locais de grande prestígio no sector, como a ATE, Bosch ou TRW, só para citar as marcas mais conhecidas.
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Nível de volante Haweka
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o longo dos últimos anos, a Blue Print tem tomado as medidas necessárias para adequar a sua pesquisa e o seu catálogo às necessidades dos seus clientes e parque automóvel circulante nos países onde está representada. Assim, e dando continuidade ao compromisso de aumentar a sua gama de peças e soluções para veículos comerciais, a Blue Print lançou recentemente um catálogo digital, onde estão compilados todos os veículos comerciais ligeiros e pesados, de origem asiática e plataformas partilhadas. Este catálogo, em formato pdf, conta com 150 páginas e contém toda a informação sobre os veículos comerciais que constam da gama Blue Print, que conta já com uma gama bastante alargada de peças disponíveis para este segmento.
Japopeças galardoada em Nice Pelo quinto ano consecutivo, a Japopeças foi convidada pela Aisin Europe para participar na entrega do prémio de melhor “Distribuidor Aisin em Portugal” referente ao ano 2012, em reconhecimento do excelente desempenho e pelos objetivos alcançados na distribuição e representação da marca Aisin em Portugal. O evento denominado “Aisin Family Association 2013” ocorreu de 6 a 8 de Maio em Nice no Sul de França, onde visitaram as instalações da
marca Nipónica no IMRA Europe, líder mundial em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para a indústria automóvel. Na companhia de quase uma dezena de outros distribuidores Europeus, o Sr. Luis Costa gerente da Japopeças, destacou que “apesar da difícil conjuntura que o nosso país atravessa, a preferência dos nossos clientes demonstra o reconhecimento do nosso esforço num mercado global cada vez mais exigente e competitivo”.
Dicas TECDOC do mês Uma parceria exclusiva com a TIPS 4Y, Lda TECDOC WEB CATALOG Update versão 2.15
Nova versão online desde 26 de Abril. Novidades MENU “Informações sobre a reparação” JÁ DISPONÍVEIS NO WEB CATALOG 2.0 O
No separador “Valores de Ajuste” pode consultar:
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Carburantes, dados sobre as especificações e capacidades de enchimento dos lubrificantes O Dados do Chassis, medidas e valores O Dados Gerais, valores básicos gerais do motor e sistema de refrigeração O Intervalo de mudança, para os principais componentes O Iluminação, designações tipo lâmpada O Força de aperto, motor, chassis, travões, transmissão O Sistema combustível O Sistema de travagem O Valores medição gases de escape
Quando devo mudar a correia de distribuição? Quantos litros de óleo devo facturar ao cliente? O Qual é o diâmetro do disco de travão? O Quanto devo orçamentar para fazer a manutenção dos 90.000km? O Catálogo de Identificação de Peças TecDoc online – WEB CATALOG – disponibiliza agora exatamente a mesma informação sobre reparação e valores de ajuste que constava no DVD, nomeadamente: PLANOS DE MANUTENÇÃO e DADOS DE AJUSTE, no separador “Informações sobre a reparação” No separador “Manutenção” pode consultar: Informações do fabricante, informações específicas da marca sobre a manutenção da viatura selecionada; O Plano de manutenção recomendado por tempo ou distância percorrida Possibilidade de adicionar tarefas de manutenção para o cesto de compras e ainda as peças necessárias à manutenção. Quando visualizar o cesto de compras clique em “Proposta” e crie uma oferta (orçamento) para o seu cliente. O
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SKF lança nova página WEB
Borg & Beck reforça oferta O Esta marca, com uma imagem bas-
tante sólida no segmento das embraiagens, acaba de reforçar a sua oferta de sistemas de travagem com um programa completo de componentes hidráulicos, que inclui104 bombas de travão, 380 bombitos de roda e 1.224 tubos flexíveis de pinças e tambores. A linha de materiais de fricção inclui já neste momento discos de travão, pastilhas, tambores e respectivos calços, o que torna a oferta da marca em peças para travões praticamente completa. A First Line, empresa proprietária da marca Borg & Beck está agora a reunir todas as referências da oferta em novos catálogos digitais e impressos, que estarão brevemente disponíveis no mercado, inclusive na versão online.
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Novo mega macs 42 SE da Hella Gutmann Este novo aparelho de diagnóstico multimarca da Hella Gutmann Solutions é compatível com mais de 35.000 modelos diferentes de veículos de mais de 40 marcas. Além do software extremamente potente, o novo mega macs 42 SE pesa apenas meio quilo é muito fácil de utilizar e versátil, efetuando o teste a todas as unidades de controlo rapidamente e em sequência lógica. É também compatível com a tecnologia PassThru, com a qual se podem descarregar dados e informações dos construtores de veículos, indispensáveis para reprogramar as ECUs e para efetuar a codificação de chaves. O novo aparelho da Hella Gutmann Solutions pode trabalhar sem interrupções, bastando trocar a pilha recarregável que fornece energia, Outra vantagem desta ferramenta é o facto de se ligar aos sistemas electrónicos do veículo sem fios, tornando o diagnóstico mais rápido.
Atenta aos comentários e feedback recebidos, dos seus clientes ao longo dos últimos anos, a SKF lançou uma nova página web em www.skf.pt que, mantendo todo o conteúdo e valores que fizeram da skf.com um sucesso ao longo dos últimos anos, apresenta um novo layout e mais funcionalidades, tais como: Um
novo e poderoso motor de busca para resultados mais rápidos e precisos; Melhor pesquisa de produtos e serviços. Toda a gama de catálogos de produtos da SKF disponível na biblioteca online; Melhor acesso às ferramentas online de seleção e cálculo; e Acesso imediato aos contactos e distribuidores da SKF
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TRICOFlex disponível na Sonicel
C Osram oferece variante LED da Onyx Copilot A Osram está a oferecer a luz de leitura Onyx Copilot de longa duração com tecnologia de díodo emissor de luz. Pelo seu design elegante e altamente flexível o acessório LED para interiores de veículos recebeu o prémio red dot deste ano, um dos prémios mundiais de design mais importantes. A Onyx Copilot é também o prelúdio para o lançamento em 2013 de mais produtos melhorados do líder de mercado em aplicações de iluminação automóvel. Disponível até agora com uma lâmpada de halogéneo, a OSRAM equipa agora a luz de leitura para interiores de veículos com LEDs. PUB
om somente 10 referências, a Trico consegue assegurar uma cobertura de 90% do parque automóvel europeu com a nova gama de escovas limpa pára-brisas TRICOFlex. A marca norte americana Trico pertence à Trico Products. A Trico Products é um dos fabricantes líderes mundiais de escovas limpa pára-brisas, com 75 por cento ou mais de produtos Trico usados em primeiro equipamento nos veículos montados na América do Norte.
Sika Portugal tem novo Diretor Após 10 anos sob a direção de José Soares, a Sika Portugal tem um novo diretor geral, o canadiano Richard Aubertin, que entrou em funções na filial suíça nacional no passado dia 1 de abril. Estas mudanças surgem como resultado da implementação de uma política de mobilidade e desenvolvimento de carreiras internacionais dentro do grupo, que já havia feito com que José Soares abraçasse um novo projecto com a direção geral da Sika Brasil. Os objetivos do novo responsável da Sika Portugal já estão traçados e passam por continuar a crescer no mercado interno.
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Reparação Express DuPont Refinish O A Reparação Express é uma
solução eficiente e produtiva para as oficinas quando se trata de pequenas reparações, tais como pequenas mossas e riscos que não precisam de uma repintura de painel. É um serviço de valor acrescentado que permite às oficinas e aos postos de reparação móveis atrair clientes, proporcionando pequenas reparações a preços muito competitivos. João Calha, responsável pelo DRTC – Impoeste S.A., Portugal, diz, “mais da metade dos trabalhos de repintura envolvem unicamente pequenos danos que podem ser tratados de forma relativamente rápida e económica. E com o devido elevado grau de aptidão, necessário para desenvolver os trabalhos de repintura abrangidos pelo serviço Reparação Express, há uma menor hipótese de concorrência local nesta área lucrativa.”
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Equipa portuguesa Blue Print na Automec
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maior certame do sector do Pós-Venda na América Latina, a Automec, teve lugar de 16 a 20 de abril de 2013 no Salão de Feiras Anhembi, em São Paulo. Mais de 1.200 expositores assim como 70.000 visitantes de mais de 70 países encontraram-se na metrópole brasileira para debater e apresentar novos produtos, inovações e tendências do Aftermarket. A unidade do bilstein group no Brasil, a FebiAutoLinea, uma joint venture com o Hubner Group sedeada em Curitiba, teve presença na feira com um stand de 100 m2, onde apresentaram as ofertas completas de produtos e serviços de duas das marcas do grupo, a febi e a Blue Print, e assim iniciar novos contactos comerciais e ainda reforçar parcerias existentes. O stand contou com a presença de mais de 2.200 visitantes de 24 diferentes países. Joaquim Candeias e João Ramos,
ContiTech PIC disponível em versão móvel O Centro de Informações sobre o Produto – PIC é uma ferramenta bastante útil que a ContiTech coloca à disposição das oficinas agora numa versão móvel. A empresa está a desenvolver continuamente o serviço online: agora existe em nove idiomas e também está disponível numa versão móvel. O Centro de Informações sobre o Produto – PIC tem uma média de 150 mil acessos por mês a partir de visitantes que procuram informações sobre correias e kits de transmissão. O PIC oferece aos utilizadores todas as informações disponíveis de produto ContiTech, simplesmente através do nome do item. Os utilizadores podem visitar a página na internet em www.contitech.de/pic
Denso lança nova estação de A/C Kristal A Denso apresentou a sua nova estação de serviço para sistemas de ar condicionado Kristal, adaptada para o novo fluido de carga 1234. Uma das novidades deste equipamento, que é fabricado e assistido pela marca CTR, é o seu avançado sistema de assistência remota online, que torna a resolução de problemas de manutenção mais rápida e mais efetiva. A própria máquina tem um cartão electrónico SD, que traz toda a informação necessária sobre o parque circulante de veículos e regista todas as operações realizadas pela estação ao longo do tempo. Todas as operações da nova estação de A/C Kristal são realizadas automaticamente por um processador, obedecendo a um ciclo lógico, que é controlado por intermédio de sensores de pressão e temperatura, bem como uma balança electrónica de precisão. O ciclo começa com o diagnóstico ou análise do gás usado, recuperação desse gás, decantação do óleo usado, teste de vácuo e limpeza, verificação de fugas no circuito e recarga com gás novo.
respetivamente Managing Director e Brand Development Manager da unidade em Curitiba e agora responsáveis pelo mercado brasileiro, apresentaram a marca Blue Print na feira em S. Paulo pela primeira vez. O saldo da feira foi extremamente positivo, tendo existido um altíssimo interesse pelo conceito da Blue Print e a sua oferta de gamas,
tendo deixado os responsáveis muito confiantes e com excelentes perspetivas de negócios no futuro. Esta é a estratégia do bilstein group que quer ter cada vez mais ter uma presença internacional com todas as suas 3 marcas, desenvolvendo devidamente mercados como o brasileiro e a América Latina.
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BPN comercializa QSPRO O Com o objetivo de ir ao encon-
tro das necessidades do mercado, a BPN - Comércio de Peças de Camiões, Lda., iniciou no mês de maio a comercialização de produtos da QSPRO, marca que abrange um ampla gama de produtos. Esta marca destaca-se em particular pelos seguintes fatores: Serviço Amplo e Gama alargada de Produtos; Diversidade e abrangência de produtos para as principais viaturas. A gama de produtos é bastante diversificada, dado que é uma marca multiproduto (válvulas altas e baixas, punhos de alavancas, tampões radiador, sensores, tensores, tubos, jogos de reparação, borrachas, manetes, espelhos etc.)
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RM reforça presença na web
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s novas tecnologias disponíveis através dos novos média – web, aplicações móveis, redes sociais e YouTube – oferecem grandes perspectivas para enriquecer a informação e os serviços, bem como para comunicar de uma maneira mais moderna e convivial. Como marca de excelência, a R-M continua a inovar para desenvolver s sua presença em todos estes sectores e reforçar assim a sua relação com os clientes. Neste sentido a marca criou uma nova funcionalidade “biblioteca” e um novo site na web, com três novos sites de “Países”; uma aplicação Color Explorer Online para smartphones e tablets, bem como um novo site móvel.
Sonicel lança promoção Chicago Pneumatic A Sonicel lançou uma promoção de material da marca Chicago Pneumatic que se vai manter em vigor até final do ano, salvo ruptura do stock. Assim, as oficinas podem adquiri um macaco de rodas de baixo perfil com capacidade de 2.000 Kg pelo preço de 275 Euros + IVA; um macaco hidráulico de fossa com capacidade de 500 Kg por 290 Euros + Iva ou um estrado por 90 Euros + IVA. A Chicago Pneumatic é uma marca global, que oferece uma vasta gama de ferramentas pneumáticas de qualidade, desenvolvidas para cada necessidade específica do sector automóvel.
Novo Catálogo SKF Kit de Roda 2013 Já está disponível o novo catálogo de kits de roda SKF, edição de 2013, que cobre 97% do parque automóvel europeu. Este novo catálogo inclui as dimensões dos rolamentos e discos de travão, que são os mesmos fornecidos pelo TecDoc. Esta informação adicional permite que os técnicos identifiquem os componentes corretos para realizar uma reparação rápida, sem problemas. A gama atual de kits de roda SKF, que está em contínua expansão, inclui 1.048 kits abrangendo duas linhas de produtos, conjuntos de rodas (VKBA) e conjuntos de rodas disco / travão de tambor (VKBD).
X Convenção ExpressGlass No passado dia 20 de Abril, a ExpressGlass reuniu pela primeira vez todos os colaboradores da rede ExpressGlass na sua décima convenção para um dia de convívio que teve como principal objetivo reforçar e consolidar o espírito de equipa da marca. “Eu sou. Tu és? Somos Todos ExpressGlass!”, foi o tema da X Convenção ExpressGlass, que se realizou no Estádio do Restelo, em Belém, e que contou com a
presença de cerca de 250 colaboradores. A principal mensagem desta convenção foi a união e a importância do trabalho de grupo, para a marca ExpressGlass, como um fator crítico de sucesso para alcançar resultados de excelência. Esta convenção ficou marcada não só pela presença de todos os colaboradores da rede de lojas mas também pela comemoração do 10º Aniversário da marca ExpressGlass.
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Novas tecnologias
Comércio electrónico é o futuro i A tendência para o uso de novas tecnologias é irreversível, porque essas tecnologias estão cada vez mais perfeitas e mais acessíveis, apoiando a gestão das empresas e dos negócios em vários níveis
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evolução das novas tecnologias deu origem a um novo conceito, e-Business, que assenta no uso de várias ferramentas electrónicas e informáticas e na própria Internet. Essa nova forma de estar no mercado serve para resolver as questões da gestão interna da empresa e para manter o contacto com fornecedores, clientes e parceiros de negócio, bem como entidades ligadas à administração pública, como a Autoridade Tributária, IMT, APA, etc. As ferramentas electrónicas existentes e o ecossistema virtual envolvente oferecem soluções transversais a todos os sectores de negócio, podendo atender igualmente
certas necessidades específicas de cada utilizador. A vantagem destes sistemas é oferecerem uma informação completa e atualizada a todos os colaboradores de uma organização, apoiando a tomada de decisões nos diferentes níveis. O comércio electrónico (e-Commerce) surge como um novo canal de negócios, que possibilita transações de compra e venda de produtos/serviços estabelecidas através de meios electrónicos, normalmente a Internet (online). Dependendo os intervenientes nessas transações, temos três categorias principais de comércio electrónico:
Business to Consumer (B2C), onde uma organização vende produtos a retalho e serviços a consumidores individuais (Ex: Amazon, Fnac, Credima/Discount, etc.). Business to Business (B2B), quando há vendas de bens e serviços entre empresas. Consumer to Consumer (C2C), nos casos em que a venda de bens e serviços se processa entre consumidores (Ex: Ebay, OLX, etc.). O comércio electrónico é geralmente utilizado como um meio complementar do comércio tradicional e não como um substituto, mas existem algumas contradições nessa opção. Efetivamente, um dos problemas do comércio tradicional é a necessidade de stock de mercadorias para vender. A falta de espaço físico muitas vezes condiciona a venda, porque não é possível ter tudo em stock. De qualquer modo, a gestão de stocks neste modelo de negócio acaba por implicar elevados custos. No comércio electrónico, pelo contrário, não é necessário espaço físico, nem encargos elevados com stocks, porque a mercadoria é virtual, sendo constituída geralmente por imagens e descrições do produto que se pretende vender. A quantidade de artigos a transacionar é praticamente infinita, cabendo a entrega da mesma através da cadeia logística, que dispõe de um terminal de encomen-
das e de faturação. O cliente de uma loja virtual de peças automóvel, por exemplo, introduz os parâmetros do produto que pretende no site da empresa vendedora, sendo apresentadas as opções através de um programa de busca específico (ERP), incluindo características, preços, existências, etc. Uma vez escolhido o produto, o cliente introduz os seus dados pessoais pertinentes (local e data de entrega, dados de pagamento, etc.), sendo a entrega efectuada posteriormente pela cadeia logística associada ao negócio. Este conceito de comércio electrónico tem oportunidades e vantagens, mas também possui alguns riscos que temos a considerar. Dentre as vantagens, a loja online possui uma disponibilidade total, que chega às 24 horas por dia e 365 dias por ano. Para o comprador, isto é excelente, porque pode efetuar a sua encomenda a qualquer momento, sem constrangimento de horários, deslocações e outros inconvenientes. Além do acesso imediato, o comprador tem também toda a informação útil sobre o produto, incluindo em formato multimédia, que permite “ver“ o produto e ter a noção exata do que é. Por outro lado a abrangência de produto é global, porque o vendedor pode estar ligado a vários fabricantes e a vários distribuidores do mercado,
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complementando a sua oferta praticamente sem limites. Outra grande vantagem da loja online é a possibilidade do comprador partilhar a sua experiência do produto com o vendedor e outros possíveis compradores, alargando a informação disponível sobre o produto e fornecendo feedback ao vendedor. Este passa a dispor de muito mais informação sobre o cliente (necessidades, grau de satisfação, expectativas, etc.) e pode lançar campanhas e iniciativas de marketing a qualquer momento, com muito maior rapidez e maior grau de sucesso. Q RISCOS, FERRAMENTAS E ESTRATÉGIAS Um dos riscos mais evidentes do comércio electrónico é a e-Exclusão, isto é, o facto de não chegar a grupos sociais e faixas etárias que não usam plenamente as novas tecnologias. Daí que seja prudente qualquer negócio dispor do canal de venda tradicional, que permite chegar a outro tipo de consumidores mais tradicionais. Outro risco do comércio electrónico pode resultar das próprias falhas da tecnologia, que podem “fechar“ a loja online por avaria ou por dificuldades de acesso electrónico. Outro inconveniente pode ser a introdução de erros no sistema informático, que passam a figurar em toda a cadeia de utilizadores em rede, até à sua posterior correção. Além destes riscos, a loja online ou plataforma de comércio electrónico tem que ser devidamente integrada em sistemas existentes, de forma a que o grau de satisfação do cliente seja elevado, após todo o processo de escolha, encomenda e recepção do produto. Se a arquitetura informática e electrónica do projeto não for perfeita, o cliente pode enfrentar algumas dificuldades, demoras, atrasos, etc., o que obviamente irá prejudicar a sua experiência global como cliente. Alguns dos principais sistemas que entram no apoio ao comércio electrónico atualmente merecem destaque. O software de gestão ERP, por exemplo, é um sistema que permite agregar e centralizar dados provenientes de processos de negócio chave de uma empresa. Os seus módulos mais habituais são a Gestão de Entidades, Compras, Produtos/Stocks, Vendas e Gestão Financeira. Outra opção atualmente incontornável é o sistema CRM, que permite capturar, consolidar, analisar e distribuir informação sobre clientes nos vários pontos de interação da organização. A correta gestão de clientes é fundamental para personalizar a oferta, aumentar o grau de satisfação do cliente, garantir a sua fidelidade e ampliar o potencial de faturação de cada cliente.
Muito úteis são igualmente os Groupware, um conjunto de aplicações informáticas que permitem o trabalho em equipa, possibilitando sistemas de gestão documental, transferência de ficheiros, colaboração online (em tempo real), chats e conferências, Blogs, E-mail e gestores de conteúdos. Para demonstrar que o comércio online é uma realidade, temos a nível europeu mais de 40% da população a fazer compras online, num total de um bilião de compradores em 2012. No caso da Inglaterra, o valor médio anual de compras online de um cidadão inglês é de 2.956 dólares. No caso português, 60% da população tem acesso à Internet e passa uma média de 13,2 horas por semana online. Interessante é facto de entre nós já 78% dos internautas terem efectuado compras online, embora só 11% destes façam todas as suas compras por esse meio. De qualquer modo, o volume de compras online em Portugal alcançou em seis meses (Setembro de 2011 a Fevereiro de 2012) a bonita soma de € 1,6 biliões. O mais vulgar mesmo assim é os portugueses ligarem-se à Internet à procura de informações sobre produtos (97% dos Internautas).
O GRUPOWORK
Rua Abade Correia da Serra, 112 4460-208 Senhora da Hora OPERATIONS MANAGER: Eugénio da Fonseca TELEFONE: 220 023 350 FAX: 220 023 369 EMAIL: eugenio.fonseca@ grupoatwork.com INTERNET: www.grupoatwork.com
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Marketing electrónico O marketing online é outra das grandes apostas das novas tecnologias e da Internet, conjugando aspectos técnicos e criativos, para desenvolver ações de divulgação, publicidade e promoção de vendas. Através da Internet, podemos analisar o mercado e perspectivar estratégias de marketing, obtendo a segmentação de clientes alvo e posicionando a marca face à concorrência. Tudo isto é conseguido através da gestão do nosso site na Web e das páginas virtuais que lá colocamos. Como exemplo, tomamos o caso de um cliente que se dirige a um stand de automóveis, sabendo já de antemão a marca, o modelo e as opções de equipamento que pretende. No fundo, vai apenas confirmar as informações que obteve na loja online da marca e assinar o respectivo contrato de compra. Existem basicamente quatro ferramentas de marketing online, começando pela Web analytics, uma solução informática que permite estudar detalhadamente e melho rar o nosso desempenho na Internet. Com esse estudo, podemos refinar e optimizar o acesso e a navegabilidade do site, assim como os seus conteúdos. Isso é possível graças à recolha de dados sobre número de visitantes, páginas mais visitadas, diferenciação entre visitantes novos e habituais, distribuição geográfica e taxas de conversão (vendas, registos online, descargas de conteúdos, etc.). A Search Engine Optimization é uma solução que visa colocar um nosso site numa posição em que é fácil ser visualizado pelos nossos atuais e potenciais clientes, entre os muitos milhões de websites que existem no ciberespaço. Nem todos conseguem estar nas primeiras páginas dos motores de busca, mas nós podemos melhorar a forma como os motores de busca selecionam o nosso site. Uma das formas de optimizar essa seleção é tipificar claramente o site e os seus motivos de interesse para o utilizador. Um site de “venda de peças auto“ tem mais hipóteses se ser procurado do que outro que, nem o motor de busca, nem o utilizador da Web, conseguem perceber imediatamente o que é. SMO (Social Media Optimization) e Redes Sociais é a forma de tirar partido do facto de 80% dos utilizadores da Internet também terem acesso a essas redes sociais. A apresentação de novos produtos e serviços nas redes sociais permite a uma marca ou empresa perceber a receptividade do mercado e despoletar comentários, que podem ser o ponto de partida para ações de esclarecimento e promoção dos conceitos pretendidos. A mais vulgar das ferramentas online é o E-mail Marketing ou marketing direto, que é o correspondente à tradicional carta ou folheto promocional enviado pelo correio. A vantagem desta solução é a rapidez, menor custo e impacto mediático, permitindo perceber o grau de satisfação dos clientes e a sua fidelidade. PUB
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MERCADO
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Internacionalização
Moçambique - um mercado muito apetecível! i Com a crise instalada e perspectivas de não abrandar nos tempos mais próximos, a solução para muitos empresários é procurarr novos mercados para conseguirem rentabilizar os seus negócios
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oçambique é o mercado alvo mais apetecível neste momento para a internacionalização, porque para além da comunicação ser fácil, devido à partilha da língua portuguesa e os laços culturais fortes, Moçambique apresenta neste momento um dos maiores índices de crescimento do todo o continente africano. É um país cumpridor, portanto onde se pode investir, é encarado como um caso de sucesso, uma democracia multipartidária e tem uma localização estratégica privilegiada como plataforma de entrada na SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), um mercado com 250 milhões de consumidores. Acrescem ainda os factos de coexistirem boas relações institucionais entre os dois países, de haver empresas portuguesas estabelecidas em Moçambique, da qualidade dos produtos e das marcas portuguesas serem muito reconhecidas, num país onde o sector dos transportes, um dos 5 motores da economia, ter registado um crescimento de 15,1% em 2012. Porquê internacionalização? A internacionalização é sempre uma hipótese de crescimento de uma empresa, mas é preciso ter em conta que a concorrência hoje é intensa em todos os mercados, a informação é global, todos têm a mesma base de conhecimento, pelo que a concorrência é também global. Nos países em vias de desenvolvimento, o principal factor de crescimento é a deslocalização de atividades. Em Portugal, o sector da reparação auto-
móvel tem muitos operadores, tanto na distribuição, como no retalho, sendo uma das saídas a criação de associações de empresas, com capacidade económica e sinergias, capazes de concorrerem nos mercados alternativos. Teoricamente, os destinos mais acessíveis são a Espanha e o resto da Europa, o Norte de África e o Brasil, além dos PALOPs, com destaque para Angola e Moçambique. As duas formas de alcançar a internacionalização são a exportação e a deslocalização. No primeiro caso, é necessário criar contactos no país de destino e de preferência dispor de um parceiro de negócios local. A deslocalização implica a criação de um negócio no país de destino, que poderá ser uma filial da empresa nacional ou uma sociedade com operadores locais. Para ter êxito num processo de internacionalização é fundamental ser especialista num sector com forte procura a nível global e possuir uma boa relação preço/qualidade na oferta de produtos e serviços. Principais destinos dos negócios Em relação a Espanha e o resto da Europa não vale a pena perder muito tempo com o tema, porque as economias estão em recessão e as oportunidades de negócio são limitadas, mesmo para as empresas desses países. O Brasil é um mercado de grande potencial e muito interessante, com a mesma língua que nós, mas existe uma grande proteção às empresas brasileiras, o que se traduz
por elevados impostos e muitas burocracias para as empresas que concorrem a partir do exterior. A hipótese mais viável é criar uma empresa própria ou uma sociedade com empresas brasileiras. Em relação às peças automóvel, o mercado brasileiro está maduro, a concorrência é enorme e às vezes a rentabilidade não é tão elevada como deveria ser. Quanto ao Norte de África, o mercado está em expansão, mas a instabilidade política é neste momento muito grande. A única hipótese de êxito é entrar em grandes projetos de empresas multinacionais e conseguir uma participação em grupos económicos locais. Em termos culturais, o avanço dos islâmicos cria obstáculos às culturas e povos ocidentais, entre os quais se encontram os portugueses, o que cria dificuldades adicionais. As maiores oportunidades de negócio para nós são neste momento os países de língua oficial portuguesa (PALOPs), principalmente
Angola e Moçambique, que têm sistemas políticos estáveis e economias prósperas. A Guiné (Bissau) não é neste momento uma boa opção, porque existe ali grande instabilidade política e até social. No caso de Cabo Verde e S. Tomé, são dois arquipélagos com limites geográficos e económicos muito evidentes, vivendo principalmente do turismo. A importância de Angola para nós é muito evidente, constituindo o quarto destino das nossas exportações a nível global e o segundo destino dessas exportações, a seguir à União Europeia. De qualquer modo, o ambiente ali nem sempre é o mais favorável e recomenda-se a qualquer projeto a integração de sócios ou empresas locais. É necessária alguma prudência, porque a ideia de um português ou uma empresa portuguesa chegar a Angola e abrir lá um negócio como se estivesse no Algarve já não funciona. Só
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empresas fortes, com apoio estratégico e com capitais locais podem esperar ter algum futuro em Angola. A realidade da África Austral Moçambique é um caso interessante no contexto africano. Já foi um dos países mais pobres do continente e hoje em dia é dos países da área com a economia mais dinâmica, tendo revelado um crescimento do PIB de 8% ao ano ao longo da última década. O desempenho da economia moçambicana é potenciado pela existência de recursos minerais, designadamente o carvão, o gás natural e os fosfatos, bem como pela proximidade da promissora SADC (Southern African Development Community), que tem mais de 250 milhões de consumidores e abrange todos os países africanos abaixo do eixo Angola - República Democrática do Congo – Moçambique, incluindo estes. A recente realização do Mundial de Futebol na África do Sul é um claro indicador do potencial e das ambições de desenvolvimento da SADC. Moçambique em si é um país com perto de 800 mil km2 de área, 2.500 km de costa e quase 24 milhões de habitantes, tendo infra-estruturas básicas e pelo menos meia dúzia de cidades importantes. Política e socialmente, é um país consolidado, democrático e com instituições estáveis, que oferece excelentes condições para o desenvolvimento de negócios no futuro, sendo apoiado pela comunidade internacional em todos os aspectos. A indústria extractiva prefigura-se como o sector mais importante da economia já nos próximos anos, mas a construção civil está a progredir a bom ritmo, o mesmo sucedendo com o sector dos transportes e comunicações, que cresceu 15,1% em 2011. A Agricultura é o grande desafio do país, tendo crescido 6,8% em 2011, mas o potencial para desenvolver é ainda colossal. Financeiramente, Moçambique tem um défice orçamental de cerca de 50%, tem cumprido os seus compromissos internacionais e possui excelentes possibilidades de financiamento futuro. A Banca é sólida e cobra juros elevados, entre os 18 e os 25%. O facto da língua oficial ser o português é muito favorável para os empresários portugueses, que sempre tiveram bom acolhimento nesta nova nação africana, que teve origem na colonização portuguesa. A qualidade dos produtos e das marcas portuguesas é bem aceite pelo mercado local, do mesmo modo que a mão-de-obra portuguesa é bastante valorizada.
Quanto ao mercado automóvel, só na capital (Maputo) existe perto de meio milhão de automóveis usados, sendo raros os veículo novos, o que apresenta um excelente potencial de venda para o pós-venda. Com mais de um milhão de habitantes, a cidade de Maputo ainda tem uma taxa de motorização relativamente baixa para os padrões europeus, sendo de prever que o parque automóvel local se desenvolva rapidamente. Além dos automóveis, o mercado tratores agrícolas e veículos industriais é potencialmente fabuloso, porque existem projetos em curso e em estudo que irão desenvolver enormemente a agricultura e o mercado da construção civil e das obras públicas. Condições do mercado local Dentre as desvantagens de Moçambique para os empresários portugueses, que são poucas, a principal é o grande distanciamento geográfico, que se traduz por 11 horas de ligação por via aérea. A viagem pode custar entre € 3.000 e € 4.000 e o tempo mínimo para uma viagem de negócios é sempre uma semana completa. Por outro lado, a concorrência é grande, principalmente por parte dos asiáticos, chineses e indianos, entre outros, que têm ligações históricas com o mercado moçambicano. Isso implica que as novas empresas têm que concorrer ao mais elevado nível e ter grande capacidade de investimento. Esta é uma das grandes limitações das empresas portuguesas, que não têm escala para competir na área dos chamados mega projetos. Está neste caso a exploração das reservas de gás natural, das quais só 10% estão a ser exploradas. Para esse negócio e
o da energia que lhe está associado, não há empresas portuguesas com capacidade de investimento suficiente, restando a hipótese de entrarem em consórcios internacionais, caso exista essa oportunidade. Outra das questões a ter em conta é o facto de tudo ser propriedade do Estado em Moçambique. Todos os projetos, seja agricultura, mineração, construção ou outro qualquer, são concedidos por um prazo máximo de 50 anos, findos os quais o espaço utilizado reverte para o Estado moçambicano. Há a hipótese de ceder a concessão até ao limite temporal concedido, mas isso está sujeito a autorização estatal e paga taxas elevadas. Esta circunstância e o facto de haver grande procura de empresas para se instalarem no território, acaba por inflacionar o ambiente de negócios, o que também cria dificuldades para as empresas. O aluguer de instalações anda neste momento pelos 25 dólares/m2, o que dá 2.500 dólares para uma área de 100 m2. Por outro lado, o processo de instalação de uma empresa em território moçambicano nunca dura menos de oito meses, o que também implica alguns custos adicionais. As tendências a longo prazo são para a manutenção das atuais condições, porque o desenvolvimento económico da região vai continuar a valorizar as empresas que apostem em Moçambique. Como os países vizinhos necessitam dos portos moçambicanos para efetuarem todas as importações e exportações, isso irá permitir ao país arrecadar importantes receitas no futuro, havendo ainda a juntar a portagens das futuras auto estradas que ligarão a costa moçambicana ao interior do continente africano. Já existe um caminho de ferro a ligar o Malawi
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ao porto de Nacala, que é um dos melhores portos naturais de águas profundas do Mundo, sendo de esperar que o corredor de Nacala, bem como o da Beira, se transformem em dois dos principais eixos de comércio e de circulação de pessoas da região da África Austral. Um processo realista de internacionalização de empresas portuguesas em Moçambique, por exemplo, deve assentar num projeto de dimensão adequada, com sinergias, escala e capacidade de financiamento elevadas. Pequenas e médias empresas não estão excluídas, desde que se associem num grupo empresarial com capacidade de competir no contexto local. A vertente financeira é muito importante, porque o financiamento em Moçambique é problemático, devido aos juros muito elevados. Capitais próprios e contactos com a Banca da África do Sul são fundamentais para ter êxito em qualquer projeto. Realizar a internacionalização Quanto ao processo de internacionalização em si, este pode ser dividido em duas fases principais, sendo a primeira de Preparação e Análise e a segunda o Plano de Ação. Na primeira fase, são analisados os pontos fortes da empresa ou grupo de empresas, o seu projeto e o respectivo calendário, bem como as condições do mercado onde irá competir e as características da concorrência que terá que enfrentar. O Plano de Ação implica a constituição de uma Missão, que se concretiza com a deslocação ao país de instalação do negócio. Reuniões e contactos com autoridades, serviços públicos e parceiros de negócio constituem a parte mais substancial dessa Missão, que também envolve a Definição da Estratégia de Negócio e finalmente a Constituição de uma Empresa de Capital Estrangeiro no local. Um projeto coerente e uma estratégia bem definida podem apresentar rapidamente resultados, se forem bem executados. É possível uma internacionalização com sucesso a custos controlados, desde que exista um projeto bem organizado e um plano de ação adequado.
O HT CONSULTING
Largo da Estação, 18 - Aveleda 4485-011 Vila do Conde Diretor: David Mota Telefone/Fax: 224.057.275 Telemóvel: 933.657.220 E-mail: davidrmota@gmail.com
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ENTREVISTA BRUNO BLIN, Presidente da Renault Trucks
“Estamos a ampliar a oferta no pós-venda” i A dinâmica comercial da Renault Trucks junto dos seus clientes é levada a cabo desde há alguns anos, numa aposta muito forte nas suas atividades de pós-venda, com o objectivo de melhorar a rentabilidade do veículo, limitando os riscos de imobilização e reduzindo os seus custos de negócio
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elhorar a rentabilidade do veículo, limitando os riscos de imobilização e reduzindo os seus custos de negócio, são os principais objectivos da aposta da Renault Trucks nos serviços pós-venda. Para desenvolver ainda mais estes objectivos, segundo Bruno Blin, o novo presidente da Renault Trucks “a marca está a desenvolver um amplo leque de ofertas, entre elas, as ofertas forfait que agrupam um conjunto de operações e de peças sobresselentes com um preço fixo, a oferta Approved Parts, que permite que o cliente possa contar com uma peça de substituição com idênticas possibilidades às de uma peça de primeira montagem, e também a oferta de peças multimarca Okelia, que propõe uma seleção de peças que respondem às exigências de manutenção comum e de reparação dos veículos industriais e utilitários de outras marcas, bem como de reboques e semi-reboques”. Ainda relativamente à oferta Okelia, adiantou ao JORNAL DAS OFICINAS que está também a ser desenvolvida “para as peças ou elementos necessários para a manutenção da oficina”, nomeadamente ao nível de “ferramentas, equipamentos de garagem e também equipamentos de higiene e proteção dos técnicos de oficina”. Quanto ao controlo de qualidade do pós-venda, garante que o principal indicador é feito, “cada ano, através do cliente misterioso” que efetua visitas anónimas às oficinas da rede Renault Trucks, que “têm mostrado resultados em constante progresso. Em 2012 realizaram-se um total de 500 auditorias”.
Líder de vendas na Península Ibérica A Renault Truks Ibérica fechou o ano de 2012 como líder no segmento de veículos industriais de mais de 16 toneladas com uma quota conjunta nos dois países de 19,2%. No mercado português a Renault Trucks foi líder com mais de 30% de quota de mercado e, em Espanha, alcançou a segunda posição com 17,6%. No primeiro semestre de 2012 as vendas comportaram-se de forma muito dinâmica,
o que fez surgir algum optimismo, mas, depois do Verão, o mercado assistiu a uma importante descida nas matrículas, o que afectou os resultados totais do ano. Bruno Blin atribui esta tendência decrescente “à conjuntura da atividade económica em que se integra o sector dos transportes. A falta de confiança ou de acesso ao crédito são alguns dos factores de peso que continuam a afectar o sector pela negativa”.
Grupo Volvo quer ser o primeiro fabricante mundial de veículos industriais No decurso da conferência de imprensa, no âmbito da reestruturação em curso no seio do Grupo Volvo, Bruno Blin, destacou o seguinte: “a Renault Trucks é a segunda marca do Grupo Volvo. Queremos posicionar-nos no segmento de qualidade High Quality, e essa estratégia vai ser consolidada já a partir do próximo dia 11 de Junho, em Lyon, com o lançamento de todas as nossas novas gamas de veículos pesados, numa ofensiva inédita”. Referiu também que o Grupo Volvo “investiu 2 mil milhões de
euros na Renault Trucks nos últimos 5 anos”. A Volvo Trucks é uma marca do segmento Premium, e o Grupo Volvo integra ainda as marcas Mack Trucks, UD Trucks e Eicher, tendo em 2012 “a actividade de camiões do Grupo representado 65% da sua facturação”. “Recentemente o Grupo Volvo assinou um acordo com o fabricante chinês Dongfeng Motor Group Limited” – recordou Blin – “e anunciou a sua intenção de se converter no primeiro fabricante mun-
dial de veículos industriais”. Em Outubro de 2012, o Grupo Volvo implantou uma nova organização com o objectivo de permitir que cada marca desenvolva ao máximo o seu potencial, através de uma oferta total de produtos e de serviços e duma cobertura geográfica optimizada. No âmbito desta nova estratégia, Bruno Blin revelou que a Renault Trucks “vai aumentar o seu número de pontos de venda e de serviços de 30 a 40% nalguns mercados”.
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ENTREVISTA ROBERT HEILIG, Diretor Geral da MS Motor Service Ibérica
“O pior já passou!” i Fundada no ano de 2009, a MS Motor Service Ibérica, Srl comercializa uma das maiores gamas de peças para motor de marcas de prestígio, como a KS, Pierburg ou TRW Engine Components
O
Qual é a vossa estratégia de preços para o mercado português? Mantemos os nossos preços em linha com as peças originais. Preferimos dar valor ao cliente em apoio técnico do que fazer descontos, que não garantem a qualidade das intervenções. Como caracteriza os seus clientes do mercado português? É uma pergunta difícil de responder para um alemão nesta altura, porque ao elogiar isso poderia ser entendido apenas como cortesia ou até alguma sobranceria. De qualquer modo, a nossa impressão das empresas e dos seus colaboradores é em geral muito boa. Há grande profissionalismo, relacionamento amigável e negociação equilibrada, embora às vezes um pouco difícil.
O MS MOTOR SERVICE IBÉRICA Barrio de Matiena s/n 48220 Abadiano (Vizcaya) – España Tel.: +49 2133 267-144 Fax: +49 2133 267 111 Diretor Geral: Robert Heilig E-mail: robert.heilig@de.kspg.com Internet: www.ms-motor-service.com
alguma campanha de produto a decorrer? O nosso core business são produtos essencialmente técnicos, mais do que produtos de grande rotação e desgaste rápido. Por consequência, a nossa estratégia de marketing privilegia a transferência de conhecimentos técnicos e não campanhas de produto ou preço.
mercado português é abastecido diretamente da Alemanha pela MS Motor Service Internactional e pela BF Germany, não havendo planos para alterar essa estratégia de distribuição, segundo disse Robert Heilig, Diretor Geral da MS Motor Service Ibérica, em entrevista ao JOPRNAL DAS OFICINAS Que importância tem o mercado português para o seu negócio? O mercado português é um dos principais mercados para a MS Motor Service International e para as três marcas que representamos: KS, Pierburg e TRW Engine Components. Temos um bom relacionamento com os operadores do mercado e continuamos focados em Portugal, apesar destes tempos um tanto atípicos que estamos a viver. Como se processa a distribuição dos produtos MS em Portugal? A nossa rede de distribuição em Portugal tem cerca de dez distribuidores, que são fornecidos diretamente da Alemanha e que preenchem as necessidades dos clientes finais, tanto do sector das oficinas de reparação, como dos rectificadores, abrangendo todo o tipo de veículos e motores. Também dispomos em Espanha de toda a logística de produtos e serviços MS/KS, que está facilmente acessível para o mercado português.
Ficha técnica
Que razões e objectivos estiveram na base da presença da Motor Service na Motortec Automechanika Ibérica deste ano? Já tínhamos estado nesta Feira em 2001 e em 2005, porque a Espanha é um mercado chave do pós-venda automóvel. Com o novo conceito Motortec Automechanika Ibérica, a feira tornou-se ainda mais atrativa. Por outro lado, pertencemos a um grupo de empresas que tem um papel muito forte na rentabilidade e na sustentabilidade das oficinas de reparação de veículos e queremos mostrar claramente ao mercado todo o apoio e sinergias que podemos proporcionar aos reparadores.
As principais linhas de produto da MS Motor Service constituem a gama completa de peças para motor das marcas KS, Pierburg, TRW Engine Components e ainda BF Germany Engine Parts, Vernet Thermotats e Supar Valves (Turquia).
As atuais dificuldades económicas afectaram a sua empresa? Sem dúvida que tivemos um impacto negativo. De qualquer modo, encaramos este período como uma fase menos boa do negócio, que será em breve ultrapassada. Portanto, não chegou a existir um impacto significativo na estratégia de negócio a longo prazo. Como define as prioridades da sua empresa neste momento? As nossas prioridades em relação ao pós-venda automóvel continuam as mesmas de sempre. Ou seja, garantir uma ampla e imediata disponibilidade, numa ampla gama de produtos de primeira qualidade e marcas de prestígio, por preços equilibrados, juntamente com apoio técnico total, documentação completa e procedimentos eficientes. Com isto pretendemos que a distribuição, as oficinas de reparação e os rectificadores tenham uma atividade lucrativa e sem
problemas, garantindo reparações de qualidade aos utilizadores dos veículos a preços muito compensadores. Que previsão faz da evolução do seu negócio a curto e médio prazo? Os ciclos de negócio tornaram-se mais curtos e as mudanças mais drásticas e profundas, o que faz com que as previsões sejam mais difíceis e de certo modo aleatórias. Para já, estamos a tentar manter o foco nas principais necessidades básicas do pós-venda automóvel. Que critérios costuma utilizar para efetuar a seleção dos seus clientes? Eu faria a pergunta justamente ao contrário! Nós é que gostaríamos de preencher os critérios de seleção dos operadores de mercado que nos escolhem como parceiros de negócio. Qual é a estratégia de marketing da vossa empresa? Há neste momento
Que novidades apresentou a Motor Service nesta edição da Motortec Automechanika Ibérica? Apresentamos alguns novos produtos, mas essencialmente a novidade é uma nova plataforma de formação pela Internet, que está acessível no nosso Web site. Esta inovação irá permitir economizar muitas horas e muitos euros em deslocações, tanto para a nossa empresa, como para os nossos clientes que procuram a formação. Além disso, a nova plataforma é totalmente gratuita e possui conteúdos inovadores e de alto valor acrescentado, incluindo vídeos, esquemas técnicos e diagramas de grande utilidade para o reparador. A linguagem básica é em inglês e alemão, mas temos versões em idioma espanhol e português. Como a analisa os resultados da Motor Service no mercado português? Temos tido algum sucesso a lidar com a crise e estamos satisfeitos com o nosso nível de vendas. Vamos manter a “ receita “ para o futuro e estamos convencidos que o pior já passou. Estamos gratos aos nossos parceiros de negócio pelo seu empenho e profissionalismo, sem os quais não poderíamos ter alcançado o sucesso que temos tido.
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EMPRESA AUTOMAFERGIL FILTROS
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ENTREVISTA HELMUT WOLK, Diretor Geral da Wolk After Sales Experts
“Temos que ser mais criativos e ef icientes” i A convite do grupo Auto Sueco, Helmut Wolk esteve recentemente em Portugal a fazer uma palestra para os colaboradores e parceiros de negócio aftermarket da empresa
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principal objectivo da vinda do Sr. Helmut Wolk a Portugal foi para ajudar os participantes no encontro a refletir sobre o atual momento que se vive na Europa, em particular no mercado ibérico, que é o principal ponto de interesse da Auto Sueco. O JORNAL DAS OFICINAS aproveitou a oportunidade para entrevistar o Sr. Helmut Wolk e poder partilhar com os leitores a sua visão sobre o futuro do pós-venda automóvel na Europa em geral e na península ibérica, em particular. Que expectativas de crescimento existem no mercado de pós-venda europeu? Estamos a analisar todas as oportunidades que existem no mercado e a forma como podemos chegar a elas. Temos que ser mais proactivos, mais criativos e mais eficientes, o que significa modernizar os sistemas e reduzir os custos das oficinas de reparação. Na minha opinião, estes objectivos têm que ser alcançados a partir de vários pontos diferentes. A logística material tem que ser separada da transferência de informação e competências. Por outro lado, temos que analisar a cadeia de valor. Na indústria alimentar e na indústria de pneus temos uma margem bruta de 20%, mas nos países do Sul da Europa as peças de substituição têm uma margem de 25%, no mínimo. Isto permite um grande potencial de desenvolvimento do sector. Isso significa que o pós-venda europeu vai garantir a sustentabilidade de todas as empresas que operam no mercado? É um bom negócio, mas não pode ser para tantos, porque isso iria reduzir a rentabilidade das empresas e hipotecar as hipóteses de desenvolvimento. Está em marcha um processo de concentração e de consolidação a vários níveis, sendo previsível que a médio prazo existam menos distribuidores e menos oficinas de reparação. Isto exigirá que se alterem certas políticas e terá que se apostar mais no marketing. A contração do mercado e a crise económica irão provocar o encerramento de mais oficinas? Na Europa, a concentração é inevitável, porque existem mais de três centenas de conceitos de oficinas. A concorrência é muito grande, o que torna o nível de fidelização de clientes e de
rentabilidade baixo. Para aumentar a margem de negócio e criar melhores condições de sustentabilidade, temos que apostar forte no marketing e na fidelização dos clientes. A alternativa é fechar a porta. O desenvolvimento da tecnologia é uma ameaça para as oficinas de reparação? Hoje, existem muitos produtos diferentes e muitas tecnologias sofisticadas, que não podem ser assistidas como se fazia há dez ou vinte anos. Há necessidade de mais informação, mais qualificação e mais especialização. Tem um custo, mas é possível obter. A rotação de peças e componentes tende a diminuir, mas o maior valor do serviço compensa a perda de volume de vendas. O que está a acontecer é que os fabricantes de peças preferem vender mais e isso está a levá-los para a Europa de Leste e outros países com grande potencial de crescimento, esquecendo-se que ainda há muito que fazer no pós-venda da Europa. As consequências dessa opção ainda não são muito claras, mas podem conduzir a um aumento generalizado da concorrência. As peças reconstruídas são um factor de desenvolvimento do mercado ou o contrário? As peças reconstruídas aumentam a margem na cadeia de valor, diminuindo ao mesmo tempo o custo para o consumidor final, o que potencia
o crescimento da atividade. Além disso, constituem um factor de fidelização do cliente, ajudando a consolidar os negócios. Há também vantagens ambientais no processo, como economia de energia e materiais, o que é muito positivo. É portanto um segmento que continuará a crescer no futuro e continuará a ganhar quota de mercado, porque os fabricantes garantem nesse produto a mesma qualidade e a mesma garantia das peças originais. As peças usadas implicam perda de qualidade e de segurança nas reparações de veículos? O mercado de peças usadas também está a ganhar uma certa importância, porque o mercado de reparação está de certo modo polarizado entre os utilizadores de veículos sem
problemas financeiros e os outros, que precisam reduzir os custos em quase tudo. O segmento das pessoas que não têm muito dinheiro e gostam de ter carro é de resto maior do que o dos condutores ricos, que por vezes até têm mais de um carro. Essas pessoas preferem sempre peças de baixo custo, reconstruídas ou usadas para efetuar a manutenção dos seus carros. Desde que as peças sejam de qualidade comprovada e a reparação tecnicamente correta, não há diminuição da segurança. Os reparadores independentes têm vantagens em aderir a redes de oficinas organizadas? Reparadores totalmente independentes no futuro, não será muito fácil encontrar. A busca de sinergias a nível da imagem, da tecnologia e da gestão global do negócio será cada vez mais uma necessidade. Na Alemanha, mais de 50% das oficinas pertencem a algum tipo de associação entre reparadores, distribuidores, fabricantes de peças e outros parceiros de negócio do pós-venda independente. É uma tendência que está consolidada. O risco é o reparador pertencer a um sistema organizado qualquer e continuar a fazer os seus negócios “por fora“, tentando maximizar o lucro. Isso enfraquece o sistema, porque se baseia na economia de escala conjunta de todos os associados, retirando ao conceito um dos grandes argumentos em face do consumidor, que é o de oferecer preços e condições uniformes e previsíveis. O consumidor final também tem responsabilidade na evolução qualitativa do pós-venda, selecionando as opções mais fiáveis.
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Francisco Ramos – Director Geral Divisão Aftermarket do Grupo Auto Sueco
“Refletir sobre uma nova estratégia para o mercado” Francisco Ramos considera que o mercado está em mudança profunda e que é necessário refletir sobre os diversos modelos de negócio que existem, para escolher em consciência as melhores soluções que ajudem a ultrapassar este período de dificuldades Que objectivos tinha a Auto Sueco em mente ao apostar na vinda de Helmut Wolk a Portugal? Estamos a viver um momento em que temos que por tudo o que é conhecido em causa, porque há uma contração muito significativa do mercado. Muitos dos players do mercado têm desaparecido, mais por extinção do que por um processo de concentração, ao contrário do que eu pensava ainda há dois ou três anos atrás. Impunha-se portanto refletir sobre o melhor que temos que fazer para optimizar o nosso desempenho, neste cenário que é muito difícil. Nesse sentido, convidámos o Sr. Helmut Wolk para nos vir fazer um diagnóstico da atual situação do mercado europeu e do mercado português. Por outro lado, também queríamos aproveitar a grande experiência de 40 anos que tem deste sector, para nos identificar as principais tendências vigentes e quais as melhores soluções para ultrapassar este momento de certo modo conturbado. O convite que fizemos ao Sr. Helmut Wolk foi um pouco diferente do que é habitual ou expectável, pois pretendíamos que estivessem presentes também os nossos fornecedores estratégicos, porque julgamos que é fundamental ter connosco os principais protagonistas do negócio, num momento em que estamos a refletir sobre uma nova perspectiva e uma nova estratégia para o mercado. Esses fornecedores também têm um contributo importante para esta reflexão. Agora vamos todos preparar algumas iniciativas, no sentido de tentarmos rentabilizar ao máximo esta fase do negócio, que é de grande dificuldade, mas que esperamos ser temporária e conjuntural. Estão a ser equacionadas mudanças no modelo de distribuição de pós-venda praticado pelo Grupo Auto Sueco? A ideia não era revolucionar tudo o que temos feito até aqui, mas sobretudo e em conjunto com os fornecedores, termos um diagnóstico mais científico e mais profundo da realidade do mercado e vermos quais são os casos de sucesso por essa Europa fora, nomeadamente em mercados com um nível de maturidade semelhante ao nosso, para podermos refletir sobre modelos de negócio e validade de projetos de
algum retorno de certos investimentos que fomos obrigados a fazer. Esses investimentos foram realizados em conjunto com os fornecedores e eu estou muito satisfeito com os resultados. O projeto vai continuar a desenvolver-se no curto prazo e inclusivamente poderá alargar-se a outros contextos geográficos em que estamos a trabalhar.
investimento, envolvendo os nossos fornecedores nas soluções. Isso para mim é algo fundamental. A estratégia do Grupo Auto Sueco no aftermarket sempre foi uma estratégia muito de mãos dadas com os fornecedores. Não somos um grupo ou player do aftermarket que atribua pouca importância aos fornecedores. Entendemos que os fornecedores são fundamentais neste negócio e sempre investimos em relações de médio e longo prazo com eles. Isso significa que, tanto nos momentos melhores, como nos momentos mais difíceis como os que estamos a viver hoje, temos que estar juntos. Essa é a principal razão da sua presença aqui neste momento. Quando a Auto Sueco entrou para o mercado de pós-venda, surgiu com vários projetos inovadores, como a rede de oficinas Top Car. Estão satisfeitos com a rentabilidade dessas opções? O conceito Top Car é um projeto que partilhamos com o Grupo Auto Union, do qual somos sócios. É um conceito que se enquadra na nossa estratégia, segundo a qual é fundamental estar presente em todos os elos da cadeia de valor. Isso é fundamental, porque quem decide tudo neste negócio é o utilizador ou proprietário do veículo. Esse foi aliás um dos alertas que o Sr. Helmut Wolk aqui nos deixou. Nós temos que estar o mais próximo possível dos consumidores finais. Ora, a rede de oficinas é um meio excelente de alcançar essa forma de estar no mercado, porque ultrapassamos o elo da distribuição, o elo do retalho e chegamos diretamente ao elo da oficina. Obviamente, o projeto Top Car teria outra velocidade de expansão, se estivéssemos a viver uma fase macro económica mais favorável. A situação atual obriga-nos a ter cuidados redobrados, nomeadamente no processo de seleção de aderentes, mas eu diria que neste contexto desfavorável o projeto está a evoluir de uma forma muito positiva e estamos já a ter
Quais são as expectativas de evolução do negócio na sua empresa em 2013? A avaliação dos resultados depende muito das expectativas ou até do inverso das expectativas. Se esperamos muito e temos pouco, avaliamos mal, mas o contrário é igualmente verdade. Neste caso, nós tínhamos vindo de um ano de 2012 muito difícil e as expectativas para 2013 eram um tanto medíocres. Tínhamos sofrido muito no ano passado com as limitações de crédito, porque nós temos uma política de crédito muito rigorosa e o pós-venda em Portugal ainda tem muitos operadores do mercado com acentuada fragilidade financeira. A crise financeira global e as dificuldades de crédito no país vieram colocar a descoberto o facto de muitos dos players de que falo não terem autonomia e capacidade financeira para estarem no mercado condignamente. Isso afectou naturalmente de forma muito direta o nosso desempenho em 2012, porque nos vimos obrigados a deixar de trabalhar com alguns dos clientes com os quais habitualmente trabalhávamos. Neste início de 2013, estou a sentir, ou pelo menos a mentalizar-me para isso, que o pior momento do negócio já passou. O facto é que as nossas vendas, tanto nos veículos pesados, com a CIVIPARTS, como nos ligeiros, com a ONDRIVE e AS PARTS, estão a revelar uma evolução positiva. Estou portanto convencido que, a par de algumas mudanças organizacionais que fizemos em 2012, o que nos permitiu amadurecer algumas estruturas e melhorar a eficiência para 2013, bem como a algumas ferramentas que estamos a colocar em marcha a vários níveis, iremos ter resultados este ano acima de 2012. É uma luta difícil, mas eu diria que neste momento não está ainda perdida, com todo o optimismo moderado que tal postura implica.
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Há alguma possibilidade da distribuição de peças evoluir para um sistema de fornecimento direto do grossista à oficina? A distribuição de peças do pós-venda independente está organizada por níveis de logística e stocks, porque a oficina só quer a peça quando precisa dela. Isso funciona bem em termos de custos e não se prevê que possam existir saltos entre os diversos degraus da cadeia de distribuição. O risco de vendas diretas a oficinas e até ao consumidor final é maior por parte dos construtores, porque os stocks de peças originais podem começar a pesar na rentabilidade da sua cadeia de assistência específica. Isso não impede que novos atores do mercado independente possam tentar ocasionalmente furar o sistema de distribuição convencional, mas ninguém no mercado consegue viver de forma sustentada com duas caras e dois processos comerciais ao mesmo tempo. Que papel terá o comércio online no pós-venda europeu do futuro? O comércio electrónico acabará por se tornar o único processo de venda de peças, porque tem grandes vantagens de tempo e custo. No sector dos pneus é já um dado adquirido, com cerca de 60% das vendas (B2B) a serem efectuadas via online. A venda direta ao consumidor (B2C) pela Internet é residual e em certos casos nula, mas nada impede que no futuro isso se possa alterar. Tudo depende da evolução do mercado e do próprio modelo de negócio. Por outro lado, existem plataformas electrónicas que são meramente uma forma de serviço ao consumidor (escolha de peças e local de reparação, datas, etc.), mas o sistema comercial de distribuição continua a ser tradicional. O comércio electrónico poderá conduzir à extinção dos canais de distribuição convencionais? O comércio de peças de origem e de qualidade equivalente está de certo modo liberalizado, tanto online, como off line. Distribuidores independentes fornecem reparadores autorizados e concessionários, do mesmo modo que estes podem fornecer reparadores independentes. Neste contexto, funcionam as leis do mercado de oferta e procura, podendo a concessão ter peças de origem mais baratas do que um distribuidor independente. O contrário também pode suceder, porque as tácticas comerciais têm em conta os custos e a rotação de stocks, podendo variar com as flutuações do mercado. Isso também depende das gamas de produtos, disponibilidade global e outros factores. Todas as formas de comércio e os seus atores vão ainda coexistir durante um certo tempo, sendo o próprio mercado a ditar qual será no futuro o modelo de negócio predominante. Que evolução terão as oficinas do tipo serviços rápidos e auto centros? É difícil prever neste momento a evolução desse modelo de negócio, porque tem algumas vantagens, como o contacto direto com o consumidor final e o facto de ter um sistema de distribuição interno próprio. No entanto, dependem em grande parte das superfícies comerciais em que estão inseridos, cujas opções de gestão podem condicionar os fluxos de público, através de promoções, campanhas e outras iniciativas de marketing.
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No estudo que publicou recentemente, defende a integração de distribuidores OES com distribuidores IAM. Isso é positivo para o mercado de pós-venda? Existem pelo menos dois bons exemplos dessa integração entre distribuição de marca (OES) e independente (IAM): Auto Sueco e MCoutinho. A conjugação de ambas as competências, sinergias e escalas de negócios serve para ambos os lados. Por outro lado, num mercado de grande concorrência e com muitos distribuidores, esse pode ser um factor positivo de diferenciação. O sucesso de ambas as experiências referidas parece justificar a minha opinião. De qualquer modo, o intercâmbio comercial entre distribuidores independentes e grandes concessionários é já uma realidade, tanto em Portugal, como em muitos pontos da Europa. É mais uma forma de competir. A entrada dos distribuidores OES de peças originais no mercado de pós-venda é benéfica? Esse é um dos casos em que o negócio está a resultar para o canal OES, porque eles vendem 25-30% das suas peças no pós-venda independente e fazem-no com uma margem muito compensadora. Se não fizerem nada, os distribuidores independentes, que já têm entre 65% a 70% do IAM, tentarão melhorar ainda mais a sua quota de mercado. Para as oficinas que compram essas peças é também positivo, porque podem beneficiar de preços de ocasião mais interessantes.
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Poucos distribuidores de grande dimensão dominam grande parte do pósvenda europeu. Isso garante rentabilidade? O facto é que existe um número excessivo de distribuidores no mercado europeu de pós-venda, o que obriga a baixar a rentabilidade do negócio. Para o negócio poder recuperar a sua rentabilidade normal, é necessário haver concentração de operadores, tanto no sector OES, através da associação de grupos de concessionários de que falávamos há pouco, como no sector IAM. Essa tendência já vem dos construtores de veículos e um pouco de todos os sectores de atividade, sendo uma consequência óbvia da unificação do mercado europeu. Como se podem proteger os pequenos e médios distribuidores grossistas dos grandes grupos de distribuição da atualidade? A única proteção possível é fazer parte do negócio. O processo de concentração da economia visa proporcionar operações em maior escala, com menores custos e maior rentabilidade. Os grandes grupos de distribuição têm centrais de compra com grande poder negocial, que os pequenos e médios distribuidores não conseguem acompanhar. Na logística, também se verifica grande concentração das plataformas de distribuição, que estão ativas 24 horas por dia, 365 dias por ano. Um grande negócio não pode fechar a porta, como fazem os pequenos atores da distribuição. A solução para os mais fracos é associarem-se aos grupos já formados.
É possível reduzir os custos da logística just in time que as oficinas hoje reclamam? A única forma de reduzir esses custos é possuir ferramentas electrónicas, que permitam uma atualização logística em tempo real. Conjugando isso com veículos mais pequenos e eficientes, o primeiro carro a chegar e o último carro a sair leva sempre a encomenda acabada de ser recebida na estrutura. Com um programa de geolocalização adequado e um bom sistema de comunicações, é possível efetuar o cruzamento de rotas entre carros a sair e carros a chegar, o que permite assim optimizar as distâncias percorridas, reduzindo os custos logísticos. Que diferenças existem entre o pós-venda em Portugal e nos restantes países europeus? Em toda a Europa, há formas organizadas de promover o negócio através de clusters, que atuam praticamente em circuito fechado e de forma automática. Esse tipo de funcionamento pressupõe uma atuação homogénea dos vários níveis da cadeia de distribuição, que não existe obviamente em todo o lado. No mercado ibérico e mais ainda em Portugal, o circuito importador, distribuidor e oficina ainda interatua de forma muito tradicional, o que pressupõe um ritmo mais lento de decisões e de atuações no conjunto. Provavelmente, ainda haverá muitas mudanças, tanto em Portugal, como no resto da Europa.
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ENTREVISTA FRANCISCO MARRO, Director Geral da FAE
“Temos que cooperar com os clientes”
i Com mais de 75% da produção destinada à exportação, a FAE tem vindo a consolidar a sua expansão por diversos mercados, estando agora a ampliar o número de países de exportação e o número de clientes por cada país FAE tem aumentado consideravelmente a sua gama de produtos e cada vez fabrica mais componentes eletrónicos, com mais tecnologia e mais valor acrescentado.
A
Além disso, o nosso departamento de Marketing apoia todas as necessidades dos nossos clientes sobre informação de produto ou mercados.
Que novos produtos importantes para o pós-venda automóvel foram recentemente apresentados pela FAE? Estamos a lançar no mercado uma nova família de produto: Exhaust Gas Pressure Sensor e também uma evolução actualizada do nosso catálogo Engine Management (CGM-2), com mais de 250 novas referências, que vão desde sensores a sondas, passando pelos captadores de impulsos e termóstatos
Em que media as atuais dificuldades económicas na Europa estão a afectar o seu negócio e como tem superado este desafio? O facto de exportarmos para cerca de 80 países ajudou a equilibrar a situação, porque as dificuldades de cada país são diferentes, embora estejam de certo modo generalizadas. De um modo geral, a crise económica global obrigou-nos a reforçar a eficiência e a melhorar a capaci dade competitiva.
Quais são as marcas de veículos para as quais a FAE fornece equipamento original? Estamos interessados principalmente em produção de pequenas ou médias séries. Nos automóveis ligeiros, fornecemos a Nissan e a Suzuki, enquanto que nas duas rodas estamos a trabalhar com a Triumph e a Piaggio.
Como é possível tornar o mercado de pós-venda mais competitivo?
Qual é o peso do mercado europeu no vosso volume de negócios? O mercado europeu representa cerca de 60% da nossa faturação. Que estratégia utiliza a FAE para fidelizar os atuais e atrair novos clientes? Como a qualidade está acima de qualquer dúvida, apostamos num bom nível de serviço (rapidez e eficiência) e em preços competitivos. Naturalmente, as necessidades do cliente constituem sempre a nossa prioridade. Que critérios adopta a sua empresa na seleção dos seus clientes? Nos mercados de exportação, preferimos geralmente os líderes da distribuição nas respectivas áreas geográficas e com um potencial de negócio mínimo de € 60.000/ ano. Qual é a vossa estratégia de comunicação e promoção da marca FAE junto dos vossos clientes? Todos os meses informamos os nossos clientes dos novos produtos disponíveis através de e-mail e do nosso site na internet.
Que produtos comercializa atualmente em Portugal? Estamos a vender toda a linha clássica de produtos FAE: sensores de pressão de óleo, interruptores térmicos, sensores de temperatura, velas de incandescência, etc. Adicionalmente, estamos a introduzir o nosso novo catálogo de sistemas de gestão do motor (Engine Management Catalogue) e os sensores Lambda. Como avalia a sua rede de distribuição em Portugal? O melhor possível! Temos uma excelente rede de distribuição no mercado português, com um nível profissional muito elevado e que
No caso das oficinas de reparação, como podem melhorar o seu potencial de negócio? Sem a mínima dúvida, colaborando com os fornecedores e fabricantes do pós-venda (especialmente no reforço da formação), para poderem apresentar e vender rapidamente novos produtos e novas soluções. Além da formação, que papel deveriam ter os fabricantes do pós-venda automóvel para melhorar o negócio das oficinas? De certo modo, nós somos a locomotiva dos negócios do pós-venda, proporcionando aos nossos clientes novas oportunidades de negócio. Todos temos que colaborar (oficinas e fornecedores de tecnologias) para tornar essas oportunidades uma realidade efetiva.
“Possuimos uma excelente rede de distribuição em Portugal” Que pensa da atual situação do mercado pós-venda português? Como todos os outros países do Sul da Europa, Portugal está a passar por uma profunda crise, que infelizmente já se está a tornar muito longa.
Justamente como acabei de referir, tornando-nos mais eficientes e competitivos. Temos que perceber claramente as necessidades dos nossos clientes e cooperar com eles na sua resolução.
está a lutar com todas as suas forças para neutralizar a situação de crise. São empresas muito profissionais e adaptam-se de forma muito flexível às situações do mercado. Lamentavelmente, a situação económica atual obriga-os a serem muito prudentes na introdução de novos produtos, que poderiam dinamizar de forma muito positiva os seus negócios. Que evolução perspectiva para o mercado de pós-venda português? Tal como está a acontecer no resto da Europa, a crise global está a reduzir o número de atores do mercado e os que ficarem serão mais fortes e competitivos. Estamos portanto no momento ideal para preparar o futuro, preparando-nos para fruir das novas oportunidades de negócio, através da formação técnica indispensável aos novos produtos, tanto para os técnicos, como para utilizadores.
Quais os projetos que a FAE está neste momento a desenvolver? A FAE trabalha em parceria com a Universidade de Barcelona, tanto no campo da investigação, como na contratação de mão de obra especializada. A investigação ao mais alto nível está agora focalizada para o desenvolvimento de sensores cerâmicos, que são muito mais resistentes às altas temperaturas e permitem leituras mais precisas. Desenvolvem também a tecnologia LTCC (Low Temperature Co-fired Ceramic) usada já em alguns produtos como indutores, resistências e condensadores. Também em parceria com a Universidade estamos a desenvolver tecnologia que envolvem as nanofibras de carbono. Quais são os principais desafios da sua atividade e como julga poder ultrapassá-los? Em primeiro lugar, a competição vai globalmente aumentar, com a entrada de novos atores no negócio do pós-venda, com o aumento das vendas pela internet e com necessidades logísticas mais elevadas… No entanto, o serviço e a tecnologia dão resposta e já estão a dar resposta a esses desafios. O serviço tem que tornar a vida do nosso cliente mais simples, com entregas mais rápidas e eficientes e gamas de produtos mais abrangentes.
O FAE Rafael Barradas 19 Políg. Gran Vía Sud 08908 L´Hospitalet Barcelona – Espanha Diretor Geral: Francisco Marro Tel. : +34 - 93 261 85 00 Fax : +34 - 93 261 84 85 E-mail: fae@fae.es Internet: www.fae.es
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ENTREVISTA LUIS SANTOS, Administrador da Impoeste
“Vale mais do que custa” i Importador da marca DuPont em Portugal desde 1987, a Impoeste lançou no passado mês de abril um serviço inovador de Aluguer Operacional de Equipamentos Oficinais, denominado iRent
U
m dos factores que contribui para a falta de produtividade nas oficinas de repintura é a utilização de equipamentos/ferramentas inadequados e obsoletos ou, em limite, a ausência dos mesmos. Com a atual exigência do mercado, ter lixadeiras com órbita e dimensão adequadas, pistolas de pintura para cada tipo de produto, máquinas de lavar pistolas, filtros de ar comprimido, infravermelhos, etc. é determinante para a redução dos tempos de reparação. Com o lançamento do novo serviço iRent, a Impoeste vai permitir às oficinas equiparem-se de forma a garantir o desenvolvimento correto da sua atividade. Para sabermos mais sobre este inovador serviço de aluguer de equipamentos e também sobre a recente mudança de proprietário da marca DuPont que a impoeste distribui há mais de 25 anos, entrevistamos Luis Santos, administrador da empresa. Em que consiste o novo serviço iRent agora lançado pela Impoeste? O iRent é um Serviço de Aluguer Operacional de Equipamentos Oficinais, ou seja, a possibilidade das oficinas alugarem os equipamentos necessários ao desempenho eficaz da sua atividade. Qualquer oficina de colisão pode contratar este serviço à Impoeste? Sim. O iRent é um serviço disponível a qualquer oficina, mesmo que ainda não seja cliente impoeste. Quais os critérios de escolha utilizados pela Impoeste para selecionar os potenciais clientes deste serviço? Oficinas que necessitem de substituir ou complementar os seus equipamentos de pintura com vista a um melhor desempenho dos seus profissionais. Quais as vantagens para a oficina contratar este serviço à Impoeste? Permite equipar adequadamente a oficina de pintura às elevadas exigências do mercado, pagando uma pequena mensalidade em vez de terem de efetuar elevados investimentos. Adicionalmente, beneficiam de uma auditoria, formação dos técnicos, manutenção incluída, seguro de roubo e reposição da ferramenta equipamento durante a reparação ou manutenção. No final do contrato a oficina poderá ficar com os equipamentos por um pequeno va-
está incluído a auditoria, formação, manutenção e seguro de roubo. Vale mais do que custa – Esta é a intenção da Impoeste ao propor este serviço. Para saber valores em concreto as oficinas deverão contactar a Impoeste ou um Distribuidor para que possamos fazer uma análise e proposta.
lor de retoma ou renovar o contrato e apetrechar-se de novos equipamentos. Desta forma as oficinas poderão estar constantemente atualizadas ao nível dos equipamentos/ferramentas com custos fixos muito baixos. Quanto custa em média este serviço? O valor do serviço é variável em função do volume de equipamentos necessários. Assim é difícil de dizer quanto custa, no entanto perante uma baixa prestação mensal a oficina tem acesso a ferramentas atualizadas e corretamente mantidas. Neste valor mensal já
Que tipo de equipamentos e ferramentas são disponibilizados à oficina? Todo o tipo de equipamento/ferramentas de repintura, com especial destaque para as pistolas de pintura, filtros de ar, lixadeiras, polidoras, infravermelhos, Dry Jets, aspiradores, entre outros. Relativamente ao mercado da colisão em Portugal, quais as principais ameaças e as melhores soluções para as ultrapassar? A nossa atividade de distribuição de tintas, consultoria, formação e suporte ao negócio de reparação de automóveis (pintura) está ameaçado pela óbvia redução da atividade económica e pelo impacto brutal, avassalador, que essa redução de atividade está a
ter nas empresas do sector automóvel. Ajustar os recursos, conter os investimentos e controlar o crédito e cobrança, é a resposta. Considera que esta diminuição da atividade se vai manter? O mercado viveu duas décadas de crescimento e não está habituado a estes valores baixos de atividade. Penso que o principal erro que estamos a cometer, neste processo de ajuste, é o de pensar que esta é uma situação tem porária de diminuição da atividade, quando, na minha opinião, é uma situação que todos nós teremos que nos habituar a considerar normal. Com o mercado em retração, quais os fatores que as oficinas mais valorizam ao escolherem um fornecedor de tintas? Não sei responder de uma forma genérica. Para cada cliente existe uma expectativa. Os clientes de topo estão a valorizar a capacidade de parceria e a venda da rentabilidade e da produtividade, mas existe uma parte substancial de clientes que regressaram ao factor preço baixo do produto para justificarem a sua escolha. Existem ainda oportunidades de negócio no sector da colisão automóvel? Seguramente, as oportunidades acompanham as crises. Quem for competente vai ter trabalho e lucros. Que medidas entende serem prioritárias para garantir o futuro das oficinas de colisão? Orçamentação e organização dos processos de produção (sistematização). As oficinas devem orçamentar corretamente e deixar de pensar preço para pensar rentabilidade. Quem controla, orçamenta e organiza o seu negócio tem sucesso. É uma mudança enorme, quase ninguém o faz...
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Axalta Coating Systems é o novo proprietário da marca Du Pont
“O nascimento de uma nova entidade é um acontecimento maravilhoso” Desde o dia 1 de fevereiro de 2013 que a DuPont Performance Coatings (DPC) é propriedade do grupo Carlyle. Axalta Coating Systems é o novo nome da DPC. Luis Santos explica o que vai acontecer com esta alteração Quais os benefícios / vantagens que os clientes da Impoeste vão ter com esta mudança? O nascimento de uma nova entidade é um acontecimento maravilhoso que trará vantagens a vários níveis. Novos produtos, novas atitudes na formação, maior investimento na cor e nas homologações e recomendações OEM são algumas que podemos confidenciar serem esperadas. Que mudanças vão acontecer na Impoeste com a criação da Axalta Coating Systems Portugal? Nenhuma. Absolutamente nenhuma. Como vai comunicar a alteração do nome da companhia aos seus clientes? Da forma que a Axalta nos solicitar e estiver globalmente programado.
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Quais as marcas de tintas que vão ser comercializadas pela Axalta Coating Systems Portugal? A marca DuPont vai-se manter? As marcas vão manter-se como até aqui. A DuPont Refinish é uma marca global, sendo que também é a única que irá mudar o seu nome. Quantos clientes ativos DuPont tem atualmente a Impoeste?
A Impoeste tem cerca de 500 clientes oficinais DuPont Refinish ativos. Que apoio a Impoeste vai dar aos seus clientes, a nível de formação técnica e gestão, nesta nova fase da vida da marca DuPont? A habitual. Será reforçada a formação quando lançarmos novos produtos e sistemas. Estamos a reforçar em 2013 as formações em gestão oficinal. O que tenciona fazer para aumentar a notoriedade da marca DuPont junto das oficinas e também do cliente final? A notoriedade da marca é alta, vamos em conjunto com a Axalta, e de acordo com o plano de comunicação global, trabalhar para mantê-la assim.
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Quais são na atualidade os maiores desafios no negócio da colisão auto e a melhor maneira para os ultrapassar? Acredito que a reparação de automóveis (pintura) está ameaçado pela óbvia redução da atividade económica e pelo impacto brutal, avassalador, que essa redução de atividade está a ter nas empresas do sector automóvel. Genericamente há que ajustar os recursos, conter os investimentos e controlar o crédito e cobrança. Que outros serviços e produtos podem as oficinas de colisão oferecer aos seus clientes? É difícil para uma oficina sair da sua área de especialidade, no entanto nessa mesma área existe forma de se faturar mais valor com os mesmos recursos, optimizando o negócio. Penso que é um caminho válido pouco explorado ainda pela grande parte das oficinas.
O IMPOESTE S.A. Estrada Nacional Nº 8, km 44 2560-909 Torres Vedras Administrador: Luis Santos Tel: 261 337 250 Fax: 261 337 271 E-mail: luissantos@impoeste Internet: www.impoeste.com
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OFICINA DO MÊS
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oficina
mes do
VV AUTO
Atitude Anticrise
i As marcas Top Car e Express Glass encontraram na V.V. Auto o seu parceiro de negócio. Uma forte imagem aliada a uma estratégia de marketing cuidada serão os aliados para que esta empresa muito em breve descubra o caminho do sucesso.
F
undada em 2000, em pleno século XXI, a Vicente & Vicente Auto com sede no Paião, próximo da Figueira da Foz, iniciou a sua atividade com mecânica e colisão. Esta empresa com instalações próprias possui uma área coberta de 800m2 e um Parque de Estacionamento amplo para os seus clientes. Com o objetivo de prestar um serviço total aos seus clientes, a aposta na pintura surgiu em 2007. A necessidade de rentabilização deste negócio, impondo uma qualidade de exceção no serviço prestado, fez a VV Auto tomar a decisão de subcontratar serviços em regime de outsourcing. Empresa tentada aos desafios, à inovação e ao desenvolvimento de produtos focando-se no cliente, em 2008 a VV Auto foi uma das primeiras oficinas da região a aderir ao conceito Express Glass. Atualmente só existe uma outra oficina com o mesmo serviço especializado, e está na Figueira da Foz, centro. Hoje em dia, uma das condições de sucesso para o negócio de reparação e manutenção automóvel, segundo a gerência da VV Auto, passa por ter uma sólida ligação a um Distribuidor, que disponha de serviços adequados para apoiar o desenvolvimento do negócio oficinal.
Esta é razão pela qual a VV Auto, em 2012, adere ao conceito oficinal Top Car. A imagem corporativa, o suporte técnico online e as formações técnicas e de gestão oficinais, foram um fator decisivo para a ade-
cio. Tal como refere Manuel Vicente, gerente: “Se o meio envolvente mudou, então, temos de ter capacidade de adaptação a essa mudança.”
são da VV Auto ao conceito em causa. Questões essenciais e determinantes no mercado globalizado em que estamos inseridos, como são o suporte ao marketing e comunicação da VV Auto, prestado pela TOP CAR, são fatores que levam esta empresa a acreditar que é possível inverter o ciclo deste negócio. Os clientes da VV Auto são essencialmente constituídos por utilizadores de veículos particulares. Apenas 30% dos clientes são empresas, embora sem qualquer tipo de acordo formal.
Perante os problemas macroeconómicos, e uma conjuntura em nada favorável, o volume de negócios não é muito interessante. No entanto, a gerência da VV Auto acredita no negócio dos serviços técnicos. Acredita que, tal como em todos os negócios, temos de nos adaptar a uma nova realidade que ocorre independentemente de vontades alheias. O novo lema empresarial é “adaptação e mudança!”. E isto passa por uma motivação por parte de quem gere o negó-
A VV Auto, sempre dinâmica e atenta ao mercado, aderiu ao Projeto Dinamizar, uma iniciativa dirigida a pequenas e médias empresas de vários sectores de atividade. Este Projeto de Suporte às PMEs inclui consultadoria e formação à medida das necessidades específicas de cada empresa, sendo comparticipado a 100% pelo POPH (Plano Operacional de Potencial Humano) e apoiado pela Câmara de Comércio e Industria Luso Alemã na Zona Centro do país. O projeto Dinamizar contempla 3 fases distintas de desenvolvimento, estando a VV Auto ainda na 1ª fase. Até ao momento está a ser muito bem acolhido e revelando ser de grande interesse. Com este importante impulso, A VV Auto tenciona romper o cerco da crise e iniciar uma nova estratégia de serviços auto no Paião, Figueira da Foz. O VV AUTO Estrada Nacional 109, Outeiro 3090-494 Paião Gerente: Manuel Vicente Telefone: 233 942 499 Fax: 233 942 499 E-mail: vvauto@sapo.pt CONGRATULA A OFICINA DO MÊS
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EMPRESAS
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Escapeforte / Leiridiesel
Alternativa com garantia i A Escapeforte, empresa especializada na reparação de filtros de partículas e catalisadores, fez recentemente uma parceria de serviços com a Leiridiesel
E
sta parceria consiste na utilização de sinergias de ambas as empresas e torna-se relevante para que as oficinas LD Auto, pertencentes ao Grupo Leiridiesel, possam ser auto-suficientes na resolução dos problemas dos seus clientes a nível de filtros de partículas e catalisadores. Tendo em conta a conjuntura económica, as oficinas LD Auto vão poder apresentar uma solução de reparação destes componentes, em virtude de terem disponível um serviço de reparação com garantia a um preço muito competitivo comparativamente com a opção da compra de um novo. No âmbito desta parceria, a Escapeforte dá formação aos técnicos das oficinas LD Auto, para que estes reúnam todos os conhecimentos necessários para a execução de um bom serviço. Para Fernando Relva, Administrador da
PUB
Leiridiesel “O acordo celebrado com a Escapeforte deve-se à longa experiência da empresa no produto. Com este acordo, os clientes LD Auto passam a contar com mais uma alternativa, ou seja, a reparação do filtro de partícula ou do catalisador, em vez da sua substituição, como acontecia até agora e com a mesma qualidade e garantia de novo. Tendo em conta a situação económica que se vive, penso que cada vez mais iremos assistir ao crescimento deste tipo de serviços”. Entretanto, a Escapeforte está prestes a celebrar mais parcerias com outras empresas. Felizmente temos bastantes propostas para adesão ao nosso sistema e protocolos, mas nem todas as oficinas nos interessam. Com todo o respeito, não basta a vontade, a mesma tem de ser acompanhada com alguma tecnologia e bastante dinamismo”,
diz Rui Lopes, Gerente da Escapeforte. “Neste momento temos os distritos do continente, praticamente, todos negociados e já trabalhamos com algumas oficinas das ilhas, mas sem qualquer vínculo. Diariamente recebemos pedidos de contacto, mas somos seletivos, por forma a conseguirmos manter um serviço com a maior qualidade possível. Não é ideia da Escapeforte massificar este serviço”, conclui Rui Lopes.
O ESCAPEFORTE
Rua das Conchas, 408 4475-333 Milheirós - Maia Administrador: Rui Lopes Telefone: 229 603 707 Fax: 229 600 095 E-mail: info@escapeforte.com Internet: www.escapeforte.com
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EMPRESA
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Encontros de Clientes ONEDRIVE
Mais próximo dos clientes
i A ONEDRIVE tem realizado desde o início do ano diversos encontros de clientes nas suas lojas espalhadas por todo a país. O objetivo destes encontros é sedimentar a relação com as oficinas clientes
O
s Encontros de Clientes promovidos pela ONEDRIVE, têm contado com o apoio dos principais fornecedores desta rede de retalho e com a participação de muitas oficinas. Os eventos fazem parte do calendário de ações que a ONEDRIVE está a efetuar junto dos seus parceiros de negócios. Estas iniciativas pretendem reforçar a presença da marca junto dos seus clientes, que assim se diferencia dos restantes players no mercado. Para além de clientes, têm estado presentes alguns dos rep resentantes dos fornecedores estratégicos e principais do mercado (Sachs, SKF, Fuchs, Veneporte, Gates, Blueprint, SWAG, Valeo, entre outros) que disponibilizam apoio técnico, esclarecem questões e revelam algumas novidades nos seus produtos. De referir que a ONEDRIVE é uma marca da Unidade de Negócio de Peças e Componentes do Grupo Auto Sueco, que nasceu da fusão da Arrábida Peças, do Stand Barata e da Norvicar. Apresenta-se no mercado como líder na distribuição de peças para automóveis ligeiros, com uma rede de 13 lojas e uma equipa de 100 profissionais altamente qualificados. O Volume de Negócios da ONEDRIVE em 2012 foi de cerca de 15 milhões de Euros. O património adquirido ao longo de dé-
cadas pelo Grupo Auto Sueco e a proximidade na relação com o cliente que todas as marcas cultivaram ao longo da sua existência conferem à ONEDRIVE uma grande competitividade.
A sua principal missão é facilitar a manutenção e reparação automóvel, tornando-a mais conveniente, através da oferta de um serviço de peças e soluções de excelência que traduz a diversidade,
a qualidade, a especialização, a proximidade, o dinamismo comercial e a liderança estratégica que caracterizam a proposta de valor da marca nos mercados em que atua.
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5 Perguntas a ISABEL BASTOS, Diretora Executiva da ONEDRIVE
“É uma necessidade de estreitar as relações” Qual o objectivo da realização dos Encontros de Clientes? O principal objetivo é aumentar e sedimentar a relação com o cliente. A proximidade é muito importante. O cliente não está habituada a ir à loja, pois está na sua oficina, e estes Encontros permitem-lhe conhecer o nosso espaço, o armazém, as peças e as marcas que comercializamos. E também o contacto com o atendedor, que todos os dias fala com ele ao telefone mas não o conhece pessoalmente. Como decorreu a atividade das lojas ONEDRIVE neste 1º quadrimestre de 2013? Estivemos ao nível do que estimávamos e as vendas decorreram conforme o previsto, havendo algumas lojas que superaram as expectativas. Qual a importância da rede de oficinas Top Car para o negócio da ONEDRIVE? As oficinas Top Car todas juntas são um cliente muito importante para a ONEDRIVE e alinha com a estratégia do grupo de estar nos vários segmentos de mercado, ou seja, tem o distribuidor / importador AS Parts, tem o retalho ONEDRIVE e está nas oficinas com a rede Top Car. Está criado o processo de fidelização e de manutenção da cadeia de valor homegeneizada. Para além deste cliente preferencial, o
nosso enfoque é o mercado oficinal. Todas as oficinas são potenciais clientes. Como tem sido a evolução da ONEDRIVE? Houve uma mudança muito significativa naquilo que era o conjunto das 3 empresas que o Grupo Auto Sueco tinha, que era a Arrábida Peças, o Stand Barata e a Novicar. Fizemos um rebranding, mas não foi só o rebranding. Fizemos uma reformulação da equipa comercial das marcas que vendemos e tornámo-nos bastante mais competitivos. Adaptámos à realidade que nós achamos que o mercado tem. Percebemos que o mercado está muito retraído devido às dificuldades da crise económica, mas temos conseguindo penetrar no mercado, com certeza à custa de conquista de espaço da nossa concorrência, porque não acreditamos que o mercado esteja a crescer. É pena as condições do país não estarem melhor, porque estaríamos mais optimistas, mas toda esta reformulação estratégica que o grupo Auto Sueco fez, está agora a dar os seus frutos e acreditamos que estamos no bom caminho.
aligeirámos as nossas estruturas, para sermos mais flexíveis de forma a conseguirmos estar mais junto do mercado, com preços mais competitivos e marcas que o mercado precisa e que tem apetência para ter. A nível de produto vamos ter novidades em breve, adaptadas às necessidades do mercado. Teremos sempre um fornecedor adaptado àquilo que a oficina precisa de acordo com as necessidades dos nossos clientes.
Qual o futuro do projeto ONEDRIVE? O projeto ONEDRIVE vai continuar a evoluir. Tivemos a necessidade de adaptar o negócio ao mercado e àquilo que o cliente está disposto a pagar. Por isso
O ONEDRIVE
Parque Industrial do Seixal, 48 2840-069 Aldeia de Paio Pires Diretora Executiva: Isabel Basto Telefone: 212 110 600 Fax: 212 110 670 E-mail: geral@onedrive.pt Internet: www.onedrive.pt PUB
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EMPRESA
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Rodapeças
Rumo a um crescimento sustentável
i A Rodapeças iniciou um processo de desenvolvimento, reinventando-se e tornando a sua ação mais competitiva, atendendo à constante evolução do mercado. Torna-se assim, responsável pelo desenvolvimento e gestão de Redes Oficinais
Carlos Rosa, Pedro Rosa, Sandra Rosa e Manuel Vicente são os atuais sócios gerentes da Rodapeças
A
Rodapeças é uma empresa que nasceu e desenvolveu-se na região centro-litoral do país, tornando-se um caso único na distribuição de peças auto, em que uma empresa serve todas as regiões litorais, desde a Figueira da Foz até às Caldas da Rainha, passando por Pombal e Leiria. A cultura empresarial desta empresa, com sede no Carriço, dá primazia ao entendimento das necessidades do mercado mas também, uma grande capacidade de adaptação. A Rodapeças comemora este ano o seu 23º Aniversário. Desde 1990 foram muitos os obstáculos ultrapassados, assim como, as áreas de negócio que foi experimentando. A procura constante pela inovação e desenvolvimento fizeram com que esta empresa continuasse o seu rumo de crescimento sustentável. Hoje em dia a Rodapeças conta com uma equipa de quase 60 colaboradores, e em evidente contraciclo da maioria das empresas deste setor, continua a desenvolver processos de recrutamento. Os gerentes desta empresa acreditam que a distinção da Rodapeças está nas pessoas que a representam e que todos os dias lutam por ela. É por este motivo que a aposta nos Recursos Humanos da empresa é uma
constante. As evidências são notórias a vários níveis. Sejam através dos processos de formação contínua, por presença assídua em eventos ligados ao setor automóvel em Portugal ou no estrangeiro, ou ainda, por partilha de informação relevante da em-
presa a todos os níveis. Segundo os gerentes da empresa, o aumento do nível das competências técnicas e comportamentais dos colaboradores é uma necessidade interna e uma exigência do mercado.
Q DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUTOS A Rodapeças iniciou o seu negócio de distribuição de peças auto, com Peças Usadas e somente algum tempo depois, e mais uma vez motivada pela solicitação dos clientes, iniciou a distribuição de Peças
Defender o pós-venda independente A Rodapeças reconhece que estar ligado a uma marca traz mais-valias para o negócio. Note-se que, ainda não tem compromissos com nenhuma marca, excepto a sua própria. É uma empresa responsável, que investe na formação e na motivação dos seus colaboradores e clientes. Concorre de uma maneira leal e honesta no mercado, cumprindo as suas obrigações fiscais, legais e ambientais. Tudo isto poderia ser suficiente, mas a Rodapeças vai mais além na sua aposta. Percebeu que a unidade e a cooperação de todos os que fazem parte do pós-venda automóvel é uma atitude fundamental para garantir o seu desenvolvimento, a sua prosperidade e a sua sustentabilidade. A sua visão de parceria, solidária e eficiente, é um bom sinal para o setor e nós acreditamos que acabará por “fazer escola”, mesmo entre aqueles que defendem o “cada um por si”. A empresa cresceu substancialmente entre os anos 2009 e 2011, tendo ainda conseguido conquistar quota
de mercado em 2012, apesar de todos os condicionalismos que o mercado e a economia oferecem neste momento. No início de 2013 os sinais vão ligeiramente ao contrário do ano anterior, mas os responsáveis da empresa reconhecem que se trata do efeito “controlo de crédito”, ou seja, da entrada em vigor de medidas mais apertadas relativamente a cobranças. Os fornecedores da Rodapeças estão a fazer o mesmo. Isto reflete-se no constrangimento da sua política de cobranças. Neste momento, o Receber tornou-se tão ou mais importante no mercado do que o Vender. A empresa tem como projeto principal para este ano, o investimento em ferramentas de controlo de crédito, controlo financeiro e formação dos recursos humanos para esta matéria tão sensível e importante. Está perante um caminho de crescimento saudável e sustentável.
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Novas. Hoje, a gama de produtos que a Rodapeças coloca à disposição dos seus clientes é transversal, indo desde as peças mecânicas, chassi, chapa, vidros, equipamentos oficinais, ferramentas,…e ainda com vários níveis de qualidade e preço, sendo assim possível comprar uma peça usada ou uma peça nova de marca ou original. Uma oferta tão ampla na gama e diversificada na qualidade e preço é um fator crítico de diferenciação da empresa no setor e de sucesso de negócio, mas o esforço de controlo de stocks, o investimento em armazéns, a estrutura de compras, são também eles fatores de elevado custo na operação. Q DO COMÉRCIO À DISTRIBUIÇÃO Com 5 Lojas criteriosamente posicionadas no centro-litoral do país, a Rodapeças tornou-se num operador de relevância a nível regional, sendo também por isso de interesse estratégico para alguns Grossistas de Peças Auto que operam essencialmente nas regiões do Norte e Sul, desenvolverem relações de parceria com esta. Para Carlos Rosa, fundador e principal promotor da Rodapeças, o negócio desenvolveu-se rapidamente, mas a sua matriz e identidade teriam que manter-se, assentes na proximidade com o cliente e no conceito de parceria. Esta visão equilibrada e humana do negócio tinha como pilar principal as pessoas em si e não, as relações de poder ou contratuais, distantes e impessoais. É desta forma que a Rodapeças tem desenvolvido parcerias de longa duração com alguns dos principais fornecedores de peças do mercado, entre os quais a AS Parts, Autozitânia, Stand Asla e TRW, entre outros. As relações fortes com fornecedores desta dimensão, foram e são o garante ao acesso a peças e equipamentos de qualidade com preços competitivos e ainda, não menos importante ao acesso à atualização das tecnologias automóvel e à informação técnica. Estes parceiros da Rodapeças são também ao longo do tempo a principal fonte de formação técnica para colaboradores e clientes. De forma natural, e à semelhança do que acontece em outros países da Europa, alguns dos parceiros anteriormente mencionados, surgiram com conceitos oficinais com vários níveis de exigência para as oficinas que os pretendam integrar. A Rodapeças, acreditando no modelo e nos seus objetivos, prontamente assumiu um papel de desenvolvimento destes conceitos na sua zona de atuação. Independentemente do grau de exigência de cada conceito, todos eles seguem um modelo de suporte ao negócio oficinal, pretendendo que os seus aderentes tenham um negócio credível e economicamente sustentável. A rede Diagnosticar, criada pelo Stand Asla, conta desde 2011 com a participação ativa da Rodapeças no seu desenvolvimento. Distribuir peças é o core business da Rodapeças, mas gerir uma rede de Oficinas é algo bem diferente que obrigou a alterações internas e muita persistência e coragem por parte dos gerentes.
A Rodapeças criou uma empresa específica só para o desmantelamento de veículos e pretende promover e dignificar o comércio de peças usadas
Em 2012 a Rodapeças já possuía cerca de vinte Oficinas Diagnosticar à sua responsabilidade. De forma a consolidar esta relação de parceria desenvolveu o seu próprio programa de formação em Gestão Oficinal. Assim, os Diagnosticar – Rodapeças tiveram direito a Formação Técnica Auto e Formação em Gestão Oficinal. Para o ano 2013 uma das solicitações efetuadas na Reunião Estratégica Anual Diagnosticar – Rodapeças, foi a participação em eventos do setor automóvel. Desta feita, a Rodapeças convidou estes parceiros a estarem presentes no Workshop para Oficinas promovido pelo Jornal das Oficinas no passado mês de Abril. Desde 2012 que a rede Top Car (Grupo Auto Sueco) tem sido igualmente difundida na zona Centro, pela Rodapeças, em colaboração com o distribuidor nacional de primeiro plano AS PARTS. Atualmente, a Rodapeças é responsável por dois Top Cars, sendo relevante acrescentar que, mais um será nomeado no próximo mês. Existem mais três oficinas em negociação, mas estas ainda estão no segredo do negócio. A Top Car é uma rede com elevados padrões de adesão, e por isso, não é estratégia da Top Car uma massificação de Oficinas deste tipo. A Rodapeças gostaria de atingir, em breve, os 5 Top Car’s e con-
sidera exequível o número de 10 Oficinas a médio prazo. Um dos requisitos mais importantes para fornecer uma oficina é a capacidade de entregar a peça solicitada rapidamente. Quando se assume a gestão de uma rede oficinal, esta exigência “sobe de tom”. Para ir ao encontro do exigido pelo mercado, a Rodapeças criou uma estrutura logística flexível e ágil que consegue colocar a peça na oficina certa, à hora certa. A logística, muito cuidada, que inclui 16 viaturas próprias de distribuição, junto com os transportadores subcontratados, permitem uma frequência mínima de entregas, à razão de duas/dia, podendo atingir quatro ou cinco entregas diárias, em caso de necessidade. Brevemente, prevê-se o lançamento da Loja Online, que ficará disponível no site da Rodapeças e permitirá a compra de peças novas, usadas e, ainda, de pneus. Q REGRESSO AO FUTURO A Rodapeças desde sempre apostou nas Peças Usadas. Por isso mesmo é normal a sua enorme experiência no negócio. A empresa acredita que se trata de um negócio estratégico, importante e com futuro, tanto do ponto de vista económico, como do ponto de vista ambiental. Prova disso mesmo é que todos os fabricantes de pe-
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ças de origem estão a reciclar e a reconstruir peças das suas marcas. Atualmente, as peças usadas têm na Rodapeças um volume de faturação acima dos 30% e a política da empresa é continuar a apostar neste tipo de peças, tendo já várias medidas programadas para esse efeito. Uma das iniciativas foi separar o negócio de dois centros de desmantelamento de VFV da empresa, (Leiria e Caldas da Rainha), do negócio de venda das peças usadas, criando uma empresa específica só para o desmantelamento de veículos, denominada Derasa – Desmantelamento de Reciclagem Auto, Lda. Segundo refere Manuel Vicente, “o Desmantelamento Automóvel e a Venda de Peças Usadas são duas atividades totalmente diferentes, com necessidades distintas. A separação só fortalecerá cada uma delas”. A Rodapeças quer promover e dignificar o comércio de peças usadas, que tanto podem ser compradas a terceiros, como virem diretamente dos seus centros de desmantelamento. Depois de limpas, verificadas, testadas, etiquetadas, embaladas são colocadas em stock, como qualquer outra peça nova. A Rodapeças pretende, deste modo, manter uma alternativa de reparação económica e acessível para os seus clientes, que de outro modo, poderiam nem sequer as realizar. É mais uma forma de criar “valor” para o cliente e, ao mesmo tempo, dinamizar o mercado. Q POLÍTICA DE PEÇAS NOVAS Nas peças novas de qualidade equivalente, ou outras, a política da Rodapeças é manter todas as opções em aberto, como forma de contrariar o clima da conjuntura económica, que é responsável pela estagnação das vendas. Peças de qualidade, originais ou equivalentes, continuam a vender-se, em paralelo com as peças mais económicas. O objetivo é apostar em segundas opções, sem descurar a qualidade e a garantia, que constituem, de um modo geral, um fator de descrédito para as oficinas e para o pós-venda automóvel. Mais do que ser um simples fornecedor de peças, a Rodapeças posiciona-se no mercado como um parceiro de negócio junto dos seus clientes, oferecendo alternativas de produtos credíveis e um conjunto de serviços de valor acrescentado estratégicos. Nos pneus, que são um negócio histórico na empresa, a Rodapeças fornece todos os serviços associados, dentro de uma estratégia de fornecimento total.
O RODAPEÇAS
Rua da Tojeira, 6 – Cabeço 3105-056 Carriço Gerentes: Carlos Rosa / Manuel Vicente / Sandra Rosa / Pedro Rosa Tel. : 236 959 360 Fax : 236 959 369 E-mail: info@rodapecas.com Internet: www.rodapecas.com
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ACONTECIMENTO
Convenção Anual Rino 2013
“Queremos ser a maior rede de angariação de serviço” i À semelhança dos últimos anos, a Rino Master, entidade Gestora da Rede Rino, realizou mais uma Convenção anual e o resultado não podia ter sido mais positivo
A Convenção Rino contou este ano com a presença de cerca de 150 participantes, onde se incluíam os representantes das 47 oficinas que atualmente compõem a rede.
A
Convenção Anual Rino 2013, realizada no passado dia 20 de Abril, num hotel de Óbidos, reuniu perto de centena e meia de convidados, numa plateia maioritariamente composta por representantes das oficinas desta rede que se tem vindo a afirmar como uma referência nacional no panorama dos serviços pós-venda automóvel. Logo nas intervenções iniciais, ficou bem claro que a Rino está fortemente empenhada “em canalizar mais clientes para as oficinas”, definindo, segundo Alexandre Barbosa, orientações estratégicas para 2013, como uma aposta forte na “notoriedade da marca Rino” no sentido de se tornar “a maior rede de angariação de serviço”. A Rede Rino já integra presentemente 43 oficinas aderentes, 19 das quais com “imagem” Rino e 24 com “imagem em implementação”. Com a expansão da rede em curso e mais 22 empresas candidatas, a Rino Master espera chegar ao final deste ano com um total de 75 oficinas aderentes, perseguindo objectivos como o crescimento exponencial do volume de negócios, consolidar a central de compras, desenvolver estratégias de marketing inovadoras, apostar na especialização como um “elemento diferenciador face à concorrência”, na formação com um “levantamento exaustivo das necessidades da rede”, e também num apoio muito forte ao negócio. Q NOVAS ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO O ano de 2013 fica também marcado pelo arranque de duas novas áreas de especialização de serviço: a climatização
e as pequenas reparações de chapa e pintura, enquanto no apoio ao negócio a Rino Master avança com uma nova solução de crédito à reparação. Outra das novidades é que a rede Rino vai passar a ter a possibilidade de vender viaturas usadas com o apoio do grupo MCoutinho. Para o efeito, a MCoutinho Usados (MCU) tem 8 parques de usados principais e 3 secundários espalhados pelo país, possui um stock de mais de 300 viaturas para venda, uma plataforma de avaliação de retomas e um departamento de compras externas. Para a Rino Master, para além da venda de usados constituir “mais uma oportunidade de negócio para a rede é uma forma de fidelização do cliente às oficinas Rino”. Todos os usados MCU são comercializados com garantia. Também no campo da especialização de serviços, o objectivo em 2013 é avançar nas oficinas da rede que o pretendam com centros de travagem e de diagnóstico. A Rino Master já tem parcerias nestas duas áreas, a ATE para a especialização “na manutenção e reparação dos sistemas de travões”, e a Bosch no diagnóstico, “com um pacote que já trás formações em diagnóstico e certificação”, uma parceria com uma empresa que “até já se encontra representada nalguns reparadores da rede”. Também a ATE oferece um plano de formação obrigatório. Quanto às pequenas reparações de pintura e de carroçaria vão avançar com a parceria entre a Rino Master e duas
empresas internacionais, que desenvolveram uma nova solução para reparação de riscos e mazelas na carroçaria. Q NOTORIEDADE E ANGARIAÇÃO DE NOVOS CLIENTES Nuno Faro, diretor de marketing, fez um balanço da atividade em 2012, ano em que as campanhas Rino chegaram “aos meios de comunicação nacional pela primeira vez”. Em 2013 “vamos estar na TV já na próxima campanha e apostar também nos outdoors”. Na última semana de Maio de 2013 arrancou na Rede Rino a “Campanha da semana do cliente”, com a oferta de check up gratuito à semelhança do “Dia do cliente”, mas agora com várias “campanhas adicionais de ofertas e descontos todos os dias”, entre 25 e 31 de Maio. O check-up gratuito incluiu, entre outros pontos, a análise dos elementos de suspensão e deteção, bem como dos níveis dos fluidos do motor, estado dos travões,
Entre os presentes ficou a certeza de que o projeto Rino tem tudo para crescer e impor-se como uma rede de referência no panorama nacional da reparação automóvel.
iluminação, sinalização, bateria, pneus, etc.. Para o resto do ano estão previstas mais campanhas, com a particularidade de “as oficinas passarem a ter ao seu dispor um serviço de SMS para divulgação das campanhas locais e serviços” diretamente junto dos seus clientes. Q OFICINAS RINO VÃO TER SUPORTE TÉCNICO ONLINE Outro dos projetos em fase de arranque é o centro de suporte técnico on-line, com uma linha de apoio técnico totalmente em português, suporte técnico em diagnóstico multimarca e interpretação de códigos de avaria. A Convenção Rino 2013 serviu também de palco ao anúncio de um novo fornecedor ao nível dos lubrificantes e do lançamento duma parceria com a RPL para o ar condicionado auto. A Rino Master também já está “em condições de oferecer à rede material de embraiagem da LUK”.
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EMPRESA
Carglass
Estratégia de liderança i Depois de perceber quem são os parceiros de negócio da Carglass, dificilmente poderíamos imaginar que escolhesse para Portugal outra estratégia que não fosse de liderança
A
vontade da Carglass estar na frente do mercado começa logo pela sua prioridade à satisfação do cliente. É de facto uma empresa obcecada com a satisfação dos seus clientes, investindo ao máximo em inovação e novas tecnologias. Mas, apesar de seguir todos os procedimentos corretos para obter a satisfação do cliente, não assume que isso tenha que acontecer obrigatoriamente e automaticamente. Empresas especializadas em inquéritos à satisfação do cliente mantêm a Carglass objectivamente informada do que se passa quanto a isso. Noutro plano, a Carglass segue três linhas de orientação principais. A nível interno, as prioridades são a inovação, a eficiência e a flexibilidade. “Inovação, porque os mercados mudam, eficiência, porque é a forma de sobreviver em contexto de crise e flexibilidade e adaptabilidade porque nos temos que adaptar às novas exigências do mercado“ esclareceu-nos Frederico Santos, Director Comercial e de Marketing da empresa, que prosseguiu: “Estamos a passar por um processo de reestruturação em que nos estamos a reinventar. Pensamos que através desse processo somos uma empresa cada vez mais rejuvenescida“. A proximidade com o cliente é outro factor de sucesso decisivo. A Carglass tem em Portugal 26 Agências nas principais capitais de distrito, mas a cobertura do território é total, através do serviço móvel (menos nas Ilhas). Este é realizado com o recurso a 30 carrinhas completamente equipadas de serviço móvel. Este serviço móvel cada vez mais requisitado, por ser gratuito, apresentar maior conveniência, assim como a mesma qualidade de serviço e garantia vitalícia dos estabelecimentos, representa já neste momento 30% de serviço total da Carglass no país. No entanto, os gestores da empresa irão abrir brevemente mais agências, porque sentiram que a presença física da empresa em certas zonas é fundamental para garantir a confiança do cliente. A última agência inaugurada foi em Viseu, mas até ao final do ano ainda serão abertas mais duas ou três agências Carglass. Q NEGÓCIO ESTÁVEL A Carglass realiza em média 75.000 serviços por ano no mercado português, o que em termos teóricos dá cerca de 10 serviços por dia e por agência. A qualidade certificada (IS0 9001) e a ga-
rantia vitalícia não permitem atalhar nos detalhes, sendo a produtividade obtida à custa da eficiência, que é também o principal factor de remuneração do pessoal. Isso evita que os técnicos sejam tentados a fazer o maior número de serviços possível, infringindo regras éticas e legais (partir vidros danificados para as seguradoras pagarem, passar facturas com datas diferentes para receber indemnizações sobre seguros caducados, etc.). As seguradoras são parceiros de negócio que a empresa tem que respeitar e com as quais efetua inúmeros processos anualmente, relativos a vidros substituídos, que representam 80% do volume de serviço da Carglass. As Agências e o serviço móvel estão disponíveis seis dias por semana, no horário de expediente normal. Através do telefone de nº azul 808 20 00 53, é possível contactar a Carglass 24 horas por dia e das 09:00 às 17.00h ao Sábado. Também podem ser efectuadas marcações online para o site da empresa. Q FORMAÇÃO MUITO CUIDADA Um dos maiores investimentos da Carglass é em recursos humanos e na sua formação, porque são os colaboradores que conseguem em grande parte obter a satisfação do cliente, através de um serviço de qualidade e eficiente. É por essa razão que a empresa aposta num bom acolhimento dos candidatos
a emprego e se preocupa em criar as melhores condições para uma boa aprendizagem da profissão. São os supervisores, empregados mais experientes e com mais tempo de casa, que contratam os novos colaboradores, caso verifiquem que os candidatos reúnem as necessárias condições para o efeito. Um dos testes obrigatórios é o de destreza, que consiste em apertar várias peças roscadas, olhando através de um espelho (imagem invertida). Terminada a fase de seleção, o candidato entra na fase de formação intensiva de duas se-
manas, que se realiza no Centro Técnico do Porto. No interior deste, foi criada uma Agência em ponto pequeno, para que o candidato receba treino em condições idênticas àquelas em que vai trabalhar e com as mesmas ferramentas e produtos. Dentro da loja simulada existem secções de carroçaria de veículos, através das quais é efectuada a formação teórica e prática dos candidatos. Na terceira semana de formação, o candidato entra em estágio, numa Agência diferente daquela que o contratou,
À esquerda, Jorge Munõz Cardoso, Diretor de Operações e Técnica, e Frederico Santos, Diretor Comercial e Marketing da Carglass
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acompanhado por um técnico graduado, que verifica o acerto e a eficiência demonstradas pelo candidato. Caso este dê provas de segurança e eficiência, o candidato volta à Agência que o contratou e passa a colaborador efetivo da empresa. Na Carglass, não há novos colocadores sem terem passado por todas estas fases preliminares. Mesmo que a Agência que o pretende contratar tenha falta de pessoal e muito serviço para atender. É também por aqui que começa a liderança do mercado. Q ACIMA DE QUALQUER DÚVIDA A imagem da Carglass tem que ser transparente e inspirar a máxima confiança ao cliente. Especialização em vidro automóvel, sem diversificação de serviços é uma opção da Belron, que é líder global no segmento. A única exceção a esta regra é um acordo que foi realizado com a Bosch, para vender escovas limpa vidros. A justificação para esse acordo é que não faz sentido montar um vidro novo e deixar uma escova degradada, que pode começar a riscar esse vidro. Na Carglass, não tencionam vender outros produtos que não estejam relacionados com vidros. Não vendem espelhos retrovisores, por exemplo. O Serviço ao cliente passa pela existência em cada Agência de um Stock Mínimo, sempre constituído por vidros de grande rotação (75% do mercado automóvel). O Stock Mínimo é constituído em função do parque circulante local, na zona geográfica da Agência a que diz respeito. Entrega e colocação dos vidros é efectuada num prazo de 24 a 48 horas. Se não houver o vidro em stock, é colocado na viatura um plástico rígido (policarbonato), para fechar o veículo até haver o vidro (no caso de vidros laterais). A imagem de confiança é também dada pelo alinhamento e padronização de processos em todas as agências, baseado na formação dos recursos humanos. Todas as agências pertencem à Carglass e a empresa é certificada, possuindo um manual de procedimentos que permitem a todas as agências terem o mesmo tipo de atuação, num universo com 200 funcionários.
Carglass, quem é? Praticamente, a designação responde a tudo e até constitui um bom exemplo de marketing em linha recta. De qualquer modo, há uma realidade por detrás do nome que convém desvendar, porque é até um exemplo muito ilustrativo de como se organiza bem um negócio. Em boa verdade, tudo começou há mais de 100 anos, com o aparecimento da marca Belron, que hoje constitui o grupo ou holding a que pertence a Carglass. Para termos uma ideia do que é a Belron hoje, basta dizer que opera em 33 países e possui uma equipa de mais de 25.000 técnicos altamente especializados e qualificados, que atendem anualmente mais de 11,7 milhões de clientes (um cliente de 3 em 3 segundos). Além da Carglass, a Belron opera muitas das maiores marcas mundiais da indústria de reparação e substituição de vidros em viaturas, como é o caso da Autoglass (presente em vários países europeus), a O’Brien na Austrália e a Safelite nos EUA. Não é difícil ima-
ginar as imensas sinergias que uma estrutura deste tipo gera, começando por ser a empresa que mais vidro compra a nível global, logo a seguir aos gigantes da indústria automóvel Toyota e General Motors. Mais perto de nós, foi criada recentemente uma plataforma logística em Madrid com 10.000m2 e capacidade para reter mais de 7.000 referências de vários tipos de vidro, correspondendo a 95% das necessidades do mercado. O investimento global deste hub logístico ficou pelos € 2,5 milhões, mas, com esta inauguração, a Carglass em Portugal pode receber as encomendas de vidro em apenas 12 horas, melhorando a sua eficiência e o grau de satisfação dos seus clientes.
Tecnologia, eficiência, produtividade Fazer bem e depressa é possível, com recurso à tecnologia, à formação profissional e à organização. A Carglass não podia ficar espera de soluções milagrosas. O centro de pesquisa Belron Technical (Reino Unido) tem inovações exclusivas que geram vantagens competitivas no mercado. Entre estas, estão o Glass Medic, o Ezi Wire, o 1-Tek, a resina HPX3 e a cola Dow. O Glass Medic é um equipamento que repara automaticamente danos em vidros, bastando o técnico regulá-lo em função do dano. O Ezi Wire é um sistema para cortar o excesso de cola do vidro, sendo operado a partir do interior do habitáculo, sem implicar riscos para o operador ou provocar danos de qualquer espécie no veículo. Quanto à ferramenta 1-Tek
(One tech), trata-se de um braço mecânico extensível desenvolvido peça Belron, que ajuda o operador a colocar o vidro sem a ajuda de outra pessoa. No passado, um operador deslocava-se somente para ajudar o outro a colocar o vidro no local, o que representava uma enorme quantidade de trabalho improdutivo. A nova resina HPX3 tem maior transparência, durabilidade e resistência, dando um acabamento perfeito ao trabalho. Por seu turno a cola da marca Dow, deixa o carro pronto a circular numa hora. Mesmo assim, a empresa está a trabalhar para conseguir encurtar ainda mais o tempo de secagem, sem haver risco de descolagem. Alguns concorrentes tentaram comprar estas soluções, mas obviamente não estão à venda.
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A uniformização de lojas, procedimentos, métodos de trabalho, fardas do pessoal, etc., agrada ao cliente e ele sente-se confortável sempre que tem que contactar a Carglass, dentro do país e além fronteiras. Por outro lado, a garantia vitalícia Carglass é internacional e válida em qualquer país. O cliente sente-se acompanhado onde quer que vá. Q CRISE É OPORTUNIDADE Com menos carros a circular, há menos vidros partidos, do mesmo modo que o desemprego leva a que haja apólices de seguro com menos coberturas. Tudo isso leva a que muitos carros estejam temporariamente “encostados“. Há condutores que montam um vidro em mau estado no dia anterior a irem à inspeção com o veículo. O mercado caiu 20% em 2012, mas a Carglass não está muito preocupada com isso, porque é uma empresa com mais de 25 anos e já viu outras crises. Quanto ao Grupo Belron, está há mais de 100 anos no mercado e viu já mais crises ainda. Em vez de se ficar a lamentar, a Carglass criou uma linha de crédito com a Cofidis, através da qual o cliente paga a reparação do vidro em 12 meses sem juros (a empresa assume os juros). O mercado deve continuar estagnado, mas a estratégia da empresa é aumentar a sua cobertura geográfica do país, como é o caso da nova Agência de Viseu. O objectivo é consolidar a posição de liderança, tentando entrar na quota de mercado da concorrência. A visão de negócio na Carglass assenta numa perspectiva de longo prazo no mercado, porque são pioneiros e têm nas seguradoras e gestoras de frotas os principais parceiros de negócio. Mercado português tem vindo a ficar esmagado em termos de margens e até certo ponto está saturado. Somente as economias de escala e eficiência permitem superar a concorrência dos competidores locais, que se debatem com custos superiores. No meio da crise ou sem ela, a satisfação do cliente é o maior factor de diferenciação, resultando de todas as sinergias e eficiências que a empresa consegue gerar. Em cerca de 95% dos casos, as seguradoras dão liberdade ao cliente para escolher o local de reparação dos vidros. Há que aproveitar. Haverá sempre oportunidades enquanto se gerar mais eficiência. Esta é a visão positiva da Carglass.
O CARGLASS
Rua Manuel Pinto de Azevedo, 662 4100-320 Porto Diretor Comercial e Marketing: Frederico Santos Diretor Operações e Técnica: Jorge Cardoso Telefone: 226 194 000 Fax: 226 194 001 E-mail: Frederico.santos@carglass.pt Internet: www.carglass.pt
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Fafediesel Group
A maturidade de um projeto
i O percurso normal dos projetos empresariais é efectuado geralmente do centro para a periferia. O percurso inverso é mais complicado, mas não é impossível, como nos demonstra o caso da Fafediesel
Diogo Novais e Alberto Novais são os mentores dos novos projetos da Fafediesel, com destaque para o e-mob, a implementação das ferramentas Kaizen nos diversos departamentos da empresa e a internacionalização do negócio das peças reconstruídas ecoparts
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oje, 27 anos depois, o projeto segue já o percurso inverso do centro para a periferia e procura o domínio territorial no plano interno e a expansão nos mercados externos. Este êxito pouco frequente requer obviamente líderes pouco frequentes. Está neste caso Alberto Novais, que foi o principal promotor do negócio e ainda hoje assegura o leme do projeto. O grande mérito de Alberto Novais, foi ter percebido que valor acrescentado para o cliente é também valor acrescentado para os negócios, numa altura em que as coisas funcionavam exatamente no sentido inverso. Hoje em dia, essa percepção já está no ADN da organização e isso leva inevitavelmente a Fafediesel a procurar ideias e conceitos inovadores, que acrescentem valor para ambos os lados da mesma moeda: cliente e negócio. Nos idos anos de 1986, quando Alberto Novais começou a mexer no “coração“ dos motores diesel, o paradigma do valor acrescentado era a tecnologia diesel, tanto para os operadores do mercado envolvidos em diversas atividades produtivas, como para o sector de reparação automóvel, permitindo uma diferenciação que ainda hoje é válida. Na realidade, para além das virtualidades do próprio
ciclo diesel e do próprio combustível - o gasóleo -, a bomba de injeção é o factor número um de rentabilidade dos motores diesel, gerando potência, economia e fiabilidade para os motores. Os dois parâmetros essenciais da injeção diesel, caudal de injeção e avanço, são críticos para a eficiência dinâmica e energética dos veículos, constituindo a arte da manutenção e reparação dos motores die-
sel. Hoje a electrónica assegura o sincronismo ideal da injeção, mas é preciso quem garanta o sincronismo entre a parte electrónica e a parte mecânica do motor, tornando a mecatrónica um requisito incontornável da nova arte de reparação automóvel. Q EVOLUÇÃO DO SECTOR Segundo os responsáveis da Fafediesel,
A Fafediesel apresentou no dia do seu 27º Aniversário, o Ford Ka e-mob, o primeiro veículo de motor a combustão interna convertido para tração elétrica
a maior ameaça para o sector de reparação automóvel foi a queda vertiginosa do poder de compra dos condutores de veículos. Sobre os operadores do pós-venda automóvel, o líder da Fafediesel, Alberto Novais, acredita que o atual clima de dificuldades económicas irá operar uma seleção natural e uma clara diferenciação entre quem investiu em novas tecnologias e quem não investiu. Esta seleção já está a acontecer neste momento e vai continuar ainda durante algum tempo. Em contrapartida, quem ultrapassar esta fase atual vai prosperar a médio prazo, porque o parque de viaturas a envelhecer aumenta a procura de serviços. Contudo, mais oportunidades serão partilhadas por menos operadores, o que resultará em maior volume de negócios por empresa, melhorando a rentabilidade média e o nível de sustentabilidade do tecido empresarial do sector. Na óptica de Alberto Novais, da Fafediesel, outra modificação que se está a operar no mercado é em relação aos nichos de negócio. Até aqui, uma oficina podia prosperar e garantir o futuro com a especialização num único nicho de negócio. Contudo, a generalização da concorrência está a obrigar a que cada negócio tenha vários nichos alternativos e complementares, a fim de equilibrar a sua rentabilidade e garantir o volume de negócios indispensável. Neste sentido, os conceitos de mobilidade alternativa surgem no horizonte como nichos de negócio promissores e com efetivo potencial. Q PODER DA COMUNICAÇÃO Alberto Novais acredita que uma comunicação fluida e personalizada entre empresas e clientes constitui o principal factor de negócio. A satisfação do cliente depende em alto grau do facto dele sentir que os seus pontos de vista são escutados e as suas opções respeitadas. Por outro lado, os empresários da reparação automóvel devem apostar na promoção de negócios que gerem liquidez. Com uma gestão equilibrada e correta, a oficina deixa de estar pressionada pela sua situação financeira imediata e pode começar a trabalhar com preços fechados e transparentes, que são mais atrativos para o cliente e geram a sua assiduidade. Outro factor em que as oficinas têm que apostar é na formação técnica dirigida para as novas tecnologias. Elas são
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Para a Fafediesel, a reconstrução de bombas injetoras e turbocompressores é uma prioridade, pelo que vai dinamizar e incrementar a venda da marca ecoparts, em Portugal e no estrangeiro.
a chave da produtividade e da rentabilidade dos negócios. Por outro lado, os garagistas têm que evoluir para gestores do seu negócio e têm que dominar todas as áreas desse negócio, em vez de ficarem dependentes do técnico de contas e do gestor da conta bancária. Também têm que saber mudar de fato do macaco para camisa e gravata quando for preciso. As novas gerações apreciam muito mais a inteligência que descobre soluções do que o tradicional esforço continuado e por vezes inglório gasto em soluções já ultrapassadas. Mudando de registo, o garagista vai começar a compreender que a reparação deve ser pensada e organizada em função do cliente e não do veículo. Q NEGÓCIO CONSOLIDADO O projeto Fafediesel está perfeitamente consolidado, identificado e reconhecido no mercado. O estabelecimento original está situado em Fafe, sendo um típico negócio de pós-venda, que inclui t ambém venda de carros novos e usados e é Reparador Autorizado Ford desde 1993. No Porto, o Grupo Fafediesel dispõe da DieselSys, que inclui uma oficina multimarca Bosch Car Service e uma oficina especializada Bosch Diesel Center. Como se pode facilmente depreender, a ligação à marca Bosch existe desde o início do projeto, sendo o principal fornecedor de equipamentos, peças e serviços, na condição de líder global incontestado de sistemas diesel. Estamos perante um grupo coeso e que aposta fortemente nos Recursos Humanos, dispondo neste momento de 40 colaboradores, que foram recentemente premiados com um Plano de Pensões. Apesar das flutuações do negócios nos anos mais recentes, a empresa não dispensou nenhum dos seus empregados, tendo apostado antes na reconversão das suas funções, que evoluíram de atividades menos rentáveis para outras de maior valor acrescentado. Esta opção tem claramente implicações com o sistema de melhoria contínua Kaizen, um dos mais recentes parceiros de negócio da Fafediesel. De certo modo, o encontro da empresa com o sistema e a filosofia Kaizen foi natural e inevitável, porque a Fafediesel sempre procurou evoluir para soluções mais avançadas e eficientes, embora de uma forma não tão sistemática como agora acontece. O facto de ser um projeto consolidado
Linhas de orientação estratégica O ano de 2012 fez soar o sinal de alarme, devido ao menor volume de vendas (cerca de 10%), mas com uma redução de custos (na casa dos 20%), que permitiu alcançar um balanço positivo.
Neste início de 2013, a tendência está a inverter-se e a empresa entrou já na zona dos resultados positivos (+10º%). De qualquer modo, Alberto Novais tem o leme da empresa bem firme nas suas mãos. Dentre as orientações estratégica por si definidas, estão as seguintes: O A longo prazo, as unidades de negócio menos rentáveis irão ser afectadas à reconstrução de peças, que poderá abranger todas as peças e sistemas do veículo; O Consolidar o negócio atual (diesel); O Reforçar parcerias para cobertura de mercados externos, onde já existem contactos (Parceiros em Moçambique, Marrocos e Argélia); O Parceria com a Marcodiesel no sul do país, para desenvolver a distribuição de peças ecoparts; O Processo de migração para as novas tecnologias (formação em tecnologias de propulsão híbridas e eléctricas). Teremos no futuro, além da Fafediesel, uma Fafevolt? E uma Faftware? E uma Fafeparts? As sementes estão lançadas à terra e a germinação já se iniciou. Estamos cá para ver o resto!
e com fortes ligações ao mercado através do seu core business, a tecnologia e serviços diesel, isso não impede o Grupo Fafediesel de pensar em alternativas e em preparar o futuro, lançando as raízes de novos projetos. Um deles é o nicho em grande crescimento da reparação e reconstrução de turbo compressores, uma atividade que tem contado com o apoio da Bombóleo, um fornecedor e parceiro de negócio desde a primeira hora.
Q MOBILIDADE ALTERNATIVA Sendo a inovação um dos elementos vitais do ADN da Fafediesel, os novos conceitos de mobilidade não passaram ao lado da porta, pelo contrário. Entre outras atividades, estão em curso programas de formação em formas alternativas de propulsão do automóvel e mobilidade eléctrica, incluindo a tecnologia híbrida, tecnologia eléctrica e tecnologia de bicicletas e motorizadas eléctricas. Outro importante projecto é o e-mob, que mais não é do que a reconversão de um carro de motor de combustão para a propulsão eléctrica. Dentre as soluções de ponta utilizadas neste projeto estão os motores eléctricos de alta eficiência montados nas rodas posteriores e as baterias de iões de lítio, com maior densidade energética e mais fáceis de carregar do que as baterias convencionais. A viatura base é um Ford Ka a gasolina transformado, recentemente apresentado à comunicação social e parceiros de negócio durante as comemorações do 27º aniversário da Fafediesel. O mais forte argumento da mobilidade eléctrica é o seu custo. As despesas de manutenção são muitíssimo reduzidas e o consumo de energia eléctrica é de cerca de € 1/100 km, o que permite a rápida amortização do veículo. A homologação para o protótipo circular na via pública está praticamente garantida. Para que nada falte. O projecto e-mob fará parte da Tese de Mestrado de um jovem engenheiro automóvel que trabalha com a Fafediesel desde o 11º ano de escolaridade. Esse Mestrado decorre no Instituto Politécnico de Leiria, uma das instituições de ensino com mais fortes ligações ao sector automóvel no país. Tudo isto não deixa de ser também um claro investimento em marketing, através do qual se pretende passar um sinal muito claro para o mercado de que a Fafediesel está muito atenta à evolução tecnológica do automóvel e que pretende manter-se na linha da frente da oferta de soluções técnicas. Q RECONSTRUÇÃO DE PEÇAS No futuro, além do desmantelamento de VFV, a redução do impacto do automóvel no meio ambiente passa pela reconstrução de peças e componentes, atividade que já existe em grande escala industrial e vai continuar a crescer. Alberto Novais, líder da Fafediesel, é um
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dos adeptos desta tendência e um claro defensor da reconstrução, que permite a conservação de recursos e de energia, para além de ser uma opção vantajosa para reparadores e para os seus clientes. De resto, a Fafediesel desde sempre que se dedica à reconstrução de bombas injectoras diesel, injectores e turbo compressores, numa escala limitada e apenas para clientes da empresa. Tudo isso no entanto vai mudar radicalmente com o projecto Ecoparts, que surgiu há dois anos, na área das peças reconstruídas. A ideia é passar da escala artesanal para a escala semi-industrial e depois para um projeto industrial, produzindo peças reconstruídas para o mercado de distribuição de peças. O projeto tem avançado lentamente, não só devido à crise económica presente, como por causa das principais condicionantes, que são o investimento avultado e a escassez de matéria-prima, nomeadamente os cascos das peças para reconstruir. Apesar de tudo, o projeto está a evoluir e pretende consolidar-se no mercado, porque tem retorno e constitui uma alternativa válida para o mercado de peças, sendo também uma opção muito conveniente relativamente à reparação, porque a disponibilidade do veículo é imediata. Está neste momento a ser desenvolvido um portal online para comercialização de peças a nível nacional e internacional. O projeto Ecoparts será uma referência em informação técnica e quer oferecer um produto com imagem, qualidade e preço claramente competitivo. Aqui está também presente a indispensável “mãozinha“ do sistema Kaizen, com os seus conceitos de linha contínua, optimização de processos e eliminação de desperdícios. É assim que se consegue maximizar a relação qualidade/preço. Q SOFTWARE FAFEDIESEL? Todos os projetos em desenvolvimento na Fafediesel passam de uma forma ou de outra pela Internet, sendo a melhor maneira de optimizar e agilizar os fluxos de informações e de produtos entre as empresas. Estão já neste momento a ser desenvolvidas e testadas ferramentas colaborativas de apoio comercial para oficinas, entre outras. A fase atual ainda é de teste, mas tudo leva a crer que irá resultar. Para parceiros de negócio das oficinas BCS e BDC outras soluções estão perspectivadas, tendo em vista melhorar a comunicação e aumentar os fluxos comerciais e de informação. O software pode estar assim em vias ser outro nicho de negócio da empresa, onde existem competências para dar o melhor seguimento a mais esta atividade.
O FAFEDIESEL
Loteamento de Cavadas 4820-587 Quinchães Telefone: 253 490 330 Fax: 253 596 858 E-mail: fafediesel@boschcarservice.pt Internet: www.fafediesel.pt
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CONHECER
fig.3
Capotamento de veículos
FIG. 3 - Embora mais robustos, os SUV e 4x4 têm o centro de gravidade sensivelmente mais elevado. Numa situação deste tipo, a “cambalhota” é praticamente inevitável
Incidência variável i Estamos perante uma “manobra” de alto risco, felizmente não tão frequente em termos estatísticos como outros acidentes rodoviários, mas mesmo assim suficientemente verificável
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ambém há os casos em que o carro volta a ficar assente sobre as rodas ou noutra posição qualquer, depois de ter capotado, impedindo o registo da ocorrência com as características devidas. Por outro lado, nos casos em que a viatura fica completamente destruída e irreconhecível, pouco importa que tenha sido um capotamento ou outro tipo de acidente. Devemos estar mesmo assim gratos pelo facto do automóvel ter de um modo geral o centro de gravidade relativamente baixo (abaixo da linha da cintura, sem ocupantes) e uma base de sustentação rectangular, muito estável. Pela lei geral dos sólidos, existe perda do equilíbrio nos casos em que o centro de gravidade ultrapassa a linha limite da base de sustentação. Para que isso aconteça com um automóvel é necessário que ocorra um despiste ou qualquer outra ocorrência imprevista, geralmente derivada de um erro de condução. Uma derrapagem lateral a alta velocidade geralmente acaba em capotamento, porque há uma excessiva inclinação da carroçaria para um dos lados. Curvas
fig. 1
FIG. 1 - A existência de airbags adequados e em bom estado de funcionamento oferece a proteção possível à cabeça e ao pescoço. O cinto de segurança completa o desejado efeito de retenção.
apertadas abordadas a alta velocidade e com uma travagem brusca para “ajudar”, também resultam geralmente numa “pirueta”. Sucessões de derrapagens, em que a carroçaria é sacudida alternadamente pela suspensão, acabam de rodas para o ar. Ainda falando de casos em que o carro capota dentro da via, há os casos em que o veículo em despiste ou fora de controlo bate em algum obstáculo, que serve de “rampa de lançamento” (os rails de proteção ou a berma da estrada, por exemplo). Fora da estrada, são mais frequentes as situações em que o veículo pode ficar em posições demasiado inclinadas, mesmo em condução aparentemente sem risco. Velocidade excessiva para o local e manobras pouco destras podem provocar facilmente o capotamento. Do mesmo modo, quando o carro se despista e sai da estrada, a probabilidade de capotar ou de voltar à estrada já de rodas para o ar é elevada. Q RISCOS ASSOCIADOS O risco mais grave num capotamento é a possibilidade do condutor ou ocu-
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pantes serem projetados para o exterior do veículo, situação que envolve elevados danos pessoais e em muitos casos a própria morte. Uma das hipóteses é a pessoa ser colhida pelo próprio veículo ou por outro veículo que circule nas proximidades. Embates no solo ou em obstáculos verticais têm consequências igualmente muito graves. Estas situações colocam em clara evidência a necessidade de utilizar os meios de retenção disponíveis, designadamente os cintos de segurança e os airbags. Ambos devem estar em perfeito estado de uso. Os airbags laterais são neste caso um preciosa proteção (Fig. 1). Menos hipóteses de defesa têm os ocupantes se houver intrusão de objetos estranhos no habitáculo ou se os pilares do tejadilho cederem, deixando pouco espaço disponível em altura. Aqui, a prevenção ativa de acidentes é a única defesa. Em termos de lesões de grande gravidade, os traumatismos na cabeça e na coluna vertical, designadamente na região cervical, são as mais frequentes, porque o peso do corpo todo recai sobre a cabeça e o indivíduo não consegue esquivar-se a essa situação de alto risco, especialmente se os meios de retenção não estiverem disponíveis. As consequências menos graves verificam-se quando os meios de retenção cumprem plenamente a sua missão e
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quando o espaço de sobrevivência do habitáculo não se deforma, nem é invadido por objetos estranhos. Q ESTRUTURA DO VEÍCULO Para se conseguirem ganhos em aerodinâmica e em redução de peso, os atuais pilares do tejadilho do veículo são inclinados para trás (ou para a frente, nos de trás) e para o interior, o que reduz a resistência desses pilares a cargas elevadas, geralmente verificadas em capotamentos. Esse inconveniente está a ser contornado pelos construtores com a utilização de reforços de aço de alta resistência, que se apoiam na parte inferior da carroçaria. Nos descapotáveis, existem geralmente arcos de proteção, que podem se acionados por sensores de inclinação da carroçaria (Fig. 2). A altura do habitáculo fica assim garantida, mas o risco de intrusão de objectos estranhos é mais elevada nestes casos. Nos SUV e veículos todo o terreno a carroçaria é geralmente mais robusta, mas o centro de gravidade destes veículos é geralmente mais elevado do que os carros comuns, o que aumenta o risco de capotamento em situações limite (Fig. 3). Grande parte destes modelos possui sensores e indicadores de inclinação da carroçaria, alguns dos quais com avisadores acústicos.
Os condutores mais “dinâmicos” fariam um bom investimento em montar barras interiores de proteção do habitáculo (“Santo António”), do tipo das que são utilizadas na competição automóvel. Neste momento, existem soluções para veículos de turismo mais discretas e com a mesma eficácia, tanto em alumínio, como em fibra de carbono.
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Q CONCLUSÃO Verifica-se uma proporção significativa de lesões na cabeça e no pescoço dos ocupantes envolvidos em capotamentos de veículos. Quanto a lesões da coluna vertebral, elas são três vezes mais frequentes nos capotamentos, relativamente à incidência verificada noutros tipos de acidentes.
fig. 2
FIG. 2 - Neste descapotável são visíveis os arcos de proteção na parte de trás do habitáculo, que se destinam a garantir a altura do habitáculo em caso de capotamento. Visível é também o efeito de proteção do airbag lateral, onde está apoiada a cabeça do boneco de ensaios.
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A
lavagem é indispensável para executar uma reparação profissional e evitar elevados custos posteriores. Para além disso, asseguram-se os direitos de garantia diante dos fornecedores e garante-se a satisfação do cliente. Contudo, os compressores, válvulas de expansão, válvulas de estrangulamento e filtros desumidificadores não podem ser lavados e deve ser efetuado um bypass por adaptadores, durante a lavagem. No fim do processo de lavagem é necessário substituir as válvulas e filtros. Q PORQUE SE DEVE LAVAR O SISTEMA DE A/C? Devido a componentes do sistema com defeito (filtros desumidificadores envelhecidos (Fig. 1), danos no compressor, etc.) podem distribuir-se por todo o sistema de ar condicionado partículas de sujidade, que são arrastadas pelo agente refrigerante. Se, em caso de uma avaria do compressor, for apenas substituído o compressor, as partículas de sujidade podem acumular-se no novo compressor e destruir o novo componente instalado, incluindo a válvula de expansão / válvula de estrangulamento ou os componentes Multi-Flow – a consequência seria uma reparação complementar dispendiosa. De modo a evitar estes danos é necessário lavar sempre o sistema após um dano no compressor, o qual implica a contaminação do circuito do agente refrigerante por limalhas metálicas, partículas de borracha, etc.! Hoje em dia, a lavagem também já é exigida por muitos fabricantes de automóveis e de compressores. Q O QUE SE SUBENTENDE PELO TERMO “LAVAGEM” Por “lavagem” é compreendida a eliminação de impurezas ou de substâncias nocivas do circuito do agente refrigerante. A lavagem é necessária para realizar reparações corretas, para evitar reparações complementares dispendiosas, para validar as garantias em relação aos fornecedores e para garantir a satisfação do cliente.
SERVIÇO
Manutenção e reparação
Lavagem do sistema A/C
ração: Colabo lla He ella.com www.h
i A lavagem do sistema de ar condicionado é uma das atividades mais importantes, em situações de reparações ou em caso de avaria do compressor, através da qual as impurezas e substâncias nocivas são expelidas do circuito do sistema de ar condicionado. fig. 1
O filtro desumidificador envelhecido
Desgaste por danos no compressor
Óleo contaminado
Lavagem com solução de lavagem
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Efeitos causados por impurezas
Avisos gerais para a lavagem O
Ler atentamente os respetivos manuais de instrução, folhetos, informações dos fabricantes automóveis, fichas técnicas de segurança, etc. O Respeitar as prescrições de segurança e as informações técnicas “Manuseamento do agente refrigerante” e “Avisos de desmontagem e de montagem”, antes e durante a realização dos trabalhos. O Os compressores, desumidificadores / acumuladores e as válvulas de expansão e de estrangulamento não podem ser lavados. O Assegurar que toda a sujidade ou componentes danificados tenham sido eliminados do circuito do agente refrigerante. O Assegurar que foram eliminados todos os restos da solução de limpeza do sistema, secando os componentes adequadamente com azoto (n.o utilizar ar comprimido). O Encher o compressor com a quantidade / especificação correta de óleo. Ter em consideração as quantidades para os componentes lavados. O Rodar o compressor manualmente 10 vezes, antes de o colocar em funcionamento. O Substituir o filtro desumidificador ou acumulador e a válvula de expansão ou a válvula de estrangulamento. O Posicionar eventualmente um filtro na tubagem de aspiração do compressor. O Encher, após a evacuação correta, o circuito do agente refrigerante com a quantidade de agente refrigerante prescrita. O Ligar o motor. Aguardar pela estabilização do ralenti. O Ligar e desligar várias vezes o sistema de ar condicionado, durante períodos de 10 segundos. O Realizar um controlo da pressão do sistema, de funcionamento e de estanqueidade.
O Abrasão no caso de danos no compressor: As
Desvantagem Os custos de aquisição e de eliminação do produto de limpeza químico, bem como os trabalhos de montagem adicionais durante a montagem e desmontagem das tubagens e componentes. 2. Agente refrigerante Durante a lavagem com agente refrigerante (R134a) a estação de serviço de ar condicionado é equipada com adaptadores e elementos filtrantes, de modo a bombear agente refrigerante em estado líquido pelo circuito do agente refrigerante. Desvantagem Sé é possível remover partículas de sujidade soltas e óleo do sistema. Além disso, são necessárias placas de adaptação, de modo a permitir uma lavagem tecnicamente correta. Estas placas de adaptação são um fator de custo complementar,devido aos trabalhos de instalação e de desmontagem adicionalmente necessários. A estação de serviço não está disponível para os trabalhos em outros veículos, durante a aplicação. Aviso Enquanto os componentes Tube & Fin e serpentinas são, por norma, de fácil lavagem, frequentemente não é possível lavar os componentes com a técnica “Multi Flow” (fluxo paralelo). Se neste tipo de componentes existirem dúvidas sobre o resultado da limpeza, deve-se proceder à substituição dos mesmos.
Multi Flow
Vantagens e desvantagens dos dois métodos de lavagem
Método de lavagem
Fluido de lavagem
Agente refrigerante
Líquido de lavagem
Os componentes do sistema são lavados com uma estação de serviço de ar condicionado e com um dispositivo complementar de lavagem, com filtro e adaptadores (ambos disponíveis separadamente).
Os componentes do sistema são lavados com dispositivo de lavagem adicional e uma solução química. Os restos do líquido de lavagem devem ser removidos com azoto e o sistema deve ser seco com azoto.
O Nenhuns custos para o fluido de lavagem
Vantagens
Recomendação Através da utilização combinada de líquido de lavagem e de azoto são assegurados excelentes resultados. Numa primeira fase, a lavagem com líquido de lavagem elimina partículas encrostadas e depósitos ressequidos. A aplicação subsequente de azoto seca o circuito do agente refrigerante e os componentes.
Serpentina
O Nenhuns custos de eliminação do fluido
de lavagem
O Remove partículas soltas e agarradas e óleo
O Remove partículas de sujidade soltas e óleo
O Excelente resultado de limpeza
O Método autorizado por vários fabricantes de
veículos automóveis O Resultados de limpeza menos bons para
Desvantagens
1. Produtos químicos (líquido de lavagem) As tubagens de ligação ou os componen tes do sistema devem ser lavados individualmente. Estes são lavados com o apoio de um adaptador universal ou de uma pistola de lavagem e com um produto químico (líquido de lavagem). A seguir ao processo de lavagem é necessário remover os rest os do agente refrigerante e secar o circuito com azoto.
Tube & Fin
Produtos para ar condicionado
partículas de material entopem as válvulas de expansão, válvulas de estrangulamento (tubos de distribuição) ou componentes multifluxo (condensador, evaporador). O Humidade: As válvulas de expansão e os tubos de distribuição (orifice tubes) podem congelar. Devido a reações químicas entre os agentes refrigerantes e os óleos dos agentes refrigerantes com a humidade, podem formar-se ácidos que aceleram e causam a porosidade dos tubos flexíveis e dos vedantes em O. Os componentes do sistema serão danificados por corrosão. O Elastómeros (borracha): As partículas de elastómeros podem entupir as válvulas de expansão, os tubos de distribuição (orifice tubes) ou os componentes multifluxo. O Óleo do agente refrigerante ou agente refrigerante com impurezas: Agentes refrigerantes contaminados ou a mistura de diferentes óleos de agentes refrigerantes podem originar a formação de ácidos. Tais ácidos, por sua vez, podem tornar os tubos flexíveis e os vedantes em O porosos. Em consequência, outros componentes do sistema podem ser danificados por corrosão.
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sujidade incrustada O O elemento filtrante do aparelho de
O O fluido de lavagem tem custos
lavagem tem que ser substituído regularmente
O Custos de eliminação para o fluido de
O A estação de serviço de ar condicionado está
ocupada durante estes trabalhos e não pode ser utilizada em outros veículos Estação de serviço de ar condicionado
Dispositivo de lavagem
Condensador
lavagem
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CARROÇARIA
Sistemas de ar comprimido
Energia potencial i Nos dias de hoje, é fundamental que uma oficina disponha de um sistema de ar comprimido, que proporcione um fluxo constante de ar limpo, seco e com pressão e caudal mínimos adequados. Trata-se de um factor de produtividade, qualidade de serviço e competitividade incontornável
Colaboração: CENTRO ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
A
energia disponível nas oficinas de reparação automóvel provém da eletricidade e do ar comprimido, sendo que a segunda já é uma derivação da primeira e portanto menos eficiente do ponto de vista energético. De qualquer modo, o ar comprimido tem a vantagem de poder ser utilizado em múltiplos processos nas oficinas de carroçaria e repintura, para além das inevitáveis pistolas aerográficas, que se mantém o processo de excelência na transferência de produtos de revestimento para a superfície da carroçaria. Em relação às ferramentas
eléctricas, as ferramentas pneumáticas têm duas grandes vantagens, que são o maior binário disponível e o facto de não produzirem faíscas detonantes, nem provocarem curto-circuitos, uma das causas comuns de incêndios. Além disso, o ar comprimido pode ser utilizado eficazmente em várias operações de limpeza e de secagem. Mesmo assim, as oficinas devem possuir os dois tipos de ferramentas, para evitar paragens de produção, por falta de ar comprimido, ou por falta temporária de corrente eléctrica. Além disso, as ferramentas eléctricas da última geração
Modernos compressores de parafuso de controlo electrónico e informatizados, com chassis e caixa de proteção/isolamento.
já trazem motores sem escovas, que não produzem faíscas, um dos riscos de detonação de vapores de solventes ou combustíveis, entre outros. Em contrapartida, os sistemas de ar comprimido exigem maiores cuidados de manutenção do que as instalações de distribuição de energia eléctrica, cuja manutenção corrente é reduzida ou nula. A lubrificação do compressor é uma das prioridades, porque lubrificante deteriorado ou com nível muito baixo pode acarretar a deterioração irreversível do compressor. Este compressor e o respectivo depósito de ar comprimido devem estar adequados à dimensão da oficina e ao consumo médio de ar comprimido verificado. Por seu turno, o filtro de ar de admissão do compressor também tem que ser substituído ou limpo nos intervalos tecnicamente corretos. Além disso, é necessário prevenir e reparar a existência de fugas de ar comprimido, que provocam a perda de eficiência do sistema. Quanto à qualidade do ar, indispensável para garantir a qualidade dos processos de repintura e a preservação das ferramentas pneumáticas, o sistema de ar comprimido tem filtros de absorção de impurezas e humidade, que devem ser substituídos nos intervalos recomendados. Q PRINCIPAIS COMPONENTES Além das pistolas de repintura e das ferramentas pneumáticas, o ar comprimido é utilizado para os elevadores de veículos, máquinas de lavar pistolas e
outros equipamentos, que requerem uma resposta rápida e eficaz. A base do sistema de ar comprimido é o compressor, que comprime o ar atmosférico até à pressão tecnicamente especificada, para garantir o correto fornecimento de ar à pressão a toda a oficina. Em tempos a tecnologia dominante, o compressor de êmbolos tem os dias contados, servindo apenas em aplicações relativamente marginais e sem um grau de exigência elevado. Os compressores de parafuso asseguram um caudal superior d e ar comprimido, com menos volume ocupado, menor nível de ruído e maior eficiência energética, que se traduz em economia de eletricidade. São também mais fiáveis e requerem menos cuidados de manutenção, constituindo um investimento mais rentável e mais produtivo. Para compensar os picos de consumo de ar comprimido e os períodos em que não existe consumo, existe um depósito de ar comprimido à saída do compressor, que tem igualmente a importante função de assegurar a condensação da humidade atmosférica e dos vapores de óleo gerados na compressão, através do seu arrefecimento. Os resíduos de água e óleo condensados são depois eliminados através de uma válvula de purga, preservando e prolongando a vida útil dos filtros e secadores de ar. Para grandes volumes de ar e temperaturas ambiente relativamente elevadas, pode ser necessário instalar um condensador refrigerado (antes ou depois do depósito), cuja função é reforçar a
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Representação esquemática de uma instalação de ar comprimido, sendo patente a intenção de reduzir a distância entre o compressor e os locais de utilização de ar comprimido, a fim de reduzir as perdas de pressão e os custos energéticos.
condensação da humidade, o inimigo nº 1 dos sistemas de ar comprimido. Alguns compressores já vêm equipados de origem com este dispositivo, constituindo uma mais-valia. Sendo um elemento pressurizado e com risco de rebentamento de consequências eventualmente graves, em especial no período de laboração na oficina, o depósito de ar comprimido obedece a regulamentações de segurança, que incluem uma porta ou boca para inspeção visual do seu interior (para detecção de possíveis focos de corrosão), um manómetro de pressão, uma válvula de segurança, uma válvula de PUB
fecho e um indicador de temperatura. Todos estes elementos estão sujeitos a verificações periódicas de segurança obrigatórias. Além destas, manda o bom senso que o responsável pela manutenção dos equipamentos da oficina promova a sua inspeção visual regular. Q DISTRIBUIÇÃO DE AR COMPRIMIDO Depois do compressor, do depósito, do condensador e dos filtros, a distribuição de ar comprimido obedece a algumas regras técnicas, que devem ser respeitadas. Isso implica que a rede de distribuição de ar comprimido seja estudada por engenheiros especializados
e executada por técnicos profissionalmente competentes. Por outro lado, a distribuição dos pontos de tomada de ar comprimido deve ser racional, isto é, não obrigar ao uso de mangueiras muito longas, nem exigir terminais que não são utilizados ou são apenas usado esporadicamente. A extensão dos tubos de distribuição e das mangueiras tem reflexos na quebra de pressão por atrito interno, para além de aumentar o risco de fugas, que afectam a eficiência do sistema. Os sistemas com uma rede mais extensa obrigam a compressores de maior caudal e a tubos de maior diâmetro, a fim de minimizar as perdas por
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atrito. No limite, pode ser necessário haver dois compressores ou mais, dependendo da dimensão da oficina e do número de pontos de tomada de ar. Tudo isto obedece a cálculos rigorosos. Outro ponto de grande importância é o controlo de humidade na rede de distribuição, pois a condensação inicial e os filtros à entrada da rede não conseguem eliminar totalmente a humidade, que se mantém em suspensão no ar, por efeito da temperatura ambiente. O risco de condensação ao longo da rede por arrefecimento localizado é elevado, o que exige algumas medidas preventivas. Uma delas é a inclinação residual dos tubos de distribuição de ar (1º-2º de pendente), o que obriga a água de condensação a fluir para os pontos mais baixos do sistema, onde existem pontos de drenagem. Outra estratégia de combate à humidade é a montagem de cotovelos de elevação nos tubos de derivação para os pontos de tomada de ar, que impedem a entrada de água condensada nestes, por arrastamento do fluxo de ar. Para finalizar a distribuição do ar comprimido, é necessário haver mais filtros e secadores nos terminais, para além de válvulas reguladoras de pressão, que permitem o controlo final do fluxo e da qualidade do ar. Paradoxalmente, depois de eliminar todos os resíduos de óleo da rede, que são absolutamente “letais“ para a aplicação de produtos de pintura,
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Diagrama de uma instalação de ar comprimido, sendo visíveis todos os pontos de condensação e purga de vapor de água e de óleo.
Inclinação de 0,5-1º
Tubos de saída para o piso superior
Cotovelos sobre elevados
Separação por Filtro ciclone sinterizado
Filtro fino até 0,01 micros
Filtro de carvão ativo
Depósito de ar à pressão
Filtro SATA 424
Compressor
Secador de frio
pode ser necessário montar lubrificadores nas saídas de ar, que se destinam a lubrificar o ar fornecido às ferramentas pneumáticas. Talvez seja por isso que surgiram no mercado recentemente ferramentas pneumáticas mais ecológicas, sem lubrificação, as quais dispensam os referidos lubrificadores, constituindo uma mais-valia. Dependendo do grau da qualidade do ar necessário à saída da rede de distribuição, são instalados filtros de dimensões e características apropriadas. Geralmente, são colocados três elementos filtrantes em sequência, de modo a permitir à saída do último ar de elevada pureza, para as máscaras ou capacetes de pintura, por exemplo, com alimentação de ar para respiração do operador. Vejamos as características desses filtros: 1º - Elemento filtrante com capacidade de retenção de partículas de 5-8 micros e separação de água e óleo condensados. Este filtro tem geralmente purga automática de resíduos. 2º - Elemento filtrante do tipo coalescente, para retenção de partículas até 0,01 micros, tanto de partículas sólidas, como de água e óleo. 3º - Filtro de carbono ativo, capaz de reter vapores de solventes e outros produtos nocivos.
Água condensada Óleo condensado
Filtro SATA 444
Filtro SATA 484
Substâncias voláteis a partir de 0,01 micron Substâncias voláteis até 0,1 micron
Sistemas de filtragem mais simples podem apenas recorrer a um ou dois filtros destes. De qualquer forma, é fundamental que os filtros sejam de alta eficiência, isto é, que não fazem baixar a pressão de ar significativamente, tanto à entrada, como à saída da rede de distribuição de ar comprimido. Na alimentação de pistolas de pintura e ferramentas, são utilizadas mangueiras flexíveis, que permitem os movimentos dos operadores. No entanto, estas mangueiras devem obedecer a certos requisitos, entre os quais citamos: diâmetro interior adequado, para não baixar excessivamente a pressão do ar comprimido; uniões rápidas de ligação à rede homologadas e de medidas corretas; a mangueira não deve ter silicone na sua composição, deve ser anti-estática e deve ser resistente a esmagamentos (calçado, pneus de veículos, etc.). Q CONSIDERAÇÕES FINAIS Para um correto funcionamento de um sistema de ar comprimido, devem ser respeitados os seguintes pontos: Para minimizar os custos de energia e aproveitar ao máximo a pressão gerada, o compressor deve situar-se tanto quanto possível próximo dos locais de consumo (entre as cabinas de pintura e as áreas de preparação, por exemplo). O local onde funciona o compressor, por outro lado, deve ser seco, fresco e bem
Substâncias voláteis até 0.01 micron
ventilado, para ajudar a eliminar o calor gerado pelo funcionamento do compressor. Qualquer fuga de ar, mesmo mínima, deve ser imediatamente reparada, porque implica perda de eficiência global do sistema e aumenta exponencialmente os custos de energia.
As tubagens da rede de ar comprimido devem ter dimensões e características que permitam perder no máximo 0,1 bar, entre o depósito do compressor e o local de utilização. É também aconselhável que as tubagens tenham margem para utilização de mais ferramentas e pistolas, sem haver necessidade de introduzir alterações na rede. Os ângulos formados pelos tubos devem ser arredondados e não em ângulo recto, para evitar oferecer resistência à passagem do ar. Tanto quanto possível, os tubos devem estar isolados do exterior ou de locais de passagem de ar frio, para evitar aumentar a condensação no interior da rede. A rede deve estar dividida em sectores e estes isolados por válvulas de passagem de ar, a fim de isolar pontos de tomada de ar que não estão a ser usados, reduzindo a extensão da rede e minimizando o consumo de energia e as perdas de pressão. Efetuar a manutenção diária do sistema de ar comprimido, o que implica retirar toda a água e óleo condensados no interior dos tubos, depósito do compressor e filtros, substituindo estes últimos sempre que for aconselhável, a fim de manter a máxima capacidade de filtragem e a mínima perda de pressão. Recolher as mangueiras nos enroladores, quando não estiverem a ser utilizadas. Os enroladores aéreos devem ser preferidos, porque evitam danos nas mangueiras e deixam o chão livre. As pistolas de pintura com a tecnologia HVLP consomem mais ar e devem possuir mangueiras, uniões e filtros de diâmetro interno e dimensões adequadas.
Válvula de regulação vapores orgânicos partículas óleos água
Entrada de ar
Filtro de fricção Saída de ar
Filtro coalescente
Purga automática 1.ª Etapa Filtragem por fricção e centrífuga Eliminação: água, óleos, impurezas
Purga semi-automática 2.ª Etapa Filtragem por coalescência Eliminação: partículas até 0,01 micros
3.ª Etapa Filtro de carvão ativo Eliminação: vapores orgânicos, dissolventes
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CARROÇARIA
Tipologia e detecção de fraudes
Mitos e realidades i A primeira fase da luta contra a fraude, é a detecção pelo perito de seguro automóvel de algum detalhe suspeito. Baseando-se na sua experiência estes profissionais conseguem distinguir entre uma declaração de sinistro normal e uma que tenha indícios de fraude.
Colaboração: CESVIMAP www.cesvimap.com
O
seguro automóvel é um mecanismo simples, através do qual uma empresa de gestão financeira garante uma certa cobertura de riscos, mediante a análise estatística e de probabilidades, recebendo um prémio do segurado, como compensação. O facto de ninguém querer estar envolvido em acidentes, permite que os prémios dos segurados sem sinistralidade cubram os danos dos segurados com sinistralidade, dentro dos imprevistos que sempre acontecem. Trata-se desta forma de um mecanismo de responsabilidade e proteção social, que permite que as vítimas de acidentes recebam indemnizações proporcionais aos danos materiais e humanos verificados. Muitas pessoas e muitos condutores julgam que as seguradoras enriquecem à custa das suas contribuições e nutrem uma certa animosidade em relação a elas, mas isso não é rigorosamente verídico, porque há ciclos de sinistralidade que podem originar um saldo de exploração negativo nas empresas de seguros, sendo
O perito de seguros automóvel é uma peça central do combate à fraude contra as seguradoras, porque pode em função dos danos notar facilmente discrepâncias, relativamente a outras informações contidas no processo de gestão do sinistro.
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os prémios ajustados tendencionalmente aos custos. A concorrência entre as seguradoras assim o exige, o que beneficia o consumidor dos serviços de seguro. A rentabilidade financeira da empresas de seguros baseia-se essencialmente na gestão dos ativos e da liquidez de que dispõem, tal como um banco ou qualquer outra instituição financeira, sendo totalmente legítima e justificada. Q RESPONSABILIDADE SOCIAL Além de contribuírem com descontos para a segurança social e com impostos sobre os rendimentos como qualquer outra empresa, as seguradoras garantem o equilíbrio financeiro dos seus segurados perante os imprevistos, constituindo um mecanismo de estabilidade económica e social inquestionável. Adicionalmente, uma pequena percentagem do prémio do seguro reverte para o chamado Fundo de Garantia do Instituto Português de Seguros, que permite indemnizar os lesados, em caso de sinistros que envolvam condutores e veículos sem seguros contratados, o que reforça o papel de garantia social do seguro automóvel. Todas as invejas, dúvidas e animosidades em relação ao seguro automóvel, infelizmente mais vulgares do que seria desejável, não têm o mínimo fundamento e radicam na ignorância dos factos, na ganância indevida e torpe, bem como na má fé injustificável e até talvez inqualificável. Podemos portanto afirmar, sem margem para erro, que o primeiro grande tipo de fraude, em relação às seguradoras, aos condutores cumpridores dos seus deveres e a todos os cidadãos que solvem os seus compromissos, é conduzir sem seguro válido. Claro que não é desse tipo de fraude que iremos hoje falar, mas sim das chamadas fraudes técnicas, em que há omissão, ocultação, deturpação e até pura invenção de dados e factos. De qualquer modo, aqui fica a chamada de atenção para que os legisladores tomem em boa nota e atuem em conformidade. Um condutor que circula sem seguro de forma continuada e reincidente é um delinquente perigoso, sem respeito pela sociedade e pelos outros, que deveria ser impedido de conduzir definitivamente. Talvez desse modo houvesse mais avanços no combate à sinistralidade rodoviária. Q SINAIS DE ALARME Felizmente, as empresas de seguros têm uma grande experiência acumulada em fraudes e dispõem de amplas bases de dados e diversas formas de controlar a sua ocorrência. De qualquer maneira, até que seja confirmada, uma tentativa de fraude passa por diversas fases de gestão do expediente do sinistro automóvel. Se forem identificados os sinais de alarme que já se encontram em grande parte tipificados, surge então a hipótese de fraude, o que dá início a um processo de investigação, que resolverá se haverá ou não recusa dos danos apresentados pelo segurado e/ou terceiros. A primeira fase da luta contra a fraude, a de alarme, é a detecção pelo gestor de sinistros ou pelo tramitador, pelo perito ou
A oxidação das peças em que existem danos reclamados pelo segurado permite aferir se o acidente ocorreu na data relatada, ou se já tem mais algum tempo.
pelo responsável da atenção ao cliente, de algum detalhe suspeito. Baseando-se na sua experiência de milhares de casos, estes profissionais conseguem distinguir entre uma declaração de sinistro normal e uma que tenha indícios de fraude. As primeiras, ficam obviamente livres de investigação, mas as declarações suspeitas entram em fase de investigação. Compete a esses profissionais de seguros verificar então se existiu realmente o acidente, se aconteceu da forma como foi declarado ou se os danos foram intencionais, apurando as responsabilidades e o total a indemnizar. Este montante final, pode ser muito diferente do que seria se o segurado tivesse efectuada a declaração corretamente, porque podem vir a ser apuradas responsabilidades de terceiros, por exemplo. Q O QUE É UMA FRAUDE? Para compreender como se pode detectar uma fraude, é importante conhecer com toda a precisão o que se entende exatamente por tal, as suas características e tipologia, bem como todos os dados de interesse relacionados com o assunto. Para a ICEA, Associação para a Investigação Cooperativa entre Entidades Segu-
radoras, uma fraude é toda a acção ou omissão por parte dos intervenientes num contrato de seguro, tendente a obter ilegitimamente um benefício próprio ou a favorecer um terceiro. Fica portanto patente a intenção de enganar por parte dos segurados, para poderem obter um enriquecimento ilícito. Torna-se pois da máxima importância detectar a fraude, obter provas que o demonstrem e recusar os danos declarados. Antes de passarmos às tipologias de fraudes mais frequentes, é importante perceber que há danos que são recusados por razões diferentes, como a exclusão de coberturas, acessórios do veículo que não foram declarados, etc. Q TIPOLOGIA DE FRAUDES Há uma classificação que é meramente administrativa, em função do ramo afectado, danos materiais, danos corporais, danos próprios, roubo, incêndio, etc. Há também as fraudes geradas pela falsificação de sinistros ou pela falsificação de dados (modificação das circunstâncias do acidente, um novo acidente provocado, se há testemunhos em conivência com o anterior, etc. A ICEA realiza todos os anos
uma publicação chamada Fraude no Seguro, onde aparece a seguintes classificação de fraudes: O Fraude na declaração de dados - Os dados comunicados pelo segurado permitem a este realizar uma poupança de custos no prémio, um aumento do valor do bem seguro ou a reparação de danos que já existiam. Neste caso, estão as datas das cartas de condução trocadas, data da primeira matrícula do veículo diferente, existência de acessórios de alto valor (jantes, ar condicionado, etc.) que o veículo não possui, principalmente em coberturas por roubo, O Acidentes simulados - Estes são detectados quando as declarações do sinistro diferem do relato do acidente, acidentes em que um dos envolvidos não sofre danos, acidentes anteriores à realização do contrato de seguro, sinistros inventados ou simulados, roubos inexistentes, etc. O Exclusões de cobertura - As coberturas são suspensas se o condutor estiver alcoolizado, se houver modificações dos
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dados do condutor, nos acidentes em provas desportivas (intencionalmente ocultadas), etc. O Faturas e outros documentos falsos O Pedidos de indemnização desproporcionais - Estão neste caso os orçamentos muito acima dos danos verificados ou apresentação de despesas que não existiram.
A versão apresentada pelo segurado da ocorrência na sua participação de sinistro ganha alguma força, quando não existem elementos contraditórios, nem outras descrições do facto. PUB
Q DETECÇÃO DA FRAUDE Toda a equipa que trabalha nas diferentes fases do processo de gestão de um sinistro (serviços de atenção ao cliente, tramitador, perito, etc.) está preparada para analisar os factos e detectar possíveis aspectos que indiciem uma fraude. Cada um dos profissionais pode detectar tipos de fraude diferentes e através de processos diferentes, sem que isso exclua reciprocamente as suspeitas de fraude, porque podemos estar perante várias fraudes em simultâneo. Pessoas com muita experiência na função fazem a diferença, porque estão habituadas a encontrar situações de fraude que se repetem ciclicamente no tempo, ajudando de forma decisiva a que elas não se concretizem. Normalmente, a pessoa encarregada da atenção ao cliente é a que recebe a informação em primeira mão. Está portanto em boas condições para detectar atitudes e contradições do segurado, que podem
revelar intenção de lesar a seguradora. Por seu turno, o tramitador recebe informações de vários lados, podendo formar mais facilmente uma opinião global sobre o sinistro, ajudando a coordenar os seus colegas nas ações tendentes a evitar uma possível fraude. Como tem nas suas mãos todas as informações reunidas no processo, pode facilmente detectar anomalias e contradições entre as diversas fontes. Uma vez gerada a necessidade de efetuar uma peritagem, o perito tem a oportunidade de verificar a coerência dos relatos do acidente com os danos do veículo. A sua experiência permite detectar danos provocados intencionalmente, danos ocorridos anteriormente ao sinistro declarado, etc.. O perito também pode solicitar o exame de outro ou outros veículos envolvidos no acidente, para comprovar a veracidade dos relatos, A inspeção do local do acidente e/ou a reprodução das circunstâncias do acidente podem igualmente revelar certas incongruências, abrindo a porta a suspeitas de fraude. Outros elementos que presenciaram o acidente ou estiveram de alguma modo envolvidos nele (forças policiais, reboques de viaturas, responsáveis de oficinas, etc.) podem ter informações que ajudem a esclarecer melhor o que efetivamente se passou. Nos casos em que existe apenas uma versão do sucedido (do segurado, por exemplo) é mais difícil chegar a uma conclusão definitiva.
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PRODUTO
Colas instantâneas Loctite
Conceito aprovado i Colas instantâneas ou de secagem rápida são muito úteis e usadas frequentemente nas oficinas de reparação automóvel, tanto para unir e colar peças, como para reparar certos problemas.
A
marca Loctite, da Henkel, é das que possui uma gama mais ampla de colas que simplificam grande número de intervenções, envolvendo os mais diversos materiais. As colas são fornecidas em tubos de aplicação rápida e de quantidade limitada de produto, para evitar a sua secagem ao cabo de muitas aberturas da embalagem. Esta tem que estar sempre muito bem fechada, após cada aplicação. Os produtos complementares (solvente de limpeza, primário e activador) são fornecidos em embalagens convencionais ou em spray. Consciente das vantagens destas colas para aumentar a produtividade, a rentabilidade e a qualidade de reparação nas oficinas, o centro especializado em teste de tecnologias e segurança rodoviária da MAPFRE, CESVIMAP, realizou um estudo de reparação com colas instantâneas, durante o qual foram realizados testes exaustivos e certificados os excelentes resultados alcançados, que foram recentemente publicados na revista daquela instituição. Efectivamente, as colas Loctite 401,
435, 454, 480 e 4850, são polímeros de natureza termo estável monocomponente, com uma base de cianoacrilato, com gande rapidez de secagem. Uma só gota de uma destas colas proporciona uniões de grande resistência, mesmo face a produtos como o óleo do motor, a gasolina, o etanol, o isopropanol, etc.,
bem como em condições atmosféricas adversas de calor e humidade. Os materiais que podem ser unidos por estas colas vão desde o couro, plásticos e têxteis, até metais. O tempo de adesão e fixação destes produtos varia entre os 3 e os 50 segundos, como podemos verificar no quadro abaixo.
435
O Aplica-se
uma fina camada de cola adequada sobre uma das superfícies a unir, colocando rapidamente a outra superfície sobre a primeira, mantendo as duas unidas durante uns segundos com pressão de contacto. O O consumo aproximado de cola é de 5 mg/cm2, em gotas de 0,03g.
401
480
454
4850
Cianoacrilato Cianoacrilato de etilo
Aparência (sem curar)
Fluido tintado de negro
Gel transparente incolor
Componentes Tempo de fixação
Fluido turvo, Fluido incolor ou transparente amarelado incolor Monocomponente, sem mistura 10-20 seg. 3-10 seg.
Cianoacrilato de etilo butilo Fluido transparente incolor
20-50 seg.
5-10 seg.
3-10 seg.
Viscosidade Processo de cura Aplicação
Baixa Baixa Humidade ambiente União União
Baixa
Alta tixotropia
Média
União União e enchimento Principais substratos Metais, plásticos, Madeira, papel, Metais, plásticos, Metais, plásticos, Couro, tecidos, borrachas, etc. couro, tecido, etc borrachas, etc elastómeros, etc. papel, etc. Armazenagem 2º c a 8º c
Aplicação
estar limpas, sendo recomendável utilizar o solvente de limpeza Loctite 7063. melhorar a aderência de certos substratos, recomenda-se a aplicação do primário Loctite 7239, deixando-o secar, antes de aplicar a cola.
Tecnologia Tipo de química
Limpeza prévia
O As superfícies a unir devem
O Para
Características técnicas das colas de secagem rápida loctite Tipo
Instruções de aplicação
União
Unir com rapidez
Aplicação de activador
O A
cola em excesso pode ser limpa com o solvente de limpeza Loctite 7254.
O A cura e secagem destas co-
las opera-se por efeito da humidade e da temperatura do meio ambiente. Para acelerar o processo de secagem, pode ser utilizado o activador Loctite 7455, cuja aplicação é efectuada numa das superfícies ou directamene sobre a cola, depois de efectuar a união. O activador recomenda-se em colas de viscosidade mais elevada e quando existe uma certa folga entre as superfícies a unir.
Colagem de uma patilha em plástico
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OFICINA DE CLÁSSICOS
Emoções e Paixões
i Acompanhe-nos nesta visita à nova rubrica “Oficina de Clássicos” por: Dário Afonso
A
indústria automóvel ao longo da sua história deixou-nos fantásticos exemplares de engenharia e design. Muitos daqueles que hoje estão no setor automóvel foram assediados por estas máquinas que conseguiam (e conseguem) desenvolver autênticas paixões. É para todos os apaixonados deste tipo de viaturas que o Jornal das Oficinas decidiu desenvolver uma nova rubrica, com um olhar bastante técnico, relativamente a alguns marcos da história automóvel. Faremos a nossa 1ª rubrica na Edição de Julho do Jornal das Oficinas, com um tema invejável a todos os títulos: “A comemoração dos 50 Anos do Porsche 911”. Para os amantes do Porsche 911 fica a informação da Festa destes 50 anos em Portugal, através da PORSCHE PARADE que será realizada em Cascais, nos próximos dias 08 e 09 de Junho. Para mais informações aceda a: www.50anos911.com
A indústria dos Clássicos é uma indústria de Emoções e Paixões para muitos. Já para outros, é uma indústria de negócio que movimenta milhões. Para termos uma ideia, para além do tradicional negócio de compra e venda de automóveis, em que o record absoluto foi batido em 2010, com a venda de um Bugati 57 SC pela magnífica quantia de 30 milhões USD (valor superior a 23 milhões €), muitos outros negócios gravitam em torno deste. De forma sumária enumero apenas alguns exemplos: O Leilões de Viaturas Clássicas e
Clássicas Desportivas; O Restauro de Viaturas Clássicas e
Clássicas Desportivas; O Distribuição de Peças p/ Clássicos; O Fabrico de Peças p/ Clássicos; O Desenvolvimento de Peças para
Viaturas Clássicas Desportivas (Competição);
Tecnologia de Clássicos
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O Seguros p/ Clássicos; O Vestuário da época; O Livros técnicos e manuais da época
(originais); O Miniaturas; O Campeonatos de Clássicos em todo o
mundo; O Feiras de Clássicos; O Revistas/Jornais e Programas de TV
s/ Clássicos; O Sites e Blogs s/ Clássicos e Clássicos
Desportivos; Se colocarmos estes negócios à escala mundial, rapidamente percebemos a dimensão desta “Paixão”. Por incrível que pareça, há um tipo de pessoas, que não gostando de viaturas clássicas, as compram por razões financeiras…Parece-lhe estranho? Explicamos: Segundo a HAGI Index, no 1º semestre de 2012, os preços das viaturas clássicas mais procuradas tiveram um acréscimo na ordem dos 10% relativamente ao mesmo período do ano anterior. Não existem muitos negócios com rentabilidades de 10% ao ano e, …esta é a razão do surgimento deste tipo de pessoas nesta indústria de paixão. Muitos têm a ideia que uma viatura clássica é um luxo só acessível para alguns. Tal como em muitas outras coisas na vida, há clássicos para todas as bolsas e para todos os gostos. Muitas vezes a posse de uma viatura clássica não está relacionada com o valor tangível do mesmo, mas sim com o valor emocional. Quantas vezes ouvimos: “Este era o carro do meu pai” ou “Foi num carro destes que passei os melhores momentos da minha vida”…Isto reflete sentimentos e emoções! Para muitos de nós, um Ford Escort MK2 ou um Renault 5 Turbo, ou ainda, um Polo G40…já nos fazem ter boas recordações e um aumento da adrenalina… Quando pretendemos adquirir uma viatura clássica raramente conseguimos sair destes 3 pontos de critérios de compra: - Originalidade (Estado atual quando comparado com a saída de fábrica); - Condição (Estado da mecânica; Chapa; Pintura e Interiores); - Preço; Não será difícil perceber que quanto melhor se apresentarem nos 2 primeiros pontos, maior será o preço solicitado. Mas no que diz respeito ao preço, a Indústria dos Clássicos é também diferente da sua congénere Indústria Automóvel. Ou seja, a maioria dos clássicos atinge um nível mínimo de valor que dificilmente baixará, tendo mesmo tendência de subida se o estado da viatura for melhorado e/ou se este se tornar mais raro ou mais procurado no mercado. Aquando do lançamento do Datsun 1200, alguém acreditaria que aquele carro se tornaria num ícone da competição automóvel? Ainda hoje muitos 1200 competem semanalmente em pistas de todo o mundo. Esperemos que esta nova rubrica do Jornal das Oficinas seja uma experiência diferente do tradicional. Um momento de lazer e prazer para os nossos leitores. Contamos convosco!
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CONHECER
Clientes de oficinas
10 direitos do consumidor i Todos os dias entram pessoas nas oficinas de reparação automóvel com os seus carros, mas poucos estão realmente bem informados sobre os seus efetivos direitos e como podem defendê-los de forma concreta
E
mbora em muitas ocasiões os clientes das oficinas não fiquem totalmente satisfeitos com a forma como são tratados e como decorre todo o processo de assistência ao seu veículo, não sabem como agir concretamente perante factos consumados e outras formas de arbitrariedade negocial. Obviamente, isto não é benéfico para ninguém, porque quem sofre com os maus
1
Na fachada exterior da oficina, deve estar exposta a placa/ distintivo de identificação do tipo de atividade (serviços rápidos, pneus, diesel, mecânica geral, carroçaria/repintura, etc.). Se possível, deve constar ainda a identificação de associação profissional/sectorial, automóvel clube, marca fabricante de peças, grupo distribuidor/grupo de compras, rede oficinal, entidade certificadora e todos os outros elementos que permitam ao consumidor efetuar uma avaliação completa e inequívoca do estabelecimento.
tratos é o próprio mercado, já de si massacrado com a crise financeira que por aí anda. Para ultrapassar a falta de informação reinante, a empresa de soluções de orçamentação e valorização de danos em veículos GT Motive aliou-se à confederação espanhola de oficinas CETRAA e elaborou um folheto de divulgação “10 Direitos como Consumidor”.
conter o estado de todos os principais elementos do veículo, nível do depósito de combustível e a existência de pertences no seu interior.
5
O cliente tem o direito de exigir peças novas e especificadas para o modelo em questão. As peças usadas, recondicionadas ou reconstruídas só poderão ser utilizadas com autorização prévia do cliente, por escrito.
2
6
3
7 8
Também os preços praticados pela empresa devem estar expostos de forma visível, com preço completo orçamento incluído e/ou direito a orçamento gratuito. O orçamento da reparação ou serviços avulsos solicitados deve ser fornecido por escrito, sendo assinado pelo cliente, tanto na aceitação do mesmo, como na sua recusa.
4
O consumidor tem o direito de exigir um recibo de depósito da sua viatura ou ficha de recepção da mesma, quando deixa o carro na oficina. A ficha de recepção deve
Este folheto destina-se a ser distribuído pelas oficinas aos seus clientes, tornando tudo mais transparente e inspirando a necessária confiança aos consumidores. Por seu turno, as próprias oficinas não poderão ficar alheias ao assunto, nem alegar desconhecimento desses direitos, devendo antes assumir-se como promotoras dos mesmos.
O cliente tem ainda direito a uma factura de reparação com o preço total, assinada e selada, devendo ser detalhada (operações realizadas, peças utilizadas, horas de trabalho e impostos/taxas). A factura deve indicar de forma clara e inequívoca a duração do período de garantia da reparação.
Legalmente, as reparações têm uma garantia mínima de seis meses, de acordo com o Artigo 921º do Código Civil. O manuseamento de peças com garantia por terceiros pode implicar a perda de garantia.
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No caso de surgirem novas avarias ou defeitos no veículo não previstos, no decurso da reparação, o cliente deve receber comunicação sobre o assunto no prazo máximo de dois dias úteis, devendo ser indicado o valor adicional da reparação complementar e o novo total orçamentado.
10
A reparação inicialmente prevista e/ou complementar só poderá ser realizada com prévio consentimento escrito do cliente.
Estes “Direitos do consumidor” são aqueles que qualquer empresário, gestor ou profissional de reparação automóvel deseja encontrar em qualquer local em que se apresenta como consumidor. De qualquer modo, deveriam fazer obrigatoriamente parte da formação corrente de todos os empresários e profissionais da reparação automóvel e deveriam estar afixados em lugar visível na recepção da oficina e/ou no espaço destinado à atenção do cliente.
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