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Agosto 2013 ANO IX
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Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
Iniciativa pioneira
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Caracterização das oficinas portuguesas
Dentro da perspectiva de oferecer aos nossos leitores dados para uma gestão mais fundamentada dos seus negócios, o JORNAL DAS OFICINAS lançou um inquérito online de caracterização das empresas de reparação automóvel no seu site da Internet
Evento
Centro Formação R-M Clima de Mudança
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odas as opções que apontam a linha da frente devem ser ativamente promovidas, estando neste caso o novo centro de formação da R-M de Clermont-de-l’Oise, junto a Paris Pág. 34
TÉCNICA
Baterias AGM Em face das performances excepcionais, as baterias AGM são as preferidas pelos construtores de veículos para os seus modelos equipados com sistemas Start-Stop e micro híbridos Pág. 58
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ditorial
Custos da manutenção incorreta Embora nesta altura a manutenção de veículos fora de prazo e sem critério possa ser atribuída à crise económica, esse problema sempre existiu sob os mais variados pretextos. O primeiro e principal custo da manutenção errada é o desinvestimento patrimonial. O valor patrimonial e residual do veículo é diretamente proporcional ao seu estado e este está diretamente ligado aos cuidados de manutenção. Um carro em mau estado ou avariado vale pouco numa troca ou numa venda de recurso, podendo mesmo nem sequer encontrar comprador. Neste caso, o valor é zero e o prejuízo é 100%. Tudo o mais, são parcelas relativas destes valores absolutos. Pode ser uma surpresa para muitos, mas a manutenção de um veículo durante a sua vida útil custa sensivelmente uma verba equivalente ao seu custo de compra. Se a utilização do carro for normal e prudente, temos pelo menos doze ou quinze anos para gastar essa verba. Do que poucos se lembram é que um carro consome em combustível durante a sua vida útil o dobro ou mais do que custou. -Fazendo o encontro de contas, vemos que uma correta utilização do veículo pode subsidiar perfeitamente a sua manutenção, optando por uma condução energeticamente eficiente (que é também ecológica!) e evitando deslocações inúteis, isto é, optimizando a utilização do veículo. Para falarmos de todos os prejuízos da incorreta manutenção e analisarmos todas as suas causas e consequências, seria preciso um livro completo. Vamos portanto generalizar, porque a bom entendedor meia palavra basta. Tudo o que não fazemos no momento certo e de acordo com os critérios do construtor tem um preço. Quanto mais nos afastamos desse paradigma, maiores serão os custos. Portanto, somos obrigados a concluir que o sentido da economia no caso da manutenção automóvel não funciona ou funciona exatamente no sentido inverso. É um completo contra senso.
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Atendimento “robotizado”
Frieza mecânica?
› O atendimento “robotizado“ até pode ser correto, afável e a seu modo eficiente, mas não consegue atingir a parte essencial e humana do cliente, nem estabelecer as bases de um relacionamento minimamente estável
H
á dois indicadores de negócio que não falham numa oficina de reparação automóvel: número médio de ordens de reparação diárias e faturação média por cliente. Podemos até julgar qu e temos uma boa oficina, mas, se estes indicadores forem baixos, estaremos a caminhar para um processo de insolvência a médio prazo. Até podemos julgar que poucos clientes e a gastar o mínimo é resultado da crise, mas isso é apenas uma parte do problema, porque os carros continuam a rodar todos os dias e precisam de manutenção. Quanto melhor for essa manutenção, mais económica será. Os bons clientes sabem disso. A questão muitas vezes é um foco exagerado nos carros e nas avarias, mas pouco foco no cliente. A linha da frente de uma oficina não é a baia de serviço, mas a recepção. É lá que o cliente se sente bem ou mal atendido e é lá que sente ou não vontade de voltar à oficina. Sem uma experiência de relacionamento satisfatória, como tem no café, no barbeiro, no supermercado e noutros locais por onde tem que passar, o cliente são sente confiança e começa a usar as suas defesas e resistências para gastar pouco dinheiro. Quando se apanhar na rua, pensará para com os seus botões:“Com tantas oficinas que há por aí, porque é que eu tenho que vir a esta?“ O mau atendimento, com modos grosseiros, bruscos, falta de atenção (atender o cliente a falar ao telemóvel ou a dar um recado a alguém…) e coisas do mesmo tipo já são ou deveriam ser coisas do passado. Apesar de maus e inaceitáveis, alguns tipos de atendimento ainda são de certo modo autênticos e apelam à boa vontade e ao sentido da compreensão do cliente, se estiver nessa disposição. Um pouco pior do que isso é o atendimento “robotizado“, que não é exclusivo de nenhum ramo de negócio e ameaça tomar conta da forma de estar ou não estar com os clientes. Este tipo de atendimento, é feito geralmente por pessoas que receberam formação e até possuem algumas luzes do atendimento, mas não foram talhadas para as relações humanas e para as relações públicas e não conseguem estar bem na pele do recepcionista ou do atendedor
técnico de uma oficina. Outras vezes, são pessoas que não conseguem libertar-se dos seus problemas pessoais e obsessões privadas, ficando desse modo indisponíveis para perceber cabalmente o que interessa a outras pessoas e neste caso aos clientes. Quem é atendido por um robot, que repete mecanicamente as mesmas frases e os mesmos tiques, parecendo mais ausente do que presente e de certo modo refém de certos estereótipos, não fica com vontade de recordar-se desse momento e ainda menos de recomendar a experiência a pessoas da sua confiança. Por muito bons equipamentos, processos e técnicos que tenha, uma oficina não vai a lado nenhum, sem trabalhar corretamente a linha da frente, ou seja, o atendimento personalizado de todos e de cada um dos clientes. ■ Construir relações Da mesma forma que uma reparação bem feita deve ter princípio, meio e fim, usando os produtos, as peças e os métodos adequados, um relacionamento entre pessoas também precisa ser construído.
Não é obra do acaso, embora às vezes pareça a até gostássemos que fosse. Na realidade, ninguém consegue agarrar um cliente, sem primeiro ter captado a confiança da pessoa por detrás do cliente. Isto não pode ser alcançado com palavras, gestos e movimentos sem sentido, mas muito pelo contrário, com uma atuação lógica, transparente e emocionalmente adequada. Simplesmente sorrir e olhar nos olhos do cliente pode parecer inócuo, mas é a base de tudo. Se recusamos o contacto visual, é porque não queremos conhecer a pessoa com quem vamos falar nem queremos que ela nos conheça. Não pode haver pior início para um relacionamento, mesmo comercial, como é o caso. Sorrir francamente, sorrir abertamente e sem sorrisos amarelos revela que estamos satisfeitos pelo facto do cliente nos ter escolhido e por nos dar a possibilidade de fazermos a manutenção do seu veículo. Para quem não está recordado, a manutenção global de um veículo é equivalente ao seu preço de aquisição em novo. É dinheiro! Portanto, a estratégia mínima de
DIRETOR: João Vieira - joao.vieira@apcomunicacao.com Diretor Comercial: Mário Carmo - mario.carmo@apcomunicacao.com Arte e Multimédia: António Valente Redação: Bela Vista Office, Sala 2.29 - Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A - 2735-336 Cacém - Portugal - Tel.: +351 219 288 052/4 - Fax: +351 219 288 053 Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com Periodicidade: Mensal Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS” IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares
APCOMUNICAÇÃo O SEU PARCEIRO DE NEGÓCIO
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AP COMUNICAÇÃO - PROPRIEDADE: João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda. SEDE: Bela Vista Office, Sala 2.29 - Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A - 2735-336 Cacém - Portugal Tel.: +351 219 288 052/4 - Fax: +351 219 288 053 E-mail: geral@apcomunicacao.com GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W
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negócio é conseguir que um cliente faça o máximo de manutenção do seu carro na nossa oficina. O sorriso ao receber o cliente significa a nossa gratidão e a nossa melhor intenção de satisfazer em troca todas as necessidades e expectativas do cliente. Mesmo que ele às vezes chegue na hora em que estamos mais ocupados e temos várias coisas que fazer, mesmo que o serviço seja complicado, aborrecido e pouco rentável. Se realmente queremos o cliente, temos que lutar por ele. Outra coisa que pode parecer banal é simplesmente apertar a mão do cliente. Em tempos idos, esse hábito significava que os que se cumprimentavam não estavam armados e vinham por bem. Nos nossos tempos, apertar a mão de alguém significa a disponibilidade para estabelecer um relacionamento positivo e satisfatório para ambas as partes. Em termos de negócios, significa vontade de alcançar um acordo equilibrado e com contrapartidas recíprocas. Em resumo, se sorrirmos, olharmos o cliente nos olhos e lhe apertarmos a mão, estamos no bom caminho! Daqui para a
em negócios. O carro é geralmente um cartão de visita do cliente: indica-nos o seu estatuto, o que faz, se tem filhos (está lá a cadeirinha no banco de trás…), tem um distintivo, um boné ou um cachecol de um clube, etc. Está na hora de mudar a conversa e chegar mais perto do cliente. Uma provocação irónica do tipo “Então, este ano é que vão ser campeões?“ permite saber se o cliente de facto confia em nós, se ele nos abre o seu mundo e se nos deixa entrar nele. Se isso acontecer, o relacionamento está emocionalmente consolidado e podemos então voltar a nossa atenção para o carro, para os seus problemas e para o negócio. Já conseguimos levantar a barreira pessoal do cliente e conseguimos penetrar na trincheira em que nós todos vivemos, para nos defendermos dos imprevistos e das ratoeiras da existência. Agora, que já estamos do mesmo lado, temos que levantar a barreira profissional que está entre o cliente e a oficina. O cliente geralmente desconhece quase tudo da manutenção do seu veículo e a forma como as oficinas resolvem os problemas técnicos. Temos
tidão pela oficina, pela segurança que lhe proporciona como condutor e pelas soluções economicamente viáveis que lhe propõe. O atendimento personalizado continua após o acordo de reparação do veículo, que se traduz por uma ordem de serviço assinada pelo cliente. A correta gestão da reparação inclui o momento desta, de comum acordo com o cliente. Intervenções com duração superior a 30/40 minutos não justificam a espera do cliente na oficina, que deve ter uma área própria para clientes, com comodidade (TV, água, café, WC privativo, etc.). No caso de ser problemático o cliente voltar noutra hora ou dia à oficina, esta deve proporcionar a entrega e/ou recolha do carro em local conveniente. Reparações de vários dias podem implicar a cedência de um carro de cortesia ou de aluguer. ■ Até breve! Tal como a recepção do veículo, a sua entrega depois de reparação são dois momentos chave do relacionamento com o cliente. A boa impressão do cliente ao deixar a oficina fará depender a sua von-
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tade de regressar ou não. A entrega deve ser sem pressas e com a mesma cortesia de sempre, para não deixar a impressão de que o cliente só merece atenção “antes“ da reparação. Uma rápida mas completa revisão do orçamento e da factura devem ser efectuadas na altura, frisando o termo de garantia sobre os serviços efectuados. Se houver serviços pendentes, será um bom momento para combinar a sua posterior realização. Antes de se despedir do cliente, com um aperto de mão caloroso e um sorriso de satisfação, o representante da oficina deve perguntar se ele tem alguma derradeira questão ou dúvida a colocar. No caso de nada mais haver a esclarecer, o representante da oficina deve agradecer ao cliente a preferência demonstrada e manifestar total disponibilidade futura para tudo o que for necessário. Reparações de qualidade devem ou deveriam implicar também emoções de qualidade. Ausência de emoções ou emoções de segunda categoria constituem o nível zero da qualidade nos relacionamentos. PUB
frente, temos que manter o mesmo tom amigável e correto, mas devemos acrescentar-lhe mais eficiência, objectividade e profissionalismo, porque é disso que o cliente precisa e anda à procura. Temos as paredes do relacionamento já feitas. Agora, precisamos mobilar a casa e dotá-la de tudo o que é necessário. Isso implica ter um fio condutor para o relacionamento e saber por onde é que ele vai e como vai. Logo, temos que ouvir atentamente a mensagem do cliente, ainda que nos apeteça interrompê-lo ou até contradizê-lo. Ainda não é o melhor momento para manifestar desacordo, por mais justificado que seja. Pelo contrário, devemos ir repetindo o fundamental que o cliente vai dizendo. Isso significa para ele que o estamos a escutar realmente, que estamos a compreender o que ele nos quer dizer e que é possível chegar a um entendimento. Já temos a ponta do fio condutor, agora, só temos que o seguir. ■ Pessoas sentem como pessoas Atendimento personalizado significa que está focado na pessoa, não apenas no serviço, não apenas no carro, não apenas
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que ser transparentes, honestos e competentes do ponto de vista profissional, se quisermos conquistar a confiança do nosso cliente. Boa capacidade de comunicação verbal ajuda e é um aspecto que todos os profissionais de reparação automóvel deveriam desenvolver, mas o impacto visual de qualquer explicação é muito superior. Se o cliente conseguir ver e compreender o que a oficina faz, multiplicam-se as hipóteses de ele aprovar um orçamento, pedir novos serviços e vencer a irritação íntima de ter que gastar dinheiro com o seu carro. Portanto, depois de compreender o que o cliente pretende e de saber quais são os problemas do carro, é necessário “dar formação“ ao cliente. Vamos até ao carro, abrimos o capot, vamos buscar uma peça, pegamos num aparelho de diagnóstico, abrimos o computador num diagrama da Internet, mostramos um vídeo de montagem de uma peça, etc.. À medida que o cliente for compreendendo o que é o trabalho da oficina, a sua confiança aumenta e o gosto pela manutenção do seu carro também. Na melhor hipótese, o que seria excelente, começa a sentir uma certa gra-
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REDUÇÃO
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NAS OFICINAS
CAMPANHA
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lo VIII CapítuCompras Gestão de e Stocks
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CAMPANHA REDUÇÃO DE CUSTOS NAS OFICINAS
Assunto muito r
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ncarada muitas vezes de forma ligeira nas estruturas oficinais, a verdade é que, esta área requer um volume de recursos assinalável, em qualquer tipo de oficina, independentemente da sua dimensão. As Compras envolvem Recursos Humanos, Recursos Logísticos, Recursos Tecnológicos, Recursos Fina nceiros e, de forma indireta, envolvem ainda Recursos Contabilísticos com repercussões ao nível fiscal. O objetivo de qualquer Responsável de Peças é: “Conseguir que as Operações na Oficina se realizem de forma imediata”. Tendo perfeita consciência de que a realização imediata nem sempre é possível, já que Elevada Disponibilidade de Stock é diferente de Disponibilidade Total, e este tipo de disponibilidade é utópica num contexto multimarca e economicamente inviável em qualquer contexto, terá então o Gestor de Compras e Stocks o desafio de conseguir: ● Ter os materiais corretos às opera-
ções oficinais; ● Ter as quantidades corretas em stock (Operações Oficinais VERSUS Custo de Stock); ● Ter soluções logísticas que suportem os 2 pontos anteriores; ● Ter preços competitivos de mercado; ● Ter condições de crédito e/ou pagamento favoráveis. A dispersão de compras por vários fornecedores é entendida como uma procura do melhor preço, por referência, de um determinado produto, num determinado momento. Esta dispersão tem um custo de consulta elevado para a Oficina, já que muitas vezes são contatados mais do que 3 fornecedores para o mesmo produto, sendo necessário aguardar pela resposta de todos, realizar a compilação e comparação
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dessa informação, para então, ser tomada a decisão de compra. Assumindo que por vezes este modelo de consulta traz vantagens nos preços de custo conseguidos, não podemos deixar de alertar para os contras de tal modelo, que passamos a enumerar: - Tempo de decisão de compra mais demorado do que se existir apenas um fornecedor referenciado; - Se as compras forem fracionadas entre vários fornecedores, a Oficina será considerada como um cliente de interesse reduzido e sem força de negociação. - O ponto anterior poderá ter influência nas Entregas de Material (por exemplo: começando o fornecedor as entregas de material pelos clientes de maior dimensão) assim como, numa maior flexibilidade nos prazos de paga-
mento, ou ainda, em patamares de rapel mais generosos.
● Peça Inativa: Em stock há mais de 12
meses sem venda; ● Peça Obsoleta: Em stock há mais de
A escolha de fornecedores estratégicos por tipo de produtos é uma das formas mais utilizadas para otimizar os pontos anteriores. Desta forma, as condições comerciais, logísticas e financeiras ficam pré-acordadas e todo o processo de compra fica mais simplificado. Independentemente da dimensão da Oficina, deverá existir um critério de gestão de stocks de modo a ser possível monitorizar este “depósito de dinheiro” que, se não for acautelado, este dinheiro ficará fora de circulação, valendo zero! Por forma a criarmos uma referência, podemos assumir o seguinte critério de gestão de stocks: ● Peça que podemos ter em stock: No
mínimo 4 vendas/ano;
3 anos sem venda. Mesmo com todos os cuidados nas compras e na gestão de stocks, é relativamente fácil as Oficinas terem em stock Peças Obsoletas, especialmente quando estas já operam há alguns anos. Perante tal inevitabilidade, sugerimos aqui algumas soluções: ● Promoção Agressiva do produto em causa junto do consumidor final; ● Venda em lote para profissionais do setor ou centros de Desmantelamento de Viaturas em Fim de Vida.
Caso não seja possível nenhum dos pontos anteriores: ● Armazenamento em espaço especí-
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o relevante
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› A Gestão de Compras e Stocks tem de ser encarada como um fator estratégico e crítico no sucesso do negócio Por: Dário Afonso
Patrocinadores fico para o efeito (Armazém mais barato e distinto do que alberga o stock vivo); ● Abate das peças obsoletas (também conhecido por abate fiscal). Existem várias ferramentas que ajudam na gestão dos stocks e das compras, algumas delas já bastante evoluídas do ponto de vista tecnológico. Estas ferramentas são hoje indispensáveis em muitas Oficinas, sendo uma enorme ajuda para a otimização dos processos. Uma das formas usuais de caracterização dos stocks oficinais está obviamente relacionada com as vendas destas e, a Análise ABC, é também uma ferramenta que nos ajuda a perceber o que deveremos ter em stock, sendo que as Peças A são as mais consumíveis e as Peças C, no oposto, as menos consumíveis. Assim:
Porque este assunto é económica e financeiramente muito relevante, será muito importante, a curto prazo, que estas “partes” comuniquem, partilhem e assumam o que é melhor para a organização que ambos representam. Num futuro próximo, acreditamos que em Oficinas com dimensão que o justifique, serão os seus fornecedores principais (dois ou três fornecedores de peças com dimensão) a gerirem os stocks e toda a logística inerente à mesma. Se o core bu-
siness da Oficina Automóvel em geral é reparar automóveis e no caso concreto das Oficinas Independentes podemos afirmar que é ainda o desenvolvimento de relação pessoal com os seus clientes, então a gestão de stocks, compras e outras variáveis que implicam o resultado do negócio não pertencem ao seu negócio principal. Assim sendo, se esta parte do negócio for da responsabilidade de quem o domina, terá a Oficina mais e melhor tempo para desenvolver o seu
negócio. Muitas multinacionais subcontratam, há muito tempo, serviços nas áreas logísticas, não sendo por isso nenhuma novidade, mas tão só a adaptação de algo que já existe para uma dimensão completamente diferente. Conforme temos vindo a repetir nos vários Artigos desta Campanha, as Oficinas têm de desenvolver novos modelos de negócio e ser criativas para conseguirem manter as suas atividades e atingir os seus objetivos.
● Peças A – 15% do número de itens corresponde a 80% das Vendas; ● Peças B – 65% do número de itens corresponde a 18% das Vendas; ● Peças C – 20% do número de itens corresponde a 2% das Vendas.
Os valores anteriores são meramente indicativos e poderão ser alterados consoante a especificidade de cada Oficina, mas conseguimos perceber que para realizarmos a maioria das operações oficinais, não necessitamos de ter tudo, mas sim ter o que é mais necessário e ajustado. Como sabemos, a relação entre a área produtiva da oficina e as compras de peças nem sempre é pacífica, porque o Comprador necessita de reduzir stocks e comprar o melhor possível e os Técnicos da oficina necessitam reparar automóveis com tempos pré-definidos (seja pelas marcas, pelos tempários ou pelos orçamentos dados aos clientes) e ainda fechar ORs (Ordens de reparação). Quantas vezes ouvimos nas Oficinas os Técnicos a lamentarem-se: “Um filtro que se gasta todos os dias e não temos em stock…?”
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DESTAQUE
Inquérito JORNAL DAS OFICINAS
Caracterização das o › Dentro da perspectiva de oferecer aos nossos leitores dados para uma gestão mais fundamentada dos seus negócios, o JORNAL DAS OFICINAS lançou um inquérito online de caracterização das empresas de reparação automóvel no seu website. Leia os resultados nas páginas que seguem
N
ão é demais salientar que esta iniciativa do JORNAL DAS OFICINAS é pioneira, sendo a primeira vez que uma publicação especializada portuguesa realiza uma consulta desta envergadura e potencialmente aberta a todos os interessados. Mais do que resultados cientificamente muito exatos, este inquérito visou instalar o debate criativo, a crítica construtiva e a discussão saudável e transparente de todos os temas que são transversais ao sector de pós-venda automóvel e às oficinas de reparação de veículos, para que se possam tomar medidas que ajudem à evolução do nosso setor e garantam melhores condições para todos os operadores do mercado e para os consumidores finais. Os resultados estão aí e foram já processados estatisticamente pelos nossos parceiros de iniciativa – ACTIVETCH e WEBFLYFORMS – cujo apoio resultou fulcral para o desenlace positivo da mesma. Dentro do grau de representatividade limitado que as respostas recebidas permitem alcançar, extraímos todos os potenciais significados dos dados
disponíveis, prometendo desde já continuar a investigar o tecido empresarial das nossas oficinas, identificando todas as características dignas de registo, para que se possam tornar referências, tanto no sentido estruturante, como no capítulo de tudo aquilo que se deve evitar a todo o custo. Nesta fase de consolidação da atividade, é fundamental que os valores corretos, as visões de futuro criativas e as orientações estratégicas para o sucesso triunfem sobre a inconsistência, a ineficácia e o desânimo. Pela nossa parte, estamos totalmente empenhados em defender vigorosamente a nossa “dama“ e em colaborar com todos na tarefa que afirme plenam ente a nossa paixão pelo mercado pós-venda automóvel em todas as suas vertentes. Vamos por isso continuar a fazer estudos de mercado em conjunto com os nossos parceiros ACTIVETCH e WEBFLYFORMS, mas agora mais segmentados e dirigidos a áreas específicas do mercado pós-venda automóvel.
■ TIPOLOGIA
■ RECURSOS HUMANOS
Como caracteriza a sua oficina?
14% Independente sem ligação a rede Independente com ligação a rede
31%
55%
Reparador autorizado de marca
As oficinas “ totalmente “ independentes estão presentes em 55% dos casos, seguindo-se as empresas aderentes aos vários conceitos de negócios em redes, que já representam perto de 1/3 do total (31%). Com apenas 14%, surgem as oficinas autorizadas de marca, que podemos classificar como negócios de transição, entre o concessionário clássico e aquilo que será a reparação automóvel unificada do futuro, na qual as marcas deixarão de ter um papel interveniente direto. No conjunto, haverá provavelmente neste momento quase metade das nossas oficinas com qualidade certificada, o que não deixa de ser gratificante e encorajador.
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Quantos empregados tem a sua oficina? Neste quadro do número de trabalhadores por empresa, verificamos que ainda há cerca de 1/5 de empresas que responderam que são micro empresas, com 1 ou 2 empregados. Embora não seja fácil compreender como estas oficinas conseguem cumprir todos os requisitos atualmente exigidos para o exercício da atividade e ainda assim garantirem a necessária rentabilidade para sobreviverem, temos que admitir que alcançam os seus objectivos, porque de outra forma nem sequer teriam acesso à Internet, através da qual foi efectuado o nosso inquérito. Esse “mistério“ provavelmente só ficará esclarecido com um estudo aprofundado e especialmente dirigido às pequenas empresas de reparação automóvel, que teremos que efetuar um dia, pois estas têm permanecido recentemente numa certa penumbra. A maioria das empresas que responderam ao inquérito, no entanto são PMEs, com mais de 3 empregados, podendo chegar aos 10 colaboradores e ainda ultrapassar esse número, em certos casos. 14 12
12 10 8
7
7
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3
0
2
2
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s oficinas portuguesas Que tipo de serviços são praticados na sua oficina?
Qual o número de pessoas que integram cada serviço?
No caso dos serviços praticados nas oficinas que nos responderam, a mecânica e os serviços rápidos, a maior parte dos quais é também de mecânica, estão presentes praticamente em todas as empresas. Mais de metade das empresas propõe ainda como se pode ver serviços de pneus, electrónica, eletricidade, ar condicionado e pré-inspeções. Chapa e pintura é no entanto uma especialidade só ao alcance de oficinas ou secções especializadas. Mais especializados ainda são os serviços diesel e de GPL.
Se analisarmos o pessoal dessas oficinas do ponto de vista das competências profissionais, os mecânicos aparecem sem surpresa em primeiro lugar, com uma média superior a dois técnicos por empresa. Dentro da média aproximada de um elemento por cada empresa, vamos encontrar os eletricistas, chapeiros, pintores, recepcionistas e administrativos. Gerentes e Chefes de Oficina estão abaixo da média de um elemento por empresa, o que significa que muitos empresários e/ou proprietários asseguram essas funções e ainda outras even120
60 48
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100 43 80
Os empregados da sua oficina frequentaram ações de formação?
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GP L Pré -in spe çõe s Ar Co nd icio na Ou do tro ss erv iço sr ele van tes
Ele tric ida de Ar con dic ion ad o Se rvi ços Rá pid os Se rvi ços DIe sel
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0
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4
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Ad mi nis tra ção
10
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Re cec ion ist as
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20
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de Ve ícu los
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Lav ag em
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Ch ap ist as
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Ele tric ist as
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Me cân ico s
40
Qual é o valor da mão de obra / hora praticado ao público pela sua oficina (Sem IVA)?
2%
0% 24%
20%
35% 44%
39%
20%
Nunca frequentaram Frequentaram numa Associação
10 a 20 Euros
Frenquentaram numa marca
21 a 30 Euros
41 a 50 Euros
Frequentemente noutra entidade
31 a 40 Euros
51 Euros ou mais
Os 2% de empregados que não têm qualquer formação específica não são certamente da área técnica (trabalhos auxiliares, lavagens e outros). As marcas assumem com naturalidade a parte de leão da formação das oficinas, cabendo o restante labor formativo a outras empresas e entidades. Grato é verificar que entre as entidades que proporcionam formação no mercado português há algumas que são também empresas de reparação automóvel. Isso poderá significar que, no momento em que as nossas oficinas disponham do mesmo nível de competências de gestão das que já usufruem no plano técnico, terão garantido o seu patamar ideal de sustentabilidade e consolidação.
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Sobre o preço da mão-de-obra, há a referir que uma larga percentagem das oficinas aposta em custos laborais reduzidos, como forma de garantir a sua competitividade. Até € 20/hora, temos 44% das empresas, mas o total sobe para 80% se o tecto for de € 30/hora. Apenas 20% das respostas recebidas são de oficinas que praticam preços no escalão de € 31-40/h. Falta ainda a muitas empresas perceber que a competitividade resulta essencialmente da eficiência, produtividade e sinergias internas. São esses factores que efetivamente acrescentam valor ao serviço, permitindo praticar preços menos espartilhados. Rácios corretos de produtividade e de ocupação da capacidade instalada são fundamentais para garantir rentabilidade, sem perder competitividade.
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■ INDICADORES DE GESTÃO
Qual é o valor médio do serviço cobrado ao cliente pela sua oficina? Pelos resultados deste quadro já começamos a perceber de onde vem o receio de cobrar preços compensadores de mão-de-obra. De facto, mais de metade das oficinas que responderam têm valor médio de serviço abaixo de € 250, mas algumas dessas empresas não conseguem passar dos €150 ou mesmo dos €100. Acima desses valores apenas temos 8 respostas, mas apenas 3 oficinas têm médias acima dos €500. Uma coisa que as pessoas têm que compreender, tanto os utilizadores de veículos, como reparadores, é que a correta cultura de manutenção de veículos assenta em critérios técnicos e não económicos. Se as despesas de manutenção excedem as possibilidades financeiras imediatas do utilizador, este só tem duas alternativas: ou financia as intervenções ou pára o carro até ter dinheiro para o reparar. Se continuar a utilizar o veículo em mau estado, agrava o problema e entra numa espiral de insolvência. Claro que é possível até certo ponto hierarquizar as prioridades das intervenções, mas reparações a prestações não existem. Ou se fazem ou não se fazem! A forma de pagamento é outra questão muito diferente. Aí, a questão é a do acesso ao crédito ou da solvabilidade.
Qual é a rentabilidade média por serviço da sua oficina? Com estas repostas começamos a chegar mais perto da verdade, porque há aqui oficinas com uma taxa de rentabilidade abaixo do valor normal da taxa de aplicações bancárias comuns. Admitindo que algumas empresas tenham revelado a taxa bruto e não a taxa líquida, a taxa real de rentabilidade pode ser mesmo igual a zero ou até inferior. Se o empresário tivesse o seu dinheiro investido numa aplicação financeira adequada, teria um rendimento fixo assegurado e ainda se poderia dedicar a outra atividade nos tempos livres, que poderia ser um part-time noutra oficina
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Menos de 5%
6 a 10%
11 a 15%
16 a 20%
21 a 25%
qualquer, entre muitas outras hipóteses. Isso seria muito melhor do que ter“emprego“ numa oficina própria que está a caminho da insolvência. A desejável consolidação do sector de reparação automóvel nacional pode passar por isto mesmo. Por outro lado, há aqui respos-
26 a 30%
31 a 40%
41 a 50%
50% ou mais
tas que são demasiado“optimistas“ e devem ter por base operações avulsas sem custos indiretos, longe dos resultados contabilísticos consolidados. Estamo-nos a referir a taxas médias de rentabilidade acima de 50% (...), como nos foram referidas.
10 8 6 4 2 0
1 - 100 101 - 150 151 - 200 201 - 250 251 - 300 301 - 350 351 - 400 401 - 450 451 - 500 500 Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros Euros ou mais
Qual é a faturação média mensal da sua oficina? 11%
11%
Quantas baias (postos de trabalho) tem a sua oficina? 22%
25%
31%
Até 5.000,00 Euros 5.000,00 a 10.000,00 Euros
Ao avaliar o número de baias (postos de trabalho) por oficina, encontramos uma média de cerca de 5 por cada oficina. Num regime de plena ocupação, só em mão-de-obra, cada oficina deveria facturar no mínimo € 20.000 por mês. Pelos resultados verificados no quadro anterior, a sub-ocupação é a regra dominante e portanto a rentabilidade dos negócios não pode ser elevada.
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10.000,00 a 25.000,00 Euros 25.000,00 a 50.000,00 Euros Mais de 50.000,00 Euros
Qual o número médio de serviços realizados por dia, na sua oficina? Neste quadro, volta a ficar patente que há negócios que não conseguem facturar para cobrir as despesas. Faltaria aqui cruzar os dados com a estrutura a que corresponde a faturação anunciada, mas parece evidente que o primeiro escalão (até €5.000) não gera receitas suficientes para cobrir todas as despesas de qualquer empresa. Mesmo assim, 11% das respostas entram neste escalão. Nos restantes escalões, basta aplicar a taxa média de rentabilidade real ao total facturado para ver que anda tudo muito “justo“. Se fizermos contas à taxa de liquidez, iremos encontrar muitos casos em que o dinheiro não sobra, embora pareça que sim.
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Se compararmos a média de reparações diárias, cerca de 7, com o número de baias médias disponíveis (5), temos 1,4 serviços por dia e por baia, o que confirma claramente a sub-ocupação atrás referida.
15 ou mais
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Qual a idade média das viaturas assistidas? Sem surpresa, os carros assistidos têm mais de 5 anos em 68% dos casos, ficando os restantes 32% no escalão de 2 a 5 anos. Do ponto de vista da rentabilidade e dos indicadores de gestão estes dados não acrescentam nada de essencial, indicando apenas aquilo que já se sabe, isto é, o envelhecimento do parque automóvel e a acentuada quebra de vendas de carros novos.
16%
Qual a taxa média de ocupação da sua oficina?
0%
12%
18% 32%
Até 25%
27%
25 a 50% 50 a 75% Mais de 75%
Até 2 anos 2 a 5 anos
42%
5 a 8 anos
52%
Mais de 8 anos
As taxas médias de ocupação referidas neste quadro são excessivamente optimistas e não impedem mesmo assim que a taxa média de ocupação fique abaixo dos 50%, o que confirma as conclusões anteriores.
Possui software de Gestão Oficinal? 22%
Sim Não
78%
■ FATORES DE PRODUÇÃO
Quais as máquinas e equipamentos mais significativos que a sua oficina dispõe? Após termos analisado a evolução positiva na área disponível e no número de baias, que também influenciam diretamente a ergonomia e a produtividade, vamos agora ver o que se passa nos equipamentos oficinais, outro factor importante de eficiência e produção. Com uma média de cerca de 3,5 elevadores por oficina, está comprovado que os profissionais de reparação já assimilaram o contributo deste equipamento para a ergonomia, a segurança e a produtividade do trabalho. O mesmo se poderá dizer dos equipamentos de diagnóstico, cuja penetração é na “amostra“ do inquérito de 1,8 unidades por oficina, o que significa que há oficinas com mais de um aparelho de diagnóstico. Além de serem um factor incontornável de produtividade, os sistemas de diagnóstico são ainda e sobretudo uma porta de entrada no parque automóvel mais recente e consequentemente de acesso ao mercado. Com 1,5 unidades por oficina, os equipamentos de soldadura também marcam presença nas oficinas atuais, sendo pelo menos necessários sistemas de soldadura por pontos de resistência eléctrica e sistemas do tipo MIG/ 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
MAG. Evolução positiva também nas máquinas de serviço de sistemas de ar condicionado, nas quais a média já se aproxima de uma unidade por oficina, dando acesso a este nicho de mercado de crescente importância. Tendo contabilizado cerca de 25 oficinas de colisão que responderam ao nosso inquérito, é grato verificar que em média existe pelo menos uma cabina de pintura, um banco de carroçaria e um sistema de alinhamento de direções por empresa, o que confirma a evolução no sentido da eficiência, produtividade e qualidade de serviço. As máquinas de montar/desmontar pneus são também cada vez mais frequentes (cerca de uma unidade por oficina), dentro da tendência para a diversificação de serviços que se vem tornando regra. Sistemas de testes de injectores e bancos de ensaio para sistemas de injeção também vão saindo da esfera exclusiva dos especialistas, o que vem confirmar a referida tendência de diversificação. Cada vez é menos admissível, por todos os motivos e mais alguns, que um cliente entre numa oficina e lhe digam: “ Vá ali ao lado, porque nós não temos…“.
Neste quadro, o que choca pela negativa é ainda existirem 22% de oficinas sem software de gestão oficinal. Recusar entender que as novas tecnologias são factores incontornáveis de eficiência, qualidade de serviço e rentabilidade pode ser e geralmente é o princípio do fim do negócio.
Possui Software de Orçamentação?
28%
Sim Não
72%
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Elevadores
Máq. de Equip. de Linhas préDiagnóstico Soldadura -inspeção
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Máq. Ar Condic.
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Bancos de Cabinas de Alinh. de Mont/Desm. Teste de Carroçaria Pintura Direção Pneus Injetores
29 7 Bancos de Ensaio
Outros Equip.
O raciocínio anterior também se aplica integralmente ao software de orçamentação, que infelizmente ainda não entrou em cerca de 1/3 das nossas oficinas (28%). Isso quer dizer que em muitos casos ainda estamos no tempo e no lugar dos orçamentos a esmo e das estimativas grosseiras. A maior parte dos clientes já não aceita isso, nem a ausência de um orçamento detalhado por escrito.
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Possui Software de Dados Técnicos?
Que tipo de peças têm maior consumo na sua oficina?
Quanto ao software de apoio técnico, que dá acesso a dados e informações técnicas indispensáveis para a reparação dos veículos, incluindo a correta identificação das peças de substituição, “só“ 12% das oficinas ainda não percebeu a sua utilidade. Valham-nos os 88% que perceberam!
Neste quadro, que é basicamente uma listagem de consumíveis de grande rotação, fica patente o baixo valor acrescentado que na maior parte dos casos fica para o lado da oficina. No entanto, todos os itens listados têm uma especificação de origem e são de valor acrescentado para o lado do utilizador do veículo. 50
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25 Sim Não
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Ou tra s
Alt ern ad Mo or tor de arr an qu e Cu bo sd ar od a
Lâm pa da s
Ve Esc las ova s li mp a-v Co idr rre os ias de dis trib uiç ão Tra nsm iss ão
88%
Ba ter ias Lu bri fic Co an mp tes on en tes de dir eçã o Em bra iag em
Pa sti lha s
de tra vão Dis c o Filt sd ros et rav (ar , co ão mb ust íve le óle o Filt ro (ha bit ácu lo) Am ort ece do res
0
■ INDICADORES DE NEGÓCIO
Qual é o cliente tipo da sua oficina?
Tem algum tipo de acordo com:
Na tipologia adoptada neste quadro, os “particulares“ representam os clientes que se apresentam individualmente na oficina, podendo os veículos ser de pequenas e médias empresas. Portanto, a categoria dos particulares está de certo modo inflacionada (71%), porque as empresas não vislumbram vantagens nas propostas das ofici nas para os clientes empresariais e as oficinas por seu turno também não conseguem ver nenhuma vantagem especial nesses clientes. Muitas oficinas por vezes confundem os programas de assistência a empresas, com programas de crédito, o que não é de todo rigoroso. Pode haver um bom programa de assistência a empresas a pronto e pode haver maus programas de assistência a crédito. Os clientes empresariais estão sujeitos a controlo de crédito e de risco como qualquer outro cliente, mas geralmente têm a vantagem de oferecer mais serviço, porque têm médias quilométricas superiores e utilização intensiva dos veículos. Isso mesmo devem ter concluído os 21% das oficinas que trabalham com empresas e os 6% que trabalham com frotas.
O que acabámos de referir no ponto anterior está demonstrado neste quadro, onde verificamos que um grupo de cerca de 15 oficinas se “agarra“ a clientes institucionais, enquanto a maioria os ignora. O que se passa geralmente é que as oficinas “especializadas“ em clientes de grandes volumes de serviço têm maior
eficiência e capacidade de serviço, mantendo os padrões de qualidade certificada e sacrificando alguma margem de lucro, a troco de maior faturação. A rentabilidade fica assegurada pelas sinergias que é possível operar nesse contexto e pela maior taxa de ocupação das oficinas.
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6%
Seguradoras
Frotas até 20 viaturas Sim
21%
Frotas com mais de 20 viaturas
Não
Particular Empresa Frotas Outras oficinas
71%
Quanto representa na faturação os acordos com seguradoras e/ou frotas? Aqui voltamos a comprovar a concentração de clientes institucionais num grupo mais restrito de oficinas, onde 17% das oficinas facturam até 75% com esse tipo de clientes, havendo mesmo 3% de oficinas que facturam acima disso com
os mesmos. Em contrapartida, 60% das oficinas só podem alcançar até 25% da faturação nesse nicho de mercado. Um grupo de 20% de oficinas está na zona de transição, garantindo entre 50% e 75% da sua faturação com tais clientes.
3% 17% Até 25% 25 a 50%
20%
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60%
50 a 75% Mais de 75%
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Que resultados espera para 2013? As assimetrias do sector de reparação automóvel português ficam claras neste quadro, havendo três grupos com expectativas diferentes e até opostas em relação ao desempenho das suas empresas em 2013. Atendendo à conjuntura e ao posicionamento de certo modo tradicional de muitas empresas, 44% de pessimistas quanto aos resultados deste ano até nem é um total exagerado. Os que esperam melhor (22%), em contrapartida, sabem que investiram criteriosamente nas suas empresas e que estão na vanguarda do mercado, com uma oferta competitiva em todos os aspectos. Os que não esperam melhor nem pior (34%) é porque sabem que não têm o comando do “acelerador“ debaixo do seu pé e estão dependentes da evolução do mercado, que será supostamente a estagnação.
22% 44%
Piores do que 2012 Iguais a 2012 Melhores que 2012
34%
Realização do Inquérito:
● WebFlyForms
ACTIVETECH Responsável: João Medina Telefone: 244.040.833 E-mail: joao.medina@activetech.pt Internet: www.webflyforms.com Universo: Leitores do Jornal das Oficinas Número de Respostas recebidas: 52 Período de preenchimento: 25.04.2013 – 10.06.2013
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Comentários sobre o setor Este inquérito do JORNAL DAS OFICINAS terminava com o pedido de um comentário sobre o atual momento do pós-venda automóvel e do sector da reparação em particular. Como seria de esperar, os comentários dividiram-se entre os que entendem que tudo vai bem ou está a caminho de resolver-se e os que entendem que está tudo mal ou quase. Como no meio é que estará a virtude, atrevemo-nos a concluir que há coisas que efetivamente precisam ser melhoradas e outras que já estão resolvidas e dependem essencialmente de quem está no terreno e as pode garantir. Grande parte dos comentários visava o trabalho clandestino e a concorrência desleal, como sendo o grande flagelo das oficinas legalmente estabelecidas. Como esse tema já foi abordado acima, escusamo-nos de voltar dizer o que já foi dito, mas há um aspecto novo nesses comentários que merece alguma atenção. Efetivamente, há empresários e gestores de oficinas que acusam alguns dos próprios empregados de fazerem esses desleais “biscates“ e “ganchos“, nas suas horas livres depois do trabalho. Perante essa situação, existem duas opções possíveis. Ou se trata de pessoas sem carácter e tendencialmente marginais, devendo ser demitidos, sem prejuízo de serem devidamente denunciados às autoridades, ou são pessoas recuperáveis e que se encontram à deriva, por falta de uma gestão da equipa consistente e de uma política laboral equilibrada e justa. Um empregado que faz trabalhos fora da oficina pode até ser um excelente colaborador, que tem capacidade para atrair mais clientes e evoluir profissionalmente, desde que lhe sejam dadas as condições indispensáveis para esse efeito. Com diálogo, estímulo e incentivos de vários tipos, o problema resolve-se a contento de todos: oficina, empregados e clientes. Há também um comentário com uma sugestão digna de registo: os empresários das oficinas devem
unir-se para criar grupos de compras e impedir que as peças sejam vendidas por fora dos circuitos adequados, a quem quer que seja. Claro que todas as sinergias resultantes da cooperação entre oficinas e grupos de oficinas merecem o nosso incondicional apoio e só podem beneficiar o sector. Há no entanto uma carência legislativa no acesso a peças técnicas que devia ser resolvida, mediante uma petição dirigida às associações do sector, aos deputados da Assembleia da República e demais entidades com responsabilidades no assunto. Há de facto um atropelo aos direitos do consumidor, quando uma peça automóvel é vendida sem a informação técnica correspondente e a pessoas sem competência para lidarem com o assunto. A deontologia profissional de distribuidores e retalhistas de peças poderia ser suficiente para resolver o assunto, mas há todo o interesse em que a lei se pronuncie sobre o assunto, na legítima defesa do consumidor automobilista. Outro comentário refere que concorrência desleal é também praticar preços excessivamente baixos e descontos abusivos, criando a impressão no consumidor de que as oficinas que praticam preços corretos estão a pedir demais. Sem dúvida que isso é um problema, mas os autores dessa prática estão a punir-se a si próprios, porque não podem sobreviver sem a margem indispensável à sustentabilidade do negócio. Por outro lado, nos casos em que existe prática de “dumping“ ou subsídio a preços demasiado baixos, por parte de grupos económicos poderosos, o assunto cai sob a alçada das autoridades da concorrência anti-monopólio, a quem o caso deve ser denunciado, para que atuem em conformidade. Não obstante, a união, a convergência e a cooperação entre os reparadores deveria conduzir à formulação de tabelas de referência consensuais para os principais serviços mais frequentes, passando para o mercado uma imagem de idoneidade e credibilidade que nunca será demais sublinhar.
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Salão
3ª Edição da Mecânica
De Batalha... em Batalha!
› A Feira Mecânica dedicada ao Pós-venda Automóvel Independente, irá decorrer de 7 a 10 de Novembro 2013, na ExpoSalão, Batalha e o Jornal das Oficinas é mais uma vez a publicação oficial do certame, iniciando nesta edição a divulgação das empresas que vão estar presentes
R
eforçar a notoriedade, apresentar novos produtos, contactar com clientes e medir o pulso ao mercado. São estas premissas que estão na génese da participação das empresas na 3.ª edição da Mecânica. A organização está empenhada em fortalecer a feira, dinamizando-a e criando as sinergias necessárias para os expositores concretizarem negócios. Para esta edição irá continuar a insistir no envio de carta convite para os PALOP´S, nomeadamente para Moçambique, Cabo Verde, Angola, Marrocos, não descartando outros países que as empresas consideram importantes. Na sequência da parceria estabelecida com a ExpoSalão, o JORNAL DAS OFICINAS, na qualidade de publicação oficial da Feira Mecânica, irá a partir desta edição, começar a divulgar as empresas que vão estar presentes como expositores e as novidades que vão apresentar nos respetivos stands. Aproveitando a presença na Feira de muitos profissionais do aftermarket, o JORNAL DAS OFICINAS vai promover diversas ações, nomeadamente uma Conferência para o setor Pós-venda Automóvel, que irá decorrer como já é tradicional, durante o dia de sábado, 9 de Novembro de 2013, no Auditório da ExpoSalão. O Programa e os temas da Conferência serão divulgados brevemente no site do JORNAL DAS OFICINAS e também nas próximas edições em papel. Relativamente à divulgação da Feira e respetiva reportagem, o JORNAL DAS OFICINAS vai dar toda a cobertura possível, acompanhando de perto a organização e as empresas que apostarem em estar neste certame, que é o único evento realizado em Portugal, dirigido ao aftermarket. Apesar da atual conjuntura económica e da incerteza que paira sobre o futuro do setor, a edição de 2013, que se realizará entre os próximos dias 7 e 10 de Novembro, no Centro de Exposições da ExpoSalão, na Batalha, prevê-se animada, pró-ativa e cheia de demonstrações. Reforçar a notoriedade, apresentar novos produtos, contactar com clientes e medir o pulso ao mercado. São estas premissas que estão na génese da participação das empresas na 3.ª edição da Mecânica. É caso para dizer: de Batalha em Batalha, até à vitória final! Caso necessite de mais esclarecimentos para inscrição, pode contactar Catarina Ribeiro ou Jorge Baptista pelo telefone: 244 769 480; Fax: 244 767 489; E-mail: catarinaribeiro@exposalao.pt ou Internet: www.exposalao.pt
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A opinião dos expositores PERGUNTAS: 1 - Quais as razões que levam a v/ empresa a estar presente na 3.ª edição da Mecânica? 2 - Quais os proveitos que a v/ empresa espera obter com a participação neste certame? 3 - O que deve ser feito pela organização para potenciar a presença de mais público profissional neste salão? 4 - Que novidades vai apresentar a v/ empresa e que ações vão desenvolver?
4 – Vai ser em redor do que a MONDOLFO FERRO lançou neste ano que é particularmente dinâmico, mercê da comemoração dos 50 anos desta prestigiada marca italiana. Vitor Rocha, diretor geral
2 – Como referido, procuramos sobretudo divulgar cada vez mais a empresa e a marca EUROPART em Portugal.
1 - Temos sido habitués deste certame desde o primeiro ano da nossa existência e vamos continuar a fazer parte dos atrevidos que ainda estão dispostos a investir. 2 – Reforço da nossa notoriedade e estar com os clientes num ambiente fora do espaço onde habitualmente nos encontramos e em ambiente mais descontraído. 3 – Continuar a investir, como nós expositores que fazemos a feira. Contudo, calculamos que tendo pouca receita é difícil para a organização fazer grande divulgação, apesar de reconhecer que se esforçam…
o grupo tem marcado presença nos principais eventos deste nível nos mais de 20 países em que está presente na Europa, para além de patrocinar dois participantes no Campeonato Europeu de Camiões.
Heitor Santos, administrador 1 – Será a primeira vez que a EUROPART Portugal estará presente num salão destas características no nosso país. A decisão de participar na Mecânica foi tomada em conjunto com a administração da casa-mãe na Alemanha e está inserida na nova estratégia de divulgação e notoriedade do grupo EUROPART a nível europeu, introduzida pelo novo CEO do grupo, Sr. Pierre Fleck. Em 2013,
3 – Na conjuntura que o país atravessa, julgo fundamental que o salão possa contar com a presença de empresas com novos produtos e serviços a preços adequados para que o público profissional marque forte presença. Será com esta ambição que a EUROPART Portugal estará presente. 4 – Tal pode ser revelado apenas mais próximo do evento. Por enquanto, apenas posso referir que esperamos contar com a presença do CEO do grupo num dos dias do salão.
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Presenças confirmadas até 2013.07.15
EXPOTRANSPORTE divulga Euro 6
Condições especiais de participação Em paralelo com a Mecânica irá decorrer o Salão Expotransporte dedicado aos veículos comercias onde será dado grande destaque à norma ambiental Euro 6, que vai ser obrigatória para todos os veículos pesados novos, camiões e autocarros, fabricados a partir de 1 de Janeiro de 2014. A organização está a preparar condições especiais de participação para as viaturas pesadas e ligeiros de mercadorias, no sentido de conseguir reunir o maior número de marcas, dando assim a importância e destaque que este sector merece e necessita. Para isso, projetou um pack de stand + espaço especialmente adaptado, como se pode ver na foto junto. Para mais informações contacte Jorge Baptista pelo telefone 244.769.480 ou e-mail: baptista@exposalao.pt
● 200 km Motorsport, Lda ● Alta Roda ● Automatic Choice, S.L ● Aveimaster ● Carlos Sousa, lda ● DRF-Componentes para veículos, Lda. ● Enterprisesnap Guisoft, lda ● Europart Portugal ● Feiramaq ● Gutmann Messtechnik Portugal ● Hélder Máquinas e Ferramentas ● JMCS, Lda ● Lusoracks, Lda ● Manuel Pereira de Sousa ● Maxolit ● Pneus Alcaide ● Puncture Safe Portugal ● Rodribench, Lda ● RPL Clima ● Sparkes&Sparkes ● Wtransnet
4 – Fazer passar a toda a nossa base de dados a realização desta feira e vamos convidar alguns clientes que trabalham connosco no mercado externo. Trazemos as principais novidades em compressores das marcas Sanden, Delphi e Denso. Queremos reforçar a nossa presença com a marca Errecom nos consumíveis de ar condicionado.
Pedro Sousa, gerente 1 – A firma Manuel Pereira de Sousa, Lda., mais conhecida por Sousa dos Radiadores, tem marcado presença assídua na feira da Batalha. Enquanto que nos primeiros anos a principal razão da sua participação era a procura de novos clientes, nos últimos anos tornou-se na oportunidade de contactar pessoalmente com os mesmos.
Ficha técnica Salão Mecânica DATA 7 a 10 de Novembro 2013 HORÁRIO Dias 7 e 8 de Nov. ( 5.ª e 6.ª feira): 14h-23h Dia 9 de Nov. (Sábado): 14h-23h Dia 10 de Nov. (Domingo):14h-20h LOCAL EXPOSALÃO - Centro de Exposições, S.A. - Batalha - Portugal Tele.: 244 769 480 Fax: 244 767 489 E-mail: info@exposalao.pt Homepage: www.exposalao.pt ÁREA DE OCUPAÇÃO 16.000 m2 FECHO DAS INSCRIÇÕES 45 dias antes da abertura da feira
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2 – O principal proveito da nossa presença nesta feira ao longo dos vários anos foi darmo-nos a conhecer na região centro do país, pois acreditamos termos produtos e serviços que são uma mais-valia para os nossos clientes desta região. 3 – Pensamos que alguma divulgação na imprensa escrita mais generalista, cerca de duas a três semanas antes da feira, poderia ajudar algum público profissional a preparar atempadamente a sua disponibilidade para a visita. 4 – Como habitualmente temos feito, iremos mostrar um pouco da nossa vasta gama de produtos de refrigeração e climatização automóvel, passando pelos radiadores, condensadores, intercoolers, chaufagens, compressores, ventiladores, radiadores de óleo, entre outros. Apresentaremos, também, algumas novidades, nomeadamente no que diz respeito a modelos mais recentes do nosso mercado, respeitando sempre uma boa seleção dos fabricantes com quem trabalhamos.
Rui Lopes, gerente 1 – Nesta altura, estamos presentes neste tipo de eventos para estarmos juntos dos nossos clientes e junto deles tentar perceber quais as suas necessidades para irem crescendo connosco. 2 – Os proveitos que poderemos obter neste tipo de eventos é continuar a conseguir passar uma imagem de pessoas humildes, de uma empresa sólida e com capacidades de apresentar os melhores produtos aos melhores preços. 3 – Apresentar este salão ao exterior, à Europa, ao mercado africano. O futuro destas empresas vai passar obrigatoriamente pela exportação.
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ACONTECIMENTO
TechShow 2013
Continental revela tecnologias do futuro › A Continental realizou o TechShow 2013, uma montra tecnológica do futuro que durou três dias, dirigida exclusivamente à imprensa mundial especializada
N
este evento, que teve lugar no Contidrom - o centro de testes deste importante fornecedor da indústria automóvel e do aftermarket, situado a norte da cidade alemã de Hannover - a Continental apresentou uma ampla gama de tecnologias e conceitos de mobilidade do futuro, nomeadamente sistemas em desenvolvimento de condução automatizada, electrificação e hibridização, conectividade, pneumáticos de ultra-alta performance (UHP) e engenharia ambiental, reunindo muito do trabalho que se encontra ainda em fase de gestação nas cinco áreas de negócio deste grupo multinacional de origem alemã, antecedendo mesmo a apresentação de algumas novidades na 65ª Edição do International Motor Show (IAA), que se realiza em Frankfurt, no próximo mês de Setembro. Na prática, trata-se fundamentalmente de tecnologias em desenvolvimento que irão contribuir para reduzir os números da sinistralidade automóvel, reduzir o consumo de combustível e permitir que os veículos comuniquem e interpretem o meio envolvente e também com os outros veículos. Para além de várias exposições de equipamentos e sistemas em sala, o JORNAL DAS OFICINAS teve também oportunidade de ensaiar nas pistas de testes do Contidrom alguns destes inovadores sistemas, montados a bordo duma frota de cerca de duas dezenas de viaturas, tendo ainda contado com o apoio técnico de cerca de seis dezenas de engenheiros da Continental destacados para o TechShow 2013. ■ Condução totalmente automatizada até 2025 Um dos campos mais fascinantes em desenvolvimento pelos engenheiros da Continental é a condução automatizada, que a empresa considera mesmo um dos elementos fulcrais na mobilidade do futuro. A Continental, em estreita cooperação com o Grupo BMW, já contabiliza muitos anos de trabalho na área da condução automatizada, uma área de negócio em que envolve presentemente mais de 1.300 especialistas e na qual está a investir, só no ano em curso, mais de 100 milhões de euros em I&D, prevendo que a automatização parcial dos veículos seja introduzida até 2016 e a automatização total até 2025. Na opinião de Alfred Eckert, Director de
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Engenharia Avançada da Divisão Chassis & Segurança da Continental, “a automatização das funções de condução, a longo prazo, irá tornar as estradas mais seguras, melhorar os fluxos de tráfego, diminuir o consumo de combustível e, acima de tudo, os automobilistas irão ter mais liberdade e poder utilizar melhor o tempo que passam no carro”. Do ponto de vista tecnológico, a automatização da condução está a ser feita através da evolução dos sistemas de assistência à condução que já começaram a surgir no mercado. A partir de 2016, estes podem conduzir os veículos em baixas velocidades nas localidades até 30 km, antevendo e reagindo a peões, obstáculos, sinais de trânsito e todas as ações dos outros veículos da via, como tivemos oportunidade de comprovar no Contidrom, a bordo dum veículo protótipo de testes, que no modo automatizado ajusta a velocidade às condições de tráfego da via, reconhece sinais de trânsito, bermas, cruzamentos,
assume a responsabilidade de parar quando tem um veículo imobilizado na dianteira, efetua ações de travagem de emergência quando surge um“peão”inesperadamente em corrida a atravessar a via, etc. ■ Inovações sofisticadas no capítulo da electro-mobilidade A Continental está também a desenvolver um conjunto de sistemas modulares para veículos híbridos e totalmente eléctricos. No capítulo da e-mobilidade defende mesmo que é possível transformar carros existentes em híbridos - em diferentes graus. A produção em série dos principais componentes da transmissão já arrancou. Segundo a Continental, adicionar um componente eléctrico num sistema de transmissão pode tornar um veículo de combustão interna mais eficiente do que qualquer ajuste que seja efectuado no motor. Dá como exemplo de sucesso em matéria de poupança combustível os sistemas
Start & Stop de 12 volts, mas sublinha que com tensões entre os 200 e os 400 volts podem-se desenvolver soluções híbridas muito mais sofisticadas. Um dos eco-veículos que testámos no Contidrom integrava uma destas soluções com sistema eléctrico de 48 volts,“uma nova opção para expandir o nível de entrada dos híbridos, uma vez que o sistema de 48 volts da Continental permitirá várias funções que atualmente só são oferecidas em híbridos de 120 volts”– segundo nos disse José Avila, responsável pela Divisão Powertrain. Este eco-veículo possui componentes de 48 volts integrados, nomeadamente um micro-gerador de 48 volts em substituição de um gerador convencional, um tensor da correia de transmissão com cintos, uma bateria de iões de lítio de 48 volts fabricada pela SK-Continental E-motion, e um conversor DC/DC que estabelece ligação com o sistema eléctrico de 12 volts. Para além dum arranque mais rápido e silencioso (independentemente da tem-
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peratura atmosférica exterior), notámos uma desaceleração muito mais lenta do que o habitual sempre que retirávamos o pé do acelerador, altura a partir da qual este eco-veículo desliga automaticamente o motor de combustão interna, podendo assim circular sem qualquer consumo durante alguns minutos com perdas de velocidade muito reduzidas. ■ Internet nos sistemas e comandos do veículo A conexão do veículo com a internet é outra das áreas em que a Continental está fortemente apostada, e se a interface USB ou Bluetooth já estão presentemente padronizadas, nos próximos anos, a conexão de recursos de informação e entretenimento serão difundidas cada vez mais. Esta tanto pode ser feita através da caixa telemática do próprio veículo como através da integração de um smartphone. Desengane-se quem pensa que a conectividade serve apenas fins ligados à informação e ao entretenimento, por exemplo, um sensor de chuva, não ativa apenas os limpa pára-brisas, mas também pode garantir que o sistema de travagem electrónica se ajusta às condições do piso consoante a intensidade da própria chuva. A Continental está a trabalhar para que os smartphones se transformem na chave do próprio veículo, utilizando-o quer para ligar o veículo, personalizar a posição do assento de condução, controlar a pressão dos pneus, quer para fins de navegação. Neste momento está a desenvolver um conjunto de instrumentos inovadores, que recorrem a dados de GPS do smartphone e software de navegação, mas que exibem instruções de navegação diretamente no painel de instrumentos. Também está a trabalhar num conceito que permite detectar a atenção do motorista, estados de sonolência, etc. Uma câmara de infra-vermelhos no cockpit regista o estado de atenção do motorista, enquanto sensores nos sistemas de assistência à condução emitem alertas como aviso de saída de faixa de rodagem, aproximação ao veículo da frente, etc. Ambas as fontes de informação são integrados num HMI inovador que usa um emissor de feixe de luz para direcionar a atenção do condutor diretamente à situação de risco.
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A unidade de negócio Veículos Comerciais & Aftermarket A Continental integra os veículos comerciais e o aftermarket na mesma unidade de negócio, procurando garantir proximidade com os clientes através duma rede global de vendas e de parceiros de serviços. Esta divisão cobre produtos de marcas como a Continental, VDO, ATE e Barum, disponibilizando produtos de electrónica, sistemas e serviços para veículos comerciais, veículos especiais, e também uma ampla gama de produtos para oficinas especializadas da rede e independentes e peças para o mercado de reposição. A extensa gama de peças de reposição para o comércio de peças independente inclui material de travão, peças sobressalentes para motores, sistemas
de fecho centralizado, sistemas de combustível, toda a espécie de sensores, sistemas de ventilação, de limpeza do pára-brisas e dos faróis, de controlo da pressão dos pneus, diagnóstico multimarcas e sistema e serviço de reparação diesel. Para além disso, esta unidade de ne-
No Contidrom foi testada a condução totalmente automatizada
A conectividade é outra das grandes apostas da Continental
gócio é responsável pelo fornecimento de peças de reposição quando os veículos deixam de ser produzidos. Refira-se também a liderança de mercado nos tacógrafos para veículos comerciais com a VDO e uma posição de relevo na oferta de soluções telemáticas.
■ Continental desenvolve pneus para o segmento UHP A Continental tem tido enorme sucesso com as suas gamas de pneumáticos de alta tecnologia produzidos em Hannover. Os pneus de ultra-alta performance (UHP) são desenvolvidos no departamento de R&D daquela importante unidade de produção, incluindo pneus para sedans de alta potência, automóveis desportivos e automóveis de competição. A gama Contact 5, que já se encontra em comercialização, é a última grande novidade da marca no segmento. Integra o modelo topo de gama ContiSportContact 5 P para poderosos carros desportivos e de competição, disponível em mais de 20 medidas, e o modelo ContiSportContact 5 para potentes sedans e outros desportivos. Os veículos com motores de alto desempenho e tração traseira distinguem-se dos restantes em termos de aceleração, capacidade de travagem e rapidez de manobrabilidade quando utilizam pneus de diferentes dimensões nos eixos dianteiro e traseiro. As vantagens em termos de dinâmica de condução podem ser ainda mais impulsionadas se os pneus forem desenvolvidos especificamente para este tipo de veículos. Foi precisamente isso que a Continental fez nesta nova gama UHP de pneus de Verão, concebido para optimizar da melhor PUB
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forma que as forças de aceleração sejam transmitidas a partir do eixo traseiro. Para esse fim, o desenho do piso foi concebido com uma grande área de contacto de modo a garantir uma óptima transferência de forças. ■ Engenharia verde prioritária na ContiTech A chamada mobilidade verde ou engenharia ambiental é outra das áreas de eleição da Continental, em desenvolvimento na divisão ContiTech. As expectativas em relação aos automóveis do futuro são enormes, preparando -se atualmente caminho para que os carros sejam cada vez mais confortáveis, menos consumistas, emitam cada vez menos dióxido de carbono e construídos dentro das medidas do possível utilizando técnicas de fa brico “amigas do ambiente”. Apenas com constante inovação tecnológica e através da utilização de novos materiais é possível responder de forma eficaz a esses enormes desafios. E como nos próximos anos, cerca de 95% do parque mundial de novos veículos automóveis ainda vai ser alimentados por motores a gasóleo ou a gasolina, o método mais eficaz de reduzir as emissões de poluentes e de dióxido de carbono passa pela optimização e electrificação gradual dos motores convencionais. Neste capítulo, a Continental propõe o conceito de software “eHorizon”, o qual, em conjunto com o sistema AFFP (Força de retorno do Pedal do Acelerador), permite uma con-
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Benecke-Kaliko desenvolve novos materiais de revestimento O JORNAL DAS OFICINAS teve também oportunidade de visitar a fábrica da Benecke-Kaliko em Hannover, uma empresa do grupo Continental que fabrica materiais de revestimento auto para interiores de habitáculo, nomeadamente para assentos, painéis de instrumentos, consolas, painéis de portas, pilares, etc. A Benecke-Kaliko foi criada em 1718, funcionando actualmente num edifício construído em finais do séc XIX, altura em que patenteou a marca Acella, cuja última novidade de produto é o Acella Eco Green para revestimentos de interior, um produto totalmente anti-alérgico muito utilizado em assentos, concebido para permanente contacto com a pele. Outra das marcas de referência desta empresa é a Tepeo, com 48% de ganhos em matéria de emissões de dióxido de carbono comparativamente com o PVC nos processos de fabrico, para além de ser 100% reciclável. Atualmente, a Benecke-Kaliko é um dos grandes fornecedores mundiais de revestimentos auto para interiores, estando presente em veículos da esmagadora maioria das marcas de ligeiros e pesados. Possui também fábricas na China e no México.
dução mais económica. Também desenvolveu sensores para medir a qualidade do combustível . Trabalha no desenvolvimento de matérias mais leves e componentes mais eficientes do ponto de vista energético. O uso crescente da poliamida nos blocos e nos componentes estruturais é exemplo disso, tal como as famílias de produtos EcoAcella, Tepeo e ainda uma nova geração de correias de transmissão para motores de baixas emissões.
No capítulo da electrificação, o ecoveículo 48 V é uma das propostas mais inovadoras
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Atualização mensal Autodata ● A mais abrangente base de da-
dos técnica automóvel do mercado tem nova atualização. Como é online, esta base de dados permite a atualização e a adição permanente de novas informações. Na mais recente atualização foram adicionados 44 novos modelos no Autodata e foram atualizados 11 módulos de informação. Destaque para os módulos de informação exclusivos para assinantes do serviço Online3: - PÓS-TRATAMENTO DIESEL (filtros de partículas), com informação relativos a 59 modelos. - ESQUEMAS ELÉCTRICOS com mais 120 esquemas eléctricos. - DESLIGAR E LIGAR A BATERIA foi acrescentada informação relativa ao grupo PSA.
Freudenberg equipa papamóvel ● Os últimos veículos a integrarem
o parque automóvel do Vaticano foram dois modelos eléctricos Renault Kangoo. O primeiro foi transformado em “Papamóvel” através de um grande tecto deslizante e uma escadas eléctricas extensíveis. Freudenberg Sealing Technologies equipa ambos os veículos do Papa com os retentores “Simmering” com electromotor Continental e com as juntas de bateria Freudenberg.
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D&M2 equipa Pneus Oceano
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ocalizada em Taveiro, junto a Coimbra, a Pneus do Oceano é muito mais do que uma Casa de Pneus, no sentido tradicional do termo. Num espaço total superior aos 4.000m2, encontramos uma infraestrutura composta por três oficinas, dedicada ao automóvel nas suas mais diversas variantes. Nuno Sousa, proprietário deste novo espaço, decidiu investir no mais moderno e tecnologicamente avançado equipamento disponível atualmente no mercado, posicionando-se assim num patamar de serviços Premium, visando a total satisfação do cliente. Assim, optou pela marca John Bean, distribuída pela Domingos & Morgado 2, onde se destacam entre outras as máquinas: - Alinhadora John Bean Arago: Absoluto topo de gama das alinhadoras, com sistema de autocalibração e auto-tracking (busca automática da melhor posição de leitura dos alvos acompanhando o movimento do elevado). As novas câmaras de resolução ultraelevada de 5 Mp (UHRC), os práticos alvos de resolução ultraelevada (UHRT) e o poderoso software Pro42, permitem rapidez e precisão do processo de alinhamento. - Equilibradora John Bean BFH2000 Plus: 5 Camaras de vídeo de alta resolução; 3 Medidores laser “strip of light”; Apontador laser para maior precisão na colocação dos pesos; Mapeamento 3D da roda e avisos vários (mau alinhamento direcção, desgaste irregular, problemas de suspensão, bloqueios de rodas, deformação do pneu, etc…). - Desmontadora John Bean Quadriga: Topo de gama das desmontadoras automáticas, 100% automática com 3 programas automáticos de montagem e desmontagem e primeira do seu género com Certificação WDK. - Equilibradora John Bean B9855-P: Mesmo princípio de funcionamento e precisão que a BFH2000, mas sem programas de diagnóstico. - Desmontadora John Bean T4500: Especificamente escolhidas para tratar de pneus mais simples, sem necessidade de recorrer à Quadriga.
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Globalfiltros distribui filtros Wix A Globalfiltros é o distribuidor exclusivo dos filtros Wix para todos os tipos de aplicações de que aqui se destacam as áreas de construção civil e obras públicas, transportes, máquinas agrícolas e industriais, motores marítimos, compressores, empilhadores e toda a hidráulica industrial. Localizada na Maia, esta empresa resulta da experiência de mais de vinte anos no mercado dos filtros de alguns elementos que a constituem, a que se juntou uma equipa de jovens empresários com novas ideias, ambição e vontade de vencer. Tendo acesso a stocks permanentes de mais de 10.000 referências diferentes, a Glo balfiltros está em condições de fornecer, de imediato ou em prazos reduzidos, toda a gama de filtros Wix aos melhores preços do mercado. Para mais informações pode consultar o site www.globalfiltros.pt
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Delphi reconhecida pelo Grupo VW ● Distinguida pelo Grupo
VW na categoria“Campeão do Mundo”graças sua avançada tecnologia Diesel common-rail, a Delphi Automotive PLC foi um dos 21 fornecedores homenageados pelo desempenho geral da empresa. Com este prémio, a VW AG reconheceu a Delphi como um dos principais parceiros de negócios e pelo excecional trabalho que desenvolve e que contribui para o sucesso do grupo alemão. Este prémio contemplou o desempenho da Delphi nos programas Euro 5 para o motor de três cilindros com 1,2 litros da VW.
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NGK tem novas velas de ignição A empresa especialista na concepção de velas de ignição já fez saber que dispõe, para o mercado de substituição, de novas velas para modelos das marcas Citroën, Peugeot, Opel, Mazda e Mitsubishi. A vela ZFR6V-G foi concebida para veículos da Opel e assegura uma ignição perfeita nos modelos Corsa D 1.0 e 1.2, Corsa 1.4, Meriva B 1.4, Astra J 1.4 e 1.6 e Zafira Tourer 1.8. Já a vela IL-
TR6A-8G, foi desenvolvida como equipamento de origem para a Mazda, servindo os requisitos dos modelos 3 MPS, CX-7 2.3 e MPV 2.5, ao passo que a ILKR7B8, é ideal para o Mitsubishi Outlander 3.0. Por último, a NGK apresentou a nova vela LZKR6AI-10G, exclusiva para modelos do Grupo PSA, como os Citroën C3 II 1.0 PureTech e 1.2 PureTech, Peugeot 208 1.2 VTi e Peugeot 301 1.2 VTi.
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Novo Fuchs Titan SuperSyn F Eco-B SAE 5W-20 ● A Ford implementou recente-
mente novas aprovações de óleo do motor, sendo de salientar a recente WSS-M2C948-B, que em paralelo com a graduação de viscosidade SAE 5W-20, foi especialmente desenvolvida para o novo motor de 3 cilindros a gasolina EcoBoost de 1.0 litro. A aprovação Ford WSS-M2C948-B define requisitos mais exigentes em termos de eficiência de combustível, propriedades antidesgaste e limpeza do motor. Como já é tradição, e de forma a acompanhar esta nova exigência, a FUCHS apresentou o TITAN SuperSyn F Eco-B SAE 5W-20 que cumpre oficialmente a aprovação WSS-M2C 948-B. Este novo lubrificante pode ser utilizado nos motores a gasolina de injeção direta ou indireta, com ou sem turbocompressor, proporcionando ao motor maior dinamismo.
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Audatex lança plataforma Drive
Audatex apresentou aos seus parceiros de negócio a nova plataforma de orçamentação da quarta geração denominada Drive. Trata-se de uma plataforma totalmente nova, que permite uma maior mobilidade e disponibilidade e reforça a otimização de processos para clientes e utilizadores. Com um novo design e usabilidade melhorada, a nova plataforma introduz gráficos inteligentes e dinâmicos para recolha do dano, fornecendo informações mais precisas por sinistro, e garante superior automatização do fluxo de peritagem, com a introdução de novas regras de orçamentação. A nova ferramenta apresenta ainda o AudaBridge, um layer único de integração B2B entre sistemas de clientes e terceiros. O acesso às novas tecnologias e serviços em Cloud vem permitir maior mobilidade e disponibili-
dade, com segurança acrescida na partilha e integração de dados. A introdução de novos workflows visa, ainda, garantir mais detalhe e rigor na orçamentação, beneficiando clientes e utilizadores através da redução do ciclo de reparação do automóvel. Uma das soluções mais interessantes nesta plataforma é o IRE – Intelligent Repair Estimate, com o qual se propõe dar um passo em frente na completa padronização da avaliação de sinistros, conseguindo obter uma avaliação objectiva de custos de reparação das zonas exteriores da carroçaria. Segundo a empresa que criou o software, este programa está baseado em parâmetros de reparação 100% demonstráveis e objectivos, indicando de forma automática os tempos e materiais necessários para cada uma das fases de reparação do veículo. Com isto, há uma melhoria clara na negociação e na gestão de sinistros, que envolvem sempre três ou qua-
tro pontos de vista divergentes ou não coincidentes do dono do veículo, da oficina, e da seguradora e/ou do perito. Com o novo IRE da Audatex, esse acordo pode ser alcançado de forma mais rápida e pacífica, economizando tempo para os peritos, reduzindo custos para as seguradoras, dando mais transparência ao papel da oficina na reparação e reduzindo o tempo global desta, o que beneficia o utilizador do veículo. Para conseguir esse feito, o interface do IRE consegue desenhar o dano sofrido pelo veículo, de modo a calcular de forma mais objectiva o tempo e os custos da reparação. Essa vantagem é tanto maior, quanto mais complexa for a reparação. O perito pode assim poupar em média sete minutos na realização da peritagem, podendo tomar também decisões mais rápidas sobre o orçamento final que acorda com a oficina.
Rodribench comemora 10 anos Veneporte reconhecida PME Líder 2013 ● Pelo quinto ano consecutivo, a
Veneporte, empresa de sistemas de escape sediada em Águeda, foi reconhecida com o Estatuto PME Líder 2013, atribuído no âmbito do Programa FINCRESCE do IAPMEI, que distingue empresas nacionais com perfis de desempenho superior. Este reconhecimento premeia as organizações que têm sabido manter altos padrões competitivos e que têm contributos ativos nas dinâmicas de desenvolvimento social e económico. A nível regional e nacional.
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Especialista em equipamentos para as oficinas de reparação de chapa, a Rodribench está a comemorar o seu 10º aniversário. É um momento importante para a empresa de Alverca do Ribatejo, que tem desenvolvido a sua atividade próximo dos clientes, dinamizando uma série de formações e ações práticas com os seus equipamentos, como forma de mostrar as mais valias dos mesmo para o sector da reparação de carroçarias. Para comemorar este 10º aniversário a Rodribench oferece aos seus clientes uma prenda, ou melhor, uma promoção, nos seus equipamentos. A primeira dessas promoções é um desconto no valor do IVA no Kit base Airopower. Para mais informações e detalhes sobre esta campanha poderá ligar para os números 219.572.112 - 918.632.449 - email: info@rodribench. pt - Internet: www.rodribench.pt
Saint-Gobain Sekurit fornece novo Citroen C4 Resultado da qualidade e inovação dos vidro que produz, a Saint-Gobain Sekurit foi o fornecedor exclusivo selecionado para a produção de todos os vidros do novo Citroën C4 Picasso
que se tem revelado um sucesso de vendas. O característico pára-brisas deste automóvel e o tejadilho de vidro panorâmico fazem com que a luz natural se espalhe no interior do habitáculo automóvel contribuindo assim para o conforto do automobilista e seus passageiros. wCom a opção de vidros laterais laminados, o conforto acústico é incrementado de forma significativa e a segurança é aumentada pela diminuição de risco de ejeccção em caso de acidente e pela menor probabilidade de vandalismo. Deve-se realçar o contributo português para este automóvel, pois o tejadilho em vidro é produzido na unidade fabril da Saint-Gobain Sekurit localizada em Santa Iria da Azóia,valorizando-se assim a indústria nacional e a qualidade da sua produção.
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Metelli reforça presença no Reino Unido ● A Metelli UK é uma nova empresa afiliada
Mercedes Classes C e E com direção Bilstein A marca especialista em suspensões alargou a sua gama de sistemas de direção aos Mercedes Classe C (W204) e E (W212) destinados ao mercado aftermarket. A partir de agora, os proprietários destes dois modelos da marca da estrela podem requisitar o sistema de pinhão e cre-
malheira como componente original de substituição. Os sistemas de direção de pinhão e cremalheira da Bilstein, disponíveis quer para modelos de passageiros quer para comerciais, estão em conformidade com os padrões de qualidade OEM e com as especificações de série.
que vai fortalecer a presença do grupo Metelli, especializado em componentes para automóvel, no mercado do Reino Unido. Com a sua recém-inaugurada sucursal em terras de Sua Majestade, a Metelli Co. confirma o desejo e a determinação de se expandir para o estrangeiro e de se tornar num ponto de referência qualificado na indústria de pós-venda mundial. A Metelli UK é o resultado de uma longa colaboração com a Global Braking System, dirigida por Richard Bennett, que fundou a empresa em 2010 com a tarefa de ampliar a equipa, de forma a assegurar o máximo de eficácia face a uma procura crescente. A nova empresa, localizada em Warwickshire, conta com um armazém muito maior do que anteriormente. Isto permitir-lhe-á lidar com um volume de vendas crescente e expandir progressivamente a sua linha de produtos no Reino Unido, que,
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Glassdrive no Circuito da Boavista Foi um enorme sucesso a presença da Glassdrive em mais uma edição do Circuito da Boavista. A marca destacou-se constantemente na pista – com vários pilotos participantes – e entre os espectadores durante o fim-de-semana do WTCC disputado na cidade do Porto nos dias 28, 29 e 30 de Junho. De destacar a prestação do antigo piloto Jorge Petiz que venceu à geral as duas provas em que participou, com o seu BMW M3 e as cores da Glassdrive.
TOPCAR lança nova plataforma Armin O gestor da TOPCAR, Marco Silva, revelou ao JORNAL DAS OFICINAS que, na Convenção a realizar em Outubro próximo e que assinalará o 2.° aniversário desta rede nacional de oficinas multimarca, será lançada uma nova plataforma de integração de sistemas. Designada Armin, já se encontra em funcionamento no país vizinho e permitirá à rede TOPCAR partilhar uma completa base de dados com a rede EuroTaller. Ao integrar vários serviços que até aqui estavam dispersos, esta nova plataforma permitirá otimizar a eficácia da informação prestada, ter controlo absoluto sobre stocks e reduzir o tempo necessário para as intervenções nos veículos, entre outras particularidades. Contempla ferramentas de orçamentação, dispõe da identificação e preço quer de peças originais quer das destinadas ao negócio de aftermarket, inclui serviço de encomenda online e está apoiada em várias informações de ordem técnica, como esquemas elétricos, fichas de dados, tempos de operações e protocolos das marcas.
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Site da ASB mais moderno e funcional
Álvaro de Sousa Borrego S.A. atualizou a imagem do seu website para encarar o 2.º semestre de 2013 com uma perspetiva mais jovem e moderna. O acesso a www.asborrego.pt surge mais intuitivo e com a facilidade de navegação incrementada. A aposta versou sobre novos conteúdos, restyling gráfico e a já mencionada imagem moderna e leve. No novo site da AS Borrego, em www.asborrego.pt, o cliente pode encontrar todos os produtos comercializados pela empresa, mas também consultar online as tabelas de preços, respetivas fichas técnicas e de segurança, facilitando, assim, todos os processos de auditoria. São ainda disponibilizadas as últimas novidades do sector, testemunhos reais e dicas, pesquisa de cores e vídeos de demonstração, que podem ajudar o pintor. A partir de um simples click no botão “IDENTICA”, tem acesso a toda a infomação sobre a rede de oficinas padronizadas da marca Spies Hecker, por exemplo.
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Novo cargo estratégico na Gates ● Com o objetivo de dar uma
Aveimaster distribui acessórios industriais A Aveimaster é uma empresa especializada na importação e distribuição de equipamentos e acessórios industriais, pertencente a um grupo com mais de 15 anos de experiência na área de importação, exportação e distribuição nacional e internacional. Do vasto portefólio de produtos disponíveis para a área dos transportes e outras, destacam-se: Sistemas controlo via rádio de várias posições para Gruas/ Guinchos/ Sistemas Hidráulicos/ Plataformas; Cintas de amarração para várias aplicações; Guinchos Hidráulicos de elevada qualidade e Sinalização prioritária em LED para várias aplicações, entre outros produtos. Para mais informações pode consultar o site www.aveimaster.pt
resposta mais precisa e rápida à evolução de um mercado internacional cada vez mais complexo, a Gates, um dos principais fabricantes de correias, mangueiras e tensores para automóveis, organizou a sua estrutura do mercado de substituição da EMEA (região que reúne a Europa, o Médio Oriente e África). Assim, Frank Nieuwenhuys foi o eleito para ocupar o novo cargo de diretor de vendas e serviços de substituição para o automóvel no mercado europeu. Nieuwenhuys iniciou a sua carreira na Gates, no ano de 2005, na divisão de produtos de substituição. Desta forma, traz para este novo cargo uma ampla experiência e conhecimento do mercado, depois de ter ocupado vários cargos estratégicos dentro da empresa, como o de diretor de desenvolvimento comercial e executivo de contas internacionais do grupo e ainda o de diretor de vendas do Norte e Leste da Europa
bilstein group na Automechanika Dubai A Automechanika Dubai decorreu pela 11ª vez, de 11 a 13 de junho de 2013. No principal evento do aftermarket automóvel no Médio Oriente, estiveram presentes 22.000 visitantes de todo o mundo, que tiveram a oportunidade de ver os produtos e serviços apresentados pelos cerca de 1.350 expositores internacionais. O bilstein group foi apresentado pela primeira vez no Dubai, e foram exibidas lado a lado, no mesmo stand, as marcas do grupo: febi, SWAG e Blue Print. Como resultado, a gama completa de produtos e serviços foi apresentada aos clientes, visitantes e interessados de toda a região do Médio Oriente. Entre outras novidades apresentadas no stand, destacam-se os sistemas de catalogação e identificação de peças online das marcas febi, SWAG e Blue Print. PUB
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Glasurit lança novo Color Profi Famosa por dispor da maior base de dados de cores do mundo, a Glasurit, marca de produtos de pintura, lançou a quarta geração do CPS (Sistema Color Profi), um sistema lançado pela empresa em 1995 que faz correspondência de cores de automóveis. O CPS incorpora um leque de características que lhe permitem manter-se como ferramenta eficiente de correspondência de cores no processo de pintura. O CPS é constituído por milhares de fichas de cores pintadas com a tinta original e organizadas em grupos de cores, num sistema de mostruários. A frente de cada ficha mostra a cor tal como ela aparece quando é pintada à pistola. A parte de trás contém um código de barras e um código de cor, que o pintor pode usar para encontrar a fórmula de mistura correspondente no computador.
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Gamobar Peças com multibanco nas carrinhas ● A empresa de distri-
buição de peças passa a dispor, a partir do mês de Julho, de terminais multibanco instalados nas suas carrinhas. O objetivo passa, não só, por facilitar e agilizar a operação como, também, por dar maior comodidade aos seus clientes. A Gamobar Peças aposta forte no seu centro logístico de peças de origem e de qualidade equivalente, que permite uma distribuição bi-diária, além de dispor de uma equipa técnica especializada nas diferentes marcas representadas. As principais marcas com as quais a Gamobar Peças trabalha são, neste momento, Peugeot, Opel, Chevrolet, Lancia, Fiat, Alfa Romeo, BMW, Mini, Renault e SsangYong.
AZ Auto levou clientes a Marrocos Entre 2 e 7 julho a AZ Auto levou alguns dos seus melhores clientes até Marraquexe, para uma aventura 4x4 pelas impressionantes paisagens marroquinas. A expedição incluiu alguns dos locais mais turísticos que o Norte de África tem para oferecer, não faltando a passagem pelas dunas do deserto do Saara, que servem de palco ao mais famoso dos ralis mundiais. Esta viagem surgiu no âmbito da Campanha de
Pontos que a AZ Auto desenvolveu no final do ano transato, tendo registado um balanço bastante positivo de prémios a entregar: 9 viagens, 1 Ipad, 5 Playstations portátil e 3 Playstations 3. Ao longo do período de campanha, os clientes que aderiram foram acumulando pontos por cada 100€ de compras efetuadas à AZ Auto, sendo os prémios atribuídos em função do patamar atingido.
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bviamente, para fazer chamadas, mas é preciso que alguém as faça. O telefone é uma ferramenta de comunicação excelente, se tivermos o cuidado de não exagerar na tagarelice e na conta ao fim do mês. Vejamos alguns exemplos como usar bem o telefone. 1 - Que fez com os 100 cartões de visitas que trouxe da última Feira que v isitou? Telefonou a alguma dessas pessoas ou está a guardá-los para fazer uma coleção? Passe os cartões em revista e escolha os que acha com interesse prioritário. Depois, vá chamando um a um, quando tiver 5 minutos disponíveis. Outra opção é enviar um e-mail para marcar um encontro e falar um pouco. De um café com uma das pessoas contactadas pode não sair nada de especial, mas também pode surgir um negócio que nenhum dos dois ainda tinha visto. Essa é a força da comunicação! 2 - Porque não telefonar a colegas de profissão? Não é o tal telefonema “secreto”, para
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Para que serve o telefone? saber qual é o preço que eles fazem para mudar as pastilhas de travão, por exemplo. Trata-se de fazer relações públicas e trocar informações sobre o negócio. As ideias não se guardam num cofre com se fossem de ouro que todos querem roubar! Quando vários empresários da reparação se encontram, além de se conhecerem melhor, trocam experiências e aprendem uns com os outros. Não é obrigatório falar a alguém com quem não simpatizamos, mas trocar ideias e números com outros profissionais do ramo só pode ajudar (se tivermos humildade e vontade de aprender).
tivos. Um bom consultor de negócios pode dar uma ajuda para colocar as ideias e as prioridades em ordem. 4 - Mantenha-se sempre em contacto com
3 - Ninguém é obrigado a saber tudo e se calhar também não conseguiria saber tudo, mesmo que quisesse. Telefone a um consultor sempre que tiver dúvidas. Neste tempo de crise, um consultor financeiro pode ser uma grande ajuda. Mas também há consultores de gestão, comunicação e outras áreas que são vitais para o negócio. Quando estamos à frente de uma empresa, temos tantas solicitações diárias que perdemos a noção do horizonte e dos objec-
a imprensa especializada. Eles estão informados sobre as últimas tendências e têm sempre excelentes contactos para o negócio. Os operadores do pós venda automóvel que conhecem jornalistas especializados sabem sempre mais alguma coisa em primeira mão e estão uns quilómetros à frente dos outros. Quantos quilómetros quer recuperar este ano? Pegue no telefone e descubra! 5 - Não perca o contacto com amigos e todos os conhecimentos que tem tido ao longo da vida. Estar metido numa empresa a passar cheques, a conferir facturas e a fazer encomendas não é das coisas mais agradáveis e nem sequer é saudável. Telefone àquele amigo da terra e vão os dois beber um copo. Com ele vem outro amigo e você faz conhecimentos e abre a visão para o Mundo. Quem tem um negócio está sempre a trabalhar, mesmo nas horas de convívio, porque as oportunidades estão em qualquer lado. A comunicação da empresa não são apenas os panfletos e os e-mails, mas tudo o que você faz para se manter em contacto com a realidade que o cerca.
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Stickerfix da AkzoNobel para veículos PSA ● A parceria entre o Grupo PSA (Peugeot/Citroën) e a Akzo-
Nobel, que já tem mais de dez anos de vida, entra num novo desafio já a partir deste mês. O Grupo francês vai propor aos seus clientes o Stickerfix, uma solução amiga do ambiente e de custo eficaz de faça-você-mesmo para as pequenas mossas e riscos dos automóveis. Esta solução combina uma película adesiva ultrafina, com um acabamento de pintura de qualidade profissional, representando uma solução com 60 cores selecionadas especificamente para esta fase de lançamento do produto. Além da reparação de riscos menores o Stickerfix pode ser usado para proteger áreas sensíveis, tais como as extremidades das portas. Cada pacote contém uma folha com 22 autocolantes em vários formatos e tamanhos para atender às diferentes necessidades. É aplicado à superfície do veículo em três passos rápidos e fáceis; primeiro a área é limpa, depois o stickerfix é aplicado e, finalmente, a superfície é alisada para obter um acabamento perfeito.
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Facom comemora 95 anos A maior marca europeia de ferramentas manuais comemora, este ano, 95 anos de existência. Tudo começou em Paris, França, corria o ano de 1918, quando foi lançada a chave 101, a primeira ferramenta da Facom, concebida para manutenção da rede ferroviária. Com 5000 distribuidores ativos em 120 países e 200 veículos de demonstração que geram 150 mil visitas anuais, a Facom dispõe de 12 fábricas na Europa, todas elas especializas em produzir um tipo diferente de ferramenta. Todos os produtos estão cobertos, desde 1952, por uma garantia vitalícia. Atualmente, a Facom lidera o mercado em termos de fabricação e design. Como divisão da Stanley Black & Decker, é a maior empresa europeia de ferramentas manuais e é uma das principais divisões do maior grupo mundial de ferramentas.
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notícias
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Midas abre 51.° Centro ● Instalada em Portugal
há 12 anos, a Midas, que se assume como líder mundial da reparação rápida de automóveis, abriu, no passado dia 1 de Julho, no Arrábida Shopping, o seu 51.° Centro, dando, assim, mais um passo na consolidação do seu negócio no nosso país. A abertura deste novo centro espelha a consolidação do grupo e o forte investimento feito nos últimos anos para reforçar a presença nas grandes superfícies comerciais. Com esta inauguração, a Midas passa a ter 51 oficinas em Portugal e uma maior presença nos principais centros urbanos.
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Alpine lança sistema áudio tudo em um A consagrada marca especializada em sistema áudio para automóveis Alpine acaba de apresentar o INE-W970BT. Trata-se de um sistema áudio tudo em um com um preço antes de IVA de 699 euros. O novo dispositivo é equivalente aos sistemas de série que encontramos nos automóveis modernos e adapta-se perfeitamente a estes. Assim, congrega num sistema de dimensão duplo DIN um
reprodutor de DVD, ligação USB para Audio e Video, Bluetooth integrado, controlo de iPod/iPhone, Ecrã WVGA tátil de 6,1”, Navegação iGO Primo 2 com 46 países e TMC, 19 idiomas diferentes e muito mais. Além disso, o INE-W970BT dispõe do módulo Bluetooth ALPS integrado, com funções A2DP, que permite uma alta compatibilidade com diferentes terminais móveis.
Herth und Buss expande catálogo Jakoparts A Jakoparts, a divisão da Herth und Buss especializada em peças e componentes para automóveis asiáticos, conseguiu, no decurso de 2012, engrossar o seu catálogo em cerca de 120 novos artigos por mês. Até pode não parecer um número muito elevado, mas tendo em conta que se tratam de peças e componentes exclusivos para automóveis japoneses e sul-coreanos, percebe-se a complexidade do processo e o trabalho que os responsáveis de desenvolvimento da marca têm tido nos últimos anos. Por exemplo, em Dezembro de 2012, existiam no catálogo 15 752 artigos disponíveis para este tipo de veículos, o que representa um aumento de 4,1%. A Jakoparts e a Herth und Buss estão em constante observação dos diferentes construtores que usam plataformas comuns por razões de custos de produção, como, por exemplo, os Toyota Aygo, Citroën C1 e Peugeot 107. Nestes casos, há uma sincronização entre o mercado asiático e o europeu. Atualmente, oferecem 123 artigos, maioritariamente travões e filtros, com 1353 ligações a 157 modelos europeus. Desta forma, todos os clientes têm vantagens em utilizar peças da Herth und Buss.
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ACONTECIMENTO
Inauguração Centro de Formação R-M em França
Clima de mudança
› Todas as opções que apontam a linha da frente devem ser ativamente promovidas, estando neste caso o novo centro de formação da R-M (RCC - Refinish Competence Center, em inglês) de Clermont-de-l’Oise, junto a Paris das cabines de pintura são transparentes, podendo os formadores ver os formandos em ação e reciprocamente, com tudo de pedagógico que tem o ver alguém numa grande “montra“, onde não é possível disfarçar ou esconder, nem os pequenos detalhes. Se existe alguma mensagem nisto, é a de que o velho segredo do negócio já não existe ou passou a ser simplesmente o oposto, isto é, a visibilidade. Nem mesmo a investigação e desenvolvimento tem segredos, porque obtém resultados quem investe e quem trabalha. Os outros ficam à porta, mas também podem aprender!
E
stamos num dos pontos mais centrais da Europa, onde existe uma fábrica de produtos de pintura para equipamento original e mercado de reposição, ficando o RCC inserido no perímetro da própria fábrica. Este facto encerra um certo simbolismo, porque o jovem formando que frequenta o centro de formação sente que está a entrar num Reino Mágico, onde se definem e se concretizam as grandes tendências da pintura e da repintura automóvel. São jovens que vivem muitas vezes situações pessoais incaracterísticas, por demérito próprio e alheio, aos quais falta em muitos casos uma perspectiva de estudo e de evolução profissional. Com a nova opção de ensino DUAL, ao mesmo tempo e alternadamente na escola de formação e no emprego, há um estímulo muito direto ao empenhamento e definição de competências profissionais avançadas, com vista para uma carreira bem sucedida. Este é verdadeiramente um serviço da R-M ao cliente da indústria automóvel, aos empresários do sector de colisão, ao consumidor final e utilizador do veículo e ainda à comunidade. Trata-se de um investimento da ordem dos €2,5 milhões, o que é muito significativo, porque já existia o terreno e uma construção, que era o anterior RCC da marca, que esteve ativo durante perto de 20 anos. Foi uma verba inteiramente consagrada à edificação de um novo conceito avançado e inovador de centro de formação, cujos resultados estão perfeitamente visíveis. Não só o layout é exemplar, como estão reunidas todas as valências técnicas e humanas, para dar corpo a um projeto
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de grande coerência e enorme consistência. De facto, dos 970 m2 do anterior centro, 600 m2 foram totalmente remodelados e foram ainda acrescentados 175 m2 de área nova construída, ficando o novo centro com uma área total de 1.145 m2. Aqui, podem receber formação em excelentes condições mais de 800 formandos por ano. Um acordo estabelecido com a Câmara de Comércio e Indústria de l’Oise garante as necessárias pontes entre as empresas, as escolas da região e os candidatos a profissionais de repintura. Transparência porque sim O projeto de arquitetura do novo centro R-M de Clermont aposta de uma forma muito clara e ousada na transparência, que
pode ser entendida de uma forma física e visual, ou de uma maneira mais subtil e refinada, como atitude ética e estética. O salão polivalente de entrada é todo ele envidraçado e deixa ver facilmente quem chega e quem sai, num ambiente em que a sensação de amplitude é real. Um concept car da Peugeot e outros objetos pintados introduzem-nos ao conceito R-M e a própria cor da iluminação pode ser mudada, criando os ambientes mais inesperados e envolventes. Chegando ao Hall de entrada, onde existe um pequeno café e ponto de encontro, continuamos a ter visibilidade em todas as direções, tanto para o lado da entrada, como para o interior do edifício. Chegados à área de formação prática, as próprias paredes
Formar o futuro A sobrevivência do sector de repintura automóvel depende obviamente de profissionais de excelência, de empresas de colisão bem organizadas e rentáveis, mas não podemos esquecer que a formação no contexto global é em si um objectivo, que requer meios, evolução profissional e carreiras. Para estar presente em todos os mercados e a todos os níveis, a R-M tem que possuir uma hierarquia de formação que inclui formadores globais (técnicos de primeira e formadores de elite), formadores nacionais e formadores regionais/locais. Esta estrutura não pode ser entendida de uma forma estática, mas como uma realidade dinâmica e flexível, que se adapta às mudanças do sector e aos diversos contextos de mudança local em todo o Mundo. Isso só é possível com orientações e planos de formação muito claros, aprofundamento de todos os temas (Cor, Produto, Eficiência, Plásticos, Didática, Demonstração de Capacidades), métodos pedagógicos, a última palavra em equipamentos, níveis de formação adaptados, adaptação às tendências do mercado e ferramentas adequadas de avaliação individual. Cada formando tem que dominar plenamente todos os passos da profissão, incluindo técnicas de preparação, técnicas de mistura, identificação da cor, afinação da cor e técnicas de aplicação.
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Sede: Rua 25 Abril, 1 2685-368 Prior Velho Sales Manager: Victor Guerra Videira Telefone: 219.499.967 Fax: 219.499.965 E-mail: victor.guerra-videira@basf.com Internet: www.basf.com Momento simbólico do corte da fita que marca a inauguração oficial do Centro Formação
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Instalações RCC - Refinish Competence Center da R-M - Sala de Reuniões Mason - Sala de Reuniões Rinshed - Hall - Formulação de cor - Área de visitantes: Vestiários e WC - Salas técnicas - Cabinas de pintura - Zona de misturas - Zona de preparação multifuncional com elevador
Neste diagrama, além da notável racionalidade de espaços e organização de fluxos, está ainda patente a cultura empresarial da R-M, evocando os nomes dos fundadores Rinshed e Mason em duas salas de reuniões e o nome Tintometer (1ª balança de mistura volumétrica, que à época revolucionou a repintura automóvel) numa terceira sala de reuniões do 1º andar. O salão de exposições à entrada também se chama Clube R-M.
Pintor de automóveis, profissão com futuro Durante décadas, a atividade de repintura automóvel, tal como a reparação mecânica e de eletricidade, tinham sistemas de trabalho recorrentes, repetitivos e de certo modo monótonos, porque o conceito tecnológico se mantinha basicamente inalterado. Esse facto levou a que o recrutamento de profissionais por vezes optasse por indivíduos de baixo nível de escolaridade e até “alguns artistas“, para manter os salários reduzidos e as garantias laborais no mínimo possível. Tudo isso hoje está radicalmente alterado, mas ficou no imaginário colectivo a ideia do pintor de automóveis, um tanto primário, de aspecto sujo e mal remunerado, que só conseguia ganhar mais
alguma coisa à custa de “habilidades“ pouco ou nada profissionais. A formação profissional hoje em dia tem que lidar com esses fantasmas e esses estigmas do passado (eventualmente, também do presente), apresentando aos jovens uma profissão exigente, limpa e segura (usando os meios de proteção individual recomendados), bem remunerada, criativa e com possibilidade de evolução de carreira. Os novos profissionais de repintura têm que permanecer em atualização permanente e precisam desenvolver competências que exigem preparação, estudo e dedicação. Tudo isso passa muitas vezes pelas próprias oficinas e pelos distribuidores, mediante a visita de técnicos especializados e conteúdos formativos online, entre outras formas e ferramentas de aquisição de conhecimentos. Uma nova geração de jovens profissionais mais competentes, mais proactivos e mais criativos, que não se limita a uma visão obreira da sua profissão e da sua carreira, mas antes com uma visão empresarial da sua atividade, está sem dúvida a caminho e apostar nessa perspectiva é inegavelmente garantir o futuro do sector e a liderança do mercado. Isso no entanto não será possível sem uma política de formação profissional muito avançada, muito coerente e muito consistente. Melhores formadores, melhores produtos, melhores tecnologias e melhores sistemas de trabalho são a chave para essa formação de sucesso, à qual não poderá faltar o apelo para ser capaz de voar mais alto. Iniciativas como o Master’Art têm o mérito de abrir o caminho para uma carreira que pode ser promissora e tem o sólido apoio de um grande grupo económico (BASF) e de uma marca – R-M – solidamente implantada mo mercado original e de colisão.
Programa “Master’Art“, estímulo à competência A ideia subjacente ao projeto Master’Art da R-M é a de iniciar jovens em novos formatos de formação profissional, mais atualizados, mais criativos e mais apoiados em tecnologias de vanguarda, capazes de promover a eficiência, a qualidade e a rentabilidade que asseguram a sustentabilidade do sector, deixando para trás abordagens mais convencionais e de certo modo em vias de extinção. Estamos a falar no recurso sistemático a soluções electrónicas e sistemas informáticos de comunicação, que exigem criatividade, domínio dos conceitos e controlo das tecnologias. No plano da aplicação de produtos, todas as técnicas avançadas de controlo da cor e realização de efeitos abrem novas perspectivas de personalização e visão criativa de carroçarias, como as que são exigidas pelo marketing e pelo tuning, entre outras tendências atuais, ultrapassando a mera reparação de danos. Aliás, porque é que a reparação tem que ser simplesmente devolver o aspecto original do veículo, em vez de ser uma oportunidade para criar uno novo visual, mais sugestivo? Basicamente, o mercado de emprego para
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técnicos de repintura com um perfil profissional avançado é constituído pela repintura em si e pela carreira de formador especializado. No primeiro caso, as hipóteses vão desde técnico especializado, até chefe de secção, gestor de colisão ou mesmo gestor de oficina. Noutra perspectiva, o técnico pode tornar-se sócio de uma empresa já constituída ou a constituir, bem como tornar-se empresário do sector, dentro das várias modalidades que hoje são possíveis. Se o técnico optar por uma carreira de formador especializado, o mercado de trabalho passa pelas empresas de sistemas de repintura, como a própria R-M, podendo atingir vários escalões locais, nacionais e globais. Outras empresas com necessidades de formadores são os distribuidores especializados, as redes de assistência das marcas de veículos e as redes de oficinas multimarca, entre outras hipóteses. Obviamente, nos países emergentes, as oportunidades são maiores do que na Europa ou nos EUA ou no Japão, excepto no caso de uma marca que esteja a tentar conquistar quota de mercado.
o Programa Master’Art é um projeto desenvolvido pela R-M que possibilita formação muito especializada na área da repintura automóvel a jovens formandos.
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Entrevista com Thomas Gmur, Gestor de Marca da R-M
Espírito de excelência
“Construir uma marca exige tempo e disciplina” Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Thomas Gmur, Gestor de Marca R-M da Automotive Refinish Coatings Solutions Europe, diz que “Este novo Centro da marca R-M constitui uma grande oportunidade para todos os nossos clientes de todo o Mundo tomarem contacto com o espírito de excelência da marca R-M e com a grande qualidade da nossa formação avançada e inovadora. A experiência concreta das pessoas que passarem neste ambiente inexcedível que conseguimos criar aqui constitui seguramente uma das formas mais consistentes de fortalecer e dignificar uma marca.” Quais foram os principais objectivos na criação deste novo Centro de Formação Profissional R-M? O principal objectivo é proporcionar a todos os interessados uma demonstração das nossas competências, capacidades e know-how, num ambiente de alta tecnologia e de recu rsos sofisticados. Na área de ensino prático, temos aqui a última geração de equipamentos e ferramentas e isso revela realmente que a nossa marca é sem qualquer dúvida Premium, porque é necessário recorrer a todo o potencial disponível para revelar a sua extraordinária qualidade. É por isso que nós apostamos totalmente na formação avançada e completa, pois só com o mais alto profissionalismo é possível retirar toda a eficiência, produtividade e rentabilidade dos produtos da nossa marca. Uma segunda razão é termos uma plataforma ao dispor dos nossos clientes potenciais, para que eles possam ver em toda a plenitude o que é a marca R-M e o valor que tem para os seus clientes. Queremos que eles sintam essa emoção forte e tranquilizadora de fazer parte de uma equipa que nasceu para vencer. Só com essa experiência eles poderão compreender um pouco mais o alcance da nossa marca. De facto, uma marca não se diferencia no mercado somente pelos seus produtos. O que hoje faz a diferença é a nossa competência muito profissional, a nossa educação muito profissional, os nossos sistemas informáticos de valor acrescentado, todos os serviços agregados e a área da colorimetria, com as suas ferramentas de identificação e igualização de cor. Tudo isso tem mais significado e revela mais valor neste ambiente inexcedível. Este Centro de formação de Clermont de l’Oise dará formação apenas a jovens ou também a pintores mais experientes? Este Centro está aberto a todas as pessoas: aos nossos clientes e seus parceiros de negócio, a potenciais clientes da marca, a jovens de escolas com as quais temos acordos de cooperação e muito mais. As maquetes coloridas de carros que estão expostos na entrada do Centro foram realizados por alunos de uma escola de design de Paris. Eles moldaram as formas dos seus protótipos, mas a sua verdadeira surpresa foi verem a vida e a emoção que essas formas ganharam ao serem pintadas com cores realmente atrativas. Portanto, à partida não existe qualquer limite para as pessoas que poderemos formar aqui. Iremos sem dúvidas descobrir pessoas de novas áreas de atividade que muito poderão lucrar com a nossa formação especializada. De qualquer modo, este centro também estará ao serviço da nossa equipa global de formadores. Os líderes da formação R-M em cada país passam por cá pelo menos duas vezes por ano, a fim de poderem acompanhar a evolução da atividade e tomar conhecimento de novos produtos, novas tecnologias e novos sistemas de trabalho. É um ponto de honra para a marca que todos os profissionais trabalhem com os mesmos padrões de qualidade, em todos os países onde estamos presentes.
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A R-M preocupa-se também em dar formação sobre a gestão corrente das oficinas? Claro que tudo isso está implicado no sucesso do negócio. Nós queremos treinar profissionais eficientes no seu trabalho e perfeitos na sua qualidade, mas que não se esquecem que têm que ser bons comerciais e precisam vender a sua arte a todos os potenciais interessados. Ensinamos o marketing que tem que ser utilizado com as empresas seguradoras e a forma como deve ser avaliada a satisfação do cliente, entre muitos outros aspectos. Já passou o tempo do gestor da oficina que pensava que uma boa tinta podia resolver todos os seus problemas. Nos dias de hoje e cada vez mais, teremos que ensinar os pintores a serem mais eficientes, mais rápidos e a saberem vender o seu trabalho para o exterior. Que novos produtos serão lançados pela R-M durante este ano de 2013? Na nossa marca, todos os produtos estão em evolução contínua. Os lançamentos nem sempre são coincidentes em todos os países e em todos os mercados, mas a nossa gama global está presente em todos os pontos em que atua a nossa distribuição, com ligeiras diferenças de timing. Uma das novidades para este ano é o aparelho Direct Filler, um produto que seca muito mais rapidamente, economiza uma etapa do processo de trabalho e permite economizar material. A nossa principal preocupação é sempre apresentar produtos que possam ajudar os profissionais de repintura a optimizar o seu desempenho, de forma a obterem a máxima satisfação do cliente final. Além dos nossos produtos, estamos permanentemente a inovar nas ferramentas informáticas, nas ferramentas de cor e em tudo o que possa tornar o trabalho dos profissionais mais eficiente, mais rentável e mais perfeito. Quais foram os resultados da R-M nesta primeira metade do ano de 2013? É uma boa pergunta, mas não pode ser respondida de uma forma muito simplista, porque a evolução da economia é diferente nos diversos pontos do globo. Estamos a crescer rapidamente, por exemplo, na Ásia, na América do Norte, na África do Sul e no Médio Oriente. Na Europa, as principais dificuldades estão a ser sentidas nos países do Sul, entre os quais a Es-
Thomas Gmur, Gestor de Marca da R-M (esq) e Victor Guerra Videira, Diretor de Vendas R-M Portugal
panha, Portugal, Itália e Grécia. No Norte da Europa e na Europa de Leste, a nossa marca está a crescer em bom ritmo. Que mensagem deixaria às oficinas portuguesas de colisão? As oficinas de colisão, entre outras, têm que fazer o seu trabalho de casa. O principal problema é que eu não sei se todos os gestores e empresários de oficinas têm a mesma capacidade para identificar e equacionar os problemas do seu negócio e a mesma visão para introduzir as mudanças necessárias. Os tempos mudaram e de uma forma de certo modo irreversível, porque não voltaremos a ter as condições que tínhamos há um par de anos atrás. O futuro será muito difícil para as empresas pequenas e com capacidade limitada de investimento e atualização. O que eu posso garantir é que a R-M tem tudo o que é indispensável ao sucesso na repintura automóvel e que estamos dispostos a proporcionar todo o apoio a quem estiver interessado em progredir, seja em produto, tecnologia, formação, conceitos de marketing e princípios de gestão eficiente.
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Acontecimento
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TOPCAR entre as melhores › A 15.ª edição da Gala EuroPremium, que se realizou no passado dia 28 de Junho, em Madrid, distinguiu três oficinas da rede TOPCAR: Auto Sesimbra; Oliveira & Canhoto (Marinha Grande); Adérito Machado Automóveis (Setúbal) Por: Bruno Castanheira
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riada em 1998 com o intuito de premiar as oficinas da rede espanhola EuroTaller que mais se evidenciam em cada ano, a Gala EuroPremium, que nesta edição de 2013 atribuiu estatuetas de bronze a 15 oficinas da rede EuroTaller e a três oficinas da rede TOPCAR, é o ponto alto de uma iniciativa que assenta numa avaliação feita com base em critérios fatuais bem definidos. Inseridas no recém-criado Grupo Auto Union Iberia, a rede EuroTaller tem 15 anos de existência, ao passo que a rede TOPCAR arrancou em Outubro de 2011. Nasceu fruto da estratégia do negócio de aftermarket do Grupo Auto Sueco, tendo o desenvolvimento da atividade oficinal multimarca sido potenciado pela experiência e competências transversais em todo o sector automóvel. A estratégia do Grupo Auto Sueco passou, assim, pela adaptação de um modelo de negócio internacional com provas dadas, que garante qualidade elevada na rede. A TOPCAR é uma organização especialista em pós-venda automóvel, com vários anos de experiência. Repre-
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Juan Carlos Castellanos, diretor do Grupo Auto Union Iberia
“O sucesso da TOPCAR é reconhecido a nível internacional” Até há poucos dias, Portugal e Espanha integravam organizações diferentes na estrutura internacional do Grupo Auto Union. Com a oficialização do Grupo Auto Union Iberia, falámos com Juan Carlos Castellanos, diretor desta recém-criada organização responsável por todo o mercado ibérico, que começou por revelar que “o processo foi mais longo do que o desejado, devido também a burocracias relacionadas com os acionistas, apesar de haver vontade claríssima de todas as partes em finalizar esta nova criação. A principal vantagem do Grupo Auto Union Iberia reside na estrutura central, que é capaz de assumir a integridade dos serviços para todas as oficinas das redes EuroTaller e TOPCAR, sem aumentar os custos, uma vez que a comunicação é transversal e a coordenação é total, ainda que os departamentos de marketing sejam autónomos, devido às características e dimensões diferentes dos mercados. Mas sem dúvida que é Portugal quem retira os maiores benefícios desta nova estrutura.” Confrontado com a pergunta “Que análise faz da rede TOPCAR?”, Juan Carlos Castellanos respondeu-nos num português quase perfeito, típico de quem viveu uns anos no Brasil: “Para mim, é um enorme sucesso. É a confirmação de um trabalho bem feito
pelo Grupo Auto Sueco, que fez um desdobramento excecional, tendo interiorizado todos os programas. O sucesso da rede TOPCAR não é só reconhecido em Espanha mas também a nível internacional. O nosso próximo objetivo é a América Latina. Já estamos presentes também no Brasil, no Paraguai e na América Central, devendo seguir-se, em breve, a Argentina e o México.”
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Marco Silva, gestor da rede TOPCAR
“Estamos a ganhar quota num mercado em contração” Visivelmente satisfeito com os elogios que a TOPCAR tem recebido do Grupo Auto Union Iberia, Marco Silva, gestor da rede, concedeu uma entrevista ao Jornal das Oficinas, começando por dizer que “o lançamento da rede de oficinas TOPCAR foi uma consequência natural da estratégia do negócio de aftermarket adotada pelo Grupo Auto Sueco. Este conceito assenta um modelo de negócio internacional que está presente em 17 países e dispõe de um conjunto de aspetos diferenciadores. Disponibilizamos uma solução completa ao nível da formação, para além de informação técnica e de um centro de assistência.” O crescente encerramento de oficinas de marca tem potenciado o aparecimento de oficinais TOPCAR. Mas não só. O envelhecimento do parque automóvel, consequência da queda vertiginosa das vendas de automóveis novos, e a difícil con-
senta as principais marcas de peças de primeiro equipamento, dispondo de uma rede de retalho com abrangência nacional e especialistas no apoio a oficinas. A Revisão Oficial, a Garantia Ibérica e o financiamento sem juros, são apenas algumas das mais-valias da rede TOPCAR. ■ Negócio em expansão Presente em 17 países, com um total
de cerca de 4500 oficinas, adotando cada rede um nome específico em função do país a que se destina, o Grupo Auto Union Internacional integra o Grupo Auto Union Iberia, dispondo este de 28 associados: 26 espanhóis e dois portugueses (Grupo Auto Sueco e Europeças). No negócio de aftermarket, o Grupo Auto Sueco gere e desenvolve, para os veículos ligeiros, a rede de oficinas multimarca
juntura económica que o país atravessa, leva a que os clientes comecem a abdicar da manutenção, o que faz com que a reparação ganhe cada vez mais terreno. Disso mesmo deu-nos conta Marco Silva: “Estamos a ganhar quota num mercado em contração. Prova disso, são as 40 oficinas que integram neste momento a rede, número que aumentará, de acordo com as nossas previsões, para 70 no final deste ano.” Já quando confrontado com a possibilidade de expandir a rede TOPCAR para o continente africano, Marco Silva foi parco em palavras, tendo respondido apenas que “O assunto está a ser equacionado pelo Grupo Auto Sueco.” Sobre a importância dos prémios EuroPremium 2013, o nosso entrevistado afirmou que “Representam para a rede a confirmação da qualidade deste modelo de negócio, a satisfação dos clientes e a confiança da própria rede no trabalho desenvolvido pelas oficinas”.
TOPCAR, que trabalha em estreita colaboração com as divisões AS Parts (importação de peças) e Onedrive (retalho de peças). Já no departamento dos veículos pesados, a rede de oficinas On Truck apenas tem como parceira a Civiparts (importação e retalho de peças). Tratando-se de dois mercados com características e dimensões diferentes, não é, pois, de admirar, que a rede Eu-
roTaller disponha atualmente de 814 oficinas, ao passo que a rede TOPCAR fica-se pelas 40. No final deste ano, estima-se que o número aumente para 70 em Portugal e 840 em Espanha. E a tendência é para continuar a crescer, uma vez que o encerramento de oficinas das marcas potencia o aparecimento de oficinas multimarca, como a TOPCAR. Costuma dizer-se que o mal de uns é o bem de outros...
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EuroPremium: critérios de avaliação
Metodologia estará uniformizada em 2014 A Gala EuroPremium é o ponto alto de uma iniciativa que assenta numa avaliação feita com base em critérios fatuais bem definidos. Mas a metodologia utilizada nos dois países é diferente. Contudo, a situação não voltará a repetir-se, até porque, em Outubro próximo, entrará em funcionamento no nosso país uma nova plataforma de integração de sistemas, designada Armin, que permitirá à rede portuguesa partilhar uma completa base de dados com a rede espanhola. Na rede EuroTaller, a avaliação foi feita por cinco jornalistas do setor e pelos principais fornecedores de peças, depois de todos terem recebido os cerca de 30 ficheiros de cada ofici-
na (número de empregados, valores de faturação e fotografias do espaço são alguns dos documentos analisados). Depois, os jurados reuniram-se para votar de modo a ficar definida a lista das oficinas premiadas. Já na rede TOPCAR, a avaliação fez-se por intermédio de responsáveis pela estrutura, que estiveram no terreno a analisar a imagem corporativa, o cumprimento do plano de formação, o desempenho e promoção de serviços financeiros destinados ao cliente e a prestação na compra de peças. Um método menos moroso e menos complexo face ao do EuroTaller, é certo, mas ainda assim mais meticuloso e mais aprofundado do que o adotado na edição de 2012.
5 Perguntas a José Miguel Patrício, gerente da TOPCAR Sesimbra
“Os cerca de 2900 clientes que temos falam por si” 1 - Desde quando é que a sua oficina integra a rede TOPCAR? Desde Outubro de 2011. Fomos os primeiros a aderir à rede TOPCAR. 2 - O que o levou a optar pela TOPCAR em vez de outra rede de oficinas multimarca? A formação que garantem, a boa imagem de que dispõem e o fato de pertencerem
a um grupo forte, com uma eficaz estrutura de marketing. 3 - Qual o serviço mais requisitado na sua oficina? Somos muito fortes na distribuição. Por mês, instalamos mais de 20 kits. 4 - Que estratégia adotou para fazer face aos tempos difíceis que o país atravessa?
Graças à integração na rede TOPCAR, o cliente tem acesso a um crédito Cofidis de 12 meses sem juros. 5 - Que significado tem o prémio EuroPremium para a TOPCAR Sesimbra? Tem um sabor muito especial. Vem premiar o esforço e o rigor do nosso trabalho, mas também a confiança que o cliente deposita em nós
5 Perguntas a José Manuel Oliveira, sócio da TOPCAR Marinha Grande
“Somos procurados pela qualidade do nosso trabalho” 1 - Desde quando é que a sua oficina integra a rede TOPCAR? Ainda não fez um ano. Entrámos para a rede em Setembro de 2012. 2 - O que o levou a optar pela TOPCAR em vez de outra rede de oficinas multimarca? O menor esforço financeiro que nos foi pedido numa fase inicial, mas também o plano de formação e a estrutura em que assenta o funcionamento desta rede.
3 - Qual o serviço mais requisitado na sua oficina? Somos muito procurados pela qualidade do nosso trabalho. Mais até do que pelo preço. Fazemos um pouco de tudo, com maior incidência na mecânica. 4 - Que estratégia adotou para fazer face aos tempos difíceis que o país atravessa? A mesma da restante rede: um crédito
Cofidis de 12 meses sem juros, que ajuda o cliente nesta conjuntura particularmente difícil. 5 - Que significado tem o prémio EuroPremium para a TOPCAR Marinha Grande? É o reconhecimento pelo bom trabalho prestado. Representa a força que vou continuar a ter para levar o nome TOPCAR além-fronteiras.
5 Perguntas a Adérito Machado, gerente da TOPCAR Setúbal
“Servir sempre bem com um preço justo” 1 - Desde quando é que a sua oficina integra a rede TOPCAR? Entrámos para a rede TOPCAR a 13 de Dezembro de 2011. 2 - O que o levou a optar pela TOPCAR em vez de outra rede de oficinas multimarca? O plano de formação, o espírito de equipa e o apoio técnico assegurados pela rede
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TOPCAR foram os fatores que influenciaram a decisão. 3 - Qual o serviço mais requisitado na sua oficina? Sem dúvida, a mecânica. Representa atualmente cerca de 60% da faturação. 4 - Que estratégia adotou para fazer face aos tempos difíceis que o país atravessa?
A rede TOPCAR permite que o cliente, caso necessite, tenha acesso a um crédito Cofidis de 12 meses sem juros. 5 - Que significado tem o prémio EuroPremium para a TOPCAR Setúbal? Constitui um motivo de orgulho e enche-nos de satisfação. É o reconhecimento pelo nosso esforço, honestidade e competência.
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Personalidade do mês LUIS MIGUEL SOUSA, Administrador da GoCarmat
“Gosto de criar valor!” › Fundador da GoCarmat, a 1ª rede oficinal com capitais 100% portugueses, Luis Miguel Sousa tem uma visão do pós-venda automóvel diferente da maioria dos players presentes neste setor
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GoCarmart está apostada em tomar a dianteira no negócio das redes de oficinas independentes em Portugal. Para já são 11 oficinas com outros negócios associados e anunciados, mas existem objetivos de crescimento. A aposta na imagem, na internet e noutras ferramentas para potenciar a presença junto dos clientes, fazem parte da estratégia para tornar a GoCarmat uma referência nacional. Em poucas linhas resuma o seu percurso profissional. Licenciei-me em Gestão na Universidade Lusíada em 1995, de seguida tirei uma Pós-Graduação em Gestão Bancária no ISB/Universidade Católica. Iniciei a minha atividade profissional, com um estágio na Wurth Portugal e de seguida fui para o Finibanco e em 1998, fui para o BPN, tendo saído em 2010 para desenvolver os meus projectos pessoais, criando 4 empresas (Gocarmat Lda, M&V Sousa Lda, Petrolinos Lda e Nalfuel Lda). Qual o cargo que desempenha atualmente? Sou Gerente de 4 empresas (Gocarmat Lda, Petrolinos Lda, Nalfuel Lda e M&V Sousa Lda). O que mais gosta na atividade que desempenha? De me levantar de manhã, ir trabalhar e criar valor para Portugal. E o que menos gosta? Gosto de tudo, não existe nada de qual não goste realmente. O que mudaria na sua área de atividade? Exigia e aumentaria o nível de fiscalização sobre aqueles que não cumprem com as legislações em vigor e que constantemente praticam concorrência desleal. É otimista ou pessimista na sua atividade? Sou bastante otimista. Revele um nome de um amigo / empresa na sua atividade? Porquê? Não quero enumerar ninguém, mas sim todas as pessoas que têm acredi-
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comparativamente com o resto da Europa Ocidental, ainda têm uma quota de mercado pequena, e a perda de competitividade dos concessionários (Marcas), bem como a abertura por parte da União Europeia da possibilidade dos consumidores poderem manter a sua viatura fora da Marca, mantendo esta a Garantia, traz para o consumidor grandes vantagens e para as redes de oficinas um potencial de negócio elevado. Que medidas considera necessárias para revitalizar a área de negócio em que se encontra? 1 - Combate ás pseudo oficinas de garagem, com fiscalização; 2 - Maior divulgação da diretiva da UE que permite aos consumidores manterem a viatura fora das Marcas, com estas a assegurar a Garantia; 3 - Incentivos específicos por parte do estado ao investimento em crescimento de redes de oficinas de Capitais Portugueses, com o consequente aumento de emprego e apoio à sua Internacionalização; 4 - Maior nível de apoio financeiro ao investimento por parte da banca (talvez pela criação do famoso Banco de Fomento). Na sua opinião, qual o futuro do sector oficinal? Penso que, tal como referido, passará obrigatoriamente pelas redes de Oficinas Para terminar. Considera-se realizado? Porquê? Ainda não. Só estarei realizado, quando conseguir que a Gocarmat ( maior empresa de capitais 100% Portuguesa), seja uma grande referência Nacional e consiga levar o nome de Portugal para o estrangeiro. tado em nós, desde fornecedores, colaboradores e clientes. Qual a notícia recente deste sector do Aftermarket que mais o surpreendeu? Nenhuma em especial. No contacto com os seus parceiros / clientes o que mais aprendeu? Especialmente aprendo um pouco com todos.
De que modo, pessoalmente, olha para a concorrência? De uma forma saudável e como importante barómetro para que estejamos sempre atentos e capazes de fazer mais e melhor. Qual considera ser a área de negócio, na globalidade do sector automóvel, que vê com mais futuro? Porquê? A área que mais vai crescer é a das redes de oficinas de automóveis, pois
● GoCarmat Sede: Alameda Bonifácio Lázaro Lozano, Lote 15 – 2ºF 2780-125 Oeiras Gerente: Miguel Sousa Telf.: 21 098 88 26 Fax.: 21 096 71 47 E-mail: miguel.sousa@mvsousa.pt Internet: www.gocarmat.pt
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Entrevista Mário Fiems, Diretor Equip Auto
Mais expositores, mais visitantes e mais animações › A edição 2013 da Equip Auto recomenda-se e tem uma apresentação perfeita. A oferta reunida na exposição é muito completa e permitirá a todos os visitantes encontrar os fornecedores que correspondam às suas expectativas e necessidades
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om uma oferta enriquecida e uma nova implantação sectorial, o Salão Equip Auto 2013 pretende otimizar a visibilidade dos expositores que contam este ano com um espaço mais alargado, que se estenderá por 4 halls. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Mário Fiems fala expectativas que tem para este salão e apresenta as novidades que os visitantes poderão encontrar. Quais são os pontos fortes desta edição 2103 do salão? Estamos à espera de mais de 125.000 visitantes, dos quais 30% serão estrangeiros, que poderão encontrar, de Quarta-feira 16 de Outubro, até Domingo 20 de Outubro incluído, mais de 1.800 empresas expositoras, repartidas por quatro pavilhões com stands. A 30 de Junho já tínhamos mais 30% de visitantes inscritos, em relação a Junho de 2011, o que vem demonstrar o papel fundamental das exposições neste sector, o que é bastante encorajador para nós. Para corresponder a esse estímulo, nós temos programadas diversas iniciativas e novidades, que marcarão os tempos fortes da edição 2013 e farão da Equip Auto o verdadeiro ponto de encontro dos profissionais de serviços automóvel. Todas as iniciativas deste ano correspondem a um compromisso claro a favor dos nossos clientes, seja em mais oportunidades de negócio, maior nível de serviço e maior número de eventos paralelos. Que novidades destaca? Vão ser criados dois novos sectores. O sector “Trade & Sourcing” disporá de uma área de 10.000 m2 no Pavilhão 2, concentrando a oferta de países emergentes, (em especial da Ásia), que despertará o interesse de distribuidores e da própria indústria automóvel, na procura de novos parceiros comerciais e industriais. Mais de 400 empresas estarão representadas neste novo espaço de expo-
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sição. Outro espaço novo é o setor “Réseaux”, situado no centro do salão, que reúne a rede dos construtores independentes do pós-venda automóvel. Novidade absoluta é o serviço gratuito de promoção de relacionamentos entre expo-
sitores e visitantes, reforçando a capacidade do salão para gerar contactos qualificados. Mais de 5.000 compradores internacionais serão encorajados pela Equip Auto a participarem nesta iniciativa, através da qual poderão encontrar expositores selecionados
que se inscrevam para esse efeito. Os contactos decorrerão de Quarta-feira, 16 a Sexta-feira, 18. A Equip Auto 2013 dará uma especial atenção à oferta das redes de manutenção automóvel, cujos principais conceitos e serviços estarão pela primeira vez reunidos nos pavilhões 4 e 5. Durante os cinco dias da exposição, as redes como a Speedy, Norauto, Midas, Motaquip, AutoDistribuition e Point’s poderão contactar grande número de empresas fornecedoras de p eças, equipamentos e produtos, além de amplo e constante contacto com o público visitante. Que outros motivos de interesse tem esta edição 2013 da Equip Auto? Iremos dar um grande destaque à formação e às ações de informação sobre equipamentos e produtos para o pós-venda automóvel. Estarão abertos cinco espaços de demonstração durante cinco dias, durante os quais serão amplamente divulgadas tecnologias inovadoras e haverá aulas práticas para desenvolver competências e aumentar a produtividade dos profissionais presentes. Nesses espaços, os expositores terão completa liberdade para demonstrar as suas capacidades e retribuir da melhor forma o tempo investido pelos visitantes, promovendo as suas empresas e os seus produtos. Outro ponto incontornável e de valor acrescentado da Equip Auto são os seus fóruns especializados sobre o pós-venda automóvel, estando previstos três desses eventos para esta edição 2013. O primeiro será organizado pelo GIPA, no dia de abertura da feira (Quarta-feira, 16 de Outubro), tendo como tema o pós-venda automóvel mundial e as suas previsíveis oportunidades de negócio e potencialidades de desenvolvimento. Algo que poderá abrir linhas de orientação e perspectivas para visitantes e expositores presentes. O segundo fórum (Quinta-feira, 17 de Outubro) terá como tema o pós-venda nas redes de assistência de construtores de veículos. Serão abordadas as possíveis alavancas de desenvolvimento da atividade de oficinas de concessionários e agentes de marca. Estão previstos cerca de 300 participantes neste evento, será organizado pelo jornal e parceiro da Equip Auto Journal de l’Automobile. Quanto ao terceiro fórum, será organizado em cooperação com a revista Auto Infos no dia 18 de Outubro (Sexta-feira) e abordará o tema do pós-venda do ponto de vista dos consumidores. Será mais uma forma de encontrar respostas para a pergunta “como fidelizar a clientela e aumentar as visitas às oficinas?” A convivialidade não poderia faltar na Equip Auto 2013 e assim haverá ambiente festivo até as 21 horas dos dias 18 (6ª-feira) e 19 (sábado) de Outubro, para momentos de agradável convívio entre todos os presentes. Haverá alguma aposta particular na Equip Auto 2013 em relação aos pneus, meio ambiente e equipamentos?
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a Tenneco, a Philips Lighting, a Federal Mogul, a Denso, a Akebomo, etc. E como o pós-venda automóvel é impossível sem equipamentos e serviços, esses também estarão presentes em força em todos os sectores de atividade. É a reunião de todos estes atores que faz da Equip Auto um ponto de encontro e de negócios do pós-venda europeu e internacional. Qual será a presença das empresas portuguesas como expositores? Não haverá uma participação excepcional de empresas portuguesas nesta edição, apesar dessas empresas estarem a apostar em estratégias de exportação neste momento. Em contrapartida, nós contamos com uma presença reforçada de visitantes portugueses, em representação do forte sector de pós-venda existente em Portugal.
Esses são temas sempre de primeiro plano na Equip Auto. O pneu estará muito bem representado por redes de distribuição, importadores e ainda por fornecedores de equipamentos e produtos para manutenção e montagem profissional de pneus. Não conseguiria citar de cabeça todas as marcas e empresas que estão presentes nesse sector. Para tratar dos temas ambientais, temos organizações profissionais e expositores
presentes no salão. O tema será abordado em relação aos pneus e ao seu ciclo de vida, mas também será dado relevo ao esforço para reduzir as emissões de Dióxido de Carbono do automóvel, em todos os estádios do ciclo de vida de um veículo. Os principais fabricantes de peças de substituição e construtores de veículos estarão presentes no salão?
Haverá participação dos construtores nos fóruns e previsivelmente como visitantes. Claro que também haverá alguns a participar como expositores, mas as negociações nesse campo ainda não estão encerradas de momento. Quanto aos fabricantes de peças, sem dúvida que estarão presentes em força, porque este é o seu salão por excelência. Em relação a marcas de primeiro plano que não estiveram na edição de 2011, podemos citar entre outras
● Equip Auto Representação em Portugal: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa Av. da Liberdade, 9 – 7º 1250-139 Lisboa Responsável da Delegação Promosalons Portugal: Carole Jombart Tel: 21 324 19 95/97 E-mail: portugal@promosalons.com Intdernet: www.promosalons.com
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Entrevista Nuno Faro, Diretor de Mkt Peças & Aftermarket Grupo MCoutinho
“Um bom marketing é essencial!” › O marketing é uma ferramenta importante para a Rede Rino, tendo ajudado na reconstrução da marca e no desenvolvimento da sua notoriedade, conforme explica Nuno Faro
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e um modo geral, as oficinas da rede Rino prestam um serviço completo, tanto ao nível da Manutenção e Reparação Mecânica, como por exemplo, serviços rápidos, pneus, reparações elétricas, etc., como na área de Colisão (chapa, pintura e substituição de vidros). Através de uma estratégia de marketing bem planeada, Nuno Faro pretende fazer da Rino uma referência no mercado das Redes de reparação automóvel e o plano de expansão para 2013 prevê a chegada às 75 unidades (atualmente possui 47). “É um objetivo ambicioso, mas é este o tipo de desafio que nos motiva”, diz este responsável. Como define a estratégia de marketing utilizada para a Rede Rino? A Rino posiciona-se no mercado da reparação automóvel enquanto rede de oficinas independentes multimarca, de serviço completo. São oficinas tra-
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dicionais, geridas por profissionais experientes, que contam com a confiança dos seus clientes e praticam preços muito competitivos. Na Rino Master, preocupamo-nos muito com dois tipos de público. Antes de mais, as oficinas independentes, que são os nossos Clientes diretos e principal alicerce do nosso serviço. Relativamente a este público, a nossa proposta de valor centra-se na disponibilização de um conjunto completo de soluções, que permitem à oficina dinamizar o seu negócio e a que, sozinha, não teria acesso. Em concreto, colocamos à disposição das oficinas uma Central de Compras, que tem por missão garantir à oficina acesso a todos os produtos e equipamentos de que necessita, aos melhores preços no mercado; apoio no Marketing Local (em complemento da estratégia de Marketing Nacional; um plano de Formação, técnica e comportamental;
Suporte Técnico, entre outras soluções. Mas a nossa estratégia não se esgota aqui. Entendemos que a sustentabilidade da rede assenta no seu sucesso comercial, junto do consumidor final, seja ele um condutor particular, uma
empresa frotista ou uma gestora de frota. Assim, apostamos claramente na construção de notoriedade para a marca Rino. Desde o rebranding, que operamos em 2011, temos vindo a colocar um crescente esforço de Marketing na comunicação da marca, principalmente através das nossas Campanhas Nacionais, que estão suportadas por um plano de meios, que contempla Televisão, Rádio, Imprensa, para além de ferramentas de marketing directo, como a nossa newsletter electrónica, o SMS, Drop Mail, encartes em revistas distribuídas por redes de hipermercados, entre outros. Esta divulgação central é complementada pela divulgação local, efectuada pelas oficinas, com materiais fornecidos pela Rino Master. Em resumo a nossa estratégia é ter uma rede cujo crescimento é sustentado, tanto pela força da marca, como do profissionalismo do serviço prestado. Quantas Campanhas de Serviço são lançadas por ano e qual o seu objetivo? O plano de marketing do corrente ano contempla três campanhas anuais de promoção de serviços, que ao longo do ano vão sendo reforçadas com outras campanhas de produto locais, em função das necessidades de cada oficina e do mercado local. Os objetivos são claros: gerar mais tráfego para as nossas oficinas e promover os diversos serviços. Por exemplo, entre 15 de Julho e 31 de Agosto, estará em curso a Campanha de Verão, promovendo
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“Estratégia de marketing é importante para prosperar” Como o marketing pode ajudar as oficinas automóvel a serem mais competitivas e rentáveis? De inúmeras formas. Destacaria a importância da análise da concorrência e pricing. A formulação dos preços deve ser função do posicionamento competitivo pretendido pela oficina e não fruto do acaso, sob pena de perdermos procura (se o preço for demasiado elevado) ou rentabilidade (se for demasiado baixo). Naturalmente, quanto mais competitivos e fiáveis forem os fornecedores da oficina, maior será a sua rentabilidade e capacidade de prestar um bom serviço. O marketing ajuda apenas na promoção da imagem das oficinas ou também é importante para o aumento das vendas? Um bom marketing deve ajudar na promoção da imagem, das vendas e da rentabilidade das oficinas, de forma sustentada e não apenas no curto prazo. Isto faz-se não só comunicando, mas também melhorando os processos da empresa, de acordo com as necessidades do mercado. O que devem a oficinas fazer para terem uma boa estratégia de marketing? Ter a ajuda de um especialista é importante, principalmente para sistematizar e operacionalizar / implementar a estratégia de marketing do negócio.
Em que áreas o marketing pode ser mais efetivo nas oficinas? A comunicação é uma das principais ferramentas do marketing. Mas numa empresa com estratégia de marketing, este está “embrenhado” em toda a organização e não é “propriedade” de um especialista. Não adianta comunicar algo para atrair Clientes, se depois não for possível cumprir a promessa. Muitos clientes procuram oficinas independentes porque confiam no seu aconselhamento e querem preços acessíveis. A oficina pode comunicar estas valências, mas só deve fazê-lo se conseguir cumprir a promessa. No caso do aconselhamento, este só é possível com profissionais experientes, bem formados e em oficinas equipadas para fazerem diagnósticos corretos. Os preços competitivos conseguem-se com uma gestão eficiente e boas condições de compra de componentes. Não interessa descurar a qualidade, pois isso compromete a fidelização do Cliente. As oficinas que não tenham uma estratégia de marketing estão condenadas a fechar ou conseguem sobreviver? Nos tempos que correm a sobrevivência do negócio de reparação é cada vez mais difícil para quem não seja profissional, a todos os níveis, inclusivamente no Marketing. Ter uma estratégia de marketing é importante, essencialmente, para prosperar, para que a empresa atinja os objectivos a que se propõe.
Quais os maiores obstáculos à implementação generalizada do marketing nas oficinas? Penso que na generalidade das oficinas independentes não existe muita disponibilidade para pensar em marketing, dado que são estruturas pequenas ou médias, que estão muito concentradas na gestão técnica e de tesouraria. Daí a enorme vantagem que podem obter na adesão a uma rede como a Rino, que lhes proporciona esse serviço.
os serviços de Revisão e Carregamento de Ar Condicionado, tipicamente mais procurados nesta altura do ano. Que balanço faz das campanhas realizadas até à data? O balanço é, em geral, muito positivo, tendo em conta tanto os indicadores de tráfego gerais, como de entrada de novos Clientes. Existem assimetrias na eficácia dos meios de comunicação, tanto a nível nacional como local, pelo que constantemente ajustamos o nosso plano de meios. Por exemplo, em 2013 apostámos pela primeira vez na Televisão (SportTV, SIC/SIC Notícias e TVI24), em detrimento de outros meios que se revelaram menos eficazes em 2012. Para além das Campanhas de Serviço, que outros tipos de atividades de marketing são desenvolvidas para aumentar a notoriedade da rede e incrementar as vendas nas oficinas aderentes? Em 2012 desenvolvemos uma Campanha Nacional de Solidariedade Social, em parceria com o IAC – Instituto de Apoio à Criança. Esta iniciativa permitiu-nos ajudar crianças necessitadas com roupa e brinquedos, recolhidos nas nossas oficinas e, em simultâneo, trabalhar a nossa notoriedade. Foi um experiência bem sucedida, que pretendemos revisitar no final do ano. Já em 2013, lançámos um conjunto
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de novos serviços complementares, que permitem reforçar o negócio das nossas unidades. É o caso do serviço de Crédito à Reparação, em parceria com o Montepio Crédito, a Garantia Rino (uma garantia para viaturas usadas, que permite gerar negócio e fidelizar os clientes à Rede) e os Usados Rino (através do acesso à plataforma MCoutinho Ocasião, as nossas unidades podem comercializar viaturas usadas, mesmo não tendo parque de exposição). A comunicação destes serviços é feita, essencialmente, através de material de ponto de venda, na recepção da oficina. Ao nível local, existem inúmeras iniciativas, desde os eventos de inauguração das novas unidades, passando por campanhas de promoção de produto locais (travagem, pneus, lubrificantes, etc.) e não esquecendo o apoio à prospecção de frotistas locais.
Ficha técnica ● Grupo MCoutinho R. Filipa de Lencastre Apartado 1078 4436-908 Rio Tinto Diretor Marketing: Nuno Faro Telefone: 229 772 000 Fax: 229 772 001 E-mail: nuno.faro@mcoutinho.pt Internet: www.mcoutinho.pt
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Entrevista Blair Boggs, Vice Presidente e Diretor Geral da Valvoline Europa
Impacto fantástico! › Este é o segundo ano que a Valvoline participa no FIA WTCC - World Touring Car Championship como parceiro oficial e os resultados não podiam ser melhores, como nos disse Blair Boggs
A
Valvoline tem uma longa tradição de participação nos desportos motorizados, tanto nos EUA, como na Europa, mas sempre preferiu corridas com carros parecidos com os que as pessoas conduzem na rua todos os dias. Por isso mesmo, nos EUA, sempre apoiou as fórmulas NASCAR e Stock-Cars. Quando surgiu o WTCC, os responsáveis decidiram logo que a marca Valvoline tinha que ficar associada a este tipo de eventos. “A Fórmula 1 é muito bonita, mas é difícil para as pessoas estabelecerem relações afectivas com os carros. É mais um campeonato de pilotos e de equipas. A competição automóvel é um grande espetáculo de que gostamos muito e que nós aproveitamos para promover a marca Valvoline, ao mesmo tempo que testamos os nossos produtos em condições de extrema solicitação”, diz Blair Boggs. Aproveitando a presença deste responsável nas corridas do WTCC que se realizaram no circuito da Boavista no final do mês de Junho, o JORNAL DAS OFICINAS entrevistou-o para saber quais as razões da aposta da marca neste Campeonato e das novidades que vão ser lançadas.
igualmente bons produtos e nós só conseguimos fazer a diferença no valor acrescentado para os revendedores. Claro que apostamos muito na formação para as oficinas, de modo que elas saibam realmente tudo sobre óleos e ajudem os condutores a proteger os seus motores e a economizarem dinheiro. Isso torna a marca e os nossos parceiros de negócio mais competitivos.
Que balanço faz da participação da Valvoline como parceiro oficial do WTCC? O WTCC é um dos quatro campeonatos do Mundo oficiais FIA, o que lhe confere um estatuto de prestígio e a garantia de uma visibilidade a nível global. Por isso, o retorno que a Valvoline tem da sua participação nesta competição é muito positivo a nível de divulgação da imagem e dos produtos que comercializa. É um grande espetáculo de que gostamos muito e que nós aproveitamos para promover a marca Valvoline, ao mesmo tempo que testamos os nossos produtos em condições de extrema solicitação. Que tipo de óleos usa a Valvoline no WTCC? Nós utilizamos produtos de acordo com as expectativas das equipas e das características dos motores e caixas, tendo em vista obter a máxima performance. Temos vários lubrificantes e diversos aditivos, alguns dos quais específicos para a competição. Todas as hipóteses estão em cima da mesa e só os resultados decidem o que vamos utilizar em cada circuito.
“A Valvoline testa os produtos nas corridas e se eles forem capazes de suportar as altas performances da competição, vão ser suficientemente bons para os carros de estrada normais”, diz Blair Boggs
Está satisfeito com a rede de distribuição que a Valvoline tem em Portugal? Sem dúvida! São pessoas que gostam da marca e fazem o que podem para a defender perante competidores muito maiores e mais poderosos. São pessoas com 50 anos de trabalho com a Valvoline que atraem novos clientes e novos consumidores e isso deixa-nos muito satisfeitos, porque significa que a paixão pela marca está viva e vai continuar viva. Acho que ainda vamos ter muito sucesso em Portugal!
Está satisfeito com os testes que a marca tem realizado? Sim, temos uma excelente equipa e queremos competir ao máximo nível, retirando o máximo de ensinamentos das experiências que realizamos. Que produtos novos tenciona lançar a Valvoline no mercado este ano? A inovação para nós é muito importante, porque somos uma marca independente das principais refinarias. Os lubrificantes não são para nós mais um negócio, mas o único negócio. Preocupamo-nos em oferecer a última palavra em lubrificantes, como forma de ajudar os nossos distribuidores e oficinas, bem como alcançar a plena satisfação do cliente final. Neste momento, estamos a apostar em produtos de alta quilometragem de base sintética. Também estamos a apostar em lubrificantes reciclados, que constituem uma alternativa económica e simultaneamente ecológica. A nossa oferta também tem óleos com aditivos que previnem fugas em motores com muitos quilómetros e algumas folgas. Não podemos pensar que os carros ficam sempre novos como no dia em que saíram da fábrica. Produtos do tipo que nós oferecemos visam a economia e a máxima satisfação dos utilizadores, para que eles comprem regularmente a nossa marca. Como conseguem fazer a diferença em relação a outras marcas de lubrificantes? A nossa principal preocupação é assegurar uma margem interessante para distribuidores e oficinas, que são os que recomendam os óleos ao cliente final. Outras marcas têm
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Pensa alcançar as metas de vendas delineadas para este ano? Apesar das condições desfavoráveis da economia europeia e portuguesa, o facto é que estamos a crescer em todas as frentes de batalha. Isto significa que iremos vender outra vez em grande estilo, quando a economia recuperar. Vamos continuar a investir e a preparar os nossos distribuidores para melhores dias. Para já, consideramos muito positivo o desempenho da marca neste difícil mercado e agradecemos o notável esforço de todos os nossos parceiros de negócio, sem os quais isso não seria possível. Que vantagens tem uma oficina em trabalhar com a vossa marca? Volto a destacar mais uma vez que somos uma empresa independente, que vive de criar valor para os seus clientes. Os nossos produtos têm mais valor do que aparentam e, embora os lubrificantes sejam uma pequena parte do negócio da oficina, ajudam a criar laços com os clientes e isso pode ser a chave do sucesso para qualquer oficina que trabalhe com inteligência e honestidade. Os nossos produtos ajudam velhos motores e velhas caixas de velocidades a renascer e isso reforça a credibilidade da oficina, porque não está só a querer vender peças, mesmo quando não são precisas. Eu posso afirmar isso, porque sou norte-americano e vi com os meus olhos isso acontecer nos EUA. Nada impede que isso volte a acontecer agora na Europa e em Portugal. Está visivelmente optimista em relação ao futuro, não está? Absolutamente! Temos aqui um bom parceiro de negócio e uma excelente equipa para desbravar o mercado e alcançar plenamente o sucesso, tanto a curto, como a médio e a longo prazo.
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OFICINA DO MÊS
Auto mecânica da madalena
Dar a volta!
Patrocinio secção:
› A estratégia para o futuro passa pela dinamização do marketing convencional e electrónico, a fim de colocar a Auto Mecânica da Madalena no contexto do mercado nacional
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emos aqui um exemplo de uma empresa que teve o seu início de atividade em 1986, primeiro em nome individual e depois como empresa Unipessoal, a partir de 2007, com a designação de Auto Mecânica da Madalena, localidade do litoral do concelho de Vila Nova de Gaia. Constitui um exemplo bastante instrutivo, porque demonstra claramente até onde pode ir um negócio deste tipo, sem um verdadeiro sistema de gestão e sem uma correta planificação do seu desenvolvimento e da sua atividade. O facto de ser uma oficina com uma oferta muito completa (mecânica geral, carroçaria, pneus, estação de serviço, etc.), estar bem equipada e de ter uma equipa de 18 pessoas (8 técnicos, um eletricista, um chapeiro e outros colaboradores) não significa que seja uma empresa rentável e com um índice elevado de sustentabilidade. Falando com Alcino Duarte, proprietário da oficina, viemos a verificar que a quebra do poder de compra dos clientes habituais foi notória, com o valor médio das reparações a baixar significativamente. Na realidade, verificámos que Alcino Duarte é uma pessoa muito conhecida e até popular na Madalena, mas a oficina em si não tem exposição suficientemente visível para o exterior, porque fica localizada numa urbanização com arruamentos próprios e fica rodeada por prédios de alguma altura. Sem um plano de marketing muito bem elaborado, a ofi-
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cina não consegue chegar a novos clientes com facilidade. Além disso, faltava-lhe um sistema de gestão e planificação adequado, assim como as ferramentas de promoção de negócio, que hoje são indispensáveis. Consciente da gravidade da situação, Alcino Duarte acabou por chegar a um
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acordo com a rede de oficinas Eco-Oficinas, estando a operar já com os novos moldes então definidos, a partir de Outubro de 2012. Com mais de 90% de clientes particulares, a AMM precisa diversificar a sua clientela, para reencontrar a rentabilidade desejável. Alcino Duarte receia os
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clientes empresariais, devido à atual instabilidade do mercado, mas a verdade é que há milhares de empresas fiáveis com carros para fazer a manutenção. Com o serviço Eco-Crédito da sua rede, é possível a partir de agora gerir com segurança contas mais volumosas, a partir de informações comerciais e bancárias fidedignas. O risco calculado é um factor de sucesso nos negócios, que não deve ser subestimado. Com um filho formado em engenharia mecânica, Alcino Duarte tem o futuro da sua oficina bem entregue. Para já, o filho encarrega-se da formação dentro da empresa e deverá assumir mais plenamente as rédeas dos processos técnicos, tendo em vista melhorar a sua eficiência e consequente rentabilidade. A certificação de qualidade, que faz parte do programa de adesão à rede Eco-Oficinas, irá ajudar muito nesse sentido. De certo modo, existem muitas maneiras de fazer as coisas, mas só existe uma maneira de as fazer bem, com qualidade. Se há coisa que a certificação veio demonstrar é isso mesmo. A Auto Mecânica da Madalena está pronta a dar a volta e sair ganhadora desta aposta num novo modelo de gestão.
● Auto Mecânica Madalena Recanto de Suas Vilas, 213 4405-788 Madalena Gerente: Alcino Duarte Tel: 227.137.546 Fax: 227.125.430 E-mail: automadalena@eco-oficina.pt Internet: www.eco-oficina.pt congratula a Oficina do Mês
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empresa Acrilac
35 anos de qualidade e inovação
› A pretexto de uma sessão informativa da 3M sobre novos produtos, o JORNAL DAS OFICINAS entrou no Estado-Maior da Acrilac e falou com o seu fundador, Mário dos Santos, no mês em que a empresa comemorou 35 anos de existência Por: Bruno Castanheira
T
udo começou em Julho de 1978. Há precisamente 35 anos. Mário dos Santos, que até então trabalhara na Alemanha, como pintor de automóveis numa agência da VW, decidira regressar definitivamente a Portugal e montar o seu próprio negócio. Ingressou numa oficina enquanto a oportunidade não surgia até que, certo dia, propuseram-lhe ser revendedor da Valentine Portugal. Aceitou. A partir da sua garagem, estabeleceu o seu negócio. Mais tarde, alargou o espaço para aquele que é, hoje, o Centro Técnico. Nos primeiros dez a quinze anos, a empresa cresceu consideravelmente. Depois, o aparecimento de concorrência fez, também, com que o ritmo abrandasse. Em 1995, Mário dos Santos comprou um antigo complexo de cerâmica para construir as atuais instalações, que foram inauguradas no dia 1 de Novembro de 1997. As encomendas sucediam-se e o lançamento de novos produtos faziam
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com que o negócio corresse de vento em popa. A Acrilac, como é conhecida no mercado a empresa Mário dos Santos & Filhos, Lda., é atualmente uma das maiores da Malveira e do Concelho de Mafra. Dedica-se à distribuição de tintas, revestimentos, acessórios e equipamentos para o segmento profissional e particular das pinturas, quer seja para a manutenção industrial, repintura automóvel, construção civil e decorativa ou belas artes. ■ Projeção internacional Constituída atualmente por 22 empregados, dos quais três estão encarregues da venda direta, um da revenda e outro do departamento comercial, a Acrilac dá, não só, cobertura a todo o território nacional como tem, também, projeção internacional, ainda que as operações de exportação sejam poucas e não assumam grande expressão. Como empresa inova-
dora que é, a Acrilac investe de forma intensa na criação e implementação de modelos de gestão e de processos administrativos eficientes e modernos, sempre orientados para a plena satisfação dos clientes, com os quais tem um compromisso exigente e uma parceria contínua. Com preços competitivos, entregas rápidas, stocks disponíveis e produtos de qualidade, a Acrilac dispõe de 120 revendedores, que operam em todo o país. Nas áreas mais distantes, os veículos da empresa dão lugar aos camiões da transportadora, que recolhem a mercadoria e a fazem chegar a esses locais. A Acrilac dispõe de duas lojas (Malveira e Torres Vedras) e comercializa, entre tintas e consumíveis, mais de dois mil produtos. Onde em tempos foi um complexo que permitiu ao seu fundador expandir o negócio, hoje é o Centro Técnico, onde são feitos testes aos produtos antes de estes saírem
para o mercado, apresentações de novidades aos clientes e formações aos comerciais. ■ Marcas próprias A Acrilac dispõe, neste momento, de cerca de 700 clientes ativos, dos quais entre 500 a 600 são oficinas e os restantes da área da construção. Para além de ser um dos importadores da Sata, a empresa de Mário dos Santos, de 75 anos, importa as marcas Moldex e Dimitrol. Mas não só. Importa em regime de exclusividade a Sia e a Beta Color, é distribuidora da Standox e dispõe de marcas próprias: Acrimix e Pirmo. Como grandes parceiros, a Acrilac, que é particularmente forte na repintura automóvel, aposta na Festool e na 3M. Para além da formação, a Acrilac tem investido bastante na área comercial. E, graças à redução dos serviços adminis-
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trativos (as novas tecnologias permitiram acabar com a papelada), a empresa conseguiu aumentar a sua rentabilidade. Como Mário dos Santos fez questão de salientar ao JORNAL DAS OFICINAS, “é preferível termos uma maior equipa de comerciais no terreno do que muitos funcionários sentados em gabinetes”. Confrontado com a atual situação económica do país, o nosso entrevistado revelou-nos que “a procura por produtos mais acessíveis aumentou ligeiramente, é um facto, mas temos inúmeros clientes, mesmo de oficinas particulares, que continuam a querer apenas produtos de topo, que lhes garantem maior durabilidade e um nível de acabamento de excelência. Neste momento, estamos um pouco abaixo face ao ano transato, mas esperamos em 2013 atingir o mesmo volume de 2012.” Para a parte final da nossa conversa, deixámos a análise ao atual estado do mercado. Mário dos Santos foi peremptório e afiançou: “Se se venderem mais automóveis e se a economia crescer, então o sector da colisão também evoluirá. O grande desafio que as oficinas de colisão têm pela frente está na aquisição de equipamento, na informação e na formação. Saber com exatidão os custos do serviço de pintura, o controlo do crédito e a seleção dos produtos. Os pintores têm de frequentar cursos, até porque o próprio processo de pintura está em constante mudança.”
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Sessão informativa 3M Workshops para clientes A 3M promoveu, na sede da Acrilac, na Malveira, uma sessão informativa para clientes. As cerca de 70 oficinas que estiveram presentes puderam participar em vários workshops: Sistema de Reparação de Faróis; Sistema de Eliminação de Defeitos de Pintura (Perfect-It); Proteção Pessoal de Pintores (farda; auscultadores; máscara); Proteção de Cabinas de Pintura (sistema de proteção Dirt Trap); Sistema de Preparação de Pintura (PPS; sistema Accuspray; pistola de aparelho HVLP). Neles, puderam obter informações e assistir a demonstrações destes novos produtos apresentados pela 3M. E, ainda, beneficiar de preços especiais de lançamento para encomendas destes consumíveis.
● ACRILAC
O local onde, hoje, é o centro técnico, permitiu a Mário dos Santos expandir o seu negócio em tempos idos
Sede: Alto da Lagoa 2665 – 243 Malveira Gerentes: Mário dos Santos; Maria dos Prazeres Sócio: Mário Duarte Diretor Comercial: Vasco Pereira da Silva Telefone: 219.668.200 Fax: 219.668.201 Filial: Praceta Vitor Cesário da Fonseca, n.° 4 – A 2560 – 661 Torres Vedras Telefone / Fax: 261.313.794 Email: acrilac@acrilac.com Site: www.acrilac.com
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Empresa
Diapauto
Triunfo da prudência
› Desde sempre, as crises económicas e os períodos de dificuldades para os negócios foram favoráveis para os empreendedores que desenvolveram os seus projetos com equilíbrio e prudência, apostando no crescimento gradual e sustentado, como acontece com José Manuel, Administrador da Diapauto
P
ara além de uma gestão rigorosa e de uma equipa competente e diligente, a Diapauto foi subindo gradualmente no mercado, tendo como principal arma uma grande proximidade com os clientes e um serviço de entregas just in-time. As instalações situadas no Parque Industrial da Abrunheira, em Sintra, têm uma localização privilegiada, pois estão no centro de uma zona de grande crescimento empresarial e também habitacional. Fornece essencialmente oficinas independentes, mas também alguns Auto Centros ligados à nova distribuição, nomeadamente a Norauto e Feut Vert que têm oficinas perto das suas instalações. Embora a área do armazém não seja muito grande é suficiente para manter em stock as peças de maior rotatividade, mas quando é pedida uma peça que não existe na loja, rapidamente pode ir buscá-la ao armazém do seu principal fornecedor, a Autozitânia, localizado apenas a 10 minutos das suas instalações. Sendo um parceiro privilegiado da Autozitânia, conta com uma entrega imediata de todos os pedidos. Todo o apoio comercial junto das oficinas clientes é efectuado por 2 vendedores à inteira disposição do mercado oficinal. Na área dos lubrificantes mantém desde o início uma forte parceria com a Krautli, sendo um dos mais antigos distribuidores Valvoline. Concentra a sua atividade na zona de Sintra, pois quer manter um relacionamento de proximidade com os clientes, para ter sempre uma resposta rápida na entrega de material. A boa localização da Diapauto é assim uma mais valia para a empresa e
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● Diapauto
Parque Industrial da Abrunheira Quinta do Lavi – escritório 10 2710-089 Sintra Gerente: José Manuel Telefone: 21.915.68.10 Fax: 21.915.68.19 E-mail: diapauto.pecas@gmail.com
para os seus clientes que têm a garantia de encontrarem sempre a peça que necessitam. Tem atualmente mais de 30 oficinas fidelizadas e quer aumentar esse número. O grande trunfo da Diapauto é o bom serviço que presta aos clientes, assente numa relação de amizade de longa data com a maioria. Tendo em atenção o mercado fortemente condicionado pelo factor preço, praticar um nível de preços competitivo é uma das prioridades da Diapauto,
que comercializa maioritariamente produtos de qualidade que garantem a máxima satisfação aos seus clientes, mas também dispõe de uma 2ª linha alternativa. Neste caso preocupa-se em explicar as diferenças dos produtos a nível de preços e qualidade do material. José Manuel considera que a proximidade com o cliente gera uma relação de confiança mútua. “Com o tempo adquirimos as ferramentas necessárias para ajudar o
cliente. Quando tem dúvidas contacta-nos e nós ajudamos a encontrar a solução para os seus problemas”, diz. Normalmente aproveita as campanhas de produto dos fornecedores, independentemente das próprias campanhas que organiza periodicamente. Devido à conjuntura atual, que é responsável pela queda de vendas de viaturas novas, José Manuel espera que o mercado das peças continue a crescer.
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EMPRESA
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ASB reúne clientes 3M
Adrenalina e convívio
› A ASB - Álvaro de Sousa Borrego, S.A. juntou no passado dia 22 de junho, cerca de 50 clientes preferenciais 3M, num encontro convívio em Sintra, onde não faltaram as emoções de um torneio de paintball
O
encontro com clientes faz parte do conjunto de ações que a ASB se comprometeu a realizar este ano, enquanto Distribuidor Premium 3M. Trata-se de um estatuto privilegiado, que permite à ASB posicionar-se como parceiro da 3M na divulgação e promoção das novidades lançadas pela marca no mercado. Por outro lado, a ASB é obrigada a ser um parceiro ativo nas ações que a 3M desenvolve em Portugal com o seu CTM - Centro de Treino Móvel da 3M. Trata-se de um furgão dotado de todos os processos, soluções e produtos 3M para o setor da reparação automóvel, com o objetivo de os demonstrar, de forma interativa, junto dos profissionais do setor.
Álvaro Sousa, Administrador da ASB e Cristina Vaz, Diretora de Marketing da 3M, deram as boas vindas a todos participantes, e o encontro iniciou-se com a apresentação de novos produtos da 3M, nomeadamente: Perfect-it III Sistema de Conexão Rápida e Produtos Comple-
Balanço positivo Para Cristina Vaz, diretora de Marketing da 3M, o balanço destas sessões informativa são muito positivas. “No ano passado fizemos 7 sessões informativas 3M e este ano, em seis meses, já vamos na 9ª sessão e contamos até ao final do ano atingir as 20, sempre em conjunto com os nossos principais distribuidores e oficinas convidadas a participar. Para 2014 contamos ter mais um CTM - Centro de Treino Móvel da 3M em Portugal para dar apoio na zona norte e sul e assim conseguirmos chegar de forma mais efetiva e rápida a todas as oficinas”. Questionada sobre a receptividade que estas ações têm tido junto dos clientes, Cristina Vaz afirma “Todas as sessões informativas têm tido uma grande receptividade e acreditamos que só estando perto do nosso cliente final conseguimos mostrar toda a gama de produtos que temos para as oficinas e também o espírito 3M, criando laços fortes que lembrem que a 3M além de
fornecedor de produtos de pintura e anexos, somos também um parceiro de negócios”. Relativamente ao desempenho no 1º semestre 2013, Cristina Vaz diz que “tivemos um bom semestre de vendas, apesar de toda a conjuntura económica envolvente. A 3M tem uma postura muito positiva, no sentido em que, nos anos em que temos de fazer um maior esforço, é quando investimos mais e pensamos que apesar do mercado estar todo em contração, se nós, como principais parceiros, não estivermos ao lado dos clientes, a tentar crescer mais um pouco e fazer frente à crise, não conseguimos dar a volta. Frente à crise, devemos ter uma atitude mais dinâmica. Não podemos baixar os braços, porque não é assim que o mercado vai para a frente”. As perspectivas, segundo Cristina Vaz, são muito positivas “Vamos lançar entre 2014 e 2017 muitos sistemas e produtos novos, tendo sempre em vista a optimização da produtividade das oficinas”.
mentares; Novo Disco Azul Multifuros; Pistola de Aparelho HVPL e PPS Sistema de Preparação de Pintura. “Com este novo estatuto de Distribuidor Premium 3M, conseguimos ter uma relação mais próxima com os nossos clientes. Através destes encontros, demonstramos e comprovamos as vantagens da utilização de produtos 3M nas operações de reparação e ao mesmo tempo fortalecemos os laços de amizade que temos com os nossos clientes”, diz Álvaro Sousa. Após a apresentação dos produtos seguiu-se o momento alto do dia: um animado torneio de paintball onde todos participaram. Divididos por equipas, os participantes deram o seu melhor para conseguirem derrotar a equipa adversária. Seguiu-se um agradável almoço, onde todos puderam confraternizar e debater as técnicas de combate e ataque utilizadas no paintball, para mais tarde recordaram. PUB
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REPORTAGEM
Formação Centros de Travões ATE
Hot-line apoia técnicos ATE › Os técnicos que trabalham nos Centros de Travões ATE vão ter a partir de Setembro acesso a uma Hotline dedicada, que irá ajudá-los a resolver qualquer problema ou dúvida sobre travões
O
Centro de Formação da AZ Auto, em Camarate, recebeu um grupo de mecânicos de Centros ATE, para mais um curso de formação inicial, que irá permitir a estes técnicos tornarem-se especialistas em assistência e reparação de todo o tipo de sistemas de travagem, incluindo os sistemas de parqueamento elétricos, que já são equipamento de origem de muitos novos modelos de automóveis. Para Bert Lembens, responsável de Formação dos Centros de Travagem ATE “Os cursos de formação ATE têm decorrido da melhor maneira, com grande adesão de clientes, pelo que iremos continuar a realizar esta formação especializada, dedicada aos travões. No futuro está previsto a abertura de cursos dedicados a outras áreas técnicas do automóvel, como a Distribuição e TPMS, porque a Continental é fabricante e fornecedor desses sistemas para OE e aftermarket”. Relativamente à abertura de cursos de formação técnica para outras áreas, Bert Lembens afirma que “É uma vantagem para a Continental estar em contacto direto com as oficinas, pois podemos dar-lhes muita informação, mas em contrapartida também recebemos muita informação dos seus técnicos”. E para apoiar ainda mais os seus clientes dos Centros ATE, Bert Lembens anunciou que vai lançar já no final do Verão uma Hot-line de assistência técnica, que será uma excelente ferramenta de ajuda às dúvidas e problemas que surjam aos técnicos desses centros. Com este serviço, as oficinas selecionadas passam a ter acesso a respostas a todas as dúvidas técnicas sobre montagem e desmontagem, cuidados de manutenção e esquemas técnicos, especificamente para sistemas de travagem equipados com componentes ATE. Trata-se de uma hot-line de nível superior, onde os técnicos que respondem às questões estão na sede da companhia, na Alemanha, em contacto direto com os engenheiros da marca e com a própria linha de produção. Foi também anunciado por Bert Lem-
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bens o lançamento num futuro próximo de uma nova marca de produtos de travagem mais económica. “Temos de oferecer produtos de acordo com as necessidades dos clientes e por isso iremos lançar uma marca de produtos de travagem mais acessível, mas de qualidade inquestionável, porque será produzida pela Continental de acordo com os elevados padrões de fabrico já utilizados na ATE”. Esta formação agora realizada destina-se, como já dissemos, a oficinas que iniciaram a sua atividade como Centros de Travões ATE, seguindo-se outros cursos de formação de nível mais elevado, até atingirem o topo, ficando então habilitado como Técnico Especialista de Travões ATE.
● AZ Auto
Sede: Rua dos Bombeiros Voluntários de Camarate 2680-490 Camarate Diretor Geral: Miguel Melo Telefone: 219 428 000 Fax: 219 402 413 e-mail: info@azauto.pt Internet: www.azauto.pt
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Oficina de Clássicos
Ensaio BMW M3 (E30)
Criado para a competição! › No setor todos sabem que a letra M nos BMW significa Versão Desportiva. O que nem todos saberão é que o primeiro M3, apresentado no Salão de Frankfurt em 1985, foi até hoje o único M desenvolvido com características para a competição com uma posterior versão de estrada… Por: Dário Afonso
E
sta versão M3 tem muito pouco de comum com a versão E30 que lhe deu origem. O aspeto exterior, só por si, já denota diferenças imediatas. Profundo alargamento de abas, para albergar uns pneus mais largos. Este alargamento de abas não foi efetuado de uma forma simplista, já que existiu uma preocupação cuidada no aspeto aerodinâmico. Esta preocupação aerodinâmica promoveu a colocação de uma asa traseira, com dimensões muito generosas, que permitiu também equilibrar o M em termos da relação de peso frente/traseira. Para que esta asa traseira tivesse um efeito aerodinâmico mais eficiente, foi necessário “cortar” o final do vidro traseiro do E30 de série e inventar uma nova mala traseira que acabou por ser produzida em fibra de vidro. As jantes BBS com “porca central” são apenas mais uma alusão à competição deste M3. A BMW obrigada a produzir 5.000 unidades deste M3 para o poder homologar em Grupo A, acabou por produzir mais
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de 18.000 graças ao seu sucesso comercial. De assinalar que este êxito comercial deveu-se, em grande medida, à alavancagem obtida através das vitórias no Campeonato Alemão da época (DTM) em 1987 e 1989. Convém lembrar que o M3 competia no DTM com alguns ícones da competição automóvel como o Ford Sierra Cosworth
e o Mercedes 190 2.3 – 16V. O M3 foi equipado com o motor S14 com características típicas de um motor de competição da altura. O S14 derivou do motor usado no BMW M635 que tinha 6 cilindros, reduzido a 4 cilindros com o intuito de o tornar mais compacto. O bloco deste motor era o usado pela BMW na Fórmula 1.
A primeira versão deste motor compacto, com 4 cilindros, 2.3L e 16V debitava uns expressivos 200 CV. Este motor possui alguns pormenores construtivos que marcam a diferença entre um motor de competição e um motor de série que foi “puxado”. Como por exemplo, borboletas de admissão independentes por cilindro, coletores de admissão e escape maqui-
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nados, árvore de cames com curva característica algo “pontuda”. Neste motor, muito rotativo para os standards da altura, a potência máxima aparece pelas 7.000 rpm e o binário máximo pelas 4.750 rpm. O M3 foi produzido até 1990. Até essa data, o seu processo de desenvolvimento e evoluções culminaram com o Sport Evolution (ou, EVO 3), em que o S14 passou a ter 2.5L e 238 CV de potência. Esta versão, para além do aumento de cilindrada, possuía válvulas mais largas e uma nova árvore de cames. Para melhorar o arrefecimento dos pistons, foram ainda introduzidos injetores de óleo por cilindro. Uma das formas de se poder reconhecer este Motor 2.5L de forma imediata, é verificar se os cabos de vela são vermelhos. Apesar de ter nascido para as pistas, este M3 consegue andar na cidade com facilidade. Se encontrarmos trânsito do tipo “pára-arranca” demorado, então, o cenário já muda de figura…definitivamente não gosta! Torna-se necessário umas aceleradelas de vez em quando para “limpar”, já que o ralenti começa a ficar irregular e a temperatura do óleo a subir (mas sem perigo). Na estrada sim, este M3 é magnífico! O chassis é perfeito em curva (mesmo em pisos irregulares) e a sua tendência “sobreviradora” faz as delícias de muitos. Ainda não referimos que este M tem um autoblocante a 25% que ajuda muito ao seu controlo… Apesar de ser um carro fácil de guiar, sempre que subimos o andamento é necessário pilotá-lo, porque neste M não há eletrónica a controlar potenciais erros do condutor e, apesar de termos um carro com 25 anos, a sua velocidade máxima anunciada é de quase 240 Km/h e o tempo para ir dos zero aos 100… pouco mais de 7 segundos! Pormenor interessante que obriga a estar atento nas primeiras experiências de condução deste M3 é que a 1ª velocidade é engrenada para trás…sendo que a 2ª e 3ª velocidades passam a estar na mesma “linha”, assim como, a 4ª e 5ª. Esta 5ª velocidade pode ser considerada como “falsa”, já que o escalonamento da caixa explora muito bem as 7.000 rpm que o motor S14 oferece, sendo uma caixa de relações curtas, a 5ª velocidade é direta. Esta caixa de velocidades é algo rija mas muito precisa. Esta primeira versão M3, em virtude da sua versatilidade começa a ter preços de mercado algo elevados e com tendência de subida. Em setembro do ano passado a revista Auto Motor und Sport Alemã, anunciava um exemplar deste M3, praticamente novo por 39.000€… apesar de ser um valor atípico, exemplares com elevado nível de originalidade transacionam-se hoje entre os 25.000€ e os 30.000€. A versatilidade deste M3, mostra que tanto serve para um entusiasta levar a família a passear num fim-de-semana, como para base de desenvolvimento de um carro de competição de pista ou de rally. As possibilidades de evolução de motor e chassi são inúmeras e, como podemos verificar no site www.turner-
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O BMW M3 foi homologado em Grupo A, tendo obtido diversas vitórias no c ampeonato alemão DTM em 1987 e 1988
● BMW M3
Ano: 1988 Motor: 4 Cil. em linha Cilindrada (cc): 2302 Potência máx. (cv/rpm): 204/6832 Binário Máx. (Nm/rpm): 240/4826 Velocidade Máx. ( Km/h): 237 Aceleração 0-100 Km/h (s): 7.1
motorsport.com existem kits que podem elevar a potência deste motor para cima dos 280 CV. A unidade por nós ensaiada, tem data de fabrico de 1988 e é uma das mais de 5.000 unidades produzidas sem catalisa-
dor. Apesar dos seus mais de 100.000 Km, em banco de potência ainda apresentou 204 CV sem ter chegado às 7.000rpm, onde está o pico de potência… Para muitos, este é o verdadeiro e mais puro M3 de sempre.
Apesar dos seus mais de 100.000 Km, este BMW M3 apresentou em banco de potência 204 cv, sem ter chegado às 7.000rpm, onde está o pico de potência…
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Volvo FH Euro 6 já chegou a Portugal
Sempre “ligado” à oficina › CA Auto Sueco apresentou à imprensa especializada o novo Volvo FH, lançado recentemente em Portugal em versão Euro 5, tendo o JORNAL DAS OFICINAS tido oportunidade de se familiarizar com o primeiro FH Euro 6 a chegar a Portugal
tempo, e não falham a meio de uma viagem de longo curso. Com o TGW, será possível dispor de atualizações remotas dos parâmetros e, no futuro, será possível atualizar packs de software completos no camião. Inicialmente, o sistema irá englobar um número limitado de parâmetros, mas, dentro de alguns anos, a Volvo Trucks irá desenvolver uma gama muito mais ampla de funcionalidades deste tipo, com o objectivo de melhorar a disponibilidade da frota da empresa de transportes e reduzir os custos de operação.
O
FH recebeu uma cabina totalmente nova e tecnologias pioneiras como o inovador sistema de Suspensão Dianteira Independente, o sistema I-See que memoriza os declives e ajuda a poupar combustível até 5%, a paragem do motor ao ralenti, o compressor de ar com embraiagem, uma nova bomba de direção assistida, acrescida habitabilidade graças a um habitáculo ainda maior e com espaços de arrumos e também novos motores Euro 6, como o D13, disponível em variantes de potência de 420, 460, 500 e 540 cv, estando prometido para 2014 o lançamento do D16 que irá equipar a gama FH 16. O novo FH integra igualmente o botão VAS no painel de instrumentos, o qual permite contactar o Volvo Action Service e solicitar diretamente a assistência na estrada, e também um novo módulo de comunicação por telemetria (TGW), que permite à oficina monitorizar remotamente
o estado de funcionamento do veículo e ler códigos de avaria. Trata-se dum desenvolvimento tecnológico que garante maior disponibilidade operacional e menos imobilizações imprevistas, em fase de lançamento com a nova gama de camiões de longo curso FH, extensível também às novas gamas FM, FMX, FL e FE. Recorrendo ao uso da versão mais recente do Módulo de Comunicação Telemática – TGW, a Volvo Trucks apresenta agora um sistema que permite aos concessionários Volvo monitorizar o estado de funcionamento do veículo e a ler códigos de avaria remotamente, utilizando a rede GSM, uma vez que com estas novas funcionalidades de comunicação a bordo dos camiões, os técnicos na oficina recebem informações contínuas sobre o desgaste de uma série de componentes e a quilometragem do veículo. Assim, a oficina pode planear a
Carlos Feliciano, Diretor Comercial de Camiões Volvo
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assistência de acordo com as necessidades reais de cada viatura. A comunicação remota entre o camião e a oficina é um complemento do plano de manutenção. Se o camião for conduzido de forma diferente em comparação com o plano original, os intervalos de manutenção podem acabar por ser demasiado frequentes ou demasiado espaçados. Quando a oficina recebe dados sobre a taxa de desgaste real, pode ajustar os intervalos de manutenção de acordo com as necessidades reais do camião. Minimiza as paragens não planeadas Se o camião for utilizado de uma forma diferente da planeada no plano de manutenção inicial, a oficina conseguirá manter-se devidamente informada, por exemplo, pode ser alertada para o desgaste das pastilhas dos travões. Em resultado disso, as peças desgastadas são substituídas a
Primeiro Volvo FH Euro 6 em Portugal
■ Auto-Sueco vai manter os 19 pontos de assistência Volvo Carlos Feliciano, Diretor Comercial de Camiões da Auto-Sueco, disse ao JORNAL DAS OFICINAS que o novo Volvo FH pode ser adquirido “com a possibilidade de subscrição dos contratos Blue Service (manutenção programada) e Gold Service (manutenção e reparação). Pode dizer-se que tem havido algum crescimento nas vendas co m contratos de assistência associados. Neste momento a Auto-Sueco tem mais de 1.000 contratos de assistência ativos porque o transportador reconhece que é cada vez mais importante ter custos operacionais fixos”. Outra novidade no pós-venda prende-se com o projecto Connect: “trata-se dum projeto que arrancou em 2012 só com as peças e estamos a estendê-lo agora também à mão-de-obra, estabelecendo uma nova política de preços e de descontos em função da fidelização e das frotas Volvo dos próprios clientes assistidas na marca. Com o Connect criámos um pack de descontos diferenciados para cinco segmentos. No fundo o que fizemos foi hierarquizar os clientes no segmento onde encaixam. Os clientes poderão sempre subir patamares de segmento até atingir o mais elevado se, quando precisarem de novas viaturas ou das nossas oficinas ou de peças, procurarem a Volvo” – e acrescenta – “hoje esta é a nossa melhor ferramenta para mantermos a ocupação das nossas oficinas”. Segundo Carlos Feliciano, a Volvo aposta também muito nas campanhas promocionais de pós-venda, “lançamos mensalmente campanhas bastante agressivas, começámos a combinar serviço com peças e a apresentar isso como oferta integrada a preço fixo. Olhamos também para os veículos mais antigos, até porque, verificámos que, com o passar dos anos, a fidelização à marca ia sendo cada vez menor e nós queremos também inverter essa tendência”.
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fig. 2
Diagrama em que podem ser observados os fluxos de iões resultantes das reações químicas no interior da bateria. Esses fluxos geram a corrente eléctrica e provocam uma electrólise residual da água do electrólito.
Baterias reforçadas Baterias AGM para veículos com Start-Stop
Ciclos históricos são inevitáveis
› Em face das performances excepcionais e de uma relação qualidade/preço muito atrativa, as baterias AGM são as preferidas pelos construtores de veículos para os seus modelos equipados com sistemas Start-Stop e micro híbridos
G
rande parte das novas tecnologias que têm sido lançadas ultimamente pela indústria automóvel está relacionada com a contenção das emissões de CO2, que a Comissão Europeia quer reduzir para 130 g/ km (média de todos os modelos de um construtor). Esta meta ambiciosa para o “velhinho“ motor de combustão, cuja alegria e eficácia dependem fundamentalmente do seu apetite por combustível, só pode ser alcançada com uma criativa conjugação de tecnologias inovadoras, entre as quais vamos encontrar o sistema chamado Start-Stop. Este sistema permite que o veículo desligue automaticamente o motor quando está imobilizado, voltando a ligá-lo também por si, quando o condutor pretende arrancar novamente. Com isto consegue-se até cerca de 5-6% de economia de combustível, em circuito de condução urbano. Conjugando esta tecnologia com
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o conceito micro híbrido, no qual o alternador recupera uma pequena parte da energia cinética acumulada no veículo, podemos chegar aos 9-10% de economia de combustível, o que se traduz também por idêntica redução das emissões de CO2. Para que isto seja possível, o sistema de arranque do motor tem que ser reforçado, o que implica motores de arranque e alternadores mais potentes e mais robustos, tendo em vista minimizar o tempo de arranque, por um lado, bem como proporcionar a necessária fiabilidade, por outro. Por seu turno, isto também exige baterias de nova geração, com maior capacidade de carga, carga mais rápida e maior resistência a ciclos sucessivos de carga e descarga. Além disso, a bateria passou a contar com um sistema de gestão da carga da bateria, que tem capacidade para estabelecer prioridades de consumo de
corrente, podendo desligar a climatização, por exemplo, a fim de manter a carga necessária para um novo arranque. Por outro lado, a qualidade da corrente eléctrica é também fundamental para manter o adequado funcionamento dos sistemas electrónicos. Logicamente, as baterias convencionais de chumbo/ácido são demasiado lentas e vulneráveis a ciclos repetidos para poderem ser utilizadas nestes novos sistemas de arranque dos veículos. No Quadro I podemos verificar as diferenças consideráveis entre as baterias de arranque mais utilizadas neste momento. ■ Baterias AGM Da leitura do Quadro I podemos concluir que apenas as baterias de GEL, nas quais o electrólito líquido é substituído por electrólito em gel, assim como as baterias AGM (Absorbent Glass Material), conseguem
perder cerca de 60% da sua carga em arranques sucessivos e manter ainda a sua capacidade de arranque intacta. No entanto, a tecnologia AGM vence a de GEL na resistência a ciclos sucessivos de carga/ descarga, conseguindo o dobro de ciclos durante toda a sua vida útil. Na realidade, as baterias AGM conseguem fornecer o triplo da corrente num arranque a frio, mantendo a sua capacidade. Isso é possível porque as reações químicas entre as placas e o electrólito são mais eficientes e geram reduzida resistência interna na bateria, pois o electrólito é absorvido por uma tela de fibra de vidro muito fina colocada entre as placas, mantendo a máxima proximidade com as placas (Fig. 1). Efetivamente, a corrente eléctrica gerada nas baterias assenta nas reações químicas entre os seus componentes internos e no consequente fluxo de iões gerado (Fig. 2).
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TIPOS DE BATERIAS TECNOLOGIA CHUMBO/ÁCIDO GEL AGM Voltagem 12V 6V/12V 6V/12V Capacidade (Ah) De 40 a 180 De 16 a 210 De 33 a 225 Corrente de arranque a frio EN (A) 330 a 920 180 a 1030 680 a 950 Posição de montagem Apenas na horizontal Qualquer posição Qualquer posição Condições de carga DC, até 10% da capacidade DC, 25% a 50% da capacidade DC, qualquer amperagem Mantém 35% da carga após 8 meses Mantém 85% da carga após 2 anos Mantém 90% da carga após 2 anos Tempo de descarga Vida útil (ciclos) 350 - 400 550 - 600 950 - 1000 Capacidade de descarga máxima 55% - 60% (+/-) 75% 100% Possível perda de electrólito SIM SIM ZERO Num arranque normal, a bateria consome 1 Ah em cerca de 3 segundos. No arranque a frio, a bateria deve proporcionar o máximo de corrente, mantendo uma carga elevada. Ah (amperes/hora) é a unidade que indica a capacidade de carga da bateria. Os dados desta tabela são meramente indicativos, podendo ser diferentes em baterias específicas. dições críticas de utilização, as baterias AGM conseguem ultrapassar a necessidade de ciclos frequentes de carga/descarga, revelando alta resistência e uma longa vida útil. Relativamente a produtos convencionais, Caixa e as baterias AGM proporcionam as seguintampa de tes vantagens, que garantem o retorno do grande robustez seu custo mais elevado:
fig. 1 ELEMENTOS DE UMA BATERIA AGM Tampa com válvula de segurança Jogo de placas positivas Placa positiva
● Consegue realizar entre três a quatro Bloco completo de placas Conjunto de placas negativas Placa negativa Grelha negativa Grelha positiva
vezes mais ciclos de carga; ● Valores superiores de energia no arranque a frio, mesmo com baixas temperaturas; ● Sem manutenção e à prova de derrames e fugas;
● Montagem em qualquer posição; ● Flexibilidade logística, podendo estar
armazenadas durante 18 meses sem qualquer intervenção. A tecnologia AGM foi desenvolvida pela Johnson Controls, um dos maiores fabricantes de baterias, sendo comercializada pelas suas marcas Exide e Varta, entre outras (Fig. 3). Por seu turno, a Exide Technologies está igualmente a comercializar a sua nova tecnologia ECM (Enhanced Cycling Mat Technology), que possui idênticas vantagens à tecnologia AGM e ainda garante alta resistência ao calor, podendo ser montada junto ao motor.
Separador de fibra de vidro absorvente PUB
■ Alta tecnologia As baterias AGM são produtos de alta tecnologia, sem manutenção, para além de alguns importantes aspectos inovadores. Um deles é o menor peso total, devido à optimização do electrólito, que está reduzido ao mínimo. A redução de peso é um objectivo convergente com a necessidade de maior eficiência energética dos veículos, passando por novos materiais e pela optimização de todos os sistemas. No plano da segurança, as baterias AGM são totalmente herméticas e seladas, pos-
suindo uma inovadora válvula VRLA, que permite libertar excesso de gases acumulados de forma controlada. Além disso, a bateria tem propriedades que permitem a reciclagem de grande parte dos gases formados, transformando o hidrogénio libertado em água, o que por seu turno elimina a necessidade de acrescentar água ao electrólito. ■ Avaliação muito positiva Além de um desempenho excepcional, que lhes permite manter a carga em con-
fig. 3
Em termos comerciais, as baterias AGM são mais convenientes para o utilizador e compensam o custo superior com maior rendimento energético e com uma vida útil mais longa. Aqui temos uma bateria de primeiro equipamento montada num VW Passat da última geração.
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Técnica
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Sondas lambda
Solução ecológica
› A sonda Lambda ou sensor de oxigénio (O2) é parte de uma tecnologia desenvolvida a pensar na eliminação das emissões de escape nocivas dos veículo movidos por motores de combustão dente sensivelmente a uma relação ar/ combustível de 14:1). Nos gases de escape lançados para a atmosfera, aparecem finalmente vestígios residuais de HC e CO, considerados inofensivos para a saúde pública e para o ambiente, bem como CO2 (Fig. 1). A tecnologia inclui o ≤catalisador, o circuito fechado da sonda Lambda e o sistema inteligente de controlo e comando do motor. De certo modo, a maior eficiência energética do veículo com o motor controlado electronicamente ajuda a amortizar o custo da tecnologia, desde q ue esta funcione corretamente, o que exige manutenção, que pode incluir a substituição de qualquer dos referidos componentes (sensor de O2, catalisador e ECU), para além de verificações regulares do funcionamento do sistema.
O
s sistemas de escape modernos dispõem de pelo menos duas sondas lambda. Antes do catalisador está a sonda de controlo e depois dele, a sonda de diagnóstico. A missão destas sondas é fornecer um parâmetro essencial ao sistema inteligente de gestão do motor: o teor de oxigénio dos gases de escape, através do qual é possível optimizar a mistura ar/combustível, condição indispensável para que o catalisador consiga eliminar as emissões poluentes. Isto é possível porque o teor de O2 dos gases de escape é inversamente proporcional à riqueza da mistura, ou seja, mistura menos rica gera mais oxigénio nos gases de escape e uma mistura mais rica, menos o oxigénio. A razão é porque o oxigénio atmosférico se combina com os componentes quí-
micos do combustível (hidrogénio e carbono), durante a combustão, gerando energia calorífera e expansiva. Logicamente, se a mistura for rica, maior quantidade de oxigénio é absorvida na combustão, restando menos nos gases de escape, enquanto que a mistura pobre exige menos oxigénio, restando mais O2 nos gases de escape. O problema principal dos motores de combustão é que a combustão com mistura rica, aquela que gera mais energia para movimentar o veículo, produz um teor mais elevado de HC (hidrocarbonetos) e de CO (monóxido de carbono). Isto significa que há desperdício de combustível. Se a mistura for pobre, pelo contrário, a combustão é mais eficiente, mas gera menos energia e
produz mais NOx, porque o excedente de O2 se combina com o azoto ou nitrogénio (N) durante a combustão. Dentro de certos limites, o catalisador de 3 vias consegue oxidar os HC e o CO, reduzindo os NOx, desde que a gestão inteligente do motor, auxiliada pela sonda Lambda, consiga manter a mistura em certos parâmetros equilibrados, próximos da mistura estequiométrica (correspon-
■ Tipos de sondas Lambda Para determinarem o teor de O2 nos gases de escape, que é um parâmetro fulcral para a gestão inteligente da combustão, as sondas Lambda não seguem todas a mesma via, havendo diversas soluções técnicas para o efeito. O importante do ponto de vista do diagnóstico e da assistência a estes sistemas é perceber que cada veículo possui a sua própria tecnologia e que o sistema só pode funcionar corretamente com a peça originalmente prevista para o efeito. Os principais tipos de sensores de O2 são de dióxido de ZIRCÓNIO e dióxido de TITÂNIO, dois materiais que possuem um comportamento específico ativo, em relação ao teor de oxigénio. No primeiro caso, a diferença do teor de O2 nos gases de escape para o teor médio de O2 na atmosfera (cerca de 20,8%) gera uma
Gases de escape Ar atmosférico 20,8% de O2 Eléctrodo interno
Sonda Lambda
Catalisador de monólito cerâmico
Eléctrodo externo Teor residual de O2 (cerca de 2%)
fig. 1 Transformações químicas operadas num catalisador de 3 vias.
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O eléctrodo externo está em contacto com os gases de escape e o eléctrodo externo com o ar atmosférico.
fig. 2 Diagrama de funcionamento de uma sonda de dióxido de Zircónio
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fig. 3 Corte esquemático de um sensor de Zircónio plano, mais compacto e de aquecimento mais rápido.
ELÉCTRODO DE MEDIDA
CÉLULA DE NERNST
GÁS DE ESCAPE GÁS DE ESCAPE
AR DE REFERÊNCIA ELÉCTRODO DE REFERÊNCIA AR ELEMENTO AQUECEDOR
AQUECEDOR
fig. 4 Corte esquemático de um sensor de banda larga plano. Mais precisos e com mais informação, estes sensores podem ser utilizados nos motores diesel e a gás (GPL e GNC).
ELÉCTRODO DE MEDIDA
CÉLULA DE BOMBEAMENTO
GÁS DE ESCAPE GÁS DE ESCAPE ELÉCTRODOS COMUNS
ELÉCTRODO DE REFERÊNCIA
GÁS DE ESCAPE INTERVALO DE DIFUSÃO
AR DE REFERÊNCIA
CÉLULA DE NERNST
AR
ELEMENTO AQUECEDOR
AQUECEDOR
fig. 5 Composição de um sensor plano,
segundo a tecnologia multicapa cerâmica, onde se comprova a proximidade dos componentes, facilitando o aquecimento rápido do sensor.
ELÉCTRODO DE MEDIDA ELECTRÓLITO
ELÉCTRODO DE REFERÊNCIA
CANAL DE REFERÊNCIA ISOLANTE ELÉCTRICO ELEMENTO AQUECEDOR
VIAS DE INTERCONEXÃO
ELEMENTO AQUECEDOR
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corrente eléctrica, que serve como sinal para a ECU. Basta portanto que a sonda Lambda tenha um eléctrodo em contacto com a atmosfera e outro em contacto com os gases de escape (Fig. 2). Na tecnologia à base de TITÂNIO, o O2 residual dos gases de escape produz uma resistência eléctrica variável no sensor, directamente proporcional à quantidade de oxigénio (< com mistura rica, > com mistura pobre). Nestes sensores, a ECU fornece-lhes uma corrente eléctrica estável, calculando o teor de O2 nos gases de escape pela resistência encontrada em cada momento (diferencial entre corrente enviada e recebida). As sondas Lambda da última geração têm aquecimento integrado para que possam atingir a temperatura funcional mais rapidamente. Nas peças das primeiras gerações, as sondas Lambda aqueciam pelo efeito dos gases de escape, o que obrigava a montá-las muito perto do colector de escape ou no próprio colector. Mesmo assim, o período de aquecimento (light off) até os sensores atingirem a temperatura de cerca de 400º C ultrapassava os dois minutos , durante os quais a ECU não conseguia controlar a mistura e as emissões ficavam fora de controlo. O facto da sonda operar num ambiente mais agressivo (mais vibrações e temperaturas mais elevadas), ditava uma vida útil que não ultrapassava os 50.000 a 80.000 km. As sondas Lambda de tecnologia convencional com aquecimento já só necessitam 45 segundos para chegar ao ponto de funcionamento, sendo montadas à entrada do catalisador, onde podem durar de 100.000 a 160.000 km. Mais recentemente, surgiram as sondas planas, fabricadas segundo a tecnologia Multicapa Cerâmica Planar (Fig. 3). Este tipo de construção torna o aquecimento mais rápido, exigindo menos energia e chega aos 700º C apenas em 10 segundos, o que representa muito menos emissões de escape poluentes do que os sensores convencionais no período light off (Fig. 4). Outro tipo de sonda Lambda com grande aceitação é a de banda larga, que deve o seu nome ao facto de conseguir medir valores acima de Lambda = 1 e abaixo dos valores habituais de funcionamento das outras sondas. Para os motores a gasolina isso tem pouco significado, mas é de grande utilidade nos motores diesel e a gás, onde são utilizadas mistu-
PUB
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Função da 2ª sonda Lambda, a jusante do catalisador. À esquerda, temos na parte superior da figura o sinal da sonda a montante do catalisador normal, enquanto que a sonda a jusante não sinaliza qualquer vestígio de O2. Isso significa que o catalisador funciona corretamente. À direita, o sinal das duas sondas é idêntico, o que significa que o catalisador não transformou os gases de escape e precisa ser substituído. Em caso de avaria da primeira sonda, a montante do catalisador, os sinais das duas sondas não seriam coerentes, exigindo substituição da sonda avariada.
Sonda de controlo
Sonda de controlo
Entrada dos gases de escape
Entrada dos gases de escape
Sonda de diagnóstico
fig. 7
Sonda de diagnóstico
fig. 8
Ciclo de funcionamento de uma sonda lambda
Circuito de controlo da Sonda Lambda, no qual o sinal desta condiciona as opções de controlo da ECU. Unidade de gestão do motor
Mistura rica, Mistura pobre, com carência de ar com excesso de ar Injeção de combustível
Sonda Lambda
Ar de admissão Catalisador Fluxo dos gases de escape
Coeficiente de ar l
Padrão dos valores do sinal da sonda Lambda. Lambda <1 = mistura rica (sinal de 0,9 V)
fig. 9 Detalhes do ciclo de controlo da Sonda Lambda.
Lambda >1 = mistura pobre (sinal de 0,1 V)
ras mais pobre. Além dessa possibilidade, as sondas de banda larga são de grande precisão e fiabilidade, devido principalmente ao facto de possuírem duas células de medição, contra uma apenas, nas outras sondas (Fig. 5). A duração das sondas Lambda mais recentes é de pelo menos 160.000 km, mas é recomendável verificar o sensor todos os 30.000 km, ou quando o veículo sofrer um impacto na parte inferior da carroçaria. Para facilitar a manutenção da sonda Lambda principal e verificar o estado do catalisador, os construtores montam agora uma 2ª sonda à saída do catalisador. A falta de coerência entre os sinais das duas sondas Lambda permite à ECU determinar avarias numa delas ou no catalisador. De facto, se a mistura for rica, na sonda a montante do catalisador o sinal é de Lambda <1, que indica pouco oxigénio. No entanto, com a oxidação dos HC e do CO, na 2ª sonda a jusante do catalisador, o teor de O2 é ainda menor do que na primeira. Se tal não se verificar, é porque existe alguma avaria no primeiro sensor ou perda de rendimento do catalisador (Fig. 6).
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Quantidade de combustível injectado aumenta
Mistura rica Pouco O2 nos gases de escape
A ECU enriquece a mistura
CICLO DE CONTROLO Sinal de cerca de 0,19 V
Sinal de cerca de 0,1 V
Teor de O2 elevado nos gases e escape
A ECU empobrece a mistura
Mistura pobre
■ Circuito de controlo Lambda A sonda Lambda está ligada em circuito fechado com a ECU de gestão do motor. O princípio geral de funcionamento do motor a partir da informação do teor de oxigénio nos gases de escape fornecido pela sonda Lambda é perfeitamente linear. Se a mistura for rica (teor de O2 fraco, Lambda
Quantidade de combustível injectado diminui
<1, sinal de corrente com cerca de 0.9 V) a ECU ativa os comandos electrónicos da borboleta do acelerador e da unidade de comando dos injectores, no sentido de reduzir o combustível, aumentar a entrada de ar de admissão ou harmonizar os dois parâmetros. É por isso que os condutores dizem que os carros com controlo inteli-
gente “não respondem”, pois estavam habituados a um sistema comandado pela borboleta do acelerador, em que a injecção fornecia todo o combustível necessário para o carro “andar”. O sistema inteligente de gestão do motor também responde, mas de forma progressiva, de modo a minimizar as emissões de escape. Caso a mistura seja pobre, com o motor a carga reduzida e o carro a velocidade de cruzeiro, (teor de O2 mais elevado, Lambda = >1, sinal de corrente com cerca de 0,1 V) a ECU enriquece a mistura, ativando os mesmos comandos electrónicos, de modo a que o carro mantenha uma velocidade estável, coerente com a posição do acelerador escolhida pelo condutor (Fig. 7). O diagrama esquemático deste ciclo de funcionamento pode ser observado na Fig. 8, sendo claro o papel da sonda Lambda no contexto da gestão do motor, vendo-se na Fig. 9 os detalhes desse ciclo. ■ Diagnóstico/manutenção de sensores de O2 A sonda Lambda é permanentemente controlada pelo sistema EOBD/OBD/OBDII, porque tem um papel charneira no controlo das emissões. Caso o sistema de auto diagnóstico note alguma anomalia, acende a luz avisadora de avaria no painel de instrumentos e regista na memória um código, que o reparador poderá identificar facilmente. No entanto, a sonda Lambda pode não enviar o sinal à ECU por muitas e variadas razões, sendo uma delas a que está avariada e tem que ser substituída. Contudo, o sinal pode estar correto e não chegar à ECU ou chegar a esta deturpado devido a cabos danificados, anomalias na passagem à massa, contactos da porta da ECU, etc. O técnico tem pois que verificar o que se passa, tanto visualmente, como através de um aparelho de medição eléctrica (osciloscópio, multímetro ou outro), ou de um equipamento de diagnóstico. A primeira coisa a fazer é deixar o carro arrefecer (o escape, o catalisador e a sonda Lambda estão a centenas de graus Celsius), elevar o carro e ver se há danos na sonda e nos respectivos cabos. Para a sonda funcionar corretamente, tanto o circuito de alimentação da resis-
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Montagem da sonda Lambda
Aparelho de comando
fig. 10 Quando a Sonda Lambda funciona normalmente, o sinal de corrente desta oscila à razão de uma vez por segundo de 0,1 V a 0.9 V e inversamente de forma contínua. Qualquer alteração deste padrão indica problemas no sensor ou no respectivo circuito.
tência de aquecimento, como o cabo de sinal, têm que estar operacionais. Nos sensores de Zircónio há só um cabo de sinal, mais dois para aquecimento, mas nos sensores de Titânio ou de banda larga pode haver 4 ou 5 cabos de ligação à sonda. Em caso de substituição da peça, há cabos de ligação que se cortam e outros que não se podem cortar, como veremos. A inspeção deve ter em conta ainda o aperto da sonda e dos elementos do tubo de escape, porque a entrada de ar fresco no escape altera os valores corretos do teor de O2, como é mais do que evidente. Outro ponto de observação indispensável é o tubo de proteção do sensor e possíveis depósitos ou danos. Se estiver fortemente poluído por fuligem, o que pode ser provocado por uma mistura demasiado rica, ou por um problema no aquecimento da sonda, esta deve ser substituída, porque irá começar a fornecer dados pouco fiáveis à ECU. No caso de haver depósitos brilhantes, no exterior da sonda, é porque foram utilizados combustível ou aditivos com
chumbo, danificando os revestimentos de platina da sonda, obrigando à substituição desta. Entretanto, é possível que o catalisador tenha sido afectado pelo mesmo problema, devendo ser inspecionado. Se o tubo apresentar depósitos de tonalidades claras, é provável que haja fugas de óleo no motor, ou utilização de aditivos não indicados no combustível. Mudar obrigatoriamente a sonda. Passando à verificação do sinal de corrente, no caso de um sensor de Zircónio, o sinal deve ser uma linha sinusoidal regular, como se pode ver no canto inferior direito da Fig. 10. Para verificar o sinal da sonda, o motor deve estar quente (à temperatura normal de funcionamento) o mesmo sucedendo com a sonda Lambda (mínimo 250º C). O aquecimento da sonda deve esta ligado, quando tiver essa função. Se o sensor de temperatura do motor estiver avariado, o sistema da sonda Lambda não pode funcionar corretamente, porque os parâmetros estão aferidos para uma temperatura de motor igual a 70º C.
fig. 11 Teste de simulação de sinal do sensor Desliga-se o cabo de sinal da sonda para a ECU e envia-se um sinal de corrente de 0,9 V a esta (simulação de mistura rica). O sinal da sonda visível no voltímetro desce e estabiliza em 0,1 V.
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A correta montagem de uma sonda Lambda de substituição deve ser efectuada com o motor frio, de preferência de um dia para o outro ou pelo menos depois de 2/3 horas com o motor desligado. É fundamental confirmar se temos a peça da referência certa e se não sofreu nenhum impacto. Deixar cair uma sonda Lambda no chão, por exemplo, pode inutilizá-la. Durante a montagem, é indispensável evitar dar pancadas na sonda ou forçá-la de algum outro modo. Outro ponto da máxima importância é o binário de aperto da sonda. A sonda nova deve ser apertada manualmente até ao final da rosca, utilizando depois uma chave adequada dinamométrica e/ou de aperto angular (goniométrica). No caso de sondas com rosca M18, apertar de 1/2 a 3/4 de volta ou a 35-45 Nm. Nas roscas M12, apertar de meia a uma volta ou a 18-23 Nm. Se for aplicado excesso de binário, a sonda fica danificada e não fornece o sinal correto. Com a bateria de arranque desligada, desligamos a ficha do cabo, desmontamos a sonda usada e verificamos os cabos, se ainda não o tivermos feito na fase de diagnóstico. Esses cabos não devem estar dobrados, danificados ou presos. Voltamos a colocar a ficha na sonda nova, depois de completado o aperto da mesma. De acordo com as instruções de montagem, os cabos podem ou não ser cortados, se estiverem em mau estado. Os fios descarnados devem ser enfiados na ficha da nova sonda e aquecido o respectivo revestimento, para moldar e consolidar a união eléctrica. A sonda de substituição tem que ter obrigatoriamente o mesmo número de cabos da anterior. No caso das sondas Lambda de banda larga, que têm 5 condutores, há um condutor com sinal de calibração que não pode faltar, pois a sonda não funciona corretamente sem ele. Após concluir a montagem o motor deve ser ligado e efectuado um pequeno ciclo de condução, para confirmar que está tudo certo. A luz avisadora do painel de instrumento não deve acender-se o motor deve funcionar corretamente. Um teste com um analisador de gases de escape confirmará que a sonda está a funcionar normalmente, o mesmo sucedendo com o catalisador.
Uma das formas de avaliar a sonda Lambda consiste em substituir o sinal que vai para a ECU por uma corrente que nós possamos controlar. De acordo com a corrente que fornecemos à unidade de gestão, esta modificará os parâmetros de combustão e nós podemos confirmar se a sonda funciona corretamente, montando um voltímetro no cabo de sinal do sensor. Se enviarmos um sinal simulado de mistura rica de 0,9 V à ECU, esta tenderá a empobrecer a mistura, aparecendo-nos um sinal
estável de 0,1 V no cabo do sensor (Fig. 11). Se a simulação foi de mistura pobre (corrente de 0,1 V), a ECU irá enriquecer a mistura, pelo que o sinal da sonda Lambda deverá ser de 0,9 V (Fig. 12). Se não obtivermos estes valores, o sensor pode estar gasto e deve ser substituído. Para realizar este teste, é necessário que todas as ligações sejam bem efectuadas, para não falsear o resultado. Fonte: FAE
fig. 12 Envia-se um sinal de corrente de 0,1 V à ECU, para simular uma mistura pobre. O sinal da sonda no voltímetro passa para 0,9 V.
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Mercado
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Mercado Europeu de Repintura
Setor consolida-se › O mercado de repintura globalmente está em contração na Europa, o que tem motivado a consolidação do setor oficinal e do se tor da distribuição, especialmente do retalho
I
sso significa que as empresas mais competitivas mantêm a rentabilidade à custa do abandono das menos competitivas, reduzindo-se o número total de empresas ativas. Entre 2006 e 2012, o volume de produto vendido caiu cerca de 30%, devendo manter-se a mesma tendência até ao final deste ano, atendendo aos resultados do primeiro trimestre (Quadro I). O menor consumo de tintas, mesmo assim, não se deve apenas ao facto de haver menos serviço, mas também porque as novas tecnologias de altos sólidos reduziram consideravelmente o consumo de produto por área pintada. Os fundos coloridos também têm ajudado a reduzir os consumos dos acabamentos. Comparando a evolução por países nos vários trimestres dos últimos dois anos, verificamos que todos os países diminuíram o seu consumo ao longo do período, com esporádicas exceções (Reino Unido e Be-
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nelux). No entanto, a situação é diferente do Sul da Europa, onde a Itália perdeu cerca de 20% ao longo do período e a Espanha 5%, sem haver sinais de qualquer tipo de retoma. A França e a Alemanha, por seu turno, conseguiram estabilizar a descida, o mesmo sucedendo ao Reino Unido. No Benelux e na Escandinávia, a tendência vai no sentido da estabilização igualmente (Quadro II). Na Rússia, pelo contrário, o mercado cresceu 10%, mas na Europa Central há uma estabilização em ligeira baixa, excepto na Polónia, onde a queda é evidente, dentro da tendência global do resto da Europa (Quadro III). ■ Clima positivo Apesar dos indicadores da evolução do mercado não serem francamente animadores, num inquérito realizado às oficinas de colisão, estas afirmaram que a repintura
tem maior rentabilidade de mão-de-obra do que a mecânica, devido à maior produtividade. A atividade de colisão também permite realizar a venda de peças novas, o que aumenta o volume de faturação. Os profissionais de pintura estão convencidos que o aspecto dos carros é um factor importante de satisfação para os utilizadores de veículos e que existem cada vez mais opções em acabamentos e novas cores. Quanto ao mercado potencial, calcula-se que entre 50% a 70% do parque circulante europeu esteja a precisar de uma reparação de carroçaria e/ou repintura. As oficinas independentes estão a conseguir uma quota de mercado superior aos reparadores autorizados, provavelmente devido a maior agressividade comercial, custos equilibrados e condições mais flexíveis. Da parte dos condutores, estes também preferem muitas vezes pagar do seu bolso opções da sua preferência, do que ficar totalmente dependentes das peritagens dos seguros, o que torna o mercado mais aberto a negociações, soluções mais criativas e gamas mais alargadas de produtos. As oficinas de carroçaria/repintura continuam a investir em tecnologias, equipamentos e formação, para aumentarem a
produtividade, a qualidade de serviço e a competitividade, a fim de garantirem o seu futuro. Tudo isto faz com que reine entre os profissionais de repintura um certo optimismo em relação à sua atividade e quanto à possibilidade de aumentarem o seu negócio, apesar da crise, que não está a afectar todos da mesma maneira. ■ Competência é fundamental Os produtos neste momento apenas representam entre 5% a 15% do total do custo do serviço. Por outro lado, a atividade de repintura tem vindo a tornar-se mais complexa e com alguns riscos, o que coloca mais pressão sobre os operadores e o seu trabalho. Apenas um acabamento perfeito e com um aspecto excelente serve os interesses da oficina. Erros durante o processo de repintura atrasam o trabalho e o recebimento da fatura. Mais do que em qualquer outro serviço, os defeitos são imediatamente notados numa pintura acabada de fazer. Além disso, os custos de mão-de-obra sobem quando há ineficiência e se cometem erros. Na pior das hipóteses, pode ser necessário voltar a fazer o trabalho, o que geralmente acarreta a perda de confiança do cliente. Poucos clientes
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Q1
2010
113.366
95.623
2009
2010
Q3
Q4 Alemanha
Evolução França do mercado das tintas 2006 – 2013 (apenas 1º Trimestre) Reino Unido 130 k
Itália
124.504 118.504
120 k 110 k
Espanha 113.366 Benelux 95.623
90 k
Q1
Q2
Q3
87.055
60 k 50 k 40 k 30 k 20 k 10 k 0k 2006
2007
2008
2009
Q4
Q1
Q2
Q3
Q4
Rússia Europa Central
10% Polanda
0% -10% -20% -30%
Mercado das tintas Europa Ocidental por trimestres Anos 2011 – 2012
Q3
Q4
Q1
Q2
Q3
2010
2011
2012
2013
Fonte: Axalta Coating Systems
70 k
20%
Q2
95.007
80 k
30%
Q1
95.947
Escandinávia
40%
■ Conclusão Para continuarem a conquistar quota de mercado, as oficinas de colisão terão que apostar sempre e cada vez mais na maior satisfação do cliente possível. Isso implica inevitavelmente um serviço de primeira qualidade, produtos de marca prestigiada e em constante renovação, parceiros de distribuição muito eficientes ou conceitos oficinais com as mesmas características, programas de fidelização de clientes, inquéritos sistemáticos à satisfação do cliente e ações promocionais e de marketing. As marcas de produtos deverão estar homologadas pelos principais clientes de primeiro equipamento, pelas empresas gestoras de frota, pelas empresas de renting ou leasing e pelas seguradoras. Os produtos e os processos de aplicação deverão ser de alta tecnologia, com impacto direto e significativo na produtividade da oficina e no tempo total de reparação. Isso naturalmente exige investimentos sustentados em equipamentos, tecnologias e na formação do pessoal.
Q4
40%
Alemanha
30%
França Reino Unido
20%
Itália
10%
Espanha
0%
Benelux
-10%
Escandinávia
-20% -30%
Mercado de especialistas A pintura é um dos principais factores estéticos do veículo e um dos que mais contribui para a satisfação emocional do cliente, ao qual os construtores e as respectivas marcas dão a máxima atenção. Essa começa desde logo pela personalização das cores, cujo espectro de opções já ultrapassou as 160.000 tonalidades, às quais se acrescentam anualmente umas novas 1.000 cores. Se à tonalidade da carroçaria juntarmos o tipo de acabaQ2 Q3 bicapa, Q4 Q1 Q2 metalizado, Q3 Q4 mento escolhido Q1 (monocapa, tricapa, 40% perlado ou as duas coisas e mais ainda efeitos especiais) temos mais30% de meio milhão de opções individuais. Só empresas (muito) especializadas conseguem responder 20%
a este tipo de exigência, ao qual é necessário acrescentar uma distribuição global, máxima qualidade de produto, custo muito controlado, incidências ambientais e de segurança garantidas, apoio técnico, formação de operadores, etc. No caso do pós-venda automóvel, onde o sector de colisão tem vivido em revolução permanente, a marca fornecedora de produtos de pintura e respectivos sistemas de aplicação deve ainda assegurar a rentabilidade das empresas de repintura, a sua sustentabilidade, a renovação de quadros e a sua permanente atualização técnica. Estamos perante um caRússia derno de encargos muitíssimo recheado. Europa Central
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Mercado das tintas Europa Central e do Leste por trimestres Anos 2011 – 2012
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■ Mercado de colisão e seguradoras Como é sabido, as seguradoras são grandes clientes chave da colisão e condicionam o 95.007 87.055 de alguma forma, com os seus mercado critérios de qualidade de serviço, custo global e rapidez de reparação, que é outra forma de avaliar o custo da mesma, porque a seguradora tem que pagar ao segurado o veículo de substituição e outros custos diários. As empresas de seguros são também muito rígidas quanto à satisfação do cliente, que faz parte do seu marketing e da sua estratégia de fidelização dos seus clientes. A 2011 2012 2013 oficina tem pois que atender o cliente com todas as atenções e zelar para que tudo decorra de acordo com as suas expectativas. São pois necessários padrões elevados de desempenho comportamental e de comunicação. Para poderem oferecer prémios competitivos no mercado, as seguradoras fazem um controlo rigoroso dos custos de gestão de sinistros, que vai para além dos custos
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Fonte: Axalta Coating Systems
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Fonte: Axalta Coating Systems
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Mercado em Crescimento
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unicamente de reparação. É frequente as companhias de30% seguros condicionarem os 20% ao volume de serviço preços de reparação que proporcionam 10% às oficinas, negociando acordos preferenciais e outras condições 0% em que a oficina é muitas vezes obrigada -10% a ceder alguma margem de lucro. Além disso, a gestão-20% dos sinistros é em grande parte efectuada pela Internet, o que inclui -30% peritagens virtuais e orçamentos online, para os quais a oficina tem que possuir capacidade de identificar em imagens e com rigor os danos sofridos pelo veículo. Isso implica geralmente investimentos da oficina em programas informáticos, equipamentos adequados e formação do pessoal.
Mercado em Decadência
113.366
■ Papel das marcas Quanto às marcas de produtos de pintura, a concorrência é muito forte entre os principais fabricantes, que tentam oferecer a melhor qualidade e produtos que reduzam os95.007 custos do processo de pintura. Para 87.055 conseguirem garantir a fidelidade das oficinas, as marcas são obrigadas a proporcionar programas de formação em relação a novos produtos e geralmente fazem investimentos em stocks ou equipamentos. Esse investimento pode traduzir-se por cedência ou aluguer dos equipamentos, bem como condições de pagamento atrativas para o stock de produtos de que a oficina necessita. A proximidade com o cliente é também 2011 2012 2013fundamental para a fidelização, seja através do distribuidor ou do representante da própria marca. Visitas frequentes e fornecimento de ferramentas de marketing fazem parte desse trabalho. Outra forma de investimento nas oficinas é a marca permitir que estas façam testes com novos produtos, sem custos para a empresa. Uma linha de apoio técnico para solução de problemas é outro serviço de valor acrescentado necessário para manter as oficinas ligadas à marca. Obviamente, a longa experiência da marca no mercado e as provas dadas são factores decisivos para garantir a confiança da oficina no seu fornecedor de produtos. No inquérito realizado às oficinas de colisão, foram identificados os factores que levam à preferência de uma certa marca. Em primeiro lugar, com 50% das razões de escolha, aparece o desempenho do produto, que inclui a facilidade de preparação, o facto de ser considerado o melhor produto (líder) do mercado, qualidade de acabamento e efeito de cor. O serviço ao cliente e o relacionamento pessoal dos representantes da marca vale para as oficinas 29% das preferências. Finalmente o custo mais conveniente também tem influência na escolha de uma marca, podendo chegar a 20% das razões de preferência.
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voltam à mesma oficina quando isso acontece.
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Polanda
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oficina
Trabalhar com indicadores
Manter-se à frente
› Como qualquer outro negócio, uma oficina de reparação automóvel necessita de ferramentas de gestão que ajudem a acompanhar a atividade desenvolvida em tempo real
H
á certos indicadores que permitem ver de uma forma simples a evolução do negócio através de índices numéricos, detectando tendências e prevenindo riscos. Do mesmo modo que um condutor não consegue conduzir um carro de olhos vendados ou de costas para o volante, um gestor de uma empresa não consegue ver o caminho que está à sua frente e os obstáculos que tem que ultrapassar, sem consultar alguns indicadores estratégicos. Acompanhando a evolução dos parâmetros do seu negócio e comparando-os no tempo, o gestor de uma oficina pode usar o travão e o acelerador no momento exato, contornando as dificuldades e colocando as rodas da empresa no caminho mais seguro. Os principais indicadores de um negócio podem ser divididos em três categorias - índices técnicos, índices económicos e índices de rentabilidade - que passaremos a analisar detalhadamente de seguida. ■ ÍNDICES TÉCNICOS Estes indicadores são muito importantes para avaliar a eficácia com que decorre a atividade da oficina. Relacionando o tempo facturado nas intervenções com o tempo disponível e com o que é utilizado em cada tipo de trabalho, os índices técnicos são o verdadeiro termómetro da atividade da oficina. De qualquer modo, é necessário efetuar algum trabalho de casa prévio, registando sistematicamente todos os tempos investidos em cada um dos tipos de tarefas executadas. Se tivermos dados suficientes e percebermos a mecânica destes indicadores, podemos aplicá-los a cada uma das áreas do negócio, secções, equipas, operários individuais, etc. Produtividade - Este índice indica a forma como a oficina utiliza o tempo que paga aos seus funcionários, sendo o seu valor de referência igual ou superior a 0,85. Idealmente, o valor seria 100%, mas a verdadeira grande batalha deve ser impedir que este indicador venha para baixo dos 85%.
Produtividade =
Horas produtivas Horas disponíveis
Eficácia operacional - Com este indicador, verificamos se conseguimos ganhar tempo em relação ao orçamento que o cliente aceitou. O valor de 1,20 é interessante, mas a eficácia não tem limites. O que não convém é que o valor venha para baixo dos 100%.
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público e a fatura do fornecedor tem descontos, o saldo deve ser sempre positivo. É importante acompanhar a evolução da margem das peças por fornecedor, por tipo de peça, marca de veículo, modelo, etc. Assim, ficamos a saber quais são os nichos de negócio mais rentáveis ou menos rentáveis. Materiais de Pintura – Em relação a estes produtos, podemos aplicar três indicadores principais: Consumo, sobras e margem de lucro. Índice de consumo - Com este indicador, ficamos com uma ideia da margem de lucro que temos com os produtos. Materiais utilizados (€)
Índice = x 100 de consumo Materiais facturados (€)
Colaboração: Cesvimap www.cesvimap.com Horas faturadas Eficácia = operacional Horas produtivas Eficiência global da oficina - Este indicador é uma síntese dos dois anteriores e mede a eficiência global da empresa. Também se pode obter este valor multiplicando os dois índices anteriores. O valor de referência deve ultrapassar sempre os 100%, sendo obrigatório referenciar falhas e encontrar formas de melhorar a eficiência global do negócio, para conseguirmos a desejada rentabilidade.
Para termos a média de peças por cada hora facturada, dividimos as duas grandezas, como segue: Faturação de peças
Peças por hora = faturada Horas faturadas
x 100
É importante apurar de forma continuada a margem de lucro das peças, que se obtém subtraindo do total de peças faturadas o respectivo custo. Como as peças são faturadas com o preço de venda ao
Índices de sobras de pintura - Este índice dá-nos a taxa de desperdício, que deve ser tão reduzida quanto possível, porque afecta a margem de lucro. Sobras Índice de de pintura (€) x 100 = sobras de pintura Material consumido (€) Margem de lucro – Tal como nas peças, aqui a margem é a diferença entre o material debitado pelo fornecedor e o material faturado ao cliente. Há também que retirar o índice de sobras, que deve ser
Horas faturadas Eficiência global = Horas disponíveis ■ ÍNDICES ECONÓMICOS Com este conjunto de valores, conseguimos verificar até que ponto estamos a retirar rentabilidade das peças e materiais aplicados nas intervenções realizadas. Peças de substituição – Há três indicadores principais para acompanhar a evolução do negócio das peças, permitindo verificar o seu potencial de faturação e a margem de lucro que proporcionam, num determinado período de tempo. Um deles é a média de peças por reparação, que se obtém da seguinte forma: Faturação Peças por Ordem em peças x 100 = de Reparação Número de Ordens de Reparação
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marginal, porque os pintores sabem quanto vão gastar em cada trabalho. Há programas de cálculo para esse efeito. ■ INDICADORES DE RENTABILIDADE Esta avaliação deve ser mensal, trimestral e anual, porque desse modo ficamos a saber pela evolução dos números o que está a prejudicar a rentabilidade e que medidas ajudam a recuperá-la. Os dados para calcular os indicadores de rentabilidade são retirados dos balanços contabilísticos. Os índices de rentabilidade mais utilizados são ROS, ROA e ROI. O primeiro indicador é identificado pelas iniciais de Result Over Sales e permite saber a margem que existe por cada unidade monetária facturada, como segue:
Também se pode obter o mesmo índice multiplicando ROS por ROA, porque isso corresponde ao seguinte: Lucros obtidos x ROI = Volume de vendas
Volume de vendas x 100 Investimento total
Comparando este índice com a taxa de juro dos depósitos bancários e outras
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aplicações financeiras, podemos facilmente verificar até que ponto o nosso negócio está a ser competitivo e lucrativo. Isso permite estabelecer orientações a médio prazo. Aconselhamos todos os gestores de oficinas a terem este conjunto de fórmulas de cálculo em cima das suas secretárias e a fazerem uso permanente delas. Se não o fizerem, ninguém mais o fará por eles.
Lucros obtidos ROS = x 100 Volume de vendas Com o índice ROA (Return On Assets), ficamos a saber até que ponto os investimentos da empresa são rentáveis e estão a gerar receitas: Volume de vendas x 100 ROA = Investimento total Finalmente, com o índice ROI (Result Over Investment), podemos ficar a conhecer o resultado do investimento: Lucros obtidos ROI = x 100 Investimento total PUB
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TÉCNICA
Decoração e personalização de veículos
Opção de marketing › Do ponto de vista da repintura automóvel, denominamos “decoração e personalização de veículos“ às diversas opções técnicas utilizadas para concretizar os objectivos visuais pretendidos nas carroçarias
Colaboração: CENTRO ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
A
diferenciação constitui uma mais-valia e são hoje muitas as empresas, clubes desportivos e outras entidades que optam por dar uma identidade própria aos seus veículos e frotas, decorando as suas carroçarias com os símbolos e mensagens que testemunham e divulgam a sua identidade e os seus valores. Aprofundando um pouco mais o tema, vemos que essas técnicas de personalização de carroçarias podem ser pictóricas ou não pictóricas, sendo possível incluir nas primeiras as seguintes variantes: Listagem (colocação de barras) Rotulagem (letras e logótipos) Esbatimento (graduações da mesma cor) Aerografia (desenho à pistola). Neste artigo iremos sobretudo falar das duas primeiras técnicas, que são também as mais utilizadas e as mais acessíveis, tanto do ponto de vista económico, como da sua execução. Quanto
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aos métodos não pictóricos de personalização de carroçarias de veículos, temos as técnicas em que se aplicam desenhos e outros motivos decorativos à pintura original, sem recorrer a produtos de pintura. As duas principais técnicas não pictóricas são a do poster e a das películas adesivas, sendo que a primeira se pode considerar uma técnica intermédia ou de transição, pois consiste em transpor para a carroçaria do veículo a imagem de um poster, recorrendo ao uso de verniz, havendo ainda uns retoques de aerografia no final da aplicação da imagem. ■ COLOCAÇÃO DE BARRAS A aplicação desta técnica é muito vasta, pois pode ir desde a aplicação de um filete horizontal a todo o comprimento (ou perímetro) da carroçaria, até à pintura total do veículo em duas, três ou mais cores dispostas em faixas horizontais. No caso da colocação de filetes ou barras em zonas limitadas da carroçaria, a técnica não pictórica de aplicação de películas adesivas pode ser vantajosa, pois resulta mais rápida,
mais económica e com menor tempo de imobilização do veículo. Em qualquer dos casos, a ideia estética associada à colocação de barras coloridas assenta no facto das linhas horizontais da carroçaria criarem a sensação (ilusória) de que o veículo se desloca mais rapidamente do que na realidade acontece. De qualquer modo, as opções estéticas neste caso são praticamente ilimitadas, podendo incluir barras horizontais, verticais e/ou oblíquas, de largura uniforme ou variável, onduladas, etc. Uma das opções mais comuns consiste em pintar a carroçaria em duas cores, tendo como limite cerca de 1/3 da altura total do veículo ou a linha de cintura da carroçaria. A personalização é efetiva e esteticamente conseguida, especialmente se forem utilizadas as cores corporativas ou outras que de algum modo ajudem a definir o negócio ou a empresa. Há também quem opte por pintar o tecto do veículo e/ou o capot de uma cor diferente, especialmente nos comerciais ligeiros. Esta solução permite identificar mais facilmente o carro à distância, o que é interessante, sobretudo em veículos de distribuição. Processo de trabalho Preparação da superfície – Este tipo de pintura pode ser efectuado com um sistema monocapa (tinta com brilho)
ou bicapa (tinta de cor + verniz), que pode ser aplicado sobre a pintura de origem do veículo. Se houver um contraste muito acentuado de cores (claro/ escuro), é preferível pintar previamente a pintura original com uma tonalidade idêntica ao acabamento. Em todos os casos, é sempre indispensável limpar e desengordurar a superfície onde ser irá efetuar a aplicação de tinta de acabamento (com a tinta bem seca, no caso de aplicação prévia de pintura base). De seguida, elimina-se o brilho superficial da tinta com um abrasivo de grão P400 (sistema monocapa) ou P500 (sistema bicapa). Terminada a lixagem superficial, limpa-se novamente a superfície e desengordura-se. Execução do formato – A limitação das faixas ou barras podem ser realizada com cordas impregnadas de pó marcador (a corda é esticada nas extremidades e puxada para fora no meio, para que ao ser largada bata na superfície da carroçaria, marcando-a). Em comprimentos relativamente curtos, basta esticar a fita de mascarar e assentá-la depois no local pretendido, pois a própria fita define uma recta. Voltando a sistema das marcações com corda, depois de termos as linhas definidas, basta colocar as máscaras de proteção das partes da carroçaria que não se preten-
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dem pintar (Fig. 1). Convém utilizar fitas adesivas tão finas quanto possível, a fim de minimizar as diferenças de espessura das faixas pintadas da estante pintura da carroçaria. Outro método de mascarar que resulta bem consiste em delimitar as áreas a pintar com filme adesivo. Aplicação da tinta – Por questões de qualidade do acabamento, é preferível utilizar o sistema bicapa na pintura de barras, excepto se a tinta monocapa representar uma economia de tempo muito considerável. De qualquer modo, as tintas metalizadas ou de efeito perlado têm que ser bicapa, porque não existem em fórmulas monocapa. No caso de ser utilizado um sistema de pintura bicapa, o melhor método é pintar as faixas uma a uma com a tinta base, deixando decorrer o tempo de evaporação necessário, antes de fazer alterações de máscaras, para não borrar a pintura. No final, aplica-se verniz sobre toda a superfície com barras, pois resulta mais eficiente e além disso permite disfarçar as diferenças de espessura entre as faixas pintadas e a pintura original da carroçaria. Se a opção for tinta monocapa de brilho, a operação de lixagem para acetinar a superfície apenas de realiza com as máscaras colocadas, a fim de não deixar defeitos na pintura original. Depois de aplicar a tinta de esmalte monocapa, o trabalho de pintura fica concluído, bastando deixar secar a tinta e retirar as máscaras, para entregar o carro. Convém referir que a maior parte dos fabricantes de produtos de pintura fornecem aceleradores de secagem para tintas e vernizes, quer reduzem significativamente o tempo total de secagem e a espera consequente entre a aplicação de cada faixa. ■ ROTULAGEM Com este processo pretende-se aplicar na carroçaria de veículos letras, frases, logótipos e outros símbolos, utilizando para o efeito moldes realizados em película adesiva. Dependendo dos desenhos, estes podem ser executados à mão livre ou com a ajuda de réguas ou escantilhões, utilizando uma ferramenta de corte adequada. A solução mais utilizada, no entanto, é neste momento o plotter de corte, um equipamento informático que permite reproduzir de forma perfeita qualquer desenho realizado no computador, para o filme adesivo que é utilizado como molde da pintura (Fig. 2). Noutros tempos, estes trabalhos eram realizados a pincel por pintores, mas a evolução dos tempos apenas permite a utilização desse processo no caso de se pretender um visual “retro“. Processo de trabalho Preparação da superfície – Esta preparação efetua-se como habitualmente com produto de limpeza adequado e desengordurante. No caso de se ter aplicado tinta de fundo, é necessário esperar que esta fique completamente
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fig. 1
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fig. 2
Exemplo de máscaras colocadas na parte frontal do veículo, para aplicação de barras horizontais. Na parte inferior foi aplicado papel específico e em cima película adesiva, as duas soluções possíveis nestes casos.
fig. 3
Aplica-se o molde no local da carroçaria pretendido e alinhado (com a superfície previamente preparada). Após retirar a folha de proteção e verificar que não restam resíduos nos locais a pintar, pode iniciar-se a aplicação da tinta.
fig. 4
Concluída a aplicação da tinta, a película do molde pode ser retirada, tendo cuidado para não danificar a pintura realizada. Se for caso disso, aplica-se no final o verniz protetor.
seca. Após uma lixagem fina para facilitar a adesão da tinta, volta-se a efetuar uma limpeza e desengorduramento da superfície lixada. Execução do formato – Uma vez que o desenho já se encontra pronto, tudo o que resta fazer é procurar o melhor enquadramento da película vinílica com o molde, para que os caracteres ou símbolos fiquem perfeitamente alinhados com a estrutura da carroçaria. Após marcar os pontos de referência, coloca-se o molde na posição desejada, retirando o papel de proteção aderente (Fig. 3). É fundamental que a película do
Este dispositivo electrónico (Plotter de corte) reproduz rigorosamente no filme adesivo os desenhos enviados pelo computador através de dados digitais. Caso o desenho já exista e se queira reproduzi-lo, os dados são introduzidos no computador através de um scanner e posteriormente enviados ao Plotter de corte.
Aplicação da tinta – Como a área de aplicação é neste caso muito reduzida, pode ser utilizado um aerógrafo ou uma pistola normal de pintura devidamente regulada para esse efeito. Como neste caso a questão do tempo de aplicação do verniz não se coloca de forma significativa, é preferível utilizar um sistema de tinta bicapa, que permite utilizar todos os efeitos de cor existentes no mercado. Além disso, podem-se personalizar as letras ou símbolos com efeitos de pintura (esbatimento, graduação de cor, etc.). Concluída a aplicação da tinta, pode-se retirar a película vinílica adesiva, tendo o cuidado de não danificar a pintura e de não deixar resíduos de película na superfície (Fig. 4). Decorrido o tempo necessário, aplica-se o verniz por cima da pintura realizada e o trabalho fica concluído. Caso se escolha pintar com tinta monocapa, o processo de trabalho é idêntico, mas a lixagem prévia deve ser executada cuidadosamente, talvez manualmente ou com disco de scotch brite, para não danificar a película adesiva de vinil. Em alternativa à lixagem, podem ser utilizados na tinta base promotores de aderência ou isoladores apropriados, pois esta opção tem menor risco de danificar o trabalho anterior.
Conclusão molde fique perfeitamente colada à superfície da carroçaria, para evitar que ao aplicar a tinta esta se infiltre sob a película, deixando os contornos das letras e símbolos esbatidos. Outro ponto fundamental e muito importante é que não fiquem restos de película na carroçaria e que as áreas que serão pintadas estejam completamente livres e desobstruídas. Por precaução, devem-se limpar essas áreas com produto de limpeza e desengordurante. De seguida, coloca-se uma máscara à volta da zona de trabalho, a fim de evitar que a tinta seja projetada para vidros, acessórios e outros pontos da carroçaria.
Outra possibilidade de aplicar barras ou rotulagem nas carroçarias é a sua realização em moldes negativos, em vez de positivos. Isto quer dizer que a cor das letras, símbolos ou barras é pintada em primeiro lugar. Em seguida colocam-se as máscaras ou as películas adesivas com os formatos pretendidos e volta-se a pintar, desta vez com a cor escolhida para fundo, que até pode ser a mesma cor da restante carroçaria. Finalmente, retiram-se as máscaras e os adesivos, aparecendo as formas que se pretendiam desenhar. Caso se tenha optado por tinta bicapa, aplica-se verniz no final, para dar brilho e proteger os desenhos.
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Passo a passo
Reparação de um tablier flexível
› A colocação de espumas de poliuretano ou material similar sob o revestimento do tablier torna o ambiente do habitáculo mais confortável e melhora as propriedades acústicas e térmicas desse revestimento. Não obstante, esse material flexível é mais vulnerável a impactos, sobretudo de objetos perfurantes, exigindo por vezes a reparação de danos. Um trabalho de qualidade neste caso implica as seguintes etapas: regularização da ruptura com os processos habituais de reparação de plásticos (colas ou soldadura), a realização de um molde com o padrão do revestimento e finalmente pintura da zona reparada.
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Realização do molde com o padrão superficial do revestimento: limpa-se a superfície, aplica-se a quantidade necessária de massa e estende-se a massa, a fim de reproduzir a superfície do revestimento.
Identificação e análise do dano.
Preparação do local danificado: eliminação do material deteriorado e realização do chanfro nas arestas reentrantes.
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Colocação do molde sobre a cola, pressionando cuidadosamente, a fim de cobrir toda a área onde foi efectuada a reparação do dano.
Retirar o molde e lixar suavemente a zona reparada, caso seja necessário.
7 Identificação da cor do revestimento do tablier.
Aplicação de cola de enchimento, para nivelar a superfície.
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Preparação da tinta com a cor selecionada.
Aplicar a tinta com um aerógrafo.
Colaboração: CENTRO ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
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10 Verificar a qualidade do resultado final da reparação e validar a mesma. Se houver uma diferença muito evidente, aplicar em toda a superfície um produto de limpeza e renovação de plásticos.
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