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96 novembro 2013 ANO IX
3 euros
Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
Oficinas vs Seguradoras: O que mudou nas relações e principais problemas detetados
Relações difíceis
São mais os pontos que as unem do que os que as separam. Mas as relações são tudo menos fáceis. E já foram bem piores, dizem. Nesta edição, damos-lhe conta dos conflitos que existem entre oficinas e seguradoras, o que tem sido feito para resolvê-los e o que pensam alguns especialistas do setor sobre esta matéria. Pág.20
OPINIÃO “Temos resolvido os conf litos através do diálogo” António Teixeira Lopes, Presidente da ARAN
“Através do Protocolo estabelecido com a APS resolvemos os problemas” Jorge Neves da Silva, Secretário Geral da ANECRA
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SALÃO MECÂNICA
GRÁTIS convite Mecânica 2013 Pág. 09
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JORNAL DAS OFICINAS oferece nesta edição um Convite Grátis para visitar a Feira Mecânica que se realiza na ExpoSalão, Batalha, de 7 a 10 de novembro. Não falte!
PUBLICA ÇÃO OFIC IAL da Mecâ n
ica 2013
COMPONENTES
Usados e reconstruídos Alternativas válida às peças novas
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ão alternativas cada vez mais válidas às peças novas nas reparações mecânicas e de colisão. Contudo, peças usadas e peças reconstruídas não são a mesma coisa. Tanto mais, que praticam diferentes preços, gozam de estatutos específicos e passam por Pág. 26 processos distintos.
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DITORIAL
Passagem de testemunho Com mérito próprio, muitos profissionais com gosto pela mecânica automóvel montaram os seus negócios e hoje são proprietários de oficinas de reparação de sucesso, bem equipadas e rentáveis. Todos sentem orgulho nestes profissionais e a família valoriza acima de tudo os longos dias e horas que foram necessários para levantar e consolidar essas empresas. Mas chega um dia que é necessário passar o testemunho, por já não haver condições físicas e psicológicas para suportar a pressão do dia a dia. Há centenas de empresários nesta situação, que devem saber reorganizar as suas vidas de uma forma plenamente satisfatória. Não há efetivamente nada que não seja
MERCADO
Relações de confiança e lealdade
Momentos mágicos i A chegada à oficina e posteriormente a entrega do carro ao cliente depois de reparado, são momentos mágicos que o responsável da oficina tem de aproveitar ao máximo para aprofundar o relacionamento e o nível de confiança com os seus clientes
Quando a oficina entrega o carro reparado, temos um momento mágico para aprofundar o relacionamento e o nível de confiança com o cliente
A possível resolver adequadamente. É possível que estes empresários tenham de dar alguns passos atrás e encontrar alguém a quem entregar o comando do seu navio. Não é desistir de nada, mas sim trocar algo que têm que entregar, para receber outras coisas. Todo o tempo utilizado e todo o investimento realizado nesse sentido será muito compensador, de forma a encontrar, preparar e empossar alguém que seja capaz de levar o seu negócio pelo rumo de sucesso que já tem. Felizmente, os candidatos estão geralmente bem na frente do nosso nariz. Já está mais de mil vezes provado que os bons colaboradores da própria empresa resultam nos gestores mais bem sucedidos na continuidade do negócio. A principal razão é que essa pessoa muitas vezes partilha ou pelo menos respeita muito seriamente a visão do dono da empresa, conhece os cantos à casa, os colegas, os fornecedores e os clientes. Investir num substituto dentro da própria empresa é por tudo isto uma opção muito sensata. João Vieira
tecnologia dos veículos, os crescentes custos globais da mobilidade e a crise económica levam a que os clientes entrem menos vezes nas oficinas e façam menos despesa de cada vez que lá vão. O que vale a pena analisar é porque algumas oficinas nunca têm falta de clientes e o seu negócio prospera, mesmo nas situações que acabamos de descrever. De certeza que não pagam aos clientes para eles lá irem! O que talvez façam é apostar mais forte no serviço ao cliente e na criação de relações de confiança e lealdade. Na realidade, muitos dos reparadores que hoje têm sucesso na sua atividade já deixaram de vender serviços de manutenção de veículos há muito tempo, porque estão empenhados em vender uma coisa muito mais rentável: uma experiência gratificante e satisfatória para o cliente. Constroem relações de confiança e lealdade com o cliente, realizando os serviços que prestam acima das expectativas e sempre melhor do que na última vez em que o cliente esteve na oficina. O cliente fica sempre agradavelmente surpreendido com o nível ascendente de qualidade do serviço e com os detalhes inovadores que tornam o bom em excelente. É isso que os “obriga“ a voltar à oficina, como se fosse um prémio que estivessem a dar a si próprios.
Q TIPOS DE CLIENTES Uma coisa que temos que aprender sobre clientes, é que todos os clientes interessam, mas uns interessam mais do que outros. Mesmo assim, o interesse que o cliente tem para um negócio também depende da relação criada entre o cliente
e a empresa, porque será tanto maior o interesse, quanto melhor for essa relação. Importa portanto que a empresa tenha um padrão de relacionamento com os clientes o mais elevado possível, qualquer que seja o seu tipo. Vejamos pois os cinco principais tipos de clientes e a melhor forma de lidarmos com eles: Clientes que reconhecem o valor do serviço e pagam o preço faturado pela oficina merecem todo o nosso melhor esforço para servi-los bem e tentar estabelecer um relacionamento de longa duração. Há também os oportunistas e espertos que apreciam o serviço da nossa oficina, mas gostariam de pagar segundo a sua tabela de conveniência. Geralmente, são pouco assíduos e aparecem de vez em quando, para ver se conseguem os seus intentos. Obviamente, tudo o que há a fazer nestes casos é trabalhar como de costume e pelo mesmo preço, tentando fazer compreender ao cliente o valor real da nossa oferta. Ceder a pedidos de desconto injustificados é que nunca. Clientes habituais são os que estabelecem uma boa relação com a oficina e o seu pessoal, passando sempre que precisam de alguma coisa. Sabem as con dições da casa, concordam com elas e nós devemos servi-los com qualidade, eficiência e gosto. Clientes eventuais ou esporádicos são os que aparecem uma vez por ano ou de oito em oito meses. Temos que trabalhar a nossa relação com eles e tentar vender sempre mais qualquer coisa. Temos que enviar convites para campanhas e promo-
ções, novos serviços e mandar um cartão de aniversário, Boas Festas e Ano Novo. Amigos da casa são clientes que passam a palavra no seu círculo de relações e tentam arranjar novos clientes para a oficina. Confiam em alto grau no serviço desta e mantêm um relacionamento de proximidade com todos os colaboradores da empresa. Como estes clientes são geralmente raros, a oficina deve fazer o máximo para manter a sua confiança e se possível melhorar ainda mais a sua valorização pela nossa oficina. Q MARKETING PESSOAL Por oposição ao marketing impessoal que geralmente existe na atividade comercial, devemos apostar mais no marketing personalizado, dirigido a cada pessoa com quem contactamos dentro do nosso negócio. As três principais fases desse marketing pessoal são o primeiro encontro e conhecimento, a transformação do consumidor num cliente e a transformação de um cliente num parceiro de negócio e num amigo. Para desenvolver esta estratégia de aproximação ao cliente, o responsável ou dono da oficina tem seis oportunidades fundamentais de contactar o cliente: 1 - Quando ele nos telefona; 2 - Quando vem entregar o carro para efetuar um serviço; 3 - Quando efetuamos o orçamento e apresentamos a nossa proposta de serviço; 4 - Quando entregamos o carro reparado; 5 - No acompanhamento a seguir à reparação ou serviço; 6 - Quando convocamos o cliente para uma revisão ou outro serviço habitual. Chegada do cliente – O primeiro contacto telefónico ou pessoal tem grande impacto no cliente e as impressões que ficam dele são as mais duradouras. É a melhor oportunidade para demonstrar que estamos empenhados em resolver os problemas ou necessidades do cliente,
DIRETOR: João Vieira - joao.vieira@apcomunicacao.com Redação: Bruno Castanheira - bruno.castanheira@apcomunicacao.com / Jorge Flores - jorge.flores@apcomunicacao.com / João Cerqueira - joao.cerqueira@apcomunicacao.com Diretor Comercial: Mário Carmo - mario.carmo@apcomunicacao.com Arte e Multimédia: António Valente Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com Periodicidade: Mensal Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS” IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares
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Factos O Uma coisa que temos que aprender sobre clientes, é que todos
os clientes interessam, mas uns interessam mais do que outros. O
Amigos da casa são clientes que passam a palavra no seu círculo de relações e tentam arranjar novos clientes para a oficina. O O primeiro contacto telefónico ou pessoal tem grande impacto
no cliente e as impressões que ficam dele são as mais duradouras. O
Quando os clientes se queixam do custo de uma reparação, mudamos a conversa para as vantagens e para o valor que o cliente recebe em troca do pagamento. O
Para termos um clima favorável, é fundamental que o carro seja entregue rigorosamente à hora e dia acordados previamente com o cliente. O A entrega do carro termina com o agradecimento ao cliente pela sua preferência e recordando a garantia de reparação. O Pedimos ao cliente para contactar imediatamente a oficina se notar alguma anomalia no veículo e oferecemos serviço de desempanagem em caso de necessidade.
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que temos plenas competências para o fazer e que a nossa oferta tem vantagens competitivas e é de confiança. É fundamental a negociação, durante a qual devemos demonstrar o valor do nosso serviço e que não estamos meramente interessados em facturar e receber o dinheiro. Negócios ávidos de liquidez e sem alternativas de pagamento deixam péssima impressão no cliente e não favorecem de modo nenhum a sua confiança. A aceitação de cartões de pagamento ou de crédito, cheques e outros meios de pagamento válidos é uma demonstração de confiança mútua. Para os clientes habituais ou clientes com frotas de veículos, a oficina deve prever planos de pagamento, plafond de crédito e se possível cartão de reparações. Se o cliente não tiver rendimentos elevados, deve ser apresentado um orçamento alternativo (sem mexer na margem da oficina) e nos casos em que for possível uma reparação por etapas (bate-chapas, aparelho e acabamento de pintura, por exemplo). Quando os clientes se queixam dos preços ou do custo de uma reparação, mudamos a conversa para as vantagens e para o valor que o cliente recebe em troca do
pagamento. Referimos a formação do pessoal, a sua competência, os equipamentos da oficina e a garantia de reparação. Também devemos referir os custos com a reciclagem de resíduos perigosos, com o controlo de emissões e com a conservação do ambiente. A entrega do carro – Quando a oficina entrega o carro ao cliente, após a reparação. Temos outro momento mágico para aprofundar o relacionamento e o nível de confiança com o cliente. Devemos enfatizar perante este que o carro está outra vez “novo“ e o bom investimento que o cliente realizou no seu património. Para termos um clima favorável, é fundamental que o carro seja entregue rigorosamente à hora e dia acordados previamente com o cliente. O carro também deve estar impecavelmente limpo. Em reparações de certa envergadura a oficina tem margem para oferecer o serviço ao cliente, mas se o serviço for debitado na factura o cliente não se importa, se realmente o carro estiver impecável por dentro e por fora. Durante o dia da entrega do carro avisamos o cliente que está tudo a correr como previsto e que pode ir levantar o carro à
hora combinada. Há clientes que não podem receber chamadas durante as horas de serviço e nesses casos a comunicação deve ser efectuada por e-mail ou SMS. Ceder um veículo de cortesia ou entregar o carro no local preferido pelo cliente é também um serviço ao cliente que diferencia a oficina perante a concorrência. A entrega do carro termina com o agradecimento ao cliente pela sua preferência e recordando a garantia de reparação. Pedimos ao cliente para contactar imediatamente a oficina se notar alguma anomalia no veículo e oferecemos serviço de desempanagem em caso de necessidade. Q SENTIDO PROIBIDO! Os empresários de reparação automóvel têm que ter plena consciência que estão a colocar um sinal de sentido proibido à entrada da sua oficina, sempre que falharem gravemente na lealdade e transparência que devem ao cliente e minarem a sua confiança. O sinal que colocamos virtualmente à entrada da oficina significa que provavelmente o cliente não volta lá. Se forem muitos os clientes que não voltam, o negócio pode estar seriamente comprometido. Importa portanto recor-
dar as quatro principais causas para que o cliente não volte a uma oficina: O carro não estar pronto para entregar no momento previamente combinado e sem qualquer aviso prévio de que esse momento teria que ser alterado por uma boa razão. A factura apresenta um montante superior ao orçamento e o cliente não foi avisado dessa alteração e das razões que levaram a ela, dando a respectiva autorização. O mesmo problema colocado de outra maneira é haver serviços que estavam orçamentados e não foram realizados. Globalmente, o cliente não ficou satisfeito com o serviço da oficina e não disse nada, porque esta não realizou o indispensável inquérito à satisfação do cliente, nem prestou o nível de serviço exigido. Outra razão recorrente para os clientes não voltarem a uma determinada oficina é porque foram mal atendidos, pessoalmente ou via telefónica, tendo havido falta de informações ou explicações, falta de cortesia, falta de transparência e falta de interesse. Se isto acontecer na sua oficina, meu caro amigo, a crise não está fora da oficina, está lá dentro!
REDUÇÃO
CUSTOS E04
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NAS OFICINAS
CAMPANHA
CAMPANHA REDUÇÃO DE
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XI Capítulosto Relação Cu e Equipamentos Benefício d
Capacidade de abordagem muito mais ampla que aquela que este artigo nos possibilita, no entanto, será interessante constatar que muitas oficinas muito se esforçam para “Servir Bem” o cliente, embora a imagem percecionada pelos clientes não seja essa. Para deixar um “amargo de boca” para alguns, o que interessa na fidelização do cliente é a imagem percecionada pelo cliente e não a do empresário… Perante o anterior, considera que a visão dos seus clientes relativamente à sua empresa é aquela que pretende passar? Ou será que “pressupõe” mas na realidade desconhece o que eles pensam? Se assim é, existem equipamentos / softwares que são excelentes ferramentas para apurar o que realmente os nossos clientes pensam de nós… Uma vez que o tema “Índice de Satisfação de Cliente” ficou para trás, voltemo-nos uma vez mais, para a modernidade e para o benefício da compra de um equipamento que deverá ser a “alavanca” que a empresa está a necessitar. Existem os mais variados tipos de equipamentos que uma Oficina Auto poderá adquirir e nem sempre a escolha é fácil, relativamente ao critério da prioridade. Para facilitar a escolha sugerimos que os divida nos seguintes grupos:
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ste artigo pretende reforçar a necessidade do empresário caminhar ao encontro das necessidades e expetativas dos seus Clientes (que muito mudaram no último ano!) e ao mesmo tempo, porque é crítico nos dias de hoje, otimizar a Relação Custo/Benefício, neste caso concreto, dos equipamentos. Se o processo de aquisição de equipamentos, durante anos pôde ser tratado com uma periodicidade algo alargada no tempo, o facto de vivermos atualmente numa sociedade caracterizada pela instantaneidade, velocidade, globalidade, faz com que a atualização de equipamentos e respetivos softwares, necessitem de atualizações quase constantes. Em particular
na tecnologia automóvel, a evolução é de tal forma frenética que a desatualização dos equipamentos é praticamente imediata… Esta situação que não é nova, nomeadamente em equipamentos de autodiagnóstico, deverá fazer refletir os gestores oficinais, já que não é razoável, e muito menos economicamente viável, ter vários equipamentos de diferentes fabricantes para conseguir assistir de forma competente a multimarca. Esta realidade deverá transformar o modelo de negócio das organizações e, consequentemente, o modo de pensar e atuar dos seus responsáveis, nomeadamente na relação futura a ter com fornecedores / parceiros deste tipo de equipamentos. A necessidade premente do aumento da
produtividade, e em simultâneo, a necessidade de obter vantagem competitiva nas organizações, nomeadamente na diferenciação relativamente aos concorrentes diretos, faz-nos relançar um tema, que, continua a ser um fator crítico de sucesso no negócio: A capacidade de Inovação. A aquisição de um equipamento, considerando o seu impacto no contexto de toda a “cadeia produtiva”, deverá ser uma vantagem competitiva que fará da empresa em causa um prestador de serviço, reconhecido pela competência técnica e pela qualidade da gestão do cliente. O tema anterior no que diz respeito ao “reconhecimento por parte do cliente” é um tema bastante complexo e que necessita de uma
- Equipamentos p/ a gestão comercial - Equipamentos p/ a gestão oficinal (produção) - Equipamentos p/ a gestão de clientes - Equipamentos p/ diagnóstico e reparação automóvel - Equipamentos p/ a gestão financeira / contabilística A divisão anterior pretende classificar os mais variados tipos de equipamentos em 5 grandes grupos, e com estes, conseguir otimizar o processo de seleção. Como em todo o investimento, devemos avaliar o seu retorno (Retorno sobre Investimento). O Retorno sobre o Investimento é o que
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CUSTOS NAS OFICINAS
Inovação
i Perante o momento económico que atravessamos, para muitos empresários do setor oficinal, mencionar a palavra “equipamentos” é sinónimo de custo em vez de investimento Por: Dário Afonso
Patrocinadores habitualmente se designa de ROI (em inglês, return on investment). Em termos simplistas o ROI, ou Retorno sobre o Investimento, pode ser calculado com a seguinte Fórmula: - Lucro Operacional / Investimento x 100 Ou seja, se fazemos um investimento de 100 que nos permite um lucro de 20, significa que a taxa de retorno sobre o investimento é de 20%. Como será fácil de entender, quanto maior for a taxa de retorno, melhor poderá ser considerado o investimento. De entre os principais índices para analisar o retorno do investimento destacamos neste artigo o PAYBACK (ponto de equilíbrio) que em termos simplistas corresponde ao ponto que define o volume de negócios necessário para equilibrar os lucros. Ou seja, o Payback corresponde ao montante mínimo de vendas necessário para recuperar o valor do investimento. Na análise de um projeto de investimento em equipamentos devemos considerar o momento em que asseguramos o chamado“ponto de equilíbrio”. No fundo, é a partir desse momento que ocorre o potencial de lucro para a empresa que investiu. Regra geral, nos primeiros anos de investimento o projeto não será rentável de imediato. Salvo situações específicas, pretende-se ter o retorno sobre o investimento nos 3 a 5 anos seguintes, ao ano zero do investimento. Se o negócio correr bem, a empresa tenderá a gerar mais proveitos, que serão superiores aos custos, diluindo os custos de arranque do projeto. Na análise de um projeto deve ter-se em conta os benefícios que o mesmo poderá acarretar ao nível de redução de custos. A aquisição de um equipamento poderá permitir a necessidade de menor mão-de-obra, o aumento da capacidade de produção da empresa, bem como, a redução de outros custos associados ao processo produtivo. Em última análise ao propiciar uma redução
dos custos contribui para aumentar o lucro da empresa, bem como, a capacidade de concorrência no mercado. Sendo que, a redução de custos é mote da campanha, não deixa de ser também muito interessante que a aquisição de um equipamento leva, por vezes, a conseguir mais clientes e/ou outro tipo de clientes, que a empresa até então não trabalhava. Um equipamento e a forma como este é “comunicado”, poderá ter também um impacto grande na notoriedade da empresa, mas acima de tudo no seu posicionamento relativamente a concorrentes. Muitos dizem que devido ao momento atual, os investimentos estão congelados. Outros afirmam que é este o momento para investir na mudança das suas organizações, para que estas estejam mais bem preparadas para enfrentar desafios e ainda, mais flexíveis para se adaptarem às novas condições do mercado. Se estiver neste 2º grupo, parabéns!
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SALÃO
EquipAuto 2013
Negócios para todos! i Apesar da ausência de algumas marcas de referência, como a Valeo, Delphi, Brembo e TRW, o Salão EquipAuto registou uma grande afluência de visitantes que quiseram ver “in loco” as novidades apresentadas pelos 1.300 expositores presentes
C
om um horário mais alargado e muitas atividades paralelas, incluindo encontros temáticos, workshops e demonstrações ao vivo de equipamentos e ferramentas, a 21ª edição da EquipAuto adaptou-se bem às mudanças do mercado pós-venda e correspondeu às expectativas dos expositores e visitantes. Durante os cinco dias de duração do salão passaram pelas instalações do parque de exposiões de Paris cerca de 100.000 visitantes, dos quais 25% internacionais. Este ano a feira ocupou quatro Halls que incluíam dois novos sectores “Trade & Sourcing” (Hall 2), que estava dedicado aos expositores internacionais, nomeadamente países asiá-
ticos, e “Redes de Pós-venda” (Hall 4), onde marcaram presença as redes de serviços rápidos, como Norauto, Midas, Speedy, PointS, AutoDistribuition, Euromaster e Motaquip (a rede multimarca das Peugeot), entre outras. Depois de um primeiro dia tranquilo, que nos permitiu visitar com tempo os quatro Halls da Feira e falar com os responsáveis das marcas mais conhecidas, seguiram-se quatro dias de grandes enchentes de público, interessado em ver as novidades, mas também em concretizar negócios, conforme nos confirmaram várias empresas presentes, que efetuaram vendas significativas durante os dias do salão, embora a coincidência de datas com a celebração
da Festa do Cordeiro, tenha afastado muitos visitantes muçulmanos do norte de África, que é um público alvo do Salão EquipAuto. Esta edição do certame francês é o resultado de fortes parcerias com associações do setor, como a FIEV, FFC e CNPA, e teve como lema: + Negócios + Serviço + Eventos. Para isso, a organização preocupou-se em dar outras condições aos expositores, tornando os espaços circundantes mais agradáveis com zonas de descanso e de reuniões. Outro ponto incontornável e de valor acrescentado da EquipAuto foram os fóruns especializados sobre o pós-venda automóvel, tendo o primeiro sido organizado pelo GIPA e onde se debateram as
previsíveis oportunidades de negócio e potencialidades de desenvolvimento do setor pós-venda. O segundo fórum teve como tema o pós-venda nas redes de assistência de construtores de veículos e abordou as possíveis alavancas de desenvolvimento da atividade de oficinas de concessionários e agentes de marca. Quanto ao terceiro fórum, foi organizado em cooperação com a revista Auto Infos e abordou o tema do pós-venda do ponto de vista dos consumidores. Foi dado um grande destaque à formação e às ações de informação sobre equipamentos e produtos para o pós-venda automóvel, tendo estado abertos cinco espaços de demonstração nos cinco dias
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da Feira, durante os quais foram amplamente divulgadas tecnologias inovadoras, com aulas práticas para desenvolver competências e aumentar a produtividade dos profissionais presentes. O número de visitantes internacionais aumentou e cerca de 60% das empresas expositoras eram estrangeiras, mas esta edição da EquipAuto estava muito voltada para o mercado francês, tendo perdido o caráter internacional que marcou as anteriores edições. “As Feiras tendem a ser cada vez mais nacionais, com exceção da Automechanika de Frankfurt, mas não vemos esta tendência como algo negativo. Os mercados deslocalizaram-se e as empresas têm de procurar novos lugares para desenvolverem os seus negócios”, disse Mário Fiems, Diretor da EquipAuto. Para o futuro, o objetivo da organização é internacionalizar o conceito da EquipAuto, marcando a diferença em relação aos Salões concorrentes. “Nos próximos anos vão acontecer muitas mudanças no aftermarket e nós iremos acompanhar essas mudanças para conseguir criar eventos adaptados aos diversos mercados onde a marca EquipAuto pretende estar presente”, concluiu Mário Fiems. Para ver a reportagem fotográfica completa do Salão EquipAuto e entrevistas com os responsáveis das marcas presentes, visite o site: www.jornaldasoficinas.pt
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Grandes Prémios Inovação EquipAuto 2013 Os Grandes Prémios Inovação marcaram mais uma vez presença na Equip Auto e o JORNAL DAS OFICINAS foi de novo membro do Júri internacional composto por 80 jornalistas de mais de 20 países. Com quatro categorias a concurso, os vencedores dos troféus de ouro foram os seguintes: Categoria OEM e Novas Tecnologias - Solar Monopol hight-tech clearcoat, da empresa Monopol peintures, um verniz que permite uma diferença de temperatura até 13º no habitáculo do carro em comparação com um verniz normal. Categoria Aftermarket e Montagem - Pastilhas de travão Ferodo Eco-Friction, da Federal-Mogul, reduzem emissões de cobre e outras partículas para o meio ambiente e proporcionam uma travagem mais suave e silenciosa. Categoria Serviço e Pós-venda - Fun2drive, da Bosch, uma aplicação para smartphones que permite ao condutor visualizar as suas estatísticas de condução e uma série de parâmetros OBD como códigos de falhas, sendo possível ligar remotamente à oficina mais próxima em caso de avaria. Equipamento Oficinal - Daisy Wheel, da Fillon Technologies, uma máquina de preparação de cores que contém até 160 embalagens de 0,5 litros de tinta para cores que compõem a linha de pintura. Este sistema garante uma mistura de cor bem definida, mesmo em quantidades pequenas.
Presença reduzida de expositores portugueses Apenas três empresas portuguesas marcaram presença como expositores na edição deste ano da EquipAuto: Veneporte, Fabriscape e Ivol, todas elas ligadas ao fabrico de sistemas de escape e acessórios. Em contrapartida, o salão teve uma presença reforçada de visitantes portugueses, nomeadamente responsáveis de grandes distribuidores e retalhistas de peças, conforme tivemos oportunidade de comprovar durante os dias que estivemos no salão em trabalho de reportagem.
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L OFICIA AÇÃO 13 PUBLIC
SALÃO
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Guia Salão Mecânica 2013
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Ponto de encontro
i A 3ª edição do Salão Mecânica abre as portas já no próximo dia 7 de novembro e promete ser uma das mais concorridas, quer a nível de expositores, quer de visitantes profissionais à procura de novidades para os seus negócios
Lista de expositores
A
200 KM MOTORSPORT URB. MALIGUEIRA LOTE3 - LOJA3 GANDARA DOS OLIVAIS - 2415-341 LEIRIA Tel.: 244043479 Telem.: 910993198 Homepage: www.200kmmotorsport.com E-mail: catarina.almeida@200kmmotorsport.com Produtos: acessórios para competição A. BRAZ HELENO, S.A EN 109 - KM 164 - PONTE DA PEDRA 2400-926 REGUEIRA DE PONTES Tel.: 244860000 Homepage: http://www.brasheleno.pt/ Email: geral@brasheleno.pt Produtos: Veículos comerciais; Ligeiros de Mercadorias Marcas: Fiat ALIDATA, LDA CASAL DO CEGO – MARRAZES 2410-973 LEIRIA Tel.: 244850030 Homepage: www.alidata.pt Email: geral@alidata.pt Produtos: Software de gestão empresarial Marcas: Alidata gestão de oficinas; Sendys
A excelente localização da EXPOSALÃO, no centro do país, aliada ao facto deste ser um dos mais importantes eixos da indústria e comércio à escala nacional, fazem da Expotransporte um evento de excelência para reunir fabricantes, importadores, distribuidores e representantes de um vasto leque de produtos e serviços ligados a este sector. O principal objectivo destes eventos é aproximar a oferta da procura empresarial e dos profissionais deste mercado, com vista à concretização de bons negócios para expositores e visitantes. Por isso, vão estar em exposição não apenas produtos e serviços
de transporte, como também de logística - tudo para que os negócios das empresas decorram sobre rodas. No decorrer da Feira vão realizar-se vários workshops e conferências alusivas a temas pertinentes para os profissionais desta fileira de negócio, com destaque para a Conferência de Veículos Comerciais – Novas Tecnologias da Indústria e do Pós-venda de Veículos Comerciais, promovida pela AP COMUNICAÇÃO. Veja nas páginas a seguir a lista dos expositores presentes e programe a sua visita ao único Salão realizado em Portugal, totalmente dedicado ao aftermarket.
ALTARODA - SOLUÇÕES AUTO UNIPESSOAL, LDA RUA CENTRAL DO BAIRRO PAVILHÃO Nº77 - APARTADO 144 4584-909 PAREDES tel.: 255783600 telem.: 917505400 fax: 255784161 homepage: www.altaroda.pt e-mail: vitor@altaroda.pt; geral@altaroda.pt Produtos: Máquinas, ferramentas e produtos de reparação de pneus Marcas: MONDOLFO FERRO, TECH TIRE REPAIRS ANTP – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS TRANSPORTADORAS PORTUGUESAS RUA GIL VICENTE, 26 – APARTADO 315 2670-513 QUINTA NOVA DE S. ROQUE – LOURES Homepage: www.antp.pt Email: geral@antp.pt Produtos: Associação sectorial
única Feira dedicada ao aftermarket automóvel realizada este ano em Portugal decorre na Exposalão – Batalha, de 7 a 10 de novembro de 2013. O JORNAL DAS OFICINAS é mais uma vez a publicação oficial do certame e estará presente com uma equipa alargada de jornalistas para fazer a cobertura desta 3ª edição da Mecânica. Mediante os bons resultados da 2.ª edição, em que expositores e visitantes saíram satisfeitos do salão, espera-se este ano um grande evento para todos os profissionais do sector. A organização pretende reunir fabricantes, importadores e representantes de veículos pesados e ligeiros de mercadorias, equipamento oficinal, peças, mecânica, componentes e acessórios para o sector automóvel, de forma a constituir um ponto de encontro para todos os profissionais dos transportes e dos que trabalham no mercado pós venda, com o objectivo de dinamizar o mercado. Neste mercado, os níveis de exigência do consumidor são cada vez mais elevados, o que implica uma constante atualização por parte das empresas que se movem neste sector. Assim, o salão Mecânica apresenta-se como uma excelente oportunidade para apresentar as novidades, estabelecer novos contactos e parcerias e concretizar negócios. Em paralelo com a realização da Mecânica decorre a Expotransporte - 5º Salão Nacional de Veículos Pesados e Ligeiros de Mercadorias e de Logística.
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PU 2013 cânica da Me
ARAN ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO RAMO AUTOMÓVEL RUA FARIA GUIMARÃES, 631 4200-291 PORTO Tel.: 225091053 Homepage: www.aran.pt AS24 PORTUGAL PRODUTOS PETROLÍFEROS, S.A. ESTRADA DE PAÇO DE ARCOS, Nº9 - PISO 2 - SALA F 2770-218 PAÇO DE ARCOS tel.: 214467920 Homepage: www.as24.com Email: as24@pt.as24.com Produtos: Cartão AS24 - Rede Europeia de combustiveis; Teleportagem - PASSANGO; Sistema integrado de IVA no estrangeiro Marcas: AS24; EUROTRAFIC; EUROVAT AUTO DELTA-COM.PEÇAS, ACES.AUTOM.LDA RUA DAS FONTAINHAS - ANDRINOS - APART.776 2401 2410-008 LEIRIA tel.: 244 830 070 Homepage: www.autodelta.pt e-mail: geral@autodelta.pt AUTODIAG,UNIPESSOAL, LDA RUA DO FAGUNDO, Nº 9 2430-078 ALBERGARIA - MARINHA GRANDE tel.: 244092563 telem.: 966515200 fax: 244092563 homepage: www.autodiag.pt e-mail: info@autodiag.pt Produtos: Equipamentos e tecnologia de autodiagnóstico AUTO JÚLIO, S.A Vale Gracioso – Azoia 2416-904 LEIRIA Tel.: 244 830 080 Homepage: www.autojulio.pt
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ACONTECIMENTO
Concurso Internacional de Pintura R-M
Pinto, logo existo i Durante três dias, 18 jovens pintores, oriundos de três continentes, em representação de 20 países, foram postos à prova na final do Concurso Internacional de Pintura R-M. Portugal esteve muito bem representado, mas a vitória acabou por sorrir à Noruega, tendo ficado a Eslovénia em segundo e a Bélgica em terceiro Por: Bruno Castanheira
final da 11.ª edição do Concurso Internacional de Pintura R-M teve lugar em Clermont-de-l’Oise, França, entre os dias 8 e 10 de Outubro. Decorreu no remodelado R-M Refinish Competence Center e contou com o patrocínio da 3M, DeVilbiss, EMM (integra as marcas Colad, Hamach, Ronin, Tools e Tander), RUPES e SATA. E teve a Festool, Henkel Teroson, Horn & Bauer, Mettler-Toledo, Norton/St Gobain e SIA Abrasives como parceiros. O objetivo era muito claro: encontrar o melhor pintor entre os 18 participantes na final, oriundos de três continentes (Europa, Ásia e África), em representação de 20 países: Áustria, Bélgica, Ucrânia, Cazaquistão, Bielorússia, Bulgária, França, Alemanha, Itália, Japão, Noruega, Holanda, Polónia, Portugal, África do Sul, Espanha, Rússia, Eslovénia, Suíça e Reino Unido. No nosso país, o concurso teve início no início deste ano. Depois das inscrições, seguiu-se a fase da seleção, que foi feita através da observação do cumprimento dos pré-requisitos essenciais à participação no concurso: idade até 30 anos; experiência profissional de pintura automóvel com a R-M, uma das marcas de tintas e produtos de acabamento produzidos e comercializados pela multinacional BASF. Posteriormente, tiveram lugar várias provas teóricas que permitiram avaliar os conhecimentos dos participantes, tendo servido como factor de eliminação. Depois, seguiu-se a final nacional, onde os quatro concorrentes fo-
ram postos à prova, no passado mês de Maio, no Centro R-M de Guadalajara, Espanha. Nas provas práticas, foi Joel Rodrigues quem obteve a melhor pontuação, razão pela qual foi selecionado para a final do Concurso Internacional de Pintura R-M.
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Q SEIS TAREFAS
No final de cada tarefa, o júri analisou atentamente as seções reparadas pelos concorrentes. O tempo foi cronometrado. Os mais rápidos tiveram direito a bónus
Na tarefa de identificação de cor, aqui feita pelo concorrente do Reino Unido, o pintor português teve a nota máxima
Das seis tarefas, duas foram práticas e quatro foram teóricas. Ao longo de três dias, os participantes deram o seu melhor
Nada menos do que seis tarefas. Quatro teóricas e duas práticas. Todas foram executadas pelos 18 participantes na final internacional. Da forma mais eficaz que conseguissem e dentro do tempo estipulado pelo júri, que foi presidido por Ronny Raeymaekers, diretor do R-M Refinish Competence Center. Quanto menos tempo os concorrentes demorassem, mais possibilidades tinham de ganhar bónus, o que contribuía para uma melhor pontuação. As quatro provas teóricas foram Consultancy (gestão e eficiência da oficina), Paint Related (tarefas relacionadas com pintura), Color Reading (desvio de cor) e Color Retrieval (identificação de cor). Já as práticas foram Plastic Repair (reparação de plástico) e Efficient Application (eficiência da aplicação). E houve ainda outra, que não influenciou, contudo, o resultado do concurso e que foi realizada pelos concorrentes antes de rumarem a França: desafio VIP de cor. Consistiu em pintar uma miniatura à escala 1:18, que podia ser tanto um modelo de produção como um concept-car. Os participantes tinham de escolher uma cor que refletisse a nova tendência da indústria automóvel,
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História da R-M
Identidade norte-americana em corpo alemão A R-M é das marcas de pintura automóvel mais conhecidas e prestigiadas do mundo. A origem do seu nome resulta da conjugação das iniciais dos apelidos dos seus fundadores: Fred Rinshed e Herbert Mason. Rinshed era vendedor de tintas e amigo de Mason. Ambos frequentaram a mesma escola e nutriam paixão especial pelos acabamentos. Os dois uniram esforços para marcar a diferença na pintura automóvel. A empresa, baseada em Detroit, EUA, foi fundada pelo pai de Mason, tendo começado por produzir patos de madeira. Eis os principais marcos históricos: 1919 – A empresa era fundada, em Detroit, EUA, por Herbert Mason e Fred Rinshed 1926 – A Cadillac, construtor que consistia na primeira escolha dos presidentes norte-americanos, encomendava o primeiro lote de material R-M 1931 – Lança a primeira pintura metalizada do mundo para automóveis 1948 – Revolucionava o mercado ao introduzir o primeiro sistema de mistura de tintas 1960 – Envolvia-se numa das primeiras missões espaciais ao fornecer tinta preta, resistente ao aquecimento, para aplicar no foguetão 1963 – Estabelecia o seu centro de pesquisa, desenvolvimento e produção na Europa, situado perto de Paris, França 1970 – Iniciava a produção das primeiras tintas à base de água para OEM 1981 – Lançava, em Clermont, a linha de revestimento base Diamont 1986 – Era integrada no Grupo BASF (iniciais de Badische Anilin & Soda Fabrik AG, que, depois de 1973 passou a designar-se BASF Aktiengesellschaft) 1990 – Era criado o Competence Center em Clermont, dedicado à repintura 1995 – Lançava o sistema Colormaster (ferramenta líder mundial na identificação de cores) e dois sistemas de pintura: Onyx HD (linha de revestimento à base de água) e Uno HD (sistema ultra-sólido) 2000 – Lançava um pacote inovador de serviços, designado “Programmes For Success”, que se destinava a aumentar a produtividade e as vendas das oficinas 2003 – Lançava, nos EUA, o Carizzma, destinado a acabamentos personalizados, como, por exemplo, o tuning 2009 – Lançava o Colortronic 2, a segunda geração do sistema de medição de cor
Joel Rodrigues ficou em 4.º lugar Não ganhou nem conquistou um lugar no pódio, mas esteve perto. Muito perto mesmo. Alcançou um honroso 4.° lugar. Para Joel Rodrigues, 31 anos, pintor há mais de uma década, dos quais os últimos oito anos ao serviço da Filinto Mota, concessionário Citroën localizado no Porto, foi uma experiência única. Há oito anos que Joel utiliza produtos R-M nos trabalhos que executa. Desde que entrou para a Filinto Mota, portanto. E como cumpria os requisitos que o concurso exigia, inscreveu-se. Foi passando todas as provas teóricas desde o início deste ano até que, no passado mês de Maio, no Centro R-M de Guadalajara, Espanha, mediu forças com três concorrentes na final nacional. Nas provas práticas, que tiveram mais peso na derradeira fase, Joel obteve o melhor resultado. Pelo que foi selecionado para representar Portugal na final do Concurso Internacional de Pintura R-M, onde competiu diretamente com 17 concorrentes. E isso, por si só, já é motivo de enorme satisfação. À semelhança dos restantes participantes, o pintor português teve de executar seis tarefas: quatro teóricas e duas práticas. Na primeira, designada Consultancy (gestão e eficiência da oficina), que valeu 10% do total, foi pedido a Joel que identificasse, perante várias fotografias com diferentes layouts, exemplos de boas e más práticas, de modo a otimizar processos em função do tipo de reparação a efetuar. Na segunda, Paint Related (tarefas relacionadas com pintura), que teve 10% de peso, Joel teve de identificar todos os equipamentos, desde material de proteção e segurança até consumíveis de pintura, passando pelas ferramentas, em função da tipologia das reparações. Na terceira, Plastic Repair (reparação de plástico), que valeu 20%, o concorrente luso teve de reparar o dano da forma mais rápida e perfeita possível. Na quarta, Color Reading (desvio de cor), que representou
15% e onde Joel obteve a pontuação mais alta do concurso, foi necessário, perante seis chapas pintadas com tonalidades muito próximas, identificar a cor exata para utilizar na reparação. Na quinta, Efficient Application (eficiência da aplicação), que valeu 30%, Joel procurou ser o mais eficiente possível em termos de qualidade e tempo, cumprindo os processos na íntegra com o melhor rendimento. Finalmente na sexta, Color Retrieval (identificação de cor), que reuniu 15%, foi pedido ao pintor português que procurasse, através de software, a cor exata a partir da marca e modelo do veículo, uma vez que não era fornecido qualquer código. No final, Joel Rodrigues deixou-nos o seu testemunho: “Não sinto que saia daqui mais habilitado. Saio, isso sim, tecnicamente mais evoluído. As tarefas que executo no dia-a-dia da minha oficina serão, seguramente, melhoradas. Saio daqui mais alerta e mais consciente de todo o processo. Se não conseguir melhorar o resultado final da reparação, pelo menos irei melhorar, certamente, no tempo dispendido ou no material utilizado.”
Nas tarefas relacionadas com pintura, tudo foi avaliado: consumíveis, ferramentas e equipamento de proteção
A tabela afixada com os horários e tipos de tarefas permitiu a todos os concorrentes gerirem bem o seu tempo
para ser, depois, avaliada por profissionais R-M da área do design. Depois de três dias de competição, onde reinou o fair play e a boa disposição entre todos os participantes, os resultados foram anunciados a seguir a um belo jantar no Maison Blanche, um dos mais requintados restaurantes de Paris. A vitória coube a Ole Kristian Fureid, da Noruega, que conquistou a pontuação mais elevada, naquela que foi a primeira participação deste país nórdico no concurso. Seguiu-se-lhe Elvis Husic, da Eslovénia, no segundo lugar, e Steve Poiret, da Bélgica, no terceiro posto. Portugal, representado por Joel Rodrigues, ficou-se por um honroso quarto lugar.
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ACONTECIMENTO
Encontro Centros de Travões ATE
Estreitar relações i Pelo segundo ano consecutivo, a AZ Auto organizou o Encontro dos Centros de Travões ATE. Depois de concluída a reunião com os 18 membros aderentes ao conceito, seguiu-se uma visita à fábrica da Continental, em Palmela, que o JORNAL DAS OFICINAS acompanhou Por: Bruno Castanheira
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esta vez, foi em Portugal. Mais precisamente na Pousada de Palmela, localizada na zona histórica do Castelo. E nem Bert Lembens, responsável pela formação dos Centros de Travões ATE a nível mundial, faltou. Nos passados dias 26 e 27 de Setembro, pelo segundo ano consecutivo, a AZ Auto, empresa especializada na distribuição de peças e oferta de serviços técnicos e comerciais, organizou o Encontro anual dos Centros de Travões ATE. Com o objetivo de reforçar a relação entre os responsáveis nacionais desses Centros, o primeiro dia do evento ficou marcado por uma atividade de grupo em que se privilegiou o convívio, que antecedeu o jantar, no qual reinou a boa disposição. Na manhã do dia seguinte, teve lugar uma reunião de trabalho, que decorreu à porta fechada, numa sala da Pousada de Palmela, onde foram abordadas questões estratégicas relacionadas com o desenvolvimento do negócio dos Centros de Travões em Portugal. Os Centros de Travões ATE são uma oportunidade que todas as oficinas têm para se tornarem “especialistas em travagem”. Trata-se de um conceito em clara expansão no aftermarket nacional, que atualmente conta já com 18 aderentes, estando outras 4 oficinas em fase final de adesão. A ATE é uma marca alemã do Grupo Continental, líder mundial no fabrico de componentes e sistemas de travagem, cujo portfólio de produtos é disponibilizado no mercado português de peças independentes através da AZ Auto. Qualquer oficina interessada em tornar-se num Centro de Travões ATE, ou caso queira adquirir material de travagem ATE, deverá contactar a AZ Auto, representante deste conceito no nosso país. Q DE PALMELA PARA A EUROPA No princípio, era apenas um armazém que albergava os travões produzidos na Alemanha que se destinavam a equipar os monovolumes fabricados na Autoeuropa: VW Sharan, Ford Galaxy e Seat Alhambra. Mais tarde, a Continental decidiu passar a produção dos travões para Palmela. Razão pela qual, em 1993, arrancou a construção do primeiro pavilhão da fábrica, que está localizada no Parque Industrial das Carrascas. No ano seguinte, em 1994, a fábrica iniciou a sua atividade. Com
Até agora, são 18 os aderentes ao conceito dos Centros de Travões ATE, encontrando-se outras quatro oficinas em fase final de adesão
duas linhas de montagem e 37 empregados. Produzia, numa primeira fase, só para a Autoeuropa e, pouco tempo depois, também para a Mercedes-Benz. Depois veio a GM e só nos últimos três a quatro anos é que houve uma explosão de clientes: PSA, Honda, Fiat e Renault. Entre 2007 e 2013, foram levadas a cabo atividades que permitiram a expansão da fábrica que,
Em 2014, a fábrica de Palmela entrará num novo patamar tecnológico: passará a produzir, também, travões dianteiros de dois pistões, que irão concorrer com os Brembo
atualmente, emprega cerca de 400 pessoas. Em 2012, a unidade de Palmela foi considerada a segunda melhor do grupo em termos de qualidade na sua área de negócio, com 0,86 PPM (número de reclamações de cliente). O que significa que, em quatro milhões d e peças produzidas, as reclamações não chegaram sequer a quatro. Como a Continental considera aceitável cerca de 4 PPM, a fábrica de Palmela está, assim, menos de ¼ abaixo desse valor. Também por isso é considerada como um benchmarking em termos de qualidade. E distingue-se das restantes fábricas do grupo que operam nesta área de negócio. Em vez de departamentos centralizados, dispõe de duas áreas completamente autónomas. O responsável pela montagem, por exemplo, é, também, responsável pela engenharia, pela manutenção e pela produção. Há um nível de especialização muito elevado de técnicos e staff relativamente ao processo de produção. Q ÁREA DE MAQUINAÇÃO Dispõe de um armazém de fundição que abastece o fluxo com a matéria-prima (carcaças e suportes em bruto) que é trazida, via terrestre, pela Sakthi (situada na Maia). Encarrega-se de maquinar as peças, de modo a que estas possam receber os
restantes componentes e para que sejam passíveis de ser montadas nos automóveis. Depois de estarem maquinadas por inteiro, as peças são enviadas para o fornecedor de galvânica, que se encontra localizado em Abrantes, uma vez que a fábrica de Palmela é das poucas do Grupo Continental que não tem galvânica interna, para serem aplicados os vários tratamentos superficiais requeridos: zinco; zinco-níquel; zinco-níquel direto; cataforese; pintura a pó. Tudo depende do cliente e do produto. Uma vez galvanizado, o material chega novamente à fábrica, que dispõe de cerca de seis transportes diários para Abrantes, para que carcaças e suportes sejam armazenadas juntamente com todos os outros componentes que chegam já completos: molas das carcaças; pastilhas (exteriores e interiores); parafusos-guia; capas protetoras; pistões; o-rings; buchas; tampas das buchas; parafusos-sangradores; tampa dos parafusos-sangradores. Embora existam duas linhas que se destinam a um só construtor (VW), a maior parte das linhas serve vários clientes. O que torna a rentabilidade bastante mais reduzida considerando todas as mudanças que são necessárias efetuar para garantir as entregas de material. Uma situação que está a tentar ser flexibilizada com a trans-
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O travão hidráulico, para eixos dianteiros, que é produzido em Palmela designase FN3. A sua composição é muito básica, mas o processo é bastante estável e muito robusto
ferência de grande parte (ou da totalidade) dos clientes da máquina principal para outros equipamentos que melhor se adaptam a estas alterações permanentes. O controlo do produto é efetuado em bancadas com gabaris de medição de peças e através de máquinas tridimensionais, estando duas delas inseridas no laboratório tridimensional, que se encontra fora do ambiente produtivo e no topo da pirâmide de calibração. O que significa que estas duas máquinas controlam todos os gabaris instalados ao longo da produção. Para além disso, existe toda uma parafernália de equipamentos que permitem aferir as restantes dimensões. Q ÁREA DE MONTAGEM Dispõe de seis linhas, conta com 145 funcionários (122 da produção; 33 de engenharia/manutenção ) e é abastecida pelo armazém da maquinação. Esta área junta todas as peças que compõem o produto final para, depois de completo, ser expedido, também por via terrestre, para o cliente final: as fábricas de automóveis espalhadas pela Europa. Enquanto que na maquinação as mudanças nas linhas têm o intuito de flexibilizar a produção, na montagem acontece precisamente o inverso, uma vez que as mudanças aqui são bem mais complexas. Contudo, no passado mês de Setembro, contabilizando todas as linhas de montagem, mudou-se mais de 550 vezes de part number (a operação mais rápida demora cerca de 30 minutos). Uma das linhas dedicadas à produção para a VW é capaz de mudar cerca de 30 vezes por dia, ao passo que a outra, também encarregue de abastecer a marca alemã, pode mudar cerca de seis vezes por dia. Tudo dependerá dos part numbers pedidos. Na montagem existe, também, um controlo de produto semelhante ao da maquinação. Mas está, contudo, menos focado na parte dimensional e mais virado para os testes funcionais dos travões, que são efetuados no laboratório existente para o efeito. Refira-se ainda que os tempos de ciclo das linhas variam entre os 12 e os 20 segundos. O que significa que, a cada dois segundos, sai uma peça num determinado ponto da fábrica. Com apenas duas letras e um número se escreve o único tipo de travão hidráulico (para eixos dianteiros) que é produzido na fábrica de Palmela: FN3. Dispõe de uma composição muito básica, mas consiste num processo bastante estável e muito robusto. É, basicamente, igual para todas as marcas e modelos a que se destina, embora
possa divergir ligeiramente na aparência e na geometria. Q VW REÚNE QUASE 60% O maior cliente da fábrica de Palmela é, neste momento, a VW, que fica com cerca de 60% da produção total. A Autoeuropa continua a ser abastecida, mas apenas para algumas versões dos modelos Eos e Scirocco. No entanto, esta situação poderá mudar nos próximos anos. Por duas razões. Primeira: o Grupo PSA está na calha para vir a tornar-se no principal cliente a curto prazo, tirando partido da proximidade das fábricas de Vigo (Espanha) e Mulhouse (França). Segunda: a produção para Ford e GM tem aumentando bastante, nomeadamente no que às fábricas espanholas de Valência (Ford) e Saragoça (GM) diz respeito. Com uma capacidade máxima de produção de 6,5 milhões de unidades por ano, para 2013 a previsão situa-se ligeiramente acima dos quatro milhões. Apenas uma pequeníssima parte da produção é destinada a aftermarket e OEM: menos de 2%. Ainda assim, essa fatia tem vindo a crescer. Um dos principais pedidos do aftermarket, muitos deles feitos até pelas próprias marcas, diz respeito à omissão do símbolo, processo que é efetuado, por exemplo, com pasta de aço. O aspeto da embalagem dos travões ATE depende do acordo que é feito com cada um dos clientes individualmente e varia em função do componente a substituir, ainda que a maior parte das embalagens utilizadas ostente a sigla ATE. A quase totalidade da produção destina-se, assim, às fábricas de automóveis situadas na Europa. Neste momento, a unidade de Palmela encontra-se numa fase de expansão. Até porque, em 2014, arrancará a produção dos travões dianteiros de dois pistões, que irão concorrer diretamente com os Brembo, também de dois pistões. Destinar-se-ão a uma pick-up da Ford (possivelmente também ao Kuga) e permitirão posicionar a fábrica num novo patamar em termos tecnológicos. O AZ AUTO Sede: Rua dos Bombeiros Voluntários de Camarate 2680-490 Camarate Diretor Geral: Miguel Melo Telefone: 219 428 000 Fax: 219 402 413 e-mail: info@azauto.pt Internet: www.azauto.pt
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MERCADO
Oficinas vs Seguradoras
Relações difíceis i São mais os pontos que as unem do que os que as separam. Mas as relações são tudo menos fáceis. Nesta edição, damos-lhe conta dos conflitos que existem entre oficinas e seguradoras, o que tem sido feito para resolvê-los e o que pensam alguns especialistas do setor sobre esta matéria Por: Bruno Castanheira
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ão passam umas sem as outras. Contudo, nem sempre se dão bem. Embora sejam parceiras inevitáveis no setor da colisão, por vezes as relações entre elas azedam. Falta de seriedade, dirão uns. Obsessão com números, dirão outros. Histórias, há-as para todos os gos-
tos. Muitas são verdadeiras. Como esta que o JORNAL DAS OFICINAS aqui traz. Passou-se entre uma oficina e uma seguradora. Não foi caso único. Bem pelo contrário. Acontece com muita frequência. Era uma vez... um proprietário de um veículo lesado cuja direção da reparação
lhe tinha sido atribuída. E recorreu a uma oficina da marca, que era quase o livre arbítrio do cliente que, por defeito, levava sempre o seu automóvel ao concessionário. Quem pagava a reparação era a seguradora. A oficina ficou nas suas “sete quintas”. Fez o que quis e ganhou o dinheiro que conseguiu. Não havia ferramentas de controlo do processo nem de identificação de peças. Para a oficina, foi a galinha dos ovos de ouro. O orçamento, feito à mão, foi inflacionado. Não satisfeita, em vez de peças originais, a oficina ainda colocou peças de qualidade medíocre. A posição da seguradora era de fraqueza. Q FRAQUEZA VIRA FORÇA Anos mais tarde, o mundo mudou. O setor da colisão também. E a seguradora organizou-se. Com outras companhias de seguros. Passaram a existir ferramentas de orçamentação, tabelas de preços de peças disponibilizados pelos construtores e empresas que se especializaram em fornecer essas informações. A partir daqui, criou-se um critério de regularização para um or-
çamento de colisão. A oficina perdeu totalmente o seu poder negocial. Ficou limitada ao que era estipulado pelas ferramentas de orçamentação. E o que estas ferramentas indicavam, no que aos tempos de intervenção dizia respeito, eram valores definidos pelos construtores, só possíveis de alcançar mediante condições ótimas. Que, na grande maioria das vezes, não acontecem. A oficina passou do 80 para o 8. A seguradora, que em tempos tinha sido prejudicada, passou para a mó de cima. À semelhança de outras, a seguradora sobre a qual versa esta história utilizou, sempre que necessário, através do gabinete de peritagem, a sua posição de força para esmagar ainda mais as margens da oficina (mão-de-obra e peças), chegando mesmo a ameaçar que não encaminharia nenhuma reparação se não fossem aplicados descontos. Os peritos nunca aceitavam o valor da mão-de-obra praticado pela oficina e chegavam até, imagine-se, a impor o fornecedor de peças. E se não chegasse a acordo com a oficina quanto ao valor da mão-de-obra, a seguradora indemnizava o cliente
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lesado sem IVA, tendo este, depois, que tomar uma de três atitudes, caso a direção efetiva da reparação lhe tivesse sido atribuída: não efetuar a reparação; suportar o IVA na altura de pagar a reparação; procurar um biscateiro para despender menos dinheiro e “fugir” também ao IVA. A seguradora em questão, que dispunha de redes de oficinas recomendadas e elegia pontos de assistência, procurava, sempre que possível, através do call center, quando o cliente a contactava para que fosse efetuada a reparação do seu veículo, fazer um encaminhamento pró-ativo para as oficinas com as quais tinha acordo comercial quando a direção da reparação não era da sua responsabilidade. Uma situação que pode ser perigosa em função do grau de eficiência das oficinas e das condições acordadas entre estas e a seguradora. Como se tudo isto não bastasse, as oficinas ainda
tinham de colocar à disposição do cliente segurado uma viatura de substituição durante o período de reparação do veículo, sendo este custo suportado, não pela seguradora, mas pelas oficinas. Estas, para entrarem no jogo, assumiam este custo. E só não perdiam dinheiro se tivessem um grande volume de reparações. Os clientes menos atentos e menos conhecedores sentiam-se quase obrigados a levar as suas viaturas até às oficinas que a seguradora estava a aconselhar. Mas são os clientes proprietários das viaturas lesadas quem deve escolher as oficinas, desde que lhes seja atribuída a direção efetiva da reparação. Q CONJUNTURA DIFÍCIL O setor automóvel atravessa, em todas as suas vertentes, uma conjuntura particularmente difícil. E, também por isso, os tempos que se vivem são propícios a conflitos. Se, por um lado, o facto de se venderem menos automóveis novos leva os consumidores a manterem as suas viaturas usadas por mais tempo, aumentando, pelo menos em teoria, o número de intervenções, por outro, a diminuição do número de veículos em circulação faz baixar as idas à oficina. E reduz, também, o número de sinistros. E há que ter em consideração a perda do poder de compra do consumidor. Quanto mais veículos usados circularem nas estradas (o parque automóvel português apresenta atualmente uma média de
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Protocolo ANECRA / APS
Principais problemas detetados Imposição de oficinas na reparação de veículos sinistrados por parte das seguradoras Imposição de fornecedores de peças às oficinas por parte das seguradoras Imposição de entrega de comprovativos/faturas da aquisição de peças Pagamento de indemnização ao
segurado para que este pague a reparação à oficina Atribuição de veículo de substituição pela seguradora durante o exclusivo período de reparação Conflitualidade no relacionamento entre oficinas de reparação automóvel e seguradoras
Regras consagradas no protocolo Respeito pela escolha de oficina por parte do segurado/lesado, quando lhe seja atribuída a direção efetiva da reparação Não imposição de fornecedores de peças às oficinas adequadas à reparação, com respeito pela relação qualidade/preço na escolha e aquisição Não imposição de entrega de comprovativos/faturas da aquisição de peças, dos quais conste a divulgação do respetivo preço Pagamento total e direto à oficina no prazo de trinta dias (incluindo taxas e impostos devidos no âmbito da prestação de serviços), desde a data de receção da fatura, sob pena de pagamento de juros de mora Assegurar veículo de substituição, incluindo fins-de-semana e feriados intercalares Criação de uma Comissão de Acompanhamento de Protocolo e recurso ao Centro de Arbitragem do Setor Automóvel (CASA) em caso de litígio
António Teixeira Lopes, presidente da ARAN
“Temos resolvido quase todos os conflitos através do diálogo” As relações entre as oficinas e as seguradoras devem pautar-se pela transparência e correção. Quem o diz é António Teixeira Lopes, presidente da ARAN (Associação Nacional do Ramo Automóvel), que tem conseguido, através do diálogo, resolver quase todos os conflitos. Entrevistado pelo JORNAL DAS OFICINAS, este dirigente associativo afirmou mesmo que “se as relações entre as oficinas e as seguradoras têm melhorado muito, tal deve-se à ARAN.” Em comunicado difundido no passado mês de Julho, a propósito da recomendação do projeto de resolução para o setor automóvel que a Comissão de Economia e Obras Públicas (CEOP) da Assembleia da República enviou ao Governo, esta associação fez saber que efetuou um pedido de diligências junto da Autoridade da Concorrência e do Instituto de Seguros de Portugal, para que fosse investigada a possibilidade de existência de abuso de posição dominante e
de dependência económica por parte de algumas seguradoras face às oficinas. Convidado a pronunciar-se sobre esta matéria, o presidente da ARAN foi perentório: “Muitas seguradoras comportam-se bem e apresentam até uma vantagem face aos clientes “normais”: pagam a tempo e horas. Outras, por saberem que estão na mó de cima, uma vez que asseguram a maior fatia do serviço de mão-de-obra e de faturação da oficina, abusam. Como, por exemplo, na discussão do preço da mão-de-obra. Existem seguradoras que aceitam a evolução natural do preço desta, outras há que não aceitam e existem ainda algumas que querem pagá-la abaixo até do valor do ano anterior. Mais: algumas seguradoras, de acordo com aquilo que nos é reportado pelos nossos associados, quando não chegam a acordo com a
oficina quanto ao valor da mão-de-obra, indemnizam o cliente lesado sem IVA. E o que sucede depois com o cliente, que recebe esse valor? Das duas, uma: ou manda reparar o veículo na oficina e paga posteriormente a esta quando receber o dinheiro da seguradora, faltando-lhe depois a diferença do imposto que terá de ser ele a suportar, ou manda reparar o veículo num biscateiro. Essa responsabilidade deve ser imputada às seguradoras e/ou aos gabinetes de peritagem por estas contratados. Um dos grandes problemas do setor automóvel é precisamente a economia paralela.” Questionado sobre a existência de divergências relacionadas com peças e oficinas recomendadas, António Teixeira Lopes respondeu-nos com uma pergunta: “Será que algumas seguradoras e/ou os gabinetes de peritagem mandam colocar as peças adequadas?” E prosseguiu: “Se o proprietário do veículo ou da oficina tiver dúvidas, deverá exigir o certificado de qualidade da peça. Por outro lado, não me parece razoável que algumas seguradoras, através dos seus peritos, devam indicar o fornecedor de peças. Já no caso das oficinas recomendadas, o que se tem verificado, por vezes, é que algumas seguradoras fazem força para que os veículos sinistrados sejam reparados em oficinas por elas designadas. Porquê? Porque lhes oferecem condições mais vantajosas. É uma escolha meramente comercial. Nada tem que ver com qualidade.”
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Isabel Figueira e Jorge Neves da Silva, da ANECRA
“Através do Protocolo estabelecido com a APS resolvemos todos os problemas”
11 anos por viatura...) mais aumentam as probabilidades de intervenções face ao desgaste dos componentes. E mais esse veículos estão sujeitos a acidentes. O problema é que a escassez de recursos financeiros potencia o desleixo nas idas à oficina e leva a que muitos condutores deixem de pagar a sua apólice de seguro. O que significa que quer oficinas quer seguradoras passam a ter menos receita. As companhias de seguros reúnem a maior fatia das reparações relacionadas com colisão. Sem elas, muitas oficinas não conseguiriam fazer subsistir o seu negócio. Mas havendo menos dinheiro a entrar nos cofres das seguradoras, uma vez que, como dissemos, o pagamento das apólices tem vindo a diminuir, os cortes nos orçamentos das reparações também se fazem sentir. Logo, quem sofre com esta situação são, também, as oficinas. Hoje, os critérios de reparação do Centro de Zaragoza são muito apreciados e valorizados. Quer por companhias de seguros quer por gestoras de frotas. Esse centro de investigação, cujos acionistas são seguradoras, é especialista nas áreas de carroçaria e gestão oficinal. O conjunto de critérios que regula o seu certificado serve de fonte de inspiração às oficinas. Estas, se os tiverem, serão reconhecidas pela qualidade do seu serviço na área da colisão. Mas os tempos de reparação estipulados nesses critérios não estão ajustados à realidade e a sua imposição prejudica seriamente o negócio das oficinas. São estas que o dizem. Por outro lado, o facto de as seguradoras, através dos seus peritos, que se deslocam
A ANECRA (Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel) tem vindo a promover, desde 1995, a adoção de boas práticas para pôr termo aos conflitos existentes entre oficinas e seguradoras. Esta matéria consta, aliás, das medidas recomendadas ao Governo na Resolução da Assembleia da República n.° 128/2013, publicada em Diário da República, no passado dia 7 de Agosto. Nomeadamente, através dos pontos 4 (“Diligencie a intervenção aprofundada e célere das entidades reguladoras, designadamente AdC e ISP, sobre as diversas relações económicas sectoriais, que, manifestamente, violam as leis da concorrência (abuso de posição dominante e abuso de dependência económica), afetando a sobrevivência de inúmeras pequenas empresas, nomeadamente na reparação e desempanagem”) e 7 (“Promova a adoção de boas práticas, no relacionamento entre os fornecedores/ vendedores do setor automóvel e os consumidores, e dinamize a implementação do Código de Conduta para divulgar as boas práticas na venda de veículos novos e usados em vigor, envolvendo, para o efeito, o Centro de Arbitragem do Setor Automóvel – CASA”). Em 1995, quando chegaram à ANECRA as primeiras denúncias, esta associação teve oportunidade de identificar o que esteve na origem desses conflitos. Disso mesmo deram-nos conta Isabel Figueira, do gabinete jurídico, e Jorge Neves da Silva, secretário-geral: “O que consta na Resolução está implícito no nosso Manifesto, embora não apareça nele redigido. E porquê? Porque, em 1995, a ANECRA teve a oportunidade, junto de quem de direito, de tentar esclarecer aquilo que é, agora, pedido na Resolução. Esta questão não vem de agora nem se trata de um estudo que pretenda aprofundar o que pensam os responsáveis sobre esta temática, porque já temos a resposta há muito tempo. As primeiras, aliás, que obtivemos foi no contexto daquilo que, na altura, se enquadrava no abuso de posição dominante. E que tinha a ver com uma prática que era mais ou menos recorrente: as reparações eram encaminhadas para oficinas designadas por algumas seguradoras, depois de as viaturas terem sido colocadas em oficinas eleitas pelos proprietários lesados. Na altura, apresentámos o caso às diversas entidades que tutelavam este tipo de problemas, de natureza económica, nomeadamente à Direção Geral da Concorrência e Preços, ao Conselho da Concorrência e ao Instituto de Defesa do Consumidor. O problema foi muito debatido e muito ventilado. Apresentámos uma série de argumentos que demonstravam que esta situação representava um atentado às leis da concorrência, mas obtivemos sempre uma resposta negativa dessas entidades, que entendiam que não havia nem abuso de posição dominante nem abuso de dependência económica. A situação era por nós classificada como uma recusa de reparação, violando, assim, o direito de escolha do cliente. Mas perdemos.” Anos mais tarde, em 2009, corria o mês de Maio, a ANECRA assinou um protocolo com o Grupo Caixa Seguros (que integrava as companhias Fidelidade Mundial, Império Bonança e Via Direta). Segundo os nossos entrevistados, “na altura, foi
“uma pedrada no charco”, uma vez que permitiu desbloquear muita coisa e resolver os conflitos existentes entre oficinas e companhias do Grupo Caixa Seguros. Depois, a 13 de Janeiro de 2012, perante o avolumar de denúncias quase diárias que nos chegavam através dos nossos associados, facto a que a difícil conjuntura económica que o país atravessava não era alheia, enviámos uma carta à AdC (Autoridade da Concorrência), ao ISP (Instituto de Seguros de Portugal), à Direção Geral do Consumidor, à DECO, ao Provedor de Justiça e à APS (Associação Portuguesa de Seguradores), de modo a clarificar, de viva voz, estas e outras situações que se entendessem abusivas na relação quotidiana existente entre oficinas de reparação e seguradoras. Bem como contribuir para a procura das soluções mais adequadas para as questões em apreço.”
E foi precisamente graças a esta última carta, que a APS, embora discordando da perspetiva como foram apresentadas, pela ANECRA, as relações entre oficinas de reparação automóvel e seguradoras nos domínios exemplificados, considerou oportuno que houvesse uma aproximação entre as duas associações. Como tal, a 11 de Setembro de 2012 foi assinado o Protocolo entre a ANECRA e a APS. Como fizeram questão de salientar Isabel Figueira e Jorge Neves da Silva, “foi um protocolo muito difícil de elaborar, implicou muitas reuniões, mas houve intenção por parte das duas associações de chegarem a bom porto. Houve cedências de ambas as partes, todas as questões foram abordadas de forma séria, aberta, transparente e frontal. Para resolver qualquer conflito que possa surgir, mesmo até os que não estão consagrados no Protocolo, criámos uma Comissão de Acompanhamento do Protocolo composta por cinco pessoas (duas da ANECRA; duas da APS; outra independente que a preside). Em última instância, na eventualidade de esta comissão não ter sucesso na resolução do conflito, há ainda o recurso ao CASA (Centro de Arbitragem do Setor Automóvel). O anterior protocolo estabelecido com o Grupo Caixa Seguros foi integrado neste, que é mais abrangente, já que integra 90% das seguradoras representadas na APS.”
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Marco Silva, gestor da rede TOPCAR
“Com as seguradoras, as coisas têm corrido bem” Sendo a opinião das oficinas sobre esta matéria fundamental, elegemos o gestor da rede TOPCAR, Marco Silva, para nos dar conta da relação que existe entre a rede que dirige e as seguradoras. Começou por dizer-nos que “a TOPCAR é uma rede multimarca que está fortemente vocacionada para a valência de colisão e que tem um conjunto de critérios internos que atestam a qualidade do seu serviço nesta área, como, por exemplo, a certificação do Centro de Zaragoza que todos os nossos aderentes têm de possuir. A rede TOPCAR tem muito interesse em trabalhar com players profissionais, como as seguradoras, porque dispomos de um nível de serviço muito forte, aplicamos peças originais e certificadas (plásticos; chapa; iluminação; refrigeração) e garantimos rapidez e redução dos custos médios de reparação.” Segundo Marco Silva, “existe, por outro lado, uma lógica de proximidade em termos de mercado, porque dispomos de uma rede nacional e temos a capacidade de oferecer, para clientes profissionais, como as seguradoras, um serviço de faturação centralizada. Ou seja, a seguradora pode utilizar qualquer ponto da rede TOPCAR em Portugal, que todo o processo comercial e administrativo passa pela gestão da nossa rede. A seguradora ou os clientes profissionais podem usar uma das nossas mais de 40 oficinas com serviços de colisão e mecânica, e a sua relação só tem de ser
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feita com a gestão central. Portanto, há um conforto muito grande. Para além disso, existe um pacote de condições que passam, naturalmente, pela mão-de-obra, peças e veículo de substituição, que estão perfeitamente uniformizadas a nível nacional.” Questionado sobre se têm acordos com seguradoras, o gestor da rede TOPCAR respondeu: “Neste momento, temos acordos centralizados com a Generali e a Europ Assistance, além das gestoras de frotas ALD Automotive e Plurirent. No entanto, todas as oficinas têm acordos locais com diversas seguradoras, fazendo parte das suas redes recomendadas. E estamos a fazer o nosso percurso, a abordar diversas seguradoras no sentido de oferecer-lhes o nosso pacote de serviços integrados. A grande maioria já conhece o negócio de aftermarket do grupo, resultante dos acordos existentes de fornecimento de peças certificadas. Das relações que temos com clientes profissionais, como as seguradoras, as coisas têm corrido, felizmente, muito bem. Tal está diretamente relacionado, também, com o perfil das oficinas que integram a nossa rede e com o facto de termos o nosso modelo de negócio perfeitamente estruturado e centralizado. Por outro lado, por sermos uma rede internacional, com um grupo forte e credível por trás, ajuda bastante. Mas o que queremos é estabelecer uma lógica de parceria em que todas as partes envolvidas saiam a ganhar. No
caso das seguradoras, garantimos elevada qualidade, rapidez e redução dos custos médios de reparação. No segmento dos veículos pesados, a situação é um pouco diferente. O serviço de colisão é muito mais específico e requer condições técnicas e capacidade instalada muito próprias nas oficinas. Como tal, atualmente, as seguradoras ainda recorrem, na grande maioria, aos concessionários. Contudo, a médio prazo, estamos convictos que haverá uma tendência de procura por soluções multimarca na área de colisão para veículos pesados.”
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às oficinas para avaliar os danos, não aceitarem muitas vezes o valor da mão-de-obra, impondo, para além disso, fornecedores de peças com os quais as oficinas nunca trabalharam, dá origem a situações de conflito. Importa aqui realçar, também, que os gabinetes de peritagem são avaliados e premiados em função do custo médio de reparação. Quanto mais baixo for esse custo, mais eles ganham. E como as seguradoras têm o monopólio do negócio da colisão... Q LEGISLAÇÃO BEM DEFINIDA As regras e os procedimentos que regulam a atual atividade das seguradoras encontram-se consagradas no Decreto-Lei n.° 291/2007, de 21 de Agosto, que aprova o regime do sistema do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel. Transpõe, parcialmente, para a ordem
Luís Soares de Albergaria, diretor coordenador da Fidelidade
“As seguradoras representam cerca de 70 a 80% do setor da colisão”
jurídica nacional, a Diretiva n.° 2005/14/ CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Maio, que altera as Diretivas n.°s 72/166/CEE, 84/5/CEE, 88/357/CEE e 90/232/CEE, do Conselho, e a Diretiva n.° 2000/26/CE, relativas ao seguro de responsabilidade civil resultante da circulação de veículos automóveis (“5a Diretiva sobre o Seguro Automóvel”). E fixa as regras e os procedimentos a observar pelas empresas de seguros, com vista a garantir a assunção da sua responsabilidade em caso de sinistro no âmbito do seguro automóvel.
O JORNAL DAS OFICINAS foi ouvir também Luís Soares de Albergaria, diretor coordenador da Fidelidade, para saber o que pensa este responsável sobre esta temática. Começou por dizer-nos que “a conjuntura é difícil, mas continuam a existir oportunidades para o setor. Temos é de saber criar mecanismos para aproveitá-las, nomeadamente fomentando economia de escala com o associativismo entre as oficinas independentes, com maior dificuldade no acesso à informação técnica e com meios operacionais mais limitados. Mas é aqui que a criatividade tem de entrar em cena. Hoje dizer-se que existe conflitualidade entre as seguradoras e os reparadores, não me parece correto. Porque é que não se fala de outros grandes operadores? Há negócios que gerem um grande número de veículos, quer em termos de manutenção, quer em termos de colisão, com volumes de intervenções significativos, para os quais exigem descontos elevados na mão-de-obra e, por vezes, até fornecem as peças. As oficinas com quem trabalham acedem e não se queixam, mas estas e as restantes oficinas normalmente apenas se referem ao setor segurador.” Convidado a comentar o setor da colisão, o protocolo celebrado entre a ANECRA e a APS e os conflitos existentes entre oficinas e seguradoras, o nosso entrevistado deixou-nos o seu testemunho: “Resultante da atual crise e do cenário recessivo que atravessamos, o segmento particular da colisão decres-
ceu muito e tem, hoje, uma quota inferior a 5%, que é dominado pelas oficinas independentes. A principal ameaça para as oficinas autorizadas são os centros de colisão multimarca (para além dos operadores de serviços rápidos na área da manutenção). Em termos de colisão a quota das seguradoras deverá situar-se entre os 70 e os 80%.” Luís Soares de Albergaria acrescentou ainda que “as seguradoras podem diferenciar-se perante o mercado reparador, apoiando as oficinas que integram as suas redes convencionadas, contribuindo para a melhoria da sua produtividade, exigindo níveis de qua-
lidade, de eficácia e de eficiência (para os quais muito contribui os processos de certificação que têm de efetuar), garantindo-lhes volumes de negócio e proporcionando-lhes melhores condições operacionais.” Quanto ao protocolo celebrado entre a ANECRA e a APS, comentou que “é, no fundo, um conjunto de boas práticas e de boas condutas que as seguradoras se comprometem a respeitar, de modo a que haja uma convivência sã. O que diferencia as seguradoras dos outros operadores é que nós, de acordo com a legislação em vigor, respeitamos o mercado e as decisões dos proprietários. Enquanto há outros que não, porque são proprietários dos veículos, compram as peças e esmagam os preços aos fornecedores.” Luís Soares de Albergaria terminou o seu depoimento ao afirmar que “neste momento, há um grande apaziguamento no mercado. O setor vive uma certa acalmia, o número de reclamações na Fidelidade diminuiu. Também em termos de mercado esta diminuição será normal, uma vez que, ao existirem menos veículos a circular, o número de acidentes diminui. Além disso, as seguradoras estão cada vez mais atentas aos problemas dos lesados e dos clientes, estão cada vez mais pró-ativas, mais céleres e prestam melhor informação aos lesados. Neste aspeto, o setor evoluiu positivamente e Portugal tem, hoje, uma das legislações mais exigentes do mundo em termos de regularização de sinistros automóveis.”
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O Decreto-Lei n.° 291/2007 revogou o Decreto-Lei n.° 83/2006, de 3 de Maio, e procedeu ao alargamento do âmbito do referido regime às situações em que resultem danos corporais. Mas não só. Alargou os prazos concedidos à seguradora para efeitos de assunção de responsabilidade e de regularização dos sinistros em que ocorram danos corporais e procedeu, ainda, à alteração dos critérios de definição de perda total. Das diversas alterações aprovadas, destacam-se várias: aumento da proteção dos lesados, ao nível de acidentes de viação; atualização de capitais mínimos do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel; extensão do âmbito da cobertura dos danos materiais pelo FGA (Fundo de Garantia Automóvel) no caso de sinistro causado por responsável desconhecido. Outra das alterações trazidas pelo diploma atualmente em vigor face ao anterior diz respeito ao aumento da obrigação de informação relevante por parte da seguradora, relativamente aos procedimentos a adoptar na regularização dos sinistros. Bem como a disponibilização para consulta pública, através do site do ISP (Instituto de Seguros de Portugal), da identificação das companhias de seguros que tenham cumprido com a sua obrigação de cobertura do risco de responsabilidade civil e, ainda, a identificação perante o lesado da seguradora,
apólice, nome e endereço do proprietário ou condutor habitual do veículo causador do acidente. Mais três mudanças merecem igualmente destaque: a participação do sinistro deverá ser efetuada, através de impresso disponibilizado via Internet e aprovado pelo ISP ou por qualquer outro meio de comunicação que possa ser utilizado sem a presença física e simultânea das partes, desde que dela conste registo escrito ou gravado; os veículos sinistrados que não tenham seguro poderão ser objeto de cancelamento da matrícula e, consequentemente, apreendidos; impõe-se aos comerciantes de automóveis abrangidos pelo presente decreto-lei, que façam depender a entrega do veículo ao adquirente da apresentação prévia de documento da realização do seguro obrigatório.
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MERCADO
Peças Usadas vs Peças Reconstruídas
Cara ou Coroa? i São alternativas cada vez mais válidas às peças novas nas reparações mecânicas e de colisão. Contudo, peças usadas e peças reconstruídas não são a mesma coisa. Tanto mais, que praticam diferentes preços, gozam de estatutos específicos e passam por processos distintos. Cara ou coroa? É este o dilema com que se deparam oficinas e consumidores no momento de decidir Por: Bruno Castanheira
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ão existiriam peças reconstruídas se não existissem peças usadas. Aliás, estas últimas são a matéria-prima das primeiras. Nada mais elementar. O que há uns anos era menos frequente, hoje, por razões que se prendem essencialmente com a conjuntura económico-financeira que atravessamos, a opção por peças usadas e reconstruídas tem vindo a afirmar-se como uma alternativa cada vez mais válida às peças novas, sejam estas de marca ou IAM, nas reparações mecânicas e de colisão que impliquem a substituição de componentes. Principalmente, em veículos com idades superiores a 8 anos. Ora, estando o nosso parque automóvel a envelhecer, situando-se, atualmente, numa média de 11 anos por viatura... O negócio das peças usadas e recons-
truídas tem vindo a crescer significativamente. Tanto mais, que alguns distribuidores de peças novas já optaram por incluí-las também no seu modelo de negócio. A utilização de peças usadas e reconstruídas nas reparações tanto pode ser sugerida pelas oficinas como pode partir dos consumidores. E depende do tipo de reparação, do custo da peça e da dificuldade em obter peças novas no mercado, principalmente no caso dos veículos mais antigos. Contudo, peças usadas e peças reconstruídas não são a mesma coisa. Tanto mais, que praticam diferentes preços, gozam de estatutos específicos e passam por processos distintos. Q PEÇAS USADAS O aparecimento dos Centros de Abate certificados, que vieram ocupar o lugar das
antigas sucatas de automóveis, fez com que as peças usadas ganhassem um novo estatuto, tornando-se, assim, mais fiáveis e credíveis do que antes. Com a entrada em vigor da legislação comunitária e nacional sobre gestão de Veículos em Fim de Vida, surgiram os Centros de Abate de VFV, que procedem ao desmantelamento dos veículos de forma segura e ambientalmente correta. Deste modo, os operadores começaram a selecionar todos os componentes com potencial para serem reutilizados, existindo, atualmente, muitas empresas com infraestruturas modernas e uma organização e gestão de stocks bem delineadas. Alguns Centros de Abate optam por manter o VFV em exposição, devidamente despoluído, de modo a fomentar a revenda de peças. As peças mais reutilizadas pro-
vêm da mecânica, devido ao maior desgaste a que estão sujeitas (motor; alternador; caixa de velocidades), mas, também, da proteção exterior, devido ao elevado número de acidentes com danos menores na carroçaria (pára-choques; retrovisores; portas; faróis). As peças usadas tanto podem ser compradas por particulares como por empresas. E, normalmente, o seu custo é 50% inferior comparativamente às mesmas peças novas de marca (face às IAM a diferença é menor). Logo, o valor da reparação é mais baixo. Mas é fundamental ter-se em atenção o nível de desgaste das peças usadas. Sejam elas mecânicas ou de colisão. Até porque, antes do preço, está a segurança. Já no que ao ambiente diz respeito, as peças usadas, ao serem reutilizadas, evita que se recorra à transformação de mate-
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Garantia das Peças Usadas
Lei está escrita preto no branco O Decreto-Lei n.° 67/2003, de 8 de Abril, transpôs para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.° 1999/44/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Maio, relativa a certos aspetos da venda de bens de consumo e das garantias a ela relativas. Estabeleceu um conjunto de regras que disciplinaram o regime das garantias, legais e voluntárias, que contribuíram para o reforço dos direitos dos consumidores nesta matéria. Mas, cinco anos volvidos, considerou-se necessário introduzir novas regras que permitiram ajustar o regime à realidade do mercado e colmatar as deficiências que a aplicação do diploma acima mencionado havia revelado. Razão pela qual surgiu o Decreto-Lei n.° 84/2008, de 21 de Maio. Umas das alterações introduzidas disse respeito à fixação de um prazo limite de 30 dias para a realização das operações de reparação ou de substituição de um bem móvel, dado que a ausência de regulamentação tinha tido como consequência o prolongamento, por tempo excessivo, das operações de substituição e de reparação pouco complexas. Outra das diferenças residiu no adoção de um novo prazo de 2 e de 3 anos, a contar da data da denúncia, conforme
riais, tornando-se, deste modo, numa reciclagem sem poluição. Q PEÇAS RECONSTRUÍDAS Hoje em dia, cerca de 90% das peças (e componentes) podem ser reconstruídos. De motores a unidades ABS, passando por turbocompressores, bombas injetoras, transmissões, alternadores, caixas de direção, bombas de direção, compressores de ar condicionado e pinças de travão, só para citarmos alguns exemplos. As peças rePUB
construídas beneficiam de várias sinergias importantes, que permitem reduzir os custos de produção e de venda, em cerca de 30 a 50%, relativamente a peças novas fabricadas de raiz. Primeiro, porque há uma grande economia de matérias-primas, como o aço, o ferro e outros materiais básicos. Depois, porque consegue-se recuperar a energia que foi utilizada para fundir e conformar as peças recuperadas, que representa cerca de 80 a 85% do total da energia gasta na peça reconstruída.
Igualmente relevante é o impacto que a reciclagem (ciclo fechado) tem para o ambiente, evitando o circuito das sucatas para as fundições e destas novamente para as indústrias produtoras. Recursos naturais e energia são poupados em quantidades muito significativas, garantindo condições de sustentabilidade para um desenvolvimento compatível com a conservação do ambiente. A instalação de peças reconstruídas permite que as oficinas possam apresentar orçamentos de reparação 30
se trate, respetivamente, de um bem móvel ou imóvel, para a caducidade dos direitos dos consumidores. Esta diferenciação de prazos encontrou justificação no bem em causa e na complexidade de preparação de uma ação judicial consoante se trate de um bem móvel ou imóvel. O decreto-lei estabeleceu, ainda, um prazo de 2 ou de 5 anos de garantia para o bem sucedâneo, substituto do bem desconforme, se se tratar, respetivamente, de um bem móvel ou imóvel e consagrou a transmissão dos direitos conferidos pela garantia aos terceiros adquirentes do bem. Ora, sendo as peças usadas vendidas a particulares consideradas como um bem móvel, os centro de receção, os operadores de desmantelamento autorizados e os centros de abate de VFV têm de oferecer 2 anos de garantia, podendo este período ser, no entanto, reduzido para 1 ano, por mútuo acordo entre as partes, podendo tal vir mencionado, por exemplo, na fatura de venda. Já no que diz respeito à venda de peças usadas a empresas, o regime legal aplicável é o Código Civil (artigos 913.° e seguintes), sendo, neste caso, de 6 meses o prazo da garantia.
a 40% inferiores, relativamente às mesmas reparações com peças novas. Nas peças reconstruídas, os materiais de desgaste (rolamentos; casquilhos; êmbolos; juntas; vedantes; parafusos; roscas) são substituídos por novos. Muitas vezes, até melhores do que os de origem. Os materiais que não sofrem desgaste e que, a priori, podem continuar a desempenhar a sua função, são, contudo, examinados ao detalhe para avaliar a existência de possíveis danos.
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continuar a desempenhar a sua função, são, contudo, examinados ao detalhe para avaliar a existência de possíveis danos. Todas as especificações dimensionais, funcionais e operacionais de origem são rigorosamente respeitadas, de modo a
permitir o perfeito funcionamento do veículo que recebe essas peças. A tecnologia é rigorosamente a mesma. Não admira, pois, que, embora mais acessíveis do que as peças novas, as peças reconstruídas sejam mais caras do que as peças usadas.
Peças Reconstruídas
Fiabilidade total
Operação de desmantelamento
Segurança está primeiro... Por tratarem-se de componentes com potencial para serem reutilizados/reciclados (operação de desmantelamento), as peças são retiradas dos VFV com recurso a métodos oficinais não destrutivos, para que não sejam danificadas. É aconselhável que os motores e os seus componentes sejam posteriormente lavados em equipamento específico e envolvidos numa película plástica. O armazenamento das peças deverá ser, preferencialmente, realizado em prateleiras, utilizando-se, sempre que possível, um sistema informático de catalogação e rotulagem. As peças têm diversas funções e as suas características variam em função do veículo (marca; modelo; idade; estado). Mas todas requerem cuidados especiais. Até porque a segurança está primeiro... - Um VFV com certificado de destruição emitido nunca poderá ser revendido como veículo em segunda mão. O centro de abate só poderá revender um VFV como veículo em segunda mão com acordo do respetivo proprietário e sem que tenha sido emitido um certificado de destruição, havendo, nestes casos, lugar à alteração do registo de propriedade; - A segurança rodoviária e a prote-
ção do ambiente não poderão ser prejudicadas pela reutilização de alguns componentes. Não existe garantia que determinados componentes retirados dos VFV, como os catalisadores ou os silenciadores de escape, ofereçam o nível de proteção ambiental exigido. Alguns dos componentes retirados de VFV envolvidos em acidentes podem ter sofrido danos que põem em causa a sua reutilização em segurança. A utilização intensiva de alguns componentes durante o período de vida útil do veículo poderá inviabilizar a sua reutilização em segurança. Por essas razões, o centro deverá efetuar uma análise rigorosa das peças que pretende reutilizar, especialmente as diretamente relacionadas com a segurança dos veículos e ocupantes (sistema de travagem, suspensões, coluna da direção, entre outros); -A reutilização de componentes pirotécnicos (airbags e pré-tensores dos cintos de segurança) e de chassis inteiros não deve, em caso algum, ser efetuada. Poderão, no entanto, ser reutilizadas partes do chassis (traseira; dianteira), sendo, nesses casos, necessário retirar ou apagar todos os seus elementos identificativos.
Todos os anos, são recuperadas, através de empresas certificadas e equipadas com a mais avançada tecnologia, largas dezenas de milhar de peças para veículos. Fabricantes de prestígio como a Bosch, a TRW e a Denso, só para citarmos três exemplos, há muito que incluem nos seus portfólios linhas de peças reconstruídas, que oferecem, por vezes, maior fiabilidade até do que as peças novas. O processo de recondicionamento é, por isso, tudo menos imprudente. A recuperação de peças tem lugar nas unidades de recondicionamento de componentes. As peças, uma vez recebidas, são primeiro verificadas de modo a avaliar se dispõem de danos visíveis. Só depois são desmontadas e limpas, por dentro e por fora. A seguir, os componentes principais são minuciosamente examinados através de rigorosos testes, que se destinam a detetar a existência de possíveis danos, impercetíveis a olho nu. Um dos requisitos indispensáveis ao recondicionamento de componentes é a devolução sistemática de peças que sejam adequadas ao processo. E é precisamente nesta fase que ocorrem problemas frequentes: as peças, umas vezes, são removidas aplicando força bruta (com um martelo), outras vezes são manuseadas com desleixo (atiradas para o chão). As peças que sejam vítimas de maus tratos deixam de ser adequadas para recondicionamento e devem ser colocadas diretamente no contentor da sucata.
Os fabricantes e empresas que recondicionam peças costumam distribuir aos profissionais das oficinas e dos centros de desmantelamento boletins informativos de sensibilização, onde constam os componentes que podem ser reconstruídos e os cuidados a ter com o seu manuseamento/ desmantelamento. As peças não podem estar danificadas, devem fazer-se acompanhar de identificação, devem estar esvaziadas de líquidos e devem ser devolvidas com as carcaças completas. Este procedimento é benéfico tanto para oficinas como para clientes, uma vez as peças de substituição recondicionadas podem ser até 25% mais baratas do que as peças novas equivalentes. Mas esta lógica só funciona se uma peça usada que seja adequada para recondicionamento for devolvida em condições ao fornecedor. E se o valor da carcaça for creditado à oficina.
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Centros de receção e operadores de desmantelamento autorizados (Fonte: IMT, I.P.) NOME
DISTRITO
LYRSA - Reciclagens Industriais, Unipessoal, Lda. RCR - Recuperação e Classificação de Resíduos Unipessoal, Lda. RECIFE - Desmontagem de Veículos, Lda. Gonçalo & Simão, Lda. RECIFE - Desmontagem de Veículos, Lda. S.B.L. - Comércio de Componentes Auto, Lda. STEELNOR, Lda. PALMIRESÍDUOS - Combustíveis e Resíduos, Lda. RECIFE - Desmontagem de Veículos, Lda. RECIFE - Desmontagem de Veículos, Lda. MIRAPAPEL - Comércio de Papel Velho e Cartão, Lda. Constantino Fernandes Oliveira & Filhos, S.A. LNB CAR - Carmo Benta, Lda. MEGAPEÇAS, Lda. Metais Jaime Dias, Lda. NORSIDER, Lda. RE-SOURCE PORTUGUESA - Desmontagem de Veículos Fim Vida, S.A. SUCATAS PINTO - Antero Augusto Pereira Pacheco, S.A. AMBITRENA - Valorização e Gestão de Resíduos, S.A. AUTO IC2 - Importação de Veículos e Peças Auto, Lda. Constantino Fernandes Oliveira & Filhos, S.A. ESTRELA & MARTINS - Veículos em Fim de Vida, Lda. RIOMETAIS - Comércio de Sucatas, Lda. Sucatas de Ramil, Lda. DIFAPAUTO - Comércio e Reparações Auto, Lda. SVP AUTO - Sociedade de Venda de Peças, Lda. VIOLANTECAR - Peças Auto, Unipessoal, Lda. VIOLANTECAR - Peças Auto, Unipessoal, Lda. RECIGUARDA - Desmantelamento e Comércio de Peças, Lda. J. Soares & Filhos, Lda. MACROPEÇAS - Recuperação Mecânica, Lda. RECI21 - Reciclagem de Resíduos Industriais, Lda. SCRAPLUSO - Indústria e Comércio de Reciclagens, Lda. SVP AUTO - Sociedade de Venda de Peças, Lda. António Manuel Barata Frexes RDR - Receção, Desmantelamento Veículos em Fim de Vida, Lda. BRSS - Recuperação e Recolha de Resíduos, Lda. CPA - Comércio de Peças Auto, Lda. ECOMAIS - Recolha e Valorização de Resíduos, S.A. LUMAPEÇAS - Importação de Veículos, Máquinas e Peças, Lda. RECIPRÉMIO, S.A. REVALOR - Recuperação e Valorização de Resíduos, Lda. ACTIVELABOR - Comércio e Reciclagem de Metais, Lda. BENTOS - Gestão de Resíduos, Lda. RECTAPEÇAS - Comércio de Automóveis, Lda. RSA - Reciclagem de Sucatas Abrantina, S.A. RVO - Reciclagem Valorização Outeirense, Lda. SOGEBAT - Sociedade de Gestão de Baterias Usadas, S.A. SUCATAS LOPES - Comércio de Sucatas, Lda. AMBITRENA - Valorização e Gestão de Resíduos, S.A. BATISTAS - Reciclagens de Sucatas, S.A. BATISTAS - Reciclagens de Sucatas, S.A. BGR - Gestão de Resíduos, Lda. COMBUSTOIL - Combustíveis, Lda. ECO-PARTNER - Consultoria e Projetos Ambientais, S.A. ECOCAR - Reciclagem e Transporte de Resíduos Metálicos, Lda. RECIFALÉM - Reciclagem e Gestão de Resíduos Industriais, S.A. RENASCIMENTO - Gestão e Reciclagem de Resíduos, Lda. AMBITRENA - Valorização e Gestão de Resíduos, S.A. AUTO VFV - Reutilização de Peças, S.A. Centro de Reciclagem de Palmela, S.A. ECOMETAIS - Sociedade de Tratamento e Reciclagem, S.A. TRANSUCATAS - Soluções Ambientais, S.A. HUGO & CARLOS - Reciclagem Automóvel, Lda. João António Marques & Filho, Lda. RECICLAGEM EBORENSE - Reciclagem Metais Ferrosos, Lda. VALNOR - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. AMBITRENA - Valorização e Gestão de Resíduos, S.A. Reciclagem de Sucatas de Manuel Pica, Lda. AMBITRENA - Valorização e Gestão de Resíduos, S.A. AUTOPEÇUSA - Comércio de Peças Usadas, Lda. RENASCIMENTO - Gestão e Reciclagem de Resíduos, Lda. MADEIRA CARTÃO - Sociedade de Triagem, Lda. EQUIAMBI - Equipamento, Serviço e Gestão Ambientais, Lda. EQUIAMBI - Equipamento, Serviço e Gestão Ambientais, Lda. EQUIAMBI - Equipamento, Serviço e Gestão Ambientais, Lda. José Miguel Pedroso Nunes & Filhos, Lda. RESIAÇORES - Gestão de Resíduos dos Açores, Lda. Serralharia do Outeiro, Lda. Serralharia do Outeiro, Lda.
Viana do Castelo Viana do Castelo Viana do Castelo Braga Braga Braga Braga Vila Real Vila Real Vila Real Bragança Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Aveiro Aveiro Aveiro Aveiro Aveiro Aveiro Viseu Viseu Viseu Viseu Guarda Coimbra Coimbra Coimbra Coimbra Coimbra Castelo Branco Castelo Branco Leiria Leiria Leiria Leiria Leiria Leiria Santarém Santarém Santarém Santarém Santarém Santarém Santarém Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Setúbal Setúbal Setúbal Setúbal Setúbal Évora Évora Évora Portalegre Beja Beja Faro Faro Faro Madeira Açores Açores Açores Açores Açores Açores Açores
MORADA Parque empresarial de Valença, Lote 13, Gandra, 4930 - 311 Valença Zona Industrial de Campos, Pólo 1, 4920 - 012 Vila Nova de Cerveira Zona Industrial de Neiva II, Lote 17, Lugar de Ruivos, Neiva, 4935 - 250 Viana do Castelo Zona Industrial da Gandra, 4800 - 273 Barco GMR Parque Industrial da Sobreposta, Rua do Regueiro, 5, 4715 - 553 Braga Rua Comendador Rodrigo Leite, 25, Bouro, 4470 - 473 Gandra - Esposende Rua da Indústria P1, Adaúfe, 4710 - 571 Braga Zona Industrial da Curvaceira, Lote 5, Apartado 37, 5070 - 909 Alijó Parque Industrial de Constantim, 57, 5000 - 082 Vila Real EN 2, Vila Nova de Veiga, S. Pedro de Agostém, 5400 Chaves Estrada Nacional n.º 15, Lugar de Vale de Ague, 5370 - 265 Mirandela Travessa da Seada, n.° 471, 4416 - 901 Pedroso Rua dos Balazeiros, n.° 280, Lotes 4/5/6, Zona Industrial de Argivai, 4490 - 232 P. de Varzim Travessa da Urtigueira, 171, Zona Industrial de S. Caetano, 4405 - 271 Canelas VNG Rua do Sanguinhal, Guidões, Trofa, 4745 - 201 Guidões Rua do Progresso, 517, 4785 - 647 Trofa Rua da Igreja, 1296, Apartado 291, 4600 - 591 Fregim - Amarante Rua Fonte Bolida, 68/78, 4585 - 423 Rebordosa Zona Industrial de Albergaria-a-Velha, Arruamento E, 3850 - Albergaria-a-Velha Estrada Nacional 1, Carqueijo, 3050 - 131 Mealhada Rua da Fontinha, 30, 3750 - 755 Travasso - Águeda Lugar do Coval, Arouca, 4540 - 272 Chave Lugar de Regatos, 4524 - 907 Rio Meão Av.ª da Seixa, n.° 686, 4505 - 004 Argoncilhe Zona Industrial de Vilar de Besteiros, 3465 - 190 Vilar de Besteiros Alto do Caçador, 3510 - 761 Viseu Zona Industrial de Reigoso, Lotes 10 e 12, 3680 - 192 Oliveira de Frades Travassós de Baixo, Viseu, 3500 - 835 Rio da Loba Estrada Municipal de João Bravo, 6300 - 035 Guarda Risca Silva, Apartado 12, 3351 - 909 Vila Nova de Poiares Entroncamento de Poiares, Apartado 100, 3350 - 909 Vila Nova de Poiares Zona Industrial de Ferreira-a-Nova, n.° 10, 3090 - 840 Ferreira-a-Nova Zona Industrial 1, Apartado 281, 3064 - 909 Cantanhede Estrada da Adémia Cidreira, Alqueves, 3020 - 072 Coimbra Rua do Peroviseu, 11, 6230 - 030 Alcaria - Fundão Quinta Lagar do Burro, 6000 - 145 Castelo Branco Loteamento de Santeira, Lote n.° 5, Porto de Mós, 2480 - 112 Pedreiras Campo, Chão de Couce, 3240 - 505 Ansião Rua do Brejo, 10, Santo Antão, 2440 - 053 Batalha Rua da Mós, Vieirinhos, 3100 - 207 Carriço Zona Industrial de Vidais, Lote 1, Quinta da Mata, 2500 - 740 Vidais Zona Industrial do Casal da Areia, Rua D, Lote 41, 2460 - 392 Cós Alcobaça Rua Principal n.° 53, Outeiro Pequeno, 2350 - 028 Assentis TNV Estrada Nacional 10, km 107,4, Porto Alto, 2135 - 114 Samora Correia Rua do Vale da Murta, Romeira, 2005 - 076 Santarém Av.ª António Farinha Pereira, Olho de Boi, Alferrarede, 2204 - 906 Abrantes Rua Principal, Outeiro Pequeno, 2350 - 028 Assentis TNV Eco Parque, Rua Casal do Relvão, Lote 21, 2140 - 671 Carregueira Eco Parque do Relvão, Casal do Relvão, Lote 12, 2140 - 671 Carregueira - Chamusca Quinta do Lamas, Rua Projetada à Estrada da Paiã, 1679 - 013 Pontinha Quinta de S. Julião e Nabais, Casal Pinheiro, Apartado 16, 2580 - 507 Carregado Rua Mártires de Timor, 26-26A-26C, 2685 - 351 Prior Velho EN 10, km 139, Edifício BGR, 2695 - 671 São João da Talha Estrada do Outeiro, 1801-1801A, Zona Industrial da Abóboda, 2785 - 518 S. Domingos Rana Núcleo Empresarial da Venda do Pinheiro, Rua C, Armazém 57, 2665 - 602 Venda do Pinheiro Parque Empresarial do Paúl, Lotes A7 e A8, 2560 - 383 Torres Vedras Rua N. Senhora da Conceição, Edif. Recifalém, Z.Industrial de A-do-Mourão, Arruda dos Vinhos Rua dos Industriais, 11, Zona Industrial da Manjoeira, Santo Antão do Tojal, 2670 - 794 Loures Parque Industrial da Mitrena, Lote 54, 2910 - 738 Setúbal Estrada Municipal da Mourisca, Quinta Vale da Rosa, Armazém 1, 2910 - 276 Setúbal Zona Industrial de Palmela, Rua do José Mestre, Algeruz, 2951 - 901 Palmela Av.ª da Siderugia Nacional, n.° 1, 2840 - 104 Aldeia de Paio Pires Estrada do Marco do Grilo, Zemouto, 2840 Seixal Lote 3, Caixa Postal 766, Santa Suzana, 7170 - 105 Redondo Parque Industrial de Vendas Novas, Lote 12, 7080 - 341 Vendas Novas Zona Industrial de Ilhas, Lotes 18 e 20A, 7040 - 119 Arraiolos Herdade das Marrãs, Apartado 48, 7440 - 999 Alter do Chão Parque Ambiental da Amalga, Apartado 6040, 7801 - 908 Beja Zona Industrial de Beja, Rua dos Calceteiros, 18, 7800 Beja Estrada Nacional 125, km 96,7, Vale da Venda, 8005 - 412 Faro Quinta da Bela Vista, Parchal, 8400 - 607 Lagoa Zona Industrial de Algoz, Pavilhão 3, 8365 - 087 Algoz Zona Franca Industrial do Caniçal, Plataforma 37A, 9200 - 047 Caniçal Zona Industrial Chã do Rego d’ Água, s/n, 9560 - 301 Cabouco Lagoa, Ilha de S. Miguel Zona Industrial de Santa Maria, Lotes 13/14, 9580 Vila do Porto, Ilha de Santa Maria Lugar do Quitadouro, s/n, 9880 - 315 Santa Cruz Graciosa, Ilha da Graciosa Zona Industrial de Santa Luzia, Rua Conselheiro Avelar, n.° 54, 9950 - 365 Madalena, Pico Zona Industrial de Angra do Heroísmo, Lote 61, 9700 - 135 Angra do Heroísmo Rua do Outeiro, 68, Arrifes, 9500 - 379 Ponta Delgada Zona Industrial de Angra do Heroísmo, Lote 70, 9700 - 135 Angra do Heroísmo
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Autozitânia solidariza-se com Bombeiros Após as notícias sobre a tragédia provocada pelos muitos e violentos incêndios que assolaram o nosso país, a Autozitânia decidiu não ficar indiferente e apelou ao seu sentido de responsabilidade social. Neste sentido, procedeu no passado mês de outubro à entrega de peças auto às corporações de Bombeiros Voluntários de Odivelas e da Pontinha. A entrega do material ocorreu no dia 21 de outubro nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Odivelas perante a presença do Comandante da corporação, Carlos Dinis. Nesse mesmo dia, foi também entregue por Ricardo Venâncio, CEO da Autozitânia, diverso material nas instalações dos Bombeiros Voluntários da Pontinha, na presença da secretária de direção, Fátima Silva.
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Motorbus é distribuidora oficial Wabco O A Motorbus – Bus & Truck, empresa
especializada em peças para pesados, é desde o passado dia 1 de Novembro, distribuidora oficial da marca Wabco, líder em tecnologia global para veículos pesados. Com uma vasta gama de produtos, a Wabco tem como objectivo fornecer aos clientes, produtos, serviços e soluções que reflitam os seus valores e atendam às suas necessidades, ajudando a responder às necessidades globais crescentes do nosso sector. Com esta nova parceria, a Motorbus – Bus & Truck, amplia o seu já vasto portfólio de marcas de 1ª qualidade, disponibilizando aos seus clientes uma maior variedade de produtos e soluções.
Alves Bandeira presente em feira na China O Grupo Alves Bandeira prossegue a sua estratégia de internacionalização, tendo estado bem recentemente na China, onde marcou presença na 14ª Feira Internacional de Lubrificantes e Tecnologia – Inter Lubric, que se realizou entre os dias 24 a 26 de Setembro em Guangzhou, umas das principais cidades chinesas PUB
com uma população de 13.000.000 de pessoas. Para a Alves Bandeira International, a presença nesta feira assumia especial importância, de forma a lançar-se neste novo mercado de enorme potencial onde se pretende implantar através de uma rede de distribuidores da sua marca de Lubrificantes (AB).
Retificação O No artigo de apresentação do Salão Mecânica, publicado na edição nº 95 outubro 2013 do Jornal das Oficinas, foi referido que o Sr. João Correia é Gerente da Berner, mas as suas funções são Chefe de Marketing. Na Revista TOP 50, a Ficha Técnica da empresa Autozitânia faltou referir os nomes dos restantes fundadores: Srs. Samuel de Almeida Henriques e Mário Joaquim da Conceição Pinheiro. Pedimos desculpa às empresas e aos visados pelos erros ocorridos.
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TRW equipa 1º híbrido Ferrari O primeiro modelo híbrido da Ferrari está equipado de origem com um sistema de direção assistida electro hidráulica da TRW. O Sistema EPHS oferece uma economia de combustível de até 0,3L/100km e uma redução das emissões de aproximadamente 7g/km de dióxido de carbono, quando comparado com os sistemas de direção hidráulica tradicionais. A tecnologia também proporciona economia de combustível e os benefícios de redução de CO2 comparável a soluções completas de direção elétrica. O papel da TRW como o parceiro oficial para a inovação tecnológica no novo modelo híbrido designado LaFerrari, demonstra a sua capacidade de fornecer uma das marcas mais prestigiadas do mundo. Com mais de 20 milhões de sistemas de direção instaladas, o sistema EPHS é uma solução comprovada para veículos convencionais e híbridos.
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Eurorepar chega a Portugal A Eurorepar é uma rede de manutenção e reparação de viaturas multimarca, com mais de 2.000 oficinas na Europa. É a rede de oficinas líder em França e agora está também presente em Portugal, onde já tem 18 oficinas independentes que têm uma identificação Eurorepar, as quais são acompanhadas por 40 distribuidores oficiais de peças Citroen, que oferecem uma gama completa com cerca de 45 famílias de produtos de mais de 10.000 referências. O compromisso da Eurorepar para com os clientes baseia-se na prestação do melhor serviço de manutenção e reparação, ao melhor preço.
Trico reforça gama de escovas A Trico, marca de escovas comercializada pela Krautli Portugal e pela Sonicel, ampliou as suas gamas de escovas planas Neoform e TricoFlex, bem como a gama de escovas traseiras TricoFit, ao introduzir novas referências com aplicações relevantes no parque circulante nacional. Para identificação fácil e rápida das principais aplicações por referência está, também, disponível o catálogo eletrónico do fabricante que é atualizado permanentemente e permite uma pesquisa à semelhança dos catálogos eletrónicos TecDoc e TECCAT. PUB
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3M tem novos betumes em lata O A 3M apresentou a nova gama
betumes em lata, desenvolvidos para as necessidades de cada oficina. Trata-se de um betume com grande capacidade de enchimento, fácil de lixar e sem perder adesão. A nova gama de betumes pode ser aplicada com menos capas e existe uma grande redução no risco de repetir a aplicação devido à criação de poros, ideal para aplicação em aço, alumínio, chapa galvanizada e fibra de vidro.
NOTÍCIAS
Repsol e Fiat promovem GPL A Repsol e Fiat celebraram um acordo de colaboração para promoção da venda de veículos a GPL e a maior utilização deste combustível alternativo em Portugal. A Repsol é líder em GPL, em termos de qualidade de produto e volume de vendas através de uma rede de 50 postos de abastecimento, enquanto a Fiat é líder europeia de comercialização de veículos a GPL, dispondo de uma gama de veículos a GPL especialmente vocacionada para o mercado nacional. As recentes alterações legislativas em linha com os “standards” europeus constituem uma oportunidade de crescimento para os negócios de comercialização de veículos a GPL e deste combustível pelas suas vantagens ao nível da economia e proteção ambiental.
Dicas TecDoc do mês No catálogo TecDoc o utilizador pode ordenar o resultado da pesquisa por: Marca; Produto e Referência. Basta clicar em cima do título da coluna pretendida
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Swag atualiza catálogos por marca Os catálogos da Swag, um dos principais parceiros globais para peças de desgaste de automóveis no mercado independente de peças, fornecem informações sobre as gamas de produto exclusivas para um determinado fabricante de veículos, e são a forma mais simples de pesquisar toda a oferta Swag para uma marca específica. Estes catálogos foram recentemente atualizados de forma a refletir todas as novidades quer ao nível dos produtos disponibilizados pela Swag, quer ao nível da introdução dos novos modelos lançados pelas marcas de automóveis. Para além dos catálogos por marca, a SWAG disponibiliza ainda os catálogos por gama de produto, e ainda o seu catálogo online (www.swag-parts.de), que assegura uma simples e rápida identificação das peças. Todos os catálogos por marca e gama
estão disponíveis em formato pdf e podem ser descarregados gratuitamente no site www. swag.de.
5 Tech lança produtos de limpeza de motores A 5 Tech lançou no mercado nacional três produtos que pretendem solucionar os problemas provocados pela combustão dos combustíveis e, claro está, todos os problemas que daí advêm. Os produtos são: Extreme Cleaner Aerossol 500 ml - É um produto de limpeza que serve para remover sujidade dos filtros de partículas, catalisadores (sem que seja necessário desmontá-los), admissões dos motores a gasolina, admissões dos motores a gasóleo, liberta injetores presos pelo carvão, válvulas EGR e turbocompressores; All Systems Cleaner 300 ml - Produto de limpeza que ajuda na dissolução de betumes, lacas, vernizes e carvão que estão presentes no crude; e Inject & Valve Cleaner 300 ml - Agente de limpeza poderoso, desenvolvido para substituir as máquinas na limpeza de injetores.
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Catálogo Brembo mais completo Com mais de 500 novas referências e com uma cobertura de 98% do mercado automóvel, a nova versão do catálogo da Brembo foi publicada no seu formato multiproduto. Comparativamente à versão anterior, surge disponível em mais línguas para ir ao encontro das necessidades de alguns mercados emergentes, como o português, o grego, o turco, o russo, o polaco e o checo, passando a estar disponível num total de 12 idiomas. A classificação dos veículos continua a ser TecDoc, o que traz várias vantagens em termos de padronização e uniformização de referências. A edição 2013 caracteriza-se pela sua larga cobertura de marcas e modelos: 98% de discos e pastilhas e 95% de tambores. A gama de discos é composta por mais de 1500 modelos e a de tambores por mais
OTA Tome N
de 300. Estas surgem ligadas a mais de 450 referências de calços de travão. É o mais completo catálogo de sempre da Brembo.
Bem à primeira!
Todos os que trabalham no sector de reparação e manutenção automóvel desejam sinceramente a satisfação do cliente, tanto mais que essa é um dos motivos de satisfação pessoal de quem repara veículos.
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or outro lado, clientes satisfeitos voltam com maior probabilidade à oficina e o negócio melhora. No entanto, esse objectivo fica muitas vezes distante, por variadas razões. A primeira delas será provavelmente a dificuldade em saber exatamente em que consiste a satisfação do cliente, porque depende de cada pessoa. Muitos julgam que o cliente fica mais contente se o preço da intervenção for baixo, mas não é bem assim. Se a reparação for barata e o problema não ficar resolvido, obrigando o cliente a voltar várias vezes à oficina, o nível de satisfação do cliente será provavelmente zero ou até mesmo abaixo de zero! A ideia associada ao preço não é a do valor absoluto, mas do valor relativo, que poderá ser acima ou abaixo do preço. Se a reparação for executada rapidamente, com um diagnóstico correto e sem queixas posteriores, terá mais valor, do que a mesma reparação conseguida depois de duas ou três tentativas para resolver o problema por parte da oficina. Se tem mais valor, custa menos a pagar. Também se o serviço ao cliente for correto, com atendimento personalizado e adequado, transparência de processos e total informação dos factos, custa menos ao cliente pagar, independentemente da quantia em questão.
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Atwoo lança novo produto de limpeza e lubrificação A Atwoo é uma empresa portuguesa armazenista no setor Automóvel e Bricolage e que está ligada às tintas em spray. Esta empresa lançou recentemente no mercado o MPL 20, um produto para utilização total. Pode ser utilizado como multiusos: repele a humidade, elimina a mesma de todas as superfícies, sintéticas e componentes de sistemas elétricos evitando a sua deterioração; Desbloqueia as peças oxidadas e emperradas, solta os cabos congelados e outras ligações; Limpa de forma eficaz graças às suas capacidades dissolventes e elimina facilmente a sujidade, cera, alcatrão gordura, manchas, adesivos, flitcoat, insetos na grelha dos veículos.
Rino aposta em novo serviço de crédito A Campanha de Inverno da Rede de oficinas Rino, vem facilitar o pagamento de reparações na área da segurança e manutenção automóvel, através de um novo serviço, disponível nas oficinas aderentes. Trata-se do serviço de Crédito à Reparação Rino. Em vigor desde o passado dia 14 de Outubro, esta campanha prolonga-se até ao próximo dia 14 de Dezembro. A campanha incide nas reparações efetuadas em travões, suspensão, iluminação, baterias, pneus e escovas limpa-vidros, tudo para que o condutor não descuide a segurança da sua viatura e dos seus ocupantes. Durante este período, os clientes que efetuem manutenções nas oficinas aderentes, de valor superior a €150, podem recorrer à facilidade do crédito, até ao montante máximo de €7.500, com possibilidade de financiamento entre 6 e 36 meses (taxa de juro fixa). A adesão à campanha pressupõe a entrada inicial de apenas 20% do valor total do orçamento de reparação, estando sujeita à aprovação da instituição de crédito.
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Sata apresenta minijet 4400 B O Já chegou ao mercado a nova
pistola de pintura da Sata destinada a pequenas áreas: minijet 4400 B. Substitui a antecessora minijet 3000 B e apresenta um design inspirado no modelo jet 4000 B. Com uma pressão de entrada que se situa entre 0.5 e 2.0 bar (HVLP) ou 0.5 e 2.5 bar (RP), dependendo da aplicação, a nova minijet 4400 B dispõe de uma pega que consiste numa pequena réplica da que pode ser encontrada na jet 4000 B. Para medição digital e ajuste preciso da pressão de entrada, o micrómetro de ar pode ser substituído pelo adam 2 mini da Sata, disponível como acessório. O corpo da minijet 4400 B apresenta um acabamento cromado à prova de corrosão no exterior e dispõe de revestimento interior de proteção.
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Rede AutoCrew inaugura 11ª oficina
A
empresa João Santos Capote Lda., sediada em Ílhavo desde 1978, é a mais recente Oficina da rede oficinal AutoCrew em Portugal. A oficina abriu as suas portas no dia 11 de outubro para apresentar este novo conceito oficinal à comunidade local. Ao longo dos últimos 35 anos esta empresa tem defendido valores como seriedade, flexibilidade, confiança e orientação ao cliente. Agora, através da adesão à rede AutoCrew, a empresa tem ao seu alcance uma atualização em áreas como a “Técnica automóvel” e/ ou “marketing e Comunicação”. Miguel Capote, responsável pela oficina, afirma que “a decisão de fazer parte da nova rede Autocrew em Portugal deveu-se ao facto basear a atividade oficinal numa tradição de atualização técnica e de manutenção de elevados padrões de qualidade no atendimento ao cliente”.
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Catálogo Purflux atualizado O Grupo Sofegi, fabricante de filtros aftermarket para automóveis, anunciou o lançamento do novo catálogo atualizado da Purflux. Esta nova publicação contém as mais recentes novidades no que a filtros diz respeito e confirma a Sofegi como uma das empresas líderes na introdução de novos componentes para os grandes lançamentos do mercado automóvel. O catálogo 2014 inclui um total de 118 novos componentes adaptados aos modelos que foram lançados no mercado no último ano, onde se incluem o VW Golf VII, o Mercedes-Benz CLA, o Opel Adam, os Renault Clio IV e Captur e ainda o récem-lançado Peugeot 308.
Setor das peças aftermarket reuniu em Madrid Vários profissionais do universo das peças de substituição (fabricantes, grupos de distribuição, associações profissionais e meios de comunicação) reuniram-se, no passado dia 14 de Outubro, em Madrid, num evento chamado “Conversas de qualidade, Conversas de confiança”, organizado pela iniciativa “Exige qualidade, Exige confiança”, com o objetivo de estabelecer um diálogo aberto entre os vários agentes do setor. Alex Rovira, um dos principais conferencistas espanhóis, partilhou com os convidados uma série de reflexões muito interessantes acerca da importância da qualidade e da confiança no dia-a-dia das pessoas. E de como estes valores devem ser projetados no âmbito profissional do setor das peças de substituição. No mesmo evento, foi apresentada, oficialmente, a Philips Automotive Ibérica como membro desta iniciativa, uma marca que se une a outras 15 que fazem parte deste projeto. São elas: ATE, Bosch, Brembo, Dayco, Gates, Hella, KYB, MANN-FILTER, NTN-SNR, SKF, Textar, TRW, Valeo, VARTA e VDO. Durante a ação, foi destacado o papel das novas marcas que se vão juntando e que vão melhorando a convivência entre os vários concorrentes.
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Nova gama de escovas Champion A Federal-Mogul lançou uma nova gama de escovas Champion EasyVision, que apresenta novidades e várias evoluções tecnológicas especialmente nas escovas planas, desde o novo desenho da escova simétrica X1 que substitui a atual Y1, até ao avançado desenho do Multi-Clip Universal pré-montado com dois conetores intercambiáveis, um sistema 7 em 1. A gama tem 15 referências incluindo a escova de 80 cm de comprimento, o que representa uma cobertura superior à concorrência, atingindo 95% do parque. Através de um código QR na embalagem o comprador pode consultar a referência apropriada com um smartphone ou tablet, além de estarem protegidas com uma etiqueta anti-falsificação.
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DT Spare Parts tem novo catálogo para autocarros A gama de peças e componentes da DT Spare Parts para autocarros da Mercedes-Benz e da Setra foi expandida. Atualmente, a gama inclui mais de 12 mil novas peças. Todas com garantia. A nova gama de peças para Mercedes-Benz e Setra divide-se em dois catálogos. O catálogo de peças para os Mercedes-Benz O 500 Series e Setra S400/500 Series contém mais de 2200 produtos da DT Spare Parts, que conseguem alcançar cerca de 4000 referências. O segundo catálogo contém mais de 3700 peças e componentes para mais de 7400 referências para os modelos 0300-/0 400 e para o Setra S200-300. Estes novos catálogos estão disponíveis com ilustrações e QR Codes, para mais facilmente se aceder ao componente online.
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Tecnologia XTL da Fuchs nos pesados A nova e exclusiva tecnologia XTL (Xtreme Temperature Lubrication) da FUCHS, para lubrificantes de motores é agora alargada aos óleos para os motores dos veículos pesados. São vários os benefícios para os motores que utilizarem regularmente óleos com esta inovadora tecnologia XTL: TITAN CARGO MAXX SAE 10W40 e TITAN CARGO MAXX SAE 5W-30. Os valores do consumo de combustível, do arranque a frio, da proteção do motor e do consumo de óleo, foram medidos e comparados com os óleos convencionais de viscosidades equivalentes. Os testes mostraram que a tecnologia XTL proporciona uma real economia de combustível que se mantém ao longo de todo o intervalo de mudança de óleo, resultando num potencial de poupança considerável no que diz respeito ao consumo de combustível, que pode chegar a 0,5%.
NTN-SNR lança gama de correias A marca NTN-SNR lançou uma nova gama de correias, que estão disponíveis em mais de 650 referências. A empresa resolveu renovar esta gama para simplificar as relações com o cliente, melhorar a qualidade dos seus produtos e também porque era preciso integrar as novas tecnologias nesta área. A ampliação da gama de correias será assinalada com uma edição especial do catálogo de Acessórios, que vai ter como destaque principal esta área de produtos. O próximo catálogo vai estar disponível em 2014. Ao mesmo tempo, a NTN-SNR pediu ao seu parceiro HAZET-Werk, fabricante de ferramentas, para desenvolver uma ferramenta de montagem/desmontagem das correias de acessórios.
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Rotunda Peças e Valvoline na Drag Race
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Rotunda Peças e a Valvoline estiveram representadas em competição através da equipa “Team Mil e Oito”, com dois carros nas categorias mais importantes do corridas de arranque Drag Race realizadas no passado dia 13 de outubro, nas Caldas da Rainha. Hugo “Badará”, em Honda CRX com preparação “Team Mil e Oito”, foi o primeiro classificado na categoria +1600 cc com o tempo de 10.41s. Ricardo “AV”, em Honda Civic com preparação “Team Mil e Oito”, foi o terceiro classificado na categoria até 1600 cc com o tempo de 11.89s. Em competição estiveram cerca de 100 carros distribuídos por 9 categorias. Pelo recinto passaram cerca de 1200 pessoas para assistir ao evento. A Rotunda Peças desenvolveu uma ação de promoção da marca Valvoline, com um stand da marca e a presença das Valvoline Grid Girls.
Atualização da Autodata Online A Autodata Online, a mais eficiente base de dados técnica automóvel do mercado, tem nova atualização mensal. Como é online, a Autodata é atualizada automaticamente para benefício dos clientes. Destaque para a adição do Fiat 500L e respetiva informação sobre os intervalos de revisão, e destaque, também, para a adição de 90 esquemas
elétricos para Citroën Jumpy III, Land Rover, Range Rover Sport (05-13), Porsche Panamera (970), Volkswagen Craf-
ter (2Ex/2Fx). A listagem completa contempla atualizações em 198 modelos e informação adicionada em 32 fabricantes, nos módulos: dados técnicos, correias de distribuição, correias auxiliares, embraiagens, intervalos de revisão, reset da luz de revisão, localização de componentes, códigos de avaria, boletins técnicos e airbags.
Sotinar Dois reúne clientes No passado dia 5 de Outubro, a Sotinar Dois Lda. reuniu os seus clientes da zona de Viseu, Seia, Castro D’Aire, Moimenta da Beira, Sernancelhe e Guarda, para um dia de confraternização cicloturística, na ecopista do Dão, que percorre a antiga linha ferroviária do Dão, passando por paisagens inolvidáveis. Depois de 50 km de pedaladas, a equipa dos clientes e colaboradores da Sotinar Dois, Lda. teve direito a retemperar energias, com uma refeição à altura do elevado desempenho ciclístico, numa quinta da zona de Viseu. Uma vez mais, ficou comprovada a força da parceria da Sotinar Dois, Lda. com os seus clientes, agora nesta nova zona de implantação no distrito de Viseu. Muito em breve vai acontecer novo encontro, desta feita em Aveiro.
Corteco alarga gama de produtos A Corteco, marca que comercializa produtos do grupo Freudenberg, lança no mercado vários novos produtos dentro da sua área de negócio, que são os filtros de habitáculos e a estanquecidade, entre outros. A empresa comercializa a maior gama em qualidade original de polis da cambota que incluem kits de polis com parafusos, mais de 200 referências de polis e mais de 200 kits de polis de rotação máxima. Comercializa também diversos tipos de retentores de origem, uma peça pequena mas com grande funcionalidade.
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Novo catálogo de amortecedores BOGE O novo catálogo da BOGE engloba cerca de 300 novas referências, entre amortecedores e complementos de suspensão, a maioria delas correspondem a veículos de última geração, o que permite oferecer a gama mais completa do mercado com uma cobertura de 98% do parque europeu de veículos. Nesta nova edição do catálogo, foi ampliada consideravelmente a gama de veículos asiáticos (com cerca de 100 novas referências), oferecendo uma das maiores coberturas do mercado.
Petronas lança Syntium 5000GM A Petronas anunciou o lançamento do novo óleo lubrificante Syntium 5000GM. O produto foi desenvolvido de forma 100% sintética para motores de veículos a gasolina, etanol ou GNV da Chevrolet. O Syntium 5000GM foi homologado com o objetivo de oferecer um produto de alto desempenho para os veículos Chevrolet e atende as exigências da Dexos 1™, ajudando na performance do motor. A Petronas é um dos maiores grupos petrolíferos do mundo, com sede na Malásia, e atua no Brasil através da sua divisão PLI – PETRONAS Lubricants International, com foco segmento de lubrificantes, fluidos e graxas. PUB
Midas mobile A Midas lançou a versão mobile do site www.midas.pt, que permite ao seu utilizador, de uma forma muito mais intuitiva e prática, aceder às várias funcionalidades do espaço cibernauta. A partir de agora, é possível: saber automaticamente qual é a oficina Midas mais próxima do local onde se encontra; a distância a que está e o melhor caminho a percorrer até à oficina pretendida; marcar online o serviço; receber confirmação com um maior nível de comodidade; fazer a simulação do valor da revisão para o veiculo; consultar promoções e contactos das várias oficinas.
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Programa de qualidade Meyle alargado
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Meyle apresentou um amplo programa para peças sobresselentes, que por terem uma durabilidade superior à versão original, os clientes recebem uma garantia de quatro anos pelas mesmas. A gama foi alargada com aplicações para marcas de automóveis francesas. Entre elas contam-se, por exemplo, os novos terminais de direção HD para modelos da Peugeot e da Citroёn. Contando atualmente com uma gama completa de cerca de 17.000 artigos, a empresa pode cobrir praticamente qualquer tipo de pedido “on time”.
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Cromax adiciona corante à gama Imron Fleet Line O A Cromax, marca anteriormente
designada DuPont Refinish, introduz um novo corante PowerTint – PT156 Clean Orange – à sua oferta da linha Imron Fleet Line. O corante PT156 Clean Orange dá a possibilidade aos pintores de realizar uma correspondência perfeita nas cores laranja brilhante, enquanto simultaneamente alcançam uma cobertura e durabilidade ótimas. Este corante é comercializado em latas de 3,5 litros, sendo que as encomendas podem ser feitas em caixas de três unidades.
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Grupo Auto Sueco passa a Nors No ano em que assinala os seus 80 anos de atividade, iniciada com a representação da marca Volvo, em 1933, o Grupo Auto Sueco muda a sua denominação para Nors e assume-se como um dos líderes mundiais em soluções de transporte e equipamentos de construção. O crescimento histórico – ancorado numa forte internacionalização – e a expansão das suas atividades para novas áreas de negócio com características diferentes da atividade tradicional do grupo, levaram à necessidade de
criar uma nova marca corporativa, mais abrangente, capaz de sustentar o crescimento do grupo e de traduzir a sua diversidade. A Nors congrega um vasto conjunto de empresas a operar em 15 países - Portugal, Espanha, Brasil, Turquia, Marrocos, Cabo Verde, Angola, Botswana, Namíbia, Quénia, Tanzânia, Uganda, Cuba, México e Estados Unidos da América - distribuídos por 4 continentes, com cerca de 4 300 colaboradores e um volume de negócios superior a 1,1 mil milhões de euros.
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AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA
Porsche Panamera S e-hybrid
Tentação híbrida i É a novidade mais sonante da nova gama Panamera. Equipado com dois motores, oferece 416 cv de potência combinada e consegue deslocar-se em modo 100% elétrico até um máximo de 36 km, desde que não se excedam os 135 km/h. O JORNAL DAS OFICINAS foi a Alicante, Espanha, conduzir a última tentação híbrida Por: Bruno Castanheira
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uatro anos depois de ter agitado o segmento das superberlinas de luxo com o lançamento do Panamera, o primeiro Gran Turismo da sua história, a Porsche decidiu atualizá-lo. Produzido na fábrica alemã de Leipzig, este desportivo, de quatro portas, recebeu um ligeiro upgrade. No exterior, destacam-se os novos grupos ópticos e os novos pára-choques. As luzes diurnas LED foram reposicionadas e as entradas de ar dianteiras passaram a ser maiores. Em alta está, também, o conforto. Sobretudo nas novas versões Executive, que têm mais 15 cm de distância entre eixos, bancos mais confortáveis e mais equipamento. Quanto à mecânica, todos os motores, excetuando o Diesel, foram revistos, estando, agora, mais eficientes: potência para cima; consumos e emissões para baixo. Das 10 versões que compõem a nova gama Panamera, a mais ecológica responde pelo nome de S e-hybrid. A convite da Porsche Ibérica, o JORNAL DAS OFICINAS foi a Alicante, Espanha, conduzir este primeiro híbrido plug-in do segmento de luxo. Q FORÇA DA TÉCNICA Equipado com um sistema híbrido que contempla dois motores (um V6 a gasolina, do Grupo VW, com 333 cv e 440 Nm,
e outro elétrico, com 95 cv e 310 Nm, que está colocado entre o motor de combustão e a caixa de velocidades), o Panamera S e-hybrid oferece 416 cv de potência combinada e 590 Nm de binário combinado. Sob o piso da bagageira está alojada a bateria de iões de Lítio, que se encontra colocada dentro de uma caixa de segurança. Tudo para que, em caso de avaria mecânica ou acidente, a sua tensão seja desligada. O nível de carga da bateria nunca sobe acima dos 95% (para que os ciclos de carga não sejam encurtados) e nunca desce abaixo dos 15% (de modo a que o motor a gasolina possa ser colocado em funcionamento), sendo, por isso, a percentagem utilizável de 80%. A potência é transmitida às rodas traseiras por intermédio de uma caixa automática de oito velocidades, equipada com conversor de binário, comando manual do tipo sequencial e patilhas no volante (Tiptronic S). Face ao antecessor Panamera S hybrid (380 cv de potência combinada; bateria de hidreto-metálico níquel; capacidade para circular em modo 100% elétrico até um máximo de 2 km, desde que abaixo dos 85 km/h), o Panamera S e-hybrid está equipado com um motor elétrico que oferece mais do dobro da potência (95 contra 47 cv) e faz uso
de uma nova bateria de iões de Lítio com uma capacidade energética cinco vezes superior (9,4 contra 1,7 kWh). Mais: consegue deslocar-se em modo 100% elétrico até um máximo de 36 km, desde que não se excedam os 135 km/h. Os três modos de funcionamento são selecionáveis pelo condutor, através de três botões localizados na consola central. O primeiro, E-Power, oferece uma condução essencialmente elétrica e permite um arranque a frio, desde que o óleo do motor tenha uma temperatura até 0°. Caso o E-Power seja desativado, o funcionamento altera-se para o modo híbrido (que é ativado, por defeito, sempre que se liga o veículo), reservando, assim, a carga da bateria de modo a preservar a autonomia elétrica para o próximo trajeto citadino. Já o modo desportivo, destina-se a um desempenho de propulsão típico de um Porsche, com capacidade de resposta direta, funcionando ambos os motores. Quanto E-Charge, especialmente útil nas viagens que implicam elevado recurso ao motor de combustão, como, por exemplo, em auto-estrada, foi pensado, acima de tudo, para aumentar a autonomia elétrica. Q CARÁCTER BIPOLAR O design exterior pode não reunir con-
senso, mas quanto às restantes áreas é impossível apontar qualquer dedo ao Panamera. Desde a construção irrepreensível ao elevado nível de segurança, passando pelo posto de condução ótimo, pelo equipamento expressivo e pelo conforto digno de registo, tudo agrada nesta luxuosa superberlina. Até mesmo o espaço para quatro ocupantes e bagagem. Já o ambiente interior tem na consola central, que se assemelha ao cockpit de uma aeronave, devido à parafernália de botões existentes, a sua característica mais marcante. Entre os inúmeros comandos, destacamos quatro: o que permite elevar o deflector traseiro colocado na base do óculo posterior, o Sport, o que regula o nível de amortecimento da suspensão e o que permite desativar o controlo de estabilidade. Dotado de vias largas e baixo centro de gravidade, o Panamera S e-hybrid deve parte da sua souplesse à direção precisa (Servotronic), aos travões potentes (discos ventilados nas quatro rodas, tendo seis êmbolos na frente e quatro êmbolos atrás) e ao deflector traseiro, que se ergue, automaticamente, aos 90 km/h. Composto por duas seções, move-se até -3° em plano horizontal a 90 km/h, 5° a 160 km/h e 14° a 205 km/h. Tudo para proporcionar maior efeito de downforce
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PORSCHE PANAMERA S e-hybrid MOTOR DE COMBUSTÃO Tipo/ Cilindrada (cc) Diâmetro x curso (mm) Taxa de compressão Potência máxima (cv/rpm) Binário máximo (Nm/rpm) Distribuição Alimentação
O motor elétrico tem 95 cv - mais do dobro da potência do que equipa o antecessor Panamera S hybrid - e a bateria de iões de Lítio tem uma capacidade energética cinco vezes superior
sobre o eixo posterior. O desempenho dinâmico deste Porsche é, como seria de prever, um must. Ágil e terrivelmente eficaz, cola-se à estrada como uma lapa, até por via dos pneus largos que o equipam, e devora quilómetros à velocidade da luz. Mas este híbrido plug-in também sabe adotar uma condução ecológica e pacata se necessário for. O funcionamento dos dois motores (gasolina e elétrico) é gerido por uma unidade de controlo. Nas acelerações mais fortes, ambos estão em funcionamento e ambos deslocam o veículo, sendo parte da energia utilizada para recarregar a bateria. Nas desacelerações e travagens (existe um sistema de recuperação de energia elétrica), o motor eléctrico fun-
Para recarregar totalmente a bateria numa tomada, são necessárias 3,8 (doméstica) ou 2,3 horas (industrial)
ciona como gerador, transformando a energia cinética das rodas em energia eléctrica que é armazenada na bateria. Sempre que o Panamera S e-hybrid pára, como, por exemplo, num semáforo vermelho, o motor a gasolina é desligado, ligando-se, automaticamente, depois de o veículo arrancar em modo elétrico (função Auto Start-Stop). Resta acrescentar que este desportivo dispõe de mostradores específicos e esquemas que monitorizam o funcionamento do sistema híbrido, pode ser ligado à corrente para que a sua bateria seja recarregada (demora 3,8 horas numa tomada doméstica e 2,3 horas numa tomada industrial), é vendido com o respetivo cabo (2,5 ou 7,5 metros) e interage com smartphones, cujas aplicações permitem, só para citarmos um exemplo, programar a hora para recarregar a bateria.
MOTOR ELÉCTRICO Tipo Potência máxima (kW-cv/rpm) Binário máximo (Nm/rpm)
síncrono 70-95/2200-2600 310/0-1700
BATERIA Tipo/ Nº células Voltagem nominal (V) Capacidade energética (kWh) Capacidade nominal (Ah)
iões de Lítio/104 384 9,4 24,5
TRANSMISSÃO Tração Caixa de velocidades
Proveniente do Grupo VW, o motor V6 a gasoilina, com 333 cv e 440 Nm, tem acoplada caixa automática de oito velocidades, designada Tiptronic S
traseira com PSM automática de 8+ma (Tiptronic S)
DIRECÇÃO Tipo Assistência Diâmetro de viragem (m)
pinhão e cremalheira sim (Servotronic) 11,9
TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS
discos ventilados (360) discos ventilados (330) sim, com EBD+BAS
SUSPENSÕES Dianteira Traseira Barra estab. FR/TR
braços transversais duplos (adaptativa) multibraço (adaptativa) sim/sim
PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 0-100 km/h (s) Consumo combinado (l/100 km) Consumo de energia (Wh/km) Emissões de CO2 (g/km) Nível de emissões
270 5,5 3,1 162 71 Euro 6
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES Cx 0,29 Comp./largura/altura (mm) 5015/1931/1418 Distância entre eixos (mm) 2920 Vias frente/trás (mm) 1658/1662 Capacidade do depósito (l) 80 Capacidade da mala (l) 335-1153 Peso (kg) 2095 Relação peso/pot. comb. (kg/cv) 5,0 Jantes de série FR/TR 8Jx18” / 9Jx18” Pneus de série FR/TR 245/50ZR18 / 275/45ZR18 Pneus da unidade testada Pirelli Cinturato P7 All Season, 255/40R20 FR e 295/35R20 TR GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão Bateria ASSISTÊNCIA 1.ª revisão Custo 1.ª revisão (c/ IVA) Intervalos
Atraente, funcional, espaçoso, confortável. O habitáculo dispõe de mostradores específicos que permitem monitorizar o funcionamento do sistema híbrido, que tem quatro modos
V6 longitudinal, dianteiro/2995 84,5x89,0 10,5:1 333/5500-6500 440/3000-5250 2x2 v.e.c., 24v injeção direta gasolina, turbo
O PREÇO (s/ despesas)
2 anos 3 anos 12 anos 6 anos
2 anos ou 30 000 km €527,84 Cada 2 anos ou 30 000 km
€119 883 Unidade testada: €123 487 Imposto único circulação (IUC) €505,65
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Ford produz 2 milhões de EcoBoost O Desde o lançamento da gama
de motores EcoBoost, em 2009, foram já produzidas dois milhões de unidades. Fabricados a um ritmo de 100 mil unidades por mês (em 2012 eram 65 mil), a família de motores EcoBoost a gasolina contempla as unidades 1.0 (três cilindros), 1.5, 1.6 e 2.0 (quatro cilindros) e ainda 3.5 (V6), que estarão disponíveis, aproximadamente, em 80% dos modelos da Ford a nível global até final de 2013. O modelo que saiu da linha de montagem equipado com o motor EcoBoost n.° 2 000 000 foi um Ford Escape 2.0, produzido na fábrica de Louisville, no estado norte-americano do Kentucky.
Audi A3: eis a Limousine
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ra uma promessa adiada há muito. Mas, finalmente, a Audi dispõe de uma versão Limousine do seu A3. Com a introdução desta carroçaria de quatro portas (disponível a partir de €28 640 na variante 1.6 TDI de 105 cv), o modelo germânico assume umas dimensões mais imponentes do que as do A3 Sportback, sendo mais comprido, mais largo e mais baixo. Numa primeira fase, o A3 Limousine conta com dois motores a gasolina: 1.4 TSI (140 cv) e 1.8 TSI (180 cv) e um Diesel: 2.0 TDI (150 cv). Mais para o final do ano, chegam os 1.6 TDI (105 cv), porventura o mais apetecível da gama e o 1.4 TSI a gasolina de 125 cv. Para 2014, fica reservada a versão S3, equipada com motor 2.0 TSI de 300 cv. Os engenheiros da Audi optaram por reduzir o peso desta carroçaria de três vo-
lumes (1325 kg), recorrendo ao aço apenas nas zonas de segurança. Os consumos de 3,8 l/100 km (versão 1.6 TDI de 105 cv) ajudam a entender os benefícios da dieta. Onde o Audi A3 Limousine não poupou foi na segurança. Prova disso são os dis-
Seis motores, quatro a gasolina e dois Diesel, com potências que variam entre os 125 e os 300 cv
positivos City Emergency Collision Brake, que estaciona o veículo, aciona os quatro “piscas” e acende as luzes interiores, em caso de acidente; e o que eleva o capot, de forma automática, criando uma salvadora folga entre o peão e o bloco.
Face ao A3 Sportback, o A3 Limousine é 150 mm mais comprido e oferece uma bagageira com 425 litros
Elétricos GM mais acessíveis Nissan renova Micra e Note
O A marca japonesa acaba da lan-
çar não uma, mas duas cartadas. Numa só “mão”, o construtor nipónico renova o Micra e o Note - este quase irreconhecível e seguramente com uma estética mais consensual. E ambos com atributos tecnológicos incomuns no segmento. O Nissan Note, disponível a partir de €12 500, é produzido na fábrica dos Leaf, Juke e Qashqai, em Sunderland (Reino Unido) e com bons resultados. O modelo recorre agora ao escudo protetor da marca (Nissan Safety Shield), uma estreia neste segmento. Os motores eleitos para esta evolução (em todos os sentidos) do Note são três: 1.2 a gasolina (80 cv), 1.2 DIG-S com compressor volumétrico (98 cv) e Diesel 1.5 dCi (90 cv). Já o Nissan Micra, cujo preço começa nos €9 900, teve uma evolução mais discreta, mantendo todos os motores da geração anterior. Visualmente, apenas a traseira “perdeu alguns anos”, mas no interior conta, agora, com novas entradas USB e Aux na consola central e com um novo sistema de info-entretenimento.
O gigante norte-americano anunciou uma redução de preços para os elétricos com extensor de autonomia Chevrolet Volt e Opel Ampera. No nosso país, estes modelos estão disponíveis agora por €38 000 e €38 300, respetivamente. Consequência que resulta dos grandes esforços que ambas as marcas têm feito para reduzir os custos, à medida que vão ganhando experiência na produção de automóveis elétricos e respetivos componentes. Os “primos” Volt e Ampera estão equipados com uma bateria de iões de Lítio em forma de “T”, com 16 kWh de potência, que, totalmente carregadas, permitem percorrer até 80 km em modo 100% elétrico. Quando a carga se esgota, entra em funcionamento o extensor de autonomia (motor 1.4 a gasolina), que aciona o gerador instalado a bordo de modo a produzir eletricidade, permitindo, assim, alargar a autonomia total para mais de 500 km.
O PE L A
M PE R A
€38.300
CHE V RO
LET VOLT
€38.000
Dacia Sandero já é Bi-Fuel
Equipado com o motor 1.2 16v de 75 cv, apto a consumir gasolina ou GPL, o Sandero já está disponível na versão Bi-Fuel, sendo, depois do Duster Bi-Fuel, o segundo modelo da Dacia a recorrer a esta solução. Graças ao novo regime jurídico português que regula a utilização deste tipo de combustível, em vigor desde o passado dia 25 de Junho, é com grande otimismo que o Sandero Bi-Fuel inicia a sua carreira comercial. Graças aos dois depósitos de que dispõe, anuncia uma autonomia superior a 1200 km e reclama um custo de utilização 50% inferior face à homóloga versão a gasolina. Associado ao nível de equipamento Confort, o Sandero Bi-Fuel, que dispõe de garantia mecânica de 3 anos ou 100 mil km, custa €11 400. A terminar, refira-se que a Dacia lançará, dentro em breve, a carrinha Logan MCV Bi-Fuel, que custará €12 400.
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EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado
Renault Clio ST TCe
Ford Focus SW 1.6 TDCi
Nissan Qashqai 1.6 dCi Tekna
Volvo V60 D4 Summum
Perfil desportivo
Familiar tranquilo
Big Brother
Classe superior
O O novo Clio Sport Tourer, comerciali-
O A carrinha Ford Focus sempre primou
O Os números de vendas do Qashqai
O Elegante, competente, evoluída. A V60
zado sob a assinatura ambiental eco2, começa por dar nas vistas pelo perfil desportivo, sublinhado pela carroçaria pintada de branco e pelas jantes escuras de 16”. Mas o agrado desta carrinha compacta, que é 262 mm mais comprida do que a berlina, não se esgota no design. O motor tricilíndrico de 900 cc oferece prestações razoáveis com consumos reduzidos. O posto de condução correto, a boa eficácia dinâmica e o nível de conforto mediano, tornam as viagens deveras agradáveis. Já a qualidade de alguns plásticos e o espaço nos lugares traseiros é que podia ser melhor. Quanto à bagageira, oferece 443 litros de capacidade (85 dos quais sob o piso amovível), chegando aos 1380 litros com os bancos traseiros rebatidos. Mas há mais: caso se rebata, também, o banco do acompanhante, característica exclusiva da versão Luxe, aqui em apreço, obtém-se um comprimento de carga de... 2,48 metros!
pela serenidade, por ser uma aposta segura para uma família que necessitasse de um modelo espaçoso, bem construído e com materiais de boa qualidade, mas sem entrar em grandes despesas. Ora, a versão 1.6 TDCi Titanium Best, disponível por €26 285 (mais despesas administrativas), vinca essa qualidade de vida a bordo, graças a uma lista de equipamento mais completa, onde se inclui computador de bordo, jantes de 16’’, faróis de nevoeiro, sistema de assistência nas travagens de emergência, e sistemas como Start/Stop, EasyFuel e de proteção de portas, entre muitos outros dispositivos.
sempre permitiram à Nissan olhar em frente quando pensa neste carismático SUV. Mas agora este modelo dispõe de um monitor de visualização da área circundante que lhe permite alargar ainda mais as vistas. Literalmente. O sistema funciona através de quatro câmaras de vídeo, à frente, atrás e nos retrovisores, o que confere ao condutor uma visão de 360° sobre tudo o que se passa à volta do veículo. Um auxiliar de condução muito útil, não apenas nas manobras de estacionamento, mas também na forma como permite ao condutor, a partir do habitáculo, o perfeito domínio de tudo o que se passa em seu redor. O motor Diesel 1.6 dCi de 130 cv que dá alma (e competência na estrada) a esta unidade 4x2 do Nissan Qashqai dispõe de um binário de 320 Nm às 1750 rpm – o mesmo do que a versão 2.0 dCi. Com uma diferença significativa. Quando equipado com sistema Start/Stop, representa uma poupança, em termos de emissões de CO2, na ordem dos 24%, ficando-se pelos 119 g/km (com jantes de 18´´). Mais importante ainda para a carteira de quem já investiu €32 500 por esta versão Tekna Premium (a mais elitista), onde quase nada falta em termos de tecnologia, será, porventura, o facto de que este motor Diesel equipado com turbocompressor de geometria variável consumir, em regime combinado, não mais do que 4,5 l/100 km.
é das carrinhas mais sedutoras que existem. Principalmente, depois das várias alterações de que foi alvo. No exterior, os limpa pára-brisas estão agora ocultos no capot, a cobertura do radar está mais discreta na grelha frontal, a moldura cromada em redor desta foi removida, o logótipo Volvo está maior e os grupos ópticos foram ligeiramente retocados, tal como as luzes diurnas LED. As escurecidas jantes “Titania” de 18” resultam muito bem, assim como o azul “cáspio” que dá brilho à carroçaria e o kit de estilo que acentua o visual desportivo (tudo opcionais).
Em alta estão também, como não podia deixar de ser, os dispositivos de segurança instalados a bordo e o conteúdo tecnológico. Sobre este último, destaca-se o opcional R-Link: tablet multimédia com ligação à Internet; ecrã táctil de 7»; comando vocal; rádio 4x35W; navegação TomTom; áudio streaming e telefone mãos livres Bluetooth; entradas frontais USB e analógica; processador de som Auditorium 3D “by Arkamys”. Quanto custa o R-Link? Apenas €590. E inclui seis meses de acesso gratuito à Internet...
O motor 1.6 TDCi de 115 cv, equipado com caixa manual de seis velocidades, tem um comportamento equilibrado, convencendo sobretudo em rotações mais elevadas. Mas cumprindo sempre. A suspensão é macia, mas não deixa de ser rigorosa na manobrabilidade – a direção é agora assistida eletronicamente. O consumo combinado de 3,7 l/100 km é um trunfo de peso. Registo que beneficia não apenas do indicador de mudança de velocidade ideal e que permite ao condutor uma utilização inteligente da caixa como de outros atributos aerodinâmicos. Exemplo disso é a grelha frontal ativa, que abre ou fecha as lâminas de entrada de ar, consoante as necessidades de arrefecimento do motor. O que se traduz numa poupança de combustível.
Por: Bruno Castanheira
Por: Jorge Flores
RENAULT CLIO ST TCe MOTOR
FORD FOCUS SW 1.6 TDCi MOTOR
Por: Jorge Flores
Por dentro, os bancos foram redesenhados em nome do conforto. Para além disso, existe agora um mostrador digital adaptativo cujos temas (três) podem ser escolhidos pelo condutor e um novo sistema de conectividade e acesso à Internet (Sensus Connected Touch). Dotada de elevado nível de segurança, posto de condução ergonómico e qualidade irrepreensível, a V60 faz-se valer, também, de um habitáculo espaçoso e bem elaborado esteticamente. Animada por um motor turbodiesel de cinco cilindros de 2,0 litros com 163 cv, que prima pela sonoridade possante, pela resposta enérgica e pelos consumos comedidos, a mais elegante carrinha da Volvo seduz ainda pelo desempenho dinâmico de alto gabarito. À elevada estabilidade junta-se um conforto apreciável e uma caixa de seis velocidades agradável de manusear. Por: Bruno Castanheira
NISSAN QASHQAI 1.6 dCi TEKNA MOTOR
VOLVO V60 D4 SUMMUM MOTOR
3 cilindros em linha, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 898 Potência máxima (cv/rpm) 90/5250 Binário máximo (Nm/rpm) 135/2500 Velocidade máxima (km/h) 182 0-100 km/h (s) 12,2 Consumo combinado (l/100 km) 4,5 Emissões de CO2 (g/km) 104
4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1560 Potência máxima (cv/rpm) 115/3600 Binário máximo (Nm/rpm) 270/2500 Velocidade máxima (km/h) 193 0-100 km/h (s) 11,1 Consumo combinado (l/100 km) 3,7 Emissões de CO2 (g/km) 109
4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1598 Potência máxima (cv/rpm) 130/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750 Velocidade máxima (km/h) 190 0-100 km/h (s) 10,3 Consumo combinado (l/100 km) 4,5 Emissões de CO2 (g/km) 119
5 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1984 Potência máxima (cv/rpm) 163/3500 Binário máximo (Nm/rpm) 400/2750 Velocidade máxima (km/h) 220 0-100 km/h (s) 9,4 Consumo combinado (l/100 km) 4,5 Emissões de CO2 (g/km) 119
Preço IUC
Preço IUC
Preço IUC
Preço IUC
€17 300 €97,82
€26 285 €130,10
€32 500 €130,10
€44 938 €194,30
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USO PROFISSIONAL Nova gama de pesados
Renault Série T
A grande revolução A
Renault Trucks deu início à segunda revolução francesa da história. De uma só vez, renovou por completo toda a sua gama de veículos pesados, “enterrando” modelos com nomes tão importantes como foram o Magnum e o Premium, substituídos, agora, pela Série T Depois de um período de incubação de sete anos, a Renault Trucks passou uma borracha em tudo aquilo que era a sua gama de produtos e lançou um nova gama de camiões. Adeus Midlum, Kerax, Magnum e Premium, bem-vindas Séries D, C, K e T. São estas as gamas que têm a tarefa de construir o futuro da marca francesa. É a primeira vez que um construtor de veículos pesados renova, de uma assentada, a totalidade da sua gama. Uma renovação que foi objeto de um investimento de dois milhões de euros por parte do Grupo Volvo. Centremo-nos na Série mais importante desta nova gama: T. No longo curso, a Renault Trucks optou por homogeneizar a sua oferta. A partir de agora, existe um só veículo: o T. É proposto um único veículo cuja modularidade cobre o conjunto das necessidades dos clientes, no âmbito do transporte de longa distância. O T foi concebido para proporcionar aos clientes e transportadoras uma melhor economia de combustível e uma vida a bordo facilitada por todas as soluções de ergonomia e conforto disponíveis. E a ideia passou por juntar, num só veículo, o melhor do Premium com o mais apetecível do Magnum, a sua cabina, o espaço e o conforto. Para além do novo desenho da cabina, o pára-brisas foi inclinado 12°, melhorando o coeficiente aerodinâmico em 12%. A cabina retoma os códigos genéticos do Magnum, colocada sobre uma forma de trapézio 30 cm mais comprida na zona traseira para facilitar a penetração do ar pela zona inferior da estrutura. Q DOIS “CORAÇÕES” EURO 6 A nova gama T vai abranger um leque de atividades muito variado. Por isso, a oferta de cabinas estende-se à Sleeper e à High Sleeper, sem esquecer as versões Day e Night & Day. A estas cabinas podem ser associados dois
propulsores, o DTI 11 e 13, ambos cumpridores da nova norma anti-poluição Euro 6. Estes novos motores foram baseados nos mesmos blocos Euro 5, cuja tecnologia SCR foi otimizada. Os dois propulsores foram modificados em mais de 50% e dispõem de novos ajustes eletrónicos. O sistema SCR foi revisto e a sua eficácia melhorada. Foram ainda utilizados novos materiais no fabrico dos motores, que aumentaram a eficiência da redução catalítica. Incluem filtro de partículas. No DTI 11, com potências entre os 380 e os 460 cv, a injeção é controlada eletronicamente com um sistema common-rail. Já no bloco DTI 13, com potências que variam entre os 440 e os 520 cv, a injeção manteve-se e é assegurada por injetores-bomba de controlo eletrónico. Em motores maiores, esta tecnologia revela-se mais fiável. Acoplados a estes dois blocos da gama T, surge a caixa de velocidades Optidriver. Proposta de série, integra um novo software de comando eletrónico da transmissão e ainda um novo seletor de velocidades com regulação de temperatura. Em opção, esta caixa pode incluir um modo denominado Fuel Eco, que surge acoplado ao regulador de velocidade Eco Cruise Control e que modifica a estratégia das passagens de caixa, melhorando os consumos. Com estes motores Euro 6, são ainda propostos três tipos de retardadores: o travão de escape nos DTI 11 e 13, o Optibrake no DTI 11 e Optibrake+ no DTi 13, e ainda
o retardador hidráulico Voith, que viu a sua potência subir para 450 kW. As reduções dos diferenciais também foram adaptadas à nova gama. Assim, o
P13170, de redução simples, tem uma relação de 2,64 a 3,70, enquanto que o P1361, de redução dupla, tem uma relação de 3,64 a 5,41. Por: José Silva
O pára-brisas foi inclinado 12°, melhorando o coeficiente aerodinâmico em 12%. A cabina retoma os códigos genéticos do Magnum
Cabina Day Cab Night & Day Sleeper Sleeper High Sleeper High Sleeper
Tipo Trator Trator Rígido Rígido Trator Rígido
Configuração PTC 4x2 18t 4x2 19,5t 4x2 e 6x2 25t 4x2 e 6x2 27t 4x2 18t e 19,5t 4x2 e 6x2 25t e 27t
Motor DTi 11 DTi 13 DTi 11 DTi 13 DTi 13 DTi 13
Potência (cv) 380/430/460 440/480/520 380/430/460 440/480/520 440/480/520 440/480/520 PUB
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Porsche 935 - “Liqui Moly”
The BEAST! i Para quem vibra com carros de competição, o Porsche 935 será sempre um daqueles carros que nos aumentam o ritmo cardíaco e nos obrigam a ir vê-lo de perto Por: Dário Afonso
A
sua espetacularidade de design onde a aerodinâmica da altura já ditava as regras, a dimensão brutal dos pneus, o chassis, todos os detalhes pensados com um objetivo único que era a velocidade…mas, o que mais impressiona é a fantástica sonoridade do seu motor… A Porsche desenvolveu este modelo protótipo adaptado do 911 com especificações de Grupo 5 em 1976. O 935 foi desenvolvido para corridas de resistência como as 24H de Le Mans, 24H de Daytona e ainda Sebring ou os 1.000Kms de Nurburgring. Existiram muitas versões deste 935 com as mais variadas especificações, até 1982, data em que foi descontinuado já que os regulamentos da FIA foram então alterados. Mas aquele que vai ser objeto de análise do nosso artigo é o 935 “Liqui Moly”, e a razão é muito simples…porque esta maravilha da engenharia esteve em Portugal durante uns anos e ele fez parte da minha vida, durante esse período. O meu primeiro contato com este carro foi algo inesquecível. A convite de um amigo acompanhei-o ao autódromo de Adria, em Itália, com o objetivo de testar 2 carros de competição para um cliente português. O 1º foi um Porsche 934 e o 2º…o nosso amigo 935. Nesse mesmo dia, estavam presentes nesse autódromo as equipas de fábrica Maserati Competizione e a Renault Clio V6 Trofeu, em testes de pneus e afinação de chassis. O 935 estava no meio do padock e algo afastado das boxes das equipas de fábrica. Quando o mecânico italiano que acompanhou os testes de ambos os Porsches, colocou o 935 a trabalhar… assisti a uma debanda dos mecânicos, das boxes da Maserati e Renault para verem de perto e tirarem fotos, a uma máquina de outros tempos, mas também
de outro “Campeonato”. Mas esse dia tinha mais para me fazer recordar…porque, a pessoa que testou o 934 em pista (estamos a falar de um carro com mais de 400Cvs), quando entrou no 935 só fez o padock… Puxou a 1ª velocidade e levou um tal “soco” nas costas, que deu
meia-volta e regressou ao local de onde partiu, dizendo: -“…este (o 935) é melhor primeiro aprender a conduzi-lo, ou lá dentro, com os Maserati e Clios ainda dá disparate”. Foi nesta altura que percebi que aquele carro era mesmo de outro campeonato…
Este 935 estava afinado à altura com uma regulação de turbos “modesta” e, debitava qualquer coisa como 760Cvs… podendo chegar aos 800Cvs com a regulação de turbos em “pleno”. O binário… outra agradável surpresa: 750Nm. Peso: 1.025Kg (valor oficial, porque todos duvidavam que tivesse tanto). O resultado de tudo isto em termos de velocidade máxima é também galáctico: 365 Km/h. As jantes de porca central BBS são originais da altura e fabricadas em magnésio. Porque estamos em presença de um carro que atinge velocidades acima dos 300Km/h e forças G ao nível de um Avião Caça, as jantes terão de passar num teste de Raio X, antes que este carro pudesse ser novamente homologado para entrar em competição. Uma das curiosidades deste carro era o “Manual de Instruções” que o acompa-
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nhava. Dando indicações de como ligar o motor e como o “tratar”, até atingir a sua temperatura normal de funcionamento. O desligar do motor também tinha cuidados a ter. O sistema de alimentação de combustível era bastante elaborado, com 3 pré-bombas elétricas e uma bomba injetora de combustível Bosch modificada para este tipo de motor. Uma curiosidade: este motor boxer de 3.162cm3 é twin spark e as 12 velas que usa, custavam em 2008 perto de 90€ cada, na Bosch Motorsport. Mas este era o melhor preço do mercado e a Bosch Motorsport só vendia lotes de 12, para não haver a possibilidade de alguém comprar o stock da Bosch, e depois pedir 230€ cada, como um Especialista Independente Porsche na Alemanha pediu… O 935 em causa tinha o número de chassis 000 0016 e foi dos poucos totalmente construídos na Fábrica Porsche em 1980, tendo sido entregue ao conhecido preparador alemão JOEST RACING. Apesar de muitas tentativas infrutíferas de o confirmar com a JOEST RACING e com a Porsche Motorsport na altura, tudo leva a crer que foi com este 935 que a JOEST RACING ganhou as 24H de Daytona em 1980. Estas dificuldades em confirmar o palmarés deste tipo de carros, são normais no circuito dos clássicos desportivos e a razão é simples…um carro como este, pode ser adicionado no seu valor base em pelo menos 10%, se a vitória numa PUB
pista de renome internacional se confirmar. Vamos então fazer contas…se o carro tiver um valor base de 300.000€, passa automaticamente a valer 330.000€, podendo ser “arredondado” para os 350.000€… Já que falamos de valores, este 935 que saiu de Portugal em 2008 para um novo dono na Alemanha, correu num campe-
onato alemão de clássicos e ganhou a sua categoria. Após esta vitória, há 2 anos atrás, o carro voltou a mudar de dono e desta feita com um valor a rondar 1M€ (informação não confirmada, mas absolutamente possível perante os valores de mercado). O que me parece mais brilhante neste carro é o facto de ser de tal maneira
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avançado para a época, que parece ser de outro planeta. Um carro produzido em 1980, com um motor de 6 cilindros e uma cilindrada que não chega aos 3.2L, consegue apresentar características que, ainda hoje, são referência e conseguia levar o 935 até a uma velocidade bem acima dos 300 km/h. Só tenho uma palavra…FANTÁSTICO!
PORSCHE 935 J Ano 1980 Motor 6 Cil. Tipo Boxer Cilindrada (cc) 3 162 Potência máx. (cv/rpm) 800/nd Binário Máx. ( Nm/rpm) 750/nd Velocidade Máx. ( Km/h) 365
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U Check
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Luís Santos, administrador da Impoeste
“Não sou de meias tintas” i Luís Santos assume a sua costela comercial. Bem como a sua frontalidade. Gosta de tudo o que seja bem feito. E garante que, na sua área, não será nunca um negociador de meias tintas Por:Jorge Flores
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ão há margem para equívocos! Quem conhece Luís Santos, 45 anos, já sabe com o que conta. A verdade é para ser dita. Frontalmente. Mesmo na área comercial, onde os clientes estão habituados a um certo contorcionismo argumentativo. “Não sou um negociador de meias tintas”, afirma o administrador da Impoeste. Uma atitude que poderá ser negativa, reconhece, pelo menos, “até fazermos disso uma vantagem”. Otimista por convicção e natureza, trata quase todos os 40 trabalhadores da empresa por tu e ainda conserva muitos amigos de infância. A relação com Angola, o seu país natal, mantém-se muito por força da presença da Impoeste neste país africano. 8h00: Ligação angolana Começa cedo o Check-Up 24 com Luís Santos. Às 8h00 já o responsável da Impoeste se encontra no aeroporto de Lisboa para reunir com Paulo Morgado, o seu braço direito em Angola – que partia nesse dia para mais uma viagem a Luanda. A atividade da empresa passa, de resto, cada vez mais por Angola – embora esteja também presente em Espanha. Uma ligação antiga, já que a Impoeste, criada há 26 anos, começou a exportar para Angola ainda em 1992, assegurando uma certa regularidade desde 2001. Em 2006, a empresa começou a fazê-lo diretamente, através de investimento próprio. E em 2012, os laços estreitaram-se ainda mais com a implementação de uma estrutura própria no terreno. “Angola é o mercado mais importante e está a compensar a queda do mercado nacional”, explica. 10h15: Verificar logística Normalmente, os dias de Luís Santos começam da mesma forma que acabam: a verificar a logística da empresa. É fundamental planear o que será feito. E confirmar o que foi feito e o que ficou por fazer. Depois de se despedir de Paulo Morgado com um abraço, Luís Santos segue no seu BMW 530d para Torres Vedras, onde está situado o quartel-general da Impoeste. Mal chegue, estará reunido com Andreia Ferreira para tomar o pulso ao dia. “Estou desde o primeiro dia na empresa. Comecei como comercial. A empresa é minha, passei pela área técnica e à medida que cresceu fui escolhendo os melhores lugares. Fui-me posicionando para patrão”, brinca. E ainda tem prazer no que faz? “Tenho.
Para Luis Santos, a técnica da preparação de tintas automóvel não tem segredos
08:00
Luís Santos fez questão de levar o seu braço direito em Angola, Paulo Morgado, ao aeroporto
Caso contrário, nos últimos dois, três anos tinha desistido. Gosto muito do que faço”, sublinha. Não é difícil apreciar o que faz. Luís Santos tem muitos interesses. No asfalto, gosta de automóveis e motos antigos, e no mar, de vela de cruzeiro, “prazer absoluto”. Um espirito eclético. Só que o tempo não ajuda à prática dos seus prazeres. Com dois filhos pequenos (sete e cinco anos), o seu único passatempo, hoje, é estar com eles entre o jantar e a hora de dormir – e aos fins-de-semana. “Não dá para mais passatempos”, reconhece. Luís Santos tem outra particularidade em termos de gostos pessoais.“Quando é bem feito, gosto de tudo”, garante. Tudo? Tudo! Para exemplificar, conta que, há dias, deu consigo a ver patinagem artística na televisão. “Patinavam tão bem”… Diferente destes prazeres individuais foi a aposta da Impoeste numa galeria de pintura, em Torres Vedras, para dar a conhecer os artistas da região. Dado tratar-se de uma empresa especialista em pintura e que procura soluções integradas para os seus clientes (nas áreas da repintura automóvel, indústria e construção civil), a existência de uma galeria com obras de pintura é uma jogada calculada. “A galeria não está desligada da nossa área. Há a ideia de que a pintura é suja. Não é nem suja nem feia. É bonita. Prazeirosa, como dizem os brasileiros. A nossa área de exposição é uma forma de relacionar a pintura com a arte”, explica. 12h30: Almoço com clientes O almoço, por norma, é aproveitado para reunir com clientes. Hoje não foi exceção. Para Luís Santos, são oportunidades para uma troca de pontos de vista. E para tentar que os clientes vejam mais além. Faz questão de enfatizar que a Impoeste“não vende tintas ao litro”, mas antes, os “resultados deste modelo oficinal. Estamos comprometidos com os resultados dos clientes”. Basta observar o slogan que acompanha o novo logotipo corporativo, a sua nova imagem. “Cromax: o novo nome da produtividade”. Neste sentido, o processo praticado pela empresa, de há dois anos a esta parte, aponta diretamente à “rentabilidade garantida” das oficinas. Em palavras mais simples, na formação prestada aos seus clientes para que evitem os tempos mortos e os desperdícios na sua atividade. “Só
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Do aeroporto da Portela, o administrador da Impoeste segue para a sede em Torres Vedras
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O responsável da Impoeste explica que a empresa “não vende tinta ao litro”
17:00
15:00
Em reunião com Andreia Ferreira, Luís Santos analisa propostas e planeia estratégias para a empresa
através da formação podemos passar esta mensagem. Não é durante um almoço que consigo passar esta mensagem a alguém que está formatado há muitos anos. Estamos todos formatados”. Luís Santos assume ter uma “abordagem sistémica” e “pouco emocional” aos problemas. Muitos clientes querem sempre descontos nos preços das tintas, mas, de uma forma muito pragmática, Luís Santos explica o engano.“Cheguei
a dizer a uma empresa que, mesmo que lhe oferecesse as tintas, continuaria a ter prejuízo. Baixar os preços? Seria fácil fazer um desconto, mas a prazo, seria descapitalizar o negócio”, diz. E a desvalorizar as próprias empresas que apostam na formação. Segundo acrescenta, “a formação não pode ser reativa. Tem de ser proactiva!”. O objetivo é a “rentabilidade”, sublinha. “As tintas representam 10% dos custos de uma
oficina, 90% são custos de mão-de-obra, tarefas, processos… E 30% destes custos são desperdício, que nós trabalhamos por eliminar”, explica o administrador da Impoeste.
fluxos de gestão oficinal, rentabilidade, produtividade, resultados”… Mas agora, a formação entrará numa nova era, tornando-se, per si, numa área complementar de negócio.
17h10: Estado das vendas Luís Santos define a sua natureza como assumidamente “comercial”. É o que o impede a continuar. Para o final da tarde reserva sempre um espaço para reunir com os responsáveis de venda, a fim de tomar o pulso à balança comercial da empresa. E já que falamos de vendas, muito brevemente, a Impoeste passará a comercializar algo que, até aqui, disponibilizou de forma gratuita. “A formação de pintura é uma constante há 30 anos. Elevamos competências. Falamos de tintas, que é o veículo do negócio, mas incluímos na formação todos os aspetos da área da pintura: sejam eles organizativos,
23h00: Redes sociais à noite Já em casa, e quando o trabalho parecia ter já ficado para trás, eis que Luís Santos admite que ainda reserva uns 15 ou 20 minutos a atualizar a página da empresa no Facebook. Todas as ações ou momentos marcantes da Impoeste merecem um post. “É muito importante, sobretudo, para quem está no Funchal, em Barcelona ou em Angola, sentir que pertence a uma casa, que não está só”, explica Luís Santos, enquanto vira o computador para mostrar o outro lado do que diz. No ecrã, numa fotografia acabada de postar, vê-se uma bandeira verde com o logotipo da Impoeste - Angola…
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Personalidade do mês HUGO FARELA, Gerente da ZF Services Portugal
“Surpreendeu-me o resultado de algumas empresas em 2012” i Para o gerente da ZF Services Portugal, o aftermarket está em permanente evolução. Hugo Farela acredita que o setor necessita de mais dinamização e transparência e admite que ainda está muito longe de se sentir realizado Por: Jorge Flores
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ugo Farela começou a trabalhar muito cedo, e em áreas bastante distintas do setor automóvel. Em 1996, porém, ingressa na Renault Portuguesa, onde esteve oito anos, no setor pós-venda. Estava criado o amor pelo aftermarket. E em 2005, abraça o desafio da ZF Trading Ibérica, hoje conhecida como ZF Services. O gerente da ZF Services Portugal considera-se uma pessoa “bastante otimista” e gosta de quase tudo na sua atividade: “dinamismo, criatividade, venda”, e, sobretudo, do “contato com os mais distintos clientes”. O que menos aprecia, reconhece, é a “falta de transparência”, pelo que gostaria que, no meio onde labora, houvesse mais “objetividade e clareza nas reais necessidades”. Mas não só. Hugo Farela também gostava que “existisse uma necessidade de formação e creio que devia ser uma prioridade das empresas do setor, bem como uma maior divulgação das últimas tecnologias do nosso setor”, diz. Q REVITALIZAR, NÃO, DINAMIZAR! Profundo conhecedor do meio onde está inserido, o gerente da ZF Services Portugal acredita que “revitalizar” não é a palavra que melhor descreve as necessidades do setor. “Poderíamos falar em dinamizar, ajustar à nova realidade do mercado nacional, ou seja, Portugal sempre viveu acima das suas reais posPUB
mudança de mercado e das suas necessidades”, explica o mesmo responsável. Uma notícia que tenha apanhado Hugo Farela de surpresa? “Os resultados de algumas empresas do setor”, dispara.
sibilidades e o setor não foi exceção à regra. A assimilação rápida e necessária de ajuste, quer financeiro quer estrutural das empresas levaria a ganhos de eficiência no futuro e consequentemente a uma melhoria de rentabilidade proporcionando mais meios para investimentos em formação que, por sua vez, proporcionam a implementação de novas tecnologias essenciais à constante
Q FUTURO TRIDIMENSIONAL Na opinião de Hugo Farela, o futuro do setor oficinal pode ser dividido em três partes. “Primeiro: a nova distribuição conseguiu ser uma referência em curto espaço de tempo e assistimos a uma proliferação desta solução como a opção certa para o cliente final, além da competitividade dos serviços oferecidos”, sublinha. “Segundo: temos a oficina independente, que, na minha opinião, terá no futuro de fazer parte de uma cadeia com serviços e ofertas competitivas, ou seja, de uma rede oficinal ou a tendência será o desaparecimento”. Por último, “e não menos importante, são as oficinas de marca, que, hoje em dia, oferecem ‘forfais’, preços especiais para veículos com mais de cinco anos, entre outras coisas, e que conseguiram também adaptar-se a um mercado mais competitivo e onde o ‘block exemption’ foi determinante para esta abertura. Estas vão continuar no mercado, sendo uma opção clara para o cliente, apesar de o ponto franco continuar a ser o elevado preço de mão-de-obra praticado”, enfatiza o nosso interlocutor.
Q MUITO POR FAZER Em relação à concorrência, o responsável da ZF Services Portugal acredita numa espécie de seleção natural. “Na nossa área de negócio, as empresas, construtores e fornecedores que se adaptarem com rapidez e facilidade, quer seja na inovação quer na criatividade comercial, serão, seguramente, as que seguirão em frente”, adianta. Por isso, acrescenta, “olho com atenção, evidentemente, para nós fornecedores e para o ganho de quota de mercado da nova distribuição a nível europeu”. A Personalidade do Mês, desta edição, considera que ainda é muito cedo para retrospetivas. “Realizado? Não… ainda tenho muito para dar à empresa onde trabalho. Ainda há projetos em curso, outros a nascer e outros ainda estão para vir e, portanto, dificilmente me posso considerar realizado num mercado tão dinâmico e onde posso contribuir para a sua evolução”.
O ZF SERVICES PORTUGAL
Quinta do Carmo, Lote 55 2685 - 129 Sacavém, Lisboa Gerente: Hugo Farela Tel: 21 949 74 10 Fax: 21 949 74 19 Email: hugo.farela@zf.com Internet: www.zf.com/pt
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ENTREVISTA HELDER PEREIRA, Área Manager Portugal da Mann+Hummel
“Mais próximo dos clientes” i Com um vasto percurso profissional na área das peças aftermarket, Helder Pereira é desde setembro de 2013 responsável da Mann+Hummel em Portugal, empresa fabricante dos filtros Mann-Filter. O seu objetivo é estar mais próximo dos clientes
M
ais de 900 especialistas em pesquisa e desenvolvimento, cerca de 15.000 funcionários em mais de 50 fábricas espalhadas pelos 5 continentes, mais de 16 filtros fabricados por segundo e uma faturação em 2012 de € 2.600 milhões, são números que impressionam e que caracterizam a Mann+Hummel. Em 2013, a dinâmica de crescimento da Mann+Hummel continuou, com um aumento da receita nos primeiros oito meses do ano, e tudo isto apesar das difíceis condições de mercado. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Helder Pereira diz estar entusiasmado por assumir este novo desafio profissional num dos maiores fabricantes de filtros do mundo e considera que “há grandes oportunidades para fazer crescer o volume de vendas dos filtros Mann-Filter e a respectiva quota de mercado, graças à gama abrangente cujas qualidades são já reconhecidas no nosso mercado”. Porque a Mann+Hummel decidiu contratá-lo para responsável do mercado português? A decisão de ser a Mann+Hummel a trabalhar diretamente o mercado Português em vez de ter um representante deve-se à necessidade dos clientes de uma maior aproximação e contacto entre a Mann+Hummel, os clientes e mercado. Qual a importância do mercado português para a marca Mann-Filter? É um mercado com forte potencial nos Filtros de Turismos, onde a presença da Mann-Filter é menor e onde procuramos crescer e potenciar a imagem forte da Mann-Filter junto do mercado.
Como se processa atualmente a distribuição dos produtos Mann-Filter para o mercado Português? A Distribuição da Mann-Filter em Portugal está estruturada em Distribuidores de Turismos, Pesados e Indústria. A Fábrica e Centro de Distribuição Mann-Filter estão em Saragoça. Toda a estrutura e Recursos Humanos está em Saragoça.
Como é atualmente constituída a gama de produtos Mann-Filter para o aftermarket? A Gama de Filtros está dividida em Áreas de Negócio distintas de Turismos, Pesados e Indústria. Esta última é uma área mais especializada e com um mercado específico. Nos Turismos e Pesados a oferta está em Filtros de Óleo, Combustível, Ar e Habitáculo.
Quais as mais valias desta mudança para os clientes portugueses? Uma maior proximidade da Marca aos clientes e um maior conhecimento da realidade no nosso mercado. Isso conduzirá a uma melhor resposta da Mann-Filter às necessidades do mercado Português. Um objectivo claro será a Mann-Filter ser pró-activa no mercado Português, promovendo a Marca Mann-Filter junto dos clientes e mercado, adequar a Mann- Filter ao mercado será uma das nossas metas.
Qual o vosso posicionamento a nível de preço? Somos uma Marca que fornece os principais fabricantes Automóveis, e isso obriga a Marca a padrões de qualidade Premium.
Que apoio técnico e formação vão dar aos vossos clientes? A Mann+Hummel Ibérica tem em Saragoça uma Área Técnica com o objectivo de fornecer aos seus clientes e mercado o apoio necessário na resolução das questões inerentes à área da Formação e apoio técnico.
Considera que a marca Mann Filter é bem conhecida pelos profissionais da reparação automóvel em Portugal? No sector dos pesados existe uma maior notoriedade, face ao histórico e presença da Mann-Filter no mercado Português. Nos Turismos a qualidade da Marca é um valor percebido pelo mercado, sendo um objectivo para nós alargar esta notoriedade aos Filtros de Turismos. O que tenciona fazer para aumentar a notoriedade da marca Mann Filter junto das oficinas e também do cliente final?
Como disse antes, sermos pró-activos no desenvolvimento do negócio em conjunto com os nossos clientes, sermos uma marca dinâmica com ações comunicacionais e promocionais. Procuraremos em 2014 tomar a iniciativa de desenvolver ações que possam gerar mais negócio. Quais são os objetivos da Mann Filter para 2014 em Portugal? Crescer. Termos um crescimento sustentável nos próximos anos. Atualmente a Mann+Hummel tem no Top 50 dos Maiores Distribuidores Aftermarket Portugueses 8 clientes e estes dão-nos essa garantia de potenciarmos esse crescimento necessário.
O MANN+HUMMEL IBÉRICA
P.I. Plaza – C/. Pertusa, Nº 8 50.197 Zaragoza, España Responsável Portugal: Helder Pereira Tel: +34 976 28 73 00 Fax: +34 976 28 74 00 E-mail: helder.pereira@mann-hummel.com Internet: www.mann-hummel.com/mhes
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ENTREVISTA FERNANDO AMARAL, Diretor geral da Alidata
Vontade de fazer diferente
i A Alidata, fundada por Fernando Amaral, é uma das mais antigas software houses nacionais, e líder no desenvolvimento e implementação de soluções de software de gestão para oficinas automóvel
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om quase três décadas de atividade – completa 30 anos em 16 de janeiro de 1984 – a Alidata tem acompanhado a evolução do mercado da reparação automóvel em Portugal e criado soluções de software específicas para as empresas deste setor. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Fernando Amaral faz o balanço dos 30 anos de existência da Alidata e anuncia as linhas estratégicas para o seu futuro. Que balanço faz dos quase trinta anos de atividade da Alidata? O balanço é extremamente positivo! A Alidata é uma das mais antigas software houses nacionais e é evidente que a posição de mercado que ocupamos só foi possível devido à existência de um fio condutor e de uma estratégia concertada, que nos levou a um crescimento constante e sustentado. Sempre apostámos na inovação e no desenvolvimento de novos produtos e serviços de excelência. Ao longo destes quase 30 anos, fomos capazes de criar novas soluções, conquistar novos mercados e crescer sustentadamente. O nosso desejo é continuar este caminho. Estamos aptos a garantir a continuidade da nossa atuação no mercado com qualidade e rigor, e a escalabilidade dos nossos produtos, com releases e atualizações de versões, sempre com a possibilidade de evolução para soluções mais avançadas, de forma a acompanhar as exigências dos nossos clientes. Que fatores mais importantes destaca no funcionamento da empresa? Sem dúvida que o principal destaque vai para a fantástica equipa que temos. Naturalmente, que a qualidade e caraterísticas distintivas dos produtos e serviços Alidata, desde a implementação ao pós-venda, é fundamental para o sucesso da empresa. A conjugação destes dois factores é que nos diferencia no mercado e nos permite ter o crescimento sustentado que temos há quase 30 anos. Quantos colaboradores tem a Alidata atualmente? É nossa equipa é composta por 110 profissionais multidisciplinares, com perfis diferenciados e empreendedores. Os colaboradores Alidata, altamente especializados, aliam um profundo conhecimento de cada uma das áreas de atuação dos clientes com soft skills e as hard skills nas mesmas áreas, que os tornam o principal capital da empresa. É determinante o facto de possuir-
mos competências transversais que nos permitem ter a adaptabilidade necessária a um contexto de constante evolução e mudança, como é o das TI. Que tipo de software comercializam atualmente para as oficinas de automóveis? O Software Alidata ERP é uma solução de gestão criada para permitir às empresas gerir processos operacionais, administrativos e financeiros numa única solução totalmente integrada, que pode ser implementado numa perspetiva global ou modular, cobrindo várias áreas funcionais, como a financeira, recursos humanos, marketing, comercial e CRM, produção, operações e logística, entre outras. O Software Alidata Gestão de Oficinas é comercializado nas versões Small Business, Mid Market, Enterprise e S2, e permite adicionar soluções complementares como a mobilidade, portalweb, business intelligence, gestão documental, entre outras. Especificamente para o setor, o software Alidata permite efetuar a gestão de todo o ambiente oficinal, desde serviços, marcações, obras, orçamentos, tempos de colaboradores, material, garantias, custos por obra, históricos, entre outras funcionalidades. A aplicação está concebida de forma a poder trabalhar num ambiente multi-oficinal, em diferentes secções e/ou oficinas. Isto permite não só uma melhor perceção de toda a informação, como também possibilita o seu
cruzamento. Os mais recentes desenvolvimentos estão focados na orçamentação, no acompanhamento da ordem de reparação em tempo real (custos versus proveitos) e no acompanhamento/personalização do contacto com o cliente. Quais as vantagens do software Alidata comparativamente com outros softwares existentes no mercado? Com o nosso know-how de quase trinta anos a desenvolver software para o sector automóvel, estamos certo de possuir a melhor solução para gestão de oficinas. A Alidata é uma empresa 100% nacional, com uma elevada taxa de penetração neste mercado. Temos como clientes algumas das maiores referências nacionais do setor. Chegar a estes resultados foi possível graças às caraterísticas únicas do software Alidata Gestão de Oficinas, de que podemos destacar o facto de: - ser um software que se adapta ao cliente, e não o contrário. Na Alidata vamos ao encontro das necessidades do cliente e apoiamo-lo na utilização do software e na satisfação das suas necessidades específicas; - a Alidata é produtora de software, o que facilita todo o processo. Desta forma, os clientes podem usufruir de um acompanhamento muito próximo e de funcionalidades desenvolvidas à sua medida; - a Alidata é uma das software houses nacionais mais antigas, e o setor das oficinas
foi um dos que nos especializámos desde início. O know-how adquirido no setor ao longo de quase três décadas, coloca a Alidata numa posição de destaque face aos seus concorrentes. Assim, o cliente ao adquirir uma solução de Gestão de Oficinas da Alidata está também a adquirir um serviço de consultoria e melhoria dos processos internos, executado por uma equipa com elevado expertise e experiência no sector e no terreno. A implementação é baseada nas melhores práticas e metodologias de gestão e projetos, pois só assim o software se molda perfeitamente ao negócio, e não o contrário; - a solução para oficinas Alidata é escalável tanto no preço como nas funcionalidades. O cliente, ao abrir a sua oficina, pode começar com uma versão mais simples, adaptada às necessidades do momento e, de acordo com o crescimento da empresa e das suas necessidades ir fazendo upgrades. Uma escalabilidade que só é possível porque a solução se adapta quer a micro e pequenas empresas, quer a médias e grandes empresas, com maiores exigências. - finalmente, é um software que responde tanto às necessidades de oficinas que trabalhem várias marcas de automóveis (independentes e/ou multi-marcas), como a concessionários e oficinas de marca própria (que têm requisitos específicos). Quem são os principais clientes da Alidata? Na área automóvel, na qual nos especializámos, os nossos clientes estão em todos os segmentos, sejam independentes, de marca ou multimarca, oficinas, concessionários, empresas de peças, pneus e outras. No total são cerca de quatro mil clientes ativos. Temos clientes emblemáticos em todos os segmentos, que vão da micro à grande empresa, consequência da nossa oferta segmentada. Temos o conhecimento das necessidades reais das empresas nas suas várias fases de crescimento, e respondemos de forma adaptada a cada uma. O que mais valorizam os clientes quando adquirem uma solução de software? Sem dúvida que a adaptabilidade do software às suas necessidades específicas, podendo desenhar os processos de negócio no software Alidata, com total integração das várias áreas da empresa, com a informação disponível anytime anywhere. Como mantêm a proximidade com os clientes e como analisam as suas necessidades?
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O facto de sermos produtores e implementadores, permite-nos um contacto muito mais próximo com o cliente. Somos nós que ouvimos e analisamos as necessidades e expetativas, o que nos permite responder de uma forma muito mais eficaz. O cliente não fica dependente de terceiros e o processo é mais fácil, rápido e, na maior parte dos casos, com custos inferiores. A Alidata tem uma parceria com a GT Motive. Em que consiste esta parceria? Estão previstas mais parceiras deste tipo? Temos parcerias com diversas entidades, sejam para integração de dados/softwares, sejam para oferecer melhores condições de aquisição, entre outras. No caso
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da GT Motive, resultou da integração do Software Alidata Gestão de Oficinas com o GT Estimate, de forma a acrescentar vantagens aos utilizadores de ambas as soluções. Esta parceria passou a permitir às oficinas agilizarem os processos de orçamentação e reduzirem custos, por tratar-se de uma aplicação online que fornece informações para execução de orçamentos e valorização exata nos sinistros automóvel, ou seja, o valor das peças, tempo de execução das operações e respetivos valores. A uniformização reduz custos administrativos ao libertar os colaboradores da duplicação de tarefas, e minimiza os custos na execução orçamental, ao permitir obter o histórico de trabalho e rentabilidade dos colaboradores e planear as tarefas diárias.
As dificuldades económicas que as empresas estão a passar tem prejudicado o negócio da Alidata? Em Portugal, adotámos medidas conscientes de redução de custos e investimentos menos produtivos, revimos criteriosamente as receitas e as margens, maximizámos o potencial da força de vendas e apontámos os recursos para as atividades que são core. Não só a retração da economia portuguesa, como a crescente tendência para a globalização dos mercados e a consequente concorrência, obrigaram-nos a investir nas atividades de exportação e internacionalização. Atualmente, a diversificação dos mercados de atuação é crítica, face às crescentes limitações do mercado nacional, pois impedem as empresas de ter o crescimento que traçaram como objetivo. Consequência desta estratégia, é o facto de 2013 ser o melhor ano de sempre da Alidata. Qual o objetivo da internacionalização da empresa? Em que países está atualmente a Alidata? O mundo atravessa uma fase de grandes desafios económicos e temos observado com atenção a economia dos mercados emergentes, em expansão, e com elevado potencial pelas taxas de crescimento. O objetivo é podermos assumir-nos como uma empresa global, e participar no crescimento das empresas. A Alidata está presente em Angola, Cabo Verde, Moçambique, Brasil e Espanha, e está também a apostar nos mercados da América Latina. Temos um
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plano definido até 2015 para internacionalizar a marca, com uma estratégia estruturada, pois o investimento tem de ser muito criterioso. Neste momento o mercado internacional já representa 40% do total da faturação da empresa. Que significado tem para a Alidata ter renovado o estatuto de PME Líder? É um orgulho sermos de novo reconhecidos com este estatuto e é um grande estímulo para prosseguirmos com a nossa dinâmica empresarial. Significa que temos a estratégia certa e que estamos a conduzi-la de forma sustentável. Quais são os objetivos para este ano 2013, a nível de investimentos e vendas? E para 2014? Pretendemos fechar 2013 com uma taxa de crescimento superior à estimada. Nesta altura do ano, já estamos a crescer face na 2012. Em 2014 vamos apresentar novos produtos, consolidar a abertura do escritório em Moçambique e concretizar alguns negócios com clientes de referência nesse mercado. O ALIDATA Casal do Cego – Marrazes 2410-973 Leiria Diretor geral: Fernando Amaral Tel: 244 850 030 E-mail: geral@alidata.pt Internet: www.alidata.pt
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ENTREVISTA FILIPE BAPTISTA DA SILVA, Diretor Comercial do C. Santos VP
“Mercado da Madeira é fundamental”
i O C. Santos VP inaugurou no Funchal um novo espaço de vendas automóveis e oficinas autorizadas, para as marcas Mercedes-Benz, smart e Evobus, tornando-se o único concessionário oficial a prestar os seus serviços para estas marcas em todo o arquipélago
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om um investimento inicial de € 1.500.000, as novas instalações de C. Santos VP Madeira, com aproximadamente 4.000 m2, albergam um amplo salão de vendas e uma oficina de ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros, oficina de carroçaria e chapa bem como oficina de veículos pesados e autocarros e ainda venda de peças e acessórios. Embora neste momento o espaço seja excedentário, ele está dimensionado para prestar um excelente serviço à clientela quando se der a retoma do mercado. A venda de peças é promovida para todos os clientes, particulares e profissionais, através das oficinas e do balcão de peças, e representa um peso na ordem dos 25% no volume total de faturação, enquanto as oficinas representam cerca de 40%. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Filipe Baptista da Silva, Diretor Comercial do C. Santos VP, explica que “A abertura desta concessão foi um convite da Mercedes-Benz Portugal que muito nos honrou; aceitámo-lo pois existe um parque Mercedes-Benz e smart sólido na Região Autónoma da Madeira (RAM) que permite ter uma ocupação excelente nas Oficinas, além de acreditarmos nas perspectivas económicas a médio e longo prazo da Região e
do país. Pretendemos prestar um serviço de qualidade a clientes particulares e frotistas, à semelhança do que fazemos no continente onde cada cliente é único para nós. A Madeira tem a mesma importância das nossas restantes instalações: é fundamental!” Quantos colaboradores tem o C. Santos VP Madeira? Quantos estão afetos aos serviços de Peças e Oficina? Em velocidade de cruzeiro terá cerca de 30 colaboradores, dos quais cerca de 2/3 estarão afectos aos Serviços de Após Venda. Como se processa a formação dos colaboradores dos serviços oficinais? Além da Formação ministrada pelo Importador Mercedes-Benz e smart, o C. Santos VP possui uma escola em Lisboa onde concentra toda a atividade relacionada com Formação e Treino de todos os seus Colaboradores. As ações dividem-se em formação Técnica, Comercial, Novos Produtos, Acolhimento Clientes, Controlo Qualidade entre outros temas. A nossa Equipa Técnica também desenvolve ações no posto de trabalho que permite aos colaboradores colocar as
aprendizagens em prática com maior eficácia e rapidez. Quais as mais valias que os clientes têm ao levarem os seus carros às oficinas do C. Santos VP Madeira? Os Clientes do C. Santos VP dispõem em todas as Oficinas dos equipamentos mais evoluídos para reparar e diagnosticar as avarias das suas viaturas. Por outro lado, têm sempre disponível o Serviço de Pré-Diagnóstico que permite a todos os Clientes, mesmo sem marcação, ter atendimento imediato onde um técnico especializado irá avaliar a avaria, prestar esclarecimentos, dar conselhos importantes e tudo isto, durante 20 minutos é totalmente gratuito. Adicionalmente o C. Santos VP dispõe de equipamentos informáticos e operativos e de um Call Center que interligados com a base de dados permitem conhecer bem cada Cliente e o historial da sua viatura antecipando as suas necessidades em cada momento. Que factores valorizam os clientes que escolhem os vossos serviços? Os Clientes preferem as nossas Oficinas
porque vêm no nosso Pessoal uma enorme vontade de os servir, com simpatia, disponibilidade e que procuramos fazer de cada cliente um verdadeiro amigo. Valorizam o esforço que colocamos à sua disposição não só na formação dos nossos colaboradores mas também nas instalações, sistemas, ferramentas e equipamentos tecnologicamente avançados. Outro factor importante e muito valorizado, é o facto de o C. Santos VP realizar os serviços solicitados, no menor tempo possível e ter meios informáticos que nos permitem ter um conhecimento profundo sobre o historial da viatura de cada Cliente. Que perspectivas tem para 2013 a nível de volume de faturação? 2013 é o ano de arranque e apenas tra-
O C. SANTOS VP MADEIRA Caminho do Poço Barral, 35-37 S. Martinho, 9000-155 Funchal Diretor Comercial: Filipe Baptista da Silva Tel: 291099511 Internet: www.csantosvp.pt
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“Retalho muda a um ritmo muito acelerado” Filipe Baptista da Silva considera que as oficinas multimarcas irão continuar a sentir muitas dificuldades em acompanhar as enormes evoluções tecnológicas dos automóveis Como caracteriza o mercado português de reparação automóvel e o que pensa será a sua evolução a médio prazo? O Retalho continua a mudar a um ritmo muito acelerado, com os novos hábitos dos clientes que aumentam as suas expectativas a cada dia, mais rapidamente do que grande parte das empresas de Retalho consegue responder. O famoso Benz Motorwagen de 1886 tinha um motor 4 tempos de 954 cm³ com 0,67 cv, que atingia rotações da ordem de 250 rpm, hoje já dispomos do Mercedes-Benz SLS AMG Electric Drive com 740 cv, possuindo um motor eléctrico para cada roda e 12 módulos tendo cada um, 72 células de iões de lítio ou seja, 864 células no total, ou, o que dizer dos Mercedes-Benz Classe B movidos a pilhas de combustível (tecnologia F-Cell), que utiliza hidrogénio e que recentemente passaram por Lisboa na sua primeira missão de dar a volta a mundo com emissões zero. Os grandes desafios passam por saPUB
ber como devemos preparar as nossas empresas para essa oportunidade. Os consumidores hoje têm gostos cada vez mais individuais com apetência para adquirir produtos personalizados ou exclusivos e prometem tornar-se ainda mais exigentes. Parece que no futuro, o serviço se tornará numa proposta finamente calibrada entre cada cliente e a nossa organização. Quais são as principais ameaças para o sector onde se insere a vossa atividade? Neste momento identificamos como principal ameaça o abrandamento que a economia tem verificado. No entanto, temos a nossa capacidade adaptada à situação atual do mercado. Além disto a Mercedes-Benz atravessa um excelente momento dado estar a apostar na renovação da gama e particularmente no segmento dos compactos, onde não estava presente, o que nos está a permitir servir clientes a que até agora não tínhamos acesso, aumentando a nossa penetração no
mercado. Isto contribuirá decisivamente para ultrapassarmos esta fase mais fortes e estarmos melhor preparados para a retoma do mercado. Considera que as peças aftermarket estão a conquistar quotas de mercado em relação às peças de marca? As marcas estão desde há alguns anos, a fazer um esforço enorme para tornarem as suas peças cada vez mais competitivas para competirem no mercado. Entendemos que com o esforço de competitividade que estão a fazer as marcas os clientes preferem, e bem no nosso entender, a peça original e temos assistido nas nossas empresas, a um crescimento bastante interessante das vendas desse tipo de produtos onde até há bem pouco tempo não tínhamos expressão. Que medidas entende serem prioritárias para garantir o futuro da reparação e manutenção automóvel dos concessionários e também das oficinas multimarca?
Estamos a desenvolver estratégias em todas as áreas que visam melhorar a qualidade de serviço e oferecer um leque de serviços mais alargado, adequado à realidade do mercado e assegurar a mobilidade total do cliente. As Oficinas Multimarcas irão continuar a sentir muitas dificuldades em acompanhar as enormes evoluções tecnológicas dos automóveis. Que grandes oportunidades e desafios existem atualmente no setor automóvel em Portugal? O desafio é sempre a adequação da nossa capacidade e nível de serviço às expectativas cada vez mais elevadas dos clientes. Quanto às oportunidades, temos conquistado novos mercados através do aumento do nosso perímetro. Este movimento, aliado à aposta bem sucedida da Mercedes-Benz numa nova linha de modelos compactos, tem-nos permitido levar o nosso serviço e um maior número de clientes.
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ENTREVISTA MARC LOMBARDI, Diretor Comercial da Champion Chemicals N.V.
“Olhamos para o futuro com confiança” i Fabricada pela Wolf Oil, empresa independente que se dedica à produção de lubrificantes para vários fins, a Champion Chemicals N. V. oferece aos seus clientes, lubrificantes feitos à medida de cada um
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om instalações na Bélgica, perto da cidade de Antuérpia, a empresa é especializada na produção de produtos lubrificantes desenvolvidos de forma a melhorar e aumentar o desempenho e longevidade dos motores, ao mesmo tempo que ajuda a reduzir emissões de CO2 e consumo de combustível. A Champion foi lançada no mercado em 1970 e atualmente dispõe de um serviço flexível e fiável que engloba uma cadeia de produção que começa no aconselhamento técnico passa pelo desenvolvimento e formulação do produto, pelo preenchimento, embalagem, logística e várias ferramentas de marketing, culminando com um serviço de assistência ao cliente muito completo. Desta forma, consegue reforçar ainda mais a sua presença no mercado. Em Portugal, a Champion é representada pela Fimag, Importação e Comercialização de Acessórios, Lda, empresa portuguesa com sede em Braga e que foi fundada em 1985. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Marc Lombardi, Diretor Comercial da Champion Chemicals N.V., conta-nos um pouco da história da marca, da presença no mercado português e, como não podia deixar de ser, do futuro, que vai depender das novas tecnologias sempre associadas aos lubrificantes. Quando começou a Champion a produzir lubrificantes? A nossa empresa, a Wolf Oil, iniciou as suas atividades em 1955. Desde então, temo-nos vindo a estabelecer como um produtor exclusivo e totalmente dedicado aos lubrificantes. Esta dedicação permitiu-nos acumular muita experiência, oferecendo qualidade de topo aos grandes construtores líderes na Europa. Em 1970, lançamos a marca Champion e nos últimos 5 anos temo-nos dedicado totalmente ao seu desenvolvimento e crescimento. Durante esse período conseguimos alcançar um crescimento substancial e sustentado, e acredito que, muito em breve, nos vamos tornar numa das mais importantes marcas a operar no segmento automóvel. Que tipos de lubrificantes produzem atualmente? Oferecemos uma gama completa e flexível de produtos de elevada qualidade, que se estendem dos óleos de motor para carros de passeio e motores industriais, aos fluidos para caixas de velocidades manuais e automáticas.
Como carateriza o tipo de serviço que a Champion oferece aos seus clientes? Somos capazes de responder às exigências desta indústria graças à nossa estrutura organizacional e à abordagem flexível que fazemos ao cliente. Posicionando esses clientes no centro de tudo aquilo que construímos, somos capazes de fornecer um serviço responsável e totalmente adaptado às exigências de cada um. Os nossos produtos inovadores oferecem as mais recentes tecnologias e matéria-prima a preços extremamente competitivos. Colocamos também um grande ênfase e dedicação na melhoria dos nossos produtos com um serviço de confiança bem sustentado. Juntamos a tudo isto um serviço completo de assessoria técnica, de produção, de recursos, de marketing e de logística. Esta aproximação ao cliente permitiu criar raízes e estabelecer a reputação que temos hoje como um fornecedor no qual se pode confiar na plenitude. Assim, acreditamos que esta estratégia vai continuar a manter-nos numa posição privilegiada junto dos clientes, à medida que crescemos e realizamos todos os projetos que idealizámos para o futuro.
Também comercializamos produtos para motos, lubrificantes marítimos, fluidos de travões e direção e óleos industriais. Que certificações são pedidas pela indústria automóvel aos produtores de lubrificantes como a Champion? Bem, a Champion é um “player” inovador que pretende marcar a diferença pela qualidade. Por isso, cumprimos todas as regulamentações e aprovações pedidas pelas maiores OEM em todas as nossas gamas de óleos para veículos ligeiros e comerciais. Estes certificados são uma garantia de que a Champion protege todos os sistemas de pós tratamento dos automóveis de uma forma otimizada e correta. A Champion é capaz de responder a todas as necessidades do mercado, ou seja, é capaz de fornecer lubrificantes para os motores mais modernos?
Como marca especializada nesta indústria, focamo-nos em preencher todos os requisitos dos nossos clientes, fornecendo sempre lubrificantes de alta qualidade e tecnologicamente evoluídos. As relações privilegiadas que mantemos com os fornecedores de bases de óleos e aditivos, permitem-nos entregar os melhores produtos a preços competitivos, sempre dentro dos prazos estipulados. Qual é o volume de produção de óleo (em toneladas) estimado pela Champion para este ano? A nossa marca vai terminar o ano de 2013 com um volume de produção aproximado de 100.000 toneladas, valor que inclui os volume que fornecemos às nossas marcas e aos clientes a granel. O volume de produtos embalados da Champion vai ser de cerca de 15.000 toneladas este ano.
Quais são as necessidades reais dos vosso clientes? Os nosso clientes, sejam eles lojas de retalho, de peças ou oficinas, querem saber qual o óleo que vão vender ou utilizar. É esta a sua principal preocupação. Damos-lhes assistência de várias formas para que façam a escolha mais correta e tentamos facilitar o seu dia-a-dia. Isto significa que lhes damos formação e treinos técnicos sobre lubrificantes, a sua história e a sua evolução. Desta forma, os nossos clientes vão possuir um conhecimento global e mais detalhado na matéria. Como complemento, o nosso site www.championlubes.pt fornece ferramentas inovadoras como a “Recomendação de Produtos” que permite, com apenas três “cliks” no rato, saber qual o melhor óleo ou lubrificante para determinado veículo. Assim sentem-se mais tranquilos para lidar com uma área que está em constante renovação. Qual é a relevância do mercado português para a Champion? Apesar da crise económica e financeira dos últimos cinco anos, estamos em condições de crescer a cada ano em dois dígitos. O nosso distribuidor exclusivo, a Fimag Lda,
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automóvel. Esta colaboração estreita com os nossos parceiros profissionais é a chave para transportar a Champion para o próximo nível como marca internacional de lubrificantes líder no segmento.
tem um papel fundamental no desenvolvimento da nossa marca. Graças aos seus esforços, foi possível colocar o mercado português como o quinto mais importante da Europa para a Champion. Que posições estratégicas têm sido tomadas pela Champion no que respeita aos processos de produção e contratação de novos funcionários? Nos últimos dois anos a nossa força de trabalho cresceu de 155 para 180 empregados. Desde que o processo de produção foi totalmente automatizado, as novas contratações estão totalmente dedicadas ao marketing e às vendas. O crescimento em volume obrigou a um grande investimento em novas soluções de logística e no aumento da capacidade de produção. PUB
Estão previstos alguns investimentos para este ano? E para 2014? Em 2012, a Champion fez uma reestruturação de “rebranding” em toda a sua gama. Este exercício incluiu novas embalagens e etiquetagem, um site totalmente novo, uma segmentação de produtos renovada, entre outras novidades. Focamos o nosso investimento na oferta de soluções B2B (comercialização de produtos pela internet) para profissionais, abdicando, até certo ponto, de tentar ser reconhecidos como marca pelo consumidor final. Em 2013 desenvolvemos formação online e offline, e ainda novas plataforma de informação para os nossos distribuidores, que serão otimizadas no decorrer de 2014. Estas plataformas vão ser capazes de aconselhar os profissionais na escolha do melhor óleo para determinado
Como analisa a evolução dos lubrificantes para a indústria automóvel e quais são os grandes desafios a curto/médio prazo? No geral, a indústria de lubrificantes automóvel está e vai continuar nos próximos anos com uma tendência de queda. Nos dias de hoje os automóveis consomem menos óleo e têm intervalos de assistência mais prolongados. Apesar desta realidade, a Champion olha para o futuro de forma positiva. O combustível misturado com biodiesel está a trazer problemas de desgaste prematuro aos lubrificantes. O que está a Champion a fazer para evitar este problema? Na verdade, o desgaste não é o problema principal. O grande problema é a contaminação do óleo no carter. A parte “Bio” do BioDiesel, que se chama FAME (Fatty Acid Methyl Ester), é menos volátil do que a parte mineral. O “Bio” ou FAME é acumulado no carter e é mais sensível à oxidação, e pode tornar o lubrificante, neste caso o óleo, mais expesso quando fica exposto a temperaturas mais baixas. A ACEA adicionou alguns testes mais específicos aos últimos níveis de especificação A/B e C de 2010, como, por
exemplo, um teste de oxidação do Biodiesel ou um exame que consegue perceber qual a capacidade do óleo em ser bombeado quando está em contato com temperaturas mais reduzidas. A Champion respeita escrupulosamente os padrões da ACEA, que garantem que os nossos lubrificantes não são afetados por fenómenos superiores. Quais são as perspetivas de Mercado da Champion a curto/médio prazo? As normas Euro apontam para que a qualidade/inovação se transformem num requisito cada vez mais importante nos lubrificantes. Utilizar o lubrificante certo para cada aplicação específica vai ser cada vez mais importante e fundamental no futuro. As pessoas podem não saber, mas numa sociedade que se está a tornar cada vez mais técnica, os lubrificantes têm uma importância vital. Isto vai-nos permitir por em prática tudo aquilo que aprendemos ao longo dos últimos anos e mostrar todo o potencial da Champion.
O FIMAG Rua Carlos Magalhães , 7 Quinta de Cabanas - Dume 4701-905 Braga Responsável: Filipe Souto Tel: 253 607 470 Fax: 253 607 476 E-mail: filipe.souto@fimag.pt Internet: www.fimag.pt
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Tempos de mudança i Desde que aderiu à rede Top Car, em Fevereiro, a oficina António Simões Lopes não mais parou. Os tempos são de mudança. Pai e filha agarraram a remodelação do espaço nas próprias mãos
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oficina
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Por: Jorge Flores
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ão tempos de mudança aqueles que se vivem na António Simões Lopes. Em Fevereiro de 2013, esta oficina situada na Venda do Pinheiro, há já 23 anos, aderiu à rede Top Car. E desde então não mais parou. A remodelação ainda vai no início e há muito por fazer, conta Dália Lopes, 37 anos, e filha do fundador da empresa, cujo nome empresta à casa. “Temos ali a publicidade toda para colocar”; depois falta ainda “mudar o chão, criar uma receção”… Os benefícios de pertencer a uma rede como a da Top Car são muitos, como sublinha Dália Lopes. O principal? A possibilidade de dar formação à equipa. “Os nossos mecânicos já cá estão há muito tempo e são um pouco antiquados. A formação é essencial”, refere. Mas há outras vantagens. O preço das peças, por exemplo. “Os acordos que a Top Car tem com várias entidades permitem-nos comprar as peças mais baratas”, enfatiza a responsável da oficina. Q PESADOS VS LIGEIROS Em quase três décadas de existência, a oficina António Simões Lopes já passou por muito. Teve 12 funcionários (hoje tem apenas quatro) e também já foi responsável pela assistência a uma empresa com uma frota de 400 camiões. Outros tempos. Outras realidades. No atual contexto, a empresa foi obrigada a redimensionar-se. Transformar-se. Antes, o negócio principal eram os pesados, que“constituíam cerca de 90% da atividade, contra 10% dos veículos ligeiros”, afirma Dália Lopes. Hoje, sente-se uma autêntica inversão na tendência do negócio. “Perto de 70% são ligeiros e 30% pesados”, revela ao JORNAL DAS OFICINAS. Dália Lopes trabalha com o pai desde os 11 anos. Por amor ao ofício. “Comecei por atender telefonemas e depois fui ganhando paixão a isto”. Talvez por isso não se amedronte com nada. “Sei fazer tudo por aqui. E não apenas na teoria”, assegura.“Uma fuga de ar? Posso não ver logo onde é, mas sei tirar a válvula e substitui-la. Sei mudar os calços de travões, tudo... O trabalho não me assusta”. Q PAIXÃO ELÉTRICA Adepta das novas tecnologias e por todas as máquinas que agilizem o negócio, Dália Lopes tem uma particular devoção pelos veículos elétricos, tendo inclusivamente concluído um curso de formação profissional nesta área, no CEPRA (Centro de
Formação Profissional da Reparação Automóvel). Graças a esta “paixão elétrica”, a oficina que lidera é hoje uma das especialistas neste tipo de modelos “verdes”. De momento, são três os clientes regulares que trazem os seus veículos elétricos para reparar na oficina António Simões Lopes. No futuro, poderão ser mais - Dália Lopes pretende inclusivamente instalar um posto de carregamento rápido. Mas, para que tal aconteça, as mentalidades teriam de mudar. “Somos um povo algo resistente à mudança”, diz. E, logo de seguida, acrescenta:“as grandes petrolíferas também não deixam que este mercado evolua”. Os planos de Dália Lopes, neste sentido, vão ainda mais longe. “Algo que gostava de fazer era transformar um veículo elétrico. Mandar vir um motor da China e transformá-lo aqui”, conta. Neste momento, remata, “é uma área ainda por descobrir”. O ANTÓNIO SIMÕES LOPES Rua da Ladeira - Casão 2665-506 Venda do Pinheiro Gerente: Dália Lopes Tel: 219 660 543 E-mail: asimoeslopes@gmail.com Internet: www.topcar.com.pt CONGRATULA A OFICINA DO MÊS
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REPORTAGEM
Visita de clientes à fábrica Mannol
Automatização máxima! i O Stand Asla, distribuidor exclusivo dos lubrificantes Mannol em Portugal, convidou os principais distribuidores seus clientes a visitarem a fábrica em Klaipeda, na Lituânia, que se destaca pelos níveis máximos de automatização
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Stand Asla iniciou em 2011 a distribuição das marcas SCT e Mannol, de forma exclusiva no mercado português. Desde então, tem sido desenvolvido todo um trabalho de dinamização e promoção das suas gamas e a aceit ação por parte do mercado tem superado as expectativas. De forma a consolidar ainda mais este trabalho, o Stand Asla promoveu uma visita à fábrica dos lubrificantes Mannol, convidando um grupo de cerca de 20 distribuidores seus clientes. Esta ação decorreu ao longo de 4 dias e incluiu visita à fábrica e ao armazém da Mannol e SCT, em Klaipeda, na Lituânia. A visita à fábrica teve como objetivo elucidar todos os participantes sobre os processos produtivos implicados no fabrico dos lubrificantes Mannol. E, efetivamente, este objetivo foi cumprido. O programa de visita implicou uma total abertura à colocação de questões e dúvidas, sendo por isso tão didático como se pretendia. Por outro lado, foram discutidas várias sugestões e ideias possíveis de melhorar a promoção da marca no nosso país. Q O PROCESSO DE PRODUÇÃO Todos os passos do processo de produção dos lubrificantes foram acompanhados. Ao longo da visita, o grupo deparou-se com uma fábrica totalmente equipada com tecnologia de topo. Assistiu-se a processos, quer de produção dos lubrificantes, quer da embalagem dos mesmos, ambos com níveis máximos de automatização. A marca tem como objetivos principais o desenvolvimento de produtos que permitam um maior controlo de emissões gasosas, maior durabilidade dos componentes e menos consumo de
combustível. Para tal, na conceção e produção de lubrificantes, a Mannol segue os requisitos necessários neste âmbito, correspondendo prioritariamente às especificações OEM, ACEA e API e às suas constantes atualizações. Por outro lado, a Mannol desenvolve trabalho também para aplicações em motores de nova geração (com filtro de partículas).
tante na Mannol e concretamente para esta gama vários são os esforços aplicados para uma cada vez maior adequação dos lubrificantes aos novos modelos automóveis. Neste sentido, até ao momento, a gama certificada conta com as seguintes aplicações: Opel/Chevrolet 5W30; GM/Daewoo 5W40; Kia/Hyundai 5W30; VW TDI 5W30 e Peugeot/Citroen 5W30.
O STAND ASLA Sede: Rua do Progresso 330 4455-530 Perafita Administrador: Jorge Sá Telefone: 22 091 70 00 Fax: 30 001 30 83 E-Mail: geral@stand-asla.pt Internet: www.stand-asla.pt
Q NOVIDADES NA GAMA DE LUBRIFICANTES Em termos de novidades de desenvolvimento, destacaram-se os lubrificantes certificados pelas marcas. O trabalho de investigação e desenvolvimento é cons-
Empresa SCT/Mannol A empresa SCT/Mannol encontra-se instalada em duas localizações distintas: Hamburgo (Alemanha) e Klaipeda (Lituânia). Na Alemanha existe armazenamento dos produtos das diferentes linhas produzidas e comercializadas. Por seu lado, nas instalações da Lituânia, é onde a produção tem lugar, para além do armazenamento e expedição. A empresa conta com a colaboração de 220 funcionários, operando numa área total de 40.000 m2.
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EMPRESA
Tacofrota
“Cerca de 60 a 70% da faturação já não depende dos tacógrafos” i A Tacofrota é, hoje, muito mais do que uma empresa especialista no comércio e na reparação de tacógrafos. O JORNAL DAS OFICINAS falou com Sérgio Santos, um dos sócios-gerentes, que nos contou a história da companhia e caminhou connosco pelas áreas que reúnem o maior volume de faturação: baterias, refrigeração e climatização Por: Bruno Castanheira
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udo começou em 1992. Carlos Santos, que trabalhara, desde 1987, para a extinta Torque, como vendedor e reparador de tacógrafos, decidiu fundar, na Amadora, a sua própria empresa. Chamou-lhe Tacofrota. As primeiras instalações, situadas no rés-do-chão de um prédio, tinham cerca de 25 m2. O espaço podia ser pequeno, mas era suficiente para Carlos Santos e o seu colaborador venderem e repararem tacógrafos. Nessa altura, reparavam bem mais do que vendiam. Ao contrário de hoje. Em 1994, a empresa mudava de instalações. Passaram a ter cerca de 100 m2. E admitia mais um colaborador. A estrutura tinha aumentado para três pessoas. No ano de 2001, juntava-se-lhes Sérgio Santos, filho do fundador e um dos atuais sócios-gerentes. Desde tenra idade que Sérgio ajudava o pai, Carlos, na reparação de tacógrafos. Até porque o trabalho era muito. Nas tardes em que não tinha aulas, Sérgio alimentava, assim, o seu hobby. E, a mexer em tacógrafos, sentia-se como peixe na água. O negócio corria de vento em popa. Um bom prenúncio, portanto. Q MOMENTO DE VIRAGEM O grande salto da Tacofrota foi dado em 2002, quando a empresa mudou novamente de instalações. Situadas em Belas, tinham cerca de 300 m2. E permitiram começar a apostar na representação de novos produtos. A reparação manteve-se no nível que estava, mas foi feito um grande investimento nas vendas. Desde componentes para tacógrafos até equipamentos provenientes de outras áreas. Corria o ano de 2009 quando a Tacofrota voltaria a mudar de instalações. Desta feita, para o Porto Alto, local onde se encontra atualmente. Dispõe, agora, de um complexo que ronda os 1000 m2, divididos por dois armazéns. E conta já com uma estrutura composta por 10 colaboradores. A faturação total da empresa, considerando todas as áreas de negócio, diminuiu cerca de 7% face ao ano anterior. E assim deve continuar até final de 2013. No ano passado, a Tacofrota faturou dois milhões de euros. O número de clientes, de acordo com a atual base
de dados, é de 1755, embora, destes, apenas cerca de 100 sejam ativos. Se incluirmos a base de dados que anteriormente existia, este número, que não é, contudo, realista, mais do que duplica. A Tacofrota praticamente não lida com venda ao público, uma vez que opera, quase na totalidade, com empresas transportadoras. Para nos falar dos tacógrafos, ninguém melhor do que Sérgio Santos: “Os tacógrafos representam, hoje, cerca de 30 a 40% do nosso volume de faturação. Atualmente, existem apenas três representantes destes equipamentos em Portugal. Cada um assegura a importação e distribuição de uma marca, em regime de exclusividade. A concorrência que existe é, sobretudo, ao nível dos preços. Nós dispomos da marca mais recente do mercado na era digital: a EFAS. Já no caso dos analógicos, trabalhamos com a MOTOMETER. Em todo o território nacional, deverão existir, hoje, entre 350 a 400 instaladores de tacógrafos. Mas atenção: nem todos avançaram para os modelos digitais. Mais de 100 instaladores operam ainda com modelos apenas analógicos. E, assim, acabarão, invariavelmente, por desaparecer. Mas cerca de 200 instaladores já trabalham maioritariamente com digital.”
Para além de tacógrafos, a Tacofrota comercializa baterias, taxímetros, refrigeração e climatização. E tem mais de 3000 referências de peças
Q ERA DIGITAL De acordo com Sérgio Santos, “os tacógrafos analógicos, mais dia menos dia, deixarão de existir. Daqui a alguns anos, quando a percentagem de veículos que os utiliza na Europa for apenas de 15%, provavelmente os fabricantes destes equipamentos analógicos e respetivos componentes chegarão à conclusão de que o negócio já não é lucrativo. Os tacógrafos analógicos têm, em média, uma durabilidade entre 4 a 5 anos sem terem uma única avaria. A maior parte das reparações deviam-se à manipulação que era feita pelos motoristas.” O único tacógrafo digital que a Tacofrota vende, e que é compatível com todas as marcas, ronda os €690 (IVA in-
cluído). Já os analógicos, podem custar, no caso dos novos, mais até do que esse valor. Pelo simples facto de a sua produção ter vindo a diminuir. Logo, face aos digitais, começam a perder rapidamente competitividade. Mas, hoje, praticamente todos os tacógrafos analógicos que a Tacofrota vende são reconstruídos. E os seus preços oscilam entre os €150 e os €300. A percentagem atual de vendas divide-se entre 60% analógicos e 40% digitais. Mas, dentro dos analógicos, 99% das vendas são reconstruídos e apenas 1% diz respeito a novos. Até porque a instalação dos analógicos, de acordo com a lei, só pode atualmente ser feita em veículos produzidos até 1996. O que significa, na
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prática que, mesmo que se queira, nem sempre é possível, por razões de ordem técnica, instalar um tacógrafo analógico novo. Exceção feita aos veículos ligeiros de nove lugares destinados ao transporte de crianças, cuja lei estipula que a instalação de um tacógrafo, embora obrigatória, pode ser feita com um analógico ou digital, desde que homologado. Q NOVAS OPORTUNIDADES A entrada em vigor de legislação específica para os tacógrafos, há mais de sete anos, fez com que deixassem de ser reparados alguns milhares de equipamentos analógicos. Com efeito, a partir de Maio de 2006, todos os veículos novos passaram a ter de estar equipados de fábrica com tacógrafos digitais. De acordo com a lei, é expressamente proibida a reparação de tacógrafos digitais, pelo que, em caso de avaria, substituem-se por novos. No caso dos veículos que estejam equipados com tacógrafos analógicos, se estes tiverem reparação, podem continuar a ser utilizados. Caso não tenham, deverão ser substituídos por digitais. O intuito, para além de questões relacionadas com a segurança e modernidade, foi tornar os controlos mais rigorosos. Até porque os tacógrafos digitais são bem mais difíceis de manipular face aos analógicos. O alargamento da atividade da Tacofrota para outras áreas de negócio, tornou-se, assim, numa estratégia bem PUB
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sucedida. Disso mesmo deu-nos conta Sérgio Santos: “Se não tivéssemos enveredado por outros produtos, a nossa faturação já teria caído, hoje, na ordem dos 40% apenas com o negócio dos tacógrafos. E ainda cairia mais. Atualmente, o nosso maior volume de faturação provém de baterias, taxímetros, refrigeração (frigoríficos, câmaras de marcha-atrás, transformadores de 220 Volt, cafeteiras, fervedores, micro-ondas, aspiradores, cofres, alarmes, sensores de estacionamento e de deteção de gases, tudo da marca Waeco) e climatização (equipamentos/ferramentas de ar condicionado para oficinas e veículos ligeiros/pesados). E dispomos de mais de 3.000 referências de peças. Hoje, começamos a ter muitos clientes de oficinas de ligeiros, ao contrário do passado, que tínhamos apenas clientes de oficinas de pesados, graças ao negócio dos tacógrafos.”
O TACOFROTA
Av.ª Egas Moniz, Zona Industrial Parque do Alto, Armazém 14, Porto Alto 2135 - 232 Samora Correia Sócios-Gerentes: Carlos Santos e Sérgio Santos Telefone: 263 650 050 Fax: 263 650 059 Email: geral@tacofrota.pt Internet: www.tacofrota.pt
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EMPRESA
Rotunda Peças
Trabalhar com os melhores
i Ao longo dos últimos anos a Rotunda Peças tem seguido uma estratégia de consolidação do negócio com as melhores empresas da zona onde opera, ao mesmo tempo que entra no mercado da exportação
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undada há 19 anos, a Rotunda Peças é atualmente gerida por Tomás Rebelo, que iniciou a sua atividade profissional num concessionário da marca Toyota. Graças a esta experiência profissional, a empresa Rotunda Peças ainda hoje é em retalhista especializado em peças para esta marca japonesa. Tomás Rebelo gere o seu tempo na pesquisa de peças por referências, comparando marcas e respetivos preços. “As encomendas hoje são feitas ao dia, o que exige um contacto permanente com os fornecedores e um controlo rigoroso de stocks, de modo que nunca falte a peça que o cliente pede”, diz Tomás Rebelo, que acrescenta “Temos sempre 2 marcas da mesma referência: uma premium e outra “low cost”, porque temos clientes que apostam mais na qualidade e outros no preço”. Q ATENDIMENTO PERSONALIZADO Com o objetivo oferecer um serviço de excelência e diferenciar-se da concorrência, a Rotunda Peças conta com Miguel Santos, filho de Tomás Rebelo, para dar um atendimento mais personalizado aos clientes Premium. “O meu trabalho é estar sempre disponível para dar resposta aos nossos clientes mais importantes, que neste momento representam mais de 60% da faturação da empresa. Assim não têm de estar a ligar para o balcão e ficar dependentes da disponibilidade dos atendedores. Os pedidos são feitos diretamente para mim e as entregas passaram a ser mais rápidas”, diz Miguel Santos. No total, a Rotunda Peças tem 5 colaboradores, sendo 2 recepcionistas, 2 comerciais e 1 um administrativo, mas o fluxo de trabalho exige mais recursos humanos e por isso está prevista a entrada de mais colaboradores para dar apoio ao balcão e aos clientes no terreno. “Para a entrega rápida de peças aos clientes queremos contratar uma colaboradora feminina, porque entendemos que também aqui podemos fazer a diferença”, refere a este propósito Miguel Santos. A estratégia de crescimento da Rotunda Peças passa também pela exportação. “Atualmente estamos a fornecer uma casa de peças em São Tomé e Príncipe e em negociações para podermos fornecer outra nesse
país, mas também temos clientes em Angola e Moçambique”. O esforço para aumentar as vendas foi recompensado com a entrega do Prémio Valvoline por ter sido considerado o distribuidor com “Maior Implementação local do ano”. Q COMUNICAÇÃO DINÂMICA Para promover e divulgar o nome da empresa junto do seu público alvo, a Rotunda Peças aposta na presença em eventos desportivos motorizados, nomeadamente nas corridas de arranque realizadas nas Caldas da Rainha. “São eventos com muitos espectadores, mais de 3.000, que são na sua maioria potenciais clientes dos nossos produtos. Para animar o público e apoiar a organização das provas
contratamos algumas Valvoline Girls e aproveitamos o evento para divulgar a gama de produtos que temos para a competição”, diz Miguel Santos. Outra forma de divulgação utilizada pela Rotunda Peças é através do Facebook, que é muito visitado quando a empresa divulga fotos e vídeos dos eventos que apoia e também de algumas campanhas e promoções que regularmente lança no mercado. A Formação Técnica não está esquecida e foram já várias as ações de formação organizadas pela Rotunda Peças para os seus clientes, com o apoio das marcas que comercializa. Para Tomás Rebelo e Miguel Santos, o balanço que fazem deste ano 2013 é muito positivo
e para 2014, com a entrada de novos colaboradores, acreditam num novo crescimento, mas estão conscientes das dificuldades. “A única forma de nos diferenciarmos da concorrência é inovar no serviço, ter a peça certa no momento certo e acompanhar em permanência o cliente”, conclui Tomás Rebelo.
O ROTUNDA PEÇAS
Rua José Elias, 12 – A 2500-285 Caldas da Rainha Gerente: Tomás Rebelo Tele: 262.844.665 E-mail: rotundapecastr@gmail.com
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PESADOS
Scania inaugurou novas instalações
Ponto de viragem! i As novas instalações dos serviços centrais da Scania Portugal e do concessionário para a região sul do país foram oficialmente inauguradas no passado dia 28 de Setembro, em Vialonga Por: João Cerqueira
este novo espaço a marca sueca estreou também uma moderna oficina totalmente equipada. O evento inaugural contou com a presença de muitos dos principais clientes da zona sul do país e de representantes de vários organismos públicos e associações sectoriais. Com uma área total de 20.000 m2, as novas instalações da Scania Portugal - Região Sul encontram-se localizadas numa zona de fácil acesso às principais vias de comunicação, nomeadamente a A1 e a CREL. O edifício tem uma superfície de 2.000 m2, dispostos em dois níveis que totalizam uma superfície total interior de 2.940 m2 correspondentes à zona onde se encontram os escritórios do distribuidor, oficina, loja e armazém de peças, área de formação de motoristas, escritórios e os serviços financeiros da Scania Finance. Francisco Rézio, Director da Scania Portugal - Região Sul, referiu que “a abertura destas instalações representa uma nova
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etapa para a Scania Portugal e, um ponto de viragem na modernização da rede da marca no nosso país, iniciada em Leiria e continuada recentemente em Mangualde” – acrescentando também o seguinte – “com estas instalações pretendemos consolidar a qualidade dos serviços prestados e criar serviços complementares tais como o serviço de reparação e manutenção de semi-reboques Scania Trailer Services, o serviço de gestão de frotas Scania FMS, a formação de motoristas Scania Driver Training e os habituais contratos de reparação e manutenção”. Segundo Mathias Carlbaum, Director Geral da Scania Ibérica, a marca sueca acredita “no potencial deste país e do seu sector dos transportes e, por esse motivo, investimos aqui em Vialonga, em Leiria, Mangualde e futuramente também na modernização de outros pontos de serviço”. Durante o evento foi sorteado um Pacote de Serviços de valor acrescentado, que
consiste numa mudança de pastilhas para o semi-reboque, curso de condução eficiente e segura da Scania Driver Training, quatro meses de subscrição ao sistema de gestão de frotas Scania FMS e quatro meses de acompanhamento ao motorista através do serviço Scania Driver Coaching. O prémio foi entregue a Renato Neves, Gerente da empresa Transportes Central Pombalense. Q UMA NOVA OFICINA MAIS EFICIENTE
Ao JORNAL DAS OFICINAS, Jorge Costa, Gerente de Serviço da Scania Portugal – Região Sul, explicou que “a oficina de Vialonga está dimensionada e montada de forma a termos eficácia e rentabilidade quer ao nível das baias quer dos postos de trabalho. É notória a diferença de rentabilidade em relação à nossa anterior oficina de Santa Iria da Azóia, até nos pequenos pormenores. Por exemplo, foi estudada a proximidade do balcão de
peças à oficina, criaram-se várias zonas onde o mecânico pode consultar on-line manuais de reparação, apertos, postos de óleo. O facto dos elevadores serem portáteis permite uma grande mobilidade”. Por sua vez, Telmo Lage, responsável de serviço da nova oficina disse ao nosso jornal que “em Vialonga temos serviço de manutenção e reparação de viaturas Scania, serviço alinhamento de direcções, aferição de tacógrafos, assistência a semi-reboques, garantimos todo o serviço relativo aos contratos de manutenção e reparação, serviço de assistência 24 horas com carros oficina e equipas de técnicos permanentemente disponíveis, temos uma área exclusivamente afecta a serviços rápidos. Em breve vamos ter a funcionar uma estação de lavagem. No que respeita às actividades de suporte estamos a impulsionar de forma muito significativa os sistemas de gestão de frota e temos também a formação CAM para motoristas certificada pelo IMT”.
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Scania tem nova oficina em Mangualde A Scania inaugurou no passado dia 14 de Setembro as novas instalações da Scania Portugal - Região Norte, em Mangualde, numa cerimónia que contou com a participação de mais de 200 convidados. O edifício do novo concessionário da Scania Portugal Região Norte em Mangualde tem uma superfície total de 6600 m2, repartidos pela zona dos escritórios, área de oficina e peças e área exterior de parqueamento. Estas instalações encontram-se localizadas numa zona de fácil acesso às principais vias de comunicação, nomeadamente a A25. Nas novas instalações de Mangualde a Scania continuará
a oferecer assessoria especializada na venda de camiões e autocarros, tanto novos como usados, motores marítimos e industriais, assistência financeira, bem como serviços de reparação de camiões, autocarros e semi-reboques, contractos de reparação e manutenção personalizados, pacotes de serviços, aferição de tacógrafos, alinhamento de direcções de pesados, peças e acessórios oficiais da marca sueca. Os serviços e o pessoal das anteriores filiais de Viseu e Vilar Formoso foram transferidos, concentrando-se agora nas novas instalações de Mangualde.
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A nova oficina totaliza 18 boxes, estando nesta fase de arranque com um número médio de 15 entradas diárias, mas “com tendência para crescer”. Em termos de concessionário Scania cobre uma vasta área de território, assistindo clientes sedeados desde “Santarém até quase ao Algarve”. “Esta é uma infra-estrutura que está concentrada num único espaço o que nos permite maior eficiência, uma vez que a nossa anterior oficina se encontrava espalhada por várias áreas” – esclareceu Telmo Lage. “A Scania está fortemente empenhada em desenvolver o conceito ‘One Stop Shop’. A ideia é nós conseguirmos fazer tudo dentro das nossas instalações e o proprietário da viatura não ter necessidade de implementar oficinas próprias” - garantiu Jorge Costa. O SCANIA PORTUGAL Estrada dos Caniços Urbanização Cabo de Vialonga Lt. 1 e 2 2625-575 Vialonga Diretor Geral: Francisco Rézio Tel: 219 569 300 Fax. 219 596 238 E-mail: scania.portugal@scania.com Internet: www.scania.pt
Carlos Megías, responsável ibérico pelo “Scania Trailer Services
“Agora também reparamos semi-reboques”
A Scania quer ser o único fornecedor de serviços dos transportadores, para esse efeito, lançou no final do ano passado a nível mundial o “Scania Trailer Services”, alargando a oferta de manutenção e reparação aos semi-reboques e a todos os agregados do camião. O JORNAL DAS OFICINAS falou com Carlos Sierra Megías da Scania Ibérica, Director de Serviços Associados ao Veículo e responsável pela implementação do “Scania Trailer Services” em Portugal e Espanha.
Segundo Carlos Megías, este novo serviço “pretende ajudar a melhorar a economia das empresas e diminuir o número de paragens dos veículos para manutenção e reparação”, uma vez que oferece a possibilidade de se efetuar a assistência num único ponto de serviço. Pretende também aumentar os níveis de fidelização do cliente. O “Scania Trailer Services” engloba a manutenção e reparação de eixos e componentes mecânicos, sistema eléctrico completo, todos os componentes de suspensão e também de travagem como discos pastilhas, polies, calços, EBS, ABS, etc. Carlos Megías assegura que engloba igualmente a assistência ao nível das “plataformas elevatórias, equipamento de frio e equipamentos hidráulicos”. “Trata-se dum serviço para semi-reboques multimarca, sendo que a Scania também é reparador autorizado pelas marcas de eixos e suspensão SAF-Holland e BPW, pelas marcas de sistemas de travagem Wabco, Knorr-Bremse e Haldex, plataformas elevatórias da Dhollandia e sistemas de frio da Thermo King e da Carrier. Nestes casos fazemos serviço oficial, trabalhamos com peças de substituição originais, podemos fazer garantias de peças novas e todos os serviços de oficina beneficiam da garantia europeia oficial da marca” – assevera Carlos Megías. Adicionalmente, “também podemos efetuar a montagem de equipamentos hidráu-
licos quando estes não vêm instalados de origem. Podemos fazer montagens de bombas de pistões, pisos móveis, gruas e basculantes”. Por outro lado, “em todas as oficinas da rede Scania os nossos técnicos especializados tiveram formação específica para poderem diagnosticar e reparar semi-reboques”. As peças de substituição e o equipamento auxiliar para semi-reboques está integrado na cadeia logística da Scania, o que permite garantir uma elevada disponibilidade de peças, bem como todas as ferramentas adequadas à reparação.
O “Scania Trailer Services” também faz parte integrante dos serviços fornecidos pelo Scania Assistance, o serviço 24 horas de assistência na estrada da marca sueca, que opera em Portugal com vários carros oficina devidamente equipados e equipas de técnicos especializados. Em jeito de balanço, Carlos Megías sublinha que este “é um projecto difícil, numa fase inicial foi preciso dar formação aos técnicos e ao pessoal de oficina para dar a conhecer os processos de cada marca, a divulgação junto dos clientes, no sentido de que estes interiorizem que a Scania tem esta nova oferta, também tem sido difícil”.
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PRODUTO
Verniz HPC15 Air-Bake da Sherwin Williams
Rápido a secar e fácil de aplicar! i Com o lançamento do novo verniz HPC15 Air-Bake, a Sherwin-Williams dá mais um passo em frente na rentabilidade das oficinas de pintura
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o caso dos produtos de pintura, os principais factores adversos da evolução e da rentabilidade são os longos tempos de secagem e a grande quantidade de energia necessária para conseguir um acabamento de qualidade. Com o lançamento do novo verniz HPC15 Air-Bake da Sherwin-Williams, a solução não está no exterior, mas no interior do produto. Trata-se de um verniz à base de água e compatível com a legislação COV internacional, capaz de secar à tempe-
ratura ambiente (20 - 25º C) em tempos extraordinariamente curtos, sem atrasos e sem elevados custos energéticos. O HPC15 da Sherwin-Williams foi lançado na Europa em finais de 2009. A sua principal característica é de ser um verniz de secagem ao ar que pode secar entre 15 e 40 minutos, dependendo das condições de aplicação, a uma temperatura de 20 a 25º. Este desempenho permite grandes poupanças em custos de com-
“Ninguém acredita que o produto funciona e quando começam a trabalhar com o HPC 15, ficam sempre surpreendidos. O melhor comentário que podemos ouvir de um cliente é que “o HPC15 é a melhor coisa que aconteceu na repintura em 30 anos!”, afirma Dean Haycock, responsável técnico europeu da Sherwin-Williams.
Mike Fowler, vice-presidente Europeu da Sherwin-Williams Com a criação da SWP em Janeiro deste ano, foram criadas as condições para que a marca Sherwin-Williams alcance entre nós a notoriedade que merece. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Mike Fowler faz um balanço do trabalho desenvolvido pelo novo distribuidor da Sherwin-Williams em Portugal. Que balanço faz do trabalho desenvolvido pela SWP? A SWP teve um início muito prometedor, pois de uma forma pró-activa estão a promover a imagem da Sherwin-Williams e a conquistar quota de mercado. Estamos também muito contentes com a filosofia de mercado que defendem, pois enquadra-se na perfeição na nossa estratégia a médio-longo prazo. Qual a importância do mercado português para a Sherwin-Williams A Sherwin Williams é uma empresa global que procura estar presente em todos os mercados relevantes na Europa. Para a Sherwin-Williams, Portugal apresenta-se como uma das prioridades, pois é um dos países onde temos assistido a uma evolução muito positiva e em que o potencial de mercado é muito atrativo. Como caracteriza ao negócio da Sherwin-Williams em Portugal? O nosso modelo de negócio assenta numa grande aposta na qualidade dos nossos distribuidores e na sua capacidade para servir as oficinas de uma maneira efetiva e profissional. Tanto nós como o nosso parceiro
SWP estamos a trabalhar de uma forma consistente para manter este nível de profissionalismo e a satisfação do cliente final. Quais são as principais prioridades da Sherwin-Williams no mercado português? Aumentar a quota de mercado e ser um parceiro respeitado pelos nossos clientes. Procuramos proporcionar aos nossos clientes a segurança de ter uma marca especializada em fornecer soluções de qualidade e produtos inovadores que vão de encontro ás suas necessidades Quais são as suas expectativas relativamente à evolução do negócio da Sherwin-Williams em Portugal? São as melhores, pois acreditamos que o nosso negócio vai continuar a crescer devido à nossa capacidade de fornecer soluções rentáveis para os nossos clientes. Considera que a Sherwin-Williams tem suficiente notoriedade no mercado? Notoriedade não é uma palavra que utilizaria, mas estamos a trabalhar
de forma afincada para aumentar o conhecimento sobre a nossa marca no mercado Português. Vamos apostar forte no reconhecimento da nossa marca por parte do nosso público-alvo. O que tenciona fazer para aumentar a notoriedade da marca junto dos profissionais da repintura automóvel e também do cliente final? Vamos continuar a utilizar os meios de comunicação especializados para divulgar a nossa marca. Vamos também iniciar em breve jornadas técnicas a nível local e aumentar a nossa presença em feiras e eventos relacionados com o nosso mercado. Está optimista relativamente ao futuro da marca em Portugal? Sim, claro. Temos uma gama de produtos fantástica que foi criada com o objectivo de aumentar a rentabilidade dos operadores, temos um importador altamente qualificado para nos ajudar a aumentar a penetração e uma rede de distribuidores muito eficaz no acompanhamento dos clientes finais. Não temos nada que não nos deixe muito optimistas em relação ao futuro.
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bustível e aumenta de forma dramática a produtividade de uma operação de pintura. Pode ser utilizado em pequenas ou grandes áreas, por exemplo, numa lateral completa ou num frontal completo, mas é necessário que o técnico tenha formação, pois a aplicação do HPC15 é única em comparação com todos os outros Vernizes. Sem dúvida que a rapidez de secagem e a facilidade de aplicação são duas das maiores vantagens do verniz HPC15, comparativamente aos outros sistemas existentes no mercado. Com o HPC15 não é necessário usar a estufa para secar. Com estas características consegue-se aumentar a rentabilidade da oficina, pois deixa de haver tempos de espera, e pode-se aumentar o número de trabalhos que se realizam num determinado período de tempo. Embora seja um produto único, o seu custo é muito competitivo. Basta lembrar de que quando se está a utilizar o produto, está a economizar-se uma quantidade significativa de combustível e a optimizar o custo da mão-de-obra que é uma parte significativa dos custos em qualquer processo de reparação. As maiores vantagens do verniz HPC15 são sem dúvida o aumento da produtividade e rentabilidade da oficina, sem esquecer a poupança de combustíveis e do impacto positivo que isso tem no meio ambiente. PUB
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O SWP Sede: Rua da Argila, 282 – 286 4445-027 Alfena Diretor Comercial: Pedro Ganilho Telefone: 229.689.139 Fax: 229.684.225 E-mail: pedroganilho.swp@gmail.com
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COLISÃO
Organização da oficina de pintura
Zonas de trabalho
i Numa oficina de colisão são realizados trabalhos de natureza muito diferente, que exigem postos de trabalho específicos, dotados com meios específicos
Colaboração: CESVIMAP www.cesvimap.com
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mbora todas as operações dependam uma das outras, porque incidem sobre o mesmo veículo, as áreas de atividade devem estar perfeitamente bem delimitadas, para que a oficina possa funcionar organizadamente, com eficiência e produtividade. Na área da pintura, as diferentes zonas de trabalho devem estar dispostas numa sequência de serviço lógica e devidamente identificadas, da seguinte forma: O Zona de preparação de fundos O Cabina de pintura/estufa O Zona de preparação de tintas O Zona de limpeza de pistolas O Zonas de apoio
Q ZONA DE PREPARAÇÃO DE FUNDOS Esta é uma das zonas de trabalho mais importantes da oficina de pintura, porque o resultado final do serviço depende em grande medida da preparação da superfície e da aplicação dos produtos de base, entre os quais estão primários, massas e aparelhos. Estes processos implicam a realização de lixagens e pulverização de produtos, que geram nuvens de resíduos com partículas, solventes e outros químicos. Estes resíduos são uma ameaça para a saúde dos operadores e para a qualidade do serviço de pintura, devendo as zonas de preparação ser bem ventiladas e possuir
extração de poeiras local e/ou geral. Por outro lado, devem também ser bem iluminadas e possuir locais de arrumo com todas as ferramentas, produtos e equipamentos necessários para trabalhar, incluindo meios de proteção individual. Plano aspirante A base da oferta em sistemas de controlo de resíduos em suspensão na atmosfera são os chamados planos aspirantes, que criam uma zona de aspiração horizontal em torno do veículo, a partir de grelhas colocadas junto ao solo, através das quais o ar é aspirado e posteriormente filtrado, antes de ser devolvido à atmosfera. Isso evita que os resíduos se espalhem pela oficina e sejam inalados pelos operadores, que mesmo assim devem usar as máscaras de proteção aconselhadas para cada caso. Os mais simples e económicos têm a turbina colocada na parede lateral do espaço de preparação, evitando a realização de obra civil. Sistemas de maior capacidade podem ser instalados ao construir o edifício, se este se destinar especificamente para ser usado como oficina. A limitação desta solução é o facto de não poderem ser aplicados produtos de pulverização, cuja evaporação se processa no sentido oposto à aspiração e não resulta na sua completa eliminação. Além disso, os produtos químicos exigem filtros específicos,
posteriormente encaminhados para reciclagem como resíduos perigosos. No caso dos resíduos de lixagem, a própria gravidade se encarrega de os arrastar para o solo, onde são facilmente aspirados. Em termos funcionais, estes planos aspirantes requerem que as peças ou o veículo sejam pintados na cabina e posteriormente lixados, o que pode entravar um pouco o serviço, especialmente em momentos de bastante trabalho. Aspiração na base Esta solução baseia-se num fosso tapado com grelhas metálicas, que pode já existir no edifício ou ser criado pela elevação do solo, colocando rampas de acesso para os veículos. Este sistema é mais eficiente do que os planos aspirantes, do ponto de vista da eliminação de resíduos, embora implique maior custo de investimento. De qualquer modo, este sistema ainda não permite a aplicação de produtos de pintura pulverizados, que terão que ser aplicados noutro local, presumivelmente na cabina de pintura. Plenum de impulsão Com este sistema, o ar é introduzido através de filtros colocados em toda a superfície do tecto e aspirado junto do solo, como se verifica nas cabinas de pintura (Fig. 1). Para melhorar a circulação
do ar e maximizar a eliminação de resíduos sólidos e gasosos, as zonas de preparação podem ser fechadas com cortinas laterais flexíveis. Opcionalmente, o ar circulante pode ser aquecido, criando condições ideais para a aplicação de fundos de pintura ou até eventualmente de acabamentos, em peças separadas ou em pequenas reparações de carroçaria. As dimensões recomendadas para estas zonas de preparação começam por 3,5 x 6 metros, mas o ideal é de 4 x 7 metros, onde já é possível acomodar dois veículos com margem suficiente de espaço. O caudal de ar mínimo não deve ser inferior a cerca de 16.000 m3/hora. Aspiração nas ferramentas Além da ventilação e renovação do ar, indispensável para a aplicação de produtos de pintura, as ferramentas de lixagem podem ter aspiração incorporada, através do próprio disco abrasivo, o que reduz acentuadamente a propagação de poeiras no ambiente de trabalho. As máquinas de lixar estão neste caso equipadas com um tubo flexível, que se liga a uma tubagem de aspiração centralizada, ou a um aspirador individual. Este último é preferível em situações que exijam mobilidade, porque a aspiração central só permite trabalhar junto aos terminais de aspiração. Por outro lado, se as zonas de prepara-
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fig. 2
fig. 1 Os espaços de preparação com plenum de ventilação no tecto reproduzem parcialmente as condições de uma cabina de pintura, tornando possível a aplicação à pistola de primários, aparelhos e outros produtos de fundo ou acabamento.
fig. 3
fig. 4
Além da atmosfera controlada e renovada de ar limpo e aquecido, a cabina dispõe de uma iluminação dificilmente possível em qualquer outro local, criando as condições ideais para a prática da repintura em qualquer época do ano e em condições atmosféricas exteriores adversas.
ção estiverem equipadas com elevadores, a ergonomia do trabalho melhora e a produtividade pode ser aumentada. Estes elevadores devem estar adaptados ao espaço e às características do solo. No caso de existir um fosso, terá que ser um elevador de coluna lateral ou elevadores pneumáticos insufláveis. Secagem por infravermelhos (IV) Os equipamentos de secagem por IV constituem um complemento muito importante das zonas de preparação, permitindo reduzir de forma muito substancial os tempos de secagem dos produtos de pintura (Fig. 2). Isso deve-se ao facto da radiação IV aquecer a chapa em primeiro lugar e efetuar a secagem de dentro para fora, o que além da rapidez evita os riscos de surgirem defeitos de pintura, devido a secagem incompleta do solvente. Para termos uma ideia da redução de tempos na secagem por infravermelhos, a massa de regularização demora 15 minutos a secar ao ar e apenas 4 minutos com raios IV. Nos aparelhos essa vantagem é ainda mais evidente, porque a 30º C demoram cerca de 2 horas a secar. Numa cabina a
A grande vantagem deste sistema de secagem por infravermelhos, com fixação em calhas deslizantes implantadas no tecto da zona de preparação, é estar sempre disponível quando é necessário, contribuindo claramente para a produtividade da secção.
60º C, podem secar em 30 minutos, mas com secagem por IV ficam prontos a lixar em apenas 8 ou 10 minutos. Neste momento, existem no mercado equipamentos de secagem por infravermelhos para todos os gostos e para todas as necessidades, desde túneis completos, até projetores individuais para pequenas áreas. Por outro lado, as tecnologias são variáveis, podendo ser de onda curta ou onda média e alimentados a eletricidade ou a GPL. Existem os equipamentos móveis, soltos ou com rodas, mas também há equipamentos fixos, para serem aplicados em cabinas ou em zonas de preparação. Q CABINAS DE PINTURA E SECAGEM A cabina de pintura é um equipamento estudado para garantir a melhor qualidade de acabamento possível e também um bom nível de produtividade e rapidez de serviço (Fig. 3). O ar que circula na cabina é filtrado e pode ser aquecido de forma variável, tanto durante o processo de aplicação dos produtos, como posteriormente, durante o processo de secagem e cura da pintura. Um painel electrónico programável de controlo assegura os tempos e as
Podem ser montadas opcionalmente saídas de ar suplementares de fluxo horizontal nas cabinas de pintura, cujo interesse depende do trabalho de pintura ou secagem que se está a efetuar no momento.
temperaturas adequadas para cada tipo de produto e superfícies pintadas. O fluxo de ar é vertical de cima para baixo, evitando a formação de névoas de tinta pulverizada e removendo os vapores de solvente. Tanto o ar de saída como de entrada é filtrado, sendo no primeiro caso para evitar poluir o meio ambiente e no segundo caso para impedir a passagem de impurezas que possam prejudicar o acabamento. Os filtros têm prazo de validade e devem ser substituídos ao cabo de um
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número pré-determinado de horas de serviço da cabina. Em certas cabinas, existem saídas de ar direcionáveis, que se destinam a promover fluxos de ar horizontais, para secar peças avulsas ou para promover a rotação horizontal do ar e acelerar a secagem (Fig. 4). O sistema de aquecimento do ar da cabina pode ser elétrico, a gasóleo ou a gás natural. No caso da eletricidade e do gás não é necessário permutador de calor, porque não existem fumos e o ar é aquecido diretamente pela fonte de calor (veia de ar). Com o queimador de gasóleo, a chama aquece um permutador de calor e os fumos são expelidos por uma chaminé. O ar de aquecimento da cabina não entra em contacto como a chama, mas com as paredes do permutador que estão quentes, não havendo possibilidade de poluição (Fig. 5). Nas cabinas mais recentes, as turbinas de impulsão do ar circulante são acionadas por um sistema inverter, que economiza energia. As paredes da cabina são fabricadas em painéis térmicos moduláveis, para permitir construir cabinas de vários tamanhos. Para um carro ligeiro de turismo, as dimensões recomendadas são de 8 x 4 metros. A cabina é estanque e mantém uma ligeira sobrepressão no interior, para impedir a entrada de ar exterior da oficina poluído. Nas oficinas que não possuem zonas de preparação com plenum de ventilação, a cabina é utilizada também para aplicação de aparelhos, tanto na carroçaria, como em peças desmontadas (Fig. 6). Para satisfazer as diversas necessidades de secagem e acelerar o processo de cura das pinturas, há cabinas que têm pórticos de convecção elétricos ou painéis de raios infravermelhos como equipamento complementar. Sendo um equipamento de certa envergadura e complexidade, a cabina deve ser inspecionada periodicamente pelo fabricante, a fim de detetar desafinações ou possíveis avarias. Por seu turno, a oficina deve seguir as normas de manutenção recomendadas pelo fabricante, pois trata-se de um equipamento de importância crítica para o desempenho da oficina e que não pode falhar. Q ZONA DE PREPARAÇÃO DE TINTAS Este espaço é dedicado à preparação de produtos de pintura e convém que fique separado do resto da oficina, por razões de segurança. Geralmente, não se presta muita atenção a este espaço fig. 5
Fig. 5 - Instalação de aquecimento de ar de uma cabina com queimador de gasóleo e permutador de calor.
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fig. 6
deve corresponder à velocidade de rotação por consumo, de forma a manter disponível um stock mínimo (Fig. 8).
fig. 7
Na zona de preparação atual, não podem faltar o terminal de computador com as fórmulas de cor das tintas e a balança electrónica. As pistolas aerográficas de aplicação dos produtos são colocadas em suportes após a limpeza e secagem.
a acumulação de vapores e gases potencialmente explosivos. Como não seria rentável aquecer a cabina para secar apenas duas ou três peças separadas, aproveita-se o facto da cabina estar quente, após a secagem de um carro completo, para secar peças avulsas pintadas de fresco.
no que respeita a dimensões, iluminação, ordem e asseio, havendo certas cabinas de pintura que têm um pequeno anexo para esse efeito. Não obstante, por razões de segurança e de eficiência, é preferível que exista espaço para trabalhar à vontade, boa iluminação, limpeza e arrumação (Fig. 7). A ventilação natural e/ou forçada é outro aspeto importante, para a evitar PUB
Q ZONA DE LIMPEZA DE PISTOLAS Nesta zona basta que exista espaço para a máquina de lavar pistolas, para o equipamento de recuperação de solventes e para os produtos relativos a esta atividade. Em oficinas de certo movimento há necessidade praticamente constante de lavar pistolas e o local deve estar limpo e bem organizado, como de resto toda a oficina. Esta zona geralmente fica contígua à zona de preparação de tintas, para poder aproveitar a ventilação existente, uma vez que o risco de concentração de vapores inflamáveis é idêntico nos dois casos. A renovação de ar recomendada deve ser da ordem de 2.000 m3/hora.
Q ZONA DE APOIO A oficina de pintura deve ter uma zona de armazenamento de produtos de pintura e consumíveis com uma gestão de stocks racional, para evitar faltas de produtos e pedidos de urgência para os fornecedores. Essa gestão também evita que exista excesso de stock e monos ou produtos fora de prazo, tudo situações que devem ser evitadas porque comprometem a rentabilidade do negócio. O stock de lixas, abrasivos, papel de limpeza e película de mascarar deve ser renovado todas as semanas. No caso de solventes, aparelhos, primários catalisadores e vernizes, entre outros, as encomendas podem ser quinzenais, porque a velocidade de rotação destes produtos é menor. Para todos os produtos, o ritmo de renovação do stock
Armazenamento de resíduos Este local deve ficar também separado da oficina de terá de possuir contentores específicos para plásticos, papel e embalagens vazias. O local deve ser ventilado e possuir sinais de proibição de fumar ou fazer faíscas ou fogo. É também indispensável que esta zona cumpra todas as normas de segurança ATEX. fig. 8
As prateleiras arrumadas e os produtos ordenados por categorias permitem localizar rapidamente o produto pretendido, melhorando a eficiência dos processos.
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CARROÇARIA
Gestão electrónica da cor
Cor informatizada
i Na sua luta permanente contra o factor tempo, o profissional da repintura automóvel tem a seu favor agora a electrónica e a informática, dando um novo alcance às suas capacidades naturais
A
s centenas de cores de carroçarias que existem atualmente no mercado, as suas variantes e os vários efeitos possíveis, tornam a gestão de cor em moldes tradicionais, em que a visão do pintor era o principal elemento de detecção e diferenciação de cores, muito problemática ou até impossível. Felizmente, a electrónica e a informática colocaram-se ao lado dos profissionais de repintura, tornando a gestão de cor mais exequível e prestando valiosos contributos para a gestão de stocks, realização de encomendas a fornecedores, controlo de custos de produtos e processos, além da própria gestão oficinal. Rápido e simples acesso a fichas técnicas de produtos e fichas de segurança, fórmulas de cor e complementaridade com espectrofotómetros e outras ferramentas habituais de cor fazem dos programas atuais auxiliares indispensáveis na oficina de repintura automóvel. Não admira pois que os pintores hoje em dia valorizem nas marcas de tintas sobretudo e cada vez mais as soluções de gestão de cor, que devem ter respostas eficientes para os problemas de identificação e afinação de cores, ajudando a promover a produtividade da oficina, a rentabilidade do negócio e a satisfação do cliente (Fig. 1). Q PROGRAMAS E FUNÇÕES Cada fornecedor de produtos de pintura possui os seus programas de gestão de cor, que constituem a sua ferramenta mais eficaz de fidelização dos seus clientes. Esses programas podem ser instalados em computadores comuns ou específicos das marcas, estabelecendo o contacto com a balança digital, através da qual é possível dosear as misturas de produtos de acordo com as fórmulas de cor.
fig. 1
Colaboração: CENTRO ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com A electrónica e a informática colocaram-se ao lado dos profissionais de repintura, tornando a gestão de cor mais exequível e prestando valiosos contributos para a gestão de stocks.
O software e a respectiva base de dados podem ser atualizados periodicamente, para atender a novos produtos e/ou novas cores entretanto lançadas no mercado. As atualizações podem ser efectuadas com o recurso a discos ou outros suportes digitais, havendo ainda a possibilidade de efetuar atualizações diárias pela Internet, a partir do site do fabricante. Além de facilitarem a identificação da cor e a preparação de produtos, os programas de gestão de cor proporcionam outras funções, como podemos ver de seguida:
fig. 2
As cartas de cor, que podem ter a forma de fichas ou rodelas, são uma ferramenta comprovada, que se baseia na comparação visual das tonalidades.
Gestão de ordens de trabalho Esta função permite criar ordens de trabalho, atribuir cada ordem a um trabalhador definido, podendo ainda incluir dados do veículo, utilizador, seguradora, danos, etc.. Nessa ordem vão sendo acrescentados os dados sobre preparação de produtos utilizados na reparação, para permitir um posterior controlo de custos. Criação de fórmulas personalizadas Permite modificar as fórmulas originais do fabricante, de modo a adaptar a cor a uma reparação concreta. Essas fórmulas personalizadas são guardadas e podem ser utilizadas posteriormente em futuras reparações de características idênticas. Gestão de stocks Para evitar rupturas de stocks e faltas de produtos que prejudiquem ou atrasem a realização de trabalhos, o programa contabiliza as quantidades utilizadas de cada produto e avisa o utilizador quando o stock atinge o ponto mínimo definido. Há programas que fazem automaticamente os pedidos para os fornecedores de produtos via e-mail, quando o stock atinge o limite mínimo. Gestão de preços De acordo com os preços dos produtos definidos no programa, este calcula para
cada ordem de reparação os montantes de produtos a facturar ao cliente. Compatibilidade do fundo O programa indica automaticamente para cada cor selecionada os primários e aparelhos mais compatíveis, maximizando o efeito de cobertura do acabamento, o que economiza produtos. Quantidade de preparação Indicando a superfície que se pretende pintar, o programa calcula a quantidade de produto a utilizar, evitando desperdício ou nova preparação. Emissão de relatórios De acordo com a configuração do programa, este emite automaticamente relatórios sobre a atividade da oficina, podendo estes ser sobre média de reparações, produtividade, totais acumulados de consumos (produtos, energia, consumíveis, etc.), totais de faturação, etc. Impressão de etiquetas De acordo com a fórmula de preparação, esta função do programa ativa a impressora de etiquetas auto colantes, que são depois utilizadas para identificar embalagens de produtos preparados, pistolas de pintura, locais de trabalho, viaturas, etc. Informação de cores compatíveis Nas carroçarias que têm cores diferentes nos pára-choques, molduras das janelas/
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fig. 3
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A percepção electrónica e a informação digital são dois conceitos em competição.
portas, faixas laterais, espelhos retrovisores, etc., esta função indica as fórmulas para essas cores, permitindo a preparação de produtos compatíveis, caso seja necessário. Consulta de documentação Função que dá acesso a fichas técnicas de produtos (TDS) ou fichas de segurança relacionadas com esses produtos (MSDS), permitindo aos profissionais selecionar os meios de proteção individual e os procedimentos adequados em cada caso. Visualização da cor Função que reproduz no ecrã do monitor a cor correspondente aproximada da fórmula de cor.
dos veículos. Quase todos os fabricantes de tintas possuem coleções completas de cartas de cor pintadas à pistola com as cores originais dos veículos. Cada carta tem o código da cor, tornando relativamente rápida a identificação da cor e da respectiva fórmula de preparação. Além do código do construtor do veículo, a carta pode ter o código do fabricante da tinta, o nome da cor, o número da alternativa e da sua tendência (ver Tabela e Fig. 2). Também pode ter um código de barras, que permite ir diretamente à fórmula de cor do programa de gestão de cor, desde que o sistema possua um leitor adequado de barras.
Q CARTAS DE COR As cartas de cor são uma ferramenta tradicional, mas que continua a ser muito útil na identificação da cor da carroçaria
Q ESPECTROFOTÓMETRO As principais marcas de produtos de pintura já dispõem deste aparelho, que permite determinar eletronicamente a cor sobre a qual está colocado, embora poucas oficinas de repintura o possuam, talvez devido a um custo por enquanto elevado. Além do aparelho de medição da cor, existe um programa com uma extensa base de dados, que analisa a informação do espectrofotómetro e determina a cor mais aproximada dos dados apresentados. Obviamente, o equipamento tem que estar ligado ao computador que tem o software instalado (Fig. 3). Esta tecnologia baseia-se na decomposição óptica da radiação do espectro luminoso, no qual cada cor possui uma radiação específica. Se bem que, por um lado, esta solução permita tornar o processo muito mais rápido e assim aumentar a produtividade, por outro lado, levanta também algumas resistências entre os profissionais, que sentem claramente que o factor hu-
Tabela de códigos de cores alternativas CÓDIGO +B = Mais azul +D = Mais escuro +R = Mais vermelho +L = Mais claro +Y = Mais amarelo +W = Mais branco +V = Mais violeta +DI = Mais sujo +O = Mais laranja +VI = mais vivo +G = Mais verde
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Socorrendo-se da experiência e da informação acumuladas, os profissionais de repintura poderão dominar a margem de incerteza que ameaça o seu trabalho e impor a sua técnica profissional.
mano do processo está a ser relegado para segundo plano. Q INFORMAÇÃO DE COR No capítulo da afinação da cor, que depende muito da aptidão e experiência do pintor, a informação também desempenha um papel importante, levando as marcas a disponibilizarem diversas ferramentas adequadas, como é o caso dos posters (Fig.
4). Nesses quadros de acesso visual directo, é demonstrada a proximidade entre as diversas tonalidades e as alterações de formulação que permitem efetuar as transições. Como é evidente, a mestria no uso desta informação depende de formação específica por parte das marcas de produtos de pintura, bem como de muitas tentativas por parte do pintor, até se alcançar um domínio perfeito da técnica.
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Passo a passo
Reparação de plásticos com agrafos metálicos i O sistema de reparação de danos em peças de plástico com agrafos metálicos está a impor-se no mercado, devido essencialmente à facilidade de execução e eficácia
E
m caso de ruptura do plástico, este novo sistema permite unir os bordes separados da peça com agrafos metálicos, de modo que não volta a abrir-se nesse local. Para realizar esta operação, é necessário um equipamento específico, que aquece e aplica os agrafos no plástico, que é facilmente perfurado, devido à temperatura do metal do agrafo. Os kits de reparação incluem vários tipos de agrafos, com forma e espessura adequados a cada tipo de reparação. Veremos de seguida em 10 passos, como se processa esta operação.
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Preparação de materiais, equipamento e ferramentas.
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Ligar o equipamento à corrente e selecionar a temperatura de aquecimento, de acordo com o tipo de plástico e a sua espessura.
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Estabilizar a ruptura com um furo de broca de diâmetro adequado, utilizando um berbequim.
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Inserir o agrafo na ruptura pelo lado de dentro da peça.
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Utilizam-se os agrafos necessários para obter uma união firme do plástico danificado, repetindo a mesma operação do ponto anterior.
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Análise do tipo e dimensão do dano, a fim de selecionar o tipo de agrafo mais adequado à reparação.
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Colocar o agrafo selecionado nos eléctrodos do equipamento.
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Cortar as pontas exteriores dos agrafos, utilizando uma rebarbadora e um disco de corte adequado.
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Regularizar o metal cortado com um esmeril adequado.
Cobrir e reforçar a zona reparada com uma cola específica para esse efeito. Após a secagem da cola, o trabalho está concluído.
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