www.jornaldasoficinas.com
97 dezembro 2013 ANO IX 3 euros
Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
Telemática no pós-venda independente
Revolução sem fios
PUB
A partir de 2015, todos os veículos novos devem trazer o serviço eCall. A recomendação é da Comissão Europeia, que pretende reduzir o número de mortes resultantes de acidentes. As infraestruturas criadas para o sistema permitem a possibilidade de serviços de assistência técnica on-line e a questão que agora se coloca é saber de que modo a telemática vai revolucionar o pósvenda automóvel? Quais as vantagens e perigos? O JORNAL DAS OFICINAS Pág. 8 conta-lhe tudo
3.A EDIÇÃO DA MECÂNICA IAL ÇÃO OFIC PUBLICA 13
nica 20
da Mecâ
Ver e ser visto
25 mil visitantes e 110 expositores são os números oficiais do Salão Mecânica 2013, realizado na Batalha, organizado pela Exposalão. Mas a terceira edição do certame foi muito mais do que isso: uma oportunidade ímpar de ver e de ser visto Pág. 12
1.A CONFERÊNCIA DE VEÍCULOS COMERCIAIS
Aposta vencedora A
AP Comunicação realizou no dia 9 de Novembro, no Auditório da ExpoSalão na Batalha, a 1ª Conferência de Veículos Comerciais, um evento que reuniu cerca de uma centena de participantes e um painel de reputados conferencistas, ligados a vários segmentos do setor dos pesados Pág. 20
ODIVELAS
ODIVELAS II
PORTO
MONTIJO
COIMBR
Visite-nos em www.autozitanianews.pt
Lojas Autozitânia II Vialonga Tel.: 219 527 430 Email: vialonga@autozitania2.pt
Montijo Tel.: 212 308 300 Email: montijo@autozitania2.pt
Odivelas Tel.: 219 348 830 Email: odivelas@autozitania2.pt
Almada Tel.: 212 739 430 Email: almada@autozitania2.pt
Amadora Tel.: 214 996 290 Email: amadora@autozitania2.pt
RA
www.jornaldasoficinas.com
AMADORA
ALMADA VIALONGA
S.B. MESSINES
89 Abril 2013
ANO IX 3 euros
Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
Grupo
Os nossos parceiros A.M. Amaral - Peças e Acessórios Auto Lda Cacém - Tel.: 219140299 Email: amamaral.pecas@gmail.com
Mcd Garcia Lda Pero Pinheiro - Tel.: 219674419 Email: mcd.garcia@mail.telepac.pt
Rugempeças Lda ( Loja 1 ) Terrugem - Tel.: 219609510 Email: rugempecas@gmail.com
ELPS, Lda Funchal - Tel.: 291762175 Email: elpspecasauto@hotmail.com
MCS - Peças e Ac. para Autom. e Camiões Lda Lisboa - Tel.: 218166010 Email: mcspecas@iol.pt
Rugempeças Lda ( Loja 2 ) Abóboda - Tel.: 214455373 Email: rugempecas@gmail.com
Excelência
E
02
04
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
DITORIAL
Redes de oficinas As principais carências e fragilidades dos reparadores tradicionais, especialmente as empresas de menor dimensão, são basicamente o desfasamento tecnológico, grandes dificuldades de acesso à informação técnica, equipamentos e sistemas de trabalho ultrapassados e pouco eficientes, assim como uma imagem demasiado vista e modelos de negócio e gestão um tanto ou até muito aleatórios. Obviamente, o objectivo das redes oficinais é apresentar respostas válidas para estas dificuldades e constrangimentos, dotando a sua rede de serviços, sinergias e sistemas que permitam gerar rentabilidade e competitividade. As prioridades passam como é evidente pelo acesso da rede a marcas e produtos de qualidade original, pelo aumento do volume de negócios com maior capacidade produtiva e competências técnicas alargadas, pelos processos de trabalho e gestão eficientes, pelo aumento da confiança do mercado e dos clientes, através de uma nova imagem e de um novo posicionamento, bem como pelo acesso a um programa completo de gestão ambiental, uma das lacunas mais questionáveis das oficinas “tradicionais“. Tudo isto sem que o projeto e a empresa percam a independência no que é vital e essencial, isto é, o espírito de iniciativa, a motivação e consolidação da equipa, assim como a visão estratégica do negócio e a vontade de progredir. A estratégia e o compromisso das redes existentes no mercado consistem em desenvolver as vantagens das oficinas independentes, adaptando-as às constantes mudanças do mercado e garantindo elevados níveis de notoriedade e confiança junto do consumidor final. Com o conceito de oficina em rede, as oficinas independentes podem ter acesso ao que as redes de marca já têm há muito tempo e que define o patamar comum de assistência a veículos desejável numa Europa unificada. Criou-se assim uma convergência e uma corrente de sinergias entre indústria automóvel, distribuição independente e retalho automóvel que está a ser benéfica e será ainda mais no futuro.
MERCADO
Remuneração do pessoal
Quando o dinheiro falta i Um dos elementos críticos da gestão financeira de uma oficina é a remuneração do pessoal, porque representa uma verba mensal muito significativa, se atendermos a taxas, seguros e outras despesas inerentes a essa rubrica
S
e o negócio está numa conjuntura ascendente, a faturação cobre os custos do pessoal adequadamente, mas à justa, porque as remunerações e as margens estão pensadas para isso mesmo. Só há que ter o cuidado de entregar à segurança social e às finanças as verbas retidas nos prazos devidos, para evitar multas, juros, acumulação de dívidas e outros problemas. Tudo se complica e muito se o negócio está estagnado, em c onjuntura descendente ou mesmo em decadência, porque a faturação deixa de cobrir os gastos do pessoal, instalando-se o caos na gestão financeira da empresa. Das várias hipóteses possíveis, nenhuma é realmente satisfatória, porque resolve apenas uma questão e deixa as outras por resolver. Uma das consequências imediatas é a falta de liquidez, que só pode resolver-se com atrasos de pagamentos, quer aos fornecedores, quer às entidades públicas que tutelam o mundo laboral e quer aos próprios empregados. Haveria a possibilidade de recorrer a um fundo de emergência ou de reserva, se o empresário ou a empresa tivessem previsto essa eventualidade. Fundo de reserva – Dependendo do montante acumulado, a provisão de um fundo de reserva pode ser de extrema utilidade em momentos de ruptura financeira, mas é necessário que tenha sido
constituído e lá se tenha depositado regularmente uma parte dos lucros da empresa. Isso geralmente não acontece e quando acontece o fundo é utilizado para tudo e mais alguma coisa, incluído o pagamento de despesas correntes, realização de investimentos e até para despesas privadas do empresário ou dono da oficina. As exceções confirmam a regra, como sempre. De qualquer modo, esse fundo terá sempre um impacto limitado e transitório, se a situação da empresa não se inverter e se não forem realizados esforços para melhorar o nível de receitas e conter as despesas. Atraso de pagamentos – A forma mais vulgar e “universal“ de obter liquidez em momentos de aperto é ficar a dever os montantes que teriam que ser entregues aos fornecedores de produtos e serviços, ao fisco, à segurança social e outras entidades. Dependendo dos acordos alcançados com os credores e os montantes da dívida acumulada, haverá um momento em que isso deixará de ser um recurso, porque podem ser geradas despesas adicionais (juros, multas, etc.) ou podem ser interrompidos os fornecimentos. Neste ponto, a insolvência já se instalou ou está muito perto, se não houver previsões de aumento de faturação, nem perspectivas de melhoria do negócio.
“Cortes“ nos ordenados – Se mesmo com todos os “truques“ o dinheiro não “aparecer“, é habitual as empresas em dificuldades começarem a deixar de pagar ao pessoal. O ordenado mensal é preservado, nos casos em que cortes no subsídio de férias e 13º mês conseguem equilibrar o barco. Se mesmo assim o casco continuar a meter água, os ordenados podem ser reduzidos ou mesmo suspensos. Estas situações podem ditar o colapso das empresas, porque os empregados desmotivam-se e podem começar a faltar, para fazer trabalhos por fora ou arranjar outros empregos a tempo parcial ou mesmo a tempo inteiro. Perdendo os seus elementos mais valiosos, a empresa dificilmente poderá recuperar e entra na espiral descendente que conduz ao encerramento da atividade. Empréstimos – As dívidas são no fundo “empréstimos“ decididos unilateralmente e, se não resolverem os problemas, os outros empréstimos verdadeiros dificilmente os resolverão. Com as atuais dificuldades de crédito, as empresas em dificuldades apenas poderão aspirar a obter crédito, se tiverem património convertível ou outras garantias para oferecer à entidade financeira. Por seu turno, os empréstimos de sócios e acionistas só têm viabilidade num contexto de recuperação ou reconversão da atividade, porque eles em princípio conhecem ou deviam conhecer a real situação da empresa. Não irão enterrar dinheiro num negócio em vias de dissolução ou quase. Financiamento – A diferença entre empréstimo e financiamento é que o primeiro vai para a caixa e/ou para a conta corrente, enquanto o segundo deverá ser canalizado para investimentos produtivos com retorno a curto prazo ou para a criação de condições de recuperação da empresa. Aliás, os empréstimos só farão sentido se forem conjugados com investimentos ou outras medidas de saneamento financeiro e
DIRETOR: João Vieira - joao.vieira@apcomunicacao.com Redação: Bruno Castanheira - bruno.castanheira@apcomunicacao.com / Jorge Flores - jorge.flores@apcomunicacao.com / João Cerqueira - joao.cerqueira@apcomunicacao.com Diretor Comercial: Mário Carmo - mario.carmo@apcomunicacao.com Arte e Multimédia: António Valente Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com Periodicidade: Mensal Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS” IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares AP COMUNICAÇÃO - PROPRIEDADE: João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda. SEDE: Bela Vista Office, Sala 2.29 - Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A - 2735-336 Cacém - Portugal Tel.: +351 219 288 052/4 - Fax: +351 219 288 053 E-mail: geral@apcomunicacao.com GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W
.es Parceiro em Espanha
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
05
Factos O
Com as atuais dificuldades de crédito, as empresas em dificuldades apenas poderão aspirar a obter crédito, se tiverem património convertível ou outras garantias para oferecer à entidade financeira. O Os empréstimos de sócios e acionistas só têm viabilidade num contexto de recuperação ou reconversão da atividade. O A diferença entre empréstimo e financiamento é que o primeiro vai para a caixa e/ou para a conta
corrente, enquanto o segundo deverá ser canalizado para investimentos produtivos. O Os empréstimos só farão sentido se forem conjugados com investimentos ou outras medidas de s aneamento financeiro e económico da empresa.
Uma das soluções que é possível equacionar é a empresa deixar de ter empregados e passar a ter sócios. O
Nas sociedades em que só há sócios trabalhadores, os negócios funcionam equilibradamente, porque os sócios têm direitos e deveres iguais e controlam-se mutuamente. O Se a empresa acumular património e tiver sucesso no mercado, os sócios enriquecem e podem viver melhor. O Existem mais sinergias e maior capacidade de motivação recíproca numa empresa totalmente constituída por sócios paritários, do que numa empresa com um organigrama convencional.
PUB
económico da empresa. Compra de equipamentos que permitam oferecer serviços mais competitivos e rentáveis ou adesão a umaw rede de oficinas sólida e com sucesso são exemplos de investimentos virados para a ultrapassagem de situações complicadas. Q GESTÃO DO PESSOAL A raiz do problema da falta de dinheiro nas oficinas está quase sempre associada a uma visão demasiado tradicional do negócio. Essa visão parte do princípio de que a empresa cobre o prejuízo da massa salarial quando há pouco serviço e recebe os lucros quando o serviço é suficiente. No fundo, isto quer dizer que os lucros cobrem os prejuízos. O problema é que pode não ser assim. Esse raciocínio só é válido para um negócio muito estável e com uma margem muito confortável. Se a margem for curta ou variável e o negócio apresentar flutuações mais ou menos constantes, dificilmente os lucros chegam para compensar as quebras de faturação cíclicas ou que sucedem regularmente. A ruptura financeira está pois à vista e só não vê quem não quer. Ora, na atual situação de contração
do mercado e de exacerbação da concorrência a tal margem confortável não pode ser garantida, nem a estabilidade do negócio é geralmente alcançada. Qual será então a saída? Q RESPOSTAS INOVADORAS Há muitas oficinas que neste momento não têm problemas com os ordenados do pessoal, porque são na realidade oficinas individuais, onde trabalham outras pessoas sob a orientação direta do dono da oficina. Este organiza o trabalho da sua empresa de modo que o empregado já tem o ordenado antes do mês terminar. Se o serviço faltar, ele vai resolver outros assuntos e deixa o empregado a trabalhar, para lhe poder pagar no fim do mês. Esta é uma visão extremamente pessoal do negócio, mas que funciona, com pessoas muito organizadas e com soluções flexíveis. Quando a empresa é maior e tem mais pessoal, é provável que este modelo já não possa funcionar tão bem. Uma das soluções que é possível equacionar é a empresa deixar de ter empregados e passar a ter sócios. Nas sociedades em que só há sócios trabalhadores, quer sejam cooperativas ou
sociedades comerciais comuns, os negócios funcionam de um modo geral equilibradamente, porque os sócios têm direitos e deveres iguais e controlam-se mutuamente. Na hora de decidir as retiradas mensais de dinheiro, as decisões são colegiais e atendem sempre às necessidades da empresa, da qual o sócio faz parte e na qual tem todo o interesse em que progrida e se consolide. Numa empresa deste tipo, as pessoas trabalham mais empenhadamente e são mais criativas, porque possuem o estímulo próprio do investidor e do empresário, que é o lucro. Se a empresa acumular património e tiver sucesso no mercado, os sócios enriquecem e podem viver melhor. Outra vantagem é que em vez de fazerem trabalhos por fora, levam os clientes para a empresa. Nas horas de dificuldades estão unidos. Nas horas de fartura, controlam os possíveis excessos uns dos outros. Tornam-se células de um organismo em auto gestão. Q QUEM PODE SER SÓCIO DE UMA OFICINA? Qualquer profissional de reparação automóvel competente, responsável,
idóneo e minimamente ambicioso pode e provavelmente deve ser sócio de uma oficina. Mesmo que não possua capital inicial, a sociedade pode ceder-lhe uma quota igual à dos outros sócios, que ele vai amortizando mensalmente com salários, comissões, prémios e dividendos. Isso não o impede de ter os mesmos direitos e deveres dos restantes sócios, porque a quota estará em pouco tempo adquirida e firmou antecipadamente de qualquer modo o compromisso de o fazer. Receita infalível? Provavelmente, nada é infalível neste Mundo e devemos ser humildes ao ponto de reconhecer que sem esforço, sem empenhamento e sem algum sacrifício o sucesso dificilmente pode chegar até nós. Quer sejamos empregados, quer sejamos empresários, acionistas de uma empresa ou qualquer outra coisa. O que parece óbvio é que existem mais sinergias e maior capacidade de motivação recíproca numa empresa totalmente constituída por sócios paritários, do que numa empresa com um organigrama convencional e com uma hierarquia previamente estabelecida e rígida. Aceitam-se apostas!
REDUÇÃO
CUSTOS E06
dezembro 2013
D
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
NAS OFICINAS
CAMPANHA
2013
XII CapítuloDesperdícios Tradicionaiss nas Oficina
C
omo é de conhecimento geral, o ambiente económico está fortemente retraído e as margens do setor têm tido uma tendência de queda. Para que as empresas continuem a ter condições de operacionalidade, a redução de custos é um exercício necessário e constante. Retirar à operação todos os possíveis desperdícios, é mais que um ato de gestão, é seguramente um ato de sobrevivência das empresas. Para muitos, os desperdícios mais frequentes são aqueles que são visíveis, e que de forma quase imediata cada um pode enumerar. Tais como: - Perda de ferramenta; -Utilização descontrolada de “Sprays” (Desengordurante; Lubrificante; Limpador de contatos;…); - Utilização indevida de vestuário de trabalho; - Utilização descontrolada do produto de limpeza de mãos; - Utilização indevida de equipamentos oficinais; - Equipamentos que ficam ligados durante o período de pausa (durante a noite); - Luzes; Água; A/C;…que ficam ligados durante períodos de pausa; - Utilização do telefone para fazer chamadas, quando a utilização do Skype; Messenger;…é totalmente grátis. Muitos mais existirão para além dos acima mencionados, mas se conseguirmos reduzir todos eles em 5% (e não será difícil), numa empresa que tenha 100.000€ de FSEs (Fornecimento Serviços Externos) num ano, conseguimos reduzir 5.000€ de desperdícios… As oficinas são grandes geradores de desperdício de resíduos sólidos e
CAMPANHA REDUÇÃO DE
Coragem para líquidos, no que diz respeito a peças usadas das viaturas e a lubrificantes, anticongelante,... Até há pouco tempo, todos estes desperdícios tinham um custo de tratamento para as oficinas. Hoje em dia já é possível alterar esta situação de custo para proveito. É ainda um tema algo fechado para alguns, mas a verdade é que os resíduos que as oficinas separam e armazenam em depósitos próprios, tem um valor, e graças a um aumento das peças reconstruídas e dos óleos reutilizáveis no mercado, o valor da “matéria-prima” também tem vindo a aumentar. É um enorme desperdício do ponto de vista da gestão da oficina, não ter em conta esta alteração do mercado.
Outro desperdício que é muito comum nas oficinas é o “tempo”… Quantas vezes assistimos a uma enorme pressão nos técnicos, para que eles façam uma determinada operação técnica num prazo mais curto que o estipulado e/ou orçamentado, e depois, todo o processo “logístico” está inquinado de pausas, repetições de tarefas, zonas cinzentas,… Existem hoje ferramentas que aferem ao segundo aquilo que anteriormente mencionamos. Para os interessados, pesquisem em KAIZEN e/ou REFA e, verificarão que estes Institutos são entidades que se preocupam, no limite, com a otimização dos processos e das pessoas ao mais alto nível. Um dos pontos do processo logístico,
onde normalmente o desperdício é muito relevante, é na relação entre o técnico reparador e o técnico das peças. Todo o processo de identificação de peças; o pedido ao armazém; o armazém pede ao(s) fornecedor(es); estes entregam o que têm em stock de imediato, podendo ficar pendente o que não têm… Se a viatura tiver de ficar na oficina mais tempo que o previsto, por causa da falta de peça(s), o técnico de peças informa o rececionista, que é necessário informar o cliente desse facto. Se durante o processo de reparação, outra avaria foi identificada, o técnico reparador informa o rececionista, que é necessário informar o cliente…e fazer
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
07
CUSTOS NAS OFICINAS
a mudança
i Numa altura como aquela que atravessamos, falar em desperdícios no negócio é quase pecado mortal Por: Dário Afonso
Patrocinadores uma nova estimativa de custo e prazo de entrega. Outras fontes de desperdício, que muitas vezes não são devidamente identificadas como tal, são: - Caminhada na Oficina As ferramentas e equipamentos que os técnicos necessitem para o seu normal desempenho, devem estar acessíveis e próximas deste. Cada “passeio” que um técnico faz na oficina, à procura de uma ferramenta e/ou equipamento, é tempo desperdiçado e um momento de potencial distração ao que estava, até então, a fazer. - Desconcentração Técnica Quando um técnico está a fazer um diagnóstico numa viatura e quando este necessita de um nível de concentração elevado, é um desperdício total pedir-lhe que efetue outra operação, (por muito breve que seja), e que depois, regresse ao que estava a fazer. Normalmente reinicia todo um processo de “Passos p/ a Identificação de Avaria” ou, não o fazendo, corre o risco de ter passado por
cima de um dos passos necessários de forma inadvertida e demorar mais tempo na resolução do problema técnico. Uma outra fonte de desperdício nas oficinas de hoje é colocar técnicos a fazer trabalho administrativo. Esta intenção é quase como tentar colocar um peixe a andar…o peixe nada muito bem na água mas, só na água. Entendendo claramente uma necessidade de redução dos recursos humanos nas estruturas oficinais de hoje, não parece ser uma solução colocar recursos técnicos, que sabem que a sua mais-valia é fazer bem e depressa, e depois, colocá-los a tratar de “papéis”. O perfil de um técnico refuta este tipo de funções, sendo consideradas por estes profissionais como “menores”, provocando normalmente revolta e desmotivação. Alterando um pouco o objeto de análise de potenciais desperdícios na Oficina, um outro, bastante transversal no setor, é a não utilização de meios como as redes sociais para comunicar com os clientes. As empresas são capazes de gastar alguns milhares de euros a fazer publi-
cidade, mas é com dificuldade que investem numa Conta de Facebook de forma profissional e contínua. E nas redes sociais, tem mesmo de ser contínua… A utilização de plataformas como a do SAPO ou do STANDVIRTUAL para comunicar com potenciais clientes e conseguir agendamentos online a custo zero…parece-nos uma forma muito interessante de estar, onde todas as empresas têm de estar: no mundo virtual. Não estar nestas plataformas dentro de alguns anos, deixou de ser uma opção. À semelhança daquilo que acontece com os Hotéis que estão nos portais tipo “Booking”
e que são sujeitos a uma avaliação por parte dos clientes, (rating), as Oficinas a médio prazo serão também escrutinadas pelos seus clientes, e esta será a forma mais “independente” de avaliação por parte de um potencial cliente. Por aquilo que foi exposto neste artigo, há em muitas oficinas um potencial enorme de redução de desperdícios, que são muito mais comuns do que por vezes queremos acreditar. É sempre necessária CORAGEM para a mudança, mas o imobilismo não pode ser uma opção.
Campanha Redução de Custos nas Oficinas – 2013 Com este capítulo terminamos a Campanha Redução de Custos 2013 do Jornal das Oficinas. Tentámos durante estes 12 capítulos ser muito objetivos, atuais e de linguagem fácil, nunca perdendo a noção que o nosso interlocutor principal era a Oficina, e em muitos casos, a Oficina Independente. Queremos acreditar que o balanço é positivo, mas quem o pode julgar são As Oficinas. Um excelente 2014…sempre na companhia do Jornal das Oficinas.
08
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
MERCADO
Telemática
Revolução sem fios i A partir de 2015, todos os veículos novos devem trazer o serviço eCall. A recomendação é da Comissão Europeia, que pretende reduzir o número de mortes resultantes de acidentes. De que modo a telemática revolucionará o pós-venda? Quais as vantagens e perigos? O JORNAL DAS OFICINAS conta-lhe tudo Por: Bruno Castanheira
A
telemática, que nasceu nos anos de 1980 e que se tornou particularmente conhecida graças à competição automóvel, resulta da conjugação das palavras telecomunicações e informática. A telemática é a comunicação à distância de um conjunto de dados fornecidos através de uma rede de telecomunicações sem fios. Engloba variadas funções, desde o desencadeamento automático de chamadas de emergência em caso de acidente até à comunicação do veículo com sinais de trânsito e com outros veículos, passando, também, pelo desencadeamento de informações do construtor para o veículo (e vice-versa) em caso de avaria ou manutenção, e-mail, web, networking, entretenimento, gestão de frotas, locais de estacionamento e serviços de reserva. A telemática tornou-se rapidamente parte da evolução dos veículos modernos: os “smart connected cars” (“veículos ligados de forma inteligente”), que estão
relacionados com a mudança na forma como conduzimos e como pensamos acerca da nossa mobilidade. Em finais de 2011, o tema da telemática começou a ser falado no seio da FIGIEFA (International Federation of Automotive Aftermarket Distributors). Primeiro, através do serviço eCall. Q LIBERDADE DE ESCOLHA Com o intuito de regulamentar a introdução do eCall em todos os veículos novos a partir de 2015, a Comissão Europeia elaborou uma recomendação. O objetivo consiste em reduzir, em cerca de 2.500, o número de mortes anuais resultantes de acidentes. Ao alertar os serviços de emergência, de forma automática, em caso de acidente, o eCall permite que as equipas de socorro possam acorrer de forma célere ao local, reduzindo, assim, o número de vítimas
mortais. Sobretudo em locais escondidos e de difícil acesso. Atualmente, apenas alguns veículos dispõem do serviço de chamada automática de emergência. A telemática permite o acesso a variadíssimos serviços. O eCall é apenas um deles. E caso os veículos disponham de interfaces que permitam a ligação de outros dispositivos, como, por exemplo, smartphones, o leque de informação e de conectividade eleva-se a outro patamar. Para além do eCall, estão em desenvolvimento os serviços bCall e sCall. Se, hoje, o conjunto completo de dados do veículo está disponível apenas aos construtores, a intenção é que, a partir de 2015, seja extensível, também, aos operadores independentes. Para criar uma concorrência justa e evitar, assim, uma situação de monopólio. Tal como o Direito à Reparação, a telemática no pós-venda independente
assenta na mesma lógica e rege-se pelos mesmos princípios. A intenção é, uma vez mais, salvaguardar o direito de escolha do consumidor e uma efetiva competição no aftermarket automóvel. A FIGIEFA defende, por isso, o livre acesso do consumidor aos serviços dos operadores independentes, em igualdade de circunstâncias com os serviços disponibilizados pelos construtores de veículos, protegendo a escolha do cliente no que às funções telemáticas diz respeito. Na prática, o objetivo passa por fomentar o aparecimento de novas oportunidades para o setor independente. A FIGIEFA, que integra a DPAI (Divisão de Peças e Acessórios Independentes) da ACAP (Associação Automóvel de Portugal), tem apelado ativamente aos legisladores europeus e nacionais de modo a garantir que a nova tecnologia telemática não contorne a legislação exis-
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Funções telemáticas
Conectividade total O eCall (emergency call) – serviço que desencadeia
uma chamada automática de emergência em caso de acidente. Permite contactar os serviços de socorro e transmite a localização exata do veículo através de GPS O bCall (breakdown call) – serviço que deteta uma
avaria na estrada. O veículo avariou e não pode circular ou pode continuar a circular com uma anomalia (luz fundida, por exemplo). É desencadeada uma informação para o construtor. Este serviço é bidirecional: do veículo para o construtor e vice-versa O sCall
(service call) – serviço de manutenção da viatura. Varia em função do estilo de condução. Os intervalos de revisão podem ser encurtados ou alargados. É enviada informação do veículo para o construtor, sendo, posteriormente, desencadeado um aviso, que pode surgir sob a forma de chamada, de modo a informar o condutor da necessidade e local onde efetuar a intervenção. Este serviço é bidirecional: do veículo para o construtor e vice-versa O Evitar congestionamentos de trânsito O Email, web, networking e entretenimento O Gestão de frotas O Locais de estacionamento O Serviços de reserva (hotéis)
PUB
A telemática engloba uma série de funções. Como o desencadeamento automático de chamada de emergência em caso de acidente
09
10
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
tente na União Europeia. Foi pedida uma rápida implementação das recomendações do relatório “Own Initiative Report”, de Julho de 2012, e foram criadas condições técnicas legislativas relativas à homologação de uma plataforma telemática aberta, interoperável e segura para aplicações ou serviços de veículos. A sua ação visa garantir uma verdadeira escolha aberta para os consumidores e
uma concorrência leal para todos os operadores do mercado do pós-venda automóvel. Em toda a Europa. Q VENTOS DE MUDANÇA Atendendo a que falta cerca de um ano para a introdução do serviço eCall em todos os veículos novos, de acordo com a recomendação da Comissão Europeia, não será a meta traçada para 2015 de-
masiado otimista? Estarão os operadores independentes suficientemente alertados e sensibilizados para esses ventos de mudança, que soprarão dentro em breve? E quanto aos protocolos de comunicação? Serão os mesmos? E no caso de variarem de construtor para construtor, estarão os reparadores independentes preparados para efetuar mais do que um investimento? Todas estas perguntas carecem de respostas. O tempo encarregar-se-á de dá-las. Mesmo que possa custar mais a uns do que a outros. Sabendo-se que a telemática contempla variadíssimas funções e que, mal utilizada, pode até servir de meio para atingir determinados fins, não correrão os consumidores risco de ver a sua privacidade violada? É que o serviço eCall do veículo partilha os sistemas base de hardware e software instalados nesse mesmo veículo, permitindo que as funções telemáticas acedam a outros sistemas. Os mecanismos legais necessários para a proteção de dados dos consumidores serão, por isso, de extrema importância. A telemática revolucionará o pós-venda independente. Irá requerer, por parte dos reparadores, informação, formação e investimento. E trará uma mudança de mentalidades. Nada será, por isso, como dantes. Os desafios que a telemática colocará no pós-venda independente
serão extremamente aliciantes. E exigentes. Até porque trará uma mutação enorme ao setor oficinal. E motivará o aparecimento de novos intervenientes, que contribuirão, sem dúvida, para a qualificação e modernidade das oficinas. A telemática irá obrigá-las, de alguma forma, a investir de uma forma positiva para se poderem atualizar e estar mais preparadas para intervencionar as viaturas modernas. E pode trazer-lhes, ainda, alguma capacidade de iniciativa e de inovação. Hoje, quando o veículo está na oficina ou se encontra avariado na estrada, as oficinas independentes utilizam um cabo ou sistema wireless “local” para ligar o seu equipamento de diagnóstico ao veículo, oferecendo, de forma eficiente, em tempo útil e com baixo custo para o consumidor, os serviços necessários. Com a telemática, a nova comunicação sem fios com o veículo, as oficinas independentes estão atualmente excluídas do direito de aceder à informação dos dados nos veículos, reparação e manutenção, bem como às informações de serviço nos mesmos prazos do que o construtor. Estes desafios tornam necessário desenvolver um sistema alternativo independente, invalidando esta desigualdade de acesso à informação e dados para os operadores independentes. Mas para que tal funcione, muitos passos terão de ser dados.
Importância da FIGIEFA
57 anos ao serviço do aftermarket Fundada em 1956, a FIGIEFA (International Federation of Automotive Aftermarket Distributors) é a federação internacional dos distribuidores independentes do pós-venda automóvel. Contempla 25 membros (20 permanentes; 5 associados) em representação de 22 países de todo o mundo. Integra quer retalhistas quer grossistas do negócio das peças e dos componentes de substituição. É a FIGIEFA quem defende os interesses dos seus associados perante as instituições europeias e internacionais. O seu papel é monitorizar e acompanhar a criação de projetos-lei, com o intuito de assegurar uma concorrência livre e efetiva. Enquanto consultora da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), com adesão ao Fórum Mundial para a Harmonização das Regulamentações aplicáveis a Veículos (UN- ECE- WP29 ), a FIGIEFA tem a missão de monitorizar projetos-lei que tenham impacto quer sobre a liberdade de todos os operadores do mercado quer sobre o acesso à informação técnica; sensibilizar os decisores políticos para a importância de uma concorrência livre e efetiva no pós-venda, de modo a beneficiar o consumidor e a salientar a mais-
-valia do setor independente; acompanhar os desenvolvimentos na tecnologia dos veículos e avaliar os impactos que estes têm na reparação, manutenção, serviços e peças. Eis os membros (permanentes e associados) da FIGIEFA: O
VFT (Áustria) FMA (Bélgica) O SISA (República Checa) O AUTIG (Dinamarca) O AOT (Finlândia) O FEDA (França) O GVA (Alemanha) O SIMI (Irlanda) O ADIRA (Itália) O LARDIA (Letónia) O RAI Vereniging (Holanda) O ABL (Noruega) O SDCM (Polónia) O ACAP (Portugal) O ADPAR (Roménia) O SBF (Suécia) O SAA (Suíça) O YPG (Turquia) O IAAF (Reino Unido) O SMMT (Reino Unido) O AAAA (Austrália) O APMA (Canadá) O AIA (Canadá) O AAIA (Estados Unidos da América) O AWDA (Estados Unidos da América) O
A telemática revolucionará o pós-venda independente, na medida em que implicará informação, formação e investimento por parte dos reparadores. Nada será como dantes
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
11
12
dezembro 2013
ICIAL ÃO OF Ç A C I 13 PUBL
0 ânica 2
c da Me
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
3.ª EDIÇÃO DO SALÃO MECÂNICA S Salão de Equipamento Oficinal, Peças, Mecânica, Componentes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados
Ver e ser visto
i 25 mil visitantes e 110 expositores são os números oficiais do Salão Mecânica 2013, realizado na Batalha, organizado pela Exposalão. Mas a terceira edição do certame foi muito mais do que isso: uma oportunidade ímpar de ver e de ser visto Por: Bruno Castanheira, Jorge Flores e João Vieira
O
s números oficiais revelados pela organização falam em 25 mil visitantes. Talvez tenham sido ligeiramente menos. Ou mais. Mas algo que ninguém duvidava, no último dia do Salão Mecânica 2013 – que fechou portas no domingo, dia 10 de Novembro – foi do sucesso desta terceira edição. Entre os 110 expositores, de todos os setores relacionados com o pós-venda, a azáfama era enorme. Conversas, risos… e negócios. Sim, porque 75% dos visitantes eram profissionais e não há melhor palco do que o da Batalha para o
estabelecimento (ou aprofundamento) de contactos. Houve quem tenha, inclusivamente, colocado cartazes a pedir distribuidores para os seus produtos. Uma oportunidade de ver e de ser visto. De falar e de ouvir. E de conhecer todas as novidades em termos de equipamentos oficinais e de peças para reparação automóvel (desde máquinas de auto-diagnóstico a produtos de limpeza). Nos corredores do salão, o representante de uma empresa espanhola comentava, espantado, o horário do evento – que
se estendeu, todos os dias, exceto no último, até às 23 horas! “Nunca vi nada assim”, comentava, visivelmente agradado. Quem também estava satisfeito com o rescaldo do evento era José Frazão. “Este ano, o salão superou todas as expetativas a nível de afluência de expositores e visitantes”, adiantou ao JORNAL DAS OFICINAS. Segundo o administrador da Exposalão, esta foi a “melhor edição da Mecânica e esse sucesso motiva-nos a fazer mais e
melhor no próximo ano, onde esperamos vir a ter mais expositores e, consequentemente, mais profissionais do ramo da reparação e manutenção automóvel que é o nosso público-alvo”. No futuro, acrescenta, o objetivo será “criar condições para que as empresas se mostrem ao mercado, sendo uma oportunidade privilegiada para apresentar soluções, aumentar a notoriedade, avaliar a concorrência, medir o mercado, estabelecer contactos, reforçar relações comerciais e concretizar negócios.”
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
200 KM MOTORSPORT
ALTARODA
AUTO DELTA
www.200kmmotorsport.com
www.altaroda.pt
www.autodelta.pt
A aposta da empresa de Leiria voltou a ser a competição. Na edição deste ano do Salão da Mecânica, a novidade de maior monta foi a marca de fatos de competição P1, já existente no mercado há dois anos, e da qual a 200 Km Motorsport é agora representante oficial em Portugal.
A empresa de Paredes, que foi inaugurada numa data curiosa (07/07/2007), apresentou um argumento de peso no Salão da Mecânica, realizado na Batalha: a sua mais recente evolução em termos de máquinas de calibragem de pneus, designada MT 4000 c Touchless, cuja maior qualidade reside no facto de toda a operação ser controlada, de forma automática, através de toques no ecrã – e nunca no pneu.
Com o objetivo de estar mais perto do cliente e de mostrar a sua imagem, a Auto Delta apresentou-se na 3.ª edição da Mecânica com parte do seu vasto portfólio. As maiores novidades dignas desse nome foram as ferramentas da marca alemã Sauer Werkzeug, que, em Setembro de 2013, juntaram-se ao leque de produtos desta empresa, já com 36 anos de idade. Em destaque estiveram, também, as ferramentas específicas das marcas Luk e Ina. Para além da linha de produtos da Liqui Moly.
ALIDATA www.alidata.pt A Alidata, que se assume como líder nacional no desenvolvimento de software para o setor automóvel, deu a conhecer as novidades das soluções de gestão tecnológica, com o objetivo de mostrar de que modo as empresas podem aumentar a sua produtividade e competitividade. Mas, também, as novas tendências do mercado. A Alidata é uma empresa 100% nacional que opera, desde 1984, nas tecnologias informáticas, com especialização no setor automóvel e industrial, onde desenvolve e implementa soluções de gestão integradas (hardware e software).
ARAN www.aran.pt A ARAN fez questão de marcar novamente presença na feira da Batalha, estando, assim, próxima do setor oficinal. Esta associação, sediada no Porto, aproveitou a ocasião para promover os seus serviços e relembrar a importância que tem na defesa dos interesses dos seus associados.
AUTODIAG www.autodiag.pt A novidade maior no stand da AutoDiag, empresa que nasceu em Maio de 2005 e que dedica 80% do seu trabalho ao auto-diagnóstico, foi a marca VDO, linha de produtos que integra a leitura de sensor de roda (tempo, pressão, estado da bateria, entre outras informações) e que se prepara para entrar no mercado luso. O sistema faz programação e tem todos diagnósticos-base: ângulo de direção, diagnóstico de ABS, airbag, ar condicionado…
AUTOMATIC CHOICE www.automaticchoice.com Embora já tenha trabalhado em parceria com empresas portuguesas, foi na edição deste ano do Salão da Mecânica, que a Automatic Choice se estreou em solo nacional. O objetivo desta empresa espanhola (Málaga), especialista em caixas de velocidades (área em que dão também formação e apoio técnico) foi o de dar a conhecer-se. Mostrar que não tem uma existência meramente online…
AUTO-STARTER www.as-pl.com A empresa polaca especialista na distribuição de alternadores, motores de arranque e componentes, que está no mercado há mais de 20 anos, apresentou-se na feira da Batalha com uma pequena parte da sua gama. Em 2004, foi criada a marca AS, que se tornou no principal distribuidor. Para além do catálogo online, dispõe de mais de 6000 tipos de PUB
13
alternadores, motores de arranque e peças, que estão armazenados em stock. No passado mês de Junho, a empresa abriu uma nova sede, em Gdansk, na Polónia, que inclui um armazém moderno.
BERNER www.berner.pt Especialistas nos setores automóvel, construção e indústria, a Berner levou à terceira edição da Mecânica os kits de manutenção para veículos híbridos e elétricos, as lanternas LED que se carregam através de tomadas de 12 Volt, 220 Volt e USB. Para além disso, anunciou que, a 1 de Dezembro de 2013, estará disponível uma loja online com toda a gama de produtos e consulta técnica.
CONVERSA DE MÃOS www.conversademaos.pt Em exposição no espaço reservado a esta empresa de equipamentos para pneus e estações de serviço estiveram todos os produtos de limpeza automóvel (para interiores e exteriores), com especial destaque para as linhas Fast Cleaner, Last Touch e Polish Express – este último, um composto de cera que, segundo os responsáveis, dispõe de quatro níveis distintos de proteção para veículos.
14
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
EUROTRANSMISSÃO www.eurotransmissao.pt ICIAL ÃO OF Ç A C I BL 3
Sediada em Braga, a Eurotransmissão encontra-se a dar continuidade ao trabalho iniciado há quatro anos. A sua gama de produtos inclui óleos específicos para transmissões automáticas, que variam consoante a marca e o modelo do veículo. A empresa, que se assume líder no mercado nacional, também reconstrói e dá assistência a caixas de velocidades automáticas de várias marcas. Trabalha com as marcas ATSG, Sonnax, ZF, Jatco, Transtec, Derale, Precision International, BorgWarner, Aisin, GM, Lubegard, Transtar e Alto. Dispõe de um vasto stock de conversores de binário, grupos de válvulas, kits de reparação, filtros, kits de discos, óleos e aditivos.
PU ica 201 n â c e M da
EUROTYRE PORTUGAL www.eurotyre.com
COSTA, NUNES & COSTA www.mikfil.com No espaço reservado à Mikfil, também conhecida por Costa, Nunes & Costa, Lda., pôde ser vista a linha de filtros da marca turca Fil Filter, vocacionada para os setores pesado e industrial, nos quais as gamas de filtros hidráulicos foram ampliadas. A empresa fez questão de divulgar ao máximo a marca e os representantes, ao mesmo tempo que tentou angariar clientes. A Mikfil dispõe de novos filtros de ar e de combustível.
DINGIPEÇAS www.dingipecas.pt A empresa leiriense exibiu no Salão da Mecânica a sua gama de óleos Valvoline específicos para cada tipo de veículo. Segundo palavras dos responsáveis, os produtos apresentados primam pela qualidade e não tanto pela política de preços baixos.
DISTRILUBE www.distrilube.pt A Distrilube colocou em exposição muitos produtos que comercializa (fruto da sua ligação com a Faher e com a Autotec). Entre eles, refiram-se os novos produtos de limpeza para motores, filtros e catalisadores, que têm a rara vantagem de servir tanto para motores a gasolina como Diesel.
DOMINGOS & MORGADO www.domingos-morgado.pt A empresa da Maia fez a apresentação oficial da JohnBean V3400. Produzida em Itália, embora a marca seja norte-americana, esta máquina de alinhamento de direções é considerada o último grito na especialidade. Uma vez que não existem cabos de ligação às torres, a máquina
pode deslizar sobre rodas, sendo, por isso, totalmente portátil. Outra das evoluções consiste nos tempos de intervenção, encurtados em cerca de 20 minutos, e no facto de o sistema arrancar muito mais rapidamente do que na máquina semi-portátil Centauro.
A aposta da empresa de Murtede, freguesia do concelho de Cantanhede, foi a o reforço da sua presença em todos os segmentos de mercado. Quer nos pneus ligeiros quer nos pesados, passando pela entrada nos agrícolas. A Eurotyre é distribuidora da marca Infinity para a Península Ibérica.
FEIRAMAQ DRF A DRF não desvendou novidades relevantes no Salão da Batalha. Optou antes por expor um pouco de tudo. Ainda assim, a empresa de componentes, que jogava em casa (situa-se na Batalha), não deixou de destacar os novos amortecedores para reforçar as gamas de veículos comerciais ligeiros.
EUROMAQUINAS www.euromaquinas.com A Euromaquinas Hispanidad, fundada em 1985 e que se centra a sua atividade no fabrico e importação de maquinaria e ferramentas industriais, incidiu o foco na gama de produtos que comercializa em Portugal e Espanha. Todos eles relacionados com a área da iluminação. Em particular evidência estiveram os produtos portáteis da Telwin, concebidos a pensar tanto para oficinas, como para indústria, como ainda para montanha. Uma ampla oferta de lanternas portáteis com quatro horas de autonomia.
EQUIPOS DE TALLER www.equiposdetaller.com A empresa espanhola Equipos de Taller marcou presença, pela primeira vez, no Salão da Batalha. Mais do que uma forma de mostrarem os seus produtos (elevadores; máquinas para equilibrar rodas, desmontar rodas e alinhar direções), tratou-se, segundo explicaram os seus responsáveis, de uma oportunidade para conhecerem o setor e para se darem a conhecer em solo nacional.
www.feiramaq.pt A FeiraMaq, fundada a 23 de Março de 2007, trouxe para o Salão da Mecânica toda a sua gama de aditivos e consumíveis. Em particular evidência, no seu stand, estiveram os produtos de limpeza de filtros da marca Ecotec.
FERBASA www.ferbasa.pt.com A grande novidade no espaço reservado à empresa de Sacavém foi o facto de ter passado a ser importador, para as regiões Centro e Sul do país, da marca italiana Usag. Com cerca de 5000 referências, a
Usag dispõe de uma vasta gama de ferramentas e equipamentos oficinais. A Ferbasa é um dos cinco importadores desta marca italiana para Portugal.
FEREXCEL www.ferexcel.com Com um milhão de referências em stock, a empresa do Seixal vincou a sua presença na feira da Batalha com a divulgação do portal www.ferramenta.pt. Com cerca de 150 mil artigos (estima-se que chegue aos 300 mil no final de 2013), este portal agrega todos os equipamentos e consumíveis indispensáveis às oficinas. Com entregas gratuitas em 24 horas e sempre com o melhor preço garantido. A empresa pertencente ao Grupo Ferexcel Internacional, com mais de 30 lojas online, aposta nas melhores marcas, na assistência técnica especializada e sempre em grandes descontos. Diretamente do importador para o cliente.
FERREIRA & FILHOS www.ferreiraefilhos.pt Para além de se ter apresentado a público e parceiros de negócios, a empresa da Marinha Grande lançou na feira da Batalha as linhas brancas Value e All Makes. A primeira consiste numa linha de peças sobressalentes (lâmpadas; correias; escovas; filtros de habitáculo e de motor; velas; pastilhas de travões; baterias) destinada à Iveco, tendo sido criada fruto da colaboração da Iveco com a Magneti Marelli. Quanto à segunda, criada a partir da experiência da Magneti Marelli e da After Market Parts, destina-se aos Citroën Jumper, Ford Transit, Mercedes-Benz Sprinter, Nissan Interstar, Opel Movano, Peugeot Boxer, Renault Trafic, VW Crafter e Isuzu Série N. Reúne 10 linhas de produtos: alternadores e motores de arranque; filtros de habitáculo; filtros de motor; amortecedores; baterias; pastilhas de travões; velas; lâmpadas; correias; escovas. A última geração dos cartuchos para filtro secador (OSC) Iveco também marcaram presença.
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
FIXAVE
segunda novidade diz respeito ao kit V&M, que mais não é do que uma ferramenta concebida especificamente para a montagem e desmontagem de todos os tipos de pneus Run Flat, baixo perfil e SSR. Permite que um funcionário consiga, sozinho, mudar um pneu, evitando, assim, o recurso a equipamentos mais dispendiosos e que ocupam mais espaço.
www.fixave.com No stand reservado à empresa da Trofa, pôde ser vista a nova linha Purefix para tintas de reparação de cor, a gama da Menzerna para polimento de pintura automóvel (preparação; polimento; acabamento; proteção) e ainda os complementos para pintura, que vão desde fitas isoladoras até perfis para contornos.
IP LEIRIA www.ipleiria.pt
FUSELCAR www.fuselcar.com Com sede em Aveiro, a Fulsecar, especializada em eletricidade e eletrónica automóvel, adaptação de veículos a gás e montagem de sistemas de som e auto-alarmes, está a ampliar a rede da empresa por todo o país. E o Salão da Mecânica, realizado na Batalha, foi o palco certo para espalharem a mensagem ao muito público presente.
GUTMANN MESSTECHNIK www.portugal.hella-gutmann.com As máquinas de diagnóstico com conceito de reparações em tempo real (Mega Macs 66) foram a principal atração no espaço reservado à filial portuguesa da Gutmann Messtechnik.
PUB
15
HELDER www.heldermaquinas.pt A empresa de Hélder Santos, sediada em Leiria, apresentou o sistema de limpeza de ultrassons da Tierratech. Com 150 kg de peso e 150 litros de capacidade, anuncia uma eficácia surpreendente na limpeza de injetores, turbocompressores, filtros de partículas Diesel, coletores de admissão, blocos de motor, bielas, cambotas, cabeças de motor, radiadores, motores de arranque, alternadores, caixas de velocidades e válvulas EGR. Não tem interferência na parte elétrica, uma vez que a água é desoxigenada. Da parte da BrainBee, foi dado a conhecer o autodiagnóstico que possibilita a ligação
a um tablet (que não o iPad), método que até era feito apenas através de um computador.
INNOVACION DE UTILES www.utilnova.com A marca espanhola trouxe duas novidades à ExpoSalão. A primeira, desenvolvida e patenteada pela Utilnova, em colaboração com a Universidade Pública de Navarra, e que já deu nas vistas no Salão Equip Auto, no passado mês de Outubro, consiste numa chave de núcleo de válvula, particularmente útil para mudar pneus. A grande vantagem reside no facto de não deixar cair o núcleo da válvula que se retira do pneu, uma vez que fica sempre fixada à própria chave. A
Dispõe de licenciaturas em Engenharia Automóvel, Eletrónica e Mecânica. O IPL conta, ainda, com formação em tecnologia automóvel através de um curso de Gestão de Oficina, que envolve um extenso plano curricular. O IPL tem vindo, no que à área automóvel diz respeito, a desenvolver uma série de parcerias com o mercado, sendo um organismo muito ativo neste aspeto.
INTERESCAPE www.interescape.com Especialista em sistemas de escape e catalisadores, a Interescape, que comercializa as marcas Walker, Imasaf, Eberspacher, lecat, lepower e As, continua a apostar na limpeza e na reparação de filtros de partículas Diesel. E trouxe à feira da Batalha a sua gama de escapes em aço inoxidável e catalisadores.
16
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
ICIAL ÃO OF Ç A C I 13 PUBL
0 ânica 2
c da Me
Mecânica. Mais económico e mais ambiental, os Gases de Petróleo Liquefeitos já estão a ser adaptados aos motores Diesel. Ainda que só no segmento dos veículos pesados.
MASTERSENSOR INTERMACO www.intermaco.pt A nova máquina Genisys D750, da OTC, que trabalha em paralelo com um osciloscópio de dois canais, foi uma das vedetas no stand da Intermaco. Está dotada de esquemas elétricos, boletins técnicos, informação sobre erros comuns, localização e análise de componentes, programas de manutenção OEM e peças de reposição. As outras foram: máquinas Robinair conversíveis com novo gás refrigerante para ar condicionado; kit de limpeza de filtros de partículas Diesel.
JMC www.jmcs.pt No stand da JMCS, empresa que foi constituída em 2002, destacou-se a presença do aditivo conservante para depósitos de produtos térmicos e combustíveis Diesel – da marca Allegrini. Produtos que visam resolver problemas de contaminação do gasóleo devido ao biodiesel.
JVR AUTO ACESSÓRIOS www.jvrautoacessorios.com Para os responsáveis da JVR Auto Acessórios, que este ano atingiu os 20 anos de existência, o elevado grau de especificidade das suas gamas de rádios é o principal fator distintivo da empresa. Como destaque, no seu espaço, esteve o novo modelo da Kenwood, destinado aos veículos pesados, que aqui fez sua estreia, ainda antes do seu lançamento no mercado luso, no final deste ano.
www.mastersensor.com A empresa de importação e dist ribuição de acessórios de segurança automóvel, sediada em Aveiro, deu a conhecer a escova Heyner dotada de tecnologia híbrida, que combina o design e a aerodinâmica de uma escova flat com o contacto da escova tradicional. Dotada de um sistema de montagem resistente, simples e confortável, foi testado por TÜV Rheinland. Vendida à unidade por um preço competitivo, esta escova híbrida, que não perde o brilho ao sol, dispõe de blister com adaptador em separado. Já a JB.lab, marca sul-coreana com tecnologia 21 bit, destacou-se pela sua gama de auto-rádios e sistemas multimédia. Com ou sem CD, com 1 ou 2 DIM. No espaço da Mastersensor também não faltou a Bury, que equipa todas as marcas alemãs de veículos com tecnologia Bluetooth.
MAXOLIT www.maxolit.com KS e Govoni. Foram as novidades destas duas marcas que a Maxolit revelou na feira da Batalha. Do lado da KS, a chave para desapertar jantes, que produz 1600 Nm de força, mereceu destaque. Pela parte da Govoni, que também produz para equipamento de origem de vários construtores de veículos, foram alvo de particular atenção os saca-injetores, o kit de bloqueio, a ferramenta especial para o sincronismo do motor e a ferramenta que permite tirar o miolo das velas dos motores Diesel 1.4 e 1.6 HDi do Grupo PSA.
MARLUPIN
A empresa de Mafra levou à feira da Batalha alguns produtos da Faher, que dispõe de uma completa gama para tratamento anti-frição: radiadores; motores; direção; retentores. A grande novidade foi mesmo o lançamento do novo produto FACB: lubrificante ani-frição para correntes de bicicletas, motos e outros equipamentos.
NELSON TRIPA www.nelsontripa.pt No stand reservado à Nelson Tripa estiveram em destaque os novos compressores comercializados pela empresa de Torres Vedras, que existe há 28 anos e que se dedica à importação e distribuição de peças e equipamentos para climatização automóvel, sistemas de refrigeração e eletrodomésticos. Dois novos produtos que já têm como destino a Renault e a Toyota.
MORAIS & CÂMARA Usar menos energia, pintar mais. É este o processo HP, com tecnologia Airt-Dry, da Sherwin-Williams, que a Marlupin promoveu na feira da Batalha. Permite poupar combustível, ao desligar-se o aquecimento, à custa de vernizes e primários que secam ao ar, não necessitando, por isso, de calor. Desde a aplicação do primário até ao polimento, o processo demora 71 minutos. O HP Process é um processo de pintura automóvel patenteado, que recebeu inúmeras certificações de fabricantes de automóveis OEM.
MASTERGÁS www.mastergas.pt A empresa especialista em adaptação de veículos para GPL, membro da ANIC (Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL) e da APVGN (Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural), fez questão de relembrar vantagens e esclarecer dúvidas relacionadas com a utilização de GPL na 3.ª edição da
www.moraisecamara.com Em exposição no espaço reservado à Morais & Câmara, empresa que está no mercado nacional de comércio de máquinas desde 1983, estiveram os equipamentos para viaturas de serviço, manutenção e assistência.
MOVICONTROL www.movicontrol.pt Presente nos setores da agricultura, pescas e hidráulica, a Movicontrol, que está no mercado há 26 anos, dispõe de 65 colaboradores e tem uma faturação anual de 10 milhões de euros, sendo parte da sua exportação destinada a Angola, trouxe à feira da Batalha os equipamentos oficinais de lubrificação da marca espanhola Samoa, da qual é distribuidora há seis meses.
MUNDIALUB www.faher.com
PBS www.portugalbateriaservico.pt Especialista em baterias, a PBS comercializa e distribui no território nacional gamas desenhadas e construídas para todos os tipos de veículos (ligeiros; pesados) E, também, para aplicações especiais: Indústria (UPS; alarmes; telecomunicações), energias alternativas (solar; eólica), construção civil, jardinagem, agricultura e marítima. Dispõe de uma vasta gama de serviços, desde pós-venda até formação, passando pela associação de equipas a projetos de empresas.
sistema normal. Tudo da marca Car Gift. A Phonocar fornece ainda acessórios para veículos, tais como interfaces para os comandos dos sistemas áudio situados no volante de algumas marcas.
PNEUS DO ALCAIDE www.pneusalcaide.com A Pneus do Alcaide, que nasceu em 1981, não deixou nada em casa e apresentou-se no evento com toda a gama de pneus comercializados em Portugal. Entre as várias propostas, os pneus Dunlop SP44 foram os que mais chamaram a atenção do público. A empresa opera no mercado de pneus, no ramo da recauchutagem, fazendo parte de um grupo restrito de empresas europeias da rede Next Tread recauchutadores autorizados das marcas Goodyear/Dunlop. É, também, um dos maiores revendedores de pneus novos, sendo agente das principais marcas de pneus presentes no mercado e comercializando todos os tipos de pneus para todos os tipos de serviços.
POLIBATERIAS www.polibaterias.com
www.phonocar.com
A empresa de Almada, fundada em Abril de 1996, mostrou toda a sua gama de baterias FIAMM: desde a linha clássica à Ecoforce. Todas elas já disponíveis no mercado. Recorde-se que a Polibaterias assume posição importante na distribuição de baterias na Margem Sul do Tejo e com relevância a nível nacional nas áreas de baterias de arranque e, também, industriais, através da representação e distribuição das marcas que importa e representa.
Para além de sistemas multimédia que se destinam a substituir o equipamento de origem, a Phonocar exibiu os sensores de estacionamento compatíveis com os originais, o imobilizador por Bluetooth para smartphones e um sistema que atinge o dobro da iluminação de um
A empresa situada em Ourém optou por colocar em lugar de destaque as suas cabinas e sistemas de atualização para bancos de ensaio com as respetivas fichas. Tudo produtos com a chancela da Carbench.
PHONOCAR
PROFITAWARD
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
PUNCTURESAFE PORTUGAL www.puncturesafe.pt A última geração de produtos para prevenção de furos (e que duram uma vida, segundo os responsáveis) foi a grande aposta da Puncturesafe Portugal no Salão da Mecânica 2013. Um produto já disponível no mercado e que não contém substância tóxicas nem nocivas. Nem para o ambiente nem para o pneu.
-se Hot Stapler. Trata-se de um kit simples para reparação de todos os materiais termoplásticos de veículos, que é composto por uma pistola térmica e todos os acessórios necessários. Quanto à terceira novidade, a XPress 800, consiste num inovador, modular e flexível sistema de rebitagem, que dispõe de dois adaptadores: um para porcas; outro para três tipos de rebites.
RPL CLIMA RODAPEÇAS www.rodapecas.com A Rodapeças, nascida a 1 de Junho de 1990, aproveitou a exposição para vincar perante o público presente no evento a novidade do conceito TOPCAR dentro da empresa. De resto, manteve-se fiel ao seu core business, aproveitando para divulgar os seus produtos aftermarket.
www.rplclima.com Especialista em peças e equipamentos de climatização automóvel, importando-as e distribuindo-as, a empresa algarvia divulgou no salão os seus novos sites. Em foco, na exposição, estiveram ainda duas novas máquinas de diagnóstico do circuito do ar condicionado.
JORNAL DAS OFICINAS TV O JORNAL DAS OFICINAS, publicação oficial do Salão Mecânica, esteve presente durante os quatro dias do certame com uma equipa de jornalistas que fizeram a reportagem completa do evento. Este ano, a reportagem incluiu diversas entrevistas video aos responsáveis das empresas presentes, as quais podem ser visualizadas no site www.jornaldasoficinas.pt . Para o próximo ano lá estaremos para voltar a divulgar todas as novidades.
dade de reprogramar a centralina. Na compra da Klone, o cliente tem direito a quatro sensores e a cinco anos de atualizações de software gratuitas.
RUBBER VULK RODRIBENCH www.rodribench.pt No espaço dedicado à Rodribench, mão-de-obra não faltou. Mário Rodrigues, gerente da empresa de Alverca do Ribatejo, encarregou-se da demonstração das três novidades que levou à exposição. A primeira dá pelo nome de Miracle Alumi Stud. Consiste num sistema de reparação de painéis de alumínio, com 16 kg de peso, que solda peças apenas com um interruptor. A segunda novidade chamaPUB
www.rubbervulk.com A máquina Klone, que faz a reprogramação do sensor de pressão do pneu original do veículo, foi a vedeta no stand da Rubber Vulk. Cobrindo cerca de 90% do parque automóvel português, este dispositivo, uma vez inserido o nome da marca e modelo do veículo, consegue extrair o ID do sensor avariado para depois colocá-lo no sensor novo. Uma vez feita esta clonagem, o sensor de substituição é aplicado na roda sem necessi-
17
SAMIPARTS www.samiparts.pt A Samiparts apresentou-se no certame da Exposalão com o propósito de dar-se a conhecer no distrito de Leiria, onde já marca presença há dois anos. Com sede em Pombal, esta empresa, que trabalha com peças novas de várias marcas, existe há 10 anos, opera no mercado através de quatro lojas (Pombal; Ansião; Soure; Leiria) e foi considerada PME líder 2013.
SOUSA DOS RADIADORES www.sousadosradiadores.pt Na montra da Sousa dos Radiadores, destaque para o radiador de fabrico próprio da empresa (a peça completa), em cobre, e que terá como destino um Opel Campo. Os responsáveis garantem que, com a produção em escala, passam a dispor sempre de peças para entrega imediata.
SPARKES & SPARKES www.sparkes.pt No espaço reservado à Sparkes & Sparkes, empresa especializada na reconstrução de caixas de velocidades manuais para
18
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
veículos ligeiros (passageiros e comercais), as grandes novidades foram, precisamente, os kits de reconstrução de caixas de velocidades (rolamentos e vedantes), acabados de lançar no mercado. Para os responsáveis da empresa de Santo Tirso, a especificidade dos kits (adequado a um modelo automóvel) é um forte trunfo comercial.
TECNIAMPER www.tecniamper.pt A Tecniamper apresentou no evento toda a linha de frigoríficos da Indel B, todos
eles já disponíveis no mercado. O salão serviu ainda para esta empresa, situada em Loures, dar a conhecer os seus serviços.
TECNIVERCA www.tecniverca.pt No centro do expositor da empresa da Moita esteve uma máquina direcional para montagem e desmontagem de pneus (F23). Sublinhe-se ainda a presença da uma máquina de alinhamento Geo13.
TECNOPARTES www.tecnopartes.pt Em evidência no espaço reservado à Tecnopartes esteve uma peça já revelada pela empresa há dois anos. Trata-se de uma designada “quinta roda”. Mais concretamente, um prato de engate com lubrificação automática e que dispensa a utilização de massa.
TIRSO PNEUS www.gruposoledad.net Para além da nova imagem e do novo espaço cibernauta, a empresa de Santo Tirso, filial do Grupo Soledad, exibiu a marca de pneus Sfhera, que foi lançada na rede ConfortAuto no passado mês de Julho. A Tirso Pneus é um dos maiores
PUB
distribuidores multimarcas, dispõe de mais de 150 marcas e inclui no seu portfólio mais de 10 mil referências. É representante oficial da Hankook, Insa Turbo, Rodatec e Sfhera. No fundo, a empresa apresentou-se como um todo.
TRIPLEMAQUI www.triplemaqui.pt Especialista em sistemas de limpeza industrial, esta jovem empresa, situada em Sintra, mostrou a sua gama de aspiradores Greenline e lavadoras de alta pressão. A Triplemaqui trabalha com sete marcas e dispõe de diversos serviços.
WD-40 COMPANY www.wd40.pt A WD-40, companhia fundada nos EUA e presente em mais de 187 países (as iniciais do seu nome provêm de Water Displacer e o 40 deve-se à formula aprovada pela NASA... à 40ª tentativa), apostou forte no Salão da Mecânica. Em exposição colocou a sua diversificada gama de produtos de limpeza. Mas centrou a atenção em torno do novo “lava-mãos três-em-um”. Um produto certificado pela Informed e que, segundo garantem os responsáveis, apresenta caraterísticas dermatológicas ímpares.
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
19
20
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
ACONTECIMENTO
1.ª Conferência de Veículos Comerciais
Aposta vencedora i A AP Comunicação realizou no dia 9 de Novembro, no Auditório da ExpoSalão na Batalha, a 1ª Conferência de Veículos Comerciais, um evento que reuniu cerca de uma centena de participantes e um painel de reputados conferencistas, ligados a vários segmentos do sector dos pesados Por: João Cerqueira
sta Conferência foi apoiada pelo Jornal das Oficinas e Revista dos Pneus, representando um momento de consolidação do trabalho noticioso e de reportagem que, de alguns anos a esta parte, tem vindo a ser desenvolvido nestas duas publicações no sector dos veículos comerciais, sobretudo no que ao pós-venda diz respeito. Numa altura em que o sector é brindado com uma vasta oferta de veículos Euro 6, uma rigorosa norma ambiental que vai tornar os camiões e os autocarros ainda mais “verdes”, quisemos juntar especialistas dos vários subsectores do transporte rodoviário profissional, nomeadamente construtores de pesados, transportadores, dirigentes associativos, distribuidores de veículos e de peças e responsáveis oficinais. A cerimónia de Abertura esteve a cargo do Director da AP Comunicação, João Vieira, que fez uma breve apresentação da empresa que lidera, das respectivas publicações e serviços de comunicação, tendo de igual modo tecido algumas considerações sobre o âmbito e objectivos dos trabalhos da presente Conferência – os quais viriam a ser plenamente atingidos.
E
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
21
cia, o qual utiliza o radar e a câmara do Lane Keeping Support, acionando automaticamente os travões em caso de risco de colisão eminente, mesmo quando o motorista não executa qualquer acção de travagem.
Crise, ausência da banca e juros elevados dificultam renovação de frotas
Pesados com tecnologias cada vez mais limpas e seguras
Os trabalhos arrancaram com a intervenção de LUÍS SPRATLEY, Responsável Técnico do Pós-Venda da Volvo Trucks, Bus & Penta/Auto Sueco, que abordou o tema das “Novas Tecnologias para veículos pesados – Ambiente e segurança”. Numa altura em que os primeiros veículos pesados da marca sueca com motores Euro 6 começam a ser lançados em Portugal, ao abrigo desta normativa ambiental obrigatória de fábrica para todos os camiões e autocarros novos produzidos a partir de 1 de Janeiro de 2014, Luís Spratley começou por demonstrar o enorme percurso percorrido pelas engenharias da indústria de pesados desde que a normativa Euro 1 entrou em vigor em 1993, reduzindo as emissões NOx de 8 g/Kwh para os actuais 0,40 g/kwh e a emissão de partículas de 0,36 g/Kwh para 0,01 g/kwh. “O Euro 6 determina que cada fabricante tem de garantir o rigoroso cumprimento das emissões durante 7 anos ou 700.000 km”. Quanto ao sistema Euro 6 desenvol-
vido para os veículos pesados Volvo, integram um catalisador SCR induzido com recurso a AdBlue, em combinação com o sistema EGR que “vai ser utilizado nos ciclos a frio, nomeadamente no arranque, graças a um 7º injector de combustível diretamente no escape”. Bem como um catalisador de oxidação diesel (DOC) para redução de hidrocarbonetos, um filtro de partículas diesel (DPF) e um catalisador com revestimento de amónio (ASC) à saída do SCR para limpeza da amónia restante. Os níveis máximos de teor de enxofre admitidos no gasóleo mantêm-se nas 10 ppm. Ainda no âmbito das novas tecnologias, Luís Spratley apresentou alguns sistemas de segurança ativa introduzidos pela Volvo nas suas gamas de camiões e autocarros nos últimos anos, ilustrados nesta Conferência por vídeos bastante didáticos. Entre estes encontra-se o sensor de ângulo morto, um sistema que é ativado automaticamente a partir dos 35
km/h e que detecta outros veículos na chamada zona de ângulo morto, prevenindo acidentes durante a mudança de faixa de rodagem. Por sua vez, o Lane Keeping Support (LKS), um sistema de monotorização da faixa de rodagem, é ativado acima dos 60 Km/h e lança um alerta sonoro sempre que o veículo pisa as linhas brancas de marcação da estrada; enquanto o Driver Alert Support (DAS), trata-se dum detector de sonolência inteligente que monitoriza o comportamento do motorista ao volante, aconselhando-o a fazer uma pausa se este manifestar sinais evidentes de cansaço. A Volvo desenvolveu igualmente uma nova geração de Cruise Control, o ACC adaptativo, que recorre agora a um radar que permite adaptar a velocidade ao tráfego rodoviário dianteiro, apresentando um aviso luminoso sempre que haja perigo de colisão. Este sistema pode ainda ser complementado por um sistema de travagem de emergên-
NELSON VIEIRA, Administrador da Transportes Edgar & Prieto Lda, uma empresa sedeada na região de Lisboa com mais de três décadas de história, detentora de três centros operacionais, um parque de cerca de 215 viaturas e 258 funcionários, que opera em vários segmentos de transporte público rodoviário de mercadorias, desenvolveu o tema “Dificuldades de renovação de frotas em contexto de crise”. Na opinião de Nelson Viera, as dificuldades financeiras das empresas são hoje um dos seus principais obstáculos na renovação de frotas. Paralelamente, “temos sentido a ausência da banca nos últimos anos, a par do aumento dos custos financeiros uma vez que os juros são muito elevados e a banca considera que os transportes são um sector de risco”. O aumento do custo das viaturas é outro dos problemas apontados por este transportador que também dificulta a renovação de frotas, a par da “falta de apoios governamentais ou europeus. Fala-se que a UE vai dar alguns apoios para a renovação de frotas com Euro 6 e para energias alternativas, esperamos que isso se venha a concretizar”. Nelson Viera abordou também a questão das dificuldades técnicas ao nível da formação de condutores, “é muito importante que as viaturas novas sejam fornecidas com packs de formação, uma vez que existem novos paradigmas ao nível da condução e cada vez mais instrumentos a bordo das viaturas e, a maioria das vezes, as marcas não têm capacidade para dar toda a formação que é necessária”. A Edgar & Prieto possui também a sua própria oficina e Nelson Vieira assinalou algumas das dificuldades técnicas sentidas pela empresa nesse domínio, começando desde logo pelo facto de “todas as marcas apresentarem tecnologias diferentes”, as mesmas estão em constante evolução e os construtores
22
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
grande na Península Ibérica. Em Portugal existem cerca de 50.000 camiões, “o sector representa 4% do PIB , mas as nossas empresas movimentam os outros 96%”.
Com o regime livre de contratualização dos serviços à porta poder político não se define
dificultam muito o acesso à informação técnica dos seus produtos às oficinas independentes. Por outro lado, quando têm de recorrer aos reparadores concessionados pelas marcas, a empresa queixa-se ser frequente ficar à espera mais de 24 horas pela equipa de assistência, havendo mesmo casos em que têm os carros carregados com prazos de entrega contratualizados muito apertados, o que é deveras penalizador para as empresas transportadoras. Relativamente às tecnologias de informação e aos sistemas de gestão de frota com telemática embarcada, Nelson Vieira, referiu que “se gera uma quantidade muito grande de informação que as empresas não têm capacidade para a absorver e tratar”, por forma a tirar o máximo proveito dessa mesma informação.
ANTP defende a criação de incentivos ao abate e à renovação de frotas com Euro 6
O Presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), ARTUR MOTA, numa intervenção subordinada ao tema “É preciso um novo programa de incentivos à renovação de frotas? Vantagens e constrangimentos”, falou sobre a posição da Associação que lidera no Grupo de Trabalho sectorial criado pelo governo, anunciando em primeira mão que a ANTP defende a criação de incentivos ao abate e à renovação de frotas com motores Euro 6, “connosco estão os
carregadores e os exportadores”, considerando estes últimos que tem de “haver uma resposta positiva para as exportações”. Artur Mota alerta, no entanto, que em relação ao programa de incentivos ao abate e renovação de frotas “o trabalho de casa tem de ser muito bem feito, é uma luta titânica a nível da Comissão Europeia”, a ANTP não quer correr o risco do programa ser rejeitado em Bruxelas, mas no próximo mês de Dezembro “têm de ser apresentadas propostas”. Outra das medidas defendidas pela ANTP no âmbito desse Grupo de Trabalho é “a criação duma lusovinheta. O transportador pagaria uma vinheta mensal, trimestral ou anual, com a qual os camiões poderiam circular em toda a rede de estradas e auto-estradas em Portugal.” As concessionárias e o Estado receberiam o dinheiro à cabeça, ficando antecipadamente com uma boa receita garantida. Artur Mota queixou-se dos preços elevados que são praticados nas auto-estradas portuguesas para transportadores. No nosso país existem 1.679 km de auto-estradas concessionadas e 921 km de ex-Scuts.“Temos as infra-estruturas feitas e não as podemos utilizar. Quanto menos viaturas circularem nas auto-estradas e nas SCUT menor é a receita”. A ANTP considera também que ainda é prioritária a construção de algumas auto-estradas em Portugal, entre elas encontra-se a conclusão do túnel do Marão para facilitar o acesso a Trás-os-Montes; a construção da A14 em projeto, como via alternativa ao IP 3 entre Coimbra e Viseu, para agilizar, sobretudo, os camiões do internacional; a conclusão do IP 8 (A 26) entre Sines e Beja, com uma ligação a Espanha para potenciar o Porto de Sines, que já absorve cerca “de 40% do movimento de contentores nos portos nacionais”. Ainda segundo Artur Mota, a ANTP tem-se também batido pela “criação de uma legislação laboral específica. Os próprios carregadores reconhecem que é muito importante”. Revelou que o transporte rodoviário de mercadorias tem um peso muito
O tema “O sector dos autocarros em Portugal –Desafios e ameaças” foi desenvolvido por AGOSTINHO FER REIRA, Diretor de Manutenção do Grupo Transdev, nomeado para representar a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) nesta Conferência. Sobre a ANTROP, Agostinho Ferreira explicou que tem 109 associados, detentores duma frota de cerca de 7.200 autocarros e responsáveis por 12.000 postos de trabalho diretos, transportando por ano à volta de 1.500 milhões de passageiros. “O autocarro é um meio fiável e é o mais económico que pode existir para podermos ter mobilidade” – garantiu o orador, acrescentando também que se trata de “um dos meios de transporte mais ecológico, seguro e flexível, oferecendo a melhor resposta aos desafios das alterações climáticas, congestionamento de trânsito, inclusão social e conectividade”. Paralelamente, existe um grande empenho dos operadores na “melhoria permanente do serviço de transporte público prestado”, o que se reflete “numa contínua renovação de frota e na formação dos quadros, com uma semana em média de formação anual por trabalhador”. Em relação aos principais desafios e ameaças, Agostinho Ferreira afirmou que “nas últimas duas a três décadas verificou-se uma explosão do parque automóvel em Portugal, sentimos uma promoção do transporte individual, o espaço urbano está cada vez mais condicionado” e não tem havido por parte dos municípios uma preocupação em criar corredores Bus. O crescimento do transporte individual, o aumento do desemprego e da emigração e também a diminuição da natalidade, têm gerado uma diminuição da procura, agravada pela “inexistência de políticas incentivadoras ao
transporte público”. Logo, “com os mesmos veículos e a mesma lotação, menor taxa de utilização, agravamento dos preços dos combustíveis que já representam mais de 30% dos custos de exploração, menos proveitos e margens, tem havido necessidade de racionalizar a frota disponível”. Num futuro próximo, coloca-se ainda o problema da indefinição do poder político em relação à estratégia a seguir no sector. “A partir de 2019 entramos num regime livre de Contratualização dos Serviços de Transporte, não sabemos ainda como é que isso se vai processar, se as atuais concessões de linhas urbanas e interurbanas se mantêm ou não, etc.”. Os transportadores sentem também carência duma maior proximidade das oficinas, “uma vez que têm de percorrer grandes distâncias para assistir os veículos”, agravada pelo facto dos autocarros necessitarem de serviços de assistência especializados tanto para o chassis como para a carroçaria, o que leva a uma “duplicação das imobilizações da frota para manutenção e reparação”. Todos os grandes frotistas de autocarros têm oficinas próprias, a Transdev, por exemplo, para uma frota de 1.500 autocarros a operar em Portugal, tem 21 oficinas e 180 pessoas dedicadas à manutenção, sugerindo Agostinho Ferreira “a partilha dos recursos humanos e das instalações oficinais dos operadores”, uma solução de “outsourcing com recursos indoor”, como forma de “rentabilização da mão-de-obra e dos recursos instalados”.
Vendas de semi-reboques novos cresceu 26% nos primeiros 9 meses de 2013
PAULO CAIRES, Director de Marketing e Vendas da Reta - Serviços Técnicos e Rent-a-Cargo S.A., aprofundou o tema “O sector de semi-reboques em Portugal – Mercado, Novas Tecnologias e Serviços Pós-Venda”, iniciando a sua intervenção com uma análise ao mercado de empresas de transportes rodoviários de mercadorias por região, tendo referido seguidamente que, segundo dados do IMT, em 2010 existiam no nosso país 8.757 transportadoras e, no final de 2012 apenas 7.835.
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
23
24
dezembro 2013
Em apenas dois anos desapareceram 922 empresas e a região de Lisboa foi aquela que viu acabar maior número (433). Falou também de um outro problema, a falta de dimensão da maior parte das empresas “num sector onde 91,7% das transportadoras têm menos de 15 veículos e apenas 0,24% mais de 200 veículos. Nós só temos 19 empresas com mais de 200 veículos”, mas o caso muda de figura quando a análise é feita ao número de veículos, u ma vez que “essas 19 empresas detêm uma frota de 6.899 veículos, representando 12,25% dum total de 56.305 veículos, enquanto o conjunto de empresas com menos de 15 veículos só detém 47,4% da frota nacional”. Relativamente às vendas de semi-reboques novos, “nos primeiros 9 meses de 2013 registaram-se 771 unidades, mais 26% do que no período homólogo do ano passado (614 unidades) ”. Também o mercado de usados alcançou um aumento de 17% nesse período. “É um bom sinal, a atividade tende a recuperar, mas existe um factor negativo quando reportamos a 2007, ano em que se venderam em Portugal 3.179 semi-reboques. Como vamos concluir 2013 com cerca de 1069 unidades, não devemos andar muito longe disso, no espaço de apenas 6 anos este mercado caiu cerca de 300%” – revelou Paulo Caires. No capítulo das vendas por marca o mercado português é dominado pela Schmitz Cargobull e pela Krone que detêm em conjunto uma grossa fatia de quase 2/3 do mercado, um cenário contrastante com o da nossa vizinha Espanha onde, por exemplo, a Lecitrailer lidera com uma quota de 26%. O mercado de semi-reboques de lonas continua a ser muito forte em Portugal, “até Setembro vendeu 463
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
No final dos trabalhos, João Vieira, diretor da AP Comunicação, moderou um período de debate, durante o qual os oradores responderam a algumas perguntas feitas pelos participantes na Conferência
unidades, o que representa 60,1%, contra apenas 116 frigoríficos (15,1%)”. Paulo Caires sublinhou também a importância do renting de semi-reboques, uma modalidade cuja procura tem vindo a crescer e que tem várias vantagens: “não necessita de investimento inicial, não figura no balanço das empresas, melhora a competitividade das empresas e a sua capacidade de negociar com a banca, garante a eficácia e eficiência dos equipamentos, fortalece a imagem corporativa das empresas junto dos clientes, fornecedores, bancos, etc., e com uma renda fixa têm-se os custos totalmente controlados”.
Paulo Caires falou ainda da enorme evolução tecnológica que a indústria de semi-reboques sofreu nas últimas décadas, equipamentos de transporte que hoje incorporam os mais evoluídos sistemas de segurança e de telemática.
As oficinas têm de se moldar às necessidades dos clientes
O painel “Análise do sector da reparação de pesados em Portugal” foi explanado por ANTÓNIO SANTINHA, Diretor Pós-Venda da Renault Trucks Portugal, que começou por fazer uma análise do mercado de veículos pesados. “Temos o mercado a cair desde 2008, o ano de 2013 vai terminar entre 1.850 e 1.900 novas matrículas, sensivelmente o mesmo que em 2012. Ao nível do parque rolante temos cerca de 40.000 unidades a 10 anos”. Esta erosão nas vendas de veículos pesados tem reflexos no pós-venda, gerando uma quebra de quase 300% no potencial de volumes de peças e serviço nos últimos 5 anos, com o potencial peças (k€) a cair de 16.416 em 2008, para 5.676 em 2012, e potencial de horas de serviço de 218.800 para
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
25
26
dezembro 2013
75.680, ascendendo, no entanto, para uma média próxima das 115.000 no parque rolante a 10 anos. “É preciso gerar soluções para nos adaptarmos a uma nova realidade, cada um de nós tem de se especializar naquilo em que realmente é bom” – garantiu António Santinha – “há também que ter atenção que diferentes tipos de clientes têm diferentes tipos de necessidades. Um cliente com poucas unidades precisa de uma solução imediata de reparação, ao passo que um cliente com uma solução de frotas tem por principal preocupação a optimização de custos. Temos de nos moldar aos clientes e às suas necessidades”. O conferencista falou igualmente da enorme evolução que as oficinas sofreram nos últimos 15 anos em matéria de ambiente e segurança, e o “futuro das oficinas vai passar por grande parte delas estarem certificadas ambientalmente”. A formação é outro dos aspectos que considera cruciais, e quando se está ligado a uma marca é obrigatória “tanto do ponto de vista legal como qualitativo, sendo o aumento das qualificações profissionais o primeiro passo para o sucesso económico. Em relação aos tipos de formação o e-learning tem crescido mais do que a formação presencial”. Ao nível dos equipamentos as ferramentas de diagnóstico, ferramentas especiais e demais tecnologias de reparação são extremamente importantes, “O desenvolvimento de um software de diagnóstico tem um investimento brutal para as marcas, sofremos atualizações semanais. Sempre que é lançado um novo modelo vem associado a um conjunto de novas ferramentas especiais”. António Santinha falou também da importância da aquisição de veículos associada a contratos de manutenção ou de manutenção e reparação. Permite aos transportadores “terem os custos de exploração do veículo fixos e con-
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
trolados, têm a garantia que o plano de manutenção preconizado é cumprido e o risco de imobilização na estrada torna-se muito menor”. Finalmente, quanto ao acesso à informação técnica por parte das oficinas independentes, a mesma não pode ser negada, mas os construtores “reservam a si próprios o direito de definirem as tarifas para a informação técnica e a ausência de formação pode dificultar e interpretação e a sua correta aplicação, o que também pode colocar em risco a imagem da marca e do produto”.
Plataformas de comunicação são a base do negócio de distribuição de peças
A última apresentação, subordinada ao tema “Distribuição de peças para veículos pesados OE versus aftermarket e comércio electrónico de peças”, esteve a cargo de RAMIRO SANTOS, Administrador da BPN, que iniciou a sua intervenção com uma retrospectiva histórica sobre o desenvolvimento do sector das peças para veículos pesados, num mercado que até aos anos oitenta do século passado funcionava em circuito fechado, com a indústria de peças a produzir exclusivamente peças originais para os fabricantes de pesados
No final da Conferência, João Vieira disse que o JORNAL DAS OFICINAS e a REVISTA DOS PNEUS, vão reforçar as respectivas secções de veículos comerciais
e respectiva rede de concessionários. “Entre 1980 e 1990 iniciou-se a oferta no mercado de aftermarket de peças para pesados” – relembrou Ramiro Santos – “uma solução encontrada pelos fabricantes de peças para escoar a produção excedentária que não era absorvida pelos fabricantes de camiões e autocarros”. Nasce assim o mercado independente de peças com os fabricantes a criarem as suas próprias marcas. Na década seguinte assiste-se a um enorme boom “neste novo canal do aftermarket, criou-se uma dinâmica de mercado e uma melhoria de acesso à informação de referências e aplicações”. A legislação europeia passa então a reconhecer os conceitos de mercado OE, OEM, AF, OES - Original Equipment Supliers e IAM - Independent AF, dá-se início ao Tecdoc e ao Teccom, e à “massificação europeia da distribuição e oferta aftermarket”. Chegamos assim ao novo milénio e aos dias de hoje, com todos os canais já muito bem definidos, gerando-se um
aumento de competitividade que “veio aproximar muito os preços praticados quer do lado do equipamento original quer do aftermarket”. Paralelamente, o desenvolvimento do TecDoc e o TecCom geram uma “nova forma de comunicação com o mercado”, disponibilizando catálogos na internet, permitindo fazer também encomendas pela web, visualizar preços e existências on-line, de tal forma que, “atualmente as plataformas de comunicação são a base duma área de negócio onde o grande desafio é ter a peça à hora certa no sítio certo”. Ramiro Santos considera que no futuro existem ainda enormes desafios, sendo alguns deles a “redução dos custos da distribuição para aumentar a competitividade, a optimização das existências e o aumento dos níveis de fidelização dos clientes”. Deveremos assistir também a “uma concentração de players, resultante de aquisições, fusões, joint-ventures e parcerias, bem como à redução do número de regras restritivas de informação e formação”.
Após a Conferência de Veículos Comerciais que decorreu do Auditório da ExpoSalão, os participantes puderam visitar o Salão Expotransporte e Mecânica
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
27
28
dezembro 2013
NOTÍCIAS
RETIFICAÇÃO
CEPRA com portas abertas
O Por lapso, na edição do JORNAL
DAS OFICINAS Nº 95, referente ao mês de Outubro de 2013, no artigo “GPL com novo quadro legal”, não mencionámos o nome de João Patrício, técnico da ANECRA, que forneceu os dados relativos à fiscalização existente. Pelo facto, pedimos desculpa ao visado.
Glassdrive A tradição de vitória O Todos os prémios custam a ser
conseguidos, mas quando o sucesso se repete, o sabor da vitória é ainda mais doce, valorizando assim o prémio anterior e toda a estratégia da organização para a prossecução da melhoria contínua. Esta situação decorre da Glassdrive ter sido novamente escolhida pelos consumidores como a Marca Preferida para a Substituição e Reparação de Vidro Automóvel, renovando assim o título que já lhe tido sido atribuído no ano anterior. O facto de o prémio ser conferido pelo consumidor reflete a importância deste galardão, pois o cliente é o foco da estratégia da Glassdrive, e este reconhecimento indica que esta rede de substituição e reparação de vidro automóvel está no caminho certo, pois esse é também o percurso escolhido pelo consumidor. Os factores selecionados pelo consumidor como diferenciadores para a sua concorrência foram vastos e incluíram os seguintes valores: Eficiência; Profissionalismo; Rapidez do Serviço; Confiança e Segurança. Foram estes parâmetros fundamentais na Substituição e Reparação do Vidro Automóvel que motivaram a seleção da Glassdrive como Escolha do Consumidor e que constituem o desafio para que no próximo ano a marca volte a receber este prémio.
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
D
urante três dias, de 13 a 15 novembro, o CEPRA abriu as portas ao público em geral, numa ação inédita, que incluiu: workshops, exposição de peças e equipamentos para oficinas automóveis, concurso “Melhor Mecatrónico Automóvel” e ainda visita guiada às instalações. O balanço desta ação do CEPRA é muito positivo, tendo recebido a visita de muitos milhares de pessoas que aproveitaram os “Dias Abertos” para conhecerem as instalações deste centro de formação automóvel. Foi uma boa oportunidade para verem ao vivo os alunos em escola e também o desempenho dos participantes no concurso “Melhor Mecatrónico”, que decorreu em paralelo com as outras ações programadas. Destaque para o Seminário sobre “Recursos Humanos, Formação e Competitividade”, que contou com a presença do Dr. Jorge Neves da Silva, da ANECRA e António Teixeira Lopes, da ARAN, que caracterizaram o setor da reparação automóvel em Portugal na atualidade. António Caldeira, diretor do CEPRA, fez uma apresentação do Centro e dos diversos cursos que atualmente estão a ser ministrados, onde se incluem cursos para manutenção de veículos elétricos. “Temos uma oferta muito abrangente de cursos porque as
necessidades do mercado são muito variadas. Hoje em dia já temos carros híbridos e elétricos a visitar as oficinas, mas também temos carros cada vez mais antigos a necessitar de operações e reparação e manutenção. Por isso o CEPRA continua a dar cursos de formação de mecânica tradicional e cursos mais avançados de mecatrónica automóvel e eletricidade. Também iniciamos os cursos para peritos automóveis que evita as
empresas seguradoras terem de levar os seus peritos ao estrangeiro para terem esses cursos”, disse António Caldeira. Relativamente ao Concurso Melhor Mecatrónico Automóvel, após dois dias intensos de provas, os Jurados analisaram os resultados e decidiram os vencedores: O primeiro classificado foi Bruno Souza, seguindo-se no pódio Magno Pinto (2º classificado) e Hélder Marques (3º classificado).
Campanha de Natal da ZF Services De 15 de Novembro a 15 de Dezembro de 2013, na compra de dois amortecedores Sachs ou Boge para veículos ligeiros, é oferecido um cabaz de Natal composto por alguns vinhos e outros produtos típicos da época. Desta forma, a oficina poderá oferecer aos seus clientes este presente pela compra de cada dois amortecedores Sachs ou Boge. Se enviar para o mail info.zf-services@zf.com uma imagem do poster da campanha colocada na sua oficina, a ZF Services enviar-lhe-à um gorro de lã e uma prática camisola de forro polar. A ZF Services, líder mundial em equipamento de origem, dispõe de uma completa oferta de peças para o mercado de substituição e comercializa em Espanha sob as marcas Sachs, Boge e Lemforder, os seguintes produtos: amortecedores, embraiagens, peças de direção, suspensão e componentes de borracha/metal e ainda elevadores dos vidros elétricos.
Amortecedores Monroe com nova embalagem Os amortecedores para veículos comerciais e amortecedores de assento da Tenneco, gamas Monroe Magnum e Van-Magnum, estão agora a ser oferecidos numa nova e atraente embalagem projetada para destacar o alcance da marca Monroe e a liderança da Tenneco como fornecedora de tecnologia de performance na condução. A nova embalagem em preto-e-amarelo com gráficos e rótulo melhorado está em linha com a oferta a nível global da marca Monroe, garantindo uma aparência reconhecível em todas as situações de venda e em qualquer país do mundo.
30
dezembro 2013
TRW tem novo diretor executivo de operações O A TRW Automotive Holdings Corp., anunciou que, a partir de 1 de Janeiro de 2014, o cargo de director exec utivo de operações será assumido por Patrick Olney, o actual presidente da Volvo Construction Equipment. Patrick Olney reportará diretamente a John Plant, presidente geral e director executivo da TRW Automotive.
PUB
NOTÍCIAS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Atualização mensal AutoData online A AutoData online, a mais eficiente base de dados técnica automóvel do mercado, tem nova atualização. Como consiste num serviço online, é atualizado, automaticamente, para benefício dos clientes. Destaque para a adição da informação sobre o teste de componentes (gestão do motor) para os Mercedes-Benz: C180; C200; C220; C250; E200 CDI; E250 CDI; E Coupé/Cabrio 220 CDI e 250 CDI; GLK 200 CDI e 220 CDI. A listagem completa integra atualizações em 210 modelos e informação adicionada em mais de 40 fabricantes nos seguintes módulos: Dados técnicos, Correias de distribuição, Correias auxiliares, Intervalos de revisão, Travão de estacionamento elétrico, Códigos de avaria, Boletins técnicos e Airbags. A edição deste mês inclui mais 55 modelos. Entre outros, existe informação nova e atualizada sobre cada um deles.
Brembo recebe prémio de qualidade GM A GM entregou os troféus aos fornecedores que se destacaram nos últimos 12 meses pelos padrões de qualidade mais elevados na indústria automóvel. A Brembo, que tem particular atenção em fornecer os seus clientes com produtos de excelência e tecnologicamente avançados, venceu um dos prémios de qualidade que foi atribuído graças a longos processos de avaliação. Este é o segundo ano que a GM atribuiu troféus aos seus fornecedores
e tem por objetivo melhorar as relações de cooperação entre as duas partes. A ligação entre a Brembo e a GM teve início em 2004 com o fornecimento de sistemas de travagem para o Cadillac CTS V line e ainda continua hoje. Outros veículos da GM foram equipados com travões Brembo: Opel Insignia OPC; Opel Asta OPC; Cadillac ATS, CTS, CTS-V e XTS; Chevrolet Camaro ZL1, Z28 e SS; Buick Regal; Corvette Stingray.
32
dezembro 2013
NOTÍCIAS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Mann Hummel recomenda filtro novo no Inverno
A
Man Hummel Iberica lembra que depois do Verão é tempo de substituir o filtro de habitáculo na próxima visita à oficina. O clima adverso das estações mais frias dificultam a visibilidade durante a condução, por isso é fundamental contar com um filtro de habitáculo em perfeito estado. Este elemento contribui de forma importante para a segurança rodoviária, além de proteger a saúde dos ocupantes do veículo e assegurar um ar limpo no seu interior. Durante os meses quentes, o pólen, as partículas de fuligem, o pó e o abrasivo dos pneus, contribuem para obstruir o filtro do habitáculo do veículo. Assim, quando preparamos o veículo para o Inverno, muitos condutores só pensam em renovar os pneus, mas também devem ter em conta o filtro.
Veneporte presente na EquipAuto 2013 O A Veneporte marcou presença
Civiparts visita fábrica da WOC Nos passados dias 29 e 30 de Outubro, um grupo de clientes Civiparts, assim como clientes da AS Parts e OneDrive, visitaram as instalações da Wolf Oil Corporation (WOC), em Antuérpia, na Bélgica. A viagem incluiu, para além de outras atividades de carácter mais lúdico, a visita à fábrica da WOC, onde os clientes presenciaram todo o processo de fabrico, embalagem, armazenamento e desenvolvimento técnico, assim como uma apresentação sobre os produtos da marca. O momento foi aproveitado pelos clientes para colocarem questões de caráter mais técnico e conhecerem de forma mais profunda todas as soluções que a marca tem disponível para o mercado de lubrificantes. A Civiparts é distribuidora oficial da marca Wolf para Portugal e Espanha.
na EquipAuto, que decorreu entre os dias 16 e 20 de Outubro de 2013, no Parque de Exposições Paris-Nord Villepinte, França. No evento marcaram presença os principais fabricantes do sector automóvel, bem como os maiores e principais grupos de distribuição da Europa. A presença da Veneporte neste certame veio reforçar a sua presença e posicionamento no mercado francês, bem como consolidar o processo de afirmação como um dos principais players Europeus do sector.
Axalta distinguida pela Coatings World
Novo calendário febi 2014 A febi bilstein editou o seu calendário pela 13.ª vez. Este calendário teve uma edição de 55.000 cópias para oficinas e clientes. Como pano de fundo para o calendário, foi escolhida a África do Sul. Foram
escolhidos locais deslumbrantes na Cidade do Cabo. As fotografias espelham a beleza da natureza e a aura misteriosa do continente africano. O fotógrafo Christian Deutscher, fotógrafo de longa data ativo na Febi, trabalhou com 4 modelos sul- africanas e escolheu a parte do cemitério de automóveis no conhecido, o museu de automóveis em Wijnland, para o seu shooting. Pode ver impressões do shooting e o video do making of através do QR Code para App Smartphones publicado nesta notícia.
A Axalta Coating Systems foi classificada como o quinto maior fornecedor de tintas do mundo, de acordo com a revista Coatings World. As classificações foram publicadas na seção de Relatório das Melhores Empresas da revista. O ranking está baseado nas receitas reportadas em 2012 ou transformadas em dólares americanos. Este é o primeiro ano que a Axalta consta no Relatório anual das Melhores Empresas desde que se transformou numa empresa independente no início deste ano. Este ano, o mesmo relatório traça o perfil de 83 empresas com receitas superiores a 100 milhões de dólares. As tintas Axalta são vendidos em 130 países, produzidas em 35 centros fabris em 6 continentes.
34
dezembro 2013
NOTÍCIAS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Site RPLclima foi reformulado O O site www.rplclima.com foi reformulado para uma melhor consulta e navegação. Com esta nova imagem, todos os clientes e interessados em pesquisar os produtos relacionados com ar condicionado automóvel terão as respostas diretas aos produtos que procuram. A empresa já dispõe do equipamento específico que funciona com ar comprimido para limpar os filtros de partículas dos veículos Diesel.
Delphi lança turbos reconstruídos A Delphi Product & Service Solutions (DPSS) anunciou o lançamento de 29 turbocompressores reconstruídos que cobrem mais de 30 milhões de veículos do parque automobilístico com planos de expansão até ao final do ano. A gama ampliada inclui aplicações para veículos comerciais ligeiros e veículos de passageiros. Cada unidade vem com um suporte de instalação, um kit de montagem gratuito que inclui juntas, óleo e instruções de montagem específicas. Já estão disponíveis as encomendas para estes novos turbocompressores. A nova gama é caracterizada por: aplicações nos veículos comerciais ligeiros Mercedes-Benz Sprinter, Ford Transit e Opel/Vauxhall Movano. E aplicações para os veículos de passageiros Mercedes-Benz, BMW e Nissan, bem como Audi, Peugeot, Renault, Saab, Volkswagen e Volvo.
“Obras-Primas 2014” com presença portuguesa A oficina Auto Serápio, sediada em Odemira, ocupa lugar de destaque no Calendário 2014 da Spies Hecker. Mais de 60 Países participaram no concurso internacional “Obras-Primas 2014” da Spies Hecker, com a apresentação de trabalhos elaborados pelos profissionais de pintura sendo selecionados apenas 12 para fazer parte integrante no calendário 2014. A oficina está incluída no mês de Março com o restauro total de um Opel Olímpia de
1961 efetuado pelos profissionais António, Carlos, e Luis Serápio. A foto que aparece no calendário é da autoria de Filipe Rebelo. O concurso foi aberto a todas as oficinas que trabalham com os produtos Spies Hecker a nível mundial com o objectivo reconhecer anualmente os 12 melhores trabalhos de pintura com sistemas de produtos de alta qualidade, métodos de trabalho eficientes e com os melhores profissionais.
PUB
DT Spare Parts com mais peças para Volvo Trucks O catálogo de pesados da DT Spare Parts foi enriquecido com mais peças e componentes para a gama Volvo Trucks e para os modelos FH/FM/FMX/NH versões 9,10,11,12,13 e 16. Nas suas 884 páginas, o catálogo contém mais de 3400 componentes da marca, que substituem 6400 referências. A juntar a este catálogo Volvo Trucks, existem ainda outros catálogos adaptáveis à marca sueca. O catálogo de peças para os modelos F e
FL está atualmente em renovação. Existem ainda listas de peças disponíveis para autocarros da marca sueca. No total, a DT Spare Parts conta com mais de 6100 artigos disponíveis para veículos comerciais da Volvo Trucks. No site www.dt-spareparts.com, poderá ver visto um preview do catálogo, que também está disponível para “download”. O mesmo catálogo também está direcionado smartphones, online e em papel.
36
dezembro 2013
NOTÍCIAS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Lubrificante Motul para motores EcoBoost A última novidade da marca francesa de lubrificantes consiste num produto 100% sintético desenvolvido para lubrificar a última geração de motores a gasolina da Ford (exceto o do Ford Ka 2009 (08/2008), que requer 917 A, o do Ford Focus ST 2.5 Duratec (2004), que requer 913 D, e o do Ford Focus RS (2004), que requer 937 A). A especificação FORD WSS M2C 948 B é especialmente requerida para o novo motor a gasolina da Ford (1.0 EcoBoost de 3 cilindros), mas também é totalmente compatível com outros motores a gasolina da marca norte-americana. Assim, a especificação FORD WSS M2C 948 B abrange todos os motores a gasolina que atualmente requeiram as especificações FORD WSS M2C 913 A, 913 B, 913 C, ou 925 A, 925 B para as marcas Jaguar e Land Rover. Associado com a norma ACEA A1/B1, o Motul Specific 948 B 5W-20 proporciona uma significativa economia de energia (>
3,3%), mantendo e superando, em alguns casos, os requisitos de robustez da norma 913C. Esta melhoria dos requisitos para economia de combustível e desempenho para baixas emissões permitem ultrapassar os requisitos OEM para a redução de CO2.
Peças MEYLE para Iveco Daily Para ajudar as oficinas a efetuarem qualquer reparação em Iveco Daily que são carrinhas de grande utilização e que precisam de confiar em peças sobresselentes de qualidade original, a Wulf Gaertner Autoparts AG acrescentou novos componentes de direção e suspensão para complementar a sua gama de produtos para este modelo. A empresa também tem uma oferta de material MEYLE-HD, peças tecnicamente superiores às suas equivalentes de origem, para a reparação de componentes mais propensos ao desgaste. Adicionalmente, a Wulf Gaertner Autoparts desenvolveu novas soluções para a reparação de componentes essenciais para a segurança da Iveco Daily III e IV, sujeitos a cargas extraordinariamente pesadas.
38
dezembro 2013
NOTÍCIAS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Novos catálogos da SKF A SKF apresentou o seu novo catálogo de juntas homocinéticas, eixos de transmissão e foles para o mercado de peças de substituição. São 700 páginas que contêm informação clara, útil e precisa, que facilita uma procura rápida e eficiente. Esta nova edição tem mais de 50 mil links com veículos ligeiros e comerciais do parque europeu, incluindo modelos de veículos asiáticos. Mais de 2.000 novos kits dos componentes mencionados, uma completa gama de imagens dos produtos e uma tabela de referências cruzadas com a GLO, Loebro, Metelli e Spidan para ajudar a identificar a gama SKF, comparada com a gama oferecida por outras marcas do mercado.
Sonax Xtreme é o melhor! Um poderoso produto de limpeza destinado ao limpa pára-brisas no período de Inverno garante a melhor vista dentro de poucos segundos, mesmo com condições meteorológicas muito adversas. Com a cooperação da Sociedade para as Inspeções Técnicas, a revista “Autobild” levou 11 produtos a exame e o produto Sonax Extreme Antifreeze foi o vencedor. A conclusão do teste foi que o Sonax atingiu o melhor resultado no teste de limpeza, tendo alcançado bons resultados nos outros testes. No geral, o Sonax con-
quistou a classificação de “muito bom”. Outros três produtos alcançaram a pontuação “bom”, cinco foram apenas considerados satisfatórios e um dos produtos não passou do suficiente. Os peritos da revista especializada em automóveis alemã, Autobild, recomendam que “quando um produto remove a sujidade com três passagens das escovas é muito mais económico do que um produto que obriga a fazer dez passagens”. O vencedor do teste precisou apenas de 2,4 passagens das escovas para o conseguir.
40
dezembro 2013
NOTÍCIAS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
febi-bilstein tem novo catálogo A febi-bilstein já tem disponível o seu novo catálogo de amortecedores de tampa de mala e capot. Este catálogo inclui 240 referências novas, o que perfaz a totalidade de 650 referências cobrindo cerca de 95% do parque circulante. Os amortecedores de tampa febi seguem os padrões de qualidade OE. A febi-bilstein também tem já disponível o novo catálogo e líquidos e lubrificantes. Neste novo catálogo estão incluídas as novas referências de anticongelantes assim como óleos hidráulicos e ATF’s. Este catálogo contempla, também, a linha de óleos de motor e de travões da febi.
Ferodo Eco-Friction conquista prémio de inovação As pastilhas de travão ecológicas sem cobre Ferodo Eco-Friction, da Federal Mogul, venceram o troféu de ouro no Grande Prémio Internacional de Inovação na Indústria Automóvel na categoria de equipamento de reposição no salão Equip´Auto. Entre as centenas de produtos e serviços que concorrem ao prémio, as pastilhas Eco-Friction foram eleitas por um júri formado por especialistas em peças de substituição de todo o mundo e por jornalistas franceses, pela sua tecnologia inovadora e por ser um produto que respeita o meio ambiente. Este galardão premeia os conhecimentos tecnológicos da Federal-Mogul no que diz respeito a inovação. Olivier Legrand, vice-presidente de Aftermarket Europa e África da Federal Mogul VCS, frisou que “esta eleição como candidato ao prémio já era um grande reconhecimento para nós, mas receber o prémio é uma grande honra. A tecnologia Eco-Friction ilustra a vontade e a capacidade da Federal Mogul para trazer a cada linha de produtos as suas ideias inovadoras.”
42
dezembro 2013
NOTÍCIAS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Sodicor e Spies Hecker juntam clientes
Titan Cargo LD3 SAE 10W-40 O A Fuchs lançou mais
A Sodicor levou a efeito, em parceria com a sua representada Spies Hecker, um encontro de confraternização com clientes. O evento de cariz informal teve lugar no dia 16 de novembro em Leiria. O encontro iniciou-se pela manhã com um rali paper, onde várias equipas percorreram cerca de trinta quilómetros de paisagem urbana, histórica e rural do concelho de Leiria. Seguiu-se depois um almoço convívio que reuniu os clientes convidados, os clientes participantes no rali e as equipas da Sodicor e da Spies Hecker. Em ambiente informal, foram sorteados brindes a oferecer aos convidados. O encontro terminou com a entrega de medalhas a todos os participantes no rali e troféus aos três primeiros classificados.
PUB
Henkel regista grande desempenho em 2013 A Henkel opera no mundo todo com marcas e tecnologias de ponta em três áreas de negócio: Laundry & Home Care (Detergentes & Produtos de Limpeza), Beauty Care (Cosméticos) e Adhesive Technologies (Tecnologias em Adesivos). Aumentámos significativamente os proveitos e a rentabilidade - com uma margem EBIT superior a 16% pela primeira vez”, disse o CEO da Henkel, Kasper Rorsted. “Conseguimos um sólido crescimento orgânico das vendas com o contributo de todos os nossos setores
de atividade e regiões. Os mercados emergentes evidenciaram mais uma vez um desenvolvimento particularmente dinâmico. No entanto, os efeitos cambiais influenciaram negativamente as vendas registadas”. Em relação ao resto do ano, Kasper Rorsted declarou: “a conjuntura económica permanece difícil. Contudo, vamos continuar a adaptar os nossos processos e estruturas a fim de melhorar ainda mais a nossa flexibilidade e eficiência neste ambiente de mercado volátil”.
um novo produto destinado ao segmento dos veículos pesados. Referimo-nos ao novo Titan Cargo LD3 SAE 10W-40, que foi especialmente desenvolvido para os motores EURO 6 do fabricante Scania. Este produto é aprovado oficialmente de acordo com a norma Scania LDF3 e cumpre as especificações ACEA E7 e ACEA E4.
44
dezembro 2013
NOTÍCIAS
Mala de ferramentas da Blue Print
Escovas Trico Flex são sucesso na Europa O A Trico, marca que se dedica à
produção de escovas limpa pára-brisas, tem tido um enorme sucesso com as escovas Trico Flex. Desenhadas para serem comercializadas em diversas superfícies comerciais e ocuparem na loja o mínimo de espaço possível, estas escovas são fáceis de substituir em todos os modelos onde podem ser aplicadas. Para tornar a substituição das escovas ainda mais simples, cada embalagem conta com um código QR que permite fazer o download de um vídeo de instruções que ajuda a simplificar o processo. O código QR ajuda ainda perceber qual o tipo de escova para cada veículo.
PUB
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
H
á cerca de três anos, a Blue Print começou a adicionar ferramentas oficinais essenciais, à sua gama de componentes líder de mercado, pois sempre entendeu que durante a execução de tarefas particulares no decurso de uma reparação, o mecânico por vezes depara-se com a necessidade de utilizar ferramentas específicas para a tarefa em questão. Essas ferramentas estão a ser identificadas e adicionadas à gama da Blue Print. Para tornar o processo ainda mais simples, todas as ferramentas estão catalogadas junto das peças em que é necessário usar a ferramenta, informando assim os fornecedores e mecânicos que a ferramenta é necessária, antes mesmo de começar a reparação, o que permite poupar tempo e dinheiro. Existem atualmente cerca de 30 ferramentas disponíveis na gama Blue Print, e no seguimento de variadas solicitações, a Blue Print decidiu criar uma mala de ferramentas (Referência BPPK010) que contém os 17 artigos mais populares. Estas malas são uma excelente instrumento de demonstração para os distribuidores Blue Print e kit completo de ferramentas para as oficinas. Todas as ferramentas da Blue Print podem ainda ser adquiridas em separado. Para mais informações sobre a mala de ferramentas e os seus componentes, basta contactar um distribuidor Blue Print ou visitar a página www.blue-print.com/pt_mala.
JORNAL DAS OFICINAS
dezembro 2013
ANÚNCIOS CLASSIFICADOS
www.jornaldasoficinas.com
AR CONDICIONADO PARA AUTOMÓVEIS
Peças e Acessórios 2 MÓDULOS R
41 - Peças e Acessórios, Lda
w www.rplclima.com ww.rplclima.com
45
50 euros + IVa
Distribuidor CROWN 261931456 - 961457457
RPL CLIM CLIMA, A, LLda da Lote Lote 6.I / 21, Fração Fração J - Zona Zona Industrial Industrial de Vilamoura Vilamoura - 8125 - 498 Vilamoura Vilamoura e-mail: TTelefone: elef e one: (+351) 289 381 720 - FFax: ax: (+351) 289 381 729 | e -mail: ccomercial@rplclima.com omercial@rplclima.com
www.41jeep.com
46
dezembro 2013
Indústriria
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA
Honda Civic 1.6 i-DTEC Sport
Equilíbrio perfeito
i É o mais refinado motor Diesel que a Honda alguma vez fez. Responde pelo nome de 1.6 i-DTEC. Oferece invejáveis níveis de consumos e emissões. Dispõe de turbocompressor de geometria variável Garrett de quarta geração e sistema de injeção Bosch, que está apto a funcionar até 1800 bar de pressão máxima. Mas há mais para saber... Por: Bruno Castanheira
P
roduzido exclusivamente para o mercado europeu na fábrica da Honda localizada em Swindon, no Reino Unido (Honda of the UK Manufacturing – HUM), o motor Diesel 1.6 i-DTEC é o mais importante da nona geração do Civic. Tanto mais que implicou a instalação de uma nova linha de produção, com uma capacidade de até 500 motores/dia. A operar em dois turnos, permite fabricar um motor a cada 138 segundos. O bloco 1.6 i-DTEC, que está disponível, também, no modelo CR-V, veio dar ao Civic um novo fôlego comercial. É que, na Europa, os motores Diesel representam mais de 58% do segmento onde se insere o Civic: o dos familiares compactos. Para além disso, os motores com emissões de CO2 inferiores a 120 g/km reúnem 45% desse mesmo segmento. E como o Civic aqui em apreço joga precisamente nesses dois tabuleiros...
Q TERRA DOS SONHOS A nova geração de motores Earth Dreams estreou-se na Europa com o Diesel 1.6 i-DTEC. E esta tecnologia será aplicada a todas as futuras motorizações da Honda. Quererá a marca nipónica criar a terra dos sonhos? Enquanto aguardamos pela resposta, debrucemo-nos sobre este Civic. Começando, claro está, pelo motor. Constituído por uma cabeça em alumínio,
que está acoplada a um bloco, também ele, em alumínio, o 1.6 i-DTEC anuncia-se como o Diesel mais leve da sua classe, pesando menos 47 kg do que o motor Honda 2.2 i-DTEC, fruto de componentes redesenhados e de avançadas técnicas de produção. Prova disso, é a espessura das paredes dos cilindros, que foi reduzida de 9 mm para 8 mm comparativamente ao 2.2 i-DTEC (uma grande conquista tratando-se de um motor Diesel) e a utilização quer de pistões quer de bielas de menor peso. O principal objetivo dos engenheiros da Honda foi reduzir a fricção mecânica neste novo motor, de modo a posicioná-lo ao nível de um motor a gasolina. Como tal, os pistões dispõem de saia mais curta e mais fina. Para mais, às 1500 rpm, o 1.6 i-DTEC apresenta cerca de 40% menos fricção do que o 2.2 i-DTEC. Digno de registo é, também, o turbocompressor de geometria variável Garrett de quarta geração. Para além de exibir um design eficiente, a sua rotação é controlada de forma precisa pela eletrónica do veículo, minimizando, assim, o atraso na sua entrada em funcionamento (turbo lag), oferecendo uma boa capacidade de resposta em todas as faixas de regime. O turbocompressor atinge uma pressão máxima de 1,5 bar. O motor 1.6 i-DTEC recorre, também, a
um sistema de injeção direta common-rail Bosch, que está apto a funcionar até 1800 bar. A elevada pressão de combustível permite que este seja injetado mais rapidamente de modo a obter uma melhor pulverização do jato, solução que otimiza a mistura gasóleo/ar, resultando, por isso, numa combustão mais limpa e mais eficiente. O que ajuda a reduzir consumos e emissões. A eficiência volumétrica dos cilindros foi igualmente alvo de especial atenção. Ao utilizarem uma admissão de ar de caudal elevado com aberturas de remoinho forte, o processo de combustão tornou-se mais eficiente, conseguindo reduzir-se os pontos de produção de emissões indesejadas. O fluxo de ar para o motor é gerido por um sistema EGR (Recirculação dos Gases de Escape), que funciona quer a alta quer a baixa pressão para reduzir as emissões de Óxidos de Azoto (NOx). Para transmitir ao solo, através das rodas dianteiras, os 120 cv e os 300 Nm do 1.6 i-DTEC, o Civic dispõe de um sistema de transmissão manual compacto, com novo design e peso reduzido. Composto por seis velocidades, é 7 kg mais leve do que o sistema de transmissão (igualmente manual e com o mesmo número de relações) proposto no Civic 2.2 i-DTEC. Foi, por isso, com elevada expectativa que
O motor 1.6 i-DTEC faz uso de injeção common-rail Bosch, que funciona até 1800 bar de pressão máxima
partimos para a avaliação dinâmica deste familiar compacto. Não sem antes analisarmos o design e o habitáculo. Q RESULTADO SURPREENDENTE Arrojado, elegante, futurista. As luzes diurnas LED, as jantes de 17” com dez raios da especificação Sport, a terceira luz de travagem integrada na placa refletora que divide o óculo posterior e a cor branca da carroçaria ajudam. Alvo de subtis revisões exteriores que permitiram otimizar a aerodinâmica e melhorar a estabilidade a velocidades elevadas, o Civic 1.6 i-DTEC está equipado com a mesma grelha dianteira de persiana da
47
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
HONDA CIVIC 1.6 i-DTEC SPORT MOTOR Tipo
4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1597 Diâmetr o x curso (mm) 76,0x88,0 Taxa de compressão 16,0:1 Potência máxima (cv/rpm) 120/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 300/2000 Distribuição 2 v.e.c., 16 válvulas Alimentação injeção dir. common-rail Bosch Sobrealimentação turbocompressor geometria variável (Garrett)
O Honda Civic utiliza uma suspensão traseira que mais não é do que um eixo semi-rígido. A sua conceção pode ser simplista quando comparado com um mais evoluído esquema multilink, mas o resultado prático é convincente
versão 2.2 i-DTEC. Este Civic monitoriza a temperatura do líquido de refrigeração, a rotação das rodas e a temperatura exterior, abrindo ou fechando a grelha para otimizar o arrefecimento do motor e reduzir a resistência ao ar. Regra geral, a grelha está fechada para assegurar a máxima eficiência de combustível. A baixas velocidades, quando a aerodinâmica não é tão importante, permanece aberta. Já a alta velocidade, para assegurar o melhor equilíbrio aerodinâmico possível e reduzir a tendência de elevação do eixo dianteiro, a grelha mantém-se igualmente aberta. Semelhante ao cockpit de uma aeronave, o habitáculo começa por agradar pelo design. O tablier, com iluminação de cor azul, foi desenvolvido segundo o conceito de camadas. Na primeira, estão alojados os mostradores (indicador da temperatura do motor; conta-rotações; indicador do nível de combustível) e o painel do rádio. Na segunda, o velocímetro digital, o computador de bordo e o ecrã do rádio. A construção situa-se num plano convincente. Bem melhor é o equipamento proposto de série e os dispositivos de segurança. O posto de condução, ergonómico, é outro trunfo. Todos os comandos estão bem localizados, os pedais estão corretamente colocados e o volante, de três braços, oferece uma boa pega. Para mais, o banco proporciona agradável suporte lateral e lombar. A habitabilidade é bastante razoável.
Bem construído, espaçoso, confortável e bem equipado. O tablier dispõe de iluminação azul. O posto de condução é ergonómico
Quanto à bagageira, cujo acesso é elevado, propõe 477 litros de capacidade com os bancos traseiros na posição normal e dispõe de duplo piso de carga. Rebatendo assimetricamente os bancos posteriores, o volume ascende aos 1378 litros. Nada mau. Seguro, confortável, fácil de conduzir e, sobretudo, equilibrado. O Civic 1.6 i-DTEC, não sendo um velocista, oferece boas prestações. Tudo porque o motor Diesel que o equipa, para além de oferecer consumos reduzidos, tem uma energia digna de registo. E surge associado a um sistema “Idle Stop” muito bem afinado, que desliga o motor quando o seu funcionamento não é necessário, como por exemplo, num semáforo vermelho. Interessante é, também, a função “Eco Assist”, que apela a uma condução mais económica e ecológica. Para tal, basta premir o botão verde (Econ) localizado à esquerda do volante, altura em que, ao lado do velocímetro digital, passam a estar acesas umas guias que alternam entre a cor azul (menos económica) e a cor verde (mais económica) em função do estilo de condução adotado. Trata-se de uma ação meramente pedagógica, uma vez que não interfere em nenhum parâmetro da direção, das relações de caixa ou do acelerador.
TRANSMISSÃO Tração Caixa de velocidades
dianteira com VSA manual de 6+ma
DIREÇÃO Tipo Assistência Diâmetro de viragem (m)
pinhão e cremalheira sim (elétrica) 11,8
TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS
discos ventilados (280) discos maciços (276) sim, com EBD + BA + Assistência Arranque Subidas
SUSPENSÕES Dianteira Traseira Barra estabilizadora frente/trás PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 0-100 km/h (s) Consumos (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) Nível de emissões
207 10,5 3,5/3,7/4,1 98 Euro 5
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES Cx 0,32 Comprimento/largura/altura (mm) 4300/1770/1470 Distância entre eixos (mm) 2595 Largura de vias frente/trás (mm) 1530/1530 Capacidade do depósito (l) 50 Capacidade da mala (l) 477-1378 Peso (kg) 1310 Relação peso/potência (kg/cv) 10,9 Jantes de série 7Jx17” Pneus de série 225/45R17 Pneus da unidade testada Michelin Primacy HP GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão estrutural ASSISTÊNCIA 1.ª revisão Custo 1.ª revisão (c/ IVA) Intervalos PREÇO (s/ despesas) Unidade testada: Imposto Único Circulação (IUC)
Um dos elementos estilísticos mais marcantes reside na placa refletora que divide o óculo posterior e que integra a 3ª luz de stop
McPherson eixo semi-rígido sim/não
5 anos 5 anos 12 anos
1 ano ou 20 000 km não divulgado Cada 20 000 km €25 600 €25 600 €130,09
48
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Indústriria
Kia ultima Picanto GPL O O Kia Picanto GPL chegará a
Portugal no final do primeiro trimestre de 2014. Contará com dois níveis de equipamento (LX e EX) e estará disponível primeiro na carroçaria de cinco portas. Equipado com um motor 1.0 tricilíndrico de 67 cv e 90 Nm, este utilitário está apto a consumir gasolina ou GPL. Bastará selecionar, através de um botão, o tipo de combustível a utilizar. Anunciando um consumo combinado de 5,8 l/100 km e emissões de CO2 de 100 g/km (5,6 l/100 km e 97 g/ km com sistema start/stop), o Picanto GPL, conta com um depósito de gás, com 27 litros, instalado no espaço do pneu suplente. Foi transformado pela Stako e oferece uma garantia de sete anos ou 150 mil km.
Tecnologia COD da Audi reduz consumos
D
esativa metade dos cilindros entre os baixos e médios regimes e nas relações de caixa superiores, até que o condutor acelere de forma mais intensa. A eficiência nos cilindros ativos aumenta porque os pontos de funcionamento são deslocados para cargas mais elevadas. A esta tecnologi a a Audi chama COD (cylinder on demand) e é já proposta em três motores a gasolina. Com uma redução de até 20% no consumo de combustível, nos motores de quatro cilindros 1.4 TFSI COD, V8 4.0 TFSI COD e W12 6.3 FSI COD, a ativação e desativação dos cilindros é suave. A tecnologia COD permite reduzir o consumo de combustível. Nos modelos RS 6 Avant e RS 7 Sportback, por exemplo, baixa cerca de 5%, de acordo com o ciclo NEDC. O bloco 4.0 TFSI COD consome apenas 9,8 l/100 km. O motor 1.4 TFSI COD,
no caso do A3, consome uma média de 4,7 l/100 km. No ciclo NEDC, a desativação de cilindros permite economizar cerca de 0,4 l/100 km. Com um estilo de condução moderado, o valor de poupança pode mesmo chegar aos 20%.
Por enquanto, a tecnologia de desativação dos cilindros está disponível em três motores: 1.4 TFSI de 140 cv (Audi A3); 4.0 TFSI de 560 cv (Audi RS 6 Avant e RS 7 Sportback); W12 de 500 cv (Audi A8 Longo)
Novo Mercedes-Benz Classe C trará touchpad
Opel prepara faróis de matriz de LED O Os engenheiros do Centro Inter-
nacional de Desenvolvimento Técnico da Opel estão a trabalhar no futuro da iluminação automóvel: os faróis de matriz de LED. Planeado para ser introduzido, gradualmente, nos modelos da marca alemã, produz uma luz de “máximos” permanente, que se ajusta, automaticamente, em função do tráfego. O sistema é capaz de detetar fontes de luz provenientes de veículos que circulem à frente ou em sentido contrário, desativando alguns LED na zona relevante, enquanto o resto da estrada se mantém bem iluminado. De acordo com um estudo de comparação entre a iluminação de matriz e os “médios” de Xénon convencionais, levado a cabo pela Universidade Técnica de Darmstadt, mostra que, a 80 km/h, os objetos que se encontrem na berma podem ser detetados mais rapidamente, em cerca de 1,3 segundos.
O touchpad que o novo Classe C terá pode ser utilizado pelo condutor e passageiro dianteiro, permitindo controlar todas as funções do painel de entretenimento. Consiste numa evolução do atual sistema de operação de navegação, áudio e entretenimento da Mercedes-Benz. Tal como num smartphone, todas as funções da unidade principal podem ser operadas através da simples movimentação dos dedos. A superfície de controlo, com 65x45 mm, feita com material resistente a riscos, está incorporada no apoio de braços dianteiro. O touchpad permite a introdução de letras, números e caracteres especiais através da utilização da função de reconhecimento de escrita manual no respetivo idioma. Os caracteres introduzidos podem ser lidos também em voz alta pelo sistema, permitindo, deste modo, o seu manuseamento por invisuais. Três botões sensíveis ao toque estão dispostos atrás do touchpad e podem ser usados para operar funções importantes de modo rápido e direto: retroceder; mudança para o menu de favoritos; menu rápido de áudio.
Novo Mazda3 já está à venda M A Z DA
3
€18.200
O touchpad permite a introdução de letras, números e caracteres especiais. Com a ponta dos dedos
É o mais recente familiar compacto do mercado. Está disponível com carroçaria de cinco portas (hatchback) e recorre aos préstimos do motor a gasolina 1.5 de 100 cv, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades. Os níveis de equipamento são dois, Essence e Evolve, dispondo este último dos pacotes adicionais Navi, High Safety e High Safety Navi. O novo Mazda3, que conta, de série, com a função i-stop (desliga, automaticamente, o motor quando o seu funcionamento não está a ser necessário), é o mais recente elemento da sexta geração Mazda. Dispõe do avançado pacote tecnológico Skyactiv e da atrativa linguagem de design “KODO” (significa alma em movimento) que o caracteriza. Os preços do novo Mazda3 iniciam-se nos €18 200 da versão 1.5 Skyactiv-G Essence e terminam nos €22 250 da recheada variante 1.5 Skyactiv-G Evolve HS Navi (sem pintura metalizada).
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
49
50
dezembro 2013
Indústriria
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado
Dacia Sandero TCe
Mazda CX-5 2.2 Skyactiv-D
Seat Mii 1.0 5p
Volvo V40 Cross Country D2
Escolha racional
Recheio tecnológico
Sem complexos
Evasão nórdica
O É dos utilitários mais acessíveis do
O O CX-5 foi o primeiro modelo da Ma-
O Não tem mais do que 3,56 metros de
O Beleza não lhe falta, eficácia também
mercado. Dá pelo nome de Sandero. Na motorização tricilíndrica de 898 cc com 90 cv, associado à especificação Confort, custa €10 550. Pode não exibir o encanto visual nem dispor da imagem de outras propostas, mas tem a seu favor uma série de argumentos. Desde preço a consumos, passando pelo espaço para ocupantes e bagagem. O equipamento, não sendo extenso, satisfaz. A pintura metalizada, as jantes de liga leve de 15”, o sistema multimédia/navegação, os vidros traseiros elétricos, a ajuda traseira ao estacionamento, o regulador/limitador de velocidade e o volante em couro compõem a lista de opções.
zda a adotar o conceito tecnológico Skyactiv, sistema que engloba um conjunto de soluções ao nível dos motores, da transmissão, da carroçaria e do chassis, com vista a obter uma maior sustentabilidade ambiental, a par de uma maior segurança geral. O CX-5, aqui equipado com o motor Diesel 2.2 de 150 cv e nível de equipamento de topo, Evolve High Safety Navi (integra ecrã tátil de 5,8” e park assist com câmara de visão traseira), é um SUV compacto que cumpre ao máximo os requisitos a que se propõe.
comprimento. E a animá-lo está um motor de três cilindros com 75 cv. Mas o Seat Mii 1.0 não tem quaisquer complexos na estrada. O seu habitat natural é, assumidamente, a cidade, onde denota uma agilidade contagiante para um (também) pequeno motor, cujo binário máximo é de 95 Nm às 3000 rpm. De resto, a caixa manual de cinco velocidades, curta e bem escalonada, ajuda a extrair prazer na condução. Mais espaçoso do que o seu exterior aparenta, o Seat Mii acolhe, confortavelmente, quatro pessoas. Aqui testado na carroçaria de cinco portas, o modelo espanhol marca pontos em matéria de construção e acabamentos. Com o nível de equipamento Style Chic, o mais elitista, o Mii dispõe de tudo o que se possa reclamar num modelo deste segmento, onde não faltam opcionais como os retrovisores elétricos, jantes de 14’’, volante e punho da alavanca da caixa em pele, teto panorâmico de abertura elétrica (Pacote Chic); assim como o cruise-control, o computador de bordo, o sistema de assistência à travagem em cidade e o sensor de apoio ao estacionamento (Pacote Drive) – dispositivo que, à partida, poderá parecer dispensável num modelo de tão modestas dimensões, mas do qual o Seat Mii, descomplexado convicto, não abdica.
não. Nem mesmo quando equipado com o motor D2 de 115 cv, aqui associado à caixa automática Powershift de seis velocidades. O V40 Cross Country (CC para os amigos...) é o mais recente símbolo da evasão nórdica. O branco que reveste a carroçaria, as jantes “Larenta Dark” de 17” e as proteções assim o definem. O habitáculo prima pela qualidade de construção superior, elevada segurança, equipamento expressivo (Momentum) e design sofisticado. A consola central e os mostradores do painel de instrumentos são os elementos estilísticos mais marcantes. O posto de condução é ergonómico e muito versátil. Espaço para ocupantes e bagagem não falta. E o conforto convence.
Para além da ligeira reformulação exterior, este utilitário, de origem romena, recebeu um novo interior. Mais moderno, mais funcional, melhor construído. O posto de condução é agradável, a habitabilidade não compromete e o volume da bagageira está em total consonância com a sua vocação. Comercializado com a assinatura ambiental eco2, o Sandero TCe oferece prestações medianas. Mas melhor, mesmo, são os consumos. Com os 50 litros de capacidade do depósito, conseguem percorrer-se, de acordo com a média de 5 l/100 km anunciada pela marca, nada menos do que 1000 km. Contudo, nós, no nosso teste, não conseguimos ir além dos 769 km: registámos, em condução normal, uma média ponderada de 6,5 l/100 km...
Ou seja, tem um bom poder de resposta em regimes altos e baixos e um conforto de condução superior, exibindo 380 Nm de binário, na faixa entre as 1800 e as 2600 rpm. Tudo isto sem prejudicar o grande objetivo de redução das emissões de gases poluentes (119 kg de CO2) e um consumo médio de 4,6 l/100 km. Para que tal fosse possível, o CX-5 foi sujeito a uma dieta forçada que o fez perder 100 kg. Refira-se, a propósito, que os pára-choques foram construídos em material resinoso, especialmente desenvolvido para o efeito e que pesam menos 20% do que os tradicionais, sem, com isso, perder quaisquer qualidades em termos de rigidez. Uma alteração invisível, ao contrário das pequenas revisões visuais que o conjunto conheceu, recentemente, como, por exemplo, a grelha frontal com assinatura em asa, que lhe confere uma imagem de força e de profundidade.
Por: Bruno Castanheira
Por: Jorge Flores
DACIA SANDERO TCe CONFORT MOTOR
MAZDA CX5 2.2 SKYACTIVD MOTOR
Por: Jorge Flores
O motor que anima a versão menos potente do V40 Cross Country responde pelo nome de D2. Trata-se de um turbodiesel common-rail de 1,6 litros, que surge associado a um sistema start/stop particularmente bem afinado. E com a caixa automática de seis velocidades, designada, como acima referimos, Powershift, a situação melhora. E mesmo tendo 1477 kg de peso, este Volvo mexe-se com bastante desenvoltura. Os consumos são comedidos em todas as situações. O que se traduz, como é óbvio, em reduzidas emissões de CO2. O preço a que é proposta esta aventureira variante é outro argumento de peso. Quem dispensar um nível de equipamento expressivo, tem à sua disposição a versão D2 Kinetic com caixa manual, que custa um pouco menos: €29 971. Por: Bruno Castanheira
SEAT Mii 1.0 5P STYLE CHIC MOTOR
VOLVO V40 CROSS COUNTRY D2 MOTOR
3 cilindros em linha, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 898 Potência máxima (cv/rpm) 90/5250 Binário máximo (Nm/rpm) 135/2500 Velocidade máxima (km/h) 175 0-100 km/h (s) 11,1 Consumo combinado (l/100 km) 5,0 Emissões de CO2 (g/km) 116
4 cilindros em linha Diesel transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 2191 Potência máxima (cv/rpm) 150/4500 Binário máx. (Nm/rpm) 380/1800-2600 Velocidade máxima (km/h) 202 0-100 km/h (s) 9,2 Consumo combinado (l/100 km) 4,6 Emissões de CO2 (g/km) 119
3 cilindros em linha, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 999 Potência máxima (cv/rpm) 75/6200 Binário máx. (Nm/rpm) 95/3000-4300 Velocidade máxima (km/h) 160 0-100 km/h (s) 15,3 Consumo combinado (l/100 km) 4,4 Emissões de CO2 (g/km) 105
4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1560 Potência máxima (cv/rpm) 115/3600 Binário máx. (Nm/rpm) 270/1750-2500 Velocidade máxima (km/h) 190 0-100 km/h (s) 12,1 Consumo combinado (l/100 km) 4,1 Emissões de CO2 (g/km) 108
Preço IUC
Preço IUC
Preço IUC
Preço IUC
€10 550 €97,82
€36 461 €194,30
€13 085 €97,82
€33 599 €130,10
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
51
APRESENTAÇÃO Variante carrinha do Leon já está à venda
Seat Leon ST
Espaço à família i O JORNAL DAS OFICINAS viajou até Barcelona para testar o novo Seat Leon ST. Depois das versões de três e cinco portas, eis a variante de vocação mais familiar
O habitáculo é espaçoso e beneficia de uma luminosidade ímpar, graças ao teto panorâmico em vidro
Por: Jorge Flores
N
ão foi à toa que a palavra “família” apareceu inúmeras vezes na conferência de apresentação do novo Seat Leon ST (S de Sports; T de Tourer), realizada em Barcelona, Espanha. A carrinha Leon, que completa o trio gama, depois dos lançamentos das carroçarias de três e cinco portas, é um modelo que tem a família em mente. E a responsabilidade de aumentar as vendas nacionais da gama, cuja aceitação pelo mercado, em 2012, subiu 42,1%. A seu favor tem um público luso “apreciador de carrinhas familiares”, disse Marc Bisbe, diretor-geral da Seat, no seu discurso. Para conquistar um público-alvo na casa dos “40 anos”, a Seat optou por não revolucionar muito as linhas do Leon. Ainda assim, as superfícies foram esculpidas de forma a sublinhar a tridimensionalidade da carrinha. De perfil, são notórias as barras no tejadilho e a fluidez das linhas, na procura de conferir uma imagem mais dinâmica. A seção traseira, alongada em 27 cm face à carroçaria de cinco portas, dá a sensação de espaço interior. Algo que se confirma, depois, num habitáculo confortável – e que goza de uma ampla visibilidade e luminosidade, graças ao teto panorâmico de grandes dimensões.
A capacidade da mala (de duplo piso) é de 587 litros, mas pode alcançar um máximo de 1470 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. O conjunto anuncia 4,54 metros de comprimento e pesa 1233 kg, mais 45 kg do que o Leon de cinco portas. Mais importante ainda são os muitos sistemas de segurança que equipam o Leon ST – alguns deles opcionais. Destaque, a este nível, para o controlo de velocidade adaptativo com radar de proximidade, que faz pequenas correções na direção caso o condutor se distraia. Outra novidade diz respeito à câmara exterior, que, a partir de uma velocidade superior a 60 km/h, consegue detetar a presença de um veículo que circule em sentido oposto e baixa as luzes de máximos (caso estejam ligadas) para médias, a fim de não encadear quem vem de frente. Injeção direta para todos O Leon ST tem ao seu serviço uma ampla oferta de motores, todos eles de injeção direta. A gasolina, as propostas começam com o 1.2 TSI (86 e 105 cv), passam pelo 1.4 TSI (122 e 140 cv) e terminam no 1.8 TSI de 180 cv. Por sua vez, a gama Diesel é composta pelo 1.6
TDI (90 e 105 cv) e pelo conhecido 2.0 TDI (150 e 184 cv). Quem pretender um Leon ST mais “verde”, mais adiante surgirá uma variante common-rail Ecomotive para o motor 1.6 TDI, que apresenta no currículo um consumo de 3,3 l/100 km em
ciclo combinado e emissões de CO2 na ordem dos 87 g/km. Registos que não beliscam as suas prestações: 110 cv de potência e 250 Nm de binário, sendo capaz de alcançar 199 km/h de velocidade máxima. O Leon ST está à venda desde o passado dia 25 de Novembro.
SEAT LEON ST 1.4 TSI 4 cilindros Cilindrada (cc) 1395 Potência máx. (cv/rpm) 122/5000-6000 Binário máximo (Nm/rpm) 200/1400-4000 Vel. máxima (km/h) 202 0-100 km/h (s) 9,6 Consumo comb. (l/100 km) 5,2 Emissões CO2 (g/km) 120 Preço €23 907 IUC €130,10 Motor
1.6 TDI 4 cilindros Diesel 1598 105/3000-4000 250/1750-2750 191 11,1 3,8 99 €26 097 €130,10
2.0 TDI 4 cilindros Diesel 1968 150/3500-4000 320/1750-3000 215 8,6 4,1 106 €33 047 €194,30
PUB
52
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
USO PROFISSIONAL Novos comerciais ligeiros
Toyota Proace
TOYOTA PROACE MOTOR 4 cilindros em linha Diesel,
Uma Hiace para a Europa
transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1997 Potência máxima (cv/rpm) 128/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 320/2000 Consumo l/100 km) 7,0 Emissões de CO2 (g/km) 183 Comp./larg./altura (mm) 5143/1895/1980 Volume de carga (m3) 3,6 Carga útil (kg) 955 Comp. de carga (mm) 1694 Altura de carga (mm) 1449 Largura de carga (mm) 1600 Plano de carga (mm 535
D
epois de 47 anos repletos de sucessos e êxitos comerciais, a Toyota resolveu reformar um dos seus mais famosos ícones de trabalho: a Hiace. Esta reforma aconteceu apenas na Europa, continente onde a marca nipónica tem perdido muita quota no segmento dos veículos comerciais. Para não desaparecer por completo de um mercado onde tem tradição, a Toyota recorreu a uma solução que acarreta menos custos de produção e assinou uma parceria com o Grupo PSA (Peugeot/Citroën) e com a Fiat para, em conjunto, produzirem mais um veículo comercial. Assim, dos três modelos das três marcas que são produzidos na unidade fabril de Sevelnord (Fiat Scudo, Citroën Jumpy e Peugeot Expert), passa a existir um quarto a modelo exatamente igual aos três outros, mas com o símbolo da Toyota na grelha, no volante e nas rodas. E, para não perder a sonoridade do nome Hiace, passou a chamar-se Proace. O JORNAL DAS OFICINAS realizou um pequeno teste com a versão de seis lugares deste modelo, equipada com o motor mais potente da gama: o 2.0 D-4D de 128 cv (existe ainda um motor 1.6 D-4D de 90 cv), que traz acoplada uma caixa manual de seis velocidades.
Preço IUC
Disponível em versão L2H1 (a mais longa e de teto baixo), com seis lugares e um volume de carga, ainda assim, de 3,6 m3, a Proace dá boa conta de si. No habitáculo, também não existem muitas surpresas. A posição de condução é boa (ainda que os pedais estejam descentrados em relação ao volante), o espaço é generoso para dois ocupantes, pois o terceiro terá de “lutar” com o comando da caixa de velocidades posicionado no tablier, mas que “rouba”
espaço para conseguir ter as pernas direitas. Na segunda fila de bancos e numa clara tentativa de aproveitar ao máximo o espaço na caixa de carga, as costas do banco estão numa posição demasiado direita, o que acaba por tornar mais cansativas as viagens longas. Mas a “cereja no topo do bolo” é, de facto, o motor turbodiesel de 2,0 litros com 128 cv. Oferece um excelente compromisso entre o poder de resposta e os consumos obtidos. Com
Ford Transit Connect
Furgão com sabor a monovolume E
leita recentemente Furgão do Ano 2014, a Transit Connect assume-se como um “player” de destaque na gama de veículos comerciais da Ford. Com uma posição definida dentro da gama, o novo furgão médio da marca da oval azul vai chegar ao mercado português no início de 2014 com um figurino mais moderno e apelativo. A estética foi, aliás, um dos pontos onde a Ford mais tentou melhorar e conseguiu-o. A Transit Connect é apelativa, versátil e muito ergonómica. Foi desenvolvida no âmbito de uma estratégia global e faz parte de uma gama de quatro modelos, onde já se inclui a Transit Custom, e que vai ser reforçada, em breve, pela mais pequena Transit Courier e pela Transit Custom de 2 toneladas. A Transit Connect é produzida na fábrica da Ford em Almussafes, na zona de Valência, Espanha, e é vendida na Europa, América do Norte e vários outros mercados mundiais. Vai estar disponível no mercado com duas distâncias entre eixos: L1, a mais curta e L2, a mais longa, e três variantes de carroçaria, Van, Kombi-Van e Kombi, com um volume de carga que vai dos 2,9 m3 aos 3,6 m3, caso inclua uma antepara integral. Caso se opte pela
€28 265 €52,00
um binário de 320 Nm, disponíveis às 2000 rpm, a Proace parece que foi feita tanto para condução urbana como para condução em auto-estrada, onde facilmente atinge velocidades proibitiva. Por fim, destaque para a vantagem desta solução mista, que pode muito bem ser útil no transporte de trabalhadores de qualquer empresa e das suas respetivas ferramentas de trabalho. A Toyota propõe a Proace por €28 265. Mas, caso a compra seja feita por uma empresa, esta pode recuperar os €5285,47 que este comercial paga de IVA. Por: José Silva
com mais opções de motorizações do mercado. O habitáculo também espelha a modernidade do projeto ao propor um espaço elegante e muito bem dimensionado. As soluções de arrumação primam pela ergonomia. Para não ficar atrás da concorrência, também a Transit Connect propõe um banco duplo flexível para que dois passageiros viajem com o condutor. Outra solução inédita e muito interessante diz respeito a uma iluminação LED muito brilhante no espaço de carga, que facilita as cargas e descargas noturnas. A caixa de carga dispõe de vários pontos de fixação à altura da cintura e dos ombros e no piso de carga, uma solução que oferece uma dose de versatilidade superior. No mercado nacional vão ser comercializados dois níveis de equipamento: Ambiente e Trend. Por: José Silva
antepara rebatível e que permite carregar objetos mais compridos por cima do banco do acompanhante, os volumes de carga sobem aos 3,7 e 4,4 m3. A capacidade de carga chega aos 1000 kg. A Ford propõe uma gama de motores que tem como protagonista o bloco 1.6 TDCi nas versões de 75, 95 e 115 cv, fazendo da Transit Connect um dos furgões
GAMA Van curta L1 1.6 TDCi 75 cv Ambiente Van curta L1 1.6 TDCi 95 cv Ambiente Van curta L1 1.6 TDCi 95 cv Trend Van curta L1 1.6 TDCi 115 cv Trend Van longa L2 1.6 TDCi 95 cv Ambiente Van longa L2 1.6 TDCi 115 cv Ambiente Van longa L2 1.6 TDCi 115 cv Trend
PVP
IUC
€17 900 €18 650 €19 700 €20 300 €20 150 €21 200 €21 800
€32 €32 €32 €32 €32 €32 €32
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
53
54
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
OFICINA DE CLÁSSICOS
Porsche 356
O desportivo de Ferdinand Porsche i 2013 foi o ano de celebração dos 50 Anos do Porsche 911, mas tudo começou com um outro número: o 356 Por: Dário Afonso
F
echamos a seção da Oficina de Clássicos de 2013, com um artigo que pretende concluir a celebração dos 50 anos do modelo 911 da Porsche, com uma palavra de apreço dirigida ao grande responsável por tal feito, que foi o modelo 356, desenhado pelo fundador da Porsche em 1931, o Professor Dr. Eng. Ferdinand Porsche. Não conseguimos perspetivar a história, mas se a Porsche não tivesse desenvolvido o seu primeiro carro, muito provavelmente, nunca teria existido o 911. Entre 1931 e 1944 a Porsche trabalhou como uma empresa independente de engenharia e design, que prestava serviços em regime de outsourcing para outras empresas, nomeadamente, para fabricantes de automóveis como a Volkswagen. De todos os projetos em que Porsche esteve envolvida, provavelmente o de maior notoriedade terá sido o VW Carocha que, segundo consta o “caderno de encargos” teve uma forte influência do, então chanceler Alemão, Sr. Adolf Hitler. O chanceler queria um carro para o povo (Volks – Povo; Wagen – Carro). Tinha de ser barato, fiável e que conseguisse transportar a família alemã e ainda a bagagem. Porsche foi ao encontro do “caderno de encargos”, mas também, segundo reza a história, a relação não foi propriamente pacífica com o, então chanceler, já que Ferdinand Porsche era um homem de convicções e de ideias muito bem fun-
damentadas no que dizia respeito ao seus projetos e, o chanceler de então, gostava de colocar a sua “marca pessoal” em todos os grandes projetos da nação. Como todos sabemos o VW Carocha foi um sucesso a todos os níveis, tor-
nando-se mesmo num ícone do séc. XX. Entre 1944 e 1950, Porsche foi desenvolvendo vários protótipos do seu próprio carro, usando até um carroçador de nome Reutter Coachworks of Stuttgart para produzir 500 unidades do, então, 356. Mas o grande momento acontece na primavera de 1950, quando Porsche instala a sua “fábrica” em Estugarda – Zuffenhausen. Ainda hoje, muitos se referem à Porsche como a “Marca de Zuffenhausen” e, ainda hoje a principal fábrica da Porsche ali está sediada. O local tem uma relevância histórica tal, que a Porsche decidiu fazer o seu Mega Museu nesse mesmo local. Entre 1950 e 1954 a Porsche produziu a série denominada 356 Pré A e o primeiro 356 da fábrica Porsche usava praticamente toda a mecânica do VW Carocha em que a motorização VW de 1.086 cc com 4 cilindros opostos, e arrefecida a ar, debitava uns pouco expres-
sivos 40 cv. No entanto, mesmo sem ter acesso a tecnologia de túneis de vento, ou outras ferramentas para trabalhar a aerodinâmica, Porsche conseguiu neste modelo reduzir a resistência aerodinâmica e ter uma “força descendente” no eixo frontal, graças ao desenho do para-choques e capot. Se tivermos em conta que o motor está atrás do eixo traseiro, percebemos rapidamente a importância desta “down force” no eixo dianteiro, na dinâmica do 356. No período pós-guerra a Europa não era um mercado suficientemente interessante para marcas fabricantes de viaturas desportivas, e a América era um mercado natural a apostar. Porsche não foi diferente e desenvolveu até alguns modelos que eram mais do agrado do cliente americano, particularmente, os Californianos. Assim nasceram versões como o América Roadster e o Speedster. Até 1966, altura em que foi suspensa a
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
produção do 356, foram desenvolvidas versões melhoradas e tecnologicamente mais avançadas do 356, como o 356 B (1959 - 1963) e o 356 C (1963 – 1966). Um dos 356, que mais alto colocou a fasquia em termos de viatura desportiva de série, foi o 356 C - 2000 GS - Carrera 2, que tendo sido fabricado em 1964 tinha uma série de atributos só possíveis em viaturas de competição da altura, como travões de disco às 4 rodas, para imobilizar uns fantásticos 130cv, de um motor de 1.966cc, 4 cilindros opostos, arrefecido a ar. Este “monstro” fazia 9.0 seg. de 0 a 100Km/h e conseguia atingir os 200Kms/h. Convém recordar que estamos em 1964… Para os entusiastas da marca Porsche, o 356 nunca foi esquecido e a confirmação de tal, é a valorização crescente que este modelo tem tido, especialmente nas versões mais limitadas como os Roadster ou Speedster, e ainda, os Cabrio. O 911 é um ícone da indústria automóvel e dificilmente a Porsche conseguirá ter um modelo no seu portfólio com a mesma força, notoriedade e posicionamento, mas foi o 356, o Desportivo do Eng. Ferdinand Porsche que permitiu que a Porsche se tornasse numa marca de viaturas desportivas à escala Europeia e Americana, numa 1ª fase, e logo de seguida, à escala global. Estando as marcas de automóveis a viver um momento Retro, quem sabe, se não teremos uma versão do 356, séc. XXI... PUB
dezembro 2013
55
56
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
AMBIENTE
Campanha de Distribuição de Oleões Sogilub
E vão... 160!
i A Campanha de Distribuição (gratuita) de Oleões levada a cabo pela Sogilub para os produtores de óleos usados aderentes ao SIGOU corre de vento em popa. Entre Portugal Continental e Ilhas, foram já entregues 160. Um dos últimos foi colocado na oficina de Paulo Santos, situada no Bairro do Casal Novo, em Caneças Por: Bruno Castanheira
A
té ao passado dia 13 de Novembro de 2013, a oficina de Paulo Jorge da Conceição Santos, situada na Rua Fernandes, Lote 41, R/C, Bairro do Casal Novo, 1685 – 407 Caneças, depositava os óleos usados que produzia em bidões de 200 litros, que eram, posteriormente, re-
colhidos pelo operador de gestão de resíduos. Com 32 anos de atividade, a oficina criada por Floriano Augusto Santos, pai de Paulo Santos, produz atualmente 1400 litros de óleos usados por ano (motores; caixas de velocidades; diferenciais; fluídos de travões). Em média, são efetuadas, diaria-
mente, duas mudanças de óleo. A entrega do oleão veio, por isso, mesmo a calhar. E permitiu melhorar as condições de armazenagem dos óleos usados. A oficina da família Santos, que, desde Agosto de 2012, é propriedade de Paulo, contando com a sábia colaboração de Floriano, teve de assinar um termo de responsabilidade no qual se compromete a utilizar corretamente o oleão. A primeira fase da campanha de distribuição (gratuita) dos oleões, que arrancou no final do passado mês de Setembro, foi divulgada junto de todos os produtores aderentes ao SIGOU (Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados) que a ela se podiam candidatar. Uma vez reunidos os requisitados necessários (ordem de inscrição; correto preenchimento do formulário; localização geográfica), a Sogilub selecionou os candidatos. O critério para atribuição dos oleões teve em linha de conta a dispersão geográfica: cada distrito receberá uma percentagem de oleões correspondente ao número de produtores que integra.
A campanha prevê a entrega de 1000 oleões, número que a Sogilub espera atingir no final de 2013. Até porque os produtores eleitos são já mais de 900. Um dos grandes objetivos desta iniciativa, que implicou um investimento que ronda os €400 000, é melhorar as condições de armazenagem dos óleos usados, o que traz vantagens ambientais. Outro é avaliar as necessidades reais do mercado. Q FEITOS EM TORRES VEDRAS Com 600 litros de capacidade, 102 cm de diâmetro exterior e cerca de 134 cm de altura, os oleões são fabricados em Torres Vedras pela RotoMoldagem – Indústria Transformadora de Polímeros, Lda. Dispõem de parede dupla, não estão sujeitos a corrosão, estão devidamente homologados para a função, têm indicador de nível, estão equipados com detetor de fugas e estão devidamente identificados com o código LER, de acordo com a Portaria n.° 209/2004, de 3 de Março, referente à aprovação da lista europeia de resíduos. Os oleões
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
apresentam ainda outra grande vantagem: facilitam as operações de despejo. A recolha dos óleos usados a partir dos oleões é bastante mais fácil e faz-se por intermédio de sução (aspiração), processo que demora cerca de cinco minutos. Na entrega do oleão à oficina de Paulo Santos, aproveitámos a presença de Aníbal Vicente, gerente da Sogilub, com quem estivemos à conversa. O responsável máximo da Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados começou por dizer-nos que “muitas pessoas ainda não interiorizaram que um litro de óleo usado contamina um milhão de litros de água. No caso dos produtores, estes não podem armazenar resíduos por um período superior a um ano, exceto se dispuserem de licença especial. A lei é muito clara: o óleo usado gerado tem de ser entregue ao circuito de gestão de óleos usados. Até porque pode ser utilizado para fins sobre os quais não são controladas as emissões.” Questionado sobre o processo de recolha, Aníbal Vicente foi claro como a água. Embora estivéssemos a falar de óleos usados: “No momento são retiradas duas amostras. Uma fica com o produtor (deverá guardá-la durante três meses) e outra com a Sogilub, através do seu operador de gestão de resíduos. Posteriormente, é efetuada a
PUB
análise à totalidade da carga contida no camião cisterna, na instalação de armazenagem do operador de gestão de resíduos. Se a análise não ultrapassar os limites de aceitabilidade (definidos na licença da Sogilub e no Protocolo de colaboração), o processo segue os trâmites normais, dando-se como concluída a operação. A partir daqui, o óleo pode ser tratado. Caso a análise apresente resultados fora dos limites de aceitabilidade, torna-se necessário efetuar testes às amostras recolhidas no produtor, cujas cargas estavam incluídas nesse camião cisterna, de forma a identificar os responsáveis pela contaminação. Após a identificação do produtor responsável pela contaminação, a Sogilub enviará uma comunicação ao produtor, dando-lhe conta dos resultados analíticos da amostra em causa. Neste caso, o óleo seguirá para incineração noutro país, processo que custa cerca de €700 por tonelada.” Q SEM FINS LUCRATIVOS A terminar, o gerente da Sogilub disse-nos que “os produtores, que são obrigados a fazer mapas de registo dos resíduos junto da APA, I.P. (Agência Portuguesa do Ambiente), podem consultar no site da Sogilub se as recolhas do óleo usado vão sendo integradas no sistema. Nós, depois, quando no aglomerado do
ano fizermos o report, confrontamos o volume de óleo que recolhemos com o que entrou no mercado, com o total de Ecovalor pago e com o número de produtores que não gera óleos usados. A Sogilub tem metas a cumprir. Daí a importância de compararmos estes dados. E é obrigada a despender uma verba em comunicação (no mínimo 5% do valor das suas receitas), assim como é obrigada a divulgar o sistema, a informar e a fazer
57
projetos de investigação. A Sogilub é a entidade gestora, sem fins lucrativos, que recebeu do Estado uma licença para gerir os óleos. E porquê? Porque existe uma lei europeia que obriga os países a gerir os seus resíduos. Resulta da transposição de uma diretiva comunitária. Os produtores de óleos, como os de veículos, por exemplo, têm de ser responsáveis pelo ciclo todo do produto. Até que ele deixe de ser resíduo.”
58
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
ENTREVISTA PAULO SANTOS, Brand Manager Valvoline
“Crescer ainda é espectável” i Com um crescimento de 25% em comparação com o ano de 2012 e 70% em relação a 2011, a Valvoline tem razões para estar muito satisfeita com a performance da marca este ano em Portugal e com o desempenho do distribuidor, a empresa Krautli
P
ara Paulo Santos, responsável da Valvoline em Portugal, o objetivo é continuar a crescer a nível das vendas e notoriedade da marca junto das oficinas e do cliente final. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Paulo Santos faz um balanço da atividade da Valvoline em Portugal e fala da estratégia da marca para o futuro.
sagem e sensibilizar os clientes para a evolução dos lubrificantes. No caso da Valvoline contamos com uma forte ferramenta de apoio diário: o catálogo on-line (lubricant adviser) de acesso gratuito a qualquer pessoa interessada em conhecer o plano de lubrificação da sua viatura.
“Temos demasiados operadores, para uma procura em forte queda. Nos últimos 5 anos o mercado global caiu de 85.000T para 44.000T -48%”, diz Paulo Santos
Como é constituída atualmente a gama de lubrificantes Valvoline? A gama de lubrificantes Valvoline divide-se em 5 grandes grupos: Sintéticos, Semi-Sintéticos, Minerais, Extra Aditivados e Regenerados.
Quais as vantagens que uma oficina pode ter em ser cliente da Valvoline? As vantagens são inúmeras mas a que destaco com maior frequência é a de poder ter na Valvoline um parceiro de negócio, uma entidade que disponibiliza o produto certo com uma qualidade muito elevada em tempo record. A nossa missão não acaba no ato da venda e tem por objectivo potenciar o negócio dos nossos parceiros e clientes, através de ações de promoção da marca e dos seus parceiros.
Para quando está previsto o lançamento da nova gama ecológica NextGen e quais as expectativas de venda deste novo produto? Em Portugal a gama de produtos NextGen arranca no início do próximo ano 2014, embora a sua apresentação Mundial remonte a 2011. A nível de preço, trata-se de um lubrificante mais económico? Essa é sempre uma questão associada a qualquer produto regenerado e neste caso a resposta é não, o preço é semelhante ao de um produto de base “nova”.
relação de proximidade / disponibilidade nas suas áreas de intervenção.
Como se processa atualmente a distribuição dos lubrificantes Valvoline no mercado português? Em termos logísticos a distribuição assenta essencialmente no Armazém da Krautli Portugal em Coimbra, o qual nos pode garantir uma forte proximidade com a rede de Distribuidores Oficiais da Marca, os quais nos garantem uma forte
Como é constituída atualmente a rede de distribuidores Valvoline em Portugal? A rede é constituída por cerca de 30 Distribuidores Oficiais, espalhados um pouco por todo o território nacional e com uma presença nas 4 áreas de negócio mais importantes para a marca (Ligeiros / Pesados e Indústria / Motociclos / Náutica).
Como é feita a logística da entrega dos lubrificantes Valvoline nos clientes? Qual o tempo médio de entrega da mercadoria? Beneficiando da excelente localização das instalações da Krautli Portugal em Coimbra pode-mos garantir entregas bi-diárias na maioria dos nossos parceiros, embora este tipo de serviço se aplique a produtos mais específicos e com uma rotação mais baixa, sendo todas as entregas assegurado em 24H. Que apoio dão aos vossos clientes a nível da formação técnica e de gestão? Promovem ações de formação? As formações na área dos lubrificantes e em especial dos produtos Valvoline são correntes e estamos sempre disponíveis e preparados para as fazer, face às solicitações dos clientes junto dos nossos Distribuidores Oficias. Que retorno tem tido destas ações de formação? Estas acções têm sempre uma componente mais pedagógica do que técnica e têm por objectivo alertar os clientes para casos reais, pois acredito ser esta a forma de conseguirmos passar a men-
Que factores valorizam mais as oficinas ao escolherem uma marca de lubrificantes? Isso depende muito da forma que cada empresa tem de ver e sentir o seu negócio. Para as empresas que preferem trabalhar com produtos de marcas mais conhecidas será seguramente as garantias de qualidade, gama de soluções disponíveis e a disponibilidade do produto em tempo útil. Por outro lado existem operadores que se prendem essencialmente com o factor preço, assentam a sua oferta em menos de 5 referências, entre motor e caixa de velocidades e continuam a creditar que os óleos são todos iguais. O cliente mudou muito na última década? Em que aspetos? O cliente muda de acordo com as possibilidades que o mercado lhe disponibiliza e a nossa missão passa por potenciar essa mudança, não só na qualidade do serviço prestado como na sensibilização para os possíveis erros que se podem vir a cometer. Acredito que muitos dos clientes mudaram os hábitos de compra e se analisarmos o mercado dos lubrificantes há 10 anos atrás seria possível com alguma facilidade vender grandes quantidades de produto em especial de 15W40 e 10W40 e com elas abastecer 80% do parque. Atualmente com essas mesmas referências só será possível garantir me-
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
59
A proximidade / disponibilidade, aconselhamento e soluções de qualidade capazes de fazer face as exigências dos fabricantes das viaturas, são fatores chave no negócio de lubrificantes.
nos de 50% do parque (dependendo do tipo de cliente), o que obriga a uma diversidade muito grande de produtos em stock, alterando assim a forma de agir no ato da compra. E a concorrência? O que mudou nos seus concorrentes durante a última década? Em alguns deles o que mudou foi a sua quota de mercado por manterem a mesma forma de agir, nos que têm conseguido aumentar a quota ou lutam por mantê-la, acredito que mudaram muito a forma de estar perante o cliente e foram obrigados a aumentar o número de visitas e as suas gamas de produtos. A proximidade atingiu uma importância muito elevada e é incomportável para a maioria das oficinas terem em stock uma gama completa de produtos, sendo cada vez mais difícil e dispendioso não aplicar os produtos adequados. Têm acordos com marcas de automóveis para os lubrificantes Valvoline serem recomendados nas suas oficinas autorizadas? Essa é uma pergunta muito pertinente a qual tenho que responder que ainda não. Será um trabalho que tem que vir por parte da Valvoline. Para além da
marca CUMMINS, não somos recomendados por mais nenhum OEM.
lubrificantes não só da marca Valvoline como de todas as outras.
E relativamente à parceria com clubes e instituições, qual é o ponto da situação? Essa tem sido uma situação que nos tem permitido comunicar com os clientes finais de uma forma muito eficiente, com a vantagem de chegarmos rapidamente aos apaixonados por viaturas e que muito nos interessa. No próximo ano seremos parceiros de alguns encontros internacionais a realizarem-se em Portugal e acredito que foi uma mais-valia para a nossa forma de comunicar.
E para 2014, tem algum projeto em carteira? Os projetos fazem parte do ADN da marca Valvoline em Portugal e o ano de 2014 conta com projetos bastante importante do ponto de vista estratégico, que estão em desenvolvimento de alguns meses a esta parte. Espero no decorrer deste mês de dezembro poder revelar mais em pormenor os mesmos, pois neste momento estão ainda em fase de desenvolvimento. O que posso garantir é que serão projetos que têm forte envolvimento da nossa rede de Distribuidores e passam por uma forte promoção da marca e esperamos contar para o enriquecimento do sector.
Fazem habitualmente campanhas ou promoções de produto? Sim, ao longo de todo o ano existem ações especialmente viradas para os clientes finais com oferta de brindes, passatempos, concursos, etc… Que balanço faz da publicação dos Boletins Técnicos de Lubrificantes Valvoline editados como encarte nas últimas edições do JORNAL DAS OFICINAS? O balanço foi muito positivo e espero ter reforçado a atenção para quem tem a responsabilidade de vender e aplicar
Numa altura de dificuldades económicas como a que atravessamos, o facto dos lubrificantes Valvoline serem mais caros, está a prejudicar as vendas? Até ao momento não o temos sentido muito pelo contrário, no entanto o que podemos levar em consideração são os valores máximos de vendas que a marca atingiu com o antigo importador dos quais estamos já muito próximos e se
considerarmos em termos de quota de mercado estamos seguramente acima neste momento. Mas não podemos deixar de considerar que este é o terceiro ano completo de vendas para a Krautli Portugal enquanto distribuidor nacional da Valvoline e crescer ainda é espectável. Que implicações está a ter para a Valvoline a difícil situação económica que atualmente se vive em Portugal? Temos que tirar de cada situação o que de mais positivo podemos e entendo que a atual conjectura do mercado é propícia para a venda de produtos de qualidade e não o contrário, se não vejamos numa situação extrema o nosso produto será 30% mais caro que um produto de marca branca o que reflete no cliente final + 20€ no custo da revisão. Esse valor é muito baixo se considerarmos os problemas de uma aplicação indevida (1 Turbo ronda os 600€, um filtro de partículas os 800€…). Hoje em dia só se correm riscos deste tipo por desconhecimento, e um bom exemplo é o lubrificante dos motores TDI (VW505.01), todos os proprietários pedem o produto adequado, porque as consequências de uma má aplicação são praticamente imediatas... Quais são as linhas estratégicas para o futuro da Valvoline em Portugal? A Valvoline como marca abrangente de elevada qualidade tem que desenvolver competências para ter uma cota de mercado equilibrada em todos os mercados possíveis e a nossa estratégia passa por, consolidar nos mercados onde temos maior representatividade e criar competências para crescer nos restantes como são o caso do mercado HD e das 2 Rodas.
Este ano a Valvoline patrocinou várias equipas de desportos motorizados, nomeadamente a equipa de ralis AN Rally Sport, de Armindo Neves e Bernardo Gusmão
Que grandes oportunidades e desafios existem atualmente no comércio de lubrificantes em Portugal? Essa pergunta é extremamente difícil, até porque estamos a falar de um mercado maduro e em queda acentuada. Mas penso que a formação das pessoas é sem dúvida o desafio mais relevante, não só na área da aplicação como também da capacidade de elucidar o cliente final para as implicações de uma aplicação desadequada do lubrificante.
60
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
ENTREVISTA MÓNICA ALVES, Responsável Rede AutoCrew Portugal
“A adesão das oficinas tem sido uma agradável surpresa” i O conceito oficinal AutoCrew foi introduzido em Portugal há um ano e conta já com 13 oficinas aderentes, mas o objetivo é inaugurar cerca de 150 oficinas a médio prazo
A
Bosch apoia e suporta as oficinas AutoCrew através da sua marca e da sua ampla experiência em suporte técnico e profissional, assessoria e ferramentas de marketing. Todo este know-how e experiência contribui para dar suporte à rede AutoCrew e garantir que esta rede oficinal tenha todas as condições para melhorar as oficinas, tornando-as mais competitivas. O conceito AutoCrew apresenta-se assim como um forte modelo de negócio caracterizado pela competência técnica, peças e serviços de alta qualidade, organização oficinal eficiente e fidelização. Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS, Mónica Alves, responsável da rede AutoCrew em Portugal, faz o balanço do 1º ano de atividade do conceito no nosso país e fala sobre as perspetivas de desenvolvimento da rede. Qual a razão da Bosch ter lançado este conceito oficinal? O conceito surgiu no âmbito da nossa estratégia de expansão do negócio automóvel no mercado europeu. Após algumas pesquisas de mercado identificámos uma necessidade ao nível do segmento médio das oficinas automóvel e verificámos que havia espaço de crescimento para um conceito completo como o que é o AutoCrew. Um pouco por todo o país, a Bosch tem vindo a reforçar a sua posição no segmento de oficinas automóvel, possibilitando desta forma a empresários locais um maior apoio quer a nível de renovação da imagem, formação, qualidade e prestação de serviços. Em que países europeus a rede está presente? A rede está representada em 14 países Europeus: Áustria, Bélgica, Bulgária, República Checa, Alemanha, Hungria, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Suiça e Reino Unido. Como define o conceito de Rede AutoCrew? O conceito AutoCrew apresenta-se como um forte modelo de negócio caracterizado pelo seu empreendedorismo, competência técnica, peças e serviços de alta qualidade, organização oficinal eficiente, fidelização e angariação de cliente, que permite equipar empresas
serviço, orientação do cliente e competência do pessoal. A Bosch desenvolveu um Programa de formação empresarial composto por 4 unidades de formação específicas tendo como base as diversas fases do processo oficinal. As unidades de formação são disponibilizadas através de uma plataforma de E-Learning.
com o mais recente equipamento oficinal da Bosch e peças de substituição Bosch, com a qualidade do equipamento original. Qual o apoio que a Bosch dá às Oficinas AutoCrew, a nível de formação técnica e de gestão? A Bosch apoia as suas oficinas AutoCrew com um plano de formação técnico completo, formação essa realizada por técnicos certificados Bosch, cursos teórico/ práticos nas diversas áreas da tecnologia automóvel: diagnóstico, Injeção a gasolina e a diesel, eletricidade do automóvel e eletromecânica, eletrónica, sistemas de travagem. Para além disso desenvolveu um Programa de Gestão da Qualidade. Este programa inclui a medição de qualidade através de: Avaliação da Qualidade de Serviço para assegurar o cumprimento dos padrões de qualidade e dos serviços oferecidos e Testes de Qualidade de Serviço, teste do “cliente mistério” anónimo na oficina para verificar a qualidade do
Quantas Oficinas AutoCrew existem atualmente na Europa? E em Portugal? O Conceito AutoCrew já se encontra presente em mais de 600 oficinas a nível mundial, em 14 países europeus e na África do Sul, Botswana e Namíbia, sendo que em 2012 a rede AutoCrew foi introduzida nos mercados italianos e português. Atualmente em Portugal nos primeiros 12 meses de vida da rede esperamos fechar o ano com 20 oficinas. Não posso deixar de destacar que a adesão das oficinas tem sido uma agradável surpresa. Nota-se uma abertura bastante grande da parte dos responsáveis das oficinas para receberem este novo conceito e para dotarem as suas oficinas com melhores competências técnicas a nível de equipamento, formação e assessoria. Leiria, Aveiro, Guarda, Viseu, Porto, Lisboa, Setúbal, Castelo Branco e Faro foram os primeiros distritos a receber este novo conceito oficinal. Estas 20 oficinas são as primeiras a responder aos requisitos Bosch / AutoCrew e, de acordo com o feedback que temos recebido, os responsáveis pelas oficinas estão contentes com este reconhecimen-
tos uma vez que fazer parte de uma rede com a dimensão da AutoCrew é algo para o qual têm vindo a trabalhar. Quais as vantagens que uma oficina independente pode ter em aderir à rede AutoCrew? A Rede AutoCrew da Bosch estabelece a ligação entre a oficina e os clientes, oferecendo-lhes um pacote de apoio completo: elementos de marketing, conhecimento técnico e esquema de gestão de qualidade. Reforça ainda a ligação direta da oficina com a Bosch e com o seu distribuidor garantindo uma parceria duradoura, com acesso à mais recente informação acerca do mercado e das necessidades dos clientes. Ao fazerem parte da rede AutoCrew, as oficinas beneficiam de uma panóplia de vantagens que, numa primeira instância, melhoram a qualidade do serviço, dotando os clientes de inúmeras opções de reparação oficinal. Estas oficinas fornecem uma gama de serviço completo para veículos para todas as marcas e modelos desde a inspeção e manutenção, eletricidade / eletrónica, trabalho geral de mecânica, diagnóstico, injeção a gasolina, serviços de veículos diesel, sistemas de travagem, gestão de motor, pneus e suspensão. Quais os critérios de seleção utilizados para uma oficina independente poder pertencer à rede? Juntar-se à rede AutoCrew significa comprometer-se com padrões de qua-
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
61
lidade que resultam das expectativas e requisitos dos seus próprios clientes. Para tornar-se parceiro AutoCrew as oficinas devem submeter-se ao processo de candidatura. No decorrer desse processo, iremos avaliar a sua oficina em relação a alguns critérios: Estrutura; Empreendedorismo; Organização e Equipamento e Serviço. Logo que tenha passado o processo de candidatura, a oficina irá formalizar o Acordo AutoCrew. Depois de aceitar os seus termos e condições, a oficina já será um membro da rede AutoCrew. Quais são as características que mais destaca nas Oficinas AutoCrew? As oficinas AutoCrew estão equipadas com o mais recente equipamento oficinal da Bosch e peças de substituição Bosch, com a qualidade do equipamento original. As oficinas AutoCrew são geridas pelos proprietários, evidenciando a marca AutoCrew e centrando a sua comunicação no proprietário. A marca AutoCrew é gerida mundialmente como conceito oficinal independente, com a identificação “Uma marca de oficinas da Bosch”. A adesão das oficinas tem de obedecer a critérios de seleção e padrões de qualidades. Nas oficinas AutoCrew, o cumprimento das normas de qualidade é verificado com regularidade através de testes anónimos às oficinas. Estas ve-
PUB
rificações centram-se sobretudo nos serviços técnicos prestados, bem como em questões adicionais, como os outros serviços oferecidos, orientação para o cliente e conhecimentos técnicos dos associados. Além disso, para cumprir as necessidades de formação dos funcionários das oficinas em termos de qualidade dos serviços, a Bosch desenvolveu um Programa de Gestão da Qualidade.
O que está a fazer a Bosch para divulgar a rede AutoCrew junto dos potenciais aderentes e também do cliente final? O nosso grande foco é a promoção dos seus parceiros e da rede oficinal AutoCrew nos media locais através dos diversos elementos de marketing especialmente concebidos para criar reconhecimento de marca. Queremos que os portugueses saibam que têm à
sua disposição um serviço melhorado e adequado às suas necessidades. Para além disso, a empresa recorre a elementos de marca com imagem corporativa que reforçam e melhoram a retenção do cliente; instrumentos de marketing profissionais para criar as suas campanhas de publicidade e promoção local e um sistema de gestão de qualidade que visa melhorar e aumentar a orientação para o cliente.
62
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
O ROBERT BOSCH
Av. Infante D. Henrique, Lote 2E-3E 1800-220 Lisboa Responsável rede AutoCrew: Mónica Alves Telefone: 21 850 00 73 Fax: 218 513 810 E-mail: monica.alves@pt.bosch.com Internet: www.autocrew.pt
Lista das oficinas AutoCrew em 2013/11/20 Totalauto - Sandrina Reis & Paulo Reis, Lda EJP - Comércio e Reparação Auto Duplo Stop, Unipessoal Auto Rina, Reparação de Automóveis A. Marinho, Lda Heroeléctrica - Reparações e Acessórios Automóveis AMC - Automecânica da Covilhã Unipessoal, Lda. Ramos & Filho, Reparações Diesel e Hidráulicas, Lda. Revisto - Reparação Automóvel João dos Santos Capote Auto Novo José Carlos Almeida Santos Joaquim Manuel Marques Vicente - JV Car Service PUB
Estrada da Perulheira nº 2 - Vale de Ourém 2495-036 São Mamede - Fátima Zona Industrial da Giesteira 3750-309 Águeda Zona Industrial, Lote 15, 3570-012 Aguiar de Beira Quinta de Calvilhe - Sé, 5100-038 Lamego Rua do Entroncamento Pinheiro Nº 38, 4600-069 Amarante Rua Alferes Malheiro 5 a/b, 1700-025 Lisboa Parque Industrial da Covilhã, Rua I, Lote A-2, 6200-027 Covilhã Av. António Inácio Cruz, 7570-185 Grândola Rua Francisco Sanches, nº 14 - A/B, 1170 - 143 Lisboa Zona Industrial Ervosas, 3830-003 Ílhavo Rua das Lagoas, Nº 30 - Casais Loureiros, 3105-154 Pombal Estrada Nacional, Nº 16 - Pascoal, 3515-142 Abravezes Zona Industrial Coca Maravilhas, Estrada do Poço Seco, Lote 19, 8500-483 P ortimão
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
63
“Analisar, ouvir e responder de forma única ao cliente” Mónica Alves considera que as oficinas devem apostar na sua atualização tecnológica e garantir uma qualidade de serviço através de equipamentos oficinais de elevada fiabilidade, peças de qualidade e reparações mais avançadas O negócio oficinal mudou bastante ao longo dos últimos anos. A complexidade tecnológica aumentou bastante o que faz aumentar as necessidades de formação apoio e assessoria. Os próprios clientes e o mercado estão cada vez mais exigentes e informados. Não nos podemos esquecer que o automóvel é cada vez mais utilizado e poupado pelos condutores. O que a AutoCrew fez foi disponibilizar a estes condutores um serviço que lhes permita racionar custos de compra e estimar o seu automóvel da melhor forma, sem custos de manutenção acrescidos. Para vencer e manter um negócio cada vez mais competitivo a ligação a u ma rede é cada vez mais importante. E neste caso, a rede AutoCrew tem uma marca como a Bosch associada a uma ampla experiência, qualidade e confiança. Como analisa o estado atual do mercado português da reparação automóvel? Estamos a operar num mercado que é bastante competitivo. Apesar de dar sinais de melhoria, obviamente que a conjuntura económica faz com que haja uma maior estagnação no setor automóvel. Os gastos com os automóveis são cada vez mais racionados. No entanto, apesar de enfrentar grandes dificuldades, neste momento, as oficinas estão a inovar e a atualizar cada vez mais os seus serviços para
fazer face a estas necessidades. A evolução tecnológica é talvez o factor predominante neste mercado. Temos vindo a assistir a uma evolução rápida nos últimos 10 anos. Uma oficina já não faz apenas uma mudança de óleo. Hoje em dia, a reparação automóvel está também voltada para reparação de sistemas elétricos, sistemas de segurança, técnicas de construção e manutenção mais evoluídas. E não falamos de serviços morosos. As grandes marcas e oficinas têm noção de que o cliente está cada vez mais exigente. Querem uma resposta cada vez mais rápida. Vamos assistir, num curto espaço de tempo, a uma evolução do mercado da reparação automóvel voltado para a rapidez e para a segmentação de serviços cada vez mais especializados. As oficinas vão tornar-se especialistas avançados nos seus serviços, vão evoluir tecnologicamente, aumentar a sua oferta e alargar o seu conhecimento através de formação e associação a marcas como a Bosch. Que factores valorizam as oficinas ao escolherem uma rede? Ao entrarem numa rede como a AutoCrew, as oficinas valorizam uma imagem de marca, apoio e assessoria trazido por essa rede e a possibilidade de aumento do volume de negócios. Por outro lado, procuram um incremento da penetração de mercado, oferta de um serviço abrangente e de
qualidade, bem como diferenciação da concorrência. Que medidas entende serem prioritárias para garantir o futuro das oficinas independentes? Para ter futuro de sucesso e garantir a sua continuidade junto de um mercado altamente competitivo como aquele em que vivemos, uma oficina independente deve identificar-se com os valores e identidade da marca que representa, comprometer-se com os padrões e requisitos de qualidade da rede, fornecer um serviço orientado às expectativas e requisitos dos seus clientes e trabalhar no sentido de criar um futuro de êxito sustentável. A evolução tecnológica é outras das medidas mais importantes para garantir a continuidade de um negócio. O mercado da reparação automóvel não pode continuar obsoleto. A carroçaria de um automóvel mantém-se praticamente igual, mas os seus sistemas têm evoluído bastantes. As oficinas necessitam de ir ao encontro desta evolução e saber, à partida, responder aos diferentes problemas que possam surgir no seu dia-a-dia. Trabalhar para perceber as necessidades do seu cliente e fazer com que esse cliente se sinta único, é uma das melhores formas para garantir que o cliente volte. Na rede AutoCrew, através dos valores de marca da Bosch, é este o espírito que tentamos incutir aos nossos parceiros.
Em que áreas as oficinas devem investir a fim de se tornarem mais competitivas? Para se tornarem mais competitivas as oficinas devem apostar na sua atualização tecnológica e garantir uma qualidade de serviço através de equipamentos oficinais de elevada fiabilidade, peças de qualidade e reparações mais avançadas. Apostar em pessoal cada vez mais qualificado é outro dos critérios essenciais para as oficinas se tornarem mais competitivas. Atualmente, estamos perante um universo de talentos. As oficinas precisam de olhar para a formação, incentivar os seus colaboradores a participar nessa mesma formação e garantir, desta forma, uma maior competência técnica e orientação ao cliente. Para além disso a aposta em elementos de marca com imagem corporativa que reforça e melhora a retenção do cliente, instrumentos de marketing profissionais para criar as suas campanhas de publicidade e promoção local e um sistema de gestão de qualidade que visa melhorar e aumentar a orientação para o cliente. Que grandes oportunidades e desafios existem atualmente na reparação automóvel em Portugal? De acordo com um estudo da ANECRA, mais de metade dos reparadores de marca e dos reparadores independentes assinalaram os atrasos nos recebimentos e a reparação clandestina como as duas maiores dificuldades. Os reparadores de marca assinalam também muito a falta de clientes, ao passo que os reparadores independentes demonstram preocupação com os custos da gestão ambiental. Tudo isto está intrinsecamente ligado à falta de liquidez dos portugueses que, face à atual conjuntura, não conseguem garantir o pagamento das reparações, interferindo diretamente com o estado financeiro das oficinas. Assistimos, por outro lado a um aumento da variedade do parque automóvel. Hoje em dia falamos de veículos elétricos e híbridos, o que possibilita novas oportunidades de negócio para o mercado da reparação automóvel. Por outro lado, assistimos a um interesse cada vez maior por parte das empresas na reabilitação deste sector. Marcas como a Bosch têm vindo a apostar no crescimento deste sector, não apenas através da evolução tecnológica, mas também através da formação.
64
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
ENTREVISTA AMADEO MARTI, Administrador da AMC
“Comercializamos apenas peças de produção própria” i A AMC - Amadeo Marti Carbonell SA, é uma empresa espanhola que trabalha para o setor automóvel desde 1960. Atualmente é líder no fabrico de cabeças de motor diesel e gasolina para o aftermarket.
A
internacionalização da AMC aconteceu no início da década de setenta do século passado, primeiro apenas para o mercado europeu e só mais tarde para outros continentes, com a ampliação das suas redes comerciais. Hoje os produtos da AMC são comercializados um pouco por todo o mundo com um catálogo que atinge as 900 referências de cabeças de motor correspondentes a mais de 30 marcas de automóveis. Mas a empresa não produz apenas cabeças de motor. Dedica-se ainda ao desenvolvimento e fabrico de árvores de cames e parafusos, produtos que permitiram um reforço no seu estatuto de empresa de cariz mundial no setor do aftermarket. O JORNAL DAS OFICINAS esteve à conversa com Amadeo Marti, o administrador da AMC que nos falou um pouco da empresa, da sua situação atual numa Europa em crise, dos clientes, das campanhas de crescimento e, como não podia deixar de ser, do futuro e da forma como a AMC vai encarar o próximo ano de 2014. Em que ano ano foi fundada a AMC? A AMC deu início à sua atividade em meados dos anos 50 do século passado. Começou a produzir anilhas de cobre e anilhas de fibra, avançando depois para o desenvolvimento e produção de outras peças de substituição para automóveis como terminais de baterias, garras de baterias e respectivos cabos, sendo que estes produtos ainda hoje são produzidos nas instalações da empresa. Começámos a produção das cabeças de motor mais tarde, na década de 70. Ao longo dos anos e de um espetacular trabalho de equipa alcançámos a posição de liderança que temos hoje e exportamos cabeças de motor para mais de 72 países. Como está atualmente estruturada a AMC, a nível de Administração, Recursos Humanos e Instalações? O quartel general da AMC é em Nules, na província de Castellón, onde temos umas instalações de 40 mil m2 que foram alvo de cinco ampliações (a última aconteceu em julho deste ano e ainda decorre) e que estão preparadas para crescer ainda mais, ao ritmo dos excelentes resultados
avançadas) são nossas. Cada cabeça de motor passa por rigorosos controlos de qualidade ao longo de todo o processo de produção, o que nos dá garantia, a nós e aos nossos clientes, que os produtos são de excelência. A equipa da AMC é formada por 200 colaboradores, divididos pelos departamentos de administração, comercial, engenharia, controlo de qualidade, de desenvolvimento de novos produtos, pesquisa, fundição e produção. Todos são altamente qualificados e estão constantemente a melhorar a sua formação. Há quanto tempo marcam presença no mercado português? A AMC está presente no mercado português há cerca de 25 anos, onde conseguiu entrar como uma marca de garantia e fiabilidade, com distribuidores que a têm trabalhado muito bem e que são excelentes conhecedores do mercado luso, sem eles teria sido impossível uma penetração como aquela que temos atualmente. Atualmente o mercado português representa cerca de 2% das vendas da empresa. que continuamos a obter a nível internacional. Somos os únicos fabricantes europeus que nos podemos gabar de ter todo o processo de produção dentro da fábrica, uma vez que os moldes (com areia e resina para utilização própria), a fundição (com alumínio de primeira fusão) e a produção (com 35 máquinas tecnologicamente
Quais as peças e componentes do vosso portfólio que mais vendem no mercado português? São as cabeças de motor, as árvores de cames e os parafusos que constituem a maior quota de mercado em Portugal. Também vendemos terminais de bateria, mas em muito menor quantidade.
Está previsto o lançamento de novos produtos? A AMC possui um catálogo que tem atualmente 900 referências entre automóveis ligeiros de passageiros, 4x4 e veículos comerciais ligeiros, às quais vai acrescentando entre 5 e 6 novas referências por ano. As últimas referências incluídas na gama AMC foram as cabeças de motor VW 1.6 e 2.0 common-rail e as próximas serão as cabeças de motor Hyundai 2.2 D4EB e do Mercedes OM651. Os vários concessionários das marcas também são clientes potenciais para os vossos produtos? Qual foi o trabalho feito junto deles no que diz respeito a este segmento de mercado? De facto são potenciais clientes. Trabalhamos com marcas como a Nissan, a Mitsubishi e a Renault, ainda que em Portugal estejamos mais direcionados para os distribuidores independentes, uma vez que não temos relações diretas com os distribuidores oficiais. São os distribuidores AMC que mantêm o canal aberto com os concessionários portugueses. A distribuição dos nossos produtos é feita através dos distribuidores oficiais da AMC, utilizando cada um deles os meios que dispõem para chegar aos clientes. Qual é o prazo de entrega para os pedidos realizados durante o dia? A AMC é rápida no fornecimento e entrega. Os produtos podem chegar ao destino numa semana em qualquer parte do mundo a partir dos nossos armazéns com mais de 15 mil peças em stock. Também temos um serviço de urgência, através da Fedex ou da Seur, que coloca a peça no destino final em 24 horas. Os componentes de motor que são comercializados pela AMC também são adquiridos a fornecedores externos, ou comercializam apenas o que produzem? Comercializamos única e exclusivamente peças de produção própria. A AMC está comprometida em atingir a Qua-
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
65
lidade Total com redução de custos, sempre com o objetivo de oferecer aos nossos clientes um excelente produto a um preço muito competitivo, que só pode ser conseguido através da implementação de tecnologias modernas e da utilização dos melhores materiais em todos os nossos produtos. Todas as cabeças de motor estão homologadas e certificadas pela AMC e têm um período de garantia de 24 meses. No pós-venda, qual é o tipo de assistência e suporte que dão aos vossos clientes? A AMC editou um manual de montagem no qual são transmitidas as indicações necessárias para a instalação e montagem de uma cabeça de motor. Por outro lado, são editadas com regularidade diversas notas técnicas que, para além de serem incluídas nas embalagens das cabeças de motor, vão estar muito em breve disponíveis na nossa página de internet. Estas notas técnicas também advertem em relação aos cuidados a ter aquando da instalação de um peça como esta. Também damos apoio técnico aos clientes a partir do telefone, uma vez que os nossos engenheiros de Qualidade estão aptos a atender quantas chamadas forem necessárias. Para além disso, os nossos produtos
PUB
fazem parte do catálogo Tec-Doc, o que facilita a identificação de cada referência por parte do cliente. O que tencionam fazer para aumentar a notoriedade da marca AMC junto do público profissional? Temos em marcha várias campanhas de publicidade e projetos de marketing que têm o objetivo de aumentar as vendas dos nossos produtos. Em breve vamos lançar uma nova página de internet com mais artigos técnicos, novidades, feiras, produtos e
serviços ao clientes, entre muitas outras surpresas. Promovem campanhas de incentivo junto dos clientes? Qual tem sido a sua aceitação? Com o objetivo de dinamizar as vendas, temo-nos apoiado em várias promoções que estamos a fazer em relação às cabeças de motor ou em outras gamas de produtos, sempre com suporte em material publicitário. Tudo isto, sobretudo as promoções, têm tido enorme aceitação por parte de quem compra os nossos produtos.
O AMC Carretera Villavieja, 76 12520 Nules – Castellón Espanha Administrador: Amadeo Marti Telefone: 0034.964.65.94.94 Fax: 0034.964.67.31.16 E-mail: dpto.ventas@amc.es Internet: www.amc.es
66
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
ENTREVISTA ISMAEL CARMENA, Diretor Comercial do C. Santos VP
“Queremos ser sócios dos nossos clientes” i No ano de celebração do 50º Aniversário da Hella, o JORNAL DAS OFICINAS foi a Madrid assistir às comemorações da efeméride e entrevistou Ismael Carmena, atual diretor geral da empresa
O
Grupo Hella é uma multinacional que se dedica ao desenvolvimento, produção e comercialização de diversos tipos de componentes para automóvel assim como aparelhos de diagnóstico. Emprega mais de 29 mil pessoas nas suas 100 unidades fabris espalhadas por 35 países. Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Ismael Carmena, falou um pouco das suas funções ibéricas dentro da empresa, da comemoração dos cinquenta anos de presença da marca em Espanha, das estratégias, do futuro e da valorização da própria Hella na Península Ibérica. Uma conversa em que também ficamos a saber o ponto da situação sobre a parceria com a PAGID, que transforma a Hella num fornecedor automóvel de cariz global.
Que tipo de apoio técnico ou de gestão dá a Hella aos seus clientes? Como explicava anteriormente, a filosofia da Hella é baseada em prestar um serviço constante ao cliente. Por isso, desde o início que lhe damos formação contínua, documentação técnica e comercial. O objetivo é ser seu sócio e promover o crescimento do seu negócio. O êxito desse cliente é também o nosso. Para além disso, na Hella dispomos de uma equipa de formadores altamente qualificados que oferecem programas de formação assistencial e dispomos de uma oficina de formação técnica nas nossas instalações centrais. Desde há aproximadamente um ano que a Hella dá apoio à oficina através do seu novo portal técnico territorial www. hella.es. Num futuro a curto prazo, estes mesmo serviços vão estar disponíveis em Portugal e vão ser propostos às oficinas lusas.
Em que ano se tornou Diretor Geral da Hella S.A.? Sou diretor geral desde 2006. Assumi a direção da Hella em Espanha no início desse ano e, recentemente, com a abertura da nossa sede em Lisboa, o mesmo cargo em Portugal. Como define a marca Hella comparativamente à concorrência? A Hella é uma marca de prestígio e de qualidade, quer pela sua história, quer pela sua gama de produtos, sempre atualizados em relação ao mercado. Se me permite, prefiro defina-la com sinónimos e aí estamos a falar de qualidade, inovação, compromisso, proximidade e serviço ao cliente. Qualidade de primeiro equipamento, preços competitivos, serviço logístico e uma gama completa, são as nossas principais características. O que significa para a Hella a celebração de meio século (50 anos) de histórias de sucesso? Estamos a atravessar um momento complicado, de convulsões sociais e económicas, mas o facto de termos chegado até aqui, com uma história de sucessos e podermos projetar um futuro repleto de novidades e de constante desenvolvimento para o setor automóvel é, sem dúvida, algo de que a Hella se orgulha. E mais, cumprir cinquenta anos em Espanha é um reconhecimento do
nosso trabalho por parte dos nossos clientes, da filosofia que defendemos, observando a consolidação da empresa em Espanha, e agora em Portugal. Qual a razão de celebrarem os 50 anos da Hella em Espanha? O grande objetivo desta comemoração é o de homenagear a nossa rede de distribuidores que são aqueles que, graças à sua confiança, tornaram possível este meio século de história. Onde são atualmente desenvolvidos e elaborados os produtos da vossa marca? Sendo uma multinacional global, presente em todo o mundo, com 100 locais de produção em mais de 35 países, o nosso nível de desenvolvimento dos vários produtos é diverso, mas tentamos manter sempre a máxima qualidade,
aplicando tecnologia e inovação em todas as nossas gamas. Como está a decorrer a distribuição dos produtos Hella para o Mercado europeu e em particular para o Mercado português? A Hella dispõe de um avançado sistema logístico que presta os seus serviços com celeridade e agilidade em todo o continente europeu. No que se refere à Hella SA, contamos com sete delegações localizadas, para além do nosso centro de Madrid, em Barcelona, Las Palmas, Sevilla, Santiago de Compostela e, mais recentemente, abrimos em Lisboa. Desde janeiro de 2012 que operamos em Portugal a partir de uma sucursal comercial em Lisboa ou diretamente com os nossos distribuidores de zona, apoiados pelos nossos armazéns centrais localizados em Madrid.
Qual a importância para a Hella do acordo com a Pagid? Quais são os resultados deste acordo? Para nós trata-se de uma joint-venture essencial, pois transforma a nossa marca num fornecedor global, uma espécie de “tudo em um”, com uma oferta muito atrativa imediatamente ao dispor do distribuidor. É também muito importante porque nos coloca como fabricantes e peritos em primeiro equipamento, com uma cobertura muito ampla num dos principais produtos de mecânica onde a Hella ainda não estava presente. O resultado e o feedback do mercado a este acordo foram muito positivos. Respeita a atual rede de distribuição e oferece a todos os agentes e oficinas novas possibilidades de estreitar outros laços com a Hella. A nossa estratégia de entrar no segmento de produtos de mecânica já foi intensamente analisada. Avançamos porque sabemos que temos um parceiro muito forte. Um exemplo que temos como bem sucedido foi o sucesso da Behr Hella Service, a nossa parceria com a Termocontrol, que desde o ano de 2006 tem-se vindo a desenvolver cada vez mais, sendo atualmente uma das marcas líderes de mercado. Vamos também desenhar uma política
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
comercial e de marketing que aposta na continuidade e nas necessidades dos nossos distribuidores. Neste sentido, gostaria de salientar que as pastilhas de travão da Hella Pagid são produzidas sob 50 procedimentos distintos que respeitam escrupulosamente todas as exigências do construtor: tipo de veículo, sistema de travagem, potência do motor e caraterísticas dos travões. Cobrimos atualmente perto de 98% do parque automóvel, tanto em pastilhas como em discos de travão. Está em vista o lançamento de alguma campanha ou de alguma promoção? Sim, claro. Atualmente estamos com uma campanha de travões com a designação “Qualidade de Competição” que descreve muito bem como são os produtos da Hella Pagid. Acha que a marca Hella é suficientemente conhecida pelos profissionais no mercado europeu? Tendo em conta as caraterísticas do Mercado de cada país, a Hella é atualmente uma marca reconhecida e muito apreciada. Com mais de um século de história, a Hella está muito ligada à iluminação e à eletrónica. O nosso propósito é o de continuar no mesmo caminho, dando a conhecer a marca Hella em toda a sua extensão, como é a eletrónica, Termocontrol, travões e ainda as nossas linhas de reparação e manutenção. PUB
67
O que pretendem fazer para aumentar o reconhecimento da marca nas oficinas e no cliente final? Fazemos campanhas muito fortes com as oficinas para que conheçam em primeira mão a filosofia e os produtos da marca. A nossa política aposta na proximidade, pelo que sempre lançamos campanhas comerciais que sejam de utilidade para a oficina, para o seu negócio e, desde logo, para consciencializar o automobilista da necessidade de utilizar produtos de qualidade e com todas as garantias. Neste sentido, a oficina é o nosso maior espelho para o consumidor final. Hoje em dia o que é que marca a diferença no mercado da manutenção e reparação? O valor acrescentado, o que nos diferencia é oferecer soluções ideais e reais para os problemas que as oficinas e distribuidores enfrentam atualmente. Não tem só a ver com a crise, mas também com o lançamento de novos modelos, novas tecnologias, que necessitam de equipas de reparação distintas e adaptadas. Nesse sentido, ter uma gama completa, ser um fornecedor global com produtos da mais alta qualidade, é fundamental. Mas também é importante oferecer ao cliente um compromisso certo com o seu negócio e com a sua rentabilidade, oferecendo formação continua e apoio comercial de forma a poder manter-se sempre atualizado.
Quais são os grandes desafios deste negócio e a melhor forma de os ultrapassar? O mais importante é mantermo-nos atualizados na formação e informação técnica e dar resposta imediata às novas tecnologias do automóvel, que tão rapidamente se modernizam e evoluem. A oficina não pode ficar para trás; e fornecedores como a Hella então, muito menos. Quais são os objetivos da Hella para 2013, no que toca à parte dos investimentos e das vendas? Em Portugal, o objetivo mais importante passa por consolidar a nossa rede
de distribuição, que cresceu à medida que fomos incorporando todas as novas linhas de produto da Behr Hella Service e Hella Pagid Break System. O crescimento das vendas está a ser muito bom e esperamos continuar neste sentido em 2014. Qual é a estratégia de produto da Hella? A Hella dispõe atualmente de uma gama de sete ou oito linhas de produtos muito importante nas áreas da reparação, manutenção, mecânica e pintura. A nossa estratégia de produto passa por ser a de uma fornecedor de componentes de elevada qualidade e preço ajustados às
68
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
podemos estar a baixar o preço de forma desalmada, numa espécie de “vale tudo”. A qualidade de primeiro equipamento deve ter o seu preço justo para ser valorizada e, ao mesmo tempo, ser vendida em conta.
necessidades do Mercado. Queremos oferecer uma solução global ao distribuidor e, claro, à oficina, através de uma gama de produtos muito ampla. Em termos de políticas de stocks, o que tem vindo a ser feito pela Hella em Portugal. Em Portugal, não dispomos de armazéns, mas apenas de uma delegação comercial. Como já referi anteriormente, o serviço logístico é feito a partir do nosso armazém de Tres Cantos, em Madrid. O que têm feito para aumentar a popularidade da marca Hella em Portugal? Primeiro, temos de estar presentes diretamente com a nossa organização e PUB
com a nossa própria equipa comercial. Segundo, desenvolver uma política comercial e de marketing muito mais direta e próxima dos nossos clientes. O resultado, depois, é dar a conhecer todos os produtos da Hella: iluminação, motores de arranque, alternadores, lâmpadas, baterias, eletricidade, climatização, sistemas de travagem... O que faz a diferença no mercado: o produto, o serviço, a disponibilidade de stock, ou a pressão comercial, onde se inclui o preço? Todos são importantes, por isso a decisão final no momento de eleger um produto, é a combinação de todas estas variáveis. Sem um bom produto, de
qualidade, vai ser impossível fidelizar o cliente, mas também se não se tiver uma boa logística que garanta stock imediato, não se vai conseguir. No que se refere à pressão comercial, é preciso chegar ao cliente e comunicar os produtos da sua marca. Se não chegas até ele, dificilmente vai acreditar que pode contar contigo. E é aqui que entra o serviço. Oferecer um serviço contínuo de atenção ao cliente e estar sempre disponível é fundamental. No que respeita ao preço, o que dizer… num momento como o atual é importante estar no mercado com preços competitivos e adaptados à realidade. Não obstante, também não
Para a Hella o que é o serviço? O que significa? Somos uma multinacional pouco convencional, uma multinacional gerida por pessoas que se entregam à causa como se o negócio fosse deles. Isto significa que oferecemos um serviço completo aos nossos clientes e adaptamo-lo o máximo possível às suas necessidades. A nossa proximidade ao cliente, o nosso esforço e trabalho, e a nossa equipa de profissionais é o que faz a diferença quando nos comparamos com a concorrência.
O HELLA PORTUGAL Avenida D. João II, Edifício Mar Vermelho, Lt 1.06.2 5º Andar, B Escritório 508 1990-095 Lisboa Diretor Comercial: Frederico Abecasis Martins Telefone: 21 121 21 75 Fax: 21 121 21 00 E-mail: f.abecasis@hella.com Internet: www.territoriohella.es
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
69
70
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
ENTREVISTA FOTIOS KATSARDIS, CEO Temot International
“Não há espaço para amadores” i A Temot International realizou no passado mês de outubro, em Lisboa, a reunião anual de parceiros, que atualmente são já 36 e onde se inclui a Autozitânia, o parceiro nacional deste grande grupo de distribuição de peças automóvel
O
JORNAL DAS OFICINAS falou com o CEO da Temot International, Fotios Katsardis, que nos revelou os segredos do sucesso desta organização, do futuro, mas também de Portugal e das relações que mantêm com a Autozitânia. Katsardis falou-nos ainda um pouco de si e do seu percurso enquanto profissional desta área e terminou a entrevista a falar sobre a sua equipa e a forma como tem levado a Temot International a bom porto. Quando foi fundada a Temot e como tem sido a evolução do grupo? A Temot International foi fundada em 1994 e tem sido desde essa data uma organização estratégica no mercado do aftermaket automóvel. A nossa sede é perto de Dusseldorf, na Alemanha, e o grupo representa os interesses de 36 acionistas que operam em 40 países espalhados por todo o mundo. Conseguimos cobrir a totalidade da Europa, Israel, EUA, Canadá, México, Japão, Casaquistão, Geórgia, Azerbeijão, Africa do Sul, Namíbia e Japão. Os nossos acionistas são todos distribuidores líderes com receitas totais de 6,4 mil milhões de euros anuais (4,3 mil milhões de euros na Europa, 1,7 mil milhões de euros na América do Norte e Central e 0,4 mil milhões de euros no Japão, África do Sul, Região do Cáucaso e Ásia Central). Que fatores destaca como mais importantes para o bom funcionamento da Temot? A Temot funciona como um interface, uma ligação entre os fornecedores, os acionistas e mais algumas empresas que consideramos estratégicas. Estamos focados em contribuir com mais valor acrescentado para a rede internacional de fornecedores, para os vários sistemas de gestão e de comunicação. O objectivo da empresa é ser o suporte dos acionistas na escolha, aquisição e administração das peças auto e acessórios para automóveis. O acionista está a lucrar com a organização conjunta das diversas compras (gestão de fornecedores, acesso a um portfolio gigante, projetos comuns, promoções e campanhas internacionais, etc.), otimização da logística, co-opera-
no negócio. Está concentrada em dar o melhor aos seus clientes, sai uma pouco do estereótipo das empresas semelhantes e continua a investir, mesmo numa situação de crise, definindo a sua competitividade para o futuro. Estamos muito orgulhosos da Autozitânia e da sua fantástica gestão; é realmente um verdadeiro caso de sucesso dentro da Temot International. Queremos crescer ainda mais em Portugal em conjunto com os nossos colegas da Autozitânia, que estão no caminho certo.
ção no desenvolvimento de sistemas eData, desenvolvimento de programas de marketing e estratégias várias. Qual é a estratégia da Temot para continuar a crescer no futuro? Estamos concentrados em fornecer soluções para os “problemas” contemporâneos do aftermarket, por isso identificamos um possível número de desafios universais: Fragmentação internacional vs consolidação, diversos níveis de desenvolvimento e complexidade cultural. Rápido desenvolvimento tecnológico que cria automóveis que não são mais do que computadores sobre rodas. A grande adversidade é a reparação do automóvel moderno. É muito complexa e grande parte das oficinas não estão preparadas para os reparar sem terem tido formação, treino e um apoio pós-venda real (com hotlines e bases de dados técnicas). A concorrência entre as várias oficinas. Relacionado com este assunto, está também a implementação de todos os aspectos legais no mercado livre, praticando
o acesso sem custos à informação como foi estipulado pela legislação europeia. As soluções avançadas da cadeia de fornecimento. O desafio da proliferação das peças, da disponibilidade dos stocks e da utilização de novas formas de distribuição como são o comércio pela internet, por exemplo. Qual a sua opinião sobre o mercado português e sobre a performance da Auzitânia? O mercado português é muito importante e muito particular também. Continua a ser uma espécie de laboratório para testar vários aspetos da distribuição. A crise está a deteriorar adversidades estruturais e tal como em outros países com os mesmos problemas, vai exacerbar uma situação que conhecemos do passado. É típico de uma crise como esta a gestão financeira apertada, problemas de “cash flow”, espiral negativa nas margens, menos atenção à qualidade e mais pressão no preço final. A Autozitânia é um excelente exemplo de uma empresa bem gerida e focada
Como foi o ano de 2013 para o aftermarket? Bem, o ano de 2013 pode ser caraterizado como bizarro para o aftermarket. A Europa Central e do Norte está a crescer marginalmente (2-4%), a Europa Ocidental tem estagnado (Reino Unido, Holanda e Bélgica) ou está a cair (França, Portugal e Espanha). O mesmo acontece no Sul da Europa (Itália e Grécia). O leste da Europa está mais ou menos vivo e vai crescendo. Existem duas outras zonas com particular crescimento, Turquia e Rússia. A Temot espera um crescimento global acima dos 10% nas várias regiões onde tem atividade. Quais são as oportunidades que ainda existem no negócio do aftermarket? Os fornecedores do aftermarket estão sujeitos às mesmas condições dos outros fornecedores de outras áreas de negócio. São julgados de acordo com a sua prestação global. Alguns dos elementos mais importante que os clientes apreciam são: - Empresa forte, produtos e serviços de topo - Ter as competências preferenciais - Liderança tecnológica - Facilidade na relação de trabalho, flexibilidade, inteligência. - Estratégia de futuro convincente - Excelente gestão e logística - Gestão de alta qualidade - Relação estreita com os clientes A performance global é o elemento chave desta equação. Até a melhor marca pode não conseguir vender a longo prazo, se a disponibilidade do produto
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
for de apenas 80% ou se o cliente não receber a informação técnica devida, ou até se a cobertura do mercado não for adequada. Então, alguém com melhor performance vai tomar aquela posição, mais cedo ou mais tarde. O que pensa sobre o presente e o futuro da venda de peças online? Como sempre e particularmente em cada setor, o mercado está a evoluir e com ele os vários canais da distribuição. A ligação B2B (Business to Business) ou a B2C (Business to Consumer) vão sempre utilizar a forma de venda mais eficiente, onde se inclui o eCommerce, ou seja as vendas online, das peças e componentes para automóveis. Do lado do B2B, o comércio online já é
um dado adquirido e não volta atrás. O caminho a seguir para todos os intervenientes a este nível é a otimização e não a dúvida do “querem ou não avançar para o comércio online”. Ao nível do B2C, as vendas online estão definitivamente a crescer e vão ganhar o seu espaço na cadeia de fornecimento e comercialização. O ponto de interrogação está no que toca os serviços. Trata-se apenas da venda de um simples produto ou também integra o “know-how”, a formação, o apoio técnico e as linhas de esclarecimento sobre esse mesmo produto? Este é um tema que nos vai preocupar nos próximos anos e vai colocar pressão extra nas margens, redefinir o papel dos fornecedores e dos armazéns de distribuição, reforçar a eficiência e a transparência dos negócios.
A logística ainda é um problema para o negócio do aftermarket? Como pode ser resolvido? A logística é um problema e vai continuar a ser o principal enquanto existir a distribuição física dos produtos. Podemos falar de melhorias, de novos desenvolvimentos nesta área, mas ainda não existe uma solução ideal. O assunto é relativamente simples e pode ser resolvido tendo em linha de conta o eixo encomenda-entrega-reencomenda. Fornecedores, distribuidores e oficinas estão dentro da mesma espiral e precisam de coordenar o processo de modo que terminem com os desperdícios de forma rápida e mais lucrativa, conseguindo criar mais valias. Requer mais organização com uma estratégia de fornecimento e sistemas de informação mais apurada. Como é que a telemática pode afetar o aftermarket? Estamos 100% de acordo com a opinião da FIGIEFA no que diz respeito à telemática: “O “smart connected car” está prestes a alterar a forma como conduzimos e como pensamos acerca da nossa mobilidade pessoal”. As novas tecnologias automóveis sustentam as várias funcionalidades de segurança, tais como a assistência de emergência (eCall), por exemplo, mas podem fornecer uma gama alargada de entretenimento e de serviços de informação, como a navegação, informações de trânsito, e-mail, internet,
PUB
71
media, marcações de hóteis ou ainda a direção para o parque de estacionamento ou para a estação de serviço mais próxima. Estes serviços e a possibilidade do veículo em se conectar com outros aparelhos, significa que o automóvel se está a tornar, aos poucos, parte da nossa mobilidade cada vez mais ligada à rede. Atualmente, os fabricantes de automóveis têm controlo total de todos os dados do veículo graças à funcionalidade dos seus próprios sistemas de telemática. Os construtores só precisam de ter um critério para saber como todos esses dados são analisados, geridos, distribuídos e utilizados, e quais os serviços que são oferecidos ao consumidor. Alguns construtores já oferecem sistemas “abertos”, mas apenas para clientes específicos. Mas há mais. Tudo isto impõe comunicações e acessos que são únicos para cada modelo automóvel, tornando possível que diferentes operadores possam criar aplicações práticas específicas para uma determinada gama de modelos. Isto previne o acesso de operadores independentes e pode limitar a liberdade dos consumidores na escolha de oficinas mais competitivas ou de serviços mais baratos. Hoje em dia, quando o automóvel está na oficina ou avaria na berma da estrada, os vários operadores são capazes de utilizar um sistema “wireless” local para se ligarem ao veículo e saberem “on time” qual a avaria, os custos da reparação, entre outros elementos.
72
dezembro 2013
Como as oficinas devem estar preparadas para utilizarem a telemática? Também aqui eu posso citar a FIGIEFA: “o número de sistemas telemáticos e plataformas montadas nos veículos vai aumentar exponencialmente, principalmente quando a eCall se tornar obrigatória em toda a Europa, o que se prevê que deva acontecer em 2015. Se estas plataformas forem desenvolvidas como sistemas fechados, as vantagens da informação desnecessária para os construtores transforma-se numa grande ameaça.
PUB
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
O pressuposto para as oficinas não é apenas a formação adequada, mas sim a legislação existente na União Europeia e o direito à informação técnica pelo Automotive Block Exemption Regulation e ainda pelo regulamento Euro 5 e Euro 6. Portanto, o IAM recebe as noções que pedem que o sistema eCall nos veículos seja baseado numa plataforma interoperável e de acesso aberto para um possível futuro em aplicações de automóveis e serviços. Por isso não restam dúvidas que as oficinas, com o apoio dos armazéns de distribuição e dos seus forne-
cedores devam estar preparadas para a telemática. Quais são as medidas mais urgentes que precisam de ser tomadas de forma a garantir o futuro das oficinas independentes? As oficinas independentes precisam de peças e equipamentos; isto é óbvio e uma certeza. Se a oficina estiver numa posição de fazer reparações, tem de ser modernizar. O velho mecânico e o eletricista da esquina estão “mortos”. A oficina precisa de ter formação e de ser apoiada de forma a fazer bem o trabalho. Precisa de ser constantemente modernizada e ser muito competente. Mas só isto não chega. A oficina é uma empresa e precisa de apoio comercial. Software, formação e educação para conseguir conquistar o cliente, ter um eCatálogo para identificar as peças corretas, novas formas de alargar a carteira de clientes e melhorar as suas competências. No final, a oficina em conjunto com o distribuidor tem de se transformar numa organização realmente vocacionada para o cliente. A Comunicação é o interface mais importante. O condutor tem de saber que a oficina da sua rua ou do seu bairro é de confiança. A oficina precisa de todas as plataformas e meios de comunicação para ajudar o condutor. Precisa de comunicar que existe, precisa de se dar a conhecer com anúncios, sinais, presenças… se conseguir fazer tudo isto, o futuro está assegurado e será risonho.
Quais são as suas expetativas em relação ao futuro deste negócio? O Mercado do aftermarket automóvel está para ficar. Concerteza vai acontecer uma mudança estrutural, e as novas tecnologias em conjunto com a melhoria dos sistemas de distribuição vão influenciar o negócio mais do que nunca. Em alguns países a existência de vários“players”do Aftermaket será associada à conquista de mais quota de mercado, ou então o crescimento do mercado não será suficiente para assegurar a sua existência. Mesmo assim, e caso o crescimento continue a ser diferente de país para país, o que será absolutamente normal, os automóveis vão sempre precisar de assistência. Mas esta é uma área de negócio fantástica e precisa de peritos e de especialistas a todos os níveis. Desde o fornecedor à oficina independente. Não há espaço para amadores, apenas para profissionais que fazem investimentos a longo prazo e se dedicam a garantir que o cliente está satisfeito.
O TEMOT INTERNATIONAL Parceiro em Portugal: Autozitânia Quinta das Urmeiras, Lote 3 Estrada de Paia 2675-953 Odivelas Diretor de compras: Nuno Palma Telefone: 214.789.135 E-mail: nuno-palma@autozitania.pt internet: www.autozitania.pt
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
73
Perfil de Fotios Katsardis Pedimos a Fotios Katsardis que nos traçasse o seu perfil. As respostas às perguntas do Jornal das Oficinas foram introspetivas, filosóficas e com algum sentido de humor, mas cheias de objectividade em relação ao seu futuro, sem descartar o futuro da empresa que lidera atualmente, a Temot International. O que mudou na sua vida desde que se tornou CEO da Temot International? Mudou muita coisa. Engordei uns quilos, tenho mais cabelos brancos e mais 8 anos de idade… bem, brincadeiras à parte, acho que sei muito melhor agora o tamanho da minha ignorância desde que tento compreender este complexo e ao mesmo tempo fascinante setor do aftermarket automóvel.
Que conselhos gosta de dar às outras pessoas? Não acho que possa aconselhar alguém. Mas posso dialogar com essa pessoa e, a partir daí, os conselhos vão emergir por si. É por isso que me sinto um sortudo quando consigo dar bons conselhos através do processo de diálogo. Quais as maiores lições que já teve na vida? Bem, ainda me ensino a mim próprio, mas não aprendi tudo o que queria. Há dois ensinamentos muito simples: 1 - O que os nossos pais nos dizem é a sabedoria da vida, mas levei algum tempo a perceber isso. É pena que para alguns temas já tenha sido tarde demais. 2 - Cala a boca; ouve, aprende e depois aprecia.
Como é normalmente descrito por pessoas que já trabalharam consigo Provavelmente dizem que sou emocional, impulsivo, apaixonado, uma mistura de um perito académico com perfil de vendedor que tenta perceber como se substituem velas de ignição num motor a gasóleo. Como consegue conjugar a sua vida pessoal com a atividade profissional? É lisonjeiro para cada gestor reclamar que não tem vida pessoal, que é dedicado à sua profissão e que não tem tempo para mais nada. Eu encontro o meu equilíbrio dos dois lados, pessoal e profissional. Acho que estou numa procura constante do equilíbrio ideal, mas quase sempre inatingível. Provavelmente a minha adorável esposa e as minhas filhas vão reclamar que vivemos principalmente do lado... desequilibrado. Quais foram as suas conquistas pessoais e desafios no trabalho? É um emprego que dou graças a Deus por ter e de que gosto muito. É a minha vida, por isso visto a camisola da Temot, emocional e racionalmente. No entanto, as conquistas pessoais são um tema tão profundamente filosófico que não estou em posição de o explicar da forma mais correta. Vou colocá-lo desta forma: acrescentar valor ao nosso trabalho é um grande desafio. Mostrar respeito, valorização, contributos positivos, progressão, estas são algumas possibilidades de resposta. Não se trata apenas de impor objetivos profissionais, mas também de melhorar as relações com os nossos colegas, fornecedores e acionistas. É isto que faço na minha vida e que quero trazer para dentro das minhas relações. Tem algum lema que considere seu e que utilize com frequência? Sim tenho, mas é de natureza teatral, da representação, sempre num modo sarcástico. É uma forma en-
graçada de me tornar o centro das atenções. Utilizo algumas palavras do grego antigo e do latim, ou então aplico algumas expressões de países diferente. Dependendo de quem me ouve, posso ou não mudar, mas gosto muito do “prudência no sucesso, paciência na adversidade”, contudo o meu background cultural raramente me permite dizer esta expressão. Se não fosse o CEO que outro cargo gostaria de ter na Temot? Definitivamente um cargo académico, onde pudesse manter uma interação mais intensa com os meus alunos. Ou então, provador de queijos de cabra numa qualquer colina grega ou portuguesa, por exemplo. Como caracteriza o seu estilo de gestão? 3 porções de emoção, uma de caos, 2 de impulsividade e espontaneidade, tudo muito bem misturado com teoria aprendida no MBA. Como é para si um dia de trabalho exemplar? Que tal uma viagem através do mundo dos acionistas, da sua cultura, preocupações, sucessos e desafios, e terminar com uma boa refeição que eu cozinharia acompanhada por um copo de um bom vinho alentejano.
Quem mais o influenciou na sua carreira? A vida! Deu-me várias lições... mas também me ofereceu, sem merecer, dilemas fantásticos nos quais segui sempre o caminho certo. Em cada cruzamento encontrei pessoas fantásticas que influenciaram as minhas decisões. Conheci a minha mulher um pouco mais tarde, senão tinha sido ainda mais influenciado por ela. Algumas previsões para o futuro? Envelhecer é inevitável, por isso vou aproveitar mais, ter mais paz, comprar e ler bons livros enquanto viajo através das várias culturas do mundo. Alguns arrependimentos dos últimos dez anos? Não! Se houvesse arrependimentos não estaria a respeitar tudo o que me foi dado de forma generosa. Descreva-nos a sua equipa? 7 personalidades distintas, 5 nacionalidades e meia, debatem ideias, são inovadores, cultos e profissionais muito competentes, orgulhosos dos seus objetivos e do que alcançaram, sempre com um sorriso nos lábios e cheios de vontade de trabalhar. Qual foi a inovação mais bem sucedida da sua empresa? Aparentemente foi o sistema de gestão de dados para os nossos acionistas. Mas a nossa iniciativa na área dos interfaces de diagnóstico também teve um grande impacto e, por
isso, pode ser considerada um dos nossos grandes sucessos. O que faz a Temot diferenciar-se dos outros grupos? Os grupos de distribuição contribuiram de forma massiva para a profissionalização do mercado europeu. A Temot é uma organização bem posicionada no setor. Investimos bastante na gestão de dados, em sinergias, desenvolvimento de negócios e em assuntos públicos. Alguns destes temas trabalhamos bem, outros nem tanto. Como mudaram os clientes na última década? A mudança é inevitável... o progresso não é necessário. No aftermarket qualquer cliente na cadeia de fornecimento é muito mais exigente, profissional e informado do que antigamente. Que lições pode tirar o negócio do aftermarket de outras indústrias? O Benchmarking é uma dessas lições. Veja, por exemplo, a indústria farmacêutica e verifique a sua cadeia de fornecimento. Há lições a aprender em todas as áreas. O tema da eficiência tem um grande potencial. Quem mais admira no negócio do aftermarket? Admiro a luta dos fornecedores para convencerem os clientes a comprarem o seu produto entre uma mão cheia de outros igualmente competitivos. Admiro a simples oficina porque são verdadeiros heróis do mercado. Distribuidores, reparadores, fornecedores, condutores são uma mistura incrível. O que o frustra mais neste negócio? Nada... é um caos, mas é fascinante ser capaz de vivê-lo e de fazer parte dele. Que características acha que são precisas ter para colocar em marcha um negócio de uma oficina independente? São necessários três elementos fundamentais: ser tecnicamente competente, comercialmente um profissional irrepreensível e tem de saber comunicar com os seus clientes. A maioria das oficinas modernas sabe disso, mas nem todas tomam medidas, nem todas fazem formação, compram equipamento ou modernizam os espaços oficinais.
74
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
MMCA M. MATOS CENTRO AUTO
Método e organização i Fundada há 20 anos na localidade da Ponte, em Guimarães, a MMCA tem conseguido ultrapassar as dificuldades da atual conjuntura e prepara-se para integrar uma rede de oficinas e continuar a crescer no seu ramo de atividade
Patrocinio secção:
oficina
mes do
M
anuel Matos, proprietário e gerente da MMCA, é um lutador e um homem de fortes convicções. Após um período de forte instabilidade motivado pela saída do seu sócio, empenhou-se em dar um novo rumo à oficina e transformou-a num exemplo de boas práticas de gestão e organização. A MMCA é atualmente uma oficina completa, dispondo de todo o tipo de serviços, desde eletricidade, mecânica, bate-chapa e pintura. As instalações ocupam uma área de 3.000 m2 divididos por 3 pavilhões com zonas de trabalho separadas para a mecânica, bate chapa e pintura. Os 30 colaboradores que possui têm formação contínua ao longo do ano e os equipamentos de diagnóstico das marcas Gutmann e Bosch permitem resolver todas as avarias, mesmo dos carros mais modernos que ainda se encontram em período de garantia. No início do verão, Manuel Matos decidiu associar-se ao conceito Eco-Oficina e no final do ano vai integrar a rede A Oficina, da Create Business. “Fazer parte de uma rede de oficinas é muito importante, pois mantém-nos informados no que diz respeito a novos produtos e alerta-nos para a forma como devemos agir em períodos de crise como este que estamos a passar”, diz Manuel Matos. A formação técnica dos colaboradores é outra aposta deste responsável, que em apenas dois anos já realizou perto de 50 cursos para os seus colaboradores nas próprias instalações, onde possui salas de formação devidamente equipadas com meios audiovisuais e informáticos. A MMCA ultrapassou as fases mais críticas do desenvolvimento do negócio e hoje pode dar-se ao luxo de criar melhores condições para o futuro. A adesão ao conceito Eco-Oficina permitiu uma renovação total da imagem que vai ter continuidade no trabalho desenvolvido por um novo colaborador cuja função será desenvolver ações de marketing e criar uma nova dinâmica de comunicação com o cliente final. A maior parte dos clientes é constituída por particulares, mas também trabalha com algumas empresas e seguradoras. Os clientes são de longa data e atraíram-se uns aos outros, acabando por formar uma grande família. Isso não quer dizer que Manuel Matos não aposte na divulgação da oficina nas rádios e jornais locais, onde faz regularmente publicidade e promove Campanhas que têm tido um retorno muito positivo.
A resposta para a presente crise é dada com a criação de melhores condições de trabalho aos colaboradores, maior produtividade e garantias de reparação. Relativamente às condições de trabalho, destacamos o ginásio de musculação que está montado dentro das instalações e que permite aos colaboradores fazer exercício no final do dia e assim aliviar o stress do trabalho. A nível de fornecedores, a MMCA trabalha com a Norparts, Mirauto, Spies Hecker, 3M, Gastão e Paulo e APSG. No âmbito do seu crescimento, Manuel Matos abriu há cerca de 8 anos o Monte dos Leitões, um restaurante especializado em leitão. Possui ainda uma oficina de reparação e restauração de automóveis clássicos, uma atividade que se tem revelado muito lucrativa, uma vez que os proprietários destes carros valorizam o excelente trabalho de restauro efetuado na FM Clássicos.
O MMCA Parque Industrial 2º Fase – Pav. E2 / E3 4805-662 Ponte – Guimarães Gerente: Manuel Matos Telefone: 253.574.082 Fax: 253.570.148 E-mail: mmca@eco-oficina.pt Internet: www.eco-oficina.pt CONGRATULA A OFICINA DO MÊS
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
75
76
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
EMPRESA
Orcopeças
Política de proximidade i Desenvolvendo a sua atividade na região de Santarém, a Orcopeças aposta numa política de proximidade com os seus clientes. E ainda exporta para Angola e São Tomé e Príncipe. Mas se a empresa é, hoje, uma referência, deve-o a Joaquim Regueira e a Mário Colaço, que, em 1988, operaram uma autêntica reviravolta Por: Bruno Castanheira
A
Orcopeças, criada, em 1985, pela Vauner, deve o seu nome à conjunção das duas primeiras letras das palavras Organização Comercial com a palavra Peças. Começou a desenvolver a sua atividade na região de Santarém, a partir do centro da cidade, e contava apenas com um funcionário. Mais tarde, em 1988, Luís Albino adquiriu a Orcopeças - Organização Comercial de Peças e Acessórios para Automóveis, Lda., que se encontrava numa situação difícil. Não financeira, mas tecnicamente, uma vez que não tinha grande expressão no mercado. Mas, em Maio de 1988, com as entradas de Joaquim Regueira e Mário Colaço, tudo mudou. Foi o início da reviravolta. Joaquim Regueira trabalhara no pós-venda das marcas Fiat, Ford e Opel. Mário Colaço era técnico de vendas de peças para automóveis. Em 1991, a Orcopeças adquiriu um segundo espaço, situado paredes-meias com o primeiro. Três anos mais tarde, em 1994, comprou um terceiro. Em 1998, a empresa mudou-se para a Zona Industrial de Santarém, onde se mantém atualmente, dispondo de uma área total de 1000 m2. Em 1999, abriu a filial de Coruche e, no ano 2000, a filial de Almeirim. A Orcopeças, que tem 18 funcionários (13 em Santarém; 2 em Coruche; 3 em Almeirim), desenvolve a sua atividade na região de Santarém, apostando numa política de proximidade com os seus clientes. E ainda exporta para Angola e São Tomé e Príncipe. Q ASSOCIADOS DO GRUPO AD Para além de ser, desde Fevereiro de 2013, distribuidor da Valvoline para o concelho de Santarém, a Orcopeças é um dos associados do Grupo AD, comprando diretamente aos fabricantes. Trabalha única e exclusivamente com peças novas. A esmagadora maioria para veículos ligeiros, dispondo de algumas solicitações para veículos pesados. Com cerca de 40 mil referências em stock para ligeiros, a Orcopeças, no que aos pesados diz respeito, apenas faz armazenagem de alguns filtros. Para além de cinco carrinhas que estão permanente na estrada a fazer entregas, a empresa dispõe de um funcionário que se encarrega de dar apoio aos clientes em caso de dificuldades na montagem de peças ou sempre que sejam detetadas
avarias. A Orcopeças tem cerca de 400 clientes com conta-corrente. E várias dezenas de clientes particulares. Para descrever a política de proximidade adotada pela empresa, ninguém melhor do que Joaquim Regueira e Mário Colaço para o fazer. Começamos por Joaquim Regueira: “Temos dois funcionários, um em cada filial, que, diariamente, vêm à nossa sede, uma vez de manhã e outra de tarde, fazer a recolha para, depois, ser efetuada a distribuição das peças pelos clientes de cada região, uma vez que a loja de Santarém tem um armazém bastante maior do que os existentes nas outras duas lojas. O abastecimento das duas filiais é feito duas vezes por dia a partir da nossa sede. Não fazemos stock de peças para veículos pesados. Temos apenas alguns filtros. Mas quando somos solicitados por um cliente de pesados, damos resposta imediata. A região de Santarém não é muito forte nos veículos pesados, daí não se justificar esse investimento da nossa parte.” E Joaquim Regueira prosseguiu: “Temos cerca de 40 mil posições diferentes em stock. E, de stock ativo, nas três lojas, temos cerca de um milhão de euros. Servimos mais de 400 clientes com conta-corrente. Fora os particulares que todos os dias nos batem à porta. Temos tido a sensibilidade para manter peças de qualidade na nossa organização, contrariamente a algumas organizações, que trabalham muito com peças baratas, que trazem muitos problemas. As peças mais solicitadas são filtros e óleos, que saem todos os dias. São peças de maior consumo, porque são aquelas que precisam de maior manutenção. Só depois vêm suspensão, travagem, direção e embraiagem.” Mário Colaço, por seu turno, enfatizou mais a questão da logística: “Temos serviço diferenciado de entrega e atendimento ao cliente face à maioria das casas. Satisfazemos o cliente com o nosso nível de stock e a nossa formação. Fazemos a diferença no serviço que prestamos ao cliente. Temos equipamento de identificação do mais sofisticado que existe neste momento no mercado. Dispomos de cinco carrinhas que estão permanentemente na estrada a fazer entregas. Além disso, temos um
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
estafeta que faz a recolha do material na loja de Santarém e entrega-o em qualquer parte do Ribatejo. Temos duas lojas estrategicamente colocadas, em Coruche e Almeirim, para apoiar os nossos clientes com um stock capaz de dar, a todo o momento, esse tipo de resposta. Começámos a trabalhar marcas que produzem diretamente para equipamento original. As exigências dos clientes até 2008 era umas, daí para a frente outras.” Q INVESTIMENTO EM FORMAÇÃO Outra área de extrema importância para a Orcopeças é a da formação. Disso
77
mesmo deu-nos conta Mário Colaço: “Fomos pioneiros na área da formação no distrito de Santarém. Inicialmente, vendíamos uma série de autocentros Lucas, que eram novidade na altura, e colocámos no mercado alguns equipamentos que não existiam e que eram necessários às oficinas independentes. Hoje, tanto podem vir técnicos às nossas instalações dar formação a funcionários e clientes, como as formações podem ocorrer no exterior. Ainda há bem pouco tempo, estivemos na ACAP. E costumamos ir, também, a casa dos nossos fornecedores.” Joaquim Regueira enriqueceu o testemunho de Mário Colaço ao acrescentar que “a formação é uma área onde investimos bastante. Temos feito alguns cursos de formação para mecânicos e iremos promover mais no decorrer de 2014.” O aparecimento de concorrência desleal, com preços absolutamente desnivelados e peças de qualidade duvidosa, acabando por trazer dificuldades acrescidas em vez de benefícios, é um dos fatores que ajuda a explicar a diminuição do volume de negócio da Orcopeças. Outra explicação reside, claro está, na difícil conjuntura económica que o país atravessa. Sobre isso, Mário Colaço foi perentório: “A nossa crise incide, essencialmente, sobre os pagamentos, uma vez que nós vendemos muito a crédito e temos alguma dificuldade em cobrar. Nalguns casos, a clientes que eram, até uma determinada fase, de confiança.” Joaquim Regueira acrescentou dizendo-nos que “a crise afeta uns, mas também traz novas oportunidades para outros. Faz-nos refletir sobre aquilo que poderá ser o nosso futuro. E faz com que nos ajustemos à realidade atual e pensemos em crescimento face ao desenrolar da própria crise. Obriga-nos a ir para o mercado à procura dos clientes em vez de estarmos à espera que eles venham às nossas lojas. E estas são situações sobre as quais, há três ou quatro anos, não tínhamos necessidade de pensar.” Para se diferenciar no mercado, a Orcopeças aposta na qualidade das peças, na diversidade de produtos, na rápida capacidade de resposta, no serviço ativo, na lealdade de princípios, na formação de funcionários e nos preços competitivos. Fatores que a tornaram numa das referências da região. Há já 25 anos. Graças, não só, a Joaquim Regueira e Mário Colaço, mas, também, a Luís Albino.
O ORCOPEÇAS Rua do Matadouro Municipal, Lote 12-B Zona Industrial de Santarém 2005-002 Várzea Santarém Sócios-Gerentes: Joaquim Regueira, Mário Colaço e Luís Albino Telefone: 243 309 242 Fax: 243 309 248 E-mail: orcopecas@netc.pt Site: www.orcopecas.pt
78
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
EMPRESA
Loja de Tintas
“Temos experiência, temos soluções” i Sedeada no concelho de Almada, mais concretamente no Feijó, a Loja de Tintas, fundada há 35 anos, está de boa saúde e recomenda-se. Tanto mais, que abriu um novo espaço, de 400 m2, em Évora, onde falámos com Bruno Pereira, um dos sócios-gerentes da empresa, cujo lema é “Temos experiência, temos soluções” Por: Bruno Castanheira
A
história começou em 1978. Eugénio Pereira e Manuel Pereira, pai e tio de Bruno Pereira, respetivamente, criaram a empresa Loja de Tintas, que iniciou a sua atividade com um estabelecimento situado no Laranjeiro, concelho de Almada, que ainda hoje se mantém em funcionamento. Foi das primeiras lojas “privadas” em Portugal a operar no negócio apenas das tintas. Antes de alargar a sua atividade à repintura automóvel, a Loja de Tintas começou com a Dyrup para as belas artes, bricolage e construção, áreas que continuam, aliás, a ser de extrema importância para a empresa. Mais tarde entraram Robbialac e Cin. Como as belas artes, por si só, não permitiam que a empresa pudesse crescer muito, a Loja de Tintas virou-se mais para a bricolage e para a construção. Só que no início dos anos de 1980, motivada pela vontade de dar resposta às necessidades das oficinas que proliferavam na área, a empresa alargou a sua área de negócio à repintura automóvel, passando a trabalhar com a Valentine (celulosos, sintéticos e acrílicos, primeiro à base de solventes e, mais tarde, com bases aquosas). O negócio corria de vento em popa. De tal forma, que houve necessidade de mudar de instalações. Até porque a área de intervenção comercial da empresa deixaria de estar confinada ao concelho de Almada. Foi, por isso, que, há cerca de 15 anos, a Loja de Tintas mudou-se para o Parque Industrial do Feijó, onde está, hoje, situada a sede, o laboratório principal e toda a parte de armazenagem. A loja do Laranjeiro mantém-se em funções com um funcionário que se dedica única e exclusivamente às vendas, ainda que mais para bricolage e construção do que para repintura automóvel.
Q ESTRUTURA ORGANIZADA Fruto de uma reorganização das áreas do país, efetuada pela própria Spies Hecker, a Loja de Tintas, a partir do Feijó, opera de Almada a Sines, passando por Alcácer do Sal, Santiago do Cacém e Grândola. Há cerca de dois anos, a empresa decidiu explorar mais “a sério” algumas regiões, razão pela qual intensificou a sua presença no Barreiro, Moita, Setúbal, Portimão e Faro. Diariamente, uma transportadora encarrega-
mentos (repintura; acompanhamento de obra, construção e clientes profissionais; lojas), faz serviços de afinações à peça na repintura, que são efetuados no laboratório, e dá apoio em termos de colorística (identificação e reprodução de cor). Mais: trabalha com as marcas 3M e Indasa (consumíveis), Festool (maquinaria; equipamentos) e Sata (pistolas), para além de outras de menor expressão. Detentora, desde 2004, da certificação ISO 9001 para a comercialização de tintas e vernizes, a Loja de Tintas disponibiliza serviços de crédito para clientes há já vários anos. E é PME Líder devido, também, à sua liquidez financeira. 2012 foi o melhor ano de sempre para a empresa, que atingiu uma faturação superior a um milhão de euros.
-se de abastecer esses locais, ainda que, de 15 em 15 dias, um comercial percorra essas zonas. Com uma estrutura organizada que engloba 21 funcionários, a Loja de Tintas tem na repintura automóvel um dos seus grandes eixos de negócio, que representa, atualmente, entre 45 a 50% do seu volume de faturação, estando o restante repartido entre bricolage/ construção e sub-revenda de alguns produtos. Para as áreas da bricolage e construção, a empresa trabalha com a Dyrup, Robbialac, Cin, Barbot e Brell, sendo esta última, desde 2005, uma marca própria,
que dispõe de uma boa relação qualidade/preço. E 2013 está a ser o melhor ano de sempre para esta marca de segunda linha, que tem sido a que maior volume de vendas tem assegurado. A Loja de Tintas também fornece a pequena e média indústria (pintura de carroçarias; metalomecânica), algumas empresas (Efacec e Mota-Engil, por exemplo) e trabalha exclusivamente com a Spies Hecker na repintura automóvel. Dispondo de três estabelecimentos (Laranjeiro; Feijó; Évora) e vários parceiros de negócio, dos quais é fornecedora, a Loja de Tintas conta com três departa-
Q IMPORTÂNCIA DE ÉVORA A operar no Alentejo desde o passado mês de Fevereiro, a Loja de Tintas abriu, há seis meses, um novo espaço. O terceiro. Situado em Évora, encarrega-se do eixo geográfico Vendas Novas-Beja, que abrange Montemor-o-Novo, Reguengos, Amareleja, Mourão, Moura e Estremoz. Para saber tudo sobre a expansão da empresa, o JORNAL DAS OFICINAS falou com Bruno Pereira, um dos sócios-gerentes, formado em informática de gestão, que entrou oficialmente a 1 de Janeiro de 2009: “Estamos a operar na região de Évora desde o passado mês de Fevereiro, mas só abrimos a loja no dia 1 de Junho. Temos lá quatro pessoas. Três são especialistas na repintura e uma na bricolage e construção. Fora a aquisição da empresa que operava na região com a repintura, esta nova loja, que tem 400 m2, implicou um investimento na ordem dos €60 000, entre estruturas, contratação de pessoal e material. Só não foi mais, porque o espaço é alugado. A intenção em Évora foi criar um conceito, o que não é normal encontrar-se numa loja de tintas. As zonas da loja estão divididas por áreas de negócio e os produtos estão expostos para que o cliente os possa ver. O armazém faz o stock necessário e no Color Lounge o cliente pode sentar-se confortavelmente e es-
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
colher a cor num ambiente descontraído. O laboratório não só dá apoio ao pequeno cliente que não tem capacidade para ter uma máquina de tintas, como faz, também, as cores no momento, para que o cliente as possa levar ou de modo a que sejam entregues nas oficinas. Hoje em dia, 90% do negócio da repintura faz-se nas oficinas, ou seja, somos nós que vamos às oficinas e não estamos à espera que o cliente venha às nossas lojas. As únicas oficinas que compram tintas nos nossos balcões são mesmo as de pequena dimensão.” De acordo com Bruno Pereira, “o negócio na região de Évora vale, bem trabalhado, meio milhão de euros. Vimos aí uma grande oportunidade de crescimento. Foi por isso que assumimos a posição da empresa que lá estava e ficámos com esse leque de clientes. Nessa região, 75% do negócio é assegurado pela repintura. A organização e a gestão financeira da nova loja passam pela nossa sede, mas replicámos em Évora os mesmos princípios e métodos. Num mercado difícil onde há muita concorrência, o grande desafio vai ser continuar a trabalhar bem, com seriedade e profissionalismo, de modo a fidelizarmos os clientes que temos. Em Portugal, na repintura, como em muitas outras áreas, existem bons trabalhadores mas maus gestores. As pouquíssimas reclamações que temos resolvemo-las sempre junto do cliente. O conceito que aplicámos em PUB
79
Évora é para reproduzir noutros locais. Em 2014, é nossa intenção abrir, pelo menos, mais uma loja no Alentejo. O que implementámos em Évora, foi, sem dúvida, algo de inovador para a região.” Sobre o papel fundamental que desempenha a formação, Bruno Pereira foi perentório: “A formação é outra das áreas a que damos particular importância. Há dias, tivemos duas sessões informativas da 3M (uma, que decorreu na Costa de Caparica, para cerca de 50 clientes do eixo Almada-Sines; outra, que teve lugar no Évora Hotel, para clientes do eixo Vendas Novas-Beja) e promovemos uma ação de impermeabilização e reabilitação levada a cabo pela Sika na nossa nova loja, para os clientes da região de Évora. E, no dia 9 de Dezembro, será efetuada outra no Évora Hotel, que contará com responsáveis da Spies Hecker e onde serão abordados vários temas num workshop.”
O LOJA DE TINTAS Sede: Rua Joaquim Pires Jorge, 3 Parque Industrial do Feijó 2810 - 083 Almada Sócios-Gerentes: Eugénio Pereira e Bruno Pereira Telefone: 212 588 200 Fax: 212 588 209 E-mail: geral@ltintas.pt Site: www.ltintas.pt
80
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
EMPRESA
Centrocor
Há festa na quinta i Todos os anos, clientes e fornecedores juntam-se num convívio organizado pela Centrocor e pela Spies Hecker. Jogos como o da malha e do prego estreitam laços no setor da repintura da região Por: Jorge Flores
Q
uem nunca jogou ao prego, não imagina a competitividade deste jogo. À volta de um grosso tronco de madeira, cinco homens tentavam espetar os pregos lá “plantados”. Quatro deles acertavam tudo na madeira. Nada no prego. Outro, pelo contrário, a cada martelada, enterrava o seu prego, no mínimo, uns bons cinco centímetros. “Isto não é só força e pontaria. Temos que ter equilíbrio e medir as distâncias”, revelava, numa máxima que bem poderia ser aplicada ao jogo da malha, à sueca e ao baú - os jogos que se praticavam nesta manhã de sol em S. Mamede Recezinhos, Penafiel, naquele que foi o 11º. Convívio da Centrocor, uma iniciativa organizada em parceria com o fornecedor Spies Hecker. Uma fórmula de sucesso que, todos os anos, junta mais de uma centena de profissionais do setor da repintura da região. Os tempos não são propícios a grandes certezas. Quer se trate de economia ou de meteorologia, o país parece mergulhado numa enorme incerteza. Mas há tradições que perduram. O JORNAL DAS OFICINAS rumou a Penafiel para acompanhar este dia especial e aproveitou a ocasião para falar com Álvaro Magalhães, fundador e sócio-gerente da Centrocor – Tintas e Ferramentas, Lda, empresa que conta já com 30 anos de existência. Q CRIAR LAÇOS Na edição deste ano, o convívio realizou-se na Quinta da Igreja de Vilar, e foi na sala onde, horas depois, seria servido o mega-almoço para mais de uma centena de pessoas, que Álvaro Magalhães explicou como se gere um encontro destes. “Somos nós que tratamos de tudo. Até eu. É o nosso staff que serve às mesas. Fazemos tudo para criar uma maior envolvência entre cientes e fornecedores”, sublinha. Tudo? Nem tudo. Conforme apurou o nosso jornal, D. Maria Emília, proprietária da quinta, desta feita (e contrariamente às outras vezes que aluga o espaço), fez questão de preparar o arroz de feijão. “Este tipo de ações ajuda a criar laços. Queremos ser uma empresa que pode ajudar a tornar os negócios mais rentáveis. Quando eles estão satisfeitos, nós estamos satisfeitos”, sublinha Álvaro Magalhães. De resto, a Centrocor tem sabido resistir às intempéries económicas do país. Conta atualmente com três lojas abertas: Penafiel, Fafe e Guimarães. Esta última aberta em 2012 e responsável, em parte, pela faturação de dois milhões de euros estimados para o balanço de contas de 2013,
O convívio deste ano representou um custo de cerca de cinco mil euros. Um investimento que se justifica pelos laços que cria, na opinião de Álvaro Magalhães
depois de dois anos (2011 e 2012) em que registou uma quebra de vendas. “Apostamos na qualidade, mais do que na quantidade. Claro que é importante faturar, mas mais ainda é esta envolvência. Não quero ser o maior, mas quero que a minha empresa seja a melhor nesta área. Quero que tenha uma postura exemplar. A faturação vem por acréscimo”, adianta. Álvaro Magalhães, 53 anos, começou como pintor de automóveis e sempre teve em mente a ideia de criar um negócio em nome próprio. A venda de materiais para repintura foi-se desenvolvendo e o negócio crescendo, adquirindo outras lojas concorrentes, que assim manda o mercado. Hoje? “Vendemos todo o tipo de equipamento para pôr uma oficina automóvel a funcionar. A única coisa que não faço é a instalação, mas também arranjo um empreiteiro se for necessário”, brinca. Q CARIZ FAMILIAR A Centrocor é uma empresa assumidamente familiar. A filha e o genro de Álvaro Magalhães, ambos de 26 anos e formados em Gestão de Empresas, asseguram, respetivamente, as áreas de Finanças e Marketing e Supervisão das Vendas. E o filho, de 22 anos, recém-licenciado, está já a dar os primeiros passos dentro da empresa. Talvez por ver assegurado o futuro da casa que fundou em 1982, Álvaro Ma-
galhães confessa que já foi mais obcecado com o trabalho. Atualmente vai atuando apenas onde é necessário e controlando tudo com uma certa distância. Não muita. Pouco depois da conversa com o JORNAL DAS OFICINAS estará em palco para distribuir os prémios aos vencedores dos jogos da manhã. Depois disso, é muito possível que ajude a arrumar as mesas e a recolher o material da festa.
O CENTROCOR Av. S. Mamede, 237 4560-800 S. Mamede Recezinhos Penafiel Administrador: Álvaro Magalhães Tel: 255 730 000 Fax: 255 730 009 E-mail: geral@centrocor.pt Internet: www.centrocor.pt
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
81
82
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
PESADOS Coperol
Angola minha i A Coperol inaugura, em fevereiro de 2014, um novo espaço em Angola. José Domingues da Costa, administrador e CEO da empresa, acredita que o investimento em território africano ajudará a voltar aos números positivos, depois da crise sentida em 2010 Por: Jorge Flores
Q
uando, em fevereiro do próximo ano, a Coperol inaugurar o seu novo armazém em Angola, terá concretizado um desejo alimentado há muito – e que demorou mais três anos a realizar-se do que o previsto. Os investimentos em Angola obrigam a ter um conhecimento aprofundado do território. E paciência. E isso não falta a José Domingues da Costa, CEO da Coperol, empresa que fundou, em 1988, e que agora administra na companhia da sua filha, Ana Luísa Costa. A relação com este país africano começou em 2003, graças a uma visita de prospeção. O desejo e a necessidade de expansão já existia e aprofundou-se com esta viagem. Os contactos com empresas locais começam a intensificar-se em 2005. E em 2007, a empresa começa a operar em Angola, apesar de apenas dois anos depois ter assumido o nome Coperol Angola. As caraterísticas destas filiais angolanas continuam a respeitar a máxima da casa lusitana: um serviço de peças completo com apoio técnico que possibilita uma maior proximidade com os profissionais do setor de transportes pesados. Q TUDO A POSTOS O novo armazém da Coperol em Angola estende-se por um terreno de 28000 m2, dos quais 600 m2 pertencem ao edifício – haverá um segundo com as mesmas dimensões. O espaço, de resto, está já composto, faltando somente instalar a parte informática. José Domingues da Costa conta os dias para a inauguração, depois de uma espera tão grande. Um atraso que, para além da questão financeira, representou, inclusivamente, “custos ao nível das expetativas das próprias pessoas que se foram gorando”. Mas tudo isso ficará para trás no início de 2014. A nova aventura angola da Coperol obrigará a empresa a um reajuste em Portugal. “A maior parte das pessoas aqui estão dedicadas ao mercado interno”, afirma. E agora “há necessidade de reforçar a estrutura de apoio”, acrescenta. Além disso, serão destacados para Angola três ou quatro funcionários portugueses, algo que “sai muito caro, sobretudo, por causa dos vistos”. Q 10 ANOS, 10 LOJAS Olhando para os 25 anos de existência da Coperol, José Domingues da Costa encontra muitos motivos de orgulho e saudosismo. Começou em Chelas, ainda antes de se centrar na Zona Industrial de Frielas. “Foram tempos de muito trabalho. Mas via-se resultados”, diz. Consideráveis,
O COPEROL D. Costa - Peças e Equipamentos rolantes, SA Peças para camiões, reboques e autocarros Zona Industrial de Frielas Tel: Rua Cidade de Setúbal, nº.6 - 6ª 21 9898730 Internet: www.coperol.pt
acrescente-se. “”Fomos crescendo. Em 10 anos abrimos 10 postos de venda”, revela. A crise económica do país não passou ao lado da Coperol. “Desde 2010, a queda de vendas tem sido constante, na ordem dos 40%”, admite o CEO da empresa. Porém, “este ano, vamos dar a volta. Pensamos que o pior já passou”, sublinha. Além da necessidade de alargar o negócio, a forte presença da Coperol em Angola (com dois postos de venda) pode ser ainda explicada pela forte ligação de José Domingues da Costa a África. Nasceu
em Moçambique e é autor, neste país, de obra social. Mas, para já, não pensa investir neste país. “Angola vai ocupar-me bastante tempo”, garante. Para já, o responsável da Coperol tratará de gerir as dificuldades relacionadas com a atividade de venda de peças para camiões, reboques e autocarros. Que não são poucas. Mas que se resumem numa afirmação. “A pequenez do próprio mercado face ao número de players”, frisa. Questionado pelo JORNAL DAS OFICINAS sobre se a crise não terá um lado
positivo nas vendas de peças usadas, dado que as empresas não compram pesados novos, José Domingues da Costa concorda. Mas apenas em parte. Se, por um lado, “as empresas são obrigadas a reparar as frotas”, por outro, “não há construção civil, que era a área que mais material consumia”, explica. José Domingues da Costa garante que nunca baixará os braços. “Faço isto com o maior prazer e vontade. Sou uma pessoa de luta. Vim do nada e está no sangue”, sublinha.
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
83
84
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
SERVIÇO
Vedante das Bombas de Água
Vedação fiável i Os sistemas de vedação utilizados nas bombas de água dos circuitos de arrefecimento do motor são diferentes de outros vedantes utilizados em veios rotativos dos motores de combustão interna, geralmente constituídos com anéis fabricados em elastómero
Mola Anel deslizante (fixo) Anel deslizante (rotativo)
Dobra de expansão
fig. 1 A unidade de vedação que contém os anéis deslizantes não pode ser aberta, nem é substituível
Orifício de drenagem
fig. 2 Corte esquemático de uma bomba de água, podendo observar-se os elementos constituintes do respectivo vedante
O
sistema específico de vedação utilizado nas bombas de água baseia-se no conceito conhecido por anéis de vedação deslizantes. Esses anéis são concêntricos e deslizam um sobre o outro, sendo geralmente fabricados em materiais sofisticados como grafite, óxido de alumínio, carboneto de tungsténio, ou carboneto de silicone, entre outros. A seleção dos materiais de fabrico depende da duração da vida útil pretendida, das condições de utilização e outros factores. Por
questões de duração e fiabilidade, os dois anéis estão no interior da mesma unidade de vedação, como se pode ver na Figura 1. Em condições normais, o desgaste da turbina impulsora, do rolamento do veio da bomba e do respectivo vedante acontecem ao mesmo tempo, exigindo a substituição da bomba completa. O fabrico do vedante num só unidade visa principalmente tornar a montagem da bomba mais rápida na linha de produção e garantir maior duração aos anéis deslizantes. Para impedir que haja fuga de fluido de arrefecimento com o motor parado, quando não há pressão no interior do circuito de arrefecimento, os dois anéis são encostados por uma mola (Fig. 2). Auto Para garantir a vedação ideal e proporcionar a maior duração possível dos anéis deslizantes, existe uma passagem mínima de fluido de arrefecimento do motor através da superfície de contacto dos anéis deslizantes. Essa pequena porção de líquido assegura a lubrificação do vedante e mantém uma temperatura de funcionamento ideal, evaporando-se em seguida. De
qualquer modo, a bomba de água possui um orifício de drenagem, através do qual pode escorrer uma pequena quantidade de líquido que sai do vedante. Essa situação pode considerar-se perfeitamente normal e não significa que exista qualquer avaria, principalmente depois de montar uma bomba de substituição nova. Após um período de funcionamento do motor entre 1 a 3 horas, os anéis deslizantes do vedante acamam corretamente e deixa de haver fuga de líquido. Em certas bombas, existe uma pequena câmara onde o líquido de lubrificação dos anéis se pode acumular até se evaporar completamente. Isto evita que o líquido escorra para o exterior e possa causar alguma inquietação ao utilizador do veículo, sobre o estado da bomba. Q DANOS NO VEDANTE O sistema de vedação das bombas de água é muito fiável e de longa duração, mas pode haver situações em que os anéis de vedação fiquem danificados,
se estiverem a trabalhar em seco. Isto pode acontecer se o nível do fluido do circuito de arrefecimento do motor estiver muito baixo ou este se perder completamente, na sequência de uma fuga (ruptura de uma mangueira do radiador ou do próprio radiador, entre outras avarias). Ao funcionar em seco, o vedante aquece devido ao atrito entre os anéis deslizantes e deteriora-se. Outro problema é a qualidade do fluido de arrefecimento do motor. Se este estiver fora do prazo de manutenção e muito poluído, os resíduos entram no vedante e causam o seu rápido desgaste. O sistema de arrefecimento do motor deve ser limpo por isso todos os dois anos, substituindo-se o fluido usado por fluido novo. Também ao mudar a bomba de água, é obrigatório limpar completamente o circuito de arrefecimento, para evitar que detritos se conservem no seu interior, indo de seguida danificar o vedante da bomba de água e entupir o radiador, entre outros malefícios. Ao montar a bomba ou ao manipulá-la, os anéis de vedação podem danificar-se devido a impactos (queda da bomba de água no chão ou pancadas aplicadas no veio da bomba para “ajudar” a montar a mesma), deixando de poder cumprir a sua função de vedação. Nesses casos, a bomba tem que ser substituída, mesmo que seja nova, para evitar as fugas de fluido de arrefecimento do motor. Fonte: MS – Motor Service
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
85
86
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
MECÂNICA PRÁTICA
Avarias em motores
Ruptura da haste das válvulas i O constante alargamento da vida útil dos motores de combustão atuais está na origem do aumento significativo de casos de avarias nas válvulas e na cabeça do motor
I
nfelizmente, uma larga maioria das avarias ocorridas nos motores é atribuível a rupturas da correia da distribuição, devido a falhas de manutenção evitáveis. Além disso, por razões de custo, as cabeças do motor são apenas parcialmente revistas ou reparadas a título provisório. Em muitos casos, apenas as peças danificadas são substituídas, ignorando-se componentes que estão diretamente ou funcionalmente ligados a essas peças. Q ORIGEM DOS DANOS Nessas cabeças do motor, substituem-se as válvulas danificadas ou deformadas, porque se partiu uma correia de distribuição, sendo a cabeça dos cilindros montada no motor sem mais nenhuma revisão. Decorrido pouco tempo depois dessa intervenção, o veículo fica parado novamente na estrada, devido a nova avaria no trem de válvulas. Ao desmontar o motor novamente, descobriu-se uma válvula com a cabeça e a haste partidas. Ao examinar melhor as peças, verificou-se que a ruptura da haste da válvula se deu primeiro, na parte inferior da respectiva guia de válvula. Após isso, a válvula entrou na câmara de combustão, colidiu com o êmbolo e partiu-se (Fig. 1). Q DIAGNÓSTICO DOS DANOS Após efetuar um corte no ponto de ruptura da haste da válvula na parte inferior da guia, foi encontrada uma fissura paralela junto ao ponto de ruptura (Figuras 2/3/4). Este tipo de fissu-
tagem enviesada do retentor do pé da válvula e da mola. Além disso, a válvula não conseguia rodar normalmente, devido à prisão provocada pelos resíduos. Formou-se assim um momento de torção na haste da válvula, que gerou forças de reação dentro da guia da válvula (Fig. 5), tendo provocado a ruptura do metal da haste.
ras indicam claramente rupturas por excesso de carga. De facto, devido a elevadas forças transversais na extremidade inferior da haste, formaram várias pequenas fissuras, dando origem ao ponto principal de ruptura. O curioso deste caso foi o facto de haver dentro da tal fissura paralela à ruptura, resíduos de metal exterior à válvula (Fig.4). Uma análise posterior a esse metal, revelou que se tratava de uma liga de cobre e zinco, material usado frequentemente nas guias das válvulas. Q EVOLUÇÃO DA AVARIA Tendo em conta o curto período decorrido entre a reparação e a ruptura da válvula, bem como ao resultado da análise ao material encontrado, podemos concluir que o problema se desenvolveu da seguinte forma: Ao montar a válvula na cabeça do motor, uma apara de material da guia fig. 1
Esta válvula parece ter sido vítima de uma explosão, mas os danos “apenas” resultaram da ruptura da parte inferior da haste e posterior colisão com a cabeça do êmbolo.
alojou-se na parte inferior desta. Presumivelmente, a guia não foi convenientemente limpa após a rectificação ou o material foi arrancado ao meter a válvula na guia. O resíduo metálico ficou preso na guia ao montar a mola da válvula, tendo resultado numa monAs pequenas setas na haste da válvula indicam as forças de reação ao momento de torção da haste da válvula, causado pela posição ligeiramente inclinada da mola e da haste.
fig. 5
Fonte: MS – Motor Service Este impulsor hidráulico ficou seriamente danificado no ponto de contacto com a válvula, devido à ruptura de uma correia de distribuição.
fig. 6
fig. 2,3 e 4 A haste da válvula partida veio a revelar várias fissuras no ponto de ruptura e a presença de material estranho, a verdadeira origem do problema.
Q DESFASAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO Quando as correias de distribuição se partem ou deslizam nas polias, a possibilidade das válvulas abertas colidirem com a cabeça do êmbolo é muito grande. Nesse caso, é inevitável que algum componente do trem de válvulas se deforme ou se parta, devido à ausência de folga no respectivo trem. Na pior hipótese, a própria árvore de cames ou os seus apoios sofrerão uma ruptura. Na maior parte dos casos, no entanto, são as válvulas ou os respectivos impulsores que se deformam, porque o seu material tem menor espessura (Fig. 6). Infelizmente, muitos destes danos são ignorados, especialmente os menos visíveis e menos óbvios. Se forem montadas peças deformadas ou deterioradas, o motor reparado voltará a avariar-se. mais cedo ou mais tarde. É tudo uma questão de alguns minutos de funcionamento com tensões elevadas nas peças no trem de válvulas. Por essa razão, todos os impulsores hidráulicos devem ser substituídos em motores com mais de 120.000 km, para evitar reparações de elevado custo e os próprios custos da paralisação do veículo.
Precaução Para evitar rupturas de válvulas desnecessárias, é urgente dar a maior atenção possível à limpeza das guias e sempre que possível substituir essas guias usadas por guias novas. Especialmente as válvulas novas com hastes de 7 mm de diâmetro ou menos, reagem muito mal a problemas de alinhamento e deformações das guias. Portanto, ao substituir as válvulas, a boa prática é substituir igualmente as respectivas guias.
JORNAL DAS OFICINAS
dezembro 2013
www.jornaldasoficinas.com
87
A Equipa da AP Comunicação e os seus colaboradores desejam a todos os leitores, clientes e parceiros
Feliz Natal e Bom Ano de 2014* *The AP Comunicação team whishes to all readers, costumers and partners Merry Christmas and Happy New Year of 2014
88
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Colaboração: CESVIMAP www.cesvimap.com
CARROÇARIA
Soldadura TIG
Só para especialista! i Neste artigo vamos falar da soldadura TIG, um dos métodos de soldadura mais eficazes e de maior qualidade de união de todos os que são utilizados no fabrico de componentes metálicos
N
a verdade, é utilizado nas juntas de alta qualidade das centrais nucleares. Nas uniões soldadas pelo método TIG, a limpeza torna este processo ideal para soldar alumínio e aço inoxidável, embora possa ser utilizado com vantagem com inúmeros outros metais. Tudo isto são razões mais do que suficientes para que o instituto tecnológico Cesvimap se dedique a investigar possíveis aplicações deste método de soldadura nas modernas carroçarias de au-
tomóveis, que empregam cada vez mais aços de alto limite elástico. Para começar, vale dizer que a execução da soldadura TIG é mais difícil do que outros métodos de soldadura, exigindo um soldador especializado e muito experiente. TIG (Tungsten Inert Gas) ou GTAW (Gas Tungsten Arc Welding) é um método de soldadura por fusão, no qual se utiliza um eléctrodo de Tungsténio não consumível. Tanto o eléctrodo, como
fig. 1
Equipamento polivalente para soldadura MIG/MAG e TIG (esquerda), com gás inerte e gás activo. Equipamento específico para soldadura TIG (direita).
o arco e o banho de fusão estão protegidos por uma campânula de gás inerte. Atualmente, este processo é apenas utilizado no fabrico de carroçarias de automóveis, mas podemos encontrá-lo cada vez mais nos equipamentos MIG/ MAG (Fig. 1) que são utilizados nas oficinas de reparação automóvel, juntamente com a soldadura com eléctrodo revestido MMA (Manual Metal Arc). Isso significa que é um processo que pode ser utilizado pontualmente na reparação de carroçarias de veículos. Q CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO Um aparelho de soldadura TIG é basicamente constituído por uma unidade de alimentação, a mangueira com a tocha que produz o arco e o circuito de gás de proteção. Unidade de alimentação Quando o equipamento MIG/MAG tem também a soldadura TIG, são utilizados os mesmos pontos de ligação para o eléctrodo revestido. Neste caso o método TIG apenas se pode aplicar à soldadura de aços, uma vez que só existe a possibilidade de soldar com corrente contínua. Os equipamentos específicos para a
soldadura TIG permitem realizar a ligação a corrente contínua e a corrente alterna, sendo está última necessária para a soldadura TIG de alumínio (Fig. 2). Mangueira e tocha No interior da mangueira que se liga à tocha de soldar, circulam a corrente elétrica que forma o arco, o gás de proteção e o fluido de arrefecimento (nos equipamentos com refrigeração), para além dos fios do botão de controlo da tocha. Esta última, é constituída pelos elementos que podemos ver na Fig. 3. Tipos de eléctrodos O eléctrodo (não consumível) que se utiliza na soldadura TIG e fabricado com Tungsténio (Volfrâmio). Dependendo do material a soldar, o eléctrodo pode apresentar várias ligas inferiores a 2% de materiais como o Tório ou o Zircónio, entre outros. A liga é identificada pela cor pintada na ponta do eléctrodo. Esta ponta do eléctrodo é afilada, porque essa forma tem importância na formação do arco, Para soldar aço, a ponta deve ser ligeiramente cónica. Pelo contrário, na soldadura de alumínio o eléctrodo tem a ponta redonda ou em forma de esfera.
89
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Tabela de identificação de eléctrodos TIG Denominação WP (ISO), EWP(AWS) Wce20, EWCe-2 WLa10, EWLa-1 WLa15, EWLa-1,5 WLa20, EWLa-2 WTh10, EWTh-1 WTh20, EWTh-2 WZr3, EWZr-1 WZr8, EWZr-8
Tipo de óxido
% de óxido
0 CeO2 La2O3 La2O3 La2O3 ThO2 ThO2 ZrO2 ZrO2
0 1,8 - 2,2 0,8 - 1,2 1,3 - 1,7 1,8 - 2,2 0,8 - 1,2 1,7 - 2,2 0,15 - 0,50 0,7- 0,9
% de impurezas cor 0,5 O,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Verde Cinza Negro Dourado Azul Amarelo Vermelho Castanho Branco
fig. 4
fig. 2 Na soldadura TIG, é possível optar por corrente contínua, adequada para soldar aços, ou a corrente alterna (específica para alumínios).
Sendo ambos inertes, os gases Árgon (esquerda) ou Hélio (direita) podem ser utilizados separadamente ou misturados. Esta última hipótese permite aproveitar restos de ambos os gases.
fig. 3 Tampa posterior Porta eléctrodo Eléctrodo
Olho da forja
Difusor de gás
Botão de controlo
Tocha
Elementos de uma tocha TIG fig. 5 Gases de proteção Como a própria designação TIG indica, o gás que deve ser utilizado neste tipo de soldadura deve ser inerte, para não provocar qualquer tipo de oxidação no cordão de soldadura. Habitualmente, é utilizado o gás Árgon ou o Hélio, podendo também ser usada uma mistura de ambos os gases (Fig. 4). Q REGULAÇÃO DO EQUIPAMENTO Os aparelhos de soldadura TIG podem ter vários tipos de opções de regulação. Os parâmetros mais habituais são os seguintes: O Tipo de corrente - A corrente eléctrica utilizada pode ser contínua (aço) ou alterna (alumínio). O Tipo de polaridade (direta ou invertida) - Trocando a polaridade, consegue-se centrar o calor mais na peça ou no eléctrodo alternadamente.
O Tipo de arranque - As opções são por contacto ou por aproximação. O Balance - Esta opção apenas existe na corrente alterna. Com negativo, consegue-se mais penetração; com positivo, mais limpeza. O Rampas - É uma opção que permite um débito de energia mais progressivo. O Post gas - Regula-se o período de tempo em que o gás flui após terminar a soldadura, para arrefecer o cordão, sem risco de formação de óxidos. O Caudal de gás - O caudal depende do material a soldar e do facto de ser utilizada adição de material ou não.
Para tornar a regulação dos equipamentos rápida e mais precisa, existem tabelas já elaboradas, com valores orientativos dos principais parâmetros, dependendo do material e do tipo de soldadura que se pretende efetuar.
O material de solda adicionado entra no banho de metal fundido, provocado pelo arco TIG.
fig. 6
O arco TIG provoca a fusão do material da peça, permitindo a soldadura autogénea.
90
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
fig. 7
A união no limite de duas ou mais peças é um dos serviços de qualidade proporcionados pela soldadura TIG.
Q PROCESSO DE SOLDADURA A soldadura TIG pode ser efectuada de forma autogénea (Fig. 6) ou com adição de material (Fig. 5). No caso do material que se acrescenta ao cordão, o seu tipo depende do material base e do tipo de soldadura que se pretende efetuar. Q EXPERIÊNCIAS REALIZADAS NO CESVIMAP O objectivo dos técnicos de centro de segurança rodoviária da MAPFRE Cesvimap é saber até que ponto o sistema de soldadura TIG pode contribuir para a melhoria da reparação de carroçarias, tanto do ponto de vista da qualidade das intervenções como no que diz respeito
PUB
fig. 8
A técnica do ponto calado (embutido) permite soldar peças onde o equipamento de soldadura por pontos não pode chegar.
ao controlo de custos e à rentabilidade. Embora neste momento a soldadura TIG não seja utilizada na produção de veículos em grande série, vamos encontrá-la em veículos mais exclusivos, nos carros desportivos ou de competição, com chassis tubulares, assim como nas motocicletas. No Cesvimap, foram realizados até ao momento vários ensaios de reparação com diversos materiais, utilizando o sistema TIG, especialmente em componentes fabricados com aços de alto limite elástico ou com boro, uma vez que a soldadura de pontos por resistência tem limitações, no processo de soldadura destes materiais. Nas oficinas, a técnica
fig. 9
A soldadura de bordas de peças de alumínio sobrepostas é outro trabalho de qualidade permitido pelo método TIG.
de soldadura TIG pode ser utilizada na união das bordas de várias peças fabricadas com aços convencionais ou com boro (Fig. 7). Este tipo de trabalho realiza-se sem adição de material de solda. Outra hipótese experimentada foi a soldadura de um ponto calado, para substituir o sistema de resistência por pontos (Fig. 8), nos locais onde o acesso do equipamento é impossível. Há equipamentos de soldadura que possuem um programa pré-determinado e uma ferramenta específica para este tipo de soldadura TIG por ponto calado, sem adição de material. Nas carroçarias de alumínio, também se poderia aplicar a soldadura das bordas (Fig. 9). Estas são
para já algumas das aplicações imediatas da tecnologia TIG na reparação de carroçarias. Q MEDIDAS DE SEGURANÇA A soldadura pelo método TIG envolve naturalmente os mesmos procedimentos de segurança de outros processos de soldadura. Recomenda-se seguir as medidas aconselhadas para a soldadura MIG/MAG, embora o facto de não provocar salpicos envolva menor risco de danificar outros pontos do veiculo e de provocar queimadoras no operador. Os meios de proteção individual utilizados na soldadura MIG/MAG devem ser também utilizados no método TIG.
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
91
92
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
CARROÇARIA
Materiais para mascarar
Vencer a morosidade
i A eficiência e produtividade são factores críticos em qualquer atividade. Está neste caso a função de mascarar ou proteger as carroçarias e veículos ou parte destas, antes de iniciar trabalhos de pintura
A
parentemente, um trabalho rápido seria preferível por ocupar menos tempo as pessoas envolvidas, mas imperfeições neste caso resultam em necessidade de limpezas posteriores, que acabam por alargar o tempo total investido nas tarefas e provavelmente num serviço final de qualidade sofrível. A via para a eficiência e produtividade neste caso de trabalhos de mascarar depende assim em boa parte dos materiais utilizados e no contributo que estes podem proporcionar para uma rápida execução e para uma eficaz proteção da carroçaria, da pintura original e de outros componentes do veículo, que devem ficar isentos de projeções, mesmo secundárias, de tintas e outros produtos de pintura. Longe vão já os tempos de trabalhos artesanais, em que se utilizavam jornais velhos, fitas adesivas pouco adequadas e plásticos usados, que davam mais trabalho e protegiam menos. No final, os trabalhos de limpeza eram intensivos e o tempo total de reparação excessivo, para desespero, tanto do dono da viatura reparada, como do próprio empresário da oficina. Q MATERIAIS INOVADORES E PRODUTIVOS Fita adesiva – É um dos produtos mais utilizados e absolutamente indispensável, desde que seja uma fita específica, também chamada fita de pintor ou de chapeiro. Além de mascarar ela própria em pequenas superfícies, a fita adesiva é essencial para fixar papel ou plástico que servem para mascarar áreas maiores. A oferta atual deste tipo de fitas adesivas é bastante ampla, tanto no aspeto dimensional (largura), como no que respeita a características específicas de aderência, compatibilidade com produtos de base aquosa, produtos de
Colaboração: CENTRO ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
base solvente, ou capazes de suportar altas temperaturas. Como características gerais, uma boa fita adesiva de mascarar deve ter forte aderência, ser resistente à lixagem, ser bastante flexível para se adaptar a todas as superfícies e contornos, ser resistente a tintas e solventes, poder ser facilmente cortada, ser resistente a temperaturas de secagem de produtos, podendo ao mesmo tempo ser facilmente retirada e do local fig. 1 Os carros de transporte de rolos de papel concentram todos os produtos necessários para mascarar a carroçaria de um veículo, aumentando a produtividade dos profissionais e diminuindo o tempo de reparação, o que justifica amplamente o investimento nestes equipamentos.
onde foi colocada e sem deixar vestígios de cola ou resíduos de qualquer espécie. Papel de mascarar – O papel é a matéria-prima principal de proteção de carroçarias, sendo fornecido em rolos de diferentes larguras e opcionalmente com fita adesiva numa extremidade, para ser mais fácil de colocar. Uma solução utilizada em oficinas de grande movimento é um carro de transporte de rolos de papel, que podem ter inserção automática de fita, vários tipos de fitas de várias dimensões e ainda um cesto para resíduos de papel, bem como uma régua serrilhada, para facilitar o corte do papel nas dimensões desejadas (Fig.1). Filme de plástico – O plástico tem-se afirmado como o grande concorrente do papel de mascarar, cuja grande vantagem é a grande capacidade de absorção de resíduos de tinta e outros produtos. O plástico também tem as suas próprias vantagens, como é o caso do seu comportamento electrostático, que facilita a sua aderência à carroçaria, da impermeabilidade e da possibilidade
de ser fornecido em bobinas de maiores dimensões, com ou sem fita adesiva incluída. Além disso, estão a ser desenvolvidos e são cada vez mais usados plásticos sem brilho (baços), cuja superfície mais irregular tem propriedades de absorção semelhantes ao papel. Tanto o plástico como o papel de mascarar devem ter também boa resistência à temperatura, para poderem suportar as operações de secagem em cabina ou com sistemas de infravermelhos. Outra característica desejável nestes materiais é a facilidade de os cortar à mão, com faca ou com tesoura, sendo igualmente importantes a capacidade de fixarem os resíduos e de serem impermeáveis aos mesmos, impedindo a entrada de produtos, que evita assim limpezas depois da aplicação desses produtos. Manga de plástico integral – Este material é fornecido em bobinas suficientemente largas (4 metros ou mais) para cobrir todo o veículo, sendo cortado ao comprimento deste. De seguida, são recortadas as superfícies a pintar, se estas forem menores que as protegidas,
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
fig. 2
93
fig. 3
A manga integral de plástico torna o trabalho de mascarar a carroçaria mais simples e mais rápido, pois basta recortar as partes correspondentes aos locais a reparar e fixar a máscara à carroçaria com fitas adesivas.
ou o inverso, se as superfícies a pintar forem maiores que as protegidas (Fig. 2). Para impedir a entrada de tinta para debaixo do plástico este é fixado à carroçaria nos recortes. O trabalho de mascarar é mais rápido com esta solução e o nível de proteção excelente. Fita de p erfilar – É uma fita adesiva de espessura muito fina, se destina a limitar a área pintada, de modo a não criar um degrau muito pronunciado, entre a tinta a aplicada e a pintura original. Devem ser resistentes à ruptura e aos produtos de pintura, mas com boa aderência e grande flexibilidade, para acompanhar as curvas e desenhos da área que está a ser pintada. Fita de espuma – Trata-se de uma fita isoladora semelhante à que é utilizada para vedar portas e janelas nas casas, possuindo uma das faces adesiva. A sua função é sobretudo evitar a entrada de tinta durante a aplicação nos espaços existentes entre as peças, como é o caso das portas laterais (Fig. 3), dos portões traseiros, das portinholas do tampão de combustível, do capot, etc. Os pintores também costumam utilizar este tipo de fita com espuma para delimitar uma pintura parcial de um a peça, uma vez que cria um rebordo de transição limpo e suave entre as duas superfícies. Fitas para molduras e borrachas – São utilizadas fitas de espuma de dimensões mais reduzidas e fitas especiais para molduras e borrachas, cujo objectivo é levantar ligeiramente as borrachas ou molduras, para que a tinta aplicada possa entrar debaixo delas, de modo que não se note a diferença entre a tinta nova e a que já estava no veículo de origem (Fig. 4). Obviamente, as próprias molduras, borrachas e vidros têm que ser protegidos antes de aplicar o novo acabamento. Fitas de transição – São fitas relativamente estreitas e com uma faixa adesiva apenas na parte central. As partes laterais da fita não têm cola e levantam-se,
As fitas isoladoras com espuma evitam os escorrimentos de tinta que se viam em muitos trabalhos do passado e que davam mau aspecto ao trabalho final de repintura.
fig. 4
proteções específicas para tapar as rodas, que podem ser de plástico ou em material têxtil, sendo geralmente reutilizáveis.
A qualidade do trabalho exige atenção aos detalhes. Nesta foto, o profissional coloca uma fita específica para borrachas e molduras da carroçaria, que permite pintar sob as borrachas, dando um aspecto final de novo ao acabamento.
Q PRODUTOS COMPLEMENTARES Além destes produtos de mascarar de uso geral já citados, existem no mercado outros produtos mais específicos, cuja utilização fica ao critério dos profissionais encarregados da reparação. Estão neste caso os seguintes artigos: Papel termo refletor – É um papel especial que se usa para proteger as peças não metálicas durante a secagem com aparelhos de raios infravermelhos ou das chispas provocadas por aparelhos de soldadura ou rebarbadoras.
fig. 5
A pintura das jantes com o pneu evita a desmontagem deste, mas exige a sua proteção, para evitar danos e posteriores operações de limpeza. Há máscaras para pneus já prontas, com um buraco central para deixar a jante exposta.
permitindo a entrada moderada da tinta aplicada na repintura, proporcionando uma linha de transição suave entre a área reparada e a restante carroçaria.
de plástico específicas, com um buraco no meio. Para proteger o pneu da aplicação da tinta, basta enfiar o plástico sob o rebordo exterior da jante.
Proteções para jantes – No caso de jantes que vão ser pintadas com o pneu montado (Fig. 5), existem já proteções
Proteções para rodas – Nos casos em que as rodas não ficam protegidas pela máscara aplicada na carroçaria, existem
Máscara para cabinas – As paredes interiores das cabinas de pintura também podem ser protegidas com folhas de papel ou plástico, que tornam a posterior limpeza da cabina mais rápida e mais eficaz. Além disso, essas máscaras fixam parte dos vapores de tinta e de impurezas em suspensão no ar, protegendo o acabamento aplicado e proporcionando maior qualidade ao trabalho. Proteções para o habitáculo – Durante as reparações das viaturas, os técnicos e auxiliares entram no carro para o movimentar, envergando as vestes e o calçado de trabalho, que podem eventualmente estar poluídos por produtos de pintura e outras impurezas. Para evitar danos no interior da e/ou posteriores limpezas, é habitual colocar proteções de papel ou plástico no volante, nas alcatifas, nos assentos e na parte superior do painel de bordo. Muitos desses produtos já são fornecidos em formatos específicos e prontos a aplicar, economizando trabalho à oficina.
94
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
Passo a passo
Kit de reparação de faróis i Os faróis dianteiros são uma das peças de todo o veículo com maior índice de sinistralidade. Em muitos casos, são ligeiros toques que acontecem ao estacionar o carro, ao entrar em garagens e ao efectuar manobras
N
esses casos, muitas vezes, o farol fica praticamente intacto, mas a respectiva patilha de fixação parte-se. A reparação da patilha do farol representa uma grande economia para o utilizador do veículo. A maior parte das marcas possui kit de reparação de farol, o qual traz todos os acessórios de fixação, incluindo parafusos e anilhas. Vamos passar a ver a sequência de reparação de um farol em 10 passos.
1
Análise do dano ou danos.
3
2
Identificação da peça ou peças a utilizar na reparação e preparação das ferramentas necessárias para a intervenção.
4
Desmontagem da patilha danificada.
6
Preparação da superfície da carcaça do farol, para permitir a perfeita adaptação da peça nova.
7
Fixação da patilha à carcaça do farol, verificando o correto alinhamento da peça.
Colaboração: CENTRO ZARAGOZA
Montagem do farol no veículo e verificação da sua correta posição.
9
5
Preparação da superfície da patilha nova, caso seja necessário.
8
Aperfeiçoamento da zona de ligação da patilha à carcaça do farol (colocação de cola, tinta, etc.).
10
www.centro-zaragoza.com
Montagem final do farol no veículo, com a colocação do pára-choques dianteiro.
Focagem do farol, com a regulação correta da altura do feixe luminoso.
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com
dezembro 2013
95
96
dezembro 2013
JORNAL DAS OFICINAS www.jornaldasoficinas.com