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ANO X
3 euros Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
Roubos nas oficinas
Ameaça à rentabilidade Aquilo que os empresários da reparação menos precisam nesta altura do campeonato, com dificuldades de cobrança, falta de liquidez e decréscimo de visitas à oficina, é a “ajuda” de colaboradores desonestos para aliviar o património da empresa e ameaçar a já frágil rentabilidade do negócio.
Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014
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Olhar o futuro com mais otimismo! O Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014, que decorreu no passado mês de março, no Centro de Congressos do Estoril, superou todas as expectativas e revelou-se um verdadeiro sucesso. Durante um dia, mais de 250 participantes assistiram às apresentações de 16 oradores que debateram os temas mais atuais do aftermarket ibérico e europeu. Pág. 06
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Editorial
João Vieira
Mercado
Recepção na o
Novos caminhos para o cliente A melhor relação preço/qualidade, por esta ordem, será um dos principais caminhos para o cliente. A crise mudou o consumidor e a forma de chegar até ele. Tornou-se mais exigente e a sua fidelidade tornou-se mais cara. Por isso, a oficina tem que oferecer-lhe um bom serviço, mas a um preço fechado e adaptado à realidade económica. No atual contexto do setor de reparação independente, estamos num momento de mudanças profundas e muito rápidas. Portanto, os períodos de adaptação a estas novas formas de trabalhar são muito curtos. Tudo por causa de uma crise económica que já nos aflige há mais de 5 anos e mudou radicalmente a forma como gastamos o dinheiro. O reparador já não se pode limitar a prescrever uma determinada avaria e dizer quanto custa. Além disso, tem que ser negociador de uma soma que tem a mão-de-obra, o custo das peças e os impostos, apresentando um total que seja um preço fechado e adaptado à situação económica atual. Tudo isto com o apoio de um trabalho de comunicação e marketing que permite revelar a sua oferta a todos os potenciais clientes. Porque a melhor oferta tem a preferência. Como positivo temos também o facto da crise global obrigar todos a repensar a troca do seu carro e que hoje ninguém troca de carro só porque tem a embraiagem avariada ou precisa de um porta nova. A avaliação correta dos custos leva a que as pessoas utilizem o seu carro mais tempo, o que sobra de forma positiva para o pós-venda em geral e particularmente para o sector de reparação independente.
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› Dentro do organigrama operativo da oficina de reparação automóvel, a recepção é uma das áreas de maior importância, ainda mais numa altura em que o setor oficinal se tornou enormemente competitivo e exigente
Papel chave
N
os tempos heroicos da reparação automóvel, o empresário da oficina era o mecânico, que ia ensinando a profissão aos seus auxiliares, era o gestor do negócio por inerência, fazia as compras e era o recepcionista e assessor dos seus clientes. Era um homem dos sete ofícios que gostava de automóveis e da técnica mais que tudo, mas prezava igualmente os relacionamentos e as amizades. Para ter sucesso, a combinação exata entre homem de negócios, técnico, relações públicas e líder dinamizador e organizador do seu universo profissional, tinha que prevalecer, porque na ausência de uma das valências a oficina ficava coxa e o negócio arrastava-se literalmente. Os tempos mudaram em todos os aspectos, tanto técnicos, como comerciais e organizacionais, mas a essência do empresário pioneiro mantém a sua vitalidade e uma oficina de hoje necessita de todas as facetas que ele no seu tempo exercia de forma eficaz. A divisão do trabalho e a especialização, exigidas pela evolução tecnológica e pelo desenvolvimento do conceito de negócio, criaram várias cate-
gorias profissionais, como o gerente de oficina, chefe de oficina, técnico de mecânica, chefe de armazém e compras e recepcionista, entre outras, que asseguram o funcionamento das empresas. No entanto, basicamente, o elemento que estabelece a comunicação entre o cliente e a oficina e desta com o cliente, promove a vertente comercial, organiza os processos e dinamiza todos os sectores da oficina é o recepcionista. Ele é o verdadeiro herdeiro da antiga profissão de empresário de reparação e tem um papel chave em qualquer oficina, porque se não tiver é provável que não esteja lá a fazer nada. De facto, são exigidas ao recepcionista e assessor de clientes várias funções de primeiro plano, como o cumprimento de objectivos comerciais, desempenho de funções técnicas, competências económicas e organizativas, devendo ainda ser capaz de estabelecer um relacionamento de alto profissionalismo, fina educação e trato afável com os clientes, sendo capaz de criar laços emocionais e de confiança com todos eles. Vejamos pois em detalhe as funções da Recepção de uma oficina na atualidade:
1 - Funções comerciais - A oficina tem que fazer negócio para poder sobreviver e isso implica vender os serviços que está apta a prestar aos interessados. Não basta simplesmente efetuar o que o cliente pretende, mas importa mostrar as vantagens da oferta global da oficina e sugerir novos serviços e produtos, de acordo com as características do veículo e do próprio cliente. No entanto, o cliente é geralmente “difícil”, como resultado da sua situação económica, de experiências anteriores não muito felizes com oficinas e por desconhecer muitas vezes o efeito economicamente penalizador de uma manutenção incorreta e pouco frequente. A arte de vender está enquadrada numa atividade de relações públicas, em que a captação da confiança do cliente está em primeiro lugar. Isso é atingido com uma política de atenção ao cliente, em que o recepcionista surge como assessor de serviços de pós-venda idóneo, competente e fiável, assumindo o papel de provedor do cliente no relacionamento deste com a oficina e defendendo a oficina perante o cliente. Se não tomasse esta atitude equilibrada e imparcial, o recepcionista não estaria a valorizar a sua oficina, que deve oferecer o máximo de vantagens aos seus clientes, exigindo reciprocidade em troca, o que significa pagamento dentro do prazo previsto, fidelidade à “sua” oficina e difusão do bom nome da empresa no seu círculo social habitual. 2 - Funções técnicas e económicas Para a avaliação de danos no veículo, o recepcionista tem que operar vários sistemas informáticos de peritagem e tem que realizar cálculos económicos. Ambas as funções estão relacionadas entre si, sendo necessário aplicar conhecimentos técnicos para elaborar o orçamento do serviço a prestar pela oficina, cuja linguagem usa termos técnicos e económicos. Importante é também que o total facturado ao cliente coincida com o orçamento realizado antes. No entanto, é um erro a oficina limitar-se a reparar um guarda-
DIRETOR: João Vieira - joao.vieira@apcomunicacao.com Redação: Bruno Castanheira - bruno.castanheira@apcomunicacao.com / Jorge Flores - jorge.flores@apcomunicacao.com Diretor Comercial: Mário Carmo - mario.carmo@apcomunicacao.com Arte e Multimédia: António Valente Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com Periodicidade: Mensal Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS” IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares AP COMUNICAÇÃO - PROPRIEDADE: João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda. SEDE: Bela Vista Office, Sala 2.29 - Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A - 2735-336 Cacém - Portugal Tel.: +351 219 288 052/4 - Fax: +351 219 288 053 E-mail: geral@apcomunicacao.com GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W
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a of icina -lamas ou um pára-choques amachucado, sem passar revista ao estado geral do veículo, que inclui pneus, suspensão, direção, motor, travões e outros sistemas. A Recepção deve possuir conhecimentos técnicos e equipamentos de diagnóstico suficientes para efetuar um check-up rápido ao veículo e detectar anomalias que exijam reparação. Se a dimensão da oficina justificar o investimento, uma linha de pré-inspeção é o ideal, mas outros equipamentos de diagnóstico avulsos conseguem chegar a resultados idênticos. O importante é fornecer ao cliente o custo das reparações e a data/hora de entrega da viatura, sem que cliente perca de vista o seu carro, para ver como é tratado pelo pessoal da oficina. 3 - Funções organizativas - A Recepção é o local onde se conjuga o tempo disponível do cliente, com o tempo disponível da oficina, através do planeamento dos processos de reparação. O recepcio-
nista deve dispor de um quadro de planificação de atividades de reparação da oficina, onde irá encaixar o novo serviço contratado com o cliente. A comunicação com a área administrativa, secção de peças e a própria oficina são indispensáveis para a segurar a máxima fluidez dos pro-
Factos
● O vestuário do recepcionista deve refletir asseio e a natureza profissional
da sua atividade.
O recepcionista deve estar completamente à vontade ao examinar um veículo, porque uma das suas obrigações incontornáveis é verificar minuciosamente o carro na aceitação à entrada da oficina e na entrega.
●
cessos, permitindo admitir novos trabalhos à medida que outros vão sendo completados. Para efetuar a gestão dos processos, o recepcionista deve considerar os seguintes factores: ● Quando a carga de trabalho da oficina está abaixo da sua capacidade instalada, existe perda de rentabilidade; ● Quando a carga está acima da capacidade da oficina, há o risco de clientes ficarem por atender e também maiores possibilidades de haver erros no serviço e falhas no controlo de qualidade.
Para planificar corretamente a carga de trabalho da oficina, também é necessário contar com as contingências que podem surgir ao longo da semana. Isto exige uma comparação atenta aos vários conceitos de serviço: ● Trabalhos sob acordo, reparações já
iniciadas, serviços urgentes, reclamações
(se houver), garantias e trabalhos especiais; ● Consulta permanente das horas totais que se podem vender, que são fornecidas pelo número de colaboradores de que dispõe a oficina num determinado momento.
O elemento que estabelece a comunicação entre o cliente e a oficina e desta com o cliente, promove a vertente comercial, organiza os processos e dinamiza todos os sectores da oficina é o recepcionista.
●
● São exigidas ao recepcionista várias funções, como ser capaz de estabe-
lecer um relacionamento de alto profissionalismo, fina educação e trato afável com os clientes, ● A arte de vender está enquadrada numa atividade de relações públicas,
em que a captação da confiança do cliente está em primeiro lugar.
Para a avaliação de danos no veículo, o recepcionista tem que operar vários sistemas informáticos de peritagem e tem que realizar cálculos económicos. ●
A Recepção deve possuir conhecimentos técnicos e equipamentos de diagnóstico suficientes para efetuar um check-up rápido ao veículo e detectar anomalias que exijam reparação. ●
● Para planificar corretamente a carga de trabalho da oficina, é necessário
contar com as contingências que podem surgir ao longo da semana.
■ Qualidade e Cordialidade Porque não existe uma segunda oportunidade para causar uma primeira impressão, a mais perdurável, a arte da recepção deve conjugar sabiamente eficiência, eficácia, cortesia, jovialidade e qualidade, a fim de alcançar aquele que é o seu objectivo principal: a satisfação do cliente. Vejamos então o ciclo que preside a esse objectivo: Qualidade - Este conceito aplica-se aos processos de recepção e a forma profissional de abordar e tratar o cliente, de acordo com os padrões fundamentais do atendimento, que se podem resumir em: ● Rapidez, o que significa atender imediatamente o cliente; ● Veracidade, que consiste em proporcionar sempre a informação exata e completa ao cliente; ● Precisão, que corresponde a destacar os elementos essenciais da informação prestada (preços, resultado do diagnóstico, tempos, prazos, etc.); ● Mostrar total interesse pelas necessi-
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dades e problemas do cliente, perguntando qual o seu ponto de vista sobre o problema do carro, antecedentes do mesmo, expectativas de solução e tudo o que possa levar a uma melhor compreensão do cliente e do seu veículo; ● Proposta de datas/horas concretas, atendendo ao grau de urgência manifestado pelo cliente e à carga de serviço da oficina; ● Segurança, que visa perceber se a comunicação está a resultar perfeitamente e se o cliente está ciente de todos os aspectos fundamentais referidos no diálogo. Cordialidade - Esta é a característica que define os bons comunicadores e que pode seguramente diferenciar a oficina da concorrência. Se a cordialidade estiver como norma em todos os relacionamentos da oficina, a empresa ganhará imediatamente a confiança de clientes, candidatos a emprego e fornecedores, entre outros contactos obrigatórios, facilitando todos os passos seguinte do relacionamento, ainda que por vezes Abril I 2014
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possam apresentar dificuldades ou delicadeza. Nesta época em que prevalece muitas vezes a impessoalidade e a indiferença nos contactos públicos, a cordialidade faz seguramente a diferença e é altamente valorizada pelos clientes no seu relacionamento com instituições e negócios Para se conseguir um padrão de cordialidade consistente e eficaz, é necessário no entanto prestar atenção aos seguintes aspectos: ● Atendimento personalizado, o que significa garantir um único interlocutor em relação ao cliente; ● Trato afável e amigável, revelando deferência e respeito recíproco; ● A boa fé e disponibilidade devem ser sublinhadas com um sorriso discreto ao receber o cliente e sempre que o assunto implicar ironia e humor, um dos factores favoráveis ao entendimento e à concórdia;
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02 ● Olhar diretamente para o cliente, sempre que falamos com ele ou estamos a escutar o que ele nos diz; ● Escutar o que o cliente tem para dizer com simpatia e compreensão, mesmo que possamos não estar inteiramente de acordo, mostrando todo o interesse pela situação relatada; este interesse pode e deve ser sublinhado com uma linguagem gestual e com vocábulos de aceitação da mensagem (com certeza, sim senhor, sem dúvida, etc.); ● Construir uma relação personalizada, referindo o nome do cliente durante a conversação; ● Evitar uma linguagem prolixa e demasiado floreada, preferindo um discurso conciso e familiar, adequado ao nível cultural e social do cliente; termos técnicos pouco acessíveis serão de evitar, excepto se houver oportunidade e tempo para explicar o seu significado concreto.
Perfil do recepcionista
A grande importância das suas funções e a responsabilidade deste cargo implicam uma seleção de candidatos, cujo perfil profissional, pessoal e humano se adequa ao desempenho pretendido. De seguida, vamos referir alguns aspectos que devem ser considerados na escolha de um candidato a recepcionista: ● Deverá ser uma pessoa de total confiança. ● Será certamente indispensável possuir uma personalidade equilibrada,
bem definida e atrativa. ● Terá que possuir grande facilidade de comunicação e o dom da palavra, desde o primeiro contacto, conseguindo explicar de forma simples e clara o que pretende dizer; paralelamente, terá boa capacidade para escutar o interlocutor, em vez de ficar a ouvir o eco das suas próprias palavras; ● Em temos profissionais, deverá possuir conhecimentos sólidos da tecnologia automóvel e do pós venda de veículos, conseguindo diagnosticar rapidamente os problemas e avaliar danos, através da respectiva orçamentação; ● Terá a capacidade de explicar ao cliente de forma acessível a solução técnica desejável para o seu veículo, revelando as vantagens da opção; ● Deverá ser capaz de analisar do ponto de vista do cliente a qualidade do serviço e os detalhes do acabamento; ● Disporá de conhecimentos legais e administrativos precisos, a fim de saber quais os compromissos que deve assumir em nome da empresa em relação a terceiros. Encontrar uma pessoa amável, educada, competente, eficiente e responsável não é uma tarefa simples, especialmente se o tecto salarial possível na empresa for muito limitado. Além disso, está demonstrado que o nível cultural e o nível de escolaridade melhoram a auto estima e a auto confiança pessoais.
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O Simpósio Ibério Aftermarket IAM 2014 contou com a presença de 16 oradores que debateram 9 painéis sobre os temas que mais preocupam os profissionais na atualidade 1 - João Vieira, JORNAL DAS OFICINAS 2 - Filipe Teixeira, ANECRA 3 - Francesc Creus, AUTOTECNIC 2000, 4 - Raquel Marinho, BCS 5 - Luis Ursúa, CETRAA 6 - Javier Gómez, REPARAMIAUTO 7 - Pedro Barros, TIPS4Y 8 - Joaquim Candeias, DPAI 9 - Dário Afonso, ACM 10 - Helmut Wolk, WOLK AFTERSALES 11 - José Miguel Ibañez, CGA 12 - Carlos Nascimento, CREATE BUSINESS 13 - Pedro Pedrero, MOTORTEC 14 - Jorge Sala, MANN+HUMMEL 15 - Neil Pattemore, FIGIEFA, 16 - Miguel Angel Prieto, AUTOPOS
Conf iança no futuro › Com mais de 250 participantes, 110 empresas ibéricas e 16 oradores, divididos em nove painéis, o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014 levou Portugal e Espanha a debaterem o setor. E a olharem-no sob uma perspetiva comum
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s expectativas eram elevadas. Mas o Simpósio Ibérico Aftermaket IAM 2014, promovido pelo JORNAL DAS OFICINAS e AUTOPOS, no passado dia 14 de Março, no Centro de Congressos do Estoril, revelou-se superlativo. Até nos números. Ao todo, foram mais de 250 os participantes no evento, 110 as empresas da Península Ibérica representadas e 16 os oradores,
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entre nacionais e internacionais, divididos entre os nove painéis abertos a debate (ver caixas alusivas nas páginas que se seguem). O evento foi ainda visto, em direto, por mais de 100w0 profissionais do setor, através de transmissão via live streaming. O Simpósio respondeu pelo lema “Confiança no futuro” e os debates, animados, visaram tanto o presente
Javier Gómez, Co-fundador do portal reparamiauto.com em conversa com Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts, orador principal do Simpósio Ibérico Aftermarket IAM
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como o futuro do aftermarket independente em Portugal e Espanha. Tratou-se, portanto, de união de forças ibéricas, onde foram desvendadas novas tendências do setor e várias oportunidades de negócio. E onde a partilha de conhecimentos e experiências, entre oradores e participantes foi constante. ■ Partilha de conhecimentos Ao fim de um intenso dia de trabalhos, o simpósio terminou em clima de descontração, com um cocktail comemorativo do 10.° Aniversário do JORNAL DAS OFICINAS. Uma confraternização, entre todos os presentes, onde foi possível aferir o sucesso da iniciativa. Joaquim Candeias, presidente da DPAI da ACAP, um dos oradores, classificou o evento de “fantástico”. Segundo disse, “fazia falta, o mercado precisava de ter alguma informação, precisava de falar de temas importantes que nos preocupam. Teve pontos muito altos. Dou os parabéns aos organizadores e espero que possam repetir com a regularidade adequada, para que o nosso setor se mantenha unido e tenha uma perspetiva de futuro”, disse. Já Grisélia Afonso, da SKF Portugal, agradeceu o convite e revelou orgulho por poder ser “sponsor de um evento como este”. Na sua opinião, aquilo que fez do simpósio um “grande sucesso” foi a abordagem entre Portugal e Espanha. “Acho que este relacionamento ibérico e a partilha de um mercado cada vez mais ibérico faz todo o sentido. E acho que, de outra forma, algumas pessoas e empresas que aqui estão não teriam acesso a este nível de informação que eu acho por demais importante para passar ao lado”. Jorge Sala, diretor comercial da Mann+Hummel Iberica realçou a “quantidade” e o “nível” de todos os participantes. “Reuniram-se pessoas do setor dos dois países e penso que foi um êxito”, acreditando que ninguém saiu “desiludido”.
João Vieira, diretor do JORNAL DAS OFICINAS e Miguel Angel Prieto, diretor da AUTOPOS moderaram os painéis
Domingues Costa, administrador da Coperol: “Acho que foi positivo. É sempre bom acompanhar as tendências do mercado. Saio daqui com ideias boas para tentar desenvolver no meu negócio”, disse, acrescentando que “é sempre bom aproveitar estas oportunidades”. Por seu turno, Filipe Reis, responsável da Auto Silva Acessórios, adiantou que “todos os profissionais do setor, desde a reparação até aos distribuidores, deviam ter estado cá neste simpósio. Acho que se deve repetir. Penso que aquilo que se perspectivou para o futuro é animador, sabendo que existem pontos fracos que se podem tornar potenciais e que todos os empresários devem estar atentos.” Entre os muitos participantes, a vontade de que o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM se repita num futuro próximo foi manifestada por diversas vezes. Um desejo que será concretizado já em 2016. Fica a promessa.
■ Regresso em 2016 Quem ficou “muito” agradada com os debates foi Sadhna Monteiro, da Liqui Moly Portugal. “Acho que foi muito positivo, no sentido em que, por um lado, tivemos uma visão global do que se está a passar na Europa. Apesar de estarmos aqui refugiados no canto da Europa é sempre importante perceber como está o panorama no aftermarket. E, em segundo lugar, aquilo que nos agradou mais foi o tipo de soluções que nos foram apresentadas”, disse. Para a Sadhna Monteiro, o feedback dos mecânicos e das oficinas é fundamental. “Todos nós necessitamos dos mecânicos e das oficinas para sobreviver no nosso negócio, mas nem sempre conseguimos lá chegar para retirar esta mensagem. E, hoje, conseguimos ter esse feedback através dos participantes e da mensagem que nos trouxeram”. Pelo mesmo diapasão alinha José
A equipa do JORNAL DAS OFICINAS marcou presença no 1º Simpósio Ibérico Aftermarket IAM, realizado no Centro de Congressos do Estoril no passado mês de março www.jornaldasoficinas.com
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Destaque 1.° Painel: Presente e futuro do Aftermarket IAM na Europa
Helmut Wolk, CEO da Wolk After Sales Experts
“As oportunidades no aftermarket nunca foram tão boas” Foi o orador principal do Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014. Helmut Wolk, CEO da Wolk After Sales Experts, teve, por isso, mais tempo de antena. Com mais de 30 anos de experiência no setor automóvel, este especialista alemão apresentou os mais recentes dados publicados nos relatórios sobre o aftermarket em 35 países europeus, com particular incidência sobre Portugal e Espanha. Helmut Wolk analisou, em detalhe, a situação do mercado do pós-venda, novos cenários da distribuição de peças, assistência oficinal, conceitos de marketing online, formação à distância, novas tendências/perspetivas e lançou ainda um olhar sobre o futuro. Foram muitos os dados revelados por Helmut Wolk. Como o parque circulante de veículos de passageiros em 35 países europeus: 283 milhões
em 2007; 306 milhões em 2011; 309 milhões em 2012 (dados preliminares); previsão de 326 milhões em 2015. Ou a divisão de componentes automóveis em 2011 em 35 países europeus (que representaram um volume de 115 mil milhões de euros): 59,9% IAM; 40,1% OES. Repartida pelas seguintes categorias: peças (55%); acessórios (14%); pneus (14%); químicos (16%); vidro (3%). Esse mesmo volume era de 106 mil milhões de euros em 2007, prevendo-se que atinja os 120 mil milhões de euros em 2015. Igualmente interessante foi o número revelado de retalhistas de peças IAM em 35 países europeus (dados de 2011): 50 934, número que não inclui distribuidores especializados (vidros; pneus; tintas; pesados), distribuidores industriais, centros auto, distribuidores diretos e empresas
online. Segundo Helmut Wolk, existiam, em 2011, contabilizando 35 países europeus, 385 diferentes conceitos, 85 845 serviços OES, 345 000 oficinas IAM e 99 733 conceitos de oficinas IAM. Em Portugal, 18 sistemas (805 outlets). Em Espanha, 16 sistemas (5713 outlets). Segundo o CEO da Wolk After Sales Experts, “os conceitos são bons, mas alguns terão de mudar. Muitos deles drasticamente.” E frisou ainda que “os mercados locais estão a expandir-se para a Europa e para os circuitos internacionais” e que “as margens brutas no aftermarket irão decrescer no futuro”. Helmut Wolk terminou a sua intervenção com as seguintes palavras: “Os protagonistas do aftermarket terão de enfrentar muitos desafios no futuro, mas as oportunidades neste setor nunca foram tão boas.”
2.° Painel: Tendência da distribuição de peças no mercado pós-venda ibérico
Carlos Nascimento, Diretor Geral da Create Business
“Não vejo grandes possibilidades de sinergia entre os dois mercados”
O diretor geral da Create Business, Carlos Nascimento, começou a sua intervenção no 2.° Painel dizendo que “o mercado espanhol é talvez 5% maior do que o português. As grandes empresas em Espanha tem presença regional e as grandes empresas portuguesas trabalham todo o mercado nacional. As grandes empresas em Espanha faturam cerca de 2,5 vezes mais do que as grandes empresas portuguesas. Em Portugal, quem marca o preço são os distribuidores. Em Espanha, quem marca o preço são Abril I 2014
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os fornecedores.” Para Carlos Nascimento, “existem imensas lojas de peças e demasiadas oficinas na Península Ibérica. Por ser um mercado descaracterizado, é muito difícil às empresas portuguesas aproximarem-se das espanholas. Por outro lado, o mercado tem de evoluir. O aparecimento de portais online, faz com que os clientes tenham cada vez mais noção deste negócio. Por uma questão de sobrevivência, teremos de ser mais eficientes. Não vejo grandes possibilidades de sinergia entre os dois mercados, ainda que partilhem, por vezes, as mesmas estruturas.” Questionado sobre o negócio das peças, o diretor geral da Create Business foi perentório: “Separar o conceito de peças com o conceito de know-how, para mim, seria o ideal. Mas a guerra para manter as margens é uma guerra completamente perdida. Se começarmos a separar a qualidade, o valor e o serviço, estaremos a efetuar uma pressão enorme sobre o fabricante. E aí estaremos apenas a lutar pelo preço e pela rapidez de entrega. Se não forem os fabricantes a ajudar as oficinas a tornarem-se mais competentes (reparações mais eficazes), e a tornarem-se mais competentes ganhando dinheiro, então as oficinas terão o futuro comprometido.”
Jorge Sala, Diretor Comercial da MANN+HUMMEL Iberica
“Não é o fabricante que muda o mercado: adapta-se ao que já existe”
Para Jorge Sala, Diretor Comercial da MANN+HUMMEL Iberica, “o mercado regula-se por si próprio. Muitos distribuidores em Espanha e Portugal estão a tentar aproximar-se das oficinas de modo a tornarem-se mais eficientes. Hoje, existem muito mais referências em stock. O enorme desafio foi conseguir que a informação e a formação sobre os produtos cheguem. E que as oficinas tenham esse know-how. Está a fazer-se um grande investimento nessas áreas. E os fabricantes estão a adaptar-se aquilo que os mercados exigem: preço; formação; rapidez.
Segundo o diretor comercial da MANN+HUMMEL Iberica, “a pressão de preços toca-nos muito. É verdade que a globalização trouxe mais players ao mercado. Aquilo que vendemos não é apenas um produto dentro de uma caixa de cartão mas sim aquilo que lá vem dentro. No caso das marcas premium, o esforço para ter preços mais baixos tem sido efetuado.” Questionado sobre quem dita as leis no negócio das peças, Jorge Sala não hesitou: “Não é o fabricante que muda o mercado. O fabricante adapta-se ao mercado que já existe. Por outro lado, trabalhar com 90 ou 100 mil referências não é fácil.” Já sobre a vertente online do negócio das peças, Jorge Sala afirmou que “o B2C nasceu antes do B2B. Neste momento, o cliente quando compra pela Internet não quer esperar mais do que 48 horas. Isto também se verifica nas oficinas e na distribuição. Mas fomos nós que criámos esta necessidade ao mercado. Por outro lado, qualquer componente que vá de um cliente a uma oficina, percorre, em Espanha, muito mais quilómetros do que em qualquer outro país da Europa devido à densidade populacional. O que torna a distribuição mais complexa e mais onerosa no mercado espanhol.”
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Destaque 3.° Painel: Direito à Reparação... com qualidade
Joaquim Candeias, Presidente da DPAI
Luis Ursúa, Secretário-Geral da CETRAA
“As peças sobressalentes devem ter outro circuito”
“A certificação das oficinas deve ser faseada”
O Direito à Reparação foi o tema do 3.° Painel em debate. A este propósito, Joaquim Candeias, presidente da DPAI da ACAP, recordou a existência de várias ações de divulgação nesse sentido. “Com esta segunda campanha, a divulgação tem sido enorme (temos 78 empresas e não nove como na primeira). E está a chegar aos reparadores independentes de forma muito mais forte. Temos tido muitos contactos de oficinas independentes por via dessas campanhas, o que tem contribuído para a melhoria do serviço prestado”, disse. Porém, segundo acrescentou, “o dono do veículo está ainda muito longe desse direito e até desconfia das capacidades do reparador, o que o leva a continuar a apostar nas oficinas das marcas de automóveis”. Segundo defendeu, o caminho a percorrer ainda será longo. “Temos de informar
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mais sobre esta campanha e dar a conhecer os seus direitos, de modo a que o proprietário do veículo possa escolher onde reparar, sem perder a garantia do fabricante”. Por outro lado, Joaquim Candeias reconheceu que, “infelizmente, muitos reparadores independentes não acompanham a evolução dos veículos que são, hoje, autênticos computadores sobre rodas”. E lamentou ainda que, conforme se vai baixando na cadeia do nosso setor, mais se nota a dificuldade de boas práticas. O exemplo tem de vir de cima. Hoje, não se vende apenas uma caixa de cartão com uma peça lá dentro. Vende-se valor”. Os veículos elétricos e híbridos serão uma oportunidade ou um perigo?, perguntou o moderador João Vieira, diretor do JORNAL DAS OFICINAS? “São uma oportunidade de negócio, e já começaram a entrar no circuito das oficinas independentes, ainda que também possam ser um problema. Porque aumentam o fosso existente entre as que têm capacidade e as que não conseguirão sobreviver”, afirmou. Este responsável considerou ainda que, depois da “qualificação” das oficinas, a “certificação deverá surgir naturalmente”, mas de uma forma “faseada”. “Muitas oficinas ficarão fora dessa certificação, uma vez que andam longe de atingir as metas ambientais”, enfatizou.
Do lado espanhol, Luis Ursúa, secretário-geral da Confederação Espanhola para a Defesa das Oficinas de Reparação Automóvel (CETRAA), considerou útil “unir as marcas de automóveis, de modo a facilitar o acesso à informação técnica dos veí-
culos às oficinas independentes”. Para si, o mais preocupante “é a liberdade de escolha das oficinas por parte das seguradoras”. Em nome da transparência, Luis Ursúa defendeu a conveniência das faturas descriminarem as peças que foram instaladas. “O que tem acontecido é a falta de informação do que foi feito, o que tem levado a várias perdas de garantia”, acusou. O secretário-geral da CETRAA assegurou ainda que a maioria das oficinas espanholas “dispõe de meios e preparação” e reconheceu que o principal problema está relacionado com o “acesso à informação técnica das peças e das intervenções”. Conforme disse, “estamos a tentar fazer um processo de qualificação com a norma AENOR. No fundo, queremos certificar tudo o que tenha a ver com a oficina, de modo a qualificá-las”. Na sua opinião, em Espanha, tanto os fabricantes como os distribuidores dão apoio às oficinas para que estas prestem o melhor serviço”. Luis Ursúa revelou que existe, atualmente, “um esforço para combater as oficinas clandestinas”. E disparou: “o que estamos a tentar é que as peças sobressalentes não deem as mesmas condições às oficinas. Ou seja, que as peças suplentes não sejam vendidas no mesmo circuito”.
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4.° Painel: O desafio da telemática na reparação independente
Neil Pattemore, Diretor Técnico da FIGIEFA
“A FIGIEFA defende os interesses dos operadores do aftermarket independente” O 4.° Painel esteve a cargo de Neil Pattemore, diretor técnico da FIGIEFA, que começou por referir: “O que estamos a fazer em Bruxelas destina-se a ajudar os reparadores independentes.” Para, logo de seguida, explicar o papel da FIGIEFA: “Fundada em 1956, a FIGIEFA (International Federation of Automotive Aftermarket Distributors) é a federação internacional dos distribuidores independentes do pós-venda automóvel. Contempla 25 associações de comércio em representação de 23 países de todo o mundo. Integra quer retalhistas quer grossistas do negócio de peças e componentes de substituição. É a FIGIEFA quem defende os interesses dos seus associados perante as instituições europeias e internacionais. O seu papel é monitorizar e acompanhar a criação de projetos-lei, com o intuito de assegurar uma concorrência livre e efetiva. A FIGIEFA
é um dos membros da AFCAR, sendo esta uma aliança para a liberdade da reparação automóvel na Europa.” O diretor técnico da FIGIEFA falou no Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014 sobre o próximo desafio da telemática na reparação independente: o serviço eCall. Neil Pattemore afirmou que “o objetivo do eCall é reduzir o tempo de resposta das equipas de assistência, salvar vidas e reduzir os efeitos resultantes de ferimentos graves. A partir de Outubro de 2015, todos os veículos ligeiros novos que forem aprovados devem incorporar o eCall, que consiste num dispositivo de segurança que desencadeia, automaticamente, uma chamada de emergência em caso de acidente.” A telemática permite o acesso a variadíssimos serviços, sendo o eCall apenas um deles (integra um cartão SIM livre de custos). Disso mesmo
deu conta Neil Pattemore ao Auditório do Centro de Congressos do Estoril: “Caso os veículos disponham de interfaces que permitam a ligação de outros dispositivos, como, por exemplo, smartphones, o leque de informação e de conectividade eleva-se a outro patamar. Para além do eCall, estão em desenvolvimento os serviços bCall (deteta uma avaria no veículo e desencadeia uma informação para o construtor) e sCall.(envia informação do veículo para o construtor, sendo, depois, desencadeado um aviso).” O diretor técnico da FIGIEGA abordou diferentes soluções telemáticas, os requisitos que estas pressupõem e a importância de salvaguardar o direito de escolha do consumidor. Para criar uma concorrência justa e evitar, assim, uma situação de monopólio dos construtores de veículos face ao setor independente.
5.° Painel: Salão Motortec Automechanika Madrid 2015
Pedro Pedrero, Diretor Comercial do Salão Motortec
“Madrid é o terceiro local mais visitado da Automechanika”
O 5.° Painel do Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014 esteve a cargo de Pedro A. Pedrero. O diretor comercial do Salão Motortec Automechanika Madrid 2015 veio ao Auditório do Centro de Congressos do Estoril promover a edição de 2015 do... Salão Motortec Automechanika Madrid! Não sem antes revelar alguns dados: “Com 500 eventos, 80 feiras e congressos, cerca de 35 mil expositores e mais de 2,9 milhões de visitantes, a IFEMA, que tem 30 anos de experiência, dispõe de uma área total de 250 000 m2, dos quais 200 000 m2 são cobertos e 50 000 m2 asseguram 14 000 lugares de estacionamento ao ar livre.” Pedro A. Pedrero anunciou que o Salão Motortec Automechanika Madrid
2015 realizar-se-á de 11 a 14 de Março. E que poderá ser visitado das 10h às 19h. Mas, antes, o orador do 5.° Painel referiu que este salão “realiza-se há mais de 23 anos em Espanha e consiste numa referência em peças, equipamentos e fornecedores de serviços para automóvel na Península Ibérica. A primeiro edição realizou-se em 1991: teve 454 expositores e 21 415 visitantes. Na edição de 2013, registámos 469 expositores de 74 países, 41 149 visitantes profissionais de 85 países e 205 jornalistas provenientes de 191 órgãos de comunicação. Aparecemos 958 vezes nos media.” Até abrir as portas à edição de 2015 da Motortec Automechanika, a IFEMA realizará três exibições dedicadas ao setor automóvel: Salão do Automóvel de Madrid (20 a 25 de Maio de 2014); Salão do Veículo de Ocasião (13 a 22 de Junho de 2014); Feira Internacional do Autocarro (28 a 31 de Outubro de 2014). Pedro A. Pedrero terminou a sua intervenção da seguinte forma: “Na Motortec, temos o compromisso de dar a conhecer as tendências do setor e promover o networking entre as empresas. A seguir a Xangai e Frankfurt, Madrid é o terceiro local mais visitado da Automechanika. E termino com esta palavra: oportunidades. Elas existem.”
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Destaque 6.° Painel: O reparador independente ibérico: Há futuro fora das redes?
Raquel Marinho, Trade Marketeer Bosch Car Service Portugal
José Miguel Ibañez, Subdiretor do Grupo CGA
“As oficinas percebem as redes, mas querem trabalho”
“Não se deve entrar numa rede a 50%”
Poderá existir um futuro para as oficinas que não passe pelas redes? O 6.° Painel do simpósio procurou responder a esta questão. Segundo Raquel Marinho, Trade Marketeer Bosch Car Service Portugal, as oficinas multimarca terão de garantir, antes de mais, “fontes de competência técnica, de modo a aumentarem a economia para não recorrerem à marca. Fontes de capacidade técnica com custos que sejam sustentáveis”, enfatizou. Até porque acredita que uma oficina, hoje, é muito mais do que um espaço onde se reparam automóveis. “Promove-se a mobilidade, o conforto, quer de pessoas quer de empresas”, disse. Fundamental, na sua opinião, é “assegurar a rentabilidade do negócio. Ter um bom modelo de negócio e uma boa gestão. Mesmo antes de se entrar
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numa rede”, afirmou. Tudo o resto vem depois. “As redes”, acrescentou, “estão cada vez mais fortes e mais presentes. Os independentes que estarão sozinhos terão de enfrentar estas redes”. Deixa, por isso, um aviso. “Quem está no mercado deve saber o que existe. O que as redes podem trazer e como poderão ajudá-lo nas suas necessidades. Depois, escolher um parceiro de confiança e saber quais os direitos e obrigações antes de entrar na rede”. Isto porque “entrar numa rede é assumir um compromisso. Não se deve entrar a 50%. Entrar numa rede e não respeitar o que está a ser proposto não costuma trazer grandes resultados”, sublinhou Raquel Marinho. Mudar para uma rede oficinal nunca é fácil, admitiu a responsável da Bosch Car Service. “O esforço de aprendizagem custa sempre. Daí que o fator confiança seja essencial. Mas quem procura um conceito de uma rede é porque já sentiu que lhe falta algo”, explicou. E haverá espaço para mais redes em Portugal? “As estatísticas dizem que estamos muito aquém de outros países europeus. Temos espaço para conceitos e para mais redes. Os outros países olham para nós como potencial de negócio. Certamente que vão chegar vários conceitos oficinais”. Raquel Marinho, recordou, contudo, que nem todos terão lugar. “Criar uma rede não é apenas colar um autocolante à porta. Acredito que as redes vão crescer e que nem todos vão ficar”. No nosso país, 80% das pequenas empresas “fecham ao fim de cinco anos”, avisou.
José Miguel Ibañez, adjunto de direção do Grupo CGA tem uma visão semelhante sobre a realidade do setor aftermarket em Espanha. “A rede facilita todo o processo de integração de uma oficina independente. Com o tempo, estas ficarão mais desfasadas se não aderirem a uma rede”, começou por dizer, realçando o facto de ser mais difícil a um reparador independente responder a questões relacionadas com as garantias do que uma casa integrada numa rede. “As oficinas percebem o conceito, mas questionam se isso lhes traz mais trabalho. É essa a questão que elas colocam. Estar integrado
numa rede permite às oficinas ter acesso facilitado a novas ferramentas. Em Espanha, a situação é diversa. Existem oficinas que não cumprem os requisitos estipulados pela rede. É preciso filtrar”, alertou. Do que José Miguel Ibañez não tem dúvidas é que na atual (e futura) conjuntura, é “muito complicado” estar fora da estrutura de apoio. “A rede facilita todo o processo de suportes técnicos e formação. A oficina independente não está em rede e continua a trabalhar, mas será cada vez mais complexo continuar a fazê-lo”, rematou o subdiretor do Grupo CGA.
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Destaque
7.° Painel: TIC no pós-venda automóvel – Novas formas de comunicação das oficinas (Internet e Redes Sociais)
Javier Gómez, Co-fundador e CEO do portal www.reparamiauto.com
Filipe Teixeira, Diretor de Projetos da ANECRA
“O portal do automóvel é uma iniciativa pioneira da ANECRA”
Filipe Teixeira, diretor de projetos da ANECRA, foi quem abriu as hostilidades no 7.° Painel: “Efetivamente, tem havido uma utilização crescente por parte dos utilizadores da Internet. Na área das oficinas, temos duas realidades distintas. Uma tem a ver com a utilização, digamos, B2B. Uma parte das oficinas que trabalha sobretudo com grandes clientes (gestoras de frotas; seguradoras) tem de utilizar determinadas ferramentas para o poder fazer e, portanto, há uma utilização maior da Internet. A outra, que está muito pouco explorada, tem a ver com a utilização na vertente B2C. Uma estatística recente revela que apenas 20% das empresas têm um site próprio. Existe aqui uma oportunidade de negócio mas, ao mesmo tempo, também uma carência para ser explorada.” O diretor de projetos da ANECRA prosseguiu dizendo: “Se olharmos para as estatísticas, vemos que mais de metade dos portugueses utiliza a Internet e quase Abril I 2014
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metade utiliza-a numa base diária. E no que ao Facebook diz respeito, Portugal tem cerca de 45% de utilizadores face à população. Uma estatística norte-americana muito recente compara o tempo que é gasto com a Internet com o que é gasto a ver televisão. De 2012 para 2013, a Internet passou para o primeiro lugar tendo ganho quase uma hora por dia à televisão. Por cá, os números não serão muito diferentes. A utilização da Internet, seja para comunicar ou para comprar, é feita também através dos smartphones. Sendo a Internet incontornável, o que devem, então, as empresas fazer? Devem ter um site próprio. No caso das oficinas, devem estar inseridas num portal que lhes dê visibilidade. Se já estiverem, podem e devem utilizar as redes sociais, que têm um papel muito significativo na fidelização e na criação de uma ligação quase afetiva com os clientes. Mas um dos desafios tem a ver com a rapidez de resposta. O portal do automóvel é uma iniciativa pioneira da ANECRA, que põe, pela primeira vez, à disposição dos seus associados e das empresas do setor uma ferramenta para angariar clientes. É um projeto que não é só da ANECRA. Resulta de uma parceira com a Izmocars e assenta em dois pilares essenciais: o portal do automóvel e os sites individuais de cada empresa do setor automóvel. A missão é fazer o cliente vir e regressar à oficina. Como? Atraindo-o onde ele está (na Internet) e oferecendo-lhe um bom serviço, antecipando as suas necessidades e dando-lhe o que ele precisa. É neste sentido que aparece o portal do automóvel, que está direcionado para o consumidor final. Dá informação e promove o negócio.”
“44% das consultas ao nosso portal fazem-se através de smartphones” O co-fundador e CEO do portal do portal www.reparamiauto.com, Javier Gómez começou a sua intervenção frisando que “o trabalho que temos feito é explicar e evangelizar a importância de estar presente na Internet. Dados do
Google Espanha indicam que existe uma grande consulta online por parte dos proprietários de veículos antes de estes se deslocarem às oficinas: 1 em cada 4. Nos últimos anos, multiplicaram por seis as pesquisas na Internet antes de ocorrerem as deslocações às oficinas propriamente ditas. É preciso fazer um estudo de mercado e saber na região onde está situada a oficina, a quantas pessoas é preciso chegar. Depois, é preciso ter boa formação e dispor de um bom parceiro. Não é necessário ter um mega-site. Podem ser dados pequenos passos. Como estar presente no Google maps ou fazer parte de um diretório. O conceito do portal www.reparamiauto.com é muito semelhante ao do portal do automóvel da ANECRA. Há muita concorrência, por isso é preciso que as oficinas estejam presentes em todas as frentes. E o cliente poupa dinheiro, uma vez que pode pedir orçamentos em função daquilo que está a ver. Criam-se oportunidades de negócio que podem ser, depois, concretizadas ou não. É uma mudança importante, mas é uma longa maratona à qual temos de ir introduzindo conceitos. No portal www.reparamiauto.com, existe um dado que atesta bem a importância que desempenha a Internet consultada através dos smartphones: 44% das consultas ao nosso portal são feitas através de smartphones, quando há pouco tempo eram apenas 8%. A Internet é um mundo onde existem muitas oportunidades. Mas penso que, por enquanto, estamos ainda a ver a ponto do iceberg. Quando começámos, as coisas estavam muito primárias. Hoje, existem 18 diretórios e temos vários investimentos.”
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8.° Painel: Informação técnica para oficinas multimarca independentes
Pedro Barros, Diretor-Geral da Tips4y
“O futuro do acesso à informação depende da legislação” O 8.° Painel do dia foi subordinado à informação técnica para as oficinas multimarca independentes. Pedro Barros, diretor-geral da Tips4Y, recorreu a um exemplo para ilustrar o seu ponto de vista sobre a evolução desta área. “Um VW Golf de 1992 tinha cerca de 50 páginas de informação técnica. Os de hoje dispõem de 3100 páginas! Em 20 anos, crescemos 26 milhões de páginas de informação
técnica. E temos muitos mais modelos e versões do que há duas décadas”. O problema atual, na sua opinião, “não está tanto no acesso à informação, uma vez que existem várias formas de poder aceder a ela”, referiu. O responsável da Tips4Y descreveu a informação técnica como parte de um processo. “Um meio que permite atingir um fim. Ter um parceiro tecnológico é fundamental”. Segundo adiantou, “a telemática é uma rede de comunicação sem fios, ainda que não saibamos os protocolos”. Pedro Barros acredita ainda que “o futuro do acesso à informação não depende de nós, mas da legislação. O que dependerá de nós será a escolha de um parceiro técnico”. Por outras palavras, “a informação técnica não serve apenas para a reparação. Se conseguirmos cruzar os dados técnicos e integrá-los num sistema de gestão oficinal, conseguiremos criar um perfil para o veículo, avisá-los da reparação e saber que peças necessitaremos de utilizar”, explicou Pedro Barros.
Francesc Creus, Diretor-Geral da Autotecnic 2000
“As novas tecnologias não são assustadoras”
Para Francesc Creus, o mais “importante é a oficina saber como fazer essa gestão da informação e não tanto como pode ter acesso a ela”. O diretor-geral da Autotecnic 2000 defendeu que a formação devia ser “mais focada na qualificação do técnico. A principal qualificação deverá passar pelo conhecimento dos métodos a usar e dos mapas de diagnóstico, para poupar tempo e para que a reparação seja a mais eficaz possível. Estar integrada numa rede permite à oficina dispor dessa infor-
mação”, garantiu. Para o responsável da empresa espanhola, esta área das novas tecnologias “não assusta”. Porquê? Porque “a resposta que chegou foi facilitadora. Aquilo que parecia um monstro horroroso, afinal revelou-se mansinho. Temos tempo para poder investigar e analisar na altura em que essa informação for disponibilizada às oficinas. Aquilo que é fundamental é fazer parte de um parceiro tecnológico que nos dê feedback e seja conhecedor dessa informação”, disse.
9.° Painel: O futuro do Aftermarket IAM em Portugal e Espanha
Dário Afonso, Diretor Geral da ACM
“O mercado espanhol vale cinco a sete vezes mais do que o português”
O derradeiro painel do Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014 teve Dário Afonso como um dos protagonistas. O diretor geral da ACM começou por referir que “muitas vezes, minimiza-se o mercado ibérico, mas ele não é assim tão pequeno: vale 10% do universo de 35 países europeus. A nível dos distribuidores, entre Portugal e Espanha, estamos a falar de realidades diferentes, uma vez que os mercados são distintos. O espanhol vale cinco a sete vezes mais do que o português. Os maiores distribuidores nacionais inseridos no top 10 apresentam uma faturação abaixo dos 40 milhões de euros. Em Espanha, as 10 maiores empresas de distribuição faturam, cada uma, acima de 50 milhões de euros.”
Outro dos temas abordados por Dário Afonso foi o associativismo: “Em Espanha, é muito mais forte e, na maioria dos casos, funciona. Em Portugal, infelizmente, o associativismo, muitas vezes, não funciona. As questões culturais são apenas uma das explicações.” Muitas foram as diferenças entre os mercados português e espanhol apontadas pelo diretor geral da ACM: “O excesso da oferta é uma questão transversal aos dois mercados. Em Espanha, existe uma menor focalização nas peças originais do que em Portugal. Nós por cá, somos peculiares face ao que existe no resto da Europa. O “Aftermarket Goes Online”, que acaba por ser o mote deste simpósio, traduz-se numa oportunidade para ambos os países. Já no que à venda de peças originais para o mercado independente diz respeito, ela está claramente a crescer em toda a Europa. Na questão das peças usadas, léxico que todos nós usaremos na próxima década, vamos passar a chamá-las reutilizáveis. Assim como reconstruídas, algo que, do ponto de vista da legislação comunitária, trará algumas novidades bastante interessantes.”
Helmut Wolk, CEO da Wolk After Sales Experts
“É preciso pensar “fora da caixa” sobre o aftermarket”
O orador que abriu o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2014, foi o mesmo que o fechou. O CEO da Wolk After Sales Experts foi um dos intervenientes no 9.° (e último) painel. Numa espécie de best of, Helmut Wolk fez um périplo pelo aftermarket de vários países europeus, tendo aprofundado explicações e abordado exemplos de sucesso. Sobre a ameaça dos grandes grupos de distribuição para os mercados da Península Ibérica, Helmut Wolk fez questão de referir que “os principais distribuidores dirigem-se para a Europa Central e para o sudeste europeu. Se, no caso dos da Polónia, Estados Unidos da América, Reino Unido e Holanda, poderemos esperar algum tipo de ame-
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aça, já no que diz respeito aos da Alemanha e Suíça, não é muito provável que queiram deslocar-se para cá. Menos perigoso a médio prazo seriam, por exemplo, os da Rússia, França e Itália. Creio que os principais distribuidores da Europa Central não representarão qualquer perigo para o mercado ibérico. Mas convém começarmos a pensar fora da caixa. É esta a principal mensagem que queria deixar-vos no encerramento deste simpósio: pensar de forma não convencional. Debater novos conceitos e desafios com colegas, amigos e consultores. Será a melhor forma de nos apercebermos das oportunidades e de seguir as novas tendências ibéricas.”
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Reportagem
Jornal das Of icinas REVISTA DOS
PNEUS
1º Workshop JO 2014 › Com a participação de cerca de 40 responsáveis de oficinas e casas de peças, o 1º Workshop Jornal das Oficinas 2014 foi um grande sucesso, tendo cumprido todos os objetivos anunciados
Novos modelos de negócios
O
Ao lado das oficinas
1º Workshop JO 2014 realizou-se no passado mês de fevereiro, no Porto, e insere-se numa série de 4 Workshops que o JORNAL DAS OFICINAS está a realizar este ano, de norte a sul do país. Dário Afonso e Jorge Cancella de Abreu foram os formadores responsáveis pela apresentação dos diversos temas que estavam incluídos no programa do Workshop “Gestão Estratégica e Operacional do seu negócio”. Mercado; Cliente; Recursos Humanos e Organização, foram os temas centrais desenvolvidos pelos formadores e debatidos num modelo de grande interatividade com os participantes, em que estes tiveram de realizar alguns trabalhos de reflexão estratégica. No final, cada participante levou consigo o seu Plano de Ação pessoal. “O negócio da reparação automóvel continua a ser um negócio de serviços técnicos e as pessoas continuam a fazer toda a diferença no ramo dos Serviços”, disse Dário Afonso na sua intervenção. “Numa equipa há sempre quem se esforce mais que outros e quem se esforça, se não lhe for reconhecido tal esforço, ao fim de algum tempo desiste e passa a fazer tanto como os outros que não se esforçavam. Quem perde é a organização que passa a nivelar por baixo”, concluiu Dário Afonso. Sobre a situação atual do mercado pós-venda, os formadores Jorge Cancella de Abreu e Dário Afonso foram unânimes a afirmar que: “Os maiores desafios que os gestores enfrentarão nos próximos tempos é a necessidade de Mudança. Se por vezes a dificuldade da Mudança começa pelo próprio gestor, ela torna-se mais difícil ainda, ou quase impossível,
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Durante um dia, cerca de 40 profissionais do setor pós-venda asssitiram ao 1º Workshop JO sobre “Gestão Estratégica e Operacional do seu Negócio”
m ições e e inscr o ã ç a m inform tosap.co
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Próximo Workshop é no dia 6 junho 2014 Hotel Dona Inês – Coimbra
● O próximo Workshop JORNAL DAS OFICINAS vai realizar-se no dia 6 de Junho, no Hotel D. Inês, em Coimbra, e as inscrição podem ser feitas on-line no site www.eventosap.com A exemplo do que aconteceu no 1º Workshop realizado no Porto, este 2º Workshop será também bastante interativo tendo os participantes de realizar alguns trabalhos de reflexão estratégica, sempre com a ajuda e colaboração dos formadores Dário Afonso e Jorge Cancella de Abreu. No final, cada participante levará consigo o seu Plano de Ação pessoal. Não perca a oportunidade de saber o que está a acontecer
no seu mercado, quais as alterações e tendências, e que implicações podem ter no seu negócio; O que valorizam os Clientes e qual deverá ser a resposta para ganhar mais clientes e fidelizar os atuais; Como deve preparar a sua equipa para o Processo de Melhoria Contínua e melhorar o relacionamento e serviços aos clientes; e ainda, quais as necessidades de adaptação na sua organização, para responder às mudanças no mercado e nos clientes. Estes Workshops ajudarão, também, à necessária mudança das atitudes e comportamentos das pessoas. Contamos consigo para mais um evento inovador do Jornal das Oficinas.
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se os colaboradores de uma empresa não estiverem preparados para a mudança. Mudar não é uma opção mas sim uma necessidade de sobrevivência”. Relativamente às relações com os clientes “a oficina tem de demonstrar um conhecimento profundo dos produtos no mercado e acreditar no seu produto ou serviço. Esta sintonia cria uma autoconfiança e uma presença forte que inspira o cliente para a compra”, disse Jorge Cancella de Abreu. Com a realização destes Workshops, o JORNAL DAS OFICINAS pretende contribuir para aumentar os conhecimentos e competências dos operadores do aftermarket, facultando-lhes ferramentas que os ajudem a enfrentar com mais confiança e otimismo o futuro dos seus negócios Durante um dia, os participantes no Workshop tiveram oportunidade de ouvir os conselhos dos especialistas em matérias de importância vital para o sucesso das suas organizações, nomeadamente sobre o que está a acontecer no mercado, quais as alterações e tendências, o que valorizam os clientes e como preparar as equipas para um Processo de Melhoria Contínua. Foi também dado destaque à forte tendência do desenvolvimento online do aftermarket e da bipolarização dos produtos, assim como o abaixamento das margens que se tem verificado no nosso mercado e em toda a Europa, sem exceção. O Workshop contou com o patrocínio da SKF, Rino e Valvoline, que divulgaram novidades e ofereceram merchandising das marcas a todos os participantes.
Dário Afonso e Jorge Cancella de Abreu são os formadores responsáveis pela apresentação dos temas incluídos no programa
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Liqui Moly é marca de óleo preferida pelos alemães
Reunião DPAI - Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP
Em defesa do Aftermarket › Numa reunião conjunta da Comissão Executiva e das Comissões Especializadas da DPAI, realizada no passado mês de março na sede da ACAP, foram apresentadas as estratégias da Divisão para 2014
C
atarina Correia, Secretária Geral Adjunta da ACAP começou por apresentar o novo portal da ACAP, que agora está com um design mais moderno e uma informação mais completa e intuitiva das 12 divisões que atualmente compõe a Associação. Os associados têm acesso a conteúdos exclusivos, como a Legislação e os estudos de mercado, mas tudo o resto está disponível ao público em geral, que pode ter acesso às atividades da ACAP e a notícias atuais do setor automóvel. Aproveitando o lançamento do novo site da ACAP, que brevemente estará online, a DPAI apresentou um microsite onde irá divulgar as ações e projetos desenvolvidos pela Divisão. Pedro Antão, membro da Comissão Especializada de Fabricantes de Peças, explicou os objetivos do microsite: “Será uma ferramenta muito importante para dar informação útil aos associados e dinamizar a nova campanha de angariação de associados, que tem o lema “Não seja uma Peça Solta”. Seguiu-se a apresentação do Observatório do Setor, por Pedro Barros, Membro da Comissão Executiva da DPAI, que fez uma análise do setor das peças (retalhistas) e da reparação (oficinas), comparando a sua evolução
Paulo Luz, Diretor Geral da TCAgest
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Pedro Barros, Membro da Comissão Executiva ACAP
Catarina Correia, Secretária Geral Adjunta da ACAP apresentou o novo portal da Associação, que estará on-line a partir de meados deste mês de abril
Joaquim Candeias, Presidente da DPAI
Pedro Antão, Membro da Comissão Especializada de Fabricantes de Peças, apresentou o microsite DPAI, que pretende ser uma importante ferramenta de informação para os associados
de 2010 até 2013. No que diz respeito às peças, o Estudo apresentado revela que a tendência do mercado vai para a bipolarização dos segmentos de mercado (peças premium e low cost) sendo que as peças de valor intermédio têm cada vez mais um valor residual. No que diz respeito aos vários conceitos de reparação existentes no mercado, as oficinas independentes continuam a crescer, enquanto as oficinas de marca reduzem o número. Paulo Luz, diretor geral da TCAgest, fez um diagnóstico de apoio à gestão das empresas do setor aftermarket, alertando para o maior controlo das finanças, que através da e-fatura pode facilmente ter acesso ao stock da empresa. No que diz respeito à conceção de crédito, referiu que “os bancos definem como critérios fundamentais para a concessão de crédito: a rentabilidade das vendas; autonomia financeira e prazos de pagamento vs prazos de recebimento”. José Pires, Coordenador da Comissão Especializada de Distribuidores de Peças Independentes, fez o balanço da Campanha “Escolha o Melhor para Si” promovida pela DPAI no passado mês de janeiro 2014. “Tivemos um óptimo retorno em termos de notoriedade da mensagem que pretendemos divulgar. Foram distribuídas diversas peças informativas a cerca de 9000 operadores do sector, para que estes conheçam os seus direitos e também os do consumidor final que, para além do direito de escolha da oficina, pode manter e reparar o seu veículo, sem perder a garantia, de acordo com a legislação em vigor”, referiu este responsável. Uma das missões estratégicas da DPAI passa pelo reforço da comunicação junto dos diferentes públicos-alvo. As iniciativas em curso pretendem envolver os órgãos de comunicação social e todos os players do aftermarket neste processo de credibilização do canal independente, junto dos consumidor. A convergência em torno desta missão é evidente, pois a adesão das marcas passou de 12 da primeira campanha realizada no início de 2012, para 78 na segunda já este ano. Esta coesão do sector tem permitido uma atuação mais eficaz e resultados visíveis em termos de marketing.
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ContiTech renova website
Chave de impacto Facom sem fios
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Facom lançou a sua nova chave de impacto sem fios de 18V e 1/2 polegada, que permite aos profissionais dos sectores industriais e automóvel desenvolver uma série de operações sem a necessidade da ligação a uma tomada eléctrica ou a uma unidade de ar. Ideal para a substituição de rodas, e
para a manutenção em geral dos setores automóvel e industrial, a chave de impacto sem fios CL3.C18S da Facom é apresentada de forma completa numa caixa resistente, com 2 baterias de iões de lítio de 3.0 Ah e 18 volt, e um carregador rápido com indicadores de energia e de carga.
Landecar nomeado agente de Bernard Moteurs Fundada em 1920 por Auguste Bernard, a empresa Bernard Moteurs ganhou uma forte reputação pela qualidade de seus produtos e tem-se mantido fiel ao conceito durabilidade e confiabilidade. Hoje Bernard Moteurs é a único fabricante francês capaz de fornecer motores térmicos e grupos específicos para a indústria,
construção, agricultura e proteção civil. Além da ampla gama de opções, os motores Bernard são oferecidos em diferentes versões com standards SAE Europeus (motores Bernard ou italianos), assim como as versões específicas destinadas à substituição de antigas linhas de motor ou aplicações especiais. www.jornaldasoficinas.com
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TOPCAR ministra formação sobre veículos híbridos
Loja das Tintas reúne clientes
Olhar para o futuro › A Loja das Tintas, juntamente com o seu parceiro Spies Hecker, reuniu no passado mês de março, num hotel da Costa da Caparica, cerca de 40 clientes, para lhes falar das novas tendências do aftermarket em geral e apresentar a estratégia comercial da empresa para 2014
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ário Afonso, diretor geral da ACM – Auto Coach Management, foi o orador convidado para falar da evolução do setor pós-venda e das rápidas mudanças que se têm verificado,
graças à utilização das novas tecnologias de comunicação com o smartphone na linha da frente, que permite através dos QR Code um acesso imediato a toda a informação técnica de qualquer tipo
de produto, seja uma peça de mecânica ou uma tinta. “A utilização da Internet e das redes sociais para a oficina divulgar os seus serviços é hoje em dia imprescindível,
porque atualmente não é mais a oficina que procura o cliente, mas sim este que procura a oficina, principalmente através de pesquisa feita na internet. Por isso, se a oficina não tem uma presença na web, na prática não existe para a maioria nos novos consumidores”, disse Dário Afonso. Para este especialista do Aftermarket, outra grande tendência será o crescimento das peças usadas e reconstruídas, existindo já grandes investimentos de multinacionais dos EUA, que estão a entrar no mercado europeu a comprar empresas de desmantelamento de veículos e de reconstrução de componentes. A reunião terminou com uma intervenção de Manuel Monteiro, da Spies Hecker, que apresentou a nova estratégia da marca para este ano em Portugal. Bruno Pereira, sócio gerente da Loja das Tintas, fez um balanço positivo desta reunião de trabalho, referindo que “a Loja das Tintas sempre teve o hábito de reunir clientes para lhes mostrar as novas tendências do mercado pós-venda automóvel e esta reunião insere-se neste plano de ações, onde pretendemos dar mais competências aos nossos clientes e assim ajudá-los a rentabilizar os seus negócios e a diferenciarem-se da concorrência”.
Estrutura organizada
Dário Afonso, diretor geral da ACM fez uma análise da evolução do negócio das peças e das tintas
Bruno Pereira, sócio gerante da Loja das Tintas, diz que a empresa vai continuar a apostar nestas ações
Manuel Monteiro, da Spies Hecker, apresentou a nova estratégia da marca para Portugal
Cerca de 40 responsáveis de oficinas de colisão estiveram presentes nesta reunião da Loja das Tintas
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Com uma estrutura organizada que engloba 21 funcionários, a Loja de Tintas tem na repintura automóvel um dos seus grandes eixos de negócio, que representa, atualmente, entre 45 a 50% do seu volume de faturação. Dispondo de três estabelecimentos (Laranjeiro; Feijó e Évora) e vários parceiros de negócio, dos quais é fornecedora, a Loja de Tintas faz serviços de afinações à peça na repintura, que são efetuados no laboratório, e dá apoio em termos de colorística (identificação e reprodução de cor). Comercializa apenas marcas premium, como a 3M e Indasa (consumíveis), Festool (maquinaria; equipamentos) e Sata (pistolas). Detentora, desde 2004, da certificação ISO 9001 para a comercialização de tintas e vernizes, a Loja de Tintas disponibiliza serviços de crédito para clientes há já vários anos, e é PME Líder devido, à sua liquidez financeira. 2012 foi o melhor ano de sempre para a empresa, que atingiu uma faturação superior a um milhão de euros.
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Nexa Autocolor lança Paint Manager em Tablet
Opinião
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ARAN teve conhecimento que a GNR levou a cabo recentemente, a Operação Parafuso, na qual estiveram envolvidos 634 militares e que levantou 353 autos de contra-ordenação por infrações variadas. A ARAN não está, obviamente, contra medidas que promovam o cumprimento da lei. Contudo, condena que as autoridades efetuem inspeções como aquela sem, antes, vigiarem as muitas entidades que laboram à porta fechada, as quais engros-
Catherine Chatellard, Diretora de Marketing ContiTech
“Temos um alto nível de lealdade e compromisso” › Neste início de ano, a ContiTech lançou um catálogo de equivalências, reunindo pela primeira vez todos os produtos num só registo, desde correias de transmissão, passando por kits e outros componentes, inovando de novo
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ContiTech obteve um aumento de vendas em Portugal no ano passado, dando assim um passo importante no mercado, com crescente confiança dos seus parceiros e alcançando um crescimento estável, em tempo de crise. A marca começou o ano com uma reformulação do seu web site, tendo em vista proporcionar mais informação técnica aos seus clientes. Irá também lançar novos kits de reparação com bomba de água e alargar a comunicação com as oficinas, via flyers e posters. Temos a intenção de estar mais presentes em Portugal, desenvolvendo ações comuns com os nossos clientes. Também estamos mais presentes com mais novidades e notícias técnicas dirigidas a oficinas, para melhorar o nível dos seus conhecimentos e ajudá-las no seu trabalho diário. A Internet e as redes sociais são boas ferramentas para chegar a certo tipo de pessoas e a tendência crescerá nos próximos anos, razão pela qual teremos que estar presentes também nessas plataformas. Para este ano de 2014 temos
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boas perspetivas de crescimento, sempre mantendo a qualidade Premium, dando a imagem da tecnicidade dos nossos produtos, com um elevado desenvolvimento tecnológico. O Aftermarket em Portugal é um sector muito diversificado e com muitas marcas, para atender à dimensão e características do parque automóvel. A maior parte das empresas estão bem organizadas e possuem um alto nível de compreensão do seu negócio. O mercado pós-venda em Portugal representa 20% do nosso volume de negócio a nível ibérico e tem uma elevada quota de mercado no país, com um alto nível de lealdade e compromisso, boa imagem e percepção em termos de valor por qualidade e confiável. Trabalhamos com vários distribuidores que gozam de um crescimento constante, que é para continuar. Têm também um excelente comportamento no que se refere a pagamentos. Por tudo isto, prevemos um futuro positivo e em constante adaptação à situação presente e sua evolução.
Operação Parafuso sam a lista de operadores da economia paralela. São conhecidas as grandes dificuldade por que as oficinas portuguesas passam no presente. Além da crise, um dos fatores para essas dificuldades é a concorrência desleal dessa economia paralela. Por isso é que a ARAN defende que, antes de fazer operações como esta, as autoridades portuguesas devem combater as oficinas que trabalham à porta fechada, sem cumprirem quaisquer regras fiscais ou ambientais.
mega macs PC inova no diagnóstico O mega macs PC é a primeira solução de software da Hella Gutmann Solutions que transforma o PC da oficina num poderoso módulo de serviço. Ideal para pequenas oficinas, o mega macs PC permite programar sensores, repor valores e ligar ou desligar sistemas. A consulta remota a todos os aparelhos de comando é igualmente possível com o mega macs PC, sem quaisquer problemas, como a leitura e eliminação de códigos de erro ou a realização de reposições de serviço. O mega macs PC possibilita a comunicação sem fios entre o veículo e o
PC da oficina, dentro de um raio de ação até 50 metros. A atualização do software é feita através de uma pen que descarrega o programa para o computador e o diagnóstico é feito diretamente pela ficha OBD. No âmbito da Campanha do 40.º Aniversário da FM Equipamentos, o novo mega macs PC pode ser adquirido pelo preço de 1.800,00 Euros + IVA. Para mais informações sobre esta Campanha pode entrar em contacto com Fernando Marques para o telemóvel: 917 213 877 E-mail: info@fm-equipamentos.com
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ELF lança nova gama de lubrificantes Evolution
Campanha “Primavera eni 2014” ● A Sintética iniciou a promoção “Primavera eni 2014” com a oferta de alguns brindes. Entre março e maio de 2014, através da compra dos lubrificantes eni de base sintética e semi-sintética, a oficina pode ganhar excelentes artigos de merchandising. Assim, na compra de 200 litros de óleo sintético, oferta de um polo preto e um porta chaves. Na compra de 200 litros de óleo semi-sintético, a oferta é uma T-shirt branca.
UFI recomenda substituição filtro habitáculo A principal missão do filtro de habitáculo é proteger-nos da contaminação (pó, partículas, bactérias, pólen, etc.) que quotidianamente, e sem que nos apercebamos, respiramos no interior da nossa viatura. Estas micropartículas são uma das causas do aumento de alergias e outros tipos de patologias respiratórias. Por essa razão, a UFI FILTERS recomenda a substituição deste elemento
filtrante para garantir o bem estar e a saúde do condutor e dos seus acompanhantes. Os filtros de habitáculo da UFI FILTERS garantem uma retenção média das partículas superior a 90%, quando falamos de partículas superiores a 3 micras de diâmetro (pólen), sintéticos, ou entre 0,01 e 2 micras, carbono ativo, o que proporciona uma atmosfera melhor no interior do carro.
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Museu Caramulo abre oficinas a proprietários
Opinião Luca Finetto, Diretor Geral da Japanparts
“Continuamos a procurar um bom agente para Portugal” › O investimento mais proveitoso da Japanparts foi no centro logístico, que tem melhorado o nível de serviço todos os anos. Atualmente está a preparar pedidos a 24 horas ou 48 horas no máximo e a taxa de erros no ano passado foi apenas de 0,004%. Em termos globais, a Japanparts cresceu 10% em 2013. Só no mercado português cresceu 25%.
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pós mais de 10 anos, decidimos investir novamente em publicações especializadas. É natural que em 2014 os profissionais do aftermarket vejam grande quantidade de anúncios da Japanparts. No nosso catálogo online estamos a receber 7.000 entradas por dia. Desde que chegaram a Internet e as redes sociais, tudo anda mais rápido do que nunca. É por essa razão que insistimos com os nossos clientes para descarregarem catálogos atualizados em vez ficarem à espera da versão impressa. Mesmo assim, os velhos hábitos são difíceis de quebrar e é por essa razão que em 2014 decidimos investir mais em publicações do pós-venda, para os que ainda não se acostumaram à era digital. Efetivamente, decidimos estar presentes nas 10 melhores publicações do pós-venda da Europa.
Apesar da crise em que está mergulhado, o sector pós-venda em Portugal mantém-se como um dos mais satisfatórios em que estamos a vender e a cada ano que passa, torna-se mais atrativo para o nosso negócio. Para a nossa empresa, é um dos países Top 10 em termos de vendas. Numa escala de 1 a 10, eu atribuiria uma performance de 7, para a performance da Japanparts no mercado português, o que significa que ainda existe margem para melhorar. Os nossos distribuidores portugueses mantêm-nos informados da situação do mercado. Como não temos filiais fora de Itália, temos que nos manter bem informados de todas as situações no terreno. Mesmo assim, ainda continuamos a procurar um bom agente da marca para Portugal, que nos ajude nesse tipo de análises.
Glassdrive em Ponte de Sor
Alea lança kits de reparação ● Com uma oferta inicial de 36 referências, que serão brevemente alargadas a mais aplicações, o portefólio que compõe esta gama da Alea vai desde os jogos de cavilhas, jogos de resguardos, jogos de juntas, jogos de rolamentos, tampas, reguladores, suportes, entre outros. Aplicações em calipers de travão Knorr-Bremse, Wabco, Meritor, Haldex, com excelente relação qualidade/preço. Com este lançamento pretende-se proporcionar aos clientes que preventivamente reparam calipers, uma solução eficaz e o mais competitiva possível. Alea é uma marca distribuída em exclusivo pela Civiparts.
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NewCar abre novo centro no Lumiar A Newcar empresa especializada na substituição e reparação de vidros automóveis, continua a sua estratégia de expansão e consolidação da sua cobertura geográfica com a melhoria da cobertura da cidade de Lisboa. Recentemente foi aberto o centro de Lisboa – Lumiar, permitindo desta forma melhorar a cobertura e a oferta de todos
A Glassdrive Ponte de Sor mudou de instalações literalmente para o outro lado da rua. Esta expressão pode parecer pouco elegante mas é a que descreve melhor a realidade. De facto, este centro mudou a sua localização para um pavilhão situado num moderno complexo industrial situado precisamente diante do antigo centro. Com instalações modelares enquadradas numa área de 350 metros quadrados, a simpatia no atendimento e a rapidez no serviço que sempre foram as marcas de excelência do centro Glassdrive Ponte de Sor vão-se manter, proporcionando assim um serviço de qualidade a todos os clientes.
os serviços em Lisboa. Os serviços prestados por estes centros não se restringem apenas a estas localidades, mas sim a todas as zonas circundantes através de uma cobertura personalizada em que unidades móveis especializadas se deslocam a casa ou ao local de trabalho do cliente, para a realização do serviço pretendido. www.jornaldasoficinas.com
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Bragalis promove cruzeiro para clientes
Bragalis realizou entre os dias 28 de fevereiro e 9 de março a sua 7ª Viagem de Incentivo que juntou 94 pessoas, representantes de cerca de 50 clientes, no Cruzeiro Norwegian Getaway, com estadia e partida de Miami (USA) e visita às ilhas de St. Martin (Antilhas Holandesas), St. Thomas (Ilhas Virgens Americanas) e Nassau (Bahamas), numa duração de 10 dias/8 noites. Esta 7ª Viagem de Incentivo aos principais clientes,
foi partilhada por todos com grande espectativa e animação, aproveitando para, além de premiar o envolvimento comercial com a empresa, estreitar o conhecimento pessoal com todos os nossos principais clientes. A Bragalis vai manter durante o ano 2014 este incentivo aos seus clientes, estando já a preparar a 8ª Viagem/Férias, que será realizada realizaremos no início de 2015 para mais um destino exótico e de grande qualidade.
Catálogos amortecedores TRW A TRW acaba de lançar dois novos catálogos europeus para apoiar o seu programa de amortecedores, tanto para veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros, como para veículos pesados. O catálogo para veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros inclui 2.528 referências de peças, que incluem 60 fabricantes de veículos e mais do que 14.000 aplicações; sete linhas de produto: amortecedores, esferas hidráulicas, molas helicoidais e kits de montagem diversos; e seis seções, incluindo “buyer’s guide” ilustrados tanto para amor-
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tecedores como para molas helicoidais, instruções de montagem úteis e códigos de cor comparáveis ao equipamento original para as molas helicoidais. Por sua vez, o catálogo de amortecedores TRW Proequip para veículos pesados contém 580 referências de peças, que incluem 98 fabricantes de veículos e 3.278 aplicações; três linhas de produto: amortecedores, amortecedores de cabina e foles de suspensão da cabina; e cinco secções fáceis de navegar incluindo: imagens; equivalências TRW para Equipamento Original e vice-versa.
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VDO sorteia 60 Smartphones Samsung Galaxy
Rede TOP TRUCK inicia plano de formação
Opinião Miguel Portolés, Diretor Vendas Denso Iberia
“Vamos alargar a nossa base de clientes”
› A Denso Aftermarket Iberia foi constituída há três anos e está em Portugal há pouco mais de um ano. A prioridade é consolidar a rede de distribuição e ajudar os distribuidores a escoarem os produtos, com iniciativas orientadas para oficinas.
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ano 2013 foi muito bom para a Denso Iberia, com a introdução de todos os produtos não térmicos e o lançamento da Denso Aftermarket Ibéria em Portugal. Este ano pretendemos aumentar a cobertura de várias linhas de produto, o que nos dará mais competitividade e aos nossos distribuidores também. Após três anos de atividade, já temos alguns parceiros distribuidores em vários pontos e que investiram em stocks. Agora é tempo de os ajudar a escoar os produtos, com iniciativas orientadas para oficinas. Tal como em 2013, esperamos aumentar de forma significativa o nosso volume de negócios em ambos os mercados. Vamos alargar a nossa base de clientes e ajudar os que estão já connosco a aumentar as vendas dos nossos produtos. O pós-venda português é muito proactivo, com uma filosofia de importadores habituados a encon-
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Nos dias 25 e 26 de Fevereiro a Rede TOP TRUCK reuniu-se em Lisboa para iniciar o seu plano formativo de 2014 com uma formação intensiva em caixas automáticas. Durante dois dias, os 12 formandos puderam não só aprofundar a configuração eletrónica deste tipo de caixas de velocidades bem como estudar a desmontagem e montagem de uma caixa especialmente preparada para o efeito e disponi-
trar um fornecedor onde quer que seja e com um foco muito claro no serviço aos seus clientes. Para nós, Portugal é um mercado chave, razão pela qual a Denso decidiu abrir instalações no local, para servir o mercado pelo que vale. O nosso projeto ainda está numa fase inicial, apenas com um ano de experiência. Mesmo assim, arrancámos muito bem. Após termos encontrado alguns parceiros para os nossos produtos, agora é tempo de desenvolver as vendas através deles. Estamos preparados para lhes dar todo o apoio em todas as áreas a fim de atingirmos as nossas metas. Como a nossa oferta é basicamente composta por produtos muito técnicos, encontrámos a distribuição certa para cada linha de produto, com distribuidores que têm o grau adequado de especialização e são capazes de transmitir o nosso conhecimento técnico aos seus clientes.
bilizada em exclusivo pela Rede Top Truck aos seus técnicos. Apesar do foco principal ter sido o comando e controlo eletrónico, a construção e robustez de toda a parte mecânica foram também alvo de uma análise cuidada. O feedback final dos participantes foi altamente positivo, destacando a rara e exclusiva oportunidade de estudar – in-loco – um componente desta dimensão e complexidade.
Lubrificante Fuchs com especificação de pesados
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Fuchs lançou recentemente mais um produto destinado ao segmento dos veículos pesados, o Titan Cargo LD3 SAE 10W-40, especialmente desenvolvido para os motores EURO 6 e com a aprovação oficial SCANIA LDF 3. Para além desta aprovação, este produto acaba de obter mais duas também oficiais: a MB-APPROVAL 228.5 e a MAN 3277, tornando-se numa boa opção de racionalização numa frota diversificada. Cumpre ainda as especificações ACEA E7 e ACEA E4. O Titan Cargo LD3 SAE 10W-40 é um óleo de motor de muito elevada performance, que permite intervalos alargados de mudança e proporciona uma efetiva redução no consumo do combustível.
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Delphi lança catálogo de Ar Condicionado
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Prof issionalismo e dedicação › Especializada na comercialização de peças para veículos pesados, a Motorbus – Bus & Truck nasceu em 1995. Profissionalismo e dedicação são os seus grandes alicerces Disso mesmo deram-nos conta os responsáveis da Motorbus: “A renovação do estatuto de PME Excelência de que fomos alvo, para nós, não é novidade. Significa simplesmente que o mercado está mais atento à Motorbus. Mas a nossa identidade e cultura mantêm-se.” As novas tecnologias desempenham, hoje, um papel preponderante no setor de atividade da Motorbus. “É importante quer na forma como comunicamos com o exterior quer também na busca de novos clientes e mercados”, afiançam os responsáveis da empresa.
S
ediada em Canelas, Vila Nova de Gaia, a Motorbus comercializa, há mais de 18 anos, peças para veículos pesados. E é, atualmente, um dos players incontornáveis deste setor. O crescimento que tem registado deve-se às boas fundações de que dispõe, que assentam em alicerces construídos em cima de terreno sólido. E como isso é importante nos tempos que correm... Cliente acima de tudo Os bons resultados não aparecem sem profissionalismo e dedicação. Para a
Motorbus, o cliente está acima de tudo e é ele a razão da sua existência. Mas tanto ou mais importante do que vender, é fidelizar o cliente. E tal só se consegue com seriedade, competitividade, boas práticas e assistência pós-venda. Depois, existem outros fatores de extrema importância, estando estes presentes no ADN da Motorbus: melhor atendimento ao cliente; fornecimento de peças na hora; qualidade ao melhor preço. Por isso, não é de estranhar a renovação do estatuto de PME Excelência que foi atribuído a esta empresa.
Portfólio aumentado O que, para muitos, foi um ano para esquecer, para a Motorbus passou-se precisamente o inverso. O ano de 2013 deixou, por isso, boas recordações para esta empresa. Para além de ter aumentado o seu volume de faturação, o que, por si só, já é um motivo de orgulho e satisfação, a Motorbus passou a ser distribuidora das marcas Wabco, Meritor e Valeo, que se juntam a tantas outras que fazem parte do grande portfólio da empresa. A Motorbus comercializa inúmeras peças para veículos pesados, estando estas divididas pelas seguintes categorias: motor; embraiagem; direção; travões; suspensão; sistema elétrico;
diferencial; caixa de velocidades; combustível/escape; lubrificação/filtros; transmissão; refrigeração; cabine; compressor. Depois, dentro de cada categoria, existem as respetivas marcas. Atente-se no que disseram os responsáveis da empresa: “O ano de 2013 foi particularmente positivo, pois passámos a ser distribuidores das marcas Wabco, Meritor e Valeo, o que para nós é fundamental, pois permite-nos oferecer aos nossos clientes o melhor produto, ou seja, o produto original a um preço mais reduzido. O resto vem por acréscimo.” Mesma receita Para este ano de 2014, a Motorbus pretende manter a mesma receita. Por outras palavras, continuará a apostar nos valores que regem a sua atividade. Uma espécie de “em equipa que ganha, não se mexe”, portanto. Segundo os responsáveis da empresa, “a aposta é a mesma: continuar a merecer a confiança das marcas de referência e fazer um trabalho rigoroso, árduo e bastante responsável.” Estão, pois, reunidas todas as condições para que 2014 possa ser um ano de crescimento sustentado para a Motorbus. Um dos grandes desafios será, inegavelmente, manter o estatuto de PME Excelência. Ano após ano. É preciso trabalho, boa gestão e, claro, a confiança dos clientes. Esta distinção, que pode ser encarada como um prémio, não afetará a forma da Motorbus estar no mercado nem alterará os seus princípios.
Motorbus - Bus & Truck Rua Monte de Além, 70-90 4410 - 268 Canelas - V.N. Gaia I Administradores: Óscar Pereira, Joel Lebre e Pedro Lebre I Telefone: 227 300 230 I Fax: 227 533 066 I Email: motorbus@motorbus.pt I Site: www.motorbus.pt
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Krautli lança kits para montagem de turbos PSA Aditivos Liqui Moly para caixa velocidades
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m caso de problemas de transmissão, a Liqui Moly recomenda a utilização rápida de aditivos. Não são agentes milagrosos capazes de reparar danos mecânicos graves, mas são instrumentos químicos que têm a vantagem de custar pouco, levando, muitas vezes, a bons resultados. A Liqui Moly tem tido uma boa experiência com o seguinte procedimento: se se deparar com mudanças difíceis de velocidade, temperatura elevada ou ruído excessivo, não vale a pena perder tempo em diagnósticos detalhados e resoluções de problemas. Comece imediatamente a usar um aditivo adequado para óleo de transmissão. Muitas vezes, basta isto para solucionar o problema. Os custos de material para o aditivo são mínimos, e o tempo exigido em termos de utilização é, também ele, reduzido.
Retificação ● No Destacável “Redes de Ofici-
nas” publicado na edição Nº 100 do JORNAL DAS OFICINAS, foram referidos alguns dados que não estão corretos. Os Centros-auto Roady estavam classificados na tabela, como “Oficina Multimarca”, no entanto, os Centros-auto Roady, enquadram-se em termos de conceito, como o nome indica, em “Centros-auto”. Esta rede de oficinas está presente no mercado português há 15 anos e não há 11 como mencionado. O primeiro Centro-auto Roady em Portugal foi o Roady de Almada e não o de Leiria. Atualmente conta com 31 centros-auto. Na categoria Pintura, a foto que ilustra o texto sobre a Rede de Oficinas Identica, não está correta, uma vez que a Auto Reparadora do Casal, Lda. já não pertence a esta rede. Pedimos desculpa às empresas mencionadas pelos erros ocorridos.
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Catálogos Mann-Filter 2014/2015 já disponíveis
Nova solução SIKA para vidros
Opinião Salvador Grima,
● Com o objetivo de alargar a sua oferta na indús-
Diretor vendas Ibérico Gates
“A Gates está bem estabelecida e reconhecida pelos clientes” › Com sede em Denver, Colorado, a Gates emprega mais de 14.000 trabalhadores em 106 fabricas distribuídos por 30 países no mundo. Na Europa, a marca está bem estabelecida e tem uma boa quota de mercado. Em Portugal, a Gates consolidou-se através dos anos e é bem reconhecida pelos seus clientes.
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mercado português está a tornar-se gradualmente mais profissional, especialmente as oficinas, embora haja excesso de marcas. Por outro lado, o pós-venda depende muito da situação financeira e económica do país e o ano de 2012 foi mau por isso mesmo. O ano de 2013 já foi melhor e para 2014 espera-se um bom ano no pós-venda português. Os clientes focam-se cada vez mais em duas ou três marcas nas suas lojas, em vez de terem muitas marcas. A concentração numa só marca constitui uma evolução muito importante. Em Portugal, como em Espanha, a origem começou a vender diretamente às oficinas. O pós-venda independente deve reagir muito rapidamente para se manter competitivo, especialmente na regulação dos preços. O mercado português é uma parte importante do negócio da Gates. Há espaço para crescer e nós continuaremos a crescer, oferecendo o melhor aos nossos clientes e introduzindo novos produtos. O ano de 2013 foi um grande ano para a Gates no mercado português. A marca está bem estabelecida e reconhecida pelos clientes e isso foi reforçado durante o ano que passou. Formação técnica, pequenas demonstrações locais e a presença em publi-
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cações da especialidade tornaram a Gates mais visível no mercado. Também promovemos campanhas por e-mail aos clientes, incluindo novos catálogos, novos produtos e todo o tipo de atualizações. Os reparadores já perceberam que trabalhar com a Gates é trabalhar com qualidade e o apoio de uma equipa comercial de primeira classe. Também veem muitos motores de veículos equipados de origem com correias Gates. Temos distribuidores em todo o país, que vendem a pequenas oficinas e outros reparadores, onde quer que estejam. Com esses distribuidores, a Gates participa em exposições locais, organiza cursos de formação técnica e leva a sua equipa comercial a visitas a oficinas, para fortalecer a visibilidade da marca. A distribuição em Portugal é muito semelhante à que existe em Espanha. Contudo, em Portugal há mais distribuidores que vendem a retalhistas e estes a pequenas oficinas. Os distribuidores têm as suas lojas nas principais cidades e áreas metropolitanas. Cada distribuidor tem a sua rede comercial, que vende a retalhistas e a oficinas. Esta estrutura comercial cobre praticamente todo o país e assim desenvolve a marca Gates em Portugal. A rede comercial está bem estruturada em Portugal.
tria automóvel do Aftermarket, a Sika Portugal acaba de colocar à disposição do mercado português o Sika PowerClean Aid, uma solução inovadora na substituição de vidros em viaturas. Desenvolvido a pensar na limpeza destas substâncias, este produto destina-se, em particular, às zonas de colagem num processo de troca ou reparação/reposição do vidro automóvel. “Foi desenvolvido para remover contaminação de silicone de origem/fábrica, assim como a que se encontra nos pára-brisas do automóvel quando estes são repostos, tal como os resíduos de etiquetas autocolantes”, explica Rui Afonso, responsável pelo mercado de reparação automóvel da Sika Portugal.
Solvente Berner para velas ignição e injetores A Berner Portugal lançou um novo produto exclusivo no mercado, um solvente para velas de ignição e injetores. Com esta inovação no setor automóvel, a Berner oferece uma solução fiável e eficiente para um problema diário das oficinas: desbloquear injectores ou velas de ignição bloqueados ou corroídos. A sua remoção sem qualquer
produto, pode resultar em danos nos injectores, velas de ignição ou cabeça do cilindro. Solvente para velas de ignição e injectores garante a fácil remoção de injectores. Com a sua ação “4 em 1”, o produto atinge excelentes resultados e o seu alto poder de penetração garante que o produto atue diretamente no assento do injector.
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Massa de alumínio Besa-Silver melhorada
Metelli terminou ano 2013 em alta
Opinião José Vicente Alfonso, Diretor Vendas Portugal Henkel
“Na Henkel apostamos forte no pós-venda independente”
O Grupo Metelli terminou 2013 com um aumento de receitas de vendas na ordem dos 5%, comparadas com as do ano anterior. As marcas e linhas de produto Metelli são vendidas em mais de 90 países e abrangem o IAM (mercado de pós-venda independente), o Original Equipment Spares Market (OES, mercado de peças sobressalentes de equipamento original) e o Original Equipment Manufacturer Market (OEM, mercado de fabrico de
equipamento original). Os resultados mais excecionais do ano passado foram obtidos em Itália, Espanha, Portugal, Polónia, Turquia, Bielorrússia, Reino Unido, Escandinávia e no norte de África, onde o crescimento foi particularmente positivo. O ano de 2013 caracterizou-se também pela criação da Metelli UK, uma nova filial no Reino Unido, estabelecida pouco depois de a empresa ter montado a sua plataforma em Espanha em 2011.
› Para a Henkel, o maior desafio é ser capaz de gerir as mudanças dramáticas do mercado e adaptar-se rapidamente às necessidades dos seus clientes.
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m 2014, a Henkel vai desenvolver um novo modelo operativo, que constitui um passo adiante num novo conceito de investimento. Neste sentido iremos por em marcha um plano de fidelização para os nossos clientes e também lançaremos o nosso novo portal Vehicle Repair & Maintenance para toda a Europa. O ano de 2013 foi para manter a estabilidade dos números e para desenvolver o nosso modelo de crescimento sustentável em 2014 e anos seguintes. Para este ano temos boas expectativas em termos de crescimento de vendas, devido à nossa recente reorganização e ao foco neste mercado. Obviamente, o pós-venda automóvel português é afectado pela atual situação económica complicada que o país tem sofrido. Contudo, provavelmente há também oportunidades, porque este mercado necessita fazer um esforço para estabelecer novos procedimentos e usar modernas tecnologias, a fim de reduzir custos e ganhar competitividade nesta
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complexa situação. Consideramos que o pós-venda português tem um grande potencial, que nós ajudaremos a desenvolver, porque somos capazes de trazer novas tecnologias de que o mercado necessita. Estamos realmente satisfeitos com os resultados e com o trabalho desenvolvido em 2013. Apesar de termos passado por uma fase de mudanças e reorganização, fomos capazes de introduzir novos produtos no mercado, o que permitiu os brilhantes resultados alcançados. Isso significa que semeámos para colher e que a tendência continuará positiva em 2014. A nossa rede de distribuição em Portugal compreende e partilha os nossos valores. Eles transmitem aos seus clientes os benefícios dos nossos produtos. Com o apoio do serviço de assistência técnica ao cliente, a ajuda do departamento de marketing e comunicações e a nossa rede de distribuição, as coisas avançam e deixam uma mensagem consistente junto dos clientes finais.
Valorcar realiza recolhas recorde em 2013
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urante o ano de 2013, os centros da rede Valorcar recolheram um total de 21.425 toneladas de Baterias de Veículos Usadas (BVU) em 12.555 locais diferentes (oficinas, lojas auto, centros de abate de veículos em fim de vida, etc.). Depois de recolhidas, estas baterias foram enviadas para reciclagem em 4 unidades industriais especialmente vocacionadas para esta atividade. Quanto aos veículos em fim de vida, durante o ano passado foram entregues nos centros de abate da rede Valorcar um total de 57.780 VFV (veiculos em fim de vida), valor que representa um crescimento de 1,7% face a 2012 e que permitiu consolidar a tendência de subida que se verifica desde há dois anos. No entanto, estes números ainda estão bastante abaixo dos 80 mil VFV que se abatiam quando vigorava o Programa de Incentivo ao Abate (programa estatal extinto no final de 2010).
No que diz respeito aos VFV recebidos, mantém-se a tendência de aumento da sua idade média, que é agora superior a 19 anos, o que reflete o envelhecimento do parque automóvel nacional. O Opel Corsa foi o modelo com mais unidades entregues para abate em 2013, atingindo cerca de 7,1% do volume total de Veículo em Fim de Vida. O ano de 2013 fica também marcado pelo melhor resultado de sempre ao nível do reaproveitamento dos materiais dos VFV, tendo-se atingido uma taxa de reutilização/valorização de 92,7% (peso médio de cada VFV que é reaproveitado).
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GNR multa 353 oficinas na “operação parafuso”
ACAP apresenta petição
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ACAP apresentou à Assembleia da República, uma Petição para reposição do incentivo ao abate de veículos em fim de vida. O Programa de Incentivos ao Abate de Veículos em Fim de Vida vigorou, em Portugal, desde o final de 2000 até ao dia 31 de Dezembro de 2010, tendo contribuído para dinamizar o Mercado Automóvel, minimizando os efeitos da crise no sector que se iniciou em 2003 e se agravou de novo em 2009. O programa, em vigor em grande parte dos países da União Europeia, com pequenas diferenças em relação ao que foi adoptado em Portugal, permitiu ainda uma redução significativa das emissões de CO2 e do consumo de combustível. Segundo um estudo, enviado pela ACAP, para o Governo a reposição daquele incentivo constituiria uma receita fiscal líquida para o Estado de cinquenta milhões de Euros. Em termos ambientais, e numa altura em que a idade média dos veículos de passageiros é de 11,7 anos, seriam emitidas menos 10.800 toneladas de CO2 por ano.
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Ferrari California T com componentes Delphi Parceiro da Ferrari há já algum tempo, a Delphi equipa com componentes de origem o novo descapotável coupé California T apresentado recentemente no Salão Automóvel de Genebra. Utilizando um software algorítmico melhorado, o módulo de aquecimento bi-zona da Delphi, os módulos de ventilação e ar condicionado, o condensador e o compressor variável compacto, ajudam os passageiros do Ferrari a permanecer con-
fortáveis sem sacrificar o desempenho do motor. A Delphi desenvolveu um sistema completo de alimentação e de distribuição de sinais que permite um funcionamento correto dos sistemas elétricos e eletrónicos do novo California T. Devido à grande capacidade do sistema, a Delphi oferece um sistema otimizado, incluindo cabos e centros electrónicos, mais leves e que, contribuem para reduzir o consumo de combustível e as emissões.
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Notícias Contitech lança um só catálogo para tudo
3M lança concurso para melhor pintor OTA Tome N
Comunicar é trabalho
● A Contitech lançou um novo ca-
tálogo de equivalências 2014/2015. As oficinas poderão localizar com mais facilidade as correias e componentes de transmissão mais adequados para veículos de todas as marcas mais representativas. Tudo porque a Contitech reúne pela primeira vez todos os produtos num só registo, desde correias da transmissão passando por kits e outros componentes.
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omo vai a sua publicidade? O que faz na imprensa? Alguém sabe que o seu negócio existe, para além do seu círculo de amigos? Tudo isto são questões relacionadas com o seu trabalho, como o seu negócio, porque são parte da comunicação que qualquer empresa ou qualquer pessoa necessita para existir.
App encontra peças Meyle-HD ● A Wulf Gaertner Autoparts AG lançou a ‘Meyle Cat’- App – uma aplicação de utilização simples para iPad que oferece informações técnicas e imagens dos produtos de uma maneira claramente estruturada, e que pode ser utilizada offline. Com cinco diferentes opções para efetuar uma pesquisa de artigos, incluindo critérios de veículo ou de grupo de produto, a aplicação foi desenvolvida para ajudar os profissionais da reparação automóvel a encontrar as peças que necessitam de um modo mais rápido e fácil.
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Que poderemos fazer melhor no capítulo da publicidade? Viver no século 21 e pensar que a publicidade é deitar dinheiro fora é como viver na Idade Média. Já ninguém discute tal coisa. - A sua publicidade está nos meios corretos? Alguma vez questionou esse facto? Será melhor apostar no jornal regional ou ter um anúncio na Internet? Hoje em dia as opções são tão variadas, que é necessário pensar de forma profissional para fazer um bom investimento. - Quando faz publicidade o seu anúncio percebe-se bem, chama a atenção das pessoas, ou elas passam ao largo? Há casos em que resulta colocar no anúncio a fachada do seu estabelecimento, ou colocar uma bateria, se vende baterias. Uma bateria não tem piada nenhuma, mas as pessoas lembram-se facilmente que em tal lugar podem resolver os problemas da sua bateria. Na publicidade vendem-se ideias como confiança, atenção e segurança. Pouco importa a forma como se comunicam essas ideias, se elas conseguirem chegar ao destinatário. No entanto, há uma linguagem visual e um discurso que resultam melhor do que outros. Os bons profissionais da comunicação sabem isso. A imprensa ainda é um meio válido? O Mundo está repleto de mensagens de todos os tipos. Onde estão as suas mensagens e as do seu negócio? Está no Facebook? Envia comunicados de imprensa aos meios especializados de comunicação? Envia cartas e e-mails aos seus clientes e fornecedores? Se não faz nada, não existe. Para “existir”, é preciso dar sinais de vida. Todos os meses devem ser enviadas novidades para o exterior, temos que comunicar alguma coisa para continuarmos a existir. Passe informação
e seja objecto de informação. Todos os meses acontece alguma coisa digna de registo, como um novo produto, um novo serviço. O negócio tem um novo gestor, um novo técnico, uma cara nova. Tudo isso interessa às pessoas e os factos recordam que você existe. O silêncio não é seguramente o melhor para a saúde de qualquer negócio. Que é que se pode fazer na Internet? Nesta altura do campeonato, todos temos que estar lá, porque sim. Hoje, ter uma página na Internet não sai muito caro para uma empresa e permite-lhe o acesso aos motores de busca, onde vão milhões de pessoas todos os dias a todas as horas. Se estiver na Internet, todos o encontrarão certamente. Com o serviço Google Adwords, que é um investimento reduzido, pode-se conseguir um excelente posicionamento na linha da frente da pesquisa e dentro da zona de influência pretendida. Através do site, podemos alimentar o Facebook, por exemplo. Ou mandar e-mails e todos os tipos de comunicações. Também dá acesso ao seu blog. O site é realmente a sua base de lançamento da informação sobre o negócio e a empresa. De qualquer modo não encha o seu site de efeitos especiais e efeitos gráficos que fazem perder tempo e dinheiro aos visitantes. As pessoas querem chegar a um lugar e ver informação. Um site pode ser criativo e de bom gosto, sem ter que ser um espetáculo visual.
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Breves Primeiro equipamento Mahle para Volvo S80
DDS introduz no mercado Cabos STC ● Prosseguindo a sua estratégia de ex-
pansão, a DDS, na qualidade de distribuidor oficial para o mercado nacional da marca STC, introduz mais uma linha de produtos desta prestigida marca. A nova linha de Cabos STC, inclui cabos de travão, embraiagem e acelerador.
● A Mahle passa a disponibilizar no mer-
Cromax renova programas marketing
cado uma gama de produtos de primeiro equipamento destinada ao novo Volvo S80, a berlina de luxo da marca sueca que se apresenta como um expoente máximo de conforto e de segurança. A contribuição da Mahel para este modelo inclui filtros de óleo, filtros de ar, módulos de admissão de ar, pistões, bielas, segmentos, camisas de cilindro e árvores de cames.
● A marca Cromax, anteriormente co-
nhecida como DuPont Refinish, lançou três ícones com um novo e recente design para os programas de marketing ao cliente: Reparação Express, Eco Pro e Garantia Vitalícia. Os ícones renovados são mais simples e integram-se na nova identidade visual da marca Cromax, cuja introdução no mercado ocorreu em Setembro de 2013. Estes três ícones recém reformulados vão garantir às oficinas que podem comercializar serviços especializados de uma forma clara, moderna e atualizada.
Catálogo direção e suspensão Kavo
Campanha Valvoline SynPower em ação
● A Kavo Parts já tem disponível o novo
● A Valvoline lançou um ação que evoca
catálogo de direção e suspensão, que inclui 1.100 novas referências importantes para o nosso mercado. A Kavo Parts fornece ao mercado peças para veículos japoneses e coreanos onde se incluem os componentes de direção e suspenção agora inclçuídos no novo catálogo.
o produto SynPower Xtreme. Esta ação destina-se aos clientes finais e consiste na oferta de um tratamento do sistema de alimentação a todas as viatura que efetuem uma revisão com produtos da gama Valvoline SynPower Xtreme. Esta campanha teve início no dia 1 de março de 2014 e prolonga-se por 3 meses “salvo rotura de stock”.
Stock de kits distribuição reforçado
Nova mala de ferramentas da Expert ● A Expert introduziu no mercado a sucessora da sua popular Softbag: A Mochila com Rodas (E010602). Esta caixa de ferramentas móbil, conduz a portabilidade a um outro nível, combinando uma mochila com um saco trolley para puxar. Destinado a profissionais de engenharia e mecânica, a mala pode ser transportada às costas, utilizando para isso as alças ajustáveis e acolchoadas, ou então, através da pega telescópica e do par de rodas integrada, pode ser puxada, de forma muito similar a uma mala de viagem. A nova mala é particularmente útil para os casos em que se transporta ferramentas pesadas.
Haweka atualiza Quick Plates ● A Haweka atualizou as suas falanges
de fixação automática. As novas falanges rápidas (QuickPlates) e os seus cabeçotes de 3.ª geração, tem como tarefa principal pressionar uma roda de veículo contra a máquina de equilibragem de rodas, em combinação com uma unidade de centralização (por exemplo, DuoExpert, aperto ou cone) e a porca de orelhas ou porca rápida. As QuickPlates abrangem 4/5/6 furações de jantes (dependendo da versão) e podem ser usadas para todos os automóveis e veículos de mercadorias ligeiras, de jantes com diâmetros entre 95 e 182 mm.
● A empresa Manuel Pereira de Sousa,
Lda., conhecida por Sousa dos Radiadores, reforçou o stock permanente de bombas de água e kits de distribuição. As bombas de água e os respetivos kits são da marca Behr Hella Service e cumprem todos os requisitos exigidos pelo mercado. A qualidade de equipamentos originais é padrão que se aplica a toda a sua gama de produtos. Abril I 2014
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Comércio & Indústria
Jaguar F-Type S Convertible AVALIAÇÃO obrigatória
Poder de sedução › Ágil, elegante, feroz. Ou não fosse ele um felino. Equipado com motor 3.0 V6 de 380 cv, caixa automática de oito velocidades, tração traseira com diferencial de escorregamento limitado, opcionais jantes de 20” e uma panóplia de dispositivos eletrónicos, o Jaguar F-Type S Convertible exerce um forte poder de sedução Por: Bruno Castanheira
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o mesmo mês (Fevereiro de 2014) em que o treinador português José Mourinho foi anunciado como o primeiro cliente do Reino Unido para o F-Type Coupé (versão R de 550 cv), o JORNAL DAS OFICINAS testou o F-Type Convertible, que, na versão S, aqui em apreço, tem “apenas” 380 cv. Face ao Coupé de José Mourinho, o “nosso” Convertible diferencia-se, sobretudo, pelo facto de dispor de capota de lona. O que lhe confere, desde logo, uma vantagem: permite circular de cabelos ao vento. Proeza que o treinador português jamais conseguirá realizar no seu Coupé. O que, bem vistas as coisas, até nem
lhe fará falta: o Reino Unido não é propriamente conhecido pelos dias radiosos... Mas enquanto José Mourinho segue viagem no seu Coupé, nós damos início ao teste do “nosso” Convertible. Não sem antes contemplar o design arrebatador...... ■ Vermelho de desejo É o Jaguar mais elegante e sensual da atualidade. Tenha ele a capota de lona erguida ou recolhida. Seja qual for o ângulo de observação, este roadster é um autêntico hino ao design. Ian Callum, diretor de design da Jaguar, fez realmente um trabalho
Graças à sua arquitetura em alumínio e a avançadas técnicas de produção, o F-Type S Convertible, que integra mais materiais compósitos do que qualquer outro Jaguar, dispõe de uma carroçaria que pesa apenas 261 kg Abril I 2014
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notável. A pintura de inspiração desportiva “Italian Racing Red” (€1119) e as jantes “Cyclone” de 20” (€1572), duas opções, resultam lindamente e acentuam ainda mais esta distinção. A secção dianteira sobressai pela grelha escura com logo “S”, pelo pára-choques com duas tomadas de ar em cada extremidade, pela inconfundível assinatura das luzes diurnas LED e pelo capot dotado de um bossa central e duas “guelras” escuras. De perfil, para além das supracitadas jantes, o destaque vai para as entradas de ar escuras envolvidas por inserções cromadas, para as pinças de travagem de cor vermelha, para os arcos de segurança situados atrás dos encostos de cabeça e para os puxadores embutidos nas portas quando estas se encontram trancadas, tendo sido concebidos com o intuito de criar um fluxo ininterrupto de ar pelos flancos da carroçaria. Quanto à traseira, os grupos óticos esguios, os contornos bem definidos das secções que ladeiam a bagageira e a dupla saída de escape, colocada em posição central e integrada no difusor traseiro, completam o apelo deste roadster britânico. A capota de lona pode ser aberta ou fechada até aos 50 km/h, demorando não mais do que 12 segundos. O habitáculo é outra obra de arte. Ao elevado nível de qualidade, junta-se um posto de condução simplesmente soberbo, sendo 20 mm mais baixo do que o do XKR-S. A lista de equipamento é recheada e no que à segurança diz respeito, o F-Type S está, também, “armado até aos dentes”. Depois, vem o design, que é simplesmente irresistível: volante de três braços, em pele, com base plana e patilhas da caixa de cor dourada; consola central com efeito carbono e logo “S”; bancos desportivos em
pele; inserções em alumínio; mostradores com fundo preto e grafismo branco; comandos da climatização circulares. Terminada a fase da contemplação estética, chegara a altura de premir o botão para ligar o motor V6, que acorda sempre maldisposto. O som é indescritível... ■ Vício saudável Graças à sua arquitetura em alumínio e a avançadas técnicas de produção, o F-Type S, que integra mais materiais compósitos do que qualquer outro Jaguar, dispõe de uma carroçaria que pesa apenas 261 kg. Com um baixo centro de gravidade, vias largas, opcionais pneus Pirelli PZero, de medida 255/35ZR20 no eixo dianteiro e 295/30ZR20 no eixo traseiro, rigidez torsional 10% superior face à do XKR-S, tração traseira com diferencial de escorregamento limitado (atuação mecânica), suspensão desportiva com dinâmica adaptativa, direção direta e travões potentes, “pilotar” o F-Type S é como um vício saudável. Quanto mais se conduz, mais se quer conduzir. Equipado com motor 3.0 V6 de 380 cv, que traz acoplada caixa automática de oito velocidades, designada “Quickshift”, este roadster britânico faz uso de um sistema start/stop particularmente bem afinado (pode ser desativado através do botão “eco” localizado no prolongamento da consola central). Sobrealimentado por intermédio de um compressor Roots twin vortex, o motor do F-Type S apresenta uma relação de 127 cv/litro e serve-se de um intercooler refrigerado a água para arrefecer a temperatura do ar de admissão, otimizando, assim, potência e eficiência. O sistema de escape, ativo, utiliza uma série de válvulas bypass controladas ele-
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Jaguar F-Type S Convertible MOTOR Tipo 6 cilindros em V, longitudinal, dianteiro Cilindrada (cc) 2995 Diâmetro x curso (mm) 84,5x89,0 Taxa de compressão 10,5:1 Potência máxima (cv/rpm) 380/6500 Binário máximo (Nm/rpm) 460/3500-5000 Distribuição 2x2 v.e.c., 24 válvulas Alimentação injeção eletrónica multiponto Sobrealimentação Compressor Roots twin vortex TRANSMISSÃO Tração Traseira com DSC+diferencial autoblocante Caixa de velocidades automática de 8+ma DIREÇÃO Tipo pinhão e cremalheira Assistência sim (hidráulica) Diâmetro de viragem (m) 10,6 TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS Posto de condução ótimo, fulgurante motor V6 de 380 cv e travões potentes com pinças de cor vermelha. Tudo, mas mesmo tudo, encanta no sedutor Jaguar F-Type S Convertible
tronicamente que estão situadas na secção traseira. Abrem em aceleração para melhorar a qualidade do som, tornando-o mais audível e mais apurado. Selecionando o modo “Dynamic” – que melhora, também, a resposta do acelerador, das passagens de caixa, da direção e da suspensão -, as válvulas mantêm-se abertas em todas as faixas de regime. O que, na prática, faz com que o F-Type S adote um ronco mais metálico. Para além do modo “Dynamic”, existem, ainda, outros dois: “Normal” e “Winter”. Já o spoiler traseiro, que se ergue, automaticamente, aos 100 km/h e recolhe assim que se baixa dos 65 km/h, exerce 120 kg de downforce sobre o eixo traseiro. Com prestações explosivas, elevada estabilidade, excelente motricidade e uma caixa super-rápida, o F-Type
S é fácil de conduzir e perdoa até alguns deslizes na condução. Claro que com o controlo de estabilidade desligado convém ter mais contenção no pé direito, mas a traseira não revela demasiada apetência para ganhar vontade própria. É preciso exagerar para que algo não corra bem. As enormes borrachas que mantêm este roadster colado à estrada contribuem para a dinâmica de referência. O F-Type S é, sem dúvida, o Jaguar mais ágil, mais reativo e mais viciante de conduzir. A direção, então, tem um feeling... Que velocidade atingimos neste teste? Bem, digamos que a escala do velocímetro vai até aos 300 km/h e a do conta-rotações termina nas 8000 rpm. Depois de engrenadas as oito velocidades, andámos lá perto. Muito perto, mesmo...
discos ventilados (380) discos ventilados (380) sim, com EBD+EBA
SUSPENSÕES Dianteira Triângulos sobrepostos Traseira Triângulos sobrepostos Barra estabilizadora frente/trás sim/sim PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 275 (limitada) 0-100 km/h (s) 4,9 Consumos (l/100 km) Extra-urbano/Combinado/Urbano 7,0/9,1/12,8 Emissões de CO2 (g/km) 213 Nível de emissões Euro 5 DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES Comprimento/largura/altura (mm) 4470/1923/1296 Distância entre eixos (mm) 2622 Largura de vias frente/trás (mm) 1585/1627 Capacidade do depósito (l) 72 Capacidade da mala (l) 200 Peso (kg) 1614 Relação peso/potência (kg/cv) 4,2 Jantes de série fr.-tr. 8 1/2Jx19” – 9 1/2Jx19” Pneus de série fr.-tr. 245/40R19 – 275/35R19 Pirelli PZero, Pneus unidade testada fr.-tr. 255/35ZR20 97Y 295/30ZR20 101Y GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão
3 anos sem limite km 3 anos sem limite km 6 anos
ASSISTÊNCIA 1.ª revisão 26 000 km Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €450 Intervalos Cada 26 000 km / 1 ano PREÇO (s/ despesas) €108 254 Unidade testada: €113 525 Imposto Único Circulação (IUC) €653,90
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Opel OnStar: conectividade total ● A marca alemã vai lançar o sis-
tema OnStar na Europa, passando a oferecer aquele que é considerado como o líder em soluções de segurança, serviços de mobilidade e tecnologia avançada de informação. Este sistema está previsto ser aplicado nos modelos de passageiros da Opel, em mercados europeus selecionados, a partir de 2015. Os serviços OnStar já providenciam ligação a mais de 6,5 milhões de clientes nos Estados Unidos da América, Canadá, China e México. Os serviços que o construtor de Rüsselsheim planeia oferecer na Europa são os seguintes: ligação 4G LTE; serviços de emergência; ligação remota; assistência em caso de roubo; assistência na estrada; diagnóstico do veículo; serviços à distância.
Honda mostrou Civic Type R
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hega ao mercado no próximo ano e será o primeiro modelo da marca nipónica a integrar a primeira unidade da nova geração de motores VTEC Turbo. A Honda já fez saber que o novo Civic Type R terá um motor 2.0 de quatro cilindros com mais
de 280 cv, que dispõe de injeção direta de gasolina, controlo variável de válvulas e cumpre as normas Euro 6. O protótipo que esteve em exibição no Salão de Genebra, de cor vermelho vivo e destaque a dourado, deu nas vistas pelo novo design dos faróis, com luzes
diurnas LED e farolins de nevoeiro horizontais de formato afilado. Outro dos adereços vistosos diz respeito ao novo spoiler traseiro, com luzes traseiras LED integradas. O formato e o ângulo dos guarda-lamas traseiros proporcionam pressão aerodinâmica adicional.
Por enquanto ainda concept, o novo Civic Type R estará equipado, segundo a Honda, com um motor 2.0 VTEC Turbo com mais de 280 cv
Maserati criou Alfieri concept Jaguar lançará novo XE em 2015 ● A nova berlina desportiva com-
pacta que a marca britânica lançará em meados de 2015 responde pelo nome de XE. Será o primeiro modelo de produção construído sobre a avançada plataforma em alumínio Da7, revelada com o protótipo C-X17. O novo XE faz, por isso, uso de um chassis monobloco produzido integralmente em alumínio, que combina peso reduzido com elevada rigidez. A nova família de motores Ingenium que equipará o novo XE disponibilizará uma flexibilidade inédita na Jaguar. O seu design avançado permitirá a instalação dos motores tanto em posição longitudinal como transversal e permitirá direcionar a potência tanto para o eixo traseiro como para as quatro rodas.
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Batizado com o nome de Alfieri, tributo ao mais proeminente dos irmãos Maserati, génio da engenharia e fundador da “Officine Alfieri Maserati”, em Bolonha, há um século atrás, o concept Alfieri foi criado para comemorar o 100.° aniversário da marca do tridente. Para além do design arrebatador e do habitáculo, do tipo 2+2, onde prevalecem soluções inovadoras, este protótipo tem por base o chassis do GranTurismo MC Stradale. Sob a carroçaria encontra-se a plataforma transaxle do Maserati GranTurismo. O motor V8 de 4,7 litros, naturalmente aspirado, oferece 460 cv e 520 Nm. A caixa pilotada de seis velocidades, de comando eletrónico (MC Shift), é montada em bloco com o diferencial autoblocante traseiro e está ligada ao motor através de um veio de transmissão rígido. A distribuição de peso é de 47% para a frente e 53% para trás.
Hyundai Intrado é movido a hidrogénio O Intrado concept, cujo nome se deve a um componente integrado na secção inferior das asas de um avião, cuja função é permitir a elevação e o voo do aparelho, deve o seu estilo arrojado à segunda geração da filosofia de design “fluidic sculpture”. Alimentado pela nova geração de motores de pilha de combustível a hidrogénio, o Intrado está equipado com uma bateria de iões de Lítio de 36 kWh. Reabastecido em poucos minutos, este concept anuncia uma autonomia de até 600 km. O Intrado é o reflexo das expectativas dos consumidores sobre os automóveis do futuro - veículos fáceis de utilizar, intuitivos, interativos e que se adaptem ao estilo de vida extremamente ativo e movimentado. Este protótipo é o resultado da estreita colaboração entre as equipas de design e engenharia da marca. www.jornaldasoficinas.com
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Comércio & Indústria EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado
VW Golf Variant 1.6 TDI
Ford B-Max 1.0 EcoBoost
Hyundai i40 Wagon 1.7 CRDi
Volvo V70 D2 Powershift
Estatuto elevado
Plano B… ou A?
Proposta coerente
Qualidade de vida
● O design, embora bem mais consensual
● Os indefetíveis dos motores Diesel
● Coerência e elegância são as palavras
● E se lhe dissermos, caro leitor, que, neste
e elegante do que o que caracterizava a anterior Variant, pode até apostar numa política de continuidade, visto não existirem ruturas de conceitos, mas as qualidades da carrinha da gama Golf não se resumem à estética. Bem pelo contrário. Para além do estatuto elevado de que beneficia, seduz pelo rigor da sua construção (materiais agradáveis ao toque; acabamentos cuidados), pelo habitáculo espaçoso, pela bagageira volumosa (volume de 605 a 1620 litros!) e pelo posto de condução ergonómico. E, por tratar-se da especificação Sportline, esta Golf Variant, para além de jantes de 17” “Madrid”, faz-se valer de uma suspensão desportiva e de um nível de equipamento que adiciona a tudo o que faz falta alguns “mimos”. Eis três: vidros escurecidos; bancos desportivos; ar condicionado automático.
olharão sempre para uma proposta como o Ford B-Max 1.0 EcoBoost como um plano A. Mas não seria já tempo de mudar algumas mentalidades? Bastam alguns dias ao volante deste pequeno monovolume equipado com bloco a gasolina, de três cilindros, e com 100 cv de potência, para fazer tremer alguns preconceitos.
que melhor definem a Hyundai i40 Wagon. Espaçosa, confortável, vistosa, bem dotada tecnologicamente e, neste caso, muito bem apoiada pelo motor Diesel 1.7 CRDi de 136 cv, esta carrinha sul-coreana cumpre em todos os parâmetros de exigência europeus neste segmento.
momento, a V70 é a carrinha mais “antiga” da Volvo? É mesmo. O tempo passa e, embora este modelo se mantenha fiel aos seus princípios desde 1997 (ano em que a marca sueca decidiu que a designação 850 Estate mudaria para V70), a verdade é que o design, algo quadrado, já acusa o peso da idade. Mesmo com os ligeiros upgrades que tem sofrido. Seja como for, a verdade é que a V70 ainda espalha encanto. E goza de uma imagem que está acima de qualquer suspeita. O azul “cáspio” que cobre a carroçaria e as jantes “Rex” de 17” resultam bem.
O motor que reúne maior aceitação no mercado português é o 1.6 TDI de 105 cv, que traz acoplada caixa manual de cinco velocidades e faz uso do pacote BlueMotion Technology: sistema start/stop; indicador de mudança a engrenar; recuperação de energia na travagem. Ainda que as prestações sejam modestas, a verdade é que não comprometem. Mas melhor, mesmo, são os consumos reduzidos. Apesar de dispor de jantes grandes e de suspensão de afinação firme, a Golf Variant é mais confortável do que aquilo que se possa pensar. E em alta está, também, a dinâmica: pisar sólido, direção precisa, travões eficazes, comando da caixa agradável de manusear.
A verdade é que se trata de um motor enérgico em regimes não muito elevados e que cumpre sem grande mácula nas recuperações, apesar de a caixa manual de cinco velocidades ser algo “longa”. Ponto menos positivo, em matéria de comportamento, são apenas algumas reações mais periclitantes em curva, devido à sua elevada altura. O facto de se tratar de um modelo mais leve do que o próprio Focus contribui para que os consumos de combustível sejam muito aprazíveis: 4,9 l/100 km em ciclo combinado é o valor anunciado. Na versão Titanium, o B-Max conta, entre outros itens, com sistema de navegação, faróis automáticos de halogénio com luzes diurnas LED, portas traseiras deslizantes, jantes em liga leve 16´´ e sistema de assistência ao arranque em subida.
A inspiração deste modelo reside no “fluidic sculpture”, o novo conceito de linguagem estilística que a Hyundai tem aplicado às suas mais recentes propostas. E com sucesso visível a olho nu. No caso da i40 Wagon, os vincos pronunciados da carroçaria, a grelha hexagonal e as luzes diurnas LED em forma de falcão, emprestam ao conjunto um aspeto fluido e distinto. Uma sensação que se estende ao habitáculo, de construção sólida e com criteriosa escolha de materiais, onde sobressaem os confortáveis bancos em pele e com regulação elétrica. Voltando ao motor 1.7 CRDi de 136 cv que anima esta versão, sublinhe-se a sua capacidade de resposta tanto em acelerações como em recuperações. A marca anuncia um consumo combinado de 5,1 l/100 km, um valor que não anda (muito) longe dos registos apontados pelo JORNAL DAS OFICINAS. Com o nível de equipamento Style, a i40 Wagon 1.7 CRDi custa €38 935, incluindo, entre outros itens, teto panorâmico, abertura automática da bagageira e sistema de assistência ao estacionamento.
Por dentro, a qualidade de vida deve-se ao amplo espaço disponível, aos inúmeros dispositivos de segurança instalados a bordo, ao rigor da construção e ao nível de equipamento francamente satisfatório. O posto de condução é confortável e ergonómico e a bagageira é um autêntico armazém sobre rodas. Espaço para arrumar pequenos objetos também não falta. Apesar dos seus 1717 kg e 4,82 metros de comprimento, a V70 D2 é mais ágil do que aquilo que os seus números deixariam antever. Os 115 cv do motor Diesel de 1,6 litros, explorados nesta versão por intermédio da caixa automática Powershift de seis velocidades, que inclui patilhas no volante, não permitem andamentos explosivos, é certo, mas revelaram-se mais enérgicos do que aquilo que esperávamos. A condução, para além de confortável e económica, pauta-se pela grande facilidade. E a caixa automática confere uma dose extra de conforto. Sobretudo para o pé esquerdo na condução em cidade.
Por: Bruno Castanheira
Por: Jorge Flores
Por Jorge Flores
Por: Bruno Castanheira
VW Golf Variant 1.6 TDI Sportline
Ford B-Max 1.0 EcoBoost Titanium
Hyundai i40 SW 1.7 CRDi Style
Volvo V70 D2 Powershift Momentum
Motor 4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1598 Potência máxima (cv/rpm) 105/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 250/2750 Velocidade máxima (km/h) 193 0-100 km/h (s) 11,2 Consumo combinado (l/100 km) 3,9 Emissões de CO2 (g/km) 102
Motor 3 cilindros em linha, Motor 4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 999 Cilindrada (cc) 1685 Potência máxima (cv/rpm) 100/6000 Potência máxima (cv/rpm) 136/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 170/1400-4500 Binário máximo (Nm/rpm) 325/2500 Velocidade máxima (km/h) 175 Velocidade máxima (km/h) 198 0-100 km/h (s) 13,2 0-100 km/h (s) 10,6 Consumo (l/100 km) 4,9 Consumo combinado (l/100 km) 5,1 Emissões de CO2 (g/km) 114 Emissões de CO2 (g/km) 119
Motor 4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1560 Potência máxima (cv/rpm) 115/3600 Binário máximo (Nm/rpm) 270/1750-2500 Velocidade máxima (km/h) 180 0-100 km/h (s) 13,2 Consumo combinado (l/100 km) 4,5 Emissões de CO2 (g/km) 119
Preço €29 504 IUC €130,10
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Uso profissional Comercial do Grupo Daimler é produzido no Tramagal
Mitsubishi Canter
Duas faces para o futuro › Aproveitando a ocasião dos 50 anos da fábrica do Tramagal, a Mitsubishi Fuso, agora pertença do Grupo Daimler, apresentou em Portugal a geração Euro 6 da Canter, o modelo que popularizou a unidade fabril portuguesa e a colocou na rota dos comerciais ligeiros mais populares do segmento das chassis-cabina Por: José Silva
■ Três níveis de potência O motor da Canter é o mesmo da geração anterior, mas foi alvo de várias melhorias. Trata-se de uma unidade 3.0 de quatro cilindros com uma pressão de injeção de 2000 bar e ruído amenizado pela utilização de novos injetores. Os níveis de potência também permanecem sem alterações: 130 cv e 300 Nm, 150 cv e 370 Nm e o mais potente 175 cv e 430 Nm. Este último bloco, equipa a nova versão de 8,5 toneladas, uma variante pesada que é a grande revelação desta gama. Os motores estão equipados com sistema “start/stop”, que passa a ser de série em todas as configurações. Quanto ao filtro de partículas, foi desenvolvido para durar toda a vida do modelo e não requer qualquer tipo de manutenção. É regenerado automaticamente, mesmo no caso do veículo ser utilizado apenas em percursos urbanos muito curtos. Mas, a regeneração pode ser feita de forma manual e, para isso, existe um indicador no painel de instrumentos que avisa o condutor do que é necessário fazer. Depois é só pressionar um botão e esperar que a regeneração seja cumprida. Os intervalos de manutenção mantêm-se sem alterações e acontecem a cada 40 mil km. Outras novidades residem no facto de o ESP passar a ser de série em todas as versões e ainda na inclusão do sistema de redutoras nas variantes 4x4, tornando-as ainda mais versáteis em zonas mais acidentadas.
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roduzida no Tramagal desde 1964, a Canter tem sabido conquistar um lugar de destaque no panorama dos veículos comerciais a nível europeu e mundial. A nova geração é estreada em 2014, ano em que entra em vigor a Norma Euro 6 e que obriga a algumas alterações mecânicas nos veículos. A Canter não fugiu à regra e foi alvo de algumas mudanças, que, acima de tudo, trouxeram vária melhorias a uma gama que se posiciona na base do leque de opções de camiões do Grupo Daimler. Este “best-seller” da Daimler foi alvo de melhorias nas prestações e apresenta-se no mercado com versões Euro 5+ e Euro 6. Qual a diferença? A designação Euro 5+ destina-se às versões mais leves da gama, enquanto que as variantes pesadas recebem a chancela Euro 6 e utilizam um sistema SCR de adição de AdBlue. Estas novas versões não são apenas mais limpas, mas são também mais económicas. A variante Euro 5+ diz respeito a um conjunto de elementos que recebe o nome de Ecoefficiency. Estas alterações consistem numa pressão de injeção superior, óleo de motor de baixa fricção, embraiagem eletromagnética, sistema de arrefecimento otimizado, sistema start/ stop, nova configuração do rácio dos eixos e ainda utilização de pneus de baixo atrito.
Canter EcoHybrid
Trabalhar em modo híbrido
Da gama Canter faz também parte uma versão híbrida que, de acordo com a Mitsubishi Fuso, permite uma poupança de 23% de combustível comparativamente a uma versão Diesel equivalente. O aumento de preço a nível europeu ronda, em média, os €8500. Em relação à geração do ano passado, a nova Ecohybrid conta com um novo mapeamento da caixa de velocidades Duonic, de dupla embraiagem, um dos grandes argumentos desta versão. O motor de combustão é um 3,0 litros de 150 cv e 370 Nm e cumpre Euro 6 a partir da injeção de AdBlue. Está acoplado a um motor elétrico de 40 kW e 200 Nm. A energia que alimenta o motor elétrico é fornecida por bateria de iões de Lítio. As baterias têm uma capacidade de 2Ah e um peso de apenas 63,5 kg. A Mitsubishi Fuso aposta numa garantia de cinco anos ou uma outra opcional de dez anos. Até aos 10 km/h, www.jornaldasoficinas.com
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a Canter movimenta-se com o motor elétrico. A partir desta velocidade, é o motor de combustão que toma conta da ocorrência. A questão do peso também não foi esquecida e a Mitsubishi Fuso garante que esta Canter consegue transportar exatamente as mesmas toneladas das restantes versões da gama.
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Novidade
Oficinas self-service
Repare você mesmo › O novo conceito oficinal do “repare você mesmo” já chegou a Portugal. O JORNAL DAS OFICINAS foi conhecer a My Auto e a U-Fix, as apostas pioneiras num mercado com potencial de crescimento Por: Jorge Flores
“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
A
frase pertence a José Saramago (Ensaio sobre a Cegueira), e, com alguma liberdade criativa, pode perfeitamente adaptar-se ao conceito das oficinas Self-service que começaram a implementar-se no mercado oficinal português no final do ano passado. Atualmente existem apenas duas oficinas com estas caraterísticas, ambas lideradas por jovens empresários, apaixonados por automóveis, que olharam para o mercado oficinal, viram uma lacuna e “repararam” que havia uma oportunidade de negócio. A natureza destas oficinas Self-service também passa pela capacidade de observação dos clientes, já que é suposto estes olharem para um problema no seu automóvel e decidirem repará-lo, recorrendo a estas infraestruturas para esse efeito. O JORNAL DAS OFICINAS foi conhecer a My Auto e a U-Fix, as pioneiras de uma nova geração oficinal. Em qualquer das modalidades, os profissionais da My Auto acompanham as reparações
My Auto
Situada em plena Avenida S. Infante, em Lisboa, com vista aberta para o Tejo, a My Auto foi a primeira oficina Self-service a abrir portas no nosso país. Abriu-as em Outubro do ano passado, num espaço de 400 m2. Mas na cabeça de José Martins e Fernando Cabrera, a ideia germinava já há 12 anos. Por paixão. E conveniência. “Surgiu um pouco pelo gosto que temos em fazer as coisas. E porque vivemos em Lisboa e não tínhamos um sítio para fazer as reparações. Na rua não é praticável (além de proibido), nas garagens também não é aconselhável. Surgiu do bichinho e da necessidade”, conta José Martins, acrescentando que, em cada português com gosto pela mecânica, terá passado algo semelhante pela cabeça. O caminho até fazê-lo é outro tanto. E estes dois sócios
decidiram-se a avançar quando consideraram o mercado preparado, aliando dois aspetos. Por um lado, a crise, que tanto convida a reparações por conta própria. E depois pelo fato de, “hoje em dia, as pessoas já conseguirem comprar com à-vontade as peças, acessórios e até lubrificantes na internet”, a preços que não têm nada a ver com aqueles que são praticados nas oficinas tradicionais. Ora, existirem peças facilmente disponíveis e não haver um “sítio para fazer esse tipo de manutenções” foi a mola que fez estes dois sócios arrancarem para um negócio onde os clientes fazem as reparações por si mesmos, embora possam ter apoio profissional, ou mesmo deixar o trabalho inteiramente entregue à oficina, como sucede nas casas tradicionais. Na My Auto existem dois tipos de ser-
viço, disponíveis quer para particulares como para profissionais, além da modalidade “mecânica tradicional”, onde o cliente, caso assim deseje, é sempre convidado a assistir ao serviço. Um desses serviços intitula-se “faça você mesmo” e tal como o nome sugere, aqui, é o cliente quem “suja as mãos”. O aluguer do espaço e das ferramentas custa 15 euros por hora (com elevador são vinte euros) ou metade por 30 minutos. O segundo tipo de serviço é o “faça com ajuda”, no qual o cliente conta com a ajuda de um mecânico que o acompanhará em tudo o que fizer. “Preciso de ajuda para mudar as pastilhas de travão. Gostava de saber como se faz”, exemplifica José Martins. ■ Formar clientes O cliente pode sempre trazer as peças
ou os lubrificantes, mas são sempre aconselhados a “ver os nossos preços, porque tentamos ser competitivos com os praticados na internet”, diz. Segundo José Martins, “há quem venha trocar as pastilhas e depois regresse para ser ele a fazer esse serviço”. O sucesso da My Auto dependerá muito desta interligação com os clientes. E é por isso que a aposta na formação é prioritária. O último whorkshop foi de “Introdução à Mecânica” e esgotou logo. “Estas formações criam um universo. O próximo será sobre sistemas de travagem. Em última análise, estamos a formar clientes. Estamos a ajudar os nossos clientes a serem nossos clientes”… Aspeto fundamental para José Martins é criação de uma boa imagem. “Queremos estar no mercado de uma forma saudável. Se nós não cumpríssemos
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exatamente as mesmas regras das outras oficinas, podíamos ser vistos como concorrência desleal”, mas esse não será o caso da My Auto, assegura. “Cumprimos com todas essas regras, somos associados da ANECRA. Somos uma oficina como todas as outras. Temos é uma forma de trabalhar e um posicionamento diferente”, sublinha.
U-Fix
Ainda a cheirar a tinta – foi inaugurada a 3 de Março – a U-Fix é a segunda representante deste novo conceito oficinal. A infraestrutura assenta num pavilhão de 410 m2, em Famões, onde dispõe de equipamento de “topo” em várias áreas: mecânica, pneus, lavagens, polimentos e até uma sala para os clientes poderem interromper o serviço e descansar, num confortável sofá, a ler uma revista ou a beber um café. Cada área de serviço tem o seu sugestivo nome (U-Chill, U- Polish, U- Clean e U- Wash), adaptado ao próprio apelido da oficina.
Para Marcos Helhazar, gerente da oficina, a ideia da U-Fix surgiu por verificar que fazia falta a Portugal. “Na altura, estudei, falei com algumas pessoas e avancei”. O responsável assume que o investimento foi considerável, mas acredita que existe um grande potencial de crescimento deste novo conceito oficinal. “Há muitas pessoas que gostam muito de carros, que gostam muito de os arranjar e não têm condições para isso. Mesmo para mecânicos profissionais que aqui queiram fazer o seu biscate ”. Além da infraestrutura, o responsável realça outros benefícios de que os clientes podem beneficiar. Desde pormenores requintados – na mecânica, por exemplo, o vestuário de segurança está incluído nos 7,5 euros por cada 30 minutos – a outros de maior expressão. “Têm acesso ao elevador, ferramentas e maquinaria vária: aparadeiras de óleo, máquinas de troca de congelante, grua, bancada com torno, um tablet com acesso ao autodata online…”, revela. Na parte do Self-Service, o cliente terá
Os responsáveis da My Auto querem alargar o conceito a outras zonas do país
A componente ambiental é levada a sério na U-Fix: vários ecopontos, máquinas de gases de escape e de lavar ecológicas estão presentes na oficina
sempre um mecânico a acompanhá-lo, a aconselhá-lo. Até por uma questão de segurança. “Assim temos a certeza de que nada fica mal feito. Que nada fica feito de forma perigosa, que possa dar problemas mais tarde. Se alguma coisa fica mal feita, depois há consequências. E nós não queremos isso. Portanto, estamos sempre a controlar, aconselhamos e ajudamos. Se for preciso alguma coisa intervimos. Sem custos acrescidos, o cliente pode estar descansado nesse sentido”, explica. ■ Rapidez e preço Outra das vantagens da U-Fix, defende, é o fator preço. “A estes preços é muito difícil encontrar numa oficina regular. Referência: por exemplo, nós agora, baixámos um bocadinho o preço: 7,5 euros por cada meia hora. Só que lá está: meia hora aqui, se calhar rende muito mais do que rende numa oficina comum. Nós aqui, em meia hora, estamos drenar o óleo e estamos a trocar o anticongelante ao mesmo tempo com máquinas automáticas. Se calhar, noutra oficina qualquer, demorava duas horas para fazer isso. Se calhar até cobra um bocadinho mais porque a pessoa não esteve lá para ver quanto tempo demorou… São pequenos apontamentos e vantagens que
as pessoas ao longo dos tempos se irão aperceber”, reforça. Dentro de um ano, Marcos Helhazar gostava de ter entre 150 e 200 clientes ativos. “Que viessem e voltassem”, confidencia. Que tipo de cliente? Um pouco de todos. “Os que já mexem, mexem em qualquer lado. Queremos aqueles que vêm do funcionamento regular das oficinas tradicionais”.
● My Auto Avenida D. Henrique, Lisboa Edifício Beira Rio, 1º Piso Telefone: 218 680718 www.myauto.pt Horário: segunda a sexta das 13H às 21h Sábado e domingo* das 9h às 21h *reservado a marcações ● U-Fix Rua Pé de Mouro, armazém N 2710 - São Pedro de Penaferrim Sintra Telefone: 969 719077 Horário: segunda a sexta das 10h às 20h Sábados das 14h às 20h
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Of icina do Mês
J. A. Pontes
Olhando para a composição da oficina, poder-se-ia pensar que o investimento realizado nesta mudança – estão há um ano neste espaço – teria sido volumoso. Nada mais errado. “Foi um investimento mínimo, cerca de 20 mil euros”, garante José António Pontes. Como? “Já tínhamos tudo quando viemos para cá. Tenho 56 anos e trabalho há anos por conta própria”. E por tudo, leia-se tudo! “Tudo material de primeira. Vou muito a feiras e quando vejo algo que possa ser útil, compro”, assegura.
Aliança de força
José António Pontes (à direita) com Dário Portela, é um adepto da formação. Depois de ler um artigo do JORNAL DAS OFICINAS sobre veículos elétricos decidiu tirar um curso sobre a matéria
› Na J. A. Pontes, a conjugação de esforços é assunto muito sério. Aderente da Rede Identica desde 2012, a oficina divide o amplo pavilhão com Dário Portela (mecânica). José António Pontes acredita na inovação e conta com um comercial para divulgar a casa junto das grandes empresas Por: Jorge Flores
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ão passa despercebido o pavilhão que alberga a J. A. Pontes em Famões (Odivelas). Além das generosas dimensões da Oficina do Mês desta edição são as cores e as imagens que mais saltam à vista de quem passa – ou chega para reparar o automóvel. Os emblemas da J. A. Pontes e da casa Dário Portela, com quem divide o espaço, são notórias. Bem como o logótipo da Rede Idêntica, à qual aderiu em Setembro de 2012. Mas são as fotografias (e até a sua qualidade) de pormenores das áreas de atividade da oficina que marcam a diferença. Aliás, sobressair entre os demais é algo de que se orgulha José António Pontes, proprietário da oficina com o seu nome, desde que se emancipou profissionalmente aos 15 anos
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– começou como bate-chapas logo aos 12 anos. “Tenho um cliente que me acompanha desde essa altura”, garante o José António Pontes. Exemplo desta diferença está em João Ribeiro, responsável comercial da empresa há 10 anos. “Não é muito comum ter um comercial para divulgar a oficina junto das empresas, pois não?”, dispara o responsável, bem disposto. Foi justamente João Ribeiro, na visita guiada que fez ao JORNAL DAS OFICINAS, quem revelou como funciona esta aliança de força entre os trabalhos de bate-chapa e pintura realizados pela J.A. Pontes e da área de mecânica, por conta de Dário Portela. “Podemos estar em conjunto e partilhar o mesmo cliente. A sinergia
resulta muito bem. Tudo corre em harmonia”, atalha José António Pontes. Existe ainda um piso inferior para serviços de colisão e reparações de carroçaria de maior porte. “Só substituímos peças quando não é possível repará-las, dependendo das condições económicas do cliente. Temos sempre um atendimento personalizado”, explica João Ribeiro, enquanto mostra a zona de lavagem dos veículos já prontos, também no piso inferior, “uma prioridade” em termos de imagem. Algo que se comprova com a limpeza alargada, de resto, a toda a oficina. ■ Atualização permanente Já no piso superior, na seção de chapa e pintura, João Ribeiro destaca, entre o muito material disponível, um aparelho de secagem da tinta por intermédio de infravermelhos. “Foi muito utilizado no Inverno”, conta. E explica: “Extrai tudo o que é humidade da tinta, de dentro para fora”. O que permite otimizar os tempos do serviço e evitar outros danos no trabalho. “Só se pinta o carro uma vez”.
■ Empresas e particulares Atualmente, a J.A. Pontes tem 1.500 clientes ativos, entre particulares e empresas. Mas com uma maior incidência para estes últimos. De resto, são as intervenções medianas, relacionadas com o recondicionamento dos veículos, que asseguram o maior volume de trabalho para a oficina. “As empresas têm carros que, quando acaba o contrato de ALD ou leasing, têm de ser devolvidos de forma impecável”, avança João Ribeiro. Em média, são 60 os automóveis que passam pelas mãos dos 16 funcionários (ao todo) que compõem a oficina. Todos os veículos são merecedores dos maiores cuidados, segundo José António Pontes. “Tenho bom equipamento e sempre fui muito exigente. Só trabalho com marcas premium. A Spies Hecker, atualmente, é a melhor. Não se consegue fazer uma boa reparação com mau material”. Partindo deste raciocínio, o responsável lamenta que as companhias de seguros queiram que a oficina utilize “materiais alternativos”. No fundo, “querem que eu trabalhe mal. Não admito que queiram enganar os meus clientes. Se eu baixasse a qualidade ficavam satisfeitos. Mas eu trabalho para os meus clientes, não para as companhias de seguros”. ■ Aberto ao exterior O papel de João Ribeiro passa por divulgar a oficina junto de grandes empresas. E o trabalho tem rendido clientes de renome, como a EDP, Santander Totta e BES Investimento, entre muitos outros, sempre através dos veículos das respetivas administrações. De forma a dar continuidade a esta ação de reconhecimento da empresa no exterior, brevemente, João Ribeiro representará o setor automóvel, em Lisboa, no BNI (Business Networking International), entidade que promove o cruzamento de áreas de negócio distintas, perante um leque alargado de empresários. Um exemplo de aliança e partilha, fatores de sucesso da J. A. Pontes.
● J. A. Pontes Rua da Indústria Zona Industrial do Segulim, Lt. Nº. 11 1685-635 Famões – Odivelas Gerente: José Pontes Telefone: 21 9315528 E-mail: multimarcas@sapo.pt Internet: www.identica-online.com.pt
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Reportagem
Polibaterias inaugurou instalações
Polo positivo F
oi mais um passo no crescimento sustentado que a Polibaterias tem vindo a alcançar nos últimos anos. Com as instalações inauguradas, oficialmente, no passado dia 22 de Fevereiro, a empresa passa a dispor de uma capacidade de stock bastante superior, para cerca de 6000 baterias, podendo mesmo armazenar até 8000 se necessário for. Localizadas no Parque Industrial do Casal do Marco, Seixal, dispõem de uma área total de 1200 m2, dividida em área coberta de armazém com 460 m2, área de escritórios e formação com 105 m2, zona de lazer (ginásio) com 80 m2 e uma área descoberta de 740 m2, na qual será construída uma zona destinada ao acondicionamento e posterior encaminhamento de baterias usadas para reciclagem. O investimento total nestas novas instalações foi de €300 000. ■ Importadora FIAMM Parceira do fabricante italiano FIAMM, marca da qual é importadora para o nosso país, a Polibaterias comercializa, também, esta em exclusivo, a marca própria Eurocell (fabricada pela FIAMM e direcionada para o segmento low cost) e representa ainda a sul-coreana AtlasBX. A empresa dispõe de uma rede de 25 distribuidores em solo nacional, prevendo que possa chegar aos 30 ou
› No passado dia 22 de Fevereiro, a empresa especialista em baterias sediada em Cacilhas, Almada, inaugurou, oficialmente, as instalações do Parque Industrial do Casal do Marco, Seixal. Um polo positivo que transmite um forte sinal de vitalidade Por: Bruno Castanheira 35 no final deste ano. Com uma faturação em 2013 que ficou ligeiramente acima de €1.200.000.00, a Polibaterias comercializa baterias para motos, veículos ligeiros e pesados, barcos e industriais, entre outras. Atualmente, 60% das suas vendas dizem respeito a baterias low cost (Eurocell), ficando os restantes 40% a cargo das baterias premium (FIAMM). Situação que a empresa pretende, contudo, alterar a breve
trecho, sendo o objetivo fixar esta relação em 50:50. Dispondo de uma estrutura composta por sete funcionários, a empresa sediada em Cacilhas, Almada, prevê crescer 20% em 2014, fruto, também, destas novas instalações, que, ao reunirem um stock mais vasto, evitam a sua rutura, dando, assim, maior resposta às necessidades do mercado. E tudo indica que a sede da empresa seja mesmo deslo-
Depois do almoço convívio e antes de ter início o mini-workshop, a equipa da Polibaterias destapou a placa alusiva à inauguração das instalações do Casal do Marco. Abril I 2014
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Com uma área total de 1200 m2, as novas instalações incluem uma zona de lazer (ginásio) com 80 m2. Nuno Guerra, sócio-gerente executivo da Polibaterias (à esquerda na foto ao lado), contou com a presença de Davide Mancini (à direita), Sales Export Manager da FIAMM para as regiões dos Balcãs e Mediterrâneo, na inauguração
cada para este novo complexo situado no Parque Industrial do Casal do Marco. Tal deverá acontecer lá mais para o final deste ano. ■ Aposta na formação A inauguração das instalações foi antecedida de um almoço convívio para clientes e amigos, tendo contado com a presença de Davide Mancini, Sales Export Manager da FIAMM para as regiões dos Balcãs e Mediterrâneo. Depois do almoço, seguiu-se um mini workshop ministrado pelo próprio Nuno Guerra, sócio-gerente executivo da Polibaterias.
Durante cerca de 40 minutos, foram abordados os diferentes tipos de baterias, cuidados a ter na sua instalação e manutenção, questões relacionadas com as garantias e importância da especialização de técnicos e vendedores, entre outros. Antes de o mini workshop ter início, o JORNAL DAS OFICINAS esteve à conversa com Nuno Guerra. “As principais dificuldades no exercício da nossa atividade prendem-se com a análise de garantias e do produto a utilizar. Existe muita falta de informação e de formação neste setor. A grande preocupação
da maioria das empresas é vender. A formação fica para segundo ou terceiro plano. Nós já temos recebido baterias que nos são devolvidas quando o principal problema que faz com que o veículo não trabalhe é o motor de arranque”, disse o responsável máximo da Polibaterias. E concluiu: “Para nós, a formação e especialização de técnicos é essencial. Nestas novas instalações, realizaremos diversos workshops.” A terminar, refira-se que a Polibaterias, que já tem exportado para Angola, Cabo Verde e Timor (ainda que reúnam menos de 10% do seu volume de faturação), será a única empresa em Portugal que irá testar, dentro em breve, uma nova bateria para veículos pesados, juntando-se, assim, a outras duas empresas (uma francesa; outra belga) eleitas pela FIAMM para realizar esta operação na Europa.
● Polibaterias
Sede: Av.ª 25 de Abril, 11, R/C, Cacilhas 2800 - 301 Almada Telefone: 212 751 597 / 212 722 022 Fax: 212 733 925 Sócio-executivo: Nuno Guerra Armazém: Av.ª 1.º de Dezembro de 1640, 596 A Casal do Marco – Arrentela 2840 – 720 Seixal Telefone: 210 964 055 Novas instalações: Parque Industrial Qta. das Rosas, Rua Qta. das Rosas, 13, Lt 7, Aldeia de Paio Pires 2840 - 131 Seixal Email: geral@polibaterias.com Site: www.polibaterias.com
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Empresa 3M
Toque de magia
cada 20 segundos, alguém, no planeta, estará a entrar em contacto com um produto 3M. É como uma espécie de magia. O JORNAL DAS OFICINAS viajou até Madrid para conhecer o novo Centro de Inovação 3M, inaugurado em Novembro passado. Trata-se do laboratório onde tudo acontece. E acontece muito: atualmente estão a ser desenvolvidos cerca de 1000 produtos em áreas tão vastas como o consumo, a eletrónica, a energia, os cuidados de saúde, a segurança e grafismos e a indústria. Todos os ramos desta empresa centenária, nascida em Minnesota (EUA), laboram na mesma sede, partilhando informações úteis no desenvolvimento de produtos de outras áreas, só aparentemente incompatíveis. O objetivo comum? Melhorar a prestação dessa atividade ou desse produto, seja ele qual for, tornando-o mais fácil, mais leve e muito mais racional. ■ Prioridade ao automóvel Num universo tão lato, a área industrial representa “1/3 das contas da 3M, cerca de 31 mil milhões de euros”, revelou Juan Carlos Delgado, diretor de Vendas e Marketing da 3M Ibérica. Ora, dentro do ramo industrial da empresa, “o automóvel é a área mais forte”, acrescentou. De resto, conforme explicou Patrícia Correia, responsável de Marketing e Comunicação da 3M Portugal, é difícil isolar os números relativos à seção automóvel, dado que esta utiliza muitos componentes, “fitas, adesivos, abrasivos, e estes cruzam-se com outras áreas”. Juan Carlos Delgado adiantou ainda que o investimento nesta área foi a de maior expressão. “Investimos nas seções consoante o potencial de cada país. Em Espanha em Portugal esse potencial está neste setor automóvel, tanto na fabricação como na reparação. É prioritário. E é onde estamos a investir mais”, disse. Basta ver que, “em tempo de crise, investimos mais de 60 milhões de euros neste Centro de Inovação, em contra ciclo, sendo que grande parte dele está focado no automóvel”.
› Com um toque de magia, a 3M quer revolucionar o mundo da construção e reparação automóvel. O JORNAL DAS OFICINAS foi a Madrid conhecer o novo Centro de Inovação onde tudo acontece… Por: Jorge Flores
Os especialistas do novo Centro de Inovação da 3M trabalham em múltiplas soluções para tornar os automóveis mais leves, ecológicos, confortáveis e personalizados
■ Revolucionar processos A primeira aventura da 3M na indústria automóvel aconteceu em 1920, numa época em que os dois tons da carroçaria estavam na moda. Havia, contudo, um problema: alcançar uma linha de pintura perfeita era uma dor de cabeça. Foi então que Dick Drew, trabalhador da 3M e inventor da fita adesiva se apercebeu, numa visita à fábrica da Ford (com o intuito de vender abrasivos), que tinha a solução para o problema. Recordou-se de um produto que havia visto no laboratório e fez as contas: se juntasse papel, protetor e Abril I 2014
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adesivo, conseguiria obter a fita de mascarar os veículos. Uma solução que ainda hoje é utilizada nas oficinas na preparação do automóvel para a pintura. A 3M acredita que uma das grandes revoluções da indústria automóvel passará pelas aplicações em vinil. Uma solução rápida e mais acessível, que permite não apenas personalizar o veículo ao gosto do seu proprietário, como facilitar a vida às oficinas nas suas reparações. O que falta para o boom comercial destas aplicações em vinil da 3M?, quis o JORNAL DAS OFICINAS saber. “Boa pergunta. Falta um pouco de confiança e conhecimento por parte das oficinas. Falta estes confiarem que esta é uma solução para eles. Creio que o pintor também tem um pouco de medo de deixar de pintar. Se não pintar, o que vou fazer? Pode fazer maravilhas, combinar pintura com vinil. As aplicações de vinil, dantes, eram muito difíceis de colocar, mas com esta tecnologia é muito fácil. Em meia hora! Penso que falta um pouco de visão de futuro. E quando ocorrer essa mudança de mentalidade haverá mais vinil”, respondeu Juan Carlos Delgado. Outra das soluções que fará a diferença no mercado, para a 3M é o novo Paint Defender Spray Film, produto que estará à venda no verão e que promete uma proteção ímpar da tinta. Numa primeira fase, a película de proteção é
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Juan Carlos Delgado acredita que as aplicações em vinil revolucionarão as oficinas quando estas mudarem a mentalidade e encararem o futuro como uma oportunidade de melhorar
transparente, mas os responsáveis estarão já a preparar um composto a cores. A película demora cerca de quatro horas a secar e retira-se facilmente, sem deixar rasto, tal como foi possível testar in loco. Durante um ano, os téc-
nicos da 3M garantem que esta película – idealizada sobretudo para grandes frotas – resiste a impactos e perfurações. A 3M aposta tudo nos processos de trabalho das oficinas, disponibilizando soluções de confiança para os profis-
sionais que “convertem cada reparação numa obra de arte”, disse Juan Carlos Delgado. Para provar essa “paixão”, em breve, estarão abertas as inscrições para o concurso ibérico para apurar o melhor pintor de automóveis.
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Reportagem
Reunião Anual Valvoline
Reunir as tropas
› A Valvoline fez um balanço muito positivo de 2013. Na reunião anual com os seus distribuidores oficiais, a marca representada, em Portugal, pela Krautli mostrou-se otimista em relação a 2014 Por: Jorge Flores
Paulo Santos, brand manager da Valvoline em Portugal, apresentou à rede de distribuição um completo plano de formação técnica que será realizado nas instalações da ATEC
P
elo terceiro ano consecutivo, a Valvoline reuniu as “tropas” para fazer um balanço “muito positivo” de 2013 e para contar as “armas” para o próximo ano. O encontro realizado no passado dia 22 de Fevereiro, no Hotel Vila Galé Coimbra, contou com a presença dos muitos distribuidores oficiais da marca norte-americana, representada, no nosso país, pela Krautli. Segundo Paulo Santos, brand manager da Valvoline em Portugal, “o grande objetivo” deste evento, além da transmissão da “estratégia de uma forma transversal a todos os distribuidores”, é ainda “mostrar uma grande transparência neste conceito de distribuição da Valvoline”, afirmou. Por outras palavras, deixar bem claro perante os seus parceiros que existe “um negócio montado da mesma forma para todos”. Esta reunião pretende ainda demonstrar que os distribuidores oficiais têm muito a “beneficiar com o sucesso de todos e com a troca de experiências e de conhecimento”. No fundo, o foco é tornar este um grupo coeso, demonstrando que “remamos todos na mesma direção”, esclareceu Paulo Santos. Opinião semelhante tem Carlos Silva. Em conversa com o JORNAL DAS OFICINAS, o diretor de Vendas e Marketing da Krautli Portugal realçou a importância desta reunião anual. Uma oportunidade para lançar os “projetos para este ano e para fazer uma retrospetiva do
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ano anterior”, disse. O encontro serviu ainda para fazer “networking entre a rede”, de modo a assegurar que “as boas práticas sejam partilhadas e que a rede seja sólida e homogénea”. ■ Ano de conquistas Olhando para o ano transato, Paulo Santos recorda algumas conquistas importantes da Valvoline. Em 2013, a
Formar o futuro
marca tinha 29 distribuidores oficiais, número esse que foi reforçado no início deste ano O responsável da Valvoline realçou ainda a importância de, pela primeira vez, a marca estar presente na região do Algarve e o mercado de pesados contar igualmente com um distribuidor dedicado. Mas mesmo num balanço positivo existem alguns pontos a corrigir. É o caso da rede Valvoline Service Center. Paulo Santos explicou que, em alguns casos, não tem havido “uma envolvência ao
nível do esperado”. E admitiu mesmo que, em 2013, deveria ter sido colocado em marcha um processo de angariação de mais clientes para esta rede. “Este processo tem que ser clarificado o mais depressa possível. Porque o que está a acontecer é que uma minoria poderá estar a prejudicar a evolução de outras empresas”. Na sua opinião, não se pode prometer uma cobertura nacional e depois referenciar empresas que não apliquem produtos Valvoline. “O que não beneficiara em nada a rede dedicada”, lamentou. Outro aspeto que a Valvoline pretende melhorar é a área dos pesados. “Enquanto representantes de marca assumimos a responsabilidade de trabalhar as marcas de uma forma transversal”, disse Paulo Santos. Em alguns mercados mais pequenos como o das duas rodas, por exemplo, a quota da Valvoline é “muito interessante”, bem como na área náutica. Noutros, como no mercado industrial, as dificuldades são maiores, uma vez que não são muitos os produtos que têm para oferta. Mas onde Paulo Santos sente que existe potencial de crescimento é justamente no mercado dos pesados, onde, inclusivamente, foram feitos investimentos nesse sentido. Idealmente, o retorno em termos de quota de mercado acontecerá algures em 2014. ■ Formar o futuro Para 2014, a grande aposta da Valvoline é a formação. Mais concretamente através do projeto de parceria com a ATEC, que pretende dotar os seus parceiros de ferramentas e competências para angariar os melhores técnicos e as melhores oficinas. “É uma parceria que vai potenciar o negócio dos nossos distribuidores, não só para a Valvoline como também para o mercado de peças em geral. Temos que disponibilizar e fomentar a formação do sector. É vital!”, disse. E rematou: “Somos todos responsáveis. Nós não aplicamos o lubrificante, precisamos deles para o aplicar. E eles precisam de competências para isso”. Ora, “a nossa função”, acrescentou, “é ajudá-los nesse sentido”.
Para 2014, a grande aposta da Valvoline é a formação. Mais concretamente através do projeto ATEC, que pretende dotar os seus parceiros de ferramentas e competências para angariar as melhores oficinas. “É uma parceria que vai potenciar o negócio dos nossos distribuidores, não só para a Valvoline como também para o mercado de peças em geral. Temos que formar estas pessoas. É vital!”, disse. E rematou: “Somos todos responsáveis. Nós não aplicamos o lubrificante, precisamos deles para o aplicar. E eles precisam de competências para isso”. Ora, “a nossa função”, acrescentou, “é ajudá-los nesse sentido”. www.jornaldasoficinas.com
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Empresa Equiauto
Na curva ascendente
uando Joel Pinto criou a Equiauto já contava com uma larga experiência na venda de equipamentos de lavagem automática de veículos, noutra organização na qual trabalhava. O know how adquirido permitiu-lhe iniciar o negócio com um grande conhecimento das necessidades do mercado onde estava inserido. Atualmente desenvolve a sua atividade tem três grande sectores: Equipamentos de lavagem, equipamentos para oficinas automóveis e equipamentos para tratamento de águas. É uma empresa que está muito ligada ao serviço pós-venda, pois foi sempre uma preocupação de Joel Pinto não só vender mas ter uma estrutura que desse sustentação a essas vendas e portanto a Equiauto sempre teve um grande cariz ligado ao pós-venda e por isso os recursos humanos sempre foram desenvolvidos mais nesta área do que na parte comercial. Atualmente conta com uma equipa de 20 colaboradores, mas já teve o dobro. “Em 2012, com o agravar da crise no setor automóvel tivemos de reestruturar a empresa e reduzir custos e pessoal. Continuamos a ter a maioria dos colaboradores alocados ao pós-venda e temos 4 comerciais que cobrem todo o país”, disse Rui Mendes, diretor comercial. Como pontos altos, este responsável destaca que “fomos a primeira empresa desta área a ser certificada na parte da venda, instalação e manutenção de equipamentos. A certificação ocorreu há cerca de 10 anos e veio dar mais credibilidade à empresa e padronizar os serviços. Fomos vários anos consecutivos empresa PME Líder e em 2011 fomos PME Excelência” ■ Aposta em marcas de topo A Equiauto apenas comercializa produtos de gama alta, porque são os que
› Fundada em 1982 por Joel Pinto e Eduarda Pinto, a Equiauto é uma empresa especializada na comercialização, instalação e manutenção técnica de todo o tipo de equipamentos oficinais e lavagem de veículos Por: João Vieira
oferecem mais garantia, mas por outro lado dificulta a venda, pois neste altura o mercado continua a procurar o equipamento mais económico, no entanto, ainda há quem aposte na qualidade e credibilidade dos seus equipamentos. Na área da lavagem comercializa a Wash Tec, marca alemã, líder mundial neste tipo de equipamentos, que representa em exclusivo. Tem uma gama muito completa de equipamentos de lavagem automática, que se caracterizam pela qualidade de construção e fiabilidade. Na área de equipamentos oficinais tem a Ravaglioli, uma marca que comercia“Temos tido muitos contactos de empresas africanas, nomeadamente de Angola e Moçambique, que nos pedem orçamentos, mas são situações que levam muito tempo a concretizar”, diz Rui Mendes
liza desde o início da empresa. Não é distribuidor exclusivo, mas é o mais antigo. No tratamento de águas, dependendo das necessidades do cliente, tem várias opções . “Não temos segundas marcas mais económicas porque queremos manter um serviço de qualidade e ter o cliente sempre satisfeito. Para termos mais marcas tínhamos de aumentar o stock Abril I 2014
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e isso é um investimento incomportável para os dias de hoje. Vamos continuar a comercializar as nossas marcas de topo, pois só assim conseguimos garantir o stock de peças, quer no nosso armazém em Sintra, quer no do Porto e nas carrinhas de assistência. No Porto temos três técnicos que dão assistência a todos os clientes do norte, que é uma zona do país onde já temos o mesmo
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A Equiauto está no mercado há mais de três décadas, sempre a comercializar marcas de topo, como a Wash Tec, Ravaglioli e Facom
número de equipamentos que temos no sul”, refere Rui Mendes. Sobre o momento que o mercado atravessa, este responsável diz que “houve alguns players que desapareceram, mas houve outros que apareceram a vender de uma forma muito agressiva e o mercado continua muito competitivo. O que vejo de positivo é o facto dos clientes agora poderem fazer a triagem e escolherem os fornecedores que lhes oferecem mais garantias na assistência e não baixam a qualidade dos serviços.” ■ Novos produtos e serviços A crise obrigou a Equiauto a ser mais criativa e a inovar. No final de 2013 iniciou a construção de equipamentos de
Inovação no pós-venda A Equiauto inovou na assistência aos equipamentos com o lançamento de um portal dedicado a este serviço. O cliente entra no portal através de um username e passwod e faz on-line o seu pedido de assistência. Fica logo registada a data e hora do pedido e a referência do equipamento a reparar. Através do site o cliente faz o seguimento do seu pedido de assistência, podendo ver se o seu pedido está a ser tratado e se os técnicos vão a caminho. Isto permite uma participação do cliente no processo e mantém-no informado de tudo o que se passa em relação ao seu pedido. Este serviço não obriga a nenhum contrato de assistência e está sempre disponível. Mas também tem contratos de assistência permanente, para os clientes que o desejem fazer.
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lavagem de alta pressão com uma marca própria, Handy Wash. São equipamentos totalmente fabricados pela empresa e que marcam a diferença. A nível comercial, os vendedores começaram a ser também consultores dos clientes. “Não têm apenas a preocupação de vender, mas antes aconselhar o cliente a comprar o que realmente necessita e assim ajudá-lo a poupar e a ser mais eficaz. Temos de ajudar o cliente a atingir os objetivos que quer. Se vendermos com mais eficácia, vamos ter maior rentabilidade” afirma Rui Mendes. A entrega, montagem e manutenção dos equipamentos é sempre feita por técnicos da Equiauto que nunca entrega estes serviços a terceiros. Esta é uma forma de trabalhar que sempre caracterizou a Equiauto e que a tem distinguido. A equipa técnica conta com colaboradores com mais de trinta anos de experiência e a competência técnica destes profissionais já foi reconhecida pela Wash Tec, que os convidou a dar formação aos seus distribuidores e clientes noutros países, nomeadamente no Chile e Uruguai. Este ano foi novamente contactada pela Autoeuropa para remodelar a linha de lavagem dos modelos que lá são produzidos atualmente, o que vem comprovar o reconhecimento da competência técnica. “Estamos também muito atentos às novas tecnologias de informação e comunicação. No nosso site temos uma loja online direcionada para a parte das ferramentas manuais Facom. Para este produto vamos lançar news letters com campanhas e promoções regulares. Recentemente criámos o “Equicard”, um sistema que permite estar numa estação de serviço de uma gasolineira e com o mesmo cartão poder utilizar todo o equipamento disponível, nomeadamente as máquinas de lavagem automáticas, limpeza de tapetes e aspiradores, entre outras. Com a utilização do “Equicard” o responsável do posto consegue fazer uma gestão dos equipamentos on-line em tempo real, saber quais foram utilizados, o dia e a hora de utilização e o crédito disponível em cada cartão”, diz Rui Mendes. Para este responsável “O balanço que fazemos de 2013 face a 2012 é muito positivo, pois estávamos numa curva descendente e conseguimos reverte essa curva para uma situação de crescimento, conseguindo manter os mesmos clientes. Para 2014 não esperamos um grande crescimento, mas acreditamos que vamos conseguir manter as vendas do ano passado”.
● Equiauto Rua do Ulmeiro, 29 Pav. 10 – Parque Industrial Armés 2715-771 Terrugem Gerente: Joel Pinto Telefone: 21 967 82 30 E-mail: joel.pinto@equiauto.pt Internet: www.equiauto.pt
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Empresa Bosch
“O processo de formação é simples e acessível”
› Mário Maia é o rosto do Centro de Formação Bosch para as oficinas de reparação e diagnóstico automóvel. São três as áreas em vigor e sessenta as formações anuais Por: Jorge Flores
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Centro de Formação Bosch tem uma relação direta com as oficinas de reparação e diagnóstico automóvel. Mário Maia, coordenador de assistência técnica no departamento de acessórios, em Portugal, é o rosto desta importante área da empresa, e considera que o trabalho desenvolvido em formação, desde 1998, tem sido muito positivo. “A aceitação da parte das oficinas aderentes tem sido bastante elevada e surpreendente”, revela ao JORNAL DAS OFICINAS, sublinhando que, “como empresa que se pauta por valores como a transparência, liderança, formação e inovação”, a Bosch sempre teve a preocupação de “elaborar um programa de formação em que o técnico fosse capaz de desenvolver as suas competências técnicas”, esclarece Mário Maia. Segundo o responsável da Bosch, “o processo de formação é simples e acessível”. Atualmente, adianta, “temos dois títulos para os técnicos da rede Bosch Car Service: Técnico Bosch Car Service e Técnico de sistemas Bosch. No primeiro caso, o técnico realiza uma prova de conhecimentos
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de forma a obter o título de técnico BCS, após concluir as formações que dão acesso a esta categoria. No caso do técnico de sistemas Bosch, após obter o título de Técnico BCS, a formação continua com o objetivo de elevar a sua categoria a técnico de sistemas, cuja especialização passa por todas as áreas de diagnóstico e reparação no automóvel, revela. Por outro lado, a empresa dá ainda formação ao nível da rede de oficinas AutoCrew. “Numa ótica de uniformização das formações disponibilizadas, também neste nosso novo conceito, foi elaborado um programa de formação que se adapta à realidade da rede. Não posso ainda deixar de mencionar o programa de formação para as oficinas aderentes ao conceito de módulos oficinas especialistas. À semelhança do que é feito para os outros conceitos, este programa de formação é elaborado com o máximo cuidado, disponibilizando uma oferta de formação o mais variada possível e tendo sempre em conta o modelo de negócio destas oficinas”, reforça. ■ Área prioritária Para o Grupo Bosch, a formação é considerada uma área prioritária, daí que, desde o início da sua atividade, tenha sido uma aposta segura. E evoluído de uma forma natural. “Sendo um dos principais fornecedores automóvel do mundo e sendo a inovação um dos pilares basilares da sua atuação, a Bosch tem acompanhado de perto a evolução tecnologia dos veículos e sistemas, quer em termos de mercado quer em termos de formação. Temos tido a preocupação de nos manter atualizados nas últimas tecnologias, e, claro, no fator humano.
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Para garantirmos os altos padrões de qualidade, os nossos formadores têm que estar forçosamente atualizados, e, para isso, investimos o que for necessário”, reforça o responsável. ■ Oficinas sensíveis Mário Maia assegura que as oficinas são sensíveis a este tipo de formação específica. “Quando visitamos as oficinas da rede BCS/BDS/BDC, AutoCrew ou mesmo oficinas de outros conceitos oficinais, uma das questões que mais surge é sobre o início do programa de formação”, assegura. Porém, “antes de avançarmos para um programa de formação, são necessárias formalidades e preenchimento de requisitos, de forma a mantermos um elevado nível de qualidade. Da nossa parte, não é suficiente enviar o programa de formação. Tem de existir o acompanhamento junto à oficina para que os técnicos se inscrevam nas formações que mais se adequam ao staff e ao tipo de serviço realizados na oficina”, afirma Mário Maia, acrescentando que os “responsáveis das oficinas têm a perfeita consciência da necessidade de formação por parte dos técnicos, de forma a garanDepois, acrescenta, esta atualização “também pode ser complementada pelo próprio técnico que já tem ao seu dispor informação gratuita que lhe permite estar a par das últimas tendências de mercado. É, de facto, necessário, existir esta consciencialização da parte das oficinas e dos seus colaboradores face à necessidade de uma literatura e pesquisa mais assertivas”. Na opinião de Mário Maia, apesar de todo o processo de formação das oficinas, estas deparam-se ainda com outra necessidade: a da “atualização dos equipamentos”.
As oficinas têm uma enorme necessidade de adquirir conhecimentos tecnológicos e Mário Maia admite que a Bosch pretende aumentar o número de formações por ano
tir que se mantêm atualizados face às novas tecnologias dos setor”. Mais do que isso: “só assim conseguirão fazer face e acompanhar o “comboio” tecnológico”. ■ Atualização permanente Manter as oficinas atualizadas perante a constante evolução tecnológica dos automóveis não é uma missão fácil. “É um trabalho constante e que exige muita dedicação e empenho da parte das oficinas e formação adequada da nossa parte”, explica. Do lado das oficinas, “é necessária uma preocupação em termos de investimento e vertente técnica, bem como das competências dos seus colaboradores. Para além da formação, as oficinas têm de garantir o trabalho de campo e a atualização máxima dos seus serviços. Não basta apenas a formação”. www.jornaldasoficinas.com
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■ 60 formações anuais De momento, não está nos planos da Bosch alargar as matérias de formação, muito embora Mário Maia admita que nenhum dos programas “é fechado, o que significa que podemos sempre introduzir alterações ou até mesmo, programar novas formações”. O Centro de Formação conta com três formadores e ministra, em média, 60 ações por ano, na sua maioria, na sede em Lisboa. Mas a necessidade das oficinas poderá obrigar a um aumento deste número. “A ideia é que consigamos alargar a nossa formação ao máximo número de oficinas possível, de forma a mantermos o mercado competitivo e garantirmos que nenhuma oficina fique sem formação”, revela Mário Maia.
● Robert Bosch
Av. Infante D.Henrique, Lt 2E e 3E 1800-220 Lisboa Responsável Formação: Mário Maia Telefone: 218 500 005 Fax: 218 500 168 E-mail: mario.maia@pt.bosh.com Internet: www.bosch.pt
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Empresa Samiparts
“O grande desafio para 2014 é o online” › A Fundada em 2003, a Samiparts, que dispõe de quatro lojas e 15 funcionários, dedicase à comercialização de peças e acessórios para veículos ligeiros. Para Samuel Nunes e Miguel Baptista, os sócios-gerentes, “o grande desafio da empresa para 2014 é o online” Por: Bruno Castanheira
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udo começou há mais de uma década. Samuel Nunes e Miguel Baptista, que já se conheciam uma vez que trabalharam juntos numa empresa da região, decidiram abrir o seu próprio negócio em Pombal. Corria o ano de 2003 quando, em pleno Verão, mais concretamente em Julho, a Samiparts (cujo nome resulta da conjugação das duas primeiras letras do nome próprio de cada um (“Sa” de Samuel; “mi” de Miguel) com a palavra inglesa “parts” (que significa peças), começava a sua atividade. Numa loja de apenas 100 m2, Samuel, Miguel e um funcionário arrancaram com o negócio. Um mês depois, em Agosto, entrava uma quarta pessoa e, no ano seguinte, em 2004, era contratado um quinto funcionário. Em 2005, uma sexta pessoa integrava a estrutura e era inaugurada a loja de Ansião. Três anos mais tarde, em 2008, nasceu a loja de Soure, no distrito de Coimbra e, em 2011, foi a vez de ser inaugurada a loja de Leiria, onde decorreu a nossa conversa com Samuel Nunes e Miguel Baptista, os sócios-gerentes da Samiparts. ■ Crescimento sustentado Atualmente com 15 funcionários, esta empresa da região Centro está fortemente enraizada no distrito de Leiria,
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onde dispõe de três lojas: Pombal (240 m2); Ansião (140 m2) e Leiria (700 m2). Já a loja de Soure (140 m2) está localizada no distrito de Coimbra. O crescimento sustentado que a Samiparts tem alcançado deve-se aos seus princípios de boa gestão e à sua elevada capacidade de resposta. A empresa dispõe de bons parceiros e tem um modo de atuação que se pauta pelo rigor e pela transpa-
rência. Disso mesmo deu-nos conta Miguel Baptista: “As coisas estão a andar. Muito devagarinho agora, mas a andar solidamente. É esse o nosso interesse. Em 2013, crescemos 14% face a 2012. Graças, também, à loja de Leiria. E já no primeiro trimestre deste ano, registámos uma subida face a 2013. Veremos como o ano encerra mas, para já, as coisas estão a correr bem.” Em 2011, com a abertura da loja de Leiria, a empresa deu um salto em termos de crescimento. O objetivo prendeu-se com a intenção de estar presente de forma mais forte na cidade do Liz mas, também, com a necessidade de criar um novo armazém. “Antes de ter sido inaugurado o complexo de Leiria, era de Pombal que saía todo o material para as restantes lojas. Desde 2011, é para o armazém de Leiria que são encaminhadas todas as encomendas de material. Depois, é daqui que sai a distribuição para abastecer as outras três lojas”, explicou Samuel Nunes. ■ 2014: o ano do online Não existe, hoje, negócio que não seja competitivo. A concorrência é feroz em todas as áreas. E a das peças e acessórios para veículos ligeiros não foge à regra. “O setor onde operamos é muito competitivo. Onde nós fazemos a diferença é no stock de que dispomos e na qualidade do serviço que prestamos. É no stock que investimos muito. Temos de ter para vender. Hoje em dia, o cliente não espera. Às vezes nem é tanto o preço, mas sim o facto de dispormos do material”, afiança Samuel Nunes. Com cerca de 4000 referências permanentes em stock, daquelas que são requisitadas todos os dias (número que é bastante superior se falarmos de referências abertas), a Samiparts trabalha exclusivamente com marcas conceituadas. Dos cerca de 600 clientes existentes na sua base de dados, os ativos rondam os 350. Número que inclui tanto particulares como oficinas. Os que estão mais próximos, regra geral vão buscar as peças. Para os que estão mais longe, a Samiparts, através das quatro carrinhas ou por intermédio das cinco transportadoras com as quais trabalha, faz chegar os pedidos aos clientes.
As lojas que reúnem maior volume de faturação são as de Pombal e Leiria, com cerca de 40% cada, ficando os restantes 20% repartidos entre as lojas de Ansião e Soure. Questionados sobre o grande desafio da empresa para 2014, Miguel Baptista tomou a dianteira e respondeu ao nosso jornal de forma perentória: “No ano passado, lançámos as linhas dos produtos Girling, SWAG e AD. Este ano, não pensamos lançar mais nenhuma, uma vez que temos todo o tipo de produtos. A nossa ofensiva já é forte. O grande desafio? Uma das coisas que andamos a tratar é da vertente online da empresa. Estamos a começar a trabalhar nisso e a desenvolver estudos nesse domínio. Neste momento, as nossas vendas ainda são feitas pelo telefone. Mas a nossa intenção é disponibilizar um espaço cibernauta onde o cliente possa aceder a preços, conhecer campanhas, fazer compras e consultar manuais técnicos. Contrataremos uma pessoa só para fazer a gestão dessa área.”
● Samiparts
Sede: Rua da Primavera, Bloco B1 - Flandes 3100 - 339 Pombal Sócios-gerentes: Samuel Nunes e Miguel Baptista Telefone: 236 200 370 Fax: 236 200 379 Email: geral@samiparts.pt Site: www.samiparts.pt Loja de Ansião: Av.ª Luís de Camões 3240 – 141 Ansião Telefone: 236 676 448 Fax: 236 676 449 Loja de Soure: Edifício Sr. Almas, R/C Dto. 3130 - 546 Soure Telefone: 239 507 164 Fax: 239 507 224 Loja de Leiria: Ponte das Mestras, 114 2415 - 568 Leiria Telefone: 244 810 230 Fax: 244 810 239
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Empresa TRK Consultores
Peça distinta
› A TRK Consultores está no mercado nacional há cinco anos e tem já 1.100 clientes oficinas e 10 companhias seguradoras em carteira. Garantem ser uma peça distinta no motor do aftermarket Por: Jorge Flores
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TRK Consultores não tem mais do que cinco anos de atividade no setor aftermarket nacional. Hoje, a empresa possui “braços” em ramos tão distintos como o dos riscos patrimoniais, salvados, soluções informáticas, internacionalização, sinistros com danos materiais e automóvel. É nesta última área que se encontram Hugo Batista e António Gomes, responsáveis do departamento que descrevem como “a peça que faltava no pós-venda”. “Em 2009 conseguimos arrancar no mercado. Inicialmente tínhamos um catálogo com meia dúzia de players nacionais – com 30 mil referências – e um cliente seguradora. E neste momento, ao fim de cinco anos, temos 10 clientes seguradoras e um catálogo com cerca de 6,5 milhões de peças. Vendemos peças originais, aftermaket, temos um call center que, no ano passado, realizou 36 mil orçamentos a nível nacional”, recorda Hugo Batista. Os responsáveis da TRK Consultores garantem que são extremamente rigorosos na escolha dos fornecedores e que 40% das peças são oriundas de Espanha. “Privilegiamos o contrato com o fabricante, de forma a termos o melhor acesso, tanto à informação técnica, como ao stock. E ao melhor preço, como é óbvio”, afirma. A plataforma autónoma e independente é um dos trunfos da empresa, já que permite ao seu utilizador pesquisar qualquer equivalência à origem e todo o tipo de peças. “Vamos além do mero serviço de pesquisa e preçário, garantimos o preço, a qualidade, serviço e a entrega em tempo útil”, revelam. “Temos uma plataforma muito eficaz, que permite a qualquer perito realizar, de uma forma autónoma, uma pesquisa das peças da nossa base de dados. Tem várias alternativas: aftermarket, original… Mesmo ao nível das peças originais, conseguimos ser mais competitivos, porque usufruímos de uma negociação para todas as necessidades do grupo, o que nos permite chegar a obter poupanças na ordem dos 10% sobre o PVP”, adianta Hugo Batista.
A partir de Lisboa, Hugo Batista e António Gomes atuam em Portugal e Espanha, o objetivo futuro é a internacionalização das suas soluções
cessidade da oficina”, descreve o responsável. Uma oficina de “média dimensão”, acrescenta, “tem sempre um funcionário que está todo o dia a pegar nos orçamentos que os colegas lhe pedem, a tentar arranjar a melhor peça. Ora, nós estamos a fazer esse serviço proactivamente. Ou seja, através do nosso catálogo de peças conseguimos garantir logo aquilo que o cliente quer. O catálogo pode ser disponibilizado para uma oficina que seja nossa cliente. Se não quiser também temos através do nosso Contact Center, pessoas que vão utilizar esse mesmo catálogo, e o que fazem é o cruzamento de uma referência com as alternativas que o catálogo tem. Essas alternativas podem ser material de origem, material de primeira qualidade, material equivalente, material certificado. Tudo dentro das categorias que temos. E a opção torna-se do cliente. Muito simplesmente, o que a TRK faz é proporcionar um serviço”, sublinha. Por outras palavras, “estamos a funcionar como se fossemos uma central de compras. Não é esse, hoje em dia, o objetivo de uma loja de peças”, adianta António Gomes. E exemplifica. “A loja de peças tem as suas linhas de produto, os acordos que fez com os seus fornecedores, e vende determinado produto. Não dá opção ao cliente. O cliente se quiser, por exemplo, um filtro de uma marca que não seja vendido pela loja, não consegue. E esta loja vai sempre tentar vender o filtro da sua marca. O cliente pode não ficar contente. Com a TRK Consultores, não, a opção é sempre do cliente”.
■ Solução de peças António Gomes explica ao JORNAL DAS OFICINAS que a TRK Consultores funciona de um modo diferente da tradicional empresa vendedora de peças. “Existem duas maneiras de vender peças: ou vamos diretamente à oficina ou a oficina procura o fornecedor de peças. E nós estamos no meio. O que fazemos é dar um serviço que consiste na neMarço I 2014
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Aposta internacional A médio prazo, a TRK Consultores pretende ser uma central de peças internacional. Hugo Batista não esconde. “Estamos cada vez mais a usufruir dos contactos internacionais para trabalhar outro pequeno segmento que é o segmento de importação. E isso vai permitir-nos abrir portas ao Brasil, à Polónia, a Marrocos e a Angola. No fundo, é usufruir desta nossa base de dados que é um megacatálogo e da nossa networking nestes países todos e jogar com o melhor dos mundos”, afirma. Em Portugal, Hugo Batista aguarda por um maior controlo sobre as peças de qualidade duvidosa. “O Block
Exemption é completamente omisso em relação à qualidade das peças. Espero que um dia destes a ANECRA e todas as outras entidades se juntem e coloquem alguns entraves às peças piratas que existem no mercado. Quando houver uma certificação, seremos os primeiros a cumpri-la, porque já fazemos isso desde 2009. Fazemos uma seleção rigorosa dos fornecedores, das peças e do nosso catálogo. Garantimos em qualquer momento a qualidade do que estamos a vender. Isso é muito importante para as oficinas e para as seguradoras e para o cliente do carro. Uma peça pirata prejudica todos os intervenientes do setor”, sublinha.
■ Interlocutor único A área de negócio da TRK Consultores divide-se, portanto, em duas vertentes: a dos serviços para as seguradoras, o seu core business (os peritos recorrem à plataforma para dar preços às oficinas); e a vertente da venda direta, aproveitando as sinergias e utilizando a mesma base de dados. Em relação a esta área de venda direta ao mercado, o objetivo assumido pela TRK Consultores é “ser o único interlocutor entre a oficina e os fabricantes de peças automóveis, criando assim condições para que a oficina tenha redução de custos, garantia de qualidade, garantia de serviço e transparência”, enfatiza António Gomes. Presentemente, a em-
● TRK Consultores Edifício Banco BIG Avª. 24 de Julho, nº 74-76, Piso 1 1200-869, Lisboa Telefone: 21 0326016 Fax: 21 3956000 Email: geral@trkconsultores.pt www.trkconsultores.pt
presa tem 2257 oficinas em base de dados, das quais 1100 estão ativas – “as restantes ainda não passaram a venda”, desvenda António Gomes. “As oficinas que trabalham de forma constante connosco são as mais profissionais, aquelas que investiram nos procedimento e na melhoria do dia-a-dia da oficina e que valorizam ter um parceiro que lhe responda ao orçamento completo. Ganham tempo, nós temos preços competitivos, devido à estrutura e também ao nosso posicionamento”, assegura Hugo Batista, reconhecendo que o cliente-tipo será cada vez mais as redes oficinais.
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Novidade
Pistolas de pintura SATA
Mais próximo dos clientes › Representante das pistolas de pintura SATA desde 2011, a Impoeste pretende alargar a sua rede de seis distribuidores para dezoito, a nível nacional, dando cobertura territorial completa e garantia de serviço
Por: João Vieira
Luis Santos, diretor geral da Impoeste e Jorn Stover, diretor de exportação da SATA, apresentaram a nova estratégia da marca para o nosso mercado
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orn Stover, Diretor de Exportação da SATA, veio a Portugal apresentar aos distribuidores oficiais as novidades da marca e a estratégia a implementar para ganhar mais notoriedade e assim conquistar mais clientes, num mercado em recuperação. “A SATA é líder do mercado mundial de pistolas de pintura e a qualidade alemã é sinónimo das melhores performances de aplicação, ao nível da fineza de pulverização e do formato do leque, mas também ao nível dos materiais empregues, design e serviço pré e pós-venda”, referiu Jorn Stover. Fundada em 1907, a SATA é uma empresa familiar alemã totalmente dedicada Abril I 2014
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ao fabrico e desenvolvimento de pistolas de pintura. Com sede perto de Estugarda, cidade muito ligada à indústria automóvel com as marcas Porsche e Mercedes, a SATA sempre teve uma grande proximidade com os construtores de automóveis e de tintas, desenvolvendo em conjunto pistolas adaptadas às necessidades deste exigente mercado. Atualmente, as pistolas SATA são comercializadas em mais de 100 países, em todo o mundo. A gama de produtos inclui mais de 3.200 referências e todos os anos regista mais de 60 patentes. Tem implementado o sistema Kaizen na fábrica e o nível de precisão dos bicos das pistolas não varia mais do que 0,018mm. As pistolas SATA são produzidas na Alemanha, sendo todas testadas e ensaiadas antes de serem comercializadas. “Quando se vende uma pistola com a qualidade SATA, estamos a criar uma relação de fidelidade maior, porque os clientes ficam satisfeitos e voltam sempre a comprar as nossas pistolas. Criamos relações mais próximas com os nossos clientes para mantermos o negócio mais tempo”, diz Jorn Stover. ■ Atuar pré e pós-venda A estratégia da marca para Portugal passa pelo que a SATA define internacionalmente, ou seja, distribuidores conhecedores do produto e da atividade que possam atuar pré e pós-venda, garantindo aos seus clientes o melhor equipamento e o melhor serviço a um preço justo. Não é seguramente a um preço baixo, mas a um preço justo que está assente a política comercial da SATA. Na reunião foi apresentado um plano de formação aos distribuidores SATA, o qual assenta no modelo de conhecimento abrangente e integral dos sistemas SATA e seu uso nas oficinas. Luis Santos, Administrador da Impoeste, anunciou que o desenvolvimento da rede de distribuidores SATA vais ser uma prioridade da empresa para este ano. “A rede de distribuidores SATA é a ponta visível do processo de lançamento de modelos novos e de uma nova atitude face às exigências dos clientes oficinais. Maior conhecimento e serviço são os pilares da atuação da Impoeste e dos seus distribuidores nacionais na comercialização dos equipamentos SATA”.
SATAminijet 4400B
A nova pistola compacta SATAminijet 4400 B foi a grande novidade apresentada na reunião de distribuidores oficiais SATA. Com uma pressão de entrada que se situa entre 0.5 e 2.0 bar (HVLP) ou 0.5 e 2.5 bar (RP), dependendo da aplicação, a nova minijet 4400 B é indicada para pintura de pequenas superfícies. O seu corpo apresenta um acabamento cromado à prova de corrosão no exterior e dispõe de revestimento interior de proteção. A tampa de ar robusta é feita de latão cromado, enquanto que a agulha de tinta e o bico são fabricados em aço inoxidável temperado. O gatilho, por seu turno, foi concebido de modo a que a agulha de tinta se encontre protegida, o que aumenta o tempo de vida de vedação da agulha de tinta, reduzindo, assim, a necessidade de substituí-la. O que resulta numa poupança de tempo e dinheiro. A espessura da haste do êmbolo de ar foi aumentada para prolongar a sua durabilidade.
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Gestão
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Financiamento de equipamentos
Ser concorrencial
› A aquisição de equipamentos através de leasing é interessante, porque permite uma amortização gradual do investimento, com custos moderados, enquanto o empréstimo bancário é a opção mais penalizante
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ma oficina de reparação automóvel nos nossos dias, quer seja de mecânica geral, colisão, pneus, mecânica rápida, etc., tem que ser competitiva para estar no mercado, tem que ser rentável para se manter sustentável e tem que ser eficiente e produtiva, para poder oferecer intervenções tecnicamente corretas e com valor para o cliente. Para poder preencher estas condições todas, o binómio homem/máquina tem que estar ao máximo nível, o que significa ter pessoal com formação completa e possuir equipamentos avançados, produtivos, eficientes e rentáveis. Claro que tudo isto é mais fácil dizer do que fazer, mas a realidade é que não existe outra opção em cima
da mesa. Se a oficina não tiver pessoal competente e não estiver equipada a 100%, falha um dos aspectos essenciais atrás referidos e falhando um falha todos, porque estão totalmente interligados. A questão portanto não será tanto investir mais ou menos, mas como financiar o investimento necessário, atendendo à dimensão da oficina, quadro de pessoal e especialidades exercidas. ■ Ferramentas essenciais Com a atual complexidade tecnológica dos veículos, a primeira exigência é possuir soluções de diagnóstico de primeira linha, o que inclui bases de dados dos modelos do parque circulante e informação técnica detalhada. Programas de avaliação de danos e orçamentação são também indispensáveis, porque o cliente precisa saber o custo da reparação para decidir. Obviamente, a oficina não pode pedir de mais, nem de menos, porque se arrisca a perder o negócio no primeiro caso e corre o risco de perder dinheiro no segundo. Dependendo da dimensão e movimento da oficina, uma linha de pré-inspeção pode constituir um meio complementar de
diagnóstico e uma forma de arranjar serviço. No terreno das infra-estruturas, é preciso contar com ar comprimido, iluminação, ventilação e sistemas de tratamento de águas residuais. Dependendo do tipo de oficina e da sua dimensão, é preciso contar com elevadores adequados. O elevador é uma ferramenta indispensável de verificação e diagnóstico do veículo, servindo de seguida para realizar a intervenção nas melhores condições de ergonomia e segurança. Nas oficinas de colisão, há equipamentos incontornáveis, como o banco de carroçaria, a cabina, áreas de preparação com ventilação, sistemas de secagem rápida, pistolas de aplicação e respectivo equipamento de limpeza, sistema de cor e ferramentas de lixagem, máquinas de soldar, etc. Nas oficinas de pneus, as máquinas de montar pneus, de equilibrar rodas e os sistemas de alinhamento são a base, mas existem também equipamentos de reparar pneus, de vulcanizar e até de recauchutar. Em qualquer oficina, uma secção de lavagem manual e/ou automática é aconselhável.
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■ Formas de financiamento Convém ter a noção que um layout completo de uma oficina pequena pode ultrapassar hoje €1 milhão, chegando aos € 2-3 milhões e mais para oficinas maiores. Claro que isso não significa que o investimento é inacessível, porque uma oficina a funcionar a plena capacidade também pode facturar €1 milhão por mês ou mais. Isso não quer dizer ganhar milhões, nem pouco mais ou menos, mas permite realizar as poupanças indispensáveis para amortizar os investimentos. A forma mais vantajosa de investimento é com capitais próprios da empresa, dos sócios ou de acionistas, porque evita o pagamento de encargos financeiros. De qualquer forma, a aquisição de equipamentos através de leasing é também interessante, porque permite uma amortização gradual do investimento, com custos moderados. O empréstimo bancário é a opção mais penalizante, podendo exigir garantias, fiadores, etc., para já não falar nos encargos, que são geralmente elevados. De qualquer modo, o equipamento de boa qualidade, bem utilizado e com manutenção correta amortiza-se a si próprio, através da faturação suplementar que permite realizar. Qualquer que seja a modalidade de financiamento, um seguro adequado protege esse investimento de imprevistos e permite a sua substituição em caso de inutilização. ■ Gestão do Investimento O investimento deve ser acompanhado por um técnico de contas habilitado e por um consultor financeiro com capacidade de análise dos indicadores relativos ao desempenho do investimento. O investimento cria e garante empregos, beneficiando por isso de um tratamento fiscal específico. É também conveniente saber até que ponto o equipamento está a gerar receitas que permitam no futuro a sua substituição. O equipamento tem geralmente valor residual zero no final do contrato e a empresa tem que regressar ao ponto de partida, se não tiver realizado provisão para aquisição de novos equipamentos. Por outro lado, os contratos de fornecimento de equipamentos devem ser explícitos quanto às garantias e quanto ao serviço de assistência de pós-venda. A rapidez e eficiência dessa assistência são fundamentais para rentabilizar o equipamento. A formação inicial dos operadores pela empresa fornecedora do equipamento é também uma mais-valia a considerar. No caso dos sistemas de diagnóstico, os fornecedores geralmente asseguram uma linha de apoio técnico permanente e em certos casos a possibilidade de realizar diagnóstico online, para situações mais complicadas. Todos os contratos de fornecimento de equipamentos devem ser analisados cuidadosamente, porque um contrato omisso ou pouco favorável é um osso que a oficina tem que roer até ao fim. Abril I 2014
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Destaque
Roubos e desvios › Aquilo que os empresários da reparação menos precisam nesta altura do campeonato, com dificuldades de cobrança, falta de liquidez e decréscimo de visitas à oficina, é a “ajuda” de colaboradores desonestos para aliviar o património da empresa e ameaçar a já frágil rentabilidade do negócio
Ameaça à rentabilidade
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ste assunto não é ventilado com muito à vontade, nem em praça pública, porque isso poderia afectar a imagem do negócio e dos seus promotores, havendo ainda a acrescentar que muitos dos desvios e subtrações são frequentemente praticados por colaboradores de “confiança” e “amigos”, quando não pelos próprios sócios. Não obstante, estudos recentes têm demonstrado repetidamente que no caso das grandes superfícies, por exemplo, o problema atinge um volume anual da ordem dos milhões de euros, sendo que 40% do total fica à responsabilidade de clientes pouco recomendáveis e 60% ficam dentro da própria empresa, ou seja, dentro dos bolsos de colaboradores interessados em ajudar a escoar os stocks… Interessa pois analisar as razões da incidência do fenómeno e a possibilidade prática de estancar o desvio de riqueza que faz falta à empresa e coloca em risco a sua sustentabilidade. ■ O triângulo “fatal” Os roubos dentro das empresas provavelmente sempre existiram, embora sem atingir as proporções atuais, impulsionados pelos volumes da atividade económica, pela relativa impunidade e pelo crescente acesso de candidatos muitas vezes anónimos ao emprego, bem como
à relativamente elevada rotação de pessoas dentro dos empregos. De qualquer modo, a experiência empresarial detectou ao longo do tempo três factores principais e convergentes para propiciar o roubo: a necessidade, risco reduzido e oportunidade (“A ocasião faz o ladrão…”). Vejamos algumas situações que poderão ocorrer, porque provavelmente já sucederam. De qualquer forma, os nomes e as circunstâncias aqui descritos são puramente aleatórios e qualquer correspondência com casos reais deve-se apenas a uma coincidência involuntária, da qual antecipadamente pedimos desculpa. ■ O que pode ocorrer A Ana Paula desempenhou funções administrativas na contabilidade numa oficina durante 20 anos e atingiu um grau de confiança que lhe permitia assinar cheques de pagamentos. É uma pessoa cuja família é conhecida do patrão, pautando-se por princípios morais e religiosos intocáveis. Com o tempo, tornou-se uma pessoa imprescindível na empresa, porque sabia tudo sobre o negócio. Ponto fraco: gosta de passar horas a jogar nas máquinas do casino com amigos. Aparentemente, a sorte sorri-lhe.
O António José (Tozé) tornou-se mecânico há um par de anos, tendo desempenhado sempre bem o seu papel e demonstrado vontade de aprender. No ano passado, disse que era altura de ter um aumento, porque trabalhava mais, mas a empresa ainda não tem possibilidades de lhe fazer a vontade. Contudo, é uma hipótese a considerar no futuro. O patrão julga que ele fica contente com essa promessa, mas ele não pensa assim. Está amuado e até certo ponto revoltado, porque julga que está a ser vítima de uma injustiça. O João Alberto é um bom montador de pneus e ajuda a arrumar e limpar a oficina, nos seus tempos livres da função que desempenha. Ele costuma andar na companhia de um grupo de amigos chegados, mas estes deixaram de aparecer na oficina, desde que o chefe lhes deu a entender que ali era um local de trabalho e o Alberto não podia ser distraído das suas obrigações. Embora seja um bom empregado, o Alberto passa a vida a dizer aos colegas (e a quem quiser ouvir…) que um amigo lhe disse que podia ganhar mais no McDonald’s, com muito menos trabalho… Embora sejam apenas palavras, essa atitude traduz a ideia de que a empresa está de certo modo em dívida para com ele. Em qualquer destes casos, basta que surja uma oportunidade favorável para suceder o desvio indesejado. Você pensa que no caso da sua oficina isso é uma hipótese muito remota, mas repare que passa muito tempo fora e tem um controlo apenas superficial do negócio, através dos “ papéis “… ■ Medidas preventivas Claro que não queremos levantar suspeitas onde não se justificam, nem criar nenhuma paranóia do roubo nas oficinas,
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porque isso só poderia piorar as coisas. De qualquer maneira, “cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”, como diz o povo. Há um conjunto de medidas simples e normais que permitem que o empresário tenha maior controlo do seu negócio e que servem como desmotivação para qualquer tentativa de procedimento ilícito. Vejamos quais poderão ser as 12 medidas principais a levar a cabo: Inventário mensal - Todo o stock de produtos, peças, pneus, óleos, etc. deve ser verificado uma vez por mês, em dias desencontrados de um mês para o outro, para ninguém saber quando será feita a conferência. Embora isso possa constituir uma tarefa adicional pouco desejada, contribui para adiantar e tornar mais precisos os balanços, atuando ainda como um travão para qualquer tentativa de desvio. Além disso, demonstra que os colaboradores, pelo menos dentro da empresa, são honestos. “Cadastro” do pessoal - Verificar sempre o passado dos empregados, a todos os níveis. Como a lei não permite fazer essa “investigação”, um telefonema ou conversa informal com antigos patrões podem ser esclarecedores. Há uma pergunta a um antigo patrão essencial para o atual patrão saber se quer ter uma pessoa na sua equipa: “Você contratava esse empregado outra vez?” Consumo de drogas - Excepto em alguns casos específicos, o consumo de drogas está geralmente associado ao marginalismo e à delinquência. Nas oficinas de reparação automóvel, o consumo de álcool e drogas durante as horas de funcionamento é uma questão de higiene e segurança no trabalho e
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deve ser tratada nesses termos. Em caso de necessidade, contrate os serviços de um advogado ou de um especialista em recursos humanos, mas não se deixe intimidar e siga uma política linear nesse domínio. Envolvimento do pessoal - Os ladrões da empresa prejudicam igualmente os seus empregados, reduzindo as suas hipóteses de beneficiar de aumento, receber prémios, ter folgas, etc. Não é preciso que eles atuem contra os delinquentes, mas que indiquem anonimamente quem é e o que faz. A partir daí, é muito simples apanhar o ladrão com a “boca na botija”… Conferência de caixa - A caixa deve ser conferida uma ou duas vezes ao dia, dependendo do movimento. As saídas e entradas de caixa são muito importantes e devem estar sempre documentadas, para evitar desvios. Além disso, se for necessário adiantar dinheiro para alguma compra no exterior, tem que ser emitido um vale em nome do empregado que leva o dinheiro. Com a entrada do troco e da factura, o vale é destruído, para ficar a caixa certa. Nunca deixar cheques pré datados na caixa, pois o seu movimento apenas se realiza na data acordada com o cliente. Alguém poderia cair na tentação de levantar o valor do cheque e essa burla só viria a ser descoberta muito mais tarde, ocultando o delito.
Manter iluminação - “De noite, todos os gatos são pardos…”, diz-se e é “quase” verdade. Se houver um roubo durante a noite e tiver sido praticado por um colaborador, este poderá ficar sempre à sombra dos “ladrões”. O exterior da oficina deve ficar bem iluminado, a não ser que esta esteja situada em ambiente urbano com iluminação pública eficiente. Eliminar documentos manuais - Todos os documentos da oficina devem ser oficiais ou computorizados, devidamente numerados em série. Os orçamentos e recibos à mão são um “convite” aos colaboradores abusadores para embolsarem dinheiro por conta própria, ficando as despesas para a oficina. Entregas urgentes - Nos picos de atividade da oficina, há peças que são pedidas com urgência, sendo entregues pelo fornecedor em menos de meio dia. É fundamental conferir todas as faturas dos fornecedores (número dos documentos, mercadorias e importâncias), especialmente as que são entregues em cima da hora. É igualmente importante “casar” as faturas do fornecedor, com as ordens de reparação e a fatura passada ao cliente. Nunca devem aparecer peças sem documento, ou documentos sem
Câmaras de vigilância - Nas empresas de média/grande dimensão a colocação de câmaras vídeo de vigilância justifica-se pelo controlo da intrusão, danos ou furtos nos carros dos clientes e servem claro também para vigiar os empregados da própria empresa, embora isso não possa ser declarado, pois não é permitido por lei.
Os roubos dentro das oficinas sempre existiram, embora sem atingir as proporções atuais, impulsionados pelo volume da atividade económica, pela re lativa impunidade, bem como pela elevada rotação de pessoas dentro dos empregos
peças, porque isso pode significar que um colaborador “inventou” um esquema para ficar com alguma coisa. Correspondência - Apenas o proprietário, sócios ou gestores da oficina devem estar autorizados a abrir correspondência da empresa. Os empregados administrativos e operacionais nem sequer devem ter acesso à correspondência. Se não houver caixa de correio com segurança na oficina, pode ser preferível abrir um apartado ou posta restante em nome da empresa. Extravio de avisos das “finanças”, faturas vencidas e outros documentos que requerem atuação imediata podem gerar multas, juros e outros encargos para a oficina. Por outro lado, o desvio de documentos com informação confidencial da empresa pode levar algum colaborador pouco escrupuloso a tecer uma fraude difícil
Prevenção é a solução
No caso de fraudes de certo volume e importância, os tribunais podem ordenar a restituição do património da empresa, desde que seja detectado e incriminado o seu autor ou autores. Menos fáceis de detectar e de corrigir são as pequenas “bicadas” que não se podem identificar imediatamente, como o uso indevido de telefones, fax ou Internet. Isso não quer dizer que a empresa não sofra com esses encargos parasitas, porque a margem de lucro líquida do negócio é muitas vezes de 5% ou menos. Além de todas as precauções, verificações e controlos, a prevenção deste tipo de delitos pode ser efectuada com um trabalho consistente de motivação da equipa da oficina, proporcionando aos colaboradores um grau de formação adequado e planificando de forma sistemática o trabalho na oficina e as tarefas de cada um. Isso reduz as oportunidades de cada um cometer ilícitos, forçando os mais propensos a esse género de comportamento a serem “honestos”.
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de detectar. Além disso, é vantajoso que os serviços de contabilidade sejam externos à empresa e que o acesso dos contabilistas seja apenas autorizado no horário de serviço da empresa. Depósitos bancários - A fatura/recibo passada ao cliente deve indicar o meio de pagamento, incluindo o nº do cheque, entidade bancária e importância nominal. Todos os cheques de pagamentos de clientes devem ser depositados na mesma conta da empresa e o empregado administrativo deve passar um documento de caixa com todos os cheques recebidos no dia, bem como o talão de depósito bancário desse dia, cujas importâncias devem corresponder. Não foi só uma vez ou duas que empregados de contabilidade ou administrativos abriram contas separadas, nos quais iam depositando cheques da empresa, para seu proveito pessoal. Extractos bancários - No caso de não haver na oficina uma caixa de correio com chave ou um apartado postal, os extractos bancários relativos às contas da oficina devem ser enviados para casa do proprietário ou sócio gerente da empresa. Esses extractos servem para conferir os movimentos de cheques, bem como os depósitos realizados e os pagamentos efectuados, sendo um meio eficaz para despistar fraudes de colaboradores, enganos e outras anomalias. O mesmo sistema deve ser seguido em relação aos extractos do movimento dos cartões de crédito ou de combustível, por exemplo.
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SERVIÇO
Códigos de avaria
Significado dos códigos
› Como qualquer outro código, os códigos do sistema de auto diagnóstico a bordo do veículo (OBD/ EOBD/OBDII) só têm algum valor depois de descodificados, isto é, depois de sabermos exactamente o que significam
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sses códigos são geralmente um bom ponto de partida para o diagnóstico e para a resolução do problema do veículo, mas raramente nos levam diretamente à origem do problema, permitindo de imediato um diagnóstico e uma resolução completamente satisfatórios. Só o conhecimento total da forma como os sistemas do veículo funcionam é que permite chegar a um diagnóstico conclusivo e exato. De facto, ainda existe muita confusão e alguns mal entendidos a respeito dos códigos de avaria e da sua relação com os dados reais dos parâmetros de funcionamento do veículo. Recordemos que esses códigos foram introduzidos há mais de 25 anos para dar resposta à certificação de qualidade 2000 da ISO - International Standards Organization, tendo sido desenvolvidos por essa mesma organização internacional, de forma a garantir um sistema idêntico para todas as marcas existentes no planeta. Só assim o pós-venda a nível global poderia ter acesso a esse sistema de codificação de
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avarias. No início, eram apenas algumas centenas de códigos, mas hoje já são milhares e no sistema europeu EOBD esses códigos cobrem praticamente todos os sistemas instalados no veículo. Isso significa que a complexidade hoje é muito maior e que tem havido ao longo do tempo várias mudanças e atualizações, embora basicamente o sistema se mantenha o mesmo. O que deve ser tido em consideração e muitas vezes isso não sucede é que os códigos de avaria são pistas para uma investigação mais profunda à origem dos problemas e não a solução de diagnóstico pronta a usar. Quando isso acontecer, provavelmente já teremos carros que fazem a auto manutenção e vão diretamente à oficina “dizer” o que precisam… ■ Lógica de manutenção preventiva Para serem universais e válidos em qualquer parte do planeta, os códigos de avaria obedecem a certos critérios, que têm que ser seguidos pelos cons-
trutores, quando instalam os sistemas de auto diagnóstico nos seus veículos. Há códigos cujo significado é praticamente direto, como por exemplo, este: “Engine Oil Over Temperature”. No entanto, outros apenas servem para indicar a área onde o problema ocorre, não tendo qualquer valor para detetar diretamente a avaria. Normalmente, os construtores limitam-se a indicar o circuito onde ocorre o problema: “Ambient Air Temperature Sensor Circuit”. Claro que isso pode envolver falha do sensor, problemas de massa ou de transmissão de sinal do sensor, ficha de ligação com folgas ou partida, etc.. Além disso, o problema pode estar na própria unidade central de comando ECU ou no seu software. Tal como este exemplo, na maior parte dos casos o técnico de diagnóstico apenas dispõe de um ponto de partida, depois de saber exatamente o que significa o código. Por outro lado, os códigos de avarias também funcionam como alertas de manutenção preventiva, levando o condutor à oficina para evitar
problemas maiores e mais graves no funcionamento do veículo. ■ Nem tudo é totalmente transparente… Conhecer a forma como cada construtor organiza o seu sistema de auto diagnóstico também pode ser útil, porque existe alguma flexibilidade na forma como cada marca aplica os critérios gerais dos códigos de avaria. Isso pode ajudar quem conhece bem os códigos da marca (concessionários e reparadores autorizados) mas acaba por “baralhar” muitos técnicos multimarca, que são obrigados a diagnosticar veículos de todas as marcas. Uma marca pode ter os códigos da série (P07XX), por exemplo, relacionados com problemas de transmissão, mas também pode incluir nessa série problemas com o sinal de regime do motor, parâmetro que apenas tem uma relação remota com a transmissão. Há também casos em que um construtor recomenda determinados processos de diagnóstico a partir do sensor de
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rotação da bomba injectora diesel, mas o parâmetro correto é o do sensor de rotação da cambota. Claro que os dois parâmetros têm uma relação intrínseca, mas é preciso conhecê-la especificamente (geralmente, é 1/2). Isso faz com que a metodologia de diagnóstico do reparador autorizado seja diferente e mais eficiente do que a metodologia do técnico multimarca, que tem que andar à procura dos parâmetros e depois relacioná-los, a fim de percebe o que se passa. Para complicar tudo, o que leva a crer que os construtores e as marcas usam os seus códigos para “travar” os operadores multimarca, as avarias no sensor de rotação da cambota são apresentadas com o código P0340, que indica avaria dos sensor de rotação da bomba injectora… Por isso, os técnicos multimarca devem sempre usar da maior prudência na avaliação e interpretação dos códigos de avaria. A melhor forma de o fazer é validar sempre a informação contida nos códigos com parâmetros obtidos em tempo real, a partir diretamente dos sistemas do veículo. De facto, o sistema de auto diagnóstico EOBD do veículo geralmente detecta uma avaria através de uma variação incoerente da voltagem de um determinado circuito, o que pode acontecer por várias razões. A melhor maneira de tirar dúvidas é pegar no aparelho de diagnóstico e ativar os circuitos dos sensores e actuadores de um sistema, comparando os parâmetros encontrados com os valores de referência. Esses valores podem ser indicados, tanto em voltagem ou frequência, como em sinais já processados, como pressão, temperatura, regime, etc. Isto, no entanto, pode não resolver o problema, caso tenhamos uma avaria na própria ECU. Neste caso, os dados do sistema EOBD e os que obtemos diretamente com o aparelho de diagnóstico, estão ambos viciados pela deficiência da ECU. Por esse motivo, em muitos casos o “tira teimas” é recorrer aos processos tradicionais de diagnóstico, como o multímetro, osciloscópio, manómetro, analisador de gases de escape, etc. Se houver divergência entre os valores “reais” e os indicados pela ECU, esta é no todo ou em parte a origem do problema e terá que ser reparada ou substituída. ■ A ECU é inteligente, mas… Vejamos agora um exemplo de uma avaria detectada pela ECU no interruptor do pedal de travão, com a indicação no código de avaria de apenas “Brake Switch Circuit”. Não há mais indicação nenhuma sobre o nível de voltagem (alta/baixo), o que deixa o problema em aberto. Pegamos então no equipamento de diagnóstico e ativamos a função de leitura de parâmetros reais. No caso de um interruptor como o do pedal de travão, as duas hipóteses que temos é obter 12V, se o pedal está pressionado, ou 0V se o pedal está aliviado, porque são dispositivos com apenas duas posições, do tipo on/off. Se o pe-
Exemplos práticos de diagnóstico De seguida, iremos apresentar exemplos práticos de como se deve proceder para tirar a limpo o significado de certos códigos de avaria. 1- Voltando ao caso do circuito do interruptor de travão (Brake Switch Circuit), vemos de imediato que pode haver um conjunto de hipóteses para o problema. Portanto, a primeira coisa a fazer é verificar se o interruptor funciona corretamente. Isto é voltar muitos anos atrás em termos de técnica de diagnóstico, mas pelo menos estamos em terreno firme. Com o aparelho de diagnóstico ligado ao circuito do interruptor do pedal de travão, a corrente deve cair para zero ao levantar o pedal. Se a corrente não cair, poderemos estar perante uma avaria do interruptor. Mas também pode haver problemas mecânicos pelo meio, como a mola de retorno do pedal cansada ou o interruptor mal apertado ou fora do seu local próprio. Se não for esse o caso, será necessário fazer o teste elétrico ao circuito com um multímetro, para verificar a passagem de corrente no circuito, resistência, passagens à massa, curto-circuitos, etc. Se o circuito estiver em perfeitas condições e o interruptor do pedal de travão estiver a funcionar corretamente, então teremos que concluir que o problema pode ser na própria ECU
O código de avaria do sistema EOBD acelera o diagnóstico e constitui a melhor forma de iniciar o processo de identificação e solução do problema. No entanto, é no fundo mais uma pergunta para nós respondermos do que uma resposta.
dal e/ou o interruptor ficarem presos, o circuito do interruptor ficará permanentemente ativado, com uma voltagem de 12 V. A ECU, no entanto, é um sistema inteligente e apenas relaciona dados, concluindo pela coerência ou incoerência dos valores detectados. Não é capaz de entender se um interruptor está preso ou se a voltagem resulta de outro motivo qualquer (passagem de corrente entre os cabos ou curto circuito, por falta
de isolamento, por exemplo). Outra razão para o sistema de auto diagnóstico da ECU considerar avaria do circuito do interruptor do pedal do travão seria receber ao mesmo tempo sinal do pedal do acelerador e do pedal de travão ativados, o que não é lógico. Mesmo assim, há condutores que por vezes fazem essa habilidade intencionalmente, para soltar a traseira do carro, sendo esse o principal motivo pelo qual
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2- Agora, temos um problema num sensor de temperatura do circuito de arrefecimento do motor. O código de avaria detectado é o P0116, cujo texto diz “ Engine Coollant Temperature Sensor Circuit Range/ Performance “. Por esta informação, deduzimos que o valor do sinal recebido pela ECU não é o esperado, mas está dentro da bitola dos valores normais do sistema. Mais uma vez, temos que perceber o “raciocínio” da ECU de gestão do motor. Se o motor está a funcionar há um certo tempo (15 minutos, por suposição) e a temperatura indicada for inferior a 80/85ºC, dependendo do veículo, a ECU deduz que o sensor está a falhar, mas o facto é que a temperatura pode estar incorreta por outro motivo qualquer, como uma avaria no termostato, por exemplo, enquanto que o sensor está em perfeito estado. Se medirmos a temperatura do fluido de arrefecimento diretamente, chegaremos facilmente à conclusão de que a avaria não está no sensor de temperatura, mas noutro lado qualquer.
não se deve “brincar” com carros dotados de gestão electrónica centralizada. Seja como for, uma vez que percebemos as limitações da ECU na detecção de avarias e no registo do respectivo código, passamos a valorizar mais os dados atuais de funcionamento do veículo, com os quais as avarias detectadas pelo sistema EOBD devem ser sempre confrontadas, a fim de perceber a sua origem. Abril I 2014
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Economia
Custos de manutenção
Como evitar surpresas
› Para que os condutores não se sintam enganados, é importante estarem bem informados e conheçam de forma transparente aquilo com que podem contar
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om a estabilização da crise no tempo e com o fecho de muitas oficinas, o nervosismo apodera-se dos operadores do mercado e consumidores, que se olham mutuamente com reserva crescente. Uma das ideias que prevalece, é a de que a reparação dos veículos é cara e muitos estão a fazer as reparações por si próprios, para conseguirem equilibrar as contas. Essas ideias têm que ser desmontadas convenientemente, porque podem causar prejuízos a pessoas que não têm culpa nenhuma, tanto reparadores, como clientes. Um veículo tem custos de manutenção atribuídos à partida, desde o momento da compra, seja novo ou usado. Esse facto é ignorado ou minimizado deliberadamente por vendedores e compradores, embora por razões diferentes. Os vendedores, obviamente, tentam passar a
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imagem “zero custo de manutenção“, porque o contrário poderia fazer tremer a venda, o que não convinha. Aqui, o segredo é mesmo a alma do negócio! Por seu turno, o comprador não quer ouvir falar em custos de manutenção, porque a compra de um carro é um momento de auto indulgência e de satisfação da vontade de promover o seu estatuto social. Pensar nos custos de manutenção no ato da compra seria algo parecido com pensar no divórcio logo no dia do casamento. Passado o momento de euforia, no entanto, a realidade é que um automóvel irá custar ao longo da sua vida útil cerca de outro tanto do seu custo em novo. Essas contas estão feitas há muitas décadas e podem ser comprovadas, embora possam ter encolhido nuns aspectos e esticado noutros, o que nem sequer espanta. Contas redondas, um carro de € 20.000 e com uma
vida útil de 20 anos, custará em média €1.000 por ano em manutenção, embora isso não possa ser visto de uma maneira estritamente aritmética. De facto, a “amortização“ não começa imediatamente, podendo com algum jeito os dois primeiros anos não exigir rigorosamente nada, devido à maior duração atual de filtros, lubrificantes e outros consumíveis. Mesmo assim, o estado de graça do veículo termina por volta dos 7 anos de vida, entrando a partir daí na “zona da faturação“. Não é por acaso que os contratos de leasing, renting e AOV respeitam rigorosamente esse limite. Além desses ciclos quase fixos de manutenção, a gestão da manutenção pode reduzir ou aumentar os custos totais de forma mais ou menos significativa. Os € 20.000 do exemplo anterior podem passar facilmente para € 30.000 ou para € 15.000, o que dá
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Utilização do veículo Começando pela utilização do veículo, a condução agressiva é o grande “aliado“ da manutenção automóvel. Na verdade, a condução agressiva, que inclui excesso de velocidade, acelerações e travagens a fundo, curvas a triturar pneus, passagens em buracos e pisos degradados sem abrandar, mudanças de caixa instantâneas, arranques a patinar as rodas, etc., etc., não poupa rigorosamente nada no veículo
taxas de manutenção completamente diferentes. As duas principais formas de gerir os custos de manutenção são através da utilização do veículo e através da programação da manutenção. Ambas as vertentes têm um impacto directo no valor residual da viatura e este pode agravar ou diluir os custos totais de manutenção de um veículo, entre outros impactos financeiros. ■ Manutenção preventiva Agora, temos que entrar na onda da manutenção preventiva, que se baseia em efetuar as substituições das peças de desgaste nos intervalos tecnicamente recomendados e antes que possam ocorrer danos desnecessários. Por exemplo, mudar as pastilhas de travão, antes que elas comecem a riscar os disco ou provoquem alguma colisão, por falta de eficácia. Controlar a pressão dos pneus prolonga a vida dos pneus e reduz o consumo de combustível. Mudar os filtros a tempo, melhora o rendimento do carro e reduz o consumo de combustível. Já agora, guardar o carro na garagem sempre que não necessitar dele e não o deixar ao sol, que ataca a pintura, as borrachas e outros sistemas. Para completar o ramalhete, a partir de agora o condutor deve passar a pedir orçamentos e a escolher oficinas que ofereçam uma excelente relação custo/benefício, além de o ajudarem a fazer uma manutenção preventiva do seu carro.
É preferível dizer isto, do que elaborar uma lista com várias dezenas de componentes que ficam danificados ou prematuramente usados com uma condução inadequada. No entanto, há alguns exemplos bastante elucidativos. Um jogo de pneus pode durar 40.000 km ou mais, com uma condução normal, ficando literalmente destruído em menos de 5.000 km, com uma condução exagerada. Estes números também podem servir, por exemplo, para pastilhas de travão e discos, com ligeiros ajustamentos. Nos amortecedores, podemos passar da substituição aos 70/80 mil km, com uma condução cuidada, para menos de 20.000 km com uma condução agressiva. Na transmissão, basta dizer que há carros que vão para desmantelar com a embraiagem e a caixa de velocidades de origem. Às vezes já levam os rolamentos a “gemer “ um bocadinho, mas nada de grave. Em contrapartida, há condutores que trocam de embraiagem quase todos os anos. Obviamente, a caixa de velocidades e os semi-eixos também sofrem com isto e têm que ser reparados ou substituídos com frequência. Quanto ao motor, nem vale a pena falar muito, há carros com 500.000 km e mais, que nunca abriram o motor e há outros com 10.000 km que têm que levar tudo novo. No que respeita ao combustível, multiplicar a conta por dois pode não chegar. Claro que esta listagem de componentes rapidamente degradados tem custos exorbitantes de manutenção. Não queremos dizer com isto que seja errado praticar uma condução agressiva, desde que o condutor não ponha em risco a circulação rodoviária e os outros utentes da via, assumindo os custos respectivos com rendimentos correspondentes. Errado é dizer que a manutenção é cara, depois de destruir o veículo com uma condução desequilibrada e agressiva Faltou dizer no ponto anterior que certos tipos de utilização são incompatíveis com uma manutenção programada e preventiva, nem isso faria diferença económica significativa no cômputo geral. Também seria insensato referir se o carro é ou não guardado em garagem, porque a condução agressiva geralmente deixa alguns vestígios na carroçaria. De resto, uma pintura impecável e uma mecânica degradada não rimam lá muito bem. Se o condutor acha que os custos de manutenção do
seu veículo são elevados, ele deve fazer tudo para reduzir esses custos. Não fica bem imputar esses custos unicamente à rede de assistência dos veículos, se ele não fizer rigorosamente nada para os reduzir. Isso seria uma forma ilegítima de pressão sobre os agentes de mercado, que tentam melhorar a sua eficiência como podem e sabem perfeitamente qual é a margem de negócio que garante a sustentabilidade das suas empresas. A primeira atitude válida para responder aos custos de manutenção de um veículo é uma utilização compatível com menores custos, isto é, uma condução defensiva, com tudo o que isso implica de não esforçar nenhum sistema do carro sem necessidade. Se eu vejo um semáforo fechado à minha frente, abrando a marcha e poupo combustível, pneus e travões. Com sorte, o sinal muda de cor e eu nem paro o carro. Desde que consigamos adoptar uma condução inteligente e ecológica, o principal está feito, porque economizamos na mecânica e de forma significativa também no combustível.
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Técnica
Reparação depósitos combustível alumínio Colaboração
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Diagnóstico e avaliação de danos › Quando se dá o caso de ter que fazer uma reparação num depósito de combustível de alumínio, deve-se efetuar a desgasificação do mesmo, como medida de prevenção de riscos
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utilização do alumínio como material de fabrico de depósitos de depósito de combustível de motos não tem sido nem é muito habitual. A maior parte desses depósitos são fabricados em aço, havendo recentemente uma certa tendência para utilizar o plástico também. Essa opção é correta do ponto de vista de economia de custos, mas o alumínio tem a grande vantagem do menor peso em relação ao aço, o que permite obter uma relação peso/potência mais competitiva na moto. Quando se dá o caso de ter que fazer uma reparação neste tipo de depósitos,
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deve-se efetuar a desgasificação do mesmo, como medida de prevenção de riscos. O processo de reparação requer equipamentos que garantam a boa conservação do depósito, especialmente nos casos em que os depósitos tenham um difícil acesso ao seu interior. São equipamentos que, mediante a soldadura de hastes ou acessórios, permitem conformar a chapa de alumínio sem problemas. A principal vantagem é terem uma pistola de soldadura e um dispositivo de comando, o qual, ligado à corrente alterna da rede, realiza a carga de uma bateria
de condensadores, através de um rectificador de silício. Desse modo, poderão ser colocados sobre a chapa de alumínio diversos acessórios, sobre os quais se pode utilizar um martelo de inércia ou outra ferramenta que permita recuperar a zona deformada, com a aplicação de forças de tracção. Deste modo, evita-se a abertura de janelas no depósito, para efectuar a reparação com martelo e bigorna (Fig. 1). ■ Processo de reparação Após desgaseificar o depósito, a primeira operação a realizar é eliminar a pintura
da zona danificada e do local onde serão colocadas as pinças de massa do equipamento de soldadura. Isto pode ser feito com um disco de baixo poder abrasivo. Com a zona a conformar bem limpa, podemos soldar as peças que vão permitir aplicar forças de tração com o martelo de inércia (Fig. 2). Previamente, é necessário regular o valor do tempo de descarga no aparelho de soldadura, através do seu painel de comando. Para assegurar um único ponto de contacto entre o perno e o depósito, a pistola deve ser colocada o mais per-
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fig. 2
fig. 1
Depósito de alumínio com um dano facilmente reparável
fig. 3
Conformação de danos com a técnica de pernos soldados ao alumínio
Perno já soldado no depósito e preparado para eliminar o dano através de tração.
pendicularmente possível em relação ao depósito. Ao apertar o interruptor da pistola, inicia-se a passagem de corrente que vaporiza a ponta de ignição, gerando um arco eléctrico que se propaga a toda a cabeça do perno, fundindo-se com o alumínio da superfície do depósito. Na cabeça do perno enroscam-se anilhas e porcas, através das quais se aplicará a força de tracção, que irá devolver a forma original ao depósito (Fig. 3).
Para facilitar a reparação e contrariar a rigidez do alumínio, aquece-se a zona de trabalho a uns 75º C até 150º C, pois torna o material mais dúctil e flexível. Rodando o perno em ambos os sentidos ele desprende-se da chapa do depósito, eliminando-se os resíduos de soldadura com máquina de lixar e um disco abrasivo indicado. Deste modo, realizámos uma reparação eficaz do depósito de alumínio.
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Técnica
Bateria automóvel
Limites e evolução
› A clássica bateria de chumbo/ácido está concebida para um determinado número de ciclos de carga e descarga, findos os quais tem que ser inapelavelmente substituída
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m custo controlado assegura o seu sucesso, mas com a condição de efetuar uma manutenção cuidada da mesma. Isso passa por evitar descargas muito longas e profundas e por corrigir o nível do electrólito regularmente. Como sabemos, a electrólise da água transforma-a em gases e tem que ser adicionada, porque o nível baixo provoca aquecimento, curto-circuitos e deterioração total da bateria. Esse risco é maior nos veículos de utilização intensiva, porque o consumo de água é intenso. Uma duração razoável de uma bateria clássica ronda os 4/5 anos, para haver rentabilidade de uso. Se a bateria tiver que ser substituída de dois em dois anos, de ano a ano ou até menos, deixa de ser rentável e passa a ser um custo extra. Para dar resposta a este dilema, apareceram no mercado baterias sem manutenção, as quais, embora mais caras, têm uma duração claramente superior e dão mais conforto e tranquilidade ao condutor. As tecnologias têm evoluído rapidamente e iremos tentar avaliar de seguida os avanços realizados em relação ao conceito tradicional da bateria. ■ Sem manutenção Uma das vantagens de uma bateria sem manutenção é o facto de não ser necessário manipular diretamente o electrólito, cujo ácido sulfúrico é susceptível de provocar ferimentos em operadores do sector de pós-venda e nos condutores de veículos. A tecnologia de baterias sem manutenção, usa placas fabricadas em malha metálica de uma liga de chumbo/cálcio/prata e são isentas de antimónio. Através deste sistema, o consumo de água é notavelmente minimizado, não sendo necessário adicionar água durante toda a vida útil da bateria. Além disso, as baterias desta tecnologia dispõem geralmente de maior potência de arranque, devido essencialmente a placas mais finas e mais resistentes, que permite aumentar consideravelmente a área em que ocorrem as reações químicas. Para mais, são eliminados os compartimentos de sedimentação, o que permite a montagem de maior número de placas em cada bateria. A performance da bateria é igualmente mais longa, mantendo-se quase até ao final do ciclo de vida útil da mesma.
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Resumindo as vantagens da tecnologia de chumbo/cálcio/prata, temos os seguintes itens: ● A manutenção da bateria limita-se à limpeza dos respectivos bornes. ● As características de carga e descarga mantêm-se estáveis ao longo do tempo. ● No caso de descargas profundas, a bateria recupera facilmente a sua carga normal, com a energia proporcionada pelo sistema de carga do próprio veículo. ● A voltagem de gasificação apenas é ultrapassada a altas temperaturas. ● É eliminada a necessidade de adicionar água. ● Riscos de manipulação consideravelmente reduzidos. ● Maior duração da bateria, especialmente nos casos de ciclos de condução sistematicamente curtos. ● A montagem da bateria pode realizar-se em locais de difícil acesso, porque esta pode ser inclinada sem risco de verter fluido, devido ao facto de possuir na tampa um labirinto específico. ● O sistema de ventilação central e um interruptor de chama impedem a inflamação prematura do hidrogénio, mesmo quando há formação de chispas. ■ Baterias de gel Estas baterias mantêm a tecnologia Chumbo/ácido, mas o electrólito líquido é substituído por um gel tixotrópico frio mantido à pressão, o que traz várias vantagens importantes. A primeira delas é que se trata de uma bateria sem manutenção, cujo unico cuidado é manter os terminais ou bornes limpos. Também não é necessário adicionar água, porque a própria bateria recombina o hidrogénio gerado nas placas negativas, com o oxigénio gerado nas placas positivas:
2H2 + O2
Colaboração
Centro ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
2H2O
Este processo mantém a humidade necessária ao correto funcionamento da bateria. Para tal, a bateria dispõe de válvulas de respiração especiais, que não devem ser tocadas, nem modificadas, sob pena de destruir a bateria, porque se interromperia o processo de recombinação molecular interno. Outra grande vantagem desta tecnologia é o facto da bateria poder ser montada virtualmente em qualquer posição e local do veículo, excepto na posição invertida. No plano dos condicionamentos, temos que as baterias de gel exigem uma voltagem de carga muito estável, entre 13,8 V e 14,1 V, o que exige um controlo frequente do circuito de carga do veículo e respectivos reguladores de tensão. Caso isso não se verifique, a performance e a duração das baterias pode ficar seriamente alterada. Estas baterias, que dispõem de um poder de arranque superior às baterias convencionais, estão a tornar-se muito competitivas no mercado, devido ao facto da maior escala de produção permitir a redução de custos ao consumidor final.
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Técnico chapeiro
Renovação da profissão › A carreira de técnico de carroçaria ainda não tem uma imagem muito polida nos nossos dias, porque no passado o chapeiro era aquele indivíduo que passava os dias a martelar nas chapas deformadas, com as mãos sujas e a roupa cheia de pó
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laro que a conformação de peças exteriores ou estruturais da carroçaria dos veículos ainda continua a ser uma das suas importantes funções, mas hoje em dia os programas de avaliação de danos e de orçamentação indicam imediatamente quando as horas de mão-de-obra excedem o limite de rentabilidade, em relação a uma peça nova. Por esse motivo e muitas outras razões, o técnico chapeiro é nos dias de hoje um técnico automóvel global, cujos conhecimentos devem permitir efetuar um diagnóstico de todos os sistemas do veículo, competência essa indispensável quando é necessário desmontar elementos mecânicos, eléctricos / electrónicos, hidráulicos e outros, para reparar devidamente a carroçaria. Além disso, o técnico chapeiro tem que solucionar problemas nos fechos e elevadores das portas, nos grupos ópticos e nos seus suportes, nos sistemas de limpa-vidros, nos assentos, sistemas de segurança passiva, etc. A polivalência é assim indispensável para o correto desempenho da função de técnico de carroçaria, porque ele é obrigado a responder a reparações globais da carroçaria, a pequenos danos de colisão e toda uma série de avarias mais ou menos comuns. Deste modo, o nível de habilitações académicas exigível começa a ser o 9º ano de escolaridade, seguido de módulos de formação continuada. Apesar disso, a principal forma de evolução na carreira ainda é o aprendizado, onde se começa pelas tarefas mais elementares e se vai subindo gradualmente os vários degraus da profissão. Dependendo do nível profissional e de responsabilidades, o nível remuneratório de um chapeiro pode oscilar entre os €2.000 e os €4.000, atendendo ao número de horas de trabalho, horas extraordinárias, prémios de produção, incentivos à produtividade, etc.. ■ Criatividade e sucesso profissional O mercado de colisão está a diminuir progressivamente na Europa, devido essencialmente às políticas de redução da sinistralidade rodoviária e ao conceito de perda total utilizado pelas empresas seguradoras, quando o elevado custo da reparação não tem via-
O técnico chapeiro é nos dias de hoje um técnico automóvel global, cujos conhecimentos devem permitir efetuar um diagnóstico de todos os sistemas do veículo
bilidade económica. Mesmo assim, há acidentes e incidentes todos os dias com veículos, podendo nos chamados choques em cadeia danificar dezenas ou até mesmo mais de uma centena de viaturas. Por outro lado, nos casos de perda total, a seguradora deduz os quilómetros percorridos ao cliente, compra-lhe um carro novo e vende os salvados pelo valor residual. No en-
tanto, esses salvados são leiloados e vendidos para desmantelamento ou mesmo para recuperação, porque “aparecem“ peças de carroçaria ou mesmo carroçarias inteiras usadas que tornam essa recuperação economicamente viável. Por isso mesmo, no jogo da negociação das oficinas com os peritos e as seguradoras, há uma certa margem de
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criatividade, que pode em certos casos reverter a perda total para uma reparação vantajosa e lucrativa a favor da oficina. Esta, no entanto, tem que possuir um bom nível de produtividade e dispor de boas bases de dados de fornecedores de peças usadas e negócios de oportunidade. Outra hipótese é converter o salvado em carro de tuning, com peças de carroçaria especiais, como os guarda-lamas alargados, os pára-choques rebaixados, “saias“ laterais, acessórios aerodinâmicos, entradas de ar para travões, jantes especiais, etc. Com sorte, um carro desse tipo e preparado com bom gosto pode atingir um valor interessante e compensador. Há ainda os nichos de negócio, entre os quais temos as reparações rápidas, reparação de vidros, colocação de películas coloridas nos vidros, etc. Fevereiro I 2014
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Passo a passo
Reparação elevadores elétricos
› Quando os sistema de elevação de vidros elétricos estão em vias de se avariarem, começam a ouvir-se inicialmente uns ruídos pouco agradáveis, que os condutores toleram, enquanto os vidros subirem e descerem normalmente
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assado pouco tempo, acontecem mesmo as primeiras avarias, ficando os vidros presos e ouvindo-se um barulho como se a porta fosse rebentar. Um dia, finalmente, o elevador ou elevadores calam-se de vez. Interessa pois efectuar rapidamente a reparação dos sistemas de elevadores elétricos, a fim de solucionar as situações mais dramáticas de avarias. Nos parágrafos seguintes, veremos com isso é possível, através de uma sequência organizada de 10 procedimentos, passo a passo.
Desmonta-se o revestimento interior da porta
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Desmonta-se em seguida o vidro
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Na sequência, desmonta-se o mecanismo de elevação do vidro
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Colocam-se as molas em tensão
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Voltar a colocar no local os cabos e as polias, esticando-os
Substituir a parte plástica da calha de suporte do vidro
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Visão geral dos passos 4, 5 e 6
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Montar a parte mecânica da calha de suporte do vidro
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Colaboração
Centro ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
Montar o mecanismo de elevação na porta e afinar a altura do vidro Abril I 2014
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Verificar o funcionamento do sistema de elevação no final, voltando depois a colocar o forro da porta
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Passo a passo
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