CONCURSO
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A propósito da campanha “Melhor Mecatrónico 2016”, fomos conhecer a história de dois ex-alunos da ATEC, já devidamente integrados no mercado de trabalho
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CONDUÇÃO AUTÓNOMA
A mobilidade está, definitivamente, a mudar e vai obrigar a repensar os diversos modelos de negócio ligados ao setor. A inteligência artificial estará ao volante nas próximas décadas
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Fevereiro 2016 ANO XI 3 euros Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
SOFTWARE ILEGAL
O SILÊNCIO DOS
CULPADOS Pirataria. O mercado de equipamentos de diagnóstico automóvel vive ameaçado pela utilização de cópias de software oficinal. Um ato criminoso e alimentado pelo silêncio de quem o compra. Reunimos alguns dos principais protagonistas do setor para debater e encontrar soluções para combater este flagelo, juntamente com as autoridades fiscalizadoras nacionais
SIMPÓSIO
No dia 18 de março, realiza-se o 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2016, organizado pelo Jornal das Oficinas e Revista Autopos P.18
ATUALIDADE
Saiba o que significa o VIN e a sua utilidade na escolha da peça correta P.22
INFRAÇÕES
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FISCALIZAÇÃO
Nuno Banza, inspetor-geral da IGAMAOT, revelou dados das ações de fiscalização às oficinas no segundo semestre de 2015 P.68
TÉCNICA
A direção assistida elétrica cria novas oportunidades de negócio P.74
JAGUAR XE
A nova berlina compacta da casa britânica em ensaio na versão 2.0d
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As marcas de automóveis podem estar a ferir regras de concorrência
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Mercado
Liderança de exce l Repensar o negócio A crise que se vive atualmente em toda a Europa está a provocar mudanças sociais, políticas e económicas. Hoje, perante uma crise económica galopante, cada empresa deve fazer uma reflexão positiva sobre o impacto destas mudanças no seu futuro, obtendo como resultado as “lições aprendidas” para tirar partido das alterações económicas, sociais e estruturais que estão a acontecer. Ou seja, é preciso ter estratégia. Nos últimos anos, foram produzidas diversas modificações nos hábitos de consumo, uma vez que os compradores querem consumir o mesmo, mas com menos despesas. E os níveis de incerteza do mercado laboral arrefecem o consumo e incentivam a poupança. Tendo em conta esta situação, podemos dizer que os consumidores estão a refletir mais antes de comprar. E a realizar um consumo mais responsável.
Valorizar as pessoas › As pessoas, o chamado capital humano das organizações, são o recurso natural mais valioso no planeta. É essencial que os líderes de excelência reconheçam este facto. E que, por isso mesmo, valorizem as pessoas
C O cliente abandonou a compra por impulso, passando a um processo de reflexão, no qual realiza mais consultas e compara mais produtos. Ou seja, informa-se melhor e necessita de mais tempo para tomar uma decisão de compra. O cliente já não se desloca à oficina de “toda a vida” por defeito. Procura alternativas para, depois, se deslocar aquela que oferece a melhor relação qualidade/ preço. A principal razão da sua “infidelidade” é encontrada na agressividade da concorrência, que aposta em políticas de marketing muito fortes. Por outro lado, os consumidores procuram produtos e serviços que lhes ofereçam exatamente o que eles esperam. O pós-venda automóvel não pode ficar parado à espera de ver como é afetado pela crise. Deve estar em constante atuação, redefinindo o foco e o modelo de negócio que os seus clientes necessitam, fomentando a evolução contínua dos processos, capacidades, meios, imagem e eficiência dos recursos. Os objetivos a médio e longo prazo deste tipo de medidas são a lealdade e a conquista de uma sólida e valiosa carteira de clientes, que são realmente o verdadeiro valor do negócio.
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om uma percentagem cada vez maior de trabalhadores desmotivados, são precisos líderes que tenham um maior grau de aproximação com os respetivos colaboradores. Um líder ativamente empenhado tem colaboradores, também eles, empenhados. Poderíamos passar muito tempo a discutir os fatores que levam a que uma equipa não tenha êxito, mas muitos líderes simplesmente não transmitem as suas expectativas da forma correta, impossibilitando, assim, que os seus colaboradores tenham bons resultados. Muitos dos que comunicam não o fazem da forma
Diretor: João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com Diretor Comercial: Mário Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com Departamento Comercial: Paulo Franco paulo.franco@apcomunicacao.com Rodolfo Faustino rodolfo.faustino@apcomunicacao.com Redação: Bruno Castanheira bruno.castanheira@apcomunicacao.com Jorge Flores jorge.flores@apcomunicacao.com Multimédia: António Valente Arte: Andreia Oliveira
correta. Uma vez que as pessoas são, por natureza, diferentes, necessitam de ser abordadas de formas diferentes. Os melhores líderes são confiantes e rodeiam-se de pessoas que têm pontos fortes que eles não apresentam. Se o líder se rodeia de pessoas como ele, a equipa não pode ser muito forte. Os líderes de excelência abraçam a mudança e fazem-na rapidamente. Todas as pessoas podem e devem desenvolver-se rumo à excelência, até provarem que não estão dispostas a fazê-lo. Existem vários proprietários de negócios que se recusam a realizar uma mudança
Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com Periodicidade: Mensal © Copyright Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS Impressão FIG, Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra Telef.: 239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03
quando é claro que determinada pessoa não é a indicada para a posição que lhe foi atribuída. Na maior parte das vezes, esta situação cria colaboradores infelizes, o que conduz a clientes infelizes. n IMPORTÂNCIA DO COACH Um líder necessita de um mentor e/ou coach, que o ajude a ser um líder de excelência. Muitos nunca tiveram um plano de crescimento profissional e ficam frequentemente envergonhados quando não conseguem nomear o seu livro de negócios favorito. E, se o fazem, não conseguem articular o que aprenderam.
Edição AP COMUNICAÇÃO Propriedade João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda. Sede: Bela Vista Office, Sala 2.29 Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém - Portugal GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W Tel.: +351 219 288 052/4
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e lência Um líder de excelência irá identificar, orientar e recomendar a sua substituição. A capacidade de contratação interna é, muitas vezes, desconsiderada no setor e muitos proprietários contentam-se com um gestor que é simplesmente a pessoa errada para o cargo.
l São precisos líderes que tenham
maior grau de aproximação com os respetivos colaboradores. Um líder ativamente empenhado tem colaboradores, também eles, empenhados. l Os melhores líderes são confian-
tes e rodeiam-se de pessoas que têm pontos fortes que eles não têm. l A eficiência no trabalho tem re-
lação direta com o agendamento da oficina, mas o desempenho de cada técnico deve ser analisado. l Muitos líderes não transmitem as suas expectativas da forma correta, impossibilitando, assim, que os seus colaboradores tenham bons resultados.
Uma vez que as pessoas são, por natureza, diferentes, necessitam de ser abordadas de formas diferentes. l
Todas as pessoas podem e devem desenvolver-se rumo à excelência até provarem que não estão dispostas a fazê-lo. l
Os líderes precisam de reconhecer que cada geração tem diferentes objetivos e valores. E têm de encarar com seriedade a forma como planeiam liderar a próxima geração. l
teção, tentando proteger as suas posições na empresa. Estes gostam habitualmente de diminuir os outros e de fazê-los sentirem-se menos úteis. Embora a lista pudesse ser mais longa, estes são alguns tópicos que se observam com maior frequência no setor da reparação automóvel. Incentiva-se, por isso, que quem estiver a ler este artigo contrate um perito em liderança para avaliar e formar a sua equipa. Não é tão dispendioso como se possa pensar e a compensação do investimento é sólida. Irá fortalecer o património da empresa e o negócio ganhará realmente vantagem competitiva no respetivo mercado.
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n O CASO DOS FRACOS LÍDERES Quanto a líderes fracos, é importante perceber que estão por todo o lado e que as empresas são, por vezes, culpadas por colocar a pessoa errada numa posição de liderança. Por exemplo, um excelente vendedor não tem de ser, necessariamente, um excelente líder. Estes podem, contudo, tornar-se líderes de excelência com a formação adequada. É inegável que as pessoas podem ser lideradas e que os processos podem ser geridos, mas os líderes fracos muitas vezes não gostam de pessoas e não têm interesse em saber o que as torna nas pessoas que são. Veem apenas a missão e esquecem as pessoas. Os líderes fracos têm um estilo de liderança do tipo “faz como digo, não como faço”. Esta abordagem resulta sempre em frustração para ambos os lados. Os líderes fracos não lideram pelo exemplo. Têm uma falsa noção das suas capacidades de liderança e culpam os outros quando as coisas não correm bem. Recusam-se a mudar. Porquê mudar quando se é perfeito aos seus olhos? Os líderes fracos veem o mundo apenas através dos seus olhos e não escutam conselhos razoáveis, recusando-se a conhecerem-se verdadeiramente. Receiam a aprendizagem e frequentemente vivem no passado. Muitos líderes fracos nunca ouviram falar de envolvimento do colaborador. Os líderes precisam de reconhecer que cada geração tem diferentes objetivos e valores. Por isso, têm de encarar com total seriedade a forma como planeiam liderar a próxima geração que se lhes apresente. Os líderes fracos são frequentemente inseguros e adeptos do modo de pro-
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Destaque
Histórias de paixão O Jornal das Oficinas está à procura do “Melhor Mecatrónico” de 2016. Nesta edição, damos a conhecer dois ex-alunos, formados, nesta área, pela ATEC - Academia de Formação. Duas histórias de pura paixão pela profissão... Por: Jorge Flores
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ão duas entre tantas histórias de amor por uma profissão. Duarte Marques, 19 anos, e Jorge Simões, 25 anos, têm mais em comum do que o curso de Mecatrónica Automóvel, obtido na Academia de Formação ATEC. Ambos são apaixonados pela atividade que abraçaram, mal conseguiram o diploma. A propósito da campanha anual para encontrar o “Melhor Mecatrónico” de 2016, iniciativa que o Jornal das Oficinas está a organizar, com o apoio da entidade formadora atrás referida, revelamos, nestas páginas, os primeiros passos dados por estes dois jovens no desenvolvimento das suas próprias competências, neste complexo ramo da indústria automóvel. n AMOR DE CRIANÇA Duarte Marques, natural do Barreiro, iniciou a formação na ATEC com 16 anos, tendo terminado o curso em novembro do ano passado. O fascínio pela área, contudo, encontra raízes na infância. “Desde criança, nunca gostei de futebol. Os meus brinquedos sempre foram outros: tratores, gruas e maquinarias desse porte”, conta. Depois de um período mais “desligado” do ramo, durante o ensino secundário, onde nunca foi um “bom aluno”, Duarte Marques acabou por reacender esta “chama”, já no 9.º ano, quando abraçou o mundo do todo-o-terreno. As questões eram muitas. “Mas porque tem de ser a suspensão feita assim e não de outra maneira?”; “como é que se faz para o motor ter tanta força?”, perguntava-se, sistematicamente, numa ânsia de saber que o tornaram no me-
Em criança, Duarte Marques manobrou, pela primeira vez, uma retroescavadora CASE Super LE. Hoje, com 19 anos, curiosamente trabalha na empresa representante da marca CASE. A brincadeira de criança ajuda a explicar o gosto que tem pela profissão que exerce
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lhor aluno da disciplina de Educação Tecnológica, onde tudo era feito com base na “imaginação e perícia de trabalhos manuais”. Assim que acabou a formação na ATEC, Duarte Marques conseguiu logo um estágio profissional na empresa Entreposto Máquinas. Onde ficou a trabalhar. “Continuo no ramo da mecatrónica e, por mais estranho que pareça, as máquinas estão cerca de sete a 10 anos mais evoluídas do que os automóveis”, algo que o deixa ainda, simplesmente, encantado com o setor. “A brutalidade de uma máquina, controlada por simples botões e joysticks. Como é possível que algo tão grande seja tão inteligente e sensível?”, questiona. Durante o seu percurso profissional, Duarte Marques já realizou tarefas “tanto na parte agrícola, desde tratores CASE IH (de 90 até 380 cv) até ceifeiras debulhadoras CASE IH, com mais de 500 cv, passando por empilhadores 100% elé-
O gosto pela mecatrónica nasce, muitas vezes, ainda na infância, sob a forma de brincadeira, com a substituição da bola de futebol por motores tricos STILL, mini-giratórias CASE, retroescavadoras CASE e terminando em pás carregadoras e giratórias de alta gama CASE”. Todo um mundo. Além disso, “nesta empresa, somos nós, os técnicos, que temos a primeira ligação com o cliente, fazendo as intervenções nas instalações dos clientes”. Hoje em dia, “não me vejo noutra vida, com outro ofício. Costumo dizer que, depois de tantos anos de adolescência, esta profissão, nomeadamente o ramo das máquinas industriais, agrícolas e movimentação de cargas, é que me escolheu e me abraçou, com todas as forças, fazendo de mim um apaixonado por aquilo que faço, diariamente, com enorme orgulho”, revela Duarte Marques. n RECONHECIMENTO LABORAL Jorge Simões, por sua vez, terminou a formação no final de 2008. Com distinção. “Durante o curso, tive a oportunidade de ser eleito o ‘melhor aluno do ano de 2007’, entre duas turmas de Mecatrónica Automóvel”, conta. Um reconhecimento que contribuiu para, mais tarde, realizar o seu estágio final na Alemanha, na fábrica de
Jorge Simões é, hoje, formador de Mecatrónica Automóvel, na ATEC. Trabalha na Robert Bosch e tem no currículo um primeiro lugar no “World Skills 2011”, em Londres, onde representou Portugal
veículos comerciais da VW - Nutzfahrzeuge. “Logo no início de 2009, com 18 anos, ainda tive a oportunidade de ingressar no concessionário da Seat Portugal, a Seat Arrábida, em Setúbal, como técnico Mecatrónico Automóvel, onde é, também, um serviço autorizado Volkswagen”. Em 2010, a ATEC estreou-se nos campeonatos das profissões, tendo Jorge Simões o “orgulho” de representar a academia, primeiro, e Portugal, depois, “naquilo que foram as competições regionais, nacionais, europeias e mundiais”, sublinha. Com êxito. “Por ter conseguido ser medalha de ouro no “Portugal Skills”, pude representar o nosso país com o nome da ATEC no “World Skills 2011”, em Londres”, adianta a mesma fonte, que, já um ano antes, havia ficado em 5.º lugar no “Euro Skills 2010”. A qualidade do seu desempenho fez com que fosse convidado, em 2012, a ministrar formação na área da Mecatrónica Automóvel, na ATEC, atividade que ainda hoje desempenha. Até 2013, Jorge Simões permaneceu na empresa de Setúbal, onde assumiu várias responsabilidades. “Desde o teste dinâmico de veículos para avaliação, in loco, de avarias, já como técnico de diagnóstico e controlo de qualidade de reparações efetuadas por outros técnicos, acompanhamento do cliente final, antes de uma possível, ou explicação da fatura, na vertente mais técnica da intervenção ou entrada do veículo na oficina”, explica o nosso interlocutor, que conseguiu ainda obter “uma certificação reconhecida ao nível europeu como VW e Seat Master Technician”. Atualmente, Jorge Simões, além de formador da ATEC, exerce funções na Robert Bosch Portugal, no departamento de Apoio Técnico às oficinas das redes Bosch Car Service e Auto Crew.
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n RAMPA DE LANÇAMENTO Duarte Marques reconhece que o curso na ATEC “não só correspondeu como superou” as suas expectativas. “Passar do péssimo aluno para o excelente formando foi mais do que um sinal de que estava no sítio certo. Claro que muito deve aos objetivos de vida, à ambição e sede de conhecimentos, aos excelentes formadores, sempre dispostos a ajudar e com gosto e experiência real nas matérias transmitidas”, enfatiza. Duarte Marques realça a importância de, na ATEC, “desde o primeiro dia”, os alunos serem integrados num ambiente altamente profissional”, bem como da “boa imagem” que a Academia de Formação tem no mercado de trabalho, constituindo, para os alunos, uma verdadeira “rampa de lançamento”, ilustra. Opinião muito semelhante tem Jorge Simões. “Quem trabalha na área percebe as portas que me foram permitidas abrir (pela dedicação, esforço e paixão...) a partir da minha formação na ATEC. Pelo renome que esta, cada vez mais, vinca e pela excelência na formação de pessoas, apesar de ser suspeito, por ter sido formando e agora ser formador. Mas acho que a estatística fala por si”, destaca. Jorge Simões recorda ainda que, no seu caso em particular, até à entrada na formação em Mecatrónica Automóvel, apesar de o interesse pela eletricidade, eletrónica e pelos automóveis existir já “desde pequeno”, nunca, até então, havia contactado com estes, dado o facto de não conhecer ninguém que estivesse próximo desta atividade. O curso na ATEC foi o ponto de partida para o seu futuro. Costuma dizer-se que “quem corre por gosta, não cansa”. Fevereiro I 2016
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Evento
2.º Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2016
Veículos Comunicantes, o Futuro do Aftermarket
Centro de Congressos do Estoril, 18 de março de 2016
Telemática:
um novo desafio para o Aftermarket! Por: Hartmut Röhl, Presidente da FIGIEFA
Vamos falar do futuro! › Sob o lema “Veículos Comunicantes e o Futuro do Aftermarket”, realizar-se-á, no dia 18 de março de 2016, no Centro de Congressos do Estoril, o 2.º Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2016, organizado em conjunto pelas publicações Jornal das Oficinas e Revista Autopos
“Quais as mudanças que o setor do pós-venda independente enfrenta nos próximos anos?”
“Como é que os operadores do aftermarket estão a ter em consideração essas mudanças?”
Estes são alguns dos temas da atualidade que serão apresentados e debatidos por conceituados especialistas, nacionais e internacionais, com o objectivo de esclarecer os participantes sobre as mudanças que vão acontecer a curto e médio prazo. O conteúdo muito atual e interessante das apresentações, tal como o networking entre os participantes, são fatores que contribuirão para o sucesso do evento, levando a que haja forte motivação e maior participação de mais profissionais. Analisaremos o negócio do pós-venda na perspetiva do cliente de hoje que está disponível para pagar os serviços, mas que exige rapidez, conveniência e transparência. Reuniremos responsáveis da produção e distribuição Fevereiro I 2016
“Quais os desafios que a distribuição e as oficinas vão enfrentar?”
portuguesa e internacional, para dar uma visão estratégica de como está a mudar este mercado, de modo a que os participantes possam levar para as suas empresas novos conceitos de trabalho e gestão. E apresentaremos soluções inovadoras para aumentar exponencialmente a venda de peças e serviços. O Simpósio Ibérico é um evento para as pessoas poderem afastar-se por um dia das suas rotinas profissionais e alimentarem o desejo de explorarem novos caminhos, novas ideias e novas soluções dentro do pós-venda automóvel. Contamos com a sua participação no maior evento ibérico do pós-venda. Basta inscrever-se em: www.simposioaftermarket.com. www.jornaldasoficinas.com
“O setor automóvel, juntamente com o setor farmacêutico, é dos mais regulados na Europa. Existe legislação específica para o automóvel em campos tão diversos como proteção do consumidor, meio ambiente, política industrial, da concorrência e direitos de propriedade intelectual. Isto deve-se à importância deste setor para o conjunto da economia e para o equilíbrio das estruturas e poder dos players do mercado. Desde 1985, foram já lançados quatro regulamentos consecutivos de isenção por categoria (Block Exemption Regulations), com o objetivo de definir os direitos para o IAM, permitindo, simultaneamente, regras anti-concorrenciais para a venda de veículos novos. Um novo desafio para o setor da reparação surge com o aparecimento da telemática e dos veículos comunicantes. O veículo como fonte de dados técnicos e pessoais do proprietário pode mudar completamente a estrutura do mercado da reparação. A legislação-quadro para o automóvel como parte da Internet das coisas está agora em discussão e é importante que os interesses dos consumidores e a manutenção da concorrência neste mercado estejam no foco do legislador.
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PROGRAMA
ORGANIZAÇÃO:
08h00 – 09h00
Receção dos participantes
09h00 – 09h15
Discursos de boas-vindas - João Vieira, Diretor do Jornal das Oficinas; Miguel Angel Prieto, Diretor da Autopos
09h15 – 10h00
Evolução da regulamentação no pós-venda automóvel e o impacto da telemática no setor da reparação
Orador: Hartmut Röhl, Presidente da FIGIEFA
10h00 – 10h30
Análise e tendências do aftermarket na Europa
10h30 – 11h15
Coffee Break e networking
11h15 – 11h45
Oportunidades de negócio com as novas tecnologias
11h45 – 12h15
Como a telemática vai influenciar o aftermarket
12h15 – 13h00
Orador: Thomas Chieux, Diretor do ICDP (International Car Distribution Programme)
Orador: David Winter, Diretor da TecAlliance
Orador: Ben Smart, Diretor de Marketing da TRW
Debate com os participantes nos painéis da manhã
Moderador: Pedro Pinto, jornalista da TVI Comentadores portugueses: Joaquim Candeias, Presidente da DPAI; Pedro Barros, CEO da tips4y Comentadores espanhóis: Miguel Angel Cuerno, Presidente da ANCERA; Nines García de la Fuente, Diretora Portugal e Espanha da Delphi
13h00 – 14h30
Almoço e networking
14h30 – 15h00
Peças de origem vs peças aftermarket
15h00 – 15h30
Oficinas Auto 2020
15h30 – 16h30
Oportunidades e desafios para as empresas de distribuição e reparação automóvel na Península Ibérica
Orador: Luca Betti, Diretor Negócio Aftermarket da UFI Filters Orador: Miguel Angel Gavilanes, Diretor de Redes de Oficinas Bosch Moderador: Pedro Pinto, jornalista da TVI
Oradores portugueses:
Margarida Pina, Diretora de Desenvolvimento Aftermarket da Nors Ricardo Venâncio, Administrador da Autozitânia Frederico Abecasis, Country Manager da Hella Portugal
Oradores espanhóis:
Benito Tesier, Diretor-Geral da Brembo Espanha David Zapata, Diretor-Geral Portugal e Espanha da Federal Mogul Lluís Tarrés, Conselheiro-Delegado do Grupo Serca
16h30 – 17h00 17h00
Perguntas e respostas Sessão de encerramento
No próximo dia 18 de março, todos os caminhos vão dar ao Centro de Congressos do Estoril. O 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM 2016 contará com a presença de inúmeros especialistas nacionais e internacionais, que abordarão o presente e o futuro do aftermarket. O networking entre os participantes será outra mais-valia deste evento
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ASSOCIAÇÃO
AUTOMÓVEL DE PORTUGAL DIVISÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS INDEPENDENTES
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Mesa Redonda
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MAO PESADA
› O Jornal das Oficinas juntou players do mercado de equipamentos de diagnóstico para discutir o crime da pirataria. Todos concordaram em unir esforços neste combate. Não querem render-se, mas antes uma mão mais pesada da parte das autoridades competentes em matéria de fiscalização Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores
O Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa, foi o palco onde o Jornal das Oficinas reuniu os “onze indomáveis” do mercado de equipamentos de diagnóstico Fevereiro I 2016
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ãos ao alto? Não, mãos dadas contra o crime! O Jornal das Oficinas reuniu, no passado dia 12 de janeiro, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa, alguns dos principais responsáveis pelo setor de equipamentos de diagnóstico para discutir o tema “Software Ilegal nas Oficinas”. Muitos foram os pontos de vista, mas houve uma linha comum em todos os intervenientes no debate: a vontade de unir esforços para combater a pirataria que tanto afeta o setor e de levar as autoridades competentes na matéria a aplicar uma mão pesada nos infratores. Bem como para sensibilizar quem compra este tipo de equipamento fraudulento a não ser cúmplice com esta ilegalidade. O crime tem dois polos. Por uma questão de organização, a Mesa Redonda dividiu-se em dois painéis. No primeiro, os participantes fizeram a “Análise da situação atual do comércio de equipamentos de diagnóstico em Portugal” – ver caixa, nestas páginas -, mas a grande expectativa residia no segundo painel: “Software ilegal nas oficinas automóvel”. Tema quente e polémico, que contou, além da opinião dos players do mercado, com a presença de Nelson Lopes, responsável da Associação Portuguesa de Software, ou ASSOFT (ver caixa), um importante depoimento para ajudar a apurar aquilo que está a ser feito em matéria de fiscalização. De referir que o Jornal das Oficinas convidou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) para fazer parte da discussão, mas, por motivos de agenda, esta entidade não conseguiu comparecer. ■ TAXA DE ILICITUDE DE 40% Pertenceu a Nelson Lopes, da ASSOFT, as primeiras palavras no segundo painel. Um depoimento que visou enquadrar o problema. “No que diz respeito à pirataria informática, Portugal tem, hoje, uma taxa de ilicitude na casa dos 40%, que equivale a 192 milhões de euros de perdas”, disse, explicando que se trata, neste contexto, de “software numa gama vertical”. Ou seja, na sua opinião, os estudos “não medem o impacto no software técnico. E não é só no setor automóvel. É, em particular, no setor industrial. A ausência de estudos internacionais no setor automóvel sobre a questão da taxa de ilicitude deve-se ao facto de esta franja de mercado ser ainda muito pequena em termos de dimensão mundial quando comparada com outros ramos de negócio dentro do software”, o que permite concluir que, desde logo, falta ao setor um melhor tratamento estatístico. Para mais, acrescentou, “o software oficinal não é distribuído pelo canal dos distribuidores de informática. São produtos distribuídos num canal muito específico que não liberta informação. Não é perguntado ao Autodata ou ao TecDoc, por exemplo, quantas licenças vendeu para que haja um cruzamento de dados com as máquinas comercializadas. Eu consigo fazer uma extrapolação em termos estatísticos e afirmar que a pirataria se mantém nos 40%, mas o setor automóvel é excluído no âmbito da observação. E, se calhar, o setor automóvel vale mais de 100 milhões de euros de perda”, disse. “Mas é um canal tão restrito, que acaba por não entrar no segmento. É um trabalho que podemos fazer no futuro, que é passar a inclui-lo. Aliás, ele vai ser, obrigatoriamente, incluído. Pela componente ecológica que este setor vai ter”, avisou. ■ FISCALIZAÇÃO POUCO ARTICULADA De acordo ainda com Nelson Lopes, a média mundial da taxa de ilicitude “anda na casa dos 42%”. Por outras palavras, “conseguimos, ainda assim, não ser dos piores países da Europa neste campo. Também não somos dos melhores, sendo
11 estes os países do norte e centro da Europa, como é normal. Mas Portugal está melhor do que Itália (está nos 41%), Espanha (43%) e, em larga medida, melhor do que a Grécia (60%), Chipre e outros países à nossa escala”, defendeu. Contudo, há um traço lusitano que o diferencia dos demais. “Somos um país com uma indústria de software muito madura. Além de termos 4.000 empresas, somos um país com produtos muito amadurecidos, com elevado grau de especialização e com uma capacidade de internacionalização muito alta. Face a Espanha, temos um software bastante melhor. De longe. A empresas portuguesas têm instalações no país inteiro e no estrangeiro, ao contrário das espanholas, cujas instalações se resumem às províncias. Temos produtos a nível de qualidade/preço que batem até alguns produtos internacionais americanos”, elogiou Nelson Lopes. Na perspetiva do responsável da ASSOFT, “existe uma falta de articulação entre as entidades competentes em matéria de fiscalização. Particularmente, desde 2011. Ainda do 18.° Governo, do engenheiro José Sócrates. Houve uma decisão que, no meu entender, foi errada. Que deriva da aplicação da lei do cibercrime e que confere competências exclusivas à Polícia Judiciária para intervir e operar junto de meios informáticos”, lamentou. “Se qualquer órgão de polícia criminal, seja ele qual for, tiver de meter as mãos num computador para investigar qualquer tipo de crime ou de ilicitude (se for a GNR, PSP, ASAE ou SEF, não podem), depende diretamente do Ministério Público para poder atuar, assim que este o determine. O que quer dizer que as entidades de fiscalização, como a ASAE, deixaram de ter capacidade de fazer fiscalização. É este entendimento face à lei que nós contestamos. Já pedimos, inclusivamente, ao legislador para retificar, com o apoio do sindicato da ASAE, tendo esta todo o interesse em fiscalizar e tendo total competência para o fazer e para dar apoio às empresas. Conheço casos de empresas que foram multadas pela ASAE e que lhes ficaram extremamente gratas por esta ter prestado informação que elas desconheciam. Conheço outros casos em que as empresas nem sequer foram multadas porque os agentes da ASAE tiveram uma atitude proativa”. Nelson Lopes adiantou ainda que a “ASAE tem competência e conhecimento para fiscalizar a existência de pirataria ao nível do software e do hardware, mas a sua ação está limitada por força da lei. A utilização de software ilegal é crime. Quem me dera que não fosse. As empresas pagavam uma multa. Mas como é um crime, é levantado um auto de notícia, o Ministério Público decide instaurar a acusação ou dá-se o desenvolvimento do inquérito ou da investigação. E passam-se meses e meses até que o cidadão seja notificado e constituído arguido. Quer dizer que, efetivamente, o caso foi deduzido em acusação. Depois, segue-se toda a fase de julgamento. E na fase de julgamento, o cidadão pode ser absolvido (não há lugar ao pagamento de qualquer multa) ou condenado (pode ser multa, prisão convertida em multa e não se livrará das indemnizações a pagar aos autores)”. Tudo certo. “Mas existe uma linha temporal aqui que nunca é inferior a um, dois ou três anos”. Significa isto que se perde o efeito punitivo, embora não prescreva. “Porque estamos a falar de uma atividade ilícita que não é punível. Sem multas ou coimas, porque é um crime. E faz sentido que seja um crime, uma vez que se trata de roubo de propriedade intelectual, de fraude. Mas, do ponto de vista daquilo que é a repressão imediata ao mercado, que este sinta que agiu corretamente, devia ser punido com coima”. www.jornaldasoficinas.com
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JOÃO MARCELINO
Robert Bosch
“Basta consultar sites de anúncios para ter acesso a este tipo de produtos” RUI DAMAS
Create Business
“Todos conhecemos oficinas com equipamentos atualizados que investem em pirataria”
PEDRO SANTOS
Intermaco
“Todos os dias sentimos na pele o problema da pirataria e dos softwares ilegais”
HÉLDER SANTOS
Hélder Máquinas
“A denúncia deveria ser a via para minimizar uma situação de que somos vítimas”
CLAUDIO KOSSACK
Würth
“Não são apenas problemas financeiros, mas situações que podem afetar a segurança dos veículos”
ALEXANDRE RODRIGUES
Hella Gutmann
“Importa mostrar ao mercado que as empresas de equipamentos de diagnóstico estão unidas”
PEDRO ANTUNES
Iberequipe
“É nosso dever alertar quem consome pirataria de que esse não é o melhor caminho” Fevereiro I 2016
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Destaque Equipamentos de diagnóstico
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primeira ronda de perguntas na Mesa Redonda, ainda antes do assunto mais polémico, visou tomar o pulso ao mercado de equipamentos de diagnóstico automóvel em Portugal. No fundo, para entender, também, até que ponto ele tem sido afetado pelo contexto económico e pelas situações decorrentes dessa mesma crise, como será o caso, em parte, da própria pirataria. De um modo geral, os participantes consideraram que, depois de anos mais conturbados, as vendas do setor começam, apesar de tudo, a crescer. João Marcelino, da Robert Bosch, por exemplo, considerou que, 2015, “foi um ano bastante positivo. Começa a haver uma mensagem positiva que as coisas estão a melhorar”. Opinião partilhada por Rui Damas, da Create Business. “O mercado está mais recetivo e desperto para fazer investimentos em equipamentos de diagnóstico. Não só pela maior apetência das oficinas para investir, mas, também, porque a necessidade técnica dos automóveis a isso exige. Existem muitas oficinas a investir já em equipamentos da nova geração para fazer face aos novos sistemas”, explicou. Já Pedro Santos, da Intermaco, olha para o horizonte
e vislumbra “muita margem de crescimento neste mercado”, até porque, cada vez mais, “o diagnóstico terá de ser feito com equipamento adequado”. Da parte da Hélder Máquinas, Hélder Santos reconheceu uma ligeira melhoria no mercado, mas, ao mesmo tempo, deu conta de um certo sentimento de “ingratidão”, “na medida em que “tentamos fazer sempre o melhor possível e existem fatores que desanimam”, lamentou. ■ ADAPTAÇÃO É A PALAVRA-CHAVE Realidade distinta vive a Würth Portugal, que apenas implementou o equipamento de diagnóstico na atividade da empresa há dois anos. “O mercado, para nós, mexeu. E muito, como é óbvio. Tratando-se de um novo projeto, tudo o que vem é crescimento”, frisou Claudio Kossack, que reconheceu alimentar “grandes expectativas para 2016”. Por sua vez, Fernando Marques, da Hella Gutmann, explicou que o mercado, hoje, é “muito diferente de um passado não muito longínquo”, no qual “eram vendidas máquinas diariamente”. Esse mundo acabou. “Todos percebíamos que era apenas uma fase”, disse. “Hoje, o mercado português, pede máquinas
De um modo geral, todos os participantes concordam com a necessidade de uma maior articulação entre as várias autoridades fiscalizadoras ■ FÁCIL ACESSO À PIRATARIA João Marcelino, da Robert Bosch, ouviu atentamente o retrato feito por Nelson Lopes e associou a questão da pirataria à situação financeira dos países. “Maior dificuldade, maior apetência pela procura de software pirateado. Temos sofrido, de Fevereiro I 2016
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há uns anos para cá, com esta situação e creio que ainda não atingimos o pico. O acesso cada vez é mais fácil a esse tipo de produtos. Basta consultar, por exemplo, um site de anúncios”, avisou. Considera, por isso, que estamos perante um problema estrutural. “As entidades fisca-
mais acessíveis. O paradigma mudou. O mercado também mudou e temos de saber adaptar-nos”, afirmou, numa visão partilhada por Alexandre Rodrigues, responsável da mesma empresa: “Em 2015, notou-se uma evolução positiva no mercado. As gamas altas estagnaram e as médias e baixas tiveram uma evolução. Há 10 anos, os equipamentos topo de gama eram os mais procurados em Portugal”. Asis Edwards, da Auto Expert, não discordou. “O mercado português, há uns anos, procurava equipamentos topo de gama, o que era impressionante para a dimensão do país e das oficinas. Hoje, é diferente. As dificuldades económicas favorecem o aparecimento da pirataria. Em Espanha, temos o mesmo problema. Mas o cerne da questão não está na luta contra o pirata, mas sim contra quem consome pirataria”. Ligeiramente mais cético foi Pedro Antunes, da Iberequipe. A Iberequipe, como representante da Autocom, foi das mais lesadas a nível de equipamentos. “A pirataria multimarca começou com o Autocom”, começou por adiantar. Conforme explicou, de seguida. Desde 2010, que as contas eram positivas, mas, ainda assim, muito diferentes de outros tempos. “Este crescimento de 2015 não é algo que seja interessante para nós. A maneira de trabalhar da empresa Autocom fez com que os piratas olhassem para ela e a elegessem como apelativa para copiar. Tornou-se num produto apetecível, até porque é distribuído mundialmente. O que eu noto de 2010 para cá é a perda de noção que o cliente tem relativamente ao preço de um equipamento de diagnóstico”, lamentou Pedro Antunes. Durante o debate ficou ainda patente que, de um modo geral, atualmente, são as oficinas independentes quem mais compra equipamentos de diagnóstico automóvel.
lizadoras deviam ter um papel mais interventivo, visto que esta situação afeta bastante o negócio. Enquanto a venda de hardware é cíclica, a de software é anual. A Bosch tem um setor específico só para o desenvolvimento do software Easytronic (300 engenheiros a nível mundial). Se existem investimentos, tem de haver procura por parte do mercado que os sustente. Penso que a pirataria devia ser punida com coima em vez de ser considerada crime. Enquanto é instaurado um processo e não é, a oficina que utiliza software ou hardware pirata continua a desenvolver a sua atividade e a faturar”, lamentou. Para Rui Damas, da Create Business, por sua vez, a pirataria “afeta diretamente as vendas, quando estamos a tentar promovê-las”. Mas, acima de tudo, tem prejudicado “bastante a capacidade que as oficinas tiveram, ao fazer com que fossem anulados contratos de atualização de software (anuidades)”. Segundo avançou, uma das inversões que a Create Business sentiu em 2015 prendeu-se com o facto de as “empresas começarem a retomar esses contratos de atualizações”. Contudo, não escondeu o problema de base. “Todos conhecemos oficinas que têm vários equi-
pamentos multimarca atualizados e atualizáveis, mas que investem, também, em equipamentos piratas. Porque têm eles de fazer isso? Se calhar, são necessidades que sentem para fazer face ao mercado automóvel. Provavelmente, a grande maioria dos equipamentos multimarca atuais não conseguem dar resposta a essas necessidades”, vaticinou. Pedro Antunes, da Iberequipe reclamou a palavra para acrescentar que as “empresas que operam no nosso mercado introduzem equipamentos piratas” e mostrou-se agradado com iniciativas como a da Mesa Redondo, organizada pelo Jornal das Oficinas. “São o ponto de partida para a mudança. É nosso dever alertar as pessoas que consomem pirataria para o facto de este não ser o melhor caminho”, sustentou Pedro Antunes. “Da parte de comerciais e técnicos, as queixas que recebemos são diárias”, atalhou Pedro Santos, da Intermarco. “Acho bem a descriminalização da pirataria, sendo este um meio de agilizar o processo de repressão”, afirmou. E foi mais longe: “Até a aplicação de uma coima. Que podia ir subindo de valor à medida que fosse cada vez mais recorrente”.
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Para Hélder Santos, da Hélder Máquinas, a situação é “frustrante”, considerando os agentes do setor“vítimas desta ilegalidade”. Por esse motivo, “a denúncia deveria ser a via para minimizar a situação”, enfatizou. ■ ENVOLVER OFICINAS NO COMBATE José Morão, da Würth enumerou várias perspetivas para o problema: “Ação de sensibilização para sites de anúncios, ou seja, dar-lhes a conhecer o que por lá é anunciado em termos de pirataria, e para as oficinas”. E exemplificou com a experiência pessoal da empresa que representa. “A Würth já reagiu e protege o seu software, operando com servidores em vez de CD ou pen drives”. Importa “demonstrar ao consumidor final que o seu veículo foi intervencionado com um equipamento certificado, explicando-lhe a mais-valia disso”, vincou José Mourão durante o debate. Claudio Kossack, também da Würth Portugal, reforçou a ideia das perdas para o negócio graças a estes crimes. “A pirataria afetou as vendas, embora não consiga medir quantos equipamentos deixei de vender. Mas que deixei de vender, deixei. Enquanto tentamos fechar contratos de €1.500 ou €2.000, existem pessoas a comprar contrafações por €100 ou €200. Portanto, há um prejuízo financeiro”. Mas fez questão de alargar o espectro da sua preocupação. “Não estamos apenas a falar de problemas financeiros, mas, também, de situações que afetam a segurança dos veículos e, por conseguinte, dos utilizadores. Para já não falar de funcionários das nossas empresas que estão adjudicados a verificar sites de anúncio onde constam esses equipamentos”. Não havia forma de contornar a questão da fiscalização. E Fernando Marques, responsável comercial da Hella Gutmann, voltou ao tema. “Se o sistema de fiscalização funcionasse como a Autoridade Tributária faz, neste momento, noutras áreas, onde os agentes se identificam depois do serviço ter sido prestado, aí sim, poderiam ser levantados autos. Tenho clientes há 30 anos que amontoam equipamentos nas suas oficinas e alguns nem fazem ideia para que
serve tudo aquilo. Se um inspetor da ASAE levasse um veículo à oficina com uma luz acesa e pedisse para fazerem o check-up, identificar-se-ia no momento em que estivesse a decorrer a operação. Seria muito mais eficaz”. Alexandre Rodrigues, da Hella Gutmann Portugal explicou que, para combater a pirataria, é necessário, antes de mais, “perceber os meios à disposição”. E elencou alguns. “A entidade que eu entendo que pode ajudar-nos, neste momento, é a comunicação social. Como o Jornal das Oficinas, que organizou esta Mesa Redonda. É o meio mais ágil que temos neste momento para minimizar este flagelo. E mostrar ao mercado que as empresas de equipamentos de diagnóstico estão unidas em prol de um objetivo comum”, deixou patente. ■ NÃO HÁ GUERRAS IMPOSSÍVEIS Asis Edwards, da Auto Expert, tomou a palavra para traçar um cenário muito semelhante no país vizinho onde opera: “Existe o mesmo problema, mas multiplicado por quatro. Geneticamente, os povos latinos têm maior pré-disposição para a pirataria. Está-lhes no sangue”, ironizou. Porém, em Espanha, existe uma associação especificamente dedicada a este tipo de crimes, o que permite alimentar alguma esperança. “O C.A.P.A. tem registado muitas denúncias em Espanha. Quanto ao futuro deste setor, passará muito mais pelo software do que pela venda de equipamentos”. Mas se este é um problema, aparentemente, transversal, poderá acalentar-se a expectativa de uma guerra bem sucedida ao software ilegal? As atenções voltaram-se, outra vez, para Nelson Lopes, da ASSOFT. “Queria deixar a mensagem que este tema não está parado. Enquanto associação, estamos em contacto permanente com os órgãos reguladores, no sentido de influenciá-los para que seja alterado aquilo que, hoje, existe. Porém, está, neste momento, a ser discutido a nível europeu uma coisa que se chama Mercado Único Digital. Tem um pressuposto base, que é quebrar barreiras à transação de produtos e serviços digitais na União Europeia,
O debate foi animado e frutífero, mostrando-se os representantes do setor unidos numa causa comum: combater a pirataria que a todos afeta nos quais está o software. Este Mercado Único Digital prevê a alteração à lei de direitos de autor. Esta diretiva deverá ser transposta para a realidade portuguesa durante este ano ou o próximo. Existem duas áreas que nos preocupam: a dos direitos de autor e a da proteção dos dados. Estão a ser preparadas alte-
João Vieira, diretor do Jornal das Oficinas (à esq.), Jorge Flores (ao centro) e Bruno Castanheira, que conduziram a Mesa Redonda Fevereiro I 2016
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rações significativas nestas duas”, adiantou. Depois, de forma mais concreta, enfrentou a pergunta. “Não é impossível acabar com a pirataria. A pirataria representa, hoje, cerca de 40% do software que está instalado no mercado. Um estudo publicado, em 2011, pela ASSOFT, desenvolvido pela Universidade Católica, com base em dados de um estudo mundial que foi feito pela BBC, concluiu que, se reduzirmos, em quatro anos, este indicador de 40 para 30%, estaríamos a injetar no mercado qualquer coisa como 1.160 milhões de euros na economia, a injetar nos cofres do Estado 300 milhões de euros e a criar cerca de 4.500 novos empregos (0,6% do PIB). Para um objetivo de redução de 10%, que é muito ambicioso. Isto só é possível, no entender da ASSOFT, com o apoio da máquina que legisla. E tem de haver da parte do Governo interesse em combater a pirataria. Não só a nível do software, mas a outros níveis também (bens de consumo, por exemplo). Se somos um país que gosta de defender o investimento, temos, também, de defender os investidores. Pela adoção de novas políticas de proteção dos softwares”, concluiu.
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Nelson Lopes, da ASSOFT
“Somos o país onde existem mais empresas a fazer software de gestão” C
om 25 anos de existência, a ASSOFT foi uma presença bastante esclarecida no debate sobre a pirataria. Nasceu formada pelos principais produtores de software mundial e que, ainda hoje, têm presença ativa em Portugal. Mais concretamente, numa altura em que se deu o “boom” informático no nosso país. Hoje, o mercado da informática é um mercado maduro, onde existem 4.000 empresas (empregam cerca de 7.000 pessoas e valem perto de 4 mil milhões de euros) e que produzem software em Portugal. Com base na experiência que tenho, posso dizer que Portugal é o país onde existem mais empresas a fazer software de gestão. Das 4.000 empresas que temos no nosso país, 3.600 produzem software de gestão: para gerir orçamentos, faturas, ciclos de produção e até agências funerárias. Para gerir seja o que for”, esclareceu. E disparou. “Isto não acontece em mais nenhum país. Nos EUA, são capazes de existir 400 players a produzir software. São todos muito grandes, é um facto, mas existem apenas 400. Em Portugal, país com 10 milhões de habitantes, são 4.000”. Com tal crescimento, “começa a ser cada vez maior o risco face à pirataria. E a tendência é para que, se não se fizer um investimento no combate
à pirataria, quer pelo lado da eficiência por parte da indústria (creio que é um setor proativo, ou seja, não fica à espera que as coisas aconteçam para, depois, reagir), mas, principalmente, pelos órgãos de monitorização (e, aqui, culpo o anterior Governo, já que houve um grande desinvestimento na fiscalização desde 2011), corremos o risco de ser o país do simplex, do plano tecnológico e de grande exemplos a nível mundial que faz tudo isto com base em software pirata. E isso é altamente penalizador para quem pretende investir no mercado”. O papel da associação “é, em primeiro lugar, representar o seu setor e apoiar as suas empresas, prestar-lhes informação, educar este setor. E, depois, como é sabido, a ASSOFT tem estado presente em diversas ações públicas de combate à pirataria. Quer apoiando os tribunais na disponibilização de meios técnicos e peritos que apoiam as brigadas de fiscalização no terreno, quer fazendo ações de campanha usando os mais diversos meios, educando o mercado”, disse. Mas os resultados têm aparecido. “Temos sentido que tem havido uma resposta positiva, de acordo com o feedback dado pelos vendedores”, assegurou Nelson Lopes.
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Ambiente
SIRER e Formulários de Resíduos
É preciso estar atento! › As oficinas devem declarar, até 31 de março, todas as quantidades de resíduos relativas ao ano de 2015 que foram geradas e que foram entregues. Além das que transitaram de ano nas instalações Por: João Patrício, Gabinete Técnico da ANECRA
O
SIRER (Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos) está previsto pelo diploma que regula a gestão geral de resíduos, o Decreto-Lei 178/2006, de 5 de setembro (entretanto alterado), regulamentado por portaria. É uma forma de assegurar a comunicação de dados entre entidades oficiais e entidades que trabalham com gestão de resíduos. Esta comunicação de dados é feita através de plataforma web. A comunicação de dados começou em 2007, numa plataforma que se chamava, precisamente, SIRER. A comunicação de dados seguinte foi já feita numa nova plataforma: SIRAPA. Neste momento, estamos na 3.ª plataforma, que é o SILIAMB. Nesta, deve ser preenchido um formulário, onde são declaradas anualmente, até 31 de março, todas as quantidades de resíduos relativas ao ano anterior, que foram geradas e que foram entregues. Além das que transitaram de ano nas instalações. n QUEM DEVE FAZER O REGISTO? Antes de mais, este registo é por estabelecimento e não por empresa. Na prática, significa que empresas com mais
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do que um estabelecimento podem estar obrigadas a ter mais do que um registo. No caso da reparação automóvel, para que estejam vinculados à inscrição no SIRER, basta que os estabelecimentos gerem resíduos perigosos, independentemente do número de trabalhadores (basta um). Óleos usados e baterias usadas são exemplos de resíduos perigosos e, na prática, poucas ou nenhumas serão as situações de estabelecimentos deste setor que não tenham obrigação de registo no SIRER. Os procedimentos que cada estabelecimento deve ter podem ser divididos em dois grupos: o registo; o preenchimento dos formulários. O registo é feito apenas uma vez e os estabelecimentos têm 30 dias após o início de atividade para o fazerem. Os dados de registo podem, se necessário, ser alterados. O preenchimento dos formulários, e a sua submissão é anual, até 31 de março. Há uma anuidade que deve ser paga em “pagamentos ao estado”, e que, neste momento, tem o valor de €28,14. Sem este pagamento em dia, não é possível a submissão dos formulários. É preciso ter atenção que um pagamento muito próximo de 31 de março pode não
ser reconhecido pelo sistema em tempo útil e, assim, não ser possível a submissão dos formulários. Quando surgem fiscalizações, esta obrigação é a primeira a ser confirmada, e tem sido possivelmente o principal motivo de auto. O não preenchimento dos formulários leva a uma contraordenação ambiental leve. Já a falta de registo, é considerada uma contraordenação ambiental grave, que implica o valor mínimo de €12.000 de coima. n ALTERAR PROCEDIMENTOS Apesar de já existir este registo desde 2007, a verdade é que só há dois anos os procedimentos começaram a estabilizar. Este ano, para as oficinas, existem três alterações de procedimentos significativas: 1. Quem fez o pagamento da anuidade até 30 de setembro de 2015, em 2016 poderá não ter de fazê-lo (isto deve ser confirmado caso a caso); 2. O formulário A, onde se descreviam as atividades do estabelecimento, deixou de ser obrigatório; 3. Anteriormente, permitiam-se submissões de formulários de empresas sem
representante (que aconteceram com algumas empresas por lacunas do registo na antiga plataforma SIRAPA) e agora tal não é possível. Tem sido muito vasto o apoio da ANECRA nesta área e, aqui, tem sido o representante do setor automóvel. Ao longo dos anos, desde 2007, tivemos largas dezenas de reuniões com a APA. Tudo isto tem sido reconhecido pela própria APA. Muitas das propostas que temos vindo a apresentar, têm sido aceites, como é exemplo a não obrigatoriedade de preenchimento do “volume de negócios” que era uma verdadeira dor de cabeça, pois tinha de ser preenchido por área de negócio. Os associados podem sentir diretamente o apoio da ANECRA em três grandes vertentes: 1. No atendimento: os serviços encontram-se disponíveis para ajudar no preenchimento dos formulários ou na resolução de outros problemas; 2. Nas ações de formação: sessões de 90 minutos, onde se explica o preenchimento dos formulários, e que decorrem em vários pontos do país, durante o 1.º trimestre de cada ano; 3. No preenchimento dos formulários pelos próprios serviços da ANECRA. Uma chamada de atenção, a propósito deste 3.º ponto. Ao longo dos anos, a ANECRA identificou inúmeras situações de empresas de consultoria ambiental que oferecem serviços aos empresários do setor. Algumas dessas empresas acabam por defraudar alguns empresários. Por quantias mais ou menos elevadas, propõem serviços que nem sempre realizam, não asseguram as obrigações do SIRER e, por vezes, não fazem sequer o respetivo registo ou preenchimento dos formulários. Quando os problemas chegam para estes empresários, por vezes por autos levantados, deixam de ser atendidos. Acontece também empresários pretenderem rescindir contrato com algumas entidades e não lhes ser sequer dada a conhecer a própria senha de acesso. E depois ser a ANECRA, de forma mais morosa, a resolver o assunto. Existem também empresas que, apesar de não estar em causa a sua vontade de prestar este serviço, não prestam o serviço que o cliente necessita. Todos os anos analisamos centenas de formulários MIRR. Muitas das empresas de consultoria preenchem o SIRER de um cliente, mas depois fazem-no sem quaisquer preocupações com a gestão ambiental do cliente, de forma mecanizada e administrativa, sem considerar quantidades de final de ano, sem confirmar se houve alteração de morada e sem confirmar licenças dos destinatários dos resíduos. E, depois, é claro que acabam por prejudicar os seus clientes. Pelo contrário, os serviços da ANECRA, quando preenchem formulários, acabam também por dar recomendações adequadas sobre boas práticas de gestão ambiental. É preciso estar atento. E, como última recomendação, dizemos a quem tem de submeter o formulário, para não deixá-lo para os últimos dias.
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Atualidade
VIN (Vehicle Identification Number)
Arquivo de identificação › Tal como qualquer cidadão, o automóvel dispõe do seu próprio documento de identificação: o VIN (Vehicle Identification Number). Aquilo que, à primeira vista, parece um desordenado e indecifrável agrupamento de letras e números, tem, na verdade, um significado depois de ser bem dividido em blocos. Cada dígito está lá com um propósito. O Jornal das Oficinas explica-lhe tudo nestas páginas. Para que, conhecendo um pouco da história do veículo, chegue à peça correta Por: José Silva
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V F7 KFBHZ MFS 512964 2
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LEGENDA 1
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Identifica a região geográfica do globo. Normalmente, o veículo é montado com componentes produzidos em países diferentes, mas o dígito diz respeito ao país onde foi montado. Este caracter refere-se ao país de origem da marca. Neste caso, “F” diz respeito a França. A terceira letra na sequência do VIN é combinada com as duas anteriores e resulta num código que diz respeito ao construtor e à zona do globo onde este tem a sua base. Neste caso, o código VF7 corresponde à DS/Citroën em França. CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO
Os cinco dígitos seguintes definem as características do veículo. A utilização Fevereiro I 2016
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específica deste código difere de construtor para construtor. No fundo, trata-se de um número interno das marcas que incorpora informação única sobre o tipo de carroçaria, tipo de motor, modelo e série de produção, entre outras. 4
Contém um código que representa o peso do veículo, a potência (em hp) ou ambos.
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Identifica a plataforma do veículo, como furgão, pick-up, camião ou reboque.
6
Identifica a plataforma do veículo, como furgão, pick-up, camião ou reboque. É um código especial utilizado pelo construtor para identificar o modelo específico do veículo.
7
Identifica o tipo de carroçaria: sedan, coupé, hatchback ou cabrio, entre outros.
8
Dá informações sobre o motor, como a cilindrada ou o número de cilindros. Neste caso, são quatro cilindros. Os três dígitos que se seguem são consistentes entre todos os fabricantes:
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ponde ao ano de produção, mas sim ao ano do “Model Year”. Por isso, em alguns códigos VIN surge o ano seguinte à matrícula do veículo. Neste exemplo, trata-se de um veículo “MY 2014”. 11
PRODUÇÃO
Representa a fábrica onde o veículo foi produzido. Neste caso, é proveniente de Sochaux, França.
AUTENTICAÇÃO
É o chamado “dígito de confirmação” na sequência do VIN e serve para constatar a veracidade ou não de um número VIN. Obtém-se através de fórmula matemática entre os restantes números do VIN. ANO DO MODELO
Cada ano dispõe de um caracter de código. O ano do modelo não corres-
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IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
Os últimos seis caracteres do VIN (também apelidados de caracteres VIS) são utilizados para identificação específica de cada veículo. Os últimos quatro deverão ser sempre numéricos. Através deles, é possível ao construtor saber a sequência de produção ou a linha de montagem onde o veículo foi construído.
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uando tentamos saber a referência de determinada peça para uma unidade específica, normalmente é pedido o número de chassis ou VIN (Vehicle Identification Number). Este código consta no Documento Único Automóvel (DUA) ou livrete e está, também, “gravado” no próprio veículo (base do para-brisas, longarinas e compartimento do motor são alguns dos locais onde se pode encontrar o VIN). Composto por 17 dígitos, este código transmite, a qualquer oficina que o saiba descodificar, um vasto e completo leque de informação sobre o veículo. Nestas páginas, desvendamos um pouco desta “salganhada” de números e letras que parece ser um código sem sentido, mas que, depois de analisada, tem informação preciosa para construtores, oficinas, mecânicos e catálogos de peças. Os 17 dígitos dizem-nos muito sobre o veículo. Desde o modelo até ao país e fábrica onde ele foi produzido. E contém, também, informação sobre o ano do modelo (Model Year), o mercado a que se destina e o tipo de motor que o equipa, entre outras particularidades. Ou seja, cada dígito está lá com um propósito. Além disso, garante ao comprador que está, efetivamente, a comprar a viatura e versão que pretende e não outra.
Neste caso é um BMW, mas as localizações do VIN são comuns à maioria dos construtores
História do VIN
Esqueça modelos, motores ou potências. A única semelhança entre os veículos que circulam nas estradas de todo o mundo é o VIN (Vehicle Identification Number). A história do VIN, ou número de chassis, tal como o conhecemos hoje, começou no início dos anos de 1980. Portanto, no século passado. Até então, existiam códigos que os construtores colocavam nos seus automóveis e que só eles conseguiam descodificar. Até 1950, o VIN era utilizado apenas pelos fabricantes norte-americanos para distinguir séries de produção. E, contrariamente ao que sucede hoje, não eram obrigatórios. Nessa época, os números marcados numa chapa específica identificavam a marca, o modelo e o ano de produção. Em 1950, a importância do VIN aumentou. Todos os construtores norte-americanos de automóveis, os primeiros a utilizarem estes números de forma massiva, começaram a “gravar” nos seus veículos códigos que davam uma correta descrição sobre eles no que respeita à marca, modelo, ano de produção, tipo e até potência. Em 1980, a NHTSA (National Highway Safety Administration) e a ISO decretaram que todos os automóveis deveriam conter um código de 17 dígitos, estabelecendo, desta forma, a lógica atual. Este código tornou-se padrão a nível mundial e todos os construtores utilizam-no. Através dele, é possível saber todo o historial do veículo.
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Um dos locais mais utilizados para a colocação do VIN é a base do para-brisas, sendo bem visível e de fácil acesso
Existem aplicações que descodificam o VIN
O número de chassis e as novas tecnologias Existem algumas ferramentas online que permitem descodificar o VIN do automóvel. Na última secção do VIN, o código composto por números consiste numa sequência que encerra códigos específicos dos construtores e, por isso, não é revelado pelo descodificador. Em analogx. com/contents/vinview.htm, pode ser inserido o número de chassis do veículo para se conhecerem alguns dos seus segredos. Com o avanço da tecnologia, também existem aplicações para iPhone que podem ser descarregadas e que facilmente descodificam o VIN de determinado modelo. O “VIN Hunt” é uma delas. Tem um custo de descarregamento de €1,99. Esta aplicação é extremamente útil para oficinas e vendedores de peças mas, fundamentalmente, é essencial para quem quiser ter a certeza que não está a comprar “gato por lebre” no que aos veículos diz respeito. Não há como estar bem informado, portanto.
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Como descodificar as siglas do WMI Conheça as principais regiões de produção através dos códigos WMI (World Manufacturer Identifier). A lista que se segue está descodificada ao detalhe, mas a ideia básica das regiões de produção está organizada da seguinte forma: A-H corresponde a África; J-R corresponde à Ásia; S-Z diz respeito à Europa. O continente americano (norte, sul e central), bem como a Oceânia, são codificados com números. CÓDIGOS DAS REGIÕES GEOGRÁFICAS WMI A-H África AA-AH África do Sul J-R Ásia J Japão KL-KR Coreia do Sul L China MA-ME Índia MF-MK Indonésia Tailândia ML-MR Filipinas PA-PE PL-PR Malásia S-Z Europa SA-SM Reino Unido Alemanha SN-ST, W C
Itália SU-SZ Polónia ZA-ZR América do Norte TA-TH Suíça 1-5 E.U.A. TJ-TP República Checa 1,4,5 Canadá TR-TV Hungria 2 México VA-VE Áustria 3 Oceânia VF-VR França 6-7 Austrália VS-VW Espanha 6A-6W Nova Zelândia VX-V2 Jugoslávia 7A-7E América do Sul XL Holanda 8-0 Argentina XS-XW ex-USSR 8A-8E Chile X3-X0 Rússia 8F-8J Venuzuela YA-YE Bélgica 8X-82 Brasil YF-YK Finlândia 9A-9E, 93-99 Colômbia YS-YW Suécia 9F-9J
CÓDIGOS DAS MARCAS MAIS IMPORTANTES
M
O CONJUNTO DOS TRÊS PRIMEIROS DÍGITOS DO VIN COMPÕE A MARCA DO VEÍCULO
Y
KL
CM
Daewoo GM Coreia do Sul Mazda Suzuki Toyota Land Rover Jaguar Honda Reino Unido Nissan Reino Unido Suzuki Hungria Renault Pegeout
JM JS JT SAL SAJ SHS SJN TSM VF1 VF3
MY
CY
CMY
K
W0L Opel WVW Volkswagen WV1 Volkswagen Veículos Comerciais ZFA Fiat ZFF Ferrari 1G1/2G1 Chevrolet E.U.A. 1H Honda E.U.A. 1N Nissan E.U.A. 3VW Volkswagen México 8AJ Toyota Argentina 93H Honda Brasil
VF7 Citroën VSS Seat VSX Opel Espanha VS6 Ford Espanha VSG Nissan Espanha VWV Volkswagen Espanha WAU Audi WBA BMW WBS BMW M WDB Mercedes-Benz WF0 Ford Alemanha WMW Mini WP0 Porsche
IDENTIFICAÇÃO DO FABRICANTE Os três dígitos iniciais representam o fabricante, mas podem ser analisados um a um. Esta combinação chama-se WMI (World Manufacturer Identifier): identificação do construtor.
O 10.° dígito do código VIN Esta tabela diz respeito ao ano de determinado modelo (o décimo digito do código VIN). Os primeiros 21 anos de existência do VIN, são representados por letras. De 2001 a 2009, passam a ser representados por números. De 2010 em diante, o ano de produção volta a ser representado por uma letra. Atenção: o ano que consta no VIN diz respeito ao “Model Year” do modelo e não ao seu ano de produção, o que poderá criar alguma confusão na leitura do código.
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1980 1981 1982 1983 1984 1985
G H J K L M
1986 1987 1988 1989 1990 1991
N P R S T V
1992 1993 1994 1995 1996 1997
W X Y 1 2 3
1998 1999 2000 2001 2002 2003
4 5 6 7 8 9
2004 2005 2006 2007 2008 2009
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Ordem do dia
Marcas de automóveis na mira da AdC
Indícios de infração
› A Autoridade da Concorrência (AdC) abriu processos de contraordenação contra várias marcas de automóveis, por indícios de infração às regras de concorrência em matéria de garantias. E a investigação promete continuar
N
o último ano e meio, foram quatro as investigações levadas a cabo pela Autoridade da Concorrência (AdC), que identificou a existência, nos contratos de extensão de garantia de várias marcas de automóveis, de uma cláusula que impedia os consumidores de realizarem operações de manutenção e reparação em oficinas independentes, sob pena de perderem o direito à garantia do fabricante. Peugeot, Ford, Audi, VW, Skoda (estas três últimas importadas e distribuídas pela SIVA) e Fiat foram as marcas visadas. A Seat esteve quase, mas “recuou” a tempo. A AdC abriu processos de contraordenação contra todas elas, por indícios de infração às regras de concorrência. E como a defesa da concorrência constitui um bem público que cabe à AdC preservar, numa perspectiva instrumental, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa (artigo 81.°, alínea f), esta entidade pôs-se em campo. Como esclareceu ao nosso jornal Teresa Duarte, assessora de comunicação da AdC, “um dos processos resultou de uma denúncia por parte de uma rede de oficinas independentes. Os restantes processos foram desencadeados por iniciativa própria da AdC, na sequência da sua atividade de supervisão do setor”.
Por: Bruno Castanheira
a cobertura de garantia aos proprietários que efetuassem operações de manutenção e reparação dos seus veículos fora das redes de reparadores autorizados das marcas. A AdC concluiu que as marcas, no âmbito de um contrato de extensão de garantia, faziam condicionar o acionamento da garantia legal ou alargada concedida pelos fabricantes dos veículos à realização de operações de manutenção e reparação não cobertas pela garantia, junto das redes oficiais. Esta prática poderia, não só, fechar o mercado às oficinas independentes, como, também, prejudicar os consumidores, por não lhes dar alternativa para efetuar a revisão/manutenção, obrigando-os a dirigirem-se sempre às redes oficiais das marcas. De acordo com Teresa Duarte, “os consumidores veem agora assegurado o seu direito à livre escolha das oficinas onde fazem as reparações e manutenção dos seus veículos, sem risco de perderem o benefício da garantia da marca, desde que cumpridas as especificações do fabricante. Depois da intervenção da AdC, fica claro
para todos os consumidores que a imposição de limitações às garantias nos termos em que algumas marcas automóveis o fizeram, é uma prática potencialmente violadora da lei”. A assessora de comunicação da AdC crê que “os processos abertos tiveram um efeito dissuasor para a generalidade das marcas de automóveis, que se absterão de pôr em prática limitações às garantias”. Lançada em outubro de 2007, a campanha “Direito à Reparação” saiu em defesa do aftermarket independente. Sustentada pelo Regulamento “Euro 5” (n.° 715/2007, de 20 de junho), traduziu as regras gerais do Regulamento (CE) n.° 1400/2002, de 31 de julho - Block Exemption (BER) -, criado para defender o livre acesso do consumidor ao mercado independente, em igualdade de circunstâncias com as oficinas das marcas. Posteriormente, o Regulamento n.° 461/2010, de 27 de maio, aprovado pela Comissão Europeia, reforçou a posição do setor da reparação e manutenção, abrindo novas oportunidades às oficinas independentes.
Os contratos de extensão de garantia impediam os consumidores de optarem pelas oficinas independentes
n LIBERDADE DE ESCOLHA Os indícios de infração às regras de concorrência verificaram-se pelo facto de as marcas terem, alegadamente, recusado Fevereiro I 2016
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n COMPROMISSOS DAS MARCAS Tendo precisamente o Regulamento n.° 461/2010 como pano de fundo, a AdC tornou obrigatória a execução de diversos compromissos por parte das marcas, de modo a responder às preocupações jusconcorrenciais suscitadas pelas limitações ao exercício da garantia automóvel. E perante as preocupações da AdC, as marcas apresentaram um conjunto de compromissos que se destinam a pôr fim à prática identificada. Como explicou Teresa Duarte, “os compromissos assumidos pelas marcas são de cumprimento obrigatório e são monitorizados pela AdC. Caso se verifique que as marcas se afastam dos compromissos assumidos, a AdC reabre os processos e as empresas podem incorrer no pagamento de coimas”. Nesse conjunto de medidas consta, por exemplo, a inclusão em todos os contratos, manuais e outros documentos entregues aos proprietários dos veículos que o benefício da garantia não está condicionado à realização das operações de manutenção e/ou intervenções mecânicas não objeto de garantia, nas respetivas redes oficiais das marcas. Ou a comunicação desta alteração contratual a todos os concessionários e reparadores autorizados, bem como o envio de um novo clausulado do contrato de extensão de garantia a todos os clientes, concessionários e reparadores autorizados das marcas. De acordo com a Lei da Concorrência (n.° 19/2012, de 8 de maio), a AdC pode aceitar compromissos propostos pelos visados em processos de contraordenação, que sejam aptos a eliminar os potenciais efeitos nocivos sobre a concorrência provocados pelas práticas em causa. A AdC aceitou-os e considerou que esses compromissos preservam os interesses dos consumidores.
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Ordem do dia
Medida Estímulo Emprego
Apoio à contratação
› Combater o desemprego, fomentando a criação de postos de trabalho; promover a contratação de públicos mais desfavorecidos; reforçar vínculos laborais mais estáveis, combatendo a segmentação e a precariedade. São estes os objetivos da Medida Estímulo Emprego Por: Ângelo Costa, administrador da PRORÁCIO
A
Medida Estímulo Emprego está enquadrada na Portaria n.° 149A/2014 e seu regulamento. Visa conferir apoio financeiro às entidades empregadoras que celebrem contratos de trabalho a tempo completo ou a tempo parcial por prazo igual ou superior a seis meses. Com desempregados inscritos nos centros de emprego ou centros de emprego e formação profissional, com a obrigação de proporcionarem formação profissional aos trabalhadores contratados. Os apoios concedidos encontram-se divididos da seguinte forma: 80% do indexante dos apoios sociais (IAS €419,22) para os contratos a tempo certo, não podendo ultrapassar o valor de 80% do IAS x 6; 110% do IAS x 12, no caso de contratos de trabalho sem termo. A quem se destina a Medida Estímulo Emprego? Aos desempregados inscritos nos centros de emprego que se encontrem numa das seguintes situações: beneficiário de prestações de desemprego; beneficiário do RSI (Rendimento Social de Inserção); cônjuge ou pessoa com quem viva em união de facto que se encontre igualmente em situação de desemprego e inscrito no IEFP; inscrito
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há, pelo menos, 60 dias consecutivos, no caso de desempregados com idade inferior a 30 anos ou com idade mínima de 45 anos; que integre família monoparental; com deficiência ou incapacidade; inscrito há, pelo menos, seis meses consecutivos. n ESTÁGIOS EMPREGO A medida Estágios Emprego está consubstanciada na Portaria n.° 149-B/2014. Visa apoiar a transição entre o sistema de qualificação e o mercado de trabalho. Os estágios terão a duração de nove meses. Os objetivos desta medida encontram-se bem definidos: complementar e desenvolver as competências dos jovens que procuram primeiro emprego ou novo emprego, de forma a melhorar o seu perfil de empregabilidade; promover a integração profissional de desempregados em situações mais desprotegidas; apoiar a transição entre o sistema de qualificação e o mercado de trabalho; promover o conhecimento sobre novas formações e competências junto das empresas e promover a criação de emprego em novas áreas; apoiar a melhoria das qualificações e a reconversão da estrutura produtiva.
Os desempregados inscritos nos serviços de emprego que se encontrem numa das situações que, a seguir, enumeramos, são os destinatários: jovens com idade entre os 18 e os 30 anos inclusive; com idade superior a 30 anos e que estejam à procura de novo emprego e não tenham desenvolvido atividade profissional nos 12 meses anteriores à data da seleção pelo IEFP; pessoal com deficiência e incapacidade; pessoas que integrem família monoparental; pessoas cujos cônjuges ou pessoas com quem vivam em união de facto se encontrem igualmente inscritos no IEFP como desempregados. Para os estagiários, os apoios concedidos incluem bolsa de estágio (vai de 1 IAS – €419,22/qualificação de nível 2 ou inferior até 1,65 IAS/qualificação de nível 6, 7 ou 8), refeição ou subsídio de alimentação e seguro de acidentes de trabalho. Para as entidades promotoras, os apoios são os seguintes: 80% para os estágios realizados em entidades privadas sem fins lucrativos; projetos de interesse estratégico; primeiro estágio desenvolvido por microempresa referente à primeira candidatura a esta medida; para todas as restantes situações, o apoio é de 65%.
n MEDIDA REATIVAR A Portaria n.° 86/2015 aprova a Medida Reativar. Que atribui estágios com a duração de seis meses para desempregados de longa ou muito longa duração, com idade mínima de 31 anos. Esta medida visa promover a reintegração no mercado de trabalho de desempregados de longa duração, proporcionar oportunidade de reconversão profissional a públicos com dificuldades de inserção no mercado de trabalho e contribuir para melhorar o ajustamento entre a oferta e a procura. A Medida Reativar destina-se a desempregados inscritos no IEFP há, pelo menos, 12 meses; com idade mínima de 31 anos; que não tenham sido abrangidos por uma medida de estágios financiados pelo IEFP nos últimos três anos; que detenham qualificação mínima de nível 2 (QNQ) ou qualificação inferior, se previamente inscritos no centro para qualificação e ensino profissional (CQEP). Como apoios, para os estagiários contempla bolsa de estágio mensal, em função do seu nível de qualificação, cujo montante poderá variar entre €419,22 e €691,71, refeição ou subsídio de alimentação, seguro de acidentes de trabalho e, em alguns casos, subsídio de transporte. Para as entidades promotoras, o apoio financeiro do IEFP é baseado na modalidade de custos unitários, por mês e por estágio: bolsa de estágio (comparticipação de 80% quando a entidade promotora seja pessoa coletiva de natureza privada sem fins lucrativos; no primeiro estágio desenvolvido por entidade promotora com 10 ou menos trabalhadores; comparticipação de 65% nas restantes situações); alimentação: €4,27/dia; prémio de seguro de acidentes de trabalho: 3,296% IAS = €13,82.
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Observatório
Centro de pesquisa Ford em Aachen
Berço da inovação › Um workshop levado a cabo pela Ford no centro de pesquisa em Aachen permitiu conhecer os avanços tecnológicos da marca rumo à condução autónoma. Sem esquecer os novos filtros de carvão ativo e um robot que se chama... Ruth! Por: José Silva
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epois de ser agraciada, durante três anos seguidos, com o prémio de motor do ano, graças à performance do bloco a gasolina 1.0 EcoBoost, a Ford continua a explorar, no seu centro de pesquisa em Aachen, na Alemanha, novas tecnologias que, a curto prazo, serão introduzidas nos seus modelos de produção em série. O esquema da condução autónoma, um dos grandes desafios da indústria automóvel para os próximos anos, encontra-se dividida em cinco níveis. A Ford já se encontra a explorar o Nível 2, ou seja, a condução autónoma parcial. A primeira fase (Nível 1), disponível há algum tempo nos automóveis, diz respeito aos vários dispositivos de assistência à condução, como o sistema que deteta a presença de veículos no ângulo morto, o sistema de alerta do condutor, o sistema park assist (permite que o veículo estacione sozinho) e o sistema de manutenção na faixa de rodagem, só para citarmos três exemplos. A segunda fase (Nível 2), vai sendo incluída a pouco a pouco em modelos de topo. Nos Mondeo e Galaxy, a Ford já disponibiliza o cruise control adaptativo, o assistente de engarrafamentos e o aviso de pré-colisão contra peões. A partir da-
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qui, as fases seguintes levarão até à condução totalmente autónoma. Algo que só será realidade dentro de alguns anos. n ASSISTÊNCIA À CONDUÇÃO Uma das evoluções passa, precisamente, pelo Active Safety Stop, que a Ford tem disponível desde a base da sua oferta, ou seja, a partir do Fiesta. Este sistema funciona mediante um dispositivo produzido pela Continental, que é colocado no para-brisas do veículo e que, através de três raios laser e de três recetores que medem a quantidade e a velocidade da luz, consegue travar o veículo assim que percebe que o que está à frente fica muito próximo e que o condutor não está atento. Basicamente, o sistema não reconhece objetos, apenas reflexos projetados pelos farolins dos outros veículos. No caso do Fiesta, funciona até aos 30 km/h, enquanto nos Focus e Kuga atua até aos 50 km/h. Outro sistema importante e que já se encontra em comercialização, é o dispositivo de pré-colisão, que evita embates em peões. A partir de um módulo e de um radar colocado atrás do para-choques dianteiro, que pode funcionar bloqueado com sujidade, é medida, por exemplo, a distância para um peão na passadeira e, caso o condutor continue distraído, aplica
A partir de três botões diferentes, a Ford ficou a saber qual o toque que os utilizadores mais apreciaram para colocar o motor do seu automóvel em funcionamento
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ROLAMENTOS PFI
Um robot chamado Ruth
Sensibilidade ao tato com nome de mulher l A Ford dispõe de um robot com sensibilidade ao tato. Chama-se Ruth e está programado para atuar na zona do habitáculo do veículo. Tal e qual como faria uma pessoa na avaliação do mesmo. Tem ainda a vantagem de gravar e analisar todos os sons que se produzem dentro da viatura, situação que consegue ajudar a marca norte-americana a melhorar a experiência de condução. A Ruth (Robotized Unit for Tactility and Haptics) foi programada para interagir com a maioria do habitáculo do veículo, da a, poderiam ser difíceis de analisar, como a comodidade ou a perceção da qualidade dos materiais. Através de vários testes, que incluem medições dos objetos, pressões sobre os tapetes e pele, pressões nos botões e
A escolha certa em rolamentos para automovéis
comandos e até calibragem dos apoios de braços, este robot mede todos esses parâmetros, mistura os dados, analisa-os e determina a sensação de qualidade transmitida por cada área do habitáculo. A Ruth permite ainda aos engenheiros e desenhadores da marca gravar e analisar os sons que são produzidos pelos botões ou até pelo fecho das portas. A partir daqui, as equipas de pesquisa analisam os melhores sons e tentam chegar a um resultado. É possível testar, por exemplo, o melhor toque para o botão “Power” que coloca o motor em funcionamento. A partir de três botões diferentes que foram apresentados, a Ford ficou a saber qual o toque que os utilizadores mais apreciaram para colocar o motor do seu automóvel em funcionamento.
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O robot Ruth deteta, através do tato, a qualidade dos materiais empregues e quais os que os clientes preferem. Tal e qual como faria uma pessoa no processo de avaliação
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Observatório Sistema de iluminação avançado
Câmaras, infravermelhos... ação! l A Ford encontra-se a desenvolver um avançado sistema de iluminação frontal, que, através de câmaras, amplia a luz em cruzamentos e rotundas, de forma a iluminar melhor os perigos. Esta nova tecnologia de iluminação só é possível com luzes de LED (ciclo de vida de 250 mil km), que ajudam a atrair a atenção do condutor sobre peões, ciclistas e, inclusivamente, animais de grandes dimensões que surjam no percurso ou junto à berma. Este novo dispositivo foi desenvolvido com base nos sistemas de iluminação adaptativa e de reconhecimento de sinais de trânsito, encontrando-se disponível nos modelos de topo da Ford. O avançado sistema de iluminação, que utiliza raios de infravermelhos para de-
tetar peões e animais, também se serve da informação existente no sistema de navegação para iluminar melhor as curvas. Quando não existe informação disponível no GPS, a tecnologia utiliza a câmara de vídeo frontal que se encontra localizada na base do espelho retro visor para, desta forma, conseguir detetar as marcações na estrada e prever até que ponto a curva se fecha, utilizando este “truque” para iluminar essa zona de forma mais efetiva. Na próxima evolução deste sistema, a câmara vai conseguir arquivar a informação relativa à navegação. Assim, quando o condutor voltar a passar no mesmo trajeto, os faróis adaptar-se-ão ao curso da estrada de forma automática.
força nos travões de modo a imobilizar o veículo. Mas existem outras novidades, como um robot chamado Ruth e um sistema de luzes que deteta peões na escuridão (ver caixas). A Ford encontra-se, também, a desenvolver novos filtros de carvão ativo, que, para além de evitarem a entrada de maus cheiros no habitáculo, têm um prazo de substituição mais alargado. Os filtros de carvão ativo são passíveis de ser trocados a cada 30 mil km ou dois anos (o que ocorrer primeiro). A última novidade que a Ford exibiu num workshop técnico levado a cabo no seu centro de pesquisa em Aachen, foi a câ-
mara dianteira de visão dividida. Confere uma imagem de 180° e é sempre clarificada quando é projetada água no para-brisas do veículo. Para já, esta solução só está disponível nos modelos S-Max e Galaxy, funcionando a velocidades de até 20 km/h. Basicamente, o veículo ao sair de um estacionamento de frente ou ao aproximar-se de um cruzamento de visibilidade reduzida, beneficia com a ativação de uma câmara, projetando esta no ecrã da consola central a imagem que está completamente fora do alcance da vista humana. Aos poucos, a Ford vai conseguindo chegar à condução autónoma, que, para já, é apenas parcial.
Centro de pesquisa Ford em Aachen
Duas décadas a antecipar o futuro l O Centro de pesquisa da Ford em Aachen, na Alemanha, faz parte da rede de atividades de desenvolvimento da marca norte-americana espalhadas um pouco por todo o mundo. Inaugurado em 1995, as atividades que têm lugar neste centro são muito amplas e vão desde a pesquisa Diesel aos sistemas de condução alternativos, passando
pela eletrónica. É ainda neste edifício que a Ford realiza atividades de pesquisa com clientes, através da perceção destes sobre a qualidade dos produtos que fabrica. O centro de Aachen ocupa uma área de 11.000 m2 e encontra-se dividida por quatro pisos. Emprega, atualmente, 200 pessoas oriundas de 25 países.
A nova tecnologia de iluminação da Ford é capaz de detetar peões na escuridão
O sistema de pré-colisão da Ford inclui um módulo e um radar instalado atrás do para-choques dianteiro, funcionando mesmo que o veículo esteja coberto de sujidade
A câmara dianteira de visão dividida confere uma imagem de 180°, que é sempre clarificada quando é projetada água no para-brisas. Essencial nas saídas de estacionamento Fevereiro I 2016
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Tecnologia
Condução Autónoma
Inteligência artificial › Os veículos de hoje darão lugar, dentro de pouco tempo, aos que prescindem de condutor para circular. Nesta edição, abordamos um dos maiores desafios que a indústria automóvel enfrenta: a condução autónoma. A inteligência artificial estará ao volante nas próximas décadas. E vai obrigar a repensar diversos modelos de negócio ligados ao setor Por: Bruno Castanheira
Onde estamos?
A
mobilidade está, definitivamente, a mudar. Na sua forma e função. Fruto do processo de reinvenção que a indústria automóvel atravessa. A maneira como passaremos a encarar o nosso meio de transporte predileto sofrerá alterações significativas a breve trecho. Em 2016, falar-se-á muito de condução autónoma. Enquanto dizíamos adeus a 2015 e brindávamos a chegada do novo ano, passava na televisão o anúncio do concept F 015 Luxury in Motion da Mercedes-Benz, que podia ser contemplado, também, em diversos outdoors. Já do outro lado do Atlântico, mais concretamente em Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada, a Bosch apresentava, em estreia mundial, no Consumer Electronics Show (CES), o Retrofit eCall. Uma evolução do sistema
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de chamadas de emergência eCall, lançado em 2012, que dispõe de um sensor formatado para detetar colisões e enviar as informações relevantes para um centro de serviços. Na feira, o mesmo fabricante dava a conhecer a integração da Internet nos veículos, que visa tornar a condução mais segura e eficiente, o estacionamento totalmente automático (planeado para 2018, faz com que o veículo encontre, autonomamente, um lugar livre e estacione sozinho) e o piloto de autoestrada (motorista eletrónico que conduz em vias rápidas e que será lançado até 2020, estando a Bosch a testar a condução automatizada em vias públicas na Alemanha, EUA e Japão). ■ CARTOGRAFIA AVANÇADA Condução automatizada rima com cartografia avançada. Por isso, a TomTom
(TOM2) anunciou, também no CES 2016, os mapas HAD (Highly Automated Driving) em todas as estradas interestaduais da Califórnia e em todas as estradas interestaduais e autoestradas do Michigan. Ao serem disponibilizados mapas HAD e RoadDNA nestes estados norte-americanos, que servem de palco a testes de veículos sem condutores, a TomTom está a permitir à indústria automóvel tornar a condução autónoma numa realidade cada vez mais próxima. Isto enquanto a HERE (empresa líder em tecnologia de mapeamento e localização, que disponibiliza aplicações de localização em tempo real e experiências para consumidores, veículos, empresas e cidades) e a SBD (parceiro líder mundial da indústria automóvel, que disponibiliza inteligência, avaliação e estratégia para apoiar o desenvolvi-
Na era dos veículos conectados (ou comunicantes), que são eficazes, amigos do ambiente e estão equipados com uma panóplia de dispositivos de assistência à condução. O diagrama da condução autónoma divide-se em cinco níveis. Atualmente, muitos veículos em comercialização encontram-se no Nível 2, ou seja, possibilitam uma condução autónoma parcial. Ou semiautónoma, se preferirem. Hoje, é possível circular durante um pequeno período de tempo sem ter as mãos no volante e sem tocar nos pedais. Basta que o veículo disponha de cruise control (“normal” ou adaptativo), assistência à manutenção de faixa, alerta de colisão, travagem de emergência na eminência de uma colisão e assistência de congestionamento de trânsito. Depois, se o veículo dispuser de assistente de ângulo morto, sistema de reconhecimento de sinais de trânsito, sistema de transposição de faixa sem fazer “pisca”, sistema de alerta de cansaço para o condutor, sistema de pré-colisão, sistema park assist, sistema de câmaras com visão de 360°, câmara dianteira de visão dividida que confere uma imagem de 180° e sistema de iluminação que utiliza raios de infravermelhos para detetar peões e animais no escuro, tanto melhor. mento de veículos melhor conectados e mais seguros) incentivam a indústria automóvel a abraçar as preferências de mobilidade dos condutores conectados, rumo à próxima geração de produtos e serviços. Depois de, no início de 2014, a Renault ter revelado o protótipo NEXT TWO e de, em novembro de 2015, a Nissan ter dado a conhecer o concept IDS, as duas marcas já fizeram saber que irão lançar, nos próximos quatro anos, mais de 10 veículos com tecnologia de condução
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Protótipos e projetos ● Audi. Depois de o concept Audi
RS 7 “piloted driving” ter deixado o público norte-americano boquiaberto em Sonoma, na Califórnia, estabelecendo tempos por volta mais rápidos do que os conseguidos por um carro de competição convencional com piloto, depois estabeleceu um novo recorde, no circuito espanhol de Parcmotor, perto de Barcelona. A Audi encontra-se, também, a testar a condução pilotada em estradas com tráfego rodoviário em condições reais de utilização. Tecnologia que fará a sua estreia na próxima geração do topo de gama da marca: o A8. Dentro de pouco tempo, imagens como esta serão frequentes. Os veículos equipados com tecnologia de condução autónoma permitem ao automobilista desempenhar outras tarefas a bordo. Ler um livro e mexer no tablet são duas
autónoma nos EUA, Europa, Japão e China. Além disso, a Aliança Renault-Nissan lançará uma série de aplicações de conectividade que facilitarão o acesso dos passageiros às suas atividades profissionais, de lazer ou redes sociais. A condução autónoma deverá permitir, de acordo com a Aliança Renault-Nissan, reduzir o erro humano que está na origem de cerca de 90% dos acidentes mortais. ■ MUDANÇA DE PARADIGMA Nunca a expressão mudança de paradigma havia feito tanto sentido. A condução autónoma vai obrigar a alterar mentalidades e a repensar diversos modelos de negócio ligados ao automóvel. Várias estradas da Europa, Ásia e América já estão preparadas para receber os veículos que prescindem de condutor para circular. Os condutores é que ainda não estão prontos para
acolher estes veículos, que, por enquanto, não passam de protótipos. Seja em 2020, 2030 ou 2050, quando começarem a ser comercializados os primeiros veículos com tecnologia de condução autónoma, já terão de estar criadas condições para tal. Rodoviárias, no setor oficinal e, também, no ramo segurador. Os veículos que prescindem de condutor para circular tornarão a condução mais eficiente (os sistemas de propulsão preferidos parecem ser a eletricidade e a pilha de combustível), mais fácil e mais segura. A tecnologia de condução autónoma conseguirá reduzir, substancialmente, o número de acidentes (90% dos casos deve-se a erro humano). O que irá refletir-se na faturação de oficinas e seguradoras. A redução do número de acidentes traduzir-se-á em menos operações de reparação e menos negócio para as seguradoras. E, em 2050, estima-se que o uso generalizado de veículos
autónomos reduza a sinistralidade em mais de 80%. Além disso, esta tecnologia permitirá, durante a sua utilização, baixar muito as emissões de CO2. Interessante será, também, verificar como irá o ramo segurador adaptar-se a esta nova realidade. Se os atuais seguros são feitos para o automóvel mas responsabilizam os condutores, se um veículo circular em modo autónomo e tiver um acidente, quem será culpado? O condutor? O veículo? Do ponto de vista jurídico-legal, o caso promete tornar-se num case study. Para já não falar da reformulação do código da estrada. Contudo, importa frisar dois aspetos. Primeiro: os veículos equipados com tecnologia de condução autónoma circulam sozinhos se o automobilista assim o entender. Segundo: mesmo que o modo de condução autónoma esteja ativado, o automobilista tem sempre de ocupar o seu lugar (é ele que assume o comando a qualquer momento).
● Ford. No decurso deste ano, a
Ford colocará a rolar nas estradas da Califórnia uma frota de modelos Fusion Hybrid equipados com tecnologia de condução autónoma. Esta ação, que se insere no programa “Smart Mobility”, foi delineada no laboratório de pesquisa da marca, situado em Palo Alto. Segundo a marca norte-americana, será testada, em condições reais de circulação, a maior frota de veículos autónomos que se conhece. ● Google. Até a multinacional norte-americana de tecnologia parece rendida aos encantos da condução autónoma. Depois da frota de mais de 20 unidades Lexus RX 450h, devidamente transformados, o veículo sem condutor da Google continua o seu programa de testes em condições reais. Está previsto chegar ao mercado algures entre 2017 e 2020. Até lá, a pequena frota conta já com mais de dois milhões de quilómetros nas rodas. ● Mercedes-Benz. A marca come-
çou os testes de campo em agosto de 2013, quando um S 500 Intelligent Drive percorreu 100 km entre as cidades alemãs de Mannheim e Pforzheim, antes de rumar aos EUA para uma nova bateria de exames. Além de dispor de um veículo pesado que prescinde de condutor para circular (o Future Truck ou, simplesmente, FT2025), a Mercedes-Benz inclui também nas suas fileiras os protótipos F 015 Luxury in Motion e “Concept IAA” (Intelligent Aerodynamic Automobile). ● Nissan. O IDS Concept da Nissan,
revelado no Salão de Tóquio de 2015, aponta o futuro da condução autónoma e dos veículos elétricos. Um dos seus pontos-chave é a comunicação. Para que a condução autónoma se torne real, importa Em 2020, vários construtores deverão disponibilizar veículos com tecnologia de condução autónoma www.jornaldasoficinas.com
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considerar não apenas a comunicação entre o automóvel e o condutor mas, também, entre o automóvel e as pessoas. Dotado de carroçaria em fibra de carbono e baterias de grande capacidade, este protótipo integra a tecnologia de Condução Inteligente da Nissan, que, brevemente, chegará aos automóveis de produção em série. ● PSA. A condução autónoma
Para onde nos dirigimos? Em direção aos veículos equipados com tecnologia de condução autónoma, que são, também, veículos comunicantes. A delegação da condução com total ligação ao mundo exterior permite “dar mais tempo” aos automobilistas e aumenta a segurança destes, surgindo associada à conectividade. No fundo, à telemática. Com o veículo a circular sozinho, o automobilista poderá ler, interagir com outros passageiros, recriar-se com o seu smartphone ou tablet, efetuar videoconferências ou compras online e aceder a informações turísticas. Outra funcionalidade da condução autónoma é permitir que o veículo estacione sozinho, desde a procura de um lugar até à realização da manobra (em parques adap-
tados ao automóvel autónomo). E se a ligação ao mundo exterior for completa, baseada num sistema de conectividade aberta, o veículo captará todas as redes disponíveis (2G, 3G, 4G, Wi-Fi, W-Fi Wave, Hotspot, Bluetooth) e tornar-se-á compatível com 100% dos sistemas de exploração. Sem esquecer, também, os serviços eCall (desencadeia uma chamada automática de emergência em caso de acidente), bCall (deteta uma avaria na estrada e desencadeia uma informação para o construtor) e sCall (informa sobre a necessidade de fazer uma intervenção e indica o local). Os veículos equipados com tecnologia de condução autónoma comunicam com outros veículos e com infraestruturas rodo-
viárias. E podem dispor de um escritório virtual, com aplicações disponíveis na Cloud. A bordo, o condutor pode encontrar o mesmo ambiente eletrónico e informático que tem em casa ou no escritório: telefonar, enviar emails, descarregar vídeos ou ouvir música em streaming. Estes novos serviços são acedidos a partir de um navegador web, sem ser necessária a instalação de aplicações particulares. Depois, se os veículos estiverem equipados com câmaras em vez de retrovisores, comandos por gestos e voz, possibilidade de efetuar manobras a partir do exterior com um comando rotativo, visor head up e ecrã tátil que permite abrir a porta de casa para receber visitas, tanto melhor.
também faz parte da estratégia do Grupo PSA (Peugeot-Citroën). A partir de 2018, o gigante francês prevê introduzir nos seus automóveis determinadas funções que libertem os condutores, até chegar à condução totalmente autónoma, no ano de 2020. Em outubro de 2015, um dos quatro veículos autónomos da PSA percorreu o trajeto Paris–Bordéus por autoestrada. Os 580 km foram percorridos em modo autónomo, sem a intervenção do condutor. Um mês depois, em novembro, um Grand C4 Picasso efetuou, por autoestrada, a ligação entre Vigo e Madrid, num total de 600 km. Este ano, mais 15 protótipos andarão em fase de testes. ● Renault. Com o protótipo NEXT
TWO, a Renault apresenta a sua visão de um automóvel para a próxima década, que associa a delegação da condução com a completa ligação ao mundo exterior, “dando” mais tempo aos automobilistas e melhorando a sua segurança. Com este concept, a Renault posiciona-se com uma tecnologia de ponta para o desenvolvimento comercial que projeta para 2020. A aposta da marca francesa neste protótipo, passa por associar a delegação da condução à conectividade. ● Volvo. Uniu-se à Autoliv para
Como funciona? A tecnologia de condução autónoma funciona com base em dois sensores principais, que permitem analisar o ambiente em torno do automóvel: um radar colocado no para-choques dianteiro e uma câmara situada ao nível do espelho retrovisor interior. O sistema completa-se com uma cintura de ultrassons em redor do automóvel. O radar é utilizado para detetar o veículo à frente, calculando, ao mesmo tempo, a distância e a velocidade. Já a câmara, serve para detetar as marcas laterais no solo, de forma a posicionar corretamente o automóvel na via. Para as interações veículo-infraestruturas-condutores, os construtores trabalham em parceria com empresas especializadas em Fevereiro I 2016
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sistemas avançados de apoio à condução. Os dados recolhidos pelo radar e pela câmara são transmitidos a um “supervisor”, que comunica com os calculadores da direção assistida, do motor e do sistema de travagem. Para que o veículo siga o fluxo de circulação, o sistema atua sobre o motor e sobre os travões. Da mesma forma, para manter o automóvel dentro da via, o “supervisor” fornece ao sistema da direção uma indicação de ângulo a respeitar. O calculador controla uma possível contradição nas instruções enviadas aos três órgãos, para evitar, por exemplo, que o automóvel acelere demais numa curva ou trave de forma brusca devido a uma deteção intempestiva.
viabilizar a condução autónoma. Ambas decidiram trabalhar em conjunto no inovador projeto “Drive Me”, a primeira iniciativa de condução autónoma à escala mundial. Pressupõe a utilização de 100 Volvo em Gotemburgo, na Suécia. Este projeto teve início em 2013 e prevê que, em 2017, estejam a rolar nas estradas suecas os primeiros veículos autónomos da Volvo conduzidos por clientes particulares. No CES 2016, a marca anunciou também a sua parceria com a Ericsson para o desenvolvimento de media streaming para este tipo de veículos. Mas, antes, em novembro de 2015, a Volvo havia revelado o Concept 26. Baseado num novo design patenteado para os bancos, dispõe de três modos: “Drive”; “Create”; “Relax”.
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Sachs amplia portefólio de produtos de transmissão
Filourém lança várias novidades l A empresa de Ourém acaba de lançar uma nova linha de polis de cambota, kits de poli de cambota mais a poli de alternador, tudo do I.J.S. Group. Estes últimos são anunciados como um produto dotado de um conceito extremamente inovador. Com capacidade para cobrir cerca de 80% dos modelos europeus existentes no nosso país e à semelhança do que já acontece com outros tipos de kits de peças disponíveis no mercado, a empresa de Ourém acredita ter dado, com este lançamento, mais um passo importante que reforça a inovação e a qualidade nas soluções de reparação automóvel.
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Sachs continua a ampliar a sua atual gama de produtos relacionados com a transmissão, incorporando 10 novas referências correspondentes a tubos guia para embraiagens de veículos ligeiros. Os fabricantes de automóveis recomendam a substituição do tubo guia cada vez que se troca a embraiagem, para garantir uma reparação fiável e profissional. Substituir o tubo guia de cada vez que se troca a embraiagem, não só permite poupar tempo e dinheiro a longo prazo, como, também, pode ajudar a prolongar a vida útil da embraiagem, uma vez que o tubo guia tem tendência para se ir gastando. No caso de não ser trocado, este pode provocar um mau funcionamento e o desalinhamento do próprio tubo, chegando a causar problemas de mau funcionamento da embraiagem.
MotorPortugal tem novo site
Meyle tem programa partilha de conhecimentos
l A MotorPortugal, empresa de
peças e componentes para automóveis, apresentou um novo site, que pode ser conhecido em www. motorportugal.pt. Com uma imagem renovada, mas sempre com a preocupação de tornar a informação mais acessível, organizada e intuitiva, o site está otimizado para poder ser visitado nas mais diversas plataformas: computadores portáteis, tablets e smartphones. A empresa pretende, assim, manter uma comunicação ativa com os clientes e com todos os que a visitam online. Privilegiando sempre os profissionais do ramo automóvel, existe agora um espaço reservado para partilha de informação técnica, que será atualizado regularmente. Além desta novidade, é possível encontrar informação sobre todos os produtos comercializados pela empresa, assim como um catálogo online que facilita ao visitante a consulta de preço e a disponibilidade desse produto.
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MANN+HUMMEL é líder em filtragem A MANN+HUMMEL Ibérica terminou um ano de especial relevância, em que comemorou os seus 50 anos de atividade em Espanha. A empresa vive uma etapa de crescimento a nível mundial, mas, também, em Espanha e Portugal, continuando a ser o fabricante de sistemas de admissão de ar eleito pelos construtores de veículos mais vendidos em vários mercados europeus. A abertura das ações de comemoração de aniversário teve lugar no decor-
rer da celebração da feira Motortec Automechanika 2015, com a apresentação de novidades de produto e uma afluência com um recorde de visitantes registado no seu stand. Um dos momentos mais emotivos desta comemoração foi o evento central de aniversário no Palácio de Congressos de Madrid, onde os clientes históricos e mais recentes, antigos trabalhadores e membros do quadro atual, mas também alguns jornalistas, marcaram presença.
A crescente complexidade dos veículos modernos precisam de mecânicos com profundos conhecimentos técnicos que necessitam de ser continuadamente formados, de modo a assegurar reparações e substituições profissionais. Para ajudar as oficinas a dominarem estes desafios, a Meyle oferece um programa de formação a partir de quatro módulos compactos que proporcionam conhecimentos especializados, bem como dicas e truques para uma efetiva reparação automóvel. Os distribuidores podem marcar ações de formação para as oficinas. Durante a formação, os mecânicos da Meyle partilharão conhecimentos, ideias atualizadas e informações sobre novas aplicações, que serão complementadas por exercícios práticos para mostrar sistemas automóveis sofisticados, garantindo, assim, que as reparações são efetuadas de acordo com padrões profissionais.
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Valvoline celebra 150 anos em 2016 A
Valvoline, primeira marca registada de lubrificantes com origem na América, está a preparar um conjunto de ações para celebrar os 150 anos de existência. A data será assinalada com uma série de iniciativas a nível global. Fundada em 1866, a Valvoline expandiu-se para o nosso mercado através da Krautli Portugal, corria o ano de 2010. Os seus lubrificantes, produtos químicos e produtos de manutenção automóvel estão disponíveis em mais de 160 países em todo o mundo. Em Portugal, Paulo Santos, responsável da Valvoline, revelou que a Krautli Portugal está ansiosa para associar-se à celebração deste
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marco histórico e a todos os movimentos relacionados com a efeméride. “Ao longo dos últimos cinco anos”, destacou Paulo Santos, “temos tido oportunidade de sentir a força da marca e o seu reconhecimento, em especial pelos profissionais. Acreditamos que o ano de 2016 reforçará ainda mais o reconhecimento da marca Valvoline”. A Valvoline disponibiliza um portefólio completo de soluções e produtos para os melhores e mais exigentes motores dos veículos, garantindo os intervalos de manutenção definidos em todo o mundo, incluindo a gama VR1, All Climat, MaxLife, SynPower, Premium Blue, Profleet e All Fleet.
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Autozitânia reuniu colaboradores Gamas completas desenhadas especificamente para cada aplicação, com a maior cobertura de mercado.
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l O Grupo Autozitânia realizou, no dia 20 de dezembro, o seu almoço de Natal, com a particularidade de este ter ocorrido nas futuras instalações da empresa. O local escolhido foi o futuro armazém do grupo, que recebeu os colaboradores e respetivas famílias para celebrar a época festiva. Estiveram presentes cerca de 200 pessoa e o espaço foi cuidadosamente preparado para o efeito, contando com uma decoração alusiva à época natalícia. A escolha do local teve como objetivo dar aos colaboradores a oportunidade de conhecer as suas futuras instalações de perto.
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Opinião
Perfume de Mulher! É cada vez maior a presença das mulheres no setor automóvel, tal qual a tendência de outros setores. Ainda estamos longe de ter a presença que se deseja, mas uma coisa é certa e o mercado reconhece: as que estão são, comprovadamente, muito boas no que fazem. Sim, é verdade, muito boas mesmo! A reconhecida perspicácia, sentido prático e objetivo, são uma “mais-valia” para o setor e para as empresas. Dir-se-á que elas trouxeram uma beleza ao setor automóvel, única e irrepetível, com a sua presença. Hoje, o setor caminha a passos largos para afirmar as empresas, sem a carga negativa que a vulgar oficina tinha, na maior parte dos casos com razões óbvias e justas para esse negativismo. As características únicas de tipo de liderança, trabalho em equipa, que maioritariamente é composta por homens, e a relação natural e complementar entre homem e mulher, fazem desta simbiose a equipa perfeita. Não há equipa nenhuma que seja quase perfeita se não tiver a presença feminina. Até no futebol a sua presença é indispensável, embora, por vezes, discreta. Os empresários descobriram nesta mais-valia e faceta uma forma de “perfumar” as oficinas tradicionais, tornando-as organizações empresariais bem sucedidas e da moda.
E todos sabemos o quão fulcral é estar na moda. Poderemos afirmar que chegou para ficar o “perfume de mulher”, que “Al Pacino” tão bem descreve e representa. Não se vê, mas sentem-se intensamente. Este será um ano de afirmação clara das mulheres no setor. E que bom será para o mesmo. Sejam bem-vindas e obrigado por nos escolherem! Por: Lúcio Machado, Empresário e Professor Investigador na Universidade do Minho Email: lucio.m@luciomachado.com
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Após dois anos de negociações com o Grupo Nexion, a Conversa de Mãos, Lda. conseguiu (finalmente) a representação exclusiva da marca SICE para Portugal continental e ilhas. Recomendada pelos principais fabricantes de pneus, a SICE inclui no seu portefólio homologações para os principais construtores de automóveis. A SICE e a Conversa de Mãos preparam-se agora para realizar um trabalho ímpar junto das oficinas, nomeadamente através de vários “Road Shows”, estando já agendado o primeiro para 24 de fevereiro a 2 de março. Quem se inscrever para participar neste evento (geral@conversademaos.pt), habilita-se ao sorteio de um aparelho de diagnóstico TPMS. A contagem decrescente já começou.
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Conversa de Mãos representa SICE
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Liqui Moly lança lubrificante para motores Citroën e Renault A Liqui Moly apresentou um novo óleo destinado aos motores dos modelos das marcas Renault e Citroën: Top Tec 4310. Enquanto o produto de limpeza para o interior do cárter da caixa de velocidades Pro Line limpa e desengordura todas as caixas de velocidades e os cárteres de caixas de velocidades automáticas, o Top Tec 4310 é ideal para motores a gasolina e Diesel com e sem tecnologia de válvulas múltiplas e sobrealimentação por turbocompressor, assim como com e sem intercooler e filtro de partículas Diesel. Para além da aplicação em diversos veículos da PSA e da Fiat/Alfa Romeo (motores TwinAir e MultiAir), este óleo para motores pode ser utilizado com várias outras marcas que exijam um óleo para motores com esta especificação. Adequa-se perfeitamente também às aplicações para veículos ligeiros a gás (CNG/LPG).
Catálogo febi com bomba eletromagnética As bombas de água eletromagnéticas são utilizadas apenas pelos veículos mais recentes e apresentam vantagens ao nível de consumo e de desgaste da própria peça. Ou seja, menos consumo, menos emissões, menos desgaste. Face às bombas de água convencionais, as eletromagnéticas, por não utilizarem a potência do motor para funcionar, possibilitam a redução no consumo de combustível e, consequentemente, das emissões poluntes. Além disso, o arrefecimento do motor é o estritamente AF_MGM_Rodape.pdf
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necessário. Ou seja, a bomba de água só é acionada quando o motor realiza regimes elevados de rotação, o que contribui, não só, para uma otimização da combustão, como, também, para um menor desgaste da peça em si. Assim, para além dos consumos serem menores, o que é uma vantagem para o dono do veículo, a emissão de gases também diminui, o que se revela positivo para o ambiente. Já a oficina oferecerá uma melhor opção ao seu cliente por instalar uma peça com maior durabilidade. 20/01/16
Grupo Autozitânia é PME Líder 2015 A Autozitânia e a Autozitânia II receberam a distinção PME Líder 2015, numa cerimónia organizada pela Câmara Municipal de Odivelas, realizada no dia 15 de dezembro de 2015. As distinções PME Líder 2015 contaram, também, com a presença de representantes do IAPMEI, onde todas as empresas do concelho de Odivelas que receberam esta distinção foram homenageadas. O Município de Odivelas, pela voz do seu presidente, Hugo Martins, reconheceu a importância destas empresas para o desenvolvimento empresarial e para aumento do investimento no concelho, enquanto o IAPMEI, através de Ana Rodrigues, vogal do conselho diretivo, afirmou que as empresas do município distinguidas faturaram, em conjunto, mais de 270 milhões de euros e empregaram mais de 1.800 trabalhadores, pelo que devem ser vistas como um exemplo a seguir pelas outras empresas.
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Faróis inteligentes da Hella aumentam segurança
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s faróis inteligentes de LED da Hella para máximos melhoram a segurança dos condutores durante a noite. É este o resultado de um estudo levado a cabo pela Universidade Técnica de Giessen, na Alemanha, em colaboração com a iniciativa “Luzes, Visão, Segurança”. Estes faróis de longo alcance detetam imprevistos 32 metros antes ou 1,4 segundos mais rápido quando se conduz a uma velocidade média de 80 km/h. Este estudo dá particular ênfase à importância de um bom sistema de iluminação, especialmente nos meses de outono e inverno, alturas
Equiauto aposta nos produtos AUWA A Equiauto, como representante exclusiva da marca AUWA, fabricante alemão de produtos químicos, aposta na divulgação de todos os artigos inovadores que revolucionam os cuidados e a limpeza dos veículos. A AUWA e a Equiauto procuram, respetivamente, desenvolver e fornecer produtos que permitam atingir o melhor cuidado possível do veículo. A Best Performance TecsLine, recentemente desenvolvida pela AUWA-Chemie, permite aos operadores estarem cada vez mais perto de cumprir o objetivo acima referido. Sabendo que os produtos da TecsLine se complementam na perfeição, os operadores já não têm de reunir um conjunto de produtos individuais. A TecsLine está a estabelecer novos padrões na lavagem dos veículos e no cuidado dos mesmos, sendo que esta gama apresenta agentes de limpeza extremamente eficazes e poderosos, nomeadamente o ShampooTec e ShineTecs 2GO, um produto “2 em 1” que permite limpar e polir.
em que os condutores dispõem de condições de pouca luz com maior frequência. O funcionamento destes faróis é baseado numa câmara colocada atrás do para-brisas, na base do espelho retrovisor, para detetar os veículos que vão à frente na mesma via e os que se aproximam por trás, informação que é passada à unidade de controlo dos faróis. Assim, o sistema forma uma zona de túneis mais escuros dentro do cone de luz de uma forma dinâmica. As luzes de máximos da Hella permitem ao condutor um tempo adicional de reação, enquanto permitem descansar a vista em trajetos mais longos.
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Filial LISBOA-OESTE: Av. 9 de Julho, Nº 17 - Loja B P 2665-518 Venda do Pinheiro Tel. 00351 219 863 464 Fax 00351 219 663 921
Filial LEIRIA: Rua da Agricultura Z. Ind. Casal do Cego, Lote 5 Marrazes P 2415-315 Leiria Tel. 00351 244 849 620 Fax 00351 244 849 629
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DT Spare Parts apoiou parceiro no Dakar
Auto Nurse: novas instalações em Sesimbra l A Auto Nurse inaugurou uma nova oficina em Zambujal de Cima - Sesimbra, dando um passo significativo na implementação da sua estratégia de crescimento. Esta empresa, pertencente à rede Rino há já quase quatro anos, mudou-se para um novo e amplo espaço, com cerca de 800 m2 de área oficinal, no Parque Empresarial do Alto da Serra, num investimento que ascende a meio milhão de euros. Dotada dos mais recentes equipamentos para assistência automóvel, bem como uma equipa altamente formada e motivada, a Auto Nurse disponibiliza elevado nível de serviço nas áreas de Mecânica Geral, Climatização, Eletricidade, Pneus e Colisão. A empresa aproveitou para renovar alguns equipamentos oficinais, adquirindo novos elevadores, máquina de alinhamento, máquina de sangrar travões e novo equipamento de diagnóstico.
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DT Spare Parts participou, pela segunda vez no Dakar, apoiando novamente a Wijlhuizen B.V., um dos parceiros de distribuição mais importantes da marca DT Spare Parts nos estados do Benelux. Como membro do Groupauto G-Truck, a empresa assegura o fornecimento das oficinas da Top Truck e clientes finais com peças de reposição da marca DT Spare Parts, tendo marcado presença, este ano, no Dakar com o DAF CF-Rallyetruck. A prova exigiu alguns desafios técnicos, nomeadamente percursos acima dos 4.200 metros de altitude e etapas
difíceis numa mistura de estepe, areia e rochas com mudanças constantes de velocidade. Para os produtos da marca DT Spare Parts as condições fora de estradas pavimentadas não são novidade, pois eles comprovam todos os dias que estão preparados para os desafios mais duros e mantêm veículos pesados em movimento no mundo inteiro. Clientes em 150 países beneficiam da alta fiabilidade dos produtos da marca DT Spare Parts e a sua confiança é recompensada com uma garantia de peças de 24 meses.
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Carglass realizou Convenção Anual
SACHS é uma marca da ZF
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Substituição de Vidro Automóvel” e o prémio internacional do Grupo Belrop “BECSA”, na melhor prestação de serviço ao cliente, atribuído aos colaboradores Nuno Barradas e David Brandão. O vencedor “Best of Belron” (Melhor Colocador de Vidros Nacional) foi Marco Timóteo, que irá representar, este ano, a Carglass no “Best of Belron Internacional”, que se realizará, em maio, no Meo Arena. A marca Carglass fechou 2015 com resultados positivos no mercado português, graças ao esforço de uma grande equipa que trabalha todos os dias em prol da satisfação dos seus clientes.
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o último mês de 2015, realizou-se, no Hotel Dolce Campo Real, em Lisboa, a Convenção Anual Carglass, que reuniu todos os colaboradores da empresa em Portugal. O evento contou com mais de 200 pessoas e permitiu partilhar toda a estratégia da marca para 2016. Estratégia essa, que passa fundamentalmente, pelo crescimento do número de agências a operar em Portugal. Esta convenção ficou ainda marcada pelos vários prémios que a Carglass conquistou ao longo do ano transato. Nomeadamente, o Serviço “5 Estrelas Ano 2016”, na categoria “Reparação e
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A BERU aumentou a sua linha de velas de incandescência cerâmicas para o aftermarket. Destinadas aos automóveis das marcas VW, Opel, Renault e Nissan, apostam na combinação de materiais de alta resistência com construção inovadora e os mais recentes processos de fabrico. As velas de incandescência cerâmicas da BERU oferecem, segundo a marca, um grande desempenho. Com o lançamento desta nova linha de velas de incandescência, a BERU aumenta a sua gama de novos produtos, combinando estas adições com unidades de controlo e bobinas.
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Euro Tyre comercializa ATE No seguimento da política de diversificação do seu portefólio de marcas, a Euro Tyre iniciou a comercialização de material de travagem da marca ATE. Esta marca, que é escolhida como equipamento original em muitos veículos, é reconhecida pela sua qualidade e diversidade de aplicações, das quais se destacam, por exemplo, as pastilhas Ceramic. A Euro Tyre apresentará um stock diversificado de pastilhas e discos de travão, procurando, assim, dar resposta às necessidades do parque automóvel português. Outras marcas se seguirão no portefólio da Euro Tyre, que, cada vez mais, reforça a sua aposta na área do aftermarket.
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Os falsos diagnósticos
quotidiano forçou a que se generalizasse um conjunto de sintomas para detetar uma avaria. Isto porque estas se foram repetindo ao ponto de bastarem alguns sinais para diagnosticar com certezas a partir da mesa do café. Presentemente e com todos com os contornos já aqui referidos, as máquinas de diagnóstico de avarias vieram pôr ordem nesse hábito, que ainda funciona para alguns casos. Um deles, é a junta de cabeça queimada. Esta avaria normalmente segue-se a um aquecimento fora do normal no propulsor por variadíssimas razões, que, em alguns casos, continua a funcionar e a passar a informação que todos conhecemos. A tal que pode ser diagnosticada a partir da mesa do café. Porém, uma daquelas que não nos deixa dúvidas em levar de imediato a cabeça do motor a visitar o torneiro, pode “tirar-nos o tapete”. A mistura de óleo no líquido refrigerante, a maior parte das vezes, é «bingo» no diagnóstico. Mas nos propulsores do grupo VAG e outros, pode ser um problema que acontece nos permutadores líquido-líquido que estabilizam a temperatura entre o óleo e o líquido de refrigeração. Este permutador, por várias razões, entre elas corrosão por uso inadequado de produtos não recomendados, leva a que as paredes
Federal-Mogul apresenta nova tecnologia de embraiagem A Federal-Mogul apresentou a sua mais recente tecnologia de embraiagem: unipistão com molas integradas. Apropriada para transmissões de dupla embraiagem, transmissões automáticas convencionais e diferenciais autoblocantes, esta nova tecnologia permite poupar espaço de montagem e reduz a complexidade da montagem que é necessária com o inovador unipistão, de forma a oferecer aos designers de sistemas de embraiagem ainda mais flexibilidade e performance. Este sistema, com molas integradas, elimina as molas portadoras separadas, reduzindo, assim, a exigência do comprimento axial que é utilizado em pistões para pacotes multidiscos. A Federal-Mogul é o primeiro fabricante a oferecer esta tecnologia no mercado.
interiores comecem a dar passagem. Esta passagem acontece sempre das zonas de maior para menor pressão, no caso do óleo para o líquido refrigerante. Associado a este problema, não existe aquecimento excessivo do motor ou qualquer perda de fluido refrigerante aquoso, razão porque não deve ser confundido com fuga na junta de cabeça. Alerta-se que, em caso de reparação, todo o circuito de refrigeração deve ser lavado com produtos apropriados, evitando, com isto, o entupimento dos radiadores pelo lubrificante. Por: João Paulo Lima Tlm: 919 779 303
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Metelli amplia gama de distribuição A Metelli continua a investir na expansão da sua oferta de produtos, proporcionando aos seus clientes cada vez mais referências para cobrir as aplicações mais comuns. Seguindo esta lógica, foram incluídas 37 novas referências da família de kits de distribuição com bomba de água para os principais automóveis europeus (Grupo PSA, Fiat, VW, Renault e Ford), ele-
vando para um total de 107 códigos, que cobrem, aproximadamente, 2.100 aplicações. Dentro da embalagem, disponível nas diferentes marcas (Metelli, Graf e KWP), constam todos os componentes necessários para a reparação (ou substituição) completa do sistema de distribuição e arrefecimento do motor: bomba de água, correia de distribuição
e tensor das principais marcas premium presentes no mercado para garantir um conjunto de componentes de alta qualidade. Todas as referências ao catálogo estão presentes tanto no site (www.metellispa.it) como no TecDoc, com imagens detalhadas do conteúdo do kit. Para uma informação completa e uma escolha adequada.
Todas as referências ao catálogo da Metelli estão presentes tanto no site como no TecDoc
Recolha de baterias usadas tem novas regras
Com a publicação do DL n.º 173/ 2015, foram introduzidas alterações significativas na recolha das Baterias de Veículos Usadas (BVU). Os distribuidores (lojas/oficinas) ficam obrigados a aceitar a devolução de BVU dos utilizadores
finais particulares, à razão de uma por uma, no âmbito da venda de uma nova bateria. Em seguida, devem encaminhá-las para um operador de gestão de resíduos. Os utilizadores finais não particulares não devem recorrer aos distribuidores para
encaminhar as suas BVU, devendo encaminhá-las, diretamente, para um operador de gestão de resíduos. Os fornecedores (grossistas/importadores) que pretendam recolher/receber BVU provenientes dos distribuidores (lojas/oficinas) têm de estar licenciados como operadores de gestão de resíduos (artigos 23.º a 43.º do DL n.º 73/2011). O último ponto merece especial atenção, dado que tem vindo a ser prática comum a recolha das BVU pelos fornecedores. Salienta-se ainda, a este respeito, que o licenciamento agora exigido pode ser simplificado (nos termos da alínea d) dos n.º 1 e 2 do artigo 32.º do mesmo diploma legal), se os fornecedores se constituírem como centros de receção da rede Valorcar.
Novo Motul Specific RBS0-2AE 0W-20 l A Motul iniciou a comercialização no mercado nacional de um novo lubrificante de motor “Fuel Economy”, 100% Sintético de elevadas prestações e especialmente desenvolvido para motores Volvo Drive-E a Gasolina (VEP) e Diesel (VED) de última geração, equipados com sistemas pós-catalíticos e filtros de partículas (FAP). A norma VCC RBS0-2AE é particularmente exigente no que respeita a prestações de “Fuel Economy”, o que, junto com a norma ACEA A1/ B1, proporciona prestações de economia de combustível significativas (até 3,4% comparado com um produto de referência 15W-40). Graças às suas excelentes propriedades lubrificantes, o novo óleo da Motul é resistente a elevadas temperaturas e à oxidação, limita a formação de depósitos, reduz o desgaste e permite um perfeito controlo do consumo de lubrificante.
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Continental desenvolve vidros inteligentes para automóveis
Deficiência de lubrificação
A Continental apresentou no Consumer Electronics Show, em Las Vegas, um sistema de controlo inteligente do vidro. Através dele, todas as janelas podem ser escurecidas através do toque num botão. O “Controlo Inteligente do Vidro” (Intelligent Glass Control) utiliza películas especiais que alteram a sua transparência através de sinais de controlo elétricos.
BESA lançou novo verniz URKI-FLY é o nome do novo verniz UHS de secagem rápida (apenas 40 minutos) lançado pela BESA. Especialmente concebido para reparações parciais, este novo verniz UHS oferece excelente brilho, elevada dureza e extensibilidade, efeito metálico, alta resistência aos raios UV e fácil aplicação, tendo baixo teor de VOC. Disponível em embalagens de cinco litros, consiste na mais recente inovação do departamento I+D+i da BESA, ampliando a gama de produtos direcionados para carroçaria.
Póvoa Hidráulica mudou de sítio Com grande perspetiva de crescimento, a Póvoa Hidráulica mudou de instalações. Apesar de continuar na Zona Industrial de Amorim, a morada alterou-se. Rua da Póvoa, Armazém n.º 779, é o local onde agora pode encontrar a empresa, mesmo nas traseiras das antigas instalações. O aumento do espaço para um novo serviço de montagem de transmissões, aumento do stock, melhorar o atendimento ao cliente e facilitar as cargas e descargas, foram as bases para esta decisão. As novas instalações ocupam uma superfície total de 1.400 m² e incluem oficina, armazém, quatro escritórios e espaço de parqueamento. As melhorias são evidentes.
A deficiência de lubrificação é uma das maiores causas de avaria do turbocompressor, sendo um dos principais motivos da rejeição de garantia por parte dos fabricantes de turbos. O veio da turbina trabalha dentro do casquilho nunca existindo contacto entre ambos, pois este é um conjunto rotor flutuante separado por uma “almofada” de óleo. Num sistema de lubrificação, deve ter-se em conta dois fatores que estão, por vezes, inversamente ligados, nomeadamente a pressão e o caudal de óleo. Caso um destes fatores não seja suficiente, perde-se a tal “almofada” e a turbina entra em contacto com o casquilho, levando à transferência de material entre ambos que provoca, assim, o excessivo aquecimento do veio, ficando este com coloração azulada. É prática comum aquando da substituição do turbo, ser medida a pressão de óleo da viatura, faltando verificar o caudal. Caso exista uma obstrução
Por: Nuno Teixeira, Tlm: 937 500 519
Mercado automóvel cresceu em 2015
Novo comprovador de estanquidade da Bosch Chama-se SMT 300 e é o novo comprovador de estanquidade da Bosch, um equipamento que verifica os sistemas que produzem os vapores de combustível e outras aplicações. Oferecer à oficina a possibilidade de realizar vários tipos de testes de fuga em veículos de forma rápida e eficaz, é o mote deste produto. Com um desenho compacto e uma gama de acessórios muito completa, o SMT 300 pode detetar fugas em qualquer sistema fechado de baixa pressão nos veículos modernos, podendo determinar o tamanho e lugar exato da fuga em duas etapas. O SMT 300 pode ainda detetar fugas nos sistemas de combustível e de escape de forma muito eficaz. O equipamento pesa 8 kg e funciona com a bateria de 12V do veículo.
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no circuito, a pressão pode aumentar, levando, assim, a uma diminuição do respetivo caudal. Em viaturas ligeiras, aconselhamos a medição do caudal de óleo na saída do canal de lubrificação do turbo que vai para o cárter. Instale um tubo de retorno do óleo mais longo (a adquirir localmente) no turbocompressor, que servirá de alimentação para um reservatório adequado. Arranque o motor e mantenha-o ao ralenti. Após 60 segundos, desligue o motor e meça o volume de óleo no reservatório. A quantidade deve ser superior a 0,3 litros. Caso este valor não seja atingido, deverá retificar vários pontos do circuito de lubrificação, tais como substituir a bomba de óleo e o chupador, lavar o motor internamente com produto apropriado, substituir os tubos de entrada e descarga de óleo. Poderá visualizar o vídeo sobre este tema em www.iberoturbo.com.
No ano de 2015, foram vendidos, em Portugal, 213.645 veículos, o que se traduziu num crescimento de 24% face a 2014. Apesar do crescimento agora registado face ao ano anterior, o mercado, em 2015, situou-se 11% abaixo da média dos últimos quinze anos. As vendas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 178.496 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 25% relativamente a igual período de 2014. Em relação aos veículos pesados (passageiros e mercadorias), as vendas situaram-se nas 4.293 unidades, o que representou um acréscimo de 27,6% relativamente ao ano de 2014.
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EUROPART renovou página na Internet A nova página da EUROPART na Internet disponibiliza mais informação e rápido acesso a peças de substituição para veículos comerciais, assim como equipamentos e consumíveis para oficinas. Graças à mais recente tecnologia web, a página de Internet da empresa do Carregado (www.europart.net) adapta-se, automaticamente, ao tamanho de ecrã dos equipamentos móveis, tais como smartphones e tablets. Assim, todas as informações, funções de pesquisa e consulta da gama de peças de substituição podem ser também visualizadas nesses dispositivos, que, hoje, se tornaram imprescindíveis, mesmo no aftermarket. Uma parte significativa da nova página de Internet é dedicada à apresentação dos produtos da sua marca própria, que compreende, atualmente, mais de 6.500 referências e é responsável por um volme considerável de faturação. A par de consumíveis e equipamentos oficinais, tais como produtos químicos, óleos e ferramentas, os clientes da EUROPART têm à sua disposição peças para
áreas tão diversas como eixos, travões, suspensão, acessórios de motor, luzes e sistemas elétricos. Para além de equipamentos e acessórios. Por exemplo, estão disponíveis discos e pastilhas de travões da marca EUROPART, mas,
Festool lança aplicação de realidade aumentada A Festool lançou uma aplicação móvel de realidade aumentada, elevando a um novo patamar a comunicação com os seus clientes. Basta descarregar a aplicação a partir da Apple Store ou do Google Play e apontar a câmara do telemóvel em direção ao símbolo da realidade aumentada que aparece nas páginas do catálogo. Através desta aplicação, tem-se acesso a uma nova autoestrada de informação, uma vez que é possível ver fotografias, vídeos e gráficos 3D que permitem conhecer mais sobre as soluções da Festool. O catálogo Festool 2016 pode ser descarregado na página web da marca, ao passo que a nova App da Festool está disponível nas Apple Store e Google Play.
também, filtros, molas pneumáticas, escovas limpa para-brisas ou bombas de água. Recorde-se que esta empresa do Carregado está a fazer uma forte aposta nos autocarros, segmento que lhe está a correr francamente bem.
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Breves Mobil tem novas aprovações
M.F. Pinto lançará produtos DTS Electric
l As novas aprovações são vistas como o reconhecimento da qualidade dos lubrificantes Mobil e surgem de forma natural. Os lubrificantes Mobil, cuja representação está a cargo do Lubrigrupo, que opera em Portugal desde 2011, são, cada vez mais requisitados para o enchimento inicial dos veículos Peugeot, tendo sido, em alguns casos, a primeira marca no mercado a cumprir as exigências dos automóveis do Grupo PSA (Peugeot-Citroën).
l No próximo mês de abril, a M.F. Pinto lançará no mercado nacional motores de arranque e alternadores da marca DTS Electric, que distribui em exclusivo para Portugal, no seguimento da sua estratégia de diversificação para 2016. Qualidade, preço competitivo e stock adaptado às exigências do mercado, são alguns dos argumentos da empresa da Abrunheira, Sintra. Que, para além dos produtos da DTS Electric acima mencionados, importa e distribui componentes dos principais fabricantes mundiais de sistemas de injeção Diesel e turbocompressores.
Delphi dispõe de novo catálogo
AleCarPeças conta com Liqui Moly l A AleCarPeças alargou a sua oferta in-
corporando as gamas de lubrificantes, aditivos e produtos de serviço da marca Liqui Moly. Uma oferta de qualidade que garante uma extensa cobertura, cumprindo-se assim a premissa de disponibilizar as melhores soluções made in Germany.
Módulo OBD para TPMS
l A Delphi anunciou o lançamento do
l A partir de agora, existe no mercado
seu novo catálogo europeu 2016 de gestão de motor, ignição e combustível, com 327 novos números de peças, abrangendo mais de 8.000 aplicações adicionais. O novo catálogo tem uma nova secção para peças, detalhes completos de aplicação, informações técnicas (de fácil utilização para o cliente) e é apoiado com imagens digitais. O novo catálogo está disponível online em www. delphicat.com.
um novo módulo OBD II para trabalho em TPMS da marca Herth und Buss. Este novo módulo é dirigido às oficinas e casas de pneus. A Herth und Buss adicionou este módulo ao seu catálogo Elparts para complementar o seu dispositivo TPMS AirGuard de diagnóstico e programação, garantindo uma oferta adequada às empresas que apenas necessitam de dados de diagnóstico TPMS. Consegue-se uma poupança face aos dispositivos de diagnóstico completo.
BAHCO esteve no Dakar 2016 l O fabricante de Ferramentas BAHCO celebrou um contrato de patrocínio com o multicampeão nacional de Todo-o-Terreno, Mário Patrão, que marcou presença no Dakar deste ano. O contrato prolonga-se durante o ano de 2016, pelo que a marca de ferramentas estará presente nas diversas provas em que o piloto participará. Estão previstas também presenças conjuntas em ações de marketing que a marca desenvolverá durante este ano.
CARF iniciou rota de Évora l A CARF iniciou a Rota de Évora, que já havia sido solicitada por diversos parceiros. Está alocada à operação de Lisboa e disponível em regime bi-diário para expedições dos clientes afetos a este centro e em regime diário (entreguas de manhã) para as expedições dos restantes centros. Fevereiro I 2016
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Pro4Matic adicionou novos produtos l Sediada em Coimbra, a Pro4Matic, empresa especialista em suspensões pneumáticas no nosso país, que é distribuidora oficial Arnott em Portugal, lançou algumas novidades. Do “menu”, constam três novos compressores para os seguintes modelos: BMW Série 5 F07/F11 (2010 a 2014), das marcas Wabco/Arnott; Mercedes-Benz ML W166/GL X166, das marcas AMK/ Arnott; Citroën C4 Picasso e C4 Grand Picasso da marcas Wabco/Arnott.
eticadata propõe E-mobile l Com o lançamento do ERP v16, a eticadata software anunciou a disponibilidade de uma nova aplicação para dispositivos móveis: E-mobile. Agora, é mais fácil e rápido aceder às funcionalidades do ERP eticadata e a toda a informação relacionada com o ecossistema eticadata, a partir de qualquer smartphone e tablet (Android e iOS), ou de qualquer outra plataforma. A aplicação está disponível para download de forma gratuita.
Comline fez adições à gama de travagem l A Comline fez 23 novas adições à sua gama de travagem, que cobrem 33 veículos, entre europeus, japoneses e sul-coreanos. Ao reforçar o seu core business, a empresa perspetiva um excelente ano de 2016.
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Luís Santos começou o seu percurso profissional na EDS, empresa de outsourcing de sistemas de informação. Mais tarde, a EDS foi comprada pela HP, mas Luís Santos continuou a sua ligação com a Galp Energia. Após a saída da HP, criou a solutions4yb (ou s4yb) em conjunto com Carlos Gomes, da Alvercapeças.
Por: João Vieira
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solutions4yb fornece soluções à medida. E integradas. De modo a garantir uma vantagem competitiva. Focada nos clientes e parceiros, as soluções disponibilizadas pela empresa lisbonense são desenhadas para melhorar o fluxo de trabalho e as comunicações dentro de pequenas e médias empresas. A solutions4yb (ou, simplesmente, s4yb) trabalha em parceria com os clientes para garantir ferramentas eficazes. Fornece serviços de web design, instalação, configuração e manutenção de servidores, soluções microsoft, aplicações B2B/B2C e integração de sistemas. No fundo, tudo o que esteja relacionado com software para o setor automóvel. O Jornal das Oficinas esteve à conversa com Luís Santos, administrador da empresa. Quando foi criada a solutions4yb e qual a sua principal atividade? A solutions4yb foi fundada em 2014, fruto do sonho do seu fundador e da necessidade atual de aplicações web B2B e B2C. O mundo automóvel sempre foi um dos focos da empresa e levou-a a acreditar que uma solução informática pode ter um efeito imediato na produtividade e na qualidade do trabalho. O desafio da solutions4yb passa por encontrar mecanismos que facilitem a identificação de peças e a criação de encomendas com rigor e rapidez.
Paulo Pereira (à esq.ª) está, desde 1989, ligado à área das tecnologias de informação. Em 1998, ingressou na EDS como analista de sistemas, tendo passado para a HP como gestor de projetos. Nos últimos dois anos, exerceu funções de service delivery manager e de formador. Agora, integra a s4yb.
Que tipo de serviços e produtos disponibilizam para as empresas do setor automóvel? Fornecemos serviços integrados, ou seja, desde o website ao ERP. Os sistemas desenvolvidos pela solutions4yb caracterizam-se pela integração total. No website, é possível aceder e consultar contas-correntes, faturas não regularizadas, histórico de matrículas, encomendas e orçamentos. O sistema por nós desenvolvido parte da base de dados TecDoc e TecRMI. Ou seja, mediante a utilização da matrícula e consoante o leque das marcas que o cliente escolha,
é possível identificar as peças para o veículo. No TecRMI, podem ser consultados dados e manuais de reparação. Esta é uma solução totalmente integrada, de fácil utilização e intuitiva. Como caracteriza e funciona o vosso software s4yb Parts TecDoc Inside? Arriscaria a resumir numa palavra: simplicidade. Que é possível com alguns algoritmos complexos desenvolvidos pela solutions4yb e que são transformados rapidamente em ganho de tempo. Para vender, para atender mais clientes, para analisar o negócio, para crescer e
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E quanto ao s4yb Do-It TecRMI, quais as suas funcionalidades? O catálogo s4yb Do-It TecRMI está integrado com o s4yb Parts TecDoc Inside, sendo que o mesmo permite ao identificar o veículo via s4yb Parts TecDoc Inside, consultar os manuais técnicos, dados técnicos, tempos, planos de manutenção, boletins de serviço e tempos de reparação. A grande vantagem consiste em ter as duas ferramentas integradas, de modo a que no mesmo espaço e à distância de um clique, seja possível encomendar peças, consultar a sua disponibilidade e, caso necessário, saber como as mesmas são aplicadas nos veículos. Quantos clientes têm atualmente? Nesta altura, a empresa tem 15 clientes, sendo os mesmos compostos por um leque variado nas suas áreas de atuação. Contudo, as empresas do setor automóvel são um foco muito importante para a s4yb. Num espaço de dois anos, a nossa empresa cresceu e fornece, hoje, serviços de consultoria, formação, aconselha-
Na área do aftermarket, a s4yb tem como clientes Alvercapeças, AleCarPeças e Samiparts Fevereiro I 2016
para pensar. Outra das vantagens é a qualidade dos dados, visto que as informações dos artigos são fornecidas pelos fabricantes de peças. A solução s4yb Parts TecDoc Inside destina-se a empresas do aftermarket que fornecem os seus serviços a oficinas, sendo de fácil acesso.
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e em prol do cliente” mento SEO – otimização para motores de busca e web design. Que mais-valias traz o vosso sistema para retalhistas de peças e oficinas? Atualmente, é importante existirem sistemas integrados de modo a fornecer serviços aos clientes do aftermarket, tornando mais próxima a relação entre ambos. Ter um sistema integrado de fácil utilização, em que os rececionistas das empresas do aftermarket trabalhem todos da mesma forma, otimiza processos e reduz erros de operação. As soluções s4yb Parts – TecDoc Inside e a solução s4yb Do-It TecRMI visam a fidelização da oficina ao revendedor do aftermarket. Qual o estágio de desenvolvimento do vosso sistema? Vai evoluir? Quais as novas funcionalidades? As soluções s4yb Parts – TecDoc Inside e s4yb Do-It TecRMI estão, neste momento, estáveis e sem falhas. Mas vamos NelsonTripa.pdf
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redesenhar algumas das suas funções, em consequência da opinião recolhida junto dos clientes, que têm sempre voz ativa e podem ter ideias que visam melhorar as aplicações. O que fazemos é sempre em prol do cliente, mesmo que tal pareça, por vezes, fazer pouco sentido para a solutions4yb. Que balanço faz do desempenho da sua empresa em 2015? E quais são as expectativas para 2016? Sendo eu um outsider nesta área e tendo trabalhado anteriormente numa grande empresa de informática, este ano foi muito importante porque consegui afirmar-me como uma solução a ter em conta. Ao entrar neste negócio, senti primeiro aceitação. Mas passado algum tempo, quando apresentei a minha solução, notei uma forte resistência. Daí para a frente, constatei que as relações entre empresas são, em alguns casos, tensas. Acho que este é um mercado fechado. 15:54
“Num espaço de dois anos, a nossa empresa cresceu e fornece, hoje, serviços de consultoria”
Em que ambiente correm estas plataformas e que tipo de hardware é necessário para que elas corram? As soluções s4yb Parts TecDoc Inside e s4yb Do-it TecRMI foram pensadas de modo a serem de fácil acesso e utilização, visto serem aplicações web e estarem disponíveis online. O seu desenvolvimento garante que funcionem sempre, quer em computadores quer em tablets ou smartphones.
TecDoc e pelo TecRMI, a tips4y, de modo a que se possa aceder aos dados fornecidos por webservices.
Qual o investimento necessário para se poder ter acesso a estas plataformas? A proposta de valor é baseada numa proposta integrada, ou seja, a solutions4yb fornece uma solução do tipo “chave-na-mão”. Somos responsáveis pela configuração do servidor web e, também, pela instalação e configuração dos s4yb Parts TecDoc Inside e s4yb Do-It TecRMI. Para além da configuração do interface com o ERP empresarial. Existe a necessidade adicional de efetuar um contrato com a empresa representante em Portugal pelo
No momento de optar, que razões levam as empresas a optar pelas vossas plataformas e não pelas da concorrência? Existem outras soluções no mercado, mas não estão desenhadas de modo a serem flexíveis o suficiente para poderem dar ao cliente o produto que ele deseja. Neste momento, estamos em negociações com novos clientes para que estes tenham as aplicações s4yb Parts TecDoc Inside e a solução s4yb Do-It TecRMI Inside. Aqui ficam os contactos: info@solutions4yb. com; www.solutions4yb.com.
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Entrevista NUNO BANZA, Inspetor-Geral da IGAMAOT
“Cumprir é o melhor caminho” › Durante o 2.º semestre de 2015, a IGAMAOT, a GNR/SEPNA e a PSP/BriPA, realizaram um conjunto de ações de fiscalização às oficinas automóvel, tendo sido detetadas um total de 728 infrações Por: João Vieira
Perfil
Nuno Banza é inspetor-geral da IGAMAOT desde 2014, tendo sido eleito para este cargo por um período de cinco anos. Com 39 anos de idade, o responsável é licenciado em Engenharia do Ambiente e Mestre em Ordenamento do Território e Impactos, pela Faculdade Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. É autor de várias publicações na sua área de especialização e colaborador regular em diversos jornais.
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setor automóvel é composto por um número elevado de operadores, com dispersão em todo o território nacional, onde muitos dos resíduos produzidos correspondem a resíduos perigosos, que devem, por isso, ser devidamente triados, armazenados e encaminhados para um destino final adequado. Além da componente “resíduos”, o setor automóvel apresenta outras vertentes ambientais que importa conhecer, onde se incluem, com particular relevância, as águas residuais e as emissões atmosféricas. Promover o cumprimento da legislação é um objetivo que defende, em primeiro lugar, todos os operadores que cumprem aquilo a que estão obrigados e que, muitas vezes, são sujeitos a concorrência desleal daqueles que insistem em manter-se à margem da lei. Apesar da melhoria contínua verificada no desempenho ambiental da generalidade das oficinas, persistem ainda situações penalizadoras para o ambiente que importa identificar e corrigir. Fevereiro I 2016
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Importa ainda verificar o cumprimento do Diploma da Responsabilidade Ambiental, que obriga à constituição de garantias financeiras que salvaguardem a correção de eventuais danos ao ambiente. Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Nuno Banza, Inspetor-Geral da IGAMAOT - Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território -, faz um balanço desta campanha de fiscalização e destaca o bom
trabalho que as associações do setor têm realizado junto dos seus associados, alertando-os para a necessidade de cumprirem com a legislação ambiental. Quantas entidades estiveram no terreno a fazer fiscalizações? A ação contou com a participação da IGAMAOT, da GNR/SEPNA e da PSP/ BriPA. No conjunto, esta campanha envolveu diretamente várias centenas de operacionais, entre inspetores, agentes
A IGAMAOT, em conjunto com as ACAP, ANECRA e ARAN, realizou várias sessões de formação, nas quais foram identificadas as principais obrigações e cuidados que as oficinas devem ter em consideração
da PSP e guardas da GNR. E incidiu sobre todo o território nacional. Que tipo de fiscalizações foram efetuadas pelos inspetores às oficinas? Para além das oficinas do setor automóvel, a ação incidiu, igualmente, sobre oficinas de grandes empresas de transporte, nomeadamente de transporte coletivo de passageiros. Nas inspeções, foram verificados diversos aspetos, designadamente na vertente ambiental, em particular o licenciamento, os resíduos, as águas residuais, as emissões atmosféricas e a existência de garantia financeira de responsabilidade ambiental. Importa realçar que, em junho do ano passado, foram realizadas sessões de formação por parte dos inspetores da IGAMAOT (em Lisboa, Aveiro e Porto) em conjunto com a ACAP, ANECRA e ARAN, nas quais foram identificadas as principais obrigações e cuidados que os operadores devem ter em consideração, no sentido de darem cumprimento às diversas exigências ambientais.
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O número de infrações detetadas em oficinas automóvel ascendeu a 728
Quantas oficinas foram fiscalizadas nesta campanha? No conjunto das três entidades envolvidas, foram inspecionadas/fiscalizadas muitas centenas de oficinas, tendo sido detetadas um total de 728 infrações. Quais foram as principais ilegalidades ambientais detetadas no decorrer das inspeções? As infrações detetadas pelos inspetores da IGAMAOT e demais elementos da GNR/ SEPNA e PSP/BriPA enquadram-se, essencialmente, nas áreas dos resíduos, licenciamento e emissões atmosféricas.
As coimas variam entre €2.000 e €5.000.000, para pessoas coletivas, e entre €200 e €200.000, para pessoas singulares Qual o valor médio das coimas emitidas pela IGAMAOT às oficinas, onde foram detetadas irregularidades? As coimas identificadas na Lei das Contraordenações Ambientais variam, em função da sua gravidade. De acordo com o previsto na nova Lei n.º 114/2015, de 28 de agosto, os montantes variam entre €200 e €200.000, para pessoas singulares, e entre €2.000 e €5.000.000, para pessoas coletivas. Importa realçar que apenas na fase de instrução dos processos, se procede à inquirição de testemunhas e à realização de outras diligências que se considerem necessárias para prova dos factos. Aquando da fase decisória, procede-se à análise crítica das provas juntas aos autos, bem como a apreciação da culpa (dolo ou negligência). No âmbito da decisão, poderá ser proposto o arqui-
vamento, a admoestação ou a aplicação de coima, eventualmente com sanção assessória. As oficinas clandestinas também foram inspecionadas? O grupo de alvos selecionados teve como base uma amostra expressiva de informações recolhidas, quer junto das instituições participantes na campanha, quer, também, em informações muito importantes que nos são remetidas por ONG de ambiente, como a Quercus, que são uma ajuda essencial para conhecer a realidade do terreno. O resultado foi uma ação conjunta que incidiu sobre vários alvos, efetuando ações de inspeção e fiscalização a diversas oficinas, de diferentes dimensões e localizadas em diferentes zonas de Portugal continental. O facto de terem sido constatadas infrações em matéria de licenciamento, indica que algumas oficinas não se encontravam a laborar em situação regular. O número é muito expressivo e confirma a perceção de um peso relevante de economia paralela no setor. A legislação que existe sobre o ambiente é enorme e sistematicamente aparecem novas regras e obrigações. O que pode uma pequena oficina fazer para estar atualizada com a legislação e cumprir todas as fases de inspeção e fiscalização que possam existir? É precisamente aqui que entra a função das associações do setor. Estamos disponíveis para continuar a trabalhar, como fizemos até aqui, de forma a que a disponibilização de informação atualizada e a realização de ações de formação e de divulgação seja uma prioridade conjunta da IGAMAOT e das associações do setor. Complementarmente, existe uma grande diversidade de fontes de informação relativas ao setor em concreto, disponíveis na Internet.
Que empresas existem no mercado para dar apoio às oficinas que necessitam de esclarecimentos sobre legislação e obrigações ambientais? No mercado, em primeira análise essa resposta deve ser dada pelas associações do setor, na perspetiva de que criar economia de escala vai permitir encontrar soluções melhores e mais custo-eficientes. Depois, o recurso ao mercado de consultoria é sempre possível. Mas, neste aspeto, não posso deixar de alertar para situações que têm chegado ao conhecimento da IGAMAOT relativas a pessoas que se fazem passar por inspetores, anunciando a realização de ações inspetivas que não se concretizam, mas que têm, sobretudo, como objetivo, a venda de produtos e equipamentos. Os inspetores da IGAMAOT fazem-se sempre acompanhar dos respetivos cartões de identificação e crachá e nunca fazem aviso prévio da realização da inspeção. Considera que as oficinas ainda não estão totalmente conscientes da necessidade de fazerem a gestão dos resíduos? A realidade mostra que as questões ambientais são, hoje, uma preocupação mais relevante e que os operadores económicos têm vindo gradualmente a melhorar o cumprimento das suas obrigações legais em matéria de ambiente. No entanto, ainda se identificam situações inaceitáveis que, para além de colocarem em causa o ambiente e a vida das pessoas, prejudicam a economia, gerando situações de concorrência desleal que urge eliminar, em especial como forma de defender os operadores que cumprem. Considera que a atual legislação ambiental é boa ou é necessário fazer alguns ajustes mais de acordo com a realidade do nosso país? Fruto da sua adesão à EU, Portugal apresenta, atualmente, um acervo legislativo
Quais as maiores preocupações e desafios que as oficinas vão enfrentar no futuro, no que respeita ao ambiente e à gestão dos resíduos? Os operadores responsáveis e que se preocupam em cumprir os requisitos legais a que estão obrigados, não têm razão para se preocupar. O que posso garantir é que terão na IGAMAOT um parceiro ativo para cumprir dois objetivos: ajudar a formar melhores operadores, através da partilha de informação e conhecimento, tendo, como parceiros, os representantes legítimos do setor; combater ativamente a economia paralela e os operadores que insistem em manterem-se à margem da lei, fazendo uma concorrência desleal que, muitas vezes, asfixia economicamente muitos operadores responsáveis. Que mensagem quer a IGAMAOT deixar para as oficinas de Portugal sobre o ambiente e a gestão de resíduos? E o que deverão estas fazer de modo a estarem legais em matéria de obrigações ambientais? Cumprir é sempre o melhor caminho e o que desejamos é que seja, também, o caminho que traz mais vantagens para todos. Estamos a trabalhar para isso e temos a certeza que temos nas associações do setor os parceiros privilegiados para cumprir este objetivo.
A área dos resíduos é considerado o ponto nevrálgico dentro das oficinas. Uma má gestão, neste campo, implica coimas para os proprietários destas empresas
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dos mais avançados a nível europeu, sendo que as normas regulamentares têm evoluído, a par da experiência adquirida, num caminho cada vez mais ambicioso em termos de objetivos ambientais. A realidade não é estática e, por isso, é inevitável que se promova a atualização das referências legais à medida que o tempo passa. No entanto, essa é uma matéria da esfera do poder político. À inspeção compete apenas promover o cumprimento da legislação ambiental que o Governo e a Assembleia da República legitimamente aprovam.
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Evento
Salão expoMECÂNICA 2016 edição, os dados referem que 57% das empresas presentes garantiram ter realizado negócios durante o próprio evento e 94% consideraram que o certame ajudou a promover as vendas. Que retorno lhes pode garantir a sua participação? Mais do que momentos de potenciação de negócio imediato, entendemos que, na atualidade, as feiras são percebidas como montras e veículos privilegiados de comunicação para as marcas. Daí que estejam a ganhar cada vez mais peso nas estratégias de marketing das empresas. Atendendo à opinião de alguns expositores, o certame, a correr bem, permite uma projeção de negócio para seis meses. O que não deixa de ser elucidativo.
Lotação esgotada! › A dois meses da abertura das suas portas, a 3.ª edição do Salão expoMECÂNICA tem o espaço lotado com uma adesão de mais de 150 expositores, destacando-se 20 empresas estrangeiras, naquele que é o maior registo desde a criação deste certame
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expoMECÂNICA é um acontecimento que, num curto espaço de tempo, concentra num único lugar a amostra mais dinâmica e representativa do aftermarket nacional. E, para onde, invariavelmente, converge a maior parte dos olhares do tecido que o representa. Tendo as duas edições anteriores sido consideradas um sucesso, como superar os números dos anos transatos? E o que esperar da 3.ª edição do certame? Em entrevista ao Jornal das Oficinas, José Manuel Costa, diretor do expoMECÂNICA, faz uma antevisão do salão, que decorrerá de 15 a 17 de abril, na Exponor, em Matosinhos. Que tipo de empresas vão participar como expositores no Salão expoMECÂNICA 2016? O expoMECÂNICA 2016 colocará em evidência vários segmentos do setor do pós-venda automóvel: peças e sistemas automóveis, reparação e manutenção, acessórios e personalização de veículos, tecnologias de informação e gestão e, também, estações de serviço e lavagem. Na 3.ª edição, podemos afirmar que o certame apresentará empresas para os referidos segmentos, para proporcionar uma oferta equilibrada. E relativamente às ações paralelas, o que está previsto acontecer? É, precisamente, nas manifestações paralelas que estamos a trabalhar afincadamente para trazer ainda mais novi-
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dades. O cartaz de eventos para 2016 está praticamente concluído e, desde já, assinalamos várias iniciativas, desde demonstrações, conferências e workshops. Reforçamos aquele que tem sido o nosso propósito, que é o de continuar a debater e a analisar os principais temas da atualidade. O foco continuará, naturalmente, nas apresentações das novidades, com desmonstrações in loco, apoiadas
“Queremos transformar o expoMECÂNICA num lugar de referência, reflexão e debate para o setor do aftermarket” pelo saber técnico de especialistas, pois, entendemos, que transportam um dinamismo acrescido ao certame. Estamos certos de que a nova edição do DEMOTEC by Schaeffler levará ao fórum da feira as matérias com real interesse para os profissionais do setor. Esperamos lotação esgotada, à semelhança da edição anterior. Em estreia, estará o expoTALKS, que decorrerá num auditório montado na própria feira e que acolherá diversas palestras com alguns dos mais importantes nomes da mecânica automóvel, da mecatrónica e do aftermarket. De referir ainda a realização do Pit Stop by Gonçalteam, iniciativa que premiará a perícia e a rapidez dos visitantes.
Quais são os pontos fortes desta 3.ª edição? As novidades, sobretudo as ações paralelas. Queremos transformar o expoMECÂNICA também num lugar de referência, reflexão e debate. Estamos ainda certos de que o expoMECÂNICA 2016 sobressairá pela forte presença de empresas internacionais. Estimamos a participação de cerca de uma vintena de expositores internacionais, sobretudo espanhóis. Pensamos que constituirá uma mais-valia para os milhares de profissionais que visitarem a feira. Qual a principal motivação que leva as empresas a estarem presentes como expositores neste salão? Pensamos que a principal motivação se prende com o compromisso que mantemos de, ano após ano, aprimorar ainda mais a qualidade do visitante aos objetivos da malha expositiva. Nas várias abordagens que fomos fazendo ao mercado, desde que encetámos a comercialização do salão, constatámos que os decisores do pós-venda automóvel fixam a feira nas suas agendas como um marco importante. Os expositores têm como principal objetivo fazer negócios ou dar visibilidade às suas empresas e/ou marcas? Diria que os dois objetivos - fazer negócios e dar visibilidade à marca – coexistem no expoMECÂNICA. Atendendo à estatística saída do fecho da última
“As feiras são percebidas como montras e veículos privilegiados de comunicação para as marcas“ O que podem os profissionais do aftermarket esperar desta 3.ª edição do expoMECÂNICA? O expoMECÂNICA 2016 tentará dar resposta às necessidades dos visitantes, que procuram, essencialmente, soluções para os desafios que encontram no seu dia-a-dia. Na última edição, foram mais de 10 mil os profissionais que se deslocaram à Exponor para nos visitar. O que está a ser feito pela organização para motivar os profissionais do aftermarket visitarem o expoMECÂNICA? Contamos com a presença das principais empresas que atuam no mercado e com o apoio dos parceiros mais representativos do setor. A divulgação do evento, bem como a mobilização de visitantes, está a ser partilhada por todos os intervenientes, desde a organização aos media partner, passando pelas associações e pelos expositores. Estamos confiantes que este esforço conjunto trará os resultamos esperados. Ou seja, um incremento do índice de afluência. Quais considera serem as principais razões para que os profissionais devam visitar o Salão expoMECÂNICA? Estamos certos de que aqueles que nos visitam esperam encontrar os parceiros ideais para aumentar o seu conhecimento e as soluções que ajudem a ter sucesso no seu negócio. É, para nós, gratificante notar que as duas anteriores edições do expoMECÂNICA conseguiram posicionar este certame como o encontro de referência dos negócios do setor. O que nos enche de satisfação e nos dá alento para continuarmos a fazer mais e melhor. Sempre em prol do setor.
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Tamai, Detalhe Automóvel Administradores: Pedro Maia e Tânia Maia Sede: Rua Luís de Camões, Lote 19 2670 - 523 Infantado (Loures) Telefone: 967 346 157 Site: www.tamai.pt
› O sucesso escondese nos detalhes. Mais do que serviços de limpeza, a Tamai cuida dos veículos de uma forma meticulosa e personalizada. Em 2015, a faturação da empresa cresceu 1.000%
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Por: Jorge Flores
ruto de uma autêntica mudança de paradigma no seio da família Maia, a Tamai nasceu em agosto de 2014, depois de Tânia Maia ter abandonado a sua atividade na área da Educação para, juntamente com o seu marido, Pedro Maia, criarem um negócio no ramo do do Detalhe Automóvel. Pedro Maia, por sua vez, manteve o trabalho em Informática, aproveitando a sua experiência em marketing digital para a transformar numa vantagem competitiva a divulgação dos seus serviços e angariação de clientes. De início, a Tamai começou apenas por ser um ponto de venda de produtos relacionados com a limpeza automóvel. Sem realizar serviços. Depressa entenderam que não iam longe dessa maneira. “Tivemos de mudar de estratégia para conseguir pagar as despesas e metemos o nosso foco nos serviços”, conta Pedro Maia ao Jornal das Oficinas. Os primeiros cinco meses foram “duros”, segundo palavas do responsável, mas os resultados fizeram-se sentir. O modus operandis era relativamente simples. Tânia lavava os automóveis durante o dia, enquanto Pedro guardava para o final do dia, depois de sair do trabalho, os serviços mais complexos: polimentos, pinturas. “Decidimos que, também isso, teria de ser feito durante o dia. O sistema não estava, minimamente, eficiente”, confessa. A entrada do primeiro funcionário, Luís Freitas (hoje, são quatro os colaboradores), permitiu a Pedro Maia concentrar-se no marketing digital, uma área que bem conhece.
■ CRESCIMENTO DE 1.000% O tiro foi em certeiro. Entre fevereiro e dezembro de 2015, o crescimento da faturação cifrou-se em 1.000%! Pedro Maia acredita que muito deste sucesso se deve à forte presença da Tamai nas redes sociais. Basta ver que 95% dos Fevereiro I 2016
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A médio prazo, Pedro Maia pensa dedicar-se à transformação de veículos elétricos
clientes vêm da Internet. “Conseguimos vender o detalhe automóvel a pessoas que, antes, não ligavam a isso. É uma limpeza muito cara, muitos não dão o devido valor”, afirma. Os preços variam muito. Cada caso é um caso. E cada automóvel é um caso. Numa limpeza interior, por exemplo, o valor mínimo é de €65, podendo ir até aos €150. “Tudo tem a ver com o grau de detalhe”, explica Pedro Maia, acrescentando, que, “um polimento também começa nos €65 e vai até aos €200 ou €250. E, mesmo assim, somos dos mais baratos no mercado”.
Apesar da natureza do negócio ser o Detalhe Automóvel, a Tamai disponibiliza outros serviços complementares, mantendo uma parceria com um estofador e com um pintor, “tudo dentro dos nossos padrões de qualidade”, sublinha o responsável. Além de um serviço premium, Pedro Maia chama a atenção para o facto de apenas utilizarem produtos de qualidade. “Um bom produto faz 1/3 do trabalho”, adianta. Dentro do rol de serviços, destaca dois que, apesar de “simples”, não há muitos rivais a assegurar. “Tapamos os buracos dos
cigarros. Mesmo em bancos de tecido. Temos muita procura. E no polimento de faróis duvido que alguém faça melhor”, assegura. ■ FUTURO ELÉTRICO Perto de 40% dos clientes da Tamai são stands. Profissionais. Para os particulares, os responsáveis apostam muito em campanhas de descontos - na Groupon. O objetivo é conquistar franjas de clientes que não ponderariam nunca um serviço destes. “Durante 2016, Pedro Maia gostaria de conseguir um alvará para que a Tamai funcionasse como oficina de pequenas reparações. “Não por queremos ser uma oficina regular, mas apenas para impedir que o cliente precise de sair para fazer o seu serviço rápido”, refere. Os planos, a médio prazo, são um pouco mais ambiciosos. Pedro Maia quer, um dia, voltar ao seu projeto inicial: criar uma oficina de conversão de veículos elétricos. “Acho que converti o primeiro Ford Capri, em elétrico, em todo o mundo. Fiz isso na minha garagem. Acredito que seja viável. Só que em Portugal, o processo administrativo é muito pesado. Transformei o carro em 2013 e ele ainda não está legalizado. Mata qualquer sonho empresarial”, lamenta. Mas não desarma. “Dentro de uns anos, espero ter capacidade financeira para estar a trabalhar nesta área. Também espero que o Estado esteja mais recetivo a iniciativas desta natureza”.
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Administrador: Nuno Vara Sede: Alto do Vieiro, 2400 - 822 Leiria Telemóvel: 912 033 656 Email: geral@motorscience.pt Site: www.motorscience.pt
Produtividade é a chave › A Motorscience é um novo distribuidor de tintas Cromax na zona de Leiria. Iniciou a sua atividade na área da repintura há apenas nove meses, mas já conquistou uma apreciável carteira de clientes Por: João Vieira
Formação é fundamental l Uma das grandes vantagens de ser distribuidor Cromax é poder desfrutar da formação que a marca realiza regularmente para distribuidores e clientes oficinais. “Desde que fomos nomeados distribuidores Cromax, já realizámos uma semana de formação para mais de 40 clientes. Para 2016, temos um calendário de formação que vai permitir cada oficina frequentar dois cursos por ano. Se o cliente precisar de mais, pode sempre solicitar um novo curso. Hoje, ser um pintor não é só pegar na pistola. Quem aposta nos seus recursos humanos tira as maiores potencialidades do produto”, diz Nuno Vara.
Nuno Vara é o administrador
Equipa da Motorscience (da esquerda para a direita): Joel Oliveira, administrativo; Jorge Domingos, vendedor; Nuno Vara, administrador; Sérgio Rodrigues, responsável comercial; Marco Cruz, vendedor. Também faz parte da equipa de vendedores Paulo Vieira
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undada há mais de uma década por Nuno Vara, a Motorscience foi criada com o intuito de prestar serviços de consultoria automóvel nas áreas de mecânica, eletrónica e motorsport. Conta com uma rede de parceiros internacionais para desenvolver e comercializar os seus produtos, para além de representar algumas marcas internacionais de renome. Em 2015, Nuno Vara decidiu diversificar a atividade da empresa e surgiu o convite de Sérgio Rodrigues, responsável comercial da Cromax, para ser distribuidor da marca no distrito de Leiria. “Era um mundo desconhecido para a empresa, mas tínhamos uma coisa muito importante a nosso favor: conhecíamos as oficinas e os seus donos, que nos abriram as portas. Outro fator que pesou imenso na decisão de abraçarmos este projeto foi a qualidade do produto. Assisti a uma demonstração e fiquei convencido da sua produtividade. Se acredito no produto vai ser muito fácil vendê-lo. Foi a parte que pesou mais para poder abraçar este projeto”, diz Nuno Vara. A empresa iniciou a atividade com as dificuldades inerentes a uma estrutura completamente diferente. Houve necessidade de criar zonas para cada comercial trabalhar e ter sempre atualizado o stock de produto. Passados nove
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meses, o balanço não podia ser mais positivo. Conta, atualmente, com 48 máquinas de mistura instaladas em oficinas, que representam os principais clientes. Vende ainda para alguns concessionários de automóveis, nomeadamente Toyota e Mitsubishi. Tem quatro vendedores e um administrativo. Cobre metade do distrito de Coimbra e todos os distritos de Leiria e Santarém. Questionado sobre o crescimento da empresa para outras áreas geográficas, Nuno Vara explica que “este é um negócio de proximidade. O cliente tem de estar a 200% connosco. Temos de dar-lhe apoio diário permanente, 24 horas sobre
24 horas. Ao começar a crescer e ter uma área muito grande, não conseguíamos manter a proximidade com o cliente, que é a nossa grande aposta”, refere. De acordo com Nuno Vara, “para divulgar a marca na nossa zona de atuação, estamos presentes nalguns outdoors e está prevista a presença em diversos meios de comunicação do setor. As ações de demonstração do produto nas oficinas são essenciais para a conquista de novos clientes. O profissional que experimenta o nosso produto vê a mais-valia que é trabalhar com a Cromax. Os clientes acreditam em nós, mas principalmente no produto”, conclui.
Opinião
“Dinâmica de crescimento” l “Escolhemos a Motorscience para distribuidor Cromax pela atitude e dinâmica com que se apresenta ao mercado e pela sua filosofia, baseada na produtividade que a marca oferece à oficina. Um dos fatores de sucesso das tintas Cromax é a sua produtividade, que é, também, uma forma de ajudar as oficinas a serem mais eficientes e a terem maior retorno. Os resultados estão a aparecer, fruto de um excelente trabalho desenvolvido junto das oficinas. Este ano, a Motorscience vai continuar a sua dinâmica de crescimento e terá todo o nosso apoio a nível técnico e comercial. Pretendemos continuar a crescer e a conquistar mais clientes em 2016, juntamente com os nossos parceiros”.
Sérgio Rodrigues, responsável comercial da Cromax A proximidade com o cliente e a total disponibilidade, são trunfos da Motorscience www.jornaldasoficinas.com
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Jornal das Of icinas
Empresa JABA - TRANSLATIONS
CEO: Joaquim Alves Sede: Rua de Bustes, n.º 682, 4400 - 392 Vila Nova de Gaia Telefone: 227 729 455/56/57/58 Fax: 227 729 459 Email: joaquim.alves@jaba-translations.pt Site: www.jaba-translations.pt
Linguagem universal › Tudo começou com simples traduções. Hoje, a JABA – Translations trabalha com 700 agências de todo o mundo e com 23 marcas da indústria automóvel. Uma linguagem universal na documentação técnica Por: Jorge Flores
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o espaço de 17 anos, aquilo que era um negócio de traduções... traduziu-se numa atividade de milhões de euros. Não é difícil resumir a vida da JABA – Translations. A empresa que, hoje, emprega mais de 70 pessoas, em Vila Nova de Gaia, começou a “desenhar-se” no dia em que o atual CEO, Joaquim Alves, fez a primeira tradução de alemão para português, para aquele que seria o seu primeiro cliente na indústria automóvel: a Opel. Seguiram-se Mercedes-Benz, Ford, Porsche, Honda. E não mais parou. Mas recuemos um pouco na sua história. A criação da JABA – Translations é indissociável da sua própria. Apesar de ter nascido em Portugal, emigrou, com um ano, para a Alemanha, onde viveu até aos 14 anos. Voltou para solo luso, mas o alemão sempre foi a sua segunda língua. Cursou Gestão Técnica Administrativa e entrou para uma empresa alemã, onde adquiriu experiência técnica de maquinaria e tudo sobre produção. Ora, tratando-se de uma empresa germânica, os seus conhecimentos linguísticos foram aproveitados na correspondência com a casa-mãe. “Já estava a ser um tradutor”, conta. Voltou ainda para a Alemanha, onde trabalhou para a Bolsa de Valores, área da sua formação académica, mas, em 1996, decidiu regressar a Portugal. Veio ajudar os pais a abrir um restaurante, mas a experiência em traduções e a paixão pela indústria automóvel falava muito mais alto. Começou a enviar currículos para empresas do ramo. Quatro dias depois, começaram a receber as respostas. ■ MANUAL DE CRESCIMENTO Foi como freelancer que deu consigo a fazer memórias de tradução, algo pouco
comum na altura. O primeiro cliente? A Opel, na Alemanha, claro. Porém, foi graças a uma pequena discussão, que Joaquim Alves “abriu o leque”. No seu entender, não fazia sentido uma tradução ser feita por vários tradutores, espalhados pelo mundo inteiro, mas a trabalhar no mesmo manual. “Depois é revisto e uniformizado”, diziam-lhe. Ele discordou. “Deviam ser equipas locais a trabalhar no projeto, em conjunto! De forma coesa, a partilhar uma memória”. Lançou-se. Criou uma equipa. Primeiro com o irmão, depois com um colega. Comprou um computador. Dois computadores. Depois, mais dois colaboradores. E mais outros tantos. Primeiro uma loja, depois umas instalações maiores. Atualmente, a empresa habita uma vivenda, inteira, onde trabalham 70 pessoas, entre administração, tradutores e project managers. Um “manual” de como se deve fazer crescer uma empresa de sucesso: a JABA – Translations, que, ainda hoje lidera, juntamente com a sua mulher, Manuela Alves. “Neste momento, servimos, aproximadamente, 700 agências de tradução em todo o mundo. Ou seja, estas agências de tradução, que precisam de tradução para português, recorrem a nós, em vez de procurarem freelancers”, explica Joaquim Alves ao nosso jornal. “Começámos a conquistar o mercado nacional, precisamente por causa da indústria automóvel. Fomos contactados por várias empresas, através das agências na Alemanha, que remeteram os clientes deles para a JABA – Translations. Estamos a trabalhar para 23 marcas da indústria automóvel. É o nosso core business”, adianta o responsável, que sublinha o facto de a empresa ter deixado de fazer simples traduções para passar a dar aos clientes “soluções integradas”. Conforme
Nas instalações de Vila Nova de Gaia, trabalham mais de 70 colaboradores, dos quais 50 são tradutores Fevereiro I 2016
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Joaquim Alves começou a fazer traduções técnicas de alemão para português e, hoje, lidera uma empresa com clientes-parceiros espalhados por todo o mundo
acrescenta, “gostamos de adquirir um cliente e torná-lo num parceiro. Para ficar. Para fazer €1.000 uma vez, prefiro fazer €2.000 em cinco vezes. É assim que funcionamos”, garante. ■ JABA ACADEMY O know-how é um trunfo assumido. A tal ponto que, no ano passado, a empresa inaugurou a JABA Academy, de modo a otimizar o seu conhecimento. Joaquim Alves revela que, um dos maiores problemas da empresa, eram os custos com a formação interna. “Ficou mais barato criarmos a empresa de formação e empregar os nossos formadores para dar
formação ao nosso pessoal”, assegura. Posto isto, “já que os temos, então, também vamos dar formação às empresas concorrentes, a freelancers e a tradutores independentes”. Ou seja, o conhecimento, neste contexto, não é para esconder. “Partilhamos o nosso know-how com os outros. Ensinamos os outros”, diz Joaquim Alves, que, no futuro, mais do que fazer crescer a empresa, gostava de “não perder o terreno conquistado”. Mais ainda. “Dar mais firmeza à empresa e segurança aos nossos parceiros. Quando melhorarmos o existente, teremos uma base sólida para crescer mais. Mas isso já será para deixar para os meus filhos”, remata.
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12 Edições do Jornal das Oficinas 6 edições da Revista dos Pneus 1 edição da Revista PME do Aftermarket 1 edição da Revista TOP 100 Aftermarket 52 newsletters do Jornal das Oficinas 52 newsletters da Revista dos Pneus 1 Conferência Ibérica de Pneus 1 Stand no salão ExpoMECÂNICA 1 Stand no salão Motortec 1 Stand no salão Mecânica 1 Conferência Oficina Auto 2020 1 Campanha Anual Oficina Auto 2020 3 salões internacionais 1 Renovação do site revistadospneus.com 1 Renovação do site jornaldasoficinas.com 1 Nova app da Revista dos Pneus 24 noticiários JO TV 300 vídeos JOTV e RPTV editados 1 Gala TOP 100 Aftermarket 1 Renovação da imagem corporativa
Nada disto seria possível sem os parceiros, leitores, fornecedores e uma equipa dedicada de 11 pessoas. Obrigado uma vez mais! E que venha 2016!
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Reportagem
LD Auto - Leiridiesel Group
A idade é um posto
› A LD Auto – Leiridiesel Group acaba de comemorar 25 anos de vida, num alegre convívio, entre colaboradores e parceiros de negócio. Tempo de recordar a história da empresa, sim, mas também de colocar os olhos no futuro. A internacionalização da atividade continuará a ser aposta forte Por: Jorge Flores
1990
Início da atividade, ainda como empresa de Fernando Mendes Relva, Unipessoal
4
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1 1991
Mudança das instalações de Ponte da Pedra para Ortigosa
Constituição da empresa Leiridiesel
25 MARCOS
HISTÓRICOS
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2006
2008
Abertura da delegação de Loulé
DELEGAÇÃO DE LISBOA:
2009
Gestão de empresa Diesel Service de Coimbra
Aquisição da Bosch Car Service no Campo Grande
Abertura de delegação própria
Novas instalações no Zoom Business Park
2010
2007 7
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Abertura da delegação de Aveiro, com a aquisição da empresa Solabor, Lda.
Aquisição do primeiro banco de potência (Laboratório Diesel)
Entrada na rede oficial Bosch Car Service
Contratação do primeiro colaborador, Fernando Pinhal
2005
Abertura da delegação de Torres Vedras
2005
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2013
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INVESTIMENTO NO SEGMENTO DE TURBOS:
Criação do Serviço Call Center (apoio técnico e comercial)
2008
Aquisição da Soturbo
2013
Fusão no grupo
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A empresa de Leiria quer reforçar a liderança na área das peças reconstruídas e na manutenção e reparação de veículos multimarca
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as empresas, como nas pessoas, a idade será sempre um posto a respeitar. Ou não seja de matéria humana que as empresas são compostas. Ora, na cerimónia de comemoração dos seus 25 anos de existência, a LD Auto – Leiridiesel Group, realizada na Quinta de Paul, em Leiria, contou com a presença de mais de quatro centenas de convidados, entre colaboradores, parceiros e amigos próximos da empresa. Durante o evento, foram passados em revista alguns dos momentos mais marcantes da longa história da Leiridiesel. Recorde-se, a propósito, que a empresa foi fundada em 1991, um ano depois do início da atividade como reparadora de componentes Diesel, turbos e bombas, pela mão do atual administrador, Fernando Relva. n LONGA CAMINHADA Ao olhar para o caminho já percorrido, Fernando Relva não esconde “um orgulho imenso”, tal como confessou ao Jornal das Oficinas. “Começámos do zero, assistimos a imensas transformações e evoluções do automóvel e, hoje, somos uma referência, tanto como oficina multimarca, inseridos na maior rede multimarca mundial, a Bosch Car Service, como ainda na reparação de componentes de sistemas de injeção Diesel (bombas, injetores e unidades injetoras) e turbos, áreas em que somos líderes de mercado”, recordou o responsável. Durante este primeiro quarto de século, a evolução da empresa nascida em Ponte da Pedra, à beira de Leiria, foi tremenda. Basta mencionar que a Leiridiesel come-
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Internacionalização: abertura da Diesel Service, em Maputo
çou a atividade com apenas duas pessoas e, atualmente, conta já com 138. As pequenas histórias são inúmeras. “As mais caricatas estiveram relacionadas com as integrações das empresas que comprámos, ao longo dos anos, na estrutura do Grupo Leiridiesel”, disse Fernando Relva ao nosso jornal. O fundador da empresa prefere não destacar um momento marcante, mas sim... 25! Tantos quantos os anos de vida da empresa (ver destaque, nestas páginas), mas, mesmo assim, salientou a importância da recente “internacionalização do nosso grupo, como o investimento em Moçambique, sem dúvida, um passo que nos distingue e só possível pela forte estrutura que temos em Portugal”, sublinhou a mesma fonte. n OLHOS NO FUTURO As contas da LD Auto - Leiridiesel Group têm crescido em sintonia com a sua própria expansão. No balanço de 2015, a empresa de Leiria registou 7,5 milhões de euros. Qual o segredo do sucesso? São “vários”, admitiu Fernando Relva. “Passa por apostas fortes na qualidade do nosso trabalho, na equipa, na sua formação, em tecnologia e nas parcerias certas. Foram muito importantes as parcerias que desenvolvemos com a Bosch, Delphi, Denso, VDO e Yanmar”, enfatizou, recordando, de seguida, outras das chaves do sucesso, como sejam a “criação da nossa marca própria e a atenção dada ao cliente”. Os próximos 25 anos? Fernando Relva vê-os com os mesmos olhos de hoje. “Sempre na vanguarda das nossas áreas de negócio. Como uma empresa sólida e em constante inovação. Acompanhando a evolução do mercado e continuando como líder”. E revelou ainda uma curiosidade. “Esta mesma pergunta foi feita, recentemente, aos nossos colaboradores e parceiros e, resumindo as palavras ditas, vejo a empresa, daqui a 25 anos, com inovação, dinamismo, líderes, uma empresa sólida e segura, presente na Europa e em todos os outros continentes, uma marca de referência, a seguir e a acompanhar todas as tendências do mundo automóvel”.
2013
Criação da marca LD Auto, reflexo da diversificação de serviços auto
Entrada no mercado dos catalisadores e filtros de partículas
2013
2011
Certificação de Qualidade pela norma ISO: 9001
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2013
Criação da oficina de caixas de velocidade automáticas
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BOSCH CAR SERVICE Raquel Marinho subiu ao palco e agradeceu a qualidade da parceria da empresa alemã com a LD Auto - Leiridiesel
2013 e 2014
Distinção PME Excelência
2013
Diversificação de serviços para profissionais: formações técnicas
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Abertura da delegação de Leiria -Cidade
2014
Expansão do negócio em Maputo; upgrade para Bosch Car Service, com mais área e equipamento
2014
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25 Ampliação da delegação de Coimbra (stock e área oficinal)
2015
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Abertura da Diesel Service em Nampula (norte de Moçambique)
Abertura da delegação na zona do Grande Porto (Maia)
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Repintura
Nexa Autocolor com Top Seat People Sessenta e seis profissionais da rede de pós-venda da Seat participaram na final nacional do Top Seat People, o concurso onde a marca distingue os seus melhores profissionais e que decorreu no passado dia 12 de dezembro, no Centro de Formação da marca espanhola em Martorell, Barcelona. A marca de tintas Nexa Autocolor responsabilizou-se pela organização das provas técnicas correspondentes à modalidade de repintura de veículos. Os conhecimentos dos candidatos resultam fundamentais nos testes
de repintura dos veículos do Top Seat People. Os pintores participantes têm de demonstrar a sua qualificação, tanto no âmbito da teoria como da prática. Com o objetivo de demonstrar a sua orientação de excelência em todos os aspetos que contribuem para uma repintura eficiente, rentável e de acabamentos impecável. A colaboração da Nexa Autocolor no Top Seat People constitui para a marca de tintas um espaço de desenvolvimento conjunto, no âmbito da excelência para a repintura de veículos.
EMM apresentou Turbomix Paintsaver Foi lançado no mercado, em janeiro de 2016, o novo Turbomix Paintsaver. Trata-se de uma nova e melhorada versão do Turbomix da Colad (Ref.ª 9.500), desenvolvida em colaboração com os distribuidores e utilizadores finais, para resolver os problemas mais comuns e melhorar a qualidade do trabalho. O novo Turbomix Paintsaver consiste num novo misturador, tratando-se de um produto inovador e patenteado.
Projetado para ajudar a misturar a pintura mais rapidamente, permite também economizar tinta. Fácil de usar graças à sua pega ergonómica, o seu design melhorado, em forma de “Z”, e os seus buracos de formato exclusivo, garantem uma mistura perfeita. Com este inovador desenho, é possível realizar uma mistura 30% mais rápida, aumentando para quase 40% no caso de pinturas metalizadas.
ColorSpot da Spies Hecker melhora identificação A fim de melhorar a identificação da cor, a Spies Hecker disponibiliza aos pintores uma nova lâmpada de luz natural com tecnologia LED. Através da simulação de diferentes condições e intensidades de luz, a nova lâmpada pode ajudar os pintores a identificar desvios na correspondência de cor em tintas sólidas e de efeitos. O ColorSpot pode ser utilizado em praticamente qualquer processo de pintura, desde a comparação através de amostras de cores ou painéis, até à avaliação de defeitos e à verificação de partículas de pó em superfícies recém-pintadas. A intensidade dos LED’s economizadores de energia, pode ser configurada em três diferentes níveis.
Aparelho em spray Standox pode ser preto e branco A Standox está a ampliar a sua gama de produtos em spray. O Standox Spray Max 1K Primário Aparelho U3010, que já está presente no mercado em tons de cinza claro e escuro, passa, agora, a estar disponível também em preto e branco. A tecnologia SprayMax torna possível obter resultados semelhantes aos de uma pistola de pintura, graças a diversas inovações patenteadas, incluindo a nova formulação de pulverização e a válvula, que fornece uma atomização de jato amplo garantindo uma espessura uniforme da película. A vantagem prática deste spray nas cores preto e branco, é que estes são ideais para aplicações de retoque em veículos pintados com cores muito escuras ou muito claras, sendo que estas se encontram, atualmente, no topo das preferências dos compradores de veículos novos. O produto em spray permite que os profissionais das oficinas reparem, de forma rápida e rentável, sem necessidade de utilizar pressão de ar ou pistola de pulverização, pequenas áreas de pintura danificada ou pequenas áreas de chapa nua. A tecnologia SprayMax proporciona uma pressão constante do atomizador, o que se traduz num caudal de saída de produto significativamente superior à das latas em spray tradicionais. E a pressão permanece constante até a lata estar completamente vazia. Outro benefício da tecnologia SprayMax é poder ser utilizado para atomizar produtos de dois componentes.
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Técnica & Serviço
Colaboração
EPS - Electric Power Steering
Negócio em crescimento › Devido ao aumento dos veículos equipados com sistema EPS, o mercado de manutenção e reparação deste componente estará em alta durante os próximos anos, gerando novos negócios para as oficinas Por: Carlos Panzieri, Consultor Aftermarket
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s sistemas de direção assistida desenvolvidos até hoje, embora funcionem bem, sempre apresentaram algum defeito de projeto, de construção ou de afinação, o que deu origem a garantias, substituições, reparações e a um mercado formado por empresas especializadas em bancos de ensaio, peças de substituição, na revisão e na distribuição do produto. E, por último, a um mercado enorme, que ninguém esperava. Olhando para o futuro, os estudos de preveem que, devido a uma diminuição dos veículos equipados com direção hidráulica, o mercado de reparação deste componente diminuirá ligeiramente. Mas não desaparecerá totalmente, pois as viaturas de turismo de alta gama, os SUV, os todo-o-terreno, as carrinhas, os camiões e os autocarros continuarão a utilizá-la. Devido ao aumento dos veículos com sistema EPS, o mercado de reparação deste componente estará em alta durante vários anos. O complexo mercado de reparação dos dois componentes continuará a aumentar, tal como tem acontecido até ao momento. De um país para outro, as coisas podem mudar quantitativamente, mas não qualitativamente, no sentido em que as mudanças ocorrerão mais tarde ou mais cedo, com maior ou menor importância, mas a essência continuará a ser a mesma. Por exemplo, num mercado como o italiano, caracterizado por uma elevadíssima presença de veículos pequenos, dotados de sistema EPS, os acontecimentos precipitaram-se e o negócio de manutenção doe sistemas EPS assumiu dimensões inesperadas. Na Alemanha, onde muitos modelos de última geração estão dotados do sistema R&P EPS, devido à chuva frequente e ao sal, terá lugar dentro de
(Fig. 1) Esquema de EHPS Fevereiro I 2016
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As oficinas terão de adaptar-se a uma nova geração de sistemas EPS
No futuro, o mercado da reparação de veículos com direção hidráulica diminuirá, mas não desaparecerá totalmente pouco tempo um grande negócio que já captou a atenção de empresas italianas e polacas. Mercados como a Rússia ou os EUA, dotados de um parque automóvel muito envelhecido ou com veículos muito pesados, serão mais conservadores. E aí o mercado da manutenção de sistemas EPS irá desenvolver-se mais lentamente... Em Portugal, onde a venda de veículos novos se mantém baixa, os pequenos modelos citadinos não se renovam, pelo que terão necessidade de reparações. E, de facto, deram lugar a um mercado cada vez mais interessante, no qual quem ficar de fora, hoje, terá perdido um negócio amanhã.
■ DIREÇÃO ASSISTIDA TRADICIONAL A direção tradicional hidráulica é formada por uma bomba rotativa de palhetas arrastada por uma correia, que põe em pressão o óleo que aciona a cremalheira (veículos de turismo) ou a caixa da direção (viaturas de grandes dimensões, todo-o-terreno, carrinhas e camiões). A direção hidráulica é um sistema que funciona muito bem, mas que apresenta alguns defeitos. Ou, pelo menos, alguns pontos melhoráveis: 1 - A bomba não deixa de trabalhar, inclusivamente quando não é necessária, pelo que gera um desperdício de energia e consumo; 2 - Os tubos do óleo dificultam o design do capot; 3 - Pode gerar zumbidos incómodos; 4 - Pode ter falhas devido à água ou ao sal. ■ SISTEMA ELETROHIDRÁULICO O primeiro passo para uma direção elétrica foi a substituição da bomba de
(Fig. 2) A direção hidáulica acusa defeitos
palhetas movida pela correia, por uma bomba elétrica, sistema geralmente designado pelo acrónimo EHPS, ou seja, Electro-Hydraulic Power Steering. As vantagens são: 1 - Pode colocar-se a bomba em qualquer sítio, inclusivamente atrás do para-choques, o que, de facto, acontece em alguns automóveis; 2 - A bomba trabalha – pelo que gasta corrente – apenas quando é necessário, diminuindo os consumos. A EHPS (Figuras 1 e 2) é formada por uma
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(Fig. 3) Sistema de controlo eletrónico
CPU (pequeno computador) que recebe três dados: 1. A velocidade de rotação do motor; 2. A velocidade do veículo; 3. A velocidade de rotação do volante (que chega através de um sensor). Os dados são elaborados segundo os esquemas predefinidos pelo construtor e em função das combinações dos parâmetros a bomba utiliza mais ou menos corrente, pelo que presta mais ou menos assistência à direção. De facto, quando as velocidades do veículo e do motor são baixas e a velocidade de viragem do volante é elevada, é porque o condutor está a estacionar, pelo que é necessária a máxima assistência. Se todos os valores são elevados em simultâneo (velocidade do veículo, do motor e de viragem do volante), provavelmente, é porque o veículo está a descrever uma curva apertada, pelo que a assistência tem de continuar a ser elevada, mas não tanto como no estacionamento. Se, pelo contrário,
69 a velocidade do veículo for muito elevada, a do motor considerável e a da direção praticamente nula, então, é porque o veículo circula numa autoestrada e a assistência tem de diminuir para aumentar a precisão da direção. Obviamente, para além do sistema de regulação, é necessário um sistema de controlo para estarmos seguros que o veículo responde da forma pretendida. E isso consegue-se graças à eletrónica (Fig. 3), que permite que o sistema controle os parâmetros de funcionamento e comunique com os outros componentes do veículo. A bomba aciona mais ou menos óleo, com maior ou menor pressão, que vai para a cremalheira. Quanto ao resto, nada muda. O grupo bomba (Fig. 4) é formado por um motor, uma centralina, a bomba em si mesma, o depósito de óleo e as respetivas tomadas de entrada e saída. Eis alguns exemplos de veículos equipados com EHPS: Audi A2 e A3; vários BMW; Citroën Saxo, C4, C5, C8, Picasso e Jumpy; Dacia Logan; Fiat Scudo, Ulysse e Croma; Ford Fiesta, Fusion, Focus, C-Max, S-Max e Galaxy; Lancia Phedra; Mercedes-Benz Classe A; Mini Cooper; Opel Astra G e H, Vectra e Signum; Peugeot 106, 205, 206, 307, 308, 407, 807, Partner e Expert; Renault Clio e Kangoo; Volvo C30, S40, V50, S70. Para além de outros veículos de grande “difusão” que vemos todos os dias a circular.
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(Fig. 4) Esquema de motor elétrico
■ SISTEMA EPS O primeiro tipo de direção eletricamente assistida e, portanto, sem qualquer tipo de bomba ou circuito oleodinâmico, é o EPS-C ou de coluna, como os adotados por Dahiatsu Cuore, Fiat 500, 600, Panda, Idea, Punto 188, Grande Punto, Stilo e Bravo, Lancia Y e Musa, Nissan Micra, Opel Meriva, Renault Modus I, Modus II, Modus III, Megane II, Megane III, Scénic e Clio II, Toyota Yaris, Corolla e Prius. Entre muitos mais modelos de automóveis. O sistema EPS é um único grupo de componentes situados em redor do eixo de direção e é constituído pelos elementos da Fig. 5. A lógica de funcionamento (Fig. 6) é parecida com a do sistema EHPS,
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Técnica & Serviço
(Fig. 5) Essência de um sistema EPS
com a diferença que a leitura da velocidade de rotação do volante é substituída pela leitura da posição (ângulo) da direção e do binário com o qual é acionada. E que a corrente, em vez de ir para a bomba, vai para um motor elétrico. Que, por seu turno, através de um redutor presta assistência à direção. As principais vantagens do sistema EPS são as seguintes: 1 - Redução do peso do veículo em cerca de 35 kg; 2 - Uma poupança de energia de 90%; 3 - Eliminação dos tubos e tomadas de óleo; 4 - Simplificação da instalação do sistema da direção assistida na cadeia de montagem; 5 - Todos os componentes estão situados no interior do habitáculo, ficando protegidos das intempéries. ■ R&P EPS Outro tipo de sistema EPS que existe é o Rack&Pinion EPS (ou EPS Rack), que
se distingue do precedente pelo facto de o motor e o sensor se encontrarem em redor da própria cremalheira, podendo ser de dentado simples ou parafuso sem-fim (Fig. 7), ou de dentado duplo (Fig. 8). A vantagem do R&P EPS é que, ao colocar o motor perto da cremalheira, os componentes que transmitem o movimento e o binário do volante à cremalheira são submetidos apenas à força do automobilista e não à do motor, pelo que se desgastam menos. Em contrapartida, precisa de um motor muito mais potente e todos os componentes voltam a estar expostos às intempéries, o que se revela muito prejudicial. A lógica de funcionamento é idêntica à do sistema EPS (Fig. 5). As principais aplicações do sistema R&P EPS são os seguintes: Citroën C2, C3 e C3 Picasso, Honda Civic VII, Mitsubishi Colt, Peugeot 207 e 207 II, smart forfour e Volkswagen Golf VI e VII. Na imagem (Fig. 9), podem ser observados os três sistemas.
(Fig. 7) Sistema EPS de dentado simples
(Fig. 9) Três diferentes tipos de EPS
(Fig. 6) Modo de atuação de um EPS Fevereiro I 2016
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(Fig. 8) Sistema EPS de dentado duplo www.jornaldasoficinas.com
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Curso Superior de Perito de Seguros de Automóveis Um título cada vez mais procurado pelas oficinas de reparação
As oficinas de reparação de automóveis cada vez são mais conscientes da necessidade de controlar os custos e tempos de trabalho das suas reparações para fazer estimativas prévias sobre o valor definitivo.
Por essa razão, as oficinas procuram um perfil de trabalhador que tenha conhecimentos sobre a aplicação dos diferentes tipos de tabela de reparação e pintura que existem no mercado, das diferentes ferramentas de ajuda à peritagem (Audatex, GT Estimate e Eurotax), e que também seja capaz de argumentar com os peritos das companhias a partir de uma mesma base de conhecimento sobre o processo de avaliação.
Com o curso de Perito de Seguros do Centro Zaragoza, os alunos adquirem os conhecimentos necessários para desenvolverem estas funções. Capacitamos os nossos alunos para lhes oferecer uma sólida oportunidade com que aceder ao mercado laboral ou melhorar a sua situação profissional.
Matrícula aberta Calendário e horários: Promoção: PS53 De 7 de março de 2016 a 10 de junho de 2016 Fase Online: De 7 de março a 6 de abril de 2016 Fase Presencial: De 7 de abril a 10 de junho de 2016 Horário de 8:15h. a 15:00h.
Informação e inscrições Tel. +34 976 549 690 Fax. +34 976 615 679 cursos@centro-zaragoza.com www.centro-zaragoza.com
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Dpto. de Formação Ctra. Nacional, 232, Km 273 50690 Pedrola (Zaragoza) ESPAÑA
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Técnica & Serviço
Data de entrega do veículo
A agenda da oficina
Colaboração
CESVIMAP
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› Quando um cliente deixa o seu veículo numa oficina, pergunta sempre quando poderá levantá-lo. O estabelecimento da data de entrega constitui o primeiro passo para a organização do processo produtivo da oficina. Que conduzirá à satisfação do cliente
É
o rececionista que, habitualmente, atende o cliente e preenche a folha de obra, pelo que deve determinar os dias que, em condições normais, são necessários para reparar o veículo. É necessário ter em conta a estadia total do veículo na oficina, desde o momento em que o cliente o deixa até ao momento em que ele o recolhe. O ideal seria que, desde a entrada na oficina, os trabalhos na viatura ocorressem sem interrupções. Mas a realidade não é esta.
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cer a permanência na oficina, uma vez que considera os tempos fixos e, também, os de espera. Cada oficina tem o seu próprio rácio de estadia, que é calculado para longos períodos de tempo. O ideal seria um rácio valor 1, já que significaria que não existem tempos não produtivos. Este valor é, obviamente, inalcançável, mas é importante estar o mais próximo pos-
PINTURA
CARROÇARIA
TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
Entrega ao cliente
SEGUNDA
Aplicação de acabamento
SEXTA-FEIRA
Preparação de fundos
QUINTA-FEIRA
TEMPO DE ESTADIA 33 HORAS
Acondicinamento da carroçaria Acondicinamento da pintura
TEMPO DE TRABALHO 11 HORAS
Montagem da carroçaria Montagem de mecânica
■ RÁCIO DE ESTADIA Existe um rácio fundamental para calcular a permanência de veículos na oficina: “rácio de estadia”, que relaciona os tempos produtivos com os dias de estadia. Este rácio permite a partir dos tempos indicados na peritagem, conhe-
Desmontagem de mecânica
cânica, carroçaria e pintura). Estes últimos são os que originam os ‘stocks de segurança’. Se analisarmos bem o fluxo dos veículos numa oficina de carroçaria e pintura, vemos que, antes da entrada em cada área, há uma acumulação de veículos que esperam até que exista disponibilidade de recursos (pessoal e equipamento). Para que a oficina funcione bem, a velocidade de produção de todas as áreas deveria ser igual. Na prática, isto não acontece. Para absorver estas diferenças, são estabelecidos stocks de segurança. Estes stocks são gerados para manter sempre uma carga de trabalho
de reserva, para que nunca haja uma paragem por falta de trabalho.
Desmontagem da carroçaria Reparação/Substituição
■ PRODUTIVOS E NÃO PRODUTIVOS Há momentos nos quais se trabalha sobre o veículo a reparar, que configuram os tempos produtivos. E outros nos quais não: os tempos não produtivos. Os não produtivos variam em cada oficina e, em função da sua natureza, podem ser agrupados em tempos fixos e tempos de espera. Os tempos fixos englobam, entre outros, os de atendimento ao cliente e controlo de qualidade. Os tempos de espera ocorrem enquanto se recebe a peritagem ou as peças de substituição. Ou, dentro do processo produtivo, a entrada em cada área da oficina (me-
A gestão das peças de substituição, a planificação da oficina ou as prioridades do clientes, têm influência na paragem do veículo
Entrada do veículo
■ INFLUÊNCIA DO TEMPO DE ESTADIA Os dias de estadia na oficina vão depender da intensidade dos danos (horas faturadas). Contudo, adicionalmente, existem diferentes fatores que influenciam o período de paragem. Têm especial relevância os seguintes: - Gestão das peças de substituição: a respetiva aquisição pode ser realizada quando o veículo entra na oficina ou antes. - Capacidade de produção: relacionado diretamente com os recursos técnicos e humanos da oficina (número de funcionários, cabines e dotação dos postos de trabalho, entre outros). - Planificação da oficina: como são organizados os recursos para obter o máximo rendimento. - Prioridade do cliente: quando a carga de trabalho é elevada a oficina estabelece prioridades em função do tipo de cliente. - Imponderáveis: baixas laborais, falhas no fornecimento de peças de substituição, avarias em equipamentos e instalações, entre outros.
MECÂNICA
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O rácio de estadia é fundamental para calcular a permanência dos veículos na oficina
sível do mesmo, visto que somente o tempo produtivo é faturado. Trabalhar para o máximo, portanto. Mesmo que se saiba de antemão que não será possível alcançá-lo. ■ ESTABELECER DATA DE ENTREGA Para estabelecer a data de entrega é necessário conhecer o tempo produtivo estimado (tempo avaliado), os tempos não produtivos (rácio de estadia) e a carga de trabalho da oficina (recursos humanos e técnicos disponíveis). O rececionista deve estar capacitado para calcular a data de entrega, para
que, de acordo com as necessidades do cliente, possa indicar a data de receção e entrega que melhor se ajuste às necessidades do cliente e que minimize o tempo de estadia do veículo na oficina. Obviamente, a data de entrega é uma estimativa em função das circunstâncias da oficina. Pode ser mais ou menos acertada, mas é muito recomendável que este cálculo seja efetuado com a maior exatidão possível, visto que, na medida em que a estimativa for cumprida, a sensação de profissionalismo percecionada pelo cliente irá aumentar. O que trará ao negócio maior credibilidade.
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Mundo Automóvel
Jaguar XE 2.0d Aut. Prestige AVALIAÇÃO obrigatória
Entre o céu e a terra › Ao volante da nova berlina desportiva compacta da Jaguar, cujo nome é composto pelas 5.ª e 22.ª letras do alfabeto português, sentimo-nos entre o céu e a terra. Pelo desempenho dinâmico apurado, pelas boas prestações do novo motor Ingenium de 180 cv, pela elevada qualidade geral e pelo facto de fugir à vulgaridade Por: Bruno Castanheira
D
istinto, elegante, exclusivo. O XE assinala o regresso da Jaguar ao concorrido segmento dos familiares médios, substituindo, em termos de posicionamento, o vetusto X-Type. Há mais de uma década que a marca britânica estava, por isso, “carente” de uma proposta que ombreasse com os modelos alemães que militam no segmento D. Com o XE, a Jaguar afirma ter redefinido o conceito de berlina des-
Equipado com distribuição variável, o motor Ingenium oferece 180 cv e inclui sistema de refrigeração dividida Fevereiro I 2016
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portiva. O sistema de tração traseira, a construção avançada de peso reduzido, o design aerodinâmico, o interior luxuoso e os níveis excecionais de requinte e comportamento, refletem a visão do fundador da empresa, Sir William Lyons. A quem é imputada uma das mais curiosas afirmações que conhecemos: “Um veículo é o mais próximo a algo com vida que jamais conseguiremos criar”. Tratando-se do XE, faz todo o sentido.
A suspensão traseira aposta na solução Integral Link em vez do esquema multibraço
■ POSE DE FELINO Ainda que o branco ”Polaris” que reveste a carroçaria e as opcionais jantes “Matrix Silver” de 18”, com sete raios duplos (€639), contribuam para o elevado apelo deste Jaguar, a verdade é que, na sua essência, este automóvel premium exibe uma pose de felino. Quem o desenhou? Ian Callum, claro. Os elementos mais interessantes residem na imponente grelha escura envolvida por friso cromado e nas luzes de circulação diurna em “J”. Aos quais se juntam os indicadores de mudança de direção aplicados na base dos retrovisores, as molduras cromadas dos vidros e as “guelras” laterais cromadas. O único apontamento alusivo à versão aqui em análise está colocado na traseira: sigla 2.0d. Constituído por uma elevada percentagem de alumínio (75%), o XE é o primeiro modelo desenvolvido com base na nova arquitetura modular da Jaguar Land Rover. Esta estrutura avançada, que servirá de base a diferentes modelos de diversos segmentos, foi desenvolvida para utilizar uma combinação mais inteligente de materiais, incluindo alumínio, aço de alta
resistência e magnésio, proporcionando flexibilidade de produção. Por dentro, o XE seduz em todos os domínios. Desde logo, pela elevada qualidade de construção, graças ao materiais, acabamentos e montagem de grande nível. Depois, pelo design desportivo, sendo os detalhes mais marcantes o volante de três raios e o comando circular em alumínio da caixa automática. Ao amplo espaço disponível para ocupantes e bagagem, junta-se o posto de condução ergonómico, versátil e confortável. E como sempre acontece com os veículos que nos são cedidos para ensaio, também o XE aqui presente, que dispõe do nível de equipamento Prestige, conta com uma panóplia de extras. Destacamos os seguintes: sistema de reconhecimento de sinais de trânsito (€269), sistema de áudio Meridian com 10 altifalantes e subwoofer, totalizando 380 W (€521), teto panorâmico com painel interior elétrico (€1.260), cruise control adaptativo com sistema de segurança a baixa velocidade e travão de emergência inteligente (€1.261), visor head up (€1.093) e sistema InControl Connect (€702). E a lista continua...
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4 cilindros em linha Diesel, longitudinal, dianteiro Cilindrada (cc) 1999 Diâmetro x curso (mm) 83,0x92,4 Taxa de compressão 15,5:1 Potência máxima (cv/rpm) 180/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 430/1750-2500 2 v.e.c., 16 válvulas Distribuição Alimentação injeção direta common rail Sobrealimentação turbo VTG + intercooler TRANSMISSÃO Tração Caixa de velocidades
Constituído por uma elevada percentagem de alumínio (75%), o XE é o primeiro modelo desenvolvido com base na nova arquitetura modular da Jaguar Land Rover, que servirá de base a diferentes automóveis de diversos segmentos
■ GARRAS AFIADAS Das 21 versões disponíveis para o XE, uma das mais interessantes é a 2.0d de 180 cv. Que, aqui, surge associada à especificação Prestige e à caixa automática ZF de oito velocidades. Dotado de tração traseira, o XE é o primeiro Jaguar a utilizar direção assistida elétrica (EPAS), que disponibiliza uma capacidade de resposta imediata e uma sensação de controlo. Além disso, permite reduzir em 2% as emissões de CO2. Por seu turno, o novo motor Ingenium oferece prestações muito boas e consumos comedidos. Equipado com injeção common rail, cuja pressão máxima ascende a 1.800 bar, o bloco Diesel de 2,0 litros que anima este Jaguar dispõe de distribuição variável. O sistema de refrigeração dividida, o controlo preciso do termóstato e a bomba de água mecânica variável, permitem manter o líquido de refrigeração no bloco e, simultaneamente, manter a circulação em canais transversais na cabeça. Desta forma, o motor atinge a temperatura normal de funcionamento mais rapidamente, reduzindo a fricção e, consequentemente, o consumo de combustível. E para que as emissões de NOx não excedam os limites estabele-
cidos pela norma Euro 6, o motor conta com tecnologia de pós-tratamento de gases de escape (sistema de redução catalítica seletiva ou SCR). O desempenho dinâmico de elevado gabarito do XE, que conjuga precisão, conforto e envolvência, deve-se ao chassis. À rigidez da geometria de sopé foi dada particular atenção. Esta característica - a resistência à carga lateral em curva - tem uma importância crucial para proporcionar sensibilidade, qualidade e precisão. Para manter a massa não suspensa no mínimo, as mangas de eixo dianteiras em alumínio foram produzidas a partir de componentes fundidos através de um processo patenteado. Da mesma forma, foi conseguida uma redução adicional de peso graças às barras estabilizadoras e molas produzidas em aço mais rígido e de secção inferior. Quanto à suspensão traseira, aposta na solução Integral Link em vez do esquema multibraço. Os travões eficazes, os pneus Dunlop Sport Maxx e a rapidez de atuação da caixa automática contribuem, também, para o elevado prazer de condução. Para fugir à vulgaridade das propostas alemãs, o XE é a opção certa. Até porque pedigree não lhe falta.
traseira com DSC automática de 8+ma
DIREÇÃO Tipo pinhão e cremalheira sim (elétrica) Assistência Diâmetro de viragem (m) 11,3 TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS
discos ventilados (316) discos maciços (300) sim, com EBD+EBA+Hill Start Assist
SUSPENSÕES Dianteira triângulos duplos sobrepostos Traseira integral link Barra estab. frente/trás sim/sim PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 230 0-100 km/h (s) 7,8 CONSUMOS (l/100 km) Extra-urb./Comb./Urb. 3,7/4,2/5,0 Emissões de CO2 (g/km) 109 Nível de emissões Euro 6 DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES Cx 0,26 Comprimento/largura/altura (mm) 4672/1850/1416 Distância entre eixos (mm) 2835 Largura de vias frente/trás (mm) 1607/1608 Capacidade do depósito (l) 56 Capacidade da mala (l) 450 Peso (kg) 1565 Relação peso/potência (kg/cv) 8,7 Jantes de série 7Jx17” Pneus de série 205/55R17 Pneus teste Dunlop Sport Maxx, 225/45R18 95Y XL GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão
3 anos sem limite km 3 anos 6 anos
ASSISTÊNCIA 1.ª revisão 34.000 km ou 1 vez cada 2 anos Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €321 Intervalos 34.000 km ou 1 vez cada 2 anos
Bem construído, elegante e funcional, o interior do XE, na especificação Prestige, ainda para mais estando esta unidade carregada de extras, num total de €12.206, convence em todos os domínios. O posto de condução é ótimo www.jornaldasoficinas.com
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Preço (s/ despesas) Unidade testada: Imposto Único Circulação (IUC)
€48.887 €61.093 €190,77 Fevereiro I 2016
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Lamborghini estabeleceu recorde de vendas Sendo uma marca de culto que faz parte do imaginário de qualquer apaixonado por automóveis, a Lamborghini é sempre notícia. Nem que seja pelos seus resultados comerciais. Com 3.245 unidades vendidas em 2015, a marca de Sant’Agata Bolognese ultrapassou,
pela primeira vez, a fasquia das 3.000 unidades, alcançando um novo marco não só para as vendas como, também, para a marca e produtos. Com 135 concessionários espalhados por 50 países, as vendas mundiais aumentaram de 2.530 para 3.245 unidades no ano
transato. O que se traduziu num crescimento de 28% face ao ano anterior. E conduziu a um resultado 2,5 vezes superior comparativamente ao ano de 2010. A Lamborghini deve ao Huracán LP 610-4 grande parte do sucesso que alcançou. No primeiro ano com-
pleto de comercialização, foram vendidas 2.242 unidades deste modelo. Nos primeiros 18 meses após a sua introdução no mercado, as vendas registaram um aumento de 70% em relação ao modelo antecessor, o Gallardo, no mesmo período.
Opel lança reedição do Corsa GT As diferenças do novo Corsa GT para o antigo são substanciais, mas o espírito de há 30 anos, esse, mantém-se, bem como o prazer de conduzir. Quem o afirma é a Opel. Exatamente como o Corsa GT da década de 1980, que tanto
sucesso alcançou, o novo Corsa GT que a Opel lança em Portugal é um pequeno desportivo acessível, muito bem equipado, económico, com performances de respeito e um visual a condizer. Tal como há três décadas, o novo
Corsa GT está disponível com carroçaria de três portas mas, no que diz respeito a motores, a oferta alarga-se. Além do novo tricilíndrico 1.0 Turbo de injeção direta com 115 cv, é possível optar, também, pelos 1.4 Turbo com 150 cv e 1.3 CDTI com 95 cv. Esta nova versão conta com equipamento específico. No exterior, sobressaem os spoilers dianteiro e traseiro, as minissaias laterais e as jantes de 17” com desenho exclusivo. A grelha dianteira é de cor negra e a barra que integra o logótipo da Opel, bem como as capas dos retrovisores, sugerem o revestimento de carbono. Os preços do novo Corsa GT são €16.890, €20.090 e €20.290 para 1.0 Turbo, 1.4 Turbo e 1.3 CDTI, respetivamente.
Novo Audi A4 allroad chega no verão Apresentada, mundialmente, no Salão de Detroit, a segunda geração da A4 allroad começará a ser vendida em Portugal no próximo verão. Equipada com tração quattro e dotada de uma altura ao solo aumentada em 34 mm face à A4 Avant, esta variante aposta numa imagem aventureira, graças, também, aos acabamentos prateados introduzidos na proteção inferior dianteira e no difusor traseiro. Na frente, os faróis recortados, as entradas de ar específicas e a grelha “singleframe” realçam o ar desportivo desta carrinha. As barras de tejadilho mais elevadas e as siglas allroad completam o visual apelativo. No que aos motores diz respeito, a oferta reparte-se entre opções TFSI e TDI, com um leque de potências que varia entre os 150 e os 272 cv. Em opção, a Audi propõe uma suspensão com controlo de amortecimento. O condutor pode escolher a sua configuração, bastando, para tal, pressionar o botão do Audi drive select, que conta com uma gama alargada de funções. Aos conhecidos modos “comfort”, “auto”, “dynamic”, “efficiency” e “individual”, junta-se o “offroad”. Os preços da nova A4 allroad ainda não foram revelados. Fevereiro I 2016
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Mercedes-Benz e smart em alta ● O ano passado será recordado
pela Mercedes-Benz como o melhor da sua história, em termos de vendas, em Portugal. Segundo revelou a marca alemã, em conferência de imprensa realizada no Palácio do Governador, em Belém, o crescimento em 2015 foi superior em 32% face a 2014. Um registo nacional de 7,6% que permitiu alcançar a maior quota de mercado a nível europeu (exceção feita à Alemanha). O principal responsável pelo volume de vendas da Mercedes-Benz foi o novo Classe A, com 4.303 unidades comercializadas durante o ano transato. O balanço da smart em solo português também foi “extremamente positivo, em 2015”, segundo palavras dos responsáveis da marca. Ao todo, foram vendidas 2.597 unidades desta marca pertença da Daimler no mercado nacional, o que representou uma taxa de crescimento na ordem dos 80% e traduziu-se numa quota de mercado superior em 1,5% face à registada em 2014.
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EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado
Por: Jorge Flores
Audi A1 SB 1.6 TDI S tronic
Seat Ibiza SC 1.4 TSI FR
Mercedes-Benz C 180d Station
DS 5 2.0 BlueHDi Sport Chic
● O novo A1 é uma cartada segura para
● O Seat Ibiza foi alvo de um facelift e
● Com 116 cv, constantes entre as 3000
● A introdução da versão BlueHDi de
a Audi. Um modelo com credenciais firmadas por mérito próprio e com um público fiel. Daí que, sempre que a marca germânica renova este modelo, o segredo, está em, esteticamente, não mudar nada de essencial. Por fora, encontram-se detalhes que procuram rejuvenescer as suas linhas. Nada mais. No habitáculo, continua a ser espaçoso q.b. e com vários detalhes de qualidade germânica. Sempre irrepreensíveis. O tablier arqueado na horizontal representa a asa de um avião e os quatro difusores de ar inspiram-se nas turbinas dos motores a jato. Também o painel de instrumentos está mais apelativo e intuitivo. Na essência deste ensaio está a adoção do motor 1.6 TDI de 116 cv. Uma versão que ganhou um sistema de suspensão otimizado, de forma a garantir níveis de conforto em regimes de condução mais elevados. Com 116 cv às 3500 rpm e um binário máximo de 250 Nm às 1500 rpm, o A1 Sportback tem pulmão para vários tipos de condução. Da mais calma à mais desportiva. A caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades (S tronic) é uma fiel companheira das manobras de aceleração e recuperação, interpretando com inteligência e rapidez todas as situações.
está, por esse motivo, mais arrojado do que nunca. Foram vários os pontos redesenhados. As óticas dianteiras com luzes de circulação diurna de LED e as jantes de 17’’ com novo desenho, conferem ao modelo espanhol um visual bem mais atual. No interior, pode dizer-se, sem mentir, que se trata de um Ibiza com ares de Leon, já que herdou deste a tecnologia MirroLink, um sistema que permite
e as 4600 rpm, a C 180d Station é a versão mais acessível da gama. Isto no que à variante carrinha diz respeito, claro. Um motor escolhido (ou encolhido, se quisermos) a pensar em factos. Melhor, em números: desde o preço, pouco mais de €40.000, passando pelos consumos, significativamente baixos, com uma média combinada na ordem dos 3,8 l/100 km. E, por fim, o das vendas, claro está, que a marca germânica espera alcançar com este posicionamento. Aposta arriscada? Ou, antes pelo contrário, uma jogada de génio? Talvez uma e outra. O conjunto está mais leve e mais aerodinâmico, com umas linhas fluidas, ajudando a incorporar um motor mais pequeno como este que equipa esta C 180d. Mas a verdade é que, por mais estranho que pareça conduzir um “C” com uma cilindrada de 1598 cc, em matéria de comportamento, não se registam fragilidades de maior, cumprindo em vários registos, sempre bem apoiado pela caixa manual de seis velocidades, agradável de manusear bem escalonada.
2,0 litros na gama do DS5 é um pretexto mais do que suficiente para voltar a privar com este modelo da marca francesa, que ganhou existência própria, à margem da Citroën. Para mais, quando animado pelo motor Diesel 2.0 de 180 cv, apoiado pela nova caixa automática de velocida-
Jogada segura
Raça apurada
operar os smartphones e Apps através do sistema de infoentretenimento com ecrã tátil. A versão ensaiada, Ibiza 1.4 TSI ACT FR, com gestão ativa dos cilindros e 150 cv de potência entre as 5000 e as 6000 rotações, que anuncia uma binário máximo de 250 Nm entre as 1500 e as 3500 rpm, é um modelo competente para proporcionar bons momentos de condução. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 7,6 segundos e consome, em regime combinado, segundo valores da marca, 4,8 l/100 km. De modo a lidar com a potência “extra”, nesta variante, as molas, as barras estabilizadoras e os amortecedores foram recalibrados. Outra coisa não seria de esperar, tratando-se da eficaz e irreverente especificação FR. Em matéria de segurança, o destaque vai para o novo sistema de deteção de fadiga do condutor e para a introdução da travagem automática pós-colisão. Tudo embalado por uma carroçaria de três portas (SC) cheia de estilo e agressividade.
“C” de contida
Demora um pouco mais nas acelerações (11,5 segundos para cumprir os 0-100 km/h), sim, mas, quando alcança uma velocidade estável, é quando melhor se desfruta desta unidade “racional” do grupo alemão. Depois, o conforto elevado e a precisão dinâmica fazem o resto.
Sintonia perfeita
des. Uma associação de sucesso já com folha de serviços em outros modelos do grupo e, aqui, comprova, uma vez mais, as suas virtudes. Pelo facto de ter ganho um sistema de pós-tratamento de gases de escape, mais evoluído, e de ter reduzido o seu peso com recurso a materiais mais leves, nesta evolução, o motor BlueHDi cumpre as normas Euro 6 e debita 180 cv às 3750 rpm, anunciando um binário máximo de 400 Nm às 2000 rpm. Na estrada, a combinação entre o motor e a transmissão automática revela uma grande sintonia. Suave, silencioso e progressivo, permite uma condução enérgica, sobretudo, no modo Sport. A inexistência de patilhas no volante impede de alcançar outros níveis de adrenalina, diga-se. O DS5 é um modelo de personalidade vincada. Desde as suas linhas exteriores, marcadas por uma filosofia Sport Chic (nome da versão ensaiada, por sinal) e reformuladas no ano transato, até ao habitáculo semelhante a um cockpit, com lugar para quatro pessoas, e uma visibilidade, reconheçamos, algo reduzida. Mas tudo pautado por um ambiente confortável, com materiais de qualidade, e repleto de equipamento. O preço final reflete tudo isso.
Audi A1 Sportback 1.6 TDI S tronic
Seat Ibiza SC 1.4 TSI FR
Mercedes-Benz C 180d Station
DS 5 2.0 BlueHDi Sport Chic
MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1598 Potência máxima (cv/rpm) 116/3500-4000 Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3250 Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 9,5 Consumo combinado (l/100 km) 3,7 Emissões de CO2 (g/km) 97
MOTOR 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1395 Potência máxima (cv/rpm) 150/5000-6000 Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3500 Velocidade máxima (km/h) 220 0-100 km/h (s) 7,6 Consumo combinado (l/100 km) 4,8 Emissões de CO2 (g/km) 112
MOTOR 4 cil. linha, Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1598 Potência máxima (cv/rpm) 116/3000-4600 Binário máximo (Nm/rpm) 280/1500-2800 Velocidade máxima (km/h) 201 0-100 km/h (s) 11,5 Consumo combinado (l/100 km) 3,8 Emissões de CO2 (g/km) 109
MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1997 Potência máxima (cv/rpm) 180/3750 Binário máximo (Nm/rpm) 400/2000 Velocidade máxima (km/h) 220 0-100 km/h (s) 9,2 4,4 Consumo combinado (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) 114
Preço IUC
Preço IUC
Preço IUC
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€25.580 €124,33
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Mundo Automóvel
USO PROFISSIONAL Toyota e Grupo PSA em total sintonia
TRÊS EM UM
› A parceria assinada em 2012 entre a Toyota e o Grupo PSA, deu os primeiros frutos no final de 2015. O novo veículo comercial desenvolvido em conjunto está pronto e as primeiras versões (de passageiros), vão ser reveladas no Salão de Genebra, em março próximo. Para mais tarde, ficam as variantes comerciais
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epois da saída da Fiat da parceria que mantinha com o Grupo PSA e que produzia Citroën Jumpy, Peugeot Expert e Fiat Scudo, o grupo francês juntou-se à Toyota e lançou uma nova geração destes modelos em 2013. Nessa época, eram, basicamente, os mesmos modelos, os quais foram alvo de um restyling, trocando a Toyota com a Fiat. O Scudo “desapareceu” do trio, dando origem ao Proace, um modelo exatamente igual aos Expert e Jumpy mas com o símbolo da marca japonesa na grelha e no volante.
Por: José Silva
Para 2016, esta mesma parceria tem previsto o lançamento da nova geração de um modelo que origina três declinações. A apresentação está marcada para o Salão de Genebra, em março próximo, nas versões de passageiros e comercial. Curioso é o facto de os modelos franceses mudarem de nome, enquanto a Toyota mantém a designação Proace. O novo modelo, que utiliza uma nova plataforma, mais leve, terá a secção dianteira personalizada com o estilo de cada uma das marcas. E vai ser vendido
O novo Citroën Spacetourer estará disponível em versões Combi (uso particular) e Shuttle (tarefas profissionais). A gama será depois alargada com a variante furgão Fevereiro I 2016
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sob as designações Spacetourer (Citroën), Traveller (Peugeot) e Proace (Toyota). Esta nova gama, que deverá estar nos concessionários das marcas no final do primeiro trimestre deste ano, vai ser composta por versões Combi para uso particular, assim como variantes Shuttle, para utilização em tarefas profissionais. Progressivamente, a gama vai sendo complementada com versões de furgão fechado para carga, assim como carroçarias de seis lugares, que combinam carga e transporte de passageiros. O acordo vigente, que vai prolongar-se até 2020, vincula as três marcas no desenvolvimento de mais modelos no segmento dos veículos comerciais. Que devem ser produzidos, também, na fábrica de Sevelnord, que o Grupo PSA detém na localidade francesa de Valenciennes, onde eram produzidos os anteriores modelos. A Toyota participou no projeto com os custos de desenvolvimento e no investimento industrial destes modelos, que vão partilhar motores e equipamentos personalizados, de forma diferente por cada marca. Para já, não se conhecem mais informações sobre Spacetourer, Traveller e Proace. Nem as fotos dos interiores foram reveladas.
“Estes trigémeos serão apresentados em março próximo, no Salão de Genebra. Por enquanto, apenas se conhecem as suas formas exteriores”
Tirando a grelha e um ou outro detalhe, Spacetourer, Traveller e Proace partilham o mesmo ADN, fruto das sinergias
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