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Junho 2016 ANO XI 3 euros Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados
MESA REDONDA
Sexo forte do aftermarket P.66
BELRON
Reportagem sobre a final do concurso que trouxe a Portugal os 27 melhores especialistas mundiais na substituição de vidro automóvel P.26
TECNOLOGIA
A Internet é, hoje, uma presença indispensável nos automóveis P.62
AUTOZITÂNIA
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P.16
DEKRA
O líder mundial em centros de inspeções inaugurou a primeira unidade em Portugal e vai investir €15 milhões nos próximos anos P.74
TÉCNICA
As correntes de distribuição voltaram a estar na ordem do dia P.90
ENSAIO
Elegante e eficaz. Assim é o novo Mercedes-Benz C 250d Coupé
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A mudança de instalações é um forte sinal de vitalidade da empresa
Mulheres do setor. Num mundo dominado, tradicionalmente, pelos homens, as mulheres estão a conquistar o seu espaço. Trouxeram armas inovadoras ao aftermarket e contam com a maior sensibilidade da natureza feminina para uma liderança mais atenta. Mas, acima de tudo, garantem, está a competência P.6
filtros de partículas
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MERCADO 02
EDITORIAL
João Vieira Diretor
Oficina mais rentável e eficiente
Ganhar reputação
› A fim de conseguir uma maior rentabilidade e eficiência, a oficina deve prestar especial atenção a muitos aspetos, sem nunca esquecer que o cliente é a principal razão da sua existência
Emoções positivas Numa iniciativa inédita, o Jornal das Oficinas reuniu, numa Mesa Redonda, um grupo de sete mulheres com cargos de relevo no aftermarket nacional para saber o que pensam do mercado em que trabalham e sobre a sua própria integração profissional numa atividade tradicionalmente liderada por homens. Durante uma manhã, ouvimos a opinião das sete participantes que escolheram trabalhar no setor do pós-venda automóvel. Quisemos saber no que diferem as estratégias que seguem e o que preveem para o futuro do aftermarket. Para além do conhecimento profundo do setor em toda a cadeia de valor, as participantes revelaram uma intuição muito especial para lidar com os mais diversos tipos de situações com que diariamente se deparam. E a maneira como conseguem resolver os problemas explica a razão porque são diferentes dos homens. Dentro da análise extremamente lúcida que as participantes fizeram do mercado, destaca-se a enorme pressão que se vive no setor, devido ao surgimento de novos operadores, com novas propostas e novas ambições. A crise financeira, os descontos sem regras, os novos conceitos de reparação e a má gestão das empresas, são outros dos fatores que mais afetam esta atividade. Nas intervenções escutadas na Mesa Redonda, a palavra qualidade foi uma constante, tanto para significar produto, como para classificar o serviço. Por outro lado, a comunicação é vista por todas como um factor-chave para o sucesso das empresas, porque só através da comunicação é possível estabelecer uma relação interativa com o cliente. Neste sentido, todas defendem uma maior aproximação das oficinas aos automobilistas que as visitam. Mas não é apenas o entrosamento dos distribuidores, marcas fabricantes de peças e oficinas que é importante. Está a sentir-se a falta de coordenação e cooperação, tática e estratégica, entre os próprios operadores, no sentido de atingirem os seus objetivos de alcançar o consumidor final. É aqui que o papel da mulher pode ser vital para o desenvolvimento das empresas, através da sua capacidade de diálogo e facilidade de relacionamento humano. ✱ Junho I 2016
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s tempos mudaram e a crise dos últimos anos também afetou as oficinas de mecânica. Atualmente, os consumidores estão melhor informados. A Internet permite-lhes aceder à informação que necessitam e podem comparar para encontrar a opção mais conveniente. Um dos objetivos que se deve perseguir numa oficina de mecânica é o aumento da rentabilidade, sem descurar a qualidade. A rentabilidade é melhorada desde que o veículo entra na oficina até depois do momento em que sai já reparado. Num negócio competitivo, há que encontrar a forma de marcar a diferença para que o cliente permaneça connosco. Neste novo contexto, no qual o cliente se torna, ainda mais, um fator
vital, podemos ter em conta algumas melhorias para conseguir uma maior rentabilidade na oficina. ■ ORGANIZAÇÃO EXEMPLAR Hoje em dia, a organização passa por uma excelente gestão. Para se conseguir esta gestão torna-se necessário, cada vez mais, contar com um sistema informático que permita gerir os tempos e os números. Um dos exemplos mais importantes consiste em estabelecer um sistema de marcação prévia, que evite esperas desnecessárias. Um bom sistema informático também permitirá saber com maior rigor o tempo aproximado de reparação, dado que será possível determinar quanto tempo, em média, implica cada operação.
É possível, inclusivamente, gerir o stock existente na oficina, para que não falte material ou peças sobresselentes nos momentos cruciais nem se acumulem excedentes desnecessários. Uma boa organização passa também pelo estabelecimento de um organigrama claro e definido. Embora na oficina deva existir sempre um ambiente de colaboração, há que ter consciência de quem se encarrega de cada coisa. A hierarquia permite que a tomada de decisões seja mais rápida e eficaz. A distribuição de tarefas também permitirá um funcionamento da oficina muito mais fluido. Uma vez definido o trabalho que compete a cada um, o passo seguinte consiste em delimitar as áreas de trabalho da
DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com | Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTORES DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com Rodolfo Faustino – rodolfo.faustino@apcomunicacao.com | IMAGEM – António Valente | MULTIMÉDIA – Catarina Gomes | ARTE – Hélio Falcão SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE – financeiro@apcomunicacao.com | PERIODICIDADE – Mensal ASSINATURAS – assinaturas@apcomunicacao.com | © Copyright – Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS Impressão – FIG, Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra Tel.: 239 499 922
N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03 Tiragem – 10.000 exemplares
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■ PUBLICIDADE E INTERNET Uma estratégia publicitária correta pode ser a diferença entre conseguir uma boa vantagem ou uma grande vantagem. Em muitos casos, é dispen-
■ POLÍTICA DE PREÇOS CORRETA Desde logo, um dos principais fatores a ter em conta para a rentabilidade da oficina é contar com preços que sejam competitivos e, simultaneamente, permitam uma margem de lucro equilibrada. Com uma gestão económica diária, é possível saber quando oferecer descontos ou promoções interessantes que atraiam novos clientes e manter satisfeitos os que já existem.
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■ CUIDAR DA IMAGEM Não se trata apenas da imagem física que a oficina se apresente de forma ordenada, mas sim da reputação da oficina. Um dos aspetos que merece maior atenção são as reclamações. Podem ser aproveitadas em dois sentidos: o primeiro, para reverter a opinião de um cliente insatisfeito; o segundo, para ver em que campos é possível melhorar. Uma reclamação não tem de ser considerada algo negativo. Utilizada a nosso favor, permitirá aumentar a rentabilidade através do aumento de prestígio.
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■ FERRAMENTAS EM ORDEM Outra das premissas que uma boa organização da oficina requer é a de que as ferramentas têm de estar corretamente armazenadas e identificadas.
SACHS é uma marca da ZF
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não há que poupar esforços na distribuição das mesmas. Por outro lado, os equipamentos da oficina têm de ter uma boa manutenção, pelo que, devem seguir as instruções do fabricante e ser programadas as revisões.
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oficina. Naturalmente, caso se disponha de espaço na oficina, também será conveniente separar a zona de receção da zona de trabalhos. A pintura, a soldadura e o lixamento, por exemplo, são, devido às suas peculiaridades, trabalhos especiais. A existência de uma zona dedicada a cada área também permitirá incluir na mesma os equipamentos necessários para a correta realização das tarefas. Estas zonas devem ser delimitadas com cartazes ou marcas no chão. As áreas de trabalho têm de estar limpas. É bom sinal se os espaços de trabalho forem limpos sempre que é concluída uma tarefa. Tal permite uma manutenção contínua e uma melhor organização da oficina. Nos trabalhos de limpeza, deve ser prestada especial atenção aos resíduos que possam prejudicar o meio ambiente. Muitos deles estão legalmente regulados. A oficina deve dispor dos recipientes apropriados para cada tipo de resíduo, com etiquetas ou placas coloridas que permitam a identificação dos mesmos. Para a recolha de óleos, massas lubrificantes e combustíveis é necessário utilizar recipientes apropriados ou depósitos. Para a eliminação destes resíduos, existem entidades gestoras autorizadas.
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Caso se adquira o bom hábito de as deixar no respetivo local após cada utilização, tal será muito útil. Além do mais, o empenho em organizar bem as ferramentas permitirá saber se existe necessidade de adquirir novas ou se, em alguns casos, até existe duplicidade. Assim também se reduzem custos. As ferramentas podem ser comuns ou individuais, pelo que não se deve descartar a utilização de etiquetas, de modo a poder-se localizar tudo o mais rapidamente possível. Seja em caixas de ferramentas, quadros de ferramentas, carros ou bolsas porta-ferramentas,
sada por ser cara ou por se considerar desnecessária. Mas uma imagem de marca e uma boa reputação começam por um processo de divulgação. E isto não apenas aos novos clientes, mas também aos já existentes. Estabelecer um contacto direto com os clientes, enviar-lhes, caso eles o permitam, promoções e informações sobre serviços, será uma boa ajuda. São muitas as medidas que se podem implementar para se conseguir aumentar a rentabilidade nas oficinas. Não fique para trás na corrida pela competitividade. ✱
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Mais informações em: www.jornaldasoficinas.com/melhormecatronico/
Destaque
Jornal das Of icinas
Parceria
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MELHOR
MECATRÓNICO Campanha anual
Mecatrónicos Automóvel em competição
Muita adesão e entusiasmo › O concurso “Melhor Mecatrónico”, integrado na Campanha 2016 do Jornal das Oficinas, está a ter uma grande adesão dos mecatrónicos automóvel, que têm respondido em elevado número aos questionários publicados no site desta iniciativa
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em sido uma agradável surpresa para a organização a forma entusiasta como muitos mecatrónicos no ativo estão a aderir a este concurso promovido pelo Jornal das Oficinas. Diariamente, recebemos respostas aos questionários que estão online no site da campanha e o nível de respostas certas é bastante elevado, o que comprova a competência e os conhecimentos dos participantes. Podemos, desde já, antever um elevado nível competitivo no Concurso Final, que realizar-se-á nas instalações da ATEC nos dias 25 e 26 de novembro. Onde será selecionado, também nessa academia de formação, o Mecatrónico mais competente de entre os oito candidatos. Relembramos, a seguir, as regras de participação no concurso, que está aberto a todos os mecatrónicos automóvel que queiram pôr à prova os seus conhecimentos e competências. Junho I 2016
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n COMO PARTICIPAR?
No Concurso “Melhor Mecatrónico 2016”, podem participar todos os mecatrónicos que se encontram no ativo, quer trabalhem em oficinas independentes, quer em oficinas de marca. Os interessados devem responder aos questionários que constam no site do Jornal das Oficinas durante os meses de março, abril, maio, junho e julho deste ano. Cada questionário tem 10 perguntas, tipo teste americano, de resposta única. A seleção dos oito concorrentes será feita entre os que atingirem maior pontuação no total dos cinco questionários e que forem mais rápidos no envio das respostas. n JÚRI DO CONCURSO O júri do concurso será constituído por profissionais indicados pela ATEC. A avaliação é objetiva e será feita com base no desempenho das provas práticas e no tempo despendido no diag-
nóstico e reparação. A avaliação no cumprimento das provas é individual. As decisões do Júri de Avaliação das provas são inapeláveis e têm como objetivo determinar a Classificação Final, computando o somatório dos resultados parciais obtidos no decorrer das provas efetuadas. n PROVAS A CONCURSO
As provas, elaboradas pela equipa de Formadores de Mecatrónica automóvel da ATEC, têm o carácter de aferição de competências práticas e teóricas. A avaliação é objetiva com base no desempenho individual de cada concorrente no desenrolar do conjunto de provas aplicadas. As provas a concurso serão três de diagnóstico e reparação. n EQUIPAMENTO UTILIZADOS Para a realização das provas práticas, serão introduzidas anomalias, que te-
rão de ser detetadas e resolvidas pelos concorrentes. As anomalias introduzidas serão iguais em todas as provas. Estarão à disposição dos concorrentes os equipamentos e ferramentas necessárias para a realização das provas, bem como a informação técnica. n LOCAL DAS PROVAS As provas finais do Concurso “Melhor Mecatrónico 2016” serão realizadas no centro de formação da ATEC, localizado na Quinta do Anjo, em Palmela, junto à fábrica da Autoeuropa. Durante dois dias, os profissionais selecionados irão disputar ao vivo as suas competências e habilidades profissionais em diversas áreas da reparação automóvel. Os vencedores serão anunciados na edição de dezembro do Jornal das Oficinas. n PRÉMIOS AOS VENCEDORES A organização compromete-se a an-
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gariar Prémios, Troféus e Diplomas que atestem o reconhecimento das competências demonstradas no concurso. Serão oferecidos diplomas de participação a todos os concorrentes e troféus aos vencedores. As marcas e empresas patrocinadoras do concurso irão também oferecer prémios e merchandising dos seus produtos a todos os participantes. A organização, por seu turno, atribuirá um prémio especial ao vencedor do concurso.
PROGRAMA DO CONCURSO Dias: 25 e 26 novembro de 2016 Local: ATEC - Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa 1.º DIA – 25 de novembro (sexta-feira) 09h00 - Receção dos participantes 09h30 - Briefing com os concorrentes, a informá-los sobre as regras do concurso 10h00 - Início das provas práticas 12h30 - Almoço no Restaurante da ATEC 13h30 - Reinício das provas práticas 16h00 - Intervalo 16h30 - Reinício das provas práticas 19h00 - Final das provas práticas do primeiro dia 2º DIA – 26 de novembro (sábado) 09h00 - Pequeno-almoço no Restaurante da ATEC 09h30 - Briefing com os concorrentes, a informá-los sobre as provas práticas do 2.º dia 10h00 - Início das provas práticas 12h30 - Final das provas práticas do 2.º dia 13h00 - Almoço no Restaurante da ATEC 14h00 - Reunião do Júri do Concurso para apuramento dos resultados 15h00 - Anúncio do vencedor da 1.ª Edição do Concurso “Melhor Mecatrónico”, com distribuição de Diplomas de Participação a todos os concorrentes e Troféus aos vencedores. 16h00 - Cocktail de encerramento
Participe no Concurso Melhor Mecatrónico 2016
Responda ao questionário online em www.jornaldasoficinas.com/melhormecatronico/ QUESTIONÁRIO IV
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A caixa de velocidades normalmente: a) Fica entre o motor e a embraiagem b) Está localizada logo depois da embraiagem c) Utiliza-se para acelerar o motor d) É arrefecida pelo líquido de arrefecimento
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A função da embraiagem é:
a) Ligar e desligar o motor da transmissão b) Aumentar a velocidade de rotação do veio primário c) Diminuir a velocidade de rotação do veio primário d) Possibilitar ao automóvel a subida de grandes inclinações
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O uso exagerado dos travões pode dar origem a:
a) Desgaste irregular das pastilhas b) Desgaste irregular dos tambores c) Aquecimento excessivo das pastilhas d) Consumo exagerado de óleo de travões
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A presença de ar no sistema hidráulico de travões é:
a) Necessária para maior eficiência nas travagens b) Necessária para equilibrar a travagem em todas as rodas c) Inconveniente e deve ser eliminada d) Necessária para tornar o pedal mais leve
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Quais os nomes dos veios mais importantes na caixa de velocidades? a) Veio primário, intermediário, secundário b) Veios da forquilha da marcha-atrás c) Veios dos rolamentos d) Veio do trem fixo e da 4.ª O veio primário da caixa de velocidades recebe movimento: a) Do volante motor b) Da cambota c) Da polia da cambota d) Do disco de embraiagem
Qual das siglas a seguir indicadas corresponde ao líquido utilizado no circuito hidráulico dos travões? a) CD b) SF c) DOT d) GL O desalinhamento da direção pode causar: a) Trepidação no volante b) Dificuldade em travar c) Desgaste excessivo dos pneus d) Dificuldade em acelerar o motor
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A finalidade dos fusíveis é:
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O alternador tem a função de:
a) Transformar a corrente de baixa em alta tensão b) Proteger o circuito elétrico no caso de haver curto-circuito c) Proteger a bateria em caso de curto-circuito d) Transformar a corrente de alta em baixa tensão
a) Transformar a corrente fornecida pela bateria b) Gerar corrente e fornecê-la à bateria c) Gerar corrente e fornecê-la ao distribuidor d) Transformar a corrente de baixa em alta tensão
NOTA: Este questionário apenas pode ser respondido online em: www.jornaldasoficinas.com/ melhormecatronico/ Está ativo de 1 a 30 de junho de 2016
Não perca a oportunidade de participar no primeiro Concurso de âmbito nacional para eleger o Melhor Mecatrónico 2016. Ponha à prova aquilo que sabe, concorra e ganhe!
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Mulheres no aftermarket
Competência, dizem elas › Num setor, historicamente, dominado por homens, as mulheres têm conquistado lugares de topo. Glamour. Sexto sentido. E uma capacidade para executar várias tarefas ao mesmo tempo. Sim. Mas, na Mesa Redonda, organizada pelo Jornal das Oficinas, a palavra “competência” foi a mais ouvida Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores Junho I 2016
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“O que quer que aconteça no aftermarket, será sempre um reflexo do que se passa na sociedade. Não sou muito a favor, nem me revejo, aliás, na ideia de que a equidade tenha de ser 50/50 entre mulheres e homens. O facto de ser mulher, por si só, não chega para abrir portas e desempenhar uma função. É necessária competência”
SADHNA MONTEIRO Liqui Moly
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ensibilidade. Bom senso. Glamour. E uma capacidade única para a realização de várias tarefas simultaneamente. Sim. Todas estas são características, desde sempre, associadas ao sexo feminino. Na Mesa Redonda, organizada pelo Jornal das Oficinas, no Pestana Palace Lisboa, subordinada ao tema “As mulheres no aftermarket”, procurámos saber se, em pleno século XXI, ainda fará sentido falar em diferenças entre géneros, mesmo num setor, histo-
ricamente, ligado aos homens. Vigorará ainda um certo preconceito masculino neste mundo? Sadhna Monteiro, diretora de Marketing e Desenvolvimento de Negócio Ibérico da Liqui Moly, foi a primeira das sete convidadas a usar da palavra. E, logo, para estabelecer um paralelo entre o aftermarket e a própria sociedade. Realidades umbilicalmente ligadas. “Acho que as mulheres, felizmente, conquistam, cada vez mais, um lugar no mundo, seja qual for o papel www.jornaldasoficinas.com
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que desempenhem. Digo conquistam no sentido em que não há tradição histórica de as mulheres desempenharem certo tipo de papel. Não significa, obviamente, que não o saibam ou que não o consigam fazer. Aquilo que eu encontro no aftermarket é o seguinte: julgo que, no início, terá sido uma coincidência, mas, hoje, julgo que é uma tendência. A mulher, neste mercado específico, vai trazer uma coisa que nós gostamos, seja qual for o mercado, independentemente de ser mulher ou homem. Que é ser um fator inovador”, lançou para a mesa a responsável da Liqui Moly, não deixando de enfatizar que não escolhe nenhum dos lados para trabalhar. “Privilegio tanto o homem como a mulher. Adoro trabalhar com homens, acho que eles são uma mais-valia e facilitam-me imenso o trabalho. Da mesma forma que adoro trabalhar com mulheres. Cada lado tem de ser gerido e tem de ter um equilíbrio muito próprio”, disse. Sadhna Monteiro, de resto, não se revê na ideia de que, no aftermarket, tenha de existir uma “equidade de 50/50 entre homens e mulheres”. Tudo terá de acontecer de forma “harmoniosa”. No seu caso em particular, Sadhna Monteiro nunca sentiu qualquer pressão no setor por ser mulher. “Mas sei de colegas, na mesma posição, que sentiram essa resistência”. Em sua opinião, importante para o sucesso profissional, mais do que o charme feminino, que pode “abrir portas”, importa, isso sim, “a competência” do ser humano.
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MESA REDONDA Mulheres no aftermarket
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n MUNDO DE HOMENS? Grisélia Afonso, diretora de Vendas e Marketing Aftermarket da SKF, concorda “a 100%” com a harmonia de que falava a primeira interveniente. “O nosso mercado começou pelos homens. Tradicionalmente, quem gosta de automóveis é o homem. E isto tem vindo também a ser, cada vez mais, invertido”, adiantou. No seu caso em particular, revelou, o convite surgiu “naturalmente”. Numa primeira fase, “tinha a responsabilidade de um produto. E porque as coisas correram bem, convidaram-me para montar um departamento e, hoje, é mais do que um departamento: é uma unidade de negócio. E, isso, deixa-me imensamente orgulhosa”, avançou. Depois, realçou aquela que considera ser uma qualidade feminina muito apreciável para o negócio. E que os homens não têm: “Somos multifacetadas”, disparou, gerando o riso de todas as participantes. “E ainda temos uma outra faceta, que tem a ver com o facto de sermos mães: estamos sempre atentas, de modo a ir ao encontro daquilo que o cliente pretende. Os homens já não são tanto assim. É mais negócio, negócio, negócio. Se não formos ao encontro das expectativas do cliente e se não formos competentes, sermos diretoras, por si só, não chega, mesmo que tenha sido fácil chegar ao cargo”, afirmou ainda a responsável da SKF. Contudo, reconheceu, ainda há desafios a enfrentar. Entre eles, o de conseguir “manter o nível a que chegámos e sermos respeitadas por aquilo que fazemos a nível profissional”. O setor já começa a estar habituado à presença de mulheres em cargos de liderança. Mas será que, pela sua condição feminina, as expectativas são ainda maiores? A pressão é superior do que em relação aos homens? Isabel Basto, diretora Aftermarket Ligeiros da Nors Ibéria, sorriu ao ouvir a questão. “Efetivamente, quando comecei nos automó-
A qualidade do discurso de todas as sete participantes da Mesa Redonda foi nota dominante. E o debate foi muito animado
com as mulheres. Felizmente, trabalho num grupo onde, efetivamente, a diferença de sexo não existe. A diferenciação é feita pela competência, que é, no fundo, o fator pelo qual nos temos de distinguir”. A responsável registou ainda que, por vezes, em algumas reuniões em que comparece com um colega homem, “muitos clientes ainda querem falar apenas com ele. E, aí, eu fico quieta e calada. Porque também não vale a pena impor-me. A não ser que tenha de haver ali alguma tomada de decisão”, sublinhou Isabel Basto. n PRECONCEITO À MESA Mónica Alves, responsável da rede AutoCrew, concordou. De acordo com a sua experiência. já se sentiu obrigada a uma maior “justificação”. Pelo facto de ser mulher. “No meu caso, por vezes, existe a necessidade de afirmar que já trabalho nesta marca e no setor automóvel há 17 anos. Provavelmente, um colega de profissão (homem) não sente necessidade de dar esta justificação. Não é tanto por ser nova ou ser mulher, mas devido à visão tecnicista do negócio. O homem é sempre visto como a pessoa que tem mais conhecimento da área automóvel e que está sempre mais habilitado do que a mulher”, lamentou. Mas, para si, “esta questão está sempre relacionada com o respeito que temos pelos outros. Quando se vai para uma reunião, muitas vezes, existe aquela sensação do que o homem está a pensar: o que pensa esta senhora que vai ensinar-me?”.
veis, fui convidada pela parte logística, porque tinha uma especialidade nesta área. Depois, acabei por ficar responsável por uma oficina. E, naquela altura, há uns anos, muitos clientes, quando tinham uma reclamação, perguntavam ao rececionista onde estava o engenheiro e aparecia eu. Eles ficavam chocadíssimos. Não queriam falar comigo”, recordou. Um episódio com 20 anos. Mas, de certa forma, ainda “atual nos dias que correm”. Segundo Isabel Basto, “vivemos num país e numa sociedade onde nos é permitido já, felizmente, igualdade. Ainda que existam algumas atrocidades para
FERNANDA MIGUEL Sandia Stand
“Sinceramente, não sinto preconceito no setor. Nunca senti, aliás. Mas é um facto que nós, mulheres, somos diferentes. No entanto, há homens com energia feminina e mulheres com energia masculina. Mas que as mulheres trouxeram uma lufada de ar fresco ao aftermarket, não tenho a mais pequena dúvida”
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A receita para um conservadorismo fora de época? “Mónica Alves explicou. “Saber ouvir, mostrar respeito pela experiência que ele (homem) já tem e revelar o que temos para oferecer enquanto marca que pode vir a ajudá-lo. Não deixando de respeitar tudo o que ele passou e as suas dificuldades. Mostrar que existimos para ajudar e não para demonstrar que sabemos mais do que os homens. Passa muito pela relação que a marca consegue estabelecer com o interlocutor”, realçou a responsável da AutoCrew. A palavra “preconceito” já tinha sido servida à mesa. E Joana Oliveira, gerente da Mourauto, não teve receio de usá-la. “Existe preconceito. Principalmente, em
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MESA REDONDA Mulheres no aftermarket
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faixas etárias mais elevadas. Pessoas que cresceram e viveram uma mentalidade diferente da nossa”, começou por dizer. “Mas se nós, mulheres, temos a facilidade de entrar, porque somos a tal inovação, depois, deparamo-nos com maior dificuldade. Não em lidar com os desafios e em desempenhar as tarefas, mas em conseguir provar aos outros aquilo que sabemos. E, isto, é ponto assente. As exigências para connosco são maiores”, assegurou. “Quando sentimos que há uma certa resistência, não vale a pena combatermos, porque o que estamos a fazer é criar anticorpos. Muitas vezes, quando nos fazemos acompanhar de um colega (homem), mais vale estamos caladas, uma vez que o cliente fala com a presença masculina e interpreta-nos como sendo a secretária do nosso colega. Também já senti isso na pele. E não vale a pena. Tem de ser tudo de forma muito natural. Com tempo, que acabará por demonstrar as nossas verdadeiras competências”, vaticinou Joana Oliveira. n LUFADA DE AR FRESCO Fernanda Miguel, administradora da Sandia Stand, reconheceu rever-se em todas as opiniões ouvidas anteriormente.
Ao longo de quase três horas de debate, todas as oradoras convergiram para o mesmo ponto: as mulheres trouxeram inovação ao aftermarket nacional
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GRISÉLIA AFONSO SKF
“O aftermarket começou pelos homens. O que é normal, pois são eles que mais gostam de automóveis (...) E também isso tem sido, cada vez mais, invertido. Mas nós, mulheres, temos outra característica que os homens não têm: somos multifacetadas. E temos mais sensibilidade (...) Pelo facto de sermos mães, estamos sempre mais atentas do que os homens”
“Já há muito pouco a acrescentar em relação ao que as colegas expuseram”, disse. Mas, ainda assim, no seu caso, “sinceramente, não sinto preconceito no setor. Nunca senti, aliás”, disparou. “Cada vez mais, a diferença faz-se pela competência, de facto. Agora, nós não somos iguais. Aliás, ninguém é igual a ninguém. Cada pessoa é uma pessoa. E há homens com muita energia feminina e mulheres com imensa energia masculina. Claro que a que predomina, normalmente, na mulher é a feminina e no homem a masculina. Mas há homens que, a nível de gestão e de liderança, se aproximam a muitas características de liderança da mulher. E vice-versa. Acho que cada vez menos há esta diferença. Agora, quando se entra, a primeira visita é, de facto, diferente. Quase que somos esperadas. Há uma lufada de ar fresco”, sublinhou. Pertenceu a Carla Marques, gerente da N Peças, a última palavra na primeira ronda de perguntas, uma vez que o debate seguiu a ordem dos ponteiros do relógio. “Não gosto muito de focar-me na diferença da mulher face ao homem. Porque, basicamente, a diferença está na competência e no trabalho de cada um. Há homens que são formidáveis, assim como existem mulheres que o
são também”, alertou. Ora, “sendo este um setor tradicionalmente masculino, a chegada de mais mulheres traz uma vantagem. Pela inovação, obviamente, mas pelo facto de vir sem ´vícios’. A entrada de alguém que não tem histórico de comportamentos moldados, como as mulheres, tem a possibilidade de olhar de uma maneira diferente, de trazer uma visão e de questionar algo que o homem, por norma, não o fará devido a uma série de questões instituídas”, adiantou. Para Carla Marques, tal também acontece se for ao contrário. Ou seja, “se houver um mercado tradicionalmente de mulheres, a possibilidade de aparecerem homens trará, também, inovação e uma nova forma de olhar. As mulheres começam, de facto, a ser uma presença cada vez mais forte no aftermarket.. Que, por serem novidade, trazem uma nova luz e uma nova forma de poder questionar”. n PRESENÇA “MATERNAL” Invariavelmente, o tema voltou às virtudes femininas em matéria de liderança. Sadhna Monteiro, da Liqui Moly, voltou ao tema da maternidade abordada antes por Grisélia Afonso. “Todas sabemos que as mulheres são mães, mesmo que não o sejam fisicamente. Porque é uma
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competência natural que temos. Acho que, por norma, a liderança de uma mulher não se traduz por um modelo autoritário. Mesmo nas situações em que sentimos que temos de ter pulso. Digo isto porque sinto-o muitas vezes
João Vieira, diretor do Jornal das Oficinas, abriu a sessão, enquanto os jornalistas Jorge Flores (à esq.) e Bruno Castanheira (à dta.) moderaram a Mesa Redonda
no meu dia a dia. O meu mercado são homens, a minha equipa são homens. E, muitas vezes, temos vícios que nós queremos quebrar e que eles (homens) não fazem por mal, está instituído. Nós, mulheres, temos muito uma liderança por acompanhamento. Vamos lá e fazemos com eles. Eu vou com os meus clientes. E é esta sensibilidade de acompanhamento, sem querer mudar a casa de ninguém, que faz a diferença, embora, claro, existam regras internas que têm de ser cumpridas”. Mas foi mais longe. “De certa forma, somos como que uma mãe no negócio. Cuidamos dos clientes. E eles adoram. Nenhum resiste. Nós não vamos alterar a situação. Vamos ajudar alguém a atingir os objetivos. E isto altera, radicalmente, a postura e o sucesso que se tem face ao modelo, digamos, mais comum”, reforçou a responsável da Liqui Moly. Joana Oliveira, da Mourauto, subscreveu a opinião apaixonada de Sadhna Monteiro. “Nós, mulheres, somos muito mais mães a gerir uma equipa de trabalho comparativamente a uma gestão ‘normal’ que é feita pelos homens. Somos mais sensíveis em perceber que aquele colaborador não está bem e porquê. Somos, também, menos autoritárias. Temos essa sensibilidade. Aqui, a figura de cuidador,
“Quando muitos clientes perguntavam pelo engenheiro, isto há 20 anos, aparecia eu e as pessoas ficavam chocadas. Insistiam em falar com o engenheiro. Ao que respondia que, se queriam falar com alguém, teriam, primeiro, de falar comigo. Este é um tema ainda muito atual nos dias que correm. No nosso grupo, a diferença de sexo não existe. O que importa é a competência”
ISABEL BASTO Nors Ibérica
quer internamente (com os membros da nossa equipa) quer com o cliente, funciona”, adiantou. “As pessoas que trabalham connosco criam uma ligação mais estreita, tornam-se mais vinculadas. A ligação materna é uma ligação de vínculo. E todas as pessoas se sentem bem quando alguém se preocupa com elas. É o nosso instinto. Que passamos para o mundo dos negócios e para o local onde trabalhamos”, acrescentou Joana Oliveira. Uma palavra ainda de Grisélia Afonso, da SKF, sobre a maternidade. “Apesar de sermos mulheres e de termos essa vertente maternal, conseguimos ser ainda mais exigentes. Está diretamente relacionado com o facto de termos de dar o exemplo. Até aos nossos filhos. Costumo dizer que não tenho clientes., mas parceiros de negócio. Ajudamo-nos mutuamente. E não é por acaso que cada vez mais empresas investem, hoje, em formação na área comportamental, que é decisiva para que as pessoas comecem a trabalhar de maneira diferente. Sair um pouco da nossa zona de conforto. Sair um pouco fora da caixa. Temos de criar a nossa própria diferenciação no negócio”. Isabel Basto, da Nors Ibéria, rematando o assunto e a primeira parte da Mesa Redonda, disse ainda não acreditar na “questão do equilíbrio pessoal e profissional”. E concretizou a sua ideia. “Claro que o facto de ser mãe exige mais de mim. Mas recordo-me, quando o meu filho era mais pequeno, de dizer que a mãe dele era mecânica quando lhe perguntavam a minha profissão. Este negócio é giro e muito interessante. Do ponto de vista familiar, é desafiante. Agora, como é que se equilibra? Não equilibro. Tenho a certeza que a empresa para a qual trabalho sai sempre privilegiada nesta relação. Sempre que é preciso despender tempo e foco profissional, a empresa sai beneficiada. Mas, também, sempre que é necessário ter tempo pessoal, dedicamo-nos por inteiro ao nosso instinto maternal”, concluiu ainda a responsável. n PROBLEMAS NÃO TÊM SEXO Depois de uma primeira parte da Mesa Redonda dominada pela natureza feminina no aftermarket, a segunda versou
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“Pessoalmente, não gosto de focar-me nas diferenças entre mulheres e homens. Mas sendo este um setor tradicionalmente masculino, importa referir que a chegada das mulheres, sem ‘vícios’, trouxe uma maneira diferente na forma e na apresentação das questões do setor”
CARLA MARQUES N Peças
sobre o estado do próprio setor. O sexto sentido imperou. Mas os problemas não têm sexo. São idênticos. Sadhna Monteiro, da Liqui Moly, descreveu o mercado como “extremamente exigente”. Porquê? “Deve-se, não só, à evolução tecnológica do mercado, mas, essencialmente, a uma maior capacidade de informação por parte do cliente, seja ele profissional ou final. O facto de a informação ser cada vez mais acessível, faz com que cada vez mais marcas e fornecedores tenham de ser cada vez mais necessários e cada vez melhores na sua prestação de serviço”, disse. Na Liqui Moly, sublinhou, “não gostamos de ser vistos como um prestador de serviços, mas como um parceiro de negócio. A diferenciação para o estado atual do mercado tem de ser feita a nível do serviço”. Serviço. Grisélia Afonso, da SKF, abanou a cabeça em sinal de aprovação. “Também não valorizamos muito a questão do preço. A crise foi positiva. Vi grandes oportunidades nos tempos de crise. Mesmo até internamente, porque, como multinacional que somos, temos um grande desafio. A SKF, sendo uma marca premium, nunca será a mais barata do mercado. Temos o serviço, a qualidade, a formação e o apoio técnico associados. O preço tem muito a ver com o que se valoriza na compra”, afirmou. Junho I 2016
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Para Isabel Basto, da Nors Ibéria, a maior preocupação no aftermarket em Portugal é a “falta de informação”. Uma limitação no negócio. “É muito difícil tomarmos decisões de gestão sem termos esta informação. Quando os players falam uns com os outros, dá ideia de estarmos todos a crescer. E isto é um bocado assustador. Não temos informação nem sabemos que dados existem. Qual a relação entre o aftermarket independente e o oficial das marcas? É das maiores preocupações que eu tenho no meu dia a dia. No caso da Nors, estamos presentes em três áreas da cadeia de valor. E todas estão muito confusas e muito baralhadas. Há muitos players a aparecer. Antes, os importadores eram muito mais especialistas. Hoje, grande parte deles tem tudo. Há novos concorrentes, mas se o mercado não cresce, haverá esmagamento de margem que é prejudicial para o negócio. Na área do retalho, assiste-se muito a um curto-circuito do importador para o retalhista, o que acaba por matar o retalho, que necessita de margens muito maiores para subsistir. Já na parte oficinal, consideramos que existem marcas e redes muito dinâmicas e muito credíveis, mas, efetivamente, existe, também, uma grande confusão, o que nos prejudica a todos. Acaba por dar a ideia de que todos fazemos o mesmo, baralhando um
JOANA OLIVEIRA Mourauto
“Existe ainda algum preconceito no setor, sobretudo em faixas etárias mais elevadas. Nós, mulheres, temos facilidade em entrar no aftermarket, mas, depois, deparamo-nos com uma maior dificuldade, não em lidar com os desafios e a desempenhar tarefas, mas em conseguir provar aos outros que somos realmente capazes” www.jornaldasoficinas.com
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pouco o mercado. Vai ser muito difícil às oficinas não estarem inseridas numa rede”, avisou. n CAMINHO A SEGUIR Mónica Alves, da Rede AutoCrew, é da opinião que existe, hoje, “uma grande confusão no mercado, mas, cada vez mais, a oficina vai sentir a necessidade de se agregar a uma rede”. Categórica, não deixa de avançar com alguns motivos. “Não só pela questão da competência técnica para fazer face à evolução tecnológica do automóvel, mas porque necessita de ter serviços adicionais para oferecer. Portanto, o fator preço não é o mais importante”, garantiu. No seu entender, “a oficina necessita de ter mais do que apenas a peça e a competência técnica. Necessita de ferramentas de marketing que a tornem atrativa e permita captar clientes. A formação técnica e a formação empresarial são outras áreas fundamentais na gestão do negócio”, disse Mónica Alves. Na perspetiva de Joana Oliveira, da Mourauto, “enquanto oficina da rede Bosch Car Service e sendo nós um centro técnico Bosch, Delphi e Denso, notamos que o fator preço já foi mais importante do que é hoje”, afirmou. Ou seja, “as pessoas já passaram aquela euforia daquilo que é mais barato aqui ou ali. O cliente, hoje, já está muito bem
Por seu turno, Fernanda Miguel, da Sandia Stand, adiantou que toda a estratégia da empresa que gere se encontra focada nas “marcas premium e nos serviços de valor acrescentado”, como sejam, por exemplo, as formações e os apoios técnicos. Mas acrescentou que continua a ver a “realidade como ela é”. Segundo admitiu, atualmente, “existe um mercado de preço. É quase que romântico assumirmos que queremos estar apenas numa marca premium. E é esse o caminho que temos seguido, mas temos de estar em alerta porque o mercado de preço existe. Para mais, estando o nosso parque automóvel cada vez mais envelhecido”, reforçou Fernanda Miguel. Com pouco tempo ainda de mercado, Carla Marques, da N Peças, tem uma visão muito própria do aftermarket. Mas não confudir com falta de experiência ou ingenuidade... Antes pelo contrário. “A indústria automóvel está a sofrer, pela
Na segunda parte da Mesa Redonda, as participantes abordaram as tendências do setor. Sempre de forma esclarecida e recorrendo ao seu “sexto sentido”
MÓNICA ALVES, Rede AutoCrew
informado. Quando vem fazer a manutenção ou a reparação, já tem imensos orçamentos. Se decide fazer connosco, é porque acredita na marca ou num determinado técnico”, destacou. Quanto ao mercado, em si, caracteriza-se por uma enorme inconstância. “Hoje é uma coisa e amanhã será outra. Não há estabilidade nenhuma. E não existem dados. Nem históricos nem tendenciais”, criticou a responsável da Mourauto. Junho I 2016
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primeira vez, uma mudança gigantesca, estando a sua génese muito próxima do início. E, neste momento, está a aproximar-se de um momento de rutura completa”, disparou. Olhando para o futuro, a responsável da N Peças nem hesita em observar: “O mercado automóvel, daqui a 10 anos, não terá nada a ver com aquilo que ele é hoje”. Concretizando a ideia, a mesma participante esclareceu que tanto os “au-
“No meu caso, por vezes, existe a necessidade de afirmar que já trabalho nesta marca e no setor automóvel há 17 anos (...). No aftermarket, existe a visão tecnicista de que o homem está sempre mais habilitado do que a mulher. A questão essencial, aqui, está relacionada com o respeito pelos outros”
tomóveis, como aquilo que esperamos deles e aquilo que faremos com eles, não será igual ao que fazemos hoje e ao que fizemos nos últimos 100 anos. Está quase num precipício, onde tudo será diferente”, ilustrou Carla Marques. Esta evolução frenética do mundo mobilizado ajuda a explicar, de acordo com a teoria da responsável da N Peças, a “confusão” instalada no setor e “todo este borbulhar, porque ninguém sabe muito bem o que aí vem, nem qual o caminho a seguir. Ou quais as implicações reais que isto terá. E, isto, não deixa, de facto, de ser um pouco assustador”, reconheceu. Por todas as razões atrás expostas, afirma Carla Marques, “é prematuro conseguir antever, neste momento, qual será o caminho e o que aí vem. Mas que será diferente em todos os aspetos e que vai obrigar a mudar o negócio na sua essência, não tenho qualquer dúvida sobre isso. A cadeia de abastecimento, toda ela vai mudar. Os players, todos eles vão mudar. O próprio conceito vai mudar”. No futuro, “o que mais interessará ao cliente final, o elo mais importante do negócio, não é tanto a peça, mas as aplicações e o software que equipará o veículo”, sentenciou a responsável da N Peças, já quase a terminar a Mesa Redonda, que foi, sem dúvida, um evento inovador. ✱
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Ordem para inspecionar › A Dekra inaugurou o seu primeiro centro de inspeções no nosso país, em Mafra. O líder mundial do setor investirá 15 milhões de euros até 2017 e criará 200 postos de trabalho. Em 2020, quer inspecionar um milhão de veículos por ano Por: Jorge Flores
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íder mundial no ramo dos centros de inspeção automóvel, a Dekra acaba de inaugurar o seu primeiro posto técnico em Portugal, na região de Mafra. Um investimento que criará perto de 200 postos de trabalho e que representará um esforço financeiro de 15 milhões de euros nas futuras unidades localizadas nos concelhos da Grande Lisboa, nomeadamente em Oeiras, Seixal, Amadora, Mem Martins, Moita e Barreiro. Segundo os responsáveis, até ao final deste ano, o rimo será, no mínimo, frenético: um novo centro em solo luso a cada dois meses. Até 2017, de resto, os responsáveis da Dekra acreditam que estes centros possam já ter capacidade para inspecionar, por ano, nada menos do que 200 mil veículos. Mas o plano expansionista vai mais longe. “No final de 2020, pretendemos situar a Dekra no ranking das três maiores empresas de inspeção de veículos no mercado nacional, alcançando cerca de um milhão de inspeções todos os anos”, disse Sérgio Vitorino, administrador da Dekra em Portugal. n LIDERANÇA MUNDIAL Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Sérgio Vitorino, administrador da Dekra em Portugal, salientou a relevância de a empresa ser “líder mundial” no ramo dos centros de inspeção. “Este foi um mercado que esteve fechado durante 22 anos. Participámos num concurso público, em 2013, e tivemos a sorte de ganhar várias Junho I 2016
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E por uma capacidade de um milhão de inspeções por ano. Esse é o nosso objetivo até 2020. Um milhão de inspeções por ano! No grupo, fazemos cerca de 26 milhões! Todos os anos tem aumentado quatro ou cinco milhões. Ora, esse milhão de inspeções anuais já nos permitirá ser um dos três principais grupos nesta atividade em Portugal”, enfatizou.
licenças para centros de inspeções, contou. “Os resultados só saíram em 2014. Durante 2015 e o primeiro semestre deste ano, estivemos na fase de legalização com as câmaras. Estamos a construir”, frisou. Logo de seguida, revelou a “ambição” para os primeiros sete centros a inaugurar nos próximos meses. “Queremos ter uma capacidade instalada para cerca de 200 mil veículos por ano. Mas a ambição é ainda maior: ter uma rede nacional! Direta ou indiretamente. É um modelo de negócio que estamos a estudar”, adiantou Sérgio Vitorino ao nosso jornal. No futuro, o objetivo da Dekra passa por dispor de “uma representatividade em Portugal na ordem dos 30 a 40 centros.
n INVESTIR EM PORTUGAL A Dekra trabalha com capitais próprios, dado que tem “origem numa fundação. Não fazemos distribuição de lucros, não somos cotados em bolsa. E isso é uma grande vantagem porque libertamos os capitais para investir no próprio negócio”, explicou Sérgio Vitorino. Nesse sentido, garante o administrador da Dekra em Portugal, “vamos investir esses 15 milhões de euros até 2017. E temos já, em plano, outros investimentos grandes para Portugal nos próximos anos”. A inauguração contou ainda com a presença de Clemens Klinke, CEO da Dekra, e de Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, que destacou o facto de um “líder mundial na área da inspeção automóvel decidir investir em Portugal, contribuindo, assim, para a segurança automóvel e para a criação de emprego”. ✱ Clemens Klinke, CEO da Dekra, na foto em cima, à esquerda, com Miguel Frasquilho. E, em baixo, com Sérgio Vitorino, admnistrador da empresa em Portugal
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Reunir tropas › A Krautli Portugal reuniu os agentes da rede VDO, na Figueira da Foz, para fazer o balanço da atividade em 2015. A empresa, líder no setor dos tacógrafos, centrou o evento em torno na importância da telemática para o negócio Por: Jorge Flores
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odos os anos, a Krautli Portugal toca o clarinete para reunir as suas tropas e fazer o balanço da atividade da rede de agentes oficiais na área dos tacógrafos. O quartel-general da Reunião Nacional de Serviços Oficiais VDO 2016 foi o Sweet Atlantic Hotel, na Figueira da Foz. Sala repleta pelos 39 agentes da rede. José Pires, administrador da Krautli Portugal, foi quem proferiu as primeiras palavras do encontro. Salientou a oportunidade criada por esta iniciativa para os parceiros de negócio, “permitindo acompanhar a evolução dos tacógrafos e ficar a conhecer as novidades em matéria de produtos e serviços”. Para finalizar a sua intervenção, José Pires deixou uma mensagem manifestando a sua convicção de que a empresa saberá “reforçar a posição de liderança” de que goza, hoje, neste mercado. Por seu turno, Carlos Silva, diretor de vendas e marketing da Krautli Portugal, fez um balanço da rede VDO em 2015, deixando as perspetivas para o ano em curso. “Temos, felizmente, uma marca líder dentro deste setor. Dispomos dos melhores agentes do país, dos melhores centros técnicos e dos melhores especialistas em tacógrafos. Portanto, o balanço é superpositivo”, disse. E acres Junho I 2016
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António Costa, especialista em tacógrafos (à esquerda) e Carlos Silva, diretor de vendas e marketing da Krautli Portugal
centou, ainda em declarações ao Jornal das Oficinas: “Estamos muito contentes com o que temos feito até aqui. Todavia, há muito para fazer. O mote desta reunião nacional é o desafio da telemática.
Para estas empresas e para nós próprios, também. Estamos muito empenhados em contagiar a nossa rede, para que possam investir tempo, recursos nesta área, para que esta seja uma realidade de sucesso”. n IMPORTÂNCIA DA TELEMÁTICA Durante os trabalhos realizados ao longo do dia, foram apresentados alguns
números que ajudam a explicar a “saúde” que a rede VDO tem evidenciado no nosso país. Facto a que não será alheia a subida da venda de veículos pesados, na ordem dos 27,6%, relativamente ao ano anterior (2014). Segundo adiantou Carlos Silva, atualmente, os tacógrafos digitais da VDO estão presentes em perto de 33 mil veículos (de um total de 115 mil com este equipamento). Ou seja, 36,7% deste mercado passa, diretamente, pela sua rede. Carlos Silva sublinhou, durante o seu discurso, a importância da telemática para o futuro dos tacógrafos. E para o “presente”. Uma realidade que ainda não foi interiorizada pela maioria do setor: apenas “1%” dos agentes recorre a esta solução, que tantos benefícios poderá trazer ao negócio dos tacógrafos. O diretor de vendas e marketing da Krautli Portugal chamou ainda a atenção para a uniformização dos preços destes equipamentos na UE. Um objetivo assumido pela Continental VDO, de modo a “regular a entrada dos produtos de outras origens, com preços baixos”. Nos designados produtos no flexibles, como os tacógrafos, por exemplo, desde 1 de abril último que os preços “são válidos e iguais para todos os países da Europa”, realçou Carlos Silva. ✱
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Unidade estratégica › A LTintas continua a estratégia de expansão e consolidação da sua cobertura geográfica com a abertura de uma nova loja em Beja, que lhe permite estar mais próxima dos clientes do sul do país Por: João Vieira
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o passado dia 6 de maio, foi aberta a nova loja de Beja, situada na Rua 5 de outubro, n.º 21, bem no centro da cidade, permitindo, desta forma, melhorar a cobertura e a oferta de todos os serviços em todo o distrito de Beja. “O nosso objetivo é estar fisicamente presentes num distrito onde não estávamos e onde temos alguns clientes que queremos dinamizar e conquistar mais mercado. Estávamos a trabalhar diretamente a partir da nossa unidade de Évora, mas no Alentejo as distâncias são muito longas e precisávamos de uma base mais próxima dos nossos clientes do sul”, disse Bruno Pereira, diretor-geral da LTintas. A nova loja conta com um stock completo de toda a gama de tintas auto da marca Spies Hecker, consumíveis vários para oficinas de repintura e um laboratório onde são preparadas as tintas para os clientes que não têm máquina de mistura. “A estratégia foi ter aqui uma equipa de repintura com o apoio da Axalta, que nos apoiou neste projeto. Junho I 2016
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Antes de abrir esta loja tínhamos aqui um pequeno armazém que dava algum suporte e agora resolvemos abrir a porta para o mercado de Beja, que também tem pequenas oficinas que vêm buscar a tinta pronta. E há muitas oportunidades de venda de tinta já feita”, revelou Bruno Pereira ao nosso jornal. “Temos uma operação em Évora com excelentes resultados, cujos objetivos têm sido sempre cumpridos, e vamos aplicar a mesma receita em Beja. Pretendemos ganhar quota de mercado e conquistar uma posição forte em Beja, o que também é importante para a Spies Hecker, visto tratar-se de um distrito com grande potencial que não estava a ser bem trabalhado. Agora, vamos fazer um trabalho de reconquista de clientes que perdemos na altura para a concorrência. Trata-se de um projeto conjunto com a Spies Hecker a dois anos, cujo objetivo é recuperar o mercado que a marca já teve no passado”, concluiu o responsável da LTintas.
Ganhar quota de mercado e conquistar uma posição forte em Beja são os objetivos da LTintas com esta nova loja
Para Manuel Monteiro, responsável da Spies Hecker, “é fundamental ter um excelente produto. Mas associado a um excelente produto há necessidade de ter um bom pós-venda, que era algo que não tínhamos na zona de Beja. Com a abertura da nova loja da LTintas nesta cidade, vamos conseguir oferecer o elevado nível de assistência técnica, que é apanágio da marca. Temos a certeza absoluta que a Spies Hecker vai tornar-se ainda maior neste mercado”. A inauguração da loja decorreu num ambiente descontraído onde os clientes puderam conviver e partilhar experiências. Durante o evento, o grupo de cantares “Moços da Aldêa“ atuou duas vezes, dando a conhecer aos presentes algumas “Modas” que, de alguma forma, mostram e falam dos costumes e tradições alentejanas. A Spies Hecker juntou-se ao seu distribuidor LTintas na inauguração da loja, não deixando de dar os parabéns e desejar os maiores sucessos. ✱
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ATUALIDADE Roady abrirá 30 pontos até 2020
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Plano expansionista › A insígnia do Grupo Os Mosqueteiros especialista em serviços oficinais investirá 20 milhões de euros em Portugal nos próximos quatro anos. O que permitirá criar 350 postos de trabalho Por: Bruno Castanheira
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Grupo Os Mosqueteiros apresentou, no Hotel Sana Lisboa, no passado dia 10 de maio, os resultados comerciais de 2015. Com um volume de negócios global de 39,7 mil milhões de euros, número que ficou, de resto, em linha com o registado em 2014, o Grupo Os Mosqueteiros dispõe de um total de 3.595 pontos de venda, que representam seis insígnias em quatro países: Intermarché, Netto, Bricomarché, Bricocash, Roady e Poivre Rouge, em França, Bélgica, Polónia e Portugal. No nosso país, o grupo, que comemora este ano o seu 25.° Aniversário, está presente, atualmente, com 306 lojas, divididas pelas insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady. O volume de negócios do grupo em 2015 manteve-se similar ao de 2014, totalizando cerca de dois mil milhões de euros. Para este ano, o grupo traçou como meta o aumento contínuo do número de lojas (prevê abrir cerca de uma centena nos próximos quatro anos), estratégia que é, aliás, transversal às três insígnias que estão presentes no nosso país. Esta estratégia, Junho I 2016
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integrada num plano de expansão até 2020, constitui uma oportunidade para os empreendedores e investidores portugueses que pretendem criar o seu próprio negócio. n ROADY PARA TODOS No caso concreto dos centros auto Roady, presentes em Portugal desde 1998 e que foram, este ano, distinguidos pelos consumidores com o “Serviço Cinco Estrelas”, dispõe, atualmente, de 30 pontos de venda, estando prevista a abertura de mais duas lojas em 2016. Depois de, em 2015, ter renovado o seu site, a insígnia do Grupo Os Mosqueteiros especialista em serviços oficinais lançará, em 2017, uma nova imagem e modernizará o seu sistema informático. Mais há mais: até 2020, a Roady prevê duplicar os seus pontos de venda (de 30 para 60), fruto de um investimento de 20 milhões de Estelle Pereira, porta-voz da Roady em Portugal, foi quem apresentou os resultados e revelou a estratégia da rede
euros, o que permitirá criar 350 postos de trabalho. A Roady encerrou 2015 com um volume de negócios de 37 milhões de euros em Portugal, tendo ficado 1,60% acima do alcançado em 2014: 36,7 milhões de euros. Para 2016, a Roady prevê crescer 4,3% face a 2015. Até final do passado mês de abril, o crescimento já estava, de resto, em 3,71% face ao período homólogo de 2015. De acordo com Estelle Pereira, porta-voz da Roady no nosso país, “esta é a única rede de centros auto em Portugal dirigida por empresários independentes, pelo que constitui uma oportunidade muito interessante de investimento num setor como o automóvel, que continuou a crescer em 2015”. Resta acrescentar que, para abrir um centro auto Roady, são necessários €75.000 de investimento inicial. E que o Grupo Os Mosqueteiros aposta na política “Um Homem, Uma Profissão”. Quer isto dizer que apenas se pode representar uma insígnia. O que não invalida, contudo, que se possa, depois, mudar de insígnia dentro do grupo. ✱
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Restauro eternizado › A qualidade do restauro efetuado a um VW Karmann Ghia permitiu à oficina Alves & Estrela, parceiro da rede Bosch Car Service, constar do calendário mundial da Spies Hecker, alusivo ao Campeonato Europeu de Futebol que se realizará em França Por: Jorge Flores
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ão é todos os dias que o resultado de um trabalho oficinal é plasmado num calendário oficial de uma marca como a Spies Hecker. Mas foi precisamente isso que aconteceu à Alves & Estrela. Uma oportunidade explicada pela arte com que restaurou um clássico da VW, ainda hoje exposto, com dignidade, no hall de entrada da oficina: um Karmann Ghia. No calendário da Spies Hecker, alusivo ao Campeonato Europeu de Futebol, a realizar, este ano, em França, coube à Alves & Estrela figurar na página referente a junho, precisamente o mês em que se inicia o europeu – e em que esta edição chega às suas mãos. No mesmo, pode ver-se, além do Karmann Ghia, vermelho sangue, várias bolas de futebol espelhadas por um relvado. E, ao fundo, abraçados e emoldurados pelo pavilhão principal da Alves & Estrela, os dois sócios fundadores que dão nome à empresa: Américo Estrela e José Alves (da esquerda para a direita). O primeiro, de resto, contou ao Jornal das Oficinas como tudo aconteceu. “Os senhores da Spies Hecker andaram de norte a sul do país a ver carros restaurados e escolheram este que nós recuperámos. Todo. Desde os podres, fomos nós que fizemos tudo”, sublinhou. O VW Karmann Ghia encaixava, na perfeição, Junho I 2016
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na ideia que os responsáveis tinham em mente e foi apenas uma questão de encontrar uma data para a sessão fotográfica. Para imortalizar a imagem de um restauro perfeito. n OFÍCIO DE CRIANÇA A Alves & Estrela está longe de ser uma oficina especializada apenas na arte da repintura. Desde a sua fundação, em 1980, que a empresa começou a dedicar-se à reparação e à manutenção de veículos. “Tínhamos chapa, pintura, mecânica, já então. Na altura, fizemos um acordo com a Renault e tivemos o estatuto da oficina ‘A’ da marca. Começámos a vender novos. Depois, por acréscimo, começaram a vir os usados”, revelou. Foi nessa época que se juntou ao seu (ainda) sócio, José Alves. “Começávamos a trabalhar às 8h da manhã e saíamos às 3h e 4h da manhã. Fazíamos diretas. Começámos assim, a pouco e pouco. Fomos criando uma boa massa de clientes”, confidenciou Américo Estrela. Os tempos eram muito diferentes. “Muito melhores. Uma pintura geral custava três ou quatro contos. E o material necessário para pintura do carro todo custava 100 escudos. Ganhava-se dinheiro”, disse o responsável, que, desde os 12 anos, está ligado à atividade oficinal. “A seguir ao 25 de Abril, com 16 anos,
montei uma oficina na minha casa – já trabalhava desde os 12 anos. Não tinha dinheiro para comprar fosse aquilo que fosse”, reconheceu. Porém, um tio emprestou-lhe tudo o que necessitava para abrir o negócio. Ao fim de um ano, teria de pagar. “Levei tudo: chaves de boca, lunetas, macacos. Tudo o que precisava para montar uma oficina. E montei a oficina em casa. Comecei a trabalhar, arduamente, noite e dia. E, ao fim de três meses, paguei tudo”, revelou, orgulhoso, ao nosso jornal.
n TRABALHAR EM REDE Américo Estrela continuou sempre ligado às oficinas. A empresa que criou com José Alves começou por laborar numas pequenas instalações (também em Vendas Novas), depois passou para outras ligeiramente maiores, até que, em 2000, decidiu-se por um espaço na Zona Industrial de Vendas Novas. Pelo caminho, a Alves & Estrela chegou a ser agente da VW, algo que veio a abandonar em 2005, adotando o conceito de multimarca. Em 2011, rendeu-se aos encantos da Bosch Car Service. Uma decisão acertada. “Está a correr lindamente”, esclareceu a mesma fonte. “Era a rede mais sólida de todas”. Atualmente, a Alves & Estrela tem uma equipa de 18 pessoas e uma carteira com perto de 2.000 clientes fixos. Muitos deles, acrescentou, “aparecem cá quando têm avarias complexas”. E explicou: “O nosso engenheiro Rui Alves é alguém que resolve com facilidade aquilo que para outros é complicado”... ✱
A oficina Alves & Estrela tem, atualmente, uma carteira com perto de 2.000 clientes
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TECNOLOGIA 26
A Internet nos veículos Solução Mercedes me
NOVO PATAMAR DE INTERAÇÃO
Ligação ao mundo › A Internet nos veículos tornou-se, hoje, numa necessidade. São vários os construtores de automóveis que disponibilizam esta solução. Mas existem, também, diversos sistemas que permitem navegar no espaço cibernauta mesmo que os veículos não tenham vindo preparados para tal. Neste artigo, dizemos-lhe como ligar o seu automóvel ao mundo Por: José Silva
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er uma ligação wi-fi que nos permita aceder à Internet tornou-se indispensável nas nossas vidas. Tal é a necessidade de estarmos constantemente ligados. Seja em casa, no trabalho ou até de férias. E porquê não estarmos ligados à Internet também no automóvel? São vários os construtores de veículos que oferecem os seus próprios sistemas. Mas fora da esfera das marcas, existem no mercado outros dispositivos que permitem ligar o automóvel à net. O router 4G e o cartão SIM são os mais comuns. n ROUTER 4G E CARTÃO SIM O router 4G consiste num dispositivo Junho I 2016
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que permite ter ligação wi-fi no veículo. É conectado ao isqueiro e inclui um ponto de acesso 4G LTE, com uma velocidade de downloads de 150 Mbps. Revela-se
uma boa opção para usar o smartphone no veículo, para utilizar como navegador ou ainda para servir de localizador. O cartão SIM é o outro dispositivo que possibilita a obtenção de rede wi-fi no veículo. A ligação é feita sem fios com os dispositivos dos ocupantes. O veículo atua, assim, como uma rede sem fios, graças ao cartão colocado numa ranhura. Mas pode ainda utilizar o seu smartphone como um router. É a forma mais simples e barata de utilizar net no veículo. Cria uma rede partilhada no telefone que permite a ligação de outros dispositivos no interior do veículo. Em qualquer dos casos, esta opção não permite sempre a ligação ao sistema de infoentreteni-
O Jornal das Oficinas teve a oportunidade de testar a solução Mercedes me, um programa que permite ao utilizador ter total controlo sobre o seu veículo a partir de um smartphone ou tablet. Para além dos serviços básicos, que permitem facilitar tarefas como o diagnóstico do veículo em caso de avaria ou acidente, se existir ligação e com aplicação ativa, a própria oficina pode lembrar o utilizador que tem uma revisão ou uma inspeção para fazer. Os serviços disponíveis compreendem a gestão da manutenção, o telediagnóstico, a gestão de avarias, a gestão de acidentes e o serviço eCall (chamada de emergência). Mas há muito mais. Com os serviços Remote Online, por exemplo, pode facilmente controlar o veículo através de um smartphone ou tablet. Assim como pode consultar dados técnicos do veículo a partir do sofá ou até durante as deslocações da viatura, como, por exemplo, caso empreste o veículo a um filho e queira saber onde ele anda. Graças a esta tecnologia, consegue saber onde está o veículo estacionado (num raio de 1,5 km) e pode abrir e fechar as portas de forma remota e a vários quilómetros de distância, já que a ligação é feita através de satélite. Este serviço permite ainda ter uma noção da economia do veículo, que consumos tem ele feito, quando deve abastecer e se precisa de dicas ecológicas. Permite ainda aceder às Mercedes-Benz Apps que podem ser colocadas no Comand Online do automóvel, ver notícias, receber emails ou estar ativo no Facebook. A panóplia de utilizações é tão vasta que não se esgota. Por €200, pode montar este sistema num automóvel Mercedes-Benz que ainda não tenha ligação GSM, a base que torna tudo isto possível.
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O reverso da medalha
SEM PRIVACIDADE NEM PROTEÇÃO Para além de tudo o que de bom a Internet no veículo pode providenciar, também há o reverso da medalha. Que é como quem diz, o lado menos positivo “da coisa”. No caso de toda a informação cair em mãos pouco apropriadas, pode converter-se num importante e sério problema, dando lugar, inclusivamente, à perda do controlo do veículo, podendo este, em casos extremos, ser conduzido de forma remota. Toda esta nova tecnologia, que tanto nos surpreende, pode produzir algum receio, uma vez que não há privacidade nem sequer proteção de dados, já que os automóveis, desde que tenham GSM, estão, constantemente, a ser monitorizados. E muitos proprietários ou utilizadores só aceitam porque não sabem. Ou seja, os fabricantes recebem todo um conjunto de informação dos veículos, inclusivamente a forma com eles são conduzidos. O que pode criar um problema legal sem solução à vista.
mento, pois este deverá ser compatível com a deteção de redes 4G partilhadas por um dispositivo externo. n SISTEMAS DE A a Z Existem vários construtores de automóveis que já disponibilizam esta ligação acima mencionada nos seus novos sistemas de infoentretenimento, como é o caso da tecnologia Connected da Mini, do sistema MZD Connect da Mazda e a fórmula R-Link da Renault. Com estes sistemas, é possível visualizar no ecrã multimédia da consola central a informação de trânsito em tempo real ou a meteorologia. Assim como permite sintonizar estações de rádio através da Internet. Quanto aos sistemas propostos por algumas marcas, aqui ficam os mais conhecidos e que já se encontram em plena atividade (ou que vão entrar a breve trecho).
• BMW Connected Drive: o sistema da marca bávara conta com um módulo situado na bagageira, no qual deverá ser introduzido um cartão SIM 4G, fornecendo Internet em todo o habitáculo. Ou seja, funciona como wi-fi para os dispositivos dos passageiros e oferece net para o sistema multimédia do veículo funcionar, nomeadamente o localizador e a navegação em tempo real. • Ford SYNC: o que mais chama a atenção no sistema utilizado pela Ford é o seu controlo por voz, com um nível de reconhecimento igual ao de um sistema informático. Utiliza a ligação do telefone móvel para poder ser conectado. Logo, o smartphone tem de funcionar como hotspot, oferecendo Internet aos ocupantes.
• Audi Connect (sistema idêntico na VW): a marca alemã foi pioneira nesta tecnologia, uma vez que o Audi A8 transformou-se, em 2010, no primeiro veículo do mercado a disponibilizar uma ligação à Internet deste género. O hotspot da Audi consiste numa ligação à Internet através de uma acesso WLAN integrado, que obriga a dispor de um cartão SIM ou de um telefone móvel com Bluetooth. Para além de um sistema de acesso remoto ao cartão SIM.
que admite um cartão SIM que fornece ligação wi-fi ao veículo e aos dispositivos existentes no seu interior.
do 3G do telemóvel, é possível enviar mensagens, receber emails e, com o veículo parado, aceder a páginas web.
• Car Net App Connect com MirrorLink Trata-se do sistema de ligação à net nos modelos do Grupo VW utilizado pelas marcas Volkswagen, Skoda e Seat. A palavra MirrorLink, traduzida à letra, quer dizer “ligação de espelho”. Ou seja, é possível replicar todas as funcionalidades do smartphone no ecrã da consola central do veículo, permitindo um funcionamento fácil e intuitivo. Através dos sistemas Apple Car Play e Android Auto, bem como
• Opel OnStar: é o sistema da General Motors. Em Portugal, é utilizado pela Opel, oferecendo um ponto de acesso à Internet (deverá estar operacional no decorrer deste ano) válido para o sistema multimédia do veículo. Permite que um máximo de sete dispositivos existentes no interior do veículo tenham net. Está integrado no sistema elétrico da viatura e conta com diversas antenas para melhorar a rapidez de cobertura. ✱
• Toyota Touch: a marca japonesa permite ligar, tanto o veículo como um máximo de cinco dispositivos móveis, a uma rede wi-fi criada por um router, que é um opcional na aquisição do veículo e que está ligado à bateria. Permite introduzir um cartão SIM 4G e liga-se assim que se colocar o motor em funcionamento. • Mercedes Connect me: o sistema da Mercedes-Benz oferece ambas as opções. Permite ligar a uma rede 4G, criada pelo próprio telefone, ou contratar um extra www.jornaldasoficinas.com
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ENTREVISTA BEN SMART Diretor de Marketing da Divisão Global de Peças e Serviço da TRW
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“A telemática é o maior desafio
› Ben Smart, diretor de marketing da Divisão Global de Peças e Serviço da TRW, concedeu uma entrevista ao Jornal das Oficinas. Respondeu a 10 questões, todas relacionadas com conectividade e telemática. Esta última é, aliás, encarada como o maior desafio que o aftermarket enfrenta Por: Bruno Castanheira
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o aftermarket, como noutras áreas, o futuro não é amanhã, mas hoje. Foi, de resto, esta uma das mensagens que Ben Smart deixou à vasta plateia que encheu o auditório do Centro de Congressos do Estoril, no passado dia 18 de março, por ocasião do 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM, organizado pelo Jornal das Oficinas e pela revista Autopos. Agora, mais de dois meses volvidos sobre a ação que marcou um ponto de viragem na história dos eventos ibéricos dedicados ao aftermarket, o diretor de marketing da Divisão Global de Peças e Serviço da TRW, um dos grandes impulsionadores do Corner Module (oferta de peças e sistemas de travagem, direção e suspensão da TRW), respondeu a 10 questões sobre conectividade e telemática. Aqui fica, na íntegra, o conteúdo da entrevista. Que consequências trará para o aftermarket a implementação do sistema eCall? Várias. Algumas positivas e claras, como Junho I 2016
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é o caso da criação de oportunidades que permitirão encontrar soluções para a maioria dos veículos que não trazem incorporada, de série, esta tecnologia. Outras, poderão ser vistas como potenciais ameaças, devido ao facto de o sistema eCall dar apenas aos fabricantes de veículos acesso direto à conectividade, permitindo-lhes exercer influência sobre a viatura, atribuindo-lhes, assim, visibilidade privilegiada sobre as necessidades de reparação. Apoiamos o sistema eCall pelo contributo que dá para salvar vidas, mas acreditamos, também, que esta tecnologia deve ser devidamente regulamentada, de modo a garantir o acesso direto e contínuo aos dados dos veículos que, hoje, existem. Isto permitirá que o aftermarket independente continue a competir em igualdade de circunstâncias, proporcionando um maior leque de opções para o proprietário do veículo. O benefício de tal conectividade deve passar por fornecer ao condutor uma experiência mais segura e valiosa. O que conduz à questão de quem tem acesso à informação transmitida. Se
estes dados estiverem disponíveis para todos os prestadores de serviços, o proprietário do veículo ganhará valor com a sua experiência face à oferta total do mercado. Ao invés, se esta informação for apenas vista pelos fabricantes dos veículos e pelas suas redes de concessionários, o proprietário do veículo terá
uma experiência diminuída através da perda da possibilidade de escolha e de conveniência. Que perspetivas existem acerca das oportunidades criadas pela conectividade automóvel e pela automação? As oportunidades são enormes. O veículo conectado e as novas tecnologias com ele relacionadas mudarão a forma como conduziremos. Assim como alterarão as expectativas e as exigências dos clientes em relação aos próprios veículos. Novas oportunidades para os proprietários das viaturas incluem, por exemplo, assistência em período de crise, informação de trânsito, sistemas de infoentretenimento e comunicação “car-to-car”. Todas estas características tornarão a condução mais segura e mais conveniente para os proprietários dos veículos. O grande impacto que causará no aftermarket tem a ver com a forma como o veículo conectado facilitará o diagnóstico e o contacto com o reparador.
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que o aftermarket enfrenta” A conectividade e a automação têm poder para influenciar o futuro do aftermarket? De que modo? Os dispositivos de telemática fazem, cada vez mais, parte do equipamento de série dos veículos novos. Prevê-se que os condutores queiram a viatura e os serviços de reparação e manutenção atualizados, fornecendo a conectividade que esperam para o resto das suas vidas. A telemática é capaz de melhorar as relações com distribuidores, oficinas, parceiros e clientes. E vai orientar os proprietários de automóveis para oficinas e canais que adquirem os nossos produtos. Os proprietários de automóveis estão a exigir cada vez mais conectividade. Como pode esta tendência ser benéfica para as oficinas? As oficinas podem sair beneficiadas com o aumento da procura por mais conectividade. Se as oficinas promoverem as novas tecnologias, os condutores serão potencialmente encaminhados para oficinas ou concessionários de marca. O sistema precisa de estar aberto e não apenas acessível às redes de concessionários dos construtores de veículos. Dito isto, os construtores não vão trabalhar os dados. Se estes tiverem de ser partilhados, sê-lo-ão em formato cru. Caberá, depois, às oficinas estarem prontas para decifrar esses dados, de modo a que possam beneficiar com eles. O “segredo” consiste em identificar e agir sobre as oportunidades criadas a partir dos dados fornecidos. A conectividade e a automação criarão novos modelos de negócio. Como ou quais será eles? Com os novos desenvolvimentos na área da telemática, veremos que a fidelidade do consumidor será elevada a outro nível. A telemática no aftermarket automóvel consiste numa inovação emergente, que permitirá serviços baseados em localização, assim como dará às oficinas possibilidade de receberem informações de diagnóstico do veículo antes da marcação da intervenção, de modo a que possam ter as peças “à mão” para a reparação. O tempo ganho neste processo permitirá satisfazer os clientes e aumentar a capacidade diária do negócio. Em geral, ter o aftermarket conectado significa que veículos, lojas e consumidores terão capacidade para comunicar, conectarem-se e interagirem entre si. A telemática vai ajudar ou dificultar o acesso à informação técnica por parte das oficinas? Vários sistemas novos estão a tornar os veículos cada vez mais complexos, o
que faz com que quer a reparação quer a identificação do componente que falhou sejam mais difíceis. A intenção da TRW passa por encontrar formas de dar apoio aos consumidores e às oficinas nos seus serviços e processos de reparação. Como pode o acesso à informação técnica adicionar valor aos serviços das oficinas multimarca independentes? O Tech Corner – nosso portal técnico - partilha informação diretamente com as oficinas e explica como funciona cada produto e sistema. A Internet e a conectividade dá-nos oportunidade de comunicarmos com mais frequência com as oficinas, garantindo, assim, elevada variedade de temas e consultas.
dentes, devem ser dadas as mesmas oportunidades, de modo a poderem fortalecer as suas relações com os consumidores através da telemática. Estas tecnologias irão alterar a realidade dos prestadores de serviços nos próximos anos, uma vez que exigirão investimentos significativos em equipamentos e formação, de modo a responderem às exigências feitas pela telemática. Os vencedores terão sucesso se estiverem preparados para o que aí vem. Já no caso dos “perdedores”, serão todos aqueles que esperarem até que a mudança os force a alterar. Neste último caso, será tarde demais para recuperar o atraso causado por tamanha falta de visão. O proprietário continuará a poder escolher a oficina onde quer que o seu veículo seja reparado? O proprietário poderá escolher a oficina, mas como os veículos tornar-se-ão tecnicamente mais avançados, existe a preocupação de os condutores serem levados a acreditar que sentirão “necessidade” de se dirigirem a um concessionário afeto a um fabricante de veículos, de modo a que intervenção possa ser efetuada. É extremamente importante que o consumidor continue a ter liberdade e opção de escolha. E que possa decidir se pretende usar uma aplicação
Com mais de 12 anos de experiência em funções de direção de vendas e marketing nos setores financeiro, empresarial e comercial, Ben Smart está na TRW desde 2010. Formado na Oxford Brookes University, tem mais de oito anos de experiência no mercado da Ásia-Pacífico, tendo passado muito desse tempo na China. Ben Smart, que teve um papel fundamental na implementação do Corner Module (a oferta de peças e sistemas de travagem, direção e suspensão da TRW) é, desde o final de 2015, diretor de marketing da Divisão Global de Peças e Serviço da TRW.
Ben Smart Diretor de Marketing da Divisão Global de Peças e Serviço da TRW
os seus próprios produtos e serviços em termos de comunicação remota do veículo e networking.
E quem não tiver possibilidade de acesso à informação técnica, qual será a alternativa? Em matéria de legislação europeia, estamos a tentar proteger os interesses do aftermarket independente e das oficinas que nele operam. Às oficinas indepen-
baseada na telemática proveniente do fabricante do veículo ou uma com origem num fornecedor do aftermarket independente. O que requer interfaces padronizados e adequados para as plataformas de telemática. Desta forma, os prestadores de terceiros podem oferecer
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PERFIL
O que mudará no aftermarket com os veículos conectados? Os diagnósticos inovadores e a monitorização do veículo causada pelo desenvolvimento da telemática no aftermarket automóvel criará um diálogo totalmente novo entre prestadores de serviços e consumidores finais. As tecnologias de telemática fornecem uma série de benefícios para os consumidores finais, acabando por causar impacto na forma como as operações de manutenção e reparação se desenrolarão no futuro. O aftermarket enfrentará o desafio de a telemática poder ser potencialmente utilizada como forma de encaminhar os consumidores de volta para os concessionários de marca, acabando por ter um impacto negativo nos prestadores independentes de serviços. Contudo, existem oportunidades para os fornecedores do aftermarket independente. Gerida de forma inteligente, a telemática pode fortalecer as relações entre consumidores e fornecedores. ✱ Junho I 2016
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ENTREVISTA LUCA BETTI Diretor da Unidade Global de Negócio Aftermarket do Grupo UFI
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PERFIL Depois de ter concluído a licenciatura em engenharia mecânica, Luca Betti iniciou a sua atividade profissional numa empresa ligada ao setor agrícola (produção de maquinaria). Três anos depois, ingressou na UFI Filters. Primeiro, no departamento técnico. Depois, na divisão de vendas aftermarket destinadas à exportação. Mais tarde, passou para a divisão OE, onde foi responsável pela região da Ásia-Pacífico durante três anos. A seguir, esteve na divisão Heavy Duty OE. Desde 2015 que é Diretor da Unidade Global de Negócio Aftermarket do Grupo UFI.
Luca Betti Diretor da Unidade Global de Negócio Aftermarket do Grupo UFI
Anos-luz à frente › O Jornal das Oficinas esteve à conversa com Luca Betti. O Diretor da Unidade Global de Negócio Aftermarket do Grupo UFI revelou, no Hotel Inglaterra, localizado no Estoril, os objetivos da empresa e falou sobre a marca de filtros, que aposta no slogan “anos-luz à frente” Por: Bruno Castanheira
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ão existem muitas personalidades na área dos filtros com a experiência e o conhecimento de Luca Betti. Dos 44 anos que tem a UFI Filters (foi fundada em 1972 como Universal Filter Italiana, na cidade de Nogarole Rocca, na província de Verona), 28 foram passados com o atual Diretor da Unidade Global de Negócio Aftermarket do Grupo UFI. A relação de Luca Betti com a marca é, por isso, íntima. E duradoura. O Jornal das Oficinas aproveitou a vinda do responsável italiano a Portugal, a propósito da sua participação no 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM, onde foi o orador do quinto painel, para conversar com ele. No tom simpático e descontraído que o caracteriza, Luca Betti revelou os objeJunho I 2016
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tivos da empresa e falou sobre a marca. Aqui fica, na íntegra, o conteúdo da entrevista efetuada no passado dia 17 de março, no Hotel Inglaterra (Estoril). Que balanço faz da atividade da UFI em 2015? O ano passado foi extremamente importante para a UFI. Tivemos uma série de projetos em curso e todos eles foram concretizados, o que permitiu à empresa alcançar o crescimento previsto comparativamente a 2014: 12%. Até superou ligeiramente este número. No que à produção diz respeito, tivemos duas grandes inaugurações. A primeira foi a abertura de uma nova fábrica na Coreia
do Sul, três vezes maior do que a que já dispúnhamos neste país, potenciada pelas novas relações comerciais estabelecidas com GM-Daewoo e Hyundai. A segunda abertura foi a fábrica da República Checa. Como terceiro facto relevante em 2015, destaco o início de atividade da Unidade Global de Negócio Aftermarket do grupo, onde se incluem os departamentos de vendas, qualidade, logística, marketing e produtos. Aliás, este foi, sem dúvida, o principal desafio no ano passado: o arranque desta nova unidade global de negócio. Até aqui, estávamos dependentes do funcionamento de cada fábrica dentro da região EMEA. Atualmente, dispomos de 15 fábricas espalhadas pelo mundo.
Que projetos tem a UFI em curso para 2016? Este ano, temos importantes objetivos a alcançar. No que toca à atividade global da empresa, é nossa intenção chegar a um crescimento de 15% (21% no caso do aftermarket). Tratam-se de objetivos ambiciosos, é um facto, mas os resultados alcançados nos primeiros três meses deste ano indicam que estamos no caminho certo para atingi-los. Na parte da produção propriamente dita, daremos início à construção de uma nova unidade industrial na Tunísia, que agregará as três já existentes nesta região. Na Tunísia, produzimos uma série de produtos OE. Tal como produtos específicos para o
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normalmente, produzimos sistemas completos e não apenas do filtro em si, como acontece com a produção para o aftermarket.
de marketing e de produto. Com a adição de mais colaboradores, sentimos necessidade de dispor de uma nova agência de comunicação.
Como é composta a gama da UFI para o aftermarket? Hoje, dispomos de mais de 2.600 referências em catálogo. E cobrimos 96,2% do parque automóvel circulante na Europa. Introduziremos 160 novas referências este ano e 184 em 2017. Com estas novas adições, passaremos a cobrir cerca de 98% do parque automóvel circulante na Europa.
Que importância dá a UFI à Internet e às redes sociais? Como não estamos presentes no negócio através de plataformas B2C, não sentimos necessidade de apostar na Internet nem de fazermos parte das redes sociais. Tratam-se, aliás, de canais que não utilizamos.
Que diferenças existem entre filtros OE e filtros destinados ao aftermarket? Como disse anteriormente, dispomos de 15 fábricas espalhadas pelo mundo. Todas produzem produtos OE e produtos para o aftermarket. É estratégia e política da UFI produzir, na mesma linha, as duas possibilidades. Hoje, 64% do nosso volume de negócios no aftermarket é cativo, o que significa que provém da produção OE. O restante não é cativo e é produzido para o aftermarket, maioritariamente na Tunísia e na China. Que estratégia comercial e de marketing tem a UFI para 2016? Dentro da UFI, dispomos da Divisão Hi-Tech, responsável pela criação de produtos especiais e pelo envolvimento da marca na competição, seja em duas
Em termos gerais, quais são os objetivos da UFI para 2016? Como havia mencionado anteriormente, prevemos crescer 15% a nível global face a 2015 (21% no aftermarket). E pretendemos reforçar a nossa posição quer em Itália (onde somos líderes) quer na Península Ibérica. Mais: pretendemos crescer um pouco por toda a Europa, bem como reforçar a nossa presença no Médio Oriente, região onde criámos uma nova empresa, a UFI Middle East, especialmente dedicada ao aftermarket. Além disso, abriremos, este ano, uma nova fábrica na América do Sul, mais concretamente no Brasil, que se encarregará de produzir para o mercado OE e para o aftermarket. Que fatores distinguem a UFI da concorrência? É uma boa questão. No topo, colocamos a inovação e o desenvolvimento, que
Luís Vicente, Area Manager Portugal da UFI Ibérica
3 perguntas a... Que análise faz da sua função como Area Manager para Portugal? A UFI foi a primeira marca de filtros a nomear um responsável específico para o mercado português. Estou no cargo há já ano e meio. Uma das responsabilidades que tenho passa por transmitir aos clientes os valores da UFI. As coisas têm corrido bem. Como é feita a distribuição da UFI em Portugal? Temos sete distribuidores em Portugal. Não fazemos qualquer distinção entre eles. Todos integram os valores da marca. Trabalhamos com os melhores e estamos muito satisfeitos com a rede que temos. Todos eles estão a crescer. E nós crescemos com eles também. Os clientes sentem total confiança na UFI.
aftermarket, área onde aumentaremos a nossa capacidade de produção no país. Em termos de valor, a percentagem de produtos OE que produzimos é de 80%, contra 20% de produtos destinados ao aftermarket. Falando no número de peças, a divisão é de cerca de 50% para cada lado (produtos OE e produtos aftermarket). Contudo, o valor dos produtos OE é muito superior, uma vez que,
ou quatro rodas. Em termos de marketing, a nível global, o principal objetivo é dar a conhecer ao aftermarket o que está a UFI a fazer e de que produtos OE dispõe. No mercado OE, esta necessidade não se verifica. Mas em alguns países, como, por exemplo, Alemanha e França, o aftermarket não tem bem presente o que faz a UFI. Na nossa unidade global de negócio, reforçámos os departamentos
têm sido os fatores que explicam o sucesso e o crescimento da UFI. Além disso, colocamos toda a paixão e dedicação naquilo que fazemos. E dispomos de uma equipa de 15 engenheiros que pensam nos produtos do futuro. Sem pressões, sem ruído e sem estarem integrados no edifício principal da empresa. A qualidade e a componente técnica são dois valores dos quais não abdicamos. ✱
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Como analisa os diferentes canais de distribuição que existem? Na verdade, trabalhamos com a primeira linha da cadeia de distribuição. A nossa rede, depois, é que lida com os clientes que tem. Estamos muito satisfeitos com o nosso modelo de negócio e com os resultados obtidos. Não temos, por isso, qualquer intenção de entrar em diferentes canais de distribuição com os nossos produtos. A quota de mercado de que dispomos em Portugal tem vindo a crescer, tal como a notoriedade da UFI. Junho I 2016
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NOTÍCIAS 32
TIPS 4Y adiciona matrículas de 2015
A TIPS 4Y adicionou à sua base de dados de matrículas os elementos referentes ao ano de 2015. Estes dados podem ser utilizados quer no Catálogo TecDoc quer integrados via WebService nas soluções dos clientes. Assente numa base de dados com mais de 8,3 milhões de registos, o WebService Pesquisa por Matrícula garante um elevado nível de exatidão (97%) na identificação da viatura. Quando utilizado em combinação com o Catálogo de Peças TecDoc, a seleção da viatura pela introdução da matrícula permite a redução significativa de reclamações pela eventual identificação errada da viatura. O que, segundo os distribuidores e retalhistas, pode representar cerca de 20% de todas as reclamações relacionadas com a encomenda de peças. Desde o lançamento desta importante funcionalidade que a TIPS 4Y tem desenvolvido um esforço de melhoria contínua na atualização e qualidade da sua base de dados, tendo alcançado um elevado nível de serviço, que a distingue no mercado do pós-venda automóvel.
Spies Hecker introduz três novas bases Para reparar as mais recentes cores OEM, a Spies Hecker introduziu três novas bases de efeitos especiais para o seu Sistema Permahyd: um azul perlado extra fino, um tom turquesa perlado e um pigmento preto particularmente intenso. Novas cores de efeito, provenientes de fabricantes de automóveis, como o Kona Blue e o Shadow Black da atual gama de cores da marca Ford, necessitam de soluções de pintura adaptadas, com pigmentos idênticos, a fim de permitir que os pintores procedam à sua reparação de forma correta. Ambas as bases já se encontram disponíveis em pequenas embalagens de 0,25 l, que são fáceis de manusear e otimizam os custos. Não é necessária a utilização de um misturador, uma vez que as novas bases podem ser apenas agitadas antes do sua utilização e medidas com precisão através da sua tampa doseadora. As fórmulas que contêm estas novas bases já podem ser obtidas através do programa de pesquisa de cor online da Spies Hecker: Phoenix. Para mais informações, visite o site www.spieshecker.com.
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Direção e Suspensão Fabrico de alta precisão para oferecer ‘Controle Total’
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As peças para Direção e Suspensão da Comline são fabricadas em algumas das melhores unidades de produção do mundo, garantindo um desempenho consistente e confiável em toda a sua linha. Neste sector essencial à seguranca, absolutamente nada é deixado de lado, com testes exaustivos em que levamos os produtos de Direção e Suspensão da Comline ao limite. Esta persistência em processo de fabrico de excelência e com testes robustos garante o ‘Controle Total’ no desempenho e qualidade dos produtos.
A linha de produtos da Comline, com juntas esféricas, braços de controle, barras estabilizadoras, tirantes de junção, pontas dos tirantes, buchas e kits de suspensão foi projetada para o colocar no ‘Controle Total’ do seu negócio de peças de Direção e Suspensão. A nossa abordagem focada proporcionou uma abrangente cobertura nas referências mais populares do mercado, permitindo às empresas de revenda aproveitarem a proposta de valor da Comline em números de referência das peças mais importantes e de rápida movimentação.
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NOTÍCIAS 34
Javier Rodrigo distinguido pela ADI O diretor da divisão europeia de Peças e Serviço da TRW Aftermarket, Javier Rodrigo, foi nomeado Profissional do Aftermarket do Ano pelo grupo de compras europeu Autodistribution International (ADI). O prémio foi entregue a Javier por Thomas Vollmar, presidente da ADI, durante a convenção do grupo, que se realizou no Centro de Conferências de Lamot, em Mechelen, na Bélgica, no passado dia 20 de abril. Votado pelos fornecedores da ADI e pelos participantes no evento, este prémio destaca a grande popularidade de Javier dentro da comunidade do pós-venda. Além disso, revela o merecido respeito por toda a equipa, assim como demonstra a elevada consideração que a marca e o negócio da TRW detêm em toda a Europa. “Ter a honra de receber este prémio é o ponto mais alto da minha carreira de 23 anos neste negócio. É com muito orgulho que aceito este prestigiado prémio e faço-o em nome de toda a minha equipa”, disse Javier Rodrigo.
Veneporte reforça distribuição na Europa Numa ótica de continuidade da dinâmica de alargamento da sua base de clientes e mercados que tem levado a cabo nos últimos anos, a Veneporte anunciou o início da colaboração com dois novos distribuidores no mercado europeu e a sua participação na primeira edição da Automechanika Birmingham 2016,que terá lugar em Inglaterra, entre os dias 7 e 9 de junho. Assim, em Espanha, a Veneporte passará a contar com a Grovisa como seu distribuidor, enquanto na Finlândia a colaboração será feita com a HL Group, do Grupo NEXUS. Dada a conhecida exigência dos mercados da Escandinávia e norte da Europa, José Gameiro, responsável de marketing da empresa, afirma que, “sem dúvida, o reforço nestes mercados só é possível porque a empresa tem apostado em oferecer produtos de elevada qualidade, com um excelente nível de serviço e disponibilização de uma oferta integrada de todos os componentes do sistema de escape – Global Range Supplier”. Também a participação na Automechanika Birmingham 2016 é uma aposta estratégica da empresa, alavancada pelo reconhecimento da qualidade dos produtos Veneporte e por uma gama adequada ao parque automóvel daquele país. Durante o mês de abril, a empresa participou, também, na Automechanika México 2016, estando previsto para breve o início da comercialização dos produtos da empresa na América do Sul.
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Ferodo Eco-Friction já está disponível em Portugal A Federal-Mogul Motorparts iniciou a comercialização em Portugal das pastilhas de travão Ferodo Eco-Friction, que se caracterizam por estarem isentas de cobre ou com baixa presença deste metal, melhorando a distância de travagem comparativamente a outras pastilhas de travão convencionais. A implementação da tecnologia Eco-Friction, presente em 95% da gama de pastilhas Ferodo Premier, não só contribui para um maior respeito pelo meio ambiente, como permite aos profissionais do aftermarket responder adequadamente às necessidades tecnológicas dos novos sistemas de travagem. As pastilhas de travão Ferodo Eco-Friction apresentam uma tecnologia pioneira que se tornou na escolha de equipamento de origem de marcas premium alemãs líderes de mercado, como Mercedes-Benz e Audi. Com a sua oferta atual, a tecnologia Ferodo Eco-Friction assegura a cobertura dos modelos mais populares no mercado e aqueles que estão para vir nos próximos meses.
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A nova edição da campanha “muda por pares”, da Philips, pretende fomentar a troca de lâmpadas de qualidade sempre duas a duas de forma a conseguir melhorar a segurança dos automobilistas, garantido-lhes sempre uma iluminação adequada. A troca de lâmpadas duas a duas é uma prática de manutenção do automóvel que traz inúmeros benefícios em termos de segurança e que evita que o feixe de luz do veículo, por trocar só uma lâmpadas, fique descompensado, tornando mais perigosa a condução noturna. A unidade que não foi substituída falhará pouco tempo depois, uma vez que desgaste dos filamentos será cada vez maior. Convém referir que uma lâmpada nova apresenta um feixe de luz de 75 m de alcance e que, passados três anos, esse feixe diminui para os 50 m.
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Maxolit lança Proaxxo DSF A limpeza dos sistemas de ar condicionado e da climatização dos automóveis é uma prioridade para a Maxolit. Nesse sentido, a empresa especializada em ferramentas e produtos para reparação automóvel, acaba de lançar no mercado a sua nova gama de produtos para uso profissional, da marca Proaxxo DSF. Trata-se de uma linha de produtos composta por sais quaternários de amónio, competentes para proporcionarem uma ação higienizante, com eliminação dos odores tradicionalmente associados ao ar condicionado e à climatização dos veículos.
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Póvoa Hidráulica oferece montagem integral de transmissões-cardan
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A Póvoa Hidráulica está a crescer. Depois das mudanças de instalações para um armazém maior, a empresa de hidráulica e pneumática está a especializar-se na área das transmissões-cardan. Um serviço que a empresa já realizava, mas recorrendo aos serviços de um parceiro. Mas, desde maio último, todo o processo passou a ser realizado nas instalações da Póvoa Hidráulica: montagem, reparação e manutenção. Ou seja, neste momento, a empresa oferece um serviço integral, de acordo com as necessidades do cliente. As aplicações das transmissões-cardan poderão ser das mais diversas, desde o camião basculante, autobetoneiras, gruas, veículos para obras públicas, tratores agrícolas, automóveis, veículos a carris e indústria. Fonte oficial da Póvoa Hidráulica garante que a empresa apenas utiliza componentes de “alta qualidade na montagem” e que também atribui o Certificado de Equilíbrio da transmissão.
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MF Pinto distribui em exclusivo DTS Electric A MF Pinto, S.A. iniciou a distribuição, em exclusivo, da marca DTS Electric, onde se destacam as gamas de motores de arranque e alternadores. A introdução no mercado destes novos produtos insere-se na estratégia de diversificação da MF Pinto para 2016. Qualidade, preço competitivo e stock adaptado às exigências do mercado, são alguns dos argumentos da empresa da Abrunheira, Sintra. Os motores de arranque e alternadores da marca DTS Electric cumprem com os mais altos padrões de qualidade e segurança da indústria automobilística. Para assegurar uma longa vida útil e um correto funcionamento, todos os componentes dos motores de arranque são fabricados em materiais de alta qualidade. Além de motores de arranque e alternadores, a gama completa da marca DTS Electric oferece, também, outras peças para motores.
Movonparts tem novo horário de atendimento A Movonparts, empresa portuguesa que atua na área do comércio online de peças automóvel, informa que disponibilizará assistência técnica a todos os seus clientes das 20h30 às 23h00, de segunda a sexta-feira. Este novo horário complementa o atendimento que vigora e que é compreendido entre as 9h00 e as 19h30 de cada dia útil. O objetivo desta extensão do
horário é o de auxiliar todos os visitantes da plataforma online www. movonparts.com na identificação e aquisição de peças automóvel. Além de o cliente poder colocar as suas questões no chat, terá uma linha de apoio telefónico. A Movonparts celebrou, no passado mês de maio, dois anos de existência, sendo uma aposta da empresa SPR Auto, Peças e Acessórios, Lda.
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SMT 300 da Bosch deteta fugas A Bosch deu a conhecer o SMT 300, o seu mais recente equipamento de deteção de fugas. Compacto, permite detetar fugas nos sistemas de admissão e escape. Mas, também, deteta fugas de ar nas janelas ou a entrada de água no habitáculo através dos vedantes das portas. Para isso, o SMT 300 utiliza um método inovador, que faz passar, através de uma mangueira de borracha, um fumo especial com cores ultravioleta. Desta forma, ao testar fugas no sistema de escape, é possível determinar o tamanho e a localização da fuga em apenas dois passos. No entanto, o modo de teste integrado permite verificar a existência de fugas sem ser necessário utilizar o fumo, facto que permite poupar o marcador UV. O equipamento pode tornar-se móvel, uma vez que consegue ser alimentado por energia da bateria do automóvel.
Imprefil apresenta novidades no mercado português A Imprefil é uma empresa com uma longa história, tendo mais de 35 anos na venda e distribuição de produtos de filtragem, térmicos e climatização, para os setores industrial e automóvel. No seu catálogo, encontram-se as mais prestigiadas marcas do setor. Por ocasião do salão expoMECÂNICA e coincidindo com a recentemente anunciada estratégia de expansão, a Imprefil aproveitou a oportunidade para apresentar ao mercado português as suas linhas de negócios. Em relação à linha de filtragem, a Imprefil dispõe de uma completa gama de filtros para automóveis, camiões, autocarros e indústria em geral da marca Imprefil e das suas representadas Sofima, Separ, Vircis ou Baldwin, entre outras. Para a área automóvel, a Imprefil dispõe ainda de uma gama completa de compressores, filtros desidratadores e válvulas de expansão, que cobrem mais de 90% das necessidades do parque automóvel. Além das mencionadas linhas de produtos, a Imprefil também dispõe de uma importante gama de aditivos, entre os quais se destaca o aditivo para Diesel “Fuel Performance Formula”, da Stanadyne. AF Imprensa Jornal Oficinas 185x130_v3_HIcc.pdf
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Mercedes-AMG C 63 com componentes Mahle Com uma combinação de design expressivo, interior desportivo e uma elevada dinâmica para o dia a dia, a Mercedes-Benz lançou, recentemente, o AMG C 63T, que utiliza um motor V8 de 4,0 litros equipado com dois turbocompressores, que debita uma potência de 476 cv e disponibiliza um binário de 650 Nm. A Mahle marca, mais uma vez, presença ao fornecer êmbolos, retentores, árvore de cames, válvulas, guias e válvulas, separadores de vapor de óleo, intercoolers e alguns termostátos.
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NOTÍCIAS 40
DICA DE REPARAÇÃO
Fuga de óleo A fuga de óleo pelo turbo é uma das maiores queixas e, ao mesmo tempo, das mais difíceis de diagnosticar a sua causa. Na maior parte das vezes, estas queixas de fuga de óleo pelo turbo não tem nada a ver com este, mas sim devido a qualquer outro sistema da viatura envolvente ao turbo. Quando o turbo não tem folga exagerada no veio, é muito difícil que a fuga de óleo seja originada por ele. E é muito comum após a aplicação de um turbo novo, que apareça uma maior passagem de óleo em relação ao turbo velho. Isto deve-se ao facto de que o turbo velho com o acumular dos anos e dos quilómetros, tenha uma carbonização interna elevada que provoca uma maior estanquidade do turbo. A passagem de óleo pelo turbo pode ser pelo lado da admissão ou pelo lado do escape. Do lado da admissão, o óleo pode ser proveniente do respirador do motor. Se o filtro de ar estiver com obstrução e o turbo não conseguir aspirar o ar necessário à atmosfera, vai fazer então
uma maior aspiração ao circuito do respiro do motor, extraindo, assim, uma maior quantidade de óleo. Do lado do escape, a fuga de óleo pode ser provocada por um deficiente retorno para o cárter. A saída de óleo do turbo para o cárter é feita apenas por gravidade e caso o tubo de drenagem tenha uma obstrução ou uma curva acentuada após a sua montagem, o fluxo de saída é dificultado e o óleo é empurrado para o lado do escape, originando fumo branco. A pressão existente no cárter é outro motivo de fuga de óleo do turbo, seja por passagem interna de compressão no motor, seja por obstrução do respirador do motor ou do seu filtro. O turbo no seu interior usa segmentos estáticos, com a particularidade de deixarem passar ar para o interior do turbo, criando uma pressão interna propositada para manter o óleo no seu devido circuito. Caso algo altere este equilíbrio entre os gases de escape e o ar da admissão, ocorrerão, também, fugas de óleo.
Por: Nuno Teixeira Tlm: 937 500 519
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O Acctiva Professional 35A é um dispositivo que garante um processo de carregamento sem oscilações. Através de uma tensão constante no diagnóstico e nas atualizações de software, são evitadas falhas no dispositivo de controlo. Em complemento à sua função principal – carga automática completa – o sistema de carga de baterias assegura que a tensão se mantenha constante durante o diagnóstico e atualizações de software, de modo a que a bateria esteja completamente carregada após o serviço.
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NOTÍCIAS 42
NGK lança vídeo tutorial A NGK criou um novo vídeo tutorial, que mostra as instruções, passo a passo, para a montagem de velas. O vídeo, disponível no YouTube, consiste num guia de extrema utilidade para as oficinas. Os sistema de bobina (conhecido como fila de bobinas) combina várias bobinas num só módulo, o que permite que possam ser rapidamente desmontadas e substituídas. A correta instalação destes dispositivos é vital para o seu bom funcionamento e durabilidade. Alguns dos passos requerem ferramentas específicas, como extratores ou uma chave dinamométrica, para assegurar que a bobina de ignição não fique danificada. Para ver o vídeo, deverá consultar o link www. youtube.com/ngksparkplugeurope.
Bosch continua a crescer em Portugal A Bosch encerrou o seu ano fiscal em Portugal com vendas totais no valor de 933 milhões de euros. Um aumento substancial (15%) face a 2014. A Bosch Portugal teve ainda um desempenho estável no mercado interno, com vendas de 216 milhões de euros. “Consolidámos o nosso negócio em Portugal e reforçámos a nossa presença local para o futuro através de investigação e desenvolvimento”, explicou Carlos Ribas, representante do Grupo Bosch em Portugal. Que acrescentou: “Expandimos o portefólio de produtos das nossas localizações em Portugal, o que, por si só, é mais uma prova da nossa competência e dedicação. Os bons resultados em 2015 e a previsão positiva para este ano, impulsiona a nossa ambição de fazer de Portugal uma localização estratégica ainda mais importante para a Bosch” acrescentou o responsável. Com base nos resultados do primeiro trimestre de 2016, a Bosch prevê um desenvolvimento positivo para a sua atividade no nosso país e espera um crescimento estável ao longo deste ano. Em 2015, a Bosch criou mais de 250 postos de trabalho altamente qualificados para engenheiros nas suas instalações em Portugal, o que demonstra a confiança na competência dos colaboradores portugueses. autopecas_cab.pdf
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NRF reforça relação com clientes Para aperfeiçoar o serviço de relação com os seus clientes, a NRF reformulou o seu call center e colocou-o ao nível de um contact center, centralizado no seu escritório de Granada, Espanha. Com esta mudança e um novo horário comercial e de expedição, a NRF passou a oferecer um serviço mais eficaz aos seus clientes. A abertura começa mais cedo (8h30) e termina mais tarde (19h30), com único intervalo, entre 14h00 e 15h00 (horário espanhol). Os membros do contact center gerem e processam as necessidades de comunicação dos clientes através de múltiplos meios: webshop, telefone, email, WhatsApp e interações multimédia (como, por exemplo, chat ao vivo com projeto em andamento). Na webshop da NRF (webshop.nrf.eu/), é possível consultar preços, stocks e realizar pedidos. Para facilitar a consulta de stocks, a disponibilidade de cada produto está indicada por cores.
Meyle deteta apoios de motor danificados Devido às fortes vibrações e cargas elevadas no arranque e na mudança de velocidades, os apoios de transmissão estão sujeitos a um desgaste rápido e têm de ser substituídos regularmente. Ao efetuar uma reparação, os colaboradores da oficina devem verificar, por rotina, se é necessária a substituição do apoio de transmissão. É possível identificar esta si-
tuação com base em ruídos ou através de um controlo visual. No seu mais recente vídeo, os “Mecânicos Meyle” explicam no canal “Meyle TV”, no YouTube, como se identifica rapidamente um apoio de transmissão danificado e porque deve ele ser substituído. O novo vídeo sobre os apoios de transmissão pode ser visto em https://youtu.be/nxcM7ntskSY.
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ANECRA promove formação na Madeira
CTEK Battery Sense à venda na Krautli A Krautli, distribuidor da marca CTEK, introduziu no mercado um produto inovador, através do qual reforça o estatuto de líder mundial na manutenção de baterias. Trata-se do CTEK Battery Sense, um aparelho de controlo do estado da bateria, que garante que qualquer veículo, moto, todo-o-terreno ou brinquedo de fim de semana, esteja pronto a funcionar sempre
A ANECRA, na qualidade de organismo atestador pela Agência Portuguesa do Ambiente, realizou, nos dias 5 e 6 de maio, na Madeira, nas instalações da SerPeças, uma ação de formação de Atestação de Técnicos de Ar Condicionado, que contou com a participação de 12 formandos. Esta ação decorreu em parceria com a Würth Portugal e revelou-se bastante positiva, tanto na componente técnica como na componente de aprovisionamento de todo o equipamento indispensável para a realização da formação prática. Na lógica de ir ao encontro das necessidades crescentes da Madeira, a ANECRA proporciona, assim, aos técnicos de ar condicionado da região, a possibilidade de obterem uma atestação para intervenções em sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor que contenham gases fluorados com efeito de estufa.
que necessário. Não há mais surpresas desagradáveis com baterias mortas, preocupações sobre o estado da bateria ou sobre quando deve ser efetuada a manutenção da mesma. O Battery Sense ajuda a prolongar a vida das baterias e utiliza a conectividade Bluetooth para exibir, convenientemente, o estado das mesmas no smartphone, através de uma aplicação muito fácil de utilizar. www.jornaldasoficinas.com
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NOTÍCIAS 44
Pastilhas e discos travão em campanha na TRW A TRW Automotive Portugal lançou uma campanha de produtos de travagem destinada a toda a sua rede de distribuidores e oficinas suas clientes. Em vigor
até 24 de junho de 2016, esta campanha promove o “Serviço perfeito, sempre”, ao oferecer aos clientes TRW, através da acumulação de pontos, roupa de trabalho de qualidade com a imagem da marca, associada a produtos com um desempenho excecional. Os produtos abrangidos por esta campanha são as pastilhas e os discos de travão. A TRW produziu materiais de marketing, tais como folhetos e posters, que permitem aos seus distribuidores promoverem a campanha junto das oficinas suas clientes, para que estas conquistem a roupa de trabalho através das suas compras dessas peças de travagem TRW. De junho a agosto, as pastilhas e os discos de travão também vão ter pontos a dobrar no programa automotive Diamonds. Assim, para além de poderem ganhar roupa de trabalho muito útil, com a campanha da TRW Portugal, as oficinas portuguesas também têm a oportunidade de acumularem mais pontos para conquistarem o seu prémio de sonho no programa automotive Diamonds.
Entreposto Auto lança site www.colisao.pt Porque o imprevisto pode acontecer, o Entreposto Auto disponibilizou um site dedicado a apoiar todos os condutores que são surpreendidos com a inconveniência de um acidente. Este novo site tenta responder a perguntas como “O que fazer?”, “Para onde ligar?” e “Quem é o responsável?”. Assim, estas e outras perguntas serão respondidas no site www.colisao.pt, onde pode ser encontrada, também, uma lista de contactos úteis de seguradoras, concessionárias de autoestradas e toda a rede de Oficinas Entreposto Auto, que garantem salvaguarda da garantia de fábrica. Este site é parte integrante de uma estratégia de encaminhamento dos Clientes Entreposto Auto para as redes de oficinas de colisão, explicando compromissos de reparação que só os representantes das marcas podem garantir.
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RedeInnov continua a crescer A RedeInnov integrou mais um membro na sua estrutura central. Mafalda Oliveira entrou para assumir a função de responsável de marketing. Nascida em 1988, é licenciada em Comunicação Empresarial e dispõe de mestrado em Marketing e Estratégia. Desenvolveu as suas competências em áreas como a de cosméticos, engenharia de fibras e mobiliário
de luxo, desempenhando funções ao nível da comunicação e atividades de marketing. A RedeInnov tem por objetivo proporcionar às oficinas de reparação automóvel independentes uma melhoria da oferta atualmente disponibilizada, não só em termos de produtos, mas, essencialmente, através de serviços que visam aumentar a sua rentabilidade.
Novo Audi A4 traz iluminação da Hella A Hella equipa o novo Audi A4 com uma inovadora combinação de tecnologia de LED nos farolins traseiros, associada à unidade de controlo de iluminação para o acionamento dos faróis. E ainda com as pequenas luzes adicionais, assim como o módulo interior das luzes do habitáculo. Nos farolins, cada função desta inovadora tecnologia de LED reflete a luz com a assinatura inconfundível do fabricante alemão. Notória é a homogeneidade da luz traseira, fácil de ver e de reconhecer, independentemente do ângulo de visão. Este efeito é produzido quando a luz gerada pelos LED encontra um refletor channel type sobre uma lente difusora com um elevado nível de dispersão. Os farolins também contam com os indicadores de direção dinâmicos característicos da Audi, como os existentes nos modelos A7 e A8.
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NOTÍCIAS 48
Metelli tem novas bombas de água Destinadas aos veículos industriais pesados, as novas bombas de água Metelli vêm ampliar a gama para uma cobertura completa dos modelos europeus. À gama atual de bombas de água, destinadas aos veículos de passageiros e veículos industriais ligeiros, com um total de 869 códigos, aos quais são adicionadas 107 referências de PA com kit de distribuição, juntam-se as destinadas aos veículos industriais pesados. Esta nova série, que inclui já 37 códigos para aplicações Iveco, será ampliada com cerca de outras 60 novas referências para DAF XF105/ XF95/ CF85, Mercedes-Benz Axor/ Atego/Actros, MAN TGX/ TGM/ TGS, Renault Premium/Kerax, Scania Serie K/P/G/R e Volvo FL/ FH/FE/FMX, entre outras.
Sofrapa renova presença online A Sofrapa renovou a sua presença online com o lançamento de um novo site, preparado para ser consultado a partir de qualquer dispositivo móvel, de forma a estar mais próxima dos clientes. O novo site apresenta um menu de navegação simplificado, onde se destacam três áreas distintas, pensadas de acordo com os negócios da empresa: Peças Auto, Comércio de Automóveis Semi-novos, Mecânica e Reparação Automóvel. Desta forma, os visitantes ficam com uma noção global da atividade de Sofrapa e com um perfeito entendimento dos principais produtos e serviços comercializados pela empresa. Para todos os clientes, está reservada mais uma novidade a ser lançada brevemente: a reformulação do portal de encomendas B2B. O novo site da Sofrapa está disponível em www.sofrapa.pt.
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NOTÍCIAS 50
DICA DE REPARAÇÃO
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Capas de biela nos motores Renault dCi
Unhas de retenção evitam gripagem
A escolha certa em rolamentos para automóveis
O alargamento dos intervalos de manutenção no automóvel forçou à restruturação da sua manutenção. Alguns componentes que até então eram substituídos em intervenções de reparação, passaram a fazer parte da manutenção. Mais uma vez, aproveito estas linhas para ajudar a corrigir problemas nos motores dCi. Quando a Renault pensou em construir os apoios ao movimento nestes célebres motores, nomeadamente entre os elementos da cambota e bielas, esqueceu-se de uma regra básica na mecânica nunca até então descurada pela maior parte dos fabricantes, apesar de muitas variantes terem sido testadas neste campo. Esta regra básica diz que entre dois componentes mecânicos em movimento, deve existir sempre um terceiro elemento com a função de facilitar a ação, contornando problemas de aquecimento e gripagem. Os apoios de biela são, talvez, no motor, os componentes mais sacrificados para que se consiga ter movimento na cambota. No desempenho das suas funções, sofrem ciclicamente esforços de compressão e pancada, trabalhando, muitas vezes,
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no limite das suas capacidades mecânicas. Estas peças, conhecidas por capas de biela, foram evoluindo ao longo do tempo, sendo a sua forma inicial uma chapa de ferro côncava, onde o mecânico vertia estanho em estado líquido e ajustava com o rascador à cambota. Esta operação que durava horas foi simplificada com a entrada em comercialização das peças de substituição. A regra básica estava lá, ou seja, o movimento acontecia entre a face estanhada e a cambota de ferro. Para assegurar que não havia movimento entre a face exterior da capa e a biela, eram abertas unhas de retenção entre os conjuntos e as bielas. Durante mais de cem anos, construíram-se motores com capas de apoio fixas nas bielas. Os problemáticos motores dCi não têm fixação das capas nas bielas, passando estas ainda com pouco desgaste a rodarem nos orifícios das bielas, destruindo-se rapidamente. Estes componentes, que até então eram substituídos em intervenções de reparação, passaram, forçosamente, a fazer parte da manutenção. Para reverter esta incómoda e dispendiosa manutenção, aconselhamos a que as bielas e as capas, antes de serem montadas, visitem uma oficina de torneiro, para que sejam abertas unhas que fixarão os conjuntos, invertendo, assim, um processo que se agrava com o passar dos quilómetros.
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TecAlliance apresenta 1.º TecRMI User Group A TIPS 4Y (TecAlliance Sales Partner) organiza o 1.º Workshop em Portugal, exclusivamente dedicado à TecRMI (Repair and Maintenance Information), área da TecAlliance especializada em informação sobre reparação e manutenção automóvel. O evento, dedicado a profissionais, terá lugar em Lisboa, no próximo dia 15 de junho. A TecRMI oferece uma ampla oferta de soluções, que vão desde plataformas de informação oficinal até produtos “chave-na-mão” para a indústria automóvel. E assume-se como uma das referências na Europa em serviços de informação técnica para o mercado automóvel, com mais de 60 mil utilizadores. O 1.º Workshop TecRMI contará com as presenças de Ralf Pelkmann (executive vice-president da TecAlliance para a gestão de informação), Reiko Böhme (Solution Management) e Pedro Barros (CEO da TIPS 4Y). Para além de várias novidades, destacam-se da agenda do evento os temas qualidade de informação, benefícios da utilização das soluções, cobertura de dados e as diversas aplicações do TecRMI. Para mais informações sobre este evento, visitar o site www.tips4y.pt.
EUROPART passa a estar presente na Áustria O distribuidor líder no mercado europeu continua a expandir a sua rede de parceiros, tendo chegado, agora, também à Áustria. O novo parceiro é a Truck’n’Roll Zmugg. Desde a sua fundação, no ano 2000, esta empresa austríaca tem-se especializado em peças de reposição para veículos comerciais. Agora, os proprietários pretendem expandir a sua gama de produtos e oferecer um portefólio ainda maior, contando, para tal, com a parceira da EUROPART.
“Como parceiro EUROPART, podemos oferecer aos nossos clientes mais de 400 mil peças para veículos comerciais, de modo a dar resposta às necessidades das oficinas”, explicou o responsável. Que acrescentou: “Graças ao nosso armazém, em Kalsdorf, e ao serviço de entrega diária a partir do armazém central da Alemanha, podemos fornecer uma incomparável gama de peças para camiões, reboques, veículos comerciais e autocarros”.
Blue Print aconselha uso de ferramentas especiais A exigência na manutenção de alguns veículos tem vindo a crescer. E constata-se que são utilizadas diferentes estratégias para dificultar o trabalho dos profissionais. Uma delas passa por limitar o acesso às peças a serem mudadas. A Blue Print, para além de informação técnica, desenvolveu algumas ferramentas com características particulares para determinadas operações de manutenção e reparação de veículos, de forma a garantir o máximo de rigor e eficiência, dispondo, atualmente, de perto
de 50 ferramentas de trabalho com 3889 aplicações. Na família de Chave de Velas de Incandescência, existem duas que, pelas suas características, merecem destaque. A chave ADG05520 de 9 mm e a chave ADG05518, que é uma solução que combina uma chave de 12 mm com um adaptador reforçado, permitindo a remoção de velas de incandescência em locais de muito difícil acesso. Também é comum existirem ferramentas específicas para cada um dos
fabricantes de veículos, sendo um bom exemplo a ferramenta para bloquear o motor durante o procedimento de substituição dos componentes da distribuição. A ferramenta da Blue Print ADK85501 é compatível com os motores 1.3 Diesel de várias marcas. Estes são apenas alguns exemplos apresentados para trabalhos mais comuns, mas com alguma complexidade. As peças estão no catálogo Blue Print Live e, em alguns casos, são acompanhadas de boletins técnicos.
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NOTÍCIAS 52
Que tipo de Profissional é você? Não tem a certeza do nível de conhecimento Não apresenta um histórico profissional comprovável Não tem reconhecimento Oficial
O talentoso O talentoso
Rede TOP TRUCK procura melhor técnico nacional
Tem as suas competências certificadas
A TOP TRUCK está à procura do melhor técnico nacional, por entre as 17 oficinas que compõem esta rede em Portugal. Os 45 participantes nesta 1.ª edição da Academia TOP TRUCK, serão desafiados com perguntas sobre áreas distintas da reparação automóvel. E, no final, o técnico com a melhor pontuação será premiado pelos seus conhecimentos. A competição estará dividida em três rounds, cada um com 20 perguntas, que vão desde a mecânica à eletricidade, passando pela receção do cliente, chapa/pintura e tacógrafos, entre outros. Dos 45 participantes que se inscreveram nesta 1.ª edição, a rede procura o técnico que se destacará com os melhores e mais diversos conhecimentos. Todos os participantes receberão uma lembrança, mas serão os três melhores classificados que terão direito aos prémios mais apetecíveis. As classificações intermédias serão divulgadas na página de Facebook da TOP TRUCK e a classificação final será comunicada na página web oficial até final de agosto de 2016.
Tem reconhecimento Oficial Maior credebilidade no mercado Melhores oportunidades de emprego
O Certificado
Todos estes factores levam a maiores níveis de competitividade e integração no mercado de trabalho
Uma oficina de confiança tem os seus Profissionais Certificados Para entrar no competitivo mercado de manutenção de Viaturas em Periodo de Garantia, os reparadores independentes submetem-se a um processo de certificação com auditorias, formação e exame, com controlos adicionais que visam garantir que os requisitos tecnico-legais do fabricante são cumpridos.
É também implementado um sistema integrado de Gestão de Manutenção Automóvel - SiGMA - que dá suporte a todas as operações registadas num software específico com ligação direta aos principais fabricantes europeus de automóveis (Mercedes, BMW, Audi, Renault, PeugeoI
ENTIDADES:
MAN aprova lubrificante Fuchs Titan Cargo
Oficinas Independentes Redes Corporativas Ex-Concessionários
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A MAN aprovou, oficialmente, a nível mundial, o lubrificante premium da Fuchs: Titan Cargo PRO GAS SAE 10W-40. Este avançado lubrificante, especialmente concebido para motores a gás alimentados a GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) e GNC (Gás Natural Comprimido) de veículos comerciais e autocarros, assim como para motores Diesel, anuncia uma poupança no consumo do lubrificante, uma excelente limpeza do motor e emissões mínimas de escape. A tecnologia de aditivos deste lubrificante oferece uma excelente estabilidade térmica e baixos níveis de cinzas sulfatadas, prevenindo a formação de depósitos e a auto detonação. O que se revela particularmente vantajoso nos veículos equipados com sistemas de pós-tratamento de gases de escape, como os filtros de partículas e os conversores catalíticos, visto que estes dispositivos não são obstruídos ou contaminados com esta tecnologia de aditivos.
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Euro Tyre distribui peças seis vezes ao dia No seguimento da sua política de proximidade e aumento das soluções para os clientes, a Euro Tyre duplicou, recentemente, a área disponível no seu armazém de Lisboa e iniciou a entrega de peças seis vezes ao dia. Com o objetivo de prestar um serviço cada vez mais completo, a Euro Tyre disponibiliza, também, um vasto leque de peças auto, como filtros, material de suspensão e travagem, lubrificantes e embraiagens. As peças auto podem ser pedidas através do site da Euro Tyre com a simples introdução da matrícula da viatura. Todas as peças serão entregues nos mesmos prazos do que os pneus. Através de um sistema de logística própria, a Euro Tyre aumentou, também, o número de entregas para quatro diárias nos distritos de Aveiro e Coimbra, bem com para duas vezes ao dia em Viseu, Guarda, Covilhã e Castelo Branco. Brevemente, serão anunciadas mais novidades, como a abertura de novos armazéns em território nacional.
Sogilub lança aplicação para produtores de óleos usados A Sogilub disponibiliza a aplicação “SmartLubi” para smartphones e tablets com os sistemas operativos iOS ou Android, estando esta solução disponível gratuitamente. Esta aplicação tem como objetivo facilitar a comunicação entre os produtores de óleos usados, a Sogilub e os operadores de recolha, permitindo desde o registo inicial no SIGOU, a solicitação da recolha de óleo usado, o acompanhamento do estado dos pedidos, a consulta e pedido de alteração dos dados de registo e o acesso ao histórico de entregas efetuadas, assim como a possibilidade de avaliar e classificar o nível de serviço prestado. Trata-se de uma plataforma unificada e integrada com outros sistemas e soluções tecnológicas, que disponibiliza, em tempo real, todos os dados relativos às suas várias funcionalidades, permitindo uma comunicação direta com o operador de recolha. Os produtores de óleos usados têm, assim, através da SmartLubi, um meio de comunicação simplificado, que será de grande utilidade no exercício da sua atividade.
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R-M vai sortear DS 3 pintado com verniz especial Como forma de agradecimento aos seus clientes e fãs, a R-M irá sortear um DS 3 pintado com o novo verniz Glossclear C2560, que percorreu diferentes feiras e eventos por toda a Europa. Entre 2 de maio e 30 de junho de 2016, oficinas na Alemanha, Polónia, Espanha, Portugal, Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega, terão a oportunidade de participar no sorteio do DS 3 pintado pela R-M, recebendo um cupão de participação por cada 5 L adquiridos dos novos vernizes. O brilho profundo da cor vermelha com que foi pintado o veículo, deveu-se à aplicação em três fases de Onxy HD, o uso da tinta base exclusiva HB 80T, combinada com Special Crystal Bases e com o acabamento premium do verniz Glossclear C2560. Junho I 2016
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NOTÍCIAS 54
Civiparts organiza Dia do Fornecedor com a SKF
Livro Manutenção Digital para Veículos Usados
l A SKF foi o fornecedor escolhido para os primeiros eventos “Dia do Fornecedor” nas lojas Civiparts, que decorreram na segunda quinzena de abril. Durante uma semana, a equipa SKF fez um périplo pelas lojas Civiparts, prestando apoio e esclarecendo dúvidas a clientes e aproveitando a ocasião para dar a conhecer dados técnicos e características diferenciadores dos seus produtos. Juntamente com esta iniciativa, foi lançada uma campanha de oferta de massa lubrificante na compra de dois kits de rolamento de roda, que terminará a 15 de junho.
l As oficinas certificadas MV-BER (referencial normativo EBI/461 MV-BER) licenciadas, já podem disponibilizar aos seus clientes o novo Livro de Manutenção Digital, à semelhança do que oferece a BMW, Mercedes e outras marcas de topo aos seus clientes na rede de Reparadores Autorizados. A grande diferença para os Reparadores Independentes Certificados MV-BER é que estes Livros de Manutenção Digital, que estavam disponíveis apenas para Viaturas no Período de Garantia estão agora disponíveis também para veículos que já tenham saído do período de garantia original do fabricante.
Leirilis distribui baterias Femsa l Uma vez mais, a Leirilis aposta na diversificação da sua gama de produtos, reforçando a qualidade e a diversidade, com o objetivo de atender às necessidades dos seus clientes e do próprio mercado. As baterias Femsa destacam-se pela qualidade e alto rendimento para utilização universal em praticamente todos os veículos de passageiros e pesados. A boa relação qualidade/preço, a instalação fácil e a vantagem de uma vasta cobertura de mercado, fazem da Femsa uma bateria de arranque ideal para as oficinas e, consequentemente, para os consumidores finais.
l A DOGA apresenta o seu novo catálogo de elevadores de vidros, consolidando-se como especialista na área. A ampliação da gama conta com 460 novas referências, que se somam a um catálogo que conta já com mais de 2.100, proporcionando, desta forma, uma cobertura de 96% do mercado. As mudanças deste aumento de portefólio são: 460 novas referências; programa com mais peças OEM; introdução de códigos QR para acesso direto às intruções e montagem das peças; conselhos de montagem; novo design; formato mais atrativo das embalagens.
Filourém lança linha Hidráulica Italcar
RPL Clima com novidades em AC l A RPL Clima dispõe sempre das mais recentes novidades no que toca a climatização automóvel, desde ventiladores, filtros desumidificadores, condensadores, compressores AC e muito mais. Os mais recentes lançamentos são o compressor para Opel Corsa D 1.6T – ref.ª APCOOP0066 e o evaporador Komatsu PC200-7 – ref.ª APEVKM0007. Fique a par destas e de outras novidades através do site www.rplclima.com ou em facebook. com/rplclima.
Novo catálogo DOGA
Tenneco tem novo diretor aftermarket l A Tenneco anunciou que Bruce Ronning juntou-se à empresa como vice-presidente e diretor-geral aftermarket da Tenneco na Europa. Bruce juntou-se à Tenneco vindo da Johnson Controls, onde passou os últimos 17 anos em cargos de crescente responsabilidade de gestão. Tem uma vasta experiência em vendas adquirida no início da sua carreira como diretor comercial. Ronning também desempenhou funções de diretor executivo aftermarket na área EUA/Canadá e realizou diversas funções de marketing e vendas durante o seu mandato.
l A Filourém acaba de reforçar as suas opções em travagem com o lançamento da nova linha de Hidráulica ITALCAR. Esta nova gama de produtos, onde se englobam as bombas, bombites e compensadores de travão, bem como as bombas de embraiagem, satisfaz a maioria das necessidades correntes do nosso parque automóvel, com a melhor relação preço/qualidade. Para mais informações, consultar o site www. filourem.com.
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OFICINAdoMÊS José de Sousa Teixeira e Filhos
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OFICINA DO MÊS
Em nome do pai › A oficina José de Sousa Teixeira e Filhos pertence, há 20 anos, à rede Checkstar, da Magneti Marelli. A empresa vai na segunda geração da família, sempre em nome próprio, e alargou o seu espectro de serviços Por: Jorge Flores
R
aros são os nomes que não digam muito das respetivas empresas. A José de Sousa Teixeira e Filhos, por exemplo, não deixa muita margem para divagações. Trata-se de uma oficina nascida há mais de 50 anos, em Benavente, através do esforço do seu fundador, José de Sousa Teixeira. Inicialmente, a oficina dedicava-se apenas à parte elétrica dos automóveis. Mas tudo mudou há cerca de 10 anos. Quando ao nome, a empresa juntou o “... e Filhos”. Com a segunda geração na gerência da oficina, o leque de serviços alargou-se. Conta ao Jornal das Oficinas José Teixeira que, juntamente com o seu irmão, Manuel Teixeira, comandam os destinos da casa, contando ainda com um mecânico formado no Cepra. Há cerca de oito anos, a a José de Sousa Teixeira e Filhos abraçou a mecânica e os pneus, mantendo a eletricidade como uma das suas prioridades. Em termos de procura de serviços, “a mecânica e a eletricidade são 50/50”, esclarece José Teixeira. A área dos pneus,
ainda recente, andará pelos “5%”. Por ano, ainda assim, representa a venda de 1.000 pneus. Uma proeza digna de registo, numa região onde pontificam alguns dos grandes distribuidores desse setor. n PARCERIA MAGNETI MARELLI A José de Sousa Teixeira e Filhos tem uma carteira de 700 clientes ativos, “composta por aqueles que têm muito movimento, porque aos episódicos, que venham uma ou duas vezes por ano, não abrimos ficha”, afirma. A parceria com a Checkstar, da Magneti Marelli, tem já duas décadas. Embora a relação fosse anterior, a integração oficinal da José de Sousa Teixeira e Filhos na rede aconteceu apenas depois do desapontamento sentido numa marca, que “exigia muito e não agia corretamente”. Passado enterrado. Hoje, José Teixeira, que continua a ter o acompanhamento do seu pai, de 74 anos, todos os dias na oficina, reconhece estar “muito contente” com o trabalho em rede. “A assistência técnica
da Magneti Marelli é um grande trunfo. Cinco estrelas!”, sublinha. n VALOR DA FORMAÇÃO José Teixeira considera que um dos fatores de diferenciação da José de Sousa Teixeira e Filhos reside na atenção dada à formação. “Vamos todos às formações anuais da Magneti Marelli. Há muitos anos.
José Teixeira acredita que as formações regulares que a equipa tem com a Magneti Marelli são um trunfo da oficina
Sempre”, conta ao nosso jornal. A qualidade (e quantidade) do equipamento presente nos 500 m2 da oficina é outra das razões do seu sucesso. A lista é extensa. “Temos máquina de alinhamento de direções por 4D, linha de pré-inspeção completa (somos os únicos do concelho a ter), máquina de análise de escape, opacímetros, tudo da Magneti Marelli, quatro elevadores, máquinas de diagnóstico (Magneti Marelli e Bosch), banca de teste de alternadores e motores de arranque (também somos os únicos, talvez mesmo até a nível de distrito), serviço completo de pneus, com máquina de calibragem, desmontagem e tudo”, revela. Ao longo da sua história, a José de Sousa Teixeira e Filhos tem superado sempre as “crises” que assolam o país. De vez em quando, “lá aparece uma semana ou outra mais fraca, mas temos sempre muito trabalho”, adianta. Uma clientela essencialmente particular, “cada vez mais”, muito embora as empresas já representem perto de 10%. ✱
José de Sousa Teixeira e Filhos Gerente José Teixeira | Estrada Municipal 515, 2130 - 030 Benavente | Telefone 263 589 132 | Email j.s.teixeira.filhos@sapo.pt Junho I 2016
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ENTREVISTA MATTHIAS BLEICHER Diretor da Liqui Moly Iberia
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“Seremos uma marca de referência e peso no aftermarket ibérico” › A filial portuguesa da Liqui Moly ficará incumbida do mercado espanhol, passando a designar-se Liqui Moly Iberia e centralizando as vendas na Península Ibérica Por: João Vieira
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om este passo, o modelo de sucesso alemão que a Liqui Moly tem implantado em Portugal será alargado a Espanha, valorizando, assim, o excelente trabalho desenvolvido pela filial portuguesa. Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Matthias Bleicher, diretor da Liqui Moly Iberia, explica as razões desta decisão e os objetivos que pretende atingir. Porque decidiram criar a Liqui Moly Iberia e quais os objetivos desta nova empresa? Sabemos o potencial que o mercado Ibérico tem e faz sentido criar uma sinergia que permita uma política e estratégia comuns, apesar das diferenças que estes mercados apresentam. Desta forma, conseguimos maior visibilidade e projeção da marca. Como ficará constituída a Liqui Moly Iberia a nível de recursos humanos e instalações? A Liqui Moly Iberia terá alguns recursos comuns e será constituída por uma equipa própria para Espanha. Eu fico como diretor-geral para a Península Ibérica e a Sadhna Monteiro será responsável pela direção de marketing e desenvolvimento de negócios ibéricos. José Pereira é o nosso gestor comercial para a Iberia e Thomas Hilzendeger - que estará sediado em Espanha - será gestor comercial em Espanha. Estamos, neste momento, a recrutar comerciais em Espanha para cobrir todo o território e fazermos, assim, o acompanhamento dos nossos clientes. A sede continuará a ser em Portugal onde temos escritório e armazém e de onde faremos o envio de mercadoria e gestão do mercado em Espanha. Como se vai processar a distribuição dos produtos Liqui Moly em Espanha? Até ao momento, tínhamos uma distribuição reduzida, com pouca ação direta no mercado. Mas, a partir de agora, sabemos quais os parceiros que gostaríamos de ter em Espanha e estamos, neste momento, em negociações e a efetuar prospeção no mercado. Para já, confirmamos a nossa parceria com a Cecauto e o Grupo Auto Union, sendo nosso objetivo ter cobertura nacional.
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Quais as razões do sucesso do modelo de negócio implantado em Portugal e que querem replicar em Espanha? O modelo de negócio implantado em Portugal é resultado da experiência apreendida no mercado automotivo mais exigente do mundo: a Alemanha. Replicámos cá o formato alemão e como se pode ver nos últimos anos, o nosso crescimento e reconhecimento em Portugal foi exponencial. Já na Alemanha e pelo 6.º ano consecutivo, fomos nomeados a marca n.º1, deixando para trás marcas de prestígio e com maior tradição nesse país. Podemos então dizer que este modelo funciona! O sucesso deve-
-se a esta vasta experiência e, também, ao facto de a marca estar, constantemente, em campo, apoiando diretamente as oficinas com questões técnicas, formações, demonstrações práticas, campanhas e marketing. Basicamente, embora não façamos a venda direta à oficina, vivemos o dia a dia com os mecânicos e criamos as soluções para os seus problemas. Somos um verdadeiro parceiro de negócios, pelo que não nos ficamos só pelo fornecimento de produto e investimos no apoio em todas as vertentes a quem utiliza os produtos Liqui Moly no seu negócio. O nosso acompanhamento é constante e atento.
O mercado em Espanha é diferente do português a nível da distribuição e do retalho. Não receiam que o modelo de negócio que funciona bem em Portugal possa não funcionar bem em Espanha? Existem, de facto, diferenças entre os mercados português e espanhol, sendo que não são determinantes para colocar em causa este modelo de negócio. Esta estratégia germânica implica que a venda seja efetuada através da grande distribuição ou central de compras e que os nosso comerciais façam, depois, o acompanhamento ao cliente final, que, neste caso, são
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as oficinas. Ora, ao acompanharmos essas oficinas em Espanha, inevitavelmente iremos conseguir implantar a marca de forma mais eficaz. E, ao mesmo tempo, aumentar a procura do produto junto da grande distribuição. Claro que fazemos sempre ajustes e adaptações consoante o mercado em que estamos, mas não nos parece que sejam necessárias alterações estruturais ao modelo de negócio aplicado em Espanha. Quais as mais-valias desta mudança para a Liqui Moly e para os seus clientes portugueses e espanhóis? Ao unificarmos dois países, conseguimos unificar, também, a comunicação, a estratégia comercial e o marketing, o que irá, indescutivelmente, trazer mais exposição
que vão ao encontro das necessidades dos seus clientes. É isto que nos move diariamente, seja no laboratório, na fábrica, no escritório ou na rua. Claro que se formos reconhecidos por isso, tanto melhor! No primeiro trimestre deste ano, a Liqui Moly registou um resultado recorde em Portugal. Considera que ainda há potencial para crescerem no nosso país? Sim, temos tido sempre um crescimento muito positivo. E, neste último trimestre, registamos um recorde nunca antes alcançado em Portugal. Ainda assim, consideramos que há muito para crescer e para explorar no mercado português, até porque a Liqui Moly não é só especialista
e de ter uma fiabilidade extrema leva o consumidor a querer experimentar algo diferente sem reservas e esperando sempre resultados positivos. A Liqui Moly também cresceu a nível global, tendo aumentado o número de colaboradores? A empresa aposta mais no crescimento quantitativo ou qualitativo? Diria que aposta em ambos. Um aumento qualitativo leva, quase diretamente, a um aumento quantitativo. A qualidade é um dos nossos requisitos principais, seja no produto, no merchandising ou nos recursos humanos. E daí advém também o nosso crescimento, que, em muitos casos, supera as expectativas. Não basta ter um
Equipa Liqui Moly Iberia (da esquerda para a direita): Sadhna Monteiro, responsável pela direção de marketing e desenvolvimento de negócios ibéricos; Matthias Bleicher, diretor da Liqui Moly Iberia; Thomas Hilzendeger, gestor comercial Espanha; José Pereira, gestor comercial para a Iberia
à marca e criar maior procura do produto. Iremos reforçar o nosso stock em Portugal para permitir uma maior rapidez na satisfação das necessidades do mercado espanhol, apesar de as entregas maiores serem efetuadas de forma direta da nossa fábrica, na Alemanha. Para além disso, manteremos em Espanha o apoio até agora prestado em Portugal com campanhas, formações e acompanhamento comercial. O modelo é exatamente o mesmo. Para além de irmos investir em feiras e exposições que consideremos importantes e que sirvam o propósito de crescimento em ambos os países. Os leitores de quatro grandes revistas de automóveis da Alemanha elegeram a Liqui Moly como a melhor marca pela sexta vez consecutiva. O que representa este reconhecimento para a Liqui Moly? É um reconhecimento fundamental, principalmente num mercado tão exigente e grande como o alemão. Concorremos com outras marcas de grande prestígio, o que aumenta ainda mais o nosso orgulho neste reconhecimento. No entanto, com ou sem reconhecimentos deste género, a Liqui Moly tem como filosofia criar e desenvolver ou melhorar produtos de alta qualidade
no mercado do aftermarket mas, também, em outros mercados, como a Indústria, as Motos, a Náutica... Relativamente a estes mercados, lançaram uma gama específica para motociclos. Qual foi a recetividade do mercado a esta nova gama de produtos? A adesão foi extremamente positiva, pese embora haja uma tradição neste mercado em Portugal de outras marcas. O facto de o nosso produto ser premium
bom produto, é fundamental ter uma boa equipa e estar rodeado de pessoas extraordinárias e que gostem do que fazem. Esta é a nossa aposta! Os mercados de leste, incluindo a Rússia, atravessam graves problemas políticos e económicos. O que tenciona a Liqui Moly fazer para compensar a perda de vendas que tinha nestes mercados? Mesmo havendo situações complicadas que não controlamos, como situações
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políticas e financeiras nos mercados, temos sempre uma perspetiva positiva face a todos os desafios. Sentimos, de facto, um impacto no início da crise dos países de leste, como a Rússia, e que, entretanto, recuperamos com êxito. A Liqui Moly não é só um especialista em lubrificantes para o mercado do aftermarket, tendo tradição em desenvolver e estruturar podutos para outros mercados. Digamos que esta característica é outra vantagem que nos distingue da concorrência e que, num momento de crise, marca, de facto, a diferença. Tentamos sempre implementar todos os nossos produtos no mercado e, no caso de haver uma crise com um canal específico, temos sempre outras opções, seja a Indústria, Agricultura, Motociclos ou outras. No passado, não éramos tão exigentes com esta proliferação no mercado, mas, hoje em dia, tentamos abranger todos os mercados e canais possíveis, o que evita e diminui o impacto de alguma crise ou desequilíbrio. Felizmente, tem-nos sido sempre possível recuperar devido a esta nossa faceta multi oferta. Quais são as expectativas de volume de negócio para a Liqui Moly Iberia a curto prazo? Esperamos continuar o ano exatamente como o começámos... em crescimento, e contamos também que esse crescimento seja na ordem dos 2 dígitos. Com as parcerias que pretendemos concretizar até final de 2016, queremos duplicar o volume de vendas para a Península Ibérica em 2017. A nível global temos expectativas muito exigentes. A visão de crescimento e penetração de mercados é uma visão interna aplicada em todo o mundo. Estamos atentos em todos os mercados, seja através das nossas filiais, seja através dos nossos parceiros e importadores, dando-lhes todo o suporte e ferramentas para que seja possível o aumento de presença em qualquer mercado, independentemente das suas condições sociais e políticas. Como veem temos um desafio extraordinário pela frente que na verdade combina com a nossa postura natural que é a de encontrar sempre soluções para tudo aquilo a que nos propomos. Queremos continuar a crescer em Portugal e os nossos parceiros são fundamentais para tal. Ao mesmo tempo, desejamos implantar o mesmo modelo em Espanha e assistir ao crescimento da marca nos mesmos parâmetros, com parceiros de qualidade e com notoriedade, só que desta vez num mercado quatro vezes maior. Como vê o negócio da Liqui Moly Iberia daqui a cinco anos? Seremos uma marca de referência e de peso no aftermarket ibérico dentro da fatia que cabe a uma marca premium, que tem sido desde sempre o nosso perfil. O mercado de massas será sempre partilhado entre muitas outras marcas, mas, neste mercado premium, contamos, em cinco anos, ser uma referência determinante e líderes. No restante mercado, manteremos a presença, mas não é nossa pretensão conquistar em absoluto este perfil. ✱ Junho I 2016
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Autozitânia inaugurou instalações
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EMPRESA
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Mais espaço para crescer › No ano em que celebra o seu 30.º Aniversário, a Autozitânia inaugurou umas instalações que se caracterizam pela introdução de novas ferramentas de trabalho e pelo amplo espaço de armazenagem. São nada menos do que 4.000 m2 com quatro pisos para arrumação de peças Por: João Vieira
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ampla fachada envidraçada no topo norte das novas instalações identifica a localização dos serviços administrativos, onde trabalham os colaboradores dos departamentos comerciais, financeiros e administrativo. As salas amplas e iluminadas são muito confortáveis e proporcionam um agradável ambiente de trabalho. Na zona do armazém, tudo foi pensado para que o processo de armazenagem das peças e respetiva expedição fosse rápido, eficaz e eficiente. Estão, assim, criadas as condições para a Autozitânia continuar a crescer com mais confiança no futuro. “É um investimento na continuidade da empresa, que resulta de um trabalho de 30 anos com a expectativa de continuarmos por cá, pelo menos, outros tantos. Como tal, não nos poupámos. Investimos sete milhões de euros numas instalações que nos dão garantias de podermos trabalhar a um nível superior Junho I 2016
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aquele que trabalhávamos até agora. A posição de destaque com o reconhecimento do mercado que temos neste momento não nos faz abrandar. Pelo contrário. Faz-nos trabalhar cada vez mais com a ambição de continuar a crescer no futuro”, diz Ricardo Venâncio, administrador da Autozitânia. n MELHORIA GERAL As novas instalações promoveram uma melhoria geral em todos os aspetos. “Conseguimos ter uma capacidade de armazenagem muito superior e aumentar a nossa eficiência. O conforto também subiu e a soma deste conjunto de fatores permitiu que aumentássemos a nossa eficácia e o serviço prestado aos nossos clientes. Conseguimos, também, oferecer aos nossos funcionários mais e melhores condições de trabalho e uma maior facilidade na execução do mesmo, assim como metodologias e ferramentas para
um desempenho da sua atividade de uma forma mais eficiente. Os clientes também têm mais-valias em termos de quantidade e disponibilidade da nossa oferta, além da melhoria da nossa qualidade do serviço perante as suas necessidades”, refere Ricardo Venâncio. Na verdade, os grandes beneficiados com as novas instalações são os clientes, que já começaram a sentir a mudança. “Temos bastante espaço que é a característica principal deste armazém. Vimos de um com sete pisos e que nos dificultava bastante a logística e agora trabalhamos numa área completamente
“Temos uma capacidade de armazenagem muito maior, o que se reflete no serviço que oferecemos aos nossos clientes”, dizem os administradores Samuel Henriques Francisco Venâncio e Ricardo Venâncio
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ampla, com 4.000 m2 e quatro pisos para armazenagem, que são apoiados por uma espiral gravítica que traz o material para o piso 0. A arrumação é feita por sistema caótico, auxiliado por um computador, sendo que os produtos de maior rotatividade ocupam as prateleiras dianteiras. Estas são as principais características das
que existem possibilidades de fazer a diferença de acordo com as necessidades dos nossos clientes”, diz Ricardo Venâncio. Atualmente, a empresa distribui cerca de 70 marcas, sendo que as principais gamas de produto são embraiagem, travagem e filtragem. Para além do armazém principal agora inaugurado, dispõe de
As novas instalações trouxeram mais-valias a todos os níveis para a empresa e para os clientes, pois permitem dar melhores condições de trabalho aos colaboradores, aumentar a produtividade, melhorar a eficiência e satisfazer com maior rapidez e eficiência as necessidades dos clientes novas instalações que vão contribuir para o nosso sucesso. Atualmente, fornecemos as nossas lojas e as dos nossos clientes com quatro entregas diárias na zona de Lisboa. A primeira expedição é às 8h00, depois outra às 11h00, seguindo-se uma às 14h00 e outra às 16h00. O objetivo desta logística é prestar um serviço de excelência e diferenciador no mercado. É bastante complicado conseguir gerir todo o processo, mas foi a nossa aposta”, afirma Ricardo Venâncio. n PORTEFÓLIO MAIS ALARGADO A estratégia de crescimento da Autozitânia passa pela aposta em novas marcas, algo que já fez este ano com a introdução das Ruville e febi bilstein. “A ampliação da oferta é uma aposta para continuar, ou seja, vamos continuar a aumentar a nossa oferta em áreas que consideramos
mais três que têm, em média, cerca de 51.000 referências em stock. A qualificação dos clientes e colaboradores não foi esquecida, fazendo parte das novas instalações uma sala específica para formação e um auditório para 60 pessoas. “A Autozitânia elabora anual-
mente o seu Plano de Formação que é aberto aos seus clientes. Preparamos este plano de acordo com as necessidades dos nossos colaboradores e clientes. E incluímos ações que os ajudem na sua atividade tanto a nível técnico como a nível de gestão”. n RESPONSABILIDADE SOCIAL Para além da preocupação em manter-se na liderança da distribuição de peças em Portugal, a Autozitânia não descura a sua política de responsabilidade social. “As ações solidárias que realizamos enquadram-se na nossa política de responsabilidade social, sendo que o retorno é a possibilidade de ajudar quem mais precisa. Definimos, anualmente, como poderemos contribuir com algo para a comunidade onde nos inserimos, pelo que damos prioridade à realização destas ações no concelho de Odivelas onde se encontra a nossa sede”, refere Ricardo Venâncio. De acordo com o administrador, “para a realização destas ações, contamos sempre com o apoio de todos os nossos colaboradores e de muitos clientes, que têm sempre imensa vontade em contribuir. Achamos que temos condições de, com estes pequenos gestos, poder fazer a diferença e melhorar um pouco que seja a vida de pessoas que precisam. E essa satisfação em ajudar é, sem dúvida, o melhor retorno que podemos obter. Mas a nossa política de responsabilidade social não se esgota nestas ações solidárias. Também no ano passado, podemos dar como exemplo a nossa contribuição através do patrocínio do Campeonato Europeu de Judo para atletas cegos e de baixa visão, que decorreu em Odivelas, onde tivemos enorme prazer em ajudar”.
AS NOVAS INSTALAÇÕES EM NÚMEROS
1 espiral gravítica 4.000 m2 de área total
4 pisos de armazenagem
12 terminais de expedição
1.300
expedições diárias
600 metros
é o comprimento de cada corredor
1.000 m2 de escritórios
3 salas
reunião (Porto, Lisboa e Coimbra)
1.000 m2
de garagem para 70 veículos
1 auditório multiusos para 60 pessoas
2 boxes
equipadas para formação técnica
70% 100 400
das entregas são feitas em Lisboa
empregados
clientes ativos
7 milhões de euros foi o investimento na nova sede
30 milhões de euros
é o objetivo de faturação para 2016
Autozitânia Administradores Ricardo Venâncio e Samuel Henriques | Sede Av.ª das Acácias, Lote AE 2/3, Arroja, 1685 - 654 Famões Telefone 214 789 100 | Email vendas.odivelas@autozitania.pt | Site www.autozitania.pt www.jornaldasoficinas.com
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EMPRESA Polibaterias
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Sinal positivo › São já duas décadas de sinal positivo. No passado dia 30 de abril, a Polibaterias realizou, nas instalações do Parque Industrial do Casal do Marco, Seixal, a festa do seu 20.° Aniversário. Entre colaboradores, clientes, familiares e amigos, esteve o Jornal das Oficinas Por: Bruno Castanheira
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orria o mês de abril de 1996 quando, no dia 23, foi constituída a Polibaterias. Curiosamente, no dia em que o pai do administrador da empresa almadense, Afonso Guerra, na altura chefe geral de vendas da Tudor, fez 51 anos. Um dia repleto de emoções fortes, portanto: ao almoço celebrou-se a formação da empresa, ao jantar cantaram-se os parabéns ao progenitor de Nuno Guerra. Ainda que Afonso Guerra nunca tivesse nada a ver com a empresa do filho, a verdade é que foi ele quem transmitiu toda a “carga” das baterias. “Nunca quis Junho I 2016
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ter nada a ver com a empresa do Nuno. Não faço nem fiz parte da sociedade. Mais: não fui eu que ensinei o meu filho a pescar. Apenas lhe facultei a cana”, revelou Afonso Guerra, visivelmente orgulhoso, ao Jornal das Oficinas. n HISTÓRIA DE SUCESSO A Polibaterias - Comércio e Distribuição Lda., veio dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo antigo distribuidor Tudor – Exide que existia na margem sul do Tejo, mais concretamente em Almada. Denominado IPC (Indústrias Portuguesas do Chumbo), tinha, na altura, cerca de
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40 anos de atividade e era a mais antiga casa de baterias e acumuladores situada a sul de Lisboa. A Polibaterias estabeleceu, durante vários anos, parceria com este fabricante, colocando-se como um dos principais distribuidores da marca na década de 2000. A evolução para a distribuição nacional no mercado do retalho de baterias de arranque foi um passo natural mas importante para a progressão da Polibaterias. Quer em virtude da representação a nível nacional da FIAMM, terceiro maior fabricante europeu de baterias de arranque, quer pela abrangência em outras
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áreas de negócio (como, por exemplo, as baterias industriais), quer ainda pela ampliação da sua área de intervenção, que passou de um âmbito regional para um carácter nacional. Hoje, a Polibaterias assume uma posição importante na distribuição de baterias, com relevância nas áreas das baterias de arranque (auto; moto; pesados; máquinas; embarcações; caravanas) e, também, industriais, através da representação e distribuição das marcas FIAMM e EUROCELL. A empresa de Almada assume ainda alguma colaboração com os PALOP, através da exportação dos seus produtos para esses países. n PRÉMIOS E AGRADECIMENTOS A festa dos 20 anos da Polibaterias teve de tudo um pouco. E decorreu nas novas instalações da empresa, situadas no Par-
Com música a cargo da banda Klássicos, a festa de comemoração dos 20 anos da Polibaterias teve de tudo um pouco. E nem os antigos colaboradores da empresa de Nuno Guerra deixaram de comparecer. Prémios, distinções, agradecimentos, boa disposição, alegria. No final, ainda houve fogo de artifício entrega das placas de distribuidor oficial FIAMM aos clientes que mais se têm evidenciado no desenvolvimento do projeto da marca italiana em Portugal. Os oito colaboradores da empresa de Nuno Guerra também foram alvo de reconhecimento, tendo os mais antigos recebido uma estatueta. Logo a seguir, cantaram-se os parabéns. ✱
Vasto portefólio
TODO O TIPO DE APLICAÇÕES Se há característica que distingue a Polibaterias, são as parcerias de que dispõe. É o caso da que estabelece com o prestigiado fabricante de baterias de arranque e industriais FIAMM, que permite à empresa de Almada apresentar soluções inovadoras e dar resposta a todo o tipo de solicitações. Na área de negócio mais representativa (arranque), com as gamas Titanium Pro, Titanium Black, Ecoforce, PowerCube e EnergyCube, MotorEnergy e Neptune. Mas há mais. A empresa de Nuno Guerra criou e registou a marca própria EUROCELL (séries STD-Pro, HD-Pro e EXTREME), todas com uma vasta gama de aplicações: veículos ligeiros, comerciais e pesados; motos; máquinas agrícolas e industriais; navios e embarcações de recreio; autocaravanas; energias renováveis. A Polibaterias dá, também, resposta a outras vertentes na área dos acumuladores, onde se incluem as baterias industriais (estacionárias AGM, VRLA, Gel, Deep Cycle e, também, tração) para as mais diversas aplicações: UPS, centrais telefónicas, cadeiras de rodas motorizadas, carros e trolleys de golfe, equipamentos hospitalares, alarmes, sistemas fotovoltaicos e eólicos, empilhadores, máquinas elevatórias e lavadoras, varredouras e veículos elétricos. E para completar a sua gama de produtos, distribui, em exclusivo, vários aparelhos de teste, carregadores e boosters-arrancadores de baterias do fabricante italiano ELECTROMEM.
que Industrial do Casal do Marco, Seixal. Inauguradas em 2014, os seus 1.200 m2 de área permitiram aumentar a capacidade de stock para cerca de 6.000 unidades, podendo ainda ser incrementada. Com animação a cargo da banda Klássicos (composta por Mário Sereno na voz, David Sousa na guitarra, Rodrigo Santos no baixo e David Sequeira na bateria), a festa contou com a atribuição das duas dezenas de prémios alusivos à campanha de aniversário, que destacou os clientes que atingiram o maior volume de faturação entre 1 de janeiro e 23 de abril deste ano. Desde bicicletas elétricas FIAMM até blusões, passando por uma viagem para duas pessoas aos Açores e por várias noites nas Pousadas de Portugal, foram muitos (e bons) os prémios distribuídos pela Polibaterias. Depois, seguiu-se a
Polibaterias Administrador Nuno Guerra | Sede Av.ª 25 de Abril, 11, R/C, Cacilhas, 2800 – 301 Almada | Telefone 212 751 597 / 212 722 022 Fax 212 733 925 | Email geral@polibaterias.com | Site www.polibaterias.com www.jornaldasoficinas.com
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EVENTO Best of Belron 2016
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Vitória norte-americana › Ao contrário do futebol, que são 11 contra 11 e, no final, ganha a Alemanha, na derradeira etapa do concurso Best of Belron 2016, que trouxe ao MEO Arena os melhores especialistas mundiais em vidro automóvel, estiveram 27 em competição. A vitória coube a Gary Riebesehl, dos EUA Por: Bruno Castanheira
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oi um evento de grande magnitude aquele que a Belron realizou nos passados dias 18 e 19 de maio, no MEO Arena, em Lisboa. Pela primeira vez, a final internacional do concurso Best of Belron realizou-se em Portugal. O tempo ajudou e a economia nacional agradeceu. Tanto mais que, nesta edição de 2016, o investimento chegou aos cinco milhões de euros. Só pessoas envolvidas foram 2.000, das quais mais de 500 eram clientes da Belron (número que incluía os mais de 100 clientes institucionais convidados pela Carglass). Para muitos especialistas em vidro automóvel, foi a primeira vez que saíram dos seus países. E, logo, para participar numa final internacional. n COMPETIÇÃO BIENAL O concurso Best of Belron consiste numa competição bienal. Cada dois anos, este evento apura o melhor especialista Junho I 2016
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mundial em vidro automóvel entre todas as unidades de negócio da Belron espalhadas pelo globo. É assim desde 2000. Este ano, a 9.ª edição trouxe ao MEO Arena nada menos do que 27 profissionais da reparação e substituição de vidro automóvel, em representação de 27 países de todo o mundo (a Belron está presente em mais de 30). Enquanto os concorrentes das várias nações executavam diversas tarefas relacionadas com a sua atividade profissional, perante o olhar atento quer dos treinadores quer do júri, tudo era avaliado e parametrizado. Desde a perfeição do trabalho executado até ao tempo despendido na realização da tarefa, passando pelo cumprimento de procedimentos e pelo manuseamento de ferramentas. Tudo isto à medida que o speaker (novidade introduzida na edição de 2014, que teve lugar em Roma), ia
anunciando quem fazia o quê. Nesta final internacional, os 27 participantes tiveram de reparar e substituir para-brisas, vidros laterais e óculos traseiros. O automóvel eleito para a final da competição deste ano foi o novo Audi A4. Além dos testes práticos, os finalistas foram solicitados a demonstrar os seus conhecimentos em relação à forma como
comunicam com os clientes antes e depois da execução do trabalho. E, pela primeira vez, a calibração ADAS na substituição dos novos para-brisas foi incluída na avaliação. No final, a vitória coube aos EUA. Para chegarem à derradeira etapa, realizada no MEO Arena, os profissionais tiveram, primeiro, de vencer as competições nacionais dos respetivos países. O vencedor da final internacional (Gary Riebesehl, dos EUA), teve direito a um prémio monetário equivalente a um ano completo de remunerações. Resta acrescentar que a competição decorreu em simultâneo com a Belron Global Client Conference. Subordinada ao tema “Profiting from Technology – Industry Developments you can benefit from”, contou com 10 oradores de renome, que abordaram a segurança, a tecnologia, a conectividade, a telemática e as novas tendências do automóvel. ✱
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Gama Protech
NOVA TECNOLOGIA DE PROTEÇÃO
Gary Lubner, CEO da Belron
“BEST OF BELRON É ‘O’ EVENTO”
O lounge do MEO Arena, com vista privilegiada sobre a área onde decorreu o concurso, foi o palco da nossa conversa com Gary Lubner, CEO da Belron. O responsável começou por destacar que o “Best of Belron significa muito. É, provavelmente, o maior evento que temos no nosso calendário. Possibilita que 27 países estejam juntos a disputar o título mundial”. Além disso, “é uma forma de reconhecermos o esforço dos nossos colaboradores e de demonstrarmos que apreciamos bastante o trabalho que fazem. São eles que lidam com os clientes e que transmitem a nossa imagem”, enfatizou. Mais: Gary Lubner disse mesmo que este evento “é uma oportunidade única de mostrar ao mundo, em especial aos nossos clientes, quão importante é, para nós, a qualidade, a segurança e a especialização. Cada vez que realizamos este concurso, conseguimos elevar os nossos padrões”. Outro dado curioso revelado pelo CEO da Belron é o facto de 90% dos vencedores dos concursos (nacionais e internacionais) serem promovidos. Ou seja, o Best of Belron funciona como uma espécie de porta de acesso a novas oportunidades de carreira, até pelos elevados níveis de especialização e formação que exige. Tudo sob o conceito “Belron way of doing”. No final da nossa conversa (o slot concedido foi de apenas 20 minutos...), o CEO da Belron confidenciou-nos que “a equipa da Carglass Portugal é absolutamente fantástica”. E que o negócio da Belron “nasceu na África do Sul há mais de 100 anos”, pelas mãos do seu avô. “Há 30 anos, quando comecei, o nosso negócio não tinha a dimensão que, hoje, tem a nível mundial”, concluiu.
No dia em que se iniciava a final internacional do concurso Best of Belron 2016, chegava aos hipermercados Continente a nova linha de produtos car care lançada pela Carglass Portugal. Esta ideia 100% nacional (foi projetada e é produzida no nosso país), permitirá à empresa lusa especialista em vidro automóvel crescer. Para já, os produtos podem ser adquiridos apenas nas lojas Sonae, existindo intenção de alargar a comercialização, também, a outras cadeias. Em equação está, igualmente, a possibilidade de esta nova gama ser extensível a outros países. A Carglass Portugal é a primeira subsidiária do Grupo Belron em todo o mundo a produzir e lançar uma linha própria de proteção para o veículo. A nova gama car care contempla um conjunto de mais de 40 produtos diferentes, divididos por três linhas: Vision (limpa-vidros; repelente de água; pano microfibras; massa de polimento; escovas limpa-vidros), Interior (difusores; ambientadores; renovador de pele; pano microfibras;
limpa-estofos e limpa-tablier; impermeabilizante) e Exterior (renovador de faróis; limpa-motores e limpa-jantes, cera líquida e selante de jantes; lustrante de pneus; pano de camurça; champô com cera). Este projeto pioneiro e inovador no mercado nacional, resultou de intensos anos de estudos de mercado. A nova gama de produtos de proteção prolonga a vida do automóvel e protege-o de futuros danos.
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Marco Timóteo, Portugal
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Sebastian Ernst, Alemanha
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Jean Michel Fontaine, França
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Dave Lyth, Reino Unido
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Johan Fäger, Suécia
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Emrah Dastan, Turquia
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Juan Manuel López, Espanha
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Karlo Madar, Croácia
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Gary Riebesehl, EUA
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Marten Kabara, Suíça
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Alain Alandi, Estónia
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Sergei Medvedev, Rússia
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Wesley Maaswinkel, Holanda
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Michael Fischer, Áustria
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Fredrik Bjerke Rodningsby, Noruega
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Codey O’Leary, Nova Zelândia
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Petros Katsouleros, Grécia
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Blake Wall, Austrália
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Diego Rodrigo da Fonseca, Brasil
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Tim Verrelst, Bélgica
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Bruno Spataro, Itália
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Ádám Paróczy, Hungria
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Niall Bolton, Irlanda
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Jacob Ogstrup Kjaer, Dinamarca
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Tomas Bartkus, Lituânia
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Teodor Graj, Eslovénia
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Ryan Cox, Canadá
Jorge Muñoz Cardoso, Diretor-Geral da Carglass Portugal
“O GRUPO BELRON TEM OS OLHOS MUITO FIXOS NA CARGLASS PORTUGAL” Visivelmente satisfeito com o facto de a final internacional do concurso ter decorrido no nosso país, para mais no dia em que lançaram a nova linha de produtos Protech, o diretor-geral da Carglass Portugal começou por frisar que “de todos os países que integram a Belron, nós somos pequenos em tamanho mas grandes na visibilidade. Como nos reinventámos muito depressa quando a crise chegou à Europa, o Grupo Belron tem os olhos muito fixos em nós”. Para, depois, reiterar: “Não existem muitos grupos a fazer este tipo de eventos. Diferenciamo-nos da concorrência através de muitas formas. Esta é uma delas”. Jorge Muñoz Cardoso revelou ainda que o Grupo Belron “aposta muito na tecnologia, tanto a nível de ferramentas como de produtos. Mas, sobretudo, aposta nos seus colaboradores. É um grupo que reconhece que os técnicos são as pessoas mais importantes”. Depois de um ano particularmente difícil, como foi o de 2012, a Carglass Portugal tem vindo a ganhar quota de mercado. “Em 2015, crescemos cerca de 8%. Até maio deste ano, já estávamos com 18%”, concluiu. Com 38 agências (cinco abriram este ano e, no momento da nossa entrevista, estavam as de Mafra e Famalicão na calha), a Carglass Portugal prevê ter cerca de 60 pontos até final de 2017. www.jornaldasoficinas.com
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OS 27 FINALISTAS DO CONCURSO
Marco Timóteo, da Carglass Oriente, foi o representante português na competição Junho I 2016
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EVENTO IX Olimpíadas da Reparação Glassdrive
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Competir para evoluir › Inserida no XIII Congresso da Glassdrive, decorreu em Évora, no passado mês de abril, a 9.ª edição das Olimpíadas da Reparação, uma iniciativa que pretende juntar os profissionais da reparação de vidro numa jornada de convívio e aprendizagem Por: João Vieira
A
s Olimpíadas da Reparação realizam-se anualmente desde 2008, durante o Congresso da Glassdrive. O objetivo principal é proporcionar aos profissionais envolvidos trocarem experiências e aprenderem uns com os outros, pois as realidades são diferentes nas várias zonas do país. Para apurar os finalistas que estiveram presentes em Évora, foram realizados dois concursos, um a norte e outro a sul, onde foram escolhidos os melhores para dis-
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putar a final. Nesta prova, são sorteados quatro veículos com diferentes tipos de danos nos vidros e cada profissional tem de efetuar a reparação dentro do tempo previsto e da forma mais perfeita possível. É uma grande mais-valia para o vencedor ser o melhor do país a reparar vidros. Este ano, o concurso foi ganho por Ricardo Soares, do Centro Glassdrive Repair & Go – Porto, que irá representar a Glassdrive Portugal no concurso in-
ternacional, a realizar em Amesterdão. “Para o próximo ano, contamos fazer um concurso ibérico, pois vamos juntar as redes Glassdrive de Portugal e Espanha no nosso 1.º Congresso Ibérico”, disse Licínio Nunes, administrador Glassdrive. Que acrescentou: “A reparação do vidro ainda tem por onde crescer, porque há muito vidro picado e, normalmente, as pessoas desconhecem mas pode-se reparar perfeitamente um vidro sem
recorrer à sua substituição. Com isso, estamos a poupar energia, recursos e o próprio planeta, porque há menos emis-
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são de CO2 que as fábricas libertam durante o processo de fabrico de novos vidros. De referir, também, que a reparação é muito mais barata do que a substituição. Temos ainda as seguradoras, que veem na reparação uma forma de reduzir os custos médios e de evitar perdas maiores. E como o nossos principais clientes são as seguradoras, temos de ir sempre atrás do que elas nos pedem”, enfatizou Licínio Nunes. ✱
REPAIR & GO SERÁ DINAMIZADO Congresso da Glassdrive foi também assinalado pela apresentação da expansão do serviço Repair & Go, uma solução inovadora da Glassdrive, implementada em 2011 no Porto e em Lisboa. E que conta com técnicos especializados para prestar um serviço de qualidade ainda mais próximo do cliente. Este serviço permite uma maior rapidez na resolução do problema, de uma forma ainda mais cómoda e próxima do cliente, fatores, sem dúvida, diferenciadores no panorama atual e que garantem o sucesso do mesmo. “Porque as pessoas, hoje em dia, cada vez precisam mais do seu tempo e nós vamos Junho I 2016
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ao local de trabalho ou a casa, reparar ou substituir o vidro”, afirmou Licínio Nunes. Com implementação inicial nas zonas do Porto e em Lisboa, o Repair & Go expandiu agora as suas zonas de atuação para várias regiões do continente e ilhas. E fez um restlyling à sua imagem e comunicação, por forma a garantir um serviço de excelência e uniformizado em qualquer ponto do país. Para o estudo da sua expansão, foi aproveitada a experiência e o conhecimento do serviço Repair & Go em Espanha, usufruindo, assim, de toda a sinergia da internacionalização da rede Glassdrive.
A expansão e nova imagem foram inauguradas a 1 de maio, estando o serviço já disponível em vários pontos do país
e, muito em breve, a cobertura total do território nacional estará garantida. É uma solução que permite maior conforto a todos os automobilistas pela sua disponibilidade, proximidade, rapidez, profissionalismo e qualidade. A utilização de resinas de elevada qualidade, combinando uma elevada densidade com uma fluidez considerável permitem um nível elevado na execução técnica da operação de reparação do vidro automóvel, contribuindo, assim, para que o cliente aceite, cada vez mais, a reparação como uma solução técnica para pequenos impactos existentes no vidro automóvel. ✱
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EMPRESA 70
Rubete reúne distribuidores de ferramentas HEYCO
Outro nível de trabalho › A Rubete adicionou ao seu portefólio de equipamentos industriais a gama de ferramentas manuais «made in Germany» da HEYCO, que levam o trabalho a outro nível
F
undada em 1980, a Rubete, S.A. está presente no mercado com uma oferta diversificada de produtos e uma carteira de clientes que merecem todo o esforço e dedicação que a empresa lhes tem dado, de modo a conseguirem alcançar os seus objetivos. A atenção dedicada ao serviço pós-venda, os investimentos em tecnologia de produção e a ampliação das instalações, levaram a uma grande implantação no mercado. O conhecimento do mercado, o know-how do setor ganho ao longo dos anos, e os rigorosos critérios para selecionar fornecedores e clientes, têm sido as bases de um rápido cresciJunho I 2016
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mento da Rubete, que, desde o início, tem vindo a trilhar um c aminho seguro em direção ao sucesso, com foco na qualidade dos produtos que comercializa, destinados a profissionais exigentes.
O evento decorreu no passado dia 7 de maio e contou com a presença de mais de 40 revendedores convidados, que tiveram a oportunidade de conhecer
n MARCA “MADE IN GERMANY” Na sua estratégia de chegar a todo o país na comercialização exclusiva da marca premium HEYCO, reuniu, nas suas instalações, em Vila Nova de Gaia, os parceiros em que decidiu apostar para a distribuição da HEYCO localmente, contando, também, com a presença oficial de responsáveis deste fabricante alemão de ferramentas manuais.
e rever a gama de ferramentas manuais HEYCO. Bem como conmhecer, em destaque, o processo de produção das mesmas em vídeo e PowerPoint. Sempre com o intuito de renovar os laços de amizade e parcerias, o evento contou com a atuação de uma jovem fadista e a realização de um concurso para encontrar quem era o mais forte a trabalhar com uma chave-de-fenda HEYCO, cujo vencedor ganhou um «galheteiro» com duas garrafas de dois litros de cerveja alemã. A ação terminou com um almoço convívio realizado na Quinta da Boucinha, conjugado com a animação de dois fadistas. ✱
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HEYCO: OITO DÉCADAS A FABRICAR FERRAMENTAS Fundada em 1937, na localidade de Remscheid, por Markus e Ernst Heynen, a HEYCO iniciou a sua atividade na produção de ferramentas para o setor automóvel. Passadas oito décadas, continua a fabricar e a desenvolver ferramentas destinadas às oficinas automóveis, sendo, atualmente, um dos líderes mundiais neste segmento de produtos. Em 1973, iniciou o seu processo de expansão, com a construção de uma unidade fabril na Irlanda e, em 1980, diversifica a sua atividade para a produção de componentes pelo processo de injeção plástico. Em 1995, inaugura uma nova fábrica na República Checa dedicada ao fabrico de ferramentas manuais e peças técnicas de plástico. Em 1998, atinge um volume de faturação de 125 milhões de euros em duas áreas de negócio e quatro segmentos, com três fábricas na Alemanha e duas na Europa. Em 2002, foi constituído o Grupo HEYCO, assente numa estrutura familiar que se manteve até hoje, com os filhos do fundador a liderar os destinos da empresa, que, atualmente, conta com mais de 800 empregados. De referir ainda que, em 2005, começaram a ser introduzidos robots na linhas de fabrico e que, em 2006, foram lançados componentes de segurança hi-tech para a indústria automóvel. Em 2012, o grupo celebrou o 75.º Aniversário, afirmando-se como um fornecedor de ferramentas de alta qualidade, com tecnologia e design inovadores. O objetivo da HEYCO é continuar a fabricar ferramentas para um segmento de mercado exigente, que valoriza, acima de tudo, a qualidade, a fiabilidade e a resistência, tendo sempre em conta o melhor compromisso qualidade/preço. ✱
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REPINTURA RODRIGO SERRANO Diretor-Geral da Axalta Coating Systems Portugal, SA
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“A Cromax tem na Portepim
› A Axalta Coating Systems Portugal, S.A. nomeou a Portepim como distribuidor exclusivo da marca Cromax para Portugal. Em entrevista ao nosso jornal, Rodrigo Serrano explica os objetivos desta decisão
A
Axalta tem objetivos de crescimento muito ambiciosos e, desde o início de 2015, que tem procurado fazê-lo com a marca Cromax em Portugal. Apesar de ter crescido naquele ano, tinha muitas zonas do país onde necessitava de reforçar a sua presença. A rede Portepim veio garantir essa cobertura com uma solução completa, tendo grande qualidade e credibilidade. A nomeação da Portepim para distribuidor exclusivo das tintas Cromax a nível nacional representa uma nova etapa na vida de ambas as empresas. Esta parceria irá proporcionar aos clientes Cromax uma oferta de produtos de qualidade comprovada, às quais a Portepim acrescenta valor com o seu serviço e soluções, através de uma equipa de profissionais experientes. Junho I 2016
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Como vai ficar organizada a rede de distribuidores das tintas Cromax a partir de agora? Numa lógica de proximidade e serviço ao cliente, a Portepim, como distribuidor nacional exclusivo, tratará de garantir que a rede de distribuidores locais possa estar próximo da oficina e garantir um serviço de excelência. O que pretendemos é que com a nova rede e a estrutura que já existia conseguir ter uma excecional cobertura geográfica, com possibilidade de poder dar apoio comercial e técnico a todos os clientes Cromax de forma rápida e eficaz. A Axalta vai ter comerciais no terreno para dar apoio à Portepim
no desenvolvimento da marca Cromax em Portugal? A Portepim poderá contar com o envolvimento da equipa comercial da Cromax. Mas não só. Além de um produto que possibilita à oficina ter níveis de produtividade e rentabilidade bastante superiores à média, disponibilizamos, também, serviços de formação, consultoria e outros, que vão ajudar as oficinas que trabalhem com a Cromax a melhorar o seu negócio. Qual o objetivo da Axalta relativamente ao número de máquinas Cromax que pretende ter instaladas no país? É, neste momento, prematuro falar em máquinas instaladas e em objetivos con-
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o parceiro ideal” cretos. O que constatamos nestas curtas semanas de atividade é que os extraordinários níveis de serviço e profissionalismo que a rede Portepim presta aos seus clientes, associado à qualidade do produto e à forte imagem Cromax, tem garantido o êxito de, praticamente, 100% dos clientes abordados. Constatamos ainda, com grande entusiasmo, o elevado grau de satisfação que os novos clientes que agora trabalham com Cromax manifestam, em tudo similar aos mais experientes utilizadores Cromax. De facto, os primeiros inquéritos que temos efetuado são esclarecedores destes bons
cliente, apoio técnico e formativo constante, aposta na melhoria oficinal e na rentabilidade da oficina, produto de grande rentabilidade e em constante busca de melhoria. Mas, acima de tudo, trabalho contínuo para garantir relações de longo prazo com todas aquelas oficinas para quem a preocupação de rentabilidade é crítica. Como caracteriza a marca Cromax a nível tecnológico? A Cromax mantém-se como pioneira em várias novidades que têm sido intro-
repintura de veículos de passageiros, comerciais, pesados e, também, indústria ligeira. Chamo especial atenção para a linha Cromax Pro, tecnologicamente inovadora e especialmente dirigida a oficinas onde o fluxo de trabalho é elevado. Uma das áreas em que a Axalta é reconhecida é na formação. O que vai fazer a este nível para os clientes da Cromax? Efetivamente, a formação é, para nós, fundamental. Continuaremos sempre em colaboração e complementaridade
“Constatamos, com grande entusiasmo, o elevado grau de satisfação que os novos clientes que agora trabalham com Cromax manifestam, em tudo similar aos mais experientes utilizadores Cromax”
PERFIL Fez a carreira profissional quase toda em Portugal, onde trabalhou em setores tradicionais, na indústria têxtil e, depois, com material hospitalar. Em 2011, foi convidado pela então DuPont em Barcelona para ir trabalhar numa equipa de marketing. Fez o percurso dentro da empresa desde a DuPont até à constituição da Axalta. Em janeiro de 2015, assumiu a direção da empresa em Portugal, mantendo uma posição equidistante das três marcas comercializadas. Assume a direção e a supervisão e tem uma visão mais a longo prazo dentro da companhia. Tenta estar mais atento ao futuro, não descurando o presente.
Rodrigo Serrano Diretor-Geral da Axalta Portugal
Que apoio está a dar a Axalta à Portepim a nível de meios técnicos, formação, marketing, merchandising e gestão? A Portepim é uma organização muito completa, com grande experiência e capilaridade no mercado, bem como com numerosos recursos para dar resposta às necessidades dos seus clientes. No entanto, e como é óbvio, a Axalta colocou à disposição deste seu novo parceiro todos os meios a nível técnico, comercial e de marketing que dispõe, com um enfoque de crescimento num projeto de longo prazo. resultados e opiniões, o que nos deixa muito otimistas quanto ao futuro. O que tenciona fazer para aumentar a notoriedade da marca junto dos profissionais do setor? Se reparou na publicidade conjunta que a Cromax faz com a Portepim, verificará que está lá a frase “Uma marca de Referência, Um serviço de Excelência”. Creio que este slogan resume a resposta. Mas detalhando: muito boa cobertura geográfica, grande proximidade ao
duzidas no setor a nível de repintura automóvel. Trata-se de uma marca que aposta muito na investigação e no desenvolvimento e que tem conseguido dar resposta às necessidades das oficinas com soluções de grande produtividade e rentabilidade. E está homologada pela maioria das marcas de automóveis. Como é composta a gama de produtos da Cromax? A gama da Cromax é muito completa, com soluções que podem dar resposta à
com a Portepim, a contribuir para a formação dos nossos clientes, pois consideramos que só assim será possível progredir e alcançar os níveis de excelência que pretendemos. Neste domínio, teremos ainda a ajuda do e-learning com uma ferramenta Axalta inovadora, que vai permitir em menos tempo ajudar a formar novos profissionais e reciclar conhecimentos em operadores mais experimentados. Obviamente, sempre como um complemento, pois nada substitui o contacto direto e a formação em cabine.
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Que objetivos pretende atingir a nível de vendas da marca Cromax para 2016? O objetivo da Axalta é, claro está, crescer. No caso da Cromax, esta realidade é ainda mais relevante. Existe espaço e a marca tem força, qualidade e reconhecimento para poder fazê-lo. Tem, além do mais, na Portepim o parceiro ideal que comunga da mesma ambição. No entanto, queremos fazer este crescimento com qualidade e sempre prestando ao cliente o melhor serviço. Garantindo sempre o mais alto nível de satisfação. ✱ Junho I 2016
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TÉCNICA&SERVIÇO Correntes de distribuição
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Atualização do conceito Com um número crescente de veículos do parque automóvel equipados com tecnologia moderna de corrente, a procura por este tipo de componentes de reparação tem vindo a aumentar. Pelo que o tema da distribuição está novamente na ordem do dia. Se é que alguma vez deixou de estar
O
s fabricantes de correntes de distribuição de elevada qualidade estão a lançar no mercado sistemas que respondem melhor às necessidades da atual tecnologia dos motores. Prova disso, é o facto de muitas marcas e modelos ainda confiarem nas “velhas” correntes de distribuição. n TIPOS DE CORRENTES As correntes destinadas a realizar a transmissão de movimento, cujo conceito típico é a corrente de bicicleta, é constituída por uma sequência flexível de pinos transversais e placas longitudinais, entre os quais se formam espaços geometricamente idênticos e de espaçamento regular (Fig. 1). Esta configuração destina-se a permitir o encaixe dos dentes dos carretos ou rodas dentadas, que aplicam e recebem o impulso ou binário. A corrente do tipo Gall obedece a esta construção. Semelhante a estas correntes, a corrente de blocos (block chain) tem as placas interiores substituídas por peças inteiras (blocos), o que origina Junho I 2016
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um espaçamento irregular (Fig. 2). A principal função destas correntes é manter a estabilidade lateral (reduzida flexão lateral) indispensável, por exemplo, em carretos que deslizam lateralmente em veios. A corrente de discos ou placas (flyer chain) é também construída com pinos transversais e placas longitudinais. Mas estas são em maior número (na imagem, temos 6
por cada elo), configuração que permite a transmissão de forças mais elevadas, como é o caso dos guinchos e outras máquinas de grandes solicitações mecânicas (Fig. 3). Nas correntes de distribuição de motores de veículos, são usadas correntes do tipo Gall, fabricadas em aço de alta resistência, a fim de assegurar a fiabilidade e durabilidade pretendidas.
n SISTEMAS DE CORRENTES Antes de haver correias de distribuição dentadas, todos os motores de automóvel tinham as árvore de cames acionadas por correntes, estivessem situadas elas na cabeça ou no bloco. De facto, as correntes de distribuição respondiam a duas exigências básicas da distribuição, que são uma certa força de binário, para ven-
Fig. 1 - Na corrente de blocos, as placas interiores são substituídas por blocos
Fig. 2 - Corrente de placas ou discos, para grandes cargas
Fig. 3 - Corrente de tipo Gall, que serviu de modelos às correntes atuais
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Diagrama esquemático de um sistema de correntes de distribuição (Fig. 4)
cer a resistência das molas das válvulas, e um sincronismo perfeito (comando de fase). Além disso, as correntes apresentavam grande fiabilidade (muito poucas avarias) e grande resistência, sendo, em princípio, fornecidas para toda a vida útil do motor. O declínio da utilização de correntes na distribuição dos motores de automóveis começou com a própria evolução dos veículos e dos seus motores, que podemos caracterizar do seguinte modo: l Veículos
mais compactos, mas com maior habitabilidade interior; l Motores com maior rendimento e mais económicos, com árvore de cames à cabeça, sendo, em muitos casos, dois veios de excêntricos, mas mais leves e mais compactos; l Distribuições com três, quatro e cinco válvulas por cilindro; l Regimes de funcionamento elevados. As correias dentadas de distribuição, apesar de terem prazo de validade e de terem de ser substituídas periodicamente, vieram responder a grande parte destas novas exigências, sendo de sublinhar as seguintes vantagens: (1) - Tensor (2) - Calha tensora (3) - Carreto da árvore de
cames (4) - Calha de apoio guia (5) - Pinhão da cambota
(6) - Corrente (7) - Batente do tensor em aço
l Menor
peso; mais reduzido; l Menor momento de inércia, l Espaço
permitindo melhores acelerações do motor (quanto maior o motor, mas evidente este aspeto se torna); l Silêncio de funcionamento; l Dispensa lubrificação; l Fácil substituição dos tensores e outros componentes (polias, roletes, rolamentos, placas de guia). Apesar disso, nem tudo são vantagens. As correias têm problemas de vibrações, que podem dar origem a avarias. Além disso, sendo descartáveis, acabam por constituir uma forma de resíduos. Por isso mesmo, os fabricantes de correntes de distribuição de elevada qualidade não desarmaram e estão a lançar no mercado sistemas que respondem melhor às necessidades da atual tecnologia e que apresentam os seus trunfos. Prova disso, é facto de muitas marcas e modelos ainda confiarem nas “velhas” correntes de distribuição. Eis alguns dos argumentos dos novos sistemas de correntes de distribuição: l Elevada
fiabilidade; económica; l Baixo nível de ruído; l Manutenção reduzida; l Alta performance; l Necessitam de pouco espaço; l Totalmente recicláveis e amigas do ambiente. l Eficiência
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TÉCNICA&SERVIÇO 76
Fig. 5 - Sistema de corrente de acionamento de veios de equilíbrio
Correntes de distribuição
Fig. 8 - Sistema de corrente auxiliar de periférico, com patim de apoio de duas superfícies. Nestes sistemas, ou não são utilizados tensores ou são utilizados tensores mecânicos
Fig. 12 - Corrente de roletes, com elos de placas interiores e exteriores alternados. Notar as marcas para sincronização da corrente com os carretos
bomba injetora pode servir de veio intermédio da cambota, pois já tem uma rotação que é metade daquela, bastando ligar directamente a bomba à árvore de cames. Na Fig. 13, podemos ver várias soluções para sistemas de correntes de distribuição. n OUTRAS APLICAÇÕES Veios de equilíbrio - Em certos modelos topo de gama, é possível reduzir quase completamente as vibrações da cambota, através da montagem de dois veios de equilíbrio. A unidade de acionamento dos veios de equilíbrio (Fig. 5) liga a cambota a esses veios, que rodam a um regime duplo do motor, sendo que um dos veios roda no mesmo sentido da cambota e outro no sentido oposto (Fig. 6). Tal como nas correntes da distribuição, esta corrente e os respetivos pinhões são marcados, para permitir a montagem na posição correta, em caso de reparação (Fig. 7).
Fig. 6 - Sistema de veios de equilíbrio, acionados por correntes (1) - Cambota (2) - Veios de equilíbrio (contrarotantes) (3) - Contrapesos Fig. 9 - Corrente de casquilhos (1) - Placa exterior (2) - Pino de ligação das placas (3) - Casquilho (5) - Placa interior
Fig. 10 - Corrente de roletes (1) - Placa exterior (2) - Pino de ligação das placas (3) - Casquilho (4) - Rolete (5) - Placa interior
Fig. 7 - As correntes e os carretos são marcados, para permitir a sincronização do movimento da distribuição
Fig. 11 - Corrente de dentes (1) - Dentes (2) - Placa exterior (3) - Placa Interior (4) - Pino de ligação das placas
n ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO A grande novidade dos atuais sistemas de correntes de distribuição são os tensores, os quais, juntamente com as calhas de guia em material isolante, reduzem quase completamente os ruídos habituais nas transmissões por correntes (Fig. 4). Nas cabeças de motor com duas árvore de cames, uma corrente secundária Junho I 2016
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transmite o movimento de um dos veios para o outro, tornando o sistema mais compacto e fiável. O pressão do tensor é fornecida pelo circuito de óleo de lubrificação, sendo proporcional ao regime de funcionamento do motor. Apesar disso, o tensor tem afinação, de forma a compensar o desgaste da corrente e a consequente folga. Em caso de reparação
do motor, o sincronismo da distribuição é garantido por marcas existentes nas correntes e nos respetivos pinhões dentados. Nos motores de cilindros em linha, o pinhão da cambota é acionado diretamente por esta, mas nos motores em V existem veios secundários que transmitem o movimento da cambota ao pinhão. Nos motores Diesel, o veio da
l Tração de acessórios - Geralmente, a bomba de óleo é acionada por corrente (ou correia dentada), porque se trata de um componente de longa duração, ao contrário de outros periféricos (bomba de água, alternador, compressor de A/C, bomba de vácuo), que, geralmente, são substituídos juntamente com a correia que os aciona, assim como o respetivo tensor e rolamentos. Nesta corrente, não é necessário haver marcações, nem nos respetivos pinhões, porque o seu movimento não tem de estar sincronizado com a rotação da cambota. O que varia é relação de desmultiplicação, de acordo com as especificações do acessório acionado. Como a carga nesta corrente é relativamente homogénea e pouco elevada, o tensor utilizado neste sistema é geralmente mecânico, sendo a tensão proporcionada por uma mola de aço (Fig. 18). Também pode ser montada uma placa guia, a fim de estabilizar o movimento da corrente e reduzir os ruídos (Fig. 8).
n TIPOS DE CORRENTES Tal como nas correias, o movimento é transmitido nas correntes porque o pinhão ativo arrasta os elos da corrente e faz mover o pinhão oposto ou passivo. Como a corrente não tem elasticidade, os dois pinhões e a corrente movem-se como se fossem uma única peça. Na indústria automóvel, as correntes são utilizadas no motor e têm de responder a solicitações térmicas e mecânicas elevadas, pelo que obedecem a critérios de qualidade e especificações rigorosos. Além disso, para reduzir o atrito e prolongar a vida das correntes, estas são lubrificadas, seja através de um pequeno jato de óleo, seja pelo próprio vapor de óleo que se forma dentro do motor. Embora não seja fácil distinguir as características de uma corrente visualmente, existem várias diferenças entre cada uma delas. Uma das características principais é o passo da corrente, isto é, o intervalo entre dois pinos sucessivos que unem as placas de ligação e tem de coincidir
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ALGUNS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO POR CORRENTES (Fig. 13)
DOHC - Motor com duas árvore de cames à cabeça e uma única corrente
DOHC - Motor com duas árvore de cames à cabeça e duas correntes (1) - Corrente auxiliar de distribuição (2) - Corrente principal de distribuição (3) - Corrente auxiliar de periférico
SOHC - Motor com uma árvore de cames à cabeça e veio auxiliar intermédio (1) - Corrente do veio intermédio à árvore de cames (2) - Corrente da cambota ao veio intermédio
Motor em V, com a bomba de água ao centro do bloco motor e uma única corrente de distribuição
Motor em V, com uma bomba de água em cada bloco de cilindros e quatro correntes de distribuição
com o intervalo entre dois dentes do respetivo pinhão. Os passos de corrente mais frequentes são os seguintes: l 9,525 mm l 8,00 mm l 7,00 mm l 6,35 mm Na indústria automóvel, são usados, geralmente, três tipos de correntes, sendo que dois são muito semelhantes:
o de casquilhos (Fig. 9) e o de roletes (Fig. 10). A corrente de dentes já difere mais destes dois primeiros tipos e obedece a um conceito específico (Fig. 11). A opção por um destes tipos de corrente depende da carga solicitada, regime de rotação e tipo de pinhão. A construção das correntes de casquilhos e de roletes é muito semelhante, sendo constituída por elos alternados de placas interiores e placas exteriores (Fig. 12). Já na corrente de dentes, o único componente comum com as correntes anteriores são os pinos de ligação das placas. Cada elo dispõe de duas placas exteriores, entre as quais existem várias placas recortadas em bico, cujo formato permite encaixar nos dentes do carreto ou pinhão. Por questões de segurança, são montadas para a mesma função duas ou três correntes paralelas, dependendo do motor.
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n PLACAS/PATINS GUIA E TENSORES Estes componentes destinam-se a reduzir ou eliminar as vibrações e os ruídos das correntes em funcionamento, assim como prolongar a sua duração. Nesse sentido, a superfície de contacto com a corrente é revestida de plástico reforçado (PA) ou de elastómero, enquanto que a estrutura pode ser do mesmo plástico reforçado, alumínio ou aço, dependendo do motor. Nas placas tensoras, uma das extremidades é livre e assenta no tensor, enquanto que a outra pode oscilar em torno de um perno de fixação (Fig. 14). Já as placas ou patins de guia, somente são fixas pelo menos nas duas extremidades (Fig. 15). Em muitos casos, a superfície de apoio da corrente tem rebordos mais elevados de ambos os lados, para manter a corrente alinhada no sentido longitudinal, mesmo quando já apresenta elevado desgaste e/ou folgas. n TENSORES DE CORRENTES A função dos tensores é manter a corrente esticada em todas as situações de funcionamento, especialmente quando esta sofre mudanças de carga e de regime de rotação. Desse modo, os ruídos e vibrações são minimizados e a corrente é protegida de desgaste acelerado. Além disso, o tensor compensa o desgaste da corrente e dos patins de apoio desta. Os dois tipos de tensores existentes são o mecânico e o hidráulico, dependendo do comprimento da corrente, carga suportada por esta e outros fatores. De um modo geral, os tensores hidráulicos são sempre utilizados em correntes de distribuição e dos veios equilibradores. No ponto de afinação ótimo, um tensor hidráulico amortece quase completamente as forças dinâmicas da corrente e impede-a de vibrar. Na Fig. 16, podemos ver um tensor de uma corrente de distribuição curta (entre duas árvore de cames), com dois patins opostos, um dos quais é tensor. Nas correntes de distribuição, o comando de fase exato é fundamental para assegurar combustões ótimas, com o consequente baixo consumo e reduzido nível de emissões. Os componentes básicos de um tensor hi-
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Correntes de distribuição
DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DE TENSOR HIDRÁULICO (Fig. 17 )
Fig. 18 - Tensor mecânico (sem amortecimento) (1) Mola (2) Parafuso de fixação (3) Sapata tensora de apoio da corrente
Fig. 14 - Calha tensora oscilante, com um único ponto de fixação Fig. 19 - Os carretos muitas vezes apresentam formas salientes ou furos, que se destinam a facilitar a centragem (1) e/ou a sincronizar o movimento (2)
Fig. 15 - Calha de apoio guia, com dois pontos de fixação (1) - Estrutura exterior (2) - Êmbolo (3) - Unidade da válvula (4) - Mola de retorno (5) - Câmara de alta pressão (6) - Depósito (7) - Casquilho roscado (tipo vela) (8) - Anel de mola (9) - Entalhe do êmbolo (10) - Estrutura exterior do entalhe do êmbolo (11) - Patim tensor (12) - Impulso de retorno
Fig. 16 - Tensor de corrente de distribuição auxiliar, com patim tensor e patim de apoio oposto
dráulico são os seguintes: l Êmbolo
tensor; do cilindro; l Mola de retorno; l Válvula (opcional); l Sistema de bloqueio (opcional). l Estrutura
O tensor funciona quando o óleo com pressão entra na válvula da base do cilindro e empurra o êmbolo. A folga entre o cilindro e o êmbolo é mínima, para evitar a entrada de ar, qualquer que seja a posição de montagem do tensor. Ao substituir os tensores de corrente, é imJunho I 2016
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(A) - Sistema de bloqueio (motor em funcionamento) (B) - Sistema de bloqueio ativado (motor parado) (a) - Posição recuada do êmbolo (motor novo) (b) - Posição avançada do êmbolo (motor com muitos quilómetros) I - Óleo à pressão do motor II - Óleo a alta pressão
portante usar sempre a mesma referência de peça, porque cada tensor está rigorosamente adaptado a um determinado motor. Alguns tensores hidráulicos estão equipados com um sistema de bloqueio, que limita o curso do êmbolo ao desligar o motor, o que otimiza o efeito de amortecimento das vibrações ao ligar novamente o motor.
(2), que é pressionado para trás pela pressão da corrente.
n TENSORES HIDRÁULICOS (FIG.17) O tensor hidráulico da corrente principal de distribuição acompanha as flexões da corrente, funcionando, basicamente, como um amortecedor hidráulico. Vejamos as principais fases de funcionamento do tensor:
posição varia de acordo com o estado de desgaste da corrente, sendo mais recuada (a) quando o motor é novo e mais avançada (b) à medida que a corrente se desgasta.
Êmbolo com carga - O fluido é obrigado a sair da câmara de alta pressão (5), a fim de amortecer o recuo do êmbolo l
Fig. 20 - Os carretos podem ter marcas gravadas e/ou coloridas, a fim de sincronizar a corrente de distribuição
l Êmbolo com carga aliviada - A mola
de retorno empurra novamente o êmbolo de encontro ao patim tensor. O fluido passa da câmara de abastecimento ou depósito para a câmara de alta pressão, através da unidade da válvula. l Posição de trabalho do êmbolo - Esta
l Dispositivo de bloqueio - Um sistema
mecânico de ressaltos e um anel de mola reduzem o recuo do êmbolo, mantendo a corrente com uma certa tensão, mesmo com o motor desligado.
n CARRETOS OU PINHÕES Para que a corrente transmita o binário de um veio para outro, estes têm de estar equipados com pinhões em aço, cuja periferia dispõe de esporões que engatam nos elos da corrente. Estes pinhões são fixados aos veios por intermédio de pernos ou parafusos, podendo, em certos casos, encaixar nos veios através de sistemas de uniões de interferência ou de interferência cónica. A maior parte dos pinhões apresenta saliências ou perfurações, que ajudam não só a centrar a peça no veio como, também, a acertar a fase de comando da distribuição (Fig. 19). Além disso, também apresentam, junto da periferia onde trabalha a corrente, marcas pintadas (coloridas) e/ou gravadas, que têm de coincidir com as marcas da corrente. Tudo para que seja possível comandar a distribuição (Fig. 20). ✱ Fonte: Ruville
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TÉCNICA&SERVIÇO Bombas de água
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Precauções para montagem correta
› Os procedimentos de montagem de uma bomba de água têm de ser executados cuidadosamente, de forma a que todas as operações sejam realizadas o melhor possível. Sem esquecer a verificação de todos os componentes e funções relacionadas com a bomba de água
S
e a bomba de água, o radiador, as mangueiras do radiador ou a correia da bomba de água falharem, o motor está, globalmente, em risco, sendo possível que sofra danos de maior ou menor gravidade. Além das avarias, há uma viatura temporariamente inutilizada e uma perda de mobilidade inesperada. Um serviço de assistência preventiva integrada para o sistema de arrefecimento torna-se, portanto, num serviço de valor acrescentado e num serviço ao cliente, cuja conveniência e rentabilidade é possível demonstrar facilmente. Todos estamos de acordo que o negócio das peças do sistema de arrefecimento interessa a toda a cadeia de valor do pós-venda e aos próprios utilizadores dos veículos, sejam eles fabricantes de componentes, distribuidores de peças, reparadores ou clientes finais. A questão não é, pois, fazer ou deixar de fazer negócios, mas fazer negócios antes que Junho I 2016
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surjam os problemas que não interessam a nenhuma das partes. Quando a manutenção preventiva não existe, acontecem os problemas. E, no caso de falha ou avaria da bomba de água, a sua substituição torna-se inevitável. Neste artigo, explicamos os procedimentos para uma montagem correta da bomba de água.
01
Cumprir sempre as normas de segurança no trabalho e de proteção do ambiente.
03
Seguir, rigorosamente, todas as instruções e especificações do construtor do veículo e fabricante da bomba, para a montagem deste componente.
02
Fazer com que a zona de trabalho no veículo esteja perfeitamente acessível. Se for necessário, desmontar todas as peças que impeçam o correto acesso à bomba de água.
04
O circuito de arrefecimento deve ser esvaziado completamente, limpo e lavado cuidadosamente. Todas
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as partículas presentes no circuito deterioram rapidamente as faces dos anéis de vedação e provocam o mau funcionamento da bomba a curto prazo.
05
Deve ser colocada no circuito uma mistura nova anti congelante, que preencha, totalmente, as especificações requeridas pelo construtor do veículo e/ou do fornecedor da bomba de água.
09
Se a bomba tiver uma junta metálica ou de outro tipo, não deve ser utilizada massa de vedação com a junta fornecida, que assegura a correta vedação necessária. Importante é que a superfície do motor esteja perfeitamente limpa.
?
mente. Antes de aplicar o binário especificado no final, verificar antes se a bomba está corretamente centrada e se o veio consegue girar livremente dentro da bomba e do motor.
13
Aplicar rigorosamente o binário de aperto especificado pelo construtor.
Não!
14
Esperar sempre cerca de uma hora com o circuito de arrefecimento vazio, para permitir que o vedante colocado no interior da voluta polimerize totalmente.
06
Se a bomba de água fizer parte do sistema de distribuição, a primeira operação é imobilizar a cambota e a árvore de cames, de modo a conservar a fase. Usar sempre as ferramentas especiais fornecidas pelo construtor para esse efeito.
1h
10
No caso de estar especificado o uso de massa de vedação, utilizar sempre o produto indicado, na quantidade correta, somente na face da bomba de água. É indispensável não colocar excesso de massa de vedação, porque massa solta acaba por ir parar ao retentor mecânico, provocando fugas de fluido.
?
07
Logo que a bomba usada for desmontada, a superfície do cárter de óleo e do bloco motor devem ser limpas completamente, retirando todos os vestígios de vedantes e juntas colados, de modo a que o metal fique perfeitamente limpo, desengordurado e seco.
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distribuição deve ser renovado, incluindo as polias, o tensor e a própria correia.
18
Montar a nova correia de acordo com as indicações do construtor e colocá-la à tensão especificada. Se forem necessárias ferramentas especiais, estas devem ser utilizadas, a fim de garantir o bom estado e a duração da correia de distribuição.
11 12 1 10 2 9 3 8 4 7 6 5
15
Verificar o estado de todas as juntas, incluindo a junta viscosa do ventilador, montada na bomba de água com a respetiva hélice. Quando essas juntas apresentam uma folga excessiva ou estão desalinhadas com o veio da bomba de água, ou as hélices estão partidas ou têm falta de pás, devem ser substituídas todas as peças danificadas.
19
Algumas bombas de água são acionadas por carretos ou por veios estriados, sendo necessário verificar o estado desses componentes, especialmente os dentes dos carretos e as estrias do veio. Há uma massa lubrificante específica para essas peças que deve utilizada em pequena quantidade ao montar a bomba de água nova.
?
?
?
11
Todas as juntas usadas devem ser substituídas, mesmo que aparentem um bom estado. Montar sempre uma junta nova com a nova bomba de água.
16
As abraçadeiras e os tubos do fluido de arrefecimento também devem ser inspecionados, substituindo-se os componentes defeituosos.
20
Verificar o estado do termóstato e o seu correto funcionamento.
21
Verificar o estado dos sensores de temperatura do fluido de arrefecimento.
08
Antes de continuar, verificar, cuidadosamente, se a bomba de substituição corresponde exatamente à aplicação e à bomba anterior.
OK!
12
Os parafusos de fixação da bomba devem ser apertados alternada-
!
Nm
22 17
Ao substituir a bomba de água, todo o sistema de transmissão da
Verificar o estado da tampa do reservatório de expansão do circuito de arrefecimento. Se houver impurezas nas tampa, estas têm de ser eliminadas, para permitir a entrada e saída do ar, de acordo com as variações de nível do reservatório.
23
Manter as árvore de cames imobilizadas ao efetuar a intervenção na bomba de água e no sistema de distribuição. Se o motor ficar fora de fase, será necessário seguir todos os minu-
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TÉCNICA&SERVIÇO Bombas de água
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ciosos procedimentos do construtor para restabelecer o correto comando da distribuição.
24
Depois de montar a correia de distribuição, pela ordem recomendada pelo construtor, a correia deve ser rodada à mão, rodando a polia da cambota, a fim de se ajustar às restantes peças do sistema. No final, é necessário colocar a correia com a tensão especificada.
27
Colocar o motor em funcionamento e deixá-lo a funcionar ao ralenti. Ligar o aquecimento do habitáculo e atestar o circuito de arrefecimento até ao ponto mais alto, que é, geralmente, o reservatório de expansão. Colocar o fluido ao nível máximo indicado no reservatório. Atestar o circuito até o nível não abater mais. Deixar o temóstato entrar em funcionamento e atestar, igualmente, o radiador para eliminar todos os resíduos de ar do circuito.
25
Para verificar a tensão da correia, devem ser utilizados aparelhos específicos, que indicam, de forma fiável, a tensão efetiva da correia.
28
De qualquer modo, antes de colocar o motor em funcionamento, todo o ar deve ser eliminado do circuito de arrefecimento, porque o retentor mecânico da bomba pode danificar-se se funcionar a seco, mesmo durante alguns segundos apenas. ✱
26
Após a montagem da bomba de água e de fechar o circuito de arrefecimento do motor, este deve ser abastecido com um fluido de arrefecimento que satisfaça as recomendações do construtor.
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TÉCNICA&SERVIÇO Serviço de qualidade
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Conhecer as expectativas do cliente › Todas as atividades que ligam a empresa ao consumidor constituem o verdadeiro serviço ao cliente. Conhecer expectativas e antecipar necessidades é, por isso, determinante para o êxito da oficina
A
tualmente, muitas empresas de maior sucesso centram-se no serviço e não apenas exclusivamente no preço, tendo como ponto-chave as expectativas dos seus clientes. A este respeito e partindo de uma perspetiva simplista, podemos resumir que se fizermos menos do que os clientes esperam, o serviço será mau. Ao passo que se nos cingirmos ao que eles (consumidores) esperam, prestaremos um bom serviço. Mas, se superarmos as expectativas, o serviço será superior. Temos de pensar que todos os clientes avaliam o nosso trabalho. Esta avaliação, ainda que possa não dizer respeito à qualidade interna do mesmo (dado os conhecimentos técnicos que isso implica), é feita a partir de uma perspetiva global no que compete à nossa capacidade para resolvermos problemas. Não nos podemos esquecer que o cliente não depende nós. Na verdade, nós é que dependemos do cliente. Junho I 2016
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esta pensa que é percecionada. Conhecer o que o cliente espera de nós é fundamental para evitar qualquer insuficiência nos serviços que lhe oferecemos. A melhor e mais direta forma que temos para o fazer é conseguir que a sua voz seja claramente ouvida, tornando-a na força motriz atrás da qual devemos estruturar o nosso negócio. Diferentes serão os clientes e diferente será, também, aquilo que esperam de nós. Identificá-los e oferecer-lhes os serviços que estão dispostos a pagar é a nossa tarefa.
n O QUE ESPERA O CLIENTE? Para focar o nosso negócio no cliente, será interessante, como ponto de partida, fazer uma pequena reflexão sobre a perceção desse negócio. Na maioria das vezes, vemos o mundo, não como ele é, mas como nós somos.
As noções pré-concebidas que temos induzem-nos a ver o que esperamos. Por isso, é necessário ter bem presente que, em muitas ocasiões, os outros percecionam uma organização de maneira diferente da forma como a organização se perceciona a si mesma e da forma como
n O QUE É O SERVIÇO? Por serviço, entende-se o conjunto de atividades necessárias para cumprir as expectativas do cliente, proporcionando-lhe uma experiência satisfatória. A qualidade resultará da diferença existente entre as expectativas que este tenha relativamente à nossa oficina e a perceção do serviço que venha a receber.
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veículo como a sua posterior entrega, já reparado, regulando o equilíbrio entre as necessidades do cliente e da oficina. Receber os veículos não tem de ser somente uma tarefa feita às segundas-feiras, tentando que a entrega dos mesmos possa ser efetuada, também, às sextas-feiras (algo que, muitas vezes, não acontece). l Selecionar e formar adequadamente todos os funcionários, promovendo o trabalho em equipa, orientado para a satisfação do cliente. O bate-chapa, o pintor ou o responsável pelas peças de substituição não costumam ter contacto direto com o cliente, mas os seus conhecimentos e atitudes vão influenciar em
l Conhecer a situação da oficina em todos os momentos e, sobretudo, que serviços pretendemos prestar aos nossos clientes. A fonte de conhecimento mais apropriada é o próprio cliente. Além daqueles momentos em que o cliente toma contacto com a pessoa que o atende, existem outros métodos de auscultação, que nos podem fornecer informações muito válidas a este respeito, que são os inquéritos de satisfação e as reclamações.
boa medida a satisfação deles. Conhecidas as suas expectativas, a equipa estará sempre em melhores condições para dar uma resposta rápida e eficaz às suas necessidades. l Procedimentos de trabalho que garantam resultados sem erros, com a qualidade demarcada e que eliminem o excesso de movimento do veículo e dos operários, permitirão cumprir os compromissos estabelecidos com o cliente no que se refere a uma reparação boa e atempada. Um serviço de qualidade tem de ser apoiado por um bom produto. l Oferecer, pelo menos aos clientes que se considere oportuno, a possibilidade de lhes solucionar os seus problemas de mobilidade durante o tempo que dure a imobilização do veículo na oficina, é uma alternativa muito valorizada atualmente. A disponibilidade de veículos de substituição ou cortesia é uma opção cada vez mais generalizada. l Ter uma zona de estacionamento para clientes, de fácil localização e identificável, na qual estes possam deixar o seu veículo quando tenham de tratar de questões administrativas na oficina, evitará o recurso ao pouco prático estacionamento em segunda fila.
dados sobre as suas necessidades e as suas expectativas. Não deverá tomar-lhes demasiado tempo, podendo ser realizado de forma rápida, por via telefónica. Será sempre mais fiável contar com alguns dados, ainda que poucos, do que não dispor de nenhuns.
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Inquéritos de satisfação - A realização de um pequeno inquérito aos nossos clientes alguns dias depois de prestarmos os nossos serviços, irá proporcionar-nos
Existem clientes que se dirigem a uma oficina em busca de uma solução para o seu problema de mobilidade, não somente para lhe repararem o veículo. O serviço não deve ser um luxo pelo qual se deva pagar mais. Dado que na prestação de um serviço intervêm várias pessoas que interagem, é natural que os sentimentos, as ideias e os pensamentos das mesmas, bem como o ambiente em si, condicionem a qualidade do serviço. Na prestação de um serviço há que ter presente o seguinte: l O serviço não existe sem o cliente. l Ocorre de um momento para o outro. Não pode ser criado antecipadamente nem armazenado. l Se for inadequado, não poderá ser repetido. l Só pode ser sentido ou percebido. l A intervenção de muitas pessoas afeta o serviço. l Visto ser produto do ser humano, pode ter falhas. Preocupar-nos com a qualidade no serviço não tem de implicar o design e a implementação de um complexo programa para melhoria do serviço, ao qual se deva atribuir um determinado orçamento e apoiar com uma campanha de comunicação interna estabelecida. Estar atento, com os olhos e os ouvidos bem abertos, é algo que todos podemos começar a fazer. n QUALIDADE DO SERVIÇO O serviço a prestar por toda a oficina deveria antecipar-se às necessidades do cliente, em vez de ser reativo e solucionar problemas depois de estes terem ocorrido. Entram em jogo todas as atividades da oficina, tanto as primárias ou técnicas, como as secundárias ou comunicativas. À falta de uma receita infalível que nos permita obter os mais altos níveis de qualidade no serviço para toda a oficina e para todos os clientes, é necessário indicar algumas recomendações gerais que, provavelmente, poderiam fazer parte da lista de ingredientes: l Atender um cliente terá sempre prioridade sobre qualquer outra atividade. l Capacitar os funcionários de primeira linha, os rececionistas, conferindo-lhes
a autoridade, a responsabilidade e a motivação necessária para reconhecerem as necessidades dos clientes, para se interessarem por elas e para as satisfazerem amavelmente. Os clientes têm de sentir que estamos ali para ajudá-los, não para realizar, exclusivamente, uma transação comercial. l A qualidade do serviço depende de quem o presta, além de quando, onde e como. Para cumprir este requisito, é necessário fazer mais do que solucionar um problema técnico (esse é um dado garantido). Por conseguinte, a receção do veículo não deve limitar-se a uma enumeração de problemas. Deve, também, comunicar segurança, mobilidade, comodidade e transparência. O cliente apreciará falar com um especialista sobre o seu veículo. l Dispor de um amplo horário de atendimento ao público, o qual deve adaptar-se às necessidades do maior número de clientes. l Planificar o ciclo de trabalho de acordo tanto com as horas disponíveis como com as capacidades dos funcionários, para que o veículo esteja na oficina somente o tempo necessário. Trata-se de planificar tanto a receção do
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Reclamações - As queixas e reclamações são um indicador da existência de um defeito percecionado no serviço, dando-nos a oportunidade de retificar o que tiver corrido mal e de implementar meios para evitar que o erro se repita. O solucionamento adequado permitirá, em primeiro lugar, restabelecer o serviço e a confiança do cliente e, em segundo, aproveitar o potencial informativo que contêm. A qualidade do serviço produz benefícios, porque cria verdadeiros clientes, que utilizarão a empresa de novo e que falarão dela positivamente a outras pessoas. O serviço ao cliente não é uma decisão opcional, é um elemento imprescindível rumo ao êxito ou ao fracasso. Trata-se de algo que podemos melhorar. O objetivo não é ganhar a batalha à concorrência, mas sim dedicar uma atenção cuidada às necessidades dos clientes. ✱ Junho I 2016
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TÉCNICA&SERVIÇO Análise à pintura
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Controlo de qualidade das películas de pintura Uma reparação de pintura “de qualidade” implica a combinação de bons produtos e equipamentos, em conjunto com um processo de trabalho adequado e minucioso. Que permita obter uma “reparação invisível” restituindo o acabamento original
E
xistem várias definições de “qualidade”, como “conjunto de propriedades e características de um produto, processo ou serviço que lhe conferem a sua aptidão para satisfazer as necessidades estabelecidas ou implícitas”. Ou “grau no qual um conjunto de características inerentes cumpre com os requisitos”. Ou, simplesmente, “satisfação do cliente”. De acordo com estas definições, poderíamos dizer que, para que as pinturas utilizadas na indústria automóvel sejam consideradas de qualidade, devem dispor de uma série de propriedades que cumpram certos requisitos com o objetivo de satisfazer o cliente. E quando nos referimos a cliente, estamos a referir-nos Junho I 2016
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tanto aos próprios fabricantes de automóveis (pintura para fabricantes de Equipamento Original - OEM) como aos clientes finais, os utilizadores do automóvel (pintura de retoque ou repintura). Com base nas intervenções que integram cada uma das pinturas que compõem o sistema completo de pintura, diversos organismos, oficiais ou privados, desenvolveram uma série de testes normalizados que têm como objetivo simular as condições às quais podem ser expostos os revestimentos durante a vida útil do veículo e proporcionar dados sobre o seu comportamento em condições de serviço. Estas normas ditam uma metodologia concreta no que respeita ao tipo de amostras, equipamentos e
instrumentos de medição, condições de teste, duração e análise dos resultados. As características ou propriedades da película de pintura seca que, geralmente, são analisadas no momento de avaliar as pinturas, são as seguintes: Espessura - Segundo a natureza do substrato e o tipo de pintura, esta proporciona uma espessura determinada ao sistema completo de pintura. Regra geral, uma boa espessura implica uma cobertura correta e uma redução da sua permeabilidade. No entanto, espessuras demasiado elevadas aumentam, desnecessariamente, o consumo e podem dar origem a problemas na fase de secagem l
(brilho; bolhas de ar). Da mesma forma que espessuras demasiado reduzidas resultam em problemas de cobertura e brilho. Os medidores de espessura, micrómetros, mais utilizados, são os magnéticos e os eletrónicos. A medição da espessura das pinturas é realizada de forma geral antes da submissão de amostras a qualquer teste. l Flexibilidade - Determina as caracte-
rísticas elásticas das pinturas e avalia,mediante a resistência a deformações por dobragem (dobra com mandril cilíndrico ou cónico), o impacto (queda de massa metálica) ou embutimento das amostras pintadas. O seu objetivo é verificar a resistência à fissuração ou ao
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Centro ZARAGOZA
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(indentador Buchholz; Shore) ou riscos (pêndulo Persoz; método do lápis). Através destes testes, é possível determinar a dureza do material de pintura. Outros testes relacionados com esta propriedade são os que permitem determinar a resistência à abrasão ou aos riscos. São vários os testes e inúmeras as ferramentas utilizadas para a sua avaliação. Por exemplo, testes de desgaste por rotação através de rolo abrasivo (Método Taber) ou movimento de vaivém, de desgaste por fricção, de simulação em laboratório do efeito dos túneis de lavagem, de ris-
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cos com um estilete afiado e carga contínua ou ainda com aumento, com estilete curvo, entre outros. Resistência ao impacto de pedras Trata-se de reproduzir as condições do revestimento da pintura em serviço. Especificamente, o impacto de pequenas pedras ou gravilha contra a carroçaria quando o veículo circula nas estradas. O dano provocado na zona exposta é avaliado por comparação, especificando o nível de descamação e entre que camadas da pintura ocorreu a separação. l
Teste de aderência com simulação de lavagem a alta pressão desprendimento quando o sistema de pintura é submetido a uma deformação controlada. Esta propriedade costuma ser analisada em condições normais de laboratório (23 ± 2 º C e 50 ± 5 % HR) e a baixas temperaturas. Aderência - Avaliada, geralmente, através de testes de corte por quadrícula ou por tração. Permite avaliar a resistência dos revestimentos de pintura a separar dos seus substratos. Estes testes podem ser realizados em condições l
normais de laboratório e após a submissão das amostras de teste a diferentes condições ambientais (temperatura; humidade; nevoeiro salino). Outro teste que avalia a aderência da pintura consiste em simular a lavagem a alta pressão com água quente, tendo realizado previamente uma incisão na pintura até atingir o substrato. l Dureza - Avaliada através de testes nos
quais se determina a sua resistência face a ações mecânicas, como penetrações
Teste de corrosão em câmara de nevoeiro salino
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Análise à pintura
Resistência química - Avalia a resistência do sistema de pintura face à ação de determinadas substâncias químicas utilizadas no automóvel, observando qualquer alteração como descoloração, perda de brilho, formação de bolhas ou deformação da pintura. São vários os procedimentos de teste: utilizando meio absorvente, método da gota, imersão, ou gradiente de temperatura no forno.
a diferenças nas condições de cada tipo de ambiente. No entanto, os resultados dão uma ideia sobre a durabilidade do sistema analisado. As condições podem variar conforme o teste, mas o mais habitual é o ensaio de nevoeiro salino, no qual se realiza uma incisão até ao substrato nas amostras pintadas, submetendo-as, em seguida, numa câmara à ação de uma solução atomizada de cloreto de sódio com uma concentração, temperatura, humidade e duração dos ciclos estabelecidos. Após o teste, procede-se à análise da corrosão produzida, das bolhas resultantes e da respetiva abrangência.
l
l Resistência térmica - O revestimento
da pintura é exposto ao longo da vida útil do veículo a alterações de temperatura drásticas ou a temperaturas elevadas esporadicamente. Estes testes, realizados em fornos, pretendem avaliar a resistência do sistema de pintura em diferentes condições, segundo a temperatura, ciclos calor-frio e duração de cada ciclo, observando qualquer alteração como mudanças de brilho e/ou cor, formação de bolhas, fissuras e/ou desprendimento da pintura. l Resistência à humidade - As amostras
são expostas em câmaras a uma atmosfera de temperatura controlada (geralmente 40 º C) e alta humidade (constante ou alternante). Após o teste, as amostras são analisadas para detetar fendas, bolhas, perda de brilho e/ou cor e perda de aderência. Brilho - Esta propriedade, que mede a reflexão da luz sobre uma superfície, é muito importante nas pinturas de acabamento, verniz e esmalte monocamada. A sua medição pode ser realizada através de comparação visual com painéis estandardizados ou utilizando um brilhómetro, que permite quantificar o brilho especular e medir com diferentes geometrias (ângulo de incidência e reflexão) que, geralmente, são 20º, 60º e 85º. Para diferenciar o brilho, foram normalizados intervalos, sendo habitual: - Brilho alto: valor com geometria 60º: >70 / medir com geometria 20º - Brilho médio: valor com geometria 60º: 10-70 / medir com geometria 60º - Brilho mate: valor com geometria 60º: <10 / medir com geometria 85º. Há que ter em conta que tanto a aplicação como o substrato sobre o qual se l
Durabilidade - Resistência ao envelhecimento. As diferentes condições atmosféricas, a radiação solar, a temperatura, a humidade relativa, o sal na estrada e os ambientes salinos ou industriais, entre outros, deterioram as camadas de pintura. Para determinar a sua resistência, são realizados diferentes testes, de acordo com a exposição dos revestimentos de pintura à intempérie, envelhecimento natural, como o Teste de Florida, ou envelhecimento acelerado, expondo o revestimento da pintura à radiação filtrada de uma lâmpada de arco de Xénon ou de lâmpadas de ultravioleta fluorescente. Em ambos os casos, com l
Exemplo de uma superfície com riscos aplica a pintura têm influência no brilho obtido. Outras propriedades relacionadas com o brilho são a nitidez da imagem, DOI, que mede a nitidez de uma imagem refletida na superfície pintada, podendo detetar a “pele de laranja” e o “Haze” ou nevoeiro de brilho, que tem em conta a dispersão da luz, detetando problemas onde exista uma perda no contraste refletido, aparecendo halos em torno das fontes de luz refletidas.
formemente, as diferenças de cor de um fundo, não deixando passar a luz através dela. Para determinar esta propriedade, são utilizados vários métodos, como um criptómetro (Pfund). Neste caso, para a pintura húmida ou através de uma cartolina quadriculada com quadrados brancos e pretos, na qual se aplica a pintura até cobrir por completo o contraste entre o branco e o preto (avaliação em húmido ou em seco). Esta determi-
Cor - Nas bases bicamada e esmaltes monocamada, tanta a cor como a sua retenção durante a vida útil do veículo são fatores importantes. A avaliação pode ser realizada visualmente, utilizando cabinas de observação com diferentes fontes de iluminação ou através da utilização de equipamentos eletrónicos de medição, colorímetros ou espectrofotómetros, que permitem obter um valor comparativo e reproduzível. O mais habitual é trabalhar com as coordenadas de cor CIELAB: L* a* b* e obter as diferenças de cor relativamente a um padrão: ΔE*, ΔL*(claro-escuro), Δa*(vermelhoverde) e Δb*(amarelo-azul) e as tolerâncias admissíveis. l
l Poder de cobertura
- O poder de cobertura ou opacidade de uma pintura refere-se à capacidade de ocultar, uni-
Teste de resistência ao impacto de pedras nação pode ser realizada visualmente ou através de um reflectómetro (com um ângulo de incidência de 45º e de medição de 0º), dando por válida a cobertura quando a relação de contraste ou rácio entre o preto e o branco se aproxime de 1. O facto de uma pintura dispor de uma boa capacidade de cobertura, permite reduzir o número de demãos e a quantidade de pintura a aplicar numa reparação. l Durabilidade - Resistência à corrosão.
Tratam-se de testes nos quais se obtêm valores comparativos e que não podem ser extrapolados em tempo real, devido Junho I 2016
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uma duração dos ciclos e teste, temperatura, humidade ou orvalho e ainda radiação controlada. Para determinar os efeitos da exposição, geralmente, são realizadas medições dos parâmetros de cor e brilho antes, durante e após o teste. Estas propriedades são as fundamentais (embora existam outras) e as normas que ditam os métodos de teste são inúmeras, podendo provir tanto de organismos oficiais (ASTM, DIN, ISO, UNE, EN, SAE) como dos próprios fabricantes de automóveis, que têm as suas próprias normas e métodos de teste para a homologação das pinturas. ✱
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O prestígio está em ser diferente Novembro
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AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA
Estrela cintilante Mercedes-Benz C 250d Coupé
› Na constelação da Mercedes-Benz, uma estrela há que cintila tanto que até ofusca. Chama-se C 250d Coupé. Se metade do seu apelo se deve ao desempenho dinâmico irrepreensível e ao motor Diesel de 204 cv, a outra metade é assegurada pelos €18.380 de extras que o equipam. A começar pela pintura designo cinzento “Selenite” magno. A cor pode ser mate mas a alma, essa, brilha. E de que maneira... Por: Bruno Castanheira
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epois da limousine e da carrinha, o coupé. E, dentro em breve, chegará o cabrio. Será, portanto, um verão escaldante aquele que se avizinha. Mas seja qual for a carroçaria, a verdade é que o Classe C está de boa saúde e recomenda-se. Como, aliás, a própria Mercedes-Benz. Dos diversos modelos da marca que nos passaram pelas mãos nos últimos tempos, um dos que mais ficou na retina foi o C 250d Coupé. Pela pose sensual que ostenta mas, sobretudo, pelos €18.380 de extras que lhe dão um brilho especial. Em termos de configuração, para o cenário ser perfeito, mudaríamos apenas um elemento mecânico: o motor. Não que o bloco Diesel de quatro cilindros com 204 cv não agrade, muito pelo contrário, mas com todo este aparato, impunha-se uma sonoridade mais possante e umas performances (ainda) mais elevadas. Razão pela qual, senhoras e senhores, a nossa escolha recairia sobre as variantes AMG. Podia ser a que tem “apenas” 476 cv. Nem precisava de ser a “S” com 510 cv. Mas aguentemos os cavalos e concentremo-nos na versão que, aqui, surge em ensaio: C 250d Coupé. Junho I 2016
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■ ABENÇOADOS EXTRAS Ainda que o branco esteja na moda e mesmo sabendo que existem uma série de cores que resultam muito bem neste coupé, para nós, a melhor opção para este modelo incide sobre uma pintura que custa nada menos do que €2.500. Chama-se designo cinzento “Selenite” magno. Parece uma película baça, mas não é. Além do perfil musculado, dos faróis de LED (€1.050) e da grelha diamante, este C 250d Coupé
deve grande parte da sua elegância à linha exterior AMG (€1.550) e às jantes AMG multiraios de 19”(€950). Depois, as molduras cromadas dos vidros, as duas saídas de escape com efeito triangular, o teto de abrir panorâmico em vidro (€1.800) e os vidros laterais traseiros e óculo traseiro escurecidos (€450), completam a embalagem irresistível, que transpira sensualidade por todos os poros. Mas como será o recheio desta beldade germânica?
Bem, resumidamente e de uma forma muito direta, ótimo. Detalhando, podemos afirmar, com toda a lucidez analítica, que a construção situa-se num patamar elevado, que o posto de condução é muito bom, que o espaço para ocupantes e bagagem é bastante interessante e que a segurança situa-se acima de qualquer suspeita. Já no que diz respeito a equipamento, estando esta unidade recheada de uma panóplia de opções, é claro que o resultado contribui para uma agradável estadia a bordo. Contudo, de série, o C 250d Coupé até oferece uma lista bastante razoável. Mas quer saber quais são os extras que estão instalados neste exemplar? Para além dos que, atrás, foram mencionados, importa somar os seguintes: sistema de estacionamento ativo (€900), pack de condução dinâmica Airmatic (€1.500), Comand Online (€2.500), sistema de som Burmester (€950), pack luz ambiente (€300), Keyless-
Ninguém consegue ficar indiferente à presença do sedutor C 250d Coupé www.jornaldasoficinas.com
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MERCEDES-BENZ C 250d COUPÉ MOTOR Tipo Cilindrada (cc) Diâmetro x curso (mm) Taxa de compressão Potência máxima (cv/rpm) Binário máximo (Nm/rpm) Distribuição Alimentação Sobrealimentação
4 cilindros em linha Diesel, longitudinal, diant. 2143 83,0x99,0 16,2:1 204/3800 500/1600-1800 2 v.e.c., 16 válvulas injeção direta common rail 2 turbos + intercooler
TRANSMISSÃO traseira com ESP auto de 9+ma (9G-Tronic)
Tração Caixa de velocidades
DIREÇÃO pinhão e cremalheira Tipo Assistência sim (eletromecânica) Diâmetro de viragem (m) 11,2 TRAVÕES discos ventilados (318) discos maciços (300) sim, com EBD+BAS
Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS
SUSPENSÕES Dianteira Traseira Barra estabilizadora frente/trás
independente multilink sim/sim
PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 0-100 km/h (s)
247 6,7
CONSUMOS (l/100 km) Extra-urbano/Combinado/Urbano 3,8/4,2/4,8 109 Emissões de CO2 (g/km) Nível de emissões Euro 6 DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES
Caixa automática de nove velocidades com patilhas no volante, motor Diesel biturbo de 204 cv, suspensão pneumática Airmatic, touchpad no habitáculo e qualidade irrepreensível. O preço reflete todos estes predicados
-Go starting (€150), pack espelhos (€550) e pack bancos conforto (€250). ■ TÉCNICA A FAVOR Se existe área que joga, também, a favor do C 250d Coupé, é a técnica. Equipado com suspensão pneumática Airmatic (que dispõe de um setting desportivo, por via da supracitada linha AMG), direção incisiva, rápida caixa automática de nove velocidades (9G-Tronic) dotada de patilhas no volante, travões potentes e umas enormes borrachas que o colam ao asfalto como uma lapa (Continental ContiSportContact 5 SSR, de medida 225/40R19 93Y XL no eixo dianteiro e 255/35R19 96Y XL no eixo traseiro), este Mercedes-Benz é uma delícia de conduzir. Para mais, dispondo de enorme estabilidade e de uma aderên-
cia digna dos mais rasgados elogios. Envolvente e reativo como poucos, tudo o que faz, faz bem. À primeira. Com a maior das facilidades e em total segurança. E se houver excesso de otimismo, o controlo de estabilidade está lá para repor a ordem natural das coisas. Mas atenção, existem limites que não podem ser ultrapassados: os da física. O principal responsável pelas performances muito boas do C 250d Coupé é o motor de 2,1 litros com 204 cv e 500 Nm. Com consumos comedidos, este bloco de quatro cilindros, dotado de injeção common rail, recorre a dois turbocompressores, intercooler, válvula wastegate, cambota de cinco apoios, dois veios de equilíbrio, quatro válvulas por cilindro, conversor catalítico de duas vias, sistema de redução catalítica seletiva e filtro de partículas Diesel. O sistema start/ stop e o depósito de AdBlue fazem também parte do seu elenco técnico. Resta acrescentar que o C 250d Coupé dispõe de cinco modos de condução: “Eco”, “Comfort”, “Sport”, “Sport+” e “Individual”. Cada uma deles interfere numa série de parâmetros. Tudo através de um simples toque no botão “Dynamic”, situado no prolongamento da consola central. ✱ www.jornaldasoficinas.com
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0,28 Cx Comprimento/largura/altura (mm) 4686/1810/1405 Distância entre eixos (mm) 2840 Largura de vias frente/trás (mm) 1563/1546 Capacidade do depósito (l) 66 Capacidade da mala (l) 400 Peso (kg) 1645 8,06 Relação peso/potência (kg/cv) Jantes de série 7Jx17” Pneus de série 225/50R17 Continental ContiSport Pneus teste fr./tr. Contact 5 SSR (M0E), 225/40R19 93Y XL 255/35R19 96Y XL GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão
2 anos sem limite km 2 anos sem limite km 30 anos ASSISTÊNCIA
1 ano ou 25.000 km 1.ª revisão Custo 1.ª revisão (com IVA) €352,97 Intervalos 1 ano ou 25.000 km Imposto Único Circulação (IUC) €191,62 Preço (sem despesas) €51.700 Unidade testada €70.080 Junho I 2016
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Nissan revelou futuro da mobilidade A marca nipónica revelou, recentemente, uma pequena amostra dos anos vindouros com a apresentação da sua visão totalmente integrada do futuro da mobilidade, em associação com arquitetos da Foster+Partners. A parceria histórica entre o fabricante do veículo 100% elétrico mais vendido no mundo (Leaf) e o estúdio de design, concluiu que a estação de combustível do futuro pode realmente ser o próprio automóvel. Apresentado num vídeo de dois minutos, o líder de vendas Leaf e o protótipo futurista IDS exploram a forma como o nosso estilo de vida pode mudar devido ao desenvolvimento tecnológico. A colaboração, que concluiu uma parceria de 12 meses, apresenta uma imagem do que está para vir a partir da visão da Nissan relativamente à Mobilidade Inteligente: um mundo onde os automóveis interagem com o ambiente à medida que as populações adotam tecnologias de “Condução Pilotada” com emissões zero. Integrando uma gama de tecnologias pioneiras da Nissan, a visão da Estação de Combustível do Futuro dá uma pista quanto à forma como a ligação do veículo à rede elétrica, a capacidade de armazenamento da bateria, o carregamento sem fios, a tecnologia de condução autónoma e a conectividade sem fios se combinam para revolucionar a forma como a energia é utilizada e distribuída nas cidades. ✱
Jaguar Land Rover sempre a subir A Jaguar Land Rover, fabricante líder de veículos premium do Reino Unido, revelou que o quarto mês deste ano foi o melhor abril de sempre em resultados de vendas de toda a sua história. Com 41.341 veículos vendidos, 11% acima do mês de abril de 2015, foi o quarto mês seguido de recorde de vendas registado pela companhia. A Jaguar Land Rover comercializou 200.154 veículos nos quatro primeiros meses de 2016, o que representou um aumento de 24% em relação ao período homólogo do ano anterior. As vendas em abril deste ano registaram um aumento anual em todas as regiões: 25% no Reino Unido, 11% na China, 10% na Europa e 2% na América do Norte. Outros mercados exteriores registaram um crescimento anual de 5%. No melhor mês de abril de sempre, a Land Rover comercializou 33.348 veículos (+4%) e a Jaguar 7.993 unidades (+49%). O novo F-Pace obteve resultados notáveis em abril deste ano, com mais de 1.500 veículos vendidos. Este novo modelo é, aliás, o Jaguar com melhores vendas de sempre. ✱
Audi SQ7 custará cerca de €120.000 Depois do SQ5, o SQ7. Com lançamento em Portugal previsto para julho de 2016, este super-SUV custará cerca de €120.000. O primeiro modelo “S” na gama do Q7 está equipado com um motor V8 4.0 TDI biturbo de 435 cv e 900 Nm, que lhe permite atingir uma velocidade máxima (limitada eletronicamente) de 250 km/h e cumprir o arranque dos 0-100 km/h em apenas 4,8 segundos. O consumo médio anunciado é de 7,2 l/100 km, a que correspondem emissões de CO2 de 189 g/km. Novidades no SQ7 são, também, o compressor acionado por um motor elétrico de 7 kW (o primeiro do mundo a ser montado num veículo de produção em série, estando alojado atrás do intercooler esquerdo), o variador de fase Audi valvelift system (designado AVS, faz a sua estreia num motor Diesel da marca dos quatro anéis) e a bateria de iões de Lítio de 48V, sistema elétrico este mais potente que está alojado no porta-bagagens, permitindo comportar a barra estabilizadora ativa eletromecânica (EAWS). Os faróis de LED (Matrix LED em opção), as jantes de 20” (até 22” em opção), o cockpit virtual, os travões cerâmicos (opcionais), a suspensão pneumática adaptativa “S”, a transmissão tiptronic de oito velocidades e a possibilidade de optar-se por cinco ou sete lugares, são outros argumentos do imponente Audi SQ7. ✱
Volkswagen criou aplicação seeMore A Volkswagen desenvolveu uma inovadora aplicação denominada seeMore, que permite o acesso a conteúdos interativos dos seus produtos. Ao apontar a câmara do smartphone ou tablet (com sistemas operativos Android ou iOS) para o veículo ou para fotografias, spots de TV ou de rádio, o utilizador terá acesso a conteúdos de realidade aumentada de grande qualidade. Esta aplicação já está disponível também nos concessionários da Volkswagen, por ocasião do lançamento do novo Tiguan. O utilizador poderá, por exemplo, alterar cores e jantes do modelo para o qual estará a apontar. Terá também acesso a informação mais detalhada sobre os equipamentos do automóvel e as suas funcionalidades. A utilização do Volkswagen seeMore é simples: depois de descarregada a App VW Link (ou seeMore diretamente) nas lojas Google Play ou Apple Store, o utilizador passará a ter acesso a todas as suas funcionalidades. Esta app permite, também, a partilha de conteúdos exclusivos, através de redes sociais Facebook e Twitter. ✱ Junho I 2016
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EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado
Kia cee’d SW GT Line 1.6 CRDi
Por: Jorge Flores
Férias ativas
Mazda3 CS 1.5 Skyactiv-D
“3” é a conta certa
Mitsubishi L200 Cabina Dupla
Multifacetada
Quem és tu, Nismo?
À medida que o sol conquista o seu espaço e as férias começam a espreitar no céu azul, os modelos de cariz familiar, como o Kia cee’d SW, asumem maior protagonismo, nomeadamente, na versão GT Line, que confere ao modelo uma expressão dinâmica. Para umas férias familiares bem mais ativas, digamos... Os ingredientes estão todos presentes nesta carrinha. Espaçosa, confortável, intuitiva, ergonómica e com um motor 1.6 CRDi de 136 cv às 4000 rpm e 285 Nm de binário máximo entre as 1500 e as 3000 rpm, capaz de cumprir em vários regimes de condução. Sempre suave e sem grandes sobressaltos, tal como se deseja num período de descanso. Destaque para a elegânicia com que os cromados GT Line assentam nesta carrinha. Junte-se a estes pormenores estilísticos as jantes de 17” e a nova ma-
Para a Mazda, o “3” era a peça que faltava numa gama extremamente variada e transversal a todos os segmentos. Com o lançamento, em maio último, da versão Diesel deste modelo, o construtor nipónico pode encarar com confiança o mercado nacional. Para mais, com o forte contributo deste 1.5 Skyactiv-D de 105 cv, ensaiado na versão Coupé Style (CS). Durante muito tempo, o Mazda3 dispunha apenas de motores a gasolina. Algo que mudou com a introdução de uma variante 2.2 Diesel. Um turbodiesel de provas dadas, mas que não preenchia
Há muito que as pick-up enfrentam um forte dilema. Como continuar a ser um veículo essencialmente de trabalho e, ao mesmo tempo, constituir uma proposta que cumpra os requisitos necessários em matéria de conforto, para não afastar um público que não rejeite o lazer. A solução procurou a Mistubishi através da sua L200 Cabina Dupla: tornar o modelo numa espécie multifacetada. Com quase quarenta anos na sua folha de serviços, a L200 continua a demonstrar uma vitalidade invejável no mercado. Nesta versão Intense de cabina dupla (fechada), esta pick-up está disponível por €37.100 e mantém as suas qualidades intactas. Melhoradas, até. Trata-se de uma “força da natureza”, com um visual (ainda) mais musculado nesta quinta geração. As dimensões da Mitsubishi L200 são dignas de respeito: 5200 mm de comprimento, 1785 mm de largura e 3000 mm de distância entre eixos. Por outras palavras, ocupa o seu espaço. Nesta sua evolução, a pick-up nipónica conta com um novo sistema de tração integral, designado Super Select 4WD II, e que integra, agora, um seletor eletrónico situado na consola central.
Entre o Juke Nismo e o Juke Nismo RS, há todo um mundo de mistérios a separá-los. É verdade que o primeiro é já um crossover compacto de linhas “desempoeiradas”, mas nunca havia ousado aquilo a que o segundo se propõe. Como se fosse o seu alter ego rebelde. A sigla “RS” não está lá por mero acaso. E aquilo que a Nissan pretende é que ele se assuma como um autêntico desportivo. Não poupou esforços para isso. O Nismo RS ganhou agora 18 cv (218 cv) e viu o binário máximo aumentar 30 Nm (280 Nm). Valores que tornam o motor
lha oval (na frente), que lhe conferem uma maior agressividade. E não mentiremos se afirmarmos que estamos perante um dos modelos mais atraentes e equilibrados da Kia. No interior, além da boa habitabilidade proporcionada, em parte, pela distância entre eixos de 2,65 m, nota-se a qualidade dos materiais. A bagageira tem uma capacidade de 528 litros, mas, com o rebatimento da última fila de bancos, facilmente chega aos 1.642 litros. Ideal para quem viaje com muitas malas... ✱
algumas franjas de clientela com necessidades menos dispendiosas. Ora, a proposta do 3 equipada com o motor 1.5 Skyactiv-D de 105 cv às 4000 rpm e 270 Nm entre as 1600 e as 2500 rpm, preenche, precisamente, esta lacuna nos quadros da Mazda. O fabricante japonês credita que alcançará uma quota de mercado na ordem dos 2% até ao final do ano em curso. Com um consumo combinado de 4,4 l/100 km, a que correspondem emissões de CO2 de 114 g/km, depressa se entendem as esperanças depositadas pela Mazda neste 3 movido a gasóleo. O preço desta versão aponta para os €30.804 devido ao recheio completo do nível Excellence Pack Leather + Pack HT Navi, o que poderá assustar um pouco os mais indecisos. ✱
Kia cee’d SW GT Line 1.6 CRDi MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1582 Potência máxima (cv/rpm) 136/4000 Binário máx. (Nm/rpm) 285/1500-3000 Velocidade máxima (km/h) 194 0-100 km/h (s) 10,5 Consumo combinado (l/100 km) 4,0 Emissões de CO2 (g/km) 104 Preço IUC
€28.790 €124,90
Por dentro, a novidade é o conforto e o espaço para passageiros. Como se de um SUV se tratasse. A pensar na comodidade de quem vai a bordo, a L200 traz já computador de bordo com sistema de navegação, entre outros mimos. ✱
Mazda3 CS 1.5 Skyactiv-D MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. 1499 Cilindrada (cc) Potência máxima (cv/rpm) 105/4000 Binário máxi. (Nm/rpm) 270/1600-2500 Velocidade máxima (km/h) 181 0-100 km/h (s) 11,6 4,4 Consumo combinado (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) 114
Mitsubishi L200 Cabina Dupla MOTOR 4 cil. linha Diesel, long., diant. 2442 Cilindrada (cc) Potência máxima (cv/rpm) 181/3500 430/2500 Binário máximo (Nm/rpm) Velocidade máxima (km/h) 179 0-100 km/h (s) n.d. 6,4 Consumo combinado (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) 169
Nissan Juke Nismo RS MOTOR 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1618 Potência máxima (cv/rpm) 218/6000 Binário máx. (Nm/rpm) 280/3600-4800 Velocidade máxima (km/h) 220 0-100 km/h (s) 7,0 Consumo combinado (l/100 km) 7,2 Emissões de CO2 (g/km) 168
Preço IUC
Preço IUC
Preço €26.250 IUC €153,83
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Nissan Juke Nismo RS
DIG-T 1.6 bastante mais intempestivo. Na versão 4x2, com caixa manual de seis velocidades, o Nismo RS revelou-se “contido” abaixo das 2000 rpm, mostrando a sua raça apenas acima das 3500. Registo onde proporciona os melhores momentos de condução, acompanhados pela (excelente) banda sonora deste moderno motor equipado com injeção direta de gasolina e turbocompressor. Impõem-se algumas questões. Quem será este Nismo RS? E a quem se destinará? A Nissan explicará, porventura, que não abdica de ter um desportivo com ares de crossover no mercado. Provará ainda que o Juke Nismo tem muitas gavetas escondidas na sua personalidade. Mas os €26.250 que custa, apenas vincam, ainda mais, a sua ousadia. ✱
€30.804 €124,90
€37.100 €220,55
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Renault Pro+
Comerciais ligeiros com mais tração › A marca especialista da Renault dedicada aos veículos comerciais continua o seu trajeto de adaptação às necessidades dos seus clientes profissionais, propondo novas soluções de motricidade para os seus veículos Por: José Silva
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esta vez, a Renault Pro+ lança uma completa gama de veículos que podem operar em tração 4x2 e 4x4, desenvolvidos em parceria com o especialista alemão Oberaigner Automotive. A tecnologia Renault X-Track, proposta para os modelos Kangoo, Traffic e Master, facilita a utilização destes veículos em terrenos mais difíceis. Todavia, a marca francesa junta ainda a esta gama uma versão 4x4 da Master, respondendo, desta forma, às necessidades dos clientes mais exigentes, que pretendem uma utilização intensiva fora de estrada ou em terrenos especialmente complicados.
■ TECNOLOGIA X-TRACK Entrando mais em detalhe no tema, a tecnologia X-Track oferece uma capacidade de motricidade superior à do atual Junho I 2016
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sistema Extended Grip (sistema elétrico avançado de controlo de tração, que atua nas rodas motrizes para melhorar a aderência dos pneus à estrada) e que, por si só, já é uma alternativa ao sistema de quatro rodas motrizes. A transformação do veículo com tecnologia X-Track já é maior e abarca quatro famílias de componentes: instalação de um diferencial de escorregamento limitado (que permite transferir até 35% do binário à roda que dispõe de mais aderência no momento); sobre-elevação do veículo (a distância ao solo aumenta 30 mm, o que facilita a superação de obstáculos que possam surgir na estrada); proteção inferior do cárter (duas chapas protegem tanto o motor como os tubos dos travões e combustível); utilização de pneus M+S (Mud & Snow, que permitem
circular em terrenos onde as condições de aderência sejam inferiores). A última novidade é o facto de a Renault Master passar a disponibilizar dois modos de funcionamento: estrada (4x2); estradas com obstáculo e... fora de estrada (4x4). Neste último caso, a metamorfose da Master acontece “culpa” de cinco novas soluções que lhe foram integradas: a transmissão 4x4; um sistema de redutoras inserível; uma altura ao solo de 66 mm na secção dianteira e de 58 mm na parte traseira no caso de ter rodado simples e 45 mm com rodado duplo; a proteção inferior da carroçaria; a utilização de pneus M+S. Estes novos produtos deverão iniciar a sua comercialização no mercado nacional no decurso de 2016. Pelo que se aguardam informações sobre preços. ✱
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